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ESCOLA DE FORMAÇAO PARA PREGADORES
Secretaria Pedro 1
ÍNDICE O que é a Escolinha Escolinha ............................................. .................................................................... .............................................. ................................... ............ 03 Como será feita .............................................................. ..................................................................................... .............................................. ......................... 05 A Avaliação da Pregação ............................................................ ................................................................................... ................................... ............ 09 Quem serão os participantes? participantes? E o condutor? ............................................ ................................................................ .................... 11 Roteiros de Avaliação ............................................. .................................................................... .............................................. ............................... ........ 12 Querigma / Auxílio para para Participantes Participantes ............................................ ................................................................... ............................ ..... 13 O Chamado do Pregador e seus Obstáculos Obstáculos ...................................................... ................................................................. ........... 14 Ir Além ............................................. .................................................................... .............................................. .............................................. ................................ ......... 15 Perfil do Pregador e Características do Perfil ............................................ ................................................................ .................... 16 Pregador Conduzido pelo Espírito Santo .............................................................. ....................................................................... ......... 17 Estrutura do Plano de Pregação I ........................................... .................................................................. ........................................ ................. 18 Estrutura do Plano de Pregação II ............................................ ................................................................... ..................................... .............. 19 O Conhecimento Conhecimento de de Deus ............................................ ................................................................... .............................................. ........................... 20 Provas do Conhecimento Conhecimento de Deus ........................................................... ................................................................................. ...................... 22 Encontrando a Mensagem na Bíblia ......................................................... .............................................................................. ..................... 24 Técnicas de Pregação ............................................ ................................................................... .............................................. .................................. ........... 25 Técnicas para Aprofundar ................................................................ ....................................................................................... ............................. ...... 26 Tipos de Mensagem ............................................ ................................................................... .............................................. .................................... ............. 27 Comunicando Comunicando a Mensagem .................................................................. ......................................................................................... ........................... 28 Lectio Divina ........................................... .................................................................. .............................................. .............................................. ......................... 30
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ÍNDICE O que é a Escolinha Escolinha ............................................. .................................................................... .............................................. ................................... ............ 03 Como será feita .............................................................. ..................................................................................... .............................................. ......................... 05 A Avaliação da Pregação ............................................................ ................................................................................... ................................... ............ 09 Quem serão os participantes? participantes? E o condutor? ............................................ ................................................................ .................... 11 Roteiros de Avaliação ............................................. .................................................................... .............................................. ............................... ........ 12 Querigma / Auxílio para para Participantes Participantes ............................................ ................................................................... ............................ ..... 13 O Chamado do Pregador e seus Obstáculos Obstáculos ...................................................... ................................................................. ........... 14 Ir Além ............................................. .................................................................... .............................................. .............................................. ................................ ......... 15 Perfil do Pregador e Características do Perfil ............................................ ................................................................ .................... 16 Pregador Conduzido pelo Espírito Santo .............................................................. ....................................................................... ......... 17 Estrutura do Plano de Pregação I ........................................... .................................................................. ........................................ ................. 18 Estrutura do Plano de Pregação II ............................................ ................................................................... ..................................... .............. 19 O Conhecimento Conhecimento de de Deus ............................................ ................................................................... .............................................. ........................... 20 Provas do Conhecimento Conhecimento de Deus ........................................................... ................................................................................. ...................... 22 Encontrando a Mensagem na Bíblia ......................................................... .............................................................................. ..................... 24 Técnicas de Pregação ............................................ ................................................................... .............................................. .................................. ........... 25 Técnicas para Aprofundar ................................................................ ....................................................................................... ............................. ...... 26 Tipos de Mensagem ............................................ ................................................................... .............................................. .................................... ............. 27 Comunicando Comunicando a Mensagem .................................................................. ......................................................................................... ........................... 28 Lectio Divina ........................................... .................................................................. .............................................. .............................................. ......................... 30
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O QUE É A ESCOLINHA? A Escolinha da Palavra é um projeto instituído em nossa diocese no ano de 2000, que visa dar uma sólida formação para os pregadores. Formação esta, que visa aliar aliar a técni técnica ca,, a postu postura, ra, tão neces necessá sária riass a pregaç pregação ão à unção unção do Espíri Espírito to Santo, Santo, impres imp rescin cindív dível el para para sermo sermoss condu conduzi zidos dos ruma ruma a procla proclama mação ção da Boa Nova. Nova. Essa Essa formaç formação ão é dada dada dentr dentroo das célul células as da RCC: RCC: os Grupos Grupos de Oraçã Oração, o, torna tornando ndo-se -se específica, intensiva e muito eficaz. A Escolinha da Palavra baseia-se no método do exercício; é um laboratório de pregação, pois, além de receber um conteúdo excelente, o futuro pregador é convidado e incentivado a colocar esse conteúdo em prática e inseri-lo em sua forma de pregar, acompanhado sempre pelo condutor da Escolinha. Escolinha. De forma geral, a Escolinha possui duas partes fundamentais: a) Conteúdo Conteúdoss de formação formação: dentro dentro da Escolin Escolinha, ha, é necessári necessárioo que todos todos os participantes recebam o conteúdo básico de formação para pregadores. Esse conteúdo pode ser obtido através do Encontro Básico realizado realizado todo ano pela Secretaria Pedro ou pode ser dado através de palestras, dentro da Escolinha de Pregação. Os principais temas são os seguintes: • • • • • • • • • • • • •
O Chamado do Pregador e seus obstáculos; Ir além; O Perfil do Pregador; Pregador conduzido pelo Espírito Santo. Estrutura do Plano de Pregação; O Conhecimento de Deus; Vias do conhecimento de Deus; Encontrando a mensagem na Bíblia; Técnicas de Pregação; Técnicas para Aprofundar; Tipos de Mensagens; M ensagens; Comunicando a mensagem; Lectio Divina.
Esses são os temas essenciais a serem dados. Para auxiliar os condutores das Escolinhas, foi colocado, na Segunda parte deste material, cada um desses temas, apresentados de uma forma sucinta, clara e organizada, facilitando a elaboração de pregações sobre eles. Vale lembrar que essa apostila não tem o intuito de ser a única fonte de consulta para o estudo e compreensão dos temas básicos. Pelo contrário, é um suporte, que traz a orientação, o rumo a ser tomado, mas que faz necessária a consulta na vasta e rica literatura católica. Existem, ainda, outros temas interessantes que podem ser colocados para enriquecer nosso estudo. Ficando a critério de cada grupo, desde que não descaracterize o objetivo primeiro da Escolinha de Pregação. b) Crivos Crivos: Além de receber receber o conteúdo conteúdo de formação formação,, o grande grande convite convite da Escolinha é fazer com que este conteúdo seja vivido e cada vez mais ligado à 3
nossa pregação. Para que isso se faça, são necessários exercícios que nos ajudem a estruturarmos uma pregação de acordo com o que foi proposto nos conteúdos de formação. Para isso, são realizados crivos de assuntos específicos, ou seja, são “simuladas” pregações dentro da Escolinha. Após o crivo, há a avaliação da pregação, abordando vários pontos propostos pela Escola. Essa combinação de conteúdos de formação com crivos tem sido de grande auxílio dentro da formação de nossos pregadores. Ela vem saciar algumas deficiências muito comuns em nossos grupos de oração: Dúvidas em relação ao ministério da Palavra: muitas pessoas não entram no Ministério da Palavra porque não sabem se é o seu chamado. Outras, já dentro do Ministério, se perguntam se estão no lugar certo. Dentro da Escolinha da Palavra, o servo começa a se colocar dentro do ritmo de vida de um pregador, tendo que preparar pregações e dá-las quinzenalmente ou até semanalmente. Isso nos ajuda a percebermos se estamos no lugar certo ou não, se é o que queremos ou não;
Medo de falar em público: além de oferecer um conteúdo orientado para quebrar as deficiências causadas pela timidez, algumas técnicas de falar em público, a Escolinha também proporciona outro grande auxílio: para completar a Escolinha, o servo deverá fazer pelo menos seis crivos, ou seja, quando for pregar pela primeira vez no Grupo de Oração, por exemplo, já não será a sua primeira pregação, pois já terá realizado vários crivos na Escolinha. A prática nos ajuda a perder a timidez e o medo de falar em público e os crivos são de grande valia em relação a isso;
Ter um retorno da pregação: muitos pregadores experientes vivem cometendo os mesmos erros em pregações porque não têm quem os avalie, ou porque são inacessíveis e não se deixam ser avaliados. Na Escolinha de Pregação, não há crivo sem avaliação – e uma avaliação criteriosa. Somos levados a enxergar nossas falhas e incentivados a melhorar cada vez mais em cada pregação.
