Aprender e Conhecer a ASTROLOGIA e as Artes Adivinhatórias - Vol. 1b - Aprender Astrologia - DIDIER COLI

October 2, 2017 | Author: HundoArgento | Category: Astrology, Zodiac, Earth, Time, Longitude
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Para ajudá-lo a encontrar respostas claras e concretas às suas perguntas

Astrologia: arte ou ciência? A astrologia utiliza uma linguagem, ao mesmo tempo técnica, simbólica e poética. Procede da ciência e da arte. Aprender o seu funcionamento ajuda no auto-conhecimento e a compreender melhor os demais.

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ntes de mais nada, você pode ob­ servar que, normalmente, acredi­ tamos ou não acreditamos na astrologia. Esta divergência baseia-se num mal-en­ tendido e no desconhecimento dos seus fundamentos. Com efeito, acreditar ou não acreditar é o resultado de uma su­ perstição e de um lugar-comum, já muito antigos. A crença relaciona-se com a idéia de que tudo está escrito em nós de antemão, e com a afirmação de que vivemos sob a influência dos astros. Os adeptos da astrologia encontram nisto uma maneira de justificar os seus erros, as suas fraquezas, a sua ignorância. Os seus opositores vêem nela uma crença arcaica e a negação do livre arbítrio. Para dizer a verdade, afirmar que tudo está inscrito (e não escrito) em nós, desde o dia em que nascemos, não sig­ nifica que tudo esteja decidi­ do. A criança que chega ao mundo pode ser comparada a uma semente. Se se conhe­ cer a natureza da semente, a qualidade da terra, o período do ano em que se semeia, o clima da região na qual foi colhida... pode prever-se que planta surgirá da terra. Trata-se mais de condições do que de influências. São esses os critérios nos quais o astrólogo se baseia. De ontem para hoje, os instrumentos do astrólogo mudaram, mas as preocupações dos homens continuam sendo as mesmas.

A ASTROLOGIA COMO CIÊNCIA Para os homens da Antigüidade — que conceberam o sistema e o princípio do Zodíaco há aproximadamente 4.000 anos —, a astrologia era evidentemente uma ciência. Baseia-se no estudo da relação entre os fenômenos da natu­ reza e certas manifestações celestes, que reaparecem a intervalos regulares. Esta observação sistemática, didática e escrupulosa, construída sobre a lei de causa e efeito, é ainda a dos homens de ciência contemporâneos, embora hoje as novas aplicações tecnológicas te­ nham deixado mui­ to defasado tudo que os nossos antepassados possam ter

imaginado. Trata-se de um progresso? Sim e não. A nosso entender, a resposta é afirmativa, já que obtivemos os meios para viver com muita maior comodi­ dade, mais saudavelmente, e, por isso, mais tempo. Assim, podemos pois considerar que o homem moderno não só desafiou o seu destino, mas também o venceu ao prolongar a sua esperança de vida na Terra. Mas vencemos realmente as grandes pragas que atormentaram a humanidade ao longo dos milênios: catástrofes naturais (atualmente cha­ madas "ecológicas"), as fomes e as epi­ demias? Não podemos ter tanta certe­ za disso. Nós as vencemos mas as suas sombras ameaçadoras ainda nos obser­ vam.

Mais ainda, é muito raro que tenhamos uma visão otimista do nosso futuro. O grande teatro do mun­ do, tal como o vemos no dia-a-dia, inclina-se para a angústia, o medo e o desespero, mais do que para o entusiasmo ou a esperança. É aqui que nos podemos questionar se, à medida que avançam as ciências e as suas aplicações prá­ ticas, não perdemos algo essencial: a capacidade de nos deslumbrarmos; essa capacidade que cada um de nós possui e sem a qual a vida pode pare­ cer-nos, muitas vezes, vazia de sentido. Mas para os homens da Anti­ güidade, estas partes de Arte ou ciência, a astrologia baseia-se em uma observação e em um estudo rigorosos. lendas, de mitos, de so­ nhos, de mistérios, encontrava-se no os desejos, os sentimentos, as espe­ Ter conhecimento dos dados e as in­ centro do grande sistema que é a as­ ranças, as motivações, as contradições, formações que se inscrevem no es­ trologia, construído, apesar de tudo, as preocupações, os comportamentos quema do nosso zodíaco pessoal dá-nos sobre dados lógicos e observações ri­ daquelas pessoas são comparáveis às os meios para sermos mais clarividen­ gorosas. dos nossos antepassados. tes, mais conscientes das nossas quali­ Por isso, embora vivamos com um re­ dades, das nossas fraquezas e, também, A ASTROLOGIA COMO ARTE lativo bem-estar material e moral, e em das nossas próprias possibilidades e li­ condições que permitem proteger-nos Seja como for, o Zodíaco não é mais mitações. do frio e das intempéries, ver tanto de do que um gráfico no qual podemos ler Deste modo, também aprendemos a dia como de noite, aliviar as nossas do­ alguns dados correspondentes a algu­ distinguir o que pertence ao nosso ser res quotidianas, vencer com certa faci­ mas qualidades, a alguns valores hu­ e o que resulta das circunstâncias e das lidade algumas doenças que, no passa­ manos. condições em que vivemos. do, dizimaram centenas de milhares de Cada qual possui características que lhe Em outras palavras, trata-se de distin­ indivíduos, receber à vontade água fria são próprias. Mas o que fazemos delas guir entre a nossa responsabilidade e a e quente..., mesmo assim estamos depende tanto das circunstâncias (as dos outros. imersos num certo desencanto e colo­ condições nas quais nos encontramos) Este é que é o verdadeiro espírito e o camo-nos sempre as mesmas questões como de nós mesmos, das nossas esco­ objetivo com que convém aprender as­ sem conseguir descobrir as respostas: lhas, dos nossos atos. Estes últimos não trologia. De onde viemos? Quem somos? Para estão inscritos no nosso mapa astral. Assim, entendemos que a astrologia se onde vamos? Em contrapartida, o fato de estarmos aproxima mais de uma arte de viver do Embora os progressos da ciência te­ predispostos para esta escolha em vez que do exercício de uma ciência. nham modificado os nossos costumes da outra, inclinados a produzir tal ato e N o entanto, para dominar esta arte, é no aspecto formal, no fundo as nos­ não outro, isso sim, está claramente ins­ necessário submeter-nos a regras e cál­ sas preocupações continuam sendo as crito. culos, análises e avaliações, métodos e de sempre. Assim sendo, não é errado afirmar que teorias, hipóteses e experiências, resul­ De fato, se nos embrenharmos seria­ o mapa astral serve de suporte para o tados e especulações, leis e consta­ tações. .. que recordam os trabalhos de mente no estudo das civilizações e das nosso próprio conhecimento e para o um laboratório. culturas do passado, constataremos que conhecimento da nossa vida ativa.

Como fazer a nossa primeira roda zodiacal Para entender a estrutura, a forma e a função do Zodíaco, é necessário que o saiba desenhar e inscrever nele os 12 signos zodiacais.

DESENHO DE UMA RODA ZODIACAL Para fazer uma roda zodiacal você pre­ cisa de uma folha de papel, um compas­ so, um transferidor, uma régua, um lá­ pis, uma borracha e uma esferográfica. O Com o compasso, desenhe dois cír­ culos: o primeiro, chamado círculo ex­ terior, com um raio de 7 cm; o segundo, o interior, com um raio de 5 cm. © Com a régua e o lápis, trace uma cruz no interior dos dois círculos. Esta será um ponto de referência que você poderá apagar depois de ter terminado a roda. Com o transferidor, divida a roda em 12 setores iguais.

© Destes 12 setores, o primeiro será o que tiver o bordo situado no lado es­ querdo da roda zodiacal e sob a barra horizontal da cruz que desenhou no interior. O O bordo do quarto setor ficará junto à barra vertical da cruz, na parte inferior da roda. © O bordo do sétimo setor ficará à frente do bordo do primeiro e à direita da barra vertical da cruz. © Finalmente, o bordo do décimo se­ tor ficará à frente do quarto setor e na parte superior da barra vertical e da roda.

© Com a esferográfica e a régua, divida em dois a superfície que sobra entre estes quatros setores, para situar os oito setores restantes. © Marque com a esferográfica os qua­ tro setores traçados conforme as ilus­ trações dos pontos 3 e 6. 0 Apague a cruz que você tinha de­ senhado no ponto 2 e ficando assim com uma roda zodiacal com 12 setores, no interior dos quais você pode inscrever os 12 signos astrológicos. Como você pode ver, não é assim tão difícil fazer a sua própria roda do Zodíaco.

COLOCAÇÃO DOS SIGNOS DO ZODÍACO Depois de ter desenhado a roda zodia­ cal, você poderá colocar os 12 signos astrológicos para elaborar o seu primeiro Zodíaco. Para fazer isso, primeiro deve nume­ rar de 1 a 12 o interior dos 12 setores da roda zodiacal. O primeiro setor da roda encontra-se à sua esquerda, de frente para você, sob a linha horizontal que divide o círculo em dois. Escreva o número 1 neste setor. Em seguida, escreva os outros números, do 2 ao 12, no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio (veja o esquema), sabendo que o setor 12 está situado jus-

Como se explica o sentido de rotação dos signos? A rotação da Terra em torno de seu eixo é o que produz a ilusão de que os astros se deslocam em sentido contrário ao dos ponteiros do relógio; isto é, de leste para oeste. A esfera celeste que envolve a Terra, e na qual se encontra o Zodíaco, segue o movimento de rotação do nosso planeta. Por esta razão, visto da Terra, o Sol parece deslocar-se pelos 12 signos, de leste para oeste, no decorrer do ano terrestre.

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justamente sobre o primeirocontrário ao dos ponteiros do relógio, setor. até chegar a 330 graus (330°), no co­ Por fim, dentro de meço do signo de Peixes. cada um dos 12 se­ Você acaba de elaborar o seu primeiro tores que acabou de Zodíaco. Pode entrar agora no universo numerar, pode es­ dos 12 signos, descobrir os símbolos e crever agora o no­ seus significados. me de cada um dos signos astrológicos QUADRO DE CORRESPONDÊNCIAS correspondentes, gi­ que indica as relações entre o grau 0 de rando no interior da cada signo astrológico e o número de graus roda zodiacal no sen­ do Zodíaco. tido inverso ao dos pon­ teiros do relógio, e na se­ 0 o de Áries = 0 o do Zodíaco guinte ordem: 0 o de Touro = 30° do Zodíaco 0 o de Gêmeos = 60° do Zodíaco Áries, 1.° signo do Zodíaco. 0 o de Câncer = 90° do Zodíaco o Touro, 2.° signo do Zodíaco. 0 de Leão = 120° do Zodíaco Gêmeos, 3." signo do Zodíaco. 0 o de Virgem = 150° do Zodíaco Câncer, 4.° signo do Zodíaco. 0 o de Libra = 180° do Zodíaco Leão, 5.° signo do Zodíaco. 0 o de Escorpião = 210° do Zodíaco Virgem, 6.° signo do Zodíaco. 0 o de Sagitário = 240° do Zodíaco Libra, 7.° signo do Zodíaco. 0 o de Capricórnio = 270° do Zodíaco Escorpião, 8.° signo do Zodíaco. 0 o de Aquário = 300° do Zodíaco Sagitário, 9.° signo do Zodíaco. 0 o de Peixes = 330° do Zodíaco Capricórnio, 10.° signo do Zodíaco. Aquário, 11.° signo do Zodíaco. Peixes, 12.° signo do Zodíaco.

GRADUAÇÃO DOS 12 SETORES DO ZODÍACO A partir do signo de Áries, à esquerda da linha horizontal que divide em dois o Zodíaco e que constitui o princípio do primeiro setor, escreva o grau zero: 0 o . N o final do primeiro setor, e portanto no princípio do setor se­ guinte, ao nível da linha de interseção que separa o signo de Áries do de Touro, marque o grau do Zodíaco. E assim su­ cessivamente, de setor em setor, de signo em signo, so­ mando sempre 30 graus, no sentido

Linguagem e símbolos astrológicos A linguagem astrológica é constituída por 32 símbolos; podemos dizer que estes símbolos são para o astrólogo o que as notas são para o músico.

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astrologia possui sua linguagem própria. Pode parecer obscuro aos iniciantes, mas é de grande utilidade no exercício da arte da interpretação de um mapa celeste ou de um mapa astral. A partir de agora, é conveniente observar com regularidade o quadro de símbo­ los astrológicos e empregar nossa me­ mória visual para poder assimilá-lo. A maneira de um músico que decifra uma partitura, um astrólogo versado sabe, com um rápido olhar, ler um ma­ pa astral. Por pouco experiente que seja o astró­ logo, pode dar-nos em um instante sua própria e pessoal interpretação conhe­ cendo tão-somente este esquema de símbolos. OS SÍMBOLOS DOS 12 SIGNOS DO ZODÍACO O símbolo de Áries, o primeiro signo do Zodía­ co, representa os chifres de um carneiro. T O símbolo de Touro, se­ gundo signo do Zodíaco, representa a cabeça de um touro com seus chifres. 0

O símbolo de Gêmeos, terceiro signo do Zodía­ co, é representado pelo traçado de duas linhas horizontais e paralelas, unidas por outras duas linhas verticais também paralelas, numa mitificação das estrelas alfa Castor e beta Pólux.

O símbolo de Câncer, quarto signo do Zodíaco, é representado por dois caracóis invertidos e en­ laçados, que fazem alu­ são às espirais das conchas e aos mo­ vimentos visíveis dos insetos na superfície da água. Por outro lado, este símbolo evoca também o yin e o yang chinês. 2>

O símbolo de Leão, quin­ to signo do Zodíaco, é representado por uma espécie de colchete defor­ mado. Na realidade, re­ presenta a juba de um leão, como tam­ bém o movimento do Sol no céu, que nesse período do ano começa a de­ clinar. S\

O símbolo de Virgem, sexto signo do Zodíaco, é representado por um m, cuja terceira perna é pro­ longada por um laço. É o símbolo do fim das colheitas e lembra a arquitetura dos antigos silos onde se guardava o grão. W

O símbolo de Libra, sé­ timo signo do Zodíaco, é representado por duas li­ nhas paralelas e horizon­ tais. A superior está visivelmente cur­ vada. Este símbolo faz alusão aos dois pratos de uma balança e à sua haste central. Porém, significa também o ocaso do Sol no horizonte, visto que

o signo de Libra coincide com o equinócio de O u t o n o , e anuncia o ocaso do dia. —

Os símbolos dos astros Sol: um círculo com um ponto no centro. Lua: uma meia-lua abaulada para a direita. Mercúrio: uma cruz com um círculo na parte superior, coroado por sua vez por um semicírculo. Vênus: uma cruz com um círculo sem coroa na parte superior, para não confundir com o símbolo de Mercúrio. É também o símbolo da mulher. (0 símbolo da Terra, ao contrário do de Vênus, é representado por um círculo rematado por uma cruz.) Marte: um círculo com uma seta sobre ele, orientada para o nordeste. É também o símbolo do homem. Júpiter: representado por um grande 4 estilizado. Saturno: uma cruz em cuja base foi traçado uma espécie de n minúsculo. Urano: um círculo com uma barra vertical colocada por cima e atravessada pela barra horizontal de um H maiúsculo. Netuno: o conhecido tridente do deus dos oceanos, Posêidon-Netuno, sob o qual figura uma cruz. Plutão: um círculo rematado com uma barra horizontal, sobre a qual descansa um V maiúsculo.

O símbolo de e s c o r pião, oitavo signo do Zo­ díaco, é semelhante ao de Virgem. Distingue-se de­ le pela seta que arremata a terceira perna do m no lugar do laço. Esta seta, orientada para o céu e para o futuro, é uma representação da se­ mente selecionada com cuidado nos silos, semeada na terra e que dará ori­ gem às próximas colheitas. % O símbolo de Sagitário, nono signo do Zodíaco, é simplesmente represen­ tado por uma seta cujo extremo se orienta para o céu, na direção nordeste. ■/ O símbolo de Capricórnio, décimo signo do Zo­ díaco, é representado por um V maiúsculo, em cuja segunda barra está sus­ penso um S estilizado e torneado. De fato, este símbolo representa o corpo de uma cabra ou de caprino macho e uma cauda de peixe, ou também a ver­ tente de uma montanha pela qual flui a água. Y? O símbolo de Aquário, décimo primeiro signo do 1 Zodíaco, é representado por duas linhas paralelas e em ziguezague, que repre­ sentam o efeito produzido pelo Sol (materializado sob a forma de linhas ondulantes) sobre o gelo e as torrentes de água. « O símbolo de Peixes, décimo segundo signo do Zodíaco, é representado por duas curvas ou dois semicírculos verticais, co­ locados um ao lado do outro e interli­ gados por um traço horizontal, que lem­ bram a figura de dois peixes: um com a cabeça para baixo, direcionada para as profundezas das águas, e o outro com a cabeça para cima, orientada para a superfície das águas. K

A Lua negra, os nós da Lua, a Parte da fortuna e os aspectos A Lua negra: uma foice sob a qual está inscrita uma cruz.

O nó norte da Lua: um colchete.

0 sextil: uma estrela com seis pontas. A quadratura: um quadrado, simplesmente. O trígono: um triângulo.

0 nó sul da Lua: um colchete invertido. A Parte da fortuna: um círculo com uma cruz no centro, que o divide em quatro partes iguais. OS ASPECTOS A conjunção: um círculo e um traço ligeiramente inclinado para a direita.

A oposição: dois círculos pequenos, unidos por uma pequena linha oblíqua vertical. Finalmente, o símbolo do planeta retrógrado: um R maiúsculo cuja perna inclinada é quebrada por uma pequena barra, em forma de cruz.

A cosmografia Depois de ter aprendido a desenhar uma roda zodiacal, você poderá compreender agora como esta foi engenhosamente colocada ao redor da Terra.

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alvez você tenha visto realmente signos no céu, ou talvez estes fos­ sem frutos de sua imaginação sensível, dos seus desejos, da sua necessidade de não se sentir sozinho no mundo e no universo. Mas o certo é que o homem milenar es­ tabeleceu relações mágicas com a natu­ reza e uma comunicação privilegiada com os céus. Para abarcar o vasto céu, que podia ser ao mesmo tempo maravilhoso e angus­ tiante, ele povoou-o de animais conhe­ cidos da Terra. Agiu de tal forma que, ao colocar no céu alguns pontos de referência, alguns ele­ mentos, algumas formas de vida e uma série de símbolos extraídos do seu uni­ verso tribal, conseguiu comunicar-se com o céu. Dirigia-se a ele e o céu res­ pondia-lhe.

A origem da palavra Zodíaco Zodíaco significa "roda dos animais", mas também "círculo dos seres vivos". Do termo grego zôidion, animal ou ser pequeno, deriva zôidiakos, zodíaco; mas, na sua origem, ambos os termos derivam de zôion, ser vivo.

O astrólogo (do grego astron, estrela, e logos, discurso) é a pessoa que fala de ou com as estrelas". Poderíamos acres­ centar que é a pessoa a quem as estre­ las falam. Com efeito, os conhecimentos adquiri­ dos permitem-lhe observá-las com aten­ ção, para depois consultá-las e tirar suas próprias conclusões. Como é possível? Quais são os elemen­ tos, os critérios, os princípios empre­ gados para sustentar seu discurso? Isto é o que você vai aprender graças à cosmografia (do grego kosmos, tradu­ zido por "universo", mas cujo primeiro sentido era "ordem", e graphicos, que si­ gnifica "relativo à escrita ou que está es­ crito"; ou seja, o universo ou a ordem escrita).

0 UNIVERSO, A ORDEM E 0 TEXTO Fruto ou produto da terra, o homem, que não tinha no começo, nem a priori, nenhum poder sobre os elementos e as forças da natureza, outorgou-lhes um caráter mágico. Rapidamente descobriu que, ao contrário dele, que era mortal e cuja presença sobre a Terra não era eterna, o fogo, a terra, o ar e a água se transformavam ou amalgamavam com o tempo, para voltarem a aparecer sob aspectos que lhe eram familiares (as es­ tações, por exemplo). Precisou, por­ tanto, estabelecer algumas proteções contra estes elementos — previsíveis porém perigosos devido às múltiplas formas que podiam adotar —, para que sua sobrevivência e sua vida na Terra fossem possíveis. Da mesma maneira, impôs limites ao céu organizando pou-

Deste modo, gravaram na memória a pouco a pouco um modelo que já conhe­ organização do céu. Assim, de geração cia: o ordenamento do seu território. A em geração, puderam transmitir-se va­ partir de então, compreende-se melhor liosas informações, muito úteis para a a razão pela qual a ordem e o universo sobrevivência da comunidade e para o são designados com a mesma palavra: desenvolvimento da inteligência e da kosmos. É óbvio que o universo não é consciência. Mais tarde, o caráter vital caótico, estando, pelo contrário, bem desta ordem incentivou-os a deixar um estruturado, tal como a Terra, o chão vestígio escrito para que, depois deles, sobre o qual o homem se mantém em os fenômenos, dos quais foram teste­ pé sem cair. munhas e que podiam repetir-se com De qualquer forma, nossos antepassa­ efeitos semelhantes, não fossem nunca dos também compreenderam que a esquecidos. Terra estava suspensa no vazio por um fio — o da atração que o Sol exerce sobre ela —, e que se desloca a grande velocidade no espaço, arrastando em sua louca corrida um cortejo de planetas. Por outro lado, nem sequer podiam imaginar que a Terra se movia sob seus pés e efetuava um movimento de ro­ tação sobre si mesma. Enquanto con­ templavam o céu, viam que as estrelas também se deslocavam e como os pla­ netas luminosos (o Sol e a Lua) brinca­ vam de esconde-esconde, aparecendo e desaparecendo no céu alternadamente, perseguindo-se sem se encontrarem.

A RODA ZODIACAL O Zodíaco é uma roda fictícia, um cír­ culo imaginário de 360 graus, estabele­ cido em volta da Terra para observar os movimentos dos astros. Mas por que ele foi colocado deste modo? Para isso, se­ guiu-se o movimento "aparente" do Sol em volta da Terra, em torno da denomi­ nada elíptica. A partir desta linha, foi constituída a "zona celeste": um círculo de cerca de 17 graus de amplitude, que corresponde ao espaço necessário para observar a des­

locação dos astros considerados pelo as­ trólogos. Deste modo, o Zodíaco, ou zona celeste, foi situado em uma esfera celeste, também produto da imaginação, e cujos pontos de referência são estrita­ mente idênticos aos estabelecidos para medir a Terra. O grau zero do Zodíaco encontra-se na interseção das linhas do equador celeste (prolongamento do equador terrestre no espaço e situado sobre a esfera celes­ te) e da elíptica. Este ponto de encontro chama-se ponto vernal, do latim ver­ ­us, primaveril, ou ponto gama. Nas anotações musicais antigas, a letra grega gamma era utilizada para designar a primeira nota, daí a palavra "gama". O Zodíaco é também denominado "tecla­ do simbólico". Astronomicamente, este ponto corres­ ponde à passagem do Sol do hemisfé­ rio sul para o hemisfério norte. Mas as­ trologicamente, este ponto coincide com a entrada do Sol em Áries, no grau zero do Zodíaco, em 21 de março, dia do equinócio da Primavera ou ponto vernal.

Longitude, latitude, equador e hemisfério A longitude é uma linha fictícia que percorre a superfície terrestre no sentido vertical. É de aproximadamente 180°, ou cerca de 12 horas a partir do meridiano de Greenwich, a oeste ou a leste do meridiano. A partir destas longitudes os horários são estabelecidos. A latitude é uma linha imaginária que percorre a superfície terrestre no sentido horizontal. É de aproximadamente 90° a partir do equador, para o norte ou para o sul. Longitudes

0 equador é uma linha fictícia e perpendicular ao eixo dos pólos da Terra, que corta o globo terrestre em duas partes iguais: os hemisférios. Os hemisférios são as duas metades do globo terrestre ou da esfera celeste que o envolve, separados no seu centro pela linha do equador terrestre e celeste. 0 hemisfério norte é denominado também setentrional ou boreal e o hemisfério sul, meridional ou austral.

Equador celeste Hemisfério boreal

Hemisfério austral

Ponto vernal

Elíptica Latitudes

Equinócio da Primavera, 21 de março, 0°, ponto vernal ou ponto gama

As efemérides Apresentação e método de utilização Para calcular um mapa do céu e elaborar um mapa astral, o astrólogo emprega três ferramentas: as efemérides, as tabelas das casas e os fusos horários mundiais. derá estabelecer as posições do ascen­ dente e as casas astrológicas. As posições dos astros indicadas nas efe­ mérides, sem as quais o astrólogo não poderia traçar os mapas do céu, estabe­ lecem-se em função do que chamamos "posições aparentes" dos astros. Para cal­ culá-las baseamo-nos no ponto vernal. Para que possamos compreender o que são as posições aparentes dos astros, é necessário ter em conta que em astrolo­ gia, assim como o que provavelmente acontece com nosso comportamento na vida, não fazemos outra coisa senão ob­ servar o que vemos a partir de onde esta­ mos. 0 TEMPO SIDERAL E AS POSIÇÕES APARENTES Basta imaginarmos que colocamos um Nas efemérides que pomos à sua dis­ telescópio no centro da Terra e o orien­ posição, você encontrará a indicação do tamos para um ponto concreto para ob­ tempo ou hora sideral, seguido das po­ servarmos um ou outro astro em um sições, dia a dia (para as zero horas), do determinado momento. Temos então, Sol, da Lua, Mercúrio, Vênus, Marte, diante dos nossos olhos, a posição Júpiter, Saturno, Urano, Netuno, Plutão aparente deste astro visto da Terra. Se nos colocássemos em outro lu­ e N ó lunar norte. O tempo sideral (ou TS) figura na coluna gar, como faria um astrônomo, seguinte à que mostra os dias do mês por exemplo, nossa visão das (números de ordem dos dias). Repre­ coisas seria muito diferente, já senta exatamente uma vigésima quarta que segundo parte de um dia sideral, que é o tempo o sistema que a Terra leva para realizar uma ro­ tação completa sobre si mesma, ou seja 24 horas ou um dia. O tempo sideral é indicado median­ te horas, minutos e segundos. E importante calcular a hora si­ deral do nascimento, gra­ ças à qual você po­

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s tabelas das casas e os fusos horá­ rios servem para calcular as posi­ ções exatas do ascendente e das casas astrológicas, a partir do ano, mês, dia, hora e local exatos de nascimento do indivíduo a ser analisado. Quanto às efemérides, estas contêm as posições dos astros no Zodíaco, dia a dia. Consultando as efemérides podemos sa­ ber exatamente a posição do Sol, da Lua, Mercúrio, Vênus, Marte, etc, nos sig­ nos, e no momento do nascimento de um indivíduo, isto é, a tal hora, tal dia, tal mês e tal ano.

heliocêntrico observamos tudo a par­ tir do Sol. Com efeito, tendo em conta que o Zodíaco é o espelho vivo do que somos, o princípio em si da astrologia baseia-se em uma projeção e uma toma­ da de consciência desta projeção. É isto que faz um astrólogo quando estabelece e, posteriormente, interpreta um mapa do céu ou um mapa astral. Ele se põe no papel de um espectador durante a proje­ ção de um filme, onde ele mesmo é ator, encenador e realizador. A partir daí, ve­ mos a grande importância que tem para um astrólogo a realização de um mapa do céu: consultando as efemérides, estas tabelas onde se inscrevem as posições do planeta, dia a dia, ele reúne as peças de um quebra-cabeças que, uma vez acabado, será um mapa do céu, isto é, um mapa do Zodíaco onde se inscrevem as posições exatas dos planetas em um dado momento. Em seguida, uma vez tendo feito os cálcu­ los e colocado o ascendente, o Meio do Céu e as restantes casas em seus lugares exatos do mapa do céu, um mapa astral é produ­ zido.

COMO LER AS EFEMÉRIDES? Para ler as efemérides, e assim saber a posição dos astros, é indispensável conhecer os símbolos e a linguagem astrológicos. As efemérides que colo­ camos à sua disposição distribuemse em 13 colunas: • N a primeira coluna aparecem os dias do mês; as iniciais em maiúscu­ las de cada dia permitem-lhe saber o dia que lhe corresponde. • Na segunda coluna aparece a hora sideral de cada dia, em função das zero horas. O primeiro número indica a ho­ ra; o segundo, os minutos; e o tercei­ ro, os segundos. • N a terceira coluna encontra-se a posição do Sol, dia a dia. O primeiro número indica o grau e o segundo os minutos. Assim será para o resto dos astros que figuram nas efemérides e também para o N ó lunar. O signo as­ trológico situado no começo desta co­ luna indica-nos o signo onde se en­ contrava o Sol no primeiro dia do mês às zero horas. Quando um novo signo astrológico aparece na coluna, anun­ cia que o Sol muda de signo. Para to­ dos os astros, trata-se sempre do signo seguinte no Zodíaco. • N a quarta coluna indica-se a po­ sição da Lua, dia a dia. Ao deslocar-

se tão rapidamente no Zodíaco, é nor­ mal que apareça um novo signo do Zodíaco mais ou menos de dois em dois dias. Isto indica que a Lua mudou de signo. Como veremos, os cálculos da posição da Lua em um mapa do céu são um pouco mais complexos que os demais. • N a quinta coluna figura a posição de Mercúrio no Zodíaco, dia a dia. • Nas sextas, sétima, oitava, nona, décima, décima primeira e décima segunda colunas aparecem respecti­ vamente as posições de Vênus, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, N e t u n o e Plutão, dia a dia. • Finalmente, na décima terceira e última coluna encontram-se as po­ sições do N ó lunar norte, que dia a dia se desloca lentamente no Zodíaco. Tenha em conta também que quando aparece a letra R maiúscula em uma co­ luna sobre uma linha correspondente a um dia, significa que o astro na coluna onde aparece esta letra é retrógrado (ou seja, retrocede) a partir deste dia; deste modo, visto a partir da Terra, dá a im­ pressão de retroceder no Zodíaco. Quando aparece a letra D maiúscula, significa que o astro correspondente volta a ser direto nesse dia concreto; quer dizer, que continua normalmente seu curso para a frente no Zodíaco.

Posição aparente Hemisfério boreal

Hemisfério austral

Ponto vernal

Elíptica

Alguns termos astronômicos A posição aparente é a posição para o qual se orienta um telescópio, situado no centro da Terra, para observar um astro em um momento determinado. A elíptica é o círculo, também aparente, que o trajeto do Sol desenha ao redor da Terra. 0 equador celeste é o prolongamento do equador terrestre, esfera imaginária situada em torno da Terra, em cujo interior se encontra a roda zodiacal. 0 ponto vernal é o ponto de interseção da elíptica com o equador celeste, quando o Sol, que se desloca sobre a elíptica, passa do sul para o norte. 0 ponto vernal corresponde ao grau 0 do signo de Áries e do Zodíaco. É o seu ponto de partida.

As tabelas das Casas Apresentação e modo de usar Já explicamos como calcular e encontrar as posições dos astros através das Efemérides. Agora ensinaremos a ler as tabelas das Casas, para que você possa descobrir as posições destas e dos ascendentes. o momento de aplicar as tabelas das Casas astrológicas e descobrir sua utilidade para calcular as posições dos ângulos e os astros, necessários para configurar um mapa do céu, você pode­ ria indagar: de que Casas se trata? de onde saem? para que servem? Tratare­ mos deste tema de forma detalhada mais adiante. Você precisa saber que a partir das Efe­ mérides, das tabelas das Casas e dos seus próprios conhecimentos elementares de matemática você poderá calcular, entre outras coisas, a posição exata do ascen­ dente. Dizemos exata, e não aproximada, como acontece muitas vezes no caso das tabe­ las propostas nas últimas páginas dos liv­ ros dedicados à astrologia ou a horósco­ pos que, ao apresentar uma exatidão apenas relativa, não podem excluir um certo número de erros.

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ALGUMAS OBSERVAÇÕES SOBRE 0 ASCENDENTE Os especialistas tratam as tabe­ las das Casas da mesma forma que com as Efemérides, com certa distância e ceticismo. Na realidade, são de simples utili­ zação, pois os as­ trólogos tra­ balharam para fazer com que suas ferramentas sejam as mais acessí­ veis e fiáveis possíveis. Portanto, não tenha ne­ nhum receio em trabalhar

com as Efemérides e as tabelas das Ca­ sas. Para aprender a ler e a usar estas tabelas você só precisa prestar um pou­ co de atenção, ter uma mente lógica e utilizar suas noções básicas de cálculo. Estas tabelas permitem desenhar um mapa astral a partir das seguintes coor­ denadas: hora, dia, mês, ano e lugar de nascimento. Assim, você descobrirá a posição exata do seu ascendente. Atualmente, o ascen­ dente, embora não saibamos bem o que significa, se transformou em um dado tão importante quanto o próprio signo. É normal dizer: "Nasci sob o signo tal e tenho tal ascendente". Assim, acredi­ tamos estar resumindo as características

fundamentais de nossa personalidade. Imaginamos, portanto, que você vai des­ frutar poder calcular, para você e para seus amigos, as posições do Sol natal e do ascendente. APRESENTAÇÃO DAS TABELAS DAS CASAS As tabelas das Casas com as quais você vai trabalhar são estabelecidas a partir dos 66 graus de latitude norte. N o en­ tanto, você as utilizará tanto para calcu­ lar o mapa astral de uma pessoa nasci­ da em um lugar situado na latitude sul, como ao norte do equador. Em outras palavras, graças às Efemérides e às tabelas das Casas que oferecemos

aqui, você estará em condições de traçar o mapa astral de uma pessoa nascida em qualquer lugar do mundo. A latitude que corresponde ao lugar de nascimento da pessoa da qual você vai calcular o ma­ pa astral está inscrita no começo de cada página das tabelas das Casas. Exemplo: o código inicial "01° N" significa "um grau de latitude norte". Abaixo deste, você vai encontrar 3 ta­ belas, integradas por 7 colunas cada. Na primeira, inscreve-se a hora e o tempo sideral (TS). A partir do TS, que logo você aprenderá a calcular, encontrará as posições exa­ tas do ascendente e das Casas astrológi­ cas que figuram nas 6 colunas seguintes. Vamos nos concentrar na página 01° N e imaginemos que, tendo realizado os cálculos a partir dos dados de nasci­ mento, estes nos enviam à décima linha de números inscritos na primeira tabela. Na primeira coluna, a da Hora Side­ ral, podemos ler: 0 36, isto é: 0 horas e 36 minutos. Na coluna seguinte, a que se refere ao Meio do Céu (MC) ou cúspide da Ca­ sa X, encontramos sua posição exata: 9 48, isto é: 9 graus e 48 minutos. Sabemos que cada signo do Zodíaco cobre 30 graus, portanto, o Zodíaco forma assim um círculo perfeito de 360 graus. Devemos encontrar em que signo do Zodíaco está situado o Meio do Céu e a cúspide da Casa X. Isto nos indica o símbolo do signo do Zodíaco situado mais próximo, sobre a linha que estamos consultando. Em nosso exemplo, trata-se de Áries. A partir daí, sabemos que o Meio do Céu se situa exatamente a 9 graus e 48 minutos do signo de Áries. Basta seguir este mesmo processo para saber as posições das cinco Casas res­ tantes. Aqui estão as posições exatas das Casas para nosso exemplo, a partir de suas Tabelas: • Meio do Céu ou Casa X (2.a coluna: MC): 9 48, isto é: 9 graus e 48 minutos do signo de Áries.

As Casas situadas no mapa do céu.

• Casa XI (3. a coluna: 11): 11 32, isto é: 11 graus e 32 m i n u tos do signo de Touro. • Casa XII (4.a coluna: 12): 10 51, isto é: 10 graus e 51 m i n u tos do signo de G ê m e o s . • Casa I ou ascendente (5. a coluna: ASC): 8 40, isto é: 8 graus e 40 minutos do signo de Câncer. • Casa II (6.a coluna: 2): 6 50, isto é: 6 graus e 50 minutos do signo de Leão. •Casa III (7. a coluna: 30): 7 21, isto é: 7 graus e 21 minutos do signo de Virgem. Da mesma forma que com as Efemé­ rides, quando na mesma coluna apa­ rece um novo signo do Zodíaco, este é o que levaremos em conta. Final­ mente, para situar as outras seis Casas

astrológicas —já sabemos que existem doze Casas, mas para as Tabelas só estão indicadas seis delas —, você só precisa inscrevê-las nos pontos exa­ tamente opostos a cada um dos sig­ nos do Zodíaco que você acaba de des­ cobrir. Deste modo, você comprovará que o mapa do céu fica assim configurado: A cúspide da Casa VII encontra-se sempre no eixo da cúspide da Casa I ou ascendente, que se situa, em nosso exemplo, a 8 graus e 40 minutos do signo de Câncer. A Casa VII estará, deste modo, situada a 8 graus e 40 minutos do signo de Ca­ pricórnio (que se encontra em frente de Câncer no Zodíaco). Continue com este mesmo procedi­ mento com as outras cinco Casas. Vol­ taremos a este ponto mais adiante.

A domificação ou cálculo das posições das casas (I) Agora que você estáfamiliarizado com a cosmografia, as efemérides e as tabelas das casas, vamos aprender a calcular um mapa astral.

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o latim domus, que significa casa e que vemos também em "domi­ cílio" e "domínio", o termo domificação é utilizado exclusivamente pelos astrólo­ gos para designar o procedimento de cálculo das posições das casas no Zodía­ co, estabalecidas a partir do dia, mês, ano, hora e local de nascimento. Em um primeiro momento, a partir destas informações, indispensáveis para desenhar o mapa do céu, você poderá ter uma idéia aproximada das posições dos astros em um dia determinado. Bas­ ta simplesmente consultar as efeméri­ des. Alguns destes astros, como Netuno ou Plutão, que se movem lentamente no Zodíaco, dão a impressão de serem

imóveis — o que não passa de uma ilu­ são — e suas posições poderão ser real­ mente exatas. Mas nunca se pode conseguir saber a posição exata da Lua — que percorre até 13 graus do Zodíaco em um dia —, do ascendente e das outras 11 casas, sem a ajuda de cálculos.

