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October 27, 2018 | Author: Marcos Senna | Category: Combustion, Hydrogen, Fuels, Heat, Carbon
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI Superintendência de Recursos Humanos Coordenação de Desenvolvimento de Pessoal/Serviço de Capacitação

 APOSTILA  APOSTIL A DE PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS

Prof. Marcos Antonio Tavares Lira

SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3 2. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................... 3 2.1 O fogo.................................................................................................................... 3 2.2 Fogo e incêndio ..................................................................................................... 4 2.3 Triangulo do Fogo ................................................................................................. 5 2.3.1. Combustíveis sólidos......................................................................................... 6 2.3.2 Combustíveis Liquidos ....................................................................................... 8 2.3.3 Combustíveis Gasosos ..................................................................................... 10 2.3.4 Comburente ............ ......................... ........................... ........................... .......................... .......................... .......................... ........................ ........... 11 2.3.5 Calor ............ ......................... ........................... ........................... .......................... .......................... .......................... .......................... ...................... ......... 12 2.3.6 Reação em cadeia ........................................................................................... 12 2.4 Causas de incêndio ............................................................................................. 12 2.5 Propagação do fogo ............................................................................................ 14 2.6 Métodos de extinção de incêndio ........................................................................ 16 2.6.1 Resfriamento .................................................................................................... 16 2.6.2 Abafamento ...................................................................................................... 18 2.6.4 Extinção Química ............................................................................................. 19 2.7 Classes de Incêndio ............................................................................................ 20 2.8 Agentes extintores ............................................................................................... 21 2.8.2 Extintor de gás carbônico ................................................................................. 23 3 PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO .................................................................. 27 3.2 Instalações elétricas ............ ......................... .......................... .......................... ........................... ........................... .......................... ............. 27 3.2 Instalações de gás .............................................................................................. 28 3.3 Circulação ........................................................................................................... 29 3.4 Manutenção dos extintores ................................................................................. 30 3.5 Portas contrafogo ................................................................................................ 31 3.6 Alarmes de incêndio ............................................................................................ 31 3.7 Iluminação de emergência .................................................................................. 31 3.8 Hidrantes e esguichos ......................................................................................... 32 REFERENCIAS ......................................................................................................... 33

SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3 2. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................... 3 2.1 O fogo.................................................................................................................... 3 2.2 Fogo e incêndio ..................................................................................................... 4 2.3 Triangulo do Fogo ................................................................................................. 5 2.3.1. Combustíveis sólidos......................................................................................... 6 2.3.2 Combustíveis Liquidos ....................................................................................... 8 2.3.3 Combustíveis Gasosos ..................................................................................... 10 2.3.4 Comburente ............ ......................... ........................... ........................... .......................... .......................... .......................... ........................ ........... 11 2.3.5 Calor ............ ......................... ........................... ........................... .......................... .......................... .......................... .......................... ...................... ......... 12 2.3.6 Reação em cadeia ........................................................................................... 12 2.4 Causas de incêndio ............................................................................................. 12 2.5 Propagação do fogo ............................................................................................ 14 2.6 Métodos de extinção de incêndio ........................................................................ 16 2.6.1 Resfriamento .................................................................................................... 16 2.6.2 Abafamento ...................................................................................................... 18 2.6.4 Extinção Química ............................................................................................. 19 2.7 Classes de Incêndio ............................................................................................ 20 2.8 Agentes extintores ............................................................................................... 21 2.8.2 Extintor de gás carbônico ................................................................................. 23 3 PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO .................................................................. 27 3.2 Instalações elétricas ............ ......................... .......................... .......................... ........................... ........................... .......................... ............. 27 3.2 Instalações de gás .............................................................................................. 28 3.3 Circulação ........................................................................................................... 29 3.4 Manutenção dos extintores ................................................................................. 30 3.5 Portas contrafogo ................................................................................................ 31 3.6 Alarmes de incêndio ............................................................................................ 31 3.7 Iluminação de emergência .................................................................................. 31 3.8 Hidrantes e esguichos ......................................................................................... 32 REFERENCIAS ......................................................................................................... 33

