APOSTILA DE HOMILÉTICA Curso de Exposição Bíblica - SPBC-2018 PDF

March 31, 2023 | Author: Anonymous | Category: N/A
Share Embed Donate


Short Description

Download APOSTILA DE HOMILÉTICA Curso de Exposição Bíblica - SPBC-2018 PDF...

Description

 

  SEMINÁRIO PRESBITERI NO BR SIL CENTR L

2º Semestre de 2016

C U R S O  B Á S I C O

D E 

EXPOSIÇÃO BÍBLICA 

“Expondo essas coisas aos irmãos serás bom ministro de Cristo Jesus alimentado com as palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido.”  seguido.” 

I Timóteo 4:6

Rev. Hélio de Oliveira Silva, STM. Goiânia-GO Agosto de 2016

 

 

1

CURSO BÁSICO DE EXPOSIÇÃO BÍBLICA REV. HÉLIO DE OLIVEIRA SILVA

INTRODUÇÃO:

O objetivo deste curso é dar-lhe uma base introdutória à exposição  bíblica, a fim de que você possa preparar uma mensagem expositiva simples,  porém, fiel ao texto da Palavra de Deus. Que Deus ganhe o seu coração e te dê a perseverança necessária para não só começar este estudo, mas continuar se aperfeiçoando sempre. Amém.

 

 

2

CONTEÚDO

Aula 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Conteúdo Página EM FAVOR DE UMA TEOLOGIA BÍBLICA DA PREGAÇÃO A EXPOSIÇÃO BÍBLICA E SUAS VANTAGENS A ESCOLHA DO TEXTO E A PESQUISA A EXEGESE E O ESTUDO INDUTIVO A PROPOSIÇÃO A COMPOSIÇÃO DO SERMÃO A COMPOSIÇÃO DO SERMÃO (II) PLANEJAMENTO DE EXPOSIÇÕES BÍBLICAS EM SÉRIE PARA A IGREJA. BIBLIOGRAFIA APÊNDICE 1 –  Regras  Regras Básicas de Interpretação da Bíblia APÊNDICE 2 - As Classes Gramaticais

 

 

3

AULA 01:  “Procura apresentar -te -te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.” II Tm 2.15 

EM FAVOR DE UMA TEOLOGIA TEOLOGIA BÍBLICA DA PREGAÇÃO Uma das razões porque não gostamos da idéia de ter que estudar para  preparar exposições bíblicas é o fato de não termos uma base bíblica sólida para a pregação. Tornamo-nos tão pragmatistas quanto à igreja que achamos não valer a pena o esforço. Estamos mais preocupados com técnicas eficazes que abrimos mão de convicções sólidas. Quando falamos em preparação de sermões precisamos entender que a teologia vem antes da metodologia. A metodologia pode fazer de nós bons oradores, mas bons pregadores são formados pelo martelo de uma sólida teologia bíblica.1  Se não adquirirmos fortes convicções bíblicas a respeito da  pregação, não conseguiremos nos manter fiéis à exposição bíblica por muito tempo, antes, logo nos desviaremos para uma metodologia que seja mais fácil de se dominar. Certa vez um pastor acostumado a proferir mensagens tópicas e superficiais, à sua igreja que estudasse o capítulo 17 de Jeremias. E avisou assim odefezpúlpito durante quatro domingos consecutivos. No quinto domingo fez uma exposição bíblica empolgante e muito bem elaborada. Ao ser  perguntado porque  perguntado  porque não pregava assim com freqüência, respondeu resignado: “_  Não faço assim porque acho muito difícil”. Seu pastorado naquela igreja foi  bastante tumultuado, levando a igreja à estagnação.  Nossas convicções quanto à pregação determinam determinam o tipo de ministério que desenvolveremos numa igreja local. Se a pregação não goza de importância fundamental em nossos ministérios, precisamos perguntar se é realmente a Bíblia sagrada que alimenta as nossas convicções quanto ao ministério da  pregação da palavra. Para um mundo indisposto ou incapaz de escutar, convicções são mais importantes que técnicas. 2  A teologia é mais importante que a metodologia. A homilética é serva da exegese bíblica.  Nosso objetivo nesse artigo é mostrar as bases bíblicas para a exposição  bíblica e responder à pergunta sobre quais devem ser as convicções que fundamentam a nossa prática da pregação? Nosso intento parte de constatações  pessoais, sociais e pastorais.  Pessoal  porque nos últimos quatorze anos temos nos esforçado para aprender e praticar a exposição bíblica de tal forma a atrair e convencer os ouvintes a respeito da verdade das Escrituras quanto à salvação e quanto a obediência que agrada a Deus. Falhamos muitas vezes nesse intento. Certamente a culpa não é do método em si, mas de nossa mediocridade pessoal e  pecaminosa. 1 2

 John R. W. Stott, Eu Creio na Pregação, Vida, p.97.  Ibid, p.97.

 

 

4 Social   porque

constatamos o desinteresse crescente pela pregação fiel e submissa aos intentos de Deus contidos e revelados nas Escrituras. Nossa geração está dopada pela televisão, é hostil a qualquer conceito de autoridade e está cansada de tantas palavras, que invariavelmente lhe soa como discurso vazio e hipócrita.  Pastoral   porque somente a exposição clara e eficaz das Escrituras pode dar à igreja de Cristo crescimento saudável e em profundidade. Sem a ministração do conteúdo das Escrituras as igrejas morrem, não florescem. Um Breve Esboço Histórico da Exposição Bíblica3 

1. Os Profetas: Deus falou por meio dos profetas e interpretou para eles o significado de suas ações na história de Israel. Eles pregavam e escreviam as palavras de Deus conclamando o povo ao arrependimento e o retorno à guarda da aliança. Sua obrigação era transmitir o que Deus tinha falado. 2. Jesus e os Apóstolos. Jesus Cristo era acima de tudo um pregador itinerante da Palavra de Deus. Mais do ou que seja, isso, ele a própria palavra(Hb de Deus Verbo Verbo –   –  Jo  Jo corporalmente 1.1) revelada ema  pessoa, na ésua encarnação 1.2). (oNele habita  plenitude da divindade (Cl 1.15,19), a expressão exata do Ser de Deus (Hb 1.3). Como pregador, era fiel à palavra de Deus já revelada e o cumprimento real de todas as promessas messiânicas do Antigo Testamento. Ele veio, enviado por Deus, para proclamar as boas novas do Reino (Lc 4.18,43; Mc 1.38) e testemunhar a verdade (Jo 13.13; 18.20,37). Quando ressuscitou expôs tudo que a palavra dizia a seu respeito na Lei, Nos profetas e nos salmos aos discípulos na estrada de Emaús (Lc 24). Os apóstolos priorizavam o ministério da pregação (Atos 6.4). O primeiro sermão de Pedro no dia de Pentecostes foi uma breve exposição da razão da encarnação de Cristo e um convite ao arrependimento dos pecados. Eles tinham sido treinados por Cristo para serem enviados a pregar (Mc 3.14) e levar o Evangelho a todas as nações (Mt 28.18-20). As pessoas deveriam ouvir o evangelho, mas como ouviriam se não houvesse quem o pregasse a eles? (Rm 10.14,15).

3. Os Pais da Igreja. A  Didaqué, um dos Pais Apostólicos, reproduzira instruções básicas de como se deveriam tratar os pregadores itinerantes do evangelho e como descobrir e disciplinar os falsos pregadores do Evangelho já no início do segundo século. Justino Mártir, descreveu o culto cristão por volta do ano 150 ressaltando o papel central da leitura da palavra, da pregação e da ministração dos sacramentos. As pessoas presentes ouviam a leitura e depois a “instrução” 3

 John Stott. Eu Creio na Pregação. Ed. Vida, p.15-50.

 

 

5

na Palavra. Tertuliano, logo depois, explicava que o objetivo da leitura e explicação da Palavra era nutrir a fé, animar a esperança e tornar mais firme a confiança em Deus. Ireneu, por volta de 180, diz explicitamente que os  presbíteros de cada igreja local expunham as escrituras fielmente a fim de  preservar a fé no único único Deus. Eusébio de Cesaréia, no início do IV século, nos informa que os pregadores itinerantes plantavam as igrejas ensinando o básico e depois eram substituídos  por pastores quer instruíram as (HE. igrejas na doutrina, enquanto eles iriam  paraoutros mais adiante planta plantar novas igrejas (H E. III.37.2). A Escola de Antioquia era totalmente comprometida com uma exposição  bíblica mais literal, contradizendo os postulados alegóricos da Escola de Alexandria. Dali surgiu João Crisóstomo o maior expositor bíblico da igreja antiga. Sua pregação tinha quatro características: (1º) Era bíblica, expondo as escrituras em sequencia e relacionando os assuntos entre si. Foi um dos primeiros pais da igreja a incentivar os membros a terem suas próprias bíblias em casa. (2º) Interpretação singela e direta, dando valor ao sentido original e à intenção do escritor bíblico. (3º) Aplicações pastorais práticas e relevantes para o seu tempo. (4º) Destemido em suas condenações. Sua pregação provocou seu exílio por duas vezes e a sua morte no terceiro exílio.

4. Os Reformadores. Em função da polêmica com o catolicismo em torno da autoridade das escrituras (Sla Scriptura) todos os reformadores eram expositores bíblicos. Lutero afirmava: “A igreja deve a sua vida à Palavra da promessa, e é nutrida e  preservada por essa mesma mesma Palavra” (O Cativeiro Babilônico da Igreja ).4 Lutero distinguia nove características de um bom pregador: 1ª. Ensinar sistematicamente. 2ª. Ter boa perspicácia. 3ª. Ser eloquente. 4ª. Ter uma boa voz. 5ª. Uma boa memória. 6ª. Deve saber quando chegar ao fim. 7ª. Ter certeza da sua doutrina. 8ª. Deve arriscar e envolver o corpo e o sangue, as riquezas e a honra na Palavra. 9ª. Deve se deixar zombar e escarnecer esca rnecer por todos.5  Calvino enfatizava que a primeira marca de uma igreja verdadeira era a  Institutas, Livro IV.1.9; 2.1). Expunha  pregação fiel da Palavra ( Institutas sistematicamente os livros bíblicos do Antigo e do Novo Testamento no púlpito da igreja de Genebra aos domingos e durante a semana. Os sermões expositivos de John Knox na Catedral de S. Giles, em Edimburgo, eram conhecidos por 4 5

 John Stott. Eu Creio na Pregação, Vida, p. 24.  Ibid, p. 25.

 

 

6

colocar o temor de Deus nos corações de seus ouvintes. Tal era o poder de suas exposições bíblicas que o povo escocês e scocês começou a viver!

5. Os Puritanos e os Evangélicos. A melhor designação que pode ser dada aos puritanos do século XVI e XVII é que eram pregadores piedosos. Seu método era a exposição bíblica. Richard Baxter se notabilizou-se por uma ênfase ministerial dupla: O discipulado pessoal famílias a pregação da Palavra. Para o púlpito era  para um pastor sua das alegria e seue trono. Nenhum puritano, no eles, entanto, foi mais eficaz que Johnatan Edwards. Sua pregação era profundamente bíblica. Para ele, o ofício pastoral da pregação deveria ser desempenhado com seriedade e alegria.6 Nesse período, destaca-se também a pregação evangelística de George Whiefield, um dos principais líderes do movimento evangélico metodista.

6. O Século XIX. Charles Simeon, contemporâneo de Whitefield e Wesley, expôs as escrituras sistematicamente, por 54 anos, do púlpito da Igreja da Satíssima Trindade no campus da Universdade de Oxford, Inglaterra, combatendo a soberba da sociedade inglesa desse período com a simplicidade da palavra. Ele é modelo pastoral para todas as gerações de pastores posteriores. Apesar do avanço do secularismo por meio das ideias de Darwin e da alta crítica na Escola de Tubigen (Alemanha), houveram muitos expositores bíblicos importantes nesse século: John Henry Newman (1801-1890); H. P. Liddon (1829-1890); F. W. Robertson (1816-1853) e o príncipe dos pregadores: Charles Haddon Spurgeon (1834-1892). Nessa época, o historiador não cristão Thomas Carlyle apontou os pregadores como a quarta liderança mais importante na sociedade britânica, britânica, destacando sua “coragem solitária” so litária”7 diante da comunidade.

7. O Século XX. O otimismo e a respeitabilidade da pregação no início do século XX foram tragicamente rivalizados pelo desespero de duas grandes guerras gue rras mundiais no continente europeu. As duas, entremeadas pela grande Depressão de 1929. Mas nem mesmo essas crises mundiais conseguiram abafar a pregação. Foi o escocês James Black, o pregador usado por Deus para desafiar os novos  pregadores a levarem a sério sério o seu ministério. Ele desafiava aos novos pastores a desde cedo fazerem da pregação a grande ocupação de suas vidas.8  Segundo Stott, a pregação, no mundo ocidental, entrou em refluxo nas décadas de 1960-1980. O declínio da pregação põe em relevo o declínio da igreja. Podemos citar como os pregadores mais influentes desse período: John R. W. Stott, D. Martin Loyd-Jones, Billy Graham e James I. Packer. 6

 Veja John Piper.  A Supremacia de Deus na Pregação , Shedd Publicações. Leia o capítulo 4. Piper analisa em detalhes a pregação expositiva de Johnatan Edwards. Nessa obra, Piper aborda 10 características da exposição  bíblica de Edwards. 7  John Stott, Eu Creio na Pregação, Vida, p.37. 8  Ibid, p.44.

 

 

7

8. Os Reavivamentos contemporâneos. Os grandes reavivamentos da história da Igreja estão associados à redescoberta da exposição bíblica contínua.  Neemias  Neemias 8 –  8 –  eles  eles davam explicações do que estava sendo lido;  Crisóstomo (leitura em casa e seqüencial);  Reforma (Lutero, Zuínglio e Calvino); 

Puritanos;   Coréia 1906 - (1 João)  Zulus 1966 –  1966 –  África  África do Sul (Atos). 

9. A Exposição Bíblica no Brasil. Os missionários presbiterianos que vieram para o Brasil no século XIX foram treinados dentro da tradição da pregação expositiva. Ashbell Green Simonton tinha sido aluno de Charles Hodge em Princeton, conhecido por ser um reavivamentista moderado e hábil expositor bíblico. Posteriormente homens como Erasmo Braga e Miguel Rizzo Jr foram conhecidos por sua pregação. O grande nome da exposição bíblica no Brasil, desde a década de 1960 tem sido o Dr. Russel P. Shedd, que tem influenciado desde então gerações de  pastores de várias denominações evangélicas no Brasil, inclusive muitos  pentecostais. Os principais pregadores da IPB em sido caracterizados por seu compromisso com a autoridade das escrituras e a exposição bíblica sistemática nos púlpitos de suas mais variadas igrejas, tais como: Augustus Nicodemus Lopes, Hernandes Dias Lopes; Roberto Brasileiro; Mauro F. Meister, Valdeci Santos, Daniel Santos. E dentre os batistas: Marcos Granconato e Franklin Ferreira são apenas dois exemplos. Segundo John Stott, a tradição da pregação expositiva tem três características cruciais: Ela é longa (20 séculos completos); ela é ampla (representantes de várias partes do mundo) e consistente, onde os desvios e vexames são a exceção e não a regra histórica. Uma Teologia Bíblica da Pregação Ao falarmos em exposição bíblica, tratamos de nossas convicções, nossas obrigações e nossas expectativas acerca das Escrituras:

1.  Uma convicção a respeito de Deus. O Deus em que cremos determina o tipo de sermão que pregamos. a)  Deus é luz (1 Jo 1.5, Jo 8.12). Isto significa dizer que Deus é perfeito em santidade e verdade (Jo 8.12). Também significa dizer que Deus se revela, que ele “é manifesto e não secretivo”.9 A revelação é a iniciativa de Deus em manifestar-se ao homem. Ele 9

 John R. W. Stott, Eu Creio na Pregação, p.99.

 

 

8

se revela não apenas na criação, mas supremamente em Cristo, sua palavra encarnada, e também Nas Escrituras. O prazer de Deus está em revelar-se ao homem, e se este não o conhece é  porque, em função do pecado, afasta-se de Deus. Uma convicção básica de cada  pregador é que Deus quer fazer a sua luz raiar nas vidas dos seus ouvintes, dissipando as trevas de seus corações (2 Co 4.4-6). 4.4 -6).  b)  Deus tem agido. iniciativa se revelar No em Antigo ações. Ele se revelaDeus na sua criaçãoDeus e detomou modo aainda maiorpara na redenção. Testamento se revela como o Deus que chama. Ele chama a Abraão de Ur dos Caldeus; ele chama Israel do Egito; e ele chama a Judá do exílio babilônico. Por fim, ele chama a sua igreja em Cristo. c)  Deus tem falado. Deus não é como os ídolos que não falam (Sl 115.5). A fala de Deus explica o que Ele faz. A sua revelação é proposicional, ou seja, ela se dá por meio de palavras, organizadas em frases, que explicam todas as suas ações redentoras na história dos homens. Logo, nós falamos como pregadores, porque Deus falou e continua falando nas Escrituras (Am 3.8; 2 Co 4.13; Sl 116.10).

2.  Uma Convicção a respeito das Escrituras. a)  A Escritura é a Palavra de Deus Escrita. Escrita.

A inspiração das Escrituras não se deu por meio de um ditado mecânico, mas engloba a mente e a boca dos homens que Deus inspirou para escrevê-la. A Bíblia é um livro divino-humano, no sentido de que transmite-nos a revelação de Deus em linguagem humana. A inspiração não foi um ditado, mas um processo dinâmico que tratou os escritores bíblicos como pessoas em plena posse de suas faculdades mentais. Isso quer dizer que a pesquisa histórica, o interesse teológico e o estilo literário de cada escritor bíblico não foram nem in incompatível compatível 10 com o processo da inspiração, nem foram suprimidos por ele.  A Escritura não é uma mistura de verdade e erro e nem o fruto de apenas o testemunho de  pessoas inspiradas, mas ela mesma é a palavra de Deus. A revelação divina encontra-se no registro escrito que ele fez, como interpretação autorizada da sua verdade.  Nossa doutrina da inspiração inclui também a fé na providência de Deus, que preservou o registro para que sua Palavra chegasse até nós. Deus não só formou as Escrituras (Cânon) como também as preservou para nós. Pregar não é outra coisa senão repassar ao nosso século o único testemunho autorizado que Deus dá de si mesmo e de Cristo nas Escrituras. Nós só ousamos pregar porque Deus já falou; se não fosse assim, a nossa pregação só teria um punhado de especulações humanas para dizer. Por outro lado, A Bíblia é um texto “parcialmente oculto”. O significado de “ perspicuidade” na teologia e pregação dos reformadores tinha a ver com a clareza e simplicidade da mensagem central das Escrituras, que é o evangelho da 10

 John R. W. Stott, Ouça o Espírito, Ouça o Mundo , ABU, p.231.

 

 

9

salvação através da fé em Cristo somente. 11 As Escrituras são claras quanto às suas doutrinas fundamentais, mas isso não quer dizer que tudo nas Escrituras são igualmente claros. Por isso Deus concedeu “pastores e mestres” à igreja para ensinar-lhe as Escrituras. Em função dessa verdade bíblica, nossa pregação demonstra o valor que damos às Escrituras como registro das palavras do Deus vivo (1 Co 2,13)! Paulo nos lembra que somos despenseiros e arautos de Deus ao mesmo tempo (1 Co 4.1,2). b)  Deus continua falando através do que já já disse nas Escrituras.

É interessante observar a argumentação de Paulo quanto cita as Escrituras em Gálatas 4. 21,22,30. Primeiro ele diz: “não ouvis a Lei?” ( ton nomon ouk akoúete  = to.n no,mon mon ouvk avkkou, ou, ete) e depois “Porque está escrito” ( ge,graptai graptai ga.r =  gegraptai gar ) e por fim acrescenta “diz a Escritura” ( le,ggei ei h`  grafh, grafh,  = legei hê grafê). Nota-se que aquilo que está escrito há séculos fala agora aos ouvidos dos judeus e às igrejas da Galácia. A nossa convicção é que a Escritura é a voz contemporânea de Deus. Aquilo que Deus falou no passado continua falando no presente. Hebreus 4 é outro exemplo claro dessa verdade. O autor cita o exemplo do Salmo 95, que por sua vez está citando o acontecimento de Massá e Meribá no deserto. Na época do Êxodo o povo não escutou a voz de Deus e vagou 40 anos no deserto como castigo divino. Na época do Salmo 95, o salmista relembra aquele episódio registrado no Êxodo por Moisés como advertência à obediência; o autor de Hebreus usa o mesmo exemplo, aplicando-o aplicando -o à sua época. O mesmo é o que os pregadores devem fazer hoje. Êxodo Deserto –  Deserto  –  1446 a.C.

Salmo 95 Monarquia - c. 900 a.C.

Hebreus 4 I Século

Nós Século XXI

O próprio Senhor Jesus aplicou esse princípio na estrada de Emaús (Lc 24.27,32) No Apocalipse João afirma: afirma: “Aquele que tem ouvido OUÇA o que o Espírito DIZ às Igrejas”. Esse princípio nos protege de dois erros contra a doutrina inspiração: (1)das Crer que Deus falou, mas cessou de falar. (2) Crer que Deusda fala, mas à parte Escrituras. c) A Palavra de Deus é poderosa.

Quando Deus fala, Deus age. Deus realiza seus propósitos mediante a sua  palavra (Is 58.11). Na vida de Cristo observamos que ele equilibrava (combinava) perfeitamente ensino e prática (Mt 4.23; 9.35; At 10.38).  Na pregação o poder não está no pregador por po r si, mas na palavra que ele anuncia. O Evangelho é o poder de Deus para a salvação daquele que crê (Rm 1.16,17; 1 Co 1.21; 1 Ts 2.13). É a Palavra de Deus que “é viva e eficaz” (Hb 4.12). Na Bíblia existem muitas figuras de linguagem que ilustram e ressaltam as características da Palavra de Deus: Ela é espada, martelo, fogo, lâmpada, leite, espelho, semente, trigo, mel ouro etc. segundo a Parábola do Semeador, 11

 Ibid., p.232.

 

 

10

não devemos esperar eficácia em todos os sermões, visto que há 4 tipos de solo, haverá resultados diferentes e reações diferentes à pregação. Contudo, isso nos ensina que os resultados pertencem ao Espírito Santo, e não aos homens. Essa é uma constatação consoladora e uma advertência contra a manipulação da mensagem. O Evangelho é mais que uma doutrina, uma promessa ou uma declaração. O Evangelho é um ato e um poder, originados na pessoa de Deus! É um ato porque através dele Deus redime e salva. É poder porque carrega a 12  benção e o juízo para de Deus. Deu s. “A pregação tem um único enha aos que se reuniram escutar” (Gustaf Wingren).   alvo, que Cristo vvenha

3.  Uma convicção a respeito da Igreja. A Igreja é criada por Deus mediante a sua Palavra. A igreja, como nova criação, é tão dependente da palavra como a antiga criação é (o universo). Pela Palavra Cristo alimenta e governa a igreja (Dt 8.3; Jo 17.17). O principal pecado do homem é o da desobediência à Palavra de Deus (Ex 2.24; 19.3-6; 19.3-6; 24.3). A mensagem chave de Deuteronômio é “Ouve ó Israel (Dt 4.1,30; 5.1; 6.1-3; 11.26-28; 12.28; 15.5; 28.1). No Antigo Testamento, a Palavra veio por meio dos profetas a fim de advertir ao povo quanto à obediência a Deus (Jr 7.23-26; 2 Cr 36.15,16). A saúde da Igreja depende da obediência à Palavra de Deus. Não somos alvos da revelação como foram os  profetas e apóstolos do passado, mas mas ao expormos as Escrit Escrituras uras com fidelidade é a Palavra de Deus que levamos ao povo de Deus. Uma igreja surda à Palavra é uma igreja morta,13 visto que a principal causa do declínio espiritual da igreja é “fome e sede de ouvir as palavras de Deus” (Am 8.11), que são causados  pela superficialidade na pregação. pregação.

