APOSTILA FREUD 1

December 23, 2022 | Author: Anonymous | Category: N/A
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TEORIA PSICANALÍTICA FREUDIANA I Obra e aparelho Psíquico

 

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Não deixe o imporane virar . urgene. Não desa vez! JOUBER BRASIL 6

JOUBER BRASIL: Teólogo, Cientista religioso, Psicanalista clínico, Master em Hipnose clínica e PNL,  Coa oac chin hing de Alta Alta Perfo erform rman anc ce, Ana nali lis sta Comportamental. Especialista Especialista em gestão, supervisão e orientação educacional

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TEORIA FREUDIANA I

 

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PSICANALÍTICA

 

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LUCIANA ALMEIDA  PSICANALISTA CLÍNICO Doutora Honoris Causa em Psicopedagogia e Educação;  Especialização em Psicopedagogia Institucional e Clínica com ênfase na Leitura do Desenho Infantil;  



      

 

Professora -Pedagoga há 27 anos na Secretaria do Estado de Educação do Distrito Federal – SEEDF, Pedagoga da EEAA (Equipe Especializada de Apoio à aprendizagem) que tem como foco o diagnóstico, atendimento e acompanhamento direto, junto ao professor e família do aluno com necessidades Especiais e 15 anos como professora regência em Anos Iniciais e Educação Especial; Graduada em Pedagogia e História Cursando Teologia Ministrante do curso Interpretação do Desenho infantil; Terapeuta Floral de Bach; Hipnoterapeuta; Programadora Neurolinguística;   Esp Especi eciali alidad dades es em in inter terpre pretaç tação ão de son sonhos hos,, ca caixa ixa de are areia ia,, den dentre tre outros...

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OBJETIVO: Conhecer a estrutura da obra de Freud e compreender os conc co ncei eito toss e proc proces esso soss que que comp compõe õem m a meta metaps psic icol olog ogia ia de Freu Freud, d, part pa rtic icul ular arme ment nte e os volt voltad ados os para para o que que fifico cou u conh conhec ecid ido o como como a prim pr imei eira ra tópi tópica ca e que que darã darão o fund fundam amen ento to às desc descob ober erta tass que que se seguem.  

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SUMÁRIO INTRODUÇÃO..................................................................................................................................7 BIOGRAFIA.....................................................................................................................................15 BREUER E O CASO ANA O. .......................................................................................................19 6

DA HIPNOSE À ASSOCIAÇÃO LIVRE ......................................................................................19 A ESTRUTURA E O FUNCIONAMENTO DO PSIQUISMO ........ ............... .............. .....................................21 ..............................21 FUNCIONAMENTO DO APARELHO PSÍQUICO....... .............. ............... ............... .............. ....................................... .................................26 .26 PONTO DE VISTA DINÂMICO, TOPOGRÁFICO E ECONÔMICO ........................................26 1ª TÓPICA DE FREUD..................................................................................................................28 PRINCIPAIS MECANISMOS DE DEFESA.................................................................................36 OS TRÊS PRINCIPAIS DESTINOS DAS PULSÕES SEXUAIS:............................................40 RECALCAMENTO,SUBLIMAÇÃO E FANTASIA. ....................................................................40 CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................................................44 RESUMO BIOGRÁFICO...............................................................................................................45 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................................56

 

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INTRODUÇÃO

Paulo Endo e Edson Sousa em seu ensaio bibliográfico a respeito do escrito de Freud denominado “O Futuro da Ilusão”, realiza uma breve bre ve aprese apresenta ntação ção do trabal trabalho ho freudi freudiano ano com muita muita clarez clareza. a. Para Para 6

eles, Freud não é apenas o fundador: o pai da psicanálise, mas o criador de uma forma muito particular e inédita de produzir ciência e conhecimento. Freud foi quem reinventou o que se sabia sobre a alma (a psique psi que), ), simult simultane aneame amente nte,, desenv desenvolv olveu eu uma uma teoria teoria da mente mente e da cond co ndut uta a huma humana na,, e uma uma técn técnic ica a terap terapêu êutitica ca para para ajud ajudar ar pess pessoa oass afetadas psiquicamente, instaurando uma ruptura com toda a tradição do pensamento ocidental.  A partir da obra freudiana, o pensamento racional, consciente e cartesiano carte siano perde seu lugar lugar exclusi exclusivo vo e magníf magnífico. ico. A sua influênci influência aé não só inconteste, como não cessa de ampliar seu alcance. Seus estudos sobre a vida inconsciente, realizados ao longo de toda a sua vasta obra, são hoje referência obrigatória para a ciência, dialogando e influenciando as mais variadas áreas do saber, como a filosofia, as artes, a literatura, a teoria política e as neurociências. Em 1860, Jacob Freud, pai de Freud, comerciante de lãs, mudouse com a família para Viena, cidade onde Sigmund Freud residiria até quase o fim da vida, quando teria de se exilar em Londres, fugindo da perseguição nazista. De família pobre, formou-se em medicina em 1882. Devido a problemas financeiros, decidiu ingressar imediatamente na clínica médica em vez de se dedicar à pesquisa, uma de suas grand randes es paix paixõ ões. es. À medi edida que que se est estabel abelec eciia como omo médi médico co,,  

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impulsionava também seu romance com sua futura esposa Martha Berrnays. Freud e Martha Bernays casaram-se em 1886 e tiveram seis filhos: Mathilde, Martin, Oliver, Ernst, Sophie e Anna. Embora tenha herdado valores do judaísmo de sua formação familiar, Freud apresentava suas contradições a respeito das tradições e dos costumes religiosos; ao mesmo tempo, nunca deixou de se considerar um homem judeu. Em algumas ocasiões, atribuiu à sua orige rigem m judai udaicca o fat fato de resi resist stiir aos aos inúme úmeros ros ataqu taques es que que a psic ps ican anál ális ise e sofr sofreu eu desd desde e o iníc início io.. Freu Freud d apro aproxi xima mava va a host hostililid idad ade e sofrida pelo povo judeu ao longo da história às críticas virulentas e repetidas que a clínica e a teoria psicanalíticas receberam Nesse contexto surgiu a psicanálise afirmando que o inconsciente e a sexualidade eram campos inexplorados da alma humana, onde repous rep ousava ava todo todo um potenc potencial ial para para uma ciênci ciência a ainda ainda adormec adormecid ida. a. Freud assumia, assim, seu propósito de ir contra os princípios da época. Médico neurologista de formação, foi contra a própria medicina que qu e Freu Freud d prod produz uziu iu su sua a prim primei eira ra ruptu ruptura ra epis epistê têmi mica ca.. Is Isto to é: logo logo percebeu que as pacientes histéricas, afligidas por sintomas físicos sem causa aparente, eram, não raro, tratadas com indiferença médica e negligência no ambiente hospitalar. A histeria pedia, portanto, uma nova inteligibilidade, uma nova ciência.  A característica, muitas vezes espetacular, da sintomatologia das pacie acient ntes es hi hist stér ériica cass (mul (mulhe here res, s, porq porque ue se ach achava ava que que era um fenôm enômen eno o incl inclus usiivam vamente ente femi femini nino no)) de um lado ado e, de out outro, ro, a impotência do saber médico diante desse fenômeno impressionaram o  jovem neurologista.  

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As pacien pacientes tes histér histérica icass aprese apresenta ntavam vam parali paralisia sia de membro membros, s,

mutitism mu smo, o, dore dores, s, angú angúst stia ia,, conv convul ulsõ sões es,, cont contra ratu turas ras,, cegu ceguei eira ra etc. etc. desafi des afiava avam m a raciona racionalid lidade ade médica médica,, que não encont encontrava rava qualqu qualquer  er  explicação plausível para tais sintomas e sofrimentos. Freud então se debruçou sobre essas pacientes; porém, desde o princípio buscava as raízes psíquicas do sofrimento histérico e não a explicação neurofisiológica de tal sintomatologia. Procurava dar voz a tais pacientes e ouvir o que tinham a dizer, fazendo uso, o que futuramente seriam uma de suas técnicas curativas primor pri mordia diais: is: a cura pela fala, no início utilizou também da hipnose como técnica de cura. Em 1895, é publicado o artigo inaugural da psicanálise: Estudos sobre a histeria histeria.. O texto foi escrito com o médico Josef Breuer (18421925), o primeiro parceiro de pesquisa de Freud. Médico vienense respeitado e erudito, Breuer reconhecera em Freud um jovem brilhante e o ajudou durante anos, entre 1882 e 1885, inclusive financeiramente. Estudos sobre a histeria é o único material que escreveram juntos e já evidencia o distanciamento intelectual entre ambos. Enquanto Breuer permanecia convicto de que a neurofisiologia daria sustentação ao que ele e Freud já haviam observado na clínica da histeria, Freud, de outro modo, já estava claramente interessado na raiz sexual das psiconeuroses – caminho que perseguiu a partir do método clínico ao reconhecer em todo sintoma psíquico uma espécie de hieróglifo. Freud escreveu certa vez: “O paciente tem sempre razão. A doença não deve ser para ele um objeto de desprezo, mas ao contrário, um adversário respeitável, uma parte do seu ser que tem boas razões de existi tirr e que lhe deve permit itir ir obter  ensinamentos preciosos para o futuro.”   

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Em

1899,

Freud

estava

totalmente

envolvido

com

os

fundamentos da clínica e da teoria psicanalíticas. Não era suficiente postular a existência do inconsciente, já que muitos outros antes dele já haviam havia m se referido referido a esse aspecto desconhecido desconhecido e pouco frequentado frequentado do psiq psiqui uism smo o huma humano no.. Trat Tratav avaa-se se de expl explic icar ar seu seu di dina nami mism smo o e estabelecer as bases de uma clínica que tivesse o inconsciente como núcleo e buscar caminho de ter acesso ao o inconsciente. Em 1899 conclui e em 1900, publicou o que para muito é, o texto sonhos. mais importante da história da psicanálise: A interpretação dos sonhos. Vale ressaltar que essa edição, trazia a data de 1900, a intenção de Freud ao alterar a data de publicação era a de que esse trabalho figurasse como um dos mais importantes do século XX. De fato, A interpretação dos sonhos é hoje um dos mais relevantes r elevantes textos escritos no referido século. Nesse texto, Freud propõe uma teoria inovadora do aparelho psíquico, bem como os fundamentos da clínica psicanalítica, única capaz de revelar as formações, tramas e expressões do inconsciente, além da sintomatologia e do sofrimento que correspondem a essas dinâmicas. A interpretação dos sonhos re reve vela la,, port portan antto, uma uma investigação extensa e absolutamente inédita sobre o inconsciente. Tudo isso a partir da análise e do estudo dos sonhos, a manifestação psíquica inconsciente por excelência. Porém, seria preciso aguardar  um trabalho posterior para que fosse abordado o papel central da sexualidade na formação dos sintomas neuróticos. Nesse contexto Freud publica, em 1905, dos Três ensaios sobre a teoria da sexualidade sexualidade.. A apresentação plena das suas hipóteses fundamentais sobre o papel da sexualidade na gênese da neurose (já histeria) pôde, enfim, vir à luz, com notici not iciada adass nos Estudos sobre a histeria)  

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todo o vigor do pensamento freudiano e livre das amarras de sua herança médica e da aliança com Breuer.  A verdadeira descoberta de um método de trabalho capaz de expor o inconsciente, reconhecendo suas determinações e interferindo em seus efeitos, deu-se com o surgimento da clínica psicanalítica. A psicanálise se debruçava na auto investigação, buscando esclarecer as questões sobre o psiquismo profundo, tendo sido o próprio psiquismo o que ocultou do sujeito suas dores e sofrimentos. Por isso a clínica psicanalítica propõe-se como uma fala do sujeito endereçada à escuta de um outro: o psicanalista.  A partir de 1905, a clínica psicanalítica se consolidou rapidamente e se tornou conhecida em diversos países, despertando o interesse e a necessidade de traduzir os textos de Freud para outras línguas. Em 1910, a psicanálise já ultrapassara as fronteiras da Europa e começava a chegar a países distantes como Estados Unidos, Argentina e Brasil. Discípulos de outras partes do mundo se aproximavam da obra freudiana e do movimento psicanalítico. Desde muito cedo, Freud e alguns de seus seguidores reconheceram que a teoria psicanalítica tinh tinha a um al alca canc nce e capa capazz de ilum ilumin inar ar di dile lema mass de outr outras as área áreass do conhecimento além daqueles observados na clínica. Um dos primeiros textos fundamentais nesta direção foi Totem e tabu: alguns aspectos comuns entre a vida mental do homem  primitivo e a dos neuróticos, de 1913. Freud afirmou que Totem e

tabu era, ao lado de A interpretação dos sonhos, um dos textos mais importantes de sua obra e o considerou uma contribuição para o que ele chamou de psicologia dos povos. De fato, nos grandes textos sociais e políticos de Freud há indicações explícitas a Totem e tabu como sendo ponto de partida e fundamento de suas teses. É o  

