Apostila de Oya (1)

December 13, 2018 | Author: Lui Lui | Category: Religion And Belief, Nature
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o...

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É a divindade dos ventos, das tempestades e do rio Niger que, em iorubá, chama-se Odò Oya. Foi a primeira esposa de Xangô e tinha um temperamento ardente e impetuoso. onta uma !enda que Xangô enviou-a em miss"o na terra dos baribas, a #im de buscar um preparado que, uma ve$ ingerido, !he permitiria !an%ar #ogo e chamas pe!a boca e pe!o nari$. Oiá desobedecendo &s instru%'es do esposo, e(perimentou esse preparado, tornando-se tamb)m capa$ de cuspir #ogo, para grande desgosto de Xangô, que dese*ava guardar s+ para si esse terrve! poder. Oiá #oi, no entanto, a nica das mu!heres de Xangô que, ao #ina! do seu reinado, seguiu-o na #uga para apá. /, quando Xangô reco!heu-se para bai(o da terra, em 0ossô, e!a #e$ o mesmo em 1rá.

FO2345 6/ O78  4s #o!has s"o de suma import9ncia em todas as #ases do cu!to aos ori(ás e com oyá n"o ) di#erente • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

et) : ;redo sem espinho Orim-rim : 4!#avaquinha Odum-dum: Fo!ha-da-costa em pa!pites em sua vida #ami!iar. N"o gostam que !he digam o que #a$er, ou que !he #a%am crticas.nbsp 5empre tentar"o  *usti#icar suas atitudes, mesmo que se*am in*usti#icáveis. 6"o muito va!or & seguran%a de um !ar e de uma #am!ia bem constituda e #e!i$. 4doram sua casa, embora n"o agGentem #icar presas a e!a. 5"o muito sensuais e apai(onam-se com #reqG>ncia, s+ aceitando viver com a!gu)m se e(istir amor. Huando amam de verdade, #a$em de tudo para manter essa re!a%"o. 5"o ciumentos, possessivos e incapa$es de perdoar ou esquecer uma trai%"o.

!PAR!I O# 1ans" vai & #rente de todas as entidades #emininas, quando e!as s"o convocadas. amb)m ) conhecida como O78. 4 !enda conta que e!a viveu por vo!ta de I.JKK a.., na Nig)ria, e pertenceu a uma #am!ia rea!. Fi!ha de 1eman*á e O(a!á, ) a mu!her de Xangô. No ;rasi!, corresponde a 5anta ;árbara, *á que regente dos ventos e tempestades. om grande #or%a e determina%"o, *amais as perguntas #eitas a e!a #icam sem respostas. Os #i!hos de 1ans" s"o muito temperamentais. om grande esprito aventureiro, #a!am o que pensam e s"o atrevidos. 4mam e odeiam com a mesma #aci!idade.

$ARA$T!R%&TI$A& Dia 'a semaa) quarta-#eira* $ores) verme!ho terra, marrom, branco e rosa. +,ge) nesta na%"o denomina-se 4;É. Agola) A44A;4. Domios) ventos, cemit)rios, taquara!, caminhos, águas, etc. O.ere'as) acara*), inhame, broto de bambu, etc.

Quali'a'es I. Oya ;ini@á L. 5eno M. 4bomi J. Dunán . ;agán . OnPrá Q. 0odun R. Aaganbe!!e S. 7apopo IK.Onisoni II.;agbure IL.ope IM.Fi!iaba IJ.5emi I.5insirá I.5ire IQ.Dba!e ou 1gba!e Taque!a que retorna & terraU se subdividem emV I. Funán L. Fure M. Duere J. oningbe . Fa@arebo . 6e Q. Ain R. 2ario S. 4dagangbará /ssas Oya, est"o !igadas ao cu!to dos mortos, quando dan%am parecem e(pu!sar as a!mas errantes com seus bra%os. em #orte #undamento com Omu!u , Ogun e /(.

O.ere'as A/ara01 2ara O3á o

o

1ngredientesV 

KKg. de #ei*"o #radinho



KKg. de cebo!a



I !itro de a$eite de dend>

Aodo de preparoV 

Num processador Tpode ser num pi!"oU triture o #ei*"o #radinho, dei(e de mo!ho por meia hora e ap+s descasque os #ei*'es co!oque o #ei*"o no processador e vá adicionando a cebo!a cortada em peda%os. ;ata at) #ormar uma massa #irme. 6espe*e numa tige!a e bata a massa com uma co!her de pau at) #ormar bo!has, co!oque sa! a gosto.



