Atividades Sobre As Pernas Curas Da Mentira
September 4, 2022 | Author: Anonymous | Category: N/A
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TEXTO
MOACYR SCLIAR ILUSTRAÇÕES ROGÉRIO BORGES
AS PERNAS CURTAS DA MENT MENTIRA IRA SÉRIE ESTÁ NA MINHA MÃO! VIVER VALORES
SUGESTÕES DE ATIVIDAD ATIVIDADES ES ELABORAÇÃO:
MARIA LÚCIA DE ARRUDA ARRU DA ARANHA
1
Caro Professor Na apresentação de cada livro da série Está na Minha Mão! Viver Valores, expusemos alguns dos motivos que levaram a Editora Moderna a assumir a delicada tarefa de oferecer boa literatura aliada a material didático destinado à formação ética dos educandos educandos.. Neste encarte, damos alguns subsídios para melhor aproveitamento do livro em sala de aula, atuando em dois momentos: I — Compreensão Compr eensão e interpret interpretação ação de texto II — Abordagem dos aspectos de convívio social e ética, explorados pela obra Cabe ao professor avaliar qual o tipo de trabalho a ser desenvolvido satisfatoriamente com seus alunos. Dependendo do tempo disponível e da maturidade dos alunos, o professor pode priorizar a compreensão e a interpretação do texto ou discutir questões mais complexas. O propósito desse aprofundamento é atender aos Parâmetros Curriculares Nacionais, que sugerem a discussão de temas sobre convívio social e ética. Os temas transversais propostos pelo MEC visam a incentivar a interdisciplinaridade — o que a série Está na Minha Mão! Viver Valores concretiza plenamente, ao permitir que áreas como História, Educação Religiosa, Filosoa, Geograa e outras
aliem-se ao trabalho do professor de Língua Portuguesa.
I – COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
1 Explique por que o personagem Paulo era conhecido como Paulo Pinóquio. E por que ainda assim Mário tinha simpatia por ele.
Paulo era conhecido como Pinóquio porque costumava mentir muito. Mesmo assim, Mário o achava simpático, admirava sua inteligência e sua capacidade de inventar coisas.
Que história Paulo contou a Mário para torná-lo seu cúmplice, a m
2 de que seu pai não descobrisse que ele fora expulso da escola? Paulo contou chorando que seu pai estava sofrendo do coração e não poderia ter contrariedade contrariedades. s. 2
3
Ao falsicar os boletins para manter a mentira armada, Paulo entrou
numa enrascada. Qual foi? O Tatu, funcionário da gráca que concordara em falsicar o boletim, passou a fazer chantagem, pedindo mil dólares para car calado.
liv rá-lo da chantagem por 4 Tentanto ajudar o amigo, Mário conseguiu livrá-lo acaso. O que aconteceu?
Mário encontrou por acaso o pai de Paulo fazendo exercícios físicos no parque e cou sabendo que o estado de saúde dele não era grave e que além disso ele sabia das mentiras do lho. Ao tomar conhecimento conhecimento da enrascada de Paulo, seu Bruno resolveu dar o dinheiro para a família de Tatu e uma lição no lho, que
precisou admitir as mentiras e mudar de vida.
5 Proposta de redação. Comente com os colegas a primeira frase
do livro As pernas curtas da mentira: “A mentira não é uma coisa totalmente estranha para quem escreve com base na imaginação”. Depois, redija um texto sobre esse tema. t ema. Rever no guia a explicação sobre a imaginação, que pode ser usada tanto para enfrentar os problemas do mundo, propondo soluções hipotéticas, como para enganar os outros.
6 Proposta de atividade: debate
Reúnam-se em grupos para discutir um outro nal para a história de
As pernas curtas da mentira: Mário não encontra o pai de Paulo no parque, e portanto não ca sabendo que ele não está gravemente
doente. Como seria o desfecho? Em seguida, cada grupo expõe o seu trabalho e um deles é escolhido para ser encenado.
II — CONVÍVIO SOCIAL E ÉTICA As questões apresentadas a seguir visam a estimular as discussões a respeito de temas sobre convívio social e ética. O objetivo principal é que o aluno desenvolva a capacidade de reexão e discussão a partir de relatos de situações concretas. Esperamos que nesse processo ele aprenda valores,eaconseqüências argumentar para defender uma ou outra decisão aeidenticar a avaliar causas das ações.