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Psicol cologi ogia a das massas massas e anális análise e do eu (1 caso de Psi (192 921) 1),, O futuro de uma ilusão (1927), O mal mal-est -estar ar na cult cultur ura a (1930) e Moisés e o monoteísmo (1939). O período em que Freud escreveu Totem e tabu foi 6

especialmente conturbado, sobretudo porque estava sendo gestada a Primeira Guerra Mundial, que eclodiria em 1914 e duraria até 1918. Esse Es se epis episód ódio io hist histór óric ico o foi foi de deva vast stad ador or para para Freu Freud d e o movi movime ment nto o psicanalítico, esvaziando as fileiras dos pacientes que procuravam a psican psi canáli álise se e as dos própri próprios os psican psicanali alista stas. s. Impor Importan tantes tes discíp discípulo uloss freudianos como Karl Abraham e Sándor Ferenczi foram convocados para par a o front , e a atividade clínica de Freud foi praticamente paralisada, o que gerou dissabores extremos à sua família, devido à falta de recursos financeiros. Foi nesse período que Freud escreveu alguns dos textos mais importantes do que se costuma chamar a primeira fase da psicanálise (1895-1914). Esses trabalhos foram por ele intitulados de “textos sobre a metapsicologia”, ou textos sobre a teoria psicanalítica. Tais artigos, inicialmente previstos para perfazerem um conjunto de doze, eram parte de um projeto que deveria sintetizar as principais posições teóricas da ciência psicanalítica até então. Em apenas seis semanas Freud escreveu os cinco artigos que hoje conhecemos como uma espé spécie de apanhado denso, inovador e consistente de metapsicologia. São eles: “Pulsões e destinos da pulsão”, “O inconsciente”,

“O

recalque”,

“Luto

e

melancolia”

e

“Complemento

metapsicológico à doutrina dos sonhos”. O artigo “Para introduzir o narcisismo”, escrito em 1914, junta-se também a esse grupo de textos. Dos doze artigos previstos, cinco não foram publicados, apesar de  

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Freud tê-los concluído: ao que tudo indica, ele os destruiu. (Em 1983, a psic ps ican anal alis ista ta e pesq pesqui uisa sado dora ra Ilse Ilse Grub Grubri rich ch-S -Smi mititiss enco encont ntro rou u um manuscrito de Freud, com um bilhete anexado ao discípulo e amigo Sándor Ferenczi, em que identificava “Visão geral das neuroses de 6

transferência” como o 12º ensaio da série sobre metapsicologia. O artigo foi publicado em 1985 e é o sétimo e último texto de Freud sobre metapsicologia que chegou até nós.)  Após o final da Primeira Guerra e alguns anos depois de ter se esmerado em reapresentar a psicanálise em seus fundamentos, Freud publica, em 1920, um artigo avassalador intitulado  Além do princípio do prazer .  Texto revolucionário, admirável e ao mesmo tempo mal

aceito e mal digerido até hoje por muitos psicanalistas, desconfortáveis com a proposição de uma pulsão (ou impulso, conforme se preferiu na presente tradução) de morte autônoma e independente das pulsões de vida. Nesse artigo, Freud refaz os alicerces da teoria psicanalítica ao propor novos fundamentos para a teoria das pulsões.  A primeira teoria das pulsões apresentava duas energias psíquicas como sendo a base da dinâmica do psiquismo: as pulsões do eu e as pulsões de objeto. As pulsões do eu ocupam-se em dar ao eu proteção, guarida e satisfação das necessidades elementares (fome, sede, sobrevivência, proteção contra intempéries etc.), e as pulsões de objeto buscam a associação erótica e sexual com outrem.  Além do princípio do prazer , Freud avança no estudo dos Já em em Além movimentos psíquicos das pulsões. Mobilizado pelo tratamento dos neuróticos de guerra que povoavam as cidades europeias e por alguns de seus discípulos que, convocados, atenderam psicanaliticamente nas frentes de batalha, Freud reencontrou o estímulo para repensar a  

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própria natureza da repetição do sintoma neurótico em sua articulação com o trauma. Surge o conceito de pulsão de morte: uma energia que ataca o psiquismo e pode paralisar o trabalho do eu, mobilizando-o em direção 6

ao desejo de não mais desejar, que resultaria na morte psíquica. É provavelmente a primeira vez em que se postula no psiquismo uma tendência e uma força capazes de provocar a paralisia, a dor e a destruição. Uma das principais consequências dessa reviravolta é a segunda teoria pulsional, que pode ser reencontrada na nova teoria do aparelho psíq ps íqui uico co,, conh conhec ecid ida a como como segu segund nda a tópi tópica ca,, ou segu segund nda a teor teoria ia do apar ap arel elho ho psíq psíqui uico co (ego (ego,, id e supe supere rego go,, ou eu, eu, isso isso e supe supere reu) u),, apresentada no texto O eu e o id , publicado em 1923. Freud propõe uma instância psíquica denominada supereu. Essa instância, ao mesmo tempo em que possibilita uma aliança psíquica com a cultura, a civilização, os pactos sociais, as leis e as regras, é também responsável pela culpa, pelas frustrações e pelas exigências que o sujeito impõe a si mesmo, muitas delas inalcançáveis. Daí o malestar que que acompanha acompanha todo sujeito, sujeito, e que não não pode ser inteirame inteiramente nte superado. psicanálise, que seria Em 1938, 1938, foi redigido redigido o texto texto Esboço de psicanálise, public pub licado ado postum postumame amente nte em 1940. 1940. Freud Freud preten pretendia dia escrev escrever er uma grande síntese de sua doutrina, mas faleceu em setembro de 1939, antes de terminá-la. O Esboço permanece, então, conforme o próprio nome sugere, como uma espécie de inacabado testamento teórico freudiano, indicando a incompletude da própria teoria psicanalítica que, desde então, segue se modificando, se refazendo e se aprofundando.  

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O último grande texto de Freud, publicado em 1939, já nos últimos últi mos estági estágio o da sua sua doença doença que que o levaria levaria a morte, morte, é “Moisés “Moisés e o mono mo note teís ísmo mo”, ”, trab trabal alho ho pote potent nte e e fund fundad ador or que que reex reexam amin ina a tese tesess historiográficas basilares da cultura judaica e da religião monoteísta a 6

partir do arsenal psicanalítico, desvelando não só a herança judaica muitito mu o part partic icul ular ar de Freu Freud, d, por por el ele e af afir irma mada da e ao mesm mesmo o temp tempo o combatida, mas também o alcance da psicanálise no debate sobre os funda undam ment entos da hist istori oriog ogra raffia do judaí udaíssmo, mo,

deter eterm minan inantte

da

constituição identitária de pessoas, povos e nações.

BIOGRAFIA Freud, nasceu em Freiberg in Mähren,(atual Příbor), na região da Morávia, hoje parte da República Tcheca, mas naquela época fazia parte do Império Austríaco, no dia 6 de maio de 1856. Foi anotado no Regist Reg istro ro Civil Civil como Seg Segism ismund undo o Schlomo Freud , porém, mudou o primeiro nome em 1878, passando a se chamar como conhecemos atualmente com Sigmund Freud . Sigmund Freud, Filho de Jacob Freud e de sua terceira esposa, Amália Freud, teve nove irmãos, dois do primeiro casamento do pai e sete do casamento entre seu pai e sua mãe. Sigmund era o filho mais velho de oito irmãos e era sabidamente adorado pela mãe. O peque equeno no Freu reud, “Meu “Meu Sig Sig de ouro ouro”” como era chamado por sua mãe, tinha privilégios que, segundo alguns biógrafos, era de fazer inveja, pois  

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tinha em seu núcleo familiar bastante incentivo e apoio no que se refere aos estudos, chegando a fazer os pais tirarem de dentro de casa o piano de sua irmã, pois segundo ele, fazia barulho atrapalhando nos seus estudos e toda a família era orientada a ficar em silêncio durante 6

seus estudos para não atrapalhá-lo. Sendo reconhecido também nas escolas por onde passava, em uma delas onde foi aluno por oito anos durante 6 seguidos anos, foi o destaque.  Aos 12 anos Freud falava seis línguas diferentes e era capaz de ler Shakespeare em seu idioma original. É importante ressaltar que tratava-se de uma família judaica, embora o pai não seguisse nenhuma religião durante um período que o antissemitismo estava em ascensão. Certa vez seu pai Jacob foi ofendido enquanto andava na rua e Sigmund Freud o questionou porque não respondeu com a mesma veemência. Em 1873 Freud ingressa na Universidade de Viena realizando extensa pesquisa sobre o sistema reprodutor de enguias. Em 1876 passou quatro semanas em uma estação zoológica dissecando órgãos sexuais desses espécimes, pois sua intenção era torna rnar-se -se pesquisador nessa área, porém somente uma pequena cota de judeus tinha acesso o que o motivou a ser médico na intenção de ganhar  dinhei dinh eiro ro espe especi cial aliz izan ando do-se -se em fifisi siol olog ogia ia e não não sati satisf sfei eito to busc buscou ou também a neurologia.  Aos 25 anos se apaixonou por Martha Bernays logo ficando noivo durante quatro anos, onde se encontraram por apenas seis vezes e o restante era apenas por  corr co rres espo pond ndên ênci cia, a, que que segu segund ndo o bióg biógra rafo foss  

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chegou che gou a aproxi aproximad madame amente nte 900 corres correspon pondên dência cias. s. Casara Casaram-s m-se e e tiveram 6 filhos. Logo abriu seu próprio consultório tendo como grande objetivo um trat tratam amen ento to com com abor aborda dage gem m di dife fere renc ncia iada da no trat tratam amen ento to de 6

tran transt stor orno noss ment mentai ais. s. Sua Sua pr prim imei eira ra ferra ferrame ment nta a ness nesse e camp campo o foi foi a hipnose, aprendida com os mestres Bernheim e Charcot, no qual foi de importância ímpar na descobertas de várias origens de doenças da psique sem explicação fisiológica, assim como ponderou a existência de uma uma segu segund nda a ment mente. e. Que Que mais mais tard tarde e seri seria a conh conhec ecid ida a como como inconsciente.  Aos poucos Freud passou a não se contentar com os resultados advindos da hipnose, pois descobriu que as catarses em estado normal de consciência apresentavam resultados melhores e ao mesmo tempo com os estudos em torno da cocaína também resolveu abandonar suas ideias de uso, pois estava causando vícios em seus pacientes. Freud criou então seu próprio método com a ajuda de Josef  Breuer médico de uma das pacientes mais comentadas na história da psicanálise, Anna O. (Bertha Pappenheim). Breu Br euer er fez fez a paci pacien ente te reco record rdar ar de sua sua infâ infânc ncia ia e epis episód ódio ioss traumáticos e na medida em que se lembrava dos fatos o alívio era imediato, assim nasce a livre associação. Junto com a associação livre se junta às ferramentas a atenção especial dada aos sonhos e a visão de todo todoss os di dillemas emas human umanos os como como frut rutos de de dese sejjos sexu sexuai aiss reprimidos.  Assim, após tocar em temas tão polêmicos para a época e por  ser judeu, somente contribuiu para que sua obra não tivesse êxito imediato, imed iato, vendendo vendendo em seis anos apenas apenas trezentos trezentos exemplares. exemplares. Suas  

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afi afirmaç rmaçõe õess

sem sempre pre

foram oram cons consiidera derad das pol polêmic êmicas as por por

trat tratar  ar 

geralmente de sexo, um tabu para a sociedade em voga.  Desta forma ele só ganhava nome, embora ganhara fama de pervertido sendo inclusive acusado de produzir material pornográfico. 6

Porém, o convite para conferências na Clark University, nos Estados Unidos, mostrava também o quanto cresciam suas ideias no meio intelectual e na década de 20 já era famoso em todo o mundo, outro aspe as pect cto o quas quase e não não expl explo orado rado,, mas que que exp expõe a força orça que que seu seu pensamento tomava mundo a fora, foi o convite para ser consultor de roteiros cinematográficos em Hollywood, proposta não aceita.  A anexação da Áustria pelo nazismo é uma gota d'água no horizonte de problemas que iria assolar a família Freud, tendo seu livro “O mal estar nas civilizações” que abordava o conflito psíquico entre cultura e barbarismo, como um dos livros a alimentar as fogueiras do nazismo. Sua filha Anna Freud foi detida por um dia no qual se ofereceu a ir no lugar do pai, tendo fiança paga para soltura pela esposa do príncipe Jorge da Grécia. Porém, Freud teve quatro irmãs que acabaram morrendo nos campos de concentração. Os últimos dias em Londres foram melancólicos, Freud havia perdido parte da mandíbula por causa de um tumor. O câncer o obrigou a usar prótese e mas seu vício em charutos nunca foi largado.  Ao fim foram 33 cirurgias nos últimos 16 anos sendo as duas últimas no inverno de 1938, as quais prenunciavam que o fim estava próximo. Mesmo assim, continuava a receber visitas e uma das últimas foi o pintor Salvador Dali, que durante o encontro fez um desenho em homenagem ao pai da psicanálise. Por fim, morre em 23 de setembro de 1939. Suspeita-se que Anna tenha solicitado ao médico uma dose  

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letal de morfina, atendendo ao pedido do próprio pai que desejava partir sem dor.