Numa #rigideira co!oque o dend> e dei(e esquentar bem, com a co!her vá #ormando os bo!inhos e #ritando at) dourar. o!oque-os num a!guidar.

!45 OA O6IRA

I 4b+bora moranga J b$ios aberto J n+s moscada J moedas J acara*)s J metros de #ita verme!ha J metros de #ita branca I saco de morim Fa$er um buraco na ab + bora, depois de passar no corpo da pessoa co!oca-se dentro com as #itas7 por num saco de morim. /ntregar a Oya Onira, no a!to do morro IR horas ou LJ horas, acender ve!as e #a$er os pedidos.

$O68!$!6DO 9AI& &O4R! O# 1yá-mesan-òrun , seu Or@i, Wm"e dos nove +runW, 7ásan. u*o nome adv)m de a!gumas #ormas prováveisV Oyam)s&n - nove Oyas usado como um dos nomes de Oyá. ?yá omo m)s&n, m"e de nove crian%as, 1ans" , que da !enda da cria%"o da roupa de /gngn por Oyá. ?yám)s&n Wa m"e Ttrans#ormada emU noveW, que vem da hist+ria de 1#á, da sua re!a%"o com Ogun. Observe-se que em todas as #ormas, está re!acionada com o nmero S, indicativo principa! do seu od. /stá associada ao ar, ao vento, a tempestade, ao re!9mpagoraio TarYmovimento e #ogoU e aos ancestrais TegunsU. Na Nig)ria e!a ) a deusa do rio Niger. =rincipa! esposa de Xangô, impetuoso, guerreira e de #orte persona!idade, tamb)m rainha dos espritos dos mortos, sendo reverenciada no cu!to dos eguns. /m yorubá, chama-se Odò Oya. 5uas contas s"o verme!has ou ti*o!o, o cora! por e(ce!>ncia, o mon*o!+ Tuma esp)cie de conta a#ricana, oriunda de !ava vu!c9nicaU. 5eus smbo!os s"oV os chi#res de b#a!o, um a!#an*e, adaga, eruesinZerue(in[ Tcon#eccionado com pe!os de rabo de cava!o, encravados em um cabo de cobre, uti!i$ado para Wespantar os egunsWU. 4#e#e, o vento, a tempestade, acompanha Oya. Oyá, mais conhecida no ;rasi! sob o nome de 7ans", ) a divindade dos ventos, das tempestades e do rio Niger que, em 7orubá, chama-se Odô Oyá, o Eio Oyá. Foi a primeira mu!her de Xangô e tinha um temperamento ardente e impetuoso. Os Ori@i, sauda%'es dirigidas a Oyá, descrevem-na bastante bemV WOyá, mu!her cora*osa que, ao acordar, empunhou um sabre. 1Oyá, mu!her de Xangô. Oyá, cu*o marido ) verme!ho. Oyá, que morre cora*osamente com seu marido. Oyá, vento da morte. Oyá, ventania que ba!an%a as #o!has das árvores que toda a parte.

Oyá, que ) & nica que pode segurar os chi#res de um b#a!oW.  4 quarta-#eira ) o dia semana que !he ) consagrado, o mesmo dia de Xangô, seu marido. 5eus smbo!os s"o os chi#res de b#a!o e um a!#an*e, co!ocados sobre seu Oe*i. Huando se mani#esta sobre uma das iniciadas está adornada com uma coroa cu*as #ran*as de contas escondem o seu rosto. /!a recebe o#erendas de cabras e acara*)s Ta@ará na 8#ricaU. /!a detesta ab+bora. arne de carneiro !he ) proibida. 5uas dan%as s"o guerreiras e, se Ogun está presente, e!a n"o dei(a de se empenhar num due!o, !embran%a, sem dvida, de suas antigas diverg>ncias. /!a evoca tamb)m, por seus movimentos sinuosos e rápidos, as tempestades e os ventos en#urecidos. 5eus #i)is saudam-na gritandoV /pa 3eyi Oyá. No ;rasi!, Oyá ) sincreti$ada com 5anta ;árbara e, em uba, com Nossa 5enhora da ande!ária.