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COMO SERÁ FEITA? O modo de dispor o conteúdo de formação e os crivos tem causado muitas dúvidas dentro dos grupos de nossa diocese. Por isso, apresentamos aqui dois esquemas que podem ser usados para a realização da Escolinha da Palavra, cada um com objetivos claros e específicos: 1º Esquema: pode ser usado quando há muitos servos que já pregam ou que têm facilidade para se expressar ou falar em público ou quando há pouco tempo disponível. Aula Tema
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Atividades – Prática
O QUE É A ESCOLINHA? (tema Preparar pregação – AMOR DO PAI ou JESUS baseado no material desta apostila). SALVADOR, com duração de 5 min. O CHAMADO DO PREGADOR. Atividades (relacionadas abaixo). Estudo bíblico IR ALÉM Atividades. Mímica: ver explicação posterior. Crivo: todos crivam e são avaliados (obs.: sobre avaliação de pregação, vide explicação posterior). O PERFIL DO PREGADOR Atividades + Crivo. CARACTERÍSTICAS DO PERFIL Atividades + Mímica DO PREGADOR Reflexão escrita sobre um dos personagens bíblicos a seguir: Êutico (At 20, 7-11), Gedeão (Jz 6, 11-24), Priscila e Áquila (At 18, 24-28) PREGADOR CONDUZIDO PELO Atividades ESPÍRITO SANTO ESTRUTURA DO PLANO DE Pregação com tema livre. Tempo: 5 a 10 min. PREGAÇÃO (Obs.: o crivo é feito na hora, após cerca de 20 min. de preparação). O CONHECIMENTO DE DEUS Atividades + Crivos da atividade da semana anterior. VIAS DO CONHECIMENTO DE Atividades + Crivos DEUS ENCONTRANDO A MENSAGEM Atividades + Crivos NA BÍBLIA TÉCNICAS PARA Atividades + Pregação de 5 a 10 min. utilizando APROFUNDAR as técnicas aprendidas (para a próxima semana). TIPOS DE MENSAGEM Atividades + Crivos COMUNICANDO A MENSAGEM Crivo – Dividir pregações finais. Cada um deverá preparar três pregações: um tema de crescimento, outra do encontro de dons carismáticos e outra de um dos temas do querigma. Pregações finais Crivos Crivos finais
Observações: As reuniões devem ter a duração de 1 hora e meia a 2 horas, dependendo da realidade de cada grupo; As pregações de formação têm um tempo médio de 1 hora; •
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O esquema pode ser adaptado segundo a realidade de cada grupo, porém, é essencial que as principais pregações de formação sejam passadas. 2º Esquema: Esse esquema pode ser usado quando os participantes têm nenhuma ou pouca experiência em pregação. Exige um pouco mais de tempo e é formada de duas partes. A primeira, com as pregações de formação e a segunda com crivos. •
Parte I 1 O QUE É A ESCOLINHA (em torno de 20 min.) O CHAMADO DO PREGADOR (1 hora) - Dinâmica de integração. 2 O PERFIL/ESPIRITUALIDADE DO PREGADOR - Dinâmica: Reflexão escrita sobre duas bem-aventuranças 3 ESTRUTURA DO PLANO DE PREGAÇÃO I (Livro – Col. Paulo Apóstolo) - Preparar pregação de AMOR DO PAI ou JESUS SALVADOR. 4 ESTRUTURA DO PLANO DE PREGAÇÃO II (José Prado Flores) - Crivos semana passada (serão crivadas quantas pessoas o tempo permitir, definidas por sorteio). - Preparar pregação em cima de alguma parábola. Duração: 5 min. 5 O CONHECIMENTO DE DEUS - Crivos (o crivo funciona como o anterior) + Jogo das Perguntas 6 VIAS DO CONHECIMENTO DE DEUS - Mímicas + Jogo das Perguntas 7 TIPOS DE MENSAGEM - Atividades - Preparar 2 pregações com o tema ORAÇÃO, escolhendo dois tipos de mensagem diferentes. 8 TÉCNICAS DE PREGAÇÀO - Crivos (o crivo funciona como o anterior). 9 COMUNICANDO A MENSAGEM - Preparar pregação com o tema AMOR DO PAI, 10 min. Observações: Alguns temas podem ser dados no mesmo dia, como uma única pregação: Estrutura I e Estrura II, Vias do Conhecimento de Deus e Tipos de mensagem, Perfil do Pregador + Chamado do Pregador; Para diminuir o tempo de Escolinha, essas pregações podem ser dadas como duas ou três tardes de formação. Também pode começar logo depois do Encontro Básico de Formação, dado pela Secretaria Pedro anualmente, mas SOMENTE se todos os participantes da Escolinha o fizerem ou a grande maioria. Nesse caso, ela já pode começar na Segunda fase, apresentada a seguir; •
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As dinâmicas podem ser alteradas segundo a NECESSIDADE, REALIDADE e SABEDORIA dos condutores; Sugerimos que a ordem das pessoas que vão crivar seja definida por sorteio; As escolinhas podem ser semanais ou quinzenais. No caso de serem quinzenais, sugerimos que os participantes sejam divididos em mais de uma equipe na Segunda parte e que essas equipes crivem alternadamente nas semanas.
Parte II A Segunda fase da Escolinha de Pregação é feita a partir de crivos. Portanto, depois do último tema (Comunicando a Mensagem), os participantes já começam fazendo o crivo do Amor do Pai. Segue aqui o temário: A) Temas querigmáticos: Cada participante deverá crivar TODOS os temas do querigma. Em cada reunião, um tema será crivado. O tempo será 10 min. 1. 2. 3. 4.
AMOR DO PAI PECADO JESUS SALVADOR FÉ, CONVERSÃO E SENHORIO
5. ESPÍRITO SANTO 6. MARIA 7. PERSEVERANÇA
B) Dons carismáticos: os seguintes dons devem ser divididos para que cada participante crive um deles (15 min.). Obs.: Se não houver participantes suficientes, uma pessoa deve crivar mais de um dom. Colocamos como sugestão o condutor fazendo o crivo. Se não houver tema suficientes, mais de uma pessoa pode pegar o mesmo dom. 1. 2. 3. 4. 5.
FÉ LÍNGUAS CIÊNCIA E SABEDORIA PROFECIA CURA E MILAGRES
6. AMOR. 7. REPOUSO NO ESPÍRITO 8. DISCERNIMENTO DOS ESPÍRITOS
C) Temas catequéticos: todos os participantes devem crivar um dos temas dados no Crescimento (15 min.). Os temas devem ser retirados da Apostila de Crescimento da Secretaria Pedro. D) Livro de aprofundamento: todos os participantes devem montar uma pregação baseada em um livro, capítulo ou capítulos de algum livro (20 min.). Sugerimos como fonte de consulta desta técnica o livro Como ser um bom Pregador , de João Mohama, editado pela Editora Loyola. E) Pregação final: todos os participantes devem montar uma pregação com o tema livre, apresentada em 30 minutos. Dinâmicas e atividades Para um bom aproveitamento da Escolinha, é necessário que as reuniões sejam enriquecidas por dinâmicas e atividades. Elas chamam a atenção das pessoas, motivam 7
os participantes e ajudam a fixar o conteúdo. Relacionamos aqui as dinâmicas mais usadas em nossas Escolinhas: Mímica: para desinibir os participantes e trabalhar com sua forma de expressão, a equipe é dividida em duas equipes. Um participante da equipe deve pegar uma frase ou acontecimento bíblica que ele deve, através da mímica (sem sons), demonstrar à sua equipe para que ela adivinhe. Algumas sugestões: visita de Maria à Isabel, Moisés e a sarça ardente, Samaritana, Marta e Maria, Ressurreição de Lázaro, A Anunciação de Jesus, O Batismo de Jesus, Bodas de Canã, Entrada de Jesus em Jerusalém, Traição de Judas, Conversão de Saulo, Davi dançando no Templo, Destruição de Sodoma, Os três sonhos do faraó, Adoração do Bezerro de Ouro. Jogo das Perguntas: para avaliar o conhecimento bíblico e teológico dos participantes e motivá-los a estudar mais, o condutor da Escolinha deve preparar algumas perguntas com referências bíblicas ou doutrinárias, com alternativas. Os participantes devem anotar a letra correspondente à resposta certa. Após fazer todas as perguntas, o condutor revela as respostas e faz um pequeno comentário a respeito delas. Ex.: Quem serviu sete anos Labão, pai de Raquel, para casar-se com ela? a) Esaú; b) Urias; c) Jacó. Pregação I: escolher uma passagem da Bíblia que mencione um lugar (morro, casa, templo, cidade) e fazer uma pregação escrita sobre ela. Pregação II: Fazer uma pregação, utilizando-se como o tema principal o significado de uma Dos seguintes nomes: PÁSCOA, PEDRO, ABRÃO, ESÁU, GÓLGOTA. Perfil de Pregador: identificar personagens (exceto os relacionados na pregação sobre o Perfil do Pregador) bíblicos que servem de modelo para a pregação e relacionar os traços deles (por escrito). Exercício de Pregação: os participantes podem ser divididos em grupos e preparar uma pregação com características de várias pregações. Aqui temos algumas sugestões: 1. Recurso: festas ou personagens Via: cosmológica Técnica: dramatização 2. Recurso: parábola ou visão Via: cosmológica Técnica: visualização 3. Recurso: costumes ou milagres Via: magistério Técnica: contexto 4. Recurso: objetos ou perguntas Via: antropológica Técnica: opostos 8
A AVALIAÇÃO DA PREGAÇÃO É necessário que todas as pregações que irão acontecer na Escolinha sejam avaliadas. A avaliação nos faz crescer imensamente. Com ela, identificamos nossos erros e, aos poucos, aprendemos a ir corrigindo-os com o passar do tempo. Com tamanha importância dentro do crescimento dos participantes, a avaliação deve ser cuidadosa, cautelosa e criteriosa, diferente da que muitos de nós estamos acostumados a fazer em nossos grupos de oração. Estamos acostumados a fazer pregações que sempre ficam na defensiva. Crivos são encarados como ataques pessoais, críticas são feitas de forma agressiva, há uma disputa muito grande para ver quem prega melhor. Para evitar isso, é necessário que tenhamos uma postura madura dentro da Escolinha da Palavra. O condutor deve ser um servo experiente e que tenha bom senso e tato para poder fazer uma avaliação sempre tomada como motivadora, seja mais firme, seja mais superficial. Aqui vão algumas dicas: •
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É comum termos medo de machucar as pessoas que estão sendo avaliadas, mas as pessoas só vão crescer quando formos sinceros e dissermos a verdade em relação à pregação delas. Porém, devemos tomar o cuidado de, nas primeiras pregações, fazer avaliações mais incentivadoras. Devemos aprender a olhar especialmente para o lado positivo das pregações. Identificar as áreas fortes do pregador faz com que ele tenha segurança e o ajuda a crescer ainda mais em suas características positivas. Começar com o lado bom também é uma grande arma para desarmar os servos que não reagem bem às críticas. Não podemos colocar nosso lado pessoal dentro da Escolinha. Problemas pessoais fazem com que sejamos mais severos ou indiferentes nos crivos de quem não gostamos ou temos problema. Devemos ser justos e agir com seriedade. Devemos tratar todos os participantes igualmente. Ainda que uma pregação seja muito, muito boa, devemos elogiá-la e mostrar aos outros que é exemplo de boa pregação, mas não podemos exaltar demais o pregador, fazendo com que os outros participantes se tornem indiferentes àquela pessoa ou até mesmo ignore-o. O ideal é que não façamos comentários sobre ter o dom da pregação ou não. Esse discernimento, na maioria das vezes, é alcançado pelo próprio servo. Somente em casos extremos nos referimos a ter ou não o dom da Palavra. Enquanto alguém criva, não podemos deixar que ninguém converse! Além de ser uma falta de respeito, desmotiva quem está pregando e insinua que a pregação não está sendo boa. Os pontos a serem avaliados são os seguintes: 1) Fidelidade ao tempo: a pregação deve terminar perto do tempo permitido. Passar do tempo é erro e deixar muito tempo sobrando também. Durante o crivo, devemos avisar o pregador que estaremos fazendo algum sinal quando faltar um ou dois minutos para o fim da pregação, conforme ele desejar. 2) Fidelidade ao tema: talvez um dos mais importantes pontos a serem avaliados. O pregador deve manter uma linha de raciocínio coerente e clara.