BREUER E O CASO ANA O. 6

Freud inicia o tratamento de Bertha Pappenheim, mais conhecido como o caso Ana O. Torna-se importante ressaltar que a tradição médi édica da époc época, a, col oloc ocav ava a o médi édico apena penass o papel apel de fazer  azer  perguntas referentes ao problema e quando havia exame físico ainda assim

permanecia em

silêncio,

ou seja,

havia um

grande

distanciamento entre médico e paciente. No caso de Ana O, foi tudo diferente. Depois de sugestioná-la a relembrar experiências traumatizantes ocorridas na infância, fez com que falasse pormenoriz pormenorizadame adamente nte e percebeu percebeu que conseguiu conseguiu aliviar os sintomas da depressão e hipocondria. Deu a esse método o nome de "cura pelas palavras" ou "método catártico", porém percebeu que havia mais que uma simples relação médico/paciente, a isso Freud deu o nome de transferência e contratransferência. Esse é um momento marcante para Freud pois ele passa a ser mais psicólogo e menos neurologista. Assim em 1885, Freud ganha uma bolsa para estudar  com Jean Martin Charcot, um respeitável psiquiatra do hospital de Salpêtriére que estudava a histeria, passando seis meses com ele, Freud aprendeu a hipnose que aliada ao tratamento da histeria fez com que percebesse que se tratava de um problema emocional e por isso deveria ser tratado por um ponto de vista psicológico. Em 1890 Freud vai para Nancy aperfeiçoar os métodos de indução em hipnose com

 

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Hyppolyte Bernheim e Ambroise Liébeaurt, participou inclusive de um congresso de hipnose em Paris.

DA HIPNOSE À ASSOCIAÇÃO LIVRE 6

 Alguns anos depois, Freud percebe que o método usado por meio da hipnose, além de limitada também tinha resultados pouco duráveis. Bem como, acreditava que a histeria era consequência de abusos sexuais na infância e Breuer não aceitava essa teoria e assim eles se separaram. No mesmo ano Freud decifra um sonho que tem tamanha importância e o nome é “O sonho da injeção feita na irmã”.  A partir de então Freud deixa deixa a hipnose e passa a usar somente a associação livre, uma técnica original que viria dar maior visibilidade às técnicas da psicanálise. Esse novo método lhe permitiria acessar regiões obscuras do inconsciente, trazendo a tona conteúdos que originaram os problemas de seus seus paci pacien ente tes. s. Com Com essa essa ferr ferram amen enta ta el ele e pode pode form formul ular ar sua sua desc de scob ober erta ta a resp respei eito to dos dos proc proces esso soss psíq psíqui uico coss inac inaces essí síve veis is à consciência. Na associação livre o paciente é orientado a dizer o que lhe vier à cabe ca beça ça,, deix deixan ando do de dar dar qual qualqu quer er orie orient ntaç ação ão cons consci cien ente te a seus seus pens pe nsam amen ento tos. s. É esse essenc ncia iall que que o paci pacien ente te se obri obrigu gue e a info inform rmar  ar  abso ab solu luta tame ment nte e tudo tudo que que ocor ocorrer rer à sua sua auto autope perc rcep epçã ção, o, não não dand dando o margem a objeções críticas que procurem pôr certas associações de lado, ado, com com base ase no funda undam mento ento de que que se seja jam m irrel rrelev evan anttes ou inteiramente destituídas de sentido. “   A assoc associa iaçã ção o livre livre é uma uma manei maneira ra de faz fazer er surg surgir  ir  o desejo nas representações. Essa operação é uma tarefa do analisante. A associação livre foi o dispositivo  

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descoberto por Freud que consiste no desenrolar das cadeias significantes significantes do sujeito, sustentado pelo amor de saber dirigido ao analista: a transferência. Desenrolar  este que permite desatar os nós do recalque do sintoma, cabendo, por sua vez, ao analista a direção da análise apontada para a construção da fantasia fundamental no 6

intuitodesta. de fazer sujeito atravessá-la, ou do seja, ir para além Se ao fantasia é uma resposta sujeito ao enigma do sexo que representa o desejo do Outro, atra atrave vess ssáá-la la é expe experi rime ment ntar ar o esta estado do de deso desola laçã ção o absoluta ou de desamparo - Hilflosigkeit, ou seja, a mais completa solidão e a inexistência do Outro – S(A/).”  (Jorge A. Pimenta Filho Carta Acf apud Moura,2019) No mesmo ano de afastamento de Breuer, Freud utilizou pela primeira vez o termo Psicanálise.

A ESTRUTURA E O FUNCIONAMENTO DO PSIQUISMO   Freu Freud d foi foi um estu estudi dios oso o infa infatitigá gáve vel,l, dura durant nte e toda toda sua sua vi vida da produziu uma imensa obra e uma incrível doutrina marcada pelo desejo de identificar a origem do sofrimento do outro. A obra Freudiana é repleta da necessidade de compreender o essencial do funcionamento ment me ntal al.. Para Para ente entend nder er melh melhor or,, apre aprese sent nto o agora agora al algu guns ns term termos os e conceitos criados por Freud que darão suporte à sua teoria e à psiicaná ps canállise, ise, traze razen ndo assi ssim a est estrut rutura e o funci uncio oname nament nto o do psiquismo humano, segundo o pensamento freudiano. Para Par a melhor melhor entend entendim iment ento o buscar buscaremo emoss na neurof neurofisi isiolo ologi gia a do século XIX, o arco reflexo que explica a circulação do inf influxo luxo nervoso.

 

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“ O esquema neurológico do arco reflexo é muito si simp mple les. s... ..El Ele e co comp mpor orta ta duas duas extr extrem emid idad ades es:: a da esquerda , extremidade sensível , em que o sujeito perce ercebe be a exci excita taçã ção o , ist isto é a inj njeç eçã ão de uma uma quantidade x de energia – quando ele recebe , por  exemplo uma leve martelada médica no joelho. A da direita, extremidade motora, em que o sujeito libera a energia recebida numa reposta imediata do corpo em nosso exemplo, a perna reage prontamente com um movi mo vime ment nto o refl reflex exo o de exte extens nsão ão.. Entr Entre e as duas duas extr ex trem emid idad ades es,, inst instal ala-s a-se e assi assim m uma uma tens tensão ão que que apare parece ce com com a exci excita taçã ção o e desa desapa pare rece ce com com a descarga motora.” ( Násio,1999,p.16)

 

Trajetória do arco

Excitação   motora: descarga

Resposta

Pólo Sensível  

Pólo Motor  www.humanuscursos.com [email protected] 3485-8687 – 99308-1089 SOBRADINHO SOBRADIN HO – Setor Oeste– 

 

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Nesta Nes ta perspe perspecti ctiva, va, pode-s pode-se e aplica aplicarr esse esse mesmo mesmo esquem esquema a do reflexo com o funcionamento do psiquismo, que tenta obedecer a esse princípio, o dá descarga total das tensões, só que no caso da vida psíq ps íqui uica ca,, essa essa tens tensão ão é cons consta tant nte e e nunc nunca a se acab acaba, a, assi assim m não não 6

conseguirá êxito. Segundo Nasio (1999) “Esse princípio da redução da tensão, que devemos antes considerar como uma tendência, e nunca como uma real re aliz izaç ação ão efet efetiv iva, a, leva leva,, em psic psican anál ális ise e o nome nome de PRINCÍPIO DE

DESPRAZER E PRAZER.” Na

extremidade

esquerda

polo

sensitivo,

temos

duas

características próprias do psiquismo. 1ª característica: 

Excitação sempre interna ( endógena) “ A excitação é sempre de origem interna, e nunca externa. Quer se trate de uma excitação proveniente de uma fonte externa, como, por exemplo, o choque provocado pela visão de um violento acidente de automóvel, quer se trate de uma excitação proveniente de uma fonte orgânica, como a fome, a excitação continua sempre interna ao psiquismo já que tanto o choque exterior quanto a necessidade interior criam uma marca psíquica, à maneira de um selo impresso na cera. De fato, a fonte da excitação endó en dóge gena na si situ tuad ada a no pólo pólo sens sensititiv ivo o do apare aparelh lho o psíquico é uma marca, uma ideia, uma imgaem, ou para empregar o termo apropriado , um repr re pres esen enttant ante ideat deatiivo carr carre egado gado de ene energi rgia, também chamado repres resentante das pulsões.” Grifo nosso(Násio, 1999,p.19) 2ª característica :



 A excitação é constante constante . “... “...es esse se repre represe sent ntan ante te,, depo depois is de carre carrega gado do uma uma

 

prim pr imei eira ra vez, vez, tem tem part partic icul ular arid idad ade e de cont contin inua uar  r  www.humanuscursos.com [email protected] 3485-8687 – 99308-1089 SOBRADINHO SOBRADIN HO – Setor Oeste– 

 

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permanentemente excitado e de funcionar como uma chaleira que fervesse eternamente, de tal maneira que o aparelho psíquico permanece constantemente excitado. Da mesma forma, é impossível suprimir  completamente uma tensão que se realimenta sem cessar.. r... essa tensão são penosa que o aparel relho 6

psíquico tenta escoar, nunca chegar  verda ve rdade deir iram amen ente teema vão fazê fazê-l -lo, o, que quesem Freu Freud d deno denomi mina na desprazer...e inversamente, um estado hipotético de praz pr azer er abso absolu luto to,, que que seri seria a obti obtido do se o apar aparel elho ho conseguisse conse guisse escoar imediata imediatamente mente toda a energia energia e eliminar a tensão” (Nasio, 1999, p.19-20)

SENTIDO DA PALAVRAS: PRAZER E DESPRAZER PRAZER

Supressão da tensão

DESPRAZER Manutenção ou aumento da tensão   Portanto no psiquismo, a tensão nunca desaparece por  completo, diferente do sistema nervoso que reage imediatamente com co m uma uma respo respost sta a moto motora, ra, o apar aparel elho ho psíq psíqui uico co repo repond nde e de maneira metafórica e a resposta é parcial. E ai aind nda a exis existe te uma uma razã razão o mais mais impo import rtan ante te não não ci cita tada da anteriormente, que explica por que o psiquismo está sempre sob tensão, que Freud denominou de RECALCAMENTO.  Assim o Recalcamento seria como uma barreira que separa as duas partes do esquema - a excitação e a descarga. Como já dito anteriormente o aparelho psíquico é constituído por marcas, ideias, imagem que são representantes ideativos idea tivos carregado carregadoss de energias. energias. Entretanto Entretanto essa essa energia não circula igualmente através de todos os representantes, alguns  

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procuram o caminho mais curto e outros o mais rápido para tentar  descarregar. Algumas vezes organizam-se para a energia confluir  para um único representante o que Freud chama de condensação e outras em fila um atrás do outro para deixar a 6

energi ener gia a flflui uirr com com maio maiorr faci facililida dade de,, deno denomi mina nado do por por el ele e de DESLOCAMENTO.  Esse esquema é mais bem visualizado no quadro abaixo.

 Afinal COMO FUNCIONA O PSIQUISMO?  A lógica do funcionamento psíquico, pode ser considerada como circulação de energia, em quatro tempos: 1º Excitação constante em busca de uma descarga completa, nunca atingida, as vezes parcial. 2º O recalcamento como barreira a este movimento 3ª A parcela de energia que resta r esta reativa a fonte de excitação

 

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4º A parcela de energia que transpõe o recalque exterioriza-se sob a forma do pra razzer parci rcial inerente ás formações do inconsciente. Quer dizer apenas o que suportamos. 6

 A lógica do pensamento Freudiano sempre retorna a essa lógica essencial dos quatro tempos: 1. O que que empu empurr rra; a; 2. O que que deté detém; m; 3. O que que rest resta a; 4. E o que que pas passa sa..

