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Ministério da Educação UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Campus Medianeira
Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho
PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES NA CONSTRUÇÃO CIVIL
MEDIANEIRA - PR 2011
NOTAS DE AULA
PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES NA CONSTRUÇÃO CIVIL – PCRMEI
COM ÊNFASE À NR –18, APROVADA PELA PORTARIA Nº 3.214, DE 08/06/1978, PREVISTA NO ARTº. 200 DA LEI 6.514, DE 22/12/1977.
Heliton Lourenço Engº. Civil e de Segurança do Trabalho Especialista em Gestão Ambiental de Municípios Coordenador de Curso do SENAI – Foz do Iguaçu
Medianeira - PR 2011
NOTAS DE AULA
PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES NA CONSTRUÇÃO CIVIL – PCRMEI
COM ÊNFASE À NR –18, APROVADA PELA PORTARIA Nº 3.214, DE 08/06/1978, PREVISTA NO ARTº. 200 DA LEI 6.514, DE 22/12/1977.
Heliton Lourenço Engº. Civil e de Segurança do Trabalho Especialista em Gestão Ambiental de Municípios Coordenador de Curso do SENAI – Foz do Iguaçu
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Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações na Construção Civil
SUMÁRIO 1
INTRODUÇÃO.......................................................................................................4 1.1 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES.............................................................5 1.2 CARACTERÍSTICAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL...............................................6 1.3 OBJETIVOS E CAMPO DE APLICAÇÃO..........................................................8 1.4 Comunicação Prévia .........................................................................................9
2 PROGRAMA DE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO – PCMAT.............................................................11 3 CANTEIRO DE OBRAS................................................. OBRAS.......................... ................................................ ...........................................12 ..................12 3.1 PLANEJAMENTO DO CANTEIRO DE OBRA NA CONSTRUÇÃO CIVIL....13 3.2 ÁREAS DE VIVÊNCIA........................... VIVÊNCIA................................................... ........................ ...................... ..........16 3.3
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EXERCICIO ANEXO 4........................................... 4.................. ......................... ....................... ...............19
DEMOLIÇÃO............................................................................................................19 4.1
EXERCÍCIO...................................................................................................21
5 ESCAVAÇÕES, FUNDAÇÕES E DESMONTE DE ROCHAS........................... ROCHAS.................................22 ......22 5.1
ESCAVAÇÕES..............................................................................................23
5.2
FUNDAÇÕES..............................................................................................24
5.3 Desmonte De Rochas............................. Rochas........................................................ ........................... ........................... .28 5.4
6
EXERCÍCIO.................................................................................................29
CARPINTARIA..........................................................................................................30
7 ARMAÇÕES DE AÇO................................................. AÇO......................... ................................................. .............................................31 ....................31 8 ESTRUTURAS DE CONCRETO.......................... CONCRETO............................................... .............................................. ...............................32 ......32 9 ESTRUTURAS METÁLICAS............................................ METÁLICAS................... ................................................ ........................................33 .................33 9.1
EXERCÍCIOS...............................................................................................34
10 OPERAÇÕES DE SOLDAGEM SOLDAGEM E CORTE CORTE A QUENTE...........................................34 QUENTE.............................. .............34 10.1 SOLDAGEM OXI-ACETILÊNICA..................................................................35 10.2 SOLDAGEM DE ARCO ELÉTRICO..............................................................36 10.3 EXERCÍCIOS.................................................................................................37
11 ACESSO TEMPORÁRIO: TEMPORÁRIO: ESCADAS, RAMPAS E PASSARELAS............... PASSARELAS.......................38 ........38 11.1 ESCADAS......................................................................................................39 11.1.1 Escadas portáteis ............................. ........................... ........................... ..39 11.1.1.1
De uso individual (de mão)....................... ......................... .............39
11.1.1.2
Duplas (cavalete ou de abrir).................... ......................................40 ................. .....................40
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11.1.1.3
Extensível.......................................................................................40
11.2 RAMPAS E PASSARELAS...........................................................................42 11.3 EXERCÍCIOS.................................................................................................43
12 MEDIDAS DE PROTEÇÃO PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS QUEDAS DE ALTURA................................44 12.1 DISPOSITIVOS PROTETORES PROTETORES DE PLANO VERTICAL........................ VERTICAL........................ ......44 12.1.1 Sistema Guarda-corpo-Rodapé (GcR)...................... ............................ ....44 12.1.2 Sistema de Barreira com Rede.......................... ......................... ..............46 12.1.3 Proteção de Aberturas no Piso por Cercados, Barreiras com Cancelas ou Similares........................................................................................................47 12.2 DISPOSITIVOS PROTETORES PROTETORES DE PLANO HORIZONTAL........................47 HORIZONTAL........................47 12.2.1 Dispositivos de Proteção Proteção para Limitação de Quedas........................... .....48 12.3 EXERCÍCIOS.................................................................................................49
13 MOVIMENTAÇÃO E TRANSPORTE TRANSPORTE DE MATERIAIS E PESSOAS............. PESSOAS.......................50 ..........50 13.1 GESTÃO DA MOVIMENTAÇÃO DO TRANSPORTE...................................51 13.1.1 Planejamento.............................................................................................52 13.1.1.1
Projeto e Seleção de Dispositivos e Ferramentas.................... Ferramentas..........................52 ......52
13.1.2 Transporte de Materiais...................... .......................... ........................... ..53 13.1.2.1
Equipamentos de Transportes........................... Transportes.................................................... ......................... ....54
13.2 ELEVADORES DE OBRA.............................................................................54 13.2.1 Torre..........................................................................................................56 13.2.2 Cabinas.....................................................................................................57 13.2.2.1
Cabinas Semi-Fechadas.......................................... .......................57
13.2.2.2
Cabinas Fechadas................................. Fechadas............................................................ ........................... ..............58
13.2.2.3
Elevador tipo Caçamba.............................. Caçamba.......................................................... ............................ .........59
13.2.3 Cabos de Aço............................ ........................... ........................... ..........59 13.2.4 Freios e Dispositivos de Segurança...................................... ....................61 13.2.5 Operação e Sinalização................................ Sinalização......................................................... ......................... ...................61 13.2.5.1 Recomendações de segurança ao operador de elevador de obra.........63 13.2.6 ELEVADORES DE CARGA E PASSAGEIROS PASSAGEIROS PELO DE SISTEMA DE CREMALHEIRA.............................................................................................64 13.3 GRUAS..........................................................................................................64
14 ANDAIMES E PLATAFORMAS DE TRABALHO....................................................65
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15 CABOS DE AÇO E CABOS DE FIBRA SINTÉTICA...............................................67 16 ALVENARIA, REVESTIMENTOS E ACABAMENTOS............................................67 17 TELHADOS E COBERTURAS.................................................................................68 18 SERVIÇOS EM FLUTUANTES................................................................................68 19 COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO A ACIDENTES – CIPA..........................68 20MEDIDAS PREVENTIVAS DE MEDICINA E SEGURANÇA NO TRABALHO.........70 20.1 SELEÇÃO DE PESSOAL..............................................................................70 20.2 EXAMES MÉDICOS......................................................................................70 20.3 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA..................................................................71 20.4 TREINAMENTO.............................................................................................72 20.5 ORDEM E LIMPEZA......................................................................................73
21 TRANSPORTES DE TRABALHADORES EM VEÍCULOS AUTOMOTORES.........73 22 RESPONSABILIDADE CIVIL E CRIMINAL DO ACIDENTE DO TRABALHO........74 23 REFERÊNCIAS........................................................................................................78
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INTRODUÇÃO A Norma Regulamentadora 18, cujo título é Condições e Meio Ambiente de
Trabalho na Indústria da Construção do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), aprovado através da Portaria 3.214/78 e previsto no inciso I, do art. 200 do capítulo V da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Conforme dados estatísticos do INSS, a Indústria da Construção Civil tem apresentados maiores índices de ocorrência de acidentes do trabalho resultando em maiores custos para a Previdência Social devido ao pagamento de indenizações e/ou benefícios ao trabalhador segurado (MORAES, 2009). De acordo com Barros Junior et al. (1990), o emprego na construção civil é sazonal, em épocas de crescimento do setor, são contratados da zona rural ou Estados mais pobres sem uma qualificação especifica. A baixa qualificação, a elevada rotatividade e a limitação das empresas em investir em formação de mão-de-obra qualificada, são fatores críticos de insucesso dos programas de segurança e saúde no trabalho. A modernização e a busca por maior produtividade, com ênfase na gestão da produção, levou a uma maior qualidade do produto, associado ao rigor da fiscalização, tem resultado em maiores investimentos na qualificação e implementação de mecanismos de controle. Ultimamente a taxa de freqüência dos acidentes vem diminuindo, fato comprovado pelas estatísticas disponíveis. A criação do Comitê Permanente Nacional (CPN) e a dos Comitês Permanentes Regionais (CPR), reforçada pelas ações elaboradas e aplicadas pelo MTE são responsáveis pela mudança deste quadro. Porém, este quadro não representa a realidade em função da informalização nas pequenas empresas e do trabalho autônomo. As mudanças e métodos de trabalho no ambiente de trabalho da indústria da construção forçaram mudanças, também, em alguns itens da NR 18, através do Comitê Permanente Nacional sobre Condições e Meio Ambiente de Trabalho. Desde de 1994, foram elaborados diversos estudos que têm provocado alterações no texto da NR 18. UNIVERSIDADE TECNOL GICA FEDERAL DO PARAN – UTFPR Profº. Heliton Lourenço Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho Cel.: (45) 9147 –0818 E-mail:
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1.1 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES o
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ABNT NBR 5418 - Instalações elétricas em atmosferas explosivas. ABNT NBR 7500 - Identificação para o transporte terrestre, manuseio, movimentação e armazenamento de produtos. ABNT NBR 9518 - Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas requisitos gerais. ABNT NBR 11725 - Conexões e roscas para válvulas de cilindros para gases comprimidos. ABNT NBR 11900 - Extremidades de laços de cabo de aço. ABNT NBR 12790 - Cilindro de aço especificado, sem costura, para armazenagem e transporte de gases a alta pressão. ABNT NBR 12791 - Cilindro de aço, sem costura, para armazenamento e transporte de gases a alta pressão. ABNT NBR 13541 - Movimentação de carga - laço de cabo de aço especificação. ABNT NBR 13542 - Movimentação de carga - anel de carga. ABNT NBR 13543 - Movimentação de carga - laços de cabo de aço utilização e inspeção. ABNT NBR 13544 - Movimentação de carga - sapatilho para cabo de aço. ABNT NBR 13545 - Movimentação de carga - manilhas. 191 Convenção OIT 127 - Peso máximo das cargas que podem ser transportadas por um só trabalhador. Instrução Normativa nº 20 INSS/PRES, de 10 de outubro de 2007 – Plano de Benefícios da Previdência Social - Trata dos requisitos de aposentadoria especial e emissão da CAT. Livro Legislação de Segurança e Saúde Ocupacional – volume 1, de autoria de Giovanni Moraes de Araújo. Portaria MTE/GM no 202, de 22/12/2006 - Altera a NR 33 que trata de Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados. Portaria MTE/SIT no 157, de 10/04/06 - Altera a redação da NR 18, itens 18.14.22.4 e 18.14.23.3; revoga o item 18.15.43.2; inclui os itens 18.13.12 (Redes de Segurança) e 18.15.56 (Ancoragem), além de novas expressões no glossário.
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1.2 CARACTERÍSTICAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
A construção civil se difere do outros setores industriais por possuir características próprias, devido a baixa industrialização, baixa tecnologia e altamente dependente da mão-de-obra utilizada. Raras empresas apresentam a diversidade e riscos que a indústria da construção apresenta, em virtude das condições de trabalho, o ambiente externo, a diversidade de obras e da mão-de-obra contratada, esta quase sempre é precária. Os trabalhadores da construção civil estão expostos vários agentes de riscos, muitos considerados altamente periculoso, onde muitos riscos se materializam em acidentes e muitos casos levam a óbito. Com isso, a partir da data de publicação da Portaria 3.214, 08/06/78, o qual aprovou a Norma Regulamentadora nº 18, as empresas devem adequar as condições de trabalho, de forma a eliminar, neutralizar ou minimizar os riscos a saúde e integridade física do trabalhador. As constantes alterações do tipo de mão-de-obra em função das fases do empreendimento, maior e menor número de frentes de trabalho e o seu processo em muitos casos artesanal, geram a necessidade de grande número de operários. Esta alternância de quantidade e sua curta duração dificultam o treinamento e o desenvolvimento da mão-de-obra, que também, dificulta a manutenção dos programas de segurança. A execução das atividades na construção civil depende das condições climáticas, e elas também expõem os trabalhadores alguns riscos, tais como: calor, fadiga, insolação, radiação solar, frio, umidade, poeiras etc. Segundo definição do IBGE, a indústria da Construção se segmenta em apenas duas atividades básicas com características distintas: a) Edificações – o sub-setor edificações compreende obras destinadas a habitação, ao comercio, a indústria. As atividades sociais, culturais, esportivas e de lazer. b) Construção Pesada – a construção pesada abrange vias de transporte, obras hidráulicas, de saneamento, de irrigação e drenagem, obras de arte, de geração e transmissão de energia elétrica, sistemas de comunicação e de infra-estrutura de forma geral. UNIVERSIDADE TECNOL GICA FEDERAL DO PARAN – UTFPR Profº. Heliton Lourenço Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho Cel.: (45) 9147 –0818 E-mail:
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Ainda, a construção civil pode ser dividida em diversas etapas sendo que cada uma delas apresenta riscos diferenciados e conforme a características da obra estes riscos podem ser acentuados ou minimizados. A obra pode ser dividida nas seguintes fases:
Limpeza do terreno e terraplanagem;
Execução das áreas de vivência;
Fundação;
Estrutura;
Alvenaria;
Acabamento;
Limpeza final.
Dentre os diversos tipos de obra e serviços na construção civil, compreendendo todas as etapas da obra, segue abaixo alguns dos principais riscos encontrados na construção civil:
Queda de mesmo nível e desnível;
Queda de material;
Soterramento;
Choques elétricos;
Ruído e vibração;
Radiação não-ionizante;
Umidade, frio ou calor excessivo;
Contato com produtos químicos;
Inalação de produtos químicos e poeiras;
Picadas de animais peçonhentos;
Projeção de partículas contra os olhos;
Ferimentos por objetos perfuro cortantes;
Corte e/ou golpe com máquinas, ferramentas e materiais;
Atropelamentos por máquinas e veículos;
Problemas ergonômicos;
Queimaduras etc.
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1.3 OBJETIVOS E CAMPO DE APLICAÇÃO
A NR 18 tem como objetivo estabelecer as diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção.
O ingresso ou a permanência de trabalhadores no canteiro de obras é vedada sem que estejam assegurados pelas medidas previstas da NR 18 e a observância do estabelecido da NR 18 não desobriga os empregadores do cumprimento das disposições às condições e meio ambiente de trabalho, determinadas na legislação federal, estadual e/ou municipal. A NR 18 se aplica a todas as atividades da Indústria da Construção constantes do quadro I, da NR 4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), apresentadas na relação da Classificação Nacional das Atividades Econômicas (CNAE versão 2.0) do IBGE, na seção F (Construção), esta seção compreende a construção de edifícios em geral (divisão 41), as obras de infraestrutura (divisão 42) e os serviços especializados para construção que fazem parte do processo de construção (divisão 43). A experiência tem mostrado que os cursos e informações sobre os riscos, fornecimento de EPI e existência de profissionais do SESMT, não são suficientes para garantir a segurança e evitar acidentes pessoais sem a motivação do empregado na prevenção de acidentes (MORAES, 2009). Esta norma Regulamentadora do trabalho urbano estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e organização, com o objetivo de implementar procedimentos de aspectos preventivos relacionados às condições de trabalho na construção civil. Ainda, a NR-18 ressalta os aspectos referentes às condições de projeto do meio ambiente de trabalho, com ênfase nas áreas de vivência, instalações sanitárias, alojamento, refeitórios, cozinhas e instalações de proteção, as quais abrangem, a segurança quanto a máquinas, equipamentos e instalações.
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1.4 COMUNICAÇÃO PRÉVIA
É importante ressaltar a obrigatoriedade da comunicação à Secretaria Regional do Trabalho, antes do início das atividades, com as informações pertinentes ao item 18.2. Esta exigência é necessária ao se tratar de atividade de construção civil, por efeito do item 18.2.1, que exige, sob pena de multa (infração grau 2), a comunicação à SRT, antes do inicio das atividades as seguintes informações:
Endereço correto da obra;
Endereço correto e qualificação (CEI,CGC ou CPF) do contratante, empregador ou condomínio;
Tipo de obra;
Datas previstas do início e conclusão da obra;
Número máximo previsto de trabalhadores na obra.
Na página a seguir, um exemplo do formulário de comunicação prévia que severa ser preenchida pelo responsável e que deverá ser enviada à Delegacia Regional do Trabalho.
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Medianeira, ___ de _____ de _______ OF.:10/2010-SEG
Ilmo. Sr. Fulano de Tal Delegado Regional do Trabalho no Estado do Paraná Nesta i
r t r
Conforme determina a lei 6514 de 22 de dezembro de 1977 que instituiu as Normas de Segurança no Trabalho, e em cumprimento ao disposto na NR-18.2 Comunicação Prévia, informamos à essa delegacia o que segue: a) Endereço da Obra: _______________________________________________________ b) Qualificação do Contratante: CNPJ:__________________________________________________ c) Endereço do Contratante: ___________________________________________ ____________ d) Tipo de Obra: _______________________________________________________ e) Início da Obra: _______________ Conclusão da obra: ________ f) Número máximo previsto de trabalhadores: _________________
É o que tinhamos a informar.
