Apostila - Anestesia Local Na Odontologia

April 12, 2023 | Author: Anonymous | Category: N/A
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Apostila por Amanda Karynne (@odontoemposts (@odontoemposts))

 

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Anestésicos Locais Lidocaína Mepivacaína Articaína Prilocaína Bupivacaína Vasoconstritores Epinefrina Norepinefrina Fenilefrina Felipressina Pacientes hipertensos Pacientes com Diabetes Mellitus Questões

É PROIBIDA a venda ou distribuição deste conteúdo por outra pessoa que não seja a autora.

 

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A anestesia local é definida como um bloqueio reversível da condução nervosa, determinando perda das sensações sem

Distinguem-se em dois grupos diferentes: os ésteres e as amidas.

alteração do nível de consciência. Algumas das propriedades de um bom anestésico são: baixa toxicidade, não irritar os tecidos e não lesionar as estruturas nervosas. Além disso, sua ação deve ter início rápido, duração eficaz para o procedimento e ser reversível.

O poder deésteres sensibilização do seus grupo dos é devidoalérgica a um dos produtos metabólicos, o ácido paraaminobenzóico. As amidas apresentam menor capacidade em produzir reações alérgicas.

O conhecimento sobre anestésicos locais é muito importante, pois o uso destas substâncias sem um critério científico consistente pode levar o paciente ao óbito por super dosagem, sensibilidade aguda à lidocaína e depressão do sistema nervoso central quando se tem a associação de hidroxizina + meperidira + alfaprodina + anestésico local. A cocaína foi o primeiro composto a ser utilizado como anestésico local. Ela apresentava um alto grau de efeitos tóxicos como dependência física e psíquica, então iniciaram-se pesquisas para a descoberta de substituintes sintéticos da mesma. Em 1905, Ein Horn realizou a síntese da procaína. Até que em 1943, Löfgren sintetizou a lidocaína, originando, assim, a era dos anestésicos locais do tipo amida. Apresentam na sua estrutura molecular um anel aromático, uma cadeia intermediária e um grupo amina.

Os anestésicos locais utilizados com maior frequência no âmbito odontológico são lidocaína, mepivacaína, articaína, prilocaína e bupivacaína. Iremos abordálos nessa apostila.

 

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É considerado o anestésico padrão em Odontologia. Pode ser encontrada nas concentrações de 1% e 2%, com ou sem vasoconstritor, e na concentração de 5% na forma tópica.

para utilização em crianças crianças,, com adrenalina 1:200.000, sendo a dose máxima com ou sem vasoconstritor, um tubete de anestésico para cada 9,09 kg. M

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Possui ação vasodilatadora, vasodilatadora,   com duração da anestesia pulpar limitada a apenas 5-10 minutos. Por isso, praticamente não há indicação do uso da solução de lidocaína 2% sem vasoconstritor na odontologia. Quando associada a um agente vasoconstritor, vasoconstritor, o tempo da anestesia pulpar aumenta para entre 40-60 minutos e em tecidos

amidas,, e possui Pertence ao grupo das amidas duração intermediária. Recomenda-se utilizar um anestésico local sem vasoconstritor, como a mepivacaína 3%, nos tratamentos de urgência em pacientes com pressão arterial descompensada. Uma de suas vantagens é vantagens  é que consegue ter um tempo maior de anestesia do que os outros

moles pode permanecer em torno de 120-150 minutos. A adrenalina é o vasoconstritor mais utilizado.

anestésicos sem o uso do vasoconstritor.

Início de ação - entre 2-4 minutos. Tempo de meia-vida plasmática: 1,6 h. Dose máxima recomendada: é de 7 mg/kg em adultos adultos,, não excedendo 500 mg ou 13 tubetes anestésicos. em idosos, idosos, recomenda-se  recomenda-se a utilização de lidocaína 2% com adrenalina na diluição de 1:200.000 ou 1:100.000, não ultrapassando a dose de 0,04mg de adrenalina por consulta, pois idosos são mais sensíveis aos vasoconstritores. para gestantes é considerado o anestésico mais seguro, sendo associada a adrenalina 1:100.000, com utilização de no máximo 2 tubetes por atendimento.

A mepivacaína sem vasoconstritor apresenta uma duração de efeito anestésico de 20 a 40 minutos. Todavia, com vasoconstritores, atinge períodos de 3 a 5 horas de anestesia local. Início de ação ação - 1,5 a 2 minutos. Tempo de meia-vida plasmática: 1,9 plasmática: 1,9 h. A dose máxima é de 6,6 mg/kg, não devendo ultrapassar 400 mg ou 11 tubetes anestésicos. A concentração odontológica eficaz é de 2% (com vasoconstritor) e de 3% (sem vasoconstritor). Vasoconstritores

que

podem

ser

associados à mepivacaína: levonordefrina (1:20.000), noradrenalina (1:100.000) e adrenalina (1:100.000).

