apostila farmaco - laíse
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Apostila de farmacologia com diversos assuntos voltados a área médica...
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INTRODUÇÃ INTRODU ÇÃ O ÃÃ FÃRMÃCOLOG ÃRMÃCOLOGIÃ IÃ
CONCEITOS Droga: qualquer substancia (planta, medicamento) que interage com o organismo e dessa interação surge um efeito (bom ou ruim). Fármaco: droga bem definida e bem estruturada que produz efeito benéfico e interage com o organismo doente ou saudável. Medicamento: pode ser sinônimo de fármaco; conjunto de fármacos. Tóxico ou toxina: qualquer substancia que interage com o organismo e produz um efeito maléfico. Também chamado de veneno. Ex.: LSD alteração da percepção; pesquisado para ser utilizado como medicamento; em quantidade muito pequena podem ser absorvidos pela pele. Remédio: qualquer coisa (abraço, dormir, repouso, medicamento) que é benéfico ao ser humano (pode ser sinônimo de medicamento, contudo, nem todo remédio é medicamento). EFEITO PLACEBO Efeito biológico não decorrente da ação de um principio ativo especifico, mas sim de fatores psicológicos ou inespecíficos. Pode ser efeito fisiológico, psicológico o psicofisiológico. Ex.: substancias simples farmacologicamente inertes (açúcar, amido, lactose, talco, agua destilada); fatores psicológicos (atitude do paciente, fé no remédio prescrito, entusiasmo do medico pelo tratamento, apoio do enfermeiro ou farmacêutico). Placebo refere-se a substancia sem o principio ativo. Parece estar associada com substancias produzidas endogenamente, como a endorfina (analgésica e produz bem estar). ADESÃO AO TRATAMENTO Realização do tratamento de acordo como foi prescrito. Fatores que levam ao não cumprimento do tratamento: Grande numero de medicamentos (em idosos principalmente, porque ingerem muitos med). medicamentos da Rename ou da Remune, Dificuldade na obtenção do medicamento (prescrever medicamentos com o nome genérico) Disponibilidade comercial Esquecimento – Esquecimento – criar criar lembretes para não esquecer; lembrete adequado para cada paciente. Dificuldade de administração Falta de orientação sobre as reações adversas. Há formulários para controlar a adesão ao tratamento. O medicamento só pode ser cortado quando há o SULCO, pois é o que “garante” que a dose está dividida em partes iguais. DOSE EFETIVA MEDIANA: dose necessária para produzir determinada intensidade de um efeito em 50% dos indivíduos. Doses outras que produzem um efeito estável em outras proporções percentuais são designadas. Faz uma relação com peso e altura do indivíduo relacionado com a do animal.
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DOSE LETAL: quando o efeito observado é a morte dos animais experimentais, registra-se como DL10... Com base na dose terapêutica e efetiva tem-se uma margem para saber qual seria a letal e presumem com a do animal. ÍNDICE TERAPÊUTICO: Relação entre DL 50(letal)/DE 50(efetiva). Quanto maior o índice, maior a margem de segurança. SUPERDOSAGEM: testes em humanos, animais. Deve ser comparada com a dose terapêutica. Ex.: pode ser até centenas de vezes maior do que a dose terapêutica (alta faixa de segurança). A dose terapêutica faz-se com base na dose efetiva e com regra de 3 encontra-se a dose toxica. 1ml = 20 gotas ETAPAS DA CRIAÇÃO DOS FÁRMACOS Podem ser produzidos através de minerais, animais (ex.: captopril – captopril – vem vem do veneno da jararaca) e de plantas. Para cada 10.000 substancias testadas, 9.990 não seguem o percurso. 1- Determinada planta é indicada – indicada – geralmente geralmente indicação popular 2- Indústria farmacêutica 3- Estuda os efeitos da substancia e para que serve 4- Teste em órgãos isolados 5- Teste em pequenos animais 6- De 10.000 substâncias, apenas 10 comprovam a eficácia 7- Testes em humanos saudáveis – saudáveis – para para relatar o que ocorreu de inesperado no organismo e prever as indicações e contra indicações. 8- Teste em um grupo seleto (controle/experimental). 9- Teste em um grupo de pacientes teste em nível hospitalar, ambulatorial (controle – (controle – experimental – experimental – padrão padrão outo comparação com os efeitos da terapia). Para que o medicamento seja lançado, ele precisa ser melhor que o padrão ouro, tendo t endo menos efeitos colaterais indesejados. Das 10 substancias, apenas, 1 é lançada porque muitas delas são retiradas na etapa 9. Durante os 10 primeiros anos o medicamento está protegido pela lei das patentes, onde o nde o laboratório que o lanço fica com todo t odo o lucro e tem t em exclusividade de produção e venda para garantir que irão superar o dinheiro investido durante os anos de pesquisa. Após esse tempo outros laboratórios produzem similares (com o mesmo principio ativo mas nome fantasia) e genéricos (para surgir precisa passar pelo teste de bioequivalência). bioequivalência). Quando o nome fantasia do similar é muito bom pode haver um sucesso ainda maior desse produto. CURVAS DE CONCENTRAÇÃO PLASMATICA Concentração x tempo Revelam o comportamento de um medicamento na corrente sanguínea, podem não agir diretamente, mas possuem a relação com os órgãos ou tecidos. O gráfico não diz se o medicamento está ou não fazendo efeito no organismo, ou se está ou não sento toxico. Geralmente, esses valores já vem prontos, e podem ser colocados no gráfico (ex.: concentração plasmática necessária para o medicamento começar a agir – agir – nível nível plasmático efetivo – efetivo – ao mesmo tempo saber em quanto tempo a concentração plasmática passa a ser menor do que o nível plasmático efetivo).
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Área under (sob) the curver (AUC) serve para dizer se uma droga teste pode ser genérica os valores têm que ser iguais ou até 80% iguais aos de referência. r eferência. Para saber o efeito tem t em que conhecer o nível plasmático efetivo/ concentração mínima efetiva - CME, acima desse momento sabe-se que ela está fazendo efeito e o tempo, abaixo disso não. Preciso usar dentro do tempo que eu não observe a queda desse nível efetivo. Consegue observar se a substância usada em níveis elevados tem nível tóxico (CMT) e a partir de qual concentração isso ocorre. O ajuste de dose é muito m uito dependente dessa curva, pois assim sabe-se quanto de medicamente tem no organismo após o tempo de meia-vida. Medicamentos podem podem ser tomados a cada 6horas, 8hrs, 12hrs ou 24hts. Dosagem para crianças, adultos e idosos são diferentes, tendo seu nível plasmático efetivo e tempo de meia vida plasmático diferentes.
Pró-droga: entra no corpo de forma inativa, e dentro dele se tornam ativas (são metabolizadas). Efeito benéfico: farmacoterapia (usar medicamento para tratar condição especifica); diagnostico; profilaxia; contracepção. Fatores que interferem no efeito de uma droga: ligados ao paciente; ligados a droga; ligados a administração; não farmacológicos. Fatores ligados a administração: quando não se adequa – adequa – não não consegue engolir todo o comprimido, não gosta de injeções.
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FÃRMÃCOCINÉ TICÃ Bibliografia: Rang, Dale Conceito
É a parte da farmacologia que estuda a movimentação dos fármacos dentro do nosso corpo. Sabe-se mais ou menos para onde a droga vai. A partir da farmacocinética que se tem noção do quanto em termo de concentração; quando em termo de tempo; onde em relação ao órgão. Medicamentos off label são os que não são prescritos com a indicação que usam. Ex.: dramin para dormir.
Fatores que afetam a farmacocinética:
Para se movimentar dentro do corpo há dois fatores importantes: lipossolubiilidade e grau de ionização. Lipossolubilidade: O corpo é dividido em compartimento e cerca de 70% dele é água. Somos um conjunto de compartimentos aquosos revestidos por membranas lipídicas. A começar pela célula que é um compartimento aquoso revestido por membranas lipídicas. Células tecidos órgãos Para que uma droga saia do ponto onde ela é administrada e chegue a qualquer lugar do corpo, ela tem que ter a habilidade de atravessar as barreiras lipídicas e os compartimentos aquosos. Quanto mais a capacidade da substancia de se difundir em meios lipídicos, mais facilmente ela chega nos lugares. Coeficiente de partição oléo/água é a habilidade de se difundir tanto em meios lipídicos quanto aquosos. Se o coeficiente for igual a 1 mesma capacidade de se difundir tanto em agua quanto lipídios. Maior que 1 mais solúvel em lipídios do que em agua. Menor que 1 mais solúvel em agua do que em lipídios. Quando menor a Lipossolubilidade, menos o medicamento está agindo, menor o campo de ação e os avanços que ele vai fazer.
Grau de ionização: Capacidade de formar íons. Os fármacos são ácidos fracos e bases fracos; geralmente dentro do organismo os ácidos são carboxílicos e as bases são aminas. HA ↔ H+ + AHA é a fração não ionizada, apolar. H+ e A- é a fração ionizada, polar. Ions possuem cargas que “fornece” polaridade as substancias. A porção apolar é mais lipossolúvel, atravessa as barreiras lipídicas. pH na boca em torno de 5 ou 6. Estomago pH de 1 a 3,5. Fração proximal do intestino de 4 a 6. Fração distal do intestino de 7 a 8. Absorção – entrada na corrente sanguínea. AAS tomado com leite dificulta a absorção do medicamento. Algumas substâncias (como leite) podem favorecer ou desfavorecer a ionização da droga.
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O alimento pode alterar o pH do corpo e melhor definir a absorção do medicamento. Absorção é a entrada na corrente sanguínea na forma apolar, que pode ser absorvida no estômago. Quanto está no estomago, já com bastante prótons H+, a droga acida se mantém na forma não ionizada, sendo absorvido em ambientes ácidos (pois está na forma apolar, não ionizado), com carga a droga não atravessa "Quando a droga é mais alcalina, ela vai ser absorvida em ambiente mais alcalino. O pK define quando a droga vai estar 50% ionizada e 50% não. pH e ionização: um fator complicador importante em relação a permeação da membrana é o fato que muitos fármacos são acidos ou bases fracas, existindo portanto tanto na forma não-ionizada quanto na ionizada; a razão entre as duas formas varia com o pH. Para uma base fraca a reação de ionização é
exemplo: morfina – base de pKa em torno de 8. Quanto maior que 8, mais predomina na forma não ionizada (vai para qualquer lugar); menor que 8 vai mais lenta para os diferentes lugares. - Aspirina pKa em torno de 3,5; a aspirina no estomago quando ele está bem cheio fica 50% ionizada e não ionizada, droga é absorvida de forma mais lenta; quanto mais vazio o estomago fica mais na forma não-ionizada, então a absorção dela fica mais rápida com o estomago vazio. - peptidina é uma base, no estomago ioniza, então, fica presa no estomago (tem dificuldade de sair) se embrulha no bolo alimentar e segue o fluxo com o bolo alimentar. Feita para atuar no tubo entérico. Fenobarbital – gardenal muito lipossolúvel; a partir de um momento fica armazenado na gordura e se o paciente resolve emagrecer o medicamento “volta a atuar” como se tivesse acabado de ingerir o medicamento.
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Tipos de transporte: o mais comum é a difusão, mas também tem filtração, pinocitose, par de íons e o transporte ativo facilitado por um transportador, atualmente citam apenas 3 tipos.
Vias de administração Absorção é definida como passagem de um fármaco de seu local de administração para o plasma.
Portanto, ela é importante para todas as vias de administração, exceto a intravenosa. Existem casos, como a inalação de um bronco dilatador na forma de aerossol no tratamento da asma, em que a absorção, como definida acima, não é necessária para que o fármaco atue, mas na maioria dos casos o fármaco deve entrar no plasma antes de chegar a seu local de ação. Vias de administração: oral; sublingual; retal; aplicação em outras superfícies epiteliais (ex.: pele, córnea, vagina, mucosa nasal); inalação; injeção (subcutânea, intramuscular, intravenosa, intratecal). Via endovenosa não tem absorção porque “ela não entra, é colocada lá dentro”. Tem ação sistêmica, mas não tem absorção pois já é colocada lá dentro. Via endovenosa tem efeito rápido; não há perda. É invasivo, requer técnica, tem risco de contaminação microbiana, e pode transmitir doenças pelo uso inadequado, difícil de reverter pelo efeito rápido. Para efeito de urgência. Ação local: não se quer que tenha absorção porque devem agir apenas no local. Quando administra no local para agir. Conjuntivite – pinga coloria no olho; congestão nasal – descongestionante nasal. Se a absorção ocorrer vai ter um efeito sistêmico e muitas vezes indesejável. Vantagem: reduz os efeitos indesejáveis sistêmicos. Desvantagem: difícil de garantir quantidade adequada para o tratamento. Ação sistêmica: precisam ter absorção. Administrada em qualquer local, desde que esse permita sua absorção (entrada na corrente sanguínea). Via oral: desvantagem compete com o alimento; favorece a auto medicação; compete com o sistema digestivo; interferência na ação de enzimas e do pH. Vantagem: fácil aplicação. Vias de administração: oral; sublingual; retal; aplicação em outras superfícies epiteliais (ex.: pele, córnea, vagina, mucosa nasal); inalação; injeção (subcutânea, intramuscular, intravenosa, intratecal). Via injetável: vantagem: ação rápida. Desvantagem: risco de contaminação, difícil reversão, requer técnica. Drogas com ação local (não requer absorção para manter a sua ação) e drogas com ação sistêmica.
Etapas da farmacocinética
Absorção: entrada a corrente sanguínea, não é necessariamente garantia de que vai chegar à grande
circulação a alcançar qualquer órgão. Realmente vai entrar na corrente sanguínea. Fatores importantes para absorção: via oral Metabolismo de primeira passagem: relacionado com a via oral. Passa primeiro pelo fígado (filtro que seleciona; é um agente detoxicador; ataca quimicamente a substancia e tenta jogar para fora, nessa tentativa às vezes ele elimina parte da substancia e leva a perdas ou transforma a substancia em algo ativo ou inativo) que é o metabolismo pré-sistêmico, ocorre antes de chegar na circulação sistêmica. Pré-sistêmico, uma pré-passagem no fígado, pode contribuir para diminuir a quantidade de droga que vai chegar na circulação sistêmica. Biodisponibilidade: o que realmente chega à circulação sistêmica. A quantidade de droga que alcança a circulação sanguínea sistêmica e dai sim será distribuído pelo corpo. “É a fração de uma dose ingerida de um fármaco que tem acesso à circulação sistêmica. Ela pode ser baixa porque é
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incompleta ou porque o fármaco é metabolizado na parede intestinal ou no fígado antes de alcançar a circulação sistêmica.” Biodisponibilidade baixa é o que garante muitas vezes a ausência de efeitos indesejáveis. Ação local, anestésico local, deve ser baixa. Sibutramina baixa disponibilidade. Define a necessidade de correção de dose. Biodisponibilidade relativa Se não passar pelo fígado a biodisponibilidade aumenta, não o deixando o pró-fármaco tornar-se ativo (fármaco), ela tem que ser respeitada e não alta, um broncodilatador, por exemplo, tem esse valor baixo, assim sendo mais raro efeitos indesejados. Metabolismo pré-sistemico: alguns fármacos são eliminados com tanta eficácia pelo fígado ou parede intestinal que a quantidade chega a circulação sistêmica é consideravelmente menor do que a absorvida. A isso se chama metabolismo de primeira passagem ou pré-sistemico que reduz a biodisponibilidade do fármaco, mesmo quando ele é bem absorvido no intestino. O metabolismo pré-sistemico é importante para muitos fármacos terapêuticos o que é problemático por que: 1- É necessária uma dose muito maior do fármaco quando é administrado por via oral do que por outras vias; 2- Ocorrem grandes variações individuais na extensão do metabolismo de primeira passagem de determinados fármacos, resultando em imprevisibilidade de efeitos quando de sua administração por via oral. Metabólico de primeira passagem pode ficar no organismo mais tempo que o medicamento em si, podendo ser responsável pelos efeitos adversos 1. Por isso, alguns remédios não são indicados para hepatopatias (pois neles, o pró-fármaco não será transformado em fármaco); 2. Medicamento pode absorver uma porcentagem, só que o total dela não chega ao órgão, tendo perdas em outras regiões, mas outros podem ser excretados integralmente (essa porcentagem que foi absorvida); 3. BIODISPONIBILIDADE DEFINE A NECESSIDADE DE REAJUSTE DAS DOSES, da oral para a endovenosa;
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Distribuição: ocorre a partir da corrente sanguínea.