A METODOLOGIA Para os cálculos, você precisa de uma folha de papel, uma caneta, uma régua, o Livro de Efemérides e o Livro das Ta­ belas das Casas. Assim, você já tem tu­ do que precisa em um primeiro mo­ mento. Para calcular as posições das casas no Zodíaco da maneira mais fácil

possível, escolhemos de propósito um exemplo para o qual você não terá que consultar as tabelas horárias nem con­ tar as latitudes e as longitudes, que trata­ remos mais adiante. Com referência a isto, insistimos que, para iniciar-se na astrologia, seja para a realização dos cál­ culos, seja para a interpretação de um mapa astral, não se deve nunca ser im­ paciente. A melhor maneira de reali­ zar com êxito todos as etapas indispen­ sáveis para a prática da arte da astrologia é seguir uma metodologia lenta e rigo­ rosa. Se necessário, você deve reler vá­ rias vezes as explicações que lhe damos e não duvide em revê-las uma por uma, para se assegurar de que compreendeu

tudo bem e não se esqueceu de ne­ nhum detalhe. Além disso, se possí­ vel, evite o uso da calculadora. Com efeito, para calcular um mapa astral, vo­ cê terá de ter em conta, ao mesmo tem­ po, medidas do tempo (horas, minutos e segundos) e medidas de arco de círcu­ lo (graus, minutos e segundos). Assim, tanto em um caso como no ou­ tro, é preciso utilizar um sistema de con­ versão: isto é, converter os segundos em minutos e os minutos em horas (quan­ do se tratar de medidas de tempo), e os segundos em minutos e os minutos em graus (quando se tratar de medidas de arco de círculo). Mas também, para facilitar as coisas, eli­ minaremos os segundos, visto que não são muito importantes para seus cálcu­ los e não figuram nas efemérides que pusemos à sua disposição. Para situar os astros no Zodíaco, você terá que levar em conta, principalmente, os graus. Certo número de minutos de um arco de círculo podem ser suscetí­ veis de acrescentar 1 grau na posição de um astro, particularmente se se trata da posição da Lua. Uma distância de 1 ou 2 graus pode ou deslocar o astro em questão de um signo para outro, ou revelar ou não um aspecto de outro astro situado no Zo­ díaco. U m aspecto é o ângulo formado por dois astros no Zodíaco do mapa astral. Por exemplo, a Lua situada a 29 graus do signo de Áries pode, por 1 ou 2 graus, aproximadamente, situar-se no signo de Touro, e isto torna-se muito importante para uma interpretação cor­ reta e precisa: uma Lua em Áries e uma Lua em Touro não têm o mesmo sig­ nificado. Assim, vemos como a ausência ou pre­ sença de um determinado aspecto em um mapa astral pode pesar em sua in­ terpretação.

Para assinalar o dia 22 de janeiro de 1963, coloque sua régua sob a linha do dia 23 (e não do dia 22) de janeiro.

PRIMEIROS PASSOS PARA OS CÁLCULOS Tomemos como exemplo a seguinte data e local de nascimento: 22 de ja­ neiro de 1963, às 15:30, em Salvador. Consulta das efemérides O primeiro passo no procedimento do cálculo de um mapa astral é consul­ tar as efemérides do ano, mês e dia em questão. Note que não dissemos do dia, mês e ano, mas ao inverso. Com efeito, as efemérides agrupam-se por anos. Para cada ano, você dispõe de 12 ta­ belas que correspondem aos 12 meses do ano, em cada uma das quais, na pri­ meira coluna da esquerda, figuram os dias do mês que lhe interessam. A par­ tir daqui, você deve encontrar nas suas efemérides a página que corresponde ao ano de nascimento e em seguida a tabela do mês de nascimento. Final­ mente, na coluna da esquerda da tabela do mês de nascimento, você encon­ trará o dia de nascimento. Exemplo: Para o dia 22 de janeiro de 1963, pro­ curamos em primeiro lugar as páginas que correspondem ao ano de 1963; a seguir, a página onde figura a tabela

do mês de janeiro desse ano. Depois disso, desça progressivamente pela co­ luna da esquerda onde está escrita a pa­ lavra "dia" até chegar ao 22. Aqui vemos que aparece a inscrição "T 22". Cada letra maiúscula corresponde a um dia da semana. "T" é a letra de terça-feira. Na linha que aparece de­ pois de terça-feira 22 de janeiro de 1963, aparece, evidentemente, quartafeira 23, assinalado como "Q 23". (Observe que a letra Q serve tanto para quarta como para quinta-feira, apare­ cendo logicamente em ordem crono­ lógica, o mesmo acontecendo com a letra S, que significa sexta-feira e sá­ bado.) Agora coloque a régua na tabela do mês de janeiro de 1963 sob a linha do dia 23 de janeiro (e não sob a linha do dia 22 de janeiro!). Com efeito, as efemérides mostrarão as posições dos astros a cada 0 hora. Como o nascimento da pessoa cujo mapa astral queremos elaborar foi às 15:30h, teremos que levar em conta a distância percorrida por cada astro du­ rante esse dia: primeiro, entre 22 de ja­ neiro à 0 hora e 23 de janeiro à 0 hora e, em seguida, entre 22 de janeiro à 0 ho­ ra e 22 de janeiro às 15:30h, como ve­ remos na ficha seguinte.

A domificação ou cálculo das posições das Casas (II) Depois de consultar as Efemérides, podemos realizar o cálculo das posições do Sol e da Lua

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ocê já localizou o dia, nas tabelas das Efemérides, a partir da data de nascimento da pessoa cujo mapa astral estamos fazendo. Agora, você poderá deduzir o Tempo Sideral, indicado co­ mo TS na segunda coluna da tabela, e a posição dos astros no dia de nasci­ mento à 0 hora e no dia seguinte à 0 ho­ ra. Você também já colocou a régua sob a linha M 23, que corresponde ao 23 de janeiro na tabela. Depois de haver anota­ do o dia, mês, ano, hora e lugar de nasci­ mento — no exemplo: 22 de janeiro de 1963, às 15:30h, em Salvador —, ano­ te as indicações que aparecem em cada coluna das Efemérides na linha corres­ pondente ao dia de nascimento da pes­ soa do exemplo e as do dia seguinte.

N o começo da segunda coluna figuram as letras TS (Tempo Sideral): mais tarde, você precisará dos dados desta coluna para realizar os cálculos. Por enquanto, anote os números que aparecem nesta coluna na linha de 22 de Janeiro, linha T 22. Nela aparecem: 8, 2, 31, que sig­ nifica: 8 horas, 2 minutos, 31 segundos. Anote em seu caderno: TS: 8 horas 2 minutos 31 segundos. Não é preciso copiar o TS que aparece na linha 23 de janeiro porque ele não se­ rá necessário. Com efeito, você só preci­ sará das posições que correspondem ao dia de nascimento e ao dia seguinte no momento da realização dos cálculos re­ lativos aos astros, para poder calcular a distância percorrida por cada astro em O cálculo do mapa astral requer uma boa organização prévia.

24 horas. Graças ao TS do dia de nas­ cimento, você poderá calcular as posições do ascendente e das Casas. N o entanto, antes de iniciar os cálculos, é aconselhável continuar suas pesquisas nas tabelas das Efemérides e anotar todas as posições dos astros, no dia de nasci­ mento e no dia seguinte. Assim, não será mais necessário voltar a consultá-las, concentrando-se exclusi­ vamente nos cálculos. Proceda da se­ guinte forma: Sem perder a linha T 22, observe que no início da terceira coluna aparece o símbolo do Sol. Sob este símbolo as­ trológico, na linha que corresponde a 1o de janeiro de 1963 à 0 hora, o Sol tran­ sitava ou estava em Capricórnio. Desça ao longo da coluna. Você logo ob­ servará que na linha 21 de janeiro, apa­ rece o símbolo de Aquário. Isto nos in­ dica que, neste dia, o Sol entrava em Aquário. Este é o símbolo no qual deve­ mos nos concentrar, pois entre I o de ja­ neiro à 0 hora e 21 de janeiro à 0 hora, como indicam as Efemérides, o Sol mu­ dou de signo. Em seu caderno, embaixo dos dados re­ ferentes ao Tempo Sideral, escreva: Sol em Aquário. Portanto, a pessoa do exemplo é Aquá­ rio, pois o que determina o signo é a po­ sição do Sol em Zodíaco. Anote os nú­ meros que aparecem nesta coluna, nas linhas T 22 e Q 23. Faça a seguinte ano­ tação: Sol em Aquário em 22 de janeiro a 1 grau 15 minutos (Io 15') e em 23 de janeiro a 2 graus 16 minutos (2o 16'). Com efeito, aparecem dois números em cada uma das colunas. O pri­ meiro número revela a posição do astro em graus; o segundo, a posição do astro em minutos. Aqui, os cálculos já não são mais feitos utilizando as medidas de tempo, como com o TS, mas sim com as medidas de um arco de cír­ culo (graus e minutos).

Uma vez encontradas as duas posições do Sol, consulte a coluna seguinte (a quarta), onde estão indicadas as posições da Lua. Com efeito, no começo da coluna figura o símbolo astrológico deste astro. Sob este, você poderá ver o símbolo astro­ lógico do signo de Peixes, que indica que a Lua transitava ou estava neste signo em 1o de janeiro deste ano, à 0 hora. Descendo ao longo da coluna até en­ contrar os dias que nos interessam, po­ demos observar numerosos símbolos de signos astrológicos. Isto se deve ao fato da Lua se deslocar rapidamente no Zo­ díaco, percorrendo até três graus por dia. Em pouco mais de dois dias, transita em um signo e em seguida entra em outro. Na linha T 22, na coluna da Lua, estão marcados os números 17 29, os quais você já sabe que significam 17 graus 29 minutos. O signo astrológico onde se encontrava a Lua a 17 graus 29 minutos, em 22 de janeiro à 0 hora, está indicado na linha anterior: trata-se de Sagitário.

Dado que não aparece nenhum outro símbolo astrológico na linha do 22 de janeiro, a Lua não mudou de signo entre 21 de janeiro à 0 hora e 22 de janeiro à 0 hora. Anote em seu caderno: Lua em Sagitário em 22 dejaneiro a 17 graus 29 minutos. Em seguida, determine a posição da Lua no dia seguinte, 23 de janeiro, na linha Q 23. Você observará então que o sím­ bolo encontrado é o de Capricórnio. A partir daí, você sabe que entre 22 de janeiro à 0 hora e 23 de janeiro à 0 hora, a Lua passou de Sagitário a Capricórnio. Escreva em seu caderno o seguinte: Lua em Sagitário em 22 dejaneiro a 17 graus 29 minutos. Lua em Capricórnio em 23 de janeiro a 0 grau 19 minutos.

A domificação ou cálculo das posições das Casas (III) V

ocê já conhece as posições do Sol e da Lua nos dias 22 e 23 de janeiro, anotadas em seu caderno. Faça agora o mesmo com o resto dos astros — Mer­ cúrio, Vênus, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão — , e o mesmo com o N ó lunar norte, indicado na úl­ tima coluna das efemérides, a partir da qual poderá situar exatamente no seu lado oposto o N ó lunar sul. Ponha de lado, por enquanto, as posições plane­ tárias, que em seguida lhe permitirão cal­

cular a situação exata dos astros no ma­ pa astral da pessoa do exemplo, para se dedicar agora, exclusivamente, ao cálcu­ lo das posições do ascendente e das Ca­ sas. Para isso, tenha em conta o seguinte: 1. A hora de nascimento da pessoa da qual vai elaborar o mapa astral, chamada hora oficial. 2. A hora local, isto é, a hora que cor­ responde, determinada exatamente pela longitude, ao local geográfico onde se

deu o nascimento. Para tanto, consulte as longitudes ou fusos horários, estabe­ lecidos em volta da Terra a partir do me­ ridiano de Greenwich, que corresponde a 0 grau de longitude, 0 hora. A hora lo­ cal pode também ser chamada "hora so­ lar", já que é a hora que se estabelece a partir do nascer, zênite, pôr e nadir do Sol em função de um determinado local geográfico.

hora oficial + ou - hora local + ou hora de Verão ou adiantamento da hora + Tempo Sideral = hora sideral ou tempo sideral de nascimento, inscrito também na primeira coluna (TS) das ta­ belas das Casas.

ACHAR A HORA LOCAL REAL DE NASCIMENTO

3. A hora de Verão ou adiantamento da hora, hora fictícia imposta tanto por razões históricas, políticas ou econômi­ cas e que acrescenta 1 ou 2 horas, con­ forme o caso, à hora local. 4. A hora ou tempo sideral, indicada na primeira coluna do seu Livro das Efemérides e que aparece anotada como TS (Tempo Sideral). Os cálculos que lhe permitirão obter a posição do ascendente e das casas re­ sumem-se na seguinte operação:

Ao iniciar os cálculos de um mapa as­ tral, você já conhece a hora oficial, ou seja, a hora de nascimento da pessoa em questão, que lhe foi indicada j u n ­ tamente com sua data e local de nas­ cimento. N o início, terá de transfor­ mar esta hora oficial na hora local real. Para isso, você deve ter em conta dois elementos: 1. A latitude e a longitude do local de nascimento. 2. As eventuais horas de Verão ou adiantamento da hora vigentes no país e cidade onde a pessoa nasceu. Lembre-se que a pessoa do nosso exemplo nasceu em Salvador. N o seu livro das Horas no Mundo, consulte a tabela de latitudes e longitudes das principais cidades do mundo. A linha que corresponde à cidade de Salvador indica: latitude: 16° 56' S, longitude: 02H 340, o que significa que esta cidade se situa a 16 graus e 56 minutos de latitude

Sul e a 2 horas e 34 m i n u t o s de longitude Oeste. Para facilitar as coisas, apresentamos aqui as longitudes, não em graus e mi­ nutos, mas sim em horas e minutos, devido aos fusos horários — que per­ mitem saber a hora de Nova Iorque quando se está em Paris — serem es­ tabelecidos a partir das longitudes. Sendo assim, é necessário somar 4 mi­ nutos de tempo por cada grau de lon­ gitude Leste ou subtrair os mesmos 4 minutos de tempo quando se tratar de longitudes Oeste. Anote em seu caderno: latitude 16° 56' S e longitude 02 H 34 O. O grau de latitude será útil mais tarde para consultar as Tabelas das Casas. Em seguida, você verá que terá que levar em consideração esses 34 minu­ tos quando trabalhar com a hora ofi­ cial de nascimento, já que a hora in­ dicada pela longitude de Salvador é igual a 02 H 34 O. Em seguida, consulte as tabelas horá­ rias do Brasil no seu livro de Horas do M u n d o para identificar um pos­ sível adiantamento da hora. Observe que na data que nos interessa não havia horas de Verão. A seguir, faça a operação seguinte: 15 h 30 (hora oficial - 2 horas 34' (hora local) = 12 h 56' (hora local real).

SELEÇÃO DOS PRINCIPAIS FUSOS HORÁRIOS no mundo

A domificação ou cálculo das posições das Casas (IV) S

abendo a hora local real, podemos descobrir a hora sideral, a partir da qual serão reveladas as posições das 12 Casas astrológicas e do ascendente.

CÁLCULO DA HORA SIDERAL DE NASCIMENTO Podemos resumir este cálculo em uma simples soma. De fato, basta acres­ centar o Tempo Sideral, inscrito na segunda coluna das Efemérides (TS), à hora local real que você já calcu­ lou. 8 horas 2 minutos 31 segundos + 12 horas 56 minutos = 20 horas 58 minutos 31 segundos Portanto, a hora sideral de nascimento da pessoa cujo mapa astral estamos cal­ culando é: 20 horas 58 minutos 31 segundos.

Considerando que para realizar uma carta astral para uma pessoa nascida no hemisfério sul é necessário acrescentar 12 horas à hora sideral (veja a ficha 35 desta seção: Utilização das Efemérides e cálculos para o hemisfério sul) a hora sideral real no nascimento será 20 horas 58 minutos 31 segundos + 12 horas — 32 horas 58 minutos 31 segundos Sendo o resultado mais de 24 horas, você deverá subtrair 24 horas. Portanto a hora sideral real de nas­ c i m e n t o para a pessoa de nosso exemplo é 8 horas 58 minutos 31 segundos

COLOCAR 0 ASCENDENTE E AS 11 CASAS RESTANTES Na ficha anterior, indicamos que você anotasse a longitude e a latitude corres­ pondentes ao fuso horário da cidade de nascimento (Salvador), isto é 16° 56' S. Esta latitude é o primeiro dado que nos permitirá descobrir a posição das 12 Casas. Agora, consulte as Tabelas das Casas e encontre a tabela correspondente à latitude 16° Norte, visto que as Tabelas das Casas que oferecemos são válidas para o hemisfério norte e para o hemis­ fério sul. As tabelas que você possui vão do primeiro grau (01°) até o sexagésimo quinto grau (65°) de latitude Norte. Você só vai encontrar aí os graus ímpares. Você terá que fazer uso do grau de latitude que mais se aproxime da posição que lhe in­ teressa. O grau do nosso exemplo, 16° 56', está mais próximo do 17°. Assim, você terá que consultar as tabelas que correspondem a 17°.

Calcule o Tempo Sideral nas Tabelas das Casas Nas Tabelas das Casas, procure as duas páginas intituladas "Tabela das Casas 17° N 00' "). Em cada uma delas figuram 21 colunas, no alto das quais encontramse letras maiúsculas e números. TS indica a coluna do Tempo Sideral. Observe que, em cada página, figuram sistematicamente 3 colunas chamadas TS. Nas colunas TS das páginas 17° N', busque a hora sideral de nascimento que você já calculou: 8 horas 58 m i ­ nutos 31 segundos, tendo em conta que os segundos não aparecem. Nas tabelas das casas, escolherá sem­ pre o TS mais aproximado ao que obte­ ve com os seus cálculos. Por essa razão, é importante anotar os segundos quan­ do você calcular a hora sideral de nas­ cimento. Assim, o que nos interessa são as 9 horas, tempo mais aproximado das 8 horas 58 minutos 31 segundos que figura nas tabelas. Lembre que o Tem­ po Sideral é indicado com intervalos de 4 minutos. Esta hora sideral corresponde ao Tem­ po Sideral que aparece nas colunas. De

fato, para realizar os cálculos, lembrese que você começou de um Tempo Sideral indicado na segunda coluna das Efemérides. Tratava-se do TS para 0 horas. Depois de ter realizado os cálculos, você terá encontrado a hora sideral de nas­ cimento da pessoa em questão, isto é, o Tempo Sideral que corresponde à hora real de nascimento. Portanto, esta hora sideral é, igualmente, um Tempo Sideral. Em outras palavras, quando calculamos as posições das Casas, ou domificação, partimos sem­ pre de um TS base, que aparece nas Efemérides e que corresponde ao dia, mês e ano de nascimento, para chegar ao TS que corresponda ao dia, ano e hora (sideral) real de nascimento. Na primeira página que corresponde à latitude 17°, na terceira coluna TS, linha 16, você vai encontrar as 9 horas escri­ tas desta maneira: 9 0. Assim, a linha TS correspondente a 9 0 permitirá descobrir as posições das Ca­ sas para este exemplo, pois a linha an­ terior, 8 56, encontra-se mais longe de 8 h 58 m 31 s que 9 0.

Calcule a posição do Meio do Céu ou Casa X Para saber as posições das Casas relati­ vas a nosso indivíduo nascido em Sal­ vador, ponha uma régua sob a linha que corresponde a 9 0. Na coluna seguinte a este TS, você poderá ler os números 12-32, que significam 12 graus e 32 mi­ nutos. Na cabeça desta coluna figuram as le­ tras maiúsculas M C (Meio do Céu). Lembremos que o Meio do Céu co­ rresponde ao angular ou cúspide da Casa X Estes 12 graus e 32 minutos (12° 32') indicam, portanto, a posição do Meio do Céu ou Casa X. Para saber em que signo do Zodíaco está situada esta Casa, desça ao longo dessa coluna M C (desde o início). O primeiro símbolo que você vai encontrar é o signo de Leão. E neste signo que está a Casa? Continue descendo pela coluna. Entre esta linha e a que corresponde ao TS que lhe interessa, não existe mais símbo­ los. 12-32 significa, portanto, que o Meio do Céu ou Casa X do mapa astral está situado em 12° 32' do signo de Leão.

A domificação ou cálculo das posições das Casas (V) E

screva em seu caderno a posição do Meio do Céu, ou Casa X, que você encontrou nas Tabelas das Casas, da se­ guinte forma: MC ou Casa X: Leão 12° 32'. Sabendo que o angular ou cúspide de cada Casa se encontra no eixo do an­ gular de outra Casa, depois do M C ou Casa X pode anotar em seu caderno a posição do Fundo do Céu (FC) ou Casa IV, situada sistematicamente cm frente e no signo oposto. Trata-se efetiva­ mente, de uma lei imutável. Portanto, a partir de agora você pode seguir o há­ bito de anotar as posições das Casas que

são diametralmente opostas às que você obtiver das colunas das Tabelas das Casas. Assim, o signo oposto e complemen­ tar de Leão no Zodíaco é o signo de Aquário. Sob a posição do MC ou Casa X, anote o seguinte: FC on Casa IV: Aquário 12° 32'. Agora, determine uma por uma as po­ sições das 5 Casas restantes (XI, XII, I ou o ascendente, II e III), que são in­ dicadas nas colunas das Tabelas das

Casas e, obviamente, anote de passa­ gem as Casas situadas em frente a estas no Zodíaco. Para isso, opere exata­ mente da mesma forma que para en­ contrar o MC. Por exemplo, na coluna imediatamente seguinte à do MC, cujo encabeçamento é "11" (que significa Casa XI), e na linha correspondente ao TS que nos interessa, isto é 9 0, você pode ver os números 1424, isto é, 14° 24'. Para encontrar o signo onde se encontra esta Casa, basta subir ao longo da coluna c identificar seu sím­ bolo. Neste caso, trata-se do símbolo de Virgem. Portanto, escreva:

Casa XI: Virgem 14° 24'. A seguir, escreva a posição da Casa oposta, isto é: Casa V: Peixes 14° 24' Se você ainda não estiver familiarizado totalmente com o princípio das opo­ sições entre os signos do Zodíaco, tenha à mão o tabuleiro do Zodíaco. Assim, você poderá encontrar imedia­ tamente o signo oposto que corresponde a uma ou outra posição de uma Casa in­ dicada nas Tabelas. Seguindo o mesmo método, calcule as posições das demais Casas: Casa XII: Libra 14° 59' Casa VI: Áries 14° 59' Casa I ou ascendente (ASC): Escorpião 12° 33' Casa VII on descendente (DESC): Touro 12° 33' Casa II: Sagitário 11° 45' Casa VIII: Gêmeos 11° 45' Casa III: Capricórnio 11"31' Casa IX: Câncer 11" 31' Para que o levantamento e elaboração do seu mapa astral seja mais clara e le­ gível — sem que isso afete o nível de correção dos cálculos e mais ainda sua interpretação deste mapa do céu per­ sonalizado — você pode prescindir dos minutos do arco de círculo no mo­ mento de estabelecer a lista das posições das 12 Casas. Por outro lado, quando souber utili­ zar corretamente as Tabelas das Casas,

já não será preciso copiar estas posições em seu caderno. Quando tiver dese­ nhado a roda zodiacal, pode escrever di­ retamente as posições de cada Casa no exterior do círculo, partindo do Meio do Céu. Por enquanto, obrigue-se a fazer a lista em seu caderno para evitar qualquer possibilidade de erro: MC ou Casa X: Leão 12°. Casa XI: Virgem 14". Casa XII: Libra 14°. Casa I ou ASC: Escorpião 12".

Casa II: Sagitário 1 1°. Casa HI: Capricórnio 11" Casa IV ou FC: Aquário 12". Casa V: Peixes 14". Casa VI: Áries 14". Casa VII on DESC: Lauro 12". Casa VIII: Gêmeos 11". Casa IX: Câncer 11". Deste modo, você disporá de uma lista clara e completa das posições das 12 Casas. Em seguida, escreva-as em sua roda zodiacal e comece assim a levantar e elaborar um mapa do céu.

Por que temos que calcular o mapa astral? De fato, esta é uma pergunta que temos o direito de fazer em uma época em que o computador é o rei e onde existem cada vez mais programas informáticos de cálculos astrológicos de grande precisão, que permitem obter muito rapidamente as posições exatas das Casas e dos astros e, às vezes, oferecem na tela até mesmo o mapa total do céu naquele momento. Entretanto, embora este método nos economize tempo no momento de fazer os pesados cálculos e, obviamente, embora tenhamos todo o direito de utilizar um destes programas, isto não significa que não devamos saber calcular inteligentemente um mapa astral. É bom e indispensável saber quais são os princípios, elementos e suportes que formam a base dos cálculos e os

resultados que obtemos, ou que recebemos eletronicamente. Por outro lado, com certa experiência em interpretação de mapas astrais, começamos intuitivamente a interpretação ao mesmo tempo que realizamos manualmente o mapa do céu. Obtémse assim uma impressão de conjunto, graças aos elementos que vamos colocando no Zodíaco, impressão esta que nunca será a mesma que a que resulta ao observar um mapa astral já calculado e elaborado. Por isso, na medida de suas possibilidades e do tempo disponível, recomendamos sem dúvida realizar os cálculos pessoalmente e, principalmente, por pouco que possa, não deixe nunca de levantar um mapa astral mediante o método manual.

Montagem e realização de um mapa do céu

As casas

A

gora você já está em condições de inscrever cm seu Zodíaco as po­ sições exatas das 12 Casas e começar a constituir o seu mapa astral.

COLOCAÇÃO DOS 12 SIGNOS NO ZODÍACO DE SEU MAPA ASTRAL Você já sabe que no Zodíaco os signos giram no sentido inverso ao dos pon­ teiros do relógio. Quando desenhamos uma roda zodiacal, o signo de Áries situa-se sempre à esquerda. O começo de cada signo corresponde, portanto, ao grau 0 do Zodíaco. N o entanto, em nosso exemplo, você não desenhará um Zodíaco qualquer, mas o estabelecido segundo os dados das posições das 12 Casas que você já calculou previamente. O grau 0 de seu Zodíaco não se situa portanto no signo de Áries, mas cor­ responde exatamente ao grau do ascen­ dente que você obteve das Tabelas das Casas. Entretanto, como você poderá obser­ var, a primeira coisa que lhe é indicada nas tabelas é a posição do Meio do Céu. Para constituir o Zodíaco deste mapa astral você partirá, portanto, do signo onde se encontra a cúspide da Casa X (MC ou Meio do Céu), inscrevendo os símbolos dos 12 signos tal como você aprendeu.

Em seu bloco, você tinha anotado que o M C estava a 12° 32' do signo de Leão. A seguir, desenhe o símbolo deste signo no setor situado acima à esquerda de sua roda zodiacal © . Depois, a partir deste signo, inscreva os restantes, cada um em seu setor, percorrendo o círculo no sen­ tido contrário ao dos ponteiros do re­ lógio e seguindo, evidentemente, sua ordem no Zodíaco, ou seja: Leão, Vir­ gem, Libra, Escorpião... e assim por diante até o signo de Câncer, que pre­ cede o signo de Leão que você inscre­ veu. Desta forma, você terá constituído o Zodíaco de seu mapa astral © . COLOCAÇÃO DAS 12 CASAS NO ZODÍACO DE SEU MAPA ASTRAL Utilize uma régua e um lápis. Antes de continuar, verifique se os signos estão corretamente colocados no interior da roda zodiacal, se inverteu algum sím­ bolo ao desenhá-los ou se cometeu algum erro. Para fazer isto, consulte as fichas 2 e 3 da seção Aprender a Astrolo­ gia. Agora você já pode entrar na ver­ dadeira fase da montagem e realização de seu primeiro mapa astral. Sabendo que cada signo do Zodíaco consta de 30 graus, que o Meio do Céu (ou Casa X) está a 12° 32' do signo de Leão e o Fundo do Céu (ou Casa IV), situado

justamente na casa oposta, se encon­ tra a 12° 32' do signo de Aquário, co­ loque a régua no eixo formado pelos ângulos destas duas casas. Trace duas linhas retas para o exterior de seu Zo­ díaco, a partir de ambos os ângulos das referidas casas Q. Inscreva M C (Meio do Céu) no ex­ tremo superior da linha que determina sua colocação. Na interseção entre a re­ ferida linha e o Zodíaco, escreva X (ou seja, 10 em números romanos); em se­ guida, anote ao lado o grau que corres­ ponde à posição do ângulo da casa X. Faça o mesmo com o Fundo do Céu, mas no lado oposto: inscreva FC no ex­ tremo superior da linha que determina sua colocação; em seguida, anote IV na interseção da referida linha e do Zodíaco

Touro, respectivamente, continuando passo a passo do mesmo modo que fez com o eixo Meio do Céu - Fundo do

Céu©. Finalmente, coloque as Casas II e VIII, situadas nos signos de Sagitário e Gê­ meos respectivamente, bem como as Casas III e IX, que se encontram, a pri­ meira no signo de Capricórnio e a se­ gunda no de Câncer 0 .

co, e aponte o grau que corresponde ao ângulo da Casa IV Para trazer mais cla­ reza à realização do mapa astral, não ins­ creva os minutos. Anote, portanto, 12° ao lado de X e de IV 0 Você acaba de situar o eixo do Meio do Céu e do Fundo do Céu do seu mapa astral. Recorra então ao seu bloco para obter as posições das Casas V e XI que, como sempre, estão situa­ das diametralmente opostas, e se situam imediatamente depois das casas IV e X Você anotou que o ângulo da Casa XI estava a 14° 24' de Virgem e o da Casa V a 14° 24' de Peixes. Escreva, portanto, XI no ponto de seu Zodíaco a 14° de Virgem e, sempre no exterior e no extremo, anote os 14°. Faça o mesmo com a Casa V bem como com as Casas VI e XII que ficam depois das Casas V e XI O Em seguida, desenhe o eixo Ascenden­ te-Descendente, formado pelos ângu­ los das Casas I e VII, em Escorpião e

Você acaba de realizar a primeira etapa completa da montagem do seu mapa as­ tral: a domificação, que consiste em cal­ cular e obter as posições das casas me­ diante as Tabelas das Casas; bem como inscrever o Zodíaco no mapa astral, que você começou a constituir, e anotar as posições dos dois eixos Meio do Céu - Fundo do Céu e Ascendente-Descen­ dente e as 8 casas restantes.

Cálculo das posições dos astros

Introdução aos cálculos Uma vez colocadas as 12 Casas no Zodíaco no mapa astral, você poderá se concentrar nos cálculos das posições dos astros.

C

omo sabemos, no exato momento em que a pessoa de nosso exem­ plo nasceu — 22 de janeiro de 1963, em Salvador, às 15h 30 —, os astros en­ contravam-se colocados em posições muito precisas no Zodíaco. Para co­ meçar, você precisa calcular as posições do Sol e da Lua; os astros restantes se­ guirão as mesmas regras e quando es­ tiver familiarizado com estas operações — que podem parecer em princípio di­ fíceis, mas que na realidade são muito simples —, poderá fazer os cálculos mentalmente. De fato, o mais impor­ tante é o grau de posição de um astro e não os minutos e segundos. Atual­ mente, reconhecemos que dispomos

de programas informáticos muito so­ fisticados que nos permitem obter a po­ sição de um astro com grande exatidão, mas saber se Júpiter está a 21 graus 17 minutos e 32 segundos ou a 21 graus 17 minutos e 33 segundos de Aquário, por exemplo, não tem muita impor­ tância no momento de interpretar sua situação no signo e na casa juntamente com os aspectos.

PROCEDIMENTO PE CÁLCULO Para que você mergulhe na mecânica dos astros, é importante que domine o procedimento de cálculo de suas po­ sições, de maneira que a referida mecâ­

nica e o procedimento se tornem per­ feitamente claros para você. Poderíamos aqui traçar um novo para­ lelo entre o mapa do céu e a partitura musical, o astrólogo e o músico. De fato, tanto um como outro devem saber ler um código e dominar uma técnica que lhes permitirá interpretar as chaves co­ dificadas. Para chegar a este ponto, acon­ selhamos a seguir atenta e metodica­ mente as etapas que propomos e refazer tantas vezes quanto necessário os cál­ culos do nosso exemplo.

INICIAÇÃO AOS CÁLCULOS Na ficha n.° 9 desta seção, aconselha­ mos a obter as posições dos astros nos dias 22 c 23 de janeiro de 1963 à 0 hora através das Efemérides e copiá-las em seu caderno. Agora, trata-se de averiguar ; a posição do Sol à hora local real de nascimento já calculada. Você deve calcular sempre as posições dos astros a partir desta hora local real de nasci­ mento, e não a partir da hora oficial. Esta é uma regra absoluta.

Em nosso exemplo, a hora oficial de nascimento eram as 15h 30 e a hora local real as 12h 56. Será, portanto, esta última hora que levaremos em conta. Conhecemos a posição do Sol: em 22 de janeiro de 1963 à 0 hora: I o 15' de Aquário; em 23 de janeiro de 1963 à 0 hora: 2 o 16' de Aquário. Para saber a posição do Sol em 22 de janeiro de 1963 às 12h 56, você precisa realizar as quatro operações seguintes: I . Calcular a distância que, nesse dia determinado, o Sol percorreu no Z o ­ díaco em 24 horas. —. Calcular a distância que, nesse dia determinado, o Sol percorreu no Z o ­ díaco em uma hora e em seguida em um minuto. 5. Calcular a distância que, nesse dia determinado, o Sol percorreu no Z o ­ díaco em 12 horas e 56 minutos. 4 . Finalmente, para saber a posição exata no Zodíaco do mapa astral, em função da hora local real de nascimen­ to, basta somar o valor da distância que, nesse dia determinado, o Sol percorreu em 12h 56' e o valor de sua posição em 22 de janeiro à 0 hora.

As conversões Lembre-se que, para realizar os cálculos das posições dos astros no Zodíaco de um mapa astral, você terá muitas vezes que fazer conversões. De fato, lidamos com medidas de tempo que se calculam em horas, minutos e segundos e com medidas de arco de círculo que, neste caso, se contam por graus, minutos e segundos. Mas quer se trate de medidas de tempo quer de arco de círculo, a unidade de medida não é 1,10 nem 100, mas 60. Assim, 1 hora = 60 minutos. 1 minuto = 60 segundos. Do mesmo modo, 1 grau = 60 minutos de arco de círculo. E 1 minuto de arco de círculo = 60 segundos. Desta forma, quando o número de segundos em medida de tempo ou em arco de círculo que corresponde ao número que devemos deduzir for superior ao número de segundos que se tem de subtrair, é preciso converter sistematicamente 1 minuto do número superior em segundos (isto é, 1 minuto = 60 segun-

dos), que será somado ao número de segundos. Para ilustrar estas palavras, tomemos um exemplo de cálculo da posição do Sol poucos dias antes da data de nosso exemplo. Busque nas Efemérides o mês de janeiro de 1963 e procure as posições do Sol nos dias 8 e 9 de janeiro. Vemos que em 8 de janeiro à 0 hora o Sol se encontrava a 16° 59' de Capricórnio e que a 9 de janeiro à 0 hora estava a 18° 00' de Capricórnio. Para calcular a distância percorrida pelo Sol em 24 horas, devemos fazer uma subtração: 18° 00'-16° 59". Ora, não podemos subtrair 59' de 00'. Por isso temos que converter 1 grau do número superior (18° 00') em minutos, de maneira que a subtração seja possível. Tomamos 1 grau dos 18 graus que correspondem à posição do Sol em 9 de janeiro e o convertemos em minutos, ou seja: 18° 00' - 1o = 17° 00' + 60 (pois 1 grau = 60 minutos) = 17° 60'. Agora sim, podemos subtrair 16° 59' de 17° 60'.

Cálculo das posições dos astros

A posição do Sol Após ter aprendido em que consiste o cálculo da posição dos astros, com as quatro operações detalhadas você pode calcular a posição exata do Sol.

P

ara realizar este cálculo, tomamos nosso exemplo da pessoa nascida em 22 de Janeiro de 1963, às 15h 30' em Salvador, cuja hora local real de nasci­ mento são as 12h 56'. Trata-se portanto de encontrar a posição exata do Sol no Zodíaco em 22 de Janeiro de 1963, às 12h 56'. PRIMEIRA OPERAÇÃO Distância percorrida pelo Sol em 24 horas, naquele dia Para calcular esta distância, é preciso subtrair o valor correspondente à po­ sição do Sol, em 22 de Janeiro de 1963 à 0 hora, da que indica a posição do Sol a 23 de Janeiro à 0 hora, dados que você encontrará em suas efemérides. Ou seja: em 23 de Janeiro de 1963 à 0 hora: 2o 16'; a 22 de Janeiro de 1963 à 0 hora: Io 15'; portanto: 2o 16' - Io 15' = Io 01'. Deste modo, a distância que o Sol per­ correu naquele dia ao longo de 24 horas foi de 1 grau e 1 minuto. Para avançar de forma metódica e clara, aconselhamos a anotar em seu bloco os elementos e resultados da referida operação, bem como os obtidos em todas as que realizaremos depois. Através da prática, você se familiarizará rapidamente com estes cálculos, que acabarão por lhe parecer simples e na­ turais.

Por isso, é preciso converter 1 grau e 1 minuto — isto é, a distância percorrida pelo Sol — em minutos, de acordo com o sistema de conversões. Esta conversão é muito simples: Sendo 1 grau igual a 60 minutos de arco SEGUNDA OPERAÇÃO de círculo, ao qual você somará o mi­ Distância percorrida pelo Sol nuto restante, já que se trata de 1 grau em uma hora Para descobrir a distância percorrida e 1 minuto, o resultado obtido será, por­ pelo Sol em uma hora, será suficiente tanto, de 61 minutos (61'). dividir 1 grau e 1 minuto entre 24 horas. Neste momento, você já pode dividir N o entanto, como você pode constatar, 61 entre 24: 61:24 = 2. Ou seja: 2 minutos (2'). não é possível dividir 1 entre 24.

0 resto (a quantidade restante) da divisão é 13. Isto é, 13 minutos que não são di­ visíveis por 24, logicamente. Assim, vemo-nos obrigados a realizar outra conversão: do mesmo modo que 1 grau é igual a 60 minutos, 1 minuto é igual a 60 segundos. Multiplique, por­ tanto, os 13 minutos restantes por 60, ou seja: 13x60 = 780 ou 780 segundos (780"). Deste modo, já pode dividir 780 por 24: 780 : 24 = 32,5. Quer dizer: 32,5 se­ gundos (32,5").

