Apostila - Prevenção e Combate a Incêndios

May 24, 2018 | Author: Joaquim C Monteiro | Category: Combustion, Heat, Fires, Oxygen, Fuels
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Descrição: Apostila de curso....

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1- Princípios básicos do fogo Pode-se definir o fogo como conseqüência de uma reação química de oxidação, denominada combustão, combustão, que produz calor ou calor e luz. Para que ocorra essa reação química, devesse-a ter no mínimo dois reagentes que, a partir da existência de uma circunstncia favor!vel, poderão combinar-se. combinar-se. "s elementos essenciais do fogo são# •

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1.1- Triângulo do fogo 3uando os três elementos se apresentam em um determinado ambiente, sob condiç4es propícias, temos o c5amado tringulo do fogo 6figura 7a8.

0igura 7a 9 )ringulo do fogo

1.2- Tetraedro do fogo 2 função did!tica deste polígono de quatro faces : a de complementar o tringulo do fogo com outro elemento de suma importncia, a reação em cadeia. 2 combustão combustão : uma reação que se processa em cadeia, que ap;s a partida inicial, : mantida pelo calor produzido durante o processamento processamento da reação. 2 cadeia de reaç4es, formada durante a combustão, propicia a formação de  produtos intermedi!rios inst!veis, principalmente radicais livres, prontos a se combinarem com outros elementos, dando origem a novos radicais, ou finalmente, a corpos est!veis. $onseqüentemente, sempre teremos a presença de radicais livres em uma combustão. 2 estes radicais livres cabe a responsabilidade de transferir a energia necess!ria < transforma transformação ção da energia energia química em calorífica calorífica,, decompo decompondo ndo as mol:culas mol:culas ainda intactas e, desta vez, provocando a propagação do fogo numa verdadeira cadeia de reação.

1.3- Condições propícias = importante notar que, para o inicio da combustão, al:m dos elementos essenciais do fogo, 5! a necessidade de que as condiç4es em que esses elementos se apresentam se>am  propícias para o início início do fogo. m um escrit;rio escrit;rio iluminado iluminado com uma lmpada lmpada incandescen incandescente te de 7?? @atts, @atts, temos no ambiente# •

combustível# mesa, cadeira, papel, etc.A



comburente# oxigênio presente na atmosferaA



calor# representado pela lmpada incandescente ligada.

(e aproximarmos uma fol5a de papel da lmpada quando esta estiver acesa, 5aver! o aquecimento do papel e este começar! a liberar vapores que, em contato com a fonte de calor  6lmpada8, se combinar! com o oxigênio e entrar! em combustão. Portanto, somente quando o combustível se apresenta sob a forma de vapor ou g!s ele  poder! entrar em ignição, ou se>a, se ele se apresentar no estado s;lido ou líquido, 5aver! a necessidade de que se>a aquecido, para que começe 2 liberar vapores ou gases. squematicamente, squematicamente, podem-se considerar v!rios casos#

a. sólid ólidoo

aquecimento → apor

x.# papel

b. sóli sólido do

aquecimento → lí!uido → aquecimento → apor

x.# parafina

c. lí! lí!uido uido

aquecimento → apor

x # gasolina d. gás

 >! se apresenta no estado físico adequado < combustão. combustão.

x.# acetileno. 3uanto 3uan to ao oxig oxigên ênio io,, ele ele deve dever! r! esta estarr pres presen ente te,, no ambi ambien ente te,, em porc porcen enta tage gens ns adequadas. (e ele estiver reduzido a porcentagens abaixo de 7BC, diz-se que a mistura combustível-comburente combustível-comburente est! muito pobre, e não 5aver! combustão.

1."- Características dos ele#entos essenciais do triângulo do fogo.

a$ Co#bustíeis% (ão quaisquer corpos suscetíveis de arder, de comburir, entrar em combustão, podendo ser esta# lenta, viva ou sDbita. sses corpos ardem com maior ou menor resistência e são encontrados por toda a parte e em qualquer dos estados naturais 6s;lido, líquido, gasoso8. (ão, em geral, densos ou resistentes, em que a combustão faz-se moderada, desenvolvendo-se  pela excitação en:rgica e progressiva, sustentada por elementos desprendidos do pr;prio meio que a produzA de fácil co#bust&o , os de pouca resistência, ditos inflam!veis# são leves, e, em condiç4es favor!veis, ardem de modo espetacular, com grandes c5amas, que se desenvolvem desembaraçadamenteA e'plosios, os altamente inflam!veis, cu>a reação produz grande volume de g!s e a combustão o consome instantaneamente, : a reação química instantanea. xistem ainda os de determinadas esp:cies# muito resistentes, e os que, expostos ao ar, na temperatura ordin!ria, se inflamam, espontaneamente. )odo material possui certas propriedades que o diferem de outros, em relação ao nível de combustibilidade, Por exemplo, pode-se incendiar a gasolina com a c5ama de um isqueiro, não ocorrendo o mesmo em relação ao carvão coque. Esso porque o calor gerado pela c5ama do isqueiro não seria suficiente para levar o carvão coque < temperatura necess!ria para que ele liberasse vapores combustíveis. $ada material, dependendo da temperatura a que estiver submetido, liberara maior ou menor quantidade de vapores. Para mel5or compreensão do fenFmeno, definem-se algumas vari!reis, denominadas# Ponto de 0ulgor, Ponto de $ombustão e Ponto de ignição.

