Atendimento Inicial Ao Paciente Politraumatizado PDF

October 13, 2022 | Author: Anonymous | Category: N/A
Share Embed Donate


Short Description

Download Atendimento Inicial Ao Paciente Politraumatizado PDF...

Description

 

 ATENDIMENT  A TENDIMENTO O  INICIAL AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO POLITRAUMA TIZADO :

 ABCD  AB CDE E

SANARFLIX.COM.BR/ASSINE

 

 A  ATENDIMENTO TENDIMENTO INICIAL AO AOABCDE PACIENTE PACIENTE POLITRAUMATIZADO: CHEGOU A HORA DE REUNIRMOS OS PRINCIPAIS CONCEITOS DO ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO BASEADO NAS NOVAS ATUALIZAÇÕES DA 10º EDIÇÃO DO ATLS!

 

SUMÁRIO INTRODUÇÃO

6

1. PREPARA PREPARAÇÃO ÇÃO

11

2. TRIAGEM

12

3. AVALIAÇÃ VALIAÇÃO O INICIAL + REANIMAÇÃO E MEDIDAS AUXILIARES

14

AVALIAÇÃO AV ALIAÇÃO GERAL

16

A – VIAS AÉREAS + PROTEÇÃO DA COLUNA CERVICAL

17

PESCOÇO

20

ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO : ABCDE

 

B – RESPIRAÇÃO E TÓRAX

21

C – CIRCULAÇÃO

27

D – AVALIAÇ VALIAÇÃO ÃO E LESÕES NEUROLÓGICAS

32

E – EXPOSIÇÃO + CONTROLE DA HIPOTERMIA

36

PRÓXIMO PA PASSO SSO IDEAL

39

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFIC BIBLIOGRÁFICAS AS

40

ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO : ABCDE

 

INTRODUÇÃO Seja bem-vindo ao mundo do trauma! Se você chegou até aqui é por que tem interesse por essa realidade.

Queremos te presentear com esse informavo no intuito de aproximar cada vez mais desse contexto tão importante.

O conteúdo e as técnicas apresentadas nesse ebook são desenhadas para auxiliar internos/médicos no aten dimento da emergências ao paciente traumazado. O intuito é de compreendermos a importância do aten dimento pré-hospitalar e intra-hospitalar na facilitação da ressuscitação de pacientes vímas de trauma.

ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO : ABCDE

 

Espera-se que ao fnal desta leitura, você desenvolva algumas capacidades: •

Idencar a sequência correta de prioridades para a avaliação dos pacientes lesionados.

• •



Compreender os princípios da avaliação primária na abordagem do paciente ferido. Perceber a contribuição do histórico médico de um paciente na idencação de suas lesões. Reconhecer os pacientes que necessitam de transferência para outro setor, facilitando assim a gestão administrava. Discorrer sobre a necessidade de uma avaliação secundária e da reavaliação de uma paciente que não



está respondendo adequadamente ao manejo. Entender a importância do trabalho em equipe na primeira avalição dos componentes do trauma.



ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO : ABCDE  

Inicialmente o que precisamos entender é que a preparação para o atendimento de pacientes traumácos ocorre em dois diferentes contextos clínicos: no campo pré-hospitalar e no intra-hospitalar. Primeiro, du rante a fase pré-hospitalar, os eventos são coordenados com os médicos do hospital de recepção. Segundo, durante a fase intra-hospitalar, os preparavos são feitos para facilitar a ressuscitação de pacientes com trauma rápido. Ao tratar pacientes feridos, os médicos avaliam rapidamente os ferimentos e instuem uma terapia de preservação da vida. Pelo fato do tempo ser crucial, uma abordagem sistemáca que pode ser aplicada de maneira rápida e precisa é essencial. As avaliações primária e secundária são repedas frequentemente para idencar qualquer alteração no status do paciente que indica a necessidade de uma intervenção adicional. É de suma importância compreendermos a relevância do planejamento antecipado para a chegada dos pa cientes traumazados que deve ser dirigido por um bom líder responsável por garanr que todas as infor mações sejam passadas corretamente a toda a equipe: ulização de equipamentos de proteção, teste e preparação dos materiais para garana das vias aéreas, cristaloides aquecidos etc; e uma correta triagem (baseada nas prioridades do ABC).

