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January 7, 2019 | Author: cleitoncesar | Category: Polyester, Plastic, Polymers, Temperature, Pressure
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Manual Técnico de Formador 

Reparação de Plásticos e Vidros

UNIÃO EUROPEIA Fundo Social Europeu

Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social

Produção apoiada pelo Programa Operacional Emprego, Formação e Desenvolvimento Social (POEFDS), co-financiado pelo Estado Português e pela União Europeia, através do Fundo Social Europeu e Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social

Colecção Título do Módulo Suporte Didáctico Coordenação Técnico-Pedagógica

Formação Modular Automóvel Reparação de Plásticos e Vidros

Manual Técnico - Formador  CEPRA - Centro de Formação Profissional da Reparação Automóvel

Departamento Técnico Pedagógico

Direcção Editorial Autor 

CEPRA - Direcção CEPRA - Desenvolvimento Curricular 

Maquetagem

CEPRA – Núcleo de Apoio Gráfico

Propriedade

Instituto de Emprego e Formação Profissional Av.. José Malhoa, 11 - 1000 Lisboa Av

Edição 1.0 Depósito Legal

Portugal, Lisboa, 2005/11/21 234387/05

Copyright, 2005 Todos os direitos reservados IEFP

UNIÃO EUROPEIA Fundo Social Europeu

Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social

Produção apoiada pelo Programa Operacional Emprego, Formação e Desenvolvimento Social (POEFDS), co-financiado pelo Estado Português e pela União Europeia, através do Fundo Social Europeu e Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social

Reparação de Plásticos e Vidros

Índice

ÍNDICE APRESENTAÇÃO DO MODELO OBJECTIVOS GERAIS ................................................................................................................ E.1 OBJECTIVOS ESPECÍFICOS ...................................................................................................... E.1 PRÉ-REQUISITOS........................................................................................................................ E.2 PERFIL DO FORMADOR ............................................................................................................. E.3 PLANO GERAL DE DESENVOLVIMENTO DOS TEMAS ........................................................... E.4 MEIOS NECESSÁRIOS................................................................................................................ E.5 EXPLORAÇÃO PEDAGÓGICA 1 - IDENTIFICAR E CARACTERIZAR PLÁSTICOS ..................................................................... 1.1 - DESENVOLVIMENTO TEMÁTICO ...................................................................................... 1.1 - ACTIVIDADES ...................................................................................................................... 1.2 - TRANSPARÊNCIAS PROPOSTAS ...................................................................................... 1.3 2 - REPARAR PLÁSTICOS ........................................................................................................... 2.1 - DESENVOLVIMENTO TEMÁTICO ...................................................................................... 2.1 - ACTIVIDADES ...................................................................................................................... 2.3 - TRANSPARÊNCIAS PROPOSTAS ...................................................................................... 2.4

3 - VIDROS ...................................................................................................................................... 3.1 - DESENVOLVIMENTO TEMÁTICO ...................................................................................... 3.1 - ACTIVIDADES ...................................................................................................................... 3.2 - TRANSPARÊNCIAS PROPOSTAS ...................................................................................... 3.3

AVALIAÇÃO EXERCÍCIOS PRÁTICOS E GUIAS DE AVALIAÇÃO ..................................................................A.1 PÓS-TESTE ...................................................................................................................................A.5 CORRIGENDA DO PÓS-TESTE ...................................................................................................A.9

Reparação de Plásticos e Vidros

APRESENTAÇÃO DO MÓDULO

Reparação de Plásticos e Vidros

Objectivos Gerais e Específicos

OBJECTIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS No final deste módulo, o formando deverá ser capaz de:

OBJECTIVOS GERAIS Reparar plásticos e vidros, restituindo as suas características iniciais.

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS 1. Distinguir e caracterizar os diversos tipos de plásticos, identificando as diferentes famílias. 2. Identificar o tipo de plástico pela sua sigla, ou pelas fichas técnicas do fabricante. 3. Identificar plásticos, utilizando técnicas de identificação: imersão, combustão. 4. Preparar a superfície do plástico a reparar, utilizando a técnica adequada. 5. Analisar a situação da peça a reparar e seleccionar o tipo de técnica de reparação adequada à mesma. 6. Reparar plásticos utilizando soldadura com vareta e pistola de ar  quente. 7. Reparar plásticos utilizando técnica de colagem com ou sem tela reforço, seleccionando o tipo adequado a cada tipo de plástico. 8. Manusear os equipamentos, ferramentas e materiais utilizados na reparação de plásticos. 9. Identificar os tipos de vidros utilizados nos veículos automóveis. 10. Identificar os tipos de danos em vidros. 11. Seleccionar os danos reparáveis em vidros. 12. Reparar danos em vidros. 13. Manusear os equipamentos, ferramentas e materiais utilizados na reparação de vidros.