Atenciosamente; Engº Xxxxxxxxx Yyyyyyyy Crea PR –XXXXX
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PROGRAMA DE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO – PCMAT Todos os estabelecimentos com vinte ou mais trabalhadores, a elaboração e o
cumprimento do PCMAT são obrigatórios, deve ser elaborado e executado por profissional legalmente habilitado na área de segurança do trabalho e a sua implementação é de responsabilidade do empregador ou condomínio, para cada obra haverá um único PCMAT. O PCMAT deverá ser seguido por todos os profissionais que desempenharem suas funções naquele estabelecimento, ou obra, independentemente de pertencerem aos quadros da empresa maior ou de pequenas empresas de prestação de serviço. Não é razoável aceitar que cada empresa participante da construção seja cobrada a apresentar seu PCMAT, ou seja, o Programa é especifico aos serviços que ela executará, pois ele é inerente ao contexto da obra / empreendimento a ser executado. Com isso o PCMAT deve ser apresentado a todos os trabalhadores, demonstrando a sua importância e sua função de estabelecer os procedimentos de segurança. O PCMAT deve contemplar as exigências da NR 9 (Programa de Prevenção e Riscos Ambientais) e ser mantido, no estabelecimento, à disposição do Órgão Regional do MTE. O PCMAT não desobriga, até o momento, a elaboração do PPRA. Porém, vêse que o PCMAT é um plus em relação ao PPRA, abrangendo o conteúdo deste, além das condições e especificações necessárias à construção civil, razão pela qual, as empresas do ramo não necessitam manter ambos os documentos, pois o PPRA já estará contido no PCMAT. Vale ressaltar que, o PCMAT só exigido para empresas da indústria da construção civil com 20 ou mais empregados, já o PPRA, é exigido para empresas de qualquer ramo de atividade que tenham empregados registrados, independentemente do número de empregados. E como o PPRA, o PCMAT deve ser elaborado por estabelecimento e não para a empresa toda. Alguns objetivos do PCMAT:
Garantir a saúde e a integridade dos trabalhadores;
Definir atribuições, responsabilidades e autoridade ao pessoal que administra, desempenha e verifica atividades que influenciem na segurança e que intervêm no processo produtivo;
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Fazer previsão dos riscos que derivam do processo de execução das obra;
Determinar as medidas de proteção e prevenção que evitem ações e situações de risco;
Aplicar técnicas de execução que reduzam ao máximo possível esses riscos de acidentes e doenças.
Segundo o item 18.3.4, integram o PCMAT os seguintes documentos: a) Memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e operações, levando-se em consideração riscos de acidentes e de doenças do trabalho e suas respectivas medidas preventivas; b) Projeto de execução das proteções coletivas em conformidade com as etapas de execução da obra; c) Especificação técnica das proteções coletivas e individuais a serem utilizadas; d) Cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no PCMAT; e) Layout inicial do canteiro de obras, contemplando, inclusive, previsão de dimensionamento das áreas de vivência; f)
Programa educativo contemplando a temática de prevenção de acidentes e doenças do trabalho, com sua carga horária.
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CANTEIRO DE OBRAS É o conjunto de instalações que dá apoio à administração e aos trabalhadores,
para a construção de uma edificação. Divide-se em:
Áreas Operacionais; e,
Áreas de Vivência.
A implantação de um canteiro de obras compreende a sua vedação de tapume, quando necessário, bem como a construção de: Escritórios para a
Depósitos;
administração;
Áreas de vivência;
Portaria;
Instalações provisória.
Almoxarifado;
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É vedado o ingresso ou a permanência de trabalhadores no canteiro de obras, sem que estejam assegurados pelas medidas previstas nesta NR e compatíveis com a fase da obra. A observância do estabelecido nesta NR não desobriga os empregadores do cumprimento das disposições relativas às condições e meio ambiente de trabalho, determinadas na:
legislação federal, estadual e/ou municipal; e,
em outras estabelecidas em negociações coletivas de trabalho.
3.1 PLANEJAMENTO DO CANTEIRO DE OBRA NA CONSTRUÇÃO CIVIL
A construção civil no Brasil caracteriza-se pela baixa produção, elevado desperdícios de recursos e na maioria das vezes a mão-de-obra é citada como responsável. A falta de planejamento é evidenciada quando as decisões são tomadas de acordo com o surgimento dos problemas, e a falta de organização tem como conseqüência baixa segurança. Raramente existe um método definido para o planejamento do canteiro, normalmente são elaborados com base na experiência, no senso comum e na adaptação de projetos passados para situações atuais (RAD, 1983). Planejamento é obter a melhor utilização do espaço físico disponível, proporcionando maior segurança através da minimização da movimentação de materiais, componentes e mão-de-obra. Através do planejamento do layout e da logística das suas instalações provisórias, instalações de segurança e sistemas de movimentação e armazenamento de materiais. O planejamento do layout envolve a definição do arranjo físico de trabalhadores, materiais, equipamentos, áreas de trabalho e estocagem (FRANKENFELD, 1990). O planejamento logístico estabelece as condições de infra-estrutura para o desenvolvimento do processo produtivo e estabelece, por exemplo, as condições de armazenamento e transporte de cada material, a tipologia das instalações. De acordo com a definição adotada, considera-se o planejamento de assuntos de segurança no trabalho não relacionadas às proteções físicas, tais como UNIVERSIDADE TECNOL GICA FEDERAL DO PARAN – UTFPR Profº. Heliton Lourenço Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho Cel.: (45) 9147 –0818 E-mail:
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treinamentos ou análises de riscos, não fazem parte da atividade do planejamento de canteiro. Tommelein (1992) dividiu os múltiplos objetivos que um bom planejamento de canteiro deve atingir em duas categorias principais:
a) Objetivos de Alto Nível:
Promover operações eficientes e seguras;
Manter alta a motivação dos empregados;
Cuidado com o aspecto visual do canteiro;
Fornecer boas condições ambientais (conforto e segurança no trabalho).
b) Objetivos de Baixo Nível:
Minimizar distâncias de transporte;
Minimizar tempos de movimentação de pessoal e materiais;
Minimizar manuseios de materiais;
Evitar obstruções ao movimento de materiais e equipamentos.
Diagnóstico de canteiros de obras existentes:
Elaboração do Croqui do Layout •
Útil para identificar problemas com o arranjo físico, propriamente dito, por exemplo: a localização equivocada de alguma instalação ou excesso de cruzamentos de fluxo em determinada área.
Definição aproximada do perímetro dos pavimentos, diferenciando áreas fechadas e abertas;
Localização de pilares e outras estruturas (árvores) que interfiram na circulação de materiais ou pessoas;
Portões de entrada no canteiro e acesso coberto para clientes;
Localização de instalações provisórias (banheiros, escritório, refeitório, etc)
Todos os locais de armazenamento de materiais, inclusive depósito de entulho;
Localização da betoneira, grua, guincho (incluindo a especificação do lado pelo qual se fazem as cargas no guincho);
Localização do elevador de passageiro;
Localização das centrais de carpintaria e aço;
Pontos de içamento de fôrmas e armaduras;
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Localização de passarelas, rampas e/ou escadas provisórias com indicação aproximada do desnível;
Linhas de fluxos principais.
O planejamento do canteiro de obra consiste em cinco etapas básicas: 1. ANÁLISE PRELIMINAR: Coleta e análise de dados, quanto maior a padronização, maior facilidade para coletar e analisar os dados; a) Programa de necessidades do canteiro: devem ser listadas todas as instalações de canteiro que deverão ser locadas, estimando a área necessária para cada uma delas. b) Informações sobre o terreno: Localização de árvores na calçada ou no terreno, desníveis do terreno, pré-existência de rede de esgoto, rede de alta tensão, rua muito transitada. c) Definições técnicas da obra: Principais tecnologias adotadas, para a definição dos espaços para circulação. (tipo de estrutura, tipo de argamassa, tipo de bloco de alvenaria...); d) Cronograma de mão-de-obra: Deve ser estimado o número de operários para as três fases básicas (início – pico máximo – final). e) Cronograma físico da obra: Apresenta grande relação com o cronograma do layout, ambos podem apresentar alterações . f)
Consulta ao orçamento: Com base no levantamento das quantidades de materiais e no cronograma físico, podem ser estimadas as áreas máximas de estoque para os principais materiais.
2. ARRANJO FÍSICO GERAL: Também denominado Macro-Layout, deve-se estudar o posicionamento relativo entre as diversas áreas (localização das áreas de vivência, áreas de apoio e área do posto de produção de argamassa). 3. ARRANJO FÍSICO DETALHADO: Também denominado Micro-Layout, estabelecer a localização dos equipamentos e/ou instalações dentro de cada área do canteiro. Ex.: Posições relativas entre vestiário, banheiros e refeitório. 4. DETALHAMENTO DAS INSTALAÇÕES: Quantidade e tipos de cadeiras e mesas, armários nos vestiários, técnicas de armazenamento de cada material, tipo de pavimentação das vias de circulação. UNIVERSIDADE TECNOL GICA FEDERAL DO PARAN – UTFPR Profº. Heliton Lourenço Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho Cel.: (45) 9147 –0818 E-mail:
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5. CRONOGRAMA
DE
IMPLANTAÇÃO:
Apresentar
graficamente
16
o
sequenciamento das fases de layout. O planejamento do canteiro deve preferencialmente coordenado pelo gerente
técnico da obra, além deste, é fundamental a participação do mestre-de-obras e de representantes dos empreiteiros envolvidos. A manutenção da organização do canteiro de obra deve ser realizado através de programas que evolvam todos os funcionários à gestão do canteiro, através de:
treinamentos,
colocação de metas,
avaliação de desempenho e premiações, conscientizam e estimulam os trabalhadores a manter a obra limpa e organizada.
3.2 ÁREAS DE VIVÊNCIA
Os canteiros de obras devem dispor de:
Instalações sanitárias;
Vestiário;
Alojamento;
Local de refeições;
Cozinha, quando houver preparo de refeições;
Lavanderia;
Área de lazer;
Ambulatório, quando se tratar de frentes de trabalho com cinquenta ou mais trabalhadores.
Se no canteiro de obras houver um alojamento, este deverá ter também lavanderia e área de lazer. As áreas de vivência devem, também, estarem em perfeitas condições de higiene, limpeza e conservação. As instalações sanitárias devem ser constituídas de lavatório, vaso sanitário e mictório, na proporção de um conjunto para cada grupo de 20 trabalhadores ou fração, bem como chuveiro, na proporção de uma unidade para cada grupo de 10 trabalhadores ou fração. Devem ser também ter portas que mantenham o resguardo conveniente, ter paredes de material lavável e resistente, pisos impermeáveis e UNIVERSIDADE TECNOL GICA FEDERAL DO PARAN – UTFPR Profº. Heliton Lourenço Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho Cel.: (45) 9147 –0818 E-mail:
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antiderrapantes, não ter contato direto com o local de refeições, ser independente para homens e mulheres, ter ventilação e iluminação adequadas, ter instalações elétricas adequadamente protegidas, ter pé-direito mínimo de 2,50 m e estarem situadas em locais de fácil acesso. As instalações móveis podem ser de alvenaria, madeira, chapas, etc, ou mesmo constituírem se de elementos pré-moldados de madeira ou contêineres, desde que:
Possua área de ventilação natural, efetiva, de no mínimo 15% da área do piso, composta por, no mínimo, duas aberturas adequadamente dispostas para permitir eficaz ventilação interna;
Garanta condições de conforto térmico;
Possua pé direito mínimo de 2,40 m;
Garanta os demais requisitos mínimos de conforto e higiene estabelecidos na NR 18;
Possua proteção contra riscos de choque elétrico por contatos indiretos, além do aterramento elétrico.
Tratando-se de adaptação de contêineres, originalmente utilizados no transporte ou acondicionamento de cargas, deverá ser mantido no canteiro de obras, à disposição da fiscalização do trabalho e do sindicato profissional, laudo técnico elaborado por profissional legalmente habilitado, relativo a ausência de riscos químicos, biológicos e físicos. Os lavatórios devem ser individuais ou coletivo do tipo calha, ficar a uma altura de 0,90m do piso, ter revestimento de material lavável e impermeável, dispor de recipiente para coleta de papéis e ter espaçamento mínimo de 0,60 m entre as torneiras. Os vasos sanitários devem ser do tipo bacia turca ou sifonado (18.4.2.6.2), ter caixas de descarga ou válvula automática e devem estar ligados à rede de esgoto. Os mictórios devem ser individual ou coletivo do tipo calha, ter revestimento de material liso, impermeável e lavável, ficar a uma altura máxima de 0,50 m do piso e ser ligado diretamente à rede de esgoto ou fossa séptica. Os chuveiros devem ser instalados em locais com área mínima de 0,80 m², com altura de 1,20 m do piso, devem possuir piso antiderrapante com caimento para escoamento da água, devem dispor de água quente, possuir suporte para sabonete e ser aterrados adequadamente. UNIVERSIDADE TECNOL GICA FEDERAL DO PARAN – UTFPR Profº. Heliton Lourenço Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho Cel.: (45) 9147 –0818 E-mail:
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Todo canteiro de obras devem possuir um vestiário para que os trabalhadores possam trocar de roupa e este deve ficar localizado próximo aos alojamentos e/ou à entrada da obra. Os vestiários devem ter paredes de alvenaria ou madeira, ter pisos de concreto, ter cobertura, ter iluminação natural e/ou artificial, ter área de ventilação de equivalente à 10% da área do piso, ter pé-direito mínimo de 2,50 m, ser mantidos em perfeito estado de conservação, limpeza e higiene e ter bancos de largura mínima de 0,30 m que atendam aos usuários. Os alojamentos dos canteiros de obras devem ter paredes de alvenaria ou madeira, ter cobertura, piso de concreto, cimentado ou madeira, ter área de ventilação equivalente à 10% da área do piso, ter iluminação natural e/ou artificial, ter área mínima de 3,00 m² por módulo (cama área de circulação), ter pé-direito mínimo de 2,50 m para cama simples e 3,00 m para cama dupla, é vetado o uso de três ou mais camas na mesma vertical e estarem situados em subsolos ou porões, além disso, a distância entre as camas e entre a última cama e o teto deverá ser, no mínimo, de 1,20 m e as camas deve ser de 0,80m por 1,90 m. Ainda, os alojamentos devem ter instalações elétricas adequadas, devem dispor de armários individuais, ter bebedouros que disponham água potável e limpa e devem ser mantidos em perfeito estado de higiene, limpeza e conservação. Os refeitórios devem possuir paredes que isolem os trabalhadores durante a refeição, ter piso de concreto ou cimentado, ter cobertura, capacidade para garantir o atendimento de todos os trabalhadores no horário de refeições, dispor de ventilação natural e/ou artificial, ter lavatório em suas proximidades, ter mesas com tampos lisos e laváveis, ter assentos em número suficiente para atender os usuários, ter depósito para detritos com tampa, não estar situados em porões ou subsolos, ter pé-direito mínimo de 2,80 m e ter bebedouro que forneça água potável e limpa. Quando houver uma cozinha num canteiro de obras, esta deve dispor de: ventilação natural e/ou artificial que permita boa exaustão, ter pé-direito mínimo de 2,80 m, ter paredes de alvenaria ou concreto ou madeira que seja de fácil limpeza, ter cobertura resistente ao fogo, ter condições ideais de limpeza, higiene e conservação, possuir ventilação natural e/ou artificial, dispor de pia, possuir instalações sanitárias, dispor de recipiente com tampa para coleta de lixo, possuir equipamento de refrigeração para conservação de alimentos, ter instalações elétricas adequadamente protegidas e UNIVERSIDADE TECNOL GICA FEDERAL DO PARAN – UTFPR Profº. Heliton Lourenço Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho Cel.: (45) 9147 –0818 E-mail:
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dispor de uma área ventilada, coberta e fora do ambiente destinada para a instalação de botijões de GLP. Os trabalhadores da cozinha devem usar aventais e gorros. Quando houver uma lavanderia num canteiro de obras, esta deve dispor de: cobertura, ventilação, iluminação e tanques individuais ou coletivos. Nas áreas de vivência devem ser previstos locais para recreação dos trabalhadores alojados, que poder ser utilizado também como local de refeições. 3.3 Exercício: Anexo 1.
4
DEMOLIÇÃO O trabalho de demolição é considerado muito perigoso e complexo, com isso,
este deve ser programado e executado por um profissional habilitado, treinado e atencioso. Os trabalhadores devem estar cientes dos riscos e da importância do método a ser seguido nos serviços de demolição. Uma vez definida a sequência dos serviços, pelo técnico responsável, as ordens devem ser cumpridas sem improvisações, de forma a não prejudicar a estabilidade do conjunto de demolição. Antes de se iniciar os serviços de demolição, deve-se tomar algumas providências, tais como:
Desligar, retirar, proteger ou isolar as linhas de fornecimento de energia elétrica,água, inflamáveis líquidos e gasosos liquefeitos, substancias tóxicas, canalização de esgoto e de escoamento de água;
Examinar periodicamente as construções vizinhas, no sentido de preservar sua estabilidade e a integridade física de terceiros;
Remover os vidros, ripado, estuques etc;
Fechar as aberturas dos pisos;
As escadas devem ser mantidas livres e desimpedidas para circulação de emergência;
Remover objetos pesados por dispositivos mecânicos, ficando proibido o lançamento em queda livre de qualquer material;
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Remover entulhos pior gravidade em calhas fechadas, com inclinação máxima de 45º, fixada em todos os pavimentos;
Instalar plataforma de retenção de entulhos, no máximo a dois pavimentos abaixo do que será demolido, com dimensões de 2,5 m e inclinação de 45° em todo o perímetro da obra;
Não abandonar elementos que possam desabar;
Umedecer material durante a demolição;
Demolir paredes somente quando a estrutura for de concreto armado ou metálica.
Utilizar os EPIs necessários.