Ficou curioso? Então que ligado e acompanhe o nosso uxo para sair um expert em Atendimento Inicial!

ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO : ABCDE  

Segundo o ATLS, 10ª edição, o atendimento inicial ao paciente politraumazado deve ser rápido, sistemazado e eciente eciente,, de forma a cumprir seu objevo máximo de estabilizar o doente em seu primeiro atendimento. Ou seja, aqui vamos realizar os mais diversos esforços am de garanr que o paciente não evolua a óbito. Veja que em nenhum momento falamos sobre tratamento denivo, este, por sua vez, só virá ser instuído após a estabiliz estabilização ação do doente. O atendimento inicial segue uma ordem de eventos: 1. Preparação 2. Triagem

6. Avaliação Secundária 7. Medidas Auxiliares à Av. Sec.

3. Avaliação Primária + Reanimação

8. Monitorização e Reavaliação

4. Medidas Auxiliares à Av. Primária

9. Tratamento Deniv Denivo o

5. Transferência

Importantes salientarmos que nem todo paciente passará por todas as etapas , assim como tais etapas po-

dem acontecer simultaneamente, desde que o atendimento seja realizado em equipe. Neste método, duas ou mais pessoas irão atender conjuntamente o mesmo paciente, tendo que ser estabelecida uma liderança, a qual tem por função delegar, supervisionar, conferir e manter uma visão completa sobre o estado clínico do doente.

ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO : ABCDE  

Diante desse modelo a equipe deve funcionar através do modelo de atendimento de alça fechada: O líder delega a função de forma clara, audível e direcionada. A equipe conrma o recebimento da ordem e a executa. Após a execução, a equipe conrma a realização do comando ao líder.

Ex: Líder: José, pegue um Acesso Venoso Periférico Jelco 18 e corra 1L de Ringer Lactato. José: Entendido!

... José: Acesso Venoso Periférico garando! Correndo 1L de Ringer Lactato.

Entendido isso, podemos passar de fato para as etapas do atendimento primário.

ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO : ABCDE  

1. PREPARAÇÃ PRE PARAÇÃO O

Nela, o hospital que recepcionará o paciente politraumazado recebe informações vindas do pré-hospitalar, am de adiantar processos a serem tomados com a chegada do doente. Dessa forma, deve-se manter pronta uma área para recepção do mesmo, material para via aérea, terapia de reposição volêmica e monitorização de dados vitais. Além disso, os hospitais que contam com serviço de atendimento atendimento ao trauma devem possuir um protocolo local para local para condução do mesmo, bem como contato com outros centros de referência, caso

transferência seja necessária.

ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO : ABCDE  

 2. TRIAGEM Tal etapa somente é necessária em caso de 2 ou mais vímas simultâneas. Nesses casos, o objevo é de terminar qual paciente deve ser atendido prioritariamente, a depender do contexto de múlplas vímas ou vímas em massa.

ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO : ABCDE  

CONCEITOS IMPORT IMPORTANTES ANTES

Múltiplas Vítimas x Vítimas em Massa 1. Múltiplas Vítimas

Incidentes com múlplas vímas são aqueles em que número de pacientes e a gravidade de suas lesões não exceda a capacidade da instalação de prestar cuidados. Nesses casos, pacientes com problemas de risco de vida e aqueles que sustentam lesões de múlplos sistemas são tratado primeiro.

2. Vítimas  Vítimas em Massa

Em eventos de vímas em massa, o número de pacientes e a gravidade de seus ferimentos excede a capaci dade das instalações e funcionários. Nesses casos, os paciente pacientess que a maior chance de sobrevivên sobrevivência cia e que demandem o menor gasto de tempo, equipamentos e suprimentos serão atendidos primeiramente.

ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO : ABCDE  

3. AVALIAÇÃO INICIAL + REANIMAÇÃO E MEDIDAS AUXILIARES A avaliação primária + reanimação é a etapa fundamental no processo de estabilização do paciente politraumazado. O objevo primário é garanr que a respiração celular esteja acontecendo de forma adequada. Ou seja, garan garanrr que oxigênio chegue até a célula célula.. Para isso, existe uma série pré-estabelecida de invesgação

e tratamento baseada na ordem em que os eventos traumácos matam: aqueles que matam mais rápido são primeiro invesgados e tratados. tratados. Ao longo da avaliação primária, medidas auxiliares podem e devem ser tomadas como forma de conferência das medidas de reanimação adotadas, ou mesmo na invesgação de possíveis lesões.

