APOSTILA JOGOS TEATRAIS

April 6, 2019 | Author: André BXimenes | Category: Tragedy, Theatre, Actor, Euripides, Aeschylus
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ARTES DA REPRESENTAÇÃO A

ARTE

É

DE

TODOS

S U M Á R I O 1 JOGOS DRAMÁTICOS, TEATRO 2 TEATRO: COMO TUDO COMEÇOU? POR QUE FAZER? 5 JOGANDO E APRENDENDO A FAZER TEATRO 14 MONTANDO UM ESPETÁCULO DE TEATRO NA ESCOLA

JOGOS DRAMÁTICOS, TEATRO Você conhece alguém que não goste nem de futebol, nem de novela? É difícil, não é? Pois bem: essas duas atividades que o brasileiro adora têm tudo a ver com as artes da representação. Representar é agir de acordo com determinadas regras ou convenções; é desempenhar um papel que comove, alegra ou entristece os espectadores. Não é isso que fazem os jogadores de futebol e os atores das novelas? Mas a arte de representar não é privilégio de profissionais. Todos nós podemos usar o teatro como forma de nos expressar e de comunicar aos outros emoções, idéias e valores que consideramos importantes. Como fazer isso? Como contribuir para que crianças, jovens e adultos da escola e da comunidade tenham a oportunidade de fazer teatro e, assim, possam desenvolver ainda mais o raciocínio e a sensibilidade? Como possibilitar que grupos aprendam, por meio da atividade teatral, a trabalhar coletivamente e a conviver melhor, respeitando diferenças e ritmos individuais? Este caderno vai oferecer algumas respostas a essas questões. Aqui o(a) Amigo(a) da Escola encontrará informações e sugestões básicas para iniciar ou reforçar um trabalho com teatro, sem precisar de muitos recursos. Nem espaço com palco a escola precisa ter. O que é preciso é muita vontade e imaginação. Confira os conteúdos que você irá encontrar nas páginas seguintes e comece pelo capítulo que mais lhe provocar interesse. Capítulo 1 – Teatro: Como Tudo Começou? Por que Fazer? – Saiba como surgiu o teatro, na Grécia Antiga, e o papel que ele desempenhava em sua origem. Conheça um pouco da história do teatro no Brasil e por que é tão importante desenvolver atividades teatrais na escola, como meio de estimular novos olhares sobre a realidade, criticando, denunciando, propondo alternativas.

Capítulo 2 – Jogando e Aprendendo a Fazer Teatro – Descubra o que um “jogo de teatro” tem a ver com um jogo de bola ou com um jogo de damas. Saiba como organizar e realizar jogos de integração, de percepção, de imaginação, teatrais ou dramáticos, indispensáveis à preparação de um grupo para montar um espetáculo de teatro na escola. Eles também podem ser realizados sem compromisso com essa proposta, pelo simples prazer de fazer, conviver e aprender.

Capítulo 3 – Montando um Espetáculo de Teatro na Escola – Familiarize-se com algumas dicas de como escolher ou criar coletivamente um texto para ser apresentado ao público da escola e da comunidade (veja a sugestão de onde encontrar bons textos de teatro para crianças e jovens!) e de como ensaiar a apresentação para que o espetáculo agrade não só a quem está fazendo teatro, mas também aos que assistem.

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TEATRO: COMO TUDO COMEÇOU? POR QUE FAZER? NO MUNDO Cerca de 700 anos antes do nascimento de Cristo – há quase 3 mil anos, portanto – luzes de inteligência e criatividade começaram a brilhar com intensidade nunca antes vista, em uma região ao sul do continente europeu, a Grécia. Essas luzes se irradiaram pelo mundo, impulsionando as artes e as ciências humanas e naturais, e chegaram até nós. Prova disso são os milhares de palavras de origem grega que usamos diariamente, sem nos darmos conta de que, ao fazermos isso, estamos prestando homenagem aos antigos gregos que inventaram a democracia (demos: povo; cracia: governo), a filosofia (philos: amor; sofia: conhecimento, sabedoria) e criaram a tragédia e a comédia, que eram apresentadas no teatro (Theatai ou Theátron: “lugar de onde se vê”. Mais tarde, essa expressão, teatro, passaria a designar não apenas um local, mas o próprio espetáculo, bem como a sua linguagem específica). As artes da representação evoluíram a partir de rituais em homenagem ao deus Dioniso, que teria ensinado a humanidade a cultivar uvas e a fazer o vinho, e se tornaram uma das principais formas de educar os espíritos e sensibilizar os cidadãos da Grécia. Os gregos construíram então os primeiros teatros, imensos auditórios ao ar livre, com capacidade para milhares de pessoas. Um deles, que continua de pé, é o de Epidauro, no Peloponeso. Construído no século IV a.C., tem lugar para 14 mil pessoas, que, nos dias de espetáculo, se acomodam em bancos de pedra abrindo-se em leque como os bordos de uma taça, à volta de um espaço circular. Até hoje, durante o verão, nesse local são apresentadas peças dos “pais” do teatro ocidental: Ésquilo (525-456 a.C.), Sófocles (496-406 a.C.), Eurípedes (480-406 a.C.), autores de tragédias como Prometeu Acorrentado, Édipo Rei ou As Bacantes; e Aristófanes (445-386 a.C.), autor de comédias como As Rãs.