A droga chega e será distribuída. Sangue, e dentro do vaso a droga pode ficar livre ou ligada. É a partir do sangue que a droga pode chegar aos diferentes órgãos. Isso define o quanto de droga o órgão irá receber, quanto mais vascularizado o órgão for mais droga ele recebe. No sangue é ligado as proteínas do sangue – proteínas plasmáticas. Dessas proteínas, a mais comum é a albumina. Essas proteínas funcionam como uma pequena balsa, onde a droga se liga e vai veicular ligada a ela. Tende a ser inativa na corrente sanguínea. Demora mais para chegar no órgão. A DROGA LIGADA A PROTEINA É INATIVA. Droga livre - A droga pode chegar ao órgão sem ser ligada a proteína e chega mais rápido e pode se tornar rapidamente ativa porque chegou mais rápido no órgão. Metabolizada, eliminada mais rapidamente. A curva plasmática dessa droga que tende a não se ligar é mais rápida. Distribuição dos fármacos: os principais compartimentos são: plasma (5% do peso corporal); liquido intersticial (16%); liquido intracelular (35%); liquido transcelular (2%); gordura (20%). O volume de distribuição é definido como o volume de plasma que poderia conter todo o conteúdo corporal do fármaco em uma concentração igual a do plasma. Fármacos que são lipossolúveis ficam confinados principalmente no plasma e no liquido intersticial; a maioria não penetra no cérebro após uma dose aguda. Os fármacos lipossolúveis chegam a todos os compartimentos, podendo acumular-se na g ordura. Para os fármacos que se acumulam fora do plasma (ex.: na gordura ou ligados nos tecidos), o volume de distribuição pode exceder o volume corporal total. Biotransformação: os fármacos transformados são aqueles que precisam se tornar menos
lipossolúvel. É uma etapa que tem como objetivo formar produtos menos lipossolúveis e mais facilmente excretados, assim, essa fase é extremamente importante para drogas que possuem eliminação do corpo via renal (via mais comum de excreção). Têm-se outras vias de excreção que são: via fecal, suor, cabelo, unhas, qualquer secreção, ar expirado, leite materno (a mulher excreta drogas pelo leite, mas esse leite vai entrar no organismo do bebê que não tem maturidade metabólica para atacar quimicamente aquela droga). Elimina-se droga do corpo pela via renal, intestinal. Tem como objetivo modificar a droga para facilitar a excreção, deixando a droga mais polar. Processo que facilita a via de excreção (principalmente a urinaria) há diversas vias de excreção e em todas elas saem drogas, as principais são a urinaria, a fecal e a mamaria (importante pois a droga não é jogada fora, o bebê ingere, além disso, o leite produzido pelos animais e ingeridos pelos humanos também pode possuir drogas). Pode ocorrer em qualquer lugar do corpo, mas geralmente ocorre no fígado e geralmente através de enzimas do citocromo (CYP) P450.. Alguns fármacos precisam do ciclo de biotransformaão para poder realizar o seu efeito. Biotransformação divide-se em duas etapas. Geralmente a droga participa das duas etapas. Etapa 1 biotranformação geralmente ocorre no fígado e ocorre através da ação de enzimas do citocromo P450 (conjunto de enzimas que atacam quimicamente esse droga). O ataque químico visa quebrar a droga, quebrar em pontos estratégicos através de reação de droga que visa expor na estrutura da droga ganchos (radicais); esses ganchos são polares (grupamentos como hidroxila, carboxila, sulfidrila, amina OH, COOH, SH, NH2 – respectivamente). Reações de quebra como oxidação, hidroxilação, desalquilação, desaminação, hidrolise. O produto após a fase 1 é reativo. Etapa 2 etapa de conjugação. Nessa etapa o fígado pega produtos que se tem produzido e gruda no gancho. Esses ganchos podem ser aminoácidos como glicina; peptídeos. E ocorre o “gancho”. E a molécula ficou menos lipossolúvel. O produto após a fase 2 é inativo e sai facilmente.
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As reações de fase I envolvem oxidação, redução e hidrolise. Geralmente formam produtos quimicamente mais ativos, tóxicos ou carcinogênicos. Com frequência envolvem um sistema monoaminooxigenase, no qual o citocromo P450 desempenha papel fundamental. As reações de fase II envolvem a conjugação (por exemplo, glicuronidação) de um grupo reativo (geralmente inserido durante a reação de fase I) e normalmente levam à formação de produtos inativos e polares que são eliminados facilmente. Alguns produtos conjugados são eliminados pela bile, reativados no intestino e depois reabsorvidos (circulação entero-hepatica). A indução das enzimas P450 pode acelerar acentuadamente o metabolismo hepático de fármacos. Em consequência, pode haver aumento da toxicidade de fármacos que possuem metabólicos tóxicos. O metabolismo pré-sistêmico no fígado ou na parede intestinal reduz a biodisponibilidade de diversos fármacos quando são administrados via oral.
Quanto mais polar menos tempo fica no organismo. Eliminação de fármacos pelo rim A maioria dos fármacos atravessam livremente o filtro glomerular, a não ser que apresentem uma extensa ligação com proteínas plasmáticas. Muitos fármacos, especialmente os ácidos e bases fracas, são secretados ativamente para o interior do túbulo renal, sendo eliminados mais rapidamente. Fármacos lipossolúveis são reabsorvidos passivamente por difusão no túbulo, não sendo eficientemente eliminados na urina. Devido a partição pelo pH, acidos fracos são eliminados mais rapidamente em uma urina alcalina e vice-versa. Diversos fármacos importantes são removidos predominantemente por eliminação renal, podendo causar toxicidade em idosos e pacientes com doença renal. Gráfico slide Efeito do pH urinário na eliminação de fármacos. Como o fenobarbital é acido . Alcalinizar a urina aumenta a excreção de drogas ácidas. A alcalinização força a droga acida a se ionizar, ao se ionizar fica presa no túbulo renal e “sai”. A acidificação da urina aumenta a velocidade de eliminação renal da anfetamina, reduzindo sua concentração plasmática e seus efeitos no estado mental do paciente.
PERGUNTAS 1-
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2- uma jovem senhora tentando evitar uma gravidez indesejada opta pelo uso de anticoncepcionais. Entretanto, sofre sempre com náuseas, vômitos, o que torna a via oral desaconselhável. Qual via alternativa de administração para este tipo de medicamento? Qualquer outra que exista para esse tratamento. Qualquer outra via que libere hormônio. 3- uma criança precisa fazer uso de analgésicos e anti-inflamatorios para o tratamento de uma amigdalite branda. A criança tem dificuldade de engolir drágeas e comprimidos e frequentemente relata queimação no estomago. Quais as vias de administração indicadas neste caso? Qualquer outra via disponível para esses medicamentos. No caso da criança usaria via oral liquida, mas refere queimação, pode-se pensar na via retal – via alternativa importante e para criança melhor do que a injeção.
FÃRMÃCODINÃ MICÃ Parte da farmacologia que estuda a dinâmica dos fármacos. Como agem no organismo. Droga interagindo com o organismo receptor; essa interação é especifica e ocorre principalmente com proteínas alvos e dessa interação surge um efeito/ uma consequência; um efeito que pode ser desejado e surgir uma indicação e um efeito que pode ser indesejado e surgir uma contraindicação. Essas proteínas alvos são de quatro principais tipos: receptores; enzimas; canais; transportadoras. Ex.: adrenalina interage com receptores adrenérgicos beta aumenta batimentos cardíacos o que é desejado numa bradicardia e indesejado numa taquicardia. Alvos para ação das drogas Uma droga é um produto químico que afeta a função fisiológica de um modo especifico. As drogas, na sua maioria, são eficazes porque se ligam a proteínas alvos-especifica.: A especialidade é reciproca: classes individuais de drogas se ligam somente a certos alvos, e alvos individuais reconhecem somente certas doses de droga. Nenhuma droga é completamente especifica na sua ação. Em muitos casos, o aumento da dose de uma irá afetar outros alvos que não o principal e levar a efeitos colaterais. Receptores Afinidade (tendência a Atividade intrínseca Efeito se ligar) (sinônimo de eficácia) – capacidade de uma vez ligado ativar o receptor Agonista Possui afinidade Possui atividade Efeito direto (da intrínseca ativação do receptor) Antagonista Possui afinidade Não possui atividade Efeito indireto, mas intrínseca possui o efeito. Esse efeito advém do bloqueio/da ação do ligante endógeno. Ex.: adrenalina é um agonista do receptor adrenérgico. Ao atuar nesses receptores adrenérgicos, exemplo, β1 (aumenta o batimento cardíaco), β2 (causa broncodilatação).
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Propanolol é um antagonista do receptor adrenérgico. Impede que a adrenalina atue. β1 (diminui o batimento cardíaco); β2 (broncoconstrição). Usado na HAS, angina, taquicardia. Contraindicação para pacientes que possuem asma porque faz broncoconstrição.
Agonista total – droga que produz 100% da resposta total do tecido. Pode produzir efeitos máximos; tem alta eficácia. Agonista parcial – a resposta é parcial; produzem efeitos submáximos, eficácia intermediaria. Para os antagonistas a eficácia é zero, não produz resposta Antagonismo competitivo – quando duas drogas se ligam aos mesmos receptores. Ambas as drogas que se ligam aos mesmos receptores: o antagonismo pode ser reversível ou irreversível. Para reverter a ação do antagonista, pode dar um agonista (vai competir com o antagonista) (??) Antagonismo não competitivo – o antagonista interrompe a associação receptor - efeito. Não disputa o mesmo sitio, impede o efeito.
Agonistas, antagonistas e e ficácia: Cada parte de uma droga pode agir em mais de um receptor, podem ser
em agonistas ou antagonistas Os agonistas iniciam mudanças na função celular, produzindo efeitos de vários tipos; os antagonistas se ligam aos receptores sem iniciar tais mudanças A potência agonista depende de dois parâmetros: afinidade (tendência a ligar-se aos receptores) e eficácia – atividade intrínseca (capacidade, uma vez ligado, para iniciar mudanças que levam aos efeitos).
Antagonismo entre drogas: ocorre por vários mecanismos antagonismo químico - interação em solução, interrompe a associação entre receptor e efeito uma antagoniza ação da outra Antagonismo farmacocinético: uma droga que afeta a absorção, metabolismo ou excreção da outra. fisiológicos opostos, mais Antagonismo fisiológico - dois agentes que produzem efeitos predominam em situações distintas e vivem bem.
Canais iônicos: entrada ou saída de ions (permeabilidade). Bloqueador bloqueia a abertura de canal
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Modulador modula quem entra e quem sai, e a quantidade. Ex.: Balcor : bloqueador dos canais de cálcio. É indicado em qualquer condição onde diminuição do batimento cardíaco e vasodilatação seja indicada – utilizado para tratamento de HAS, pois diminui o debito cardíaco e a resistência periférica – não age nem no cálcio nem no receptor, por isso o influxo causa duvida se está modulando ou bloqueando.
Interação com enzimas Enzima – ptn com atividade catalítica. Inibidor: reação normal inibida. Ex.: droga anti-inflamatória Substrato falso: metabolito anormal produzido. Ex.: felcromocitoma (tumor na suprarrenal) muita adrenalina acaba causando hipertensão, remédio faz com que seja produzida adrenalina menos potente baixando a pressão. Pró-droga: droga ativa produzida (se aproveita da enzima para se tornar ativa). Interação com transportador: catapultas, ligante endógeno é catapultado para dentro. Inibidor: se ligar ao alvo. Inibe o transporte, reabsorção - pode entrar no lugar do ligante, ou interromper o transporte (braço transportador). Transporte bloqueado Substrato falso (transporte da droga falsa): compete com o verdadeiro. Famílias de receptores de transdução de sinal: essas famílias determinam um tempo de efeito diferenciado Tipo 1: efeito milissegundos – receptor ligada a canal iônico – sinal: ocorre transdução Tipo 2: efeito segundos – receptor acoplado a proteína G – atua no receptor, ativa ptn G, ativa enzima, pode liberar cálcio o ptn e depois produzir o efeito. Tipo 3: efeito horas ou dias – receptor ligados a quinases – fosforila algo e depois produz o efeito Tipo 4:efeito horas, dias ou até semanas – receptor nuclear
Exemplo dado em sala SUMAX (**PROVA) 1- a) qual o alvo que interage para exercer seus efeitos
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farmacológicos? Receptores do tipo 5-HT1 age na fechadura 2- b) Possui atividade intrínseca? Sim, pois é um agonista 3- c) Efeito farmacológico? Vasoconstrição 4- d) Indicação terapêutica? Situações em que a vasoconstrição seja desejada como a enxaqueca.
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TRÃNSMISSÃO ÃDRÉNÉRGICÃ
Estuda todas as sinapses que usam a noradrenalina como neurotransmissora. SN Central relacionado ao humor e sistema de recompensa; ao ciclo sono-vigília e controle central de pressão arterial Periférico: SNA simpático funções contrateis secretoras e metabólicas. Quanto mais uso clinico o medicamento tem, mais perigoso ele é. Transmissão adrenérgica: Tirosina dopa dopamina noradrenalina É liberada na fenda, atua em receptores específicos para ela. Recaptada para ser degradada pela Enzima MAO tirosina Alfa e beta Alfa 1 vasoconstrição Alfa 2 receptor pré-sinaptico de axônio diminui liberação da própria noradrenalina Beta 1 aumenta batimento cardíaco (receptor presente no coração) Beta 2 broncodilatação, relaxamento uterino e tremor (na musculatura esquelética, tremor de extremidade) Beta 3 lipólise Neurônio adrenérgica – termina em varicosidade que constitui ou pode ser parte de um botão sináptico, parte de uma sinapse. Um único neurônio adrenérgico pode fazer sinapse com varias células. Síntese da noradrenalina captação em vesículas de armazenamento liberação do neurotransmissor ligação ao receptor remoção da noradrenalina metabolização Se diminui a síntese, diminui noradrenalina. Se aumenta a liberação, aumenta quantidade de noradrenalina na fenda. Se aumenta a recaptação, aumenta a degradação, diminui a noradrenalina no sistema. No terminal pré-sinaptico MAO (monoaminooxidase) Na célula pós COMT (catecoortometil transferase) tem como substrato as aminas que
possuem os grupamentos catecol.