Dessa forma, a ordem que guia nosso atendimento é o ABCDE do trauma:

ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO : ABCDE  

A. Airways (vias aéreas + proteção da coluna cervical) B. Breathing (respiração + tórax) C. Circulaon (circulação) D. Disability (lesões neurológicas) E. Exposion (exposição + controle da hipotermia)

Antes de passarmos para a estudo de cada uma dessas etapas, dois pontos devem ser salientados: 1. Antes do ABCDE, devemos fazer uma avaliação geral; geral; 2. Entre a letra A e B deveremos avaliar o pescoço.

ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO : ABCDE  

 AVALIAÇÃ  AV ALIAÇÃO O GERAL Nesta etapa, também conhecido como ABC rápido, o que deve ser feito é uma avaliação objeva do estado geral em que se encontra o doente. Para tal, comumente usa-se de uma padronização de 2 perguntas a serem feitas: 1. Qual o seu nome? 2. O que aconteceu?

O intuito não é saber se o paciente está realmente falando a verdade ou não. O objevo é avaliar a sua capa cidade de resposta (clareza na elaboração da frase) e esmar a sua escala de coma de Glasgow (GCS). Caso a resposta seja adequada, signica que, pelo menos momentaneamente o paciente possui uma via aérea pérvia, respiração preservada e oxigenação cerebral. Caso a resposta seja inadequada, é um atestado que o doente possui uma lesão... agora resta saber qual. Quanto ao Glasgow, a informação que nos é importante nesse momento é disnguir aqueles que têm GCS > 8 daqueles que têm GCS ≤ 8 (indicavo para garana de via aérea deniva). No entanto, é aconselhado que se tenha uma mensuração exata da GCS no momento da admissão, para que seja possível avaliar a evolução neurológica desse paciente ao longo do atendimento. Eai, tranquilo até aqui? Reunimos fundamentos básicos para agora entrarmos de fato na sistemazação do atendimento inicial. Então connue prestando atenção e vamos seguir o uxo!

ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO : ABCDE  

 A – VIAS AÉREAS + PROTEÇÃO DA COLUNA CERVICAL A primeira coisa a ser realizada é a proteção da coluna vertebr vertebral al através do uso do colar cervical, cervical, para então inspecionar a via aérea do paciente. O colar cervical deve ser mando até que lesão raquimedular seja descartada. Em seguida, trataremos da via aérea através da inspeção e ausculta, além da própria abertura de VA: • Inspeção e ausculta: procurar por taquipneia, agitação, torpor, cianose, respiração ruidosa, uso de muscu latura acessória e cervical dor referida em VA. Na presença de dor, deve-se pensar em traumas associados: trauma bucomaxilofacial, e laríngeo (rouquidão, fratura palpável e ensema subcutâneo); • Abertura de vias aérea: Nosso objevo é procurar por corpos estranhos, sejam eles líquidos, sólidos ou mesmo a língua (quando há queda de base de língua). Para isso, solicita-se ao paciente que abra sua VA. Caso não seja possível, ulizar manobra de  Jaw Thrust .

IMPORTANTE!

Havendo queda de base de língua → cânula de Guedel Havendo CE sólidos → dedo em gancho ou rotação lateral Havendo CE líquidos → Aspirador de ponta rígida ou rotação lateral

ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO : ABCDE  

Após a invesgação, temos que decidir sobre a VA desse paciente: • VA estável (aquele doente que mantém sua VA pérvia por conta própria) → Oxigenação para trauma; • VA instável (necessita de intervenção para garana de VA) → Oxigenação para trauma + VA deniva;

E o que vem a ser uma VA deniva? VA deniva consiste num tudo endotraqueal, com balão insuado abaixo das cordas vocais e acima da ca rina, devidamente xado com ta ou cadarço, conectado a um sistema de venlação assisda com mistura enriquecida de oxigênio.

