APOSTILA_Cerimonial

July 8, 2019 | Author: Lacerdino Oliveira Faria | Category: Governo, Ciência (Geral), Ciência
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Cerimonial

Secretaria de Estado de Administração

GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL FUNDAÇÃO ESCOLA DE GOVERNO DE MATO GROSSO DO SUL ESCOLAGOV - MS

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS COMPETÊNCIAS ADMINISTRATIVAS ADMINISTRATIVAS E OPERACIONAIS OPERACIONAIS

ORGANIZAÇÕES DE EVENTOS: CERIMONIAL E PROTOCOLO

CAMPO GRANDE-MS 2011  ________________________________  ________________________________________________ _________________________________ ________________________________ ________________________________ ___________________________ __________ Rua Pedro Celestino, 437 • Centro • Campo Grande / MS • Fone: (67) 3321-6100 • CEP: 79.004-560

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SECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO FUNDAÇÃO ESCOLA DE GOVERNO DE MATO GROSSO DO SUL

Rua Pedro Celestino, 437 - Centro 79.004-560 – Campo Grande – MS Telefone: (67) 3321-6100

ANDRÉ PUCCINELLI

Governador do Estado de Mato Grosso do Sul

THIE HIGUCHI VIEGAS DOS SANTOS Secretária de Estado de Administração

ÉDIO DE SOUZA VIÉGAS

Diretor-Presidente da Fundação Escola de Governo de Mato Grosso do Sul

JACKELINE MARIA FERNANDES

Gerente de Qualificação e Formação de Recursos Humanos da Fundação Escola de Governo de Mato Grosso do Sul

ELABORAÇÃO DESTA COLETÂNEA Profª. Msc. Ursula Sydow

Permitida a reprodução total ou parcial desde que não se destine para fins comerciais e que seja citada a fonte

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1. ORIENTAÇÕES PARA OS(AS) PARTICIPANTES Prezado(a) participante, É com muita satisfação que recebemos você na Fundação Escola de  Governo de Mato Grosso do Sul  – ESCOLAGOV. A seguir apresentamos algumas informações básicas de como proceder em algumas situações do seu dia-a-dia. O período em que você estiver conosco será marcado pela troca de experiências e aprendizagens. Assim como você, outras pessoas estarão freqüentando os cursos oferecidos nesta Instituição. Nossa equipe estará a sua disposição para quaisquer outros esclarecimentos quanto ao funcionamento da ESCOLAGOV . Seja bem-vindo! Estamos torcendo pelo seu sucesso. 1.1. Quem pode fazer os cursos da ESCOLAGOV? Os cursos do catálogo ESCOLAGOV, são destinados prioritariamente aos (as) servidores(as) públicos(as) estaduais, podendo, no entanto, caso a atividade esteja prevista em algum programa de parceria, ter parte de suas vagas destinadas a servidores municipais, federais ou a indicações da sociedade civil. 1.2. Qual é o custo dos cursos do Catálogo ESCOLAGOV para os(as) servidores(as)? Os cursos geralmente são gratuitos, tanto para servidores (as) efetivos (as) e comissionados (as), podendo, no entanto, ocorrer algum tipo de cobrança caso se verifique a necessidade de complementação de seus custos devido à insuficiência orçamentária. 1.3. Qual é a carga horária dos cursos? A carga horária dos cursos será de acordo com a área (turmas abertas) e a demanda das instituições (turmas fechadas). Os(As) instrutores(as) convocados(as) serão comunicados(as) com antecedência para adequar a carga horária de acordo com a demanda. 1.4. Onde encontrar informações sobre a programação de cursos? No site www.escolagov.ms.gov.br, acessando o link “cursos”, o interessado encontrará o catálogo de cursos com as datas, horários e carga horária. 1.5. Como fazer as inscrições? Para se inscrever o (a) interessado (a) deve procurar o(a) Coordenador/Gestor de Recursos Humanos do seu órgão e preencher a ficha de inscrição.  ___________________________________________________________________________________________________________ Rua Pedro Celestino, 437 • Centro • Campo Grande / MS • Fone: (67) 3321-6100 • CEP: 79.004-560

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Somente serão aceitas as fichas enviadas pelos(as) Coordenadores/Gestores de Recursos Humanos. A inscrição não garante a participação no curso. O(A) interessado(a) deverá aguardar a confirmação da matrícula por e-mail. 1.6. Quais são as regras para a participação nos cursos? Para a participação nos cursos devem ser observadas as seguintes regras: 















A freqüência mínima exigida para certificação é de 75% da carga horária total dos cursos. Somente as disciplinas transversais podem ser justificadas e o servidor(a) será orientado para fazer a disciplina em outro curso. O cumprimento da carga horária destinada aos temas transversais é obrigatório para a certificação. Quando o(a) servidor(a) já tiver participado de alguma disciplina transversal, deverá comunicar a coordenação do curso, por escrito, quando e em qual curso foi cumprida a carga horária. Em caso de desistência do curso o(a) servidor(a) deverá imprimir o Formulário de Justificativa da Desistência, encontrado no site www.escolagov.ms.gov.br, preenchê-lo, solicitar a assinatura pela chefia imediata e entregar na Fundação Escola de Governo. Sem esse procedimento o(a) servidor(a) perderá, por um prazo de 02 (dois) anos, a oportunidade de matricular-se em outro curso oferecido na ESCOLAGOV. Em caso de desistência em até 03 (três dias) antes do início do curso, o(a) servidor(a) NÃO precisa apresentar uma justificativa formal, MAS deverá entrar em contato com a coordenação do curso para informar a desistência. Caso ele(a) não faça a comunicação, incidirá as penalidades de desistente sem  justificativa. O certificado será expedido em até 30 dias após a conclusão do curso e o(a) servidor(a) deverá retirá-lo na ESCOLAGOV. A avaliação da aprendizagem será processual e definida pelo(a) instrutor(a) no plano de curso. Em alguns cursos o aproveitamento dos(as) participantes será avaliado mediante uma média final. Os dirigentes dos órgãos públicos serão informados a respeito do aproveitamento que seus respectivos servidores obtiverem nos cursos.