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Quando se propõe a falar de Amor do Pai, o tema deve ser única e somente Amor do Pai. 3) Estrutura do Plano de Pregação: ponto essencial na preparação da pregação. O que é passado nas pregações de formação deve ser colocado em prática, e devemos cobrar que todas as pregações estejam dentro de uma das estruturas apresentadas. Com o tempo, os pregadores conseguem modelá-las, colocar um jeito próprio de montar a pregação, mas, dentro da Escolinha, o objetivo é colocar as pregações dentro de uma das estruturas apresentadas. Algumas vezes, como condutores, não cobramos esse quesito porque nós mesmos não somos capazes de montar uma pregação estruturada. Precisamos estudar para, mais do que saber montar, poder ajudar as pessoas a aprenderem a fazer o mesmo. Sugerimos que o condutor procure identificar qual das estruturas foram usadas e faça as correções necessárias. Se necessário, deve solicitar que os participantes tragam a pregação por escrito e entreguem-na a ele. Pontos a avaliar : Estrutura I
Estrutura II (Livro - José P. Flores)
Introdução (intr. do pregador / intr. do tema / motivação) Desenvolvimento: palavras chaves adequadas / idéias lógicas / ligação entre as palavras chaves. Conclusão (resumo / ato concreto) Oração (opcional)
Motivação Leitura da Palavra Ambientação Aplicação Exemplificação Imperativos Conclusão Oração Final (opcional)
4) Técnicas de Pregação: devemos identificar quais técnicas foram usadas, segundo o que foi passado na pregação de Técnicas. 5) Tipos de mensagem: avaliar se a pregação atendeu ao tipo de mensagem solicitado. 6) Postura : avaliar os pontos da pregação “Comunicando a Mensagem” Seguem no final da apostila dois pequenos roteiros para a avaliação.
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QUEM SERÃO OS PARTICIPANTES? E O CONDUTOR? Para participar da Escolinha, é necessário: Ter feito o encontro de 1º Anúncio (Experiência de Oração); Ter feito o encontro de Dons Carismáticos; Ser servo ou, pelo menos, estar no final do Crescimento ou do Grupo de Perseverança, já tendo ouvido várias pregações de formação no Crescimento. • • •
Frisamos a importância da participação de: Servos antigos: muitos servos pregam sem ter o conteúdo de suas pregações renovado ou sem estar acompanhando as orientações da Secretaria Pedro Nacional. Portanto, é necessário que façam a Escolinha da Palavra. Em alguns casos, segundo o discernimento e a sabedoria do coordenador, referindo-se a servos antigos e que já tem um conhecimento informal das orientações para pregadores dada pela RCC, sugerimos que ajudem na condução da Escolinha da Palavra, mas que façam o Encontro Básico de Formação da Secretaria Pedro ou estejam participando de todas as pregações de formação dentro da Escolinha.; Servos de outros ministérios: a Escolinha não limita-se somente ao ministério da Palavra e tem o objetivo de formar todos os servos que pregam. Se, dentro do grupo de oração, há músicos, intercessores ou ministros de cura, por exemplo, que pregam, é necessário que façam a Escolinha da Palavra. •
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Para ser o condutor da Escolinha da Palavra, o servo deve ser maduro, com experiência no Ministério de Pregação, com o carisma da liderança, organizado e com facilidade para formação. Será ele o responsável por todas as avaliações de pregação e pela formação dos futuros pregadores. Uma boa sugestão é que não haja somente um condutor, mas sim condutores. Agir em mais de uma pessoa facilita o trabalho, dá uma visão mais abrangente e divide as responsabilidades. Outra necessidade para o condutor é que, de preferência, já tenha participado de uma Escolinha de Pregação. Para tanto, se o grupo estiver fazendo a Escolinha pela primeira vez, sugerimos que o(s) condutor(es) procure(m) outro grupo que já a faça para participar (em), salvo algumas exceções. As pregações de formação não precisam ser dadas apenas pelos condutores. Podem ser chamados servos de outros grupos ou do próprio grupo que já tenham feito a Escolinha. Para ajudar na elaboração das pregações, sugerimos uma bibliografia e apresentamos um esquema de cada uma nesta segunda parte.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA • •
Como ser um bom pregador . João Mohama. Ed. Loyola. Formação de Pregadores. Col. Paulo Apóstolo, vol. 8. Ed. Santuário. 11
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Formação de Pregadores. Col. Kerigma. José Prado Flores. Ed. Loyola. Curso de Formação de Comunicadores da Mensagem Cristã. Ed. Pelycano.
ROTEIROS DE AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO – ESCOLA DE PREGAÇÃO Pregador: Tema:
Tempo:
PONTOS POSITIVOS
PONTOS NEGATIVOS
Apres. Pessoal: Exemplificação:__________________________ __________________________ Inovações: ______________________________ Apres. Tema: Distribuição do tempo: ____________________________ ___________________ Motivação: ______________________________ Téc. de aprofundamento: ________________ Idéias claras: Postura do pregador: ____________________ ____________________________ Conhecimento do pregador: ____________ Boa leitura: ______________________________ Organização: ___________________________
AVALIAÇÃO - Dinâmicas Nome: Recurso utilizado: Tipo de Mensagem:
Via utilizada: Técnica utilizada: Tempo:
Mensagem:
FOI CLARAMENTE COMPREENDIDA POR TODOS? (Comunicar só uma mensagem e não uma mistura de mensagens ao mesmo tempo) ( ) Sim ( ) Sim, mas com algumas deficiências ( ) Não. Estava confusa. FOI REALMENTE BASEADA NA VIA CORETA? ( ) Sim ( ) Sim, mas estava desorganizado
( ) Não. Utilizou outra via.
HOUVE INTRODUÇÃO, DESENVOLVIMENTO E CONCLUSÃO? ( ) Sim ( ) Sim, mas com algumas deficiências ( ) Não.
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O TIPO DA MENSAGEM FOI CLARAMENTE OBSERVADO? ( ) Sim ( ) Sim, mas com algumas deficiências ( ) Não ficou claro.
