Astrologia de Cordel - Os Doze Signos - Maria Guadalupe Segunda

March 12, 2017 | Author: kalinemaria7362 | Category: N/A
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Áries: Uma Arrebatadora Paixão Pela Vida Autora: Maria Guadalupe Segunda

Sou o impulso primeiro O despertar para lida O arauto do zodíaco Início de nova vida Áries, signo guerreiro Com sua luta renhida. Tenho como meu regente O agressivo planeta Marte Senhor da energia vital Desconsiderando a parte Princípio do masculino Um verdadeiro baluarte. Com Leão e Sagitário Formo a trilogia do fogo Mano Léo é a fogueira O outro, incêndio em jogo Eu, o fósforo que risca Sem piedade, sem rogo. Sou a fagulha, centelha Posso gerar explosão Lanço também a semente Fertilizando o chão J orro da energia primeira J ovens rebentos em ação.

Apresento como metáforas O amanhecer primaveril Objetos pontiagudos De sentido fálico, viril Revólver, espada curta O cano de um fuzil. Abro à força os caminhos Mete, tronco de madeira Evoco foguetes, fórmula 1 Carros em grande carreira Catapultas e baionetas Heróis sem eira nem beira. Encarno o valente Ares Deus da Zeus guerra, da Hera ação Filho de e de Dono de grande paixão Tendo por reino a luta Acima de qualquer razão. Invoco também a coragem Do bravo herói Jasão Resgatando o velo de ouro Guardado por um dragão Partilho com este mito O valor da individuação.

De Jasão, herdo também O culto à mera vaidade Trocando Medéia, mulher Por outra de menos idade Atraindo os infortúnios Ao negara feminilidade. Represento as amazonas Tribos de mulher guerreira Belas filhas do deus Marte De postura muito altaneira Relegando casa e marido Por uma profissão certeira. No reino da mitologia Sou o herói formação A criança doem zodíaco Explodindo a dentição Num mundo duro de riscos Sob contínua agressão. Ando, pois, em linha reta Derrubo qualquer parede Faço o tipo incansável Enfrento fome e sede Mas, me falta a malícia De ver as tramas da rede.

Careço de sutileza Sou demais transparente Ingênuo e impulsivo Vibrante, incandescente Excessivo, entusiasta Um apaixonado vivente. Me lanço sobre o perigo Nada me faz receoso Tenho o impulso da vida Temerário, audacioso Ajo sempre pela emoção Regido pela pulsão do gozo. Vivo o gênero excitado Movido adrenalina Quando asou contrariado Faço explodir uma mina Mas, após a convulsão Mostro meu ser "anima". Meu lado "enfant terrible" É questão de aparência Sou Chaplin, Marlon Brando Bette Davis, a insolência Por trás do meu cinismo Sou generoso, em essência.

Encarno o cavaleiro andante Com brilhante armadura Vivo de lança em riste Sob constante aventura Robin Hood, a batalhar Pelos de vida obscura. Faço o gênero quixotesco Batalhando por um ideal Luto com moinhos de vento Numa dimensão irreal O que importa é a luta Sopro da vibração animal. Tudo em mim é intenso Coração, vigor, fantasia Meu sangue pulsa nas veias Como uma hemorragia Sou maior que eu mesmo Meu viver é grande folia. Símbolo de uma nova era Explosão de vida, de cor Minha realidade é mutante Fujo da tragédia da dor Mascaro meu sofrimento Com a chama do ardor.

Minha alma cavalheiresca Do tempo do amor cortês Apaixonado,romântico E sob ordem da altivez Pronto a defender a donzela De alguma mesquinhez. Sou o principio da luta Duas formas de verdade Posso ser a força bruta Ou reino da liberdade É meu objetivo maior A minha individualidade. Tenho como força motriz O cenário dapor sedução Sou movido desafios Por uma eterna competição Para mim, só tem sentido A vida bebida em paixão. Como homem ariano Contrario o esperado Ora estou em maré mansa Ora em mar revoltado Quem gosta de emoção Procure ficar do meu lado.

Sou dono do próprio falo Banco o gênero machista Gosto de posar prá mulher Como um ser idealista Pronto para protegê-la De uma forma chauvinista. Tenho grande dificuldade Em incorporar o feminino O lado mágico, oculto Dobras do senhor destino Posso ser a própria vitima De meu poder masculino. Na pele de uma ariana Transgrido a convenção Sou Scarlet O'Hara Condutora de sua missão Armando seu próprio mundo Livre de qualquer proteção. Relembro a Joana D'arc Lutando por sua fantasia A cangaceira Maria Bonita Corajosa em demasia Mulheresávidas, guerreiras Vendo no ideal a primazia.

Na maioria das vezes Mais mulher como amante Para me manter mais viva Preciso de um sonho reinante Viver em plena liberdade No amor, na vida passante. Tenho bastante energia Na área da profissão Açougueiro,metalúrgico Piloto de carro, avião Lideres de sindicato Operário de fundição. Tenho como minha sombra Muita auto-confiança Acredito demais no sonho Na minha própria bonança Isso me torna arrogante Sem limites, feito criança. Tenho como grande desafio O relacionamento dual Dividir meu mundo egóico Com outro ser natural Reconhecer meus limites Como mais um ente normal.

Maria Guadalupe Segunda, licenciada em letras e psicóloga, nasceu no sítio Patacorô, município de Florânia, alto sertão da região Seridó. Atualmente aposentada pelo Ministério da Saúde,por voltou dedicar-se aos estudos dano literatura puro adiletantismo, reingressando curso de língua e literatura francesa da UFRN. Acerca de 04 anos atrás, em um momento de grande catarse pessoal, adentrou no exercício da poesia de cordel, retomando seu mundo de menina que lia versos a se balançar na rede da casa grande de seu padrinho para os primos que não sabiam ler. Natal (RN), setembro de 2004.

Touro: Um canto de amor à terra-mãe Autora: Maria Guadalupe Segunda

Percorrendo a trajetória Da constelação zodiacal Represento o segundo signo Cujo símbolo é um animal De grande massa corpórea E compleição monumental. Sou Touro, pertenço à terra Expressão da mãe-natureza Regido pelo planeta Vênus Domínio do amor e beleza Relacionado ao prazer Em toda sua inteireza. Sou húmus fertilizante No reino do natural Adubo da terra-mãe Prá sua potência vital Faço germinar o grão Semeado no areal. Tenho como imagens Coisas de densa estatura lembrando o monolito Pirâmides, arquitetura Cofres, bancos, lápides Sob sólida estrutura.

Evoco guarda de bens Cômodas, muitas gavetas Moedas a tilintarem Música de operetas Campos muito floridos Vacas com grandes tetas. Simbolizo com Afrodite Meu poder matriarcal Arquétipo do feminino Valorizando o emocional Vivendo o sagrado prazer Do corpo, do ato sexual. Sob o império de Vênus Vivo fundo a emoção Uso todos meus sentidos No jogo da sedução Prá mim, vida é pulsar Sangue, suor e paixão. Tenho como grande mito Ceres, a mãe universal Mãe-terra, mãe do grão Colheita dodo cereal Fertilidade solo Do homem, do animal.

Sou associado ao ciclo De plantar e de colher Provedor da humanidade Do ato vital de comer Fazer meu próprio pão É motivo de muito prazer. A deusa Ceres me sugere Respeito à força do amor Aos ciclos da natureza A transformação pela dor A preservação da terra Canto de grande louvor. Lembro, também, Teseu Seu lado heróico, protetor Protegendo a família De fato devastador Mas, carente de um fio Servindo de condutor. J unto ao herói Teseu Tenho como símbolo atroz O monstro do minotauro Seu lado selvagem, feroz Representando a fera Existente em todos nós.

Há, também, dentro de mim Outros arquétipos taurinos O louco desejo de Pasifae A avareza do rei Minos O olho iluminado de Buda Seus múltiplos dons divinos. Sinto intensamente o corpo Desejante, sempre a vibrar Sou o império dos sentidos Viver, prá mim, é cheirar Ver, ouvir todos os sons Apalpar, saborear e gozar. Tenho como grande meta O desejo de segurança Faço minhas economias Guardo ouro em poupança Gosto de levar a vida Sob a égide da bonança. Adoro viver simplesmente Não nutro grande ambição Meu sonho é ser feliz Com casa, cama e pão Sentir a maciez dos lençóis E o pulsar de uma paixão.

Exibo como grande marca Minha natureza bovina Pesado, silencioso Denso como uma mina Fixo, sólido, espesso Senhor de minha sina. Sou plácido, muito tranqüilo As vezes, muito indolente Tenho a paciência da terra Cíclica, intermitente Invisto em meus ideais Agindo obstinadamente. Gosto de ficar sozinho Pensando comameus botões Estou sempre ruminar Tomada de decisões Falo pouco, cauteloso Não afeito a confusões. Dou um boi prá não entrar No meio de uma contenda Quando muito ofendido Rasgo o pano da tenda Aciono meu escorpião Mostro a face horrenda.

