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Administraçã inistração o de Rec Recursos Ma Materiais teriais p/ TR -RJ Te T eoria e exerc rcíc ício ios s comenta tad dos Prof. Wagner Rabello Jr. – Aula 0
AULA 00 Introdução à Administração de Recursos Materiais Mate riais Classificação de materiais. Tipos de Classificação. Atributos para classificação de materiais permanentes e de consumo SUMÁRIO
PÁGINA
Apresentação
1
1. INTRODUÇÃO
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2. CONCEITO E ESCOPO DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS
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3. TIPOS DE MATERIAIS
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4. LOGÍSTICA
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5. ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA DE MATERIAIS
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6. QUESTÕES COMENTADAS
18
7. LISTA DAS QUESTÕES
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8. GABARITOS
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9. CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS. ATRIBUTOS PARA CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS PERMANENTES E DE CONSUMO
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APRESENTAÇÃO Salve, salve, concurseiros, Antes de qualquer coisa, gostaria de fazer uma breve apresentação da minha pessoa. Meu nome é Wagner Rabello Jr., vamos trabalhar a disciplina ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS nesta turma preparatória para TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA do TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RJ, RJ , com base no edital 2012. 2012. Sou Pós-graduado em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), bacharel em Direito pela Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO) e bacharel em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Estou no serviço público há 17 Prof. Wagner Wagner Rabe Rabello Jr.
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anos e ministro aulas nas áreas de Administração e Arquivologia em cursos preparatórios presenciais no Rio de Janeiro e São Paulo, além de vídeo aulas e cursos escritos (em PDF). Já fui aprovado e classificado em concursos para Oficial da Aeronáutica, Analista do Departamento de Produção Mineral, Mineral, Ministério do Meio Ambiente e outros. Estou no TRERJ há 4 (quatro) anos anos e atualmente ocupo ocupo a função de Chefe de Cartório Eleitoral. Também sou Membro Efetivo da Comissão Permanente de Avaliação de Documentos do TRE-RJ e em anos eleitorais trabalho como Coordenador de Fiscalização de Propaganda Eleitoral. "Minha estratégia sempre foi fazer minha própria corrida. Somente você pode determinar seu desafio pessoal. Não deixe a competição, ou seu oponente, determinar qual deve ser seu desafio”. (Joan Benoit Samuelson) A banca: CESPE Agora vamos dar os primeiros passos rumo à prova e falar um pouquinho da banca: CESPE. O último concurso também foi realizado pelo CESPE e as questões foram de múltipla escolha. Assim, embora, eventualmente, o CESPE faça provas de múltipla escolha, noss concurso será de questões do tipo Certo ou Errada em que cada erro o candidato perde 0,5 ponto. Desse modo, a menos que você esteja com extrema dificuldade e tenha certeza de poucas respostas, o mais prudente é responder apenas aquilo que você tem certeza, ou quase certeza. As provas do CESPE são provas inteligentes, que fogem à mera decoreba, e onde encontramos muitos casos para análise. Com isso, não basta decorar conceitos, o CESPE quer e vai explorar o seu potencial de análise e aplicação prática dos conceitos. E essa constatação nos leva a outro ponto dessa introdução: a metodologia do curso. Pois bem, nosso curso será de teoria e exercícios com uma forte ênfase na parte de exercícios. Faremos, claro, muitos exercícios do CESPE (a maioria dos exercícios). No entanto, algumas questões de outras bancas são muito boas para nos ajudar na compreensão da matéria. Por conta disso, não podemos abrir mão desse valioso material. Estejam certos de que estamos preparando o melhor curso possível, estamos preparando um curso que, junto ao seu esforço, vai te levar a ele... vai te levar ao sucesso.
Prof. Wagner Wagner Rabe Rabello Jr.
