Os tarots da AGM, são distribuídos em Portugal por Ludomania — Representações e Comércio, Ltda. Rua Lino de Assunção, 48 - 50 2780 Paço d'arcos Tel.: 01/441 22 88-9 Fax: 01/441 22 84 E-Mail:
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TAROT RIDER WAITE desenhado por
THE KEY OF THE TAROT instruções segundo Arthur Edward Waite. INTRODUÇÃO de Stuart R. Kaplan
PAMELA COLMAN SMITH sob a direção de
ARTHUR EDWARD WAITE Instruções de Stuart R. Kaplan. Tradução por Ludomania, Lisboa. ISBN 3-905219-48-4 Art. 12.244 Edição original americana © 1971 US GAMES SYSTEM, INC. N.Y. 10016 Edição portuguesa © 1999 AGMÜLLER, NEUHAUSEN, SUIÇA
Todos os direitos reservados. Nenhum extrato das cartas ou da nota explicativa poderão ser reproduzidos ou difundidos, sob qualquer forma ou meio, sem a autorização escrita do Editor. Produzido na Suíça por AGM AGMüller, CH8212 Neuhausen, Suíça. Livro impresso por Synergie, Praga, República Checa.
Arthur Edward Waite (1857-1942), verdadeiro erudito em matéria de ocultismo, escreveu entre outras obras, "The Holy Kaballah" e "The Key to the Tarot", publicados em Londres em 1910. Para Waite o simbolismo é a chave do tarot. No livro "Key to the Tarot" diz: "O verdadeiro tarot é simbólico; não utiliza outra linguagem ou outros sinais". Quais são as cartas do Tarot de que Waite fala tão talentosamente? Qual é a sua mensagem? Quando e onde estes fascinantes símbolos aparecem impressos pela primeira vez? A origem das cartas de Tarot na Antiguidade permanece obscura. No livro "Le Monde Primitif" publicado em 1781, Court de Gebelin afirma que as cartas de tarot formavam um antigo livro egípcio, "O Livro de Thoth". Thoth seria o Mercúrio egípcio, e diz-se que terá sido um
dos primeiros reis a inventar o sistema de hieróglifos. Gebelin afirma que foram os Egípcios e os Ciganos a espalhar as cartas de Tarot através da Europa. O tarot já era conhecido na Europa, quinhentos anos antes dos trabalhos de Waite serem publicados. Um monge alemão, Johannes, descreve um jogo chamado Ludos Cartarum, que se jogava no ano de 1377. Covelluzzo, cronista do séc. XV, relata que foi descoberto um jogo de cartas em Viterbo, no ano de 1379. Em 1369, Carlos VI de França aprova um decreto interditando diversos jogos de azar; no entanto, os jogos de cartas não são mencionados no referido decreto. No entanto, 28 anos mais tarde, o Prevot de Paris, num decreto datado de 22 de Janeiro de 1397, proíbe os trabalhadores de jogarem tênis, à bola, às cartas e ao chinquilho, exceto nos dias de festa. Aceitase que as cartas de jogar terão feito a sua primeira aparição na Europa, provavelmente durante a 2ª metade do século XIV. Este aparecimento poderá ter sido com um baralho completo de 78 cartas, ou algum espírito
inventivo combinou as 56 cartas conhecidas como Arcanos Menores com as 22 esotéricas e emblemáticas cartas de Tarot, conhecidas como Arcanos Maiores, para formarem um jogo de 78 cartas. Durante o séc. XV as cartas de Tarot eram desenhadas ou pintadas para as Casas Reais do Norte da Itália e França. Em conseqüência, o número de jogos aumentou devido à utilização de gravuras em madeira, pele e cobre. No séc. XVI um jogo de Tarot, já modificado, conhecido por "Tarot de Marselha" tinha ganho popularidade. Existem nos Arquivos da Biblioteca Nacional de Paris, 17 cartas dos Arcanos Maiores que se pensa, talvez erradamente, terem sido pintadas por Jacquemin Gringonneur, para Carlos VI de França. Estas cartas podem ser de origem veneziana mais tardia, possivelmente, cartas do Tarot veneziano do séc. XV. A Biblioteca Pierpoint Morgan em Nova Iorque possui 35 cartas de um jogo de tarot de 78 cartas que remonta a 1484 e que se atribui a Bonifácio Bembo ou a Antônio Cigognara. Este baralho pertenceu,
