Argumentos e Falacias Informais TODAS-As-FICHAS e SOLUCOES

April 28, 2019 | Author: MariaInêsGomes | Category: Argument, Fallacy, Validity, Logic, Mind
Share Embed Donate


Short Description

fichas falacias e argumentos informais...

Description

Filosofia 11ºano

I. Argumentação e Lógica Informal exercícios de aplicação FICHA 1 Texto I

Se uma criança enfiar um braço num recipiente com um bocal estreito para tirar  figos e nozes e encher a mão com c om os frutos, o que lhe acontece? Não pode retirá-lo ret irá-lo e chora. “Larga alguns (dizem -lhe) e já consegues tirar a mão.” Faz o mesmo em

relação aos teus desejos. Se desejares apenas um pequeno número de coisas, obtê-lasás. Epicteto 4. Nomeie, justificadamente, justificadamente, o tipo de argumento argumento presente no texto I. 4.1 Explicite as regras de validade do

tipo de argumento que nomeou acima.

4.2 Tomando como ponto de partida a

análise do texto, discuta a validade do argumento

apresentado. Texto II

Se queres ter boas notas tens de abdicar das atividades desportivas extracurriculares: se deixares de fazer desporto vais ganhar muito peso; logo, se queres ter boas notas vais ser uma pessoa obesa. 5. Nomeie, justificadamente, justificadamente, o tipo de falácia falácia presente no texto II.

Trusted by over 1 million members

Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.

Trusted by over 1 million members

Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.

Trusted by over 1 million members

Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.

Filosofia 11ºano

TEXTO I O argumento usado por Epicteto é uma analogia. Um argumento por analogia relaciona realidades diferentes a partir de um conjunto de semelhanças relevantes e em número suficiente, não podendo, pois, haver diferenças significativas. Epicteto compara duas realidades distintas, a gula da criança e o desejo humano, e argumenta que, da mesma forma que uma criança que enfia o braço num recipiente estreito para tirar figos fi gos e nozes não o consegue fazer, também os seres humanos que desejam muitas coisas não as vão conseguir obter. Como tal, é preferível abdicar do todo para obter uma parte (algumas nozes ou desejos). TEXTO II Falácia da derrapagem ou Bola de Neve, pois entre a premissa inicial  –  Se queres ter boas notas tens de abdicar das atividades desportivas extracurriculares  –  e  e a conclusão - se queres ter boas notas vais ser uma pessoa obesa  –  são introduzidas, ainda que de modo implícito, outras proposições num ciclo de consequências, em que, usando a implicação de forma abusiva, se perde o nexo entre o dito inicialmente e o inferido finalmente.

Trusted by over 1 million members

Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.

Trusted by over 1 million members

Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.

Filosofia 11ºano

I. Argumentação e Lógica Informal exercícios de aplicação FICHA 2 Texto I

Se se faz a pergunta “Como sei eu que o António tem uma mente?” a resposta  só poderá ser: “Eu tenho mente, o António

comporta-se como eu, fala como eu, diz que

tem uma mente como eu; então tenho de concluir que tem, como eu, uma mente”. Mas

este raciocínio também poderia aplicar-se a uma máquina. (...)  Assim, a resposta à pergunta: “Podem as máquinas pensar?” deve ser: n ão

temos

razão alguma para colocar os homens acima das máquinas quanto à sua execução  –  que é o único critério exterior pelo qual se podem aferir as experiências “internas” da

máquina. Se a máquina pudesse responder do mesmo modo que um ser humano às influências exteriores, então não existiriam quaisquer bases para declarar que a máquina não pensava ou que não tinha consciência. P. Davies, Deus Davies, Deus e a Nova Física, Física, Edições70, 1986 4. Nomeie, justificadamente, justificadamente, o tipo de argumento argumento presente no texto I. 4.1 Explicite as regras de validade do

tipo de argumento que nomeou acima.

4.2 Tomando como ponto de partida a

análise do texto, discuta a validade do argumento

apresentado. Texto II

 Eu pessoalmente inclino-me a acreditar que o universo não teve t eve começo e não terá fim. Na verdade, desconheço qualquer boa razão para pôr em causa qualquer destas duas ideias. Antony Flew, Deus Flew, Deus não existe, existe, Alêtheia, 2010 5. Nomeie, justificadamente, justificadamente, o tipo de falácia falácia presente no texto II.

Trusted by over 1 million members

Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.

Trusted by over 1 million members

Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.