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9. (CESPE/TSE/TER/ANAL. JUDICIÁRIO/2006) Ruptura de estoque é o termo que caracteriza nível de estoque igual a zero e impossibilidade de atendimento a uma necessidade de consumo. Exatamente. Alguns autores também dizem que o estoque fica negativo, ou seja, você tem mais demanda do que estoque. Na prática é impossível você ter um estoque negativo (abaixo de zero). Entretanto é oportuno vocês guardarem essas visões, ainda que não sejam majoritárias. GABARITO: Certa
10. (CESPE/TSE/TER/ANAL. JUDICIÁRIO/2006) Para uma adequada gestão de materiais essenciais ao funcionamento de suas operações, as organizações devem maximizar os investimentos em estoque desses materiais. Cuidado! Olha ela aí de novo (e vai continuar aparecendo muito em concursos). Lembrem-se de que devemos ter sempre o estoque necessário – e somente o necessário – ao menor custo possível. A expressão “maximizar” matou totalmente a questão. GABARITO: Errada
11. (CESPE/TSE/TRE – ANAL. JUDICIÁRIO – 2006) Gerenciamento da cadeia de suprimentos (suply chain management) é uma técnica de administração de materiais cujo principal objetivo é a manutenção de baixos níveis de materiais em estoque. Novamente o examinador entra na seara do nível de estoques e mais uma vez a questão está errada, posto que a mesma determina que o “principal objetivo é a manutenção de baixos níveis de materiais em estoque”. Além disso, a questão não revela de forma adequada o conceito de Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. Neste ponto vale citar Jaciane Cristina Costa et al. “ A gestão da cadeia de suprimentos se refere à integração de todas as atividades associadas com a transformação e o fluxo de bens e serviços, desde as empresas fornecedoras de matéria-prima até o usuário final incluindo o fluxo de informação necessário para o sucesso (BALLOU et al. 2000). O fluxo de produtos segue em direção aos consumidores, o de informação parte dos consumidores até chegar ao alcance dos fornecedores (BOWERSOX Prof. Wagner Rabello Jr.
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A CARREIRA DOS SERVIDORES DA JUSTIÇA ELEITORAL Nossa carreira é a mesma que a dos demais ramos da justiça no âmbito da união e do Distrito Federal, ou seja, temos apenas uma lei que regula a carreira dos TREs, TRTs, TRFs, TJDFT, Justiça Militar, Tribunais Superiores e Supremo Tribunal Federal. Trata-se da lei 11.416 de 11 de dezembro de 2006. Art. 1o As Carreiras dos Servidores dos Quadros de Pessoal P essoal do Poder Judiciário da União passam a ser regidas por esta Lei. Art. 2o Os Quadros de Pessoal efetivo do Poder Judiciário são compostos pelas seguintes Carreiras, constituídas pelos respectivos cargos de provimento efetivo: I - Analista Judiciário; II - Técnico Judiciário; III - Auxiliar Judiciário.
Remuneração Tramita no Congresso Nacional o projeto de lei (PL) 6613/2009 que tem por escopo o aumento da remuneração, que já é boa, dos servidores do judiciário. O PL se encontra em um estágio bem avançado e pode ser aprovado ainda este ano e começar a valer a partir de janeiro de 2013. Vejamos os valores atuais e os valores futuros. Consideramos o vencimento básico + a gratificação gratific ação de atividade judiciária (GAJ) CARGO
ATUAL
PROPOSTA
Analista Judiciário
R$ 6.551,52
R$ 10.436,12
Técnico Judiciário
R$ 4.053,00
R$ 7.194,22
Auxiliar Judiciário
R$ 1.988,19
R$ 3.582,06
Além dos valores acima, os servidores fazem jus a uma auxilio alimentação, em dinheiro, no valor de R$600,00. Nada mal, não é?! Prof. Wagner Wagner Rabe Rabello Jr.
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METODOLOGIA DO CURSO Gabaritar uma disciplina em um concurso público da envergadura desse do TRE-RJ não é algo trivial. No entanto, vamos preparar um curso que lhe dê todas as condições necessárias para isso. Assim, somando o curso em tela + a sua dedicação, certamente você obterá êxito e caminhará firme para se tornar servidor da Justiça Eleitoral. Nosso curso, ou melhor, nosso treinamento para você gabaritar a disciplina será bastante prático, de modo que, ao ler as páginas do curso você se sinta como se estivesse em uma sala de aula. Para tanto, elaboramos a seguinte metodologia: 1. Análise teórica do conteúdo programático - incluindo a legislação pertinente, que aparece muito em provas. 2. Questões comentadas – de nível médio e superior 4. Lista das questões - para que vocês possam resolver sozinhos 5. E-mail e fórum - para tirar dúvidas 6. CHATS, no facebook, em datas que serão posteriormente colocadas através de aviso na seção de materiais. QUESTÕES COMENTADAS: Gostaria de falar um pouco mais sobre a metodologia de questões comentadas. Em meus cursos - tem dado muito resultado - durante o estudo da parte teórica, efetuamos a realização de questões de bancas diversas, notadamente as questões de nível bem acima das que você enfrentará. A idéia - no momento - não é que você saiba fazer as provas do CESPE, vamos viver um dia de cada vez, a idéia é que você efetivamente aprenda Administração Pública para concursos. Você já deve estar perguntando? Então não teremos questões CESPE?!?! Claro que teremos – dezenas - questões do CESPE. Porém, as mesmas serão oferecidas em aulas extras, sem qualquer ônus, claro, dentro desse curso. Desse modo, vamos estudar a parte teórica e, ao final, teremos as questões CESPE, quando então vamos efetivamente detalhar tudo o que a banca pede. Percebam pela programação abaixo que vocês terão muito mais aulas do que vocês efetivamente adquiriram.