aparentemente, ao Cardeal Ascanio Mario Sforza (1445–1505) ou a sua mãe Bianca Visconti Sforza. Pensa-se que estas cartas representam cenas da época e que não seriam utilizadas para jogar. Entre os jogos de tarot europeus mais recentes, podemos citar o Tarot de Mantegna que tem 50 cartas – 5 séries de 10 cartas; o Tarot de Veneza ou Lombardo composto por 78 cartas – 22 Arcanos Maiores e 56 Arcanos Menores – o Tarot de Bolonha de 62 cartas, composto por 22 Arcanos Maiores e 40 cartas numeradas, cuja invenção é atribuída a François Gibbia, Príncipe de Pisa; o Minchiate de Florença semelhante ao tarot normal de 78 cartas mas que contém ainda os signos do Zodíaco, os quatro elementos e as três Virtudes Cardinais fazendo um total de 97 cartas. Ao ler as cartas do tarot, temos de ter em conta não só o significado da cartas, mas também a sua posição em relação às outras cartas. Se uma carta aparece ao contrário, o seu significado enfraquece, tem "atraso"; ou pode até reverter. 0 nome dos
22 Arcanos Maiores serve de guia à pessoa que lê as cartas; cabendo-lhe a ela dar uma direção ou um significado mais alargado à mensagem. Os jogos de tarot são compostos por 78 cartas repartidas em 2 grupos principais: – 22 Arcanos Maiores – 56 Arcanos Menores Os 22 Arcanos Maiores ou as cartas emblemáticas compreendem 21 cartas numeradas de XXI a I e 1 carta, o Louco (Mat ou Fou em francês). Também se podem chamar de trunfos (atouts em francês ou atutti ou trionfi em italiano, que significa "acima de tudo"). Os 56 Arcanos Maiores compreendem os 4 naipes com as figuras habituais Rei, Rainha e Valete. A estas junta-se a figura do Cavaleiro, colocado entre a Rainha e o Valete. Os naipes são: as Espadas, Paus, Copas e Ouros. Pensa-se que os naipes representam as quatro formas de vida da idade média: nobreza ou militares simbolizados pelas espadas; camponeses ou classe trabalhadora pelos Paus; o clero e os
políticos pelas Copas e os comerciantes pelos Ouros. O atual baralho de cartas parece descender das cartas do tarot medieval. A medida que o número de cartas aumentava, decrescia o interesse pelos Arcanos Maiores, exceto o Louco que ficou como Joker, o Cavaleiro e o Valete juntaram-se num só, dando, então lugar ao baralho de 52 cartas mais o Joker. Durante os dois últimos séculos vários trabalhos importantes apareceram com diferentes aspectos das cartas de tarot e cujas autorias pertencem a Gebelin (1781), Etteilla (1783), Levi (1854), Vaillant (1857), Mathers (1888), Papus (1889), Falconnier (1896), Wirth, Waite (1910), Thierens, Case, Crowley (1944), Gray (1960), Knight (1965), Moakley (1966), Doane (1967) e Kaplan (1970). Sob a iniciativa e supervisão de Waite, Pamela Colman Smith, uma americana, membro da Ordem da Aurora Dourada, desenhou um jogo de tarot de 78 cartas, único no seu gênero, conhecido por "Tarot Rider". Pamela Smith cresceu na Jamaica e
durante a adolescência viajou com a troupe de atores, Terry e Henry Irving. Ao atingir os 21 anos, já estava estabelecida em Inglaterra como designer e decoradora de teatro. O seu interesse no teatro levou-a a colaborar com William Butler Yeats, no design de palcos: mais tarde trabalhou com o seu irmão, Jack Yeats na ilustração e publicação de uma pequena revista intitulada "The Broad Sheet" antes de se lançar no "The Green Sheaf", que estava cheia de baladas, pinturas, contos populares e versos. A maravilhosa característica do tarot Rider é o fato de que todas as cartas, incluindo as 40 cartas numeradas (cartas de 1 a 10 em cada um dos 4 naipes) serem apresentadas com imagens emblemáticas, logo, mais fáceis de interpretar, do que as Espadas, os Paus, as Copas e os Ouros, utilizadas noutros Tarots. Waite também pensava que o Louco, não sendo numerado e representado pelo 0, não deveria estar colocado entre as cartas 20 e 21, e que a sua seqüência natural seria à frente do Mago, atribuindo-lhe a primeira letra do alfabeto hebreu, Aleph.