Quando ao prédio à ser demolido:
estiver a mais de 3 m do alinhamento do logradouro, deve-se construir tapume com, no mínimo 2,20 m de altura;
Tiver mais de 2 pavimentos e afastado menos de 3 m do alinhamento do logradouro, deve-se construir galeria de proteção sobre o passeio, com altura interna livre de 3 m;
Analisar os métodos construtivos utilizados;
Examinar cuidadosamente o terreno;
É necessário realizar levantamento detalhado da estrutura a ser demolida quanto à sua natureza e métodos construtivos usados. Prédios altos com paredes estruturais não é recomendado o uso de explosivos, pois podem conter f erro fundido ou de aço laminado, a não ser que se pretenda demolir todo o prédio. A demolição por métodos manuais deve ser progressivamente e de cima para baixo, fazendo uso de ferramentas manuais ou a ar comprimido. Quando o objetivo for demolir apenas uma parte da estrutura, deve-se verificar a estabilidade da parte remanescente. O uso de roupas largas deve ser evitado, pois a o risco de prenderem em pontas, parafusos, pregos etc. Quanto ao uso dos EPIs, além do capacete, calçado de segurança é necessário fazer uso de luvas de raspa de couro, em muitos casos há ruído e a necessidade do uso do protetor auricular, em locais acima de 2 m faz-se
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necessário o uso de cinto de segurança tipo páraquedista e em casos de poeiras o uso de respiradores contra poeira. Demolições por métodos mecanizados com dispositivo de empurro, inicialmente deve-se reduzir a estrutura, por demolição manual, até a altura apropriada ao uso do equipamento e somente deve ser usado quando o equipamento estiver em solo firme e nivelado. E em nenhuma hipótese o ponto de aplicação do esforço pode estar a mais de 0,60 m medidos a partir do topo da parede. A cabina do operador deve possuir cobertura resistente e sempre verificar o seu afastamento da construção para que não seja atingida. É recomendável deixar uma faixa livre entre os trabalhadores e o equipamento de 6,0 metros. A Demolição mecanizada por tração não devem ser usadas em edificações unicamente de alvenaria, com mais de 20,0 m de altura e os trabalhadores não devem tomar qualquer iniciativa sem consulta prévia. Para realização da técnica de demolição por tração deve ser utilizados cabos ou cordoalhas de aço com diâmetro superior ou igual a 12,0 mm, não devem ser usados em casos de apresentarem defeitos, inspecionar os cabos duas vezes ao dia no mínimo. Para definir o comprimento do cabo leva-se em conta a distância entre a peça ou parte a ser demolida e o equipamento de tração, para que não seja inferior a 2 vezes a altura da parte mais alta a ser puxada. É expressamente proibido aos trabalhadores atravessar sobre um cabo tracionado. 4.1 EXERCÍCIO:
Uma edificação antiga de 3 pavimentos sendo que na parte térrea existia uma panificadora e os demais pisos acima eram apartamentos (moradias), foi recentemente desativada e nossa empresa ganhou a concorrência para demolir e entregar limpa a referida área. Esta edificação se encontra em um local com vizinhos nas laterais e no fundo. Você Engenheiro de Segurança do Trabalho, deverá desenvolver (descrever) os procedimentos efetuar a demolição, através dos melhores métodos de segurança.
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ESCAVAÇÕES, FUNDAÇÕES E DESMONTE DE ROCHAS
5.1 ESCAVAÇÕES Antes de iniciar os serviços de escavação, fundação ou desmonte de rochas, certificar-se da existência ou não de redes de água, esgoto, tubulação de gás, cabos elétricos e de telefone, devendo ser providenciada a sua proteção, desvio e interrupção, segundo cada caso. Em casos específicos e em situações de risco, deve ser solicitada a orientação técnica das concessionárias quanto à interrupção ou à proteção das vias públicas. A área de trabalho deve ser previamente limpa e desobstruída as áreas de circulação, retirando ou escorando solidamente árvores, rochas, equipamentos, materiais e objetos de qualquer natureza. Outras situações de risco como muros, edificações vizinhas e todas as estruturas que possam ser afetadas pela escavação devem ser escoradas, segundo as especificações técnicas de profissional legalmente habilitado. Nas atividades com escavação os riscos comuns estão relacionados a Ruptura ou desprendimento de solo e rochas devido a:
Operação de máquinas;
Sobrecargas nas bordas dos taludes;
Execução de talude inadequado;
Aumento da umidade do solo;
Falta de estabelecimento de fluxo;
Vibrações na obra e adjacências;
Realização de escavações abaixo do lençol freático;
Realização de trabalhos de escavações sob condições meteorológicas adversas;
Interferência de cabos elétricos, cabos de telefone e de redes de água potável e de sistema de esgoto;
Obstrução de vias públicas;
Recalque e bombeamento de lençóis freáticos;
Falta de espaço suficiente para a operação e movimentação de máquinas.
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Quanto às medidas preventivas, a proteção coletiva deve ter prioridade sobre as proteções individuais. A proteção coletiva deve prever a adoção de medidas que evitem a ocorrência de desmoronamento, deslizamento, projeção de materiais e acidentes com explosivos, máquinas e equipamentos. Para o correto dimensionamento das medidas de proteção coletiva o projeto executivo de escavações deve levar em conta as condições geológicas e os parâmetros geotécnicos específicos do local da obra, tais como coesão e ângulo de atrito. Variações paramétricas em função de alterações do nível da água e as condições geoclimáticas devem ser consideradas. O responsável técnico deverá encaminhar ao CREA e aos proprietários das edificações vizinhas cópias dos projetos executivos, incluindo as técnicas e o horário de escavações a serem adotados. Recomenda-se o monitoramento de todo o processo de escavação, objetivando observar zonas de instabilização global ou localizada, a formação de trincas, o surgimento de deformações em edificações e instalações vizinhas e vias públicas. Nos casos de risco de queda de árvores, linha de transmissão, deslizamento de rochas e objetos de qualquer natureza, é necessário o escoramento, a amarração ou a retirada dos mesmos, devendo ser feita de maneira a não acarretar obstruções no fluxo de ações emergenciais. As escavações com mais de 1,25 m de profundidade devem dispor de escadas de acesso em locais estratégicos, que permitam a saída rápida e segura dos trabalhadores em caso de emergência. Todos os materiais retirados da escavação devem ser depositados a uma distância superior à metade da profundidade (H/2), medida a partir da borda do talude. Em solos estáveis os taludes com altura superior a 1,75 m devem ter estabilidade garantida, já para os solos instáveis o escoramento se faz necessário a partir de 1,25 m de profundidade. As cargas e sobrecargas ocasionais, bem como possíveis vibrações, devem ser levadas em consideração para a determinação das paredes do talude, a construção do escoramento e o cálculo dos seus elementos estruturais. O material retirado das escavações deve ser depositado a uma distância mínima que assegure a segurança dos taludes. UNIVERSIDADE TECNOL GICA FEDERAL DO PARAN – UTFPR Profº. Heliton Lourenço Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho Cel.: (45) 9147 –0818 E-mail:
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Devem ser construídas passarelas de largura mínima de 0,80 m protegidas por guarda-corpos com altura mínima de 1,20 m, quando houver necessidade de circulação de pessoas sobre as escavações. Devem ser construídas passarelas fixas para o tráfego de veículos sobre as escavações, com capacidade de carga e largura mínima de 4 m, protegidas por meio de guarda corpo. Devem ser evitados trabalhos nos pés de taludes sem uma avaliação prévia pelo responsável técnico, pelos riscos de instabilidade que possam apresentar. A existência de riscos constitui impedimento à execução dos trabalhos, até que estes sejam eliminados. Deve ser evitada a execução de trabalho manual ou a permanência de observadores dentro do raio de ação das máquinas em atividade de movimentação de terra. Quando for necessário rebaixar o lençol de água (freático), os serviços devem ser executados por pessoas ou empresas qualificadas. É proibido o acesso de pessoas não-autorizadas às áreas de escavação e cravação de estacas e o operador de bate-estacas deve ser qualificado e ter sua equipe treinada. Para as escavações subterrâneas devem ser observadas as disposições do item 18.20 da NR-18 – Locais Confinados, e as da NR-22 – Trabalhos Subterrâneos. As escavações devem ser sinalizadas e isoladas de maneira a evitar quedas de pessoas e/ou equipamentos. Nas escavações em vias públicas ou em canteiros, é obrigatória a utilização de sinalizações de advertência e barreiras de isolamento. Alguns tipos de sinalização usados:
Cones
Bandeirolas
Fitas
Grades de proteção
Cavaletes
Tapumes
Pedestal com iluminação
Sinalizadores luminosos
Placas de advertência
5.2 FUNDAÇÕES Em atividades relacionadas a execução de fundações escavadas, os riscos mais comuns estão nas escavações de poços e nas fundações a céu aberto, tais como: UNIVERSIDADE TECNOL GICA FEDERAL DO PARAN – UTFPR Profº. Heliton Lourenço Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho Cel.: (45) 9147 –0818 E-mail:
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Queda de materiais;
Queda de pessoas;
Fechamento das paredes do poço;
Inundação;
Interferência com redes hidráulicas,
Eletrocussão;
elétricas,
Asfixia.
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telefônicas e de abastecimento de gás;
Medidas Preventivas a serem adotadas na execução do serviço de escavação deverá ser feita por trabalhadores qualificados. Na execução de poços e tubulões a céu aberto, a exigência de escoramento / encamisamento fica a critério do responsável técnico pela execução do serviço, considerando os requisitos de segurança que garantam a inexistência de risco ao trabalhador. Tubulões, túneis, galerias ou escavações profundas de pequenas dimensões, cuja frente de trabalho não possibilite perfeito contato visual da atividade e em que exista trabalho individual, o trabalhador deve estar preso a um cabo-guia que permita, em caso de emergência, a solicitação ao profissional de superfície para o seu rápido socorro. A partir de 1 m de profundidade, o acesso da saída do poço ou tubulão será efetuado por meio de sistemas que garantam a segurança do trabalhador, tais como: sarilho com trava e guincho mecânico. Nas escavações manuais de poços e tubulões a céu aberto o diâmetro mínimo deverá ser de 0,60 m. Caso se adote iluminação interior, devem ser adotados sistemas estanques à penetração de água e umidade, alimentados por energia elétrica não superior a 24 volts. Deve ser evitada a utilização de equipamentos acionados por combustão ou explosão no interior dos poços e tubulões. Ainda, deve ser garantida ao trabalhador no fundo do poço ou tubulão a comunicação com a equipe de superfície através de sistema sonoro. Em fundações escavadas a ar comprimido deve ser garantida ao trabalhador a boa qualidade do ar no interior do poço ou tubulão, sendo a compressão e a descompressão executadas conforme os preceitos do Anexo 6 da NR-15, a fim de evitar danos à saúde do trabalhador, o qual não poderá sofrer mais que uma compressão num período de 24 horas, por menor que seja o período de trabalho. Além UNIVERSIDADE TECNOL GICA FEDERAL DO PARAN – UTFPR Profº. Heliton Lourenço Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho Cel.: (45) 9147 –0818 E-mail:
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disso, no transcorrer dos trabalhos nenhuma pessoa poderá ser exposta à pressão superior a 3,4 kgf/cm 2; A equipe de escavações deve ser constituída de trabalhadores qualificados e de um profissional treinado em atendimento de emergência, que deve permanecer em regime de prontidão no local de trabalho, deve ser evitada a presença de pessoas estranhas junto aos equipamentos. Do mesmo modo, a integridade dos equipamentos deve ser vistoriada diariamente e deve haver a manutenção do serviço médico de plantão para casos de socorro de urgência. Na execução de Fundações Cravadas e Injetadas, encontra-se os seguintes riscos:
Tombamento do bate-estaca;
Queda do pilão;
Ruptura de cabos de aço;
Ruptura de mangueiras e conexões
Vibrações afetando obras vizinhas ou serviços de utilidade pública;
Queda do trabalhador da torre do bate-estaca;
sob pressão;
Ruído;
Ruptura de tubulações de cabos
Circulação de trabalhadores junto
elétricos e de telefonia;
ao bate-estaca.
As medidas preventivas compreendem a preparação da área de trabalho levando-se em conta o acesso, o nivelamento necessário e a capacidade do solo de suportar o apoio da torre. O responsável técnico deve avaliar a interferência da escavação na estabilidade de construções vizinhas e na qualidade dos serviços de utilidade pública. Os cabos e mangueiras devem passar por inspeção periódica e na operação de bate-estacas a vapor, devemos dar atenção especial às mangueiras e conexões, sendo que o controle de manobra das válvulas deverá estar sempre ao alcance do operador. As operações de instalação, de funcionamento e de deslocamento do bateestaca devem ser executadas segundo procedimentos de segurança estabelecidos pelos responsáveis das referidas atividades. Em situação específica, na qual o bate-estaca tenha de realizar sua operação próxima à rede de energia elétrica, o responsável pela segurança na operação deve UNIVERSIDADE TECNOL GICA FEDERAL DO PARAN – UTFPR Profº. Heliton Lourenço Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho Cel.: (45) 9147 –0818 E-mail:
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solicitar orientação técnica da concessionária local quanto aos procedimentos operacionais e de segurança a serem seguidos. Quando o topo da torre do bate-estaca estiver num nível imediatamente superior às edificações vizinhas, o equipamento deve ser devidamente protegido contra descargas elétricas atmosféricas. Os cabos de suspensão do pilão devem ter, no mínimo, seis voltas enroladas no tambor do guincho, devendo ser inspecionados periodicamente, quando o bate-estaca não estiver em operação, o pilão deve permanecer em repouso sobre o solo ou no fim da guia do seu curso. Na operação de içamento do pilão, deverá ser observada freqüentemente a integridade do limitador de curso, a fim de garantir a não ultrapassagem do limite de içamento e para garantir, que não ultrapassem o limite de içamento do pilão, o limitador de curso deve ser inspecionado periodicamente por profissional qualificado. A estaca pré-moldada, quando posicionada na guia do bate-estaca, deve ser envolvida por corrente e inspecionada periodicamente para detectar trincas e evitar o seu tombamento em caso de rompimento do cabo. A manutenção ou reparos em bate-estacas devem ser executados somente quando o equipamento estiver fora de operação e para executar serviços na torre do bate-estaca, o trabalhador deverá, obrigatoriamente, utilizar o cinto de segurança do tipo “pára-quedista”, com trava-quedas fixados em estrutura independente. Os trabalhadores expostos a níveis de pressão sonora (ruído) superiores aos estabelecidos e tolerados pela NR-15 devem ser, obrigatoriamente, protegidos por meio de medidas de proteção coletiva e/ou de equipamentos de proteção auditiva individual. O bate-estaca instalado sob sistemas de roletes ou trilhos deve ter sua estabilidade garantida por contrapesos fixados conforme orientação técnica do fabricante ou responsável. Devem ser adotados os seguintes cuidados especiais quanto às mangueiras e conexões de fluidos sob pressão de ar comprimido, vapor, etc. utilizados em fundações: a) bom estado de conservação; b) evitar trânsito de máquinas e veículos sobre as mesmas; UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ – UTFPR Profº. Heliton Lourenço Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho Cel.: (45) 9147 –0818 E-mail:
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c) as conexões devem ser vistoriadas diariamente, antes do início das atividades, para que não haja a ocorrência de vazamentos que venham a causar acidentes; d) o controle de manobras das válvulas deve estar situado sempre ao alcance do operador; e) atendimento às recomendações dos fabricantes.
5.3 Desmonte De Rochas
Nas atividades de desmonte de rochas com uso de explosivos é obrigatória a adoção de “Plano de fogo” elaborado por profissional habilitado. Na execução do “Plano de fogo” é obrigatória a exigência de um profissional habilitado (Blaster), responsável pelo armazenamento, preparação das cargas, carregamento das minas, ordem de fogo, detonação e retirada de explosivos não detonados e providências quanto ao destino adequado das sobras de explosivos. A quantidade de explosivos e acessórios necessários ao “Plano de fogo” deve ser restrita ao momento de detonação, evitando-se a estocagem próximo à frente de trabalho. O Blaster deve se ater-se às condições atmosféricas para realizar as detonações, sendo proibido realizá-las quando a atmosfera encontrar-se efetivamente carregada, evitando assim a detonação acidental provocada por descarga elétrica atmosférica. As áreas onde se utilizem explosivos deverão ser isoladas e sinalizadas, com sinais visuais e sonoros que não se confundam com os sistemas padronizados de emergência, tais como ambulância, polícia, bombeiro, etc. O tempo entre o carregamento e a detonação deve ser o mínimo possível. Em locais confinados (túneis, tubulões, etc.) deve ser garantida a ventilação, para a manutenção de uma atmosfera salubre ao trabalhador.
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5.4 EXERCÍCIO
1) O final da Avenida Brasil em Medianeira deverá se estender para o novo bairro. Portanto, no mesmo alinhamento atual da avenida iniciará os trabalhos de terraplanagem e pavimentação. Para isto, o projeto consta de toda a infraestrutura, tais como: rede de água, esgoto, telefonia, elétrica e gás. Todos os sistemas serão instalados em dutos e/ou galerias subterrâneas. a) Você Engenheiro de Segurança do Trabalho, prestará acessoria ao projeto das construções de infra-estrutura acima citado e, deverá desenvolver (descrever) recomendações de segurança necessárias durante as escavações das trincheiras (valetas) e para a execução das fundações. 2)
Qual a pressão máxima que o trabalhador pode ser exposto?
3)
Qual a temperatura máxima pode chegar no interior do tubulão?
4)
Descreva os tipos de fundações, estudadas nesta aula, e seus respectivos riscos e as medidas preventivas de acordo com as particularidades de cada um.
5)
Descrever os como deve ser o sistema de proteção em serviços com desmonte de rocha a fogo.
6)
Quais EPIs, você recomendaria para os trabalhadores envolvidos nos serviços com desmonte de rocha?
7)
Pesquisa: Os explosivos podem ser armazenados no canteiro de obras?
6
se não justifique, se sim quais as recomendações de segurança.
CARPINTARIA As operações em máquinas e equipamentos necessários à realização da
atividade de carpintaria somente podem ser realizadas por trabalhador qualificado nos termos da NR 18. A serra circular deve atender às disposições a seguir:
Ser dotada de mesa estável, com fechamento de suas faces inferiores, anterior e posterior, construída em madeira resistente e de primeira qualidade, material metálico ou similar de resistência equivalente, sem
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irregularidades, com dimensionamento suficiente para a execução das tarefas;
Ter a carcaça do motor aterrada eletricamente;
O disco deve ser mantido afiado e travado, devendo ser substituído quando apresentar trincas, dentes quebrados ou empenamentos;
As
transmissões
de
força
mecânica
devem
estar
protegidas
obrigatoriamente por anteparos fixos e resistentes, não podendo ser removidos, em hipótese alguma, durante a execução dos trabalhos;
Ser provida de coifa protetora do disco e cutelo divisor, com identificação do fabricante e ainda coletor.
Lâmpadas da carpintaria protegidas contra impacto;
A carpintaria ter piso resistente e cobertura
O disco da Serra Circular deve: o
Diâmetro do disco > 0,25m e < 0,50m;
o
Diâmetro do furo de encaixe de acordo com o diâmetro do eixo;
o
Motor pode ser dimensionado em função da resistência da madeira, diâmetro do disco e velocidade de rotação do disco.
Os Riscos no manuseio da serra circular são:
Cortes e amputações no membros superiores;
ruptura do disco;
Ruído excessivo;
Descargas elétricas;
Projeção de partículas e incêndios.