Você já sabe que em 22 de Janeiro de 1963 o Sol percorreu, em uma hora, 2 minutos (resultado de sua primeira di­ visão depois da conversão) e 32,5 se­ gundos (resultado de sua segunda di­ visão depois da conversão). Quanto a esta segunda operação, di­ zemos que, se quiser, você também pode converter imediatamente 1 grau e 1 minuto em segundos, cujo resul­ tado você dividirá depois entre 24, re­ alizando previamente as seguintes ope­ rações: (i° = 60') + 01' = 61'x 60 = 3660". 3660 : 24 = 152,5". Para passar esta quantidade de segundos a minutos, divida o resultado entre 60, ou seja: 152,5 : 60 = 2'32,5". Obviamente, você vai obter sempre o mesmo resultado. Para que você não tenha que fazer e re­ fazer estes complicados cálculos, e sa­ bendo que todas as posições exatas dos astros na hora local real de nascimento são calculadas mediante o mesmo pro­ cedimento empregado para calcular a posição do Sol, juntamos uma tabela a este texto (ver quadro). Nela você vai encontrar cinco possíveis distâncias das mais comuns, para não dizer constan­ tes, percorridas pelo Sol em 24 horas ao longo do ano. Com efeito, o astro do dia não percorre nunca mais de 62 minutos nem menos de 58 minutos em 24 horas. N o entanto, obrigue-se igualmente a realizar os cálculos para adquirir prática.

TERCEIRA OPERAÇÃO Distância percorrida pelo Sol em 12 horas e 56 minutos Já sabemos que nesse dia o Sol perco­ rreu uma distância de 2 minutos e 32,5 segundos em uma hora.

Para achar a distância que terá percor­ rido em 12 horas e 56 minutos, basta efetuar uma multiplicação. Podemos re­ almente multiplicar 2 minutos e 32,5 se­ gundos por 12 horas e 56 minutos? Sim, mas temos que fazer algumas mo­ dificações, por assim dizer, para sim­ plificar o trabalho. Estas modificações consistem, em primeiro lugar, em arre­ dondar o número dos segundos que, como já explicamos, só têm uma im­ portância relativa na exatidão dos cál­ culos, visto que sabemos que o dado importante na posição de um astro são os graus. Portanto, em vez de trabalhar com 2 minutos e 32,5 segundos, será su­ ficiente ter em conta 2 minutos e 32 se­ gundos, omitindo o meio segundo. Em segundo lugar, 12 horas é um número inteiro de horas. Visto que 56 é apro¬ ximativamente nove décimas partes de uma hora (56: 60x10= 9,3), usaremos o número de hora sob esta forma: 12,9, visto que assim poderemos multiplicar mais facilmente. Atenção! Em seguida, a multiplicação dos graus, minutos e segundos de arco de círculo será realizada em várias eta­ pas. Em nosso caso, só contaremos com minutos e segundos. Multiplicar 2 minutos e 32 segundos por 12,9 con­ siste em multiplicar, em primeiro lugar, 2 minutos por 12,9. E, uma vez obtido o resultado devemos multipli­ car novamente, e à parte, 32 segun­ dos por 12,9 Finalmente, faremos uma conversão e somaremos os dois primeiros resulta­ dos para obter o resultado final. Nossa operação é, portanto, a seguinte: 2'32" x 12,9 = (2'x 12,9 = 25' 8") + (32" x 12,9 = 412"). Somando os segundos o resultado é 25' 420".

Tabela das distâncias percorridas pelo Sol em 24 horas e em uma hora 62' em 61' em 60' em 59' em 58' em

em 24 horas equivalentes a 2' 34" uma hora. em 24 horas equivalentes a 2' 32" uma hora. em 24 horas equivalentes a 2' 30" uma hora. em 24 horas equivalentes a 2' 28" uma hora. em 24 horas equivalentes a 2' 26" uma hora.

Agora devemos converter os 420 se­ gundos em minutos: 420 : 60 = T. Se a divisão tivesse resto deveríamos omiti-lo pelas razões acima referidas. Por fim, podemos somar estes 420 se­ gundos, convertidos e reduzidos a 7 mi­ nutos, aos 25 minutos: 25 + 7 = 32. Assim, sabemos que, em 12 horas e 56 minutos, em 22 de Janeiro de 1963, o Sol percorreu 32 minutos no Z o ­ díaco.

QUARTA OPERAÇÃO Posição exata do Sol às 12 h 56', no dia 22 de Janeiro de 1963 Esta última operação é uma simples soma, na qual o número que corres­ ponde à posição do Sol a 22 de Janeiro de 1963 à 0 hora (Io 15') será somado ao que corresponde à distância percorrida pelo Sol em 12 horas e 56 minutos (32'), que acabamos de calcular. Ou seja: Io 15' + 32 = Io 47. Assim, em 22 de Janeiro de 1963 às 12h 56', o Sol encontrava-se a 1 grau e 47 minutos de Aquário, dado este que você anotará em seu bloco.

Cálculo das posições dos astros

A posição da Lua As etapas a seguir e as operações que devemos utilizar para chegar ao resultado que nos interessa são as mesmas que as efetuadas no cálculo da posição solar. Portanto, basta seguir o mesmo procedimento.

D

a mesma forma que precisamos efetuar alguns cálculos para en­ contrar a posição exata do Sol no Z o ­ díaco, em 22 de janeiro de 1963 às 12h 56', vamos agora nos dedicar a achar a situação da Lua no mesmo dia e na mes­ ma hora.

ao passo que: Mas isso só pode ser feito algumas vezes, em 23 dejaneiro à 0 hora, encontram-se a 0o do mesmo modo como você não será 19' de Capricórnio. sistematicamente obrigado a fazer con­ Só resta, portanto, calcular a distância versões. N o entanto, no caso do exem­ que a Lua percorreu no Zodíaco em 24 plo em questão, não podemos evitá-las, pois durante as 24 horas a Lua mudou horas, naquele dia. N o entanto, não podemos deduzir 17 de signo. graus e 29 minutos de 0 graus e 19 mi­ Em um primeiro passo, devemos cal­ PRIMEIRA OPERAÇÃO nutos. É preciso fazer uma conversão. cular a distância percorrida pela Lua Distância percorrida pela Lua De fato, se a Lua se encontrasse a 29 para ir do seu ponto de partida em 22 graus e 32 minutos de Sagitário, em 23 de janeiro à 0 hora, isto é, 17 graus e em 24 horas Segundo as efemérides, sabemos que: de janeiro à 0 hora, o mais simples teria 29 minutos de Sagitário, até comple­ em 22 de janeiro à 0 hora, a Lua estava si­ sido deduzir os 29 graus e 32 minutos tar os 30 graus deste signo, que cor­ dos 17 graus e 29 minutos do dia an­ respondem evidentemente ao grau 0 tuada a 17° 29' de Sagitário, terior, para achar a distância percorrida do signo seguinte, Capricórnio. pela Lua em 24 horas. Este simples cál­ Vemos de imediato que ao subtrair 17 culo teria sido suficiente. graus a 30, sobram 29 minutos com os quais não sabemos o que fazer. De­ vemos portanto converter 1 grau, dos 30 em questão, em minutos, isto é: 30P = 29° 60'. A partir de agora, podemos subtrair 17 graus e 29 minutos de 29 graus e 60 mi­ nutos. 29° 60'- 17° 29' = 12° 31'. Deste modo obtemos a distância per­ corrida pela Lua no Zodíaco para che­ gar ao grau 0 do signo de Capricórnio. Mas a Lua não acabou seu trajeto nesse grau fronteiriço, pois em 23 de janeiro à 0 hora se situava a 0 grau e 19 mi­ nutos, tal como nos indicam as efe­ mérides. Daí que, para conhecer a dis­ tância real que a Lua percorreu em 24 horas, devemos acrescentar esses 0 grau e 19 minutos aos 12 graus e 31 minutos, resultado dos nossos cálcu­ los: 12° 31' + 0o 19' = 12° 50'. E assim encontramos a distância per­ corrida pela Lua em 24 horas, naquele dia.

SEGUNDA OPERAÇÃO Distância percorrida pela Lua em uma hora Sabendo que a Lua percorreu uma distância de 12 graus e 50 minutos em 24 horas daquele dia, convertemos primeiro os 12 graus e 50 minutos em minutos. Deste modo: (12 x 60) + 50 = 110' ou 12x60 = 120 + 50 = 110' que dividiremos depois por 24 para obter o resultado, ou seja, a distância percorrida pela Lua em uma hora: 770 : 24 = 32' A distância que a Lua percorreu em uma hora é, portanto, de 32 minutos. TERCEIRA OPERAÇÃO Distância percorrida pela Lua em 12 horas e 56 minutos Para calcular esta distância, vamos efe­ tuar uma multiplicação, uma soma e uma conversão.

Em primeiro lugar, multiplicamos a distância percorrida pela Lua em uma hora (32'), por 12 horas (12h 00') e 56 minutos (isto é: Oh 56'). Dito de outra forma: (32 x 12) + (32 x 0,9). 32x12 = 384 e32x0,9 = 28

Entre 22 de janeiro de 1963 à 0 hora e 22 de janeiro do mesmo ano às 12 horas 56', a Lua deslocou-se 6 graus e 52 mi­ nutos no Zodíaco. QUARTA OPERAÇÃO Cálculo da posição exata da Lua em 22 de Janeiro às 12h 56' Conhecemos a posição da Lua em 22 de janeiro de 1963 à 0 hora, ou seja, 17 graus e 29 minutos. Por outro lado, aca­ bamos de calcular a parte de arco de cír­ culo que a Lua percorreu em 12 horas e 56 minutos, naquele dia, isto é, 6 graus e 52 minutos. Uma simples soma vai nos permitir, portanto, obter o resultado que nos interessa, ou seja, a posição exata da Lua no mapa astral que estamos calculando: IT 29 + 6a 52' = 23° 81' = 24° 21'. Em 22 de janeiro de 1963 às 12h 56', a Lua estava situada a 24 graus e 21 minutos do signo de Sagitário.

Embora o resultado integral desta úl­ tima multiplicação seja 28,8, não leva­ remos em conta os decimais, tal como fizemos até agora. Em seguida, somamos 384 minutos (a distância percorrida pela Lua em 12 horas) e 28 minutos (a distância per­ corrida pela Lua em 56 minutos): 384 + 28 = 412 Em 12 horas e 56 minutos, a Lua per­ correu 412 minutos de arco de círculo no Zodíaco. Finalmente, convertemos estes 412 mi­ nutos em graus: 412 : 60 = 6o 52'.

Lua ascendente e Lua descendente

Lua ascendente Em astrologia, diz-se que a Lua é ascendente quando, no mapa astral, está situada em um dos signos do Zodíaco compreendidos entre o signo onde se encontra o Sol e seu oposto direto, isto é, no grau onde, também no mapa astral, se encontra o eixo do Sol. Por outro lado, é descendente quando, no mapa astral,

está situada em um dos graus e em um dos signos que estão para além dos graus do eixo de oposição Sol-Lua. Astronomicamente, o eixo de oposição do Sol e da Lua em um mapa astral corresponde à Lua cheia, ou seja, o instante em que o Sol e a Lua estão um em frente do outro, com a Terra entre ambos. Também astronomicamente, a Lua ascendente é a Lua crescente e a Lua descendente é a Lua minguante. Dito de outra forma, quando a Lua precede o Sol no mapa astral, é ascendente; quando vem após o Sol, é descendente. No mapa astral de nosso exemplo, o Sol está situado a 1 grau e 47 minutos de Aquário e a Lua a 24 graus 21 minutos de Sagitário, tal como calculamos. Por isso, neste caso, a Lua vem após o Sol. É, portanto, descendente. De fato, no Zodíaco, o signo de Aquário é o décimo primeiro signo, enquanto Sagitário é o nono signo.

Estando a Lua no nono signo, esta vem em seguida ao Sol, o qual se desloca no décimo primeiro signo, de modo que a precede. Em 22 de janeiro de 1963 às 12h 56', a Lua era, portanto, descendente e seguia o Sol.

Cálculo das posições dos astros

A posição de Mercúrio e de Vênus Uma vez encontrada a posição do Sol e da Lua, podemos passar em seguida ao cálculo das posições de Mercúrio e de Vênus no mapa astral.

A

duração das revoluções siderais de Mercúrio e de Vênus é idêntica à do Sol. Ambos os planetas levam um ano dando a volta completa ao Zodíaco. Porém, seus respectivos movimentos no Zodíaco não são tão regulares como o do Sol.

CÁLCULO DA POSIÇÃO DE MERCÚRIO Como já vimos, de forma constante e ao longo do ano o Sol percorre um pouco mais, um pouco menos um grau por dia em sua passagem pelo Zodíaco. Deste modo, no que se refere a Mercúrio, este se desloca diariamente no Zodíaco entre menos de 1 grau até 2 graus, dependendo do caso. Às vezes, desloca-se apenas uns minutos. Outras vezes, fica quase imóvel de um dia para o outro. Consulte as efemérides na pá­ gina que corresponde às colunas do

mês de janeiro de 1963, nas quais ob­ teve as posições dos astros em 22 e 23 daquele mês e ano para calcular o mapa astral do nosso exemplo. Na coluna correspondente a Mercúrio, suba até 10 de janeiro e anote a posição de Mer­ cúrio: 6o 30' de Aquário. O dia seguinte, 11 de janeiro, encontra-se, obviamente, justamente na linha de baixo; observe novamente a posição de Mercúrio: 6o 41' de Aquário. U m simples cálculo mental permite-lhe verificar que Mercúrio só percorreu 11' no Zodíaco durante 24 horas. Agora desça para a linha seguinte, que corresponde ao 12 de janeiro, e observe a posição de Mercúrio nesse dia às 10 horas: 6o 41'. Você vai observar que Mercúrio não avançou. Encontra-se exatamente no mesmo lugar do dia anterior. Nos casos de Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Plutão, N ó lunar e Lua negra, este fenômeno é bastante freqüente. Ocorre no dia em que o pla­ neta ou o ponto fictício em questão se mostra retrógrado (ver quadro). E isso que significa o R que aparece entre o 6 e 41, na linha da posição de Mercúrio de 12 de janeiro. Por isso, neste caso, diz-se que Mercúrio é retrógrado. Não podemos esquecer de levar em consi­ deração este ponto assinalado nas efe­ mérides, pois modificará ligeiramente seus cálculos. Mas voltemos aos cálculos de nosso exemplo, especialmente às operações que temos de efetuar para encontrar a posição exata de Mercúrio, em 22 de ja­ neiro.

Os astros retrógrados Primeira A retrogradação dos astros, vista da Terra, se deslocando para trás. Acontece exataoperação é o resultado da diferença entre a velo- mente o mesmo entre Mercúrio e a Terra, • Distância percorrida por Mercidade de revolução dos astros ao redor por exemplo, especialmente quando Mercúrio e m 24 horas, naquele dia da Terra, isto é, no Zodíaco, e a da Terra cúrio se aproxima do nosso planeta. A 22 de janeiro de 1963 à 0 hora, Mer­ ao redor do Sol. Trata-se, como é óbvio, Nas efemérides, a retrogradação de um cúrio encontrava-se a 21° 41' de Capricór­ de uma ilusão de ótica, um fenômeno astro é indicada sempre com um R nio. aparente, mas não real. De fato, nenhum maiúsculo. A 23 de janeiro à 0 hora, encontrava-se a astro do sistema solar retrocede. E quando esse 26° 21' do mesmo signo. Acontece como no caso de dois trens que astro avança Contrariamente ao que acontece com circulam a grande velocidade, adiantan¬ novamente o Sol e a Lua, Mercúrio, em 24 horas, do-se um ao outro. Se, de repente, o trem no Zodíaco, não avançou mas retrocedeu. Isto deveque está à nossa frente diminui a veloci- escrevemos se à retrogradação ou efeito retrógrado. dade e desloca-se mais devagar que nos- um D, que Para calcular a distância percorrida, em­ so trem, sofremos a ilusão de ótica de significa que bora se desloque para trás, devemos que o trem que estava à nossa frente está é direto. subtrair a posição de 23 de janeiro da de 22 de janeiro, neste caso, sem ser necessário fazer nenhuma conversão, ou seja: Zodíaco, como sempre fazem o Sol e Neste caso, forneceremos os resultados 27° 41' - 26° 27' = Io 14'. a Lua, retrocede. mas deixaremos que você pratique com Chegados a este ponto de cálculos, no os cálculos, tendo em conta que são Segunda caso do Sol e da Lua, temos que efetuar idênticos ao do Sol e da Lua. uma soma. N o entanto, devido ao fato operação de Mercúrio ser retrógrado, desta vez • Distância percorrida por MerPrimeira cúrio e m uma hora temos que fazer uma subtração, ou seja, operação Tal como nos cálculos do Sol e da Lua, calcular a posição de Mercúrio em 22 • Distância percorrida por Vênus basta dividir o número encontrado pre­ de janeiro de 1963 à 0 hora - (e não +) e m 24 horas, naquele dia viamente (I o 14') por 24, depois de ter a distância percorrida por Mercúrio em 15° 25' - 14° 25' = Io. realizado uma conversão: 12 horas e 56 minutos naquele dia que Segunda Io = 60' retrocedeu no Zodíaco. operação 60' + 14' = 74': 24' = 3' aproximada­ Portanto: • Distância percorrida por Vênus mente. 27° 41' - 38' = 27° 3' de Capricórnio. numa hora CÁLCULO DA POSIÇÃO 1" (ou seja 60') : 24 = 2'30" Terceira Em relação a este resultado, conserve os DE VÊNUS operação • Distância percorrida por Mer- Em nosso exemplo, Vênus não é retró­ segundos. Com efeito, lembre-se de que é importante saber em que grau se en­ grado mas direto: cúrio e m 12 horas e 56 minutos Aqui também devemos proceder como em 22 dejaneiro de 1963 à 0 hora, estava em contra Vênus e, para fazê-lo, todos os segundos são importantes. fizemos com os cálculos do Sol e da Lua. 14° 25' de Sagitário. Portanto, efetuemos esta multiplicação: em 23 de janeiro de 1963 à 0 hora, estava 3' x 12,56 (ou seja, 12 horas e 56 minu­ a 15° 25' de Sagitário. Terceira tos) = 38'. operação À primeira vista, e sem cálculos, obser­ vamos que avançou 1 grau no Zodíaco, • Distância percorrida por Vênus e m 12 horas e 56 minutos Quarta em 24 horas. operação N o entanto, como vamos mostrar, no 2' 30" x 12,56 = 31' aproximadamente. • Posição exata de Mercúrio às 12 que se refere aos aspectos, todos os graus (Realmente: 25' 395" = 31' 6"). horas e 56 minutos, naquele dia contam. Assim, dependendo de Vênus Leve sempre em conta as conversões. É, sobretudo, esta operação a que faz estar a 14 ou a 15 graus do signo de com que o cálculo seja ligeiramente di­ Capricórnio, a interpretação será dife­ Quarta ferente da que realizamos para o Sol e rente. Será útil, portanto, efetuar as qua­ operação para a Lua. Efetivamente, como já ex­ tro operações para saber em que grau • Posição exata de Vênus e m 22 de plicamos, naquele dia Mercúrio era re­ exato se situava Vênus às 12h 56' da­ janeiro de 1963, às 12h 56' trógrado, isto é, em vez de avançar no quele dia. 14° 25' + 31' = 14° 56' de Sagitário.

Cálculo das posições dos astros

A posição de Marte e de Júpiter Uma vez calculadas as posições do Sol, da Lua, de Mercúrio e de Vênus, só falta ultrapassar uma última dificuldade antes de poder calcular as situações exatas dos outros seis astros de um mapa astral.

S

em exagero, podemos dizer que o mais difícil já foi feito. Quem corre sempre alcança! Os cálculos que lhe faltam fazer para encontrar as posições exatas de Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão, vão parecer uma brincadeira de criança. Quanto aos três pontos fictícios que são os Nodos lunares, a Lua negra c a Parte da Fortuna, você verá que não são nada complicados.

CÁLCULO DA POSIÇÃO DE MARTE Como acontece com o Sol, a Lua, Mer­ cúrio e Vênus, devemos fazer quatro operações. N o entanto se comparamos as posições de Marte em 22 e em 23 de janeiro à 0 hora, observamos imedia­ tamente que, tal como Mercúrio, Marte estava em movimento retrógrado. No dia 22 de janeiro, encontrava-se a 20° 05' de Leão, e, em 23 de janeiro, a 19° 44' de Leão. Consulte a coluna das efemérides cor­ respondentes às posições diárias de Marte, no mês de janeiro de 1963; você observará que há um R maiúsculo cla­ ramente inscrito abaixo do signo de Leão. A letra D, que lembramos que sig­ nifica "direto", não aparece nesta coluna; podemos portanto deduzir que, durante todo o mês de janeiro de 1963, Marte estava em movimento retrógrado. Deste modo, para calcular a posição exata de Marte em 22 de janeiro de 1963 às 12h 56', você deverá utilizar o mesmo

método que empregou para chegar à po­ sição de Mercúrio. Primeira operação • Distância percorrida por Marte e m 24 horas, naquele dia 2(T05'- 19° 44' = 21'. É obviamente impossível obter este re­ sultado sem se recorrer a uma con­ versão.

Segunda operação • Distância percorrida por Marte em uma hora Correndo o risco de escandalizar os adeptos dos cálculos precisos, aconselha­ mos a fazer uso de um atalho para rea­ lizar esta operação.

De nossa parte, consideramos que a exa­ tidão, exceto no caso dos graus, não é importante com relação ao minuto e muito menos ao segundo. Assim, você constatará imediatamente, à primeira vista, que três pequenas unidades se­ param 21 de 24 (ou 21 minutos de 24 horas). Que conclusão tiramos, se re­ corremos a um rápido cálculo mental? Simplesmente que era uma hora, nesse dia, Marte percorreu pouco menos de 1 minuto do arco de círculo no Zodíaco. Sabendo isto, pode poupar o trabalho de converter seus 21 minutos em se­ gundos, para poder dividi-los por 24. Quanto a nós, contentamo-nos em che­ gar à conclusão de que: em uma hora desse dia, Marte percorreu pouco menos de 1 minuto (52"). Terceira operação • Distância percorrida por Marte em 12 horas e 56 minutos Segundo o procedimento que lhe aca­ bamos de expor, um simples cálculo mental irá permitir-lhe chegar à seguinte conclusão: se Marte percorreu pouco menos de um minuto em uma hora, em 12 horas e 56 minutos, deverá ter coberto aproximadamente 11 minutos no Zodíaco. Se você tiver alguma dúvida a este res­ peito, faça os cálculos da segunda e da terceira operações. O resultado exato a que você chegará será: 11 10". Quarta operação • Posição exata de Marte, em 22 de janeiro de 1963 às 12h 56' Não esqueça de que naquele dia Marte estava em movimento retrógrado. Por­ tanto, é preciso subtrair, e não somar, ou seja: 20° 05'- 11'= 19° 54', resultado que, obviamente, não se pode obter sem se realizar uma conversão prévia. CÁLCULO DA POSIÇÃO DE JÚPITER Com relação a Júpiter, a Saturno, Urano, Netuno e Plutão, você quase não terá que fazer operações. Bastará um simples cálculo mental, como demonstramos no

Cálculo mental ou cálculo de precisão? Como viemos aconselhando, com relação a Marte e a Júpiter, uns simples cálculos mentais bastam para encontrar a posição exata. De fato, hoje em dia, os programas de computador para calcular as posições dos astros oferecem a possibilidade do uso de um mapa astral inteiramente calculado, em menos tempo do que se leva para pronunciálo, e você poderá vê-lo na tela do seu computador, tendo também a possibilidade de imprimi-lo. No entanto, insistimos para o fato de que uma precisão milimetricamente perfeita das posições dos astros em um mapa astral não basta para se fazer uma boa interpretação. Pelo contrário, você deve ter em conta que nunca se tem nenhuma certeza sobre a exatidão da hora de nas-

caso de Marte. N o entanto, você deverá seguir, no mínimo, as quatro etapas in­ dispensáveis para calcular a posição exata de um astro. Portanto, correndo o risco de nos repetirmos, voltamos a lembrar que esta é uma regra absoluta. Primeira operação • Distância percorrida por Júpiter em 24 horas, naquele dia 13° 19' - 13° 06' = 13'.

cimento da pessoa da qual se vai calcular e construir o mapa astral. Bastam apenas alguns minutos (de tempo) para que um astro (A Lua, principalmente) se desloque 1 grau no Zodíaco. De fato, é necessário ser o mais exato possível nos cálculos e aconselhamos a verificá-los, mas sobretudo a seguir o desenvolvimento das operações que permitem encontrar as posições dos astros. Somos categóricos: um simples cálculo mental é mais que suficiente para encontrar as posições exatas de Marte, Júpiter, além de Saturno, Urano e Plutão. Assim, definitivamente, aprendendo a colocar os astros no Zodíaco do seu mapa astral, você compreenderá que só os graus e os signos nos quais o astro se encontra são importantes.

Terceira operação • Distância percorrida por Júpiter em 12 horas e 56 minutos 112 ou 0,5 x 12,56 = 6' aprox. (6' 28"). Quarta operação • Posição exata de Júpiter em 22 de janeiro de 1963 às 12h 56' 13° 6' + 6' aprox. = 13° 12'. Anote: Júpiter em Peixes, a 13° 12'.

Segunda operação Lembramos, a propósito, que é preciso • Distância percorrida por Júpiter anotar as posições dos astros em seu ca­ e m uma hora derno, à medida que as for encontrando. Assim, neste ponto, você deveria ter: 13': 24 = ? Se você converter os 13 minutos em se­ Sol em Aquário, a Io 41'. gundos, para torná-los divisíveis por 24 Lua em Sagitário, a 24° 21'. através de um simples cálculo mental, Mercúrio em Capricórnio, a 27" 3', R (de você deverá partir do seguinte princípio: retrógrado). Marte percorreu aproximadamente meio mi­ Vênus em Sagitário, a 14° 56'. nuto, ou 30 segundos, em uma hora, nesse dia. Marte em Leão, a 19" 54', R (de retró­ Aconselhamos a considerar esta última grado). opção. Júpiter em Peixes, a 13° 12'.

Cálculo da posição dos astros

A posição de Saturno, Urano, Netuno e Plutão Normalmente, para encontrar as posições destes quatro astros, basta um simples cálculo mental.

S

e você quer ser muito preciso em seus cálculos, pode fazer, mais uma vez, as operações que lhe permitem de­ finir a posição exata de Saturno. Por outro lado, no que se refere a Ura­ no, Netuno e Plutão, como poderá constatar pelo nosso exemplo, basta to­ mar nota da posição indicada nas efe­ mérides, que não costumam se alterar em 24 horas. Recordamos que Saturno

desloca-se somente alguns minutos por dia no Zodíaco, ao passo que Urano e Netuno percorrem uma média de 4,5 minutos e 2,5 minutos respectivamente. E por último, Plutão, a depender do ano, cobre de 1 a 20 graus por ano do Zodíaco. Por isso, em certos meses, está sempre situado no mesmo grau. Se você consultar o livro das efemé­ rides, poderá observar que, durante o

mês de janeiro de 1963 (que é o mês do nascimento da pessoa de quem fi­ zemos o mapa astral), e igualmente du­ rante os meses de fevereiro e março, Plutão retrocedeu de 12 a 10 graus com respeito ao signo de Virgem e que apenas percorreu 3 graus em um tri­ mestre. Se continuar a procurar nas efemérides, até 31 de dezembro de 1963, você verá que, durante todo o ano de 1963, não progrediu mais de 2 graus. CÁLCULO DA POSIÇÃO DE SATURNO Saturno, ao ter percorrido no Zodíaco uma distância muito curta entre o dia 22 e 23 de janeiro, poderá simplificar seus cálculos. Daremos indicações sobre como você deverá proceder. N o en­ tanto, para ser totalmente fiel a nosso método, e para que possa continuar com a aprendizagem, retomaremos, pelo menos por agora, o processo das quatro operações habituais. Primeira operação • Distância percorrida por Saturno e m 24 horas, naquele dia 12° 28' - 12° 20' = 8'. Saturno tinha percorrido 8 minutos no Zodíaco em 24 horas. Segunda operação • Distância percorrida por Saturno em uma hora E preciso converter 8 minutos em se­ gundos, pois não se pode dividir 8 por 24, o que nos dá: 480" : 24 = 20".

Saturno não progrediu mais do que 20 segundos em uma hora, naquela data. Terceira operação • Distância percorrida por Saturno e m 12 horas e 56 minutos 20" x 12,56 = 298' (aprox.) que você converterá em minutos, ou seja: 4 minutos e 58 segundos. Assim sendo, pode considerar que Saturno percorreu cerca de 5 minu­ tos em 12 horas e 56 minutos, naquele dia, pois arredondamos o resultado (4,58). Quarta operação • Posição exata de Saturno n o dia 2 de janeiro de 1963 às 12h 56' 12° 20' + 5 = 12° 25'. Saturno se encontrava, portanto, a 12 graus e 25 minutos do signo de Aquário, o que você deverá anotar em seu bloco ao lado da posição dos astros restantes. Porém, tal como já havíamos dito, po­ demos obter um resultado semelhante recorrendo a um simples cálculo men­ tal. Sabendo que Saturno percorreu 8 minutos em 24 horas, podemos dedu­ zir que, em 12 horas, percorreu 4 mi­ nutos, que é o mesmo que 1 minuto em 3 horas. Tendo em consideração que a hora que nos interessa é de 12h 56', so­ mando 1 minuto aos 4 minutos que cor­ respondem às 12 horas, obterá a distân­ cia aproximadamente exata que Saturno percorreu nesse lapso de tempo. Só lhe falta somar 5 minutos aos 12 graus e 20 minutos e obterá o mesmo resultado que utilizando o processo das quatro operações. CÁLCULO DA POSIÇÃO DE URANO Ao anotar as posições de Urano nas efemérides nos dias 22 e 23 de janeiro à 0 hora, seguramente você deve ter ob­ servado que, como Mercúrio e Marte, este planeta é retrógrado. Deverá, assim,

As posições dos astros com uma margem de um minuto Para ser completamente fiel ao princípio dos cálculos da posição dos astros em um mapa astral, afirmamos que você deve levar os segundos em consideração. Se um astro rápido, como Mercúrio e Vênus, passa de um signo para outro em 24 horas, ou mesmo de um grau para outro dentro do mesmo signo, é importante ter em conta os minutos. Entretanto, já que você está aprendendo a fazer um mapa astral, isto é, a colocar cada astro no interior do Zodíaco para fazer o mapa astral, só levaremos em consideração os graus. Por isso, os cálculos das posições dos astros com calcular sua posição segundo o mesmo processo que utilizou para aqueles as­ tros. Entretanto, é inútil efetuar as quatro operações, pois Urano não tinha per­ corrido mais que 2 minutos em 24 horas naquele dia. Portanto, você poderá de­ duzir imediatamente que não retroce­ deu mais que 1 minuto em 12 horas. Basta subtrair (visto que Urano é re­ trógrado) 1 minuto de 4 graus e 32 mi­ nutos para saber sua posição exata que é: 4o 31' do signo de Virgem, que você anotará em seu bloco sob a po­ sição de Saturno. CÁLCULO DA POSIÇÃO DE NETUNO Como Netuno não tinha progredido mais que 1 minuto entre 22 e 23 de ja­ neiro à 0 hora, desta vez pode deixar de lado os cálculos e bastará consul­ tar a posição de Netuno no dia 22 de janeiro. Corresponde à sua posição exata no mapa astral que estamos ela­ borando. Netuno está simplesmente a 15° 29' de Es­ corpião.

uma margem de um minuto só são úteis para determinar o grau exato da posição de um astro neste ou naquele signo do Zodíaco. Por esta razão é indispensável que você se obrigue a realizar escrupulosamente tais operações, apesar dos minutos terem somente uma importância secundária. Para concluir, não nos cansaremos de sugerir a fazer os cálculos sempre que possível, para que se habitue. Deste modo, já não serão um castigo para você e ao fazê-lo, comprovará o prazer que se experimenta quando se faz o próprio mapa astral ou o de uma pessoa amiga. Anote-o diretamente em seu bloco sob a posição de Urano. CÁLCULO DA POSIÇÃO DE PLUTÃO Aqui também é inútil efetuar operações. Você observará que não há mais do que 1 minuto de diferença entre sua posição no dia 22 de janeiro e a de 23 do mesmo mês à 0 hora. N o entanto, é a posição do dia 23 de janeiro que você deve levar em conta. Tal como indicam as efemé­ rides, Plutão é retrógrado. Com base nisso, podemos supor que, desde 22 de janeiro, recua alguns minutos de arco de círculo a cada instante, para final­ mente, no dia seguinte, se encontrar no minuto inferior. N o dia de 22 a 23 de janeiro, está portanto a 11° 46' do signo de Virgem, o que você anotará em seu bloco sem esquecer de indicar que é retrógrado.

Cálculo das posições dos pontos fictícios As posições dos Nodos lunares, da Lua Negra e da Parte da Fortuna Existem numerosos pontos fictícios no Zodíaco. Ás posições dos Nodos norte e sul da Lua, da Lua Negra e da Parte da Fortuna são os mais importantes do mapa astral. ncontrar as posições exatas destes três pontos fictícios em um mapa astral é muitíssimo fácil. Mas é neces­ sário saber fazê-lo. É justamente isso que lhe vamos ensinar, seguindo nosso exemplo do indivíduo nascido em 22 de janeiro de 1963, e chamando de início sua atenção para o fato destes três pon­ tos fictícios terem uma enorme im­ portância na fase de interpretação. Não se esqueça, portanto, de calcular estes pontos e de colocá-los no Zodíaco do mapa astral.

E

CÁLCULO DAS POSIÇÕES DOS NODOS NORTE E SUL DA LUA Os Nodos da Lua formam um eixo no interior do Zodíaco. A partir daí, ao as­ sinalar a posição do N o d o norte nas efemérides, em 22 de janeiro de 1963, à 0 hora, isto é, 29 graus e 39 minu­ tos em relação ao signo de Câncer, você descobrirá que o Nodo sul está situado nos mesmos graus no signo diametralmente oposto, que é o de Ca­ pricórnio. Para calcular as posições deste eixo dos Nodos da Lua do mapa astral, vamos fixar a atenção no N ó norte, que nos é j indicado nas efemérides. Obtemos este cálculo seguindo o processo das qua­ tro operações, graças ao qual já fixamos as posições exatas dos astros às 12 horas e 56 minutos do dia de nascimento do nosso personagem.

Porém, já assinalamos que é inútil em­ preender cálculos complexos. Pode ob­ servar nas efemérides que, cm 22 de janei­ ro à 0 hora, o Nodo Lunar norte en­ contrava-se a 29 graus e 39 mi­ nutos do signo de Câncer e que

no dia seguinte, sempre à mesma hora, como só avançou apenas 1 minuto, en­ contrava-se a 29 graus c 40 minutos. U m simples cálculo mental permite-lhe anotar em seu bloco a posição do Nodo norte em 22 de janeiro de 1963 às 12h 56': 29° 39' de Câncer, e deduzir que o Nodo sul está a: 29° 39' de Capricórnio. Procedemos aqui tal como fizemos para

o cálculo dos planetas lentos: Urano, Netuno e Plutão, em particular.

trata da Lua Negra e que está situada no signo de Libra.

de Escorpião está a 60 graus do Zodíaco, e o grau 0 do signo de Sagitário se en­ contra a 90 graus do Zodíaco. Em se­ CÁLCULO DA POSIÇÃO CÁLCULO DA POSIÇÃO guida, some os 24 graus que corres­ DA LUA NEGRA DA PARTE DA FORTUNA pondem à posição da Lua, e obterá 114 Aqui, a palavra cálculo é excessiva. De Para calcular a posição da Parte da graus. fato, para encontrar esta posição, basta Fortuna não é preciso fazer uso das efe­ A Lua se encontra no grau 114 do Zodíaco. consultar as efemérides da Lua Negra, nas mérides, mas é indispensável conhecer as Opere da mesma forma para encontrar quais estão indicadas suas posições em posições ou longitudes da Lua, do as­ a que graus no Zodíaco se encontram graus de acordo com o ano e o mês. cendente e do Sol no mapa astral. Sem o ascendente e o Sol que, não esqueça­ Deste modo, remetendo-se ao ano de dúvida que nesta fase de seus cálculos mos, estão situados, o primeiro a 12 1963, podemos observar que, no mês de você já dispõe de todos esses dados. graus de Escorpião e o segundo a 1 grau janeiro daquele ano, a Lua Negra estava Pode, portanto, pôr em prática a fórmula de Aquário. situada entre 20 e 14 graus do signo de que permite encontrar a situação da Você deverá encontrar: Libra, e que era retrógrada. Parte da Fortuna e que consiste sim­ o ascendente no grau 12 do Zodíaco, o Sol no Sabendo que percorreu 6 graus em um plesmente em assinalar os graus das lon­ grau 151 do Zodíaco. mês, que distância percorreu em 22 dias? gitudes da Lua no mapa astral e do des­ Para um mês de 30 dias, podemos de­ cendente, que você acrescentará. Terceira operação duzir mentalmente que a Lua Negra Depois, deduza, do resultado que você Some as longitudes da Lua e do as­ percorreu 1 grau em 5 dias (30 : 6 = obtiver, os graus da posição do Sol, sem­ cendente: 5). Em 20 dias, retrocedeu 4 graus no pre no Zodíaco do mapa astral. 114° + 72" = 186° Zodíaco; e, em 22 dias, um pouco mais Em resumo, a fórmula que permite cal­ de 4 graus. cular a posição da Parte da Fortuna é Quarta operação Subtraindo 4 graus de 20 graus obtemos anunciada da seguinte maneira: Deduza a longitude do Sol do resultado (Lua + Ascendente) - Sol = Parte da precedente. 16 graus, que é a posição da Lua Negra Fortuna. em 20 de janeiro. 186° - 151° = 35°. N o entanto, ao ter continuado seu mo­ Tomemos uma vez mais o exemplo do 35 graus do Zodíaco correspondem ao vimento retrógrado durante os dois dias mapa astral que calculou. grau 5 do signo de Libra. seguintes, devemos chegar à conclusão E neste grau e neste signo que está si­ de que na realidade encontrava-se a 15 Primeira operação tuada a Parte da Fortuna, que sugerimos graus e alguns minutos. Indique as posições da Lua, do ascen­ que seja anotado no bloco, concluindo Você deve reter os 15 graus e apontá- dente e do Sol no Zodíaco do mapa assim os cálculos do seu primeiro mapa los em seu bloco, deixando claro que se astral, sem levar em conta os minutos. astral. Lua a 24° de Sagitário. Ascendente a 12° de Escorpião. Atenção! Quando a soma das longitu­ Sol a I o de Aquário. des da Lua e do ascendente for inferior à longitude do Sol, é preciso acrescen­ Segunda operação tar 360 graus ao seu resultado, antes de Usando seu exemplar do Zodíaco, cal­ efetuar a subtração. Exemplo: Lua a 12° cule a que graus do Zodíaco corres­ de Virgem (ou seja 12° do Zodíaco), as­ pondem as posições da Lua, do ascen­ cendente a 13° de Escorpião (isto é 73° dente e do Sol. do Zodíaco), Sol a 27° de Câncer (isto Para saber a que grau do Zodíaco equi­ é, a 327° do Zodíaco). 12° + 73° = 85° vale o grau 24 de Sagitário — no qual se encontra a Lua —, comece a partir do É evidente que não pode subtrair 327 signo de Virgem, onde se situa o grau graus deste resultado. Antes de proce­ 0 do Zodíaco. Conte 30 graus por signo, der à subtração, some 360 graus aos 85 somando-os à medida que você avançar graus: no Zodíaco, e em sentido inverso ao dos 360° + 85° = 445° ponteiros do relógio. Agora já pode subtrair 327 graus de 445, Assim, o grau 0 do signo de Libra está obtendo 118 graus do Zodíaco, ou seja: a 30 graus do Zodíaco, 0 grau do signo 28° de Sagitário.