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Síntese e liberação da noradrenalina em um neurônio adrenérgico: síntese de noradrenalina, a partir da tirosina. Armazenamento precisa ocorrer para não ocorrer a degradação da NA e não ser utilizada pela MAO. Captação em vesículas de armazenamento: a dopamina entra na vesícula e é convertida em noradrenalina. No terminal pré-sináptico tem a MAO – monoaminosidade, oxida todas as monoaminas – e em alguns órgãos inervados pela fenda, nas céls pós-sináptica - COMT – catecolortometil transferase. Liberação do Neurotransmissor: o influxo de Ca+ causa fusão da vesícula com a membrana celular. Ligação a receptor: o receptor pós-sináptico é ativado mediante ligação com neurotransmissor Remoção da noradrenalina: a noradrenalina liberada é rapidamente captada pelo neurônio. * A captação pode ser impedida pela cocaína e imiprina Aumenta a recaptação, não degrada a NA Metabolização: a noradrenalina é metilada pela COMT e oxidada pela MAO (monoaminaoxidade, faz degradação)
Parkinson há deficiência de dopamina, mas há noradrenalina, pois a tirosina vai para os outros neurônios, mas não vai para o que produz dopamina. Dopamina não passa a barreira hemato encefálica, por isso não dá usar a dopamina diretamente. FILME: TEMPO DE DESPERTAR. Usa-se como tratamento a levodopa, introduzida no mercado mais ou menos na década de 60 e ainda hoje é a droga de escolha para tratar o Parkinson. O que foi descoberto foram estratégias que melhoram a utilização do medicamento. Deve ser utilizado em pequenas doses para retardar a evolução da doença. Dopa passa barreira hemato encefálica, mas pouco. Levodopa com inibidor da dopa descarboxilase, atua na periferia, impede que a dopa vire dopamina na periferia. Quanto mais tardar o uso de levodopa melhor, pois precisa deixar para quando a situação está piorando para ter o que usar. Classificação dos receptores adrenérgicos Adrenalina (Ad), isoprenalina (iso), noradrelina (NA) Alfa: noradrenalina mais seletiva que adrenalina que isoprenalina NA>Ad>Iso Beta: isoprenalina mais seletiva que a adrenalina que a noradrenalinaa Iso> Ad> NA A principal classificação farmacológica subdivide-se nos subtipos alfa e beta, baseados originalmente na ordem de potencia dos agonistas, e posteriormente, em antagonistas seletivos.
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Catecolaminas: endógenas: noradrenalia, adrenalina, dopamina. Sintética: isoprenalina (retirada do mercada, porque causava broncodilatação mas como efeito indesejado aumentava o batimento cardíaco). Ações da noradrenalina Outros efeitos na musculatura esquelética causando tremor; liberação de histamina. Por isso se utiliza preferencialmente a adrenalina na PCR, pois ela tem um efeito maior em alfa, que vai agir direto no coração aumentando seus batimentos. Choque anafilatico Musculatura lisa contração da musculatura lisa por estimulo de alfa 1; relaxamento da musculatura lisa (brônquica, uterina) por alfa 2. Terminações nervosas efeito inibitório Coração efeitos estimulantes por atuação nos receptores beta 1 Metabolismo convertem as reservas energéticas em combustíveis
Efeitos das drogas nas transmissões noradrenergicas Influencia na quantidade de noradrenalina endógena disponível, afetando: a síntese, o armazenamento, a liberação, a captação, a degradação. Metildopa: alvo é na síntese. “engana a enzima funcionando como um substrato falso e ao invés de produzir noradrenalina produz o neurotransmissor falso”. Funciona como um agonista alfa 2. Diminui a liberação de noradrenalina. Indicação para uso de como anti-hipertensivo, usado em tumores de suprarrenal, hipertensão na gravida.
A metildopa da origem a um falso transmissor (metilnoradrenalina), que é um agonista alfa 2 – adrenérgico potente, assim causando uma forte retroalimentação inibitória pré-sinaptica (bem como ações centrais).
Aminas simpaticomiméticas (anfetaminas): aumenta a liberação de noradrenalina, mas diminui o armazenamento, diminui a degradação e diminui a receptação. Aumenta a quantidade de noradrenalina na fenda. Uso para TDAH, já foi utilizado como medicamento para emagrecer, utilizado localmente como descongestionante nasal, e anestésico local (na odontologia). As aminas simpaticomiméticas de ação indireta (exemplo anfetamina, efedrina, tiramina) são acumuladas pela captura 1 e deslocam a noradrenalina das vesículas permitindo seu escape. O efeito é muito aumentado pela inibição da MAO, que pode levar a hipertensão grave após a ingestão de alimentos ricos em tiramina por pacientes tratados com inibidores da MAO. Os agente simpaticomiméticos de ação indireta são estimulantes do SNC. O metilfenidato (ritalina) e a atomoxetina são usadas para tratar o déficit de atenção com hiperatividade.
Cocaína ou antidepressivo tricíclicos: só bloqueiam a captação. Os fármacos que inibem a captura 1 incluem cocaína e fármacos antidepressivos tricíclicos. Os efeitos simpáticos são aumentados por tais fármacos.
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•
Metildopa: interfere na síntese (produzindo NA falsa) e interfere no receptor alfa2
• Aminas simpaticomiméticas de ação indireta: fenilefrina, oximetazolina, anfetamina. Imitam o simpático, aumenta a liberação de NA, diminui a degradação, diminui o armazenamento, diminui a captação, fica na fenda: ↑ FC, força de contração do miocárdio, inibição motilidade intestinal • •
Antidepressivo tricíclicos: ↓ receptores Antidepressivo: inibidor da MAO ↓ degradação
Interação com receptores adrenérgicos Agonistas de receptores adrenérgicos Noradrenalina e adrenalina mostram relativamente pouco seletividade de receptor. Agonistas alfa 1 seletivos incluem fenilefrina e oximetazolina. Agonistas alfa 2 seletivos incluem clonidina e alfa-metilnoradrenalina. Esses agentes causam queda da pressão sanguiena, em parte por inibidação da liberação de noradrenalina e em parte por uma ação central. A metilnoradrenalina é formada como falso transmissor a partir da metildopa, desenvolvida como um fármaco hipotensor. Agonistas beta 1 seletivos incluem a dobutamina. O aumento da contratilidade cardíaca pode ser útil clinicamente, mas todos os agonistas beta 1 adrenergicos podem causar arritmias cárdicas. Dobutamina é uma droga que pode ser usada na insuficiência cardíaca. Agonistas beta 2 seletivos incluem salbutamo, terbutalina e salmeterol, usados principalmente na asma por sua ação broncodilatadora. Salbutamol pode ser usado em gravidas, injetável para produzir relaxamente uterino. Agonistas beta 3 seletivos podem ser desenvolvidos para o controle da obesidade - lipólise. Poucos conhecidos no mercado, alguns atuam na incontinência urinária.
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USOS CLINICOS DOS ANGONISTAS DE RECEPTORES ADRENERGICOS Porque associar vasoconstritor com anestésico local? Contrai o vaso e dificulta a entrada do anestésico local para a corrente sanguínea. Diminui o risco de efeitos indesejados sistêmicos e diminui o risco de hemorragia. Adrenalina e fenilefrina – dois vasoconstritores mais utilizados. Mas entre os dois é mais a adrenalina por ser mais barata. Adrenalina em associação com anestésico local não deve ser utilizado quando a pessoa é hipertensa e cardiopata. Uso de clonidina no tratamento da obesidade, não está na diretriz do tratamento da obesidade, parece estar relacionado com o comer compulsivo. Alguns efeitos adversos observados com agonistas adrenérgicos: insônia, náusea, tremores, cefaleia, hiperatividade, arritmias cardíacas
Antagonistas adrenérgicos Não seletivos entre receptores beta 1 e beta 2 – adrenérgicos: propranolol, alprenolol, oxprenolol. Seletivos para beta 1: atenolol, nebivolol Alprenolol e ocprenolol tem atividade agonista parcial. Muitos usos clínicos. Pior para o medicamento, porque pode ter mais riscos. importantes são broncoconstrição e bradicardia com insuficiência cardíaca Riscos (possivelmente menos com agosnistas parciais). Efeitos colaterais incluem extremidades frias, insônia, depressão, fadiga. mostram rápido metabolismo de primeira passagem e, portanto reduzida Alguns biodisponibilidade. Usos clínicos: Cardiovasculares: angina de peito; infarto do miocárdio; arritmias; insuficiência cardíaca; hipertensão(não são a primeira escolha) Ouros usos: glaucoma (ex: timolol em colirio); tireotoxicose (como coadjuvante do tratamento definitivo por exemplo no pré operatório); ansiedade (no controle dos sintomas somáticos –
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palpitações, tremor); profilaxia de enxaqueca; tremor essencial benigno (um distúrbio familiar – é um tremor que piora em situações de estresse). Beta bloqueadores diminuem as palpitações e tremores → problemas com exposição ao público, usado por pessoal com tremores de mãos) Efeitos adversos observados: Hipotensão; bradicardia; fadiga; sonolência. Propranolol afeta em nível periférico reduzindo retroalimentação positiva diminui palpitação e tremor e pessoa tem a sensação de estar mais tranquila. Contra-indicação importante pode causa broncoespasmos e causar crise de asma em pessoa já propensa. Propanolol atua diminuindo a secreção de renina (enzima proteolítica produzida pelo rim). Quando o rim detecta níveis diminuídos de sódio, interpreta essa diminuição como uma queda na PA. Renina atua no angiotensinogenio angiotensina I ação da ECA angiotensina II atua em receptor específicos para angiotensia II. E a angiotensina II promove vasoconstrição e aumenta da produção de aldosterona (hormônio que atua no rim fazendo com que ocorra a retenção de sódio e secundariamente a de água). Angiotensina II nesse caso é o agente hipertensor. No tratamento da hipertensão tem-se inúmeras alternativas que atuam nesse sistema. Inibidor da ECA produz vasodilatação e diurese. Antagonista da angiotensia II inibe o receptor e produz vasodilatação e diurese. Propranolol diminui a produção de renina, logo, impede toda a cascata, indiretamente tem ação de vasodilatação e não promove a retenção de sódio e agua. Pode ser usado para tratar insuficiência cardíaca, mas pode causar a insuficiência cardíaca. Insuficiência cardíaca: o problema pode ser no débito cardíaco, na pré carga ou na pós carga. Quando é na pré carga ou na pós carga pode-se utilizar beta bloqueadores como o propanolol (aumenta a diurese), pois apesar de ele diminuir o débito cardíaco o problema não está no DC. Quando o problema for no débito cardíaco (há a sua diminuição) não se pode utilizar beta bloqueadores pois vai diminuir esse debito mais ainda, o que se faz é o uso de agonista seletivo beta e/ou a colocação de marca passo.
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TRÃNSMISSÃ O COLINÉ RGICÃ
Estuda toda a sinapse que usam a acetilcolina (Ach) como neurotransmissor. Colina acetil CoA Ach armazena libera cai na fenda atua em receptores específicos degradada na fenda pelo colinesterase. Sinapse colinérgica tem um caminho único, não utiliza muitas enzimas, é liberada e depois de agir já é degradada. SN Central
Ach exerce ações relacionadas ao
aprendizado e memória, sistema motor.
Parkinson excesso de transmissão colinérgica. No tratamento têm-se drogas que afetam a transmissão colinérgica (pode causa insônia, sonolência excessiva). Central receptor nicotínico e muscarinico. Periférico Ach atua em varias locais. Ações periféricas da Ach contráteis voluntárias e funções autonômicas (secretórias, metabólicas e contrateis invol.)
SNA – simpático e parassimpático tem Ach no gânglio.
Na periferia tem receptores nicotínicos nos gânglios sinápticos autonômicos. Receptores muscarinicos nos órgãos inervados pelo parassimpático. Tem mais receptor nicotínico na placa motora. Receptor nicotínico e muscarínico nunca estão juntos na mesma sinapse.
Receptores colinérgicos Nicotínicos junção neuromuscular, sinapse ganglionar, cérebro. Muscarinicos M1 (neurais – encontrados em neurônios do SNC e perifericamente nas células parietais gástricas, possui efeitos excitatórios); M2 (cardíaco – perifericamente no musculo cardíaco, possui efeitos inibitórios); M3 (glandular – musculo liso – produzem efeitos excitatórios, estimulação das secreções glandulares e contração do musculo liso visceral. OBS. Podem mediar vasodilatação indireta). Transmissão colinérgica: Colina → Acetil Co-A → Acetilcolina → fenda com receptor (nicotínico ou muscarínicos) → efeito com a desocupação do receptor → degradação na fenda ou no sangue pela enzima Colinesterase
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Efeitos das drogas na transmissão colinérgica
Influência na quantidade de acetilcolina endógena disponível, afetando: o armazenamento, a liberação, a degradação.
Toxina botulínica: tem como mecanismo de ação a diminuição da liberação de Ach. Na fenda não tem Ach, logo as ações da Ach estão diminuídas. Indicações: pode ser utilizada na dermatologia diminuindo rugas (estética), para a hiperidrose, distonias, estrabismo, bexiga hiperativa, espasmo hemifacial, blefaroespasmo, espasticidade. Também pode desenvolver botulismo. Pode ser utilizada em arma biológica de guerra (1grama de toxina botulínica pode matar uma população de 100 mil pessoas). Efeitos: inibe todas as ações da acetilcolina; logo quando aplicado de forma errada pode ter efeitos indesejados (até morte).
Anticolinesterásico: tem como mecanismo de ação a inibição da enzima colinesterase, logo, diminui a degradação de Ach, então aumenta a ação de Ach. Indicações: pode ser utilizado como medicamento no tratamento da miastenia gravis, Alzheimer, auxilia no diagnostico de miastenia gravis. Usado como praguicidas (extermina pragas, antipulga). Pode ser uma arma de guerra (gás sarin).
Ambos podem ser utilizados como medicamentos, e ambos podem causar a morte.
Receptores muscarínicos central periférico – parassimpática Receptores nicotínicos central periférico – gânglios – placa motora (agonistas e antagonistas utilizados terapeuticamente para o mesmo fim = paralisia muscular)
Interação com receptores colinérgicos:
Agonistas muscarinicos: Ex.: acetilcolina, carbacol, muscarina. Reproduzem a ação da Ach nos receptores muscarinicos.
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Efeitos: - sistema cardiovacuar (diminui frequência cardíaca e debito cardíaco) - musculatura lisa (aumenta contração e peristaltismo). - oculares (contração da pupila e diminuição da pressão ocular) - glândulas (aumenta a secreção)
Antagonistas muscarinicos: Ex.: atropina, hioscina. - bloqueiam a ação da Ach. - os compostos mais importantes são a atropina, a escopolamina, o iprátrópio e a pirenzepina. - os principais efeitos são inibição de secreções; taquicardia, dilatação da pupila e paralisia de acomodação; relaxamento da musculatura lisa (intestino, brônquios, trato biliar e bexiga); inibição da secreção ácida do estomago (sobretudo a pirenzepina); efeitos sobre o sistema nervoso central (principalmente efeitos excitatórios com a atropina; sedativo, inclusive amnésia, com a escopolamina), além de efeitos antieméticos e antiparkinsoniano. ATROPINA uso terapêutico em oftalmologia para produzir midríase e cicloplegia (oftalmologia), previamente a exame de retração. No tratamento de distúrbios espasticos de TGI e trato urinário inferior. No tratamento da intoxicação com organofosforados. Na supressão de secreções do trato respiratório previamente a cirurgia. Para tratamentos de cólicas durante a gravidez. ESCOPOLAMINA induz a amnésia e sedação na obstetrícia. Associada a morfina, para produzir amnesia e sedação. Na prevenção da cinetose (enjoo de movimento) e dor abdominal – buscopam. IPRATRÓPIO tratamento da asma. Impede a broncoconstrição e diminui a secreção de vias aéreas superiores. EFEITOS INDESEJADOS visão borrada, confusão, midríase, constipação, retenção urinária, boca seca e taquicardia. USOS CLÍNICOS: Parkinsonismo -> não necessariamente são usadas no tratamento do Parkinson. Cirurgia -> atropina sempre está presente.
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Usos clínicos: tratamento da bradicardia sinusal (após IAM), dilatação pupilar, prevenção da cinetose no Parkinson para neutralizar os distúrbios, asma, doença pulmonar obstrutiva crônica, pré-medicação anestésica, redução das secreções, facilitar a endoscopia e radiologia gastrintestinal (relaxa a musculatura lisa), tratamento de ulcera péptica (menos usado).