Waite trocou os números de duas cartas dos Arcanos Maiores: a Força mostrada frequentemente como o XI, especialmente nos tarots 1JJ e de Marselha, na versão de Grimaud passou a ser designada como o VIII; e a Justiça, mais conhecida como o VIII, é designada por Waite como sendo o XI. Assiste-se, na América, a um interesse apaixonante pelas cartas de tarot. Um investigador procura empregar as cartas como forma de colocar o passado de uma forma mais significativa, compreender o presente e revelar as alternativas que existem para o futuro. As pessoas que não estão muito familiarizadas com o tarot contentamse em utilizá-lo como um jogo, praticando as leituras em festas ou pequenos grupos privados. Do ponto de vista do colecionador, as cartas são coloridas e interessantes. Os tarots são consultados por estudantes, adolescentes, donas de casa, homens de negócios, profissionais, colecionadores – pessoas de todos os extratos sociais e econômicos. Os jornais, as revistas, a rádio
e a televisão comentam frequentemente a moda do tarot. Os adolescentes criam festas do tarot. Os adultos têm almoços, galas de beneficência e até pic-nics subordinados ao tema do tarot, nos quais as cartas são lidas. Um dos aspectos fascinantes do tarot é o seu efeito sobre a pessoa que o utiliza. Waite, no livro "The Key to the Tarot", conseguiu dar uma nova dimensão a estas cartas. Tanto o perito como o amador podem tirar partido da perspicácia e do discernimento de que Waite deu provas. A empresa U.S. Games System, em colaboração com Rider & Cia, Inglaterra, e a AGMüller, Suíça, publicou "The Key to the Tarot", uma reprodução original do Tarot Rider, com base no jogo utilizado por Waite e que a sua filha Sybil Waite nos cedeu gentilmente, de modo a assegurar a exatidão de todos os símbolos e cores utilizados. Stuart R. Kaplan U.S. Games Systems, Inc. Nova Iorque, Nova Iorque 10016 Setembro 1971
OS ARCANOS MAIORES E OS SEUS SIGNIFICADOS DIVINATÓRIOS 1. O MAGO — Habilidade, diplomacia, competência; doença, perda, desastre; confiança em si, vontade; o consulente, se for um homem. Invertida: médico, mago, doença mental, desgraça, agitação. 2. A PAPISA — Segredos, mistérios, o futuro desconhecido, a mulher que interessa ao consulente, se for um homem; a consulente se for uma mulher; silêncio, tenacidade, sabedoria, ciência. Invertida: paixão, ardor físico ou moral, vaidade, superficialidade. 3. A IMPERATRIZ — Fertilidade, ação, iniciativa, duração; o desconhecido, o clandestino; dificuldade; dúvida, ignorância. Invertida: Luz, verdade; desenlace de assuntos complicados, festividades; ou então, vacilação. 4. O IMPERADOR — Estabilidade; potência, proteção, uma pessoa importante; ajuda, razão, convicção. Invertida: Benevolência, compaixão, respeito, também
derrota dos inimigos, obstrução, imaturidade. 6. O PAPA — Casamento, sujeição, servidão; na opinião de outros, misericórdia e bondade; inspiração; o homem a quem se dirige o consulente. Invertida: a sociedade, acordo, harmonia, bondade excessiva, fraqueza. 7. OS ENAMORADOS — Atração, amor, beleza, provas ultrapassadas. Invertida: Contratempo; projetos insensatos. 8. O CARRO — Socorro, previdência; guerra, triunfo, presunção, vingança, problema. Invertida: motim, disputa, conflito, litígio, derrota. 9. A FORÇA — Potência, energia, ação, coragem, generosidade. Invertida: Despotismo, abuso de poder, fraqueza, discórdia. 10. O EREMITA — Prudência; também e especialmente traição, dissimulação, vigarice, corrupção. Invertida: dissimulação, fingimento, política, medo, prudência exagerada.
10. A RODA DA FORTUNA – Destino, sorte, sucesso, fortuna, felicidade. Invertida: acréscimo, abundância, supérfluo. 11. A JUSTIÇA – Retidão, o fato de ter razão, honestidade. Invertida: O direito, beatice, preconceito, severidade, honestidade. 12. O ENFORCADO – Sabedoria, circunspeção, discernimento, julgamentos, sacrifício, intuição, adivinhação, profecia. Invertida: Egoísmo, a loucura, um homem político. 13. A MORTE – Fim, mortalidade, destruição, corrupção. Invertida: Inércia, sono, letargia, petrificação, sonambulismo. 14. A TEMPERANÇA – Economia, moderação, frugalidade, gestão, entendimento. Invertida: Tudo o que esteja ligado à igreja, religião, seitas, sacerdote; desacordo, acordos infelizes, interesses contraditórios. 15. O DIABO – Destroços, violência, impetuosidade, esforços extraordinários, força, fatalidade; o que está predestinado,
mas sem ser diabólico. Invertida: destino fatal, fraqueza, mesquinhez, obstinação. 17. A TORRE – Miséria, infortúnio, indigência, adversidade, calamidade, desgraça, ilusão. Invertida: os significados são os mesmos, só que atenuados; opressão, aprisionamento, tirania. 18. A ESTRELA – Perda, roubo, privação, abandono, mas também esperança e perspectivas felizes. Invertida: Arrogância, magnanimidade, impotência. 19. A LUA – Inimigos escondidos, perigo, difamação, trevas, terror, ilusão, erro. Invertida: Falta de estabilidade, inconstância, silêncio, ilusão e erro mas com meio termo. 20. O SOL – Felicidade material, casamento feliz, contentamento. Invertida: Os significados são os mesmos mas suavizados. 21. O JULGAMENTO – Mudança de posição, renovação, resolução. Invertida: fraqueza, timidez, simplicidade; deliberação, decisão, julgamento.
0. O LOUCO – Loucura, mania, extravagância, intoxicação, delírio, frenesi, traição. Invertida: negligência, ausência, distribuição, nulidade, apatia, vaidade. 21. O MUNDO – Sucesso garantido, viagem, caminho, emigração, fuga, mudança de domicílio. Invertida: Inércia, estagnação, permanência, tudo o que é fixo. Apercebemo-nos de que, exceto onde exista um significado divinatório evidente, a interpretação é artificial e arbitrária. Os mistérios da luz não pertencem à mesma ordem dos da fantasia.
