Apostila Previa Final

March 16, 2019 | Author: Rafael Limberger | Category: Wassily Kandinsky, Art Movements, Arts (General), Philosophical Science, Ciência
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O Prévia– curso pré-vestibular do Instituto de Artes - é uma iniciativa de um grupo de estudantes do curso de Licenciatura e Bacharelado em Artes Visuais da UNESP que atua desde 2008. Seu objetivo primeiro é abordar os assuntos exigidos pelos vestibulares especícos de artes das principais universidades públicas de São Paulo. Entretanto, o Prévia hoje se congura principalmente como um espaço de reexão e discussão sobre arte e educação, onde todos os envolvidos estão em um contínuo processo de aprendizagem e encontram-se na condição de estudantes de arte. As aulas, divididas entre teoria e prática, propõem uma forma mais colaborativa e menos linear de construir o conhecimento desse coletivo formado. E esse conhecimento se vale das trocas entre pessoas diferentes, com referências referên cias e referen referenciais ciais diferentes, opiniões, gostos e desejos diferente diferentes. s. Com relação às aulas práticas, pretende-se desconstruir as convenções criadas a cerca do bom desenho e do saber desenhar, para, a partir daí, tentar criar um espaço no qual se possa experimentar sem medo de ser feliz. Apoiado na noção de que a história não é um relato denitivo e acabado, o grupo do cursinho passou a organizar suas aulas em temas em torno dos quais é possível tecer relações diversas, sensíveis às mais variadas manifestações estéticas existentes e aos contextos que a cercam. A elaboração desse material foi pensada como forma de apoio a essa opção pela ausência de cronologia e linearidade nas aulas. No entanto, a escolha por esse formato de folhas e imagens avulsas ainda se deve a essa tentativa de olhar a história como uma construção e uma seleção. Construção essa que poderá ser (re)feita por você e por nós; seleção que ainda se restringe àquela contada pelos livros e esperada pelo vestibular. Mas como foi dito, é uma tentativa. Vamos Vamos tentar junto. : ) Pessoas envolvidas

Beatriz Ruco Fernando Finamore Gabrielle Navarro Iramaya Haddad Karina Nakahara Leonardo Matsuhei Letícia Nakano Marília Carvalho Mayara Wui

Mônica Abreu Raquel Sena Rita Bredariolli Rosana Ferre Ferreira ira Ruth Carvalho Tamara Takaok Takaokaa Uiu Cavalheiro Vinícius Nakamura

No descomeço era o verbo. Só depois é que veio o delírio do verbo. O delírio do verbo estava no começo, lá onde a criança diz: Eu escuto a cor dos  passarinhos.  A criança não sabe que o verbo escutar não funciona para cor, mas para som. Então se a criança muda a função de um verbo, ele delira. E pois. Em poesia que é voz de poeta, que é a voz  de fazer nascimentos O verbo tem que pegar delírio. Manoel de Barros Uma didática da Invenção, In: O livro das Ignorãças, 1993.

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O termo passou a ser usado após a exposição The Responsive Eye (O olhar interativo), no MoMA, em 1965. Aplica-se a artistas que visualmente buscam se afastar do simbólico, partindo de leis ópticas, contrastes simultâneos e dos dados experimentais da Psicologia da Gestalt (Psicologia da Forma). Cria planos e movimentos ilusórios (3D), fazendo as formas vibrarem através da mutação de cores e formas em um u m suporte liso (2D). Tem heranças em Albers, docente da Bauhaus que, no nal da década de 40, nos Estados Unidos, passou a se dedicar a pintura, com sua série abstrata Homenagem ao Quadrado . Também herda o esforço óptico que o Pontilhismo de Seruat e o Orsmo de Delaunay exigiam dos olhos, além da interação e movimento da Arte Cinética. Baseia-se na construção cientíca das imagens que exige do observador persistência e concentração, fazendo com que ele participe completamente da obra. Para Victor Vasarely, considerado o “pai” da Op Art, a obra deveria ser passível de reprodução e também de ser criada por outras pessoas ou por máquinas. A dita “Op Art” Art ” se refere ao grupo estadunidense envolvido principalmente com a exposição no MoMA em 1965, porém existem outros grupos que se interessaram na pesquisa visual, buscando uma autonomia da disciplina baseados na convergência entre ciência, técnica e cinética da Programmataa (Itália), imagem. Alguns deles foram: Hard Edge (EUA),  Arte Programmat  Zero (Alemanha) e Equipo 57  (Espanha). Principais nomes

Op art é uma abreviação da expressão em inglês optical art e signica "arte óptica".

“Menos expressão e mais visualização”” (Josef Albers) ção Al bers)

Contrastes simultâneos: conceito  proposto pelo químico francês Michel Eugène Chevreul, a partir do qual estudava a percepção das cores em simultaneidade.

Victor Vasarely, Richard Anuszkiewicz, Bridget Rilley, Julian Stanczak e Josef  Albers.

“[...] uma percepção selecionada, organizada, estruturada: um ‘modelo’ de percepção. Possui, por  isso, uma função essencialmente educativa: ensina a perceber com clareza, com consciência das leis físicas e matemáticas que fazem da  própria percepção um processo intelectivo. ” (Giulio Carlo Argan analisando a obra de Vasarely)

ligações: pesquisa visual, olho-máquina, gestalt, movimento, arte cinética, ilusão óptica

1930-1940 01

02

Período de efervescência nos estudos sobre a Psicologia da Gestalt 

1933

O governo alemão fecha a Bauhaus. Albers é convidado a lecionar nos EUA.

03

04 1950

 A “er “eraa de ouro” do Cinema 3D. Primeira produção de um lme em 3D colorido, com a tecnologia estereoscópia (óculos azul e vermelho).

1965

05

01. Zebras, 1938 - Victor Vasarely. Vasarely. 02. Movement in Square, 1961 - Bridget Riley. 03. Vega 200, 1968 - Victor Vasarely. Vasarely. 04. Homenagem ao Quadrado, Quadrado, 1949-1976(série) - Josef Albers. 05. Curvas Progressivas, 1960 - Julio Le Parc. ligações: pesquisa visual, olho-máquina, gestalt, movimento, arte cinética, ilusão óptica

Exposição “The Responsive Eye” no MoMA.

Defende uma arte geométrica e não gurativa, porém, essecialmente não isenta a criação intuitiva do espectador. O termo foi criado no “Manifesto “Manifesto Neoconcreto” em 1959, para a abertura da exposição no Rio de Janeiro. O manifesto reforça as diferenças entre os ideais do Grupo Frente(Rio de Janeiro) em relação ao Grupo Ruptura(São Paulo), sobretudo a “perigosa exarcebação racionalista” do concretismo paulista. Os neoconcretistas incorporam o espectador às suas obras, permitindo que ele as toque e manipule. Esta atitude dene o fazer artístico no tempo e no espaço, rompendo com as ditâncias até então existentes ente o espectador e a obra. Esse posicionamento pode ser notado nos Bichos de Lygia Clark, no Livro da Criação de Lygia Pape, nos Penetráveis, Bólides e Parangolés de Helio Oiticica, os Objetos Ativos de Wyllis de Castro. Principais Nomes

“Não resta dúvida, entretanto, que,  por trás de suas teorias que consagravam a objetividade da ciência e a  precisão da mecânica, os verdadeiros artistas - como é o caso, por  exemplo, de Mondrian ou Pevsner construíam sua obra e, no corpo-a-corpo com a expressão, superaram, muitas vezes, os limites impostos  pela teoria. [...] De nada nos servirá ver em Mondrian o destrutor da superfície, do plano e da linha, se não atentamos para o novo espaço que essa destruição construiu”  (Manifesto Neoconcreto)

Ferreira Gullar, Amílcar de Castro, Franz Weissmann, Lygia Clark, Lygia Pape, Wyllis de Castro, Franz Weissmann Weissmann e Hélio Oiticica. “Pelo fato de não admitir a arte, no  ponto a que chegou seu desenvolvimento neste século, quaisquer  ligações extra-estéticas ao seu conteúdo, chega-se ao sentido de  pureza. ‘Pureza’ signica que já não é mais possível o conceito de ‘arte- pela-arte’, ou tampouco querer  submetê-la a ns de ordem política ou religiosa”  ( Hélio Hélio Oiticica em ‘A transição da cor do quadro para o espaço e o sentido de construtividade’)

“Tenho fé na forma que não deixa resto. Que estampa e cala. Como a fala do poeta que em silêncio contém o mundo. ”  (  Amilcar de Castro - Fragmento do poema ‘Sei  que não quero contar’)

ligações: experiência, afeto, emoção, formas, cores, corpo, olho-corpo, estética relacional, processo, colaboração, tropicália tropicália

1951

Em dezembro dezembro acontece acontece a 1ª  Bienal Internacional de São Paulo. O grande prêmio foi entregue a Max Bill  pela  pela obra Unidade Tripártida.

1952

No dia 9 de dezembro, o Grupo Ruptura realizou sua  primeira exposição no RJ.

01

02 1956

Grupo Frente (RJ) e Ruptura (SP) realizam juntos a 1ª  Exposição Nacional de Arte Concreta.

1959

1ª Exposição de Arte Neoconcreta no MAM/RJ e publicação do Manifesto Neoconcreto.

1959

- Revolução Cubana - Início da Guerra do Vietnã

1962

Dissolução do Neoconcreto.

03

04 01. Bichos, 1960 - Lygia Clark. 02. Divisor, 1968 - Lygia Pape. 03. Sem Título - Amilcar de Castro. 04. Penetrável Magic Square #5 - Hélio Oiticica.

ligações: experiência, afeto, af eto, emoção, formas, cores, corpo, olho-corpo, estética relacional, processo, colaboração, tropicália tropicália

grupo

Iniciou-se no ambiente de efervescência cultural estadunidense em meados dos anos 60 como reação ao Expressionismo Abstrato que, para Donald Judd, teria encaminhado o ‘m da pintura’. Buscavam utilizar a arte não como autoexpressão, subjetiva do artista, mas sim como uma arte objetiva. Foi um período de armação da arte nos Estados Unidos, e alguns artistas faziam questão de negar as inuências europeias, mesmo as que possuiam semelhanças formais. Uma das características em comum dos artistas ligados ao chamado Minimalismo é a redução de objetos à sua estrutura primária. Sendo assim se torna movimento mais formal que ideológico i deológico,, onde conceito e expressão eram muitas vezes descartados em função da essência estrutural do objeto, percepção pura e direta, sem mediar valores externos.

“A minha pintura se baseia no fato de que só o que pode ser visto na tela é que está realmente lá. [...] Tudo o que eu quero que as pessoas extraiam dos meus quadros, e tudo que eu extraio deles, é o fato de que você consegue apreender a idéia em seu todo sem confusão... O que você vê é o que você vê.” (Frank Stella)

Principais nomes

Donald Judd, Sol LeWitt, John McCracken, Agnes Martin, Dan Flavin, Robert Morris, Anne Truitt, Carl Andre e Frank Stella. “Veja, o grande problema é que qualquer coisa que não seja absolutamente simples começa, de algum modo, a ter partes. O importante é ser capaz de trabalhar e fazer coisas diferentes e, mesmo assim, não quebrar a inteire za que uma peça tem.” (Donald   Judd)

“A metade, ou mais, dos melhores novos trabalhos que se têm produzido nos últimos anos não tem sido nem pintura nem escultura. Frequentemente,, eles têm se relacioFrequentemente nado, de maneira próxima ou distante, a uma ou a outra.”  ( Donald  Donald   Judd, 1963 - “Objetos especícos” especícos”.).)

“O homem escala a montanha  porque ela está lá. O homem faz  uma obra de arte porque ela não está lá. ” ( Carl Carl Andre)

ligações: estruturas primárias, bauhaus, john cage, concretismo, espaço, forma, design

1945

Com o m da 2ª Guerra Mundial, cria-se um movimento de migração do centro da Arte para os Estados Unidos.

01

1958 02

Yves Klein expõe uma sala completamente vazia.

03

04

1963

Donald Judd publica o texto “Objetos especícos”, que é considerado o ‘manifesto’ do Minimalismo.

05 01. Incomplete Open Cube, 1974 - Sol LeWitt. 02. Site specic, 1970s - Donald Judd. 03. Monumento, 1969 - Dan Flavin. 04. 144 Quadrados de magnésio, 1969 - Carl A ndre. 05. Pintura Negra, 1967 - Frank Stella.

ligações: estruturas primárias, bauhaus, john cage, concretismo, espaço, forma, design

Na década de 60 a crescente politização traz para o campo das artes questões como: O que é arte? Quem determina o que é arte? Quem decide como ela é exposta e criticada? A obra e as ideias de Marcel Duchamp foram uma inuência primordial para o movimento. Outro pioneiro foi Alan Kaprow que, assim como o Grupo Fluxus, organizava os chamados happenings (literalmente, “acontecimentos”) em que o próprio acontecimento se tornava a obra de arte. Como a obra de arte é apenas uma conseqüência de uma ideia, a obra, como entendida até então, pode ser dispensada e desmisticada, assim como o mercado e a crítica de arte. ar te. Basta que a ideia, conceito, ou salto imaginativo, seja registrado em forma de documentos, propostas escritas, lmes, performances, fotograas, instalações, mapas ou qualquer outro suporte. E muitas vezes os artistas optam conscientemente por formas visualmente desinteressantes com o intuito de focar a atenção do espectador sobre o conceito e contexto. O que as obras conceituais compartilham é uma necessidade do espectador apreendê-las através de suas faculdades intelectuais. Principais nomes

“O signicado é o uso.”  (Ludwig Wittgenstein)

“A única coisa a ser dita sobre arte é que ela é uma coisa. A arte é arte-como-arte e todo resto é todo resto.  A arte como arte não é nada além de arte. A arte não é o que não é arte” (  Ad Reinhardt)

“O ‘valor’ de determinados artistas depois de Duchamp pode ser  medido de acordo com o quanto eles questionaram a natureza da arte.”  (  Joseph Kosuth)

Art&Language, Sol LeWitt, Joseph Kosuth, Yoko Ono, Lawrence Weiner, Hans Haacke, John Baldessari e On Kawara. “Limpe do mundo a doença burguesa, ‘intelectual’, a cultura prossional  e comercializada. Limpe do mundo a arte morta, imitação, arte articial, arte abstrata, arte ilusionista, arte matemática. - limpe do mundo o ‘europanismo’. [...] Promova a artevida, antiarte,  promova a realidade não artistíca ar tistíca a ser apreendida por todos e não apenas críticos e prossionais.”  ( Manifesto Manifesto Fluxus)

ligações: política, antiarte, linguagem, lin guagem, tempo, contexto, conceito, duchamp, contemporâneo, autoria

1953

O lósofo Ludwig Wittgenstein publica “Investigações Filosócas”, marco da Filosoa da Linguagem.

1955-1975

 A Guerra do Vietnã causa movimentos de protesto no mundo inteiro.

01

1968

 A “primavera de 68” marca a  presença do movimento estudantil, sobretudo na França.

02

03

1969 1968

Kosuth publica “Arte depois da Filosoa”, um dos princi pais textos de um artista sobre a Arte Conceitual.

04

01. Uma e três cadeiras, 1965 - Joseph Kosuth. 02. Dust & Water put somewhere / between be tween the sky  & the earth, 2000 - Lawrence Weirner. 03. one thing, 1965, vietnam, 1965 - On Kawara. 04. Inserções em circuitos ideológicos: Projeto Coca-Cola, 1970 - Cildo Meireles. ligações: política, antiarte, linguagem, tempo, contexto, conceito, duchamp, contemporâneo, autoria

Países Baixos, de 1917 a 1928. De Stijl, também chamado de Neoplasticismo, foi um movimento artístico surgido na Holanda que envolveu artes plásticas, arquitetura, e design. É também o nome de uma revista onde eram publicadas as ideias, manifestos, e pesquisas do grupo encabeçado por Piet Mondrian, Theo van Doesburg e Gerrit Rietveld. O grupo tinha como objetivo criar uma nova arte ar te internacional e um vocabulário visual para objetivos práticos, por isso a inuência do design e das artes aplicadas também se fez presente no pensamento De Stijl, que queria comunicar através de seus objetos uma sociedade melhor onde a arte e a vida se integrassem em perfeita harmonia. De acordo com Van Doesburg, o grupo se orienta pela necessidade de “clareza, certeza e ordem” e busca uma nova forma de expressão plástica que não mais carregasse resíduos representativos e que se pautasse nos elementos mínimos da composição, puricando a cor em cores primárias, além do preto, branco e cinza, reduzindo a forma à linhas retas verticais e horizontais e rejeitando a modelagem, as texturas e a linha curva. Buscava uma arte clara e disciplinada, que reetisse de algum modo as leis objetivas do universo e valorizava a estrutura formal e o equilíbrio assimétrico. Para Para Mondrian, o artista não deve inuenciar emotiva ou sentimentalmente o espectador. Por Por isso reduziu seu estilo a formas elementares, evitando assim provocar reações individuais. Os artistas do grupo acreditavam no ordenamento geométrico fundamental do universo e não valorizavam a tradição lírica e sentimental da história da arte.

“O neoplasticismo é uma lição de  probidade, de pureza, de sabedoria. Ele disciplina a natureza sob as rédeas voluntariosas e tensas do espírito humano, senhor das forças cómicas.  A ordem de Mondrian é arquitetônica, sintética, espiritual e geométrica, lançando para os homens desarvorados de nosso tempo as bases de uma natureza recriada e de uma vida que, de retorno simples, vai de novo encontrar  unidas a razão e a poesia.”  (PEDROSA, Mário. Mondrian e a Natureza, In: Modernidade Cá e Lá, p. 196)

Ver Kandinsky em Der Balue Reiter. Para ele “o quadro não é uma transmissão de formas, mas uma transmissão de forças: é a existência do artista que se liga à  ARGAN, G. C. ) ) dos outros.” (  ARGAN,

Principais nomes

Piet Mondrian, Theo van Doesburg, Gerrit Rietveld. No Brasil, Mondrian inuencia Milton Dacosta e Lygia Pape, Pape, no Livro da Arquitetura e no desenho Mondrian de 1907.