Apesar de minha fleuma Mostro um jeito esquisito Com tendência ao louvor De uma religião, de um rito Carregado de fanatismo E preconceito infinito. Tenho um lado dogmático Perfil de um construtor Nada me tira da linha Sou um hábil tecedor Marx, Freud, Karol Wojtyla Taurinos de grande valor. Tenho inclinação musical Sensível à melodia No chão global, Tchaikóvisk Nana, a harmonia No chão local, Pedro, Terto Cleudo, OdaíresMaria. Na pele de um taurino Sou terrivelmente bonito Vaidoso e elegante Sexualmente expedito E também muito machista Impondo a lei do interdito.

Invoco o grande patriarca Espírito de provedor Faço a mulher se sentir Plena em meu cobertor Gosto de ver-me casado Em um laço durador. Sou fiel ás uniões Não aceito a traição Capaz de grandes vinganças Possessivo no coração Difícil de perdoar De efetuar concessão. Como mulher taurina Sou a imagem do feminino Linda, envolta em seda Fazendo bater o sino Serena, forte e sábia Desejo do masculino. J ogo bem o jogo da vida Plácida, sincera, leal Sou a paciente Penélope Olho críticoe pro real Generosa tolerante Alto instinto maternal.

Faço também o gênero Harmônica com o natural Amassando o próprio pão Sentindo o odor do curral Hospitaleira,nutritiva A pureza da terra, do sal. Na área do meu oficio Sou fincado no solo, no chão Engenheiro civil, arquiteto Agricultor semeando o grão Banqueiro e construtor Bancário, prata na mão. Existe dentro de mim Um básico conflito dual Entre o lado humano E o lado bem animal Pois, meu desejo afronta O meu poder racional. Conciliar sombra e luz Tenho como grande ideal Viver meu ser selvagem Conectado ao oreal Animalizando homem Humanizando o animal.

Maria Guadalupe Segunda, licenciada em letras e psicóloga, nasceu no sítio Patacorô, município de Florânia, alto sertão da região Seridó. Atualmente aposentada pelo Ministério da Saúde,por voltou dedicar-se aos estudos dano literatura puro adiletantismo, reingressando curso de língua e literatura francesa da UFRN. Acerca de 04 anos atrás, em um momento de grande catarse pessoal, adentrou no exercício da poesia de cordel, retomando seu mundo de menina que lia versos a se balançar na rede da casa grande de seu padrinho para os primos que não sabiam ler. Natal (RN), setembro de 2004.

Gêmeos: A Borboleta do Zodíaco Autora: Maria Guadalupe Segunda

Do zodíaco faço parte Do trio do elemento ar Sou linda, leve e solta Adoro viver a bailar Me chamam de borboleta Pois estou sempre a voar. Sou regido por mercúrio O menor planeta solar O mensageiro dos deuses Rompo a velocidade do ar Subo céus, desço infernos Sem um minuto parar. Me chamo também Hermes Filho de Zeus, da ninfa Maia Prá escapar da deusa Hera Nasci envolto por uma saia Quando minha mãe cochilou Caí no mundo da gandaia. Sou associado a imagens Que encarnam ligeireza Abelhas, rodovias, estradas Macacos em sua esperteza Também a lira e harmônica Em seu esplendor e beleza.

Represento o Sílvio Santos Dos planetas zodiacais Papagaios, araras, periquitos Telefones, mapas e jornais Lápis, canetas, bicicletas Redes de TV e sucursais. A essa altura, já sabem De quem estou falando? Se não sabem, digo eu, Minha língua está coçando! Sou gêmeos, o andarilho Por trilhas enveredando. Tenho os dois pés alados Corro vento E numrápido revirarcomo de olhos Transcendo o real momento Tenho um fogaréu no rabo Não paro em nenhum assento. Experimento o viver Em clima de celebração Pouso de galho em galho Nunca perco a ocasião Em exibir meus reais dotes De viver em plena ação.

Sou deveras atraente Culto, alegre, falador Poucos resistem a mim Sou um grande sedutor Sei usar como ninguém A palavra como louvor. Me tacham de inconstante Frívolo, venal, bisbilhoteiro Isso não é bem verdade Pois sou como um arqueiro Vivo a lançar mil flechas Na mira de um tiro certeiro. O que parece heresia E dom de uma mente abrilhante Meu cérebro funciona mil Buscando a todo instante Conhecer múltiplas facetas Do real sempre mutante. Sou cerebral, inquieto Tudo quero aprender Meu mundo é das idéias Gosto de ler e escrever Adoro dar meus pitacos Mostrando que tenho saber.

Tenho em especial o dom Da palavra, meu canal Posso ser bom professor Ou exímio redator de jornal Dou nó em pingo d'água Advogando num tribunal. Faço o gênero engraçado Atraindo sempre pessoas Estou sempre a tecer Um entrançado de loas Sinto o prazer de viver Sob sol, sob garoas. Sou muito bem humorado Gosto da troça, do riso Curto uma boa piada De derreter o juízo Vivo na lâmina, na faca Entre a galhofa e o siso. No amor, sou singular Gentil, cortês, refinado Dono de uma boa lábia Varando qualquer cercado Mas não esperem de mim Firmeza de um soldado.

Sou versátil, irreverente Com fama de namorador Quem tiver muito ciúme Afaste-se de mim, por favor Não consigo ser devoto A um único e puro amor. Se você é pisciano De Touro ou Escorpião Cuidado ao adentrar No meu lado folgazão Pois, ao contrário dos três Não mergulho na emoção. Mas se você é do tipo Que gosta de burburinho Adoro enviar mil cartas Torpedos e bilhetinhos Criando um aconchego De aves no calor do ninho. Sou também muito suave Melodia de uma canção Um champanha borbulhante Nas noites de forte verão Tenho o domo de cupido De flechar coração.

Curto também uma manha Sou um eterno menininho Se flecho alguém de Câncer Peço logo um colinho Gosto de ser maternado Porém solto, sem colarinho. Como mulher de gêmeos Também priorizo a idéia Não sou muito maternal Nem também uma Medéia Gosto de me enfeitar Sou vistosa, uma tetéia. Gosto de ouvir farfalhar Sedas,adoidado damasco,uma cetins Curto farra Luzes, neon, festins Mas também cultivo o lado Etéreo dos querubins. Gosto também da palavra De bancar a intelectual Posso ser boa advogada Publicitária, editora de jornal Se não tiver muita sorte Viro fofoqueira banal.

Adoro também um romance Sou gentil, culta, polida Tenho beleza, tenho asas Curto a leveza da vida Gosto de ser interessante Feminina e aguerrida. Gêmeos é visto inconstante Com dupla personalidade Estando sempre a oscilar O que não é muito verdade Pois represento a essência Do conceito "alteridade". Particularmente eu sou Sensível múltiplo, dual Encarno aaobipolaridade Do ser humano, animal Sou profano e divino Intuitivo e racional. Faz parte do meu arquétipo Viver a luz e a sombra Sou a vida, sou a morte O estranho não me assombra Tenho também duplo humor Ora alegre, ora de lombra.

As pessoas do signo de água Captam em mim um diferencial Se sentem magnetizadas Pela minha energia vital Mas, Escorpião é meu calo Com sua psiquê abissal. Por ser dúbio e variante Encarno a dificuldade De investigar os dois lados Razão e subjetividade Fujo daqueles pretensos A analisarem a verdade. Carrego em mim a arte De ser exuberante, intenso Mas pago um alto preço Pelo meu auto-incenso Pois é um fardo pesado Unir tesão e bom senso. Meu desafio maior É integrar, é reunir Os opostos, os contrários O pensar e o sentir Se consigo essa união Alcanço o pleno porvir.

Maria Guadalupe Segunda, licenciada em letras e psicóloga, nasceu no sítio Patacorô, município de Florânia, alto sertão da região Seridó. Atualmente aposentada pelo Ministério da Saúde,por voltou dedicar-se aos estudos dano literatura puro adiletantismo, reingressando curso de língua e literatura francesa da UFRN. Acerca de 04 anos atrás, em um momento de grande catarse pessoal, adentrou no exercício da poesia de cordel, retomando seu mundo de menina que lia versos a se balançar na rede da casa grande de seu padrinho para os primos que não sabiam ler. Natal (RN), setembro de 2004.