OS ARCANOS MAIORES OU OS 4 NAIPES Descrição e significado das cartas OS PAUS REI – O personagem representado por esta carta tem uma natureza calorosa e apaixonada. Os seus cabelos são negros e o seu corpo, ágil. Tem um bastão florido e à semelhança dos outros reis usa uma cota protetora sob a coroa. Significado divinatório: Um homem com os cabelos negros, amável, compatriota, geralmente casado, honesto e consciencioso. Invertida: bom mas severo, austero mas tolerante. RAINHA – Neste naipe todos os bastões estão floridos, uma vez que simboliza a vida e animação. A personalidade da Rainha está próxima da do Rei ainda que mais magnética. Significado divinatório: Uma mulher de cabelos negros, compatriota, amável, casta, amante, digna. Se a carta ao lado dela significar um homem, ela está bem colocada em relação a ele; se for uma
mulher, estará interessada no consulente. Amor por dinheiro. Invertida: Criada, poupada, pronta a prestar serviço. Oposição, ciúme, perfídia, infidelidade. CAVALEIRO – É representado a cavalo, armado de um bastão curto. Apesar de ter uma arma, não está a cumprir uma missão bélica. Ao longe, as pirâmides. Significado divinatório: Partida, ausência, fuga, emigração. Um jovem moreno e amável. Mudança de domicílio. Invertida: Ruptura, divisão, interrupção, desacordo. VALETE – A cena parece-se com a anterior, um jovem arauto faz uma proclamação. É um desconhecido, mas é fiel. A sua proclamação é estranha. Significado divinatório: Um homem jovem, moreno. fiel, um amante, um mensageiro. Colocada ao lado de uma carta representando um homem, significa uma testemunha favorável. E um rival perigoso se for seguido de um Valete de Copas. Reúne todas as qualidades deste naipe. Invertida: anedota. anúncio de novidades funestas. Indecisão e instabilidade.
10 – Um homem curva-se sob um fardo de 10 paus. Significado divinatório: São numerosos, por vezes divergentes. Pela minha parte, refuto o significado de honra e boa fé. Opressão, riqueza, ganhos, sucesso. Disfarce, falsa aparência, astúcia. O local para onde se dirige irá, provavelmente, sofrer com os paus que carrega. O sucesso é ilusório se esta carta for seguida do 9 de Espadas. Se houver um processo no ar, dever-se-á esperar a derrota. Invertida: Contrariedade, dificuldade, intriga. 9 – Um jovem está apoiado no seu bastão. Ele parece esperar um inimigo. Atrás dele, 8 paus fazem uma paliçada. Significado divinatório: Esta carta é o símbolo de força em caso de oposição. Se atacarmos o consulente ele irá responder corajosamente. Atraso, suspensão, adiamento. Invertida: Obstáculo, adversidade, calamidade. 8 – Esta carta simboliza o movimento através do inalterável. Um bando de bastões sobrevoa um campo aberto.
Significado divinatório: Atividade, rapidez face a um desenlace feliz; tudo o que é móvel, em geral, as setas do amor. Invertida: As setas do ciúme, disputa, remorsos, "ferroadas" na consciência. 7 – Um jovem sobre uma rocha, agita um bastão. A sua frente encontram-se os outros 6 paus. Significado divinatório: Esta carta simboliza a coragem deste jovem que se encontra sozinho contra seis. No entanto, a sua posição é melhor, pois ele domina os outros. Discussão, desacordo. Nos negócios, negociações, guerra comercial, permuta, concorrência. Esta carta também indica sucesso, se o combatente estiver numa posição dominante e os adversários não o puderem alcançar. Invertida: perplexidade, ansiedade, embaraço. 6 – Um cavaleiro, que possui uma coroa de folhas de loureiro, traz um bastão de onde pende uma coroa de loureiro. Os valetes a seu lado trazem também bastões. Significado divinatório: São possíveis diversos significados. A primeira vista, o vence-dor triunfa. Pode, também, trazer novidades
importantes, como aquelas que se levam ao Rei. Desejos realizados, coroa de esperança. Invertida: apreensão, medo de um inimigo vitorioso às portas da cidade, traição, falta de lealdade, como se tivéssemos aberto as portas da cidade ao inimigo. 5 – Um grupo de jovens agita os bastões, por brincadeira ou por dever. Imitam guerreiros. Significado divinatório: Imitação, combate, fingimento, competição feroz, busca de riqueza e de fortuna. Alguns interpretam esta carta como o símbolo do ouro, do ganho e da opulência. Invertida: litígio, disputa, engano, contradição. 4 – Uma grinalda suspensa em quatros bastões enterrados no solo. Duas jovens levantam pequenos bouquets sobre as suas cabeças. Uma ponte sobre o fosso leva a um velho solar senhorial. Significado divinatório: Pela primeira vez, são evidentes. A vida campestre, repouso, harmonia, compreensão, paz e perfeição. Invertida: Os significados não mudam. Prosperidade, abundância, felicidade, beleza, embelezamento.
