Aula semi-sólidos 2011

November 14, 2018 | Author: Anderson P. de Aragão | Category: Emulsion, Skin, Chemical Substances, Chemistry, Physical Sciences
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Universidade Federal do Piauí Centro de Ciências da Saúde Curso de Farmácia

TECNOLOGIA DE OBTENÇÃO DE FORMAS FARMACÊUTICAS SEMI-SÓLIDAS

Out/2009

VIAS DE PENETRAÇÃO Fármaco Tecidos Superficiais da Pele Região Folicular

Ductos Estrato Córneo Sudoríparos Intacto

VIAS DE PENETRAÇÃO Fármaco Tecidos Superficiais da Pele Região Folicular

Ductos Estrato Córneo Sudoríparos Intacto

Penetração 

Pele dilacerada ou escoriada ;



Pele intacta: 





Paredes dos folículos pilosos, das glândulas sudoríparas ou sebáceas ou por entre as células da camada córnea; Principal via  camadas epidérmicas (área superficial; não contém elementos anatômicos); Película que reveste a camada córnea não é contínua e não apresenta resistência real à penetração; não tem composição, espessura ou continuidade definidas.

Estrutura da pele

Estrutura da pele Penetração do fármaco Estrato córneo (40% de proteína + 40% de água + triglicérides, ácidos graxos livres, colesterol e fosfolipídeos) Canais intercelulares Componente lipídico (determinante importante do primeiro passo do processo de absorção) Tecidos epidérmicos Derme (vascularizada  circulação sistêmica)

PREPARAÇÕES FARMACÊUTICAS SEMI-SÓLIDAS



Principais semi-sólidos: •







Pomadas; Pastas (Pomadas com elevada % de sólidos insolúveis); Cremes (emulsão consistente); Géis (Preparações semi-sólidas em que a fase líquida está confinada dentro de uma matriz polimérica tridimensional).

POMADAS •

São formas farmacêuticas semi-sólidas de consistência macia e firme destinadas ao uso externo, constituídas de um ou mais princípios ativos incorporados (dissolvidos ou dispersos) ao(s) excipiente(s).

FATORES DE PENETRAÇÃO DA PELE













Características físico-químicas do fármaco; pH e concentração; Condições da pele (intacta, idade, área da pele tratada); Estado de hidratação do estrato córneo; Afinidade do fármaco com veículo; Promotores: DMSO DMF DMA DCMS. →





(Dimetilsufóxido, dimetilformamida, dimetilacetamida e decil-metilsulfóxido)

POMADAS



Escolha da base: •







Velocidade de liberação desejada; Oclusão da pele recomendada; Estabilidade do fármaco; Influência do fármaco na consistência da base.

POMADAS



PLÁSTICA: Troca de forma com pequenos esforços mecânicos;

CONSISTENCIA: Deve ser ótima para facilitar sua aplicação;



TEXTURA: Uniforme, não deve ser percebido nenhum elemento



sólido;] ODOR: Não deve ter odor de ranço.



POMADAS



Bases usadas: Bases de hidrocarbonetos (oleosas): vaselina; vaselina branca; pomada amarela e óleo mineral; Bases de absorção: petrolato hidrófilo e lanolina anidra; Bases removíveis com água: pomada hidrófila (LSS, álcool estearílico, vaselina branca, propilenoglicol e água); Bases hidrossolúveis: pomada de polietilenoglicol. •







Bases comuns para Pomadas 

Hidrocarbonetos Vaselina  Vaselina Branca  Pomada Branca  Óleo Mineral 



Bases de Absorção Lanolina (Gordura de Lã Hidratada)  Lanolina Anidra (Gordura de Lã Refinada) 

Bases para Pomadas

POMADAS



Conservantes mais usados: Sais quaternários de amônio. Ácido benzóico; Ác. sórbico; Fenóis; Parabenos; •









Aplicação Pomada Oftálmica

Insumos

Ambiente Equipamen tos

Atividade de amplo espectro Efetivo a baixas concentrações - toxicidade Compatíveis com os outros ingredientes Estável  – Temperatura & pH Facilidade de analise Incolores e inodoros Lipo e/ou Hidrossolúvel