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1 INTRODUÇÃO

Serão apresentadas neste material informações básicas para conhecermos o fogo, os elementos que o compõe e como podemos detê-lo e classificações, tendo como objetivo capacitar o aluno no sentido de executar os procedimentos básicos de básicos  de Prevenção e Combate a Incêndio, para que, no caso de uma emergência real no local de trabalho, proceda de maneira adequada. 1. REFERENCIAL REFERENCIAL TEÓRICO TEÓRICO

2.1 O fogo

O planeta Terra já foi uma massa quente e incandescente, que passou por um processo de resfriamento por bilhões de anos, até chegar à situação atual. Desta forma, o fogo existe desde o início da formação da crosta terrestre, coexistindo com o homo-sapiens depois do seu aparecimento. Pressupõem-se que os primeiros contatos, que os primitivos habitantes tiveram com o fogo, foram por meio de manifestações da natureza com as descargas elétricas que provocaram grandes incêndios no meio ambiente. Na sua constante evolução, o homem primitivo empregou o fogo como parte integrante de seu cotidiano. O fogo advindo dos eventos naturais e posteriormente, obtido intencionalmente por meio da fricção de pedras, foi empregado em várias funções, tais como:   Iluminação;





Aquecimento de cavernas;

  Cozimento;





Rituais, entre outros.

4 Nessa época, o homem dominava as técnicas de obtenção, mas interpretando-o, como um fenômeno sobrenatural. Segundo Arquimedes, sobre os elementos fundamentais da Terra: o ar, a água, a terra e o fogo. Na idade moderna (século XVIII) Antoine Lawrence Lavoisier, colocou em papel as bases científicas do fogo. A principal experimento (Figura1) forneceu foi colocar mercúrio (Hg), único metal em estado líquido a temperatura ambiente na natureza, no interior de um recipiente fechado, aquecendo-o, quando a temperatura alcançou cerca 300ºC, observou-se um pó vermelho que pesava mais que o estado liquido anterior. Figura 1- Experiência de Antoine Lavoisier

Fonte: Brasil Escola

Assim, “Lavoisier concluiu que a combustão não ocorria por causa da presença de um flogístico mi sterioso, mas sim porqu e o mercúrio ou qualquer outr o material combustível reagia com outro elemento presente no ar” (BRASIL ESCOLA, 2016).

2.2 Fogo e incêndio

O fogo é a combustão controlada com a emissão e manifestação rápida com de luz e calor e, enquanto incêndio é toda e qualquer destruição

5 ocasionada causada pelo fogo, que fora do controle humano gera algum prejuízo. 2.3 Triangulo do Fogo O triangulo do fogo é uma representação gráfica dos três elementos precisos para começar a combustão. Tais elementos são o combustível, o qual fornece energia para a queima na combustão, o comburente cuja função é ser a substância que tem a reação química com o combustível, e finalmente a temperatura de ignição que é necessário para começar a reação entre o comburente e o combustível, assim gerando uma reação em cadeia conforme a Figura 2 e 3.

Figura 2- Triangulo do fogo

Fonte: UFRRJ.COM

6 Figura 3- Triângulo do fogo

Fonte: Multimeios/Seed



Fogo: normalmente o termo combustível é associado aos postos de combustíveis, à gasolina, ao etanol e ao diesel, esses líquidos popularmente entendem-se como a única forma existente de combustível. Esse pensamento é errado. Tem-se combustível como toda e qualquer substância capaz de queimar e continuar a combustão. Assim, pode-se classificar combustível como líquidos, sólidos e gasosos.

2.3.1. Combustíveis sólidos

Podem ser: lenha, carvão, bagaço de cana, entre outros (Figura 4). Além disso o termo “combustível sólido” também é utilizado para o combustível que

é utilizado em foguetes espaciais que nada mais é do que uma mistura de combustível e comburente ambos sólidos. Essas substâncias passam por um processo de pulverização para que sua superfície de contato seja maior e

7 entrem em combustão mais rápido e consequentemente gerando energia (INFOESCOLA,2016). Figura 4 - Carvão

Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org/noticias/usdo-de-combustivelsolido-mata-3-pessoas-por/images/carvao.jpg

