Argumentos, Falácias

March 7, 2023 | Author: Anonymous | Category: N/A
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Falácia Argumento incorreto ou inválido, embora aparente ser válido.

Falácias cometidas involuntariamente

Falácias cometidas intencionalmente

Paralogismo

Sofisma

Falácias formais

Falácias informais

Decorrem apenas da forma lógica do

Resultam de aspetos que vão para lá da forma

argumento.

lógica do argumento.

 

ARGUMENTOS NÃO DEDUTIVOS A sua validade depende de aspetos que vão para lá da forma lógica do argumento.

Num argumento não deduvo, a verdade das premissas apenas sugere a plausibilidade da conclusão ou a probabilidade de ela ser também verdadeira .

Um argumento não deduvo é válido quando é improvável, imprová vel, mas não propriamente impossível, ter premissas verdadeiras verdadeiras e conclusão falsa.

 

ARGUMENTOS NÃO DEDUTIVOS INDUTIVOS

OUTROS

conclusões que não derivam derivam A indução conduz-nos a conclusões necessariamente das premissas. Alguns estudantes copiam nos testes. Logo, todos os estudantes copiam nos testes.

Argumento indutivo inválido A verdade premissas não fornece fortesdas razões para pensar que a conclusão é verdadeira.

Até hoje, todos os cavalos nasceram quadrúpedes. Logo, o próximo cavalo a nascer será quadrúpede.

Argument o fraco

Argumento indutivo válido

Afortes verdade daspara premissas razões pensarfornece que a conclusão é verdadeira.

Argument o forte

 

FORMAS DE INFERÊNCIA VÁLIDA  Modus ponens

Modus tollens

A → B A   B

A → B   B A   Silogismo disjuntivo  A  B   B   A Contraposição

 A  B   A   B

A → B

 

B→

 

OU

A OU

→ A B → B  C   A → C

Leis de De Morgan

B→

A

A A → B A → B   B → A Negação dupla A

A

 

Silogismo hipotético

   

A  A

A

Nota: o símbolo   significa, no presente contexto, que tanto se pode inferir validamente num como noutro sentido.



 

O U

 

A   B

A   B (A  B)) A   B   (A  B)  

O U 

(A  B)

(A  B) A   B    

 

 

A   B (A  B)

(A  B)   A   B

 

Silogismo condicional Modos válidos

Modo afirmativo

Modo negativo

 Modus ponens

Modus tollens

Há uma relação necessária entre as premissas e a conclusão.

 

Exemplo Silogismo disjuntivo (disjunção inclusiva) ou modus tollendo  ponens

Canto ou estou alegre. Não canto. Logo, estou alegre.

P P Q Q

 

Formalização

Exemplo Canto ou estou alegre. Não estou alegre. Logo, canto.

Exemplo Silogismo hipotético 

Formalização

Se viajar, viajar, então aprendo novas coisas. Se aprendo novas coisas, então tornome melhor pessoa. Logo, se viajar, então torno-me melhor pessoa.

P  Q   Q P

Formalização P → Q Q → R P → R 

 

Silogismo condicional Modos válidos

Modo afirmativo

Modo negativo

 Modus ponens

Modus tollens

Há uma relação necessária entre as premissas e a conclusão.

 

Leis de De Morgan: indicamnos que de uma conjunção negativa podemos inferir uma disjunção de negações, e que de uma disjunção negativa podemos inferir uma conjunção de negações.

Exemplo

Negação da conjunção 

Não é verdade que sou injusto e cruel. Logo, não sou injusto ou não sou cruel.

Formalização (P  Q)   P   Q  

Formalização

Exemplo Não sou injusto ou não sou cruel. Logo, não  não é verdade que sou injusto e cruel.

 

P   Q (P  Q) Formalização

Exemplo

Negação da disjunção

Não que há sol chuva. Logo,é verdade não há sol e não há ou chuva.

   

Exemplo Não há sol e não há chuva. Logo, não é verdade que há sol ou chuva.



(P P Q)   Q Formalização

 

P   Q (P  Q)

 

Exemplo Não é verdade que eu não penso. Logo, eu penso..

