Descrição: Apostila de Shell Script para iniciantes....
ShellScripts 1
eBook
Shell Scripts Adbeel Goes Filho
Fortaleza – Ceará Brasil
Versão 2006.04.25
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 2
ADBEEL GOES FILHO
Shell Scripts
VIRTVS Fortaleza 2006
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 3
CopyFree (C) 2006 da VIRTVS Engenharia e Informática Ltda Congregamos todos os esforços para fornecer informações de ampla qualidade, contudo, devido ao dinamismo da área de informática, os autores não assumem responsabilidade pelos resultados e usos das informações fornecidas. Recomentamos amplamente aos leitores testar as informações antes de sua efetiva utilização, ao tempo em que agradecemos antecipadamente por críticas e sugestões prestadas. Copyright (c) 2000, Adbeel Goes Filho. É garantida a permissão para copiar, distribuir e/ou modificar este documento sob os termos da GNU Free Documentation License, versão 1.1 ou qualquer outra versão posterior publicada pela Free Software Foundation; sem obrigatoriedade de Seções Invariantes na abertura e ao final dos textos. Uma copia da licença deve ser incluída na seção intitulada GNU Free Documentation License. Copyright (c) 2000, Adbeel Goes Filho. Permission is granted to copy, distribute and/or modify this document under the terms of the GNU Free Documentation License, Version 1.1 or any later version published by the Free Software Foundation; with the Invariant Sections being LIST THEIR TITLES, with the FrontCover Texts being LIST, and with the BackCover Texts being LIST. A copy of the license is included in the section entitled "GNU Free Documentation License". Este trabalho foi editado e composto eletronicamente utilizando somente ferramentes livres:
Conhecimentos necessários para a leitura deste trabalho: Entendimento básico de sistemas operacionais, Comandos básicos de Unix, Linux, Solaris, FreeBSD ou outro sistema operacional com base Unix, Linguagem de programação, Edição eletrônica de textos. Editor Responsável Satis Diagramação e Produção Virtvs VIRTVS Engenharia e Informática Rua Cel. Ribeiro da Silva, 391. CEP 60.325210. Monte Castelo. Fortaleza – CE. Telefone: +55 (85) 32833124 www.virtvs.com.br Adbeel Goes Filho
ShellScripts 4
SOBRE O AUTOR Adbeel Goes Filho
[email protected] [email protected] [email protected] Engenheiro Civil pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Especialista em Ciência da Computação pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Mestre em Ciência da Computação pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Especialista em Matemática Computacional e Otimização de Sistemas. Doutorando em Engenharia Civil – Recursos Hídricos (UFC) Acadêmico de Administração de Empresas pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Professor do Curso de Graduação em Informática da Universidade de Fortaleza (UNIFOR). Coordenador de Gestão Estratégica do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). Diretor de Engenharia e Informática da VIRTVS Engenharia e Informática Ltda Consultor nas áreas de engenharia civil e informática em empresas e instituições públicas. Consultor na área de custos e acompanhamento de projetos de engenharia civil. Consultor da PERITUS Projetos e Pesquisas Ltda, na área de organização, projetos e informática. Exprofessor dos cursos de Processamento de Dados, Engenharia Civil, Agronomia, Engenharia e Alimentos, Geologia, Matemática e Estatistica da Universidade Federal do Ceará (UFC). Exprofessor do Curso de Bacharelado em Computação da Faculdade Lourenço Filho. Exdiretor de engenharia e informática da Rhodes Engenharia e Informática Ltda. ExAnalista de Sistemas da Fundação Cearense de Meteorologia (FUNCEME).
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 5
AGRADECIMENTOS
VIRTVS Engenharia e Informática Ltda Departamento Nacional de Obras Contra as Secas – DNOCS Universidade Federal do Ceará – UFC Universidade de Fortaleza – UNIFOR Faculdade Lourenço Filho FLF
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS
Aos meus pais Elsie Studart e Adbeel Goes de Oliveira Aos meus avós (in memoriam) Angelina Goes de Oliveira e Luis Rodrigues de Oliveira Olga Sales Lopes Gurgel e Benjamim Studart Gurgel A minha esposa Cristine Studart de Santana A meu grande mestre Prof. Dr. Gerardo Valdisio Rodrigues Viana Ao meu orientador acadêmico e de vida Prof. Dr. Clécio Fontelles Thomaz Ao meu orientador e incentivador Prof. Dr. Nilson Campos Aos meus grandes mestres: Antônio Gouveia Neto Afrodisio Durval Gondim Pamplona Amaury Aragão Araújo Genésio Martins de Araújo Suetônio Mota Vicente de Paula Barbosa Vieira A todos os outros que, pelo esquecimento, tipico da natureza humana, deixamos de citar.
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 6
Marcas Registradas Durante este trabalho aparecem várias marcas registradas, contudo, o autor declara estar utilizando tais nomes apenas para fins editorais, em benefício exclusivo da marca registrada, sem a mínima intenção de infrigir regras de sua utilização.
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 7
Sumário Capitulo 1. Introdução........................................................................................................................................10 1.O Shell ......................................................................................................................................................10 2.O que são os shell scripts ? ......................................................................................................................12 3.Definições .................................................................................................................................................14 4.Variáveis ...................................................................................................................................................14 5.Formato dos Arquivos de Shell Script .......................................................................................................22 6.Exercicios..................................................................................................................................................34 Capitulo 2. Execução de Programas..................................................................................................................36 7.Execução em foreground e background ....................................................................................................36 8.Redirecionamento......................................................................................................................................37 9.Metacaracteres e Wildcards......................................................................................................................40 10.Sequências de Escape ANSI...................................................................................................................44 11.Códigos de Escape .................................................................................................................................49 12.Conclusões..............................................................................................................................................50 13.Exercicios.................................................................................................................................................51 Capitulo 3. Comandos Condicionais..................................................................................................................52 Capitulo 4. Comandos de Repetição.................................................................................................................62 14.while.........................................................................................................................................................62 15.for ............................................................................................................................................................63 16.until..........................................................................................................................................................66 17.case .........................................................................................................................................................66 18.break e continue......................................................................................................................................67 19.Redirecionando loops..............................................................................................................................69 20.select ......................................................................................................................................................75 21.Funções...................................................................................................................................................78 22.Tornando seu script amigável..................................................................................................................87 23.dialog.......................................................................................................................................................89 Capitulo 5. Comandos Avançados.....................................................................................................................94 1.cut..............................................................................................................................................................94 2.wc..............................................................................................................................................................98 3.tee..............................................................................................................................................................98 4.sort.............................................................................................................................................................99 5.grep..........................................................................................................................................................100 6.sed...........................................................................................................................................................106 Capitulo 6. Bibliografia......................................................................................................................................113 Capitulo 7. Apêndice A – Endereços Internet...................................................................................................114 Capitulo 8. Anexos............................................................................................................................................115 1.Exemplos..................................................................................................................................................116 2.Laboratórios.............................................................................................................................................132 3.Exercicios.................................................................................................................................................140 5.GNU Free Documentation License..........................................................................................................143
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 8
Abreviações Utilizadas *IX
Sistema operacional fundamentado em Unix
LP
Linguagem de programação
SO
Sistema Operacional
SS
Shellscript
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 9
Capitulo 1. Introdução 1. O Shell Shell, ou interpretador de comandos, é o programa disparado logo após o login responsável por "pegar" os comandos do usuário, interpretálos e executar uma determinada ação. Estas ações são subrotinas conhecidas pelo nome de system calls. Por exemplo, quando você escreve no console "ls" e pressiona , o shell lê essa string e verifica se existe algum comando interno (embutido no próprio shell, também chamado de intrínseco) com esse nome. Se houver, ele executa esse comando interno. Caso contrário, ele vai procurar no PATH por algum programa que tenha esse nome. Se encontrar, ele executa esse programa, caso contrário, ele retorna uma mensagem de erro. Para cada terminal ou console aberto, existe um shell sendo executado. Quando você entra no seu Linux, ele apresenta o login, para digitar o usuário e a senha. Ao digitar um par usuário/senha correto, o Linux abre automaticamente um shell, que vai ficar esperando seus comandos. Funcionando como uma ponte, o Shell é a ligação entre o usuário e o kernel. O kernel é quem acessa o hardware da máquina, como disco rígido, placa de vídeo e modem. Por exemplo, para o usuário acessar um arquivo qualquer, toda esta hierarquia é seguida: USUÁRIO > SHELL > KERNEL > HARDWARE Antes de Começar Se você está acessando o sistema como usuário administrador (root), saia e entre como um usuário normal. É muito perigoso estudar Shell usando o superusuário, você pode danificar o sistema com um comando errado.
