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January 5, 2019 | Author: mat2660. | Category: Eucharist, Prayer, Lord's Prayer, Family, Mass (Liturgy)
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CARISMA DO MESTRE DE CRIANÇAS

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A) Esquema geral de catequeses de Kiko Argüello 1) As crianças na Eucaristia do Caminho Neocatecumenal *As crianças que fizeram a 1ª Comunhão (mais de 6 ou 7 anos e adiante, que tenham uso de razão) - A eucaristia é uma coisa séria, não tem porque ser divertida - Os menores têm que assistir a eucaristia ainda que tenham que ser obrigado pelos pais. -Tem que dar lugar a que participem com normalidade que os adultos, a que dêem sua experiência. - Tem que ser o mestre que lhes pergunte, não o presbítero. - Se lhes pode convidar a preparar a Eucaristia com os Adultos, uma por equipe: em cada equipe de preparação uma criança (sem seus pais) e tem que fazer uma monição. -Que as crianças na acolhida de outra ao fazer sua primeira comunhão na Comunidade, de forma excepcional, preparem só com os Mestres essa Eucaristia. *Crianças que não fizeram a Primeira Comunhão (menores de 6 ou 7 anos) -Podem assistir desde que se comportem bem e estão quietos e não se levantem. -Se uma criança não fica quieta, não pode ir à Eucaristia. *Colocação das Crianças na Eucaristia: -Se o Mestre é Salmista, se sentam ao seu lado, mas em geral ao lado dos cantores. -Se põe Mestres com eles, não devem ficar sozinhos. -Se colocam as crianças separadas que fizeram a Primeira Comunhão dos que não fizeram, já que não podem comungar. 2) Convivência somente das crianças (sem os pais) com o Mestre *Que crianças? -As que fizeram a primeira comunhão pricipalmente. -Ver se fazem por comunidades ou por paróquia, dependendo do número de crianças. *Finalidade: -Custa as crianças falar nas Eucaristias -Ajudar aos pais, sobretudo quando tem 12-13 anos, buscando que o Mestre seja uma figura alternativa e complementaria ao pai. *Periodicidade:

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-Três ao ano:

1- Preparação ao Natal 2- Preparação à Páscoa, Vigília Pascal 3-Despois da Vigília Pascal ou ao final do curso.

*Ordem da convivência: -Rezar as Laudes juntos -Separar as crianças em pequenos grupos para responder a questões como: +Como vão as Laudes em Casa? +Que problemas vem? +Se estão contentes +O que acham da Eucaristia? +Como estão no colégio, como vai com os pais e os irmãos? +Etc... *Preparação da convivência. -Os Mestres da paróquia a preparam com fé. -Preparam as perguntas, como fazer a convivência. -Preparar os temas ou catequeses a tratar: +Os perigos na escola, ambiente que não é cristão +Os perigos com os amigos. 3) Convivência mensal da Comunidade e as crianças da comunidade. * Crianças que fizeram a 1ª comunhão -Estão nas Laudes, depois dos salmos e a Leitura Breve, se faz uma oração e o Pai-Nosso, recebem a benção e saem com o Mestre. -O Mestre lhes dá um tema, lhes fala alguma coisa, depois fazem uma leitura ao acaso ou que já tenha sido preparada e terminam as Laudes com ele. Que não seja algo largo. -Pela tarde o Mestre ou outro irmão as recolhe e fazem a oração final. -Em cada Comunidade tem que fazer um plano, organizar, alternando o tempo livre (organizando jogos) com as Laudes, as catequeses e a oração final. -O Mestre leva a parte das Laudes e das catequeses. Os adultos tem una convivência ao mês para repassar nossa fé, usemos esta convivência para que nossos filhos que fizeram a primeira comunhão repassem também sua fé. *Crianças que não fizeram a primeira comunhão: - Se vão com as babás depois da benção

B) A função do Mestre de Crianças As crianças necessitam a figura do Mestre como uma figura alternativa e complementaria ao pai. Alternativa enquanto que a criança começa a ter um pouco de rivalidade com o pai aos 11 ou 12 anos, e é muito bom que no lugar de buscar esta figura alternativa ao pai num mestre de criança, melhor que a um ateu ou em outra  pessoa, que busque em um Mestre de criança da sua comunidade que se faça seu amigo; um adulto com o qual possa ser um pouco sincero.

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Através das convivências com as crianças, o que pretendemos? Pois  pretendemos uma coisa muito simples. Que a criança necessita de um Mestre, necessita ver uma figura diferente do pai. Por que? Porque a criança um dia pode dizer ao mestre: eu e não me entendo com meu pai e tal... e o mestre pode lhe dizer: não te preocupes, eu falarei com o seu pai... Ou seja, o mestre tem que ser um amigo da criança, tens que faze-los amigos das crianças. E quando a criança tem uma crise pode falar com mestre de criança de sua comunidade. Se o mestre começa nas convivencias a dar uma catequese as crianças e elas ficam interessadas, sua figura a ser importante na comunidade; se nao o mestre nao faz nada na comunidade. Ou seja, e importante a figura do mestre, ainda que signifique um  pequeno sacrificio. O que faz falta em ver que tem a vocaçao de mestre, faz falta encontrar um de verdade que tenha amor as crianças e que seja capaz de sacrificar por elas, estando com elas e lhe dando uma palavra de fe. Tem-se que ver a missao do mestre, ou seja o mestre e ou nao e importante. Se o mestre somente ve importante para a Pascoa ou para alguma convivencia, entao nao passa de nada. Mas cremos que o mestre tem que ser uma pessoa que tenha autoridade com as crianças, que lhe respeitem, que se ponha serio quando e para ser serio. E alem do mais, que se tome muito serio este; tem que se preparar uma palavra antes da convivencia, e da-la com amor as crianças. As reunioes de costume com as crianças dao autoridade ao mestre que as leva. Se tu as levou para casa, ou as levou para o zoologico, ou a um filme, ou para lanchar, começam a gostar de voce, teem autoridade, veem que lhes da conteudo. Entao, na eucaristia nao e um brinquedo que te poe para dizer:menino, fica quieto! Tens um conteudo, te querem, teem contigo uma amizade. Mas falta uma chamada,uma vocaçao para isto, porque o mestre  – nasce- não se faz;o mestre é como um artista. Pode melhorar estudando ba psicología e tudo isso, mas isso não serve a qualquer um. O mestre tem que ter uma criatividade, uma invenção. Eu os pergunto se tens uma vocação, esta chamada,poerque é uma linha que temos que ir abrindo. Vamos tentar. A um que verdadeiramente lhe seja pesado, que não sinta esse desejo, pois que o diga: Kiko, eu creio que é muito importante o que tenho descoberto nesta reunião; penso que seria bom que em minha comunidade eligir a outro que  pudesse fazer isso, a o melhor uma mulher, ou um homem que saiba fazer isto, que saiba dar conteúdos e fazer esta missão com as crianças. A o melhor algum de vós não podeis fazer porque não tens tempo, ou porque tens outro carisma, outra missão. Então, é bem de vosso filhos e dos filhos da comunidade deveis suscitar que surja na comunidade um verdadeiro Mestre.

