Apostila Expressão Rítmica e Corporal

May 28, 2018 | Author: Vera Fernandes | Category: Rhythm, Learning, Time, Sound, Variation (Music)
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Henrique Duque de Miranda Chaves Filho Reitor

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Prof.ª Déa Lúcia Campos Pernambuco Diretora Geral Prof. José Antonio de Aravena Reyes Coordenador Geral Prof. Maurício Leonardo Aguilar Molina Coordenador Acadêmico Crystiam Kelle Pereira e Silva Coordenadora Tecnológica Aline Barreto dos Santos Coordenadora Administrativa e Financeira

Setor de Produção de Material Didático Fabrício Brunelli Machado Chefe de Produção de Materiais Liliane dos Santos Apoio Assuntos Pedagógicos Fabrício Brunelli Machado Liliane da Rocha Thaís Peralva Diagramação Fabrício Brunelli Machado Revisão Textual Rodrigo Lobão Gotti Cinegrafia e Edição Samir Bretas de Deus Áudio e Edição Guilherme Portes Fotografias e imagens

Cláudia Xavier Correa Adriana de Sousa Leite Autoras

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Licenciatura em Educação Física

Expressão Rítmica e Corporal Cláudia Xavier Correa Adriana de Sousa Leite



Universidade Federal de Juiz de Fora

Juiz de Fora 2012

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Lista de Figuras

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Figura 2.1. Compasso BINÁRIO (1,2) ................................................................................................................ 28 Figura 2.2. Compasso TERNÁRIO (1,2,3) ......................................................................................................... 28 Figura 2.3. Compasso QUATERNÁRIO (1,2,3,4) ............................................................................................ 29 Figura 2.4. Colocar o nome da mesma ............................................................................................................... 32 Figura 3.1. Instrumentos de uma Bandinha Rítmica ......................................................................................... 42 Figura 3.2.Afoxé ...................................................................................................................................................... 43 Figura 3.3 Agogô de castanha ............................................................................................................................... 43 Figura 3.4. Baquetas ................................................................................................................................................ 43 Figura 3.5. Côco ...................................................................................................................................................... 43 Figura 3.6. Maracas ................................................................................................................................................. 43 Figura 3.7. Pandeiro ................................................................................................................................................ 43 Figura 3.8 Guizo ...................................................................................................................................................... 43 Figura 3.9 Reco reco .............................................................................................................................................. 44 Figura 3.10. Ganzá ................................................................................................................................................... 44 Figura 3.11. Triângulo ............................................................................................................................................. 44 Figura 3.12. Surdo ................................................................................................................................................... 44 Figura 3.13. Tambor ................................................................................................................................................ 44 Figura 3.14. Sino ...................................................................................................................................................... 44 Figura 3.15. Flauta ................................................................................................................................................... 44 Figura 3.16. Chocalho ............................................................................................................................................ 45 Figura 3.17 Ganzá ................................................................................................................................................... 45 Figura 3.18. Guizo de clip`s ................................................................................................................................... 45 Figura 3.19. Maracas de pet e cabo de vassoura ............................................................................................... 45 Figura 3.20. Pratos de tampas ............................................................................................................................... 45 Figura 3.21. Pandeiro .............................................................................................................................................. 45 Figura 3.22. Reco Reco .......................................................................................................................................... 45 Figura 3.23. Tambores ............................................................................................................................................ 46 Figura 3.24. Flauta pan ............................................................................................................................................ 46 Figura 3.25. Xilofone de Garrafas ........................................................................................................................ 46 Figura 3.26.Colocar nome na mesma ................................................................................................................. 47

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Lista de Símbolos

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Indica que você deve prestar bastante atenção no conteúdo inserido no referido quadro ..........................................................................................................

Indica uma pesquisa a ser feita pelo aluno ou que já foi feita pelo autor

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Indica conteúdo musical

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Indica atividade a ser feita pelo aluno

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Indica conteúdo eletrônico, tais como sites, blogs etc.

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Sumário

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Bate-papo inicial 12 Apresentação da Disciplina 14 UNIDADE TEMÁTICA I Ritmo: conceituações e princípios 16 UNIDADE TEMÁTICA II Classificações, fraseologias e coreografias 22 UNIDADE TEMÁTICA III Aplicações metodológicas, exercícios rítmicos 36 PALAVRAS FINAIS 50 ANOTAÇÕES 52 REFERÊNCIAS 56

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Bate-papo inicial

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Prezado estudante, Bem-vindo! A educação a distância no Brasil, país de dimensões continentais e de grande diversidade regional e cultural, longe de distanciar, aproxima as pessoas, ao garantir acesso à educação de qualidade. Representa uma ótima alternativa para as populações dos municípios distantes dos grandes centros universitários, contribuindo na democratização do saber. Neste sentido, fazemos um convite especial a você para uma troca de conhecimentos. Iremos mergulhar no universo da expressão rítmica e corporal.Vamos trocar ideias, estudar juntos, aprender conceitos, metodologias, e inúmeras brincadeiras rítmicas, criar novas possibilidades com muita criatividade! O convite foi aceito? Se a resposta for sim, prepare-se para lúdicas vivências e aprendizados. Espero que este mergulho seja surpreendente! Concordando com Paulo Freire, a escola não é apenas um lugar onde se aprende ou ensina... é também um lugar onde se faz amigos. Dessa forma, estaremos juntos com você durante esta jornada, que prometemos ser muito interessante! Desejamos sucesso na sua formação profissional!

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Apresentação da Disciplina

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Este livro é fruto das experiências acumuladas e compartilhadas, nos últimos anos, lecionando a disciplina Expressão Rítmica e Corporal. Sempre recebemos um retorno gratificante dos que dela participam, tanto no envolvimento e no interesse com que acolhem a proposta lúdica da disciplina, quanto no aproveitamento pessoal e profissional. Por isso acreditamos que esta disciplina irá provocar excelente aprendizado. Nas páginas seguintes, você irá conhecer um pouco mais sobre o ritmo, movimento, coreografias, brincadeiras rítmicas, bandinha rítmica, enfim será uma caminhada recheada de balanço, ação e criatividade! Veja abaixo nossa ementa e o programa da disciplina:

EMENTA Expressão e comunicação artística. Classificação, valores e composição do ritmo; Instrumentos de percussão. Movimentos: Classificação, postura, posições, passagens, deslocamentos, coreografias. Exercícios rítmicos.

PROGRAMA Unidade Temática 1 - Ritmo: conceituações e princípios. - Importância, objetivos e funções do ritmo. - Princípios do ritmo.

Unidade Temática 2 - Classificações, fraseologias, coreografias. -O ritmo e o som. - Frase Musical. - Movimentos e coreografias.

Unidade Temática 3 - Aplicações metodológicas e exercícios rítmicos. - O ritmo na escola - O ritmo no esporte - Banda rítmica - Unindo a prática

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UNIDADE TEMÁTICA I Ritmo: conceituações e princípios

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Objetivos de aprendizagem O aluno deverá ser capaz de: 

compreender os conceitos e os princípios do ritmo;



compreender sua importância.

Olá!!! Seja bem vindo a primeira unidade de estudo. Neste início, você irá conhecer sobre o “Ritmo” e sua importância em nossa vida. Irá compreender também como ele é indispensável na tarefa educativa. Vamos lá?

1.1. Conceitos de Ritmo O ritmo está presente em tudo o que existe. Ele se manifesta na natureza, na vida humana, no movimento, no som, na música. Está presente no movimento dos rios, dos lagos e dos mares, no vaivém das ondas, no soprar dos ventos, na sucessão das estações, no movimento humano, no dia e na noite. A palavra ritmo vem do grego RHYTMOS e designa tudo aquilo que flui. O ritmo é tão necessário, que temos a tendência a ritmar tudo que está ao nosso lado: 

os passos de uma caminhada,



o barulho de um trem nos trilhos,



uma batucada com as mãos ao ouvir uma música.

