Apost. Eletrotermofoto - Fabio Borges

May 29, 2018 | Author: mozer88 | Category: Piezoelectricity, Reflection (Physics), Inflammation, Refraction, Waves
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FIS

Fábio dos Santos Borges - Coordenador do curso de pós graduação em Fisioterapia Dermato-Funcional da Univ. Gama Filho - Fisioterapeuta do Hospital Central do Exército - Professor da Universidade Estácio de Sá (UNESA) e Universidade Iguaçu (UNIG-RJ) - Tel.: (021) 9958 9474

- E-mail: [email protected] 

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ÍNDICE

Pag.

- Ultra Som ........................................................................... 02  - Corrente Galvânica ........................................................... 26 - Desincrustação .................................................................. 36 - Corrente Farádica ............................................................ 40 - Corrente Russa ................................................................. 42 - Microcorrente .................................................................. 55 - Eletrolifting ...................................................................... 65 - Eletrolipoforese ............................................................... 72 - Alta frequência ............................................................... 77 - Laser ................................................................................. 83 - Peeling Ultrasônico .......................................................... 97 - Pressoterapia ................................................................... 100 - Endermoterapia............................................................... 104 - Conceitos básicos de eletroterapia ................................ 113 - Mapa dos Pontos Motores .............................................. 117

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INTRODUÇÃO: Som é toda onda mecânica perceptível ao ouvido humano. Onda: É toda perturbação que se propaga no espaço, afastando-se do ponto de origem. Propaga energia e não matéria. Qualquer objeto que vibra é uma fonte de som. As ondas sonoras podem ser geradas mecanicamente, como por exemplo com o diapasão. Em fisioterapia / medicina se geram por meio dos chamados transdutores eletroacústicos. As ondas mecânicas perceptíveis ao ouvido humano estão compreendidas, aproximadamente, entre as freqüências de 20 Hz a 20.000 Hz. Quanto maior a freqüência, mais agudo é o som; quanto menor for a freqüência mais grave é o som. Os sons de freqüências abaixo de 20 Hz e acima de 20.000 Hz são inaudíveis ao ouvido humano, sendo denominados, respectivamente, infra-sons e ultra-sons. A velocidade de propagação do som depende do meio onde ele se propaga e também da sua temperatura. No ar, a 0ºC, a velocidade é de aproximadamente 330 m/s; a 20ºC, de aproximadamente 340 m/s. O som, sendo onda mecânica, não se propaga no vácuo. Nos demais meios onde se propaga pode sofrer reflexão, refração, difração e interferência. Aproveitando este fenômeno, o homem desenvolveu o sonar dos navios (capaz de mapear o fundo dos oceanos e localizar corpos móveis). Substituindo os feixes ultra sonoros por ondas eletromagnéticas, aproveitando o mesmo princípio, o homem desenvolveu e aperfeiçoou o Radar. Hoje  já se utiliza corriqueiramente os ultra-sons para se verificar o desenvolvimento do feto na vida intrauterina ou o estado das vísceras e mal formações. ULTRA SOM TERAPÊUTICO Conceito: São ondas sonoras (vibrações mecânicas) não percebidas pelo ouvido humano, cujas faixas terapêuticas encontram-se normalmente na faixa entre 1 Mhz e 3 Mhz. Estas ondas são produzidas a partir da transformação da corrente comercial em corrente de alta freqüência, mais ou menos 870 Khz, que ao incidir sobre um cristal (cerâmico, ou material similar), faz com que o mesmo se comprima e se dilate alternadamente, emitindo ondas ultra-sônicas na mesma freqüência da corrente recebida. Por terapia ultra sônica entende-se: É o tratamento médico mediante vibrações mecânicas com uma frequência superior a 20.000 Hz [11]  Histórico: 1917- Descoberto por Langevin 1939- Pohlmann constrói um aplicador terapêutico, que realizou sua primeira aplicação eficaz e moderna no Hospital Martin Luther de Berlim.

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  BIOFÍSICA Propagação:  As ondas sonoras necessitam de um meio para se propagarem (líquidos, gases, e sólidos). Não se propagam no vácuo. A propagação da energia ultra sônica nose tecidos principalmente doisinterfaces fatores: características de absorção do meio biológico reflexãodepende da energia ultra sônicadenas [3] ticiduais . A velocidade da onda ultra sônica é inversamente proporcional à compressibilidade de seu meio de propagação, ou seja, em um meio mais compressível (ar) a transmissão é mais lenta, porque há mais espaço entra as moléculas e assim podem ser facilmente comprimidas. Uma molécula percorre uma distância relativamente longa antes de afetar a mais próxima. Por outro lado, líquidos e sólidos são menos compressíveis porque suas moléculas ficam mais próximas umas das outras. Um pequeno movimento já afeta a molécula subsequente, assim líquidos e sólidos têm velocidade de propagação mais rápida[4].

Ondas de compressão/tração:  É o modo como se propagam pelo meio, as ondas ultra-sônicas[1, 4]. 

DIREÇÃO DE PROPAGAÇÃO

Impedância acústica:  Resistência oferecida pelos tecidos à passagem das ondas ultra sonoras. Cada tecido tem uma impedância acústica diferente. Reflexão:  Se dá quando uma onda emitida volta ao meio de origem, conservando sua freqüência e velocidade. A reflexão em uma superfície, ocorre quando a impediência acústica dos meios forem diferentes[3, 4, 11]. Se os dois meios possuírem a mesma impedância acústica isto não ocorrerá. raio incidente

raio refletido 

superfície 

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  Refração:  Se dá quando uma onda emitida, passa para outro meio (interfaces diferentes) sofrendo mudança na sua velocidade, mas conservando sua freqüência. A onda de som penetra no tecido ou interface à um ângulo (chamado de ângulo de incidência) e sai destes tecidos ou interface a um ângulo diferente (ângulo de refração). O feixe ultra-sônico deverá ser aplicado sempre perpendicularmente à superfície de tratamento, pois um desvio maior que 15º do raio incidente com a linha perpendicular ( ∀ I) provoca um ângulo de refração de maneira tal que, a onda incidente terá parte refletida e o restante refratada em direção paralela a superfície ou interface, tornando o tratamento inócuo.  raio incidente

raio refletido

∀ I  meio 1  meio 2

* ∀ I = Ângulo incidente

∀ Rf

raio refratado 

* ∀ Rf = Ângulo refratado 

Absorção:  É a capacidade de retenção da energia acústica do meio exposto às ondas ultra-sônicas, onde são   [3,4,12] absorvidas tecido e transformadas em que calor. As proteínas são asmostraram que mais que absorvem a energia ultra sônicapelo . Garcia (1998) menciona pesquisas realizadas o coeficiente de absorção aumenta quando se eleva a quantidade de proteína presente no meio condutor. Por isso tecidos ricos em colágeno absorvem grande parte da energia do feixe ultra sônico que os atravessa. Quanto maior a freqüência do ultra som, menor o comprimento de onda, maior será a absorção. Consequentemente no ultra som de maior frequencia haverá maior interação das ondas sonoras com os tecidos superficiais, fazendo com que haja uma menor penetração[4, 11].

COEFICIENTE DE ABSORÇÃO NOS DIFERENTES TECIDOS (FREQ. 1 e 3 MHz)

MEIO Sangue Vaso sanguíneo Osso Pele Cartilagem Ar (20°C) Tendão Músculo Gordura Água (20°C) Tecido nervoso

10,028 MHz 0,4 3,22 0,62 1,16 2,76 1,12 0,76 0,28 0,14 0,0006 0,2

30,084 MHz 1,2 --1,86 3,48 8,28 3,36 2,28 (feixe perpendic.) 0,84 (feixe paralelo) 0,42 0,0018 0,6

Fonte: Hoogland, 1986

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  Os dados referentes aos coeficientes de absorção apresentados na tabela acima nos mostram que o ar e a água são os dois extremos com maior e o menor índice, respectivamente. Isto nos possibilita deduzir que o ar é o meio de menor propagação da onda ultra sônica. Outro meio que merece destaque é a gordura onde o coeficiente de absorção é baixo, decorrente da homogeneidade do tecido. Em todos os meios podemos observar que a absorção é maior para frequências de 3 MHz, e isto decorre do fato de que quanto maior(moléculas, a frequênciafibras, menor océlulas, comprimento onda, portanto o tempo deabsorvem relaxamento das estruturas sonadas etc) é de menor, consequentemente maior [4] quantidade de energia . Interfaces:  São as diferentes estruturas por onde trafegam as ondas ultra-sônicas durante a terapia; possuem impedância acústica diferentes (ar, substância de acoplamento, pele, tecido conjuntivo, músculos, ossos).

Efeito tixotropo:  Consiste na propriedade que apresentam os ultra-sons de “amolecerem” (transformar em estado gelatinoso) substâncias em estado mais sólido [11] 

Atenuação:  Quando se tem a penetração da onda ultra sônica no tecido orgânico, teremos perdas na capacidade terapêutica do ultra som que irão acontecer, até chegar a um ponto chamado de atenuação, ou seja a amplitude e intensidade diminuem a medida que as ondas de ultra-som sob sua forma de feixe passam através de qualquer meio. Esta diminuição de intensidade é causada pela difusão de som em uma meio heterogêneo, pela reflexão e refração nas interfaces e pela absorção do meio. O feixe tem [4, reduzida 11] sua intensidade original pela metade a determinada distância, em determinados tecidos com espessuras específicas. .

Cada tecido possui valores diferentes de atenuação, conforme tabela abaixo: TABELA DE REDUÇÃO DE 50% DA POTÊNCIA (D/2) 1 Mhz 3 Mhz - Osso 2,1 mm ------ Pele 11,1 mm 4,0 mm - Cartilagem - Ar - Tendão - Músculo - Gordura - Água

6,0 mm 2,5 mm 6,2 mm 9,0 mm 24,6 mm 50,0 mm 11.500,0 mm

2,0 mm 0,8 mm 2,0 mm 3,0 mm (Tec. Perpendiular.)  8,0 mm (Tec. Paralelo)  16,5 mm 3.833,3 mm

Fonte: Hoogland, 1986

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  Profundidade de penetração:  A profundidade de penetração é a distância (ou profundidade) a qual a intensidade sônica cai a 10% de seu valor original e serve para verificar se é possível esperar algum efeito terapêutico a esse nível[11]. Tabela de Profundidade de Penetração. MEIO 1 MHz - Tecido ósseo 7 mm - Pele 37 mm - Cartilagem 20 mm - Tecido tendinoso 21 mm - Tecido muscular: Feixe perpendicular 30 mm Feixe paralelo 82 mm - Gordura 165 mm - Água 38.330 mm Fonte: Hoogland, 1986.

3MHz ------12 mm 7 mm 7 mm 10 mm 10 mm 55 mm  12.770 mm 

Efeito Piezoeléctrico: O ultra som é gerado por um transdutor. O transdutor é um dispositivo que transforma uma forma de energia em outra. O transdutor mais comumente utilizado no ultra som transforma energia elétrica em energia mecânica. uma pressão de quartzo outros materiais policristalinos como oSetitanato zirconatofordeaplicada chumboem ou cristais no titanato de bárioou se em produzem mudanças elétricas na superfície externa desse material piezoelétrico. Isto é conhecido como efeito  piezoelétrico[11]. Um cristal piezoelétrico tem a propriedade de mudar de espessura se uma voltagem for aplicada através de sua substância, ou seja, ele irá alternadamente ficar mais espesso e mais delgado, em comparação com sua espessura em repouso, emitindo com isso ondas sonoras. Guirro & Guirro (1996) afirmam que o PZT varia sua forma na dependência do pulso elétrico ser positivo (altera sua espessura) ou negativo (altera seu diâmetro). Foi descoberto por Pierri e Jacques Curie, em 1880[4]. À medida que a face frontal do transdutor se desloca para trás e para a frente, regiões de  [12]

compressão e rarefação se afastam desta parte, formando uma onda ultra sônica.

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  Os cristais de quartzo não são mais utilizados no Brasil. Eles necessitam de uma voltagem alta para emitiram ondas sonoras[56] 

Modelo de cristal de PZT utilizado no ultra som

OBS.1: Atualmente os cristais utilizados nos aparelhos de ultra-som são os cristais cerâmicos, e os mais empregados no mundo inteiro são os de PZT (Titanato Zirconato de Chumbo). A liga entre chumbo, zircônio e titânio é um excelente sintético pela sua durabilidade e eficiência em converter corrente vibrações mecânicas, ou seja, os cristaisà cerâmicos possuem maior estabilidade estrutural,elétrica maioremrendimento acústico, maior resistência queda (menos sensíveis a choques mecânicos), e menor preço. Possuem ainda a capacidade de manter suas propriedades piezoeletricas quando, em uso, atingir temperaturas mais altas [11].  Os cristais de quartzo não são mais utilizados no Brasil. Eles necessitam de uma voltagem alta para emitiram ondas sonoras[11]  OBS.2:  Os efeitos piezoelétricos no corpo humano são observados especialmente no tecido ósseo, nas fibras de colágeno e proteínas corporais. É possível que esses efeitos influenciem nos efeitos biológicos do ultra som.[11] 

Cavitação:[3, 4, 12, 16]  Estável: As bolhas de gás que são formadas nos líquidos orgânicos sofrem ação das ondas sonoras, na fase de compressão (são comprimidas e o gás se move de dentro da bolha para o fluido circundante) e de tração (aumentam sua área e o gás se move do fluido para dentro da cavidade). Instável: Se a intensidade for muito elevada ou o feixe ultra-sônico ficar estacionário vai acontecer um um colabamento dessas bolhas e elas vão ganhando energia, e entram em ressonância, até que “explodem” (devido ao ganho muito grande de energia) e isso provoca um aquecimento muito grande a esse nível. Somente a cavitação estável pode ser considerada terapêutica visto que seus efeitos são basicamente nãoaltas térmicos. Ao contrário, cavitação instável pode promover danos teciduais decorrentes das temperaturas e pressões ageradas em razão da liberação de energia no instante da   ruptura da bolha de gás. OBS.: A cavitação pode ser visualizada ao colocarmos um pouco de água sobre o cabeçote e ligarmos o aparelho. A ocorrência de cavitação instável pode ser minimizada pela movimentação constante do transdutor e a administração de baixas doses.

Ondas estacionárias estacionárias poderão entre ocorrer se parte ondas deacústica ultra-som viajando Eatravés do tecido, foremOndas refletidas por uma interface meios comdas impedância diferentes. se as ondas que incidem na interface são refletidas se tornam superpostas a tal ponto que seus picos de intensidade se somam. [3,12] http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges

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Campo próximo / distante[1, 3, 11, 12]  Pode-se distinguir duas áreas de um feixe ultra sônico: campo próximo (zona de Fresnel) e campo distante (zona de Fraunhofer). O campo próximo possui uma pequena covergência e caracteriza-se por fenômenos de interferência no feixe ultra sônico que podem conduzir a picos de intensidade que podem causar lesões tissulares, ou seja, o feixe ultra sônico neste campo possui alta taxa de não uniformidade (alta BNR), pois existem pontos onde ocorrem alta intensidade e pontos onde ocorrem baixa intensidade, podendo prover picos de até 5 a 10 vezes maiores que o valor ajustado no aparelho (às vezes picos 30 vezes mais altos). O campo distante caracteriza-se por uma baixa taxa de não uniformidade do feixe (baixa BNR), ou seja, ocorrem ausência quase total de fenômenos de interferência e o feixe é mais uniforme (possui grande divergência). E a intensidade diminui gradualmente ao aumentar a distância do transdutor. Para que se possa minimizar o efeitos de picos de intensidade no campo próximo e prover segurança no tratamento deve-se movimentar o cabeçote durante a aplicação do ultra som, pois isso torna o campo mais homogêneo (mais uniforme). Nas daaplicações subaquático evitarpróximo o campo aproximando cabeçote superfíciedea ultra-som ser tratada, pois comodeve-se no campo há distante pontos de alta e baixao intensidade, há a facilitação da complacência dos tecidos (células, moléculas, etc), ou seja, os picos de intensidade que ocorrem em algumas estruturas orgânicas são repassados para as estruturas vizinhas onde a intensidade está menor, com isso haverá um equilíbrio entre as doses de ultra som na região sonada. Isto não ocorre no campo distante, pois como não há áreas com pontos de alta e baixa intensidade não ocorrerá a distribuição das doses recebidas entre os tecidos (complacência tecidual) para que haja um equilíbrio da energia sônica recebida, e com isto poderá haver risco de lesão. Quando se usa o ultra som no método direto sobre a pele o efeito de "alta intensidade" do campo distante não traz risco de lesão, pois este efeito é minimizado pela atenuação do feixe nas estruturas orgânicas à medida que penetra (absorção), Em virtude disto, as ações terapêuticas serão produzidas principalmente no campo próximo. O comprimento do campo próximo depende do diâmetro do “cabeçote” e do comprimento de onda. No ultra som de 1 MHz com um cabeçote usual de 5 cm 2, o campo próximo tem uns 10 cm de comprimento, e para um cabeçote de 1 cm2 o campo próximo mede uns 2 cm de comprimento. No ultra som de 3 Mhz o campo próximo é três vezes maior, já que o comprimento de onda é proporcionalmente menor. Na teoria, o valor do BNR (coeficiente de não uniformidade do feixe) não pode ser menor que 4, isto quer dizer que sempre deve levar-se em conta a possibilidade de picos de intensidade pelo menos 4 vezes superiores aos valores ajustados. O valor do BNR em cabeçotes bem fabricados situa-se entre 5 e 6. 

CAMPO DISTANTE

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PROPRIEDADES DO ULTRA-SOM TERAPÊUTICO - Os ultra-sons têm a propriedade de prevenir contra toda e possível lesão, em algumas regiões do corpo, por meio da dor perióstica (quando há uma cavitação instável na superfície óssea), que se manifesta sempre antes de ocorrerem lesões irreversíveis. - O som na faixa dos megahertz (MHz) não se desloca através do ar[12]. Portanto, quando um indivíduo está sob tratamento, torna-se essencial (para que o procedimento seja eficaz) a inexistência de ar entre o transdutor e a pele dele. O método mais comum para evitar este “ar” consiste no uso de um meio de “contato”, que é uma fina camada de gel ou óleo aplicada à pele antes do tratamento. O requisito principal para que o agente sirva como meio de acoplamento é que ele tenha uma impedância acústica similar à da pele (minimiza a reflexão). Para a superfícies do corpo muito irregulares pode-se usar água num reservatório, e tanto o membro a ser tratado como o transdutor ficam em baixo d’água. - A área de radiação ultra sônica do cabeçote corresponde a área do cristal onde há emissão de ondas sonoras, e chama-se ERA (Área Efetiva de Radiação). A ERA é sempre menor que a área geométrica do cabeçote. E além disso devemos saber que se houver defeito na colagem do cristal ao cabeçote (diafragma) e ocorrerem espaços vazios a radiação emitida será ainda menor. - Em virtude do ultra som (com frequência na faixa dos megahertz) não se propagar através do ar, ocorre intensa reflexão do som caso não haja nenhuma substância à frente do cabeçote quando o aparelho for ligado. E esta reflexão faz com que o som volte para a região do cristal, podendo trazer alterações estruturais no equipamento.[12]  - No implante metálico 90 % de radiação ultra-sônica que chega é refletida e concentra-se nos tecidos vizinhos (ondas estacionárias). Pôr não se saber qual a quantidade de energia ultra-sônica que é absorvida por estes tecidos, alguns profissionais contra-indicam este procedimento para se resguardarem de possíveis acidentes que poderiam causar lesões, mesmo utilizando intensidade dentro da faixa terapêutica. O ultra-som não aquece o implante metálico  (Andrews e col. 2000). Situação semelhante à descrita acima ocorre na superfície óssea, com 30% de reflexão das ondas ultra-sônicas. Entretanto, Garavello et al (1997) ao pesquisarem, concluíram que o implante metálico pareceu não induzir a temperaturas excessivamente altas, nem a qualquer outro efeito deletério nos tecidos circunvizinhos. - O ultra-som terapêutico normalmente é construído com freqüência de 1 e/ou 3 MHz. Atualmente a indústria de aparelhos de ultra som voltados para tratamentos estéticos fabricam também aparelhos com frequência de 5 MHz. * 1MHz - Lesões profundas * 3 MHz e 5 MHz - Lesões superficiais OBS.1.: No tocante à profundidade de penetração, há os seguintes relatos de autores: 1) 1 MHz: - Segundo Hoogland (1986) penetra cerca de 3 a 4 cm - Gann (1991) e Draper (1996) mencionam uma profundidade de 2,5 cm a 5 cm 2) 3 MHz: - Segundo Hoogland (1986) e Draper (1996) penetra cerca de 1 a 2 cm. - Segundo Gann (1991) penetra menos de 2,5 cm REGIME DE EMISSÃO DE ONDAS SONORAS - Segundo o regime de emissão de ondas sonoras, o ultra-som pode ser   Contínuo (lesões crônicas - grande efeito térmico) ou Pulsado (lesões agudas - considerado atérmico)

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- No regime pulsado há um intermitência na saída das ondas sonoras no cabeçote transdutor. - Período de Repetição dos Pulsos: Quase todos os aparelhos de ultra som tem uma frequência de repetição dos pulsos (no modo pulsado) fixa de 100 Hz. O modo pulsado pode ajustar-se segundo a relação entre a duração do pulso e o período de repetição dos pulsos de 1:5, 1:10 e 1:20 [11]  Quanto de pulso, menor oPausa calorentre produzido. Relaçãomenor o tempo Duração dos pulsos os pulsos 1:5 (Sub agudo) 2 ms 8 ms* 1:10 (agudo) 1 ms 9 ms 1:20 (muito agudo) 0,5 ms 9,5 ms Fonte: Hoogland, 1986 * 20% de US / 80% de pausa (sem US) OBS.:  a) Entre outras coisas, se o calor produzir dor ou a condição for aguda, um ciclo de trabalho pulsado deverá ser usado (10% ou 5%), dependendo da agudez. Se for necessário um pequeno efeito térmico, utilizar um ciclo de trabalho de 20% ao invés de ultra som em modo contínuo. Um ciclo de trabalho de 20% é muito útil quando houver uma grande quantidade de reflexão do osso subcutâneo, como em epicondilites. b) O ultra som contínuo pode ser necessário quando ambos efeitos térmicos e não térmicos forem necessários. O grau dos efeitos térmicos no modo contínuo pode ser determinado pelos controles de intensidade do aparelho. c) Com uma intensidade de 1,5 W/cm2, são necessários 3 a 4 min. para alcançar um nível terapêutico de aquecimento com o ultra som de 3 MHz, e 10 min. para aquecer o tecido, quando for ultilizado o ultra som de 1 MHz. (Draper e col., 1993) - Um equipamento útil para o controle de qualidade dos ultra-sons é a BALANÇA SEMIANALÍTICA (Balança Acústica)[4, 15], onde o transdutor (cabeçote) é seguro acima de um alvo de absorção de ultra-som ligado à extremidade de um “braço” de balança imersa em água. A deflexão da balança, devido à pressão acústica, dá uma indicação da produção de força acústica pelo transdutor, e serve para manutenção da energia ultra-sônica irradiada. Cabeçote Suporte

H2O

Cone metálico

0.000

- Apermite reduçãoaumentar das doses na utilização ultra som pulsado, e consequentemente o pouco calor gerado, a intensidade na do superfície corporal e portanto o efeito do tratamento de estruturas tissulares mais profundas[11].

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EFEITOS FISIOLÓGICOS 1) Efeito mecânico [3, 11, 16]  Chamado de micromassagem celular, e é responsável por todos os efeitos da terapia ultra sônica. Esses efeitos são obtidos tanto no modo contínuo quanto pulsado, e dependendo da intensidade usada para tratamento, esses efeitos podem ter um influência favorável ou não sobre os tecidos. A micromassagem dos tecidos se deve às oscilações provocadas pelo feixe que os atravessa. A movimentação dos tecidos aumenta a circulação de fluidos intraultra-sônico e extracelulares, facilitando a retirada de catabólitos e a oferta de nutrientes. 2) Aumento da permeabilidade da membrana[3, 4, 11, 12, 16]  Alteração no potencial de membrana e aceleração dos processos osmóticos (difusão), e conseqüente aumento do metabolismo. Ocorre não só pelo efeito de aquecimento como também pelo efeito não térmico do US. Este efeito é a base para fonoforese.

3) Efeito térmicos[1, 3, 11, 12, 16]  Tem por base o efeito Joule. É causado pela absorção das ondas ultra-sônicas à medida que penetram estruturas tratadas.(modo A quantidade calormaior geradocalor depende alguns fatores como por exemplo, onasregime de emissão contínuo de produz que odepulsado), a intensidade, a frequência e a duração do tratamento.

4) Vasodilatação[1, 2, 4, 11, 16]  É considerado como como um fenômeno protetor destinado a manter a temperatura corporal dentro de limites fisiológicos. Justifica-se, entre outras, por algumas teorias: Há a liberação de substâncias vasoativas como a Histamina; há inibição do simpático dos vasos, diminuindo sua resistência tênsil; há aumento do metabolismo e consequentemente aumento do consumo de O2, aumentando com isso a presença de CO 2, provocando a vasodilatação. 5) Aumento do fluxo sangüíneo[3, 11]  Em virtude da vasodilatação; e podendo ocorrer através da estimulação reflexa segmentar com ação na região paravertebral. Andrews e col. (2000) afirmam que o fluxo sanguíneo continua elevado por 45 a 60 minutos após a aplicação do US. 6) Aumento do metabolismo[1, 2, 3, 12]  Se dá pela Lei de Van’t Hoff, que relaciona o aumento de temperatura com a taxa metabólica, mencionando que para cada aumento de 1° C na temperatura corpórea deve ocorrer um aumento de 10 % na taxa metabólica. Young (1998) cita que este aumento seria de 13% da taxa metabólica. 7) Ação tixotrópica[3, 5, 11]  Propriedade que o ultra som tem de "amolecer" ou "liquefazer" estruturas com maior consistência física (transforma colóides em estado sólido em estado gel). 8) Ação reflexa[4, 11]  Ação à distância do ultra som. 9) Liberação de substâncias ativas farmacológicas[1, 11, 12]  Principalmente a histamina (através da desgranulação dos mastócitos, por exemplo) 10) Efeito sobre nervos periféricos[3, 11] 

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O ultra som contínuo afeta a velocidade de condução nervosa (tanto aumentando como diminuindo). Provoca despolarização das fibras nervosas aferentes, com baixa intensidade; com alta intensidade pode-se obter um bloqueio da condução. Kramer (1985) afirma que o aquecimento dos tecidos é responsável pelo aumento temporário na velocidade de condução nervosa observado nos nervos periféricos sonados.