Oyá recebeu, de O!orun, a miss"o de trans#ormar e renovar a nature$a atrav)s do vento, que e!a sabe manipu!ar. O vento nem sempre ) t"o #orte, mas, a!gumas ve$es, #orma-se

uma tormenta, que provoca muita destrui%"o e mudan%as por onde passa, havendo uma recic!agem natura!. Norma!mente, Oyá sopra a brisa, que, com sua do%ura, espa!ha a cria%"o, #a$endo voar as sementes, que ir"o germinar na terra e #a$er brotar uma nova vida.  4!)m disso, esse vento manso tamb)m ) responsáve! pe!o processo de evapora%"o de todas as águas da terra, atuando *unto aos rios e mares. /sse #enômeno ) vita! para a renova%"o dos recursos naturais, que, ao provocar as chuvas, estar"o #erti!i$ando a terra. Oyá possui um grande conhecimento, adquirido atrav)s da conviv>ncia com muitos ori(ás, como Ogun, com quem aprendeu os caminhos 1ro@o, que a ensinou a evocar o vento Od), com quem aprendeu a ca%ar Xangô, seu eterno companheiro Oba!uai>, com quem comparti!ha o reino dos /guns Orunmi!á e O(a!á, entre outros. \ivia com e!es o tempo necessário para aprender o que precisava, dei(ando-os em seguida, para continuar com suas andan%as pe!o mundo. 4!guns tentaram, em v"o, prend>-!a, mas ) impossve! segurar o vento. 4 !iberdade ) muito importante para e!a. Foi com Xangô, seu marido, que passou mais tempo, pois os dois se comp!etavam. Aas, apesar disto, ergueu-se contra e!e em de#esa de seu povo, #a$endo com que recuasse. Nem mesmo Xangô conseguiu dobrá-!a. Duerreira poderosa, ) tamb)m detentora de poderes de #eiti%aria, n"o temendo nada nem ningu)m. Nunca #ugiu das bata!has, agindo sempre com uma #or%a devastadora. /!a se trans#orma com muita rapide$ para destruir o inimigo, vo!tando ao norma! !ogo em seguida, como

se

nada

tivesse

acontecido.

/!a tem o domnio e o conhecimento sobre os eguns Tespritos desencarnadosU. 4p+s a morte e a !impe$a do corpo, que ) rea!i$ada por Omo!u, Oyá encarrega-se de !evá-!os at) os portais do orun Tmundo para!e!oU. É Oyá, tamb)m, quem se encarrega de apagar as mem+rias das pessoas que ir"o renascer no aiye TerraU. Huando n+s renascemos na erra ainda conseguimos !embrar de a!gums #atos de nossa e(ist>ncia passada. 4os poucos, ainda na in#9ncia, nossa mem+ria vai se apagando, at) que todas as imagens desapare%am.

ITA6& onta uma !enda que Xangô enviou-a em miss"o ao pas dos ;aribas, a #im de tra$er-!he um preparado que, uma ve$ ingerido, !he permitiria !an%ar #ogo e chamas pe!a boca e pe!o nari$. Oyá, desobedecendo as instru%'es do esposo, e(perimentou esse preparo no caminho de vo!ta a Oy+, tornando-se tamb)m capa$ de cuspir #ogo, o que provocou grande desgosto em Xangô que dese*ava guardar, s+ para si, esta terrve! #acu!dade. Oyá #oi, no entanto, a nica das mu!heres de Xangô que, ao #ina! de seu reinado, seguiu-o na sua #u!ga ao páis de apa. / quando Xangô reco!heu-se para debai(o da terra, em 0osô, e!a repetiu o #eito em 1rá.  4ntes de se tornar mu!her de Xangô, Oyá tinha vivido com Ogun. /!a #ugiu com Xangô e Ogun, en#urecido, reso!veu en#rentar o seu riva! mas este #oi & procura de O!odumar), o deus supremo, para con#essar-!he que havia o#endido Ogun. O!odumar) interveio *unto ao amante tradoe recomendou -!he que perdoasse a a#ronta. / e(p!icou-!heV W\oc>, Ogun, ) mais ve!ho do que Xangô]W Tseu avô, se acreditarmos nas !endas re#eridas mais acima, onde ogun ) pai de Oranmiyan e este, pai de XangôU. W5e, como mais ve!ho, dese*a preservar sua dignidade aos o!hos de Xangô, e aos dos outros Ori(ás, voc> n"o deve se aborrecer, n"o deve brigar, deve renunciar a Oyá sem recrimina%'esW. Aas Ogunn"o #oi sensve! a este ape!o, dirigido aos seus sentimentos de indu!g>ncia. N"o se resignou t"o ca!mamente assim, !an%ou-se " persegui%"o dos #ugitivos e, como vimos anteriormente, trocou go!pes de varas mágicas com a mu!her in#ie! que #oi, ent"o, dividida em nove partes. /ste nmero nove, !igado a Oyá, está na origem de seu nome 7ans" e encontramos esta re#er>ncia no e(-6aom), onde o cu!to de Oyá ) #eito em =orto Novo sob o nome de  4vess9n, no bairro 4@ron, 2o@orô dos 7orubás, e sob o 4bess9n, mais ao norte, em

