Apostila Calculo III
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FIEL – FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA
CÁLCULO III
CÁLCULO III
1
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INTRODUÇÃO Nos cursos de Cálculo I e II foram estudadas funções de uma variável real. Recordemos que uma função de uma variável é uma ”lei f” que associa a cada valor de uma variável x , um único valor de uma variável y . Neste caso x é chamada variável independente e y a variável dependente . Representa-se y = f ( x ) ou de forma mais detalhada escrevemos: f : A → B
x
a
y = f(x)
O conjunto A é o domínio da função f e indi indica camo moss A = D(f ) . Quando não se faz menção ao domínio da função fica subentendido que é o maior subconjunto dos reais onde a expressão (lei f) faz sentido. Alguns exemplos de funções de uma variável: 1) A área de um círculo é função f unção de seu raio, y
= f (r ) =
π r 2 .
2) A pressão p , de certa massa gasosa, que se expande isotermicamente (temperatura constante), depende somente, do seu volume v , p =
k ; k = cte v
Entretanto, freqüentemente, temos situações em que uma grandeza depende simultaneamente, simultaneamente, de várias várias variáveis. Por exemplo: 1) A área A de um retângulo de lados x e y, depende dos valores de x e y , A = xy . 2) A pressão P é função do volume V e da temperatura T , P n, R = cte .
=
n R
T ; V
FUNÇÕES DE DUAS VARIÁVEIS Se uma variável z depende de duas outras, x e y , de modo que a cada par ordenado ( x , y ) , está associado um único valor para z , temos uma função de duas variáveis z = f ( x, y ) . EXEMPLOS a) z = 2 + x 2 + y 2 z = f ( x, y ) = 2 + 12 + 02 = 3 CÁLCULO III
ao par ordenado (1,0) corresponde o número
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INTRODUÇÃO Nos cursos de Cálculo I e II foram estudadas funções de uma variável real. Recordemos que uma função de uma variável é uma ”lei f” que associa a cada valor de uma variável x , um único valor de uma variável y . Neste caso x é chamada variável independente e y a variável dependente . Representa-se y = f ( x ) ou de forma mais detalhada escrevemos: f : A → B
x
a
y = f(x)
O conjunto A é o domínio da função f e indi indica camo moss A = D(f ) . Quando não se faz menção ao domínio da função fica subentendido que é o maior subconjunto dos reais onde a expressão (lei f) faz sentido. Alguns exemplos de funções de uma variável: 1) A área de um círculo é função f unção de seu raio, y
= f (r ) =
π r 2 .
2) A pressão p , de certa massa gasosa, que se expande isotermicamente (temperatura constante), depende somente, do seu volume v , p =
k ; k = cte v
Entretanto, freqüentemente, temos situações em que uma grandeza depende simultaneamente, simultaneamente, de várias várias variáveis. Por exemplo: 1) A área A de um retângulo de lados x e y, depende dos valores de x e y , A = xy . 2) A pressão P é função do volume V e da temperatura T , P n, R = cte .
=
n R
T ; V
FUNÇÕES DE DUAS VARIÁVEIS Se uma variável z depende de duas outras, x e y , de modo que a cada par ordenado ( x , y ) , está associado um único valor para z , temos uma função de duas variáveis z = f ( x, y ) . EXEMPLOS a) z = 2 + x 2 + y 2 z = f ( x, y ) = 2 + 12 + 02 = 3 CÁLCULO III
ao par ordenado (1,0) corresponde o número
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b) z
=
9 - x 2 - y2
Podemos utilizar a representação: f : D ⊂ R2 → R onde R 2 ( x, y ) a z = f ( x, y )
=
{ ( x, y ) / x, y
∈
R}
DOMÍNIO Quando definimos f : D ⊂ R2 → R, ( x,y ) a z = f ( x, y ) , o conjunto D é o domínio da função z = f ( x, y ) . A menos, que o domínio domínio D , seja dado explicitamente, considere que ele é o conjunto mais “amplo” possível de pares ordenados ( x, y ) para os quais as operações que definem f ( x, y ) , es estão definidas. No exemplo a) temos D = R2 , enquanto que no exemplo b) D = { ( x, y ) ∈ R2 / x2 + y2 ≤ 9 } , ou seja, o círculo de raio 3 e centro (0,0). Graficamente: a)
b)
y
y
3
x
−3
3
−3
CONJUNTO IMAGEM Im(f ) = {z = f ( x, y ) / ( x, y ) ∈ D(f ) } No exemplo a) temos Im(f ) = [ 2, ∞ ) e no exemplo b) Im(f ) = [0, 3] EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 1) Determine o domínio das funções abaixo. a) f ( x, y )
=
CÁLCULO III
1 x 2 + y 2
3
x
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Devemos ter x 2 + y 2 ≠ 0 , ou ( x, y ) Logo: D = { ( x, y ) ∈ R2 / ( x, y ) ≠ ( 0, 0)
≠
( 0, 0 ) .
=
R2 - { ( 0, 0) }
graficamente D é constituído pelo plano R 2 exceto a origem (0,0 )
b) f ( x , y )
=
x 2 - y2
Devemos ter x 2 - y2 ≥ 0 , ou seja, x 2 Logo: D = { ( x, y ) ∈ R2 / x ≥ y c) f ( x, y )
=
≥
y 2 , ou x
=
1 x 2 + y 2 - a2
+
y .
1
cos ( x + y ) +
x
Devemos ter x ≠ 0 , logo, D = { ( x, y ) ∈ R2 / x a função cosseno não há restrições sobre x e y . d) z
≥
0 } . Observe que para
≠
y ;a〉0
Devemos ter x 2 + y 2 - a2 〉 0 e y ≥ 0 . Logo: D = { ( x, y ) ∈ R2 / x2 + y2 - a2 〉 0 e y
≥
0
EXERCÍCIOS PROPOSTOS Determine o domínio de cada uma das funções abaixo: 1) f ( x , y )
=
3) f ( x , y )
=
5) f ( x , y )
=
x2
+
y 2 - 16
1 25 - x2 - y2 1 x-y
+ 3
x-y
2) f ( x , y )
= 3
4) f ( x , y )
=
6) f ( x , y )
=
sen ( x - y )
ln ( y - x2 )
RESPOSTAS
CÁLCULO III
9 - x2 - y2
4
+
x-y
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1) D
=
3) D
=
5) D
=
{ ( x, y ) / x2 { ( x, y ) / x2 { ( x, y ) / y
+
y2
≥ 16
+
y2
≠
≠
2) D = R2
25 }
4) D
x}
6) D
{ ( x, y ) / y
=
=
≤
x}
{ ( x, y ) / y 〉 x2
GRÁFICO Recordemos que o gráfico G ( f ) , de uma função f de uma variável definida em D ⊂ R , é o conjunto dos pares ordenados ( x , y ) , com x ∈ D e y = f (x) . A seguir é apresentado apresentado o gráfico da função y = f ( x ) = x 2 com domínio [− 2,2] y 4
3
2
1
x -2
D ⊂
-1
1
2
No caso de uma função de duas variáveis z = f ( x, y ) com domínio R 2 , o gráfico G ( f ) , é definido por:
G ( f ) = { ( x,
y, f ( x, y ) ) / ( x, y )
∈
D}
⊂
R3 . G ( f ) é uma superfície no R 3
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS Esboçar o gráfico das seguintes superfícies: 1) z = f ( x, y ) = 9 - x2 - y2 D =
{ ( x, y )
Im ( f )
=
∈
R2 / x 2
+
y2
≤
9}
≡
círculo de centro c ( 0, 0 ) e raio r = 3
R +
CÁLCULO III
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Para fazer um esboço do gráfico façamos inicialmente as intersecções de G ( f ) , com os planos coordenados x = 0 , y = 0 e z = 0 que são os planos coordenados. 9 - x 2 - y 2 = 0 ⇒ x2 (plano xy ) plano xy de centro C (0,0) e raio r = 3 . z = 0
+
y2
=
9
(circunferência no
y 3
2
1
x -3
-2
-1
1
2
3
-1
-2
-3
y = 0 ⇒
z
=
9 - x2
⇒ x2
+
z2
=
9 (semi-circunferência no plano xz )
=
9 (semi-circunferência no plano yz )
z 3
2
1
x -3
-2
x = 0 ⇒
-1
z
=
1
9 - y2
2
⇒ y2
3
+
z2
z 3
2
1
y -3
-2
-1
CÁLCULO III
1
2
3
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Esboço de G( f )
3 2 2
1 0 0 -2 0
-2 2
2) Parabolóide z
=
x2
+
y 2 (parabolóide de revolução)
Intersecção com os planos coordenados: x = 0 (intersecção com o plano yz ) ⇒ z = y 2 (parábola no plano yz ) z 4
3
2
1
y -2
-1
1
y = 0 (intersecção com o plano xz ) ⇒
2
z
=
x2 (parábola no plano xz )
z 4
3
2
1
x -2
-1
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1
2
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FIEL – FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA z = 0 (intersecção com o plano xy ) ⇒ x 2 + y 2 = 0
(origem (0, 0 ) )
8 6 z
2
4 2
1
0 -2
0
y
-1 -1
0 x
1 2
3) Plano
-2
z = 2 − x − y
Intersecção com os eixos coordenados: x = y = 0 ⇒ z = 2 , x = z = 0 ⇒ y
=
2, y
intersecção com os planos coordenados: x = 0 ⇒ z = 2 - y (reta no plano yz ) y = 0 ⇒ z = 2 − x (reta no plano xz ) z = 0 ⇒ y = 2 - x (reta no plano xy ) z 2
y
2 x
CURVAS DE NÍVEL CÁLCULO III
8
=
z=
0 ⇒ x
=
2
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Dada a função z = f ( x, y ) , as curvas do tipo z = c = cte são chamadas curvas de nível constante, ou curvas de nível da função f . EXEMPLOS 1) Obter as curvas de nível da função z = f ( x, y ) = x 2 + y 2 . Para uma curva de nível c , temos x 2 + y 2 = c , c ≥ 0 . Estas curvas são circunferências no plano xy de centro C ( 0,0 ) e raio c . Algumas curvas de : 1 1 ⇒ x 2 + y 2 = ; c = c = 4 ⇒ x 2 + y 2 = 4 ; c = 1 ⇒ x 2 + y 2 = 1 4 4 y 2
c = 4 1
c = 1 -2
c =
-1
1 1 4
x 2
-1
-2
2) Obter as curvas de nível da função z = f ( x, y ) = c = 4 ⇒ x 2 + y 2
=
1 ; c = 1 ⇒ x 2 + y 2 = 1 4 c =
1
1 4
c = 1 c = 4
-2
-1
x 1
2
-1
-2
CÁLCULO III
x 2 + y 2
; c =
y 2
1
9
.
