Apostila - Saude Da Familia
July 8, 2022 | Author: Anonymous | Category: N/A
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Referências OLIVEIRA, M. K. Ciclos de vida: algumas questões sobre a psicologia do adulto. Educação Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 30, n. 2, 2004, p. 211-229. ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE- OPAS. Saúde nas Américas 2012: panorama da situação de saúde dos países das Américas . Organização Pan-Americana da Saúde; 2012. PIANCASTELLI, C.H.; SPITITO, G. C. D; FLISCH, T. M. P. Saúde do Adulto. Belo Horizonte: Nescon/ UFMG, 20’3, 166p. ROSA, W. A. D.; LABATE, R. C. Programa Saúde da Família: a construção de um novo modelo de Revistaa Latino-americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 13, n. 6, p. 1027assistência. Revist 1034, 2005. SILVA, N. Ser adulto: alguns elementos para a discussão deste conceito e para a formação de professores de adultos.http://www.ipv.pt/millenium/Millenium29/35.pdf Millenium – Revista do Instituto Politécnico de Viseu, n. 29, junho 2004. Disponível em: < >. Acesso em 15 jul 2015. SOUSA, F. C. O que é “ser adulto”: as práticas e representações sociais sobre o que é “ser adulto” na sociedade portuguesa. Revista Eletrônica Acolhendo a Alfabetização nos Países de
Língua Portuguesa, v. 1, n. 2, 2007, pp. 56-69. 81 /227
Unidade 3 • Assistência Integral à Saúde do Adulto
Referências VASCONCELOS, A. M. N.; GOMES, M. M. F. Transição demográca: a experiência brasileira.
Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, n. 21, v. 4, p. 539-548, 2012.
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Unidade 3 • Assistência Integral à Saúde do Adulto
Questão 1 1. A Estratégia Saúde da Família (ESF) visa atender o indivíduo, a família e coletividades de forma integral e contínua, desenvolvendo ações de promoção, proteção e recuperação da saúde mais próximas da vida cotidiana da população. Como isso é realizado? a)
Imprimindo uma nova dinâmica de atuação atuação nas unidades básicas de saúde, saúde, com denição
de responsabilidades entre serviços de saúde e população. b) Substituindo totalmente as unidades unidades básicas de saúde por unidades de saúde da família.
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c)
Facilita acilitando ndo o acesso aos serviços hospital hospitalares ares como principal modelo de atenção.
d)
Realizando Realiza ndo atendimentos individuais com prioridade em atenção medicamentosa.
e)
Fortalecendo o modelo biomédico de atenção.
Questão 2 2. Quando estudamos o processo de adoecimento, percebemos uma mudança significativa nos tipos de patologias mais prevalentes. Neste contexto, quais são os principais fatores que levaram à queda no número de mortes causadas por doenças infecciosas e parasitárias? a)
A mudança no padrão de doenças decorre da organização do processo produtivo.
b) Os avanços na assistênci assistênciaa à saúde e ao expressivo êxito alcançado pela área da saúde em relação às doenças imunopreveníveis. c) O número de doenças infecciosa infecciosass não diminuiu em quantidade, somente em percentil, dado o aumento das patologias oncológicas. d) A mudança ocorreu em função do aumento do diagnóstico das patologias crônicas, como ocorreu como hipertensão e diabetes. e) A mudança foi percebida em decorrência decorrência após início dos tratamentos de saúde saúde mental com incremento de muitas patologias que antes não eram consideradas doenças.
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Questão 3 3. Assinale a alternativa que preenche de forma adequada a lacuna na afirmação: As ações ações de ____ _ ______ ______ ______ ______ ______ ___,, que consist consistem em na instit instituiçã uição o de medicamentos com objetivos preventivos, devem ser utilizadas baseadas em critérios científicos, com o intuito de prevenir alguma complicação advinda de alguma condição específica.
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a)
Vacinação.
b)
Diagnóstico por imagem.
c) d)
Quimioprevenção. Terapias cognitivas.
e)
Diagnósticoo situacional. Diagnóstic
Questão 4 4. Assinale a alternativa que contenha os principais objetivos das ações de aconselhamento em saúde: a) O principal objetivo da instituiç instituição ão de intervenções comportamen comportamentais tais é promover recuperação total da saúde. b) O principal objetivo da instituiç instituição ão de intervenções comportamen comportamentais tais capazes de promover hábitos saudáveis e atitudes que façam diferença em saúde. c) O principal objetivo da instituição de intervenç intervenções ões comportamentai comportamentaiss capazes de melhorar a saúde sem alterar hábitos de vida diária. d)
O principal objetivo da instituição de intervenç intervenções ões comportamentai comportamentaiss é responsabili responsabilização zação
do paciente no processo de cura. e) O principal objetivo da instituição de intervençõ intervenções es comportamentais comportamentais é a oportunidade de reexão sobre processo de adoecimento.
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Questão 5 5. Assinale a alternativa que contém a abordagem que visa preservar ou melhorar a saúde das pessoas, além de detectar e prevenir doenças precocemente, sendo orientado pela idade, sexo, fatores de risco específicos de cada pessoa:
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a)
Avaliação periódica de saúde.
b)
Vigilância em saúde.
c)
Intervenção medicamentosa.
d)
Diagnóstico prévio.
e)
Imunização.
Gabarito
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1. Resposta: A.
3. Resposta: C.
A implementação da estratégia da saúde da família ocorre imprimindo uma nova dinâmica de atuação nas unidades básicas de saúde, com denição de
As ações de Quimioprevenção consistem na instituição de medicamentos com objetivos preventivos, devem ser utilizadas baseadas em critérios cientícos, com o
responsabili responsabilidades e população.dades entre serviços de saúde
intuito complicação advindadedeprevenir algumaalguma condição especíca.
2. Resposta: B.
4. Resposta: B.
Os avanços na assistência à saúde e o expressivo êxito alcançado pela área da saúde em relação às doenças imunopreveníveis imunopreve níveis modicam o tipo de patologias observáveis.
Assinale a alternativa que contenha os principais objetivos das ações de aconselhamentoo em saúde é capacidade de aconselhament promover hábitos saudáveis e atitudes que façam diferença em saúde.
Gabarito 5. Resposta: A. Avaliação periódica de saúde visa preservar ou melhorar a saúde das pessoas, além de detectar e prevenir doenças precocemente, sendo pela sexo, fatores de riscoorientado especícos deidade, cada pessoa.
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Unidade 4 Saúde do Trabalhador
Objetivos Apresentar trajetória histórica da saúde do trabalhador;
»
Apresentar o processo de construção e estruturação da saúde do trabalhador no Brasil;
»
»
Discutir as ações e estratégias para a assistência à saúde do trabalhador.
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Introdução A atenção à saúde do trabalhador no âmbito do Sistema Único de Saúde é orientada pela Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, que foi instituída pela Portaria nº 1.823, de 23 de agosto de 2012. Em seu artigo 2º, apresenta a denição dos princípios, as diretrizes e as estratégias a serem observados pelas três esferas de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) na atenção à saúde do trabalhador e trabalhadora.
Link Conheça na íntegra a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. Disponível em: . Acesso em: 13 jul 2015.
Devemos lembrar que a Política Nacional de Saúde do Trabalhador é uma política do SUS e, portanto, deve seguir os mesmos princípios e diretrizes. As ações devem ser articuladas em ações individuais e coletivas. coletivas. As individuais podem incluir assistência assistência e de recuperação a agravos como acidentes ou doenças ocupacionais. Já com relação às medidas coletivas, devem incluir medidas de promoção, prevenção, vigilância ambiental e de intervenção nos fatores que 91 /227
Unidade 4 • Saúde do Trabalhador
determinam a saúde do trabalhador.
1. Saúde Do Trabalhador Apesar da relação do homem com o trabalho ser bem antiga, a preocupação com o impacto que a atividade laboral pode gerar na vida e na saúde do trabalhador é bem recente. O marco histórico temática foi a publicaçãodedoBernardino livro: dino “De Morbis Articum Diatriba” – traduzido como: “As “Asdesta doenças dos trabalhadores”, Bernar Ramazzini, publicado em 1700, na Itália. O autor desta obra descreve uma série de doenças diretamente relacionadas com 50 prossões (CARVALHO, 2014).
Paraa saber mais Par Bernardino Ramazzini Ramazzini foi um médico italiano nascido em Carpi, considerado o pai da Medicina Ocupacional. Durante sua vida escreveu largamente sobre medicina geral, clínica médica, epidemiologia, sanitarismo, meteorologia, meteorologia, ciências, losoa, história, letras, poesia, literatura e artes e foi membro de várias sociedades e academias. Ao todo são conhecidos 16 conferências e 42 trabalhos cientícos, incluindo sua obra-prima De morbis artifcum diatriba. 92 /227
Unidade 4 • Saúde do Trabalhador
As transformações políticas e econômicas
movimento intenso de pessoas migrando
sempre tiveram impacto sobre o trabalho e, por consequência, sobre a saúde do trabalhador. Um exemplo clássico de mudança política, econômica e social foi o movimento conhecido como Revolução
para as cidades e o início do trabalho nas linhas de produçã produçãoo das indústrias (MENDES, 2013).
Industrial, iniciado na Inglaterra (17601830), estendendo-se posteriormente posterior mente para Alemanha, França e toda a Europa (CARVALHO, 2014).
êxodo rural, ou seja, a saída do campo e a xação de moradia nas proximidades proximidades do ambiente fabril. Os vilarejos formavam grandes adensamentos populacionais e em decorrência já se observava a mudança na
A Revolução Industrial foi um momento históric histórico em que tivemos não só uma intensa omudança de processo produtivo, mas também uma profunda alteração da sociedade como um todo. No período préRevolução Industrial existia o predomínio do trabalho rural, manual e até mesmo escravo. Com essa revolução, tivemos o 93 /227
Unidade 4 • Saúde do Trabalhador
Em conjunto com o nascimento das indústrias foi observado o movimento de
prevalência das principais patologias deste grupo de pessoas trabalhadoras (SALIBA, 2010). As fábricas recrutavam basicamente mulheres e crianças. Em decorr decorrência ência de sua constituição física eda porpopulação, compor a porção mais vulnerável
neste período são relatados diversos casos de violência e óbitos em decorrência de acidentes de trabalho (SALIBA, 2010). Os acidentes de trabalho no momento da industrialização eram numerosos, muitas vezes causados por máquinas sem proteção, que eram utilizadas de forma improvisada, com correias expostas e adaptações precárias (SALIBA, 2010).
Paraa saber mais Par Dene-se como acidente de trabalho aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provo provocando cando lesão corporal ou perturbação funcional, permanente ou temporária, que cause a morte, a perda ou a redução da capacidade para o trabalho. Consideram-se acidente de trabalho a doença prossional e a doença do trabalho.
As fábricas eram pouco ventiladas, os ruídos eram intensos, levando a prejuízo direto sobre audição e também para comunicação entre os trabalhadores, favorecendo o aumento de acidentes de trabalho. A jornada de trabalho era iniciada de madrugada e nalizada ao 94 /227
Unidade 4 • Saúde do Trabalhador
anoitecer, sendo utilizadas lamparinas
morbidade da população neste momento
a gás para suprir as deciências de iluminação (SALIBA, 2010).
histórico levou à mobilização da opinião pública, e como consequência o Parlamento Britânico discutiu as precárias condições de saúde e trabalho e aprovou em 1802 a primeira lei de proteção aos
O adoecimento da população aumentava em ritmo acelerado acelerado,, acompanhando o crescimento dos processos produtivos no ambiente fabril e as péssimas condições sanitárias das moradias que surgiam ao redor das indústrias (SALIBA, 2010). As condições sanitárias eram tão ruins que a epidemia de tifo europeu foi conhecida
Em 1830 as condições sanitárias do ambiente fabril ainda não estava estavam m melhores e como enfrentamento o governo
como “febre das fábricas”, a disseminação desta patologia era facilitada pelas deciências sanitárias, concentração de pessoas e fragilidade nos hábitos de higiene (MENDES, 2013).
britânico nomeoudas o médico inspetor médico fábricas.Robert RobertBaker iniciou as ações de medicina no ambiente das fábricas, com reexos por todo o mundo (MENDES, 2013).
O aumento das taxas de mortalidade e 95 /227
trabalhadores: a “Lei da2013). Saúde e Moral dos Aprendizes” (MENDES,
Unidade 4 • Saúde do Trabalhador
2. Saúde do Trabalhador no Brasil No Brasil, o processo de industrialização foi tardio quando comparado ao Continente Europeu. As preocupações com questões de saúde ocupacional iniciadas 1940, com a criação daforam Associação de em Prevenção de Acidentes do Trabalho. E em 1943 entrou em vigor a CLT- Consolidação das Leis de Trabalho, marco histórico da proteção ao trabalhador brasileiro (CARVALHO, 2014).
Link Acesse na íntegra a CLT- Consolidação das Leis de Trabalho. Disponível em: . Acesso em: 13 jul 2015.
Na década de 1950 tivemos a intensicação da criação dos institutos de aposentadoria e pensões, em 1960 foram criados o FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e o INPS – Instituto Nacional de Previdência Social, que originou o atualmente conhecido INSS – Instituto Nacional de Seguridade Social. No mesmo período criadaFigueiredo a FUNDACENTRO – Fundação JorgefoiDuprat
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Unidade 4 • Saúde do Trabalhador
de Segurança e Medicina do Trabalho
riscos laborais e doenças ocupacionais
(CARVALHO, 2014). O FGTS foi criado em 1967 pelo Governo Federal para proteger o trabalhador demitido sem justa causa. Têm direito ao benecio todo trabalhador brasileiro
(CARVALHO, 2014). De acordo com Moraes (2008), na atenção à saúde do trabalhador podemos dividir as atividades em funções: assistencial, administrativa, administrativ a, educativa, de integração
com contrato de trabalho formal, regido pela CLT e, também, trabalhadores rurais, temporários, avulsos, safreiros e atletas prossionais.
e de pesquisa. Você irá estudar cada uma delas separadamente, todavia na prática as atividades são sobrepostas e ocorrem simultaneamente. Desta forma, temos:
Na saúde pública, as ações dos prossionais devem contemplar a promoção, proteção e recuperação da saúde. As estratégias, ferramentas e técnicas empregadas na saúde pública com enfoque na saúde do trabalhador
são utilizadas visando aproteção promoção da os saúde do trabalhador, contra 97 /227
Unidade 4 • Saúde do Trabalhador
assistenciall refere-se ao • A função assistencia conjunto de cuidados e medidas que tem como objetivo a promoção, proteção e recuperação em saúde. • A função administrativa é composta de atividades de organizaçã organização, o, direção e controle de atividades e serviços, é
conhecida também como atividade gerencial. Entre as tarefas da função administrativa, temos: a participação em projetos, elaboração de rotinas e normas, recrutamento e seleção e controle de material e equipamentos. • A função educativa é composta de ações de educação em saúde, tem por objetivo realizar a educação dos trabalhadores trabalhadores e dos membros da equipe de saúde, sendo esperada a utilização dos recursos da comunidade, como centros comunitários e representantes de bairros. • A função de Integração está relacionada à atividade de estimular o trabalho multiprossional e intersetorial nos serviços de segurança do trabalho, realizar parcerias parcerias com órgãos de classe, como sindicados, e serviços de saúde, como as vigilâncias epidemiológica e sanitária. • A função de pesquisa é a atividade que estimula que a equipe de saúde atue como pesquisador ou facilitador da realização de pesquisas relacionadas à saúde e trabalho. As funções apresentadas são realizadas de forma integrada e têm como objetivo desenvolver a promoção da saúde do trabalhador através de ações de prevenção primária, secundária e terciária (MORAES, 2008). A prevenção primária envolve ações de promoção da saúde e proteção especíca, como 98 /227
Unidade 4 • Saúde do Trabalhador
orientações e medidas de aquisição de hábitos saudáveis; a prevenção secundária visa o reconhecimento imediato e precoce dos agravos de saúde visando a limitação do dano. Nesta etapa deve-se realizar a associação entre o adoecimento e os riscos do trabalho, e quando se realiza a prevenção terciária, objetiva-se a reabilitação em saúde, uma vez que já ocorreu o agravo à saúde (MORAES, 2008). Estas ações devem contemplar também a cura e reabilitação das doenças e agravos, tendo em consideração o seu desenvolvimento. História natural da doença é o nome dado ao conjunto de processos interativos compreendendo compre endendo as inter-relações do agente, do suscetível e do meio ambiente que afetam o processo global e seu desenvolvimento, desde as primeiras forças que criam o estímulo patológico no meio ambiente, ou em qualquer outro lugar, passando pela resposta do homem ao estímulo, até as alterações que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte (LEAVELL & CLARK, 1976). O curso da doença no organismo não é uniforme, podendo apresentar grandes variações, porém é possível delinear alguns padrões de progressão da doença que podem ser colocados em cinco categorias principais (PEREIRA, 2006): 1. Evolução aguda, rapidamente fatal. 99 /227
Unidade 4 • Saúde do Trabalhador
2. Evo Evolução lução aguda, clinicamente clinicamente
medidas podem ser medidas inespecícas
evidente e com rápida recuperação na maioria dos casos. 3. Evolução sem alcançar o limiar clínico, de modo que o indivíduo não saberá do ocorrido, salvo se for
ou gerais, têm o objetivo de promover o bem-estar das pessoas, e especícas ou restritas incluem as técnicas para lidar com dada doença ou agravo à saúde em particular.
submetido a exames laboratoriais. 4. Evolução crônica, que se exterioriza e progride para o êxito letal após longo período. 5. Evolução crônica, com períodos
As ações de Saúde do Trabalhador devem ser organizadas em uma rede de serviços, sendo, portanto, incorpora incorporadas das pelo sistema de saúde como um todo. Desta forma, a entrada deve ser a rede básica de saúde
assintomáticos entremeados de assintomáticos exacerbações exacerbaç ões clínicas. A equipe de saúde deverá considerar medidas preventivas todas aquelas utilizadas para evitar a progressão das doenças ou suas consequências. Estas 100 /227
Unidade 4 • Saúde do Trabalhador
eReferência como retaguarda os Centros de em Saúdetécnica do Trabalhador.