 A vanguarda holandesa “(...) nasce da revolta moral contra a violência irracional da guerra que assolava a Europa. Dela se deriva um juizo negativo sobre a historia; não a violência, e sim a razão é que deve determinar as transformações da vida da humanidade, e as transformações devem se dar nos diversos campos da atividade humana, através de uma revisão radical das premissas e das nalidades. De Stijl não é uma revolução contra uma cultura envelhecida a m de renova-la, é uma revolução no inteiror de uma cultura moderna a m de imuniza-la contra os  perigos de qualquer qualquer corrupção ou impureza possível.”  (ARGAN, G. C., Arte Moderna, p. 263)

ligações: abstração geométrica, Bauhaus, assimetria, cores primárias, linhas retas

01

1914

Início da primeira guerra mundial 

1916

Dadá

1919

Fundação da Bauhaus por  Walter Gropius

1920

Mondrian escreve o ensaio “O neoplasticismo” para o  publico francês, através do qual  defende as idéias estéticas de De Stijl 

03 02

1924

Rompimento de Mondrian com Theo van Doesburg

1929

Publicação do ensaio de Mondrian pela Bauhaus

04

05

06

01. Estudo de cores para obra arquitectónica (pormenor), Theo Van Doesburg. 02.A árvore Vermelha, 1908 - Piet Mondrian. 03. Composição em azul, cinza e rosa, 1913 - Piet Mondrian. 04. Composition with Red, Yellow and Blue, 1921 - Piet Mondrian. 05. Vestido Mondrian, 1965 - Yves Saint Laurent. 06. cadeira vermelho e azul, 1917 - Gerrit Rietveld. ligações: abstração geométrica, Bauhaus, assimetria, cores primárias, li nhas retas

Nova Iorque, década de 1950. Foi o primeiro grande movimento artístico de repercussão internacional que aconteceu nos Estados Unidos. O país emergira como uma grande potência após o termino da Segunda S egunda Guerra Mundial e sua ascensão como pólo artístico deu-se pelo fato de que muitos intelectuais e artistas mudaram-se para lá na época. Nesse contexto, começa a se delinear uma arte “americana” “americana” que, embora recebesse todas as inuências das vanguardas européias, não se sentia devedora a ela e não tinha nenhum compromisso com as tradições artísticas. O Expressionismo Abstrato está numa zona de intersecção entre a abstração do Der Blaue Reiter, a intensidade emocional do expressionismo alemão e heranças surrealistas – o inconsciente e o automatismo –, fazendo com que as pinturas se voltassem mais para dentro, trazendo à tona um resultado plástico que se baseava em formas não-gurativas. não-gurativas. Alguns críticos sublinham as anidades da Action Painting com o Jazz, música que se faz tocando, ao sabor do improviso e da falta de projeto preliminar. Traz ainda um embrião do que mais tarde viria a ser a Performance . Um dos seus principais expoentes, Jackson Pollock, criava suas obras através de respingos de tinta que deixava cair sobre grandes panos no chão, formando texturas únicas. A pintura deveria ceder a impulsos espontâneos, a ação era ágil e não deveria ser premeditada. Pretendia-se Pretend ia-se criar uma arte ar te mais livre e espontânea, nada convencional. O Expressionismo Abstrato trazia em si uma carga muito grande de tudo o que foi deixado pela Segunda Guerra. Era, portanto, uma arte forte e violenta, que incorporava o emprego de uma palheta agressiva, conjugando traços geométricos e aleatórios da "pintura automática" a um empaste pesado e grosseiro de pigmentos sobrepostos. Principais nomes

Jackson Pollock, Arshile Gorky, Mark Rothko, Adolph Gottlieb, Willem de Kooning, Isamu Noguchi. No Brasil: Manabu Mabe, Tomie Othake, Flávio-Shiró. “Outro importante antecedente (à reelaboração da crítica dos conceituais) é o Desenho de De Kooning Apagado, apresentado por Robert  Rauschenberg em 1953. Como o próprio título enuncia, em um desenho de Willem de Kooning, artista ligado à abstração gestual  surgida nos Estados Unidos no pós-guerra, Rauschenberg, com a permissão do colega, apaga e desfaz o seu gesto. A obra nal, um  papel vazio quase em branco, levanta a questão sobre os limites e as possibilidades de superação da noção moderna de arte.” 

“(...) a herança da arte moderna é reacondicionada e oferecida de outra forma por Lichetenstein. Uma série de “Pinceladas” de 1965, cuidadosa e  precisamente executadas, apresentava apresentava o Expressionismo Abstrato como estilo, tornando obvio o fato de que a expressividade associada a ele não é um registro transparente e absoluto de um estado emocional, mas um conjunto de símbolos culturalmente especícos por meio do qual se sente que aquele estado é mais bem representado.” ” 

(Enciclopédia Itaú Artes Visuais, Arte Conceitual) Rauschenberg fala sobre de kooning apagado: http://bit.ly/OXYlai 

(ARCHER, Michel. Arte Contemporânea – uma historia concisa.p. 12)

ligações: expressão, abstração, automatismo, espontaneidade, performance, eua pós-guerra

 Arte moderna: pretensões universais mas dizia respeito sobretudo à arte europeia e ocidental.

Inuência de teorias como “A inter pretação dos sonhos” de Jung e pelo “Existencialismo” de Sartre.

Comportamento automático que aparentemente foge do controle do consciente, enfatizando a intuição e o inconsciente. Na Action Painting, a improvisação e a espontaneidade colocariam o corpo do artista como  protagonista desse gesto liberto e desprovido de um projeto prévio.

Na Action Painting, a pintura nasce a  partir da relação corporal do artista com a tela, que é retirada da parede e colocada no chão, exigindo uma nova postura , inclusive física, do artista diante dela. O artista passa a fazer parte da pintura. (vale lembrar que, depois de pronta, a tela voltava à parede...)

 Algumas críticas dirigidas à Action Painting questionavam o quanto  pode haver de imporvisado impor visado e espontâneo num num gesto, já que antes da ausência de projeto há a opção por  essa ausência.

01

1945

Fim da Segunda Guerra Mundial 

1950

Uruguai é bicampeão mundial de futebol 

1951

I Bienal Internacional de Arte de São Paulo

1952

O termo “Expressionimo  Abstrato” foi usado pela  Abstrato”  primeira vez pelo crítico H. Rosenberg para designar o movimento.

02

03

04

05

01. Jackson Pollock pintando. 02. Desenho de De Kooning apagado, 1953 - Robert Rauschenberg. 03. No.5-No.22, 1950 - Mark Rothko. 04. Mulher, 1949-50 - Willem de Kooning. 05. Número 1, 1949 - Jackson Pollock.

ligações: expressão, abstração, automatismo, espontaneidade, performance, eua pós-guerra

Munique, entre 1911 e 1914. Surge no período que antecede a Primeira Guerra Mundial, quando as disputas entre nações imperialistas já abalavam a paz e o equilíbrio europeu. A eclosão da Guerra levou a dissolução do grupo. Entretanto,, para além desse período, os desdobramentos de suas atividades Entretanto tiveram grande alcance, eventualmente conduzindo à arte da fantasia do Surrealismo, Dadá e Expressionismo Abstrato. Também inuenciaram a escola Bauhaus, na qual Kandinsky e Klee lecionaram mais tarde. A principal herança desse movimento foi a inauguração da arte não gurativa, tendência que viria a prevalecer na pintura por mais de meio século. Embora não tivessem um programa denido e não houvesse a intenção de um estilo homogêneo entre os artistas de O Cavaleiro azul, opunham-se ao Cubismo por entenderem que este propunha apenas uma reformulação da representação ao invés da abolição da mesma, enfocando teorias que, segundo eles, precisavam ser desligadas da arte, como a racionalista e, de certa forma, ainda a realista. O grupo tinha uma orientação profundamente espiritualista, o que para Kandinsky signicava tudo o que não é racional e que impulsiona a criação das formas ao sabor das emoções, explorando a dimensão lírica da cor e da forma, fazendo da arte ar te a expressão de uma necessidade interna. Ao mesmo tempo, acreditavam na ecácia simbólica e psicológica das formas e das cores, não entendendo a fruição de uma obra de arte como mera contemplação, mas sim como estímulo que se dispõe a despertar reações e sugestões distintas em cada indivíduo. indivíduo. Segundo o historiador historiador Giulio Carlo Argan, Paul Klee e Kandinsky compartilhavam do principio de que a comunicação estética deveria ser intersubjetiva, isto é, deveria acontecer diretamente de homem a homem, sem a intermediação de objetos ou da natureza. Kandinsky comparava comparava a pintura pintura à música, que já por natureza natureza é abstrata, fazendo analogias entre sons e cores e a capacidade de ambas as linguagens linguag ens fazerem “vibrar a alma” alma”.. Muitas vezes nomeava suas pintura pinturass abstratas com termos musicais, como Composição, Improvisação e Fuga. Fuga. Principais Nomes

"Já foi dito vezes sucientes que é impossível explicitar o objetivo de uma obra de arte através de palavra. Apesar de uma certa supercialidade com que esta asserção é  posta e, em especial, explorada, é, de maneira geral, correta e assim  permanece até numa época de grande educação e conhecimento da língua e do seu material. E esta asserção - abandono agora a esfera do raciocínio objetivo - é também correta porque o próprio artista nunca consegue abarcar ou reconhecer totalmente o seu  próprio objetivo." (W. Kandinsky)

“O quadro não é uma transmissão de formas, mas uma transmissão de forças: é a existência do artista que se liga à dos outros.”  (ARGAN, G. C.,  Arte Moderna, p. 321)

“A cor é uma força que inuencia diretamente na alma. A cor é a tecla. O olho é o martelo. A alma é um piano com muitas cordas. O artista é a mão que, com esta ou aquela tecla, faz vibrar a alma”. alma”. (W. Kandinsky)

Wassily Kandinsky, Franz Marc, August Macke, Alfred Kubin e Paul Klee. “A Arte não reproduz o visível. Ela torna visível.” (Paul Klee)

Der Blaue Reiter signica, em alemão, O Cavaleiro Azul.

ligações: pintura, abstração, espiritualidade, música, subjetividade, Bauhaus, simbologia das cores

1907 

Picasso pinta “Les Demoiseles d’Avignon” 

1911

Formação do grupo Der  Blaue Reiter, em Munique. Kandinsky publica o livro “Do espiritual na arte” 

01 1912 1912

Independência da Albânia - Naufrágio do Titanic  - Invenção do feicho éclair 

03 02 1914 1914

04

01. Primeira Aquarela Abstrata, 1910 - Wassily Kandinsky. 02. Senecio, 1922 - Paul Klee. 03. Composição VII, 1913 - Wassily Kandinsky. 04. The Large Blue Horses, 1911 - Franz Marc .

ligações: pintura, abstração, espiritualidade, música, subjetividade, Bauhaus, simbologia das cores

Início da Primeira Guerra Mundial  Dissolução do grupo Der  Blaue Reiter.

Movimento caracterizado pelo abstracionismo geométrico, surge na Rússia por volta de 1913, mas sua sistematização teórica só acontece em 1925 com o manifesto Do Cubismo ao Futurismo ao Suprematismo: o novo realismo na pintura, escrito por Kasimir Malevich em colaboração com o poeta Vladímir Maiakóvski. O suprematismo está diretamente ligado às pesquisas formais das vanguardas russas do começo do século XX e ao construtivismo de Vladimir Tatlin. Estuda a estrutura funcional da imagem, buscando o signicado primário dos símbolos e signos expressivos, emprega cores puras e defende a ideia da pura visualidade plástica, sendo livre de nalidades práticas. Malevich, nesse contexto, propõe um mundo destituído de objetos, reduzindo o sujeito e o objeto a uma única forma, ao “grau zero”. Esse mundo “sem objetos” seria uma concepção proletária, já que implica a não propriedade das coisas e noções. Para Malevich, as formas geométricas representavam a supremacia de um mundo maior que o mundo das aparências, sendo a linha reta a forma elementar suprema que simboliza a ascendência do homem sobre as não-linearidades da natureza. Ao longo do tempo, as formas foram se tornando mais complexas à medida que também se ampliava a gama de cores, criando ilusões de espaço e movimento. As obras suprematistas foram vistas pela primeira vez na exposição coletiva A Última Exposição de Quadros Futuristas 0.10 (Zero. Dez), realizada em dezembro de 1915, em São Petesbur Petesburgo, go, na Rússia, onde evidenciavam a nova proposta pictórica: formas geométricas básicas - quadrado, retângulo, círculo, cruz e triângulo - associadas a uma pequena gama de cores. Principais nomes:

Kazimir Malevich, El Lissitzky, Lyubov Popova, Ivan Puni, Aleksandr Rodchenko

ligações: vanguarda russa, abstração geométrica, revolução, grau zero, forma elementar 

 A “Supremacia do puro sentimento”: sentimento”: refere-se à supremacia da sensibilidade e dos sentidos sobre todas as outras considerações artísticas.

"Eu sentia apenas noite dentro de mim, e foi então que concebi a nova arte, que chamei Suprematismo."  (Malevich)

"É um acordo de ritmos que se concretizam no espaço da tela, tal  como uma frase musical se realiza no tempo." (Dora Vallier)

1913

- Inauguração da primeira linha de montagem industrial, pelo empresário Henry Ford. - Surge o movimento Suprematista, mais ou menos por aqui. - Estreia, envolta em escândalo, de A Sagração da Primavera, de Igor  Stravinsk.

01 02 1915

 A Última Exposição de Quadros Futuristas 0.10 (Zero. Dez), primeira exposição suprematista realizada em São Petesburgo.

03

04 1925

Sistematização teórica do Suprematismo através do manifesto “Do Cubismo ao Futurismo ao Suprematismo: o novo realismo na pintura”, escrito por Malevich em colaboração com o poeta Maiakóvski.

05 01. Branco sobre branco, 1918 - Kazimir Malevich. 02. Arquitetura pictórica - negro, vermelho, verde, 1916 - Liubov Popova, . 03. The Black Square, 1915- Kazimir Malevich. 04. Composição com Monalisa, 1914 - Kazimir Malevich. Malevich . 05. Black Square and Red Square, 1915 - Kazimir Malevich. ligações: vanguarda russa, abstração geométrica, revolução, grau zero, forma elementar 

Por volta de 1914, Vladimir Tatlin Tatlin fez sua primeira construção, dando abertura para o movimento Construtivista, que viria a ser o estilo mais disseminado da Rússia. O seu aparecimento está ligado ao contexto do desenvol desenvol-vimento da ciência e ao surgimento de máquinas. Para o construtivismo, a pintura e a escultura são pensadas como construções - e não como representações -, guardando proximidade com a arquitetura em termos de materiais, procedimentos e objetivos. Não podia ser representativa e deveria possuir um valor funcional e informativo, mostrando ao povo, visualmente, a revolução em andamento e mantendo um diálogo com os meios grácos e fotográcos de comunicação. Genericamente, usavam elementos geométricos, cores primárias, fotomontagens e tipograas em suas obras. Os artistas construtivistas, em sua maioria, possuíam ideologias marxistas e consideravam-se produtores de imagens assim como os operários são produtores de outros objetos diversos. Buscavam dessa forma abolir a idéia de que o trabalho artístico é superior às demais formas de trabalho, alheio ao cotidiano e à vida das pessoas. A consideração das especicidades do construtivismo russo não deve apagar os elos com outros movimentos de caráter construtivo na arte, que ocorrem no primeiro decênio do século XX, por exemplo, o grupo de artistas expressionistas reunidos em torno de Wasilli Kandinsky no Der Blaue Reiter [O Cavaleiro Azul], em 1911, na Alemanha; o De Stijl [O Estilo], criado em 1917, que agrupa Piet Mondrian , Theo van Doesburg e outros artistas holandeses ao redor das pesquisas abstratas; e o suprematismo, fundado em 1915 por Kazimir Malevich, também na Rússia. Isso sem esquecer os pressupostos construtivos que se fazem presentes, de diferentes diferentes modos, no cubismo, no dadaísmo e no futurismo futuri smo italiano.

 A Bauhaus, importante escola de design, artes plásticas e arquitetura da vanguarda alemã sofreu inuências do construtivismo russo.

“A arte deve estar a serviço da revolução, fabricar coisas para a vida do povo como antes fabricava  para o luxo dos ricos”. ricos”. (ARGAN, G. C., Arte Moderna, p. 326)

 A Rússia foi um dos países que ingressou tardiamente no processo de industrialização e, para isso, contou com incentivo de capital  estrangeiro, principalmente das  potências capitalistas europeias.

Principais nomes:

Vladimir Tátlin, Alexander Rodchenko, Varvara Stepanova, Naum Gabo, Anton Pevsner, El Lissitzky, Olga Rozanova, Gustav Klutsis e Georgii Yakulov.

Essa nova relação levou a uma ocidentalização gradativa de diversos países, que pode ser observada através dos movimentos artísticos russos desenvolvidos no início do século XX, que herdaram principalmente a desconstrução do espaço e do objeto cubista e, do futurismo, a temática da cidade, do movimento e da velocidade.

"A falta do objeto cultivou a cor  como o que é, se ocupou de sua elaboração,, de seu estado, ao deixar  elaboração todo o processo a descoberto."  (Rodchenko)

ligações: vanguarda russa, revolução, proletariado, funcionalismo, marxismo

1914

Início da Primeira Guerra Mundial 

01 02

1917 

- Rússia se retira da Primeira Guerra - Início a Revolução Russa: os bolcheviques, liderados por Lenin e Trótski, ocuparam os prédios públicos da cidade de São Petersburgo e assumiram o poder. - EUA entram na Primeira Guerra

03

1919

Vladimir Tátlin projeta o “Monumento À Terceira Internacional” 

04

01. Beat the Whites with the Red Wedge, 1920 - El Lissitzky. 02. Monumento à III Internacional , 1919 - Vladimir Tatlin. 03. Tatlin trabalhando no Monumento à III Internacional, 1920 - El  Lissitzky. 04. Cartaz Cartaz para o departamento estatal da imprensa de Leningrado, Leningrado, 1924 Rodchenko. ligações: vanguarda russa, revolução, proletariado, funcionalismo, marxismo

O Realismo Socialista é a linguagem estética adotada entre aproximadamente 1930 e 1950 na antiga União Soviética e em outros países comunistas. Teatro, literatura e artes visuais deveriam ter um compromisso com a educação e formação das massas para o socialismo em construção no país. A estética ocial alinhada ideologicamente ao Partido Comunista foi elaborada por Andrej Zdanov, comissário de Stalin responsável pela produção cultural e propaganda. O realismo socialista aparentemente lia-se ao realismo que triunfa na França como doutrina estética, além de vincular-se com uma tradição mais naturalista, pelo tratamento da arte como documentação da realidade. A aspiração da tendência é uma arte "proletária e progressista" progressista",, voltada para o tratamento de temas nacionais e do povo russo. A arte deveria ser acessível às massas e também um instrumento de propaganda do regime. Frequentemente nas telas, desenhos e cartazes da tendência eram retratados proletários, líderes, soldados, camponeses, etc, de forma idealizada. Apesar do compromisso primeiro com a questão social, a produção artística das primeiras décadas do século XX não descartou as pesquisas formais. Tanto o construtivismo quanto o suprematismo procuram articular inovação formal am de superar dilemas como esteticismo, forma ou conteúdo. Entretanto, confrontados com o brutal processo de limitação da liberdade de expressão, grande parte dos artistas ligados aos movimentos da vanguarda russa (como o Construtivismo, e o Suprematismo), foram levados à emigração. Principais nomes

Juri Ivanovic, Yury Pimenov, Pimenov, Alexander Deineka, Nikolai Paulguk, Alla Zaimai e Aleksander Ivanovich

Na denição de Aleksandr Gerasimov, o estilo é "realista na forma" e "socialista no conteúdo". Nos países da antiga URSS o estilo do realismo socialista é tomado como sinônimo de jdanovismo, em referência Andrej Zdanov Zdanov..

"Manifesto por uma Arte Revolucionária Independente" foi escrito por  Leon Trotsky e André Breton, em resposta à proposta de arte proletária e literatura proletária, proposta  por Stalin. O manifesto era uma luta  pela independência da arte e pela revolução socialista mundial. “A concentração nos lugares-comuns ou mesmo nas banalidades da existência, evidente no Pop, identicam-no como mais um orescimento do realismo na arte. Usado até então para descrever a arte tão diversicada quanto as  pinturas de meados do século XIX, de Coubert, Milliet e Daumier, o Cubismo de Picasso e Braque e, sob o rótulo de “Realismo Socialista”, as imagens gloricantes e propagandísticas da Rússia stalinista, “realismo” tornou-se mais uma vez útil  como termo de abrangência total   para o que parecia ser um movimento geral de afastamento da abstração e da expressividade emotiva individual da arte do começo do pós-guerra.” (Archer, p. 23) “Se o que acontecia por trás da Cortina de Ferro - a realidade politica do pós-guerra, tornada concreta em 1961 pelo muro de Berlin - era o Realismo Socialista, havia boas razões para descrever o Pop como Realismo Capitalista.” (Archer, p. 51)

ligações: stalinismo, propaganda política, realismo, revolução russa, socialismo

1922

Formação da URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas).

1924

Morre Lênin, fundador do  primeiro Estado socialista. Inicia-se uma luta interna pela disputa do poder soviético, na qual  destacavam-se Trotsky Trotsky e Stálin.

1929 01

- Stálin assume o poder da URSS. - Quebra da bolsa de valores de Nova York. - Fundação do Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA).

1932

Revolução Constitucionalista em São Paulo.

1933 02

Nos Estados Unidos, Franklin Roosevelt dá início ao New  Deal, o plano de recuperação econômica após a quebra da bolsa de Nova York.