1 ⇒ x 2 + y 2 = 4 4
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Alguns casos especiais a) Se f ( x , y ) , é a temperatura do ponto ( x , y ) , de uma chapa plana D , as curvas f ( x, y ) = c , são chamadas curvas isotermas . b) Se f ( x , y ) , é a pressão de um gás de volume x e temperatura y , as curvas f ( x, y ) = c , são chamadas linhas isóbaricas . c) Se f ( x , y ) , é o potencial (elétrico ou gravitacional), na região D , do plano x 0y , as curvas f ( x, y ) = c , são chamadas curvas equipotenciais. EXERCÍCIOS PROPOSTOS 1) Fazer um esboço dos gráficos das funções; a) f ( x, y ) = 1 − y 2 b) f ( x, y ) = 6 − x − y c) f ( x, y ) = 25 − x 2 d) f ( x, y ) = 25 − x 2 − y 2 e) f ( x, y ) = 25 − x 2 − y 2 2) Represente no plano xy as curvas de nível c = 0 , c = 1 e c = 4 para as funções indicadas: a) z = f ( x, y ) = x 2 + y 2 − 9 b) z = f ( x, y ) = x 2 + y 2 − 9 3) O
potencial
V ( x, y ) =
elétrico
4
17 − x para 4 volts.
2
2
no
ponto
( x, y )
é
definido
V em volts. Determine a curva eqüipotencial
− y
4) Seja f ( x, y ) = x 2 + y 2 .Determine as curvas de nível c 1 = 1 e c 2 = 2 .
CÁLCULO III
por
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CONTINUIDADE Seja uma função f , definida em D ⊂ R 2 , com valores em R . Sendo P0 = ( x0 , y 0 ) , um ponto do domínio de f , dizemos que f , é contínua em P 0 , se para pontos P , “próximos” a P 0 , temos f ( P ) , “próximo” de f ( P 0 ) , ou seja: f é contínua em P0
⇔
P ≅ P0 ⇒ f ( P )
≅
f ( P0 )
Intuitivamente a continuidade de uma função num ponto P 0 exprime que o gráfico de f não apresenta um “furo ” ou uma “ruptura ” de qualquer espécie nesse ponto sobre o gráfico de f . EXEMPLOS 1) f ( x, y ) = 8 − x − 2y z
5
P (1,1,5)
1
y
1
x
f é contínua em P 0 (1,1)
f é contínua em todos os pontos ( x, y ) ∈ R 2
8 − x − 2y se ( x, y ) ≠ (1,1) 2) f ( x, y ) = se ( x, y ) = (1,1) 9
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D(f ) = R 2
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Com esta definição f não é contínua em (1, 1) . Observe que para pontos próximos de (1, 1) , temos os valores de f ( x, y ) próximos de 5 e não de z
9
5
1
y
1
x
f (1,
1) = 9 . f ( x, y ) é contínua em todos os pontos ( x, y ) ≠ (1, 1) .
DERIVADAS PARCIAIS Vamos relembrar o caso da derivada de uma função de uma variável (Cálculo I). Dada a função y = f ( x ) e x0 ∈ ( a, b ) . f ′ ( x 0 ) =
lim
∆x →0
f ( x0 + ∆x ) − f ( x 0 ) ∆x
se o limite existir e for finito.
Geometricamente o número f ′ ( x 0 ) representa o coeficiente angular da reta tangente t ao gráfico de f no ponto ( x0 , f ( x 0 ) ) . f ′ ( x0 ) = tgα y y = f ( x )
t
y 0 α
x 0
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x
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A existência da derivada de f ( x ) no ponto x 0 indica que o gráfico de f ( x ) ,
próximo de ( x0 , f ( x 0 ) ) apresenta-se “suave ”, no sentido que admite uma reta tangente. Funções que apresenta “bicos ” (pontos angulosos) ou rupturas não são deriváveis nestes pontos. Consideremos uma função de duas variáveis f : D ⊂ R 2 → R dada por z = f ( x, y ) . A derivada parcial de da função f em relação à variável x num ponto ( x0 , y 0 ) indicada por fx ( x0 , y 0 ) ou existir): fx ( x0 , y 0 ) =
∂f
( x0 , y 0 ) , é definida pelo limite (se
∂x
f ( x0 + ∆x, y 0 ) − f ( x0 , y 0 )
lim
∆x
∆x →0
Analogamente a derivada parcial de da função f em relação à variável y num ponto ( x0 , y 0 ) indicada por fy ( x0 , y 0 ) ou
∂f ∂y
( x0 , y 0 ) , é definida pelo limite
(se existir):
fy ( x0 , y 0 ) =
lim
f ( x0 , y 0 + ∆y ) − f ( x0 , y 0 ) ∆y
∆y →0
EXEMPLO Dada z = f ( x, y ) = x 2 + y 2 . Num ponto ( x, y ) qualquer, temos:
fx ( x, y ) =
lim
f ( x + ∆x, y ) + f ( x, y )
∆x →0
∆x
=
( x + ∆x )2 + y 2 − ( x 2 + y 2 ) = lim ∆x
∆x →0
2
=
lim
x 2 + 2x ∆x + ( ∆x ) + y 2 − x2 − y 2
∆x →0
∆x
=
lim ( 2x + ∆x ) = 2x
∆x →0
Então se f ( x, y ) = x 2 + y 2 temos fx ( x, y ) = 2x . Analogamente mostra-se que fy ( x, y ) = 2y . Assim para obter a derivada parcial da função f em relação à x , mantemos y constante e derivamos f em relação à variável x , enquanto que para obter a derivada parcial em relação à y , fazemos x constante. Outros exemplos:
CÁLCULO III
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FIEL – FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA ∂f 2 f = = 3 x + 3 y x ∂x 1) f ( x, y ) = x 3 + 2y 3 + 3 xy ⇒ fy = ∂f = 6 y 2 + 3 x ∂y ∂f f = x ∂x = cos y 2) f ( x, y ) = x cos y ⇒ fy = ∂f = − xseny ∂y
3) f ( x, y ) = x
2
+
2
y = (x
2
1 2 2 +y
)
x ∂f f = = x ∂x x 2 + y 2 ⇒ y f y = ∂f = ∂y x 2 + y 2
EXERCÍCIOS PROPOSTOS: A) Para as funções abaixo, encontrar fx e f y : 1) f ( x, y ) = x 4 + xy + y 3 2) f ( x, y ) = x 2sen y + x 3 y 4 3) f ( x, y ) = sen x.cos y + x 2 − y 2 4) f ( x, y ) = 5) f ( x, y ) =
x 2 − y 2 x 2 + y 2 sen x + cos y tg y
6) f ( x, y ) = tg x . sen y − y 2 cos x 7) f ( x, y ) = 8) f ( x, y ) =
2x 3 − 4 x + y x 2 x 3 − 2 x + y x 2 + 1 10
9) f ( x, y ) = ( x 2 + y 2 )
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10) f ( x, y ) = x −3senx + y ln x 11) f ( x, y ) = xe y + y senx 12) f ( x, y ) = e x
2 − 2 x
seny + y 2 − 3xy
13) f ( x, y ) = x 2 − 2x 2 y + xy 2 + y 3 14) f ( x, y ) =
1 3
x 3 y 2
15) f ( x, y ) = ln( x 2 + y 2 ) x +3 y +3
16) f ( x, y ) = e
17) f ( x, y ) = sen( x 2 + y 2 ) B ) Calcule as derivadas parciais f x e
f y
nos pontos indicados:
a) f ( x, y ) = 7 xy 2 − 7 x 2 y 3 ; P (1,1)
b) f ( x, y ) = x 2 + 2x 3 y 7 ; P (1,0)
C ) Mostre que, se z = ln x 2 + y 2 então x ⋅
∂z
D ) Sendo f ( x, y ) = x ⋅ e x
2 + y 2
, calcule y ⋅
∂f ∂x
∂x
+ y ⋅
− x ⋅
∂z ∂y
= 1.
∂f ∂y
SIGNIFICADO GEOMÉTRICO DA DERIVADA PARCIAL As derivadas parciais da função z = f ( x, y ) são interpretadas geometricamente do seguinte modo: ao calcularmos a derivada parcial ∂f ∂x consideramos a variável y como constante e assim f ( x, y ) fica somente em função da variável x, cujo gráfico é uma curva no espaço, intersecção do gráfico de f com o plano vertical correspondente a y = constante. Assim a ∂f derivada parcial é o coeficiente angular da reta tangente à curva no ∂x
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ponto (x,y,f(x,y)) obtida por tal intersecção nesse ponto. Analogamente ∂f interpretamos a derivada parcial . ∂y
OUTRAS INTERPRETAÇÕES Consideremos T ( x, y ) a temperatura no ponto ( x, y ) de uma chapa D , contida no plano xOy . Tx ( x0 , y 0 ) =
∂T ∂x
( x0 , y 0 ) representa a taxa de variação da temperatura
em relação a distância percorrida na direção do eixo x , (sentido positivo), a partir do ponto ( x0 , y 0 ) (taxa instantânea) Ty ( x0 , y 0 ) =
∂T ∂y
( x0 , y 0 ) representa a taxa de variação da temperatura
em relação a distância percorrida na direção do eixo y , (sentido positivo), a partir do ponto ( x0 , y 0 ) (taxa instantânea) Suponha que uma indústria produza dois artigos I e II, e que C ( x, y ) represente o custo de produção de x unidades do produto I e y unidades do produto II.
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FIEL – FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA Cx ( x0 , y 0 ) =
∂C ∂x
( x0 , y 0 ) representa o aumento aproximado no custo por
unidade de I, produzida a mais a partir de ( x0 , y 0 ) mantendo a produção de II constante. Analogamente,
Cy ( x0 , y 0 ) =
∂C ∂y
( x0 , y 0 )
representa
o
aumento
aproximado no custo por unidade de II, produzida a mais a partir de ( x0 , y 0 ) mantendo a produção de I constante. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 1) Encontrar o coeficiente angular da reta tangente à curva que é a intersecção do gráfico de z = 10 − x 2 − 2y 2 com o plano y = 1 no ponto onde x = 2 . Resolução: O coeficiente angular pedido é dado por f x ( 2,1) Como f ( x, y ) = 10 − x
2
− 2y
2
=
(10 − x
2
1 2 2 − 2y ,
)
segue que
1 1 − x 2 2 −2 e, portanto fx ( x, y ) = (10 − x − 2y ) ( −2 x ) = 2 2 2 10 − x − 2y fx ( 2,1) = tg α = −1
2) A temperatura do ponto ( x, y ) (x,y em cm e T em graus Celsius) de uma chapa plana é T ( x, y ) = 30 + 50 − x 2 − y 2 . a) Determine domínio de T ( x, y ) (formato da chapa) e a temperatura do ponto ( 3,4 ) ; b) Se a partir do ponto ( 3,4 ) uma formiga caminhar na direção do eixo x, sentido positivo, a temperatura aumentará ou diminuirá? Qual o valor desta taxa? Resolução: a) D = {( x, y ) ∈ R 2 / x 2 + y 2 ≤ 50} . A chapa D possui formato circular (raio r = 50 cm ). T ( 3,4 ) = 30 + 50 − 9 − 16 = 35o C b) Como a formiga se moverá na direção do eixo x, teremos y = cte . Logo T x ( 3,4 ) representará a taxa de variação da temperatura neste ponto e CÁLCULO III
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nesta
1 1 2 2 2 Tx ( x, y ) = ( 50 − x − y ) 2
direção.
x
=−
50 − x
2
2
e
assim
− y
o 3 = −0,6 C . Portanto a temperatura nesta direção diminuirá de cm 5 0,6 o C por cm .