Ponto de fulgor = a temperatura mínima em que um combustível começa a desprender vapores que, se entrarem em contato com alguma fonte externa de calor, se incendeiam. (; que as c5amas não se mant:m, não se sustentam, por não existirem vapores suficientes. (e aquecermos pedaços de madeira, dentro de um tubo de vidro de laborat;rio, a uma certa temperatura a madeira desprendera vapor de !gua. ste vapor não pega fogo. 2umentando-se a temperatura, num certo ponto, começarão a sair gases pela boca do tubo. 2proximando-se um f;sforo aceso, esses gases transformar-se-ão em c5amas. Por ai, nota-se que um combustível s;lido 6a madeira8 numa certa temperatura desprende gases que se misturam ao oxigênio 6comburente8 e que se inflamam em contato com a c5ama do f;sforo aceso. " fogo não continua porque os gases são insuficientes, formam-se em pequena quantidade. " fenFmeno observado nos indica o GPonto de fulgorG da madeira 6combustível s;lido8, que : de 7H?I $ 6cento e cinqüenta graus centígrados8. " ponto de fulgor varia de combustível a combustível. Para a gasolina ele : de 9  JKI $ 6menos quarenta e dois graus centígrados8, para o asfalto : de K?JI $ 6duzentos e quatro graus centígrados8.

Ponto de co#bust&o

 /a experiência da madeira, se o aquecimento, prosseguir, os gases continuarão a sair pelo tubo e, entrando em contato com o calor da c5ama do f;sforo aceso, incendiarse-ão e manter-se-ão. 2gora a queima não para. 0oi atingido o GPonto de combustãoG, isto :, a temperatura mínima em que esse combustível s;lido, a madeira, sendo aquecido, desprende gases que em contato com fonte externa de calor se incendeiam, mantendo-se as c5amas. /o ponto de combustão, portanto, acontece um fato diferente, ou se>a, as c5amas continuam.

Ponto de igniç&o $ontinuando-se o aquecimento da madeira, os gases, naturalmente, continuarão a se desprender. /um certo ponto, ao saírem do tubo, entrando em contato com o oxigênio 6comburente8, eles pegarão fogo sem necessidade da c5ama do f;sforo. "corre, então, um fato novo. /ão 5! mais necessidade da fonte externa de calor. "s gases desprendidos do combustível, s; pelo contato com o comburente, pegam fogo e, evidentemente, se mant:m em c5amas. 0oi atingida a G)emperatura de igniçãoG, que : a temperatura mínima em que gases desprendidos de um combustível se inflamam pelo simples contato com o oxigênio do ar. " :ter atinge sua temperatura de ignição a 7L?I$ 6cento e oitenta graus centígrados8 e o enxofre a KMKI $ 6duzentos e trinta e dois graus centígrados8. 'ma substncia s; queima quando atinge pelo menos o ponto de combustão. 3uando ela alcança a temperatura de ignição bastar! que seus gases entrem em contato com o oxigênio para pegar fogo, não 5avendo necessidade de c5ama ou outra fonte de calor para provocar as c5amas. $onv:m lembrar que, mesmo que o combustível este>a no ponto de combustão, se não 5ouver c5ama ou outra fonte de calor, não se verificar! o fogo. Nrande parte dos materiais s;lidos orgnicos, líquidos e gases combustíveis cont:m grandes quantidades de carbono, eOou de 5idrogênio. $itamos como exemplo o g!s propano, cu>as porcentagens em peso são aproximadamente LKC de $arbono e 7LC de idrogênio. " tetracloreto de carbono, considerado não combustível, tem aproximadamente, em peso LC de carbono e QKC de cloro.

b$ Co#burente% = a substncia que tem a propriedade química de sustentar a combustão dos outros corpos mas que não arde, isto :, G: incapaz de receber a c5ama que se l5e queira comunicarG. " comburente por excelência : o o'ig(nio, corpo gasoso e incombustível que se encontra na composição do ar atmosf:rico na proporção aproximada de K7C em volume, o qual goza daquela propriedade no mais elevado grau. = o elemento respons!vel na produção do fogo.