;aningb). /stes nomes teriam por origem a e(press"o 4borimesan, Wcom-nove-cabe%asW, a!us"o,

ao

que

parece,

aos

nove

bra%os

do

de!ta

do

Niger.

^ma outra indica%"o sobre esta nome nos ) dada pe!a !enda da cria%"o da roupa de /gungun por Oyá. Eoupas sob as quais, em certa circunst9ncia, os mortos de uma #am!ia vo!tam & terra a #im se saudar seus descendentes. Oyá ) o nico Ori(á capa$ de en#rentar e de dominar os /gungunsV WOyá se !amentava por n"o ter #i!hos. /sta triste situa%"o era conseqG>ncia da ignor9ncia das suas proibi%'es a!imentares. /mbora a carne de cabra !he #osse recomendada, e!a comia carne de carneiro. Oyá reso!veu consu!tar um ;aba!aô, que !he reso!veu o seu erro, aconse!hando-a a #a$er o#erendas, entre as quais deveriam #igurar tecido verme!ho que, mais tarde, haveria de servir para con#eccionar as vestimentas dos /gunsguns. endo cumprido esta obriga%"o, Oyá tornou-se m"e de nove crian%as, que se e(prime em 7orubá pe!a #raseV 1ya omo mesan, origem de seu nome 7ans". 4ssim que a roupa de /gungun, #oi criada, #ormou-se, em torno dessa WnovidadeW, uma sociedade composta e(c!usivamente de mu!heres, com o ob*etivo de en#rentar a prepot>ncia dos homens. Aas e!as e(ageraram e se aproveitam da con#us"o provocada pe!a apari%"o desses seres estranhos, os /gunguns, para enganar impunemente os seus maridos. /stes e(asperados, conseguiram descobrir seu segredos, apoderaram-se da 5ociedade e reservaram-na aos homens de!a e(c!uindo as mu!heres para sempreW

/(iste uma !enda, conhecida na 8#rica e no ;rasi!, que e(p!ica de que maneira os chi#res de b#a!o vieram a ser uti!i$ados no ritua! do cu!to de Oyá-7ans"V W^m ca%ador #oi em e(pedi%"o & #!oresta. o!ocando-se & espreita, percebeu um b#a!o que vinha em sua dire%"o. =reparava para matá-!o quando o anima!, parando subitamente, retirou a sua pe!e. ^ma !inda mu!her apareceu. /ra Oyá-7ans". /!a escondeu a pe!e num cupin$eiro e dirigiu-se ao mercado da cidade vi$inha. O ca%ador apossou-se do despo*o, escondendo-o no #undo de um dep+sito de mi!ho, ao !ado de sua casa, indo, em seguida, ao mercado a #im de #a$er a corte & mu!her b#a!o. /!e chegou a pedi-!a em casamento, mas Oyá recusou inicia!mente, aceitou entretanto, quando, de vo!ta & #!oresta, n"o mais achou a sua pe!e. Oyá recomendou ao ca%ador que n"o contasse a ningu)m que, na rea!idade, e!a era um anima!. \iveram bem durante a!guns anos. e!a pôs nove crian%as ao mundo, o que provocou o cime das outras esposas do ca%ador. /stas, por)m, conseguiram descobrir o segredo da origem da nova mu!her. 2ogo que o marido se ausentou e!as come%aram a cantarV Aáa *), máa mu, a_+ re nbe ninu a@á, o que signi#icaV W\oc> pode beber e comer T e pode e(ibir a sua be!e$aU mas a sua pe!e está no dep+sito T voc> n"o ) sen"o um anima!UW. Oyá-7ans" compreendeu a a!us"o, achou a sua pe!e, revestiu-a e, tendo retomado a #orma de b#a!o, matou as mu!heres ciumentas. Os seus chi#res e!a os dei(ou, em seguida, com os #i!hos, di$endo-!hesV W/m caso de necessidade, bata-os um contra o outro, e eu virei imediatamente em vosso socorroW. É por esta ra$"o que chi#res de b#a!os s"o sempre co!ocados em !ocais consagrados a Oyá7ans".