Paraa saber mais Par Os Centros de Referência em Saúde do Trabalhador são locais de atendimento especializado em Saúde do Trabalhador Trabalhador,, que além de atender diretamente o trabalhador, servem como uma fonte geradora de conhecimento, indicando as doenças ou os sintomas das pessoas atendidas, relacionando com as atividades que elas exercem. Esses dados podem ser utilizados para as negociações feitas pelos sindicatos e também para a formulação de políticas públicas.
As ações da Atenção Primária à Saúde (APS), na abordagem do trabalhador, deverão promover ações pautadas, sobretudo, na identicação de riscos, danos, necessidades, condições condições de vida e trabalho, que determinam as formas de adoecer e morrer dos trabalhadores. Além de identicar e registrar os riscos potenciais e perigos para a saúde do trabalhador e do meio ambiente, a APS devera combater a existência de trabalho precoce (crianças e adolescentes). adolescent es). Outra preocupação com a população trabalhadora é a ocorrê ocorrência ncia de acidentes e/ou e/ ou doenças relacionadas ao trabalho, que acometam trabalhadores inseridos tanto no mercado formal como informal de trabalho. 101 /227
Unidade 4 • Saúde do Trabalhador
Cabe à APS realizar análise de dados
de governos dos 182 Estados-Membros
especícos da população trabalhadora; Desenvolver ações educativas em Saúde do Trabalhador e, na ocorrência de acidente ou doença relacionada com o trabalho, realizar o atendimento à vítima, promover
e de organizações de empregadores e de trabalhadores.
cuidados necessários e noticar sua ocorrência.
Ética Internacional para os Prossionais de Saúde no Trabalho que foram denidos pela OIT e OMS, em 1950, atualizados em 1995 pelo Comitê Misto OIT/OMS, e que têm os seguintes objetivos:
3. Saúde Do Trabalhador No Contexto Internacional No contexto internacional, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) é uma agência multilateral ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), especializada nas questões do trabalho, possui sede em Genebra, tem representação paritária 102 /227
Unidade 4 • Saúde do Trabalhador
As ações e intervenções de saúde do trabalhador devem ser realizadas de acordo com os objetivos do Código de
• Manutenção Manutençã o e promoção da saúde dos trabalhadores e de seu Código de Ética Internacional para os Prossionais de Saúde no Trabalho. • Manutenção Manutençã o e promoção da saúde dos trabalhadores e de sua
capacidade de trabalho. • Melhoramento das condições condições de trabalho, trabalho, para que elas sejam compatíveis compatíveis com com a saúde saúde e a segurança. • Desenvolvimento Desenvolvimento de culturas culturas empresariais empresariais e de organizaç organizações ões de trabalho trabalho que contribuam contribuam com a saúde e segurança e promovam um clima social positivo, favorecendo a melhoria da produtividade das empresas.
Link Código de Ética Internacional para os Prossionais de Saúde no Trabalho. Disponível em:< . Aceso em: 13 jul 2015.
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Unidade 4 • Saúde do Trabalhador
Glossário Adensamentos: Fenômeno associado ao crescimento populacional das cidades, que resulta no uso intensivo do espaço urbano. Laborais: relativo a trabalho. Trabalhar, lidar, esforçar-se. Preparar gradualmente e com trabalho.
Tifo: é uma doença bacteriana que tem como principais vetores pulgas, piolhos ou carrapatos que as adquiriram de animais como ratos, gatos, gambás, guaxinins e outros. Dentre os sintomas estão: dor de cabeça, cabeça, febre alta, indisposição, náusea e vômito vômito,, diarreia,, calafrio diarreia calafrio,, erupção cutânea, cutânea, tosse tosse,, dor abdominal, abdominal, dor nas articulações e articulações e dor nas costas.. costas
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Unidade 4 • Saúde do Trabalhador
para Questão
reflexão Considerando a relação entre saúde do trabalhador e a Estratégia de Saúde da Família, escreva um texto crítico reexivo acerca dos seguintes temas:
Qual o papel da ESF junto à comunidade de trabalhadores?
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Quais são as atividades que a equipe de saúde pode desenvolver na atenção à saúde do trabalhador?
Quais são os aspectos históricos que nos permitem compreender a necessidade de
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programas program as de atenção em saúde do trabalhador? 105 /227
?
Considerações Finais A atenção à saúde do trabalhador no âmbito do Sistema Único de Saúde é orientado pela Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora.
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No Brasil, as preocupações com questões de saúde ocupacional foram iniciadas em 1940, com a criação da Associação de Prevenção de Acidentes do Trabalho e a criação da CLT - Consolidação das Leis de Trabalho, marco histórico da proteção ao trabalhador brasileiro.
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As estratégias, ferramentas e técnicas empregadas na saúde pública
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com enfoque na saúde do trabalhador são utilizadas visando a promoção da saúde do trabalhador, proteção contra os riscos laborais e doenças ocupacionais.
As ações e intervenções de saúde do trabalhador devem ser realizadas de acordo com os objetivos do Código de Ética Internacional para os
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Prossionais de Saúde no Trabalho. 106 /227
Referências BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.823, de 23 de agosto de 2012. Institui a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. Diário Ofcial [da] República Federativa do Brasil , Brasília, DF, DF, 24 ago. 2012. Seção I, p. 46-51. Disponível em: . Acesso em: 13 jun. 2015. CARVALHO, Geraldo Mota de. Enfermagem do Trabalho. São Paulo: EPU, 2014. 236 p. 2 edição.
MORAES, Márcia Vilma Gonçalves. Enfermagem do Trabalho: Programas, Procedimentos e Técnicas. 3 edição, 2009. MENDES, René. Patologia do Trabalho. Guanabara Koogan, 3 ed. 2013. SALIBA, T. M. Curso básico de segurança e higiene ocupacional. São Paulo: Editora LTR, 2010. LEAVEL, H. & CLARK, E. G. Medicina Preventiva. São Paulo: McGraw-Hill, 1976, 744p. PEREIRA, M. G. Epidemiologia teoria e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
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Unidade 4 • Saúde do Trabalhador
Questão 1 1. A Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora é uma estratégia importante para atendimento de uma parcela significativa da população, esta política foi orientada pelo:
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a)
Sistema Único de Saúde.
b)
Ministério do Trabalho.
c)
Previdência Social.
d)
Sindicatos.
d)
Centro de referência em saúde do trabalhad trabalhador or..
Questão 2 2. Durante a Revolução Industrial as fábricas recrutavam basicamente mulheres mulheres e crianças em decorrência de sua constituição física e por compor a porção mais vulnerável da população. Neste período, quais relatos eram observados nesta população? a)
Durante a Revolução Industria Industriall poucos casos de violência e óbitos eram registrados.
b) Durante a Revolução Industria Industriall diversos casos de violência e óbitos em decorrência de acidentes de trabalho foram relatados, relatados, principalmente entre homens. c) Durante a Revolução Industria Industriall diversos casos de violência e óbitos em decorrência de acidentes de trabalho foram relatados, exclusivamente entre mulheres. d) Durante a Revolução Industrial Industria l diversos casos de violência e óbitos em decorrência de acidentes de trabalho foram relatados, exclusivamente com crianças. e) Durante a Revolução Industria Industriall diversos casos de violência e óbitos em decorrência de acidentes de trabalho foram relatados, relatados, principalmente entre mulheres e crianças.
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Questão 3 3. Durante o processo de Revolução Industrial as condições sanitárias eram tão ruins que a epidemia de tifo europeia foi conhecida como “febre das fábricas”. A disseminação desta patologia era facilitada por quais fatores? a)
As patologia patologiass eram disseminadas pela concentraçã concentraçãoo de pessoas em ambientes quentes e
úmidos. b) As patologia patologiass eram disseminadas pelas deciências sanitárias e hábitos alimentares. c) As patologia patologiass eram disseminadas pelas deciências sanitárias, concentração de pessoas e fragilidade nos hábitos de higiene.
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d)
As patologia patologiass eram disseminadas pela falha em ações de vacinação.
e)
As patologia patologiass eram disseminadas pela alta virulência do patógeno.
Questão 4 4. Assinale a alternativa alternativa que preenche de forma adequada a lacuna no trecho: A Organização Internacional do Trabalho (OIT) é uma agência multilaterall ligada ra ligada à ______ ___ _____ _____ ______ ______ _____ ____especi __especializ alizada ada nas questões questões do tratrabalho, sede em Genebra, tem representação paritária de egovernos dos 182possui Estados-Membros e de organizações de empregadores de trabalhadores.
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a)
Organização Mundial de Saúde.
b)
Agência Europeia de Trabalho.
c)
Organização das Nações Unidas.
d)
Ministério do Trabalho e Emprego.
e)
UNESCO.
Questão 5 5. As ações de Saúde do Trabalhador devem ser organizadas em uma rede de serviços, sendo portanto incorporadas pelo Sistema como um todo,, desta forma a entrada todo entrada deve ser a rede básica de saúde. saúde. Quem deve prover a retaguarda técnica para este contexto?
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a)
Ministério do Trabalho e Emprego.
b) c)
Centros de Referência em Saúde do Trabalhador. Ministério da Previ Previdência dência Social.
d)
Sindicatos e entidades de classe.
e)
Delegacia Regional do Trabalho.
Gabarito 1. Resposta: A. Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora é uma estratégia estabelecida pelo SUS.
sanitárias, concentração concentração de pessoas e fragilidade nos hábitos de higiene.
4. Resposta: C. A OIT é uma agência especializada nas
2. Resposta: E. Durante a Revolução Industrial, crianças e mulheres eram recrutadas ao trabalho em fábricas e diversos casos de violência e óbitos em decorrência de acidentes de trabalho foram relatados, principalmente entre mulheres e crianças. 3. Resposta: C. Os fatores que aumentaram transmissão do tifo estão relacionados àsadeciências 113 /227
questões doem trabalho, ligada à ONU, que possui sede Genebra.
5. Resposta: B. Os Centros de Referência em Saúde do Trabalhador são responsáveis pela retaguarda técnica nos serviços de saúde quanto atuam em questões relacionadas relacionadas à saúde do trabalhador.
Unidade 5 Principais Agravos à Saúde do Adulto
Objetivos Discutir a importância epidemiológica das doenças crônicas degenerativas na Saúde do Adulto;
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Apresentar os princípios da atenção aos portadoress de Hipertensão Arterial Sistêmica portadore
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e Diabetes Mellitus na Atenção Básica; Apresentar os preceitos da Política de Atenção Integral aos Usuários de Álcool e Outras Drogas no âmbito da Atenção Básica.
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Introdução Nas últimas décadas o Brasil vem passando
com diminuição do número de crianças,
por importantes transformações no seu perl epidemiológico e em sua estrutura demográca. Essas mudanças são evidenciadas pela redução da mortalidade causada por doenças
manutenção do número de jovens e adultos e aumento da população acima de 60 anos (MENDES, et al., 2012; VASCONCELOS; GOMES, 2012).
infeccio infecciosas sas e, e parasitárias, queda da de fecundidade, fecundidad aumento da expectativa vida ao nascer, aumento de acidentes e violência, em decorrência da urbanização e o aumento de exposição a fatores de risco, contribuindo com um maior número da ocorrência de doenças crônicas não transmissíveis (MENDES, et al., 2012; VASCONCELOS; GOMES, 2012; OP OPAS, AS, 2012).
adulto vêm se tornando cada vez mais importantes no âmbito dos serviços de saúde, principalmente ao considerar que no Brasil, tradicionalmente, as ações de saúde pública estão voltadas para crianças,
Aliado a estas questões, temos o envelhecimentoo da população brasileira envelheciment 115 /227
Unidade 5 • Principais Agravos à Saúde do Adulto
Nesse sentido, os problema problemass de saúde do
mulheres e idosos, levando a uma lacuna à assistência ao adulto (PIANCASTELLI (PIANCASTELLI; ; SPITITO; FLISCH, 2013). Assim, neste texto abordaremos os agravos à saúde do adulto epidemiologicamente epidemiologicamente importantes, diariamente no cotidiano das Unidadesenfrentados de Saúde da
Família, a saber: hipertensão arterial,
básica no sentido de responder à
diabetes mellitus, o alcoolismo e a dependência química.
complexidade das doenças crônicas complexidade que não são de resolução rápida, mas permanecem ao longo da vida dos indivíduos e famílias. Recent Recentes es evidências mostram que equipes multidisciplinares
1. Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus e a Atenção Básica A hipertensão arterial e o diabetes mellitus são os principais fatores de risco para o desenvolvimento desenvolv imento das doenças do aparelho circulatório, responsáveis por 30,69% das mortes em 2011 e por 1.140.282 internações no ano de 2014, gerando grandes demandas aos serviços de saúde (BRASIL, 2015). Nesse contexto, faz-se necessária a estruturação das equipes de atenção 116 /227
Unidade 5 • Principais Agravos à Saúde do Adulto
atuando de forma coordenada, para orientar e apoiar as pessoaspreparadas a lidar com suas condições e a responder às agudizações desses processos, alcançam melhores resultados (BRASIL, 2014). Os principais aspectos para esta do acesso estruturação estão na ampliação da população aos recursos e aos serviços das Unidades Básicas de Saúde, na busca de maior qualidade da Atenção à Saúde e na persistência na busca à integralidade da atenção. Além disso, as equipes devem
estar atentas a um conjunto de atividades,
precisos, em tratamentos mais
metodologias e ferramentas apontadas metodologias na literatura como indicativos de melhor qualidade nos serviços de saúde, como (BRASIL, 2014):
adequados, em melhor uso de recursos e exames e em melhores resultados em saúde.
• Programação da assistência conforme confor me necessidades da população. • Recepção e acolhimento para que as pessoas possam usufruir dos serviços de saúde que necessitam, no momento em que necessitam, com qualidade e equidade. • O uso de diretriz diretrizes es clínicas clínicas baseadas em evidências que está relacionad relacionadoo à melhor qualidade da assistência, resultando em diagnósticos mais 117 /227
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• Estraticação segundo riscos reconhecendo reconhec endo que as pessoas têm diferentes graus de risco/ vulnerabilidade e, portanto, têm necessidades diferen diferentes. tes. • A gestão de caso, que tem por objetivos diminuir a fragmentação do cuidado; defender as necessidades e expectativas de pessoas em situação especial; aumentar a qualidade do cuidado; facilitar a comunicação com os prestadores de serviços; e coordenar de Atençãooàcuidado Saúde. em toda a rede
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA) (PA ≥140 x 90 mmHg). Associa-se, frequentemente, frequent emente, às alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo encéfalo, rins e vasos sanguíneos)(coração, e às alterações alteraçõ es metabólicas, com aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais e não fatais (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2010). De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2010), sua prevalência no Brasil varia entre 22% e 44% para adultos (32% em média), chegando a mais de 50% para indivíduos com 60 a 69 anos e 75% em indivíduos 118 /227
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com mais de 70 anos.