QUERIGMA – AUXÍLIO PARA PARTICIPANTES (OPCIONAL) Amor do Pai
1. Objetivo: Apresentar o imenso amor de Deus
pelos homens, levar as pessoas a sentirem e terem uma profunda experiência com esse amor. 2. Tópicos: 2.1. Deus é amor 2.2. Deus te ama. 2.3. Ama como um pai 2.4. Amor Eterno 2.5. Amor ilimitado 2.6. Amor incondicional 2.7. Plano de Deus 3. Passagens sugeridas: Is 49, 14-15; I Jo 4, 8.16; Is 54, 10; Jr 31, 3, Is 43, 1-5. Pecado
1. Objetivo: Mostrar o grande motivo pelo qual não conseguimos sentir o amor de Deus e ficamos tão infelizes. Dizer que o pecado é uma grande barreira que nos afasta de Deus e que nenhum ser humano pôde ou pode tirar. 2. Tópicos: 2.1. Algo está errado / devemos conhecer o problema 2.2. História do pecado (Adão e Eva) 2.3. O que é o pecado / como pecamos 2.4. O fruto do pecado 2.5. Não podemos nos livrar sozinhos 3. Passagens sugeridas: Rm 6, 23; Dt 18, 9-14; Hb 9, 27; At 19, 19; Gl 5, 19-21; Mc 1, 14-15; Gn 1, 2-3; Is 59, 1-2; Rm 3, 23. Jesus Salvador
1. Objetivo: Apresentar Jesus como libertador do pecado, fonte única de salvação e última e eterna aliança. Apresentar um pouco de sua história, frisando sua paixão e dando especial ênfase para sua Ressurreição. 2. Tópicos: 2.1. Deus vem ao encontro do homem 2.2. História das alianças 2.3. Jesus é a última aliança 2.4. Jesus já nos salvou 2.5. Paixão de Jesus 2.6. Ressurreição de Jesus
3. Passagens sugeridas: Lc 23, 24; Hb 4, 15; II Cor 5, 17; Jr 31, 34; Mc 10, 46-52; Jo 3, 1617; Jo 16, 33; Rm 7, 19. Fé e Conversão / Senhorio de Jesus
1. Objetivo: Dizer que devemos acreditar em Jesus e na Salvação e, por ela, mudar nossos atos, vivermos em Deus e aceitar Jesus como Senhor, dono de tudo o que somos. 2. Tópicos: 2.1. É necessário Ter fé / o que é fé 2.2. A fé causa em nós a conversão 2.3. Devemos mudar 2.4. Devemos aceitar Jesus como Senhor em todas as áreas de nossa vida. 3. Passagens Sugeridas: Ef 2, 8; At 13, 38; Fl 2, 9; Rm 5, 12; At 2, 36; Rm 1, 17; Rm 10, 9-10; Hb 11, 1; Gl 2, 16. Maria
1. Objetivo: apresentar Maria como mãe de Deus, escolhida, modelo de aceitação e humildade, mãe da humanidade e nossa intercessora. 2. Tópicos: 2.1. Maria exemplo de vida 2.2. Mulher fiel, forte e temente a Deus 2.3. Modelo de entrega 2.4. Maria intercessora 2.5. Mãe da humanidade 2.6. Maria amada, não adorada (sem detalhes) 3. Passagens Sugeridas: Lc 1.2; Jo 2; I Tm 2, 5; Is 7, 14. Espírito Santo
1. Objetivo: Apresentar a promessa do alto, o Espírito que Jesus deixou, a força para que o cristão consiga viver a fé e a conversão. 2. Tópicos: 2.1. Espírito, força de Deus 2.2. O Espírito Santo no Antigo Testamento 2.3. A promessa do alto 2.4. Pentecostes – os apóstolos 2.5. Promessa para hoje 2.6. Efusão
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3. Passagens Sugeridas: Jo 16; At 2; Ez 36. Perseverança / Vida em comunidade
1. Objetivo: Falar da necessidade de caminhar com passos firmes em direção à Deus, de começar uma vida de constante conversão. Integrar a pessoa à comunidade.
2. Tópicos: 2.1. Importância da comunidade 2.2. Necessidade de perseverar 2.3. Como Perseverar 2.4. Bíblia, Oração, Missa, etc. 2.5. Integrar-se ao grupo de oração. 3. Passagens Sugeridas: Rm 12, 4-5; At 2, 44ss; Ef 5, 10-11; Ef 4, 22-24.
O Chamado do Pregador e seus obstáculos Nós somos chamados a Falar em nome de Deus (Rm 10, 13-14, II Tm 4, 2). Somos chamados a ser colaboradores de Deus. O Chamado Recebemos um chamado de Deus, não por méritos nossos, mas por vontade dele ( Mc 3, 13-15; Jo 15, 16; I Sm 16, 7b). “Existe na Igreja diversidades de serviços, mas unidade de missão. Aos apóstolos e aos seus sucessores foi por Cristo conferido o múnus de, em nome e com o poder d’Ele, ensinar, santificar e reger. Os leigos, por sua vez, participante do múnus sacerdotal, profético e régio de Cristo, compartilham a missão de todo o povo de Deus na Igreja e no mundo. Realizam verdadeiramente apostolado, quando se dedicam a evangelizar e santificar os homens e animar e aperfeiçoar a ordem temporal com o do Evangelho, de maneira a dar com a sua ação neste campo claro testemunho de Cristo e a ajudar à salvação dos homens. Já que é realmente característico do estado leigo viver em meio ao mundo e aos negócios seculares, são eles chamados por Deus para, abrasados no espírito de Cristo, exercerem o apostolado a modo de fermento no mundo” (Lumen Gentium 1335) O Batismo concede ao cristão uma tríplice dimensão, de sacerdote, profeta e rei. Assim, somos:
1. Sacerdotes (para estar com Deus): Precisamos estar com Jesus, para sermos como Ele (Gl 2, 20). Para tanto, é preciso ser íntimo de Deus. Ao ser íntimo de Deus, o pregador: a) desenvolve laços de confiança com a Trindade; b) supera as dificuldades, em especial a incredulidade; c) busca a comunhão, através: dos sacramentos; da oração (meditação, contemplação, adoração); dos estudos (Bíblia, documentos e livros). 2. Profetas (para falar em nome de Deus): Consiste em falar d’Ele (Mc 16, 15). A evangelização é uma ordem de Jesus, anúncio da Boa Nova. A pregação é uma necessidade no plano de Deus. Porém, devemos nos lembrar do célebre exemplo – há muitos pregadores que falam grandes verdades como se fossem mentiras; e há muitos artistas que falam grandes mentiras como se fossem verdades . A meta do evangelizador é viver o que a Samaritana ouviu: já não é por causa da tua declaração que cremos, mas nós mesmos ouvimos e sabemos ser este verdadeiramente o Salvador do mundo (Jo 4, 42). 3. Reis (para agir em nome de Deus): Devemos agir em seu nome, atuar nele. Trabalhamos impulsionados pelo mesmo Espírito de Deus ( Jo 20, 21-22). Foi-nos confiados carismas para fazer o que Ele fez. Somos chamados a instaurar o Reino de Deus. Porém, não é imitando a outra pessoa, por maior e mais capaz que seja, que nossa pregação vai obter frutos (cf. ex. de Eliseu e Elias – I Ts 1, 5). Obstáculos na vida do Pregador
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Enfrentamos muitos obstáculos que nos impedem de aceitar o nosso chamado, a exemplo de alguns personagens bíblicos: • • • •
Isaías (Is 6, 1-9): impureza Jeremias (Jr 1, 4-10): imaturidade Gedeão (Jz 6, 11-16): complexo de inferioridade Moisés (Ex 3, 11): desmotivado (Ex 3, 13): ignorância (Ex 3, 13): ignorância (Ex 4, 10): incapacidade (Ex 4, 13): omissão IR ALÉM
Muitos pregadores fazem pregações muito desacertadas não por falta de qualidades, mas porque não sabem ir além. Para aprendermos a ir além, vamos seguir os passos de Moisés, conhecer sua história •
Ex 3, 1-9
Moisés cumpria todos os dias a mesma rotina. Quando decidiu-se por ir além, passar por lugares onde nunca havia estado, Deus concedeu-lhe maravilhas. Através da pregação, o pregador tem que levar as ovelhas para além do deserto. Nossas pregações devem ir além, cruzar o limite do convencional, sem medo de ser guiado por Deus para lugares nunca antes visitados. Quando Moisés ultrapassou o horizonte do cotidiano, Deus o considerou apto para libertar seu povo e conduzi-lo à terra prometida. Quem não cruzou o limite do convencional não pode levar o povo à aliança. Precisamos sair daquilo que é cotidiano, que sempre vimos e aprendemos, precisamos ser ousados (com discernimento, claro), saber chamar atenção das pessoas, e principalmente, criar o seu estilo. Lembre-se: Você não é o Pe. Jonas, você não é o Martin Valverde, você é você. Ir além não significa imitar quem está acertando, é sim acertar sendo você mesmo. O bom pregador não se repete sempre o mesmo, mas sempre pergunta como poderia pregar isto de forma diferente? É como um produto que, se for o caso, troca de embalagem para que possa vender mais, mesmo continuando com o mesmo conteúdo. Exemplo de chamado e ir além: At 16, 6-10.
