AuxiliardeBibliotecaNocoesTeoriasePraticas (1)

May 14, 2019 | Author: Felipe_Rodrigu_2752 | Category: Library Science, Libraries, Librarian, Internet, Books
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Sumário Pg 1 APRESENTAÇÃO 2 2 BREVE HISTÓRIA DA BIBLIOTECA E DA BIBLIOTECONOMIA 3 BIBLIOTECONOMIA 6 3 BIBLIOTECA 6 4 4.1 TIPOS DE BIBLIOTECA 8 5 ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL 10 TIPOS DE DOCUMENTOS E FINALIDADES 11 6 6.1 ACERVO 11 6.2 CARACTERÍSTICAS 12 7 SELEÇÃO/ AQUISIÇÃO 12 8 TRATAMENTO TÉCNICO 12 8.1 CLASSIFICAÇÃO 13 8.2 PREPARO DA OBRA PARA CIRCULAÇÃO/ EMPRÉSTIMO 14 8.3 ORDENAÇÃO FÍSICA DO ACERVO 14 8.4 ESQUEMA DA ORDEM DE ARQUIVAMENTO 15 9 PRESERVAÇÃO DO ACERVO 16 19 10 CATALOGAÇÃO 10.1 CATÁLOGOS 19 10.2 FUNÇÕES 22 10.3 FORMAS 23 24 10.3.1 Em fichas 24 10.3.2 Em Livro 10.3.3 Em folhas soltas 25 25 10.3.4 Online 10.4 FINALIDADE 26 11 ATENDIMENTO AO PÚBLICO 39 40 11.1 Outras tarefas 11.2 Levantamentos bibliográficos 41 ÉTICA E POSTURA PROFISSIONAL 41 12 REFERÊNCIAS 42

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1 APRESENTAÇÃO Esta apostila foi idealizada a partir da falta de material bibliográfico específico para concursos e seleções para empregos na área de bibliotecas, com enfoque no cargo de auxiliar de bibliotecas. Aqui são apresentados alguns conceitos, explicações e noções da teoria e da prática das atividades de um auxiliar de bibliotecas. Escrita por bibliotecários, traz uma visão ampla das atividades de uma biblioteca como ainda explicações sobre terminologias, conceitos, técnicas e critérios adotados pelos bibliotecários, os quais os auxiliares devem conhecer bem, para que assim possam desempenhar suas atividades de forma satisfatória e obtendo sucesso na prática Professional.

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2 BREVE HISTÓRIA DA BIBLIOTECA E DA BIBLIOTECONOMIA

A história das bibliotecas, no mundo, acompanha a própria história da escrita e das formas de registro do conhecimento humano. Há relatos de bibliotecas na Antigüidade que já reuniam milhares de tábuas de argila. Mais tarde, surgiram as coleções de papiros e pergaminhos. A mais famosa biblioteca da Antigüidade foi a de Alexandria no Egito, criada no século III a.C., e que chegou a reunir cerca de 700 mil volumes de manuscritos. Ela compreendia dez grandes salas e quartos separados para os consulentes. A Biblioteca de Alexandria foi o grande marco da história das bibliotecas da Antigüidade e foi destruída por um grande incêndio provocado pelos árabes em 646 da Era Cristã. Na Idade Média, existiam três tipos de bibliotecas: as bibliotecas dos mosteiros (lembradas por Umberto Eco, em seu livro "O Nome da Rosa") e de ordens religiosas diversas, as bibliotecas das universidades e as bibliotecas particulares, quase sempre pertencentes aos reis, nobres ou grandes senhores. Estas últimas constituem a origem das bibliotecas nacionais. Desde o surgimento das bibliotecas até o período da Renascença os guardiões dos livros não tinham uma existência social como os bibliotecários que conhecemos hoje; eram sempre eruditos (sacerdotes ou figuras da elite) que viviam reclusos em suas bibliotecas e preocupados em salvaguardar e copiar as obras dos acervos. As bibliotecas da Antigüidade e da Idade Média não tinham como objetivo dar acesso ao grande público, pelo contrário, eram símbolos de poder e acúmulo de conhecimento para os poucos que tinham o privilégio de consultá-las. Tanto que nas invasões e guerras, as bibliotecas não eram poupadas da destruição do inimigo, dada a importância simbólica que exibiam. Dizimar os símbolos do saber acumulado de um povo era, também, dizimá-lo da História. Quando a tipografia foi criada na Renascença, o livro ganhou uma maior visibilidade e veiculação, tornando a biblioteca e, conseqüentemente o bibliotecário, mais populares. Mas o bibliotecário, nesse período, ainda era um erudito ou um escritor que cuidava dos acervos, à procura de paz para idealizar e escrever sua obra. Cabe dizer, também, que até a Idade Moderna as

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bibliotecas, arquivos e museus eram uma só entidade, onde eram guardados todos os tipos de documentos. Com o surgimento do livro impresso, a biblioteca também ganha uma existência própria. A partir do século XVII, surgiram as primeiras bibliotecas públicas, patrocinadas por mecenas (pessoas que patrocinavam artistas e escritores para obter prestígio). A abertura maciça das instituições, até então restritas ao grande público, como museus e bibliotecas, deu-se a partir da Revolução Francesa, que também foi o estopim para os ideais de uma educação pública laica e gratuita. A figura do bibliotecário começou a ganhar uma visibilidade social e a biblioteca passou a não ser mais o local do saber e conhecimento restrito, mas sim o local que deveria ser organizado de modo que todos pudessem ter acesso aos conteúdos que ela disponibilizasse. A partir de meados do século XIX, sentiu-se a necessidade de haver um profissional com formação especializada e técnica, pois se reconheceu que era uma profissão socialmente indispensável. Foram desenvolvidas efetivamente, a partir dessa época, práticas e técnicas bibliotecárias a fim de sistematizar as informações existentes nos acervos das bibliotecas. Em 1876, por exemplo, Melvil Dewey publicou nos Estados Unidos a primeira edição de sua Classificação Decimal (para classificar assuntos) ou simplesmente CDD, primeiro sistema do gênero a ser amplamente adotado nas bibliotecas, inclusive até os dias de hoje. Embora desde a Antigüidade tenha-se pensado em formas para classificar as áreas do conhecimento humano, foi a partir deste momento que se pensou em criar sistemas de classificação bibliográfica universal com o objetivo de organizar os acervos de bibliotecas e facilitar o acesso dos usuários às suas informações. Outros códigos de classificação também foram sendo criados e utilizados ao longo do tempo. Em relação à formação do bibliotecário, viu-se, a partir do século XIX, o desenvolvimento de dois modelos distintos de ensino e formação em Biblioteconomia: o francês (mais humanístico) e o norte-americano (mais pragmático e tecnicista).

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Mais tarde foram criados, em todo o mundo, mais cursos de bacharelado e de pós-graduação em Biblioteconomia. Nas últimas décadas do século XX, a Biblioteconomia já tinha um caráter bem diferente do seu início, trabalhando com questões interdisciplinares como Análise Documentária, Lingüística, Lógica, Terminologia e Organização do Conhecimento. A primeira biblioteca pública oficial do Brasil foi a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, cujo acervo original foi trazido com a família real e a corte portuguesa, em 1808, quando Portugal foi invadido pelas tropas de Napoleão. Até então, durante todo o período colonial brasileiro, havia somente bibliotecas particulares e de conventos, destinadas a poucos e usuários. O núcleo deste acervo (hoje incalculável pelo seu valor histórico) tem origem na antiga Real Biblioteca ou Livraria Real, criada no reinado de D.José I (1750 – 1777). Na verdade, esta Real Biblioteca substituía a anterior, muito mais antiga (iniciada por D. João I, que reinou de 1385 -1433) e que havia sido totalmente destruída pelo terremoto e pelo incêndio que ocorreram em Lisboa no dia 1º de novembro de 1755. Esta biblioteca era constituída pela Livraria Real (biblioteca privativa dos monarcas) e a do Infantado (biblioteca destinada aos infantes, filhos dos soberanos portugueses). A história desta biblioteca, que resulta na Biblioteca Nacional brasileira, perpassa boa parte da história de Portugal e faz parte do término do período colonial no Brasil, e cujas aventuras e desventuras são contadas no livro “A longa viagem da biblioteca dos reis: do  terremoto de Lisboa à Independência do Brasil”  de Lilia Moritz Schwarcz. A fundação da Biblioteca Nacional ocorreu oficialmente em 29/10/1810, mas até 1814 quando foi franqueada ao público, ela era restrita apenas à família real e a poucos estudiosos, sendo que estes tinham de pedir autorização para consultá-la. A segunda biblioteca pública brasileira foi inaugurada na cidade de Salvador em 1811, por iniciativa particular (portanto, não governamental) de Pedro Gomes Ferrão Castelo Branco, com contribuições dos seus sócios. Alguns consideram, porém, que esta é a primeira biblioteca pública, pois a Biblioteca Nacional só foi aberta ao público em 1814. Em São Paulo, a Biblioteca Mário de Andrade (considerada a segunda maior biblioteca brasileira, depois da Biblioteca Nacional), foi criada em 1926, resultando da absorção, por

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parte da antiga Biblioteca Pública Municipal, de diversos acervos particulares e da Biblioteca Pública do Estado. Ganhou o nome Mário de Andrade em 1960.

