Artigo Endo Molar

August 1, 2022 | Author: Anonymous | Category: N/A
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 Revista de Endodontia  Pesqu Pesquisa isa e Ensino On Line - Ano 3, Número 5, J aneiro Junho, 2007  ISSN 1980-7473 - http://www.ufsm.br/endodontiaonline

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MOLARES INFERIORES COM QUATRO QUATRO CONDUTOS RADICULARES: R ADICULARES: TRATAMENTO ENDODÔNTICO MANDIBULAR MOLAR WITH FOUR CANALS: CANALS: ENDODONTICS ENDODONTICS TREATMENT Maria Gabriela Pereira de Carvalho a Claudia Medianeira Londero Pagliarinb Fabiana Vargas Ferreirac  Alexandra  Alexan dra Schröder Schröder Lopes Lopesd

 Resumo  Resum o

 Este trabalho tem como objetivo ressaltar a importância importância do conhecimen conhecimento to das variações variações anatômicas anatômicas radiculares nos molares inferiores, em especial a presença de um canal adicional em posição distal. È relatado um caso clínico de um molar inferior com duas raízes e quatro condutos radiculares, sendo descrita a seqüência operatória aplicada.  P  PALA ALAVRAS-CHA VRAS-CHAVE: VE: Molar inferior, inferior, anatomia anatomia dental, canais canais radiculares radiculares

 Abstract  Abstr act

The aim of this study was to show the importance of the knowledge of mandibular molar anatomic variations, variation s, specially the presence of an additional canal at distal position. One case of two root and four mandibular canals molar is reported, describing the clinical procedures applied.  KEYWORDS:  KEYW ORDS: Mandibular Mandibular molar, molar, dental anatom anatomy, y, root root canals canals

a

 Professora Adjunto Doutora da Disciplina de Endodontia – Departamento de Estomatologia do Curso de Odontologia da

Universidade Federal Federal de Santa Maria UFSM b

 Professora Assistente Mestre da Disciplina de Endodontia – Departamento de Estomatologia do Curso de Odontologia Odont ologia da

Universidade Federal Federal de Santa Maria UFSM c

 Acadêmica do Curso de Odontologia da UFSM

d

 Acadêmica do Curso de Odontologia da UFSM

 Molares Inferiores Inferiores com qua quatro tro condutos radiculares: radiculares: tratamento tratamento endodôntico endodôntico

 

 Revista de Endodontia   Pesqu Pesquisa isa e Ensino On Line - Ano 3, Número 5, J aneiro Junho, 2007  ISSN 1980-7473 - http://www.ufsm.b r/endodontia online

