Astrologia Chinesa- Cath Aubier
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A ASTROLOGIA LUNAR. OS CINCO ELEMENTOS. A ORDEM CELESTE • OS SIGNOS CHINESES • 0 ENCONTRO DOS SIGNOS CHINESES COM OS SIGNOS OCIDENTAIS
A ASTROLOGIA NAS EDIQOES 70: Hist6ria da Astrologia por Serge Hutin (colecc;:ao Esfinge) Manual Pratico de Astrologia por Joalle de Graveleine (col. Esfi nge) Inicia~ao
it Astrologia por Leol1@rdo Oliveira (col. Esfinge)
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ASTROLOGIA
CHINES!
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ASTROLOGIA
.. Titulo original: Astrologie chinoise © M. A. Editions, 1981
Tradu9ao de Joao Fonseca Amaral Capa de Edi90es 70 Dep6sito legal n.O 51187/92 ISBN 972-44-0054-9 Direitos reservados para todos os paises de Ifngua portuguesa por Edi90es 70, Lda. - Lisboa - Portugal EDICOES 70, LDA. - Av. Infante D. Henrique, Lote 306-2 - 1900 LISBOA Apartado 8229 - 1803 LIS BOA CODEX Telefs. 8596348/8599936/8598623 - Fax 8598623
CATHERINE AUBIER com a co/aborar;ao de JOSANNE DELANGRE
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INTRODUe fazer ouvir. - Nenhum de voces tern razao - explicou. - 0 objecto das vossas discussoes infantis e, na realidade, urn elefante, mas conforme the tocais numa orelha , na tromba, numa das patas, etc., assim vos persuadis de segurar, este aqui, urn tapete, 0 outro, um tubo, 0 outro ainda, urn pilar, e assim por diante . .. A maior parte dos cegos nao acreditou nele, e continuaram a discutir uns com os outros. Esta fabula e muito conhecida no Oriente e serve para ilustrar uma das ideias fundamentais das civiliza~oes da Asia: 0 homem comum vive num mundo particular , pessoal, subjectivo. E cego, 9 Asceta em meditar;;8.o.
ASTROLOGIA CHINESA
INTRODUC;AO
tamentos a partir dos dados da psicologia. A psicoterapia substituiu a confissao e a orac;ao. Os testes, as tecnicas de orientac;ao, a caracterologia, dominam os negocios, a polftica, a publicidade . Ja s6 se fala de equi/fhrio, de adaptac;ao . de motivac;do, de desenvo/vimento . Tornou-se de uso corrente uma certa linguagem psicanalftica. Fala-se de inconsciente, de refluxo , de frustrac;ao, de tran.\fert. ' Enfim, a nossa velha astrologia e, ela propria e cada vez mais, admitida como urn ramo da psicologia, uma regiao limitrofe, ainda urn tanto incerta, nebulosa e. povoada de miragens - mas, apesar de tudo, uma provincia do imperio. Acrescentarei que, na maiorparte dos casos, nos e quase impossivel ter em vista outra coisa. 0 que poderia ser'um mundo sem 0 psicologico, ou para la do psicologico'!