1.7. Como obter o material didático (apostilas, livros, textos) usados nos cursos? As apostilas e textos ficam disponibilizados no site www.escolagov.ms.gov.br, acessando o link “cursos” para os(as) servidores(as) matriculados(as) nos cursos.

Os(As) mesmos(as) deverão imprimir o seu material e encaderná-los quando for o caso.

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SUMÁRIO INTRODUÇÃO....................................................................................................... 1. FUNDAMENTOS SOBRE CERIMONAL E PROTOCOLO............................... 1.1. Normas de Protocolo............................................................................ 1.2. Função do Cerimonial nos Eventos...................................................... 1.3. O Perfil do Profissional de Eventos..................................................... 1.4. Etiqueta Social para Eventos................................................................ 2.NORMAS DO CERIMONIAL PÚBLICO (DECRETO LEI Nº 70.274/72)............ 3. A BANDEIRA NACIONAL................................................................................. 3.1. Significado das Estrelas....................................................................... 3.2. Outras Características.......................................................................... 4. O HINO NACIONAL.......................................................................................... 5. ORDEM DE PRECEDÊNCIA............................................................................. 6. FORMAS DE TRATAMENTO............................................................................ 6.1. Outras Formas de Tratamento............................................................. 7. CLASSIFICAÇÃO E TIPOLOGIA DE EVENTOS.................,........................... 7.1. Por Categoria:....................................................................................... 7.2. Por Área de Interesse:.......................................................................... 7.3. Por Localização.................................................................................... 7.4. Por Características Estruturais / Porte................................................. 7.5. Por Data de Realização........................................................................ 7.6. Por Perfil de Participantes.................................................................... 7.7. Por Tipos.............................................................................................. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................

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INTRODUÇÃO Descobrir a capacidade de interação social e cultural que os eventos produzem nos leva a descobrir o seu imenso potencial, que se traduzem em desenvolvimento econômico para diversas localidades. Os eventos bem planejados e organizados podem tocar profundamente o seu humano. Quem não se emociona com uma homenagem em uma cerimônia de formatura? Quem não se emociona em um casamento? Quantas informações um congresso pode trazer a um profissional. Os eventos, sejam quais forem, criam marcas e deixam recordações. Práticas diretamente relativas ao campo profissional do Relações Públicas, o Cerimonial e Protocolo regem as relações e a civilidade entre as autoridades constituídas nos âmbitos jurídico, militar, eclesiástico, diplomático, universitário, privado e em todas as instâncias do Poder Público. No Brasil, são basicamente condutas norteadas por leis municipais, estaduais e federais que resguardam características culturais sob normas internacionais; sem esquecer, contudo, que enquanto linguagem são passíveis de transformação e atualização. Entre as normas, vale conhecer o Decreto 70274, de 09 de março de 1972, que aprova as normas do cerimonial público e a ordem geral de precedência. Ainda assim, estão sendo utilizados e consagrados mecanismos de diferenciação que levam em conta sexo, idade, interesse, ordem alfabética ou cultura. Organizar eventos exige atenção permanente aos detalhes. Este apostila é um guia voltado a quem, por responsabilidade profissional ou vocação pessoal, se vê diante dessa tarefa sempre trabalhosa, mas extremamente compensadora quando tudo transcorre conforme esperado. Descreve regras básicas do Cerimonial e Protocolo, como a hierarquia dos convidados em função do cargo que ocupam, e explica os diversos tipos de eventos, os trajes indicados para cada ocasião, as formas de tratamento adequadas, entre outros. São informações extremamente úteis para a organização de palestras, congressos, recepção a visitantes estrangeiros e também de cerimônias festivas, como formaturas ou casamentos.

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1. Fundamentos Sobre Cerimonial e Protocolo Como vivemos em sociedade, temos que seguir algumas regras e normas que possibilitam uma melhor convivência entre todos, nos explica Nakane (2000). Caso deixemos de seguir estas normas estabelecidas, teremos um verdadeiro caos instaurado. O Cerimonial e Protocolo segundo o maior entendido no assunto, nada mais é do que uma linguagem que define o espaço de cada um, em determinado acontecimento. Muitos confundem etiqueta, cortesia, boas maneira com Cerimonial. Na verdade, o Cerimonial utiliza bastante estes conceitos, com o intuito de harmonizar as relações humanas. Nada pode ser inventado em Cerimonial e para que o Cerimonial transcorra dentro do estabelecido, existe literatura específica e normas oficiais para serem aplicadas, quando necessário. Enfim, o Cerimonial, o Protocolo e a Etiqueta são de fundamental importância para quem pretende trabalhar em eventos, pois codificam as regras que disciplinam, sob o aspecto social de determinados atos públicos, civis ou militares, que em âmbito nacional ou internacional. Para facilitar o entendimento, seguem algumas definições consagradas: Cerimonial: rigorosa observância de certas formalidades em eventos oficiais, entre autoridades nacionais e estrangeiras; conjunto de formalidades de atos solenes e festas públicas; Protocolo: é a ordem hierárquica que determina normas de conduta dos governos e seus representantes em ocasiões oficiais ou particulares. Para FREITAS (1999), a função do cerimonial é de extrema relevância, tornando-se uma obra obrigatória para fundamentação teórica deste assunto. O Cerimonial está em constante modificação e adaptação, orientado pela própria evolução da humanidade. Podemos perceber que muitas normas seguidas há alguns anos atrás, hoje já não o são mais. Elas se modificaram e se adaptaram à evolução. Conforme o tipo de evento e seu porte, uma assessoria de Cerimonial deverá ser contratada para elaborar todo o roteiro e planejamento, pois hoje já existem pessoas altamente capacitadas para executarem tal função. Inclusive, para eventos como aniversário e casamentos, é contratado assessoria de Cerimonial. 