Tudo tem ritmo: 

os batimentos cardíacos,



o comer,



a respiração,



os ciclos hormonais,



os movimentos da terra,



o andar...

Diversos autores definem ritmo de variadas maneiras como veremos abaixo: 

“O ritmo é movimento ordenado.” (Platão)



“É uma estrutura que se repete ciclicamente.” (Lapierre)



“O ritmo é um princípio vital e é movimento.” (Dalcroze)



“É o elemento essencial de tudo que vive. O ritmo é contínuo.” (Bode)

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“É a qualidade física explicada pelo encadeamento de tempo ou pelo encadeamento energético, pela mudança de tensão e de repouso, enfim, pela variação com repetições periódicas, estando presente em todas as manifestações esportivas”. (Tubino)

Percebemos, no conceito acima, como o ritmo é importante na Educação Física. Quando estamos praticando algum esporte, correndo, dançando, fazendo ginástica, o ritmo está presente de forma indiscutível.

VOCÊ JÁ HAVIA PENSADO NISSO? Isto significa que quando estiver ministrando aulas de educação física, a todo o momento estará trabalhando com o ritmo. Veja o exemplo abaixo:

Música no 1: ‘titulo Cabeça, ombro, joelho e pé Joelho e pé, Cabeça, ombro, joelho e pé Joelho e pé, Olhos, ouvido, boca e nariz. Cabeça, ombro, joelho e pé Joelho e pé, (autor)

Descrição da atividade: os alunos estão dispostos em círculo cantando a música e, ao mesmo tempo, tocando com as mãos as parte do corpo cantadas. Cada vez que a música se repete, uma parte do corpo não será cantada: primeiro não cantamos a cabeça, depois o ombro, o joelho e assim até que façamos todos os movimentos em silêncio. O interessante, nesta atividade, é que, a partir do ritmo dado pelo professor,

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todos farão, de forma coordenada, a brincadeira do início ao fim!

1.2. Importância, objetivos e funções do ritmo Para os profissionais de Educação Física, a educação do ritmo é de grande importância. Em praticamente todas as atividades corporais, visualiza-se um trabalho rítmico. Portanto, em um programa de educação física escolar, é esperado grande atenção nas atividades rítmicas educacionais. Pela prática das atividades e brincadeiras rítmicas, o educando irá expressar, produzir, criar movimentos no tempo e no espaço. Essa frequente solicitação nas atividades levará a uma coordenação dos movimentos, que será melhor a cada dia, levando a oportunidade de aperfeiçoamento. Não há limites para a expressão corporal. Podemos experimentar, criar, mudar. Movimentar pela alegria do movimento, brincar de formas diversas, variar o ritmo, a intensidade, a velocidade. Podemos observar como uma criança brinca ao descobrir o som da voz, os gritos com gorjeios e timbres variados, velocidades e intensidades diferentes; a descoberta das mãos, dos pés, as possibilidades de produzir sons diversos com o próprio corpo sem a preocupação com a estética, com o belo. Dentro de cada um de nós, existe uma espontaneidade, criatividade para brincar com os ritmos e os sons, um compositor livre para expressar seus sentimentos sem inibição, vergonha, sem o objetivo de agradar ou de receber aplausos, correndo o risco do riso, por que não? Quanto mais nos animamos a explorar os sons e os ritmos, mais nos permitimos errar e mais aprendemos com a sensibilidade e a musicalidade que existe dentro de nós. Como educadores, devemos proporcionar aos nossos alunos um ambiente fértil e estimulante, para expressarem sua capacidade criativa. Crianças adoram inventar sons, músicas, ritmos diferentes e, dessa forma lúdica, vão organizando sua inteligência, construindo seu conhecimento a respeito das formas, dos sons, dos movimentos, do tempo e do espaço. Os objetivos de se trabalhar com o ritmo são muitos: 

desenvolver a criatividade,



desenvolver o ritmo natural,



despertar a audição,



desenvolver a capacidade auditiva,



desenvolver a capacidade física do aluno,



descobrir o próprio corpo,



descobrir possibilidades de comunicação,



descobrir infinitas formas de movimento,



aperfeiçoar a coordenação.

Entretanto, nossa postura deve ser a de evitar a busca de resultados imediatos, as comparações, o destaque a desempenhos individuais. Devemos lembrar, a todo instante, que cada um possui

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sua expressividade própria, seu ritmo pessoal, seu gosto, sua espontaneidade, sua capacidade de sentir e de se mostrar pela música. Não podemos esquecer que cada um tem o seu tempo de amadurecimento, de entendimento e raciocínio. Portanto, enquanto educadores, não devemos nunca dizer que aquela criança ou aquela pessoa não tem ritmo. Talvez, o que ela não tenha tido fora tempo, nem estímulo suficientes para experimentar, sentir e amadurecer o seu ritmo interior (que todos nós temos).

1.3. Princípios do ritmo O equilíbrio pode ser considerado o princípio básico do ritmo. Para Rudolf Bode, músico alemão, é a sucessão constante entre RELAXAMENTO-TENSÃO-RELAXAMENTO. Um constante fluxo dinâmico num contínuo ir e vir, subir e abaixar. O ritmo do movimento corporal é dado então por uma continuidade de movimentos fortes e fracos, pela contração e relaxamento. Este equilíbrio constante dos binômios é então considerado o princípio do ritmo que ainda se caracteriza por um crescer e decrescer atingindo intensidades culminantes. O ritmo ainda pode ser dividido quanto a sua estrutura em: 

individual: cada um tem seu próprio ritmo;



grupal: organização coletiva do ritmo;



mecânico: ritmo uniforme, não varia. Ex: relógio;



disciplinado: condicionado por um ritmo predeterminado;



refletido: ao perceber um som respondemos corporalmente a ele.

Para finalizar, devemos saber que existem indivíduos que são harmoniosos em seus movimentos, equilibrados corporalmente. Estes são conhecidos por indivíduos rítmicos. Por outro lado, alguns indivíduos possuem completa ausência de ritmo e de harmonia com falta de coordenação dos movimentos. Estes são conhecidos por indivíduos arrítmicos. A educação rítmica proporcionará uma compreensão musical primeiro através do corpo, depois através do intelecto. Cabe ao professor proporcionar, de forma lúdica, esta rica experiência educacional.

SÍNTESE: Ritmo é fluidez, alternância, está presente em nosso corpo, regulando nossa vida. O professor deve garantir ao educando o conhecimento e a vivência de diferentes ritmos.

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Saiba mais: seer.ufrgs.br/índex.php/movimento/article/ viewfile/7221/694 Contribuições ao processo de (re) significação da Educação Física escolar: dimensões das brincadeiras populares, da dança, da expressão corporal e da ginástica. Leia e reflita sobre o artigo!

Pense na sua infância e em suas brincadeiras, nas músicas, rodas cantadas. Faça também uma lista daquelas que você mais gostava, em que o ritmo se manifestava. Tente perceber quais os sons que estão mais próximos de você e os que estão mais distantes e identifique os ritmos nestes sons: de onde vem, a repetição, fortes ou fracos, rápidos ou lentos.

UNIDADE TEMÁTICA 1

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UNIDADE TEMÁTICA II

Classificações, fraseologias e coreografias

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Objetivos de aprendizagem O aluno deverá ser capaz de: 

compreender as variações rítmicas;



perceber uma frase musical;



aprender a compor seqüências rítmicas de movimentos.

Olá!!! Neste momento, damos início à segunda unidade de estudo. Juntos iremos aprofundar nossos conhecimentos acerca do ritmo e suas variações. Vamos conhecer e identificar uma frase musical, que muito auxiliará em nossas tarefas práticas e também aprender como elaborar uma coreografia com movimentos simples, diversos e criativos. Que tal começarmos agora?