As Medidas de proteção coletiva compreendem:
Proteção das transmissões de força;
Cobertura da serra circular;
Aterramento elétrico;
Instalação de extintor;
A Medidas de proteção Individual compreendem:
Capacete;
Protetor facial e Protetor auricular;
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Avental e luva de raspa;
Mascaras contra poeiras;
Sapatos de segurança com palmilha de aço
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Local de instalação deve oferecer fácil circulação aos trabalhadores e suficientemente amplo, a serra circular deve ser instalada preferencialmente no térreo, em local ventilado, ainda, deve-se designar um único carpinteiro para trabalhar na serra circular, este deve:
7
Usar EPIs apropriados e não retirar os EPCs da máquina;
Manter o disco de corte amolado e travado;
Desligar a chave de comando quando não estiver em uso;
Manter a ordem e a limpeza do local.
ARMAÇÕES DE AÇO Estudar previamente o local de estocagem de vergalhões, a dobragem e o corte
de vergalhões de aço em obra devem ser feitos sobre bancadas ou plataformas apropriadas e estáveis, afastadas da área de circulação de trabalhadores para evitar perfurações dos mesmos. A área de trabalho onde está situada a bancada de armação deve ter cobertura resistente para proteção dos trabalhadores contra a queda de materiais e intempéries. As lâmpadas de iluminação da área de trabalho da armação de aço devem estar protegidas contra impactos. É obrigatória a colocação de pranchas de madeira firmemente apoiadas sobre as armações nas fôrmas, para a circulação de operários. É proibida a existência de pontas verticais de vergalhões de aço desprotegidas e durante a descarga de vergalhões de aço, a área deve ser isolada. Na instalação das armações de pilares, vigas, etc. na sua destinação final devem ser apoiadas e escoradas, evitando tombamento e recomenda-se não fixar cinto de segurança diretamente às armações de viga de periferia.
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ESTRUTURAS DE CONCRETO As fôrmas devem ser projetadas e construídas de modo que resistam às
cargas máximas de serviço. Os suportes e escoras de fôrmas devem ser inspecionados antes e durante a concretagem por trabalhador qualificado. No caso do uso de fôrmas deslizantes, este deve ser supervisionado por profissional legalmente habilitado. O transporte de concreto quando executado por tubos transportadores devem possuir dispositivos de segurança em suas conexões, impedindo a separação das partes. Já as caçambas de concreto devem ter dispositivos de segurança que impeçam o seu descarregamento acidental. A confecção de formas não se deve usar peças partidas, lascadas deterioradas, com nós ou buracos e de resistência desconhecida, ao executar montagem de formas em altura superior a 2 m, deve usar cinto de segurança, ligado a um cabo de segurança e a equipe de transporte de formas dirigida por profissional qualificado e destinar nº de pessoas adequadas. Durante a instalação das formas o uso de escadas de mão, deve se tomar o cuidado de colocá-la na inclinação adequada e amarrá-la, sendo proibido o uso de gastalhos de pilar como degraus, entretanto, utilização de escadas de mão e pequenos andaimes entre os pilares são soluções corretas; Antes do inicio dos serviços, fechar provisoriamente as aberturas ao nível da ultima laje concretada e após a instalação das formas dos pilares de periferia, amarrar nelas uma corda horizontal para servir como guarda-corpo provisório. Logo que forem colocados os painéis externos das vigas de periferia, é importante fixar neles, sarrafos provisórios, onde será amarrada uma corda, para servir de guarda-corpo provisório, devem-se proteger cabos elétricos dos equipamentos dos quais estão sendo utilizados com tabuas e pranchões, também para deslocamento sobre as ferragens; É importante inspecionar as escoras e formas antes do lançamento do concreto e todos que trabalham no lançamento do concreto devem usar botas de borracha. Quando o concreto for produzido na obra com uso de betoneiras devem-se tomar alguns cuidados com o seu manuseio, tais como:
A queda repentina da caçamba carregadora:
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Interrupção acidental da ação do freio ou da trava;
ruptura dos cabos e amarras;
Distração do operador, não observou a presenças de pessoas;
Operação da betoneira por trabalhador não qualificado.
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Após a cura do concreto a desforma (retirada das formas e escoras) só poderá ser executada com a autorização prévia pelo técnico responsável pela obra e hipótese alguma é permitida a desforma prematura sem autorização do técnico responsável; Ainda, a equipe de segurança do trabalho deve ser comunicada antes do início da desforma, a fim de tomar as providências necessárias quanto à segurança, tais como:
Isolar com barreiras a área do canteiro de obras localizada abaixo do que vai ser deformado;
Atravessar uma corda, a meia altura, em toda a periferia da laje, amarrando nela longarinas inclinadas, formando um chama lixo;
Proteção para quem passa pela circulação do andar em transito pela escada;
Fechar e cercar todas as aberturas do piso;
Construir andaimes adequados para a desmontagem.
Durante as operações de protensão de cabos de aço, é proibida a permanência de trabalhadores atrás dos macacos ou sobre estes, ou outros dispositivos de protensão, devendo a área ser isolada e sinalizada. Os dispositivos e equipamentos usados em protensão devem ser inspecionados por profissional legalmente habilitado.
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ESTRUTURAS METÁLICAS Na edificação de estrutura metálica, abaixo dos serviços de rebitagem,
parafusagem ou soldagem, deve ser mantido piso provisório, abrangendo toda a área de trabalho situada no piso imediatamente inferior. Quando necessária a complementação do piso provisório, devem ser instaladas redes de proteção junto às colunas. Deve ficar à disposição do trabalhador, em seu posto de trabalho, recipiente adequado para depositar pinos, rebites, parafusos e ferramentas. Quando for necessária a montagem, próximo às linhas elétricas energizadas, deve se proceder ao desligamento da rede, afastamento dos locais energizados, UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ – UTFPR Profº. Heliton Lourenço Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho Cel.: (45) 9147 –0818 E-mail:
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proteção das linhas, além do aterramento da estrutura e equipamentos que estão sendo utilizados. 9.1 EXERCÍCIOS
1) Quais são os riscos no manuseio da serra circular e quais as medidas de proteção coletiva e individual que devem ser adotadas? 2) Quais os cuidados que devem ser tomados nos serviços de concretagem de uma laje? 3) Quais as recomendações de segurança quanto a fabricação e instalação das formas? 4) Quais as recomendações de segurança para se trabalhar na central de armações de aço? 5) Quanto as estruturas metálicas quais são as recomendações de segurança segundo a NR-18? 6) Quais são os principais riscos relacionados com a betoneira e como evitá-los? 7) Quais as medidas de prevenção a serem adotadas antes de se iniciar a desformas?
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OPERAÇÕES DE SOLDAGEM E CORTE A QUENTE As operações de soldagem e corte a quente exigem um adequado programa de
segurança que estabeleça normas para proteção dos trabalhadores e redução dos riscos de acidentes. Logo as operações de soldagem e corte a quente somente podem ser realizadas por trabalhadores qualificados e, ainda, nas operações de soldagem é obrigatório a utilização de anteparo eficaz para proteção dos trabalhadores vizinhos. A soldagem é uma técnica de unir duas ou mais partes constituintes de um todo, assegurando entre elas a continuidade do material. Na industria da Construção, os processos mais empregados para soldagem são:
Oxi-acetilênico;
Arco elétrico;
Elétrico por resistência (pouco empregado).
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10.1 SOLDAGEM OXI-ACETILÊNICA
A matéria prima empregada é carbureto de cálcio (C2Ca), que não é inflamável nem explosivo, mas em contato com a água ou exposto a umidade, produz acetileno (C2H2). Os maiores inimigos dos tambores de carbureto são: fogo, a umidade e as pancadas. O acetileno sem pressão não é explosivo, mas se atingir pressões > 1,5 bar, estará susceptível de explosão espontânea, e as tubulações contendo acetileno devem ser de aço, pois com cobre dá uma mistura explosiva. Quando forem executadas operações de soldagem ou corte a quente em materiais que envolvam chumbo, zinco ou materiais revestidos de cádmio, será obrigatória a remoção por ventilação local exaustora dos fumos originados no processo de solda e corte, pois a combustão dos metais que as cobrem, provocam poluição do ar, que exige a sua renovação constante. Do mesmo modo quando estes forem executadas em vasilhame, recipientes, tanques que envolvam geração de gases é obrigatória a adoção medidas preventivas, contra risco de explosão e intoxicação do trabalhador. Assim como, todos os serviços com solda envolvendo a mistura de gases combustíveis e oxigênio em locais fechados deve-se tomar medidas preventivas contra intoxicação, porque somente a combustão do oxigênio já produz gases tóxicos, tais como: óxido de carbono, hidrogênio fosforado e vapores nitrosos. As mangueiras devem possuir mecanismos contra o retrocesso das chamas e na saída do cilindro e válvula de contra fluxo chegada do maçarico. E é proibida a presença de substâncias inflamáveis e/ou explosivas próximo às garrafas de oxigênio.
10.2 SOLDAGEM DE ARCO ELÉTRICO
A soldagem de metais por arco elétrico é um processo manual, no qual o calor para a soldagem é gerado por arco estabelecido entre um eletrodo revestido e a peça a soldar. Os postos de solda de arco elétrico mais utilizados, na industria da construção, são: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ – UTFPR Profº. Heliton Lourenço Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho Cel.: (45) 9147 –0818 E-mail:
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Estáticos (transformador – – corrente alternada);
Rotativos (gerador ou conversor – – corrente contínua).
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Os postos estáticos são mais perigosos, pois dão uma tensão em vazio de mais de 80 V, a tensão em vazio é aquela que aparece entre o eletrodo e a peça a ser soldada, quando o ponto não emite corrente. Para que uma fonte elétrica possa ser utilizada para os processos de soldagem, ela deve:
A tensão deve ser baixa;
A intensidade de energia deve ser alta para manter o arco de solda aberto;
A corrente de soldagem deve ser ajustável para possibilitar o uso de diferentes eletrodos;
O circuito será protegido contra curto-circuito e a fonte deve suportá-lo;
A corrente de solda deve apresentar bastante regularidade.
Os principais riscos no processo de solda a arco elétrico são:
Choque elétrico: o maior potencial de perigo a que estão sujeitos os que trabalham com equipamentos elétricos é a exposição ao choque elétrico;
Radiações não-ionizantes: o arco elétrico produz raios ultravioleta e infravermelho, provocando efeitos prejudiciais para os olhos, em casos de exposições contínuas e repetidas;
Fumos: na região do arco, devido a alta temperatura, verifica-se a formação de óxidos de nitrogênio;
Ozônio tóxico: o ozônio, oxigênio na forma triatônica (O 3), é formado pela ação do ultravioleta sobre o oxigênio do ar, é um gás tóxico e irritante. Devem ser tomadas as seguintes medidas de proteção coletiva:
Postos de soldas protegidos por cortinas plásticas que impeçam a passagem de radiação.
Exaustão dos fumos metálicos de soldas;
Equipamentos de soldagem devem ser aterrados.
Devem ser tomadas as seguintes medidas de proteção individual:
Luvas, avental e perneiras de raspas;
Botas de segurança;
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Touca de soldador;
Máscara de solda;
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É indispensável dotar as mascaras com vidro filtrante especial para solda com arco elétrico, conforme tabela abaixo: Soldagem com Eletrodos Revestidos Faixa de Ø de eletrodo Faixa de corrente utilizada Nº da lente a ser utilizada 1,6 a 4,0 mm 70 a 160 A 10 4,8 a 6,0 mm 190 a 250 A 12 7,9 a 9,5 mm 320 a 380 A 14
Em casos de acidentados em serviços com solda, devem ser tomados os seguintes cuidados:
Comoção elétrica: retirar imediatamente o acidentado do contato com a corrente elétrica, sem se expor;
Corpos estranhos nos olhos: não mexer nos olhos, há risco de perder a visão por infecção ou cicatriz opaca, não esfregar os olhos, não tentar retirar o corpo estranho e cobrir o olho com uma bandagem sem pressão;
Conjuntivite: a exposição, mesmo rápida, a radiação ultravioleta de um arco de soldagem, pode provocar uma conjuntivite, que se manifesta horas após a exposição.
10.3 EXERCÍCIOS
1) O que deve ser observado observado nos equipamentos de solda solda oxi-acetilênica? Quais dispositivos este deve possuir? 2) Em que locais é proibido executar serviços serviços de soldagem soldagem a quente? quente? 3) Quais os cuidados que se deve tomar ao executar operações com solda eletgrica? 4) Quais os EPIs e EPCs recomendados recomendados para trabalhos trabalhos com solda?
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ACESSO TEMPORÁRIO: ESCADAS, RAMPAS E PASSARELAS Acessos temporários de madeira são superfícies de passagens para
trânsito de pessoas de um local para outro e podem ser classificados em: a) Escadas – utilizadas na indústria da construção, de uso temporário, com o objetivo de transpor pessoas entre pisos com diferença de nível e para serviços em altura. b) Rampas – são planos inclinados, de uso temporário, utilizados na indústria da construção para transpor pisos com diferença de nível. c) Passarelas – são planos horizontais, de uso temporário, e destinam-se à transposição sobre escavações ou vãos cujas margens estejam no mesmo nível. As escadas, rampas e passarelas são também definidas conforme seu ângulo de inclinação com relação à horizontal. A madeira a ser usada para a sua construção deve ser de boa qualidade e recomenda-se r ecomenda-se que: a) na construção a madeira deve ser resistente, de boa qualidade, sem sem apresentar nós, rachaduras e estar completamente seca; b) não utilizar tintas sobre a madeira que possam possam esconder eventuais eventuais defeitos, e sim aplicar produtos conservantes transparentes (vernizes, selantes, imunizantes e outros). As escadas, rampas e passarelas podem ser também construídas em estruturas metálicas ou outro material que resista aos esforços solicitados, devem ser utilizadas para o fim a que se destinam, evitando-se qualquer tipo de improvisação e serem submetidas a freqüentes inspeções de suas condições de uso, em especial antes de serem instaladas e/ou utilizadas. Os pisos das escadas, rampas e passarelas deverão ser dotados de sistema antiderrapante para evitar que os trabalhadores escorreguem. Tipos: chanfros, ranhuras, réguas, frisos, entre outros, que devem ser adequados a cada tipo de superfície.
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11.1 ESCADAS
As escadas podem ser portáteis ou fixas, sendo que as escadas portáteis podem ser de 3 tipos:
de uso individual (de mão);
dupla (cavalete ou de abrir);
extensível.
Já as escadas fixas podem ser de dois tipos:
11.1.1
gaiola (marinheiro);
de uso coletivo.
Escadas portáteis Na utilização de escadas portáteis em local de freqüente circulação de pessoas
e/ou veículos, deve haver sinalização para alertar contra possíveis abalroamentos (choques, impactos, etc.).
11.1.1.1 De uso individual (de mão) Utilizadas para transpor níveis e restritas para acessos provisórios e serviços de pequeno porte e devem ser construídas de acordo com as características descritas abaixo: • Montantes – são elementos verticais para fixação das travessas (degraus) da escada, capazes de suportar o esforço solicitado, com comprimento máximo de 7 m e espaçamento entre eles de no mínimo 0,45 m e no máximo de 0,55 m. • Travessas (degraus) – são elementos horizontais fixados nos montantes, capazes de suportar o esforço solicitado, com espaçamento entre eles de no mínimo 0,25 m e no máximo de 0,30 m, de forma constante, devendo suportar uma carga de 160 kgf em seu ponto mais desfavorável. As travessas deverão ser fixadas aos montantes por meio de cavilhas ou outros meios que garantam sua rigidez. O ponto de apoio superior deve ultrapassar 1 m acima do piso a ser alcançado e ser firmemente apoiado e amarrado. O afastamento dos pontos inferiores de apoio dos montantes em relação à vertical deve ser aproximadamente igual a 1/4 do comprimento entre esses apoios. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ – UTFPR Profº. Heliton Lourenço Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho Cel.: (45) 9147 –0818 E-mail:
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Os trabalhadores que utilizarem escadas de uso individual (de mão) devem usar sempre as duas mãos. Eventuais cargas (equipamentos e materiais leves) deverão ser içados em bolsas ou outros recipientes semelhantes. Não é permitida a união de duas ou mais escadas, bem como prolongar seus montantes, visando aumentar o comprimento total da escada. Na impossibilidade de nivelar o piso sobre o qual a escada será apoiada, será permitido o prolongamento do pé por meio de sistemas automáticos ou mecânicos. As escadas devem ser transportadas horizontalmente, evitando-se choques contra pessoas ou obstáculos. Quando transportada por uma só pessoa, a escada deverá ter a parte da frente mantida a uma altura superior à cabeça de uma pessoa. Escadas compridas devem ser carregadas por duas ou mais pess oas, para garantir um transporte mais seguro e promover melhor distribuição da carga. 11.1.1.2 Duplas (cavalete ou de abrir) As escadas duplas são normalmente utilizadas para pequenos serviços, devem ser rígidas, estáveis e seguras. O comprimento máximo dos montantes da escada é 6 m, não devendo ser utilizada como escada portátil de uso individual (de mão). A distância mínima entre montantes das escadas de abrir no topo da escada deve ser de 0,30 m, aumentando essa distância, progressivamente, em direção à base, em 0,05 m para cada 0,30 m de altura. A escada deve ser provida de dobradiças com afastadores e limitadores de abertura com sistema antibeliscão, que evite lesão na mão do trabalhador. Os limitadores de abertura deverão estar totalmente estendidos (abertos) quando a escada estiver em uso. São proibidas improvisações como uso de arames, cordas, fios, correntes e outros materiais para substituir os limitadores de abertura. 11.1.1.3 Extensível Utilizadas para serviços de pequeno porte, e constituídas somente por duas seções. As escadas extensíveis devem ser compostas por: a) montantes e travessas; b) roldana e guias; UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ – UTFPR Profº. Heliton Lourenço Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho Cel.: (45) 9147 –0818 E-mail:
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c) duas catracas; d) corda para manobra de extensão; e) sapata antiderrapante de segurança nos montantes. As catracas e guias metálicas devem estar dispostas de tal maneira que a escada apresente a mesma resistência que uma escada portátil de uso individual (de mão) de igual comprimento. As catracas e roldanas (moitão ou carretilhas) devem ser mantidas em perfeito estado de conservação. A corda não deve estar desgastada ou desfiada. A escada deve possuir dispositivo limitador de curso, fixada no quarto vão a contar das catracas, proporcionando uma sobreposição de no mínimo 1 m quando estendida. A escada extensível com mais de 7 m de comprimento deve possuir obrigatoriamente sistema de travamento (tirante ou vareta de segurança) para impedir que os montantes fiquem soltos e prejudiquem a estabilidade. Ao utilizar escada portátil dupla e escada extensível, não ultrapassar os três últimos degraus para garantir sua estabilidade. As escadas portáteis de uso individual (de mão), dupla e extensível com peso superior a 25 kg devem ser erguidas por, no mínimo, dois trabalhadores.