1.1. Normas de Protocolo É relevante a função do cerimonial que segue as regras rígidas de protocolo quando o evento assim o obrigar. O bom desempenho no emprego da etiqueta, do protocolo e do cerimonial exige educação, discrição e bom gosto. Em outro plano espiritual se pode afirmar que também exige generosidade, humildade e real interesse pelas pessoas. Deste panorama se excluem o exibicionismo em lugar inadequado e a ostentação que agride a sociedade. As normas de protocolo nunca devem ser incompatíveis com o bom humor e a simpatia. Um excesso de rigidez na aplicação das normas de protocolo pode desencadear uma rigidez incômoda e desagradável para todos os que participam do evento.  ___________________________________________________________________________________________________________ Rua Pedro Celestino, 437 • Centro • Campo Grande / MS • Fone: (67) 3321-6100 • CEP: 79.004-560

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1.2. Função do Cerimonial nos Eventos O cerimonial possui uma função reguladora, de métodos (palavra que significa caminho) com o objetivo de facilitar o convívio entre as pessoas em determinadas ocasiões e criar uma atmosfera agradável para os participantes . Além da função dirigida a grupos distintos, o cerimonial tem função comunitária, que pode e deve atenuar conflitos de poder e vaidade da sociedade, e muito especialmente em matéria de precedência no campo das formalidades oficiais. Caracteriza-se como função pedagógica, educadora e civilizadora, pois se pauta em procedimentos fundamentados no bom senso, na temperança, na gentileza, na humildade, estimulando a simplicidade que poderia ser considerada como a mais alta sofisticação. Importante lembrar o que FREITAS (2001, p. 34) diz: No planejamento dos eventos, a imparcialidade em relação à procedência e à seqüência das cerimônias contribui para que esses atos sejam respeitados e acatados com credibilidade em qualquer cultura. Lapsos no Cerimonial podem ter conseqüências econômicas significativas. O Cerimonial valoriza as ações e gestos, cria sensibilidade, implica em honra, nobreza, dignidade e perfeição à celebração de cada ato. Evolui para a elevação social, para o desenvolvimento do indivíduo, do respeito ao próximo e assume o sentido natural da própria evolução humana. Nas tribos primitivas o homem começou a diferenciar-se dos animais. Guardou seus alimentos, comeu mais vezes, cobriu sua nudez, começou a dar precedência a mulheres, velhos e crianças. O Brasil herdou costumes dos portugueses, franceses e ingleses que refletiram sobre as regras de cerimonial vigente no país. Hoje em dia, instituições públicas, privadas, nacionais e estrangeiras não sobrevivem sem um componente profissional de cerimonial. O profissional cerimonialista moderno não é um simples organizador e executor de cerimonial. Ele deverá estar sempre envolvido com os resultados do evento que conduz e esses eventos deverão ser submetidos a critérios de eficácia. Deverão ser simples e de impacto, obedecendo a princípios de funcionalidade e beleza.

1.3. O Perfil do Profissional de Eventos Não é qualquer pessoa que possui característica específica para ser recepcionista e trabalhar em um evento. São muitas as qualidades que este profissional deverá ter para desenvolver o trabalho. Além do conhecimento teórico sobre a profissão, deverá ter: * Cultura geral e estar informado sobre os acontecimentos em seu município, Estado, país e mundo. Muitas vezes pelo simples fato de ler uma pequena nota no  jornal ou revista, o recepcionista poderá dar uma informação mais precisa à pessoa que está participando do evento; * Deve ter permanente curiosidade intelectual e ter noção do tema do evento que está sendo realizado, pois com isto, poderá orientar melhor o seu trabalho; * Além da prática de trabalhar em eventos, deverá ter o embasamento teórico para tal, pois a teoria aliada à prática continua sendo a união perfeita para o aprendizado em qualquer área; * Ter boa expressão oral e se comunicar de forma clara, para isso é importante que tenha noções de oratória;  ___________________________________________________________________________________________________________ Rua Pedro Celestino, 437 • Centro • Campo Grande / MS • Fone: (67) 3321-6100 • CEP: 79.004-560

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* Deve possuir a capacidade administrativa e saber planejar, pois deve assegurar que todos os esforços serão direcionados para o sucesso do evento; * Terá que dominar técnicas de redação, assim como conhecer outras línguas é muito importante, afinal o evento poder ser internacional; * Gostar de pessoas e de trabalhar em equipe, pois em eventos trabalha-se “com pessoas, para pessoas”;

* Dominar regras de comportamento social; * Deve ser prestativo, mas não servil; * Deve ter capacidade de liderança; * Saber ouvir, pois muitas vezes é dada maior atenção ao falar, esquecendose da importância de saber ouvir. Não é à toa que temos apenas uma única boca e dois ouvidos; * Deve ser persuasivo, saber vender uma idéia, saber convencer as pessoas com argumentos tangíveis. Percebe-se que são muitas as habilidades, aptidões e características que o profissional deve apresentar quando se decidir trabalhar nesta atividade.

1.4. Etiqueta Social para Eventos O organizador do evento e sua equipe são as peças chave para que o evento tenha realmente o sucesso esperado e os principais responsáveis pela imagem da empresa em que trabalham. Como cartão de visita, a equipe deverá ter uma apresentação pessoal impecável e que, ao mesmo tempo, se reflita nas roupas de cores discretas. A equipe feminina deve evitar exageros como brilhos, muitas  jóias ou bijuterias, saltos muito altos e maquiagem muito forte. Além dos trajes, deve-se ter cuidado com a aparência pessoal que é muito importante. Cabelos, unhas e barba deverão estar aparadas e limpas e as mulheres também deverão ter o cabelo preso e muito limpo. Evitar perfume forte! O excesso de trabalho e o cansaço não justificam qualquer tipo de desleixo. No que se refere à postura adotada, a equipe deverá atuar de maneira atenciosa, educada, prestativa e ser paciente com os participantes. O chefe da equipe deverá ser rigoroso com os contratados e funcionários de acordo com as características da empresa que representa. Apesar do trabalho árduo que estará executando, deverá manter durante todo o transcorrer do evento postura adequada ao seu papel. O modo de trajar é fundamental, não somente para boa imagem da empresa, como também para a própria imagem profissional. Se a opção, da vestimenta para a totalidade dos funcionários da empresa que irão trabalhar no evento tiver sido a de “vestirem a camiseta”, usando, portanto,

uniformes, com estilo esportivo, arrojado e moderno, a mesma regra deverá ser seguida por toda a equipe, inclusive o organizador. Se a opção tiver sido a de uma vestimenta formal (terno e gravata para os homens e tailleur  para as mulheres), a empresa deverá oferecer uma roupa confortável e de bom corte e que seja adequada ao evento. Ao vestir o uniforme de trabalho empresa no cumprimento de seus deveres e prestativo com seu chefe e superiores. Em nenhuma circunstância, ninguém deverá se apresentar carrancudo e mal-humorado por mais cansados que estejam. A discrição é um elemento importante no comportamento de toda a equipe.