FUNCIONAMENTO FUNCIONAMEN TO DO APARELHO PSÍQUICO PONTO DE VISTA DINÂMICO, TOPOGRÁFICO TOPOGRÁFICO E ECONÔMICO Freud elaborou um modelo de funcionamento mental, utilizando o termo metapsicologia mental para designar os aspetos teóricos da Psicanálise. A metapsicologia freudiana traz os princípios, os modelos teóricos e os conceitos fundamentais da clínica psicanalítica. Freud

construiu

sua

teoria ria

do

funcionamento

psíquico, co,

considerando de abordagem de acordo com o qual todo processo ment ental é consi onside dera rado do em rela relaçção três rês coor coord denad enadas as,, as quai quaiss descreveu como dinâmica, topográfica e econômica, respectivamente.

PONTO DE VISTA DINÂMICO O ponto de vista dinâmico explica os fenômenos mentais como sendo o resultado da interação e de contra-ação de forças mais ou meno me noss anta antagô gôni nica cas. s. A explicação dinâmica examina não só os  

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fenômenos, mais também as forças que produzem os fenômenos .  As pulsões são um tipo especial de fenômeno mental que força no sentid sen tido o de descar descarga, ga, experi experimen menta tada da como como uma “energi “energia a urgent urgente”. e”. Zimerman (1999) define pulsão como necessidades biológicas, com 6

representações psicológicas que urgem em ser descarregadas. Segundo Freud (1915) as pulsões são o representante psíquico dos estímulos somáticos. As pulsões tendem a baixar o nível de tensão através da descarga de forma imediata, mas existem contra-forças que se oporão a essa descarga (satisfação da pulsão). E a luta que se cria constitui a base dos fenômenos mentais. Em Psicopatologia da Vida Cotidiana Freud (1914) diz que os lapsos de língua, erros, atos sintomáticos, sonhos são os melhores exemplos de conflitos que se produzem entre a luta pela descarga das forças que a isso se opõem. Em Conferências Introdutórias Freud (1916) defende que o produto do lapso pode ele próprio ter o direito de ser considerado como ato psíquico inteiramente válido, que persegue um objetivo próprio. Para Freud os fenômenos lacunares – sonhos, atos falhos, parapraxias, sintomas constituem um meio – êxito e um meio – fracasso para cada uma das duas intenções. Quando as tendências à descarga e as forças repressoras que inibem essa descarga são igualmente fortes a energia consome-se em luta interna e oculta; o que se manifesta clinicamente com sinais de exaustão sem produção de trabalho perceptível. (Fenichel, 2005).

PONTO DE VISTA ECONÔMICO O ponto de vista econômico considera a energia psíquica sob um ângulo ângul o quantitat quantitativo. ivo. Esse ponto de vista econômico se esforça em

estudar como circula essa energia, como ela é investida e se  

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reparte entre as diferentes instâncias, os diferentes objetos ou as diferentes representações. (Boulanger, 2006)  A energia das forças pulsionais e das forças repressoras que estão por trás dos fenômenos mentais é deslocável. Algumas pulsões 6

são mais fortes e mais difíceis de reprimir, mas podem sê-lo se as cont co ntra ra-f -for orça çass fore forem m igua iguallment mente e pode podero rosa sas. s. Que Que quan quantitida dade de de excitação pode ser suportada sem descarga é problema econômico.  A pulsão é um elemento quantitativo da economia psíquica. As pulsões são constituídas pelas representações e pelos afetos que lhes estão ligados. o termo afeto designa o aspecto qualitativo de uma carga emocional, mas também, o aspecto quantitativo do investimento da representação dessa carga. Investimento é o nome dado à ação de que uma certa quantidade de energia psíquica esteja ligada a uma representação mental. Freud diz que investimento pode ser  aument aum entado ado,, diminu diminuído ído,, desloc deslocado ado,, descar descarrega regado do e que se estend estende e sobre so bre as repr repres esen enta taçõ ções es,, um pouc pouco o como como uma uma carg carga a elét elétri rica ca na superfície dos corpos.

TEORIA TOPOGRÁFICA  A

concepção

tópica

do

aparelho

psíquico

ocorreu

progressivamente e desde os primeiros trabalhos de Freud sobre a histeria. Em sua publicação “Interpretação “Interpretação dos Sonhos”, no Sonhos”, no capítulo VII, Freu Fr eud d form formul ula a o prime primeir iro o gran grande de mode modelo lo do apare aparelh lho o psíq psíqui uico co (a primeira tópica). Nesse texto Freud teoriza um psiquismo composto por 

INCONSCI NSCIENTE ENTE,, PRÉ-CONS PRÉ-CONSCIEN CIENTE TE e três grandes sistemas: – INCO CONSCIENTE

 

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1ª TÓPICA DE FREUD Quan Qu ando do Freu Freud d desc descob obre re o Inco Incons nsci cien ente te e o titipo po de anál anális ise e desenvolvido para entendê-lo, marca a distinção da psicanálise de toda todass as outr outras as abor aborda dage gens ns psic psicol ológ ógic icas as.. Freu Freud d empr empreg ega a o term termo o inconsciente de várias maneiras. Pode-se descrevê-lo como todos os conteúdos que não se encontram na consciência, onde se encontram forças recalcadas que litam para passar par a consciência, mas são barradas para um agente repressor.

No ensai ensaio o de 1914, 1914, O Inconscien Inconsciente te,, este raciocínio culminou numa visão metapsicológica, que ficou conhecida como a primeira topografia. De acordo com essa visão, a mente é formada por três sistemas.

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1- O

INCO INCONS NSCI CIEN ENTE TE-

engloba

todos

os

conteúdos

recalcados pelo processo de recalque. Esse si Esse sist stem ema a desi design gna a a part parte e mai aiss arca arcaic ica a do aparelho psíquico, onde, por meio de uma herança gené ge nétitica ca,, exis existe tem m puls pulsõe õess (qua (quand ndo o essa essass nunc nunca a 6

emergem elas sãonos sistemas consideraconsciente das comeo pré-consciente, “repressões primár pri márias ias”), ”),acre acresci scidas das das respec respectiv tivas as energi energias as e com “protofantasias” (como Freud as denominava, mass que ma que tamb também ém são são conh conhec ecid idas as por por “fan “fanta tasi sias as prim primititiv ivas as,, primá primári rias as ou origi origina nais is”) ”).. Além Além disso disso,, o inco incons nsci cien ente te tamb também ém cons consis iste te num num depó depósi sito to de repr re pres essõ sões es secu secund ndá árias rias,, as quais uais che chegara garam m a emergir sob forma disfarçada no consciente (como nos sonhos ou sintomas) e voltam a ser reprimidas para o Inconsciente. (Zimerman,2007,P.83) (Zimerman,2007,P.83) 2- O PRÉ-CONSCIENTE- abrande os conteúdos que, apesar  de não serem conscientes, podem passar para a consciência com maior facilidade. Esse sistema foi concebido como estando articulado com o consciente e, tal como surge no Projeto..., onde ele aparece esboçado com o nome de “barreira de contato”, funciona como uma espécie de peneira que seleciona aquilo que pode, ou não, passar para o Consciente. Ademais, o pré-consciente também funciona como um pequeno arquivo dos registros, de modo que a ele cabe sediar a fundamental função de conter as representações-palavra” (conforme Freud, 1915), que consiste num conjunto de inscrições mnêmicas de palavras ouvidas e de como foram significadas pela criança. Essa formação de “representação-palavra” é diferente da “representação-coisa”, porquanto esta última opera no inconsciente e suas inscrições não podem ser nomeadas ou, tampouco, lembradas voluntariamente, enquanto a característica mais marcante do sistema Pré-Consciente é a de que os seus conteúdos, ao contrário do Inconsciente, podem  

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ser recuperados por meio de um voluntário ato de esforço. (Zimerman,2007,P.83) 3- O CONSCIEN CONSCIENTE TE  – reúne todos os conteúdos que são conscientes. 6

consciente de informOaçsistema ões provenientetem s a dfunção as excreceber  itações prov proven enie ient ntes es do exte exteri rior or e do inte interi rior or,, que que fifica cam m registradas qualitativamente de acordo com o prazer  e/ ou, desprazer que elas causam, porém ele não rettém esse re essess regi regist stro ross e rep represe resent ntaç açõe õess como como depósito ou arquivo deles. Assim, a maior parte das funç funçõe õess perce percept ptiv ivoo-co cogn gnititiv ivas as-m -mot otor oras as do ego ego – como as de percepção, pensamento, juízo crítico, evoc ev ocaç ação ão,, ante anteci cipa paçã ção, o, ativ ativid idad ade e moto motora ra,, et etc. c.,, processam se no sistema consciente, embora esse func funcio ione ne inti intima mame ment nte e conj conjug ugad ado o com com o si sist stem ema a Inconsciente, com o qual quase sempre está em oposição. (Zimerman,2007,P.82)

‘ I - A CONSCIENCIA E O QUE E INCONSCIENTE  Neste capítulo introdutório nada existe de novo a ser dito e não será possível  evitar repetir o que amiúde foi mencionado antes.  A divisão do psíquico em o que é consciente e o que é inconsciente constitui a  premissa fundamental da psicanálise, e somente ela torna possível a esta compreender compr eender os processos processos patológicos patológicos da vida mental, que são tão comuns quanto importantes, e encontrar lugar para eles na estrutura da ciência. Para dizê-lo mais uma vez, de modo diferente: a psicanálise não pode situar a essência do psíquico na consciência, mas é obrigada a encarar esta como uma qualidade do psíquico, que  pode achar-se presente em acréscimo a outras qualidades, ou estar ausente. Se eu pudesse supor que toda pessoa interessada em psicologia leria este livro, deveria estar também preparado para descobrir que, neste ponto, alguns de  

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meus leitores se deteriam abruptamente e não iriam adiante, pois aqui temos a  primeira palavra de teste da psicanálise. Para muitas pessoas que foram educadas na fifilo loso sofifia, a, a idéi idéia a de algo algo psíq psíqui uico co que que nã não o se seja ja tamb também ém cons consci cien ente te é tão tão inconcebível que lhes parece absurda e refutável simplesmente pela lógica. 6

 Acredito que isso se deve apenas a nunca terem estudado os fenômenos  pertinentes da hipnose e dos sonhos, os quais - inteiramente à parte das manifestações patológicas - tornam necessária esta visão. A sua psicologia da consciência é incapaz de solucionar os problemas dos sonhos e da hipnose.

‘Estar consciente’ é, em primeiro lugar, um termo puramente descritivo, que repousa na percepção do caráter mais imediato e certo. A experiência demonstra que um elemento psíquico (uma idéia, por exemplo) não é, via de regra, consciente  por um período de tempo tempo prolongado. Pelo cont Pelo contrá rári rio, o, um esta estado do de cons consci ciên ênci cia a é, carac caracte teri rist stic icam amen ente te,, muit muito o transitório; uma idéia que é consciente agora não o é mais um momento depois, embora assim possa tornar-se novamente, em certas condições que são facilmente ocasionadas. No intervalo, a idéia foi… Não sabemos o quê. Podemos dizer que esteve latente, e, por isso, queremos dizer que era capaz  de torn tornar ar-s -se e cons consci cien entte a qualq ualque uerr moment mento. o. Ora, Ora, se diss disser ermo moss que que er era a incon nconsc sciient ente, est estarem aremos os també ambém m dand dando o uma uma desc descri riçã ção o cor corret reta del dela. Aqui  Aqui  ‘inconsciente’ coincide com ‘latente e capaz de tornar-se consciente’. Os filósofos sem dúvida objetariam: - Não, o termo ‘inconsciente’ não é aplicável aqui; enquanto a ideia esteve em estado de latência, ela não foi algo psíquico de modo algum. Contradizê-los neste ponto não conduziria a nada mais proveitoso que uma disputa verbal. Mas nós chegamos ao termo ou conceito de inconsciente ao longo de outro camin cam inho, ho, pela pela consid considera eração ção de certas certas experi experiênc ência iass em que a dinâmi dinâmica ca mental  mental  desempenha um papel. Descobrimos - isto é, fomos obrigados a presumir - que existem idéias ou  

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 processos mentais muito poderosos (e aqui um fator quantitativo ou econômico entra em questão pela primeira vez) que podem produzir na vida mental todos os efeitos que as idéias comuns produzem (inclusive certos efeitos que podem, por sua vez, tornar-se conscientes como idéias), embora eles próprios não se tornem conscientes. É desnecessário repetir em pormenor aqui o que foi explicado com tanta freqüência antes. Basta dizer que, neste ponto, a teoria psicanalítica intervém e assevera que a