As VA denivas no trauma são em número de 3: Intubação Orotraqueal (IOT), Cricoreoidostomia cirúrgica e Traqueostomia Cirúrgica. Dessas, a IOT é a mais ulizada. Entre as cirúrgicas, apesar da traqueostomia ser a mais indicada fora do con texto do trauma, a cricoreoistosmia cirúrgica é a mais ulizada no politraumazado, já que é mais rápida de ser realizada e possui menor risco de sangrament sangramento o associado (porém, não pode ser ulizada em menores de 12 anos).

ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO : ABCDE  

OBS: a Cricoreoidostomia por Punção não é uma VA deniva! No entanto, consiste numa manobra úl no ambiente do trauma, especialmente aos médicos que ainda não possuem domínio pleno da execução das VA cirúrgicas com agilidade. agi lidade. Tal procedimento deve permanecer por po r, no máximo, 30 a 45 min, frente ao acúmulo acúmu lo de CO2 decorrente dele.

Entendido isso, devemos agora saber como escolher uma VA deniva para nosso paciente que necessita:

OBS: os métodos auxiliares na auxiliares na garana de VA deniva são os disposivos supraglócos. Sua principal vantagem é que, diferente da IOT, podem ser passados sem visualização direta das cordas vocais. Os principais representantes são: king tube, combitube, máscara laríngea e máscara laríngea que permite intubação.

ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO : ABCDE  

Após a garana de via aérea naquele doente que necessita, deve-se conferir a realização do procedimento, sendo isso feito através da observação da expansibilidade torácica, ausculta ausculta (pulmonar  (pulmonar e epigástrica) e pelo uso da capnograa . Enm terminamos a letra A e podemos passar para o B. No entanto, antes disso temos que fazer duas coisas: 1. Monitorizar o paciente com Oximetria de Pulso → o paciente não pode passar para a letra B sem monito rização da SatO2; 2. Avaliar o pescoço do doente;

PESCOÇO Para avaliação do pescoço faz-se necessária a abertura do colar cervical. Dessa forma, a estabilização da co luna, enquanto o colar cervical esver aberto, deve ser manda de forma manual. Ao avaliar o pescoço, deveremos: • Inspecionar: procurar por desvio de traqueia e estase de jugulares → indicam efeito de massa no interior do tórax; • Palpar: procurar por ensema subcutâneo e fraturas palpáveis em face anterior e posterior do pescoço → indicam lesão de VA ou lesão raquimedular; Após invesgação do pescoço, fechar o colar cervical e somente então a estabilização manual da coluna pode ser desconnuada desconnuada..

ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO : ABCDE  

B – RESPIRAÇÃO E TÓRAX Após a invesgação do pescoço, passamos para a letra B, em que a nossa busca será direcionada às lesões que dicultem o processo de respiração ou que gerem grande compromemento do mediasno. Ou seja, que ameaçam a vida de imediato. Para isso, vamos ulizar algumas técnicas:

• Inspeção, palpação, percussão e ausculta pulmonares (lembrando que, apesar de alterado, o FTV é muito pouco ulizado no contexto do trauma, já que muitas vezes o paciente é impossibilitado de falar); • Ausculta cardíaca; • USG FAST e E-FAST (para pericárdio e pulmões/pleuras);

Curiosidade sobre o USG FAST: o FAST: o FAST convencional abrange 4 janelas do nosso corpo: pericárdica, hepator renal, esplenorrenal e pélvica. No entanto, existe uma versão expandida sua, o E-FAST, que abrange também  janelas pulmonares/pleurais pulmonares/pleurais..

Entendida como a invesgação do tórax é feita, podemos passar para as lesões torácicas que ameaçam a vida de imediato:

ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO : ABCDE  

• LESÃO DE ÁRVORE TRAQUEO-BRÔNQUICA

Consiste em lesões internas ou externas, totais ou parciais, comuns na parte mais calibrosa da VA. Tem cará ter raro e de elevada gravidade. Quando suspeitar?

Na presença de hemopse, cianose e ensema subcutâneo, sendo comum que seja acompanhada de pneumotórax hipertensivo e/ou pneumomediasno. Diagnósco: Broncoscopia Broncoscopia (que nem sempre é possível de ser realizada realizada). ). Conduta: garanr VA e encaminhar paciente para à cirurgia torácica.