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2. Normas do Cerimonial Público (Decreto Lei nº 70.274/72) No Brasil, o protocolo está regulamentado pelo Decreto nº. 70.274, de 09/03/72, com alterações no Decreto nº. 83.186, de 19/02/79. O protocolo foi criado para ser utilizados nos eventos oficiais, procedidos de leis, decretos, normas e regras para que sejam sempre observadas. A partir daí, essas normas passaram a ser utilizadas nas cerimônias empresariais, adaptando-se o cerimonial público. DECRETO Nº. 70.274, DE 9 DE MARÇO DE 1972. Aprova as normas do cerimonial público e a ordem geral de  precedência. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 81, item III, da Constituição, decreta: Art. 1º São aprovadas as normas do cerimonial público e a ordem geral de precedência, anexas ao presente Decreto, que se deverão observar nas solenidades oficiais realizadas na Capital da República, nos Estados, nos Territórios Federais e nas Missões diplomáticas do Brasil. Art. 2º Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Brasília, 9 de março de 1972; 151º da Independência e 84º da República. Para leitura e um melhor conhecimento sobre o decreto, ele se encontra na íntegra disponível em: http://www.mre.gov.br/portugueses/ministério/legislaç/ao/cerimonial/dec70274. htm. Sugere-se que cada aluno tenha em mão uma cópia para eventual necessidade. .

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3. A Bandeira Nacional

3.1. Significado das Estrelas No círculo azul, cada uma das estrelas representa um dos Estados que formam o Brasil. As constelações que figuram na bandeira nacional correspondem ao aspecto do céu, na cidade do Rio de Janeiro, às 8 horas e 30 minutos do dia 15 de novembro de 1889 (doze horas siderais) e devem ser consideradas como vistas por um observador situado fora da esfera celeste. A estrela Spica situada acima da faixa branca representa o estado do Pará, que em 1889 era o Estado com maior território acima da linha do equador (Amapá e Roraima eram territórios federais até 1988). O Distrito Federal, ao contrário do que muitos acreditam, não é representado por essa estrela, mas sim pela estrela sigma do Octante, também chamada de Polaris Australis  ou Estrela Polar do Sul , por situar-se no Pólo Sul celestial (em contrapartida a Polaris, situada no Pólo Norte celestial). Apesar de ser pouco brilhante e estar próxima ao limite de visualização a olho nu, essa estrela tem uma posição única no céu do hemisfério sul, pois é em torno dela que todas as estrelas visíveis giram. Além disso, Polaris Australis sempre está acima da linha do horizonte e pode ser vista em qualquer dia e em qualquer horário de quase todos os lugares abaixo da linha do Equador Pode e deve ser usada em manifestações de patriotismo, tanto em caráter oficial como particular. Poderá ser apresentada em mastro ou adriças nos prédios públicos ou privados, igreja, ginásios de esporte, colégios, auditórios, embarcações, praças ou em outros lugares de respeito. Pode ser conduzido por aeronaves, balões ou aplicada sobre paredes. Pode ser conduzida em formaturas ou em desfiles cívicos ou sobre o caixão até o momento do sepultamento. A Bandeira Nacional deve ser impecável, bem passada e conservada. Caso seu estado seja ruim, deve ser entregue em qualquer unidade das Forças Armadas ou PM do Estado ou município, para que seja incinerada no dia da Bandeira (19 de novembro). Ela deve ser hasteada as 8h da manhã e arriada as 18h caso o local não seja bem iluminado. Ela é hasteada a meio mastro em caso de luto. * Quando a Bandeira Nacional estiver junto à Bandeira de um Estado, ela será posicionada à direita e a do Estado à esquerda. * Quando a Bandeira Nacional estiver junto com as Bandeiras do Estado e do Município, ela será posicionada no centro, com a do Estado à direita e a do Município à esquerda.

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* Quando a Bandeira Nacional estiver acompanhada por Bandeiras de outros países, ela deverá ser posicionada ao centro seguida da ordem alfabética dos países, orientada pelo português.

3.2 Outras Características Uma particularidade da bandeira do Brasil é que as duas faces devem ser exatamente iguais, com a faixa branca inclinada da esquerda para a direita (do observador que olha a faixa de frente), sendo vedado fazer uma face como avêsso da outra. Isso se deve a posição rebatida das estrelas desenhadas no círculo azul, que retratam a imagem rebatida do Universo conforme seria visto por uma pessoa localizada além da última esfera armilar. Em outras palavras, a faixa branca acompanha o azimute de zero grau estelar do observador localizado na cidade do Rio de Janeiro. Ou seja, a faixa declina da esquerda para a direita por estar o observador posicionado no hemisfério sul, considerando-se a inclinação do planeta terra.

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4. O Hino Nacional A melodia do Hino Nacional é uma composição de Francisco Manoel da Silva e a letra de Joaquim Osório Duque Estrada. Pode ser apresentada ao início de qualquer cerimônia oficial, ficando o público em pé. Não é correto aplaudir o Hino Nacional, com excessão quando for tocada por uma orquestra sinfônica em concerto. Em solenidades de extrema demosntração de amor à pátria  – como em copetições esportivas  – custuma-se aplaudir a Hino Nacional. A posição correta de saudação ao Hino Nacional é de pé, postura ereta, em silêncio (caso não tenham sido convidados a cantar), com as mãos paralelas ao corpo, com a cabeça descoberta. Existe uma série de regras que devem ser seguidas no momento da execução do hino. Deve ser executado em continência à Bandeira Nacional, ao presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal e ao Congresso Nacional. É executado em determinadas situações, entre elas: cerimônias religiosas de cunho patriótico, sessões cívicas e eventos esportivos internacionais.

