Aula 6 - PPR - Exame clínico em PPR e PT - Bruno Freitas Trevizo (MIXA) - 28.02.13

March 18, 2019 | Author: Bruno Trevizo | Category: Tooth, Prosthesis, Mouth, Dentist, Psicologia e ciência cognitiva
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Exame clínico nico em PPR e PT

Exame clínico: conjunto de procedimentos sistemáticos com os quais o CD, utilizando de metodologia racional, procura obter do paciente todas as informações necessárias e fundamentais para elaboração de um diagnóstico e planejamento do caso clínico. Objetivos do exame:        



Determinar a necessidade de tratamentos prévios. Avaliar a atitude metal e de cooperação do paciente. Possibilitar o diagnóstico e promover o prognóstico. Estabelecer honorários. Registrar numa ficha clínica os dados obtidos, os quais poderão po derão ser úteis futuramente. Detectar, avaliar e identificar todos os estados mórbidos comuns às estruturas bucais. Detectar e avaliar moléstias sistêmicas com reflexos bucais. Detectar e avaliar distúrbios funcionais do órgão mastigador e variações anátomofísicas da boca do desdentado. Avaliar as dificuldades associadas ao tratamento.

Orçamento no mínimo o triplo do valor do protético. Deve-se cobrar o exame clínico. Exame clínico  Diagnóstico  Planejamento.

Anamnese  saúde geral, bucal e avaliação psicológica. Exame clínico  extra e intra. Exames complementares  radiográfico, modelo e próteses. Requisitos da ficha clínica:    

Fácil manejo e conservação. Conter todos dados necessários. Espaços para futuras anotações. Ser objetiva, sintética e clara.

Ficha clínica: 1. 2. 3. 4.

Identificação do paciente. Anamnese. Exame extraoral. Exame intraoral.

5. Exame radiográfico. 6. Exames complementares. 7. Diagnóstico e plano de tratamento. Anamnese: indica tudo o que se refere à memorização dos sintomas da doença, desde suas manifestações prodrômicas até o momento do exame. Metades dos erros com o planejamento e tratamento das PTs e PPRs poderiam ser evitadas por uma comunicação mais consciente entre profissional e paciente. Atitude mental: o profissional deve conhecer a psicologia humana, uma vez que a capacidade de compreender o procedimento mental do paciente é frequentemente a diferença entre o sucesso ou fracasso do tratamento. Relacionamento profissional/paciente: o profissional tem responsabilidade por uma comunicação de sucesso e deve conscientizar seu paciente sobre suas responsabilidades. Anamnese:                           

Queixa principal. Conceitos que o paciente tem das PPRs e PTs. Expectativas do paciente em relação ao tratamento. Conhecimento dos ambientes sociais do paciente. Motivação pela busca do tratamento. Problemas digestivos. Problemas respiratórios. Problemas renais. Problemas cardíacos. Discrasias sanguíneas. Anemias. Problemas de nutrição e avitaminose. Doenças infectocontagiosas. Alterações hormonais. Osteoporose. Tabagismo. Medicamentos. Hábitos de higienização. Dores nos músculos mastigatórios. Dor na ATM. Ruído na ATM. Hábitos parafuncionais. Sangramento gengival. Achados e sintomatologia na mucosa alveolar e tecidos adjacentes. Porque procurou o tratamento? Há quanto tempo e porque perdeu os dentes? Já usou ou usa prótese? Que tipo?

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O que você acha da sua antiga prótese? O que você espera do tratamento?

Causa da perda dos dentes: 

Placa bacteriana  Cárie/Doença periodontal.

Expectativas de osso alveolar, tratamentos prévios, experiências com as próteses, hábitos e cuidados com a higiene oral. Próteses antigas:   

Experiências anteriores com próteses. Causa dos insucessos. Condicionamento prévio do paciente.

