Aula 16 - Sensopercepção e suas alterações
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Sensopercepção e suas alterações
Fabiana Vilela de Moraes Aula 16 Outubro/2013
Sensação • Fenômeno gerado por estímulos físicos, químicos ou biológicos variados, originados fora ou dentro do organismo, que produzem alterações nos órgãos receptores, estimulandoos.
• Fenômeno passivo.
Dalgalarrondo, 2008
Sensação • • • • • • • • •
Dor Temperatura Pressão Sensibilidade visceral Gosto Olfato Visão em cores, em preto e branco Audição Equilíbrio vestibular (labirinto) Bastos, 2000
Percepção • Tomada de consciência, pelo indivíduo, do estímulo sensorial.
• Transformação de estímulos puramente sensoriais em fenômenos perceptivos conscientes. Dalgalarrondo, 2008
Percepção Processo mental através do qual a informação sensorial é organizada e integrada significativamente, podendo assim ser reconhecida.
Bastos, 2000
Percepção • Fenômeno ativo, parte de estímulos sensoriais que são recriados na mente de quem percebe algo (Dalgalarrondo, 2008). • A vivência fenomenológica das percepções não corresponde exatamente à influência direta do meio externo sobre os receptores do sistema nervoso, mas sim à maneira particular como o cérebro organiza e representa essa influência (Bastos, 2000).
Percepção A integração da informação sensorial com o background perceptivo mental se faz através do aprendizado, durante o desenvolvimento, e se integra à personalidade do indivíduo (Bastos, 2000).
Apercepção • Perceber algo integralmente, com clareza e plenitude, por meio de reconhecimento ou identificação do material percebido com o preexistente. Dalgalarrondo, 2008
Que delícia tomar banho de chuva! Que chuva gostosa!!! Apesar de frio, me sinto feliz em brincar na chuva... Meu corpo molhado, os pingos de chuva batendo sobre meu rosto...
Imagem e Representação
Dalgalarrondo, 2008
Imagem • Elemento básico sensopercepção.
do
processo
de
Nitidez Completitude Corporeidade Ininfluenciabilidade voluntária
Extrojeção
Estabilidade Dalgalarrondo, 2008
Representação • Revivescência de uma imagem sensorial determinada, sem que esteja presente o objeto original que a produziu. Pouca corporeidade
Pouca nitidez
Instabilidade
Introjeção Dalgalarrondo, 2008
Incompletude
Subtipos de imagem representativa • Imagem Eidética ..\..\..\..\..\Videos\Memória Fotográfica Gravando Uma Imagem.wmv
• Pareidolias
Dalgalarrondo, 2008
Imaginação • Atividade psíquica, geralmente voluntária, que consiste na evocação de imagens percebidas no passado ou na criação de novas imagens. Imaginem a figura da mulher no topo de uma montanha. Dalgalarrondo, 2008
Fantasia • Produção imaginativa, produto minimamente organizado da imaginação. • Origina-se de desejos, temores e conflitos. • Pode ajudar os indivíduos a lidar com frustrações ou com o desconhecido. • Sentido psicológico.
Dalgalarrondo, 2008
Alterações da sensopercepção
Dalgalarrondo, 2008
Alterações quantitativas
Hiperestesia
Hipoestesia
Hiperpatia
Hipoestesias táteis
Anestesias táteis/analgesias
Dalgalarrondo, 2008
Parestesias e Disestesias
Alterações qualitativas
Ilusão
Rebaixamento do nível de consciência
Percepção deformada, alterada, de um objeto real e presente.
Auditivas ou Visuais
Fadiga grave
Estados afetivos
Dalgalarrondo, 2008
Alucinação Percepção real sem que um objeto esteja presente.
Alterações qualitativas
Alucinações auditivas
Alucinações visuais
Visuais complexas
Auditivas simples
Audioverbal
Sonorização/Eco do pensamento
Cenográficas
Visuais simples
LIliputianas
Publicação do pensameno Dalgalarrondo, 2008
Fotopsias
Escotomas
Escotomas
Fotopsias
Alterações qualitativas
Alucinações musicais
Alucinações cenestésicas e cinestésicas
Alucinações olfativas e gustativas
Alucinações táteis
Alucinações funcionais
Alucinações combinadas (sinestesias)
Alucinações extracampinas
Alucinação autoscópica
Alucinações hipnopômpicas e hipnagógicas
Estranheza do mundo percebido
Dalgalarrondo, 2008
Autocóspica
Tátil
Cenográfica / Liliputiana
Alucinoses
Percebe a alucinação como estranha.
Peduncular
Alucinose alcóolica
Experiência, em geral visual, incluindo cenas, pessoas... Obnubilação da consciência. Lesões vasculares ou neoplásicas.
Vozes que falam do paciente em terceira pessoa. Há preservação do nível de consciência.
Dalgalarrondo, 2008
Causas e Etiologia das Alucinações • Teorias psicodinâmicas, psicológicas e afetivas • Necessidades e tendências afetivas, desejos e, sobretudo, conflitos inconscientes constituiriam a base das alucinações.
Dalgalarrondo, 2008
Causas e Etiologia das Alucinações • Teoria irritativa cortical • Lesões irritativas ocasionariam fenômenos novos, anômalos. • Alucinações seriam o produto hipotético de descargas irritativas em áreas associativas da linguagem.
Hiperexcitabilidade geral do SN Dalgalarrondo, 2008
Causas e Etiologia das Alucinações • Teoria neuroquímica • Serotonina, dopamina e acetilcolina. • Substâncias com ação anticolinérgica em doses altas produzem alucinações. • Hiperativação de circuitos serotonérgicos e/ou dopaminérgicos.
Dalgalarrondo, 2008
Causas e Etiologia das Alucinações • Alucinações como fenômeno de deaferentação/liberação neuronal • Redução das aferências do SNC. • Quando o SN é privado de estímulos externos, produz, ele próprio, o fenômeno sensorial para manter a homeostase, um certo nível de ativação básica.
Dalgalarrondo, 2008
Causas e Etiologia das Alucinações • Desorganização global do funcionamento cerebral • Alterações globais do funcionamento cerebral produziriam a perda das inibições mais desenvolvidas e complexas, permitindo a eclosão de circuitos em geral inibidos.
Dalgalarrondo, 2008
Causas e Etiologia das Alucinações • Alucinação como desordem da linguagem interna • Incapacidade do indivíduo de discriminar e monitorar as suas próprias produções mentais, sua linguagem interna, em contraposição às percepções vindas do meio externo.
Dalgalarrondo, 2008
Dalgalarrondo, 2008
Alterações da representação ou das imagens representativas • Pseudo-alucinação: imagem representativa – voz ou imagem visual é percebida como pouco nítida, de contornos imprecisos, sem vida e corporeidade. • Pode surgir de um pensamento que de tão intenso, ganha sensorialidade. “Parece uma voz...” “É como se fosse uma voz...” Dalgalarrondo, 2008
Alterações da representação ou das imagens representativas • Pseudo-alucinação semelhante à imagem pós-óptica
Dalgalarrondo, 2008
Alterações da representação ou das imagens representativas • Pseudo-alucinação pode ser confundida com... • Alucinação psíquica • Palavras sem voz, vozes sem ruídos, pensamento a pensamento. • Alucinação negativa • Ausência de visão de objetos reais, presentes no campo visual do paciente. Dalgalarrondo, 2008
Referências • BASTOS, C. L. Manual do exame psíquico: uma introdução prática à psicopatologia. 2 ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2000.
• DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Porto Alegre: Artmed, 2008.
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