Formalização P

 

P

Negação dupla

Formalização

Exemplo Eu penso. Logo, não é verdade que eu não penso.

P P

 

Silogismo condicional Modos válidos

Modo afirmativo

Modo negativo

 Modus ponens

Modus tollens

Há uma relação necessária entre as premissas e a conclusão.

 

PRINCIPAIS FALÁCIAS FORMAIS (FORMAS DE INFERÊNCIA INVÁLIDA) Exemplo Falácia da afirmação do consequente

Se és meu amigo, então dizes-me sempre a verdade. Dizes-me sempre a verdade.

Formalização P → Q Q  

Logo, és meu amigo.

P

Comete-se quando, a partir de uma proposição condicional, se afirma o consequente na segunda premissa, concluindo-se com a afirmação do antecedente.

Exemplo Falácia da negação do antecedente

Se és meu amigo, então dizes-me sempre a verdade. Não és meu amigo. Logo, não me dizes sempre a verdade.

Formalização P → Q   P   Q

Comete-se quando, a partir de uma proposição condicional, se nega o antecedente na

segunda premissa, concluindo se com a negação do consequente.  

FALÁCIAS INFORMAIS

As falácias informais são argumentos inválidos, aparentemente válidos, e cuja invalidade não resulta de uma deficiência formal, antes decorre do conteúdo do argumento, da sua matéria, da linguagem natural comum usada nesses argumentos.

Uma vez que este tipo de falácias não depende da forma lógica do argumento, pode haver argumentos com a mesma forma que sejam fortes ou fracos, bons ou maus, válidos ou inválidos.

 

FALÁCIAS INFORMAIS Falácia da generalização precipitada

 post Falácia da falsa relação causal ( post hoc, ergo propter hoc)

Falácia da amostra não representativa

Falácia ad hominem

Falácia da previsão inadequada

Falácia ad populum

Falácia da falsa analogia

Falácia do apelo à ignorância

Falácia do apelo ilegítimo à

Falácia do espantalho ou do boneco de

autoridade Falácia da petição de princípio

palha Falácia da derrapagem, “bola de neve” ou “declive escorregadio”

Falácia do falso dilema

Falácia da causa falsa

 

Falácia da petição de princípio Falácia que consiste em assumir como verdadeiro aquilo que se pretende provar. provar. A conclusão conclusão é usada, de forma implícita, como premissa, encontrando-se muitas vezes disfarçada com palavras de significação idêntica à das da conclusão. Argumento circular ou falácia da circularidade.

EXEMPLOS:  Andar a pé é um desporto saudável. saudável. Logo, andar a pé é um desporto desporto que faz bem à saúde.   O ser humano é inteligente, porque é um ser que possui inteligência.

 

Falácia do falso dilema Consiste em reduzir as opções possíveis a apenas duas, ignorando-se as restantes alternativas, e em extrair uma conclusão a partir dessa disjunção falsa.

Forma lógica: Ou P ou Q. Não P. Logo Q.

“Falso dilema” é sinónimo de “falsa dicotomia”. Exemplo de uma disjunção falsa: Ou votas no partido x ou será a desgraça do país.  país.  (Outros partidos são ignorados.)

EXEMPLO DE UMA F FALÁCIA ALÁCIA DO FALSO DILEMA: Ou votas no partido x ou será a desgraça do país!  Não votas no partido x.  Logo, será a desgraça do do país.  país.  (Embora seja válido em termos dedutivos, este argumento a rgumento exprime a falácia do falso dilema.)

 

Falácia da falsa relação causal  Post hoc, ergo propter hoc) ( Post

A expressão “ post hoc, ergo propter hoc”  significa  significa “depois disto, logo por causa disto”. Esta falácia comete-se sempre que se toma como causa de algo aquilo que é apenas um antecedente ou uma qualquer circunstância acidental. Trata-se, Trata-se, por isso, de concluir que há uma relação de causa e efeito entre dois acontecimentos que se verificam em simultâneo ou em que um se verifica após o outro. EXEMPLOS: Sempre que eu entro com o pé direito no campo, a minha equipa ganha o  jogo.  Logo, a causa das nossas nossas vitórias é o facto de eu entrar com o pé direito no campo. Quando faço testes em dias de chuva, tiro negativa.  Logo, a chuva é a causa das negativas negativas dos meus testes.