11) Elevação dos níveis intracelulares de cálcio[4, 12, 30]  12) Aumento das atividades dos fibroblastos[12, 30]  13) Aumento da síntese de colágeno[4, 12, 30]  14) Aumento da síntese de proteína [4, 12, 30]  Aumento da permeabilidade lisossômica 15) Estimulação da angiogênese[12]  Facilita a formação de novos vasos, atuando na facilitação da cicatrização

16) Aumenta as propriedades viscoelásticas dos tecidos conjuntivos e ricos em colágeno[3, 4]  Aumenta a extensibilidade, facilitando o alongamento 17) Aumenta a atividade enzimática das células[12]  EFEITOS TERAPÊUTICOS  1) Anti-inflamatório[3, 4, 12, 18]  Segundo Gonçalves & Parizotto (1998) a utilização do ultra som na terapia de reparação cutânea tem ação importante sobre as diversas fases do processo inflamatório. Sua ação na fase inflamatória inicial da reparação é uma aceleração do processo, aumentando a liberação de fatores de crescimento pela desgranulação dos mastócitos, plaquetas e macrófagos. O ultra som atuaria como um acelerador do processo inflamatório, portanto não como anti-inflamatório. Afirmam ainda que o que se pode definir como efeitos já confirmados do ultra-som sobre o processo inflamatório e a reparação tecidual é a possibilidade de potencializar ou inibir a atividade inflamatória dependendo da geração de radicais livres nos tecidos. Ou por ação direta ou por meio da circulação sanguínea, existe mediação do ultra som sobre a inflamação, alterações na migração e função leucocitárias, aumento na angiogênese, na síntese e maturação de colágeno e também na formação do tecido cicatricial. O ultra som estimula a liberação de grânulos pelos mastócitos, e são estes grânulos que contêm os agentes quimiotáxicos. A desgranulação dos mastócitos pode ser iniciada pelo aumento intracelular de íons cálcio. Perturbações da membrana celular, induzidas pelo ultra som, podem aumentar o influxo de cálcio nos mastócitos. Os monócitos apresentam uma atividade fagocitária, mas a sua principal função parece ser a liberação de substâncias quimiotáxicas e de fatores de crescimento, que são essenciais para a formação do tecido de reparação. Há um consenso no sentido de que o ultra som pode acelerar a resposta inflamatória, promovendo a liberação de histamina, macrófagos, monócitos, além de incrementar a síntese de fibroblastos e colágeno. Na fase inflamatória do reparo tecidual há interação com vários tipos de células (plaquetas, mastócitos, macrófagos, neutrófilos) que entram e saem do local lesionado, levando à aceleração do reparo.

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Como consequência do aumento da circulação sanguínea há um fator de aumento da ação de defesa (elementos fagocitários do sangue)

2) Analgésico[3, 11]  Justifica-se por alguns fatores: aumento do limiar de dor com ação nos nervos periféricos; eliminação de substâncias mediadoras da dor como consequência do aumento da circulação tissular; normalização do tônus muscular; bloqueio da condução nervosa, etc 3) Fibrinolítico / Destrutivo[11]  Tem por base a ação tixotrópica do ultra som

4) Regeneração tissular e reparação dos tecidos moles[1, 4, 11, 12, 18]  Fase inflamatória: O ultra som pode acelerar a resposta inflamatória, promovendo a liberação de histamina, macrófagos, monócitos, além de incrementar a síntese de fibroblastos e colágeno. Fase proliferativa do reparo: Potencialização da motilidade e proliferação dos fibroblastos, indiretamente através da estimulação ultra sônica dos macrófagos; incremento da velocidade angiogênica; aumento da secreção de proteína estimulação ferida, diminuindo significativamente com issoea colágeno o tamanho(US da pulsátil); cicatriz (US pulsátil) da "contração" da Fase de remodelagem do reparo: O US aumenta a resistência tênsil e a quantidade de colágeno (o colágeno tipo III é substituído por colágeno tipo I, em resposta ao estresse mecânico promovido pelo US). Este aumento pode ser maior se o ultra som for usado anteriormente na fase inflamatória e na fase proliferativa da lesão. O US pulsátil deve ser o utilizado. Hoogland (1986) indica ultra som no modo pulsado (1:5) com freqüência 3 MHz, com intensidade abaixo de 0,5 W/cm2. Estimula a produção de fibroblastos, produção de colágeno para o meio extracelular e organização da matriz de tecido conjuntivo, e as células endoteliais estimulam a angiogênese.

5) Reflexo[4, 11]  Tratamento segmentar. Estimulando-se uma região distante da área alvo em tratamento, como por exemplo em casos de lombociatalgia atuando-se somente na região lombar 6) Relaxamento muscular[3, 11]  Ação do US pulsado é maior sobre as terminações nervosas envolvidas no processo de contratura ou tensão muscular; e a eliminação de substâncias químicas estimulantes musculares, como consequência do aumento da circulação tissular, diminui o tônus reflexo Segundo Hoogland (1986), com uma frequência de 3 MHz (com ultra som pulsátil) os efeitos de relaxamento muscular serão maiores. 7) Regeneração óssea[3, 9, 11, 12]  Algumas pesquisas mostraram que o ultra-som pode produzir um efeito piezoeléctrico no osso (na molécula de colágeno) que, por sua vez, pode produzir osteogênese; outras mostraram melhora significativa no retardo de consolidação de fratura. A fase proliferativa do reparo é subdividida na formação do calo mole e do calo duro.

DOSIMETRIA  A dosimetria é o produto da intensidade do estímulo pela duração do tratamento. 

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Devemos tomar por base a tabela de redução de 50% da potência para que possamos calcular a dose eficaz de ultra som que atingirá a estrutura a ser tratada.

Intensidade[11]: Para a determinação da intensidade correta, em cada caso, devemos tem em mente a dose ideal que deverá lugar dosàtecidos levando-se em consideração atenuação etc) das ondas sonoras nos chegar tecidos no superficiais área da afetados, lesão (pele, tecido subcutâneo, gordura,a músculos, Em qualquer caso, o paciente não pode sentir sensações desagradáveis ou dolorosas. È permitida uma leve excitação. Se por consequência do tratamento aparecer dor de cabeça, desmaios, fadiga e/ou outras reações do Sistema Nervoso Autônomo a terapia posterior deve ser administrada numa intensidade mais baixa. Quando se usam ultra som pulsado ou contínuo com alta intensidade pode sentir-se uma reação de calor. Só é permitida uma leve sensação de calor.

- TABELA DE REDUÇÃO DE 50% DA POTÊNCIA (D/2) 1 MHz2,1 mm

3 MHz ........  11,1 mm 4,0 mm 6,0 mm 2,0 mm 2,5 mm 0,8 mm 6,2 mm 2,0 mm 9,0 mm 3,0 mm (Tec. Perpendic.) 24,6 mm 8,0 mm (Tec. Paralelo) (labor.) - Gordura 50,0 mm 16,5 mm - Água 11500,0 mm 3833,3 mm _______________________________________________________________ - Osso - Pele - Cartilagem - Ar - Tendão - Músculo

Fonte: Hoogland, 1986

- EXEMPLOS DE TRATAMENTO:  - Exemplo 1: Se um feixe ultra-sônico de 1 w/cm2 passar por 50 mm (5 cm) de gordura sua intensidade cai na metade, ou seja, cai para 0,5 w/cm 2 (de acordo com a tabela acima).  - Exemplo 2:

Ultra som - 2 Wcm2 

Gordura (20 mm) Músculo (9 mm) Tendão (3 mm) Bursa

Obs.: Ao passar por 20 mm de gordura a intensidade cairá de 2 w/cm 2 para 1,6 w/cm2 (atenuação 2

2

de 20% 2 = 0,4 w/cm ); ao passar por 92 mm de músculo sua intensidade cairá de 1,6 w/cm  para 0,8 w/cm  (atenuação de 50% = 0,8 w/cm ); ao passar por 3 mm de tendão sua intensidade cairá de 0,8 2 w/cm  para 0,6 w/cm2 (atenuação de 25% = 0,2 w/cm2). Neste exemplo estaria chegando na bursa, 0,6

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w/cm2 de dose de US, após acontecerem as atenuações nos tecidos localizados a cima da área lesionada.

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-Exemplo 3:  Qual seria a freqüência ideal do ultra som para realizarmos tratamento de tecido cicatricial, em região lateral de quadril, após cirurgia de artroplastia total de quadril? A freqüência ideal é de MHz,profundidade se levarmos em consideração intensa absorçãoEnaa pele eObs nas.: camadas superficiais até3 uma mínima de 1 cmque de há tecido muscular. vantagem está em não se atingir nem a prótese e nem o cimento, considerando-se que a intensidade nestes locais será desprezível, utilizando-se 3 MHz.

- Os aspectos terapêuticos relacionados a ação do ultra som de 3 MHz na estética têm por base a barreira imposta pela pele, à penetração das ondas sonoras. Pois como as afecções relacionadas à estética são praticamente superficiais, a transposição das ondas sonoras através da pele torna-se relevante. Guirro & Guirro (1996) relatam que a estrutura da pele pode ter cerca de 0,5 a 4 mm de espessura. respectivamente. E suas sub-áreas Portanto, anatômicas como a epiderme dermedetêm cerca de 50 0,12 e 2 mm do de espessura, levando-se em contaeaatabela redução %mm da potência US[11], as ondas sonoras do US de 3 MHz atenuariam cerca de 26,5%, após terem passado na epiderme e derme.

TEMPO DE APLICAÇÃO TERAPÊUTICA - A duração do tratamento depende do tamanho da área corporal. O tempo máximo de aplicação que deve ser realizado com o ultra som, deve ser de 15 minutos por área de tratamento, e este tempo se refere a uma área tratada de 75 – 100 cm2, que é considerda uma superfície máxima que se pode tratar razoavelmente, e deve estar [11]

relacionada efeito seu de estipulação do tempocalculado de tratamento) comde o tamanho da deve-se ERA .dividir Caso uma determinada(para área tenha tempo de aplicação para mais 15 minutos esta área em quadrantes e realizar mais de uma aplicação. - Hoogland (1986) orienta que na prática clínica o tempo de aplicação do ultra-som pode ser calculado da seguinte maneira: pega-se a área a ser tratada e divide-se pela ERA do ultra-som. Ex: Numa região que tenha as medidas de 10 cm de comprimento por 4 cm de largura, e realiza-se uma aplicação com um cabeçote de 5 cm2 de ERA, o tempo de aplicação deverá ser calculado da seguinte forma: Área ÷ Era = 40/5 = 8 min. de aplicação - As áreas menores que o cabeçote se tratam, em geral, por poucos minutos (3 a 5 min) usando o método semiestático. Obs.1: No tocante à utilização prática do tempo de aplicação calculado, deve-se levar em conta também algumas peculiaridades relacionadas à patologia como a fase da doença (aguda/crônica), profundidade da lesão, características físicas (mais ou menos efeito tixotropo), etc. Por isso, em alguns casos, podemos adotar um tempo máximo terapêutico em 40% a 60% do tempo calculado inicialmente, ou quem sabe até adotarmos em tempo maior que este.

UTILIZAÇÃO PRÁTICA - É imprescindível que promovamos um perfeito acoplamento entre o cabeçote e a pele do paciente, utilizando uma substância que apresente uma impedância acústica próxima à do tecido humano, do contrário irá persistir uma delgada lâmina de ar, imperceptível ao olho desarmado, entre o cabeçote e a pele, formando uma interface que irá refletir, quase que totalmente, o feixe ultra-sônico, ou seja, o objetivo do acoplamento é substituir alguma quantidade de ar existente entre o transdutor e a

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parte que está sendo tratada, com um material cuja impedância acústica está entre a do metal do transdutor e a da superfície da pele. [5, 4, 11]. - Segundo Guirro & Guirro (1996), as formulações em gel apresentam uma porcentagem de transmissão maior do que na forma de creme ou unguento. Andrews e col. (2000) relatam que os agentes acopladores utilizados comumente são os geis preparados comercialmente, a água e o óleo mineral, mas que os géis são mais eficientes na transmissão das ondas sonoras e na elevação da temperatura tecidual até níveis terapêuticos. - Segundo Casarotto (2000), a água e o gel apresentam os menores coeficientes de reflexão e atenuação, os maiores coeficientes de transmissão e uma impedância acústica mais próxima da pele, gerando uma reflexão menor nesta interface. - Segundo Hoogland (1986), a intensidade máxima que pode ajustar-se para o ultra som contínuo é de 3 W/cm2. Para o ultra som pulsátil, a intensidade (máxima) pode elevar-se a 5 W/cm2 em alguns equipamentos[11]. Entretanto, na prática clínica recomenda-se que o ultra-som contínuo deva ser usado até 2 w/cm2  pois senão ocorrerá lesão de estruturas superficiais. E o ultra som pulsado recomenda-se usar até 3 W/cm2 . Entretanto atualmente os fabricantes têm construídos seus aparelhos com intensidades que vão somente até 2 W/cm2[4]. - O ultra-som pulsado consegue atingir estruturas mais profundas porque a potência máxima utilizada é [11] maior que no ultra-som contínuo; e pode ser usado na inflamação aguda pois é considerado “atérmico” . - Antes de ser utilizado o ultra-som, torna-se necessário submeter o aparelho a um teste para verificar se ele realmente está gerando a energia necessária para a terapêutica. É clássico, neste caso, a Prova da Névoa, que consiste na colocação de algumas gotas de algum líquido (água, álcool, soro fisiológico, etc.) sobre a superfície do cabeçote e, após ajustarmos o controle de potência (1 watt/cm 2  em equipamentos novos, ou mais, em equipamentos mais antigos), deve haver a formação de uma “névoa” fina sobre a superfície do cabeçote (a água não ferve, há uma super agitação das moléculas) (pode não haver formação de névoa em aparelhos velhos ou que tenham fraca saída de ondas ultrasônicas no cabeçote). - O uso do redutor “facilitaria” o tratamento em áreas de difícil acesso ou irregulares (extremidades). Mas está totalmente desacreditado pela maioria dos profissionais, e caiu em desuso, pelo fato de existir a possibilidade de ficar uma bolha de ar entre o cabeçote e o redutor, que reduziria muito a eficácia da terapêutica, além de não retransmitir toda a energia ultra sônica que sai do cabeçote. Atualmente tem-se utilizado cabeçotes construídos com a “forma reduzida”, do tipo convergente, que possuem também a redução do tamanho da ERA

.

- Nas aplicações que utilizam água (subaquática, bolsa d’água), deve-se ter a preocupação de utilizar água fervida para que ela perca os gases que nela estão dissolvidos (desgaseificada), pois a formação de bolhas na superfície do cabeçote constituir-se-á em uma interface que refletirá, quase que totalmente o feixe ultra-sônico. E uma vez fervida, deve-se evitar agitar a água para que ela não absorva novamente os gases[11]

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- Na técnica subaquática o cabeçote do ultra-som pode ser submergido na água sem problemas, pois os aparelhos nacionais que se conhecem são blindados e indicados para utilização subaquática (entretanto deve-se verificar as especificações técnicas do aparelho através do manual). - Hoogland (1986) menciona uma guia de intensidade para o ultra som contínuo: * 0,3 w/cm2 - intensidade baixa * 0,3 - 1,2 w/cm22 - intensidade média * 1,2 - 3 w/cm - intensidade alta - No caso do ultra som pulsado deve considerar-se um valor médio. Por exemplo, o ultra som pulsátil de 1 w/cm2 na relação 1:5 equivale ao ultra som contínuo de 0,2 w/cm2[11] .

AS TÉCNICAS DE APLICAÇÃO MAIS UTILIZADAS SÃO:  a)

CONTATO DIRETO[1, 3, 4, 7, 10, 11, 12]   - É realizada quando a superfície a ser tratada é razoavelmente plana, sem muitas irregularidades, permitindo um perfeito contato de toda a área do transdutor com a pele. - Nesta técnica o cabeçote fica em contato direto com a pele do paciente, entretanto se faz necessário a utilização de uma substância de acoplamento visando minimizar os efeitos da reflexão. 

- A substância de acoplamento deve ter uma impedância acústica próxima à da pele. Normalmente é utilizado gel industrializado (mais eficaz), podendo-se utilizar também pomada de petróleo, óleo mineral, etc. - Para assegurar o tratamento mais uniforme possível de uma área, é necessário manter o cabeçote de tratamento em movimento contínuo e uniforme. Desta forma haverá uma mudança contínua da posição das “variações de intensidade”. Este movimento também é necessário para evitar mudanças na circulação sanguínea, pois o ultra som pode causar estase das células sanguíneas nos vasos paralelos ao feixe ultra sônico. - Com o cabeçote em contato com a pele, a técnica de contato direto pode ser realizada de duas formas: 1) Dinâmica - onde o cabeçote é deslizado sobre a região a ser tratada com movimentos que podem ser circulares, longitudinais ou transversais, curtos, de poucos centímetros, que se superpõem para assegurar o tratamento uniforme da área. Hoogland (1986) afirma que os movimentos devem ser realizados de forma homogênea e com ritmo muito lento. Salgado (1999) diz que os movimentos devem ser lentos e uniformes. Winter (2001) menciona que deve-se exercer movimentos circulares muito lentos (em câmera lenta). Michlovitz (1996) relata que muitos profissionais tendem a mover o transdutor muito rapidamente, podendo assim diminuir a quantia de energia absorvida pelo tecido, e que o propósito do movimento é distribuir a energia tão uniformemente quanto possível ao longo do tecido, passando longitudinalmente ou sobrepondo movimentos circulares. Kramer (1984) propõe que o transdutor deve ser movido lentamente, com uma velocidade de aproximadamente 4 cm/seg. Na prática clínica, a velocidade de movimentação do cabeçote corresponde a aproximadamente 1 m a 0,85 m por minuto.

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2) Semiestacionária - onde o cabeçote realiza movimentos de mínima amplitude (movimento menor que os da técnica dinâmica) sobre a região a ser tratada. Normalmente é utilizado para regiões pequenas (tendinites, lesões ligamentares, etc). Obs:  Michlovitz (1996) desaconselha a técnica Estática (em que o cabeçote fica parado) tomando-se por base a Zona de Fresnel (Campo próximo). Nesta zona o ultra-som não é correto, as ondas sonoras se comportam de maneira desorganizada. Ocorrem picos de intensidade que podem aumentar a dose que mexer se colocou no potenciômetro, podendo causar lesõesa tissulares. muito Por isso deve-se o cabeçote, fazendo com("pontos que hajaquentes") uma homogeneização na área tratar (uniformidade da Zona de Fresnel). Oakley (1978), menciona a possibilidade da formação de um coágulo sanguíneo, na utilização da técnica estacionária.

b) SUBAQUÁTICA [4, 10, 11, 12]  - Esta aplicação é indicada para regiões de superfícies irregulares (pequenas articulações, proeminências ósseas, etc), ou quando o paciente refere dor à pressão do cabeçote (contusão, etc).

- Esta é a aplicação mais perfeita por suas propriedades ideais de acoplamento (a água permite perfeito acoplamento, mas é pouco utilizada pela incomodidade e perca de tempo). - Utiliza-se um recipiente (plástico ou vidro) de tamanho suficiente para conter a água e o segmento a ser tratado. - Normalmente os cabeçotes são blindados para a aplicação subaquática. - De preferência deve-se ferver a água antes, visto que de outra forma o ar presente poderá depositar-se em forma de bolhas sobre a superfície transdutora e da área a ser tratada. Como o ar é um péssimo meio de propagação de energia ultra-sônica, deve-se sempre eliminar bolhas de ar residuais.  - Não há necessidade, nem é importante que o cabeçote toque a pele do paciente, podendo ficar a 1 ou 1,5 cm de distância - Caso haja necessidade da mão do operador ser submersa na água durante o tratamento, poderse-á calçar uma luva cirúrgica de borracha. Esta medida previne o fisioterapeuta de absorver reflexões do ultra som dentro da água (o ar retido pela luva forma uma boa camada reflexiva entre a luva e a pele do fisioterapeuta) e também reduz a possibilidade de uma infecção cruzada, no caso de feridas abertas. - De preferência deve-se ferver a água antes, visto que de outra forma o ar presente poderá depositar-se em forma de bolhas sobre a superfície transdutora e da área a ser tratada. Como o ar é um péssimo meio de propagação de energia ultra-sônica, deve-se sempre eliminar bolhas de ar residuais[47, 56] .

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c) BOLSA DE ÁGUA[4, 11] 

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- Esta técnica é utilizada onde há superfícies irregulares e onde normalmente há a ausência do recipiente para o US subaquático, ou há a impossibilidade de se introduzir o segmento corpóreo tratado num recipiente adequado (tronco, axila, ombro, articulações, etc).

- Nesta é utilizado umaebolsa ouode borracha cheia de água fervida, que é colocada sobretécnica a região a ser tratada, onde plástica é passado cabeçote do(luva) ultra-som. - Deve-se utilizar uma substância de acoplamento entre a pele e a bolsa, e entre a bolsa e o cabeçote. - Alguns profissionais contra-indicam esta técnica porque as interfaces formadas por substância de acoplamento - plástico - água - plastico - substância de acoplamento - pele prejudicariam a  propagação do feixe ultra-sônico (como se quiséssemos introduzir profundamente no corpo). Esta técnica produz intensa atenuação.

d)  FONOFORESE[1, 4, 10, 11, 12, 16, 30]   - Esta técnica consiste no método direto, utilizando um medicamento em forma de gel como meio de acoplamento, ou seja, é a “introdução” de substâncias medicamentosas no corpo humano mediante a energia ultra sônica. O pulso CONTÍNUO é o mais indicado para o tratamento de celulite. Formas de utilização: 1) Aplica-se o ultra-som com o gel medicamentoso/cosmético como substancia de acoplamento. À medida que o gel terapêutico for absorvido e tanto o acoplamento como o deslizamento do cabeçote ficarem prejudicados, deve-se adicionar mais gel terapêutico ou gel comum (a base de água). Deve-se evitar de mistuar o gel comum com o gel terapêutico antes de iniciar a aplicação do ultra-som. 2) Massageia-se o gel terapêutico na pele até sua absorção parcial ou “completa”. Em seguida, aplica-se o ultra-som com gel comum. 3) Aplica-se o ultra-som com gel comum. Limpa-se a região tratada para retirada dos resquícios de gel comum e massageia-se o gel terapêutico até sua absorção “total”. - Existem várias vantagens na utilização dessa modalidade de tratamento, entre elas a ação localizada da droga, com consequente ausência de efeitos colaterais decorrente de ações sistêmicas, caso a droga não tenha este tipo de ação. Outra vantagem é a somatória dos efeitos inerentes ao ultra som associados aos efeitos da droga. Esta técnica apresenta ainda a vantagem de que o medicamento a ser introduzido não necessita ter carga elétrica, isto é, ser polarizado (Guirro & Guirro, 2002). - Há uma potencialização dos efeitos do ultra-som pelo medicamento utilizado (vice-versa), que é absorvido pela pele (autores afirmamcelular). que a fonoforese seria efetivamente potencializada pelo aumento da permeabilidade da membrana

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- Guirro & Guirro (2002), afirmam que as drogas em forma de gel apresentam-se como o tipo de formulação mais apropriado para esta terapia. E somente alguns produtos com boas características de transmissão ultra sônica possuem condições físicas ótimas necessárias para a fonoforese, sendo que as preparações tópicas com baixo índice de transmissão podem diminuir a efetividade da terapia ultra sônica. - Outro ponto a ressaltar é a frequência do ultra som utilizado. Pois os que apresentaram, em todas as formulações, um maior índice de transmissão foram os que utilizaram frequências maiores. - Andrews e col. (2000), relatam que em estudos com animais foram registradas penetrações de medicamento com fonoforese detectada nos tecidos a profundidades de 5 a 6 cm. - Cameron e Monroe (1992) investigaram a transmissibilidade de várias substâncias de acoplamento para a fonoforese, e relataram uma transmissibilidade zero da energia ultra sônica, utilizando um preparado de hicrocortisona a 10% através de uma camada de 5 mm de espessura do meio de acoplamento. - Bare e col. (1996) investigaram um preparado usado na fonoforese de hidrocortisona a 10% com uma base gel, e não verificaram nenhuma elevação nas concentrações séricas de cortisol após a fonoforese. A taxa de transmissão de qualquer agente usado na fonoforese deve ser determinada, antes de ser usado, pois ela deve ser maior que 80% da taxa de transmissão em relação à água. (Michlovitz, 1996) A utilização da onda ultra sônica para a penetração de drogas através da pele pressupõe a utilização do pulso contínuo[30]. Segundo Guirro & Guirro (2002) na área dermatológica a fonoforese é utilizada principalmente com enzimas de difusão. Neste caso a dose deve ser cuidadosamente selecionada uma vez que as enzimas se desnaturam em temperaturas acima do limite suportável. Entretanto, Tirrel & Middleman (1978), relataram que existem evidências de que o ultra som possa alterar a conformação tridimensional das enzimas, podendo então inativá-las. Stefanovic et al (1959 e 1960), relataram que soluções enzimáticas são inativadas por ultra-sons na frequência de 3 MHz, com intensidades entre 1 e 3 W/cm 2. Diante desses fatos, Guirro & Guirro (2002) relataram que deve-se evitar a utilização de enzimas em géis aditivados para fonoforese, pelo risco de ineficiência terapêutica. Deve-se optar pela iontoforese no caso de tratamento à base de enzimas de difusão.

e)  REFLEXO SEGMENTAR [4, 11]  - Na utilização do ultra som nas diversas situações patológicas podemos sonar diretamente as áreas em tratamento (efeito direto), ou sonar outros lugares que tenham uma relação segmentária com a área alvo que se queira tratar (efeito indireto). Esta aplicação também é conhecida como Tratamento Segmentar  e está relacionada com a maioria das aplicações paravertebrais, ou seja, utiliza-se a mesma técnica do método direto, porém estimulando-se áreas as raízes nervosas paravertebrais, de acordo com o segmento que queremos estimular, Ex.: Parestesias em MMSS/MMII; ciatalgia; estimulação de órgãos; estimular pontos trigger nas costelas para úlceras gástricas/intestinais; etc. - É possível aumentar a temperatura da pele da mão, através do incremento da circulação irradiando o gânglio estrelado. Efeito similar pode ser obtido no pé se a região inguinal for estimulada, pois o US atua através no controle nervoso da circulação nesta área. - Alguns autores recomendam a combinação de aplicação local e paravertebral em todos os casos.

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INDICAÇÕES - O início da terapia ultra-sônica para o traumatismo agudo deve-se iniciar somente após 24 a 36 horas, pois o tratamento direto (local) mediante energia ultra-sônica poderá danificar os vasos sangüíneos em recuperação [11]  - O importante para o fisioterapeuta é conhecer o comportamento físico e fisiológico do ultrasom para a prescrição correta nas diversas patologias. As indicações mais comuns são: 1) Processos fibróticos e processos calcificados [20]  Através do efeito tixotropo. No esporão de calcâneo, por exemplo, o que se desgasta é a ponta do esporão, formada por tecido cartilaginoso inflamado, pois o que calcificou não se dissolve mais. Num processo de calcificação em músculos e tendões, o ultra-som aumenta a vascularização na área para que haja aumento da absorção (utiliza-se ultra-som contínuo). Esses efeitos são maiores no músculo, pois o tendão tem menor vascularização. Andrews e col. (2000) mencionam o aumento do fluxo sanguíneo como útil na resolução dos depósitos de cálcio nas bursas e bainhas tendinosas. [4, 11] 2)  Transtornos circulatórios (edema, efermidadelocal de Raynaud, etc) melhora,   Hoogland (1986) afirma que o tratamento tem pouca sendo preferível o tratamento segmentar. Neste caso, os pontos de aplicação são especialmente os pontos trigger nos músculos. Guirro & Guirro (1996) afirmam que uma área isquêmica tratada com ultra som pode ter restabelecida a circulação sanguínea através da formação de novos capilares.