3 BIBLIOTECONOMIA A Biblioteconomia é uma das áreas mais antigas da humanidade. Estima-se que talvez tenha se iniciado nos primórdios com as práticas estabelecidas pelos monges copistas. Ela é uma Ciência da Informação pelo seu caráter interdisciplinar e pelo seu objeto de estudo: a informação. Trata da área do conhecimento que estuda os aspectos do uso e da disseminação da informação através de serviços e produtos informacionais No Brasil, essa ciência tem seu início como curso de formação de profissionais em julho de 1911, tendo as instalações da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro/RJ como local do primeiro curso de Biblioteconomia do Brasil. 4 BIBLIOTECA Antes de começar é necessário saber o que é uma biblioteca como também saber um pouco de sua história e sua evolução. A origem da palavra biblioteca por si só já nos conta um pouco sobre seu surgimento. Vem do grego biblion  + tcheka  , onde Biblion significa livro e tcheke  significa caixa, assim, em tradução biblioteca seria uma “Caixa de Livros”. biblíon (livro) + théke (caixa) + nomos (regra),

Na antiguidade as bibliotecas eram as detentoras de todo conhecimento registrado. Antigas definições de Biblioteca:

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AURÉLIO (1999), "biblioteca é o lugar onde se guardam os livros; 'estante' ou coleção pública ou privada de livros e documentos congêneres organizada para estudo, leitura ou consulta; ou edifício ou recinto onde se estala essa coleção". "a biblioteca tradicional é aquela onde a maioria dos itens do seu acervo é constituída de documentos em papel. Ela existe desde a invenção da escrita. É claro que, antes do advento da imprensa, em 1440, o seu acervo era formado por outros tipos de materiais (...) uma característica da biblioteca tradicional é que tanto a coleção como o seu catálogo utilizam o papel como suporte de registro da informação. Todavia, no final do século XIX, houve uma grande revolução na biblioteca com a introdução do catálogo em fichas e o abandono do catálogo sob a forma de livro".

Biblioteca polimídia Polimídia significa denotação de diferentes tipos de meios independentes para a armazenagem da informação. O papel, os microfilmes e os discos compactos, por exemplo, são tecnologias fisicamente distintas, que, tomadas em conjunto, constituem-se em facilidades de armazenamento polimidia. Seguindo-se este raciocínio, as bibliotecas polimidias seriam instituições que armazenam informação utilizando uma extensa e variada gama de "mídias". Essencialmente, são similares às bibliotecas convencionais, contendo livros que convivem com vídeos, fitas, CDs, CD-ROMs, microfilmes, softwares de computador etc. Os processos de gerenciamento e organização nestas bibliotecas serão praticamente manuais e, apesar de os computadores estarem disponíveis para os usuários, esta tecnologia não será utilizada para a realização de qualquer forma de automação (MARCHIORI, 1997, apud MARTINS, 2009).

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Biblioteca interativa Esse modelo de biblioteca visa a produção cultural, onde as pessoas são membros criadores e, não apenas, consumidores de cultura, possuindo uma concepção dinâmica de espaço dentro da própria unidade, existindo interação entre os indivíduos que lhe acessam, havendo espaços grupais para os mais diversos tipos de atividades, sejam elas através de informações escritas, orais, audiovisuais e multimídia. (PERROTTI, 2001, apud MARTINS, 2009).

4.1 TIPOS DE BIBLIOTECA •

Privadas 







Escolares Universitárias Especializadas

Públicas 









Comunitárias



Infantis

Escolares Comunitárias Universitárias Especializadas

As biliotecas particulares podem ser mantidas por instituições de ensino privadas, fundações, instituições de pesquisa ou grandes colecionadores. Algumas delas permitem acesso a sua coleção, permitindo a pesquisadores, estudantes ou interessados o acesso as informações armazenadas em suas dependências. Nas bibliotecas públicas o acesso aos livros costuma ser gratuito e muitas vezes é possível emprestar livros por um determinado tempo, a depender das políticas definidas, que variam de acordo com o tipo de obra. As bibliotecas públicas buscam ser locais que propiciem a comunidade acesso a informaçãoes

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que de alguma forma sejam úteis e ajudem a desenvolver a sociedade. Podem ser escolares, universitárias, municipais ou estaduais. As bibliotecas especializadas oferecem coleções de informações sobre determinado tema, tais como medicina, matemática, ciência e tecnologia, cinema ou outros. Podendo ser privada ou pública, neste último comumente se tem em instituições públicas de pesquisa ou universidades. As bibliotecas comunitárias geralmente situam-se em áreas residenciais e em bairros da periferia, recebendo pouco ou nenhum apoio governamental. Normalmente possuem acervo genérico, com aplitude suficiente a proporcionar a comunidade onde está inserida, material informacional voltado à literatura e leitura como um todo. Há também as bibliotecas infantis Oferecem toda uma variedade de serviços e fundos bibliográficos vocacionados especialmente para as crianças. Têm por missão criar e fortalecer hábitos de leitura nas crianças desde tenra idade, familiarizar as crianças com os diversos materiais que poderão enriquecer as suas horas de lazer. Visam despertar as crianças para os livros e a leitura, desenvolvendo a sua capacidade de expressão, criatividade e imaginação. A biblioteca escolar tem funções fundamentais a desempenhar e que podem ser agrupadas em duas categorias - a educativa e a cultural. Podemos dizer que as "ideais" de uma biblioteca escolar, estariam implícitos seus objetivos como instituição, como por exemplo: a) cooperar com o currículo da escola no atendimento às necessidades dos alunos, dos professores e dos demais elementos da comunidade escolar;b) estimular e orientar a comunidade escolar em suas consultas e leituras, favorecendo o desenvolvimento da capacidade de selecionar e avaliar; d) proporcionar aos leitores materiais diversos e serviços bibliotecários adequados ao seu aperfeiçoamento e desenvolvimento individual e coletivo, etc. As Bibliotecas universitárias Estão ao serviço dos estudantes e do pessoal docente das universidades e outros estabelecimentos de ensino.

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Correspondem à unidade de informação de uma Universidade (pública ou privada), pelo que as suas coleções devem refletir as matérias lecionadas nos cursos e áreas de investigação da instituição. A documentação é sobretudo de caráter científico e técnico, que deve ser permanentemente atualizada, através da aquisição frequente de um grande número de publicações periódicas em suporte papel ou eletrónico. Estas Instituições têm como objetivos principais: apoiar o ensino e a investigação. 5 ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL Uma biblioteca, comumente, apresenta uma estrutura funcional distribuída entre os elementos que nela desenvolvem atividades, e essa estrutura depende diretamente dos profissionais que estão lotados na biblioteca. Os personagens principais de uma biblioteca são: Bibliotecário: Responsável pela gestão de materiais, pessoas e da gestão documental. Deve possuir graduação em Biblioteconomia em instituição de ensino superior reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC), uma vez que se trata de uma profissão regulamentada por força de Lei Federal que exige a formação acadêmica. Auxiliar de Biblioteca: profissional que irá auxiliar o bibliotecário em todas as atividades. Se faz necessário pelo menos o nível médio do ensino de base, uma vez que irá atuar diretamente com os usuários, sendo necessário ser conhecedor da gramática e das regras da escrita pátria. Recomenda-se que tenha conhecimento em língua estrangeira, uma vez que poderá ser necessário localizar material em bases de dados estrangeiras ou em material bibliográfico de outra língua, no acervo. As atividades de gerenciamento e de supervisão são desenvolvidas pelos bibliotecários. Estes coordenam todas as atividades de uma biblioteca baseandose nos conceitos e conhecimentos obtidos no curso de graduação em

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Biblioteconomia, onde seguem, normalmente, normas e padrões nacionais e internacionais. Os auxiliares colaboram diretamente com as atividades da biblioteca, tanto as atividades técnicas quanto as atividades administrativas, tendo um papel de extrema importância pois executam as atividades diretamente coordenados pelos bibliotecários, atividades estas que refletem diretamente nos resultados e sucesso dos serviços prestados pela biblioteca.