Agonistas nicotínicos ganglionares: Ex.: nicotina, lobelina, DMPP. Eles propriamente dito não tem uso clínico. - efeitos complexos simpáticos e parassimpáticos mistos: Taquicardia, Pressão arterial, Efeitos variáveis sobre o TGI, Secreção brônquica, salivar e sudorípara, Efeitos centrais. Efeitos periféricos pessoa que fuma e fica com intestino preso, quer ir ao banheiro. - Agonistas podem produzir bloqueios, por isso os agonistas nicotínicos ganglionares deixaram de ser utilizados → Quando os receptores nicotínicos são persistentemente ativados por agonistas pode haver uma redução na excitabilidade da célula pós-sináptica → bloqueio por despolarização. - Nicotina promove como ação central relaxamento e sensação de gratificação.
Antagonistas nicotínicos ganglionares: Ex.: hexametônio (já foi utilizado no tratamento da hipertensão, mas os efeitos eram mais indesejados, hoje não é m ais utilizado), trimetafam. - bloqueiam a ação pós-sinpatica da acetilcolina, ou seja, inibem a transmissão colinérgica no gânglio. Estes bloqueadores ganglionares não estimulam, nem despolarizam o gânglio, parecem atuar bloqueando o canal associado ao receptor. - não possuem uso clínico.
Agonistas nicotínicos neuromusculares (placa motora): - bloqueadores neuromusculares despolarizantes Ex.: suxametônio (suxinilcolina), decametônio - interessante uso clínico. - Não se reverte com anticolinesterasico, pois ele aumenta a quantidade de acetilcolina na fenda e bloqueia mais ainda. - Tem ação muita rápida. - Usado em cirurgias quando se deseja uma paralisia motora reversível – bloqueiam a colinesterase e não degrada a ACh e aumenta na fenda - antagonistas nicotínicos neuromusculares. Bloqueadores neuromusculares despolarizantes.
Antagonistas nicotínicos neuromusculares (placa motora): - bloqueadores neuromusculares não despolarizantes que a acetilcolina promove → paralisia motora reversível e útil, por exemplo, em
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cirurgias, porém, não afeta o limiar de dor ou consciência (em cirurgias, o associa a anestesia), paralisia revertida pelo anticolinesterásico. - Ex.: tubocurarina, galamina, pancurônio, vecurônio, atracúrio (mais utilizado) - bloqueiam de maneira competitiva os receptores nicotínicos da placa motora, sem despolarizar. - reverte com uso de anticolinesterasico, pois ele aumenta a quantidade de acetilcolina na fenda, e como o bloqueio não é despolarizante, é competitivo, compete por receptor e desbloqueia. - É bastante utilizado pela facilidade de reversão
Agonistas nicotínicos da placa motora e antagonistas nicotínicos da placa motora são utilizados para o mesmo fim, pois ambos produzem paralisia muscular. Agonista se liga e produz um bloqueio por despolarização
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ÃVÃLIÃÇÃO DO PÃCIÉNTÉ INTOXICÃDO
Avaliação do paciente intoxicado Sinais vitais: Respiração. Hipoventilação – carmator, organofosforados, opioides, Pressão arterial Hipotensão Hipertensão Temperatura Estado mental: Alterações no nível de consciência (letargia, torpor e coma) Alterações do conteúdo da consciência (delírios e psicose) Avaliar: atenção, orientação, memoria, raciocínio. Analises toxicológica: Teste de triagem – diz qualitativamente se há ou não substancia toxica. Como é não especifica, pode dar falso positivo. Se der positivo, deve-se fazer o confirmatório para verificar se é falso positiv. Teste confirmatório Teste quantitativo - nem sempre é feito. Se a dose que tem no organismo é terapêutico ou não. Tratamento do paciente agudamente intoxicado Impedir a absorção do toxicante Medidas gerais de descontaminação: - Descontaminação cutânea – tirar a roupa e lavar com água e sabão - Descontaminação ocular – retirar a lente de contato, lavar olho com água ou solução fisiológica - Descontaminação gastrointestinal – lavagem gástrica, administração de catárticos (laxantes), administração de carvão ativado (se liga a substancia e diminui a absorção. Adsorve e inibe a absorção), administração de xarope de ipeca (substancia emética, produz vomito). - OBS.: não se deve administrar sal de cozinha, nem estimular o vomito com medidas mecânicas. Também não se deve induzir vômitos em crianças menores de 6 meses, em paciente em coma, com convulsões ou com sangramento digestivo, ingestão de voláteis, ácidos e bases fortes.
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Aumentar a eliminação do toxicante Administrar antídotos- quando existir um especifico Evolução e prognóstico do quadro Prevenir sequelas B Medidas para eliminação do toxicante Métodos mais utilizados: dialise gastrointestinal; diurese forçada; manipulação do pH urinário; hemodiálise; hemoperfusão com carvão ativado (indicações clínicas: sinais de intoxicação severa, piora progressiva, risco de morte ou sequelas graves). C Administração de antídotos – geralmente específicos para contrapor agente toxico. D Evolução e prognostico Medidas de manutenção e suporte de vida Manutenção da respiração Manutenção das condições hemodinâmicas Manutenção das funções renal e hepática, balanço hídrico, calórico e de eletrólitos
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Cautela na tratamento de manifestações neurológicos (convulsões, e alteração de estado mental – confusão). Atividade em sala: 1- Afeta os sinais vitais? Sim, por causa taquicardia, hipotermia. 2- Afeta o estado mental? Sim, pois causa temporária confusão, disturbios de concentrações ou alucinações visuais transitórias. 3- Quais medidas devem ser adotadas para diminuir a absorção do agente toxico? Vomito, lavagem gástrica e carvão ativado. 4- Só resposta: permeáveis vias aéreas, controlar temperatura corpórea, ECG e instituído controle da função cardíaca. 5- Essa droga possui antidoto especifico? Administração intravenosa e 1 a 3 mg de salicelato de fisostigmina.
SISTÉMÃ NÉRVOSO CÉNTRÃL
Humanos são seres psicobiossociais (Psico: das experiências vividas; Bio: tendência famílias; Social: meio em que se vive). Plasticidade sináptica: relacionado com o arranjo harmônico do SNC, onde cada um tem o seu. Capacidade de rearranjo dos neurônios ao longo da vida. Cada coisa nova que aprendemos, vamos reforçando até que a sinapse fique bem reforçada. Relacionado com resiliência (capacidade de sobreviver a eventos aversivos, capacidade de tolerar desconfortos). Substancia psicoativa ou psicotrópico : são drogas que atuam no SNC podendo alterar o seu funcionamento. São drogas lipossolúveis de baixo peso molecular (devido a barreira hematoencefalica). Psicofarmacos: medicamentos que atuam no SNC. Para entrar no SNC tem que passar a barreira hematoencefálica. Neurônios são justaspostos, espaço intersticial é diminuído. “Barreira hematoencefálica: barreira de neuroproteção virtual. Está associada com a dificuldade que a droga tem de entrar na corrente sanguínea, atravessar o epitélio do vaso, passar por membrana e chegar o SNC. Algumas drogas conseguem atravessar essa barreira e são chamadas se substâncias psicotrópicas. Ao chegar lá passam a ser chamadas de psicoativas, pois tem a capacidade de agir no SNC. Se ela for um fármaco ela é chamada de psicofármaco. Existem fármacos que inibem (anestésicos), que ativam (cocaína) e que perturbam (alucinógenos).” Neurogenese: possibilidade de criar novas conexões sinápticas, associada a atividade física.
Coisas simples como escrever com a mão não habitual, ou escrever com as duas mãos ao mesmo tempo também ajudam a criar novas sinapse e ter novas habilidades que precisam da utilização das duas m ãos ao mesmo tempo. Os dois lados do encéfalo se comunica através do corpo caloso
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Atividade física aumentam as sinapses; aprendizados novos e uso de antidepressivo. Antes se acreditava que neurônios não se regeneravam - Ramon Y Cajal (1843-1926). Hoje já se sabe que eles podem criar novas sinapses, o que seria uma forma de regeneração. Tudo no SNC é a base de sinapse. Neurônio - neurônio. Talvez, neurônio – célula glial (hoje já se sabe que participam da neurotransmissão). 1903 barbitúricos atua no GABA. 1927 os barbitúricos foram utilizados como anestésico local. 1947 descoberto primeiro antipsicotico. Até então toda e qualquer função que afetasse o SNC era tratado como “louco”. Eletroconvulsoterapia utilizada de uma maneira não humanizada. Antidepressivo. SNC – considerações anatômicas: Encéfalo (cérebro [parte frontal] + tronco encefálico + cerebelo) Medula espinal Estruturas extremamente protegida. Phineas Gage perdeu massa encefálica após acidente de trabalho – relacionada ao lobo frontal – ficou com dificuldade de tomada de decisão. Para ter memória precisa ter aprendizado e para ter aprendizado precisa-se prestar atenção. Atenção aprendizado memória. Unidades funcionais: Células gliais: produzem mielina; isolam grupos neuronais; regulam as propriedades do botão terminal; guiam a migração neuronal; captam NT e excessos iônicos; fornecem suporte ao SN; formam a barreira hemato-encefálica; aparentemente auxiliam a nutrição neuronal; removem escórias. Neurônios: célula funcional que compõe grupos funcionais que trabalham com certas funções neuronaisespecificas para cada grupo. Um neurônio pode ser estimulatória (entrada de Na+ ou Ca++ PEPS) ou inibitória (entrada de cloreto ou saída de potássio PIPS e diminui ainda mais a função neuronal). PIPS a negatividade é diminuída no PEPS pode aumentar ou ficar a mesma Neuroransmissores: PEPS: ocorre despolarização: entrada de Na+. Negatividade de membrana seria diminuída. Ex.: glutamato PIPS: entrada de Cl-. Negatividade de membrana é aumentada. Ex.: GABA Outros neurotransmissores: Clássico: o que tem todas as etapas da neurotransmissao bem conhecidas. Noradrenalina: sistema de recompensa e humor; ciclo sono/vigília; controle de pressão arterial. Ex.: ritalina (utilizado no TDAH: estimular áreas prosencefalicas). Anfetaminas aumentam a liberação de noradrenalina – pessoa fica mais eufórica.
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Dopamina: relacionado ao comportamento; controle do sistema motor; controle da secreção da prolactina; vômitos. Tirosina dopa dopamina Controle motor Parkinson falta de dopamina. Relacionado ao comportamento – relacionada a esquizofrenia, há um aumento de dopamina.trata esquizofrenia usa antagonista dopaminérgico, como efeito indesejado tem-se a imitação de um Parkinson (parkinsonismo imitatório) Inibe a secreção de prolactina – existem drogas que são galactogogos que irão diminuir a liberação de dopamina – mães utilizam plasil e sulpirida (antipsicotico) para amamentação. Dopamina estimula vomito utiliza plasil que ira inibir. Relacionada com a paixão, reforçar o prazer de estar com a pessoa, esta relaciona também com o ciúme, se exacerbado o ciúme pode virar patológico e relacionar a casos de esquizofrenia Inibe a transmissão colinérgica – diminui DA e aumenta ACh Serotonina: relacionado ao comportamento; ciclo sono/vigília; transmissão sensorial; função autônoma e endócrina. atua em 15 tipos de receptores. Na paixão está relacionada a fissura a pessoa e o ficar pensando na pessoa quando não se está com ela. Acetilcolina: ciclo sono/vigília; aprendizado e memória; controle motor. Alzheimer deficiência da transmissão colinérgica Drogas que mexem na transmissão pode afetar o ciclo sono/vigilia Neuropeptideos: modulação da dor. Endorfina – produz analgesia e bem estar. Relacionado com o prazer. Nesse receptor que a morfina atua. Aminoácidos excitatórios – GLUTAMATO : responsável pela manutenção da excitabilidade normal do SNC. AEE; glutamato (PEPS) Falta de glutamato sedação Não está sempre ativo, mas quando está, excita. Sempre para PEPS Aminoácido inibitório: GABA: responsável pela manutenção d excitabilidade normal do SNC. Tonico, sempre ativo, inibindo. PIPS Falta de gaba convulsão
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É como se o GABA e o glutamato estivessem cada um de um lado da balança que controla a excitabilidade normal, sendo que o GABA é inibitório e tônico, e o glutamato é excitatório e fasico. Quem domina é o GABA (estamos sempre inibidos). O equilíbrio pode ser afetado por drogas e doenças.
Doenças e drogas que alteram a excitabilidade: Ansiedade excitabilidade “normal” está aumentada. Narcolepsia doença do sono pessoa altera a excitabilidade -> diminuída. Quem produz convulsões tende a não produzir coma e vice-versa, a não ser que seja uma droga perturbadora. Cocaína, anfetamina (ritalina) aumentam a excitabilidade. Álcool é depressor (diminui a excitabilidade normal), no inicio da ação do álcool ele é “des”inibitório; é depressor porque aumenta a função do GABA (é inibitório), bloqueia a ação do glutamato e ainda pode bloquear os canais da cálcio. Estruturas cerebrais que são inibitórias, então se inibe a inibição ocorre o efeito “des”inibitório. Benzodiazepínicos diminuem a excitabilidade. Sedação – começa a ficar indiferente ao meio. Pode ser usado como anestesia geral que pode levar ao coma, e a morte. Classificação geral dos psicotrópicos Psicolépticos – drogas depressoras ex.: antipsicóticos Psicoanalépticos – drogas estimulantes ex.: cocaína Psicodislepticos – drogas perturbadoras ex.: alucinógenos. Efeito imprevisível, pode ter um efeito em uma pessoa e outro efeito diferente em outra pessoa, ou o mesmo individuo ter uma coisa ou outra dependendo da situação. Classificação das drogas que alteram o humor, comportamentos ou são uteis no tratamento de desordens neuropsicológicas: (não precisa decorar) Depressores não seletivos do SNC: barbitúricos; hipnóticos não barbitúricos; álcool etílico; anestésicos gerais Ansiolíticos: benzodiazepínicos; não benzodiazepínicos Analgésicos narcóticos: morfina, codeína, heroína; meperidina, fentanil, metadona Antipsicóticos (neurolépticos): fenotiazinas (dorpromazina); butirofenonas (haloperidol); Atópicos.
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Psicoestimuladores: d- anfetaminas, mazindol; cocaína; cafeína; nicotina. Antidepressivos: tricíclicos (imipramina); 2ª geração; inibidores da MAO (fenelzina) Psicodélicos (alucinógenos): tetrahidrocanabinol; anestésicos (PCP, ketamina); serotonérgicos (LSD, Psilocibina); noradrenergicos (mescalina, MMDA); acetilcolinergicas (atropina). → não se usa de forma terapêutica Estabilizadores de humor: lítio. Drogas neurológicas: anticonvulsivantes; antiparkisoniano; espasticidade. Classificação das drogas psicotrópicas Drogas estimulantes: aquelas capazes de acelerar a atividade cerebral, ou seja, fazem com que o SNC funciona mais intensive e velozmente. Dessa forma, o estado de vigília, de alerta aumentam. Também facilita as atividades que exigem mais energia, diminuindo a fadiga e dando a impressão de que as pessoas que as utilizam ficam “ligadas” ou “energizadas”. Existem muitos estimulantes lícitos como: cafeína, xantina, nicotina, anfetamina entre outros e alguns estimulantes ilícitos como cocaína, crack, etc. Drogas depressoras: aquelas que diminuem a atividade do SNC, ou seja, deprimem o funcionamento cerebral. A sensação resultante é a letargia, a demora nas respostas, como se a pessoa funcionasse em uma velocidade menor. A impressão resultante é o desligamento, isto é, como se ela ficasse “desernegizada” ou seja “desligada da realidade”. Podem causar desde sonolência até inconsciência. Existem depressores ilícitos como o álcool, os soníferos ou hipnóticos (drogas indutoras do sono como os barbitúricos e alguns benzodiazepínicos) e os ansiolíticos (drogas que inibem a ansiedade como o diazepam e lorazepam). Ainda nesse grupo temos os opiaceos ou narcóticos (drogas que aliviam a dor e dão sonolência, como a morfina, heroína, codeína, meperidina e outros) e os inalantes ou solventes como as colas, tintas, removedores, thiners dentre outros. Drogas perturbadoras: são aquelas que promovem alterações significativas no SNC quase sempre conduzindo a alucinações e delírios. Dentre as mais conhecidas de origem vegetal temos a mescalina (cacto mexicano), o tetrahidrocanabinol (THC) da maconha e do haxixe, a psilocibina de alguns cogumelos, o lírio (trombeteira, zabumba ou saia branca) e o 5 hidroxi-triptamina presentes no chacrona e na yuoasca utilizadas em beberagem nos ritos do Santo Daime e da Uniao Vegetal. Os de origem sintética são os LSD 25, o extase e os anticolinérgicos como o artane e o bentyl (medicamentos registrados).