• PNEUMOTÓRAX ABERTO Consiste no acúmulo de ar no espaço pleural pleural,, gerado por ferimento penetrante em tórax, sendo esse deno -

minado ferimento aspiravo. Inspeção: expansibilidade reduzida e ferimento aspiravo penetrante em tórax. Palpação: dor à palpação + FTV diminuído Percussão: mpanismo

ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO : ABCDE  

Ausculta: MV diminuído Diagnósco: Clínico Conduta: Manter curavo de 3 pontos (evitar que evolua para hipertensivo), realizar punção de alívio segui da de drenagem torácica.

• PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO Consiste no acúmulo de ar no espaço pleural, pleural, gerando colapso do pulmão ipsilateral, desvio contralateral de

mediasno e compressão do pulmão contralateral. Para ser hipertensivo tem que ter desvio de mediasno e, comumente, possuir instabilidad instabilidadee hemodinâmica. Inspeção: expansibilidade reduzida Palpação: FTV abolido Percussão: Percuss ão: hipermpanismo Ausculta: MV abolido Diagnósco: Clínico Conduta: realizar punção de alívio seguida de drenagem torácica.

ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO : ABCDE  

• HEMOTÓRAX MACIÇO Consiste no acúmulo de sangue  no espaço pleural, pleural, superior a 1500 mL ou 1/3 do volume sanguíneo. No

entanto, como não podemos mensurar o quanto de sangue ali existe até que seja drenado, sempre consideraremos sangue em cavidade pleural como hemotórax maciço. Para ser hemotórax maciço tem que gerar instabilidade hemodinâmica.

Inspeção: expansibili expansibilidade dade preservada/r preservada/reduzida eduzida Palpação: FTV diminuído Percussão: macicez Ausculta: MV diminuído Diagnósco: Clínico Conduta: realizar punção de alivio seguida de drenagem torácica, reposição volêmica e encaminhamento para toracotomia (cirurgia torácica).

ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO : ABCDE  

Uma breve pausa na caracterização das lesões!

Muitas vezes o Pneumotórax hipertensivo e o Hemotórax maciço se confundem. Para diferenciá-los, existem alguns arcio que podem ser ulizados: Hemotórax Maciço

Percussão

Pneumotórax Hipértensivo Hipermpânico

Traqueia

Desviada (contralateral)

Posicionada em Linha Média

Veias Jugulares E-FAST

Distendidas Sinal da Praia

Colapsadas Sangue em espaço pleural

Punção de Alívio

Saída de Ar

Alívio imediato

Maciço

• TAMPONAMENTO CARDÍACO

Consiste no acúmulo agudo de sangue no espaço pericárdico. Atentar-se que um Tamponamento cardíaco pode evoluir como um choque obstruvo (em que a má oferta tecidual de oxigênio se dá por um fator externo ao coração que limite seu processo de expansão e contração). Quadro clínico: o sinal mais comum é a taquicardia, mas, além dela, temos a Tríade de Beck, composta por: estase de jugulares, hipotensão e abafamento de bulhas cardíacas.

ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO : ABCDE  

Diagnósco: dado por USG FAST ou pericardiocentese diagnósca (não é um procedimento indicado no trau ma, vez que tem pouca precisão práca. Vem sendo cada vez menos ulizado nas emergências, sendo subs tuído pelo FAST). Tratamento: repor volume e encaminhar para a toracotomia de emergência (cirurgia torácica ou cardíaca).

Muita informação né? Ficou perdido e quer aprender mais detalhadamente sobre os principais achados no Trauma Torácico? Não se preocupe, você pode conferir tudo em nosso portal:

hps://www.sanarix.com.br/collecons  → hps://www.sanarix.com.br/courses/trauma  → Procure por   Trauma Torácico

Terminada a letra B, podemos passar para a letra C, desde uma medida auxiliar muito importante seja tomada: • Monitorização Cardíaca e Pressórica

ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO : ABCDE  

C – CIRCULAÇÃO Passando para a letra C, temos que nosso principal objevo será a idencação e tratamento precoce de estados de choque no nosso paciente.