8 Figura 5 -Madeira

Fonte: http://i50.tinypic.com/25ct1.jpg 2.3.2 Combustíveis Liquidos

Os líquidos inflamáveis possuem propriedades físicas que dificultam a extinção do fogo, aumentando o perig. Uma propriedade a ser ressaltada é a solubilidade do líquido, ou seja, sua capacidade de mistura com outro líquido. É importante saber que derivados do petróleo (hidrocarbonetos) têm pouca solubilidade e densidade, ao passo que líquidos como álcool e acetona (solventes polares), têm grande solubilidade, isto é, podem ser diluídos até um ponto em que a mistura não seja inflamável. Já a volatilidade, é a facilidade com que os líquidos liberam vapores, é importante uma vez que quanto mais volátil for o líquido, maior a possibilidade de haver fogo, incêndio ou explosão. Assim quanto maior à volatilidade, os líquidos podem ser classificados em 

Líquidos inflamáveis  - ponto de fulgor abaixo dos 38°C (gasolina, álcool, acetona entre outros;

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Líquidos combustíveis  - ponto de fulgor acima dos 38°C (óleos lubrificantes e vegetais, glicerina). Geralmente os líquidos assumem a forma do recipiente que os contêm;

Os combustíveis líquidos empregados nos motores são constituídos de:   Hidrocarboneto;



  Benzol;



  Hidrocarbonetos;



Os mesmos são agrupados em quatro classes:   Parafinas;



  Olefinas;



  Naftenos;



  Aromáticos;





FAMÍLIA PARAFÍNICA: A séries parafínica dos hidrocarbonetos começa com o CH 4 (metano) e os termos sucessivos têm um átomo a mais de carbono ligados a dois átomos de hidrogênio (BRASILESCOLA,2016).



FAMIALIA DAS OLEFINAS: A série das olefinas tem a cadeia aberta como a série parafínica, mas têm uma dupla ligação entre os átomos de carbono. Esta família é caracterizada pela terminação “ENO” e tem

a fórmula geral CnH2n . As olefinas podem unir-se com facilidade com o hidrogênio, formando a parafina, ou também pode se unir com o oxigênio, que neste caso formará resíduos indesejáveis comumente chamados de borras ( BRASILESCOLA,2016).



FAMÍLIA DOS AROMÁTICOS: Possuem a fórmula geral C n H 2n-6 para a série benzênica e C 2 H 2(n-6) para a série dos naftalênicos. (BRASILESCOLA,2016).

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FAMILIA DOS NAFTENOS : A fórmula geral é, evidentemente, C n H 2n . É uma família de compostos saturados com estruturas sólidas. Cada átomo de carbono é ligado a outros dois átomos de carbono, formando assim uma estrutura em anel. Cada carbono tem dois outros elementos ligados a este, que podem ser o hidrogênio, outro carbono ou ambos. Os compostos são denominados, adicionando o prefixo “CICLO”

ao

nome

da

parafina

correspondente

(BRASILESCOLA,2016). Figura 6- Combustível sólido: gasolina

2.3.3 Combustíveis Gasosos

Os gases que não têm volume definido, a ocupando todo o recipiente em que estão contidos. O peso do gás é menor que o peso do ar (no caso do GN), o gás tende a subir e dissipar-se. Entretanto se o peso do gás é maior que o peso do ar

11 (GLP), o gás permanece próximo ao solo sofrendo interferência do vento, obedecendo ao terreno. Exemplos:   Metano;





Gás Natural;

  Hidrogênio.



2.3.4 Comburente É o elemento que ativa à combustão, se combinado com os vapores inflamáveis dos combustíveis. O oxigênio é o comburente comum à imensa maioria dos combustíveis. Dependendo da concentração que está no ar torna-se incapaz de sustentar a combustão. Contudo, além do oxigênio, há outros gases que podem se comportar como comburentes para determinados combustíveis. Assim, o hidrogênio queima no meio do cloro, os metais leves, também queimam no meio do vapor de água e o cobre queima no meio de vapor de enxofre. O magnésio e o titânio, em particular, e se finamente divididos, podem queimar ainda em atmosfera de gases normalmente inertes, como o dióxido de carbono e o azoto (Figura 7) (MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO,2015). Figura 7 - Símbolo comburente

