AULA 7 Tintas
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Tintas...
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Tintas para Construção Civil
MERCADO DE TINTAS •
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Organização setorial www.abrafati.com.br O Brasil é um dos cinco maiores mercados mundiais para tintas Dados do setor:
Faturamento líquido 2010: US$ 3,87 bilhões Volume produzido 2010: 1,359 bilhão de litros Empregados diretos: 18 mil Os dez maiores fabricantes respondem por 75% do total das vendas
MERCADO DE TINTAS •
Segmentos do setor: imobiliárias:: • Tintas imobiliárias 79% do 79% do volume total (V) e 59% 59% do do faturamento (F) • Não industriais (edificações) • Industriais
•
Demais indústrias
(eletrodomésticos, móveis, autopeças, naval, aeronáutica): 13% de V
e 24,5% 24,5% de de F •
Repintura automotiva:: 4% automotiva 4% de de V e 9% 9% de de F
•
Automotiva original: 4% de 4% de V e 7,5% 7,5% de de F
TINTAS • Misturas
geralmente no estado líquido geralmente no e de base polimérica • Algumas
de base mineral ou mistas
(cimento Portland ou cal hidratada e polímeros) • Devem
formar película sólida aderente sobre aderente sobre uma superfície (substrato) • Devem
promover funções específicas a um sistema de pintura
SISTEMA DE PINTURA
Loh (2007)
SISTEMA DE PINTURA
A tinta é variável importante do sistema de pintura !!
Gnecco, Maio/ 1997
FUNÇÕES SISTEMAS DE PINTURA •
Acabamento e estética
•
Valorização e conservação do ambiente construído (histórico ou contemporâneo)
•
Funções especiais • • • •
Higiene Imagem e qualidade de serviços e produtos Segurança industrial Outras mais específicas
FUNÇÕES SISTEMAS DE PINTURA •
Acabamento e estética !! •
Prioridade para a Arquitetura e a maioria das obras comerciais e residenciais contemporâneas
•
Simultaneamente ponderar necessidades do substrato e outras funções do sistema
•
Visão holística do projeto
Cortesia Celso Gnecco, Sherwin Willians
FUNÇÕES SISTEMAS DE PINTURA • •
Conservação e valorização do ambiente construído Proteção do substrato – “pele” • controlar permeabilidade • à água e outros agentes • durabilidade • corrosão do aço • lixiviação em concretos, argamassas • biodeterioração de madeiras... ISAIA 2007 – Cap. 15
Escola de Cadetes do Exército – Campinas/SP Cortesia Eng. Celso Gnecco, Sherwin Willians – Sumaré /SP
FUNÇÕES SISTEMAS DE PINTURA •
Imagem, produtividade e qualidade de indústrias e empresas • • •
Efeitos na comunicação No estado de espírito das pessoas No resultado de serviços e produtos
FUNÇÕES SISTEMAS DE PINTURA •
Higiene • •
Hospitais Ambientes de preparação de alimentos – tons claros como sinalização de assepsia
Cortesia: Antonio Gomes – Cascavel - PR
FUNÇÕES SISTEMAS DE PINTURA •
Segurança e sinalização industrial
Exemplo
incêndio ; Amarela = gás; Verde = água ; Azul = ar comprimido; Cinza clara = vácuo; Laranja = produtos ácidos; Púrpura = produtos alcalinos; BRANCA = vapor; Cinza escura = eletrodutos e conduítes •Tubulações : Vermelha =
• •
FUNÇÕES SISTEMAS DE PINTURA •
Outras mais específicas •
retardar chama
•
anti-estática
•
luminescência – sinalização viária ou industrial - refletivas da radição próxima à infravermelha
• tintas “frias”
TINTAS - CONSTITUINTES látex V e í c u l o
Figura adaptada da revista Pintura industrial/Sherwin-Williams
SOLVENTE ou VEÍCULO VOLÁTIL • •
Fração volátil da tinta Controla reologia • •
•
Aplicação Conduz a resina para aumentar o contato com a superfície de aplicação
Compostos orgânicos dissolvem a resina
•
Hidrocarbonetos • alifáticos •
•
aromáticos •
• •
Aguarrás, naftas Toluol, xilol
Álcoois, cetonas glicóis Tipo e teor regula o VOC (“Volatile Organic Compound”)
•
Água forma emulsão com a resina (látex)
SOLVENTE ou VEÍCULO VOLÁTIL
Após evaporação do veículo volátil, a tinta resulta com teor de sólidos por volume de 70 % Gnecco, Maio/ 1997
FRAÇÃO VOLÁTIL x VOC*
(Fonte: Gnecco, Mariano e Fernandes, 2005).