4.  Uma Convicção a respeito do Pastorado. Hoje em dia existe muita incerteza quanto ao papel do pastorado na igreja.  Nossa convicção deve ser:

a)  Reafirmar a doutrina do Novo Testamento de que Cristo dá superintendentes à igreja (1 Tm 3.1).

Almejar o episcopado é uma aspiração considerada “excelente” e digna, o que nos leva a entender que é desejo de Deus que essa função faça parte  permanente da estrutura da igreja.  No Novo Testamento, esses superintendentes são chamados de pastores. O uso moderno do termo “ministros” é prejudicial, pois “engana por ser mais genérico do que específico, e sempre, portanto, requer um adjetivo qualificante  para indicar que tipo de ministério está em mente”.14  “Sacerdote”, outra palavra usada atualmente é ambígua, porque conduz ao tipo de ministério praticado no Antigo Testamento, quando o sacerdócio era voltado principalmente para Deus no oferecimento de “dons e sacrifícios”, enquanto que no Novo Testamento, o ministério pastoral é voltado especialmente para a Igreja. Os líderes das igrejas 12

 Citado por: John R. W. Stott,  Eu Creio na Pregação, p.114.  John R. W. Stott, Eu Creio na Pregação, p.120. 14  Ibid, p.123. 13

 

 

11

neotestamentárias nunca são chamados de sacerdotes, mas somente de pastores,  bispos, presbíteros, e as funções destes são sempre descritas como pastorais (At 20.28; 1 Pe 5.1,2). b)  Alimentar o rebanho é o mesmo que ensinar a Palavra (Ef 4.11).

A principal função do pastorado é alimentar as ovelhas, que é uma metáfora para o ensino. O pastor do Novo Testamento é também um mestre da Palavra (Ef 4.11). Essa função, segundo o Novo Testamento não é incompatível

com as odeclarações bíblicas que naque Nova Aliança conhecerão” de que Espírito Santo é “adeunção procede do “todos Santo”me e que os crentese devem ser habitados ricamente pela palavra de Cristo a fim de ensinarem uns aos outros (Jr 31.34; 1 Ts 4.9; 1 Jo 2.20-27; Cl 3.16), porque o dom de pastormestre também é uma concessão graciosa de Cristo à sua Igreja (Ef 4.11). O ministério pastoral é uma provisão divina, sendo uma tolice rejeitá-lo. O cuidado do pastor para com as ovelhas é quádruplo:15  1.  Alimentar conduzindo-as a bons pastos. 2.  Guiar. Porque as ovelhas facilmente se desgarram. 3.  Guardar contra lobos predatórios. 4.  Curar as que se feriram em acidentes. O objetivo de cada exposição das Escrituras é alimentar, guiar, guardar e curar as ovelhas de Cristo que nos foram confiadas por ele. Quando Paulo instruiu a Timóteo a respeito do pastorado, também incluiu instruções a respeito da pregação (2 Tm 1.13). As Escrituras deviam ser lidas  publicamente, ministrando-se à congregação exortação e ensino. Dentre as exigências ao presbiterato, ensinadas a Timóteo e Tito, Paulo fez constar a capacidade de “encorajar a outros pela sã doutrina e de refutar os que se opõem a ela” e o dom de ensino (Tt 1.9; 1 Tm 3.2). A prioridade da pregação e do ensino no ministério pastoral é uma ênfase salutar do Novo Testamento para a manutenção da saúde do rebanho, da igreja. Nada é mais danoso para a igreja que pregadores infiéis, visto que o ministério da pregação tem um caráter altamente pastoral e prioritário na edificação da igreja de Cristo (At 6.4). Essa convicção, por si só já nos levaria a uma radical reorganização e reestruturação da nossa visão ministerial de trabalho pastoral, inclusive na concepção de delegação de funções e tarefas na vida da igreja local, como os apóstolos fizeram em Atos 6. c)  A função única do pastor-pregador é ser fiel à palavra.

O pregador  não é nem profeta nem apóstolo, porque não trata com a mensagem como se fosse uma revelação direta e original de Deus por inspiração.16 A palavra que ele vai pregar já está revelada nas Escrituras e sua obrigação é ser-lhe fiel em tudo. Também o pregador não pode ser um falso profeta ou falso apóstolo,  porque ambos laboram no erro erro de dar ouvidos ao seu própri próprioo coração e dizer que Deus lhes falou. A Escritura tem duras palavras para ambos (Jr 23; Ez 34). 15

 Confira com Ezequiel 34.  John R. W. Stott, O Perfil do Pregador , SETE, p.13.

16

 

 

12

E ainda o pregador também não é um tagarela (At 17.18). A origem dessa  palavra tem a ver com o barulho dos pássaros que comiam sementes, como a  barulhenta gralha, depois passou a ser aplicada aos que q ue comiam das sobras dos outros (mendigos e moleques). Daí passou a indicar o fofoqueiro ou tagarela. O tagarela é aquele que repassa idéias como mercadorias de segunda mão, colhendo fragmentos e detalhes das idéias dos outros. Segundo Stott diz, “seu sermão é uma colcha de retalhos”, visto que não somente cita descuidadamente aos outros, mas principalmente temoua do capacidade de que pensar opinião é a do ú ltimo último pregador quenão ouviu último livro leu! 17por   si. Sua O pregador é um despenseiro que administra a distribuição do alimento contido na despensa da qual o seu senhor lhe confiou a chave. O pregador é um arauto que anuncia publicamente a mensagem das boas novas do evangelho da graça que lhe foi confiada. O pregador é uma testemunha do testemunho do Pai, a respeito do Filho e através do Espírito e da igreja ao mundo, ou seja, ele é um instrumento da verdade. O pregador é pai e servo também, pois age com interesse e autoridade, ternura e afeto pelos seus ouvintes, servindo-lhes sem interesses próprios, mas dependendo do poder de Deus por seu intermédio.

5.  Uma convicção a respeito da Pregação. Segundo John Stott, “toda pregação genuína é pregação expositiva”.18 Portanto, relegar a exposição bíblica a apenas mais um método que os pregadores podem utilizar é ignorar o significado de uma genuína  pregação bíblica,19  visto que na exposição bíblica o texto é o mestre que determina e controla tudo o que é dito. Muitos têm trocado o conceito e “exposição” (tirar do texto o ensino e aplicáaplicá -lo) por “imposição” (colocar no no texto conceitos particulares), fazendo do sermão um cabide de idéias e usando o texto bíblico por pretexto. a)  A exposição nos prescreve limites.

A exposição nos restringe ao texto bíblico. A primeira qualificação de um  pregador expositivo é sua convicção de ser um guardião de um depósito recebido de Deus e encarregado de anunciá-lo com fidelidade e clareza. Sua função é a de ser despenseiro e ministro (1 Co 4.1), duas expressões retiradas do ambiente da escravidão. escravidão. O pregador é limitado pela vont vontade ade daquele lhe confiou o ministério da palavra e pelo qual requererá responsabilidade. b)  A exposição exige integridade.

 Não podemos fazer da exegese “a espantosa arte de modificar as coisas  por meio de explicações”.20  Quando defendemos uma exegese gramáticohistórica das Escrituras queremos dizer que a sua interpretação tem de ser de acordo com a sua origem histórica e dentro da construção gramatical em que se encontra. Qualquer alegoria imaginativa ou espiritualização criativa constitui-se em agressão à verdade e ao bom senso. Todo pregador deve buscar e ensinar o 17 Ibid, 18

p.19.  John R. W. Stott, Eu Creio na Pregação, p.133. 19  Ibid, p.133. 20  John R. W. Stott, Eu Creio na Pregação, p.134.

 

 

13

“significado claro, natural e óbvio de cada texto, sem sutilezas, 21  a fim de transpor o abismo cultural entre o “lá” da história passada e o “então” do nosso cotidiano moderno. É preciso ter integridade e coragem  para vivermos de acordo com essa regra, pois muitos têm rejeitado sistematicamente a fidelidade simples às Escrituras sagradas. Os escritores bíblicos eram homens honestos que pretendiam que seus escritos fossem compreendidos claramente, pois significavam o anúncio de uma verdade deeterna revelatória de Deus homens.ento Eles(2 não mercadejavam a  palavra Deuseem troca de sucesso troca ou aos reconhecimento reconhecim Ts 2.13). Além disso, A Escritura nos oferece uma gama enorme de subsídios para que um texto seja interpretado por outro, princípio que os reformadores chamavam de “analogia da fé”. O texto tem unidade e integridade, e o papel do  pregador é ressaltar o que já está ali. c)  A exposição identifica armadilhas. armadilhas.

 Na tentativa de ser fiel ao texto texto bíblico, as duas arm armadilhas adilhas que o pregador  pode cair são: 1.  Esquecimento. Perder o sentido do texto e sair pela tangente seguindo a sua  própria imaginação. 2.  Deslealdade. Forçar os significados do texto para caberem em idéias  particulares do pregador. pregador. Expor um texto não é explorá-lo à cata de idéias interessantes ou  prediletas. Isso é manipulação vergonhosa e, segundo Stott, iníqua, que equivale ao que Paulo chama de perverter e torcer a Palavra. 22  Tratar o texto como  pretexto é o maior pecado que os pregadores cometem contra as Escrituras e contra a própria pregação, pois tem a capa da piedade como proteção e o ferrão do pecado como resultado. d)  A exposição nos dá confiança para pregar.

A fidelidade e a integridade na exposição das Escrituras produzem coragem no pregador. Os pregadores realmente grandiosos não passam de servos das Escrituras. e)  A exposição exige Sensibilidade para com o mundo moderno.

Expor as Escrituras é mais que fazer exegese. O exegeta explica o texto, mas o expositor vai além, e aplica o texto bíblico à realidade contemporânea.23  Devemos ser fiéis ao texto (exegese) e contemporâneos em sua aplicação (exposição). A maior crítica que é feita aos pregadores conservadores é que são  bíblicos, mas, não são contemporâneos, enquanto que os liberais são contemporâneos sem ser bíblicos. O desafio d esafio é sermos bíblicos e contemporâneos conte mporâneos ao mesmo tempo! Pregar é responder a duas perguntas cruciais:   O que o texto significou? A exegese busca o significado verdadeiro e original do texto segundo a intenção de seu autor, que não muda. 21

 Ibid, p.135.  John R. W. Stott, Eu Creio na Pregação, p.138. 23  John R. W. Stott, Ouça o Espírito, Ouça o Mundo , p.235. 22

 

 

14

  O

que o texto significa para hoje? A aplicação do texto ao nosso tempo exige sensibilidade espiritual e pastoral para com os ouvintes. A aplicação é  baseada na exegese fiel, mas precisa ser prática, prática, clara e contemporânea. contemporânea.

Duas expectativas se nos apresentam como conseqüência lógica: 1.  Esperamos que se ouça a voz de Deus na pregação. O que é adonossa palavra vontade, masàsdequais Deus. A autoridade do pregamos sermão nãonão parte pregador, mase das Escrituras deve estar submisso. O que o pregador pode fazer para não atrapalhar esse processo, mas ser um canal apropriado para que Deus se comunique com os ouvintes? a)  Preparar-se com cuidado para pregar.  b)  Orar sinceramente pelo sermão antes de sair de casa. c)  Orar novamente ao púlpito antes de pregar. d)  Ler e expor o texto bíblico escolhido e scolhido com seriedade de propósito. e)  Terminar e orar, aguardando que aconteça um silêncio solene na presença de Deus, que redundará na aplicação da palavra de Deus pelo próprio Deus nos corações dos ouvintes.

2.  Esperamos que o povo obedeça à vontade de Deus nas Escrituras. A natureza da reação esperada dos ouvintes é determinada pelo conteúdo da palavra exposta. a)  Se expomos a grandeza de Deus devemos esperar dos ouvintes humilhação em adoração.  b)  A exposição da natureza humana caída no pecado deve conduzir ao arrependimento e confissão. c)  A obra redentiva de Cristo leva ao arrependimento e fé na graça de Deus. d)  As promessas de Deus à disposição em herdá-las ou confiar nelas. e)  Os mandamentos de Deus exigirão obediência simples em fé. f)  Falar do futuro aguardando uma resposta de esperança. Tomados por essas reações diferentes, mas todas advindas da palavra viva de Deus, os ouvintes retomarão suas vidas cheias do próprio Deus. Deus . Conclusão: Dissemos no início desse artigo que ao falarmos em exposição bíblica, tratamos de nossas convicções, nossas obrigações e nossas expectativas acerca das Escrituras: 1.  Convicções têm a ver com a nossa fé , com aquilo em que cremos. O que cremos e crermos acerca das Escrituras determinarão nossa postura na  pregação da palavra. 2.  Obrigações têm a ver com o nosso trabalho. O trabalho pastoral visa formar a pessoa de Cristo nos nossos ouvintes. Se os crentes não são edificados e os incrédulos não são confrontados com as reivindicações do evangelho, então Orare et labutare nosso sal perdeu o sabor.  (oração e labor) era a convicção dos reformadores sobre o sermão.

 

 

15

3.  Expectativas têm a ver com nossas esperanças.  O que esperamos que aconteça após o sermão? Neemias 8.12 diz que o povo foi contristado pela  palavra, mas depois se alegrou grandemente grandemente “porque tinham entendido a  palavra do Senhor”.  Senhor”.  “Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os que crêem pela loucura da pregação” Co 1.21). exposiçãopara claraalguns e fiel das Escrituras pode própria p arecer parecer loucura para o (1nosso século,A inclusive elementos dentro igreja, mas isso não muda a nossa tarefa e nem tampouco os propósitos divinos que escolheu salvar por meio da pregação do evangelho. Nessa tarefa reside a manifestação do poder de Deus. Por que trocaríamos o melhor pelo inferior e nos contentaríamos com o medíocre em vez buscar o melhor, uma vez que Deus o colocou à nossa disposição? Que Deus nos faça sábios para ele e que sejamos loucos para o mundo.

Relação da Homilética com as Demais Matérias Teológicas O alvo da pregação é a proclamação das virtudes daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (1 Pedro 2.9). Portanto, ela visa a edificação da igreja e o chamado à humanidade para o arrependimento e à salvação. A adoração é mais importante que a evangelização, e vangelização, pois a evangelização é o convite aos povos para que adorem e glorifiquem ao único Deus. A evangelização terminará na consumação, mas a adoração perdurará por toda a eternidade. É um equívoco achar que a exposição bíblica doutrinária não evangeliza assim como achar que a evangelização não doutrina as pessoas. Tudo é interligado na exposição bíblica fiel. A exegese e a hermenêutica são a base da exposição bíblica. A teologia  bíblica e sistemática são os elementos que dão equilíbrio ao conteúdo da  pregação. A exposição fiel das escrituras educa e disciplina ao homem cristão (2 Tm 3.14-16, Tt 2.10-14). A história da Igreja é o ambiente da pregação e o elo que dá consistência histórica à fé cristã. A homilética é a ferramenta de trabalho pastoral mais utilizada no ministério cristão, logo deve ser tratada com esmero e constante aprimoramento.

 

 

16

AULA 02 “Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os que crêem pela loucura da pregação” (1 Co 1.21). 

A EXPOSIÇÃO BÍBLICA E SUAS VANTAGENS 1) Os Métodos de Pregação: São basicamente três: Textual, Tópico e Expositivo. a) Textual:  A sua forma segue as partes de um texto pequeno. Toma-se um ou no máximo três versos, usando suas frases literalmente como títulos principais do sermão24. Exemplos: João 3.16: A Realidade da Salvação. 1) Deus nos amou: A sublimidade do Amor de Deus. 2) Cristo se entregou:  O sacrifício de Cristo 

João 3.16: O Amor de Deus: I. É sublime - tal maneira II. É sacrificial - deu seu filho III. É salvador - para que não pereça

O queda nele crê,eterna. não perece:   A vida 3)dádiva

Outro exemplo: I Timóteo 4.12: Torna-te Padrão dos Fiéis. 1)  Seja um exemplo “na palavra”.  palavra”.  2)  Seja um exemplo exemplo “no procedimento”.  procedimento”.  3)  Seja um exemplo “no amor”.  amor”.   4)  Seja um exemplo “na fé”.  fé”.  5)  Seja um exemplo “na pureza”.  pureza”.  Este método é muito vantajoso para pregações em textos pequenos,  porque é facilmente desenvolvido e também é fácil de ser lembrado. Porém há desvantagens: (1) Nem todas as passagens se prestam a esse tipo de tratamento sem parecerem Corre-sedoo risco interpretar o texto fora do dar seu contexto e assimforçadas. ignorar (2) a intenção autor de bíblico. (3) Pode facilmente lugar a artificialidades e alegorias (dizer que uma coisa significa outra). Ex. de alegorização: Jó 28.7-11 - A Vereda da Oração (Dr. Miguel Ângelo). 1) Essa vereda - o caminho da oração 2) A ave de rapina rapina a ignora - o diabo não pode penetrar.  3) Revolve os montes desde desde as suas raízes - realiza realiza a cura total.  4) Traz à luz o que estava escondido escondido - é fonte de revelação de Deus.   b) Tópico:  A sua forma resulta de palavras ou idéias contidas no assunto do texto. Eles não resultam de um versículo (textual) ou de uma passagem (expositivo), mas de um assunto ou tema (tópico), abordando-o abordando-o “a partir de um dentre vários pontos 24

 Stafford North, Pregação, Homem e Método, Vida Cristã, p.70.

 

 

17

de vista”25. Os argumentos não procedem da passagem em si, mas das considerações do tópico escolhido em várias passagens bíblicas. É muito útil  para palestras e estudos estudos doutrinários. Exemplos: João 3.16 - 21 Três Fundamentos da Vida Cristã. 1) O amor de Deus V.16. O julgamento de Deus V.18,19.  2) A certeza da Vida Eterna V.18.  3)

Gálatas 5.25 Vida No Espírito. I. Para Viver no Espírito é Preciso Ser Batizado com o no Espírito (I Coé 12.13). II. Para Viver Espírito Preciso Andar no Espírito (Gl 5.16). III. Para Viver no Espírito é Preciso Ser Cheio do Espírito (Ef 5.18).

Sua grande vantagem é oferecer grande mobilidade e valorizar a  perspicácia e a criatividade do pregador. Contudo, (1) Exige um largo conhecimento das doutrinas bíblicas. (2) Tende a não valorizar o texto básico e (3) pode partir para espiritualizações do texto (extrair uma lição espiritual do texto sem dar atenção ao verdadeiro sentido da passagem)26 devido ao excesso de criatividade do pregador. Exemplo de espiritualização: Lucas 19.5 - Zaqueu, Desce Depressa: 1) Desce do orgulho. 2) Desce da arrogância. 3) Desce da altivez.

Lucas 22.54 - Pedro Seguia de Longe. 1) Longe da sua presença. 2) Longe do seu amor. 3) Longe da sua proteção.

c) Expositivo (Exposição Bíblica):  É aquele que explica e aplica uma passagem seguindo a estrutura dos  parágrafos do texto bíblico bíblico de acordo com a intenção básica de seu autor.

1)  DEFINIÇÃO: explica Walter (bíblica) Liefield define a exposição assim: “É pregação a passagem de uma maneira bíblica que leve a Igreja a umaque aplicação 27 verdadeira e prática da passagem”.  

2) CARACTERÍSTICAS DA EXPOSIÇÃO BÍBLICA a) Ela trata de uma só passagem p assagem básica da Escritura: O objetivo é ensinar um só texto de cada vez, tornando-o claro, e dando condições aos ouvintes de obedecerem com segurança à verdade. A citação de outros textos deverá estar vinculada e subordinada ao texto escolhido para esclarecer seu significado (reforçar o ensino). 25

 Ibid, p. 83.  Walter Liefeld,  Exposição do Novo Testamento, Do Texto ao Sermão, Ed. Vida Nova, p.17. 27  Ibid, p.13. Itálicos meus.

26

 

 

18

 b) Ela é fiel ao texto texto (integridade hermenêutica): hermenêutica): A estrutura de seu sermão deve ser a estrutura do texto bíblico. No caso de sermão expositivo, a passagem bíblica é o mestre, e o pregador p regador é o servo. A exposição bíblica leva em conta: O gênero literário (narrativa, epístola, milagres, parábolas, profecias, etc.); propósito original do autor (o que ele quis ensinar?); a seqüência da narrativa (verbos, palavras repetidas etc.) o significado ec)aEla aplicação do autor. tem coesão: Todas as partes do sermão (introdução, argumentação, conclusão e aplicações) estão interligadas ao propósito e temas do texto escolhido para expor. Cada uma conduz à outra e a completa e reforça. d) Ela tem movimento e direção: Ela segue o raciocínio do texto e o torna evidente aos ouvintes. Mostra as relações no texto de causa e efeito, comparações, contrastes, repetições de  palavras e expressões diversas de emoção. e) Ela tem aplicação: Mostra aos ouvintes o que o texto te mostrou para facilitar a obediência. O objetivo da aplicação é levar os ouvintes à obediência ao texto exposto. A aplicação de um sermão expositivo procura não violar o propósito, o significado ou a função do texto em seu contexto original28.

3) A IMPORTÂNCIA DA EXPOSIÇÃO BÍBLICA: a)  Cria proximidade da revelação e da vontade de Deus. “Quanto mais nos ativermos ativermos à Palavra revelada de Deus, menos suscetíveis seremos ao erro”.29 Na elaboração uma exposição bíblica (sermão), é  preciso levar em conta a subjetividade do pregador, as limitações da mente humana, os efeitos do pecado sobre os seus melhores pensamentos. Este século tem sido marcado pelo subjetivismo que ignora até mesmo o básico na interpretação de um texto. A exposição bíblica é uma forma saudável de minimizar os efeitos desses elementos. b)  Ensina a Palavra no contexto que o Espírito Santo escolheu. Pode-se fazer mau uso das Escrituras no afã de fazer uma aplicação atualizada da Palavra. A Bíblia não é um livro mágico em que alguém abre em qualquer página e tira a mensagem de Deus para o seu dia. Ela é um livro de  princípios, que aprendidos e assimilados orientarão o caminho do cristão no seu dia a dia. Contudo, seus princípios foram dados por Deus dentro de contextos  próprios (históricos e literários) que não podem ser ignorados na sua interpretação e aplicação moderna. Quando se leva em conta o contexto da inspiração atesta-se melhor obediência ao Espírito. 28

 Ibid, , , p.13.  Walter Liefeld,  Exposição do Novo Testamento, p.15.