 5egundo a !enda, Oyá vivia #e!i$ com Ogun, pois os dois tinham muitas coisas em comum, como o gosto pe!a guerra e o dese*o de desbravar novos !ugares. Dostavam da companhia um do outro, sentindo-se em harmonia. om e!e, que ) conhecedor de todos os caminhos, Oyá aprendeu a andar pe!a erra. Dostava muito de v>-!o traba!har, em seu o#icio de #erreiro, tentando aprender como e!e con#eccionava suas armas e #erramentas. Oyá pedia insistentemente que !he #i$esse uma arma para guerrear. ^m dia, Ogun a surpreendeu, o#erecendo-!he uma espada curva, que era idea! para seu uso. 1sso a agradou muito, tanto que, mais tarde, todo seu e()rcito estava usando esse mesmo tipo de arma. Aas Ogun n"o a !evava em suas bata!has, dei(ando-a so$inha e entediada. 5em #a!ar no tempo que gastava em seus a#a$eres de #erreiro. Oyá adorava a !iberdade, mas, ao mesmo tempo, n"o dispensava uma boa companhia. ome%ou a sentir-se re*eitada por e!e. Foi nesse momento que Xangô, o grande rei, #oi procurar Ogun, pois precisava de armas para seu e()rcito. /!e era muito atraente e cuidadoso com sua apar>ncia. /ra impossve! n"o notar sua presen%a. Ogun, aceitando o pedido, come%ou a produ$ir armas para Xangô, que tinha muita urg>ncia. Ficaria na a!deia o tempo necessário para o t)rmino do servi%o. Xangô tamb)m notou a presen%a de Oyá, sentindo uma grande atra%"o por e!a. om seu  *eito de ser, apro(imou-se de!a para trocar conhecimentos a respeito de suas habi!idades. 6escobriram, nessas conversas, que possuam muitas a#inidades, inc!usive que n"o gostavam de viver iso!ados, assim como Ogun. Oyá estava muito interessada em Xangô e em tudo o que estava aprendendo com e!e, mas n"o queria magoar Ogun, a quem respeitava muito. Xangô propôs-!he uma uni"o eterna, sem monotonia, sem so!id"o, via*ando sempre *untos

por toda a erra. 5eria uma uni"o per#eita. Huando Ogun terminou seu traba!ho, os dois *á haviam partido. /!e #icou en#urecido com a trai%"o de ambos, mesmo sabendo que sua companheira n"o podia #icar cativa para sempre. =artiu atrás de!es para vingar sua desonra] Oyá estava vindo ao seu encontro, para e(p!icar-!he que n"o poderia mais #icar com e!e, pois Xangô a comp!etava, mas que iria respeitá-!o sempre como grande ori(á da guerra. Ogun estava t"o en#urecido, que n"o ouviu o que e!a di$ia, e #oi com grande #ria que investiu contra e!a, erguendo sua espada. Oyá, em de#esa pr+pria, tamb)m o atacou. /!a #oi go!peada em nove partes do seu corpo, e Ogun em sete, #ormando curas. /sses nmeros #icaram muito !igados a esses ori(ás, assim como as curas, que #oram introdu$idas nos rituais a#ricanos.