Montagem e realização de um mapa astral

Os astros e os pontos fictícios Uma vez que disponha de todas as posições dos astros e dos pontos fictícios do mapa astral do nosso exemplo, você poderá realizar a segunda etapa do desenho deste mapa astral.

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etome o Zodíaco que você elabo­ rou na primeira etapa da realização do mapa astral do nosso exemplo. Na­ quela altura, você tinha inscrito os sig­ nos no Zodíaco e colocado as cúspides das doze casas, entre as quais, eviden­ temente, se encontravam o ascendente e o Meio do Céu. Ao colocar os astros e em seguida os pontos fictícios no inte­ rior do Zodíaco do mapa astral do nosso exemplo, você descobrirá em que signo e em que setor se situa cada um deles. Em um mapa astral, você disporá sem­ pre de 10 posições de astros c três po­ sições de pontos fictícios. Para situá-los no interior do mapa astral que você vai

realizar é preciso manter a ordem que você seguiu para fazer os cálculos, isto é, os dez astros: o Sol, a Lua, Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão, e os três pontos fic­ tícios: os Nodos lunares norte e sul, a Lua Negra e a Parte da Fortuna. Abra seu bloco de notas na página onde figuram as posições dos astros e dos pontos fictícios que já calculou. Equipese com uma caneta e uma régua e tenha à mão a ficha n.° 8 de Aprender Astrologia. Nela você poderá encontrar os símbo­ los dos dez astros e dos três pontos fic­ tícios que deverá inscrever em seu mapa astral.

COLOCAÇÃO DO SOL Consulte em seu bloco a posição do Sol: V 41' do signo de Aquário. Com a caneta, a aproximadamente 1o do signo de Aquário, isto é, ligeiramente à esquerda da linha que separa o signo de Capricórnio do de Aquário, no ex­ terior de seu Zodíaco, trace uma pe­ quena linha vertical que vai tocar a faixa exterior. Precisamente por baixo desta linha, de­ senhe o símbolo do Sol (um círculo com um ponto no centro) e, por baixo deste símbolo, escreva a posição do Sol: 1o. Sugerimos que omita os minutos para não sobrecarregar o desenho de seu mapa astral. De fato, quanto mais claro for o de­ senho, menos problemas terá para em­ preender sua interpretação.

COLOCAÇÃO DA LUA Opere exatamente da mesma forma como você operou com o Sol. A Lua en­ contra-se a 24° 21' do signo de Sagitário. Se seus cálculos estiverem corretos, é isto que você deve ter anotado em seu bloco. Faça, portanto, um pequeno traço vertical perto do final do signo de Sa­ gitário. Para isto, e sobretudo para que seja mais confortável, gire a folha à sua frente no sentido do Zodíaco — ou seja, no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio — de maneira que o signo de Sagitário fique situado em cima à sua frente. Antes de inscrever o símbolo da Lua por cima deste traço, observe aten­ tamente sua situação em relação ao Sol, no Zodíaco do mapa astral. Pode ver então que a Lua "segue" o Sol. Tratase portanto, de uma Lua descendente, isto é, minguante. E lembre-se que forma um C quando é crescente e D (decrescente) quando é minguante. A Lua do mapa astral do nosso exemplo era descendente, e assim sendo, min­ guante, tendo pois de desenhar seu sím­ bolo com a forma de um D, por sobre o traço vertical situado a 24° do signo de Sagitário, grau que você vai inserir por cima do símbolo da Lua, omitindo sem­ pre os minutos, como com o Sol. A par­ tir daqui, será o mesmo para todos os astros.

COLOCAÇÃO DE MERCÚRIO Mercúrio está situado a 21° 3', ou seja, a 21° do signo de Capricórnio.

N o final deste signo, perto do Sol que já colocou a 1o de Aquário, faça um traço ver­ tical e, precisamente por baixo, o símbolo de Mer­ cúrio. Em seguida, inscreva 27° por baixo dele. N o entan­ to, lembre-se que, quando fez os cálculos, você viu que Mercúrio era retrógrado. Para indicar esta retrogra­ dação é preciso acrescentar uma pequena seta no sentido inverso ao Zodíaco, isto é, desta vez no sen­ tido dos ponteiros do relógio, exata­ mente por baixo dos 27°. COLOCAÇÃO DE VÊNUS MARTE, JÚPITER, SATURNO, URANO, NETUNO E PLUTÃO Para fazer isto, siga exatamente os mes­ mos passos que para o Sol, a Lua e Mer­ cúrio, acrescentando uma pequena seta desenhada no sentido dos ponteiros do relógio para indicar os astros retrógra­ dos. COLOCAÇÃO DOS PONTOS FICTÍCIOS Tome a posição do Nodo norte inscrita em seu bloco, isto é: 29° 39' de Câncer.

Os Nodos lunares formam um eixo no interior do Zodíaco e sabe que o Nodo sul se encontra diametralmente oposto ao Nodo norte. Se no mapa astral do nos­ so exemplo o Nodo nor­ te estava a 29° de Câncer (sem os minutos), o N o ­ do sul estará, portanto, a 29° de Capricórnio. Com uma régua, trace uma linha reta sobre este eixo. Para facilitar a tarefa, gire seu Zodíaco, de maneira que possa traçar uma linha vertical. Coloque sua régua sobre este eixo, isto é, a parte

esquerda de sua régua tem que estar exatamente no fim do signo de Capri­ córnio — onde posteriormente ins­ creverá o Nodo sul — e a parte direita justamente à sua frente, no fim do sig­ no de Câncer. Trace uma linha reta nas duas bordas ex­ teriores do seu Zodíaco, tal como fez para o ascendente e para o Meio do Céu. O eixo deste último encontra-se, por certo, relativamente próximo dos Nodos lunares no nosso mapa astral. Nos extremos desta duas linhas desenhe dois pequenos colchetes que represen­ tam os Nodos lunares. Para destacar a posição do Nodo norte, inscreva seu grau de posição sobre elas; mas não inscreva nada acima do sím­ bolo do Nodo sul. N o que se refere à Lua Negra e à Parte da Fortuna, faça como fez com os astros; trace uma linha vertical, o símbolo do ponto fictício em questão c o grau de posição precisamente acima. Você dispõe agora de todos os elemen­ tos necessários para a montagem do seu mapa astral. De fato, você já colocou as casas, os as­ tros e os pontos fictícios. Só lhe falta aprender a identificar e de­ senhar os aspectos entre os astros: este será seu próximo objetivo.

Montagem e realização de um mapa astral

Os aspectos Depois de ter calculado e situado os astros e os pontos fictícios, você deve agora calcular e desenhar os ângulos queformam os astros entre si no Zodíaco do mapa astral. Ou seja, os aspectos.

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tilizando mais uma vez o mapa N o entanto, cada um destes aspectos astral do nosso exemplo, verifi­ existe embora se encontre a mais ou que se você colocou nele, com exa­ menos alguns graus destas medidas de tidão, as cúspides das Casas, os astros ângulo. e os pontos fictícios. É preciso proce­ Mas esta regra não é absoluta, visto que der assim, sempre que tiver que rea­ é necessário levar em consideração a na­ lizar um mapa astral. De fato, um ou tureza dos astros em aspecto e suas afi­ dois erros na realização de um mapa as­ nidades ocasionais. tral implicam fatalmente um ou vários Por exemplo, com 10° de desvio, ainda erros na interpretação, alguns dos quais se pode considerar uma conjunção en­ podem falsear por completo seu julga­ tre o Sol e a Lua. Dito de outra forma, mento. se o Sol estiver a 15° de Escorpião e a Se você cometer um único erro na co­ Lua a 5 o ou a 25° de Escorpião, ainda locação de um astro, arrisca-se a perceber estão em conjunção. Por outro lado, se um ou mais aspectos relativos que não a Lua estiver a 4 o ou a 26° de Escorpião, existem, ou vice-versa, isto é, a não ver já não o estão. Pelo contrário, uma con­ nenhum aspecto mesmo que o astro em questão forme talvez um ou mais ângu­ los com outros astros no Zodíaco do mapa astral. Uma vez feita esta verificação, pode avançar com a realização dos aspecto maiores que são a conjunção, o sextil, a qua­ dratura, o trígono e a oposição. Familiarizese com estes termos, pois você os en­ contrará com bastante freqüência. Por outro lado, utilize quatro marcadores (preto, azul, vermelho e verde) e uma régua. COMO RECONHECER UM ASPECTO? Você sabe que o aspecto é um ângulo formado por dois astros no interior do Zodíaco. Cada um dos cinco aspectos maiores que acabamos de mencionar corresponde a uma medida de ângulo particular: A conjuntura é igual a 0 grau. O sextil é igual a 60 graus. A quadratura é igual a 90 graus. O trígono é igual a 120 graus. A oposição é igual a 180 graus.

junção entre o Sol e Marte já não é vá­ lida com mais de 7 o de desvio. Chamamos orbe puro ao desvio angu­ lar de base que permite considerar e identificar um aspecto entre dois astros e orbe tolerado ao desvio angular em re­ lação ao qual somamos alguns graus su­ plementares, dependendo de que astro se trate. Para descobrir todos os orbes tolerados entre os astros, basta recorrer à tabela de orbes que lhe oferecemos no verso da página. E preciso consultá-la siste­ maticamente para poder anotar os pos­ síveis aspectos presentes em um mapa astral.

ANOTE E DESENHE OS ASPECTOS DE UM MAPA ASTRAL Retomando o mapa astral do nosso exemplo, você deverá proceder em duas etapas. Por um lado, deverá anotar os as­ pectos ocasionais entre os astros, con­ sultando a tabela de orbes: depois de­ verá desenhá-los no centro do Zodíaco do mapa astral. Para distinguir os as­ pectos, deverá desenhá-los como se­ guem e por esta ordem: Conjunção (0 o ): nenhuma indicação Sextil (60 o ): Quadratura (90º): Trígono (120 o ): Oposição (180 o ): Siga atentamente nosso método para anotar e desenhar os aspectos e não se esquecerá de nenhum. Percorrerá sim­ plesmente o Zodíaco do mapa astral, re­ vendo um por um todos os aspectos entre os astros. Está correto: entre os as­ tros! De fato, não é preciso levar em conta os aspectos que poderiam apare­ cer entre as cúspides das Casas, os pon­ tos fictícios e os astros.

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Comece sempre pelo signo em que se encontra o ascendente. N o mapa do nosso exemplo, trata-se do signo de Escorpião. Se neste signo não existisse nenhum astro presente, deveria passar ao signo seguinte que contiver un pla­ neta na sua Casa.

2

Neste signo, Escorpião, você ob­ servará que Netuno está situado a 15°. Pode anotar os aspectos ocasionais que Netuno forma com outros astros. Para isso, siga a ordem crescente que lhe acabamos de indicar, considerando que 15° é o seu grau zero. Não há nenhum astro presente ao lado de Marte. Por­ tanto, não está em conjunção.

3

Dirija-se para 60° a partir da posição exata de Netuno (15° de Escorpião), que corresponde ao orbe puro do sextil, ou seja, 15° do signo de Capricór­ nio. Encontramo-nos aqui com Mer­ cúrio, mas a 27°. Consulte a tabela de

orbes para ver quantos graus de to­ lerância existem. São 6°, pelo qual não existe sextil entre Netuno e Mercú­ rio.

mos nenhum astro, assim não existe oposição. Você anotou e desenhou dois aspectos maiores de Marte: quadra­ tura Netuno-Saturno, trígono Netuno-

Júpiter.

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Continue seu percurso pelo Zo­ díaco a partir de Netuno, deslo­ cando-se para 90°, isto é, o orbe puro da quadratura. Anote a presença de Saturno a 12° de Aquário. Ao encon­ trar-se Netuno a 15° de Escorpião, exis­ tem assim 3 o de margem de tolerância com o orbe angular de base. Consulte a tabela de orbes: observará que o orbe tolerado entre Netuno e Sa­ turno é de 5 o . Existe então uma quadra­ tura entre Netuno e Saturno, que você de­ verá desenhar no interior de seu Zodíaco traçando uma linha vermelha pontilhada que una estes dois astros.

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O próximo ângulo é igual a 120°. Corresponde ao trígono. Verifique se algum astro se encontra a esta distân­ cia de Netuno. De fato, existe um. Tra­ ta-se de Júpiter, a 13° de Peixes c com 2° de desvio do orbe puro. Consulte de novo a tabela de orbes. O orbe to­ lerado entre Netuno e Júpiter é de 5 o , existindo um trígono entre Netuno e Júpiter, que você unirá traçando uma linha azul contínua. Continue até os 180° a partir da po­ sição de Netuno para encontrar uma possível oposição. Não encontra­

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7

Repita seu percurso pelo Zodíaco, passando ao signo a seguir de Es­ corpião, ou seja, Sagitário. Observe a presença de Vênus. Opere da mesma maneira que fez com Netuno e assim por diante com todos os outros astros, até o signo de Escorpião, onde começou. Você terá efetuado assim um percurso completo pelo Zodíaco do mapa as­ tral do nosso exemplo. Eis alguns aspectos que você deverá anotar e desenhar: Aspectos de Netuno em Escorpião: quadratura Netuno-Saturno, trígono Netuno-Júpiter. Aspectos de Vênus e m Sagitário: sextil Vênus-Saturno, quadratura Vê­ nus-Júpiter. Aspectos de Mercúrio e m Capricórnio: conjunção Mercúrio-Sol. Aspectos de Saturno em Aquário: oposição Saturno-Marte. Aspectos de Júpiter e m Peixes: oposição Júpiter-Plutão. Aspectos de Marte e m Leão: qua­ dratura Marte-Netuno, trígono MarteVênus, oposição Marte-Saturno. Aspectos de Plutão em Virgem: sex­ til Plutão-Netuno, quadratura PlutãoVênus, oposição Plutão-Júpiter.

Método de interpretação do mapa astral

O estudo do mapa astral Agora que você já reuniu todos os elementos do mapa astral, prepare-se para estudar seu conteúdo para poder interpretá-lo, analisando-o primeiro e fazendo uma síntese depois.

P

ara estudar e interpretar o mapa as­ tral, é importante ter um método e segui-lo escrupulosamente. Ao obser­ var o número de elementos e de infor­ mações de que dispõe, você se pergun­ tará por onde deverá começar o estudo. Vamos propor-lhe um método original. Para compreender e transmitir o sig­ nificado de tudo que está inscrito no Zodíaco do mapa astral — você deverá ter sempre em conta que se trata de in­ formações sobre um indivíduo e não de uma máquina codificada — é indis­ pensável estabelecer-se de início um plano para depois abordar todos os prin­ cípios que contém. N o entanto, é ne­ cessário considerá-los e concebê-los como fazendo parte de um todo. Por exemplo, ao observar o seu mapa, não basta entender que o indivíduo é vítima desta ou daquela fraqueza. Se quiser ou se julga que é indispensável fazer alusão a isso, é necessário tentar compreen­ der os seguintes elementos: 1. Por que é ou por que se tornou ví­ tima desta fraqueza? 2. Por que essa e não outra que aparece em seu mapa? 3. Quais são as causas profundas? 4. É de alguma utilidade, ou se prefe­ rir, explorou-a para estruturar sua per­ sonalidade? 5. Como poderia ser ou agir de outro modo, de uma forma mais harmoniosa, mais sadia e, principalmente, para não ser mais vítima dela?

0 CONHECIMENTO DO SER N o começo, pode parecer complicado, principalmente se você abordar o estudo de um mapa astral animado pela curio­ sidade de descobrir seu futuro ou o que

acontecerá às pessoas que o cercam. E, no entanto, deverá aceitar o fato de que em astrologia não se pode prever nada de um indivíduo se não se sabe como é. As previsões não são mais do que as pers­ pectivas que dizem sempre respeito a um conjunto de indivíduos, os quais vivem no mesmo contexto e têm preocupações comuns. Porém, cada um deles terá uma maneira pessoal de viver os aconteci­ mentos ou as circunstâncias a que se fará alusão. Tendo isto em conta, pode pen­ sar-se em estabelecer certas previsões para um indivíduo em particular, tendo em conta que se trata de previsões prová­ veis e não infalíveis. É portanto indis­ pensável abordar o estudo de um mapa

astral sob o ângulo do conhecimento do indivíduo, a fim de ver onde ou quan­ tos acontecimentos e situações de nossa vida resultam dos nossos comporta­ mentos, de nossas opções. Para fazê-lo, comece seu estudo anotando um por um todos os elementos inscritos no mapa as­ tral que lhe interessa e proceda primeiro segundo um princípio analítico, antes de aprender a fazer a síntese.

ANÁLISE DO MAPA ASTRAL Nosso método está baseado, no princí­ pio, na análise do mapa astral. Em uma primeira fase, trata-se pois de tomar nota um por um de todos os elementos ins­ critos no mapa astral, suscetíveis de con-

terem informações importantes sobre a natureza da personalidade que lhe inte­ ressa, agrupando-as por categoria. Como sempre, para expormos de uma forma prática nosso método, faremos referência ao mapa que utilizamos em nosso exemplo.

Esta primeira etapa pode parecer inútil neste nosso exemplo, pois você já escre­ veu em seu caderno os astros nos sig­ nos, à medida que efetuávamos os cálcu­ los. Porém, aconselhamos a abrir uma nova página e a fazer novamente a lista, sem esquecer de assinalar os astros re­ trógrados com um R. Anote os astros nas Casas Opere da mesma forma com os astros nas Casas. Você deverá elaborar uma lista. Anote as Casas nos signos Cada Casa do mapa astral encontra-se si­ tuada cm um ou mais signos do Zodíaco. Anote-as fazendo uma nova lista, e quan­

do uma Casa se estender por dois ou três signos, não esqueça de o assinalar. Anote os aspectos que formam os astros Como já recomendamos antes, você de­ verá desenhar os aspectos começando pelo ascendente, para não esquecer nada. Para fazer sua interpretação, é necessá­ rio apontar os aspectos, começando pelos do Sol e seguindo a ordem crono­ lógica dos astros: Lua, Mercúrio, Vênus, Marte, etc. Claro que, quando anotar um aspecto uma vez, não é necessário voltar a escrevê-lo. Anote as posições dos pontos fictícios nos signos e nas Casas, e seus aspectos Por enquanto ainda não lhe ensinamos a desenhar os aspectos entre os pontos fictícios e os astros, para evitar sobre­ carregar o mapa astral e semear a con­ fusão em seu espírito. Porém, deverá têlos em conta; eles lhe serão úteis para precisar sua interpretação. Embora não os tenha traçado, faça a lista.

Anote a posição dos astros e dos pontos fictícios nos decanatos Escreva em que decanato se encontra cada um dos dez astros e dos três pon­ tos fictícios que se encontram no mapa astral que estiver estudando. Para o eixo dos Nodos lunares, deve ter em conta tanto a posição do Nodo Norte como a do Nodo Sul. Em nosso exemplo, o Nodo Norte está no terceiro decanato do signo de Câncer e o Nodo Sul está no terceiro decanato do signo de Capricórnio. Anote os regentes de cada uma das 12 Casas A cúspide de cada uma das Casas en­ contra-se em um signo; você deverá considerar os regentes deste signo como o regente ou regentes da Casa em ques­ tão, no mapa astral. Também eles lhe serão úteis para sua interpretação. Deste modo, você disporá da lista com­ pleta dos elementos inscritos no mapa astral, de que irá necessitar para inter­ pretá-lo.

Método de interpretação do mapa astral

A tabela de interpretações A tabela de interpretações é um bom instrumento para estudar um mapa astral ponto por ponto e ter em conta os numerosos elementos e informações que se encontram na mesma.

A

utilização da tabela de interpre­ tações que pomos à sua disposição não é em n e n h u m caso obrigatória. Trata-se simplesmente de uma ferra­ menta que elaboramos para facilitar sua tarefa na aprendizagem da interpre­ tação de um mapa astral.

ANTES DE COMEÇAR Já estamos próximos do ponto de ex­ pormos as linhas principais do método de interpretação original, cuja eficácia tem sido experimentada há já vários anos. N o entanto, se você quiser ir mais além em sua investigação no campo do estudo e da prática da as­ trologia, poderá descobrir outros tra­ tados desta ciência ancestral e outros métodos de interpretação que também podem se adap­

tar melhor à sua sensibilidade ou à sua mentalidade. Ninguém melhor que você mesmo para saber que, a depender de sua sen­ sibilidade e sua mentalidade, os gos­ tos e matizes variam. Se aludirmos ao aspecto nobre e sério da astrologia re­ ferindo-nos a ela como uma ciência an­ cestral, estamos totalmente convenci­ dos de que também é, finalmente, e sobretudo, uma arte. De fato, quando nos obrigamos a fazer os cálculos de um mapa astral, não nos custa enten­ der que estamos no campo da ciência. As operações são comuns e também devemos nos submeter às regras imu­ táveis para obter resultados idênticos.

É aqui que se encontra o aspecto cien­ tífico da astrologia. Por outro lado, quando abordamos o princípio da interpretação, embora si­ gamos um método e nos submetamos a certas regras, concretamente deduti­ vas, entramos no campo da arte, pois para interpretar um mapa astral, e com­ preender seus fundamentos e os mo­ vimentos que, lembremo-nos sempre, são os de um ser vivo e não os de uma máquina, devemos empregar a fundo nossas qualidades sensíveis e intuitivas, que não são produtos da memória inerte e mecânica, mas da memória ativa, ima­ ginativa, especulativa. Não basta saber o que significa que tal astro esteja situado em tal signo, mas de­ vemos também perceber como este conjunto de infor-

informações reveladas por diversos elemen­ nos signos contêm parágrafos dedica­ tos se inscreve na dinâmica da persona­ dos às "palavras-chave". Bastará que lidade que estudamos. Por isso, deve­ escolha entre elas as que lhe pareçam mos ver como a pessoa em questão o mais interessantes e as inscreva em sua sente e o vive e como, por último, o tabela. transmitiremos com a máxima clareza Em contrapartida, os capítulos dedica­ possível. dos às interpretações dos astros e dos Trata-se, portanto, de um exercício ar­ pontos fictícios nas Casas não têm tístico de grande delicadeza, que pode­ "palavras-chave". mos comparar com a tarefa de um Por isso, de­ pianista de talento e inspirado, por penderá do exemplo, que não se conforma em ler seu próprio a partitura e passá-la mecanicamente a critério encon­ seu teclado, mas que, unindo-se à me­ trar a defini­ lodia, dá a esta uma alma. ção. Com efei­ Com isso queremos dizer que podemos to, aqui você afirmar sem medo que a astrologia é entra em cheio tanto uma ciência como uma arte, e tem no universo de inclusive um pouco mais de arte que de sua própria in­ ciência. terpretação do Naturalmente, no exercício desta arte mapa astral, onde deve realizar suas a objetividade não existe. Para interpretar um mapa astral, o as­ próprias escolhas trólogo adota uma atitude subjetiva. Só a depender de sua assim poderá dar sua interpretação. própria sensibili­ Sendo demasiado objetivo, cairia na ten­ dade e identificar tação de seguir os esquemas e lugares- quais são as caracte­ comuns, que não têm cabimento no do­ rísticas mais afins ou mais acertadas para a mínio da astrologia. A inclinação para definir, ordenar e clas­ pessoa para a qual sificar os seres segundo critérios que elabora o mapa astral. N o entanto, para ob­ comportariam seres idênticos é muito ter suas próprias "pala­ grande. vras-chave" das inter­ pretações das Casas nos COMO UTILIZAR A TABELA signos, sempre segundo DE INTERPRETAÇÕES Anote as "palavras-chave" que aparecem seus critérios e decisões, nos capítulos dedicados à interpretação consulte toda a informa­ dos astros nos signos e nas Casas, sem­ ção que tiver à mão. pre em função da lista de elementos ins­ Por último, lembre-se de critos em seu mapa astral, que estabe­ inscrever também as "pa­ leceu nas colunas previstas para este lavras-chave" referentes às efeito. interpretações dos princi­ N o que se refere ao mapa astral que to­ pais aspectos presentes no mamos como exemplo, para revelar as mapa astral que você está es­ informações e as "palavras-chave" de tudando. que você precisa, consulte a informação Mediante este procedi­ necessária; mas não se retenha nas in­ mento, você disporá de todas formações relativas à Parte da Fortuna, as informações que consti­ que serão sempre um complemento no tuem o conjunto básico da interpretação final de sua interpretação. global que vai dar acerca de um mapa Os capítulos dedicados às interpre­ astral. Isto não significa que as restan­ tações dos astros e dos pontos fictícios tes informações, as relativas às regên­

cias, por exemplo, mas também aos as­ pectos dos pontos fictícios, não tenham importância. Servirão para aperfeiçoar sua interpretação à medida que a for fa­ zendo.

Você deve dispor de uma tabela de interpretações como esta, na qual anotará as informações necessárias relativas a seu estudo do mapa astral.

Método de interpretação do mapa astral

Os astros nos signos Depois de ter elaborado metodicamente a lista dos elementos de que precisa para estudar um mapa astral, pode empreender a interpretação dos astros nos signos.

V

olte a abrir seu bloco na página onde tem anotada a lista completa dos elementos presentes em seu mapa astral. Agora você procederá etapa por etapa, assimilando o máximo de informação relativa às situações dos astros e dos pon­ tos fictícios nos signos e nas Casas, às suas posições nos decanatos, aos aspec­ tos e aos regentes. Quando tiver obtido todas estas infor­ mações, iremos ensinar-lhe como fazer a síntese, principalmente como utili­ zar o princípio das regências, que é pre­ cisamente a chave do nosso método de interpretação. Por enquanto, e segundo sempre as po­ sições dos astros nos signos do Zodíaco do mapa astral do nosso exemplo, lhe ensinaremos, por um lado, a obter e anotar as informações essenciais — às vezes contraditórias —, que estão es­ critas no mapa astral e, por outro, aprenderá a indicar na tabela de inter­ pretações as palavras-chave que lhe serão úteis para memorizar estas in­ formações.

A propósito da tabela de interpretações Lembramo-lhe que o uso de sua tabela de interpretações não é obrigatório. Se não quiser utilizá-la, ponha-a de lado e leia apenas todos os parágrafos da interpretação dos astros e dos pontos fictícios nos signos e nas Casas, as Casas nos signos, etc, para se inteirar e decidir por si mesmo os elementos que lhe parecem importantes.

Como já dissemos, certos elementos poderão parecer-lhe incompatíveis, opostos ou contraditórios. Não se sur­ preenda e pense que um indivíduo, seja quem for, está repleto de contra­ dições. Mais tarde, quando aprender­ mos a fazer a síntese das informações inscritas no mapa astral, você enten­ derá como destas informações contra­ ditórias, que às vezes parece que não se ajustam e no entanto estão presen­ tes no interior de um mesmo mapa as­ tral, se desprende a riqueza da persona­ lidade do ser cujo mapa astral estamos elaborando.

AS INTERPRETAÇÕES DOS ASTROS NOS SIGNOS Etapa 1 Baseado no mapa astral do nosso exem­ plo, consulte os capítulos de Conhecer a Astrologia que correspondem às inter­ pretações dos dez astros nos signos, cujos nomes você anotou durante a etapa precedente do nosso método de interpretação. Etapa 2 Descubra as interpretações relativas ao Sol no signo de Aquário, e grave as que lhe parecerem importantes.

Para se orientar neste caminho, ofere­ cemos uma série de palavras-chave no final de cada uma de nossas interpre­ tações dos astros nos signos. Mas tam­ bém neste caso não é obrigado a seguilas à risca. De fato, trata-se afinal de fornecer seu ponto de vista para realizar sua própria interpretação. Pode, por­ tanto, escolher as informações que lhe pareçam mais interessantes entre todas as que lhe propomos. Em qualquer dos casos, se quiser real­ mente aprofundar seu estudo, não seria demasiado consultar outros livros de in­ terpretações dos astros nos signos. En­ tretanto, antes de recorrer a eles, assi­ mile bem as explicações que aqui lhe propomos e aprenda a aprofundar o tema para desenvolver sua própria sen­ sibilidade e seu ponto de vista pessoal. É importante adotar este estado men­

tal quando nos propomos fazer a inter­ pretação de um mapa astral. É preciso ter uma opinião própria, arriscar a fazer uma interpretação pessoal, antes de des­ cobrir a dos outros. Se não agir assim, a interpretação que fizer não será exa­ tamente a sua. Etapa 3 À medida que for lendo as interpre­ tações em função dos elementos inscri­ tos no mapa astral, deve fazer como o pintor que, pouco a pouco, faz o retrato de uma pessoa. Sua tela é o mapa astral, onde estão inscritos os traços do caráter em elementos simbólicos, precisamente do ser em questão, cuja verdadeira face poderá perceber, descobrir, desenhar e descrever. A paleta de que dispõe é composta de todas estas informações, através das quais poderá obter nu­ merosas interpretações relativas aos elementos presentes no mapa astral. Finalmente, o pincel é seu espírito. Se utilizar a tabela de interpretações, anote a lápis as palavras-chave do Sol em Aquário (na co­ luna Signos) extraídas do capítulo "Interpretação dos astros nos signos e nas Casas". NOSSO CONSELHO Para se familiarizar com o princípio das interpre­ tações de um mapa astral, o ideal é, em primeiro lu­ gar, ler minuciosamente o parágrafo inteiro da in­ terpretação do Sol em Aquário, por exemplo, e sublinhar as frases que lhe pareçam mais impor­ tantes, seus próprios co­ mentários, assim como outras idéias que lhe ve­ nham à cabeça à medida que for lendo as diferen­ tes interpretações.

Para aprofundar mais Oferecemos abaixo uma lista de livros de interpretações que aconselhamos a ter e consultar para aprofundar seus conhecimentos, enriquecer e melhorar seu estudo de um mapa astral. Advertimos que, apesar das numerosas publicações e edições sobre astrologia, são poucos os autores que, além de serem astrólogos, também são bons intérpretes e pedagogos; por esta razão recomendamos que apure seus critérios no momento de escolher um livro sobre esta matéria. Stephen Arroyo, Manual de Interpretação do Mapa Astrológico, Publicações Europa-América. Dane Rudhyar, Astrologia da Personalidade, Ed. Pensamento. Joanne Wickenburg e Virgínia Meyer, A espiral da vida, Summus Editorial. Didier Colin, Manuel Pratique d'As¬ trologie, Ed. Hachette. Guy Dupuis, Astrologie Pas a Pas, Ed. Solaris.

Em seguida, anote as palavras-chave na tabela de interpretações. Assim, você terá cm seu bloco por um lado "suas" interpretações, sob o ponto de vista que deseja adotar e, por outro, na tabela das interpretações, terá "nossas" interpretações, reduzidas a palavraschave, que lhe permitirão memorizar os fatores essenciais desta combinação do Sol em Aquário. Faça o mesmo com a Lua, situada no signo de Sagitário no mapa astral do nosso exemplo, continuando depois com os restantes astros nos signos. Uma vez feito isso, não se precipite em correr o risco de fazer a síntese. É demasiado cedo. Entretanto, releia cal­ mamente todas as informações que você anotou em relação às posições dos as­ tros nos signos. E se tiver algumas idéias, sugestões ou inspirações, anote-as em seu bloco. Em seguida você verá se ti­ nham ou não alguma base, se tinha ra­ zão ou se ainda está longe de ter uma in­ tuição astrológica certeira.

Método de interpretação do mapa astral

Os astros nas Casas Após identificar as palavras-chave dos 10 astros nos signos do Zodíaco do mapa astral, você vai agora definir e anotar, segundo seu critério, as palavras-chave das interpretações dos astros nas Casas.

N

o tema referente às "interpre­ tações dos astros nos signos", es­ crevemos já a este propósito uma série de palavras-chave no final de cada pa­ rágrafo de interpretação. Porém, ope­ ramos de propósito de forma diferente nos textos das "interpretações dos as­ tros nas Casas". De fato, devemos lembrar aqui a matiz que diferencia os astros nos signos dos astros nas Casas. N o primeiro caso, es­ tes definem os traços da personalidade e a psicologia profunda do indivíduo em questão, ao passo que, no segundo caso, confrontamo-nos com a expressão da personalidade e psicologia através da existência, na vida material, social e cul­ tural. Ora, a astrologia, como acontece com numerosas ciências humanas, é fre­ qüentemente vítima de uma esquema­ tização excessiva por parte dos que se interessam por ela, o que alimenta evi­ dentemente os argumentos de seus de­ tratores. Por exemplo, se consideramos que, no mundo inteiro, mais de cinco bilhões de almas partilham 12 signos do Zodía­ co, o que significa, de modo geral, que 416 milhões de pessoas nasceram sob o mesmo signo do Zodíaco, compreen­ de-se, então, até que ponto se torna ab­ surdo circunscrever, limitar, as defi­ nições e as interpretações em esquemas medíocres e fáceis. ANTES DE COMEÇAR Se você quer realmente aprender a in­ terpretar um mapa astral, nunca será demasiado insistir no fato de ser ne­ cessário recorrer à sua imaginação, à sua inspiração, para conseguir obter sua pró­ pria interpretação.

Pusemos à sua disposição uma técnica e um método de interpretação que, sem dúvida, nos disporemos a seguir escru­ pulosamente; porém, só deve ser se­ guido ao pé da letra com o único ob­ jetivo de descobrir e trabalhar a própria interpretação. Principalmente, não deixe que sua investigação dos elementos e das informações contidos em um mapa astral se torne mecânica e repetitiva. O importante é tirar o máximo de pra­ zer possível disso e deixar-se levar por uma sã curiosidade ao fazer a leitura de um mapa astral. Se você se conformar em seguir nossas instruções e trans­

mitir palavra por palavra nossas pró­ prias interpretações, sem fazer uma sín­ tese e sem lhe acrescentar nenhum to­ que de sua autoria, que serão suas opiniões pessoais, o resultado não será muito interessante nem para você nem para a pessoa cujo mapa astral você está estudando. A seguir, sugerimos que reveja os pon­ tos mais pertinentes da "interpretação dos astros nas Casas" que você tem a seu dispor, e a interpretar aquilo que você considera as palavras-chave. Em seguida, você as anotará na coluna "Casas" de sua Tabela de Interpretações.

AS INTERPRETAÇÕES DOS ASTROS NAS CASAS Etapa 1 Consulte as fichas correspondentes aos parágrafos dos astros nas Casas, dos quais você já tem a lista anotada em seu caderno. Deve começar, evidentemente, pelas interpretações relativas ao Sol que, no mapa astral que serve de exemplo, se encontra na Casa IV Etapa 2 N o texto correspondente ao Sol na Casa IV podemos ler: "A vontade instintiva do indivíduo está integrada com muita naturalidade no seu meio familiar, em cujo seio se destaca e manifesta com fre­ qüência certo domínio." Mais à frente nesse parágrafo lia-se tam­ bém que o indivíduo com tal configu­ ração "sente-se preocupado em consti­ tuir um lar, em desempenhar o papel de chefe de família, em ver-se no centro de

todas as situações está sempre latente no Os astros próximos indivíduo, que aspira a sentir-se seguro, das cúspides das Casas reproduzindo ou criando um esquema Quando um astro se encontra em uma que já conheceu durante sua infância ou Casa, mas está situado a poucos graus da que injustamente não pode ter". Casa anterior ou da seguinte, você precisa Mais à frente, no seguinte parágrafo, po­ levar em conta os parágrafos relativos demos l e r que "...suas relações fami­ às interpretações destas duas Casas. liares ocupam um espaço demasiado No mapa que usamos como exemplo, grande em sua vida, inibindo seu espí­ Urano está na Casa XI, e encontra-se rito independente e bloqueando sua rea­ a 4o do signo de Virgem, precisamente lização pessoal". o início desta Casa, ou seja, muito próAgora lhe incitamos a remeter-se às pa­ ximo da Casa X. lavras-chave do texto de interpretações Neste caso concreto, é preciso fazer a do Sol em Aquário. interpretação realizando uma síntese Na lista destas palavras-chave, você de­ das informações reveladas tanto por verá ter anotado entre outras coisas: Urano na Casa X como na Casa XI. "independência, espírito livre, incon­ Assim, é como se os elementos próprios formismo, rebeldia, instabilidade". de Urano tanto na Casa X como na Casa Para lhe dar uma orientação relativa às XI se expressassem e se manifestassem especulações pessoais a que se pode per­ ao mesmo tempo no indivíduo. mitir a partir de uma afirmação como Mais à frente voltaremos novamente essa, é isso que lhe sugerimos que anote a esta sutil interpretação. em seu caderno com respeito à men­ cionada afirmação original, que acaba­ mos de deduzir comparando os dois tex­ tos de interpretações Por enquanto, você pode simplesmente distintas: O nativo é um acrescentar a motivação essencial do in­ indivíduo profundamente divíduo que optou por comportar-se independente, inconfor­ desta maneira, tal como nos revela seu mista (Sol em Aquário). mapa astral. Pode manifestar tendên­ Etapa 3 cia para se rebelar (Sol em Aquário), mas as suas re­ Por enquanto, trata-se de atuar da mes­ lações familiares ocupam ma forma que fizemos em relação ao um espaço tão grande em Sol, mas com a Lua na Casa IL Pode comparar a informação obtida com as sua vida que inibem seu espírito independente (Sol reveladas pela Lua em Sagitário; Mercúrio na Casa III e em Capricórnio; Vênus na na Casa IV). Volte agora ao parágra­ Casa II e em Sagitário (aqui você obterá fo da interpretação do informações mais úteis sobre o com­ Sol em Aquário, onde portamento sensível e amoroso do nosso encontrará mais in­ nativo); Marte na Casa X e em Leão; formações sobre a per­ Júpiter na Casa V e em Peixes; Saturno sonalidade deste indi­ na Casa IV e em Aquário; Urano nas Casas X e XI e em Virgem (veja o quadro víduo. Também poderá obser­ acima), Netuno na Casa I e em Escorpião; var como outros ele­ e, finalmente, Plutão na Casa XI e em mentos inscritos no Virgem. mapa astral confirma­ Deste modo, você completará a segunda rão e ampliarão estes parte das informações mais relevantes dados, mas ainda não de que necessita para poder realizar um chegamos a esta con­ estudo completo e minucioso do seu mapa astral. clusão.