6 TIPOS DE DOCUMENTOS E FINALIDADES Toda coleção de material informacional disponibilizada por uma biblioteca é chamada de acervo. Nos dias de hoje, o acervo de uma biblioteca vai muito além dos antigos acervos monásticos, que eram constituídos unicamente de livros.

6.1 ACERVO As bibliotecas têm seus acervos constituídos por coleções em diversos tipos e formatos, podem ser bibliográficos e/ ou especiais: Atlas

Folhetos

Microfilmes

CD’s

Fotografias

Partituras

Desenhos

Globos

Periódicos

Discos

Gráficos

Planta, Maquetes

Dissertações

Gravuras

Separatas

DVD’s

Livros/ Obras de referência

Slides ou diapositivos

Mapas

Teses

Microfichas

Etc...

Filmes Fitas magnéticas

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6.2 CARACTERÍSTICAS Características de alguns materiais informacionais, em especial: Livro, folheto, periódico e obras de referência. Livros – Publicações impressa ou não, constituídos por 50 páginas em diante. Folhetos – Publicações impressa ou não que possuem entre 4 e 49 páginas. Periódicos – São publicações seriadas que formam uma coleção específica de uma determinada área, editados por um intervalo de tempo. Obras de referência – São obras de consulta rápida para encontrar uma informação específica. Ex: Dicionários, enciclopédias, glossários, atlas, bibliografias, catálogos etc. 7 SELEÇÃO/ AQUISIÇÃO A aquisição é a inserção do material informacional na biblioteca, pode ser feita através de compra, doação ou permuta, segundo critérios adotados pela Instituição na Política de desenvolvimento do acervo. •

Verificar o estado físico do material adquirido (doação)



Conferir material adquirido com lista de pedidos e notas fiscais



Colocar identificação da Instituição no material adquirido (carimbo)



Separar duplicatas de materiais adquiridos por doações



Organizar sugestão de compra



Auxiliar no inventário do acervo



Devolver materiais aos fornecedores

8 TRATAMENTO TÉCNICO São atividades relacionadas à preparação técnica do material adquirido para viabilizar o acesso à informação. Consiste na classificação e catalogação (atividades inerentes ao bibliotecário).

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8.1 CLASSIFICAÇÃO Diz respeito à organização do acervo de modo a identificar seu assunto. Geralmente utilizam-se as tabelas de Classificação Décimal Universal (CDU) ou a Classificação Decimal de Dewey (CDD), ambas dividem o conhecimento em 10 classes principais, estas são subdivididas em mais 10 subclasses. PRINCIPAIS CLASSES DA CDU 0 Generalidades. Informação. Organização. 1 Filosofia. Psicologia. 2. Religião. Teologia 3 Ciências Sociais. Economia. Direito. Política. Assistência Social. Educação. 4 Classe vaga. 5 Matemática e Ciências Naturais. 6 Ciências Aplicadas. Medicina. Tecnologia. 7 Arte. Belas-artes. Recreação. Diversões. Desportos. 8 Linguagem. Linguística. Literatura. 9 Geografia. Biografia. Historia.

PRINCIPAIS CLASSES DA CDD 000 Generalidades

500 Ciências puras

100 Filosofia

600 Ciências Aplicadas

200 Religião

700 Artes

300 Ciências Sociais

800 Literatura

400 Línguas

900 História e Geografia

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8.2 PREPARO DA OBRA PARA CIRCULAÇÃO/ EMPRÉSTIMO O preparo da obra para empréstimo consiste em algumas atividades após a classificação e a catalogação da mesma. Nesta etapa as obras recebem os carimbos de identificação da Instituição, carimbo de registro, carimbo de aquisição, etiquetas, proteção antifurto e o número de chamada e o tombamento da mesma, pois ao ser inserida no acervo cada obra individualmente recebe um número que equivale a sua ordem de chegada, isso dependerá de cada Instituição. Decomposição do número de chamada Exemplo:

981

S586a

Código de classificação: 981 Inicial do sobrenome do autor: S Número de Cutter: 586 Inicial do título da obra: a

8.3 ORDENAÇÃO FÍSICA DO ACERVO Após a preparação da obra para circulação a mesma será ordenada/  arquivada nas estantes de acordo com o número de chamada, ou seja, o código de classificação e de autor que consta nas etiquetas. Sendo assim, a sequência das obras seguirá a lógica da classificação, serão agrupados por área do conhecimento. Manter o acervo organizado é de suma importância para recuperar a informação solicitada pelo usuário, por isso deve-se fazer sempre a leitura das estantes para recolocar alguma obra que por ventura esteja fora do lugar, principalmente quando se tratar de biblioteca de livre acesso.

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8.4 ESQUEMA DA ORDEM DE ARQUIVAMENTO A CDU oferece a possibilidade de gerar combinações entre os números de classificação, proporcionando uma melhor opção de representação do assunto do material para ser classificado, assim, gerando uma divisão mais detalhada do acervo, facilitando o seu usio. Essas combinações são feitas com o uso de simbolos. Esses símbolos e a sequencia de sua ordenação no acervo são os seguintes:

+

622.341.1 +689.1

 / 

622.341.1/2 

Número simples

622.341.1

:

622.341.1 :338.1124.1

= (Língua)

622.341=30

(O •••) (Forma) (1/9) (Lugar)

622.341.1 (0.0382) 622.341.1 (430)

(= ...) (Raça)

622.341.1(=1.366)

" ... " (Tempo)

622.341.1 ,,, 18"

A/Z 

622.341.1GOE

.00(Ponto de vista)

622.341.1.002.67

-O (Caract.

622.341.1-057.2

Gerais)

-1/-9

622.341.1-78

.0

622.341.1.03

’,

622.341.1'17

número simples se uintes

622.341.11

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9 PRESERVAÇÃO DO ACERVO A preservação de documentos contribui ao esclarecimento de nossa origem étnica e ao enriquecimento do patrimônio cultural do mundo. É também papel das bibliotecas buscarem a sobrevivência física e material destes objetos, sendo responsável pela permanência da informação armazenada mediante a sua conservação, preservação e restauração. A conservação se dedica à preservação do patrimonial, mantendo a integridade dos documentos, minimizando a deterioração. A preservação é o agir em procedimentos que visam ao retardamento ou à prevenção de deterioração ou dos estragos nos documentos. No caso do suporte em papel, isso ocorre por intermédio do controle do meio ambiente, das estruturas físicas e dos acondicionamentos que possam mantê-lo numa situação de guarda estável. A restauração é o agir mediante procedimentos que possam devolver o estado original ou o seu estado mais próximo do original, com o mínimo de prejuízo à sua integridade estética e histórica, conservando a sua personalidade. Noções básicas de fatores externos de degradação Considera-se como fatores externos de degradação aqueles diretamente ligados às condições ambientais de guarda do acervo e externos à constituição do papel. São eles: • Umidade e temperatura. Devido ao clima tropical, para que se mantenha em condições ideais de temperatura e umidade o local de guarda do acervo, é necessário o uso de umidificadores para locais secos e desumidificadores para locais úmidos, com controle por higrômetros e medidores de umidade. A temperatura deve ser mantida com aparelho de ar condicionado ligado 24 horas, com controle de temperatura automático por meio de termômetros. • Luminosidade. A luz natural, ou seja, a luz do sol emite radiações eletromagnéticas do tipo luz visível, ultravioleta e infravermelha. Cada uma delas atua de modo danoso sobre o acervo em maior ou menor escala. As luzes artificiais, oriundas das lâmpadas elétricas comuns, emitem uma quantidade muito