1937 

No Brasil inicia-se o governo de Getúlio Vargas conhecido como Estado Novo;

1938

Leon Trotsky e pelo fundador  do surrealismo André Breton escrevem o “Manifesto por uma Arte Revolucionária Independente”, que faz o chamado à construção da Federação Internacional da Arte Revolucionária e Independente (FIARI).

1939 03

01. Defesa de Sevastopol, 1942 - Alexander Deineka. 02. Fiery Years IV - Liberation of Prague, 1926 - Alena Čermáková. 03. Cartaz para o lme “Encouraçado Potemkin”, 1905 - Anton Lavinsky.

ligações: stalinismo, propaganda política, realismo, revolução russa, socialismo

1980

Início da Segunda Guerra Mundial.

os Jogos Olímpicos acontecem na cidade de Moscou e, tardiamente, representam a estética realista-socialista, principalmente em suas cerimônias e no design gráco aplicado ao evento.

O Concretismo, também chamado de Arte Concreta, é um movimento que tomou bastante força entre artistas de São Paulo e do Rio de Janeiro a partir de década de 50, e vem de uma linhagem claramente abstracionista moderna, cujas principais raízes estão localizadas nas experiências do grupo De Stijl, no qual faziam parte Piet Mondrian e Theo Van Doesburg, além de outros artistas ligados à Bauhaus como Wassily Wassily Kandinsky e Max Bill. O concretismo tem como principal premissa a autonomia da arte em relação à natureza. Ele não busca representar o real muito menos interpretá-lo,, portanto rejeita-se qualquer conotação mais lírica do trabalho. interpretá-lo Para esses artistas, não há nada mais concreto do que a linha, as cores e os planos, e eles são auto-sucientes, não há signicados por traz do que vemos. Nesse período, os artistas concretistas adotavam uma postura mais racionalista, desejando superar a condição de país subdesenvolvido. Tais anseios reetiam o plano político e econômico do Brasil, que a partir dos anos 50 alinhava-se mais intensamente aos moldes do capitalismo internacional, experimentando um grande crescimento econômico e certo otimismo com relação à modernização. No Brasil, o artista estrangeiro mais inuente para a formação desse ideário foi Max Bill, ganhador do principal prêmio da 1a Bienal Internacional de São Paulo, ocorrido no ano de 1951, com sua obra “Unidade Tripartida”. Outro importante premiado nessa Bienal foi Ivan Serpa com a obra “Formas”. “Formas”. O artista carioca Ivan Serpa criou em 1954 o Grupo Frente, na qual faziam parte os críticos Ferreira Gullar e Mario Pedrosa e artistas como Lygia Pape, Hélio Oiticica, Lygia Clark e Franz Weissman. Weissman. Em São Paulo surgiu outro importante núcleo de artistas concretistas, o Grupo Ruptura, que teve seu início marcado por uma exposição ocorrida em 1952 no Museu de Arte Moderna de São Paulo, e tinha como integrantes Waldemar Cordeiro, Lothar Charoux, Luiz Sacilotto, Geraldo de Barros (que mais tarde integraria o grupo Rex), entre outros. Diferente do contemporâneos cariocas, os paulistanos focaram suas pesquisas na pura visualidade das formas enquanto os integrantes do Grupo Frente se dedicavam às articulações entre arte e vida “atra“através” das formas. Alguns dos integrantes do Grupo Frente como Hélio Oiticica e Lygia Clark darão origem ao neo-concretismo.

Em 1956 Juscelino Kubitschek assumia a presidência da república, implantando uma política desenvolvimentista sem precedentes, simbolizada pela construção de Brasília inaugurada em 1960.

O movimento concretista acontece quando o modernismo declinava como força artística no país, muito embora Portinari, já consagrado nas décadas anteriores, ainda fosse considerado o maior artista brasileiro na época.

Principais Nomes

Grupo Frente: Da primeira exposição do grupo participaram: Aluísio Carvão, Carlos Val, Ivan Serpa, Décio Vieira, Lygia Clark, Lygia Pape, Pape, entre outros. Já na segunda exposição, em 1955 no MAM/RJ, aderiram ao grupo Franz Weissmann, Hélio Oiticica, Rubem Ludof, Abraham Palatinik, entre outros. Grupo Ruptura: Waldemar Cordeiro, Lothar Charoux, Luiz Sacilotto, Geraldo de Barros, entre outros.

ligações: construtivismo, neoplasticismo, bienal, bie nal, industrialização, modernização, abstração geométrica, matemática, racionalismo.

1949

Exposições: • “19 Pintores” 

Galeria Prestes Maia, SP 

• “Do Figurativismo ao Abstracionis -

mo” MAM/SP 

02

• “Calder” MASP/SP 

1950

- Início da Guerra da Coréia. - No Brasil, Getúlio Vargas assume novamente a presidência, dessa vez eleito por voto direto.

01

1951

1ª Bienal Internacional de São Paulo - obras premiadas: “Unidade Tripartida” de Max Bill , “Formas” de Ivan Serpa

1952 04

03

05

Exposição do Grupo Ruptura MAM/SP  Lançamento da revista Noigandres (editada pelos irmão Haroldo de Campos e Augusto de Campos e Décio Pignatari)

1954

Fundação do Grupo Frente no Rio de Janeiro

1956

Exposição Nacional de Arte Concreta MAM/SP 

1956

Juscelino Kubistchek assume a presidência sob o slogan “Cinquenta anos em cinco” 

1957 

Exposição Nacional de Arte Concreta - Ministério da Educação e Saúde - RJ 

1960 06

Inauguração de Brasília,  projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer, pelo então presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira.

01. Objeto Cinético c-11, 1966 - Abraham Palatnik. 02. Formas, 1951 - Ivan Serpa. 03. Plano5, 1957 - Lygia Clark. 04. Luiz Sacilotto - Concreção 8074,1980 - Luiz Sacilotto. 05. Composiçâo, 1955 - Lygia Pape. 06. Três Cubos Virtuais,1957 - Franz Weissman .

ligações: construtivismo, neoplasticismo, bienal, bie nal, industrialização, modernização, abstração geométrica, matemática, racionalismo.

“Geração 80”, 80”, esse termo foi apropriado pela crítica de Arte Brasileira para nomear um grupo de artistas jovens que participaram da histórica exposição “Como vai você, Geração 80?”, que aconteceu na Escola de Artes Visuais Parque Lage, no Rio de Janeiro. Participaram dessa exposição majoritariamente artistas do Rio Ri o de Janeiro, estudantes da Instituição que abrigou a exposição, e de São Paulo, estudantes do curso de artes plásticas da FAAP. Portanto, para muitos críticos, o que foi intitulado como geração 80 representa uma parcela pequena do que foi a arte brasileira dessa década. Os artistas dessa época, de certa forma, celebravam o processo de redemocratização do país e a liberdade do fazer artístico, no entanto as obras produzidas eram bem menos politizadas que as dos artistas ar tistas da década anterior.. As obras desses artistas anterior ar tistas eram, em sua maioria, menos racionais que as da geração passada, em muitos casos o trabalho acontecia pelo simples prazer do artista em fazer. fazer. Não podemos denir alguma diretriz estética que una os artistas da Geração 80, portanto não associamos esse termo à ideia de movimento artístico ou vanguarda. Esses artistas indicam diversas tendências da arte desse período, com uma curiosa predominância da pintura tradicional, o que pode ser causado pela declarada admiração pelo neo-expressionismo alemão. Outras inuências fortes do grupo são a Pop art e o grati. Principais Nomes

Leonilson, Beatriz Milhazes, Sergio Romagnolo, Leda Catunda, Daniel Senise, Ana Maria Tavares, Luiz Zerbini, Jorge Guinle

Coincidindo com o pluralismo  político que nascia no Brasil a partir  do início da década de 80, jovens artistas representaram em suas obras o grito abafado da arte durante o período militar. Não suportavam mais a repressão à imaginação e à criação artística. A  pintura, por sua vez, exerceria um  papel importante neste momento. Ela promoveria o desejo de expressão e armação do sujeito, antes anulado pela ditadura.”  (macvirtual.usp.br)

Esses jovens artistas da década de 80 se opunham à vertente conceitualista dos anos 70 e tinham por  característica a pesquisa de novas técnicas e materiais.

“Nesta descontração criativa, onde todos os alunos e professores se envolviam, os curadores da exposição Paulo Roberto Leal, Marcus Lontra e Sandra Mager consideraram que devido à integração das obras e a ocupação de todo o espaço da escola, a própria exposição era uma obra de arte.”  (macvirtual.usp.br)

ligações: pintura, experimental, indivíduo, democracia, pluralidade, subjetividade, hibridização de linguagens, abertura política

1980  John Lennon é assassinado. assassinado. 02

01

1984

Exposição ”Como Vai Você, Geração 80?” acontece na Escola de Artes Visuais Parque Lage, no Rio de Janeiro.

03

04 1984

- A Apple Computers Inc. lança o Macintosh. - No Brasil, acontece o movimento  pelas “Diretas Já!” 

1985

05

Tancredo Neves, do PMDB, vence o candidato da situação do regime militar, Paulo Maluf  (PDS, atual Partido Progressista), nas eleições indiretas e é eleito  presidente da República, pondo m ao Regime Militar no Brasil.

07  06 01. Tela 7 , 1995 - Luiz Zerbini. 02. Cabine , 1996 - Ana Maria Tavares. 03. Casamento , 1994 Daniel Senise. 04. Macho y Fémea , 1995 - Beatriz Be atriz Milhazes. 05. Carro Abandonado , 1987 - Sérgio Romagnolo. 06. Nos Conns da Cidade Muda (Homenagem a Man Ray) , 198 4 - Jorge Guinle. 07. Cada Delícia Tem Seu Preço , 1988 - Leonilson

ligações: pintura, experimental, indivíduo, indi víduo, democracia, pluralidade, subjetividade, hibridização de linguagens, abertura políti ca

O Grupo REX, Formado por Geraldo de Barros, Nelson Leirner Leirner,, Wesley Duke Lee e seus alunos José Resende, Carlos Fajardo Fajardo e Frede Frederico rico Nasser teve uma existência bastante curta porém intensa. Fazia parte do projeto dos artistas uma Galeria chamada Rex Gallery & Sons e a Rex Times. Todas as ações do grupo traziam de alguma forma uma crítica ou questionamento, sempre de forma bastante humorada e irreverente, sobre o sistema das artes, o papel do artista e do espectador, e o próprio estatuto das obras de arte. Os artistas do grupo Rex se utilizavam de todo o tipo de referência em suas obras, desde a estética da Pop Art para fazer uma crítica à arte como mercadoria às práticas multidisciplinares do Fluxus, não podemos esquecer do dadaísmo e sua ideia de anti-arte. Apesar da curta duração do grupo, eles conseguiram provocar transformaçõessignicativass ao viciado mundo da arte brasileira da década de 50 formaçõessignicativa e começo de 60, onde reinava o concretismo concretismo.. Os artistas envolvidos continuaram com suas produções mais politizadas apesar do termino do grupo. Principais Nomes

Wesley Duke Lee, Geraldo de Barros, Nelson Leirner, José Resende, Carlos Fajardo, Frederico Nasser.

“A manchete que estampava a capa do primeiro número do irônico e bem-humorado jornal Rex Time, editado em junho de 1966, já anunciava o que estava por vir: “A “Aviso: viso: É a Guerra”. Formado pelos autointitulados “especialistas em arte de vanguarda em São Paulo”, o grupo atuou como provocador das estruturas e preceitos das artes plásticas no Brasil. Em um circuito artístico ainda em formação, baseado na existência de alguns museus, galerias e leilões interessados na exibição e comercialização de arte moderna, o Rex buscava espaço  para a produção contemporânea.” ”  (www.bienal.org.br)

ligações: reação ao mercado, arte política, happening, dadaísmo, pop art, ditadura, experimentação, diversão, polêmica

1964

 João Goulart, presidente do Brasil, é derrubado pelos militares.

01 1964

02

Exposição de Wesley Duke Lee na Galeria Atrium

1966

Início do Grupo Rex 

1966

Os soviéticos enviam um robô para a Lua.

03

1967 

Encerramento as atividades do Grupo Rex com a Exposição-Não-Exposição, na qual  foi anunciado que obras de Nelson Leirner poderiam ser levadas da mostra. Em poucos minutos a galeria está completamente vazia.

05

1967  Band.

06

07

Beatles lança o álbum Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club

 

01. O guardião, a guardiã, as circunstâncias (tríptico), 1966 - Wesley Duke Lee. 02. Rosário não foi embora. Por quê?, 1964 - Wesley Duke Lee. 03. They are playing, 1964 - Geraldo de Barros. 05  Adoração,, 1966 - Nelson Leirner. 06. Neutral, 1966 - Carlos Fajardo. 07. Homenagem a Fontana,  Adoração 1967 - Nelson Leirner 

ligações: reação ao mercado, arte política, happening, dadaísmo, pop art, ditadura, experimentação, diversão, polêmica

Também conhecido como Fovismo, não foi uma vanguarda com teorias, manifestos ou programa denido. Os fauvistas zeram sua primeira aparição pública no Salão de Outono, em Paris, em 1905, mas só tomaram posição de vanguarda em 1906, no Salão dos Independentes, quando o crítico de arte Louis Vauxcelles atribuiu o nome de “Les Fauves” (As Feras) em função da utilização de cores fortes e intensas. O grupo, sob a liderança de Henri Matisse (1869-1954), tem como eixo comum a exploração das amplas possibilidades colocadas pela utilização da cor. Muito dos Fauves haviam estudado com o simbolista Gustave Moreau, cujas atitudes abertas, originalidade e crença no poder expressivo da cor pura seriam fonte de inspiração. Outras inuências eram os pós-impressionistas Cézanne, Gauguin e Van Gogh, que já se preocupavam com a cor nesse sentido da bidimensionalidade, principalmente na planicação das formas e as cores puras utilizadas por Gauguin. O Fauvismo ainda busca referências referências na arte pré-renascentista a partir de uma exposição ocorrida em 1904, “Primitivos “Primitivos Franceses”, Franceses”, nas artes islâmica e africana. A defesa da arte como expressão de estados psíquicos, de impulsos e paixões individuais - contra o registro impressionista da natureza por meio de sensações visuais imediatas -, aproxima o fauvismo do expressionismo alemão, organizado no mesmo ano de 1905 no Die Brücke (A ponte), mas ao contrário dos alemães os decorativos e a expressão da alegria, ao invés da dor e da angústia. Alegria de Viver, Viver, de Matisse, 1906, evidencia traços essenciais da atitude estética fauvista. O lirismo da tela e seu feitio decorativo serão explorados pelo pintor, não apenas nas paisagens, mas também nas cenas interiores que realizou. No Brasil, parece difícil localizar inuências especicamente fauvistas embora alguns desses artistas puderam ser vistos na exposição de arte francesa realizada em São Paulo em 1913, no Liceu de Artes e Ofícios. Mais fácil, talvez, pensar em impacto de tendências expressionistas entre nós, por exemplo na produção dos anos 1915-16 de Anita Malfatti (1889-1964) em trabalhos como O Japonês, A Estudante Russa e A Boba, na dicção expressionista obra Lasar Segall (1891-1957), ou ainda em Oswaldo Goeldi (1895-1961). Flávio de Carvalho (1899-1973) e Iberê Camargo (1914-1994) exemplicam novas possibilidades abertas pela sintaxe expressionista entre nós. Principais nomes

Henry Matisse, André Derain, Maurice Vlaminck, Albert Marquet, Charles Camoin, Henri-Charles Manguin, Othon Friez, Jean Puy Louis Valtat, George Rouault e Raoul Dufy

“para o céu um belo azul, o mais azul dos azuis, e o mesmo vale  para o verde da terra, para o vermelhão vibrante dos corpos” – (Henry Matisse sobre A Dança(1910))  A arte de Matisse é feita para decorar, indica o crítico italiano G.C.  Argan, mas "não os templos, o  palácio real e a casa dos senhores, e sim a vida dos homens".

“Estamos na época da grande expansão colonial do imperialismo moderno. Os povos do mundo inteiro abrem as suas fronteiras,  por bem ou por mal, à penetração das mercadorias, dos capitais, dos desbravadores das riquezas nativas da África, América, Oceania, Ásia, felizmente, as missões culturias e arqueológicas também conseguem chegar até lá... É sintomático que se verique nessa época uma mentalidade mais aberta a outras culturas. culturas.” (Mário Pedrosa, Modernidade cá e lá, p. 148)  A eliminação do papel descritivo da arte, a exaltação da imaginação do artista e a ampliação dos poderes expressivos da cor, linha e forma inuenciaram muitas manifestações artísticas que vieram em seguida e até a contemporaneidade O Expressionismo se opõe ao caráter essencialmente visual  desenvolvido pelos impressionistas, adotando uma atitude subjetiva e muitas vezes até agressiva com relação à realidade.

ligações: cores puras, expressão, alegria, lirismo, lirism o, decorativismo, impressionismo, primitivo

1905

- Primeira exposição fauvista, no Salão de Outono, em

Paris. - Início da Die Brucke, corrente expressionista alemã.- Albert  Einstein expõe a Teoria da Relatividade. - Fundação da Pinacoteca do Estado de São Paulo. - Fauvismo é denominado como movimento artístico.

01

1906

02

Matisse pinta a tela A  Alegria de Viver.

03

1907  05

04 01. A dança, 1910 - Henri Matisse. 02. Alegria de viver, 1905 - Henri Matisse. 03. Port de Peche Collioure, 1905 - Andre Derain. 04. A boba, 1915 - Anita Malfatti. 05. Jacó e o Anjo, 1888 Gauguin. ligações: cores puras, expressão, alegria, lirismo, lirism o, decorativismo, impressionismo, primitivo

- Período em que se inicia a descoberta da arte africana em Paris. - Picasso pinta Les demoiselles d’Avignon.

Teve seus primórdios com artistas e poetas como Tristan Tzara, Richard Huelsenbeck e Hugo Ball que se juntavam no Antológico Cabaret Voltaire para declamar e interpretar poesias de forma pouco convencional convencional.. O início de termo "performance art" criou autonomia nas décadas de 1960 e 1970. O objetivo do performer é explorar as relações espaço-temporais entre seu corpo e o corpo coletivo: a audiência. Combina elementos do teatro, das artes visuais e da música tentando dirigir a criação artística às coisas do mundo, à natureza e à realidade urbana, colocando em questão a própria denição de arte. Muitos temas de performances propõe expor nossas necessidades físicas e psicológicas para o alimento, abrigo, sexo e interação humana; nossos medos individuais e autoconsciência; nossas preocupações sobre a vida, e o mundo em que vivemos, muitas vezes nos obriga a pensar sobre as questões de uma forma que pode ser perturbador e desconfortável, visto nas obras de Marina Abramovic(1946). O nome de Joseph Beuys (1921-1986) liga-se também ao grupo e à realização de performances que se particularizam pelas conexões que estabelecem com um universo mitológico, mágico e espiritual conforme em Como explicar desenhos a uma lebre morta(1965). mort a(1965). No Brasil, Flávio de Carvalho (1899-1973), foi um pioneiro nas performances a partir de meados dos anos de 1950 ( relatada no livro Experiência nº 2). A produção de Hélio Oiticica (1937-1980) dos anos de 1960 - por exemplo os Parangolés- guardam relação com a performance, por sua ênfase na execução e no "comportamento-corpo", como dene o artista. Na década seguinte, devemos mencionar as Eletro performances, espetáculos multimídia concebidos por Guto Lacaz (1948). Principais Nomes

Yves Klein, Vito Acconci, Hermann Nitsch, Chris Burden, Yoko Ono, Wolf  Vostell,, Allan Kaprow, Gilbert and George, Carolee Schneemannz, Nam June Vostell Paik, Joseph Beuys, Marina Abramovic.