2.1. O ritmo e o som O pulso é considerado o mais primitivo dos sons e, de imediato, remete-nos à ideia de pulsação cardíaca. E é isso mesmo! Quando aferimos a pressão sanguínea, identificamos os pulsos contando 1,2,3,4... Temos a pressão sistólica e a diastólica, ou seja, a marcação forte e a fraca. O som que a pressão produz é ritmo (Tum/Tum...tum/tum...). Podemos classificar o pulso da seguinte forma: 

LENTO



MODERADO



RÁPIDO

Quando caminhamos, por exemplo, cadenciamos o pé direito/esquerdo. Às vezes rápido, às vezes mais lento até parar, sempre um seguido do outro. Quando tropeçamos nos próprios pés, é porque talvez não tenhamos conseguido manter o pulso. Se contarmos os passos, conseguiremos números finitos, seja qual for a distância a percorrer. Na corrida também mantemos o pulso, ora rápido, ora moderado, a cada contato do pé no solo, sempre um após o outro. A marcha também é um movimento bom para a percepção do pulso. Quando assistir aos desfiles militares, tente identificar o pulso da marcha. Não vai ser tão difícil!

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QUE TAL ALGUNS OUTROS EXEMPLOS PARA MELHORAR NOSSA COMPREENSÃO?

Exemplo 1: Você já participou de uma aula de alongamentos corporais ou já praticou pilates? Estas atividades são ótimos exemplos para caracterizarem movimentos realizados de forma lenta. Tanto alongamentos como exercícios de pilates são excelentes para a postura do corpo. Praticá-los em contagens lentas, com pulsos lentos, proporcionará uma execução mais correta dos exercícios propostos, bem como uma melhor consciência corporal. Exemplo 2: Vamos falar agora de caminhada. Muitos indivíduos praticam esta atividade a fim de terem uma boa saúde. O ideal é que a caminhada seja executada em pulso moderado, a fim de que o corpo atinja um equilíbrio respiratório que o permita executá-la por um longo período de tempo. Normalmente, as pessoas caminham por cerca de uma hora, buscando uma vida de qualidade. Exemplo 3: Você já brincou de “piques”? Existe uma diversidade deles: pique-pega, pique cola, pique corrente...Em todos eles há uma correria maluca, afinal ninguém quer ser pego. Correr em pulso rápido é essencial para que a atividade tenha bom êxito.

Pode-se dizer que o pulso é uma marcação constante; quando é interrompido por algum motivo, pode sinalizar uma situação inesperada. Tente agora marcar o seu pulso cardíaco acompanhando com a batida do pé no chão. Outra boa maneira de treinar a percepção do pulso é, ao andar, perceber corporalmente o contato dos pés no solo. Agora que entendemos o que é o pulso, podemos começar a imaginar a sua aplicação nas atividades rítmicas do cotidiano escolar, entretanto mais algumas particularidades devem ser assimiladas. Então vamos lá! Como falamos e exemplificamos anteriormente, o pulso é uma marcação constante. Então o que é o ritmo? Imagine-se segurando uma baqueta de bateria e executando batidas no chão ou sobre uma mesa. Você pode bater de forma lenta, moderada, rápida, constante ou inconstante. Suas batidas podem ter intensidade forte ou fraca. Se desejar, ainda poderá combinar diversos tipos de batidas. Essa inconstância de marcação ou sequência de marcações rápido-lento, rápido-forte, moderado-forte,

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rápido-fraco, podemos denominar de ritmo.

O ritmo também pode ser lento, moderado e rápido. No cotidiano, muitas das vezes nos referimos ao ritmo de maneira errônea. Confundimos o pulso com o ritmo. É um vício de linguagem, pois, na verdade, o que marca o ritmo é o pulso. Perceba que suas batidas com as baquetas fazem surgir uma sequência de sons (ou será barulho?), que podemos denominar de sequência rítmica. O tum/tum, som produzido pelo coração, é um ritmo que se repete em uma sequência rítmica e esta sequência tem um pulso. Quando se associa esta sequência rítmica às notas musicais (dó, ré, mi, fá, sol, lá, si), que chamamos de melodia, temos o ínicio do que podemos identificar como sendo a música. A função do ritmo na música é expressar energia por meio de intensidades fortes e fracas com durações diversas. O pulso, o ritmo e o som são elementos formais da música. Assim podemos dizer que o pulso é o primitivo que se associou com o ritmo e deu origem ao som, que abraçou a melodia originando a música. Conceituar música não é uma tarefa fácil e nem é a intenção desta unidade de estudo, mas é verdadeiro afirmar que é uma linguagem universal e que varia de cultura para cultura. Está vinculada a emoções, podendo expressar alegrias ou tristezas. Podemos ser motivados, ao ouvir uma música, bem como relaxar nosso corpo na presença de um som suave. Sendo assim, para o trabalho nas aulas de Educação Física, a música se torna essencial, onde o corpo e o movimento poderão se expressar de forma dinâmica, vigorosa, alegre, suave e delicada. A motivação, o prazer, os aspectos lúdicos do aprendizado valorizam-se perante a música. E, cá entre nós, não é melhor aprender brincando? Agora que compreendemos os diferentes conceitos musicais, proponho uma pausa para uma atividade:

Pense em uma aula onde você possa trabalhar a marcação do pulso e o ritmo de forma lenta, moderada e rápida. Descreva, em poucas palavras, suas sugestões de atividades. Caso tenha oportunidade discuta com os colegas cursistas sobre suas idéias.

Pense em uma aula onde você possa trabalhar a marcação do pulso e o ritmo de forma lenta, moderada e rápida. Descreva, em poucas palavras, suas sugestões de atividades. Caso tenha oportunidade, discuta com os colegas cursistas sobre suas ideias. Dando continuidade ao nosso estudo, vamos aprender agora algumas propriedades do som: 

ALTURA = VOLUME



DURAÇÃO = TEMPO



INTENSIDADE



TIMBRE

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A altura/volume de um som é muito relativa e é determinada pela freqüência dos sons, isto é pelo número de vibrações que cada onda sonora emite em determinado intervalo de tempo. A duração pode ser resumida como o período em que o som estende-se (longo ou curto). A intensidade é a propriedade de o som ser mais forte ou mais fraco. Finalmente o timbre, que nos permite distinguir um som grave de um som agudo. O timbre da voz feminina tende a ser agudo, enquanto o timbre masculino, mais grave. Um som grave tem pouca vibração, ao contrário do som agudo. Os apitos normalmente produzem som agudo e as teclas mais à esquerda do piano, som grave. Assim como o som tem suas propriedades, a música também é constituída de alguns elementos básicos, como: 

MELODIA: sucessão de notas musicais combinadas cujo efeito torna-se agradável ao ouvido.



HARMONIA: combinação sofisticada de duas ou mais notas, formando “acordes”.



RITMO: fluidez, movimento regular.

Antigos sábios afirmavam que o ritmo promove mudanças físicas no organismo: a melodia nos estados mental e emocional e a harmonia melhora nosso entendimento das questões espirituais. Às vezes, estudar a teoria de determinado assunto pode ser enfadonha, ficamos pensando em como iremos finalmente aplicá-la na prática, na vida diária, no cotidiano de nossas ações profissionais. Certamente, esta teoria é indispensável e fortalece nosso conhecimento acerca do assunto, mas agora proponho uma observação simples do tema que estamos estudando: o ritmo. Tente responder as questões abaixo: 

Como está o ritmo de sua vida? Anda correndo muito de um lugar para o outro para dar

conta de tudo? 

Como está seu ritmo de atividade física? Está malhando demais ou anda um pouco preguiçoso?



E seu ritmo de estudo, leitura?