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5. Ordem de Precedência Entre as normas, encontram-se no o Decreto 70.274, de 09 de março de 1972, que aprova as normas do cerimonial público e a ordem geral de precedência, mas ainda assim, estão sendo utilizados e consagrados mecanismos de diferenciação que levam em conta sexo, idade, interesse, ordem alfabética ou cultura. A amplitude das regras é tamanha que chega à precedência de colocação de bandeiras dos Estados brasileiros numa cerimônia, de acordo com sua constituição histórica: 1) Bahia; 2) Rio de Janeiro; 3) Maranhão; 4) Pará; 5) Pernambuco; 6) São Paulo; 7) Minas Gerais; 8) Goiás; 9) Mato Grosso; 10) Rio Grande do Sul; 11) Ceará; 12) Paraíba; 13) Espírito Santo; 14) Piauí; 15) Rio Grande do Norte; 16) Santa Catarina; 17) Alagoas; 18) Sergipe; 19) Amazonas; 20) Paraná; 21) Acre; 22) Mato Grosso do Sul; 23) Rondônia; 24) Distrito Federal; 25) Amapá; 26) Roraima; 27) Tocantins.

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6. Formas de Tratamento

Muitas são as formas de tratamento utilizadas em um cerimônia e que deverão ser respeitadas rigorosamente de acordo com a função que a pessoa ocupa no momento. Na sequência, serão apresentadas algumas formas mais utilizadas em um Cerimonial. VOSSA EXCELÊNCIA - utilizado para: 1  – Integrantes do Poder Executivo: * Presidente da República * Vice-Presidente da República * Ministro de Estado * Secretário-Geral da Presidência da República * Consultor-Geral da República * Chefe de Estado-Maior das Forças Armadas * Chefe do Gabinete Militar da Presidência da República * Chefe do Gabinete Pessoal do Presiente da República * Secretário da Presidência da República * Procurador-geral da República * Governador e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal * Chefes de Estado-Maior das Três Forças Armadas * Oficiais-Generais das Forças Armadas * Embaixadores * Secretário Executivo e Secretário Nacional dos Ministérios * Secretário de Estado dos Governos Estaduais * Prefeitos Municipais 2 - Integrantes do poder Legislativo: * Presidente, Vice-Presidente e Membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal ( Deputados Federais e Senadores) * Presidente e Conselheiros do Tribunal de Contas da União * Presidente e Conselheiros do Tribunal de Contas Estaduais * Presidente e Mambros das Assembléias Legislativas Estaduais (Deputados Estaduais) * Presidente das Câmaras Municipais 3  – Integrantes do Poder Judiciário * Presidente e Membros do Supremo Tribunal Federal * Presidente e Membros do Superior Tribunal da Justiça * Presidente e Membros do Superior Tribunal Militar * Presidente e Membros do Tribunal Superior Eleitoral * Presidente e Membros do Tribunal Superior do Trabalho * Presidente e Membros dos Tribunais de Justiça Estaduais * Presidente e Membros dos Tribunais Regionais Estaduais * Presidente e Membros dos Tribunais Regionais Eleitorais * Presidente e Membros dos Tribunais regionais do Trabalho * Juizes e Desembargadores * Autoridades da Justiça Militar.  ___________________________________________________________________________________________________________ Rua Pedro Celestino, 437 • Centro • Campo Grande / MS • Fone: (67) 3321-6100 • CEP: 79.004-560

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VOSSA SENHORIA - utilizado para: Autoridades, funcionários públicos em cargos de chefia, personalidades que tenham alguma distinção, diretores de empresas, diretores de autarquias e entidades de classe, além de militares até a patente de coronel. SENHOR/SENHORA – utilizado para: Tratamento de pessoas a quem queremos distinguir com respeito e cordialidade. VOCÊ  – utilizado para: Tratamento informal, coloquial, usado com pessoas com que se têm um certo grau de intimidade.

6.1. Outras Formas de Tratamento a) Para Autoridades Eclesiásticas: * PAPA – Vossa Santidade (V.S.) * CARDEAIS – Vossa Eminência (v. Ema.) * ARCEBISPOS E BISPOS – Vossa Excelência Reverendíssima (V.Exa.Revma.) * MONSENHORES, CÔNEGOS E SUPERIORES RELIGIOSOS – Vossa Reverendíssima (V.Revma) * SACERDOTES E DEMAIS RELIGIOSOS – Vossa Reverência (V. Reva) b) Para Autoridade Universitária: * REITOR – Magnífico c) Para Autoridade do Poder Judiciário: * JUIZ DE DIREITO – Meritíssimo d) Para Pessoas da Nobreza: * REI E IMPERADOR – Vossa Magestade (V.M.) * PRÍNCiPE E DUQUE – Vossa Alteza (V.ª) OBS  – Não são mais usadas as formas de tratamento DIGNÍSSIMO (DD) e ILUSTRÍSSIMO (Ilmo), conforme decreto Lei sancionados em 1992. Sempre que soubermos o título acadêmico referente à profissão da pessoa em questão, devemos usá-lo precedendo seu nome. Ex.: Professor José Santos. Deve-se tomar cuidado no uso do título de DOUTOR, muito utilizado inadeuqadamente. Deverá ser utilizado somente para pessoas que tenham concluído o DOUTORADO.

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7. Classificação e Tipologia de Eventos Os eventos poderão se apresentar como institucionais e promocionais. Segundo CESCA, 1.997; NAKANE, 2.000 e BRITTO, 2.002, os tipos de eventos classificam-se da seguinte maneira :       

Por Categoria Por Área de Interesse Por Localização Por Características Estruturais Por Data de Realização Por Perfil de Participantes Por Tipos

7.1. Por Categoria:  

Institucional: Tem por finalidade criar ou manter a imagem da entidade, empresa, governo ou personalidade. Promocional ou Comercial: Tem por finalidade a promoção de um produto ou serviço de uma entidade, governo, empresa ou personalidade.