POMADAS



Preparação: •

Por incorporação: Mistura dos ingredientes Tanque com agitadores Laminador

Preparação de pomadas 

Incorporação 



Fusão 



Alguns ou todos os componentes são misturados ao serem fundidos e resfriados;

Conservação 



Componentes são misturados por vários meios, até a obtenção de um composto uniforme;

Envolve antimicrobianos e antioxidantes;

Acondicionamento 

Potes, frascos e principalmente bisnagas

POMADAS Figura 2: Tanque de aço inoxidável e laminador

POMADAS



Preparação: •

Por fusão: Fusão dos ingredientes Mistura com agitadores Resfriamento

POMADAS Método de Fusão Componentes Fundidos e misturados Solidificação Componentes que não foram fundidos

Voláteis Termolábeis

POMADAS Figura 3: Batedeira com parede dupla e batedeira planetária

Fonte: www.erli.com.br

Processo Industrial 



O arejamento do semi-sólido deve ser evitado, uma vez que pode conduzir à instabilidade e variação da densidade do lote, resultando numa variação do peso de uma pomada ou de um creme no seu recipiente; Misturadores planetários selados.

www.amadio.com.br/006a.htm

Processo Industrial

Processo Industrial

Processo Industrial

Reator para cremes /pomadas, com camisa, 500 Lts, 02 agitadores na parte superior e turbina na parte inferior, suporta vacuo, levantamento do cabeçote através de pistões .

Processo Industrial Moinho Coloidal METEOR, mod. Rex 2

Enchedora para semi-sólidos

Processo Industrial

Processo Industrial

Processo Industrial

Processo Industrial

Processo Industrial

Processo Industrial

Controle de Qualidade 

   







Descrição; Conteúdo de envase; Umidade; Densidade; Teor; Contagem microbiológica:  Ausência de Patógenos  Fungos e leveduras (Máx. de 100 UFC / g). Odor; pH

SEMI-SÓLIDOS 





Pastas :  São dispersões de grandes concentrações de substâncias insolúveis pulverizadas (20 a 50%) numa base oleosa ou aquosa. Geléias:  São bases solúveis em água preparadas a partir de gomas naturais como a tragacanta, a pectina, os alginatos, e a boroglicerina, ou de derivados sintéticos de substâncias naturais como a metilcelulose e CMC. Géis:  São geralmente semi-sólidos transparentes contendo a substância ativa solubilizada.

GÉIS São formas farmacêuticas semi-  sólidas , formadas por um sistema disperso de pelo menos duas fases, uma sólida e outra líquida .

Vantagens · Menos gorduroso  · Fáceis de aplicar  · Efeito emoliente e refrescante  · Facilmente removíveis  · Textura leve e aparência 

atrativa

Desvantagens 

· Limite no uso de aditivos Incompatibilidades



· Tendem a ressecar a pele   licos quando hidroalc óo

Desvantagens · Custo de alguns polímeros  · M á  dispersão  – formaç ão de 

grumos Desenv. de microorganismos  · bolores



· Secam rapidamente

 –



glicerina

Classificação 

Quanto a composição:

· lipogéis hidrogéis - géis clássicos  ·  · géis naturais e sintéticos 

Propriedades dos lipogéis Possuem propriedades emolientes  Não oclusivos e não comedogênicos para incorporação  Adequados de lipídeos 

Propriedades dos lipogéis Boa conservação  Baixa viscosidade  Tolerância fisiol ógica. 

Hidrogéis (géis hidrófilos): 

água, glicerol e propilenoglicol geleificado: goma adraganta, amido, derivados da celulose e polímeros carboxivinílicos.

Propriedades dos Hidrogéis - Refrescantes - Permitem formulações livres de óleo - Formam Formam uma película fina e transparente - São laváveis - São favoráveis favoráveis a liberação de substâncias ativas

Classificação 

 

Quanto a origem Naturais: celulose Sintéticos: derivados do ácido poliacrílico (Carbopol (Carbopol)) PVP PEG

Penetração cutânea 

Como são formados por macromoléculas coloidais, não conseguem atravessar a epiderme intacta e não demonstram afinidade pelas proteínas da pele, não tendo absorção cutânea.

GÉIS

O tipo de polímero empregado na  formulação de gel pode influenciar no  comportamento reológico e na  estabilidade física do produto e até  mesmo, afetar a aceitabilidade deste pelo  consumidor.