A marcação da sua corrida ou caminhada é rápida, moderada ou lenta? Já teve que se adaptar

a sua marcação para acompanhar um amigo na prática esportiva? 

Cada um possui um ritmo interno?

De maneira muito simples percebemos o quanto a marcação, o ritmo são significativos em nossas vidas. Eles não estão apenas nos sons ou nas músicas, convivemos com eles a todo instante.

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Partindo dessa reflexão proponho que, nas aulas de Educação Física, saibamos respeitar o ritmo natural de nossos alunos. E mais do que isso... levá-los a se conhecerem, escutarem os sons que o corpo emite, aprenderem a respeitar o ritmo corporal e o tempo de cada um em executar e entender cada atividade. Tanto o pulso, que é a marcação, quanto o ritmo são treináveis.

2.2 . Frase musical Para uma boa conduta nas atividades rítmicas e musicais, o profissional de Educação Física deverá ter ao menos um conhecimento elementar da estrutura musical. Este o auxiliará na harmonia e ritmo de execução dos movimentos e no andamento da aula. Talvez de início pareça complexo, certamente uma boa sensibilidade musical poderia auxiliar, mas com um pouco de dedicação e treino, possíveis dificuldades serão superadas. O pulso de uma música define como os movimentos devem ser executados. Quando uma música é rápida dizemos que a duração de sua marcação é pequena. Ao marcamos os pulsos de uma música, podemos observar que existem alguns pulsos que são mais FORTES que outros. Quando marchamos, marcamos o pé direito como sendo o forte e o esquerdo como o FRACO.Vamos agora nos referir a marcação como TEMPO:

TEMPO FORTE e TEMPO FRACO. PULSO = MARCAÇÃO = TEMPO.

Com este conceito de TEMPO FORTE e TEMPO FRACO, vamos brincar um pouco com os compassos musicais.

Vocês se lembram da música “Os escravos de jó”? Os escravos de jó... Jogavam o cajamgá... Tira, bota, deixa o Zé Pereira ficar... Guerreiros com guerreiros fazem zig-zig-zá...

Observe que, ao brincar de passar o objeto para o colega ao lado, cantando a música, as sílabas em negrito são as sílabas acentuadas e é nesse momento que o objeto é colocado na mesa em frente ao colega. Dizemos que estas acentuações (em negrito) são os tempos fortes e as sílabas sublinhadas são os tempos fracos. Esta célula “forte e fraco” se repete em toda a música. Na teoria músical chamamos de compasso binário.

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Os estilos de músicas que caracterizam o compasso binário são as marchinhas e muitas das cantigas de roda. Veja abaixo:

 

 

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Figura 2.1. Compasso BINÁRIO (1,2)

A figura acima corresponde a dois compassos binários. Vamos agora cantar a música “Parabéns pra você” da maneira como cantamos no dia do aniversário das crianças (sem ritmo de samba).

Parabéns pra você... Nesta data querida Muitas felicidades Muitos anos de vida

Temos nesta música, entre os tempos fortes (sílabas em negrito) dois tempos fracos (as palavras e sílabas sublinhadas), formando uma célula de três tempos – um forte e dois fracos. Chamamos esta célula de compasso ternário. O estilo de música que caracteriza o compasso ternário é a valsa. Veja abaixo:

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Figura 2.2. Compasso TERNÁRIO (1,2,3)

A figura acima corresponde a dois compassos ternários.

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A próxima música que convido vocês a cantar é “Asa Branca” de Luiz Gonzaga:

Quando olhei a terra ardendo ... Qual fogueira de São João ..., ... Eu perguntei-ei ...a deus do céu, ai, ... Por quê tamanha ...ju diação, ..., ...Eu

Temos, nesta música, entre os tempos fortes (sílabas em negrito), três tempos fracos (as palavras e sílabas sublinhadas), formando uma célula de quatro tempos – um forte e três fracos. Chamamos esta célula de compasso quaternário. Precisamos nos atentar ao terceiro tempo, que é meio-forte e que, em muitas das vezes, é confundido com forte. Os estilos de música que caracterizam o compasso quaternário são Pop, MPB, Axé, Sertanejo e outros.

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Figura 2.3. Compasso QUATERNÁRIO (1,2,3,4)

A figura acima corresponde a dois compassos quaternários. Como achamos o compasso na música que estamos ouvindo? É simples. Primeiro, identifique o PULSO batendo com a ponta do pé no chão (pé todo apoiado no solo). Depois identifique qual destas marcações é a mais forte e acentue esta marcação a cada vez que ela acontecer, batendo com o pé mais forte e continue marcando. Você irá perceber que, entre um forte e outro forte, existem as marcações fracas, ou, se preferir, os tempos fracos. Aí, é só contar quantas marcações fracas, ou tempos fracos, existem entre um forte e o outro. Lembre-se que o TEMPO FORTE É O PRIMEIRO TEMPO DE TODOS OS COMPASSOS.

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Quaternário

Ternário

 

Binário

  Forte

 

Fraco

Que tal ouvir algumas músicas nos diferentes compassos para ajudar na compreensão do assunto? Compasso quaternário: Rock – Tudo com Você – Lulu Santos www.youtube.com/watch?v=0HiBSzFcaxs.

Acesso

em

12.12.2012. Compasso Ternário: Valsa – Valsa Brasileira – Edu Lobo e Chico Buarque www.youtube.com/watch?v=9JL2iJIOCcY.Acesso em 12.12.2012.

Compasso Binário – Marchinhas de carnaval h t t p : / / w w w. y o u t u b e . c o m / w a t c h ? v = 6 U g C K s a _ Xpc&feature=related. Acesso em 12.12.2012.

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Espero que tenha apreciado as músicas sugeridas e que tenha conseguido diferenciar os tempos fortes e fracos e os compassos binário, ternário e quaternário. Às vezes precisamos ouvir mais vezes para perceber as diferenças. Não desista! Você consegue!!! Bem, agora começaremos a falar propriamente da frase musical.Vamos exercitar nossa percepção auditiva, fazendo de conta que o nosso ouvido é um orelhão gigante. Podemos comparar a frase musical com uma frase gramatical.Toda frase tem sujeito, verbo e predicado, ou seja tem um sentido lógico com início, meio e fim. A frase musical também tem. Escute uma música e ouça, com atenção, a melodia, sem se preocupar com a letra. Sofeje no nã-nã-nã e você irá perceber que a melodia se repete algumas vezes identicamente. Esta é uma frase musical que se repete. Uma música é composta de várias frases musicais, às vezes são as mesmas, outras vezes não. É como um parágrafo, formado por algumas frases. Enquanto fala do mesmo assunto, permanece no parágrafo, mudou de assunto muda o parágrafo. Sugiro que você pare um pouco e faça o exercício de escutar sua música preferida, sem cantar a letra e perceber somente a melodia (fazendo o nã-nã-nã). Em seguida, tente identificar as frases, o sentido da melodia, se ela repete ou não, se formou um parágrafo e se mudou de parágrafo. Faça isso com várias músicas, de vários estilos (Pop, MPB, Sertanejo, Forro, etc). Não é tão fácil, mas não é impossível, vamos tentar? Bem, agora que você já está com os ouvidos bem aguçados, vamos teorizar um pouco. Escute a música na qual você conseguiu identificar algumas frases, porém, agora fazendo a marcação com o pé, ou seja, marcando o pulso da música. Lembre que esta marcação deverá ser constante enquanto durar a música. Para ficar mais fácil, tente caminhar nesta marcação. Conseguiu? Ótimo! Agora você deverá identificar qual desse pulso/marcação é um pouco mais forte que o outro. Andando, marque sempre o pé direito na marcação (tempo) forte. Você irá perceber que existe sempre um forte e um fraco. Comece a contar o tempo forte com o início do sentido da melodia (do nã-nã-nã), que é o início de uma frase. Ouça essa música: http://www.youtube.com/watch?v=YD1Pifbc9ro&feature=relmfu. Acesso em 12.12.2012. A maioria das frases musicais são formadas por 8 tempos (marcações) fortes. Percebemos melhor nas músicas mixadas. Temos também a meia-frase, que é formada por 4 tempos (marcações) fortes. Ela pode estar no início da música ou entre as frases. É aquela contagem que o professor de dança faz, geralmente para iniciar alguma movimentação: 5, 6, 7, 8 – e que é uma meia frase. Nas músicas dos conjuntos Skank e J´Quest encontramos mais frequentemente as meias frases. Mas podemos também ter frases de 9, de 10, de 11 tempos ou de 6, de 7 tempos, como também meia-frases de 3 tempos. Ouça esta música do Skank que é bem marcada e que começa com uma marcação de meia frase e uma frase de 6 tempos.Vamos tentar? http://www.youtube.com/watch?v=Q6D2qi7c1ZA&feature=r elmfu. Acesso em 12.12.2012. Bem, agora é com vocês. A prática do escutar é a melhor forma de dominar a fraseologia musical. Lembre-se que ouvir é perceber e escutar é perceber com atenção.