Tolerância: necessidade cada vez maior para produzir os efeitos iniciais (neuroadaptação) – tendência
de usar cada vez mais. Nem sempre os efeitos são possíveis. Aumenta o risco de overdose. Quando a droga produz tolerância, a pessoa que a usa vai aumentando cada vez mais a quantidade da mesma até que o organismo não mais a suporte. Doses consideradas baixas (de 25 a 100mg) de Crack podem causar hiperatividade motora, cardíaca taquicardia, hipertensão, aumento da temperatura, estado de alerta, euforia... A dose letal depende da via de administração. Uma dose 1,2g pode ser letal na maioria dos casos, no entanto, 30mg pode ser letal em pessoas suscetíveis. Dependentes podem usar de 5 a 10g diariamente.
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Dependência: Necessidade da droga quando o uso desta é interrompido – uso da droga de forma abusiva. Necessidade da droga quando interrompe a utilização e aparecem sinais e sintomas de abstinência. O que causa a dependência é a sensação de prazer que a substancia ou atitude proporciona. Relacionada com sistema de recompensa, secreção de dopamina, o que causa dependência é o que nos faz ter prazer, independente de ser uma substância ou ação. Neuroadaptação que proporciona prazer e ela tende a repetir a tarefa. Uso abusivo de uma droga e ocorre uma parada na utilização e desencadeia a síndrome da abstinência (aparecimento de sinais e sintomas que causam sinais e sintomas que precisa-se retornar o uso da substância). Drogas que causam prazer e conforto (diminui a dor..)
Alguns fatores condicionais para a gênese do abuso e da dependência de drogas: Fármaco: estrutura química, efeitos sobre o metabolismo, efeitos psicológicos, efeitos terapêuticos, efeitos tóxicos, desenvolvimento de tolerância, desenvolvimento de dependência, modo de aplicação. Personalidade: genótipo, fisiologia, metabolismo, estado psíquico, idade, profissão, estrutura da personalidade. Sociedade: desenvolvimento na infância, relações familiares, estrutura social, facilidade na obtenção da droga (legislação). A atividade física pode ajuda muito – melhora da auto-imagem; melhora da auto-estima; melhora da sensação do bem-estar, diminui a sensação de isolamento social, diminui o risco de depressão e o risco de dependência.
ÃNTICONVULSIVÃNTÉ
São drogas neurológicas. Convulsão: alterações do SNC. Hiperestimulação do SNC. Parece estar associada a uma abertura exagerada de canais de sódio. Tratam as convulsões sejam elas epilépticas ou associada a outra “coisa”. Sintoma da epilepsia ou ainda, pode aparecer secundário a outras condições: uso abusivo de medicamentos, drogas ilícitas, etc. Utilizados em outras condições não convulsiva tratamento da obesidade, comer compulsivo, distúrbio alimentar (bulimia, anorexia), nefralgia do trigemio, fibromialgia, cefaleia, enxaqueca, distúrbio bipolar e dependência, ansiedade, insônia. Epilepsia: distúrbio comum, caracterizado por crises que assumem varias formas e decorrem de descargas neuronais episódicos; o tipo da crise depende da parte do cérebro afetado. Muitas vezes não há causa reconhecível, embora ela possa se desenvolver depois de dano cerebral, como trauma, infecção ou crescimento tumoral ou ainda de outros tipos de doença neurológica, incluindo várias síndromes neurológicas hereditárias. Tratamento é monoterapico.
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O Anticonvulsivante serve então para acabar com a convulsão em si, o objetivo é acabar com essa hiperestimulação, e assim com essa alta despolarização. Isso pode ser feito diminuindo a ação do glutamato, hoje não há fármacos diretos para isso. Hoje, há fármacos para aumentar a ação do gaba, aumentando assim a inibição do glutamato, ele faz isso, pois o gaba se liga ao receptor abrindo canais de cloreto, gerando uma hiperpolarização na célula. Medicamentos que fazem isso: barbitúricos, benzodiazepínicos (qualquer droga que aumente a função do gaba) Outra droga é a carbamazepina que inibe canais de Ca e aumenta a função do gaba. Depressor do SNC
MECANISMO DE AÇÃO DOS ANTIEPILÉPTICOS Deprimem a função neuronal reduzindo a excitabilidade elétrica das membranas celulares, principalmente através do bloqueio uso-dependente dos canais de cálcio. Bloqueia o PEPS. Potencializar o efeito inibitório (PIPS) – GABA dependente. Inibidores dos canais de cálcio tipo T. Inibe canais de Ca++ que são importantes no controle das crises de ausência. Nem toda droga que é bloqueadora de canal de Na pode ser utilizado com anticonvulsivante.
Fenitoína: Faz bloqueio de canais de sódio. Atua principalmente por bloqueio uso dependente dos canais de sódio. Eficaz em muitas formas de epilepsia, mas não nas crises de ausência. O metabolismo mostra cinética de saturação e, portanto, a concentração plasmática pode variar amplamente, é necessário portanto fazer a monitoração. São comuns as interações medicamentosas. Os principais efeitos adversos são confusão, hiperplasia gengival, erupções cutâneas, anemia, teratogenese.
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ÃNÃLGÉSICOS CÉNTRÃIS ou HIPNOÃNÃLGÉSICOS
Medicamentos hipoanalgésicos/ Analgésicos centrais (faz com que a parte central não entenda aquele estimulo como dor)/Analgésicos Opióides/ Analgésico análogos a morfina/ Narcóticos (tudo sinônimo)
Para falar de analgésicos deve-se falar de dor que é uma sensação aversiva que pode estar associada a um evento físico, virtual, emocional. Por isso, percebe-se que dor é uma sensação subjetiva. Diversos tipos de dor: aguda ou em pontada; dor lenta ou em queimação. A dor no tempo: transitória, crônica, a dor do membro fantasma (está presente e relacionada com a experiência de perder o medo). Há uma escala de dor, reconhecida internacionalmente, e ajuda pelo reconhecimento da expressão de face da pessoa.
Esse analgésico é utilizado em dores intensas e agudas. Não é utilizado na dor crônica.
A experiência de dor é subjetiva por isso de forma alguma se pode minimizar a dor do outro. Pessoas que tem dor com frequência, são indivíduos que possuem uma teto de dor menor. Morfina, codeína, papaverina (elixir paregórico), meperidina (um dos análogos da morfina que causa menos dependência), fentanil. principais opiodes.
Morfina: Morfina foi extraída, desenvolvida a partir do ópio. Ela é de origem natural e os outros medicamentos foram desenvolvidos a partir dela. Bem estar e muita sonolência, ausência de sensação dolorosa. Morfina vem do ópio e o ópio é extraído da flor papoula (as ranhuras da capsula da papoula extrai o ópio). Papoula ópio morfina. Drogas que promovem bastante dependência (opio e morfina). Age em algum alvo dentro do corpo. O receptor que a morfina reconhecia é o receptor da endorfina. Morfina ocupa esses receptores e promove analgesia e bem estar. Morfina promove analgesia: Atua de tal maneira que faz com que o corpo se torne incapaz de reconhecer o estimulo doloroso como tal. Analgesia é instituída somente no final para retirar a pior dor, pois no parto normal a dor é um “estimulo” para que a m ãe faça força para o bebe sair. Analgesia interrompe o reconhecimento da dor, mas o estimulo doloroso persiste. Estimulo doloroso sai de um foco de dor vai para SNC e reconhece a dor.
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Mecanismo de ação: Atuam em receptores para neuropeptideos. Ao atuar nesses receptores eles atuam como agonistas. Não inibem a dor, eles ativam o receptor do neuropeptideo endógeno (ex:endorfina) e o receptor produz analgesia e bem-estar através da depressão do SNC.
Indicações terapêuticas: Antitussigenos Utilizado no tratamento da tosse (retira o impulso da tosse). Inibem as respostas do centro da tosse e aos estímulos que lá chegam. Geralmente não são utilizados isoladamente. : xarope de codeína (uso controlado no Brasil/ Eua é usado para fins recreacionais) Anti-diarreico efeitos analgésicos (dor abdominal) e cólica (diminui as contrações – ação espasmolitica). Analgesia inibição da sensação dolorosa. Mais poderoso analgésicos. Medicamentos para inibição da sensação dolorosa; mais poderosos analgésicos; utilizados em dores agudas e intenso e pré e pós operatória.
Opiofobia medo de utilizar esses analgésicos, pois eles podem causar morte, risco depressão cardiorrespiratória, coma e morte. Pode causar intensa dependência.
Efeitos indesejados: Produz euphoria e disforias Prurido intenso Retenção urinária Constipação Alucinações Depressão cardiorrespiratória Náuseas e vômitos Sedação Sonolencia Miose Efeitos graves: dependencia, tolerancia, depressao cardiorrespiratória, coma e morte.
Heroina sintetica, produzida a partir da morfina. Nunca foi usada como medicamento porque causa muita dependência, mesmo causanda intensa analgesia e bem estar. Drogas injetáveis desenvolvem uma dependência maior. Opioides não são usados na dor crônica, usam-se outras opções como anti-depressivos..
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Super dosagem com essas drogas dá para reverter porque há um antidoto especifico. Naloxona reverte os efeitos farmacológicos da morfina ou de qualquer outro opiode.
Questão de prova: qual a farmacodinâmica dos opiodes (mecanismo de ação)? Agonista do receptor para neuropeptideos, ao atuar nesses produz analgesia, pode produzir sedação (efeitos desejados) e como efeitos indesejados náusea, vomito, sonolência (por ser um depressor do SNC em alguns aspectos, sonolência é obvio) e como efeitos graves depressão cardiorrespiratória, morte. E como exemplo a morfina.
Principio geral do tratamento da dor: Dor analgésicos não opiodes associação de analgésicos opiodes e não opiodes analgésicos opiodes. Analgésicos não opiodes (ibuprofeno, paracetamol, dipirona, AAS, diclofenacos – são analgésicos que agem no foco da dor sem determinar uma alteração no nível central) 1º alternativa – analgésicos não opioides AINES (dipirona, ibuprofeno), analgésicos, antitérmicos. Se não for efetivo – dobra-se a dose. Faz-se associação com opioides (doses baixas) – diminui a dose e faz a associação. Opiodes (VO porque causa menos dependência).
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A escolha e a via de adm dos analgésicos depende da natureza e da duração da dor. Drogas injetáveis tendem a ter maior dependência. Uso clinico dos analgésicos Usados para tratar e prevenir dor, por exemplo: no pré e pós operatório. Em afecções dolorosas comuns incluindo cefaleia, dismenorreia, trabalho de parto, trauma, queimadura. Em muitas emergências clinicas e cirúrgicas (ex. infarto e cólica renal). Em doença terminal (especialmente CA metastático). Os analgésicos opiodes são usados em algumas afecções não dolorosas, por exemplo, insuficiência cardíaca aguda (em razão de seus efeitos hemodinâmicos) e insuficiência cardíaca crônica terminal (para aliviar a angustia). Medicamentos Morfina – referência ao Deus do sono (Morfeus): quando utilizadas produzem um sono intenso. Comercializada como dolantina e vicodin Codeína Petidina/ Meperidina (menor risco de dependência) Papaverina (elixir paregórico). Heroína: droga psicodepressora. Foi desenvolvida para ser mais poderosa que a morfina. Atualmente, não é utilizada como medicamento, mas como uma droga de abuso.
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ÃNÉSTÉSICOS GÉRÃIS
Principal objetivo: perda da consciência (grande objetivo) associada à ausência de dor (ou analgesia), ausência de memoria do evento (antes, durante e um pouco depois), ausência de resposta ao meio externo, não movimentação do corpo (paralisia motora). Também pode ter efeito de bloqueio neuromuscular, hipnose. Efeitos importantes durante uma anestesia: Bloqueio da condução nervosa e dos reflexos (bloqueio vagal) Sedação Analgesia Miorelaxamento Perda de consciência Amnésia Acompanhamento e monitoramento do paciente durante a cirurgia: Respiração, pupila, movimentos oculares, batimentos cardíacos, saturação, etc. Medicação pré-anestesica: 2 a 3 farmacos Diminuir a ansiedade sem produzir sonolência excessiva Facilitar a indução Causar amnesia cooperativa no período perioperatorio Diminuir a dor pré e pós operatório Proteção neurovegetativa: depressão dos reflexos vagais Minimizar efeitos colaterais dos analgésicos: salivação, vomito no pos, bradicardia. Diminuir a dose do anestésico para a indução. Indução: agente intravenoso de ação rápida, bloqueador da junção neuromuscular, anestésico local traqueal, intubação naso/ orotraqueal (IOT). Manutenção: anestésico volátil, relaxante muscular, analgésico. Recuperação: supressão da administração no anestésico volátil, anticolinesterásico para reverter bloqueador neuromuscular. Tipos Inalatórios e intravenosos – podem ser usados separados ou associados, são utilizados principalmente associados. Primero utilizar o intravenoso para indução da anestesia e o inalatório para a manutenção da anestesia (o inalatório é mais fácil de reverter). A associação dos anestésicos diminui o risco deles isolados. Inalatório (volátil) – oxido nitroso (usado em consultórios odontológicos), enflurano, isoflurano. depressão do centro respiratório, diminui a contratilidade do miocárdio, modificação do tônus muscular.
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Intravenoso – Intravenoso – barbitúrico, barbitúrico, propofol, etonidato, ketamina (ketamine, quetamina, special key). indução muito rápida, sem fase excitatória, depois de administrar mais difícil controlar seu efeito, depressão respiratória, depressão cardiovascular. Ketamina grande potencial alucinógeno – alucinógeno – foi foi retirada do mercado devido a esse efeito, mas, hoje, está voltando. Exemplos anestésicos gerais de iniciação: Gases: oxido nitroso Vapores: halotano, isoflurano. Mecanismo de ação Não se sabe direito como atuam, não existe um único mecanismo de ação associado a todos. t odos. Ketamina tua nos receptores do glutamato, mas não se sabe se ao atuar como anestésico geral é só isso que ela faz. Não se sabe se ao exercer a anestesia, vai ser induzida por esse mecanismo, será que ele faz só isso ao ser usado como anestésico geral? Não se sabe ao certo. Interferem preferencialmente preferencialmente sobre a transmissão t ransmissão sináptica, mais do que sobre a condução. Não parece afetar diretamente canais catiônicos dependentes da voltagem. Modificam os receptores que são canais iônicos. Mecanismo de ação molecular Interfere preferencialmente na transmissão sináptica, mas que na condução Não parece afetar diretamente os canais catiônicos dependentes de voltagem Modificam os receptores que são canais iônicos Principais efeitos colaterais Hipotensão Coma Morte Náusea, vomito Como diminui o risco de morte? mor te? Reduz a dose do anestésico geral e associa com outras drogas que garantem isso. Pode associar anestésico geral com analgésico.
Medicamentos associados aos anestésicos gerais - coquetel Diminuir os desconfortos da cirurgia e da anestesia: Bloqueador neuromuscular – neuromuscular – pode pode usar um bloqueador despolarizante ou não despolarizante Garantir que a pessoa não terá parada cardíaca – cardíaca – ADRENALINA ADRENALINA (agonista adrenérgico), ATROPINA (diminuir secreção de vias aéreas superior, reverter para cardiorrespiratório). Ansiolitico benzodiazepínico (BZP) – (BZP) – midazolam midazolam (dormonide) (dormonide) – – diminui diminui a ansiedade pré-cirurgica, favorece a sedação, causa amnesia anterógrada (tendência da pessoa é não lembrar do evento). Ex.: doses altas de BZD – BZD – Midazolan Midazolan (tempo de meia vida curto, cerca de 2 horas.