c$ Calor% Prov:m de fontes naturais ou artificiais. 2s fontes naturais advêm da ação do (ol ou são

originadas por fenFmenos químicos e meteorol;gicos que podem desencadear-se de maneira surpreendente e indeterminada. 2s fontes de calor não naturais surgem de fenFmenos físicos, os quais presidem toda a formação de calor, qualquer que se>a o local onde este se manifeste# são inumer!veis e se multiplicam com os progressos tentaculares da mecnica e da eletricidade, principalmente, aplicadas nas indDstrias. " calor, como uma das formas com que se apresenta a energia, : vari!vel conforme as circunstncias. $oncentra-se ou se propaga transmitindo-se de um a outro corpoA permanece ou remanesce, latente, em condiç4es mais ou menos intensas e duradouras, segundo se>a a natureza dos corpos afetados, da sua origem e dos elementos que o entretêm. = o elemento que possibilita a reação entre o combustível e o comburente mantendo, propagando e realimentando a conbustão. •

)ontes de calor 2s fontes de calor em um ambiente podem ser as mais variadas# •

a c5ama de um f;sforoA



a brasa de um cigarro acesoA



uma lmpadaA



a c5ama de um maçarico, etc.

2 pr;pria temperatura ambiente >! pode vaporizar um material combustívelA : o caso da gasolina, cu>o ponto de fulgor : aproximadamente de 9 J?I$. $onsiderando-se que o ponto de combustão : superior em apenas alguns graus a uma temperatura ambiente de K?I $ >! ocorre a vaporização. " calor pode atingir uma determinada !rea por condução, convecção ou radiação.

a$ Conduç&o% 2 propagação do calor : feita de mol:cula para mol:cula do corpo, por  movimento vibrat;rio. 2 taxa de condução do calor vai depender basicamente da condutividade t:rmica do material, bem como de sua superfície e espessura. = importante destacar a necessidade da presença de um meio físico.

b$ Conecç&o% = uma forma característica dos fluidos. Pelo aquecimento as mol:culas se expandem e tendem a se elevar criando correntes ascendentes a essas mol:culas e correntes descendentes anelas, poços de elevadores, vão de escadas, podem ser atingidos andares superiores.

c$ *adiaç&o% = a transmição do calor por maio de ondas. )odo corpo quente emite radiação que vão atingir os corpos frios. " calor do sol : transmitido por este

 processo. (ão radiaç4es de calor as que são sentidas quando as pessoas se aproximam de um forno quente. Podemos notar tamb:m que o calor propicia# •

elevação da temperatura



aumento do volume dos corpos



mudança no estado físico dos substncias

Por conseguinte, desde que se verifique a concorrência dos elementos acima# ao calor  conveniente que atue num meio compatível se v! >untar o ar 6ou o oxigênio puro8 necess!rio, atingindo o grau de fulgor, surgir!, fatalmente, fogo. Poder! este surgir acidentalmente do seio da /atureza, atrav:s de reaç4es muito en:rgicas, independente da intervenção de qualquer  engen5o 5umano, de maneira espontneaA ou ser obtido, normalmente, por meios e processos  previstos e aproveitado em trabal5o, devendo, pois, ser devidamente controlado e contido nos limites de sua ação.

1.+- ,ç&o do fogo 2 c5ama e o calor que o fogo emite, agindo direta ou indiretamente sobre os corpos, dão lugar a v!rios fenFmenos, tais como# carbonização, desidratação 6resseca, torra8, dilatação, desagregação, ebulição, vaporização, fusão, sublimação, calefação, redução de resistência, etc., alterando assim a constituição dos corpos su>eitos < sua ação, intensa e demorada. $onforme a esp:cie e o estado dos combustíveis e as quantidades dos demais elementos, o fogo : mais ou menos pronto no seu desenvolvimento e mais ou menos vivo, tornando-se intenso, progressivamente, com as renovadas decomposiç4es que o calor e a combustão vão suscitando pelo seu constante aumento e pelas transformaç4es decorrentes.