Veja o exemplo abaixo: Welcome to Linux Slackware 7.1 kernel 2.2.16. virtvs login: eu Password:
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 10
Linux 2.2.16. Last login: Mon Sep 25 10:41:12 0300 2000 on tty1. No mail. virtvs@mucuripe:~$ Essa última linha é o shell. Se você digitar o comando "ps", verá que um dos programas rodando é o seu shell . O comando “ps” lista os processos em : virtvs@mucuripe:~$ ps PID TTY TIME CMD 164 tty2 00:00:00 bash 213 tty2 00:00:00 ps virtvs@mucuripe:~$ Ou seja, o shell utilizado nesse console é o bash, que está rodando com PID 164. Existem diversos tipos de shell: bash, csh, ksh, ash, etc. Por exemplo, o AIX/6000 possui 5 tipos de shell disponíveis: korn shell (ksh), bourne shell (bsh, sh), C shell (csh), trusted shell (tsh), restricted shell (rsh). O default para este sistema é o ksh. O mais utilizado atualmente é o bash (GNU BourneAgain SHell). Por isso o tomaremos como referência. Resumindo essa seção, é importante saber que para cada terminal ou console aberto, temse um shell rodando. Assim, se você tem 3 xterms abertos na interface gráfica, vai ter um shell para cada xterm. Ao executar o shell script, o shell atual (no qual você deu o comando) abre um novo shell para executar o script. Assim, os scripts são executados em um shell próprio (a menos que se especifique, ao chamar o script, para executálo no shell atual). Isso será importante quando formos tratar de variáveis de ambiente. O uso de alias Alias é um novo nome, ou apelido, para o comando. Pode ser usado para abreviar longas linhas de comando ou fazer com que comandos comportemse diferente da execução padrão. Sintaxe:
alias [nome[=string]]
Exemplo: alias cls=clear alias ls='ls logt' alias dir=ls
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 11
2. O que são os shell scripts ? Shell scripts são conjuntos de comandos armazenados em um arquivo texto que são executados seqüencialmente. Nesta primeira parte, faremos uma introdução sobre o shell, o formato desses arquivos e variáveis de ambiente. Shell pode ser standard ou restrito, na verdade é um comando que possibilita gerar textos com lógica de programação. É muito utilizado para montagem de ambientes de login e abertura de novos processos que indicam nova seção. Existe vários tipos de shells, a mais utilizada é a sh, que é um link da bash, ou seja /bin/sh é link de /bin/bash Detalhes importantes Qualquer shellscript criado necessita na "primeira linha" de indicar onde se encontra o shell interpretador, ou seja o destino, que por padrão é #!/bin/sh, porém pode ter casos de se localizar em outro diretório. Também devo dizer que todo shellscript deve ter permissão para obter a execução. Caso não seja informada esta primeira linhx o shell usará a default do sistema. Sintaxe : $chmod a+x shellscript Para colocar comentários assim como no PERL, utilize o # (chamado culturalmente de sustenido) O Primeiro Shell Script O primeiro Shell Script a fazer será o "sistema" do exemplo anterior, de simplesmente juntar três comandos num mesmo script. Passos Para Criar um Shell Script 1. Escolher um nome para o script Já temos um nome: sistema. Use apenas letras minúsculas e evite acentos, símbolos e espaço em branco 2. Escolher o diretório onde colocar o script Para que o script possa ser executado de qualquer parte do sistema, movao para um diretório que esteja no seu PATH. Para ver quais são estes diretórios, use o comando: echo $PATH Se não tiver permissão de mover para um diretório do PATH, deixeo dentro de seu HOME 3. Criar o arquivo e colocar nele os comandos
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 12
Use o VI ou outro editor de textos de sua preferência para colocar todos os comandos dentro do arquivo. 4. Colocar a chamada do Shell na primeira linha A primeira linha do script deve ser: #!/bin/bash Para que ao ser executado, o sistema saiba que é o Shell quem irá interpretar estes comandos. 5. Tornar o script um arquivo executável Use o seguinte comando para que seu script seja reconhecido pelo sistema como um comando executável: chmod +x sistema Problemas na Execução do Script "Comando não encontrado" O Shell não encontrou o seu script. Verifique se o comando que você está chamando tem exatamente o mesmo nome do seu script. Lembrese que no Linux as letras maiúsculas e minúsculas são diferentes, então o comando "SISTEMA" é diferente do comando "sistema". Caso o nome esteja correto, verifique se ele está no PATH do sistema. O comando "echo $PATH" mostra quais são os diretórios conhecidos, mova seu script para dentro de um deles, ou chameo passando o caminho completo. Se o script estiver no diretório corrente, chameo com um "./" na frente, assim: $./sistema Caso contrário, especifique o caminho completo desde o diretório raiz: $/tmp/scripts/sistema "Permissão Negada" O Shell encontrou seu script, mas ele não é executável. Use o comando "chmod +x seuscript" para tornálo um arquivo executável. "Erro de Sintaxe" O Shell encontrou e executou seu script, porém ele tem erros. Um script só é executado quando sua sintaxe está 100% correta. Verifique os seus comandos, geralmente o erro é algum IF ou aspas que foram abertos e não foram fechados. A própria mensagem informa o número da linha onde o erro foi encontrado.
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 13
3. Definições Branco e TAB ou espaço são a mesma coisa. Um nome é uma sequência de letras, digitos ou underscores começando com uma letra ou underscore. Um parâmetro é um nome um digito ou algum desses caracteres: *, #, ?, , $, e !. Comando : é uma sequência de não brancos separados por brancos. A primeira sequência ou argumento é o argumento 0. Pipeline : é uma sequência de um ou mais comandos separados por | (ou, para compatibilidade histórica, pelo ^). A função de uma pipeline é sincronizar a entrada ou saida padrão para um arquivo do tipo FIFO. Uma lista : é uma sequência de pipelines separadas por;. &, &&, or ||, e opcionalmente, terminada por ; ou &. Exemplos de comandos do shell: for name [ in word ... ] do list done case word in [ pattern [ | pattern ] ...) list ;; ] ... esac if list then list [ else list then list ] ... [ else list ] fi while list do list done
4. Variáveis Uma variável é onde o shell armazena determinados valores para utilização posterior. São áreas de memória onde podem ser armazenados dados. Estes dados podem ser números, textos, listas de arquivos e até mesmo resultados da saida de comandos que podem ser utilizados posteriormente. Existem duas categorias de variáveis que podemos definir no ambiente Unix: 1. Variáveis locais – disponíveis somente para o Shell corrente, não sendo acessadas pelos subprocessos; 2. Variáveis ambientais ou globais – disponíveis tanto para o Shell corrente como para os subprocessos que venham a usar o conteúdo das variáveis definidas. Para transformar uma variável com escopo global utilize o comando export. Exemplo: export Para a visualização das variáveis locais, usase o comando set. Para verificar quais variáveis estão exportadas, usase o comando env. Toda variável possui um nome e um valor associado a ela, podendo ser este último vazio. Para listar as variáveis atualmente definidas no shell digite o comando set. Para se definir uma variável, basta utilizar a síntaxe (Sem espaço ao redor do =): nome_da_variável=conteúdo Por exemplo, queremos definir uma variável chamada "cor" com o valor de "azul": Adbeel Goes Filho
ShellScripts 14
virtvs@mucuripe:~$ cor=azul Para utilizar o valor de uma variável, é só colocar um sinal de "$" seguido do nome da variável o shell automaticamente substitui pelo valor da variável: virtvs@mucuripe:~$ echo cor cor virtvs@mucuripe:~$ echo $cor azul Em alguns casos, é aconselhável colocar o nome da variável entre chaves {}. Por exemplo, se quero imprimir "azulescuro", como faria ? Simplesmente echo $corescuro ? Não funcionaria, pois o bash vai procurar uma variável de nome "corescuro". Portanto, temos que colocar o nome "cor" entre chaves para delimitar o nome da variável: virtvs@mucuripe:~$ echo ${cor}escuro azulescuro Algumas variáveis já são predefinidas no shell, como o PATH, que, como foi dito antes, armazena o caminho dos programas. Por exemplo, a minha variável PATH contém: virtvs@mucuripe:~$ echo $PATH /usr/local/bin:/usr/bin: /bin: /usr/X11R6/bin: /usr/openwin/bin:/usr/games: /opt/kde/bin: /usr/share/texmf/bin: /etc/script ou seja, quando digito um comando, como "ls", o shell vai começar a procurálo em /usr/local/bin, se não encontrálo, vai procurar em /usr/bin e assim por diante. Repare que os diretórios são separados por um sinal de dois pontos (:). É importante destacar que o shell possui várias variáveis prédefinidas, ou seja, que possuem um significado especial para ele, entre elas: PATH, PWD, PS1, PS2, USER e UID. Assim, quando iniciamos um novo shell (ao executar o nosso script), essas variáveis especiais são "herdadas" do shell pai (o que executou o shell filho). Outras variáveis definidas pelo usuário, como a variável "cor" não são passadas do shell pai para o filho. Quando o script terminar, o seu shell (shell filho) simplesmente desaparece e com ele também as suas variáveis, liberando o espaço ocupado na memória. Para tornar uma variável imune à alteração ou deleção, devese usar o comando readonly Variáveis somente leitura não podem ser apagadas. Elas somente deixarão de existir no momento em que for efetuado o logout da sessão de terminal, ou se o programa que criou a variável for encerrado, exceto no caso de o Shellscript estar rodando na mesma instância de interpretador que iniciou a execução do scriptShell. readonly nome Para apagar uma variável, use o comando unset: Adbeel Goes Filho
ShellScripts 15
unset nome Variáveis Array Também conhecidas como vetores. Este tipo de variável serve para armazenar vários valores sob um nome e um índice. A maneira de declarar variáveis array é a seguinte: NomeDaVariavel[Indice]=Valor sendo que Indice deve ser necessariamente um valor inteiro. Imaginemos que Maria queira armazenar uma lista de suas frutas favoritas em uma variável array. Para isso ela faria o seguinte: $ FRUTA[0]=goiaba $ FRUTA[1]=manga $ FRUTA[2]=pera $ FRUTA[3]=laranja Supondo que ele colocou esta lista em ordem decrescente de gosto, para sabermos qual é a sua fruta favorita basta digitarmos: $ echo ${FRUTA[0]} Se colocarmos $FRUTA[0] e shell exibirá goiaba[0] (goiaba concatenado com [0]. Desta forma notase a necessidade do uso de {} Agora vejamos uma coisa interessante. Se eu declarar uma variável assim: $FRUTA=goiaba e depois quiser fazer um array com o nome FRUTA eu posso fazer assim: $ FRUTA[1]=manga Desta maneira 'goiaba' passa a ser armazenada em FRUTA[0] Outra coisa interessante é que podemos declarar um array inteiro numa única linha de comando. Para isto usamos a sintaxe: NomeDoArray=(valor1 valor2 ... valorn) Desta maneira Maria economizaria teclado digitando isto: $FRUTA=(goiaba manga pera laranja) Adbeel Goes Filho
ShellScripts 16