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2.3.5 Calor

O calor é uma forma de energia, sendo o elemento que inicia o fogo e permite que ele se propague. Verifica-se que algumas vezes até mesmo o aquecimento de equipamento já é suficiente para prover calor necessário para o início de uma combustão de grandes proporções. 2.3.6 Reação em cadeia Os elementos combustível, comburente e calor separadamente não produzem fogo. Quando há esta interação geram a reação em cadeia, gerando a combustão e permitindo que ela se auto mantenha. 2.4 Causas de incêndio

As causas de um incêndio são as mais diversas: descargas elétricas, descargas atmosféricas, sobrecarga nas instalações elétricas dos edifícios, falhas humanas. (PREFEITURA DE SÂO PAULO, 2016). As causas são classificas da seguinte forma 

Causas Naturais: são aquelas que provocam incêndios sem a intervenção do homem. Exemplo: Vulcões, terremotos, raios, incêndios florestais



Causas Acidentais: eletricidade, chama exposta, vazamento de gás;



Causas Criminosas:  são os incêndios criminosos, são inúmeros e variáveis. Exemplo: recebimento de seguros, eliminar provas.

Na Figura 8 e 9, são apresentados alguns cuidados contra as causas acidentais:

13 Figura 8 -Prevenção contra causas ambientais

Fonte: Prefeitura de São Paulo (2016)

14 Figura 9- Prevenção das causas ambientais- Instalações elétricas

Fonte: Prefeitura de São Paulo (2016) 2.5 Propagação do fogo



Condução: É a forma que o calor é transmitido de corpo para corpo

ou em um mesmo corpo, de molécula para molécula (Figura 10). Exemplo: fósforo e percebe-se que o fogo vem consumindo a madeira do palito de forma gradual, ou seja, molécula a molécula.

15 Figura 10 - Calor por condução

Fonte: físicos.com



Calor por convecção O calor é transmitido através de uma massa de ar aquecida, de um

ambiente para o outro, por meio de compartimentos (Figura 11). Exemplo: temos algumas situações em que um ambiente de um edifício está em chamas e, em minutos, outro edifício que não tem ligação direta, nem elemento físico os ligando, também começa a pegar fogo. Figura 11- Calor por convecção

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Calor por irradiação: É a transmissão do calor por meio de ondas

caloríficas através do espaço. Ex : Sol e Terra ( Figura 12) Figura 12 - Calor por irradiação

Fonte: pt.slideshare 2.6 Métodos d e extinção de incêndi o É necessário a quebra da reação em cadeia Os principais métodos são relatados a seguir: 2.6.1 Resfriamento

Este método consiste em diminuir a temperatura e na diminuição do calor. O objetivo é fazer com que o combustível não gere mais gases e vapores e, finalmente, se apague. O agente resfriador mais utilizado é a água ou gelo quebrando o triangulo do fogo (Figura 13 e 14).

17 Figura 13 - Resfriamento

Fonte: http://www.aoss.org.br/cbmpe/image/resfriam.gif A redução da temperatura está ligada à quantidade e à forma de aplicação da água (jatos), de modo que ela absorva mais calor que o incêndio é capaz de produzir. É inútil o emprego de água onde queimam combustíveis com baixo ponto de combustão (menos de 20ºC), pois a água resfria até a temperatura ambiente e o material continuará produzindo gases combustíveis (NATUREZA DO FOGO,2013). Figura 14- Rompimento do triangulo do fogo

Fonte: Natureza do Fogo (2013)

18 2.6.2 Abafamento

Este método consiste em impedir o COMBURENTE (geralmente o oxigênio), permaneça em contato com o combustível. Para as combustões alimentadas pelo oxigênio, no momento em que a quantidade deste gás no ar atmosférico se encontrar abaixo da proporção de aproximadamente 16%, a combustão deixará de existir. Para combater incêndios por abafamento podem ser usados os mais diversos materiais, desde que esse material impeça a entrada de oxigênio no fogo e não sirva como combustível por um determinado tempo como cobertores e abafadores (Figura 15) Figura 15- Extinção por abafamento

Fonte: Natureza do fogo (2013) 2.6.3 Isolamento O isolamento tem como objetivo atuar na retirada do COMBUSTÍVEL da reação em cadeia ( Figura 16) Neste contexto, existem duas técnicas 

retirada do material que esta ́ queimando

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Retirada do material que esta ́ próximo ao fogo e entrará em combustão por

meio de um dos métodos de propagação do mesmo.