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Anti-emetico – Anti-emetico – diminui diminui náusea e vomito (metoclopramina – (metoclopramina – plasil plasil – – antagonista antagonista dopaminérgico); antipsicotico (deprime o SNC). Analgésicos Anticolinérgicos Antagonista do receptor nicotínico: bloqueador neuromuscular – – despolarizantes ou não despolarizante. Ex.: tubocurarina, atracur. Adrenalina Antagonista do receptor muscarínico: diminuir secreções e salivação, reverter parada cardiorrespiratória, reduz motilidade do TGI. Ex.: atropina.
ÃNÉSTÉSICOS LOCÃIS
A biodisponibilidade deve ser baixa porque é um anestésico local. Drogas utilizadas para produzir a perda da sensibilidade do local. Estimulo doloroso persiste, mas o estimulo não é enviado. Normal: foco de dor → condução → reconhecimento da dor. O anestésico local age na condução da dor, logo o estímulo da dor persiste. FAZ A NÃO CONDUÇÃO DO ESTÍMULO DOLOROSO DOLOROSO Histórico: Cocaína primeiro anestésico local. Tem efeitos centrais e não somente locais onde era aplicada. A partir da cocaína se foi feito modificações estruturais e desenvolvidos outros anestésicos locais. Protótipo: hoje a cocaína é um protótipo.
Propriedades do fármaco ideal Inibição da atividade sensitiva específica, total e reversível Tempo de latência reduzido Solúvel, quimicamente estável e resistente à esterilização Ativo por aplicação tópica Margem de segurança elevada
Ordem de aparecimento do bloqueio neuronal: 1- Sistema nervoso simpático 2- Sensitivas: nociceptivas, depois térmica (frio, calor), tátil (superficial, profundo) 3- Motoras (últimas a serem estimuladas, podem nem pegar a parte motora!!)
Anestésico local usado na clinica: Aminoamidas: metabolizado no fígado pelo citocromo P450; lidocaína, mepivacaina, prilocaina. Aminoesteres: metabolizados na corrente sanguínea por estearases, no caso de paciente com problemas hepáticos eles são utilizados; procaína, cloroprocaina, tetracaína.
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Mecanismo de ação: Alvo: atua em canais de sódio. Quando o anestésico local é colocado na extremidade do neuronio ele t em que atravessar a membrana do neuronio por difusão e atuar no canal de sódio por dentro do neuronio. Anestésico local é uma amina é feito de tal forma que ao ser adm está na forma apolar porque precisa se difundir através da membrana. No citosol onde o meio é mais acido, ele precisa se ionizar (porque são bases) para conseguir atuar. Se adm o anestésico local no meio inflamado, ele se ioniza “fora” e então não consegue alcançar o alvo onde deve agir, não consegue se difundir. Não funcionam na inflamação, pois como o meio inflamatório já é ácido eles se ionizam antes de chegar ao neurônio. Droga básica (apolar) entram no neuronio – neuronio – no no citosol o meio é mais ácido ionizam-se polares bloqueio do canal de sódio (por dentro).
A atividade anestésica local depende de propriedades físico químicas: 1- Lipossolubilidade 2- Ligação as proteínas 3- Grau de ionização.
Anestésicos locais são aminas com carácter básico, pouco solúveis e estáveis em solução aquosa. Utilizam-se habitualmente os sais (cloridratos) que em meio ácido são ionizados e hidrossolúveis. Na solução injetável o anestésico está em parte sob a forma ionizada. A forma básica lipossolúvel atravessa as membranas das células. É, contudo, a forma ionizada que se fixa ao local de ação. O pH dos tecidos é habitualmente inferior ao pKb dos anestésicos locais. A proporção de base (não ionizada) é maior para os que possuem um pKb mais próximo de 7,4. Os anestésicos locais com pKb próximo de 7,6 7 ,6 penetram mais facilmente na fibra nervosa (indução mais rápida). O pH fetal e o pH dos tecidos inflamados são inferiores ao pH habitual dos tecidos.
Seletividade de bloqueio preferencia pelos neurônios de diâmetro e amielinizados, sendo efetivo mais nos neurônios sensitivos, com o aumento da dose, ocorre a alteração nos neurônios motores. São básicos, atum em meio acido se ionizando. Efeito do pH do meio o pH do meio deve ser ácido para que as aminas básicas se ionizem e consigam agir. Absorção sistêmica se ocorrer pode causar efeitos tóxicos. Não quer, pois o anestésico local deve atuar no local. Há uma estratégia farmacológica de associar o anestésico local com vasoconstritor (amino simpaticomimética, simpaticomimética, adrenalina) para garantir o efeito anestésico no local. O risco pode estar mais no vasoconstritor do que com a anestesia local.
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Associação de vasocontritores aos anestésicos locais (AL) - PROVA ↓ da absorção sistêmica dos AL ↓ do tempo de indução do efeito dos AL ↑ da potência dos AL ↑ da duração de ação dos AL ↓ reações adversas dos AL ↓ de hemorragias associadas ao procedimento OBS: vantagem para os anestésicos locais e hemorragias! aumenta o risco de gerar efeitos toxicos pelo próprio vasoconstritor Limitações de associação com vasocontritores: Em crianças e gravidas não é o mais utilizado: pode levar a vasoconstrição dos vasos da placenta e na criança a área corporal é menor; Cirurgia de membros pode levar a necrose; Hipertireoidismo; Hipertensão (não controlada); Angina de peito (instável); Infarto do miocárdio (< 3 meses); AVE (< 3 meses); Arritimias cardíacas; Insuficiência cardíaca congestiva. Uso de epinefrina para a associação com AL, pois o próprio anestésico local em algumas vezes é vasodilatador e se não associar com o vasoconstritor muitas vezes gera efeitos indesejados. Anestésico local ideal: Inibição da atividade sensitiva de forma seletiva Tempo de latência reduzido Solúvel, quimicamente estável e resistente a esterilização Ativo por aplicação tópica Margem de segurança elevada Efeitos tóxicos – sintomas de superdosagem Palidez; Ansiedade; Náusea e vômitos; Excitação, desorientação, agustia; Convulsões; Depressão respiratório; Depressão cardíaca; Hipotensão; Hipersensibilidade; Morte. Fatores que favorecem a toxicidade: dose, difusão excessiva, injeção endovenosa involuntária, idades muito jovens, calor excessivo, febre, hipóxia, ansiedade, antecedentes epiléticos, tudo o que favoreça as convulsões, antecedentes cardíacos.
ÃNTIINFLÃMÃTO RIOS
Dividem-se em:
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Esteroides (AIES, ou, AIS, ou, hormonais): possuem estruturas semelhantes ao cortisol (antiinflamatório natural do corpo) “lembra um esteroide” Não esteroides (AINES): são aqueles que não possuem estrutura semelhantes ao cortisol O que caracteriza a inflamação? Dor, calor, edema, prurido. Reação inflamatória: “O termo “reação inflamatória” designa os eventos que ocorrem nos tecidos, em resposta a um patógeno invasor. A reação inflamatória consiste de diversas reações inatas e t ambém reações imunologicamente específicas. Essas reações são protetoras, isto é, visam a sobrevivência, mas são prejudiciais se forem inadequadas. Muitas das doenças que necessitam de tratamento farmacológico envolvem processos inflamatórios. O entendimento da ação e do uso de fármacos anti-inflamatórios ou imunossupressores requer o conhecimento da Reação Inflamatória.” Nas reações inflamatórias temos: Reações inatas: ocorrem localmente nos tecidos. A partir destas reações são formados Mediadores tanto pelo plasma como pelas células. Se divide em dois eventos: Eventos Vasculares - Aumento da permeabilidade vascular e exsudação de líquidos. Os mediadores incluem os componentes de cascatas enzimáticas (Sistema complemento, Sistema de Coagulação, Sistema de Fibrinólise e Sistemas das Cininas). Eventos Celulares – Algumas células envolvidas na Inflamação (células endoteliais vasculares, mastócitos e macrófagos teciduais) estão normalmente presentes nos tecidos; outras células têm acesso ao local inflamado (plaquetas e leucócitos) a partir do sangue. Reações imunológicas especificas: As células chaves destas reações são os linfócitos que possibilitam a formação de anticorpos e a proliferação de células efetoras citotóxicas ou produtoras de substâncias (por ex. interleucinas, linfocinas) importantes na inflamação.
Mediadores da inflamação (e seus principais efeitos no processo inflamatório): Histamina – vasodilatação, eritema e prurido. Bradicinina – vasodilatação, estimulação das terminações dolorosas, aumento da permeabilidade vascular. Fator de ativação plaquetária (FAP) - vasodilatação, estimulação das terminações dolorosas, aumento da permeabilidade vascular. Eicosanóides, que se dividem em: Prostanóides (efeitos diversos: sobre os vasos, plaquetas, febre e dor) prostaglandina, prostaciclina, tromboxano. Leucotrienos (ativação dos leucócitos e produção de linfocinas). Como são produzidos? Tanto prostanoides quanto os leucotrienos são produzidos através do ácido aracdonico, que vem de fosfolipideos. Fosfolipídios fosfolipase A2 ácido aracdonico divide-se em 2: COX: prostanoides e LPX: leucotrienos.
em caso de agressão celular a fosfolipase A2 quebra o fosfolípideo de membrana liberando ácido aracdônico sofre ação da enzima COX, produzindo prostanóides (efeitos diversos: sobre os vasos, plaquetas, febre e dor) e da enzima LXP, produzindo leucotrienos (ativação dos leucócitos e produção de linfocinas).
Inflamação é fisiopatológica.
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Lembrar sempre que os processos corpóreos tendem sempre ao equilíbrio. A Reação Inflamatória é uma “resposta” do corpo à uma determinada agressão e tende a ser limitada. Para isso o corpo produz também, nessas circunstâncias, mediadores anti-inflamatórias (por ex. cortisol). Nem sempre há necessidade de intervenção farmacológica. (Farmacologia – Karina Valerim Teixeira Remor. Fonte: Rang et al., 2004) Eixo hipotálamo – hipófise – adrenal Cortisol Glicocorticoide tem ações metabólicas, antiinflamatoria e imunossupressoras.
Glicocorticoides ou antiinflamatórios esteroidais
Inibem as manifestações iniciais e tardias da inflamação. Afetam todos os tipos de reações inflamatórias, sejam causadas por patógenos invasores, estímulos químico/físico ou por respostas imunológicas desenvolvidas inadequadamente. Toda e qualquer inflamação é suprimida pelo glicocorticoide. Os efeitos anti-inflamatórios são consequentes de 2 principais ações: ↑produção de mediadores anti-inflamatórios. ↓na produção de mediadores e células importantes na inflamação. Em doses farmacológicas os glicocorticoides Diminuem o grau de dilatação dos vasos sanguíneos Afetam varias células importantes no processo inflamatório (leucócitos, mastócitos, células endoteliais). Impede a diferenciação dessas células, então impede que elas atuem na inflamação. Diminuem a migração dos leucócitos para o local inflamado Afetam a síntese de enzimas envolvidas na produção e degradação dos mediadores inflamatórios Induz a produção de lipocortina que, inibe a fosfolipase A2 (por inibição da síntese ou ativação de inibidores da enzima): diminui eicosanoide e diminui fator de ativação plaquetaria. Mecanismo de ação Intracelular (receptores ligados a síntese proteica). Reconhece o receptor, ativando e inibindo a síntese proteica. Classificação Ação curta: hidrocortisona e cortisona Ação intermediaria: prednisona, prednisolona, metilprednisolona, triancinolona Ação longa: betametasona, dexametasona Qual utilizar? Depende da indicação terapêutica, da doença. Esses medicamentos possuem muitos efeitos indesejados, como podem mexer no eixo hipotálamo – hipófise – adrenal, muitos quando receitados para o paciente já se “pensa” em como será feita a retirada do medicamento (mas não causa dependência, isso seria por causa dos efeitos indesejados). Um esquema terapêutico bem feito de glicocorticoides pode retardar alguma cirurgia, dependendo da situação. Indicação terapêutica Asma (principalmente) Rinite
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Hipersensibilidade ou choque anafilático (adrenalina, anti histaminco e glicocorticoide). Artrite reumatoide Distúrbios oculares (colírios) e cutâneos Distúrbios hematológicos e gastrointestinais Edema cerebral associado a tumor
Vias de administração Oral (segunda escolha) Intramuscular (ultima escolha, pois é a via que mais está associada a efeitos indesejados). Intravenosa (ultima escolha, pois é a via que mais está associada a efeitos indesejados). Tópica (preferencial, por causa da menor absorção sistêmica e diminui os efeitos colaterais) Se for uma emergência: injetável, mas “paga o risco” dos efeitos indese jados. Efeitos indesejados Insônia Labilidade emocional Aumento de apetite e ganho de peso (engordou por causa do medicamento, mas a pessoa vai ter que emagrecer depois, pois não é só retirar o medicamento que desincha). Aumento da propensão ao diabetes mellitus Aumento da propensão a hipertensão Aumento da propensão a acne Aumento da propensão a úlcera péptica Infecção (porque tem propriedade imunossupressora) Suprime a eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (por esse motivo a retirada deve ser gradual) Alteração da capacidade de cicatrização (a medicação deve ser retirada conforme indicação, porque o ultimo reparo se dá devido o organismo, então se continuar utilizando após “acabar o prazo da indicação” pode prejudicar a cicatrização). Pode ocorrer supressão do hormônio do crescimento Glaucoma – perigo principalmente por uso persistente, repetidas vezes. Pancreatite Uso clínico dos imunossupressores São usados: para suprimir a rejeição de órgãos e tecidos transplantados (rins, medula óssea, coração, figado, etc); para suprimir a doença enxerto x hospedeiro em transplantes de medula óssea; no tratamento de afeições com um componente auto-imune em sua patogênese, incluindo purpura trombocitopenico idiopática, algumas formas de anemia hemolítica, algumas formas de glomerulonefrite, miastenia grave, lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatoide, psoríase e colite ulcerativa. A terapia de doenças auto-imunes costuma envolver uma combinação de glicocorticoides e agentes citotóxicos. Para transplante de órgãos ou de medula óssea, a ciclosporina geralmente é combinada a um glicocorticoide, um citotóxico ou uma imunoglobulina antilinfocito.
Antiinflamatorios não esteroidais (AINES)
A estrutura quimica não é esteroidal. Não é estruturamente semelhante ao corticoide.
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Possuem efeitos analgésicos, anti-termicos e anti-inflamatorios. Esses efeitos advem: Diminui a produção de prostanoides importantes no processo da dor, febre e inflamação. Mecanismo de ação: inibição da ciclooxigenase, enzima responsável pela síntese de prostanoides. Como o glicocorticoide tem muito efeito indesejado, geralmente utiliza a menor dose, e utiliza-se um AINES junto para dor, febre. Quando a causa da dor for física, inflamatória e disfunção visceral usa-se um AINES.
Efeito analgésico: inibição das PGs que sensibilizam as terminações nervosas Efeito antitérmico: (antipirético) inibição das PGs (PGE) relacionadas com a febre Efeito anti-inflamatório: inibição das PGs (PGE2, PGI2) responsáveis por alguns sinais e sintomas da inflamação: eritema, calor, dor e edema. Inibidor da COX inibe a 1 e a 2 COX 1 controle de função uterina, homeostasia. Aumenta a proteção do estamoga. COX 2 é inflamatória.