E para vermos toda a lista de uma vez só, podemos usar o seguinte comando: $ echo ${FRUTA[*]} Existem várias outras especificações para arrays, aqui é só o básico. E se você precisar usar arrays de maneira mais complexa que isso procure a documentação oficial do bash. Ambiente do usuário O ambiente do usuário descreve a sessão para o sistema, contendo as seguintes informações, geralmente armazenadas em variáveis de ambiente: . Caminho para o diretório home HOME; . Para onde enviar seu correio eletrônico MAIL; . Fuso horário local TZ; . Com que nome você se logou LOGNAME; . Onde seu shell pesquisará os comandos PATH; . Seu tipo de terminal TERM; . Outras definições necessárias. A variável PS1 Esta é a "Prompt String 1" ou "Primary Prompt String". Nada mais é do que o prompt que nos mostra que o shell está esperando um comando. Quando você muda PS1 você muda a aparência do prompt. Na minha máquina o padrão é '\u@\h:\w\$ ' onde \u significa o nome do usuário, \h significa o nome do host e \w é o diretório atual, o que dá a seguinte aparência: meleu@meleu:/usr/doc/LinuxHOWTOs$ Veja algumas possibilidades (Verifique mais no manual do bash): \d mostra a data atual \h mostra o hostname \s o nome do shell \t a hora atual (no estilo 24 horas) \T a hora atual (no estilo 12 horas) \u nome do usuário que está usando o shell \w nome do diretório atual (caminho todo) \W nome do diretório atual (somente o nome do diretório) Se você estiver afim de ter a impressão de que está no shell do root basta trocar o '$' por '#' Para aprender a fazer um monte de gracinhas com o PS1 dê uma lida no BashPromptHOWTO A variável PS2
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 17
Esta é a "Secondary Prompt String". É usada quando um comando usa mais de uma linha. Por exemplo: $ echo m\ > e\ > l\ > e\ > u meleu $ echo 'm > e > l > e > u' m e l e u Este sinal '> ' (maiorespaço) é o PS2. Você pode usar os mesmos caracteres especiais que o PS1 usa. A variável MAIL Nada mais é do que o arquivo onde são guardados seus emails. Aqui na minha máquina eu uso o sendmail como servidor de email, portanto: meleu@meleu:~$ echo $MAIL /var/spool/mail/meleu porém se estivesse usando qmail seria: meleu@meleu:~$ echo $MAIL /home/meleu/Mailbox A variável SHLVL Esta variável armazena quantos shells você executou a partir da primeira shell. Imagine que você está usando o bash e executou o bash de novo, nesta situação o seu SHLVL vale 2. Veja isto: $ echo $SHLVL 1 $ bash # estou executando o bash a partir do bash $ echo $SHLVL Adbeel Goes Filho
ShellScripts 18
2 $ exit # saí do segundo bash exit $ echo $SHLVL 1 Quando você inicializa scripts a partir do comando "source" o script é executado no shell pai, portanto se tiver um "exit" no script você vai executar um logoff. É aí que está a utilidade da variável SHLVL. Quando você está no shell primário o valor de SHLVL é 1. Então você pode, através de um "if" por exemplo, executar o "exit" só se SHLVL for diferente de 1. A variável PROMPT_COMMAND Esta é bem interessante. Ela armazena um comando que será executado toda hora que o prompt é exibido. Veja: $ PROMPT_COMMAND="date +%T" 19:24:13 $ cd 19:24:17 $ ls GNUstep/ bons.txt pratica/ teste worldwritable.txt Mail/ hacking/ progs/ txts/ 19:24:19 $ 19:24:32 $ # isso eh uma linha sem nenhum comando 19:24:49 $ Esta variável é útil quando queremos brincar com o prompt, para aprender mais sobre isso leia o BashPromptHOWTO (v. 10. Referências). A variável IFS O shell usa esta variável para dividir uma string em palavras separadas. Normalmente o IFS é um espaço, uma tabulação (Tab) e um caractere nova linha (\n). Desta maneira: isto eh uma string são quatro palavras, pois IFS é um espaço e as palavras estão separadas por espaço. Agora se eu mudar IFS para um ':' desta maneira: IFS=':' então a string:
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 19
isto:eh:uma:string conterá quatro palavras. Isto é útil para casos como neste exemplo: #!/bin/bash IFS=':' for item in $PATH ; do echo $item done Se IFS for uma variável nula (vazia), tudo será considerado uma única palavra. Por exemplo: se o IFS for nulo, toda essa linha será considerada uma única palavra A variável RANDOM Quando você exibe esta variável ("echo $RANDOM") é exibido um número aleatório entre 0 e 32767. #!/bin/bash NUM="98$(echo $RANDOM)0" CONT=$(echo n $NUM | wc c) # quantos digitos tem? while [ $CONT lt 8 ]; do # se nao tiver 8 digitos acrescenta 0's NUM=${NUM}0 CONT=$(echo n $NUM | wc c) done echo $NUM Outras Variáveis Outras variáveis que são muito usadas: MAILCHECK ; HISTFILE ; HOSTNAME ; LS_OPTIONS ; LS_COLOR ; MANPATH ; SHELL ; TERM ; USER ; PS3 . Estas são as mais utilizadas, porém existem muitas outras. Para ver quais são as variáveis definidas no momento basta entrar com o comando "set". E para ver apenas as variáveis de ambiente use "env". Olhe a man page do bash na seção "Shell Variables" para mais detalhes. Configurando variáveis do Shell nome=conteúdo Não deve haver espaço antes ou depois do sinal de igual. Isso assegura que a atribuição seja feita corretamente, não sendo interpretada com o um comando com argumentos separados por espaço. Poderemos tambem acessar substrings em variaveis na forma Adbeel Goes Filho
ShellScripts 20
#a=”13/05/2004” #b=${a:6:4} #echo $b #2004 A variável PATH Armazena a relação de diretório, usada pelo Shell para pesquisa de comandos. Os diretórios a serem pesquisados devem estar separados por (:). Lembrese que os nomes de variáveis são sensíveis ao contexto, ou seja PATH não é igual a PaTh. Exemplo: export PATH=/usr/bin:/usr/sbin:.
Exercícios 1. Crie um alias limpatela que execute o comando clear. 2. Mude o prompt do sistema para que apareça: @$ 3. Coloque o alias criado anteriormente no seu shell. 4. Elabore um shellscript para gerar 10 números aleatórios.
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 21
5. Formato dos Arquivos de Shell Script A primeira linha de todo shellscript deve começar com algo do tipo (Se não colocar é assumido o shell padrão): #!/bin/bash a qual indica com qual shell deverá ser executado o script. Nesse exemplo, estamos falando para o shell atual executar o script com o shell /bin/bash. Se quisermos que o nosso script seja executado com o shell csh, devemos colocar nessa primeira linha: #!/bin/csh Como usaremos o bash como nosso shell de referência, todas as linhas dos nossos scripts começarão com #!/bin/bash Digamos que você executa freqüentemente o comando: find / name file print que procura na raiz (/) por um arquivo de nome "file". Só que é incômodo ficar digitando esse comando toda vez que se quer procurar um arquivo. Então vamos criar um shell script que contenha esse comando. Vamos chamar esse shell script de "procura". Seu conteúdo fica assim: #!/bin/bash find / name file print Tornemos agora o arquivo executável: chmod 755 ./procura . Porém, ao tentar executar o nosso script, teremos um problema. ./procura Este script irá procurar por um arquivo chamado "file". Como especificar qual arquivo queremos procurar ? Seria ideal executarmos o nosso script seguido do nome do arquivo que queremos procurar. Por exemplo, queremos saber onde está o arquivo "netscape": ./procura netscape É ai que entram as "variáveis de parâmetro". Vamos substituir no nosso script a linha find / name file print por find / name $1 print Quando o bash lê a variável "$1", ele a substitui pelo primeiro parâmetro passado na linha de comando para o nosso script. Então, se executamos ./procura netscape , a variável "$1" será substituída por "netscape", como a gente queria. Repare que a variável "$2" conteria o segundo parâmetro passado para o script e assim por diante. Sendo assim, qualquer comando colocado abaixo de find seria executado após ele. Adbeel Goes Filho
ShellScripts 22
Esse é o essencial do shell script: poder automatizar a execução de programas e comandos como se estivessem sendo digitados diretamente no console ou terminal. 1.
Capacidades de substituição do Shell
Uma característica interessanto no shell é a capacidade de podermos manipular textos, números e até saída de comandos através de variáveis. Existem 3 tipos de substituição no Shell: 1. Substituição de variáveis \ parâmetros; 2. Substituição de comandos; 3. Substituição do til; Substituição de variáveis \ parâmetros Cada variável tem um valor associado a ela. Quando o nome de uma variável for precedido por uma sinal de $ (dólar), o Shell substituirá o parâmetro pelo conteúdo da variável. Este procedimento é conhecido com Substituição de Variável. Uma das maneiras de exibir o conteúdo de uma variável é usando o comando echo. Existem dois tipos de parâmetros: posicional e o de palavra chave. Se o parâmetro é um digito, então é posicional. Palavras chave (também conhecida como variáveis) podem ter seus valores escritos. ${variavel:string} Se "variavel" não tiver sido definida ou for vazia será substituída por "string". O valor da variável não é alterado. Veja este exemplo: $ echo ${URL:"http://unsekurity.virtualave.net"} http://unsekurity.virtualave.net $ echo $URL # observe que URL nao foi alterado ${variavel:=string}
Se "variavel" não estiver sido definida ou for vazia, receberá "string". Exemplo:
$ echo ${WWW:="http://meleu.da.ru"} http://meleu.da.ru $ echo $WWW http://meleu.da.ru ${variavel:?string} Se "variavel" não estiver sido definido ou for vazia, "string" será escrito em stderr (saída de erro padrão). O valor da variável não é alterado. Veja um exemplo:
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 23
$ echo ${EDITOR:?"Nenhum editor de texto"} bash: EDITOR: Nenhum editor de texto $ echo $EDITOR ${variavel:+string} Se "variavel" estiver definida, será substituída por "string" mas seu valor não será alterado. Exemplo: $ echo ${BROWSER:+"BROWSER definido como \"$BROWSER\""} BROWSER definido como "links" Variáveis SomenteLeitura Como sabemos as variáveis podem ter seu valor modificado pelo usuário, mas se nós quisermos variáveis que NÃO possam ter seus valores alterados basta declararmos tal variável como somenteleitura. Para tornar uma variável readonly podemos usar o comando "readonly" ou então "declare r". Veja os exemplos a seguir, ambos possuem o mesmo resultado: $ readonly NOME="Meleu Zord" $ echo $NOME Meleu Zord $ declare r NOME="Meleu Zord" $ echo $NOME Meleu Zord $ NOME=Fulano bash: NOME: readonly variable $ echo $NOME Meleu Zord Um bom uso deste tipo de variável é para garantir que variáveis importantes de um determinado script não possam ser sobregravadas, evitando assim algum resultado crítico. O comando "readonly" quando usado sem parâmetros (ou o comando "declare" apenas com o parâmetro "r") nos mostra todas as variáveis declaradas como somenteleitura. No exemplo a seguir se for usado "declare r" no lugar de "readonly" teríamos a mesma saída. $ readonly declare ar BASH_VERSINFO='([0]="2" [1]="05" [2]="0" [3]="1" [4]="release" [5]="i386slackwarelinuxgnu")' declare ir EUID="1005" declare ir PPID="1" Adbeel Goes Filho
ShellScripts 24
declare r SHELLOPTS="braceexpand:hashall:histexpand:monitor:ignoreeof:interactivecomments:emacs" declare ir UID="1005" Existem variáveis somenteleitura que são inicializadas pelo shell, como USER, UID. TODAS as variáveis readonly uma vez declaradas não podem ser "unsetadas" ou ter seus valores modificados. O único meio de apagar as variáveis readonly declaradas pelo usuário é saindo do shell (logout). Parâmetros Podemos passar parâmetros para o shellscript assim como na maioria dos programas. Os parâmetros são variáveis, digamos, especiais. Para começar elas não obedecem as regras de nomeclatura de variáveis, pois elas usam números; e também nós não podemos mudar o valor destas variáveis pelas vias "tradicionais", para mudar o valor destas nós temos que contar com a ajuda do shift e/ou do set (como veremos adiante). Veja esta relação: $0
é o nome do shellscript (parâmetro zero);
$1 a $9
$1 é o primeiro parâmetro, $9 o nono, e assim por diante;
${10}, ${11}..
quando o número do parâmetro possui mais de um dígito é necessário o uso das chaves;
$*
todos os parâmetros em uma única string (exceto o $0)
$@
todos os parâmetros, cada um em strings separadas (exceto $0)
$#
número de parâmetros (sem contar com o $0).
$?
valor de retorno do último comando (explicado mais adiante);
$$
PID do script;
$!