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Ainda hoje, as tragédias de Ésquilo, Sófocles e Eurípedes nos comovem, ao mostrarem a fragilidade humana diante do destino. Somos tocados por histórias que se perdem no tempo, como a do Rei Édipo, que matou Laio, sem saber que era seu pai, e casou-se com Jocasta, sem saber que era sua mãe. (Há alguns anos essa tragédia foi recontada em novela da Globo de grande sucesso.) As comédias de Aristófanes também não perderam a graça – como Lisístrata, onde as mulheres espartanas fazem uma greve de sexo para convencer seus homens a não fazer guerra e sim amor. Hoje, no entanto, vamos ao teatro com uma atitude muito diferente da dos antigos gregos. Naquele tempo, os festivais de teatro aconteciam uma vez por ano e duravam o dia inteiro. As pessoas saíam de casa de manhã, com seus alimentos, e só voltavam à noite. O teatro era visto, naquela época, como uma celebração de caráter cívico e religioso. Ao assistirem a uma tragédia, as pessoas se identificavam com a representação do sofrimento humano, mostrada por meio da dança e do canto, com atores que usavam máscaras (máscara é persona em grego; daí vêm as palavras personalidade e personagem). Depois dessa vivência, todos saíam do teatro purificados: haviam feito uma verdadeira catarse ou limpeza (do grego khatarsis) em seus espíritos,

Isto revela que o teatro também era um instrumento político. Os governantes do período estimulavam as atividades artísticas, porque por meio delas era possível divulgar determinado tipo de memória histórica que interessava ao Estado.

o que vem sendo questionado e entendido também como uma forma de esvaziar a rebeldia e submeter o homem ao poder. Vale lembrar aqui que, depois da tragédia, era sempre apresentada uma comédia para contrabalançar.

Ao longo dos tempos, a linguagem teatral foi utilizada de formas bem diferentes. Pelos governantes, para difundir a sua visão de mundo; pelos que se opõem a governos injustos, para denunciar o presente e anunciar o futuro; pela Igreja Católica, em especial na época dos Descobrimentos, para catequizar os não-cristãos e convencê-los de que suas crenças eram “coisas do demônio”. Mas, para os artistas comprometidos com “o sentido da existência”, o teatro é uma forma de multiplicar alegrias, de fazer refletir e pensar criticamente, de elevar e unir as pessoas em busca de um fim comum.

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NO BRASIL Em nosso país, o teatro começou como catequese. O padre José de Anchieta (1534-1597) foi o primeiro a encenar peças de teatro em solo brasileiro – os Autos, uma modalidade de teatro de tema sempre religioso. Em nome da moral cristã, os Autos de Anchieta condenavam os costumes dos índios e seus modos próprios de reverenciar o sagrado. Depois desse teatro religioso do século XVI, há um vazio de séculos. Para Sábato Magaldi, só depois da Independência, em 1822, o País começaria a moldar o seu teatro.

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Em seu livro Panorama do Teatro Brasileiro, que faz parte do acervo distribuído pelo MEC às escolas, Magaldi discorre sobre alguns autores que marcaram época, e sobre os quais você pode pesquisar mais tarde, se quiser. No século XIX, destacam-se Gonçalves de Magalhães (1811-1882) que, em 1838, escreveu Antônio José ou o Poeta e a Inquisição, “a primeira tragédia escrita por um brasileiro e com assunto nacional”, e Martins Pena (1815-1848), autor de vinte comédias e de seis dramas. Além disso, autores de romances, contos e novelas, como José de Alencar ou Machado de Assis, e poetas, como Gonçalves Dias, também escreveram para teatro. O século XX revelou uma safra expressiva de autores de teatro, com estilos e temas variados: Oswald de Andrade (O Rei da Vela), Ariano Suassuna (O Auto da Compadecida), Nelson Rodrigues (Bonitinha, mas Ordinária), Plínio Marcos (Navalha na Carne), Gianfrancesco Guarnieri (Eles não Usam Black-tie), Chico Buarque (Gota d’Água), Dias Gomes (O Bem-Amado), entre outros. Isso sem mencionar os que se dedicaram especificamente ao teatro infantil, como foi o caso de Maria Clara Machado com sua obra ímpar, só para lembrar a contribuição talvez mais significativa voltada para esse público.