Método de interpretação do mapa astral

As Casas nos signos Depois de consultar e anotar as palavras-chave dos astros nos signos e nas Casas, chegou o momento de se dedicar às interpretações relativas às Casas nos signos.

T

odos os elementos inscri­ tos em um mapa astral são importantes. Você precisa pres­ tar muita atenção a cada um deles. Entretanto, quando ana­ lisamos um mapa astral como estamos fazendo agora, é pre­ ciso evitar cair em duas ten­ tações.

É PRECISO SER HUMILDE A primeira consiste em se ser demasiado abstrato, teórico, pouco realista, em esquecer que um ser forma um todo, que uma personalidade é sem dúvida composta por nume­ rosos elementos, mas que, no fundo, é ao mesmo tempo complexa em sua estrutura e simples de compreender. Alem disso, devemos ter pre­ sente em nossa mente que a pessoa cujo mapa astral esta­ mos estudando é "como eu e você", que tem os mesmos problemas, preocupações, mo­ tivações, embora a maneira de os sentir e de os viver nunca seja exatamente idêntica à sua, nem a sua à dos outros. Muitas vezes, é pre­ cisamente na forma e na formulação que diferimos uns dos outros, mas no fundo todos nos assemelhamos. De maneira que, no fim das contas, devemos ser mais humildes e modestos do que jul­ gamos para estudar a astrologia e acei­ tar seu princípio. Efetivamente, você ob­ servará que quem duvida de seus fundamentos, de sua utilidade ou au­ tenticidade, é muitas vezes profunda­

mesmo e do mundo que o cerca. Entretanto, esta inter­ pretação intelectual do mun­ do, que é sua e que não deixa de ser interessante, não é in­ comparável com a visão espi­ ritual do astrólogo, já que tan­ to é bom ver as coisas de fora como de dentro. Não deve­ mos rejeitar um mundo para abraçar outro. Com o fim de evitar ser de­ masiado abstrato ou teórico em relação à pessoa cujo mapa astral você vai estudar, aprenda a pôr-se no lugar dela, a sen­ tir-se solidário com seu ponto de vista mesmo que não seja o seu. Desta forma conseguirá trans­ mitir-lhe as informações que seu mapa astral contém, as quais, claro, são exclusivas dela.

mente individualista no mau sentido do termo. Isto é, tende a achar-se acima da média, especial, diferente. Enganase ou cultiva o fatalismo, não sente outra coisa que não seja genes, células e áto­ mos. Só tende a focar sua existência pelo ângulo do livre arbítrio, paradoxalmente condicionado por um meio social, cul­ tural, econômico e, apesar de tudo, afe­ tivo e de relações, tomada entre um nas­ cimento biológico e uma morte clínica. Mas está seguro de ser dono de si

É PRECISO SER SIMPLES A segunda tentação a que temos que resistir é a de su­ blimar a pessoa cujo mapa analisamos, de idealizá-la, de vê-la em um pedestal, dirigindo-se a ela em termos pomposos, técnicos, ex­ cessivos. Evite explicar-lhe porque, astrologica­ mente, as coisas são como são. Limitese em entrar no complexo universo da estrutura de sua personalidade, de se im­ pregnar dela e de transmitir-lhe, em ter­ mos simples e gráficos já experimen­ tados pelo menos uma vez, o que percebeu e compreendeu dela, sua pró­ pria interpretação de seu mapa astral.

AS INTERPRETAÇÕES DAS CASAS NOS SIGNOS Cada uma das posições das Casas do mapa astral em um ou mais signos, de­ pendendo do caso, estão cheias de in­ formações. N o entanto, temos tendên­ cia para ignorar estas informações. Por quê? Talvez porque as cúspides das Casas são pontos fictícios. Não, este não é um bom argumento. Se fosse assim, não levaríamos em conta o ascendente como elemento fundamental na inter­ pretação do mapa astral. Achamos que, de fato, não sabemos distinguir corre­ tamente entre os significados dos sig­ nos do Zodíaco e os das Casas. N o que se refere ao mapa astral, a posição do conjunto das Casas é uma configuração psicológica, material, cultural e social no qual a pessoa em questão se desen­ volverá e expressará. É como se mon­ tasse o cenário de uma peça de teatro. Em sua Tabela de Interpretações, deve revelar os significados das Casas nos sig­ nos, não só tendo em conta a posição da cúspide de cada uma delas, mas tam­ bém o fato de algumas delas abarcarem um ou dois signos. Aqui estão algumas sugestões sobre como revelar estas in­ dicações, sempre em função de nosso exemplo do mapa astral. Etapa 1 Identifique o número da Casa, o signo onde se encontra sua cúspide e depois os signos sobre os quais eventualmente repousa. Etapa 2 Anote em seguida o astro que rege esses signos, o signo onde se encontra e a Casa que ocupa. Isto será útil quando abordarmos o tema das regências. Etapa 3 Por último, indique em sua Tabela de Interpretações as palavras-chave que cor­ respondem a estas combinações Casassignos, sabendo que, no entanto, quan­ do encontrar uma Casa que abarca um ou mais signos, será o signo onde se en­ contra sua cúspide o que lhe revelará as informações mais importantes.

As Casas nos signos do mapa astral de nosso exemplo

Casa I em Escorpião e em Sagitário • Regentes da cúspide: Marte, que está em Leão e na Casa X, e Plutão, que está em Virgem e na Casa XI. • Segundo regente desta Casa em Sagitário: Júpiter, que está em Peixes e na Casa V. Casa II em Sagitário e em Capricórnio • Regente da cúspide: Júpiter, que se encontra em Peixes e na Casa V. • Segundo regente desta Casa em Capricórnio: Saturno, que se encontra em Aquário e na Casa IV. Casa III em Capricórnio e em Aquário • Regente da cúspide: Saturno, que se encontra em Aquário e na Casa IV. • Segundos regentes desta Casa em Aquário: Saturno, que está em Aquário e na Casa IV e Urano, que está em Virgem e na Casa Xi. Casa IV em Aquário e em Peixes • Regentes da cúspide: Saturno, que se encontra em Aquário e na Casa IV, e Urano, que está em Virgem e na Casa XI. • Segundos regente desta Casa em Peixes: Júpiter, que está em Peixes e na Casa V, e Netuno, que se encontra em Escorpião e na Casa I. Casa V em Peixes e em Áries • Regentes da cúspide: Júpiter, que se encontra em Peixes e na Casa V, e Netuno, que se encontra em Escorpião e na Casa I. • Segundo regente desta Casa em Áries: Marte, que se encontra em Leão e na Casa X. Casa VI em Áries e em Touro • Regente da cúspide: Marte, que se encontra em Leão na Casa X.

• Segundo regente desta Casa em Touro: Vênus, que está em Sagitário e na Casa II. Casa VII em Touro e em Gêmeos • Regente da cúspide: Vênus, que se encontra em Sagitário e na Casa II. • Segundo regente desta Casa em Gêmeos: Mercúrio, que se encontra em Capricórnio e na Casa III. Casa VIII em Gêmeos e em Câncer • Regente da cúspide: Mercúrio, que se encontra em Capricórnio e na Casa III. • Segundo regente desta Casa em Câncer: a Lua, que se encontra em Sagitário e na Casa II. Casa IX em Câncer e em Leão • Regente da cúspide: a Lua, que se encontra em Sagitário e na Casa II. • Segundo regente desta Casa em Leão: o Sol, que se encontra em Aquário e na Casa IV. Casa X em Leão e em Virgem • Regente da cúspide: o Sol, que se encontra em Aquário e na Casa IV. • Segundo regente desta Casa em Virgem: Mercúrio, que se encontra em Capricórnio e na Casa III. Casa XI em Virgem e em Libra • Regente da cúspide: Mercúrio, que se encontra em Capricórnio e na Casa III. • Segundo regente desta Casa em Libra: Vênus, que se encontra em Sagitário e na Casa II. Casa XII em Libra e em Escorpião • Regente da cúspide: Vênus, que se encontra em Sagitário e na Casa II. • Segundos regentes desta Casa em Escorpião: Marte, que se encontra em Leão e na Casa X, e Plutão, que se encontra em Virgem e na Casa XI.

Método de interpretação do mapa astral

Os aspectos Fusão, bom equilíbrio, tensão, harmonia, contradição, estes serão os termos que lhe servirão para compreender a natureza dos aspectos no mapa astral e interpretá-los.

N

a área dos aspectos, é comum fa­ lar-se muitas vezes de vibrações, influxos, fluxos c correntes que circu­ lam entre os astros e atravessam a Terra dependendo dos ângulos que formam entre eles. De nossa parte, duvidamos muito que os sacerdotes mesopotâmi­ cos ao instituir a religião astral, que se baseia no grande princípio do Zodíaco, tenham percebido e medido as vibrações produzidas entre os astros com a Terra como objetivo. Entretanto, não duvidamos da impor­ tância dos aspectos, se bem que aqui também não vamos acrescentar mais matizes do que os detectados pela maio­ ria dos astrólogos do século xx. Deste modo, achamos que os aspectos tiveram c têm ainda um papel primor­ dial na hora de prever ou focar os acon­ tecimentos de tipo coletivo, úteis para estabelecer o que hoje chamamos ho­ róscopos, isto é, as previsões diárias, se­ manais, mensais ou anuais. Assim, para realizar previsões individuais é de fun­ damental importância o estudo dos trân­ sitos — ou seja, as deslocações cons­ tantes dos astros c sua passagem por este ou aquele signo ou ponto do mapa as­ tral do indivíduo em questão — e dos aspectos ou ângulos que formam depois com os astros e com os pontos fictícios do mapa astral. Por outro lado, o estudo dos aspectos no mapa astral propriamente dito não deve nos levar a dar a estes um lugar de muita importância em nossa interpre­ tação. N o entanto, o fato dos aspectos estarem em um aparente segundo pla­ no não representa nenhum problema pois agora já sabemos interpretar um mapa astral abstraindo os aspectos pre­

sentes no interior do Zodíaco, visto que muitas vezes as informações que estes revelam podem ser lidas através de ou­ tros elementos inscritos no mapa do céu. Além disso, é bom sublinhar que pode acontecer que não apareça ne­ nhum aspecto no mapa astral de um in­ divíduo. Entretanto, para conseguir um bom nível de interpretação, estamos cons­ cientes de que é preciso ter uma longa experiência na arte da astrologia. Va­ mos, portanto, nos limitar a explicar como você pode explorar melhor as principais informações reveladas pelos

aspectos mais importantes do mapa as­ tral, seguindo como sempre nosso exemplo.

ANTES DE COMEÇAR Não devemos esquecer que ao analisar um mapa astral não estamos lidando com uma máquina, cujos mecanismos, engrenagens, parafusos c cavilhas po­ dem ser desmontados, um por um, para montá-los depois segundo os mesmos planos ou configuração. Estamos aqui tratando dos aspectos da personalidade em questão e do que chamamos, hoje em dia, psicologia profunda do ser. Só

podemos abordar e compreender sua personalidade e sua psicologia profunda vivendo o ser analisado como um todo coerente, inclusive se este estiver repleto de contradições, sem as quais, na maio­ ria dos casos, não seria tal como é. Atualmente, vivemos na era da especia­ lização. Em medicina, por exemplo, abundam especialistas: do coração, do fígado, dos pulmões, da pele, do san­ gue, etc. Mas de um ponto de vista fi­ siológico, podemos verdadeiramente admitir que um ser é apenas um fígado ou um coração, por exemplo? Inclusi­ ve se seu fígado ou seu coração se debi­ litassem ou apresentassem sintomas específicos, não seria mais lógico, mais coerente e também mais eficaz levar em conta todos os elementos que constituem o corpo humano para com­ preender, tratar, compensar ou curar as insuficiências de um fígado ou de um coração? Em outras palavras, um ser humano é apenas um fígado ou um coração porque apresenta sinais de fra­ queza específicas em um e outro? Esta é a pergunta que devemos colo­ car e que deve permanecer no fundo de nossa consciência quando estuda­ mos um mapa astral e, mais ainda, quando entramos na fase de análise deste. 0 ESTUDO EA INTERPRETAÇÃO DOS ASPECTOS Etapa 1 Quando empreendemos o estudo do mapa astral de nosso exemplo, reve­ lamos os principais aspectos, partindo do Sol e seguindo a ordem cronológica da hierarquia dos astros no Zodíaco: Sol, Lua, Mercúrio, Vênus, etc. De­ vemos, portanto, considerar os aspec­ tos um por um e remeter-nos ao pará­ grafo de interpretação correspondente a cada um deles. O primeiro desta lista de dez astros que aparece no mapa astral de nosso exem­ plo é a conjunção Sol-Mercúrio. Esta configuração significa, não esqueça­ mos, que o Sol e Mercúrio estão, se

não colados um ao outro no Zodíaco, pelo menos suficientemente próximos um do outro para exercer uma forte interação. Neste caso poderíamos dizer uma "interinfluência", inclusive se desconfiarmos do sentido que se dá sempre ao termo "influência" em as­ trologia.

As características fundamentais da personalidade | Sol: a vontade instintiva. Lua: a sensibilidade. Mercúrio: a inteligência. Vênus: o eu emocional. Marte: a capacidade de ação. Júpiter: a alegria de viver. Saturno: a razão. Urano: a força de decisão. Netuno: o poder de transformação. Plutão: a intensidade psíquica.

A natureza dos aspectos Conjunção: fusão. Sextil: bom equilíbrio. Quadratura: tensão. Trígono: harmonia. Oposição: contradição.

Etapa 2 Devemos visualizar o mapa astral que estamos estudando, ao mesmo tempo que descobrimos as interpretações re­ lativas a este aspecto específico, com o fim de não perder de vista que este ân­ gulo — os graus que separam dois as­ tros no Zodíaco formam ângulos — é antes de mais nada um aspecto da per­ sonalidade, quer dizer, um dos com­ ponentes que a revelam e identificam. Mas este aspecto só deve interessar-lhe porque faz parte do contexto da perso­ nalidade, sempre percebido como um conjunto coerente. Ao dizer isto, introduzimos aqui o prin­ cípio da realização da síntese de um mapa astral, que vem depois de seu es­ tudo e análise. Ora, esta síntese é pre­ cisamente um estado mental que se ad­ quire pouco a pouco e sem o qual não podemos fazer uma boa interpretação de um mapa, apesar de todos os esfor­ ços empreendidos para estudá-lo e rea­ lizá-lo. Etapa 3 Anote em seu bloco ou em sua Tabela de Interpretações, nas colunas correspon­ dentes, as palavras-chave que você mes­ mo revelará de cada um dos parágrafos relativos a este aspecto. Indique tam­ bém, em uma coluna à parte, em uma versão simplificada (veja quadro), as ca­ racterísticas fundamentais da personali­ dade, reveladas por estes dois astros (Sol-Mercúrio), que estão em relação umas com as outras e lhe serão indica­ das por este aspecto. Isso irá permitir que você experimente seu espírito de síntese. Etapa 4 Proceda da mesma forma com os as­ pectos restantes. Exemplos: A conjunção Sol-Mercúrio re­ vela no indivíduo uma fusão entre a vontade instintiva (Sol) e a inteligên­ cia (Mercúrio). O sextil Vênus-Saturno revela um bom equilíbrio entre o eu emocional (Vênus) e a razão (Saturno), etc.

Método de interpretação do mapa astral

Os pontos fictícios As posições dos Nodos lunares, da Lua Negra e da Parte da Fortuna no mapa astral permitem definir o eixo de sua interpretação. s

E

importante abordar o estudo de um mapa astral a partir de um determi­ nado ponto de vista e assim dispor de um suporte a partir do qual você poderá construir toda sua análise para, final­ mente, realizar a síntese das numero­ sas informações obtidas através dos ele­ mentos inscritos no mapa do céu. Precisamente os pontos fictícios podem nos ajudar a estabelecer tais bases.

PEQUENA REVISÃO ANTES DE COMEÇAR Tendo chegado a este ponto da inter­ pretação, é necessário realizar certos es­ clarecimentos e memorizações: 1. C o m o manter a objetividade quando interpretamos um mapa astral? Não podemos. Cada um de nós pensa e age como um sujeito, não como um objeto. Em princípio, somos todos sub­ jetivos. N o entanto, poderíamos argüir que às vezes é importante guardar dis­ tância, esquecer de suas próprias con­ vicções ou opiniões para ver e com­ preender as coisas por outro ângulo de visão. A tudo isso, responderemos que a ob­ jetividade consiste, efetivamente, cm um bom estado mental, em não adotar uma opinião geral e não transmitir tópicos nem idéias preconcebidas. Por isso pre­ ferimos dizer que, ao interpretar um mapa astral, é melhor permanecer subje­ tivo, ou seja, ter sua própria maneira pessoal de abordar um mapa do céu; analisá-lo, sintetizá-lo e transmitir as in­ formações que ele contém, antes de fa­ zer um estudo geral, realizado identica­ mente, e seguindo sempre o mesmo modelo, com o pretexto da objetividade.

2. Cuidado com as idéias turvas, as interpretações fatalistas e o catastrofismo! Se você tiver tendência para fixar sua atenção ou seu olhar em certos pontos de um mapa astral, que dão a impressão de serem portadores de informações de­ sastrosas, desaconselhamos que conti­ nue suas investigações ou, pelo menos, sugerimos que tente compreender por­ que, a priori, você se polariza sobre o mais terrível ou sobre o que percebe como tal. De fato, nunca esqueça de que o que está inscrito em um mapa astral não é

mais do que a transcrição simbólica e esquemática da obra inigualável e sempre única que constitui um ser humano. Mas não o reduza a símbolos nem o simplifique em esquemas. Deve ler em seu inter­ mediário, no livro aberto que é seu mapa do céu, e pô-lo em contato com seu próprio rasto. Deve dizer o que pen­ sa dele, mas deixe-o encontrar, em seu discurso, suas próprias referências que o ajudarão a compreender-se melhor, a conciliar-se consigo mesmo. Para isso, você deve evitar ser definitivo e tradu-

traduzir, tanto nos fatos como nas especu­ sar. Por isso, elas têm certas qualidades nos signos e nas Casas, já que tais in­ lações sem fundamento, as impressões potenciais, também inscritas e legíveis formações lhe serão muito valiosas para que possa ter e que produzem, em con­ da mesma forma, as quais devem apren­ analisar a psicologia profunda do ser, cu­ seqüência um mal-estar. Recorde-se de der a explorar. Isto é o que nos revela jo mapa astral está estudando. que percebemos as coisas segundo a o eixo dos nodos lunares que, segundo Em nosso exemplo, a Lua Negra está situada nossa visão pessoal — e isto é positivo as informações relativas à situação de no signo de Libra e na Casa XII. — mas que não devemos abusar disso cada pessoa e às tendências que revela, Desta maneira, além das palavras-chave nem extrapolar a partir de um só juízo. nos guia e nos orienta sobre o caminho que transcreve para sua tabela de inter­ de uma interpretação sintética do mapa pretações, no caso de a utilizar, identifi­ astral. que o maior número de informações OS PONTOS FICTÍCIOS NO MAPA ASTRAL que lhe for possível referentes à posição Tomemos nosso exemplo: o eixo dos nodos lu­ Depois de fazer estes esclarecimentos, nares encontra-se no signo de Câncer e na da Lua Negra e escreva-as em seu bloco. De fato, você vai observar que também podemos começar a estabelecer as bases Casa IX para o Nodo Norte (vantagens) da síntese de nossa interpretação, em­ e em Capricórnio e na CasaIIIpara o Nodo aqui, e porque se trata precisamente do lado oculto do indivíduo, seu eu femini­ bora não tenhamos chegado à etapa da Sul (inconvenientes). no ou masculino, o que chamamos o análise, pois, por enquanto, estamos Faça duas colunas em seu bloco e con­ apenas reunindo todas as informações sulte as informações reveladas pelas po­ duplo oposto, encontrará elementos de reflexão muito importantes para seu es­ contidas no mapa astral. Para ajudá-lo sições deste eixo no mapa astral. Intitule a assentar estas bases, vamos definir, jus­ a coluna da esquerda de "Vantagens" e tudo, úteis para fazer a síntese do mapa astral. tamente de uma forma básica, os pon­ a da direita "Inconvenientes". tos fictícios que você já teve oportuni­ Em cada coluna, você deve inscrever dade de descobrir. as palavras-chave relativas ao Nodo A PARTE DA FORTUNA Norte em Câncer e na Casa IX (coluna A felicidade profunda da esquerda) e ao Nodo Sul em Capri­ É assim chamada porque, dependendo 0 EIXO DOS NODOS LUNARES Vantagens e inconvenientes córnio na Casa III (à direita). Sem dú­ do signo e da Casa em que se encon­ vida que verá como estas vantagens e in­ tre, nos informa sobre os elementos, Consideremos, portanto, que o eixo dos princípios e componentes da persona­ nodos lunares se resume às vantagens do convenientes lhe darão o eixo de sua lidade que o ser aproveitará para ex­ ser, quanto ao Nodo Norte, e aos incon­ interpretação, o suporte indispensável pressar, viver, desprender esta felicidade venientes, no que se refere ao Nodo Sul. que precisa para juntar de maneira coe­ profunda, inalterável, esta inocência, esta Para sermos mais precisos, digamos que, rente todas as informações inscritas no pureza que só a ele pertence e que só ele para o ser em questão, trata-se das van­ mapa astral que está estudando. deve cultivar. tagens que deve aproveitar e dos in­ convenientes que deve ultrapassar. Em A LUA NEGRA No mapa astral do nosso exemplo, a Parte da O duplo oposto outras palavras, partimos neste caso de Fortuna está situada em Libra e na Casa XII. uma hipótese de trabalho que vamos Entendemos por duplo oposto a face Registre as informações relativas a estas aproveitar como suporte de análise geral oculta de um ser, considerada também duas configurações e transcreva-as em e de síntese do nosso mapa astral: todas a parte feminina, se se tratar de um seu bloco. E visto que estas qualidades as pessoas são portadoras de uma série homem, e de virilidade se se tratar de não podem ser alteradas de maneira al­ de defeitos que estão inscritos e que, evi­ uma mulher. Leia, portanto, atenta­ guma devido a acontecimentos exterio­ dentemente, podem ser lidos em seu mente, os significados e as palavrasres, também serão reveladoras de um mapa astral, mas que têm que ultrapas­ chave relativas à posição da Lua Negra eixo interpretativo possível.

Mapa astral feminino ou masculino? .Como você deve ter observado, nunca indicamos se o mapa astral que tomamos como exemplo para apren­ der a calcular um mapa do céu era de um homem ou de uma mulher. Agimos desta forma de propósito, para demonstrar os limites da astrologia. De fato, se no início não lhe é indicado se se trata de um mapa astral de um homem ou de uma mulher, nunca é possível adivinhar-se através da investigação astrológica. Evidentemente, é possível fazê-lo sempre que a pessoa em questão possua um temperamento mais ou menos masculino ou feminino. Mas isso não basta para determinar seu sexo. A partir de agora, você pode saber que o mapa astral de nosso exemplo é o de uma mulher. Isto lhe será muito útil na interpretação que fará da Lua e especialmente da Lua Negra.

Método de interpretação de um mapa astral

Os astros retrógrados Quando um astro é retrógrado suas qualidades apuram-se ajustam-se, intensificam-se e destacam-se no mapa astral, da mesma forma que são coagidas ou retidas.

C

omo sabemos, podemos detectar uma certa filosofia de vida com ba­ se no princípio dos astros retrógrados. De fato, os planetas inscritos no mapa astral — que observados da Terra e sob um determinado ponto de vista e em determinados e precisos momentos nos dão a impressão de recuar, de voltar para trás ou subir ao contrário o curso do Zodíaco e assim avançar no sentido dos ponteiros de um relógio — estão sem­ pre carregados de significados muito particulares, sobre os quais o aprendiz de astrólogo ou o futuro intérprete de um mapa astral deve fixar toda sua atenção.

OS DOIS NÍVEIS DE INTERPRETAÇÃO Uma vez mais, para simplificar sua ta­ refa e ajudá-lo nas investigações, vamos resumir o mais claramente possível nosso sistema de análise referente aos astros retrógrados. Por isso, analise o quadro proposto nas páginas anterio­ res intitulado "As características funda­ mentais da personalidade". O melhor seria se você copiasse essa tabela em uma folha de papel, e a tivesse sempre à mão, pois resume bastante bem os elementos essenciais da personalidade, inerentes a cada um de nós. Certamente, como sempre acontece ao longo das etapas de nosso método de in­ terpretação, tomaremos o mapa astral que nos serve de exemplo para ilustrar nossas palavras. Se queremos compreender o sentido dos planetas retrógrados e obter infor­ mações interessantes deles, temos de in­ terpretar os astros pertinentes em duas etapas:

1. Sua situação no signo, na Casa e seus eventuais aspectos, sem levar em conta sua retrogradação. 2. Sua situação no signo e na Casa, en­ quanto astros retrógrados. Efetivamente, para obter o significado exato das tendências reveladas por um astro retrógrado temos de comparar estes dois ângulos possíveis de inter­ pretação. Pode parecer-lhe complexo mas não deve deixar de ser feito, pois é aqui que você encontrará as forças misteriosas e profundas de um ser, que lhe servirão para se reanimar, trans­ formar e inclusive mudar sua vida. De

maneira que um astro retrógrado in­ dica que, a priori, o indivíduo tem tendência para reter a expressão natu­ ral, espontânea e completa de um ele­ mento de sua personalidade. Por quê? Porque não se sente com direito a utili­ zá-la tal e qual. Por que lhe é proibido? Porque, de início, teria sem dúvida a tentação de fazer um mau uso dela. E mais do que acrescentar um terceiro porquê, seria mais inteligente pergun­ tar como é possível. Para compreendêlo, estudemos as situações dos astros retrógrados presentes no mapa do nos­ so exemplo.

OS PLANETAS RETRÓGRADOS DO NOSSO EXEMPLO No mapa astral que escolhemos estudar juntos existem quatro astros retrógrados: 1 Mercúrio retrógrado no signo de Ca­ pricórnio e na Casa III; 2 Marte retrógrado no signo de Leão e na Casa X; 3 Urano retrógrado no signo de Vir­ gem e na Casa XI; 4 Plutão retrógrado no signo de Vir­ gem e na Casa XI. É freqüente que os planetas chamados lentos, porque se deslocam lentamente no Zodíaco, sejam retrógrados, e é mais raro nos chamados planetas rápidos, que são os que se deslocam muito rapida­ mente no Zodíaco. Os planetas lentos são retrógrados du­ rante um lapso de tempo bastante longo, enquanto os planetas rápidos só durante um tempo mais curto. Assim, por exemplo, se você consultar as Efemérides, observará que durante 1963 — ano do nascimento da pessoa cujo mapa astral utilizamos como exem­ plo — Mercúrio, planeta rápido, foi re­ trógrado no signo de Capricórnio de 12 de janeiro a 1 de fevereiro, ambos in­ cluídos; em seguida, no signo de Touro, de 7 a 31 de maio, ambos incluídos; por último, nos signos de Libra e Virgem, de 7 a 29 de setembro, ambos incluídos. Por outro lado, Netuno, planeta lento, foi retrógrado no signo de Escorpião de

16 de fevereiro a 25 de julho, ambos in­ cluídos, isto é, durante mais de cinco meses seguidos. O exemplo de um Mercúrio retrógrado Concentremo-nos na situação de Mer­ cúrio retrógrado. Em nossa tabela de ca­ racterísticas fundamentais da persona­ lidade, Mercúrio é a inteligência. Quer isto dizer que a inteligência da pessoa cujo mapa astral estamos estudando, e da qual já sabemos que se trata de uma mulher, é retrógrada? Certamente que não, pelo menos no sentido em que se entende normalmente. Por outro lado, por razões que ainda não definimos, esta mulher retém sua inteligência, ou seja, bloqueia sua expressão, da qual pode­ mos compreender sua natureza a de­ pender da situação de Mercúrio no signo (Capricórnio), na Casa (a Casa III) e no aspecto (conjunção com o Sol). É pre­ ciso remeter-nos às palavras-chave que identificamos através destes três dados antes de compará-las com as que de­ clinou a partir dos significados corres­ pondentes à retrogradação de Mercúrio no signo de Capricórnio e na Casa III. Então, compreenderemos o que signi­ fica exatamente esta retrogradação de Mercúrio para a mulher cujo mapa as­ tral estudamos. Consultemos, portanto, as informações indicadas por Mercú­ rio em Capricórnio, e Mercúrio retró­ grado neste mesmo signo. Concentre­ mo-nos em Capricórnio, cujo regente é Saturno, Mercúrio — a inteligência

aspira ao mais profundo exame, a capa­ cidade de discernimento se vê reforçada e a lucidez mental é potente. Por outro lado, já sublinhamos várias vezes em re­ lação à conjunção Sol-Mercúrio que nesta configuração a vontade revelada pelo Sol adiantava-se quase sempre à in­ teligência de Mercúrio. N o entanto, o indivíduo que apresenta este tipo de conjunção em seu mapa astral nunca age sem refletir. Por isso, podemos estar quase certos de que nossa nativa se es­ força por permanecer séria, rigorosa, lú­ cida, de ir ao essencial e não dizer nem fazer nada suscetível de expor suas fra­ quezas ao olhar dos outros. Ora, estas deduções reveladas pela posição de Mercúrio retrógrado em Capricórnio são confirmadas pelos significados e pa­ lavras-chave do Nodo Sul no signo de Capricórnio, os quais o convidamos a consultar e que lembramos que podem servir como eixo de sua interpretação. A partir daí você poderá averiguar até que ponto as indicações realizadas por um astro retrógrado podem ser valiosas para a análise e a síntese da interpretação do mapa astral. Em seguida, opere do mesmo modo, comparando os significados de Mer­ cúrio na Casa III e os de Mercúrio re­ trógrado na Casa III. Você tirará con­ clusões que o conduzirão à análise e à síntese que lhe indicamos a propósito do exame profundo a que aspira esta mulher, cuja originalidade c singula­ ridade se confirmariam seguramente em muitos outros elementos do seu mapa astral. Os outros planetas retrógrados Depois, compare da mesma maneira as informações relativas a Marte em Leão e Marte retrógrado em Leão, e na Casa X e retrógrado na Casa X; faça suas pró­ prias deduções que, obviamente, deverá anotar cm seu bloco. Urano e Plutão, ao serem também retrógrados no mapa do nosso exemplo, deverão ser estudados com base no mesmo prin­ cípio. Desta forma terá superado uma etapa importante.

Método de interpretação do mapa astral

As regências Os regentes são os astros que governam ou regem cada signo do Zodíaco. Ao observar as conexões que têm lugar no interior do mapa astral, obtemos valiosas informações.

J

á sugerimos um possível eixo de in­ terpretação ao expor as possibilidades e investigação que nos oferece a pre­ sença dos Nodos lunares no mapa as­ tral, da Lua Negra e da Parte da Fortuna. É uma boa base de reflexão à qual te­ remos ocasião de voltar quando nos en­ contrarmos na etapa da síntese das in­ formações reveladas no mapa astral. Por enquanto, vamos tratar de um aspecto muito mais importante da interpretação, embora seja hoje totalmente ignorado, para não dizer escondido, pelo astrólogo moderno, que o desconhece ou subes­ tima sua importância. De nossa parte, experimentamos du­ rante vários anos e conhecemos a ri­ queza de informações que pode pro­ porcionar, às vezes logo à primeira vista. Trata-se do chamado sistema de regências, que se baseia em um prin­ cípio que você já conhece, visto que é um dos fundamentos do Zodíaco. Este princípio afirma que cada um dos 12 signos do Zodíaco é regido por um astro, ao qual às vezes se acrescenta um astro complementar, como por exem­ plo no caso de Aquário, onde rege cm primeiro lugar Saturno e, em segundo lugar, Urano. VER E COMPREENDER Devemos ter em mente a época em que os homens da Antigüidade estabelece­ ram o sistema astrológico e o Zodíaco: este foi elaborado, construído e reali­ zado com acuidade, em uma altura em que a informação c o saber eram trans­ mitidos exclusivamente por via oral. Se­ gundo este princípio, e esta época, ver era mais importando do que ouvir. Ver era compreender. Provavelmente ainda

é verdade hoje em dia. Mas o ruído que produzimos — nossos ouvidos en­ chem-se constantemente de sons diver­ sos e incessantes que não pertencem à natureza, mas sim ao mundo que cons­ truímos, peça por peça — desvia-nos da visão imediata, instantânea e espontâ­ nea, que vê e compreende ao mesmo tempo. Bem, para identificar uma re­ gência no interior do mapa astral, basta olhar. QUE É UMA REGÊNCIA Se as regências dos signos do Zodíaco são os astros que os regem, é fácil de­ duzir que uma regência é a conseqüên­ cia do papel que cada um destes regen­ tes desempenha no interior do mapa astral. De um lado, a regência procede

de um princípio que se aproxima do jogo do labirinto, do da glória, do jogo do ganso ou do de damas. Em todos eles, o jogador tem de rea­ lizar um percurso repleto de armadi­ lhas e andar de casa cm casa, até atin­ gir seu objetivo. Para isso, utiliza fichas. Esta ficha atua como ligação entre todos os elementos do percurso. Em cada casa passa por uma prova. Está, por­ tanto, imerso em uma influência par­ ticular. Porém, no fundo, continua sempre o mesmo e cada etapa o torna mais forte, mais autenticamente ele próprio, de alguma maneira destacando sua verdadeira natureza, sua força e suas qualidades únicas. A regência não funciona de outra maneira. De fato, sua grande regra consiste em considerar

que um astro rege um signo do Zodía­ co e que também é o regente indireto de um conjunto de outros astros pre­ sentes no mapa do céu. Ao continuar por etapas sucessivas, a partir de um astro particular cuja po­ sição parece estratégica no mapa astral, ao deslocar-se no Zodíaco de signo em signo, de Casa em Casa, acabamos por fazer coincidir elementos que, evi­ dentemente, não estão em analogia por acaso. N o entanto, uma vez mais, não es­ queçamos que, ao passearmos desta maneira pelo percurso do Zodíaco, realizamos uma incursão nos mais re­ cônditos espaços de um ser, cujos componentes estão todos unidos uns aos outros e formam um todo coeren­ te, indivisível e indissociável. E mais ainda, se ainda estivermos na etapa da análise, apenas a síntese das informa­ ções reveladas no interior do mapa do céu nos proporcionarão a única e ver­ dadeira interpretação possível. Final­ mente, é preciso assinalar que um ele­ mento positivo da regência é que seu princípio é lúdico. O aspirante a intér­ prete astrólogo, que ainda é, pode en­ tão aplicar o jogo das regências sem estudar nenhum mapa astral em parti­ cular. Ao fazer isto, ficará mais fami­ liarizado com os fundamentos da as­ trologia.

COMO SE FAZ PARA AVERIGUAR UMA REGÊNCIA? Mais uma vez, vamos obviamente ex­ plicar com o nosso exemplo de mapa astral, que vimos utilizando desde o começo. Sugerimos que anote em seu caderno as valiosas informações que vão surgindo, pois lhe serão úteis quando realizar a síntese de sua inter­ pretação. Ao realizar a pesquisa das regências presentes em um mapa astral, deve proceder com ordem, adotando sim­ plesmente a hierarquia que os astros seguem. 1a etapa Comece pelo Sol, considerada a porta de entrada deste jogo. Como você poderá ver segundo nosso exemplo: o Sol encontra-se em Aquário. Anote isto em seu caderno e pense imediatamente em quem é o regente de Aquário. É Saturno. Entretanto, Aquário é um dos signos do Zodíaco regido por dois regentes. De maneira que, embora Saturno seja seu regente absoluto, sabemos que está ainda secundado por Urano. 2.ª etapa Em seguida, procure as posições de Sa­ turno e Urano no Zodíaco de nosso

Como deve anotar e apresentar uma regência em seu caderno? Tomemos o exemplo da regência de Saturno que acabamos de descobrir partindo da posição do Sol

exemplo. Constatará que Saturno está em Aquário, isto é, no signo do qual é regente, e que Urano está em Vir­ gem. 3a etapa Anote em seu caderno: Regente de Aquário: Saturno; segundo re­ gente: Urano e em baixo desenhe duas colunas. Na parte superior da coluna da es­ querda, escreva a palavra Saturno e na parte superior da da direita, Urano. Para Saturno indique simplesmente: Saturno em Aquário isto é, em seu domicílio. Já não há mais etapas para atravessar no que diz respeito a Saturno. 4a etapa Por outro lado, quanto a Urano, ainda não terminamos. De fato, depois de ter anotado na co­ luna da direita: Urano em Virgem, é preciso indicar: Regente de Virgem: Mercúrio. Em seguida procure a posição de Mer­ cúrio no mapa astral. Verá que se en­ contra no signo de Capricórnio, em conjunção com o Sol. Anote na coluna: Mercúrio em Capricórnio. Ora, o regente de Mercúrio em Ca­ pricórnio não é outro senão Saturno, o qual você já sabe que se encontra em Aquário. Portanto, anote: Regente de Capricórnio: Saturno Saturno em Aquário. Deste modo, o possível regente indi­ reto mas indiscutível do Sol é Saturno. Isso significa que todas as informações reveladas pelas posições do Sol, Urano e Mercúrio se juntam, se resumem e se sintetizam com as indicadas pela po­ sição de Saturno em Aquário, pois, como você notou, tudo nos leva para ele. Em seguida, aja da mesma forma a par­ tir da Lua, e siga imediatamente com os restantes astros, até que tenha re­ velado as principais regências do mapa astral, que raramente são mais de três ou quatro.

Método de interpretação do mapa astral

A síntese do mapa astral Depois de passar por todas as etapas de análise da situação e dos significados dos elementos inscritos em um mapa astral, vamos agora realizar sua síntese.