Reparação de Plásticos e Vidros

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Pré-Requisitos

PRÉ-REQUISITOS

Módulo(s) obrigatório(s) -

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Lixas e processos de lixagem Noções básicas de soldadura

Competências prévias -

Escolher o tipo de grão adequado ao trabalho.

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Escolher o tipo de lixagem em função do trabalho.

-

Soldar  adequadamente

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Módulo(s) aconselhado(s) -

Física, Química e Matemática

-

(Des)montagem de componentes/ acessórios de carroçarias

Competências desejáveis -

Desmontar  e montar  componentes e acessórios de carroçarias

Perfil do Formador 

PERFIL DO FORMADOR

Habilitações / Certificação Profissional -

9º Ano

-

Certificado de aptidão profissional como formador 

Competências Técnicas/ Experiência profissional -

Experiência profissional mínima 3 anos nas seguintes unidades: •

Identificação de plásticos



Reparação de plásticos por  soldadura e colagem



Reparação de vidros

Competências Pedagógicas -

Curso de formação pedagógica de formadores

Reparação de Plásticos e Vidros

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Plano Geral de Desenvolvimento dos Temas

PLANO GERAL DE DESENVOLVIMENTO DOS TEMAS Unidades Temáticas (Capítulos) I - Identificação e Caracterização de Plásticos

Objectivos •





II - Reparação de Plásticos











III - Vidros





• • •

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Distinguir e caracterizar os diversos tipos de plásticos, identificando as diferentes famílias. Identificar o tipo de plástico pela sua sigla, ou pelas fichas técnicas do fabricante. Identificar plásticos, utilizando técnicas de identificação: imersão, combustão. Preparar a superfície do plástico a reparar, utilizando a técnica adequada. Analisar a situação da peça a reparar e seleccionar o tipo de técnica de reparação adequada à mesma. Reparar plásticos utilizando soldadura com vareta e pistola de ar quente. Reparar plásticos utilizando técnica de colagem com ou sem tela de reforço, seleccionando o tipo de cola adequado a cada tipo de plástico. Manusear os equipamentos, ferramentas e materiais utilizados na reparação de plásticos. Identificar os tipos de vidros utilizados nos veículos automóveis. Identificar os tipos de danos em vidros. Seleccionar os danos reparáveis em vidros. Reparar danos em vidros. Manusear os equipamentos, ferramentas e materiais utilizados na reparação de vidros.

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Meios Necessários

INSTALAÇÕES - Área oficinal igual ou superior a 180 m2 - Área da sala de formação igual ou suoerior a 40 m2 - Existência de separação entre oficina e sala de formação - Pé direito (área oficinal) mínimo de 4 m - Dimensões mínimas das portas de entrada (largura x altura) – 0.8 x 2.0 m - Dimensões mínimas do acesso de veículos (largura x altura) – 2.5 x 3.0 m - Pavimento de tipo liso (cimento, mosaico) - Bom estado de conservação do chão, paredes e tecto - Boa iluminação natural - Boa iluminação artificial - Potência eléctrica instalada igual ou superior a 40 KVA - Número de tomadas monofásicas igual ou superior a 6 unidades - Capacidade por circuito de tomadas monofásicas de 10 A com ligação terra - Tomadas monofásicas do tipo CEE - Número de tomadas trifásicas igual ou superior a 6 unidades - Capacidade por circuito de tomadas trifásicas de 10 A a 22 A - Tomadas trifásicas do tipo CEE 32 A 3F+N+T - Existência de água - Existência de escoamento de água (área oficinal) - Existência de instalações sanitárias - Existência de um bom circuito de ventilação - Existência de condições de segurança de equipamentos - Existência de condições de segurança do trabalho - Existência de acesso para transporte de carga - Existência de acesso por parte de transportes colectivos de passageiros - Existência de exaustor de fumos, gases ou poiras

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Meios Necessários

EQUIPAMENTOS Armários Bancada de preparação de pára-brisas e vidros Bancadas de trabalho Berbequim Cadeiras Carro p/ transporte de ferramentas Carroçarias de veículos para demonstração Cavaletes para apoio de peças da carroçaria Compressor de ar comprimido Computador  Elementos e acessórios da carroçaria para demonstração Equipamento detector de entrada de água Equipamento da rede de ar comprimido Estante para televisão e vídeo Extintor  Lixadeiras mecânicas Máquina para retirar vidros colados Mesas Painel de radiação infravermelha Pistola de ar quente regulável Pistola de soprar  Rebarbadora Recipientes para o lixo Retroprojector  Suporte para papel de limpeza Tela de projecção Televisão Torno de bancada - Vídeo -