NA ESCOLA As atividades teatrais desenvolvidas na escola educam a todos que as praticam, possibilitando o exercício da imaginação, da descoberta e da invenção, bem como a expressão de sentimentos e emoções. As artes do representar contribuem para que os envolvidos cresçam em autoestima e passem a compreender melhor que as pessoas têm valores diferentes, que a mesma situação tem um significado diverso para pessoas diferentes – e que aceitar esta diversidade nos enriquece. A prática teatral amplia e aprimora o diálogo, contribuindo para que os indivíduos, as relações entre eles e a escola como um todo se aperfeiçoem.

Os chamados contos da carochinha como O Gato de Botas, O Pequeno Polegar, João e Maria, Dona Baratinha e tantos outros são histórias excelentes que podem ser adaptadas e levadas ao teatro.

JOGANDO E APRENDENDO A FAZER TEATRO O QUE JOGO TEM A VER COM TEATRO? A palavra de origem latina jogo (jocu) tem, entre outros significados, os de atividade física ou mental organizada por um sistema de regras, brinquedo, passatempo, divertimento. Os termos brincar e brincadeira estão relacionados a uma (pre)disposição ao divertimento e ao passatempo que, por sua própria natureza, se caracteriza pela ausência de obrigatoriedade. Assim, seja de bola, de xadrez ou de teatro, todo jogo tem, em comum, o fato de obedecer a regras e de ser divertido, de causar prazer e poder envolver várias pessoas (embora seja possível jogar sozinho, fica melhor acompanhado...).

Todo jogo precisa de: • jogadores – pessoas dispostas a brincar e a criar/conhecer... • regras – informações básicas de que os jogadores necessitam para, em conjunto, atingir os objetivos propostos. • espaços e tempos bem definidos. Quem joga está sempre aprendendo: a raciocinar, a tomar decisões, a colaborar, a reconhecer e a lidar com seus sentimentos e os dos outros. O jogo de teatro é mais uma demonstração de que aprender pode ser prazeroso e divertido e é possível aprender jogando (brincando).

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SUGESTÕES DE JOGOS E DE ATIVIDADES DRAMÁTICAS Vamos apresentar agora cinco tipos de jogos que você pode organizar, envolvendo crianças, jovens e adultos da escola e da comunidade:

é importante a todo o momento solicitar que os participantes troquem de parceiro, para evitar as chamadas “panelinhas”.

• jogos de integração, que desenvolvem a capacidade de trabalhar em conjunto;

• Preparar-se: Separe com antecedência o material necessário para cada atividade, como fitas cassete ou CDs com músicas de gêneros e ritmos variados. Elas serão usadas em muitas atividades.

• jogos de percepção, que melhoram a capacidade de observar o mundo que nos cerca; • jogos de expressão, que contribuem para que as pessoas se movimentem com mais liberdade e criatividade; • jogos de imaginação, que ampliam o dom de criar e de resolver problemas; • jogos teatrais ou dramáticos, onde os participantes se exercitam em criar personagens. Como você verá, esses jogos, além de tudo, facilitam a troca de experiências e ajudam a resgatar os conhecimentos e experiências da turma. Mas alguns cuidados são necessários para que tudo corra bem: • Adaptar: Adapte as nossas sugestões à faixa etária, às características e aos interesses do grupo com o qual estiver trabalhando. • Respeitar: “Nunca, jamais” force um participante a realizar uma atividade se ele não se sentir capaz ou preparado.

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• Incentivar a participação das pessoas mais tímidas, mostrando o quanto é importante, para sua vida, tentar superar seus limites. No caso de alunos da escola, converse com seus professores ou especialistas da escola. • Evitar comparações e julgamentos de certo e errado. • Facilitar a comunicação: Em atividades que não envolvem o grupo inteiro,

• Refletir e aprender na roda: Procure iniciar e terminar as atividades desenvolvidas com o grupo formando uma roda. A roda é uma forma “natural”, espontânea, coletiva e social de os indivíduos se relacionarem de igual para igual. No início, discuta e combine com os participantes quais são os objetivos do encontro; ao final, todos devem avaliar se os objetivos foram atingidos. Ao finalizar uma atividade qualquer, forme sempre a roda e peça para cada participante compartilhar com os demais o que sentiu ao fazê-la, as reações que observou em si mesmo e nos outros, e o que aprendeu com ela. É o momento de discutir valores e atitudes como cooperação x competição, preconceito x tolerância, confiança x desconfiança.

JOGOS DE INTEGRAÇÃO Objetivos: Marcar a identidade dos participantes; fazer com que cada um se sinta parte do grupo e em pé de igualdade com todos.

Atenção Estes primeiros jogos são realizados com todos os integrantes. Evite a divisão em mais de 2 subgrupos e a presença de espectadores.