Em outras palavras, nossa intenção é dar oportunidade para que ele próprio aperfeiçoe seus critérios de julgamento moral. 3
Partimos do pressuposto de que a aprendizagem moral se faz por estágios. Assim, na segunda infância (de 7 a 14 anos) ainda predomina a aceitação das normas externas, dadas pela sociedade (heteronomia). Mas a criança já começa a elaborar argumentos que, na adolescência, lhe possibilitarão estabelecer suas próprias regras, de maneira livre e consciente (autonomia). (autonomia). Autonomia é importante, mas não pode ser confundida com individualismo. Por isso o desenvolvimento moral não se faz apenas pela inteligência, mas também pela afetividade, quando a criança se relaciona com os outros. Aos poucos ela deixa de estar centrada em si mesma (egocentrismo infantil) e, com a formação de grupos, passa a se socializar, desenvolvendo comportamentos de cooperação e solidariedade. Cabe ao professor a delicada tarefa de oferecer oportunidade para o diálogo entre seus alunos, criando um ambiente favorável ao debate, em que todos possam expor suas posições sem medo. Lembramos que o professor não é um “guia”, “guia” , nem deve ter “a última palavra”; portanto, suas convicções convicç ões não podem prevalecer sobre as dos demais, sobde pena de o espaço deas discussão tornarse instrumento doutrinação. Pordemocrático isso mesmo, “respostas” às questões deste encarte não devem igualmente ser tomadas como “certas”, mas apenas como “pistas” que poderão ser aproveitadas ou criticadas. É importante ressaltar que a função do educador é a de facilitar o processo em que o aluno é o sujeito de sua aprendizagem. E, no caso especíco deste projeto de educar para os valores, apenas estamos
oferecendo elementos e ocasião ao aluno para que ele desenvolva a valoração pessoal.
PROPOSTAS PARA DISCUSSÃO 1. Este
é um livro sobre mentiras. Reúna-se com um grupo de colegas para fazer uma lista de diversos tipos de mentira. Em seguida, coloque em ordem das menos graves para as mais graves. No nal, cada grupo expõe sua lista para a classe, e
trocam-se idéias a respeito.
O propósito da questão é “aquecer” a discussão respeito mentira.que Se perceber alguma diculdade, o professor poderá alembrar asda mentiras não aparecem com esse nome, como a calúnia, a traição, a lorota, o primeiro de abril, a falsicação, o conto do vigário, a demagogia, a meia-verdade, meia-verdade, 4
exagerar os fatos, jurar em falso, não cumprir promessa, mentira social (mandar dizer que não está, elogiar o que não gosta etc.). 2.
Você já foi vítima da mentira de alguém? Conte como foi e como você se sentiu.
Resposta pessoal. A intenção da pergunta é sensibil sensibilizar izar para as conseqüências conseqüên cias da mentira.
3.
Nesta história, Paulo e Mário envolvem-se em inúmeras mentiras. Explique como os motivos de um e de outro são diferentes e discuta com seu colega qual é o pior mentiroso.
Paulo é mentiroso contumaz. Mente porque se diverte com isso, e também para evitar enfrentar problemas. Mário não gosta de mentir, mas o faz porque acredita na doença do pai de Paulo e não quer que ele sofra mal algum. É interessante que sejam discutidas as intenções de cada um dos rapazes.
convencer Mário a ajudá-lo, Paulo diz que 4. Para com quem se pode contar a qualquer momento
é alguém e“amigo para qualquer coisa”. Reúna-se com mais três colegas para discutir se concordam ou não com ele. Em seguida, a discussão é aberta para a classe.
Lembramos a importância da formação de grupos na segunda infância, importante para o desenvolvimento da solidariedade e cooperação. E como a amizade supõe a segurança de poder contar com o outro. Discutir as diferenças entre o “pertencimento” ao grupo e a “participação” dele. Os riscos no primeiro caso é de, em nome da amizade, fazer o que achamos errado.
5.
Em um certo momento, Mário se assusta com o desenrolar dos acontecimentos acontecimen tos porque “uma coisa é mentir para os pais, outra é falsicar documentos”. Você concorda com ele? Explique por
quê.
Discutir os diversos tipos de mentira, desde as mais simples, até aquelas que são criminosas, como a falsicação. No debate, lembrar como uma mentira
leva a outra, o que torna difícil o controle da situação.
6. Tatu falsicou o boletim a pedido de Paulo e em seguida fez chantagem com ele, a m de conseguir dinheiro para pagar
o aluguel atrasado. O fato de Tatu ser pobre e passar por diculdades diminui a sua culpa? 5
Discutir que, junto com Paulo, Tatu transgredi transgrediuu a ordem da escola, da tipograa, que tinha um compromisso com a escola, além de enganar os pais de Paulo. Embora sua situação de pobreza não justicasse a mentira e o crime da falsicação, convém discutir a nossa sociedade
injusta que coloca as pessoas em situação de extrema desigualdade de oportunidades. Foi o que fez Tônia chorar no nal, quando recebeu
por caridade a oferta do dinheiro do pai de Paulo, embora preferisse ter condições de levar uma vida digna. 7.
Por que é importante que as pessoas não mintam?