T x ( 3,4 ) = −
3) Numa empresa comercial, o lucro diário L é uma função do número de vendedores x e do capital investido em mercadorias y (y em milhares de reais). 2 2 Numa certa época tem-se L ( x, y ) = 400 − (12 − x ) − ( 40 − y ) . a) Calcule o lucro diário se a empresa tem 7 vendedores e 30 mil reais investidos, b) Calcule
∂L
( 7,30 ) e
∂x
∂L ∂y
( 7,30)
c) O que é mais lucrativo, a partir da situação a? Aumentar de uma unidade o número de vendedores, mantendo o capital investido, ou investir mais 1 mil reais, mantendo o numero de vendedores? Resolução: 2 2 a) L ( 7,30 ) = 400 − (12 − 7 ) − ( 40 − 30 ) = 275 mil reais b)
∂L
( x, y ) = −2 (12 − x )( −1) ⇒
∂x
de lucro por vendedor admitido, ∂L ∂y
( x, y ) = −2 ( 40 − y )( −1) ⇒
∂L ∂y
∂L
( 7,30 ) = −2 (12 − 7 )( −1) = 10 mil reais
∂x
( 7,30) = −2 ( 40 − 30 )( −1) = 20 mil reais de
lucro por 1 mil reais investido, c) É mais lucrativo o investimento de mais 1 mil reais, pois o lucro deve aumentar de aproximadamente 20 mil reais enquanto que se admitindo mais 1 vendedor o lucro aumentaria aproximadamente de 10 mil reais. EXERCÍCIOS PROPOSTOS 1) Dada a função f ( x, y ) = y 2 + a) b)
1
x 2 + y 2 Determine o domínio de f ∂f ∂f Calcule ( 3,4 ) e ( 3,4 ) ∂x ∂y
c) Calcule o coeficiente angular da reta tangente a curva que é a intersecção do gráfico de f com o plano x = 3 no ponto em que y = 4 . 2) A temperatura do ponto ( x, y ) de uma chapa é dada por T ( x, y ) = 2x 2 + 3y 2 + 15 (T em oC e x,y em cm) CÁLCULO III
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a) Determine a equação da isoterma que passa pelo ponto (1,2 ) b) Se a partir do ponto (1,2 ) nos movermos no sentido positivo do eixo x , a temperatura aumentará ou diminuirá? De quantos o C/cm aproximadamente? c) Em que ponto ( a,b ) a temperatura vale 45 o C , sendo a taxa de variação da temperatura com relação a distância percorrida na direção do eixo y, sentido positivo,igual a 12 o C/cm ? (a,b positivos). 3) Para um gás ideal a temperatura T é uma função do par ( P,V ) , P (pressão), V (volume). Sendo T =
interprete o número obtido.
PV
40
, calcule
∂T ∂P
no ponto (500,200) e
4) Um fábrica produz mensalmente x unidades de um produto I e y unidades de um produto II, sendo o lucro mensal da produção conjunta dado por L ( x, y ) = 15000 + 2 x 2 + 8 y 2 (L em reais). Num certo mês foram produzidas 2000 unidades de I e 1000 unidades de II. a) Calcule o lucro da produção conjunta neste mês; b) Calcule
∂L
e
∂x
∂L ∂y
neste mês;
c) O que é mais conveniente a partir dessa situação: aumentar a produção de I mantendo constante a de II, ou aumentar a de II mantendo a de I? 5) Para um mol de um gás as grandezas P (pressão), V (volume) e T (temperatura absoluta) relacionam-se através da equação a P + (V − b ) = RT com a, b, R constantes. V 2 a) Represente P em função de T e V, isto é P = P (T ,V ) 8a b) Calcule P (T0 ,V 0 ) onde T 0 = e V0 = 3b 27bR c) Calcule
∂P
∂P
∂T
∂V
(T0 ,V 0 ) e
(T0 ,V 0 )
Respostas 1) a) D = R 2 − {( 0,0 )} c) tg β = f y ( 3,4 ) =
∂f
( 3,4 ) = −
∂x
3 125
∂f ∂y
( 3,4 ) =
996 125
996 125
2) a) 2 x 2 + 3 y 2 = 14 c) ( a, b ) = ( 3,2 ) CÁLCULO III
b)
b) aumenta de 4oC por cm aproximadamente
19
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3)
∂T
( 500,200 ) = 5 é o aumento aproximado na temperatura por unidade de
∂P
pressão, a partir do ponto indicado. 4) a) L ( 2000,1000 ) = 19000
b)
∂L
( 2000,1000 ) = 1
∂x
∂L ∂y
( 2000,1000 ) = 2
c) é mais conveniente aumentar a produção de II 5) a) P =
RT a − V − b V 2
b) P (T0 ,V 0 ) =
a
c)
27b 2
∂P ∂T
(T0 ,V 0 ) =
R 2b
∂P ∂V
(T0 ,V 0 ) = 0
DERIVADAS PARCIAIS SUCESSIVAS Dada z = f ( x, y ) , sabemos calcular as derivadas parciais f x e f y que ainda são funções de x e y . As derivadas parciais de f x e f y são chamadas derivadas parciais de 2 a ordem. Existem, portanto quatro derivadas parciais de 2a ordem. São elas: Derivada parcial de f x em relação à x indicada por f xx ou Derivada parcial de f x em relação à y indicada por f xy ou Derivada parcial de f y em relação à x indicada por f yx ou Derivada parcial de f y em relação à y indicada por f yy ou Assim, ∂f ∂ 2f f xx = = ∂x ∂x ∂x 2 2 ∂ ∂f ∂ f f xy = = ∂y ∂x ∂y ∂x 2 ∂ ∂f ∂ f f yx = = ∂x ∂y ∂x ∂y 2 ∂ ∂f ∂ f f yy = = ∂y ∂y ∂y 2 ∂
CÁLCULO III
20
∂
2
f
2 ∂x 2 ∂ f ∂y ∂x 2 ∂ f ∂x ∂y 2 ∂ f 2 ∂y
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As derivadas parciais f xy e f yx são chamadas derivadas mistas de 2 a ordem. Pode-se mostrar que se f , f x , f y , f xy e f yx são contínuas no domínio D então as derivadas mistas de 2 a ordem são iguais, isto é, fxy = f yx . Este resultado é conhecido como teorema de Schwartz . As derivadas parciais das funções f xx , f xy , f yx e f yy são as derivadas parciais de 3a ordem e assim sucessivamente. O diagrama abaixo ilustra a geração das derivadas parciais de ordem superior. Para uma função de duas variáveis, existem 2n derivadas parciais de ordem n . Por exemplo, existem 23 = 8 derivadas parciais de ordem 3.
f xx =
f x =
∂
f xxx =
2
f
∂
∂f ∂x
∂
f xy =
f xyy =
f yx =
f y =
2
f ∂x ∂y
∂y
f yyx = f yy =
∂
∂
3
f
2 ∂y ∂x
3 ∂ f f yxx = 2 ∂x ∂y
f yxy =
∂f
3
f ∂x ∂y ∂x
f ∂y ∂x
∂
f
∂
2
f
3
2 ∂y ∂x
f xyx = ∂
f
3 ∂x
2 ∂x
f xxy =
3
2
f
2 ∂y
f yyy =
∂
3
f ∂y ∂x ∂y ∂
3
f
2 ∂x ∂y
∂
3
f
3 ∂y
EXEMPLO Se f ( x, y ) = x 3 y 2 + x 5 + y 7 , temos: fx = 3 x 2 y 2 + 5 x 4 ; fy = 2 x 3 y + 7 y 6
CÁLCULO III
21
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De fx = 3 x 2 y 2 + 5 x 4 ⇒ fxx = 6 xy 2 + 20 x 3 e fxy = 6 x 2 y De fy = 2 x 3 y + 7 y 6 ⇒ fyx = 6 x 2 y e fyy = 2 x 3 + 42y 5 De fxx = 6 xy 2 + 20 x 3 ⇒ fxxx = 6 y 2 + 60 x 2 e fxxy = 12 xy De fxy = 6 x 2 y ⇒ fxyx = 12 xy e fxyy = 6 x 2 De fyx = 6 x 2 y ⇒ fyxx = 12 xy e fyxy = 6 x 2 De fyy = 2 x 3 + 42 y 5 ⇒ fyyx = 6 x 2 e fyyy = 210 y 4 Ainda de fxxx = 6y
2
2
+ 60 x
teríamos fxxxx =
sucessivamente.
∂
4
f
4 ∂x
= 120 x
;
∂
5
f
5 ∂x
= 120 ,
e assim
EXERCÍCIOS 1) Se f ( x, y ) admite derivadas parciais até 2a ordem, chama-se Laplaciano de 2
f à função ∇ f ( x, y ) =
a) f ( x, y ) = x 4 − y 4 d) f ( x, y ) =
∂
2
∂x
f
xy + 2( , )
b) f ( x, y ) =
∂
2
f
xy 2 ( , ) . Calcule
∇
2
∂y
1
f
para as funções;
c) f ( x, y ) = sen ( x 2 − y 2 )
x 2 + y 2
2 x x 2 + y 2
2) Uma função f ( x, y ) é Harmônica se e somente se o Laplaciano de f é sempre igual a zero. Mostre que são harmônicas as funções: a) f ( x, y ) = ln ( x 2 + y 2 )
b) f ( x, y ) = e x seny + e y cos x
3) Calcular as derivadas até 3a ordem de : f ( x, y ) = x 4 + y 4 + senx + cos y ; 3
4) Se w = ( y − 2 x )
−
y − 2 x , mostre que w xx − 4w yy = 0 .
5) Seja z = x cos y . Determine: a)
∂
2
z
2 ∂x
b)
∂
2
z
2 ∂y
c)
∂
2
z . ∂y ∂x
6) Seja f ( x, y ) = 3x + 2y . Determine a inclinação da superfície z = f ( x, y ) no ponto (4,2) nas direções: a) x e b) y. 7) Sendo f ( x, y ) = y 3e − 5 x , determine: a) f xyy (0,1)
b) f yyy (0,1)
CÁLCULO III
22
c) f yyxx (0,1) .