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2.3. Movimentos e coreografias Para iniciar nossa conversa acerca do tema movimentos e coreografias, gostaria que refletíssemos acerca da seguinte pergunta: EXISTE VIDA SEM MOVIMENTO? Certamente sua resposta é não, afinal aonde existe movimento, existe ritmo, fluência, manifestação de energia. Movimento é também deslocamento, mudança, é indicador de vitalidade, vigor, disposição, alegria, dinamismo. O movimento de bater do coração, do fluxo sanguíneo, das crianças brincando. A Educação Física tem como objeto de estudo o movimento humano e para que ele aconteça, um maravilhoso sistema composto de músculos, articulações e ossos são capazes de produzir um número incalculável de movimentos, exercícios, habilidades, realizados já nos primeiros momentos da vida. Movimentar-se é uma das maneiras mais divertidas de explorar a expressão corporal e aprender a se relacionar com o corpo no tempo e espaço. Alguns aspectos se relacionam ao movimento, veja abaixo:

Movimento

Tempo

Espaço DESLOCAMENTO

Direção Nível Amplitude

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Figura 2.4. Colocar o nome da mesma

Deslocamento Velocidade

O movimento é o deslocamento do corpo: 

No espaço: onde o corpo se movimenta?

Direção: para frente, trás, em curva, na diagonal, em linha reta. Nível: alto, médio, baixo. Amplitude: pequena, média, grande. 

No tempo: como o corpo se movimenta?

Ritmo: padrão regular/ coordenação do movimento. Velocidade: rápido, moderado, lento. Que tal movimentar-se um pouco para aprender melhor? 1.

Escolha uma habilidade motora básica (andar ou correr).

2.

Lembre-se agora da frase musical (1 2 3 4 5 6 7 8).

3.

Fique em pé e desloque (andando ou correndo) contando até 4 para frente.

4.

Faça a mesma tarefa contando 4 para trás.

Neste exercício, você se movimentou em relação ao espaço. Para frente e para trás. Poderia ser também para o lado direito, depois esquerdo e outras formas direcionais possíveis que veremos mais adiante. Agora proponho que repita a mesma atividade, primeiro com uma música lenta, logo em seguida com uma música bem rápida. Com essa variação, a velocidade do movimento foi alterada, ou seja, você se movimentou em relação ao tempo. Primeiro devagar, depois bem rápido. A partir destas e inúmeras outras atividades rítmicas, pretende-se que as habilidades motoras sejam exploradas, como o andar, correr, saltar, girar, equilibrar, puxar, entre outras. Seguindo uma seqüência do simples para o complexo, do espontâneo para o conduzido, de um ritmo lento para um mais rápido e de atividades individuais até pequenos e grandes grupos, estimulando a criatividade. Na maioria das vezes, o aluno se sente um pouco tímido, quando é requisitado para esse tipo de atividade, mas se o processo for conduzido de forma criativa, lúdica, cooperativa, sem valorizar apenas os mais habilidosos e coordenados, com o tempo ele se soltará e certamente revelará seu potencial. Finalmente, apresentamos algumas possibilidades para exercício do ritmo e movimento objetivando desenvolvimento auditivo, perceptivo e motor, bem como conscientização de valores estéticos: 1. vivenciar várias possibilidades motoras de locomoção: andar, correr, saltar, com e sem acompanhamento rítmico. 2. Perceber as diferentes formas de execução dos movimentos com ou sem acompanhamento rítmico. 3. Criar estruturas sonoras utilizando de percussão corporal: bater palmas, bater os pés no chão, bater as mãos nas coxas, no peito, o som vocal... 4. Diferenciar os movimentos corporais a partir de diferentes velocidades de execução. 5. Coordenar gestos (pés e mãos) adequando a diversos ritmos com variações no tempo e espaço.

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Utilizando o movimento e a música, uma vez que ambos possuem em comum o elemento ritmo, podemos combinar diversas habilidades motoras, criando combinações de movimentos que, uma vez organizados, são chamados de coreografias. O estilo coreografado é conhecido como um método estruturado, uma vez que as habilidades são organizadas. As repetições são sucessivas, 8 tempos de cada movimento (4 ou 2 tempos) para aulas mais complexas. As coreografias têm como elementos de variação as capacidades perceptivas: corpo, espaço/direção e tempo/ritmo. Existem, a princípio, quatro formas de coreografias: 

BÁSICA: combina duas habilidades motoras. Recomendada para alunos iniciantes.

Exemplos: marchar 8 tempos no lugar. Marchar 8 tempos batendo palmas no tempo 4 e 8. Marchar 3 tempos, saltar no 4, marchar 3 tempos, saltar no 8. 

INTERMEDIÁRIA/AVANÇADA: combina mais de duas habilidades, utilizando

elementos de variação. Solicita maior atenção e memória. Recomendada para alunos com experiência e para aqueles que desejam ser desafiados. Exemplo: Marchar 4 tempos deslocando para frente. No tempo 2 bater palmas. No tempo 4 saltar no lugar e girar 180 graus. Repetir mais 4 tempos para voltar ao ponto de saída. 

DEMONSTRAÇÃO/APRESENTAÇÃO: combinação de habilidades com vários

elementos de variação e criatividade. É realizada de forma individual, em duplas ou em grupos, com tempo de duração estabelecido. 

COMPETIÇÃO: especialmente elaborada, obedece a regulamentos. Apresenta alto nível

de performance. A utilização de rotinas coreografadas é geralmente estruturada para dar aos alunos a oportunidade de aprender uma grande variedade de combinações de habilidades motoras. Deve-se escolher músicas alegres, populares e de vários estilos, dependendo das características dos alunos e do próprio gosto musical do grupo. Deve-se optar por coreografias fáceis, para que todos possam acompanhar a aula, entretanto desafios são importantes por gerarem mais aprendizado. A velocidade de execução de uma coreografia pode variar. Se os alunos estão apresentando dificuldade no aprendizado, deve-se optar por músicas mais lentas. Quando a aprendizagem está superada, deve-se acelerar a música, o que torna a aula inclusive mais motivante. Vale considerar que o excesso de velocidade pode prejudicar uma correta execução dos movimentos.

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A coreografia é montada a partir das habilidades básicas que servem como base de todo o processo. Para tornar essa mesma coreografia mais criativa, é necessário utilizar os chamados ELEMENTOS DE VARIAÇÃO. São eles: 

amplitude de movimento;



movimentos alto, médio, baixo



movimentos para cima, baixo, alto, trás...