Classificação das AINES SALICILATOS: aspirina e derivados (dor, febre, inflamação, eventos reumáticos, antiagregante plaquetário). Se a febre for de origem viral, os salicilatos não podem ser utilizados porque pode causa a síndrome de Reye. Em casos de suspeita de dengue não utilizar porque são antiagregante plaquetário e no caso da asma. DERIVADOS DO ÁC. PROPIÔNICO: ibuprofeno (spidufen, buscofen), naproxeno (flanax) DERIVADOS DO ÁC. FENILANTRANÍLICO: ác. Mefenâmino (analgésico, anti-termico, antiinflamatorio, muito utilizado como analgésico e muito utilizado para dores viscerais, como cólica) DERIVADOS DO ÁC. ACÉTICO: indometacina, diclofenaco (cataflam, voltareim) – diclofenaco podem ocasionar reação de Stein Johnson (pústulas na pele). DERIVADOS DO ÁC. ENÓLICOS (OXICANOS): piroxicam, tenoxicam (feldene – muito utilizado na ortopedia como anti-inflamatorios) DERIVADOS DO P-AMINOFENOL: fenacetina, paracetamol (trata dor e febre, geralmente). Paracetamol – agudamente pode produzir hepatotoxicidade (não pode utilizar mais de 4g diárias, e por vários dias) e cronicamente pode produzir nefrotoxicidade. DERIVADOS DAS PERAZOLINAS: antipirina, aminopirrina e dipirona (pode utilizar sozinha ou associada com anti-enxaquecoso, anti-colica; usado para dor e febre). A dipirona produz efeitos indesejados: agranulocitose e aplasia de medula. Gera um quadro semelhante a uma leucemia. Em alguns países (como na Alemanha) é um medicamento utilizado somente em nível hospitalar.
Nimesulida, mais seletividade para COX2. Coxibes – AINES, e eram mais seletivos para COX2
Indicações Dores brandas e agudas de qualquer natureza Febres Prevenção de novo infarto, principalmente com AAS 100 mg. Doenças vasculares periféricas Cirurgia cardíaca
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Efeitos indesejados Efeitos gastrointestinais (náusea, vômito, diarreia; ulcera por efeito irritante direto sobre a mucosa e por inibição da síntese de prostaglandinas protetoras (PGE2). Problemas renais Reações cutâneas Disturbios da medula óssea Hepatotoxicidade Fatores de risco para efeitos indesejáveis de AINES Idade superior a 60 anos História prévia de doença gastrintestinal Hipertensão arterial ICC Insuficiência renal Insuficiência hepática Depleção de volume (desidratação, hemorragia) Uso concomitante de diuréticos e inibidores de convertase
Exercício sobre TORAGESIC 1- Mecanismo de ação – inibe COX 2- Classificação toragesic – analgésico do tipo AINES 3- Cite 4 propriedade farmacológicas do toragesic -> analgésico, anti-inflamatório, antipirético e inibidor da agregação plaquetária.
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ÃNTIBÃCTÉRIÃNOS (antimicrobianos) Pertencem a um grande grupo de drogas anti-infecciosas. Se for uma infecção bacteriana – usa-se antibacteriano. Se for viral – usa-se anti-viral. Se for por fungos – usa-se anti-fungico. Antibacteriano e atbc não são sinônimos. Antibacterianos podem ser: Agentes bacteriostáticos: não matam a bactéria, apenas diminuem a proliferação. Ex.: Sulfa (pouco utilizada). Agentes bactericidas (ATBC): matam a bactéria, por interferir com mecanismos essenciais. Esses, sim, são chamados de atbc. Anti-infeciosos: antibacterianos, antivirais, antimicoticos..
Histórico Primeiro antibacteriano foi um atbc, penicilina descoberta em 1927/1928. Fleming foi quem divulgou o método, mas quem descobriu foi uma equipe. A penicilina em si está em desuso, pois foi muito mal utilizada e muitas bactérias são resistentes. Desde 1927 a comunidade cientifica descobriu cerca de 20 atbc. Ao utilizar um antibacteriano deve-se fazer o uso de forma muito criteriosa.
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Fatores importantes: Na maioria das vezes faz-se uma presunção da infecção na presença de sinais e sintomas. Avalia o local da infecção, suspeita de um patógeno e com o que irá tratar. Conhecimento da bactéria (relacionar o tipo de infecção qual o agente etiológico mais prová vel) Conhecimento do aspecto farmacológico: qual o medicamento possível para o tratamento
Conceitos importantes Espectro de ação: contra quais bactérias o antibacteriano vai ser efetivo. Pode ter um espectro amplo onde funciona contra varias bactérias ou o seletivo onde funciona apenas com algumas bactérias. Antibioticoterapia empírica - usa-se o atbc de amplo espectro. Amoxicilina (era utilizada 3x por dia de 7 a 10 dias de 500 mg; hoje 875 mg 2x/dia de 7 a 10 dias) e azitromicina (da família da eritromicina) são de grande espectro e os mais utilizados. Resistência bacteriana: bactéria que desenvolver resistência. Um dos mecanismo de resistência que se conhece é a habilidade das bactéria de quebrar o anel lactamico e isso pode ser prevenido ao utilizar o ácido clavulanico (pois dificulta isso). A resistências bacteriana pode estar associada ao mau uso e presença de imunodeprimidos. Antibioticoterapia de amplo espectro: primeira opção no tratamento empírico. Antibioticoterapia seletiva: após saber qual o agente etiológico e o TSA. Antibioticoterapia profilática: há usos protocolados nesse sentido: exames invasivos em áreas potencialmente colonizadas (boca, geniturinário e gastrointestinal). Todo trato gastrointestinal é rico em bactéria e muitas vezes a bactéria de um lugar “se for empurrado para outro” pode gerar infecção nesse outro local. Exame urodinamica, colonoscopia, endoscopia, alguns procedimentos da odontologia. Os esquemas são dos mais diversos, 1 dia antes, 3 dias depois, 7 dias depois, 1 hora antes e não mantem depois.
Riscos associados: anafilaxia, as reações alérgicas podem ser graves, principalmente, com os derivados da penicilina. Injeções com derivados da penicilina, somente no ambiente hospitalar e com acompanhamento, por causa dos riscos. Desenvolvimeto de resistência, choque anafilático e reações locais. Indicações para realização de exame microbiológico Disseminação do processo por planos fasciais profundos Presença de sinais e sintomas de sepse Vigência de imunodepressão Antibioticoterapia inicial sem sucesso no combate a infecção
Metronidazol é um agente antiparasitário. Muito utilizado para combater infestações parasitas; mas também é utilizado como atbc, principalmente, onde tem presença de bactérias anaeróbia (muito utilizado na gastro, na odonto). Primeira escolha do tto da ulcera duodenal, quando tem infecção com a Helicobacter pylori (sobrevive em meio extremamente acido como o estomago; considerado agente carcinogênico bem perigoso; é a primeira linha de tto dessa bacteria).
De regra geral sempre diz que o atbc interage com álcool, é mais fácil generalizar do que explicar. A regra é não usar, porque alguns interagem e outros não. Os que interagem, não interagem da mesma maneira. O que ocorre é que o álcool é quebrado formando aldeído e depois quebrado formando acido,
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e o acido sai do organismo. Tem antibacteriano que impede que a enzima que transforma aldeído em acido, e tem uma sobrecarga de aldeído no organismo o que causa muito desconforto.
A prescrição de um atbc sem uma indicação precisa pode levar ao desenvolvimento de resistência, a emergência de novos patógenos e ao óbito do paciente.
Penicilina Problemas: choque anafilático, risco de resistência bacteriana Resistencia bacteriana: mau uso, bactérias que já não eram sensíveis Ainda assim é muito usada na forma de amoxicilina Espectro de ação: contra quais bactérias esse antibiotico vai funcionar amplo: pega um monte de bactérias especifico: atua em poucas bactérias, especificas para cada uma Quando houver sinais flogísticos: já temos suspeita de uma infecção. O que avaliar nessa hora? Quando vamos usar o antibiótico? identificar a área identificar patogenos inválidos: qual o mais presente em cada região do corpo? coleta de matérias e analise no microscópio: bacterioscopia
ESTUDO DIRIGIDO – slide Discutir os pros e os contras (relação risco-beneficio) associados ao uso das PENICILINAS. Quais os efeitos colaterais associados ao uso das CEFALOSPORINAS. Fale sobre o espectro de ação das ERITROMICINAS. Sobre as sulfas, justifique as seguintes informações: As sulfas combatem as infecções orgânicas de maneira a possibilitar que as próprias defesas do organismo lutem contra a infecção. As sulfas são menos eficazes em presença de grandes quantidades de pABA. Fale sobre os principais cuidados na administração das sulfas. Fale sobre a importância do Metronidazol. Quais Indicações para a realização de exame microbiológico? No consultório, o médico avalia um paciente com incontinência urinária, 14 anos de idade. O paciente refere dor ao urinar há uma semana. Durante a consulta, a mãe relata que o menor foi operado do coração aos seis anos em função de um problema cardíaco relacionado à febre reumática. Você requisita um exame urodinâmico além dos exames laboratoriais “padrão”. Você prescreveria um antibiótico profilático antes de tal exame? Justifique detalhadamente. Quais fatores devem ser considerados na escolha de um antibiótico?
Importância de fazer a prescrição digitada para evitar erros. Angina de Ludwig infecção na área de tecidos moles (no pescoço, em baixo do mento). Antibioticoperatia na infância
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CÃ NCÉR e ÃNTINÉOPLÃSICOS Etimologia – epidemiologia Grego: “onkos” = calo, caroço. “karkinos” = carangueijo. Principal causa de morte humana nos países desenvolvidos. OMS, 2011 12,4 milhoes de casos novos e 7,6 milhoes de óbitos por cancer. IARC/OMS, 2012. Aproximadamente 489.210 casos novos no brasil em 2011. INCA, 2012. Fatores ambientais são fatores cancerígenos o tempo todo. O que é carcinógeno? Alimentação (conservantes, adoçantes, carne é pro inflamatória, embutidos, salsicha); sol. Câncer: conjunto de mais de 100 doenças que tem em comum crescimento maligno de celular que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se para outras regiões do corpo (metástase). Cozzi, 203. Doença basicamente celular caracterizada por desvio nos mecanismos que dirigem seu ciclo e morte programada , tudo isto em decorrência de certa mudança no repertório da expressão gênica devido a alguma mutação ocorrida no DNA. (MOFFAT et al., 2000; DUESBERG; RASNICK, 2000
Origem genética (mutações) Carcinógenos
Externo: meio ambiente, agente infeccioso, hábitos de um ambiente social, costumes culturais Interno: geneticamente pré-determinadas, associadas a capacidade para responder a estímulos do meio. Genes envolvidos Proto-oncogenes: direção dos processos de crescimento, diferenciação, proliferação e apoptose. Podem ser convertidos em oncogenes. Supressores tumorais: restrição do crescimento e diferenciação. Oncogenes: perda do controle do crescimento, diferenciação, proliferação e apoptose.
Tratamentos Cirurgia, radioterapia, quimioterapia Limitações do tratamento quimioterápico Eficácia e segurança Toxicidade Baixa seletividade Resistência multifarmacos (MDR) Pesquisas para o desenvolvimento de novos fármacos para a cura do cancer. Tipos de quimioterapia:
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Poliquimioterapia: associação de fármacos que segue um protocolo de tto especifico. 4 a 8 ciclos repetidos a cada 21 dias por exemplo. Adjuvante: após intervenção principal. Ex.: na tentativa de evitar a reincidência após uma cirurgia. Quimiorradioterapia: otimizando o efeito local da radiação. Neoadjuvante (de indução): antes da cirurgia ou radioterapia. Pode diminuir o estado tumoral e melhorar o resultado da cirurgia ou radio.
Ciclofosfamida é o fármaco alquilante mais amplamente utilizado. Agentes intercalantes Usos: Tumores hematológicos, sólidos, de pulmão, esôfago, cabeça – pescoço, genitourinários, particularmente testicular, ovariano e vesical. Toxicidade aguda: Náuseas e vômitos, mielossupressão Toxicidade tardia: Nefro e ototoxicidade; Disfunção nervosa (neuropatia)
Antibióticos antitumorais Bleomicina, mitomicina (associada a radioterapia mata células tumorais hipoxicas), antraciclinas (As antraciclinas representam a classe de medicamentos que pode combater uma variedade de tumores maior do que qualquer outro quimioterápico).
Alcaloides vegetais Intercalantes de bases dos nucleotídeos Bloqueio da mitose por ação sobre os microtúbulos
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Antimetabolicos – inibidores da síntese de nucleotídeos e ácidos nucleicos. Muitos desenvolvidos de forma racional, a partir da premissa que células neoplásicas em proliferação possuem diferenças metabólicas quantitativas em relação às células normais. Citarabina – especifica a fase S, uso exclusivo para tto da leucemia mielogena aguda. Gencitabina – cancer pancreático, cancer de pulmão de células não pequenas, cancer vesical.
Fármacos hormonais – hormônios esteroides e fármacos antiesteroides Tumores hormônio dependentes.
Mecanismo de ação, indicação e efeitos terapêuticos e indesejados dos principais agentes antineoplasicos utilizados Agentes alquilantes – mostardas nitrogenadas, etileniminas, alquilsulfonatos. Antimetabolicos – ácido fólico, análogos da pirimidina Produtos naturais – antimitoticos, alcaloides, taxanos, atbc Atbc antitumorais Agentes hormonais e análogos Agentes diversos.
Principais cuidados na adm e na manipulação dos agentes antineoplasicos (risco toxico). Principais problemas secundários a quimioterapia e sua relação com os fármacos Ex.: reações anafiláticas – taxanos e alcaloides da vinea Náuseas e vômitos – todos Anorexia – todos Perda de cabelo – muitos Toxicidade hematológica – todos
Drogas associadas aos antineoplasicos Antagonistas da serotonina Neurolepticos fenotiazivos e butinofenonas Bzd Canabinoides – não no brasil Glicocorticoides Substitutos das benzamidas Anti-histaminicos
ESTUDO DIRIGIDO (SLIDE) Imagine que no setor de oncologia onde você trabalha, foi contratado um enfermeiro para colaborar no setor. Você ficou responsável por reforçar os cuidados que ele precisa ter no manuseio de antineoplásicos. Liste tais cuidados.
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Quais as principais classes de antineoplásicos? Mecanismo de ação e exemplos. Destaque para o novo funcionário quais as principais classes e função das drogas usadas conjuntamente com os antineoplásicos. NA ETAPA QUIMIOTERÁPICA ABAIXO: A) IDENTIFIQUE O ANTINEOPLÁSICO E CLASSIFIQUE-O. B) ESPECIFIQUE A CLASSE E A FUNÇÃO DE CADA CLASSE DAS DROGAS ASSOCIADAS AOS ANTINEOPLÁSICOS. Melfalana (Alkeran)) 2mg/cp Predinisona 20 mg Aciclovir 200 mg Sulfametaxozol + trimetropina Alopurinol 100 mg Albendazol 400 mg Omeprazol 20 mg Metoclopramida C) Qual outro medicamento poderia também ser utilizado conjuntamente e justifique. Especificar um Tipo de cancer (sintomatologia e tratamento)
PSICOFÃ RMÃCOS
Convulsão, psicose, ansiedade, insônia, transtorno bipolar não eram chamados assim de maneiras distintas. Até 1900 o que se tinha para deprimir o SNC? brometos, medicamentos, que deprimiam a função neuronal. Álcool, totalmente inespecífico (“deprime tudo”). 1903 – barbitúricos 1º medicamento cujo mecanismo de ação ficou bem conhecido, gardenal (fenobarbital). O mecanismo de ação dele é porque atua no receptor de gaba. A molécula receptor do gaba tem receptor de canal de cloreto, o barbitúrico atua no receptor do gaba, abre canais de cloreto e deprime a função neuronal de forma especifica. Começou a ser utilizado para ansiedade, convulsão, insônia. Em 1927/28 começou a ser utilizado como anestésico geral. Era um medicamento que possuía muitas vantagens, porém causava dependência, tolerância, índice terapêutico dele era estreito e podia matar.