“O jovem de hoje não precisa mais dizer ‘ sou um pintor’ ou ‘um poeta’, ou ‘um dançarino’. Ele é simpesmente um artista” (Allan Kaprow)

Difere do happening por ser mais cuidadosamente elaborada e não envolver necessariamente a partici pação dos espectadores. Em geral, segue um "roteiro" previamente denido, podendo ser reproduzida em outros momentos ou locais. É  realizada para uma platéia quase sempre restrita ou mesmo ausente e, assim, depende de registros - através de fotograas, vídeos e/ou memoriais descritivos - para se tornar  conhecida do público.

ligações: corpo, movimento, interação, registro, efêmero, improviso, experiência, hibridização de linguagens, tempo-espaço, plurissensorial 

1960

Uma das primeiras performances. Feita pelo grupo Fluxus através das obras de Joseph Beuys e Wolf Vostell 

02

1960 01

03

1965 Beuys

04

Parangolés de Hélio Oiticica

Como explica desenhos a uma lebre morta de Joseph

05

06 01. Caetano Veloso usando parangolé de Hélio Oiticica. 02. Meat Joy, 1964 - Carolee Schneemann. 03. Experiência nº 2 , 1931 - Flávio de Carvalho. 04. Coyote. I like America and America likes me, 1974 - Joseph Beuys. 05. Como explicar desenhos a uma lebre morta, 1965 - Joseph Beuys. 06. Salto no Vazio, 1960 - Yves Klein. ligações: corpo, movimento, interação, registro, efêmero, improviso, experiência, hibridização de linguagens, tempo-espaço, plurissensorial 

Surge no auge da Guerra Fria(1945-1991), período que representara a idealização de projetos culturais e ideológicos alternativos ao moralismo rígido, a partir da década de 60. O artista necessita que o expectador interaja com sua obra, sendo necessário percorrê-la, passar entre suas dobras e aberturas, ou simplesmente caminhar pelas veredas e trilhas que ela constrói por meio da disposição de peças, cores e objetos. Uma instalação só faz sentido se vista e analisada no tempo-espaço no qual foi concebida, pois se relaciona com os objetos que a compõe novas áreas espaciais, evidenciando aspectos arquitetônicos e construindo novos ambientes ou cenas. Alguns artistas já tinham se aproximado do que viria a ser chamado de Instalação como a obra Merz (1919) de Kurt Schwitters(1887-1948), Piet Mondrian(1872- 1944) em 1926, com um ambiente que seria revestido de suas cores características e Marcel Duchamp (1887- 1968) que realizou duas do gênero(1200 sacos de carvão e Milhas de barbante). Nas décadas de 80 e 90, muitos artistas de todo o mundo investiram na produção de instalações das mais diversas possíveis, misturando diferentes suportes e linguagens. É possível destacar a obra da norte-americana Jessica Stockholder (1959) onde suas instalações tematizam a ideia de construção contendo andaimes, ações soltas, tijolos, cavaletes de madeira e etc. Artistas de vários movimentos também vieram a ter experiências com instalações como a artista conceitual Barbara Kruger(1945). Dos artistas que investem na produção de instalações é possível destacar: Anish Kapoor (1954), Claude Simard( 1943), Maurizio Cattlean(1960) entre outros. Sobre a produção brasileira podem ser destacados o Ovo e o Divisor da Lygia Pape(1927-2004) e a série de Penetráveis de Hélio Oiticica(1937-1980). Pode-se ainda mencionar nomes como: Cildo Meireles(1948), Nuno Ramos(1960), Carlos Farjado(1941) e Mira M ira Schendel(1919-1988).

ligações: interação, espaço, ambiente

“A instalação, ocorra ou não em um lugar especíco, surgiu como um idioma exível” (David Deitcher)

Uma das possibilidades da instalação é provocar sensações: frio, calor, odores, som, medo ou coisas que simplesmente chamem a atenção do  público ao redor. redor.

1923

Primeira instalação foi o "Merz Bau", ou "Casa Merz", o apartamento do poeta e artista  plástico Kurt Schwitters, transformado por ele em uma obra de arte na cidade alemã de Hannover Hannover..

01

1960

02

03

04

05 01. O OVO, 1968 - Lygia Pape. 02. Ninhos - Helio 0iticica. 03. Penetráveis - Hélio Oiticica. 04. Sem título, Barbara Kruger. 05. Cloud gate - Allan Al lan Kaprow.

ligações: interação, espaço, ambiente

Instalações diversas de Hélio Oiticica

O conceito surgiu em uma exposição da Dwan Galery, Galer y, Nova York, York, em 1968, e na exposição Earth Art, Ar t, promovida pela Universidade de Cornell, Cornell, em 1969. A produção artístico-cultural estadunidense da década de 60 apontava cada vez mais para a exaltação da massicação da tecnologia e da indústria cultural. Expressões artísticas como o minimalismo e sua concisão formal, espacial e conceitual estavam em voga, criando(para os adeptos da Land art) uma arte muitas vezes vista como fria e impessoal. A "arte da terra" inaugura uma nova relação com o ambiente natural, tentando promover uma visão mais orgânica e diferenciada para a produção artística, discutindo questões ligadas à ecologia. Também chamada de earthwork ou earth art, as paisagens deixam de ser representação para se tornarem os próprios suportes como por exemplo desertos, lagos, canyons, planícies e planaltos que sofrerão intervenções. Em Double Negative(1969), Michael Heizer abre grandes fendas no topo de duas meseta do deserto de Nevada, Estados Unidos,com a remoção de 240 mil toneladas de terra. Um ano depois, Robert Rober t Smithson realiza Spiral Jetty, gigantesco caracol de terra e pedras construído sobre o Great Salt Lake, em Utah, Estados Unidos. As obras muitas vezes tem dimensões tão grandes que não passam da fase do projeto pela inviabilidade de sua execução. Sendo assim, não é possível que seja exposta em museus, galerias e nem vendidas. É, portanto, uma denuncia ao sistema institucional de validação dos objetos artísticos. artí sticos. A recusa da rede alimentada por museus, galerias, colecionadores e outros, se explicita na defesa da arte/natureza/realidade e na realização de trabalhos que não são feitos para vender, que não podem ser colecionados. Principais Nomes

Sol LeWitt, Robert Morris, Carl Andre, Walter de Maria.

ligações: organicidade, ecologia, espaço, natureza, institucionalização

Os earthworks empregam muito da linguagem minimalista.

Trata-se de uma busca pelo único e natural. É uma arte inetiquetável, sem valor agregado.

 As obras de arte quando connadas numa galeria, perdem o vínculo com o mundo externo” (Robert Smithson)

1968

O conceito estabeleceu-se numa exposição organizada na Dwan Gallery e Nova york e na exposição Earth Art 

01

1970

02

03 01. Rampa de Amarillo - Robert Smithson. 02. Duplo Negativo - Michael Heizer. 03. Campo de raios - Walter de Maria.

ligações: organicidade, ecologia, espaço, natureza, institucionalização

Plataforma Espiral (Spiral   Jetty) de Robert Smithson

O Manifesto Futurista foi publicado pelo poeta italiano Filippo Tommaso Marinetti em francês no jornal Le Fígaro, de Paris, em 1909. Foi um movimento essencialmente italiano mas de importância mundial, cujo ímpeto chegou ao m nos meados da Primeira Guerra Mundial. O futurismo queria romper com tudo o que se relacionava ao passado e pretendiam se tornar a expressão mais moderna da arte em seu tempo, reetindo em suas obras o ritmo e espírito da sociedade industrial. Grande parte do que foi o futurismo se deve a ideias de outros movimentos como a necessidade de captar o movimentos e a efemeridade da luz dos impressionistas, os recortes, planicações e geometrizações cubistas e os estudos fotográcos de locomoção humana e animal realizados pelo americano Eadweard Muybridge. Para expressar a interação entre objetos e espaço, faziam uso de elementos geométricos, repetição e fragmentação das guras, compondo o que Umberto Boccioni chamou de “abstração dinâmica” dinâmica”.. O movimento futurista foi basicamente um movimento de manifestos, por isso está intimamente ligado à política, sendo que muitos dos artistas do grupo, entre eles o próprio Marinetti, se identicavam com o fascismo por gloricarem a guerra como sendo “a única verdadeira higiene do mundo”. Anticlerical e antissocialista, exaltava a vida moderna e industrial, cultuando a velocidade através de meios literários e artísticos. ar tísticos. As ideias futuristas serviram de inspiração, em menor ou maior escala, a grupos como o Racionismo, Dadá e Der Blaue Reiter. No Brasil, os modernistas da Semana de 22 receberam a alcunha de futuristas paulistas, devido a seu caráter renovador. O espírito do movimento reetiu também na tipograa moderna, no design gráco, e na maneira veloz de comunicar a ideia de velocidade na publicidade, histórias em quadrinhos etc. O Futurismo teve seu irônico m com a morte mor te de Sant’Elia no campo de batalha e de Boccioni por cair de um cavalo. A prisão de Marinetti acelerou mais ainda o processo de encerramento.

“Nós armamos que a magnicência do mundo enriqueceu-se de uma beleza nova: a beleza da velocidade. Um automóvel de corrida com seu cofre enfeitado com tubos grossos, semelhantes a serpentes de hálito explosivo... um automóvel rugidor, que correr sobre a metralha, é mais bonito que a Vitória de Samotrácia.” - (Manifesto Futurista)

Exaltavam a guerra e a violência, desvalorizavam desvalorizava m a tradição e o moralismo; Valorizavam o desenvolvimento industrial e tecnológico; Usavam a propaganda como princi pal forma de comunicação; comunicação;

 As pinturas tinham ti nham o uso de cores vivas e contrastes, sobreposições de imagens, traços e pequenas deformações para passar a ideia de movimento e dinamismo;

Principais nomes

Filippo Marinetti, Umberto Boccioni, Carlo Carrà, Luigi Russolo, Antonio Sant’Elia, Giacomo Balla.

ligações: 1a guera mundial, Itália, frança, manifesto, impressionismo, cubismo, muybridge, política, fascismo, velocidade, indústria, modernidade

1899

Fundada a empresa Fiat em Torino

1905

Einstein publica a Teoria da Relatividade Restrita

1909

Manifesto Futurista

01

1912

Oswald de Andrade e Anita Malfatti tiveram contato com o Manifesto Futurista e com Marinetti em viagens à Europa

02

1913

Primeira grande manifestação de massa na Itália.

1914

Primeira Guerra Mundial 

03 03

01. Dinamismo de um cachorro na coleira, 1912 - Giacomo Balla. 02. Horse Jumping, 1887 Eadweard Muybridge. 03. Formas Únicas de Continuidade no Espaço ,1913 - Umberto Boccioni.

ligações: 1a guera mundial, Itália, frança, f rança, manifesto, impressionismo, cubismo, muybridge, política, fascismo, velocidade, indústria, modernidade

O movimento surrealista foi lançado em 1924 por André Breton através do Manifesto Surrealista, em Paris. Essa foi uma das vanguardas mais populares da primeira metade do século passado, que teve muitos adeptos em várias cidades do mundo, principalmente Paris e Madrid. Aconteceu no período entre - guerras, que corresponde ao fortalecimento de ideologias nacionalistas. Os surrealistas mantinham relações próximas com os dadaistas, haviam muitas questões em comum, como por exemplo, o acaso, a resignicação e a reestruturação das coisas e conceitos, outra semelhança importante é o espírito revolucionário de ambos. A diferença entre os dois movimentos, entretanto, reside na formulação teórica e princípios surrealistas, ao invés do anarquismo dadaísta. O surrealismo tinha como objetivo fazer uma arte que expressa o pensamento na ausência de qualquer controle exercido pela razão e alheio a todas as considerações morais e estéticas. Tinha um caráter revolucionário e as principais referências eram a teoria psicanalítica de Sigmund Freud, Leon Trótski, o marxismo, as losoas ocultistas e o espírito visionário em revolta contra a sociedade de Arthur Rimbaud Ri mbaud e conde de Lautréamont. A maior parte do repertório visual usado pelos surrealistas vinha da teoria freudiana sobre o inconsciente e o onírico, era também comum a representação do medo, desejo, erotização e morte. Os surrealistas queriam libertar a imaginação e tomada da consciência no seu aspecto mais poético do que cientíco, atingindo outra realidade situada no plano inconsciente e subconsciente. Abandonam a racionalidade, tornando o sonho uma forma de encarar o mundo, onde a realidade, a lógica e a fantasia coexistem sem choques. Também Também abordavam a questão da desconstrução e estranheza ao que é familiar. Principais nomes

Salvador Dalí, Man Ray, Luis Buñuel, Max Ernst, Meret Oppenheim, René Magritte, Jean (Hans) Arp, Hans Bellmer, Yves Tanguy, Alberto Giacometti, Joan Miró, Antonin Artaud.

“A mente que mergulha no surrealismo revive, com exaltação, a melhor   parte de sua infância.” - (André Breton, Manifesto Surrealista)

 A palavra surrealismo supõe-se ter  sido criada em 1917 pelo poeta Guillaume Apollinaire (1886-1918),  jovem artista ligado ao Cubismo, e autor da peça teatral As Mamas de Tirésias (1917), considerada uma  precursora do movimento.

Os surrealistas usavam muito a escrita automática, que procura buscar o impulso criativo artístico através do acaso e do uxo de consciência despejado sobre a obra. Procura-se escrever no momento, sem planejamento, de preferência como uma atividade coletiva que vai se completando. Uma pessoa escreve algo num papel e outro completa, mas não de maneira lógica, passando a outro que dá sequência. O lme Um Cão Andaluz, de Luis Buñuel, por exemplo, é formado por partes de um sonho de Salvador Dalí e outra parte do  próprio diretor, sem necessariamente objetivar-se uma lógica consciente e de entendimento, mas um discurso inconsciente que procura dialogar com outras leituras da realidade.

ligações: paris, dadaísmo, manifesto, Freud, inconsciente, subconsciente, automatismo, entre - guerras

1899

Freud publica A interpretação dos sonhos

1924

Manifesto Surrealista

01 03

1924

O partido fascista italiano vence sa eleições gerais e ca com 65% das cadeiras no parlamento.

02

1929

1ª Cerimônia de entrega do Oscar.

1929

Exibição do lme Um cão  Andaluz de Luis Buñuel 

1930

Segundo Manifesto Surrealista

04

05

01. A Persistência da Memória,1931 - Salvador Dali. 02. Numeros e Constelacões em Amor com uma Mulher,1941- Joan Miró. 03. Perspective II Manet's Balcony, 1950 - René Magritte. 04. la Poupee,1935 - Hans Bellmer. 05. Through birds through re but not through glass,1943 - Yves Tanguy. ligações: paris, dadaísmo, manifesto, Freud, inconsciente, subconsciente, automatismo, entre - guerras

Tem início na França, em 1907 com o quadro Les Demoiselles d’Avignon de Picasso. Dissolve-se com o começo da Primeira Guerra mundial, em 1914. O Cubismo surge no período que antecede a Primeira Guerra Mundial, período em que a cultura européia encontrava-se em crise e buscava em outras fontes novos valores, diferentes daqueles incorporados pela burguesia e pela economia industrial. É nesse contexto que o contato com culturas tidas como primitivas se torna de fundamental importância, como é o caso dos cubistas com a arte ar te africana. Também Também são fortemente inuenciados por Cézanne, através de sua construção de espaços por meio de volumes, simplicando-os em “cubos, cilindros e cones”, e da decomposição de planos. Foi um dos movimentos mais inuentes do séc. XX, marcando outras vanguardas e tendências, como o Dadaísmo, no que diz respeito à inserção de objetos à obras, o Futurismo, o Orsmo, a abstração, a arquitetura de Le Corbusier entre e muitos outros. A representação da profundidade sobre uma superfície plana sempre foi um entrave paradoxal dentro da pintura. Ao tentar planicar todas as faces de um objeto, o Cubismo busca uma nova forma de explorar esse paradoxo sem, entretanto, encobri-lo. Os cubistas não se propunham a abolir a representação, o que prá-la, recusando a ideia de arte como imitação da natureza. Pensavam Pensavam em construir e não em copiar algo. Essa maneira de se representar implicava porém no emprego de formas razoavelmente conhecidas para que fosse possível a compreensão da relação entre as partes e, consequentemente, na preservação de referências ao mundo objetivo. Este foi o alvo das críticas mais intensas que este movimento recebeu, principalmente principalmente por parte dos abstracionistas. Baseando-se em formas geométricas e linhas retas, os quadros cubistas buscavam reconstruir formas através da representação simultânea de diversas faces de um mesmo objeto sobre o mesmo plano, afastando-se da perspectiva e da luz e sombra. O Cubismo divide-se em duas fases: Cubismo Analítico, que consistia na desconstrução quase completa do objeto, se aproximando da abstração, e com predominância de uma cor; e Cubismo Sintético, que tentou tornar os objetos reconhecíveis novamente. Nesta fase, Picasso e Braque inovam com as colagens, incorporando papel e outros fragmentos de materiais relacionados com a vida cotidiana, (recortes de jornais, pedaços madeira, cartas de baralho, caracteres tipográcos, etc) às suas pinturas.

"Não se imita aquilo que se quer  criar", Georges Braque

No Brasil, inuências cubistas  podem ser observadas nas obras obras de  Antônio Gomide, Vicente do Rego Monteiro, Tarsila do Amaral e Candido Portinari 

Cézanne pode ser considerado como a ponte entre o impressionismo do nal do século XIX e o cubismo do início do século XX. A frase atribuída a Matisse e a Picasso, de que Cézanne "é o pai de todos nós", nós", deve ser levada em conta.

Principais nomes

Pablo Picasso, Georges Braque, Juan Gris, Fernand Léger, Robert Delaunay, Sonia Delaunay Delaunay..

ligações: 1aguerra, cezanne, abstracionismo, dadaísmo, futurismo, orsmo, arte africana, frança, desconstrução, formas geométricas, colagem

01

03

02

1907 

Les Demoiselles d’A d’Avignon vignon

1912

Cubismo AnalÌtico

1912-13

05

04

06

Cubismo Sintético

1914

Primeira Guerra Mundial 

07  08

09 01. Nu descendo a escada,1912 - Marcel Marcel Duchamp. 02. Houses at L’Estaque, 1908 - Georges Braque. 03. Guitar, 1913 - Pablo Picasso. 04. La Montagne Saint Victoire Barne,19885-1 895 - Paul  Cezanne. 05. The Kiss, 1969 - Pablo Picasso. 06. The Sunblind, 1914 - Juan Gris. 07. Máscara  Africana. 08. Les Demoiselles d’Avignon,1907 - Pablo Picasso. 09. natureza morta com maçãs e laranjas,1985-1900 - Paul Cezanne. ligações: 1aguerra, cezanne, abstracionismo, dadaísmo, futurismo, orsmo, arte africana, frança, desconstrução, formas geométricas, colagem

Grupo de expressionistas alemães formado em Dresden, 1905. Muitas vezes é comparado ao Fovismo Fovismo,, além de terem emergido no mesmo período, ambos compartilham interesses na arte primitiva, na expressão extrema dos sentimentos através de cores fortes que se tornam frequentemente “não “não naturais”, naturais”, e em uma certa antipatia pela abstração completa. Em toda Europa se buscava um novo modo de expressão que correspondesse com o espírito do tempo(”zeitgeist” ) do ínicio do século XX, transmitindo a experiência pessoal do homem frente ao mundo moderno. Enquanto na França, Picasso e Braque isso se reetiu com a fragmentação das formas do Cubismo e na Itália os futuristas transformaram a questão com a composição dinâmica e elementos mecânicos, já na Alemanha o resultado foi o Expressionismo. O nome Die Brücke signica “A ponte”, pois um dos ideais do grupo era criar uma nova estética que servisse como elo entre a tradição alemã e o mundo moderno. Carregavam a tradição com inuências de Albrecht Dürer, Dürer, Mathias Grünewald e na utilização de xilogravuras, mas ao mesmo tempo estudavam os movimentos contemporâneos de arte e tinham as mesmas crenças da vanguarda internacional. Muitos trabalhos demonstravam um contraste de sentimentos, entre celebrar o dinamismo de Berlim à reexão melancólica da alienação e anonimato do homem da cidade grande. O grupo se dissolveu em 1913, por conitos internos, sobretudo após a uma publicação de uma crônica de Kirchner sobre o grupo, no qual ele se colocava em 3ª pessoa com certo destaque e importância histórica frente aos outros. Principais nomes

Fritz Bleyl, Bleyl, Ernst Ludwig Kirchner, Kirchner, Karl Schmidt-Rottlu, Schmidt-Rottlu, Emil Nolde, Max Pechstein, Otto Mueller.