 

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Início de ação - entre 1-2 minutos. Tempo de meia-vida plasmática: ~40 minutos. Propicia uma eliminação mais rápida pelos rins, reunindo as condições ideais para ser o anestésico de escolha para uso rotineiro em adultos, idosos e pacientes portadores de disfunção hepática. No Brasil a articaína possui duas formulações: 4% com adrenalina a 1:100.000 ou 1:200.000. Qualquer das formulações não prejudica a sua eficácia

aumento dos níveis de metemoglobina no sangue, então recomenda-se um maior cuidado no uso deste anestésico em pacientes com deficiência de oxigenação. Dose máxima recomendada:  recomendada:  no paciente adulto adulto,, 6,0 mg/kg, não excedendo 400 mg ou 7 tubetes na concentração de 4%. para paciente idoso, não deve ultrapassar dois tubetes anestésicos. A felipressina, hormônio sintético similar à vasopressina é um constituinte de soluções anestésicas cujo sal é a prilocaína. Não deve ser usada em gestantes, por estar quimicamente relacionada com a ocitocina, que possui potencial para causar contrações uterinas.

clínica. Dose máxima recomendada: 6,6 mg/kg, não ultrapassando 500 mg ou 6 tubetes.

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É contraindicada em pacientes com metahemoglobinemia idiopática ou congênita, anemia ou falha cardíaca ou respiratória evidenciada por hipóxia.

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Potência 4 vezes maior que a da lidocaína e cardiotoxicidade também, portanto, é utilizada na concentração de 0,5%. Exibe o maior potencial para toxicidade cardíaca direta em comparação aos outros anestésicos.

Início de ação - entre 2-4 minutos.

Ação vasodilatadora maior que da lidocaína, da mepivacaína e da prilocaína.

Baixa atividade vasodilatadora, podendo ser utilizada sem vaso constritor, na concentração de 4%. Também pode ser encontrada na concentração de 3% e tem como vasoconstrictor a felipressina.

Longa duração de duração de ação. No bloqueio dos nervos alveolar inferior e lingual, produz anestesia pulpar por 4 h e em tecidos moles, por até 12 h.

Tempo de meia-vida plasmática: 1,6 h. Em casos de sobredosagem produz o

Início de ação - 6-10 minutos. Tempo de meia-vida plasmática: 2,7 plasmática: 2,7 h.

 

Dose máxima recomendada: 1,3 mg/kg, não devendo ultrapassar 90 mg ou 10 tubetes. Não é recomendado para pacientes com menos de 12 anos ou que apresentam grande risco de lesão pósoperatória automutilação, como os pacientes com deficiência física e mental, por maior risco de lesões por mordedura do lábio, em razão da longa duração da anestesia dos tecidos moles. Em pacientes idosos idosos,, é a última opção a ser considerada, devido à sua longa duração, e quando for usada, deve ser utilizada com um vasoconstritor em baixa concentração (adrenalina 1:200.000), não devendo ultrapassar o equivalente ao contido em 2 tubetes anestésicos (normalmente 1 tubete é o suficiente).

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É o vasoconstritor mais utilizado em quase todo o mundo. Promove a constrição dos vasos das redes injetada.arteriolar e venosa da área Ao ser absorvida para a corrente sanguínea, aumenta a frequência cardíaca, a força de contração e o consumo de oxigênio pelo miocárdio. Produz dilatação das artérias coronárias, levando a um aumento do fluxo sanguíneo coronariano. Promove dilatação dos vasos sanguíneos da musculatura esquelética. A dosagem deve ser minimizada para pacientes com doença cardiovascular.

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A associação de vasoconstritores aos sais anestésicos faz com que este fique por mais tempo em contato com as fibras nervosas, prolongando a duração da anestesia e reduzindo o risco de toxicidade sistêmica. Também há diminuição efetiva no calibre dos vasos, sendo a hemostasia outro efeito observado, havendo uma redução da perda de sangue em procedimentos que envolvem sangramento. Os tipos de vasoconstritores mais utilizados são a adrenalina/epinefrina, noradrenalina/norepinefrina, a fenilefrinaa e o octapressin/felipressina.

Não apresenta vantagens sobre a epinefrina, tendo 25% da potência vasoconstritora dela e é responsável pela maioria dos relatos de reações adversas, como cefaleia intensa, assim como casos de necrose e descamação tecidual.

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Promove vasoconstrição com duração mais prolongada. Em contrapartida, em casos de sobredosagem, os efeitos adversos também são mais duradouros, como o aumento da pressão arterial e cefaleia na região occipital.

 

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é uma análoga sintética da vasopressina, hormônio produzido pela neurohipófise e também conhecida como hormônio antidiurético ou ADH. Está contida em soluções cujo sal anestésico a prilocaína. Tem valor mínimo no écontrole da hemostasia, havendo um maior sangramento durante os procedimentos do que quando se empregam soluções que contém epinefrina ou outros vasoconstritores.

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Com pressão arterial controlada em atratamento medico não oué contraindicado o uso de vasoconstritor, podendo utilizar adrenalina 1:100.00 (não exceder 2 tubetes) ou felipressina 0,03 UI/ml,  juntamente com a prilocaína 3%. Em tratamento de urgência de paciente com pressão arterial descompensada: recomenda-se utilizar anestésico sem vasoconstritor mepivacaína 3%.