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grande de calor e as lâmpadas fluorescentes emitem radiação ultravioleta, esses são os elementos básicos da fotodegradação. É necessária a proteção constante dos acervos contra esse tipo de degradação por meio da utilização de persianas, cortinas e filtros absorventes de radiação ultravioleta. • Poluição atmosférica. A poluição atmosférica é gerada pela poeira acumulada no dia-a-dia e também pela emissão de gases tóxicos produzidos por automóveis, fábricas, queima de lixo entre outros. Essa poeira, nos grandes centros, normalmente contém resíduos que catalisam reações químicas, acelerando a degradação dos acervos, principalmente quando os níveis de umidade do ambiente estão elevados. É importante a criação de sistemas regulares de higienização do acervo, como um sistema de ar refrigerado e sistema de ventilação com filtros para ar. • Insetos, roedores e fungos. Denominados agentes biológicos de degradação, são devastadores. Sua proliferação pode destruir bibliotecas inteiras, sendo, também, danosa ao prédio. Eles normalmente são atraídos pela ação do homem e pela deposição de resíduos de alimentos. Os insetos mais comuns nos acervos de papel são as traças, as baratas e os cupins. Os fungos, conhecidos como mofo ou bolor, atacam todo tipo de acervo. Como são organismos vegetais desprovidos de clorofila, não sendo capazes de efetuar a fotossíntese, utilizam-se de materiais orgânicos de onde podem tirar seus nutrientes. Alguns cuidados básicos são manter o local do acervo longe de fontes de alimentos, evitar refeições nesse local, evitar localizar refeitórios ao lado do local do acervo e retirar o lixo diariamente após o expediente. Armários onde haja livros guardados devem ser arejados diariamente por algumas horas. O extermínio se dá com uso de produtos químicos, por meio da desinfestação do acervo. • A ação humana. Na tentativa bem intencionada de estancar o processo de degradação de um documento, podemos fazer uso de instrumentos que, inverso

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ao seu intento, podem provocar uma degradação muitas vezes irreversível, no caso do uso de colas e adesivos inapropriados, por exemplo. Pelo desconhecimento dos princípios que norteiam os fundamentos da conservação, esses procedimentos tornaram-se ações comuns e corriqueiras a todos e alertamos sobre algumas recomendações de medidas corretas no manuseio de documentos em papel:  – manter as mãos limpas;  – guardar os livros nas estantes em sentido vertical;  – evitar guardar os livros semi-inclinados, quando os mesmos não couberem nas estantes;   – guardar os livros nas estantes em sentido horizontal, quando os volumes excederem em tamanho a área para guarda em sentido vertical;  – não sobrepor mais de três volumes ao guardar volumes em sentido horizontal;   – manter sempre os volumes maiores como base ao guardá-los em sentido horizontal;  – não superlotar as estantes;  – reservar espaço de três milímetros entre cada livro para facilitar a retirada da prateleira e evitar o atrito entre as capas (desgaste por abrasão);  – utilizar bibliocantos para impedir que os livros tombem;   – não puxar os livros pelo topo (cabeça) ao retirá-los. Os volumes devem ser retirados da estante pelo centro da lombada;  – evitar umedecer as pontas dos dedos com saliva para virar as páginas do livro;  – evitar dobrar as folhas para marcar as páginas;  – evitar encapar os livros com papel pardo ou similar, pela sua natureza ácida;  – não utilizar fitas adesivas tipo durex e fita crepe, devido à composição química que provoca acidez e manchas irreversíveis;

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  – evitar uso de grampos ou clips metálicos. Esses materiais enferrujam com o passar do tempo, deixando no local manchas marrons e marcas devido ao tensionamento das fibras do papel;  – não encostar as estante nas paredes. Isso evita que a umidade presente nas paredes se transmita aos volumes;  – não abrir os livros que forem atingidos diretamente por água e que estejam com as folhas molhadas;   – nunca secar os livros molhados com calor: sol, forno de cozinha, secador de cabelo. O calor em excesso faz o papel secar muito rapidamente, causando ondulações no material;  – usar lápis 6B quando precisar fazer anotações de identificação do livro, nunca caneta esferográfica;  – controlar o manuseio e orientar o público;  – optar por encadernação inteira, ao mandar encadernar;  – evitar excesso de tinta nos carimbos. O tamanho e forma deve ser padronizado pela instituição e coerente, evitando que atinja o texto;  – manter constante higienização do acervo;  – solicitar ajuda de profissional ligado à área perante algum problema.

10 CATALOGAÇÃO A catalogação diz respeito à transcrição dos elementos que caracterizam fisicamente uma obra. 10.1 CATÁLOGOS Segundo Houaiss (2001, p. 650), catálogo é “uma lista ou fichário em que se relacionam, de maneira ordenada, os livros e documentos diversos de uma biblioteca.” Datam do século 2.000 a.c. as primeiras notícias que se têm de listas inventariais, precursoras dos catálogos atuais. A tecnologia empregada na

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Antiguidade permitia o inventário das obras em tabletes de argila ou nas paredes da própria Biblioteca. Com o adevento da imprensa, por volta de 1448, os esforços para a compilação dessas listas resultaram em obstindas contribuições individuais de pessoas que dedicaram muitas vezes uma vida inteira de trabalho para produzir uma única listagem, devido à proliferação de obras resultante dessa nova tecnologia. Os livros também apresentam contribuições relevantes, ao introduzir funções descritivas da catalogação, como inclusão de dados referentes ao tamanho, número de páginas, tipo e estado da obra e preço (SHERA; EGAN, 1969, p. 12). Nesse mesmo período surge o primeiro catálogo impresso comercial, atribuído a Aldo Manucio, em 1498 (PINTO, 1987). Já no século XVII, a Biblioteca de Oxford (denominada de Bodleian), introduziu índice de autores ordenadas por sobrenome, informações sobre o editor e menções a respeito da ausência de local e data. O uso das fichas catalográficas em bibliotecas ocorreu somente a partir de 1791 na França quando o governo pós-revolucionário definiu diretrizes para organização das bibliotecas que foram confiscadas do clero e da nobreza (PINTO, 1987, p. 147). No início do século XX, em 1901, com o auxílio da tecnologia da reprodução de fichas, a Library of Congress (Estados Unidos) vende suas fichas prontas, rigorosamente iguais, para as bibliotecas do mundo todo, introduzindo a catalogação cooperativas a fim de diminuir os custos da catalogaçõ e disponibilizar a obra o mais rapidamente possível. Outra grande iniciativa da Library of Congress (LC) ocorreu na década de 60 com o projeto MARC (Machine Readable Cataloging/Catalogaçãlo Legível por computador) que teve como proposta converter o dados contidos nas fichas impressas em dados legíveis para o computador. O sistema MARC ampliou seus

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objetivos iniciais de controle do catálogo da LC proporcionando uma base de dados compartilhada por outras bibliotecas norte-americanas e serviços de informação para a comunidade internacional. Atualmente o MARC21, sua versão mais recente, é utilizado no mundo todo como um formato comum entre bibliotecas possibilitando o intercâmbio de dados catalográficos (através de download ) e recuperação da informação online . O período que compreende os anos d 1970-1985 é marcado pela 4ª geração de computadores, quando os microcomputadores e a estrutura de redes de computadores são implementadas. O emprego dessa tecnologia em bibliotecas, associada ás tecnologias da comunicação, já na década de 90, foram responsáveis pelo grande desenvolvimento de sistemas de informação em todo mundo, desencadeando os avanços que usufruímos atualmente através de consultas a catálogos de bibliotecas via web . Certamente que o breve histórico descrito acima não contemplou uma série de fatos que construíram a história não somente dos catálogos, mas também do controle bibliográfico universal e, sobretudo, da Biblioteconomia. A intenção aqui, com esse resumo, é demonstrar que o catálogo não nasceu pronto. É a soma de ideais, de esforços em conjunto e de uma preocupação comum com a padronização internacional dos dados a fim de possibilitar seu intercâmbio eletrônico entre todos os povos. Um catálogo de biblioteca distingue-se de uma bibliografia por indicar as unidades de uma determinada coleção, biblioteca ou grupos de bibliotecas. Assim, bibliografia é, de maneira geral, um levantamento de obras sobre um assunto, ou restritas a uma época. Não localiza as obras, isto é, não informa a instituição onde elas podem ser encontradas. Já o catálogo constitui uma lista de livros, folhetos etc,. arranjada de acordo com um plano definido e com um Código de Catalogação. O catálogo indica sempre as unidades de uma determinada coleção, biblioteca ou grupo de bibliotecas e localiza, para o interessado, as obras existentes, isto é, indica como e onde pode ser encontrado o material nele relacionado.