/mbora tenha sido esposa de 5angô, 1ans" percorreu vários reinos e conviveu com vários Eeis. Foi pai("o de Ogum, Osogiyan e de /s. onviveu e sedu$iu Osossi, 2ogum-/d) e tentou em v"o re!acionar - se com Oba!ua>. 5obre este assunto a hist+ria conta que 1ans" percorreu vários Eeinos usando sua inte!ig>ncia, astcia e sedu%"o para aprender de tudo e conhecer igua!mente tudo. /m 1r> , terra de Ogum #oi a grande pai("o do Duerreiro. 4prendeu com e!e o manuseio da espada e ganhou deste o direito de usá-!a.6epois partiu e #oi para O(ogbo, terra de Osogiyan. om e!e aprendeu o uso do /scudo para se de#ender de ataques inimigos e recebeu o direito de usá-!o. 6epois partiu e nas estradas deparou-se com /s. om e!e aprendeu os mist)rios do #ogo e da magia. No reino de Osossi, sedu$iu o 6eus da a%a, e aprendeu a ca%ar, a tirar a pe!e do b#a!o e se trans#ormar naque!e anima! com a a*uda da magia aprendida com /s. 5edu$iu 2ogum-Od), e com e!e aprendeu a pescar. Foi para o Eeino de Oba!ua> pois queria descobrir seus mist)rios e conhecer seu rosto. 2á chegando, insinuou-se. Aas muito descon#iado, Oba!ua> perguntou o que Oya queria e e!a respondeuV Wqueria ser sua amigaW. /nt"o, #e$ sua 6an%a dos \entos, que *á havia sedu$ido vários reis. ontudo, sem emocionar ou sequer atrair a aten%"o de Oba!ua>. 1ncapa$ de sedu$-!o, 1ans" procurou apenas aprender, #osse o que #osse.

 4ssim dirigiu-se ao homem da pa!haV W4prendi muito com os outros Eeis, mas s+ me #a!ta aprender a!go contigo.W - WHuer mesmo aprender, Oya` \ou te ensinar a tratar dos AortosW. \enceu seu medo com sua 9nsia de aprender e com e!e descobriu como conviver com os /guns e a contro!á-!os. =artiu ent"o para o Eeino de 5angô, pois !á acreditava que teria o mais vaidoso dos reis e aprenderia a viver ricamente. Aas ao chegar ao reino do Eei do rov"o, 1ans" aprendeu mais do que isso, aprendeu a amar verdadeiramente e com uma pai("o vio!enta, pois 5angô dividiu com e!a os poderes do raio e deu & e!a seu cora%"o. O #ogo das pai('es, o #ogo da a!egria e o que queima. /!a ) o Orisá do Fogo.

Ogum estava ca%ando na #!oresta. o!ocando-se na espreita, percebeu um b#a!o que vinha em sua dire%"o. =reparava-se para matá-!o, quando o anima!, parando subitamente, retirou a sua pe!e. 5urgiu uma !inda mu!her. /ra Oyá. /!a enro!ou a pe!e nos chi#res e a escondeu num #ormigueiro. Ogum apossou-se do despo*o, escondendo-o. 5eguiu ent"o Oyá, que em passo e!egante dirigia-se ao mercado, a #im de #a$er-!he a corte. 2á, pediu-a em casamento. Oyá sorriu, mas recusou-se ao pedido. /nt"o Ogum disse que a esperaria. Oyá vo!tou & #!oresta e, n"o encontrando sua pe!e e chi#res no #ormigueiro, vo!tou ao mercado *á va$io onde Ogum a esperava e disse que se casaria com e!e. Eecomendou, no entanto, que e!e n"o contasse a ningu)m que, na verdade, e!a era um anima!. Ogum respondeu que guardaria segredo e !evou Oyá. \iveram bem durante a!guns anos e Oyá pôs nove crian%as no mundo, o que provocou o cime das outras esposas. /!as #i$eram ent"o a!us"o ao segredo. Oyá, enraivecida, vestiu a sua pe!e, e sua a #orma de b#a!o, matou as mu!heres ciumentas, partindo em seguida. Os seus chi#res, e!a os dei(ou com os #i!hos, di$endo-!hes que os batessem um contra o outro, em caso de necessidade, que e!a viria imediatamente em seu socorro.