1.- Tcnicas de preenç&o de inc(ndios. Para que 5a>a uma combustão : essencial a presença dos três elementos do tringulo do fogo, o combustível, o comburente, a fonte de calor. /ão existindo um desses elementos, não se processar! o fogo. m um ambiente industrial, temos materiais combustíveis 6roupas, madeiras, gasolina, graxa, ;leo, etc8, comburente 6oxigênio presente no ar atmosf:rico8, fontes de calor 6solda e corte a quente, cigarros, f;sforos, lmpadas, tubulaç4es de vapor, etc8. 2 prevenção consistir! em evitar que esses três elementos se combinem em condiç4es  propícias que possibilitem a ignição. Para tanto, : importante as principais causas de incêndio e as características dos  processos e materiais utilizados nas instalaç4es que se quer proteger. (egundo estatísticas da R/ational 0ire Protection 2ssociationS, entidade americana que desenvolve estudos nessa !rea, as fontes de incêndio mais comuns são# •

eletricidade incluindo a est!tica..................K7C





atrito............................................................7JC



centel5as......................................................7KC



igniç4es espontneas....................................LC



cigarros e f;sforos........................................LC



superfícies aquecidas....................................TC



c5amas abertas..............................................HC

solda e corte..................................................JC " con5ecimento das causas de incêndio consagrou certas pr!ticas recomend!veis para maior segurança do trabal5ador e das instalaç4es, como por exemplo#

a$ ,r#a/enage# de #aterial% = fato comum nas empresas usar, movimentar material inflam!vel. xemplos# seção de pintura, seção de corte e solda. 2lgumas providências simples e pr!ticas  podem evitar a ocorrência do fogo# •







%anter sempre se possível a substncia inflam!vel longe de fontes de calor e de comburente, como no caso de operaç4es de solda e oxi-corte. 2 operação de solda e a f!brica estarão muito mais seguras se os tubos de acetileno estiverem separados ou isolados dos tubos de oxigênio. %anter sempre, no local de trabal5o, a mínima quantidade de material inflam!vel para uso, como no caso, por exmplo, de operaç4es de pintura nas quais o solvente armazenado deve ser apenas o suficiente para um dia de trabal5o Possuir um dep;sito com boas condiç4es de ventilação para armazenagem de inflam!veis e o mais longe possível da !rea de trabal5o, de operaç4es. Proibição de fumar nas !reas que existam combustíveis ou inflam!veis estocados. /ão se deve esquecer que todo fumante : um incendi!rio em optencial. 'ma ponta de cigarro acesa poder! causar incêndio de graves  proporç4es.

b$ 0anutenç&o ade!uada% 2l:m da preocupação com o combustível e o comburente : preciso saber como se  pode evitar a presença do terceiro elementoessencial ao fogo# o calor. $omo evitar sua ação# •

Enstalaç4es el:tricas em condiç4es prec!rias.

0ios expostos, descascados, ou circuitos mal dimensionados podem ocasionar curtos circuitos, que serão origem de focos de incêndio se encontrarem condiç4es favor!veis a formação de c5amas. •

Pisos anti-faísca m locais onde 5! estoque de líquidos ou gases inflam!veis, os pisos devem

ser anti-faísca, porque, um simples prego no sapato poder! ocasionar um incêndios •

Enstalação mecnica

0alta de manutenção e lubrificação em equipamentos mecnicos pode ocasionar aquecimento por atrito em partes m;veis, criando a perigosa fonte de calor.

c$ rde# e li#pe/a% "s corredores, com pap:is e estopas su>os de ;leos, graxa pelo c5ão, são lugares onde o fogo pode começar a se propagar rapidamente, sendo mais difícil a sua extinção. Esto : especialmente importante no caso de escadas, porque aí as consequencias podem ser mais graves. 2s decoraç4es, os m;veis, os equipamentos de escrit;rio devem merecer muita atenção porque podem estar sendo muito aumentado o volume de material inflam!vel. )odo este combustível pode, em certas circunstncias, transformar a f!brica numa gigantesca fogueira.

d$ ntalações de para-raio% "s incêndios causados pelos raios são muito comuns. 1aí, a instalação de p!raraios ser uma proteção importantíssima.

2- 0T45 46 67T89:% m regra, o fogo se extingue se ocorrer um, ou mais de um ao mesmo tempo, dos seguintes motivos# a8 supressão do $"%&'/) 6abafamento8A  b8 eliminação do $2" 6resfriamento8A c8 consumição total ou isolamento do $"%&'()*+ 6isolamento8. $omo >! foi visto, o fogo : um tipo de queima, de combustão, de oxidação. = um fenFmeno químico, uma reação química que provoca alteraç4es profundas na substncia que se queima. 'm  pedaço de papel ou madeira que se inflama transforma-se em substncia muito diferente. " mesmo acontece com ;leo, gasolina ou com um g!s que pega fogo. 2 palavra oxidação significa tamb:m queima. 2 oxidação pode ser lenta como no caso da ferrugem. )rata-se de uma queima muito lenta, sem c5amas. /a combustão de um papel, >! 5! c5amas. = uma oxidação mais r!pida. /a explosão da dinamite, a queima, a oxidação : instantnea e violenta. $5ama-se oxidação porque : o oxigênio que entra na transformação, a>udando a queima das substncias. " tipo de queima que nos interessa : a que apresenta c5amas. $onsideremos o tringulo do fogo#