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Portanto, o catálogo pode mostrar não só a relação entre os assuntos, mas também todos os assuntos que são tratados no mesmo livro, assim como seus autores, ilustradores, compiladores, tradutores etc. 10.2 FUNÇÕES Vários autores estudaram as funções do catálogo, entre elas podemos citar: a) indicar os nomes dos autores, co-autores, colaboradores, compiladores, tradutores, comentadores, ilustradores etc., dos quais a biblioteca possua obras; b) indicar os nomes de sociedades, institutos, ou quaisquer outras entidades coletivas das quais a biblioteca possua obras; c) indicar as obras que pertencem à mesma série; d) indicar os títulos das obras, para podermos localizá-las e identificá-las; e) indicar os livros do mesmo assunto que existam na biblioteca; f) guiar e orientar o leitor, nas suas pesquisas, por meio de fichas remissivas. g) Reunir todas as obras de um mesmo autor, numa determinada parte do catálogo; h) Indicar ao leitor as características especiais de cada obra, tais como paginação, ilustração, formato etc; i) Indicar ao leitor o valor da obra, resumindo dados com referência ao seu conteúdo.  j) indicar a localização das obras (nas estantes); k) mostrar ao leitor se a obra é dividida em mais de um volume. l) mostrar o que a biblioteca possui de determinado autor, sobre determinado assunto (e assuntos correlatos) e gênero literário; m) auxiliar na escolha de um livro quanto à edição (bibliograficamente) e quanto ao seu gênero (literário ou técnico). É através do catálogo destinado ao público que a biblioteca atinge seu principal objetivo: “identificar e recuperar os documentos do seu acervo”. Subentende-se, portanto, que o catálogo da biblioteca está restrito à coleção a que pertence e permite identificar e recuperar, com finalidade e rapidez – seja no todo ou em parte – os documentos da coleção.

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Como o catálogo da biblioteca representa o seu acervo, possibilitando a identificação e recuperação tão somente dos documentos nele inseridos, muitas vezes se torna necessário recorrer a fontes auxiliares, como catálogos coletivos, bibliografias nacionais e especializadas, índices etc., para complementar um levantamento bibliográfico, incluindo obras que não constam do seu acervo. Essas fontes auxiliares devem ser criteriosamente selecionadas, de modo a complementar, de maneira adequada, a função informativa do catálogo. Cabe, ainda, dizer que esse instrumento – que funciona como “memória coletiva” – possibilita a recuperação das informações, através de inúmeros e diferentes pontos de acesso, como o nome do(s) autor(es) e outros responsáveis intelectuais pela obra ou participação de textos; título(s); assunto(s); série. O sucesso de um catálogo está na razão direta da “inteligência disciplinada dos que o planejam e o mantêm”. 10.3 FORMAS Quanto à forma em que se apresenta, o catálogo pode ser: em fichas, em livro, em folhas soltas e online . Os principais requisitos necessários para que os catálogos de biblioteca cumpram suas funções são: a) ser flexível, isto é, permitir que novas entradas sejam acrescentadas, assim como facilitar o descarte das entradas dos livros eliminados ou extravios; b) estar sempre atualizado, para fornecer informações recentes e satisfatórias aos usuários; c) reunir as entradas semelhantes; d) permitir a mudança de entradas em virtude de correções na classificação ou na própria catalogação; e) ser processado de forma harmoniosa, coerente e constante, respeitando rigorosamente os princípios adotados; f) ser tão acessível quanto possível; g) ser fácil de aprender a usar.

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10.3.1 Em fichas O catálogo em fichas já foi o mais comum em bibliotecas. Nele, os dados sobre cada obra são transcritos em uma ficha do tamanho padrão 7,5 cm x 12,5 cm. As várias fichas, ordenadas de modo predeterminado, são conservadas em gavetas de dimensões apropriadas; ao móvel constituído de gavetas para as fichas dá-se o nome de fichário. O catálogo em fichas permite correções por ser composto de unidades flexíveis, facilitando remoção de entradas e inclusão de novas entradas, a qualquer tempo. E, ainda possibilitando sua impressão, em qualquer época, sob a forma de livro. Devido, porém, às naturais dificuldades de compilação e manutenção (duplicação de fichas, ordenação, fichários, espaço) geralmente só existe uma única cópia, podendo ser consultado apenas na própria biblioteca, oi que faz com que fique menos acessível aos usuários. A Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, antes de passar a imprimir o seu catálogo, matinha catálogo em fichas de sua coleção, em vários pontos do país. 10.3.2 Em Livro Há catálogo em forma de livro, que, como o nome indica, é aquele em que os itens da coleção aparecem relacionados, um após o outro, em folhas de papel, presas às ourtas por uma das margens, como se fosse um livro. Geralmente, falar em catálogo em livro, é referir-se a catálogos umpressos, dois quais existem vários exemplares, podendo ser consultados e conservados facilmente, fora do recinto da biblioteca. Assim sendo, o catálogo em livro é mais acessível, insto é, mais fácil de ser consultado pelos usuários, que podem dispor de exemplar na sua própria casa, desde que autorizado pela biblioteca e que a biblioteca forneça cópias do catálogo. É, porém, uma forma mais dispendiosa de organização, exigino, para sua compilação, um catálogo original em fichas, além dos gastos com a confecção e edição no formato de livro.

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Por motivos óbvios, torna-se de difícil atualização, não é flexível, não permitindo correções, supressões ou adições, que só poderão aparecer posteriormente, em suplementos ou novas edições. Os suplementos tornam a pesquisa difícil, uma vez que deve ser repetida a cada novo número. 10.3.3 Em folhas soltas Outro tipo de catálogo é o impresso em folhas soltas, muito popularizado em meados do século IXI. Como o nome diz, é um catálogo em folhas removíveis, manuscritas, datilografadas ou impressas. Essas folhas podem ser substituídas, permitindo assim supressões, correções e acréscimos, o que o torna flexível. Reune obras de um mesmo autor ou sobre determinado assunto e oferece boa visão de conjunto das obras relacionadas. È relativamente fácil de reproduzir, permitindo a existência de várias cópias. Em contrapartida, por apresentar esse conjuntos de qualidades, é o mais dispendioso, exigindo original em fichas e substituição freqüente de folhas. Devido às dificuldades de manutenção (trocas de folhas), é pouco utilizado. Na verdade, só se conhece, no Brasil, o catalogo em folhas soltas, o catálogo de tombo da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, ou o Kardex, para registrar os periódicos. O Conselho de Geografia, no passado, utilizou esse formato de catálogo para seu acervo.

10.3.4 Online O catálogo online de acesso público, também denominado OPAC (Online  Public Access Catalog ) é atualmente a forma mas adotada pelas bibliotecas que adquirem softwares  gerenciadores de dados e serviços que permitem o acesso via web . Dentre as suas principais vantagens, sobre as demais formas de catálogo, estão ois benefícios do acesso remoto em rede e da interface gráfica que possibilitam maior iteração entre os usurários e o sistema.

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Os softwares  que gerencial os catálogos online  permitem, não somente, consulta aos dados propriamente ditos (autor, título, assunto, etc) mas também, em alguns casos, o acesso ao texto completo, imagem ou som da obra descrita. É também possível fazer solicitações de serviços como, por exemplo, a reserva para empréstimo domiciliar ou entre bibliotecas e de cópias de artigos. Em outras palavras, os catálogos online  ampliaram ao público – um avanço qualitativo importante na prestação de serviços de informação em bibliotecas, em tempos de internet. Outra vantagem fundamental dos catálogos online  é a possibilidade que o sistema oferece de exibir os registros em diferentes formatos. Dessa forma, é possível visualizar o registro em formato MARC ou sob forma de referência, no modo de exibição em fichas catalográficas, ou em lista, conforme o desejo e necessidade do usuário. Além disso, a possibilidade de importar e exportar registros facilitou a implementação da catalogação cooperativa em rede, permitindo às bibliotecas do mundo todo fazer o download  (carregamento) ou upload  (transferência) de registros prontos. Apesar de todas as vantagens dos catálogos online , algumas bibliotecas mantêm atualizados ou não os fichários tradicionais ou listagens do todo acervo local, constituindo um arquivo de segurança impresso, a fim de permitir o acesso ao acervo em casos de panes nos servidores ou computadores e falta de luz. É comum também a adoção de planilhas em papel para posterior inclusão no sistema, devido a diferentes fatores relacionados com a falta de recursos humanos e materiais, entre outros. 10.4 FINALIDADE Quanto à finalidade de que objetivam, os catálogos podem ser principais quando destinados ao público leitor, ou auixiliares quanto destinados ao pessoal técnico especializado da biblioteca.