*A ASTM D 3960-05 define VOC como sendo qualquer composto que participa de reações fotoquímicas na atmosfera Loh, 2007
RESINA • • •
Veículo não volátil Aglutinante dos pigmentos Controla • aderência, • elasticidade, • permeabilidade, • resistência química, • resistência ao intemperismo
•
Resinas comuns • • • • •
PVAc Acrílicas Alquídicas (esmaltes) Epoxídicas Poliuretânicas
PIGMENTOS •
Pós entre 0,1 mm e 5 mm, insolúveis no solvente • Ativos (ou opacos) • Inertes (ou cargas)
PIGMENTOS •
Ativos (ou opacos) • •
Coloração Durabilidade do filme •
Proteção da resina pelo elevado índice de refração (TiO2, esferas de vidro) – também usados nas tintas “frias”
•
•
Proteção anti-corrosiva do substrato
Inertes (ou cargas) • • •
Enchimento Textura • carbonato de cálcio, talco Resistência à abrasão • óxido de alumínio
PIGMENTOS ATIVOS •
Coloração •
Sistema Munsell de classificação de cor (2000 cartelas)
REFLETÂNCIA (%)
COR
90,0
BRANCA
59,1
CINZA CLARA
36,2
CINZA MÉDIA
9,0
CINZA ESCURA
1,2
PRETA
OBSERVAÇÕES
refletância máxima em tintas
refletância mínima em tintas
PIGMENTOS ATIVOS •
Proteção anti-corrosiva de aço carbono •
Cromato de zinco e zarcão (Pb3O4) em desuso – saúde – metais pesados
•
Zinco metálico – teor deve ser alto na película seca
•
Fosfato de zinco – não tóxico, transparente, dissolve em vapor de água do filme e adere ao aço, uso com pigmento vermelho e tipo barreira (Fe2O3)
•
Pigmentos tipo barreira: óxidos de ferro e alumínio, caulinita e outros de base mineral
Gnecco, Maio/ 1997
PIGMENTOS INERTES ou CARGAS • • •
•
Texturas Alta espessura Presença de grãos maiores (riscos) Variedades de acabamento
ADITIVOS Conferem propriedades especí ficas, usados em baixo teor – 0,1 a 2% •
Emulsificantes •
•
estabilidade e suspensão dos pigmentos, facilitar aplicação
•
< dureza > flexibilidade •
•
tensoativos ou umectantes Interfaces sólido/ar; sólido/líquido
Biocidas •
Dispersantes •
Plastificantes
• • •
Fungicidas, algicidas, bactericidas
Antibolhas Antinatas Secantes
Exemplo de composição de uma tinta látex Componente
Exemplo
Resina
PVA
Pigmentos
Carga Aditivos
Rutílio Litopônio Talco
di-nbutilftalatos compostos de mercúrio Emulsificante sabões Fase líquida
água
Proporção Função (%) 30 Formação da película 25 Fornecer cor e opacidade 5 Distribui pigmentos 0,1 a 3 Plastificantes Fungicidas 2 30
Estabiliza a emulsão Forma o veículo 26
ESQUEMA FABRICAÇÃO 15 ou mais tipos de materias primas
Pigmentos e Aditivos
balcão do varejo
TINTAS – FORMAÇÃO DO FILME •