liminando um desses elementos, terminar! a combustão. 2í se tem uma indicação muito importante de como se pode acabar com o fogo. Pode-se eliminar a substncia que esta sendo queimada 6esta : uma solução nem sempre possível 8. Pode-se eliminar o calor provocando o resfriamento no ponto em que ocorre a combustão, a queima. Pode-se, ainda, eliminar ou afastar o comburente 6o oxigênio8 do lugar da queima, por  abafamento, por introdução de outro g!s que não : comburente. " tringu7o do fogo : como um trip:. liminando-se uma das pernas, acaba a sustentação, isto :, o fogo se extingue. 1e tudo isso se concluí que, impedindo a ligação dos pontos do tringulo, ou se>a, dos elementos essenciais, indispens!veis para o fogo, este não surgir! ou deixar! de existir se >! tiver  começado. $omo exemplo temos um poço de petr;leo que est! em c5amasA nas aç4es que efetivam-se com o ob>etivo de combater este incêndio, o que se dese>a : afastar, momentaneamente, o oxigênio 6comburente8, um dos elementos do tringulo do fogo, para que o incêndio acabe. 3uando num lugar onde existe material combustível e oxigênio, se lê um aviso em que se  proíbe fumar, o que se pretende : evitar que se forme o tringulo do fogo, isto :, combustível, comburente e calor. " calor, neste caso, : a brasa do cigarro. (em este calor, o combustível e o comburente não poderão transformar-se em fogo.

2.1-  nc(ndio% $5amamos Encêndio a todo fogo anFmalo# tanto o que simplesmente se manifesta, como o que ameaça destruir alguma coisa ou o que, não sendo obstado, se propaga e envolve tudo quanto possa devorar. (e>a ele casual ou intencional. 'ma característica constante dos incêndios, : a periculosidade de que se revestem, afrontando a integridade e a existência de todos os seres, onde quer que sur>a. "utra  propriedade que particulariza o incêndio de outro fogo qualquer, de serviço, : a ameaça que expede e exerce pela propagação arbitr!ria, pelo calor que mistura com o ar, pelo fumo sufocante que expele, pela crepitação e pelo pr;prio clarão que emite. "s incêndios surgem e se desenvolvem, lenta ou repentinamente, em função dos elementos que l5es dão causa, e se avolumam conforme a quantidade e a qualidade dos combustíveis e o ambiente que encontram. "rdinariamente, o incêndio em combustíveis densos, ou enfeixados, obedece a três fases seguidas#







o calor elementar vai-se associando aos fatores normais e d! causa < combustãoA ap;s a transição, o fogo iniciado, isto :, a combustão de alguma substncia, passa a  produzir novos elementos com que se nutre 6gases e mais calor8A o fogo, propriamente dito, favorecido pela con>unção eficiente dos fatores de que : resultante, se exorbita transmutando-se em incêndio, com todas as suas características# ameaça de avassalamento e destruição.

"s combustíveis leves, em geral, aceleram ou abreviam a (egunda faseA os explosivos, comumente, reduzem o incêndio a uma Dnica fase, englobando-as. 1eve-se, por conseguinte, ter sempre em vista a formação arbitr!ria de fontes de calor  em meios ou locais onde as mesmas possam ter origem e evolução continuada. %esmo as combust4es espontneas podem ser previstas e obstadas.

2.2- , Propagaç&o do inc(ndio. " incêndio, naturalmente, se alastra e muda de proporç4es, e, não raro, ocasiona o aparecimento de outro, em virtude da propagação não s; do calor mas, tamb:m, por sua ação evolutiva, que : uma constante, capric5osa tal a uma tra>et;ria. 2 propagação pode processar-se de maneira direta, por contato ou disseminação, ou indireta, por influência 6como nas explos4es8 ou repercussão. 2 propagação direta ocorre# a8 por alastramento conseqüente do fogo que se desdobra e atinge elementos de f!cil combustão, distintos, contíguos ou ligados intimamente ao que est! ardendoA  b8 por contato a corpos descontínuos que se encontram muito pr;ximo daquele que ardeA c8 por alongamento espontneo das c5amas, ou por serem estas tangidas por ventos, a corpos >azentes nas vizin5anças do incêndioA d8 por veiculação do calor em alta temperatura, atrav:s do espaço, por irradiação ou convecção, o qual afetando pontos favor!veis propicia a formação de novos focos, desde que se con>uguem os elementos indispens!veisA e8 pela queda de paredes e destroços esbraseadosA f8 por disseminação de fagul5as cadentes, provindas do incêndio envoltas na fumaçaA g8 por meio de rastil5os conseqüentes a pisos oleosos, rastros de líquidos ou de quaisquer mat:rias inflam!veis, atingidas pelo fogo ou por grandes caloresA 58 por líquidos inflamados, em flutuação ou que >orre no local do incêndioA i8 por estil5aços expelidos ou resíduos ignescentes, arremessados de explos4es ou comoç4es 5avidas na !rea incendiadaA  >8 por gases libertadosA tamb:m por labaredas de retornoA U8 por acidentes el:tricos e outros.