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VARIAÇÃO REAL DE UMA FUNÇÃO DE DUAS VARIÁVEIS Se z = f ( x, y ) é uma função de duas variáveis, então os símbolos ∆x e A notação ∆z ∆y denotam acréscimos a x e y respectivamente. representará o acréscimo correspondente á variável dependente, isto é: ∆z = f
( x + ∆x, y + ∆y ) − f ( x, y )
Deste modo ∆z representa a variação do valor de f quando P1 ( x, y ) varia para P2 ( x + ∆x, y + ∆y ) , ou seja, ∆z = f ( P2 ) − f ( P1 ) . EXEMPLO Se z = f ( x, y ) = 3 x 2 − xy , obter ∆z . Qual a variação de f ( x, y ) quando ( x, y ) varia de (1,2 ) para (1,01 ; 1,98) ? Resolução: 2 2 ∆z = f ( x + ∆x, y + ∆y ) − f ( x, y ) = 3 ( x + ∆x ) − ( x + ∆x )( y + ∆y ) − ( 3 x − xy ) = 2
2
2
= 3 x + 6 x ∆x + 3 ( ∆x ) − xy − x ∆y − y ∆x − ∆x ∆y − 3 x + xy = =
6 x ∆x + 3 ( ∆x )
2
− x ∆y − y ∆x − ∆x ∆y
Para achar a variação desejada em f ( x, y ) , fazemos x = 1 , y = 2 , ∆x = 0,01 e ∆y = −0,02 , obtendo-se ∆z = 0,0605 . Naturalmente poderíamos encontrar este valor calculando f (1,01;1,98 ) − f (1,2 ) . A DIFERENCIAL TOTAL DE UMA FUNÇÃO DE DUAS VARIÁVEIS As derivadas parciais de z = f ( x, y ) indicam o quanto a função varia em relação a pequenas mudanças de suas variáveis. Em particular, se ∆x e ∆y são pequenos, então para um ponto ( x0 , y 0 ) uma variação em x de ∆x ∂f resultará uma variação em z = f ( x, y ) de aproximadamente ( x0 , y 0 ) .∆x e ∂x uma variação em y de ∆y resultará uma variação em z = f ( x, y ) de ∂f aproximadamente ( x0 , y 0 ) .∆y . Assim, quando ambas ∆x e ∆y estiverem ∂y ocorrendo, a variação da função z será dada por: ∆z =
∂f ∂x
∆x +
∂f ∂y
CÁLCULO III
∆y
23
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Definimos as diferenciais dx e dy das variáveis independentes x e y como dx = ∆x e dy = ∆y . A diferencial total dz da variável dependente z é definida por: dz = fx ( x, y ) ⋅ dx + fy ( x, y ) ⋅ dy
ou
dz =
∂f ∂x
( x, y ) ⋅ dx +
∂f ∂y
( x, y ) ⋅ dy
EXEMPLO Se z = f ( x, y ) = 3 x 2 − xy , determinar a diferencial dz e utilizá-la par obter uma aproximação da variação de z = f ( x, y ) se ( x, y ) varia de (1,2 ) para (1,01 ; 1,98) . Resolução: dz = fx ⋅ dx + fy ⋅ dy = ( 6 x − y ) dx + ( − x ) dy .
Fazendo x = 1 , y = 2 , dx = ∆x = 0,01 dz = ( 6 − 2 )( 0,01) + ( −1)( −0,02 ) = 0,06
e
dy = ∆y = −0,02 ,
obtemos
Mostramos no exemplo anterior que ∆z = 0,0605 . Logo o erro cometido decorrente da utilização de dz no lugar de ∆z é de ∆z − dz = 0,0605 − 0,06 = 0,0005
Quando nos movemos de ( x0 , y 0 ) para um ponto próximo, podemos descrever a variação correspondente do valor de uma função z = f ( x, y ) como: Variação Absoluta Verdadeira (real) = ∆z = f ( x + ∆x, y + ∆y ) − f ( x, y ) Variação Absoluta Aproximada = dz = fx ( x, y ) ⋅ dx + fy ( x, y ) ⋅ dy DIFERENCIABILIDADE Dizemos que z = f ( x, y ) é diferenciável no ponto ( x0 , y 0 ) se ∆z puder ser escrito na forma ∆z = fx ( x0 , y 0 ) ∆x + f ( x0 , y 0 ) ∆y + ε1∆x + ε 2 ∆y onde ε 1 e ε 2 tendem a zero quando ( ∆x, ∆y ) → ( 0,0 ) . TEOREMA Se uma função z = f ( x, y ) é diferenciável em ( x0 , y 0 ) então f é contínua em ( x0 , y 0 ) . CÁLCULO III
24
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EXERCÍCIOS 1) Dada a função z = f ( x, y ) = x 2 + 3 y 2 e o ponto (1,2 ) , calcule; a) f (1 + ∆x,2 + ∆y ) ) b) ∆z = f (1 + ∆x,2 + ∆y ) − f (1,2 c) dz =
∂f ∂x
(1,2) ⋅ ∆x +
∂f ∂y
2) No exercício anterior se compará-los.
(1,2 ) ⋅ ∆y
∆x =
0,02 e
∆y = 0,01,
calcular
∆z ,
dz
e
3) Uma lata cilíndrica fechada, de estanho deve ter raio interno de 2 dm e altura interna 4 dm , sendo 5 mm a espessura das paredes. Utilizando diferenciais, encontrar o volume aproximado do estanho necessário para fabricá-la. E 2 4) A potência consumida num resistor elétrico é P = em watts. Num R certo instante tem-se E = 200 volts e R = 8 ohms . Se E diminui de 5 volts e R de 0,2 ohms , de quanto varia aproximadamente a
potência? 5) A superfície de um retângulo é dada por S = b .h , onde b é a base e h a altura. Usando diferenciais, calcule de quanto varia a superfície se h = 10m , b = 8m , a base varia de + 1cm e a altura de + 5cm ? Respostas 1) a) 13 + 2∆x + 12∆y + ( ∆x )
b) ∆z = 2∆x + 12∆y + ( ∆x )
2
2
+ 3 ( ∆y )
+ 3 ( ∆y )
2
2
c) dz = 2∆x + 12∆y 2) ∆z = 0,1607
dz = 0,16
3) 3,77 dm 3 4) dP ≅ −125 W 5) dS = 0,5m 2
CÁLCULO III
25
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A REGRA DA CADEIA No Cálculo I, quando tínhamos a situação y = f ( x ) com x dependendo de t , a derivada
dy dt
podia ser calculada por substituição da variável x , ou
pela chamada regra da cadeia (derivada da função composta) dada por dy dy dx = ⋅ . dt dx dt
escrever y
=
ser obtida por
Por exemplo, se y = f ( x ) = x10 com x = t 2 + 1, podemos 10
x10 = ( t 2 + 1)
e a derivada de y em relação à variável t , pode
9 dy dy dx 9 2 = ⋅ = 10 x ( 2t ) = 20t ( t + 1) . dt dx dt
O CASO DE MAIS DE UMA VARIÁVEL (1a Regra da Cadeia) Suponhamos que temos z = f ( x, y ) , onde as variáveis x e y dependem de uma nova variável t . Se substituirmos x e y pelas expressões segundo as quais dependem da variável t , z depende de uma única variável t , ou seja, z = f ( x(t ), y (t )) = F (t ) . A derivada de z em relação à t pode ser obtida como função de uma variável, z′ = F ′(t ) . Esta mesma derivada pode ser obtida pela chamada primeira regra da cadeia, ou seja, por: F ′(t ) =
dz ∂z dx ∂z dy = + dt ∂x dt ∂y dt
EXEMPLOS 1) Se z = f ( x, y ) = π x 2 y onde x = t 3 e y = 2t , calcular Resolução:
dz dt
2
1o modo: Por substituição: z = π x 2 y = π (t 3 ) ( 2t ) = 2π t 7 e 2o modo: Pela regra da cadeia:
dz 6 = 14π t dt
dz ∂z dx ∂z dy 2 2 = ⋅ + ⋅ = ( 2π xy ) ⋅ ( 3t ) + (π x ) ( 2 ) = dt ∂x dt ∂y dt =
6π xyt 2 + 2π x 2 = 6π ( t 3 ) ( 2t ) t 2 + 2π ( t 3 )
2
6
= 12π t + 2π t
6
= 14π t
6
2) Sendo f ( x, y ) = u = x 2 + y 2 onde x = t + 1 e y = 2t , calcular Resolução: CÁLCULO III
26
du . dt
FIEL – FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA ∂u ∂x
=
∂u
2 x
∂y
=
∂x
2y
∂t
∂y
=1
∂t
=
2
du = 2 x + 4 y = 2(t + 1) + 8 t = 10t + 2 dt
A REGRA DA CADEIA GENERALIZADA Suponhamos que z = f ( x, y ) com x = x (u,v ) e y = y (u,v ) isto é, z depende de x e y que por sua vez dependem de duas outras variáveis u e v . Substituindo x e y em f vemos que z depende de u e v . Isto é, z = f ( x, y ) = f ( x ( u,v ) , y ( u,v ) ) = F ( u,v ) . Sendo funções diferenciáveis, podemos obter as derivadas de z em relação à u e v . Temos: ∂z ∂u
=
∂z ∂x ∂z ∂y ⋅ + ⋅ ∂x ∂u ∂y ∂u
e
∂z ∂v
=
∂z ∂x ∂z ∂y ⋅ + ⋅ ∂x ∂v ∂y ∂v
EXEMPLO Se z = f ( x, y ) = x 2 + y 2 onde x = r cosθ e y = r senθ , encontrar
∂z ∂r
e
Resolução: ∂z ∂r
=
∂z ∂x ∂z ∂y ⋅ + ⋅ = ( 2 x )( cos θ ) + ( 2y )( senθ ) ∂x ∂r ∂y ∂r
Se substituirmos x e y temos ∂z ∂θ
=
= −2r
∂z
⋅
∂x
∂x ∂θ
+
∂z
⋅
∂y
∂y ∂θ
= ( 2 x )( −r
∂z ∂r
=
2r cos2 θ + 2r sen2 θ = 2r
θ ) = senθ ) + ( 2 y )( r cos
senθ cosθ + 2r senθ cos θ = 0
EXERCÍCIOS 1) Sendo u = ln x 2 + y 2 , x = r e s , y = r e s , determine −
∂u ∂r
2) Sendo z = x 2 + y 2 + xy , x = 2r + s , y = r − 2s , calcule 3
CÁLCULO III
27
e
∂z ∂r
∂u ∂s
+4
.
∂z ∂s
∂z ∂θ
.
FIEL – FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA dF 1 3) Se f ( x, y ) = x 3 y − y 4 ; x = ; y = ln t , obtenha . t
dt
4) Por meio da regra da cadeia, ache r = pq 2
5) Calcule
∂w ∂p
∂w
e
∂q
sendo w = r 3 + s 2 ,
e s = p 2senq . ∂w ∂x
e
∂w ∂y
com w = u senv , u = x 2 + y 2 e v
=
xy .