29

 

 

19

c)  Vai ao encontro das necessidades dos ouvintes e da Igreja. É claro que uma mensagem expositiva pode ser exata sem ser  pastoralmente funcional, mas a Palavra de Deus é maior que o sermão, pois a  palavra de Deus tem autoridade e poder próprios (Is 55.11). A exposição fiel das das Escrituras é o meio mais seguro de suprir as carências dos ouvintes da Palavra de Deus. d)  Fixa a atenção no texto bíblico e no seu ensino. O propósito do pregador não é simplesmente suprir as necessidades espirituais de seus ouvintes, mas também equipá-los para que possam  pessoalmente buscar e encontrar o genuíno alimento espiritual da Palavra. A exposição bíblica mostrará aos ouvintes que a sua fonte de autoridade não é o  pregador, mas a própria Palavra. A Igreja Igreja crê que as Escrituras são a sua ÚNICA regra de fé e prática. A melhor maneira de exemplificar e aplicar essa verdade é através da exposição sistemática e programada das Escrituras. e)  Alimenta a Igreja na medida certa (porção por porção). O povo de Deus e os visitantes aos cultos das igrejas precisam mais do que mensagens banais e superficiais, eles estão famintos pelo verdadeiro pão. A  boa exposição da Palavra não busca impressionar impressionar os ouvinte ouvintess com conhecimento e oratória, mas busca alimentá-los com a verdade de Deus contida nas Escrituras. O misticismo mágico que domina os púlpitos de hoje, ocultam a Palavra dos ouvintes, pois não lhes dá o direito de pensar com o pregador, nem tão pouco pensar como Deus pensa nas Escrituras. f) Pode servir melhor contra o ensino errado, protegendo a Igreja de uma

interpretação imprópria da Escritura. Um preparo pobre e superficial do pregador, sua hermenêutica falha, a simples preguiça no estudo, sem contar a distorção deliberada a fim de alcançar interesses particulares, acarretam em tremendo prejuízo espiritual para a Igreja de Cristo. Muitas igrejas são sujeitas a interpretações imaginosas e inválidas das Escrituras. A espiritualização e a alegoria voltaram a ser tão comuns, que chegam mesmo a ser uma praga!30  Como resultado de um púlpito fraco e pobre da Palavra de Deus, milhares de cristãos estão “espiritualizando” a Bíblia em sua leitura devocional diária no esforço de “tirar uma benção” da passagem para o seu dia a dia. O melhor lugar  para combater esse empobrecimento da interpretação bíblica é o púlpito; e a melhor maneira é a exposição bíblica fiel e sistemática. 4) AS VANTAGENS DA EXPOSIÇÃO BÍBLICA: a)  Ela propicia mais confiança de estar ensinando a vontade de Deus.  30

 Ibid, , ,  p.17.

 

 

20

Expor a verdade aumenta a confiança e a sensação de autoridade que emerge da Palavra. Quem é fiel ao texto, é fiel à vontade de Deus, porque a única certeza que realmente temos quanto ao sermão é que a Bíblia é a Palavra de Deus!

b)  Ela limita o pregador-expositor à verdade bíblica. Minimiza-se subjetivismo do pregador quando ele está consciente de que o sermão é um veículo para a verdadeira Palavra de Deus. c) Ao expor sistematicamente livros inteiros (livro após livro) expõe-se vários assuntos diferentes, e não somente os prediletos. A exposição bíblica é a melhor forma de se anunciar “todo o desígnio de Deus” (Atos 20.27), pois obriga os pregadores a tratarem tratare m dos assuntos da Palavra de Deus e não somente de excentricidades pessoais e predileções. d) A própria Bíblia trás sua aplicação (na maioria das vezes).

 Não se tem dificuldade em aplicar a passagem à vida prática dos ouvintes se a função original do texto bíblico for discernida. A forma como o autor  bíblico a aplicou é um indicativo seguro de com comoo se deve aplicá-la hoje. e) A estrutura do texto é a base da estrutura de sermão.

Cada texto segue padrões redatoriais e de pensamento arquitetados por seu autor, que se devidamente descobertos servirão como a base do esboço do sermão. A exegese não é somente uma ferramenta para se cavar o significado e o sentido do texto, mas é a principal ferramenta da construção homilética da exposição bíblica.

f)  Pode-se tratar de assuntos delicados sem que o pregador seja inoportuno. Se as Escrituras são expostas em seqüência a tensão causada por esses assuntos ficará diminuída e a autoridade da Palavra na igreja local resguardada. g) Fornece um ótimo modelo de estudo bíblico.

A exposição bíblica mostra que a Bíblia não somente tem respostas como também provê meios para que os ouvintes, por si mesmos, encontrem essas respostas em seu estudo pessoal das Escrituras. Assim, a exposição se torna uma ferramenta extremamente útil no dis cipulado cristão. Afinal, todos aprendem melhor observando um bom modelo. Quem não expõe a palavra enfrenta problemas sérios.31  1.  Subjetividade: Dá larga margem para as suas idéias próprias. 2.  A pregação se torna leite adulterado em vez de genuíno (I Pe 2.2).

31

 Russel P. Shedd,  Apostila de Pregação Expositiva . Curso ministrado no Seminário Betel Brasileiro, GoiâniaGO, 7-11/12/1999, p. 1,2.

 

 

21

3.  Impõe limitações à mente, pois o pregador ensina o que pensa e gosta, não necessariamente a Palavra de Deus. 4.  Os efeitos do pecado ficam evidentes na própria mensagem, provocando ignorância da mensagem real da Palavra e introduzindo o erro na vida da Igreja. 5.  Destrói a autoridade da Bíblia, criando atitudes nos ouvintes de confiança mais em métodos do que na Palavra de Deus. 6.  Passa de elargo a temas dasagradáveis Escrituras precisam conhecer obedecer, ainda importantes que não sejam aosque seustodos ouvidos. Além desses podemos também acrescentar: 7.  Dificulta o processo de contextualização, pois ignora o contexto original da  passagem e a intenção original original do autor bíblico. bíblico. 8.  Inibe a dimensão pastoral e missionária da Igreja, pois foge ao propósito maior da revelação nas Escrituras, que é anunciar todo o desígnio de Deus.32 

32

  Hélio O. Silva, “As Vantagens da Exposição Bíblica em Série”. Em:  Pregação e Interpretação, Ed. Logos,  p.24

 

 

22

AULA 03:  “Se alguém quiser fazer a vontade De Dele, le, conhecerá a resp respeito eito dá doutrina,  se ela é de Deus ou se falo po porr mim mesmo.” JOÃO 7.17 

A ESCOLHA DO TEXTO E A PESQUISA 1. A ESCOLHA DO TEXTO: A escolha do texto é definida pela abrangência do ministério do pregador. Alguns chegam a pregar até oito vezes por semana, outros, no entanto, apenas duas ou três vezes. No primeiro caso, indica-se a leitura da seção sobre a  preparação de exposições bíblicas em série no final da apostila. Aos demais se  podem apontar os seguintes critérios: critérios: a)  Antecedência, não deixe para a última hora.  b)  Procure seguir o planejamento pastoral da igreja. c)  Levando em conta as necessidades espirituais dos ouvintes. d)  Conformidade com a ocasião da apresentação da exposição (aniversários, casamentos, congressos, retiros etc). e)  A extensão do texto; a extensão do sermão e os interesses dos ouvintes. f)  Tendo escolhido, não mude mais. Alguns facilitadores podem ser excelentes guias: a) Exposições em série.  b) Habilidades pessoais. Exponha Exponha textos que você estudou mais recentemente e que conhece melhor. c) O calendário anual. Datas comemorativas religiosas e seculares. Ex. Dia Internacional da Mulher; Dia dos Namorados etc. d) Acontecimentos em curso e temas do momento. e) Símbolos de Fé, Hinários, Temas da denominação. f) O Espírito Santo (Rm 8.5, 6, 11, 14-16). As seguintes precauções, no entanto, são sábias:   Não evite textos familiares. Negar-se a expor textos bem conhecidos é negar às pessoas alguns dos mais ricos tesouros das Escrituras.33    Não procure textos de significação obscura. A edificação da igreja é mais importante que a erudição do pregador.   Não evite certos textos textos propositadamente. 





2. A PESQUISA:

A pesquisa se divide em quatro qu atro passos básicos: a) FAMILIARIZAÇÃO: a.1) O Tema: Leia o texto todo e procure certificar-se de que há um tema dominante no parágrafo. Tente resumir em uma palavra o assunto do texto; depois faça a seguinte pergunta: O que este texto diz sobre este assunto? Uma

33

 Bryan Chapell, Pregação Cristocêntrica, p.68.

 

 

23

forma de destacar o tema é observar a repetição de palavras, frases ou idéias. Exemplo: Salmo 37: 1-11 Que opção eu tenho à indignação? v.3 Confia no Senhor v.4 Agrada-te do Senhor v. 5 Entrega o teu caminho ao Senhor v. 7 Descansa no Senhor

Romanos 5.1-11  Por que a minha esperança não pode ser confundida? v.5 Porque o amor de Deus é derramado em nossos coração pelo Espírito Santo v. 6 Porque Cristo morreu pelos ímpios. v. 10 Porque fomos reconciliados com Deus. Deus.

a.2) Limites do Texto: Você deve observar se o seu texto tem uma idéia completa. Um parágrafo inteiro facilita essa sondagem. No entanto, não é necessário ser um parágrafo, desde que o texto tenha uma idéia completa (início, desenvolvimento e fim). a.3) O FCD (FOCO DA CONDIÇÃO DECAÍDA) Bryan Chapell chama de FCD “a condição humana recíproca que os crentes contemporâneos compartilham com aqueles ou aquele a quem o texto foi escrito que requer a graça da passagem”. p assagem”.34  O FCD é o propósito para o qual o Espírito Santo escreveu o texto, o objetivo redentivo do texto. FCD exortação, é um aspecto da condição humana  pecaminosa que requer ensino,Um consolo, confrontação, admoestação ou instrução. A determinação de um FCD está intimamente ligada às perguntas de interpretação da passagem escolhida. O principal objetivo em determinar o FCD é exatamente dar FOCO ao sermão. A fim de determinar o FCD é preciso responder a três questões fundamentais: (1) O que o texto ensina? (2) Quais são os assuntos mais importantes da passagem? (3) O que os ouvintes compartilham com os destinatários originais da passagem? a.4) Esboço analítico: O esboço analítico é o esqueleto da passagem, é a estrutura de sustentação do texto, que guarda em si o movimento das idéias do texto e sua distribuição harmônica. O Esboço analítico deve:   Mostrar as idéias do texto na ordem em que elas aparecem (seqüência).   Por em relevo as principais idéias do texto naturalmente (visual).   Demonstrar o conteúdo real do texto, sem qualquer interpretação ou adornos homiléticos. Este primeiro esboço ainda não é o esboço final do sermão da exposição  bíblica, mas é a sua base estrutural. Exemplo: Salmo 100 Tema:  Adoração. O que o texto fala exatamente sobre o tema da adoração? O QUE É ADORAÇÃO?

FCD: A necessidade de equilíbrio na adoração. 34

 Bryan Chapell, Pregação Cristocêntrica, p.44.

 

 

24

Observações importantes: O tempo imperativo dos verbos. A repetição da palavra “Senhor”.  “Senhor”.  SALMO 100 >>Salmo de ações de graças>> (1) Celebrai com júbilo ao SENHOR, todas as terras. (2) Servi ao SENHOR com alegria, apresentai-vos diante dele com cântico. (3) Sabei que o SENHOR é Deus; foi ele quem nos fez, e dele somos; somos o seu povo e rebanho do seu pastoreio. (4) Entrai por suas portas com ações de graças e nos seus átrios, com hinos de louvor;érendei-lhe graças e bendizei-lhe o nome. o SENHOR bom, a sua misericórdia dura para sempre, (5) Porque e, de geração em geração, a sua fidelidade.

Esboço analítico: Fase 1: Destacar as classes gramaticais (verbos principais, substantivos e adjetivos, preposições e conjunções). Salmo 100 (1) Celebrai com júbilo ao SENHOR, todas as terras. (2) Servi ao SENHOR SENHOR  com alegria, apresentai-vos diante dele com cântico. (3) Sabei que o SENHOR é Deus; foi ele quem nos fez, e dele somos;

somos o seu povo e rebanho do seu pastoreio. (4)   Entrai por suas portas com ações de graças e nos seus átrios, com hinos de louvor;

rendei-lhe graças e bendizei-lhe o nome. (5) Porque o SENHOR é bom, a sua misericórdia dura para sempre, e, de geração em geração, a sua fidelidade.

Fase 2: Separar as frases. Salmo 100 (1) Celebrai com júbilo ao SENHOR, todas as terras. (2) Servi

ao SENHOR com alegria, apresentai-vos diante dele com cântico. (3) Sabei que o SENHOR é Deus; foi ele quem nos fez, e dele somos; somos o seu povo e rebanho do seu pastoreio. (4) Entrai por suas portas com ações de graças e nos seus átrios, com hinos de louvor; rendei-lhe graças

 

 

25

e bendizei-lhe o nome. (5) Porque 

o SENHOR é bom, a sua misericórdia dura para sempre, e, de geração em geração, a sua fidelidade.

Fase 3: Pré-esboço homilético: I - Celebrai ao Senhor V.1

a. Com Júbilo. (como?).  b. Todas as as Terras (quem?). a. Com alegria (como?).  b. Com cântico (como?). a. Ele nos fez (Criador)  b. Dele somos somos (Senhor –  (Senhor –  pertencemos  pertencemos a Ele). c. Somos o seu povo (Rei). d. Rebanho do seu pastoreio (Pastor) a. Entrar por suas portas (onde (onde?) ?)  b. Com ações ações de graças (como?) c. Apresentar-se diante dele (o que?). d. Com hinos de louvor –  louvor –  Nos  Nos seus átrios (como? Onde?). e. Bendizei-lhe o nome (o que?)

II - Servi ao Senhor V.2 III - Sabei que o Senhor é Deus V.3

IV - Rendei-lhe graças V.4

Conclusão Porque  (por quê?) -- (motivação/razão)

a.   O Senhor é bom. dura para sempre.  b. Sua misericórdia c.  Sua fidelidade - “de geração em geração  geração   (dura).

Exemplo 2: João 14.6 (Diagrama) = Tema: Quem é Jesus? Repondeu-lhe Jesus I. Eu sou a) O caminho  b) E a verdade c) E a vida II. Ninguém a) Vem ao Pai  b) Senão por mim

Diagramação de II Timóteo 2.15 = Tema: O Caráter do Obreiro de Deus. Procura Apresentar-te a Deus Como obreiro Aprovado Que não tem do que se envergonhar Que maneja Bem A palavra da verdade

 

 

26

  Exercício de homilética: Exemplos de diagramação: 

1.  Filipenses 2.1-4. 1 Se há, pois, exortação em Cristo, alguma alguma consolação de amor, alguma comunhão do Espírito, se há entranhados afetos e misericórdias, 2 completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento. 3 Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. 4 Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros.

--------------------------------------------------------------------------------------------2.  Salmo 133. 1 Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos! 2 É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Arão, e desce para a gola de suas vestes. 3 É como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião.  Ali, ordena o SENHOR a sua bênção e a vida

 

 

27

para sempre.

------------------------------------------------------------------------------------------------3.  Filemon 8-20. 8 Pois bem, ainda que eu sinta plena liberdade em Cristo para te ordenar o que convém, 9 prefiro, todavia, solicitar em nome do amor, sendo o que sou, Paulo, o velho e, agora, até prisioneiro de Cristo Jesus; 10 sim, solicito-te em favor de meu filho Onésimo, que gerei entre algemas. 11 Ele, antes, te foi inútil; atualmente, porém, é útil, a ti e a mim. 12 Eu to envio de volta em pessoa, quero dizer, o meu próprio coração. 13 Eu queria conservá-lo comigo mesmo para, em teu lugar, me servir nas algemas que carrego por causa do evangelho; 14 nada, porém, quis fazer sem o teu consentimento, para que a tua bondade não venha a ser como que por obrigação, mas de livre vontade. 15 Pois acredito que ele veio a ser afastado de ti temporariamente, a fim de que o recebas para sempre, 16 não como escravo; antes, muito acima de escravo, como irmão caríssimo, especialmente de mim e, com maior razão, de ti, quer na carne, quer no Senhor. 17 Se, portanto, me consideras companheiro, recebe-o, como se fosse a mim mesmo. 18 E, se algum dano te fez ou se te deve alguma coisa, lança tudo em minha conta. 19 Eu, Paulo, de próprio punho, o escrevo: Eu pagarei –  para não te alegar que também tu me deves até a ti mesmo.

 

 

28

20 Sim, irmão, que eu receba de ti, no Senhor, este benefício. Reanima-me o coração em Cristo. -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

4.  Miquéias 7.18-20. 18 Quem, ó Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniqüidade e te esqueces da transgressão do restante da tua herança? O SENHOR não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na misericórdia. 19 Tornará a ter compaixão de nós; pisará aos pés as nossas iniqüidades e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar. 20 Mostrarás a Jacó a fidelidade e a Abraão, a misericórdia, mias sericórdia, quais juraste a nossos pais, desde os dias antigos.

------------------------------------------------------------------------------------------------5.  Salmo 150. 1 Aleluia! Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firmamento, obra do seu poder. 2 Louvai-o pelos seus poderosos feitos; louvai-o consoante a sua muita grandeza. 3 Louvai-o ao som da trombeta; louvai-o com saltério e com harpa. 4 Louvai-o com adufes e danças; louvai-o com instrumentos de cordas e com flautas. 5 Louvai-o com címbalos sonoros;

 

 

louvai-o com címbalos retumbantes. 6 Todo ser que respira louve ao SENHOR. Aleluia!

29

 

 

30

AULA 04:  “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna,   e são elas mesmas que testificam de mim.” JOÃO 5.39 

A Exegese e o Estudo Indutivo b) EXEGESE: É o Estudo mais detalhado do texto e/ou palavras do texto. Para uma boa exegese é preciso ter conhecimentos básicos de nossa língua. No caso da exegese bíblica, ainda será preciso conhecer as línguas originais (hebraico e grego). Saber o que é um verbo, adjetivo ou substantivo.  Noções básicas de sujeito e predicado; quando uma frase está coordenada ou subordinada à outra; a função das d as preposições e das conjunções. Uma exegese simples poderá ser feita seguindo os seguintes passos: 1) Leia o texto em voz alta, várias vezes. 2) Observe o assunto do texto a seguir e do anterior (contexto imediato) 3) Qual a estrutura do texto? (história, milagre, parábola, epístola etc.). 4) Pesquise o significado das palavras mais difíceis de entender (dicionário). 5) Anote as características do texto (palavras repetidas, contrastes, comparações,  perguntas 6) Pesquiseetc.). as circunstâncias históricas e culturais (Dicionário Bíblico). 7) Reorganize o seu esboço com o que descobriu nesse estudo.

c) O ESTUDO INDUTIVO: Agora você vai descobrir o ensino do texto e preparar as argumentações. Faça o cruzamento do seu esboço com o texto novamente e anote: 1. OBSERVAÇÃO: a)  As seis questões básicas:  QUEM? QUEM? –   –  Quem  Quem são os personagens envolvidos? “Celebrai com Júbilo ao Senhor todas as terras ”  QUEM deve celebrar? “Todas as terras”.  terras”.  A QUEM se deve celebrar? “ao Senhor”. Senhor”.  O QUÊ? –  QUÊ? –  O  O Que sucedeu? Que idéias são expressas? Quais os resultados? “Celebrai com J úbil  úbil o ao Senhor”.  O QUE é celebrar ? Celebrar é festejar; comemorar; celebrar é “tornar célebre alguém ou alguma coisa”.  coisa”.   ONDE? ONDE? –   –  Onde  Onde aconteceu? “Celebrai com J úbilo úbilo ao Senhor”. ONDE celebrar? Observe que nem todas as perguntas poderão ser feitas a todos os textos.  QUANDO?  –   Qual a época? Qual o fundo histórico (veja um dicionário  bíblico ou uma iJ  ntrodução bíblica).. QUANDO celebrar? O tempo verbal do “Celebrai com introdução úbil o ao Senhor” úbil  imperativo enfatiza o imediato, o presente, a urgência.

 

 

31

 POR

QUÊ?  –   Quais as razões para o que foi escrito e da forma como foi escrito. “Celebrai com Júbilo ao Senhor”. POR QUE celebrar? (no caso do Salmo 100 a resposta está no verso 5: “Porque o Senhor é...”   COMO? - Como sucederam os acontecimentos? Com que eficiência? Como os métodos produziram resultados? Como a ação foi realizada? “Celebrai com J úbil  úbil o ao Senhor”. COMO celebrar? “com júbilo”.  júbilo”. 

Essas perguntas são ochamadas perguntas dialógicas, ou seja,  perguntas de seis diálogo, p ois levam pois intérpretede bíblico a dialogar (conversar) com o texto.

b)  A forma ou estrutura da passagem. Diz respeito à forma como o autor desenvolve o seu conteúdo.   O autor faz 3 afirmações pessoais e as explica (Rm 9.1; 10.1; 11.1).   O autor relaciona 6 figuras para ilustrar um princípio (II Tm 2.3 [soldado], 5 [atleta], 6 [lavrador], 15 [obreiro], 20 [utensílios], 24 [servo]).   O autor apresenta três razões para justificar sua afirmação (Rm 5.5,6,10 = porque...). O estilo do texto pode ser uma poesia (Sl 16); narrativa (Josué); argumentação lógica (I Co 15); discurso (Mt 5-7); conselho (Pv 3); parábola (Lc 15); profecia (Sf 1). Para captar o tipo de estrutura observe: a)  O movimento de causa e efeito (I Ts 1).  b)  O movimento do particular para o geral (I Ts 2); ou do geral para o  particular (I Ts 5). c)  As citações do Antigo Testamento no Novo Testamento (Rm 10). d)  O uso de ilustrações no texto (Gl 4). Tome nota de:   Relatos (I Ts 1). Descrições de como os fatos se deram. 

  Exortações correção. ou admoestações (Gl 2.1-14). Palavras de estímulo e   Ensino  –   O Sermão da Montanha   (Mt 5-7); a justificação pela fé somente (Romanos 3.21-5.11); a ressurreição (I Co 15).   Parábolas  –   Focalizar a idéia-eixo da história contada, não se  prendendo a detalhes imaginativos imaginativos sem fim (Lc (Lc 15).    Narrativas  Narrativas –   –  grande  grande parte da Bíblia é composta de textos narrativos.   Outras formas  –   Conselho em Provérbios; oráculos nos profetas;  poesia nos salmos salmos (paralelismos; Sinônimo; Sinônimo; quiasma; gradações etc).

c)  As palavras chaves. Em alguns a palavra chave salta(Iaos olhos.piedade Amor (I Co 13); Fé (Hb 11); Espírito (Rmtextos 8); provação e sofrimento Pedro); Timóteo).