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Apostila dos Mestres de crianças Reunião com os mestres de crianças das comunidades neocatecumenais. No Centro Neocatecumenal 3 de fevereiro de 1985

Oração de Kiko:..... KIKO: O itinerário do mestre, ou se quereis sua missão ao interior do Caminho  Neocatecumenal, é algo que, todavia, está surgindo, Eu tenho poucas reuniões porque tampouco queremos fazer uma coisa excessivamente carregada e preferimos dar lugar ao tempo. De todas maneiras, hoje podemos portar a experiência do que se esta fazendo na Itália e ver o que estais fazendo vós. -Experiências do que estão fazendo os mestres nas diferentes paróquias... KIKO: Eu bendigo ao Senhor que tem estado dez anos de professor em um colégio e tem muito contato com as criança (Há uma série de erros, de tópicos, que parecem aparentemente positivos e, entretanto, segundo minha opinião e a experiência que temos no caminho, são negativos). Vamos começar falando da Eucaristia das crianças que já fizeram a primeira comunhão. Neste sentido haver de ter idéias muito claras porque vós como

mestres as vezes tem que lutar com certas atitudes sentimentais dos pais; neste sentido tens que ter autoridade. Vós sois um mestre de criança, e se supõe que se a comunidade, o Senhor, vos deu uma missão, tens um carisma e neste sentido te tem que respeitar. Se tens algum problema com os pais, para isso tens os catequistas que podemos esclarecer as coisas. Porque sempre que há pais que são um pouco neuróticos ou que tem atitude sentimental, não podem suportar que a criança sofra nada e cometem muitos erros. Sobre a Eucaristia, eu vou dizer-vos uma coisa, as conclusões as que nós temos chegado. Temos que partir da base que até agora a questão das crianças em todo o mundo, sobretudo na Itália e na Espanha, vão muito bem. Com respeito a juventude em todo mundo e o barulho que fazem as crianças, podemos dizer que temos um grande êxito, de um a cem, quase oitenta por cento de êxito mais que de fracasso em todos os aspectos. O qual quer dizer que o Senhor nos está abençoando nesta linha.  Nós consideramos sobre a Eucaristia: Primeiro A Eucaristia não tem que ser divertida para a criança, porque a Eucaristia é uma coisa muito séria e coisas sérias  jamais são diversão e que não tenha algo de sofrimento, que não supera algo de sacrifício. A escola é uma coisa séria e lhes custa trabalho, não se trata de diverti-se sempre. As missas que fazem para as crianças com violão e todo um barulho de coisas,

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que falam deles e lhes falam de tudo para eles, e todos passam muito bem, é antipedagógico em nossa opinião. Não estamos julgando, não há mais remédio que faça nessa situação que há nestes momentos em toda a Europa, que se não, não os trariam ou não iriam os pais e então, como um mal menor, melhor uma Eucaristia assim que nada, não? Por conseguinte, estas missas que fazem nas paróquias tem algumas coisas  positivas, primeiro que através das crianças vem os pais, etc. Mas não é o ideal para nós. E isto a Igreja também sabe; temos falado com o Monsenhor BUGNINI que foi o criador de todo o ritual para as crianças e nos dizia exatamente: A missa não é para as crianças, nem para os jovens, nem para as criadas, nem para os velhos, a Missa é o “povinho de Deus”. Mas ante uma situação de urgência não há mais remédio que faça

isto. Claro que a isto a chegado porquês, e supõe que é para gente que não tem fé, ou que tem muita pouca fé, gente que está muito secularizada. Mas não é esta a situação. Digo isto porque as crianças do Caminho  Neocatecumenal que se preparam para a primeira comunhão com a paróquia (nós não fazemos um preparação a parte)esta tem uma missa para as crianças da Primeira Comunhão e como que foram os nossos a essa missa, com a qual nos não estamos de acordo. Porque nossas crianças não vivem a situação das outras crianças que vão às catequeses, absolutamente, é completamente diferente. Seria passar-lhes de uma coisa que vale cem a uma coisa que vale como vinte. Uma missa para as crianças não cremos que seja uma educação para a criança,  porque vai deixar de ser-lo e depois, de adulto, não irá mais à Missa porque já como adulto essa Missa não lhe interessa. Então, sem meter-me a julgar porque não há mais remédio que faça, dada a situação das paróquias, como dizia antes e a situação de secularização, nós cremos que o mais positivo é que as crianças participem em nossas Eucaristias. Eu me lembro de quando pequenos íamos à Missa cantada e estávamos duas horas e meia em pé no presbitério, e não tenho dessas Missas uma má impressão, isso todos nós vivemos. E nem sequer estávamos sentados; não abríamos a boca, nem cantávamos, nem participávamos, nem nada. E não creio que isso tem sido para mim nenhuma coisa negativa. Segundo: Nós não estamos de acordo em que os pais, sem nenhuma exceção,  permitam que as crianças não venham à Eucaristia. Tem que vir absolutamente à Eucaristia. Porque, além disso, temos descoberto muitas coisas. Temos descoberto que a criança te diz que se entedia muito, que é muito longo, e como são inteligentíssimas, resulta que não era isso exatamente (falo sobretudo da Itália) se não que já se olharam o  programa de televisão e sabe a que hora passa um filme. E te falam a desculpa que seja, mas o caso é que ficam em casa e quando os pais vão embora assistem a televisão e vêem os filmes que não podem ver. Imaginem que na Itália tem cem canais de televisão e as vezes põe até filmes pornográfico. Há três canais que estão toda noite retransmitindo filmes, uma atrás da outra, e de todo o tipo, o qual é uma coisa muito grave. Os americanos fizeram um estudo sobre o problema das crianças ficarem tantas horas na frente da televisão, e estão tentando uma campanha para que os pais fiquem durante um tempo assistindo com os filhos porque lhes estão criando uma série de  problemas psicológicos. Outro problema da televisão é a quantidade de violência que as