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PROGRAMAÇÃO DAS AULAS Aula Demonstrativa (16/06/2012) Introdução à Administração de Recursos Materiais. Classificação de materiais. Atributos para classificação de materiais. Tipos de classificação. Aula 01 (23/06/2012) Metodologia de cálculo da curva ABC. Gestão de estoques. Aula 02 (30/06/2012) Compras. Organização do setor de compras. Etapas do processo. Perfil do comprador. Modalidades de compra. Cadastro de fornecedores. Compras no setor público. Objeto de licitação. Edital de licitação. Aula 03 (14/07/2012) Recebimento e armazenagem. Entrada. Conferência. Objetivos da armazenagem. Critérios e técnicas de armazenagem. Arranjo físico (leiaute). Aula 04 (28/07/2012) Distribuição de materiais. Características das modalidades de transporte. Estrutura para distribuição. Aula 05 (04/08/2012) Gestão patrimonial. Tombamento de bens. Controle de bens. Inventário. Alienação de bens. Alterações e baixa de bens. Aula 06 (10/08/2012) 20 QUESTÕES CESPE, amplamente comentadas Aula 07 (15/08/2012) 20 QUESTÕES CESPE, amplamente comentadas Aula 08 (20/08/2012) Simulado Aula 09 (21/08/2012) Gabarito comentado do Simulado. Prezados alunos: Diante de tantos textos e citações que temos de fazer, eventualmente podemos reescrever e não citar uma ou outra fonte. Caso seja detectado algum trecho de texto sem a devida citação, favor me informar para que eu retifique. Desde já agradeço!!!
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1. Introdução Inicialmente, no que tange à parte teórica desta primeira aula, tenho o dever - e o agradecimento - de dar os créditos da minha ampla inspiração e também às citações diretas - devidamente creditadas – a dois dos autores brasileiros mais significativos no ramo: Marco Aurélio P. Dias e Hamilton Pozo. Bem, pessoal, vamos iniciar a primeira aula do curso. Aqui vamos verificar alguns dos conceitos atrelados à Administração de Materiais que serão necessários ao longo de todo curso e também verificar quais são os componentes de um setor de Materiais nas organizações. Devo alertá-los de que, ao contrário do que possa parecer, esse ponto inicial do curso abordará temas muito recorrentes em concursos. Em praticamente todas as provas temos uma ou mais questões que estão dentro do assunto que abordaremos aqui. Devo alertá-los, ainda, de que alguns conceitos aqui revelados, como por exemplo “ruptura de estoques”, serão vistos de forma mais abrangente nos capítulos posteriores. Esta é uma aula introdutória que tem por escopo, não obstante a importância dos conceitos aqui revelados, situá-los no mundo da Administração de Recursos Materiais. Assim, todo conteúdo programático será tratado de forma aprofundada. Então, vamos lá!!!!
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1.
Conceito e escopo da Administração de Materiais
“Descobrir fórmulas, modelos matemáticos de redução de estoques, com criatividade administrativa, sem um colapso da produção/vendas e aumento de custos é o grande desafio”. (Dias, Marco Aurélio P.) O conceito acima é a essência da Administração de Materiais em qualquer organização e significa que o ideal é ter sempre o estoque necessário – e somente o necessário – ao menor custo possível. Pessoal, guardem este pequeno trecho sublinhado com muito carinho, nós o repetiremos bastante ao longo do curso, tendo em vista que tudo o que se realiza dentro de uma organização relativo à Administração de Materiais busca a racionalização dos estoques. Talvez você já esteja questionando: “Qual o motivo para racionar a quantidade de material? E o risco de faltar material”? Todas essas dúvidas iniciais serão respondidas ao longo do curso, mas é bom vocês começarem a perceber desde logo que material em estoque é necessário, mas, por outro lado, é um custo para a organização, visto que o estoque representa, dentre outras coisas: capital de giro (ativo circulante) que está parado; gasto com seguros, manuseio, aluguéis etc.
Eis o desafio: otimizar a quantidade de materiais em estoque, de modo que não haja excesso (por conta do custo alto) e, ao mesmo tempo, que não falte material para que não comprometimento da produção.