Câncer: O Grande Ventre Cósmico Autora: Maria Guadalupe Segunda

Da constelação do zodíaco Sou o caranguejo possante Primeiro do elemento água Signo por demais importante Fui consagrado por Hera Por quase matar um gigante. Sou Câncer, regido pela lua Planeta do sonho, da emoção Fonte de grandes desejos A alimentar o coração Encerro a essência da vida Corpo, alma, explosão! Represento a natureza Em sua perfeita comunhão Fui um grande ovo cósmico Parido por Eurínome e Ofião Encarno os vastos mistérios Dos elementos da criação. Simbolizo a água De onde surgiu a primeva vida Sou o lago, sou o poço O útero da mãe querida Vivencio a cada instante A obra morta e renascida.

Sou o signo da memória Perfume de raros odores Museus, baús, antiquários Caixinhas de todas as cores Álbuns de retratos, pratarias Muitas lembranças e dores. Me vejo representante Da força da maternidade Remonto à Gaia, grande mãe Princípio da eternidade Cujo laço mãe e filho Fundou a humanidade. Sou o grande ventre cósmico De onde a natureza Gosto de brota plantas, animais Florestas, rios, correnteza Amo os deuses, o sagrado O sol, o esplendor, a beleza. Celebro com muito louvor Os mitos da procriação Da morte e renascimento Cosmos e alma em união Ilustro a fonte da vida Dos seres em expansão.

Por ter minha srcem na lua Baluarte do eterno feminino Tenho uma psiquê profunda Em conflito com o masculino Dizem as línguas afiadas Que vivo em desatino. Faço parte de um reino Império da subjetividade Tenho dificuldade em lidar Com coisas da praticidade Meu mundo é o da poesia Onde o ser não tem idade. Sou, por excelência, sutil Dotado de rara gentileza Mas, ao sentir rejeição Me encho de grande frieza Não suporto indiferença Ser tratado sem delicadeza. Encarno do herói Aquiles O lado doce e cruel Sou bastante generoso Mas também destilo fel Tenho o ferrão da vespa Porém untado de mel.

Vivo no limbo dos sonhos Sob o domínio da fantasia Escapo à ordem da lógica Meu mundo é pura magia Subo e desço as marés Com manhã de lua vadia. Vejo sob a luz da lua A dimensão do mistério A solidez do concreto Me passa seu lado etéreo Partilho com a natureza O gozo cio vento aéreo. Me sinto em plena união Com minha interna Revivo meu criança mundo infantil Cheio de beleza tão terna Passo da idéia à criação Com a virada da perna. Sou receptor de memórias Arcaicas, da era de Adão Meu domínio é o inconsciente Unindo geração à geração Tenho com a terra-mãe Poder de plena conexão.

Amo a casa, a família Bebo nas águas primais Sou como gato na lareira Fiel aos amores maternais Costumo passar todos os dias Debaixo dos mesmos umbrais. Como mulher de Câncer Faço o gênero maternal Sou boa dona de casa E cozinheira sem igual Mas, tenho sede de poder Sobre o feudo matriarcal. Assumo também o arquétipo De Ártemis, a acaçadora Simbolizando mulher De feição libertadora Fugindo do forno e fogão Bancando a batalhadora. Sou mutante como a lua Gentil, suave, amorosa Mas, quando me sinto ferida Sou cruel e rancorosa Capaz de grandes vinganças Mostrando a face maldosa.

Amadureço aos poucos Com o passar da idade Elaboro a minha pérola Em meio à maturidade Me tomo Sofia, a sábia Arquétipo da humanidade. Na pele de homem de Câncer Faço um gênero singular Sou muito apegado à mãe E a coisas do reino do lar Vivo em eterno conflito Sem saber a quem amar. Tenho um potencial enorme De e imaginação Meupoesia lado sensível se choca Com o estereótipo do varão Sou amoroso e fugidio Como gato em pleno serão. Contrario os padrões Da rígida sociedade Dizem que tenho lundum E muita sensibilidade Sou a síntese dos opostos Crueza e generosidade.

Sou complexo, enigmático Não banco o fácil amante Mas vivo grandes momentos Como homem interessante Sou temo, muito afetivo Quando o outro é confiante. Na área da profissão Gosto de dar, de nutrir Sou notável cozinheiro Curto a arte de bem servir Nutricionista, hoteleiro Faço a prataria reluzir. Sou também um ator nato Capaz de especial grande oarmação Tenho em dom De adentrar o reino da ficção Posso ser poeta, escritor Nunca me falta inspiração. Danço ao sabor da brisa Tudo me traz emoção Tenho alma de profeta E raro dom de intuição Se você quiser provar Me dê logo sua mão.

Meu irmão canceriano Não insista em jogos de azar Pois, pode sofrer prejuízo E ver arruinado seu lar Cuidado com sua poupança Nem muito à terra e ao mar. Cuidado também com a saúde Catarros, soluços e azia E mais cuidado ainda Com a velha dipsomania Pois é tendência de câncer Bebericar todo santo dia. Para ser feliz no amor É ter alguma cautela Osbom nativos de escorpius e taurus Servem de preciosa tela Fascinam, nós, cancerianos Com sua paixão tão bela. Tenho como desafio Sair da toca, do ninho Usar meu poder intuitivo Como bússola do caminho Conquistar a liberdade Sem perder o tom de carinho.

Maria Guadalupe Segunda, licenciada em letras e psicóloga, nasceu no sítio Patacorô, município de Florânia, alto sertão da região Seridó. Atualmente aposentada pelo Ministério da Saúde,por voltou dedicar-se aos estudos dano literatura puro adiletantismo, reingressando curso de língua e literatura francesa da UFRN. Acerca de 04 anos atrás, em um momento de grande catarse pessoal, adentrou no exercício da poesia de cordel, retomando seu mundo de menina que lia versos a se balançar na rede da casa grande de seu padrinho para os primos que não sabiam ler. Natal (RN), setembro de 2004.

Leão: em busca do próprio mito Autora: Maria Guadalupe Segunda

Sou o quinto signo solar Da constelação do zodíaco Tenho como lema de vida O prazer dionisíaco Sou o rei, o soberano Do mundo paradisíaco. Sou regido pelo sol De onde irradia o brilho Desafio os obstáculos Nada me é empecilho Meu nome é Leo, o leão Sem refrão, sem estribilho. De Hélio, deus titânico Encarno a luz, o esplendor Que aquece a terra mãe Carente de todo o calor Represento o grande pai Cheio de dádivas e amor. Encarno tambémintelectual de Apoio O ser metódico, Priorizo a ordem, harmonia Sobre o caótico, o irracional Cultivo a estética, a beleza Como meta do grande ideal.

Simbolizo a força, o poder De Hércules, o grande mito, Que matou o leão de Neméia Em meio a um grande rito Uso minha própria potência Na luta contra o inaudito. Pertenço ao elemento fogo Irmão de áries, o guerreiro Enquanto este é faísca Eu sou fogueira, celeiro Onde o fogo sempre crepita Sem perder o lance certeiro. Me identifico com imagens Que representam grandeza Castelos, coroas,troféus Vitrines, palcos, nobreza Rainhas, reis, ditadores Carnaval e sua realeza. Me identifico, também Com o mito do belo Narciso Pois, além de meu espelho Nada me é mais preciso Me sinto o centro do mundo Senhor de todo o juízo.

Tenho um andar perfilado Com ar de grande ditador Nunca perco a majestade Mesmo sob domínio da dor Sou macio como um gato De olhar lânguido, enganador. Apesar de egocêntrico Tenho meu lado amoroso Sou sensível aos indefesos A quem não sente o gozo Os fracos, os oprimidos Despertam meu ser bondoso. Sou paladino, justiceiro Luto por nobres ideais Quando encaro batalhaPra Vivo grandesuma vendavais conseguir o que quero Causo dores, gemidos, ais. Tenho garra, determinação Uma grande perseverança Planejo metas, jogadas Afio minha própria lança Sou radical, extremado Não desfruto temperança.

Gosto do poder, do comando Tenho a altivez do guerreiro Lanço normas, regras, e leis Sem causar nenhum vespeiro Nasci para bancar o chefe E ter súdito muito ordeiro. Dizem que sou arrogante Um verdadeiro pavão Mas, com jeitinho e malícia Qualquer um me tem na mão Sou duro na aparência Porém pleno de afeição. Meu lado fera encobre Um puro coração de ouro Não consigo negar proteção A quem estar em desdouro Sou pródigo, esbanjador Não escondo meu tesouro. Confio nos meus amigos Sou solidário , generoso Meu excesso de confiança Imola meuser lado bondoso Costumo sempre traído Por algum J udas maldoso.