Em 1906 é publicado o Manifesto Die Brücke, em xilogravura,  proclamando uma nova geração ‘que deseja liberdade no trabalho e na vida, independente das velhas forças estabelecidas.’  O grupo começou inicialmente em Dresden, depois alguns componentes mudaram para Berlim. Interessante notar que no mesmo período o grupo Der Blaue Reiter coexistia na região germânica, porém em Munique.

O Império Alemão, na época, era uma região que hoje englobaria também o território da Polônia, Bélgica, Armênia e Dinamarca. Só foi desmembrado em 1918, após o m da I Guerra Mundial.

Entre os artistas expressionistas que não zeram parte das escolas e movimentos, destaca-se Ensor, Emil  Nolde e Edvard Munch. Outros nomes importantes são os austríacos Egon Schiele e Oskar Kokoschka. Frequentemente o termo Expressionismo é designado somente à arte alemã do início do século XX. É pertinente, porém, congurá-lo mais como uma tendência estética do que como uma vanguarda artística, que teve diversas faces em toda a Europa (Alemanha, França, Bélgica,  Áustria, Holanda, etc.) até a década de 1920. Suas origens origens encontram-encontram-se, por exemplo, nos  pós-impressionistas Van Gogh e Gaugin, que respectivamente precederam o Expressionismo alemão e o Fauvismo, e ainda o Der Blaue Reiter.

ligações: alemanha, expressionismo alemão, emil nolde, dürer, xilogravura, fovismo, expressão, contraste

1893

Edward Munch pinta a célebre tela O Grito.

1906

Emil Nolde, um dos expoentes do grupo, ingressa no Die Brücke

1906 01

Manifesto Die Brücke.

02 1907 

- Período em que se inicia a descoberta da arte africana em Paris. - Picasso pinta Les demoiselles d’Avignon.

1910

Mudança de Dresden para Berlim

1911

Fundação do grupo Blaue Reiter.

1914

Início da I Guerra Mundial 

Der 

03 04

05 01. Cartaz para a primeira exibição do Die Brücke, 1906 - Fritz Bleyl. 02. Dancer, 1913 - Emil  Nolde. 03. Irmãos, 1913 - Erich Heckel. 04. Street, 1913 - Ernst Ernst Ludwig Kirchner. 05. Mãe, Mãe, 1916 Karl Schmidt-Rottlu. ligações: alemanha, expressionismo alemão, emil nolde, dürer, xilogravura, fovismo, expressão, contraste

O movimento, que tem origem na França, surge na ascensão do sistema capitalista e da industrialização (entre as décadas de 1860 e 1880), que traziam uma nova concepção materialista do mundo e inaugura o que chamamos de arte moderna. Muitas ideias revolucionárias se desenvolvem nesse período, e a ciência conhece um grande avanço com as pesquisas no campo da ótica, física e química, que estabelecem um diálogo com as ideias impressionistas. Foi principalmente a fotograa que instigou os impressionistas a redenirem sua essência e nalidades e a separar-se radicalmente das tradições. A fotograa abalou a imagem e função do pintor: este já não era mais o responsável pela captação da imagem em seus mínimos detalhes, com extrema perfeição. A partir dai então se começou a buscar outras possibilidades para a pintura. Com o advento da tinta em tubos, os pintores começaram a sair de seus ateliês e buscar as paisagens externas buscando captar a impressão cromática que a luz causava aos olhos, e como isso poderia ser representado em uma tela de forma rápida e sincera, o que, por sua vez, iniciou um movimento de questionamento do que poderia ser, enm, a realidade. Os trabalhos de outros artistas também inuenciaram este movimento, como Manet, que pode ser considerado o precursor do grupo, embora nunca tenha se considerado um impressionista. Camille Corot, Gustave Coubert e os ingleses William Turner e John Constable, por suas paisagens luminosas e pela exploração dos efeitos visuais da luz e do tempo. Os impressionistas também buscaram inspiração nas estampas japonesas, que não seguiam a perspectiva e as normas de composição da academia ocidental. Com guras menos bem-acabadas com um movimento mais orgânico e natural, também na escultura encontramos nomes importantes dentro do Impressionismo, como Degas e Renoir, que foram os únicos pintores que também esculpiram, e ainda Rodin e Rosso, que foram exclusivamente escultores. Os impressionistas buscavam registrar as sensações visuais imediatas, libertando-as das experiências anteriores que pudessem interferir em seu caráter imediatista. Eles queriam registrar o aspecto efêmero da vida interessando-se mais por temáticas referentes a experiências contemporâneas, em detrimento das temáticas tidas como nobres, e desconsiderando as convenções e regras da academia.

ligações: revolução industrial, fotograa, luz, contrastes, paisagens externas, efêmero, França

“Em relação ao trabalho com as cores pela técnica da mistura ótica - cores que se formam na retina do observador e não pela mistura de  pigmentos -, cabe observar o diálogo que estabelecem com as teorias físicas da época, como as de Chevreul, Helmholtz e Rood.”  (itaucultural.org.br)

O termo Impressionismo tem origem no comentário pejorativo feito pelo crítico de arte Louis Leroy com relação à tela “Impressão, Sol Nascente”,  pintada em 1872 por Claude Monet.

“Ao desembocar do século, a revolução espiritual trazida pelas artes plásticas tinha vencido,  praticamente, sua fase inicial  desbravadora. Os lideres do impressionismo não causavam mais revolta nem escândalo, nem morriam de fome. Iam entrar, com Renoir, Monet e, junto com eles, Degas, na fase de glória, da consagração e da fortuna.”  (Pedrosa, p. 136)

1826

O francês Nicéphore Niépce consegue reproduzir e xar  a vista descortinada da janela do sótão de sua casa através da ação direta da luz, que seria o início da fotograa.

01 1867 

Publicação da principal  obra do lósofo alemão Karl  Marx, O capital: Crítica da Economia e da Política.

1871

Promulgada a Lei do Ventre Livre que dá liberdade aos lhos de escravos nascidos no Brasil.

02

03

1872

Monet pinta a tela “impressão, sol nascente” nascente”..

1874

Primeira apresentação  pública dos novos artistas impressionistas no estúdio do fotógrafo Nadar.

1876

 Alexander Graham Bell   patenteia uma invenção invenção,, que ele chama de telefone.

04

01. Almoço Na Relva, 1863 - Edouard Manet. 02. O Pensador, 1879-89 - Auguste Rodin. 03. A  primeira bailarina, cerca de 1878 - Edgar Degas. 04. A Canoa Canoa Sobre O Epté, 1890 - Claude Monet.

ligações: revolução industrial, fotograa, luz, contrastes, paisagens externas, efêmero, França

A chamada Arte Moderna se refere aos desenvolvimentos estéticos das artes nos ns do século XIX e início do século XX, período marcado pelas Revoluções Industriais e pelas novas descobertas da ciência, que proporcionaram ao mundo, e mais precisamente às economias capitalistas europeias, uma nova onda de progresso e anseio pelo moderno, antes inimaginável. A burguesia industrial se consolida no poder e, de classe revolucionária passa a ser tradição, estabelecendo uma nova cultura romântica, feita para enobrecer os bons costumes burgueses. O período correspondia a uma nova expansão do sistema capitalista representado pela disputa por novos mercados consumidores e por mão-de-obra barata. Esse processo, conhecido como Neocolonialismo, foi caracterizado pela dependência econômica e dominação política das potências capitalistas sobre os povos tidos como atrasados, por não terem atingido as revoluções tecnológicas que conguravam o dito ‘mundo moderno’. O contato com a cultura de outras civilizações, que até então sofriam pouca inuência ocidental e capitalista, signicou a descoberta de novas formas de expressão e novos valores estéticos, independentes e não “aburguesados” nem “domesticados” pela economia industrial, e também instigou os artistas a procurarem uma linguagem artística menos presa às antigas convenções. convençõe s. Outro fator importante para tal mudança é a industrialização: a fabricação de tintas em tubo, a produção em larga escala de diversos produtos antes restritos, a popularização da fotograa, que contribuiu com a contestação da utilidade da pintura, a “era da reprodutibilidade técnica”, que abre para discussão as novas potencialidades da obra de arte, questionando sua autenticidade. A modernidade instala-se denitivamente e, inerente a ela, o caráter efêmero das novidades, das necessidades, das imagens e tendências, das vanguardas artísticas caracterizadas durante a maior parte do século XX pelos “ismos” “ismos”.. O rompimento com os temas clássicos e o advento da tecnologia é acompanhado na arte moderna, pela superação das tentativas de representar um espaço tridimensional sobre um suporte supor te plano. A consciência da tela plana, de seus limites e rendimentos inaugura o espaço moderno na pintura. Os primeiros indícios de ruptura com os temas nobres e clássicos acontecem quando o Realismo introduz em suas obras guras até então rejeitadas, negando-se a enfeitar e idealizar o mundo como faziam os românticos. Gustave Coubert, por exemplo, foi um dos primeiros a balançar as bases estáveis do bom gosto burguês ao exibir sua tela A Origem do Mundo. A arte moderna é composta por características e exigências de uma cultura conscientemente preocupada com a ideia de progresso progresso,, desejosa de afastar-se de todas as tradições, voltada para a superação contínua de suas próprias conquistas. O termo “primitivo” é usado em relação à ideia de “civilização”, e ambos possuem denotações variáveis de acordo com o lugar de onde se fala, sendo que o primeiro pri meiro geralmente ocupa um lugar inferior. Aqui nesse contexto, primitivo era empregado sob um ponto de vista eurocêntrico, isto é, aplicava-se aos povos não industrializados, não-cristãos, não-civilizados...

“O modernismo como revolução cultural inclui mais do que as artes e a literatura. Tem sido descrito como um desenvolvimento do pensamento da cultura ocidental que abrange o liberalismo cientíco, tecnológico, industrial, econômico, individual e  político como aspectos interativos. Estes são aspectos do modernismo cultural e estabelecem a base para a estética modernista.” (Eand) “A arte moderna cria ou cristaliza uma consciência estética realmente continental. É talvez o mais profundo e inesperado indicio, depois da formação dos Estados nacionais europeus, de que no substrato estão os fundamentos de uma cultura efetivamente europeia. Esta, no entanto, sente-se em crise, e daí o empenho de seus artistas em revivescê-la pela contribuição de outras culturas até então consideradas primitivas ou esteticamente inferiores.” (Pedrosa, p. 154) “Desde a metade dos anos 60 novas  publicações críticas tem reformulado a paisagem cultural do ocidente. Isto é melhor explicado como uma mudança de consciência do ponto de vista do mundo moderno baseada na noção de progresso através do avanço da ciência, para um estado de consciência chamado de  pós-moderno no que há menos conança de que o futuro será necessariamente melhor que o  presente ou o passado.” (Eand) “Só surgirá uma fotograa de alto nível estético quando os fotógrafos, deixando de se envergonharem por  serem fotógrafos e não pintores, cessarem de pedir à pintura que tornem a fotograa artística e buscarem fonte do valor estético na estruturalidade intrínseca à sua  própria técnica.” (Argan, p. 81)

ligações: industrialização, rompimento com o clássico, vanguardas, reprodutibilidade técnica, neocolonialismo, primitivo, burguesia

1880 02 01

Rodin esculpe O Pensador Pensador..

1886

- Gustave Coubert exibe  pela primeira vez sua tela A origem do Mundo. - Pemberton, farmacêutico norte-americano, inventa a coca-cola

1895 03

05

Irmãos Lumière constroem o primeiro aparelho cinematográco.

1936

Publicado o ensaio “A obra de arte na época de sua reprodutibilidade técnica”, do lósofo alemão Walter Benjamin.

04

06

01. Vista da Janela em Le Gras, 1826 - Nicéphore Niépce. 02. Mont-Saint Victorie - Paul Cézanne. 03.  A origem do mundo, 1866 - Gustave Courbet. 04. Essai de gure en plein-air: Femme à l'ombrelle tournée vers la gauche, 1886 - Claude Monet. 0 5. auto-retrato - Pablo Picasso. 06. Girasois - Van Gogh. ligações: industrialização, rompimento com o clássico, vanguardas, reprodutibilidade técnica, neocolonialismo, primitivo, burguesia

Se desenvolve entre 1890 e a Primeira Guerra Mundial, na Europa e nos Estados Unidos. Estabeleceu-se num período onde se iniciava a Segunda Revolução Industrial, o que possibilitava a produção de novos artefatos, como móveis que até então não eram produzidos em maior escala e cartazes, que com a invenção da litogravura colorida, passaram a ser uma linguagem mais explorada. Rompeu com a arte acadêmica e naturalismo, pois buscava a essência da natureza e não sua superfície. Foi inuenciado pelos impressionistas no que diz respeito a seu apreço por temas naturais e a busca pelo orgânico. Porém, o Impressionismo buscava impressões efêmeras e sensações luminosas, a Art Nouveau baseava-se nas formas e curvas. Victor Horta, um dos seus principais expoentes, aprendera com a arte japonesa a descartar a simetria e a explorar o efeito das curvas sinuosas, transpondo essas curvas para estruturas de ferro que se harmonizavam perfeitamente com os requisitos modernos. Apesar de grandes nomes da Art Nouveau serem conhecidos por suas pinturas, exerceu – e exerce até hoje – grande inuência na produção de objetos de decoração e está ligada à origem do design. Na arquitetura os artistas passaram a pensar em todas as partes, dando valor aos menores detalhes de um edifício. Valorização das artes aplicadas: arquitetura, artes decorativas, design, artes grácas, mobiliário,  joalheria e outras, colocando a “arte nova” nova” ao alcance de todos, pela articulação estreita entre arte e indústria, como no movimento social e estético inglês Arts and Crafts, liderado por William Morris (1834 - 1896), e que está nas origens do Art Nouveau. A fonte de inspiração primeira dos artistas é a natureza, as linhas sinuosas e assimétricas das ores e animais. Arabescos e as curvas, complementados pelos tons frios. O foco era atenuar as fronteiras entre belas-artes e artesanato pela valorização dos ofícios e trabalhos manuais e pela recuperação do ideal de produção coletiva. Principais Nomes

Antonio Gaudí, Gustav Klimt, Alfons Mucha, Henri de Toulouse-Lautrec, Victor Horta, Emile Gallé; Au¬gust Endell, Louis Comfort Tiany, Jan Toorop, Hec¬tor Guimard, Henry van de Velde, Joseph Olbric, Josef Homann, Ferdinand Hodler.

Em ns do século XIX, na Inglaterra em particular, críticos e artistas lamentavam o declínio geral do artesanato causadopela revolução industrial e detestavam a  própria visão dessas imitações baratas e pretensiosas, produzidas por máquinas. (Gombrich)

 A divulga divulgação ção de tais críticas não tinha menor possibilidade de bolir a  produçãoo industria  produçã industriall em massa, embora ajudasse as pessoas a brir  os olhos para os problemas que se haviam criado e a disseminar o gosto pelo autêntico e o genuíno, o simples e o “caseiro”. (Gombrich)

Se a tradição ocidental estava excessivamente vinculada aos velhos métodos de construção,  poderia o oriente fornece fornecerr um novo conjunto de padrões e novas ideias? (Gombrich)

ligações:  jugendstil, arte nova; modern style; liberty; stilo oreale; organicidade; busca pelo artesanal; inuência oriental 

1891

Promulgada a primeira Constituição republicana no Brasil, abolindo o voto censitário.

1892

O confete é usado pela  primeiraa vez no carnaval  primeir c arnaval brasileir br asileiro. o.

1894

Em Londres, é inaugurada a Tower Bridge, com a presença do então Príncipe de Gales, Eduardo VII.

01

02

1895

 Artist a Tcheco Alphonse  Artista Mucha produziu um pôster litografado que apareceu em 1o de Janeiro de 1895 nas ruas de Paris como uma propaganda para a peça Gismonda

1896

Lançamento da Jugendstil, revista iniciada por Georg Hirth  publicada até 1940.

03 1897 

O físico e inventor italiano Guglielmo Marconi faz a primeira transmissão de rádio da história.

1899 04

Sigmund Freud publica o livro "A Interpretação dos Sonhos", o  primeiro modelo dos processos mentais do inconsciente.

1- Gustav Klimt - O Beijo (1907-08) 2- Antoni Gaudí-Casa Batlló (1875-1877) 3- August Endell(1900) 4- Louis Comfort Tiany(1848-1933)

ligações:  jugendstil, arte nova; modern style; liberty; stilo oreale; organicidade; busca pelo artesanal; inuência oriental 

O termo happening (do inglês, acontecimento) é criado no m dos anos1950 pelo americano Allan Kaprow (1927-2006) para designar uma forma de arte que combina artes visuais e cênicas. Nos espetáculos, distintos materiais e elementos são orquestrados de forma a aproximar o espectador, fazendo-o participar da cena proposta pelo artista . Os eventos apresentam estrutura exível, sem começo, meio e m. As improvisações conduzem a cena - ritmada pelas ideias de acaso e espontaneidade espontaneidade.. O happening ocorre em tempo real, como o teatro e a ópera, mas recusa as convençõ convenções es artísticas. A losoa de John Dewey (1859-1952) sobretudo suas reexões sobre arte e experiência, o zen-budismo, o trabalho experimental do músico John Cage(1912 - 1992), assim como a action painting do pintor americano Jackson Pollock(1912-1956) Pollock(1912-1956) são matrizes fundamentais para a concepção de happening. Apesar de ser denida por alguns historiadores como um sinônimo de performance, o happening se difere na imprevisibilidade e na participação direta ou indireta do público espectador. Para o compositor John Cage, os happenings eram "eventos teatrais espontâneos e sem trama" trama".. Cage é o responsável pelo Theater Piece # 1, ou simplesmente "o evento", realizado no Black Mountain College, na Carolina do Norte, Estados Unidos, em 1952, considerado o primeiro happening da história da arte. Artistas como Jim Dine (1935), Claes Oldenburg (1929), Rauschenberg (1925 -2008), Roy Lichtenstein (1923 -1997), Georges Maciunas (1931 - 1978) também realizaram diversos happenings. No Brasil, o Grupo Rex, criado em São Paulo por Wesley Duke Lee (1931 - 2010), Nelson Leirner (1932), Carlos Fajardo (1941), José Resende (1945), Frederico Nasser, entre outros, também realiza uma série de happenings, como o concebido por Wesley Duke Lee, O Grande espetáculo das Artes, em 1963, no João Sebastião Bar. O chamado neo-realismo carioca -Antonio Dias (1944), Rubens Ru bens Gerchman (1942-2008), Carlos Vergara Vergara (1941), Pedro Escosteguy (1916- 1989) e Roberto Magalhães (1940)- envolve-se com o espetáculo e exposição coletiva PARE, em 1966. O evento é considerado por certos comentaristas como o primeiro happening no Brasil.

ligações: ash mob, improvisação, espontaneidade, interação, tempo-espaço, imprevisibilidade

 John Dewey acreditava que o indivíduo só tem importância quando está diretamente ligado à sociedade.

Os happenings também estão associados ao termo Flash Mob que são aglomerações instantâneas de pessoas em certo lugar   para realizar determinada ação ação inusitada previamente combinada, estas se dispersando tão rapidamente quanto se reuniram.

1959

O termo happening, como categoria artística, foi  utilizado pela primeira vez pelo artista Allan Kaprow 

01 02

1964-1966

Movimento Provos, em que os membros do grupo faziam happening nas praças de Amsterdam.