PID do último comando iniciado com &
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 25
Exemplo: #!/bin/bash # # "basename" serve para eliminar o caminho do arquivo e mostrar # somente o último nome dele. Neste caso: parametros.sh echo "Nome do script: `basename $0`" echo "Número total de parâmetros: $#" echo "Primeiro parâmetro: $1" echo "Segundo parâmetro: $2" echo "Décimo quinto parâmetro: ${15}" echo "Todos os parâmetros: $*" $ ./parametros.sh a b c d e f g h i j l m n o p q r s t u v x z Nome do script: parametros.sh Número total de parâmetros: 23 Primeiro parâmetro: a Segundo parâmetro: b Décimo quinto parâmetro: p Todos os parâmetros: a b c d e f g h i j l m n o p q r s t u v x z Se você não entendeu direito a diferença entre o $* e o $@, então dê uma olhada no seguinte script (se não entendêlo tudo bem, siga em frente e quando aprender sobre o "if" e o "for" leiao novamente): Exemplo: #!/bin/bash # Ao executar este script entre alguns parametros. Ex.: # [prompt]$ ./testargs.sh um dois tres quatro if [ z "$1" ]; then echo "Uso: `basename $0` argumento1 argumento2 etc." exit 1 fi echo echo "Listando argumentos com \"\$*\":" num=1 for arg in "$*"; do echo "Arg #$num = $arg" num=$[ $num + 1 ] done Adbeel Goes Filho
ShellScripts 26
# Conclusão: $* mostra todos os argumentos como uma única string echo echo "Listando argumentos com \"\$@\":" num=1 for arg in "$@"; do echo "Arg #$num = $arg" num=$[ $num + 1 ] done # Conclusão: $@ mostra cada argumento em strings separadas echo shift O bash possui um comando embutido que lida com parâmetros, o shift. Quando você usa o shift sai o primeiro parâmetro da lista e o segundo vai para $1 o terceiro vai para $2, e assim por diante. Você pode ainda especificar quantas "casas" você quer que os parâmetros "andem" à esquerda através de "shift n" onde 'n' é o número de casas, mas se o número de casas que ele deve andar for maior que o número de parâmetros o shift não é executado. Veja este exemplo: #!/bin/bash echo "$#: $*" echo e "executando \"shift\"" shift echo "$#: $*" echo e "executando \"shift 5\"" shift 5 echo "$#: $*" echo e "executando \"shift 7\"" shift 7 echo "$#: $*" $ ./shiftexemplo.sh 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 10: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 executando "shift" 9: 2 3 4 5 6 7 8 9 0 executando "shift 5" 4: 7 8 9 0 executando "shift 7" 4: 7 8 9 0 Os valores que saem são perdidos. Use com atenção! Adbeel Goes Filho
ShellScripts 27
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 28
set (para editar parâmetros) O que vou passar neste tópico não é sobre como usar "todo o poder do comando set", e sim como usar set especificamente para editar parâmetros. Não tem nenhum segredo! Veja este exemplo: set um dois tres Isso fará com que $1 seja 'um', $2 seja 'dois', $3 seja 'tres' e só! Não existirá $4, $5, etc. mesmo que eles tenham sido usados. Veja um exemplo de script: #!/bin/bash echo "Os $# parâmetros passados inicialmente foram: $@" echo echo "e agora eu vou alterálos!" echo "como eu sou mau... (huahuahau risada diabólica huahuahuha)" echo set um dois tres echo "Os $# novos parâmetros agora são: $@" echo Não interessa quantos parâmetros você passar para este script, no final você só terá $1, $2 e $3 valendo 'um', 'dois' e 'tres', respectivamente. Quoting Os caracteres abaixo tem um modo especial de tratar o shell : ; & ( ) | ^ newline space tab # ∙ caracter deve ser cotado pela precedência com um \. O par \newline é ignorado. Todos os caracteres fechados entre o par de acentos (‘), exceto aspas simples são cotadas. ∙ Um & no final do comando indica que este irá ser executado em background. O shell mostra o número do processo gerado. Para que você não perca este processo ao terminar seu shell, execute seu comando assim: $ nohup comando argv1 argv2 ... argvn& Exemplos: echo $PATH /usr/bin:/usr/local/bin Adbeel Goes Filho
ShellScripts 29
arquivo=/home/morro.txt more $arquivo txt1=Casa txt2=Mae txt3=Joana echo ${txt1}da$txt2$txt3 Observe que no último exemplo foram usadas as chaves para circundar o nome da variável, senão o Shell poderia interpretar a variável como txt1da, o que seria o nome da variável diferente de txt1, caso as chaves não fossem usadas, gerando mensagem de erro de parâmetro não definido, pois nesse caso a variável txt1da não existiria. Substituição de comando A substituição de comando é usada para substituir um comando por seu resultado dentro da mesma linha de comando. Isto será útil quando for necessário armazenar a saída de um comando em uma variável ou passar essa mesma saída para outro comando. A sintaxe utilizada é: $(comando) ou `comando` A substituição de comando permite que você capture o resultado de um comando e utilizeo como um argumento para outro comando ou armazene sua saída em uma variável. Exemplo: dir_atual=$(pwd) cp $(ls *.txt) /home/user1/backup Substituição do ~ (til) A substituição do til é executada de acordo com as seguintes regras: 1. Um til sozinho ou em frente a uma barra é substituido pelo conteúdo da variável HOME. Exemplo: HOME=/home/user3 echo ~ 2. Um til seguido do sinal de + é substituído pelo valor da variável PWD. 3. Um til seguido de – será substituiído pelo valor da variável OLDPWD. Exemplo: echo ~ ls 1F ~/file1 ls – logt ~+/poodle ls ~ Adbeel Goes Filho
ShellScripts 30
Prompting Quando usado interativamente, o prompt do shell é o valor da variável PS1 antes da leitura do comando. Se todo tempo uma linha deve ser digitada e uma nova linha teclada para completar o comando, então um segundo prompt é mostrado.
Input / Output Antes de um comando ser executado, sua entrada e saida pode ser redirecionada usando as notações interpretadas pelo shell. word Usando word como saida padrão >> word Idem ao >, so que neste caso se word já existe não sobrepõe, faz o append. &digit. Note que digit precisa ser de um tamanho entre 0 a 9. Exemplo: ... 2>&1
Arquivo associado ao descritor 2 com o arquivo corrente associado com o descritor do arquivo 1. Note que o redirecionamento de I/O é necessário se você quer sincronia com stdout e stderr para o mesmo arquivo. Esta opção é bastante usado para se configurar impressoras ou dispositivos seriais. Conceito de Sinais Um sinal é u m flag transmitido para um processo quando certos eventos ocorrem. Os sinais mais conhecidos em ambiente *IX são: NULL HUP INT QUIT KILL TERM
Saida do Shell ( ^D ou exit ) Hungup – enviado para processos em retaguarda no logout Interrupção ( ^C ) Quit ( ^\ ) gera arquivo core Morte certa ( Não pode ser capturado ou ignorado ) Terminação por software
O comando kill transmite um sinal explícito para um ou mais processos. Diite kill l para obter uma lista de sinais disponíveis no SO. O que é um TRAP ? Um trap é uma maneira de capturar sinais transmitidos a um processo e de executar alguma ação baseada no tipo de sinal que foi recebido. A trap simplesmente espera por sinais enviados ao Shell, identificaos e então, executa Adbeel Goes Filho
ShellScripts 31
a ação associada. Uma trap pode ser definida para a remoção de arquivos temporários no término de um programa ou pode definir sinais que devam ser ignorados durante um segmento sensível na execução do programa. O comando trap O comando trap pode ser usado em programas Shell para capturar um sinal antes que ele possa abortar um processo e executar alguma ação adicional ou alternativa. Os comandos trap são normalmente colocados no início de um SS, mas eles podem estar em qualquer parte do script. As traps são assinalidas pelo Shell quando este Lê o comando trap. As traps são acionadas quando um sinal relacionado é recebido. Sintaxe: trap 'comandos' sinal1 sinal2 ... sinal n Exemplo: trap 'echo bye; exit ' 2 3 15 while tru; do echo “Hello ...” done Ignorando sinais O comando trap pode ser usado para ignorar determinados sinais quando estes forem recebidos pelo processo. Sintaxe: trap '' sinal1 sinal2 ... sinal n Exemplo: Ignora o sinal INT que é equivalente ao ^C. trap '' 2 whilte true; do echo “Hello ...” sleep 2 done Exemplo: gerenciar remoção de arquivos temporários se o programa for abortado trap 'rm /tmp/templfile; exit' 2 3 15
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 32
Exemplo: comando para ignorar sinais antes de sessos críticas de código trap '' 3 5 Exemplo: restaurar o trap para ação default quando uma seção de código sensível for completada trap INT QUIT TERM ou trap 2 3 15 As interrupções e sinais de término invocados por um comando são ignorados se este comando foi executado seguido do caracter &. Outros sinais tem valores herdados pelo shell de shellspai, com exceção do sinal 11. (seja comando trap).
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 33
Comandos especiais break [ n ] continue [ n ] cd [ arg ] echo [ arg ... ] eval [ arg ... ] exit [ n ] export [ name ... ] hash [ r ][ name ... ] newgrp [ arg ... ] pwd read [ name ... ] return [ n ] set [ aefhkntuvx [ arg ... ] ] shift [ n ] test times trap [ arg ] [ n ] type [ name ... ] ulimit [ f [ n ] ] umask [ nnn ] unset [ name ... ] wait [ n ]
Chamada do sh Opções podem ser especificadas com um simples ou múltiplos argumentos, mas em todos os casos, cada opção deve iniciar com um . c string Se a chave c está presente, então os comandos estão lendo de uma string. s Se a chave s está presente, então os comandos estão lendo da entrada padrão, o shell irá de cada parametro posicional. i Se a entrada do shell estiver conectada a um terminal, então este shell é interativo, Neste caso: TERMINATE é ignorado(então o sinal 0 não mata shell interativo). r Shell restrito. sh pode retornar : 0 Sucesso Adbeel Goes Filho
ShellScripts 34
1 A execução do programa com erro (Veja Comandos especiais) 2 Sintax Error (Erro de Sintaxe) 3 Signal received that is not trapped
6. Exercicios 1. Qual é a shell mais utilizada pelo AIX/6000 ? 2. Quais são os dispositivos default de entrada e saida utilizados pelo sistema ? 3. É possível alterar os dispositivos de entrada e saida padrões ? Como ? 4. Que tipo de informação é enviada para a saida padrão ? 5. Que outro dispositivo pode ser usado no lugar da entrada padrão ? 6. Utilizando redirecionamento, como você faria para escrever um pequeno texto no arquivo carta ? 7. Qual a diferença entre os sinais > e >> ? 8. Qual a finalidade do dispositivo nulo ? 9. O redirecionamento utilizado em um comando é válido para os próximos ? Explique 10.É possível redirecionar mais do que um dispositivo padrão num só comando ? Caso afirmativo, faça um exemplo redirecionando todos os dispositivos padrões. 11. A ordem com que são feitos os redirecionamentos é relevante para a ação tomada pelo comando ? E usando associações ? Explique. 12.Explique os seguintes comandos : a) $ls 2> &1 > saida.do.ls b) $ls R / > erros 2> arvore c) $mailto claudia > carta e) $ls l /usr > arvore 2> &1 f) $ls > saida.do.ls 2> &2 13.Utilizando a substituição de comandos, atribua a data de hoje no formato dd/mm/yy à variável TODAY. Consulte o manual online para verificar quais os formatos possíveis para a exibição de datas e/ou horas. 14.Liste o conteúdo do diretório de outro usuário usando a substituição do til ?