3 – Um homem imponente, calmo, de costas viradas observa do alto da falésia os barcos ao longe, apoiando-se num dos três bastões que estão fixos no solo. Significado divinatório: Este homem simboliza a força tranqüila, o espírito de iniciativa; esforço comercial, descoberta. Estes barcos pertencem-lhe e as mercadorias transportadas são suas. Invertida: Fim dos problemas, da adversidade, dos esforços e das decepções. 2 – Do alto da muralha, um homem de grande estatura observa o mar e o litoral. Na sua mão direita está um globo e na sua mão esquerda um bastão repousa sobre o parapeito. O outro bastão está fixo por um anel. Do lado esquerdo, uma rosa, uma cruz e uma flor de lis. Significado divinatório: São contraditórios. Por um lado, riqueza, fortuna, magnificência. Por outro lado, dor física, doença, desgosto, tristeza, mortificação. Trata-se de um senhor contemplando o seu domínio e o globo simultaneamente. Podemos dizer que se trata da inquietação, mortificação e tristeza de Alexandre entre as grandes riquezas deste
mundo. Invertida: Surpresa, admiração, encantamento, emoção; problema, medo. Ás – Uma mão, surge de uma nuvem, com um bastão frondoso. Significado divinatório: Criação, invenção, espírito de iniciativa e os poderes que daí emanam; princípio, origem, fonte, nascimento, família, início de um empreendimento, dinheiro, fortuna, herança. Invertida: queda, decadência, ruína, perdição, alegria ensombrada. COPAS REI – Tem um pequeno cetro na mão esquerda e na direita uma grande taça. O seu trono repousa sobre o mar. De um lado, um navio sulca as ondas, do outro um golfinho diverte-se. O símbolo deste naipe (a taça) subentende que a água estará presente em todas as cartas. Significado divinatório: Um homem louro, homem de negócios, jurista ou teólogo; responsável, disposto a prestar deferência ao consulente; justiça, arte, ciência, incluindo aqueles
que a professam, inteligência criativa. Invertida: desonestidade; homem desonesto, vigarice, extorsão, injustiça, vício, escândalo. RAINHA – Bonita, loura, sonhadora, lê o futuro na sua taça. Significado divinatório: Mulher honesta, boa e justa; devotada, prestará serviço ao consulente; possuidora de um sexto sentido; sucesso, alegria, prazer, sabedoria, virtude. Invertida: as opiniões divergem: seja uma boa ou má mulher, não é de confiança; mulher perversa; vício; desonra, depravação. CAVALEIRO – Um cavaleiro gracioso cujo aspecto não é bélico. Cavalga tranquilamente. O seu elmo está alado, simbolizando a elevação da imaginação. Significado divinatório: chegada, aproximação, por vezes de um mensageiro; primeiros passos, proposta, convite, incitamento. Invertida: aldrabice, artifício, falsidade, astúcia, burla, intrujice. VALETE – Um jovem louro, com um físico agradável, um pouco efeminado,
com aspecto estudioso e sério, contempla um peixe que sai da taça. Significado divinatório: um jovem louro, prestável, com quem o consulente irá travar conhecimento; jovem estudioso; mensagem, novidades, aplicação, reflexão, meditação, também nos negócios. Invertida: apreciação, vocação, afeição, amizade, sedução, ilusão, artifício. 10 – Aparição das taças num arco íris. Um homem e a sua mulher contemplam maravilhados o espetáculo. O homem tem o braço direito à volta da mulher e o esquerdo está levantado. Também o braço direito da mulher está levantado. As duas crianças que dançam ao lado deles ainda não se aperceberam do prodígio, mas também eles estão felizes. Uma casa aparece em segundo plano. Significado divinatório: contentamento, coração tranqüilo, estado de perfeição. Se esta carta estiver próxima de algumas figuras, simboliza uma pessoa que se ocupa dos interesses do consulente; também pode representar a cidade, aldeia ou país onde mora o consulente. Invertida: hipocrisia, indignação, violência.
9 – Um homem saudável está a festejar. Nove taças de vinho estão colocadas num armário atrás de si. Significado divinatório: contentamento, harmonia, bem estar físico; vitória, sucesso, vantagens, satisfação para o consulente. Invertida: verdade, lealdade, liberdade, os significados variam; algumas pessoas vêem erros, imperfeições, etc. 8 – Um homem, visivelmente abatido, vira as costas às taças da sua felicidade, ao seu empreendimento. Significado divinatório: Esta carta é suficientemente clara, por isso, algumas pessoas vêem alegria, doçura, timidez, honra, modéstia. Invertida: grande alegria, boa disposição, festim. 7 – Sete estranhos cálices mágicos. Significado divinatório: Votos concedidos pelas fadas; reflexão, imaginação, visões; sucesso sem ser permanente ou importante. Invertida: desejo, vontade, determinação, projetos. 6 – Duas crianças num velho jardim; as suas taças estão cheias de flores.