Atividades: Torce-torce • Forme uma roda com todos os integrantes de mãos dadas e diga que não podem soltá-las enquanto durar o jogo. • Peça a um dos participantes para soltar uma de suas mãos e conduzir os companheiros, passando por sob as mãos dos demais. • Quando o grupo estiver “embolado” e não for mais possível continuar, outro participante, com a mão solta, deverá, sem que os outros percam o vínculo das mãos, “libertá-los” da confusão.

Mudar de posição, sem perder a mão • Inicie com os participantes em roda, sem soltarem as mãos. • Peça sugestões sobre de que modo os participantes, que estão de frente uns para os outros, podem ficar de costas para o centro da roda. • Estimule o grupo a experimentar todas as sugestões feitas pelos participantes. Pensar nessas alternativas é utilizar o “pensamento divergente”: usar a imaginação e buscar respostas diferentes daquelas mais tradicionais para a resolução de determinado problema.

Dica O modo mais fácil de soltar os “nós” formados durante o jogo é fazer com que o jogador, com as mãos em posição diferente da inicial, dê uma volta sobre seu próprio corpo, fazendo com que todos aqueles que estiverem a sua esquerda ou a sua direita passem por sob seu braço na mesma direção em que ele se virará.

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Apresentação exagerada • Em roda, peça que cada participante diga seu nome.

Um corpo para muitas cabeças • Com os participantes em roda, sugira um tema para que eles o representem com seus corpos, sem soltarem as mãos: por exemplo: “sejam” uma lata de sardinha. • O conjunto agora deverá mostrar o seu “novo corpo coletivo” em forma de lata de sardinha e “congelar” na posição até que você lance um novo desafio, como: ser uma piscina, um copo com um canudinho dentro, uma travessa com salada de frutas, uma xícara sobre um pires, um vaso de cacto. • Divida a turma em dois subgrupos. Distribua pedaços de barbante que vão ligar os participantes mão a mão. Sem romper a corrente, peça que formem juntos coisas como: árvore de natal, um carrossel de parque de diversão, uma máquina qualquer, uma caixinha de música etc. • Cada grupo poderá observar as soluções do outro.

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• Depois de todos se apresentarem pela primeira vez, devem fazêlo acompanhando o nome com um gesto feito com os braços.. • Em seguida, vá dando novos comandos: a apresentação será feita utilizando as pernas; deslocando-se no espaço; fazendo um gesto expressivo, com determinada intenção; dizendo o nome no diminutivo com um “gesto pequeno”; dizendo o nome no aumentativo com um “gesto grande”. • Peça a todos que repitam o nome, com o gesto e a mesma intenção e tom de voz utilizados por você. • Escolha outro participante para atuar como o líder que todos devem imitar (chamamos a essa pessoa de pivô); este, por sua vez, indicará o seguinte e assim por diante.

Perdidos no espaço • Peça aos participantes, em roda, que “marquem” na memória seu lugar (em relação aos objetos do espaço onde estão). • Você, que também está na roda, vai olhar para um participante, sair de seu lugar e se deslocar em direção a ele. • Quando você estiver chegando perto desse participante, ele sairá do lugar e se deslocará em direção a outra pessoa, que agirá da mesma forma, e assim por diante... • Quando perceber que o jogo está próximo de se desgastar, peça para que todos “congelem” e fechem os olhos. • Dê um tempo, contando, por exemplo, de um a dez, para que as pessoas tentem retornar, de olhos fechados, a seus lugares originais na roda.

JOGOS

DE PERCEPÇÃO/OBSERVAÇÃO

Objetivos: Aguçar a capacidade de observar o cotidiano, para ampliar o diálogo com a realidade; oferecer oportunidades para que os participantes conheçam melhor a si mesmos e aos outros.

Atividades: Olhar e ver, ver sem olhar • Dê um tempo para que os participantes observem bem o espaço em que se encontram. • Peça que as pessoas fechem os olhos. • Faça perguntas sobre objetos e detalhes do local onde estão. Se é uma sala, pergunte, por exemplo, quantas janelas tem, a cor da parede, se há alguma coisa escrita na lousa etc. • Se várias perguntas não forem respondidas, aproveite para, no final, enfatizar a importância de aprender a observar detalhes, às vezes vitais, para manter a capacidade de concentração ou, como se diz em teatro, o foco.

De olho no outro • Os participantes devem formar duplas e se observar. • Peça que, nas duplas, fiquem de costas um para o outro.

• Cada membro da dupla descreverá, com o máximo de detalhes que conseguir, como seu parceiro está vestido.

• Dê um rápido tempo para a observação e solicite àqueles que saíram que fiquem de costas para os companheiros.

Obs.: Caso se trabalhe com turma uniformizada, pode-se pedir que a descrição atenha-se fundamentalmente a detalhes como calçado, pulseiras, modo como o cabelo está arrumado.