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 35
15.Crie uma variável chamado MYNAME e armazene nela o seu primeiro nome. Como se mostra o conteúdo da variável ? 16.Como fazer para que o Shell filho “enxergue” o conteúdo da variável MYNAME ? 17.Torne a variável TODAY somenteleitura. É possível excluir esta variável ? 18.Modifique seu prompt de comando, de modo que ele fique com a aparência a seguir: [user1]10/10/2000 as 06:45/home/user1 => 19.Utilizando a substituição de comando copie o conteúdo de /home/teste para /tmp 20.Exiba o conteúdo do seu diretório home na saida padrão. 21.Copie a lista detalhada dos processos em execução para o arquivo lista.txt no seu diretório home. 22.Sabendo que a=1 b=2 c=3 Mostre na saida padrão começo32321meio34567fim utilizando os nomes das variáveis. 23. Escreva um SS que emita uma mensagen na sua tela a cada 3 segundos com um bip. Torne este SS imune aos sinais INT, HUP e TERM. Como parar este programa ?
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 36
Capitulo 2. Execução de Programas Falaremos agora sobre execução de programas em primeiro plano (fg foreground) e em segundo plano (bg background), redirecionamento de saídas e também sobre os códigos de escape dos programas.
7. Execução em foreground e background Quando executamos um programa, o shell fica esperando o mesmo terminar para depois nos devolver a linha de comando. Por exemplo, quando executamos o comando cp arquivo1 arquivo2 o shell executa esse comando, fica esperando ele terminar, para depois nos retornar a linha de comando. Isso chamase execução em primeiro plano, ou foreground, em inglês.Agora digamos que o arquivo a ser copiado seja muito grande, digamos, 50Mb. Enquanto o comando cp é executado, vamos ficar com o shell preso a ele todo esse tempo, ou seja, cerca de 1 ou 2 minutos (Dependendo da máquina). Somente após isso vamos ter a linha de comando de volta para podermos continuar trabalhando. E se pudéssemos dizer ao shell para executar um programa e nos retornar a linha de comando sem ficar esperando o tal programa terminar ? Seria muito melhor, não? Em alguns casos seria. E podemos fazer isso. Uma maneira fácil é colocar o sinal de & depois de um comando. No exemplo acima ficaria: virtvs@mucuripe:~$ cp arquivo1 arquivo2 & [1] 206 virtvs@mucuripe:~$ Pronto, assim que teclarmos [enter], teremos a nossa linha de comando de volta e mais duas informações: "[1] 206". A primeira informação ([1]) chamase job. Ela identifica os programas que estão sendo executados em bg (background). Por exemplo, se executarmos mais um programa em bg enquanto este "cp" está sendo executado, o novo programa recebe o job de número 2 ([2]) e assim por diante. A segunda informação (206) é o pid do programa, ou seja, o número de processo que o kernel dá a esse programa. Mas aí temos um pequeno problema. Digamos que você queira trazer o programa para Adbeel Goes Filho
ShellScripts 37
fg, por exemplo, se o programa executado em bg for um tocador de mp3 e você quiser mudar a música. Como fazemos? Usamos o comando fg [job] (intuitivo, não ?) do bash. No exemplo acima, digamos que eu execute o "cp" em bg, mas depois queira trazêlo para fg para cancelálo. Seria simples: virtvs@mucuripe:~$ cp arquivo1 arquivo2 & [1] 206 virtvs@mucuripe:~$ fg 1 cp arquivo1 arquivo2 Assim trazemos o "cp" para primeiro plano e a linha de comando só retorna quando ele terminar. Opcional Uma outra maneira de colocar um programa para rodar em bg é utilizando um truque do bash. Digamos que você execute o comando "cp" e esqueça de colocar o sinal "&". E aí ? Tem que ficar esperando acabar ou cancelar o comando? Não, podemos teclar: Ctrl + Z. Ao fazer isso, paramos a execução do programa. Então é só dar o comando bg [job] (intuitivo também, né?): virtvs@mucuripe:~$ cp arquivo1 arquivo2 * aqui teclamos Ctrl + Z * [1]+ Stopped cp i arquivo1 arquivo2 virtvs@mucuripe:~$ bg 1 [1]+ cp i arquivo1 arquivo2 & virtvs@mucuripe:~$ Quando teclamos o Ctrl + Z, o bash nos diz que o job 1 foi parado ([1]+ Stopped) e quando executamos "bg 1" ele nos diz que o comando voltou a ser executado, mas em bg (repare o sinal de "&" no final da linha): [1]+ cp i arquivo1 arquivo2 &.
8. Redirecionamento Muitos programas que executamos geram saídas no console, ou sejam, emitem mensagens para os usuários. Por exemplo, queremos achar quantos arquivos no nosso sistema tem "netscape" no nome: virtvs@mucuripe:~$ find / name netscape /usr/lib/netscape /usr/lib/netscape/netscape /usr/lib/netscape/nethelp/netscape /usr/local/bin/netscape Adbeel Goes Filho
ShellScripts 38
Agora se quisermos procurar quantos arquivos compactados com o gzip (extensão .gz) tem no nosso sistema para depois analisálos e possivelmente apagar os repetidos ou inúteis, teremos uma lista muito grande. Aqui no meu sistema deu mais de 1000 arquivos. Então, seria útil podermos enviar as mensagens que vão para o console, para um arquivo. Assim, poderíamos analisálo depois de executar o comando. Isso é extremamente útil ao trabalharmos com shell script enviar as saídas dos comandos para arquivos para depois analisálas. Exemplificando: virtvs@mucuripe:~$ find / name "*.gz" > lista.txt find: /home/vera: Permissão negada find: /home/pri: Permissão negada find: /root: Permissão negada virtvs@mucuripe:~$ Notamos que nem tudo foi para o arquivo lista.txt. As mensagens de erro foram para o console. Isso porque existem dois tipos de saída: a saída padrão e a saída de erro. A saída padrão é a saída normal dos programas, que no caso acima, seria os arquivos encontrados. E a saída de erro, como o próprio nome diz, são os erro encontrados pelo programa durante sua execução, que devem ser informados ao usuário, como os erros de "permissão negada". E aí, como selecionar uma ou outra ? É simples, apenas devemos indicar o "file descriptor" (fd) delas. Não vamos entrar em detalhes sobre o que é "descritor de arquivos" por fugir do nosso escopo e ser um pouco complicado, apenas temos que saber que o fd 1 corresponde a saída padrão e o fd 2 a saída de erro. Assim, no exemplo acima, para enviar os erro para o arquivo erros.txt e a saída padrão para o arquivo lista.txt, usaríamos: virtvs@mucuripe:~$ find / name "*.gz" 1> lista.txt 2> erros.txt Ou seja, é só por o número da saída desejada antes do sinal de ">". Agora digamos que queremos ver o conteúdo do arquivo lista.txt. Podemos abrílo com um editor de textos ou usar o "cat". Optando pela última opção: virtvs@mucuripe:~$ cat lista.txt /home/neo/gkrellm0.10.5.tar.gz /home/neo/linuxcallinterfacebeta.tar.gz ... erros.txt | tee lista.txt O que fizemos ? Primeiro pegamos a saída de erro e enviamos para o arquivo erros.txt. O restante, ou seja, a saída padrão, estamos enviando para a entrada do comando tee (usando o pipe). O tee simplesmente pega o que ele recebe (através do pipe) e joga no arquivo lista.txt e na tela. Assim, além de gravarmos a saída num arquivo, podemos mostrar ao usuário o que está acontecendo. Isso é muito útil quando escrevemos alguns scripts. Resumindo: aprendemos que podemos redirecionar a saída padrão ou de erro de programa para um arquivo usando respectivamente "1>" ou "2>" ou também enviar a saída para a entrada de outro programa usando o pipe "|". echo Existem alguns momentos que você não quer que a saída do echo pule de linha automaticamente. Para isso use o parâmetro "n". Este parâmetro é útil quando você vai entrar com algo após o echo. Veja este script: Exemplo: #!/bin/bash echo n "Entre com o nome do arquivo: " read FILE echo "Tipo do arquivo `file $FILE`" Muita atenção deve ser tomada ao usar o echo, pois as aspas que você pode vir a deixar de usar podem fazer um diferença (em alguns casos isso pode ser muito útil). Exemplo: $ echo uma boa rede de irc que conheco eh irc.linux.org uma boa rede de irc que conheco eh irc.linux.org $ echo "uma boa rede de irc que conheco eh irc.linux.org" uma boa rede de irc que conheco eh irc.linux.org $ $ # agora um exemplo com variavel $ Adbeel Goes Filho
ShellScripts 40
$ TESTE="primeira linha da variavel > segunda linha > terceira... > chega! :) > " $ echo $TESTE primeira linha da variavel segunda linha terceira... chega! :) $ echo "$TESTE" primeira linha da variavel segunda linha terceira... chega! :) A esta altura você já deve ter se perguntado "Como faço para imprimir caracteres nova linha ou beep?!". Os mais malandrinhos devem ter tentado um contrabarra (backslash) '\', mas você não pode simplesmente fazer isso. É necessário usar o parâmetro "e" com o echo. Este parâmetro permite que usemos sequências de escape contrabarra. As sequências são iguais a da linguagem C, exemplo: \n para nova linha, \a para beep, \b para backspace, etc... Exemplo: $ echo e "module caiu de cara tentando \"top soul\".\nQue paia\a"! module caiu de cara tentando "top soul". Que paia! O e é também usado para escrever colorido e outras coisas interessantes. Veremos isso no tópico seguinte.
9. Metacaracteres e Wildcards Metacaracteres são caracteres que possuem algum significado especial para o shell. Wildcards são subconjuntos dos metacaracteres cuja característica é simplificar a linha de comando.