3)  Tecidos em cicatrização (cicatrizes cirúrgicas e traumáticas) / Feridas abertas / úlceras de decúbito)[3, 4, 11, 12, 16] Melhora tanto a velocidade de cicatrização como a qualidade da cicatriz. A intensidade depende da profundidade cicatriz. Para as cicatrizes de feridas que não tenham a esterilidade meio de contadodaconstitui um requisito absoluto. A possibilidade de "fechado", infecção cruzada, desdedoo cabeçote de tratamento, pode ocasionar problemas em tais casos. Normalmente utiliza-se ultra som pulsado, na frequência de 3 MHz, com 0,5 w/cm2, para feridas / úlceras abertas.

4) Celulite[4]  * DEFINIÇÃO: É a gelificação da substância fundamental amorfa, decorrente de alterações endócrino, metabólicas e circulatórias, que leva a fibrose com consequente compressão de artérias e nervos, isquemia e bloqueio de funções. Trata-se de um tecido pouco oxigenado, subnutrido, desorganizado e sem elasticidade, resultante de um mal funcionamento do sistema circulatório e das consecutivas transformações do tecido conjuntivo. Chamada também de Fibro edema geloide; Lipodistrofia ginoide. * HISTOLOGIA

Primeira fase: - Caracteriza-se por hipertrofia das células adiposas, por acúmulo de lipídios, com deslocamento do núcleo celular para a periferia. - Ocorre dificuldade na drenagem do liquido intercelular provocando inundação, a área congestionada. A persistência desta congestão comprime os vasos, que dilatam-se para suprirficaa deficiência do fluxo de sangue.

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- A dilatação e distensão da rede venosa aumentam sua permeabilidade provocando extravasamento de líquido seroso no tecido conjuntivo aumentando a pressão, a congestão e os fenômenos de bloqueio (círculo vicioso) Segunda fase: - O líquido lançado no tecido conjuntivo desempenham papel de corpo estranho neste tecido, provocando reações químicas, e tentativas de defesa contra esses elementos anormais. - Ocorre o espessamento dos septos interlobulares, proliferação das fibras colágenas, que espessa-se e adquire uma consistência gelatinosa Terceira fase: - A densificação do meio conjuntivo irrita as fibras do tecido, dissocia-as em fibrilas, provocando sua rápida mutilação. - Origina-se um verdadeiro tecido fibroso, envolvendo e comprimindo todos os elementos do tecido conjuntivo, artérias, veias e nervos, formando uma verdadeira barreira a todas trocas vitais (fase considerada irrerversível). Quarta fase: - Nota-se o espessamento do tecido conjuntivo interadipocitário. O tecido fibroso torna-se esclerosado, isto é, um tecido muito duro, firme, estanque, aprisionando nas suas malhas os produtos nutritivos, residuais, a água e os lipídios. - Nesta fase as lipases não conseguem chegar até os adipócitos. - O endurecimento tecidual produz-se uma irritação contínua nas terminações nervosas, resultando em dores a palpação. * ETIOPATOGENIA: Fatores predisponentes: Genéticos, idade, sexo, e desequilíbrio hormonal. Fatores determinantes: Estresse, fumo, sedentarismo, desequilíbrios glandulares, pertubações metabólicas do organismo em geral (diabetes), maus hábitos alimentares, disfunção hepática. * ESTÁGIOS DA CELULITE: Grau 1: É aquela que é percebida somente através da compressão do tecido entre os dedos ou da

contração muscular voluntária. Assim sendo, a celulite ainda não é visível somente a inspeção, e não há alteração da sensibilidade a dor. Grau 2: As depressões são visíveis mesmo sem a compressão dos tecidos, sujeitas, portanto a ficarem ainda maris aprerentes mediante a compressão dos mesmos. Com a luz incidindo lateralmente, as margens são especialmente fáceis de serem delimitadas (aspecto de “casca de laranja”), já havendo alterações da sensibilidade. Grau 3: Esta já é observada tanto na posição deitada, como sentada ou em pé. A pele fica enrugada e flácida. A aparência da aumentada pele, por apresentar-se de relevos, a umdanificadas. “saco de nozes”, a sensibilidade a dor está e as fibras docheia conjuntivo estãoassemelha-se quase totalmente

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Grau 4: Os nódulos gordurosos tornam-se muito volumosos. Estão endurecidos e sensíveis ao toque, além de ocorrer uma retração tecidual ao redor da célula, provocando grandes depressões na superfície da pele. As pernas tornam-se pesadas, geladas, inchadas e muitas vezes doloridas. * TRATAMENTO

- Na avaliação e tratamento da celulite podemos empregar alguns métodos: 1. Palpação 2. Termografia[30] - O método utiliza placas flexíveis, compostas de cristais termosensíveis de colesterol, cuja função é avaliar e classificar o fibro edema geloide de acordo com a temperatura cutânea surperficial, diretamente relacionada com alterações circulatórias ocasionadas pelo distúrbio. Após o contato placa-pele por alguns segundos, surge um "mapa" de cores, indicando diferença de temperaturas em áreas localizadas da superfície cutânea. A imagem que surge pode ser homogênea ou não. De maneira geral, quanto mais uniforme for a imagem, com coloração verde ou rosada, menor é o envolvimento circulatório da área, que clinicamente corresponderia ao grau I ou ausência de fibro edema gelóide. Já zonas que indicam hipotermia, que no exame aparecem como zonas escuras ("buracos negros" ou "pele de leopardo"), indicam um grau mais avançado. Embora o exame seja inóculo, por se tratar de uma avaliação não-invasiva, como método de avaliação único não é seguro, por fatores externos e internos podem alterar significativamente o resultado do exame, como por exemplo: exposição solar, febre, tabagismo, época do ciclo menstrual, temperatura e umidade da sala de exames. 3. Bioimpedância[30]  4. Subcisão[30] - Técnica cirúrgica usada para tratar as depressões do relevo cutâneo. Atua a nível dermo-hipodermo, deslocando as fibras de alto teor fibrótico. Pode ser realizado a nível ambulatorial. Após anestesia, um estilete especial em forma de agulha é introduzido. Após inserido, é movimentado “em leque”, seccionando os septos fibrosos, até que deslizem livremente pelo tecido As principais sequelas decorrentes da cirurgia, tratadas com US, são as fibroses nodulares (nos pontos de incisão) e cicatrizes hipertróficas. Guirro & Guirro (2002), orientam uso do US após 24 horas, com frequência de 3 MHz, com intensidade de 0,4 w/cm 2 a 0,6 w/cm2 no modo contínuo ou pulsado a 50%. O uso do US destina-se a atenuar os hematomas e diminuir a incidência de fibroses 5.Mesoterapia (intradermoterapia)[30]  - Consiste em múltiplas injeções intradérmicas de substâncias farmacologicas compostas de enzimas, vasodilatadores e de substâncias que auxiliam o metabolismo do tecido conjuntivo. 6. Fonoforese[30] - Utiliza-se o ultra som de 3 MHz no modo contínuo. O uso do ultra som na celulite está vinculado aos seus efeitos fisiológicos associados à sua capacidade de veiculação de substâncias através da pele (fonoforese). Dentre outros efeitos, podemos destacar a neovascularização com consequente aumento da circulação, rearranjo e aumento da extensibilidade das fibras colágenas, melhora das propriedades mecânicas do tecido, e a ação tixotrópica nos nódulos celulíticos. A dose deve ser cuidadosamente selecionada, uma vez que as enzimas de difusão utilizadas na fonoforese se desnaturam em altas temperaturas, visto que a onda contínua é mais indicada para esta técnica.

CONTRA INDICAÇÃO Deve-se ter em mente que, como qualquer recurso terapêutico, os ultra-sons também apresentam restrições à sua utilização. O quadro clínico do paciente ou o perfil de sua patologia, aliados ao bom senso do fisioterapeuta, é que decidirão pelo impedimento ao uso. As contra-indicações mais flagrantes são:

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1) Áreas com insuficiência vascular[3, 16, 20]  Pode haver contra-indicação se houver intenso aumento de temperatura dificultando o arrefecimento da área pelo sangue. E o suprimento sanguíneo deficiente seria incapaz de acompanhar a demanda metabólica, pois com o aumento da temperatura haveria aumento do consumo de oxigênio, e como o suprimento sanguíneo (que provê o oxigênio) está deficiente, haveria aumento da presença de CO2 levando à necrose. 2) Aplicações a nível dos olhos [3, 4, 11, 12, 16, 20]  Cegueira irreversível (Cavitação no líquido ocular)

3) Útero grávido[3, 4, 11, 12, 20]  Embora a intensidade que chegaria ao útero fosse mínima, haveria uma tendência a se tratar a situação com segurança, pois os efeitos do US sobre tecidos em crescimento são desconhecidos. Em virtude disto, havendo a possibilidade de cavitação no líquido amniótico e ocorrência de malformações no feto, as aplicações no útero grávido estão limitadas. Além disso, deve-se evitar também o tratamento de tecidos segmentários correspondentes ao estado gravídico, para evitar qualquer anomalia. 4)  Sobre área cardíaca[3, 4, 11, 12, 20]  Pode ocorrer mudança no potencial de ação e pode alterar as propriedades contráteis do músculo cardíaco.

5) Tumores malignos[3, 4, 11, 12, 16, 20]  Sobre o tumor: pode-se acelerar o crescimento e as metástases

6) Epífises férteis[4, 11, 12, 14, 16] , 20  Guirro & Guirro (1996) e Garcia (1998) mencionam que o ultra som provocaria ossificação precoce e interferiria no crescimento ósseo Pessina e Volpon (1999) em pesquisa realizada com ultra som na cartilagem de crescimento de coelhos não verificou alterações morfológicas ou funcionais da cartilagem de crescimento. Hoogland (1986) afirma que estas regiões ocupavam antes um dos primeiros lugares na lista de contra indicações, mas que aplicações com ultra som pulsátil e com baixa intensidade podem ser utilizadas em pacientes com idade abaixo de 18 anos.

7) Testículos/gônadas[11, 12]  Poderiam ocorrer reações desconhecidas.  8) ) Sobre tromboflebites / varizes (principalmente trombosadas)[4, 11, 12, 16]  Pode liberar êmbolos (embolia)

9) Osteoporose[16]  Garcia (1998) menciona que não há documentação científica adequada sobre o caso. Mas o que se vê na prática clínica é a ausência de malefícios advindos da utilização do ultra som em pacientes com osteoporose. [4, 11, 12, 16 ]

  10) Inflamação séptica Acelerar a proliferação e favorecer a disseminação do agente infeccioso através do corpo.

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11) Endopróteses[3, 4, 11, 16]  O cimento de fixação da prótese (metilmetacrilato) possui um alto coeficiente de absorção ultra sônica e os componentes à base de polímeros poderiam sofrer ação dos efeitos térmicos (US contínuo). Kottke & Lehmann (1994) afirmam que não há determinação de que a absorção seletiva por estes materiais leva ou não ao superaquecimento ou mesmo derretimento do material de fixação da endoprótese. 12) Implante metálico[3, 13, 16]  Garavello et al (1997) relatam que o implante metálico não induz a temperaturas excessivamente altas, e que as ondas ultra sônicas refletidas não são capazes de prover qualquer elevação seletiva de temperatura nos tecidos adjacentes ao implante devido às ondas estacionárias refletidas neste metal, e segundo Garcia (1998) estes tecidos teriam grande aquecimento se houvesse osso no local do implante metálico (devido à elevada condutilibilidade térmica do metal que dissipa, rapidamente, o calor.) 13) Diabetes Mellitus[11] 

Pode ocorrer ligeira diminuição da glicemia, gerando sintomas de fadiga. Em geral desaparecem reduzindo-se as doses.

14) Sequelas pós traumática aguda[11]  Devido aos efeitos tanto térmicos como mecânicos, os vasos sanguíneos em regeneração podem romper-se conduzindo à hemorragia recorrente. O tratamento local com intensidade baixa só pode ser administrado após 24-36 horas. 15) Diretamente sobre o marcapasso (ou ondas sonoras desviadas)[20] 

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA: 1- Michlovitz, Susan L. - THERMAL AGENTS IN REHABILITATION  - F. A. Davis Co - 3ª Ed. Philadelphia – 1996 2- Guyton, A. C.- FISIOLOGIA HUMANA - Ed. Guanabara - 1988 3- Kottke, F.J., Lehmann J.F. - TRATADO DE MEDICINA FÍSICA E REABILITAÇÃO DE KRUSEN - Ed Manole - 1994 pp. 305-323 4- Guirro, E. e Guirro, R. - FISIOTERAPIA EM ESTÉTICA - FUNDAMENTOS, RECURSOS E PATOLOGIAS   - Ed Manorle - 2ª Ed. - 1996 - pp. 116-129; 222-223 5- Gutman, A.Z., - FISIOTERAPIA ATUAL - Ed Pancast- 1989 6- Omote, N. FÍSICA - Ed. Moderna - 1982. 7- Machado, Clauton M. – ELETROTERMOTERAPIA PRÁTICA – Pancast Ed. - 1991 8- Pauline M. Scott - CLAYTON’S ELECTROTHERAPY E AND ACTINOTHERAPY - Ed. Jims – Barcelona - 1972 9- Guerino, M. R., Luciano, E., Gonçalves, M. e Leivas, T. P. -  APLICAÇÃO DO ULTRA SOM PULSADO TERAPÊUTICO SOBRE A RESISTÊNCIA MECÂNICA NA OSTEOTOMIA EXPERIMENTAL - Revista Brasileira de Fisioterapia - Vol. 2, Nº 2 (1997) - Associação Brasileira de Fisioterapia. 10- Lucena, Carlos – TERMOTERAPIA HIPER HIPO – Ed. Lovise - 1990  11- Hoogland, R. – TERAPIA ULTRASÔNICA – ENRAF NONIUS – Delft, Holanda. 1986 12- Young, S.- TERAPIA POR ULTRA SOM  (em ELETROTERAPIA DE CLAYTON  - Kitchen, S. e Bazin, S.) 10ª Edição - Ed. Manole - 1ª Edição brasileira - São Paulo – pp. 235-258 - 1998 13- Garavelo, I.; Mazzer, N.; Barbieri, C.H., Andrade, J.M.- EFEITOS TÉRMICOS DO ULTRASOM TERAPÊUTICO SOBRE OS TECIDOS ÓSSEO E MUSCULAR E SOBRE PLACA METÁLICA IMPLANTADA – Rev. Bras Ortop – Vol. 32 nº 6 – Junho / 1997 – PP. 473-479 14- Pessina, A. L. e Volpon, J. B. –  APLICAÇÃO DE ULTRA SOM TERAPÊUTICO NA CARTILAGEM DE CRESCIMENTO DOR. COELHO OrtopF.– Vol. 34 n° 5 –A.Mai – pp: 347-354 DE APARELHOS DE ULTRA-SOM 15- Guirro, , Elias, – Rev D. ,Bras Serrão, e Bucalon, J. 1999 –  DOSIMETRIA TERAPÊUTICO UTILIZANDO BALANÇA SEMI-ANALÍTICA – Rev. Bras. De Fisioterapia vol.1 n°2, 1996 – pp. 79-82 16- Garcia, E. A. C. - BIOFÍSICA - Ed. Sarvier - 1998 - pp. 173-178

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27 17- Zorlu, U., Tercan, M., Ozuyazgan, I., Tasdan, I., Kardas, Y., Balkar, F., Oztürk, F. - COMPARATIVE STUDY OF THE EFFECT OF ULTRASOUND AND ELECTROSTIMULATION ON BONE HEALING IN RATS   - American Journal of Physical Medicine Rehabilitation - Vol. 77 n° 5 - September/october 1998 - pp. 427-432 18- Gonçalves, G. & Parizotto, N. A. - FISIOPATOLOGIA NA REPARAÇÃO CUTÂNEA: ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA - Revista Brasileira de Fisioterapia - V.3. N°1. p. 5-13 - 1998  19- Winter, W. R. - ELETROCOSMÉTICA - Ed. Vida Estética - 3ª Ed. 2001- p. 235 20- Andrews, R., Harrelson, G. L. & Wilk, K. E. -  REABILITAÇÃO FÍSICA DAS LESÕES DESPORTIVAS  - 2ª Ed. - Ed. Guanabara Koogan - 2000 - pp. 61-95 21- Gann, N. - ULTRASOUND CURRENT CONCEPTS  - Clin. Management - 1991 - 11: 64-69 22- Kramer, J. F. - EFFECT OF THERAPEUTIC ULTRASOUND INTENSITY ON SUBCUTANEOUS TISSUE TEMPERATURE AND ULNAR NERVE CONDUCTION VELOCITY - American Journal Physical Medicine - 1985 - 64: 1-9 23- Bare, A. C., McAnaw, M. B., Pritchard, A. E. et al - PHONOPHORETIC DELIVERY OF 10% HYDROCORTISONE THROUGH THE EPIDERMIS OF HUMANS AS DETERMINED BY SERUM CORTISOL CONCENTRATIONS   - Physical Therapy - 76:738-747 - 1996 24- Cameron, M. H. and Monroe, L. G. -  RELATIVE TRANSMISSION OF ULTRASOUND BY MEDIA CUSTOMARILY USED FOR PHONOPHORESIS - Physical Therapy - 72:142-148 - 1992 25- Kramer, J. F. - ULTRASOUND: EVALUATION OF ITS MECHANICAL AND THERMAL EFFECTS   - Arch. Phys. Med. Rehabilitation - 65:223 - 1984 26- Oakley, E. M. -  DANGERS AND CONTRAINDCATIONS OF THERAPEUTIC ULTRASOUND  - Physiotherapy 64:173-174 - 1978 27- Draper, D. O., Sunderland, S., Kirkendall, D. T. and Ricard, M. -  A COMPARISON OF TEMPERATURE RISE IN  HUMAN CALF MUSCLES FOLLOWING APLICATIONS OF UNDERWATER AND TOPICAL GEL ULTRASOUND  - Journal Orthopedic Sports Phisical Therapy - 17:247-215 - 1993. MADE WITH ULTRASOUND USE: CURRENT RESEARCH SHEDS 28- Draper D. O. - TEN MISTAKES COMMONLY  LIGHT ON MYTHS . - Athletic Training: Sports Health Care Perspectives  - 2(2):95-107 - 1996. 29- Salgado, A. S. I. - ELETROFISIOTERAPIA - Manual Clínico - Ed. Midiograf - Londrina-PR - 1ª Ed. - 1992 30-  Guirro, E. C. O. & Guirro, R. R. J. - FISIOTERAPIA DERMATO FUNCIONAL - FUNDAMENTOS,

 RECURSOS E PATOLOGIAS  - Ed Manorle - 3ª Ed. Revisada e ampliada - 2002 31- Tirrel, M. & Middleman, S. - Shear deformation effects in enzyme catalysis. - Biophys. J. - 23;121-8 - 1978 Apud Girro, E. C. O. & Guirro, R. R. J. - FISIOTERAPIA DERMATO FUNCIONAL - FUNDAMENTOS,  RECURSOS E PATOLOGIAS  - Ed Manorle - 3ª Ed. Revisada e ampliada - 2002 32- Stefanovic, V., Djukanovic, A., Bresjanac, M.. & Zivanovic, D. - Ultrasound in enzymes. - Experientia 14:486-7 - 1960 Apud Girro, E. C. O. & Guirro, R. R. J. - FISIOTERAPIA DERMATO FUNCIONAL - FUNDAMENTOS,  RECURSOS E PATOLOGIAS  - Ed Manorle - 3ª Ed. Revisada e ampliada - 2002

Stefanovic, V., Kostic, Chim. -33Belgrade - 24:175-8 - 1959I. L., Velasevic, K. & Zivanovic, D. - Effects of ultrasound and enzymes. - Bull. Soc. Apud Girro, E. C. O. & Guirro, R. R. J. - FISIOTERAPIA DERMATO FUNCIONAL - FUNDAMENTOS,  RECURSOS E PATOLOGIAS  - Ed Manorle - 3ª Ed. Revisada e ampliada - 2002

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HISTÓRICO O Galvanismo é a forma mais velha de eletroterapia. Em 1786, Galvani observou pela primeira vez a contração dos músculos da pata de uma rã sobre uma placa metálica quando estalava uma centelha entre os eletrodos de uma máquina elétrica de fricção. As experiências de Galvani tiveram o duplo mérito de dar início ao estudo da Eletrofisiologia e de demonstrar que um músculo se contrai sempre que fica sujeito à influência de uma diferença de potencial. Em 1870 Van Bruns investigou e comprovou a ocorrência de traços de iodeto na urina, após um tratamento com a corrente galvânica. Entre 1900 e 1912 Leduc demonstrou em experiência que poderia introduzir ions medicamentosos no [1, 60]

organismo animal (coelhos) provocando efeitos gerais

.

DEFINIÇÃO  É uma corrente contínua de fluxo de elétrons com direção e intensidade constante e com efeitos polares. É também conhecida como corrente direta, corrente constante, corrente contínua, corrente voltaica, corrente unidirecional.

REPRESENTAÇÃO GRÁFICA i



FLUXO DE CORRENTE O fluxo da corrente dentro da “bateria” se dá do negativo para o positivo. Entretanto é sabido que no circuito elétrico externamente carregado, os íons convencionalmente fluem do polo positivo para o negativo.

EFEITOS FISIOLÓGICOS  a) Produção de calor Efeito Joule. O transporte da corrente elétrica através de íons produz calor e sua intensidade tem relação direta com a resistência específica do meio utilizado. b) Eletrólise (Dissociação) Fenômeno pelo qual as moléculas se dividem em seus diferentes componentes químicos, pelo fato de que cada um deles leva consigo uma carga elétrica diferente. http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges

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Por exemplo: Num meio contendo água (H 2O), ao misturarmos cloreto de sódio (NaCl) e submetermos essa mistura à ação da corrente galvânica ocorrerá uma dissociação eletrolítica do cloreto de sódio em íons de cloro e íons de sódio. E no exemplo ora citado ocorrerá o seguinte: o cloro sendo um ion eletricamente negativo, flui para o polo positivo, perde sua carga elétrica e reagindo com a água produz uma reação ácida (HCl); o sódio, sendo um ion eletricamente positivo, flui para o polo negativo, perde sua carga elétrica e reagindo quimicamente com a água produz uma reação alcalina (OHNa).

+

NaCl  Na +

- Cl 

OH



 H2O 

+

Corrente Galvânica OBS: Catodo 2Na + 2H2O

NaCl  NaOH +  - HCl   H2O 

Anodo + 4Cl + 2H2O

2NaOH + 2H 4HCl + O2 

[1, 5]

c) Fenômeno do eletrotônus   A corrente galvânica altera a excitabilidade e condutibilidade do tecido tratado. - Aneletrotônus (ocorre no polo positivo): depressão da excitabilidade, que leva a um alívio da dor. - Cateletrotônus (ocorre no polo negativo): aumento da excitabilidade, que facilita as atividades específicas do tecido nervoso. d) Vasodilatação É devido à ação da corrente sobre os nervos vasomotores, e provoca uma hiperemia ativa [1]. A hiperemiasangüínea, atinge também estruturas profundas, ação reflexa. Com isso há um aumento da irrigação acarretando maiormais nutrição tecidualpor profunda.

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Segundo Andrews e col. (2000), o pH da pele debaixo do catodo torna-se gradualmente alcalino à medida que íons positivos são atraídos na sua direção, enquanto a pele debaixo do anodo sofre a reação oposta. E estas alterações químicas induzem uma vasodilatação reflexa, presumivelmente com a finalidade de manter um pH homeostático. e) Aumento do metabolismo regiãoDecorrente tratada. da vasodilatação e consequente aumento da oxigenação e substâncias nutritivas na f) Aumento da ação de defesa Com a vasodilatação e consequente aumento da irrigação sangüínea, haverá um aumento de elementos fagocitários e anticorpos. g) Endosmose (Eletroendosmose) Assim como os radicais químicos, as partículas fluidas também se deslocam e, por regra geral, seu deslocamento se efetua do polo positivo para o polo negativo. Esses fenômenos são basicamente utilizados duas situações: a cataforese (polo para amolecer cicatrizes e quelóides, e a anaforese (polo +)em na facilitação da derivação de fluidos no -)edema. Entretanto, são fenômenos considerados por alguns autores como inexpressivos, ou com pouca finalidade terapêutica.

EFEITOS TERAPÊUTICOS a) Analgesia b) Estimulação nervosa c) Antiinflamatório d) Transtornos circulatórios e) Iontoforese 

CARACTERÍSTICAS DOS PÓLOS a) Polo positivo (ânodo) - Repele ions positivos (cátions) - Menor hiperemia (isquemia) - Atrai íons negativos (ânions) - Desidrata o tecido - Analgésico - Atrai 02 - Sedante - Ácido - Vasoconstrictor  - Detem sangramento b) Polo negativo (cátodo)  - Repele íons negativos (ânions) - Maior hiperemia - Atrai íons positivos (cátions) - Hidrata o tecido - Estimulante - Atrai H (atrai e libera (bolhas devido ao maior nº de H na - Irritante água) - Vasodilatador

- Mais germicida - Coagulação - Corroi metais por oxidação

- Causa sangramento - Menos germicida - Não corroi metais - Liquefação - Alcalino 

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ELETRODOS  a) Podem ser tipo placas metálicas retangulares protegidas com esponjas, confeccionadas em chumbo, cobre, latão, alumínio ou estanho. b) Podem ser tipo caneta eletroestimuladora. c) Podem ser tipo cuba com água, para o banho galvânico. d) Podem ser tipo rolo e) Podem ser tipo tubo f) Podem ser do tipo máscara g) Podem ser confeccionada de borracha de silicone h) Podem ser tipo auto-adesivos (para uso sem iontoforese)

TÉCNICAS ADMINISTRATIVAS DA CORRENTE GALVÂNICA a) Quanto menor for a área do eletrodo maior será a concentração de energia. b) O paciente deverá experimentar uma sensação de formigamento ou ardência agradável quando submetido à corrente galvânica. Caso o paciente reclame de ardência dolorosa ou qualquer outro tipo de incômodo, ou ainda aparecer contração dolorosa deve-se diminuir a intensidade ou desligar o aparelho. c) Dosimetria: Leitão & Leitão (1995) orientam que a dosagem ideal gira em torno de 0,5 a 1 mA por cm2 de área do eletrodo; Guirro & Guirro orientam para 0,1 mA por cm2 de área de eletrodo ativo. Soriano et al (2000), orientam que não deve-se ultrapassar nunca a intensidade de 0,05 mA/cm 2  (Exemplo: Se o eletrodo tem 100 cm2, a itensidade máxima tolerável será de 5 mA (100 x 0,05 = 5 mA). Na prática clínica utiliza-se normalmente de 0 a 20 mA dependendo da sensação de formigamento referida pelo paciente; a dosimetria do banho galvânico dependerá do tamanho do recipiente, alguns autores mencionam 15 mA. d) Deve-se tomar cuidado com a instalação do aparelho de CG na rede elétrica, pois sua instalação próximo a aparelhos de ondas curtas pode fazer com que haja interferências, causando oscilações na corrente podendo causar desconfortos ao paciente. e) Tempo de aplicação: normalmente dura em torno de “15 a 30” min. f) Os eletrodos devem ser cobertos por esponjas, feltros, ou algodão embebidos em água. g) O banho galvânico pode ser indicado para aumentar a condutibilidade nervosa e trabalhar a parte sensitiva, principalmente nos caso de parestesias, nevralgias, lesão de nervos periféricos, perturbações circulatórias periféricas, contusões, etc... h) É importante a identificação dos pólos (+ ou -), antes da terapia i) A sensação de formigamento deve ser homogênea, não poderá se concentrar em um só ponto do segmento tratado ou da placas  j) Galvanização corporal (Soriano et al, 2000) - se utilizam faixas confeccionadas com um material capaz de reter liquidos e faixas em forma de eletrodos com elevada condutividade eletrica. As faixas podem ser molhadas com agua ou algum material iontoforetico. Normalmente utilizada para tratar coxas e abdomem. Utiliza-se uma faixa para a parte superior e outra diferente para a parte inferior, verificando que não haja contato entre elas. Se conectam os eletrodos da corrente galvanica de maneira que um polo esteja na parte superior e outro na parte inferior. Normalmente a intensidade da corrente e cerca de 5 mA, e o tempo de aplicação 30 min  

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INDICAÇÕES - Processos inflamatórios - Processos álgicos - Lesões de nervos periféricos - “Alterações de sensibilidade”

- Transtornos circulatórios - Estimulação da irrigação sangüínea, etc 

- Iontoforese

CONTRA INDICAÇÕES - Quando o paciente apresenta vertigens[1] durante o tratamento - Quando o paciente apresenta irritabilidade cutânea - Marca-passo - Implantações metálicas no campo de aplicação [11]

- Locais com solução de continuidade  

TÉCNICA GERAL DE APLICAÇÃO - Convencional:  Os eletrodos são acoplados na superfície do corpo, utilizando-se sempre um meio para facilitar a introdução da corrente: esponja, algodão ou feltro embebidos em água quando o eletrodo for metálico; e ainda também utiliza-se “gel” quando o eletrodo for de borracha de silicone. - Máscara de Bergoniere:  Confeccionada em material metálico flexível onde é colocada na hemiface com chumaço de algodão embebido; na qual é conectado um dos pólos e o outro numa região do corpo para fechar o circuito - Eletroestimulação:  É realizado utilizando a corrente galvânica de forma interrompida, adotando como um dos eletrodos uma caneta eletroestimuladora que interrompe a corrente provocando estímulos em estruturas mioneurais. A caneta deve estar acoplada no polo negativo (estimulante) - Banho Galvânico:  É umageneralizados. forma de emprego da corrente galvânica queágua se destinam ao tratamento de processos patológicos Utiliza-se um recipiente com onde é submergido o membro a ser tratado, e coloca-se as placas no interior do recipiente, ou somente o polo positivo , ficando o polo negativo no corpo do paciente, ou vice-versa. A vantagem da água é permitir contato homogêneo com os tecidos e reduzir a resistência da pele, devendo para isto, estar com uma temperatura agradável. A dosagem gira em torno de 15 a 30 mA, pode ser feito com duas cubas.