• Indague, de um por um, as mudanças percebidas. Muitos jogadores não conseguirão dizer nada, tendo em vista que não haviam observado seus parceiros; outros falarão de mudanças não ocorridas; outros, ainda, poderão fazer referência a detalhes de dias anteriores.

Você está tão mudado! • Divida os participantes em duas grandes colunas, uns de frente para os outros. • Solicite que os jogadores observem atentamente o parceiro que se encontra a sua frente. • Peça que uma das colunas se retire da sala por algum tempo e oriente os jogadores que ficaram na sala para que mudem alguns detalhes em si. Podem, por exemplo, dobrar a manga da blusa ou a camiseta, trocar de relógio com outra pessoa, tirar ou colocar para dentro a blusa ou a camiseta etc.

• Dando seqüência ao jogo, sai o grupo que permaneceu. Para os que ficaram, o coordenador solicita que nada seja modificado ou para que um mesmo e idêntico detalhe seja alterado por todos.

• Feitas as mudanças, o grupo que saiu retorna à sala e, a uma ordem do coordenador, cada participante, sem falar nada, observa o companheiro à frente tentando perceber as mudanças ocorridas.

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Desaparecimentos • Peça que os membros do grupo andem pelo espaço e parem depois de um curto tempo. • Solicite que os participantes, de olhos fechados, cumpram alguns comandos seus, como, por exemplo: dar meia volta para qualquer lado, dar dois passos para a frente, dar meia volta, dar três passos laterais para a direita... • Diga que dará um suave toque nas costas de um dos participantes e este, sem abrir os olhos nem fazer barulho com os pés e sem encostar em ninguém, deverá sair do espaço e esperar, fora da sala. • O coordenador pode solicitar que os jogadores abram os olhos e estes, depois de observar o conjunto, digam o nome do companheiro que saiu. O jogo deve continuar por algum tempo. Você pode aumentar a quantidade dos que saem, tocando no ombro de mais pessoas.

JOGOS DE EXPRESSÃO Objetivos: Aumentar a percepção e a consciência do corpo como instrumento de comunicação e expressão; buscar transmitir sentimentos por meio da dança espontânea; desenvolver a sensibilidade para perceber e interpretar sentimentos.

Atenção! Evite:  as danças marcadas por conjuntos da moda;  os comportamentos “definidos” como típicos: do macho, da menininha, do idoso, da loura etc.;  os gestos repetitivos e pouco criativos dos astros cômicos.

Atividades: O hipnotizador dançarino • As pessoas devem formar trios. Com um gravador ou CD player, você vai garantir que músicas de ritmos diferentes estejam disponíveis. • Em cada trio haverá um participante que será o “hipnotizador”. • Ao ritmo da música, o “hipnotizador” de cada trio

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irá movimentar-se, “desprendendo” os braços do corpo para acompanhar a música. • Os dois outros membros do trio olham para uma das palmas da mão do “hipnotizador” e vão seguindo/acompanhando os seus movimentos, sem perderem o foco. • Embalado por trechos de músicas diferentes que você irá tocando, o “hipnotizador” conduz seus dois companheiros pelo espaço de trabalho, dançando e levando seus “hipnotizados” à dança. • Depois de um tempo, peça que o “hipnotizador” troque de lugar com um dos hipnotizados, até que todos tenham passado pelas duas experiências, de condutor e conduzido. • Para finalizar o jogo, e ao som de uma música mais agitada como, por exemplo, Brasileirinho, de Valdir Azevedo, peça a cada participante que pense em dois hipnotizados imaginários, levando-os a dançar. Esse jogo foi criado pelo teórico e dramaturgo Augusto Boal.

JOGOS DE IMAGINAÇÃO Objetivos: A partir de uma situação-problema, estruturar e modificar, dentre uma série de alternativas, qual melhor se amolda ao momento vivido; exercitar a capacidade imaginativa, procurando superar as dicotomias (diferenças) entre sentir e pensar, pensar e fazer.

Sombra • Iniciando com duplas e ampliando para trios, quartetos..., um dos participantes fica à frente e de costas para os demais, que deverão segui-lo corporalmente por onde quer que ele vá. • Depois de determinado tempo, e seguindo a sua orientação, os que estão “conduzindo” os grupos vão para trás da fila e um novo “dançarino” reinicia o movimento.

Jogando bola sem bola • Prepare uma fita com ritmos diferentes e peça que os jogadores, ligados aos sons musicais, pratiquem diferentes modalidades esportivas: peteca, pingue-pongue, embaixadas, vôlei, prancha de surfe, bambolê, capoeira etc. • O jogo pode ser feito em duplas, trios, quartetos..., e é excelente como atividade de aquecimento para iniciar os trabalhos com a atividade teatral.

Atividades: Objeto mágico Com o grupo sentado em roda, selecione algum objeto – por exemplo, dois copinhos descartáveis de café – e peça que, sem repetir o gesto do outro, cada participante demonstre, com mímica, em que esses dois objetos podem ser transformados, mudando sua função original. Os dois copos podem ser transformados em par de brincos, binóculos, um ovo sendo quebrado, um aparelho de telefone etc.