Figura 16- Extinção por isolamento

Fonte: Natureza do Fogo (2013) 2.6.4 Extinção Química O processo da extinção química combina um agente químico com a mistura inflamável, a fim de tornar essa mistura não inflamável. Este, método não atua diretamente no fogo, e sim na reação em cadeia como um todo ( Figura 17). Figura 17- Extinção química por extintor químico

Fonte: Natureza do fogo (2013)

20 2.7 Classes de Incêndio Conforme o Quadro 1, existem 5 classes de incêndio. Quadro 1- Classes de incêndio Classe

Classe A

Classe B

Classe C

Característica Incêndios ocorridos em materiais fibrosos ou combustíveis sólidos; Queimam em razão do seu volume, isto é, em superfície e profundidade. Esse tipo de combustível deixa resíduos (cinzas ou brasas); Exemplos: madeira, papel, borracha, cereais, tecidos etc. Extinção: geralmente o incêndio nesse tipo de material é apagado por resfriamento. Definição: são os incêndios ocorridos em combustíveis líquidos ou gases combustíveis. Características: a queima é feita através da sua superfície e não deixa resíduos. Exemplos: GLP, óleos, gasolina, éter, butano etc. Extinção: por abafamento Definição: são os incêndios ocorridos em materiais energizados. Características: oferecem alto risco à vida na ação de combate, pela presença de eletricidade. Quando desconectamos o equipamento da sua fonte de energia, se não houver nenhuma bateria interna ou dispositivo que mantenha energia, podemos tratar como incêndio em classe A ou classe B. Exemplos: transformadores, motores, interruptores etc. Extinção: agentes extintores que não conduzam eletricidade, ficando vedados a água e o gás carbônico. Definição: são os incêndios ocorridos em metais pirofóricos.

21 Características: irradiam uma forte Classe D luz e são muito difíceis de serem apagados. Exemplos: rodas de magnésio, potássio, alumínio em pó, titânio, sódio etc. Extinção: através do abafamento, não devendo nunca ser usado água ou espuma para a extinção desse tipo de incêndio Definição: são os incêndios em banha, gordura e óleos voltados ao cozimento de alimentos. Características: é uma classe de muita periculosidade, ao passo que o Classe K trato de banha, gordura e óleos é bastante comum nas cozinhas residenciais e industriais. Exemplos: incêndios em cozinhas quando a banha, a gordura e os óleos são aquecidos. Extinção: JAMAIS TENTAR COMBATER COM ÁGUA. Essa classe reage perigosamente com água, gerando explosões e ferindo quem estiver próximo. O método mais indicado de combater o incêndio nessa classe é através do abafamento. Fonte: Adapatado de MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO (2013) 2.8 Agentes extinto res

Segundo a NBR 12637 é qualquer agente para extinção do fogo. 2.8.1 Extintor de água Tipo  Água pressurizada

 Agua Gás

Característica

Manejo

aquele que possui apenas um cilindro para a água e o gás expelente. Sua carga é mantida sob pressão permanente aquele que possui uma Retirar o extintor do câmara, um recipiente de suporte e levá-lo até água e um cilindro de alta o local onde será

22 pressão, contendo o gás expelente. A pressurização só se dá no momento da operação. Os extintores de água, são aparelhos destinados a extinguir pequenos focos de incêndio Classe “A”, como por exemplo em madeiras, papéis e tecidos. Indicado para princípios de incêndio na Classe “B”, também podendo ser utilizado para combater um incêndio de Classe “A”, porém com menor eficácia. Neste tipo de aparelho extintor, o cilindro contém uma solução de água com bicarbonato de sódio mais o agente estabilizador. A solução de sulfato de alumínio é colocada em um outro recipiente que vai internamente no cilindro, separando a solução de bicarbonato de sódio e alcaçuz

utilizado; retirar o esguicho do suporte, apontando para a direção do fogo; Romper o lacre da ampola do gás expelente; Abrir totalmente o registro da ampola; Dirigir o jato d’água para a base do fogo. Retira-se o aparelho do suporte, conduzindo-o até as proximidades do incêndio, mantendo-o sempre na posição vertical, procurando evitar movimentos bruscos durante o seu transporte; Inverter a sua posição (de cabeça para baixo), Espuma Química agitando-o de modo a facilitar a reação; Dirigir o jato sobre a superfície do combustível, procurando, principalmente nos líquidos, espargir a carga de maneira a formar uma camada em toda a superfície para o abafamento; Permanece-se com o aparelho na posição invertida até terminar a carga. Fonte: Adaptado de MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO (2013)