1947 – já tinham encontrado o lítio, medicamento de sedação importante. Descobriram os antipsicoticos (são antagonistas da dopamina) Cloropromazina diminui a função do SNC, de uma maneira mais seletiva. Dependendo da dose podia causar uma indiferença psicossocial, a pessoa interagia socialmente sem apresentar alucinações, agressividade. Com isso já conseguiram separar as psicoses das outras condições.
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Nessa mesma época, descobriram os antidepressivos, de alguma maneira, aumentava a concentração das monoaminas. A depressão talvez, não fosse uma hiperfunção e sim uma hipofunção, então precisava aumentar a quantidade de monoaminas. Observaram que às vezes o efeito de melhora no quadro não era imediato. Para tratar a depressão viram que precisava de mais ou menos um mês; e os estudos começaram a utilizar por mais tempo.
1960 – descobriram os benzodiazepínicos Diazepam como exemplo. Eles tinham propriedades farmacológicas muito semelhante a dos barbitúricos. Num primeiro momento, pensavam até que fazia a mesma coisa só que com o BZD é mais difícil morrer, então o índice terapêutico é muito maior. Anticonvulsivante, hipnótico, sedativo, e porque era mais seguro? Viram que ele também atua em receptor de gaba, mas não diretamente no GABA, eles necessitam do GABA para o seu efeito, pois agem nele para a abertura dos canais de cálcio.
1970 – reforma psiquiátrica. Tratar os transtornos mentais de uma forma mais humana. 1990 – descobriram algumas drogas novas, antidepressivos de segunda geração, os ansiolíticos mais seletivos (agonista de serotonina). Começaram a observar que mexe na sedação e na serotonina, levava um mês para funcionar, porque não testar os antidepressivos que também levam um mês para funcionar? Começou uma revolução nesse sentido, hoje em dia, a ansiedade é tratada com antidepressivo.
Ansiolíticos usados para tratar ansiedade, sentimentos que está sempre relacionado com um conflito. A ansiedade nem sempre é patológica, pois até um determinado ponto ela melhora nosso desempenho, no momento que ela passa a comprometer isso é quando ela passa a ser patológica.
ÃNSIOLITICOS
Ansiedade: é uma condição normal, se associada a eventos estressante. Mas pode ser patológica e percebe-se isso quando ela compromete o desempenho. Quem faz diagnostico geralmente é o psiquiatra. Doença mental e neurose; se refere não a um evento real e sim a um evento potencial, está sempre associada com um conflito. A ansiedade é normal quando ele tende inclusive a aumentar o desempenho, ela passa a ser patológica quando ela passa a comprometer o desempenho. Pensa-se então em conflito entre se esquivar ou se aproximar de determinada coisa. Há então um sentimento de desconforto que leva a um comportamento, é importante, então, descobrir qual pensamento causa esse sentimento e tal comportamento, a terapia comportamental ajuda nisso. Medicamentos: antidepressivos. Mas o tratamento também pode ser não farmacológico. O diagnóstico da ansiedade pode ser difícil de ser realizado em função das múltiplas faces que tal patologia pode apresentar. Por isso a importância de procurar atendimento psiquiátrico para o tratamento adequado.
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Tipos de ansiedade: 1. Transtorno de ansiedade generalizada (TAG): sensação perseguidora de medo e insegurança. As pessoas preocupam-se demais até com os eventos mais corriqueiros. São impacientes, aceleradas e vivem com a sensação de que alguma coisa ruim vai acontecer a qualquer momento. Sofrem de insônia, irritabilidade e, sem tratamento, com o tempo desenvolvem outros transtornos de ansiedade. Não tem sensação de realização. Não é fácil de diagnosticar nem de tratar. Para que ocorra o diagnostico são necessários pelo menos 6 meses desses sintomas com comprometimento do desempenho da vida do individuo.
2. Transtorno do pânico: medo intenso e repentino, sem razão aparente. O individuo é tomado por uma enorme ansiedade e sintomas flosísticos com taquicardia, calafrios, boca seca, dilatação de pupila etc. O ataque de pânico dura 20 a 40 minutos. A sensação de morte iminente. Quem passa por crises de pânico acaba desenvolvendo medo de ter medo. Só é considerado quando há mais de três crises ou quando a primeira crise é de esquiva (ex: mão que não quer pegar mais o bebe por medo). Em 4 semanas de uso de medicamento e de terapia comportamental há remissão total das crises. Pode ter pânico com ou sem agorafobia. 3. Fobias Específicas: medo exacerbado e infundado em relação a certos objetos, animais ou situações. As mais comuns são o medo de avião, elevador, chuvas e trovoadas, altura, insetos, aves e dentista. Muitos pacientes acabem sofrendo grandes limitações em sua vida cotidiana. Pode ser Fobia social (transtorno de ansiedade social): timidez patológica, devido a ansiedade excessiva e persistente, as pessoas evitam a todo custo estar no centro das atenções, pois temem ser avaliados e julgados negativamente. Com o tempo sua vida social, afetiva e profissional torna-se extremamente reduzida. A primeira escolha de tratamento é a psicoterapia, pode se usar medicamento também. Na psicoterapia mostra-se aos poucos o agente causador da fobia. Utiliza-se também os beta bloqueadores para sintomas periféricos, como palpitações e tremedeiras, diminuindo assim a retroalimentação positiva gerada por esse sintomas que acaba desencadeando sintomas centrais. Artigo: abuso de propranolol por fobia social. 4. Transtorno de estresse pós-traumático: caracterizado por ideias intrusivas e recorrentes relativas a um evento traumático, sendo muito comum em pessoas que passaram por acidentes graves, catástrofes naturais e sequestro. Pode levar a um quadro de depressão, embotamento emocional, sensação de vida abreviada e incapacidade de vivenciar o prazer. 5. Transtorno obsessivo compulsivo (não é amis considerado ansiedade): caracteriza-se por ansiedade* acompanhada de pensamentos negativos, intrusivos e recorrentes (obsessões). Na tentativa de aliviar a ansiedade o individuo lança mão de atitudes repetitivas (compulsões) em forma de ritual. Banhos excessivos e demorados são comuns, bem como contar os degraus das escadas. Pode ser relacionado a violência, sexualidade, religião, organização...
Ansíoliticos: são drogas utilizadas primeiramente para tratar ansiedade. No entanto, sempre que existir um diagnostico de ansiedade, o tratamento deve ser crônico, pode incluir ansiolíticos, porém dever ser feito principalmente com antidepressivos.
Tratamento da ansiedade: Psicoterapia cognitivo-comportamental Medidas farmacológicas: antidepressivos e ansiolíticos benzodiazepínicos. Os BZD são depressores do SNC (deprimem a função neuronal). Podem ser utilizados como ansiolíticos (para tratar ansiedade), hipnóticos (para tratar a insônia), anticonvulsivantes (para tratar convulsões) e relaxantes musculares (para tratar a espasticidade), entre outros usos.
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Os BZD são medicamentos que possuem receita controlada, a receita azul, pois causam dependência. Seu mecanismo de ação atua na molécula do GABA, necessitam do GABA para seu efeito, pois agem nele para a abertura dos canais de cálcio.
Causa sedação, sonolência, ansiolise, amnesia anterógrada (esquecer o que vivenciou quando estava sob o efeito da droga), pode causar depressão cardiorrespiratória, coma e morte.
***Antidepressivos (tratamento de escolha) Principais medicamentos ansiolíticos: barbitúricos (age no gaba diminuindo a ansiedade – não são mais utilizados para ansiedade), benzodiazepínicos (mais usados, porém muito mal usado, usando isoladamente causa dependência e pode aumentar a ansiedade) e não benzodiazepínicos ou serotonérgicos (ex: buspirona, mostra a importância da serotonina no tratamento, pouco utilizado no Brasil).
Indicações clínicas dos BZD: como hipnóticos (para insônia): utilização a curto prazo como temazepam, flurazepam. como ansiolíticos (para ansiedade grave: uso a curto prazo como diazepam, clordiazepóxido). Os compostos de ação mais curta (oxazepam) podem ser preferidos na presença de doença hepática, mas comportam um maior rico de sintomas de abstinência e de dependência. Para sedação pré-operatória Para abstinência alcoólica aguda. Como anticonvulsivantes. Como relaxantes musculares nos espasmos musculares crônicos e na espasticidade.
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ÃNTIDÉPRÉSSIVOS Depressão (depressão maior/endógena/evento depressivo/unipolar): pode estar relacionada ao clima (falta de luminosidade solar), ao parto, pode ser uma distinia (crônica e diferente) Alguns usos clínicos no tratamento: Dos transtornos de humor depressivos Transtornos ansiosos Transtornos alimentares Ejaculação precoce Enurese infantil noturna Retirada de drogas de abuso (cocaína, nicotina) Dores crônicas (enxaqueca..) Fibromialgia Disforia pré-menstrual – ocorre exacerbação dos sintomas emocionais da TPM (uso 10 dias antes do período menstrual).
Receituário é branco, porque não causam dependência e tolerância, mas sua retirada é gradual. Os antidepressivos geralmente demoram pelo menos 1 mês para agir, nas primeiras semanas eles tendem a somente ter efeitos indesejáveis. (ex de medicamento: fluoxicetina).Além disso, a melhora do humor depende do mecanismo de ação da droga e da resposta do corpo, se dependesse só da droga melhoraria instantaneamente. A droga deve ser para “colocar a pessoa no eixo” e não levar a euforia (pois essa euforia também pode levar ao suicídio também).
Causa: Até hoje não se sabe qual é a causa da depressão, acredita-se que seja uma queda nos níveis das monoaminas, sendo elas serotoninas, dopamina e noradrenalina (hipótese monoaminergica), essa hipótese é a mais aceita, pois em pessoas que se suicidaram foram encontrados níveis diminuídos; todos os antidepressivos aumentam essas monoaminas. Outra teoria é a do comprometimento da interconectividade neuronal.
Tratamento da depressão: Psicoterapia Antidepressivos Eletroconvulsoterapia – consenso entre médicos de que é o melhor tratamento.
Principais medicamentos antidepressivos: (descobertos ao acaso, aumentam os níveis de monoaminas) Usar no mínimo 6 meses e esperar 1 mês para o real efeito do remédio. Nas mulheres que deixariam de fumar sem o medicamento elas engordariam e ficariam irritadas, com medicamentos emagrecem e aumentam a libido (compensa). Retirada gradual, porém rápida (não gera dependência). Os diferentes antidepressivos têm eficácia semelhante para a maioria dos pacientes deprimidos, variando em relação ao seu perfil de efeitos colaterais e potencial de interação com outros medicamentos.
Inibidores da MAO
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Mecanismo de ação: inbem a MAO, aumentando a sobrevida das monoaminas. Efeitos indesejados: efeitos adrenérgicos (taquicardia, aumento da PA, agitação, convulsões, irritabilidade... pequena margem de segurança). Além disso, interage om qualquer medicamento adrenérgico (ex: brondilatador pra asma, ritalina...) e com certos alimentos que contém tiramina (como queijo e vinho), logo não são a primeira escolha. Ex: tranilcitromina (parnate)
Tricíclicos (não inibem a MAO e tem três ciclos) Ex: amipramina Mecanismo de ação: inibe de maneira não seletiva a receptação das monoaminas. Efeitos indesejados: oriundos da falta de seletividade de ação, ainda podendo agir em outros alvos, produzindo efeitos anti-colinergicos (muscarinicos/atropinicos) (boca seca, visão turva, taquicardia, constipação. Pessoa refere muito desconforto com isso, e para tratar os efeitos adversos geralmente se utiliza opções não farmacológicas). Ex.: Iprimamina. Atípicos ou de 2ª geração (descobertos mais atualmente) 1º foi fluoxicetina (prozac), hoje há outros como a bemlafexina, duloxetina. Mecanismos: inibição seletiva da receptação da serotonina. Efeitos indesejados: bem menos efeitos indesejados: dor de cabeça, Náusea e vomito e anorexia leve, tudo isso tende a desaparecer com o tratamento (às vezes usam pra tratar obesidade, bulimia, tabagismo...)
HIPNO TICOS e INSO NIÃ
Sono Vida adulta: média de 8 horas de sono, isso pode variar pra mais ou pra menos, tendo os dormidores curtos e longos. O ideal é que se tenha uma rotina de sono (dormir e acordar sempre no mesmo horário, com no máximo um intervalo de três a quatro horas). Durante o sono há a liberação de vários hormônios, logo quando essa rotina de sono é alterada pode levar a alterações hormonais. Além disso, doenças do sono podem ser relacionadas com obesidade e outras doenças... Todas as pessoas sonham, esses sonhos acontecem na ultima fase do ciclo do sono (sono Rem – movimento rápido dos olhos), ao longo da noite se tem mais ou menos 5 ciclos de sono, logo 5 sonos Rem e 5 sonhos. É no sonho que o SNC tende a resolver os problemas que temos no dia-a-dia, assim 70% dos sonhos são aversivos. Os sonhos são visuais e não tem áudio, esse áudio é colocado quando a pessoa acorda. Além disso, se sabe o que a outra pessoa estava pensando no sonho. Na maioria da vezes são preto e branco ou em tons sépia, raramente é colorido.
Farmacologia – Laíse Koenig de Lima – MED XXXV
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Insônia: Disturbio comum e inespecífico. Não consegue dormir, ocorrem despertares ao longo da noite ou de manhã e não consegue voltar a dormir, tem sonos superficiais (despertam muito), ou dormir e acordar com a sensação de que não descansou. A maioria dos insones sofre diversos males como cansaço, mal estar, irritabilidade e dificuldade de atenção.
Tratamento: 1. Reeducação para o sono (+psicoterapia no tratamento comportamental) 2. Antidepressivos 3. Hipnóticos - insônia primária 4. Outros compostos como antihistaminicos, antipscoticos (o sono é um efeito indesejado deles. ex: dramin – efeito off label). 5. BZD 6. Não-BZD (zolpidem) 7. Fitoterapicos 8. Medidas não farmacológicas 9. Manejo do insone
Benzodiazepínicos (BZD) Ex: Clonazepam (rivotril: cuasa dependência e tolerância.) ; Diazepam; Bromazepam... OBS: tem outras indicações terapêuticas, porém como hipnóticos não são a melhor escolha, pois causam dependência e tolerância além de sonolência diurna. Ação: potencializa o efeito inibitório mediado pelo GABA. Aumenta a afinidade do GABA com seu receptor e a frequência de abertura dos canais de cloro. Mecanismo de ação: Atuam em um sitio receptor no receptor do gaba melhorando a ligação do gaba e aumentando a entrada de cloreto na célula, deprimindo a função neuronal, podendo ser utilizado como anticonvulsivantes, ansiolíticos, em anestesia e hipnóticos. Efeitos indesejados: dependência e tolerância; sonolência diurna; taxia; amnesia anterógrada (esquece o que vivenciou quando estava sob o efeito do medicamento), incoordenação motora. Efeitos desejados: ansiolíticos, pré-anestescios e anticonvulsivantes.
Não benzodiazepínicos (hidrato de cloral; zolpidem e zolpieclona). Primeira escolha (princip. zolpidem): diminui a latência do sono e o número de despertares noturnos; aumento do tempo total de sono; mínimo risco de desenvolvimento de dependência e tolerância; melhora a qualidade do sono e do despertar. Atua no gaba, mas não em seu receptor nem no sitio do BZD, logo tem menos efeitos que os BZD. A pessoa utiliza se necessário com orientação médica. É um hipnótico. Efeito indesejado: menores em relação ao BZD, interação com outros medicamentos, sonambulismo. Poucos efeitos indesejados. Quem mais utiliza medicamentos para dormir são as mulheres, idosos e pessoa com doenças.
Farmacologia – Laíse Koenig de Lima – MED XXXV
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