Algumas orientações podem ajudar para modificar uma coreografia básica: 

introduzir movimentos de braços nos deslocamentos,



aumentar a amplitude dos passos ou saltos,



variar a amplitude dos movimentos de braços,



modificar a velocidade da música,



repetir a coreografia completa duas vezes,



substituir alguns movimentos fáceis por outros mais difíceis,



incluir giros possibilitando mudança de direção.

Finalmente, é importante destacar que a atuação do professor de Educação Física requer capacidade de reflexão constante. Ele deve perceber se suas aulas estão atendendo os objetivos propostos, se os alunos estão assimilando, vivenciando e criando a partir de suas propostas. Às vezes, pensamos em ensinar coreografias excepcionais e desafiadoras, mas, por conta de sua alta complexidade, os alunos acabam desistindo de aprendê-la e abandonam a aula. Mais vale uma simples e lúdica combinação de movimentos, onde todos conseguem executar a tarefa sentindo até vontade de novos desafios. É função do professor mediar o processo de ensino aprendizagem a fim de torná-lo cada vez mais atraente e consistente.

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UNIDADE TEMÁTICA III

UNIDADE TEMÁTICA 1

Aplicações metodológicas, exercícios rítmicos

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Objetivos de aprendizagem O aluno deverá ser capaz de: 

compreender a importância do trabalho rítmico na escola;



relacionar o ritmo ao esporte;



aprender a construir uma bandinha rítmica;



organizar atividades práticas de expressão rítmica e corporal no cotidiano escolar.

Querido Aluno, estamos chegando a terceira e última unidade de estudo, onde iremos discutir o ritmo na escola e no esporte. Também vamos descobrir a possibilidade de construir uma bandinha rítmica com nossos alunos. Finalmente, queremos unir todo conhecimento que compartilhamos até aqui em aplicações práticas. Ainda temos muito que aprender! É isso aí, vamos fechar com chave de ouro?

3.1. O ritmo na escola A Educação Física na escola tem por objetivo propiciar aos alunos o conhecimento teórico e prático da cultura corporal de movimentos (jogos, danças, lutas, esporte, ginásticas). Estes podem ser meios para desenvolver a cognição, a afetividade, a motricidade, entre outros, além de importante responsabilidade em levar o aluno a apropriar-se do universo da cultura corporal de movimentos durante toda sua vida. Neste sentido, o ensino da expressão rítmica e corporal na escola se apresenta como um conhecimento importante, que deve ser iniciado já na Educação Infantil visando à ampliação do universo sensóriomotor da criança, ajudando assim a desenvolver a melhor percepção espaço-temporal e, paralelamente conscientizar-se de seu próprio corpo. Nesta etapa, a orientação caminha no sentido da socialização, pois através dela é que a criança aprende as normas, regras e formas de convívio e se apropria dos elementos de sua cultura. Criança é movimento, ritmo, imaginação, fantasia. Seu completo desenvolvimento depende de toda a movimentação que executa espontaneamente. Cabe ao professor de Educação Física criar um ambiente favorável para que as crianças vivenciem uma riqueza de atividades motoras, evidenciando noções como: alto, baixo, direita, esquerda, rápido, lento, dentro, fora, dessa maneira construirão, ao longo da pré-escola, experiências motoras ricas em percepção espaço-tempo-ritmo e conseqüentemente uma autonomia corporal. Educar a criança desde o ingresso de sua formação para aquisição de uma expressão rítmica e corporal é proporcionar-lhe uma gama de conhecimentos de si e do mundo que a cerca. Aprender a ouvir as batidas de seu coração, a respiração, os diferentes ritmos musicais, compreender o dia, a noite, as estações do ano, as rotinas cotidianas. Para uma criança aprender a pular corda, por exemplo, não é apenas vencer uma etapa motora apenas, é ampliar sua socialização no grupo que pertence, é perceber o tempo, a velocidade, o ritmo, a

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harmonia. É dominar o aparelho (corda) e impor a ele o seu ritmo, sua autonomia, sua independência, sua vontade. O ensino fundamental compreende crianças com idade entre 6 e 14 anos, ou seja, uma variação grande na faixa etária provocando uma heterogeneidade significativa. Portanto, o planejamento das atividades deve estar de acordo com o desenvolvimento apresentado pela criança. Nos anos iniciais do ensino fundamental, deve-se facilitar a apropriação das atividades da cultura corporal familiar e local. Organizar aulas com manipulação de diferentes materiais que podem ser acompanhados de música e confeccionados pelas próprias crianças. Construir instrumentos de percussão, criar efeitos sonoros diversos, divertir-se brincando. Em seguida, utilizar de jogos e brincadeiras de abrangência regional visando a maior integração corporal e de suas possibilidades rítmicas e expressivas. Utilizar músicas de diferentes ritmos e buscar coordenar os movimentos ao ritmo da música. Alcançados esses objetivos, já podemos pensar em desenvolver atividades da cultura corporal regional e estadual. Ampliar e aperfeiçoar as habilidades motoras já trabalhadas nos anos interiores. Elaborar pequenas coreografias em duplas ou em pequenos grupos. Interpretar corporalmente diferentes músicas utilizando ao máximo o tempo e o espaço. No final do quarto ano, podemos levar nossos alunos a se apropriarem das atividades da cultura corporal regional e nacional. Elaborar seqüências corporais de maior complexidade, explorando o espaço em linhas retas, círculos, combinações entre elas. Realizar pesquisas que ampliem seu universo musical, folclórico, gímnico. Bom, a esta altura, muitas ideias de jogos, brincadeiras, rodas cantadas, devem estar surgindo. A gente sempre pensa como faria na prática... na imaginação, costuma dar tudo certo não é mesmo? Na prática, as crianças ficam tão eufóricas com nossas propostas que aparentemente achamos que estamos no meio de uma grande bagunça. Mas é isso mesmo. Na verdade estamos brincando e aprendendo, acertando e errando, a vida é um grande aprendizado. Então que tal praticar um pouco o que você já aprendeu? 1. Pense em suas brincadeiras de infância, em casa com a família, na rua com os amigos. 2. A partir de sua vivência, anote, em um papel, tudo o que lembrar e tente planejar algumas atividades rítmicas para crianças de 4 a 6 anos. 3. Agora, tente ampliar um pouco mais suas lentes e propor atividades para crianças entre 7 e 10 anos. Lembre-se que elas já possuem um desenvolvimento cognitivo e motor que permitem atividades elaboradas. Anote tudo! Pesquise, converse com os amigos, seja criativo! Iniciando o quinto e sexto ano do ensino fundamental, o objetivo da Educação Física é vivenciar

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atividades que sejam condizentes e significativas para o grupo social ao qual o aluno pertence.

Atividades úteis à prática. Como a expressão corporal e rítmica está bem evoluída, podemos propor movimentos mais elaborados e coreografias mais avançadas. Este é um bom momento para propor a organização de um festival de arte corporal. É bem provável que diferentes ritmos sejam apresentados. No sétimo ano, as atividades corporais devem privilegiar a cultura nacional. No Brasil, existe grande diversidade de expressão corporal representados pelos diversos estados. Os festivais de arte corporal devem ganhar mais espaço em termos de técnica e organização. A compreensão mais apurada demonstrada pelos alunos permite pesquisas interessantes e com maior aprofundamento. No oitavo e nono ano, deve-se privilegiar atividades da cultura corporal que sejam mais relevantes da América Latina e do Mundo. A gama de atividades rítmicas e expressivas existente nas várias culturas da América Latina e Mundo propiciam conteúdo rico para vivências práticas, estudo e pesquisa. Finalmente, no Ensino Médio o aluno toma rumo à autonomia e à vida em sociedade. Diversas atividades podem ser organizadas e gerenciadas: 

grupos de interesse em atividade física;



grupos de interesse em atividades da cultura corporal (dança teatro, capoeira...);



organização de festas típicas da escola;



organizar grupos de estudo;



organizar grupos de vivência e de práticas de dança (de salão, populares, regionais, funk, etc);



organizar eventos de música estudantis;



organizar atividades relacionadas com a natureza;



e muitos outros interesses que poderão surgir.