Osogyian estava em guerra, mas a guerra n"o acabava nunca, t"o poucas eram as armas para guerrear. Bgn #a$ia as armas, mas #a$ia !entamente. Osogyian pediu a seu amigo Bgn urg>ncia, Aas o #erreiro *á #a$ia o possve!. O #erro era muito demorado para se #or*ar e cada #erramenta nova tardava como o tempo. anto rec!amou Osagui" que Oyá, esposa do #erreiro, reso!veu a*udar Bgn a apressar a #abrica%"o. Oyá se pôs a soprar o #ogo da #or*a de Bgn e seu sopro avivava intensamente o #ogo e o #ogo aumentado de ca!or derretia o #erro mais rapidamente. 2ogo Bgn pode #a$er muitas armas e com as armas Osogyian venceu a guerra. Osogyian veio ent"o agradecer Bgn. / na casa de Bgn enamorou-se de Oyá. ^m dia #ugiram Osogyian e Oyá, dei(ando Bgn en#urecido e sua #or*a #ria. Huando mais tarde Osogyian vo!tou & guerra e quando precisou de armas muito urgentemente, Oyá teve que vo!tar a avivar a #or*a. / !á da casa de Osogyian, onde vivia, Oyá soprava em dire%"o & #or*a de Bgn. / seu sopro atravessava toda a terra que separava a cidade de Osogyian da de Bgn. / seu sopro cru$ava os ares e arrastava consigo p+, #o!has e tudo o mais pe!o caminho, at) chegar &s chamas com #uror ati%ava. / o povo se acostumou com o sopro de Oyá cru$ando os ares e !ogo o chamou de vento. / quanto mais a guerra era terrve! e mais urgia a #abrica%"o das armas, mais #orte soprava Oyá a #or*a de Bgn. "o #orte que &s ve$es destrua tudo no caminho, !evando casas, arrancando árvores, arrasando cidades e a!deias. O povo reconhecia o sopro destrutivo de Oyá e o povo chamava a isso tempestade.

erta ve$ houve uma #esta com todas as divindades presentes. Omu!u-Oba!ua> chegou vestindo seu capucho de pa!ha. Ningu)m o podia reconhecer sob o dis#arce e nenhuma mu!her quis dan%ar com e!e. 5+ Oyá, cora*osa, atirou-se na dan%a com o 5enhor da erra. anto girava Oyá na sua dan%a que provocava vento. / o vento de Oyá !evantou as pa!has e descobriu o corpo de Oba!ua>. =ara surpresa gera!, era um be!o homem. O povo o ac!amou por sua be!e$a. Oba!ua> #icou mais do que contente com a #esta, #icou grato e em recompensa, dividiu com e!a o seu reino. Fe$ de Oyá a rainha dos espritos dos mortos. Eainha que ) Oyá 1gba!), a condutora dos eguns. Oyá ent"o dan%ou e dan%ou de a!egria para mostrar a todos seu poder sobre os mortos, quando e!a dan%ava , agitava no ar o iruquer>, o espanta-mosca com que a#asta os eguns para o outro mundo. Eainha Oyá 1gba!), a condutora dos espritos. Eainha que #oi sempre a grande pai("o de Omu!u.

O3á Igbal1 Oyá n"o podia ter #i!hos, e #oi consu!tar o baba!aô. /ste !he disse, ent"o, que, se #i$esse sacri#cios, e!a os teria. ^m dos motivos de n"o os ter ainda era porque e!a n"o respeitava o seu tabu a!imentar Tev+U que proibia comer carne de carneiro. O sacri#cio seria de IR.KKK mi! b$ios To pagamentoU, muitos panos co!oridos e carne de carneiro. om a carne e!e preparou um rem)dio para que e!a o comesse e nunca mais e!a deveria comer desta carne. Huanto aos panos, deveria ser entregues como o#erenda. /!a assim #e$ e, tempos depois, deu & !u$ nove #i!hos Tnmero mstico de OyáU. 6a em diante e!a tamb)m passou a ser conhecida pe!o nome de 1yá omo m)san, que quer di$er a m"e de nove #i!hos e que se ag!utina 1yansan. 3á outra !enda para e(p!icar o mito de 1ans"V /m certa )poca, as mu!heres eram re!egadas a um segundo p!ano em suas re!a%'es com os homens. /nt"o e!as reso!veram punir seus maridos, mas sem nenhum crit)rio ou !imite, abusando desta decis"o, humi!hando-os em demasia. Oyá era a !der das mu!heres, e e!as se reuniram na #!oresta. Oyá havia domado e treinado um macaco marrom chamado i*imer> Tna Nig)riaU. ^ti!i$ara para isso um ga!ho de atori Ti("U e o vestia com uma roupa #eita de várias tiras de pano co!oridas, de modo que ningu)m via o macaco sob os panos. 5eguindo um ritua!, con#orme Oyá brandia o i(" no so!o o macaco pu!ava de uma árvore e aparecia de #orma a!ucinante, movimentando-se como #ora treinado a #a$er. 6este modo, durante & noite, quando os homens por !á passavam, as mu!heres Tque estavam escondidasU #a$iam o macaco aparecer e e!es #ugiam tota!mente apavorados.