Por trás do meu tipo durão Existe um doce leãozinho Que gosta de ser bajulado Mimado como um menininho Capaz de ficar magoado Com um olhar de escarninho. Cultivo o belo, a estética Como meio de exprimir Meu potencial criativo E múltiplas formas do sentir Transformo meu caos interno Na arte de chorar e rir. Gosto do palco, da ribalta Sou um hábilconexão encenador Tenho grande Com as agruras da dor Lambo as minhas feridas Investido na pele de ator. Curto o bom gosto, a moda Adoro chamar atenção Gosto de luz, holofotes Alguém de câmera na mão Se passo despercebido Perco todo meu tesão.

Da mesma forma que gêmeos Tenho o dom da oratória Fascino grandes platéias Com ar de muita glória Sou arguto, observador Nunca me falha a memória. Desejo ter vida de um rei Caviar, charuto, bom vinho Deitar em colchão de penas Em meio a muito carinho Sentir a leveza da seda A doçura de um belo pezinho. Sou um homem muito galante Gentil, sedutor, cavalheiro Para conquistar a amada Tenho a mira de um arqueiro Movo céus, movo montanhas Como amante verdadeiro. Cubro a amada de mimos Faço dela uma princesa Gosto de ver na mulher Um toque de real nobreza É fundamental para mim O amor, o luxo, a beleza.

Como mulher leonina Me porto com altivez Sou vaidosa, elegante Exibo nobreza na tez Brilho em qualquer roda Nunca perco a voz e a vez. Primo em ser independente Do homem quero louvor Estou sempre a pedir Infindas provas de amor Adoro presentes caros J óias e anelões de doutor. Almejo fazer carreira E meu espaço O conquistar brilho de minha ação Fica sobre qualquer laço Uso de mis estratégias Pra ser a rainha do paço. Tenho também outro lado De amor e muita afeição Sou uma mãe dedicada Cuido da minha criação Pela felicidade da prole Faço qualquer armação.

No território do amor Tendo a ser o sexo forte Sou feminina, ardorosa Mas gosto de ser o norte Quero sempre a idolatria De quem seja meu consorte. Na área da profissão Sou um leão incisivo Posso ser administrador Artista, profissional criativo Promoter, animador cultural J uiz ou aventureiro nativo. Movido pela paixão Não vivo nada em parte Sou o leão Caetano Fidel, Jung, Bonaparte Vivo a buscar meu mito Meu prazer é a grande arte. Meu desafio maior É ser capaz de pedir Desbancar o grande herói Deixar sempre servir Sair da de concha narcísica Viver o pleno sentir.

Maria Guadalupe Segunda, licenciada em letras e psicóloga, nasceu no sítio Patacorô, município de Florânia, alto sertão da região Seridó. Atualmente aposentada pelo Ministério da Saúde,por voltou dedicar-se aos estudos dano literatura puro adiletantismo, reingressando curso de língua e literatura francesa da UFRN. Acerca de 04 anos atrás, em um momento de grande catarse pessoal, adentrou no exercício da poesia de cordel, retomando seu mundo de menina que lia versos a se balançar na rede da casa grande de seu padrinho para os primos que não sabiam ler. Natal (RN), setembro de 2004.

Virgem: "a dor e a delicia de ser o que é" Autora: Maria Guadalupe Segunda

Encarno o vasto mistério Da constelação zodiacal Desafio a astrologia E seu poder magistral Até hoje existem dúvidas Sobre meu planeta real. Sou virgem, signo da terra Mas tenho como eixo polar A regência de mercúrio Planeta símbolo do ar De gêmeos, sou o oposto Não exibo sua pose estrelar. Da primeira metade da roda Sou o último signo zodiacal Consolido a síntese, a essência Do amadurecimento individual Domino desde áries a leão Etapas do ciclo vivencial. Do eu tenho Um signo poucode detouro, sua obstinação Da resistência passiva de câncer Mantenho grande conexão Neutralizo o ímpeto do fogo Do explosivo áries e audaz leão.

Tenho o dom de aprofundar Do conhecimento, a essência Nisso, discordo de gêmeos Com sua vivaz eloqüência Enquanto este é a borda Sou o fundo, a quintessência. Bebo com a mãe natureza O cálice da comunhão Represento a argila A fecundidade do chão Com a mão, moldo o barro, Sou prático, grande artesão. Simbolizo também a esfinge O lado simples, profundo Armários, arquivos, estantes E todos os guardados do mundo Almanaque, tesoura, chaminé E objetos que limpam a fundo. Represento a face oculta De Hermes, o mensageiro Segundo a lenda egípcia Ele é Thoth, o ou curandeiro Símile de ave macaco Intérprete do "estrang eiro".

De Hefestos, o vulcânico Herdei a perseverança De produzir dia e noite Sem direito à folgança Meu lema é o trabalho Não priorizo a bonança. Sou também associado Ao mito da deusa Héstia Chama purificadora do lar Fogo da lareira, da réstia Virgempura, invencível Fonte de grande modéstia. Do humano e do divino Sou fruto de um amor Encarno do herói Asclépio O saber de aliviar a dor Tenho o deus da medicina Como núcleo inspirador. De Hígia, filha de Asclépio Deriva minha pulsão de vida Procuro sempre a integração Corpo e alma não cindida Estou sempre a prevenir A doença, a dor, a ferida.

Finco os dois pés no chão Sintetizo a consciência Vivo sempre a ruminar Os enigmas da ciência Adentro o mundo oculto Represento a sapiência. Sou adepto do detalhe Nada me escapa à vista Tenho sempre a minha mão As tarefas sob revista Estou sempre a observar Os atalhos que levam à pista. Dentre vários atributos Tenho em especial Separoum, o joio do trigo Como um dote natural Destaco a discriminação Como minha carta real. Cultivo um grande poder De análise e organização Podendo chegar ao limite De uma rigorosa obsessão Elegendo a auto-disciplina Como substituto do coração.

Vivo no afã do trabalho O sentido da purificação Associo o útil à beleza Forma de auto-expressão Curo as minhas feridas Como Vulcano, deus do trovão. Valorizo muito a perfeição Dou à ética seu valor Sou discreto, reservado Aparento ter pouco calor Me concentro na solidão O silêncio é meu condutor. No âmago do meu retiro Vivo a delícia, vivo a dor Tenho a chave de mim mesmo Tento ser meu próprio senhor Busco a alquimia da cura No meu mundo interior. No amor, na vida em geral Me porto com estoicismo Aprecio o pleno, o total Curto um grande purismo Vou a fundo no que penso Não fico no mero achismo.

Como homem posso parecer Um chato de luva e galocha Mas, para as mais exigentes Tenho secretamente uma tocha Que ante uma plena mulher Desfaz a dureza da rocha. Para me conquistar, é preciso Grande dose de paciência Atravessar dias, meses e anos Pulsando até a indecência Mas, nisso está o mistério Do amor, arte e vivência. Tenho meu lado ansioso Mas, raramente violento Cultivo como alta virtude Meu lado sensível, atento Dono de uma boa escuta Ante um ser em desalento. Sou tímido, introvertido Não gosto do estrelato Prefiro ser umbom auxiliar E ficar sob o anonimato Não gosto de ter a batuta Em seu sentido mais lato.

Como mulher virginiana Tenho grande inteligência Desvendo qualquer segredo Com a mais santa paciência Sou divinamente romântica Mas, plena de auto-suficiência. Mostro bom gosto, sutileza Emito opinião bem formada Demando muito respeito Tenho a mente burilada Organizo o caos, a desordem De forma compartimentada. Com a saúde, o bem-estar Nutro grande preocupação Sublimo o desejo de ajuda Na escolha da profissão Dou uma boa enfermeira Psicóloga por vocação. Aparentemente sou distante Me mostro por demais racional Incomodo em geral as pessoas Com minha critica sem igual Mas, isso é minha essência Faz parte do meu natural.

Amo, porém com cautela Não vejo o amor como lenda Estou sempre de olho aberto Descobrindo o véu e a venda Meu objeto de adoração Sofre também reprimenda. Como nativo de virgem Aprendo em geral a lição Isso me deixa precavido Sempre sei onde meto a mão Tenho, por excelência, o dom De saber quando dizer não. Meu auto-controle é virtude Mas também seao toma defeito Quando levado extremo Me deixa sombrio, sem jeito Me torna um ser eficaz Porémsem chama no peito. Tenho como grande desafio Relegar minha pulsão realista Dar vazão ao ócio, ao prazer Liberar meu lado idealista Conviver com o desconhecido Como algo não fatalista.

Maria Guadalupe Segunda, licenciada em letras e psicóloga, nasceu no sítio Patacorô, município de Florânia, alto sertão da região Seridó. Atualmente aposentada pelo Ministério da Saúde,por voltou dedicar-se aos estudos dano literatura puro adiletantismo, reingressando curso de língua e literatura francesa da UFRN. Acerca de 04 anos atrás, em um momento de grande catarse pessoal, adentrou no exercício da poesia de cordel, retomando seu mundo de menina que lia versos a se balançar na rede da casa grande de seu padrinho para os primos que não sabiam ler. Natal (RN), setembro de 2004.