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razão pela qual tais idéias não podem tornar-se conscientes é que uma certa força se lhes opõe; que, de outra maneira, se tornariam conscientes, e que seria então aparente quão pouco elas diferem de outros elementos que são admitidamente  psíquicos. O fato de se ter encontrado, na técnica da psicanálise, um meio pelo qual  a força opositora pode ser removida e as idéias em questão tornadas conscientes, torna irrefutável essa teoria. O estado em que as idéias existiam antes de se tornarem conscientes tornarem conscientes é chamado chamado por nós de repressão, repressão, e asseveramos asseveramos que a força que instituiu a repressão e a mantém é percebida como resistência durante o trabalho de análise. Obte Ob temo moss assi assim m o noss nosso o conc concei eito to de inco incons nsci cien ente te a part partir ir da teor teoria ia da repre rep ress ssão ão.. O repr reprim imid ido o é, para para nós, nós, o protó protótitipo po do inco incons nsci cien ente te.. Perc Perceb ebem emos os,, contudo, que temos dois tipos de inconsciente: um que é latente, mas capaz de tornar-se consciente, e outro que é reprimido e não é, em si próprio e sem mais trabal tra balho, ho, capaz capaz de tornar tornar-se -se consci conscient ente. e. Esta Esta compre compreens ensão ão intern interna a (in (insig sight) ht) da dinâmica psíquica não pode deixar de afetar a terminologia e a descrição. Ao latente, que é inconsciente apenas descritivamente, não no sentido dinâmico, chamamos de  pré-consciente; restringimos o termo inconsciente ao reprimido dinamicamente in inco cons nsci cien ente te,, de mane maneir ira a que que temo temoss agor agora a três três term termos os,, cons consci cien ente te (Cs. (Cs.), ), prépréconsciente (Pcs.) e inconsciente (Ics.), cujo sentido não é mais puramente descritivo. O Pcs. acha-se provavelmente muito mais próximo do Cs. que o Ics., e desde que chamamos o Ics. de psíquico, chamaremos, ainda com menos hesitação, o Pcs. latente de psíquico. Mas por que, ao invés disto, não concordamos com os filósofos  

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e, de mane maneir ira a coer coeren ente te,, dist distin ingu guim imos os o Pcs. Pcs.,, assi assim m como como o Ics. Ics.,, do psíq psíqui uico co consciente? Os filósofos proporiam então que o Pcs. e o Ics. fossem descritos como duas espé es péci cies es ou está estági gios os do ‘psi ‘psicó cóid ide’ e’ e a harm harmon onia ia se esta estabe bele lece ceri ria. a. Poré Porém, m, dificuldades infindáveis de exposição se seguiriam, e o fato importante de que estes dois tipos de ‘psicóide’ coincidem em quase todos os outros aspectos com o que é

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admitidamente psíquico seria forçado para o segundo plano, nos interesses de um  preconceito que data de um período em que esses psicóides, ou a parte mais importante deles, eram ainda desconhecidos. Podemos agora trabalhar comodamente com nossos três termos, Cs., Pcs., e Ic Ics. s.,, enqu enquan anto to não não esqu esquec ecer ermo moss que, que, no sent sentid ido o desc descri rititivo vo,, há dois dois titipo poss de inconsciente, mas, no sentido dinâmico, apenas um. Para fins de exposição, esta distinção pode ser ignorada em alguns casos; noutros, porém ela é, naturalmente, in indi disp spen ensá sáve vel.l. Ao mesm mesmo o temp tempo, o, acos acostu tuma mamo mo-n -nos os mais mais ou meno menoss co com m essa essa ambigüidade do inconsciente e nos demos muito bem com ela. Até onde posso ver, é impossível evitar esta ambigüidade; a distinção entre consciente e inconsciente é, em última análise, uma questão de percepção, à qual deve ser respondido ‘sim’ ou ‘não’, e o próprio ato da percepção nada nos diz da razão por que uma coisa é ou não percebida. Ninguém tem o direito de queixar-se porque o fenômeno concreto expressa ambiguamente o fator dinâmico. No curso ulterior do trabalho psicanalítico, entretanto, mesmo essas distinções mostraram ser inadequadas e, para fins práticos, insuficientes. Isso tornou-se claro de várias maneiras, mas o exemplo decisivo é o seguinte. Formamos a idéia de que em cada indivíduo existe uma organização coerente de processos mentais e chamamos a isso o seu ego. É a esse ego que a consciência se acha ligada: o ego controla as abordagens à motilidade - isto é, à desc de scar arga ga de exci excita taçõ ções es para para o mund mundo o ex exte tern rno. o. Ele Ele é a inst instân ânci cia a ment mental al que que supervisiona todos os seus próprios processos constituintes e que vai dormir à noite,  

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embora ainda exerça a censura sobre os sonhos. Desse ego procedem também as repressões, por meio das quais procura-se excluir certas tendências da mente, não simplesmente da consciência, mas também de outras formas de capacidade e atividade. Na análise, essas tendências que foram deixadas de fora colocam-se em oposição ao ego, e a análise defronta-se com a tarefa de remover as resistências que o ego apresenta contra o preocupar-se com o

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reprimido. Ora, descobrimos durante a análise que, quando apresentamos certas tarefas ao paciente, ele entra em dificuldades; as suas associações falham quando deveriam estar-se aproximando do reprimido. Dizemos-lhe então que está dominado  por uma resistência, mas ele se acha inteiramente inadvertido do fato e, mesmo que adivinhe, por seus sentimentos desprazerosos, que uma resistência encontra-se então em ação nele, não sabe o que é ou como descrevê-la. Entretanto, visto não  poder haver dúvida de que essa resistência emana do seu ego e a este pertence, encontramo-nos numa situação imprevista. Deparamo-nos com algo no próprio ego que é também inconsciente, que se comporta exatamente como o reprimido - isto é, que produz efeitos poderosos sem ele próprio ser consciente e que exige um trabalho especial antes de poder ser tornado consciente. Do ponto de vista da prática anal an alít ític ica, a, a cons conseq equê uênc ncia ia dest desta a desc descob ober erta ta é que que irem iremos os para pararr em infi infind ndáv ávei eiss obsc ob scur urid idad ades es e di difificu culd ldad ades es se nos nos ativ ativer ermo moss a noss nossas as forma ormass habi habitu tuai aiss de expressão e tentarmos, por exemplo, derivar as neuroses de um conflito entre o consciente consci ente e o inconscien inconsciente. te. Teremos de substituir substituir esta antítese por outra, extraí extraída da de nossa compreensão interna (insight) das condições estruturais da mente - a antítese entre o ego coerente e o reprimido r eprimido que é expelido (split off) dele. Para nossa concepção do inconsciente, contudo, as conseqüências de nossa descob des cobert erta a são ainda ainda mais mais import important antes. es. Consid Considera eraçõe çõess dinâm dinâmica icass fizera fizeram-n m-nos os efetuar a primeira correção; nossa compreensão interna (insight) da estrutura da mente conduz à segunda. Reconhecemos que o Ics. não coincide com o reprimido; é ainda verdade que tudo o que é reprimido é Ics., mas nem tudo o que é Ics. é  

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reprimido. Também uma parte do ego - e sabem os Céus que parte tão importante  pode ser Ics., indubitavelmente é Ics. E esse Ics. que pertence ao ego não é latente como o Pcs., pois, se fosse, não poderia ser ativado sem tornar-se Cs., e o processo de torná-lo consciente não encontraria tão grandes dificuldades. Quando nos vemos assim assi m conf confron ronta tado doss pela pela nece necess ssid idad ade e de post postul ular ar um terce terceir iro o Ics. Ics.,, que que nã não o é reprimido, temos de admitir que a característica de ser inconsciente começa a perder 

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significação para nós. Torna-se uma qualidade que pode ter muitos significados, uma qualidade da qual não podemos fazer, como esperaríamos, a base de conclusões inevitávei inevi táveiss e de longo alcance. alcance. Não obstante, obstante, devemos cuidar para não ignorarmos ignorarmos esta característica, pois a propriedade de ser consciente ou não constitui, em última análise, o nosso único farol na treva da psicologia profunda. Texto retirado na integra da obra de Freud – O Ego e o Id e outros trabalhos ( 1923-1925) Vol XIX.

PRINCIPAIS MECANISMOS DE DEFESA Para Freud esses mecanismos têm a finalidade de reduzir as manifestações que coloquem em perigo a integridade do Ego, visam proteger a autoestima eliminando o excesso de ansiedade e tensão. Tentam Tent am mant mantê-l ê-los os em posi posiçã ção o não não dolo doloro rosa sa.. São São proc proces esso soss préprécons co nsci cien enttes ou mes mesmo incon nconsc scie ient ntes es que que gara garant ntem em a ment ente consciente e ao Ego encontrar solução para conflitos não resolvidos no nível de consciência. Vejamos alguns dos mais importantes:

Repressão  

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Em Psican Psicanáli álise, se, a repres repressão são busca busca suprim suprimir ir consci conscient enteme emente nte uma um a idei ideia a ou um af afet eto o de cont conteú eúdo do desa desagr grad adáv ável el.. Quan Quando do um sentimento negativo em relação a uma pessoa. Em um caso clássico na lilite tera ratu tura ra ci cien entí tífifica ca freu freudi dian ana a a paci pacien ente te come comemo mora ra secr secret eta a e inconscientemente a morte da irmã, pois deseja o cunhado. A análise perfaz o caminho do seu pensamento ao saber da morte de sua irmã: ele agora está livre. Logo a paciente passa a sofrer paralisia das pernas, pois ela não pode mais ser livre. A culpa a castigou e a impede de caminhar caminhar até até o cunhado. cunhado. No caso se se o conteúdo conteúdo reprimido reprimido não não é eliminado

do

inconsciente

onde

transformará

em

doenças

psicossomáticas. Ex: fobias, fobias, artrite, asmas etc... etc...

Resistência Segundo Freud (1926), a repressão é um fato que dispendia perm pe rman anen ente te ener energi gia a pois pois sua sua ação ação def defensi ensiva va do ego, ego, essa essa ação ação repressiva no tratamento analítico é conhecido como resistência , então tudo que nos atos e palavras do analisando, durante o tratamento psicanalítico, se opõe ao acesso deste ao inconsciente, segundo Freud seria uma atitude de oposição as descobertas por meio da psicanálise. “ Es Essa sa ação ação empr empree eend ndiida para ara proteger a repressão é observável no

tratamento

resistência

.

analítico A

como

resistência

pressupõe a existência do que eu denominei

de

anticatexia.

Uma anticatexia dessa espécie é claramente observada na neurose obsessiva. Ela aparece ali sob a  

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forma de uma alteração do ego, como co mo uma uma form formaç ação ão reat reativ iva a no ego , e é efetuada pelo reforço da atitude

que

é

o

oposto

da

tendência instintual que tem de ser  repr re priimida mida.. .... ..Es Essa sass forma ormaçõ ções es realtivas de neurose obsessiva são esssenci es encial alme men nte

ex exag ager eros os

dos dos

traços normais do caráter que se desenvolvem durante o período de latência” (Freud, 1926, p. 153)

Sublimação Esse tipo de atividade não tem uma relação aparente com a sexxuali se ualida dade de,, mas ext extra raii e a desl desloc oca a para para um al alvo vo não não sexu sexual al,, invest inv estind indo o em objeto objetoss social socialmen mente te valori valorizad zados. os. Por exempl exemplo: o: uma mulher que não pode ter filhos sublima esse afeto para bichos de estimação.

Recalque Para Freud o recalque visa manter no inconsciente, sentimentos, dese de sejo joss e repr repres esen enta taçõ ções es liliga gada dass as puls pulsõe õess e cuja cuja real realiz izaç ação ão,, produtora produt ora de prazer afetaria o equil equilíbrio íbrio do funcionam funcionamento ento psicológi psicológico co do indivíduo, transformando-se em fonte de desprazer. A paciente Dora apresentava aprese ntava uma cultura de pureza em todos os aspectos aspectos inclusive inclusive no aspect asp ecto o sexual sexual,, mesmo mesmo não costum costumand ando o ter pensam pensament entos os impuro impuross Dora imagina sexo oral com o amigo do pai. Como isso não ajustava a sua forma de comportamento Dora recalca tal fantasia sexual. Então, passa a sofrer de tosse nervosa toda vez que imagina o ato.