 

Falácia ad hominem É o tipo de argumento dirigido contra o homem. É a falácia que se comete quando, em vez de se atacar ou refutar refutar a tese de alguém, se ataca a pessoa que a defende.

Os ataques pessoais poderão centrar-se, por exemplo, na classe social, no partido político ou na religião da pessoa em causa. Muitas vezes, o objetivo destes argumentos consiste em desviar as atenções daquilo que está em causa.

Forma lógica: A pessoa A  afirmou P. Maséacredível. pessoa A não Logo, P é falso.

EXEMPLOS:  A tua tese de que tudo é composto de átomos está errada, errada, porque porque cheiras mal da boca  sempre que que a profer proferes. es. Sartre estava errado a respeito do ser humano, porque não ia regularmente à missa.

 

Falácia ad populum Forma lógica: É a falácia que se comete quando se apela à opinião da maioria para fazer valer a verdade de uma conclusão.

A maioria das pessoas diz que P. Logo, P.

EXEMPLOS:  A maioria das pessoas pessoas considera que a leitura é uma perda perda de tempo. Logo a leitura é uma  perda de tempo. de    A maioria dos contribuintes contribuintes considera legítimo fugir ao fisco.  Logo, é legítimo fugir ao fisco.

 

Falácia do apelo à ignorância

Forma lógica: Não se sabe que P. Logo, é falso que P.

Comete-se esta falácia sempre que uma proposição é tida como verdadeira só porque não se provou a sua falsidade ou como falsa só porque não se provou que é verdadeira.

Ou Não se sabe que é falso que P. Logo, é verdadeiro que P.

EXEMPLOS:  Não se sabe se os fantasmas existem. Logo, é falso que existam fantasmas. fantasmas.  Não existem fenómenos telepáticos, porque porque até agora ninguém provou provou que eles existem.    A alma é imortal. Isto porque porque ninguém pr provou ovou que a alma morr morree com o corpo.

 

Falácia do espantalho ou do boneco de palha É a falácia cometida sempre que alguém, em vez de refutar o verdadeiro argumento do seu opositor/interlocutor, opositor/interlocutor, ataca ou refuta uma versão simplificada, si mplificada, mais fraca e deturpada desse argumento, a fim de ser mais fácil de rebater a tese oposta. Trata-se de distorcer as ideias do interlocutor para que elas pareçam falsas. EXEMPLO:  António defende que não devemos comer carne carne de animais cujo processo processo de industrialização os tenha sujeitado a condições de vida e morte cruéis.  Manuel refuta António dizendo: “António “António quer que apenas comam comamos os alface!”. [Em momento algum António defende que não devemos comer todo e qualquer tipo de carne, sugerindo que sejamos vegetarianos (“comer alface”), mas apenas aquele tipo de carne sujeito às condições descritas. O argumento é assim deturpado e simplificado.]

 

Falácia da derrapagem, “bola de neve” ou “declive escorregadio” É a falácia cometida sempre que alguém, para refutar uma tese ou para defender a sua, apresenta, pelo menos, uma premissa falsa ou duvidosa e uma série de consequências progressivamente progress ivamente inaceitáveis.

Forma lógica: Se P, então Q. Se Q, então R. Se R, então S. Logo, se P, então S.

A partir da primeira premissa, premissa, outras vão v ão surgindo, até se mostrar que um determinado resultado indesejável inevitavelmente se seguirá.

EXEMPLO Se jogares a dinheiro, vais viciar-te no jogo. Se te viciares no jogo,  perderás  perder ás tudo o que tens. Se perd perderes eres tudo o qu quee tens, terás de mendigar. Semorrerás tiveres deà mendigar, ninguém te dará nada. Semorrerás ninguém te der nada, fome. Logo, se jogares a dinheiro,

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