23 2.8.2 Extintor de gás carbônico

É um gás inerte muito usado em incêndios de Classe “C”. A sua forma de agir é por abafamento, podendo também ser utilizado nas classes A e B . Manejo Manutenção Para utilizar o extintor de CO2, o Os extintores de CO2 devem ser operador deve proceder da seguinte inspecionados e pesados maneira: mensalmente. a) Retire o aparelho do suporte e Se a carga do cilindro apresentar uma leve-o até o local onde será perda superior a 10% de sua utilizado; capacidade, deverá ser recarregado. b) Retire o grampo de A cada 5 anos devem ser submetidos segurança; a testes hidrostáticos. Este teste deve c) Empunhe o difusor com ser feito por firma especializada, de firmeza; acordo com normas da ABNT d) Aperte o gatilho; e) Dirija a nuvem de gás para a base da chama, fazendo movimentos circulares com o difusor; f) Não encoste o difusor no equipamento. Adaptado de MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO (2013) 2.8.3 Extintor de pó químico Os extintores com pó químico, utilizam os agentes extintores bicarbonato de sódio ou potássio. Indicado para princípios de incêndio das Classes B e C. O extintor de pó químico pressurizado utiliza o nitrogênio, que, sendo um gás seco e incombustível. O extintor de pó químico a pressurizar, utiliza como o gás carbônico (CO2), que, por ser um gás úmido. Manejo a) Os dois tipos de aparelhos citados são de fácil manejo:

Manutenção a) Pressurizado

Retira-se

o

extintor do suporte e o conduz

24 b) Pressurizado

até o local onde será utilizado

c) Retira-se o extintor do suporte

(observar a direção do vento);

e o conduz até o local onde

b) Rompe-se o lacre;

será

c) Destrava-se

utilizado

(observar

a

direção do vento); o

gatilho,

comprimindo a trava para a

d) Rompe-se o lacre; e) Destrava-se

o

frente, com o dedo polegar; gatilho,

comprimindo a trava para a

d) Aciona-se o gatinho, dirigindo o  jato para a base do fogo

frente, com o dedo polegar; f) Aciona-se o gatinho, dirigindo o  jato para a base do fogo. Fonte: Adaptado de MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO (2013) A pressurizar retira-se o extintor do suporte e o conduz até o local onde será utilizado e aciona a válvula do cilindro de gás, destrava-se o gatilho, comprimindo a trava para frente, com o dado polegar; Posteriormente empunha-se a pistola difusora e aciona-se o gatilho, dirigindo o jato para a base do fogo. A manutenção deve ser inspecionada rotineiramente e sua carga deve ser substituída ano. 2.8.4 Equipamentos fixos de combate a incêndio. Os equipamentos fixos devem estar posicionados em locais onde exista a menor chance de o fogo bloquear o seu acesso e em locais de fácil acesso (Prevenção e Combate a Sinistros, 2012). Hidrante: 

Nas proximidades das portas externas ou acessos à área a ser protegida, a não mais de 5 metros destas.



Em posições centrais nas áreas a serem protegidas.



Fora de escadas e de antecâmaras de fumaça.



A uma altura entre 1 metro e 1,5 metros do piso acabado.

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Esguicho 

Regulável e não regulável (Figura 18): É um dispositivo adaptado na extremidade das mangueiras que serve para dar forma, direção e controle ao jato. Os esguichos de tipo regulável são aqueles que podem lançar água sob a forma de neblina ou água sob a forma de jato compacto. Já os esguichos de tipo não-regulável são os que lançam água somente sob a forma de jato compacto (Prevenção e Combate a Sinistros, 2012). Figura 18 - Esguicho

Fonte: Prevenção e Combate a Sinistros, 2012

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Chuveiro Automático Um sistema de chuveiro automático, é definido pela NBR 10897:1990, como sendo um sistema fixo o qual deve apresentar: 

Rede hidráulica de distribuição que alimente os chuveiros automáticos, após a válvula de alarme ou chave detectora de fluxo da água.