Os metacaracteres e wildcards serão vistos neste trabalho de uma maneira gradativa, a medida em que sejam necessários.Alguns deles já foram vistos no redirecionamento (> > ). Veja mais alguuns metacaracteres:
Caracteres
Definição
\
Continuação de linha
;
Agrupamento de comandos Adbeel Goes Filho
ShellScripts 41
Caracteres |
Definição Processamento Sequenciado
O caracter \ (continuação de linha) permite continuar a escrever o comando na linha subsequente, caso o mesmo seja extenso, ou seja, não caiba em uma só linha da tela. Ressaltamos que não deverá haver espaço em branco após este caractere. Após pressionarmos a tecla [ENTER] o shell mostrará um novo prompt default (>) chamado de secundário, informando que a linha corrente é a continuação da linha anterior. Exemplo: $cat /home/chico/public_html/index.html \ > /home/maria/public_html/index.html O caracter de agrupamento de comando (;) permite agrupar os comandos em uma mesma linha. Sintaxe: Exemplo:
$comando1 ; comando2 $ls ; pwd Isto é equivalente a digitar $ls $pwd
É importante observar que o segundo commando não depende da resposta do primeiro comando, ou seja, não há relacionamento entre eles. Pipes Pipes ou tubos ( | ) é uma outra forma de agrupar comandos em uma mesma linha, porém, há relacionamento entre os comandos. Quand utilizamos o “|” (pipe), ele informa ao shell para conectar a saida padrão do primeiro comando com a entrada padrão do segundo comando. Por sua vez, a saida do segundo comando é direcionada para a saida padrão. Para um melhor entendimento imagine que a linha de comando é um tubo por onde deve passar a informação do primeiro comando para o segundo, do segundo para o terceiro e assim sucessivamente, até que o último comando direcione a saida para a saida padrão. Agora vejamos o pipe. Sua sintaxe é: $ programa1 | programa2 Adbeel Goes Filho
ShellScripts 42
O pipe é usado para você fazer da saída de um programa a entrada de outro (como usado no exemplo amarelinho.sh já mostrado anteriormente). Apesar de simples o pipe é muito útil e poderoso. Veja este exemplo muito simples: $ who meleu tty1 Nov 20 01:40 hack tty2 Nov 20 01:45 root tty3 Nov 20 02:44 $ who | cut c9 meleu hack root Comandos Úteis com o Pipe xargs O xargs transforma stdin em argumentos da linha de comando. Vamos usar o exemplo anterior de novo: Exemplo: $ who | cut c9 # lembrando: pipe transforma stdout em stdin meleu hack root $ # "echo" nao le arquivo, ele usa argumentos. $ # A linha abaixo nao tem utilidade. $ who | cut c09 | echo $ # "xargs" transforma o conteudo de stdin em argumentos $ who | cut c09 | xargs echo meleu hack root Como eu gosto do find não resisti e colocarei um comando interessante que usa pipe e xargs: $ find / perm 2 ! type l ! type c | xargs ls ld > wordwritable.txt tee Outro comando bom de se usar com pipe é o "tee". Ele faz com que a saída do programa vá para a saída padrão, normalmente a tela e para um arquivo ao mesmo tempo. É como se você fizesse "programa > arquivo" só que o saída do programa também seria escrita na saída padrão. Experimente: Adbeel Goes Filho
ShellScripts 43
$ ls la |tee conteudo.txt O comando echo e os cracteres de saida \b \c \f \n \r \t \a \\ \0nnn
Backspace Suprime a terminação newline Alimentação de formulário Nova linha ( NewLine ) Carriage Return Tabulação Caractere de alerta Barra invertida Caractere de código ASCII em octal
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 44
10.Sequências de Escape ANSI Para usar cores a sequência de escape é "\e[m" (os sinais '' não entram!). Veja um exemplo (mais a frente você verá tabelas com os significados destas sequências): Examplo: #!/bin/bash # imprime amarelinho no centro da linha # A variável $COLUMNS contém o número de colunas que o terminal está # usando, e antes de executar este script você precisa exportála: # [prompt]$ export COLUMNS [ $COLUMNS ] || { echo Você precisa exportar a variável \"COLUMNS\": echo "Tente \"export COLUMNS\" e tente executar novamente" exit 1 } POSICAO=$[ ( $COLUMNS `expr length "$*"` ) / 2 ] # `expr length "$*"` retorna o número de caracteres digitados # como parâmetros. echo e "\e[${POSICAO}C\e[33;1m$*\e[0m" Agora uma explicação ligeira: o \e diz ao echo que o que vem depois é uma sequência de escape. Se você der a sequência '[C', onde num é um número qualquer, o cursor vai andar "num" caraceteres para a direita. Acima eu uso a variável POSICAO para mover o cursor para o centro da linha (veja o cálculo no código). O comando '[m' muda para a cor "num". Cada cor tem um código próprio. No exemplo acima o 33 faz ficar marrom, porém combinando com o 1 fica amarelo (isso no modo texto, pois no xterm, por exemplo, o 1 faz o marrom ficar em negrito. veja OBSERVAÇÕES mais adiante). Veja também uma tabela com os códigos de movimentação de cursor que eu conheço (os caracteres '' devem ser ignorados):
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 45
Código
O que faz
\e[A
Move o cursor N linhas acima.
\e[B
Move o cursor N linhas abaixo.
\e[C
Move o cursor N colunas à direita.
\e[D
Move o cursor N colunas à esquerda.
\e[E
Move o cursor N linhas para baixo na coluna 1.
\e[F
Move o cursor N linhas para cima na coluna 1.
\e[G
Coloca o cursor na linha N.
\e[;H
Coloca o cursor na linha L e na coluna C.
\e[I
Move o cursor N tabulações à direita.
\e[J
N=0 Apaga do cursor até o fim da tela; N=1 Apaga do cursor até o início da tela; N=2 Apaga a tela toda.
\e[K
N=0 Apaga do cursor até fim da linha; N=1 Apaga do cursor até o início da linha; N=2 Apaga a linha toda.
\e[L
Adiciona N linhas em branco abaixo da atual.
\e[M
Apaga N linhas abaixo da atual.
\e[P
Apaga N caracteres a direita.
\e[S
Move a tela N linhas para cima.
\e[T
Move a tela N linhas para baixo.
\e[X
Limpa N caracteres à direita (com espaços).
\e[@
Adiciona N espaços em branco.
\e[s
Salva a posição do cursor.
\e[u
Restaura a posição do cursor que foi salva.
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 46
Agora uma tabelinha dos atributos e seus números (N deve estar no formato "\e[m"):
Atributo
N
Cor
X
Desligar todos atributos
0
Preto
0
Negrito
1
Vermelho
1
Cor X para o primeiro plano
3X
Verde
2
Cor X para o segundo plano
4X
Marrom
3
Sublinhado
4
Azul
4
Piscando (blink)
5
Roxo
5
Video reverso
7
Ciano
6
x
Branco
7
OBSERVAÇÕES: – –
–
Negrito, Sublinhado e Piscando possuem comportamentos diferentes no console e nos emuladores de terminal. Principalmente quando temos negrito sendo usado com cores. Por exemplo, o código "\e[33m" irá ativar o marrom mas se for usado (no console!) com o atributo de negrito ficará amarelo, e o código será assim: "\e[1;33m". Por isso faça os testes que você descobrirá as cores Estas tabelas eu fiz graças a uma matéria que o aurélio escreveu sobre isso. Veja em http://verde666.org/coluna/ 2.
read
Como você viu no script anterior para entrar com um dado usase "read". O read tem alguns "macetinhos". Pra começar: você não precisa colocar um echo toda hora que for usar o read para escrever um prompt. Basta fazer "read p prompt variavel" Veja esta seção de exemplos: Examplo: #!/bin/bash read p "Entre com uma string: " string echo $string $ ./read1.sh Adbeel Goes Filho
ShellScripts 47
Entre com uma string: klogd eh um tremendo cachacero! klogd eh um tremendo cachacero! Examplo: #!/bin/bash read p "Entre com 3 strings: " s1 s2 s3 echo "s1 = $s1 s2 = $s2 s3 = $s3" Examplo: $ ./read2.sh Entre com 3 strings: j00nix eh cabecudo s1 = j00nix s2 = eh s3 = cabecudo # o mesmo script com mais de 3 strings # $ ./read2.sh Entre com 3 strings: eSc2 adora ficar de copy'n'paste no IRC. s1 = eSc2 s2 = adora s3 = ficar de copy'n'paste no IRC. Quando o "read" vai ler apenas uma variável, toda a string vai ser atribuída a esta variável. Quando vai ler mais de uma variável ele atribui cada string a sua respectiva variável; e quando o número de strings excede o número de variáveis a última fica com o excedente. O parâmetro "s" serve para não ecoar o que for digitado. É útil para digitar uma senha por exemplo. Tente "read s PASS" e veja. Você também pode determinar o número de caracteres que serão lidos com o parâmetro "n". Tente fazer "read n 10 VAR". Mas cuidado: ao usar a opção n você não poderá usar o backspace para fazer correções. A opção "r" serve para que a contrabarra (backslash) não aja como um caracter de escape. 3.
Redirecionamento
Quem já sabe programar deve saber que existem três "file descriptors" abertos por padrão (pelo menos nos sistemas operacionais que conheço): stdin (standard input), stdout (standard output) e stderr (standard error). Para fins práticos, estes são considerados arquivos e você pode direcionar destes "arquivos" para outros e viceversa.
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 48
Veja como direcionar de: arquivo para stdin
$ programa arquivo
stderr para arquivo
$ programa 2> arquivo
stdout para stderr
$ programa 1>&2
stderr para stdout
$ programa 2>&1
stdout e stderr para arquivo $ programa &> arquivo Se você usar por exemplo "find / perm 2 > worldwritable.txt" e no diretório não tiver um arquivo chamado "worldwritable.txt" este será criado, a saída do comando será gravada nele e a saída de erro padrão será impressa na tela. Para não ver as mensagens de "Permission Denied" faça isso: $ find / perm 2 > worldwritable.txt 2> /dev/null Ainda temos um probleminha: este comando irá mostrar também todos os links simbólicos e vários arquivos de dispositivo. Para eliminar os links simbólicos faça o seguinte: $ find / perm 2 ! type l > worldwritable.txt 2> /dev/null Se o arquivo já existir seu conteúdo será sobregravado. Mas você pode apenas concatenar o conteúdo no final do arquivo usando ">>". Exemplo: $ echo " F I M D O A R Q U I V O " >> worldwritable.txt Veja este script a seguir a execute ele usando redirecionamento na linha de comando pra ver os resultados #!/bin/bash echo "Isto vai para a saída padrão." echo "Isto vai para a saída de erro padrão." 1>&2 echo "Isto vai criar um arquivo e colocar esta linha nele." > ARQUIVO echo "Esta linha vai para o final do arquivo." >> ARQUIVO Tem um outro tipo de redirecionamento que é bastante útil. É assim: $ programa 2 )) Veja este script abaixo apenas para entender a utilidade do let: Exemplo: #!/bin/bash if (( $# != 2 )) ; then # poderia ser: if let "$# != 2" echo "Uso: `basename $0` N1 N2" 1>&2 exit 1 fi if (( $1 > $2 )) ; then # poderia ser: if let "$1 > $2" echo "$1 é maior que $2" elif (( $1 == $2 )) ; then # poderia ser: elif let "$1 == $2" echo "$1 é igual a $2" Adbeel Goes Filho
ShellScripts 59
else echo "$1 é menor que $2" fi 4.