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A deficiência de uma biblioteca somente poderá ser avaliada através do conjunto de catálogos principais e auxiliares que, hoje, obedecem a um plano convencional. A execução de um primoroso sistema de controle é indispensável para o bom funcionamento de uma biblioteca, sob os mais variados aspectos: desde a sua consulta interna e externa, até o intercâmbio com as outras unidades, dentro de um planejamento global de atividade cultural. Catálogos principais De acordo com suas funções, os catálogos principais podem ter vários tipos: De autor O catálogo de autor ou onomástico reúne as entradas principais e secundárias de autor, em ordem alfabética, sejam eles individuais ou coletivos, e as remissivas, numa só ordem alfabética. A palavra autor é tomada no sentido De título Catálogo de título ou didascálico é o que reúne todas as entradas principais e secundárias de título, mais as remissivas, todas obedecendo a uma única ordem alfabética. De assunto Catálogo de assunto, ideográfico ou metódico é o que arrola as obras de acordo com seus assuntos, isto é, segundo o conteúdo de cada uma. É o catálogo de maior utilidade numa biblioteca, pois facilita ao leitor a procura das obras sobre um determinado assunto e matérias correlatas. Dicionário O catálogo que apresenta, numa única ordem alfabética, as entradas de autor, título e assunto, chama-se catálogo dicionário. Mas, apesar do hábito de se dizer que o catálogo dicionário reúne todas essas fichas numa única ordem alfabética, na realidade, quanto maior o número de fichas que ele inclua, maior o

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número de ordens alfabéticas. São, portanto, ordens dentro de ordens, podendo esses agrupamentos alfabéticos ser de dois tipos: palavra por palavra

letra por letra 

Monte, Ana Monte alegre Monte Alto (SP) – Descrições de viagens Monte Verde, Joana Monteiro, Clara Monteiro Lobato hoje Montenegro, Luisa Montenegro (RS) – História

Monte alegre Monte Alto(SP)–Descrições de viagens Monte, Ana Monteiro, Clara Monteiro Lobato hoje. Montenegro, Luisa Montenegro (RS) – História Monte Verde, Joana

Seja qual for a forma pela qual esteja arrumado, todo o catálogo dicionário deve responder, entre outras, às perguntas: a) que obras possui a biblioteca de determinado autor? b) que obras possui a biblioteca de um determinado assunto? c) onde estão localizados na biblioteca? Deve incluir, também, fichas remissivas “ver” e “ver também”, para eliminar ou correlacionar entradas. Os catálogos dicionários foram muito usados no passado e voltaram a ser adotados, com a separação do catálogo de assunto, isto é, divididos. Dessa maneira todos os cabeçalhos de assuntos e suas correlações passam a constituir outro catálogo, arrumado também pela ordem alfabética. O chamado catálogo dividido facilita, sobremaneira, a consulta de quem está apenas interessado nos assuntos dos livros, evitando as fichas relacionadas com autores, títulos e séries. O catálogo dicionário oferece, pois, vantagens no uso, como: a) o arranjo alfabético é de fácil compreensão para o público, com ele familiarizado já em outras situações; b) as obras de um determinado assunto, tratadas em seus diferentes aspectos, ficam reunidas sob um mesmo cabeçalho; c) o acesso é direto ao assunto específico;

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d) os cabeçalhos de assunto são mais fáceis de que os símbolos do catálogo sistemático. Por outro lado, tem desvantagens: a) b) c) d) e) f)

dificuldades de seleção do termo que representará o cabeçalho de assunto; mudança frequente da terminologia; barreira linguínstica; dispersão dos assuntos correlatos, que seria lógico ficarem reunidos; dificuldade de compilação de bibliografias em virtude da própria ordenação; necessidade de muitas remissivas.

Cronológico Há ainda, o catálogo cronológico, não usualmente empregado por bibliotecas, em geral, e sim por entidades particulares e editoras, pois serve para mostrar as obras de cada época ou de cada ano. Geográfico Quando o catálogo adotado divide as obras pelos respectivos países de origem e regiões geográficas, chama-se geográfico. Não é considerado um catálogo de importância primordial, no entanto, este catálogo e o cronológico são de grande valor para incunábulos (obras impressas no decorrer do século XV). Sistemático No catálogo sistemático, classificado ou metódico, os cabeçalhos de assunto são representados por símbolos de classificação e arrumados de acordo com a sequência do sistema de classificação adotado, abrangendo todo o conhecimento humano, dividindo-o em classes. Por isso mesmo, tem sido preferido por associações de profissionais, departamentos culturais e grandes bibliotecas especializadas. Apresenta fichas numa disposição igual à dos livros nas estantes, mas, a cada obra, correspondem tantas fichas quantos os assuntos em que ela foi classificada. Não pode, porém, prescindir de dois índices auxiliares. Um deles é o alfabético de assunto, a chave do catálogo sistemático ou

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classificado. De modo geral, através desse índice, os leitores têm acesso ao material contido no catálogo classificado. O índice deve ser feito com muitas palavras sinônimas, cada uma numa ficha, e tem como função estabelecer a palavra-chave correspondente ao número de classificação de um assunto, seja este geral ou específico, assim como estabelecer relações entre diversos assuntos que se apresentam separados dentro do sistema de classificação. Por exemplo, o leitor procura um livro sobre magnetismo , mas não sabe a que classe pertence o assunto. Vai, então, ao índice e encontra a indicação magnetismo  538. No catálogo sistemático, ele achará a informação que precisa, sob o número 538. Outro índice, o de autores e títulos ou de nomes arrumados em ordem alfabética, tal como um dicionário, permite encontrar nomes de autores principais, colaboradores, compiladores, tradutores (quando destacados), títulos das obras, nomes como assunto (biografados) e remissivas. O catálogo sistemático apresenta muitas vantagens, a saber: a) tem um sistema de notação independente da linguagem; b) possibilita normalização internacional; c) não é afetado por mudanças de terminologia, bastando só revisão do tópico no índice de assunto, para estar atualizado. d) diminui o problema da barreira linguística, se for empregado um sistema de classificação internacionalmente conhecido; e) faculta ao leitor examinar o assunto no seu conjunto, porque o assunto e suas subdivisões se apresentam numa ordem lógica; f) mostra como os livros estão arrumados juntos nas estantes; g) mostra o que há na coleção da biblioteca, sobre qualquer assunto, indo do aspecto geral a tópicos especializados; h) permite que qualquer classe de assunto seja impressa separadamente, em forma de livro ou folheto, a qualquer momento, facilitando a compilação de bibliografias especializadas;

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i) através de seu índice, possibilita consulta mais rápida, pois não estabelece normas de entradas diretas ou indiretas para os termos, podendo-se empregar as formas que se desejar, desde que o assunto seja bem expresso;   j) oferece oportunidade de intercalação de sistemas de classificação especial, em certos assuntos; k) pelo número de fichários separados que o constituem, facilita a consulta simultânea por um maior número de pessoas; l) acelera o trabalho do catalogador, eliminando a tarefa de procurar o termo específico ou único para o assunto (cabeçalho de assunto). Em compensação, oferece algumas desvantagens, citando-se entre as mais flagrantes: a) seu arranjo, por ser baseado em um sistema de classificação, não é do conhecimento geral, como ocorre com o alfabético; b) seu sistema de notação, inacessível à maioria dos usuários, cria uma barreira psicológica para seu uso efetivo; c) é de confecção mais trabalhosa; d) exige consulta mais demorada, pois, para chegar ao assunto, o usuário precisa consultar, primeiro, o índice de assunto; e) sofre efeito das falhas do sistema de classificação adotado. Quando já completo, ele próprio é fonte de pesquisa para o bibliotecário, na classificação de livros. Catálogos auxiliares Os catálogos auxiliares são instrumentos indispensáveis numa biblioteca; sem eles, tornar-se-ia impossível o controle das obras da mesma. Como os principais, eles variam conforme as exigências dos vários serviços da biblioteca. Esses serviços, por sua vez variam de acordo com os diferentes tipos de biblioteca. Em qualquer caso, muitas vezes, facilitam a elaboração dos catálogos principais, ajudam o serviço interno da biblioteca e completam as informações