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Reparação de Plásticos e Vidros

Meios Necessários

FERRAMENTAS Afiador de brocas Alicates (jogo) Balde Betumadeiras (jogo) Blocos de borracha (jogo) Caixa de primeiros socorros Canivete simples Capas de protecção para o veículo Chaves de fenda (jogo) Chaves Philips (jogo) Chaves sextavadas (jogo) Cinta de fixação de pára-brisas Elementos de carroçaria danificados Escalas inox (jogo) Escova de arame de aço inox Espátulas (jogo) Faca de corte tipo x-acto Fita métrica Luvas de protecção Mangueira para ar comprimido Óculos de protecção Pá para lixo com cabo Paquímetro Pincéis (jogo) Riscador  Vassoura - Ventosa para vidros -

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Reparação de Plásticos e Vidros

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Meios Necessários

MATERIAIS Adesivos para reparação de plásticos Betume Bloco pautado para escrita Boquilhas misturadoras (várias) Borracha para lápis Cabeças de polimento para reparação de vidros Cartucho de cola para plásticos Cilindro de injecção para reparação de vidros Cola de plásticos Cola epóxida estrutural Desengordurante para plásticos Disco lixa fibra Esferográficas Lixas Luva de protecção Marcador para quadro (vários) Máscara com filtro Massa de polir para reparação de vidros Massa para colagem de vidros Massa vedação Papel de limpeza e desengorduramento Primário para colagem de plásticos Resina de acabamento para reparação de vidros Resina de enchimento para reparação de vidros Rolo emplastro para reforço de colagem de plásticos Trapos limpos de limpeza - Varetas para soldadura de plásticos (várias) -

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MATERIAL PEDAGÓGICO - Cassetes de vídeo - Unidades Didácticas Cesvimap Reparación de Plásticos del Automóvil

MATERIAL DE DEMONSTRAÇÃO - Pára-choques de plástico danificados - Painéis interiores de plástico danificados - Vidros Pára-brisas danificados

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Reparação de Plásticos e Vidros

EXPLORAÇÃO PEDAGÓGICA

Reparação de Plásticos e Vidros

Identificar e Caracterizar Plásticos

DESENVOLVIMENTO  TEMÁTICO 

1 - IDENTIFICAR E CARACTERIZAR PLÁSTICOS Os materiais plásticos são produzidos por polimerização de muitas moléculas de pequena dimensão, designadas por monómeros, originando moléculas muito grandes designadas por polímeros. Os materiais plásticos costumam ser divididos em duas classes: os termoplásticos e os plásticos termoendurecíveis. Os termoplásticos precisam de calor para serem enformados; mas, após o arrefecimento conservam a forma. Estes materiais podem ser reaquecidos e reutilizados repetidamente. Os plásticos termoendurecíveis enformam-se, geralmente numa forma permanente, em determinadas condições de pressão e de calor, ocorrendo uma reacção química responsável pelas ligações entre os átomos que origina um sólido rígido. Os plásticos termoendurecíveis não podem ser refundidos depois de terem sido “curados” e, se forem aquecidos a uma temperatura elevada, degradam-se ou decompõem-se. Há muitas famílias de materiais termoplásticos e plásticos termoendurecíveis. Exemplos de termoplásticos de utilização geral são o polietileno, o policloreto de vinilo, o polipropileno, o poliestireno, as poliamidas (nylons), o policarbonato. Exemplos de plásticos termoendurecíveis são os poliésteres insaturados e os epoxídicos. Antes de reparar uma peça de plástico é importante proceder à correcta identificação do material de que é constituída. Para a identificação de uma determinada peça, apresentam-se dois casos. Identificação e marcação na própria peça Identificação através de método apropriado -

-

Nas peças que não apresentam código de identificação, o primeiro passo consiste em determinar se o plástico assume a forma de um termoplástico ou de um termoendurecível. As técnicas mais comuns para a identificação do tipo de plásticos são as técnicas de diferença de densidades e de combustão por consistirem em procedimentos mais expeditos de identificação.

Reparação de Plásticos e Vidros

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Identificar e Caracterizar Plásticos

 ACTIVIDADES  1 – IDENTIFICAR E CARACTERIZAR PLÁSTICOS 1. O que é um plástico? Um material é plástico quando é possível modificar a sua forma, através da aplicação de uma tensão superior a um determinado valor, denominado limite elástico, mantendo posteriormente a sua forma ao cessar essa tensão. Este nome é geralmente utilizado para denominar todos os materiais sintéticos que cumprem esta  propriedade e são compostos por polímeros.