03

01. Anti-War Naked Happening - Yayoi Kusama. 02. The Courtyard - Allan Kaprow. 03. A Spring Happening - Allan Kaprow.

ligações: ash mob, improvisação, espontaneidade, interação, tempo-espaço, imprevisibilidade

O Modernismo Brasileiro surgiu em meio a um período de transição e contradição em que o Brasil se encontrava. Ao mesmo tempo em que começava a se caracterizar como uma nação independente, o país continuava preso às estruturas tradicionais, mantendo, portanto, uma mentalidade ainda colonial no início do século XX. Os ideais de progresso, industrialização e modernidade coexistiam com a tradição e o conservadorismo das oligarquias rurais. Este período, que sucedeu a Primeira Guerra Mundial, favoreceu a elite paulista cafeeira, resultando em uma mudança radical nas estruturas políticas e econômicas do país. Toda a movimentação das ideias modernistas que predominava na Europa começou a chegar ao Brasil, contaminando jovens intelectuais através da pintura de Anita Malfatti e da escultura de Victor Brecheret. Considera-se que a primeira manifestação coletiva pública da necessidade de renovação estética foi a Semana de Arte Moderna, que ocorreu entre os dias 8 e 13 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo. Este evento foi uma etapa destrutiva de rejeição ao conservadorismo e signicou uma profunda ruptura com relação à temática e ao compromisso com a verdade e com o tradicionalismo cultural associado às correntes literárias e artísticas anteriores: o parnasianismo, o simbolismo e a arte acadêmica, em voga até então. Voltando-se para dentro, explorando temáticas de ordem social, colocando em evidência o homem “vulgar” do interior do país, diferenciava-se das vanguardas europeias, que precisavam voltar-se para outras culturas, am de buscar novas fontes de inspiração. Porém, há controvérsias a respeito da autenticidade e do “espírito revolucionário”” do movimento modernista revolucionário modernista brasileiro. brasileiro. Segundo Mário de Andrade, um dos principais pensadores da Semana de Arte de 22, o movimento foi apenas algo importado da Europa, não trazendo nada efetivamente novo para a arte, se comparado ao que já havia sido feito fora, mas considerando “o direito permanente à pesquisa estética; a atualização da inteligência artística brasileira; e a estabilidade de uma consciência criadora nacional”. O anseio por um nacionalismo primitivo e ingênuo, que recusa qualquer tipo de arte importada, encontrou no cabloco e na mestiçagem, que outrora foram considerados entraves para o crescimento nacional, fontes integradoras da cultura brasileira. Num primeiro momento, o modernismo brasileiro volta-se para o interior de seu país, buscando formas de expressão que não tivessem sido domesticadas pela cultura burguesa, procurando uma identidade nacional verdadeira e híbrida. Logo após essa descoberta do Brasil pelos modernistas, vieram os manifestos “Pau Brasil” e “Antropofágico”.

“Só me interessa o que não é meu. Lei do homem. Lei do antropófago.” (Manifesto Antropófago)

Em sua primeira fase, foi apenas um movimento de “burgueses querendo chocar burgueses”,  preocupando-se com a liberdade estética, no qual estava ausente qualquer tipo de preocupação  política. Na segunda fase, devido ao contexto de crise, enfrentada  pelo mundo na década de 30, os artistas assumem uma postura mais critica diante da realidade, trazendo um amadurecimento  para a arte moderna brasileira,  principalmente a literatura.

Principais Nomes

Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Ferrignac, Ferrignac, John Graz, Vicente do Rego Monteiro, Yan de Almeida, Victor Brecheret, Graça Aranha, Guilherme de Almeida, Mário de Andrade, Menotti Del Picchia, Oswald de Andrade, Ronald de Carvalho, Manuel Bandeira, Villa-Lobos, Lasar Segall, Tarsila do Amaral, Ismael Nery, Antonio Gomide.

ligações: vanguardas europeias, antropofagia, pau brasil, semana de 22, 22, identidade nacional, nacionalismo, primitivo, modernização

1917 

Exposição de Anita Malfatti 

1922

Semana de Arte Moderna no Teatro Tea tro Municipal 

1924

Manifesto da Poesia PauBrasil 

01 02

04

1928-29 Revista de Antropofagia

03

1930-1945

Segunda Geração Modernista

05

01. A Boba, 1915 - Anita Malfatti. 02. Cartaz da exposição da Semana de arte moderna, 1922 - Di  Cavalcanti. 03. Carregadora Carregadora de Perfume, 1923 – Victor Brecheret. 04. Os operários, 1933 – Tarsila do Amaral. 05. Lavrador de café, 1934 - Candido Portinari.

ligações: vanguardas europeias, antropofagia, pau brasil, semana de 22, identidade nacional, nacionalismo, primitivo, modernização

O Grupo surgiu sem programa preestabelecido, preestabelecido, da união espontânea de alguns artistas que alugavam salas no Palacete Santa Helena, Helena, antigo edifício na praça da Sé, em 1934 em São Paulo, para utilizar como ateliês. Os primeiros artistas a se instalar no edifício foram Francisco Rebolo, seguido por Mário Zanini. Com a chegada de novos artistas, criou-se um universo de troca mútua, na qual, eram compartilhados conhecimentos técnicos de pintura, sessões de modelo vivo, excursões para a execução de pintura ao ar livre, etc... Não possuíam nenhum compromisso conceitual, porém, demonstravam em comum o interesse pela representação da realidade concreta pintando paisagens cujos focos eram as vistas dos subúrbios e arredores da cidade, as praias, a paisagem urbana – além de transitarem entre as experimentações formais da vanguarda dos anos 1920 e o academicismo ainda presente na arte paulista, se preocupando portanto com o apuro técnico e a volta à tradição do fazer pictórico, caracterizando assim um “modernismo moderado”. Identica-se em uma preferência por tons rebaixados, de fatura fosca, dando uma tonalidade acinzentada aos quadros. Outros gêneros como a natureza-morta, o retrato e o autorretrato também foram trabalhados pelo grupo. Com a dissolução natural do grupo, os artistas começaram a desenvolver desenvolv er suas carreiras individuais. Alfredo Volpi Volpi foi quem mais se destacou. Principais Nomes

 A inuência européia - principalmente do impressionismo e  pós-impressionismo, do novecento italiano e do expressionismo se deu pela leitura de livros e revistas ou alguma exposição vinda do exterior, com algumas exceções daqueles poucos que haviam estudado na Europa.

 A plástica do grupo pode ser  determinada principalmente por  sua origem proletária ou da  pequena burguesia. Antes, ganhavam a vida como artesãos ou pintores-decoradores, o que contribui para a consciência artesanal de suas obras.

Francisco Rebolo, Humberto Rosa, Vittorio Gobbis, Manoel Martins, Rossi Osir, Clóvis Graciano, Mário Zanini, Bonadei, Fulvio Pennacchi, Pennacchi, Alfredo Volpi, Rizzotti.

“ O Santa Helena não começou como um movimento: foi transformado em movimento pelos intelectuais” 

ligações: revolução de 1930, salões de artes de são paulo, pintura italiana, modernismo, universo industrial paulista, ingênuo

1932

01

03

Palacete Santa Helena

1936

Exposição de pequenos quadros, organizada pela Sociedade Paulista de Belas Artes no Palácio das Arcadas

02 04

928-29 -29 Revista de Antropofagia 1928

01. Grande Fachada Festiva, 1950 - Alfredo Volpi. 02. Mulata, 1927 - Alfredo Volpi. 03. Igreja de São Vicente - Mario Zanini. 04. Paisagem com casas - Francisco Rebolo.

ligações: revolução de 1930, salões de artes de são paulo, pintura italiana, modernismo, universo industrial paulista, ingênuo

A Missão Artística Francesa foi um grupo de artistas franceses que aportou no Rio de Janeiro em 26 de março de 1816 e é uma referência fundamental para a compreensão das profundas mudanças sofridas pela história das artes plásticas no Brasil durante o século XIX. Liderados por Joachim Lebreton, o grupo tinha por objetivo fundar a primeira Academia de Arte no Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Acompanhavam-no Acompanhavam -no o pintor histórico Debret, o paisagista Nicolas Taunay Taunay e seu irmão, o escultor Auguste Marie Taunay, Taunay, o arquiteto Grandjean de Montigny e o gravador de medalhas Charles-Simon Pradier. Pradier. Durante o período de espera para a realização da missão, que enfrentou diversas diculdades, os artistas continuaram com suas atividades. Debret e Grandjean aceitam encomendas reais. O primeiro realiza diversas telas para a família real e o último é o responsável pelo edifício da Academia Imperial de Belas Artes – Aiba e outras obras públicas, como o prédio da Alfândega (atual Casa França-Brasil). Idealizam também, juntamente com Auguste Taunay, a ornamentação da cidade do Rio de Janeiro. Nicolas Taunay aunay,, que se viu encantado pela natureza tropical do país, segue pintando paisagens. Debret também se dedida ao ensino de desenho e pintura num espaço alugado, ao mesmo tempo em que criada as aquarelas que marcariam sua obra da fase brasileira. O grupo da Missão Artística Artísti ca Francesa teve teve grande importância histórica pois, além de fundadores do ensino formal de artes no Brasil, durante sua permanência no país, dentro ou fora da Academia, ajudaram a xar a imagem do artista como homem livre dentro de uma sociedade burguesa e da arte como ação cultural leiga no lugar da gura do artista-artesão, submetido à Igreja e seus temas, posição predominante nos séculos anteriores.

Com a morte de Lebreton, e a nomeação do pintor português Henrique José da Silva como diretor, a Academia começou a afastar-se de seus objetivos iniciais, mas os remanescentes da Missão e outros artistas franceses recém chegados procuraram resistir às adversidades criadas  pelo novo diretor. Debret acabou  por retornar a França. França.

Devido a causas políticas e sociais como o desprezo da sociedade  por assuntos relativos às artes, a  Academia demorou muito para começar a funcionar.

Principais Nomes

Joachim Lebreton, Jean Baptiste Debret, Debret, Nicolas-Antoine Taunay aunay,, Auguste Henri Victor Grandjean de Montigny, Montigny, Auguste Marie Taunay, Taunay, Charles-Simon Pradier, Marc Ferrez, Ferrez, Zéphyrin Ferrez. Ferrez.

ligações: queda de napoleão, portugal, academia, ínicio do século século XIX, neoclassicismo, frança, rio de janeiro.

02

01

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1816

O Grupo aporta no Rio de  Janeiro

1819

Morte de Lebreton

1826 18 26

Inauguração da Academia

04

05 01. Negra Vendendo Caju, 1827 - Jean Baptiste Debret. 02. Frontispício da Academia Imperial, 1891 - Montigny. 03. Busto de Dom Pedro I, 1826 - Marc Ferrez. 04. Castigo de escravo - JeanBaptiste Debret. 05. Moisés salvo das águas, 1827 - Nicolas-Antoine Taunay. ligações: queda de napoleão, portugal, academia, ínicio do século XIX, neoclassicismo, frança, rio de janeiro.

Início por volta de 1885 até aproximadamente 1905 (emergência dos fauves e cubistas). O pós-impressionismo não é considerado uma vanguarda com manifesto ou movimento artístico com período, estilo e ideologia denidos. O termo pós-impressionismo, criado pelo teórico Roger Fry, é usado para designar uma arte que se desenvolve a partir do impressionismo ou reage a ele. Consideravam a ideia de análise da realidade dos impressionistas restritiva, supercial e ilusionista. Cada artista pós-impressionista tinha um estilo e pesquisas próprias. Essas pesquisas possibilitaram aos artistas posteriores uma innidade de novas práticas fazendo com que surgissem novas linhagens na arte, começando assim a era das vanguardas. Para trazer renovação na arte ocidental, os artistas pós-impressionistas buscavam inspiração em culturas diferentes das que estavam inseridos. Podemos destacar a relação de Toulouse-Lautrec com a arte japonesa e de Gauguin com a cultura das ilhas do pacíco. Paul Cézanne, um dos mais importantes artistas pós-impressionistas, inuenciou vanguardas marcantes da história da arte, como o Fauvismo e o Cubismo, por causa de seu método de estruturação geométrica das formas naturais e apreciação direta dos efeitos de luz e cor. Ele é considerado o progenitor do abstracionismo. Vincent van Gogh, outro importante pós-impressionista, inuenciou mais tarde os expressionistas e fauvistas com suas pinceladas largas de cores fortes e expressivas, sem tentar imitar as cores da natureza. Toulouse-Lautrec precedeu a publicidade e as artes grácas, além de estilos como a Art Noveau e simplicação do desenho com o uso das cores puras e planas de Gauguin exerce inuência sobre os fauvistas. Principais Nomes

Paul Cézanne, Vincent van Gogh, Paul Gauguin, Henry de Toulouse-Lautrec.

“Não se sentiam obrigados a respeitar a natureza tal como a viam. Seus quadros(Cezanne) são, antes, arranjos de formas que aprenderam com o estudo da antiguidade clássica.” (Gombrich)

 Algumas pessoas podem conside considerar  rar  os impressionistas os primeiros dos modernos, porque desaaram as regras da pintura ensinada nas academias. Mas convém lembrar  que os impressionistas não divergiam, em seus propósitos, das tradições da arte que se desenvolviam desde a descoberta da natureza na renascença. Eles também queriam  pintar a natureza natureza tal como a viam, e sua controvérsia com os mestres conservadores era menos em torno desse objetivo do que dos meios para alcança-lo. A exploração impressionista dos reexos das cores [...] visavam a criação de uma replica ainda mais perfeita da impressão visual. (Gombrich)

Usando como ponto de partida o método impressionista de pintura, Seurat estudou a teoria cientíca da visão cromática e decidiu construir  seus quadros por meio de pequenas e regulares pinceladas de cor initerrupta como um mosaico.Esperava que isso levasse a mistura das cores no olho sem que perdessem sua consistência e luminosidade. Essa técnica se tornou conhecida como  pontilhismo. (Gombrich)

ligações: cores puras, artes-grácas, expressão, cubismo, cubismo, abstração, vanguardas, frança, primitivo

01

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01. Henri de Toulouse Lautrec-Le Lautrec-Le Chat Noir(1896). Noir(1896 ). 02. Henri de Toulouse, Lautrec-Baile no Moulin Rouge (1890) 03. Van Gogh-A noite estrelada (1889). 04. Paul Gauguin- O Cristo  Amarelo(1889). 05. Paul Cezanne - Natureza morta com maçãs e laranjas(1895-1900) ligações: cores puras, artes-grácas, expressão, cubismo, abstração, vanguardas, frança, primitivo

1889

Van Gogh produz A Noite Estrelada

1896

Toulouse Lautrec produz  cartazes como Le Chat Noir .

Surge como uma corrente pós-impressionista fortemente inuenciada pelo trabalho de Paul Gauguin, buscando de novas formas de representação. O termo Nabis vem da palavra hebraica referente a “profetas”, referência à atitude séria e ao mesmo tempo burlesca dos membros do grupo. Começando em 1888 em Paris, inspirados por Paul Gauguin, os “profetas” buscavam fazer uma síntese de tudo o que aconteceu no campo das artes plásticas na época. Além de Gauguin, foram inuenciados por Odilon Redon, Seurat, Cézanne e pinturas japonesas. Fizeram também cartazes, cenograas e ilustrações para livros, inuenciando a produção de Toulouse-Lautrec. O grupo teve curta duração, mas deixou à Art Nouveau seu legado de exploração de linhas sinuosas e de planos de cor delimitados por contornos. Abriu caminho à arte não-gurativa. “Uma pintura, antes de ser um corcel, um nu ou alguma historieta, é essencialmente uma superfície coberta de cores que foram dispostas em certa ordem”, armava Maurice Denis, teórico do grupo, referindo-se à inovação formal do grupo. Usando a cor de forma emocional e decorativa, usavam grandes áreas de cores chapadas, criando uma pintura gurativa forte e viva. Sua inovação, porém se revelava somente no que diz respeito à forma, uma vez que sua temática ainda continuava sendo a mesma temática de movimentos anteriores como retratos, interiores, cenas da vida parisiense e, no caso de Denis, cenas religiosas. Principais nomes

Paul Sérusier, Maurice Denis, Pierre Bonnard, Jean-Édouard Vuillard.

ligações: experimentalismo com cores, exploração das formas, gaugin

"uma superfície lisa coberta de cores organizadas" organizadas" (Les Nabis) Nabis)

Não pintar a vida, mas tornar a  pintura viva (Bonnard) (Bonnard)

Procuram um caminho para uma arte espiritual de dimensão universal, constituindo uma das tendências do movimento simbolista.

1894

Em Paris, o “Caso Dreyfus”  marca um período em que uma onda de xenofobia e nacionalismo invadia toda Europa. Um ocial de origem judaica foi acusado e morto inocentemente.

01 02 1900

 Jogos Olímpicos Olí mpicos em Paris

1900

 A Grande Feira Mundial, Mu ndial, evento que reunia as inovações tecnológicas do mundo, acontece em Paris.

03

1907 

 Albert Munsell publica p ublica “A Color Notation”. Uma tentativa de organizar um sistema de cores.

1920

04 1-Pierre Bonnard-Nu a contre jour(1908) 2- Édouard Vuillard-A Cortina Amarela(1883) 3- Paul  Sérusier - O Talismã(1888). 04. Marine bleue, Eet de vague, 1893 - Georges Lacombe.

ligações: experimentalismo com cores, exploração das formas, gaugin

Publicada ‘Théories’ de Maurice Denis

Surge como uma corrente pós-impressionista fortemente inuenciada pelo momento francês do m do século XIX. Torna-se movimento consciente em 1886, com o Manifesto Simbolista do poeta Jean Moréas. O Simbolismo tem inuência de peças, pinturas e linhas de pensamento orientais. Coloca-se contra a arte acadêmica e o realismo, inclusive a ideia de naturalismo associada ao impressionismo. Nessa época a Europa recebia as inuências orientais e o pensamento realista/parnasiano/lógico entrava em decadência. Caminhou lado a lado com o Realismo e o Pré-Modernismo. No Brasil teve seu m apenas com a Semana de Arte Moderna de 1922. Foi o primeiro movimento a explorar o mundo inconsciente, fundamental para correntes posteriores ligadas ao Expressionismo. Utilizou símbolos, evocando emoções e criando imagens do irracional. O estudo de Gauguin de formas “primitivas” originou o Sintetismo e os Nabis. Aprofundou-se no “eu” interior, no inconsciente e na sua representação, tentando mostra o que se passa dentro do artista e suas reais intenções. Representava os elementos e personagens através de ideias subjetivas, sem tornar óbvia a interpretação através da aparência externa. Utilizou temas místicos e alegóricos, sonhos, visões, o oculto, o erótico e o perverso, morte e doença, com objetivo de criar um impacto psicológico. Propôs a expressão de ideias através de formas, símbolos sintéticos metodicamente compreensíveis. Alcançou todos os campos da arte, principalmente a literatura e a pintura, os Simbolistas foram os primeiros a declarar que o mundo interior do artista seria um tema mais apropriado à arte que a aparência externa das coisas. Principais Nomes

Gustave Moreau, Odilon Redon, Maurice Denis, Paul Sérusier, Paul Gauguin, Edvard Munch. Na literatura: Charles Baudelaire- As Flores do Mal Na literatura brasileira: Augusto dos Anjos-Eu

ligações: decadentismo, inconsciente, subjetividade, exploração do eu interior.

O simbolismo nas artes plásticas, tal como na poesia, apresentava forte misticismo e referências ao oculto. Procurava diminuir o hiato entre o mundo material e o espiritual. Os pintores deveriam expressar, através de imagens, esses temas e essa visão de mundo, desenvolvidas pelos  poetas simbolistas em sua lingualinguagem.

 A inspiração inspiração temática temática simbolista simbolista costumava vir de poesias do movimento, além de uma certa xação em assuntos como a morte, a doença, o erotismo e até a perversidade.