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crianças recebem; os psicólogos chamam a atenção dos pais para que não deixem os filhos verem filmes de violência sozinhos, se não que tentem ver com eles e depois tentem dialogar com eles sobre as cenas de violência para tirar-lhes o lastros que lhes  possa ficar. Tem filmes tremendos com grande quantidade que sempre deixa algo nas crianças, como fazem os adultos. A criança sempre imita, o homem é um animal mimético, imitamos sempre, então a criança pensa que quando um adulto faz isso tem suas razões, e isso lhe justificará quando a criança for um adulto, poderá fazer violência  porque isso lhes faz homens, etc. Então, voltando a Eucaristia, há algumas coisas que são básicas para nós. Nós temos ficado com raiva de muitos pais que, porque a criança se entediava, não lhe levava na Eucaristia, porque a criança tem que compreender a importância da Eucaristia, porque o pai tem que por na casa uma hierarquia de valores: Deus é o  primeiro e com ele não se brinca. Se a criança vê que o pai e a mãe unidos são sérios neste sentido (e é antipedagógico que a mãe ceda neste sentido) já nunca, jamais o questionam: já sabem que tem que ir à Eucaristia, e vão à Eucaristia. Se alguém deixa que não venham está fazendo danos a seus filhos, segundo o que o Senhor inspira a nós. É absurdo que os pais sábado após sábado vão a Eucaristia e a criança fique em casa vendo televisão todo o tempo, e depois vá a uma Missa de crianças no domingo sem seus pais, etc. A criança tem que descobrir, primeiro que a Eucaristia para os pais é fundamental, e para ele também, em quanto tem uso da razão é muito importante já que a fé se vive familiarmente. Que a fé não se vive a nível de criança, nem de adolescente, então teria que haver também Eucaristia para jovens, para casados e para maiores. Isso é o que se está semeando inconscientemente, e isso não é assim. Por isso houve uma reação contra as Missas das crianças na Conferência Episcopal da Itália, porque não estava de acordo; porque a parcialização na pastoral tem sido sempre nefasta e negativa. A pastoral dos jovens, a pastoral das mulheres de serviço, a pastoral dos operários, tem sido sempre criar classes. Na França estão de volta completamente de toda esta pastoral. A Ação Católica especializada que funciona a margem da paróquia, foi fatal, a esvaziado as paróquias na França, porque tem saído as  pessoas da Igreja e não há jeito que volte às paróquias. Então, posto isso como um axioma digamos assim, de que o mais importante é que venham à Eucaristia, o demais tem uma menor importância; isto é, sua participação, que se divirtam, etc, isso já tem menor importância. Homem, está bem não ter-lhes ali como vigilantes todo o tempo, mas vamos, o importante é que assistam, que estejam ali. Uma vez que fizerem a primeira comunhão e que assistam a Eucaristia, há várias coisas que dizer. Dar lugar a que possam participar normalmente como nós,

quando as crianças já venham à Eucaristia e há um número considerável deles,  procuremos que a Eucaristia seja ágil. Para ele, o responsável ou alguém tenha que ocupar-se de agilizar a Eucaristia, não tem tampouco que ser uma coisa excessivamente  pesada. As crianças desconectam normalmente quando começam as experiências dos adultos , porque alguns falam com uma linguagem que não entendem; não entendem  porque falam de coisas que os demais compreendemos (levamos 15 anos conhecendonos) mas a criança não entende e então custa trabalho escutar, seguir-lo. Escuta melhor o primeiro, mas ao terceiro eco já escuta dificilmente. O ideal é que as crianças espontaneamente se levantem e digam sua experiência, o que queira, como um adulto. Se vêem que falaram dois, três, quatro experiências e as crianças estão caladas, é bom que o mestre lhes pergunte: a ver, o que lhe disse a

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Palavra? As crianças devem saber que vão lhes perguntar. Sobre o que acabais de dizer que o presbítero pergunte, temos muita experiência na Itália. Resultado desta experiência: Globalmente negativo. Porque há curas que sabe fazer bem, e outra fatal. E soltam uma desculpa antes de começar que os adultos chegaram a protestar porque se põe a falar com voz de criança, e a interrogar a criança, e a criança aqui constrangida. Total, que temos tido que suprimir na Itália. Falo mais da Itália porque ali temos massas de crianças; em todas as Eucaristias temos 40, 50 crianças, ainda que por outra circunstância, é que na Itália a Primeira Comunhão se faz com dez ou onze anos; a atrasam muitíssimo que é uma coisa grave para nossos filhos. E isso nos obriga a introduzir na Eucaristia as crianças já aos 8 e aos 7 anos ainda que não tenham feito a Primeira Comunhão. Tem também seus inconvenientes porque as crianças que fizeram a Primeira Comunhão reclamam que estejam sentados com os mais  pequenos; mas o melhor é inimigo do bom, tem que aceitar e nada mais. O que vamos tentar é que as crianças tenham feito a Primeira Comunhão se lhes podem convidar a que preparem com os maiores, com isto já não são considerados crianças- uma por equipe. Quando fazeis a equipe para preparar a Eucaristia, escolheis uma criança e a coloque em uma equipe como um adulto mais, (que vão sem seus pais, se é possível que a deixem sair o que lhe busquem; isso vós tem que ver) e lhe deis uma monição para fazer. Então tens que mentalizar aos pais e dizer-lhes o que lhes falaram os catequistas que não podem ceder absolutamente. Alem do mais, estamos salvando no caminho as crianças de um monstro que se chama televisão. Estamos ajudando-lhes. As crianças preparam entre eles a Eucaristia somente o dia da acolhida na comunidade, como uma coisa excepcional, mas depois já não fazem como um mais,  porque a Eucaristia é mais importante que as crianças; se lhes incorpora a preparação com um grupo. O único problema se a criança é pequena e que faz põe-se de acordo com os pais para trazer-lhe ou levá-lo. -(alguém comenta o problema das crianças que fazem muito tarde a Primeira Comunhão) A Eucaristia e as crianças que não fazem a Primeira Comunhão.