2 propagação indireta d!-se por reflexão resultante de ondas de calor escapadas do incêndio e coincidentemente enfeixadas Gsobre um pequeno lugar, por meio de uma superfície refletoraG, para pontos vulner!veis, nos arredores do sinistro ou por influência cal;rica que  pode produzir explos4es, na circunvizin5ança.

3- Classificaç&o dos nc(ndios 3.1- ;uanto ao olu#e% " incêndio começa e vai-se avolumando, vai tomando aspectos variados, conforme as circunstncias. 2ssim, com maior ou menor rapidez, pode tornar-se descomunal. /a sua progressão, passar! por diversas fases, adquirindo novas características, dependendo isso da qualidade, disposição, estado e quantidade dos combustíveis e ainda de elementos extras, concorrentes. 2 classificação, assim como uma s:rie de detal5es, interessa, principalmente, < execução das perícias e < organização das estatísticas. )odavia, a prevenção não deve desden5!-la, por isso que, as proporç4es a que um sinistro pode alcançar poderão ser   previstas e em grande parte reduzidas de maneira a impossibilitar a eventualidade dele atingir o m!ximo das características de um grande incêndio. /ão se trata de tipos experimentais de incêndios, designados por 2, & e $, em mat:rias selecionadas, mas de incêndio propriamente dito# quanto ao fogo decorrente do volume e qualidade dos combustíveis de variados gêneros que ardem simultaneamente. 2s classes a que podem enquadrar-se esses acontecimentos, são# a. 0anifestaç&o de nc(ndio # : o fogo breve, rande nc(ndio # : aquele que se avoluma, se eleva e resiste espal5ando a devastação# ato do aparel5o mais comum 67? litros8 deve ter no mínimo T,H m, o tempo de descarga dever! ser de cerca de um minuto. " alcance do mesmo : de aproximadamente Q a 7K m e a produção de espuma mínima dever! ser de L vezes a sua capacidade nominal. 2 espuma nestes extintores : produzida por meio de uma reação química entre# uma solução de &icarbonato de (;dio em !gua, um agente estabilizador de espuma 6saponina ou alcaçuz8, dentro do pr;prio reservat;rioA e uma solução de (ulfato de

2lumínio. 3uando o extintor : investido, os líquidos se misturam e formam uma solução espumosa com 1i;xido de $arbono 6$" K8, encerrado em bol5as resistentes e dur!veis. " extintor de espuma : indicado para incêndios da classe G2G, desde que em  pequenos focos. 1evido a ação de cobertura e resfriamento : muito mais indicado para incêndio da classe G&G. 2 espuma : de grande valor na extinção de incêndios da classe G&G. 0lutua na superfície líquida excluindo totalmente o oxigênio. 2 cortina por ela formada mant:mse por muito tempo, evitando a reignição do inflam!vel. 2 espuma comum não : aplic!vel em !lcool, acetona, esteres ou lacas. /ão devem ser usadas em incêndios de equipamentos el:tricos. " extintor de espuma pode ser usado apenas uma vez com a mesma carga. (ão normalizados no &rasil os extintores port!teis de H, 7? e K? litros e carretas de TH, 7?? e 7H? litros. Enspeção e manutenção# •





(emanalmente# verificar acesso ao extintorA %ensalmente# verificar se o extintor est! com carga e se o bico est! desobstruídoA 2nualmente# descarregar e verificar o estado geral do aparel5o em caso de qualquer avaria mecnica, fazer teste 5idrost!tico. ecarregar o aparel5o e colocar a etiqueta presa na tampa com nome de quem examinou e recarregou o aparel5o e respectiva data.

%odo de usar# •

etirar o aparel5o com cuidado e lev!-lo at: as proximidades do fogoA



Enverter o aparel5oA



1irigir o >ato contra a base do fogo, em casos de materiais s;lidosA 1irigir o >ato contra as bordas ou peças salientes, em casos de líquidos.