1857 

É publicado o livro As Flores do Mal, de Charles Baudelaire

1886

Manifesto Simbolista escrito  pelo poeta Jean Moréas.

01

1922 02

04 01. Newton, 1795 - William Blake. 02. Madonna, 1894-95 - Edvard Munch. 04. Thracian Girl  Carrying the Head of Orpheus on His Lyre, 1865 - Gustave Moreau. ligações: decadentismo, inconsciente, subjetividade, exploração do eu interior.

Considerado o m do simbolismo, com a Semana de Arte Moderna

Representou a retomada do realismo na arte contemporânea, com destaque no nal da década de 1960, contrariando as direções abertas pelo minimalismo e pelas pesquisas da arte abstrata. A vida moderna fornece a matéria (temas) e os meios (materiais e técnicas). O nal da década de 60 foi marcado pela efervescência cultural e desenvolvimento tecnológico industrial nos Estados unidos, pós Segunda Guerra Mundial. Em diálogo com a produção norte-americana, os artistas ingleses aderem à nova linguagem pictórica. Também conhecido como fotorrealismo, a tendência permite agrar a ambição dos artistas em conseguir a imagem em sua clareza objetiva. A relação entre a foto e a pintura torna-se estreita nesse sentido, sendo um recurso utilizado de muitas maneiras pelos "novos realistas". Antes de tudo, a foto é utilizada como um registro das informações do mundo e então pinta-se a partir delas. Diversos artistas utilizam também a fotograa como suporte, pintando sobre a imagem revelada no papel. Outra novidade foi o uso do aerógrafo (airbrush), que nunca toca a tela e que, portanto, não deixa impressas as marcas do gesto e do pincel. A pintura é lisa, sem texturas e sua superfície espelhada - painéis com espelhos, vidros e metal reluzente: deslocamento, distorção e reexo. Na escultura, utiliza-se silicone e bra de vidro. Principais artistas

Chuck Close, Ron Mueck, Duane Hanson, Robert Cottingham, Audrey Flack, Richard Thorpe McLean, Ralph Ladell Goings, Don Eddy, Robert Bechtle, Tom Blackwell, John De Andrea, John Salt, Malcolm Morley, David Hockney.

ligações: fotorrealismo, pós-Segunda Guerra, desenvolvimento tecnológico

"Não acredito que a fotograa dê a última palavra sobre a realidade." Mesmo assim, arma, "O foto-realismo não poderia existir  sem a fotograa". (Richard Estes, 1932)

"O que não é pintura é o que vemos na pintura" (Charles Bell, 1935)

02

1960

 Jânio Quadro Quadross vence as eleições presidenciais no Brasil.

1960

 John Kennedy eleito como um dos presidentes mais  populares dos EUA

1961

01

1965

 A Alemanha é dividida em duas pelo Muro de Berlim

O ativista americano Malcolm X é assassinado

04 03

1973

O termo Hyperréalisme é criado pelo galerista belga Isy Brachot para nomear a exposição em Bruxelas.

05 01. Senhora de Supermercado, 1969 - Duane Hanson. 02. Sem título, 2000 - Ron Mueck. 03. Lucas, 1987 - Chuck Close. 04. Black Girl, 1980 - Robert Cottingham. 05. Mark, 1978-79 - Chuck  Close. ligações: fotorrealismo, pós-Segunda Guerra, desenvolvimento tecnológico

Por quanto tempo um cavalo pode dirigir um peixe que está morrendo? O dadaísmo foi uma vanguarda artística surgida no ano de 1916 em Zurique, estendendo-se por várias metrópoles do mundo, como Nova York, Paris, Berlim, Hanover e Colônia. O movimento se inicia como uma reação à Primeira Guerra Mundial por jovens artistas indignados perante a falência e hipocrisia de valores estabelecidos pela sociedade. Foi um movimento de ruptura e desalinho, que propunha a seguinte pergunta, válida até os dias atuais: “Há limite para a arte?” arte?”.. Segundo Duchamp, grande representante da vanguarda em questão, mais do que um movimento, o Dadaísmo era antes um estado de espírito. O nome vem da palavra francesa “dada” que em francês signica “cavalo de madeira”. O primeiro Manifesto Dadá nos esclarece: “Cada coisa tem a sua palavra; pois a palavra própria transformou-se em coisa. Porque é que a árvore ár vore não há-de chamar-se plupluch e pluplubach depois da chuva? [...] A palavra, a palavra, a dor precisamente aí, a palavra, meus senhores, é uma questão pública de suprema importância.” importância.” Para as convenções da época, esses artistas beiravam a loucura. Usavam o primitivo e o irracional para questionar toda a razão e lógica até então formada. Tinha, ao contrário de outras correntes artísticas, um cunho crítico muito mais amplo, utilizando dos mais variados meios (revistas, manifestos, exposições, etc.) para contestar valores passados e atuais, com gosto pelo escândalo, pelo radical e, principalmente, pelo non-sense. Antecipou questões e práticas básicas do pós-modernismo, como por exemplo a Body Art, a instalação, a performance, a arte feminista, o happening e a relação da arte e vida. Um marco na história do dadaísmo, a conhecida Roda de Bicicleta (1913), nasceu para não ser obra¹. O próprio Duchamp disse em seu livro Engenheiro do Tempo Perdido que não sabe por que fez aquilo: fez por que tinha vontade e só. Este artista foi profundamente inconoclasta. Em Nu Descendo uma Escada nº2 (1912) (que foi rejeitado até mesmo pelos Salões de Arte vanguardistas) o corpo foi reduzido, diferentemente do cubismo, não às suas vistas diferenciadas e descontínuas, mas a um esquema elementar ². O primeiro ready-made (nome que surgiria um ano depois nos EUA), a famosa Fonte, um urinol no qual a única alteração feita foi a assinatura de um pseudônimo por Duchamp. O fundamento de seu trabalho foi, daí por diante, “produzir” coisas não estéticas, que não se prestassem à contemplação e, portanto, que não fossem obras de arte segundo nenhum dos possíveis padrões da época. “Ao “Ao transformar qualquer objeto escolhido ao acaso em obra de arte, Duchamp realiza uma crítica radical ao sistema da arte” ³ Embora em 1922 o dadaísmo termine, teve fortes ressonâncias nos movimentos e tendências subsequentes. Vários dos artistas dadaístas tomaram as rédeas do surrealismo. Principais nomes

Marcel Duchamp (1882-1968), Jean (Hans) Arp (1886-1966), Kurt Schwitters (1887-1948), Tristan Tzara (1896-1963), Hugo Ball(1886-1927), Man Ray(1890-1976), Fraçois Picabia (1879-1953), Max Ernst(1891-1976) ligações: cubismo, futurismo, arte&vida, conceito, polêmica, nonsense

"Eu redijo um manifesto e não quero nada, eu digo portanto certas coisas e sou por princípios contra manifestos (...). Eu redijo este manifesto para mostrar que é possível fazer as ações opostas simultaneamente, numa única fresca respiração; sou contra a ação pela contínua contradição,  pela armação também, eu não sou nem para nem contra e não explico  por que odeio o bom-senso. bom-senso." (Tristan Tzara)

"A obra de arte não deve ser a beleza em si mesma, porque a beleza está morta". (Tristan ( Tristan Tzara) Tzara)

1914

Início da primeira guerra mundial 

1914

O modelo Fordista de  produção ultrapassa a marca de venda de todas as outas montadoras de automóvel juntas

01

02

1917 

05

1918

Revolução Russa

Fim da primeira guerra mundial 

04 03

1929

01. Nu descendo uma escada, 1912 - Marcel Duchamp. 02. Roda de Bicicleta, 1913 - Marcel  Duchamp. 03. L.H.O.O.Q.,1919 - Marcel Duchamp . 04. Ingres violin,1924 - Man Ray. 05. Capa de what is dada,1923 - Theo van Doesburg. ligações: cubismo, futurismo, arte&vida, conceito, polêmica, nonsense

Inicio do Governo Stálin na União Soviética

A Pop Art foi um movimento que emergiu nos anos 50 na Inglaterra e EUA em meio ao boom consumista e otimista. A origem do termo é desconhecida, mas é comumente creditada ao crítico de arte Lawrence Alloway,, apesar de que, no livro em que esse termo aparece, ele tenha usado Alloway a expressão “cultura de massa popular” e não “arte pop”. Os artistas defendiam uma arte popular que se comunicasse diretamente com o público por meio de signos e símbolos retirados do imaginário que cerca a cultura de massa e vida cotidiana. Como um dos maiores movimentos artísticos do sec. XX, foi caracterizado por temas e técnicas inspirados na televisão, lmes, publicidade, quadrinhos e midia em geral. Foi largamente interpretado interpretado como reverso ou até mesmo a reação ao Expressionismo Abstrato. Opôs-se ao elitismo cultural que dominava o cenário artístico. Uma das primeiras imagens relacionadas ao movimento da Pop Art foi a colagem de Richard Hamilton (1922), chamada O que Exatamente Torna Torna os Lares de Hoje Tão Diferentes, Tão Atraentes?, de 1956 e que carrega já temas e técnicas dominantes desta nova expressão. Andy Warhol foi a gura mais conhecida e mais controversa da pop art, mostrando sua concepção da produção mecânica da imagem em substituição ao trabalho manual. Suas obras remetiam à “impessoalidade dos objetos”, objetos”, trazendo à tona seus aspectos vazios, sejam eles latas de sopa, garrafas de coca-cola e automóveis ou guras públicas como Marilyn Monroe e Elvis Presley. A Pop Art surgiu objetivando criticar de uma forma irônica bombardeamento de objetos de consumo no qual a sociedade se encontrava imersa. Mas desde cedo - e até hoje - foi duramente criticada por não corresponder às suas próprias proposições: não raro as obras de Pop Art tornavam-se objeto de consumo desenfreado, contribuindo assim para o fortalecimento do sistema que combatia. A partir de 1963 a pop art começa também a conviver a e incorporar em suas manifestações a tragédia da violência racial e guerra provindas da Guerra do Vietnã e Guerra Fria, sendo, hoje em dia, atualmente largamente incorporada tanto em manifestações de caráter contestatório de oposição quanto em propagandas políticas, como nas recentes eleições para presidente dos EUA onde o designer Shepard Fairey criou pôsteres com inuências diretas da Pop Art e sua produção de ideias imagéticas massicadas.

“No futuro todos serão famosos durante quinze minutos” (Andy  Warhol)

“Nos anos 60 fruticou entre os artistas brasileiros uma tendência irônica derivada da Pop art norte-americana reetindo o clima tenso criado pelo regime militar imposto em 1964. Aderindo apenas à forma e à técnica utilizada na Pop art os artistas expressaram a insatisfação com a censura instalada pelo regime militar” (wikipedia)

Principais nomes

Andy Warhol (1928 - 1987), Peter Blake (1932), Wayne Thiebaud (1920), Roy Lichtenstein (1923 - 1997), Jasper Johns (1930)

ligações: consumo, eua, video, publicidade, identidade, cultura de massa, reprodutibilidade, guerra fria, american way of life

1945

Fima da segunda Gurra Mundial e início da Guerra Fria (1945-1991)

01 02

1950

Henri Matisse recebe o  prêmio da Bienal de Veneza. Veneza.

1951

Primeira Bienal de Artes de São Paulo

03

1953 04

Lançado o lme “os homens  preferem as loiras” loiras”,, com Marilyn Monroe

1955

Inicio da guerra do Vietnam (1955–1975)

1961

Inicio da construção do Muro de Berlim

1964

Instaurado o Regime Militar  no Brasil 

06 05

01. Elvis Presley - Andy Warhol. 02. Mao - Andy Warhol. 03. Three Flags, 1958 - Jasper Johns. 04. Marilyn - Andy Warhol. 05. Just what is it that makes todays homes so dierent, so appealing, 1956 - Richard Hamilton. 06. Crying girl,1964 - Roy Lichtenstein. ligações: consumo, eua, video, publicidade, identidade, cultura de massa, reprodutibilidade, guerra fria, american way of life

A “casa da construção”, ou bauhaus, em alemão, foi uma escola de ocios manuais e arquitetura criada na Alemanha em 1919 por Walter Adolf  Gropius e concentrava em sua ideologia a tentativa de se aliar a forma e a função dentro de um mesmo projeto, ou seja, os artistas-criadores deveriam trazer suas bagagens estéticas a m de aplicá-las em algum objeto que pudesse encontrar funcionalidade dentro da vida cotidiana das pessoas. Esse pensamento traz em si os moldes da sociedade pós-segunda revolução industrial. A proposta de Gropius para a Bauhaus unia em um único projeto a dimensão estética, social e política. Sua tentativa era a de trazer novos ares ao estilo arquitetônico, de modo que reetisse a esperaça de um novo período na história do mundo pós-Primeira Guerra Mundial. Tratava-se de formar novas gerações de arquitetos, escultores e pintores de acordo com um ideal de sociedade civilizada e democrática, em que não há hierarquia, somente funções complementare complementares. s. Os objetos produzidos deviam ter um projeto que abarcasse baixo custo, produção em larga escala, usabilidade e beleza estética, direcionando sua produção “de acordo com as necessidades de uma faixa mais ampla da população, e não de uma camada social e economicamente privilegiada” privilegiada” Durante sua existência teve em seu corpo docente pessoas como Wassily Kandinsky e Paul Klee, e seu programa de ensino focava nas habilidades de criação manuais do estudantes com ocinas de madeira, pedra, argila, metal etc, curso de desenho básico de arquitetura e de geometria. Não se ensinava, porém, história dentro da instituição até o terceiro ano de curso pois acreditava-se que tudo deveria ser criado por princípios racionais em vez de ser inuenciado por padrões herdados do passado. Foi uma das primeiras escolas que aliavam design, artes plásticas e arquitetura de vanguarda. Tinha em suas produções uma severa geometrização e a utilização de novos materiais. Apesar de seu fechamento em 1933 por conta de uma série de perseguições por parte do governo hitleriano que considerava a escola como profusora de pensamentos comunistas pelo seu estilo educacional, Bauhaus ainda é tida como um marco dentro do pensamento arquitetônico arquitetônico e exerce grande inuência para o design mundial com seu pensamento simplicador e direto, que visa atingir o essencial dentro da criação de objetos de consumo e de cartazes. Recentemente, em 2007 foi reformada e reaberta, mantendo seu projeto arquitetônico original, com o destaque para a sala de Walter Walter Gropius, que foi mantida inalterada.

"Criemos uma nova guilda de artesãos, sem as distinções de classe que erguem uma barreira de arrogância entre o artista e o artesão” (Walter Gropius)

 A economia nas linhas e nos apetrechos confrontam-se com outros estilos artistico-arquitetônicos do  passado como por exemplo a  Art-nouveau.

Um dos movimentos que inuenciou o pensamento da Bauhaus foi  o Construtivismo Russo, onde objetos artisticos se inseriam na vida cotidiana das pessoas, reestabelecendo a função do artista como somente mais uma na sociedade, sem aura, feita pra servir às necessidades do povo.

Principais nomes

Walter Gropius (1883 - 1969), Johannes Itten (1888 - 1967), Marcel Breuer (1902-1981), Theo van Doesburg (1883 - 1931), Wassily Kandinsky (1866 1914), Paul Klee (1879 - 1940), László Moholy-Nagy (1894 - 1946), Hannes Meyer (1889 - 1954).

ligações: design, arquitetura, construtivismo russo, toulouse-lautrec, wassily kandinsky, paul klee, minimalismo

1870

Segunda revolução industrial 

1918

Fim da Primeira guerra mundial 

1919

Fundação da escola por  Walter Adolf Gropius

1933

Fechamento da escola pelos Nazistas

02 01

04 03

05

01. Cartaz da exposição realizada em Wiemar, 1923. 02. Chair - Mies van der Rohe. 03. Cabinet  for periodicals, design 1923 - Walter Gropius. 04. Letreiro na fachada do prédio da Bauhaus. 05. Tubular steel chair, design 1928 - Marcel Breuer. ligações: design, arquitetura, construtivismo russo, toulouse-lautrec, wassily kandinsky, paul klee, minimalismo

Na década de 60, a Pop Art revolucionou a história da arte, transformando o modo de se fazer e principalmente de se ver a arte. Continuando o legado do Dadaísmo e seus ready-mades, a Pop Art estreitou ainda mais a relação que viria a ser uma das premissas básicas desse nosso período contemporâneo: a relação entre a vida cotidiana e a arte. Uma característica importante da arte contemporânea é a divergência marcante de estilos e práticas. A narrativa modernista, baseada em vanguardas e manifestos, é desaada por artistas que não mais querem descobrir a verdade denitiva sobre uma arte pura, mas pretendem criar uma multiplicidade de atitudes e abordagens em uma história da arte não-linear,, sem a ideia de progresso. A pluralidade de estilos e de linguagens não-linear convivendo, contraditória e independentemente, é uma característica da contemporaneidade. Não existem mais estilos ou movimentos de vanguarda como se dava na modernidade, não há mais lugar para armações e verdades absolutas. Um fator importante para a leitura de uma obra de arte contemporânea é o contexto em que ela está inserida. Algumas vezes esse contexto (social, político, cultural, cientíco, cientíco, etc.) toma tanta importância impor tância na obra que ela chega a ser confundida com uma pesquisa antropológica, uma reportagem ou uma experiência cientíca. A hibridização dos campos de conhecimentos são questões comuns não somente à arte, mas a toda a contemporaneidade. Alguns temas bastante caros à arte contemporânea são a política e as identidades culturais em uma sociedade globalizada, onde a relações das pessoas com o espaço e tempo são radicalmente alteradas pelos meios de comunicação e transporte. Em meio a esse processo de globalização era impossível ignorar a existência e importância da produção artística artísti ca de países do terceiro mundo (culturalmente dominados). A participação da mulher na história da arte foi reavaliada assim como se considerou a importância de toda a cultura marginal para o desenvolvimento da arte. De uma maneira genérica, podemos dizer que dentro do conceito de arte contemporânea encontram-se experiências culturais muito díspares – tanto no sentido de englobar artistas de origens diversas, que incorporam atores sociais diversos (como as “minorias”), “minorias”), quanto no sentido do uso de novas mídias, tecnologias e suportes diversos. As obras muitas vezes articulam diferentes linguagens – performance, música, pintura, escultura, instalação, body art, etc. – , desaando as classicações e a própria denição de arte, bem como o mercado e o sistema de validação da arte. A liberdade de práticas artísticas da contemporaneidade proporcionou aos artistas a possibilidade de ter como suporte e material de trabalho o lixo, o corpo, às palavras, os conceitos, o vídeo, as novas tecnologias, os espaços, a mídia e até mesmo a tela e a tinta. Todas as práticas e técnicas podem ter uma abordagem contemporânea. contemporânea. Principais movimentos e práticas da arte ar te contemporânea

Pop Art, Minimalismo, Arte Conceitual, Land Art, Performance, Body Art, Instalação, Videoarte, Videoarte, Arte Pover Povera, a, Op Arte, Arte Cinética, entre outros.