 

 

32

Mas nem todos os textos são assim. Por exemplo, às vezes a tradução esconde a palavra chave (Sl 37.1,7,8 –  37.1,7,8 –  indignação,  indignação, irritação e impaciência). Nem sempre a palavra que mais se repete é a palavra chave. Em Romanos 3 somos apresentados a um grupo de palavras importantíssimas para a compreensão de toda a doutrina da justificação no Novo Testamento (propiciação, justificados, redenção, justiça e tolerância). O uso de um dicionário bíblico é muito útil nessa fase da observação. princípio esse adquirimos caminho se mais mostraprática. difícil Não e complicado, é mesmo,  porém,A com o tempo precisamose de pressa, somente de perseverança.

d)  Comparações e Contrastes. As comparações mostram como as coisas se parecem e os contrastes mostram em que são diferentes. Para observar comparações observe se há no texto as expressões: “assim como... assim também”, “como”, semelhantemente etc. registre todas as formas em que as comparações são feitas no texto. Paulo faz duas comparações entre o seu ministério e o papel dos pais numa família (I Ts 2.7,11); duas comparações sobre o retorno de Cristo em 5.1-3 (será como a vinda de um ladrão e como as dores de parto da mulher grávida). Os contrastes nos são dados geralmente pelas palavras: mas, porém, contudo, no entanto, entretanto, não, nem. Quando lemos uma narrativa ou declaração nas Escrituras, devemos considerar as coisas que são parecidas em certos aspectos, mas diferentes em outros35. Em I Tessalonicenses há diversos diversos contrastes. A pregação de Paulo visava agradar a Deus e não a homens (2.4); não devemos dormir, pelo contrário vigiar (5.6). O livro de Hebreus freqüentemente usa comparações e contrastes (Hebreus 7: Cristo e Melquisedeque). e)  O uso de referências ao Antigo Testamento. As únicas Escrituras que as pessoas tinham nos primeiros tempos da Igreja erae opromessas Antigo Testamento. A vinda de Por Cristo o cumprimento  profecias do Antigo Testamento. essafoi razão, os escritoresdas do  Novo Testamento citam constantemente c onstantemente o Antigo Testamento a fim de d e mostrar de Jesus é o Messias. Em Gálatas e Romanos, Paulo faz uso de citações do Antigo Testamento para rebater o ensino dos judaizantes (Gl 3 e 4, Rm 9).

f)  A progressão de uma cadeia de idéias ou de pensamentos. Cadeias de pensamento associam idéias semelhantes. Sublinhe em sua Bíblia frases que expressem idéias semelhantes ou marque com lápis de cor diferentes. Você terá uma visualização gráfica das principais idéias e  pensamentos do autor. Dê um título para cada cadeia encontrada. Então

35

 Walter A. Henrichsen, Métodos de Estudo Bíblico, Mundo Cristão, p.70.

 

 

33

 pergunte: Como essas idéias se ajuntam para formar o tema ou assunto da  passagem? Veja um exemplo exemplo em I Tessalonicense Tessalonicensess 2: v.2: ...tivemos ousada confiança em Deus. v.3: ...fomos aprovados por Deus. v. 5: ...nunca usamos de linguagem de bajulação. v.6: ... jamais andamos buscando glória de homens. v.7: ... nos tornamos dóceis entre vós. v.8: ...a nossa estávamos prontos igualmente, própria vida a oferecer-vos... não só o evangelho... mas, v.10: Vós e Deus sois testemunhas do modo por que piedosa, justa e irrepreensivelmente irrepreensivelm ente procedemos em relação a vós outros que credes. v.11,12: ...a cada um de vós, exortamos, consolamos e admoestamos... Observe que Paulo está falando do caráter dos ministros cristãos e seu ministério. Em II Timóteo 1 podemos ver outro exemplo dessa progressão no  pensamento do autor: v.8: “Não te envergonhes...” v.12; “ Não me envergonho...” v.16: “Onesíforo... nunca se envergonhou...” ...”   Esse tipo de progressão pode ser visto também em unidades maiores de texto com referencia a doutrinas mais complexas, como a da imputação em Romanos 3 a 8:   3.21-31: A imputação da justiça de Cristo ao pecador.   4: A imputação ilustrada na vida de Abraão.   5.12-21: A imputação do pecado de Adão à humanidade.   6-8: Projeções da imputação na vida do crente.

g)  Alerta para as proporções. Observar as proporções nos ajuda a manter equilíbrio nas ênfases no estudo bíblico. Observe elementos tais como; A importância do assunto; as  pessoas a matéria discutida no texto. Veja como isso funcionaenvolvidas; observandooofator fatortempo; tempo em Atos dos Apóstolos: Capítulos

1

Lapso de 50 dias tempo

2

3-8

9-12

1 dia

2 anos

9 anos

13,14

15

16.118.22 1 ano Poucos 2 anos e meio dias e meio

18.2321.16 4 anos

21.1728.31 5 anos

Em I Tessalonicenses Paulo menciona a segunda vinda em cada capítulo e depois trata mais extensamente do assunto nos capítulos finais (1.10; 2.19; 3.13; 4.13-18; 5.1-11).

h)  As repetições.

 

 

34

Observe repetição de palavras; frases e expressões na passagem em estudo. Faça um gráfico das repetições. Isso nos ajuda a fazer as perguntas certas ao texto. Veja um exemplo em I Tessalonicenses 3: Palavra ou frase Fé Tribulação

Número de repetições 5 2

Versículos usados 2, 5, 6, 7, 10. 3, 7

Ao perguntar observarmos atentar também para“Deus” omissões. Devemos qualrepetições, a razão da devemos omissão. Exemplo: A palavra não aparece em Ester. “Amor” não aparece em Atos.  Atos.  

i)  O uso dos verbos. Os verbos nos mostram a ação e o movimento da passagem; o que está sendo feito ou o que está acontecendo. Faça uma lista em separado e observe:   Qual a ação do verbo? ve rbo? Passada, presente ou futura?   A maioria dos verbos está na voz ativa, passiva ou reflexiva?   O modo é indicativo (narrativa), imperativo (mandamento) ou subjuntivo (dúvida ou desejo)? Observe o uso dos imperativos no Salmo 100!   Algum verbo se repete? Em Hebreus 11 os verbos estão na voz ativa e no modo indicativo, demonstrando que pela fé, participamos ativamente no propósito de Deus para nossas vidas. Em Efésios 1.3-14 os verbos estão na voz passiva, indicando que a nossa salvação é obra inteiramente de Deus (monergismo), e que ela aconteceu fora de nós (na cruz) sendo aplicada dentro de nós pelo Espírito Santo. Exercício: Anote a mudança nos tempos verbais no Salmo 85. Passado  –   Presente –  Presente  –  Futuro.  Futuro. Passado = Versos  __________________________________________________. Presente = Versos  __________________________________________________. Futuro =  ___________________________________________________.

Versos

 j)  As ilustrações.  Na Bíblia, muitos ensinos são transmitidos por meio de figuras: Jesus chamava os discípulos de ramos de uma videira (Jo 15); pescadores de homens (Mt 10); lavradores (Jo 4); ovelhas (Jo 10). Exercício:  Somente em Tiago 3 há nove figuras ilustrativas quanto ao uso da língua: (1)__________; (2)__________; (3)__________; (4)__________; (5)__________; (6)__________; (7)__________; (8)__________; (9)__________.

 

 

35

 Em II Tm 2 aparecem 6 figuras do obreiro cristão: (1)____________; (2)____________; (3)____________; (4)____________; (5)____________; (6)______________. 

 Efésios 6.13-17 descreve a armadura do cristão: (1)____________________; (2)____________________; (3)_________________; 

(4)____________________; (6)_________________.

(5)____________________;

 No Salmo 100.3, o povo de Deus é chamado de “rebanho do seu  pastoreio”. Pergunte: Como essa figura esclarece o ensino da passagem? Se não houver ilustrações ou figuras na passagem estudada, veja se elas aparecem em outra passagem (paralela) que trate do mesmo assunto.

k)  As Explicações. “Explicação é algo usado para ilustrar, esclarecer, iluminar, descrever, ou demonstrar”36 um princípio. O tamanho de uma explicação pode variar muito, desde parte de um versículo, até capítulos inteiros. Siga a lógica de raciocínio do autor bíblico:   Qual o seu objetivo? De que modo ele quer atingir esse objetivo? Como ele apresenta o assunto? Muitas vezes uma afirmação suscita uma pergunta num versículo, que é respondida no próximo verso ou no próximo parágrafo. Observe as ligações entre um parágrafo e outro. Paulo faz uma conclusão em Rm 3.28 e daí (4.1-8) ilustra sua conclusão com dois exemplos do Antigo Testamento: Abraão e Davi. l)  Palavras e conjunções copulativas. Preste atenção no uso da expressão “ se” (Ex 19.5). Promessas não se concretizam, porque suas condições não são cumpridas pelos crentes.   Portanto =

(I Co 15.58).introduz um sumário das idéias ou os resultados de alguma ação   Porque, pois, então = muitas vezes introduzem uma razão, explicação ou resultado (Sl 100.5, I Ts 1.5, 9).   Mas, porém, por ém, todavia, contudo = fazem saber que a seguir vem um contraste (I Ts 5.4; 3.6; Fp 4.13,14).   Para que, a fim de que  = expressões usadas para expor um propósito ou alvo (I Ts 3.13).

2. INTERPRETAÇÃO. São três perguntas básicas: a)  Propósito:  36

 Walter Henrichsen, Métodos de Estudo Bíblico, p.76.

 

 

36

Por que o autor bíblico levanta e trata desse assunto? Às vezes é fácil descobrir o propósito, pois o autor no-lo dá explicitamente. Esse é o caso do Evangelho de João. Por exemplo, (Jo 20.30,31) ou Tito Tito (Tt 1.5). Outros livros, livros,  porém, poderão exigir uma leitura mais atenta e pormenorizada para p ara encontrar. O propósito de Romanos é triplo: esclarecer sua doutrina da salvação pela fé somente; trocar experiências pastorais com os cristãos de Roma e estabelecer uma base de apoio para a sua missão evangelizadora à Espanha.

b)  Pensamento-Chave:  É o tema ou a idéia principal do livro bíblico. É o resumo do ensinamento do livro ou texto estudado em uma única sentença ou frase. “O propósit o do tema é enunciar a principal verdade ou o princípio espiritual tão clara e sucintamente quanto possível”37. Cada passagem bíblica tem apenas um tema  básico e dominante. Ele poderá ser dito de formas diferentes, mas na sua essência sempre será o mesmo. Exemplos: Hebreus 11 Romanos 5.1-11 João 8 Salmo 23 Filemon

Viver pela fé. A justificação pela fé. Jesus é a luz do mundo. O Senhor é o meu pastor. Como praticar uma comunhão eficiente.

c)  Fluxo:  Como o escritor atingiu o ponto em que está? Como chegou e determinou o seu tema? O fluxo é o movimento da argumentação, narrativa ou ensino. Podemos sondar, num estudo sobre oração, por exemplo, como Lucas mostra a vida de oração de Jesus em seu evangelho; e depois seus desdobramentos na vida dos discípulos em Atos e nas Epístolas. Paulo trata da eleição de presbíteros em I Timóteo e Tito, visto que é seu propósito treinar Timóteo e Tito na implantação de novas igrejas e formação de sua nova liderança. Fluxo de pensamento em II Timóteo: Capítulo 1 Capítulo 2 Capítulo 3 Capítulo 4

O Comportamento do Obreiro Cristão Não se envergonhar do Evangelho (v.8). Sofrer pelo Evangelho (v.3). Permanecer no Evangelho (v. 14). Pregar o Evangelho (v. 2).

3. CORRELAÇÃO. Correlação é relacionar o que está sendo estudado, com outras porções das Escrituras dentro do propósito do próprio texto em estudo. Desde que cremos na origem divina e única das Escrituras, o exercício de correlacionar os ensinos e doutrinas das Escrituras visa estabelecer a sua coerência interna e por em relevo a sua capacidade de interpretar a si mesma. 37

 Walter Henrichsen, Métodos de Estudo Bíblico, p.82.

 

 

37

Os meios básicos pelos quais aplicamos a correlação à exposição bíblica são: Referencias bíblicas e paráfrases. a)  Referências. Correlacionamos referencias quando comparamos uma palavra, um versículo, uma idéia, um acontecimento ou uma história com outra porção das Escrituras. Uma passagem ajudará a esclarecer a outra.   Referências de palavras. Comparamos palavras importantes dentro do em textooutros estudado, buscandomas no restante da Escritura o seu uso e aplicação contextos,  principalmente em contextos semelhantes. semelhantes. Exemplo: Melquisedeque é citado em Hebreus 5.6; mas também aparece no capítulo 7. Então averiguamos que fora do livro de Hebreus, aparece em Gn 14.18 e no Sl 110.4. Podemos fazer pesquisas semelhantes com as palavras “piedade”, partindo de I Timóteo ou a palavra “fé”, começando por Hebreus 11, ou ainda “justificação” no pensamento de Paulo em Romanos 3-8. Pesquise as expressões celebrai, júbilo e cântico   nos Salmos reais (95100). Cantemos ao Senhor com júbilo (95.1); Um cântico novo (96.1, 98.1); com harpa e voz de canto... (98.5,6); celebremos o rochedo da nossa salvação (95.1); regozije-se a terra, alegrem-se as muitas ilhas (97.1); celebrai com júbilo ao Senhor todos os confins da terra (98.4a); celebrem eles (os povos) o seu nome (99.3) e celebrai com júbilo ao Senhor, todas as terras (100.1).   Referências paralelas. Trata-se Tratase de versículos ou pensamentos virtualmente idênticos. “Muitas vezes a terminologia e o contexto são ligeiramente diversos, dando-lhe nova compreensão do assunto que está estudando”. 38  As editoras bíblicas, freqüentemente nos dão várias passagens paralelas anotadas no rodapé das  páginas. São Sã o exemplos de passagens paralelas: paral elas: Mateus 6.9-15 com Lucas Luc as 11-24”. Em Mateus  Mateus  6.9 Jesus fala: ‘Vós orareis assim...”, assim...” , mas em Lucas 11.2, diz: “Quando para orardes, dizei...” sobre As diferenças semelhanças ricas Um fontes de material conclusões o ensino edeas Jesus sobre a são oração. outro exemplo pode ser conferido na abordagem da Parábola do Semeador em Mateus 13.3-23; Marcos 4.3-20 e Lucas 8.4-15.   Referências correspondentes. São citações do Antigo Testamento no Novo Testamento. Lucas 4.18 cita Isaías 61.1,2. É fácil notar que Jesus parou na metade do texto de Isaías nessa citação; isso porque o cumprimento daquela profecia não foi completo, mas apenas uma parte se cumpriu na primeira vinda de Cristo, o restante se cumprirá na segunda vinda. Em Romanos, Paulo cita várias passagens do AT a fim de comprovar a sua doutrina da justificação pela fé e não pelas obras da Lei. Esse

38

 Walter Henrichsen, Métodos de Estudo Bíblico, p.85.

 

 

38

método também é muito útil no estudo das epístolas acompanhado pelas referencias históricas a elas em Atos.   Referências de idéias. Visa captar o pensamento do autor no versículo ou parágrafo em estudo e compará-lo com um pensamento semelhante em outro texto da Bíblia. João fala de novo nascimento em João 3.1-8. Paulo fala de adoção em Romanos 8.15 e Gálatas 4.1-7. Já Pedro escolhe o termo regeneração em I Pe 1.23. Termos diferentes comque sentidos idênticos. Outro fato interessante é que emque João 3.1-8, o apóstolo fala nascemos do Espírito, enquanto que Pedro fala nascemos  pela palavra. Porque a diferença? Porque não se pode conhecer o Deus vivo sem as Escrituras, ambos são inseparáveis (Mt 22.29).   Referencias de contraste. Exemplos contrastantes nos ajudam a manter equilíbrio em nossa interpretação das Escrituras. Podemos tirar ensinamentos proveitosos comparando, por exemplo, a atitude de Jesus frente à tentação e a atitude de Adão. Fazer correlação é uma uma forma salutar de praticarmos o “livre exame” das Escrituras como defendiam os reformadores do século XVI. Alguns elementos são de grande ajuda:   Uma boa concordância bíblica (Bible Works, Concordância Russel Schelp etc).   As anotações do rodapé de muitas Bíblias.   Livros específicos sobre o assunto (enciclopédias cristãs).   O conhecimento pessoal das Escrituras (Js 1.8; Sl 1.2; Jo 7.17)

b)  Paráfrase pessoal. Redigir o conteúdo do trecho que você está estudando em linguagem contemporânea. Fazemos isso através de um dicionário de língua portuguesa e  paráfrases já publicadas. publicadas. Romanos 12.10  –   AR ARA “Amai-vos “Amai -vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal,  preferindo-vos em honra honra uns aos outros”.   outros”.

Romanos 12.10  –  BL  BLH “Amem uns aos outros com carinho de irmãos em Cristo, e façam tudo para honrarem uns aos a os outros”.   outros”.

Romanos 12.10  –  BV  BV “Amem-se “Amem -se uns aos outros com afeição fraternal e tenham prazer em honrar uns aos outros

c)  Outras Versões das Escrituras. Também é muito útil comparar o texto com outras versões da Bíblia.

39

  Bíblia Bíblia Almeida Revista e Atualizada –   –  SBB.  SBB.  A Bíblia na Linguagem de Hoje, SBB.  A 41   Bíblia Bíblia Viva, Mundo Cristão. 40

 

 

39 Romanos 12.10  –  ARA  ARA42  “Amai-vos “Amai -vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal,  preferindo-vos em honra honra uns aos outros”.   outros”. Salmo 100.4  –  ARA  ARA

Entrai por suas portas com ações de graças e nos seus átrios, com hinos de louvor; rendei-lhe graças e bendizei-lhe o nome.

Romanos 12.10  –  ARC  ARC44  Romanos 12.10  –  BJ  BJ43  “Amai-vos -vos cordialmente uns aos “Com amor fraterno, tendo carinho “Amai outros com amor fraternal, uns para com os outros, cada um uns aos considerando o outro como mais  preferindo-vos em honra uns outros”.   outros”. digno de estima”. estima”. Salmo 100.4  –  ARC  ARC Salmo 100.4  –  BLH  BLH

Entrem pelos portões do templo Com agradecimen agradecimentos, tos, Sim, entrem nos seus pátios Com louvor! Louvem a Deus E sejam agradecidos a ele!

Entrai pelas portas dele com louvor e em seus átrios, com hinos; louvai-o e bendizei o seu nome.

O que é contexto? São todos os elementos que estão envolvidos com o texto (ao lado do texto) que contribuem para o seu entendimento. Subdivide-se em Histórico e Literário. Pesquise o contexto histórico antes que o literário.45 Seja sempre seletivo e objetivo na coleta do material pesquisado. O contexto histórico se subdivide em geral e específico. a)  Geral:

1.  Informações sobre o livro. 2.  O autor bíblico. Quem escreveu? 3.  Ocasião e data. O que o levou a escrever e quando? 4.  O propósito do autor ao escrever o livro. 5.  Informações sobre os destinatários (localização, situação etc).

b)  Específico:

1.  O significado e papel de pessoas, lugares e eventos mencionados na  passagem. 2.  O meio sócio-cultural do autor e seus leitores. 3.  Os costumes e práticas do autor e personagens presentes na narrativa. 4.  O pensamento do autor e dos leitores. Essa pesquisa deve para ser seletiva, sendo considerado somente o que essencialmente necessário o entendimento do parágrafo escolhido parafora exposição bíblica.

42 Bíblia  Bíblia 43

Almeida Revista e Atualizada –   –  SBB.  SBB.  A Bíblia de Jerusalém, Ed. Paulinas..  A 44 Bíblia Revista e Corrigida, SBB.   Bíblia

45

 Joer C. Batista. “Exegese Para Sermão”. Em:  Interpretação e Pregação, Ed. Logos, p. 64.

 

 

40

A pesquisa do contexto literário deve responder uma pergunta importante: “Por que isto foi escrito exatamente nesse local?”46 Há três passos a seguir: 1. Qual a natureza literária do texto? Poema, carta, profecia, sabedoria, narrativa. 2. Qual é o contexto remoto? O livro como um todo; as obras do mesmo autor. 3. Qual o contexto imediato? Qual a relação do texto escolhido com o texto imediatamente anterior e posterior? É uma conclusão? Uma explicação? Uma comparação? Uma ilustração? A fim de descobrirmos o contexto da passagem precisamos ler o texto de vários ângulos.47  1.  Leitura sintética. Buscar o tema principal, o desenvolvimento do tema e subsídios para um esboço. 2.  Leitura biográfica. Tudo o que lança luz sobre o autor e os destinatários importantes mencionados no livro bíblico (Dicionários Bíblicos). 3.  Leitura histórica. Buscar a situação histórica, social, geográfica e cultural do escritor e seus leitores originais (Dicionários bíblicos e literatura específica de introdução bíblica). 4.  Leitura teológica. Buscar ensinamentos doutrinários e pressuposições que levam o autor a argumentar tal como faz na passagem bíblica. 5.  Leitura retórica. Notar e alistar as figuras de linguagem. 46

 Joer C. Batista. “Exegese Para Sermão”. Em:  Interpretação e Pregação, Ed. Logos, p. 67.  Veja o excelente excelente livro de Merril C. Tenney, Gálatas, Escritura da Liberdade Cristã , Vida Nova, 3ª ed., 1983.

47

 

 

41

6.  Leitura tópica. Buscar os assuntos principais do livro (éticos, práticos ou doutrinários) e observar se estão presentes no texto escolhido para a exposição. 7.  Leitura analítica. Buscar inter-relacionamentos entre as frases e as palavras. 8.  Leitura pastoral. Buscar o interesse original do autor e em que pontos tocam os ouvintes atuais. 9.  Leitura devocional. Buscar o alimento espiritual com atenção à voz de Deus nas No palavras porSalmo Ele inspiradas na passagem escolhida. caso do 100, a pesquisa mostrará que ele faz parte do Livro IV do livro dos Salmos. Está entre os salmos reais: De 95 a 100, que exaltam a Deus como Rei da terra e do seu povo.  Ele é o grande rei acima a cima de todos os deuses (Sl 95.3).  Glória e majestade estão diante dele, que reina e julga as nações (Sl 96.6, 10).  O seu reinado é a alegria da terra, mas especialmente dos justos (Sl 97.1,12).  Devemos celebrar com júbilo ao Senhor porque ele vem julgar a terra com  justiça e eqüidade. Ele Ele é o altíssimo altíssimo sobre toda a terra (Sl 98).  Ele reina, tremam os povos, porque ele é o rei poderoso que ama a justiça e a executa com eqüidade (Sl 99.1, 4).  Devemos servi-lo com alegria, porque, além de ser justo, é bom, misericordiosoo e fiel às suas promessas (Sl 100). misericordios É importante entender, por exemplo, como foi instituída a monarquia  judaica e os detalhes da aliança divina com Davi. Davi.

4. A APLICAÇÃO: Faça a seguinte pergunta: Uma vez que o ensino do texto é este, o que Deus espera que façamos? Então leia o texto outra vez e procure descobrir se há exemplos de pessoas a seguir, se há ordens a obedecer; se há erros a evitar; e vitar; se há  pecados a confessar e a abandonar; se há promessas a reivindicar; ou descobertas a respeito de Deus a conhecer, etc. Ao montar sua aplicação ou aplicações, procure fazer da seguinte forma: 

seletivo. haver váriasdaaplicações. que se   Seja adequarem maisPode às necessidades Igreja (dos Escolha ouvintes).algumas Procure das numerá-las de acordo com o número de divisões do texto (uma ou duas para cada).  Seja específico. Ex. “Preciso pedir perdão”. É vago. “Preciso pedir perdão à minha esposa por ter gritado com ela”; “Preciso “ Preciso pedir perdão ao meu filho  por não ter-lhe ter-lhe levado ao passeio como prometi”; “ preciso pedir perdão a Deus, pois sabia desse ensino e o ignorei” etc.   Seja pessoal. Troque o “nós e eles” por “você e eu”.  eu”.  Faça uma aplicação por escrito, conferindo-a com o texto para ver se ela realmente expressa seu ensinamento de forma clara. Uma boa aplicação leva em conta também o tipo de auditório que ouve a exposição bíblica. O puritano William Perkins identificou sete tipos de ouvintes que comumente estão presentes na igreja para ouvir um sermão: Quatro deles “são incrédulos (O ignorante e indócil; o ignorante, porém educável; aqueles que têm o conhecimento, mas não se humilharam; e aqueles que já se humilharam,

 

 

42

mas ainda não foram trazidos à liberdade em Cristo) e três já foram salvos (aqueles que acreditam; aqueles que caíram; e os “mistos” –  por   por exemplo, pais, 48  jovens e crianças na graça”. graça”.  