Significado divinatório: É uma carta que significa o passado e as lembranças. Inclinamo-nos sobre o passado, e a infância; alegria, boa disposição, mas que chega do passado; o que já desapareceu. Se for dada outra interpretação, tratando-se de novos conhecimentos, de um novo ambiente. Invertida: futuro, renovação, o futuro próximo. 5 – Um personagem sóbrio, coberto por uma capa, vira-se para três taças tombadas; atrás de si, duas taças ainda estão de pé. Em segundo plano pode ver-se uma ponte que leva a um castelo ou a uma torre de menagem. Significado divinatório: esta carta indica uma perda, mas que não é total. Três taças estão tombadas, no entanto, ainda estão duas de pé. Herança, patrimônio, transmissão, mas que não correspondem às expectativas do consulente; também pode ser um casamento, mas não sem amargura ou frustração. Invertida: novidades, alianças, afinidades. consangüinidade, ascendentes, regresso, falsos projetos.
4 – Um jovem, sentado sob uma árvore, contempla três taças à sua frente. Uma mão, surgindo de uma nuvem, oferece-lhe uma quarta taça. Parece descontente com o que o rodeia. Significado divinatório: Fadiga, desgosto, aversão, humilhações imaginárias, como se o vinho deste mundo só tivesse provocado saciedade; um outro vinho, o das fadas, também lhe é oferecido, mas isto parece que não o consola. O prazer é suavizado. Invertida: novidades, presságio, novas instruções, novas relações. 3 – Três jovens raparigas levantam as suas taças para brindarem. Significado divinatório: Conclusão de um negócio com opulência. Perfeição e alegria; desenlace feliz, vitória, desenvolvimento, consolação, restabelecimento. Invertida: expedição, envio, realização, fim. 2 – Um jovem e uma rapariga fazem um brinde. Sobre os seus copos, o caduceu de Hermes estende as suas asas à volta de uma cabeça de leão. Esta é uma variante de um símbolo que se encontra nalguns exemplares antigos desta cartas. Alguns
dos significados que lhe foram atribuídos, são muito estranhos mas sem interesse para nós. Significado divinatório: amor, paixão, amizade, afinidade, união, entendimento harmonia, simpatia, relações entre os sexos. Invertida: falso amor, loucura, mau entendimento. Ás – Uma extensão de água, salpicada de nenúfares, uma mão surgindo de uma nuvem transporta uma taça de onde vertem quatro fontes; uma pomba traz no bico uma hóstia marcada com uma cruz, que vai pousar na taça. A imagem está cercada de gotículas. Significado divinatório: a casa do verdadeiro coração, alegria, contentamento, habitação alimentação, abundância, fertilidade, altar. Invertida: a casa do falso coração, mutação, instabilidade, revolução. ESPADAS REI – O rei presta justiça, mostrando uma espada na sua mão direita, símbolo do seu naipe. Significado divinatório: tudo o que está relacionado com a idéia de julgamento:
poder, intimação, autoridade, direito, administração, etc. Invertida. crueldade, perversão, barbárie, deslealdade, más intenções. RAINHA — A sua mão direita segura a espada, o punho está apoiado no trono. O braço esquerdo está levantado e a mão estendida. O seu aspecto é severo, preocupado: ela conhece bem o infortúnio. Significado divinatório: viuvez, tristeza, embaraço de uma mulher, ausência, esterilidade, luto, privações, separação. Invertida: astúcia, beatice, artifício, excesso de pudor, fraude. CAVALEIRO — A toda a velocidade, semeando o pânico entre os seus inimigos. Significado divinatório: destreza, bravura, aptidão, defesa, habilidade, antipatia, furor, guerra, destruição, oposição, resistência, ruína. Invertida: imprudência, incapacidade, extravagância. VALETE — Um personagem que tem uma espada erguida entre as suas mãos, e anda rapidamente. Significado divinatório:
autoridade, vigilância, serviços secretos, observação, espionagem, exames e tudo o que se lhe relaciona. Invertida: os aspectos negativos destas qualidades; tudo o que é imprevisto, falta de preparação ,doença. 10 — Um personagem prostrado, trespassado por 10 espadas. Significado divinatório: o que representa esta carta; dor, aflição, lágrimas, tristeza, desolação. Invertida: vantagens, lucros, sucesso, favores, todos temporários; poder e autoridade. 9 — Uma mulher lamenta-se, sentada na sua cama. Sobre ela pendem 9 espadas. Significado divinatório: morte, desaire, malogro, desapontamento, desespero, fraude, atraso. Invertida: aprisionamento, suspeita, dúvida, medo, vergonha, desonra. 8 — Uma mulher com as mãos atadas nas costas e de olhos vendados, cercada de 8 espadas. Significado divinatório: má notícia, crise, censura, poder entravado, conflito, calamidade, doença. Invertida: problemas, dificuldade; oposição, acidente, traição, imprevisto, fatalidade.