Avaliação psicológica:      

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RECEPTIVO: Bem equilibrado. Calmo. Altamente motivado. Demonstra confiança no dentista. Prognóstico bom. HISTÉRICO: Saúde precária. Receoso do tratamento. Descuido com a saúde bucal. Queixa-se com o profissional da sua saúde bucal precária. Emocionalmente instável. OBS: nunca fazer promessas de sucesso. Prognóstico desfavorável. CÉPTICO: Metódico. Difícil de satisfazer. Preocupado com a estética e função da prótese. Relutante em aceitar o conselho. Tenta ordenar o tratamento. Pode exigir garantia por escrito. Prognóstico pode ser bom se o profissional contornar a situação. INDIFERENTE: Despreocupado com a aparência. Sente pouca necessidade de mastigação. Não se incomoda com o uso da prótese. Não leva em consideração os esforços do dentista. Pode ser alcoólatra.

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Persuadido por alguém a procurar o tratamento. Prognóstico desfavorável.

Exame clínico extraoral:         

Cor da pele, cabelo e olhos/forma dos lábios (PT). Exame da ATM. Exame dos músculos mastigatórios. Linha mediana (normal ou desviada). Formato do rosto (PT). Perfil facial e sorriso. Alterações na pele e mucosa labial. Cor dos dentes remanescentes. Perda de dimensão vertical.

Exame clínico intraoral: PPR

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Rebordo alveolar residual. Avaliação de tecidos moles. Distância do fundo de sulco à margem gengival. Avaliação dos dentes remanescentes. Perda de dimensão vertical. Alterações no plano oclusal. Número e distribuição dos dentes.

Tipos de rebordo residual (V-L): Rebordo alto:    

Triângulo isóscele. Base menor que altura. Crista alveolar estreita. Boa estabilidade.

Rebordo normal:     

Triângulo equilátero. Base igual a altura. Crista alveolar media. Bom suporte vertical. Boa estabilidade.

Rebordo estrangulado:  

Forma retangular. Base menor que a altura.

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Crista alveolar larga. Área de estrangulamento. Pobre adaptação da sela.

Rebordo em lâmina de faca:     

Triângulo isóscele. Base maior que altura. Crista alveolar afilada. Pobre suporte vertical. Pobre estabilidade.

Rebordo reabsorvido:     

Triângulo isóscele. Base maior que altura. Crista alveolar larga. Bom suporte vertical. Pobre estabilidade.

Tipos de rebordo residual (sentido MD): Rebordo residual horizontal ou paralelo: 

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Região principal de suporte é paralela ao plano oclusal idealizado para os dentes artificiais. Distribuição mais uniforme das cargas mastigatórias sobre todo rebordo. Maior facilidade de confecção das próteses dento-muco suportadas.

Ponto fundamental na biomecânica das próteses de extremo livre: Quando a força incide no dente, ela é repassada ao ligamento periodontal, transformando-se em força de TRAÇÃO, favorável para a formação óssea. Já quando a força é aplicada na mucosa, ela é em forma de COMPRESSÃO, estimula a atividade clástica.

Rebordo residual ascendente para distal: 



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Região principal de suporte e o plano oclusal dos dentes artificiais são convergentes para distal. Carga mastigatória incide obliquamente ao rebordo, gerando forças laterais com sentido para mesial. Tendência de deslocamento da prótese para mesial, em direção aos dentes pilares. Prognóstico favorável (não é ideal, mas é favorável).

Um dos motivos de se montar a prótese até o primeiro molar é por causa da ascendência do osso da mandíbula, que se se prosseguisse com os segundos molares, poderiam ampliar a força oblíqua para os pilares, movimentando-os. Rebordo ascendente para mesial:





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Região principal de suporte e o plano oclusal dos dentes artificiais são convergentes para mesial. Carga mastigatória incide obliquamente ao rebordo gerando forças laterais com sentido para distal. Tendência de deslocamento da prótese para distal. Prognóstico desfavorável.

Rebordo residual côncavo: 





Região principal de suporte é côncava em relação ao plano oclusal dos dentes artificiais. Carga mastigatória incide obliquamente ao rebordo podendo gerar forças laterais com sentido para distal e para mesial. Tipo de rebordo mais desfavorável para confecção de PPR dento-muco suportada.

Para minimizar as desvantagens do rebordo residual: moldagem funcional, plataforma menor possível e mínimo de dentes possível (até 1º molar), bom ajuste oclusal, grampo T, placa proximal, recobrimento da maior área possível com a base da prótese. A ideia, logo, é criar mais base rosa, não mais dentes!