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ocorra
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o
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Vocês também vão perceber ao longo do curso que essa é uma das questões mais recorrentes em concursos públicos: ora a banca diz que o estoque deve ser máximo para não faltar matéria prima; ora a banca diz que o estoque deve ser mínimo, por medidas de economia. O que você deve guardar desde já é que qualquer afirmação nesse sentido é leviana, infundada e, portanto, totalmente ERRADA. “ Ah,
professor, então a organização nunca pode ter um volume grande de materiais em estoque”? Respondo: - Até pode, desde que se comprove através das técnicas adequadas de gestão de materiais e estudos de mercado, por exemplo, que o consumo terá um salto significativo num futuro próximo. Isso significa dizer que a entrada de material em estoque está diretamente ligada ao consumo (saída) do mesmo. No mesmo sentido do conceito elaborado por Marco Aurélio P. Dias lá no início, eu lhes afirmo: a quantidade de materiais em estoque é variável, deve ser calculada constantemente e, portanto, qualquer definição pré-concebida sobre quantidade está equivocada. Muito cuidado: “não caiam na tentação”. Por fim, vale dizer que, apesar de algumas variações no campo da prática a área de gestão de materiais engloba as atividades de compra, almoxarifado, movimentação, controle e distribuição de materiais. 3. Tipos de materiais Bem, estamos falando de materiais e de estoque, então é salutar demonstrar desde logo quais são os tipos de materiais, e consequentemente os de estoques, que a Administração de Materiais se preocupa. Mais uma vez Marco Aurélio P. Dias nos brinda com uma boa definição sobre os materiais dos quais estamos falando, ratificando a necessidade de otimização dos mesmos: “É fundamental otimizar esse investimento em estoques, aumentando a eficiência de planejamento e controle para, assim, minimizar as necessidades de capital para o estoque. Os estoques de produto acabado, matéria-prima e material em processo não podem ser analisados independentemente. Seja
qual for a decisão tomada sobre qualquer um desses tipos, ela com certeza terá influências sobre as demais”. (Grifei) Na parte grifada nós temos os estoques que estão ligados à atividade fim da organização. Alguns autores acrescentam os chamados estoques Prof. Wagner Rabello Jr.
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auxiliares (materiais auxiliares) que são relacionados às atividades meios. Ex: Numa montadora de automóveis, os materiais de escritório são considerados materiais auxiliares. Mais adiante trarei alguns conceitos sobre os tipos de materiais.
TIPOS DE MATERIAIS Material em Processamento
São os materiais que já estão na linha de produção, sendo processados para serem agregados ao produto final.
Matéria-prima
São os materiais que estão aguardando para entrarem na linha de produção e serem agregados ao produto final.
Produto acabado
É o produto que já passou por todas as fases da linha de produção e que, portanto, está pronto para ser entregue ao cliente final.
Material auxiliar
São os materiais que, embora utilizados na linha de produção, não serão agregados ao produto final, sendo somente utilizados no apoio direto à produção.
OBS:
Cuidado com os itens matéria-prima e material auxiliar. Tem sido comum as questões de provas cobrarem qual deles é ou não agregado ao produto final. Reparem nos trechos em negrito acima!
Outro ponto relevante a ser considerado quando iniciamos os estudos na área de Administração de Materiais é que a mesma vem sendo compreendida cada vez mais como uma das maiores fontes de vantagem competitiva no cenário atual. Essa fonte de vantagem competitiva, segundo Marco Aurélio P. Dias, é a própria essência e o conceito da Administração de Materiais da atualidade: “Com a globalização dos mercados, cada vez mais o preço de venda, a qualidade do produto e a segurança são parâmetros com Prof. Wagner Rabello Jr.
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pouca faixa de “manobra”, a competitividade estará em colocar o produto certo, ao menor preço, na qualidade correta, com total segurança para o cliente final. Essa cadeia de atendimento deverá estar integrada, de forma que seus custos não inviabilizem os negócios da empresa. Esse gerenciamento, que é a Administração de Materiais, está tomando uma forma mais ampla, com mais atribuições e responsabilidades, e vem sendo chamada de Logística ”. (grifo meu)
4. Logística A tão propalada expressão – logística -, na atualidade, vem tomando corpo maior que a Administração de Materiais. Nem sempre foi assim. A partir da década de 50, quando as organizações passaram a dar, com mais ênfase, o devido valor à Administração de Materiais, os serviços de logística estavam limitados à parte de movimentação (recebimento, deslocamento e entrega de materiais e produtos acabados, por exemplo) dos materiais. Ao longo dos anos a atividade e o conceito de logística foram ganhando fôlego e hoje a mesma é vista de forma mais ampla que a Administração de Materiais. A definição de logística conforme o CSCMP – Council of Supply Chain Management Professionals é a seguinte: “Logística é a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas, materiais semi-acabados e produtos acabados, bem como as informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes”. A logística analisa como a administração pode prover melhor o nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, através de planejamento, organização e controles efetivos para atividades de movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos. A logística trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviços adequados aos clientes a um custo razoável.