APLICAÇÕES CLÍNICAS Artrite, artralgia, mialgia, neuralgia, neurite, ciatalgia, lombalgia, distensão, artrose, contusão, transtornos tróficos, fibroses, hidratação dos tecidos, hipoestesia, plegias, Guillain-Barré, paralisia facial, neuralgia do trigêmeo, lumbago, tendinite, bursite, escoliose, etc...

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IONTOFORESE  DEFINIÇÃO É um fenômeno físico que se caracteriza pela penetração de uma substância terapêutica através da pele íntegra por intermédio da corrente galvânica. É também conhecida como ionização, iontopenetração, dieletrólise, dieletroforese, e jontoforese. BASES BIOFÍSICAS DA IONTOFORESE  a) Lei de Du Fay - cargas elétricas de mesmo sinal se repelem, e cargas de sinal contrário se atraem. b) Experiência de Chatzk nº 1: tinha o objetivo de demonstrar a migração iônica e os fenômenos de eletrólise por ação de corrente galvânica. KI  I 

-

+

 K 

+



Chatzk pegou uma batata e fez um sulco em sua superfície, colocando iodeto de potássio, e acoplou eletrodos de corrente galvânica. Ao final de um certo tempo   , ao retirar os eletrodos verificou que a superfície da batata, no polo positivo, estava azulada devido à reação do amido com o iodo. E no outro polo não houve coloração

EFEITOS Experiência de LEDUC: tinha como objetivo demonstrar a penetração de íons e seus efeitos no organismo pela ação da CG. I- Convulsões te-  tânicas 

+ Sulfato de estricnina

II- Envenenamento cianídrico   Cianureto Obs: Invertendo a de potássio polaridade, nada  aconteceu

água

I

II

OBS: Na prática ambulatorial da iontoforese os efeitos sistêmicos não são importantes nem se buscam em terapêutica.

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TÉCNICA DE UTILIZAÇÃO - É de fundamental importância para a prática da iontoforese, a determinação do polo negativo ou positivo dos eletrodos. O íon ativo se deduz na fórmula química do medicamento e o pólo usado deve ser o mesmo do íon ativo. - Na iontoforese subaquática os eletrodos são representados por recipientes contendo soluções eletrolíticas. - Na iontoforese transcerebral o eletrodo ativo (com o medicamento) é colocado sobre um ou sobre os dois olhos e o eletrodo passivo no buraco occipital (foramen magnum); - 1 a 3 mA para um olho, e 4 a 5 mA para a técnica binocular, com 30 a 40 min de duração. [34]  - Os medicamentos devem estar constituídos de partículas ionizáveis e em concentrações adequadas, porque se estas não são ionizáveis, não penetrarão na pele como desejamos. Concentrações abaixo do normal não fazem efeito desejado e acima podem ser lesivos à pele e ao organismo. - Os medicamentos dever ser hidrosolúveis, ou seja, que o produto seja solúvel em água. Por exemplo: as soluções. Deve-se evitar cremes, pomadas, emulsões, etc. (principalmente os gordurosos)  [60]   - Geralmente, são usados medicamentos em concentrações de 1 a 2 %, colocados em esponjas/algodão, sempre maiores que a placa para evitar queimaduras. - A quantidade e a velocidade de liberação da medicação dependem: da voltagem total aplicada, da duração do tratamento, da resistência da pele ao movimento iônico, do pH local, do potencial de ionização da medicaçãoou de seu solvente, do tamanho do eletrodo e da concentração da droga no eletrodo ativo[89, 104]  - A transferência da medicação ocorre por meio dos portais formados por folículos capilares e poros da pele[104]  - Esta técnica libera a medicação em profundidades que variam de 6 a 20 mm[104]  - Uma vez dentro dos tecidos , a medicação é espalhada por meio de difusão passiva, não sendo mais afetada pela fonte de corrente[104]. - A taxa dessa difusão é tal que a medicação tende a permanecer mais concentrada dentro dos tecidos diretamente subcutâneos ao local de introdução e progressivamente menos concentrado nos tecidos mais profundos e nos tecidos periféricos ao local de tratamento[104]  - Segundo Guirro & Guirro (1996), os fenômenos eletrosmóticos auxiliam a penetração dos cátions, pelo deslocamento passivo, e dificultam a dos ânions, que devem exercer deslocamento contrário à moléculas de água. - A forma de utilização dos eletrodos na iontoforese é similar à utilizada na galvanização convencional. Entretanto Raviereconcluiu (1970), em experimentodos sobre ionização de mucopolissacarídeos nas mais diversas patologias, que seu a disposição eletrodos é fator primordial para a obtenção de bons resultados. O autor utilizou duas técnicas de colocação de eletrodos, a transversal e a longitudinal, constatando a relação entre os resultados pequenos e nulos com a técnica longitudinal e os resultados bons e médios com a técnica transversal. - Não se pode deixar de mencionar que os efeitos polares desencadeados pela corrente galvânica também são responsáveis em parte pelos efeitos terapêuticos resultantes da iontoforese. Cabe então supor que algumas das ações decorrentes da iontoforese são em parte devidas aos efeitos polares da própria corrente[119]. DOSIMETRIA - Normalmente utiliza-se igualmente à da corrente galvânica convencional, tendo a preocupação com a sensibilidade do paciente para não haver lesão com superdosificação.

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- Entretanto, Andrews e col. (2000) e Starkey (2001), relatam que a dose da medicação liberada durante o tratamento é medida em miliamperes por minuto (mA/min): Ex.: Se a dosagem recomendada da corrente para uma determinada substância medicamentosa é 50 mA/min, pode-se modular no aparelho 5 mA por um tempo de 10 min. (5 mA x 10 min. = 50 mA/min). - Andrews e col (2000) relatam que por razões de segurança, a intensidade máxima da corrente permitida é geralmente de 4 a 5 mA. - Guirro & Guirro (2002), relatam que o emprego da iontoforese na clínica apresenta-se bastante limitado nos dias de hoje. Esse não-desenvolvimento talvez tenha se devido à escassez de experimentos que fundamentam cientificamente as dosagens ótimas de drogas específicas, relacionando-as ao tempo de aplicação e à intensidade da corrente. - Soriano et al (2000), relatam que tanto a intensidade por cm2 do eletrodo, como a polaridade do produto e a duração da sessão, são dados que o fabricante do produto ionizável deve informar, já que estes parâmetros dependem das características específicas do produto a der introduzido, de seu tamanho molecular, e de seu comportamento eletroforético, etc. Entretanto, em nenhum caso, a intensidade indicada deverá ultrapassar o limiar doloroso da pessoa em tratamento, ou em caso de risco deve-se diminuir a intensidade da corrente e aumentar proporcionalmente a duração da sessão, como por exemplo: Para uma substância que se deve introduzir a uma intensidade de 4 mA, durante 10 minutos, obter-se-á os mesmos efeitos utilizando-se 2 mA de intensidade por 20 minutos. - Segundo Low & Reed (2000), a penetração do medicamento é maior durante os seis primeiros minutos. Segundo os autores, a duplicação do tempo de tratamento (12 minutos) aumenta o índice de penetração em aproximadamente em 25%. Relatam ainda que após esse período a quantidade de solução restante é bastante reduzida e que pouco adianta aumentar o tempo de aplicação. [05, 104, 106, 118]

DESVANTAGENS   A penetração dos iontes e da própria corrente galvânica nos tecidos humanos é um fenômeno comprovado e, portanto, fora de discussão. Entretanto, existem alguns fatores que dificultam o processo de iontoforese: - O estrato córneo é a principal barreira para a transferência de substâncias através da pele para dentro dos tecidos[104]  - A impossibilidade de utilizar esse método para o tratamento de estruturas profundas - Apenas uma pequeno número de medicamentos tiveram comprovação experimental com a iontoforese; - Alguns dos medicamentos, geralmente utilizados, contém íons de ambas as polaridades, o que dificulta a introdução global do medicamento; - Certas drogas produzem resultados não-confiáveis, podendo surgir dúvida sobre até que ponto a droga está sendo de fato, introduzida nos tecidos[106]  - A quantidade eficaz do medicamento introduzido é difícil de ser determinada[104]  - A possibiidade de uma concentração da medicação aquém da terapêutica alcançar o tecido[104] alvo   - A intensidade da corrente e o seu tempo de aplicação constituem fatores óbvios e que impõem um limite nas possibilidades da terapia, pois, excedidos estes parâmetros, pode haver risco de lesões[119]. - Os fenômenos eletrosmóticos auxiliam na penetração dos cátions pelo arraste passivo e dificultam na dos ânions, que devem exercer deslocamento contrário às moléculas de água. http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges

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VANTAGENS[104, 107, 118]  A iontoforese é um procedimento de efeitos locais indiscutíveis, mesmo que superficiais. Os benefícios terapêuticos da introdução de medicamentos por esta via são os seguintes: - Ação localizada do medicamento, podendo este estar em maior concentração na área lesada - O medicamento não passa pelo fígado, o que reduz a decomposição metabólica da medicação. - A droga pode também ficar concentrada em uma área localizada, em vez de ser absorvida no trato gastrointestinal, resultando em sua liberação local e não-sistêmica. - O medicamento pode ser introduzido em áreas específicas do corpo, reduzindo de maneira significativa os efeitos colaterais sistêmicos dos medicamentos adminstrados por via oral, além de ser evitado o dano tecidual produzido pela introdução de uma agulha. - Ação mais efetiva e prolongada do fármaco no sítio da lesão OBS.: Existem aparelhos próprios para a iontoforese construídos com com caracterísicas de segurança para reduzir o risco de queimaduras, características essas que não são encontradas nos aparelhos comuns. Estaa impedância característica de segurança faz com quealtaosou aparelhos desliguema automaticamente quando do tecido torna-se excessivamente se for desconectada área de contato[74].

PRECAUÇÕES[74, 82, 118]  1. Não use duas substâncias químicas debaixo do mesmo elétrodo, ainda que tenham a mesma polaridade, para uma repulsão mútua; isto pode impedir ou diminuir a penetração desejada. Aplicações separadas poderiam ser mais eficazes. 2. Evitar medicamentos em eletrodos de polaridade oposta Reação alérgica e de sensibilidade para transferências de íons são raras comparado a queimaduras. Seguem sugestões para reduzir tais efeitos[82]: 1. Com alergia para frutos do mar, evite iodo. 2. Evite salicilatos em pacientes alérgicos a aspirina. 3. Pacientes sensíveis a metais que podem reagir com cobre, zinco, magnésio e outros metais.

INDICAÇÕES DA IONTOFORESE A iontoforese é indicada principalmente em afecções, onde a atuação da eletricidade e do fármaco se fazem necessário, principalmente afecções cutâneas superficiais, contraturas, cicatrizes de tendência a quelóide, celulite, gordura localizada, rugas, acne, limpeza e hidratação profunda, nutrição, umectação, desincrustação, pele flácida, tratamento preventivo da involução cutânea, prevenção ou atenuação das consequências do envelhecimento, manchas, estrias, aumento da síntese de colágeno, ativa microcirculação, revitaliazação de células cutâneas, ação antioxidante, atenuação de linhas de expressão. - A terapêutica utilizada na celulite visa promover a despolimerização da substância fundamental amorfa[11]. CONTRA INDICAÇÃO  - Quando houver cefaléia, vertigens e colapso circulatório. - Quando forem constatadas irritações cutâneas - “Perda de sensibilidade”

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- Paciente com dificuldade de compreensão da técnica - Áreas cardíacas - Deve-se evitar aplicar os eletrodos sobre feridas ou pele irritada.

ALGUMAS SUBSTÂNCIAS UTILIZADAS NA IONTOFORESE ESTÉTICA [87, 118, 122]  Medicação

Polaridade 

Ação

- Aminoácidos

Positivo

Queratinização da pele, e ação sobre os fibroblastos

- Hidrolisados de algas

Positivo

Hidrólise de gorduras celulíticas

- Cloreto de sódio

Positivo

Hidratação para peles envelhecidas

- Thiomucase (hialuronidase)

Negativo

Anti-celulítico, despolimerizante

- Solução hidroetanólica a 10% (própolis)

Positivo

Antisséptica e cicatrizante (acne e desincrust.)

- Ácido pantotênico a 5%

Positivo

Queda de cabelo

- Infusão de sálvia

Positivo

Adstringente e antisséptica (seborréia e hi erhidrose

- Extrato de hamamelis

Positivo

Adstringente/antisséptica (couperrose e acne)

- Extrato de hera

Positivo

Antiedematoso (celulite e estrias)

- Iodo a 4%

Negativo

Esclerótico e bactericida

- Citrato de potássio a 2%

Negativo

Antinflamatório

- Hialuronidase - Ácido hialurônico hexosamina a 0,2%

Positivo Negativo

Antiedematosa, linfoedema, celulite Flacidez cutânea

- Benzedamina CIH

Positivo

Antinflamatório, celulite

- Fosfatase alcalina

Negativo

Envelhecimento cutãneo e respiração celular

- Óxido de zinco a 2%

Positivo

Cicatrizante

- Endometacina C

Negativo

Celulite

- Poliester sulfúrico de mucopolisacarídeo

Negativo

Desidratação e flacidez cutânea

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 1- Leitão, Araújo e Leitão, Valéria A. - CLÍNICA DE REABILITAÇÃO - Ed. Atheneu - 1995 2- Guyton, Arthur C. - FISIOLOGIA HUMANA - Ed Guanabara - 1996 3- Kottke, F.J., Lehamann J. F. - TRATADO DE MEDICINA FÍSICA E REABILITAÇÃO DE KRUSEN - 1994 Ed Manole 5- Gutmann, A. Zauner -  FISIOTERAPIA ATUAL - Pancast Ed. – 1989 7- Machado, Clauton M. - ELETROTERMOTERAPIA PRÁTICA - Pancast Ed. - 1991 8- Pauline, M. Scott.- CLAYTONS: ELETROTERAPIA E ACTINOTERAPIA -Ed. Jims -Barcelona 1972 9- Catarina Mabel C. Moreira e Márcia Mª B. Guimarães - Apontamentos do “Curso Intensivo de Eletroterapia – Métodos e Técnicas” – 1990 – Associação Fluminense de Reabilitação – Niteroi – Rio de Janeiro 11- Girro, Elaine C. O. - Guirro, R. R. J. - FISIOTERAPIA EM ESTÉTICA - FUNDAMENTOS, RECURSOS E PATOLOGIAS  Ed Manorle - 2ª Ed.Sheila - 1996e Bazin, Sarah - ELETROTERAPIA DE CLAYTON   - 10ª Edição - Ed. Manole - 1ª Edição brasileira - São 12- Kitchen, Paulo - 1998 17- Lucena, Carlos - ELETROTERAPIA - Ed Lovise - 1990 27- R.V. den Adel; R.H. J. Luykx -  ELECTROTERAPIA DE FRECUENCIA BAJA Y MEDIA -  ENRAF NONIUS DELFT - 1990

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  34- - Leitão, Araújo - FISIATRIA CLÍNICA - Liv. Atheneu – 1979 60- Macedo, O. R., Turovelzky, H. L., Silva, I. e Teixeira, S. V. – CORRENTE GALVÂNICA E IONIZAÇÃO  – Nouvelles Esthétiques – Ano X, n° 53 , Fev/2000 – Rio de Janeiro - pp.18-33 74- Robinson, A. J. & Snyder-Mackler, L. - ELETROFISIOLOGIA CLÍNICA - Eletroterapia e teste eletrofisiológico  - Ed. Artmed - 2ª Ed. - Porto Alegre - 2001 82- Wing, T. - IONTOPHORESIS FOR CHIROPRACTORS, Part 2 - Chiropractic Economics - September/October - 1993 87- Winter, W. R. - ELETROCOSMÉTICA - Ed. Vida Estética - 3ª Ed. - 2001- RJ

89- Andrews, R., Harrelson, G. L. & Wilk, K. E. - REABILITAÇÃO FÍSICA DAS LESÕES DESPORTIVAS  - 2ª Ed. - Ed. Guanabara Koogan - pp. 61-95 - Manual Clínico - Ed. Midiograf - Londrina-PR - 1ª Ed. - 1999 104- Salgado, A. S.- 2000 I. - ELETROFISIOTERAPIA 105- Starkey, C. - RECURSOS TERAPÊUTICOS EM FISIOTERAPIA - Ed. Manole - 1ª Ed. - 2001 106- Harris, P. R. -  IONTOPHORESIS: CLINICAL RESEARCH IN MUSCULOSKELETAL INFLAMMATORY CONDITIONS  - J. Orthop. Sports Phys. Ther. - 4:109 - 1982 Apud Starkey, C. - RECURSOS TERAPÊUTICOS EM FISIOTERAPIA - Ed. Manole - 1ª Ed. - 2001 107- Henley, E. J. - TRANSCUTANEOUS DRUG DELIVERY: IONTOPHORESIS, PHONOPHORESIS   - Physical and Rehabilitation Medicine - 2:139 - 1991 Apud Starkey, C. - RECURSOS TERAPÊUTICOS EM FISIOTERAPIA - Ed. Manole - 1ª Ed. - 2001 118- Girro, E. C. O. & Guirro, R. R. J. - FISIOTERAPIA DERMATO FUNCIONAL - FUNDAMENTOS, RECURSOS E PATOLOGIAS   - Ed Manorle - 3ª Ed. Revisada e ampliada - 2002 119- Lowe, J. & Reed, A. - ELECTROTHERAPY EXPLANINED - PRUNCIPLES AND PRATICE. - Butterworth Heinemann, Oxford, 3ª ed. 431p. - 2000 DERMATO FUNCIONAL - FUNDAMENTOS, RECURSOS E Apud   Girro, E. C. O. Guirro, R. R.e J. - FISIOTERAPIA PATOLOGIAS  - Ed Manorle - 3ª& Ed. Revisada ampliada - 2002 120- Kahn, J. - IONTOFORESE -  In PRINCIPLES AND PRATICE OF ELECTROTHERAPY. Churchill Livinstone, 2 ed. cap 7, pp.119-35 - 1991 Apud Girro, E. C. O. & Guirro, R. R. J. - FISIOTERAPIA DERMATO FUNCIONAL - FUNDAMENTOS, RECURSOS E PATOLOGIAS   - Ed Manorle - 3ª Ed. Revisada e ampliada - 2002 121- Raviere, B. - SIX ANNES DE PRATIQUE DÉ IONISATION DE MUCOPOLYSACCHARÍDASES - G.M. de France, 77, 1970 Apud Girro, E. C. O. & Guirro, R. R. J. - FISIOTERAPIA DERMATO FUNCIONAL - FUNDAMENTOS, RECURSOS E PATOLOGIAS   - Ed Manorle - 3ª Ed. Revisada e ampliada - 2002 122- Soriano, M. C. D., Pérez, S. C., Baqués, M. I. C. - ELECTROESTÉTICA PROFESSIONAL APLICADA - TEORIA Y PRÁCTICA PARA LA UTILIZACIÓN DE CORRIENTES EN ESTÉTICA - Sorisa - Espanha - 2000

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INTRODUÇÃO O procedimento de todo o tratamento estético deve começar por uma limpeza profunda, adequada ao tipo de pele, pois só assim se poderá proceder a um estudo profundo e conhecer suas características e necessidades. A pressão exercida na glândula sudorípara pelo excesso de sebo cutâneo pode levar ao seu rebentamento na derme dando origem a um processo inflamatório na zona de contato devido a ação irritante dos ácidos livres, forma-se assim externamente uma papila vermelha que indica a existência de uma afecção não patológica. Mesmo sem chegar a esse extremo, uma hiperscereção seborreica contraria uma boa higiene e é desconfortável e inestética. Estas manifestações da pele e seus anexos tem despertado o interesse dos especialistas em cosmetologia e dermo-farmácia entre outros seguimentos, tendo várias fórmulas vindo a ser apresentadas ao público. Numa pele livre de qualquer cosmético pode-se concentrar a atenção nos seguintes fatores:  Secreção sebácea;  Aspecto granuloso;  Grau de hidratação; 

Acidentes cutâneos (comedões - pontos negros - vermelhidão - etc)

DEFINIÇÃO É um procedimento de ação eletroquímica que tem como objetivo retirar o excesso de sebo das peles exageradamente seborréicas[2]. Utiliza-se os efeitos polares da corrente galvânica para obter uma limpeza de substâncias gordurosas da pele em profundidade[1]  A desincrustação executa-se com um aparelho calibrado e montado para gerar corrente contínua; portanto possui como característica o princípio galvânico, isto é, tensão contínua, constante e com polaridade determinada (pólo positivo e pólo negativo). Atua pelo processo de eletrólise: passa-se uma corrente elétrica através de uma solução condutora ou eletrólito decompondo-a, de água produz-se hidrogênio[3]. É importante salientar que a desincrustação tem como objetivo estético retirar de forma suave os incrustados na superfície epidérmica, que em linguagem estética (operacional) reproduz e/ou significa limpar. A atuação da corrente é superficial proporcionando destamponamento pilo-sebáceo, e é importante observar que não existe, penetração das soluções empregadas nos desincrustadores.

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AÇÃO Os estudos cosmetológicos confirmam que a utilização de produtos demasiado detergentes ou solubilizantes energéticos, como o álcool de alta graduação, contribuem para provocar uma hipersecreção seborreica de caráter reacional "efeito feed- back". Soriano et al (2000), relatam que não se deve abusar desta técnica , já que poderia se produzir um efeito "rebote" se as glândulas sebáceas gerassem a gordura que a pele precisa, porém em excesso, para compensar a que se extraiu por meio do desincruste. Efeito que se tenta evitar. Mais que simplesmente tirar o excesso de oleosidade da pele, o efeito obtido usando-se corrente galvânica (que produz sódio por eletrólise e promove a retirada da gordura) é a reeducação do trabalho das glândulas sebáceas e sudoríparas. Para tanto é sabido que o efeito feed-back ocorre se o trabalho de desincrustação for executado de tal forma que interfira na produção das secreções ou elimine toda a nova produção que seria maior para compensar a perda. A desincrustação busca o equilíbrio do pH, reeducação do trabalho das glândulas sebáceas, evitando o efeito feed-back, auxiliando na reeducação das glândulas sudoríparas evitando asfixia das peles alípicas[3]. Busca-se ultrapassar as barreiras da pele, auxiliando na penetração (preparação para posterior processo de aplicação dos princípios ativos). A função da assepsia efetuada através da corrente galvânica + cosméticos específicos para o tipo de pele, proporciona um efeito para impedir a penetração de germes ou agentes nocivos [3]. Esta suave esfoliação clareia a epiderme e proporciona uma receptividade melhor ao tratamento estético. A limpeza profunda serve para limpar o folículo pilo-sebáceo do excesso de secreção sebácea, facilitando a extração de comedões e acne vulgar, na limpeza dos canais foliculares e manutenção da normalização do estado da epiderme recuperada[3]. Silvade(1999), procedimento de ação eletroquímica, resulta nas pelesque alípicas uma formaSegundo de elminação detritoso orgânicos e inorgânicos assimilados a nível epidérmico, produzem obstrução na passagem osmótica de cosméticos a serem aplicados. Segundo Winter (2001), a desincrustação é um procedimento de ação eletroquímica que tem como objetivo retirar o excesso de sebo das peles exageradamente seborréicas. Portanto, a desincrustação é inadequada para o tratamento de peles alípicas. Existem fabricantes de cosméticos que oferecem uma loção desincrustante para pele seborréica e outra para pele alípica; ora, se a pele alípica já tem falta de oleosidade, como se pode retirar o pouquinho que lhe resta? Este conceito é corroborado por Miedes (1999), que diz que a desincrustação está unicamente recomendado em zonas da pele seborreica. Paraobter as peles lipídicas,das além da reeducação do trabalho dassem glândulas sebáceas sudoríparas, espera-se a eliminação secreções das glândulas sebáceas sua retirada total, epara que, seja evitado o efeito "feed-back" (em se retirando toda a secreção, será produzida mais para a compensação); e eliminação dos vestígios de maquiagem, bem como, sujeiras da atmosfera poluída[3]. A solução desincrustante, por exemplo o carbonato de sódio, reage com o sebo saponificando[2] o . A solução de carbonato de sódio apresenta um pH de 12, o que quer dizer que ela é altamente alcalina. A pele normal tem um pH de 4,5 a 5,5, levemente ácida. A pele normal tem uma grande capacidade de amortecer as variações bruscas de pH, porque sua capa ácida contém uma grande quantidade de ácidos orgânicos dissolvidos  juntamente com seus respectivos sais (ácido láctico e lactato, ácido do carbônico de  pirolidon e seusdosais). Apesar disso, convém acelerar-se o processo da normalização pH, porque uma boa parte manto hidrolipídico foi removido pela desincrustação.