11.1.2 Escadas Fixas: Escada Tipo Marinheiro A escada tipo marinheiro em geral é constituída por estruturas metálicas e utilizada para acesso a lugares elevados ou de profundidade que excedam 6 m, com grau de inclinação em relação ao piso variando de 75º a 90º, possuindo gaiola de proteção. Os montantes devem ser fixados na parede a cada 3 m, podendo os degraus ser fixados diretamente na parede ou no próprio montante. As extremidades inferiores dos montantes poderão ser fixadas no piso ou chumbadas na parede. Já as extremidades superiores dos montantes deverão ultrapassar 1 m a superfície que se deseja atingir e ser dobradas para baixo. Caso a escada possua os degraus fixados diretamente na parede, na parte mais alta deverá existir um balaústre que permita o apoio do trabalhador. UNIVERSIDADE TECNOL GICA FEDERAL DO PARAN – UTFPR Profº. Heliton Lourenço Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho Cel.: (45) 9147 –0818 E-mail:
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A seção transversal dos degraus deve possuir um formato que facilite a pegada da mão, tendo uma resistência aproximada de três vezes o esforço solicitado. A distância entre degraus será constante em toda a escada, podendo ter, de eixo a eixo, 0,25 m a 0,30 m ). A largura dos degraus deve ser de 0,45 m a 0,55 m e deverão ficar afastados da parede de 0,15 m a 0,20 m. As escadas fixas tipo marinheiro com mais de 6 m de altura deverão possuir gaiola de proteção. A gaiola de proteção deve ser instalada a partir de 2 m do piso, devendo ultrapassar 1 m a superfície a ser atingida acompanhando a altura dos montantes. A gaiola de proteção é composta de anéis (aros) e barramentos (no mínimo três), devendo seus anteparos suportar uma carga de 80 kgf aplicada no seu ponto mais desfavorável. A distância entre os anéis deverá ser de 1,20 m a 1,50 m, a distância entre a gaiola e o degrau não poderá ser superior a 0,60 m, a abertura inferior da gaiola deve ter uma dimensão 0,10 m maior que o restante da estrutura, para uma movimentação inicial e final mais segura do trabalhador. Para as escadas fixas tipo marinheiro com mais de 10 m de altura, estas deverão possuir plataformas intermediárias, subdividindo a escada em vários lances e a distância máxima entre plataformas deverá ser de 9 m, em postos de trabalho subterrâneo, essa distância será de 4 m. Na plataforma deverá ser garantido um espaço para descanso com dimensão mínima de 0,60 m x 0,60 m, esta plataforma deve ser provida de sistema guarda-corpo e rodapé com travessão superior de 1,20 m, travessão intermediário de 0,70 m, e rodapé de 0,20 m de altura. 11.1.3 Escadas Fixas: Escada de Uso Coletivo A escada de uso coletivo será utilizada quando mais de 20 trabalhadores estiverem realizando um trabalho que necessite transpor diferenças de nível. Esta deve ser provida de um guarda-corpo com altura de 1,20 m para o travessão superior, 0,70 m para o travessão intermediário, com rodapé de 0,20 m de altura. A largura da escada de uso coletivo será definida em função do número de trabalhadores que a utilizarão, conforme tabela abaixo: Nº de Trabalhadores
Largura mínima (m)
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≤ 45 > 45 e ≤ 90 > 90 e ≤ 135 > 135 (*) Com reforço inferior intermediário.
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0,80 1,20 1,50 * 2*
A escada de uso coletivo com largura superior a 1,50 deve possuir reforço inferior intermediário para evitar a flexão do degrau da escada, e caso sua largura seja igual ou superior a 2 m poderá possuir corrimão intermediário. A escada de uso coletivo com desnível superior a 2,90 m deve possuir patamar intermediário, com a mesma largura da escada e comprimento mínimo igual à largura. A relação entre o ângulo de inclinação da escada e as dimensões dos degraus deverá ser: Ângulo de Inclinação 24° 30° 38°
Dimensões dos degraus Piso (cm) Altura (cm) 23 20 29 17 33 15
Para ângulos de valores diferentes dos descritos acima, e compreendidos entre 24º e 38°, utiliza-se a seguinte fórmula para obter as dimensões do degrau: 2p + h = 63 cm Onde: p → piso do degrau; h → altura do espelho do degrau; 63 cm → comprimento aproximado de um passo normal de uma pessoa adulta, em terreno horizontal.
11.2 RAMPAS E PASSARELAS As rampas são superfícies de passagem para transpor pessoas e materiais, constituídas de planos inclinados que formam com a horizontal ângulos que variam de 0º até 15º. Os ângulos citados são uma recomendação visando evitar esforço excessivo dos trabalhadores ao transpor a rampa. As passarelas são superfícies de passagem para transpor pessoas e materiais sobre vãos constituídos por um plano horizontal (0º – zero grau). Não deve haver ressaltos entre o piso da rampa ou passarela e as superfícies a serem a tingidas. Para obter um maior fluxo de trabalhadores, sem prejudicar sua segurança, a largura da rampa ou passarela é dada em função do número de trabalhadores que a utilizam. Desse modo se estabelece: UNIVERSIDADE TECNOL GICA FEDERAL DO PARAN – UTFPR Profº. Heliton Lourenço Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho Cel.: (45) 9147 –0818 E-mail:
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Nº de Trabalhadores ≤ 45 > 45 e ≤ 90 > 90 e ≤ 135 > 135 (*) Com reforço inferior intermediário.
43
Largura mínima (m) 0,80 1,20 1,50 * 2*
A rampa ou passarela com largura superior a 1,50 m deve possuir reforço inferior intermediário para evitar a flexão do piso. As rampas e passarelas devem ser providas de um guarda-corpo com altura de 1,20 para o travessão superior, 0,70 m para o travessão intermediário, com rodapé 0,20 m de altura. As rampas com inclinação entre 6º e 20° devem ser dotadas de sistema antiderrapante, tipo friso, réguas ou outros meios que evitem escorregamento do trabalhador. Os apoios das extremidades das passarelas devem ultrapassar, no mínimo, de cada lado, 1/4 da largura total do vão, e deverão ser fixados de modo a garantir sua estabilidade. Deverá ser tecnicamente garantida a estabilidade do talude em terrenos naturais instáveis. As áreas próximas aos acessos das rampas ou passarelas deverão ser protegidas por sistema de guarda-corpo, bem como ser sinalizadas. Escadas, tábuas e outros materiais não poderão ser utilizados como rampas e passarelas, devendo ser evitada qualquer improvisação.
11.3 EXERCÍCIOS Você foi contratado como Engenheiro de Segurança do Trabalho, para atuar em uma obra de construção civil de um edifício de 6 pavimentos. O qual você deve implantar um sistema de gestão de segurança, especificar sistemas de segurança, tais como: EPCs e EPIs, orientar o engenheiro responsável da obra, o mestre de obra e os trabalhadores em geral sobre as medidas de segurança a serem adotadas e cumpridas. A obra se encontra em fase avançada, e os trabalhadores acabaram de concretar o 5º pavimento e preparam-se para instalar as formas e ferragens para em seguida concretar o 6º pavimento. Nesta edificação contém poço de elevadores e a escada definitiva ainda não está pronta. O canteiro de obra possui: UNIVERSIDADE TECNOL GICA FEDERAL DO PARAN – UTFPR Profº. Heliton Lourenço Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho Cel.: (45) 9147 –0818 E-mail:
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Central de concreto;
Central de formas (carpintaria);
Central de ferragem (armação).
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Você é o Engenheiro de Segurança do Trabalho Responsável pela segurança da obra e deve:
Especificar o layout da central de formas e as medidas de segurança com a serra circular;
As precauções com a central de concreto;
As precauções com a central de armação;
Os cuidados com a execução das formas e desformas (cuidado na instalação e desinstalação das formas);
As especificações das escadas, rampas e passarelas;
Precauções com a concretagem do 5º pavimento.
12 MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS DE ALTURA É obrigatória a instalação de EPC onde houver risco de queda de trabalhadores, pois a proteção coletiva deve priorizar a adoção de medidas que objetivem evitar a ocorrência de quedas, não sendo tal possível, e somente nessa hipótese, deve-se utilizar recursos de limitação de quedas. 12.1 DISPOSITIVOS PROTETORES DE PLANO VERTICAL
12.1.1 Sistema Guarda-corpo-Rodapé (GcR) Esse sistema destina-se a promover a proteção contra riscos de queda de pessoas, materiais e ferramentas. Deve-se constituir de uma proteção sólida, de material rígido e resistente, convenientemente fixada e instalada nos pontos de plataformas, áreas de trabalho e de circulação onde haja risco de queda de pessoas e materiais. UNIVERSIDADE TECNOL GICA FEDERAL DO PARAN – UTFPR Profº. Heliton Lourenço Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho Cel.: (45) 9147 –0818 E-mail:
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Como elementos constitutivos o Guarda-corpo-Rodapé (GcR) tem:
travessão superior (barrote, listão, parapeito) - compõe-se de barra, sem aspereza, destinada a proporcionar proteção como anteparo rígido. Será instalado a uma altura de 1,20 m referida do eixo da peça ao piso de trabalho. Deve ter resistência mínima a esforços concentrados de 150 kgf/ metro linear, no centro (meio) da estrutura;
travessão intermediário - compõe-se de elemento situado entre o rodapé e o travessão superior, a uma altura de 0,70 m referida do eixo da peça ao piso de trabalho de mesmas características e resistência do travessão superior;
rodapé - compõe-se de elemento apoiado sobre o piso de trabalho que objetiva impedir a queda de objetos. Será formado por peça plana e resistente com altura mínima de 0,20 m de mesmas características e resistência dos travessões;
montante - compõe-se de elemento vertical que permite ancorar o GcR à estrutura das superfícies de trabalho ou de circulação (com aberturas ou vãos a proteger) e no qual se fixam os travessões e rodapé de mesmas características e resistência dos travessões.
As distâncias entre os montantes dos sistemas GcR em andaimes suspensos deverão ser de no máximo 1,50 m e os Requisitos Complementares do GcR são:
para impedir a queda de materiais no espaço compreendido entre os travessões e o rodapé deve ser fechado por tela com resistência de 150 Kgf/m linear, com malha de abertura com intervalo entre 20 mm e 40 mm ou material de resistência e durabilidade equivalentes e fixada do lado interno dos montantes. a fixação do sistema GcR deverá resistir a esforços transversais de, no mínimo, 150 kgf/metro linear e ser feita na face interna do sistema GcR;
a madeira utilizada no sistema GcR não pode ter aparas, nem deve apresentar
nós,
rachaduras
ou
falhas,
que
comprometam
as
características indicadas para o seu uso seguro. Não devem ser usadas peças de madeira submetidas à pintura com tinta, prática que pode impedir a detecção de falhas no material. Sendo indicada a aplicação de duas demãos de verniz claro, óleo de linhaça quente ou afins, bem como UNIVERSIDADE TECNOL GICA FEDERAL DO PARAN – UTFPR Profº. Heliton Lourenço Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho Cel.: (45) 9147 –0818 E-mail:
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a realização de inspeção antes da instalação e utilização de elementos de madeira; Quando a altura de 1,20 m definida para o travessão superior for insuficiente para atender as medidas necessárias à execução segura de determinado tipo de atividade, o travessão superior será obrigatoriamente elevado até o nível compatível com o serviço realizado, atentando-se para que as dimensões verticais entre travessões e rodapé não sejam maiores que 0,50m com fechamento com tela de arame galvanizado de nº 14 ou material de resistência e durabilidade equivalente.
12.1.2 Sistema de Barreira com Rede Este sistema diferencia-se do GcR por ser constituído por dois elementos horizontais, rigidamente fixados em suas extremidades à estrutura da construção, sendo o vão entre os elementos superior e inferior fechado unicamente por meio de rede de resistência de 150 Kgf / metro linear com malha de abertura de intervalo entre 20 mm e 40 mm ou de material de resistência e durabilidade equivalentes. O elemento horizontal superior é constituído por cabo de aço ou tubo metálico, instalado a uma altura de 1,20 m do piso ou plataforma de trabalho, funcionando como parapeito. Sendo usado cabo de aço, este deve estar tracionado por meio de dispositivos tensores. O elemento inferior constituído de cabo de aço ou tubo metálico é instalado junto ao piso, fixado no espaçamento uniforme de 0,50m (cinqüenta centímetros), de forma que não haja abertura entre o piso e o elemento inferior superior a 0,03 m, funcionando também como estrutura de fixação da tela. A fixação do sistema é feita na estrutura definitiva do edifício em construção por meio de dispositivos que garantam resistência a esforços de impacto transversais de 150 kgf / metro linear. A tela tem amarração contínua e uniforme nos elementos superior e inferior, cobrindo todo o vão e na sua extremidade e fixada (amarrada) em toda a dimensão vertical. Em qualquer ponto do sistema (elementos superior e inferior, tela ou rede e fixação) deve haver uma resistência mínima a esforços horizontais de 150 kgf.
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12.1.3 Proteção de Aberturas no Piso por Cercados, Barreiras com Cancelas ou Similares As aberturas no piso, mesmo quando utilizadas para o transporte de materiais e equipamentos, devem ser protegidas por cercado rígido composto de travessa intermediária, rodapé e montantes de características e sistema construtivo idêntico ao GcR. No ponto de entrada e saída de material o sistema de fechamento deve ser do tipo cancela ou similar. Os vãos de acesso às caixas dos elevadores devem ter fechamento vertical provisório, através de sistema GcR ou de painel inteiriço de no mínimo 1,20 m de altura, constituído de material resistente, fixado à estrutura da edificação, até a colocação definitiva das portas das edificação a serem servidos por elevadores. Toda periferia da construção deve ser dotada de dispositivos de proteção contra quedas desde o início dos serviços de concretagem da primeira laje. A proteção periférica provisória somente pode ser retirada para se executar a vedação definitiva de todo o perímetro do pavimento. 12.2 DISPOSITIVOS PROTETORES DE PLANO HORIZONTAL Todas as aberturas nas lajes ou pisos, não utilizadas para transporte vertical de materiais e equipamentos, devem ser dotadas de proteção sólida, na forma de fechamento provisório fixo (assoalho com encaixe), de maneira a evitar seu deslizamento ou por sistema GcR peças de perfil metálico ou de madeira, projetada e instalada de forma a impedir a queda de materiais, ferramentas e / ou outros objetos. Elementos diversos de instalações prediais (caixas de esgoto, água pluviais e outros), dos quais derivem aberturas no piso devem ter fechamento provisório (tampa) sempre que forem interrompidos os serviços no seu interior. Os poços de elevadores devem ser mantidos assoalhados. Em todo o perímetro e nas proximidades de vãos e/ou aberturas das superfícies de trabalho da edificação devem ser previstos e instalados elementos de fixação ou apoio para cabo-guia / cinto de segurança, a serem utilizados em atividades junto ou UNIVERSIDADE TECNOL GICA FEDERAL DO PARAN – UTFPR Profº. Heliton Lourenço Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho Cel.: (45) 9147 –0818 E-mail:
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nessas áreas expostas de trabalho, possibilitando aos trabalhadores, dessa forma, o alcance seguro de todos os pontos da superfície de trabalho. 12.2.1 Dispositivos de Proteção para Limitação de Quedas Em todo o perímetro de construção de edifícios com mais de quatro pavimentos ou altura equivalente é obrigatória a instalação de uma Plataforma Principal de Proteção e de Plataformas Secundárias dependendo do número de pavimentos ou altura da edificação. Estas plataformas devem ser rígidas e dimensionadas de modo a resistir aos possíveis impactos a qual estarão sujeitas. A Plataforma Principal de Proteção deve ser instalada, na altura da primeira laje, em balanço ou apoiada, a critério de construtor, a qual deve ter no mínimo 2,50 m de projeção horizontal da face externa da construção e um complemento de 0,80 m de extensão, a 45º da sua extremidade. A instalação da Plataforma Principal de Proteção deve ser após a concretagem da laje na qual será apoiada. Recomenda-se, para tanto, que na própria laje concretada sejam previstos e instalados meios de fixação ou apoio para as vigas, perfis metálicos ou equivalentes, que servirão para a Plataforma Principal de Proteção (ganchos, forquilhas e/ou similares). A Plataforma Principal de Proteção só poderá ser retirada, quando o revestimento externo de edificação acima dela estiver concluído. Devem ser instaladas, igualmente, Plataformas Secundarias de Proteção, em balanço, de três em três lajes, contadas a partir da Plataforma Principal de Proteção. As Plataformas Secundárias de Proteção devem ter no mínimo 1,40 m de balanço e um complemento de 0,80 m de extensão, a 45º da sua extremidade. Toda Plataforma Secundária de Proteção deve ser instalada da mesma forma que a Plataforma Principal de Proteção e somente retirada quando a vedação da periferia até a plataforma imediatamente superior estiver concluída. Todo o perímetro da construção de edifícios, entre as Plataformas de Proteção, deve ser fechado com tela de resistência de 150 Kgf/metro linear, com malha de UNIVERSIDADE TECNOL GICA FEDERAL DO PARAN – UTFPR Profº. Heliton Lourenço Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho Cel.: (45) 9147 –0818 E-mail:
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abertura de intervalo entre 20 mm e 40 mm ou material de resistência e durabilidade equivalentes fixada nas extremidades dos complementos das plataformas. Nas construções em que os pavimentos mais altos forem recuados, a Plataforma Principal de Proteção deve ser obrigatoriamente instalada na primeira laje do corpo recuado e as Plataformas Secundárias de Proteção a partir da quarta laje e no corpo principal devem ser instaladas Plataformas Terciárias de Proteção na altura da primeira laje e quantas mais forem necessárias, de duas em duas lajes, a partir da primeira plataforma. Na construção de edifícios com pavimentos no subsolo, devem ser instaladas ainda Plataformas Terciárias de Proteção, de duas em duas lajes, contadas em direção ao subsolo e a partir da laje referente a instalação da plataforma principal de proteção. Essas plataformas devem ter, no mínimo, 2,20 m de projeção horizontal da face externa da construção e um complemento de 0,80 m de extensão, com inclinação de 45º a partir de sua extremidade. As plataformas de proteção devem ser mantidas sem sobrecarga, que prejudiquem a estabilidade de sua estrutura, devendo o início de sua desmontagem ser precedido da retirada de todo os materiais ou detritos nela acumulados. A tela deverá ser de material de resistência de 150 Kgf / metro linear, com malha de abertura com intervalo de 20 mm e 40 mm ou de material de resistência e durabilidade equivalentes. Não deve ser permitida a retirada, ainda que parcial, dos materiais utilizados nas proteções. O conjunto formado pelas Plataformas de Proteção pode ser substituído por andaimes fachadeiros, instalando-se tela em toda a sua face externa. 12.3 EXERCÍCIOS Você foi contratado como Engenheiro de Segurança do Trabalho, para atuar em uma obra de construção civil de um edifício de 6 pavimentos. O qual você deve implantar um sistema de gestão de segurança, especificar sistemas de segurança, tais como: EPCs e EPIs, orientar o engenheiro responsável da obra, o mestre de obra e os trabalhadores em geral sobre as medidas de segurança a serem adotadas e cumpridas. UNIVERSIDADE TECNOL GICA FEDERAL DO PARAN – UTFPR Profº. Heliton Lourenço Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho Cel.: (45) 9147 –0818 E-mail:
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A obra se encontra em fase avançada, e os trabalhadores acabaram de concretar o 5º pavimento e preparam-se para instalar as formas e ferragens para em seguida concretar o 6º pavimento. Nesta edificação contém poço de elevadores e a escada definitiva ainda não está pronta. O canteiro de obra possui:
Central de concreto;
Central de formas (carpintaria);
Central de ferragem (armação).