Isso o que vamos falar agora porque ao melhor também é importante que as crianças não lhe tenhamos separado da Eucaristia tanto tempo. A idade ideal para a Primeira Comunhão é quando tem uso da razão, aos 7 anos; a essa idade sabem comportar-se perfeitamente, além do mais são mais receptivas que nunca, se portam melhor que nunca. Depois há uma parte mais difícil quando tem 11 ou 12 anos. Mas isto implica que se duplica o número de crianças nas Eucaristias. Agora na Itália se faz assim sempre e as crianças estão contentes. Nós dizemos que podem vir desde que se comportem bem, desde que uma criança está quieta e não se levanta de sua cadeira,  porque está proibido completamente atrapalhar. Se uma criança não sabe ficar quieta, se diz ao pai: o responsável me falou que tua criança não pode vir à Eucaristia, porque não  pode ter a uma toda assembléia pendente de uma criança que corre e distrai todo mundo. -(Alguém comenta que pode não ser bom que as crianças vão à Eucaristia antes de fazer a Primeira Comunhão porque poderia tirar-lhes o incentivo). A nós também nos pareceu isto a princípio, depois temos visto que não, que já é muito forte para eles o não poder comungar. E já que põe-lhes em uma parte separados

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os que já fizeram a Primeira Comunhão. (Ante o problema dos pais que voltam muito tarde da Eucaristia com as crianças  pequenas...)  Na convivência mensal, o responsável diz: Senhores, não podemos celebrar a Eucaristia tão tarde, nos pomos de acordo e se faça mais cedo. Há que progredir este sentido; todas as coisas na vida se degeneram por ali e faz falta uma direção. Se deixas que uma comunidade cada dia vão atrasando mais a celebração, ao final se começa a meia-noite. Faz falta levantá-lo na convivência como um dos problemas da comunidade.  Nas paróquias, onde na mesma sala celebra mais de uma comunidade, faz falta  buscar a comunidade que tem menos crianças. Há comunidades que lhes vem melhor celebrar a Eucaristia tão às 18:30 ou as 21:00 e há outras que lhe vem melhor as 18:00. Tem que perder uma tarde para colocar de acordo os responsáveis das comunidades e fazer a escala de horários. Tem comunidades que celebram às 6 da tarde, terminam as 8.30 e depois vão jantar com as crianças. Outros preferem por as crianças para dormir e começar a Eucaristia as 9.00, isto com as crianças, enquanto chegam os adultos à Eucaristia coloqueis as crianças em um quarto e ensaie com eles o canto, o refrão que eles têm que cantar. Se o mestre é também salmista, se senta com as crianças a seu lado; normalmente ponho as crianças perto dos cantores para que sintam o violão e cantem. Se eu alguma vez não posso estar ao lado das crianças. Ponho outro mestre com eles; mas as crianças não devem estar sozinhas. E sobretudo, o mestre deve conhecer-los  porque tem sempre dois que são amiguinhos e passam a Eucaristia toda conversando,  pois tem que sentar-los separados para que não passem todo momento falando. Que é normal que lhes custe algo, mas é maravilhoso que estejam com os pais, é estupendo que depois dancem com os pais, é maravilhoso que estejam na festa.O que se encontra é impressionante, nossas Eucaristias são de verdade uma maravilha para as crianças, é logo para eles muito, muito importante. E é uma pena que alguns pais não queiram trazer as crianças, isto é uma deformação e faz falta neste sentido fazer uma campanha  para que tragam seus filhos. Não se pode ceder nisto absolutamente. As crianças, que façam a Primeira Comunhão quanto antes se não há impedimentos. Nós temos que preparar a Comunhão, a pós-comunhão e a preparação a Confirmação nas paróquias, e levamos nós normalmente a pastoral de mediação. Resultado: queriam que nossas crianças que fizeram a Primeira Comunhão continuem fazendo a pós-comunhão. Como na paróquia tem missa para as crianças, queriam que os nossos fossem também as Missas. Mas isto está bem feito para a paróquia, é um serviço que está fazendo a paróquia sabendo que é pouquíssimo o que serve, porque os pais não têm fé; tudo o que se faz ali é muito pouco, porque é muito importante o que recebem logo na família. Isto está bem para as crianças que não tem seus pais na comunidade, mas nossas crianças têm uma pós-comunhão maravilhosa, que é a comunidade, a Eucaristia da comunidade. (Ante a pergunta de um mestre que explica como as crianças chegam cansadas à Eucaristia da comunidade depois de haver recebido da paróquia as catequeses de  preparação à comunhão, solução é que se passe as catequeses da preparação à comunhão a outro dia que não seja sábado.) Passamos a outro problema, que são as convivências só com as crianças. As convivências nasceram fundamentalmente de duas razões: uma, porque custam um  pouco as crianças falarem na Eucaristia; e também para ajudar aos pais, sobretudo

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quando as crianças tem já uma idade que passa dos 10 anos. Temos visto que necessita a figura do mestre como uma figura alternativa e complementaria ao pai. Alternativa enquanto que a criança começa a ter um pouco de rivalidade com o pai aos 11 ou 12 anos, e é muito bom que no lugar de buscar esta figura alternativa ao pai num mestre, melhor que um ateu ou outra pessoa, que busque um mestre da comunidade que se faça seu amigo; um adulto com o qual possa ser um pouco sincera. E temos visto que isso é muito positivo. Para ele lhes temos levado a estas convivências onde lhes dividimos por grupos, lhes fazemos uma votação. Não porque lhes por a exames tampouco, não se trata disso. O ideal e fazer-lhes três convivências ao ano: uma ao princípio do curso, outra para a preparação do Natal e outra depois da Vigília Pascal para pergunta-lhes como foi a Vigília, ou ao final do curso; três convivências. Nesta convivência se trata de rezar as Laudes em casa, que problemas vêm, se estão contentes. Tem que lhes  perguntar também sobre a Eucaristia, mas sem que possam pensar que eles podem  julgar a Eucaristia... Deve-se fazer a convivência com todas as crianças do caminho na paróquia que fizeram a Primeira Comunhão; então reúnem todos os mestres da paróquia e a preparais com fé. Também podeis dar a opção a que vão as crianças maiores que já fizeram a Primeira Comunhão, de comunidades que, todavia, não fizeram o passo da Oração. Uma pergunta que eu os convido a por nesta convivência é em relação com os  perigos da escola, ou seja, adverti-lhes que estão em um ambiente que não é cristão; tem que lhes preserva contra os amiguinhos que vão fazer no colégio. Seria muito bom então fazer uma convivência com eles de cara ao apostolado na escola, dar uma missão às crianças, olhar isto com eles. Como se pode fazer levar a Jesus Cristo à escola, em tua classe de amigos? As crianças podem responder coisas estupendas; a uma lhe pode ocorrer, por exemplo, pois fazer-se amigo do mais marginalizado da escola. E como  podemos fazer? Pois o melhor é convidar a ir as Laudes contigo, em tua casa, e que fique para comer contigo. Convida as crianças que, por exemplo, tem as famílias desunidas, destruídas, lhes podemos dar um substituto da família com sua própria família, o fazemos na Itália e tem sido uma coisa verdadeiramente estupenda. É diferente se a criança faz um amigo de uma criança já com uma missão a que se faça amigo desde uma postura de dependência, por lhe gosta a forma de ser essa criança, o que é uma criança muito mandona e tal e lhe disse: tu és um tonto, esses são fascistas e tu és um fascista... As crianças quando tem onze anos começam a ser sensíveis. E sabeis que na família a criança instala uma cosmogonia, ou seja, instala um mundo: ao pai representa a Deus, a mãe representa a natureza que dá a vida, que a alimenta, significa a ordem natural, e os irmãos representam o entorno social. Ainda que a criança não seja consciente este é o esquema. Quando este esquema é alterado a criança terá depois, com respeito a sua situação no mundo, muitos conflitos para viver na sociedade. Porque o pai não estava em casa, porque a mãe não sei que, porque o melhor seria não ter irmãos, etc. Depois a escola onde ele tem que por prática o que aprendeu na família, vai fazer as primeiras tentativas de pô-lo em prática. E algumas crianças recebem uns traumas muito grandes quando se dão conta de que na escola não lhes fazem nem caso; em casa era o rei e na escola lhe dão um bofetão, lhe tiraram o lanche ou lhe dão um apelido. E a criança começa a ter olhar mal seus pais, porque se dão conta que não o educaram bem. Ou seja, a criança recebe na escola um batismo social; se vêem o que os