2. Quais são os grandes grupos em que podem classificar os plásticos? Descreva as suas diferenças. Termoplásticos e plásticos termoendurecíveis. Os termoplásticos são, em geral, rígidos à temperatura ambiente, amolecem e fluem ao aquecê-los, recuperando as suas propriedades iniciais quando arrefecem. Os plásticos termoendurecíveis não apresentam variações com o calor, não amolecendo ou fluindo quando são aquecidos. Um aquecimento excessivo provoca a sua decomposição sem alteração da forma.

3. Liste seis dos termoplásticos mais utilizados no automóvel. ABS, PA, PC, PC-PBTP, PE, PP 4. Qual o significado das seguintes siglas: ABS, PP-EPDM?  ABS – Acrilonitrilo – butadieno – estireno

PP-EPDM – Polipropileno / etileno – propileno – dieno 5. Indique os plásticos termoendurecíveis mais utilizados no automóvel. UP, PUR, EP.

6. Interprete o seguinte código de identificação: PA 66 – GF 20 PA Polímero base: PA – Poliamida 66 Número de carbonos que compõem a molécula básica G Tipo de carga de reforço: G – Vidro F  Apresentação da carga de reforço: F – Fibra 20 Percentagem da carga de reforço: 20%

7. Em que consiste o processo de identificação por combustão? Em obter uma amostra para realizar o ensaio, cortando uma porção não visível da peça -

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 pretendida. Eliminar qualquer resto de pintura e sujidade, que possa debilitar as característicar da combustão.

Queimar a amostra com uma chama limpa. Observar as características da combustão: forma e cor da chama, libertação de resíduo, fumo, aroma, etc. Recém apagada a chama, cheirar com precaução.

Reparação de Plásticos e Vidros

Identificar e Caracterizar Plásticos

TRANSPARÊNCIAS  PROPOSTAS 

Reparação de Plásticos e Vidros

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Reparar Plásticos

DESENVOLVIMENTO  TEMÁTICO 

2 - REPARAR PLÁSTICOS Podem ser destacados dois métodos de reparação de peças de plástico que compõem um automóvel: Reparação através de soldadura - Este método só pode ser utilizado na reparação de termoplásticos, visto que os plásticos termoendurecíveis se degradam com o calor. Reparação através de colagem - Pode ser utilizado tanto para termoplásticos como para termoendurecíveis, consistindo na aplicação de adesivos, massas e fibras. A reparação de elementos termoplásticos mediante soldadura é um método relativamente rápido e com resultados bastante bons. No processo de reparação por soldadura de materiais plásticos há que ter  em conta dois parâmetros fundamentais: a temperatura e a pressão, conjugados com uma velocidade de avanço adequada. A temperatura é necessária para levar o material ao estado pastoso, sendo necessário exercer uma certa pressão sobre as superfícies a unir, para que se obtenha uma união coesa Uma soldadura deficiente pode ser causada por inúmeros factores, dos quais se destacam a baixa temperatura a uma velocidade de soldadura rápida, alta temperatura e ainda pressão excessiva sobre a vareta com velocidade de soldadura variável. O procedimento a seguir para efectuar uma soldadura em plástico consiste em linhas gerais em: -

Conformação e eliminação de tensões na zona danificada. Limitação da fissura por forma a evitar propagação Chanfro da fissura para efectuar uma boa penetração Execução da soldadura propriamente dita Reforço da reparação quando o tipo e localização do dano o requerem Rectificação do cordão e acabamento final da reparação

Existem determinados materiais plásticos que não se podem reparar mediante soldadura, devido às suas características próprias, como no caso dos plásticos termoendurecíveis, ou devido à utilização de cargas de reforço, adicionadas para melhorar as suas propriedades mecânicas. O método a utilizar, nestes casos, consiste na reparação por colagem através da aplicação de adesivos e cargas de reforço. Não é possível indicar um processo geral válido para todos os casos, pelo que deve ser avaliado um conjunto de factores para determinar o método e produtos que, em conjunto, asseguram uma solução para cada problema concreto. Devem ser tidos em conta os seguintes factores: -

Escolha de um adesivo que apresente uma boa aderência sobre o material base, com uma elasticidade de acordo com a elasticidade do material base Produtos de acabamento com fácil aplicação de lixagem e pintura Configuração da zona danificada Tipo de rotura

Reparação de Plásticos e Vidros

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Reparar Plásticos

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Escolha do material de reforço

A reparação por colagem pode ser efectuada com ou sem inserção de tela de reforço, no seu interior, de acordo com a necessidade de reparação. Os produtos utilizados para reparação por colagem são as resinas de poliéster, resinas epóxi, massas de poliéster reforçado, adesivos acrílicos e poliuretanos.