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4.1 Logística integrada Gestão da Cadeia de Suprimentos — Supply Chain Management (SCM) (Gestão da Cadeia de Suprimentos) tem apresentado uma nova e promissora fronteira para empresas interessadas na obtenção de vantagens competitivas de forma efetiva. SCM nos direciona para uma atitude em que as empresas devem definir suas estratégias competitivas através de um posicionamento, tanto como fornecedores, quanto como clientes dentro das cadeias produtivas nas quais se inserem. Assim, tornase importante ressaltar que o pressuposto básico da gestão da cadeia de suprimentos (Supply Chain Management ) abrange toda a cadeia produtiva, incluindo a relação da empresa com seus fornecedores e seus clientes. Supply Chain Management , também, introduz importante mudança no desenvolvimento da visão de competição no mercado (POZO, p. 29, 2008). Portanto, pode-se afirmar que o Supply Chain Management – gestão da cadeia de suprimentos – consiste no estabelecimento de relações de parceiras, de longo prazo, entre os componentes de uma cadeia produtiva, que passarão a planejar estrategicamente suas atividades e partilhar informações de modo a desenvolverem as suas atividades logísticas de forma integrada, através e entre suas organizações, com o objetivo de melhorar o desempenho coletivo pela busca de oportunidades, implementada em toda a cadeia, e pela redução de custos para agregar mais valor ao cliente final (POZO, p. 30, 2008). Para Marco Aurélio P. Dias: “Um sistema logístico integrado, que começa no planejamento das necessidades de materiais e termina com a colocação do produto acabado para o cliente final, deve ser desenvolvido dentro de uma realidade de vendas e de disposição dos recursos financeiros”. Esse sistema deve preocupar-se com uma dos fatores básicos para o dimensionamento de estoques e com a eficácia do processo produtivo, que é o “quando” repor os estoques, ao contrário do tradicional “quanto” comprar. Possuir a quantidade certa no momento errado não resulta em benefícios. (...) Um sistema de materiais deve estabelecer uma integração desde a previsão de vendas, passando pelo planejamento de programa-mestre de produção, até a produção e a entrega do produto final”. O conceito de gerenciamento da cadeia de suprimentos ou gerenciamento logístico integrado, de acordo com Christopher (1997), é entendido como a gestão e a coordenação dos fluxos de informações e materiais entre a fonte Prof. Wagner Rabello Jr.
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e os usuários como um sistema, de forma integrada. A ligação entre cada fase do processo, na medida em que os produtos e materiais se deslocam em direção ao consumidor é baseada na otimização, ou seja, na maximização do serviço ao cliente, enquanto se reduzem os custos e os ativos detidos no fluxo logístico. Para corroborar este conceito Chopra & Meindl afirmam que o objetivo de toda cadeia de suprimento é maximizar o valor global gerado. O valor gerado por uma cadeia de suprimentos é a diferença entre o valor do produto final para o cliente e o esforço realizado pela cadeia de suprimento para atender ao seu pedido. Na verdade, existe ainda muita confusão nos termos logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos. O gerenciamento da cadeia de suprimentos, segundo Wanke (2003), é uma tarefa mais complexa que a gerência logística dos fluxos de produtos, serviços e informações relacionadas do ponto de origem para o ponto de consumo, ou seja, a estratégia logística é necessária no gerenciamento da cadeia de suprimentos, porém este visa além da gerência logística, uma maior integração das atividades das organizações, além do estabelecimento de relacionamentos confiáveis e duradouros com clientes e fornecedores. Vale ainda ressaltar que tudo isso deve ser permeado por sistemas de informações que dêem suporte ao processo, para que, dessa forma, a organização consiga agregar ao produto acabado valor perceptível aos consumidores finais. Uma visão mais abrangente do processo do gerenciamento da cadeia de suprimentos, que não termina com a simples entrega do produto ao consumidor final, mas também se preocupa com o fluxo reverso desses bens, constitui-se em uma preocupação crescente das empresas, pois, considerando-se que as organizações hoje atuam em um mercado global, as exigências de fornecedores e clientes quanto a questões ambientais se multiplicam, tornando-se um fator de peso em negociações. Dentro da logística integrada temos que fazer uma diferenciação entre as variantes da logística: A logística de abastecimento é a atividade que administra o transporte de materiais dos fornecedores para a empresa, o descarregamento no recebimento e armazenamento das matérias primas e concorrentes. Também podemos citar a estruturação da modulação de abastecimento, embalagem de materiais, administração do retorno das embalagens e decisões sobre acordos no sistema de abastecimento da empresa. Prof. Wagner Rabello Jr.