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Para restabelecer-se rapidamente o pH normal, a pele deve ser lavada após a desincrustação com água morna, à qual foram adicionadas algumas gotas de vinagre ou limão [1]. Os ácidos graxos do sebo se combinam com um álcali diluído (solução desincrustante), dando lugar à formação de sabão. Posteriormente, devido o caráter elétrico debilmente positivo do sabão, ele é extraído com um eletrodo conectado ao polo negativo de uma corrente galvânica[1].

INDICAÇÁO - Peles seborréicas / oleosas - Acne / comedões As peles acneicas ou de tendência acneica, estão como um estado de asfixia, signifcando este termo a dificuldade que a secreção sebácea tem em ser excretada para o exterior, ficando retido no canal do folículo piloso. É portanto, conveniente proceder a uma limpeza profunda, que permita à pele uma melhor troca com o exterior, respirar melhor. - Preparação para a introdução de substâncias ativas solvidas em meio aquoso por iontoforese. A desincrustação como tratamento para umaaumenta iontoforese é utilizadadaprincipalmente em peles excessivamente seborréicas, cujapreparativo grande oleosidade a resistência pele contra a corrente elétrica. A desincrustação, antecedendo a iontoforese, remove a oleosidade excessiva, abrindo caminho para a penetração das substâncias desejadas. Os cosméticos ionizáveis são regulados para agirem em ambiente de pH normal da pele, razão pela qual a pele deve ser lavada após a desincrustação com água morna levemente acidificada, antes de executar-se a iontoforese[2].

TÉCNICA DE APLICAÇÃO No caso da pele, usa-se produto de superfície e no caso do instrumental, pode-se fervê-lo, utilizar esterilizador/germicida e substâncias parao aenxofre assepsia.e o salicitado de sódio são conhecidos Nos casos de acne vulgar e próprias comedões cicatrizantes e eliminadores dos processos acneicos e comedônicos. Utiliza-se um eletrodo em forma de  jacaré , gancho  ou rolo  como eletrodo ativo, sendo este colocado no polo negativo. O eletrodo passivo (polo positivo) em forma de placa de carbono ou de metal ou bastão pode ser colocado sob o ombro direito ou fixado no braço direito. Winter (2001), relata a utilização de intensidade entre 0,2 a 1 mA (formigamento leve), com duração de 10 a 15 minutos aproximadamente. Entretanto, Miedes (1999), diverge intensamente quando menciona a utilização de intensidade em torno de 1 a 5 mA, com duração de 3 a 4 minutos por sessão. E que a intensidade deve estar relacionada diretamente com o tamanho do eletrodo. Tamanho menor, menor intensidade. Soriano et al (2000), mencionam que em virtude da pouca superfície do eletrodo ativo, se trabalha com uma intensidade que não deve ser superior a 1 a 1,5 mA, dependendo da sensibilidade e o tipo de pele, e a duração da sessão deve ser de 3 a 4 minutos. Deve-se colocar algodão embebido em alguma substância desincrustante, envolvendo corretamente o eletrodo ativo, sem que as partes metálicas possam entrar em contato com a pele  Deve-se movimentar o eletrodo ativo lentamente sobre a região da pele a ser tratada, exercendo uma pressão uniforme e firme. Os movimentos devem ser retilíneos e ordenados de maneira a esquadrinhar toda a superfície a ser tratada[2]. Soriano et al (2000), diz que enquanto durar a sessão o eletrodo deverá manter-se em contínuo movimento   Pelo fato íons deeste sódio terem polaridade positiva, osão atraídosadquire pelo polo ao algodão quedos envolve eletrodo. Após a aplicação, algodão cornegativo, cinzenta fixando-os onde teve contato com a pele, pois ali deu-se. a saponificação do sebo.

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O algodão embebido deve estar suficientemente umedecido com o desincrustante, porém sem estar encharcado. Se o algodão secar durante a aplicação, pode-se umedecê-lo novamente por meio de um contagotas, sem que seja necessário interromper a aplicação.  Nas peles mistas, que geralmente apresentam seborréia na região do "T" (testa, nariz e queixo), a desincrustação deve tratar somente as áreas seborréicas. Segundo Miedes (1999), como solução desincrustante pode-se utilizar: - Solução aquosa a 10 % de bicarbonato de sódio - Solução aquosa a 10 % de sal - Solução aquosa a 5 % de carbonato de sódio Segundo Winter (2001) pode-se utilizar carbonato de sódio a 1 % (preferível) ou salicilato de sadio a 2%. Miedes (1999), sugere que deve haver um intervalo, entre uma sessão e outra, de no mínimo um mês já que pode aparecer o denominado "efeito rebote" mediante o sebo que foi eliminado [1]. Soriano et al (2000), relatam que deve haver um intervalo entre as sessões de 15 a 20 dias. Segundo Miedes (1999), antes de uma desincrustação pode-se realizar: a) Limpeza superficial para melhorar os efeitos da desincrustação b) Aplicação de vapor para que com o calor úmido se facilite a penetração do produto desincrustante.

CONTRA-INDICAÇÕES - Alergia ao agente desincrustante - Hipersensibilidade à corrente elétrica

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1- Miedes, J.L.L.- ELECTROESTÉTICA - Ed. Videocinco - Madrid - 1999 - pp. 41-43 2- Winter, W. R. - ELETROCOSMÉTICA - Ed. Vida Estética - 3ª Ed. 2001- pp. 129-133 3- Silva, Mariângela T. - ELETROLIFTING - Ed. Vida Estética - 1998 - pp. 110-113 4- Soriano, M. C. D., Pérez, S. C., Baqués, M. I. C. - ELECTROESTÉTICA PROFESSIONAL APLICADA - TEORIA Y PRÁCTICA PARA LA UTILIZACIÓN DE CORRIENTES EN ESTÉTICA - Sorisa - Espanha - 2000

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HISTÓRICO Nos fins dos anos 70, depois de uma rápida proliferação de unidades de TENS para controle da dor, o interesse na eleteroterapia foi aumentado pelos registros de pesquisa na União Soviética que afirmaram que a ativação elétrica regular do músculo era mais efetiva que o exercício no fortalecimento do músculo esquelético em atletas de elite. Isto aconteceu por volta de 1977 durante um simpósio sobre eletroestimulação neuromuscular, onde o pesquisador russo Yakov Kots, professor de medicina desportiva na Academia do Estado em Moscou, apresentou o desenvolvimento de uma técnica de eletroestimulação que poderia aumentar a força muscular em 30 a 40% em atletas de elite, e também nos cosmonautas russos. Esses ganhos de força eram maiores que aqueles obtidos apenas através de exercícios. Esta pesquisa resultou em melhorias no desenvolvimento e no design de uma classe de aparelhos para Estimulação Elétrica Neuromuscular [27, 74]  Outros benefícios registrados com a técnica de Kots foram o aumento da resistência muscular e a alteração da velocidade das contrações musculares [105].

CONCEITO Segundo Robinson & Snyder-Mackler (2001) a corrente originalmente utilizada pelos pesquisadores soviéticos foi uma corrente alternada simétrica, sinusoidal de 2500 Hz que era modulada por burst  a cada 10 ms para fornecer 50 bursts por segundo. Esta forma de estimulação foi promovida comercialmente como "Estimulação Russa"[74, 105]. Segundo & Luykx (1990) ode pesquisador  dede 50contrações Hz por se encontrar mais ou menosAdel no centro do espectro frequênciassoviético utilizadoutilizou para a bursts geração tetânicas (40 Hz a 80 Hz). A corrente russa pode ser definida com uma corrente alternada de média freqüência, que pode ser modulada por “rajadas” (bursts) e é utilizada com fins excitomotores[12, 27, 74] Este tipo de corrente permite aplicação de alta amperagem, em torno de 100 mA[26].

CICLO PROPRIEDADES HISTOLÓGICAS, HISTOQUÍMICAS E FISIOLÓGICAS DA MUSCULATURA As fibras musculares foram classificadas de acordo com sua constituição, e que os grupos musculares em sua maioria eram mistos, ou seja, compostos de mais de um tipo de fibra muscular. http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges

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Em pesquisas realizadas sobre o comportamento clínico da nossa musculatura foram observados basicamente 2 tipos de fibras musculares: fásicas e tônicas, ou brancas e vermelhas, sendo as brancas de velocidade e as vermelhas de sustentação[62]. Pesquisadores demonstraram que, com exceção de poucos músculos, o corpo humano só contém músculos com composição de fibras musculares mistas, e que esta composição das fibras musculares varia muito de uma pessoa para outra [63]. Guyton (1996) afirma que algumas pessoas podem possuir número bastante maior de fibras rápidas que de fibras lentas, e isso obviamente poderia determinar, até certo ponto, as capacidades atléticas dos diversos indivíduos. E foi comprovado também que as primeiras fibras a serem recrutadas para executar o movimento são as fibras vermelhas, e as fibras brancas só se ativam se for necessário força suplementar. Em movimentos rápidos as unidades motoras fásicas podem ser ativadas antes que as unidades motoras tônicas[64]. Atualmente se tem estabelecido uma classificação dos tipos de fibras musculares, baseado na miosina APTase, de forma mais abrangente, onde são estabelecidos subdivisões para fibras fásicas. [26, 27, 33, 74, 83, 84, 85, 86, 104]

CARACTERÍSTICAS

Tônicas Tipo I

TIPO DE FIBRA MUSCULAR Intermediárias Fásicas Tipo IIa Tipo IIb

S (Slow)

SO LO ST - Diâmetro da fibra muscular - Tipo de contração

26 mm Tônica (prolongada) 

-- Suprimento vascular Atividades de enzimas oxidativas - Conteúdo mitocondrial - Atividades de enzimas glicolíticas - Conteúdo de glicogênio - Conteúdo de mioglobina - Resistência à fadiga - Tensão tetânica - Número de fibras/unidade - Frequência de uso - Ordem de recrutamento - Tamanho da unidade do corpo celular - Veloc. condução do impulso nervoso - Cor predominante - Conteúdo lipídico  - Filogênese - Frequência tetânica - Comportamento funcional - Produção de força

Rico Alta Alto Baixa Baixo Alto Muito alta Baixa Pequeno Alta Primeiro Pequeno Baixa (Aα2) Vermelha (escura)

Alto Velha 10-30 Hz Estática Baixa

FF (fast fatigable)

FOG ROG FTa 28 mm Tônica(prolongada)  Rico Médio-alta Alto Alta Alto Alto Alta Intermediária Intermediário Intermediária Intermediária Intermediário Intermediária Vermelha

Intermediário "Intermediária" "Intermediária" Dinâmica Relativ. alta

FR (Fast resistent)

FG RG FTb 46 mm Fásica(breve)  Escasso Baixa Baixo Alta Alto Baixo Baixa Alta Grande Baixa Última Grande Alta(Aα1) Branca

Baixo Jovem 35-150 Hz Dinâmica Alta

Scott (1998) afirma que os músculos humanos são heterogêneos, visto estarem compostos por uma ampla variedade de fibras musculares distintas. Fibras pertencentes a qualquer unidade motora se alastram por um grande território, ao invés de ficarem interagrupadas. O uso de técnicas sofisticadas

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para verificação da distribuição das fibras demonstrou que, com efeito, existem diferenças sutis dentro de cada unidade motora considerada individualmente. Salgado (1992), faz alusão a relatos de autores que afirmam que as fibras musculares de uma unidade motora não ficam todas agrupadas no músculo, mas, que pelo contrário, ficam dispersas por todo o músculo em microfeixes de 3 a 15 fibras, o que leva à intercalação de microfeixes de diversas unidades motoras. Esta interdigitação permite que unidades motoras distintas se contraiam, apoiandose umas às outras, não defibras formamusculares total, comodesecontração fossem segmentos fazendoalgumas com quefibras não seja possível ativar somente lenta semisolados, ativar também de contração rápida. Segundo Enoka (2000), cada músculo humano contém uma mistura dos três tipos de fibras musculares. E os dois mecanismos que determinam a proporção de tipos de fibras no músculo são a hereditariedade e o uso. A foto ao lado mostra a distinção entre os tipos de fibras musculares, com coloração de miosina ATPase, em uma seção transversa fina do músculo do membro anterior de um gato[86].

A foto ao lado mostra a distinção entre os tipos de fibras musculares, com coloração de miosina ATPase, em um corte transversal do músculo esquéletico humano mostrando os três tipos de fibras (tipo I, IIa, IIb) [87].

Weineck (1991), mostra nas fotografias abaixo as diferenças que podem existir de um indivíduo para o outro, sob o ponto de vista genético, com relação à constituição física do músculo em maior número de fibras brancas ou vermelhas. A foto à esquerda mostra músculocom de um de provas rasas resistência) (poucas fibras vermelhas (representadas pela cor preta),um possuindo isso corredor maior velocidade e pouca A foto à direita mostra o músculo de um ciclista (possui muitas fibras vermelhas, possuindo com isso menor velocidade, entretanto maior resistência)

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Obs.: Fibras vermelhas são representadas pela cor preta; Fibras brancas são representadas pela cor branca; Fibras intermediárias são representadas pela cor cinza Músculos que são requisitados para produzirem níveis moderados de tensão por longos períodos de tempo contêm uma alta porcentagem de fibras musculares resistentes à fadiga. Músculos requisitados para produzirem níveis de força rápidos e altos por breves intervalos contêm uma alta porcentagem de unidades fatigáveis fortes e de contração rápida[74]. COMPORTAMENTO CLÍNICO DA MUSCULATURA: a) Musculatura de contração lenta (Tônica)  Se caracterizam por um baixo nível de atividade de miosina ATPase, por uma menor velocidade de contração e por uma capacidade glicolítica menos desenvolvida que suas congêneres de contração rápida. Entretanto, as fibras de contração lenta contêm mitocôndrias relativamente volumosas e numerosas, e é essa concentração de mitocôndrias, combinada com os altos níveis de mioglobina, que empresta às fibras de concentração lenta sua pigmentação vermelha característica. Existe uma alta concentração de enzimas mitocondriais necessárias para sustentar o metabolismo aeróbico (oxidativo). Assim sendo, essas fibras são resistentes à fadiga e bem apropriadas para o exercício aeróbico prolongado. [33] As fibras musculares lentas são utilizadas para as atividades contínuas[12]. Poderíamos, então, pensar que elas praticamente “não necessitariam ser trabalhadas”, pois bastaria ficar de pé para exercitá-la (musculatura estática ou postural)[83]. Resistente e dinâmica, suporta intensa atividade e têm grande capacidade de contração, o que permite, aliás, a movimentação de todo o corpo. b) Musculatura de contração rápida (Fásica)  As fibras musculares de contração rápida possuem uma alta capacidade para a transmissão eletroquímica dos potenciais de ação, um alto nível de atividade de miosina ATPase, um nível rápido de liberação e captação do cálcio pelo retículo sarcoplasmático e de um alto nível de renovação (turnover ) das pontes cruzadas, características essas que se relacionam todas com sua capacidade de gerar energia produzir contrações rápidas e vigorosas. A velocidade intrínseca de contração e derapidamente elaboração depara tensão das fibras de contração rápida é duas a três vezes maior que aquela das fibras classificadas como contração lenta. São fibras que dependem essencialmente do sistema glicolítico a curto prazo e bem desenvolvido para a transferência de energia.[33]. http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges

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Em geral, as fibras de contração rápida são ativadas na atividades explosivas e rápidas, assim como em outras contrações musculares vigorosas, que dependem quase que inteiramente do metabolismo anaeróbico para a produção de energia. As capacidades metabólicas e contráteis dessas fibras são igualmente importantes nos desportos com paradas e arranques e mudanças de ritmo tipo basquete ou hóquei de campo, que às vezes necessitam de energia rápida que somente as vias metabólicas anaeróbicas podem fornecer.[33]  Segundo Scott (1998), elahácansa-se com de facilidade e não tolera contrações utilizadas nos momentos em que necessidade breves momentos de força intensa.prolongadas. São Só é trabalhada com exercícios extenuantes e realizados numa freqüência rápida. Em virtude disto alguns profissionais que cuidam da estética corporal afirmam que ela seria a responsável pela flacidez e diminuição do tônus, em virtude das fibras vermelhas estarem constantemente sendo requisitadas nas nossas atividades diárias mais costumeiras. Mas na prática clínica o que se vê é que o desuso, a imobilização e também o descondicionamento físico podem gerar a flacidez e a hipotonia, não só nas fibras brancas, mas também nas fibras vermelhas, o que muitas vezes torna difícil apontar qual a fibra muscular verdadeiramente responsável pela flacidez. c) Musculatura intermediária  Dentro da subdivisão da fibra de contração rápida (tipo II), a fibra IIa é considerada intermediária, pelo fato de sua velocidade de contração rápida estar combinada com uma capacidade moderadamente bem desenvolvida para a transferência de energia tanto aeróbica (com um alto nível da enzima aeróbica desidrogenase succínica ou SDH) quanto anaeróbica (com um alto nível da enzima anaeróbica fosfofrutocinase ou PFK). Essas são as fibras rápidas-oxidativas-glicolíticas (RGO). A fibra IIb possui o maior potencial anaeróbico e constitui a "verdadeira" fibra rápida-glicolítica (RG) [33, 86]   Composição de Fibras Musculares[26, 27] 

- Gastrocnêmio - 46,9 % a 56,9 % de fibras tônicas - Glúteos - 41,2 % a 71,5 % de fibras tônicas - Sóleo - 69,8 % a 100 % de fibras tônicas - Tibial anterior - 56,6 % a 80,5 % de fibras tônicas - Ílio-Psoas - 37 % a 60,9 % de fibras tônicas - Vasto medial - 53,5 % a 79,8 % de fibras tônicas

OBSERVAÇÕES:  Unidade motora é difinida como a unidade funcional básica do músculo esquelético, sendo esta constituída pelo motoneurônio e pelas fibras musculares que inerva[104]. As fibras musculares de uma unidade motora pertencem ao mesmo tipo, o que põe em evidência a função das mesmas, na expressão dos tipos de fibra e nas suas características de contração, ou seja, as fibras inervadas por uma unidade motora possuem propriedades bioquímicas, físicas, ultraestruturais e contráteis similares, o que nos mostra a importânci do motoneurônio ao controloar todos estes parâmetros[113]. O tamanho do corpo celular do motoneurônio está relacionado ao número de fibras musculares por ele inervadas. Grandes motoneurônios possuem corpos celulares maiores, axônios de maior diâmetro e assim uma velocidade de condução mais alta emelas comparação os pequenos neurônios. Isto se adequa melhor às fibras musculares fásicas, já que precisamcom fornecer força explosiva de curta duração ou de alguma forma uma força adicional de duração mais longa. A movimentação do componente fásico é de alguma forma mais rude porque a unidade motora é maior, são as primeiras a http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges

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entrarem em atividade quando se exige uma reação inesperada e rápida do músculo. Este fato pode ser visto comparativamente dentro do mesmo músculo[12, 26]  O potencial de ação das unidades motoras tônicas está em torno de -70 mV[26]; O potencial de ação das unidades motoras tônicas está em torno de -90 mV[26]. Quando uma pessoa se exercita com níveis aeróbicos quase máximos, como na corrida de meia  [33] distânciadeouenergia na natação, ou nos desportos são tipoativados basquete, hóquei campo ou futebol, que exigem uma mistura aeróbica e anaeróbica, ambos os de tipos de fibras musculares. Segundo Faulkner e col. (1990), a insuficência, contenção ou restrição da performance muscular e da atividade elétrica muscular aparenta ser dependente da velocidade, pois exercícios rápidos, com maior velocidade, são mais afetados pelo resfriamento do que os mais lentos, com menor velocidade, sugerindo assim que as fibras musculares de contração rápida são mais susceptíveis ao resfriamento. Segundo Robinson & Snyder-Mackler (2001), durante contração muscular voluntária, as unidades motoras são recrutadas de uma maneira dessincronizada. Isto é, unidades motoras não são todas ativadas no mesmo instante no tempo. As frequências de descarga de unidades motoras recrutadas em contração voluntária também não são todas as mesmas. Algumas unidades podem ser

descarregadas baixas frequências fixasque enquanto outras podemenfrentaram descarregarpor irregularmente até mesmo em frequênciasa menores. Uma questão os neurocientistas anos foi: como o SNC sabe quais motoneurônios ativou com a finalidade de produzir um nível particular de contração? Agora existem evidências que indicam que motonerurônios são recrutados na maioria das contrações numa sequência ordenada. O comando do SNC para iniciar a contração muscular primeiro ativa os menores (maior resistência interna) motoneurônios alfa. Se mais força é requerida para devidamente executar uma atividade, os sinais do comando do SNC são aumentados e progressivamente os motoneurônios maiores (baixa resistência interna) são ativados. Enoka (1988) e outros autores, mencionam que este recrutamento, primeiramente descrito por Henneman, tem uma sequência conhecida como Princípio do Tamanho de Henneman. Portanto, uma vez que o tamanho do motoneurônio alfa é relacionado com o tipo de fibras musculares inervadas pelo neurônio, o recrutamento de unidades motoras em contração geralmente seguirá de unidades motoras do tipo lenta para unidades do tipo intermediária e finalmente para unidades do tipo rápida com o aumento do nível de contração. Aquelas unidades motoras designadas para gerarem tensão por relativamente longos períodos sem fadiga substancial (tipo lenta e intermediária) são então usadas em sua maioria nas contrações volitivas. Unidades do tipo rápida, que são capazes de produzir altos níveis de tensão por períodos muito curtos, são usadas apenas ocasionalmente, em contrações de alto nível de força[74, 105]  Andrews e col. (2000), explicam que uma razão para a eletroestimulação ser mais eficaz aos pacientes do que apenas o exercício, reside na diferença nos padrões de recrutamento e de acionamento (disparo) entre a eletroestimulação e as contrações musculares voluntárias. Em uma contração voluntária, o recrutamento das unidades motoras no músculo esquelético obedece a um padrão quando o influxo do SNC determina o início da contração em um músculo (como citado no parágrafo acima),  já no início da reabilitação, o treinamento típico com exercícios normalmente envolve um peso mais baixo, para evitar o estresse excessivo da articulação sesionada. Portanto, as fibras de contração rápida seriam recrutadas apenas raramente (pois são recrutadas com esforço suplementar), assim sendo, receberiam poucos efeitos de treinamento em virtude deste exercício. Com a eletroestimulação a articulação pode ser estabilizada e as fibras de contração rápida pode ser recrutadas com cada contração. Starkey (2001), relata que a estimulação elétrica estimula os nervos motores de grande diâmetro do tipo II a se contraírem antes das fibras do tipo I. Como as fibras do tipo II são capazes de produzir mais força, o vigor da contração aumenta.

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CARACTERÍSTICAS DA CORRENTE RUSSA É uma corrente alternada, com freqüência portadora entre 2500 Hz e 5000 Hz (média freqüência), modulada em bursts com baixa frequência[12, 74]. As frequências de estimulação necessárias para a geração de uma força resultante ou somação tetânica uniforme são diferentes; fibras musculares lentas (possuidoras de tempos de contração e relaxamento mais lentos) fazem somação em frequências de estimulação mais baixas, enquanto que as fibras musculares de contração mais rápida geram forças maiores e uma contração tetânica uniforme em frequências mais altas[12]  A estimulação de um músculo ou fibras neuro-musculares com frequências maiores que a sua velocidade de despolarização/repolarização máxima, faz com que essas fibras de despolarizem na sua frequência própria, tornando a despolarização assíncrona, ou seja, a cada pulso de corrente não corresponde a uma despolarização da fibra. E isto se dá basicamente por dois aspectos[26, 61, 74]: a) Pode haver a possibilidade da frequência média ter um valor acima da frequência de despolarização máxima das fibras nervosas motoras (algum ponto entre 1000 e 3000 Hz), pois durante a estimulação alguns pulsos podem coincidir com o período refratário absoluto causando maior dificuldade na repolarização. O retorno ao potencial de repouso da membrana torna-se cada vez mais demorado, terminando por não mais se estabelecer enquanto durar a estimulação. b) Em virtude da frequência elevada, ocorre intensa fadiga da placa motora terminal com a estimulação elétrica, não permitindo que essa placa motora converta os impulsos elétricos em despolarização da membrana da fibra muscular. O nervo então demonstra um fenômeno de acomodação que faz com que o período refratário se torne cada vez mais longo.  Para prevenir o que foi exposto acima pode haver necessidade de se interromper a frequência média, em intervalos que devem coincidir com o término de cada despolarização, evitando que fibra nervosa seja bombardeada durante o período refratário. Nestas configurações, a fibra se desporaliza na frequência de modulação (interrupção), conservando sua sensibilidade à estimulação elétrica. [26, 61]  Encontra-se na de corrente as características de interrupção em favorece virtude daa modulação na forma rajadasrussa há uma interrupção durante a qual a citadas correnteacima, é nula,pois e isso prevenção de fadiga na placa motora.  Portanto a interrupção da média frequência em diversas frequências baixas (modulação), permite o trabalho das diferentes fibras musculares, de acordo com as velocidades ótimas de despolarização de cada tipo de neurônio motor (fibra fásica ou tônica). Pois segundo Hoogland (1988), se trabalharmos com correntes alternadas não moduladas com uma frequência acima de 3000 Mhz a unidade motora se descarregará em sua própria frequência não permitindo que a estrutura muscular altere sua morfologia, não há nenhum efeito específico no músculo. Mas quando se usa correntes alternadas moduladas  (como a corrente russa) um padrão de despolarização pode ser imposto ao axônio promovendo alterações morfológicas e histoquímicas na musculatura, em proporção à frequência imposta artificialmente (fibras fásicas ou tônicas). Correntes alternadas com frequências entre 2000 e 4000 Hz são utilizadas por ser relativamente agradável, dificilmente ferem a pele, e causam uma tensão máxima no músculo quando usadas com intensidade suficientes. Este tipo de corrente também permite valores de corrente (amperagem) mais altos, geralmente acima de 100 mA, que não é permitido com frequências menores, de acordo com os padrões IEC (Normas de segurança para equipamentos eletromédicos - IEC 60601-2.10, obrigatórias no mundo). Frequências menores contudo são utilizada, e a vantagem aqui é que, com a corrente russa, o músculo pode ser tensionado por mais tempo[26]. Teoricamente, como a frequência de estimulação é aumentada, a oposição ao fluxo de corrente (impedância) pelo tecido Isso temportadores levado aonadesenvolvimento que empregam bursts de estimulação comcai. frequências variação de 2000dea estimuladores 4000 Hz. Esperava-se que tais aparelhos fossem capazes de produzir níveis mais altos contração muscular com menos desconforto

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para o paciente que os estimuladores mais tradicionais disponíveis que produzem estimulação de 1 a 100 Hz. Estudos de pesquisa publicados até hoje não comprovaram essa afirmação[74].