  Exercício 1:



Lendo Romanos 5.1-11 responda com as frases do texto: (a) Por que a esperanç esperançaa não confunde e (b) Quem éramos quando Cristo morreu por nós? a)   ___________  ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________  ___   ______________________  ___________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________  ___   ______________________  ___________ ______________________ ______________________ _______________________ _______________________ _____________ __  b)   ___________  _______________________ _______________________ ______________________ ______________________ ______________________ _____________  __   ______________________  ___________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________  ___   ______________________  ___________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________  ___   ______________________  ___________ ______________________ ______________________ ______________________ _______________________ ______________ __

  Exercício 2  No texto a seguir defina: defina:



(13) Depois, subiu ao monte e chamou os que ele mesmo quis, e vieram para junto dele. (14) Então, designou doze para estarem com ele e para os enviar a pregar (15) e a exercer a autoridade de expelir demônios. (16) Eis os doze que designou: Simão, a quem acrescentou o nome de Pedro; (17) Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, aos quais deu o nome de Boanerges, que quer dizer: filhos do trovão; (18) André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Al Alfeu, feu, Tadeu, Simão, o Zelote, (19) e Judas Judas Iscariotes, q que ue foi quem o traiu. a)  Tema geral (palavra): ________________________ ___________________________________ ______________________ _________________. ______. b)  Tema específico específ ico (frase curta): _______________________ __________________________________ _______________________ _____________. _. c)  Um FCD: _______________________________________________________________. d)   Nº de divisões naturais com as respectivas frases ou palavras chaves:_________________  ______________________  ___________ ______________________ _______________________ _______________________ ______________________ ___________________  ________   ______________________  ___________ ______________________ ______________________ _______________________ _______________________ ___________________  ________   ______________________  ___________ ______________________ _______________________ _______________________ ______________________ ___________________. ________.

 

e) Tempo, modo e significado da ação do verbo sublinhado:  ______________________  ___________ ______________________ _______________________ _______________________ ______________________ ___________________  ________ 

 _________________________________  ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ____________________  _________   ______________________  ___________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ____________________  _________   ______________________  ___________ ______________________ ______________________ ______________________ ______________________ ____________________ _________

  Exercício2: Leia o texto de III JOÃO 5-8 e (1) Faça 5 observações relevantes (2) Interpretação da frase: “Por causa do Nome foi que saíram” (3) faça 3 correlações com outros textos bíblicos e (4) Faça 3 aplicações. 

48

 Citado por Joel Beeke. Amado Timóteo, Ed. Fiel, p. 216.

 

  (5)

43

 Amado, procedes fielmente naquilo que praticas para com os irmãos, e isto fazes mesmo quando são estrangeiros, (6) os quais, perante a igreja, deram testemunho do teu amor. Bem farás encaminhando-os em sua jornada por modo digno de Deus; ( 7) pois por causa do Nome foi que saíram, nada recebendo dos gentios. (8) Portanto, devemos acolher esses irmãos, para nos tornarmos cooperadores da verdade.

 

 

44

AULA 05:  “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para ensino, para a repreensão, para correção,  para a educação na na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” II Tm 3.16,17 

A PROPOSIÇÃO d) A PROPOSIÇÃO É a afirmação do assunto que você vai expor e defender. Ela é a abreviação do sermão em uma frase. Deve aparecer no começo do sermão, inclusa em sua introdução. Deve ser uma DECLARAÇÃO forte, sugestiva e que desafia à atenção. * Características Ca racterísticas:: - Ela é teológica/doutrinária (Declara um princípio divino/bíblico) - Ela é didática (fácil de entender e decorar) - Ela é específica (aponta direto o assunto sem rodeios). - Ela é breve (formada com poucas palavras). - Ela é temática (resume o texto/sermão em uma só afirmação). * Como Montar a Proposição: a) E la te tem um uma a afi r mação ção doutri utri nár nár i a/te teo oló lógg i ca ( A T ) : Você deve agora, transformar o tema descoberto no esboço em uma afirmação doutrinária completa, mas que resuma o conteúdo do texto que vai expor. Na PREGAÇÃO, esta afirmação será uma declaração que intitula e resume todo o seu sermão e que mostra claramente à Igreja sobre o qu quee pretende falar. b) E la te tem um uma a se sente ntença nça de tr transi ansiçã ção o ( ST) : É uma frase desafiante, que estabelece a ligação (ponte) entre a declaração do tema (afirmação doutrinária/teológica - AT) na introdução e a argumentação

(divisões principais do sermão). c) E la tem um uma a Pala lavr vra a-Cha -C have ve ( P C ) : É uma palavra dentro da sentença de transição (ST) que servirá de elo  para a enunciação das divisões (argumentação). Geralmente Geralmente deve estar no plural,  pois os sermões geralmente têm duas a mais mais divisões (expos (expositivos). itivos).

Exemplo: Mateus 4.1-11 Tema: Satanás Tenta ao Homem Piedoso (Que Obedece a Deus) (AT): Satanás sempre irá tentar com astúcia ao homem piedoso, como fez com Jesus Cristo. (ST): Este texto nos mostra três tipos (PC) de tentação com os quais tentará nos derrubar. I. O primeiro TIPO é (I) Tratar a fome espiritual como alimento material (V.3,4):

 

 

45

II. O segundo TIPO  é (II) Testar a capacidade de Deus com proezas sensacionais (V.5-7): III. O terceiro TIPO é (III) Trocar o domínio de Deus por poder político (V. 8-10):

Exemplo: Filemon 4-7 Tema: A Prática de Uma Comunhão Eficiente.  Pauloeficiente convidapara Filemon a vencer a desilusão com os irmãos e exercer uma (AT): comunhão com ele e Onésimo. (ST): Este texto nos ensina três princípios (PC) para praticarmos uma comunhão eficiente: O 1º princípio é (I) Comunhão Eficiente Começa Com Oração (v.4,5) O 2º princípio é (II) Comunhão Eficiente Deve ser o objetivo da oração (v.6). O 3º princípio é (III) Comunhão Eficiente produz conforto espiritual (v.7).

Exemplo: Levítico 9 Tema: Adoração: Os Ritos da Graça. (AT) Nosso intento, é demonstrar que os ritos da graça   (PC) foram dados para nos conduzir na prática de uma adoração verdadeira e genuína. (ST)  Isso por três razões: I.  OS RITOS DA GRAÇA NOS ENSINAM O CAMINHO DA SANTIFICAÇÃO V. 1-7. a)  Três sacrifícios sacrifícios seriam oferecidos. (1) Um bezerro para oferta pelo pecado. (2) Um carneiro para holocausto. (3) Um boi e um carneiro para oferta  pacífica.  b)  Porquanto hoje o Senhor vos aparecerá. c)  Obediência aos mandamentos. II.  OS RITOS DA GRAÇA NOS CAPACITAM A TRILHAR O CAMINHO DA VERDADEIRA VERDADEIRA ESPIRITUALIDADE V. 8-21. a)  Benção/Dedicação. O significado de cada sacrifício. (1)  Purificação. (2) Consagração. (3)     b)  A ênfase na obediência ao rito prescrito: “Depois” e “então”.  “então”.   III. OS RITOS DA GRAÇA NOS LEVAM A EXPERIMENTAR A PRESENÇA DE DEUS ENTRE NÓS V. 22-24. a)  Arão abençoa o povo pela primeira vez.  b)  A glória do Senhor apareceu a todo o povo. c)  O fogo do Senhor consumiu as ofertas. d)  Todo o povo jubilou e prostrou-se sobre o rosto. (alegria e reverência). Conclusão. O que vamos fazer aqui quando q uando e enquanto cultuarmos a Deus? 1.  Vamos obedecer. Pois o obedecer é melhor que o sacrificar (I Sm 15). 2.  Vamos colocar nossas esperanças no fogo que Deus vai acender. 3.  Vamos viver da graça de Deus e confiar nas realizações da graça em nossas vidas.

 

 

46

AULA 06: “Antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparad preparadoo s  para responder responder a todo aq aquele uele que vo voss pedir razão ddaa esperanç esperançaa que há em vós.” vós.”  I Pe 3.15.  

A COMPOSIÇÃO DO SERMÃO A composição do sermão também se divide em quatro passos: sões Pr Prii nci nci pai s (A r gume gumenta ntação): 1 ) As D i vi sõe São as afirmações do texto que comprovam o ensino proposto no seu tema. É esta argumentação que deverá levar os ouvintes ao entendimento e à obediência ao ensino do texto. Lembre-se que a estrutura básica do texto é quem fornece a estrutura da argumentação.49  a)  Os argumentos devem ser distintos entre si. Não se repetem.  b)  Ordem, movimento e progresso. Tem direção. di reção. c)  Acumulação. Eles se movem para frente ganhando mais força. d)  Abrangência. Seus subtítulos ligam as partes da verdade explorada. e)   Naturalidade. Seguem naturalmente as estrutura proposta pelo autor  bíblico, sem acréscimos, acréscimos, decréscimos ou imposições artif artificiais. iciais.

f)   pontos Limitadas. Um sermão não deve muitas divisões. O modelo de trêsa é o preferido devido a suaterlógica interna. Todavia, se houver necessidade de muitos argumentos, pense na possibilidade de se fazer dois ou mais exposições nesse parágrafo da Palavra. g)  Proporção. Devem evidenciar a mesma proporção utilizada pelo autor  bíblico nas escrituras, ou seguir um padrão homilético equilibrado gastando o mesmo tempo em cada argumento. h)  Atratividade. Construa o argumento de modo a chamar a atenção para a verdade! Agora é o momento de dar forma homilética aos argumentos principais do texto. Faça as seguintes perguntas: 1) Quais as afirmações do texto comprovam o tema? 2) O que especificamente o texto ensina sobre este tema? Exemplo: Salmo 100. Tema: O que é adorar a Deus? Proposição: (AT):  Deus espera que saibamos o que é adorá-lo a fim de experimentarmos e mantermos uma comunhão mais intima com Ele. (ST): Este Salmo, de forma muito poética, declara-nos em 4 afirmações o que é adorar a Deus: Cada verso fornece um argumento principal. I. Adorar é Celebrar ao Senhor. v.1 II. Adorar é Servir ao Senhor. v.2 III. Adorar é Saber que o Senhor é Deus. v.3 IV. Adorar é Render Graças ao Senhor. v.4 49

 Stuart Olyott, Pregação, Pura e Simples, Ed. Fiel, p.73-76.

 

 

47

Os argumentos auxiliares são dados pelas frases secundárias, caso contrário estaremos fazendo um sermão tópico e não expositivo: Um critério útil para direcionar a montagem gráfica da argumentação é seguir o padrão: EXPLICAR-ILUSTRAR-APLICAR . No Salmo 100, por exemplo. O primeiro argumento é: I. Adorar é celebrar com júbilo ao Senhor v.1 a) O que fazer? Celebrar. 1º) explique o sentido da palavra “celebrar ”. 2º) Mostre o significado do verbo no imperativo. 3º) Faça a ligação (correlação) com o contexto dos salmos reais. 4º) ilustre, se necessário. 5º) faça uma aplicação. b) Como celebrar? Com júbilo.

1º) Explique o sentido de júbilo. 2º) Compare com o sentido de outras palavras que têm o sentido de alegria. 3º) ilustre. I Crônicas 29. 4º) Aplique. Como eles jubilaram? Como devemos jubilar? c) A quem celebrar? Ao Senhor.

1º) Explique  o sentido e o uso do título “SENHOR” aplicado a Deus. A expressão é o Tetragrama? (Jeová). 2º) Ilustre  com a postura de personagens bíblicos diante de Deus como “SENHOR”.   “SENHOR”. 3º) Aplique: Exorte à submissão e à dependência. d) Quem deve celebrar? Todas as terras.

1º) Explique  o sentido missionário da expressão “todas as terras”. Faça correlações. 2º) Ilustre ou cite textos missionários apropriados. 3º) Aplique: qual a relação entre adoração e missões na Bíblia? Observe que cada subtópico esclarece o argumento principal e o complementa. Muito mais poderia ser dito sobre adoração, mas a exposição se limita ao que o parágrafo bíblico propõe. p ropõe. Lembre-se de fazer isso com equilíbrio e praticidade a fim de não ficar repetitivo ou redundante. Veja o exemplo do sermão pronto abaixo a fim de entender o que é dito aqui. Terminado esse ponto,  passe para o seguinte usando uma frase de transição. transição. Lembre-se, porém, que o argumento poderá ficar muito bonito, mas mesmo assim não expressar com plena fidelidade o ensino do texto, por isso, confronte-o constantemente com o texto, mudando-o se necessário. Na pregação, fidelidade é mais importante que beleza estética, ou o tempo de duração do sermão.  

 

 

48

 2) A s I lu lust strr ações: As Ilustrações são exemplificações práticas da verdade ensinada no sermão (exposição bíblica). São como as janelas de uma casa; fazem a luz entrar, tornando-a clara. Seu objetivo é associar a ssociar o ensino à prática, mostrar como ele se aplica no dia a dia das pessoas. Como usá-las?

a)   piadinhas Use ilustrações que se e reforçam o ensinofaça-o do texto, e nãoa sem razão de encaixam ser. Se usar de humorismo, de forma reforçar o ensino do texto. “A coisa mais importante em uma ilustração é que esteja em subordinação à mensagem”.50   b)  As ilustrações devem ser claras de forma que seja impossível não compreender o princípio bíblico que ilustram. c)  Breves. Ilustrações longas desviam a atenção dos ouvintes da Palavra de Deus para elas mesmas. d)   Não use muitas ilustrações, pois, poderão tirar a objetividade de sua exposição, confundindo em vez de esclarecendo o entendimento. Seja equilibrado. Exemplo: No interior de Goiás, um pastor usou mais de 30 ilustrações em um só sermão. Um crente em vez de prestar atenção no ensino contou todas elas. e)  Evite ilustrações com exageros. Você ensina a verdade, e não fantasia ou fábulas (II Pd 1.16). Elas devem ser exatas naquilo que afirmam.51  f)  Variedade. Pesquise e aprenda a utilizar formas diferentes de ilustrações.

De onde tirá-las? a) Da própria Bíblia - Muitas verdades são exemplificadas pelos próprios  personagens bíblicos.  b) Dos jornais, revistas, livros que lê; fatos da vida da Igreja (com cautela); experiências pessoais etc. c) Livros de biografias cristãs (missionários e líderes da igreja do passado). d) Manuais de ilustrações.   Exercício: Leia o texto de III JOÃO 5-8 e: (1) Determine um tema e seu FCD para a exposição do texto. (2) Faça um esboço homilético simples do texto, contendo os argumentos  principais e os subtópicos subtópicos extraídos do texto. (3) Escreva uma Proposição para o sermão. (4) Escreva uma conclusão com 3 aplicações. a plicações. (5) Escreva uma frase final impactante para o sermão. 

(5)

 Amado, procedes fielmente naquilo que praticas para com os irmãos, e isto fazes mesmo quando são estrangeiros, (6) os quais, perante a igreja, deram testemunho do teu amor. Bem 7)

farás encaminhando-os em sua jornada por modo digno de Deus; (  pois por causa do Nome 50

 Stuart Olyott, Pregação, Pura e Simples, Ed. Fiel, p. 93. 93 .  Stuart Olyott, Pregação, Pura e Simples, Ed. Fiel, p.98.

51

 

 

49

foi que saíram, nada recebendo dos gentios. (8) Portanto, devemos acolher esses irmãos, para nos tornarmos cooperadores da verdade.

 

 

50

AULA 07 “Respondeu -lhes Jesus: Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus.”   Mateus 22.29 

A COMPOSIÇÃO DO SERMÃO (II)  3) A Conc Conclu lusã são o e a I nt ntrr oduçã ução:

Sãoe aso menores partesédareforçar exposição. O objetivo da Introdução é ganhar a atenção, da conclusão o ensino (resumindo ou recapitulando), desafiando os ouvintes à obediência.

* A Conclusão: Faça as seguintes perguntas ao seu texto: a) Qual ação o texto espera de mim e dos ouvintes da exposição bíblica?  b) O que devemos fazer para que que este ensino aconteça na prát prática? ica? c) Quais as aplicações práticas que posso sugerir aos ouvintes? A conclusão deve ser clara, breve, pessoal, desafiadora, persuasiva e  prática.52  Dizer simplesmente no final da exposição: “_ Que Deus abençoe essa abençoe  essa mensagem” _ significa dizer: “Não tenho a mínima idéia de como vou terminar esta pregação”.53  2. Objetivos das Conclusões Uma das razões por que a conclusão é muito importante é a probabilidade de que os ouvintes se lembrem mais da conclusão do que qualquer outra parte da mensagem. A conclusão é a meta da exposição bíblica, tornando tudo o que foi dito antes tanto claro quanto constrangedor. Isso não quer dizer que a conclusão deva ser uma afirmação bombástica ou a expressão da eloqüência do pregador, mas a expressão da profundidade e do pensamento eficaz, que revela a sinceridade e a tranqüilidade do pregador. Nas palavras de G. Campbell Morgan: “A conclusão precisa concluir, incluir e impedir”,54 ou seja, encerrar a mensagem, o que previamente foi dito eda impedir que haja a possibilidade de se perderincluir as implicações e as conseqüências mensagem. São componentes das conclusões: a)  Recapitulação. Não precisa ser grande, mas uma sentença concisa é mais do que suficiente.  b)  Exortação. O pregador cita pensamento anterior, e emoções do momento, exortando aos ouvintes a procederem de acordo com o impulso da exposição  bíblica. A conclusão não deve tão somente concluir, mas fundamentalmente, MOTIVAR, mobilizar a vontade dos ouvintes a que se conformem aos imperativos de Deus explicitados na exposição do texto das Escrituras. c)  Elevação. A exposição bíblica deve ficar clara na conclusão como algo significante, vital e comovente. Se a mensagem não comove nem o próprio 52

 Veja o tópico –  tópico –  APLICAÇÃO  APLICAÇÃO da aula 05.  Howard Hendricks, Ensinando Para Transformar Vidas , Betânia, p.83. 54  G. Campbell Morgan, citado por Bryan Chapell, Pregação Cristocêntrica, p.266.

53

 

 

51

 pregador, certamente não comoverá c omoverá aos demais. O máximo que ela fará será demonstrar a sua fragilidade. A mensagem deve terminar como um impulso que vai direto à vontade, sendo um apelo ao coração. d)  Terminação. Ao terminar, termine; mesmo que a conclusão não sirva a outros ideais homiléticos, será válida, se fechar a exposição bíblica de forma decisiva.

Tipos de Conclusões. Dois tipos predominam: a)  Estilo imponente. O pregador salienta na escolha das palavras empregadas que a exposição chegou ao seu clímax; resumindo, exortando e terminando a mensagem focalizando a importância da mensagem. Sua vantagem é sua abordagem direta.  b)  Relato de interesse humano. Esse tipo tem a vantagem de envolver os ouvintes como poucos outros métodos conseguem fazê-lo. fazê -lo. Seus perigos são a manipulação das emoções dos ouvintes e digressões do tema central do texto  bíblico. “As conclusões não devem produzir emoções nem evitáevitá-las”.55  Precauções (Sugestões) Quanto às Conclusões. a)  Poesias e citações. A menos que expressem exatamente o objetivo do  pregador, não devem ser freqüentemente escolhidos como conclusão da mensagem, pois transferem a outro a palavra final e podem causar rapidamente a perda do interesse pelos ouvintes.  b)  Notas importantes. Isso quer dizer, concluir positivamente a mensagem. A exposição deve sempre apontar um raio de esperança e uma luz no fim do túnel. “O pregador que abandona uma congregação abatida, desesperada e  pessimista com relação ao seu pecado ou situação fracassou ao pregar. pregar..... Todo sermão desencorajador é um sermão perverso... Um homem desalentado não é uma vantagem, mas um risco”.56  c)  Anticlímax. Chapell afirma que as conclusões funcionam melhor se houver 57

apenas uma mensagem.   Porém, se as ter. aplicações da conclusão se por estenderem por um tempo isso maiorsódoacontece que deveriam d)  Perguntas retóricas. As perguntas retóricas transferem aos ouvintes a consideração das questões levantadas pela mensagem e durante a apresentação da mesma, bem como tendem a tornar o assunto tão geral, que esvaziam a mensagem de seu poder persuasivo. As conclusões devem explicitar o raciocínio do pregador e sua perspicácia em apontar caminhos de aplicação do texto da mensagem. As conclusões e as aplicações revelam a capacidade pastoral do pregador em conduzir o rebanho tanto quanto em alimentá-lo adequadamente.

55

 Bryan Chapell, Pregação Cristocêntrica, ECC, p.270.  Ibid, p.270/71.. 57  Ibid, p.271. 56

 

 

52

e)  Envoltório. Retornar à introdução, com a finalidade de envolver a mensagem num todo único e coerente. Isso comunica destreza, meditação e preparação conscienciosa da mensagem. f)   Preparação profissional . Mais do que apelos veementes as conclusões  precisam ser palavras poderosas que induzem à ação responsiva ao conteúdo da mensagem. Por isso, a última frase a ser dita no fim da exposição bíblica  precisa dispensar atenção especial. Deve ser uma frase vvigorosa, igorosa, que ecoa de um ponto anterior uma da mensagem, ou cunhada de uma para expressão dofundo próprio  bíblico ou mesmo frase simples, penetrar na texto alma dos ouvintes. Ela deve ser clara e distinta, feita para ficar na memória. Assim, é preciso gastar tempo pensando sobre ela. Chapell, lembra que não faz sentido gastar o menor tempo da preparação da exposição naquele aspecto da pregação que detém o maior poder espiritual!58  g)  Finalmente. Discute-se se deva ou não anunciar a conclusão. Contudo, o importante é frisar que se a conclusão foi anunciada, então ela deve concluir e a exposição chegar ao fim.

* A Introdução: É o meio pelo qual ganhamos o direito de sermos ouvidos. Ela deve ser chamativa a ponto de levar o ouvinte a querer saber do texto bíblico as respostas ao tema que propomos expor. Pergunte a si mesmo: a) Como posso propor esse assunto de forma a despertar interesse?  b) Quais os cinco acontecimentos recentes que estão na mente dos ouvintes e que relacionam com o assunto do texto? c) Quais as necessidades dos ouvintes que o texto toca? d) Com qual exemplo bíblico ou histórico poderia introduzir o texto? e) Que frases curtas que eu usar “fisgar ão” ão” a atenção dos ouvintes? ouvintes?   Procure escrever tanto a conclusão como a introdução inteiras, pois são elas que lançarão o texto à vida prática das pessoas. Na introdução, você trás os ouvintes para dentro do texto; na conclusão, você coloca o texto em seus corações, para levá-los consigo para a vida cotidiana, que começa logo após o culto.

Objetivos das Introduções a) Despertar interesse pela mensagem. 