7 — Um homem foge com 5 espadas nos braços. Duas das espadas continuam enterradas no chão. Existe um campo nas proximidades. Significado divinatório: projeto, tentativa, esperança. Voto, confiança, disputa, um plano que pode falhar, irritação. Invertida: um bom conselho, instruções, difamação, tagarelice. 6 — Um barqueiro transporta passageiros para o outro lado do rio. Significado divinatório: viagem por água, estrada, caminho, enviado, comissionista. Invertida: declaração, confissão, publicidade; alguns dizem que pode ser pedido de casamento. 5 — Um homem com um olhar desdenhoso observa duas figuras abatidas e solitárias. Duas das espadas estão no solo. Traz duas espadas ao ombro direito, e uma terceira está virada para o chão. Ele é o vencedor do campo de batalha. Significado divinatório: degradação, destruição, reviravolta, infâmia, desonra, perda. Invertida: os significados são os mesmos; funeral. 4 — A estátua de um cavaleiro de mãos postas sobre o tampo do seu túmulo.
Significado divinatório: vigilância, reforma, solidão, repouso do eremita, exílio, túmulo e campa. Invertida: gestão prudente, circunspeção, economia, avareza, precaução, testamento. 3 — Um coração trespassado por três espadas. Em segundo plano, chuva e nuvens. Significado divinatório: reenvio, ausência, atraso, divisão, ruptura, dispersão, tudo o que está evidente na carta. Invertida: alienação, erro, perda, distração, desordem, confusão. 2 — Um mulher com os olhos vendados, as mãos cruzadas sobre o peito empunhando duas espadas. Significado divinatório: conformidade e equilíbrio; coragem, amizade, aliança bélica, afeto, intimidade. Invertida: engano, falsidade, duplicidade, falta de lealdade. Ás — Uma mão, surgindo de uma nuvem, traz uma espada; na ponta da espada, uma coroa. Significado divinatório: triunfo, excesso em tudo, conquista, triunfo da força. E uma carta muito poderosa quer
se trate de amor ou ódio. Invertida: os significados são os mesmos, mas os resultados catastróficos; alguns defendem que esta carta significa concepção, parto, aumento, multiplicidade. OUROS REI – O rosto do rei é sombrio. É um personagem corajoso, no entanto um pouco letárgico. Cabeças de touros ornamentam o seu trono. O pentaedro é o símbolo deste naipe e representa os quatro elementos, assim como o princípio que os rege. Significado divinatório: coragem, inteligência prática, sentido de negócio (faro para o negócio), aptidão intelectual, dom para as matemáticas; sucesso neste domínios. Invertida: vício, fraqueza, indignidade, perversão, corrupção, perigo. RAINHA – Uma rainha com cabelos negros, aparentando grandeza de alma e inteligência. Observa o pentaedro e vê diferentes mundos. Significado divinatório: opulência, generosidade, magnificência,
liberdade, segurança. Invertida: o mal, suspeita, espera, medo, desconfiança. CAVALEIRO – Monta um cavalo lento, maciço, resistente, que corresponde ao seu próprio aspecto. Significado divinatório: utilidade, comodidade, interesse, responsabilidade, retidão, Invertida: inércia, ócio, estagnação, placidez, desencorajamento, negligência. VALETE – Um jovem observa um pentaedro, intensamente, suspenso sobre as suas mãos estendidas. Significado divinatório: aplicação, reflexão; segundo outros, novidades, mensagens e quem as transmite; autoridade, gestão. Invertida: desperdício, dissipação, liberalidade, luxo, más notícias. 10 – Um homem e uma mulher, sobre um arco, à entrada de uma propriedade. Pode-se ver uma casa ao fundo. Significado divinatório: ganhos, riqueza; negócios de família, arquivos, residência familiar. Invertida: sorte, fatalidade, perda, roubo, jogos de azar; algumas vezes pode significar presentes, dotes, rendas.
9 – No jardim de um casarão, rodeado de vinhas, uma mulher segura um pássaro na mão. Significado divinatório: prudência, segurança, sucesso, realização, certezas, discernimento. Invertida: vigarice, intrujice, ilusão, projeto falhado, má fé. 8 – Um cantoneiro a trabalhar. Significado divinatório: trabalho, emprego, mandato, artesanato, boa capacidade para trabalho e negócios. Invertida: ambição não realizada, vaidade, avidez, cobiça, extorsão, usura. 7 – Um jovem apoiado no seu bastão, observa intensamente um arbusto à sua direita, que contém os seus tesouros e o seu coração. Significado divinatório: são contraditórios. Podem ser: dinheiro, negócios, permuta; mas também: debate, disputa. Algumas pessoas pensam que esta cartas significa inocência, ingenuidade, purificação. Invertida: preocupação com dinheiro. 6 – Um mercador pesa dinheiro numa balança e distribui-o pelos pobres e necessitados. Significado divinatório: presentes;
para alguns; atenção, vigilância; hora propícia, prosperidade, etc. Invertida: desejo, avidez, inveja, ciúme, ilusão. 5 – No meio de uma tempestade de neve, dois mendigos passam em frente de um vitral iluminado. Significado divinatório: dificuldades materiais, miséria. Para alguns, esta carta representa o amor e os enamorados: mulher, marido, amigo, amante; acordo, afinidades. Invertida: desordem, caos, ruína, discórdia, extravagância. 4 – Uma personagem traz um pentaedro nos braços. Na sua cabeça encontra-se uma coroa com um pentaedro. Dois pentaedros repousam sob os seus pés. Significado divinatório: a segurança das posses, ligação àqueles que as têm, presentes, doação, herança. Invertida: espera, atraso, oposição. 3 – Um escultor a trabalhar num mosteiro. Significado divinatório: destreza, trabalho especializado. Esta carta simboliza frequentemente a nobreza, a aristocracia, a fama e a glória. Invertida: trabalho medíocre,
mediocridade em geral, mesquinharia, fraqueza.