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O PERFIL DO PREGADOR O que é perfil? Segundo o dicionário, perfil é o contorno do rosto de alguém visto de lado. É a descrição de alguém em traços rápidos. Quem é o pregador? A palavra pregador vem do radical grego “KERYX” que significa ARAUTO. Arauto, na idade média, era o oficial que fazia publicações solenes, anunciava a guerra e proclamava a paz, ou seja, eram mensageiros do rei. E é isso que o pregador é, um mensageiro do Rei Jesus, aquele que simplesmente transmite as ordens de Jesus. CARACTERÍSTICAS DO PREGADOR 1. Inserido na realidade do seu povo. 2. Equilíbrio Jesus nos chamou a ser sal da terra ( Mat 5,13), pois o sal dá gosto a comida, e nas nossa pregações, pois, sal de menos deixa a comida sonsa, e sal de mais torna impossível comê-la. 3. Responsável Com compromisso assumidos / Pontualidade / Preparação e Oração da pregação. 4. Paciência 5. Intimidade com Deus 6. Abandono / Pessoa de fé Fé inabalável, madura. É inconcebível que se coloque para pregar pessoas que têm restrições a dogmas da Igreja, pregadores que não aceitam totalmente a doutrina Católica, que se colocam numa possível de dúvida, principalmente em temas difíceis. 7. Humildade Não é ciumento, desapegado das coisas do mundo, sem soberba, mas também sem falsa humildade. Tem consciência de quem ele serve e de que a glória é do Senhor. 8. O pregador fala a Verdade A face do pregador é marcada pelo amor a verdade. A pregação precisa ser autêntica, de nossa boca precisa fluir a verdade, sem fachadas de cristão. Ter testemunho de vida. 9. O pregador é o homem das bem-aventuranças Possui um coração de pobre, é aquele que chora, manso, justo, misericordioso e àquele que sofre calúnias e é perseguido por causa de Jesus. 10. O pregador usa os carismas 11. Membro do corpo místico de Cristo 12. Zelo pelo Evangelho Dom do espírito santo, faz o coração do pregador arder de desejo de pregar a tempo e a destempo, esse Dom jamais deixa o pregador ficar calado. Mostra o amor a palavra. 13. Experiência pessoal
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Exemplos de Perfil Jesus: Tinha autoridade, dócil ao espírito, obediente ao Pai, fidelidade exemplar, homem de oração, sempre viveu em comunidade. Paulo: Conhecedor das escrituras, fé inquebrantável, linguagem precisa, dócil ao espírito, abertura aos dons, tinha senso de comunidade. Apolo: Atos 18, 24-28.
PREGADOR CONDUZIDO PELO ESPÍRITO SANTO O pregador que é conduzido pelo Espírito Santo é feliz e eficaz, porque faz a vontade de Deus. Ser conduzido e fazer com que eu não dirija meu ministério mas, que o próprio Senhor me faça dócil e atento ao seu chamado, sempre pronto a servi-lo, vigilante na oração e vencendo os empecilhos à ação do Espírito Santo. Ex: Mt 4,1 – Luc 24,49 – At 1,8; 2, 1-4. Jesus nos dá o ES -
Apóstolos antes e depois do Pentecostes! Você e eu antes e depois do Batismo no ES
Empecilhos à ação do Espírito Santo. Demônio - Diretamente – IPed 5,8; Indiretamente – Ef 4,27 Natureza Humana X Meio Social; Pecado, perda de unção, falta de entusiasmo, apatia, tristeza, mornidão, etc. Requisitos para ser conduzido Estar Cheio – Permanecer cheios. Buscar os Sacramentos, Vida de Oração. Renunciar ao Pecado e reconhecer-se pecador – Jo 16,9 Andar na Fé - AT 19,13-17 – Fé verdadeira que Deus te deu. Ser e querer ser testemunha de Jesus – At 4, 16-22 Pedir – Luc 11, 13 Perdoar – Mat 6, 14; 5,23-24; Mc 11, 25 Ser indignado – Ter paz inquieta (Jesus no Templo – Fariseus). •
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Como ser conduzido A)
Exemplo dos Apóstolos
At 8, 26-40; At 15, 28; At 16, 6-10. B)
Método Prático
De moção em moção; De inspiração em inspiração; De revelação em revelação.
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C)
Como acolher a moção, a inspiração e a revelação
Com fé e obediência - Fé Heb 11,1-6 Somos templos do Espírito Santo de Deus, temos que ter essa consciência e nos despojar, saber que o mesmo Espírito que agia nos Apóstolos está em nosso coração, que temos de estar dóceis a voz do Senhor, buscando fazer a Sua vontade, sempre vigilantes, buscando a santidade para que o Senhor possa usar-nos da melhor forma, sempre à anunciar a Boa Nova de Jesus.
ESTRUTURA DO PLANO DE PREGAÇÃO I Os passos para uma pregação são: 1º) orar; 2º) anotar tudo o que foi revelado; 3º) discernir o que vem de Deus; 4º) organizar o que foi discernido e definir um tema, com um objetivo claro e específico ( I Cor 9, 26). Como organizar? Com uma Estrutura do Plano de Pregação. Estrutura I – usada geralmente para pregações um pouco mais longas, para pregações com um conteúdo mais extenso, com mais de uma passagem, extraída do livro Formação de Pregadores, Col. Paulo Apóstolo, vol. 8. Consiste em: 1. Introdução 1.1. Do pregador: nome, idade, paróquia, pastoral a que pertence, tempo de grupo, estado civil. 1.2. Motivação: dizer algo que motive as pessoas a continuarem nos ouvindo. É extremamente necessária, a partir dela as pessoas vão escolher se continuam ouvindo ou não a nossa pregação. Normalmente, colocamos uma aplicação prática do que vamos falar ou algo que desperte a curiosidade. Ex.: At 17, 16. 1.3. Do tema: deixar bem claro no início da pregação o tema da pregação e o que o pregador vai falar dentro do tema. Colocamos as palavras-chave. 2. Desenvolvimento Baseia-se em palavras chaves. Dentro do tema que vamos falar, escolhemos algumas palavras chaves que norteiem a pregação e estejam intimamente ligadas a ele. Por exemplo: se o tema é “Amor do Pai”, podemos escolher como palavras chave “Deus nos ama”, “Amor incondicional” e “Plano de Amor”. Então, dentro das palavras chaves, também chamadas de itens, escolhemos subitens. Por exemplo: Item: Deus nos ama. Subitem 1: Vivemos uma história de desamor. Subitem 2: Sentimos falta do amor dos outros. Subitem 3: O amor mais profundo e verdadeiro vem de Deus. I Jo 4, 8 3. Conclusão 3.1. retomar palavras chaves 3.2. tirar dúvidas, fazer colocações complementares 3.3. fazer o fecho e chamar à oração
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ESTRUTURA DO PLANO DE PREGAÇÃO II Existem várias outras estruturas do plano de pregação. Neste curso, nos limitamos a apresentar mais uma, normalmente usada para pregações querigmáticas, que são desenvolvidas em torno de uma passagem principal, extraída do livro Formação de Pregadores, de José P. Flores. 1. Motivação Com o mesmo objetivo da introdução da estrutura anterior. Acrescenta apenas uma dica: a motivação pode ser usada para conhecer a assembléia. Por exemplo, o pregador poderia dizer: “Quem aqui faz parte da renovação há mais de 5 anos? E até 3 anos? Menos de 1 ano?” Assim conheceria mais a assembléia para qual ele vai falar. 2. Leitura da Palavra Essa estrutura baseia-se em uma passagem principal, da qual vai formar-se toda a pregação. É importante ressaltar que a leitura deve ser feita pausadamente, dando ênfase na parte que quer fixar mais. O pregador deve utilizar poucos versículos, para que as pessoas consigam concentrar-se. Depois da leitura, dizemos “Palavra da Salvação” quando for extraída de evangelhos e “Palavra do Senhor” nos outros casos. 3. Ambientação ou orientação Na ambientação, situamos o ouvinte dentro da passagem que acabamos de ler. Colocamos costumes da época, apresentamos a passagem de forma mais completa e, gradativamente, vamos nos focando no que mais está relacionado com o tema que vamos falar. Por exemplo, se utilizamos a passagem da Samaritana e nos propomos a falar de “Testemunho de vida”, nos prendemos mais na parte final da passagem. 4. Aplicação As pessoas querem ouvir o que a passagem tem para nos dizer hoje e é isso que mostramos na aplicação. Dizemos como a leitura pode servir em nossa vida. 5. Exemplificação Para que o conteúdo fique ainda melhor fixado, colocamos um exemplo, seja de via cosmológica quanto antropológica (vistos posteriormente). Quem não se lembra da história dos lencinhos na pregação do amor do pai 6. Imperativos Rumo ao final da pregação, fazemos os imperativos. Isso consiste em dar ordens, literalmente, para a assembléia: “Se abra para o amor de Deus!”, “Mude de vida!”, “Deixe o Senhor te tocar hoje!”. Assim, as pessoas se
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sentem mais chamadas a viver o que foi proposto na pregação e ficam mais abertas para a oração 7. Resumo final Da mesma forma que o anterior, damos uma visão geral do que falamos na pregação para fixar ainda mais o conteúdo e preparar a assembléia para a oração. Porém, devemos tomar cuidado para não sermos repetitivos e começarmos a pregação novamente. 8. Oração final
O CONHECIMENTO DE DEUS E começando por Moisés, percorrendo todos os profetas, explicava-lhes o que Dele se achava dito nas Escrituras (Luc 24,27). Para que nos, pregadores, tenhamos o que falar do Senhor, é necessário estar com Ele, ouvir Dele e aprender com Ele. Para anunciarmos o Evangelho ele precisa estar em nosso corações ( Luc 6,45), e para ensinar da nossa Igreja, precisamos ter o conteúdo em nossa mente. Conforme o Catecismo, as fontes primárias do conhecimento de Deus, onde poderemos buscar este conteúdo são: A) B) C) D) 1.