Tomadas de decisão com && e ||
Esta maneira de tomar decisões é bem compacta, mas não aceita "else". Eu, particularmente, prefiro usar esta estrutura quando vou fazer uma tomada de decisão e não preciso de "else". A maneira de usar é: comando1 && comando2 comando1 || comando2 O && executa o primeiro comando e somente se este retornar 0 (não ocorrer problemas) o segundo será executado. O || executa o primeiro comando e somente se este retornar nãozero (ocorrer problemas) o segundo será executado. Veja um exemplo bem simples: $ [ d ~/tempdir ] || mkdir ~/tempdir Como você deve estar lembrado, "[ d ~/tempdir ]" é o mesmo que "test d ~/tempdir" e retornará 0 se existir o diretório ~/tempdir. Caso não exista ele retornará 1, e neste caso o "mkdir ~/tempdir" será executado. Vejamos um parecido usando o &&: $ [ d ~/tempdir ] && ls ld ~/tempdir Listas As listas de comandos servem para agrupar comandos. Podem ser representadas por (parenteses) ou {chaves}. A diferença é que os (parenteses) executam os comandos num shell a parte e as {chaves} executam no shell atual. Execute comando a seguir e tente entendêlo (está certo... são vários comandos, mas inicialmente é encarado com um comando só). Exemplo: [ d /usr/doc ] && { echo "O diretorio existe" echo "veja o seu conteudo" cd /usr/doc ls } E observe que ao final da execução você estará no diretório /usr/doc, o que comprova que com as {chaves} os comandos são executados no shell atual, se você trocar as {chaves} por Adbeel Goes Filho
ShellScripts 60
(parênteses) observará que o seu diretório não se alterará. FYI: para saber o diretório atual o comando a ser usado é o "pwd". Expressões Aritméticas Expressões aritméticas consistem com comparar dois números, verificando se são iguais, ou se o primeiro é maior que o segundo etc. Infelizmente não podemos apenas utilizar os símbolos conhecidos para igual (=), maior que (>), menor que ( Amigos do $REGIAO:\e[m" for amigo in $NOMES ; do echo "$amigo" done echo done Mas a coisa não é tão simples assim... Se dentro do loop você quisesse usar o comando read para ler do teclado, seria necessário pegar a entrada de "/dev/tty". Sabendo que o /dev/tty é o terminal que você está usando. Se você tiver muitos amigos no arquivo "amigos.regiao" não vai conseguir ver todos, pois a lista não caberá numa tela só. Neste caso, o script a seguir será melhor que o "listamigos.sh". #!/bin/bash egrep v "^#|^ *$" amigos.regiao | while read REGIAO NOMES ; do echo e "\n\e[32;1m> Amigos do $REGIAO:\e[m" for amigo in $NOMES ; do echo e "\e[1m$amigo\e[m" done echo ne "\nEntre para continuar ou 'sair' para sair: " read QUIT cat file O gato preto foi caçado por um cachorro marrom. >sed e 's/preto/branco/g' file O gato branco foi caçado por um cachorromarrom. Exemplo 2: >cat file O gato preto foi caçado por um cachorro marrom. Adbeel Goes Filho
ShellScripts 111
O gato preto não foi caçado por um cachorro marrom. >sed e '/não/s/preto/branco/g' file O gato preto foi caçado por um cachorro marrom. O gato branco não caçado por um cachorro marrom. Neste caso, a substituição é aplicada somente a linhas que casam com a expressão regular "/não/". Portanto, ela não é aplicada a primeira linha, pois esta não contem a palavra "não". Exemplo 3: >cat file linha 1 (um) linha 2 (dois) linha 3 (três) Exemplo 3a: >sed e '1,2d' file linha 3 (três) Exemplo 3b: >sed e '3d' file linha 1 (um) linha 2 (dois) Exemplo 3c: >sed e '1,2s/linha/LINHA/' file LINHA 1 (um) LINHA 2 (dois) linha 3 (três) Exemplo 3d: >sed e '/^linha.*um/s/linha/LINHA/' e '/linha/d' file LINHA 1 (um) 3a : Este foi bem simples: Nós apenas deletamos as linhas de 1 até 2 3b : Isto também foi simples: Nós deletamos a linha 3. 3c : Neste exemplo, nós fizemos uma substituição nas linhas 1 até 2. 3d : Agora este é mais interessante e merece algumas explicações. O primeiro comando vai procurar "^linha.*um" e substituir "linha" por "LINHA", ou seja, somente a primeira linha casa com essa expressão regular. O segundo comando diz para o sed deletar linhas que contenham a palavra "linha". Assim, somente as duas últimas linhas serão Adbeel Goes Filho
ShellScripts 112
deletadas, já que a primeira teve palavra "linha" substituída por "LINHA". Exemplo 4: >cat file olá Este texto será cortado olá (também será retirado) ReTiRaDo Também!!! tchau (1) Este texto não foi apagado (2) nem este ... ( tchau ) (3) nem este olá mas este será e este também e a menos que nós encontremos outro tch*u cada linha até o final do texto será apagada >sed e '/olá/,/tchau/d' file (1) Este texto não foi apagado (2) nem este ... ( tchau ) (3) nem este Isto mostra como o endereçamento funciona quando dois endereços são especificados. O sed encontra o primeiro casamento da expressão "olá" e deleta todas as linhas lidas na área de edição até ele encontrar a primeira linha que contém a expressão "tchau" (está também será apagada). Ele não aplica mais o comando de deleção para nenhuma linha até encontrar novamente a expressão "olá". Desde que a expressão "tchau" não ocorre mais em nenhuma linha subseqüente, o comando de deleção é aplicado até o final do texto. Resumindo, é simples: Quando ele encontra o primeiro endereço ("olá") ele passa a executar os comandos até encontrar o segundo endereço ("tchau") ou o fim do texto. E isso se repete até acabar o texto. Exemplo 5: >cat file http://www.kernel.org/ >sed e 's@http://www.kernel.org@http://www.metalab.un c.edu@' file http://www.metalab.unc.edu/ Note que nós usamos um delimitador diferente, @ para o comando de substituição. O sed permite diversos delimitadores para o comando de substituição, incluindo @ % , ; : Esses delimitadores alternativos são bons para substituições que incluem string como nome de arquivos e outras que contém barra normal /, o que torna o código do sed muito mais legível. Adbeel Goes Filho
ShellScripts 113
Mais alguns comandos Aqui veremos mais alguns comandos sobre o sed, a maioria deles mais complexos. Dependendo da aplicação em que vocês forem usar o sed, dificilmente usarão esses recursos, a menos que precisem de um processamento de texto mais refinado e complexo. Veja que eles são muito usado nos scripts do sed (não confunda com shellscript). Backreference no Sed Uma das coisas legais sobre backreference no sed é que você pode usar não apenas em procura de textos mas também na substituição de textos. O comando Quit O comando quit ou "q" é muito simples. Ele simplesmente termina o processamento. Nenhuma outra linha é lida para a área de edição ou impressa na saída padrão. Subrotinas Nós agora introduzimos o conceito de subrotinas no sed: No sed, as chaves { } são usadas para agrupar comandos. Elas são usadas dessa
maneira: endereço1[,endereço2]{comandos}
Exemplo: Encontrar uma palavra de uma lista num arquivo Este exemplo faz um bom uso dos conceitos descritos acima. Para isto, nos usamos um shellscript, desde que os comandos são muito longos e precisaríamos escrever a longa string X várias vezes. Note que usamos aspas duplas, já que a variável $X precisa ser expandida pelo shell. A sintaxe para rodar esse script é: "script arquivo",onde "script" é o nome dado ao script e "arquivo" é o nome do arquivo a procurar uma palavra da lista. #!/bin/sh X='word1\|word2\|word3|\word4|\word5' sed e " /$X/!d /$X/{ s/\($X\).*/\1/ s/.*\($X\)/\1/ q }" $1 Uma nota importante: é tentador pensar que: s/\($X\).*/\1/ s/.*\($X\)/\1/ é redundante e tentar encurtála para: Adbeel Goes Filho
ShellScripts 114
s/.*\($X\).*/\1/ Mas isto não funciona. Por que? Suponha que temos a linha: word1 word2 word3 Nós não temos como saber se $X vai casar com word1, word2 ou word3, então quando nós citamos ele (\1), nós não sabemos quais dos termos está sendo citado. O que está sendo usado para certificarse que não há problemas na correta implementação, é isto: "O operador * é guloso. Ou seja, quando há ambigüidade sobre qual (expressão)* pode casar, ele tentar casar o máximo possível." Então neste exemplo, s/\($X\).*/\1/ , .* tenta engolir o máximo da linha possível, em particular, se a linha contém isso: "word1 word2 word3" Então nós podemos ter certeza que .* casa com " word2 word3" e portanto $X seria word1. Não se preocupem se não entenderam muito bem este tópico. Ele é complicado mesmo e pouco usado. O importante é entender como ele funciona, o uso de regexp e do comando de substituição e deleção. Para maiores informações sobre o sed, dê uma olhada na sua man page: "man sed" . Espero que vocês tenham gostado desse pequeno tutorial sobre sed. Linguagens Complementares
AWK Exemplo: exibir a terceira, quarta e nona colunas do saida de um comando ls l /home/satis | awk ' {print $3, $r, $9}'
PHP
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 115
Capitulo 6. Bibliografia
ADBEEL
Goes, Adbeel. Programação ShellScript. VIRTVS Engenharia e Informática Ltda. Fortaleza, Outubro de 2001.
ALEX
Borro, Alex. Tutorial de Shell Script
RRM2000
Raimundo, Rodivaldo Marcelo. Curso Básico de Programação em Posix ShellScript. Book Express. Rio de Janeiro, 2000.
JULIO
Neves, Júlio Cezar. Programação Shell Linux, 3ª Edição, Editora Brasport, ISBN 8574521183
SAADE
Saade, Joel. BASH Guia de Consulta Rápida, Editora Novatec, ISBN 85 75220063
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 116
Capitulo 7. Apêndice A – Endereços Internet 1
Guia focalinux
http://www.focalinux.org
2
AdvBashScrHOWTO
http://www.linuxdoc.org
3
Programação de Shell Scripts
http://unsekurity.virtualave.net/txts/shscript.txt
4
UNIX Bourne Shell Programmin http://www.torget.se/users/d/Devlin/ shell
5
Bash FAQ
ftp://ftp.cwru.edu/pub/bash/FAQ
6
Bash Reference Manual
http://www.gnu.org/manual/bash2.02/bashref.html
7
BourneAgain SHell Home Page
http://cnswww.cns.cwru.edu/~chet/bash/bashtop.html
8
Underlinux
http://sh.underlinux.com.br
9
Expressões Regulare
http://guiaer.sourceforge.net
10
sedHOWTO
http://verde666/sed
11
Programação em Shell Script
http://www.jonathas.com.br/manual shell .txt
12
UNIX Power Tools
http://docs.online.bg/OS/unix_power_tools/index.htm
13
Linux: Programação Shell
http://www.brasport.com.br
14
Verdade Absoluta
http://www.absoluta.org
15
Wargames
www.pulltheplug.com www.hackerslab.org
16
Lista de discussão nacional sobre http://br.groups.yahoo.com/group/shellscript Shell Script
17
Dicas
http://www.semlimites.com.br/informatica/informatica_ software_sistemasoperacionais_unix_linux.shtm
18
IBMAIX
http://www.ibm.com
19
Unix – Perguntas e respostas
http://www.klingon.com.br/unix/unix.html
20
Introdução ao Unix
http://www.nicke.fenixnet.ccom.br/unix.html
21
Criando programas usando o htttp://www.icmsc.sc.usp.br/manuais/UNIX Shell
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 117
Capitulo 8. Anexos
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 118
1. Exemplos
7.