Respostas 1) 3) 4) 5)
∂u ∂r
=
1 r
,
e2s − e −2s = 2s e + e −2s ∂s
∂u
2) 3
∂z ∂r
+4
∂z ∂s
= 30r + 15s
dF −3ln t 1 4(ln t )3 = + 4 − dt t4 t t ∂w ∂p ∂w ∂x
=
3 p 2q 6 + 4 p3sen 2q
=
2xsenxy + y ( x 2 + y 2 ) cos xy
CÁLCULO III
∂w ∂q
=
6 p3q 5 + 2 p 4senq cos q
∂w ∂y
=
2ysenxy + x ( x 2 + y 2 ) cos xy
28
FIEL – FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA
A DERIVADA DIRECIONAL Seja z = f ( x, y ) numa função definida em D ⊂ R 2 e ( x0 , y 0 ) ∈ D . Sabemos calcular neste ponto a taxa de variação de f em relação à x , mantido y fixo, e a taxa de variação de f em relação à y , mantido x fixo. Estas taxas são as derivadas parciais de f em relação x e a y respectivamente. Geometricamente elas descrevem o comportamento da função f ( x, y ) ( crescimento ou decrescimento) quando, a partir de um ponto ( x0 , y 0 ) caminhamos na direção do eixo x ( fx ( x0 , y 0 ) ) e na direção do eixo y
( fy ( x0, y 0 ) ) . y
y 0
x
x 0
Queremos agora descrever o comportamento da função f ( x, y ) quando a partir de ( x0 , y 0 ) , caminhamos numa direção qualquer determinada pela reta orientada r que forma um ângulo α como eixo x (sentido positivo). A taxa de variação de f em relação à distância percorrida na direção de r será chamada derivada direcional de f ( x, y ) no ponto ( x0 , y 0 ) na direção α , e será representada por fα ( x0 , y 0 ) . r
y
α y 0
x
x 0
CÁLCULO III
29
FIEL – FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA
Vamos definir de modo mais preciso a derivada direcional. Tomando como parâmetro o comprimento de arco s temos que a equação paramétrica de r é: x = x0 + s ⋅ cos α α fixado , s ∈ r y y s α = + ⋅ sen 0
r :
r y s sen α
α y 0 s cos α
x 0
x
Para obter os valores da função z = f ( x, y ) sobre os pontos da reta r é x ( s ) = x0 + s ⋅ cos α suficiente compor f ( x, y ) com as funções obtendo-se = + ⋅ sen y s y s α ( ) 0 F ( s ) = f ( x ( s ) , y ( s ) ) = f ( x0 + s ⋅ cos α , y 0 + s ⋅ senα )
Para calcular a taxa de variação de f ( x, y ) no ponto ( x0 , y 0 ) ∈ r que é dada por F ′ ( s ) , podemos utilizar a regra da cadeia do seguinte modo: F ( s ) = f ( x0 + s ⋅ cos α , y 0 + s ⋅ sen α ) ⇒ F ′ (s ) =
df ∂f dx ∂f dy ∂f ∂f ( x, y ) = ⋅ + ⋅ = ⋅ cos α + ⋅ sen α ds ∂x ds ∂y ds ∂x ∂y
Portanto, fα ( x0 , y 0 ) =
∂f ∂x
( x0 , y 0 ) ⋅ cosα +
∂f ∂y
( x0 , y 0 ) ⋅ se nα
Ou fα ( x0 , y 0 ) = fx ( x0 , y 0 ) ⋅ cos α + fy ( x0 , y0 ) ⋅ s en α
CÁLCULO III
30
FIEL – FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA
Casos particulares importantes: Para α = 0o , temos f0o ( x0 , y 0 ) = fx ( x0 , y0 )
•
Para α = 90o , temos f90o ( x0 , y 0 ) = fy ( x0 , y0 ) • Para α ′ = α + π , temos: fα π ( x0 , y 0 ) = fx ( x0 , y 0 ) ⋅ cos (α + π ) + fy ( x0 , y0 ) ⋅ sen (α + π ) •
+
∴ cos (α + π ) = − cos α e sen (α + π ) = −senα fα π ( x0 , y 0 ) = fx ( x0 , y 0 ) ⋅ ( − cos α ) + fy ( x0 , y0 ) ⋅ ( − senα ) = −fα ( x0 , y0 ) +
EXEMPLOS 1) Para a função f ( x, y ) = x 2 y , obter a derivada direcional no ponto (1,2 ) , na direção α = 30o . Resolução fx ( x, y ) = 2 xy Como segue que 2 f x y x = , ( ) y
f x (1,2 ) = 4 e, portanto, f = 1,2 1 ( ) y
3 1 1 o o f f sen = ⋅ + ⋅ = + (1) = 2 3 + = 3,9641 1,2 1,2 cos30 1,2 30 4 ( ) ( ) ( ) ( ) o x y 2 30 2 2
f
2) A temperatura de uma chapa é dada por T ( x, y ) = x 2 + y 2 + 15 , onde x e y são as coordenadas de um ponto, em cm , e T é dada em o C . Calcule de quanto varia, aproximadamente, a temperatura se caminharmos 1 cm a partir do ponto ( 3,4 ) na direção: a) α = 30o b) α = 210o Resolução: Tx ( x, y ) = 2 x T x ( 3,4 ) = 6 Temos: , ⇒ Ty ( x, y ) = 2y T y ( 3,4 ) = 8 Logo:
a) T30o ( 3,4 ) = Tx ( 3,4 ) ⋅ cos30o + T y ( 3,4 ) ⋅ sen30o = =
6⋅
CÁLCULO III
3 1 + 8 ⋅ = 3 3 + 4 ≅ 9,2 2 2
31
FIEL – FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA o ( 3,4 ) ≅ 9,2 C cm , isto é, a temperatura deverá aumentar de 9,2 aproximadamente.
T
30o
o C
cm
b) T210o ( 3,4 ) = Tx ( 3,4) ⋅ cos210o + T y ( 3,4 ) ⋅ sen210o = 3 1 6 ⋅ − + 8 ⋅ − = −3 3 − 4 ≅ −9,2 2 2 o o T o ( 3,4 ) ≅ −9,2 C cm , e a temperatura deverá aumentar de −9,2 C cm 210 aproximadamente. Observe que a taxa de variação da temperatura no ponto ( 3, 4) , na direção do eixo x (sentido positivo) é T0o ( 3,4 ) = T x ( 3,4 ) = 6 o C cm enquanto que =
na direção do eixo y (sentido positivo), a taxa é de T90o ( 3,4 ) = T y ( 3,4 ) = 8 o C cm . A FORMA VETORIAL DA DERIVADA DIRECIONAL A direção da reta r que forma um ângulo α como o eixo x (sentido r positivo) pode ser definida pelo vetor unitário (versor, u = 1), r r r u = cos α i + senα j . y
r
u
α cos α
y 0
sen α
x x 0
A expressão da derivada direcional de fα ( x0 , y 0 ) =
∂f ∂x
( x0 , y 0 ) ⋅ cos α +
∂f ∂y
f
no ponto ( x0 , y 0 )
( x0 , y 0 ) ⋅ senα , pode ser escrita
produto escalar : r
r
r
r
fα ( x0 , y 0 ) = ( fx ( x0 , y 0 ) i + fy ( x0 , y0 ) j ) • ( cosα i + sen α j )
CÁLCULO III
32
como o
FIEL – FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA r
r
O vetor fx ( x0 , y 0 ) i + fy ( x0 , y 0 ) j é conhecido como vetor gradiente de ur
f ( x, y )
no ponto ( x0 , y 0 ) e é representado por ( gradf )( x0 ,y 0 ) ou símbolo ∇f lê-se “nabla f ”). ur
∇f
r
∇f
( x0 , y 0 ) (o
r
( x0 , y 0 ) = fx ( x0 , y0 ) i + fy ( x0 , y0 ) j
Portanto a forma vetorial da derivada direcional é; ur
r
fu ( x0 , y 0 ) = ∇f ( x0 , y 0 ) • u r
r
onde u é o versor da direção sobre a qual calculamos a taxa de variação. EXEMPLO Encontrar a derivada direcional da função dada por f ( x, y ) = x 2 + y 2 + 15 no ponto ( 3,4 ) na direção α = 300 . Resolução: Do exemplo anterior temos: r
r
r
direção (versor) é dada por u = cos30o i + sen30o j ur
r
=
3r 1r i+ j 2 2
r
ur
r
r
o gradiente de f , ∇f ( x, y ) = 2 xi + 2y j no ponto ( 3,4 ) é ∇f ( 3,4 ) = 6i + 8 j A derivada direcional será: ur
r
r
r
3 r 1 r 2 i + 2 j = 3 3 + 4 ≅ 9,2
fu ( 3,4 ) = ∇f ( 3,4 ) • u = ( 6i + 8 j ) • r
SIGNIFICADO GEOMÉTRICO DA DERIVADA DIRECIONAL Vamos rever o conceito de projeção de vetores visto no curso de r r Geometria Analítica. Sejam os vetores v 1 e v 2 formando um ângulo θ . A r
r
r
projeção do vetor v 1 sobre o vetor v 2 é dada por r
r
No caso de v 2 ser unitário, isto é: v 2
= 1,
r
v • v proj v 1 = 1 r 2 v 2 v 2 r
r
r
temos proj v1 r
r
. r
= v1 • v 2 ,
que é
v 2
exatamente a situação da derivada direcional. Assim,
ur
r
ur
r
fu ( x0 , y 0 ) = ∇f ( x0 , y0 ) • u = proj ∇f ( x0 , y0 ) , uma vez que u é unitário. r
r
u
CÁLCULO III
33
FIEL – FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA
y r
∇f
( x0 , y 0 ) θ r
u
y 0
α
x x 0
VALOR MÁXIMO DA DERIVADA DIRECIONAL O valor máximo da derivada direcional (projeção) ocorre quando θ = 0o e, portanto temos,
( fα ( x0 , y0 ) )
max
ur
= ∇f
( x0 , y0 )
e a direção em que ocorre esta taxa máxima de variação é definida pelo versor, ur
r
u =
( x0 , y 0 ) ∇f ( x0 , y 0 ) ∇f r
EXEMPLO π Calcule a derivada direcional da função f ( x, y ) = x 2 sen xy no ponto 1, e 2 na direção: a) do eixo dos x; b) do eixo dosr y;r c) do vetor 2i + j ; d) em que ela é máxima.
Resolução: a) fx
=
2xsenxy + x 2 y cos xy
b) fy
=
x 3 cos xy
CÁLCULO III
π π = + 2.1 .0 = 2 2 2
f x 1,
π =0 2
fy 1,
34
FIEL – FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA r
r
c) v = 2i s
r
+
r
v =
j
r
fv = ∇f • u = 2. r
d) ( fv )max r
2 1 + 0. 5 5
s
= ∇f =
r
5
u=
=
2 r 1 r i + j 5 5
4 5
2
EXERCÍCIOS 1) Calcule a derivada direcional de f ( x, y ) = x 3 − 2x 2 y + xy 2 − 1 no ponto r r (1,2) e na direção do vetor 4i + 6 j . 2) Dada a função f ( x, y ) = x 2 − y 2 , calcule grad f ( 0,1) e f u (1,0) onde r r u = −i . r
3) Uma função tem no ponto (1,2 ) a derivada direcional: r r • igual a 2 na direção do vetor 2i + 2 j e r r • igual a −3 na direção do vetor i − j . Determine: b) o gradiente da função neste ponto, r r c) a derivada direcional na direção do vetor −2i − 2 j , r r d) a derivada direcional na direção do vetor 4i + 6 j 4) O potencial V associado a um campo elétrico é V ( x, y ) = ln x 2 + y 2 r r a) determine o vetor campo elétrico E , sabendo-se que E = −∇V , 1 1 no ponto , , 2 2 1 1 b) em que direção, a partir do ponto , , a derivada direcional de 2 2 V é máxima? Qual o seu valor máximo?