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prestadas pelos catálogos principais. Via de regra, há várias modalidades de catálogos auxiliares. De registro Catálogos de registro, também denominados de inventário ou tombo, são aqueles nos quais as obras recebem um número e são agrupados pela ordem cronológica de sua entrada na biblioteca. Fornecem indicações sobre a vida de cada obra na biblioteca, desde sua entrada até sua baixa. Em geral, além do número de registro, contêm informações necessárias sobre a forma de aquisição, bem como as referências às documentações fiscais, sobre a existência de outros exemplares, número de chamada, condições de uso, nome do solicitante, motivo de aquisição, datas referentes à chegada, conservação, baixa e também os motivos de baixa das obras. Seu formato em fichas tem a vantagem da boa apresentação estética em relação ao livro de tombo, onde os dados eram manuscritos. Com a identificação dos sistemas de informação online , o registro é uma tarefa à parte que complementa a descrição bibliográfica, isto é, a catalogação e a circulação das obras. Assim, além das informações inerentes ao registro existem campos relacionados com a disponibilidade do item e o cadastramento do número do código de barras possibilitando o controle online do empréstimo. O catálogo de registro precisa incluir as seguintes informações: a) b) c) d)

número de chamada; edição, local de publicação, editora responsável e ano da obra; preço de custo; valores referentes à conservação, preservação e restauração e respectivas datas; e) condições de uso; f) inventários realizados; g) observações e esclarecimentos sobre as perdas sofridas e a razão das mesmas;

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h) motivo da baixa. Esse catálogo presta valiosa colaboração à biblioteca porque: a) auxilia a verificação da identidade de cada livro (volume); b) informa o número de entrada, data de aquisição, origem, preço, preço da encadernação, baixas etc.; c) esclarece o preço da obra, para efeito de cobrança ou indenização; d) em casos de incêndio ou furto, fornece dados para o pagamento do seguro; e) indica o número de baixas na biblioteca e suas causas; f) informa o número de volumes existentes na biblioteca e possibilita acesso a dados necessários à elaboração de relatórios. Para registro dos periódicos, usa-se o fichário horizontal, tipo Kardex, porque são publicações de natureza diferente e que, por essa razão, requerem um registro diferenciado do adotado para livros e folhetos. O controle de periodicidade – que é o intervalo de tempo entre fascículos sucessivos de um mesmo título – tem impotância predominante no registro de publicações periódicas. Em catálogos online o registro é mais simplificado e de rápida visualização que a sua versão em ficha, facilitando a conferência e consulta. A outra grande vantagem para bibliotecas que compartilham dados é a possibilidade de registrar localmente e simultaneamente gerar e exportar arquivos de atualização para o catálogo Coletivo Nacional de Publicações Periódicas (CCN) eliminando o retrabalho e reduzindo o tempo de digitação. Topográfico Catálogos topográficos são aqueles cujas fichas estão arrumadas segundo o número de chamada de cada publicação do acervo e, portanto, indicam a ordem pela qual os livros estão arrumados nas estantes. Sua finalidade principal é a de permitir o controle do acervo da biblioteca através de um levantamento periódico. O levantamento periódico – ou inventário – pode corrigir a má colocação dos livros nas estantes e verificar os que foram extraviados. Este trabalho é feito

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sempre por duas pessoas: enquanto uma vai examinando os livros nas estantes, outra, transportando o fichário ou utilizando listagens geradas pelo sistema, vai ditando o número de chamada, e a leitura de ambas deve coincidir. Indiretamente, como decorrência da ação do inventário, mostra as publicações que, por algum motivo, estão fora dos seus lugares nas estantes. Quanto maior for o acervo da biblioteca, mais necessidade há desse catálogo que pode parecer supérfluo em uma pequena biblioteca. Quando a biblioteca é classificada, segundo um sistema qualquer ele muito se assemelha ao catálogo sistemático ou classificado. O topográfico é muito útil porque: a) mantém a uniformidade de classificação; b) impede a repetição de números de chamada, pois cada obra tem um número (de chamada) único, que nunca deve ser repetido, nem mesmo para duplicatas; auxilia na revisão dos catálogos principais; facilita a seleção de livros novos, mostrando, em conjunto, as obras que a biblioteca   já possui de cada classe de assunto; complementa as informações prestadas pelo catálogo dicionário sobre os periódicos, visto que especifica seus números dentro do plano de periodicidade de cada um. O catálogo topográfico deve conter os seguintes dados: a) b) c) d) e)

número de chamada; entrada principal, de acordo com a ficha do catálogo biobliográfico; título específico da obra; data da publicação da obra; número de registro, seguido da indicação do ano em que a obra foi registrada no catálogo (ou livro) de registro.

Convém ressaltar a diferença entre catálogo topográfico e catálogo sistemático. No último, a ficha aparece uma única vez, naquele, vão aparecer tantas fichas quantos forem os assuntos.

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No catálogo sistemático, a ficha, ao invés de cabeçalho, tem o símbolo do código de classificação de acordo com cada assunto, porque a obra pode ter vários assuntos. Na ficha principal, a pista não tem termo correspondente aos assuntos e, sim, o código de classificação de cada assunto; depois, então, é que aparecem o nome do autor, o título, a série, o nome do tradutor etc. De aquisição A biblioteca pode manter, ainda, um catálogo de aquisição, para registrar o movimento de compras, doações e permutas de itens do seu acervo. Dentre as informações principais que devem ser identificadas além daquelas inerentes à publicação destacamos: a) b) c) d) e) f) g) h)

nome do fornecedor; preço da obra; nome do solicitante da obra; motivo de aquisição; data de solicitação; data de encomenda e recebimento da obra; informações sobre a forma de pagamento; dados sobre a documentação fiscal, legal ou administrativa que acompanha a obra.

Em algumas bibliotecas é comum verificar na ficha de aquisição campos específicos destinados para o registro da obra, evitando assim o novo preenchimento de campos comuns. Com esses procedimento, a ficha de aquisição “migra” para o catálogo de registro após a chegada da obra na biblioteca. Biobliográfico Catálogo biobibliográfico, de identidade ou de autoridade é o que registra os dados biográficos e bibliográficos de autores dos quais a biblioteca possua obra. Trata-se de catálogo de grande importância na biblioteca, auxílio

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indispensável à manutenção da uniformidade das entradas dos nomes pessoais, dos títulos e das entidades coletivas. Sua finalidade é registrar: a) a forma do nome do autor, escolhido para entrada, e respectivas datas de nascimento e morte; b) as fontes de pesquisa consultadas que orientam a escolha dessa forma; c) as remissivas de sobrenomes compostos ou de pseudônimos etc.; d) o título da primeira obra catalogada na biblioteca e que serviu para melhor identificar o autor; e) a notação de autor (número de Cutter), para evitar futuras pesquisas. Fazem-se fichas biobibliográficas para todas as pessoas ou entidade que encabecem fichas no catálogo principal, quer sejam autores ou colaboradores. Só se faz uma ficha de identidade para cada autor, não importando quantos livros seus a biblioteca possua. O catálogo de identidade deve incluir, além das fichas de identidade ou autoridade, uma cópia de cada ficha remissiva feita para o nome do autor. As fichas remissivas são, portanto, feitas em duplicata – uma para o catálogo e outra para o catálogo de identidade. As principais fontes utilizadas na pesquisa, para correta elaboração dessas fichas são: dicionários biográficos, dicionários biobibliográficos, catálogos impressos, bibliografias, enciclopédias, informações prestadas pela própria pessoa e dados existentes na própria instituição. As fontes bibliográficas consultadas são indicadas nas fichas, de modo abreviado e convencional. Escrever-se-á, por exemplo: Barsa, Inocêncio, Velho Sobrinho etc.; e não indicações minuciosas sobre cada uma dessas fontes. A localização ou não das informações procuradas em determinada fonte bibliográfica é, também, indicada convencionalmente, do modo seguinte: v - encontrado o autor; vd - encontrados autor e datas (de nascimento e morte); vv - encontrados autor e título da obra a ser catalo ada