Introdução O conh conhec ecim imen ento to da mo morf rfol oloogia gia dent dentári áriaa inte intern rnaa é esse essenc ncia iall pa para ra a re real aliz izaç ação ão plen plenaa do tratamento endodôntico. Considerando que a cavidade cavidade pu pulp lpar ar é comp comple lexa xa e os re recu curs rsos os disp dispon onív ívei eiss no momento permitem interpretar a imagem de um plano tridimens tridim ensiona ionall em apenas apenas duas duas dimensõe dimensões, s, então, então, inúmeros inúmer os detalhes poderão poderão passar despercebidos. despercebidos. Por essa essa ra razã zãoo é im impe peri rioso oso es estu tuda darr co com m deta detalh lhes es a morfolo morf ologia gia de cada dente, os aspecto aspectoss normais normais,, as va variaçõ riações es mais mais freqüe freqüentes ntes,, assim assim como relacionar relacionar o dente com as estruturas vizinhas. Somos conscientes do elevado valor do exame radiográfico, já que esse é o re recu curs rsoo di disp spon onív ível el pa para ra re reaaliz lizar ar o tr traata tame ment ntoo endo endodô dônt ntic icoo de noss nossos os pac acie ient ntes es.. Por orta tan nto to,, é necessár nec essário io process processar ar corretam corretamente ente as radiogr radiografias afias e interpretá-las sem premência de tempo. O conhecimento da morfologia interna é um ponto pon to ex extrem tremame amente nte complex complexoo e importa importante nte par paraa o planejamento planeja mento e performance performance da terapia endodôntica endodôntica (Favieri (Fa vieri e colaboradores colaboradores7). A falta deste conhecimento pode levar a erros na localização, instrumentação e obturação do sistema de canais radiculares (Michelotto e colaboradores10). Conhecendo-se as dificuldades que envolvem o tratamento tratame nto endodôntico, endodôntico, o entendimento entendimento dos formatos formatos internos inte rnos presente presentess nos difere diferente ntess grupos grupos dentários dentários  jamais deve deve ser ser subestimado subestimado (Estrela (Estrela e Figueired Figueiredoo6). O primeiro molar inferior é um dos dentes que mais apresenta particularidades anatômicas, por isso se justifica a preocupação em estudar a sua anatomia (Bueno e colaboradores1). O primeiro molar inferior irrompe por volta dos 6 anos em boca, estando presente no arco dental na mesma mesma época época dos decíduos, decíduos, sendo sendo muitas muitas vezes confundid idoo com eles e sua conservação é negligenciada. Esse dente com freqüência necessita de trata tratame mento nto endod endodôn ôntic ticoo pr prec ecoc oceme ement ntee (Per (Pereir eiraa e colaboradores11;Cohen e Burns4; Bramante2). O primeiro molar inferior apresenta coroa com cin cinco co cúspi cúspides des,, três três ve vest stibu ibula lares res e duas duas lingu linguai aiss 15 (Soares e Goldberg ). O número de raízes é variável (2-92,2%, 32,5% diferenciadas, 2-5,3% fusionadas). O número de cana canais is rad radicul iculaares res ta tamb mbéém vari ria, a, ap apre rese sent ntaa geralmente 3 condutos em (56%) dos casos; 4 condutos em (36%) (36%) e 2 em apenas apenas (8%). (8%). Quanto Quanto à forma forma do conduto con duto radicul radicular ar,, apresen apresenta ta raí raízes zes ach achata atadas das no

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sentido MD, com canais ovais; o comprimento médio é de 21mm. (Pereira e colaboradores11; De Deus5; Pucci Reig12,13). Silv Silveir eiraa e colab colabor orad adore oress14, est estudara daram m a anatomia interna da raiz mesial de molares inferiores com o objetivo de identificar as variações anatômicas do cond condut utoo radi radicu cula larr. Atra Atravé véss da diaf diafaaniza nizaçã çãoo associada a injeção de tinta nanquim, no interior da cavidade pulpar, observaram que a presença de dois condut con dutos os na raiz raiz mesia mesiall de mo molar lares es inf inferi eriore oress é superior a presença de canal único. Quando apresenta dois condutos estes podem ser independ independentes entes com dois for forame ames. s. Podem Podem se unir no terço terço cerv cervica ical, l, médi médioo e apical, terminando em um único forame, assim como podem se unir no terço cervical, médio e bifurcar no terço apical, resultando em dois forames. Os autores en enco cont ntra rara ram m inúm inúmer eras as rami ramific ficaç açõe õess em que a presença de canais secundários e intercanais foram maiores que outros tipos de ramificações. Bueno e colaboradores1  reportaram um caso cl clín ínic icoo de um mola molarr infe inferio riorr com com cinc cincoo can canais, ais, ide identi ntific ficad ados os me medi dian ante te o uso de um micro microscó scópi pioo cirúrgico para melhor verificar a anatomia interna do elemento dental. Afirmaram que apesar de raros, os terceiros canais médio-mesiais podem estar presentes nos primeiros molares inferiores. 15;; 16  Vários pesquis pesquisadores adores1; 2; 5; 11; 15   alertam e desmistificam a idéia de que o primeiro molar inferior possuía poss uía 3 con condut dutos os radicula radiculares res.. Emb Embora ora ainda ainda ho hoje je exista e resista essa idéia, percebe-se pela evidência científic cien tíficaa qu quee a mai maioria oria dess desses es dentes dentes apr apresen esentam tam duas raízes e o número de condutos pode variar, variar, dois canais na raiz mesial e um canal na raiz distal; dois canai can aiss na raiz me mesia siall e dois dois cana canais is na raiz raiz dista distall (Fig.1 (Fig .1); ); ou ainda ainda três canai canaiss na raiz mesial e um na raiz distal; podendo também apresentar três canais na raiz mesial e dois canais na raiz distal.  Assim, é de fundam fundamental ental importância importância que o cirurgiãodentista tenha em mente que este é um dente que aprese apr esenta nta um umaa varia variada da comp comple lexid xidade ade quan quanto to ao nú núme mero ro de cond condut utos os radi radicu cula lare ress e raíz raízes es,, dev deve entender também, que cada dente tem de ser avaliado indi indivi vidu dual alme ment nte, e, e o plan planoo de trat trataament mentoo dev deve também incluir a radiografia prévia bem processada.