5) O potencial elétrico V em uma região do plano é dado por 1000 V ( x, y ) = 2 2 x + y
r
r
r
a) determine a derivada direcional de V na direção de u = 12i + 5 j no ponto (4,3) b) dê o versor da direção, a partir de (4,3) em que a taxa de variação do potencial é máxima, 6) É dada a função f ( x, y ) = 9 − x 2 − y 2 , pede-se: CÁLCULO III
35
FIEL – FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA
a) calcule o gradiente de f ( x, y ) no ponto (1,2) b) calcule a derivada direcional de f ( x, y ) no ponto (1,2) e na r r direção do vetor 4i − 3 j c) calcule
∂
2
f (1,2) ∂x ∂y
e
∂
2
f 2 (1,2) ∂x
Respostas 4 ≅ 1,11 1) 13 r r 2) ∇f ( 0,1) = −2 j ; f u (1,0) = −2 2r 5 2r 26 j ; b) –2; c) 3) a) − i + 2r 2 2 r r r 4) a) −i − j ; b) na direção do vetor i + j ; c) 2 r
4r 3 r i − j 5 5 2 ∂ f 1r r 1 1 (1,2) = − , 7) a) ∇f (1,2) = − i − j ; b) f u (1,2) = ; c) ∂x ∂y 4 2 5 5) a)
−
504 b) 13
−
r
CÁLCULO III
36
2
f 5 = − (1,2) 2 ∂x 8 ∂
FIEL – FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA MÁXIMOS E MÍNIMOS Dada uma função f , constitui um problema importante determinar para que valores da variável (ou das variáveis) independente(s) a função assume o seu valor máximo,ou o seu valor mínimo. Recordando como este problema foi resolvido no Cálculo I. Se a função y = f ( x) é contínua e derivável em R . a) Determinamos os pontos críticos x0 de y = f ( x) resolvendo a equação f ′(x0 ) = 0 , b) Se f ′′( x0 ) < 0 , x0 será ponto de máximo relativo (ou local) e f ( x0 ) será o valor máximo de f , c) Se f ′′( x0 ) > 0 , x0 será ponto de mínimo relativo (ou local) e f ( x0 ) será o valor mínimo de f ,
EXEMPLO 1
5
Obter os pontos de máximo e mínimo relativos de f ( x ) = x3 − x 2 + 6 x + 1 3 2 x = 2 e x = 3
a) pontos críticos: f ′( x ) = 0 ⇔ x − 5 x + 6 = 0 ⇔ b) f ′′( x ) = 2 x − 5 . Como f ′′(2 ) = −1 < 0 , ⇒ x = 2 é ponto de máximo relativo de f , Como f ′′(3) = 1 > 0 , ⇒ x = 3 é ponto de mínimo relativo de f . 2
f (2) =
17 3
é o valor máximo relativo de f e f (3) =
11 2
é o valor mínimo
relativo de f . y 5.9 5.8 5.7 5.6 5.5 5.4 x 1.5
2
2.5
3
3.5
4
No caso de funções de duas variáveis, a situação não é muito diferente.
EXTREMOS DE FUNÇÕES DE DUAS VARIÁVEIS Usaremos a expressão região retangular para designar o conjunto de pontos de um plano coordenado, interiores a um retângulo de lados paralelos aos eixos coordenados. Se quisermos incluir os pontos fronteira, usaremos a expressão região retangular fechada. CÁLCULO III
37
FIEL – FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA Tal como no caso de uma variável, diz-se que uma função f de duas variáveis tem máximo local no ponto ( x0 , y0 ) se existe uma região retangular D contendo ( x0 , y0 ) , tal que f ( x, y ) ≤ f ( x0 , y0 ) para todos os outros pares ( x, y ) ∈ D . Geometricamente, se uma superfície S é o gráfico de f , então os máximos locais correspondem aos pontos mais altos de S . Se f y existe, então como f y ( x0 , y0 ) é o coeficiente angular da reta tangente à curva intersecção do gráfico de S com o plano x = x0 , segue que se ( x0 , y0 ) é ponto de máximo local então esta reta é horizontal e portanto f y ( x0 , y0 ) = 0 . Analogamente f x ( x0 , y0 ) = 0 . A função f tem mínimo local em ( x1 , y1 ) se existe uma região retangular D contendo ( x1 , y1 ) tal que f ( x1 , y1 ) ≤ f ( x, y ) para todos os outros pares ( x, y ) ∈ D . Se f tem derivadas parciais primeiras, então conforme acima, elas devem ser nulas em ( x1, y1 ) . Os pontos de mínimos locais correspondem aos pontos mais “baixos” do gráfico de f . Dada uma função f ( x, y ) , os pontos que anulam simultaneamente as derivadas parciais f x ( x, y ) e f y ( x, y ) são chamados pontos críticos de f ( x, y ) . Entre os pontos críticos de f ( x, y ) existem os que são de máximo local, os que são de mínimo local, e os que não são nem de máximo nem de mínimo local; estes últimos são chamados pontos de sela.
f x ( x, y ) = 0 As soluções de são os pontos críticos de f ( x, y ) , 0 ( ) = f x y y
( x0 , y0 ) é ponto de máximo local ( x0 , y0 ) é ponto crítico ( x0 , y0 ) é ponto de mínimo local ( x0 , y0 ) é ponto de sela MATRIZ HESSIANA Dada a função z = f ( x, y ) , a matriz,
f xx ( x, y ) f xy ( x, y ) ( ) ( ) , , f x y f x y yy yx é chamada Matriz Hessiana da função f no ponto ( x, y ) . H ( x, y ) =
TESTE DE EXTREMOS A seguir será apresentado um teste que permite identificar pontos de máximo, mínimo ou sela sem ter que recorrer ao gráfico de f ou à forma da função. Seja a z = f ( x, y ) contínua, com derivadas parciais de 2 ordem contínuas e ( x0 , y0 ) um ponto crítico de f . Calculamos o determinante da matriz Hessiana no ponto crítico: CÁLCULO III
38
FIEL – FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA E ( x0 , y0 ) =
• • • •
f xx ( x0 , y0 )
f xy ( x0 , y0 )
f yx ( x0 , y0 ) f yy ( x0 , y0 )
Se E ( x0 , y 0 ) > 0 Se E ( x0 , y 0 ) > 0 Se E ( x0 , y0 ) < 0 Se E ( x0 , y0 ) = 0
e f xx ( x0 , y0 ) < 0 então ( x0 , y0 ) é ponto de máximo local, e f xx ( x0 , y0 ) > 0 então ( x0 , y0 ) é ponto de mínimo local, então ( x0 , y0 ) é ponto de sela, nada se conclui.
EXEMPLOS 1) Determinar os pontos extremos da função f ( x, y ) = 4 − x 2 − y 2 . Resolução f x = −2 x ; f y = −2 y ;
f xx
= −2 ;
f yy
= −2 ;
f xy
= f yx = 0
f x = 0 Para obter os pontos críticos devemos resolver o sistema , ou seja 0 f = y
− 2 x = 0 . y − = 2 0
Temos x = y = 0 e assim P 1 (0,0) é o único ponto crítico de f . Em P 1 (0,0) temos f xx (0,0) = −2 , f xy (0,0) = f yx (0,0) = 0 e f yy (0,0) = −2 E assim, E (0,0) =
f xx (0,0) f xy (0,0) f yx (0,0) f yy (0,0)
=
-2
0
0
-2
=4>0
Como E (0,0 ) > 0 e f xx (0,0) = −2 < 0 segue que P 1 (0,0 ) é ponto de máximo local de f ( x, y ) = 4 − x 2 − y 2 . A seguir apresentamos um esboço do gráfico de f ( x, y ) = 4 − x 2 − y 2
0 -1000
40
-2000
20
-3000 -40
0 -20 -20
0 20 40
CÁLCULO III
-40
39
FIEL – FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA 2) Determinar os pontos extremos da função f ( x, y ) = x 2 − y 2 (sela). Resolução f x = 2 x ; f y = −2 y ;
f xx
= 2;
f yy
= −2 ;
f xy
= f yx = 0
f = 0 Para obter os pontos críticos devemos resolver o sistema x , ou seja 0 = f y
2 x = 0 . y − = 2 0
Temos x = y = 0 e assim P 1 (0,0) é o único ponto crítico de f . Em P 1 (0,0) temos f xx (0,0) = 2 , f xy (0,0) = f yx (0,0) = 0 e f yy (0,0) = −2 E assim, E (0,0 ) =
f xx (0,0) f xy (0,0) f yx (0,0) f yy (0,0)
=
2
0
0
-2
= −4 < 0
Como E (0,0 ) < 0 , segue que P 1 (0,0) é ponto de sela de f ( x, y ) = x 2 − y 2 . Esboço do gráfico de f ( x, y ) = x 2 − y 2
1000 40 0 20
-1000 -40
0 -20 -20
0 20 40
-40
3) Determinar os pontos críticos da função f ( x, y ) = 4 x 3 − 6 x 2 y − 2 y 3 + 3 x 2 − 6 xy + 6 y e classifique-os. Resolução Os pontos críticos são as soluções do sistema:
12 x 2 − 12 xy + 6 x − 6 y = 0 f x = 0 (2 x + 1)( x − y ) = 0 ou f = 0 . Portanto 2 2 2 2 6 6 6 6 0 x y x − − − + = y − x − y − x + 1 = 0 De (1) segue que x = −
CÁLCULO III
1 2
ou x = y
40
(1) (2)
FIEL – FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA x = −
1 2
em (2) resulta y = ±
5 2
= y em (2) resulta 2 x 2 + x − 1 = 0 cujas raízes são x = −1 ou x =
1 2
1 5 1 5 Logo os pontos críticos de f são: P 1 − , , P 2 − ,− , P 3 (− 1,−1) e 2 2 2 2 1 1 P 4 , . 2 2 Calculando as derivadas parciais de 2a ordem e o deteminante E ( x, y ) temos: f xx ( x, y ) = 24 x − 12 y + 6 f xy ( x, y ) = −12 x − 6 = f yx ( x, y ) f ( x, y ) = −12 y yy E ( x, y ) =
24 x − 12 y + 6
− 12 x − 6
− 12 x − 6
12 y
= (12 y )(24 x − 12 y + 6) − (− 12 x − 6)2
ou E ( x, y ) = 36(2 x + 1)
2
+ 72 y(4 x − 2 y + 1)
1 5 • No ponto P 1 − , temos E = −260,498 < 0 e f xx = −19,4164 < 0 segue que 2 2 1 5 é ponto de máximo local. P 1 − , 2 2 1 5 • No ponto P 2 − ,− temos E = −99,5016 < 0 e f xx = 7,41641 > 0 segue que 2 2 1 5 é ponto de mínimo local. P 1 − , 2 2 • No ponto P 3 (− 1,−1) temos E = 108 > 0 segue que P 3 (− 1,−1) é ponto de sela. 1 1 1 1 • No ponto P 4 , temos E = 216 > 0 segue que P 4 , é ponto de sela. 2 2 2 2 A seguir, com o auxílio do Mathematica, é apresentado um esboço do gráfico da função f ( x, y ) = 4 x 3 − 6 x 2 y − 2 y 3 + 3 x 2 − 6 xy + 6 y
CÁLCULO III
41
FIEL – FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA
20 Z 10 1
0 -10 -1.5
0 -1
Y
-0.5 X
0
-1 0.5 1
EXERCÍCIOS 1) Seja z = f ( x, y ) = 2 x3 + 2 y 3 − 6 x − 6 y . Encontre os pontos críticos de f e classifique-os em máximo local, mínimo local ou ponto de sela. 2) Classificar os pontos críticos de f ( x, y ) = 3 xy 2 + x3 − 3 x . 3) Uma industria produz dois produtos denotados por A e B. O lucro da industria pela venda de x unidades do produto A e y unidades do produto B é dado por 3 L( x, y ) = 60 x + 100 y − x 2 2
3
− y 2 − xy . Supondo que toda a produção da 2
industria seja vendida, determinar o nível de produção que maximiza o lucro. Respostas 1) (1,1) ponto de mínimo local, (− 1,−1) ponto de máximo local, (1,−1) e (− 1,1) pontos de sela 2) (0,1) e (0,−1) são pontos de sela, (1,0) é ponto de mínimo local. 3) 10 unidades do produto A e 30 unidades do produto B.