".1.2- ,parelDo e'tintor carregado co# H 2 2provado pela norma &-7JQ, da 2&/) 62ssociação &rasileira de /ormas ):cnicas8. xistem dois tipos#

a$ Press&o inBetada atoA outra v!lvula no cilindro do g!s para comandar e controlar sua saída. = recomendado para incêndios em líquidos inflam!veis ou combustíveis e em equipamentos el:tricos de grande porte, : tamb:m recomendado para incêndios em inflam!veis líquidos e gasosos em tanques abertos, dep;sitos ou espal5ados pelo solo. 2 principal ação do p; no fogo : fazer sobre uma superfície em c5amas uma nuvem de p; para isolar o oxigênio. 2l:m desta ação do p; no estado normal 5! ainda  produção de $"K e vapor de !gua em conseqüência da queima do bicarbonato de s;dio, que auxilia no abafamento. 2 ação do extintor de p; químico demonstra mais eficiência que o $" K, pois sendo s;lida a nuvem cai e tem ação de permanência e o fogo, antes de tornar a avivar  tem que queimar o bicarbonato. /ão tem efeito de umidificação, logo não extingue fogos em combustíveis comuns. " alcance do >ato deste extintor : maior que o $" K e menor que o de espuma. )aman5os# K, B e 7K Ug para os port!teis e L?, 7??, 7H? e KH?Ug para carretas. "s aparel5os de p; devem ser instalados de maneira que seu emprego se>a o mais r!pido possível, devido tratar-se de equipamentos que via de regra, cobrem !reas de risco elevado. Por isso devem estar localizados de modo que o operador não ten5a de  percorrer mais do que 7?m para alcanç!-los. Enspeção e manutenção# •





(emanalmente# verificar o acesso ao extintor, o pino de segurança e o lacreA %ensalmente# verificar o estado geral do aparel5o para ver se ele não apresenta avariasA (emestralmente# extintor p; químico pressurizado ler manFmetro# +ermel5o# descarregado +erde# campo de operação normal 2marelo# excesso de carga ou pressão

 /o extintor de p; químico pressuriz!vel deve-se verificar o peso do cilindro de g!s, se for constatado um peso de 7?C para menos, : necess!rio recarreg!-lo. •

2nualmente# examinar o estado do p; químico, se constatado empedramento do p;, o extintor deve ser recarregadoA





$ada M anos# descarregar o extintor e trocar a carga, nesta fase aconsel5a-se usar o mesmo para se ministrar instruçãoA $ada H anos# (ubmeter o aparel5o extintor a teste 5idrost!tico.

%odo de usar 6extintor de p; químico pressurizado8# •





(oltar a trava de segurança, destravando o gatil5oA Procurar ficar a favor do vento se possível e acionar o gatil5o em >atos intermitentes,  procurando formar uma cortina com o p; sobre o local sinistradoA )odo o tempo em que o operador estiver usando o aparel5o o mesmo dever! estar suspenso. %odo de usar 6extintor de p; químico pressuriz!vel8#







2brir ampola de g!s, girando-a para a esquerdaA Procurar ficar a favor do vento se possível e acionar o gatil5o em >atos intermitentes  procurando formar uma cortina com o p; sobre o local em lequeA

3uando o estiver sendo utilizado dever! estar suspenso.

2 instalação de extintores deve obedecer < seguinte tabela#  9 'nidade extintora 9 \rea de atuação \rea coberta por  unidade de extintores

isco

1istncia m!xima percorrida pelo operador  

H?? mK

Pequeno

K? m

KH? mK

%:dio

7? m

7H? mK

Nrande

7? m

"bservação# independentemente da !rea ocupada, deverão existir pelo menos dois extintores  para cada pavimento.

2 unidade extintora : calculada pela tabela#

 9 'nidades de extintores 9 quantidade $apacidade dos extintores

 /Dmeros de extintores que constituem a unidade extintora

7? litros

7

B quilos

7

N!s carbFnico

J quilos

K

6$"K8

K quilos

M

7 quilo

J

J quilos

7

K quilos

K

7 quilo

M

(ubstncia spuma \gua

P; químico

bseraç&o% •





"s locais designados aos extintores devem ser assinalados por um círculo vermel5o ou por uma seta larga, vermel5a, com bordas amarelas. 1ever! ser pintada de vermel5o uma larga !rea do piso embaixo do extintor, a qual não poder! ser obstruída por forma nen5uma. ssa !rea dever! ser no mínimo de 7,?? x 7,?? m 6um metro por um metro8. "s extintores não deverão ter sua parte superior a mais de 7,B? m 6um metro e sessenta centímetros8 acima do piso.

".2- Hidrantes " sistema de proteção por 5idrantes : o con>unto de canalizaç4es, abastecimento d]!gua, v!lvulas ou registros para manobras, 5idrantes 6tomadas de !gua8 e mangueiras de incêndio com esguic5os e equipamentos auxiliares. Podem ser instalados, situados em abrigos ou caixas de incêndio e para permitir o abastecimento por fonte externa pode ser instalado no  passeio pDblico ligado < tubulação de incêndio, sendo denominado 5idrante de fac5ada ou 5idrante de recalque.