Em última instância, as atividades de expressão rítmica e corporal constroem um espaço fértil de conhecimento por parte do aluno em relação ao mundo que o cerca, a fim de proporcionar-lhe maior autonomia, liberdade e capacidade criativa para resolver problemas e conflitos.

3.2. O ritmo no esporte Especialmente neste tópico, iremos tratar do ritmo como uma capacidade física coordenativa que está intimamente ligada ao sistema nervoso e presente em todas as modalidades esportivas. A coordenação motora pode ser conceituada como uma ação conjunta do sistema nervoso central e da musculatura esquelética resultando em uma ação motora adequada aos padrões esperados. Neste sentido, no meio desportivo, os mínimos desvios no ritmo determinado podem refletir no rendimento esperado.

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A coordenação é especialmente importante para o atleta, que, além de dominar os movimentos já conhecidos, aprende outros em menor tempo. A sua capacidade de se adaptar, orientar-se em relação ao espaço e tempo, bem como de transferir movimentos, equilibrar-se e manter o ritmo adequado está diretamente relacionado a essa qualidade física. Conhecemos dois tipos de habilidades coordenativas: geral e especial. A habilidade geral nos permite executar movimentos coordenados de forma rápida, com mudanças de direção, como exemplo a finta no futebol. A habilidade especial nos dá alto grau de coordenação na execução dos movimentos. Relembrando, a Unidade dois aprendemos que o movimento é o deslocamento do corpo: 

No espaço: onde o corpo se movimenta?

Direção: para frente, trás, em curva, na diagonal, em linha reta. Nível: alto, médio, baixo. Amplitude: pequena, média, grande. 

No tempo: como o corpo se movimenta?

Ritmo: padrão regular/ coordenação do movimento. Velocidade: rápido, moderado, lento. Alguns esportes em particular como a Ginástica Rítmica, Artística, Patinação, merecem, no treinamento, uma ênfase maior no ritmo. O atleta deverá ser treinado, a fim de que obtenha sensibilidade de ritmo, imprescindível também no Atletismo, Natação, Remo e Ciclismo. Dessa forma, o atleta possuirá uma regulação adequada do ritmo nos percursos que deve completar resultando em benefícios em sua performance. O ritmo pode ser um importante fator de influência no rendimento dos movimentos que serão realizados e a eficiência do movimento pode aumentar, se este for realizado em um ritmo definido. Outras qualidades físicas como velocidade, força, flexibilidade irão interferir no treinamento do ritmo que depende dessas capacidades para realização de um ótimo gesto esportivo. E, na prática, como funciona? Como formar esse sentido rítmico no esporte? A literatura da área recomenda a utilização de todo tipo de sinais visuais e auditivos que contribuirão para o aperfeiçoamento do sentido do ritmo. Essa conduta deve começar já nas etapas iniciais do aprendizado ou treinamento.Vídeos, desenhos, marcações podem funcionar didaticamente para que o aluno perceba o movimento no espaço e no tempo de forma correta. Exercícios de contagem, palmas, acompanhamento musical e até a voz do treinador/professor marcando o tempo exato da realização de determinado movimento ajudam o aluno no aprendizado. Estes seriam formas de sinais auditivos. É também válido que o treinador/professor segure a mão do atleta no ensino de algum movimento, seja para acertar a postura, seja para corrigir um movimento.

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Finalmente, podemos afirmar que o ritmo auxilia a incorporação da técnica, estimula a atividade, determina qualidade, melhor domínio e vivência total do movimento. Incentiva economia de energia, o que retarda a fadiga aumentando resultados. Cria hábitos de disciplina, atitudes positivas e aperfeiçoa a coordenação. Conclui-se, dessa forma, que o ritmo é fundamental em todas as práticas esportivas, sejam elas para o lazer, para o esporte-educação ou esporte de alto rendimento.

3.3. Banda Rítmica Iniciamos agora uma temática particularmente especial. É motivador construir, com nossos alunos, instrumentos musicais, principalmente aqueles confeccionados a partir de sucatas. Dar valor a materiais que seriam descartados já é um grande desafio, maior ainda escutar os sons e barulhos que os instrumentos construídos emitem. É sempre uma surpresa atrás da outra, tanto para nós professores, quanto para os alunos que se alegram muito com suas criações. Mas, antes de começar esta unidade de estudo, propomos algumas atividades:

1. Quantos instrumentos musicais você conhece? Faça uma lista deles.

@

2. Você sabe qual a diferença de um instrumento de percussão para um instrumento melódico? 3. Você sabia que temos instrumentos de corda ou cordofones, de sopro ou aerofones e de percussão? 4. Será que, a partir dessa informação, você conseguirá aumentar sua lista de instrumentos musicais? Faça então uma nova lista. 5. Você já confeccionou algum instrumento de sucata ou já viu algum? Relate esta atividade. 6. Propomos agora uma visita inusitada.

Acesse o site www.fernandosardo.mus.br e faça uma viagem pelo mundo da música.

@ Depois de tanta atividade realizada, vamos à frente, afinal temos uma Bandinha Rítmica para montar. Vários tipos de instrumentos podem ser utilizados para montagem de uma Bandinha Rítmica. Inúmeros deles inclusive podem ser confeccionados pelos alunos em sala de aula. Geralmente, esta se torna uma alternativa mais viável já que os custos financeiros com o projeto ficam

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inferiores ou não somam nenhum gasto, pois os materiais utilizados são facilmente encontrados em nossas casas. Geralmente, as crianças e adolescentes escolhem o instrumento que querem confeccionar de acordo com o interesse ou curiosidade. É interessante que essa liberdade ocorra desde que não interfira nos objetivos educacionais que se deseja atingir. Imagine se todos escolhem confeccionar tambores ou chocalhos? Alguns sons não serão representados, o que empobreceria a atividade. A Bandinha Rítmica desempenha importante complemento nas atividades de expressão rítmica. É uma atividade recreativa, educativa e socializadora. O aluno irá despertar o gosto, a sensibilidade musical e a capacidade de improvisação. Alguns objetivos importantes permeiam a construção de uma Bandinha Rítmica, são eles: 

desenvolver habilidades para distinguir ruídos, silêncio, qualidade do som: forte, fraco, grave, agudo;



inserir a criança no mundo musical;



propiciar uma atividade conjunta de expressão rítmica e corporal;



levar o aluno a confeccionar seu próprio instrumento;



organizar apresentações da Bandinha em eventos escolares e da comunidade;



brincar com a música e o corpo;



estimular a criatividade;



apresentar diversas músicas tradicionais, cantigas de roda, aumentando o repertório musical;



propor um trabalho interdisciplinar na escola;



dar ao aluno a oportunidade de “fazer música”.