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este ponto, é preciso uma reca­ pitulação e uma atualização. Em primeiro lugar, uma recapitulação, pois antes de empreender a sínte­ se de todos os elementos inscri­ tos em um mapa astral — e são muitos, como consta­ tamos —, é bom recordar o caminho percorrido. Por outro lado, refa­ zendo este caminho, podemos escolher o enfoque da interpre­ tação facilmente cm seu mapa astral de forma sintética, isto é, juntando todos os elementos inscritos no mapa astral. De fato, e lembramos e insistimos neste ponto, cada um des­ ses elementos constitui um componente essencial da per­ sonalidade, que nunca deve ser considerado em separado do resto dos fatores, todos eles portadores de valiosas informações referentes ao in­ divíduo cujo mapa astral estamos estu­ dando. Através das etapas que já ex­ plicamos, nunca desperdiçamos uma só ocasião para familiarizá-lo com o princípio da síntese, convidando-o a considerar todos os elementos revela­ dos pelo mapa astral de um ponto de vista que o assuma como um conjunto coerente de significados precisos e li­ gados mutuamente. Procedemos desta forma a propósito. Os astrólogos treinados, depois de mui­ tos anos de experiência e prática na in­ terpretação de um mapa astral, reconhe­ cem que cada vez que olham para um

REVISÃO DAS 9 ETAPAS DE ANÁLISE O N o estudo de um mapa astral, você realizou o inventário dos astros, sua situação nos sig­ nos e nas Casas, os as­ pectos que formam entre eles, as Casas nos signos e as po­ sições dos pontos fictícios. Por úl­ timo, identificou os regentes de ca­ da uma das doze Casas do mapa astral.

Representação do mapa astral do nosso exemplo. mapa do céu o espírito de síntese lhes surge de forma automática, como um reflexo natural. Desejamos que você também o consiga c que cultive esta visão de conjunto que, além de ser mui­ to útil no momento de interpretar um mapa astral, pode ser uma vantagem e favorecer a sua compreensão dos assun­ tos da vida, da natureza e da condição humana.

O Graças à tabela de interpretações você apren­ deu como podia tomar nota de todas as suas interpretações a partir dos elementos ins­ critos no mapa astral e, ao mesmo tempo, juntá-las. Ao fazer isto, você deu os primeiros passos na arte da interpretação. O As interpretações dos astros nos signos permitiram atravessar três etapas em uma para começar a delinear o re­ trato da personalidade da pessoa ana­ lisada, sempre segundo seu mapa as­ tral, evidentemente. O Ao revelar as interpretações dos astros nas Casas, você pôde compreen­ der a importância de seus significa­ dos em tudo que se refere à expressão do indivíduo na vida material e social. 0 Ao descobrir a importância das interpretações das Casas nos signos, você começou a se familiarizar com o sis­ tema de regências, inspirado em um

princípio de associações sobre o qual assentam os próprios fundamentos da criação do Zodíaco e da astrologia. Esta é uma etapa muito importante, pois lhe permitiu experimentar seu sentido da dedução, da intuição e da imaginação, três qualidades indispensáveis para cul­ tivar a arte da astrologia. O Na sexta etapa você pôde compro­ var a importância dos aspectos e ofe­ recemos uma relação das característi­ cas fundamentais da personalidade estabelecida a partir dos astros, ins­ trumento muito valioso para sua aná­ lise e a síntese que você vai realizar do mapa astral. O Os três pontos fictícios permitiram suportar sua interpretação sobre um eixo. Insistimos novamente sobre a importância das informações que você poderá obter a partir de suas respec­ tivas posições, pois revelam a psico­ logia profunda do ser cujo mapa astral

estamos estudando e os próprios fun­ damentos de sua personalidade. O Os astros retrógrados oferecem a pos­ sibilidade de identificar os pontos for­ tes no Zodíaco do mapa astral. Nunca os ignore em sua interpretação. O Finalmente, com o sistema de regên­ cias você disporá de um princípio quase sempre ignorado, e inclusive escondido, pelos astrólogos contemporâneos. Como lhe apresentamos, você pode constatar sua importância crucial, pois destaca e "instrumentaliza" a base da lin­ guagem astrológica, que é também a linguagem dos mitos e símbolos, ou seja, aqui reside a analogia, chave da sín­ tese. De fato, as correspondências entre os astros criam ligações e relações muito importantes, que se confirmam sempre por outros elementos que se encontram presentes no mapa astral. Ao proceder pela associação, você está realizando uma síntese do mapa astral.

UMA ATUALIZAÇÃO NECESSÁRIA Quando você utiliza o sistema de regên­ cias, você entra de cheio na síntese do mapa astral, graças à qual você terá uma visão de conjunto de todos os elemen­ tos inscritos no mapa do céu, acerca dos quais é preciso recordar mais uma vez que a forma c a ordem em que se apre­ sentam é em função da personalidade do ser estudado, e não o contrário. Esta é a atualização necessária depois de você ter realizado o inventário das eta­ pas que você seguiu em sua aprendi­ zagem de interpretação e um mapa as­ tral. Quanto a esta aprendizagem, não podemos acrescentar mais nada a não ser dizer-lhe que retome as etapas uma por uma para se exercitar mais de uma vez na interpretação. Deve fazer isto se­ guindo as indicações do quadro abaixo. Por fim, agora você dispõe de todos os elementos necessários para realizar a sín­ tese de suas interpretações.

Tabela das 9 etapas necessárias para a realização da síntese das interpretações Etapa 1 0 estudo do mapa astral permite-lhe identificar, um a um, os elementos inscritos na roda zodiacal, onde cada um tem um significado particular e uma importância determinada. Nenhum deve ser excluído. Etapa 2 A tabela de interpretações põe à sua disposição todos os significados dos elementos inscritos no mapa astral e suas respectivas palavras-chave. É o pano de fundo de seu estudo, ao qual poderá voltar a qualquer momento. Etapa 3 As interpretações dos astros nos signos oferecem-lhe a oportunidade de dar seus primeiros passos na interpretação revelando as grandes tendências da personalidade. Você começa a compreender como e porquê um ser é tal como é.

do indivíduo cujo mapa astral estamos estudando. Assim ficará mais real e lhe parecerá mais presente. Aqui você começará a situá-lo. Etapa 5 As interpretações das Casas nos signos lhe familiarizarão com o sistema de regências, chave da síntese de suas interpretações. A partir daí, você compreenderá em que contexto, que ambientes e segundo que critérios o indivíduo em questão vive suas próprias tendências. Etapa 6 Com os aspectos serão reveladas as tensões e oposições latentes, assim como as relações harmoniosas de força que se estabelecem entre certos componentes de sua personalidade, as quais impelem a pessoa a agir ou a reagir de uma ou de outra forma.

sita para apoiar sua interpretação. Desta maneira, você poderá compreender o que é que obriga o indivíduo a ser como é, mesmo contra sua vontade, a dinâmica de sua personalidade e sua evolução, assim como seus inconvenientes e vantagens. Etapa 8 Os astros retrógrados lhe fornecerão valiosas informações acerca de uma forma de intensificação de certos componentes da personalidade do indivíduo, revelados por estes astros. Estes componentes revelam quase sempre os impulsos que o obrigam a ir ao essencial ou, pelo menos, ao que ele considera essencial.

Etapa 9 Ao empregar o sistema de regências — sem perder de vista o pano de fundo dos elementos inscritos no mapa astral e o eixo de sua interpretação revelado pelos pontos fictícios —, você conseguirá reaEtapa 7 lizar uma síntese do mapa astral. Assim Etapa 4 As interpretações dos astros nas casas in- 0 eixo dos nodos lunares, a Lua Negra e entenderá que o indivíduo em questão formarão sobre as diversas expressões e a Parte da Fortuna lhe proporcionarão, em forma um todo complexo e coerente, coconjunto, os suportes de que você neces- mo todos os seres deste mundo. manifestações na vida social e material

Método de interpretação do mapa astral

Os regentes das Casas nas Casas O regente das Casas, situado em cada uma delas no mapa astral, nos dá informações complementares sobre o papel social que o nativo desempenhará.

G

uardamos esta etapa da interpreta­ ção do mapa astral para o fim a pro­ pósito, pois, em nossa opinião, é com­ plementar. De fato, as informações que as posições dos regentes das Casas nas Casas do mapa astral nos revelam fazem referên­ cia ao que hoje em dia chamamos in­ tegração social de um indivíduo. Por esta razão consideramos esta etapa como modo de suplemento da análise, que permite ao astrólogo ver como, nas ações c na realidade material e social, o nativo aproveitará suas qualidades, tendências, inclinações, contradições e também fraquezas, para desempenhar o papel de um indivíduo social.

DESTINO COLETIVO E LIVRE ARBÍTRIO A sociedade é um microcosmo coleti­ vo, governado pelos costumes, princí­ pios, regras e leis. Quem quer que seja­ mos, quaisquer coisas que pensemos, quaisquer que sejam nossas crenças e preferências, devemos ceder a essas re­ gras. Com isso, a sociedade, tal como a entendemos hoje em dia, pode ser comparada a um destino coletivo. A todos nos afeta o que acontece com este comportamento coletivo, pelo que representa e encarna, e ainda mais quando somos direta ou indiretamente responsáveis pelos seus fundamentos ou estatutos, pois se não nos convier, acabaremos com eles, e cada geração criará seus próprios valores. Mas o ser humano está feito de forma a necessi­ tar de valores. N o final das contas, o

modelo social a que se refere é sempre o mesmo, qualquer que seja a cultura, o país e a época. Sem dúvida que mui­ tos matizes são identificáveis na forma e na expressão. Mas, no fundo, tratase sempre da mesma sociedade, com suas próprias vantagens e suas próprias fraquezas. Os costumes políticos, eco­ nômicos, morais e religiosos não dife­ rem muito de um estado para outro, de uma latitude para outra, e são eles que governam nossas sociedades. Para que serve uma sociedade? Para viver. Sem dúvida, beneficiando, se for possí­ vel, da máxima comodidade e da maior segurança. Porém, sua função essen­ cial não é antes de mais nada dar a cada um as melhores oportunidades de re­ presentar seu papel, de ocupar seu lu­ gar e de realizar seu destino? Temos o direito de acreditar neste ideal. N o entanto, o destino coletivo e a salva­

guarda da comunidade, da qual alguns abusam estratégica, demagógica ou economicamente, excluíram toda a perspectiva para que o indivíduo exerça seu livre arbítrio. Trata-se de se integrar de bom grado ou pela força em um molde social, do qual poderá obter eventualmente algum benefício. O contrário já deixou de ser verdade, pois a sociedade mo­ derna está baseada em tais conflitos econômicos e humanos, onde já não há lugar para o indivíduo. Só contam os indivíduos. Em nossa opinião, é um dos males das nossas sociedades oci­ dentais que, no entanto, se beneficiam de muitas vantagens c oferecem mui­ tos meios para conceder felicidade a todas as pessoas. Mas esta raramente coincide com a de cada um. Quanto à felicidade de cada um, pode fazer fe­ lizes muitos mais.

O INDIVÍDUO E A INTEGRAÇÃO SOCIAL Por isso que o astrólogo que realizar a síntese do mapa astral deve sempre per­ guntar-se como o indivíduo poderá ter mais oportunidades de cumprir seu des­ tino, aproveitar suas vantagens, talentos, dons e suas qualidades, sem ser pisado e sufocado pelo meio social no qual cresce e pela sociedade em que vive. Sugerimos abordar esta última etapa da interpretação do mapa astral, pergun­ tando-se, não tanto como este nativo ganhará a vida, mas como encontrará seu lugar. Os regentes das Casas nas Casas podem ajudar-nos. Irão nos permitir descobrir as possibilidades que estão à disposição do indivíduo para se integrar da me­ lhor maneira na sociedade, sem ser ab­ sorvido por esta até o ponto de perder sua identidade, como acontece com de­ masiada freqüência atualmente. Infor­ mações deste gênero podem ser valio­

sas no momento de estudar o mapa as­ tral de uma criança, cuja estrutura de personalidade já está inscrita no mapa astral, embora esta ainda não esteja for­ mada na realidade. Muitos erros pode­ riam ser evitados se pudéssemos com­ preender até que ponto nos toldamos e cometemos às vezes verdadeiros as­ sassinatos psicológicos, projetando nos­ sos próprios sonhos, fantasias e ambi­ ções abortadas ou inibidas, nossos próprios fracassos, amarguras, nostal­ gias, reprovações ou remorsos sobre nossos filhos, a quem vemos à nossa imagem e semelhança, sem nos preo­ cuparmos com o que eles realmente são. Pois bem, ao revelar as informa­ ções que nos indicam os agentes das Casas que se encontram por sua vez em outras Casas no mapa astral, seguindo o mesmo procedimento das regências, podemos ajudar um ser a integrar-se de uma maneira mais serena na vida so­ cial, a encontrar o lugar que mais lhe

Os regentes das Casas nas Casas do mapa astral do nosso exemplo Casa I em Escorpião e em Sagitário Os regentes da Casa I, Marte, Plutão e Júpiter, encontram-se, o primeiro na Casa X, o segundo na Casa XI e o terceiro na Casa V. Casa II em Sagitário e em Capricórnio Os regentes da Casa II, Júpiter e Saturno, encontram-se na Casa V e na Casa VI, respectivamente. Casa III em Capricórnio e em Aquário Os regentes da Casa III, Saturno e Urano, encontram-se na Casa IV e na Casa XI, respectivamente. Casa IV em Aquário e em Peixes Os regentes da Casa IV, Saturno, Urano, Júpiter e Netuno, encontram-se na Casa IV, XI, V e I, respectivamente. Casa V em Peixes e em Áries Os regentes da Casa V, Júpiter, Netuno e Marte, encontram-se, o primeiro na Casa V, o segundo na Casa I e o terceiro na Casa X, respectivamente. Casa VI em Áries e em Touro Os regentes da Casa VI, Marte e Vênus, encontram-se na Casa X e II.

Casa VII em Touro e em Gêmeos Os regentes da Casa VII, Vênus e Mercúrio, encontram-se na Casa II e III, respectivamente. Casa VIII em Gêmeos e em Câncer Os regentes da Casa VIII, Mercúrio e a Lua, encontram-se na Casa III e II, respectivamente. Casa IX em Câncer e em Leão Os regentes da Casa IX, a Lua e o Sol, encontram-se, na Casa II e IV, respectivamente. Casa X em Leão e em Virgem Os regentes da Casa X, o Sol e Mercúrio, encontram-se em conjunção nas Casas IV e III, respectivamente. Casa XI em Virgem e em Libra Os regentes na Casa XI, Mercúrio e Libra, encontram-se, na CasaIIIe na Casa II, respectivamente. Casa XII em Libra e em Escorpião Os regentes da Casa XII, Vênus, Marte e Plutão, encontram-se, o primeiro na Casa II, o segundo na Casa X e o terceiro na Casa XI, respectivamente.

convenha e que lhe permitirá realizarse, expressar-se e dar o melhor de si mesmo. Evidentemente, alguns seres conse­ guem isto sem a necessidade de ne­ nhum conselho a esse respeito, e muito bem, aliás. Mas você observará que ca­ da dia é maior o número de pessoas que vivem na Terra, cada vez existem mais indivíduos que se interrogam sobre seu papel no mundo, seu destino e seu livre arbítrio. Quase sempre, encontram res­ postas em termos estatísticos, em deba­ tes e em conciliações, projetos de lei, orçamentos desbloqueados, etc. Mas não é neste discurso que o indivíduo encontrará suas razões para viver, para acreditar em si mesmo e em seu livre arbítrio. Não esqueçamos que a razão pela qual o homem criou a sociedade obedece ao fato de ter tido fé em si mesmo. Não deveríamos permitir que a sociedade mate esta fé. Com relação a isso, o astrólogo pode ter um papel especial. COMO EXAMINAR OS REGENTES DAS CASAS NAS CASAS Comece sempre pelo regente da Casa I e remeta-se ao significado destas po­ sições. Anote sistematicamente as in­ terpretações correspondentes a cada uma delas. Por exemplo, cm nosso ma­ pa astral: os regentes da Casa I são Marte, Plutão eJúpiter pois a Casa I está em Es­ corpião e em Sagitário (o regente de Escorpião é Marte e os de Sagitário são Plutão e Júpiter). Como Marte está na Casa X, Plutão na Casa XI e Júpiter na Casa V, no mapa astral, consulte as in­ formações relativas ao regente da Casa I nas Casas X, XI e V. Então você verá que o nativo é movido por una sede de independência que o leva a obter um autêntico êxito social, porém mais ou menos brilhante, dependendo do caso. N o entanto, como se trata da Casa I, a pessoa conseguirá o sucesso e o pres­ tígio por si mesma. Esta ambição, po­ rém, não o impede de se preocupar com os outros e ser uma pessoa solidá­ ria e necessitada da companhia dos de­ mais e capaz de dar muito amor.

Método de interpretação do mapa astral

Um mapa astral feminino e um mapa astral masculino Sugerimos que estude os mapas astrais de uma mulher e de um homem nascidos no mesmo dia, mês, ano e país; ela, em uma cidade, à noite, e ele em outra cidade, de manhã.

U

ma pergunta que muitas vezes os difamadores da astrologia nos fazem, ou aqueles que, com razão, são cépticos ou manifestam algumas re­ servas em relação a esta ciência do pas­ sado — que para nós é uma arte — é a seguinte: duas pessoas que nasceram no mesmo dia, mês e ano, e à mesma hora, na mesma latitude e longitude, terão uma personalidade semelhante e um destino idêntico? Responder seriamente a esta pergunta implica refletir sobre os fundamen­ tos da astrologia e das razões que le­ varam os nossos antepassados a criar esta ciência dos mitos, dos símbolos, dos signos e dos presságios. Sabemos que todos os elementos presentes em um mapa astral oferecem uma colorida paleta de informações, que revelam a natureza profunda e a expressão da personalidade de um ser. Porém, como gostamos de dizer, "o mapa não é o território". Em outras pa­ lavras, o que está ins­ crito no mapa do céu e no

mapa astral revela ao mesmo tempo o molde em que a personalidade do in­ divíduo em questão se formará e os instrumentos que empregará para viver e se distinguir de seus semelhantes, mas, em caso algum, o que esta pessoa irá fazer com as qualidades de que dispõe, nem tampouco desvenda essa parte de mistério e imprevistos, ine­ rente a cada um de nós e que nunca devemos deixar de levar em conta. Em conseqüência, atualmente, todos concordamos em destacar e revelar, em concreto, o que nos distingue uns dos outros. Quanto aos nossos antepassados, na hora de conceber a astrologia preocu­ param-se em encontrar os pontos de união entre os seres. Assim, devemos ter a humildade de ad­ mitir e reconhecer que, hoje em dia mais do que no passado, —já que nunca fomos tão numerosos nem estivemos tão presentes, vivendo no mesmo mo­ mento no nosso planeta —, segura­ mente existem sobre a Terra outras pes­ soas com uma estrutura e personalidade, se não semelhante e idêntica à nossa, pelo menos com numerosas seme­ lhanças na sua forma de expressão. Para ilustrar nossas palavras, escolhe­ mos os mapas astrais de uma mulher e de um homem, ambos nascidos no dia 29 de maio de 1964, na França; a primeira, às 20 horas, em Paris; o segundo às 6h 15', em Biarritz (cidade próxima à fronteira espanhola, nos Pireneus Atlânticos).

Deste modo, partimos já com uma di­ ferença: o homem em questão é mais velho algumas horas. 0 MAPA ASTRAL OU 0 MAPA ÍNTIMO DE UM SER Mas, antes de convidá-lo a realizar um estudo comparativo dos mapas astrais destes dois seres, desejamos, em pri­ meiro lugar, destacar uma questão ética que nos parece absolutamente capital desde o momento em que praticamos a arte da astrologia: o mapa astral esta­ belecido no momento preciso do nas­ cimento de um ser nos informa sobre sua personalidade. Tem, portanto um caráter íntimo. Esta intimidade deve ser sempre preservada. Levantar um mapa astral não é fazer qualquer coisa. Consiste em descobrir as engrenagens profundas de um ser, que só lhe pertencem e lhe dizem respeito. Aconselhamos, portanto, a evitar o estudo de um mapa astral

sem o acordo da pessoa em questão e nunca revelar seu conteúdo a uma ter­ ceira pessoa, na ausência do indivíduo interessado. Seria cometer uma grave indiscrição. O respeito pela intimidade do outro, no astrólogo, deve ser comparável ao se­ gredo de confissão de um sacerdote ou ao que os médicos devem guardar cm relação aos doentes, segundo seu código deontológico. COMO REALIZAR UM ESTUDO COMPARATIVO DE DOIS MAPAS ASTRAIS Os dois mapas astrais que vamos apre­ sentar neste exemplo foram calcula­ dos, realizados e interpretados com quase dez anos de intervalo. Para pre­ servar o anonimato destas pessoas, que não têm nenhum parentesco e que ig­ noram reciprocamente sua mútua existência, os chamaremos de Ela e Ele. Ao apresentar-lhe seus mapas astrais, estabelecidos a partir de coordenadas quase idênticas, o convidamos prin­ cipalmente a revelar os elementos es­ pecíficos que lhe permitirão ilustrar as duas interpretações, sabendo que se trata de dois seres distintos, mas que existem pontos em comum em seus dois mapas astrais. Em primeiro lugar, compare a dispo­ sição dos elementos inscritos nestes dois mapas astrais c identifique o que os diferencia, um pouco como faria no jogo das diferenças, no qual são apre­ sentados dois desenhos, e um apre­ senta certos elementos que foram apa­ gados ou acrescentados em relação ao outro. Para ajudá-lo, deve proceder como aconselhamos na primeira etapa de nosso método de interpretação do mapa astral, isto é, fazendo o inven­ tário, certamente por escrito, de todos os elementos inscritos em cada um dos mapas astrais que nos interessa. Para cada mapa astral, deve seguir as nove etapas de análise explicadas. Não se apresse para realizar seus próprios es­ tudos desses dois mapas astrais, con­ siderando que para você trata-se de um excelente exercício de estilo.

Interpretação comparativa de dois mapas astrais

Ela, nascida em 29 de maio de 1964, às 20 horas, em Paris. 0 que salta à vista observando estes dois mapas astrais não são tanto suas diferenças e pontos em comum, mas o grande número de aspectos que contêm. Ora, quanto mais numerosos são os aspectos, tanto mais complexa é a interpretação. Por outro lado, como pode constatar, o sistema de regências é muito útil. Mas vamos etapa por etapa: 1. Em primeiro lugar, o que distingue os mapas dela e dele é evidentemente a posição do ascendente e das Casas. No dela, o ascendente está no primeiro decanato de Sagitário. No dele encontra-se no terceiro decanato de Gêmeos. 2. Em segundo lugar, observamos que o Sol, a 1 grau, e a Lua, a 6 graus, estão no mesmo signo mas não na mesma Casa. 3. Todos os astros e os pontos fictícios figuram nos mesmos signos, mas não nas mesmas Casas, exceto a Parte da Fortuna, situada em Câncer para Ela e em Capricórnio para Ele. 4. Os aspectos são mais ou menos similares, exceto que no dela o sextil Lua-Saturno e o trígono Lua-Urano não existem, ao passo que no dele estão presentes.

Se tomarmos os pontos fictícios como eixos da interpretação, observamos que os nodos da Lua se encontram no mes­ mo signo, mas não na mesma Ca­ sa. A Parte da Fortuna não está nem no mesmo signo nem na mesma Casa. Quanto à Lua Negra, está no mesmo signo _ para ambos, mas na Casa I ' para Ela e na Casa VI para Ele. Tudo isso é de grande im­ portância. Finalmente, ao aplicar o sistema de regências, se este jogo de analogia nos remete, tanto em um mapa astral como no outro, para um forte domínio da Lua e Saturno, no dela devemos antes partir da posição da Lua. Como destacamos em mais de uma ocasião, no mapa astral de uma mulher este satélite revela o vivido de suafeminilidade,e sua posição tem às vezes mais importância do que a do Sol (como é o caso deste exemplo). Mais, no mapa dele, temos de tomar como base a posição do Sol. Porém, tanto se partirmos da Lua como do Sol, chegamos sempre a um predomínio dos valores lunares e saturninos. No entanto, é óbvio que não serão vividos da mesma maneira em um homem e em uma mulher. Ele, nascido em 29 de maio de 1964, às 6h 15', em Biarritz. MÇ

Informação complementar sobre os cálculos do mapa astral

A precessão dos equinócios Para calcular o mapa astral, precisamos levar em consideração a precessão dos equinócios? Esta retificação astronômica modificaria a interpretação do mapa astral?

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uitas vezes, os astrônomos e os astrólogos modernos divergem em um pequeno detalhe — que tem sua importância —, mas que parte de um mal-entendido devido principal­ mente ao desconhecimento que hoje em dia temos dos fundamentos histó­ ricos da astrologia e da criação do Zo­ díaco.

QUE É A PRECESSÃO DOS EQUINÓCIOS? O que chamamos ironicamente, a pro­ pósito, um pequeno detalhe, não é ou­ tra coisa senão o ponto vernal, ponto de referência dos astrólogos e que cor­ responde ao grau 0 do Zodíaco, isto é, ao preciso momento em que, todos os anos, o Sol entra em Áries, primeiro signo do Zodíaco, no mesmo instante do equinócio da Primavera. Lembre­ mos que o ponto vernal ou grau 0 do Zodíaco se encontra na interseção das linhas do equador celeste — que é o prolongamento do equador terrestre no espaço, situado na esfera celeste — e da eclíptica. Podemos considerar este ponto, pois, como uma referência ab­ soluta para todos os astrólogos, a do en­ contro todos os anos em uma data mais ou menos fixa, entre o equador celeste, o equador terrestre e a eclíptica (ou seja, a curva desenhada pelo movi­ mento aparente do Sol à volta da Terra; aparente, claro, pois sabemos que é a Terra que gira em torno do Sol e não ao contrário). Os astrônomos também chamam a este ponto vernal, ponto gama. Este peque­ no detalhe tem sua importância, visto que, astronomicamente corresponde exatamente ao momento em que o Sol,

Este oitante do século XVI, perfeita materialização da união entre a astronomia e a astrologia, associa as medidas astronômicas e os doze signos do Zodíaco. durante seu aparente percurso em re­ dor da Terra, passa do hemisfério norte para o hemisfério sul. Ora, como sabe­ mos, nada é fixo no céu. Tudo se move, evolui, gravita e desloca a todo mo­ mento. O ponto vernal não é nenhuma exceção. Em outras palavras, sabendo que a partir deste ponto definimos o eixo de rotação da Terra e o nível do equador, devemos admitir que estes não se encontram no mesmo lugar que quando os sacerdotes astrólogos da Me­ sopotâmia criaram o Zodíaco, tal como o utilizamos agora. Este movimento do ponto vernal, também aparente mas

real, e consequentemente o movimento do nível do equador, a partir do qual se definem os equinócios da Primavera e do Outono nos momentos do ano em que cruzam a eclíptica, recebe o nome de precessão dos equinócios. O termo "precessão" é utilizado porque o ponto vernal exerce um movimento de dis­ tanciamento em relação ao seu ponto de origem e às estrelas, que dão a im­ pressão de ser fixas pois estão muito mais afastadas. Isto significa que todos os cálculos dos astrólogos são falsos ou, mais exatamente, que as bases utiliza­ das para efetuar seus cálculos estão

erradas porque o grau 0 do Zodíaco é retrógrado? Objetivamente e de um ponto de vista astronômico não pode­ mos afirmar o contrário. Visto que, concretamente, o que consideramos como grau 0 do Zodíaco e do signo de Áries estaria atualmente situado, na rea­ lidade, a 6 ou 7 graus do signo de Pei­ xes, isto é, uma diferença de aproxima­ damente 24 graus. Mas se quisermos ser absolutamente lógicos e coerentes, implicaria também que o equinócio da Primavera já não coincidiria com o dia 20 ou 21 de março (para o hemisfério Norte) de cada ano em nosso calen­ dário, mas sim com dias próximos a 15 de abril. De fato, baseamo-nos ainda no Zodíaco definido por Ptolomeu, astrônomo, astrólogo, matemático e ge­ ógrafo grego que viveu no século II de nossa era, cujo trabalho Almagesto foi a obra de referência até os trabalhos de Copérnico e, mais tarde, de Kepler. Desta forma, no século II de nossa era, o grau 0 do Zodíaco encontrava-se exa­ tamente no signo de Áries. Mas em pouco mais de 1800 anos retrocedeu aproximadamente 24 graus no Zodía­ co. Especifiquemos aqui que os astrólo­ gos indianos tiveram sempre em conta a retrogradação do ponto vernal e, con­ sequentemente, a precessão dos equi­ nócios, e ainda hoje a têm em conta. Por outro lado, sabendo que seus cálcu­ los já eram de uma grande precisão, po­ demos acreditar que os astrólogos cal­ deus e babilônios também a tinham em conta? Sem dúvida que sim; mas, em nossa opinião, não era pelas razões que invocam os astrônomos modernos, re­ feridas à correção das bases. AS BASES DA ASTROLOGIA KÁRMICA Se os astrólogos indianos têm em con­ sideração a precessão dos equinócios é, principalmente, para assim ilustrarem suas crenças sobre a reencarnação e re­ alizarem os chamados signos kármicos. Então, agem com um fim concreto e em função dos princípios estabelecidos por uma religião milenar. Mas a men­

talidade indiana e a dos homens e mu­ lheres da Mesopotâmia, — que, lem­ bremos, foi o berço das astrologia (pelo menos segundo os conhecimentos ar­ queológicos e históricos que possuí­ mos atualmente, visto que nada nos impede de considerar que a astrologia teve uma origem ainda mais longínqua) — diferia em muitos pontos. Pois bem, enquanto o estudo do mapa astral, es­ tabelecido em função das bases às quais se refere a maioria dos astrólogos hoje em dia e do momento da precessão dos equinócios, nos traz uma nova luz, ló­ gica evidentemente, e, principalmente, tradicional para os indianos quanto a uma eventual vida anterior do indiví­ duo em questão, a experiência demons­ trou que podemos obter exatamente as mesmas informações e resultados es­ tabelecendo um mapa astral a partir de nossas bases.

Nicolau Copérnico, astrônomo polonês (1473-1543), foi o primeiro a introduzir a hipótese do movimento da Terra e dos restantes planetas à volta do Sol. Que sejam erradas do ponto de vista astronômico não tem, em nossa opi­ nião, nenhuma importância. De fato, devemos considerar que o Zodíaco não é mais do que uma referência, um re­ lógio quase perfeito que não permite apenas medir o tempo e o espaço, como também fixar um instante preciso no céu, que coincide com o de um nas­ cimento. Por isso, se as posições dos as­ tros no interior do Zodíaco do mapa astral fossem falsas, a interpretação também o seria. Pois bem, na verdade, não é rigorosamente assim. UM CONSELHO PRÁTICO Recomendamos, portanto, não se pre­ ocupar com este aspecto enquanto não tiver adquirido um domínio perfeito de todos os conhecimentos que lhe fa­ cilitamos relacionados com a astrolo­ gia dita tradicional, ou seja, baseada na mais pura tradição. Depois, nada o im­ pedirá de fazer suas próprias experiên­ cias e de observar, ao mesmo tempo, que um mapa astral estabelecido tendo em conta a retificação revelada pelo movimento de precessão dos equinó­ cios não faz mais do que confirmar o que você tinha deduzido de sua pró­ pria interpretação do mapa astral calcu­ lado segundo o método e as bases que lhe propusemos.

Informação complementar sobre os cálculos do mapa astral

Uso das Efemérides e cálculos para o hemisfério sul Quais são as Efemérides mais exatas? E preciso fazer os cálculos com a precisão do minuto e inclusive do segundo? Como calcular o mapa astral de uma pessoa nascida no hemisfério sul? AS EFEMÉRIDES As Efemérides que oferecemos foram estabelecidas para a 0 hora. Existem ou­ tras que podem ser adquiridas que dão as posições dos astros para as 12 horas. Entre ambas existe, evidentemente, uma diferença que é flagrante para a Lua e mínima para o resto dos astros. Por comodidade, e principalmente para simplificar os cálculos, aconselhamos a utilizar as Efemérides dos astros co­ locados na posição 0 hora. De fato, para calcular um mapa astral é mais fácil co­ meçar da 0 hora do que das 12 horas, pois quase sempre esta última base de cálculos exige a realização de malaba­ rismos com as somas e subtrações, e é mais suscetível de criar certa confusão e, consequentemente, levar a cometer erros de cálculo.

A precisão dos cálculos do mapa astral N o entanto, insistimos sobre o fato de que a exatidão a nível de minutos, e principalmente segundos, inclusive de­ zenas, centenas e milésimos de se­ gundo, não tem importância. Sem ne­ nhuma dúvida, se a Lua se encontra a 29° 59' ou a 30° de Peixes, por um mi­ nuto de diferença, passa ao signo se­ guinte. Porém, exceto neste caso pouco freqüente, não devemos tentar a todo custo obter uma precisão absoluta dos cálculos. Não procure a exatidão, preocupe-se com a verdade. Só que, a verdade sairá de sua interpretação do mapa astral, não de seus cálculos. Obviamente, se se comete um erro, é muito desagra­ dável. Mas não é a isso que fazemos alusão neste caso. Se sua interpretação

for correta, você descobrirá imedia­ tamente no momento de comunicá-la à pessoa cujo mapa astral você está es­ tudando, porque o que você dirá refe­ rente a ela pessoalmente, às vezes inclusive intimamente, não lhe cor­ responderá. E a melhor prova que você pode fazer quanto à correção dos seus cálculos. Estudo comparativo das posições dos astros mostradas nas diferentes Efemérides Se desejar utilizar outras Efemérides di­ ferentes das que oferecemos aqui, você poderá observar que, exceto pouquíssi­ mas diferenças, as posições indicadas de nossos astros são as mesmas. E importante mencionar que obtive­ mos as posições dos astros em 22 de ja­ neiro de 1963, data de nascimento do mapa astral de nosso exemplo, das Efemérides de The Rosicruciaii Ephemeris, editadas por The Rosicrucian Fellow¬ ship, estabelecidas em colaboração com a União Astronômica Internacional, a NASA e o Jet Propulsion Laboratory. Em outras palavras, são inspiradas nos trabalhos mais recentes no campo as­ tronômico e são, portanto, de grande precisão. Como você pode constatar comparando as posições dos astros indicados nestas Efemérides c nas que oferecemos nos fascículos, as diferenças são tão míni­ mas e excepcionais, que em nenhum caso poderão modificar, nem de longe, seus cálculos.

Posições dos astros em 22 de janeiro de 1963, à 0 hora, em The Rosicrucian Ephemeris e em nossas Efemérides. Tempo Sideral Sol em Aquário Lua em Sagitário Mercúrio em Capricórnio Vênus em Sagitário Marte em Leão Júpiter em Peixes Saturno em Aquário Urano em Virgem Netuno em Escorpião Plutão em Virgem Nodo lunar norte em Câncer

The Rosicrucian Ephemeris 08h 02' 01° 15' 1 T 29' 27° 41' 14° 24' 20° 05' 13 o 06' 12 o 20' 04° 32' 15o 29' 11° 48' 29° 39'

Portanto, para as posições de Vênus e Plutão, temos 1 minuto de diferença. São as únicas diferenças que vemos ao comparar as posições astrais de nossas Efemérides com outras que foram cal­ culadas através dos meios tecnológicos atuais mais avançados. Entretanto, estas variações são insignificantes e não terão, portanto, nenhuma incidência sobre a exatidão de seus cálculos.

OS CÁLCULOS DE UM MAPA ASTRAL NO HEMISFÉRIO SUL Para calcular de um modo correto o mapa astral de uma pessoa nascida no hemisfério sul você deve proceder exa­ tamente como para os cálculos de um mapa do céu estabelecido para uma pes­ soa nascida no hemisfério norte, apenas com uma única exceção: depois de obter a hora sideral, que corresponde portanto ao Tempo Sideral inscrito nas Tabelas

Nossas Efemérides 08h 02' 01° 15' 17° 29' 27° 41' 14° 25' 20° 05' 13 o 06' 12o 20' 04° 32' 15o 29' 11° 47' 29° 39'

das Casas, se se trata de uma pessoa nas­ cida no hemisfério sul, é preciso acres­ centar sistematicamente 12 horas à men­ cionada hora, para então obter o que chamamos hora sideral real. Imaginemos que a jovem cujo mapa as­ tral calculamos, tenha nascido em Sidney, na Austrália, em 22 de janeiro de 1963 às 15h30. Ao consultar o Livro das Horas no Mundo, vemos que Sidney se encontra a 33° 55' de latitude sul e a 10h 04' de longitude leste. Em Sidney, em 1963, não havia horá­ rio de verão. Basta somar 15h 30 e 10h 04' para en­ contrar a hora local real de nascimento, isto é: 15h 30 + 10h 04' = 25h 34. Como o re­ sultado é maior que 24 horas, então esta hora não corresponde a nada que co­ nhecemos. Assim, subtraímos 24 horas:

Portanto, 25h 34 - 24h = 01h 34, a hora local real de nascimento. Em seguida, para calcular a hora side­ ral de nascimento, somamos o Tempo Sideral inscrito nas Efemérides e a hora local real de nascimento que acabamos de definir, isto é: 08h 02 (Tempo Sideral) + 01h 34 (hora local real) = 09h 36. N o entanto, como estamos calculando o mapa astral de uma pessoa nascida no hemisfério sul, é neste ponto que so­ mamos as 12 horas, para obter a hora si­ deral real de nascimento, que corres­ ponde com o Tempo Sideral inscrito nas Tabelas das Casas, isto é: 09h 36 + 12 horas = 21h 36, hora sideral real de nascimento. Só nos resta agora ir até a latitude 33° de nossas Tabelas das Casas, onde as posições são válidas tanto para o hemisfério norte como para o hemisfério sul. Na coluna TS ou Tempo Sideral, na linha que corresponde a 21h 36, ano­ tamos as posições das cúspides das 6 Casas que nos interessam: MC a 21° 31' de Aquário; XI a 22° 48' de Peixes; XII a 01° 26' de Touro; ASC a 10º 52' de Gêmeos; II a 04° 28' de Câncer; III a 26° 44' de Câncer. Em seguida, para calcular as posições dos astros, procedemos exatamente da mesma maneira, sabendo que as Efemérides indicam tais posições tanto para o hemisfério norte como para o hemisfério sul (ver Aprender astro­ logia, fichas 13-18).

A esquerda, posição dos astros e das Casas para uma pessoa nascida em 22 de janeiro de 1963 às 15h 30 em Paris (hemisfério norte).