Você é o Engenheiro Responsável pela segurança e deve:
Especificar o layout da central de formas e as medidas de segurança com a serra circular;
As precauções com a central de concreto;
As precauções com a central de armação;
Os cuidados com a execução das formas e desformas (cuidado na instalação e desinstalação das formas);
As especificações das escadas, rampas e passarelas;
Precauções com a concretagem do 5º pavimento.
13 MOVIMENTAÇÃO E TRANSPORTE DE MATERIAIS E PESSOAS A movimentação de materiais é uma operação ou conjunto de operações que envolvem mudança de posição de objetos para efetuar qualquer processamento ou serviço, estas ações são efetuadas mediante a utilização de equipamentos que poderão exigir esforços do trabalhador, tornando-o vulnerável aos riscos desta atividade. Cabe ao profissional legalmente habilitado o dimensionamento de pessoas e transporte de materiais verticais, bem como a supervisão dos trabalhadores qualificados, que realizam serviços como:
Manutenção, montagem e desmontagem; Equipamentos e manobras de movimentação;
Vistoria dos equipamentos de guindar e transportar;
Inspeção em elevadores de materiais e pessoas;
Análise de distanciamento de gruas e andaimes.
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13.1 GESTÃO DA MOVIMENTAÇÃO DO TRANSPORTE A movimentação de materiais é uma operação ou conjunto de operações que envolvem mudança de posição de objetos para efetuar qualquer processamento ou serviço. Na movimentação e manipulação de materiais existem situações desfavoráveis ou agressivas que poderão inferir com > ou < intensidade no rendimento do trabalhador, devidas a:
Trabalho físico exigido;
Posturas incorretas ou incômodas;
Armazenamento inadequado;
Condições ambientais desfavoráveis;
Arranjos físicos deficientes;
Edificações não compatíveis c/ a atividade desenvolvida.
Conforme estudo (Profº. R. Muther e K. Haganas), da movimentação em uma empresa passa por quatro fases: Fase 1 – Integração externa; Fase 2 – Plano de movimentação global; Fase 3 – Plano de movimentação detalhado; Fase 4 – Implementação. A movimentação de materiais pode ser realizada mediante uma serie de equipamentos entre os quais:
Elevadores;
Guindastes;
Gruas;
Empilhadeira;
Guinchos;
Talhas etc.
Por existirem inúmeros objetos que devem ser transportados mediante equipamentos de diversos tipos, pode ser enumeradas uma ampla variedade de danos por eles causados. E como qualquer tipo de atividade, a operação e manutenção correta dos equipamentos é condição fundamental para eliminar ou minimizar a existência de riscos, a observância por parte dos operadores e sua correta instrução no que se diz UNIVERSIDADE TECNOL GICA FEDERAL DO PARAN – UTFPR Profº. Heliton Lourenço Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho Cel.: (45) 9147 –0818 E-mail:
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respeito ao transporte horizontal ou vertical de pesos, evitando erroso que possam atingi-los ou atingir colegas que se encontrem ajudando ou trabalhando nas proximidades, assim como a danificação do local, contribuirão para evitar ou minimizar riscos dessa atividade. Como isso, os trabalhadores envolvidos com as operações de movimentação de materiais devem conhecer os sinais corretos para efetuar estes processos. 13.1.1 Planejamento A movimentação dos materiais deve ser cuidadosamente planejada, incluindo-se neste estudo:
Seleção correta dos equipamentos;
Análise da sequência de operações;
Correta determinação dos procedimentos no caso de contingência.
A comunicação entre dois ou mais operários, que realizarem um trabalho de movimentação via telefone individual, não devera ser considerada uma ação supérflua e sim uma ação segura. A movimentação mecânica é sempre preferível à manual. 13.1.1.1 Projeto e Seleção de Dispositivos e Ferramentas Todos os equipamentos e materiais envolvidos nos processos de movimentação devem ser corretamente projetados e/ou selecionados conforme normas específicas:
Resistência estrutural;
Capacidade operacional;
Sistema de verificação e controle;
Correta visibilidade;
Eventuais tipos de falhas.
Todos os veículos utilizados deverão trabalhar devidamente afastados de linhas elétricas energizadas e/ou outros sistemas que impliquem risco O operador deverá verificar e/ou ser avisado, antes de ser efetivado qualquer tipo de movimentação, sobre:
Tipo de material a ser transportado;
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Se o material é comum, explosivo ou tóxico;
Se o peso não excede a capacidade;
se a interferência em outras atividades em seu entorno;
Possibilidades de atingir terceiros;
Eventual dano a propriedade.
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13.1.2 Transporte de Materiais
Analisar os deslocamentos necessários;
Verificar opções de equipamentos e sua coerência com as características da produção.
Decompor o sistema de transporte de materiais em vetores:
Sistemas com Vetor Deslocamento Decomposto: Horizontal + Vertical
Sistemas com Vetor Deslocamento sem Decomposição: Deslocamento único
Sistemas com Vetor Deslocamento Decomposto:
Horizontal: transporte manual, carrinhos, jericas, portas-pallets, dumpers, “bob-cats”, etc.
Vertical: elevador de obras, guincho de coluna, sarrilho, talha, etc .
Sistemas com Vetor Deslocamento sem Decomposição:
Guindastes de torre ( gruas):torre fixa, torre ascensional, torre giratória, torre móvel sobre trilhos.
Bombas de concreto:bomba + tubulação, caminhão com lança, caminhão betoneira e lança.
Guindastes sobre rodas/esteiras
O sistema de transporte escolhido deve considerar:
Forma de entrega do material ou componente (determinada pelo contrato de fornecimento - quantidades; embalagem; forma de descarga; etc.)
Tipo de material a transportar (granular ou com formas definidas; dimensões e peso; se paletizado ou não; pré-fabricados; etc.);
13.1.2.1 Equipamentos de Transportes UNIVERSIDADE TECNOL GICA FEDERAL DO PARAN – UTFPR Profº. Heliton Lourenço Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho Cel.: (45) 9147 –0818 E-mail:
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Os equipamentos de transporte podem ser classificados Segundo a sua Mobilidade em:
Móveis: Aqueles que devem ser “guardados” ao final do dia de trabalho. São os equipamentos de transporte horizontal, como carrinhos portapallets, jericas,caminhões, etc.;
FIXOS: Aqueles que devem ser localizados nas posições mais otimizadas possíveis. São os equipamentos de transporte vertical de grande porte como elevadores de obra; gruas; etc.
SEMIFIXOS ou SEMIMÓVEIS: Aqueles cuja característica é de se deslocar com a frente de trabalho. São os equipamentos de transporte vertical de pequeno porte como andaimes, guinchos etc.
Também, podem ser divididos em 2 Principais Grupos: 1. Transporte de materiais 2. Transporte de pessoas
13.2 ELEVADORES DE OBRA Ao se utilizar de elevadores para transporte vertical em uma determinada obra deve-se determinar a localização da torre do referido elevador, para isso se deve tomar as seguintes precauções:
afastar o máximo possível de redes elétricas energizadas, ou isolá-las conforme normas específicas da concessionária local;
afastar o mínimo possível da fachada da edificação, considerando as peculiaridades do projeto, como varandas, sacadas e outras.
O terreno para a base da torre e guincho, deve ser plano, não alagadiço e ter resistência suficiente para absorver os esforços solicitados ou preparado para tal fim. A base para instalação da torre, do suporte da roldana livre (louca) e do guincho deve ser uma peça única, de concreto ou metálica, nivelada e rígida. A base quando de concreto, deverá ter no mínimo 15 (quinze) centímetros acima do nível do terreno, dotada de drenos, a fim de permitir o escoamento da água UNIVERSIDADE TECNOL GICA FEDERAL DO PARAN – UTFPR Profº. Heliton Lourenço Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho Cel.: (45) 9147 –0818 E-mail:
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acumulada no seu interior e sobre a base deve-se colocar material para amortecer impactos imprevistos da cabina. Já os guinchos são equipamentos de tração destinados a movimentação de cargas. (materiais e pessoas) Principais tipos de guinchos:
por transmissão de engrenagens por corrente;
automático com comando eletromecânico.
Em qualquer posição de parada do elevador, o cabo de tração do guincho deve ter no mínimo seis voltas enroladas no tambor, e sua extremidade fixada por um clips tipo pesado. A capacidade de tração (carga máxima) de um guincho deve constar de uma plaqueta, mantida permanentemente fixada na prancha ou cabina do elevador. Quando o guincho não for instalado sob laje, mas próximo à edificação, deve-se construir uma cobertura resistente, para a proteção do operador, contra a queda de materiais e o posto de trabalho do operador do guincho deve ser isolado, sinalizado, dispondo de extintor de incêndio de pó químico, e o acesso de pessoas não autorizadas deve ser proibido. Não é permitido usar o posto de trabalho do guincheiro como depósito de materiais. Os guinchos devem ter chave de partida com dispositivo de bloqueio, localizada junto ao operador do guincho impossibilitando o acionamento por pessoas não autorizadas. O tambor do guincho, o suporte da roldana livre (louca) e a torre, devem estar nivelados, alinhados e centralizados. A distância entre a roldana livre e o tambor do guincho do elevador deve estar compreendida entre dois metros e cinqüenta centímetros a três metros, de eixo a eixo. Entre o tambor do guincho e a roldana livre (louca), deve ser colocada, uma cobertura de proteção para isolar o cabo, protegendo-o de queda de materiais e evitando riscos de contato acidental com trabalhadores. Os guinchos de transmissão de engrenagens por correntes são utilizados para equipar os elevadores de materiais. A operação do guincho de transmissão de engrenagens por correntes é executada por operador que trabalha sentado acionando os comandos e deve atender o disposto no item 18.14.22.3. Os guinchos Automáticos são utilizados para equipar os elevadores de passageiros. Podendo ser utilizados para equipar elevadores de materiais A operação UNIVERSIDADE TECNOL GICA FEDERAL DO PARAN – UTFPR Profº. Heliton Lourenço Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho Cel.: (45) 9147 –0818 E-mail:
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do guincho automático é controlada manualmente, por um operador, através de uma botoeira, com os comandos de subida, descida e parada, localizada no interior da cabine ou externamente. 13.2.1 Torre Torres de Elevadores são estruturas verticais metálicas ou de madeira (tratada), destinadas a sustentar a cabina, o cabo de tração dos elevadores de obra e servir de guia para seu deslocamento vertical. Os elementos estruturais componentes da torre quando oxidados, amassados, empenados e deteriorados em sua forma original não podem ser utilizados na sua montagem. As torres somente devem ser montadas ou desmontadas por trabalhadores qualificados. Para montagem do conjunto, torre e suporte da roldana livre devem ser atendidos as seguintes instruções:
colocar a base da torre sobre a fundação, fazer o nivelamento, instalar sistema de fixação através de chumbadores ou parafusos;
colocar o suporte da roldana livre (louca) sobre a base estabelecida, fazer o nivelamento e fixar com chumbadores ou parafusos;
colocar o guincho sobre a base nivelado, alinhado, fixado com chumbadores ou parafusos;
As torres não devem ultrapassar a altura de seis metros, medida a partir da última laje. Na última parada a distância máxima entre viga da cabina e a viga superior, deve ser de quatro metros. Nas torres montadas externamente a construção, devem ser tomadas as seguintes precauções:
estroncar e amarrar aos montantes anteriores, em todos os pavimentos da estrutura, mantendo-se sempre o prumo da torre;
estaiar os montantes posteriores a estrutura, a cada 6,00m (seis metros) (dois pavimentos), usando-se para isso, cabo de aço de diâmetro (mínimo) de 9,5 mm, com esticador;
As torres deverão estar devidamente ancoradas e estaiadas a espaços regulares, de modo que fiquem asseguradas a rigidez, retilinidade, verticalidade e UNIVERSIDADE TECNOL GICA FEDERAL DO PARAN – UTFPR Profº. Heliton Lourenço Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho Cel.: (45) 9147 –0818 E-mail:
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estabilidade exigidas e especificadas pelo fabricante. No estaiamento dos montantes posteriores o angulo do cabo de aço em relação a edificação deve ser de 45º. As torres devem ser revestidas com telas de arame galvanizado nas faces laterais e posterior, para proteção contra quedas de materiais quando a cabina não for fechada. Também, deve ser dotada de dispositivo de segurança tipo cancela ou barreira, e sinalização, de forma a impedir a circulação de trabalhadores através da mesma. Nas torres montadas internamente à construção, normalmente entre os pavimentos térreo e pilotis elevado, devem ser tomada as seguintes precauções:
proteger o cabo de tração (externo a torre) contra o contato acidental de pessoas e materiais;
evitar que o cabo de tração sofra atrito com a estrutura da edificação.
Deve ser obrigatoriamente colocada, em todos os acessos das entradas na torre, uma barreira (cancela) que tenha no mínimo um metro e oitenta de altura da mesma para bloquear o acesso acidental dos trabalhadores. A referida cancela deve dispor de dispositivo de segurança que impeça a abertura da mesma quando o elevador não estiver no pavimento. As rampas e passarelas devem possuir guarda-corpo, travessão intermediário e rodapé, com piso de material resistente, conforme já estudado anteriormente. A fi xação das estruturas de rampas e passarelas devem ser através de braçadeiras com especificações dos fabricantes. Ainda, quando da utilização de rampas, deverá ser observado sua inclinação ascendente em relação à torre. 13.2.2 Cabinas 13.2.2.1 Cabinas Semi-Fechadas As cabinas Semi-Fechadas, devem ser usadas exclusivamente para o transporte de cargas. Elas devem ter uma cobertura, basculável ou de encaixe, de maneira a permitir o transporte de peças compridas. Esta cobertura tem por finalidade proteger os trabalhadores que estejam carregando e descarregando a prancha, de qualquer material que possa cair sobre os mesmos. UNIVERSIDADE TECNOL GICA FEDERAL DO PARAN – UTFPR Profº. Heliton Lourenço Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho Cel.: (45) 9147 –0818 E-mail:
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Peças com mais de dois metros de comprimento devem ser firmemente fixadas na estrutura da cabina. As cabinas dos elevadores de materiais devem ser providos, nas laterais, de painéis fixos de contenção com altura mínima de um metro e, nas demais faces, de portas ou painéis removíveis. O assoalho da cabina deve ser de material que resista as cargas a serem transportadas. Os elevadores de materiais devem dispor de: a) trava de segurança para mantê-lo parado em altura, além do freio do motor; b) interruptor de corrente para que só se movimente com portas ou painéis fechados; c) sistema de frenagem automática; d) sistema de comunicação eficiente e seguro. 13.2.2.2 Cabinas Fechadas A cabina fechada é utilizada para o transporte de pessoas e materiais. A cabina fechada para transporte de passageiros, deve ser provida de:
cobertura resistente
proteções laterais do piso ao teto da cabina
portas frontais, pantográficas ou de correr
placas de advertência (peso/quantidade de pessoas)
sinalização luminosa de indicação de pavimentos.