Cenas congeladas Esta atividade é recomendada e largamente utilizada em teatro, pois amplia a capacidade de percepção e utilização do espaço cênico. É também um ótimo recurso para discutir certos temas, como diferentes formas de preconceito e autoritarismo, contradições entre a teoria e a prática. Toda vez que atores montam uma cena “congelada”, ou

seja, em que eles não se movem, mas representam uma ação como se estivessem em uma fotografia, usa-se a expressão montar um tablô (tableau é uma palavra francesa que significa quadro). Divida a turma em grupos com um determinado tempo para combinar a montagem dos tablôs, para serem apresentados. Algumas sugestões: • Criar cenas a partir de reproduções de obras de artistas plásticos, fotografias de família, recortes de revista. • Criar cenas do cotidiano, desde as mais simples até aquelas mais “complexas”, como aniversários, casamentos, discussões entre pais e filhos, velar um morto. • Outros temas: academia de ginástica, salão de beleza, laboratório, hospital, hospício, show de música, loja de brinquedos, quadra de esportes etc. Aqui, um subgrupo monta e a turma tenta descobrir o tema dado. • Criar cenas com versos de músicas, por exemplo, “caminhando contra o vento, sem lenço sem documento”, “para sempre é sempre por um triz”, “reparando bem, todo mundo tem pereba”, “Sou o boneco de mestre Vitalino”, “Os devotos do Divino vão abrir sua morada, pra

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bandeira do Divino ser bemvinda, ser lembrada”. • Depois de a cena estar congelada, dê um tempo para que os participantes e observadores discutam as idéias e sentimentos que expressaram ou captaram.

O jogo dramático ou jogo teatral Objetivos: Brincando, aprender a personificar, criando e construindo personagens; trabalhar e aprimorar o fluxo de linguagem e das capacidades imaginativas; harmonizar e acelerar o trabalho expressivo, no nível intelectual, emocional e físico; adequar as intenções intelectuais ao gesto apresentado, que representa a materialidade da vontade; liberar a espontaneidade, desmistificando o “não ser capaz”, “não se sentir seguro para”. Esta primeira etapa com o trabalho de representação é decorrente do processo anterior: prática e vivência com jogos e seu desenvolvimento evoluindo para a improvisação.

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Atividades: Quem sou? Onde estou? O que fazer? • Divida o grupão em pequenos grupos, para não se perderem os objetivos, o foco e a intenção. • Proponha que cada grupo monte cenas curtas, de no máximo 3 minutos, sem falar e sem utilizar quaisquer ruídos ou objetos reais – recorrendo apenas à mímica. • Eis algumas sugestões de temas para essas cenas. Eles focalizam as três dimensões de uma ação dramática: Quem (as personagens), O que (a ação propriamente dita), Onde (o local onde se passa a ação): QUEM? Por exemplo: pessoas estrangeiras pedindo informação a alguém; feridos chegando a um hospital; cozinheiros preparando um doce especial; pessoas se arrumando para um casamento, desfile, festa etc. Enfim, nessa proposta, o importante é deixar clara a personagem.

O QUÊ? Por exemplo, um jogador, no centro da roda, começa a praticar uma ação qualquer. O primeiro que entender a ação deve entrar no centro da roda e relacionar-se com ele, praticando a mesma ação ou outra relacionada à primeira. Ou: alguém ajudando o outro que carrega um pacote pesado; alguém que começa a falar com outro ao telefone; alguém que vai pular corda com outro; alguém que dança junto etc. ONDE? Priorizando os espaços em que as ações devem acontecer. Por exemplo: num hospital, numa linha de produção de fábrica, num estúdio fotográfico, numa sala de aula tradicional, numa fila de banco etc. Desse modo, as ações decorrem do espaço determinado.

O tempo de duração desses jogos de improvisação pode variar de acordo com a faixa etária com a qual se trabalhe e com o tempo de que se disponha.

“O que você quer dizer com isso?” • Selecione frases curtas, por exemplo: “amo você”, “sofro mais do que você”, “ninguém gosta de mim”, “estou tão feliz que parece que vou explodir” etc. e disponha o grupo em roda. • Peça a cada participante para dizer a mesma frase a partir de intenções e expressões diferentes e ainda não apresentadas por outros jogadores. As intenções e expressões podem ser: com medo, apaixonado, assustado, com ódio, com inveja, fofocando, como caipira, como bêbado, como político demagogo... • Depois de os jogadores dizerem e experimentarem várias intenções, solicite que as pessoas formem duplas, ainda em roda. • A partir de pares não combinados, o primeiro jogador dirá determinada frase a outro, e este, apreendendo a intenção do primeiro, repetirá a mesma frase com uma intenção oposta. A dinâmica deve ser desenvolvida em roda. O primeiro jogador sai de seu lugar e se dirige para aquele a quem dirá a frase.