INTEGRAIS DUPLAS Seja f ( x, y ) uma função contínua não negativa em D ⊂ R 2 . Vamos calcular o volume da região sob o gráfico de f ( x, y ) , acima de D . Se f ( x, y ) fosse constante e igual a k , então o volume da região seria V = k ⋅ A , onde A é a área de D . Não sendo f ( x, y ) constante, vamos subdividir o domínio D em n pequenas sub-regiões ∆ i D de área ∆ i A , i = 1,2,L, n . Em cada uma delas escolhemos um ponto ( x i , y i ) e consideremos f ( x, y ) constante e igual a f ( x i , y i ). Assim o volume V da região será aproximadamente igual à soma dos volumes dos pequenos sólidos de área da base ∆ i A e altura f ( xi , y i ), ou seja: V ≅
n
∑ f ( x , y )⋅ ∆ A i
i
i
i =1
O conjunto formado pelas n sub-regiões ∆ i D em que D foi sub-dividido é chamado partição de D . Estas sub-regiões se interceptam duas a duas apenas em pontos das respectivas fronteiras e, reunidas, reproduzem D . O máximo das CÁLCULO III
42
FIEL – FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA distâncias entre dois pontos de um conjunto é chamado diâmetro do conjunto. Seja µ o maior dos diâmetros das regiões ∆ i D . é chamado a norma da partição de D . A integral dupla da função f ( x, y ) indicada por ∫∫ f ( x, y )dA , é definida pelo D
limite, (se existir): n
∑ f (x i , yi )∆i A ∫∫ f ( x, y )dA = lim µ → 0 i =1
D
CÁLCULO DA INTEGRAL DUPLA A integral dupla de uma função f ( x, y ) contínua não negativa em D ⊂ R 2 representa o volume da região sob o gráfico de f ( x, y ) , acima de D . Vamos considerar vários casos para D .
CASO 1. D
a ≤ x ≤ b é um retângulo D : c ≤ y ≤ d y d D c a
b
x
d b d Neste caso, ∫∫ f ( x, y )dA = ∫ ∫ f ( x, y )dy dx = ∫ ∫ f ( x, y )dx dy D a c c a b
EXEMPLO Calcular
∫∫ ( x D
2
0 ≤ x ≤ 3 + 3 xy )dA onde D : 1 ≤ y ≤ 2
1o modo: 2 2 dx + = + ( ) ( ) 3 3 x xy dA x xy dy ∫∫ ∫ ∫ D 0 1 144 244 3 3
2
A ( x )
CÁLCULO III
43
FIEL – FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA y = 2
2 3 xy 2 3 9 = (2 x 2 + 6 x ) − A( x ) = x y + x 2 + x = x 2 + x 2 y =1 2 2 Logo, 3 3 x 2 + 9 x dx = 2 3 + = ( ) = ( ) x xy dA A x dx ∫∫ ∫ 0 ∫ 0 2 D x = 3
x 3 9 x 2 81 117 = + ⋅ = 9 + = 4 4 3 2 2 x = 0 2o modo: 3 2 dy 3 3 + = + ( ) ( ) x xy dA x xy dx ∫∫ ∫ ∫ D 1 0 144 244 3 2
2
B ( y )
x = 3
x 3 27 x 2 =9+ y B( y ) = + 3 y ⋅ 2 2 3 x = 0
∫∫ ( x D
2
2
2
+ 3 xy )dA = ∫ B( y )dy = ∫ 9 + 1 1
27 2
x = 2
27 y 2 y dy = 9 y + ⋅ = 2 2 y =1
27 81 117 = (18 + 27 ) − 9 + = 9 + = 4 4 4
CASO 2: D
a ≤ x ≤ b é da forma: D : y1 ( x ) ≤ y ≤ y2 ( x )
y ( x ) , , ∫∫ D f ( x y )dA = ∫a y ∫( x f ) ( x y )dy dx 144 244 3 b
2
1
A ( x )
y2 ( x )
y
y1 ( x )
a
EXEMPLO CÁLCULO III
44
b
x
FIEL – FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA Calcular
∫∫ ( x
2
D
0 ≤ x ≤ 1 + y 2 )dA onde D : 2 0 ≤ y ≤ x
y 1
0.8
0.6
0.4
0.2
x 0.2
0.4
0.6
0.8
1
2
y = x x 1 3 y ( x 2 + y 2 )dA = ∫ ∫ ( x 2 + y 2 )dy dx = ∫ x 2 y + dx = ∫∫ 3 D 0 0 0 y = 0 x =1 1 4 x 6 1 1 26 x 5 x 7 = ∫ x + − (0 + 0 )dx = + = + = 3 5 21 x = 0 5 21 105 0 1
CASO 3: D
∫∫
c ≤ y ≤ d é da forma: D : x1 ( y ) ≤ x ≤ x2 ( y ) f ( x, y )dx dy ∫c x ∫( y ) 144 244 3 d x 2 ( y )
f ( x, y )dA =
D
1
y
B ( y )
d y1(x)
y 2 (x) D
c
x CÁLCULO III
45
FIEL – FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA EXEMPLO Resolver o exemplo anterior utilizando a seqüência de integração dA = dxdy D
0 ≤ y ≤ 1 pode ser reapresentado na forma: D : y ≤ x ≤ 1
y 1
0.8
0.6
0.4
0.2
x 0.2
0.4
0.6
0.8
1
x =1 1 1 3 ( x 2 + y 2 )dA = ∫ ∫ ( x 2 + y 2 )dx dy = ∫ x + y 2 x dy = ∫∫ 3 x = y D 0 y 0 3 32 1 1 5 5 2 y 1 1 y 2 2 = ∫ + y − + y 2 dy = ∫ + y − − y 2 dy = 3 3 3 3 0 0 1
y =1
=
y 3 y + 3 3
1
5
7
y 2 − 15
y 2 − 7
2
2
1
1
2
3
3
15
= + −
2
26
7
105
− =
y = 0
Caso Geral: Em geral se D não puder ser descrito de um dos modos anteriores, subdividimos D em partes que possam se enquadrar nos casos anteriores. Por y exemplo:
1 ≤ x 2 + y 2 ≤ 4 D : y ≥ 0
−2
CÁLCULO III
−1
46
1
2
x
FIEL – FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA y D2 D1
D3 x
-2
-1
1
2
Temos: − 2 ≤ x ≤ −1 D1 : 0 ≤ y ≤ 4 − x 2 − 1 ≤ x ≤ 1 D2 : 1 − x 2 ≤ y ≤ 4 − x 2 1 ≤ x ≤ 2 , cada umas como um dos casos anteriores. D3 : 0 ≤ y ≤ 4 − x 2 Como D = D1 ∪ D2 ∪ D3 de modo disjunto temos:
∫∫ f ( x, y )dA = ∫∫ f ( x, y )dA + ∫∫ f ( x, y )dA + ∫∫ f ( x, y )dA D
1
D
2
D
3
D
Resumindo: a ≤ x ≤ b Se D : então ( ) ( ) ≤ ≤ y x y y x 1 2
y ( x ) f ( x, y )dy dx ( ) , f x y dA = ∫∫ D ∫a y ∫( x) 144 244 3 b
2
1
A ( x )
c ≤ y ≤ d Se D : então ( ) ( ) x y ≤ x ≤ x y 1 2
∫∫
f ( x, y )dx dy ∫c x ∫( y ) 144 244 3 d x 2 ( y )
f ( x, y )dA =
D
1
B ( y )
dA = dydx = dxdy
CÁLCULO III
47
FIEL – FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA Principais interpretações:
∫∫ f ( x, y )dA = ∫∫ dA = A representa a área da região D . 2) Se f ( x, y ) > 0 , ∫∫ f ( x, y )dA = V representa o volume do sólido de base D e altura 1) Se f ( x, y ) = 1 ,
D
D
D
f ( x, y ) .