Resposta pessoal. Suponham Suponhamos os que as principais respostas sejam as seguintes: a) porque, dependendo do caso, podemos ser punidos pelos pais e professores ou pela justiça; b) porque, se descobertos mentindo, perdemos perdemos o respeito dos outros e ninguém mais acreditará em nós; c) porque em um mundo em que todo mundo pudesse mentir, toda relação humana seria impossível. A alternativa a) é resposta típica daqueles que ainda estão na fase da heteronomia e agem de acordo com a autoridade externa; na b) já ocorre a descoberta da importância do respeito mútuo e do reconheciment reconhecimentoo do outro; a c) supõe um nível mais alto de moralidade, baseado no princípio de que a mentira não pode se tornar uma lei de conduta universal, sob pena de tornar inviável as relações humanas.
8. Vi o João colar na prova (o que signica que ele estava enganando o professor); desconado, o professor me perguntou
se vi o João colar: se digo que não vi, minto para o professor; se digo que vi, traio meu amigo. O que devo fazer?
Lembramos que Piaget destaca a importância do fortalecimento dos laços de solidariedade no grupo, na segunda infância, por àisso os adultos não devem criar situações de conito como a instigação delação dos amigos. Nesse caso, os alunos que prontamente se colocam éis ao professor ainda
dependem heteronomicamente da autoridade adulta, enquanto os que preferem defender o amigo se encaminham para a autonomia moral. No entanto, para evitar o confronto entre mentir para um e trair o outro, seria o caso de devolver ao professor a incumbência de saber por si mesmo se houve ou não a cola. 9.
Ainda sobre a cola, responda o que você acha destas armações:
a) A cola é uma forma de mentira e, como tal, deve ser evitada. b) Quem não cola não sai da escola. 6
Essa discussão é complexa, se considerarmos as escolas que privilegiam o trabalho individual, em detrimento da colaboração em grupos. Ou que fazem exigências descabidas que os alunos não conseguem atender. Por outro lado, diante de uma proposta pedagógica séria, em que os alunos tenham conhecimento dos propósitos da avaliação, deveriam ser evitadas as diversas formas de fraude, sob pena de invalidar as relações entre professor e aluno.
10.
Várias famílias deum baixa renda conseguiram muito esforço comprar lotes de terreno e aí construíramcom suas casas. Depois de algum tempo, descobriram que foram vítimas de “grileiros”, pessoas que têm falsos títulos de propriedad propriedadee e vendem terras que não são suas. O verdadeiro dono conseguiu na justiça a autorização de despejo dos novos ocupantes e a polícia chegou ao local para executar a sentença judicial.
Quatro alunos, no centro de um círculo, simulam a discussão possível dos interessados, defendendo seus pontos de vista:
a) o líder dos moradores que vão ser despejados;
b) o policial encarregado do despejo;
c) o representante da prefeitura;
d) o advogado do verdadeiro proprietár proprietário. io.
Lembrar que a discussão gira em torno da primeira mentira, a dos grileiros que vendem o que não lhes pertence. No exemplo, as conseqüên conseqüências cias da mentira não atingem apenas uma pessoa, mas provocam problemas sociais. Nesse caso, entra a responsabilida responsabilidade de anterior da prefeitura no sentido de evitar a ação dos grileiros. Seria possível imaginar uma solução conciliatória para o problema?
11.
O demagogo é o político que engana o povo, ou porque promete o que sabe não poder cumprir, ou porque diz que trabalha para o bem coletivo, mas está apenas visando os interesses pessoais. Discuta com seus colegas quais seriam os prejuízos para o povo quando um demagogo se elege.
O demagogo mente para ser eleito e esconde suas verdadeiras intenções, que é se enriquecer com o dinheiro público. Essa forma de mentira é perniciosa porque não atinge apenas uma pessoa, mas a sociedade como um todo, que perde benefícios de Euma administração, comofaz melhoria na educação, saúde,osmoradia, lazer. se aboa descoberta da mentira perder a credibilidade de quem mente, os políticos corruptos também prejudicam a imagem do político bem-intencionado. bem-intencionado. 7
12. Um
médico descobre que seu paciente sofre de mal incurável e que sua morte está próxima. A pedido da família, esconde do doente a gravidade do seu caso, a m de que ele não sofra
demais nos últimos dias de sua vida. Você acha que essa mentira é desculpável? O que você faria em uma situação semelhante? E se o doente fosse você, preferiria ignorar ou conhecer a verdade?
Resposta pessoal. Trata-se da chamada mentira “humanitária”, caridosa, que às vezes é usada para poupar pessoas queridas do sofrimento. Discutir a importância de se conhecer bem a pessoa em questão, para saber se ela suportaria ou não a verdade. Por outro lado, é bom lembrar que na nossa sociedade não costumamos pensar nem falar sobre o morrer, o que diculta o enfrentamento enfrentament o dessas situações que, anal, fazem parte da vida.
Professor: à Editora Moderna o Guia da série Está Solicite na Minha Mão! Viver Valores , quePrático o auxiliará em
seu trabalho na discussão, em sala de aula, de Ética e Cidadania. É muito fácil: basta ligar para (011) 0800-17-2002. Na Internet: www.moderna.com.br/livrodoprofessor/estanaminhamao
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