Libra: Em busca do bem, da verdade, da beleza Autora: Maria Guadalupe Segunda

Sou a constelação de Libra Sétimo signo O primeiro dozodiacal hemisfério De feição pública e social Represento o "eu" e o “tu" Numa aliança fundamental. Da mesma forma que Gêmeos Integro o elemento do ar Com Touro divido a regência De sua constelação estrelar Meu planeta é a áurea Vênus Dotado de nuance particular. Encarno o outro lado de Vênus Que rege a beleza, a estética Sou a cósmica Afrodite Símbolo do bem e da ética Amo em especial a verdade Como uma busca profética. Tenho a ajuda de Eros De Afrodite, o filho imortal Priorizo a beleza interna O amor profundo, universal Elejo a união amorosa Como questão essencial.

De Atena, deusa guerreira Herdo vasta sabedoria A razão e o equilíbrio O amor pela poesia A prudência e a justiça Em meio à diplomacia. Sou também associado Ao grande mito de Hera Deusa real do Olimpo Ciumenta como uma fera Ideal dos amores legítimos Unidos pela dourada esfera. De Páris,onotável troiano Assimilo real altruísmo Em exercitar a justiça Sem base no egoísmo Porém, vivendo o amor Numa guerra de heroísmo. Do mito do sábio Tirésias Extraio a grande lição De viver forças opostas Pesando o sim e o não J unto pessoas e coisas Em tom de conciliação.

Na natureza sou a brisa Essência sutil, refrescante Sinto a delicadeza de ser Etéreo e também vibrante Fruo a delícia de beber O gole de cada instante. Tenho um símbolo singular No mundo da astrologia Sou o pendular da balança Objeto de fina sintonia Ora estou em equilíbrio Ora estou em desarmonia. Represento todos os pares JGangorras, arros, brincos, comunhão espelhos, sinos Objetos de decoração Bordados e ramalhetes Lindas flores em profusão. Como signo do elemento ar Cultivo o poder mental Vivo no mundo das idéias Nego meu lado emocional Valorizo a inteligência Voltada para o lado social.

Amo as artes, a ciência Cultivo a filosofia Destaco o sábio Platão Libriano de grande valia A iluminar a escuridão Das falácias do dia a dia. Me preocupo com o cosmos Com a grande humanidade Nutro o ideal platônico Da vida em fraternidade Para mim, o bem-estar É vital em sociedade. Sou Alexandre, o grande O notável conquistador Protótipo do libriano Estrategista de valor A guiar os seus homens Com inusitado fervor. Assumo também o papel De querer mudar a fundo Sou Lennon, o idealista Dos Beatles,aso pessoas mais profundo A imaginar Vivendo a paz no mundo.

Pelo bem da igualdade Tenho uma sede voraz Sou um hábil mediador Gentil pomba da paz Posso ser um estadista De perfil muito capaz. Insisto na perfeição Como meu grande ideal Mas isso me deixa distante Do mundo feito real Às vezes, fico confuso Sem um ponto cardeal. Em mim vivem a oscilar Os pratos daebalança Oradois estou calmo tranqüilo Ora com destemperança Mas, apesar do balançar Sou digno de confiança. No amor sou bem galante Um romântico verdadeiro Entendo de flores, jantares Cortejador por inteiro Gosto de classe, requinte Não banco o marqueteiro.

Sou o signo dos rituais Das uniões, do casamento Gosto de luzes, velas, sons Amor-perfeito, cálice bento Cultuo alta reverência Diante de um juramento. Sou gregário, sociável Não curto a solidão Adoro reunir, celebrar Na base da cooperação Vivo bem o burburinho Dos seres em expansão. Como homem libriano Desenvolvo a sedução Quando quero uma mulher Luto até à exaustão Manipulo os sentimentos Prá roubar o coração. Vivo bem dentro de mim A polaridade do sexo A porção homem e mulher Aparentando sem nexo Me atrai o ser feminino Seu mundo belo, complexo.

Aprecio muito a elegância Tenho deveras bom gosto As vezes, sou presa fácil Da beleza de um rosto Despertando em mim O conflito do oposto. Como mulher de Libra Sou doce, sou feminina Porém, tenho uma mente De forma também masculina Trabalho com estruturas A solidez de uma mina. Não faço o gênero terno Primo pelo intelectual Estou sempre a me nutrir Da força de um ideal Tenho ágil pensamento Um raciocínio sem igual. De Emma Bovary, Scarlet As vezes, faço o padrão Mostrando grande desejo Em ser alvo de adoração O que me faz converter O amor em competição.

Na área da profissão Tenho meu dom libriano Posso ser um diplomata Embaixador do Vaticano Decorador , conselheiro Do departamento humano. Me centro no mundo ideal No plano da elaboração Mas tenho dificuldade Em assumir a execução Preciso dos signos de terra Para concretizar a ação. Preciso também da ajuda Do do elemento fogo Comimpulso Áries, meu signo oposto Faço o complemento do jogo Realizo a força criadora Sem delongas e sem rogo. Como deu prá perceber Sou inseguro, inconstante Daí, tenho como desafio Vencer meu lado oscilante Buscando a independência De forma não delirante.

Maria Guadalupe Segunda, licenciada em letras e psicóloga, nasceu no sítio Patacorô, município de Florânia, alto sertão da região Seridó. Atualmente aposentada pelo Ministério da Saúde,por voltou dedicar-se aos estudos dano literatura puroadiletantismo, reingressando curso de língua e literatura francesa da UFRN. Acerca de 04 anos atrás, em um momento de grande catarse pessoal, adentrou no exercício da poesia de cordel, retomando seu mundo de menina que lia versos a se balançar na rede da casa grande de seu padrinho para os primos que não sabiam ler. Natal (RN), setembro de 2004.

Escorpião: entre os Céus e os Ínferos. Autora: Maria Guadalupe Segunda

Sou Escorpião, o signo Que causa muito arrepio Diante de mim, as pessoas Apagam a luz do pavio Sentem frio na espinha Um clima de desvario. Tenho como regente Plutão Planeta de grande ciência Encarno a luz e a sombra Piedade e inclemência Tenho meu lado sagrado E também de indecência. J unto a Peixes e Câncer Componho a trilogia Que tem por elemento A água e sua poesia Mas, o lado escorpiônico É quente em demasia. No mundo natureza Sou a águada mais profunda Lava ígnea do vulcão O Iodo, a lama imunda O subterrâneo dos rios Em sua porção mais funda.

Apresento como imagens Pântanos e mananciais Depósitos de lixo, esgotos Cavernas monumentais Porões, poços de petróleo E movediços areais. No vasto reino animal Assumo várias projeções Ratos, baratas, aranhas Aves de rapina, escorpiões A Fênix e a águia branca E a fúria de muitos dragões. No mundo da mitologia Simbolizo o inconsciente Sou Hades, Deus dos Ínferos Invisível e onisciente Vivo nas profundezas Dos mortos e penitentes. Represento em especial A face da ocultação A margem desconhecida O domínio da solidão Lido com meus fantasmas Sem perder minha razão.

Sintetizo a humanidade O lado arcaico, cruel Evoco o herói Orestes O ressentimento, o fel Matou a mãe, o amante Vingando o pai, seu papel. Represento bem o herói Que à Hidra desafiou Decepou suas cabeças Suas pulsões confrontou Enfrentou seu próprio caos Sua fera interna rolou. Na astrologia antiga Vivo a serpente, também Símbolo do mal, das trevas Da sabedoria, do bem Sou Lúcifer, o anjo mau Sou o anjo da luz, amém. Na clássica literatura Goethe, sempre moderno Criou o personagem Fausto Preso entre o céu e o inferno Típico padrão escorpiônico Indiscutivelmente eterno.

Outro grande escorpião É Freud, como ascendente Explorou as profundezas Do mundo inconsciente Trouxe à luz da razão Vastos mistérios da mente. Como marca registrada Possuo um olhar profundo Capaz de invadir a alma De todos seres do mundo Vejo além das cortinas Tenho um raio-x a fundo. Tenho um grande poder Ora bem,como ora pro mal Possoproviver asceta Posso viver em bacanal Sou santo, sou pecador Depende do meu astral. Mesmo aprisionado no vício Sou capaz de regeneração Tenho força de vontade Inigualável obstinação Desço à lama, subo aos céus Com toda minha emoção.