7.2. Por Área de Interesse:    

          

Artística: O evento está relacionado a qualquer tipo de arte (dança, música, poesia, pintura, literatura, entre outros). Científica: Quando o evento abrange temas científicos de áreas específicas, como por exemplo, química, medicina, biologia, entre outros. Cultural: Tem por meta ressaltar os aspectos da cultura. Folclórica: Quando retrata manifestações de culturas regionais de nossa nação ou das demais, abordando lendas, hábitos, tradições e costumes típicos. Educativa: Tem por objetivo final a educação. Informativa: Visa somente transmitir informações, sem pretensões educativas ou culturais. Cívica: Aborda temas ligados à Pátria. Política: Quando retrata tópicos ligados à política. Governamental: Aborda realizações do governo, em qualquer esfera (municipal, estadual ou federal). Empresarial: Aborda as realizações das organizações. Lazer: Visa proporcionar entretenimento. Social: Visa à confraternização. Desportiva: Quando promove qualquer atividade esportiva. Religiosa: De cunho religioso, independente de crédito. Turística : Visa à exploração dos recursos atrativos de um destino.

7.3. Por Localização   

Locais Distritais Municipais

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Regionais Estaduais Nacionais Internacionais

7.4. Por Características Estruturais / Porte Pequeno: Evento com número de até 200 participantes.  Médio: Evento com número de participantes estimado entre 200 e 500  Grande: Evento com mais de 500 participantes. Obs.: poderá haver ainda os denominados Mega Eventos, com número de participantes bastante elevados. 

7.5. Por Data de Realização  

Fixo: Eventos que se realizam, anualmente, no mesmo dia, com periodicidade determinada., de acordo com as comemorações cívicas, religiosas e outras. Móvel: Evento que sempre se realiza, porém com data variável (Olimpíadas, Copa do Mundo, carnaval).

7.6 Por Perfil de Participantes 





Geral: Evento organizado para uma clientela em aberto, limitada em função da capacidade do local de realização. São exemplos: Desfile das escolas de samba, Paixão de Cristo. Dirigido: Evento restrito a um público que possui afinidades com o tema. São exemplos: Salão do automóvel, onde agrupa comerciantes, produtores, colecionadores, usuários, etc. Específico: Evento realizado para um público claramente definido. São exemplos: Congressos em áreas específicas, como medicina, educação, etc.

7.7. Por Tipos 



Congressos: Possui duração de vários dias, podendo possuir inclusão de outros encontros dentro deste, como: mesas-redondas, conferências, workshops, simpósios, painéis, mostras, feiras, exposições, dentre outros, inclusive atividades sociais. O congresso constitui um evento de grande porte, podendo ter âmbito municipal, estadual, regional, nacional ou internacional. Tem por finalidade estudar temas de determinado ramo profissional. Os congressos podem dividir-se em: científicos (ligados às ciências naturais. Os temas podem ser oficiais, que permitem a participação plena de todos os congressistas, ou temas reservados aos congressistas para efetuarem apresentação de seus trabalhos) e técnicos (ligados às ciências exatas e sociais, visando basicamente sessões de comissões divididas, denominadas grupos de trabalho). Convenções: Exposição de assuntos por várias pessoas, com a presença de um coordenador, pode ter duração de vários dias, de âmbito interno ou externo. Pode ser promovida por entidade empresarial ou política, como: reunião de membros de um partido político para escolha de candidatos, reunião de vendedores, ou ainda todas as forças que trabalham em prol da empresa (fornecedores, profissionais, autônomos, demais filiais, etc.).

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Seminário: O assunto exposto é de conhecimento da platéia, geralmente divide-se em três fases (exposição, discussão-abertura para perguntas e respostas-e conclusão), portanto propõe a democratização do assunto, o qual é pesquisado pelos próprios participantes. Mesa Redonda: Os expositores (no máximo 10) ficam sob a coordenação de um moderador, com tempo limitado para a exposição e posterior debate entre os expositores e com participação da platéia na forma de perguntas via oral ou escrita. Os expositores geralmente sustentam posições divergentes. Simpósio: Possui tema geralmente científico, como forma de troca de informações. Sua característica principal é a participação de especialista de renome que geralmente focalizam os temas em diversos pontos de vista. Difere-se da Mesa Redonda por não permitir o debate entre os especialistas, apenas com o público ouvinte. O objetivo maior não é debater, mas realizar um intercâmbio de informações, divulgação de experiências, novas tecnologias, pesquisas, etc. Painel: Exposição com, no máximo 04 participantes na mesa, com um moderador. A exposição é feita de maneira informal, como uma “conversa”,













ou troca de idéias. Este tipo não permite a participação do público, o qual apenas assiste ao evento, não formulando perguntas. Fórum ou Foro: Caracteriza-se pela discussão e debate. É um tipo de reunião menos técnica, com o objetivo de estimular a participação de um público expressivo, com o intuito de formar opinião. A apresentação das reuniões é feita com a presença de um coordenador. A platéia participa com questionamentos. Ao final o coordenador da mesa colhe as opiniões e apresenta uma conclusão representando a opinião da maioria. Poderá ter duração de 01 ou mais dias ou ainda poderá ser realizado após a apresentação de uma palestra, filme ou representações teatrais. Conferência: Exposição de um assunto por apenas uma pessoa, denominada conferencista, que geralmente é pessoa reconhecidamente competente. Este evento é mais formal que uma palestra e exige a presença de um presidente de mesa, que fará a introdução do conferencista e coordenará os trabalhos. O público poderá encaminhar perguntas havendo tempo hábil. Recomenda-se o uso de perguntas escritas, para que as mesmas não evoluam para um debate aberto. Palestra: Não possui caráter tão formal quanto a Conferência, porém, contará com a presença de um coordenador, para melhor ordenamento das atividades. O tema é exposto a uma platéia relativamente pequena e que já possua algum conhecimento sobre o que será abordado. O palestrante não necessita ser um grande especialista, devendo, apenas, dominar o assunto. Após a apresentação deverá ser aberta para questionamentos do público. Jornada: Encontros de grupos profissionais, de âmbito regional, com finalidade de discutir periodicamente assuntos de interesse do grupo. Podem durar vários dias. Encontro: O encontro dá-se ao nível das idéias e pode ser a primeira fase para a montagem de um evento mais estruturado. O encontro compreende a reunião de profissionais de uma mesma categoria, com o propósito de debater e expor temas polêmicos que, posteriormente são apresentados por representantes dos grupos participantes. Assembléia: Sua característica principal é debater assuntos de grande interesse. Participam delegações representativas de grupos, estados, países,