Rede de abastecimento das válvulas de alarme ou chave detectora de fluxo de água;



Abastecimento de água: a instalação hidráulica principal de alimentação do sistema de chuveiro automático, partem ramais secundários para os diversos setores da edificação. “Cada um dos ramais é controlado por uma válvula alarme que dispara se ocorrer fluxo de água no ramal, indicando, no painel de controle do sistema, qual ramal foi acionado. Um ramal de derivação do sistema principal pode conter vários chuveiros automáticos, os quais são fundamentais na extinção de um princípio de incêndio. Os chuveiros automáticos Figura 19 são equipamentos instalados no teto ou nas paredes das edificações cuja função é jogar água, em forma da chuva, sobre o fogo. A água é liberada quando o dispositivo, na ponta do chuveiro, sensível ao calor, rompe- se” (Prevenção e Combate a Sinistros, 2012). Figura 19- Chuveiro automático

Fonte:Prevenção e Combate a Sinistros, 2012

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2.9

Fatores que contribuem com um incêndio. A intensidade e duração de um incêndio, depende das condições de

ventilação e das propriedades térmicas dos materiais dos fechamentos (paredes, tetos). A transição de um incêndio localizado para um incêndio desenvolvido, chamado "flashover", é uma etapa essencial para avaliação da segurança estrutural contrafogo. A figura 20 expõem o resumo do que contribuem com um incêndio. Figura 20- Fatores que contribuem com incendio

Fonte: Prevenção e Combate a Sinistros, 2012

3

PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO

Pelo caderno técnico de prevenções a acidentes da Prefeitura de São de Paulo (2012) 3.2

Instalações elétricas

Chame um técnico qualificado para executar as instalações elétricas ou quando encontrar um dos seguintes problemas:

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Constante abertura dos dispositivos de proteção (disjuntores)



Queima frequente de fusíveis.



Aquecimento da fiação e/ou de disjuntores.



Quadros de distribuição com dispositivos de proteção do tipo chave faca

com fusíveis cartucho ou rolha. Substitua-os por disjuntores ou fusíveis do tipo Diazed ou NH. 

Fiações expostas (a fiação deve estar sempre embutida em eletrodutos).

 Lâmpadas incandescentes instaladas diretamente em torno de material



combustível, pois elas liberam grande quantidade de calor. 

Inexistência de aterramento adequado para instalações e equipamentos

elétricos como torneiras e chuveiros elétricos, arcondicionado. 

Evite aterrá-los em canos d'água.

“ATENÇÃO: toda a instalação elétrica tem de estar de acordo com a Norma NBR 5.410 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). 1.3 EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS Antes de instalar um novo aparelho, verifique se ele não vai sobrecarregar o circuito. Utilize os aparelhos elétricos somente do modo especificado pelo fabricante . ” Prefeitura de São de Paulo (2012) 3.2 Instalações de gás

Somente pessoas habilitadas devem realizar consertos ou modificações nas instalações de gás. Sempre verifique possíveis vazamentos no botijão, trocando-o caso constate alguma irregularidade. O botijão de gás que estiver em péssimo estado deve ser imediatamente recusado. Para conferir vazamento, nunca use fósforos, apenas água e sabão. Nunca é permitido improvisar maneiras de vedar vazamentos, como utilizar cera. Recomenda-se colocar os botijões sempre em locais ventilados. Sempre rosqueie o registro do botijão apenas com as mãos, para evitar rompimento da válvula interna.

29 Aparelhos que usam gás devem ser revisados pelo menos uma vez a cada dois anos. Vazamento de gás sem chama: 

Ao sentir cheiro de gás, não ligue ou desligue a luz ou aparelhos elétricos.





Afaste as pessoas do local e procure ventilá-lo. Feche o registro de gás para restringir o combustível e o risco de propagação mais rápida do incêndio. Não há perigo de explosão do botijão se você fechar o registro. Se possível, leve o botijão para um local aberto e ventilado (Prefeitura de São de Paulo 2012)

Vazamento de gás com chama 

Feche o registro do gás. Retire todo o material combustível que estiver próximo ao fogo (Prefeitura de São de Paulo 2012).