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Reparação de Plásticos e Vidros

Reparar Plásticos

 ACTIVIDADES  1. Na soldadura de plásticos devem ser tidos em conta dois parâmetros fundamentais. Indique quais e comente. Temperatura e pressão.   A temperatura é necessária para conduzir o material ao estado pastoso por forma a realizar a união.  A pressão é necessária para que se produza a união íntima entre o material base e o material de adição.

2. Explique que função têm os reforços numa reparação por soldadura e qual o material mais utilizado. Proporcionar uma maior resistência à união. Um dos métodos mais utilizados consiste na utilização de malhas metálicas, que se inserem na  peça pela sua face não visível, podendo ser reforçada ainda assim por cordões transversais pelo interior da peça.

3. Descreva os passos a seguir para realizar uma reparação com soldadura sobre um plástico termoplástico: -

Conformação e eliminação de tensões da zona danificada Furar a fissura com um berbequim para evitar que esta progrida Biselar a fissura para conseguir uma boa penetração Limpeza e desengorduramento Execução da soldadura Reforço da reparação quando necessário Acabamento final 

4. Qual o objectivo de furar o final das fissuras? Qual o tipo de broca a utilizar? Evitar a propagação da fissura e eliminar tensões internas. A broca a utilizar deve ser de aço normal  com um diamêtro de 2-3 mm.

5. Indique o processo de reparação de uma peça de poliéster reforçado om fibra de vidro. -

Lixagem da zona danificada Eliminação de restos, limpeza e desengorduramento Corte das capas de fibra de vidro com a geometria e formas adequadas Preparação da resina Aplicação da resina e das capas de fibra de vidro de forma alternada Lixagem do material em excesso, após secagem da resina Aplicação de massas de acabamento Acabamento final 

6. Em que situações se aconselha a decapagem por lixagem à mão? Quando efectuamos trabalhos rápidos e em zonas pequenas.

7. Que cuidado especial se deve ter ao utilizar um rascador? Devido a ser um uma ferramenta cortante, deve-se evitar segurar pela lâmina.

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Reparar Plásticos

TRANSPARÊNCIAS  PROPOSTAS 

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Reparação de Plásticos e Vidros

Reparar Plásticos

TRANSPARÊNCIAS  PROPOSTAS 

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Vidros

DESENVOLVIMENTO  TEMÁTICO 

3 - VIDROS O vidro para o automóvel não só isola o interior do veículo, como também incide sobre factores tão diversos e importantes como a segurança, conforto e consumo do automóvel Os vidros podem ser divididos em temperados ou laminados; de entre estes recorre-se preferencialmente ao vidro laminado para sua aplicação nomeadamente no pára-brisas, visto que ao impacto não se fragmenta, impedindo a projecção dos ocupantes. As roturas de vidros podem ter origem em torsões da estrutura da carroçaria ou por impacto de objectos. Em danos por torsão é muito difícil assegurar reparações com certas garantias de qualidade, contudo, em danos por impacto a reparação pode ser uma solução desde que a estaladura ou fissura produzida seja de dimensões reduzidas. Apenas em vidros laminados os danos são reparáveis, pois em caso de colisão o vidro não fragmenta. Os tipos de rotura mais frequentes nestes vidros são: olho de bói, meia lua, rotura em estrela, margarita, rotura combinada e fissuras. Podemos falar em dois processos diferentes de reparação, dependendo do tipo de dano, estaladura ou fissura. Em ambos os casos o processo consiste em injecção à pressão de uma resina, que apresenta as mesmas propriedades ópticas que o vidro e com a qual se preenchem os espaços vazios, tornado o dano imperceptível.

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Vidros

 ACTIVIDADES  1. Indique quais os grupos em que os vidros podem ser subdivididos. Quais as principais diferenças? Os vidros podem ser divididos em temperados ou laminado. Quando se produz a rotura do vidro temperado, as tensões internas provocam a sua divisão em fragmentos pequenos e pouco cortantes, oferecendo pouca resistência. A principal característica do vidro laminado é a sua flexibilidade. Em caso de rotura, não fragmenta, embora o vidro possa rachar. Este tipo de vidros evita o risco de projecção de partículas de vidro, já que estas permanecem unidas à lamina plástica. 2. Enuncie as causas da rotura de um vidro Torsões e impactos. A carroçaria é submetida a torsões que se transmitem aos vidros, podendo causar rotura, devido a montagem incorrecta ou a alguma microfissura nos seus cantos. A torsão pode originar fendas ou fissuras, que não apresentam nenhum ponto visível de impacto e que avançam com o tempo. Quando um objecto é lançado a grande velocidade contra o pára-brisas, forma uma pequena concavidade ou estaladuras sobre a capa externa do vidro, originando a rotura por impacto. 3. Quais os tipos de rotura mais frequentes? Olho de bói, meia lua, rotura em estrela, margarita, rotura combinada, fissuras. 4. Em que consiste essencialmente a reparação de uma estaladura de um vidro? -