Matemática
Soma de n números naturais #!/bin/sh clear echo "Qual o número ?" read n soma=0 for w_i in $(seq 1 $n ) ; do soma=$( expr $soma + $w_i) done echo "A soma dos $n primeiros números naturais é $soma" exit 0 Fatorial #!/bin/sh clear read p "Qual o número para o cálculo do fatorial ?" n if [ $n le 0 ]; then echo "Não existe fatorial de número negativo" exit 1 fi; fatorial=1 for w_i in $( seq 1 $n ) ; do fatorial=$[ $fatorial * $w_i ] done echo "O fatorial de $n é $fatorial" exit 0
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 119
8.
Acesso
Como ter apenas um login por usuário #!/bin/sh # vi /usr/bin/login_unico VAR=`who | cut c18 | tr d "\040" | grep n "^\'echo $LOGNAME\`$" |wc l` if [ $VAR gt 1 ] && [ $LOGNAME = "root" ] then echo MENSAGEM DE LOGIN INVALIDO sleep 10 exit fi # chmod 755 login_unico # vi /etc/profile ... Como repetir os últimos comandos no Unix Arquivo de controle : $HOME/.sh_history Total de cmds .........: 171 (em media) Ativacao .................: set o vi Shell responsável .....: ksh Inclua o comando de ativação no arquivo $HOME/.profile. Incluir no arquivo /etc/passwd: ... ... usuario:senha:nr_usuario:grupo:comentario:dir_trabalho:/bin/ksh Para mostrar e executar os últimos comandos tecle ESCape "k" Transferência de arquivos em redes TCP/IP (Script Shell) Crie no /usr/bin um arquivo chamado envia e outro recebe com os seguintes conteúdos: Arquivo envia: #!/bin/sh a=$1 shift ftp i $a > $HOME/ftp.log /dev/null` [ `echo $FILE | wc w` gt 1 ] && { PS3="Entre com o número: " select opc in $FILE Sair ; do [ "$opc" = "Sair" ] && exit for HOWTO in $FILE ; do [ "$opc" = "$HOWTO" ] && Ler $HOWTO done done Adbeel Goes Filho
ShellScripts 124
} [ e "$FILE" ] && Ler $FILE # Isto só será executado se não for encontrado o HOWTO echo e "${RED}* * * HOWTO não encontrado * * *$NCOLOR" echo "Tente '`basename $0` [p | m]' para ver a lista" exit 1 12.
todo.sh
#!/bin/bash PROG=`basename $0` EDITOR=`which vi` FILE="$HOME/.ToDo" USAGE="Uso: $PROG [h|e]" case $1 in h) echo " $USAGE e edita a lista de \"Para Fazer\" (To Do) h imprime esta mensagem e sai Sem parâmetros $PROG irá mostrar a lista de \"ToDo\". " exit ;; e) $EDITOR $FILE exit ;; '') cat $FILE 2> /dev/null || { echo "Você precisa criar o arquivo $HOME/.ToDo !" echo "Entre \"$PROG e\" para editar seu ~/.ToDo" echo "Para ajuda tente \"$PROG h\"" exit 1 } ;; *) echo "Parâmetro \"$1\" desconhecido!" echo "$USAGE" echo "Entre com \"$PROG h\" para ajuda." exit ;;
Adbeel Goes Filho
ShellScripts 125
esac 13.
inseretxt.sh
#!/bin/bash # # Muitas vezes durante a escrita do texto # "Programação em BourneAgain Shell" eu precisava # inserir um código de um script numa determinada # posição do arquivo e esta posição ficava entre muito texto antes e depois # dessa linha. # Para fazer isso de uma maneira mais cômoda, eu escrevi este script. # Para informações sobre o uso tente o parâmetro 'h' ou # 'help'. # Se você passar como o parâmetro "linha" um número maior # que o de linhas total do "ArqOriginal" os "arquivosN" # serão inseridos no final do "ArqOriginal". # Ah! Lembrese de uma coisa: "linha" precisa ser um # inteiro positivo. E lembrese de mais uma coisa: 0 # não é um número positivo. ;) # meleu. # B="\e[1m" N="\e[m" USO="Uso: `basename $0` linha ArqOriginal arquivo1 [arquivoN ...]" AJUDA="Tente \"`basename $0` help\" para ajuda" [ "$1" = 'h' o "$1" = 'help' ] && { echo e " ${B}Insere o conteúdo de arquivo(s) dentro de um outro.$N $USO Onde: \"linha\" é a linha onde o texto será inserido \"ArqOriginal\" é o arquivo que receberá os textos \"arquivoN\" são os arquivos que serão inseridos em ArqOriginal " exit } [ $# lt 3 ] && { Adbeel Goes Filho
ShellScripts 126
echo e ${B}Erro: erro na passagem de parâmetros$N echo $USO echo $AJUDA exit 1 } Linha=$1 # verificando se $Linha é um número inteiro positivo [ `expr $Linha 1 2>/dev/null` ge 0 ] 2>/dev/null || { echo e ${B}Erro: O primeiro parâmetro precisa ser inteiro positivo$N echo $AJUDA exit 1 } ArqOriginal=$2 [ f $ArqOriginal ] || { echo e ${B}Erro: \"$ArqOriginal\" não existe ou não é um arquivo regular$N echo $AJUDA exit 2 } function ApagarSair { rm "$1" exit $2 } shift 2 Temp=/tmp/`basename $ArqOriginal`$$.tmp # > início do arquivo original: head $[$Linha1] $ArqOriginal > $Temp # > arquivos que serão inseridos: ContaAcerto=0 for Arq in "$@"; do [ f "$Arq" ] || { echo e ${B}OBS.: \"$Arq\" não existe ou não é um arquivo regular$N continue } cat $Arq >> $Temp (( ContaAcerto++ )) done [ $ContaAcerto eq 0 ] && { echo e ${B}Nenhum arquivo foi inserido em \"$ArqOriginal\"$N ApagarSair $Temp 3 Adbeel Goes Filho
ShellScripts 127
} echo # > pra terminar, final do arquivo original: sed n "$Linha,\$p" $ArqOriginal >> $Temp ArqFinal="$ArqOriginal.new" [ e $ArqFinal ] && { echo e ${B}Já existe um arquivo chamado \"$ArqFinal\".$N read n 1 p "Deseja sobregraválo? (s/N) " SN echo [ "$SN" != 'S' a "$SN" != 's' ] && { echo e "$B\nOperação cancelada!$N" ApagarSair $Temp 3 } } cat $Temp > $ArqFinal echo e " ${B}Operação concluída com sucesso.$N Confira em \"$ArqFinal\" " ApagarSair $Temp 14.
Mextract.sh
#!/bin/sh # # **************************** # * Meleu Extraction Utility * # **************************** # http://meleu.da.ru # Este script é baseado no Phrack Extraction Utility, (mais informações # ). Fiz ele, primeiro para praticar, segundo para # servir como mais um exemplo no texto "Programação em BourneAgain Shell", # e último para extração dos códigos do texto. =P # ############# Se já existirem arquivos com o nome dos que serão extraídos # !CUIDADO! # eles serão sobregravados! Portanto, se você extrair uma vez, ############# alterar o(s) código(s) extraído(s) e extrair novamente, perderá as alterações feitas! # # Adbeel Goes Filho
ShellScripts 128
# A seguir eu vou comentar sobre o código fazendo referência aos tópicos # do texto "Programação em BourneAgain Shell". # # # + A função do IFS é explicada no tópico "2.2. Variáveis do Shell", neste script eu usei o IFS com valor nulo (vazio) para que os comandos considerem espaços que vêm antes de qualquer caractere como parte do dado. Se você fizer por exemplo "read var" e antes de entrar qualquer # coisa colocar espaços e/ou TAB, você verá que eles serão desconsiderados se o IFS tiver seu valor default (espaço, TAB, newline); # # + A opção r no read (explicada em 3.2. read) serve para ignorar o # poder que a contrabarra (backslash) tem de "escapar" os caracteres. Em # outras palavras: a opção r garante que quando o read receber uma # contrabarra ela será passada para a variável sem nenhum valor especial; # # + O cat enviando os dados para o read do while é explicado em # "5.5. Redirecionando loops" sob o título de "pipeando para o while"; # # + o set é usado para fazer com que cada palavra (palavra aqui tem um # sentido de conjunto de caracteres separados por aqueles definidos no # IFS) vire um parâmetro posicional, conforme explicado em # "2.4.2. set (para editar parâmetros posicionais)". A opção quer dizer # "acabaram as opções, o que vier a partir daqui são os valores dos # parâmetros de posição", esta opção serve para prevenir que alguma # informação que comece com o caractere seja considerado uma opção # sendo passada para o set; # # + No tópico "2.5. Substituição de Variáveis" você verá a explicação # de se usar "FILE=${FILE:.}/$1"; # # + Bom... acho que é isso. Leia o código, executeo, faça testes, # mude o código, executeo novamente, veja o que mudou nos resultados, # leia as manpages em caso de dúvidas... Enfim, use o método hacker de # aprender a programar! ;) # Espero que curta! # meleu # # P.S.: Quer um "dever de casa"? Altere o código para que ele verifique # se já existe arquivos com o mesmo nome dos que estão prestes a # serem extraídos. Se existir, alertar o usuário sobre isso. Tente # também fazer meios de detecção dos possíveis erros que possam # ocorrer... # Ah, sei lá! Brinque com o código um pouco! =) # B="\e[1m" Adbeel Goes Filho
ShellScripts 129
N="\e[m" [ $# lt 1 ] && { echo e "${B}Erro: falta parâmetros$N" echo "Uso: `basename $0` arquivo1 [arquivoN]" exit 1 } [ w . ] || { echo e "${B}Erro: você não tem permissão de escrita neste diretório$N" exit 1 } OldIFS="$IFS" IFS= cat $@ | while read r LINHA ; do IFS="$OldIFS" set $LINHA case "$1" in '') TempIFS="$IFS" IFS=/ set $2 IFS="$TempIFS" while [ $# gt 1 ]; do FILE=${FILE:.}/$1 [ d $FILE ] || mkdir $FILE shift done FILE="${FILE:.}/$1" if echo n 2>/dev/null > $FILE ; then echo "* Extraindo $FILE" else echo e "$B> houve um erro ao tentar extrair '$FILE'" echo e " este arquivo será ignorado.$N" unset FILE fi ;; '') unset FILE ;; *) [ "$FILE" ] && { IFS= echo "$LINHA" >> $FILE Adbeel Goes Filho
ShellScripts 130
} ;; esac done echo "> Fim