Link Acesse na íntegra as VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial disponibilizadas pela Sociedade Brasileira de Cardiologia. Disponível em: . Acesso e, 22 jul 2015.
É considerada um dos principais fatores de risco modicáveis e um dos mais importantes problemas problemas de saúde pública. Além de ser causa direta de cardiopatia hipertensiva, é fator de risco para doenças decorrentes de aterosclerose e trombose, que se manifestam manifestam,, predominant predominantemente, emente,
por doença isquêmica cardíaca,
faixa etária de 55 anos ou mais de idade
cerebrovascular, vascular periférica e renal. Ou seja, a HAS está na origem de muitas doenças crônicas não transmissíveis e, portanto, caracteriza-se como uma das causas de maior redução da expectativa
(BRASIL, 2012).
e(DUNCAN; da qualidade de vidaGIUGLIANI, dos indivíduos SCHMIDT; 2006). De acordo com dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel –autorreferida 2011), a preval prevalência médiaacima de HAS na ência população de 18 anos é de 22,7%, sendo maior em mulheres (25,4%) do que em homens (19,5%). A frequência tornou-se mais comum com a idade, mais marcadam marcadamente ente para as mulheres, alcançando mais de 50% na 119 /227
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Paraa saber mais Par O Sistema de Vigilância de Fatores Fatores de Risco R isco e Proteção Prote ção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico - Vigitel compõe o Sistema de Vigilância de Fatores de Risco de Doenças Crônicas Não Transmissíveis Transmissíveis do Ministério da Saúde e, conjuntamente com outros inquéritos, i nquéritos, vem ampliando o conhecimento sobre as DCNT no país, subsidiando a denição de metas de redução dos fatores de risco a serem atingidas pelo país na próxima década.
Além disso, a frequência de adultos que
álcool, sedentarismo, genética e fatores
referiram diagnóstico de HAS esteve entre 12,9% em Palmas e 29,8% no Rio de Janeiro. No sexo masculino, as maiores frequências foram observadas no Rio de Janeiro (23,9%) e em Campo Grande
ambientais (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2010).
(23,9%) e, entre as observadas mulheres, asnomaiores frequências foram Rio de Janeiro (34,7%) e em Recife (30,3%) (BRASIL, 2012).
importância uma atuação qualicada da Atenção Básica com estratégias de prevenção,, diagnóstic prevenção diagnóstico, o, monitorizaçã monitorizaçãoo e controle da hipertensão arterial. Devem também ter sempre em foco o princípio
Entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento HAS podemos citar a idade (sendo maisda prevalente em pessoas acima de 65 anos), gênero e etnia (sendo mais prevalente em mulheres, depois dos 50 anos e em indivíduos não brancos), excesso de peso e obesidade, ingestão excessiva de sal, ingestão prolongada de 120 /227
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Diversos estudos apontam que para um efetivo controle e tratamento dos portadores de HAS, é de extrema
fundamental da prática centrada na pessoa e, consequentemente, envolver usuários e cuidadores, em nível individual e coletivo, na denição e implementação de estratégias de control controlee à hipertensão (BRASIL, 2013a). Neste sentido, o Ministério da Saúde
preconizaa que sejam trabalhadas preconiz
ser metas prioritárias dos prossionais de
as modicações de estilo de vida, fundamentais no processo terapêutico e na prevençãoo da hipertensão. A alimentação prevençã adequada, sobretudo quanto ao consumo de sal e ao controle do peso, a prática de
saúde (BRASIL, 2013a). O diabetes mellitus (DM) não é uma doença única, mas refere-se a um grupo de transtornos metabólicos de etiologias heterogêneas, caracterizado por
atividade física, o abandono tálcool abagismo e a redução do uso excessivodo detabagismo são fatores que precisam ser adequadamente abordados e controlados. O tratamento medicamentoso deve ser reservado apenas para os casos em condições de risco cardiovascular global alto ou muito alto (GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO, CONCEIÇÃO, 2009). 2009 ).
hiperglicemia e distúrbios no metabolismo hiperglicemia de carboidratos, proteínas e gorduras, resultantes de defeitos da secreção e/ ou da ação da insulina. Está geralmente associado à dislipidemia, à hipertensão
Além disso, a prevenção primária e a detecção precoce devem ser amplamente utilizadas, já que são as formas mais efetivas de evitar as doenças, devendo 121 /227
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arterial e à disfunção endotelial, sendo considerado um problema de saúde sensível à Atenção Básica, ou seja, o bom manejo precoce deste problema evita hospitalizações e mortes por complicações cardiovasculares e cerebrovasculares (BRASIL, 2013b; ALFRADIQUE, 2009).
população. Além disso, as ocorr ocorrências ências
Link Acesse na íntegra as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes. Disponível em: . Acesso em:
23 jul 2015.
No Brasil, segundo dados do Vigitel de 2011, a prevalência de diabetes autorreferida na população acima de 18 anos aumentou de 5,3% para 5,6%, entre 2006 e 2011. Ao analisar esse dado de acordo com o gênero, as mulheres apresentaram uma maior proporção da doença, correspondendo a 6% dessa 122 /227
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são mais comuns em pessoas com baixa escolaridade e aumentam de acordo com a idade da população (BRASIL, 2011). A capital com o maior número de pessoas com diabetes foi Fortaleza, com 7,3% de ocorrências. Vitória teve o segundo maior índice (7,1%), seguida de Porto Alegre, com 6,3%. Os menores índices foram registrados em Palmas (2,7%), Goiânia (4,1%) e Manaus (4,2%) (BRASIL, 2011). O DM causa importante impacto na mortalidade e nos problemas de saúde que afetam a qualidade de vida dos seus portadores, acarretando altos custos aos serviços de saúde (BRASIL, 2013b). Estudos internacionais sugerem que
o custo dos cuidados relacionados ao
fatores, as diculdades de diagnóstico
diabetes é cerca de duas a três vezes superior aos dispensados a pacientes não diabéticos e está diretamente relacionado com a ocorrência de complicações crônicas, evidenciando a necessidade do
precoce e ações de prevenção primária e secundária (FERREIRA; FERREIRA, 2009).
desenvolv desenvolvimento imento de políticas públicase de saúde que interram diretamente ecazmente no problema (BRASIL, 2013b, )
Prevenção Primária é a instituição Prevenção instit uição de medidas que promovam saúde com qualidade, antes do acometimento do indivíduo in divíduo por fatores pré-patogênicos, inclui: promoção da saúde e proteção especíca como Imunização, saúde ocupacional, higiene, proteção contra acidentes, aconselhamento genético e controle de vetores.
Os principais fatores de risco para o desenvolvimento do DM são o sobrepeso, ofamiliares sedentarismo, os antecedent antecedentes cardiovasculares e a es hipertensão arterial. Estudos demonstram ainda que é expressivo o número de pessoas que chegam às Unidades de Saúde já apresentando sinais de estágio avançado da doença, o que demonstra, entre outros 123 /227
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Paraa saber mais Par
De acordo com as recomendações do Ministério da Saúde, os objetivos mais importantes das ações de saúde em DM são controlar a glicemia e, com isso, em
longo prazo, reduzir a morbimortalidade
intervenções intervençõ es com estímulo a uma dieta
causada por essa patologia. Os resultados no controle do DM advêm da soma de diversos fatores e condições que propiciam o acompanhamento desses indivíduos, o desenvolvimento do autocuidado,
saudável e prática de atividade física saudável visando combater o excesso de peso, o sedentarismo e as dislipidemias (OLIVEIRA; VENCIO, 2015).
oqualidade que contribuirá melhoria de vida.na Além disso,da mostra-se importante desenvolver ações educativas sistematizadass e permanentes com os sistematizada prossionais de saúde a m de mudar as práticas atuais em relação a esses problemas de saúde (BRASIL, 2013b, OLIVEIRA; VENCIO, 2015).
importantes ações no sentido de controlar a hipertensão arterial, dislipidemias, prevenir ulcerações, controle do tabagismo e rastreamento para diagnóstico e tratamento precoce das complicações
A prevenção do início do DM também é uma estratégia de grande importância na atenção à saúde. Os programas de prevençãoo primária devem basear-se em prevençã 124 /227
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Em relação à prevençã prevençãoo secundária, são
como retinopatia, insuciência renal e doenças cardiovasculares (OLIVEIRA; VENCIO, 2015).
2. O abuso de álcool e outras drogas e a Aten Atenção ção Básica O uso e abuso de álcool e drogas é atualmente um importante problema de saúde pública, quando pensamos tanto nas consequências como nos outros danos sociaisfísicas associados a esse comportamento, comportament o, tais t ais como violência, sobretudo a doméstica, e acidentes de trânsitos, que oneram os custos dos atendimentos diretos e indiretos (LARANJEIRA (LARANJEIR A et al., 2007). Como marco na atenção a estes usuários, em 2003 foi publicada no Brasil a “A Política do Ministério da Saúde para a Atenção Integral aos Usuários de Álcool e Outras Drogas”. Esta política se 125 /227
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comprometeu a enfrentar os diferentes problemas associados ao consumo de álcool e outras drogas enquanto uma questão de saúde pública (BRASIL, 2003).
Link
Acesse A Política do Ministério da Saúde para a Atenção Integral aos Usuários de Álcool e Outras Drogas na íntegra. Disponível em: < http:// bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pns_ alcool_drogas.pdf>. Acesso em: 22 jul 2015.
A política para os usuários de álcool e outras drogas é convergente com os princípios e orientações do SUS, buscando a universalidade do acesso e do direito
à assistência aos usuários. Destacam-se
prevenção,, tratamento e redução de prevenção
como pontos principais (BRASIL, 2003): • Integralidade das ações, que vai envolver desde ações de promoção e prevenção destinadas à população geral, até ações assistenciais para aqueles usuários que necessitam de tratamento;
danos, de acordo com prioridades locais e grau de vulnerabilidade;
• Descentralização Descentralização e autonomia da gestão pelos níveis estaduais e municipais para o desenvo desenvolvimento lvimento de ações voltadas para álcool e outras drogas e estruturação dos serviços mais próximos do convívio social; • Equidade do acesso dos usuários de álcool e drogas às ações de 126 /227
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• Mobilizar a sociedade civil, bem como estabelecer parcerias locais para a defesa e promoção dos direitos. A política do Ministério da Saúde se baseia nos princípios de Reduçã Reduçãoo de Danos e a abstinência deixa de ser a única possibilidade terapêutica (BRASIL, 2003). A abordagem da redução de danos reconhece cada usuário em suas singularidades, traça com ele estratégias que estão voltadas não para a abstinência como objetivo
a ser alcançado, mas para a defesa
hospitalar,, inserido na comunidade, de hospitalar
de sua vida. A redução de danos oferece-se como um método e, portanto, não excludente de outros em que tratar signica aumentar o grau de liberdade, de
caráter interdisciplinar e que evita a cronicação dos pacientes e o isolamento social e tem como aparato organizativo os chamados Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) (BRASIL, 2003).
corresp corresponsabilidade onsabilidade daquele está se tratando. Implica, por que outro lado, no estabelecimento de vínculo com os prossionais, que também passam a ser corresponsáveis pelos caminhos a serem construídos pela vida daquele usuário, pelas muitas vidas que a ele se ligam e pelas que nele se expressam (BRASIL, 2004).
O CAPS é um serviço de saúde aberto e comunitário, referência para o tratamento de pessoas que sofrem com transtornos mentais, psicoses, neuroses graves e persistentes e dependência química.
A rede assistencial proposta pela política é baseada na criação de uma rede de atenção aos usuários de modelo extra127 /227
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Seu objetivodeéseu oferecer à população setor tratamento de abrangência, realizando o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalec fortalecimento imento dos laços familiares e comunitários (BRASIL, 2004).
ações de saúde mental junto aos serviços
Paraa saber mais Par Os CAPS podem ser de tipo I, II, III, CAPS AD e CAPS i. Os CAPS I, II e II oferec oferecem em atendimento medicamentoso e de psicoterapia, visita domiciliar e atendimento à família, sendo que o CAPS III prevê assistência 24 horas. CAPS i destina-se ao atendimento de crianças e adolescentes e prefer preferencialmente encialmente portadores de transtornos mentais graves, e o CAPS ad ao atendimento de usuários transtornos mentais decorrentes do uso ecom dependência psicoativas. de substâncias psicoativas.
Dentro da perspectiva de trabalho em rede atenção integral, vez e mais esedeprocura articular ascada atividades 128 /227
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de Atenção Básica, entendendo quede a reinserção social dos portadores sofrimento mental deve ser realizada na comunidade onde vivem. É preeminente a necessidade de intervenções precoces paradas atender a esta demanda crescente, e uma formas mais efetivas de atuação e também com a relação custo-benefício mais adequada é a utilização dos serviços de base comunitária, norteados dentro da lógica de Atenção Básica, com o intuito de detecção precoce e intervenção no consumo antes que a própria dependência às drogas se instale propriamente (RONZANI, 2005). O atendimento aos usuários de álcool e outras drogas deve ser focado no processo
de reabilitação e reinserção social, dando destaque à atuação das equipes de saúde da família na possibilidade de ação com uma equipe multiprossional capaz de reconhecer os usuários de drogas e acompanhar as necessidades necessidades desses e seus familiares (PAULA et al., 2014). Segundo Ministério da Saúde (BRASIL, 2013c), a Atenção Básica deve ser capaz de: • Identicar os usuários com necessidades relacionadas à ruptura dos laços sociais; • Articular com os CAPS o desenvolvimento de projetos terapêuticoss amplos; terapêutico • Mapear e acompanhar usuários de 129 /227
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álcool e drogas disfuncionais; • Ser suporte dentro do contexto da rede de serviços de atendimento a essa demanda norteado por princípios de Redução de Danos e tratamento. As ações devem ir além do tratamento de sintomas, mas estender-se para práticas de educação para a comunidade envolvendo envolv endo a comunidade, família, prossionais, usuários e todos os recursos que se possa utilizar para cada caso em particular (PAULA et al., 2014). Entre as principais ações desenvolv desenvolvidas idas destacamse as de rastreamento, intervenção breve, aconselhamento, atendimento interdisciplinar interdiscip linar e grupos de ajuda.
O grande desao para a efetividade destas ações destaca-se com o preparo dos prossionais
e serviços para atender esses usuários e pensar novas formas de prevenção também dentro do contexto comunitário (SOUZA; RONZANI, 2012).
Glossário Dislipidemia: é um distúrbio nos níveis de lipídios e/ou lipoproteínas no sangue sangue..
Multifatorial: relativo a vários fatores ou a fatores de diferentes naturezas. Preeminente: que tem preeminência; que ocupa posição mais elevada, superior, distinto.
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para Questão
reflexão
A partir da leitura do texto de Kanno; Bellodi; Tess (2012), intitulado “Prossionais da Estratégia Saúdee estratégias da Família diante de demandas médico-sociais: diculdades de enfrentamento”, enfrentamento ”, discuta as diculdades encontradas pelas equipes de saúde da família no enfrentamento dos agravos advindos do uso de álcool e drogas. Disponível em: . Acesso em: 27 jul 2015.
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Considerações Finais »
Os problemas de saúde do adulto vêm se tornando cada vez mais importantes no âmbito dos serviços de saúde. A hipertensão arterial e o diabetes mellitus são os principais fatores de risco para o desenvolvimento das doenças do aparelho circulatório, levantando à necessidade de estruturação das equipes de atenção básica no sentido de responder
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àpermanecem complexidade doenças que nãoesão de resolução rápida, rápida, mas aodas longo da vidacrônicas dos indivíduos famílias.
Diversos estudos apontam que, para um efetivo controle e tratamento dos portadores de HAS e DM, é de extrema importância uma atuação qualicada da Atenção Básica com estratégias de prevenção, diagnóstico, monitorização e
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controle da hipertensão arterial. O uso e abuso de álcool e drogas é atualmente um importante problema de saúde pública, sendo preeminente a necessidade de intervenções precoces para atender a esta demanda crescente, e uma das formas mais efetivas de atuação e também com a relação custo-benefício mais adequada é a utilização dos serviços de base
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comunitária. 132 /227
Referências ALFRADIQUE, Maria Elmira et al. Internações por condições sensíveis à atenção primária: a construção da lista brasileira como ferramenta para medir o desempenho do sistema de saúde (Projeto ICSAP – Brasil). Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 25, n. 6, 2009. BRASIL. Ministério da Saúde. DATASUS. 2015. Disponível em: < http://www2.datasus.gov.br/ DATASUS/index.php >. Acesso em: 22 jul. 2015.
