As Principais Escolas Antropológicas

May 20, 2018 | Author: Paulo Henrique Costa | Category: Evolution, Society, Sociology, Time, Science
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As Principais Escolas Antropológicas 1) Evolucionismo; 2) Funcionalismo; 3) Difusionismo; 4) Estruturalismo.

Evolucionismo

Algumas características marcantes do Evolucionismo são: •

Ela explica aspectos comuns a todos os povos;



Mostra a sucessão de estágios de desenvolvimento das sociedades;



Ver os hábitos e costumes em termos de sobrevivência sobrevivência histórica;



Explica o aspecto diacrônico , ou seja, levando em consideração a variável

tempo. O evolucionismo implica em investigar dados sociais classificando-os em categorias diferentes. É típico do evolucionismo, separar os fatos do contexto, ou seja, comparar costume com costume em vez de o costume com o contexto e, só posteriormente o costume de uma sociedade com outra. Assim era feito, os costumes eram visto como entidades isoladas, e essa separação do contexto que situa o costume como ilustração crítica de estágios. Os costumes têm sempre uma origem, uma explicação, mas esta está sempre em busca de evidenciar que tal costume faz parte de um processo histórico de evolução das sociedades que há de finalizar na sociedade mais evoluída, no caso, a européia. As sociedades, para o evolucionismo, evolucionismo, se desenvolvem de modo linear e irreversível. Os sistemas então, evoluem do mais simples para o mais complexo e do mais indiferente  para o mais diferenciado, numa escala que não retorna. Assim é transmitida a idéia de  progresso. É im impo port rtan ante te ress ressal alta tarr que que a idéi idéiaa de prog progre ress ssoo está está inti intima mame ment ntee li liga gada da à de Determinismo . Este acredita que as forças que movem a sociedade estão fora da consciência e do controle do sistema enquanto tal, não podendo colocar a unidade do indivíduo como explicação para a ordem social. Então, o evolucionismo que tratou de apresentar a sociedade como uma totalidade.

Enfim, o determinismo é a visão da sociedade humana como submetida a forças que atuam sobre ela mesma e que o indivíduo desta não pode modificar. Como se o nosso destino estivesse traçado.   No evolucionismo, também, as diferenças são reduzidas a momentos históricos específicos, ou seja, a sociedade que vejo como estranha a mim, que não conheço, se reduz ao pensamento de que é uma etapa que ela está passando pela qual a minha já  passou. Enfim, o observador toma o presente e o explica com o passado. Em outras  palavras, assim, tudo passa a poder ser colocado hierarquicamente. Agora, se eu não submeto um costume desconhecido ao eixo de uma temporalidade   postulada pela minha sociedade, eu me permito alcançar a lógica social daquele costume como alternativa social.

Essa perspectiva foi iniciada com o chamado Funcionalismo . Enquanto no evolucionismo a variável tempo é fundamental para demonstrar a evolução de uma dada sociedade, no funcionalismo o contexto do qual o costume é presente na sociedade se faz mais fundamental, seguindo, assim, umavisão sincrônica . Algumas características fundamentais: •

  Nada ocorre por acaso, não há “restos”, tudo desempenha um papel, sua

função ;

O sentido de um costume tem que ser compreendido nos termos do sistema do qual provém, ou seja, do contexto e não do tempo, logo, pode-se classificar como sincrônico. •

Obs.: A declaração de que tudo tem um sentido numa dada sociedade não autoriza a teoria de que tudo está em equilíbrio.

Com o funcionalismo o ponto focal não é mais a Europa e seus costumes, mas sim a  própria “tribo”, segmento ou cultura em análise. Não é mais como na visão de progresso evolucionista, uma visão de algo já determinada , definido; mas sim uma visão mais relativizada, visão esta que vai sempre depender do seu referencial. “Se deus não existisse, os homens deveriam inventá-lo.” (Voltaire) Essa frase não quer apenas questionar a existência de Deus, mas mostrar que mesmo se Ele não existisse, Ele é peça fundamental para o funcionamento de determinada sociedade, ou seja, a figura de Deus, existindo ou não, exerce a sua funcão.

Difusionismo

Algumas características: •

Explica através do aspecto diacrônico ;

Busca uma explicação histórica para justificar as semelhanças e diferenças entre culturas; •



Busca a origem do comportamento ou costume da sociedade em análise; Os difusionistas criticavam a pesquisa de campo, muito utilizada pelos evolucionistas, por considerar insuficiente, por isso passou a utilizar a pesquisa  participante, da qual o pesquisador passa a participar por um determinado tempo do cotidiano da sociedade e entender em que contextos seus costumes estão inseridos e a origem deles. Enfim, preocupavam-se com o estudo de culturas particulares e não universal. Segundo o difusionismo, algumas sociedades se apropriaram de elementos de outras e aperfeiçoaram. As semelhanças entre culturas diversas eram explicadas não por terem passado por  etapas de desenvolvimento, mas porque na história da humanidade estava presente um fenômeno de difusão de traços culturais de uma para as outras, esses traços culturais semelhantes são chamados de “complexos culturais”.

Estruturalismo

O estruturalismo é uma modalidade de pensar, um método de análise de maneira sempre sincrônica . A noção de estrutura é entendida com um todo, mas que compreende-se a partir da análise de seus componentes, das partes, e suas funções dentro do todo. Assim, essa estrutura tem caráter de uma totalidade no qual qualquer modificação de alguma das partes afeta o conjunto. (Galera, isso é Durkheim puro! Lembram?) O estruturalismo é uma forma anti-humanista, ou seja, proclama a “morte do homem” porque não existe liberdade humana, toda a ação humana é condicionada. (Como na estrutura lingüística, você não poderá chamar uma mesa de cadeira, pois há uma estrutura, um “contrato social” que te impede de fazer isso, você é condicionado pela estrutura) Relação interessante: Estruturalismo – Marxismo – Freudismo

O estruturalismo aproxima-se da visão de Marx e Freud, pois estes entendiam que os fenômenos sociais e comportamentais respectivamente, são condicionados por  forças impessoais, são elas: Para Marx, o capitalismo; para Freud, o Superego.

Tal como o marxismo e o freudismo, o estruturalismo diminuiu a importância do indivíduo, retratando a pessoa humana como resultado de uma construção, de uma estrutura . Ou seja, os indivíduos nem produzem nem provocam os códigos e as convenções.

Indicações bibliográficas: LAPLANTINE, F. Aprender antropologia. São Paulo: Brasiliense, 1997. TRAVANCAS, Isabel. FARIAS, Patrícias (org). Antropologia e Comunicação. Rio de Janeiro: Garamond, 2003. DA MATTA, R. Relativizando: Uma introdução à antropologia social. Petrópolis: Vozes, 1981.

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