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Limpeza da superficie do vidro Eliminação de fragmentos de vidro e impurezas do dano Injecção de resina no dano, após respectiva montagem sobre o vidro da ferramenta de injecção. Endurecimento da resina, recorrendo a lâmpada de luz ultravioleta Polimento da superfície

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Vidros

TRANSPARÊNCIAS  PROPOSTAS 

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AVALIAÇÃO

Reparação de Plásticos e Vidros

Exercícios Práticos e Gerais de Avaliação

EXERCÍCIOS PRÁTICOS EXERCÍCIO N.º 1 – REPARAÇÃO DE PEÇA DE PLÁSTICO COM RESINA DE POLIÉSTER E CARGAS DE VIDRO - Reparação da zona danificada, alternando resina de poliéster e fibra de vidro em forma de estratificados, realizando as tarefas indicadas em seguida, tendo em conta os cuidados de higiene e segurança.

EQUIPAMENTO NECESSÁRIO - Peça de plástico fissurada (material base UP-GF) - Resina de poliéster  - Fibra de vidro - Massa de poliéster reforçado - Produtos de limpeza - Pistola de sopro - Lixadeira - Disco abrasivo de grão - Recipiente para mistura de resinas - Espátula para mistura de resinas

TAREFAS A EXECUTAR 1. – Proceda à lixagem da zona danificada. 2. – Elimine pós provenientes da lixagem, com uma pistola de sopro, ligada à rede de ar  comprimido. 3. – Efectue a cuidadosa limpeza e desengorduramento da zona danificada. 4. – Estime o número de capas de fibra de vidro necessárias para a reparação, cortando-as com a geometria e forma apropriadas. 5. – Verta para um recipiente uma quantidade de resina de acordo com a reparação a efectuar, adicionando e misturando convenientemente catalisador, caso a resina já esteja activada. 6. – Alterne sucessivamente camadas de resina e capas de vidro, até preencher totalmente a zona lixada. 7. – Elimine o excesso de resina, através de lixadeira com abrasivo de grão apropriado, após secagem da resina, procedendo novamente à limpeza e desengorduramento da zona. 8. – Proceda ao acabamento final, através da utilização de uma massa de poliéster reforçada.

Reparação de Plásticos e Vidros

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Exercícios Práticos e Guias de Avaliação

GUIA DE AVALIAÇÃO DOS EXERCÍCIOS PRÁTICOS EXERCÍCIO N.º 1 – REPARAÇÃO DE PEÇA DE PLÁSTICO COM RESINA DE POLIÉSTER E FIBRA DE VIDRO

NÍVEL DE EXECUÇÃO

TAREFAS A EXECUTAR

GUIA DE AVALIAÇÃO (PESOS)

1- Proceder à lixagem da zona danificada.

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2- Eliminar pós provenientes da lixagem, com uma pistola de sopro, ligada à rede de ar comprimido.

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3- Efectuar a cuidadosa limpeza e desengorduramento da zona danificada. 4- Estimar o número de capas de fibra de vidro necessárias para a reparação, cortando-as com a geometria e forma apropriadas. 5- Verter para um recipiente uma quantidade de resina de acordo com a reparação a efectuar, adicionando e misturando convenientemente catalisador, caso a resina já esteja activada. 6- Alternar sucessivamente camadas de resina e fibra de vidro, até preencher totalmente a zona lixada. 7- Eliminar o excesso de resina, através de lixadeira com abrasivo de grão apropriado, após secagem da resina, procedendo novamente à limpeza e desengorduramento da zona. 8- Proceder ao acabamento final, através da utilização de uma massa de poliéster reforçada. CLASSIFICAÇÃO

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Reparação de Plásticos e Vidros

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Exercícios Práticos e Gerais de Avaliação

EXERCÍCIOS PRÁTICOS EXERCÍCIO N.º 2 – REPARAÇÃO DE PÁRA-BRISAS - Preenchimento de estaladura em vidro de pára-brisas através de injecção de resina à pressão, realizando as tarefas indicadas em seguida, tendo em conta os cuidados de higiene e segurança.