Trasnferência  

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Quando se desloca sentimentos e sensações de pessoas do passado para outra. O objetivo é burlar a censura como se fosse um tipo de contrabando. Essas atitudes emocionais são inconscientes e pode po dem m ser ser posi posititiva vas, s, nega negatitiva va,, ambi ambiva vale lent ntes es.. Gera Geralm lmen ente te são são estabelecidas na infância no contato com os pais e familiares. Na sess se ssão ão de anál nálise ise é mui uitto com comum trans ransfe feri rirr para para os anal nalist istas sentimentos do passado e ainda pode ocorrer a contratransferência por  parte do analista causada pelos conflitos trazidos pelo analisando.  Como já foi dito anteriormente, Freud em seus estudos, descobre que temos esquema de funcionamento psíquico, a fonte de excitação, uma energia inesgotável que luta incessantemente para ser  descarregada, mas está energia muitas vezes encontra uma barreira que impede a sua passagem, e que essa força é denominada pulsão. Freud ainda afirma que todos os nossos atos involuntários são de sentido sexual, pois são substituições de um ideal não realizado. “A pala palavr vra a puls pulsão ão (emp (empre rega gada da por por Freu Freud d com com o termo original alemão trieb) alude a necessidades biológ bio lógica icas, s, com represe represent ntaçõ ações es psicol psicológi ógicas cas,, que urgem em ser descarregadas, sendo que é necessário distingui-lo de instinto (tradução do termo inst inm stin qu ta ém ap ece obdra Frm eud, e binkt okt, ra, que poeuctamb asmbém vezeapar s),arec o e qna ual obra esigde na Freu ad, is explicitamente fixos padrões hered reditário rios de comportamento animal, típicos de cada espécie. Na litera literatur tura a psican psicanalí alítitica, ca, eventu eventualm alment ente e a noção noção de “pul “p ulsã são” o” pode pode apare parece cerr com com a term termin ino ologia ogia de “impulsos” “impu lsos” ou de “impulsos “impulsos instintivo instintivos”. s”. Inicialme Inicialmente, nte, Freud enunciou as pulsões do ego (também deno de nomi mina nada dass como como de “aut “autop opre rese serv rvaç ação ão”, ”,cu cujo jo protótipo é o da “fome”) e as sexuais (ou de “preservação da espécie”), sendo que, após sucessivas modificações, mais precisamente a partir   

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do clássico trabalho Além do princípio do prazer, de 1920, ele estabeleceu de forma definitiva a dualidade de Pulsões de Vida (ou Eros) e Pulsões de Morte (ou Tanatos), que, em algum grau, coexistem fundidos entre si.”.” Zimmerman, 2010, p77)  A fonte de onde brota essa energia é um representante pulsional cujo o conteúdo representativo corresponde a uma região do corpo sensível e excitável, chamada Zona erógena. “ As pulsões sexuais são múltiplas, povoam o território do inconsciente, e sua existência remonta a um ponto longínquo de nossa história , desde o estado embrionário , só vindo a cessar com a morte. Suas Su as mani maniffesta estaçõ ções es mais mais marc marcan ante tess apar aparec ecem em durantes os primeiros cinco anos de nossa infância” (Nasio, 1999,p. 47)  

De acordo com uma visão psicanalít psicanalítica, ica, a sexualidad sexualidade e humana humana

não fica restrita ao contato dos órgãos genitais de dois seres, mas sexual seria toda conduta, que parte de uma região do corpo (Zona erógena), apoiado a uma fantasia proporciona algum tipo de prazer. orgânico,, quando são O prazer que emana do ser, pode ser de orgânico saciad sac iadas as nossas nossas necess necessida idades des de sobrev sobrevivê ivênci ncia a e sexual , quando o outr ou tro o dese deseja jado do nasc nasce e de uma uma zona zona eróg erógen ena, a, e busc busca a no obje objeto to fantasiado a satisfação parcial o objeto de desejo. Freud ao desenvolver a topologia do aparelho psíquico, observa que qu e dura durant nte e o dese desenv nvol olvi vime ment nto o da pers person onal alid idad ade e de todo todo o ser  ser  humano, é regido por pulsões sexuais, que advém de zona erógenas, buscando chegar a um objetivo ideal e que essas pulsões sexuais apre ap rese sent ntam am dest destin inos os,, pois pois part parte e dess dessa a ener energi gia a e desc descar arre rega gada da contentando-se com objetos fantasiados.

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OS TRÊS PRINCIPAIS DESTINOS DAS PULSÕES SEXUAIS: RECALCAMENTO,SUBLIMAÇÃO RECALCAMENTO, SUBLIMAÇÃO E FANTASIA. Nós havíamos dito que o prazer obtido pelas pulsões sexuais era er a apenas um prazer limitado. Seja. Mas por que “limitado”? E também,  por que as pulsões sexuais se contentam com objetos objetos fantasiados e não com objetos concretos e reais? Vemos aí as pulsões sexuais obterem apenas um prazer limitado, pois é o único prazer que puderam desfrutar com autoridade depois de terem se desvencilhado das defesas do eu. Que defesas? Em primeiro lugar, o recalcamento. Ora, o recalcamento é também, à sua maneira, uma força ou, melhor ainda, uma pulsão do eu. Isso significaria que há dois grupos de  pulsões opostas: o grupo das das pulsões que tendem à descarga —  pulsões sexuais — e o grupo das pulsões que se opõem opõem a isso —  pulsões do eu —? Sim, Sim, é justamente justamente a primeira teoria das pulsões  proposta por Freud no início início de sua obra antes de introduzir o conceito de narcisismo em 1914. Logo veremos qual é a segunda teoria — complementar à primeira — formulada a partir dessa data, mas por ora distingamos duas tendências pulsionais antagônicas: as pulsões sexuais recalcadas e as pulsões do eu recalcantes. As primeiras buscam o prazer sexual absoluto, ao passo que as segundas a isso se opõem. O resultado desse conflito consiste precisamente nesse prazer derivado e parcial que chamamos prazer sexual. Se vocês houverem se assenhoreado da lógica em quatro tempos do funcionamento psíquico, facilmente admitirão que o destino das  pulsões sexuais é sempre o mesmo: elas estão condenadas a se deparar sempre, no caminho de seu objetivo ideal, com a oposição das  pulsões do eu, isto é, com o obstáculo do do recalcamento. Mas, além além do recalcamento, o eu opõe duas outras obstruções às pulsões sexuais: a sublimação e a fantasia.  

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 A sublimação

O primeiro desses entraves consiste em desviar o trajeto da pulsão, mudando seu objetivo; essa manobra é chamada sublimação e reside na substituição do objetivo sexual ideal (incesto) por um outro objetivo, não sexual, de valor social. As realizações culturais e artísticas, as relações de ternura entre pais e filhos, os sentimentos s entimentos de amizade e os laços sentimentais do casal são, todos eles, expressões sociais das  pulsões sexuais desviadas de seu objetivo virtual. A amizade, por exemplo, é alimentada por uma pulsão sexual desviada em direção a um objetivo social.

 

A fantasia

 A outra barreira imposta pelo eu é mais complicada, porém a

compreensão de seu mecanismo nos permitirá explicar por que os objetos com que a pulsão obtém prazer sexual são objetos fantasiados, e não reais. Esse outro obstáculo que o eu opõe às pulsões sexuais consiste não numa mudança de objetivo, como foi o caso da sublimação, mas numa mudança de objeto. No lugar de um objeto real, o eu instala um objeto fantasiado, como se, para deter o ímpeto da  pulsão sexual, o eu contentasse contentasse a pulsão enganando- a com a ilusão de um objeto fantasiado. Mas como o eu consegue realizar esse truque? Pois bem, para transformar o objeto num objeto fantasiado, ele precisa, primeiro, incorporar dentro de real si o objeto real até transformá-lo em fantasia. Tomemos um exemplo e decomponhamos artificialmente esse estratagema do eu em seis etapas. 1. Imaginemos uma relação afetiva com alguém que nos atraia. Suponhamos que essa pessoa seja o objeto real em direção ao qual a  pulsão sexual se orienta. 2. Nós (isto é, o eu) frequentamos essa pessoa até incorporá-la pouco a pouco dentro de nós e transformá-la em uma parte de nós mesmos.  

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3. Agora que o ser amado está dentro de nós, nós o tratamos com um amor ainda mais poderoso do que aquele que lhe votávamos quando ele era real. Por que isso? Porque, tornado uma parte de mim, eu gosto dele como de mim mesmo. Amar o outro é sempre amar a si próprio. 4. É então que a pessoa amada deixa de estar do lado de fora e vive dentro de nós como um objeto fantasiado, que mantém e reaviva constantemente nossas pulsões sexuais.  Assim, a pessoa real passa a não mais existir existir para nós senão sob a forma de uma fantasia, mesmo que continuemos a reconhecer nela uma existência autônoma no mundo. Por conseguinte, quando amamos, sempre amamos um ser misto feito ao mesmo tempo do estofo da fantasia e da pessoa real que existe do lado de fora. 5. A relação amorosa está portantoum fundada um fantasia que aplaca a sede da pulsão, proporcionando prazerem parcial que qualificamos genericamente de sexual. 6. Amaremos ou odiaremos nosso próximo conforme o modo que tivermos de gostar ou odiar, dentro de nós, seu duplo fantasiado. Todas as nossas relações afetivas e, em particular, a relação que se estabelece entre o paciente e seu psicanalista — amor de transferência —, todas essas relações conformam-se aos moldes da fantasia; fantasia que mobiliza a atividade das pulsões sexuais e proporciona  prazer. O conceito de narcisismo Entretanto, nas seqüências que acabamos de distinguir, não demos destaque ao gesto essencial do eu que lhe permite transformar o amado real em objeto fantasiado. Que gesto é esse? É uma torção do eu chamada narcisismo. O narcisismo é o estado singular do eu quando — a fim de incorporar o outro real e transformá-lo em fantasia — ele toma o lugar do objeto sexual e se faz amar e desejar pela  pulsão sexual. Antes de fazer do amado um objeto objeto fantasiado, ele se faz ele próprio objeto fantasiado. É como se o eu, para domar a pulsão,  

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a desviasse de seu objetivo ideal e a enganasse, dizendo-lhe: “Já que você está procurando um objeto para chegar a seus fins sexuais, venha, sirva-se de mim!” A dificuldade teórica do conceito de narcisismo é justamente compreender que as pulsões sexuais e o eu — identificado com o objeto fantasiado — constituem duas partes de nós eu-pulsão sexual ama o eu-objeto-fantasiado. Assim é que mesmos. podemos O formular: o eu-pulsão ama a si mesmo como a um objeto sexual. O narcisismo não se define, de maneira alguma, por um simples voltarse para si num “amar a si mesmo”, mas por um “amar a si mesmo como objeto sexual”: o eu-pulsão sexual ama o eu-objeto-fantasiadosexual. Deixemos bem claro que o eu é um objeto fantasiado por sua natureza ilusória, e um objeto sexual pelo prazer que suscita ao satisfazer parcialmente a  pulsão. De fato, o amor narcísico do eu por po mesmo, enquanto enquant o objeto sexual, está na base da formação der ele todas as nossas fantasias. Por isso, podemos concluir que em toda fantasia, mais exatamente em cada personagem fantasístico, o clínico deve identificar a presença do eu. Trecho retirado na integra do livro: O prazer de ler Freud – J.D.- Násio

CONSIDERAÇÕES CONSIDERAÇÕ ES FINAIS Dura Du rant nte e esse esse estu estudo do procu rocura ram mos trata ratarr de info nformaç rmaçõe õess importantes sobre o criador da psicanálise, Sigmund Freud e seu extenso legado. Fora Fo ram m abor aborda dado doss aspe aspect ctos os impo import rtan ante tess sobr sobre e o apar aparel elho ho psíquico como seu funcionamento, sua topologia e os destinos de suas pulsões.

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Cont Co ntud udo o esse esse estu estudo do é apen apenas as um resu resumo mo intr introd odut utór ório io ao estudante de psicanálise, sendo essencial o aprofundamento nas obras deixadas por Freud e os estudiosos contemporâneos de sua obra.

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Resumo Biográfico

Resumo Biográfico 1815

1856

- Nascimento do pai de Sigmund, Jakob Freud, negocia em Freiberg, Freiberg, na Moravia, Moravia, a cerca cerca de 30 km sudeste sudeste de Dre um primeiro casamento, Jakob teve dois filhos, Emmanuel Este último terá um filho, John, um ano mais velho que Sigmu - JJa acob Fr Freud se se ca casa em em se segundas nú núpcias co co Nathansohn, que morreu aos 95 anos, originária de Brod situada no noroeste da Galícia, próximo da fronteira russ priimeir pr meiro o filh filho, o, Juli Julius us,, mo morr rreu eu aos aos oi oito to mese meses; s; a el ele e se Sigmund, depois cinco mulheres e mais um homem; a filha m  Anna (nome que será também também o da filha mais mais velha de Freud) anos e meio mais nova que Sigmund e outro rapaz, dez a novo. - Em 6 de maio nasce Sigmund Freud, o fund

1860

psic ps ican anál ális isee e aut auMorávia tor da (hoje obra obra Pribor), A Inte Interp rpre reta taçã ção oRepública dos dos So cidade Freiberg, na atual então parte do Império Austríaco. - Filho de Jacob Freud, e de Amalia Nathanson, sua esposa, é registrado com o nome Schlomo Sigismund.  Aos 22 anos ele muda o prenome para Sigmund. S costume de certas famílias judaicas, ele teria recebido tam segundo prenome: Schlomo. - Quando Freud nasceu, já tinha dois meio-irmãos de anos, vindos do primeiro casamento do pai. Esses meio-irmã mais ou menos a mesma idade da mãe de Freud. A família se instala em Viena.