EXERCÍCIOS 1) Calcule 2) Calcule 3) Calcule 4) Calcule 5) Calcule
1 ≤ x ≤ 2 : onde D ∫∫ 0 ≤ y ≤ 4 D 0 ≤ x ≤ 3 2 x y dA : + ( ) , onde D ∫∫ 1 ≤ y ≤ 4 D 1 ≤ x ≤ 2 3 xy dA : D , onde ∫∫ 0 ≤ y ≤ 2 x D 0 ≤ y ≤ 1 2 , onde xy dA : D ∫∫ y ≤ x ≤ y D 0 ≤ x ≤ 1 3 y y dA : + ( ) , onde D ∫∫ D x ≤ y ≤ x xy 3dA ,
6) Calcule e interprete o resultado
0 ≤ y ≤ 4 dA , onde D : 0 ≤ x ≤ y
∫∫ D
0 ≤ x ≤ 5 7) Calcule o volume do sólido determinado pelas desigualdades 0 ≤ y ≤ 1 0 ≤ z ≤ 1 − y 2 8) Expresse através de uma integral dupla a área da região limitada, no primeiro quadrante, pelas equações y = 4 ; y = x 2 e o eixo y. Calcule o valor dessa área. 9) Calcule ∫∫ xdA , onde D é a região compreendida entre as curvas y = 2 x ; D
y = x
. 10)Calcule 2
∫∫ dA , onde D é a região compreendida entre as curvas
y = 2 x 2
D
y = x
+ x . 11)Calcule ∫∫ ( x 3 + 2 xy )dA , onde D é a região compreendida entre as curvas 2
D
y = x 2 ; y 2
= x . 12) Seja A a área da região limitada pelas curvas y = x ; y = 4 x e xy = 36 a) Indique como você calcularia A utilizando integral simples, b) Indique como você calcularia A utilizando integral dupla c) Calcule A CÁLCULO III
48
−2;
FIEL – FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA 13) Seja V o volume do sólido determinado pelas superfícies x = 0 ; x = 8 e z = 8 − 2 y 2 a) Indique como você calcularia V utilizando integral simples, b) Indique como você calcularia V utilizando integral dupla c) Calcule V. 14) Calcule o volume do sólido determinado pelas superfícies z = 0 ; z = 2 − x − y , sendo y ≤ 1 − x 2 , x ≥ 0 , y ≥ 0 , z ≥ 0 . Respostas 1) 96
2)
10
8)
7)
3
13) V = 96
153 2 16
14)
3 49
3) 42 9)
4)
4
1 40 9
10)
3
7
5)
11)
2
6) 8 (área de D)
60 2
12) A = 36 ln 2
9
60
A INTEGRAL DUPLA EM COORDENADAS POLARES y
y
y
P
y
P r
ρ > 0 0 ≤ θ < 2π
θ
x
x
x
coordenadas retangulares
↔
coordenadas polares
P ( x, y )
↔
P (r ,θ )
x
Temos:
x = r cosθ y = rsenθ
r = x 2 + y 2 y θ = arctg x
x≠0
; r ≥ 0
0 ≤ θ ≤ 2π
O determinante Jacobiano da transformação das coordenadas cartesianas em polares é dado por:
∂ x ∂( x, y ) ∂r = J = ∂(r ,θ ) ∂ y ∂r
∂ x ∂θ = cosθ − rsenθ = r ∂ y senθ r cosθ ∂θ ∂(x, y ) = r Como r ≥ 0 , temos ∂(r,θ ) CÁLCULO III
49
FIEL – FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA E assim,
∫∫ f ( x, y )dxdy = ∫∫ F ( r ,θ )rdrd θ
D
D
xy
θ
r
EXEMPLO Calcular ∫∫ x 2 + y 2 dA onde D : x 2 + y 2 ≤ 4 D
θ
y 2π
2
-2
2
x
D xy
Dr θ
0 Temos f ( x, y ) = x 2 + y 2 ⇒ F (r ,θ ) = (r cosθ )2 + (rsenθ )2 = r
∫∫
D
= ∫∫ F ( r ,θ )rdrd θ = ∫∫ r drd θ = ∫ ∫ r 2 dr d θ = D D 0 0 2π 2
f ( x, y )dxdy xy
2
r
θ
r θ
r = 2
2π r 3 8 8 θ =2π 8 16π = ∫ d θ = ∫ d θ = θ θ =0 = (2π − 0) = 3 3 3 3 3 0 r =0 0 2π
EXERCÍCIOS x 2 + y 2 ≤ 1 1) Calcule ∫∫ x + y dA , onde D : y ≥ 0 D 2
2) Calcule
∫∫ x D
2
1 2
+ y + 1 2
dA , onde D : x 2
+ y2 ≤ 4
x 2 + y 2 ≤ 1 3) Calcule ∫∫ e dA , onde D : x ≥ 0 , y ≥ 0 D 4) Calcule o volume do sólido limitado por x 2 + y 2 = 4 ; y + z = 4 ; z = 0 0 ≤ z ≤ 4 − x 2 − y 2 5) Calcule o volume do sólido limitado por x 2 + y 2 ≤ 3 − x 2 − y 2
CÁLCULO III
50
2
r
FIEL – FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA Respostas 1)
π 3
CÁLCULO III
2) π ln 5
3)
π 4
(1 − e −1 )
51
4) 16π
5)
14π 3
FIEL – FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA INTEGRAIS TRIPLAS As integrais triplas são definidas de modo análogo às integrais duplas. Dada uma função w = f ( x, y, z ) , definida em D ⊂ R 3 definimos a integral tripla de f por: n
∫∫∫ f ( x, y, z )dV = lim ∑ f (x , y , z )∆ V µ →0
D
onde
µ é a partição de D
i
i
i
i
i =1
(maior dos diâmetros das n sub regiões).
No caso particular de função f ( x, y, z ) = 1 , como n
n
∑ f (x , y , z )∆ V = ∑1 ⋅ ∆ V =∑ ∆ V = V , temos i
i
i
i =1
i
i
i
i =1
∫∫∫ 1 ⋅ dV =∫∫∫ dV = volume de D = V D
D
CÁLCULO DA INTEGRAL TRIPLA Para o cálculo da integral tripla vamos considerar vários casos.
Caso 1: D é um paralelepípedo com as faces paralelas aos planos coordenados a ≤ x ≤ b D : c ≤ y ≤ d p ≤ z ≤ q
CÁLCULO III
52
FIEL – FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA z q
D p c
d y
a Dxy
b x dV = dxdydz = dydxdz = dzdxdy
= dxdzdy = dydzdx = dzdydx Agora temos seis possibilidades de seqüências de integração. No caso do paralelepípedo é suficiente remanejar os extremos para mudar a ordem de integração. d q b d b ∫∫∫ f ( x, y, z )dV = p∫ ∫c ∫a f ( x, y, z )dx dy dz = ∫c p∫ ∫ a f ( x, y, z )dx dz dy = q b d b q d = ∫ ∫ ∫ f ( x, y, z )dy dx dz = ∫ ∫ ∫ f ( x, y, z )dy dz dx p a c a p c d b q b d q = ∫ ∫ ∫ f ( x, y, z )dz dx dy = ∫ ∫ ∫ f ( x, y, z )dz dy dx c a p a c p q
CÁLCULO III
53
FIEL – FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA EXEMPLO 0 ≤ x ≤ 2 Calcular ∫∫∫ xy 2 z 3 dV onde D : 0 ≤ y ≤ 3 D 0 ≤ z ≤ 1 Vamos utilizar a seqüência de integração dV = dzdydx , isto é: vamos integra primeiramente na variável z , depois na variável y e finalmente na variável x .
2 31 2 3 xy 2 z 3 dz dy dx = xy z dV ∫∫∫ ∫0 ∫0 ∫ 0 D 1424 3 I ) 1 44 (2 3 44 ( II ) ( I ) = xy 3
( II )
4 2 z
xy 2
= ∫ 0
4
4
z =1
= z = 0
dy
∫∫∫
xy 2 z 3 dV =
D
= 2
4
x y 3 4 3 9 xdx 4
∫ 0
xy 2 y = 3
9
= x y = 0
=
4
9 x 2 4 2
x = 2
= x = 0
18 4
=
9 2
a ≤ x ≤ b Caso 2: Se D for descrito por D : y1 ( x ) ≤ y ≤ y 2 ( x ) então z ( x, y ) ≤ z ≤ z ( x, y ) 1 2 b b y ( x ) z ( x , y ) f ( x, y, z )dV = ∫ ∫∫ f ( x, y , z )dA dx = ∫ ∫ f ( x, y , z )dz dy dx ∫∫∫ ∫ D a D a y ( x ) z ( x , y ) yz
2
2
1
1
A ordem em que as integrais iteradas são calculadas não pode ser alterada a menos que sejam recalculados os extremos que definem a região D .
CÁLCULO III
54
FIEL – FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA EXEMPLO
0 ≤ x ≤ 1 Calcular ∫∫∫ (5 x + yz )dV onde D : 0 ≤ y ≤ x D 0 ≤ z ≤ x 2 + y 2 ( II ) 644 4 7 44 4 8 1 x x + y (5 x + yz )dV = ∫ ∫ ∫ (5 x + yz )dz dy dx ∫∫∫ 0 D 00 1 4 4 2 4 4 3 ( I ) 2
2
x 2 + y 2
z = x 2 + y 2
z ( ) 5 5 + = + x yx dz xz y ∫ 0 2 z =0
( I ) =
2
= 5x + 5 xy + y 3
2
x 4 2
+ x y + 2
2
= 5 x( x 2 + y 2 ) +
y 2
( x
2
+ y 2 ) = 2
y 5 2
3 x 4 y 5 2 2 2 ( II ) = ∫ 5 x + 5 xy + y + x y + dy = 2 2 0 x
y = x
3 5 xy 3 x 4 y 2 x 2 y 4 y 6 = 5 x y + + + + = 3 2 2 4 12 y = 0 5
= 5 x + x + 4
4
x 6
3
4
+
x 6 4
+
x 6 12
=
20 x 4 3
+
7 x 6 12
Logo, x =1
20 x 5 7 x 7 20 4 7 6 4 1 17 = + = (5 x + yz )dV = ∫ x + x dx = + ∫∫∫ 3 12 3 5 12 7 x =0 3 12 12 D 0 Analogamente temos outros casos: 1
c ≤ y ≤ d então D : x1 ( y ) ≤ x ≤ x2 ( y ) z ( x, y ) ≤ z ≤ z ( x, y ) 1 2 d d x ( y ) z ( x , y ) ( ) ( ) ( ) = = f x, y, z dV ∫ ∫∫ f x, y , z dA dy ∫ ∫ f x, y, z dz dx dy ∫∫∫ ∫ D c D c x ( y ) z ( x , y ) xz
ou, se
CÁLCULO III
55
2
2
1
1
FIEL – FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA a ≤ x ≤ b então D : z 1 ( x ) ≤ z ≤ z 2 ( x ) y ( x, z ) ≤ y ≤ y ( x, z ) 1 2 b b z ( x ) y ( x , z ) f ( x, y , z )dV = ∫ ∫∫ f ( x, y , z )dA dx = ∫ ∫ f ( x, y, z )dy dz dx ∫∫∫ ∫ D a D a z ( x ) y ( x , z ) xz
2
2
1
1
EXERCÍCIOS Calcule as integrais triplas (coordenadas cartesianas): 0 ≤ x ≤ 2 1) ∫∫∫ ( x + 2 y + 3 z )dV , onde D : 0 ≤ y ≤ 3 D 0 ≤ z ≤ 3 0 ≤ x ≤ 1 2) ∫∫∫ zdV , onde D : 0 ≤ y ≤ 2 x d 0 ≤ z ≤ 2 x − y 3) ∫∫∫ ydV , onde D é a região do espaço limitada pelo plano 12 x + 20 y + 15 z − 60 = 0 D
e os três planos coordenados. Respostas: 1) 120
2)
1
3)
3
15 2
INTEGRAIS DE LINHA Seja C uma curva no plano xOy dada pelas equações paramétricas x = f (t ) a ≤ t ≤ b . C : = ( ) y g t Sejam M ( x, y ) e N ( x, y ) duas funções contínuas cujos domínios contém a curva C . A integral de linha ∫ M ( x, y )dx + N ( x, y )dy é definida por C
b
∫ M ( f (t ), g (t )) f ′(t ) + N ( f (t ), g (t )) g ′(t )dt . a
EXEMPLOS 1) Calcular a integral de linha
∫ ( x
2
+ 3 y )dx + ( y 2 + 2 x )dy sobre a curva
C
x = t C : 2 y = t CÁLCULO III
+1
0 ≤ t ≤ 1 .
56
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