Filosofia 11ºano

TEXTO I O argumento é uma analogia. Um argumento por analogia relaciona realidades diferentes a partir de um conjunto de semelhanças relevantes e em número suficiente, não podendo, pois, haver diferenças significativas. Comparam-se dois objetos distintos que em muito são semelhantes, já que o António comporta-se como eu, fala como eu, diz que tem uma mente como eu. Uma vez que os objetos comparados são semelhantes em aspetos fundamentais, pode-se extrapolar facilmente que o que é observado num dos objetos também o deve ser no outro. Assim, procura-se chegar à conclusão de que o outro também tem uma mente. TEXTO II A falácia é um apelo à ignorância. Comete-se esta falácia sempre que, não existindo  provas inequívocas inequívocas sobre um determinado assunto que nos permita aceitar um ponto de vista como verdadeiro ou falso, se apela à ignorância para provar a sua validade. Ora, no caso apresentado evoca-se o facto de se desconhecer qualquer boa razão para pôr em causa qualquer destas duas ideias,  para sustentar a crença de que o universo não teve começo e não terá fim.

Trusted by over 1 million members

Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.

Trusted by over 1 million members

Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.

Filosofia 11ºano

I. Argumentação e Lógica Informal exercícios de aplicação FICHA 3 Texto I

Se levarmos a relatividade restrita mesmo a sério, (…) tudo o que existe no

tempo também existe no espaço. O que temos é apenas um contínuo quadridimensional.  Nenhum teísta alguma vez pensou que deus existe e xiste literalmente no espaço. Senão existe no espaço e se tudo o que existe no tempo existe no espaço, então deus não existe no tempo. Antony Flew , Deus não existe, Alêtheia, 2010 4. Nomeie, justificadamente, justificadamente, o tipo de argumento argumento presente no texto texto I. 4.1 Explicite as regras de validade do

tipo de argumento que nomeou acima.

4.2 Tomando como ponto de partida a

análise do texto, discuta a validade do argumento

apresentado. Texto II

SIMPLÍCIO  –  eis,   eis, para começar, dois poderosíssimos argumentos que provam que a Terra é muito diferente dos corpos celestes. Primeiramente, os corpos engendráveis, corruptíveis, alteráveis, etc., são muito diferentes dos que são inengendráveis, incorruptíveis, inalteráveis, etc. Ora a Terra é engendrável, corruptível, alterável, etc., e os corpos celestes são inengendráveis, incorruptíveis, inalteráveis, etc., logo, a Terra é muito diferentes dos corpos celestes. Galileu Galilei, Diálogos Galilei,  Diálogos dos Grandes Sistemas (Primeira Jornada), Jornada) , Gradiva, 1979

5. Nomeie, justificadamente, justificadamente, o tipo de falácia falácia presente no texto II.

Trusted by over 1 million members

Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.

Trusted by over 1 million members

Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.

Filosofia 11ºano

TEXTO I O argumento é a dedução. O aspeto que a define é a relação lógica estabelecida entre as  premissas e a conclusão, de tal forma que a sua validade depende da forma do argumento. Isto é, a conclusão então deus não existe no tempo, está logicamente implícita nas premissas, pois ao partirmos do pressuposto de que tudo o que existe no tempo também existe no espaço e que  Deus não existe no espaço, então segue-se necessariamente necessariamente que Deus também pode não existir no tempo. TEXTO II Falácia é uma petição de princípio. Simplício tenta provar que a Terra é muito diferente dos corpos celestes a partir das seguintes premissas: os corpos engendráveis, corruptíveis, alteráveis, etc., são muito diferentes dos que são inengendráveis, incorruptíveis, inalteráveis, etc, e de que a Terra é engendrável, corruptível, alterável, etc.,enquanto etc.,enquanto que os corpos celestes são inengendráveis, incorruptíveis, inalteráveis, etc. Ora, se assumirmos que os corpos terrestes são o que os corpos celestes não são, então é óbvio que são diferentes. Neste sentido, a conclusão do argumento coincide com o seu ponto de partida, havendo circularidade. circularidade.

Trusted by over 1 million members

Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.

Trusted by over 1 million members

Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.

Trusted by over 1 million members

Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.