ansados de tanta humi!ha%"o, os homens #oram ter com um baba!aô para tentar descobrir o que estava acontecendo. 4trav)s do *ogo de 1#á, e para punir as mu!heres, o baba!aô !hes conta a verdade. /!e os ensina como vencer as mu!heres atrav)s de sacri#cios e astcia. Ogum #oi o encarregado da miss"o. /!e chegou ao !oca! das apari%'es antes das mu!heres. \estiu-se com vários panos, #icando tota!mente encoberto, e se escondeu. Huando as mu!heres chegaram, e!e apareceu subitamente, correndo, berrando e brandindo sua espada pe!os ares. odas #ugiram apavoradas, inc!usive Oyá. 6esde ent"o os homens dominaram as mu!heres e as e(pu!saram para sempre do cu!to de egum ho*e, e!es s"o os nicos a invocá-!o e cu!tuá-!o. Aas, mesmo assim, e!es rendem homenagem a Oyá, na qua!idade de 1gba!), como criadora do cu!to de egum. onv)m notar que, no cu!to, egum nasce no bosque da #!oresta Tigbo igba!)U. No ;rasi!, no i!> a_o, e!e nasce no quarto de ba!), onde s"o co!ocadas o#erendas de comidas e rea!i$adas cerimônias aos /gums. Oyá ) tamb)m cu!tuada como m"e e rainha de egum, como Oyá 1gba!). /, como nos e(p!ica a !enda, Oyá, a #!oresta e o macaco est"o intimamente !igados ao cu!to, inc!usive em re!a%"o & vo$ do macaco como modo de o egum #a!ar.

Eèpàrìpàà ! Odò ìyá ! 

 Assentamento de Oyá  Assetameto KI 4bebe de Oyá KI ora! KI erracota KI /re de Oya KM a!guidares LI Obis LI Orogbos J ;$ios KJ 7erossun LI Osun LI /#un LI 4!ib)s LI 4ridans LI 4beres LI 4!u@o KQ /@odid) KQ 2e@e!e@e KL hi#res de b#a!o KI Otá KI =edra preciosa KI =edra 5emi preciosa marrom KI 4daga de cobre KI Eaio de cobre KI 1ru(im =ano ;ranco, verme!ho e preto  4@ara Tacara*)U Fol:as Odundun ete 4ba!aiyae Einrin 1gba Aimais abra Da!inha Da!inha de 4ngo!a =ombo $omo assetar  /m uma bacia, macere todas as #o!has com um pouco de água e co!oque um pouco de gim.

2ave a estatueta na macera%"o das #o!has e co!oque-a no pano verme!ho. =i!e *unto, o osun e o e#un at) virar p+, co!oque este p+ em um a!guidar e por cima espa!he o pacote de iyorossun, #a$endo em seguida a marca do odu O54 1ONE1N.

Fa%a a o#erenda do pombo em cima da marca do odu. Aisture o p+ do odu marcado com sab"o da costa em seguida co!oque a estatueta dentro do a!guidar e o sab"o em vo!ta para #i(ar a estatueta. /n#eite o a!guidar com os chi#res de b#a!o, um em cada !ado da estatueta. No a!guidar montado de oya #a%a a o#erenda primeiro da ga!inha e depois da cabra. 6ei(e apenas a cabe%a da ga!inha dentro do igbá de oya. ObsV dei(e escorrer apenas um pouco de e*e TsangueU dos animais sacri#icados, porque n"o ) preciso muito e*e para o#erenda, cubra com o pano branco. /m outro a!guidar, co!oque yerosun, #a%a novamente a marca do odu e en#eite com obi, orogbo, a!ibe, aridan, abere, a!u@o, i@odide, pedras, adaga, raio, iru(im e um pouco de e*e TsangueU dos animais sacri#icados en#eite com a cabe%a da cabra e cubra o ebo com o pano preto. O terceiro a!guidar despe*e o outro pacote de yerosun e #a%a a marca do mesmo odu usado at) agora e co!oque por cima os acara e a ga!inha Tso o corpoU de costa. =o!ve!he o p+ a*eo!a!e Tp+ preparado a#ricanoU, en#eite com LI bu$ios e LI moedas cubra com o pano verme!ho, o#ere%a para as iyami, dei(ando por M dias, despache embai(o de uma árvore.

ORI;I PARA O# 1ba oya  4yaba Oba@oso, Odo @un @o @un, @o si, /niti oya @o !e gbe !o, Aaa *e@i odo gbe mi !o, Aaa *e@i n@u i@u ina, 1ya mi boro@inni,
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