puerilidade,
2 – Um jovem dançarino possui um pentaedro em cada mão. Estes pentaedros estão rodeados por um cordão sem fim que representa o número 8 (ou o infinito). Significado divinatório: por um lado é uma carta de alegria, lazer; por outro lado, novidades, mensagens escritas, obstáculos, agitação, problema, confusão. Invertida: alegria forçada, felicidade simulada, sentido literal, escrita, redação, troca de cartas. Ás – Uma mão surge de uma nuvem, como é hábito, tendo um pentaedro. Significado divinatório: contentamento, felicidade, êxtase; inteligência rápida; outro. Invertida: aspecto negativo de riqueza, mediocridade; grande fortuna.
A ARTE DA ADIVINHAÇÃO As Copas correspondem a pessoas com cabelos castanho claro e com tez clara. Os Paus, aos louros e aos ruivos que possuem olhos azuis. As Espadas estão ligadas às pessoas morenas com olhos cinzentos, castanhos e azuis. Os Ouros simbolizam as pessoas muito morenas. O método utilizado é o seguinte: para começar escolhe-se a carta que melhor se adequa ao consulente ou ao assunto posto. Não se trata obrigatoriamente do Mago ou da Papisa. De seguida coloca-se esta carta, chamada mestra, no centro. Depois o/a cartomante e o consulente baralham e cortam as cartas três vezes cada um. O cartomante segura a primeira carta e cobre a carta mestra dizendo: "Esta a cobre". Representa o ambiente da pessoa ou da coisa neste momento preciso, as influências a que está submetida.
O cartomante volta a terceira carta e coloca-a sobre a primeira carta dizendo: "Esta é a coroa". a) Representa o melhor que pode esperar; b) O seu ideal no assunto; c) Aquilo que deseja fazer seu; d) Aquilo que não lhe pertence atualmente. O cartomante volta a quarta carta e coloca-a aos pés da primeira carta dizendo: "Esta está sob ele". Corresponde ao que o consulente possui, o que ele pode utilizar. O cartomante volta a quinta carta e coloca-a no lado oposto aquele que observa o personagem da carta mestra dizendo: "Esta está atrás dele". Representa o passado. O cartomante volta a sexta carta que fica na direção em que olha a figura mestra dizendo: "Isto está à sua frente". O cartomante volta a segunda carta e coloca-a transversalmente sobre a primeira carta dizendo: "Estes são os obstáculos". Se for uma carta favorável, será algo bom em si mesmo, mas ela não influenciará o contexto de um modo positivo.
Agora as cartas formam uma cruz. Voltamos agora quatro cartas, uma após a outra, e colocamo-las à direita da cruz, observando-as de baixo para cima. A primeira representa o consulente e o seu comportamento numa dada situação.
A segunda simboliza a sua casa, o seu ambiente na situação em questão; as influências, as pessoas e os acontecimentos em volta dele. A terceira representa as suas esperanças e as suas crenças. A quarta indica o que está para vir. É sobre esta carta que o cartomante deverá concentrar a sua intuição, a sua experiência e a sua memória, tendo em conta os significados divinatórios oficiais que lhe estão ligados. O cartomante deverá ter na memória tudo o que as outras cartas ensinaram, compreender a carta mestra e tudo o que se lhe relaciona, sem esquecer os brilhos celestes que podem aparecer no caso desta carta fazer parte dos arcanos maiores. Se, graças a todos estes elementos, obtivermos um resultado claro e decisivo, a adivinhação terminou, nada mais resta ao adivinho que formular um julgamento. Mas pode acontecer que o adivinho não consiga chegar imediatamente a um resultado certo. Temos de recorrer a um outro
método. O adivinho apanha a última carta que lhe servirá de carta mestra e repete todo o processo de modo a obter um resultado decisivo. Em conclusão, no que diz respeito à compleição, a sua localização nos naipes não necessita de ser tomada de forma convencional. Pode-se ir pelo temperamento; uma pessoa que seja excessivamente morena pode ser energética, e teria uma melhor representação através das Espadas que dos Outros. Por outro lado uma pessoa muito loura que seja indolente e letárgica estaria melhor localizada dentro do naipe das Copas que dos Paus. Através deste método, poderá obter resultados muito rapidamente. Naturalmente que tudo depende dos dons e das capacidades do aluno.