 Molares Infer iores com quatro condutos radiculares: tra tamento e ndodôntico

 

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Fig. 1  Molar inferior com quatro canais. ML mésio lingual; MV mésio vestibular; DL disto lingual; DV  disto vestibular. vestibular.

Relato de Caso O paciente A.J.R., sexo masculino, 19 anos, leucoderma, leucode rma, procurou procurou atendim atendimento ento odontoló odontológico gico na Disciplina de Endodontia do curso de Odontologia da Univ Un iver ersid sidad adee Fede Federa rall de Sa Santa nta Maria Maria (UFS (UFSM) M),, qu queixa eixando ndo-se -se de uma dor loca localiza lizada da na hemiar hemiarcada cada infe inferio riorr dire direita ita,, mais mais pr preci ecisa same mente nte na regiã regiãoo do doss molares. Ao se realizar o teste de sensibilidade e a percussão vertical nos dentes da região, observou-se dorr int do inten ensa sa e con contín tínua ua no ele eleme mento nto dentá dentário rio 46 46,, cara caraccteri teriza zan ndo um qu quad adro ro de pulp pulpit itee agud agudaa irreversí irrev ersível vel.. Ao ex exame ame radiográf radiográfico, ico, verifico verificou-se u-se a presença de cárie profunda no elemento dental (Fig.2), sem alterações evidentes na região apical. O trata tratame mento nto consis consistiu tiu de uma uma an anest estes esia ia regi region onal al do nerv nervoo al alvveo eola larr inf inferi rior or dir ireeit itoo e complementação com a intraligamentar; realizou-se a remoção de todo o tecido cariado e isolamento absoluto do campo operatório; foi efetuada a cirurgia de acesso com brocas número 1014 1014 em alta rotação e Endo E ndo Z para o desgaste compensatório da parede mesial (Fig.3). Ao atingir a câmara, o sangramento e a consistência do teci tecid do pulp ulpar compr omproovar aram am a vit ital alid idaade co com m características de pulpite aguda irreversível. Após a remo remoção ção do tec tecido ido pulpa pulparr co coron ronário ário procur procurou ou-se -se

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localizar os condutos radiculares para tanto utilizou-se boa luminosidade luminosidade para o exame cuidad cuidadoso oso do assoalh assoalhoo com explora explorador dores es e lim limas as finas, qu quando ando em dúvida dúvida foram realizadas radiografias, sempre que necessário a magnificação visual foi alcançada por meio de espelho de aumento e lupa, com a finalidade de localizar um possível quarto conduto.  Após a localização localização da entrada dos canais radiculares, realizou-se a exploração dos condutos com li lima ma tip tipo K flex flexível ível de nú núme mero ro 10, utili tiliza zan ndo movi movime ment ntos os de cate catete teris rismo mo.. Proc Proced edeu eu-s -see com com a radiografia de odontometria (Fig.4), seguida pelo uso de um curativo de demora (OtosporinR). Na sessão se segui guinte nte ini inicio ciouu-se se o prepa preparo ro (inst (instru rume menta ntação ção e irrigação) dos condutos radiculares mesiais, seguindo com o preparo dos canais distais. Utilizou-se a técnica híbrida de escalonamento com recuo16 e determinou-se como instrumento memória a lima número 40 para todos tod os os condu conduto tos. s. Apó Apóss o prepar preparo, o, real realizo izouu-se se a irrigação final com EDTA agitando por cerca de três minutos, os canais foram secos com cones de papel absorvente, sendo então, realizada a colocação de um curativo de demora à base de hidróxido de cálcio. A  indi indica caçã çãoo do cu cura rati tivo vo de demo demora ra cons consis istiu tiu na associaçãoo corticóideassociaçã corticóide-antibiótico antibiótico,, obje objetivand tivandoo reduzir a intensidade da inflamação do coto apical e dos tecidos periapicais, periapica is, proporc proporcionan ionando, do, assim, maior comodidade pós-o pós -oper perat atóri óriaa e favo favore recen cendo do o reparo reparo (Soar (Soares es e 15 Goldberg ). O uso dessa substância está de acordo com o estudo realizado por Carvalho e colaboradores3, que ao investigarem a medicação intracanal utilizada pelas instituições de ensino, citam também, o hidróxido de cál cálcio cio com comoo pad padrão rão par paraa o trata tratame mento nto com dente dentess vitais.  A obturaç obturação ão foi realizad realizadaa em duas etapas, etapas, primeiro foram obturados os condutos distais e após os mesiais, empregando-se empregando-se cimento ci mento Endofill (SSWhite) (SSWhite) pela técnica técnica de con conden densaçã saçãoo later lateral al ativ ativaa da guta percha. Realizou-se o toalete final da câmara pulpar, co com m o dent dentee send sendoo sela selado do pro proviso visori riam amen ente te com com cimento de ionômero de vidro (SSWhite), e fez-se a tomada toma da radi radiográ ográfica fica final (Fig (Fig.5), .5), enc encamin aminhan hando do o paciente para o procedimento restaurador definitivo.