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etc. Tem como peculiaridade a orientação das delegações para se posicionarem em lugares determinados. As atividades são realizadas através de uma ordem pré-estabelecida e as conclusões são submetidas à votação. “Apenas as delegações oficiais têm direito a votação, o que não impede

aceitar inscrições de observadores, interessados no assunto apenas como ouvintes.”  





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Plenária: Possui as mesmas características da Assembléia, sendo que somente um assunto será abordado. Feira: É a forma de expor mais freqüentemente organizada. É fixa e ampla, com a finalidade de venda imediata. Constitui-se em um evento aberto a um grande público. Utiliza-se a estrutura de stands. As Feiras podem dividir-se em: Setoriais (uma mesma categoria de produtos, como os automóveis) e Horizontais (são oferecidos diversos produtos e serviços de diversas indústrias). Exposição: Também é fixa, porém, visa apenas à divulgação de produtos e/ou serviços. Posteriormente poderá apresentar interesse de compra. Havendo vários participantes, a feira será apresentada sob forma de stands. Salão: É menor que a Feira e também é fixo. Possui objetivo apenas de divulgação, promoção de uma determinada marca ou idéia, criando uma imagem corporativa, com intuito de venda posteriormente. Mostra: A única forma de expor que pode ser visitada em vários locais, com a mesma forma e conteúdo. É pequena e visa somente à divulgação. Brainstorming: Tempestade de Idéias (traduzindo ao pé da letra). Simplesmente uma reunião que visa à comunicação de idéias, um estímulo que em princípio aproveita todas as idéias e depois as seleciona conforme suas aplicações. Realizado para obter soluções novas, portanto para a realização de um evento deste tipo faz necessária a existência de um problema. Roda de Negócios: Tem por objetivo formalizar negócios, parcerias empresariais ou negociação político-econômica. Todos têm oportunidade de se conhecer, também há uma instituição financeira determinada e poderá ficar à disposição para eventuais financiamentos. Teleconferência: Este é um evento o qual o participante não precisa estar necessariamente no local onde ocorre a situação. Sendo que a teleconferência é realizada através de uma linha de satélite alugada denominada DBS (Direct Brodcast Satellites) em um espaço físico prédeterminado com tradução simultânea. Showcasing: Vitrine Interativa, onde os produtos e serviços são expostos em vitrines fechadas e os visitantes não têm nenhum contato com os expositores. A comunicação ocorre através de linhas telefônicas instaladas. Leilão: Venda pública de objetos/produtos, por intermédio de lances individuais, partindo de um valor mínimo determinado. O participante que oferecer o maior lance será contemplado com o produto. Este evento necessita da presença de um leiloeiro oficial que conduzirá as atividades. Lançamento de Pedra Fundamental: Um evento que marca o início de uma construção, geralmente de grande porte. Coloca-se em uma urna algo que represente o momento vivido pela organização (fotos, objetos de referência da empresa, jornais da época, moedas, cópia da planta, etc.), registrando-se para as futuras gerações. Posteriormente, a urna será enterrada, e no local

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será fixada uma placa de identificação com o intuito de registrar o momento histórico. A pedra deverá ser construída no dia do evento. Inauguração: Apresentação ao público de interesse um determinado espaço físico que entrará em atividade. Há necessidade de descerramento de placa ou desenlace de fita inaugural. Poderá ser realizado por uma ou mais pessoas. Visitas Empresariais ou Programa de Visitas: Consiste em receber grupos de pessoas seguindo uma programação preparada, visando atender os interesses dos participantes. Demonstra todo o processo de trabalho da empresa e seu cotidiano. Noite de Autógrafos ou Lançamento de Livro: Apresentação do autor e de sua obra ao público de interesse. O autor se fará presente e irá redigir uma dedicatória a cada comprador do livro, que será vendido no local, geralmente com preço especial de lançamento. Hoje este evento já é realizado também numa manhã ou tarde, não necessariamente à noite. Vernissage: Abertura de exposição de artes plásticas, a primeira vez que um artista coloca à mostra uma obra. Pode ser individual ou coletivo, reunindo vários artistas. Desfile: Apresentação de produtos, geralmente relacionados ao vestuário (moda). Utilizam-se modelos ou manequins profissionais para demonstrar os produtos. Festival: Demonstra ao público, geralmente de interesse específico, uma gama de estilos ou participações variadas. Este evento pode estar ligado à gastronomia, música, artes, etc. Excursão: Evento que reúne um grupo de pessoas com a finalidade de viagem. Visando conhecer novos locais e culturas. Poderá ser feito em forma de pacotes. Torneio: Tem por objetivo a competição entre os participantes (com número limitado), ligado à área esportiva e com regras estabelecidas. Exemplos de torneio: Futebol, Volley, Xadrez, etc. Concurso: Também se caracteriza pelo vínculo de competição entre os participantes, seguindo um regulamento específico, que deve ser conduzido e formatado por uma comissão técnica e especializado no assunto do concurso. Pode ser exemplo de concurso o Vestibular das Universidades. Campeonato: Distingue-se do torneio pelo seu critério de periodicidade e abrangência mais amplas. Também possui um regulamento. Comício: Evento geralmente de cunho político, onde os candidatos de determinado partido expõem seus programas e idéias. Hoje já existem os Showmícios, onde se utiliza uma atração, geralmente artística, adquirida como estratégia ao evento. Passeata: Manifestação popular. Evento de cunho político de apoio ou protesto, diante de um fato. È característica dos países com regime democrático. Sarau: Acontecimento festivo realizado à tarde ou no início da noite, envolve concertos musicais, demonstrações artísticas, literárias, etc. Tem intuito de incentivar novos talentos. Entrevista Coletiva: Evento destinado à imprensa, no qual o entrevistado faz uma explanação rápida e posteriormente é questionado pelos repórteres. As perguntas podem ser submetidas à apreciação do entrevistado.