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A logística de distribuição é a administração do centro de distribuição, localização de unidades de movimentação nos seus endereços, abastecimento da área de separação de pedidos, controle da expedição, transporte de cargas entre fábricas e centro de distribuição e coordenação dos roteiros de transportes urbanos. A logística de manufatura é a atividade que administra a movimentação para abastecer os postos de conformação e montagem, segundo ordens e cronogramas estabelecidos pela programação da produção. Desovas das peças conformadas como semi-acabados e componentes, armazenamento nos almoxarifados de semi-acabados. Deslocamento dos produtos acabados no final das linhas de montagem para os armazéns de produtos acabados. A logística organizacional é a logística dentro de um sistema organizacional, em função da organização, planejamento, controle e execução do fluxo de produtos, desde o desenvolvimento e aquisição até produção e distribuição para o consumidor final, para atender às necessidades do mercado a custos reduzidos e uso mínimo de capital. Outro fator importante que surgiu com a evolução da logística foi a Logística Reversa, que é a área da logística empresarial associada a retornos de produtos, reciclagem, substituição de materiais, reutilização de materiais, descarte de resíduos e reformas, reparos e remanufatura, ou seja, está ligada à chamada Responsabilidade Social Corporativa. Ex: Fabricantes de aparelhos celulares que possuem projetos de recolhimento das baterias. Todas as atividades acima passam pela gerência de logística. A missão do gerenciamento logístico é planejar e coordenar todas as atividades necessárias para alcançar níveis desejáveis dos serviços e qualidade ao custo mais baixo possível. Portanto, a logística deve ser vista como o elo entre o mercado e a atividade operacional da empresa. O raio de ação da logística estende-se sobre toda a organização, do gerenciamento de matérias-primas até a entrega do produto final. A seguir temos uma tabela para visualizar de forma sintetizada as definições:
logística de abastecimento
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É a atividade que administra o transporte de materiais dos fornecedores para a empresa, o descarregamento no recebimento e armazenamento das matérias primas e concorrentes. www.estrategiaconcursos.com.br
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logística de distribuição
logística de manufatura
logística organizacional
logística reversa
É a administração do centro de distribuição, localização de unidades de movimentação nos seus endereços, abastecimento da área de separação de pedidos, controle da expedição, transporte de cargas entre fábricas e centro de distribuição e coordenação dos roteiros de transportes urbanos. É a atividade que administra a movimentação para abastecer os postos de conformação e montagem, segundo ordens e cronogramas estabelecidos pela programação da produção. É a logística dentro de um sistema organizacional, em função da organização, planejamento, controle e execução do fluxo de produtos, desde o desenvolvimento e aquisição até produção e distribuição para o consumidor final, para atender às necessidades do mercado a custos reduzidos e uso mínimo de capital. É a área da logística empresarial associada a retornos de produtos, reciclagem, substituição de materiais, reutilização de materiais, descarte de resíduos e reformas, reparos e remanufatura, ou seja, está ligada à chamada Responsabilidade Social Corporativa.
A missão do gerenciamento logístico é planejar e gerenciamento coordenar todas as atividades necessárias para alcançar níveis desejáveis dos serviços e qualidade logístico ao custo mais baixo possível.
4.2 Atividades logísticas/materiais Atividades primárias: processamento de pedidos
Transportes,
gestão
de
estoques,
Atividades de apoio: Armazenagem, manuseio de materiais, embalagem, suprimentos, planejamento, sistema de informação
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4.3 Logística como vantagem competitiva organizacional “A procura de uma vantagem competitiva sustentável e defensável tem se tornado a preocupação do gerente moderno e com visão para as realidades do mercado. Já não se pode pressupor que os produtos bons sempre vendem, nem é aceitável imaginar que o sucesso de hoje continuará no futuro”. (Hamilton Pozo) Para autores como POZO, a logística é uma metodologia de trabalho que, quando bem aplicada, tem recursos suficientes para alavancar a organização rumo à vantagem competitiva, isto porque a logística é capaz de gerar um diferencial aos olhos dos clientes (ex: qualidade e entregas rápidas) e pela capacidade de fazer a organização operar com custos mais baixos, ou seja, a logística é capaz de satisfazer o cliente e, ao mesmo tempo, maximizar o retorno do negócio. Para que tal vantagem seja alcançada, Hamilton Pozo propõe cinco passos: 1)
Integração da infra-estrutura com clientes e fornecedores Integração de sistemas de informações entre clientes, fornecedores e operadores logísticos, permitindo a flexibilização do atendimento ao cliente, redução dos custos, proporcionando práticas de Just-in-time e conseqüente diminuição dos níveis gerais de estoque
2)
Reestruturação do número de fornecedores e clientes Normalmente através da redução do número de clientes e fornecedores no sentido de construir e aprofundar relações de parcerias com o conjunto das organizações com as quais realmente deseja desenvolver um relacionamento colaborativo e forte que proporcione uma ação sinergética
3)
Desenvolvimento integrado do produto O envolvimento de fornecedores e clientes desde a etapa inicial do desenvolvimento de produtos proporciona redução nos tempos e nos custos, além de atender os reais requisitos dos clientes.