Choque é denido como sendo uma estado de anormalidade do sistema circulatório, que resulta em per fusão orgânica e oxigenação tecidual inadequadas. No contexto do trauma, o po de choque mais comum é o hipovolêmico de causa hemorrágica. Dessa forma, havendo choque em um paciente politraumazado, devemos tratar como sendo hemorrágico, até que este seja descartado. O diagnósco de choque é dado de forma clínica, não exisndo exame laboratorial que seja especíco para tal. Os sinais de choque são muitos: taquicardia, sudorese, baixa SatO2, cianose e assim por diante. No entanto, a m de uma rápida invesgação, ulizamos os 4P’s: • Pele: fria e diaforé diaforéca, ca, podendo ter palidez ou cianose; • Perfusão Perfusão:: > 2s; • Pulso: rápido (taquicardia) e liforme; • Pressão: reduzida (hipotensão).

ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO : ABCDE  

No caso do choque hemorrágico, temos quatro graus de classicação de acordo com uma série de caracte ríscas. No entanto, independente de em qual grau o paciente esteja, o tratamento inicial será o mesmo:

1L de RINGER LACT LACTA ATO AQUECIDO a 39ºC (considerando o volume infundido no pré-hospitalar), em um

JELCO 18G, UNILATERAL.

No momento em que o acesso venoso periférico é realizado para infusão de terapia volêmica, pode ser cole tada amostra sanguínea visando determinação de po sanguíneo, prova cruzada e β-HCG (para mulheres).

O intuito da terapia terapia volêmica inicial é evitar que o paciente venha a ter alguns desses sinais: C – Coagulopaa H – Hipotermia

A – Acidose metabólica

ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO : ABCDE  

Para análise de tal condição clínica, são solicitados os exames de gasometria arterial e tromboelastograma ainda na letra C, além de controle da temperatura do paciente através de uídos aquecidos.

Estabelecido tratamento inicial, devemos avaliar a resposta do paciente pelos dados vitais e determinar sua

necessidade de sangue: Resposta rápida

Resposta transitória

Sem resposta

Dados Vitais

Retorna ao normal

Retorno transitório

Connuam alterados

Sangue

Baixa necessidade

Moderada necessidade

Imediato

Caso hemotransfusão hemotransfusão seja necessária, iniciar com sangue O-, na proporção 1:1:1 → 1 hemácias, 1m plaquetas e 1 de plasma. Ao descobrir o po sanguíneo do paciente, faz fazer er sangue po especíco, economizando os estoques de sangue O-.

Caso o paciente seja grave, não responsivo, pode ser necessária a abertura do protocolo de transfusão maci ça: > 4 unidades em 1 hora ou > 10 unidades em 24 horas.

ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO : ABCDE  

Independente de qual terapia volêmica instuída, o melhor preditor do estado de perfusão tecidual será tecidual será o débito urinário: > 0,5 mL/Kg/hora. Tendo sido iniciada a reposição volêmica, é hora de procurarmos onde está sangrando. O paciente politrau mazado sangra por:

→ Sangramento externo (se necessário, rotacionar para avaliar dorso). Para tratar, usar de compressão dire ta, compressão proximal e torniquete (nessa ordem de aplicação, caso seja necessário). •

Pelve (imobilização com lençol e acionamento da ortopedia);



Ossos longos (imobilização e acionamento da ortopedia);



Tórax (se necessário, voltar a invesgar);



Abdômen e Retroperitônio.

OBS: sangramento de cabeça não choca paciente adulto. Na criança, o sangramento de um subgaleoma é o que pode chocar.

Na avaliação do abdômen, além do exame sico que pode indicar irritação peritoneal, podemos e devemos ulizar métodos de imagem a m de invesgar sangue livre em cavidade:

ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO : ABCDE  

USG FAST

LAVADO PERITONEAL DIAGN.

TOMOGRAFIA COMPUTAD.

Rápido e móvel Pct. instável e estável

Rápido Pct. instável e estável

Requer deslocamento

Apenas para pct. estável

Não invasivo

Invasivo

Não invasivo

Ruim para retroperitônio

Ruim para retroperitônio

Bom para retroperitônio

Inespecíco

Inespecíco

Especíco

Em caso de posividade (presença de sangue) em qualquer uma das técnicas adotadas, a conduta é Laparotomia Exploradora. OBS: Antes da realização do Lavado Peritoneal Diagnósco (LPD), deve ser feita descompressão vesical e gástrica. No entanto, a sondagem vesical tem como contraindicações o sangramento em uretra, equimose perineal ou instabilidade instabilidade pélvica.