Quando um elevador com cabine fechada for utilizado para o transporte de pessoas, esse elevador deverá dispor de: a) freio mecânico (manual) situado no interior elevador, conjugado com interruptor de corrente. b) interruptor nos fins de curso superior e inferior, conjugado com freio eletromagnético; c) sistema de frenagem automática, a ser acionado em caso de ruptura do cabo de tração. UNIVERSIDADE TECNOL GICA FEDERAL DO PARAN – UTFPR Profº. Heliton Lourenço Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho Cel.: (45) 9147 –0818 E-mail:
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d) sistema de segurança eletromecânico no limite superior a dois metros abaixo da viga superior da torre; e) interruptor de corrente, para que se movimente apenas com as portas fechadas; f)
cabina metálica com porta pantográfica ou de correr
g) sistema de comunicação eficiente e seguro. 13.2.2.3 Elevador tipo Caçamba Os elevadores de caçamba basculante são utilizados apenas para o transporte de material a granel, particularmente, concreto e argamassa. A caçamba basculante substitui a plataforma de um elevador de carga, permanecendo as demais peças da cabina, inclusive o freio automático. A caçamba basculante é dotada de um dispositivo de descarga, que entra em funcionamento automaticamente, em altura pré-determinada, ao chocar-se contra a viga de esbarro, em torno da qual bascula a caçamba. Esta viga é fixada na torre do elevador por meio de braçadeiras, na altura em que se deseje a basculagem da caçamba. A caçamba pára em posição de descarga e, em seguida, quando desce o elevador, ela bascula ao redor da viga de esbarro, em sentido contrário, voltando automaticamente a sua posição de equilíbrio. Uma caçamba basculante é composta de: uma caçamba, seu quadro suporte, dispositivo de descarga e uma viga de esbarro. Na montagem da caçamba basculante é importante verificar se a viga de esbarro foi montada na torre, na altura certa em que a caçamba deve bascular. O ajuste do braço de acionamento é feito após a montagem da viga de esbarro, de acordo com as instruções do fabricante. Sempre que se modificar a posição da viga de esbarro deve ser feito o ajuste do braço. 13.2.3 Cabos de Aço Pode-se definir como cabo um feixe de fios, unidos em determinado sentido e com forma especifica, destinado a tracionar ou sustentar determinada estrutura ou carga. UNIVERSIDADE TECNOL GICA FEDERAL DO PARAN – UTFPR Profº. Heliton Lourenço Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho Cel.: (45) 9147 –0818 E-mail:
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O item 18.6.1 delega a normatização técnica dos cabos de aço à ABNT, dizendo ser obrigatória a observância das condições de utilização, dimensionamento e conservação dos cabos de aço utilizados em obras de construção, conforme o disposto na norma técnica vigente NBR-6327/83 – Cabo de Aço/Usos Gerais da ABNT. Um dos principais requisitos diz respeito às Almas dos cabos de aço, a qual poderá ser de fibra sintética (náilon, polietileno etc) ou natural (sisal, cânhamo etc), ou ainda ser formada por um perna de aço independente (item 3.6 da NBR-6327/98). Nos termos do item 18.6.2.1, os cabos de aço devem ter carga de ruptura equivalente a, no mínimo, cinco vezes a carga máxima de trabalho a que estiverem sujeitos e resistência à tração de seus fios de, no mínimo, 160 kgf/mm 2. Os cabos devem ser flexíveis, com di âmetro mínimo de 15,8mm (5/8”) e a sua fixação deve ser feita por meio de dispositivos que impeçam seu deslizamento e desgaste. Normalmente são utilizados clips de fixação, no mínimo três, e a disposição dos mesmos deverá ser conforme figura abaixo:
Figura - disposição dos clips em cabos de aço
Os clipes de fixação devem ser colocados de modo que estejam orientados para o lado em que o cabo exerce tração, ou seja, contrários ao lado da ponta. Devido ao seu grande desgaste e importância para a segurança, os cabos devem ser observados os seguintes itens:
Não é permitido o uso de cabos com emendas.
diâmetro mínimo da polia deverá ser de 400mm (quatrocentos milímetros) e o diâmetro do canal da mesma será igual ao diâmetro do cabo de aço
Não lubrificar os cabos de aço com óleo queimado.
Os cabos de aço que tiverem 6 (seis) fios partidos em um passo, deverão ser substituídos.
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Os cabos de aço em uso em elevadores de obra, devem sofrer inspeção, manutenção, manuseio e armazenamento conforme instrução dos fabricantes.
13.2.4 Freios e Dispositivos de Segurança Os freios e dispositivos de segurança devem ser inspecionados diariamente e serem mantidos em perfeitas condições de usos, desça-se abaixo os tipos de Freios empregados: manual automático em viga flutuante eletromagnético moto freio centrífugo cunha Além do freio do guincho, a estrutura da cabina deverá ser dotada de freio de
segurança automático e manual, acionável do interior da cabina. Deverão existir limitadores de curso elétrico, colocados nos limites extremos do trajeto da cabina, que ao contato com a mesma provoque a parada de seu movimento. Deverá ser instalado acima do limitador de curso superior, um dispositivo eletromecânico que será acionado caso ocorra uma falha do limitador do curso superior provocando a interrupção do fornecimento de energia resultando na parada do equipamento. 13.2.5 Operação e Sinalização Os operadores de elevadores de obra (material e de pessoas) serão obrigatoriamente qualificados para função. Recomenda-se que os operadores de elevadores desempenhem unicamente suas funções de operador do equipamento. O comando do movimento da cabina, sempre que transportar trabalhadores, somente deverá ser exercido do seu interior. O operador deverá posicionar sempre uma das mãos segurando a alavanca de acionamento do freio de segurança, de modo a poder acioná-la imediatamente no caso de necessidade. UNIVERSIDADE TECNOL GICA FEDERAL DO PARAN – UTFPR Profº. Heliton Lourenço Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho Cel.: (45) 9147 –0818 E-mail:
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Deve ser fixada na cabina, plaqueta indicando carga máxima permitida ou o número máximo de passageiros, no transporte de materiais deve ser respeitado o limite de carga estabelecido pelo fabricante do equipamento. As gericas devem ser sempre amarradas para não tombarem ou se deslocarem durante o percurso e não é permitido carregar a prancha além da altura de seus painéis de encaixe e é expressamente proibido o transporte de materiais a graneis nos elevadores de carga, exemplo: areia, concreto, argamassa etc. A movimentação do elevador de carga somente deverá ser realizada após o fechamento da cancela. Para garantir maior segurança na utilização dos elevadores deve-se seguir as seguintes recomendações de manutenção em elevadores de obra: a) Revisar periodicamente: desgastes de embreagem, desgastes de lona e tambor de freio, desgastes de bronzinas, desgastes de rolamentos, desgastes de roldanas e cabos de aço, sistema elétrico. a inspeção do cabo de aço de tração deve ser feita diariamente. Sua segurança depende de fatores como: utilizar cabo de aço especificado pelo fabricante do elevador, observar o enrolamento adequado no tambor, não solicitá-lo a trações bruscas, lubrificação adequada de sua superfície com graxa, indicada pelo fabricante. verificar diariamente os limites de curso superior e inferior e o sistema de segurança superior eletromecânico, para o caso de falha dos limites; deve-se lubrificar todos os mancais semanalmente e fazer a verificação dos parafusos, não os deixando frouxos; a graxeira situada no eixo da roldana da gaiola deve ser abastecida diariamente; o eixo da roldana louca deve ser mantido constantemente engraxado.
b)
c)
d) e) f)
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Quando a cabina parar acima da base de torre, para qualquer serviço de manutenção, é necessário calçá-la com pranchões, barrotes ou vigas apoiadas nos elementos da torre. Não é permitido usar a torre como escada, mesmo que o vão seja apenas um pavimento, exceto pela equipe de montagem e manutenção, quando necessário.
13.2.5.1 Recomendações de segurança ao operador de elevador de obra: a) verificar se o vão interno da torre está livre, sem a presença de madeiras, ferragens ou outros objetos que impeçam o livre deslocamento da cabina. b) antes do início das operações transporte de carga, testar o sistema de embreagem e freio; c) não operar o equipamento quando perceber vibrações ou barulho anormais; d) verificar o correto enrolamento do cabo de aço no tambor; e) manter as guias da torre lubrificadas; f)
verificar se o cabo, no trecho vertical, externamente à torre, não entra em atrito com estaiamentos, plataformas de proteção, ou na própria laje;
g) evitar o uso de frenagens bruscas; h) verificar, periodicamente, o desgaste de bronzinas; i)
somente se afastar do posto de trabalho quando a cabina estiver na base da torre e seu comando de acionamento bloqueado;
j)
manter a ordem e limpeza do ambiente no posto de trabalho;
k) observar as recomendações do manual do fabricante; l)
fazer relatório de ocorrência durante o seu turno de trabalho, mantendo informado a sua chefia sobre irregularidades do equipamento.
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13.2.6 ELEVADORES DE CARGA E PASSAGEIROS PELO DE SISTEMA DE CREMALHEIRA Elevadores de carga e passageiros pelo sistema de cremalheira são destinados ao transporte misto de cargas e passageiros, em compartimentos separados, desde de que, o limite máximo.de peso especificado pelo fabricante seja rigorosamente obedecido. A empresa locadora ou revendedora desse equipamento deverá fornecer ao cliente, Manual Técnico completo, quanto as especificações técnicas e de procedimentos de segurança sobre: a fabricação, a montagem, a desmontagem, a manutenção e a operação do equipamento. A empresa usuária, deverá observar e seguir as orientações técnicas dadas pelos fabricante e/ou prestador de serviço de assistência técnica. A montagem, a desmontagem e a manutenção do elevador dever ser supervisionado por profissional legalmente habilitado e executado por profissional devidamente qualificado. O elevador deve ser operado por trabalhador comprovadamente qualificado para essa função. 13.3 GRUAS Proibido o trabalho sob intempéries, que ameaçam o desenvolvimento do trabalho; Assistência profissional quando a velocidade do vento for superior a 42 Km/h; Supervisão de um engenheiro para implantação, instalação, manutenção e retirada de gruas; Seguir sempre as orientações do fabricante quanto ao manuseio. Para todos os itens relacionados, a ergonomia se aplica a todos os processos de manuseio de controle de tais maquinas segundo a NR-17. Antes da instalação da grua, deve-se implantar Plano de Cargas, de acordo com o anexo III da NR 18 e algumas determinações como: Prever o Tempo de Entrega Técnica bem como teste de carga; Aterrar a estrutura da grua conforme NBR 5410 e NBR 5419 e NR –18 item 18.21.1 e instalar pára-raio a 2,00m acima da parte mais elevada da torre;
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Proibir a instalação próxima a redes de alta tensão; Instruir os operadores para seguir rigorosamente as instruções do fabricante, inspecionar diariamente o equipamento e comunicar as ocorrências; Providenciar que a instalação, manutenção e retirada de grua sejam supervisionadas por profissional legalmente habilitado, visando confiabilidade na sua utilização e transporte; Treinar e reciclar os trabalhadores responsáveis pela operação e sinalização (comunicação); Isolar a área de operação; Proibir trabalho sob intempéries; Orientar o operador para o monitoramento da velocidade dos ventos e instalar anemômetro com alarme sonoro automático que indique velocidade superior a 42Km/h; Instalar proteção na cabina do operador contra a incidência de raios solares; Elaborar e implementar procedimento para resgate do operador em caso de mal-estar; Utilizar mini gruas no transporte de carga do tipo vigas “I”, até 150 kg, tornando o transporte seguro; Dispor dos seguintes itens de segurança: limitador de momento máximo, da carga máxima, de fim de curso e de altura; alarme sonoro, placas indicativas, luz de obstáculo, trava de segurança no gancho do moitão, limitador de giro e de curso (translação); Exigir a ART de montagem, desmontagem, inspeção e manutenção.
14 ANDAIMES E PLATAFORMAS DE TRABALHO Os andaimes devem ser dimensionados por profissional habilitado de modo a suportar as cargas ali presentes, de madeira de boa qualidade e revestidos de materiais para forrar de característica antiderrapante, sendo proibida a retirada de qualquer dispositivo de segurança.
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Todos os andaimes deverão ter as especificações de segurança do fabricante respeitadas: 1) Andaimes simplesmente apoiados:
Devem ser apoiados em base sólida resistente;
Andaimes de madeira não podem estar acima de três pavimentos;
É proibido trabalho a altura superior a 2 metros e largura inferior a 90 centímetros.
2) Andaimes Fachadeiros:
Deverá existir uma escada junto a estrutura para acessos verticais;
A movimentação vertical, montagem e desmontagem serão por cordas e/ou içamento;
Uma proteção de tela galvanizada para proteção até dois metros acima do nível da ultima plataforma.
3) Andaimes Móveis, em Balanço e Suspensos Motorizados:
Os andaimes móveis devem ser utilizados em superfícies planas;
Os andaimes em balanço devem ter sistema de tração suficiente para suportar três vezes a resistência local;
Dupla isolação para cabos de alimentação, aterramento e tomadas blindadas em andaimes motorizados;
Dispositivo de travamento para pane elétrica e movimentos inclinados para os andaimes motorizados;
4) Andaimes Suspensos:
Garantia de estabilidade para a estrutura, seja ela apoiada ou fixada no elemento estrutural, sendo proibido o uso de outros elementos para sustentação;
Os dispositivos de suspensão não podem ser de fibras e tem que ser verificados por usuários treinados;
É diretamente ligado ao uso de cargas especificadas para seu uso, o que coíbe uso para passageiros e permite apenas uso imediato de cargas ali depositadas;
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As plataformas de trabalho que se movimentam verticalmente estão subdivididas em: pinhão, cremalheira e hidráulica. Elas deverão atender as especificações do fabricante quanto à montagem, manutenção e operação e, quando o equipamento for importado, este deve ser atendido conforme previsto em ABNT. É do fabricante também indicar os limites de resistências de cada aparelho. Os trabalhadores deverão ser qualificados e treinados quanto ao manuseio, e conseqüentemente seguros através de cintos de segurança tipo pára-quedas e longe da rede elétrica. O percurso vertical não pode ter obstruções e a ancoragem torna-se obrigatória quando a altura ultrapassar nove metros. A permissão do uso da cadeira suspensa ocorre quando não há possibilidade de instalação de andaimes, sem improvisações, e ela deve dispor de:
Sistema de subida e descida com dupla trava de segurança;
Fixação do trabalhador por cinto de segurança tipo t rava-quedas;
Pontos de ancoragem resistentes e que suportem 1200Kgf;
Independência entre pontos de ancoragem e cabos de segurança.
15 CABOS DE AÇO E CABOS DE FIBRA SINTÉTICA A observância das condições de uso é obrigatória, tal como existência de emendas, carga de ruptura equivalente a cinco vezes a máxima carga de trabalho e substituição dos cabos em condições de desgaste, o que compromete a integridade do item. O anexo da norma especifica os cabos de fibra sintética, que deverão dispor de trançados especiais e de cor de alerta visual – neste caso, o amarelo. Também é necessário marcar na fita inserida no interior do trançado “NR 18.16.5 ISSO 1140 1990”, mais fabricante e CNPJ.
16 ALVENARIA, REVESTIMENTOS E ACABAMENTOS Estes lugares necessitam de técnicas que garantam a estabilidade das paredes de alvenaria da periferia, de proteção dos quadros fixos de tomadas energizadas e a UNIVERSIDADE TECNOL GICA FEDERAL DO PARAN – UTFPR Profº. Heliton Lourenço Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho Cel.: (45) 9147 –0818 E-mail:
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área logo abaixo do local interditada quando o uso de vidros para colocação faz-se necessário, tomando a precaução de indicá-los de maneira visível.
17 TELHADOS E COBERTURAS As dimensões para este tipo de trabalho são de responsabilidade de um profissional habilitado e que o lugar esteja seguro, tomando medidas de isolamento e sinalização de advertência para evitar acidentes. Caso haja realização de trabalho em áreas sobre fornos e/ou sob intempéries da natureza, a pratica é vetada, bem como concentrar cargas em um mesmo ponto. Enquanto se houver emanação de gases por outras maquinas, essas máquinas serão interrompidas. Os serviços de execução, ampliação e reforma em telhados devem ser precedidos de inspeção e elaboração de Ordens de Serviços ou Permissões de Trabalho.
18 SERVIÇOS EM FLUTUANTES Faz-se necessário o uso de coletes salva-vidas (com número limitado aos trabalhadores e tripulantes e de cor laranja com o nome da empresa e capacidade em Kg) ou outros equipamentos de flutuação quando executar trabalhos com risco de queda n’água, devendo ter na proximidade sempre um bote salva -vidas, um profissional em salvamento e primeiros socorros e extintores de incêndios instalados. A superfície de sustentação das plataformas de trabalho deve ser antiderrapante e sem a existência de materiais soltos sobre as mesmas. Para tanto se utilizam recipientes para coleta fixados na estrutura.
19 COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO A ACIDENTES – CIPA A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) é constituída conforme a determinação da NR 5, da Portaria n.º 3214/78, do MTE, conforme quadro I, apresentado abaixo: UNIVERSIDADE TECNOL GICA FEDERAL DO PARAN – UTFPR Profº. Heliton Lourenço Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho Cel.: (45) 9147 –0818 E-mail:
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A CIPA tem por objetivos:
Observar e relatar as condições e meio ambiente de trabalho;
Solicitar medidas para reduzir, minimizar e eliminar os riscos existentes ou neutralizar os mesmos;
Discutir, em conjunto com o SESMT, os acidentes ocorridos, encaminhando para gerência do empreendimento o resultado da discussão;
Solicitar medidas que previnam a ocorrência de acidentes semelhantes;
Orientar os funcionários quanto à prevenção de acidentes.
A gerência do empreendimento deverá providenciar e encaminhar para o SESMT a seguinte documentação:
Relação dos candidatos a membros representantes dos empregados;
Relação dos membros representantes do empregador;
Data e horário da votação;
Com estes dados, o SESMT providenciará:
Cédula de eleição da CIPA;
Efetuar a eleição da CIPA;
Ata da eleição dos representantes dos empregados da CIPA;
Ata de instalação e posse da CIPA;
Calendário anual de reuniões ordinárias;
Requerimento de registro da CIPA a Delegacia Regional do Trabalho.
A empresa que possuir na mesma cidade 01(um) ou mais canteiros de obra ou frentes de trabalho, com menos de 70 (setenta) empregados deve organizar CIPA centralizada. A CIPA centralizada será composta de representantes dos empregados e do empregador, devendo ter pelo menos 01 (um) representante titular e 01 (um) suplente, por grupo de até 50 (cinqüenta) empregados em cada canteiro de obra ou frente de trabalho, respeitando-se a paridade prevista na NR 5. A empresa que possuir 01 (um) ou mais canteiros de obra ou frente de trabalho, fica obrigada a organizar CIPA por estabelecimento. Ficam desobrigados de constituir CIPA os canteiros de obra cuja construção não exceda a 180 (cento e oitenta) dias, devendo, para atendimento do disposto neste item, UNIVERSIDADE TECNOL GICA FEDERAL DO PARAN – UTFPR Profº. Heliton Lourenço Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho Cel.: (45) 9147 –0818 E-mail:
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ser constituída comissão provisória de acidentes, com eleição paritária de 01 (um) membro efetivo e 01 (um) membro suplente a cada grupo de 50 (cinquenta) trabalhadores. As empresas que possuam equipes de trabalho itinerantes deverão considerar como estabelecimento à sede da equipe. As subempreiteiras que pelo número de empregados não se enquadrem no disposto anteriormente, participarão com, no mínimo 01 (um) representante das reuniões, do curso da CIPA e das inspeções realizadas pela CIPA da contratante.
20 MEDIDAS PREVENTIVAS DE MEDICINA E SEGURANÇA NO TRABALHO 20.1 SELEÇÃO DE PESSOAL O processo de seleção e admissão de pessoal deve ser criterioso objetivando o êxito da meta de produção com segurança. Para admissão dos funcionários devem ser analisadas as condições de experiências anteriores em serviços similares, bem como as condições de saúde disciplinadas pela NR 7, da Portaria Nº 3214/78, do MTb 20.2 EXAMES MÉDICOS Todos os funcionários devem ser submetidos aos exames médicos admissional, periódico, de mudança de função, de retorno ao trabalho, por conta da empresa, nas condições especificadas pela NR 7 da Portaria n.º 3214/78 do MTb.