3.3 Circulação 

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 

Manter sempre desobstruídos corredores, escadas e saídas de emergência, sem vasos, tambores ou sacos de lixo. Nunca guardar produtos inflamáveis. Não utilizar corredores, escadas e saídas de emergência como depósitos, mesmo que seja provisoriamente As coletas de lixo devem ser bem planejadas para não comprometer o abandono do edifício em caso de emergência. As portas corta-fogo não devem ter trincos ou cadeados. Conhecer bem o edifício em que circula, mora ou trabalha, principalmente os meios de escape e as rotas de fuga (Figura 21).

30 Figura 21- Prevenções contra incêndios- circulação

(Prefeitura de São de Paulo 2012) 3.4

Manutenção dos extint ores

Os extintores de incêndio devem ser apropriados para o local a ser protegido. Sempre verificar o acesso aos extintores não está obstruído (Prefeitura de São de Paulo 2012).



Os manômetros indicam pressurização (faixa verde ou amarela).



O aparelho não apresenta vazamento.



Os bicos e as válvulas da tampa estão desentupidos. Leve qualquer irregularidade ao conhecimento de um responsável, para que a situação seja rapidamente sanada.

A recarga do extintor deve ser feita: 

Imediatamente após o uso.



Caso ele esteja despressurizado (manômetro na faixa vermelha).



Após ele ser submetido a teste hidrostático



Se o material estiver empedrado. Tais procedimentos devem ser verificados pelo zelador e fiscalizados por todos.

Mesmo que o extintor não tenha sido usado, a recarga deve ser feita:

31





Após um ano – tipo espuma. Após três anos – tipo pó químico seco e água pressurizada.

  Semestralmente – se houver diferença de peso que exceda 5%, tipo



pó químico seco e água pressurizada; 10%, tipo CO2. 

Esvaziar os extintores antes de enviá-los para recarga.



Programar a recarga de forma a não deixar os locais desprotegidos.

(Prefeitura de São de Paulo 2012) 3.5 Port as contrafogo

Elas devem resistir ao calor por 60 minutos, no mínimo. Toda porta cortafogo deve abrir sempre no sentido de saída das pessoas. Seu fechamento deve ser completo. As portas nunca devem ser trancadas com cadeados e não devem ser usados calços, cunhas para mantêlas aberta (Prefeitura de São de Paulo 2012).

3.6 Alarmes de incêndi o

Os alarmes de incêndio podem ser manuais ou automáticos. Os detectores de fumaça, de calor e de temperatura acionam automaticamente estes alarmes. As verificações dos alarmes precisam ser feitas periodicamente, seguindo as instruções do fabricante. A edificação deve contar com um plano de ação para evacuar o local (Prefeitura de São de Paulo 2012). 3.7 Iluminação de emergência

A iluminação de emergência, que entra em funcionamento quando falta energia elétrica, pode ser alimentada por gerador ou bateria e acumuladores (não-automotiva). Para prevenção é necessário uma constantemente a revisão dos pontos de iluminação. Também é necessário a recomendação de emergência nos elevadores (Prefeitura de São de Paulo 2012).

32 3.8

Hidrantes e esguich os

Os hidrantes e mangotinhos devem estar sempre bem sinalizados e desobstruídos (Prefeitura de São de Paulo 2012). A caixa de incêndio deverá conter: 

Registro globo com adaptador, mangueira aduchada (enrolada pelo meio ou em ziguezague), esguicho regulável (desde que haja condição técnica para seu uso) ou agulheta, duas chaves para engate e cesto móvel para acondicionar a mangueira.



Mangotinho, que deve ser enrolado em "oito" ou em camadas nos carretéis e pode ser usado por uma pessoa apenas. Seu abrigo deve ser de chapa metálica e dispor de ventilação.

Verificar: 

Mangueira está com os acoplamentos enrolados para fora, facilitando o engate no registro e no esguicho.





Se a mangueira está desconectada do registro. Se o estado geral da mangueira é bom, desenrolando-a e checando se ela não tem nós, furos e trechos desfiados, ressecados ou desgastados.



Se o registro apresenta vazamento ou está com o volante emperrado.



Se há juntas amassadas.



Se há água no interior das mangueiras ou no interior da caixa hidrante, pois isso pode provocar o apodrecimento da mangueira e a oxidação da caixa (Prefeitura de São de Paulo 2012)

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