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DA CORRENTE RUSSA (podem variar de acordo com o tipo/fabricação do aparelho)   Freqüência portadora - 2500 Hz (e 4000 Hz) - baixa frequência para a estimulação muscular. - É corrente de média freqüência que vai gerar a corrente - Ciclo - Constitui-se da rajada (burst) de pulsos de média frequência mais o intervalo entre as rajadas. - Porcentagem do ciclo  - Corresponde à quantidade de corrente dentro da rajada. Pode ser de 20% - 30% - 50% (Ex.: 20% = 20% de corrente (rajada) e 80% de intervalo (sem corrente) OBS: Quanto maior a porcentagem de corrente dentro do ciclo, mais agressiva ou com maior intensidade o paciente vai sentir a corrente. - Freqüência de modulação - é a frequência de ciclos por segundo, ou seja, é a corrente de baixa frequênciatrazem que será para a estimulação muscular. Normalmente vai de a 150 Hz, mas alguns aparelhos umutilizada parâmetro fixo de 50 Hz (como proposto anteriormente por0Kots). OBS: A modulação da freqüência vai obedecer à característica da fibra (fásica ou tônica), e a porcentagem do ciclo vai obedecer a situação do paciente (estado de saúde, fase da doença, etc). - Intensidade - Normalmente vai de 0 a 150 mA, podendo variar até 200 mA (de acordo com o fabricante) - Tempo de contração (tempo ON )- É a sustentação da estimulação. Normalmente vai de 0 a 30 Seg. (quanto tempo vai ficar passando a corrente pro paciente). - Tempo de repouso (tempo OFF) - Quando não há contração, não passa corrente. Normalmente vai de-0Em a 30alguns Seg. aparelhos é possível encontrar um Timer, para o controle do tempo total de estimulação; e Rampas de subida e descida de corrente. - Regime de emissão de corrente pelos canais: a) Modo sincronizado: A corrente e emitida em todos os canais ao mesmo tempo durante o tempo ON , e cessa sua emissão durante o tempo OFF . b) Modo recíproco: A corrente é emitida num grupo de canais (normalmente a metade do numero de canais) enquanto os canais restantes ficam inoperantes. A seguir, os canais inoperantes iniciam a emissão de corrente, enquanto os canais anteriormente operantes cessam a emissão. c) Modo seqüencial: A de corrente é emitida através dos canais de forma seqüencial. É utilizado normalmente para a drenagem líquidos. d) Modo continuo: A corrente é emitida em todos os canais ao mesmo tempo de forma ininterrupta. É utilizado normalmente para analgesia.

BENEFÍCIOS EXTRAS  - Se consegue ativar 30% a 40% a mais das unidades motoras com a corrente russa que nos exercícios comuns e os tratamentos convencionais. Pois com a estimulação elétrica ocorre a modulação do nervo motor alfa e não despolarização do neurônio (como no movimento ativo) tendo assim características [26] de despolarização artificial tornando possível ativar todas as unidades motoras simultaneamente.   - Aumento da força muscular a curto prazo

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- Melhor qualidade da estabilidade articular durante a fase de imobilização

PARÂMETROS DE UTILIZAÇÃO  a) Determinar, em alguns casos, que tipo de músculo será tratado (tônico ou fásico) b) Exigir o máximo em todas fases do tratamento (trabalhar com doses no limite do suportável e afascicular duração odamúsculo, sessão deve de acordo com a condição do paciente (não pode produzir não pode e nãoserpode haver sensação de fadiga). Snyder-Mackler e col. (1994)dor, relatam que deve-se encorajar o paciente a utilizar a mais alta intensidade tolerável, pois existe uma relação linear entre a força ganha e a intensidade da contração estimulada. c) Observar que o tipo de corrente dever ser o mais agradável possível d) Observar que o músculo que se vai trabalhar deve estar normal, e o nervo motor intacto e) Deve-se tomar cuidado com a amplitude articular nas contrações isotônicas nos casos de bloqueio articular (pode haver lesão tendinosa) f) Certificar-se que não há lesão em músculos, tendão, ligamento e fáscia (podem exacerbar) g) Evitar fadiga (por alterações bioquímicas (glicogênio) ou o risco de estímulo em somente um tipo de fibra muscular (fásica ou tônica) sobrecarregando-a) h) Evitar modificações não desejadas na composição da fibra muscular (nas freqüências inadequadas para a característica da fibra muscular pode haver modificação na fibra nervosa e consequentemente na fibra muscular) 

MODIFICAÇÃO NA COMPOSIÇÃO DA FIBRA MUSCULAR  Plasticidade do Tecido Conjuntivo Muscular   Estímulosa agir elétricos ostônicas, motoneurônios mudaram características algumas fibras fásicas que passaram comosobre fibras ou vice-versa, ou as seja, interferindo de sobre os motoneurônios podemos interferir sobre as fibras musculares. Em geral a transformação de fibras musculares fásicas em tônicas transcorre com maior facilidade do que o caminho inverso. [26, 33]  A partir daí existiu uma facilidade da “transformação” de fibras fásicas em tônicas através de mudanças em seus potenciais. Esta plasticidade está ligada à frequência de estimulação e é uma propriedade que é inerente das células musculares[26]. “Esta mudança nas características bioquímicas-fisiológicas das fibras musculares pode ocorrer também através da atividade muscular intensa (treinamento) e talvez da inatividade, pois a estrutura da fibra muscular se adapta para função como o músculo é funcionalmente usado”  [27,33, 86]. A resposta de contração espasmódica. O uma unidade motora a umcontração, único potencial de ação é chamada músculo responde comisolada uma breve e em seguida retorna ao seu estado de repouso. Se mais de um impulso fornecido dentro de um intervalo mais breve que o tempo do ciclo de contraçãorelaxamento da unidade motora, o músculo não retornará ao seu estado de repouso, e neste caso diz-se que as forças geradas por cada impulso estão em somatório  ou se  fundem. Sob uma frequência de estimulação suficientemente elevada, é produzida uma contração fusionada, tetânica, ou contínua, pois as flutuações das forças de cada impulso são, sob um ponto de vista prático, indiferenciáveis[12, 27]. Para quase todos os músculos esqueléticos se necessita uma frequência mínima de 7 Hz para provocar uma contração tetânica. Frequências inferiores provocam contrações simples (espsmódica)[74].

As contrações tetânicas mais agradáveis são obtidas com uma frequência entre 40 e 80 Hz. [27].

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Tem-se constatado que a composição das fibras musculares se modifica ao ser exposta a um período prolongado de excitação produzida por correntes elétricas. Esta modificação pode depender principalmente da freqüência com que se despolariza o nervo motor por meio de corrente elétrica[26, 33]. Na maioria dos casos, se reduz a velocidade de contração das células musculares. Com esta modificação a fibra muscular adquire a função ou a característica de fibra tônica, ou seja, torna-se mais vermelha e a capilarização aumenta. Mas nem sempre esta mudança é desejada, principalmente necessita-se de função do músculo. A modificação é reversível desde que,sepassemos aquando trabalhar estes músculos comdinâmica funções mais dinâmicas, pois a estrutura da fibra muscular adapta à função conforme o músculo é utilizado funcionalmente. Com isso chega-se à conclusão que a frequência de despolarização da fibra muscular é o fator determinante para as propriedades características da fibra muscular[26]. A denervação do músculo também produz alterações nas propriedades características da fibra muscular. Em experimentos com fibras musculares denervadas, a mudança para fibras brancas é mais óbvia que com fibras musculares inervadas. Pode-se concluir à partir da literatura disponível que a plasticidade está ligada à freqüência de estimulação e que a plasticidade é uma propriedade que é inerente das células musculares. Nem mesmo parece ser necessário evocar um potencial de ação na célula muscular. A transformação das fibras musculares também ocorrem com estimulação subliminar. Isto mostra também uma dependência similar à freqüência[26]  Segundo Hoogland (1988), em linhas gerais podemos dizer que: - Para trabalharmos um músculo com função postural ou para que este músculo tenha um trabalho mais estético (músculatura estática - fibras tônicas), é necessário usar uma freqüência mais baixa, na ordem de 20 Hz a 30 Hz, isto garante o avermelhamento das fibras em questão; - Se desejarmos que este músculo tenha ou realize uma função mais dinâmica (fibras pálidas) é necessário que seja usado uma freqüência mais alta, na ordem de 50 Hz a 150 Hz, isto garante que as fibras musculares tornem-se brancas. - A conservação da mudança na estrutura da fibra muscular é principalmente determinada pelo uso funcional do músculo. Se esta função não se adequar à estrutura da fibra muscular, então esta fibra irá se adaptar rapidamente. Isto se aplica particularmente para as fibras musculares brancas "fásicas"[26]  Segundo Hoogland (1988), a utilização da corrente russa na plasticidade muscular permite: - Fortalecimento do músculo sem que produza modificação na composição da fibra muscular, utilizando-se frequência portadora entre 2000 e 3000Hz; - Fortalecimento do músculo com o objetivo de modificar a composição da fibra muscular, utilizando-se uma frequência portadora em torno de 4000 Hz, e frequências moduladas de aproximadamente 20 Hz para transformar em tônicas, e 100 Hz para transformar em fásicas; - Excitação subliminar prolongada para modificar a composição da fibra muscular, sem fortalecimento do músculo. OBS.: Há uma aumento de torque à medida que a frequência aumenta, porém , a partir de 100 Hz não existe mais essa correspondência. Conclui-se então que as melhores frequências de estimulação situam-se entre 20 Hz e 100 Hz.[61]   Modificação na Composição Muscular - Frequência baixa - 20 Hz a 30 Hz - boa estimulação para transformação de fibras fásicas em [26, 27] tônicas . Scott (1998) e Spring e col. (1995) mencionam estimulação a 10 Hz. - Freqüência alta - 150 Hz - boa estimulação para transformação de fibras tônicas em [26, fásicas 27] 

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Salgado (1999) faz menção a alguns autores relatando que com o avanço dos conhecimentos sobre a fisiologia da contração muscular induzida por eletroestimulação e com a modernidade dos aparelhos, também podemos, recrutar seletivamente as fibras musculares. Assim, com uma frequência inferior a 20 Hz, o trabalho é mais direcionado para a endurance muscular (fibras do tipo I - lentas), diminuindo de maneira significativa a fadiga muscular. Com uma frequência superior a 20 Hz, produzimos uma contração tetânica. A estimulação de baixa frequência, a 10 Hz, promove uma aumeanto da capacidade aeróbica oxidatva das fibras do tipo I (majoritárias nos músculos extensores), levando a um aumento de vascularização. S o nosso objetivo for trabalhar as fibras rápidas, necessitameos apenas aumentar a frequência de estimulação para valores compreendidos entre 35 e 70 Hz.. O esquema a seguir mostra que dependendo da freqüência adotada na estimulação, as fibras fásicas podiam adotar comportamento e características de fibras tônicas, e isto poderia ser mantida se se mantivesse a estimulação e a função do músculo.

Fonte: Scott (1998)

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A existência de uma interação neural entre os membro, é uma ponto do qual não se duvida. A maior prova disso foi obtida quando fizeram a denervação do músculo sóleo (músculo lento) de coelhos e fizeram a reinervação cruzada com o músculo gastrocnêmio (músculo rápido), o que levou à troca das propriedades do sóleo, que passou a ter características de músculo rápido. Inesperadamente, o músculo sóleo da perna contralateral (na qual não fizeram qualquer tipo de alteração) também, mas de maneira menos significativa, exibiu o mesmo tipo de mudanças. A explicação para estes ganhos de força e estas alterações, é que elas só foram possíveis devido à influência dos fatores neurais[116].

INDICAÇÕES  1) Estimulação e/ou fortalecimento em condições patológicas, tais como: a) Onde a contração muscular voluntária é inibida por alguma lesão b) Onde a ação muscular não ocorre sob controle voluntário sem prática (assoalho pélvico na incontinência urinária, hálux valgo, pé plano, etc) c) Onde deve-se aprender uma nova função muscular (transplante de músculo ou "nervo") d) Onde é necessário mostrar que a contração pode ocorrer normalmente ("fingimento") e) Estabilização de articulações (luxações) f) Pós operatório (meniscectomia, fraturas, ruturas ligamentares) g) Em situações onde se deseja aumentar ou manter a força muscular

h) Incontinência (fortalecimento dos músculos do esfincter externo) i) Recuperar a sensação da contração nos casos de perda de sinestesia  j) Recuperar a sensação da tensão muscular (tônus) 2) Fortalecimento no esporte de alto nível, tais como: a) aumentar a capacidade de “sprint” b) aumentar a capacidade de salto c) aumentar a capacidade de resistência 3) Modificação do tecido muscular (de acordo como frequência que se vai utilizar) OBS.: Utilizando a estimulação elétrica, o fortalecimento muscular acontece artificialmente. A força obtida deste modo não é funcional e será perdida logo se a musculatura não for usada. Assim, o fortalecimento de músculos com corrente elétrica deve ser combinado com treinamento da função [27]

específica do músculo.

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4) Estética (evitar flacidez em abdômen, glúteos e membros inferiores; tonifica e fortalece musculos no pos-parto, posemagrecimento, etc)

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CONTRA-INDICAÇÕES  - Lesões musculares, tendinosas e ligamentares (absoluta) - Inflamações articulares em fase aguda - Fraturas não consolidadas - Espasticidade (exceto para a técnica de inibição funcional) - Miopatias que impeçam a contração muscular fisiológica (denervação, etc)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 2- Arthur C. Guyton, MD - FISIOLOGIA HUMANA - Ed Guanabara - 1996 12- Scott, O. -  ATIVAÇÃO DOS NERVOS MOTORES E SENSITIVOS   (em ELETROTERAPIA DE CLAYTON   - Kitchen, S. e Bazin, S.) - 10ª Edição - Ed. Manole - 1ª Edição brasileira - São Paulo – 1998 - pp. 69; 73-74; 113-117 14- Delamare, A. - Revista LES NOUVELLES Esthétiques  - Ano VIII - nº 42 - Maio / Junho de 1998 - Rio de Janeiro - Brasil 26- Hoogland, R. - STRENGTHENING AND STRETCHING OF MUSCLES USING ELECTRICAL CURRENT   - B.V. ENRAF NONIUS DELFT - Holanda - 1988 27- Adel, R.V.; Luykx, R. H. J. -  ELECTROTERAPIA DE FRECUENCIA BAJA Y MEDIA -  ENRAF NONIUS DELFT - 1990 William D. McArdle, I. Katch, Victor L. Katch - FISIOLOGIA DO ESFORÇO - Energia, Nutrição e Desempenho  Humano33- Ed. Guanabara KooganFrank  - 3ª Ed. - Rio dee Janeiro - 1992 61- Longo, G. J. - KLD Biosistemas Eq. Eletr.- ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA PARA FORTALECIMENTO E ALONGAMENTO  MUSCULAR - Amparo-SP - 1999 62 - Janda, V -  MUSKELFUNCTIONSDIAGNOSTIK, MUSKELTEST UNTERSUXHUNG VERKÜRZTER MUSKEIN, UNTERSUCHUNG HYPERMOBILITÄT  - VERLAG ACCO- BELGICA – 1979 63- Johnson, M.A., et al -  DATA ON DISTRIBUTION OF FIBRE TYPES IN THIRTY-SIX HUMAN MUSCLES. NA AUTOPSY STUDY . Journal of the neurological science, 18, 1973, pp. 111-129. 64- Kuo, K. H. M. e H.P. Clamann - COACTIVATION OF SYNERGISTIC MUSCLES OF DIFFERENT FIBER TYPES IN FAST AND SLOW CONTRACTIONS - American Journal of Physical Medicine, vol 60, n° 5 1981, pp. 219-238 74- Robinson, A. J. & Snyder-Mackler, L. - ELETROFISIOLOGIA CLÍNICA - Eletroterapia e teste eletrofisiológico  - Ed. Artmed - 2ª Ed. - Porto Alegre - 2001- pp. 68; 105-108;115;126;137;147 83- Santos, Ângela - FISIOTERAPIA ESTÁTICA - Novartis Biociências S.A. - São Paulo - 1998 84- Judge, M.D. et al. - PRINCIPLES OF MEAT SCIENCE  - 2ª Ed. - Dubuque, Kendall/Hunt Publishing Company, 1989. - p. 351 85- Smith, L. K., Weiss, E. L., Lehmkuhl, L. D. - CINESIOLOGIA CLÍNICA DE BRUNNSTROM  - 5ª Ed. - Ed. Manole - 1997 p. 103 86- Enoka, R. M. - BASES NEUROMECÂNICAS DA CINESIOLOGIA - Ed. Manole - 2ª Ed. - 2000 - pp. 149-152 87- Junqueira, L. C. & Carneiro, J. – HISTOLOGIA BÁSICA – Ed. Guanabara Koogan – 9ª Ed. – 1999 – pp. 169-170 88- Weineck, J. - BIOLOGIA DO ESPORTE - Ed. Manole - 1991 - pp. 42-45 89- Andrews, R., Harrelson, G. L. & Wilk, K. E. -  REABILITAÇÃO FÍSICA DAS LESÕES DESPORTIVAS   - 2ª Ed. - Ed. Guanabara Koogan - 2000 - pp. 61-95

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HISTÓRICO  Em 1925 utilizou-se folhas douradas carregadas de eletricidade para prevenir cicatrizes de varíola.  Em 1977 comprovou-se um auxílio na aceleração de consolidação óssea com uso de microcorrentes[12].  Em 1982 Cheng e col.[36]  iniciaram um trabalho que elucidaria o mecanismo de ação das microcorrentes, onde demonstrou o aumento da concentração de ATP, aumento da síntese de proteína, aceleração do transporte através da membrana celular e outros efeitos a nível intracelular. [12] Em(yorkshire) 1983 demonstrou-se a biosíntese de colágeno laboratório com o uso das microcorrentes  . dérmico e epidérmico em porquinhos de Em 1993 pesquisadores mostraram efeitos das microcorrentes na terapêutica antitumoral, que podem ser potencializados quando associados com a terapia de interleucina-2 e bleomincina[12]. Em 1994 mostrou-se resultado efetivo na redução de massa tumoral em lesões cutâneas de melanoma humano, e provável diminuição metástica.

DEFINIÇÃO Trata-se de um tipo de eletroestimulação que utiliza correntes com parâmetros de intensidade na faixa dos microamperes e são de baixa frequência, podendo apresentar correntes contínuas ou alternadas. Também chamada de MENS (Micro Electro Neuro Stimulation). Segundo Robinson e Snyder-Mackler (2001) o modo normal de aplicação dos aparelhos de microcorrentes ocorre em níveis que não se consegue ativar as fibras nervosas sensoriais subcutâneas e, como resultado, os pacientes não têm nenhuma percepção da sensação de formigamento tão comumente associada com procedimentos eletroterapêuticos (estimulação subliminar).  Já Starkey (2001), relata que esta forma de estimulação elétrica tende a ser aplicada em nível sub-sensorial ou sensorial muito baixo, com uma corrente que opera a menos que 1000 microamperes. Craft (1998) afirma que a microcorrente trabalha com a menor quantidade de corrente elétrica mensurável, e que isso é compatível com o campo electromagnético do corpo. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS Robinson e Snyder-Mackler (2001) afirmam que não foi desenvolvido nenhum padrão industrial para o qual os tipos de correntes são produzidas por aparelhos frabricados nessa classe. Starkey (2001), relata que os etimuladores com microcorrentes podem liberar correntes contínuas, alternadas, em pulsadas ou não (em uma ampla variedade de formas de onda). Atualmente no mercado podemos encontrar alguns tipos de microcorrentes que podem ter como forma de onda os exemplos abaixo: a) Formas de ondas individuais com características de pulso monofásicos retangulares, que revertem periodicamente a polaridade[74]

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  2,5 s

2,5 s

b) Algumas formas de microcorentes trazem um formato de pulso com uma rampa de amplitude automática para a série de pulsos distribuídos[74, 80] 

c) Outras formas de microcorentes trazem um formato de pulso retangular distribuídos de forma monofásica

d) E algumas formas trazem uma corrente contínua em forma de trens de pulso, com intervalos entre eles.

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e) Alguns aparelhos trazem corrente alternadas com pulsos bifásicos simétricos retangulares ou bifásicos assimétricos

Os controles de intensidade normalmente permitem um ajuste de amplitude em torno de 10 a 1000 microamperes. Os controles de frequência geralmente permitem ajustá-la de 0,5 Hz a 900 Hz (ou [74]

em atéA1000 Hz de) pulso de microcorrente é maior que outros tipos de eletroestimulação, como por duração exemplo o TENS. Um pulso de microcorrente típico é de aproximadamente 0,5 segundo, que é cerca de 2500 vezes maior que um pulso típico de TENS. E estes aparelhos liberam no corpo uma corrente elétrica com amperagem de cerca de 1/1.000 do TENS[73, 105].. Wing (1989) menciona que a duração de pulso da microcorrente é sempre igual ao intervalo entre os pulsos, independente da frequência. O plano de atuação das microcorrentes é profundo, podendo atingir um nível muscular, e apresenta-se com imediata atuação no plano cutâneo e subcutâneo. Em comparação com o TENS, a terapia das microcorrentes além de diminuir ou eliminar a dor acelera o processo curativo As microcorrentes têm características subsensoriais não causando desconforto ao paciente[37] Levando em conta as diversas considerações clínicas, uma efetividade máxima em aparelhos de microcorrente deveria provavelmente incluir estimulação monofásica com catodo e anodo, com trens de pulso com ondas que trocam de polaridades de dois a quatro segundos para permitir que ambas as polaridades possam ser aproveitadas e permitir que as células selecionem a polaridade desejada[80]  Obs.: 1 miliamper = 1000 microamperes

EFEITOS FISIOLÓGICOS  a) Restabelecimento da bioeletricidade tecidual  Pesquisas mostraram que um trauma afetaria o potencial elétrico das células do tecido lesado. Inicialmente o local atingido teria uma resistência maior do que os tecidos próximos da lesão. Isto é, porque quando uma lesão acontece, uma carga positiva forma-se na área lesionada e joga para cima a diferença de voltagem potencial, servindo como uma bateria bioelétrica que espera ser ligada. Como as membranas ficam menos permeáveis ao fluxo de íons (especificamente potássio e outros íons positivos), e mais isolada eletricamente, o fluxo intrínseco de bioeletricidade é forçado a levar o caminho de menor resistência. Portanto a bioleletricidade evita áreas de alta resistência e vai em direção ao caminho mais fácil, geralmente evitando a lesão pela circulação sangüínea ao redor dela, isto em diminuição da condutância elétrica na área da ferida.gera O decréscimo do efluxo elétrico na árearesulta lesionada diminui a capacitância celular, e como resultado, a inflamação a cura é assim [12, 35, 73, 80] diminuída.  

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Pesquisadores relatam que, através do dano tecidual ou através de atividade normal do músculo, um acúmulo de cargas, devido a elétrons em excesso, pode ser gerado. O acúmulo de cargas pode constringir arteríolas, ativando assim a corrente bioelétrica. Porém as vênulas (no final de capilares) não constringem num campo elétrico. Então íons e células carregadas (neutrófilos, por exemplo) podem migrar através das veias e através de poros vazados das vênulas pós capilares para o local da lesão. Devido a lesão relatar mudanças na polaridade do potencial elétrico (que altera as propriedades de isolação elétrica da membrana capilar), o vaso capilar fica menos permeável ao fluxo de células carregadas e íons necessários para a cura[79, 80]. A correta aplicação das microcorrentes em um local lesionado pode aumentar o fluxo de corrente endógena. Isto permite à área traumatizada a recuperar sua capacitância. A resistência deste tecido lesionado é então reduzida permitindo a bioeletricidade entrar para a área para restabelecer a homeostase. Portanto a terapia das microcorrentes elétricas pode ser vista como um catalizador útil na iniciação e perpetuação das numerosas reações elétricas e químicas que ocorrem no processo de cura. [12, 35, 73]   Alguns autores afirmam que após uma lesão no corpo e rompimento de sua atividade elétrica normal, a terapia por microcorrente pode produzir sinais elétricos semelhantes aos que acontecem no corpo humano quando este estiver recuperando tecidos lesionados.   Wing (1989) menciona que mensurações realizadas em cotos de amputação da ponta do dedo de uma criança encontraram microcorrentes com intensidade em torno de 10 a 30 µA. Becker (1985) afirma que o corpo humano é polarizado positivamente ao longo do eixo espinhal central e negativamente perifericamente. A voltagem normal conferida foi de 10 µA, porém quando uma fratura ocorre a voltagem é diminuída para zero. Cinco dias depois a voltagem está apontando ligeiramente para o normal, e antes do décimo dia a voltagem conferida é quase normal. No 15° dia a voltagem já é normal. Os equipamentos de microcorrente especificamente são projetados para imitar e ampliar os sinais bioelétricos minuciosos do corpo humano. Estes equipamentos trabalham ao nível celular criando um veículo de corrente elétrica para compensar a diminuição da corrente bioelétrica disponível para o tecido lesionado. Isto aumenta a habilidade do corpo para transportar nutrientes e resíduos metabólicos das celas na área [35, 36, 77, 78, 80]

afetada b) Síntese de ATP (Adenosina Tri Fosfato) 90% do ATP total utilizado nos trabalhos celulares, é formado durante o metabolismo da glicose. Com a energia liberada pela oxidação subsequente dos átomos de hidrogênio que são liberados durante a glicólise. Enzimas presentes nas mitocôndrias clivam cada átomo de hidrogênio em um íon H+ e um elétron. Posteriormente utilizam os elétrons para combinar o oxigênio dissolvido dos líquidos, formando ions hidroxila. A seguir os íons hidrogênio e hidroxila se combinam para formar moléculas de água, esse mecanismo de formação de moléculas de ATP é chamado mecanismo quimiosmótico. Esse mecanismo se dá pela ionização do hidrogênio, pela formação de cadeia de transporte de elétrons

e pela removidos formação de Durante a primeiraOs etapa ocorreque a ionização dos átomos de hidrogênio que foram doságua. substratos alimentares. elétrons são removidos dos átomos de hidrogênio entram então na cadeia de transporte de elétrons. Durante o transporte desses elétrons ocorre a liberação de energia que é utilizada na síntese de ATP. Esse processo gera uma elevada concentração de ions positivos na membrana externa da mitocôndria e de ions negativos na membrana interna[2, 33]. A energia do transporte de elétrons é primariamente para bombear prótons para o exterior da mitocôndria, formando a carga positiva no exterior da membrana mitocondrial, isso forma um gradiente de prótons. Esse gradiente forma uma força próton motriz que leva a síntese de ATP. Isso ocorre porque a membrana interna é impermeável aos prótons, estes só podem retornar ao interior da mitotocôndria e desfazer o gradiente através de sítios específicos localizados na membrana interna, esses sítios são constituídos pelo complexo ATPase, e é esse complexo que une o ADP com ATP. Então podemos dizer que o processo de síntese de ATP esta intimamente ligado a um processo elétrico fisiológico. Esse processo é acelerado pela ação da microcorrente que aumenta a formação desse gradiente de prótons, fornecendo à membrana externa íons positivos, e íons negativos para a http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges

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membrana interna, aumentando assim a diferença elétrica entre as duas membranas aumentando assim a força próton motriz, força essa que leva à formação de ATP.[36, 72, 73]  Esta formação de ATP motivada pela estimulação elétrica com microcorrente ocorre basicamente desta forma: Durante a eletroestimulação, os elétrons reagem com as moléculas de água pelo lado catódico para produzir íons hidróxilos (-OH), enquanto que no lado anódico, prótons (H+) são formados. Assim, entre a interface anódica e catódica, um gradiente de prótons e um gradiente potencial e o meio é criado. Emdevem consequência disto, os prótons, sobreDesde a influência do campoatravessa elétrico eo atecido diferença de concentração, mover do anodo para catodo. que a razão de formação de prótons na interface anódica é igual à razão de consumo de prótons na interface catódica, o pH do sistema (meio e tecido) permanece sem interferência. Quando a migração de prótons alcança a membrana mitocondrial H+-ATPase, os ATP serão formados. A oxidação dos substratos, que é acompanhada pela migração dos prótons através das membranas, pode igualmente ser estimulada eletricamente pela corrente induzida de prótons, ativando um processo de feedback.[36, 73, 80]  Estudos realizados por Cheng e col. (1982), mostraram que o uso de microcorrentes a 500 A aumentou a produção de ATP, que aumentou o transporte de aminoácidos, e estes dois fatores contribuiram para um aumento da síntese de proteína. A adenosina (ATP) é umsão fator essencialpara no processo cura. Grande quantidade de ATP, a principal fontetrifosfato de energia celular, requeridas controlardefunções primárias como o movimento dos minerais vitais, como sódio, potássio, magnésio e cálcio, para dentro e para fora das células. Isto também sustenta o movimento dos resíduos para fora da célula. Tecidos lesionados tem resistência elétrica mais alta e também são pobres em ATP. Como mencionado anteriormente, quando um músculo ou tecido experimenta um trauma, a passagem da corrente biolétrica é obstruída, resultando em impedância elétrica. A impedância elétrica causa uma redução no suprimento sanguíneo, oxigênio, e nutrientes para o tecido, conduzindo a espasmos teciduais. A circulação diminuída causa uma acúmulo de resíduos metabólicos, resultando em hipóxia local, isquemia, e metabólitos nocivos que levam à dor. Quando isto ocorrer, é sinal que a produção de ATP está reduzida. Os impulsos elétricos do corpo precisam de uma corrente necessária para superar a barreira de impedância inerente ao tecido traumatizado. Isto também, resulta em um obstáculo da própria habilidade do corpo para começar o processo curativo até o tecido se recuperar substancialmente do trauma. [35, 36, 73, 78]  Criação de um gradiente de prótons através da microcorrente

a microcorrente reabastece o ATP,metabólicos os nutrientespodem podemfluir novamente dentro célulasComo lesionadas e os resíduos dos produtos para forafluir daspara células. Istodasé primordial para o desenvolvimento da saúde dos tecidos. O ATP também abastece os tecidos de

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energia necessária para produzir novas proteínas e aumentar o transporte de íons através das membranas. Cheng e col. (1982), utilizaram aparelho de microcorrentes com corrente contínua para o aumento da produção de ATP. A microcorrente atuando diretamente no organismo de síntese de ATP, leva a um aumento do ATP celular local em até 500%.[35, 36] c) Transporte ativo de aminoácidos 

Segundo Guyton[2], as moléculas de praticamente todos os aminoácidos são demasiadamente grandes para sofrer difusão através dos poros das membranas celulares. Então o único meio de transporte significativo dessa substância para o interior da célula é através do transporte ativo. Este mecanismo de transporte ativo depende diretamente da energia liberada pelas moléculas de ATP, e o aumento de ATP disponível para a célula aumenta o transporte de aminoácidos e consequentemente aumenta a síntese de proteínas como foi verificado por Cheng (1982) (intensidade variando entre 100 e 500 microamperes).[36]  d) Síntese de proteínas  Foi constatado que correntes constantes de 100µA a 500µA aumentam o transporte ativo de aminoácidos e consequentemente a síntese de proteínas em 30% a 40%. Quando a corrente foi aumentada estes efeitos bioestimulatórios foram invertidos, e correntes que excederam 1000 µA (1 mA) reduziram o aminoacido isobutirico cerca de 20 % a 73 %, e a síntese de proteína diminuiu mais de 50%. O mais importante é que a microcorrente aumentou a geração de ATP em cerca de 500%. Porém, aumentando-se a corrente entre 1 mA a 5 mA diminuiu-se a produção de ATP, e a 5 mA, a produção de ATP coloca-se abaixo dos níveis de controle.[36, 73, 78, 80]  Cheng e col. (1982), através de pesquisas em vitro, relatam que as intensidades acima de 1000µA inibem a respiração celular.

O produção de ATP aumentada também provê a energia que tecidos exigem formar novas proteínas, para aumentar a síntese de proteína, e aumentar o transporte de íons. Juntos, estes processos são elementos iniciais para o desenvolvimento de tecidos saudáveis[35]. e) Aumenta o transporte de membranas  Em virtude do aumento da produção de ATP ocorre a intensificação do transporte ativo através da membrana[36]   f) Ação no sistema linfático

Uma pequena quantidade das proteínas plasmáticas vaza continuamente, através dos poros capilares para o líquido intersticial. Se não forem devolvidas ao sangue circulante, a pressão coloidosmótica do plasma cairá a volumes demasiadamente baixos, o que faria com que perdesse grande parte de seu volume sanguíneo para os espaços intersticiais. Uma importante função do sistema linfático é a de devolver as  proteínas plasmáticas do líquido intersticial de volta à circulação do sangue. Ocasionalmente, ocorrem anormalidades no mecanismo das trocas líquidas nos capilares que resultam em edema, que significa passagem excessiva de líquido para fora do plasma e para o líquido intersticial, com a consequente tumefação dos tecidos. E entre as várias causas está o bloqueio do sistema que impededaso retorno proteína, que no interstício, para oenquanto plasma, oque quea permite linfático, que a concentração proteínasdaplasmáticas caiafica a volume muito baixo,

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concentração de proteína no líquido intersticial aumenta muito; duas causas que, isoladas ou em conjunto, produzem a transudação excessiva de líquido para os tecidos[2, 13, 99]. A microcorrente aumenta a mobilização de proteína para o sistema linfático. Quando são aplicadas microcorrentes em tecidos traumatizados, proteínas carregadas são postas em movimento, e a migração para o interior dos tubos linfáticos torna-se acelerada. A pressão osmótica dos canais linfáticos é então aumentada, acelerando a absorção de fluido do espaço intersticial[73].

OBS.: Embora possa parecer que uma microcorrente com corrente contínua produziria melhor os efeitos descritos acima, muitos protocolos de terapia com microcorrentes utilizam corrente alternada (interrompida em pulsos ou não) [111].

EFEITOS TERAPÊUTICOS 1) Analgesia Como resposta à utilização das microcorrentes e em consequência do restabelecimento da bioeletricidade tecidual, o SNC transmite uma mensagem de diminuição do quadro álgico, diminuição esta que é gradativa e cumulativa.[37]  2) Aceleração do processo de reparação tecidual Pesquisas mostraram que o intracrescimento dos fibroblastos e o alinhamento das fibras de colágeno foram incrementados com a estimulação de microcorrentes (corrente contínua - 20 e 100 microamperes). E a resposta máxima dos fibroblastos foi observada nas proximidades do catodo.[12]  Pesquisas também mostraram que a corrente direta (polo negativo) retarda o crescimento das bactérias, onde com a associação dos mecanismos de defesa normais aumentou a destruição dos microrganismos infecciosos.[12]  Andrews e col (2000), relatam que o efeito bactericida das microcorrentes, com corrente contínua, ocorre no polo negativo, e no polo positivo ocorre uma exarcebação da reepitelização induzida.[89]  A excitação elétrica de uma ferida aumenta a concentração de receptores de fator de crescimento que aumenta a formação de colágeno[35, 74]. Microcorrentes parecem aumentar a multiplicação de células em tecido conjuntivo, e aumenta a velocidade de formação de colágeno novo em feridas de tendão[74, 76].  O colágeno, a proteína mais comum no reino animal, pode se comportar como um semicondutor. Um semicondutor é um material que oferece baixa resistência para pequenas correntes, enquanto permite a pronta transmissão delas. Inversamente, um semicondutor opõe transmissão a grandes correntes com resistência muito alta. Semicondutores normalmente são cristais, e o colágeno em muitas estruturas tem propriedades cristalinas. Colágeno debaixo de tensão gerará potenciais elétricos pequenos do mesmo modo que ocorre no osso ( efeito piezoelétrico ). Como um meio semicondutor, o colágeno poderia ser a rede que leva correntes pequenas por toda parte do corpo[76]. A reversão de polaridade na aplicação de microcorrente parece reiniciar os processos de reparo de ferida. Coagulação sanguínea e trombose ocorrem em baixo do ânodo mas não em baixo do cátodo. Quando a polaridade é invertida, o cátodo é capaz de fazer com que a formação do coágulo em baixo do ânodo fique mais solúvel. [73]  Um médico da equipe olímpica do Canadá utilizou microcorrentes, com eletrodos implantados, com intensidade em torno de 10-20 µA em rupturas de tendões e ligamentos. A corrente acelerou a recuperação dos atletas feridos, encurtando o período normal de recuperação de 18 para apenas 6 meses[80].

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3) Reparação de fraturas / aumento da osteogênese   Eletrodos de aço com 5 a 20 microamperes produziram melhor crescimento ósseo[75] 

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4) Antiinflamatório[74, 76]  5) Bactericida processo de cicatrização o poloa negativo de uma diretainverte-se deve ser colocado sobredoa feridaNum por sua ação bactericida. Quando ferida deixar de corrente ser infectada a polaridade [12] eletrodo sobre a mesma, para que o polo positivo possa fazer a promoção do reparo.   Feridas contaminadas com Pseudomonas e/ou Proteus apareceram estéreis após vários dias de eletroestimulação[74]. Embora a maioria dos estudos mencionam que usa-se polo negativo para inibir crescimento bacteriano e polo positivo para promover a cura, estudos recentes mencionam o uso de correntes que alternam entre o positivo e o negativo (correntes unipolares). Pesquisadores, após estudo em animais, apoiam esta técnica, sugerindo que ela é melhor para a cura de feridas[74]. 6) Autores afirmam que espasmode muscular trauma, deficiência fluxo sanguíneo resultando em hipóxia local, acumulação metabólitospós nocivos, e dor, conduzemdeà redução da síntese de ATP. A utilização de microcorrentes ao restabelecer a síntese de ATP, pode devolver a cura nestes casos.[36, 73, 78]  7) Edema / inchação[73, 74, 76] Com a ação da microcorrente no sistema linfático, aumentando a absorção do líquido intersticial, podem ocorrer respostas positivas na resolução de edemas. 8) Relaxamento muscular[74, 76]  9) Melhora de fadiga muscular pós exercícios utilizando a microcorrente em cima dos músculos durante vinte minutos após os exercícios[74]. OBS.:  Não há nenhuma dúvida de que a cura de certos tipos de danos está significativamente acelerada por aplicação apropriada de microcorrente, e muito disto está associado com o aumento da produção de ATP (energia) e síntese de proteínas dentro das células[76].

TÉCNICA DE APLICAÇÃO - Um grande erro é utilizar os aparelhos de microcorrentes do mesmo modo que se utiliza os aparelhos de TENS. Por exemplo, o TENS pode ser aplicado sobre o outro lado da coluna num tratamento de uma dor nas costas. Isto não funciona com a tecnologia das microcorrentes, que deve ser aplicada preferencialmente sobre o local da dor[35].  - Segundo Kirsch e Lerner (1987) freqüências de 80 ou 100 Hz às vezes produzem resultados mais rápidos ao tratar problemas articulares inflamatórios (por exemplo, artrites, bursites, tendinites, etc.), mas estas freqüências não contribuem para resultados a longo prazo, assim o tratamento deve sempre ser completado usando uma baixa freqüência. Deve-se fixar o nível de intensidade à posição confortável mais alta, que normalmente é cerca de 500 - 600 microamperes para eletrodos tipo sondas, embora às vezes menos para os elétrodo de prata. Eletrodos de borracha de silicone (com carbono) têm uma resistência de cerca de 200 ohms, enquanto elétrodos de prata têm uma resistência de cerca de 20 ohms. Os elétrodos de prata trabalham mais efetivamente com microcorrentes. - Ossejam efeitos das microcorrentes são finais cumulativos, deveminiciais ser tomadas muitas doses para que alcançados os resultados de cura,normalmente embora resultados possam ser vistos [35] durante ou após as primeiras sessões .

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- As microcorrentes pode ser utilizadas basicamente de 2 formas: a) Utilizando eletrodos convencionais (borracha de silicone, auto-adesivo, etc)

b) Utilizando eletrodos tipo sonda (bastonetes, cotonetes, etc)

Segundo Miedes (1999), os movimentos com os eletrodos tipo sonda poderiam ser classificados desta forma: - Manobras suaves, lentas e com pouca pressão (estimulação sanguínea) - Manobras com pressão suave e ligeiramente mais rápidas (que a anterior), seguindo o sentido da drenagem linfática (antiedematoso e drenagem linfática) - Movimentos de vai-e-vem, afastando sem pressão e aproximando com uma pressão média, como se pretendesse "beliscar" a pele (estimulação sanguínea e fibroblástica, melhora a síntese de fibras de colágeno e elastina) Para Soriano et al. (2000), o uso dos eletrodos tipo sonda podem promover os seguintes efeitos: - Drenagem línfatica – movimentando os eletrodos no trajeto das correntes linfáticas - Estimulação da epiderme e circulação sanguínea – movimentos de vai-e-vem realizando “besliscões” na pele promovendo hiperemia - Estimulante muscular – movimentos de encurtamento muscular (região facial inferior); e movimentos de estiramento muscular (região frontal e periorbicular

 

Obs.: eletrodos tipo sonda podem ser posicionados na área redor tecidos-alvo de uma maneira emOs "X". Por exemplo, o primeiro pulso de tratamento podeaoter umados sonda posicionada no quadrante superior esquerdo e a sonda oposta, no quadrante inferior direito, em relação ao local da lesão. No próximo pulso, as sondas seriam colocadas nos quadrantes superior direito e inferior esquerdo. O tratamento deve progredir dessa maneira, com as sondas sendo giradas ao redor dos tecidos-alvo, em direções e distâncias variáveis, incluindo as colocações medial-lateral e ânteroposterior[105]. Obs.: Alguns aparelhos oferecem outras opções de eletrodos como luvas, máscaras, pregadores auriculares, etc.  http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges

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INDICAÇÕES - Na estética a utilização da microcorrente deve-se basear nos seus efeitos fisiológicos e terapêuticos. As aplicações que mais se destacam são: a) Acne (antinflamatório, cicatrizante, bactericida, e antiedematoso) b) Involução cutânea (aumento do número de fibroblastos e realinhamento das fibras colágenas, a circulação linfática diminuindo edema) c) potencializa Pós operatório de cirurgia plástica (cicatrizante, antinflamatório, e antiedematoso) d) Estrias (rearranjo das fibras colágenas) e) "Cansaço" muscular facial (eliminação de metabólitos celulares, relaxamento muscular, restabelecimento da bioeletricidade tecidual) f) Celulite (antiedematoso) g) Pós peeling (cicatrizante, antinflamatório, restabelecimento da bioeletricidade tecidual) h) Iontoforese etc Craft (1998) afirma que a terapia de microcorrentes rejuvenesce tecidos sem deixar cicatrizes, e é a forma natural de curar mais rápida do mundo. As microcorrentes também podem ser utilizadas em outras indicações, tais como: - Cicatrizes - Rupturas miotendinosas - Tendinites, tenossinovites - Outros tipos de pós operatório imediato - Úlceras de decúbito - Sindromes dolorosas - Síndromes linfáticas - Recuperação de queimaduras - Recuperação de queimaduras

OBS.: Segundo Starkey (2001), podemos tomar como precaução as seguintes situações: - O uso de microcorrentes em pacientes desidratados pode causar náuseas, tontura e/ou dores de cabeça - O paciente pode se queixar de "choques" elétricos quando a microcorrente é aplicada em um tecido cicatricial. Isso representa o total de corrente necessária para superar a resistência elétrica da cicatriz. - Fraturas Segundo Wing (1989), até esta data, a melhor evidência de pesquisa a favor da estimulação com microcorrentes apoia a utilização do polo negativo (catodo) como sendo o mais efetivo para o reparo e regeneração de ossos e nervos, enquanto a estimulação com microamperes no polo positivo (anodo) aparece com mais efetividade na cura de lesões de pele. etc

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CONTRA-INDICAÇÕES - Alergia ou irritação à corrente elétrica - Sobre útero grávido Deve-se ter precaução porque a excitação elétrica pode afetar, teoricamente, os sistemas de controle endócrinos (ainda não há comprovação) [35, 73, 74,]. - Eixo cardíaco - Eixo de marca-passo [35, 73].

OBS.: Segundo Starkey (2001), podemos tomar como precaução as seguintes situações: - O uso de microcorrentes em pacientes desidratados pode causar náuseas, tontura e/ou dores de cabeça - O paciente pode se queixar de "choques" elétricos quando a microcorrente é aplicada em um tecido cicatricial. Isso representa o total de corrente necessária para superar a resistência elétrica da cicatriz.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:  2- Arthur C. Guyton, MD - FISIOLOGIA HUMANA - Ed Guanabara - 1996 12- Watson, T. - ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA PARA A CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS  (em ELETROTERAPIA DE CLAYTON  Kitchen, S. e Bazin, S.) - 10ª Edição - Ed. Manole - 1ª Edição brasileira - São Paulo – 1998 - pp. 312-336 13- Gardner, W. D. e Osburn, W. A. –  ANATOMIA DO CORPO HUMANO – São Paulo – Ed. Atheneu – 2ª Ed. – 7:381-384 – 1980 33- William D. McArdle, Frank I. Katch, e Victor L. Katch - FISIOLOGIA DO ESFORÇO - Energia, Nutrição e Desempenho  Humano - Ed. Guanabara Koogan  - 3ª Ed. - Rio de Janeiro - 1992 35-.Kirsch, D L. e Lerner, F. N. - ELETROMEDICINA: O OUTRO LADO DA FISIOLOGIA   - Guia Oficial da Academia Americana de controle da dor - 1987 36- Cheng N. - THE EFFECT OF ELETRIC CURRENT ON ATP GENERATION, PROTEIN SYNTHESIS, MEMBRANE TRANSPORT IN RAT SKIN  - 1982 37- Alcaíde, Alexandre R. - TERAPIA POR MICROCORRENTES ELÉTRICAS  - Jornal FisioBrasil - Nº 8 - Março - 1998 - RJ 72- Marzoco, A. -  BIOQUÍMICA BÁSICA – Ed. Guanabara – Rio de Janeiro - 1990 73- Kirsch, D. L. & Mercola, J. M. - THE BASIS FOR MICROCURRENT ELECTRICAL THERAPY IN CONVENTIONAL  MEDICAL PRACTICE - Journal of Advancement in Medicine - Volume 8, Number 2 - 1995 74- Robinson, A. J. & Snyder-Mackler, L. - ELETROFISIOLOGIA CLÍNICA - Eletroterapia e teste eletrofisiológico - Ed. Artmed - 2ª Ed. - Porto Alegre - 2001 - pp. 74 75- Brighton, C.T. - THE TREATMENT OF NON-UNIONS WITH ELECTRICITY - J Bone Joint Surg (Am) - 1981; 63:847-51 76- Morgareidge, K. R. & Chipman, R. D. -  MICROCURRENT THERAPY  - Physical Therapy Today/Spring-1990; 50-53 77- Craft, J. - MASSAGE YOUR HORSE WITH HEALTH, LOVE, AND JOY - Hawaii: Dr. Joy Craft, - 1998. 78- Becker, R. - THE BODY ELECTRIC  - NY: William Morrow and Co, Inc., - 1985. 79 - Stanish, W. - THE USE OF ELECTRICITY IN LIGAMENT AND TENDON REPAIR. - Physician Sports Med. - 1985 - 13: 108-116. 80- Wing, T. - MODERN LOW VOLTAGE MICROCURRENT STIMULATION : A comprehensive overview. - Chiropractic Economics - 1989 - 37: 265-271.

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INTRODUÇÃO "LIFTING" é uma palavra inglesa que significa "levantamento". Em dermoestética se utiliza para designar um tratamento que tem como finalidade produzir um levantamento da pele e estruturas adjacentes com o fim de prevenir rugas, flacidez e envelhecimento cutâneo. O Eletrolifting desenvolveu-se em 1952, que pela sutileza de sua corrente, proporcionou resultados que se imaginavam serem satisfatórios[3]. DEFINIÇÃO É uma técnica em que se utilizam microcorrentes variáveis de baixa frequência, com impulsos de muita baixa eduração intensidade, a finalidadecutâneo de produzir [1] superficiais preveniredesta forma o com envelhecimento . um levantamento dos estratos mais Também chamada de "Micrólise" ou "Galvanopuntura".

AÇÃO O objetivo mais amplo do uso do eletrolifting é suavizar, atenuar, eliminar alterações das linhas de expressão que se formam na face devido a contração dos músculos. Atua a nível celular restaurando a camada colágena e estimulando a produção de elastina, utilizando justamente a mesma arma que a pele, utiliza microcorrentes. A lesão das células do estrato espinhoso obriga o organismo a uma reação reparadora. As células abaixo do sulco da ruga são células atróficas, de tamanhos menores e de qualidade inferior à dos seus vizinhos. A ponta da agulha provocará a necrose de algumas destas células. Em resposta à lesão, haverá uma dilatação dos pequenos vasos da derme correspondente à região lesada, resultando num edema discreto. Logo em seguida, a taxa mitótica do estrato basal regional aumentará. As células recém-formadas preencherão o espaço das células lesadas cujos restos serão eliminados por fagocitose e o líquido excedente absorvido pela circulação linfática[2]. Guirro & Guirro (2002), relatam que ocorre um carreamento de partículas hidratadas para a região pericatódica (polo negativo). O eletrolifting, na verdade, ativa colágeno e elastina (proteínas albuminoides), fazendo uma compactação e reagregação das fibras para a dissimulação parcial ou total das linhas de expressão e suas variações. Esta técnica consiste no deslocamento da proteína da própria pele, através da corrente, para preenchimento dos sulcos que formam as rugas. Silva (1998), salienta que o termo albumina utilizado até pouco tempo, é incorreto, pois a albumina somente seria ativada com penetração intra-vascular, e caso isso fosse executado ocorreria sangramento, mais traumatismo na pele.

EFEITOS Segundo Winter (2001), por causa da necrose ínfima, ocorre uma necrose por liquefação que se limita a algumas células epidérmicas. Esta necrose é provocada pelas substâncias alcalinas que se formam no polo negativo pela ação do componente galvânico da microcorrente sobre os líquidos da substância fundamental. http://slidepdf.com/reader/full/apost-eletrotermofoto-fabio-borges

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Seus efeitos podem variar de caso a caso, com duração entre 3 semanas até 6 meses (devendo ser retocado). A durabilidade do tratamento está condicionada à execução completa mais manutenção [2, 3].

APARELHO Trata-se de um aparelho (próprio para eletrolifting) com a intensidade reduzida ao nível de microamperes. A técnica pode ser realizado com eletrodos em formas de agulhas[2, 3] ou transcutâneos[1]. Quando utiliza as agulhas como eletrodos, a técnica consiste numa eletrólise epitelial através de agulhas acopladas ao catodo de uma microcorrente galvânica. Trabalha-se com uma agulha fina, porém rígida. Ela deve ser pontiaguda para penetrar facilmente na pele (ao contrário da agulha para depilação definitiva, que deve ser flexível e com ponta arredondada). A agulha pode ser do tipo descartável ou esterelizável. Na aplicação porgaze meioembebidos de eletrodos na maioria emativos formatêm de bastões deslizantes. Utiliza-se algodão ou emtanscutâneos, cosméticos cujos produtos efeitos hidratantes, tensores, reafirmantes ou revitalizantes (iontoforéticos).

TÉCNICA DE APLICAÇÃO - O procedimento técnico consiste da estimulação das rugas e linhas de expressão de forma individual até que seja obtida uma hiperemia em todo o trajeto da ruga[118]. - Deve-se limpar a pele e passar um algodão embebido em álcool antes da introdução das agulhas - Deve-se encaixar a agulha no porta-agulha do aparelho, que é conectado ao polo negativo. - O polo positivo (passivo) encontra-se ligado a um bastão a ser segurado pela cliente. Ou podese acoplá-lo a um eletrodo de borracha de silicone e fixá-lo no ombro ou braço direito. - Segundo Guirro & Guirro (2002), a intensidade na técnica onde não há introdução da agulha ("deslizamento"} é de 300 microamperes. No caso de se optar pelo procedimento invasivo, a intensidade da corrente deve ser diminuida uma vez que é de conhecimento geral que a umidade do estrato córneo da pele varia intensamente em relação à idade e que este estrato apresenta alta resistência à passagem de corrente. - Silva (1997) orienta regular a amperagem na faixa de aproximadamente 180 até 200 microamperes. - Segundo Silva (1998), a dosagem a ser utilizada pode ser: a) 74 microamperes para peles sensíveis, eudérmicas e alipicas; b) 86 microamperes para peles mais resistentes, lipídicas e seborreicas. Segundo Guirro & Guirro (2002), os procedimentos técnicos para a execução do eletrolifting em rugas podem ser divididos em três grupos: - Deslizamento da agulha dentro do canal da ruga - Penetração da agulha em pontos adjacentes e no interior da ruga - Escarificação - método de deslizamento da agulha no canal da ruga, diferencia-se pela agulha ser posicionada a noventa graus, ocasionando uma lesão do tecido

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As três técnicas produzem resultados animadores, atenuando sobremaneira as rugas e linhas de expressão. Entretanto, as duas técnicas que desencadeiam um processo inflamatório (invasiva e de escarificação), proporcionam resultados mais rápidos. Procedimento de introdução da agulha: - Introduzir a agulha na pele da cliente - Com a agulha inserida na pele, levantá-la, produzindo suave deslocamento - Aguardar 3 ou 5 segundos, até que a pele comece a esbranquiçar - Abaixar a agulha deixando a pele em sua posição natural - Tirar a agulha 

A punturação deverá ser feita de maneira rápida e precisa, e a sensação tende a ser muito desagradável. Portanto, deve-se colocar a agulha com firmeza e precisão[3]. Após o levantamento, aguarde o tempo necessário para o tipo de ruga, abaixe a pele e retire da mesma forma, ou seja, com precisão e rapidez. O tempo para cada punturação deverá ser de 4 segundos. Esta regra persiste quanto maior for a idade cronológica, pois nos biotipos com boa hidratação, o tempo de cada punturação será de 3 segundos[3]. Winter (2001), orienta aguardar 3 ou 5 segundos, até que a pele comece a esbranquiçar. A agulha deve ser introduzida entre as camadas da epiderme (estrato espinhoso). Por não atingir a derme, não haverá sangramento. A agulha também não deve ser introduzida muito superficialmente, porque a lesão das células já totalmente corneificadas não terá o efeito desejado. Por outro lado, a agulha também não deve atingir a derme, porque o estrato basal não deve ser lesado.

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Após ter trabalhado a ruga em toda sua extensão num só lado, prosseguir da mesma maneira pelo seu outro lado, de forma que os canais feitos pela agulha formem um "X" que atravessa a pele por baixo da ruga. Cada penetração da agulha deverá ser feita com espaço de 05, cm a 1,0 cm, entre as punturações na pele. Deve-se inserir a agulha num ângulo de 45 graus em relação à superfície da pele. E a agulha deve atravessar a ruga por baixo, porém sem que sua ponta saia do outro lado da ruga. Não deve sangrar[3, 5].