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Referências brasileira: exigências atuais e futuras. Cad Saúde Pública, Rio de Janeiro, n. 28, v. 5, p. 955-964, 2012. ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE- OPAS. Saúde nas Américas 2012: panorama da situação de saúde dos países das Américas. Organização Pan-Americana Pan-Americana da Saúde; 2012. PAULA, M. L. et al. Assistência ao usuário de drogas na atenção primária à saúde. Psicol. estud. Maringá , v. 19, n. 2, p. 223-233, 223-233, June 2014. PIANCASTELLI, C. H.; SPITITO, G. C. D; FLISCH, T. M. P. Saúde do Adulto. Belo Horizonte: Nescon/ UFMG, 20’3, 166p. RONZANI, T. M. Avaliação de um processo de implementação de estratégias de prevenção ao uso excessivo de álcool em serviços de atenção primária à saúde: entre o ideal e o possível. Tese de Doutorado, Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, 2005. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, São Paulo, v. 95, n. 1, p. 1-51, 2010. Suplemento 1. OLIVEIRA, J. E. P.; VENCIO, S. (org). Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2014-2015. 3 ed. São Paulo: AC Farmacêutica, 2015, 400p. 135 /227
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Referências SOUZA, I. C. W.; RONZANI, T. M. Álcool e drogas na atenção primária: avaliando estratégias de 237-246, 2012. capacitação. Psicol. estud., Maringá , v. 17, n. 2, p. 237-246, VASCONCELOS, A. M. N.; GOMES, M. M. F. Transição demográca: a experiência brasileira. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, n. 21, v. 4, p. 539-548, 2012.
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Questão 1 1. A Hipertensão Arterial Sistêmica está relacionada à origem de muitas doenças crônicas não transmissíveis. Assinale a alternativa que apresenta o impacto observado na sociedade: a) A hiperten hipertensão são arterial leva à maior redução da expecta expectativa tiva e da qualidade de vida dos indivíduos. b) A hipertensão hipertensão arterial somente afeta e piora piora a condição de saúde saúde dos dos pacientes pacientes obesos. c) A hipertensão arterial é uma uma doença doença que não está relacionado ao aumento da mortalidade. d)
A hipertensão arterial é uma uma consequência consequência das doenças crônicas, ou seja, a armação armação está
incorreta. e) A hipertensão arterial é uma preocupaç preocupação ão somente da população idosa.
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Questão 2 2. No enfrentamento enfrentamento da hipertensão arterial, arterial, as equipes de saúde devem priorizar e utilizar ações mais efetivas de evitar as doenças. Quais são estas ações?
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a)
Uso adequado de medicamentos.
b)
Realização de exames com alta tecnologia.
c)
Prevenção primária e a detecção precoce.
d)
Prevenção secundári secundária. a.
e)
Diagnóstico preventivo e Prevenção secundári secundária. a.
Questão 3 3. O controle da hipertensão arterial, dislipidemias, prevenção de ulcerações, controle do tabagismo e rastreamento para diagnóstico e tratamento precoce das complicações como retinopatia, insuficiência renal e doenças cardiovasculares no atendimento ao paciente diabético são ações de:
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a) b)
Prevenção primária. Prevenção secundári secundária. a.
c)
Prevenção terciária.
d)
Prevenção especial especializada. izada.
e)
Prevenção básica.
Questão 4 4. A abordagem do dependente químico tem como norteador a política de redução de danos. Neste contexto, a equipe de saúde deve reconhecer cada usuário em suas singularidades, traçando com ele estratégias que estão voltadas para defesa defesa de sua vida. v ida. Sobre estas ações, assinale a alternativa correta: a)
A política de redução de danos busca a abstinência imediata do usuário.
b)
A política de redução de danos orienta o isolamento do usuário.
c) A política de redução de danos danos orienta a internação internação hospitalar e terapia medicamentosa no combate aos sintomas da abstinência. d) e)
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A política de redução de danos danos não é ecaz ecaz e estimula o uso de drogas. A política de redução de danos não busca a abstinência.
Questão 5 5. Com relação à rede assistencial de atenção aos dependentes químicos, podemos afirmar que: a) O modelo extra-hos extra-hospitalar, pitalar, inserido na comunidade, de caráter interdiscipl interdisciplinar inar e que evita a cronicação dos pacientes e o isolamento social. b)
O modelo hospital hospitalar ar é o mais efetivo e de menor custo.
c)
A inserção e aproximação da sociedade são responsáveis pelo insucesso do tratamen tratamento. to.
d)
A família não deve ser exposta e, portanto, portanto, não deve participar do tratamento.
e) Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) têm sido utilizados como espaços de cuidado, mesmo sem autoriza autorização ção do Ministério da Saúde.
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Gabarito 1. Resposta: A.
4. Resposta: E.
A hipertensão arterial leva à redução da expectativa e da qualidade de vida dos indivíduos em decorr decorrência ência das patologia patologiass associadas.
A política de redução de danos não busca a abstinência.
2. Resposta: C.
O modelo de atenção ao dependente químico busca não isolar o paciente e fortalecer o cuidado com apoio da família.
A prevenção primária e a detecção precoce são estratégias mais efetivas para prevençãoo de doenças. prevençã
3. Resposta: B. As ações descritas são classicadas como atividades de prevenção secundária.
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5. Resposta: A.
Unidade 6 Saúde do Homem
Objetivos Discutir a importância da saúde do homem; Apresentar o perl epidemiológico da população masculina no Brasil;
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Apresentar e discutir os preceitos da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem e sua relação com a Estratégia de Saúde da Família.
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Introdução Tradicionalmente, quando olhamos para a população atendida em nossas unidades de saúde da atenção básica, percebe-se que o uso dos serviços de saúde pelos homens difere daquele daquele feito pelas mulheres, ou seja, os homens procuram menos as unidades de saúde. Há diversos fatores que explicam este fato, e entre eles os autores destacam as questões socioculturais relacionadas às questões de gênero que envolvem a discussão da masculinidade (CAVALCANTE, et al., 2014; MOURA, et al., 2014; PIANCASTELLI; SPITITO; FLISCH, 2013; GOMES; NASCIMENTO; ARAÚJO, 2007).
Paraa saber mais Par Gênero pode ser entendido como atributos e funções socialmente construídos, que conguram diferenças e inter-relações entre os sexos, que vão para além do biológico. Assim, ser homem ou ser s er mulher implica a incorporação desses atributos e funções, como forma de representar-se, valorizar-se e atuar numa determinada cultura (KEIJZER, 2003).
Desde os primórdios da humanidade, a cultura patriarcal conduziu a construção da masculinidade estabelecendo estabelecendo uma hierarquia entre homens e mulheres, apresentando uma supremacia masculina em que o homem é considerado um ser invulnerável, forte e viril, que 144 /227
Unidade 6 • Saúde do Homem
não chora e reprime suas emoções (CAVALCANTE, et al., 2014). Nesse contexto, culturalmente o cuidado à saúde é considerado como próprio do âmbito feminino, e o homem, ao se aproximar do cuidado e verbalizar o que sente, demonstraria sinais de fraqueza, medo, insegurança, o que colocaria em risco sua masculinidade (CAVALCANTE, et al., 2014; GOMES; NASCIMENTO; ARAÚJO, 2007). Os homens costumam procurar os serviços de saúde em intercorrências graves, quando o agravo à saúde causa dor insuportável ou leva a uma impossibilidade de trabalhar (CAVALCANTE, et al., 2014; MOURA, et al., 2014; GOMES; NASCIMENTO; ARAÚJO, 2007). Sua presença se concentra nos programas de hipertensão, diabetes, consulta médica e odontológica, odontoló gica, muito mais numa perspectiva de cura e reabilitação do que na perspectiva da prevenção à doença e proteção à saúde (PEREIRA, NERY, 2014). Aliado a estas questões, ainda pode-se destacar a vergonha do homem em car exposto ao procurar os serviços de saúde, o receio de descobrir que algo vai mal e a impaciência referente aos atrasos e demora no atendimento, fazendo com que procurem com mais frequência serviços que respondem mais rapidamente e objetivamente suas demandas, como farmácias e serviços de pronto atendimento (CAVALCANTE, et al., 2014; MOURA, et al., 2014; GOMES;
NASCIMENTO; ARAÚJO, 2007). 145 /227
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Outra questão importante a ser destacada é a inserção do homem no mercado de trabalho, gerando uma incompatibilidade entre os horários de funcionamento dos serviços de saúde com a disponibilidade após as atividades laborais, problema que não está restrit restritoo apenas à população masculina, visto o crescimento cada dia maior do número de mulheres no mercado de trabalho (CAVALCANTE, et al., 2014). Porém, vale ressaltar que esse problema não está reduzido apenas a características especícas Porém, ao homem, mas também à precarização dos serviços de saúde em relação ao atendimento a esta população. Percebe-se Percebe-se a ausência de ações estratégicas especícas direcionadas aos homens na idade adulta, especialmente no tocante à prevenção de agravos e promoção à saúde (CAVALCANTE, et al., 2014). Faz-se necessária uma reestruturação dos serviços de saúde a m de aproximar o homem para o cuidado de si, e a atenção básica assume papel estratégico, principalmente devido à sua proximidade com a população e a ênfase nas ações preventivas e de promoção da saúde (PINAFO, et al, 2011).
Há muito que ser feito, desde a adequação da estrutura/ambiência para o atendimento; motivação e desenvolvimento de ações de promoção, proteção, tratamento e reabilitação aos agravos mais frequentes a esta população; ações de educação em saúde por meio de uma proposta inclusiva que leve o homem a se responsabilizar pelo cuidado da própria saúde, se 146 /227
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tornando protagonista de suas demandas, no sentido de romper com o paradigma cultural da invulnerabilidade masculina e aproximá-lo dos serviços de saúde (CAVALCANTE, et al., 2014; TEIXEIRA, et al., 2014;).
Link Em 2010 o Ministério da Saúde disponibilizou um documento completo completo que caracterizou o Perl da Situação da Saúde do Homem do Brasil. Disponível em:< http://portalsaude.saude.gov.br/images/ pdf/2014/maio/21/CNSH-DOC-Perfil-dapdf/2014/maio/21/CNSH-DOC -Perfil-da-Situa----o-deSitua----o-de-Sa--de-do-Homem-noSa--de-do-Homem-no-Brasil.pdf Brasil.pdf>. Acesso em: 28 jul 2015.
No âmbito organizacional, é preciso também ampliar o acesso desta população aos serviços oferecidos,, através da exibilização dos horários de atendimento, com maior resolutividade oferecidos de suas necessidades, com acolhimento, vínculo e humanização, permeado por um canal de comunicação efetivo entre indivíduo e equipe de saúde (CAVALCANTE, et al., 2014, PEREIRA; NERY,, 2014). NERY 2 014).
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1. Perfil Demográfico e Epidemiológico da População Masculina Conhecer e analisar os pers demográco e epidemiológico da população
masculina é uma estratégia importante no planejamento e denição de ações especícas para implementação da atenção integral da saúde do homem. As diferenças difer enças de morbimortalida morbimortalidade de entre homens e mulheres são amplamente conhecidas: os homens morrem mais cedo, principalmente por causas externas, e são mais suscetíveis às doenças cardiovasculares (MOURA, 2012).
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Paraa saber mais Par As causas externas - acidentes e violências – são consideradas um dos problemas mais sérios de saúde pública no mundo. Estão presentes na Classicação Internacional de Doenças (CID) em dois de seus capítulos: o capítulo XIX (Lesões, envenenamentos, algumas outras consequências de causas externas) e capítulo XX (traumatismos, queimaduras, envenenamentos ocasionados nas pessoas, por quaisquer tipos de acidentes, homicídios e suicídios).
De acordo com dados do DATASUS (2015), a população brasileira, no ano de 2012, foi estimada em pouco mais de 193 milhões de habitantes, sendo 49% do sexo
masculino. Essa proporção varia entre as regiões, sendo a região Norte a única com mais de 50% de homens. Destes 49%, aproximadamente 56% estão na faixa etária entre 20 e 59 anos de idade. Em relação à distribuição da faixa etária, a média nacional é de3018,4% entre 20entre e 29 anos, 15,5% entre e 39, 12,8,0% 40 e 49 e 9,3% entre 50 e 59 anos de idade, explicitando a redução desta população nas faixas etárias mais altas, excet excetoo nas regiões Sudeste e Sul, onde verica-se proporção maior de homens mais velhos (DATASUS, 2015).
Link Acesse e conheça os dados demográcos e epidemiológicos de sua região através do site do DATASUS disponível em: . Acesso em: 28 jul 2015.
A taxa de mortalidade geral no Brasil, em 2013, na faixa etária de 20 a 59 anos de idade foi igual a 1,61, porém é quatro vezes maior entre os homens do que entre as mulheres (DA (DATTASUS, 2015). Em relação às principais causas de morte em 2013, percebe-se uma diferença importante entre homens e mulheres.
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Entre os homens, as três principais causas
das doenças do aparelho circulatório e
são as doenças do aparelho circulatório (25,9%), seguida das causas externas (18,1%) e neoplasias (15,3%); já nas mulheres são as doenças do aparelho circulatório circulat ório (30,8%), seguidas das
neoplasias. Nas regiões Sul e Sudeste as doenças do aparelho circulatório são seguidas das neoplasias e as causas externas aparecem em terceiro lugar, já as regiões Nordeste e Centro-Oeste seguem
neoplasias doenças do2015). sistema respiratório(17,5%) (12,6%)e(DATASUS, Isto reforça as diferenças de gênero: homens se envolvem envolv em mais em situações de acidentes e violências, levando à morte prematura (causas externas), de modo que não tem como adoecer e morrer de outras causas, como as mulheres (MOURA, 2012).
as estimativas nacionais (DATASUS, 2015). Quando olhamos para a morbidade hospitalar no ano de 2014, as causas externas aparecem como primeira causa de internação, com 16,8%, seguidas das
Se olharmos para as diferenças regionais em relação às causas de óbitos, apenas na região Norte as causas externas aparecem como primeira causa de morte, seguidas 150 /227
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doenças e doenças do do sistema aparelhorespiratório circulatório(14%) (12,2%) (DATASUS, 2015).
2. A PNAISH e a Saúde da Família No sentido de orientar os serviços de saúde para a promoção, proteção, prevenção e reabilitação da saúde masculina, o Ministério da Saúde, em 2009, lançou a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH), institucionalizada formalmente pela Portaria 1.944, de 27 de agosto de 2009, alinhada à Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) associada da saúde. à Estratégia de Saúde da Família, fortalecendo ações e serviços em redes e cuidados
Link Acesse a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH) na íntegra. Disponível em:. Acesso em: 28 jul 2015.
A etapa inicial da implantação da Política foi consolidada com a publicação do Plano de Ação Nacional (PAN), (BRASIL, 2009a), da Secretaria de Atenção à Saúde (SAS) por meio da Área Técnica da Saúde do Homem (ATSH) do Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas 151 /227
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(DAPES) do Ministério da Saúde (MS), que
redução dos índices de morbimortalid morbimortalidade ade
serviu de referência para a elaboração de Projeto-piloto em municípios selecionados pelo MS e do Distrito Federal, que subsidiaram a pactuação de outros municípios com a ATSH/DAPES/SAS/MS
por causas preveníveis e evitáveis nessa população, com melhoria nas condiçõ condições es de saúde e qualidade de vida (BRASIL, 2009b).
para implantação da PNAISH (BRASIL, 2009b). Os principais objetivos da política são promover ações de saúde que contribuam signicativamentee para a compreensão signicativament
processo histórico e socioculturalmente construído,, em permanente construído transformação, transforma ção, reconheciment reconhecimentoo dos determinantes sociais que resultam na vulnerabilidade da população masculina.
da realidade masculina nos seus diversossingular contextos socioculturais e político-ec político-econômicos; onômicos; respeitando os diferentes níveis de desenvolvimento e organização dos sistemas locais de saúde e tipos de gestão, a m de possibilitar o aumento da expectativa de vida e a
Isto é fundamental para a promoção da que equidade na atenção a essa população, deve ser considerada em suas diferenças por idade, condição socioeconômica, étnico-racial, por local de moradia urbano ou rural, pela situação carcerária, carcerária, pela deciência física e/ou intelectual e pelas
Unidade 6 • Saúde do Homem
A PNAISH considera a heterogeneid heterogeneidade ade das possibilidades de ser homem, como um
orientações sexuais e identidades de gênero não hegemônicas (BRASIL, 2009b). Tem como princípios a humanização e a qualidade e para cumpri-los devem ser consideradoss (BRASIL, 2009b): considerado • Universalidade Universalidad e e equidade nas ações e serviços de saúde voltados para a população masculina; • Articulação Articulaç ão com as diversas áreas do governo, com o setor privado e a sociedade; • Informações Informações e orientação à população masculina, aos familiares e à comunidade sobre a promoção, prevenção, proteção, tratamento eenfermidades recuperação do doshomem; agravos e das 153 /227
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• Captação precoce da população masculina nas atividades de prevenção primária relativa aos agravos recorrentes; • Capacitação técnica dos prossionais de saúde; • Disponibilidade de insumos, equipamentos e materiais educativos; • Estabelecimento de mecanismos de monitoramento e avaliação continuada dos serviços e do desempenho dos prossionais de saúde; • Elaboração e análise dos indicador indicadores es que permitam redenir as estratégias e/ou atividades que se zerem
necessárias.
prossionais, gestores e população
sobre benefícios de envolver os pais; pré-natal do parceiro; lei do acompanhante; Unidade de Saúde Parceira do Pai.