Sou intenso no que faço Apaixonado, visceral Mas tenho grande controle Do meu mundo emocional Nada me tira do sério Sou sensível, mas racional. Tenho um sexto-sentido Um faro muito aguçado Descubro a manha do outro Tudo me é desvelado Conheço a alma humana J á tendo a minha sondado. Não posso me dar ao luxo De nutrir o romantismo Pois, conheço a podridão O lado do pessimismo Sou muito desconfiado Vivo muito o realismo. Apesar de ser contido Sinto uma sede voraz De viver em relação Com uma pessoa capaz Quando construo um laço Nada no mundo o desfaz.

Ao consolidar a união Sou leal, um confidente Mergulho na dor do outro Me afeiçôo intensamente Tomo qualquer atitude Pela amizade, somente. Sou capaz de vinganças Não suporto a traição Espero a vez, o instante De enfiar meu ferrão Olho por olho, é meu lema Sempre passo essa lição. Como homem escorpiano Tenho de afeição Amor ecarência companheirismo Sensualidade e paixão Cultivo o bem erotismo Como arte da sedução. Aparento indiferen ça Uma fleuma glacial Dentro sou um vulcão De calor descomunal Para conviver comigo Tem que me amar total.

Sendo delicada a mulher Deve me evitar, então Apesar de controlado Tenho gênio de explosão Quando pisam no meu calo Viro a imagem do cão. Tenho como minha sombra Um ciúme bem possessivo Faço do objeto de amor Puro elemento passivo Prisioneiro do meu afeto Colado a mim, feito adesivo. Como mulher de escorpião Adentro fundo feiticeira o ocultismo Faço o gênero Dona de grande exotismo Estranha, misteriosa, Cheia de magnetismo. Tenho uma beleza profunda Sou a própria fêmea fatal Amo e odeio com ardor Vivo meu lado animal Me mostro sempre contida Mas sou também passional.

Como esposa e parceira Ajudo meu homem a subir Invisto em seu futuro Faço meu o seu porvir Alivio todas as dores Um verdadeiro elixir. Para me conquistar É preciso um homem forte Não suporto a fraqueza De quem seja meu consorte Só consigo amar a quem Tenha caráter como dote. Sei da essência da dor Vida morte pista Possoeser bomcomo detetive Psicólogo, psicanalista Banqueiro,minerador Cirurgião, oncologista. Afinal, meu grande poder É objeto de muita repressão Daí, tenho como desafio Converter em ação Lutar pelo minha bem doluz mundo Como espírito de evolução.

Maria Guadalupe Segunda, licenciada em letras e psicóloga, nasceu no sítio Patacorô, município de Florânia, alto sertão da região Seridó. Atualmente aposentada pelo Ministério da Saúde,por voltou dedicar-se aos estudos dano literatura puro adiletantismo, reingressando curso de língua e literatura francesa da UFRN. Acerca de 04 anos atrás, em um momento de grande catarse pessoal, adentrou no exercício da poesia de cordel, retomando seu mundo de menina que lia versos a se balançar na rede da casa grande de seu padrinho para os primos que não sabiam ler. Natal (RN), setembro de 2004.

Sagitário: O eterno aprendiz dos mistérios da vida Autora: Maria Guadalupe Segunda

Represento o arqueiro Da constelação zodiacal Como Peixes e Gêmeos Tenho uma natureza dual Sou Sagitário, o centauro Meio homem, meio animal. J úpiter é meu planeta De teor muito abstrato Com ênfase na expansão Em seu sentido mais lato Exploro o saber superior O supra-sumo, o extrato. A tríade do elemento fogo Componho com Áries e Leão Simbolizo o grande incêndio Queimando em combustão Se não sou bem controlado Assumo trágica proporção. Tenho como grande impulso Buscar estrelas distantes Adoro pistas de corridas Arenas, jogos vibrantes Cassinos e altos tribunais Cavalos e raios cortantes.

No panteão do Olimpo Sou o poder, deus da luz Zeus Pather, o absoluto Onde tudo brilha, reluz Espalho a semente cósmica Tudo me atrai e seduz. Sou também, o deus do raio Veloz, altissonante, profundo Capaz de rápidas decisões Mantendo a ordem no mundo Vivo grandiosas peripécias Experimento a vida a fundo. Tenho em Quíron, o centauro Meu mito de grande valor Sábio, inteligente, humano Continente ao outro, à dor Imagem do terapeuta Compassivo, cheio de amor. O mito de Quíron sintetiza A união do homem e animal Permeada por fluidos etéreos Do sopro divino, espiritual Onde a força da fera ferida Conduz ao transcendental.

Sinto paixão pela vida Desejo tudo aprender Vivo atirando mil setas Posso ganhar ou perder Priorizo a experiência Os atalhos do saber. Estou sempre a explorar Os mistérios, o invisível Gosto de bem investigar O abstrato, não factível O que me atiça e fascina É a face do inatingível. Tenho sede de aventura Vivo sempre pula em turbilhão Meu sangue nas veias Corro atrás da emoção Para mim, só tem sentido A vida regida à paixão. Mostro um grande talento De mudar a realidade Sou arteiro, engenhoso Pleno de versatilidade Crio notáveis cenários De mutável plasticidade.

Sou o ator do zodíaco Adoro interpretar papéis Gosto do palco, da fama De receber os lauréis Não consigo me amoldar À rotina dos bedéis. Encarno o poder maior Com muitas formas de ação Às vezes, banco o fascista Às vezes, banco o paizão Busco manter alianças À base de muita razão. Apesar de explosivo Sou bastante Esqueço fácil ageneroso raiva Curto meu lado gozoso Gosto de calor humano De Eros, ser amoroso. Amo com paixão as viagens De correr mundo afora Encarno o grande andarilho Desatrelado ao tempo, à hora Cultivo a independência Vivo o presente, o agora.

No amor, sou complicado Segundo a ordem legal Por ser muito idealista Vivencio o livre animal Avesso a freios e esporas Provocando ciúme fatal. Se vivo um grande amor Posso até fazer concessão Mas preciso ter sob os pés A sólida areia do chão Sentindo a possibilidade De correr feito alazão. Exibo a lendária franqueza De sinto e penso Soudizer rudeoeque contundente Não jogo no verbo incenso Pratico a sinceridade Não entro em contra-senso. Nutro sempre a esperança Vejo a vida com otimismo Acalento os meus sonhos Com fervor e idealismo Me sinto um iluminado Com a luz do heroísmo.

Me chamam de visionário Sim, preciso da ilusão De pensar que o amanhã Será uma grande explosão Onde encontrarei a chave Da busca da perfeição. Minha lógica é fascinante Estabeleço mil conexões Vejo a beleza emergir Nas infinitas associações Articulo o conhecimento Suas múltiplas relações. Como homem sagitariano Sou vivo, estimulante Atraio sempre as mulheres Que desejam o pulsante Mobilizo grandes paixões Como cavalo galopante. Me taxam de dom J uan Um sedutor contumaz Mas, isso é minha defesa Minha insegurança voraz Em aprofundar a união E me tomar um capataz.

Para me vencer, a mulher Tem que ser inteligente Deixar minha corda solta Sem coleira e corrente E puxar na hora certa Apaixonado, inconscient e. Como mulher sagitariana Sou audaz, aventureira Cultivo minha liberdade Urna verdadeira arqueira Tenho também o charme De ser uma dama faceira. Sou decidida, ousada Mulher de forte Dificilmente me convicção enganam Revelo uma grande intuição Tenho o dom de agregar Nunca me falta inspiração. Me acho muito romântica Uma Pollyanna constante Que sonha com o cavaleiro E seu cavalo cintilante A voarem para o infinito Rumo à estrela brilhante.

Meu dom especulativo Me conduz à profissão De agente de viagens Piloto de carro, avião Posso ser bom professor Filósofo como Platão. Sinto afinidade com Gêmeos Visando sempre a expansão Mas, meu caráter de fogo Me dá maior determinação Compomos o terceiro eixo Da lei maior da evolução. Tenho como minha sombra O conflito o real Vivo sériascom dificuldades Em me adaptar ao normal Me transporto facilmente Ao mundo sobrenatural. Destaco como desafio Integrar meu lado dual Viver minhas fantasias Sem deixar o lado carnal Buscar o brilho da estrela Mas com o pé no portal.

Maria Guadalupe Segunda, licenciada em letras e psicóloga, nasceu no sítio Patacorô, município de Florânia, alto sertão da região Seridó. Atualmente aposentada peloaos Ministério da Saúde, voltou a dedicar-se estudos da literatura por puro diletantismo, reingressando no curso de língua e literatura francesa da UFRN. Acerca de 04 anos atrás, em um momento de grande catarse pessoal, adentrou no exercício da poesia de cordel, retomando seu mundo de menina que lia versos a se balançar na rede da casa grande de seu padrinho para os primos que não sabiam ler. Natal (RN), novembro de 2004.