Por secagem: apenas evaporação do solvente. Lacas* acrílicas, vinílicas e as de nitrocelulose
•
Por secagem e polimerização em emulsão (ou por emulsificação posterior à adição/condensação): Látex acrílico, vinílico
Gnecco, Maio/ 1997
* Lacas tem alto teor de cargas
FORMAÇÃO DO FILME EM LÁTEX Dispersão aquosa (látex) com teor de sólidos entre 20 e 50% Estágio I: Evaporação da água – ambiente e substrato
Estágio II: Deformação de partículas por coalescência
Estágio III: Filme seco e polimerizado Adaptado de Uemoto, 1998
TINTAS – FORMAÇÃO FILME reação da resina com um agente endurecedor “Cura” por oxidação: além da evaporação de solventes, os óleos que fazem parte das resinas alquídicas reagem com o oxigênio do ar
• Por “cura”: •
Gnecco, Maio/ 1997
TINTAS – FORMAÇÃO FILME • “Cura” por polimerização com catalisador:
Tintas Bi-componentes - o componente B é o agente de cura e reage com a resina do componente A. Ocorre ainda a evaporação dos solventes. Exemplo: resinas epoxídicas e poliuretânicas
Gnecco, Maio/ 1997
TINTAS - FORMAÇÃO FILME No filme seco: Tipo e quantidade relativa DA RESINA e DOS PIGMENTOS na soma total dos constituintes sólidos regulam: - Brilho, - Aderência - Flexibilidade - Permeabilidade à água e ao vapor de água - Resistência a agentes químicos - Resistência ao intemperismo (natural ou acelerado por câmaras) O teor de pigmento em volume (PVC) é uma medida usual de dosagem para controle dessas propriedades
BAIXO PVC FILME látex
–
MEV 10000 x
Alto PVC FILME látex
–
MEV 10000 x
Loh, 2007
REFLEXÃO LUZ PELO FILME •
Tintas alto brilho a semibrilho
•
Tintas acetinadas a foscas < resina > > pigmento (30 a 45%)
>> resina < pigmento (10 a 30%) úmida
luz
luz seca
35
EFEITOS DO PVC
“PVC = Pigment
volume content = Proporção relativa em massa ou volume, no total de pigmento mais resina
“Critical Pigment Volume Concentration”
ou
“Fração Volumétrica Crítica de Pigmentos”
Loh, 2007
SISTEMAS DE PINTURA VARIÁVEIS NAS ESPECIFICAÇÕES
Loh (2007)
SISTEMAS DE PINTURA VARIÁVEIS NAS ESPECIFICAÇÕES •Primer
ou tinta de fundo: primeira demão sobre o substrato (ponte para melhor aderência acabamento). É também anti-corrosiva para o caso de aço carbono •Washprimer: aderência da pintura a metais não ferrosos •Fundo preparador: coesão de partículas soltas – pintura calcinada, argamassa sem coesão, gesso •Selador: aplicação em materiais porosos – argamassas e madeira, evita absorção desigual da tinta de acabamento pelo substrato •Massa niveladora: baixo teor de solvente, deve ser aplicada sempre sobre o primer ou o selador.