1855

 

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1865

- Entrada de Sigmund no Gymnasium (escola secund um ano de antecedência.

1873

- Apro Aprova vado do,, brilh brilhan ante teme ment nte, e, nos nos exam exames es de conc conclu lu estudos secundários, Freud ingressa na Universidade de Vi estudar medicina. Forma-se oito anos depois. - Freud descobre o anti-semitismo. Lê Goethe. - Nasce o psiquiatra e psicanalista húngaro Sandor Fere virá a ser o discípulo preferido de Freud e também o clín talentoso da história do fr - Nasce também Juliano Moreira, médico baiano que, dep formar em psiquiatria dinâmica na Europa, será um dos int das idéias freudianas no Brasil. 6

1874

 1876

1878 1879

- Publicação por Brücke de suas conferências sobre fisi espírito fisicalista de Helmholtz e de seu grupo. 1875 - Freud viaja a Manchester, onde encontra o meio-irmão P

sobrinha Pauline. - Nasce o psiquiatra suíço e fundador da psicologia anal Gustav Jung. Fundador da escola de psicoterapia, especi psicoses e interessado pelo orientalismo, sua obra será tão a quanto à de Freud. - Freud desenvolve trabalhos em neurologia e Pesquisas em Trieste sobre as glândulas sexuais das enguias - Entra para o laboratório de Brücke para estudar o nervoso dos peixes. - Acompanha seu curso sobre a fisiologia da voz e da lin - Assiste também em Viena às aulas de Brentano, fifilo loso sofifia a obri obriga gató tóri rio o para para os estu estuda dant ntes es de medi medici cina na (te (te conceito de consciência). - Conhece Josef Breuer. - Estudos de neuropsiquiatria infantil Freud freqüenta os cursos de psiquiatria de Theodor cuja tendência teórica reflete-se no subtítulo de sua obra Ps publ pu bliicad cada em Vien Viena a em 1890 1890:: “Con “Confe ferê rênc nciias cl clín íniicas cas psiq ps iqui uiat atri ria a segu segund ndo o fund fundam amen ento toss ci cien entí tífifico cos, s, para para estu estud d medicina, juristas e psicólogos”. - Nasc Nasce e o psiq psiqui uiat atra ra e psic psican anal alis ista ta ingl inglês ês Erne Ernest st J grand gra nde e impo import rtân ânci cia a para para a hi hist stór ória ia po polílítitica ca do freu freudi dism smo. o. fundador da psicanálise na Grã-Bretanha e criador do Comitê www.humanuscursos.com [email protected] 3485-8687 – 99308-1089 SOBRADINHO SOBRADIN HO – Setor Oeste– 

   

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círculo formado por discípulos de Freud para discussões ligado lig adoss à psican psicanáli álise. se. Pionei Pioneiro ro da histor historiog iograf rafia ia psican psicanalí alítt tradução inglesa da obra freudiana. Terá uma longa corresp de 671 cartas com Freud. Fará um grande trabalho de implant idéias freudianas no Canadá e nos EUA. - Breuer inicia o tratamento de Bertha Pappenheim, q 1880

1881 1882

1883 1884 1885

1886

6

pseudônimo de Anna O., será também a primeira paciente hi Freud. - Por iniciativa do filósofo e helenista Theodor Gom coordena a edição alemã de John Stuart Mill, Freud trad ensaios deste autor sobre a questão operária, a emancip mulheres, o socialismo e Platão. Freud conclui o curso de medicina. É criada uma cátedra de clínica de doenças nervosas, médi mé dico co e fifisi siol olog ogis ista ta fran francê cêss Jean Jean Mart Martin in Char Charco cott é o neur ne urol olog ogia ia pass passa a assi assim m a ser ser reco reconh nhec ecid ida a como como uma uma autônoma pela primeira vez. Charcot, ligado à história da hi hipnose e das origens da psicanálise, é o último grande repr  da psiquiatria dinâmica. - Freud conhece a sua futura esposa, Martha Bernays, de um com comentador da Poética de Aristóteles, Jacob interessado sobretudo na reconstituição dos textos antigos catarse. - Breuer fala com Freud sobre o caso de Anna O. Freud ingressa no serviço de psiquiatria de Meynert. - F Frreud re realiza pe pesquisas so sobre a cocaína e de d es propriedades analgésicas. Faz experiências consigo mesmo

amigo- Fleischl. F Frreud é no nomeado ““P Privatdozent” e ga ganha um uma vi vi estudos, escolhendo Paris para iniciar um estágio com C Salp Sa lpêt êtri rièr ère. e. Este Este terá terá pape papell fund fundam amen enta tall na form formaç ação ão d Sigmund. As várias cartas que trocaram estão traduzidas "Lições da terça-feira". - Freud volta a Viena, onde se estabelece como médic o Departamento de Neurologia, primeiro instituto público para Entre 1886 e 1890 exerce medicina como especialista em nervosas. - Em setembro, Freud se casa com Martha Bernays, c terá 6 www.humanuscursos.com [email protected] 3485-8687 – 99308-1089 SOBRADINHO SOBRADIN HO – Setor Oeste– 

   

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1887

- Em 15 de outubro fez uma conferencia sobre histeria mas Sociedade dos Médicos. - Traduz as “Lições de terça-feira de Charcot”. - Estudos de neuropsiquiatria infantil. Conhece Fliess. - Pratica hipnose. 6

1888 1889 1890 1891 1892

1893

1894

1895  

-- Reside França, para trabalhar com Bern Publica Publicana a tradução tradu çãoem dasNancy, “Leçons “Leçon s sur lês maldadies mald adies du nerveux”, de Charcot. - Freud inicia estudos com hipnose e publica a traduçã la sugg sugges estition on et de sés sés appl applic icat atio ions ns à la thér thérap apeu eutitiqu que e Bernheim - Escreve “Tratamento psíquico (ou mental)”. - Pratica com seus pacientes o método catártico. - IIn nstala se seu co consultório na na Be Berggasse, em em Vi Viena. Fr Freud fifica quase cinqüenta anos, até sua partida para a Inglaterra. - Freud elabora o método das associações livres (técni pela psicanálise na qual o paciente deve esforçar-se a dizer lhe vier à cabeça, principalmente aquilo que ele se sinta t omitir).

- Início da correspondência entre Freud e Wilhelm Fl amigo íntimo e médico voltado a estudos relacionados à sex  A correspondência entre eles terá uma enorme import desenvolvimento de teoria psicanalítica de Freud. - Redaç edação ão,, com com Breu Breue er, a “Com “Comun uniica caçã ção o prel preliimi “Estudos sobre a histeria”. - Artigo necrológico sobre Charcot, que faleceu em 16 d ste -dePublicação em francês, na “Revue Neurologique”, do artig pontos para um estudo comparativo da paralisia motoras or  histéricas”. - Desc Descob ober erta ta dos dos conc concei eito toss de defe defesa sa e reca recalc lca a repressão. - P Pu ublica “A “As ps psiconeuroses de de de defesa” e su sua tr trad “leçons du mardi”, de Charcot. - Rompimento com Breuer. - Descoberta do conceito de transferência. - Freud faz a primeira interpretação de um sonho seu: " de Irma", que parece ser a encenação de um romance fa www.humanuscursos.com [email protected] 3485-8687 – 99308-1089 SOBRADINHO SOBRADIN HO – Setor Oeste– 

   

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origens e da história da psi - Publica originalmente em francês “Obsessões e fobias”. - Nasce em dezembro seu quinto filho, Anna Freud, a f velha, que se tornará psicanalista e fundará sua própria cor  tornará uma célebre psicanalista de crianças. - Concepção do “Projeto para uma psicologia científica”.

- Sespecífico urge pela da prim eira vez o termo psicanálise, para no método psicoterapia. - No mesm mesmo o ano, ano, a corr corres espo pond ndên ênci cia a entr entre e Fl Flie iess ss apresenta a expressão "aparelho psíquico" e seus três com consciente, pré-consciente e inconsciente. - Publicação de “Novos comentários sobre as psiconeu defesa”. - Morre o pai de Freud, Jakob Freud. - Entre 1896 e 1907, Freud viaja à Itália muitas ve passar suas férias de verão.

1897

- Através de correspondência com Wilhelm Fliess, Freu que ele chamaria de sua auto-análise. - Freud escreve a Fliess dizendo que está abandonand da sedução, segundo a qual a principal causa das neurose traumas causados nas crianças pelos adultos. Freud começa a redigir A Interpretação dos Sonhos. teoria do aparelho psíquico como um aparelho reflexo. De inconsciente como um sistema. - Descobre o conceito do Édipo, tendo a primeira inte de Freud da tragédia de Édipo Rei, de Sófocles. - Realiza uma conferência sobre “A sexualidade na etio neuroses”.

1898 1899 1900

1901

 

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1896

- P Pu ublicaçéãdatada o de de AdeIn In1900). terpretação d do os So Sonhos, de de Fr Fr edição, porém, - Em outubro inicia a análise de Do Dora (C (Caso de his questão da transf - Nasce o médico fundador da Sociedade Brasileira de Ps Durval Dur val Balleg Ballegard ardii Marcon Marcondes des.. Marcon Marcondes des toma toma conhec conhecim im obras de Freud aos 20 anos. - N Na asce o ps psiquiatra e ps psicanalista fr francês Ja Jacque responsável por reformular a obra freudiana, dando-lhe u mais filosófico e tirando-lhe o substrato biológico. Lacan inúmeros conceitos (imaginário, simbólico, real, significante psicologia dos povos) que enriquecerão as formulações clíni www.humanuscursos.com [email protected] 3485-8687 – 99308-1089 SOBRADINHO SOBRADIN HO – Setor Oeste– 

   

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considerado o único verdadeiro mestre psicanalista da França - Freud publica: “A psicopatologia da vida cotidiana”, “ sonhos” e faz uma viagem a Roma. 1902

- Criada a primeira sociedade psicanalista do mundo, e com o nome de Sociedade Psicológica das Quartas-Feiras. 6

1903

1904

1905

1906

1907

 

-- Freud Steckfaz el, uma um viagem discípuàloNápoles. de Freud, começa a p psicanálise. - Freud analisa uma criança de 5 anos. É a primeira p feita em crianças. - Descoberta da primeira teoria das pulsões: pulsão pulsão do Eu. - Faz uma viagem a Atenas, Grécia e a Acrópole. - Inic Inicia ia corr corres espo pond ndên ênci cia a com com Euge Eugen n Bleu Bleule lerr em Z escreve “Sobre a psicoterapia”.

- Freud publica: “Três ensaios sobre a teoria da sex “Fragmento da análise de um caso de histeria” (caso D chis ch iste tess e sua sua rela relaçã ção o com com o inco incons nsci cien ente te”, ”, “A psic psican aná á dete de term rmin inaç ação ão dos dos fato fatoss nos nos proc proces esso soss jurí jurídi dico cos” s” (bas (bas conferência feita em Viena em junho de 1905 para estud direito). - Conhece Jung. - Descoberta dos estádios de desenvolvimento da se infantil. - IIn nício da das co correspondências en entre Fr Freud e Ju Jung. discípulo de Freud até 1913, Jung estabelece com ele u

corr co rres espo pon ndênc dênci que quonsc e scicheg ch egou 359psi cart arismo tas. as Ju já dti co conc ncep epç ção deia incon nc ient en teoue ado359 psiquis qu mo. Jung quan qung ando do aproximar de Freud. O que o levou ao pai da psicanálise foi por uma obra na qual acreditava encontrar a confirmação hipó hi póte tese sess sobr sobre e as idéi idéias as fifixa xass subc subcon onsc scie ient ntes es,, as ass ass verbais e os complexos. - Jung cria a Sociedade Freud em Zurique. Mais tarde torna a Associação Psicanalítica de Zurique. - Freud publica: “O esclarecimento sexual das crianças”, e sonh sonhos os na Grad Gradiv iva a de Jens Jensen en”” e “Ato “Atoss obse obsess ssiv ivos os e religiosas”. - Visita Carl Gustav Jung. Conhece Karl Abraham. www.humanuscursos.com [email protected] 3485-8687 – 99308-1089 SOBRADINHO SOBRADIN HO – Setor Oeste– 

 

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1908

- Sandor Ferenczi visita Freud pela primeira vez, depoi Interpretação dos Sonhos. A partir deste encontro, trocam 1.200 cartas durante 25 - Acontece o Primeiro Congresso Internacional de Psican Salzburgo, com o título: "Encontro dos psicólogos freudiano congresso, em que 42 membros de 6 países estiveram p 6