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Fig. 2 Exame radiográfico do primeiro molar

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Fig. 5 Radiografia final da obturação.

inferior com uatro condutos radiculares. Discussão

Abertur uraa e lo local caliz izaç ação ão do doss 4 ca canai naiss Fig. Fig. 3  Abert radiculares no rimeiro molar inferior. inferior.

Fig. 4 Radiografia de Odontometria.

Hess9 rea realizou lizou um estudo estudo de 512 512 prim primeiro eiross molares mola res inferiore inferiores, s, dos qu quais ais 0,3% 0,3% se apresen apresenta tava va apenas com um canal; canal ; 17,7%, 17,7%, com dois canais; 78% com três canais e apenas 4% com quatro quatro canais. Porém, Por ém, dos 75 prim primeiro eiross mola molares res inferio inferiores res 5 que De Deus diafanizou, encontrou 27 dentes (36%) com 4 canais, sendo o quarto canal localizado na raiz distal. Na mesm esma lin linha de estu estudo do,, Griff riffin in e 8 colaboradores  apresentaram um percentual de 27,5% com quatro canais e 72,5% com três. Paraa Braman Par Bramante te2 o cond condu uto dista istall pode ode aprese apr esenta ntarr-se ún único ico em 73%, 3%, com com dois dois condu condutos tos terminando em 1 forame em 12,7%, com dois condutos be bem m dif diferen erenci ciad ados os em 3,7 3,7%, e com com um cond condut utoo bifurcado no terço médio em 2%. Segundo Soares e Goldberg15, a incidência de molares inferiores portadores de quatro canais é da ordem de 36%. Do exposto cabe inferir, que existe diferença entre os achados dos autores acima citados. Pereira Per eira e cola colabor borado adores res11  atra atravé véss de um estudo detalhado dentro de num contexto evolutivo, genético, e de variabilidade populacional, analisaram os fatores que influíram na divergência divergência dos resultados encontrados pelos autores quanto ao número de raízes e condutos radiculares. Concluíram que a população selecion sele cionada ada,, o método (vis (visual ual direto, direto, rad radiogr iográfico áfico,, diafanização, vulcanização, desgaste, entre outros) os critérios para para classificar a configur configuração ação em u uma ma ou

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outra categoria as observações a respeito ao número de raíze raízess e de cond conduto utoss radicu radicula lare ress uti utiliz lizado adoss pelo peloss distintos autores levam à variabilidade de resultados. Portan Port anto, to, ale alertam rtamos os aos pesquisa pesquisadore doress que tenham mais cuidado quando publicarem seus estudos em detalha detalharr a populaçã populaçãoo selecion selecionada ada,, o método método os critérios crité rios para classific classificar ar a configuraçã configuraçãoo em uma ou outra categoria, com a finalidade de subsidiar outras áreas que poderão utilizar estes trabalhos como fonte para suas pesquisas. Há de cheg chegar ar o mome momen nto em qu quee nenhu nenhum m dente ou parte dele poderá ser utilizado em pesquisas sem que seja identificado, sem que se saiba a quem pe perte rtenc nceu eu.. Is Isso so refle reflete te o gr graau da evolu voluçã ção, o, do desenvolvimento em que se encontra a ciência. Com o adv adven ento to do proj projet etoo “G “Gen enom oma” a” e os ava vanç nços os da dass investigações  nest nestaa linha linha de pesqui pesquisa, sa, os cientista cientistass dera de ramm-se se conta conta da impo importâ rtânci nciaa de re refe fere renc ncia iarr e identificar a quem pertenceu partes do corpo humano usada usadass em pesq pesquis uisa, a, fa fato to lembr lembrado ado por Pe Pere reir iraa e