GÉIS A reologia tem sido assunto de grande e crescente  importância para as indústrias cosmética e farmacêutica, tendo em vista que a consistência e o espalhamento dos  produtos devem ser reproduzidos de lote para lote, assegurando a qualidade tecnológica do produto acabado.

GÉIS Geralmente, as substâncias formadoras de géis são polímeros que quando dispersos em meio aquoso assumem conformação doadora de viscosidade à preparação (Maia Campos et al, 1999).

GÉIS

Logo, pode-se definir o gel como uma preparação semi-sólida composta de partículas coloidais que não se sedimentam (ficam dispersas).

GÉIS

TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO

CREMES



São preparações feitas por uma mistura relativamente estável e homogênea de dois líquidos imiscíveis.

CREMES



A emulsão será O/A ou A/O dependendo: •





Natureza dos agentes; Quantidade; Tipo e concentração dos tensoativos.

CREMES Conceitos importantes: •



Tensão interfacial: é a força que faz com que dois líquidos insolúveis e imiscíveis resistam a fragmentação em pequenas gotículas quando postos em contato; Tensoativos: São substâncias que reduzem a resistência a fragmentação, podendo levar o líquido a reduzir-se a gotas ou partículas menores.

EMULSÕES

Òleo

Água Tensoativo

EMULSÕES



Emulsivo ideal: •









Compatível com as outras matérias-primas; Não interferir na eficácia e estabilidade do PA; Estável antes e depois da preparação; Não ter odor ou cor forte; Não tóxico.

EMULSÕES •

Preparação de emulsões: Fase interna

Fase externa

Mistura das fases

Arrefecimento

EMULSÕES Figura 4: Batedeira com parede dupla e batedeira planetária

Fonte: www.erli.com.br

EMULSÕES Figura 5: Misturador planetário selado

Fonte: www.erli.com.br

DESENVOLVIMENTO - EMULSÃO Escolha do tipo de emulsão Escolha da fase oleosa Escolha do agente emulsionante Avaliação da consistência Controle de qualidade Estudo de estabilidade

EMBALAGEM E ROTULAGEM



Acondicionamento: •









Tubos de estanho; Tubos de alumínio; Latinhas de metal; Potes plásticos (polietileno, polipropileno); Bisnagas plásticas.

Batedeira planetária, marca AMADIO, Modelo LAS20, com tacho encamisado, cap. 20 lts.

BAT AMADIO-50L Batedeira planetária, marca AMADIO , modelo LAS50 , Cap. 50lts

BAT AMADIO 150 LAS Batedeira TIPO PLANETÁRIA MARCA AMADIO MODELO 150 LAS - Tacho em inox com sistema de aquecimento.

REA INOXIL 500 VC Reator para cremes  /pomadas , com camisa , 500 Lts , 02 agitadores na parte superior e turbina na parte inferior , suporta vacuo , levantamento do cabeçote através de pistões .

Envasadora Medida volumetrica por pistons e/ou pressão, Aço inox 316 L, pode possuir camisa com aquecimento e/ou misturadores mecanicos.

Envasadora Destaque para o agitador mecanico

Tubeta Envasadora e fechadora de bisnagas de aluminio, marca Meteor, modelo Tubetta, com aquecimento eletrico no funil, painel com inversor, etc...

Detalhe do envase e vedamento

EMBALAGEM E ROTULAGEM Figura 6: Envasadora semi-automática e automática

Fonte: www.erli.com.br

EMBALAGEM E ROTULAGEM Figura 7: Máquina para rotulagem de tubos

Fonte: Ansel et al, 2000.

EMBALAGEM E ROTULAGEM Figura 5:Máquina envasadora automática

Fonte: www.amard.com.br/ maquinas/atpp-e.jpg

EMBALAGEM E ROTULAGEM Figura 6: Máquina envasadora automática e acondicionamento secundário

CONTROLE DE QUALIDADE





Teste de separação de fases Teste do tipo de emulsão •







Por coloração; Por condutividade; Por diluição.

Peso/volume médio

CONTROLE DE QUALIDADE •





pH Aspecto Viscosidade



Densidade

CONTROLE DE QUALIDADE •



Teor Microbiológico

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