Trauma no tecido de suporte causado pela prótese. O palato é adaptado para receber uma prótese firme, logo a barra NÃO É ALIVIADA! DEVE SER FIXA. Já a mucosa mandibular, é mais sensível e fina, se se tiver muita pressão, vai gerar lesão, logo, NA MANDÍBULA, A BARRA DEVE SER ALIVIADA! ps : Ottolengui é um grampo circunferencial de abraçamento PARA PREMOLAR, com dois apoios interconectados. Distância do fundo de sulco (soalho da mandíbula) à margem gengival: >= 9 mm = barra. < 9 mm = placa. Odontograma – avaliação dos dentes remanescentes: 



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Condição de suporte: recessão gengival (trauma, se for em um dente só, ou escovação se for em vários), mobilidade (até grau 2, com DP controlada, dá para ser suporte, mais que isso, não dá). Cárie, destruição coronária, inclinação dental, Giroversão, extrusão dental, abfração, extrusão dente/rebordo. Bruxismo, vitalidade pulpar. Avaliação periodontal: indícios de DP, inflamação, recessão, bolsas, mobilidade, furcas. Suporte dentário: forma da coroa, integridade da coroa, tamanho/altura da coroa, número e forma das raízes. Perda de dimensão vertical, alteração no plano oclusal. Número e distribuição dos dentes remanescentes:

- Puntiforme: concentração em um só local de dente(s). - Linear: dois ou mais dentes, formando uma linha reta. - Superficial: distribuição dos dentes suporte formam figuras geométricas (prognóstico favorável). O ideal é que a área desdentada esteja dentro da figura geométrica.

Exame clínico intraoral: PT

Forma dos maxilares: triangular, quadrangular e ovoide. Tamanho dos rebordos (distância dos túberes da maxila): Grande: 50 mm. Médio: 45 mm. Pequeno: 40 mm. Secção transversal:   

Rebordo normal (equilátero). Rebordo alto: base menor que altura. Rebordo absorvido: altura maior que a base.

Forma dos rebordos:   

Afilado. Vertentes paralelas. Retentivo (estrangulado).

Superfície dos rebordos:   

Lisa. Ondulada. Irregular.

Tuberosidades:   

Grande. Média. Pequena.

Profundidade da abóbada palatina: Ideal é média:  

Ovoide: 15 mm. Quadrangular: 11,3 mm;

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Triangular: 11,5 mm. Média global: 12,4 mm.

Palato mole: avaliação da sua disposição em relação ao palato duro  influi na extensão do limite posterior da prótese.   

Classe I: mais posterior. Classe II: médio. Classe III: mais anterior (pior).

Avaliação dos dentes remanescentes: PT imediata e overdentures. Tórus palatino ou mandibular  se for pequeno, se desvia dele. Se for grande, se opera. Síndrome da combinação: Região anterior de maxila tem o pior suporte ósseo. Quando há contato de dentes anteriores inferiores com a parte anterior da maxila (PT superior), começa haver reabsorção anterior da maxila, aumento do túber da maxila. Síndrome da combinação: conjunto de pelo menos 3 características que ocorrem no paciente desdentado superior e com dentes remanescentes somente na região anterior da mandíbula, incluindo perda no rebordo residual anterior, crescimento das tuberosidades, hiperplasia papilar na mucosa do palato duro, extrusão dos dentes anteriores inferiores e perda óssea na região do rebordo residual da base PPR inferior. Resolve-se fazendo um overjet aumentado para evitar contato anterior.

Mucosa, língua e palato mole. Textura, cor, mobilidade:   

1 a 2 mm = normal (ideal). 1 > rígida. 2 < flácida.

Mistatina é o melhor antifúngico (micostatin). Língua:    

Tamanho. Posição. Mobilidade. Alterações.

Xerostomia:     

Ingestão. Diabetes. Idade avançada. Menopausa. Radioterapia local.

Qualidade da saliva:   

Serosa ou aquosa. Normal. Mucosa ou espessa.

Modelo de estudo >>>>>

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