Capricórnio: O Incansável Guardião do Tempo Autora: Maria Guadalupe Segunda

No mais alto da montanha No meio do céu infinito Brilho comem grande fulgor Enlaçado anéis,rest rito Sou a décima constelação Capricórnio, o inaudito. Ao lado de Touro e Virgem Represento a Terra, a trilogia Enquanto Touro é o húmus Virgem é o barro, a cria Eu sou a montanha rochosa Que a todos contempla, espia. Sou regido por Saturno Do tempo, o grande senhor Que a tudo vê e regula Com seu olhar de condor Guardando vidas passadas E a melancolia da dor. Tenho comoa meu emblema Amaltéia, cabra montês De cujos chifres jorravam Flores, frutos, mel cortês Que em meio à sequidão Nutriu Júpiter, montanhês.

Sou associado a estruturas Que suscitam solidez Rocha, pedra, monumento Escada, torres, altivez Relógiosfixos, ampulhetas O tempo e sua sensatez. Invoco o mito de Cronos Que instaura o corte, a dor Ao castrar Urano, o pai Caótico e avassalador Humanizou a própria terra Unindo tragédia e amor. Cronos sugere limites E a necessária Pois, em meio àcontenção desordem Inaugurou a lei do varão Espalhando ordem na terra Criando o ciclo, a estação. Simbolizo, então, o cerne Da natureza do humano Pois, o tempo nos evoca O sublime o profano Ao fundar oe calendário Dos dias, meses e ano.

Sou o arquétipo, também Do puro conflito edipiano Vivo sérias dificuldades Com o pai sobre-humano Demoro a internalizar O pai ideal e mundano. Meu amadurecer pessoal É tardio, porém profundo Costumo sempre envelhecer A passos lentos, a fundo Quando velho, sou moço Inverto a lógica do mundo. Apresento uma tendência A respeitar a norma, o legal Sou tradicional, dogmático Adepto da honra, da moral Faço tudo pela família Cultivo o poder patriarcal. Obedeço à lei do tempo Tenho o dom da paciência Estou sempre a meditar Alio a técnica à ciência Realizo o que desejo Encarno a eficiência.

Sou prático, objetivo Tenho o poder cerebral Obstinado, teimoso De memória colossal Miro as longas distâncias Sem perder o ponto final. Como um ser bem reservado Nutro em mim a ambição De fazer meu pé de meia E assegurar meu quinhão Me preocupa a segurança Minha vida em ascensão. No jogo do dia a dia Me coloco sempre atrás Mas, isso émente estratégia De minha sagaz Pois, ao final da jogada Mostro a canastra de ás. Gosto do mando, do poder Porém, sou pouco ostensivo Permaneço nos bastidores Discreto, mas muito vivo Sou a parda eminência Silenciosamente ativo.

Detenho um senso acurado De responsabilidade, dev er Isso me deixa taciturno Sem nunca querer perder Estou sempre a trabalhar Deixando de lado o prazer. Tenho o pé por demais Fincado na areia do chão Sou parcimonioso, contido Calo a voz do coração Alimento a tristeza Beirando à depressão. Apesar desse meu lado Cinzento e material Há em mim uma chama Que me torna divinal Me abrindo as comportas Para o mundo social. Pulsa também em mim Um espírito como J esus Que deixou seu reinado Para espalhar sua luz Sendo o grande pastor Que a todos ama, conduz.

Às vezes posso encarnar Raro dote messiânico Um espírito de reforma Bem generoso e titânico Mas, isso pode me fazer Um autoritário, tirânico. Como válvula de escape Existe em mim a leveza Do mito bacante de Pã A espalhar a beleza O som doce da flauta A curar minha tristeza. No terreno do amor Bancoaoo me complicado Pois, relacionar Tenho sempre o cuidado De não comprometer Meu destino, meu fado. Como capricorniano Sou um homem provedor Faço o padrão masculino De perfil conservador Lembrando o patriarca Sábio, firme e protetor.

A despeito de ser sério Há em mim um romantismo Guardado a sete chaves Disfarçado em ativismo Mas, dependendo da rosa Vivo o amor, seu purismo. Quanto mais velho, melhor Sou como precioso vinho Me torno mais saboroso Despertando mais carinho Faço o gênero velho-moço Dando voltas no caminho. Como capricorniana Tenho o dom da sutileza Me porto como uma dama Clássica, da realeza Meu maior objetivo E casar feito princesa. Apesar da minha ambição Gosto do romance, do mel Mas, antes de viver o sonho Quero pagar me o aluguel Não consigo amoldar A vida sem ter um papel.

Antes de qualquer coisa Priorizo a segurança Desenvolvo meus dotes Quando atinjo a bonança Passo a ser mais fraternal E a estabelecer aliança. Como homem ou mulher Exibo raras criações Posso investir na dança E compor belas canções Tenho talento artístico Submetido a senões. No plano do objetivo Sou um bom profissional Administrador de Empresa Chefe de maneira geral Hábil gerente de loja Com alto tino comercial. Meu monumental desafio É romper do chão o imã Vivenciar meu realismo Com o coração em afã Comungar com a poesia Minha vida real, cidadã.

Maria Guadalupe Segunda, licenciada em letras e psicóloga, nasceu no sítio Patacorô, município de Florânia, alto sertão da região Seridó. Atualmente aposentada pelo Ministério da Saúde,por voltou dedicar-se aos estudos dano literatura puro adiletantismo, reingressando curso de língua e literatura francesa da UFRN. Acerca de 04 anos atrás, em um momento de grande catarse pessoal, adentrou no exercício da poesia de cordel, retomando seu mundo de menina que lia versos a se balançar na rede da casa grande de seu padrinho para os primos que não sabiam ler. Natal (RN), setembro de 2004.

Aquário: O Aguadeiro que J orra a Água da Vida. Autora: Maria Guadalupe Segunda

Abertas por Capricórnio Outras dimensões do portal Eis que apareço, Aquário Undécimo signo zodiacal A despejar de meu cântaro O amor de feição universal. Sou regido por Urano Planeta imenso, gigante Tipo excêntrico, singular Projeta o mundo avante Simboliza amanhã, o futuro Tudo que é novo, mutante. Com Gêmeos e Libra Formo a trilogia aérea Gêmeos é o vento veloz Libra é a brisa etérea Eu sou o furacão radical Desmancho toda matéria. Tenho comoem minhas Metáforas seusimagens plurais Orquestras, agremiações Greves, conselhos tribais Festas de rua, passeatas Amigos e muitos carnavais.

No vasto reino animal Evoco as andorinhas Bela colméia de abelhas, Bando de aves, vizinhas Sempre vivo em grupo Não curto vidas sozinhas. Sou o signo da amizade No plano do universal Procuro unir raças, povos Em um abraço fraternal Para mim, a paz no mundo É questão fundamental. Encarno o arquétipo do caos Em seu momento colérico Explodindo a rara criação Em seu sentido quimérico Lembrando a fúria dos deuses Como nos poemas homéricos. Minha força de expansão Engendra a modernidade Pois, de Urano eu herdei O gosto pela fraternidade Associada aos ideais De liberdade e igualdade.

De Prometeu, herói titã Tenho como espelho, o mito Ao roubar o fogo sagrado Transgredindo o interdito Prá aliviar a dor do homem A posse do fogo bendito. Diz a verdade Mitológica Que Prometeu, muito penou Foi castigado pelosdeuses Pois, de sua voz discordou Assim, sou eu, aquariano Que calado, nunca estou. Tenho como padrão mítico O cósmico trabalhador social Que procura difundir o saber Como bem precioso, essencial Pois, conhecimento é poder Tornando o homem divinal. Arquiteto a revolução Por uma causa bem nobre Luto pela ascensão Do miserável, do pobre Cultivo o compartilhar Do pão, do leite e cobre.

Me vêem como rebelde Excêntrico, intempestivo Chocando velhas estruturas Com o meu semblante altivo Mas, o que me ocorre, deveras E ver antes de todo ser vivo. Tenho fama de visionário Do zodíaco, grande profeta Possuo uma mente aguçada Que trabalha vendo a meta Vivo cem anos à frente O que me toma um asceta. Por ter uma visão distinta Das coisas do mundo Um grande preço, eu real pago Com o rótulo de ser anormal Isso me deixa propenso A atrair distúrbio mental. Transcendo a linha do tempo Girando em um carrossel Posse ser louco, ser gênio Mudo sempre de papel Vivo numa corda bamba Entre a Academia e Pinel.