Admissional: No ato da admissão do pessoal, deverá ser realizado o Exame Médico Admissional.
Periódico: Os exames médicos devem ser renovados periodicamente, considerando-se a natureza das atividades e/ou operações.
Mudança de função: O exame médico de mudança de função deverá ser realizado antes da data de mudança de função do funcionário.
Retorno ao trabalho: O exame médico de retorno ao trabalho deverá ser realizado no primeiro dia de volta ao trabalho de funcionário ausente por
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período igual ou superior a 30 dias por motivo de doença ou acidente de natureza ocupacional ou não.
Demissional: Por ocasião da dispensa ou desligamento do funcionário, deverá ser realizado o exame médico demissional.
A critério médico e em decorrência da investigação clinica, a fim de investigar a capacidade ou aptidão física e mental do funcionário para a função que deve exercer, serão realizados pela empresa, outros exames complementares. Os dados obtidos nos exame clínicos e complementares serão registrados em uma ficha clínica individual, que fica sob responsabilidade do Médico do Trabalho. ATESTADO DE SAÚDE OCUPACIONAL – ASO: Deverá ser emitido em duas vias pelo Médico do Trabalho, sendo uma via entregue ao funcionário e outra deve ser arquivada junto ao prontuário do empregado (Uma das vias deverá ficar na obra que o empregado se encontra, a disposição da fiscalização). Esta obrigatoriedade estende-se inclusive aos empreiteiros e subempreiteiros que deverá apresentar toda a documentação referente ao PCMSO a contratante dos serviços, após a assinatura do contrato de prestação de serviços.
20.3 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA O canteiro de obras deverá ser sinalizado com o objetivo de:
Identificar os locais de apoio que compõem o canteiro de obras;
Indicar as saídas por meio de dizeres ou setas;
Manter comunicação através de avisos, cartazes ou similares;
Advertir sobre perigo de contato ou acionamento acidental com partes móveis das máquinas ou equipamentos;
Advertir quanto ao risco de queda;
Alertar quanto à obrigatoriedade do uso de EPI, específico para atividade executada, com a devida sinalização e advertência próximas ao posto de trabalho;
Alertar quanto ao isolamento das áreas de transporte e circulação de materiais por grua, guincho e guindaste;
Identificar acessos, circulação de veículos e equipamentos na obra;
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Advertir contra o risco de passagem de trabalhadores onde o pé direito for inferior a 1,80 m;
Identificar locais com substâncias tóxicas, corrosivas, inflamáveis, explosivas e radioativas.
É obrigatório o uso de colete ou tiras refletivas na região do tórax e costas quando o trabalhador estiver a serviço em vias públicas, sinalizando o acesso ao canteiro de obras e frentes de serviços ou em movimentação e transporte vertical de materiais. A sinalização de segurança em vias públicas deve ser dirigida para alertar os motoristas, pedestres e em conformidade com as determinações do órgão competente.
20.4 TREINAMENTO Todos os empregados devem receber treinamento admissional e periódico, visando garantir a execução de suas atividades com segurança. O treinamento deve Ter carga horária mínima de 06 ( seis ) horas, ser ministrado dentro do horário de trabalho, antes do trabalhador iniciar suas atividades, constando de:
Informações sobre Condições e Meio Ambiente de Trabalho;
Riscos inerentes à função;
Uso adequado dos equipamentos de proteção individual – EPI;
Informações sobre os equipamentos de proteção coletiva – EPC, existentes no canteiro de obra.
O treinamento periódico deve ser ministrado:
Sempre que se tornar necessário;
Ao início de cada fase da obra.
Nos treinamentos, os trabalhadores devem receber cópias dos procedimentos e operações a serem realizados com segurança.
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20.5 ORDEM E LIMPEZA O canteiro de obra deve se apresentar organizado, limpo e desimpedido, notadamente nas vias de circulação, passagens e escadarias.
entulho e quaisquer sobras de material devem ser regularmente coletados e removidos. Por ocasião de sua remoção devem ser tomados cuidados especiais, de forma a evitar poeira excessiva e eventuais riscos.
Quando houver diferença de nível, a remoção de entulhos ou sobras de materiais deve ser feito através de equipamentos mecânicos ou calhas fechadas.
É proibida a queima de lixo ou qualquer outro material no interior do canteiro de obra.
É proibido manter lixo ou entulho acumulado ou exposto em locais inadequados no canteiro de obra.
21 TRANSPORTES DE TRABALHADORES EM VEÍCULOS AUTOMOTORES O transporte coletivo de trabalhadores deve se feito através de meios de transportes normalizados e ter autorização prévia da autoridade competente. A condução do veículo deve ser feita por um profissional habilitado para exercer tal função. A utilização de veículos a título precário para transporte de passageiros somente será permitida em vias que não apresentem condições de tráfego para ônibus. Neste caso deve-se apresentar as seguintes normas de segurança:
carroceria em todo o perímetro do veículo, com guardas altas e cobertura de altura livre de 2,10m em relação ao piso da carroceria;
assentos com espuma revestida de 0,45m de largura por 0,35m de profundidade e 0,45m de altura com encosto e cinto de segurança tipo 3 pontos;
barras de apoio para as mãos a 0,10m da cobertura e para os braços e mãos entre os assentos;
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a capacidade de transporte de trabalhadores será dimensionada em função da área de assentos, acrescida do corredor de passagem de pelo menos 0,80m de largura;
materiais
e
equipamentos
devem
estar
acondicionados
em
compartimentos separados dos trabalhadores, para que não haja risco de lesões;
escada com corrimão de segurança para acesso pela traseira da carroceria;
sistema de ventilação nas guardas altas e de comunicação entre a cobertura e a cabine do veículo;
só será permitido o transporte de trabalhadores acomodados nos assentos acima dimensionados.
Figura XX – Caminhão adaptado para transporte de pessoas
22 RESPONSABILIDADE CIVIL E CRIMINAL DO ACIDENTE DO TRABALHO Todos indistintamente têm responsabilidades legais quanto a Higiene e Segurança no Trabalho. Assim, os empregadores, a CIPA, o SESMT, o pessoal em nível de supervisão ( Engenheiro, mestre, encarregado, administrativo, etc. ) que são prepostos do empregador, assim como o médico, enfermeiro, técnico e engenheiro de segurança do trabalho, enfim todas as pessoas que tem poder de mando, de comando da empresa. Antes da Constituição Federal de 05/10/1988, quando acontecia um acidente de trabalho era muito difícil provar a CULPA do empregador ou de seus prepostos, isto UNIVERSIDADE TECNOL GICA FEDERAL DO PARAN – UTFPR Profº. Heliton Lourenço Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho Cel.: (45) 9147 –0818 E-mail:
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porque estava em vigor a súmula n.º 229 do STJ – Supremo Tribunal de Justiça e ela preceituava o seguinte: “ A INDENIZAÇÃO PAGA PELA PREVIDÊNCIA SOCIAL NÃO EXCLUI A INDENIZAÇÃO PAGA PELO DIREITO CÍVIL EM CASO DE DOLO OU CULPA GRAVE DO EMPREGADOR “
Isto significava, portanto, que a vitima podia receber a dupla reparação: uma a titulo acidentaria ( pago pela Previdência Social ) e a outra por ATO ILICÍTO paga pela empresa. Para receber a indenização por ato ilícito, a vítima teria que se desdobrar em fazer uma prova de que o acidente aconteceu por CULPA GROTESCA, que é aquela culpa que extrapola a normalidade. Isto era realmente muito difícil de se conseguir, daí inúmeros acidentes de trabalho não causavam prejuízo de indenização para as empresas. Ocorre, que após a CF/88, o artigo 7 inciso XXVIII, aboliu a palavra “GRAVE”, e com isto basta que a vítima ou seus dependentes provem a simples CULPA. Por definição de CULPA entende-se:
CULPA: Deixar de prever aquilo que é perfeitamente previsível As modalidades de culpa são:
IMPRUDÊNCIA
NEGLIGÊNCIA
IMPERÍCIA
Sob o aspecto jurídico e legal, existem dois tipos de acidentes de trabalho:
ACIDENTE TIPO: que é o acidente que ocorre de maneira súbita, violenta, traumatizante.
DOENÇAS PROFISSIONAIS: pode ocorrer por risco normal da atividade laborativa ou por ato ilícito do empregador e/ou prepostos.
Ato ilícito está previsto pela REGRA GERAL DE RESPONSABILIDADE CIVIL, e que está escrito no Artigo 159 do Código Civil Brasileiro: ART. 159: “ AQUELE QUE POR AÇÃO OU OMISSÃO VOLUNTÁRIA, NEGLIGÊNCIA OU IMPRUDÊNCIA, VIOLAR DIREITO OU CAUSAR PREJUÍZOS A OUTREM, FICA OBRIGADO A REPARAR O DANO”.
A verificação da culpa e a avaliação da responsabilidade, regulam-se pelos artigos : 1518, 1532, 1537 e 1553 do mesmo artigo. A lei 8213 de 24/07/91 estabelece em seu artigo 120 que: UNIVERSIDADE TECNOL GICA FEDERAL DO PARAN – UTFPR Profº. Heliton Lourenço Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho Cel.: (45) 9147 –0818 E-mail:
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ART. 120 : “NOS CASOS DE NEGLIGÊNCIA QUANTO AS NORMAS PADRÃO DE SEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO, INDICADOS PARA PROTEÇÃO INDIVIDUAL
E
COLETIVA,
A
PREVIDÊNCIA
SOCIAL
PROPORÁ
AÇÃO
REGRESSIVA CONTRA OS RESPONSÁVEIS, PARALELA COM A AÇÃO CRIMINAL”
Deixar de cumprir alguma Norma prevista na legislação (especialmente a Portaria 3214/78 e suas NRs), por si só já poderá ser caracterizado a NEGLIGÊNCIA, principalmente se levarmos em conta que a NR-1 no seu item 1.6 a 1.7, específica: 1.6.1. Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial, ou qualquer outra atividade econômica, serão para efeito de aplicação das Normas Regulamentadoras – NR, solidariamente responsáveis a EMPRESA PRINCIPAL e cada uma das subordinadas. 1.6.2.Para efeito de aplicação das Normas Regulamentadoras – NR, a obra de Engenharia, compreendendo ou não canteiro de obra ou frente de trabalho, será considerada como estabelecimento, a menos que se disponha, de forma diferente, em NR específica. 1.7. Cabe ao Empregador: a) Cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre Segurança e Medicina de Trabalho; b) Elaborar ordens de serviços sobre Segurança e Medicina do Trabalho, dando ciência aos empregados, com os seguintes objetivos: I. Prevenir atos inseguros no desempenho do trabalho; II. Divulgar obrigações e proibições que os empregados devam conhecer; III. Dar conhecimento aos empregados de que serão passíveis de punição, pelo descumprimento das ordens de serviços expedidas, IV. Determinar os procedimentos que deverão ser adotadas em caso de acidente e/ou doenças profissionais do trabalho; V. Adotar medidas determinadas pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego); VI. Adotar medidas para eliminar ou neutralizar a insalubridade e/ou condições inseguras para o trabalho. c) Informar aos trabalhadores: I. Os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho; II. Os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa; III. Permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem fiscalização dos preceitos legais e regulamentares sobre Segurança medicina do Trabalho.
Portanto, devem-se acautelar todos os profissionais, empregadores, porque situação mudou radicalmente de 1988 para cá, inclusive já havendo casos de condenação civil e criminal, envolvendo, presidentes de empresas, gerentes, técnicos de segurança, mestres, engenheiros de obras e médicos. Quanto ao aspecto Penal, o Código Penal previa aplicação de dois tipos penais:
Homicídio Culposo
Lesões Corporais Culposas
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É a regra geral, mas existe um dispositivo no Código Penal, que exatamente tem por objetivo prevenir que o dano aconteça. É o chamado CRIME DE PERIGO. Basta a consciência de se expor alguém, a sua integridade física, mental ou orgânica ou a sua saúde a um perigo direto e eminente para que crime se consume. ART. 132: “EXPOR A VIDA OU A SAÚDE DE OUTREM A PERIGO DIRETO EMINENTE” Pena: 3 ( Três ) meses a um ano de detenção. Se o fato constituir desagravo a norma técnica de profissão a pena é aumentada de 1/3.
Para resumir, podemos dizer que após a CF/88, se um acidente do trabalho que resulte em morte ou incapacidade permanente, a Empresa e/ou seus Prepostos não puderem provar que se preocupavam com a saúde e segurança do trabalho, as probabilidades de serem considerados CULPADOS é sem dúvida nenhuma enorme. Está provado também que a maioria dos riscos existentes, principalmente na Construção Civil, ocorrem porque o pessoal em nível de supervisão não se preocupam em “Cumprir e fazer cumprir as normas as necessárias para a prevenção de acidentes“, pensando apenas na produção e economia de oferecer as devidas proteções coletivas e individuais, e talvez por ainda continuarem pensando (erroneamente) que em caso de acidentes eles nada sofrerão.
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23 REFERÊNCIAS ARAÚJO, Giovanni Moraes de. Normas Regulamentadoras Comentadas. 7 ed. rev. ampl. atual. E ilust. Rio de Janeiro: GVC Gerenciamento Verde Consultoria, 2009. Volumes 2 e 3. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7195: Cores de Segurança. Rio de Janeiro: ABNT, 1982. 6 p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12284: Áreas de vivência em canteiros. 11p. Rio de Janeiro, BRASIL, MINISTÉRIO DO TRABALHO. NR-18: Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. 1978. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Normas Regulamentadoras. Disponível em: http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18.asp. Acesso em 20 jun 2011. FUNDACENTRO. Escadas, rampas e passarelas: NR 18 - Condições e meio ambiente do trabalho na indústria da construção. São Paulo: FUNDACENTRO, 2005. 59 p. FUNDACENTRO. Escavações, fundações e desmonte de rochas : NR 18 Condições e meio ambiente do trabalho na indústria da construção. São Paulo: FUNDACENTRO, 2005. 35 p. FUNDACENTRO. Medidas de proteção contra quedas de altura: NR 18 - Condições e meio ambiente do trabalho na indústria da construção. São Paulo: FUNDACENTRO, 2005. 33 p. FUNDACENTRO. Movimentação e transporte de materiais e pessoas: elevadores de obras. São Paulo: FUNDACENTRO, 2003. 38 p. FUNDACENTRO. Proteção coletiva: modelo de dimensionamento de um sistema de guarda-corpo. São Paulo: FUNDACENTRO, 2004. 39 p. FRANKENFELD, 1990 Profº. R. Muther e K. Haganas MINISTÉRIO DO TRABALHO. NR-18 Condições na indústria da construção. Brasília, 1995. 43p; UNIVERSIDADE TECNOL GICA FEDERAL DO PARAN – UTFPR Profº. Heliton Lourenço Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho Cel.: (45) 9147 –0818 E-mail:
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PAOLESCHI, Bruno. CIPA: Guia prático de segurança do trabalho. 1 ed. São Paulo: Érica, 2009. Souza, Ubiraci E. L. de. Recomendações Gerais quanto à Localização e Tamanho dos Elementos do Canteiro de Obras / Ubiraci E. Lemes de Souza, Luiz Sérgio Franco, José Carlos Paliari, Fausto Carraro. - São Paulo: EPUSP, 1997. 26 p. – (Boletim Técnico da Escola Politécnica da USP, Departamento de Engenharia de Construção Civil; BT/PCC/178). PEREIRA, Alexandre Demetrius. Tratado de segurança e saúde ocupacional, vol. IV: aspectos técnicos e jurídicos: NR-16 a NR-18. São Paulo: LTR, 2005. ROUSSELET, Edison da S.; FALCÃO, Cesar. Segurança na obra: manual técnico de segurança do trabalho em edificações prediais. 1. ed. Rio de Janeiro: Interciência, 1999. SAURIN, T. A.; FORMOSO, C. T. Planejamento de Canteiros de Obras e Gestão de Processos. Porto Alegre – ANTAC, 2006. – (Recomendações Técnicas HABITARE, v3) SALIBA, T. M. Curso Básico de Segurança e Higiene Ocupacional . São Paulo: LTR, 2004. SHERIQUE, Jaques. Aprenda como fazer: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção - PCMAT, Mapas de Riscos Ambientais - MRA. 2. ed. São Paulo: LTr, 2004. 239 p. SÁ, Ameliza Soares de. AVELAR, Cristina Lúcia Fernandes de. Manual Prático NR-18. São Paulo: LTR, 2010. SAMPAIO, José Carlos de Arruda. PCMAT: programa de condições e meio ambiente do trabalho na indústria da construção. São Paulo: Pini, 1998. 193 p. TEIXEIRA, Pedro L. Lourenço. Segurança do Trabalho na Construção Civil: do projeto à execução final. São Paulo: Navegar, 2009.
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ANEXO 1
Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações na Construção Civil
TRABALHO EM EQUIPE: Elaboração de PCMAT
1ª Etapa – Layout do canteiro de Obras:
Definição do Layout inicial do canteiro de obras com as seguintes características:
Edifício Residencial: o o o o o
Equipamentos: o o o o o o
Serra circular; Policorte Gr ua; Elevador de passageiros; Elevador de carga; Betoneira.
Definir: o o o o
12 pavimentos; 2 subsolo; 2 apartamentos por andar; Número de funcionários = 45 (primeiros 6 meses); Número de funcionários = 130 (pico da obra).
Escritório; Almoxarifado; Guarita e portões de acesso (pedestre e veículos); Áreas de vivência: Quantidade; Dimensões; Área de iluminação; Área de ventilação.
Obs.: A refeição é realizada na obra.
2ª Etapa – Definir as medidas de segurança e os EPC
Definição das medidas de segurança e dos EPC adotados. 3ª Etapa – Elaboração de Ficha de EPI
Elaborar uma Ficha de EPI a ser entregue aos colaboradores, justifique a estrutura de dados a serem registrados. 4ª Etapa – Elaboração de Plano de Tr einar nento
Elabor ar um plano de treinamento definindo: Assunto; Carga hor aria; Material didático 5ª Etapa – Elaboração de cronograma de implantação
Elaborar cronograma de implantação das medidas de segurança EPC e EPI de acordo com as etapas da obra.
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