Esperar interesse automático pela exposição é um milagre que não se deve esperar. “na introdução, você precisa adentrar o mundo das pessoas e persuadi-las a acompanhá-lo ao mundo da verdade bíblica, e especificamente, da verdade que é o peso do sermão”. 59 Uma introdução mal preparada desfigura toda a mensagem. A introdução precisa tocar, ainda que em diferentes níveis, no senso da imaginação, admiração, apreciação pelo passado e no temor do futuro, dos insultos e de compaixão dos ouvintes. Segundo, Bryan Chapell, o que torna uma 58

 Ibid, p.273.  Bill Hogan, citado por Bryan Chapell, Pregação Cristocêntrica, p.248.

59

 

 

53

introdução interessante “são os aspectos indicativos de que a mensagem causará impacto na vida dos ouvintes”.60. b)  Apresentar o tema da mensagem.  A função da introdução não é atrair a atenção apenas, mas é atrair a atenção para o tema do texto da exposição  bíblica. c)  Demonstrar interesse pelos ouvintes. A introdução responde á pergunta: “Por que deveria lhe escutar sobre o que  você vai falar?” Isso é importante  porque mentes.a exposição da palavra deverá tocar suas vidas e não somente as suas d)  Preparar para a proposição. A introdução deve ser construída de tal forma que conduza á proposição do tema da exposição. Os elos da corrente  precisam ser relacionados. No fim das contas a introdução deverá ter a seguinte dinâmica:    Provocar interesse.   Apresentar o tema.   Torná-lo pessoal. Indicar os motivos da exposição; o foco das necessidades dos ouvintes e tornar cada ouvinte necessitado de ouvir a mensagem.   Vincular à Escritura.   Fixar a proposição. Se a introdução for inconsistente o corpo da exposição ficará prejudicado. Por uma questão de equilíbrio, proporção e coerência interna da exposição homilética, todos os termos-chave da proposição devem resplandecer na introdução antes de aparecerem na própria proposição.61  2. Tipos de Introduções. a)  Relato de interesse humano. Uma breve história da experiência de uma  pessoa com quem os ouvintes ouvintes são compelidos a identificar-se.  b)  Simples declaração. Declara simplesmente o intento do pregador com a exposição. c)  Declaração assustadora. Pretende sacudir os ouvintes a fim de que prestem atenção. tipo de método não pode ser utilizado toda semana, pois perde o impactoEsse desejado. d)  Pergunta provocativa. Seu objetivo é provocar reflexão. e)  Outras opções. Citações; estatísticas; relatos bíblicos ou casuais; poesias etc. f)   Principais ofensores. Recapitulações históricas e literárias, pois se confundem com a contextualização e quebram o interesse inicial.

3. Precauções em Relação às Introduções. a)  Distinguir a introdução da Escritura.  b)  Aprimorar a introdução do sermão.   Seja breve. A demora pode demonstrar incertezas quanto ao tema e direção que deve tomar a exposição. 60

 Ibid, p.250.  Ibid. p.254.

61

 

 

54   Mantenha-se

no foco.   Seja autêntico.   Seja específico. As melhores introduções começam com o específico em vez de oferecer o óbvio.   Seja profissional. As introduções precisam ser bem preparadas e  planejadas. Por isso isso devem ser escrit escritas. as. 4) F r ases ses de de Tr ansiçã nsi ção o: As transições são frases que visam costurar os componentes do esboço da exposição Bíblica estabelecendo harmonia e progressão entre as partes.

1. Objetivos das Transições As transições têm uma função quádrupla: a)  Estabelecem a relação entre as partes   da exposição; da introdução com o corpo da exposição, e da argumentação com a conclusão. Essa ligação é mais que o estabelecimento de conexões lógicas, pois cria também relações  psicológicas, emocionais e estéticas, harmonizando o ritmo da exposição  bíblica.  b)  Sinalizam o progresso e a direção da exposição aos ouvintes. c)  Associar os tópicos  atuais com a discussão anterior, articulando a boa comunicação da mensagem, evitando que o sermão seja a mera apresentação de blocos separados e desconexos. d)  Uma vez que os ouvintes não podem ver o esboço da exposição, e xposição, as transições mostram aos ouvintes quais pensamentos são importantes , quais os secundários, e como se relacionam entre si. 2. Tipos de Transições a)  Declarações entrelaçadas. Caracterizada por frases do tipo: “Não só..., mas também”, que retorna a comentários precedentes, apontam para a discussão que se inicia e juntam os dois. Exemplos:   “Se isto é verdade, então estas são as implicações...”  implicações...”    Nossa compreensão compreensão não estará completa se não nã o considerarmos também...” também...”     Outras expressões que estabelecem ligação: Entretanto, portanto, consequentemente, não obstante.  b)  Perguntas dialógicas. São diferentes das perguntas retóricas, que deixam as respostas para os próprios ouvintes responderem. As perguntas dialógicas estimulam a discussão posterior. Se o pregador está atento às perguntas que vão surgindo na mente dos ouvintes, e faz essas perguntas em voz alta ao texto no decorrer da exposição, está usando um instrumento retórico eficiente. Cumular a exposição de perguntas que levam os ouvintes para dentro do debate com o texto e o autor bíblico, estimula o interesse na mensagem. Porém, é preciso estar ciente de que, se as perguntas não forem adequadas e as respostas não forem claras, o suposto diálogo se tornará árido e aumentará a desconfiança na capacidade hermenêutica h ermenêutica do pregador.

 

 

55

c)  Enumerar(1,2,3...) e listar (a, b, c...). Embora esse método seja considerado  pouco criativo, orienta os ouvintes quanto aos estágios da exposição e seu  progresso. Deve-se portanto, evitar listar além dos pontos efetivamente  principais, não descendo aos detalhes dos pontos secundários. Chapell chama chama 62 essa atitude de “insensibilidade retórica”.   Evite dizer: “Em terceiro lugar”, se não tiver dito antes do ponto anterior: “Em segundo lugar”.  lugar”.  d)  Pintura de quadro. Uma ilustração isolada também pode agir como uma transição com imagens ou relações dentro da história, com os pontos da exposição, indicando como as seções do esboço se ligam. assuntos suntos. A área de transição e)  A transição da introdução e as subdivisões dos as mais importante dentro da exposição é a que aparece entre a introdução e o início da argumentação, pois função é sinalizar o que vai ser tratado na exposição como um todo. Nesse caso específico, vale o que foi dito sobre a construção da proposição nas seções anteriores. Cada subdivisão deve ser precedida por uma pequena frase de transição que liga os pontos e pontua o progresso e a direção da exposição bíblica.  5) A F i naliz naliza ação do E sbo sboço:

O que você leva para a frente? Tudo escrito, algumas anotações sugestivas  para a lembrança; nada? Depende dos dons e a capacidade de memória memória que Deus te deu associados ao propósito do sermão preparado; e também da ocasião e oportunidades propostos. Deus te orientará a desenvolver o seu próprio estilo de  pregação, o qual com a prática, p rática, associada à observação de outros pregadores, te farão amadurecer. Lembre-se, porém, que seu estilo deve ser submisso ao texto bíblico e serlhe fiel (I Co 4.1). Você poderá escrevê-lo à mão, digitá-lo ou datilografá-lo; poderá usar folhas de cadernos pequenos ou grandes. Isso não diminuirá sua autoridade. O que diminui a autoridade é a infidelidade à Palavra de Deus e ao Senhor que te dá o privilégio a Suabíblica, Palavra.no entanto, precisa ter uma forma que te O esboçodedaensinar exposição ajude ao máximo a repassar o que aprendeu no estudo.

Conclusão As técnicas nunca devem ser aplicadas mecanicamente, mas debaixo de um certo grau de criatividade e inovação. Contudo, Contudo, “nunca faça qualquer coisa sempre”, pense e planeje o que vai falar.  falar.  Por outro lado, Chapell aconselha a lembrarmo-nos de que nenhuma soma de habilidades homiléticas substituirão a operação do Espírito Santo. O que dá verdadeiro êxito à exposição bíblica não se ela tem uma introdução exuberante com uma conclusão eficaz, ornada de suaves transições, mas se ela comunica verdades que transformam. Os sermões só funcionam quando o Espírito Santo 62

 Bryan Chapell, Pregação Cristocêntrica, p.277.

 

 

56

trabalha além da perícia humana aplicando a palavra de Deus ao coração dos ouvintes segundo a vontade e o desígnio de Deus (Is 55). Se nos esquecermos que somos servos e arrogantemente quisermos fazer aparecer nossos nomes por detrás do sucesso de nossos sermões, estaremos forçando a bondade daquele que nos permite o  privilégio da pregação. “Servimos melhor quando não só dependemos do Espírito Santo para capacitar nossas palavras, mas também quando as empregamos com a finalidade de honráhonrá -lo”.63  Eis um modelo gráfico da forma de um esboço: TEXTO: TEMA: INTRODUÇÃO CONTEXTUALIZAÇÃO AFIRMAÇÃO TEOLÓGICA - AT + SENTENÇA DE TRANSIÇÃO

DIVISÕES OU ARGUMENTAÇÃO ARGUMENTAÇÃO  I - 1º Argumento a) Subdivisão  b) Subdivisão II - 2º Argumento a)  b) c)

III - 3º Argumento Ar gumento APLICAÇÕES 1ª 2ª 3ª APELO

CONCLUSÃO

FRASE FINAL

63

 Brian Chapell, Pregação Cristocêntrica, p.280.

 

 

57

Obs: A aplicação e/ou apelo estão inclusos na conclusão como propostas oferecidas aos ouvintes desafiando-os à prática e/ou decisões. -------------------------------------------------------------------------------------------------

Esboço de Exposição Bíblica Pronta  - Salmo 100. Texto Tema “Adoração: O Que é Adorar No Culto”.  INTRODUÇÃO

Ilustração: Um culto multilíngüe comemorativo nos EUA, no final da década de 1980.   As críticas quanto á adoração manifestam: 1) Um Conflito de gerações. 2) A ignorância das Doutrinas Bíblicas. 3) A falta de uma espiritualidade cristã autêntica. 4) A busca da atratividade. Contexto:  O Salmo 100 faz parte do Livro IV do livro dos Salmos. Faz parte dos salmos reais: De 95  –   100, que exaltam a Deus como Rei da terra e do seu povo. PROPOSIÇÃO:  (ST)  Este salmo nos ensina pelo menos quatro princípios básicos e claros da adoração cristã, respondendo-nos a pergunta: (AT) O que é (PC) adorar no culto? I  –  ADORAR  ADORAR É CELEBRAR AO SENHOR V.1 O que é celebrar?

a) Com júbilo.

Ilustração: O filme “O Nome da Rosa”  b) Todas as terras. II  –  ADORAR  ADORAR É SERVIR AO SENHOR V.2: O que é servir? a) Com alegria.  b) Com cântico. Ilustração: A Reforma do século XVI reintroduziu na liturgia da Igreja o canto congregacional. III  –  ADORAR  ADORAR É SABER QUE O SENHOR É DEUS. V.3 a) Ele é Deus. 1) Pessoal - tem personalidade própria 2) Espiritual - transcendente. 3) Santo - não habita com o pecado.  b) Ele nos fez. c) Pertencemos a Ele. 1º) Somos o seu povo. 2º) Somos o seu rebanho.

IV  –  ADORAR  ADORAR É BENDIZER O NOME DO SENHOR V.4 “Bendizer” significa... Como elogiamos a Deus? a) Com ações de graça.  b) Hinos de louvor.   Falta de senso crítico.   Ênfase no “Show”.   Ou na solenidade “Escocesa”. c) Render graças e bendizer o nome. CONCLUSÃO: Qual a conclusão a que o salmo nos leva? 1º) é bom. dura para sempre. 2º) Adoramos Adoramos porque porque oa Senhor sua misericórdia 3º) Adoramos porque Ele é fiel. APLICAÇÕES:

 

 

58

1) O centro do culto é Deus.  2) A expressão firme da alegria no canto é diretamente proporcional à intimidade que temos com Deus. -------------------------------------------------------------------------------------------------

Exposição Bíblica Pronta Texto Salmo 100. Tema -- Ad  A dor ação çã o: O Que é A dor ar N o C ulto. ulto.  Autor e data: Rev. Hélio O. Silva = Uruaçu-GO = 13/10/199 13/10/1991. 1. -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

INTRODUÇÃO

Ilustração:  Um pastor brasileiro contou-nos certa vez uma experiência que viveu em um culto multilíngue comemorativo nos EUA, no final da década de 1980.   A entrada das delegações das Igrejas do 1º Mundo foi marcada por muita formalidade e solenidade ao som de um sonoro órgão de tubos.   As delegações das igrejas do 3º mundo, diferentemente, foram marcadas por informalidade e alegria, ao som de rufantes tambores africanos.  Nesse culto, as duas coisas, formalidade e informalidade, uniram-se para formar a beleza da adoração cristã naquele evento.  Nenhuma das delegações fez nada de errado, pois suas práticas de culto encontravam apoio nas Escrituras. Uma pergunta que precisamos levantar sinceramente é a seguinte: Quais os motivos que nos levam a adorar na n a realidade? Constatamos que existem muitas dificuldades na forma como entendemos o culto cristão e suas implicações para a nossa vida cotidiana.   As críticas geralmente levantadas entre nós manifestam: 1º) Um Conflito de gerações.  Jovens e adultos querendo que a sua forma de cultuar tenha hegemonia, evidenciando no corpo de Cristo uma tremenda falta de comunhão. Será que há lugar para as crianças adorarem também no culto público? Alguém se pergunta: Para quem é o culto? 2º) A ignorância das Doutrinas Bíblicas. O que a Bíblia diz e ensina muitas vezes é trocado t rocado pelo “eu penso e eu acho...”. Muitos já compraram o seu achômetro e o antenaram com as últimas novidades da moda musical e litúrgica evangélica. 3º) Afalta de uma espiritualidade cristã autêntica.    Piedade.   Intimidade com Deus.   Temor. 4º)  Uma outra questão melindrosa, mas não menos importante, é a busca da atratividade, que visa fazer do culto uma experiência mais que agradável, mas simplesmente fantástica, do crente com Deus; correndo-se o perigoso risco de transformar o culto em SHOW. Um show é mostrar o que somos capazes de fazer. A atenção se move de Deus para os homens. Será que Deus é realmente cultuado? Ou será que os cristãos cultuam-se a si mesmos quando procedem assim? Paulo sustenta em Efésios 2.18, que a liberdade para adorar a Deus vem da inclusão do  pecador perdoado no corpo de Cristo, fora do qual sua experiência de adoração é incompleta.  Não insuficiente, mas verdadeiramente incompleta. Adoração é o mover grato e reconhecido reconhecido do pecador em direção ao Deus que o fez viver quando devia morrer. A adoração nos leva na direção de Deus e não o contrário.

 

 

59

Adoração autêntica, segundo a Bíblia, nasce da experiência da Justificação do  pecador, pela obra maravilhosa de Cristo na Cruz. Ela vem da obediência simples aos imperativos de Deus na Bíblia.

Contexto:  Alguns desses imperativos divinos são encontrados nesse salmo. O Salmo 100 faz  parte do Livro IV do livro dos Salmos. Está entre os salmos reais: De 95 a 100, que exaltam a Deus como Rei da terra e do seu povo.  Ele é o grande rei acima de todos os deuses (Sl 95.3).    Glória e majestade estão diante dele, que reina e julga

as nações (Sl 96.6, 10).   O seu reinado é a alegria da terra, mas especialmente dos justos (Sl 97.1,12).   Devemos celebrar com júbilo ao Senhor porque ele vem julgar a terra com justiça e eqüidade. Ele é o altíssimo sobre toda a terra (Sl 98).   Ele reina, tremam os povos, porque ele é o rei poderoso que ama a justiça e a executa com eqüidade (Sl 99.1, 4).   Devemos servi-lo com alegria, porque, além de ser justo, é bom, misericordioso e fiel ás suas promessas (Sl 100).

Proposição:  Este salmo nos ensina pelo menos quatro princípios básicos e claros da adoração cristã, respondendo-nos respondendo-nos a pergunta: O que é adorar a Deus no culto? A primeira verdade ensinada no texto é: I - ADORAR É CELEBRAR AO SENHOR V.1

a) O que é celebrar? Celebrar é comemorar com explosões de louvor a pessoa e a obra de Deus. É um grito de homenagem para o único rei verdadeiro. O Salmo 95.1 nos convoca a demonstrarmos toda alegria que a confiança em Deus produz em nossos corações. Devemos celebrar com júbilo ao Senhor porque ele é o rei vitorioso que vem julgar a terra com justiça j ustiça e eqüidade (Sl 98.4-9). Portanto, como devemos adorar?  b) Com júbilo. A expressão “júbilo” aponta para uma alegria intensa. O alvo dessa alegria é o próprio Deus! Notem que a celebração é voltada para Deus, que é o Senhor. A celebração só tem razão de ser função de quem Deus e faz. EleDeus é o SENHOR e ele governa com justiça. Deus é a em fonte da nossa alegria. Eleénão é um triste Ilustração:  O filme “O Nome da Rosa” gira em torno de um tema intrigante. A proibição do riso vinha do entendimento que Deus é sério e compenetrado, e que por isso rejeita o riso na sua presença. O foco do filme é bem exemplificado no debate entre o Frei William e o Frei Jorge sobre a utilidade do riso para a fé. Cremos que não há conflito entre fé e razão, mas que as duas atuam nas suas esferas complementarmente, pois se não fosse assim, não haveria razão de estar escrito nas Escrituras palavras como as de Neemias 8.10: “A alegria do Senhor é a vossa força”. O mundo faz festas para ver se encontra alegria. A igreja faz festas porque Deus é a sua alegria! Quem deve celebrar a Deus? c) Todas as terras. Essa expressão significa todas as nações do mundo. Essa é, portanto, uma expressão missionária, pois o nome de Deus precisa ser adorado por todas as nações, e em todas as nações.

 

 

60

O Salmo 67.1,2 nos lembra que quando Deus abençoa o seu povo, este povo o faz conhecido entre os povos. A segunda verdade ensinada no texto é: II - ADORAR É SERVIR AO SENHOR V.2:

a) O que é servir? Servir é o exercício de funçõ funções es obrigatórias obrigatórias,, e não remuneradas. Servir é para escravos (Deussalvação! é Senhor).Paulo Quando Cristo morreu nós na que cruz,uma Elevez estava  preço da nossa argumenta em II Copor 5.14-17, que PAGANDO pertencemos oa Ele, devemos viver para ele. O mesmo Ele o faz em Romanos 6. Logo, culto não é opção, é obrigação e necessidade de todo aquele que foi REMIDO  por Deus em Cristo. Cristo. 1º) Obrigação.

Porque o Salmo 29.1,2 fala que devemos “Tributar a glória devida” a Deus. Adoração e louvor são devidos a Deus. São coisas que não podemos deixar parar depois. Adorar não é fazer um “favorzinho” para Deus se der tempo, mas é o cumprimento de nossas obrigações como seus servos que somos. 2º) Necessidade.

Porque o Salmo 42.2, afirma que nossa alma tem sede de Deus, do Deus vivo das Escrituras.

 b) Com alegria.

Assim como a celebração, o serviço também deve refletir a nossa alegria. A pergunta lógica e necessária de ser feita é a seguinte: Como é possível servirmos como escravos e ainda assim sermos alegres? É só lembrar que o nosso Senhor não é mau, mas bondoso, misericordioso e fiel (v.5). Quando conhecemos a bondade de Deus temos prazer em serví-lo.

c) Com cântico.

O Cântico é uma das principais expressões de alegria na Bíblia. A palavra hebraica demonstra firmeza na voz. (quando o cântico não é firme é porque não há alegria em Deus). Vozes tristes não têm firmeza fir meza quando cantam. A servidão do Senhor é melhor que a servidão do mundo, pois é uma servidão libertadora e que cura. Ilustração:  A Reforma do século XVI reintroduziu na liturgia da Igreja o canto congregacional. Redescobriu-se a alegria de todos cantarem juntos a Deus mais uma vez. congregacional. Outra verdade relacionada ao cântico na adoração é o que está no Salmo 98.4-6. Devemos celebrar com júbilo, e o nosso júbilo faz uso de muitos tipos diferentes de instrumentos musicais. Harpa, trombetas, buzinas. O objetivo do uso desses instrumentos é exultar perante o Senhor, que é rei, e celebrar a sua justiça, que fez notória a sua salvação  perante os povos ((Sl Sl 98.2). Não usar deses instru instrumentos, mentos, por escolha própria, pode implicar em desobediência a Deus, e não em obediência a ele, pois o seu uso como parte da celebração também é imperativo, pois os dois textos dizem: CELEBRAI! A terceira verdade é: III - ADORAR É SABER QUE O SENHOR É DEUS. V.3

a) Ele é Deus. “Saber” significa ter a consciência de que adoramos a um Deus que conhecemos e  podemos continuar continuar a conhecer. Nós o conhecemos conhecemos pelos seu seuss atributos pessoais comun comunicáveis icáveis (Amor, bondade, verdade etc). Nós o conhecemos por sua revelação pessoal na encarnação e vida de Jesus Cristo.

 

 

61

Adoramos a um Deus que é: 1) Pessoal - tem personalidade própria 2) Espiritual - transcendente. 3) Santo - não habita com o pecado.

b) Ele nos fez.  Nós adoramos ao nosso criador. Atos 17.26,28 nos ensina que fomos criados à imagem e semelhança de Deus. Deus nos criou para o adorarmos e nos alegrarmos nele para  Breve Catecismo de Westminster ). Portanto, nosso culto deve estar semprede(Pergunta cheio gratidão. nº1 do

c) Pertencemos a Ele. 1º) Somos o seu povo.

Deus livrou a Israel do Egito para ser o seu povo. “Vós sereis o meu povo e Eu serei o vosso Deus” é a frase que estabeleceu a aliança, o pacto com Deus. A Igreja é o povo de Deus, livre do pecado para viver proclamando a sua s ua maravilhosa graça e luz (1 Pe 2.9,10). 2º) Somos o seu rebanho.

Sua relação conosco é a do pastor com as suas ovelhas. Deus cuida de nós, por isso o adoramos em amor. Ele nos ouve e nos acode (Sl 40.1-6). Ele nos guia e protege (Sl 23). Em João 10, o Senhor Jesus nos ensina que as ovelhas conhecem a voz do bom pastor e o seguem. Ele deu a sua vida por nós, suas ovelhas. A quarta e última verdade é: IV - ADORAR É BENDIZER O SEU NOME V.4

a) O que é bendizer? “Bendizer” significa elogiar, glorificar, dar louvor. (reconhecer o seu valor próprio). valor  próprio). Como elogiamos a Deus?

 b) Com ações de graça.

 Nosso culto de adoração deve ser cheio de gratidão. Efésios 5.4 mostra que a gratidão é uma das marcas da santidade. Gratidão produz alegria e não tristeza. Nossos lábios devem ser cheios de palavras que transmitam tr ansmitam graça ou gratidão (Ef. 4.29). Nossos cânticos devem ser repletos de gratidão, tanto nas suas próprias letras como na atitude com que os cantamos para Deus.

c) Com Hinos de louvor.