EQUIPAMENTO NECESSÁRIO -

Vidro pára-brisas

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Kit de reparação de vidros

TAREFAS A EXECUTAR 1. – Retire da cratera as partículas de vidro soltas, eliminando sujidade e humidade. 2. – Coloque o suporte do injector centrado sobre a cratera da rotura. 3. – Adicione resina em quantidade suficiente, após regulação adequada do injector. 4. – Extraia o ar da zona estalada, produzindo vácuo no seu interior, com a ajuda de uma bomba de vácuo, se necessário. 5. – Exerça pressão sobre o injector, para que a resina penetre na rotura e a preencha. Se não se verificar um preenchimento completo da rotura, repita o passo anterior tanto quanto necessárioaté ao seu preenchimento total. 6. – Verifique se a cratera está devidamente preenchida por resina, após retirado o injector e suporte; caso não esteja, preencha directamente com gotas da própria resina. 7. – Seque a resina com a lâmpada de raios ultravioleta. 8. – Raspe com uma lâmina a resina em excesso do vidro. 9. – Proceda ao polimento da zona reparada vertendo algumas gotas de pasta polidora extrafina até que esta adquira transparência.

Reparação de Plásticos e Vidros

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Exercícios Práticos e Guias de Avaliação

GUIA DE AVALIAÇÃO DOS EXERCÍCIOS PRÁTICOS EXERCÍCIO N.º 2 – REPARAÇÃO DE PÁRA-BRISAS

TAREFAS A EXECUTAR 1- Retirar da cratera as partículas de vidro soltas, eliminando sujidade e humidade. 2- Colocar o suporte do injector centrado sobre a cratera da rotura.

GUIA DE NÍVEL DE AVALIAÇÃO EXECUÇÃO (PESOS) 1 3

3- Adicionar resina em quantidade suficiente, após regulação adequada do injector.

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4- Extrair o ar da zona estalada, produzindo vácuo no seu interior, com a ajuda de uma bomba de vácuo, se necessário.

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5- Exercer pressão sobre o injector, para que a resina penetre na rotura e a preencha. Se não se verificar um preenchimento completo da rotura, repetir o passo anterior tanto quanto necessário até ao seu preenchimento total.

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6- Verificar se a cratera está devidamente preenchida por resina, após retirado o injector e suporte; caso não esteja, preencher directamente com gotas da própria resina.

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7- Secar a resina com a lâmpada de raios ultravioleta.

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8- Raspar com uma lâmina a resina em excesso do vidro. 9- Polir a zona reparada vertendo algumas gotas de pasta polidora extrafina até que esta adquira transparência.

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CLASSIFICAÇÃO

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Reparação de Plásticos e Vidros

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Pós-Teste

PÓS-TESTE 1.– Qual das seguintes afirmações está correcta? a) O polipropileno admite fibras de vidro de reforço, melhorando deste modo as suas propriedades mecânicas .............................................................................................................. b) As fibras de vidro não se podem adicionar aos termoplásticos ................................................... c) As fibras de vidro apenas se utilizam como reforço das resinas de poliéster .............................. d) Apenas material reforçado com fibras de vidro pode ser reparado por soldadura ...................... 2. – A resina epóxi (EP) aplica-se para a) Fabricação de guarnições ............................................................................................................ b) Fabricação de pára.-choques ...................................................................................................... c) Como adesivo em diferentes peças da carroçaria e como base para circuitos impressos .......... d) Para o cobrir exteriormente peças de poliéster ........................................................................... 3. – Que informação se reconhece no código de identificação dos plásticos? a) O prazo de validade do material .................................................................................................. b) A fórmula química do material ...................................................................................................... c) O tipo de polímero, e se existirem, as cargas de reforço ............................................................. d) O código secreto do fabricante e a data de fabricação ................................................................ 4. – Qual é a forma mais rápida e prática para determinar se um plástico é termoplástico ou termoendurecível? a) Verificar se o seu tom é escuro ou claro ...................................................................................... b) Através do tacto ........................................................................................................................... c) Aquecendo-o e verificando o seu comportamento face ao calor ................................................. d) Com o teste de diferença de densidades, introduzindo uma amostra de plástico num recipiente com água para verificar se flutua ................................................................................ 5. – A temperatura da fusão dos plásticos utilizados no automóvel varia entre: a) 80 –1000 ºC ................................................................................................................................. b) 265 – 400 ºC ................................................................................................................................ c) 300 – 600 ºC ................................................................................................................................ d) 300 – 650 ºC ................................................................................................................................