Cena interrompida • Com o grupão em círculo, todos sentados, peça a dois participantes que se levantem, se posicionem no meio da roda e comecem uma ação qualquer utilizando-se da oralidade, ou seja, acompanhando as ações de palavras. • Depois de algum tempo, qualquer outro participante pode interromper a improvisação batendo palma. Ao som da palma, os jogadores no centro da roda “congelam” e esperam que aquele que interrompeu escolha com quem vai continuar ou mudar a improvisação. Nova improvisação começa, sendo interrompida sempre do mesmo modo. • Lembre à turma que quem está sentado na roda não pode falar nada. A fala só pode ser apresentada na improvisação.

Tipos esquisitos Depois de trabalhar bastante os jogos anteriores – que devem ser retomados sempre que se sentir a turma meio presa ou querendo discutir demais sem experimentar –, você pode propor a apresentação de rápidos diálogos básicos em duplas. Prepare fichas com um diálogo expressivo, como a seguir. As fichas serão reproduzidas e distribuídas às duplas:

A – Olha! B – Olhar o quê? A – Olha lá. Ali. B – O quê?... Não vejo nada. A – Lá, olhe bem! B – Onde?! A – Mas que coisa! Ali! B – Lá? A – Não. Ali. B – Ah!!! A – Viu? B – O quê? A – Quem é aquele? B – Aquele? Não sei... A – Ele não veio com você? B – Comigo? Não! A – Pensei que fosse seu parente. B – Não! A – Ainda bem... B – Isso é... Mas por quê? A – Não sei... • Prepare outras fichas, cada uma com a indicação de tipos diferentes, como dois velhos, dois robôs, duas fadinhas, dois caipiras, dois ladrões, duas beatas, dois machões etc. Entregue uma das fichas a cada dupla (os outros não ficarão sabendo que tipo será representado). • Determine um tempo curto para as duplas prepararem a cena, apresentando-a para toda a turma, que deverá tentar descobrir as personagens. • Com crianças muito pequenas, você pode dizer ao ouvido os tipos ou preparar fichas com os tipos desenhados ou, mesmo, partindo de recortes de revistas.

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MONTANDO UM ESPETÁCULO DE TEATRO NA ESCOLA Fazer teatro na escola, além de ser um aprendizado coletivo, representa uma aventura desafiante e fascinante. Afinal, praticar a Arte da Representação é exercitarse também nas Artes da Luz, do Som e do Povo. Agregando professores, alunos, profissionais da Educação, comunidade e voluntários, a partir de um projeto amparado em uma necessidade comum, a aventura teatral deve ser desenvolvida em algumas etapas distintas ou processos de trabalho, que se articulam e se completam. Essas etapas, ainda que de maneira esquemática, podem ser assim resumidas:

Formação do grupo

Escolha do texto

Convide os interessados a participar, por meio de cartazes, anúncios nas salas de aula e em espaços comunitários. Quando as pessoas se apresentarem, integre os participantes e ofereça possibilidades para que desenvolvam sua capacidade de observação, por meio dos jogos dramáticos que sugerimos no item anterior.

O texto a ser apresentado pode ser de algum escritor consagrado (como os sugeridos no item anterior) ou pode ser escrito pelo próprio grupo, a partir de improvisações como as descritas neste caderno. A escolha/criação do texto deve levar em conta o público a quem o espetáculo prioritariamente se destina e os valores estéticos, educacionais e sociais que o grupo quer debater. Você pode ter acesso a muitos textos de teatro, por meio da revista Teatro da Juventude, editada e distribuída gratuitamente pela Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo. Já foram publicados 34 números, contendo em cada um deles, normalmente, três obras de autores brasileiros, entre infantis, juvenis e adultas. Endereço para solicitação da revista: Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo Revista Teatro da Juventude Rua Mauá, 53 – 3o andar 01028-900 – São Paulo – SP

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Ensaio A formação ou preparação do grupo é a primeira parte do processo de ensaio. Por meio de atividades como as sugeridas no item Jogando e Aprendendo a Fazer Teatro, cada participante aprende a conhecer melhor a si mesmo e a seus companheiros, à medida que todos têm dificuldades e necessidades semelhantes.

A segunda etapa, de duração variada, acontece a partir da escolha de determinado texto, que se pretende apresentar ao público, e da personagem mais adequada a cada um. Agora o foco é apoiar cada participante para que ele consiga construir bem a personagem que lhe cabe na peça. Você deverá orientar o grupo nas seguintes atividades: • leitura e análise do texto, observando com cuidado os conflitos entre as personagens e suas características físicas e psicológicas; • memorização do texto, lembrando que é importante que o participante tenha consciência dos significados das falas e do texto como um todo;

possa ser o melhor possível. Desse modo, se de determinada cena participarem, por exemplo, dez atores, você irá assistir à mesma cena dez vezes, priorizando, em cada uma delas, um dos participantes; • ensaio de afinação ou ensaio corrido – processo em que todos os acertos se fazem: interpretações, adereços de cena, inclusão de trilha musical, maquiagem, luz... Trata-se do processo final para que o espetáculo tenha ritmo.