O salmista fala de hinos que engrandeçam o nome de Deus. Creio que o grande problema da música na Igreja tem a ver com o fato de que nossos compositores têm feito canções que vendem e que falam aos corações dos homens, mas não falam nada de Deus ou para Deus. Vejam só as letras: “A minha fé é assim”; “o crente que or a tem poder...” Ou em estilos parecidos. Onde estão os salmos de louvor? louvor?      Falta de senso crítico. Os critérios que as equipes de louvor usam na escolha da música nem sempre são baseados na verdade da Palavra, mas no carismatismo do cantor; no  balanço da melodia; ou na capacidade de expressar um jargão da época. Numa época é “Deus é 10” e na outra é “Eu quero é Deus”.  Deus”.      Ênfase no “Show” ou na  solenidade “Escocesa”. Precisamos buscar músicas que nos levem à presença de Deus e não que o desagradem (músicas que não passam de estereótipos de uma época). Show ou conservadorismo podem desagradar a Deus se o que se busca é um estilo que nos agrade e não a Deus. Temos de reconhecer que muitas vezes queremos impor sobre Deus os nossos gostos musicais sem perguntar o que ele acha. Você

 

 

62  já leu Amós 5.21-23. O v.21 diz que tanto as festas quanto quanto as assembléias solenes de Israel Israel o desagradavam. desagradavam. Por que? Porque não havia justiça na vida dos adoradores! (v.24).

d) Render graças e bendizer o nome.

Apresentar a nossa gratidão de forma cúltica é como uma rendição, aceitar a vitória de Deus nas nossas vidas. No final, sabemos que Deus venceu por isso nós vencemos e venceremos no futuro. Por que bendizer. O Salmo 96.1-5 diz que é porque o seu nome é excelso, ou seja, está acima de tudo. O Senhor é grande, mas os deuses não passam de ídolos!

CONCLUSÃO (v. 5): Qual a conclusão a que chegamos? Quais são as razões que nos levam a cultuar a Deus com louvor? O verso 5 nos responde prontamente a essa pergunta: 1º) Adoramos porque o Senhor é bom. Ele tem nos abençoado (Ef. 1.3). Deus gosta de nos presentear como um pai que ama os seus filhos (Lc 11). 2º) Adoramos porque a sua misericórdia dura para sempre. Deus é misericordioso. Ele tem perdoado os nossos pecados constantemente e eternamente. Pois nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus (Rm 8.1). Deus nos livrou definitivamente do inferno e do Lago de Fogo! Aleluia! 3º) Adoramos porque Ele é fiel. Deus é leal para conosco. Cumpre todas as suas promessas. Por isso precisamos aprender a sermos fiéis a Ele também. APLICAÇÃO: 1) O centro do culto é Deus.   O centro da alegria no culto também é, quando buscamos alegria em nós mesmos, tornamo-nos vazios da alegria de Deus, que é a única verdadeira. 2) A expressão firme da alegria no canto é diretamente proporcional à intimidade que temos com Deus. A vergonha da voz, o medo de errar e a timidez podem ser vencidos pelo desejo de adorar com todo o coração. Sem contar que sempre podemos aprender a melhorar a nossa voz, acompanhando a quem tem um timbre de voz melhor que o nosso, ou nos matriculando em aulas Senhorde(Slcanto. 33.3).Isso é algo bom, se o nosso desejo for “tanger com arte e com júbilo” ao

Frase final: O segredo da adoração que agrada a Deus é a obediência que encontra a sua alegria nas ações de Deus a nosso favor. Elas mudaram e continuam mudando o rumo de nossas vidas.

 

 

63

AULA 08:  “Prega a Palavra, insta, quer seja oportuno, quer não,  corrige, repreende, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina.” II TM 4. 2-4 

PLANEJAMENTO DE EXPOSIÇÕES BÍBLICAS EM SÉRIE PARA A IGREJA. 1.  Um . Por exemplo: Planejar Esquemas diferentes Para situações diferentes programa de exposição sistemática das Escrituras para pelo menos uma das reuniões da semana. Outra reunião para preleções doutrinárias (Teologia Sistemática) e uma série especial e diferenciada mais curta de exposições bíblicas para o domingo à noite. 2.  Fazer uso do calendário eclesiástico anual  (Páscoa, Pentecostes, Natal e fim de ano), incluindo as datas históricas da denominação (aniversário da igreja, fundação da igreja local, conferência missionária etc). 3.  Explorar o Planejamento pastoral da Igreja Local. a) Considerar a freqüência aos cultos como padrão de sua pregação (o culto de Ceia, as datas comemorativas etc).  b) Um planejamento pastoral que seja didático e administrativo. O alvo  principal é levar o povo de Deus a obedecer à Palavra de Deus. 4.  Equilibrar O Antigo Testamento com o Novo Testamento. Quando há dois cultos por domingo. Se pregar no Antigo Testamento de manhã,  pregar no Novo Testamento à noite. Exemplo:  Anunciando Todo o  Desígnio  e  Encontros com Deus no Antigo Testamento e Encontros com  Deus no Novo Testamento.

5.  Equilibrar Teologia Bíblica com Teologia Sistemática. 6.  Imitar Bons Expositores Contemporâneos: John Stott, Russel Shedd, Augustus Nicodemus, Mauro Meister etc.  Exemplos práticos: I.  SÉRIES QUE SEGUEM O PADRÃO DO PRÓPRIO LIVRO BÍBLICO Aprender a pensar em parágrafos para a exposição bíblica é muito importante. A própria estrutura gramatical e semântica do texto serve de base  para a formulação de exposições bíblicas em série. Por exemplo: Efésios.   Na segunda parte da epístola aos Efésios, Paulo aplicará todo o ensino a respeito da igreja apresentado nos capítulos 1 a 3. Fica claro que os relacionamentos dos cristãos receberam um impacto transformador:  Com os irmãos (4.1-16), com o mundo (4.17-5.21),  Com o cônjuge (5.22-33),

 

 

64

 Com

os filhos (6.1-4),  Com patrões e empregados (6.5-9)  E com o mundo espiritual (6.10-20). Cada parágrafo pode ser preparado para a exposição em série. Tomando por base somente os versos 10-20 do capítulo 6, pode-se  preparar uma série de exposições sobre a batalha batalha espiritual: (1) A Batalha Espiritual (6.10-12). (2) A Armadura de Deus (6.13-18). (3) Oração Para Vencer na Luta Espiritual (6.18-20). Os versos que tratam da armadura de Deus podem ser trabalhados de forma ainda mais abrangente subdividindo em duas ou três exposições bíblicas; agrupando os elementos da armadura de dois em dois ou três em três: (1) O Cinto da Verdade e a Couraça da Justiça v.14. (2) As Sandálias do Evangelho e o Escudo da Fé v. 15,16. (3) O Capacete da Salvação e a Espada do Espírito v.17. Uma série de exposições bíblicas sobre a espiritualidade cristã em Gálatas 5  e 6 não tomaria mais que dois meses no culto dominical, vacinando os ouvintes contra o excesso de misticismo que reina nas igrejas, além de mostrar a simplicidade da espiritualidade cristã. 1.  5.13-15 = Liberdade Cristã e Espiritualidade. Espiritualidade. 2.  5.16-6.10 = O Espírito Santo e Espiritualidade Cristã: Sete Afirmações da Conduta Cristã. 3.  5.16-18,24 = Espiritualidade Cristã: Uma Batalha Contra a Carne. 4.  5.19-21 = Obstáculos à Espiritualidade: As Obras da Carne. 5.  5.22,23 = A Natureza do Fruto F ruto do Espírito (Exposição introdutór introdutória). ia). 6.  5.22,23 = O Fruto do Espírito: Sinal de Maturidade Espiritual (2ª exposição). 7.  5.24-26 = A Regra do Espírito: O Caminho Cristão da Vitória. 8.  5.25-6.10 = A Regra do Espírito: Uma Nova Espiritual Espiritualidade. idade. Uma simultaneamente exposição de Apocalipse   no culto do meio ser organizada com exposições pastorais das de setesemana cartas àspode igrejas da Ásia Menor no culto de domingo à noite. Seguindo a estrutura do “paralelismo progressivo” segundo é apresentado no livro  Mais Que 64 Vencedores, de Willian Hendriksen,  cada bloco pode ser preparado para uma exposição mais abrangente, ou cada capítulo exposto dentro do padrão triplo do  paralelismo. A exposição das cartas no domingo certamente despertará o interesse pela  presença no culto do meio de semana. Organizando uma série de 9 exposições  para o domingo, 2 no capítulo 1 e uma para cada carta, é possív possível el percorrer todo o livro em no máximo 5 meses. Ao terminar a exposição das cartas, o conteúdo da exposição do restante do livro já estaria bem mais avançado.

64

 W4illian Hendriksen, Mais Que Vencedores, Editora Cultura Cristã, 1ª ed., 1987.

 

 

65

DOMINGO 1 1.1-8 = Apocalipse: Revelação da Sob Soberania erania de Jesus Cristo 2 1.9-20 = A Apocalipse: pocalipse: O Cuidado de Jesus Cristo Por Suas Igrejas 3 2.1-7 = Éfeso: De Volta ao Primeiro Amor 5 2.8-11 = Esmirna: A Riqueza da Fé 6 2.18-29 = Tiatira: Disciplina Pa Para ra Proteger o Testemunho 7 3.1-6 = Sardes: Uma Igreja Sem Luz! 8 3.7-13 = Filadélfia: Pequena, Mas Fiel.

QUARTA* 10 e 11 Introdução ao Paralelismo Progressivo em Apocalipse 12 a 15 Ap 4-7 = Os Sete Selos 16 a 18 Ap 8-11 = As Sete trombetas 19 a 21 Ap 12-14 = Cristo X O Dragão 22 e 23 Ap 15 e 16 = A Ass S Sete ete Taças 24 a 26 Ap 17-19 = A Queda do Dragão 27 a 29 Ap 20-22 = O Triunfo Final de Cristo e Sua Igreja

9 3.14-22 = Laodicéia: É Preciso Recuperar o Zelo

Um Modelo aplicado a I Coríntios:  Texto 1 2 3 4 5

1.1-3 1.4-9 1.10-17 1.18-31 2.1-5

67 8 9 1 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

2.6-16 3.1-11 3.10-17 3.18-4.21 5 6.1-11 6.12-20 7 8 9 10.1-13 10.14-22 10.23-11.1 11.2-16 11.17-22 11.23-32 12.1-11 12.8,9 12.9 12.10,11

26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37

12.12-27 12.28-31 13 14.1 14.2-12 14.13-19 14.26-35 14.36-40 15.1-19 15.20-34 15.35-49 15.50-58

Tema Proposto Os Motivos da Epístola: Santificados Para Viver em Santidade A Atuação da Graça Enfrentando o Problema do Partidarismo A palavra da Cruz: O Paradoxo da Salvação A Natureza da Proclamação do Evangelho O Evangelho: Uma Sabedoria Superior Princípios de Crescimento Sadio Para a Igreja Elementos de Um Serviço Cristão Responsável A Humildade Como Requisito Básico da Pregação do Evangelho Disciplina e Exclusão O Litígio Entre Irmãos A Santidade do Corpo Instruções Sobre A Sexualidade Cristã. Liberdade Limitada Pelo Amor Exemplo de Conduta Que Glorifica o Evangelho Quando a Liberdade se Torna Uma Nova Escravidão O Real Significado da Idolatria Edificando Uma Consciência Tranqüila Fortalecendo a Comunhão O Uso do Véu: Modéstia e Submissão no Culto A Celebração da Ceia: O Melhor Transformado em Pior A Ceia do Senhor: Sacramento da Santidade e da Comunhão A Centralidade do Espírito Santo na Manifestação dos Dons Os Dons Espirituais I (Sabedoria, Conhecimento e Fé) Dons de Curar Os dons Espirituais II (Operação de Milagres, Profecia, Discernimento de Espíritos, Línguas e Interpretação das Línguas). Unidade e Diversidade na Igreja A Aplicação da diversidade Quanto Aos Dons na Vida da Igreja O Amor é o Caminho Superior das Experiências Espirituais Definindo a Profecia Dando Prioridade ao Que Edifica mais A Dificuldade das Línguas no Culto Tudo No Seu Devido Lugar Lugar –   –  Línguas,  Línguas, Profecia e Revelação A Superioridade das Escrituras Sobre as Manifestações Espirituais As Provas da Ressurreição A Ressurreição e o Reino de Deus A Natureza do Corpo Ressurreto A Transformação dos Vivos e a Vitória Final Sobre a Morte

 

  38

66 16

Conclusão: Pessoas e Projetos (A Obra Continua).

II. SEGUINDO UM CRITÉRIO TEMÁTICO. 1. A Unidade da igreja, (1) João 17 = Para Que Todos sejam Um. (2) Efésios 4.1-6 = Preservando A Unidade do Espírito. (3) Filipenses Efésios 4.7-16 À Unidade do Espírito. (4) 2.1-4= =Chegando Aprendendo a Ser Um.

2. Preparar a Igreja para uma Conferência Missionária ou educar uma congregação recém formada a ter compromisso missionário: (1) João 17 = Como o Pai me Enviou, Eu Também Vos Envio. (2) Atos 1.8 = A Dinâmica Missionária do Espírito Santo. (3) Atos 13.1-4 = Igreja Local e Missões. (4) Filipenses 4.10-20 = Igreja Local e Sustento dos Missionários. 3. Eleições: (1) Êxodo 18.21 = O Caráter dos Homens Públicos. (2) Juízes 9.1-21 = Os Políticos e Suas Campanhas (3) 2 Crônicas Crônicas 1 = O Cristão e seu Envolvimento Político. (4) Romanos 13.1-7 = Obediência À Autoridades Civis. Ou ainda uma quinta exposição de 2 Reis 5: A Relação Igreja-Estado no Episódio Naamã/Eliseu. 4. Reuniões de Oração: Uma exposição devocional sobre o Pai Nosso 1.  A Pessoa do Pai (6.9). 2.  A vontade do Pai (6.10). 3.  A Provisão do Pai (6.11). 4.  O Perdão do Pai (6.12). 5.  A Proteção do Pai (6.13). 6.  Nossa Obediência ao Pai (6.14,15). (6.14,15). Uma palavra final 1.  Embora a série aborde progressivamente  um dado assunto, cada exposição em particular precisa ser completa em si mesma. Dê a devida atenção ao contexto. 2.  Toda série de exposições precisa ser elaborada debaixo de um critério pastoral, que visa falar às necessidades imediatas dos ouvintes, mas que também visa educá-los para compromissos com Deus a curto, a médio e a longo prazo.

3.  Cada exposição bíblica deve exortar, consolar e edificar os ouvintes (1 Co 14.3).

 

 

67

4.  Seja flexível, mas não seja relaxado! Em algumas ocasiões poderá ser necessário fazer uma pausa na série expositiva para atender a uma necessidade urgente. Em uma igreja local o pastor estava expondo o evangelho de Marcos quando um acidente grave causou a morte de uma filha de um presbítero da igreja na madrugada do domingo. O pastor expôs Apocalipse 4 no culto fúnebre no domingo pela manhã e substituiu Marcos por uma exposição sobre a morte de Lázaro em João 11. Foi uma experiência decidamente consoladora para a família e para a igreja e uma sábia decisão do pastor. No domingo seguinte retomou a seqüência da exposição de Marcos. CONCLUSÃO: 1.  O expositor bíblico não pode ser escravo do seu tempo , mas manter sua mente cativa às Escrituras. Sua tarefa não é agradar a modismos teológicos e ideologias, mas, como fiel despenseiro e arauto, anunciar a vontade de Deus à pessoas. 2.  O expositor bíblico trabalha de forma organizada, assim como o texto  bíblico é organizado por Deus. Desorganização leva a desorganização, mas o oposto também é verdadeiro. Se o líder cristão tem o texto bíblico como critério de conduta e pregação, a igreja aprenderá a fazer o mesmo. 3.  O expositor bíblico deve estar consciente da importância e das vantagens da exposição bíblica, e assim deve se dispor a pagar o preço de ser um bom exemplo para os demais pregadores; não pela arrogância e soberba, mas pela submissão e dependência ao que Deus lhe falou nas Escrituras. 4.  O expositor bíblico tem como sua característica principal, não a criatividade, mas a fidelidade à Palavra. Expor as Escrituras não é um espetáculo, muito menos um drama, exposição simplesdos e cristalina Cristo crucificado e ressurreto, até sermas ele agerado no coração ouvintes do da  pregação cristã no culto culto (Gl 3.1 e 4.19). 4.19). Quem assim procede, será bom ministro de Cristo, é a promessa de Deus!

 

 

68

AULA 09:  “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres.. II Tm 4.16

RECOMENDAÇÕES PASTORAIS Entregar um sermão ou fazer uma exposição bíblica não é falar à frente da Igreja ou de pessoas somente. Envolve também a sua consagração pessoal,  postura, tom de voz e gestual. Portanto, aceite aceite essas recomendações: recomendações: 1ª) Não negligencie a oração e a comunhão com Deus. Sem elas, a semente será lançada, porém, não haverá chuva para p ara fertilizá-la. 2ª)  Tome uma postura discreta, que possibilite chamar a atenção mais ao que você fala do que para você mesmo. Paulo diz que o exercício físico é pouco  proveitoso, mas a piedade é muito proveitosa (I (I Timóteo). 3ª) Demonstre respeito. Pelo texto e pelos ouvintes. A forma como manuseia a Bíblia diante de outros; as palavras que usa no linguajar demonstram isso. 4ª)  Não se justifique quanto quanto à sua mensagem (“_eu não estudei direito; vocês sabem que eu não sei nada; eu não tive tempo” etc.) Fale com convicção o que você aprendeu. Você está falando a verdade de Deus que precisa ser ouvida e obedecida, não ser que não bom creiauso no que aprendeu do texto!o tom e a velocidade 5ª) Procureaaprender a fazer de sua voz, variando de acordo como ritmo do próprio texto e da emoção que Ele (o texto) produz em você (isso é obra do Espírito Santo). Um mesmo tom de voz causa desinteresse. 6ª) Gesticule, porém, faça-o de forma a auxiliá-lo na exposição e te dar maior liberdade de expressão do conteúdo do texto. Seja natural e não um exibicionista. Procure sempre o equilíbrio. 7ª) Seja organizado. Assim as pessoas perceberão que o estudo da Bíblia é algo que realmente vale a pena, e você demonstrará respeito para com as coisas de Deus. 8ª)  Confie na direção de Deus. Você não está falando de coisas puramente humanas, mas das verdades eternas de Deus, o seu PAI celestial, seu Salvador amado, seu Supremo Pastor. 9ª) Seja fiel, o resto está nas mãos de Deus. 10ª) Guarde na lembrança: I Tm 4.6-16 e I Co 3.4-9. Medite nesses textos, e trabalhe com diligência.

 

 

69

AULA 10 Homilética Para Professores de Crianças  Não existe muita diferença entre preparar uma lição bíblica e fazer uma exposição Bíblica (ou sermão).   Ambos trabalham com o texto bíblico.   Ambos devem ser fiéis ao que está escrito na Bíblia. A diferença básica é o auditório (crianças), a linguagem (simples) e o tempo (menor). O maior erro dos professores de crianças é sua total dependência da história pronta do autor utilizado. Algumas dicas são úteis sempre: 1. Confira com a Bíblia tudo que o autor da história bíblica escreveu. 2. Procure contar a história pela Bíblia e não o contrário. 3. Conte a história seguindo um esboço homilético do texto bíblico da lição. Ops: Esboço homilético? O que é isso?! Vamos ver um pouco sobre isso: Preparando um esboço homilético: O esboço homilético é o esqueleto da passagem bíblica, é a estrutura de sustentação da história harmônica. bíblica, queEsse guarda emdeve: si o movimento das idéias do texto e sua distribuição esboço   Mostrar as idéias do texto na ordem em que elas aparecem (seqüência).   Por em relevo as principais idéias do texto naturalmente (visual).   Demonstrar o conteúdo real do texto, sem qualquer interpretação ou adornos. Exemplo: Salmo 100. Tema: Adoração. O que o texto fala exatamente sobre o tema da adoração? O QUE É ADORAÇÃO? SALMO 100 >>Salmo de ações de graças>> (1) Celebrai com júbilo ao SENHOR, todas as terras. (2) Servi ao SENHOR com alegria, apresentai-vos diante dele com cântico. (3) Sabei que o SENHOR é Deus; foi ele quem nos fez, e dele somos; somos o seu povo e rebanho do seu pastoreio. (4) Entrai por suas portas com ações de graças e nos seus átrios, com hinos de louvor; rendei-lhe graças e bendizei-lhe o nome. (5) Porque o SENHOR é bom, a sua misericórdia dura para sempre, e, de geração em geração, a sua fidelidade. Fase 1: Destacar as classes gramaticais (verbos principais, substantivos e adjetivos, preposições e conjunções). Salmo 100 (1) Celebrai com júbilo ao SENHOR, todas as terras. (2) Servi ao SENHOR SENHOR  com alegria, apresentai-vos diante dele com cântico. (3) Sabei que o SENHOR é Deus; foi ele quem nos fez, e dele somos;

somos o seu povo e rebanho do seu pastoreio. (4)  Entrai por suas portas com ações de graças e nos seus átrios, com hinos de louvor;

rendei-lhe graças e bendizei-lhe o nome. (5) Porque o SENHOR é bom, a sua misericórdia dura para sempre,

 

 

70

e, de geração em geração, a sua fidelidade. Fase 2: Separar as frases principais das subordinadas. subordinadas. Use as perguntas dialógicas: Quem? O que? Como? Quando? Por Quê? Onde? Salmo 100 (6) Celebrai (o que fazer?)

com júbilo (como celebrar?) ao SENHOR, (a (quem quem celebrar?) todas as terras. deve celebrar?) (7) Servi

ao SENHOR com alegria, apresentai-vos diante dele com cântico. (8) Sabei que o SENHOR é Deus; foi ele quem nos fez, e dele somos; somos o seu povo e rebanho do seu pastoreio. (9) Entrai por suas portas com ações de graças e nos seus átrios, com hinos de louvor; rendei-lhe graças e bendizei-lhe o nome. (10) Porque  o SENHOR é bom, a sua misericórdia dura para sempre, e, de geração em geração, a sua fidelidade. Fase 3: Pré-esboço homilético: FRASES PRINCIPA PRINCIPAIS IS I - Celebrai ao Senhor V.1 II - Servi ao Senhor V.2 III - Sabei que o Senhor é Deus V.3

IV - Rendei-lhe graças V.4

Conclusão - Porque (uma explicação)

FRASES SUBORDINADAS a. Com Júbilo. (como?).  b. Todas as as Terras (quem?). a. Com alegria (como?).  b. Com cântico (como?). a. Ele nos fez (Criador)  b. Dele somos somos (Senhor –  (Senhor –  pertencemos  pertencemos a Ele). c. Somos o seu povo (Rei). d. Rebanho do seu pastoreio (Pastor) a. Entrar por suas portas (onde?)  b. Com ações ações de graças (como?) c. Apresentar-se diante dele (o que?). d. Com hinos de louvor –  louvor –  Nos  Nos seus átrios (como? Onde?). e. Bendizei-lhe o nome (o que?) d.  O Senhor é bom.

 

 

71

(por quê?) - (motivação/razão)

e.  Sua misericórdia dura para sempre. f.  Sua fidelidade - “dura de geração em geração”. geração ”.  