pla plano de trat trataame ment ntoo deve tamb também ém incl inclui uirr a radiografia prévia bem processada.  Após a verificação da variação anatô anatômica mica encontrada, o profissional deve realizar uma seqüência operatória em função do estado patológico da polpa, estando ela vital ou não. No caso deste trabalho, o elementoo dental encontra element encontrava-se va-se vital, indicando-se indicando-se a princípio o tratamento em sessão única, no entanto, devida às dificuldades encontradas, deu-se preferência ao tratamento em várias sessões.

colaboradores11 . Deve-se ressaltar que dentro de um contexto mais amplo, a importância da identificação do dente ou parte dele quando usado em pesquisa possibilitando assim contribuir com outros estudos e entendimentos mais amplos sobre a evolução humana. Alerta-se ainda para a necessidade da criação e regulamentação dos bancos de dentes nas instituições de ensino.  Além disso, pode-se inferir a importância importância do conheci con hecimen mento to das possíve possíveis is variaçõ variações es anatôm anatômicas icas,, tanto quanto do número de raízes e de canais. Conform Con formee Braman Bramante te2, o co con nduto duto dista istall é geralm ger alment entee o mais amplo dos três, três, sendo sendo ba bastan stante te alongado alon gado de vestib vestibular ular para lingual lingual e achata achatado do de mesial para distal e esse achatamento, ás vezes é tão

dentária condutos radiculares), apresentou-se com duas(raízes raízese(mesial e distal) e com quatro canais radiculares, sendo dois mesiais e dois distais.  A dificuldade dificuldade encontr encontrada ada durante todo o tratamento, envolveu a abertura da câmara pulpar, a localização dos canais, a instrumentação e a obturação. Sugere-se o uso de boa luminosidade, exame cuidadoso do assoalho com exploradores limas finas, realização de radiogr radiografia afiass em cas casoo de dúv dúvida ida e se possív possível el magnificação visual, através de recursos disponíveis, com a finali finalida dade de de local localiz izar ar um possív possível el quart quartoo conduto. Portanto, frente aos aspectos relacionados e discutidos, concluiu-se que, a fim de se obter o êxito no noss trat tratam amen ento toss en endo dodô dônt ntico icos, s, são são ne nece cess ssár ário ioss

acentuado, que pode formar dois condutos nessa raiz. Nosso achado concorda com o autor citado já que o presente caso reporta a essa caracterís característica tica do primeiro molar inferior com relação ao conduto distal.  Apesar de não comun comunss os segundos segundos canais distais, podem estar presentes nos primeiros molares in inffer erio iore res. s. Send endo que a au ausê sênc ncia ia de êxit êxitoo no tratamento tratame nto de molares inferiores pode estar associado com a eventual presença deste canal distal extra. O Cirurgião Dentista entender que este é um dente den te que apresent apresentaa uma variada variada comple complexida xidade de quanto ao número de condutos radiculares e raízes. Cadaa dente Cad dente deve deve ser avaliad avaliadoo individu individualme almente nte,, e o

conhe con hecim cimen entos tos ace acerca rca de anato anatomi miaa denta dentall e su suas as variações.

Considerações Finais O conhecim conhecimento ento da ana anatomi tomiaa e morf morfolog ologia ia dent dentár ária ia são são impr impres esci cind ndív ívei eiss para para um corr corret etoo tratamento endodôntico. No pres presen ente te trab trabal alho ho,, o prim primei eiro ro mola molarr inferio inferiorr, elem elemen ento to den dentário tário com variada variada an anatom atomia ia

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 Molares Infer iores com quatro condutos radiculares: tra tamento e ndodôntico

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