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 pais lhe deram, não serve porque lhe rejeitaram na escola, porque riem dele, etc. Então ele, inconscientemente, rejeita a seu pai e a sua mãe. Há muitas crianças que não suportam que sua mãe seja protetora, porque intui que a mãe protetora não está lhe ensinando a lutar, porque se encontra diferente das demais crianças e pensa: Porque eu não sou como os demais? E isto lhe questiona muitíssimo. Por isso, o feito de que tenham muitos irmãos já é uma educação social  primordial, nós éramos quatro leões em casa, pois já estávamos formados no colégio e quando nos inteirávamos que haviam pegado a um irmão, ali íamos os quatro. Já havíamos tido em casa uma primeira escola social. Então nós queríamos que eles vivessem a escola como um campo de ação cristã. Quando se vêem rejeitados pela escola, se vendem aos amigos para serem aceitos e imediatamente aqui se acabou toda a educação cristã. Este é o primeiro passo. Depois vem a universidade também neste primeiro estado do colégio está misturada a sociedade e a família; na universidade se lançam por sua conta e risco, e muitas vezes rejeitam a família do plano, a rejeitam porque não lhe servem e além do mais querem afirmasse eles contra a família. Vemos então que é muito importante que o primeiro núcleo, que é a escola, o vivam com amigos da comunidade, porque lhes vão marcar muitíssimo a estas crianças. Também marcaria a ti. Se tu te dás conta que a família não te está servindo para viver socialmente, uma família diferente. Daqui aparece sociologicamente o que se chama as bandas, os grupos. Vereis que as crianças que lhes falta o pai ou a mãe ou o que seja, fazem parte destas bandas, e nestas bandas há sistemas sociológicos muito fortes; há um líder, há uma obediência, há um companheirismo, há uma solidariedade. Eles tentam de alguma maneira criar-se, fictício ou naturalmente, uma segunda família, uma escola para aprender a viver. Isto se reproduz em todas as partes; nas cadeias, nos reformatórios, etc. reproduz-se sempre, se forma um grupo de pressão. Bem, haveis entendido a coisa.  Nós vemos que em vez de que na escola ou na rua eles se fabricam essa segunda família social, nós vamos lhes ajudar a que se forme. Como? Com amigos já nossos,  porque é muito diferente se a criança entra em um grupo ateu, num grupo de filhos de marxistas. É muito importante dar- lhes “o meio”. Nosso professor de psicologia nos dizia que o verdadeiro mestre não é tanto o que ensina coisas como o situar a criança num meio mais idôneo para ele, onde a criança possa desenvolver todas as  possibilidades possíveis. A criança melhor formada lhe colocamos amanhã em um meio comunista, e esta criança será comunista; a criança de doze anos não tem capacidade sociológica nem psíquica para lutar contra todo ambiente social. Não pode ser um anti social, e não pode ter como refúgio frente a sociedade a sua família porque seu pai e sua mãe morrerão um dia. As crianças não sabem estas coisas a nível consciente; está escrito em nossa natureza. Os pais já sabem; toda a vida os pais tem tido cuidados com os amiguinhos, e querem levar os filhos a um colégio católico, não? Todos vós sabeis que tem muita importância o meio em que vosso filho está. Vos estou dando algumas pautas, não quero dizer que seja sempre exatamente assim, compreendeis, não? Então, sabendo tudo isto que não é possível os 100 % porque terá também seus amigos no colégio, mas sim o tem um grupo de amigos que são da comunidade, já temos lhes ajudado muitíssimo. E sobretudo, outra coisa. A convivência. Por que é importante? Porque a criança

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tem o perigo de pensar que as Laudes que reza em sua casa, isto é uma exceção; necessita saber que outras crianças rezam as Laudes, e como reagem diante das Laudes. E escutar a esta outra criança que seu pai é um autoritário que não lhe deixa mover-se e que não é somente seu pai que é autoritário neste sentido. Isto sempre é positivo saber que estamos num povo. Dentro de pouco vem a preparação para a Páscoa. Então, depois da Páscoa tens que pensar em uma convivência onde as crianças dêem sua experiência da Páscoa;  pergunta-lhes também como vão as Laudes em casa. E eu vos diria para dar-lhes uma orientação neta convivência e apostolado na escola. Como podia fazer a escola mais cristã? Que coisa podíamos fazer na escola? Porque muito se pode fazer na classe, muitíssimo; muito mais que os professores influenciam os companheiros. Eu, em Bellas Artes, aprendi, mais do que os professores, de meus mesmos companheiros; estive em um curso onde havia pintores magníficos e aprendi muitíssimo deles. A mim, o que mais me formou como artista foi o meio, minha classe da academia. Eu estive numa classe onde hoje são pintores de fama quase todos; se estivesse em uma classe com um nível baixo, eu seria outra pessoa como artista. Quero dizer que se influi muitíssimo em uma classe, também nos influi muito as crianças. Nos podemos dar a nossos filhos uma missão. Já a uma criança com 12 ou 13 anos podemos lhe mandar ao colégio com uma missão deste tipo. Já tempos dito que os ponham de acordo todos os mestres da paróquia e façam convivências com todas as crianças das comunidades. Com outras crianças das  paróquias que não estejam nas comunidades não é bom, porque as mesmas crianças o rejeitam , não estão no grupo, há uma leis sociológicas. Se nos queremos fazer um serviço à paróquia podemos um dia ter um encontro com as crianças da paróquia. Como uma coisa excepcional. E já tinha que preparar-se completamente diferente esta convivência de uma convivência do caminho que é de revisão, de crítica ajudar-lhes. Através destas convivências, o que pretendemos? Pois pretendemos uma coisa muito simples. Que a criança necessita um mestre, necessita ver a figura distinta do pai. Por que? Porque a criança pode um dia dizer ao mestre: eu não me entendo com meu  pai, porque meu pai tal... e o mestre lhe pode dizer: não te preocupes, eu falarei com seu  pai... Ou seja, o mestre tem que ser um amigo da criança, tem que fazer-se amigo das crianças. Que quando a criança tem uma crise saiba que pode falar com o mestre da comunidade; um pouco neste sentido. Depois, outra coisa é a convivência mensal dos adultos. Temos visto que deixávamos 40 crianças soltas todo o dia à boa de Deus. Nós já temos começado outra coisa, e é que as Laudes venham conosco: depois dos Salmos e a leitura breve se faz uma oração e um Pai Nosso, recebem a benção e o mestre normalmente lhes dá um tema, lhes fala de alguma coisa, está com eles, e depois se faz uma leitura ao acaso ou uma palavra que o mestre já tenha preparado. Depois pela tarde as crianças estão  brincando, tem que recolher-los que não se deve terminar a convivência suando como seja, mas que tem que fazer uma oração final. Este encontro final pode ser feito por outro irmão de comunidade, para que o mestre também possa participar da convivência. Pode-se fazer um plano com as crianças. Das 11 à 1 são Laudes. De 1 à 2.30  partida de futebol, as 2.30 comida. Depois da comida tempo livre e logo terão um encontro com eles e durante meia hora lhes dareis uma catequese. Outro tempo livre de duas horas, organizando-se jogos e tereis outra reunião para rezar as vésperas. E me fizessem responsável de 40 crianças em uma convivência, bom pois tenho