6. – Que ocorre quando a temperatura de soldadura é baixa e a velocidade rápida? a) A reparação realiza-se mais rapidamente .................................................................................... b) A temperatura de soldadura deve ser baixa para evitar problemas ............................................. c) O cordão é volumoso com ausência de rebarbas nos bordos, dando lugar a uma união débil .............................................................................................................................................. d) No bordo do cordão verificam-se bolhas e rebarbas muito pronunciadas, pelo que o material degrada-se .....................................................................................................................

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7. – Que produto se utiliza para a limpeza e desengorduramento de um termoplástico antes de executar a soldadura a) Gasolina ...................................................................................................................................... b) Acetona ....................................................................................................................................... c) Dissolvente básico ...................................................................................................................... d) Álcool .......................................................................................................................................... 8. – A inserção de uma rede metálica numa reparação realiza-se: a) Golpeando-a com um martelo ..................................................................................................... b) Aquecendo a zona até o material passar para o estado pastoso e pressionando a malha até sua inserção no material ....................................................................................................... c) Fundindo o plástico com uma lamparina, a rede penetrará sem nenhuma dificuldade o material ........................................................................................................................................ d) Não se podem utilizar redes metálicas, unicamente de nylon .................................................... 9. – Existem certos plásticos que não se podem reparar mediante soldadura. Que método se utiliza nestes casos? a) Colocação de rebites e placas metálicas .................................................................................... b) Não se podem reparar através de nenhum método conhecido .................................................. c) Aplicação de resinas, adesivos e materiais de reforço ............................................................... d) Substituição imediata por uma peça nova .................................................................................. 10. – Em reparações com adesivos que tipos de materiais de reforço são mais utilizados? a) Malhas metálicas ........................................................................................................................ b) Fibras de carbono e kevlar .......................................................................................................... c) Fibras de vidro ............................................................................................................................. d) Talco em pó ................................................................................................................................. 11. – Para que se utilizam massas de poliéster reforçado? a) Para reparar pequenos danos, cortes e riscos superficiais ........................................................ b) Principalmente para realizar reparações de forma rápida .......................................................... c) Para a reparação de peças de polipropileno ............................................................................... d) Para o ajuste de bordos em processos de pintura ...................................................................... 12. – Para que se utiliza a lâmpada de infravermelhos na reparação com adesivos? a) Para conformar as deformações ................................................................................................. b) Para acelerar a secagem das resinas e adesivos ...................................................................... c) Para evaporar os dissolventes de limpeza.................................................................................. d) Para estabilizar os produtos frente à radiação ultravioleta .........................................................

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13. – Em certas reparações com adesivos com que fim se efectuam uma série de furos em redor  da fissura? a) Não se devem efectuar, pois debilita a zona danificada .............................................................. b) Facilitar a aderência da resina e aumentar a resistência da união .............................................. c) Para conferir à zona uma maior flexibilidade, evitando desta forma que se rompa posteriormente ............................................................................................................................. d) Para que o adesivo flua mais facilmente ..................................................................................... 14. – Como material do pára-brisas de um veiculo recorre-se a vidros laminados devido a: a) Facilidade de montagem no veículo ............................................................................................ b) Não se fragmentam, quando sujeitos a impacto, impedindo a projecção dos ocupantes ........... c) Grande resistência térmica, suportando facilmente mudanças bruscas de temperatura ............ d) Elevada rigidez conferida pela sua obtenção através de tratamento de tempera, resultante de um processo de arrefecimento rápido .................................................................... 15. – Os vidros apresentam danos que: a) Apenas podem ser reparados em vidros temperados .................................................................. b) Causados sobretudo por mudanças bruscas de temperatura ...................................................... c) Tem origem em torsões transmitidas ao vidro ou impactos de objectos ....................................... d) Apresentam grandes garantias de qualidade de reparação desde que o dano seja provocado por torsões do vidro .....................................................................................................

16. – A reparação de estaladuras de vidros procede-se da seguinte forma: a) Após aplicação directa dos produtos de limpeza com penetração na zona danificada ................ b) Recorrendo a injecção de resina no interior da rotura, após devida preparação da superfície ....................................................................................................................................... c) Do mesmo modo que a reparação de plásticos por soldadura ..................................................... d) Não é aconselhável porque qualquer dano no vidro com o tempo, é sujeito a tensões internas, que provocam fissuras .....................................................................................

17. – As fissuras em pára-brisas a) São produzidas pelo choque de objectos pequenos a grande velocidade, apresentando uma pequena concavidade no centro da rotura ..................................................... b) Apresentam garantia de qualidade de reparação em danos provocadas por  deformação da moldura da janela ................................................................................................. c) São preenchidas por capilaridade com introdução de resina sobre as zonas estreitas da rotura ........................................................................................................................................ d) Tem o mesmo procedimento de reparação que as estaladuras de vidros ....................................

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