1909

1910

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Freud-encontra-se com Ernest Jones Congresso pela primeira vez. Psica Acontece também o Primeiro sobre Salzburgo, Áustria. Hermine von Hug-Hellmuth se torna a mulher psicanalista de - Freud publica: “Sobre as teorias sexuais das crianças”, “ cr cria iatitivo voss e deva devane neio io”, ”, “Car “Carát áter er e erot erotis ismo mo anal anal”” e “Mor  “Mor  civilizada e doença nervosa moderna”. - Visita de Sándor Ferenczi. - Descoberta do complexo de castração. - Viagem aos Estados Unidos na companhia de Jung e - Reali ealiza za ci cinc nco o conf onferên erênci cias as de ini nici ciaç ação ão na psic psica an Universidade Clark (as Cinco lições de psicanálise). - Freud publica : “Análise de uma fobia em um menino anos” (Pequeno Hans), “Notas sobre um caso de neurose o (Homem dos Ratos) e “Romances familiares”. - Criada a a Internatio International nal Psychoanaly Psychoanalytical tical Association Association II Congresso Internacional de Psicanálise de Nuremberg, s Jung eleito seu primeiro presidente. A IPA virá a ser uma org inte intern rnac acio iona nall resp respon onsá sáve vell por por reun reunir ir as soci socied edad ades es de país pa íses es.. - O médi médico co chil chilen eno o Germ German an Greve reve apre aprese sent nta a freudianas pela primeira vez na América Latina, em um cong medicina em Buenos Aires. - Freud publica : “Um tipo especial de escolha de ob

pelos “Psicanálise selvagem ou silvestre” , “As das per futurashomens”, da terapia psicanalítica”, “A significação antitética primitivas”, “Cinco lições de psicanálise” e “Leonardo da Vin lembrança da sua infância” (inicio dos estudos da neurose à p - É realizado o Congresso de Weimar. - Acontece a renúncia de Alfred Adler da Sociedade Psi de Viena. - F Frreud pu p ublica: “F “Formulações so sobre os os do d ois pr princ func funcio iona name ment nto o ment mental al”, ”, “Not “Notas as psic psican anal alít ític icas as sobr sobre e u autobiográfico de um caso de paranóia” (Dementia paranoi Schreber). - Desc Descob obre re o conc concei eito to de narc narcis isis ismo mo,, graç graças as ao e www.humanuscursos.com [email protected] 3485-8687 – 99308-1089 SOBRADINHO SOBRADIN HO – Setor Oeste– 

   

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1912

psicose paranóica. - Ernest Jones cria a American Psycoanalytic A (APsaA). - Freud publica : “O manejo da interpretação de s psican psi canáli álise” se”,, “A dinâmi dinâmica ca da transf transferê erênci ncia”, a”, “Recom “Recomend enda a médi mé dico coss que que exer exerce cem m a psic psican anál ális ise” e”,, “Tot “Totem em e tabu tabu”, ”, “ 6

1913

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1918 1919 1920

tendência universal na à depreciação sobre o inconsciente psicanálise”.na esfera do amor” e “ - IIn nício do d o co c onflito en e ntre Ju J ung e Freud, ap após Ju Ju convencer Freud a dessexualizar sua doutrina. O conflito res ruptura definitiva entre eles. - É fundada a “Zeitschrift für Psychoanalyse”. - Freud publica : “O interesse científico da psicanális mentiras contadas por crianças”, “O tema dos três escríni disposição à neurose obsessiva”. - Ferenczi funda a Sociedade de Budapeste. - Ernest Jones funda a Sociedade de Londres. - JJu ung de deixa a presidência da da As Associação Internacion escreve : “A história do movimento psicanalítico”, “Sobre o na uma introdução” e “Moisés de Michelangelo”. - F Frreud pu publica: “Um caso de de paranóia que contraria psicanalítica da doença”, “As pulsões e suas vici “Observações sobre o amor transferencial” (Novas recom sobre a técnica da psicanálise III), “Reflexões para os te guerra e morte”, “O inconsciente” e “Recalcamento ou Repres - Freud publica: “Alguns tipos de caráter encontrados n psicanalítico” e “Sobre a transitoriedade”. - Freud publica : “Conferências in introdutórias sobre psi “Luto e melancolia”, “As transformações da pulsão exemplifi

erotitism ero smo o anal), anal anal”” “Suplemento (As (As tran transf sfor orma maçõ ções es do inst instin into to exem exempl plif ific ic erotismo metapsicológico à teoria dos “Uma dificuldade no caminho da psicanálise”, e “Tabu da virgi - Freud publica : “História de uma neurose infantil” (Ho Lobos). - F Frreud pu publica: “O “O es estranho”, “B “Bate-se nu numa cr crian criança é espancada), “Sobre o ensino da psicaná universidades” e “Introdução a psicanálise e as neuroses de g - A filha mais velha de Freud, Sofia, veio a falecer e dep neto, filho de Sofia. - Freud publica: “Memorando sobre o tratamento elé neuróticos de guerra”, escrito para o processo movido contra www.humanuscursos.com [email protected] 3485-8687 – 99308-1089 SOBRADINHO SOBRADIN HO – Setor Oeste– 

   

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Jauregg, “Mais-além do princípio do prazer”. - Fundação da policlínica de Berlim e do “International J Psychoanalysis”. - Segu Segund nda a teor teoria ia do apar aparel elho ho psíq psíqui uico co:: Is Isso so (Id) (Id),, E Supereu (Superego) e Mundo externo. - Segunda teoria das pulsões: pulsão de vida e pulsão 6

1921

1922-23

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1926 1927  

-repetição. Além do princípio do prazer. Descobre o conceito de com - N No o Br Brasil, em em Sã São Pa Paulo, Du Durval Ma Marcondes co com orientar para a psicanálise. - Freu Freud d publ public ica a : “Psi “Psico colo logi gia a das das mass massas as e anál anális is (Psicologia de grupo e a análise do ego). - Co Constata um um câ câncer no no ma maxilar de de F Frreud, o que o l cirurgias e a perder o maxilar superior, tendo de instalar prótese próte se para separar separar a boca. Primeira Primeira difusão das obras de espanhol na América Latina. - Freud publica “O eu e o isso” (O Ego e o Id), “Obs sobre a teoria e a prática da interpretação de sonhos”, “Dois de enci encicl clop opéd édia ia”” (“Psi (“Psica caná nálilise se”” e “Teo “Teori ria a da lilibi bido do”) ”),, “U descrição da psicanálise”, “A dissolução do complexo de Édip - Surgem os primeiros sinais de câncer de boca (m Primeira cirurgia. - Instauração do conceito de falo. - Morre o seu neto “mais “ mais amado”, Heinz. - Importância do conceito do Isso (Id) como o ca impessoal e mais estranho ao Eu (Ego). - A Sociedade Psicanalítica de Moscou passa a ser filia apesar de não receber o apoio de Ernest Jones. - A filiação é defendida por Freud desde 1922.

- Freudà publica: “O problema econômico do masoquis resistências psicanálise”. - Instauram-se as regras da psicanálise didática, que d seguidas por todos os integrantes da IPA. - Freud publica a sua auto-biografia, “Uma nota sobre Mágico”, “A denegação”. -Morre Karl Abraham - Freud publica : “A “ A qu q uestão da d a an a nálise le l eiga”, “ sintomas e angústia” (Inibições, sintomas e ansiedade) e “Psi - Fundação da Sociedade Psicanalítica de Paris. - Durval Marcondes e Franco da Rocha criam, em São Sociedade Brasileira de Psicanálise, a primeira sociedade fre fr e www.humanuscursos.com [email protected] 3485-8687 – 99308-1089 SOBRADINHO SOBRADIN HO – Setor Oeste– 

   

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1928

 América - Inicia-se o conflito entre europeus e americanos quanto à de não-médicos na IPA. Freud publica: “Fetichismo”, “O futur  ilusão”. - O conflito leva à fundação da Associação M Psicanálise em Paris, reservada apenas aos médicos. A As 6

1929 1930 1931 1932

1933-1939

1934 1935 1936

1937 1938  

 jamais- se filiará à IPA. Publicação da primeira revista brasileira de psican responsabilidade de Durval Ballegardi. - Freud publica: “Dostoievski e o parricídio”. - A Sociedade Brasileira de Psicanálise é admitida na I publica: “O mal-estar na cultura” (O mal-estar na civilização). - Freud rompe com Ferenczi. - Morre a mãe de Freud. - Freud publica : “Sexualidade feminina”. - Agravamento do câncer da mandíbula. - F Frreud pu publica : “N “ Novas co conferências iin ntrodutórias

psicanálise”, “A publicada aquisição e o 1933, controle fogo”, inglês “Por que a carta a Einstein Einstein publica da em emdo alemão, e fra Instituto Internacional de Cooperação Intelectual. - A te terminologia ffrreudiana é ba banida do do vo vocabulário da da p e da psicologia da Alemanha. A psicanálise é considerada c ci ciên ênci cia a judai udaica ca.. Neste este perí períod odo o há uma uma gran grande de emig emigr  r  psicanalistas alemães para a Argentina, Inglaterra e Estados Os livros de Freud são queimados na Alemanha. - JJu ung é de d enunciado po por ex excluir ju judeus de de um u ma s composta por psiquiatras e psicoterapeutas. É o início da pol adesão de Jung ao nazismo. - M Mu uitos tititulares ju judeus de de so sociedades de de ps psicanálise tê tê demitir para "salvar a psicanálise na Alemanha". - Adelheid Lucy Koch vem ao Brasil. Ela é a primeira ps didá di dátitica ca,, resp respon onsá sáve vell por por inic inicia iarr Durv Durval al Marc Marcon onde dess e o psicanálise. Também contribuirá para que a Sociedade Bra Psicanálise seja reconhecida pela IPA. - Freud publica: “Um distúrbio de memória na Acrópole”. - Em maio comemora 80 anos, bodas de ouro. - Freud publica: “Análise terminável e interminável”. - O Anschluss: Roosevelt e Mussolini intervêm em Freud. - Fugindo do nazismo, fixa residência em Londres com e filhos. Com a ascensão do nazismo, os seus livros são q www.humanuscursos.com [email protected] 3485-8687 – 99308-1089 SOBRADINHO SOBRADIN HO – Setor Oeste– 

   

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1939

em praça - Os nazistas revistam sua casa e levam seus objetos de c antiguidades. - Freu reud publica : “Construções em análise”, “Um es psicanálise”. - Publicação do final de “Moisés e o monoteísmo”.

1951

- Aos 83 do anos, 23 de durante setembro, Freud morre de u de mandíbula, qualem padeceu 16 anos. - Morre Martha Freud.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BIBLIOGRÁFICAS Nasio. J.-D. O PRAZER DE LER FREUD.Rio de Janeiro, Ed. Jorge Zahar, 1999. Freud, Sigmund. Obras psicológicas completas de Freud: Edição Standard Brasileira Vol XIX, Rio de Janeiro. Ed.Imago, 1996 Freud, Sigmund. Obras psicológicas completas de Freud: Edição Standard Brasileira Vol VII, Rio de Janeiro. Ed.Imago, 1996 Osborn Osbo rne, e, Rich Richard ard.. Freu Freud d para para Prin Princi cipi pian ante tes. s. Rio Rio de jane janeir iro o Editora Objetiva.2001 Mijolllla, Mijo a, Alai Alain n de . Dici Dicion onár ário io Inte Intern rnac acio iona nall da Psic Psican anál ális ise e : conceito, noções, Biografias,obras, eventos, instituições, Rio de Janeiro: Ed. Imago. 2005 Zimerman, David E .Fundamentos psicanalíticos : teoria, técnica e clínica : uma abordagem didática– Porto Alegre : Artmed, 2007.  http://menteelogica.blogspot.com.br/ Queiroz Jean-Michel , Ler  http://menteelogica.blogspot.com.br/ Freud – guia de leitura da obra de S. Freud/ Jean Michel Quinodoz : tradução Fátima Murad – Porto Alegre : Artmed,2007’ - http://www.ebp.org.Br  ; ; Laplanch, Jean, Vocabulário de psicanálise/Laplanch e Pontals; sob a direção de Daniel Laganch; Pedro Tamen – 4º Ed –São Paulo: Martins Fontes, 2001; Gay, Peter,192 Gay, Peter,1923 3 - FREUD, FREUD, uma vida vida para para nosso tempo/P tempo/Pete eter  r  Gay, tradução Denise Bottmanns – São Paulo Companhia das Letras, 1989 . MOURA, Joviane Aparecida de. O Método da Associação Livre. Psicologado, [S.l.].(2009).Disponível em: https://psicologado.com.br/abordagens/psicanalise/o-metodo-daassociacao-livre . Acesso em 2 Out 2020. www.humanuscursos.com [email protected] 3485-8687 – 99308-1089 SOBRADINHO SOBRADIN HO – Setor Oeste– 

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