• Os eixos temáticos prioritári prioritários os da Política são: • Acesso e Acolhiment Acolhimento: o: que envolvem envolv em ações de sensibilização de prossionais e gestores de saúde; Adequação do ambiente físico das unidades de saúde; Pré-natal do parceiro; Horários estendidos de atendimento.
• Prevenção de Violências e Acidentes: com o desenvolvimento de cursos e campanhas sobre prevenção de violências e acidentes. • Doenças prevalentes na população masculina: campanhas de prevençã prevençãoo
• Saúde Sexual e Reprodutiva: com o engajamento dos homens no planejamento familiar e estratégias de prevenção DST/Aids; Pré-natal do parceiro. • Paternidade e Cuidado: com o desenvolvimento desenvolvi mento de campanhas para 154 /227
Unidade 6 • Saúde do Homem
e/ou conscientização; importância do cuidado mais amplo com a saúde (exercícios, (exerc ícios, alimentação e exames de rotina). A criação da PNAISH foi um grande
avanço no sentido do aprimoramento
do atendimento à população masculina,
ampliando o diálogo entre os diferentes
porém na prática muitos desaos ainda precisam ser enfrentados para que mudanças efetivas sejam sentidas (CAVALCANTE, (CAV ALCANTE, 2014).
atores do setor saúde (universidades, prossionais, gestores e usuários), promovendo a valorização cultural e histórica da saúde do homem (PEREIRA; NERY,, 2014). NERY 2 014).
É necessário repensar as ações de planejamento e gestão observando a realidade local de cada comunidade e equipe de saúde, conhecendo a população envolvida neste processo a m de denir metas, propor ações de saúde e avaliar constantem constantemente entedo a evolução da atenção integral à saúde homem (PEREIRA; NERY,, 2014). NERY 2 014). Os serviços de saúde devem incorporar em suas práticas um novo referencial ético, teórico prático que leve em consideração as equestões gênero, 155 /227
Unidade 6 • Saúde do Homem
Além disso, considera-se como elementos fundamentais para a implementação da política promover o acesso dos homens aos serviços de saúde nos diferentes níveis de atenção, organizados em rede; captar a população masculina nas atividades de prevenção primária; melhorar o grau de resolutividade dos problemas do usuário e sensibilizar a população masculina acerca dos benefícios e da importância da prevenção à saúde (PEREIRA; NERY, 2014).
Paraa saber mais Par O Sistema Único de Saúde está organizado em níveis de atenção, que são a básica, a de média complexidade e a de alta complexidade. Essa estruturação visa à melhor programação e planejamento das ações e serviços do sistema. Não se deve, porém, considerar um desses níveis de atenção mais relevante que outro, porque a atenção à Saúde deve ser integral.
Para tanto, os prossionais de saúde e gestores devem ser constantemente capacitados para compreender a PNAISH e desempenhar toda a articulação necessária entre a oferta de serviços e as necessidades
e(PEREIRA; peculiaridades da população masculina NERY, 2014). 156 /227
Unidade 6 • Saúde do Homem
Glossário Patriarcal: relativo a patriarca ou a patriarcado. Que inspira obediência e adoração; respeitável, venerável. Paradgima: algo que vai servir de modelo ou exemplo a ser seguido em determinada situação. São as normas orientadoras de um grupo que estabelecem limites e que determinam como um indivíduo deve agir dentro desses limites. Peculiaridades: o que é atribuído e especíco de cada pessoa ou coisa. Qualidade do que é peculiar, ou seja, característica própria.
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para Questão
reflexão Tomando como base o município em que você vive, faça uma pesquisa na rede de saúde para saber como está organizada a Atenção à Saúde do Homem em relação à estrutura, metas, ações e estratégias utilizadas, avanços avanços e desaos enfrentados na atenção à população masculina.
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Considerações Finais O uso dos serviços de saúde pelos homens difere daquele feito pelas mulheres, ou seja, os homens procuram menos as unidades de saúde.
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Os homens costumam procurar os serviços de saúde em intercorrências graves, quando o agravo à saúde causa dor insuportável ou leva a uma impossibilidade de trabalhar.
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Faz-se necessária uma reestruturação dos serviços de saúde a m de aproximar o homem para o cuidado de si e a atenção básica assume papel estratégico, principalmente devido à sua proximidade com a população e a ênfase nas ações preventivas e de promoção da saúde. No sentido de orientar os serviços de saúde para a promoção, proteção, prevenção e reabilitação da saúde masculina, o Ministério da Saúde, em 2009, lançou a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH).
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Referências BRASIL. Ministério da Saúde. DATASUS. 2015. Disponível em: < http://www2.datasus.gov.br/ DATASUS/index.php>. Acesso em: 22 jul. 2015.
______. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem: Plano de ação nacional. Brasília, DF: MS, 2009a. ______. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem: princípios e diretrizes. Brasília: Ministério Ministério da Saúde, 2009b. 92 p. CAVALCANTI, J. R. D., et al. Assistência Integral à Saúde do Homem: necessidades, obstáculos e estratégias de enfrentamento enfrentamento.. Esc Anna Nery, v. 18, n. 4, p. 628-634, 2014. GOMES, R.; NASCIMENTO, E. F.; ARAÚJO, F.C. Por que os homens buscam menos os serviços de saúde que as Cad. mulheres? explicações homens escolaridade e homens com SaúdeAs Pública, ensinodo superior. Rio dedeJaneiro, v. com 23, nbaixa .3, p. 565-574, 2007. MOURA, E. C.; et al. Atenção à saúde dos homens no âmbito da Estratégia Saúde da Família. Família. Ciência & Saúde Coletiva, v. 19, n. 2, p. 429-438, 2014. PEREIRA, L. P.; NERY, A. A. Planejamento, gestão e ações à saúde do homem na estratégia de saúde da família. Esc Anna Nery, v. 18, n. 4, p. 635-643, 2014. 160 /227
Unidade 6 • Saúde do Homem
PIANCASTELLI, C. H.; SPITITO, G. C. D; FLISCH, T. M. P. Saúde do Adulto. Belo Horizonte: Nescon/ UFMG, 20’3, 166p. PINAFO,, E., et al. Relações entre concepções e práticas de educação em saúde na visão de uma PINAFO equipe de saúde da família. Trabalho, Educação Saúde, Rio de Janeiro, v. 9, n. 2, p. 201-221, 2011. TEIXEIRA, D. C., et al. Concepções de Enfermeiros sobre a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem. Trab. Educ. Saúde, Rio de Janeiro, v. 12, n. 3, p. 563-576, 2014.
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Unidade 6 • Saúde do Homem
Questão 1 1. Ao analisar o perfil da população atendida em nossas unidades de saúde da atenção básica, podemos perceber qual característica relacionada ao gênero? a)
Notamos que homens procuram menos as unidades de saúde do que as mulheres. mulheres.
b)
Temos equilíbri equilíbrioo da procura de serviços de saúde quanto ao gênero da população.
c) d)
Não existe predomínio da população feminina. O homem tem procurad procuradoo mais os serviços de saúde que as mulheres.
e) As mulheres têm buscado mais os serviços de saúde por apresentar saúde mais frágil que a dos homens.
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Questão 2 2. A reestruturação dos serviços de saúde é necessária, buscando a aproximação do homem para o cuidado de si, utilizando a atenção básica como estratégia, estratégia, dada a proximidade com a população. Qual a ênfase das ações neste contexto?
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a)
Ações de promoção da saúde.
b) c)
Ações preventivas. Ações preventivas e de promoção da saúde.
d)
Ações de medicalização.
e)
Ações de prossionais especializados.
Questão 3 3. Assinale a alternativa alternativa que preenche de forma adequada a lacuna no trecho abaixo: A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem tem como principais objetivos promover ações de saúde que contribuam significativ tivamen amente te para para a compreensão compre ensão da ____ _____ _______ _____ ______ ______ _____nos __nos seus didiversos contextos socioculturais e político-econômicos.
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a)
Patologias.
b)
Realidade singular masculin masculina. a.
c) d)
Saúde mental do homem. Saúde do trabalhad trabalhador or..
e)
Mortalidade.
Questão 4 4. Para compreender a PNAISH e desempenhar toda a articulação necessária entre a oferta de serviços e as a s necessidades e peculiaridades peculiaridades da população masculina, o que é necessário quando pensamos nas ações dos gestores e profissionais de saúde? a) Os prossionais prossionais de saúde saúde devem devem seguir as orientações orientações dos dos gestores gestores sobre a aplicação aplicação do PNAISH.
b) Os gestores devem avaliar cada realidade local e recursos para traçar as estratégias do PNAISH. c)
Os prossionais de saúde e gestores devem ser constantement constantementee capacitados.
d) Os prossionais não têm inuência e participação no PNAISH. e) Os prossionais prossionais de saúde saúde e gestores gestores devem ser treinados somente na implantação implantação do PNAISH.
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Questão 5 5. Os serviços de saúde devem incorporar em suas práticas um novo referencial ético, teórico e prático, que leve em consideração as questões gênero, ampliando o diálogo entre os diferentes atores do setor saúde, promovendo a valorização cultural e histórica da saúde do homem. Assinale a alternativa que apresenta os atores deste processo:
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a) b)
Gestores e trabalhad trabalhadores. ores. Universidades, prossionais, gestore gestoress e usuários.
c)
Usuários e prossionais.
d)
Somente prossionais de saúde.
e)
Ministério da Saúde e Secretarias estaduais de Saúde.
Gabarito 1. Resposta: A. A observação do perl de pacientes atendidos na atenção básica percebe que os homens procuram menos os serviços de saúde que as mulheres.
2. Resposta: C. Ações preventivas e de promoção da saúde devem ser a ênfase da reestruturação dos serviços para atenção saúde do homem.
3. Resposta: B. A compreensão da realidade singular masculina nos diversos contextos socioculturais e político-econômicos um dos principais objetivos da Políticaé 167 /227
Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem.
4. Resposta: C. Os prossionais de saúde e gestores devem
ser constantemente capacitados para compreender a PNAISH e desempenhar toda a articulação necessária entre a oferta de serviços e as necessidades.
5. Resposta: B. As universidades, prossionais, gestores e usuários são os atores envolvidos no processo de valorização cultural e histórica da saúde do homem.
Unidade 7 Programas de Promoção da Saúde e Qualidade de Vida
Objetivos Entender e analisar o panorama da alimentação e nutrição no Brasil e seu papel na promoção da saúde do cidadão;
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Apresentar o Programa Nacional de Alimentação e Nutrição – PNAN;
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Apresentar o Programa Academia da Saúde.
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Introdução A promoção da saúde na vida do ser humano é um processo que envolve mais que somente as questões relacionadas relacionadas ao processo saúde/doença. Para que um cidadão tenha plena saúde é necessária a garantia de condições econômicas e sociais queà adoção proporcionem umde ambiente favorável de estilos vida saudável. Por estes motivos, a Organização Mundial da Saúde recomenda que os países adotem abordagens de saúde que permeiem todas as políticas e estabeleçam articulação em todos os setores, com a nalidade de ampliar o desenvolvimento humano, a sustentabil sustentabilidade idade e as condições de saúde da população (ALVES; JAIME, 2014). 169 /227
Paraa saber mais Par A Organização Mundial da Saúde é um organismo internacional de saúde pública fundado em 1948, dedicado a melhorar as condições de saúde dos países de todo o mundo. É subordinada à Organização das Nações Unidas (ONU) e tem sede em Genebra, na Suíça.
A alimentação e a nutrição são requisitos básicos e fundamentais para requisitos a promoção e proteção da saúde, pois é a alimentação que possibilita o pleno potencial do desenvolvimento humano com qualidade de vida e cidadania. A nutrição permeia diversos âmbitos da esfera da saúde pública, uma vez que
Unidade 7 • Programas de Promoção Promoção da Saúde e Qualidade de Vida
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“os riscos nutricionais, de diferentes
Desta forma, em um país com
categorias e magnitudes, permeiam todo o ciclo da vida humana, desde a concepção até a senectude, assumindo diversas congurações conguraçõ es epidemiológicas em função do processo saúde/doença” (BRASIL, 2007
características epidemiológic características epidemiológicas, as, territoriais, territoria is, regionais, culturais e econômicas tão heterogêneas como o Brasil, constata-se uma situação bastante complexa no que concerne à nutrição e
p. 5). Cabe ao Estado respeitar e facilitar aos indivíduos e comunidades do país o direito pela capacidade de alimentar-se de forma digna no sentido de ter uma vida saudável,
alimentação. Neste contexto, surgiu o interesse e compromisso do Ministério da Saúde brasileiro em desenvolver estratégias de atuação frente aos males causados
ativa, e degovernamental qualidade. Além disso, participativa é também dever atuar nas questões voltadas a garantir a segurança dos alimentos disponíveis no país, tanto no âmbito de produção agrícola, como no âmbito de importação e comercialização comerci alização dos alimentos.
pela escassez alimentar e à pobreza, principalmente a desnutrição infantil e materna, além do complexo quadro congurado no Brasil pelas altas taxas de sobrepeso e obesidade na população adulta (BRASIL, 2007, p. 7). Além disso, o governo brasileiro corrobora a indicação da
Unidade 7 • Programas de Promoção Promoção da Saúde e Qualidade de Vida
Organização Mundial da Saúde sobre a necessidade de criar políticas e ações que assegurem a saúde alimentar do cidadão. Para o Ministério da Saúde,
Os documentos apontam para a necessidade de formulação e implantação de estratégias nacionais, locais e regionais efetivas e integradas para a redução da morbimortalidade relacionada à alimentação inadequada e ao sedentarismo, com recomendações e indicações adaptadas frente às diferentes realidades dos países e integradas às suas políticas, com vistas a garantir aos indivíduos a capacidade de fazer escolhas saudáveis com relação à alimentação e à atividade física, prevendo ações de caráter regulatório, fiscal e legislativo que visem tornar essas escolhas factíveis à população. (BRASIL, 2012, p. 12)
Baseado nestas premissas, o governo federal criou alguns programas dentro do âmbito da atenção básica à saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), com o objetivo de auxiliar na qualidadeEsses de vida do cidadão e no direito humano universal àdas alimentação nutriçãono que adequadas. programas funcionam como ações centralizadas centraliza à saúde doecidadão 171 /227
Unidade 7 • Programas de Promoção Promoção da Saúde e Qualidade de Vida
concerne às questões relacionadas à nutrição, alimentação e obesidade.
1. Política Nacional de Alimentação e Nutrição - PNAN Com o objetivo de uma ação de âmbito federal para cuidar do tema nutrição, o Ministério da Saúde promoveu uma série de eventos participativos para debater o assunto, contando com a participação de pessoas físicas e jurídicas, instituições governamentais governamentais e não governamentais atuantes no campo da alimentação e nutrição. Essas discussões deram origem à Po Política lítica Nacional de Alimentação e Nutrição – PNAM, que foi criada no ano de 1999 através da Portaria nº 710 do Ministério da Saúde, determinando que os órgãos e entidades do Ministério citado cujas ações se relacionassem com o tema alimentação ediretriz nutrição elaborassem na a readequação diretrizes es estabelecidas nova política.de seus planos, programas e projetos de acordo às De acordo com Brasil (2007, p. 17), o objetivo da PNAN é:
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Unidade 7 • Programas de Promoção Promoção da Saúde e Qualidade de Vida
...a garantia da qualidade dos alimentos colocados para consumo no país, a promoção de práticas alimentares saudáveis e a prevenção e o controle dos distúrbios nutricionais, bem como o estímulo às ações intersetoriais que propiciem o acesso universal aos alimentos.