A Bíblia Sagrada A Sagrada Tradição O Sagrado Magistério Senso Sobrenatural da Fé
A Bíblia
Deus quis revelar-se aos homens, falar-lhes em palavras humanas. Da mesma forma que o Verbo de Deus se fez carne, fazendo-se semelhante aos homens, as palavras de Deus expressas por línguas humanas, fizeram-se semelhantes à linguagem humana. Por este motivo, a Igreja sempre venerou as divinas escrituras como venera também o Corpo do Senhor. Ou seja, a eucaristia, Pão da vida, é tomada da Mesa da Palavra de Deus e do Corpo de Cristo. (Cf. CIC 101-103). A Igreja recomenda a leitura da Sagrada Escritura orientando aos que se consagram ao ministério da palavra (podemos colocar aqui a Secretaria Pedro), que se apeguem as Escrituras, mediante assídua leitura e cuidadoso estudo das mesmas, para que não venha a ser “vão pregador da palavra de Deus externamente, quem a ela não presta ouvido interiormente”. (Sto. Agostinho). Em nossas pregações devemos pois utilizar da Palavra de Deus assim como os Apóstolos utilizavam o Antigo Testamento, que, na época, compunha a parte disponível da Bíblia. Ex: Paulo em Atos 17, 1-3 ou Apolo em Atos 18,24. No entanto, devemos tomar o cuidado de, ao ler a Bíblia, prestar grande atenção ao conteúdo e a unidade de toda a Escritura, evitando o Iluminismo (acreditar que Deus só se revela a ele, passando a ser o dono da verdade), o Fundamentalismo (interpretação ao “pé da letra”, não aceitando a Sagrada Tradição) e a Livre Interpretação (ao contrário do fundamentalismo, não se firma em “letra nenhuma”). A Palavra de Deus deve-se fazer 20
carne em nós, porque a nossa religião não é um livro, mas é a religião do Verbo Encarnado e Vivo (CIC 108). 2.
A Sagrada Tradição
O que é a Sagrada Tradição? É a transmissão dos acontecimentos e ensinamentos dos Apóstolos e de outros em sua geração. Aqueles primeiros que escutam uma notícia conseguem transmiti-la com mais autenticidade, do que aqueles que escutam posteriormente. A Sagrada Tradição conserva toda a autenticidade e o calor do anúncio de Jesus, pois dela fazem parte os primeiros que escutaram (os Apóstolos) e os outros de sua geração próxima. Esta transmissão foi ordenada pelo próprio Jesus ( Cf. Mc 16,15), e para que o Evangelho sempre se conservasse inalterado e vivo na Igreja, os Apóstolos deixaram como sucessores os bispos, a eles transmitindo o seu próprio encargo de Magistério ( DV 7). A transmissão do Evangelho, segundo a ordem do Senhor, ocorreu de duas maneiras (CIC 76): a) oralmente: pregações, exemplos e instituições; b) por escrito: os apóstolos e varões apostólicos que, sob inspiração do Espírito Santo, puseram por escrito a mensagem da salvação. O Magistério da Igreja considerou Sagrada Tradição, os escritos fiéis, a quatro princípios: fidelidade doutrinária; aprovação eclesial; antiguidade e santidade do autor. São considerados também os escritos dos chamados “Padres da Igreja” ou “Santos Padres”. Estes padres escreveram na maioria das vezes, para defender a fé de elementos estranhos a sua pureza (heresias), naquilo que chamamos apologética, isto é, defesa da fé. Quanto a antiguidade, são considerados escritos até o século VIII, de S. Gregório Magno e S. João Damasceno. Somente na Igreja Católica está a plenitude dos meios de salvação, que chegaram até nós por meio da Tradição, como os Sacramentos, a santificação do Domingo, a Santa Missa, devoções como o Rosário, entre outros. 3.
O Sagrado Magistério
Palavra derivada do latim magister que se traduz por mestre. Compreende-se o conjunto de ensinamentos da Igreja, repassado principalmente através de documentos. O Magistério da Igreja são os bispos em comunhão com o sucessor de Pedro, o bispo de Roma (Papa). A divisão dos documentos da Igreja (Magistério) pode ser feita conforme a sua destinação, assim, há os destinados: à Igreja Universal – para toda a Igreja (ex: CIC, Compêndio do Vaticano II, Encíclicas do Santo Padre, etc.); à Igreja Latino-Americana, emitidos pela Conferência Episcopal da América Latina – CELAM, destina ao nosso continente (ex: São Domingos, Puebla, etc.); e a Igreja no Brasil, emitidos pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB (ex: Doc. 45 e 54). Importante ressaltar que o Magistério não está acima da Palavra de Deus, mas a serviço dela, não ensinando senão o que foi transmitido ( CIC 86). Estes documentos são importantes fontes de conteúdo de pregação, quer seja por expressarem a tradição apostólica, em linha sucessiva, quer seja por tratarem de 21
problemas atuais, à luz do Evangelho, ou ainda, por trazerem a fiel interpretação da Sagrada Escritura e da Sagrada Tradição. 4.
Senso Sobrenatural da Fé
Havendo um consenso universal sobre as questões de fé e costumes, sob a direção do Magistério da Igreja, haverá o senso sobrenatural da fé. Este senso é adquirido “ pela contemplação e estudo dos que creêm, os quais meditam em seu coração; é em especial a pesquisa teológica que aprofunda o conhecimento da verdade revelada. Pela íntima compreensão que os fiéis desfrutam das coisas espirituais, as palavras divinas crescem com o leitor” (Catecismo 94 – citações). PROVAS DO CONHECIMENTO DE DEUS O Catecismo ensina que há certas vias (caminhos) que comprovam a existência de Deus. Porém, tais caminhos não são provas no sentido que as ciências naturais buscam, mas no sentido de “argumentos convergentes e convincentes” que permitem chegar a verdadeiras certezas (CIC 31). Podemos denominar estas vias de fontes auxiliares do conhecimento de Deus. O ponto de partida para descobrirmos estas provas está na criação: o mundo material (via cosmológica / natureza) e o ser humano (via antropológica / homem). Por isso, passaremos a estudar, um pouco, sobre cada uma, para utilizarmos em nossa pregações ou ensinamentos. Através destas vias encontraremos excelentes modelos para exemplificar nossas pregações. (cf. Rom 1,19-20). 1.
O Caminho da Natureza
A natureza, tão bela, é uma grande demonstração da grandeza de Deus. Como ensina Provérbios 6,6: Vai, ó preguiçoso, ter com a formiga, observa seu proceder e torna-te sábio. O pregador é chamado a buscar na natureza a revelação da existência de Deus, como origem e fim do Universo. A natureza é divida pela ciência em reinos: a) Reino mineral: que são pedras (preciosas ou não), rochas, calcário, água, terra, sal, etc. Exemplo: a pérola que se forma dentro da ostra, que é um incômodo grão de areia, pode ser comparada aos estudos de um adolescente, que muitas vezes o incomoda, mas no futuro lhe será de grande valor. b) Reino vegetal: as plantas em geral, árvores, flores, trepadeiras, etc. Exemplo: o girassol, que está sempre voltado para o sol, é um modelo a ser seguido: não devemos desviar nosso olhar do grande Sol que é nosso Deus. c) Reino animal: são todos os seres vertebrados ou invertebrados, mamíferos ou não, ou seja, todos os animais. Exemplo: o pelicano, que tira carne do seu próprio peito para alimentar seus filhos, exemplifica claramente Jesus, que deu sua própria vida por nós e sua carne como alimento na Eucaristia. d) Fenômenos da Natureza: exprimem também o conhecimento de Deus. São os ventos, terremotos, maremotos, tempestades, eclipses, vulcão, tornado, 22
etc. Exemplo: o fenômeno da “pororoca”, encontro do rio Amazonas como Oceano Atlântico; como nosso encontro com Deus: nosso fim é o seio da imensidão de Deus. Jesus usou e abusou dos exemplos da natureza, podemos citar as ovelhas e o pastor, os pássaros do céu, a pérola preciosa, a água, o mar, a rocha, os lírios do campo, o grão de trigo, o grão de mostarda, o vento e outros. Você já meditou na natureza e dela retirou mensagens? 2.
Caminho do Homem
O homem em si mesmo e universo a ser descoberto e o qual revela Deus. Somos à sua imagem e semelhança. Descobrir Deus no homem é o caminho mas fácil para chamá-lo de Pai: quem não ama seu irmão, a quem vê, é incapaz de amar a Deus, a quem não vê. (Jo 4,20). Essa via reúne várias áreas comuns que envolve o homem, áreas estas que o analisam com base nas características biológicas e culturais dos grupos em que se distribui. É um conjunto de vida e suas condições: habitação, vestuário, alimentação, utensílios e instrumentos diversos, músicas e danças tradicionais, língua, lendas e contos, artes e religião, costumes e leis. Podemos meditar, para tirar exemplos na pregação ou ensinamento, dentro da via antropológica, alguns pontos, vejamos: a) No organismo humano: deve-se ter acesso a livros de anatomia, fisiologia, genética e outros. b) Na história universal: aqui abrange: personagens, fatos, épocas, acontecimentos. Podemos citar como fonte de estudos, livros de história, livros de santos, documentários, etc. c) Nas ciências modernas: utilização dos recursos científicos e tecnológicos de nosso dias: descobertas da Psicologia, pesquisas antropológicas, conhecimentos da Medicina, da Sociologia, da Geografia, da Matemática, da Teologia entre outras. d) Na história atual: entra aqui tudo sobre os acontecimentos atuais, é a história da humanidade que está se realizando em nossos tempos – fontes para estudo: jornais, revistas, noticiários, livros, filmes, entre outros. Também podemos utilizar fatos da vida, ou seja, do nosso dia-a-dia, como a dona de casa que perdeu a moeda, citada por Jesus; obs.: Devemos tentar perceber o lado positivo e negativo da história, transformando estas vias em mensagens de denúncia ao pecado ou de edificação para o povo de Deus. ...“ Examinai tudo e abraçai o que é bom.” (ITes 5,21). e) Na história pessoal: Sua história, é uma grande ilustradora daquilo que você prega, o testemunho é m uito importante na pregação querigmática, porém
precisa alcançar seu objetivo, sendo: ABC, Alegre, Breve e Centrado em Cristo; Seja, de preferência, o seu próprio testemunho; tenha o objetivo de construir a conversão dos ouvintes; seja de um processo acabado, ou seja, que Deus já realizou.