4)
Desenvolvimento logístico do produto Permite a concepção de produtos visando seu desempenho logístico dentro da cadeia de suprimentos, visando redução de custo em todo processo e facilitando o atendimento ao cliente
5)
Cadeia estratégica produtiva
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Estruturação estratégica e compatibilização dos fluxos das cadeias de suprimentos da empresa e controle das medidas de desempenho atrelada aos objetivos de toda cadeia produtiva. Dentro da questão da cadeia estratégica produtiva é importante ressaltarmos o conceito de Outsourcing que é a ação em que parte dos conjuntos de produtos e serviços utilizados pela empresa, dentro de uma cadeia produtiva, é providenciada por uma terceira empresa num relacionamento colaborativo e interdependente. 5. Organização dos sistemas de materiais Agora vamos verificar as principais áreas dentro de um tradicional sistema de materiais. É bom ressaltar que na prática, dependendo da complexidade da organização, ocorrem algumas pequenas variações em relação aos sistemas e suas nomenclaturas. Para fins de concurso, a análise abaixo é suficiente
Controle de estoques
Sistema que tem por escopo acompanhar e controlar o nível de estoque e o investimento financeiro envolvido. Em relação a essa última tarefa, devemos ressaltar que a mesma é realizada pela gerencia de materiais em conjunto com a gerência financeira. Duas áreas que costumam ter atritos tendo em vista que: de um lado o gerente de materiais luta para não faltar matéria prima (ruptura de estoque) e com isso quer sempre uma margem razoável de estoques, de outro lado a gerência financeira (responsável pela saúde financeira da organização) está sempre querendo reduzir os custos e com isso busca um estoque menor. Os materiais em estoque, basicamente, são: matéria-prima, produtos em fabricação, produtos acabados e materiais auxiliares.
Compras
É o setor responsável pela aquisição dos materiais necessários ao pleno funcionamento da organização. Essa responsabilidade envolve: quantidade correta de compra, menor prazo possível para recebimento dos materiais, compra pelo preço mais favorável e, em algumas organizações, observância ao código de ética do setor de compras.
Almoxarifado
Também chamado de depósito ou armazém é o setor responsável guarda física dos materiais que estão em estoque (materiais auxiliares e matérias-primas), com exceção daqueles que já estão em processo de transformação e os produtos acabados. Prof. Wagner Rabello Jr.
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Planejamento e controle da produção (PCP)
Trata-se do setor responsável pelo controle e pela programação do processo produtivo. O PCP realiza uma das atividades mais estratégicas dentro do sistema de materiais tendo em vista que praticamente tudo que será adquirido, no tempo e na quantidade certa, é comprado com base no PCP. Um dado importante, segundo Marco Aurélio P. Dias, é que o PCP, na prática, em algumas organizações, não está atrelado à gerência de materiais, mas sim à gerência de produção. Segundo Rita Lopes: “O Planejamento e Controle de Produção é a atividade de decidir sobre o melhor emprego dos recursos de produção, assegurando, assim, a execução do que foi previsto. “O planejamento dá as bases para todas as atividades gerenciais futuras ao estabelecer linhas de ação que devem ser seguidas para satisfazer objetivos estabelecidos, bem como estipula o momento em que essas ações devem ocorrer. Utiliza-se o planejamento e o controle em todo o processo de produção, desde antes dele e após estar concluído. Isso porque todas as etapas do processo produtivo demanda planejamento e controle. Entre os tipos de planejamento e controle utilizados pelas indústrias estão: planejamento e controle de capacidade produtiva; de estoque, da cadeia de suprimentos, MRP, Just in Time, de projetos e, finalmente, planejamento e controle de qualidade.”.
Transportes e distribuição
Setor responsável pela entrega dos produtos acabados aos clientes e também pela entrega das matérias-primas na fábrica, tendo em vista que algumas organizações possuem estoques de matérias-primas em pontos distantes do local de fabricação dos seus produtos. O setor de transportes e distribuição também é responsável pela coordenação de toda frota de veículos da organização ou pela contratação (terceirização) de tal atividade.