presa de angustias e violencias . 0 sabio vive num mundo aberto, objectivo , impessoal. So ele ve a realidade, tal como ela e, so ele e perfeitamente feliz, sereno, liberto. E, de subito, temos a impressao de que entre a nossa sensibilidade, a nossa cultura, 0 nosso ponto de vista de Ocidentais e 0 encadeamento do pensamento oriental, se ergue uma montanha tao colossal e intransponivel como d'S Himalaias . Na nossa sensibilidade, tudo se recusa e se revolta, radical mente, contra tais afirmac;oes. Como? Atrevem-se a apresentar-me como o mais elevado ideal humano concebivel, urn estado «objectivo », impessoal, isto e, «despersonalizado ." e, portanto, de indiferenc;a, de neutralidade, de descomprometimento, de secura, e ate de falta de elevac;ao? E pensa-se, de imediato, numa especie de lavagem ao cerebro que leva a idiotia, a negac;ao, ao vazio . «E que fac;o quest"ao, acima de tudo, da minha personalidade! Fac;o questao das minhas emoc;oes, dos meus entusiasmos, das minhas tormentas, e ate mesmo dos meus desastres! E tao interessante - e insubstituivel! Nan constitui ela, alias, a base , a substancia mesma de toda a invenc;ao, de toda a criac;ao? Fac;o questao dos meus desejos, dos meus temores, dos meus sonhos, na sua formula especifica e original! » Reside aqui a dificuldade. A nossa civilizac;ao, sobretudo depois da Renascenc;a, estabeleceu urn culto do ego, uma autentica religiao do eu, que, progressivamente, se substituiu ao sagrado, no senti do tradicional do termo. 0 proprio sagrado se viu, pouco a pouco, assimilado a urn prolongamento, uma exaltac;ao particular desse eu . A psicologia tomou, completamente, 0 passo da mfstica, e a mfstica viu-se reduzida a uma simples cate!?oria do psicologico. «Eu me , .. 0 meu cabeleireiro, 0 meu medico, 0 meu aVlao , as minhas ferias, os meus amigos, 0 meu trabalho, a minha famflia, os meus problemas, 0 meu caracter ... » Tudo, na nossa educac;ao, nos nossos medias, nos nossos lazeres, tende a glorificar, a exacerbar 0 papel e a importancia excJusiva do eu, do ego, do individuo, numa invasao, cada vez maior, do vedetismo, dos fdolos da actualidade polftica ou artistica, num culto da personalidade. o unico deus que, hoje em dia, no Ocidente, se pode considerar reconhecido por todos chama-se psicologia. Claro, ha matizes, escolas, dissidentes. Mas todos, extremistas , centristas, de esquerda, de direita, crentes, ateus, todos - quer estejam na industria, no comercio, na func;ao publica, quer na imprensa ou nas profissoes liberais - se esforc;am por orientar as suas acc;oes, decisoes e compor10
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A esta questao, que nos parece tao incongruente, mesmo absurda, traz 0 Oriente uma resposta - sempre a mesma, de ha muitos seculos a esta parte, embora sob' multiplas rormas, religioes, praticas e metodos que se cham am ioga, vedantismo, tantrismo tibetano, budismo zen, tauismo, para apenas citar os mais celebres. Esta resposta pode ser formulada nestes termos: 0 homem conhecera urn estado de plenitude, de beatitude perfeita e sem Ii mites , de despertar e de libertac;ao absolutos, se destruir 0 processo do eu todo-poderoso, se dissipar a i/usiio do ego, fonte de todos os sofrimentos. Reside aqui a diferenc;a essencial. Sejam quais forem os seus metodos e as suas convicc;oes, urn psicologo ou psicoterapeuta ocidental proclama: «Procuremos adaptar-nos melhor aos conflitos, as tensoes, as contradic;oes, para estarmos mais em harmonia, melhor dentro da nossa pele, mais aptos a dar 0 melhor de nos proprios . ., o sabio, 0 iogui, 0 lama, 0 monge zen ou tauista, replica: «Mesmo que consigais obter exito, havera sempre conflito, tensao, contradic;ao. Para que servem tantos esforc;o obstinados se 0 sofrimento acabara sempre por renascer, com 0 f1uxo incessante dos desejos e dos medos que sao a substiincia mesma deste eu, deste ego? 0 verdadeiro problema nao e 0 de sonhar urn pouco melhor ou urn pouco mertos mal, mas 0 de se despertar. A nossa soluc;ao e infinitamente mais ambiciosa e mais radical. Suprimi a ilusao do eu e suprimireis 0 sofrimento ... »
o nosso espfrito ocidental volta, de novo, a insurgir-se. 0 que e que nos querem dizer com essa da «ilusao do ego »? Eu penso, eu sinto, eu amo ou nao amo, sinto calor, tenho frio , tenho fome, sin11
INTRODUC;A.O
to-me mal, sinto prazer, sofro. Tudo isto sou eu mesmo e nenhum outro. Onde e que esta a ilusao? Claro, nao pQdemos pretender , numas tantas linhas, resumir todos os pensamentos profundos e subtis do Oriente milenario. Sublinhemos apenas alguns pontos. Dizer «eu » significa que existe, de urn lado, 0 que experimento e se define como eu e depois~em frente ou do lado de fora, tudo 0 resto, 0 mundo, os outros. 0 interior e 0 exterior, 0 que e eu e 0 que nao e eu. Eu - 0 meu corpo, as minhas emo
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