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Quaisquer divergências ou informações adicionais são acrescentadas, entre parênteses, depois da fonte bibliográfica em questão. As remissivas “ver” são indicadas na fichas, precedidas de um x, e as “ver também” por xx. O formato da ficha de identidade não precisa ser normalizado. Existem dois tipos básicos, sujeitos a pequenas variações. O mais empregado nas bibliotecas brasileiras, e que parece vir da publicação sample catalog cards , da Universidade de Columbia, com pequenas variações locais, seria, por exemplo, o seguinte: Em sistemas de informação online , o catálogo de autoridade tem papel fundamental para a otimização o processo de catalogação e padronização das entradas. Os recursos do software , em geral, evitam até mesmo a digitação do nome completo uma vez que o sistema permite a busca automática na hora do preenchimento e traz entrada para o campo determinado da planilha. Para que esse recurso do software  traga seus benefícios, a alimentação do catálogo deve ser feita conforme o recomendado para o catálogo em fichas, incluindo as pesquisas em fontes para determinar o padrão correto da entrada de nomes e entidades coletivas. De cabeçalhos de assunto Outro catálogo auxiliar é o das entradas de assunto adotadas no catálogo dicionário ou no catálogo de assunto (sistemático). Arrumado em ordem alfabética, nele são registrados todos os cabeçalhos usados na biblioteca. Tem por finalidade garantir a uniformização desses cabeçalhos. De encadernação Catálogo de encadernação e aquele que registra, em ordem alfabética, todos os livros de uma biblioteca que se encontram na encadernação. Além das listas, em duas ou três vias, assinadas conjuntamente pelo bibliotecário responsável e pelo encadernador, deverá ser aproveitada a ficha

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topográfica para, em ordem alfabética, construir com as outras fichas dos livros que estejam encadernado, o catálogo de encadernação. Quando o livro volta da oficina, o bibliotecário, além da conferência das listas assinadas, somente terá o trabalho de retirar a ficha do catálogo de encadernação e recolocá-la no fichário do catálogo topográfico. Em bibliotecas de grande movimento, principalmente em bibliotecas abertas ao público (acesso livre às estantes) e que emprestam livros em domicílio, esse processo é de grande conveniência para o controle do acervo e muito útil para informar ao leitor quando a obra está registrada nos catálogos principais e não se encontra emprestada a outro leitor. Em sistemas online  esses dados são visualizados pelo próprio usuário ao consultar no catálogo online  a disponibilidade do item. Em geral esses dados são inseridos no módulo correspondente à circulação, onde estão reunidos os dados sobre o registro, exemplares, localização etc. Catálogos coletivos Catálogo coletivo é um inventário que registra, em uma única ordem de sistematização ou sucessão, informações sobre o acervo total ou parcial de duas ou mais bibliotecas. Resulta, portanto, da fusão, em um só catálogo, de vários catálogos independentes entre si. Todas as definições propostas para o catálogo coletivo repousam, sempre, no elemento básico de ser ele um serviço comum a várias bibliotecas. Funções A função básica de um catálogo coletivo, evidentemente, é permitir que se localizem as publicações nele registradas, ou melhor, que se conheça onde elas podem ser encontradas. Além disso, porém, serve também para: a) racionalizar o empréstimo entre bibliotecas; b) propiciar programas de aquisição e catalogação cooperativa; c) promover o compartilhamento de recursos;

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d) favorecer informações bibliográficas diversas.

11 ATENDIMENTO AO PÚBLICO O acervo é, sem dúvida, rica fonte de informação e instrumento de trabalho para aqueles que devem atender ao público assim como o conhecimento das mais diversas fontes de informação voltadas para a área de atuação. Por isso, a divulgação do acervo da biblioteca, bem como dos seus serviços prestados, são fundamentais para o êxito dessa importante atividade em uma biblioteca. Os serviços de atendimento ao público se concentram no fornecimento de informações e orientação bibliográfica. Os serviços relacionados ao atendimento ao público envolvem a referência, o empréstimo domiciliar, o empréstimo entre bibliotecas, a circulação, a comutação bibliográfica, entre outros,dentre os quais destacamos os dois primeiros: •



Referência Serviço de referência, numa biblioteca, é aquele que vai dinamizar as suas coleções, servindo de ligação entre os usuários e tudo o que a biblioteca tem para lhes oferecer. Através do serviço de referência, são feitos o atendimento a consultas, a orientação aos leitores, a divulgação do acervo, as promoções culturais e outras, e o empréstimo domiciliar. Empréstimo O empréstimo de documentos pertencentes ao acervo deve ser efetuado conforme regulamento de cada biblioteca, e é geralmente restrito a leitores inscritos na biblioteca. A inscrição é facultada a qualquer pessoa que, no ato, se responsabilize pela obediência ao regulamento. No ato da inscrição, o interessado deve ser informado a respeito do seu compromisso com a biblioteca. O primeiro passo para possibilitar o empréstimo é a organização do fichário dos leitores. Regras para o empréstimo de livros devem ser simples e claras, sempre afixadas à mesa de empréstimo e, quando conveniente, às paredes da biblioteca ou na página da Biblioteca na

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Internet. Para empréstimo de periódicos, utilizam-se papeletas especiais, preenchidas na ocasião. No balcão de empréstimo, deve estar no fichário dos leitores e de empréstimo dos livros ou outro instrumento adotado pela biblioteca tal como, por exemplo, o computador. Estatísticas diárias, por assunto, verificam o movimento do empréstimo e o tipo de material mais procurado; isso permite que se possa avaliar a utilidade e a eficiência da biblioteca. Em sistemas automatizados, os relatórios das estatísticas de uso são ricos instrumentos de estudos de uso em bibliotecas. Os serviços auxiliares de atendimento ao público são: a) b) c) d) e) f) g) h) i)

informar sobre os serviços disponíveis na biblioteca; informar aos usuários sobre as normas de empréstimos; cadastrar os usuários junto à biblioteca; operar o sistema de empréstimo, devolução, renovação, reserva e cobrança; ordenar os materiais bibliográficos e não-bibliográficos nos seus locais próprios para armazenagem; manter organizado o setor de empréstimo; auxiliar nas atividades de dinamização, hora do conto, hora da leitura etc; auxiliar nas atividades de extensão, feiras de livros, exposições, concursos literários etc; auxiliar na operacionalização dos serviços de disseminação da informação, tais como boletins, avisos, alertas etc.

11.1 Outras tarefas Além da rotina técnica a biblioteca inclui em suas tarefas outros controles de apoio ao seu funcionamento como um todo e podemos destacar os seguintes: a) manter o arquivo de correspondência e outros;

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b) operar equipamentos audiovisuais, como vídeo, projetor de slides , retroprojetor, datashow , equipamentos reprográficos e outros; c) manter cadastros de endereços institucionais para atividades cooperativas; d) auxiliar o inventário dos bens patrimoniais da biblioteca; e) realizar serviços de digitação e/ou datilografia em geral; f) coletar dados estatísticos das tarefas sob sua responsabilidade; g) executar outras tarefas operacionais.

11.2 Levantamentos bibliográficos Diz respeito a execução de pesquisas para os usuários sobre temas específicos nas fontes de informação disponíveis nas bibliotecas. Levantamento bibliográfico é um sinônimo para “o que tem sobre determinado assunto” ou “o que tem de determinado autor” na biblioteca, então é feito uma “busca”, ou seja, verificar tudo que consta no acervo, do que foi solicitado pelo usuário, incluindo não apenas livros, mas artigos de periódicos e demais documentos. Esse tipo de pesquisa é muito comum em bibliotecas universitárias e especializadas

12 ÉTICA E POSTURA PROFISSIONAL Na área de biblioteconomia, há o código de ética profissional do bibliotecário, inexistindo um código específico para os auxiliares, devendo estes obedecerem aos códigos de ética da esfera pública (federal, estadual ou municipal) ou privada a qual faça parte. O Código de Ética Profissional do bibliotecário tem por objetivo fixar normas de conduta para os profissionais em Biblioteconomia, quando no desempenho da profissão, definindo os deveres, obrigações e proibições quanto as práticas profissionais dos bibliotecários. Ainda rege sobre as infrações disciplinares e penalidades que podem ir desde uma advertência até a cassação do registro profissional, impedindo-o de exercer a profissão.

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REFERÊNCIAS

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