Desta forma, a PNAN eé Sanitária. uma política que atua tanto t anto no âmbito do acesso ao alimento quanto da Segurança alimentar Para alcançar esse propósito, a Política Nacional foi criada baseada em sete diretrizes básicas, eram elas: estímulo às ações intersetoriais com vistas ao acesso universal aos alimentos; garantia da segurança e da qualidade dos alimentos e da prestação de serviços neste contexto; monitoramento da situação alimentar e nutricional; promoção de práticas alimentares e monitoramento estilos de vida saudáveis; prevenção e controle dos distúrbios nutricionais e de doenças associadas à alimentação e nutrição; promoção do desenvolvimento de linhas de investig investigação ação e desenvolvimento e capacitação de recursos humanos. Quando a Política Nacional de Alimentação e Nutricional completou dez anos de existência, o Ministério da Saúde iniciou um processo de atualização de suas bases e diretrizes com a 173 /227
Unidade 7 • Programas de Promoção Promoção da Saúde e Qualidade de Vida
intenção de consolidar-se como referência aos desaos da Alimentação e Nutrição no Sistema
Único de Saúde (BRASIL, 2012). Seguindo o mesmo modelo participativo participativo utilizado em sua concepção, a PNAN foi reorganizada em novas diretrizes, que abrangem a atenção nutricional no SUS focando a vigilância, prevenção e cuidado integral de problemas relacionados à alimentação e nutrição e atenção básica à saúde do cidadão. Essas alterações foram publicadas pela Portaria nº 2.715 do Ministério da Saúde no ano de 2011, que atualiza a Po Política lítica Nacional de Alimentação e Nutrição e revoga a Portaria nº 710, de 1999.
Link Portaria nº 2.715, de 17 novembro de 2011. Disponível em: . Acesso em 17 jul 2015.
De acordo com Brasil (2012, p. 21), o propósito da PNAN é 174 /227
Unidade 7 • Programas de Promoção Promoção da Saúde e Qualidade de Vida
a melhoria das condições de alimentação, nutrição e saúde da população brasileira, mediante a promoção de práticas alimentares adequadas e saudáveis, a vigilância alimentar e nutricional, a prevenção e o cuidado integral dos agravos relacionados à alimentação e nutrição. nutriç ão.
A versão atual da PNAN está ordenada por nove diretrizes de atuação, são elas: Organização da Atenção Nutricional; Promoção da Alimentação Adequada e Saudável; Vigilância Alimentar e Nutricional; Gestão das Ações de Alimentação e Nutrição; Participação Participação e Contro Controle le Social; Qualicação da Força de Trabalho; Controle e Regulação dos Alimentos; Pesquisa, Inovação e Conhecimento em Alimentação e Nutrição; e Cooperaçã Cooperaçãoo e articulação para a Segurança Alimentar e Nutricional.
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Unidade 7 • Programas de Promoção Promoção da Saúde e Qualidade de Vida
A Política Nacional de Alimentação e Nutrição deve ser implementada de forma articulada, nas três esferas da gestão da saúde brasileira (federal, estadual e municipal), em concordância com os princípios do SUS.
Paraa saber mais Par Os princípios do SUS são um conjunto de leis e normas que constituem a base jurídica da política de saúde e do processo de organização do SUS no Brasil e estão explicitados no artigo 196 da Constituição Federal (1988). Seu princípio fundamental arma que “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.
De acordo com Brasil (2012), para implementação da PNAN, de uma forma geral, o papel da esfera federal (Ministério (Ministério da Saúde) é elaborar o plano de ação e o planejamento da política considerando as especicidades regionais; denir metas e estratégias com os gestores de saúde; garantir fontes de recursos federais; avaliar e monitorar as metas nacionais de alimentação e nutrição, assim como a situação epidemiológica nutricional do país; prestar assessoria técnica e articulações de instituições nas três esferas; viabilizar parcerias e promover 176 /227
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pesquisas estratégicas para o setor.
com o perl epidemiológic epidemiológicoo regional;
Já a esfera estadual (Secretarias (Secretarias Estaduais Estaduais da Saúde e do Distrito Federal) tem como principais funções promover a implantação da PNAN em seu respectivo estado de acordo com o perl epidemiológico
desenvolver o plano de ação da PNAN de forma articulada com o plano municipal e o plano estadual; garantir fontes de recursos municipais, prover indicadores locais de alimentação e saúde nos sistemas de saúde
regional; coordenar as comissões regionais de gestores; desenvolver o plano de ação da PNAN de forma articulada com o plano estadual e o plano do SUS, garantir fontes de recursos estaduais, promover
e monitorar a ação da PNAN na população. Estudos como os de Alves e Jaime (2014) e Brasil (2000) apontam que a PNAM já trouxe ao país resultados positivos em diversas frentes, já tendo qualicado mais
capacitação dos trabalhadores da saúde, viabilizar parcerias de acordo com a necessidade da população regional.
de 86% de alimentar municípioseem protocolos de segurança atendendo a alta parcela de crianças e adultos em risco nutricional. Além disso, já promoveu promoveu diversos estudos e pesquisas nutricionais para o mapeamento de carências nutricionais e criação da tabela brasileira
Por m, à a esfera municipal (Secretarias Por Municipais da Saúde e do Distrito Federal)
cumpre promover amunicípio implantação da PNAN em seu respectivo de acordo 177 /227
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de composição de alimentos, além da
embora ainda cerca de 15 milhões de
organização de um banco de dados sobre alimentos e alimentação, que pode ser consultado pelo Disque Saúde.
brasileiros vivem na pobreza. Porém, a queda da desnutrição veio acompanhada de um aumento preocupante nas taxas de obesidade e sobrepeso em todas as camadas da população.
2. Programa Academia da Saúde A população mundial e notadamente a população brasileira passou por diversas alterações alteraçõ es sociais nas últimas décadas. De acordo com Brasil (2012), essas transformações transforma ções sociais contribuíram para a diminuição da pobreza e consequentemente consequentemen te da fome e escassez de alimentos, além do aumento da garantia da disponibilidade média de calorias necessárias para consumo da população, 178 /227
De acordo com a pesquisa Vigitel publicada pelo Ministério da Saúde, as taxas de obesidade e sobrepeso no Brasil estão em crescimento há mais de 10 anos, e no ano de 2014 mais da metade da população (52%) está acima do 17,9% peso, ou seja, em sobrepeso. E destes, são obesos, número que tem se mantido estável nos últimos anos. A pesquisa aponta que dentre os principais fatores para o ganho do peso estão a falta de exercício físico, o excesso e má escolha na ingestão de
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alimentos e o estresse (BRASIL, 2014a).
Paraa saber mais Par O Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção Prote ção para Doenças Crônicas por Inquérito
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obesidade e sobrepeso e contav contavaa com massiva participação da comunidade. Inspirado nestes programas, o Governo Federal lançou o “Programa Academia da Saúde”, no ano de 2011. Segundo Brasil (2014b), as experiências
Telefônico) é um sistema do Ministério da Saúde desenvolvido para o monitoramento de comportamentos de risco ou proteção para doenças crônicas na população das capitais brasileiras e do Distrito Federal. Federal.
que balizaram a criação desse program programaa foram os modelos adotados nas cidades de Recife (PE), Curitiba (PR), Vitória (ES), Aracaju (SE) e Belo Horizonte (MG). Estes modelos preconizaram preconizaram as linhas gerais de
Dentro deste contexto, o Ministério da Saúde começou a estudar algumas iniciativas de sucesso em âmbito municipal em algumas cidades brasileiras. Essas
uma política busca a articulação do Ministério daque Saúde, estados e municípios em uma ação até então inédita de promoção de atividades físicas no escopo do Sistema Único de Saúde (SUS).
iniciativas promovia a atividade da física comopromoviam ação no m enfrentamento
O Programa Academia da Saúde foi regulamentado pela Portaria n. 719/GM/
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MS, de 07 de abril de 2011, que instituiu o Pro Programa grama Academia da Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde e, dois anos depois, sofreu alterações e foi atualizado através da Portaria n. 2681, de 2013, que redeniu o sistema, sendo a legislação regulamentadora regulamentadora do programa até os dias atuais. O objetivo do programa é “promover práticas corporais e atividade física, alimentação saudável, modos saudáveis de vida, produção do cuidado, entre outros, por meio de ações culturalmente inseridas e adaptadas aos territórios locais” (BRASIL, 2014c).
Link Portaria n. 2.681, de 07 de novembro de 2013 - Redene o Programa Academia da Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Disponível em: . Acesso
em: 18 jul. 2015
Aa principais diretrizes do programa, de acordo com Brasil (2014c. p. 7), são: • Congurar-se como ponto de atenção da Rede de Atenção à Saúde, complementar e potencializadorr das ações de cuidados individuais e coletivos na Atenção Básica; potencializado 180 /227
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• Referenciar-se como um programa
• Integralidade do cuidado;
de promoção da saúde, prevenção e atenção das doenças crônicas não transmissíveis;
• Intergeracionalidade, Intergeracion alidade, promovendo o diálogo e troca entre gerações; • Territoriali erritorialidade, dade, reconhecendo o espaço como local de produção da saúde.
• Estabelecer-se Estabelecer-se como espaço de produção, ressignicação e vivência de conhecimentos favoráveis à construção coletiva de modos de vida saudáveis; • Participação popular e construção coletiva de saberes e práticas em promoção da saúde; • Intersetoria Intersetorialidade lidade na construçã construçãoo e desenvolvimento das ações; • Interdisciplinaridade Interdisciplinaridade na produção do conhecimento e do cuidado;
O Programa Academia da Saúde é uma ação conjunta das áreas de vigilância à saúde e Atenção Básica do Sistema Único de Saúde do Brasil, compondo a rede de atenção à saúde como uma das linhas de cuidado dessa rede. O Ministério da Saúde planeja que todos os planos de ação integrantes da Atenção Básica, especialmente os integrantes dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF),
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deverão incluir o Programa Academia da
sendo elas: Básica com área total de 300
Saúde no planejamento de suas ações (BRASIL, 2014c).
m2; Intermediária com área total de 312 m2 e avançada com área total de 550 m2.
As atividades físicas são desenvolvidas em polos regionais por prossionais especializados do programa e geridos
O programa provê estrutura e também custeio, construção e manutenção e funcionamento do projeto. A adesão
pela rede de atenção básica. Essas atividades devem ser potencializad potencializadas as pelos prossionais do NASF e da Estratégia de Saúde da Família (NASF) e das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e devem abranger
do município ao programa partirá de um projeto apresentado pelo município ao Ministério, através do qual será feita uma análise da situação de saúde e identicação da necessidade
práticas corporais e atividades físicas; promoção de modos de vida e alimentação saudáveis; saudáv eis; práticas artísticas e culturais, educação em saúde e mobilização da comunidade (BRASIL, 2014b).
edopotencialidade de desenvolvi desenvolvimento mento projeto. Para isso é necessário que o município observe o sistema de Monitoramentoo de Obras que estará aberto Monitorament para inscrição de novas propostas (BRASIL, 2014b; 2014c). Além disso, os municípios que já tenham iniciativas parecidas parecidas podem
Ainda depodem acordoser com (2013; 2014b), os polos deBrasil três modalidades, 182 /227
Unidade 7 • Programas de Promoção Promoção da Saúde e Qualidade de Vida
também submeter seus projetos existentes
Desta forma, o Programa Academia da
para receber recursos de custeio do Programa Academia da Saúde.
Saúde tem se mostrado muito eciente na promoção da saúde do cidadão e na busca pela qualidade de vida e hábitos saudáveis da população brasileira.
O programa vem apresentando resultados muito positivos, atrelados aos demais programas de promoção da saúde. Apesar da tendência mundial de aumento da obesidade, esses índices encontramse estabilizados no Brasil desde 2012, e apesar dos altos índices de sobrepeso ainda existentes no Brasil, esse número apresento apresentou u quedaAlém no ano de 2014 (BRASIL, 2014a). disso, o número de usuários das Academias da Saúde tem tido aumento desde o início do programa e os indicadores de qualidade de vida dos Núcleos de Saúde da Família também apresentaram melhorias (BRASIL, 2015b). 183 /227
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Glossário Intersetoriais: Entre diferentes setores. Preconizaram: Conjugação do verbo preconizar. Aconselhar; recomendar. Senectude: Estado de senecto, velhice.
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para Questão
reflexão Tendo como base o documento ocial de descrição da Política Polí tica Nacional de Alimentação e Nutrição – PNAN do Ministério da Saúde, descreva de forma breve e resumida cada uma das diretrizes de criação do PNAN.
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Considerações Finais A promoção da saúde é um processo integrado que envolve, além das questões da saúdedoença, os mecanismos para garantia de condiçõ condições es sociais, econômicas e de qualidade de vida satisfatória satisfatória..
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Cabe ao Estado respeitar as comunidades do país o direito pela capacidade de alimentarse de forma digna no sentido de ter uma vida saudável, ativa, participativa e de qualidade, através de políticas e program programas as que forneçam essas condições aos cidadãos.
A PNAM - Polí Política tica Nacional de Alimentação e Nutrição foi criada em 1999 com o objetivo de garantir qualidade dos alimentos colocados para consumo no país, a promoção de práticas alimentares saudáveis e a prevenção e o controle dos distúrbios nutricionais, bem como o estímulo às ações intersetoriais intersetoriais que propiciem o acesso universal aos alimentos.
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A queda da desnutrição vivida pela população mundial e brasileira nas últimas duas décadas veio acompanhada acompanhada de um aumento preocupante preocupante nas taxas de obesidade e sobrepeso em todas as camadas da população, demandando do Estado ações que
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Considerações Finais promovessem promo vessem o enfrentamento dos problemas ocasionados pela obesidade. »
O Programa Academia da Saúde foi criado em 2011 com o objetivo de promover práticas corporais e atividade física, alimentação saudável, saudável, modos saudáv saudáveis eis de vida, produção do cuidado,locais entre outros, por meio de ações culturalmente inseridas e adaptadas aos territórios
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Referências ALVES, K. P. S.; JAIME, P. C. A Política Nacional de Alimentação e Nutrição e seu diálogo com a Políticav.Nacional Alimentar e Nutricional. Ciência e Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 19, n. 11,de p.Segurança 4333-40, 2014. 4333-40, BRASIL. Ministério da Saúde. VIGITEL Brasil 2014: Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico. Brasília: Editora MS, 2014a. Disponível em: . Acesso em 18 jul. 2015. BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Academia da Saúde. 2014b. Disponível em: . Acesso em 19 jul. 2015. BRASIL. Ministério da Saúde. Academia da Saúde. Brasília – DF: Editora MS, 2014c. 18 p. Disponível em: . Acesso em 18 jul. 2015. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.687, de 8 de novembro de 2013. Redene as regras e os critérios referentes aos incentivos nanceiros nanceiros de investimento para construção de polos e de custeio no âmbito do Programa Academia da Saúde e os critérios de similaridade entre Programas em Desenvolvimento no Distrito Federal ou no Município e o Programa 188 /227
Unidade 7 • Programas de Promoção Promoção da Saúde e Qualidade de Vida
Referências Academia da Saúde. 2013. Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/ prt2684_08_11_2013_rep.html>. Acesso em 19 jul. 2015
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Alimentação e Nutrição . Brasília – DF: Editoraa MS, 2012. 83 p. Disponível Editor Disponível em: . Acesso em: 17 jul. 2015. BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Alimentação e Nutrição . Brasília – DF: Editoraa MS, 2007. 48 p. Disponível em: . Acesso em 17 jul. 2015 BRASIL. Secretaria de Políticas de Saúde. Política Nacional de Alimentação e Nutrição do Setor Saúde. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 34, n. 1, p. 104-108, 2000.
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Questão 1 1. Qual a recomendação da Organização Mundial da Saúde para os países com relação à promoção da saúde da população? a) A Organização Mundial da Saúde exige que os países sigam protocolos de promoção de saúde e programas internacionais para qualidade de vida do cidadão. b) A Organização Mundial da Saúde não possui recomendações internaci internacionais onais em relação à promoção da saúde. c) A Organização Mundial da Saúde recomenda aos países que adotem abordagens de saúde que permeiem todas as políticas e estabeleçam articulação em todos os setores, com a nalidade de ampliar o desenvolvimento humano, a sustentabilidade e as condições de saúde da população. d) A Organização Organização Mundial da Saúde, Saúde, que que tem sua sede na Suíça, recomenda recomenda que os os países países não tenham como responsabilidade de Estado o dever de promover o acesso ao alimento, qualidade de vida e saúde da população. Sendo essa responsabilidade de cunho privado e pessoal de cada cidadão.