Esboço Homilético  Texto - Salmo 100. Tema - “ O Que é Adorar a Deus ? ”.  I – O  ADORAR  ADORAR É CELEBRAR AO SENHOR V.1 a) que é celebrar?  b) Com júbilo. c) Todas as terras. II –  II –  ADORAR  ADORAR É SERVIR AO SENHOR V.2: a) O que é servir?  b) Com alegria. c) Com cântico. III III –   –  ADORAR  ADORAR É SABER QUE O SENHOR É DEUS. D EUS. V.3  b) Ele é Deus. 4) Pessoal - tem personalidade própria Espiritual 5) - não- transcendente. habita com o pecado. 6) Santo

d) Ele nos fez. e) Pertencemos a Ele. 1º) Somos o seu povo. 2º) Somos o seu rebanho.

IV –  IV –  ADORAR  ADORAR É BENDIZER O NOME DO SENHOR V.4 c) Com ações de graça. d) Hinos de louvor. e) Render graças e bendizer o nome. CONCLUSÃO: Qual a conclusão a que o salmo s almo nos leva? 1º) Adoramos porque o Senhor é bom. 2º) Adoramos porque a sua misericórdia dura para sempre. 3º) Adoramos porque Ele é fiel. APLICAÇÕES: 4) O centro do culto é Deus. 5) A expressão firme da alegria no canto é diretamente proporcional à intimidade que temos com Deus. Como as histórias bíblicas geralmente ocupam mais que um parágrafo, precisamos dividir os blocos de pensamento Ao contarmos a história da anunciação (Lucas 1.26-38), geralmente as editoras  publicam apenas um esboço que sintetiza a história, mas que não afirma nenhuma lição. Podemos mais do simplesmente ensinar: (1)fazer O anjo Gabriel visitou Maria - v.26-30. (2) O anjo Gabriel anunciou o nascimento de Cristo - v. 28-35. 3) Maria atendeu ao que o anjo disse - v.36-38.

 

 

72 Podemos trabalhar afirmativamente o texto assim: (1) O nascimento de Cristo foi uma obra de Deus - v.26-30   O anjo Gabriel foi enviado da parte de Deus (v.26).   Maria recebeu o favor de Deus (v.28).   Maria não precisava ter medo (v.30) (2) Maria será a mãe de Jesus, o Salvador (v.31-35)   Ele será grande.    Será chamado Filho do altíssimo.   O Senhor lhe dará o trono de Davi.   Ele reinará para sempre. (3) O nascimento de Cristo será um grande milagre de Deus (v.36-38)   É um milagre do Espírito Santo.   Deus não conhece impossíveis. Conclusão: Maria obedeceu a Deus (v.38).

Cada ponto pode ser ensinado enquanto se conta a história sem mudar o estilo de ser uma história. Cada ponto pode ser a afirmação do ensino para a criança salva  (ECS). O ensino para a criança não salva  (ECNS) é o “plano de salvação” que pode facilmente ser apresentado na mensagem acima. 1. Por que Deusele enviou Gabriel? Porque nos ama. 3.  Por que era importante que Jesus J esus fosse tudo isso? Porque ele veio para morrer pelos nossos pecados. 3. Como eu posso receber a Cristo? Obedecendoo a palavra de Deus como Maria fez. Obedecend O importante a fazer é sempre montar a lição Bíblica partindo do ensinamento  principal do texto e não simplesmente contar uma historinha para as crianças. Crianças  precisam ser doutrinadas tanto quanto os adultos. A diferença é que as doutrinas precisam ser ensinadas com uma linguagem mais simples a fim de que elas entendam. Linguagem simples não é gíria, mas é usar palavras mais fáceis de entender. As histórias bíblicas sempre são ilustrações e aplicações das doutrinas bíblicas, sempre quando a personagem faz o que Deus manda ou quando o desobedece desobedece.. Portanto, tudo o que aprendemos no estudo bíblico semanal pode e deve ser aplicado na forma como estudamos as histórias bíblicas bíbli cas para ensinar às crianças.

Conclusão: 1º) Nunca prepare sua lição bíblica sem antes ler com atenção o texto Bíblica. 2º) Corrija sua lição pelo que está escrito na Bíblia. 3º) Tenha em casa um bom livro de Teologia Sistemática. 4º) Aprenda homilética expositiva. a)  Prega a Palavra –  Palavra –  Karl  Karl Lackler –  Lackler –  Vida  Vida Nova.  b)  Pregação Pura e Simples –  Simples –  Stuart  Stuart Olyot –  Olyot –  FIEL.  FIEL. c)  Pregação Cristocêntrica –  Cristocêntrica –  Brian  Brian Chappell –  Chappell –  ECC.  ECC.

 

 

73

BIBLIOGRAFIA  ANGLADA, Paulo R. B., “Vox Dei: A Teologia Reformada da Pregação” Pregação”. Em: Fides   Reformata vol. IV, nº 1, Janeiro-Junho, São Paulo, 1999. BEEKE, Joel. Amado Timóteo. Ed. Fiel, São Paulo,_________. Paulo,_________. BLACKWOOD, A. W., A Preparação de Sermões, 3ª ed., ASTE/JUERP, São Paulo, 1984. BONAR, Horatius A. Um Recado para Ganhadores de Almas, Ed. Vida Nova, São Paulo, 1984. BRAGA, James. Como Preparar Mensagens Bíblicas. São Paulo: Ed. Vida, 1999. CÉSAR, Elben M. Lens. Práticas Devocionais, 4ª ed., Ultimato, Viçosa, 1996. CHAPELL, Bryan, Pregação Cristocêntrica, Ed. Cultura Cristã, São Paulo, 2002. CRANE, James P., O Sermão Eficaz , JUERP, 3ª ed., Rio de janeiro, 1994. DEL PINO, Carlos, e outros. Interpretação e Pregação, Logos, Goiânia, 2005. FERREIRA, Franklin, D. Martin Lloyd-Jones, Pregador da Palavra, PES, São Paulo. HELM, David. Pregação Expositiva. Ed. Vida Nova, 2016. HENDRICKS, Howard, Ensinando Para Transformar Transformar Vidas, Betânia, Venda Nova, 1991. HENRICHSEN, Walter A.. Métodos de Estudo Bíblico, 3ª ed., Ed. Mundo Cristão, São Paulo, 1986.  __________, Princípios de Interpretação da Bíblia. 2ª ed., Ed. Mundo Cristão, São Paulo, 1983.  Prega a Palavra: Passos para a Exposição Bíblica, Ed. Vida Nova, São LACHLER, Paulo,Karl. 1990. LANE, Denis. Pregar a Palavra, Ed. Peregrino, 1991. LAWSON, Steven J.,  A Arte Expositiva de João Calvino, Ed. Fiel, São José dos Campos, 2008. Testamento; Do Texto ao Sermão, Ed. Vida Nova, LIEFIELD, Walter L.. Exposição do Novo Testamento; São Paulo,1985. LLOYD-JONES, D. Martyn. Pregação e Pregadores, 2ª ed., Ed. Fiel, São Paulo, 1986. MARINHO, Robson Moura, A Arte de Pregar: A Comunicação na Homilética, Ed. Vida  Nova, São Paulo, Paulo, 1999. MEISTER, Mauro F., “Pregação no Velho Testamento: É Mesmo Necessária?” Necessária?”. Em: Fides Reformata vol. I, nº 1, Janeiro-Junho, São Paulo, 1996.  NORTH, Stafford. Pregação: Homem & Método. Ed. Vida Cristã, 1971 (edição inglesa). OLYOTT, Stuart, Pregação Pura e Simples, Ed. Fiel, São José dos Campos, 2008. PIPER, John, Supremacia de Deus na Pregação, Shedd Publicações, São Paulo, 2003. ROBINSON, Haddon W.. A Pregação Bíblica, Ed. Vida Nova, São Paulo,1983. Todos, Ed. Vida Nova, 1993. REIFLER, Hans Ulrich, Pregação ao Alcance de Todos SEAN, Manual Para Pregadores Pregadores Iniciantes: Uma Introdução ao Estudo da Homilética, Ed. Vida Nova, São Paulo, 1987. Expondo a Mensagem, Vida Nova, São Paulo, SHEDD, Russel P.. Palavra Viva, Extraindo e Expondo 2002. STOTT, John R. W.. O Perfil do Pregador , SETE/SEPAL, Recife/São Paulo,1991.  __________, Eu Creio na Pregação, Ed. Vida, São Paulo, 2001.  __________, Ouça o Espírito, Ouça o Mundo, ABU, 2ª ed., São Paulo, 1998.  __________, “Biblical Preach Preaching ing is Expository Prea Preaching. ching. In: Kantzer, Kenneth Kenneth S. (ed.),  Evangelical Roots, Thomas Nelson INC., 1978. WIERSBE, Warren W. A Crise de Integridade, Ed. Vida, 1991.

BIBLIA EM AÇÃO, Pregando com os Mestres, CDROM, Vida Nova, São Paulo, 2000.

 

 

74

APÊNDICE 1 “Sabemos, porém, porém, que a lei é boa, se alguém dela se utiliza de modo legítimo.” I Tm 1.8

REGRAS BÁSICAS DE INTERPRETAÇÃO DA BÍBLIA65  01. Parta da pressuposição de que a Bíblia tem autoridade. 02. A Bíblia interpreta a si mesma. Um texto é explicado por outro. 03. A fé salvadora e o Espírito Santo são-nos necessários para compreendermos e interpretarmos as Escrituras. 04. Interprete a experiência pessoal à luz da Bíblia, e não a Bíblia à luz da experiência pessoal. 05. Os exemplos bíblicos só têm autoridade quando amparados por uma ordem. ord em. 06. O propósito básico da Bíblia é mudar nossas vidas, não aumentar o nosso conhecimento. 07. Cada cristão tem o direito e a responsabilidade de investigar e interpretar  pessoalmente a Palavra de Deus. Deus. 08. A história da Igreja é importante, mas não decisiva na interpretação das Escrituras. igreja não determina o que a Bíblia ensina; a Bíblia determina o que a Igreja(Aensina). 09. As promessas de Deus na Bíblia toda estão disponíveis ao Espírito Santo a favor dos crentes de todas as épocas. 10. A Escritura deve ser interpretada em seu sentido natural, de acordo com a intenção original do autor bíblico. 11. Interprete o texto em harmonia com seu contexto. “Texto fora de seu contexto cont exto é pretexto para uma heresia”.  heresia”.  12. A Bíblia foi escrita em contexto histórico próprio, portanto só pode ser compreendida plenamente à luz da história bíblica. 13. Você precisa compreender a Bíblia gramaticalmente, antes de compreendêla teologicamente (doutrinariamente). 14. Eu só posso considerar uma doutrina como sendo bíblica, quando ela resumir ou incluir tudo o que a Escritura diz sobre ela.

65

 Walter A. Henrichsen, Princípios de Interpretação da Bíblia, Mundo Cristão.

 

 

75

APÊNDICE 2 As Classes Gramaticais 1. Substantivo  –  gato,  gato, professor, Maria. É a palavra que dá nome a pessoas, animais, lugares, objetos ou seres em geral.   Comum Comum –   –  arroz,  arroz, casa, parque.   Próprio Próprio –   –  José,  José, Goiânia, Lago de Genesaré.      

   

 

 

Concreto –  pedra, Concreto –   pedra, cavalo. Abstrato –  Abstrato  –  amor,  amor, bondade, compaixão. Formação: Primitivo e derivado. Simples e composto. Flexão: Gênero. Masculino. o  o  Feminino. o  Epiceno. Comum de dois. o    o Sobrecomum.  Número. Singular. o  o  Plural. Grau.

   Aumentativo. Diminutivo. Locução substantiva. o o

Artigo  –  o,  o, a, os, as, um etc. É a palavra que acompanha e caracteriza o substantivo.   Classificação.   Definido Definido –   –  o,  o, a, os, as.   Indefinido Indefinido –   –  um,  um, uma, uns, umas. Gênero   Masculino.   Feminino.  Número.   Singular.   Plural.  – 

AdjetivoÉ a lindo, velho, bondoso. palavra que dá qualidade ao substantivo.   Formação. o  Primitivo e derivado. o  Simples e composto.   Gênero Gênero –   –  masculino  masculino e feminino.    Número  Número –   –  singular  singular e plural.   Grau . Comparativo. o    De igualdade.   De superioridade.   Analítico.   Sintético.   De inferioridade. o  Superlativo.   Relativo.   De superioridade.   De inferioridade.   Absoluto.   Analítico.   Sintético.

 

 

76

 

Locução adjetiva.

Numeral  –  um  um (1 e/ou I), segundo. É a palavra que indica quantidade, ordem, ordem, múltiplo ou fração.   Algarismos o  Romanos (I,V,X). Arábicos (1,2,3). o     Numerais. o  Cardinais –  Cardinais  –  um,  um, dois, três. o  Ordinais –  Ordinais  –  primeiro,  primeiro, segundo, terceiro. o Multiplicativo –   –  dobro,  dobro, triplo.   Multiplicativo o  Fracionários –  Fracionários  –  meio,  meio, quarto, onze avos.   Gênero Gênero –   –  masculino  masculino e feminino.    Número  Número –   –  singular  singular e plural. Pronome - eu, meu, aquele. É a palavra que substitui ou acompanha o substantivo indicando as pessoas do discurso.   Pessoal o  Reto –  Reto  –  eu,  eu, tu, ele, ela. Obliquo –  Obliquo  –  me,  me, mim, comigo; te, ti, nos, vos, lhe, se, si etc. o    Reflexivo.    Não reflexivo. o  De tratamento –  tratamento –  você,  você, o senhor, vossa senhoria...   Possessivo - meu, minha, teu, teu, nosso, seu...   Demonstrativo Demonstrativo –   –  este,  este, aquele, isso, mesmo, próprio, o, as...   Indefinido Indefinido –   –  alguém,  alguém, ninguém, algum, todo, tudo qualquer, quaisquer...    

Interrogativo –  quem, Interrogativo –   quem, que, qual, quais, quanto... Relativo –  Relativo  –  que,  que, quem, onde, o qual, cujo, quanto, quanta... Flexão:   Gênero Gênero –   –  masculino  masculino e feminino.    Número  Número –   –  singular  singular e plural.   Pessoa Pessoa –   –  primeira,  primeira, segunda e terceira. Locução pronominal. Ex. todo aquele que...

Verbo  –  estar,  estar, vender, partir, por. É a palavra que indica ação, estado ou fenômeno da natureza. Classificação:   Regular Regular –   –  radical  radical inalterado.   Irregular Irregular –   –  alterações  alterações no radical.   Anômalo Anômalo –   –  radicais  radicais diferentes.   Defectivo Defectivo –   –  não  não se conjuga em todas as formas. o  Impessoal.    Pessoal. Unipessoal. o  Abundantes. o  Auxiliar. Conjugação: 1ª, 2ª e 3ª. Variação:   Pessoa Pessoa –   –  eu,  eu, tu, tu, ele, nós, vós, eles.    Número  Número –   –  singular  singular e plural.   Tempo o  Pretérito.   Imperfeito Imperfeito –   –  andava,  andava, devia, partia.   Perfeito Perfeito –   –  andei,  andei, devi, parti.   Mais que perfeito –  perfeito –  andara,  andara, devera, partira. o  Presente ando, devo, parto. Futuro. o    Do presente –  presente –  andarei,  andarei, deverei, partirei.   Do pretérito –  pretérito –  andaria,  andaria, deveria, partiria.   Modo. o  Indicativo –  Indicativo  –  afirmação.  afirmação. o  Subjuntivo –  Subjuntivo  –  incerteza.  incerteza.   Presente Presente –   –  ande,  ande, deva, parta. o o

 

 

77  

Pretérito –  andasse, Pretérito –   andasse, devesse, partisse. Futuro –  Futuro  –  (quando)  (quando) andar, dever, partir. o  Imperativo –  Imperativo  –  mandamento.  mandamento.   Afirmativo Afirmativo –   –  ama.  ama.    Negativo  Negativo –   –  não  não ames. o  Formas nominais.   Infinitivo Infinitivo –   –  cantar,  cantar, comer, partir.   Pessoal Pessoal –   –  quando  quando tem sujeito.   Impessoal Impessoal –   –  quando  quando não tem sujeito.   Gerúndio Gerúndio –   –  cantando,  cantando, comendo, partindo.   Particípio Particípio –   –  cantado,  cantado, comido, partido.   Voz. o  Passiva –  Passiva  –  fomos  fomos batizados. Analítica –  Analítica  –  ser/estar  ser/estar mais particípio. o  o  Sintética –  Sintética  –  com pronome “se” apassivador.  apassivador.   o  Ativa –  Ativa  –  eu  eu batizo. o  Reflexiva –  Reflexiva  –  eu  eu me batizo/ batizo a mim mesmo. Locução verbal. Ex. Estávamos lendo.  

Advérbio  –  muito,  muito, ontem, não. É a palavra que modifica o sentido do verbo, do adjetivo ou do próprio advérbio.   De tempo –  tempo –  ontem,  ontem, hoje, amanhã, antes, logo, depois, agora, cedo, tarde, outrora...   De lugar –  lugar –  aqui,  aqui, ali, lá, acolá, longe, perto, distante, além, atrás, fora...   De intensidade –  intensidade –  muito,  muito, pouco, bastante, mais, menos, demais...   De afirmação –  afirmação –  sim,  sim, certamente, realmente, deveras...   De negação –  negação –  não.  não.    

De dúvida –  dúvida –  talvez,  talvez, quiçá, provavelmente, acaso... De modo  –  bem,   bem, mal, devagar, depressa e as palavras com o sufixo  – mente mente (calmamente, delicadamente, educadamente, raramente, brevemente...).   Advérbios interrogativos:   De lugar –  lugar –  onde?  onde?   De tempo –  tempo –  quando?  quando?   De modo –  modo –  como?  como?   De causa –  causa –  por  por que? (inicial). Grau:   Comparativo. De igualdade –  igualdade –  tão...  tão... quanto. o  o  De superioridade –  superioridade –  mais...  mais... que. o  De inferioridade –  inferioridade –  menos...que.  menos...que.   Superlativo absoluto. o  Analítico –  Analítico  –  muito  muito educadamente. o  Sintético –  Sintético  –  educadissimamente.  educadissimamente.

 

Diminutivo - -inho, -inha, -zinho... Preposição  –  de,  de, para, com, em, a. É a apalavra que une dois termos entre si.   Essenciais Essenciais –   –  a,  a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob,sobre, trás.   Acidentais Acidentais –   –  como,  como, conforme, consoante, durante,fora, mediante, segundo.   Locução prepositiva –  prepositiva –  abaixo  abaixo de, acima de, além de, embaixo de, em cima de, longe de, de acordo com...   Crase Crase –   –  fusão  fusão da preposição a com outro a. Usa-se em: o  Locuções adverbiais. Locuções prepositivas o    o Locuções conjuntivas o  Pronomes demonstrativos  Não se usa: Diante de verbo. o  o  Diante de substantivo masculino. o  Diante de artigo indefinido. o  Diante de pronome pessoal. o  Diante de pronomes indefinidos, interrogativos e dos demonstrativos esta e essa. o  Diante da palavra casa. o  Diante da palavra terra (antônimo de bordo).

 

 

78   Diante de substantivos próprios que não admitem o artigo.   Em locuções de mesma palavra –  palavra  –  passo  passo a passo. Ela é facultativa: Diante de pronomes possessivos femininos. o  o  Diante de substantivos próprios femininos. o

o

Conjunção  –  e,  e, se, mas, por, porque. É a palavra que une duas ou mais orações.   Coordenativas. o  Aditivas –  Aditivas  –  e,  e, nem, também, mas também... o Adversativas –   –   mas, mas, porém, contudo, todavia, entretanto, senão, no entanto...   Adversativas o  Alternativas –  Alternativas  –   ou, ou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja... o  Conclusivas –  Conclusivas  –  logo,  logo, pois, portanto, por conseguinte, por conseqüência, por isso... Explicativas –  Explicativas  –   isto isto é, por exemplo, a saber, que, porque, pois, porquanto... o    Subordinativas. o  Condicionais –  Condicionais  –  se,  se, caso, salvo se, contanto que, uma vez que... o  Causais –  Causais  –  porque,  porque, já que, visto que, que, pois, porquanto... Comparativas –  Comparativas  –  como,  como, assim como, tal qual, tal como, mais... que, ... o  o  Conformativas –  Conformativas  –  segundo,  segundo, conforme, consoante, como... Concessivas –  Concessivas  –   embora, embora, ainda que, mesmo que, posto que, se bem que... o  o  Integrantes –  Integrantes  –  que,  que, se... o  Finais –  Finais  –  para  para que, a fim de que, que... o  Consecutivas –  Consecutivas  –   tal... tal... que, tão... que, tamanho... que, de sorte que, de forma que... o  Proporcionais –  Proporcionais  –  à  à proporção que, à medida que, quanto mais... tanto mais... o  Temporais –  Temporais  –  quando,  quando, enquanto, logo que, depois que... Interjeição  –  Ah!  Ah! Ó! Chi! É a palavra que comunica emoção.   Alegria Alegria –   –  ah!  ah! Oh! Oba! Eh!   Animação Animação –   –  coragem!  coragem! Avante! Eia!   Admiração Admiração –   –  puxa!  puxa! Ih! Oh! Nossa!   Aplauso Aplauso –   –  bravo!  bravo! Viva! Bis!   Desejo Desejo –   –  tomara!  tomara! Oxalá!   Dor Dor –   –  ai!  ai! Ui!   Silêncio Silêncio –   –  psiu!  psiu! Silêncio!   Suspensão Suspensão –   –  alto!  alto! Basta!   Palavras denotativas o  De designação –  designação –  eis.  eis. o  De realce –  realce –  é  é que, lá, ainda, só, mas, o  De situação –  situação –  mas,  mas, então.

 

 

79

APÊNDICE 3

CUIDANDO DA VOZ...  Por Dra Evelina Alasmar Sales - Goiânia - GO66  [email protected] 

Esses conselhos são para todos os que fazem uso constante da voz - os "profissionais da voz".  1. Beba muita água durante o dia, durante os cursos, atendimentos etc - O foco é a hidratação.  2. Fale objetivamente no telefone ou no celular.  3. Repouse a voz sempre que possível - fique em silêncio.  4. Coma maçã abusadamente - maçã é o antibiótico natural da voz.   5. Fale baixo, pausado. Nunca grite ou o u use ataques vocais.  6. Tome laranjada ou limonada (ou esprema limão na comida).  7. Coma pouco antes das palestras - pelo menos com 2 horas de antecedência.  8. Evite doces Cuidado - Especialmente as "balinhas" antes de falar.  o famoso: "hamham" 9. Não tussa. com pigarro para limpar a garganta, pode ser fatal para a voz - tome água. 10. Evite falar quando estiver gripado, rouco ou com sinusites.  11. Cante com moderação. Não cante alto ou gritando.  12. Faça gargarejo com água, pitada de sal, bicarbonato ou limão, três vezes ao dia e especialmente antes e depois de palestrar.   13. Cuidado com receitas caseiras, pastilhas para garganta, remédio por conta própria.  14. Evite o AR CONDICIONADO.  15. Fale devagar, com calma e pausadamente.  16. Evite a todo custo líquido gelado.  17. Consulte periodicamente um fonoaudiólogo f onoaudiólogo para orientações.  18. Lembre-se que o mal uso da vvoz oz hoje pode conduzir conduzir a um "não uso" amanhã. 

66

 Recebido por e-mail em 16/09/2009 de Roberto Amorim, [email protected].

View more...

Comments

Copyright ©2017 KUPDF Inc.
SUPPORT KUPDF