A direita, posição dos astros e das Casas para uma pessoa nascida em 22 de janeiro de 1963 às 15h 30 em Sidney (hemisfério sul).

O horóscopo e as previsões Que é um horóscopo? Como é que um astrólogo realiza suas previsões? Pode-se realmente prever o futuro através da astrologia? ara a maior parte de todos nós, hoje em dia "ler ou consul­ tar o horóscopo" significa desco­ brir previsões referentes a um futuro próximo. Este costume re­ monta ao uso do almanaque, um livro muito divulgado na socie­ dade rural do século XIV e que muitas vezes continha um calen­ dário e numerosas informações astrológicas. A palavra "almana­ que" é proveniente do árabe manah, que significa "calendário" mas também "parada durante uma viagem", que é o que o Sol faz du­ rante seu permanente trajeto pela roda zodiacal.

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Foi precisamente nesses almana­ ques que foram publicados os pri­ meiros horóscopos, que consis­ tiam em previsões relativas aos nascidos sob cada um dos 12 sig­ nos astrológicos. Assim, temos que mencionar que cm muitas ocasiões se emprega erroneamente o termo "horós­ copo" em relação às previsões as­ trológicas. De fato, esta palavra de origem grega significa literalmente: "ver, olhar ou fixar a hora". É isto o que o astrólogo faz, calculando e ela­ borando um mapa astral a partir de um dia, um mês, um ano, um lugar exato e... uma hora! Em outras palavras, pode-se dizer que o termo "horóscopo" deve­ ria ser empregado apenas quando nos referimos a um mapa astral no qual figuram as posições do ascendente e das casas, as quais obviamente são impossíveis de calcular e determinar se não co­ nhecermos a hora exata do nas­ cimento da pessoa.

DO HORÓSCOPO ASTROLÓGICO AOS HORÓSCOPOS DA IMPRENSA Como foi que a palavra "horós­ copo" passou a ser usada para falar de previsões astrológicas diárias? Curiosamente, a origem desta confusão e destes horósco­ pos diários é atribuída a um jor­ nalista norte-americano, que pediu a um amigo astrólogo para escrever previsões diárias para seu jornal. Deste modo nasceu no ano de 1936, no diário nova-iorquino Sunday Express, o primeiro ho­ róscopo como o conhecemos atualmente. Em suma, "horós­ copo" é o termo mais antigo para designar o mapa astral. U m bom astrólogo calcula, elabora e in­ terpreta o horóscopo desta ou da­ quela pessoa. Se bem que, si­ multaneamente, os horóscopos publicados pela imprensa, que ti­ veram muito sucesso, não pas­ sem de algumas previsões reali­ zadas signo por signo, nas quais podemos acreditar apenas se es­ tivermos bem conscientes de que nos dizem pessoalmente res­ peito.

"Ver, olhar ou fixar a hora", é isso que faz o pastor tomando conto referência a estrela Polar. (Ilustração publicada em um almanaque de 1490.)

Na realidade, quando lemos na imprensa o que se costuma cha­ mar atualmente de "meu horós­ copo", não devemos esquecer de que há 12 signos do Zodíaco para os mais de cinco bilhões de indivíduos que habitam o nosso planeta. Por isso, é impensável que uma décima parte da hu­ manidade — ou seja, 400 mi­ lhões de pessoas — seja direta­ mente afetada por previsões

idênticas. Isto significa que os horóscopos, tal como se apre­ sentam, se baseiam em um princípio errado? Não. Mas ao elaborá-los, um astrólogo dig­ no deste nome deve ter cons­ ciência de que está repetindo a grande tradição das previsões coletivas, que se realizaram nas origens e inícios da criação da astrologia. Trata-se, portanto, de uma cor­ rente ou de um clima coletivo que pode, de fato, ser revelado pelas posições diárias dos astros. Mas em nenhum caso devemos ver nestas previsões circuns­ tâncias fatais, acontecimentos inevitáveis, fatos reais e palpá­ veis que são muito pessoais e nos quais não temos um papel ativo. Além disso, em relação às pre­ visões astrológicas e ao uso que fazemos delas, devemos assi­ nalar que não correspondem tanto ao que nos acontece ou ao que pode acontecer conosco Capa do Almanaque do Mestre Mathieu Laensbergh (que é na verdade o que nos para o ano de 1789, impresso em Liége. interessa), como à nossa re­ ceptividade às circunstâncias e aos que cada uma das 11 casas seguintes acontecimentos que surgem na vida. coincidirá exatamente com cada um dos restantes 11 signos do Zo­ COMO SÃO REALIZADOS díaco. OS HORÓSCOPOS? Por exemplo, uma pessoa Os astrólogos gostam de guardar cio­ nascida sob o signo de samente seus métodos de realização. Virgem tomará como hi­ Mas estes não são tão misteriosos nem pótese que a Casa I está tão complexos como nos querem fazer em Virgem. A Casa II acreditar. estará, portanto, no Vamos então revelar o segredo oculto signo de Libra; a Casa dos deuses. III cm Escorpião, e Para realizar horóscopos e previsões é assim por diante, até preciso assimilar os signos do Zodíaco dar a volta à roda zo­ às casas astrológicas e levar em conta diacal e chegar à Casa os trajetos dos astros, ou seja, suas pas­ XII, que estará situada sagens pelos signos e suas situações em em Leão. relação à posição do seu Sol no mo­ Consulte agora suas Efe­ mento do nascimento. mérides e anote as posições Tome como ponto de referencia seu ou as deslocações dos astros, no signo natal, considerando-o como a dia, na semana, no mês e no ano Casa I fictícia de seu mapa astral c pense que lhe interessa.

Visto que cada casa tem um significado particular e que a presença de um astro nesta ou naquela casa revela também informações singulares, você poderá prognosticar um am­ biente futuro especulando e fazendo uma síntese de todas as indicações obtidas graças à posição dos astros neste mapa fictício. N o entanto, para realizar o horóscopo devemos previa­ mente saber ler e interpretar um mapa do céu e um mapa astral. Depois de fazermos isto e já ti­ vermos alguma experiência e conhecimento na matéria, será bastante fácil realizar previ­ sões, sobretudo a título indi­ vidual. Certamente que na prática da interpretação devemos sempre considerar uma margem ra­ zoável de erros e de desconhe­ cimentos. E isso é uma das coisas que de­ vemos aprender.

Os trânsitos planetários Urano, Netuno, Plutão Para aprender a valorizar a natureza dos trânsitos destes astros lentos, propomos três parâmetros a levar sempre em consideração.

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ara estudar os efeitos dos trânsitos que se encontre no mesmo ponto em trânsitos de Plutão com muita pre­ planetários, em primeiro lugar de­ que foi visto pela primeira vez pelo te­ caução, visto que, na verdade, nós os des­ vemos preocupar-nos com os três astros lescópio dos astrônomos. cobrimos à medida que o interpretamos. que se movem mais lentamente no Zo­ Isto significa que, concretamente, não díaco. Evidentemente, sua lentidão é to­ sabemos nada sobre os "efeitos" que pro­ TRÂNSITOS SUTIS talmente relativa. Deve-se à excentri­ duz quando transita no signo de Sagi­ É necessário estudar e interpretar estes cidade de sua órbita e à sua distância em tário, onde se encontrará no ano 2000. trânsitos levando em consideração alguns relação à Terra. setores do Zodíaco do Por isso, permanecem mapa astral, nos quais durante muito tempo passarão e residirão. Ou no mesmo setor do seja, transitarão durante Zodíaco e o que indi­ toda a vida do indiví­ cam ou revelam acaba duo em questão. por ser muito interes­ Concentremo-nos no­ sante no momento de vamente em Plutão. compreender em que Pela sua lentidão pró­ clima psicológico, psí­ pria, este astro percor­ quico e espiritual se re apenas 120 ou 130 encontra um ser em graus do Zodíaco em um momento deter­ 60 anos. Ou seja, o minado de sua vida e equivalente a pouco como evolui. N o en­ mais de quatro signos. tanto, insistimos em Se olharmos o mapa relembrar que os as­ astral do nosso novo trônomos descobriram exemplo (ver Desco­ Urano, Netuno e Plu­ brir a Astrologia, ficha tão, e os astrólogos os n.° 43), observaremos integraram no Zodía­ que, em 1963, Plutão co, há pouco tempo. estava a 11 graus de Assim, no que diz res­ Virgem. Quando a peito a Plutão, por pessoa cujo mapa astral exemplo, quando foi calculamos tiver 60 descoberto em 1930, anos, ou seja, no ano transitava (ou seja, es­ Se Plutão, Netuno e Urano residirem durante um longo período de tempo num 2023, Plutão estará a tava de passagem ou setor do Zodíaco, os seus trânsitos revelam-se ainda mais importantes. um máximo de 0 grau também se pode dizer de Aquário. Terá assim, residia) pelo signo de Câncer. Ora, a re­ Na verdade, como os astrólogos igno­ percorrido 139 graus do Zodíaco em 60 volução zodiacal de Plutão é de 248 anos raram sua existência quando estava de anos. Durante esse lapso de tempo, terá aproximadamente, o que significa que passagem pelo signo de Sagitário (em transitado pelas Casas IV, V, VI, VII e necessita de dois séculos e meio para dar pleno século XVIII), naquela altura nin­ VIII do mapa astral. Ainda em trânsito, a volta completa ao Zodíaco. Logo, te­ guém pôde deixar um testemunho de tal estará em conjunção com a Lua Negra, remos de esperar até o ano 2.178 para trânsito. Devemos, assim, interpretar os depois com Netuno, em seguida com

Vênus e a Lua c, por último, com Mer­ cúrio, nos anos 2021 e 2022, e com o Sol, em 2023. Se considerarmos Plutão como instrumento revelador das forças psíquicas c instintivas que geram pro­ fundas mutações na psicologia do ser em questão, poderemos especular sobre seu futuro e sua evolução psíquica du­ rante os próximos 60 anos. Para fazê-lo, devemos considerar tanto os momen­ tos em que Plutão em trânsito estará em conjunção perfeita com os astros do seu mapa astral, que acabamos de assina­ lar, como as etapas essenciais desta evo­ lução. Entretanto — e isto é válido para todos os trânsitos de astros lentos, como Plutão, Netuno e Urano —, é indis­ pensável levar em consideração três parâmetros. PRIMEIRO PARÂMETRO Em primeiro lugar, devemos nos basear na situação de Plutão no mapa astral, no signo, na Casa e nos aspectos eventuais com outros astros ou pontos fictícios, assim como na do astro que o rege. De fato, durante toda a vida da pessoa em questão, os trânsitos de Plutão pelo Zodíaco mostrarão as características ine­ rentes à natureza e às qualidades reve­ ladas pela posição inicial de Plutão em seu mapa astral. Esta é uma regra ab­ soluta, que diz respeito ao trânsito de todos os planetas, à qual freqüentemente não damos importância suficiente. N o mapa astral de nosso exemplo, já vimos que, segundo o sistema de regên­ cias, Urano e, sobretudo, Mercúrio são os regentes indiretos de Plutão em Vir­ gem. Por isso, tudo leva a supor que nos anos 2021 e 2022, momento em que a mulher cujo mapa astral estamos utili­ zando terá 58 e 59 anos, chegará um mo­ mento em que Plutão transitará pelo sig­ no de Capricórnio, em conjunção perfeita com seu Mercúrio natal (isto é, com Mer­ cúrio em Capricórnio em seu mapa as­ tral); esta regência de Mercúrio que re­ velamos obterá toda a importância. Por isso, no que se refere pessoalmente a ela, este trânsito de Plutão terá uma incidência sobre seu comportamento e sobre sua vida, afetado pela posição de

Plutão, por um lado, e de Urano, por outro, mas sobretudo pela de Mercúrio no Zodíaco de seu mapa astral. Uma vez mais, insistimos que se trata de uma regra absoluta, que se aplica quando nos aventuramos na interpretação de um trânsito planetário em um setor con­ creto do Zodíaco do mapa astral, espe­ cialmente quando se trata de astros len­ tos, como Plutão, Netuno c Urano. SEGUNDO PARÂMETRO Em segundo lugar, devemos ter em conta a situação de Plutão em relação com os restantes astros, no momento em que estudar seu trânsito pelo mapa astral. Assim, para fazer sua interpre­ tação dos trânsitos planetários, devemos proceder exatamente da mesma forma e tão metodicamente como quando você estudou, analisou e em seguida fez a sín­ tese de seu mapa astral.

TERCEIRO PARÂMETRO Em terceiro lugar — e este diz respeito exclusivamente aos trânsitos de Urano, Netuno e Plutão, que neste caso são os que nos interessam —, nunca devemos esquecer que os astros chamados lentos revelam características relativas à psico­ logia profunda do indivíduo. Em outras palavras, fixando-se neles, observaremos a evolução subterrânea, secreta, interior, do indivíduo em ques­ tão. Mas paradoxal e simultaneamente, estes mesmos astros revelam também sua receptividade às influências coleti­ vas. Devemos, assim, levar em conside­ ração este fato para avaliar como e por­ que o indivíduo cujos trânsitos estamos estudando é ou não receptivo e, even­ tualmente, é ou não influenciado pelas correntes coletivas que dominam ou do­ minarão este ou aquele momento de sua vida.

No mapa astral do nosso novo exemplo, desde o ano 2021 até o ano 2023, Plutão transitará do grau 24 para o grau 28 de Capricórnio. Assim se encontrará em conjunção com o Mercúrio natal a 26º de Capricórnio.

Os trânsitos planetários Marte, Júpiter, Saturno Marte, em trânsito no mapa astral, desencadeia os acontecimentos na vida de um ser, Júpiter favorece sua realização e Saturno acelera seu lento amadurecimento. ara começar, lembremos de um como sabemos, podem permitir reali­ — podem afetar-lhe intimamente. Por­ princípio básico em relação com os zar previsões ou estudar o problema fu­ tanto, o que os horóscopos da imprensa trânsitos planetários: os movimentos de turo de um ser —, você terá que ques­ proporcionam são apenas generalidades, qualquer astro no interior de um mapa tionar a validade de todos os horóscopos ambientações inerentes a climas cole­ astral não têm nenhum interesse, a me­ proporcionados pelos meios de comu­ tivos, que o astrólogo ou o aprendiz de nos que sejam vistos e interpretados do nicação, os quais criam a ilusão de que astrólogo que as escreve tenta mais ou ponto de vista da situação inicial deste cada previsão se dirige a você e só a você. menos personalizar para que você tenha astro no seio do Zodíaco do mapa astral Mas tenha em conta que só as previsões a ilusão de crer que só se dirigem a você. do indivíduo cm questão. Em outras pa­ estabelecidas considerando os trânsi­ Em caso algum, com um método assim, lavras, e a partir deste pon­ pode se tratar de previ­ to nos referimos sempre sões pessoais, embora ao mapa astral de nosso com esse invólucro certo novo exemplo, se quere­ tipo de imprensa tente mos estudar e compreen­ vender-lhe como tal. der os efeitos de Marte em trânsito por um ou outro OS TRÂNSITOS setor do mapa astral, isto DE MARTE é, de um ou outro mo­ A revolução zodiacal de mento da vida da pessoa Marte dura 2 anos apro­ era questão, é preciso levar ximadamente, que é o em conta sistematicamen­ tempo que necessita para te a natureza, qualidades e dar a volta ao Zodíaco do características do que cha­ mapa astral e encontrarmamos, em termos astro­ se novamente na posição lógicos, seu Marte natal. inicial. De passagem, observe bem Sendo Marte a expressão esta expressão, pois é mui­ da capacidade de ação do to útil quando estudamos indivíduo, seguindo seu os trânsitos planetários. De percurso em trânsito pe­ fato, permite distinguir as los diferentes setores do posições dos astros em mapa astral, podemos trânsito das posições que prever em que terreno a figuram no mapa astral. pessoa em questão ma­ Normalmente se diz: Os trânsitos de Marte, o empreendedor, de Júpiter, o ditoso, e de Saturno, nifestará sua capacidade trânsito de Marte por Jú­ o maduro, nos oferecem importantes informações sobre os setores nos quais de ação em um ou outro piter natal. O que significa o indivíduo realizará suas atividades ao longo de sua vida. período de sua vida, de que Marte passa pelo setor forma cíclica, de dois em e no grau preciso do Zodíaco do mapa tos de todos os astros no interior do Zo­ dois anos. Neste caso trata-se de um astral onde Júpiter está situado. Para vol­ díaco de seu mapa astral — com relação verdadeiro ritmo de relógio o que dá a tar ao princípio básico, que sempre é às características próprias de cada um Marte a possibilidade de desempenhar, preciso ter em mente quando estuda­ dos 10 astros que se apresentam atra­ naturalmente em trânsito, o papel de mos os trânsitos planetários — que, vés de sua posição em seu mapa astral disparador ou detonador de aconteci-

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em seu levar nascimento, é um ano benéfico Duas regras básicas para o acontecimentos. Mas, para isso, é preciso estudo dos trânsitos em conta as situações dos demais astros para o indivíduo em questão. Mas se Jú­ planetários igualmente em trânsito: Júpiter, Sa­ piter é quase sempre um fator de ex­ pansão, de felicidade e de otimismo, os 1. 0 trânsito de um astro deve ser interturno, Urano, Netuno e Plutão, que, pretado exclusiva e sistematicamente com juntos revelam um clima psicológico e verdadeiros benefícios que este tipo de relação à sua situação inicial no mapa ascircunstancial particular, o qual é preci­ trânsito é suscetível de produzir e rever tral do indivíduo em questão. so interpretar em função de suas posi­ só poderiam ser analisados à luz das in­ terpretações relativas à posição de Jú­ 2. Quando um astro transita pela posição ções iniciais no mapa astral. que ocupava no mapa astral (Marte em Como vemos, a interpretação dos trân­ piter natal. trânsito por Marte natal, por exemplo), sitos requer uma grande experiência e OS TRÂNSITOS DE SATURNO os elementos revelados pela situação inmuita precisão. N o entanto, devemos Saturno, com uma revolução de aproxi­ icial deste astro no mapa astral da pester claro que quando prestamos grande soa em questão se acentuam e se reforatenção aos trânsitos dos astros e suas madamente 29 anos e 6 meses, tran­ çam. configurações, sempre em processo de sita por um mesmo setor do Zodíaco modificação, não é exagero afirmar que do mapa astral durante mais ou menos podemos prever quase todos os acon­ 2 anos e 6 meses. Por exemplo, Saturno isso, seguindo o percurso deste astro em tecimentos nos quais alguém se encon­ entrou no signo de Áries no mês de trânsito pelos diferentes setores do zo­ trará em um momento ou outro de sua abril de 1996. Depois de uma breve in­ díaco do mapa astral em pouco menos vida. Mas, uma vez mais, o astrólogo cursão nos três primeiros graus do signo de 30 anos, podemos medir o grau de deve dar mostras de uma extrema pre­ de Touro entre os meses de junho e se­ tembro de 1998, entra neste signo no amadurecimento, de experiência, de re­ caução em sua interpretação e levar em flexão profunda, de sabedoria, de sen­ conta todos os parâmetros que estão à mês de março de 1999. Dito de outra satez que o indivíduo poderá alcançar sua disposição, sem excluir nenhum forma, Saturno terá residido no signo de Áries durante 30 meses exatamente. depois de ter enfrentado grandes ad­ deles. Saturno, ao revelar o potencial de ma­ versidades que o tinham incitado a des­ turidade de um ser, acentua e reforça fazer-se de certos valores materiais e OS TRÂNSITOS DE JÚPITER morais prementes. Júpiter dá a volta ao Zodíaco em apro­ o processo de amadurecimento. Por ximadamente 12 anos. Assim, nos en­ contramos ante um ciclo de 12 anos. Em Em períodos de 2, 12 e 29 anos e seis meses, os trânsitos de Marte por Marte outras palavras, podemos dizer que a natal, de Júpiter por Júpiter natal e de Saturno por Saturno natal acentuam e seus 12, 24, 36, 48 anos, etc, o indiví­ reforçam a situação inicial de cada um destes astros no mapa astral. duo em questão verá Júpiter transitar pelo preciso lugar de seu mapa astral em que se encontrava no momento de seu nascimento. Enquanto isso, isto é, du­ rante os 11 anos seguintes, poderemos observar em que setor do Zodíaco do mapa astral, e portanto da vida do ser em questão, este último manifestará sua capacidade de expansão, sua alegria de viver e aproveitar os benefícios de Jú­ piter, sempre tendo em conta, eviden­ temente, sua situação inicial. N o en­ tanto, este astro que permanece aproximadamente um ano em um mesmo setor tende a sublinhar os ele­ mentos ou fatores inerentes deste setor do Zodíaco do mapa astral pelo qual transita, trazendo-lhe certa expansão po­ sitiva, às vezes inclusive exaltando-o. Diz-se comumente que quando Júpiter transita pelo signo do nativo, isto é, o signo do Zodíaco no qual se situa o Sol

Os trânsitos planetários Mercúrio, Vênus, o Sol e a Lua

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á vimos que Urano, Netuno e Plutão, durante seu trânsito pelo Zodíaco do mapa astral, atuam em profundidade, revelando os setores da vida em que o indivíduo se transformará, evoluirá ou, muitas vezes, mudará completa­ mente ou em grande medida, pois são efetivamente estes acontecimentos ou circunstâncias que ficam revelados através dos trânsitos dos planetas cha­ mados lentos.

Aprendemos igualmente que Marte, Jú­ piter e Saturno assinalam e marcam o desencadea­ mento de acontecimentos importantes na vida da pessoa afetada (o primeiro planeta), sua expansão na­ tural (o segundo) c sua lenta maturação (o terceiro planeta). Quanto a Mercúrio e Vê­ nus, indicam por sua vez situações e fatos que têm sem dúvida menos im­ portância, mas que escla­ recem com precisão dados sobre a evolução e a ex­ pressão do pensamento c das idéias de um nativo (no que se refere a Mer­ cúrio), e sobre a natureza de seus sentimentos varia­ dos, diferentes, em pro­ cesso de modificação, ao longo da sua vida (para Vênus).

sideração suas respectivas situações no seio do Zodíaco do mapa astral. OS TRÂNSITOS DE MERCÚRIO A passagem de Mercúrio por um setor do Zodíaco do mapa astral dura quase sempre muito pouco. N o entanto, às vezes, como este astro é regularmente retrógrado durante o ano, acontece pas­ sar duas vezes em um ou dois setores, isto é, às vezes passa uma primeira vez por uma casa ou por um astro, e em

Mercúrio, para dizer de outra forma, su­ blinha então se não um fato importante, pelo menos um tempo de reflexão agu­ da, intensa ou necessária para o nativo em um momento determinado de sua vida. Por exemplo, Mercúrio transitando por Marte natal uma primeira vez, de­ pois retrocedendo para voltar sobre o mesmo Marte natal, antes de ser de no­ vo seu companheiro em trânsito pela terceira vez, uma vez terminada sua re­ trogradação, pode indicar um perío­ do onde a capacidade de ação do indivíduo, evi­ dentemente revelada por seu Marte natal, se verá freada por considerações de caráter intelectual. De um modo claro, isto pode significar que o na­ tivo atua para realizar uma idéia ou expressar bastante energicamente, inclusive cruamente, o que pensa. Assim, são as indicações reveladas pelo trânsito de Mercúrio por Marte (este trânsito não dura mais de um dia, mas seu "efeito" é notado dois dias antes e dois dias depois de sua realização efetiva).

Porém, por diferentes ra­ zões que, por outro lado, podem ser mostradas c reveladas através do es­ Evidentemente, com a fi­ Os trânsitos de Mercúrio e de Vênus nos informam com precisão sobre tudo de outros trânsitos, suas palavras puderam nalidade de seguir e ob­ os pensamentos e os sentimentos do indivíduo. Os do Sol e da Lua alcançar um ponto além servar com atenção as in­ trazem sua luz e seu reflexo aos setores nos quais se encontram. de seu pensamento ou dicações que Mercúrio c Vênus em trânsito nos proporcionam, seguida uma segunda vez como retró­ então talvez não disse tudo que pensava os quais, lembremos, se deslocam no grado, e, finalmente, uma terceira vez ou até mesmo não tinha realizado to­ Zodíaco quase ao mesmo ritmo se­ quando volta novamente a ser direto, talmente sua idéia, mas sim somente guindo assim muito de perto o movi­ isto é, quando retoma seu percurso parte dela. Por isso, a retrogradação de mento do Sol, é preciso levar em con­ normal no Zodíaco. Esta insistência de Mercúrio sobre Marte natal nos indica

que voltará sobre o que passou. Mas as coisas não ficarão aí. Assim, se foi de­ masiado longe ou cometeu um erro de julgamento, o que pode ser também o caso da figura ressaltada, o ser em ques­ tão encontrará bastantes oportunidades, quando chegar a segunda passagem re­ trógrada de Mercúrio por Marte natal, para emendar-se ou, pelo menos, para ter remorsos. OS TRÂNSITOS DE VÊNUS O trânsito de Vênus é bastante parecido com o de Mercúrio, enquanto se atém a acontecimentos ou climas psicológi­ cos específicos e passageiros, mas com a diferença de que, desta vez, serão con­ siderações ou motivações de tipo afetivo que serão questionadas. De maneira que, quando Vênus transita por Marte natal, o indivíduo em questão vive em um clima afetivo, sentimental ou social bastante passional. Sua sensualidade pode ser exacerbada. Tenderá a expressar seus sentimentos e emoções de forma excessiva, sem que isto seja negativo. Vênus em trânsito por Júpiter natal pode trazer uma grande alegria passageira, sentimentos felizes, serenos e alegres. Vênus em trânsito por Saturno natal anuncia um alívio, um consolo, uma prova de afeto, etc. Evidentemente, é preciso ter sempre em conta as in­ dicações reveladas por Vênus natal e observar em que signo

e em que casa do mapa astral transita, para assim interpretar as manifestações do astro do amor e suas motivações, em sua passagem por um ou outro setor do Zodíaco do mapa astral. OS TRÂNSITOS DO SOL E DA LUA Os trânsitos das duas luminárias — que não são planetas pois o Sol é uma estrela e a Lua um satélite da Terra — são se­ cundários. O Sol, transitando por um setor do ma­ pa astral, não faz mais que iluminá-lo e aquecê-lo. Pode favorecer uma clarifi¬ cação específica, fazer com que os ele­ mentos afetados por este setor sejam mais precisos, mas simples e muito mais autênticos. Com referência à Lua, pelo mesmo fato de que seu percurso no Zodíaco é muito rápido, pelo menos em relação com os demais astros, as indicações que pode­ mos obter graças aos trânsitos são muito sutis e muito específicas. N o entanto,

se levamos em conta seu papel de re­ ceptor e refletor, devemos admitir que acontece com freqüência que um astro que transita por um planeta do Zodíaco do mapa astral pode mostrar manifes­ tações de efeito retardado ou em um setor diferente de onde se produz esta conjunção, graças à posição da Lua. Re­ tomemos nosso exemplo de Mercúrio no trânsito por Marte natal. Se, no momento em que Mercúrio transita por Marte natal, a Lua se en­ contra em um ponto estratégico do mapa astral — isto é, o ascendente, o Fundo do Céu ou Meio do Céu, por exemplo —, os acontecimentos relati­ vos a este trânsito terão lugar em um destes setores. N o mapa astral de nosso novo exemplo, este trânsito terá lugar em 16 de agosto do ano 2000 às 23h: a pessoa em questão terá sem dúvida um encontro (Mercúrio transitando por Marte natal) muito importante em sua situação social e profissional (a Lua tran­ sitando pela Casa X ou Meio do Céu).

Quanto ao mapa do nosso novo exemplo, para uma pessoa nascida em 22 de janeiro de 1963 às 15h 30' em Alençon (França): em 16 de agosto do ano 2000 às 23 horas, Mercúrio transitará por Marte natal, a 19 graus de Leão, e a Lua se encontrará quase a 14 graus de Peixes, isto é, pelo Meio do Céu do Zodíaco do mapa astral.

A revolução solar O Sol em trânsito em conjunção com o Sol natal Para realizar os cálculos de uma revolução solar, em primeiro lugar devemos encontrar a hora exata da conjunção perfeita entre o Sol em trânsito e o Sol natal.

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á sabemos que para calcular um mapa astral precisamos das coorde­ nadas do nascimento da pessoa em questão. Entendemos com isto o dia, mês, ano, hora e lugar de nascimento. Assim, se nos concentramos na pes­ soa cujo mapa astral tomamos como novo exemplo, saberemos que esta nas­ ceu em 22 de janeiro de 1963, às 15:30h, em Alençon, na zona do Orne, na França (Europa). Para levantar seu mapa astral devemos, portanto, realizar nossos cálculos a par­ tir destas coordenadas, começando, claro, pela domificação ou cálculo das posições das 12 Casas. Para isto, devemos calcular a hora si­ deral de nascimento, que é o resultado

da soma da hora local real e do tempo sideral inscrito nas Efemérides. A par­ tir desta hora sideral obtemos as po­ sições das cúspides das Casas nas Ta­ belas das Casas. Em seguida, a partir da hora local real de nascimento — que, lembremos, é obtida levando-se em conta a hora ofi­ cial, isto c, a hora terrestre definida pela longitude do lugar de nascimento; e, por último, a eventual hora de verão, isto é, a derivada das mudanças de hora que às vezes têm lugar em certos paí­ ses dependendo do período do ano —, poderemos, deste modo, calcular as po­ sições dos 10 astros e dos 3 pontos fic­ tícios que sempre figuram cm todo mapa astral.

DA POSIÇÃO DO SOL NATAL À CONJUNÇÃO DO SOL EM TRÂNSITO COM 0 SOL NATAL Com relação à revolução solar que, como seu nome indica, se baseia em uma revolução do Sol no interior do Zodíaco do mapa astral, o único ele­ mento de que dispomos para começar nossos cálculos é a posição do Sol natal. De fato, o que nos interessa do perío­ do — e mais exatamente do dia do ano — em que o Sol voltará a se encontrar em seu ponto inicial, é saber a que hora do dia entrará em conjunção perfeita com o Sol natal. Em outras palavras, O mapa astral do nosso novo exemplo, onde vemos o percurso do Sol em um ano.

uma revolução solar é calculada a partir da hora exata da conjunção do Sol em trânsito com o Sol natal. Entretanto, não conhecemos esta hora e devemos começar por calculá-la, pois, uma vez que a tivermos encontrado po­ deremos realizar um novo mapa, cha­ mado mapa solar, mapa anual ou, sim­ plesmente, no jargão dos astrólogos, revolução solar. U m estudo comparativo entre o mapa solar e o mapa astral nos permitirá então estabelecer previsões que afetam à pes­ soa em questão, para o próximo ano so­ lar, sendo um ano solar o lapso de tempo que é preciso para que o Sol percorra por completo o Zodíaco do mapa astral e se encontre de novo no ponto inicial. Na maioria das vezes, o ano solar co­ meça no dia do aniversário da pessoa em questão, para acabar no dia do aniver­ sário do ano seguinte. Mas alguns anos acontece que a hora exata do trânsito do Sol natal tem lugar na véspera ou no dia seguinte do dia de seu aniversário. Isto é devido ao fato de que não nos ba­ seamos no calendário comum, mas sim na posição de um astro, neste caso a do Sol, que transita na conjunção perfeita com o Sol natal.

encontrará a pessoa afetada neste pre­ ciso instante. Graças a este mapa, que muitas vezes se chama revolução solar, poderemos es­ tabelecer previsões por um ano, que, obviamente, afetarão à pessoa, fazendo um estudo comparativo entre seu mapa solar e seu mapa astral, a partir do dia do aniversário deste ano até o dia de seu aniversário do ano que vem. 4. O que é um ano solar? Como acabamos de indicar, um ano solar é exatamente o lapso de tempo que o Sol em trânsito precisa para dar a volta completa ao Zodíaco do ma­

pa astral, partindo obviamente da po­ sição original exata do Sol natal. U m mapa solar só é válido para um ano ou um ano solar. 5. Volta o Sol todos os anos em trânsito pelo Sol natal a uma hora e data fixas? Às vezes acontece que, durante dois anos seguidos, o Sol transita em con­ junção perfeita com o Sol natal no mesmo dia e na mesma hora. Mas isto é muito excepcional. Quase sempre, de um ano a outro, a hora desta conjunção difere. Por isto, o ascendente anual do mapa solar também difere evidente­ mente, de um ano a outro.

EM RESUMO 1. O que se entende por uma "revolução solar"? Consiste em uma revolução do Sol no Zodíaco do mapa astral, que cada ano volta a passar em trânsito por sua po­ sição de origem tanto no signo quanto na Casa. 2. Como se calcula uma revolução solar? Calculando-se a hora exata do trânsito do Sol pelo Sol natal ou da conjunção perfeita do Sol em trânsito com o Sol natal. 3, O que é um mapa solar ou mapa anual? U m mapa solar é o novo mapa que vamos calcular e levantar a partir da hora exata do trânsito do Sol pelo Sol natal, mas também a partir do lugar onde se

É preciso calcular e realizar sistematicamente uma revolução solar a cada ano? Isto não é necessário. Ao contrário da idéia preconcebida a este respeito, não é indispensável calcular e realizar uma revolução solar todos os anos. Às vezes, o estudo dos trânsitos planetários basta amplamente para nos informar sobre a evolução psicológica, moral e espiritual, assim como, evidentemente, sobre os acontecimentos e as prováveis circunstâncias da vida de um ser em um futuro próximo, sem que seja necessário recorrer à técnica da revolução solar. Por outro lado, quando temos uma dúvida com respeito à evolução do indivíduo em questão, ou com relação a um

provável acontecimento em particular, ou também com relação a uma escolha importante que a pessoa deverá fazer, então a revolução solar pode ser muito útil pelas informações que oferece. Mas nós não estamos de acordo com os astrólogos que intervêm na vida de alguns de seus consultantes, aconselhan¬ do-os a mudar de país no dia em que o Sol em trânsito estiver em conjunção com seu Sol natal, com o pretexto de que assim, poderão mudar seu destino. Neste caso já não se trata de previsão nem de prevenção, mas sim de superstição do pior gosto.

A revolução solar As bases do cálculo do mapa anual Imaginemos que desejamos calcular e a 1 grau e 50 minutos; e em 23 de ja­ estabelecer, para 1983, o mapa anual neiro, também a 0 hora, a 2 graus e 25 desta pessoa, cujo mapa astral também minutos. aprendemos a calcular e interpretar. Trata-se certamente de um ano já pas­ sado. Mas, na época a pessoa celebrava seus 20 anos. É, portanto, um ano sim­ bólico importante. Por isso acreditamos que é bom estabelecer um mapa anual deste ano. Podemos nos trasladar a 1983, como se se tratasse de um ano futuro para a pessoa em questão. Nas Efemérides, encontramos o dia em Calculamos a distância percorrida pelo que o Sol em trânsito estava em con­ Sol em 24 horas desse dia. Já realizamos junção perfeita com o Sol natal a 1 grau esta operação quando aprendíamos a N o caderno de Efemérides onde figuram e 50 minutos de Aquário daquele ano. calcular um mapa astral. as posições dos astros do ano a partir do Trata-se do 22 de janeiro de 1983, o dia Trata-se simplesmente de subtrair ao qual desejamos estabelecer um mapa exato do aniversário da pessoa que grau da posição do Sol em 22 de ja­ anual, buscamos o dia em que o Sol em agora estudamos. De fato, a 22 de ja­ neiro, à 0 hora, o de 23 de janeiro à 0 trânsito esteja em conjunção perfeita neiro de 1983, à 0 hora, tal como nos hora: o o com o Sol natal. N o mapa astral de indicam as Efemérides, o Sol se situava 2° 25' - 1 24' = 1 01'. nosso novo exemplo, o Sol se encon­ tra situado a 1 grau e 50 minutos do Ao calcular a revolução solar — distância percorrida pelo Sol em 1 ano —podemos estabelecer o mapa anual de uma pessoa, especialmente em um período importante de sua vida. signo de Aquário.

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abendo que para calcular o mapa anual ou revolução solar partimos da hora da conjunção exata do Sol em trânsito pelo Sol natal, aqui está como devemos compreender e realizar nos­ sos cálculos.

Resumo dos dados 1) passagem do Sol em 1 hora em 22 de janeiro de 1983: 2'32"; 2) distância que separa o Sol em trânsito de 22 de janeiro de 1983 à 0 hora do Sol natal: 26'. Para encontrar a hora desta conjunção perfeita, basta dividir a distância que se­ para os dois Sois, isto é, 26 minutos, pela passagem do Sol em 1 hora (isto é, 2 mi­ nutos e 32 segundos). No entanto, veremos que não é nada cô­ modo dividir 26 minutos por 2 minu­ tos e 32 segundos. Recomendamos, por­ tanto, converter os minutos de arco de círculo de ambos os algarismos em se­ gundos: 26' convertidos em segundos = 1.560". 2' 32" convertidos em segundos =152". A partir daqui, já podemos fazer nossa divisão: 1.560:152 = 10; mas restam 40, isto é, 40 segundos. Sa­ bendo que a distância percorrida pelo Sol em uma hora desta jornada 6 de 152 segundos (2 minutos e 32 segundos), poderemos portanto deduzir que este 10 corresponde a 10 horas. N o entanto, Calculamos a distância que separa o Sol em trânsito — isto é, a posição do Sol restam 40 segundos que não poderemos em 1983, em 22 de janeiro, à 0 hora — dividir, pois 40 segundos não podem ser e o Sol natal, isto é, a posição exata do divididos por 152 segundos. Sol cm 22 de janeiro de 1963, no mo­ Por isso, para ser o mais exato possível, mento do nascimento de nossa pessoa. e obter a hora relativamente exata em Para fazer isto, devemos subtrair ao al­ que o Sol cm trânsito estava em con­ garismo da posição do Sol em trânsito a junção como Sol natal, devemos fazer novas conversões. posição do Sol natal, isto é: 1o 50' (Sol do mapa astral) — 1o 24' (posição do Sol emDe fato, se o Sol cm trânsito ainda pre­ 22 dejaneiro de 1983, à 0 hora, inscrita nas cisa percorrer 40 segundos do arco de Efemérides) = 26'. Zodíaco para unir-se com o Sol natal, é que não foi às 10 horas exatas que a conjunção teve lugar, mas sim às 10 horas e alguns minutos. Vamos calcular agora esses minutos. Para isso, sabendo que o Sol percorre 152 segundos de arco de círculo em 1 hora, calculamos primeiro a distância que cobre em 1 minuto. Basta fazer uma simples divisão: 152": 60"= 2,5"ou 2 segundos e meio. Calculamos a hora em que em, 22 de ja­ neiro de 1983, o Sol em trânsito estava Em 1 minuto, o Sol de 22 de janeiro em conjunção perfeita, isto é, não mais de 1983 percorreu portanto 2,5 segun­ dos de arco de círculo no Zodíaco. distante de 1o e 1', com o Sol natal.