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e) A Organização Saúde recomenda que ospaíses paísesem desenvolvidos se e responsabilizem peloMundial envio e da produção de alimentos nos desenvolvimento subdesenvolvidos.
Questão 2 2. Quais as diretrizes de criação da Política Nacional Nacional de Alimentação e Nutrição – PNAN válidas a partir do ano de 2011? a) Organização da Atenção Nutricional; Incentivo nanceiro para compra de alimento; Produção de alimentos; Parcerias privadas; Qualicação da Força de Trabalho e Contratação de enfermeiros.
b) Organização da Atenção Nutricion Nutricional; al; Promoção da Alimenta Alimentação ção Adequada e Saudável; Vigilância Alimentar e Nutricional; Gestão das Ações de Alimentação e Nutrição; Participação Participação e Controle Social; Qualicação da Força de Trabalho; Controle e Regulação dos Alimentos; Pesquisa, Inovação e Conhecimento em Alimentação e Nutrição; e Cooperação e articulação para a Segurança Alimentar e Nutricional. c) A PNAN não possui diretrizes fundament fundamentadas. adas. d) Vigilância Alimentar e Nutricional; Incentivo nanceiro para compra de alimento; Cooperação entre comunidades; Incentivo à prática esportiva; Parcerias privadas e Pesquisa, Inovação e Conhecimento em Alimentação e Nutrição. e) SUS. As diretrizes da PNAN são exatamente as mesmas diretrizes do Sistema Único de Saúde – 191 /227
Questão 3 3. De quem é a responsabilidade pela implementação da Política Nacional de Alimentação e Nutrição – PNAN? a) A Política Nacional de Alimenta Alimentação ção deve ser implement implementada ada e gerida exclusivamente pelo Governo Federal. b) A Política Nacional de Alimenta Alimentação ção deve ser implement implementada ada e gerida pelo Governo Estadual e as ações práticas são de responsabilidade do município. c) A Política Nacional de Alimenta Alimentação ção deve ser implement implementada ada e gerida exclusivamente pelo poder municipal em concordância aos princípios do SUS. d)
A Política Nacional de Alimenta Alimentação ção e Nutrição deve ser implemen implementada tada de forma
articulada, nascom trêsaos esferas da gestão da saúde brasileira (federal, (federal, estadual e municipal), em concordância princípios do SUS. e) A Pol Política ítica Nacional de Alimentação Alimentação e Nutrição deve ser implementada pelas três esferas da gestão da saúde brasileira (federal, estadual e municipal), cada um participando com as ações que lhe forem mais confortáveis e possíveis.
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Questão 4 4) De acordo com o sistema Vigitel, em 2014 quais eram, respectivamente, os índices de obesidade e sobrepeso da população brasileira? a) 52% para sobrepeso e 17,9% para obesidade.
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b)
85% para sobrepeso e 17,9% para obesidade.
c)
27% para sobrepeso e 35% para obesidade.
d)
52% para sobrepeso e 29,3% para obesidade.
e)
79 % para sobrepeso e 5,3% para obesidade.
Questão 5 5. Quais cidades possuíam os modelos de academias que inspiraram a criação do Programa Academia da Saúde Saúde? ?
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a)
São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Porto Porto Alegre (RS), Curitiba (PR) e Recife (PE).
b)
Recife (PE), Curitiba (PR), Vitória (ES), Aracaju (SE) e Belo Horizonte (MG).
c) d)
Recife (PE), Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP), Maceió (AL) e Fortaleza (CE). Fortaleza (CE), Curitiba Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES) e Aracaju (SE).
e)
Recifee (PE), Manaus (AM), Goiânia (GO), Uberaba (MG) e Vitória (ES). Recif
Gabarito 1. Resposta: A. A Organização Mundial da Saúde recomenda aos países a adotarem abordagens abordag ens de saúde que permeiem todas as políticas e estabeleçam articulação articulação em todoso os setores com a nalidade ampliar desenvolvimento humano, ade sustentabilidade sustentabil idade e as condições de saúde da população Organização Mundial, conforme descrito no primeiro parágrafo da introdução.
2. Resposta: B.
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nove diretrizes estão apontadas no nono parágrafo do Item 1. Política Nacional de Alimentação e Nutrição.
3. Resposta: D. O Ministério Saúde deixa claro,donaPNAN, descrição dasdaresponsabilidades que a política deve ser implementada de forma articulada, nas três esferas da gestão da saúde brasileira (federal, estadual e municipal), em concordância com os princípios do SUS, confor conforme me descrito no décimo parágrafo do Item 1. Política Nacional de Alimentação e Nutrição.
As diretrizes do PNAN são nove diretrizes regulamentadas regulamentad as pelo Ministérios da Saúde
4. Resposta: A.
pela portaria n. 2715 no ano de 2011. As
De acordo com o Vigitel, os índices para
sobrepeso e obesidade no Brasil no ano de 2014 são, respectivamente, 52% e 17,9%, conforme explícito no segundo parágrafo do item 2 – Programa Academia da Saúde.
5. Resposta: B. O Programa Academia da Saúde foi criado inspirado em modelos de sucesso que já existiam em algumas algumas capitais do país. Essas cidades eram Recif Recifee (PE), Curitiba (PR), Vitória (ES), Aracaju (SE) e Belo Horizonte (MG), como explícito no quarto parágrafo do item 2 – Programa Academia da Saúde.
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Unidade 8 Programas de Promoção da Saúde e Qualidade de Vida
Objetivos Entender e analisar o panorama da atenção domiciliar e a prática de tratamentos complementares no Sistema Único de Saúde;
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Apresentar o Programa Melhor em Casa;
Apresentar a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares.
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Introdução
A busca pela promoção da saúde
plena do cidadão tem sido uma realidade em grande parte dos sistemas de saúde pública em todo o mundo. De uma maneira geral, e de forma equivocada, equivocada, a saúde é encarada ou conceituada como um
na atenção à saúde plena através de programas que visam proporcionar e melhorar a qualidade de vida e bem-estar das pessoas em diversas áreas da saúde pública (BRASIL, 2006).
estado nãoNo doença, ouade não malestar oudedor. entanto, busca pela saúde da população engloba muito mais que o simples tratamento de doenças, está diretamente ligada às condiçõe condiçõess de conforto e qualidade de vida que o indivíduo necessita para sentir-se bem.
De acordo com Brasil (2012), no SUS as políticas, programas e serviços de saúde existentes vêm sendo avaliados e atualizados de forma constante, isso ocorre devido às mudanças nos procedimentos
No Brasil, essa realidade não é diferente. Nas últimas décadas, em consonância com as recomendações da OMS (Organização Mundial de Saúde), o Ministério da Saúde vem buscando meios de adotar e coordenar 198 /227
práticas que garantam a integralidade
legais e administrativos do sistema e ao aumento da complexidade do perl epidemiológicoo e demográco do país. epidemiológic Essas mudanças exigem, portanto, novas formas de pensar políticas, programas e serviços de saúde, e dessa forma aumenta a necessidade de controlar os
Unidade 8 • Programas de Promoção da Saúde e Qualidade de Vida
investimentos em saúde. Dentro desses preceitos, um dos grandes desaos de um sistema de saúde é prover qualidade e bem-estar às pessoas que se encontram em uma situação de doença ou dor crônica e permanente. A atenção a esse grupo de pacientes tem sido cada vez mais pensada de uma forma plural, integrativa e inovadora. De acordo com o Ministério da Saúde,
A demanda por melhorias na qualidade da atenção e por cuidado integral à saúde, além do envelhecimento da população associada à transição epidemiológica que vem ocorrendo no país, têm fortalecido estratégias, mecanismos e práticas inovadoras de cuidado em saúde, com destaque para o surgimento de formas de cuidar próximas ao domicílio, como Estratégia de Saúde da Família, os serviços de atendimento domiciliar terapêutico destinados a pacientes com HIV/Aids, propostas de cuidados paliativos, entre outros (BRASIL, 2015, p. 3).
Neste contexto, uma frentes trabalhadas pelode Ministério Saúdeque é apode Atenção Domiciliar (AD). A ADdas consiste numa modalidade atenção da à saúde substituir 199 /227
Unidade 8 • Programas de Promoção da Saúde e Qualidade de Vida
ou complementar as tradicionais, e se caracteriza por ações de prevenção e tratamento de doenças, reabilitação e promoção à saúde, prestadas em domicílio e integradas à rede de atenção à saúde. Desta forma, o ambiente domiciliar e as relações familiares diferem o ambiente e a relação estabelecida pelo paciente, humanizando o cuidado e proporcionando bem-estar ao paciente (BRASIL, 2012). Atuando ainda no campo da prevenção, promoção e manutenção da saúde em uma abordagem de atenção humanizada e centrada na integralidade do indivíduo, outra frente considerada relevante pelo Ministério da Saúde no âmbito do SUS são as Práticas de Saúde Integrativas e Complementares.
Paraa saber mais Par Atenção humanizada é um processo que pode ocorrer em várias áreas, como Ciências da Saúde, Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Exatas, que visa criar condições de ambientação e de relações melhores e mais humanas para os trabalhadores ou utilizadores de um serviço ou sistema.
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Unidade 8 • Programas de Promoção da Saúde e Qualidade de Vida
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Segundo Esper (2009. p.1), Práticas
Neste contexto, o Ministério da Saúde
Integrativas e Complementares (PIC) são “técnicas que visam assistência e a saúde do indivíduo, seja na prevençã prevenção, o, tratamento ou cura, considerando-o como mente/corpo/espírito e não um conjunto
possui, no âmbito do SUS, alguns programas que visam fortalecer e facilitar o acesso à saúde e qualidade de vida da população. Esses progra programas mas funcionam como ações centralizadas à saúde do
de partes isoladas”. Dessa forma, o objetivo dessas práticas é promover o equilíbrio do indivíduo como um todo e não somente tratando a doença ou órgão problemático. A utilização das PIC tem alcançado resultados muito positivos em diversas iniciativas em sistemas de saúde em todo o mundo, e o Sistema Único de Saúde brasileiroo também tem gradativamente brasileir integrando e investido nas PICs como auxiliar na promoção de saúde e qualidade
cidadão da dor melhoria das relações humanas,através alívio da e aumento do bemestar do cidadão.
A Atenção Domiciliar (AD) é um serviço de atenção que começou a aparecer no Brasil já na década de 1960, tendo tendo assumido diversos arranjos junto às equipes de saúde no país. No entanto, a partir das décadas
de vida da população.
de 1990 e 2000 algumas experiências de
1. Programa Melhor em Casa
Unidade 8 • Programas de Promoção da Saúde e Qualidade de Vida
alcance municipal começaram a avançar
2012).
no conceito de AD como uma modalidade articulada, organizada em rede e composta por equipes com diferentes prossionais de saúde e atendendo a toda a população necessitada, não só aquele oriundo da
Neste contexto, e com o objetivo de que mais municípios e também os municípios de menor tamanho também tivessem acesso a esses serviços, o Ministério da Saúde lançou no ano de 2011 o Programa
internação hospitalar (BRASIL, 2014; 2012).
Melhor em Casa, através da Portaria nº 2. 527, redenindo a Atenção Domiciliar no âmbito do SUS brasileir brasileiro. o. Mais tarde, no ano de 2013, o programa sofreu uma atualização através da Portaria nº 963, que
Apesar dessas iniciativas bem-sucedid bem-sucedidas, as, o constante avanço da regulamentação e a necessidade de uma estrutura mais global e nãocriaram somente municipal para desse tema a necessidade de tratar uma regulamentação federal para a legalização e funcionamento desse tipo de serviço, através de políticas públicas que pudessem incorporar essas iniciativas isoladas no Sistema Único de Saúde (SUS) (BRASIL, 202 /227
atualmente regulamenta os serviços de Atenção Domiciliar no país.
Unidade 8 • Programas de Promoção da Saúde e Qualidade de Vida
Link Portaria nº 963, de 27 de maio de 2013 – Redene a Atenção Domiciliar no âmbito do Sistema Portaria Único de Saúde (SUS). Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/ gm/2013/prt0963_27_05_2013.html>. Acesso em: 20 jul. 2015.
Atenção Domiciliar pode ser conceituada como:
modalidade de atenção à saúde substitutiva ou complementar às já existentes, caracterizada por um conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação prestadas em domicílio, com garantia de continuidade de cuidados e integrada às redes de atenção à saúde (BRASIL, 2012, p. 3)
Desta o ambiente familiar e humanizado passa anointegrar osda esforços promoção à saúde forma, do paciente, atingindo resultados mais ecazes controle doençade e promov promovendo endo 203 /227
Unidade 8 • Programas de Promoção da Saúde e Qualidade de Vida
bem-estar. Além disso, contribui para a
atender, em média, 60 pacientes de forma
liberação de leitos de internação e contro controla la gastos hospitalares. De acordo com o Portal da Saúde, o Programa Melhor em Casa presta assistência nos lares de pessoas com
simultânea e integrada à rede de saúde. As visitas aos pacientes devem ter frequência regular denominada conforme o estado clínico e avaliação do indivíduo. Para a realização do trabalho haverá a gura do
necessidade de reabilitação motora, pacientes crônicos sem agravamento ou em pós-cirurgia e idosos. Este atendimento é feito por equipes multidisciplinares formadas obrigatoriamente por médicos,
cuidador, poderá serdo alguém da família ou alguémque de conança paciente, e que será a referência da família para as equipes do Melhor em Casa (PORTAL DA SAÚDE, 2013).
enfermeir enfermeiros, os, técnicos em enfermagem, sioterapeuta e terapeuta ocupacional.
Domiciliar Dentre os benefícios que ado Atenção proporciona através Programa Melhor em Casa, podemos citar como principais:
Conforme a demanda e estrutura, a equipe Conforme pode contar também com prossionais fonoaudiólogos, fonoau diólogos, nutricionistas, odontologistas e farmacêuticos. Cada equipe como esta tem capacidade de 204 /227
Unidade 8 • Programas de Promoção da Saúde e Qualidade de Vida
• Melhoria e ampliação da assistência a pacientes com agravos de saúde,
recebendo atendimento humanizado,
regulação dos serviços de urgência
em casa e perto da família através do SUS;
hospitalar. • Redução de custos com o paciente, que podem chegar a uma redução de 80%, de acordo com dados do Departamento de Atenção Básica
• Maior rapidez na recuperação de doenças devido ao sentimento de bem-estar, carinho e atenção familiar, aliados à adequada assistência de saúde; • Redução de riscos de infecção e contaminação hospitalar no póscirúrgico, uma vez que a recuperação ocorrerá em casa; • Avanços na gestão do sistema público de saúde, uma vez que contribui para a desocupação de leitos hospitalares e, consequente consequentemente, mente, melhorando as possibilidades de atendimento e 205 /227
e Coordenação Geral de Gestão Hospitalar (BRASIL, 2014; PORTAL DA SAÚDE, 2013). A respeito do funcionamento do programa, odaMelhor emAtenção Casa ocorre no âmbito Rede de à Saúde (RAS) do SUS, onde cada um dos hospitais deve possuir um Núcleo de Acesso e Qualidade Hospitalar visando visando a garantia da qualidade assistencial. Esses núcleos devem ser formados pelos coordenadores do serviço
Unidade 8 • Programas de Promoção da Saúde e Qualidade de Vida
de urgência e emergência, unidades e central de internação do hospital (incluindo as UTIs) e por um representante do gestor local. O trabalho do núcleo deve ser acompanhado pelo Comitê Nacional de Acompanhamento do S.O.S. Emergências e coordenado pelo Ministério da Saúde, que tem a função de contribuição para o fortalecimento e implementação das ações previstas pelo programa.
Paraa saber mais Par As Redes de Atenção à Saúde (RAS) são sã o arranjos organizativos no âmbito do SUS que visam à promoção de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas que, integradas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado à população.