• ensaios de marcação, evidenciando como as personagens praticam ações no espaço de representação, relacionando-se umas com as outras e com os objetos de cena; • ensaios um a um – você observará um participante de cada vez, fazendo os comentários necessários para que o trabalho dele

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Criação do figurino e dos cenários

Divulgação do espetáculo

Enquanto acontece a segunda etapa dos ensaios, é preciso ir criando os figurinos, ou seja, as roupas (que podem ser emprestadas, adaptadas ou confeccionadas) e adereços (chapéus, enfeites, objetos) que serão usados – e também o cenário.

O material de divulgação do espetáculo junto às pessoas da escola e da comunidade – convites, cartazes, programas – pode ser preparado por outros alunos e voluntários não participantes do espetáculo. Envolva nessa atividade as pessoas que gostam de expressar-se por escrito (Veja caderno Artes da Palavra).

• O cenário e os adereços podem ser criados com a ajuda de pessoas que gostem de artes visuais ou de artesanato (Veja cadernos Artes da Luz ou Artes do Povo). O cenário deve ser seguro e nunca colocar em perigo o ator; ter funcionalidade e não atrapalhar a movimentação dos atores. Deve-se evitar ao máximo interromper o espetáculo para trocas de cenário.

Apresentação do espetáculo É o momento-festa em que o conjunto de criadores se confronta com o público: hora de celebração, de tensão, de ansiedade e de muito prazer.

Debate

• Importante: a criação de cenário e adereços deve levar em conta as características do local onde o espetáculo será apresentado: o auditório ou teatro da escola, ou o pátio, a quadra de esportes, uma sala de aula, a fachada da escola, a rua em que fica o prédio escolar, uma praça vizinha à escola.

O exercício democrático exigido por um trabalho teatral conseqüente, em suas diferentes etapas até o espetáculo, atinge sua natureza específica quando o público é chamado a participar, na condição de debatedor e companheiro do processo. Sendo sua função social, educativa e artística, o espetáculo enriquece todos os sujeitos do processo.

• A luz, a maquiagem, a trilha sonora (Veja caderno As Artes do Som), as projeções de slides... não são essenciais, mas podem fazer parte do espetáculo.

16A

ARTE

É

Amigos da Escola: por dentro do teatro e por dentro da vida

DE

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

A ARTE É DE TODOS

HUIZINGA, Joan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. São Paulo: Perspectiva, 1971. [Livro republicado, em 4a ed., em 1993.]

AMIGOS

LEFEBVRE, Henri. O teatro épico de Brecht como crítica da vida cotidiana, In: Teatro e vanguarda. Lisboa: Presença, 1970.

DA

E SCOLA

Realização

Um projeto Rede Globo Diretoria de Projetos Sociais Central Globo de Comunicação

MAGALDI, Sábato. Panorama do teatro brasileiro. São Paulo: Global. 1977. SPOLIN, Viola. Improvisação para o teatro. São Paulo: Perspectiva, 1987. p. 6.

Elaboração

Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária Direção-presidência

Maria Alice Setubal

Coordenação Geral

Maria do Carmo Brant de Carvalho

Coordenação Técnica

Isa Maria F. R. Guará

Coordenação de Projeto

Alice Lanalice

Comitê Editorial

Jorge Miguel Marinho Sônia Madi

Consultoria em Cultura Popular

Alberto T. Ikeda

Consultoria Pedagógica e Edição

Madza Ednir (CECIP – Centro de Criação de Imagem Popular,RJ)

Textos Originais Com vocês: As Artes Artes da palavra Artes da luz Artes do som Artes da representação Artes do festejar e brincar Artes do povo

Sônia Madi Jorge Miguel Marinho Maria Terezinha T. Guerra Marisa Trench O. Fonterrada Alexandre Luiz Mate Iveta Maria B. Á. Fernandes Tônia B. Frochtengarten

Revisão

Sandra Aparecida Miguel

Edição de Arte

Eva P. de Arruda Câmara José Ramos Néto Camilo de Arruda C. Ramos

Ilustração

Michele Iacocca

CENPEC Rua Dante Carraro, 68 Pinheiros 05422-060 São Paulo SP Fax: 11 3816 0666 e-mail: [email protected] http: //www.cenpec.org.br

Realização

Apoio

Filatelia e Apoio Técnico

Material desenvolvido pelo CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM EDUCAÇÃO CULTURA E AÇÃO COMUNITÁRIA

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