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que organizar o dia com estas crianças de forma que tenho que ter a maior parte do tempo com jogos, e busco outro que me ajude, e a intervalos paramos e lhe daremos uma palavra. O responsável d comunidade ao começar as Laudes tem que nomear um irmão que leve s segunda parte do dia com as crianças. O mestre leva a parte das Laudes, as catequeses com as crianças (enquanto as maiores terminam suas Laudes) e  pela tarde, depois de comer, outro irmão se encarrega deles. Este que se encarrega pela tarde pode haver um rodízio; vós vereis. -(Os mestres intervém e dão sua experiência de como vivem fazendo com as crianças nas comunidades. Os pequenos estão normalmente com as babás que se levam às convivências; o problema é com as crianças maiores que são os que necessitam de atenção por parte do mestre de comunidade). Os filhos são muito importantes; não os pode deixar como cavalos loucos que rompem com tudo. Apresenta-se na comunidade este problema se sacrifica um irmão que se encarregue de dar-lhes uma palavra, e de brincar com eles e de rezar com eles. Cada dia penso que podia se encarregar um irmão. Uma coisa que não é educativa é deixar as crianças sozinhas o dia todo em casa. Segundo, nós temos uma convivência ao mês para rever nossa fé; usemos esta convivência para que nossos filhos que já fizeram a primeira Comunhão, revejam também sua fé: fazem as Laudes conosco (A primeira parte) e depois o mestre os leva. Os pequenos vão com a babá, e os maiores que fizeram a Primeira Comunhão se reúnem em uma sala e o mestre pergunta a cada um sua experiência. Não falaram todos? Continua-se depois de comer, e quando terminam lhes organiza um jogo “o lenço” o que seja; há muitos jogos para fazer com as crianças. Depois, quando já estiverem cansados e tal, se recolhe-os: crianças vamos rezar. E obedecem. E se corrige ao que se faça d tonto; além do mais te quererão muitíssimo se corriges ao que se faz de tonto. Reúne-os ao final, se faz uma leitura ao acaso, lhes dizem uma palavra desta leitura, e convidam cada um a rezar, ao final se reza o Pai Nosso, se dão a Paz, pedes uma benção ao Senhor para eles e temos acabado. Uma convivência genial. E estão todos desejando vir. O importante é mentalizar à comunidade de que tudo o que façamos nós por  passar a fé aos filhos é fundamental, e que receberemos centuplicado. E tudo o que seja abandonar às crianças porque nos cansam, porque nos chateiam, etc., logo pagamos, isso se paga depois. Não se pode deixar as crianças sozinhas. -(Algum mestre propõe que a oração do final da tarde seja feita pelos maiores, nas Vésperas com a comunidade). Também podeis fazer assim, mas é mais vivo que eles façam uma oração sozinhos, porque vem de má maneira, ficam brincando... se pode fazer das duas formas. Eles gostam de rezar, participar; dai-lhes uma palavra adequada para eles depois de abrir o Evangelho ao acaso e de fazer cada um deles rezar. E sabendo que esta oração que vão fazer é muito importante: que peçam por sua família, que peçam pelos enfermos, que peçam pela Espanha, que peçam para que não haja guerras, que peçam  pelos amigos de classe. E logo, além do mais, tem que focar a estas crianças como os dizia nesta missão de cara à escola. Pela manhã o mestre pode dar-lhes uma palavra, escolhendo um tema do Antigo Testamento e perguntar-lhes: o que te disse esta palavra? Para isso és um mestre, meu irmão, para pensar o que pode ajudar as crianças. Qualquer coisa que leias da Escritura,

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depois lhes pergunte: Qual o significado para ti? Logo saiam, recolhe todos, dialoga com as crianças. Por exemplo, outro dia eu com as catequeses sobre Lázaro perguntava: Que significa sair com os pés atados? E as crianças te dizem mil coisas. Então vamos ver: Laudes com os maiores, fazem Salmos, uma palavra breve e recebem a benção do presbítero, ou se não tiveres um presbítero o responsável da comunidade. Se vão a uma sala com o mestre continuar com as Laudes, e depois jogar até a hora de comer. Neste momento em que estiveram com o mestre, lhes proclamam uma leitura do Evangelho, lhes dão uma catequese atualizando este Evangelho na vida das crianças, e fazem suas orações. Não uma coisa muito longa. Agora vamos ver como organizamos a tarde que é o mais difícil. Há várias  possibilidades. Uma: como os adultos fazem convivência, que é dar cada um dar sua experiência de fé, para mim seria melhor, reunirmos as crianças e cada um dá sua experiência de fé (isto são sugestões, estamos construindo entre todos, baixo a ação do Espírito Santo, por isso vos pergunto); sobretudo se trataria de fazer isto com as crianças maiores que já fizeram a Primeira Comunhão. Isto vós vereis. Um irmão que haja dado sua experiência pela manhã, tem a missão de encarregar-sedas crianças pela tarde e organizar jogos. Nas comunidades onde haja falta  porque só há crianças pequenas e a babá já se ocupa delas, pois nada, não faz falta que façais isto. Por último, faz falta que um irmão ao final da tarde se encarregue de recolhe-los e faça uma oração com eles, depois de dar-lhes uma leitura ao acaso do Evangelho. Ou seja, uma leitura do Evangelho, uma palavra, um canto, orações espontâneas, o Pai  Nosso, o abraço da Paz e pedir a benção: “Que o Senhor nos abençoe, nos guarde de todo o mal e nos leve a vida eterna”. O que tenha somente três crianças não há