As equipes de atenção domiciliar são 100% nanciadas pelo Ministério da Saúde, através de recursos federais transferidos do Fundo Nacional de Saúde para os fundos municipais ou estaduais de saúde. Essa transferência, transferência, no entanto, não exclui a possibilidade de aporte de recursos oriundos das gestões locais. Os recursos podem também ser utilizados para manutenção dos serviços (compra de equipamentos, aquisição de medicamentos, insumos e 206 /227
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transporte) (PORTAL DA SAÚDE, 2013).
possuem alcance global e interferência,
O Programa Melhor em Casa, desde seu início em 2011, já j á implantou inúmeros serviços domiciliares em diversos municípios, tendo alguns como modelos de sucesso em todo o Brasil, representando representando
inclusive nos processos de adoecimento e saúde, e seguindo as recomendações recomendações da Organização Mundial de Saúde para formulação de políticas visando a integração de sistemas médicos complexos
grande economia de leitos hospitalare hospitalaress em todas as cidades e recebendo um alto número de retornos positivos por parte dos pacientes e famílias atendidas (BRASIL, 2014; PORTAL PORTAL DA SAÚDE, 2013). 2 013).
enorecursos terapêuticos comoe auxiliares processo de tratamentos busca da saúde pelo cidadão, o Ministério da Saúde brasileiro começou a avaliar formas de desenvolver uma política que conseguisse integrar tratamentos complementares a alopatia e tratamento hospitalar do SUS (BRASIL, 2006).
2. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares Considerando o indivíduo um ser de dimensão holística, ou seja, onde todas as ações e acontecimentos 207 /227
Práticas Integrati Integrativas vas e Complementares Complementa res (PIC) são práticas de tratamento que envolvem abordagens que visam estimular mecanismos naturais
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de prevenção de doenças e recuperação
ganharam mais visibilidade na área da
da saúde por meio de técnicas seguras e ecazes. Essas práticas seguem sempre um modelo de escuta acolhedora e desenvolvimento de vínculo terapêutico para integração do ser humano com o meio
saúde, uma vez que nessa conferência, impulsionada pela Reforma Sanitária, foi deliberada em seu relatório nal a necessidade de “introdução de práticas alternativas de assistência à saúde
ambiente e ado sociedade de uma e visão ampla processoatravés saúde/doença promoção do autocuidado (ECOMEDICINA, 2015).
no âmbito dos ao serviços deosaúde, possibilitando usuário acesso democrático de escolher a terapêutica preferida” (Guilhermino; Guerrero, 2011, p. 23).
O processo de discussão de Práticas Integrativa Integrativas s e 1980, Complementares Complementa se inicia já na década de quando ores Ministério da Saúde começou a promover diversas conferências, confer ências, documentos e discussões sobre saúde pública. Foi então que na ocasião da 8ª Conferência Nacional de Saúde (CNS), no ano de 1986, as PICs 208 /227
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Paraa saber mais Par A Reforma Sanitária foi um movimento originado no período de luta contra a ditadura, no início da década de 1970. A expressão foi usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relação às mudanças e transformações necessárias na área da saúde. Essas mudanças não eram restritas ao sistema, se relacionavam a todo o setor s etor saúde, em busca da melhoria das condições de vida da população.
As discussões e implementações piloto evoluíram, e no ano de 2006 o Ministério da Saúde lançou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Completares (PNPIC), no SUS, através de duas portarias, a Portaria nº 971 e a Portaria nº 1.600, com o objetivo central de:
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Contemplar sistemas e recursos que envolvem abordagens que buscam estimular os mecanismos meca nismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde por meio de tecnologias eficazes e seguras, com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo víncu lo terapêutico e na integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade (BRASIL, 2006, p. 10).
Link Portaria nº 971, de 03 de maio de 2006 - Aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementaress (PNPIC) no Sistema Único de Saúde. Disponível em: . Acesso em 22 jul 2015. Portaria nº 1.600, de 03 de maio de 2006 - Aprova a constituição do Observatório das Experiências de Medicina Antroposóca no Sistema Único de Saúde (SUS). Disponível em: . Acesso em 22 jul. 2015. 210 /227
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A PNPIC contempla cinco modalidades de práticas complementares, complementares, são elas: • Plantas medicinais e toterapia: técnica terapêutica que utiliza plantas medicinais em diferent diferentes es formas farmacêuticas sem a utilização de substâncias ativas isoladas. Tem origem muito antiga e relacionada aos primórdios da sociedade. • Homeopatia: sistema médico holístico baseado em princípios vitalistas e losócos e que desenvolve remédios homeopáticos naturais acreditando que uma substância capaz de causar efeitos em um organismo pode também 211 /227
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curar efeitos semelhantes a estes num organismo doente. • Medicin Medicinaa Tradiciona radicionall Chines Chinesaa – Acupuntura: sistema médico integral e milenar originado na China. Compreende um conjunto de procedimentos que permitem estímulo preciso em pontos anatômicos predenidos por meio de inserção de agulhas metálicas. • Medicina Antroposóca: Abordagem médico-terapêutica de modelo médico-terapêutica interdisciplinar que busca a integralidade do cuidado em saúde. Utiliza medicamentos homeopáticos, toterápicoss e outros especícos da toterápico abordagem Antroposóca Antroposóca..
• Termalismo – Crenoterapia: uso de águas minerais para tratamento da saúde. Utilizado desde o império grego, faz uso de águas minerais de diferentes formas e temperaturas, tanto para auxiliar na cura como para
gestores e usuários do SUS, considerando as metodologias participativas e o saber popular e tradicional; Estímulo às ações intersetoriais, buscando parceri parcerias as que propiciem o desenvolvimento
preservar a saúde. SCHVEITZER, 2012)(BRASIL, 2006; A PNPIC segue 11 diretrizes para sua implantação em todo o território nacional, no âmbito da Rede de Atenção Básica:
integral das ações; participação social;Fortalecimento Provimento do da acesso a medicamentos homeopáticos e toterápicoss na perspectiva da ampliação toterápico da produção pública, assegurando as especicidades da assistência farmacêutica nestes âmbitos na regulamentaçãoo sanitária (BRASIL, 2006). regulamentaçã
Estruturação e fortalecimento atenção em PIC no SUS; Desenvolvimentda Desenvolvimento o de estratégias de qualicação em PIC para prossionais no SUS, em conformidade com os princípios e diretriz diretrizes es estabelecidos para Educação Permanente; Divulgação e informação dos conhecimentos básicos 212 /227
da PIC para prossionais de saúde,
A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares deve ser implementada de forma articulada, nas três esferas da gestão da saúde brasileira (federal,
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estadual e municipal), em concordância com os princípios do SUS, sendo responsabilidade responsabilidade da esfera federal o nanciamento com verbas federais, o estabelecimento de normas técnicas e treinamento e estabelecer critérios critérios para a implantação das modalidades. Já a esfera estadual deve implantar a PNPIC na rede de saúde do Estado, denir verbas estaduais de nanciamento, implementar treinamentos treinamentos regionais e manter articulação com os municípios para apoio, implantação e supervisão das ações. Por m, cabe ao poder municipal gerenciar as ações práticas política no dosque municípios, denir recursosdaorçamentários municipais e exercer vigilânciadasanitária diz respeito às práticas PNPIC no município (BRASIL, 2006).
Conforme explicitado por Guerrero e Guilhermino (2011), atualmente o Ministério da Saúde arma que a aplicação da Po Política lítica Nacional de Práticas Integrativas e Complementares está presente em todos os estados da Federação. Os resultados apontam que as práticas predominant predominantes es que aplicadas no SUSdas sãotécnicas, Fitoterapia, Fitot erapia, Homeopatia e Acupuntura. Os eresultados apontam ainda a aplicação somada ao conhecimento popular cientíco, tem apresentado retornos extremamente positivos por parte do usuário e contribuindo com a premissa central de facilitar e potencializar o acesso à saúde plena da população.
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Glossário Consonância: estar em concordância, acordo ou conformidade. Preceitos: comando ou ordem dado como regra de conduta. Regra; aquilo que se aconselha fazer ou praticar. Holística: Aquele que prega a compreensão integral dos fenômenos, não apenas das suas partes separadas.
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para Questão
reflexão
Baseado na descrição ocial do Ministério da Saúde a respeito das Práticas Integrativas e Complementares constantes nas páginas 13 - 24 do documento disponível em: , faça uma breve descrição sobre cada uma das PIC aprovadas pela Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS. 215 /227
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Considerações Finais A complexidade do perl epidemiológico e demográco do Brasil, as políticas, programas e serviços de saúde existentes no SUS vêm sendo avaliados avalia dos e atualizados de forma constante. Essas mudanças exigem,
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portanto, novas formas de pensar políticas, programas e serviços de saúde, aumentando a necessidade de controlar os investimentos em saúde. »
A AD consiste numa modalidade de atenção à saúde que pode substituir ou complementar as tradicionais, e se caracteriza por ações de prevenção e tratamento de doenças, reabilitação e promoção à saúde, prestadas em domicílio e integradas à rede de atenção à saúde.
O Programa Melhor em Casa presta assistência nos lares de pessoas com necessidade de reabilitação motora, pacientes crônicos sem agravamento ou em pós-cirurgia e idosos. Este atendimento é feito por
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equipes multidisciplinares formadas obrigatoriamente por médicos, 216 /227
Considerações Finais enfermeiros, técnicos em enfermagem, sioterapeuta e terapeuta ocupacional.
Práticas Integrativas Integrativas e Compleme Complementares ntares (PIC) são práticas de
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tratamento que envolvem abordagens que visam estimular mecanismos naturais de prevenção de doenças e recuperaçã recuperaçãoo da saúde por meio de técnicas seguras e ecazes.
A PNPIC contempla cinco modalidades de práticas complementares, são elas: Plantas Medicinais e Fitot Fitoterapia; erapia; Homeopatia; Medicina
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Tradicional Chinesa; Medicina Antroposóca e Termalismo – Crenoterapia.
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Referências BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de monitoramento e avaliação do Programa Melhor
em Casa. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. Disponível em: . Acesso em: Acesso em 20 jul. 2015. BRASIL. Ministério da Saúde. Manual Instrutivo do Melhor em Casa. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. 2012. Disponível em: . Acesso em: 20 jul. 2015.
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. Disponível em: . Acesso em 20 jul. 2015.
Complementares ntares em Saúde: o que é isso? 2015. ECOMEDICINA. Práticas Integrativas e Compleme Disponível em: . Acesso em: 20 jul. 2015. ESPER, M. Práticas Integrativas e Complementares em Saúde. 2009. Disponível: . Acesso em: 20 jul. 2015. 218 /227
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Referências GUILHERMINO, J. F. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS. In: GENIOLE, L. A. I.; Kodjaoglanian, V. V. L.; VIEIRA, C. C. A. V. Material de apoio às atividades didáticas do curso de Pós-Graduação em Atenção Básica em Saúde da Família /CEAD/ UFMS. Campo Grande, MS: Ed. UFMS: Fiocruz Unidade Cerrado Pantanal, Pantanal, 2011, p. 20-111. Disponível em: . Acesso em: 20 jul. 2015. PORTAL DA SAÚDE – SUS. Melhor em Casa. 2013. Disponível em: < http://portalsaude.saude.gov. br/index.php/cidadao/acoes-e-programas/melhor-em-casa>. Acesso em 20 jul. 2015.
SchveitzeR, M. C.; ESPER, M. V.; SILVA, M. J. P. Práticas Integrativas e Complementares na Atenção Primária Primária em Saúde: em busca da humanização do cuidado. O Mundo da Saúde, São Paulo, v. 36, n. 3, p. 442-451, 2012.
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Questão 1 1. Qual a definição de Atenção Domiciliar – AD? a) Modalidade de atenção à saúde substitutiv substitutivaa ou complementar às já existentes, caracterizada por um conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação prestadas em domicílio, com garantia de continuidade de cuidados e integrada às redes de atenção à saúde. b) Prevenção, promoção e manutençã manutençãoo da saúde em uma abordagem de atenção humanizada e centrada na integralidade do indivíduo. c)
Não há um conceito formalizado para Atenção Domicilia Domiciliarr.
d) São práticas de tratamento que envolv envolvem em abordagens abordagens que visam estimular mecanismos naturais de prevenção de doenças e recuperaçã recuperaçãoo da saúde por meio de técnicas seguras e ecazes. e) Atendiment Atendimentoo prestado prestado pelas Unidades Básicas de Saúde Saúde para pessoas que residem no próprio município onde a Unidade Básica está inserida.
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Questão 2 2. Qual tipo de usuário o Programa Melhor em Casa atende atende? ? a)
Todos os usuários internados na rede hospital hospitalar ar do município município..
b)
Todos os pacientes da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e seus familiares.
c)
Usuários com 60 anos ou mais.
d) Pessoas com necessidadee de reabilitaçã necessidad reabilitaçãoo motora, pacientes crônicos sem agravamento ou em pós-cirurgia e idosos. e) Todos pacientes crônicos, internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e seus familiares.
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Questão 3 3. Assinale a alternativa onde todos os itens são benefícios que a Atenção domiciliar proporciona através do Programa Melhor em Casa. a) Melhoria e ampliação ampliação da assistência a pacientes com agrav agravos os de saúde, saúde, treinamento de familiares para atuar como enfermeiros, assistência psicológica para o paciente e a família. b) Assistência psicológic psicológicaa para para o paciente e a família, economia de dinheiro dinheiro por parte das famílias que não precisam pagar internação no SUS. c) Melhoria e ampliação ampliação da da assistência assistência a pacientes pacientes com agrav agravos os de saúde, maior rapidez na recuperação de doenças devido ao sentimento de bem-estar, redução de riscos de infecção e contaminação hospitalar. d) Redução de riscos de infecção e contaminaç contaminação ão hospita hospitalar, lar, treinamen treinamento to de familiares para atuarem como enfermeiros, fornecimento fornecimento gratuito de medicamento aos pacientes do programa.
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Questão 4 4. O que são Práticas Integrativas e Complementares (PIC)? a) Ideias que se tenham com relação às mudanças mudanças e transforma transformações ções necessárias na área área da saúde. b) Práticas de tratame tratamento nto que envolvem abordagens que visam estimular mecanism mecanismos os naturais de prevenção de doenças e recuperaçã recuperaçãoo da saúde por meio de técnicas seguras e ecazes. c) Qualquer método terapêutico que não seja medicina tradicional ou alopática, incluindo cirurgias espirituais ou credos religiosos.
d)
Não há um conceito formalizado para Práticas Integrativas e Complementares.
e) Redução de riscos de contaminação ão hospita hospitalar lar através de métodos terapêuticos terapêutico s alternativo alternativos. s. infecção e contaminaç
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Questão 5 5. Quais são as cinco práticas contempladas pela PNPIC? a)
Homeopatia, Homeopati a, Terapia Ocupacional Ocupacional,, Psicologia, Psiquiatria e Feng Shui.
b)
Feng Shui, Psiquiatria, Métodos religioso religiosos, s, Homeopatia, Meditação.
c)
Yoga, Terapia Ocupaciona Ocupacional,l, Homeopati Homeopatia, a, Fitoterapia, Meditação.
d)
Acupuntura, Homeopat Homeopatia, ia, Yoga, Feng Shui, Psicologia.
e) Plantas Medicinais e Fitot Fitoterapia, erapia, Homeopatia; Medicina Tradicional Chinesa, Medicina Antroposóca e Termalismo – Crenoterapia.
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Gabarito 1. Resposta: A. O conceito de Atenção Domiciliar está descrito no quarto parágrafo do item 1 – Programa Melhor em casa, como: modalidade de atenção à saúde substitutiva ou complementar às conjunto já existentes, caracterizada por um de ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação prestadass em domicílio, com garantia de prestada continuidade de cuidados e integrada às redes de atenção à saúde.
2. Resposta: D. Os usuários atendidos pelo Programa Melhor em Casa estão descritos no sexto 225 /227
parágrafo do item 1 – Programa Melhor em casa, como: pessoas com necessidade de reabilitação motora, pacientes crônico crônicoss sem agravamento ou em pós-cirurgia e idosos.
3. Resposta: C. Os benefícios da Atenção domiciliar estão descritos no quarto parágrafo do item 2 – Programa Melhor em Casa, e são: melhoria e ampliação da assistência a pacientes com agravos de saúde, maior rapidez na recuperação de doenças devido ao sentimento de bem-estar, redução de riscos de infecção e contaminação hospitalar.
Gabarito 4. Resposta: B. O conceito de Práticas Integrativas e Complementares Compleme ntares está descrito no segundo parágrafo do item 2 – Política Nacional de Políticas Integrativas e Complementares como: práticas de tratamento queestimular envolvem abordagens que visam mecanismos naturais de prevenção de doenças e recuperação da saúde por meio de técnicas seguras e ecazes.
5. Resposta: E. As cinco práticas contemplad contempladas as pela PNPIC no quinto parágrafo do item 2 – Política Nacional de Políticas Integrativas e Complementares são: 226 /227
Plantas Medicinais e Fitoterapia; Homeopatia; Medicina Tradicional Chinesa; Medicina Antroposóca e Termalismo – Crenoterapia.
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