Vale salientar que se não for realizado LPD e o paciente possuir quadro de choque, tais sondagens devem ser realizadas antes de iniciar-se a letra D.

ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO : ABCDE  

D – AVALIAÇÃO E LESÕES NEUROLÓGICAS A letra D, iremos invesgar o sistema neurológico do paciente politraumazado. Para isso, a primeira coisa a fazer é analisar o nível de consciência do doente: • ESCALA DE COMA DE GLASGOW (GCS) INDICADORES

ABERTURA OCULAR

RESPOSTA OBSERVADA

ESCORE

Espontânea Esmulos verbais

4 3

Esmulos dolorosos

2 1 NT

Ausente

Não testável

MELHOR RESPOSTA VERBAL

MELHOR RESPOSTA MOTORA

Orientado Confuso Palavras inapropriadas

Sons ininteligíveis

5 4 3 2

Não testável

Ausente

1 NT

Obedece comandos verbais

6 5 4 3 2 1 NT

Localiza esmulos Rera inespecíca Padrão exor Padrão extensor Ausente

Não testável

ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO : ABCDE  

Na atualização mais recente da GCS, a avaliação da resposta das pupilas à luz entrou como um 4º fator, que não contribui à soma, mas sim subtrai do total obdo anteriormente: 2 – Inexistente: nenhuma pupila reage ao esmulo de luz 1 – Parcial: apenas uma pupila reage ao esmulo de luz 0 – Completa: as duas pupilas reagem ao esmulo de luz Esse valor será subtraído da nota obda anteriormente, gerando um resultado mais preciso. IMPORTANTE: apesar dessa atualização, a 10ª edição do ATLS connua considerando a GCS clássica, onde as pupilas não interferem na nota nal. Isso, porém não signica que as pupilas possam deixar de ser invesg invesgadas. adas. Ou seja, a resposta das pupilas à luz deve ser pesquisada na letra D, mas não altera a GCS, segundo o ATLS. A redução de pontos na escala de como Glasgow nos indica rebaixamento do nível de consciência, que tem por causa da diminuição da oxigenação, a diminuição da perfusão cerebral ou um trauma direto sobre o cérebro. Dessa forma, havendo rebaixamento do nível de consciência, trata-se de um TCE até que se prove o contrário (as hipóteses de consumo de drogas ou hipoglicemia cam em segundo plano).

ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO : ABCDE  

O TCE é uma das principais causas de morte no trauma. Já domina ou quer aprender ainda mais? Sem problemas, conra as nossas vídeos-aulas ou se prepare ainda mais com o nosso banco de questões do portal!

hps://www.sanarix.com.br/collecons  → hps://www.sanarix.com.br/courses/trauma  → Procure por Trauma Crânio Encefálico (TCE)

Nesse sendo, o que já foi lesionado não pode ser recuperado. Mas podemos evitar lesões secundárias. secundárias. Para tal, deve manter-se oxigenação e perfusão cerebral adequadas, além de realizar estabilização cardiopul monar do doente através de: • IOT; • Venlação com O2 → gasometria → ajuste de FiO2; • SatO2 > 98%; • PaCO2 no limite inferior da normalidade (próximo a 35 mmHg);

• Hipervenlaç Hipervenlação ão cautelosa; • Correção da hipotensão.

ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO : ABCDE  

• SINAIS DE LATERALIZAÇÃO 

Além do nível de consciência, devemos pesquisar por sinais de later lateralização alização,, comuns as herniações uncais. Nesses casos, teremos o paciente com: • Midríase paralíca ipsilateral; • Hemiparesia contralateral; • Crises convulsivas focais; • Décit sensivo.

• NÍVEL DE LESÃO MEDULAR

Avaliar a lesão medular pode ser complexo no ambiente da emergência, devendo ser, preferencialmente, realizada por um especialista. Justo posto, desde que a coluna esteja devidamente protegida, o exame e exclusão de lesões medulares podem ser adiados seguramente, especialmente na presença de alguma insta bilidade sistêmica, como hipotensão ou insuciência respirat respiratória. ória.

ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO : ABCDE  

E – EXPOSIÇÃO + CONTROLE DA HIPOTERMIA  As medidas auxiliares à avaliação primária consistem nos exames laboratoriais e de imagem a serem solicita dos. Por estarmos executando um atendimento conjunto, os exames laboratoriais foram realizados ao longo da avaliação primária. Já os exames de imagem serão solicitados agora. • Radiograa de TTórax: órax: para todo paciente politraumazado • Radiograa de Pelve: para todo paciente politraumazad politraumazado o • Radiograa de Cervical e Lombar: a depender do mecanismo do trauma, apresentação clínica e sintomato logia do paciente.

• TC de crânio: para todos os pacientes com TCE grave (≤ 8) ou moderado (9-12), e para os TCE leves com Glasgow menor que 15 após 2 horas do trauma, fratura exposta ou com afundamento de crânio, fratura de base de crânio, 2 ou mais vômitos em jato, idosos ou crianças, amnésia retrógrada > 30 min, perda de cons ciência por 5 min ou biomecânica perigosa.

MEDIDAS AUXILIARES Após as medidas auxiliares, devemos considerar a necessidade de transferência do paciente politraumaza do para um centro que possa ofertar o seu tratamento adequado.

ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO : ABCDE  

Caso a transferência não seja necessária e o paciente tenda à normalização de suas funções vitais, podemos passar para a avaliaçã avaliação o secundária. Caso não, devemos realizar novamente a avaliação primária + reanimação.

A avaliação secundária é secundária é compota por:

• História Ampla: Alergias, Medicamentos em uso, Passado clínico, Líquidos ou alimentos ingeridos e Ambiente (cinemáca do trauma); • Exame sico completo (da cabeça aos pés). Passada a avaliação secundária, devemos avaliar avaliar a necessidade de medidas auxiliares, que podem ser: • Radiograas adicionais de coluna e extremi extremidades; dades; • Tomograas adicionais; • Urograa excretora e arteriograa.

Por m, o paciente deve ser monitorado de forma constante, até que seja encaminhado ao seu tratamento denivo.

ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO : ABCDE  

IMPORTANTE:

Ao falarmos da Avaliação primária (ABCDE), se o paciente apresentar alguma piora ao longo da sua execução, devemos reiniciá-la. Por exemplo: 1- Equipe médica já está no D, mas o paciente começou a cursar com cianose antes não presente. A equipe deve voltar então para a letra A e reiniciar o ABCDE. 2- Paciente, com GCS inicial de 13, evolui para a inconsciência enquanto a equipe avalia a letra C. Nesse momento, deve-se voltar à letra A e reiniciar o ABCDE.

ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO : ABCDE  

PRÓXIMO PASSO IDEAL Neste e-Book nós mostramos exatamente o passo a passo para a realização do Atendimento Inicial Ini cial ao Paciente Politraumazado. Mas não acabou por aí... eu te dei todas as ferramentas para que você faça seu checklist   mental.

E nós sabemos, no entanto, que existe uma lacuna. Não adianta você ter um bom guia se não possuir um es tudo completo e direcionado com aulas e materiais especícos para sempre relembrar quando bater aquela dúvida no meio do plantão ou revisar aquela conduta nos intervalos, intervalos, quando chegar em casa, ou quando for fazer aquela prova. VOCÊ,, aluno de medicina, que o convidamos para nós conhecer. O SANARE é pensando inteiramente em VOCÊ FLIX está a sua disposição como uma ferramenta auxiliar em seu processo de aprendizagem, dispondo de caminhos através de diversas metodologias de estudo e com um arsenal de conteúdos de forma abrangente

e didáca, capaz de o acompanhar ao longo de toda a sua trajetória acadêmica. Se você se interessa em ter acesso a um curso assim que o acompanhe ao longo de toda a faculdade, clique

no botão abaixo para saber mais:

CLIQUE AQUI

ATENDIMENTO INICIAL AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO : ABCDE  

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ATLS 10º edição.

View more...

Comments

Copyright ©2017 KUPDF Inc.
SUPPORT KUPDF