 problema, os incorpora ao final da tarde à oração da comunidade; tudo isto depende das circunstâncias de cada comunidade. De toda maneira, se o mestre começa nas convivências a dar umas catequeses às crianças e lhes vão interessando, sua figura vai começando a ser importante na comunidade; se não, o mestre não faz nada na comunidade. Ou seja, que é importante a figura do mestre, ainda que lhe seja um pequeno sacrifício. O que faz falta é ver que tenha vocação de mestre, faz falta encontrar um que de verdade tenha este amor às crianças e que seja capaz de sacrificar-se por eles, estando com eles e dando-lhes uma  palavra de fé. Há que ver a missão do mestre, ou seja, se o mestre é importante ou não é importante. Se o mestre somente é importante para a Páscoa ou para uma convivência, então não passa nada.Mas cremos que o mestre deve ser uma pessoa que tenha autoridade com as crianças, que lhe respeitem, que saiba ser sério quando necessitar ser sério. E além do mais, que se tome muito a sério isto; tem que preparar-se antes da convivência uma palavra e dar com amor às crianças. O que não tens nunca que pensar é: pobrezinho quanto sofre, pobrezinho se aborrece! Não. É Bom para a criança? Pois adiante homem. Mas não é bom ter-lhes todo o domingo sete horas brincando e fazendo o burro. De todas formas não estamos aqui dando normas escritas; estamos refletindo sobre o que haveis feito e o que se pode fazer. Logo cada comunidade tem sua própria realidade. O importante é: Laudes, uma catequese com o mestre, jogo e oração final.

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Organiza-o como vós quereis. Quando venha o tempo fazei uma excursão com eles, uma convivência no campo o dia todo, contando-vos como vai sua vida espiritual, se rezam, que relação tem com Deus, perguntando-lhes um a um como vai sua vida de fé, que intimidade tem com Jesus Cristo, façais uma convivência.  Nós na Itália temos, além do mais, durante o ano outro tipo de reunião, e é que algumas vezes lhes levamos ao cinema. Por exemplo, se tem um filme que lhes possa servir, aproveitemos. Caro, não pode ser filmes com pessoas nuas ou onde haja violência, etc., isso seria absurdo. É importante escolher o filme porque eles vão fixar muito, porque as crianças são inteligentíssimas. Tem que levar-los a um filme de conteúdo. Eu por exemplo, quando saiu o filme “Em busca da arca perdida” nos fomos Carmem, Mário e eu com 25 crianças ao cinema, um domingo pela tarde. Comportaram-se estupendamente (lhes disse que se não se comportassem bem não os levaria mais), e depois uma viúva lhes preparou em sua casa um chocolate com churros, tivemos uma boa merenda, terminamos de lanchar, peguei a Bíblia e o primeiro que fiz foi perguntar-lhes: O que acharam do filme? Ouve, disseram coisas estupendas, acharam um conteúdo estupendo, que não se pode instrumentalizar a Deus na política, que todos queriam a arca para fazer a guerra, e que a Deus não se pode instrumentalizar  para matar pessoas. Depois disso fiz uma leitura sobre a arca na escritura. Ficamos de  pé, fizemos orações espontâneas e passamos ao fenômeno. Depois vieram os pais  buscar-lhes naquela casa, e estão pedindo a toda hora que voltemos outra vez. Ou seja, que vós o podeis fazer muito bem em um Domingo pela tarde. Além do mais que sempre dão algo às crianças. O único problema é que não haja filmes. Mas agora temos uma coisa muito boa, que são os vídeos. Tem muitos filmes bons passados a vídeo: “Os Dez Mandamentos”, “A vida de São Francisco de Assis”; J oão do Arco”, “Jesus” de Zeffirelli, se lhes pode  por um vídeo na paróquia, se faz um “Cine Club” em uma palavra com as

crianças.Depois da projeção do filme lhes pergunta. Não gosto de fazer de modo massivo porque na massa sempre perde a individualidade do homem; é melhor um  pequeno grupo em vossa própria paróquia. Já antes de passar o filme deveis explicar-lhes o que o filme é; depois lhes  perguntar e lhes dar o conteúdo. Logo, que as irmãs da comunidade vos preparem uma merenda, um ágape; fazeis uma leitura, orações espontâneas. Que vos parece? Faz falta vocação. Necessitais uma televisão em cores e um vídeo: se o pároco não lhe pode comprar peça a um irmão, ou vão a casa de algum deles. O importante e que se o mestre lhes dá uma catequese nas convivências, se logo tem cada 15 dias estes encontros, etc., o mestre vai ter uma importância enorme na vida destas crianças. Outra iniciativa é levar-los um domingo ao Zoológico; os conteúdos são importantes. Eu por exemplo, quando era mestre num colégio, levava as crianças ao Zoológico, fazia com eles concursos de pintura ao ar livre. Outra vez as fiz fazer um álbum com folhas distintas; nós fomos a casa de campo e fizeram alguns álbuns  preciosos com folhas, classificando-as. Depois lhes dava prêmios. Fazíamos tudo por equipe, com seus responsáveis de equipe; fiz-lhes trabalhar sempre como burros, e contentíssimos. E nos concursos lhes dava dinheiro, de suas propinas; comprávamos algum presente com todo o dinheiro que ganhávamos, eu punha também um pouco do meu dinheiro, e com isso fazíamos um prêmio, com um jurado e tudo. E era estupendo.