“Tornou-se manifesto que tudo o que diz respeito à arte deixou de ser evidente, tanto em si mesma como na sua relação ao todo.”  (Adorno - Teoria Estética, 1970)

“teríamos uma arte melhor se as  pessoas não necessitassem gostar  de arte para, então, gostar de arte”  ar te”  (@hirstdamien, 2012)

“Durante os anos 90, a democrati zação da informática e o surgimento do sampleamento criaram uma nova paisagem cultural, cujas guras emblemáticas são os DJs e os programadores. [...] A supremacia das culturas da apro priação e do novo tratamento dado às formas gera uma moral: as obras pertencem a todos.”  (Bourriaud - Pós-Produçã Pós-Produção, o, 2004)

“A América Latina tem cinco séculos de história de ser uma colônia, sem nenhuma pausa para assumir a si mesma. A tarefa  permanece - construir a sua  própria cultura, achar uma identidade cultural.” (Luis Camnitzer  Arte contemporânea colonial, 1970)

“[...] tendo descoberto a intermídia, agora o problema central não é mais apenas o formal, de aprender a usá-los, mas o problema novo e mais social de para que usá-los? Tendo descoberto as ferramentas com um impacto imediato, para que vamos usá-las?” (Dick Higgins - Declarações sobre a intermídia, 1966)

ligações: hibridismo, poética, processo, polêmica, experim entação, suportes, conceito, interatividade, proposições, autoria, reprodução

1981

- Primeira transmissão da Musical  Television Video - MTV, o canal de TV a cabo norte-americano de música. - Entra em operação o Sistema Brasileiro de Televisão - SBT, com a transmissão do discurso de seu proprietário, o apresentador e empresário Silvio Santos. - Hosni Mubarak torna-se presidente do Egipto. - Casamento de princesa Diana com Príncipe Carlos.

01

02

1989

Queda do muro de Berlim

1991

Fim da URSS

1992

Impeachment de Fernando Collor  de Mello, presidente do Brasil 

1994

1994: - implantado o Plano Real  no Brasil. -Brasil tetracampeão da Copa do Mundooo! 

03

1997 

1997: exibição do primeiro episódio do Pokémon

1999

Cientistas escoceses produzem clone de uma ovelha (Dolly).

2001

 Atentados com aviões destroem o World Trade Trade Center e parte do Pentágono, em Nova York.

2005

Exibição do primeiro episódio de Ben 10

2006 04

05

- Na Bolívia, Evo Morales torna-se o primeiro presidente de origem indígena - Hugo Chávez é reeleito presidente da Venezuela.

2008

Damien Hirst fatura 140 milhões de euros em um único leilão, com 223 peças suas. Antes dele, o recorde era de Picasso, com um leilão de 88 das suas obras que se traduziu num lucro de 20 milhões de dólares em 1993.

2010 06 01. Keep It Spotless (Defaced Hirst), 2007 - Banksy. 02. The Broken Dream, 2008 - Damien Hirst. 03. Super Muçulmano, 2003 - Şener Özmen. 04. Untitled, 1992-1993 - Felix Gonzales-Torres. 05. Head On, 2006 - Cai Guo Qiang . 06. Derrubando uma urna da dinastia Han, 1995 - Ai Weiwei.

Obra "Bandeira branca", de Nuno Ramos, exposta na 29ª Bienal de São Paulo, causa polêmica entre ambientalistas e o Ibama revoga licença retirando os três urubus vivos expostos na n a obra.

ligações: hibridismo, poética, processo, polêmica, experim entação, suportes, conceito, interatividade, proposições, autoria, reprodução

Com a segurança adquirida de seu traço, é possível que você caia em algo chamado de zona de conforto. É quando nossos desenhos cam parecidos entre si e - não raro - justicamos o ocorrido com a palavra estilo. De fato, estilo é o reconhecimento da repetição de alguns elementos, da criação de um padrão. Mas isso ocorre naturalmente. Ao tentar “forçar” um estilo próprio você acaba se privando de experimentar. Você pode sentir-se acomodado e passar a desenhar sempre a mesma coisa, achando que aprendeu e essa é a maneira correta de se desenhar. desenhar. Mas se você acha que pregos é o melhor suporte para se pendurar um relógio na parede, quando você não tiver pregos como é que pendurará o relógio? É sempre bom estar tentando criar soluções novas em sua vida e em seus desenhos. Não se preocupe em fugir do seu estilo, pois isso pode te deixar engessado em uma forma de desenhar conformada. Exemplo: experimente desenhar aquela veeeeelha casinha com chaminé sobre uma montanha com cerquinhas e árvores frutíferas e um sol sorridente. Que soluções novas você dará a essa representaç representação? ão?

Desenhe qualquer coisa que se encontre a sua frente. Prera  primeiro pequenos objetos comuns: garfo, vasos de ores, livros, etc. Pense primeiro na categoria. “Ferramentas”, “utensílios de cozinha”, “chapéus”, “vermelho”  ...Com a categoria na mente,  poderá identicar alguns objetos familiares. Por exemplo: a ideia de “pesado” leva você a pensar em ”tijolo, âncora, bigorna”. O “Vermelho” o conduz a “tomate, rosas, nariz de rena”. “Encaracolado” leva-o para “pretzel, trepadeiras, estradas rurais”.

Tente explorar alfabeticamente. Não que rindo. Isso funciona muito bem. Pode usar também um dicionário para que funcione ainda melhor. “ Abelha, avestruz, avião, ... bacalhau, bactéria, bolsa... caldeira, colher, carneiro...”  Desenhar um par de óculos com brilho que pareçam verdadeiros  pode ser um desao bem interessante. Por isso, você deveria se contentar com a possibilidade de os óculos que você desenhar  cumprirem com o objetivo de serem reconhecíveis. Mas se insistir em dar o melhor de si  mesmo, experimente óculos com  personalidade. Consulte a pilha de sugestões: desenhe um par de óculos que foram atropelados por  um carro, descartados por falhas de fabricação, pertencentes a um  pirata, feitos de macarrão úmido, úmi do, com limpador de para-brisa, desenhados por um cubista, para alta velocidade, pertencentes a uma atriz famosa, usados por  uma velhinha. ligações: estilo, zona de conforto, criar soluções

As pessoas tendem a car menos seguras a partir do momento em que adquirem informação crítica. Como é sua relação com a segurança de seu traçado??

Quando éramos crianças, crianças, ou quando tínhamos tínhamos um corpo menor ue um metro e vinte centímetros, costumávamos desenhar. E era um desenho certeiro. O traço era rme e decidido. Pois não tínhamos na cabeça nenhuma convenção criada sobre os valores do nosso desenho. Nós não nos importái mportávamos com valores. Agora somos tendenciosos a aceitar a pressão do ambiente e fazer julgamentos. Vamos rever alguns desenhos nossos da época em que rabiscávamos rodapés. Quantas vezes você já tirou do papel a ponta do lápis para desenhar hoje? Experimente ou reexperimente desenhar algo sem tirar a ponta do lápis do papel. Sugestão: desenhe o que você escolheu vestir hoje nos pés.

Quando éramos pequenos, muitas vezes ultrapassavamos o limite da folha de papel. Nós não tinhamos medo de ir além da margem, que já era a própria folha. Pensar nessa liberdade pode ser um bom caminho.

 A coordenação motora é uma característica do ser humano e é adquirida com treino. Quando  pequeninos mal sabíamos pegar  em uma colher para tomar sopa. Hoje realizamos essa sequência com perfeição. Com o desenho é a mesma história. Nem sabíamos  pegar no lápis para desenhar,  porém nao tínhamos medo algum de rabiscar. Talvez hoje em dia sejamos inseguro em relação ao ato de nos alimentar. Pense na ideia de treinar sua mão. Ela nos é útil para diversos ns. Observe como sua mão que normalmente não desenha é mais segura e não tem medo de arriscar arr iscar a desenhar. Experimente desenhar com ela.

Desenhe sem olhar. Procure desenhar uma xícara, por exemplo, sem olhar (olhe apenas para sua mão). Depois, para mudar, olhe apenas  para a xícara e não não para sua mão.

Experimente desenhar no ônibus.

ligações: traço, decisão, desenho infantil 

O que é um bom desenho? Se essa pergunta caísse pra você, o que você responderia? Escreva aqui: .................................................................. ................................. .................................................................. ................................................................... .................................................... .................. .................................................................. ................................. .................................................................. ................................................................... .................................................... .................. .................................................................. ................................. .................................................................. ................................................................... .................................................... .................. .................................................................. ................................. .................................................................. ................................................................... ........................................ ...... Você acha o seu desenho um bom desenho? .................................................................. ................................. .................................................................. ................................................................... ................................................. ...............

Quando desenhar, mantenha um ritmo razoável. Não que agoniado com a sua obra, nem tente fazê-la de uma vez. Nenhum desses extremos possui virtudes especiais.

Estima-se que a população mundial logo atingirá os 8 bilhões de  pessoas. É muito difícil fazer com que um grupo tão numeroso concorde plenamente em muitas questões. Portanto, a reação do mundo perante sua arte será inevitavelmente variada.

Desenhe, produza e crie. Não tenha medo quando alguém bisbilhotar seus desenhos e procure não levitar extasiado quando alguém os elogiar. Trabalhe para si mesmo.

O que você acha dele?................................................................................. dele?...................................................................................................... ..................... .................................................................. ................................. .................................................................. ................................................................... ................................................ .............. O que sua mãe acha dele? ............................................................................................. ................................................................................................. .................................................................. ................................. .................................................................. ................................................................... ................................................. ............... Há convenções sobre os valores do seu desenho. Às vezes nós mesmos somos as pessoas que criamos as convenções do próprio desenho. E essas convenções são fatores limitantes, que acabam desestimulando o nosso gostar por desenhar. desenhar. Por exemplo, você gosta de arroz doce? Você acha arroz doce certo ou errado? É isso. Não há resposta certa ou errada para essa pergunta e não há resposta certa ou errada para o que se considerar bom ou ruim em um desenho. Continue desenhando : )

ligações:: desenhar, convenções, arroz doce ligações

 Alguns desenhos funcionam. Outros não. Algumas vezes, o  primeiro traço o conduz naturalmente para o traço seguinte, e esse  para um terceiro, e assim sucessivamente. Outras vezes, seu primeiro traço o leva a lugar nenhum. Qual é a diferença? Os mais renomados experts em arte ar te concordam que se trata de...sorte. Alguns desenhos são afortunados, outros não. Mas não que alarmado. Aqui  existe uma maneira de dar  excelente uso a esta verdade: Quando um desenho funciona, a responsabilidade é toda sua. Quando um desenho não funciona, você não tem a ver. A culpa é do desenho.

Quantas vezes você tentou desenhar algo que estava aí na sua cabeça e, de repente, quando colocou no papel aquela folha A4 bem branquinha no início, você se sentiu frustrado e por consequência até amaçou ou rasgou a folha? Escreva quantas: Você já parou para pensar que você não sabia o que estava desenhando? Se a intenção era desenhar um círculo bem circular circular,, daqueles redondinhos, e saiu um círculo mais ou menos circular é porque não andamos estudando nosso objeto. É preciso conhecer o que estamos desenhando; daquilo que vamos falar seja com palavras ou linhas ou borrões ou o que quiser quiser.. A prática tende a aproximar a intenção do resultado. Não há atalhos, tem que estudar mesmo danadinho. Vamos começar! Imagine que você está bebendo o que você mais gosta de beber. Como é o recipiente em que você toma essa bebida dos Deuses? Quantos lados diferentes possui? aqui quatro vistas/quatro ângulos diferente diferentess do seu recipiente:

ligações:: estudo, quatro vistas, folha em branco ligações

 A principal regra que determina  por onde deve começar seus desenhos é...variável. Em termos gerais, comece pela parte que imagina ser  a mais difícil. Assim, caso você saia do rumo, isso irá acontecer no início. se tudo sair bem, você terá decolado. Onde ca a parte mais difícil?  Geralmente a parte mais difícil está na “ideia essencial”, no núcleo do desenho, alguma coisa sobre a qual habitualmente deseja reetir  antes de pôr em movimento o lápis ou hidrocor.

Quando trabalhar com base em um modelo real - alguma coisa na frente de seus olhos - existe o  problema do excesso de informação: você está vendo muito mais do que consegue colocar na folha. Capturar tudo isso com lápis e  papel é algo como tratar de carregar uma cachoeira em uma xícara. Você é invadido por certa desesperança. Não se desespere. Os desenhos melhoram com o tempo. Posteriormente, quando o objeto real não estiver mais na sua frente, o desenho, repentinamente, irá orescer. Você cará deslumbrado ao ver  quanta água de uma cachoeira cabe em uma xícara.

Há uma verdade diante de nossos olhos que muitas vezes não enxergamos. E que praticar essa verdade a partir par tir de agora resolverá seu problema com o bicho chamado perspectiva. É o que chamamos de truque de artista. Assim você passará na prova de aptidão com mérito(se o mérito lhe for muito importante). Mas basicamente é o seguinte: tudo que está longe é menor do que tudo que está perto. Imagine ou desenhe uma la de pessoas em profundidade. Independente de seu tamanho exclusivo a primeira pessoa será sempre maior do que a ultima. Imagine ou desenhe uma la de pessoas subindo um morro. A primeira pessoa a chegar ao pico do morro aparecerá por completo em quanto que a ultima estará desaparecida atrás do morro. Assim, tudo que está muito longe é praticamente invisível, resumindo-se num ponto. Ou ponto de fuga. Cada objeto tridimensional possui no mínimo um ponto de fuga, um lugar onde todas as linhas que partem dele se encontram e desaparecem. Ao desenhar um objeto na perspectiva correta, deverá ter esse ponto de fuga em mente. Experimente. Siga o exemplo e construa novos objetos no ambiente.

É relevante alertar que o uso de régua neste caso dá um traçado mais preciso. As linhas provavelmente se encontrarão no momento certo.

 Assim como acontece com as demais “regras” associadas ao desenho, não a aplicamos de maneira rígida. Damo-nos por  satisfeito com que você tenha  presente que o ponto de fuga existe. Em qualquer um de seus desenhos poderá ignorá-la deliberada e alegremente, ou comprimentá-la ao passar: você terá nossa total aprovação.

Experimente fazer um cubo maior  em perspectiva em uma outra folha. Dê alguns detalhes a ele. Pense na ideia de ser uma casa. Construa janelas, portas. Ruas e calçadas. Postes de luz, árvores. E  não se esqueça da proporção humana. Coloque uma pessoa que compativelmente consiga entrar  na sua construção. E o mais importante de tudo, divirta-se! 

ligações: ponto de fuga, fuga, linha do horizonte, profundidade

Esse era o golpe que faltava para você aplicar na sua provinha de aptidão. Aquela cartinha na manga. É sempre bom lembrar que você é livre para fazer suas escolhas. Você Você pode muito bem viver uma longa vida artística artí stica repleta de satisfações sem ter aplicado jamais uma sombra ou um matiz em seus desenhos. Ou você pode adicionar sombras em tudo o que zer. Tudo dependerá de seu desenho, de seus olhos e de como você se sente em determinado momento. Quando decidir adicionar sombras, você deverá formular a pergunta a seguir: de onde vem a luz que ilumina seu objeto? De cima? De baixo? Da esquerda? Da direita? A luz chega de todas as partes, mas geralmente há uma fonte principal, e isso é o que desejamos que você tenha em mente. Faça um teste. Observe essa singela exemplicação e construa outras. Coloque alternativas para a luz emergir. Se alguma dúvida aparecer, temos certeza que além de sua mãe, nós também teremos o imenso prazer de tentar solucionar com você!

 As sombras tem o poder de acentuar o que estamos querendo dizer. Elas conferem maior drama ao desenho. Assim as guras  podem ganhar mais peso, realismo, mistério, altura...

Há diversos modos de se representar uma sombra. Usualmente costuma-se esfregar com o dedo ou utilizando um esfuminho. Mas as hachuras podem lhe parecer  bem interessante. São sequências de traços nos, um ao lado do outro, que vão se sobrepondo em diferentes posições.

Nada melhor para um bom estudo do que a observação. Use seus olhos e comece a reparar nas sombras pelos ambientes em que frequenta. Pare. Olhe. Desenhe.  A noite pode ser um bom amigotira-dúvidas. Nela as sombras se acentuam. Tire fotos se possível, e  passe a desenhá-las cada vez  mais.

ligações:: direção, volume, drama ligações drama

PROJETO para uma obra de arte que utilize um (VUNESP - 2012) Faça um PROJETO

martelo, um chapéu e uma bicicleta. Podem ser utilizadas as imagens desses elementos e os próprios objetos na obra, ou seja, a obra poderá ser um desenho, uma pintura, uma fotograa, um vídeo, uma escultura, uma instalação, uma performance ou outras modalidades de arte. Para apresentar o PROJETO, utilize a linguagem visual (desenhos, plantas e esquemas) e a verbal (palavras, textos) de maneira que qualquer pessoa possa entender como será a obra. Serão avaliadas criatividade, organização e clareza. Material: lápis preto e/ou caneta esferográca preta. (MACKENZIE - 2005) Amasse livremente a folha A4 fornecida e coloque-a sobre a mesa.

Faça, em seguida, um Faça, desenho da folha amassada, considerando, nesse desenho, fundamentos como luz, sombra, volume, proporção,, textura e perspectiva. proporção NÃO CORTE, NÃO RASGUE, NÃO FURE E NÃO PICOTE A FOLHA. Faça um desenho representando um sonho. Avaliação: criatividade, composição, habilidade gráca e temática. Material: Lápis HB, 3B, 6B e lápis de cor. (VUNESP - 2011)

(VUNESP - 2011) Recorte e cole na

folha de papel canson. Faça uma intevenção criativa a partir da imagem.

Escolha uma das seguintes palavras e represente seu signicado através do próprio desenho da palavra. (VUNESP - 2012)

• Rever • Suave • Corpo

Serão avaliadas criatividade, qualidade gráca e utilização das cores e do grasmo. Material: livre com utilização de cores.

Avaliação: criatividade e potencialidades conceituais. Material: Lápis HB, 3B, 6B e lápis de cor.

Nas coleções de arte, particulares ou públicas, são conservados croquis, esboços, estudos, anotações, escritas, projetos associados às obras de arte, sejam elas realizadas em desenho ou qualquer dos outros meios das artes visuais. A relação entre os estudos e as obras é sempre instigante para analisarmos aspectos ligados ao pensamento visual. O que propomos para essa prova é que se utilize uma das duas folhas recebidas para anotar, fazer estudos, projetar,, esboçar elementos relacionados ao desenho que será realizado na segunda folha de papel. A escolha projetar dos materiais e as maneiras de proceder, assim como os temas a serem desenvolvidos, são de livre escolha de cada candidato. (FUVEST - 2009)

Muitas pessoas têm ou já tiveram um diário, onde a memória é retida mais comumente por meio de palavras. Considere a folha de papel recebida um lugar para desenhar algo memorável, ocorrido nos últimos dias. Inclua nesse ou nesses desenhos elementos que possam ser observados agora, no lugar onde você está. O verso da folha poderá ser utilizado para estudos, esboços, anotações prévias, que serão levadas em consideração na sua avaliação. A utilização dos lápis de cor, que você recebeu, recebeu, é opcional. (FUVEST - 2008)

(UNICAMP - 2009) 1. Com o objeto fornecido (catavento), desenvolva um desenho de observação enfatizando

a linha. Finalidade:: Avaliar a capacidade de compreender Finalidade compreender e representar representar gracamente as estruturas e dimensões. Tempo: 25 minutos. Escolha um formato adequado da folha de papel canson e desenhe novamente seu objeto considerando uma das relações de contraste abaixo apresentadas. 2.

Finalidade: Avaliar a capacidade de realizar uma composição criativa a partir dos efeitos sugeridos pelos binômios ou contrastes apresentados. Tempo: 50 minutos 3. Com base nos resultados obtidos nas

duas questões anteriores, construir uma terceira imagem relacionando cor e forma, por meio de desenho, colagem ou outro procedimento que considerar mais adequado. Utilize qualquer material indicado no Manual do Candidato. Finalidade:: Avaliar a capacidade de expressão e reexão na construção da imagem. Finalidade Tempo: 50 minutos. (UNICAMP - 2011) “Uma superfície bidimensional sem nenhuma articulação constitui uma experiência morta.

A base de todo processo vital é a contradição interna. A qualidade vital de uma imagem é gerada pela tensão entre as forças espaciais, isto é, pela luta interna entre a atração e a repulsão dos campos de forças.” (Gyorgy Kepes, Language of vision. Chicago: Paul Theobald, Theobald, 1944, p.59.) Faça um desenho de observação do entorno considerando o texto acima. Material a ser utilizado: Papel canson e lápis grate em diferentes gradações.

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