Seqüência de aplicação das tintas Acabamento Primer Massa
Concreto ERRADO
CERTO
SISTEMAS DE PINTURA VARIÁVEIS NAS ESPECIFICAÇÕES MEIO AMBIENTE
INTERNO Úm id o Seco
Agressivida de
Umidade (alta)
Umidade (normal)
EXTERNO Industrial Seco
Sol, Chuva, Sol, Chuva, Umidade Umidade (alta), Fulígem, (normal), Poeiras de Poeira de areia produtos químicos, Gases SO2 , NO, NO2 CO2 e H 2 S
SISTEMAS DE PINTURA VARIÁVEIS IMPORTANTES Luz: efeitos da radiação solar (λ entre 290 a 3.000nm), principalmente a ultravioleta (UV) (λ
entre 280-400nm) que provoca as reações
fotoquímicas. Quanto menor o λ maior é a energia
absorvida e maior potencial de ruptura de ligações químicas. O material se torna quebradiço, há alteração de cor Umidade e temperatura: efeitos de água sob a forma líquida ou vapor como a de condensação, de chuva, do orvalho etc. A absorção e desorção de umidade no substrato podem causar fenômenos de expansão e retração volumétrica e de concentração de tensões dentro de um material
Látex PVA •
Poli (vinil acetato)
•
termoplástico H Hsuperior O a H temperatura de transição vítrea -C-C-O-C-C70oC
•
H H
H
Látex PVA •
Poli (vinil acetato) • • •
Predominante no mercado Boa durabilidade em ambientes secos Degradação • • •
•
hidrólise em contato com ácidos e bases fortes perde resistência em contato prolongado com a água não deve ser especificado para exterior
Insolúvel em óleos e gorduras
Látex ACRÍLICO •
Ácido acrílico ou metacrílico • •
Termoplástico Estável • • •
•
calor, luz, agentes químicos e água
Ambientes externos
TINTAS LÁTEX ACRÍLICO e PVA • • • •
ECONÔMICA (interior) STANDARD e PREMIUM (exterior) Acabamentos semi brilho; acetinado e fosco
•Usos •substratos
porosos
•argamassas •concretos •rochas •cerâmica •gesso
LÁTEX ACRÍLICO x PVA •
Acrílico é superior < permeabilidade < solubilidade água
> resistência a álcalis > durabilidade frente UV • •
Acrílico + cara PVA preferido para interior
Tintas alquídicas • •
Esmaltes sintéticos Ácidos graxos modificados • poliálcoois (radical OH) • ácidos de carboxilas (COOH) • óleos secantes
•
• • •
Em substratos com álcalis livres • Ácidos graxos livres formam sabão (saponificação) Relativamente permeáveis Ambientes internos ou externos normais Mais indicadas para madeiras e aço
• Ótima para ambientes internos secos ou externos pouco agressivos
Tintas epóxi • • •
•
Termofixas Muito impermeáveis Suscetíveis à UV – calcinação superficial (gizamento) Sistemas de pintura marítima ou industrial com tintas poliuretânicas
•
Aplicação • ambientes quimicamente agressivos • precisam ser aplicadas em substrato resistente pois sofrem retração pela reação de cura
TINTA HOSPITALAR Centro cirúrgico
Tintas poliuretânicas •
Excelente resistência à maresia, à água, à corrosão e à abrasão
•
Quando bi-componente
•
•
grande dureza
•
elevada durabilidade
Usos •
Proteção de concreto
•
Embarcações como tinta de fundo
•
Em sistemas mistos com epóxi
PERMEABILIDADE AO VAPOR DE ÁGUA g/m2/dia 100
20
10
Resina ALQUÍDICA
EPOXÍDICA
H2O Vapor de água
POLIURETÂNICA
Fonte: Prof.Eric.V.Schmid - Exterior Durability of Organic Coatings
a s s a m
100% UR
Vapor de água
Sílicagel ou
Cloreto de Cálcio
100% UR
g/m2/dia
tempo
Selador epóxi + Tinta de poliuretano
“VERNIZES” •
Ausência de pigmentos:
Transparentes • Durabilidade é menor comparativamente a tintas pela ausência de pigmento(s) de proteção da resina • Variações de semibrilho a fosco são obtidas por adição de carga muito fina • Subtratos ao natural –
•
•
madeira ou concreto
•
Propriedades ditadas pelas características da resina formadora do filme Exemplo em ordem crescente de resistência a atmosferas agressivas: • Verniz acrílico • Verniz epóxi • Verniz poliuretano
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