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Porque o último que se faz com as crianças é entediar-los, sempre lhes surpreendia. Um dia vinham a classe e se encontravam com que lhes pusesse um disco dos Beatles, ou de Beethoven, uma sonata, e lhes dizia: escreva o que a música lhe vai sugerindo. Mas o mais importante é que nunca sabiam o que eu ia lhes fazer na classe. Outro dia falamos de Deus, pus um pote no meio e lhes perguntava a ver, que quis dizer com esse gesto? Quem me disser ganha um 10. E sempre havia um pronto, que Deus criou essa flor, dizia uma criança. Que a beleza vale mais que não sei que... Aqui estavam todos interessadíssimos. Inquietos de surpresa; a surpresa é arte. Se podem fazer coisas muito importantes. Por exemplo um domingo lhes leveis ao zoológico e lhes faça refletir sobre como Deus inventou os animais que maravilha como Deus fez o camelo fez a girafa.Faça-lhes perguntas que reflitam que não estejam distraídos e tal. Fiquem amigos das crianças. Por exemplo que uma comunidade tem um vídeo,  peças uma coleta (ou com teu dinheiro, o que tem vocação o faça, de seu próprio dinheiro) vá buscar um filme com conteúdo religioso lhes prepare uma merenda... Mas sempre com o mesmo esquema: tem que levar a vida de iluminação de Jesus Cristo, iluminar-lhes a realidade. Seja filme, seja zoológico, seja que os leveis pra ver uma  pintura seja um dia que os convide a tua casa para ouvir música; Deus inventou a música e escutar a música é uma coisa estupenda. As crianças um pouco maiores convida-as a certas leituras, por exemplo Dowstoieski, Gorka, etc. Há coisas muito importantes para a cultura de um jovem quando tem 15 anos, como a música e uma certa literatura; a literatura russa está carregada de ensino religioso. Por que estes se encontram subsidiários? Porque dão a vós a autoridade. Se tu os leva a casa, ou os leva ao Zoológico, ou a um filme ou para lanchar, começam a te querer, tem autoridade, vêem que tu lhes da conteúdo. Então, na Eucaristia não és uma  babá que colocaram ali para dizer: criança fique quieta. Tens um conteúdo, te querem, tem uma amizade contigo, etc. Uma vez ao ano podeis fazer uma obra de apresentação com eles. Já vos digo que o mais importante é que se faça um pequeno grupo de amigos; forma-lhes muito. A Primeira Comunhão fazem na paróquia ou no colégio, normalmente. Depois fazemos a entrada na comunidade. Outro problema que há na Itália é que fazem a Primeira Comunhão aos 11 anos, uma criança aos 11 anos é quase uma mulher. E os que tem crianças, sofrem porque tem as crianças até esta idade sem a Eucaristia; isto nos  parece uma barbaridade. Mas bem, depois de tudo o que dizemos o problema mais grave que temos é um só: Vós tendes a vocação? Este é o problema. Vos dais conta de que podem fazer-lo, não? Que é importante. Mas faz falta uma chamada para isto, porque o mestre “nasce”

não se faz; o mestre é como um artista. Pode melhorar estudando psicologia e tudo isso, mas não serve qualquer um. Eu tenho mestres muito bons; recordo que escutei a  primeira vez a Novena de Beethoven na casa de um professor que nos convidava por grupos, nos convidava para lanchar ainda que um grupo de dez. O mestre tem que ter uma criatividade, uma inventividade. Eu vos pergunto se tens a vocação, esta chamada, porque é uma linha que temos que ir abrindo. Vamos tentando. A um que de verdade lhe seja pesado, que não sinta este desejo, pois que o diga: Kiko, eu creio que é muito importante o que descobri nesta reunião; penso que seria bom que na minha comunidade escolhesse outro que pudesse fazer isto, melhor uma mulher, ou um homem que saiba fazer isto, que saiba dar conteúdos e fazer esta missão com as crianças.

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Alguns de vós não podeis fazer porque não tens tempo, ou porque tens outro carisma, outra missão. Então, pelo bem de vossos filhos e dos filhos de vossa comunidade deveis suscitar que surja na comunidade um verdadeiro mestre. Com respeito a preparação das crianças para a Primeira Comunhão, eu vos diria em vez de estar três anos, ou dois anos, um ano de preparação bastaria. Que conheça outras coisas, que veja a outras crianças em preparação. E o que é importante é que pelo menos o esquema de Catecismo de Pio X que havia antes, esse tem que saber. Não as  perguntinhas clássicas, mas as orações, as Bem-aventuranças, os Artigos da Fé, o Pai  Nosso, o Ave Maria, o Credo, o Salve Rainha, os Dez Mandamentos... isso tem que saber. Com estas catequeses que estamos dando, a criança nunca memoriza nada, e tampouco é bom; memorizar também serve. Porque na Espanha sempre é pendular a coisa; antes tudo era assim, agora tudo Assim; nem antes era bom nem agora é bom.Há um equilíbrio, que temos que encontrar pouco a pouco. Então, se o pároco esta de acordo e ver que vosso filho esta preparado (o pároco tem que ver se está preparado) pode fazer só um ano de preparação na paróquia, se isto não cria problemas na paróquia. Ao final pegues este catecismo, ensine as coisas fundamentais para as crianças... de todas as formas tem que ver caso por caso. Nossa tendência é que as crianças façam a Primeira Comunhão quanto antes. Se no futuro o Senhor nos marca que, dada a situação das paróquias, o próprio caminho tenha que fazer um esquema para a Primeira Comunhão que possa servir também para os de fora, como  por exemplo estamos fazendo com os noivos... tens aqui um itinerário de preparação ao matrimônio, muito importante, que esperamos poder propor aos Vicariatos para todos os noivos de Madrid. -( Um mestre propõe a sugestão de fazer um acampamento) KIKO: A mim me parece muito complicado e difícil; tem que ter muito cuidado. Recordo-vos que nestes acampamentos com jovens sempre surgem muitos problemas, homossexualidade ou outros, sobretudo se fazem acampamentos mistos. É uma idade já difícil, temos que ser conscientes. Nós na Itália, por exemplo, quando fomos por motivo do Jubileu 1.500 jovens a Roma, não lhes misturamos; ficaram todos em hotéis os  jovens e as jovens, e foi estupendo. São jovens de 17 e 18 anos. Porque o demônio existe e vemos o perigo. É sempre difícil, não é fácil.  Nós temos que saber escolher neste momento: entre as milhares de coisas que  podíamos fazer, faz saber que o que temos que fazer de urgente e de seguro, e não  perder tempo em outras coisas. Onde faz falta tem que ir, porque se não o faz, fará danos. De toda maneira tem que ver como idéia, tem que ver o que será mais positivo, o que será mais negativo, como se faria; elaboraras bem e logo veremos. De todas maneiras isto tem muitos conflitos. Logo tem outros problemas: o caminho neocatecumenal está hoje muito unido, se faz uma experiência neste sentido todos vão querer fazer-las, não é uma coisa isolada  porque estamos caminhando com um só espírito, a uma só voz. É a maior força que temos nestes momentos. KIKO: Façamos uma oração. Centro Neocatecumenal 3 de fevereiro 1985

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