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Santa Terezinha do Menino Jesus dizia que gostaria de ser uma bola para que quando o menino Jesus quisesse brincar, Ele brincaria. Quando quisesse chutar, chutaria; e se Ele não quisesse nada com a bola, poderia deixá-la ali no cantinho, que ela continuaria sendo a bola do Menino Jesus. E nós, queremos sempre estarmos nas mãos de Deus, a sua disposição para fazermos o que ele quiser? Ser bola e ser objeto e a disposição do seu dono. Nós somos assim? Conclui-se, assim, que o pregador não pode passar distraído pelo caminho. Os anúncios e os nomes que lê pelos caminhos, os lugares que vê como bares, lojas, clubes, tudo é material para sua próxima pregação. Basta ter atenção e dedicação. ENCONTRANDO A MENSAGEM NA BÍBLIA O pregador em primeiro lugar, antes de transmitir a palavra ele é um caçador da palavra e quando a encontra aplica a si mesmo e depois transmite aos demais. Jesus nos disse que o Espírito Santo nos recordaria tudo o que Ele nos disse, mas para recordar é primordial que exista antes na nossa memória. É importante que nos apresentemos a Deus com as nossa talhas cheias de água e com os nossos 5 pães e dois peixes. Veremos a seguir, formas de se encontrar, na palavra, a mensagem de Deus: Parábolas No Evangelho temos 38 parábolas. O comunicador não se atém ao óbvio e elementar expresso nas parábolas. Extrai mensagens novas e apropriadas a cada caso. Ex. Semeador – Mt 13, 1-9. Milagres Sarça Ardente ( Ex 3,1-4), diz que Moisés parou para contemplar o espetáculo. Por que a sarça ardia e não se consumia? O comunicador deve contemplar os milagres e perceber o que Deus está falando através deles. Devemos sempre transportar os ouvintes dos milagres para tempo presente, e então extrairmos a mensagem. Ex: ( Mc 8,22-26) Personagens Estudar sobre a vida de todos os personagens bíblicos que nos são colocados na Sagrada Escritura. Ex: Moisés, Filho Pródigo, Maria Madalena, Davi, Abraão, etc. Guerras Apesar da forma cruel, nos mostra a luta diária contra o mal. Ex: A guerra de Israel contra os amalecitas nos mostra a importância da intercessão, por exemplo. Perguntas São inúmeras as perguntas que encontramos na Bíblia, que o homem fez a Deus e vice-versa. Ex: Tu me amas? Por que me Seguem? Por que choras? Querem me deixar? Dialógo Ex: Jó e os amigos; Eva e a Serpente; Maria e Isabel; Pedro e Jesus. Discursos
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Muitos dos discursos da Bíblia, são mensagens do próprio Deus e ricos de contéudo. Visões, Sonhos ou Revelações Ossos Secos ( Ez 37, 1-10); Sonho de José, de Pedro; Revelações feitas a Abraão. Lugares Cidades, povoados, templos. Ex: Mc 1,29 a sinagoga e a casa de Pedro. Oração Uma das mais belas formas de falar com Deus. Ex: Gen 4,26 – o primeiro – At 4,24-30 – Pedem a Deus coragem. TÉCNICAS DE PREGAÇÃO
Técnica é o modo pela qual o pregador vai falar a mensagem. Todos os pregadores usam algum tipo de técnica. Aquela que melhor se sobressai é a que melhor se adapta a mensagem e ao pregador. Requisitos para o bom uso da técnicas 1) Amor: O amor é o maior diferenciador no emprego das técnicas. O pregador que ama a Deus, ao próximo e a si mesmo, certamente será feliz no uso de qualquer técnica. 2) Oração: O pregador deve sempre mais ouvir do que falar. Estar atento a tudo o que o Senhor lhe fala em oração para realizar a vontade de Deus e não a nossa. 3) Ter a mente imbuída do assunto: Antes de pregar, o pregador deve estudar muito sobre o assunto. Além disso, deve estar atento a situações, testemunhos e acontecimentos que podem Ter relação com o tema. 4) Fidelidade ao tema: A melhor pregação não é aquela que aborda todos os assuntos, mas aquela que aborda tudo sobre aquele \único assunto. Quando o pregador é fiel ao tema, está sendo fiel ao chamado de Deus e evitando que as pessoas se dispersem e não gravem a mensagem. Dizer que Deus o inspirou de última hora pode ser uma desculpa para a falta de escuta de Deus e até mesmo pela falta de tempo para preparar a pregação. 5) Praticar: Assim como um atleta que treina, o pregador deve escutar a palavra de Deus durante o seu dia. Alem disso, é muito importante que ele avalie outro pregadores e treine suas pregações (crivo) antes de pregar. Técnicas: Alguns meios pelos quais o pregador poderá se fazer para a mensagem:
1)
Testemunho: Muito importante na pregação querigmática, porém precisa alcançar seu objetivo, sendo: ABC, Alegre, Breve e Centrado em Cristo; Seja, de preferência, o seu próprio testemunho; tenha o objetivo de construir a conversão dos ouvintes; seja de um processo acabado, ou seja, que Deus já realizou. Parábolas ou Alegorias: Tratam-se de histórias fictícias com um fundo moral. 2) Elas devem ser utilizadas para reforçar o tema. Sua conclusão deve ser sempre positiva e voltada para Cristo. Cachoeira: Trata-se de uma técnica em que o pregador vai expondo a 3) mensagem sem interrupções, de maneira que caiam direto ao coração do ouvinte e não deixa tempo de raciocínio. Dramatização: Significa comunicar uma passagem ou trecho bíblico, 4) aumentando alguns diálogos ou situações com linguagens atuais, utilizando-se, principalmente, de expressão corporal.
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5)
Repetição: O pregador repete um trecho bíblico, uma frase que talvez tenha passado despercebido mas que deve ficar gravado no coração do ouvinte. Não dar todas as resposta: É quando o pregador leva o ouvinte a mergulhar 6) em si mesmo e buscar a resposta dentro do seu coração. Aguçar a curiosidade: Muito usada na motivação inicial. É uma maneira de 7) chamar a atenção do ouvinte. Esta técnica deve ser usada com muita sabedoria para não danificar a mensagem. Descrição: É descrever detalhes de uma situação (bíblica, por exemplo) de 8) maneira que o ouvinte possa sentir-se no local do acontecimento. Histórias: O pregador auxilia-se de fatos verídicos como, por exemplo, dos 9) Santos, da Igreja primitiva para reforçar ainda mais a mensagem. Narração: É quando o pregador verbaliza acontecimentos da história da 10) salvação. Esta técnica é muito utilizada para grandes trechos da bíblia, havendo somente a narração dos pontos mais importantes da passagem. Quebra brusca de pensamento: É quando o pregador quebra uma linha de 11) raciocínio para causar impacto nos ouvintes. Por exemplo: “Jesus não vai te salvar..................Ele já te salvou”.
TÉCNICAS PARA APROFUNDAR Através destas técnicas, o pregador leva o ouvinte a mergulhar nas riquezas despercebidas das passagens bíblicas: A)
Significado das palavras:
O pregador recorre à origem, a verdadeira definição de determinada palavra e o que ela realmente quer dizer naquele contexto. Para isso, recorre-se a dicionários bíblicos, da língua portuguesa, gregos ou latinos, por exemplo. B)
Contexto:
Verificando apenas um único versículo da passagem, muitas vezes, podemos não entender o significado verdadeiro. É necessário portanto, recorrer a todo o contexto bíblico daquele capítulo ou livro, para se situar com o local, a situação, à época etc., assim entenderemos melhor o porque daquele versículo e o verdadeiro sentido da mensagem. C)
Opostos:
O pregador pode utilizar-se de palavras contrárias para fixar ainda mais a mensagem. Ex: Trevas x Luz, Abismo x Céu, Tristeza x Alegria, etc. É importante sempre citar o negativo primeiro e encerrar com o positivo. D)
Geografia Bíblica:
Tanto o antigo como o novo testamento sempre nos situam da cidade ou local a que se refere. No apêndice bíblico podemos encontrar alguns mapas com a maioria destas localidades e nos atentar para pontos importantíssimos, como por exemplo, a distância entre um local e outro. Ex: Maria ao visitar sua prima Isabel; recorrendo ao apêndice, podemos verificar que Maria percorreu uma distância de 150Km, aproximadamente. E)
Conversão de Valores: 26
Neste apêndice podemos encontrar também os valores citados na palavra de Deus (talento, dinheiro, estádios, prata) convertidos para o dia de hoje. Nos espantaremos quando, por exemplo, vermos que um talento equivalia a 36Kg de ouro. Além destas, podemos descobrir com o auxílio do Espírito Santo outras técnicas que, se adequadas a nós e a mensagem podem auxiliar e muito na ação de Deus no coração de nosso ouvintes.