Importação/Exportação
Obviamente que é um setor existente apenas em organizações que lidam diretamente com essa atividade. As atividades desse setor envolvem:
Realização de compra (importação) ou venda (exportação) de matérias primas e/ou produtos acabados;
Desembaraço aduaneiro
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6. QUESTÕES COMENTADAS Tipo: Certo/Errado Agora vamos resolver uma bateria de questões do tipo “Certo ou Errado” (20 questões) e “Múltipla Escolha” (20 questões) das mais variadas bancas. 1. (CESPE/EMBASA/ADMINISTRAÇÃO/2010) Um sistema logístico bem elaborado é responsável por entregar mercadorias / produtos / serviços na quantia certa, no local certo, no momento certo, ao menor custo possível. Exatamente. A questão vai ao encontro da definição de logística conforme o CSCMP – Council of Supply Chain Management Professionals é a seguinte: “Logística é a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas, materiais semi-acabados e produtos acabados, bem como as informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes”. GABARITO: Certa
2. (CESPE/PETROBRÁS/ADMINISTRADOR/2007) A importância do planejamento da produção decorre principalmente da necessidade de se prever e se buscar uma situação futura desejada, dado o período de tempo que será gasto entre a tomada de decisão e sua respectiva implantação. “O planejamento e o controle são muito importantes para uma organização produtiva já que qualquer operação requer planos e controle para que os objetivos sejam alcançados, nos prazos e com qualidade de produtos. O planejamento e o controle são necessários, principalmente porque o projeto da operação produtiva geralmente não se preocupa com o andar do sistema em todas as suas etapas. Planejar e controlar, então significam garantir que os recursos produtivos estejam disponíveis na quantidade, no momento e no nível de qualidade adequados. Esse lidar com as variáveis significa que o controle permite fazer Prof. Wagner Rabello Jr.
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alterações no plano, intervindo para adequá-lo aos objetivos a serem alcançados. Quanto ao propósito do planejamento e controle, Slack et al. (1997, p. 319) citam que “é garantir que a produção ocorra eficazmente e produza produtos e serviços como deve”.”. (Rita Lopes) GABARITO: Certa
3. (CESPE/PETROBRÁS/ADMINISTRADOR/2007) Além do controle de estoques, a área de gestão de materiais engloba as atividades de compra, almoxarifado, movimentação, controle e distribuição de materiais. A questão está correta, embora não seja exaustiva. Outras atividades, como o planejamento da produção, podem estar atreladas às atividades da gestão de materiais. Tanto na teoria, quanto na prática existem algumas variações. De todo modo, a questão está correta. GABARITO: Certa
4. (CESPE/PETROBRÁS/ADMINISTRADOR/2007) No planejamento das necessidades de materiais são programadas as quantidades de todos os materiais necessários para sustentar o produto final desejado. Ressalte-se que a expressão “todos” faz referência aos materiais que efetivamente irão se incorporar ao produto final (matéria-prima) e também aos chamados materiais de apoio ou auxiliares, que são os materiais utilizados na linha de produção (ex: uma ferramenta), mas que não irão se incorporar ao produto final. GABARITO: Certa
5. (CESPE/SGA-AC/ADMINISTRADOR/2008) A administração de materiais busca coordenar os estoques e a movimentação de suprimentos, de acordo com as necessidades de produção e consumo. Esta é uma questão recorrente. Cabe ressaltar a expressão “de acordo com as necessidades de produção e consumo”. É sempre bom relembrar que o cerne da gestão de materiais é otimizar os estoques de modo que Prof. Wagner Rabello Jr.
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haja, na medida do possível, o material necessário, e somente o necessário para ser utilizado. Do mesmo é a movimentação de suprimentos que deve ser realizada quando estritamente necessário, posto que também representa um custo para a organização. GABARITO: Certa
6. (CESPE/ANCINE/ANAL. ADM. – ÁREA 3/2006) É função da administração de estoques minimizar o capital total investido em estoques, sem que com isso seja comprometida a cadeia de suprimentos. Sem dúvida uma das questões mais repetidas, por todas as bancas, em relação à Administração de Materiais: minimizar o capital investido em estoque e, ao mesmo tempo, não comprometer o suprimento de materiais. GABARITO: Certa
7. (CESPE/TSE/TER/ANAL. JUDICIÁRIO/2006) A coordenação das atividades de aquisição, guarda, movimentação e distribuição de materiais é responsabilidade da administração de materiais. A questão está correta e vai ao encontro da questão nº 3. Convém repisar que: tanto na teoria, quanto na prática existem algumas variações. De todo modo, a questão está correta. GABARITO: Certa
8. (CESPE/TSE/TER/ANAL. JUDICIÁRIO/2006) A ocorrência de custos de armazenagem depende da existência de materiais em estoque e do tempo de permanência desses materiais no estoque. Errada. A ocorrência de custos de armazenagem, em alguns casos, independe da existência e do tempo de permanência dos materiais em estoque. Um bom exemplo disso ocorre quando uma organização aluga uma galpão (e isso é comum) para alocar seus estoques. O aluguel e as demais taxas (seguro, IPTU etc.) farão parte dos custos da organização independentemente da existência e do tempo que os matérias ficarão em estoque. GABARITO: Errada
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