Uma vez convertida a distância percor­ rida pelo Sol em 24 horas (1 o 01' = 61'), calculamos a distância percorrida pelo Sol em 1 hora. N o entanto, para faci­ litar o cálculo, remetamo-nos ao qua­ dro da ficha n.° 14 de Aprender Astrolo­ gia. Então veremos que 61 minutos percorridos cm 24 horas equivalem a 2 minutos e 32 segundos de arco de roda zodiacal percorridos em 1 hora naquele dia.

Agora dividimos os 40 segundos res­ tantes por 2,5 segundos e obtemos o número de minutos que o Sol em trânsito precisa para percorrer estes 40 segundos do arco de círculo no Z o ­ díaco: 40:2,5 = 16 minutos. Assim, o Sol cm trânsito, em 22 de ja­ neiro de 1983, estava em conjunção per­ feita com o Sol do mapa astral às: 10 horas e 16 minutos. A partir de agora dispomos da hora que necessitamos para poder empreender os cálculos do mapa anual ou revolução solar.

Em seguida, para calcular o mapa anual da pessoa de nosso exemplo, procede­ mos exatamente da mesma forma que para calcular seu mapa astral. De fato, os cálculos da revolução solar e os do mapa astral têm muitos pontos em comum. A única indicação que sempre falta a priori para calcular um mapa anual é, evidentemente, a hora de nascimento ou, mais exatamente, a hora do ani­ versário do nascimento da pessoa em questão. Deste modo, sempre deve­ mos começar calculando esta hora, se­ guindo as cinco etapas que acabamos de propor. Quanto ao lugar de nascimento que de­ vemos levar em conta para calcular o mapa anual, trata-se do lugar onde es­ tiver a pessoa em questão no instante exato de seu aniversário. Em 22 de ja­ neiro de 1983 às 10 horas e 16 minu­ tos, a pessoa de nosso exemplo tinha viajado para Paris, a capital da França, na Europa. Agora já dispomos de todas as indicações necessárias para calcular e estabelecer um novo mapa, chamado anual ou re­ volução solar.

A revolução solar O estudo do mapa anual Para estudar e interpretar uma revolução solar, é preciso seguir as quatro etapas que propomos. Desta forma você aprenderá a realizar suas previsões. ara calcular um mapa anual ou re­ volução solar, nunca esqueça de levar em conta o lugar geográfico onde a pessoa em questão se encontrava ou se encontrará no momento em que o Sol em trânsito estiver em conjunção com o Sol natal. A partir desse lugar, você po­ derá realizar seus cálculos. De fato, tanto se se tratar de um mapa astral como de um mapa anual, sem­ pre se tratará de um mapa do céu. Como já vimos, a única diferença entre o mapa astral e o mapa da revolução solar reside em que, com respeito ao primeiro, dispomos das coordenadas re­ queridas para calculá-lo, enquanto que com respeito ao segundo nos falta a hora de nascimento. Fora disso, os cálculos da revolução solar e os do mapa astral são semelhantes em tudo.

P

Em primeiro lugar, devemos substituir as 12 Casas, incluindo e destacando, ob­ viamente, o ascendente e Meio do Céu — que desempenharão um papel pri­ mordial na interpretação da revolução solar, como veremos —, os 10 astros e os pontos fictícios, talvez à exceção da Parte da Fortuna, que não tem muito in­ teresse no mapa anual. Por outro lado, nunca esqueça principalmente de cal­ cular e situar o eixo dos Nodos lunares e da Lua Negra, que têm uma impor­ tância capital. Uma vez tendo realizado seus cálculos e situados os ângulos, os astros e os pontos fictícios no mapa da revolução solar, você poderá realizar a interpretação. Esta deve ser feita em

duas etapas, e para obter o resultado mais claro e coerente possível, acon­ selhamos seguir metodicamente as qua­ tro etapas seguintes: estudo do mapa anual ou revolução solar; estudo comparativo do mapa anual e mapa astral; estudo dos trânsitos; síntese destes três estudos e pre­ visões. Use um caderno só para realizar seu es­ tudo, se possível de formato bastante grande. Na página esquerda, escreva todos os elementos de interpretação que encontrou relacionados com o mapa anual, no da direita anote as conclusões

A esquerda, o mapa astral da pessoa de nosso último exemplo. A direita, seu mapa anual de 1983, ano de seu 20.º aniversário, sabendo-se que naquele momento se encontrava em Paris.

resultantes do estudo comparativo des­ tes dois mapas. Em outra página, anote todas as indicações relativas aos trânsi­ tos dos astros. Finalmente, na última pá­ gina, poderá realizar uma síntese geral de toda a informação que você obtiver, e assim poderá deduzir suas previsões para o próximo ano. ESTUDO E INTERPRETAÇÃO DO MAPA ANUAL Para aprender a realizar este estudo, que é mais fácil de fazer que o mapa astral, vamos utilizar uma vez mais o mapa as­ tral de nosso último exemplo. Já cal­ culamos a revolução solar do ano em que a pessoa em questão tinha 20 anos, e então sublinhamos que não é neces­ sário fazer uma revolução solar todos os anos, mas somente em atenção às eta­ pas simbólicas e importantes da vida, como são os 20 anos de um ou uma jovem; esse momento da vida, por exemplo, vale a pena ser elucidado, ape­ sar do tango dizer que "vinte anos não é nada". Sabendo que o sol em trânsito se en­ contra exatamente em conjunção com o Sol natal às 10 horas c 16 minutos e que, neste instante preciso, o protago­ nista de nosso último mapa astral (di­ gamos que seja uma mulher, como fi­ zemos com o primeiro exemplo) se encontrava em Paris, disporemos de todas as indicações necessárias para cal­ cular seu mapa anual. Podemos, por­ tanto, empreender nosso estudo da re­ volução solar procedendo da seguinte forma: 0 Observe em que signo do Zodíaco se encontra o ascendente do mapa anual ou ascendente anual. Em nosso exemplo: o ascendente anual se situa no signo de Áries. Anote este dado em seu caderno e remeta-se às se­ ções desta obra nas quais ensinamos e ajudamos a descobrir as interpretações das Casas nos signos do Zodíaco, e que você poderá transcrever em seu ca­ derno. Q Indique em que Casas do mapa anual, chamadas Casas anuais, se en­

contram os 10 astros, o eixo dos Nodos Os aspectos de Marte anual: veja Lua; lunares e a Lua Negra da revolução + quadrantesJúpiter, Urano, Netuno; trí­ solar. Para cada um deles, assinale as gonos Saturno e Plutão. interpretações que lhe dizem respeito: Os aspectos de Júpiter anual: veja Marte; Em nosso exemplo: + conjunções Urano e Netuno. o Sol do mapa anual, chamado Sol anual, Os aspectos de Saturno anual: veja Sol, se situa na Casa XI Lua, Vênus, Marte; + conjunção Plutão. a Lua anual se situa na Casa I Os aspectos de Urano anual: veja Marte e Mercúrio anual se situa na Casa X Júpiter; + conjunção Netuno. Vênus anual se situa na Casa XI Os aspectos de Netuno anual: veja Marte, Marte anual se situa na Casa XII Júpiter e Urano. Júpiter anual se situa na Casa VIII Os aspectos de Plutão anual: veja Sol, Lua, Saturno anual se situa na Casa VII Vênus, Marte e Saturno. Urano anual se situa na Casa VIII Netuno anual se situa na Casa VIII Como podemos constatar, a revolução Plutão anual se situa na Casa VII solar do mapa astral de nosso exemplo o Nodo norte anual se situa na Casa III apresenta fortes aspectos, como as con­ o Nodo sul anual se situa na Casa IX junções Sol-Vênus, Saturno-Plutão e a a Lua anual se situa na Casa XI. tripla conjunção Júpiter-Urano-Ne¬ tuno. No entanto, são sobretudo as con­ Q A seguir, anote detalhada e metodi­ junções que, no mapa anual apresentam camente, um a um, os aspectos da re­ um interesse particular. De fato, reve­ volução solar partindo, é claro, dos as­ lam acontecimentos concretos e cir­ pectos do sol, se houver, e tome nota das cunstâncias importantes que se produ­ interpretações que afetam a cada um. N o zirão provavelmente na vida do nativo exemplo: no próximo ano. É preciso, portanto, Os aspectos do Sol anual: quadratura Lua; permanecer particularmente atento às conjunções, porque os demais aspec­ conjunção Vênus; quadratura Saturno e tos entre os astros permitem deduzir o Plutão. clima geral psicológico e circunstancial Os aspectos da Lua anual: quadratura Vênus; sextil Marte; oposições Saturno e no qual o indivíduo em questão es­ tará submerso nos pró­ Plutão. Os aspectos de Mercúrio anual: nenhum. ximos 12 meses. Os aspectos de Vênus anual: veja Sol e Lua; + quadraturas Saturno e Plutão.

A revolução solar A interpretação do mapa anual e o estudo comparativo deste com o mapa astral Para estudar e interpretar uma revolução solar, siga as quatro etapas que propomos aqui. Assim você poderá aprender a realizar previsões.

U

ma vez identificado, no mapa anual, o signo onde se situa o as­ cendente, as posições dos 10 astros e os 2 pontos fictícios nas Casas, e os as­ pectos formados pelos astros, você po­ derá proceder à interpretação de seu mapa anual e sua síntese. Uma vez feito isto, você estará na posição de empre­ ender um estudo comparativo do mapa anual e do mapa astral, com o que po­ derá realizar suas previsões. TRÊS CONSELHOS ÚTEIS PARA 0 ESTUDO DA REVOLUÇÃO SOLAR Antes de ir mais longe em nossas pes­ quisas e continuar com nosso estudo, queremos dar-lhe três sugestões prá­ ticas: 1. Para evitar confundir as informações que você obteve ao realizar o estudo do mapa anual e as que você vai deduzir comparando alguns elementos inscri­ tos no mapa anual com os que estão no mapa astral, por um lado, atue com mé­ todo e ordem, ponto por ponto, de forma progressiva, como já aconselha­ mos anteriormente, e, por outro lado, divida seu estudo em duas partes: pri­ meiro, o estudo do mapa anual pro­ priamente dito; em seguida, o estudo comparativo do mapa anual e do mapa astral. Para que fique mais claro, anote as informações relativas a seu primeiro estudo e às relativas à sua segunda in­ terpretação em duas páginas diferen­ tes, para não misturá-las. Efetivamente, o fato mesmo de dispor de dois mapas do céu exige que o estudo da revolução solar esteja muito bem organizado.

2. Qualquer que seja a natureza das in­ formações que você tenha deduzido ao estudar o mapa anual ou a revolução solar, integre-as sempre de forma coe­ rente e concisa em sua interpretação, considerando que tudo parte e deve re­ meter-se sistematicamente ao mapa as­ tral. Esta é sua referência, e o mapa anual, como seu nome indica, só terá um interesse específico. Revela apenas os acontecimentos ou circunstâncias prováveis que o nativo poderá encon­ trar de forma passageira, ao longo de os 12 meses que seguirão ao dia do seu aniversário, nada mais. Quanto a des­ cobrir ou compreender o que poderá ou saberá fazer com os acontecimen­ tos e circunstâncias, a maneira como os

viverá, isto só depende dele e você só pode deduzi-lo concentrando-se com atenção e exclusivamente nas infor­ mações contidas em seu mapa astral. Ao aplicar este método, você estará em condições de reunir alguns conselhos que poderão ser úteis. 3. Não aborde nem transmita nunca suas previsões de forma categórica, de­ finitiva e inapelável. Suas interpretações devem possuir matizes. Entenda que os acontecimentos e as circunstâncias não são nada em si mesmos. O que conta é o que significam ou significarão para o nativo, porque já está ou estará confrontado com eles, as informações que poderá tirar deles, como poderá re­ agir, etc. De fato, o mapa anual ou re-

revolução solar revela também, e prin­ cipalmente, um clima psicológico: aquele no qual o nativo se encontra ou se encontrou no momento preciso no qual o Sol esteve ou estará em sua po­ sição inicial. Porém, o estudo deste clima psicológico quase sempre é mais rico em informações preventivas que no anúncio dos fatos concretos futu­ ros, os quais só permanecem em estado de probabilidade. 0 ESTUDO COMPARATIVO DO MAPA ANUAL E 0 MAPA ASTRAL Para completar seu estudo da revolução solar e dispor de todas as informações que pode proporcionar-lhe, só é pre­ ciso tomar nota das indicações que lhe serão dadas pela superposição das Casas do mapa anual e as Casas do mapa as­ tral. Este é um procedimento muito simples. Para compreendê-lo e obter o melhor partido, você pode, se quiser, voltar a copiar o Zodíaco do mapa da revolução solar sobre papel vegetal, indicando as posições das Casas do mapa anual, cha­ madas de "Casas anuais" por comodi­ dade (por exemplo, dizemos ascen­ dente anual, Fundo do Céu anual, Casa VI anual, etc). Uma vez reconstituído o Zodíaco sobre a folha de papel trans­ parente, coloque-a em cima do mapa astral, de maneira que os signos do Zo­ díaco do mapa anual coincidam e se superponham perfeitamente aos do mapa astral. Só lhe resta identificar em que Casas do mapa astral, que, também por co­ modidade, chamamos "Casas natais", se encontram as Casas anuais, anotar estes 12 novos dados em seu caderno, descobrir suas interpretações e acres­ centar estas informações às que você recolheu fazendo seu estudo da revo­ lução solar. Para conseguir isto, primeiro deve levar em conta as posições do que chama­ mos os ângulos, isto é: 1 o ascendente, 2 o Meio do Céu, 3 o descendente, 4 o Fundo do Céu, que lhe proporcionarão as previsões mais

importantes. Em seguida, você se in­ teressará pelas outras Casas. N o mapa de nosso último exemplo, o ascendente anual, que no mapa da re­ volução solar se encontra no signo de Áries, se superpõe com a Casa XI natal. Você então anotará: Ascendente anual na Casa XI natal. N o Meio do Céu anual, situado em Capricórnio na revolução solar, se su­ perpõe, em torno dos 2 graus, com o descendente ou Casa VII natal. Por­ tanto anote: Meio do Céu anual na Casa VII natal. N o referente a estes 2 graus de sepa­ ração, as cúspides de duas Casas são consideradas em conjunção. De fato, trata-se de uma regra básica: sempre é a cúspide de uma Casa anual que in­ dica sua posição no mapa astral. Continuando com as superposições das Casas anuais com as Casas natais, será isto que você vai encontrar: O descendente anual está na Casa V natal. O Fundo do Céu anual esta na Casa I natal. A A A A A A

Casa II anual está na Casa XI natal. Casa III anual está na Casa XII natal. Casa V anual está na Casa II natal. Casa VI anual está na Casa III natal. Casa VIII anual está na casa VI natal. Casa IX anual está na Casa VI natal.

A Casa XI anual está na Casa VIII natal. A Casa XII anual está na Casa IX natal. Com estas indicações, e as interpre­ tações que vão ser reveladas, você já dispõe de toda a informação que se pode obter ao realizar uma revolução solar. Você só deve estabelecer um plano de previsões para os próximos 12 meses, relativas ao nativo cujo mapa anual você tiver realizado, estudado e em seguida interpretado; além disso, compreender o clima psicológico no qual se encon­ trava no dia de seu aniversário e fazer com habilidade uma síntese de todos estes elementos. N o entanto, para que seu estudo seja completo, não esqueça de levar em conta os trânsitos dos astros que se pro­ duzirão no mapa astral durante estes mesmos próximos 12 meses.

Método de interpretação de um mapa horário Você está preocupado com algum problema? Você gostaria de ter uma resposta imediata para uma pergunta? Então, faça um mapa horário e encontre uma solução para esse problema.

O

mapa horário responde à adivi­ nhação. Por isso, quem situa a as­ trologia em uma categoria científica su­ perior às artes adivinhatórias, esquece que, historicamente, o Zodíaco é uma espécie de organização muito complexa de presságios, que são o próprio re­ sultado, na mentalidade dos nossos an­ tepassados, de organizar o mundo se­ gundo uma interpretação que faziam dele. Esta interpretação está ultrapas­ sada? Certamente não. Não por termos tomado outro caminho e termos uma visão distinta do mundo e da vida atualmente, mas porque estamos au­ torizados a pensar ou a crer que a de nossos antepassados não tinha funda­ mento ou razão de ser. E, assim como os nossos antepassados, nos encontra­ mos imersos nas mesmas preocu­ pações, continuamos fazendo as mes­ mas perguntas e desejamos encontrar as mesmas respostas. Podemos encon­ trar tais respostas, usando o método de mapa horário. N o que consiste esse método? QUANDO E COMO REALIZAR UM MAPA HORÁRIO? Quando surge uma questão crucial e você está em uma situação difícil e com­ plexa e quer esclarecimentos, é normal desejar ter uma perspectiva dessa si­ tuação, dispondo de todos os fatores e parâmetros que a regem, inclusive aque­ les que poderiam passar desapercebidos. Para isso, anote a hora exata do mo­ mento em que você se encontra total­ mente bloqueado pela sua preocupação. Em função dessa hora e, evidentemente, dia, mês, ano e lugar onde você está no

momento em que se vê imerso no pro­ blema, calcule e realize um mapa do céu, seguindo exatamente as mesmas etapas aplicadas para calcular e reali­ zar um mapa astral. N o entanto, não se trata de um mapa astral, pois as coor­ denadas usadas como base não são as que correspondem ao nascimento de um ser, mas as de um momento da sua vida. Portanto, a sua interpretação deste mapa do céu será muito diferente da de um mapa astral. Apresentaremos o método que você deve seguir para realizá-lo, sabendo que procede da análise de uma situação determinada e que sua intenção é es­

tabelecer uma ou várias previsões ou obter uma resposta a uma pergunta, mas nunca o estudo aprofundado de uma personalidade. MÉTODO DE INTERPRETAÇÃO DE UM MAPA HORÁRIO Uma vez realizado o seu mapa horá­ rio, que se parece a qualquer mapa as­ tral, analise-o seguindo os seguintes procedimentos: O Observe a posição do ascendente, ou seja, o signo que ocupa e a posição ou posições dos agentes do ascendente na seu mapa horário. Segundo o signo onde se encontra o ascendente, você

terá algumas informações muito úteis. exemplo, se a sua preocupação está re­ tabelecido um mapa horário em re­ Para descobri-las, consulte os capítu­ lacionada com o seu salário, você deve lação a um problema particular, uma los de Conhecer a Astrologia referentes à se fixar na Casa II; se é com a sua vida situação difícil ou, simplesmente, uma revolução solar e ao mapa horário. familiar, lar ou um acontecimento rela­ pergunta colocada antes de estabelecer 0 Tome nota da situação do astro que tivo ao passado, considere a Casa IV; se novos mapas referentes a mesma preo­ está em relação com a sua pergunta. Por é com sua vida sentimental ou seus fi­ cupação, volte a pegar o que você rea­ exemplo, Vênus, no caso de uma ques­ lhos, é a Casa V Pode ocorrer a situação lizou na primeira vez, pois provavel­ tão sentimental; Marte, para uma ação de uma mesma pergunta estar relacio­ mente contem todas as respostas que a empreender ou uma iniciativa a tomar; nada com dois setores da sua vida re­ você procura. o Sol, quando se trata de um homem; velados por duas ou três Casas diferen­ Se você ainda não as captou ou com­ a Lua, quando se trata de uma mulher; tes. Nesse caso, você deve estudar estas preendeu, significa que não as estudou Mercúrio, se você está esperando uma Casas. Em seguida, consulte os capítu­ o suficiente. Em tal caso, volte a estu­ notícia, uma carta ou uma resposta a los pertinentes de Conhecer a Astrologia e dar e analisar o mapa, até que as coi­ uma pergunta feita para si mesmo, uma adaptar às previsões pretendidas todas sas pareçam claras. Certamente, nada gestão já feita ou que você ainda vai as interpretações que você dispõe e que ou ninguém irá lhe impedir de fazer os fazer, etc. Para realizar as interpretações afetam as Casas nos signos do mapa as­ cálculos e logo realizar vários mapas ho­ a respeito, veja os capítulos correspon­ tral. Anote em um caderno todas as in­ rários em relação a um único problema dentes de Conhecer a Astrologia que, mais formações obtidas, seguindo estas três não resolvido. Porém, a nossa expe­ uma vez, irão proporcionar informações etapas. Para concluir, faça uma síntese. riência na matéria nos demonstrou que, válidas tanto para as posições dos as­ ao fazê-lo, surge a confusão e a desor­ tros da revolução solar quanto para as FAÇA SEMPRE dem, devido à grande quantidade de in­ do mapa horário. UM ÚNICO MAPA HORÁRIO formação disponível; enquanto que, fi­ © Fixe-se na situação da Casa ou das Contudo, você não deve abusar deste xando-se em um único mapa horário, Casas que estão em relação com a sua método de pesquisa. Depois de ter es­ aprofundando-se na sua interpretação se for necessário, sempre se acaba en­ pergunta. Para fazê-lo, vá ao capítulo de contrando as respostas das perguntas Descobrir a Astrologia onde se propõe uma que nos fazemos. lista de significados das 12 Casas. Por

Cálculo e método de interpretação do signo chinês

O signo natal e o ascendente P

ara determinar um signo astrológico segundo o Zodíaco chinês, basta seguir o método que vamos expor e consultar as duas tabelas que figuram nesta ficha.

Realizando a seguinte operação: 13 horas + 11 horas = 24 horas, você obterá a hora local de Pequim. A hora "chinesa" de nascimento corresponde assim às 24 horas. Em seguida, vá à tabela de 0 SIGNO NATAL horas do Zodíaco chinês e CHINÊS anote o signo que corres­ Para descobrir seu signo ponde às 24 horas. Este se chinês, remeta-se à tabela encontra na linha que vai dos anos do Zodíaco das 23 horas à 1 hora: é, chinês (página seguinte) portanto, o Rato. As in­ e localize, na primeira co­ dicações que lhe servem luna (a dos anos), o perí­ para fazer um retrato da odo onde se situa seu ano personalidade segundo a de nascimento. astrologia chinesa serão as Com isso, você só precisa seguintes: 1. Serpente. 2. Ser­ descobrir, nas três colunas se­ pente-Água Yin. 3. Serpenteguintes, seu signo, agente ou ele­ Rato. mento, bem como a polaridade Em seguida, consulte a ficha que se (Yang ou Yin) que lhe corresponde. refere às analogias, às afinidades e às Exemplo para uma pessoa nascida em 13 contradições, resultado das combi­ de Agosto de 1953 no Rio de Janeiro, às 13 nações entre os signos do Zodíaco oci­ Os signos chineses em relação às horas. dental e os do Zodíaco chinês. Em horas: O ano chinês em que se situa este nas­ nosso exemplo, a pessoa nasceu no cimento vai de 14 de Fevereiro de 1953 a hora real ou solar TMG (tempo médio signo de Leão. Com base nisso, deve­ a 2 de Fevereiro de 1954. mos fixar-nos nas informações refe­ de Greenwich). No Brasil, nós temos três Seu signo do Zodíaco chinês é, por­ fusos horários (3,4 e 5 horas a menos que rentes à pessoa Serpente-Leão. Desta tanto, a Serpente. Seu elemento é a Água o TMG, dependendo da região). forma, você disporá de quatro pontos e sua polaridade o Yin. Diz-se então que Uma vez feito este cálculo, consulte a de informação que lhe permitirão rea­ é Serpente-Água Yin. lizar sua interpretação do signo chinês faixa horária que lhe interessa na tabela da pessoa em questão: das horas do Zodíaco chinês (abaixo). O ASCENDENTE CHINÊS Assim você conhecerá seu ascendente. 1. Serpente. Para definir seu ascendente no signo Exemplo, continuando com a pessoa nascida2. Serpente-Água Yin. chinês, você precisa levar em conta a em 13 de Agosto de 1953 no Rio deJaneiro, 3. Serpente ascendente Rato. hora de nascimento da pessoa interes­ às 13 horas: 4. Serpente-Leão. sada. Calcule a hora local de nascimento, isto é, a hora solar no lugar onde nas­ As horas do Zodíaco chinês ceu, e acrescente 11 horas (ou 12 ou 13, Das 23 à 01 h hora do Rato Das 11 às 13 h hora do Cavalo dependendo da região brasileira) para Da 01 às 03 h hora do Búfalo Das 13 às 15 h hora da Cabra convertê-la em hora "chinesa". Das 03 às 05 h hora do Tigre Das 15 às 17 h hora do Macaco Não esqueça de verificar as tabelas-horá­ Das 05 às 07 h hora da Lebre Das 17 às 19 h hora do Galo rios dos locais de nascimento, para saber Das 07 às 09 h hora do Dragão Das 19 às 21 h hora do Cão as variações dos fusos horários, tendo que Das 09 às 11 h hora da Serpente Das 21 às 23 h hora do Javali acrescentar ou subtrair horas para obter

do Zodíaco chinês

Os anos

Elementos

De 20 de fevereiro de 1920 a 7 de fevereiro de 1921 Macaco

Metal

De 8 de fevereiro de 1921 a 27 de janeiro de 1922

Galo

Metal

De 28 de janeiro de 1922 a 15 de fevereiro de 1923

Cão

Água

De 16 de fevereiro de 1923 a 4 de fevereiro de 1924

Javali

Polaridades

Anos

Yin

Signos

De 28 de janeiro de 1960 a 14 de fevereiro de 1961

Rato

De 15 de fevereiro de 1961 a 4 de fevereiro de 1962

Búfalo

De 5 de fevereiro de 1962 a 24 de janeiro de 1963

Tigre

Elementos Polaridades

Metal j

Yang Yin

Água

Yin

De 25 de janeiro de 1963 a 12 de fevereiro de 1964

Lebre

Água

Madeira

Yang

De 13 de fevereiro de 1964 a 1 de fevereiro de 1965

Dragão

Madeira

De 25 de janeiro de 1925 a 12 de fevereiro de 1926

Madeira

Yin

De 2 de fevereiro de 1965 a 20 de janeiro de 1966

Serpente

Madeira

De 13 de fevereiro de 1926 a1de fevereiro de 1927

Tigre

Fogo

Yang

De 21 de janeiro de 1966 a 8 de fevereiro de 1967

Cavalo

De 2 de fevereiro de 1927 a 22 de janeiro de 1928

lebre

Fogo

Yin

De 9 de fevereiro de 1967 a 29 de janeiro de 1968

Cabra

;

Yin

Água

De 5 de fevereiro de 1924 a 24 de janeiro de 1925 Rato Búfalo

Yang

Metal

Yang Yin

Fogo

Yang

Fogo

Yin

De 23 de janeiro de 1928 a 9 de fevereiro de 1929

Dragão

Terra

Yang

De 30 de fevereiro de 1968 a 16 de fevereiro de 1969

Macaco

Terra

Yang

De 10 de fevereiro de 1929 a 29 de janeiro de 1930

Serpente

Terra

Yin

De 17 de fevereiro de 1969 a 5 de fevereiro de 1970

Galo

Terra

Yin

De 30 de janeiro de 1930 a 16 de fevereiro de 1931

Cavalo

Metal

Yang

De 6 de fevereiro de 1970 a 26 de janeiro de 1971

Cão

Metal

Yang

De 17 de fevereiro de 1931 a 5 de fevereiro de 1932

Cabra

Metal

Yin

De 27 de janeiro de 1971 a 14 de fevereiro de 1972

Javali

Metal

Yin

De 6 de fevereiro de 1932 a 25 de janeiro de 1933 De 26 de janeiro de 1933 a 13 de fevereiro de 1934

;

Macaco

Água

Yang

De 15 de fevereiro de 1972 a 2 de fevereiro de 1973

Rato

Água

Yang

Galo

Água

Yin

De 3 de fevereiro de 1973 a 22 de janeiro de 1974

Búfalo

Água

Yin

Cão

Madeira

Yang

De 23 de janeiro de 1974 a 10 defevereirode 1975

Tigre

Madeira

De 4 defevereirode 1935 a 23 de janeiro de 1936 Javali

Madeira

Yin

De 11 de fevereiro de 1975 a 30 de janeiro de 1976

Lebre

Madeira

De 14 de fevereiro de 1934 a 3 de fevereiro de 1135

Yang ,

Yin

De 24 de janeiro de 1936 a 10 de fevereiro de 1937

Rato

Fogo

Yang

De 31 de janeiro de 1976 a 17 de fevereiro de 1977

Dragão

Fogo

Yang

De 11 de fevereiro de 1937 a 30 de janeiro de 1938

Búfalo

Fogo

Yin

De 18 de fevereiro de 1977 a 6 de fevereiro de 1978

Serpente

Fogo

Yin

De 31 de janeiro de 1938 a 18 de fevereiro de 1939

Tigre

Terra

Yang

De 7 de fevereiro de 1978 a 27 de janeiro de 1979

Cavalo

Terra

Yang

De 19 de fevereiro de 1939 a 7 de fevereiro de 1940

Lebre

Terra

Yin

De 28 de janeiro de 1979 a 15 de fevereiro de 1980

Cabra

Terra

Yin

' Dragão

Metal

Yang

De 16 de fevereiro de 1980 a 4 de fevereiro de 1981

Macaco

Metal

Yang

Metal

Yin

De 5 de fevereiro de 1981 a 24 de janeiro de 1982

Galo

Metal

Yin Yang

De 8 de fevereiro de 1940 a 26 de janeiro de 1941 27 de janeiro de 1941 a 14 de fevereiro de 1942

Serpente

De 15 de fevereiro de 1942 a 4 de fevereiro de 1943

Cavalo

De 5 de fevereiro de 1943 a 24 de janeiro de 1944

Cabra

;

De 25 de janeiro de 1944 a 12 de fevereiro de 1945 , Macaco

Água

Yang

De 25 de janeiro de 1982 a 12 de fevereiro de 1983

Cão

Água

Água

Yin

De 13 de fevereiro de 1983 a 1 de fevereiro de 1984

Javali

Água

Yin

De 2 de fevereiro de 1984 a 19 de fevereiro de 1985 ',

Rato

Madeira

Yang Yin

Madeira

Yang

De 20 de fevereiro de 1985 a 8 de fevereiro de 1986

Búfalo

Madeira

De 2 de fevereiro de 1946 a 21 de janeiro de 1947

Cão

Fogo

Yang

De 9 de fevereiro de 1986 a 28 de janeiro de 1987

Tigre

Fogo

Yang

De 22 de janeiro de 1947 a 9 de fevereiro de 1948

Javali

Fogo

Yin

De 29 de janeiro de 1987 a 16 de fevereiro de 1988

Lebre

Fogo

Yin

De 10 de fevereiro de 1948 a 28 de janeiro de 1949

Rato

Terra

Yang

De 17 de fevereiro de 1988 a 5 de fevereiro de 1989

Dragão

Terra

De 29 de janeiro de 1949 a 16 de fevereiro de 1950

Búfalo

Terra

Yin

De 6 de fevereiro de 1989 a 26 de janeiro de 1990

Serpente

Terra

Yin

De 17 de fevereiro de 1950 a 5 de fevereiro de 1951

Tigre

Metal

Yang

De 27 de janeiro de 1990 a 14 de fevereiro de 1991

Cavalo

Metal

Yang

De 6 de fevereiro de 1951 a 26 de janeiro de 1952

Lebre

Metal

Yin

De 15 de fevereiro de 1991 a 3 de fevereiro de 1992

Cabra

Metal

Yin

De 27dejaneirode1952a13 de fevereiro de 1953

Dragão

Água

Yang

De 4 de fevereiro de 1992 a 22 de janeiro de 1993

Macaco

Água

Yang

De 14 de fevereiro de 1953 a 2 de fevereiro de 1954

Serpente

Água

Yin

De 23 de janeiro de 1993 a 9 de fevereiro de 1994

Galo

Água

Yin

De 3 defevereirode 1954 a 23 de janeiro de 1955

Cavalo

De 10 de fevereiro de 1994 a 30 de janeiro de 1995

Cão

Madeira

Yang

De 31 de janeiro de 1995 a 18 de fevereiro de

Javali

Madeira

Yin

De13defevereirode1945 a1de fevereiro de 1946

Galo

De24dejaneirode 1955 a 11 de fevereiro de 1956 De 12 de fevereiro de 1956 a 30 de janeiro de 1957

Madeira

Madeira Cabra

Macaco

De 31 de janeiro de 1957 a 17 de fevereiro de 1958 ■ Galo De18defevereirode 1958 a 7 de fevereiro de 1959 DE 8defevereiro de 1959 a 27 de janeiro de 1960

Cão Javali

Yin

Yang Madeira

Yin

1996

Fogo

Yang

De 19 de fevereiro de 1996 a 6 de fevereiro de 1997

Fogo

Yin

De 7 de fevereiro de 1997 a 27 de janeiro de 1998

Terra Terra

Yang Yin

Yang

Rato

Fogo

Yang

Búfalo

Fogo

Yin

De 28 de janeiro de 1998 a 15 de fevereiro de 1999

Tigre

Terra

Yang

De 16 de fevereiro de 1999 a 4 de fevereiro de 2000

Lebre

Terra

Yin

Cálculo e método de interpretação do signo chinês

O signo, o elemento do dia e as previsões P

ara realizar um estudo mais pro­ fundo do mapa astral chinês, será de grande utilidade conhecer o signo e o elemento do dia. Comparando-os com o signo e o ele­ mento anual, descobrimos importantes indicações sobre a personalidade do na­ tivo em questão. 0 SIGNO E 0 ELEMENTO DO DIA Para conhecer o signo e o elemento do dia, basta realizar alguns cálculos muito simples e utilizar as 3 tabelas que você vai encontrar no verso desta página: • os números diários • os ciclos diários para cada ano • os signos e elementos diários. O Identifique, na tabela dos números diários, o número que corresponde ao dia de nascimento que lhe interessa e anote-o. O Identifique, na tabela dos ciclos diários para cada ano, o número re­ lativo ao ano de nascimento da pessoa sobre a qual você está fazendo o mapa

astral chinês. Anote este número abaixo do que escreveu anteriormente.

O Se o total se encontrar entre 1 e 60, procure o signo, o elemento e a pola­ ridade que lhe correspondem na tabela dos signos e elementos diários. Mas, se o resultado for superior a 60, subtraia 60 deste número de maneira que o total se encontre entre 1 e 60. A seguir, você poderá consultar a tabela dos signos e elementos diários.

13, que aparece justamente ao lado. Some este número ao anotado previa­ mente: 44 + 13 = 57. Este número é inferior a 60; pode consultar direta­ mente a tabela dos signos e elementos diários. Você vai descobrir, assim, que o número 57 remete ao signo do Macaco, para o elemento Metal e para a polaridade Yang. A partir daqui, saberá que o signo e o elemento do dia da pessoa do nosso exemplo são: Macaco-Metal Yang. Desta forma, você pode comparar as infor­ mações contidas nesta nova combinação com seu signo e elemento anuais.

Exemplo de uma pessoa nascida a 13 de Agosto de 1953, no Rio de Janeiro, às 13 horas: Sabemos que a pessoa pertence ao signo chinês Serpente-Água Yin e que seu as­ cendente se situa no signo de Rato. Na tabela dos números diários, você vai observar que 13 de Agosto corres­ ponde ao número 44. Anote este nú­ mero. Na tabela dos ciclos diários para cada ano, você vai constatar que o ano de 1953 corresponde ao número

AS PREVISÕES Finalmente, para completar sua inter­ pretação e conhecer o clima psicoló­ gico, moral, afetivo, material e cir­ cunstancial em que a pessoa — cujo mapa astral chinês acabou de estabe­ lecer e estudar — está imersa atual­ mente e durante os próximos meses, você terá que realizar algumas pre­ visões através da análise comparativa do seu signo anual e do signo chinês do ano em curso ou seguinte.

© Agora você deve proceder à soma de ambos os números

Como funciona o Zodíaco chinês? Os cálculos que permitem definir os números e os ciclos diários baseiam-se em um princípio sexagesimal, isto é, com base em 60. De fato, no Zodíaco chinês, tudo acontece como se duas rodas, girando sobre o mesmo eixo, estivessem sobrepostas. A primeira, graduada de 1 a 12, corresponde aos signos do Zodíaco chinês. A segunda, que não gira no mesmo ritmo, está graduada de 1 a 5 e representa os agentes ou elementos. A partir daí, têm lugar 60 períodos ou ciclos antes das duas rodas se cruzarem novamente em seu ponto de partida. O percurso corresponde aos 60

anos do ciclo zodiacal chinês. Este último começa sempre com o Rato e acaba sistematicamente com o Javali, oferecendo nada menos que 60 possibilidades de combinações entre os 12 signos do Zodíaco chinês e os 5 elementos ou agentes.

Os números diários

Os ciclos diários para cada ano

Os signos e elementos diários Signos Rato Búfalo Tigre Lebre Dragão Serpente Cavalo Cabra Macaco Galo Cão Javali Rato Búfalo Tigre Lebre Dragão Serpente Cavalo Cabra Macaco Galo Cão Javali Rato Búfalo Tigre Lebre Dragão Serpente

Elementos Madeira Madeira Fogo Fogo Terra Terra Metal Metal Água Água Madeira Madeira Fogo Fogo Terra Terra Metal Metal Água Água Madeira Madeira Fogo Fogo Terra Terra Metal Metal Água Água

Polaridade Yang Yin Yang Yin Yang Yin Yang Yin Yang Yin Yang Yin Yang Yin Yang Yin Yang Yin Yang Yin Yang Yin Yang Yin Yang Yin Yang Yin Yang Yin

Signos Cavalo Cabra Macaco Galo Cão Javali Rato Búfalo Tigre Lebre Dragão Serpente Cavalo Cabra Macaco Galo Cão Javali Rato Búfalo Tigre Lebre Dragão Serpente Cavalo Cabra Macaco Galo Cão Javali

Elementos Polaridade Madeira Yang Madeira Yin Fogo Yang Fogo Yin Terra Yang Terra Yin Metal Yang Metal Yin Água Yang Água Yin Madeira Yang Madeira Yin Fogo Yang Fogo Yin Terra Yang Terra Yin Metal Yang Metal Yin Água Yang Água Yin Madeira Yang Madeira Yin Fogo Yang Fogo Yin Terra Yang Terra Yin Metal Yang Metal Yin Água Yang Água Yin

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