TIPOS DE MENSAGENS Mensagem Querigmática Mensagem de anúncio A palavra Kerigma significa proclamar, anunciar São basicamente as pregações da Experiência de Oração Amor do Pai, Pecado, Salvação, Senhorio de Jesus, Fé e Conversão, Espírito Santo, Vida Nova (Perseverança ou Comunidade Cristã). • • • •
Mensagem Catequética • • • •
Mensagem de ensino A palavra Catequese significa ensinar, reter Trata-se do ensino gradual da nossa fé e razões Se divide em Doutrinária e Apologética
Doutrinária Para pessoas que já conhecem a Jesus, e agora precisam assimilar sobre sua doutrina. Ex: Sacramentos, Moral, Sagrada Escritura, etc. Apologética Tem a função de esclarecer para as pessoas pontos polêmicos dentro da doutrina, não para ser discutido mas para o conhecimento. Ex: Existência do Purgatório, Virgindade de Maria, Imagens, etc. Essas mensagens devem estar muito bem fundamentadas dentro da Palavra de Deus e deve ser interpretada à luz do Magistério da Igreja. •
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Mensagem de Perseverança Aborda temas que dizem respeito à fragilidade humana que buscam a Deus como refúgio e proteção. Se divide em 4 tipos: Espiritualidade, Compromisso, Fortalecimento e Contrição. •
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Espiritualidade: Leva a uma comunhão mais íntima com Deus, à adoração, contemplação a Deus, recorda que dependemos Dele. •
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Compromisso: Traz uma dimensão horizontal, (Eu e os irmãos), nos leva ao serviço com os irmãos. Não existe compromisso sem serviço. Temos duas linhas: Linha do Amor (relações fraternas, perdão, paciência, bondade e a Linha do Apostolado (ministérios, obras de misericórdia etc.) Fortalecimento: São usadas para momentos difíceis, tribulações, provações, situações desanimadoras, levanta os caídos. Contrição: Fortes exortações para aqueles que esfriaram, que abandonaram a caminhada. Sacode as pessoas que possam estar meio mornas no caminho de Deus. Claro que para esse tipo de pregação deve-se observar bem o público ouvinte. •
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Não comunicamos o que bem queremos, mas sim o que nosso irmãos precisam ouvir. Somos instrumentos de Deus para que ele alimente o seu povo com o pão da palavra.
COMUNICANDO A MENSAGEM É necessário antes de entrarmos nos objetivos da pregação, estabelecer a diferença entre as várias espécies de alocuções e a pregação. 1. Conferência – Discurso didático. Tem por objetivo ensinar, transmitir conhecimento literário e científico. Sua linguagem é técnico-científica. O conferencista não tem a preocupação de dialogar com os ouvintes. 2. Discurso Político – Todos conhecemos. Sua linguagem é livre e a mais coloquial possível. Normalmente é dirigido as massas. Prima pela persuasão. 3.
Discurso Acadêmico - Discurso inteiramente formal. Valoriza a técnica.
4. Palestra – Pouca formalidade, permite ao orador maior liberdade. O Orador não precisa esforçar-se para dialogar com seus ouvintes. 5. Ensino – É um dos métodos mais eficazes de se transmitir conhecimento. É denso em conteúdo. 6. Pregação – É o ato de pregar, proclamar a Boa Nova de Jesus. Esta proclamação é dotada de alguma disciplina, porém não anula a liberdade do pregador. Prima pela condução do Espírito Santo. Objetivos da Pregação A) Imediato – Evangelizar, anunciar a Boa Nova. O discípulo, quando prega, deve utilizar todos os seus talentos, dons, todo o seu amor, toda sua intercessão, em prol da evangelização. B) Mediato – É conseguido com a obtenção do objetivo imediato. A finalidade mediata consiste na conversão dos ouvintes e também de curas, prodígios e milagres durante a pregação. É importante ressaltar que cabe primeiro ao pregador preocupar-se com uma boa evangelização, pois a conversão, cura, prodígios e milagres são obras do Espírito Santo. 28
Temos três momentos fundamentais para a pregação da palavra de Deus: o ANTES, o DURANTE e o DEPOIS. Vejamos cada uma deles. Antes do Anúncio Estudo e Oração: Tempo dobrado de estudo e oração. Necessidade de estar preparado. Preparação Espiritual: Missa; Mortificações; jejuns e intenções. Busque também o sacramento da confissão antes da pregação, se necessário. Apresentação Física: Roupas adequadas, unhas cortadas, barba etc. Cuidados com maquiagem, acessórios (brincos, pulseiras) e falta de higiene em geral. Horário: Conversar sempre antes com a pessoa que o convidou, se informar sobre a realidade das pessoas, do grupo ou do evento em questão, ore junto com eles, se possível. Chegar sempre com antecedência, recomenda-se um mínimo entre trinta e quinze minutos. Durante o Anúncio •
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Autoridade Espiritual: Não se está falando em seu próprio nome ( IICor 5,20). Não importa o tamanho da platéia, o zelo precisa se o mesmo, para 1000 ou 2 pessoas. A Voz: Ferramenta de Trabalho; evitar gelado, pastilhas, gritos. Intensidade (volume) adequado, sem gritaria, nem falar murmurado, manter uma sintonia. Sem vícios (falar igual o Pe. Jonas, ou o Pe. Roberto, Eugênio Jorge etc.). Utilizar a voz para acentuar partes importantes Os Olhos: São a janela da alma; olhe para as pessoas, não para o teto ou para o chão. Nunca olhe diretamente para uma pessoa por muito tempo, saiba dividir o público. A Face: Reflexo do coração; mantenha sempre um semblante tranqüilo, demonstrando firmeza ou austeridade somente quando for necessário. Não ficar todo o tempo carrancudo ou rindo à toa. As Mãos: Deve-se usar as mão para se expressar, porém sem exageros, não somos maestro. Evitar: Mão no bolso, segurando o púlpito, apoiar-se sobre a mesa, coçar-se etc. Corpo: Não ficar parado como uma estátua, mas também não ficar de um lado para o outro de maneira frenética. Não subir em cadeiras, mesas (somente se necessário); nunca pregue sentado, encostado ou pendurado Os Pés: Mantenha os pés na mesma abertura dos ombros para Ter equilíbrio A Respiração: Alimenta a voz, procurar sempre manter uma respiração tranquila e não falar quando o ar estiver acabado, deve-se evitar ao máximo aquelas “fungadas” no microfone. Linguagem: Procure ter uma linguagem simples e direta. Fale de acordo com a cultura que você possui, nunca use termos, ou palavras bonitas que você desconhece com o intuito de enriquecer a pregação. Cuidado com os vício de linguagem (né, tá, então, amém, certo...) Implementos para pregar: Microfone – ajuste com antecedência a altura ideal do som. Cuidado para não se enrolar no cabo. Observe o comprimento do •
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fio para saber até onde você pode ir. Biombo ou púlpito – Cuidado para não ficar encostado, eles servem somente para eu você coloque sua Bíblia e pregação, ou seja, seu material de pregação. Retroprojetor – Escolha o local e ajuste a luz com antecedência. Peça ajuda de alguém para o momento em que for utilizá-lo. Cartaz – Deixe sempre pronto com antecedência. Depois do Anúncio Não somos artistas, devemos permanecer no local, louvar a Deus pela pregação, cumprimentar as pessoas (dependendo do evento e do número de participantes, claro), devemos sempre ter uma postura de servos, e não de estrelas de TV. Nunca saia correndo, coloque-se a disposição para tirar dúvidas. Confie sempre em Deus. Por pior que você ache que tenha sido sua pregação, lembre-se que Deus pode fazer milagres com o nosso pouco.
LECTIO DIVINA A Lectio Divina é o exercício ordenado da escuta pessoal da Palavra, um método dinâmico de leitura. Um monge da Idade Média, Guido II, estabeleceu uma fórmula para a sua realização de um modo muito simples, como uma escada de quatro degraus: Leitura – Meditação – Oração – Contemplação. Esse degraus são mais para compreensão, visto que fazem parte de um único encontro e que o Senhor, na liberdade do se Espírito, pode elevar à oração e a contemplação no momento que lhe aprouver. Mas vale ressaltar que esses degraus nos levarão a um exercitar-se, a um buscar mais profundo, a vencer as limitações de querer para nas primeiras dificuldades. Exercício que dá fruto para toda a vida. É interessante o que diz o próprio Guido II: “Buscai na leitura e encontrareis na meditação; batei pela oração e encontrareis na contemplação.” Encontramos na Lectio Divina tudo o que necessitamos para conhecer a amar a Deus. É necessário antes de mais nada “fé”, que faz o homem entregar-se em submissão à Revelação. Ao mesmo tempo que se necessita de fé para se fazer a Lectio, a Lectio amadurece a fé. LEITURA
Lê-se o texto repetidas vezes, tentando responder a pergunta: “O que o texto diz?”, procurando prestar atenção ao desenrolar dos fatos, à reação das pessoas, procurando perceber os seus sentimentos, os pontos mais importantes, as palavras mais fortes, enfim, estar atento a todos os detalhes do texto. Esse degrau é o que exigirá maior esforço de sua parte. Nesse primeiro degrau, não é o momento de procurar direcionamentos, normas para sua vida, mas perceber o que o texto fala de forma genérica. É importante que você procure um momento e um lugar calmo onde possa escutar a palavra de Deus através da sua palavra. A leitura em meia voz o ajudará usando mais um sentido. MEDITAÇÃO
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