Filosofia 11ºano

I. Argumentação e Lógica Informal exercícios de aplicação FICHA 4 Texto I

SALVIATI  –  (...)   (...) Espanta-me (...) que não vos apercebeis que Aristóteles supõe  precisamente o que está em questão. Ora notai... notai... SIMPLÍCIO  –   Suplico-vos, Senhor Salviati, falai com mais respeito de  Aristóteles. A quem convenceríeis, aliás, de que aquele que foi o primeiro, o único, o admirável explicador da forma logística, da demonstração, das refutações, (...) de toda a lógica, em suma, tenha podido cair num erro tão grave como o de supor conhecido o que está precisamente em questão? Galileu Galilei, Diálogos Galilei,  Diálogos dos Grandes Sistemas (Primeira Jornada), Jornada) , Gradiva, 1979 4. Nomeie, justificadamente, justificadamente, o tipo de argumento argumento utilizado por SIMPLÍCIO. SIMPLÍCIO. 4.1 Explicite as regras de validade do

tipo de argumento que nomeou acima.

4.2 Tomando como ponto de partida a

análise do texto, discuta a validade do argumento

apresentado. 5.  Nomeie,

Salviati.

justificadamente, justificadamente, o tipo de falácia cometida por p or ARISTÓTELES, ARISTÓTELES, segundo

Trusted by over 1 million members

Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.

Trusted by over 1 million members

Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.

Filosofia 11ºano

TEXTO I O argumento é de autoridade, em que a defesa de uma tese se apoia na opinião de uma  pessoa ou instituição com autoridade autoridade na matéria, no caso Aristóteles. Para que o apelo à autoridade seja válido tem de obedecer a regras como a de as autoridades têm de ser especialistas reconhecidos na matéria em questão, o que se confirma visto que Aristóteles é o fundador da lógica formal. TEXTO II A falácia é a da petição de princípio, visto que há uma adoção da conclusão que se quer  justificar pela premissa premissa do raciocínio.

Trusted by over 1 million members

Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.

Trusted by over 1 million members

Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.

Filosofia 11ºano

I. Argumentação e Lógica Informal exercícios de aplicação FICHA 5 Texto I

(…) Alice não achava que isso provasse coisa nenhuma, mas continuou:

- E como sabes que és louco? - Para começar, um cão não é louco. Aceitas isso? - Creio que sim –  respondeu  respondeu Alice.  Bem, nesse caso … - continuou o Gato  –  um - Bem,  um cão rosna quando está zangado e abana o

rabo quando está satisfeito. Ora eu rosno quando estou satisfeito e abano o rabo quando estou zangado. Por isso sou louco. Lewis Carroll, Alice Carroll,  Alice no País das Maravilhas, Maravilhas , Ed. Nelson de Matos, 2010 4. Nomeie, justificadamente, justificadamente, o tipo de argumento argumento presente no texto texto I. 4.1 Explicite as regras de validade do

tipo de argumento que nomeou acima.

4.2 Tomando como ponto de partida a

análise do texto, discuta a validade do argumento

apresentado. Texto II

 Não nenhuma prova indiscutível de não haver have r OVNI a visitar a Terra; porque conseguinte, os OVNI existem –  e  e há vida inteligente algures no universo. Demónios , Gradiva, 1997 Carl Sagan, O Mundo infestado de Demónios,

5. Nomeie, justificadamente, justificadamente, o tipo de falácia falácia presente no texto II.

Trusted by over 1 million members

Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.

Trusted by over 1 million members

Try Scribd FREE for 30 days to access over 125 million titles without ads or interruptions! Start Free Trial Cancel Anytime.

Filosofia 11ºano

TEXTO I DEDUÇÃO (CONDICIONAL) Se é não é louco, então é um cão que rosna quando está zangado e abana o rabo quando está satisfeito.  Eu rosno quando quando estou satisfeito e abano o rabo rabo quando estou zangado. zangado.  Logo, eu sou louco. louco. TEXTO II Cenário de resposta A resposta integra os seguintes aspetos, ou outros considerados relevantes e adequados:  –   identificação da falácia presente no texto como um caso de falácia do apelo à

ignorância;  –  definição   definição da falácia do apelo à ignorância como argumento no qual se defende que

uma proposição é verdadeira porque não foi provado que é falsa, ou que uma  proposição é falsa falsa porque não foi provado que é verdadeira; verdadeira;  –  aplicação  aplicação da definição de falácia ao exemplo do texto  –  o  o facto de a proposição «não

há OVNI a visitar a Terra» não poder ser considerada indiscutivelmente verdadeira não significa que seja falsa. Assim, a conclusão de que «os OVNI existem» não é legítima.

View more...

Comments

Copyright ©2017 KUPDF Inc.
SUPPORT KUPDF