Tenho um espírito analítico Centrado na investigação Vivo a desenvolver projetos Que conduzam à criação Prá incentivar o progresso No rumo da civilização. Detenho dentro de mim Um feroz instinto civilizador Me incomodando o grotesco Do homem submisso à dor Em nome da glória humana Sou um brutal demolidor. Mesmo sendo um humanista As vezes, me mostro insensível Diante nuances mais sutis De emoções do tipo invisível O que me absorve e fascina E o amor do mundo tangível. Apesar de ser um amante Do mundo pleno, integral Sou também muito cioso Do meu espaço individual Não deixo o povo entrar Na minha esfera pessoal.

Apesar de muito padecer Com a prisão da ética vigente De Pandora, bebo a esperança Em meio ao sistema indecente Posso até ser trancafiado Não fico em estado silente. Me acusam com freqüência De ser diferente, esquisito Gosto da humanidade Porém as pessoas, evito Convivo com todas as tribos Como passos de um rito. Do amor, elevo a amizade Não priorizo o lado sexual Encarno o amante amigo J unto a ternura ao carnal Sexo, prá mim, é detalhe De algo mais pleno, total. Primo pela liberdade Como homem aquariano Mantenho um alto controle Do meu sentimento humano Escondo minhas emoções Como se fosse chão plano.

Confio na minha parceira Não banco o tipo ciumento Vivo a curtir mil jogadas E a projetar novo intento Sou, em geral, bem fiel Trabalho com o pensamento. Não faço o gênero romântico Na aparência, mostro frieza Inverto a lógica das coisas Mas, sou sensível à beleza Quem quiser me conquistar Faça-se uma grata surpresa. Como mulher de aquário Sou uma Cheia de delícia graça esocial espírito Dona de uma ética morai Sou das belas do zodíaco Porém, não faço o tipo fatal. Não elejo o homem herói Exerço minha independência Corro atrás dos meus ideais Com a necessária persistência Vivo a liberdade feminina Com toda minha competência.

Possuo rara inteligência Disso, tenho toda certeza Não banco a doce Amélia Mulher de cama e mesa Livre, sou um passarinho Amor, prá mim, é leveza. Na área da minha profissão Busco trabalho idealis ta Como filósofo, professor Bravo líder sindicalista Inventor ou visionário Me elevo como cientista. No jogo da alteridade Como paresode oposição Componho quinto eixo Com o signo de fogo, Leão Juntos formamos a lei Da fraternal irradiação. Tenho como dificuldade Viver o amor pessoal No mundo público, amigo No mundo privado, boçal Mas, ao superar o conflito Mostro um ser fenomenal.

Maria Guadalupe Segunda, licenciada em letras e psicóloga, nasceu no sítio Patacorô, município de Florânia, alto sertão da região Seridó. Atualmente aposentada pelo Ministério da Saúde,por voltou dedicar-se aos estudos dano literatura puro adiletantismo, reingressando curso de língua e literatura francesa da UFRN. Acerca de 04 anos atrás, em um momento de grande catarse pessoal, adentrou no exercício da poesia de cordel, retomando seu mundo de menina que lia versos a se balançar na rede da casa grande de seu padrinho para os primos que não sabiam ler. Natal (RN), setembro de 2004.

Peixes: Flutuando entre o êxtase e o horror Autora: Maria Guadalupe Segunda

Fechando o ciclo da vida Feito uma forma espiral Sou o décimo segundo signo Da constelação zodiacal Simbolizo o eterno, a morte Como fenômeno natural. Tenho como regente, Netuno Grande senhor do oceano Dotado de imenso poder Transcendente, sobre-humano Arquétipo do inconsciente Fusão do divino, profano. Componho a tríade aquática Com Câncer e Escorpião O primeiro é água plácida O segundo, lava do vulcão Eu, Peixes, adentro as águas Oceânicas, da imensidão. Meu mundo é de imagens Barcos,navios, tridentes Redes de pescar, de dormir Asilos, mosteiros,penitentes Hospitais e manicômios Cheios de pessoas doentes.

Exibo como meu símbolo De sentido oposto, dual Dois peixinhos a nadarem Em direção paradoxal Presos a um cordão d'ouro De feição mágica, surreal. Remonto ao mistério abissal De Poseidon, Deus do mar Deus também dos cavalos Instintivo, solto, a cavalgar Represento o lado primitivo Do bom galope, a beira-mar. Herdo também do Deus mar O acesso à alma, à beleza Mas, também cultivo a dor Em sua maior profundeza Lido com monstros e fadas E o domínio da incerteza. J unto ao lado primitivo Tenho um ser burilado Fonte de fértil criação Pégaso, cavalo alado Símbolo da fantasia Do instinto sublimado.

Invoco também o mito De Tifão, monstro temível Representando a violência Do reprimido, do indizível Das emoções a fervilharem Um nevoeiro indistinguível. O meu lado subterrâneo Suscita a fera indomável Que habita todos nós Em seu reino insondável Onde guardamos os medos Do que é imponderável. Lembro o mítico Polifemo De Netuno, filho ferozEm Terrível gigante ciclópico sua caverna atroz Apaixonado por Galatéa Inconsciente, cheio de nós. De duas belas sereias Simbolizo o mito canção De cujo canto mavioso Se articula a sedução Armadilha do desejo Da irrefletida paixão.

As sereias representam A trágica destruição Quando me deixo atrair Pela cega inspiração Como ente bicorpóreo Provocando a ilusão. Do herói grego Ulisses Tenho uma grande lição Amarrando-se ao navio Escapando da tentação Do canto fatal das sereias A ninar o frágil coração. Encarno, especial, o mito De deus do vinho CujaDioniso, natureza mutável Evoca o terror, o carinho Fundindo as dimensões Do homem, do animalzinho. Dioniso é emblema Do fantástico, do real O ser ambíguo de peixes J unção do sublime, carnal Eliminando as fronteiras Do humano, do divinal.

Sou dúbio, camaleônico Do mundo do afogado Marginal e evasivo Muito amplo, dilatado Plasticamente infinito Sem ar de classificado. Minha sensibilidade imensa Me leva a duplo destino Posso encarnar Einstein Ou alguém em desatino Bêbado, drogado no vício Sem ouvir o toque do sino. Cultivo o dom especial De uma rara imaginação Adentro no mundo das artes Com a fluidez da emoção Bailarino,músico, poeta Cineasta de câmera na mão. A riqueza de todos os signos Detenho em meu coração Mas, o que me torna distinto Como singular condição É meu potencial de amor Sabedoria e compaixão.

Compartilho o sofrimento Alivio no irmão a dor Isso me causa a sombra Do outro se ver pecador A minha fama de santo Desperta inveja e dissabor. Escolher o rumo mais fácil Tenho como grande defeito Me falta o ardor da chama A incendiar o meu peito O embalar de uma rede Me deixa um ser satisfeito. Tenho grande inclinação Ao mundo transcendental Cheio de religiosidade Pleno de uma fé espiritual Embebido de misticismo Beirando o supra-real. Como homem pisciano Sou temo, um pão de mel Amante muito romântico Porém, não muito fiel Amo todas as mulheres Donas de qualquer papel.

Sou sensual, carismático Não faço o tipo machista Busco ser dependente De uma mulher idealista Preciso da confiança De alguém determinista. Me mostro, muito confuso Faltando discernimento Vivo no reino dos sonhos Com o pé fora do cimento Me fecho sempre ao mundo Imerso em meu sentimento. Sou o retrato do feminino Como mulher pisciana Boa companheira, gentil Dona de moral vitoriana O porto-seguro do homem Profundamente humana. Sou uma dama romântica De um castelo de fada Bela, indefesa, sutil De postura recatada Porém, mostro um lado De Capitu, dissimulada.

Condolente e generosa Dou fácil o meu perdão Me deixo ser explorada Permitindo a invasão Nunca sou enganada Vejo sempre de antemão. Com Virgem, eu formo O sexto eixo zodiacal Cujos opostos integram A sabedoria universal Ambos, compassivos Porém, sou mais fraternal. Sou na área da profissão Psiquiat ra, médico geral Psicanalista, astrólogo Trabalhador de hospital Posso ser um marinheiro Ou ilusionista, teatral. Apresento como desafio Nadar contra correnteza Com dificuldade de escolher O caminho que leva à certeza Vejo sob vários ângulos Careço de maior presteza.

Maria Guadalupe Segunda, licenciada em letras e psicóloga, nasceu no sítio Patacorô, município de Florânia, alto sertão da região Seridó. Atualmente aposentada pelo Ministério da Saúde,por voltou dedicar-se aos estudos dano literatura puro adiletantismo, reingressando curso de língua e literatura francesa da UFRN. Acerca de 04 anos atrás, em um momento de grande catarse pessoal, adentrou no exercício da poesia de cordel, retomando seu mundo de menina que lia versos a se balançar na rede da casa grande de seu padrinho para os primos que não sabiam ler. Natal (RN), setembro de 2004.

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