".2.1- Canali/aç&o de ali#entaç&o dos Didrantes

2 canalização de alimentação dos 5idrantes dever! ser usada exclusivamente para o serviço de proteção contra incêndio, saindo do reservat;rio inferior. 1ever! ter  dimetro mínimo de ML mm 67 ^G8 e ser executada com aço galvanizado, ferro fundido ou cobre.

".2.2- 0angueira= abrigo e esguicDo " comprimento m!ximo da mangueira do 5idrante : de M? m, sendo duas de 7H m, com conecção tipo engate r!pido, e seu dimetro mínimo de ML mm 67 ^G8, devendo o esguic5o ter dimetro mínimo de 7M mm 67OKG8. /ão serão aceit!veis mangueiras sem forro interno de borrac5a ou confeccionadas de pl!stico. 2s mangueiras deveram estar  enroladas convenientmente, sofrer manutenção constante e permanecerem desconectadas. = necess!rio ser instalado, >unto de cada 5idrante e em lugar visível e de f!cil acesso, um abrigo especial para mangueira e demais acess;rios. 2 porta do abrigo deve est! situada em um dos lados de maior dimensão, deve ser confeccionada em c5apa de aço, com trinco, pintada de vermel5o, provida de vidro transparente com o dístico incêndio. 2 mangueira e o 5idrante poderão estar dentro do mesmo abrigo, desde que  permita a manobra e a substituição de qualquer peça. " 5idrante externo dever! ser colocado em caixa embutida no passeio, com tampa met!lica identificada, sendo que esta não deve situar-se em profundidade superior a ?,7H m em relação ao nível do passeio.

".2.3- 4istribuiç&o e instalaç&o de Didrantes " nDmero de 5idrantes ser! determinado pela quantidade de pavimentos e extensão da !rea a proteger, localizados de tal maneira que qualquer ponto da edificação  possa ser atingida por um >ato de !gua. 1evem ser distribuídos de forma a proteger toda a !rea da edificação por dois >atos simultneos, dentro de um raio de J? metros 6M? m das mangueiras e 7? m do >ato8. 2 altura do 5idrante em relação ao piso não deve ultrapassar 7,H? m. )odo 5idrante deve ser constituído de# a. registro 6Nlobo8 de BM mm 6K ^G8A  b. conex4es de engate r!pido de BM mm 6K ^G8 acoplado ao registro previsto no item anteriorA c. uma redução de K ^G a 7 ^G do tipo engate r!pidoA d. os 5idrantes devem ser vermel5os, protegidos por caixa de ferro ou de alvenaria nas seguintes dimens4es internas# ?,B? x ?,B? m. e. 2l:m da tubulação 67 ^G ou K ^G8, dos registros das mangueiras 6M? m ou 7H m.8, deve-se escol5er requintes que possibilitem a utilização da !gua em >ato  pleno ou sob a forma de neblina 6requinte tipo universal8.

'tilização# •

1eve ser utilizado nos incêndios de classe 2# madeira, papel, cadeira,  poltronas, etc.

bseraç&o% •

 /ão empregue em equipamentos el:tricos energizados# televisores, geladeiras, ferro de engomar, aparel5os de ar condicionado, etc.

%odo de usar# •

2bra a caixaA



2bra o registro 6torneira8A



stenda a mangueira e coloque-se a uma distncia seguraA



2taque o fogo, dirigindo >ato para a base das c5amas.

$uidados# •













" 5idrante s; deve ser utilizado no combate a incêndiosA m 5ip;tese alguma o 5idrante deve ser utilizado na lavagem de pisos,  paredes, carros ou outros finsA 2 mangueira deve permanecer constantemente ligada ao registro e no esguic5oA " registro de manobra geral, situado logo abaixo do reservat;rio superior d]!gua e acima da v!lvula de retenção, deve permanecer aberto para que a canalização fique sempre c5eiaA 2 caixa de incêndio 65idrante de fac5ada8, com tampa de ferroA tendo gravada a palavra inc(ndio, localizada na calçada principal da edificação, : destinada ao uso exclusivo do $orpo de &ombeiros, por isso deve permanecer sempre limpa e desobstruídaA  /ão estacione veículos sobre a caixa de incêndio 65idrante de fac5ada8 evitando obstruir o acesso. 1eve ser proibida a utilização das instalaç4es indevidamente.

".2."- Cai'as de inc(ndio 2s caixas de incêndio são comumentes encontradas nos 5alls e corredores. " seu acesso dever! estar permanentemente desimpedido e não devem ser transformados em dep;sitos de ob>etos ou de lixos. m seu interior deverão estar enroladas as mangueiras e outros acess;rios, tais como# uni4es de engate.

".3- CDueiros auto#áticos
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