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Workshop: Encontros onde há uma parte explicativa e expositiva de um determinado produto, seguida de demonstração. O participante vê como se faz e tem oportunidade de executar tarefa, transformando a teoria em prática. Oficina: Semelhante ao Workshop, porém esta é mais utilizada na área educacional, enquanto que o Workshop é mais comercial/empresarial. Gincana: Geralmente os participantes compõem-se em grupos para competição. Os participantes devem realizar o cumprimento de várias tarefas elaboradas por uma equipe, que pode solicitar pedidos engraçados ou com certo tipo de dificuldade. Ao término da gincana, o grupo com melhor resultado será agraciado com prêmios. Aula Magna: Espécie de conferência, onde um especialista renomado é convidado para uma apresentação no meio acadêmico e/ou educacional. Tem característica formal. Aula Inaugural: Possui as mesmas características da Aula Magna, porém não possui caráter formal. Acontece sempre no início do ano ou do semestre letivo. Debate: Caracteriza-se pela discussão de duas ou mais pessoas (debatedores) que defendem pontos de vista diferentes sobre um determinado tema, geralmente conhecido pelos debatedores e pelo público. Requer a presença de um coordenador ou moderador. A platéia só poderá participar com aplausos e protesto muito moderado. Estudos de Caso: Evento mais utilizado na área científica, onde um determinado caso é apresentado ao grupo e após a disseminação das informações, o grupo procura a solução mais adequada a ser implantada. Conclave: Possui caráter religioso, com temas de ordem ética e moral. Os expositores são na maioria religiosos e a organização é semelhante à de um congresso. Semana: Evento muito semelhante ao Congresso, onde as pessoas se reúnem para discutir assuntos de interesse comum. Possui duração de vários dias e a dinâmica é a mesma de um Congresso. Colóquio: Constitui-se em um tipo de reunião fechada, tem por objetivo esclarecer e tomar decisões, sob uma coordenação. Inauguração de Bustos, Estátuas e Retratos: Uma homenagem feita a alguém por seu desempenho, geralmente os homenageados são pessoas já falecidas. Hoje este tipo de evento já é realizado em homenagem às pessoas ainda vivas. Posse: Consiste em oficializar uma pessoa numa determinada função para a qual foi eleito ou designado. Podem ser cerimônias abertas ou fechadas. Outorga de Título: Aprovação, homenagem à pessoa física ou jurídica em reconhecimento a serviços prestados, com entrega de diploma ou título. Lançamento de Produto: Consiste em apresentar determinar produto ao público. Geralmente é realizado dentro da própria empresa. A imprensa deverá merecer destaque, pois acabará divulgando o produto exposto. Lançamento de Maquete: Possui a mesma designação do Lançamento de Produto. Encontros de Convivência ou Eventos Sociais: Encontro de pessoas para momento de descontração, integração ou até mesmo negócios. Os Encontros de Convivência dividem-se em:

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01.Coquetel: Evento em que as pessoas circulam, sendo servidas por garçons ou servindo-se em uma ou mais mesas estrategicamente dispostas no salão. Não devendo ultrapassar 02 (duas) horas de duração. 02.Café da Manhã: Realizado nas primeiras horas do dia, reunindo profissionais e exposição de assuntos de interesse comum. 03.Almoço: Poderão ser realizados em restaurantes, clubes, hotéis, entre outros locais, com horário determinado. O cardápio será previamente escolhido, levando-se em conta as restrições feitas por algumas pessoas, talvez por motivos religiosos. 04.Almoço Network: Almoço Reunião. Realizado também para discutir negócios. 05.Jantar: Segue os mesmos procedimentos do almoço, sendo que possui um caráter mais formal. 06.Banquete: A ocasião é mais suntuosa e solene. Destaca-se das anteriores pela qualidade dos serviços e quantidade de participantes. 07.Happy-Hour: Caracteriza-se como uma reunião de final de tarde, geralmente na saída do trabalho, final do expediente. Acontece em bares, restaurantes e também hotéis. 08.Brunch: Oferecido no meio do dia, em substituição ao café da manhã e o almoço. É realizado normalmente entre 10h00 e 12h00. O cardápio é mais reforçado. A palavra Brunch vem do idioma americano nas palavras: breakfast = café da manhã + lunch = almoço. 09.Coffee-Break: Oferecido nos intervalos de evento (geralmente os de mais de 03 horas de duração), destinado ao relaxamento e degustação de algo oferecido. 10.Chá da Tarde: Possui maior apelo para o público feminino, realizado no final da tarde. Caracteriza-se como uma reunião descontraída.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES, Vânia de Araújo. Apostila curso cerimonial e protocolo . Rio da Janeiro: SENAC, 2003. ANDRADE, Renato Brenol. Manual de eventos . 2.ed., amp. Caxias do Sul: EDUCS, 2002. CESCA, C.G.G. Organização de eventos . 5.ed. São Paulo: Summus, 1997 FREITAS, M.I.T. de. Cerimonial e etiqueta: o ritual das recepções . Belo Horizonte: Uma, 2001. GIACAGLIA. M.C. Organização de eventos   – Teoria e prática . São Paulo: PioneiraThomson Learning, 2004 LINS, A . E. Etiqueta, protocolo e cerimonial . Brasília: Escopo, 1985 MATIAS, M. Organização de eventos . Baruei/SP: Manole, 2001. MEIRELLES, G.F. Tudo sobre eventos . São Paulo: STS, 1999. NAKANE, Andréa. Técnicas de Organização de eventos . Infobook, 2000

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