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Contraindicado o uso de anestésicos com vasoconstritor do tipo adrenalina. Tende-se a escolher a prilocaína com felipressina. A felipressina poder ser usada em pacientes com diabete tipo I e II.

 

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1- (FAPEC, 2018) Os vasoconstritores são adicionados às soluções anestésicas para equilibrar as ações vasodilatadoras extrínsecas dos anestésicos locais. No que diz respeito à farmacologia de agentes vasocontritores específicos, assinale a alternativa correta:

3) (IADES, 2020) Em pacientes com doença cardiovascular significativa (ASA 3 e ASA 4), deve-se evitar o uso de altas concentrações de vasoconstritor. Substâncias alternativas para uso nesses pacientes seriam anestésicos locais com adrenalina a 1:200.000.

A) A injeção de adrenalina promove diminuição das pressões sistólica e diastólica e a diminuição da frequência cardíaca. B) A injeção de adrenalina promove a

A) CERTO B) ERRADO

hemorragia no local da cirurgia, devendo ser desconsiderada, principalmente, no caso de extração dos terceiros molares. C) A noradrenalina é um vasoconstritor com potência maior que a adrenalina e, por esse motivo, provoca aumento da frequência cardíaca. D) Não há diferença no mecanismo farmacológico de cada vasoconstritor, facultando ao cirurgião-dentista o uso de qualquer tipo de agente. E) A fenilefrina é uma amina simpaticomimética que promove ligeira redução do débito cardíaco devido ao aumento da pressão arterial e da bradicardia.

anestésico quanto ao vasoconstritor, estando este último intimamente relacionado à maior ocorrência de injeções intravasculares. Em relação à prevenção de doses anestésicas excessivamente tóxicas em Odontologia, assinale a alternativa CORRETA:

2) (IADES, 2020) A mepivacaína possui ação vasodilatadora maior que a da lidocaína. A) CERTO B) ERRADO

4) (FAUEL, 2019) O efeito tóxico dos anestésicos locais deve-se tanto ao

A) Deve-se procurar utilizar o maior volume de concentração possível necessário para se obter anestesia satisfatória. B) A solução anestésica deve ser injetada lentamente, pois a velocidade da injeção é um fator na rapidez de absorção do medicamento. C) É indicado aumentar a dose total máxima de anestésico local em até duas vezes quando se tratar de pacientes debilitados. D) A vascularização da área na qual o anestésico está sendo injetado precisa ser considerada, pois quanto mais

 

vascularizada, mais lenta será a absorção, aumentando a possibilidade de efeito tóxico. 5) (VUNESP, 2019) Paciente gênero feminino, 22 anos, saudável, com 60 kg, será submetida a procedimento cirúrgico para remoção dos terceiros molares. Uma vez que o agente anestésico escolhido pelo profissional foi a articaína a 4%, qual a quantidade máxima aproximada de agente anestésico poderá ser administrada a essa paciente?

B) O uso de vasoconstritores associados aos anestésicos locais é recomendado para diminuir o risco de toxicidade do anestésico. C) O tempo estimado de duração do procedimento odontológico deve ser levado em consideração. D) No caso de alergia a bissulfitos, o uso de anestésico local com vasoconstritor é indicado.

A) 6 tubetes. B) 8 tubetes. C) 10 tubetes. D) 12 tubetes. E) 15 tubetes. 6)  6)  (FAUEL, 2019) A anestesia local é a perda temporária de sensação ou de dor, produzida por um agente topicamente aplicado ou injetado, sem deprimir o nível de consciência. Prevenir a dor durante procedimentos odontológicosentre pode fomentar o relacionamento o cirurgião-dentista e o paciente, construindo confiança e diminuindo a ansiedade. Em relação à escolha da solução de anestésico local, assinale a alternativa INCORRETA: A) A história médica e o estado de desenvolvimento físico e mental do paciente devem ser levados em connsideração.

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1- E 2- B 3- A 4- B 5- A 6- D

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ANDRADE, E. D. Terapêutica Medicamentosa em Odontologia. 3ª.ed. Artes Médicas. 2013. RABÊLO, H. T. L. B.; CRUZ, J.H. A. Anestésicos locais utilizados na Odontologia: uma revisão de literatura.  literatura.  Arch Health Invest 8(9). 2019. CARVALHO et al. O emprego dos anestésicos locais em Odontologia: Revisão de Literatura.  Literatura.  Revista Brasileira de Odontologia. 2013. PAIVA, L. C. A. ANESTÉSICOS LOCAIS EM ODONTOLOGIA: UMA REVISÃO DE 2005. LITERATURA. Publ. UEPG Ci. Biol. Saúde, Ponta Grossa, LITERATURA. Publ. 11 (2): 35-42.

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A apostila foi toda revisada por um Cirurgião-Dentista, Cirurgião-Dentista, para garantia das informações nela contidas.

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