Vale destacar que esta atividade envolverá um período de tempo considerável, para que obtenha um resultado positivo, por isso aconselha-se iniciá-la no início do ano letivo para se ter tempo razoável em seu desenvolvimento. Diversos materiais poderão ser explorados na confecção da Bandinha Rítmica: tampas de panela, cabos de vassoura, latas de refrigerante, feijão, milho, tampinhas de refrigerante, garrafas pet, caixas de leite, latões de tinta, canos de PVC e inúmeros outros. Com isso, iremos obter instrumentos coloridos e dar chance à criatividade. Em tempos de sustentabilidade, salve a música reciclada! Como forma de exemplificar os instrumentos e possibilidades de criação, seguem abaixo algumas imagens de instrumentos oficiais e alguns confeccionados:

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Figura 3.1. Instrumentos de uma Bandinha Rítmica

Figura 3.3 Agogô de castanha Figura 3.2. Afoxé



Figura 3.4. Baquetas

Figura 3.6. Maracas

Figura 3.5. Côco

Figura 3.8 Guizo

Figura 3.7. Pandeiro

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Figura 3.10. Ganzá Figura 3.9 Reco reco

Figura 3.12. Surdo

Figura 3.11. Triângulo

Figura 3.13. Tambor

Algumas imagens de instrumentos feitos a partir de sucatas:

Figura 3.14. Sino

Figura 3.15. Flauta

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Figura 3.16. Chocalho

Figura 3.18. Guizo de clip`s

Figura 3.17 Ganzá

Figura 3.19. Maracas de pet e cabo de vassoura

Figura 3.20. Pratos de tampas

Figura 3.21. Pandeiro

Figura 3.22. Reco Reco

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Figura 3.23. tambores

Figura 3.24. Flauta pan



Figura 3.25. Xilofone de Garrafas

Os dois últimos instrumentos acima são melódicos, pois apresentam as sete notas musicais: dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, que foram criadas na Idade Média por um músico e monge italiano de nome Guido DÀrezzo, considerado o pai da música. Com estes instrumentos, os alunos poderão ter um exemplo vivo das notas musicais, adquirindo familiaridade e podendo tocar algumas músicas curtas e bastante conhecidas. Para maiores informações de como confeccionar o xilofone, consulte www. editorainformal.com.br e, para a flauta pan, consulte orquestradesucata.blogspot.com . Os instrumentos apresentados acima são os mais empregados na organização da Bandinha Rítmica, o que não significa que outros poderão ser utilizados. É interessante ressaltar a utilização de instrumentos regionais ou folclóricos, que conferem tradição e identidade a atividade. Após a confecção dos instrumentos, é chegada a hora de distribuí-los no conjunto de integrantes de forma setorial, levando em conta os timbres e a intensidade sonora dos mesmos. Esta não é uma regra fixa, apenas uma sugestão que poderá facilitar o desenvolvimento do trabalho. Vamos pensar: Como ficam os instrumentos de uma banda em um show?

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A nossa bandinha deverá ficar em uma posição mais ou menos parecida com a de uma banda de show, que é separada por timbres. Os agudos de um lado (como a guitarra), os médios do outro lado (como o baixo e/ou contrabaixo) e os graves ao fundo (como a bateria) com instrumentos de percussão ao lado e o cantor no papel de regente à frente, entre os médios e graves. A disposição dos instrumentos devem ser na forma de SEMI-CÍRCULO ou em MEIA LUA. Assim, todos poderão ver os comandos do regente (professor) com os sinais básicos para iniciar e para terminar a música. Então vamos lá:

Figura 3.26. xxxxxxxxxx Para finalizar essa temática, é necessário ressaltar que a proposta de criação de uma Bandinha Rítmica deve-se adequar aos objetivos que se pretende atender. Para o profissional de Educação Física, o investimento em um repertório criativo, com improvisações de caráter rítmico e movimentação corporal é a ideia mais interessante a ser utilizada, afinal, não temos um completo conhecimento musical, apenas grande motivação e interesse em utilizar dessa rica estratégia pedagógica para levar nossos alunos a uma excelente expressão rítmica e corporal. Acreditamos no sucesso criativo deste trabalho lúdico. Brinque sempre. Não tenha medo de errar, aproveite a sugestão dos seus alunos e deixe que eles também criem junto com você. Não se prenda a modelos, pois você pode fazer o seu com cada grupo, de formas diferentes.

3.4. Unindo a prática à teoria. A proposta desta última unidade didática é propor atividades práticas para o aprendizado rítmico corporal. Durante todo processo de organização deste material já apresentamos algumas possibilidades e estimulamos a criação de atividades por parte de vocês, alunos, mas ainda podemos colaborar com outras sugestões. Não pretendemos esgotar o assunto, certamente, mas estimular mais ainda as possibilidades de atividades que poderão ser criadas a partir das atividades apresentadas. O ideal é começarmos com exercícios de forma crescente, ou seja, do mais simples para o complexo.

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Também se torna interessante que a percepção rítmica se inicie com elementos do próprio corpo, como palmas, batidas de pés, em partes do corpo. Após esse momento, sugerimos utilizar materiais bem simples como baquetas, ou cabo de vassoura cortados em tamanhos pequenos, latinhas de refrigerantes, garrafas pet, bolinhas de tênis entre outros. Vamos a algumas atividades:

1. sentados em círculo, marcar o pulso da música com palmas, batidas de pés, batidas no peito; 2. de pé, repetir as marcações acima; 3. incluir movimentação e deslocamentos do corpo ao ritmo selecionado; 4. variar os ritmos; 5. incluir cantigas e fazer as marcações de tempo utilizando as estratégias acima; 6. em grupos,criar com o corpo pequenas palavras para serem identificadas pelos alunos; 7. de pé, falar o nome fazendo marcação com os pés; 8. chamar o nome de um aluno do círculo com marcação de palmas, o aluno chamado responderá chamando outro; 9. realizar marcações coordenadas de pés e palmas simultaneamente; 10. caminhar para frente e para trás de acordo com a contagem do professor; 11. deslocar-se nas diagonais, em círculos, roda, explorando ao máximo o espaço físico; 12. criar pequenas coreografias utilizando algum instrumento musical; 13. sempre apresentar ao grupo as criações da turma. 14. aproveitar as cantigas para realizar movimentos sugeridos pelas letras das músicas; 15. realizar um levantamento das cantigas dos alunos; 16. aos poucos, sugerir que os alunos criem movimentos para que os demais copiem; 17. organizar duplas, cada dupla apresenta sua criação; 18. organizar pequenos grupos; 19. organizar grandes grupos; 20. trabalhar com os nomes próprios, criando movimentação para os mesmos; 21. representar corporalmente as letras iniciais dos nomes;

Durante a organização deste material, privilegiamos conteúdos e atividades com foco na Licenciatura em Educação Física, em instituições de ensino públicas e privadas. Quem faz opção por essa profissão,

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deverá estar sempre atento, de antenas ligadas, afinal, educar é uma tarefa que exige constante reciclagem, inovação, preparação frente aos desafios impostos pelo século XXI.

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UNIDADE TEMÁTICA 1

PALAVRAS FINAIS

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Queridos alunos, ao chegarmos ao final deste material didático, esperamos que nossa contribuição tenha sido de grande relevância na formação de todos vocês. Nossa intenção foi mostrar-lhes como o Ritmo é de extrema importância no cotidiano do professor de Educação Física. Quantas atividades, conteúdos e habilidades podemos desenvolver em nossos alunos a partir da disciplina Expressão Rítmica e Corporal. Certamente, esse assunto não se encerra com o findar de nossos estudos, que também tiveram por objetivo despertar o interesse de vocês para novos e mais aprofundados projetos. Apresentamos-lhes uma base de conhecimentos sobre a qual cada um de vocês certamente desenvolverá um trabalho lúdico e bastante educativo. Mas não se esqueça: para um trabalho pedagógico que pretenda o desenvolvimento de um aluno criativo, independente e formador de opinião, nossa busca deverá ser diária, a fim de compreendermos tantas transformações que esse século digital tem nos exigido. Chegou o momento de nos despedirmos. Esperamos que a nossa caminhada juntos tenha superado suas expectativas iniciais. Lembre-se: a criança aprende a se perceber através das mãos, dos sons que é capaz de emitir, sempre brincando. Portanto, nunca deixe de brincar, pois assim é mais fácil aprender. Queremos deixar um último conselho que poderá ser precioso:

Se você deseja pescar uma criança, coloque o seu coração na ponta do anzol!!!

Cordial abraço, Cláudia e Adriana.

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UNIDADE TEMÁTICA 1

ANOTAÇÕES

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ANOTAÇÕES: _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________

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UNIDADE TEMÁTICA 1

REFERÊNCIAS

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