45°

Pele

Poro O comprimento da agulha é de no máximo 4 mm, e é confeccionada de material inoxidável[3, 5]. O design da caneta, mais a agulha colocada, proporcionarão uma penetração máxima de 2 mm: a) Na região nasogeniana e na região frontal - 2,0 mm; b) Na região orbicular da pálbebra e região perioral - 1,0 mm c) Na região ao redor dos lábios - 1,0 mm. Ao final da punturação de uma linha, deve-se avaliar se todo o espaço entre as punturações e a linha como um todo está suavemente hiperêmico. Caso não esteja é necessário retoque. Mas se houver interrupção na linha hiperêmica, retoque onde a cor é natural. Guirro & Guirro (1996), relata que a estimulação química dos capilares da pele determina uma hiperemia ativa e o consequente aumento da circulação local, desta forma são intensificadas os processos metabólicos, a nutrição, a função e a regeneração do tecido subepidérmico. Embora as rugas também corespondam histologicamente a uma atrofia de pele, a lesão por agulhas nas regiões acometidas promovem uma sensação não muito agradável. Devido a este fato, [6]

alguns terapeutas proferem a técnica de delizamento, sem a penetração . OBS.: Segundo Guirro & e Guirro (2002): 1) A intensidade da corrente é dada pela sensibilidade do paciente, sendo diferente em regiões distintas. 2) Deve-se testar a corrente cada vaez que for mudar a região de estimulação, questionando a sensibilidade da cliente. 3) Caso o procedimento seja invasivo, não repetir o tratamento, antes que todo processo seja reabsorvido (em média duas vezes por semana, com intervalo de três ou quatro dias, dependendo da capacidade reacional da cliente) 4) Se o procedimento for de deslizamento, pode-se efetuar o tratamento quantas vezes a cliente desejar (duas ou mais vezes por semana)

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5) Indivíduos com a pele seca poderão relatar ausência de sensibildade à corrente nas primeiras aplicações, já que a resistência de sua pele à passagem de corrente está aumentada. 6) Um parâmetro para se observar a melhora do tecido, em resposta à estimulação elétrica, é o aumento gradual da sensibilidade à corrente com intensidades menores. Pode-se, ao final, aplicar compressas geladas de chá de camomila ou de água boricada sobre a [2]

região Por tratada . de uma técnica invasiva, há necessidade de se questionar a paciente quanto à sua ser tratar predisposição para o aparecimento de quelóides, assim como a diabetes, pois neste último caso a cliente apresentará uma disfunção das fibras colágenas dificultando a regeneração[4]. OBS.1: A agulha deve entrar nos folículos pilosos (poros) por serem aberturas naturais do tecido que proporcionam o deslizar da agulha. A abertura-invaginação natural apresenta a vantagem de não traumatizar a pele, ou causar qualquer tipo de sensação desagradável[3]. OBS.2: Quando se utiliza laserterapia após a aplicação do eletrolifting , com o objetivo de acelerar o processo, os resultados são praticamente nulos, devido a radiação LASER apresentar uma ação antinflamatória, interferindo assim nas reações fisiológicas desencadeadas pela corrente contínua[4].

- CUIDADOS COM AS AGULHAS * Se as agulhas não são do tipo descartável, elas devem ser cuidadosamente esterilizadas. * A esterilização pode ser feita, entre outras formas, de três maneiras: a) Imersão em solução esterilizante b) Por autoclave c) Por esterilizador a ar seco INDICAÇÃO - Acentuação do sulco naso-labial por flacidez da musculatura (deve-se adicionar eletroestimulação facial) - Atenuação de rugas de expressão entre as sobrancelhas e na testa por rigidez muscular (adicionar exercícios de relaxamento) - Atenuação de rugas de elastose (ao redor dos lábios) - Envelhecimento cutâneo - Tonificação cutânea

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- Estrias

A pele estriada apresenta modificações nas fibras colágenas, na substância fundamental amorfa e nos fibroblastos. A forma do fibroblasto também varia nas diferentes lesões, sendo a forma globular predominante na estria[6]. Guirro & Guirro (1996) relatam que os fibroblastos, células derivadas do mesênquima, possuem uma capacidade de replicação baixa que pode ser modificada em resposta a estímulos controlados. Os fibroblastos retêm a capacidade de se dividirem; assim como o tecido epitelial, o tecido conjuntivo tambémintensidade é capaz de mostrou-se se regenerar.eficiente Na estriapara esta célula está aquiescente, sendo que estímulo baixa aumentar sua replicação bemo como daselétrico fibras de e substâncias produzidas pela mesma. No tocante à neovascularização, os efeitos da inflamação aguda e da corrente contínua se somam, promovendo um edema brando com uma hiperemia bastante pronunciada. A regeneração propicia o retorno de todas as funções inerentes à pele, inclusive a sensitiva que se encontrava grandemente diminuída, e neste caso especificamente, a sensibilidade dolorosa, pois à medida que vai havendo a regeneração tende a chegar a níveis próximos do normal A elastose focal linear em alguns pacientes pode representar a hiperplasia de fibras elásticas em resposta a alguma lesão ou alteração tecidual. Ela pode ocorrer isolada ou associada a estrias atróficas, e em último caso pode ser considerado como um processo regenerativo das estrias[6]. na aceitação tratamentos eficazes de estriasmostraram está baseada no fato de queA arelutância fibra elástica não se de regenera. Estudos preliminares queprincipalmente ocorre um acentuado aumento no número de fibroblastos jovens, uma neovascularização e o retrono da sensibilidade dolorosa após algumas sessões de estimulação elétrica, e como consequência uma grande melhora no aspecto da pele, que fica muito próxima do normal. Entretanto, o resultado do tratamento pode variar em diferentes indivíduos, como em qualquer outro tratamento de diversas afecções. Este fato está centrado na capacidade reacional de cada indivíduo[6]. Guirro & Guirro (2002), relatam que com a estimulação elétrica as fibras colágenas sofrem algum tipo de reorientação. E que o processo de regeneração da estria está baseado na compilação dos efeitos intrínsecos da corrente contínua e dos processos envolvidos na inflamação aguda. minutos apósmotivadas a lesão aparecem a hiperemia e o liberadas edema, que nãolesão, ocorrem imediatamente após aPoucos aplicação, e são por substâncias locais pela responsáveis pela vasodilatação e aumento da permeabilidade dos vasos. Toda a zona é preenchida por um exsudato

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inflamatório composto de leucócitos, eritrócitos , proteínas plasmáticas e fáscais de fibrina. O processo de epitelização inicia-se simultaneamente, obrigando as células epidérmicas a penetrar pelo interior das fendas formadas pela agulha, e estimuladas pela formação de fibrina originada pela hemorragia da microlesão. No início praticamente não sangra, porém com o passar das sessões observa-se um sangramento ou rompimento de pequenos vasos, que são totalmente reabsorvidos (pequenas bolsas de sangue que se tornam violáceas, amareladas e em seguida a tonalidade da pele volta ao normal). Este processo inflamatório será absorvido em um período de tempo variável, ocorrendo na média de 2 a 7 dias[6].

Conforme o progresso da reação inflamatória e epitelização, surgem na profundidade da lesão os fibroblastos, e se produz paralelamente uma proliferação rápida de caplilares por gemação das vênulas existentes, que conforme avançam até as áreas lesionadas vão destruindo a rede de fibrina. Os fibroblastos cumprem então suas funções sintetizadoras 9a estimulação fibroblástica tem importante papel no processo regenerativo da atrofia tecidual na estria)[6]. Segundo Guirro & Guirro (2002), a resposta à agressão, no caso específico da perfuração da pele pela agulha, pode finalizar com a recuperação da estria, restituindo a sua arquitetura original. As estimulações subsequentes só poderão ser realizadas quando o processo inflamatório cessar por completo, evitando assim o risco de desenvolver uma inflamação crônica desencadeada pela persistência do estímulo inflamatório agudo. Que a persistência da resposta inflamatória após o tratamento com a microcorrente pode variar entre o primeiro e o quarto dia pós-estimulação[6]. Silva et al (1999), em pesquisa envolvendo mulheres entre 15 e 60 anos com estrias verificaram: - Que a cor da pele é de extrema significatividade, mostrando que na pequena amostragem de pacientes com pele negra a regeneração foi mais rápida e evidente do que naqueles de pele clara - Quando a resposta inflamatória foi mais duradoura, entre 3 e 4 dias, o resultado foi melhor - Que pacientes com dificuldades de cicatrização não obtiveram o resultado esperado - Que a coloração das estrias interferiu nos resultados, uma vez que as mais jovens, de cor vermelha, responderam melhor que as mais antigas, de cor branca. No caso de a cliente apresntar níveis elevados de glicocorticoides, endógenos ou exógenos como, [6] por na sindrome de Cushing, a terapia não deve ser efetuada, sob pena de resultados pobres e riscoexemplo, para a cliente .

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Não se deve tomar sol com o processo inflamatório ativo (pelo perigo de manchar a pele); só quando o processo já estiver debelado[6]. Em clientes que relatam o resurgimento do processo inflamatório sem que tenha havido estimulação prévia, as aplicações devem ocorrer com intervalo maior, já que o processo inflamtório pode estar ativo, mesmo que externamente não produza sintomas[6]. Segundo Guirro & Guirro (2002), procedimentos que produzam aumento de circulação no local de aplicação parecem interferir positivamente na qualidade da resposta inflamatória: uso de alta frequência (equipamento que produz ozônio e um faiscamento na pele, promovento aumento da circulação), produtos que aumentam a circulação, uso de correntes polarizadas previamente (polo negativo em cima das estrias que vão ser estimuladas). Antes da puntura do tecido, deve-se higienizar a pele e/ou esfoliá-la, com a finalidade de diminuir a resistência à corrente e evitar infecções. Pode-se utilizar produtos com a finalidade requerida, ou simplesmente álcool a 70%[6]. O número médio de sessões gira em torno de 10, podendo este número ser ultrapassado sem contra-indicações. Tratamentos infalíveis a todas as pessoas não existem [6]. & Guirro penetração da agulha deve aser efetuada sobre a estria, com incisãoSegundo paralelaGuirro subacutãnea. Não(2002), se devea invadir perpendicularmente pele estriada. Se as estrias ocorrem durante a gravidez, o tratamento só poderá ser iniciado quando os níveis hormonais regredirem aos níveis anteriores à gravidez[4]. O tratamento não deve ser iniciado na puberdade, por ser tratar de um período de grandes alterações hormonais que acreditam alguns autores, ser a causa do aparecimento das estrias[4].

CONTRA-INDICAÇÃO - Sobre feridas recentes - Alergia ou irritação à corrente elétrica ou ao cosmético - Hipersensibilidade dolorosa REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 1- Miedes, J.L.L.- ELECTROESTÉTICA - Ed. Videocinco - Madrid - 1999 - pp. 63-66 2- Winter, W. R. - ELETROCOSMÉTICA - Ed. Vida Estética - 3ª Ed. 2001- pp. 129-133 3- Silva, Mariângela T. - ELETROLIFTING - Ed. Vida Estética - 1998 - pp. 31 4 - Girro, Elaine C. O. - Guirro, R. R. J. - FISIOTERAPIA EM ESTÉTICA - FUNDAMENTOS, RECURSOS E PATOLOGIAS  - Ed Manole - 2ª Ed. - 1996 5- Silva, Marizilda, T. - ELETROTERAPIA EM ESTÉTICA CORPORAL - Ed. Robe - 1997 - pp. 5-8 6- Girro, E. C. O. & Guirro, R. R. J. - FISIOTERAPIA DERMATO FUNCIONAL - FUNDAMENTOS, RECURSOS E PATOLOGIAS   - Ed - 3ª Ed. ampliada - 2002 DO TRATAMENTO DE REGENERAÇÃO DE 7- Silva, E. B. Manorle M., Takemura, I., Revisada Schwartz,e S. M. - ANÁLISE ESTRIAS COM O USO DO GERADOR DE CORRENTE CONTÍNUA FILTRADA CONSTANTE STRIAT® EM MULHERES ENTRE 15 E 16 ANOS. - Trabalho de conclusão do Curso de Fisioterapia da Universidade Tuiuti do Paraná, Curitiba - 1999. Apud Girro, E. C. O. & Guirro, R. R. J. - FISIOTERAPIA DERMATO FUNCIONAL - FUNDAMENTOS,  RECURSOS E PATOLOGIAS  - Ed Manorle - 3ª Ed. Revisada e ampliada - 2002

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INTRODUÇÃO No início da década de 80, na França, um grupo de médicos começou a utilizar, em medicina estética, e acupuntura, correntes polarizadas ou mistas, para tratamento da adiposidade, celulite fibrótica ou nodular (Silva, 1997). Antigamente na eletroterapia clássica existiam somente tratamentos para a obesidade a base de corrente galvânica aplicada com grandes eletrodos superficiais sobre a área, e, a grande novidade dos métodos atuais consiste tanto na forma de aplicar a corrente, como em seu mecanismo biofísico de atuação. Hoje em dia, é realizado o tratamento da celulite e da obesidade mediante correntes que são aplicadas com agulhas, introduzidas nas áreas de tratamento (Zaragoza & Rodrigo, 1995). CONCEITO A eletrolipoforese é uma técnica destinada ao tratamento das adiposidades e acúmulo de ácidos graxos localizados. Caracteriza-se pela aplicação de microcorrente especifica de baixa freqüência (ao redor de 25 Hz) que atua diretamente a nível dos adipócitos e dos lipídios acumulados produzindo sua destruição e favorecendo sua posterior eliminação (Soriano et al., 2000). Em seu início, a eletrolipoforese se aplicava por meio de eletrodos em forma de finíssimas agulhas diretamente implantadas no panículo adiposo, realizada apenas por equipe médica (Soriano et al., 2000). Segundo Guirro & Guirro (2002), a indústria de equipamentos da área de estética criou a eletrolipoforese com placas transcutâneas na tentativa de ampliar o mercado de venda. 

PROPRIEDADES A eletrolipoforese terapêutica atua a nível do tecido adiposo, produzindo sua destruição e eliminação. O campo elétrico que se origina entre os eletrodos, provoca a nível local, uma serie de modificações fisiológicas que são responsáveis pelo fenômeno da eletrolipólise (Soriano et al., 2000). De acordo com os relatos de alguns autores, os principais efeitos fisiológicos proporcionados pela eletrolipólise são: 1) Efeito Joule Em virtude do efeito Joule, a corrente elétrica, ao circular por um condutor, realiza um trabalho que produz calor ao atravessar o mesmo. O aumento de temperatura que é produzida na eletrolipoforese, não atinge tecidos orgânicos, visto que se trata de uma corrente com uma intensidade muito pequena, porém suficiente para contribuir para instalação de uma vasodilatação com aumento de fluxo sangüíneo local. Desta forma é estimulado o metabolismo celular local, facilitando a queima de calorias e melhorando o trofismo celular (Soriano et al., 2000). 2) Efeito eletrolítico Em condições normais a membrana celular é semipermeável, que separa dois meios de composição iônica diferente: o meio intracelular é eletronegativo e o meio extracelular é

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eletropositivo. O campo elétrico gerado por esta corrente na eletrolipoforese, induz o movimento iônico que traz consigo modificações na polaridade da membrana celular. A célula tende a manter seu potencial elétrico de membrana normal, e essa atividade consome energia a nível celular (Soriano et al., 2000; Parenti, 2001). 3) Efeito de estímulo circulatório O ligeiro aumento de temperatura que se instala no local (efeito Joule) contribui em parte para a instauração de uma vasodilatação, pois a corrente atua com estímulo direto nas inervações promovendo uma ativação da microcirculação. Foi demonstrado que a freqüência de 25 Hz é mais eficaz para tratar alterações circulatórias e congestivas (Silva, 1995; Soriano et al., 2000). 4) Efeito neuro-hormonal O tecido adiposo representa a principal reserva energética do organismo. Longe de um simples reservatório, o adipócito possui uma intensa atividade metabólica: forma triglicerídeos (liposíntese) e os armazena, decompondo-os (lipólise) segundo a demanda do organismo. A mobilização das gorduras de reserva, ou seja a lipólise , se realiza graças a uma enzima hormonio-dependente a triglicerideolipase (Guyton & Hall, 2002; Soriano et al., 2000). Esta enzima desintegra os triglicerídeos em ácidos graxos e uma molécula de glicerol. Os ácidos graxos assim produzidos são em grande parte, expulsos da célula a menos que estejam em um local com excesso de glicose, e que voltam a formar triglicerídeos; ao contrário, o glicerol liberado, não pode ser usado novamente e é captado pelo fígado que o metaboliza em glicose (Soriano e col., 2000). Guyton (1996), relata que cada adipócito contém grandes quantidades da enzima digestiva de gordura, em sua forma inativa, a lipase. Alguns hormônios, em especial o cortisol, do córtex suprarenal, e a epinefrina, da medula supra-renal, podem ativar a lipase. O sistema neuro-hormonal influi sobre a lipólise: a estimulação do sistema simpático a ativa, enquanto a estimulação parassimpática diminui. (Junqueira & Carneiro, 1999; Soriano et al., 2000). O Sistema Nervoso Simpático atua por mediação das catecolaminas (adrenalina e noradrenalina): a ativação destas últimas se efetua por itermédio do AMP cíclico, que estimula certas proteinquinases, o que determina a ativação de lipase tissular (Soriano et al.,2000). Quando se utiliza uma corrente especifica de baixa freqüência durante a eletrolipoforese, produzse uma estimulação da sistema simpático, e como conseqüência ocorre a liberação de catecolaminas com aumento do AMP cíclico intradipocitário, e aumento da hidrólise dos triglicerídeos. Trabalhos realizados com esta técnica demonstram a presença de quantidades significativas de glicerol na urina, horas subseqüentes ao tratamento (sabe-se que em condições basais o glicerol não é detectado na urina). Este fato indica ativação da lipólise que se produz (Parienti, 2001; Soriano et al., 2000; Silva, 1995) Em conjunto, e como conseqüência de todos os efeito mencionados, se induz um aumento do catabolismo local, que se traduz clinicamente em uma redução do panículo adiposo, desde a primeira sessão (Soriano et al., 2000).

AÇÃO A microestimulação elétrica ativa as fibras do tecido conjuntivo subcutâneo, que favorecem a drenagem linfática e sangüínea, provocando uma melhora da qualidade e aspecto da pele (Soriano et al., 2000). Corroborando, Silva (1995) explicita que o estímulo circulatório produzido pela corrente elétrica, tem grande importância na drenagem da área.

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Segundo Pinto (1996), a aplicação dessas finas agulhas, ligadas a uma corrente de baixa intensidade, cria um campo elétrico entre elas, ocorrendo uma modificação no meio intersticial, favorecendo as trocas metabólicas e ainda, a lipólise. Segundo Zaragoza & Rodrigo (1995), existe muita discussão sobre qual o mecanismo de ação destas correntes aplicadas na eletrolipoforese; ainda que os resultados clínicos são em geral concordantes e muito positivos, há pouca experimentação básica que permita definir claramente a sua forma de atuação. De todos os modos há, ao menos, dois efeitos claramente envolvidos: - O estímulo circulatório que produz toda corrente contínua, seja interrompida ou não, e que tem grande importância na drenagem da área. - O estímulo da lipólise, diretamente ou indiretamente pela excitação das terminações nervosas simpáticas e liberação de catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) que atuam sobre os receptores beta do adipócito e estimulam a triglicerideolipase, potencializando a lipólise dos triglicerídeos em glicerol e ácidos graxos. Estudos histopatológicos vem demonstrando o efeito deste tipo de tratamento sobre os adipócitos (diminuição no tamanho, alterações na forma e mudanças estruturais) que indicam a existência de uma base orgânica par os efeitos clínicos constatados (Zaragoza & Rodrigo, 1995). Guirro & Guirro (2002) relatam que os efeitos das correntes no organismo estão bem catalogados, porém os textos que descrevem os tratamentos são pouco científicos, e seus reais efeitos devem ser melhor investigados.

TECNICA DE APLICAÇÃO Zaragoza & Rodrigo (1995), relatam que os eletrodos são agulhas de acupuntura de 15 cm de comprimento por 0,3 mm de diâmetro, de uso único. As correntes são contínuas, mas existem algumas correntes utilizadas para a prática da eletrolipoforese que são alternadas. Segundo Parienti (2001), o pulso bifásico assimétrico (como o pulso do TENS), é uma forma de onda largamente utilizada na eletrolipoforese. Silva (1995) menciona que as agulhas podem medir entre 4, 5, 7, e 12 cm, introduzidas a nível hipodérmico, utilizando-se uma distância de 4 cm entre elas. Parienti (2001), sugere agulhas de acupuntura, fabricadas em aço inoxidável ou em prata, descartáveis, medindo de 0,25 a 0,3 mm de diâmetro com comprimentos que variam de 1 a 3 cm, ou de 10 a 12 cm. Parenti menciona ainda que as agulhas mais grossas (0,30 mm) apresentam melhor efeito. A frequência de aplicação oscila entre 5 a 50 Hz, segundo escalas crescentes (15 Hz, 20 Hz, 35 Hz, etc.) (Zaragoza & Rodrigo, 1995). Parienti (2001), sugere uma frequência de 5 a 500 Hz. A técnica de aplicação consiste em colocar o paciente em posição cômoda, com a área de tratamento exposta. Nesta “zona” de tratamento devem ser introduzidos pares de agulhas de forma paralela, de acordo com a saída dos cabos no aparelho. As agulhas são separadas por mais de 5 cm, de modo que cubram toda a área a tratar. Se inicia(Zaragoza uma sessão aumentando a intensidade gradativamente, partindo até o limiar suportável do paciente & Rodrigo, 1995). O processo é considerado invasivo, aliado a efeitos sistêmicos devido ao longo tempo de duração: 50 minutos (Guirro & Guirro, 2002). Segundo Zaragoza & Rodrigo (1995), a duração da sessão gira em torno de uma hora, após costuma-se aplicar algum tratamento complementar como: Estímulo muscular, drenagem linfática, estimulação de pontos de acupuntura, etc. Quase sempre é somado ao tratamento uma dieta hipocalórica e hidrosalina controlada para favorecer a saída de água intra-celular. Quanto ao aspecto intensidade da corrente, nos deparamos com algumas divergências entre alguns autores. Segundo Zaragoza & Rodrigo (1995), a intensidade de aplicação varia entre 2 a 10 mA. Já Parienti sugere de 5 a 40 mA. Entretanto, para Soriano et al. (2000) a corrente utilizada na eletrolipoforese é a microcorrente. Portanto a intensidade praticada está abaixo de 1 mA. Soriano et al. ainda revelam que a intensidade da corrente aumentará em função do umbral de sensibilidade, de forma que não resulte em dor intensa na pessoa tratada. Vale ressaltar, que a pessoa

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tratada deve notar uma sensação de "pico máximo não doloroso" e esta será ajustada segundo a tolerância do mesmo, preocupando-se com a acomodação individual. Havendo a acomodação, a intensidade deverá ser aumentada quantas vezes forem necessárias. Para Parienti (2001), é necessário que o paciente sinta sensação de picadas que chegam ao limite do desagradável. Durante a sessão e preciso aumentar progressivamente a intensidade da corrente durante o processo de acomodação. As sessões podem ser semanais, com um mínimo de 6, podendo alcançar até 10, devendo-se levar em conta que os efeitos se prolongam durante umas semanas a mais, sendo que para julgar os resultados se espera até 45 dias após o fim do tratamento (Zaragoza & Rodrigo, 1995). Parienti (2001), sugere uma aplicação por semana, e segundo o autor, os resultados tornam-se mais significativos após a 3ª sessão. Na aplicação com agulhas estas deverão ser de boa qualidade, estéreis, mantendo em todo momento medidas de assepsia (desinfetando a pele a ser tratada) (Soriano e col., 2000). Essas agulhas podem ser esterilizadas e reutilizadas para o mesmo paciente por 6 a 8 aplicações (Silva, 1995). Quando há o aparecimento de dor durante a introdução da agulha, significa que a mesma está mal posicionada ao entrar em contato com as aponeuroses da pele, que são estruturas ricamente inervadas. As agulhas devem ser introduzidas sobre o tecido cutâneo, a nível do panículo adiposo (Soriano e col., 2000) Parienti relata que não deve ocorrer nenhum sangramento e nenhuma dor deve ser manifestada. Esses fatos garantem a implantação correta da agulha no tecido adiposo. Na prática, deve-se posicionar o paciente numa posição cômoda e relaxada; a área a tratar deve estar desnuda e desinfetada (assim como a mão do operador); introduzir as agulhas utilizando o "tubo guia" fornecido junto com as agulhas de acupuntura; pressiona-se o tubo na pele, para esticá-la, e dá um golpe rápido no topo da agulha, inserindo-a perpendicularmente á superfície cutânea por cerca de 1 cm (as agulhas podem ser introduzidas obliquamente, dependendo da habilidade do operador) (Parienti, 2001). A partir daí, inclina-se a agulha, na direção do tecido subcutâneo realizando movimentos giratórios introduzindo-a. Após a agulha introduzida, conecta-se os eletrodos (tipo "jacaré") nos pares de agulhas correspondentes à área que se deseja tratar. Pode-se fixar as partes das agulhas quedos ficam externamente, com esparadrapo, para que não haja incômodo ao manipulá-las com a colocação eletrodos.

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INDICAÇÕES A principal indicação da eletrolipólise está no tratamento da obesidade localizada, celulite e lipodistrofia localizada. Há também indicação pós lipoaspiração, como complemento da cirurgia. Segundo Zaragoza & Rodrigo (1995), podemos utilizar a eletrolipoforese para diminuição do perímetro em abdome, coxa e quadril. Há também, discreta, porém não espetacular, perda de peso, melhora circulatória local e melhora da troficidade da pele da área tratada. Os autores mencionam também o uso da eletrolipoforese na lipodistrofias localizadas. Parienti (2001) indica a eletrolipoforese nas complicações de "placas onduladas" após a lipoaspiração e a ptose abdominal e das nádegas. CONTRA-INDICAÇÕES Segundo Soriano et al. (2000), não existe nenhuma região do corpo onde o método está contra indicado, sempre e quando a indicação seja correta. Silva (1995), Parienti (2001) e Soriano et al. (2000), narram algumas contra-indicações da eletrolipoforese: • Transtornos cardíacos (alteração do ritmo e da condução; insuficiência cardíaca) e portadores de marca-passo e cardiopatias congestivas; • Pinos ou placas no corpo, em áreas onde a corrente elétrica será aplicada; • Gravidez em qualquer idade gestacional; • Paciente renais crônicos (insuficiência renal) • Trombose venosa profunda ou estado venoso catastrófico. • Patologias ginecológicas, tipo fibroma uterino; • Utilização de medicamentos, como corticosteróides, e anticoagulantes ; • Progesterona; • Neoplasias; • Alterações dermatológicas na área a tratar (Dermatites, dermatoses, feridas, inflamações,

eczemas, etc.) • Epilepsia 

Possíveis complicações e efeitos secundários podem ocorrer quando a eletrolipoforese trabalha com a implantação de agulhas no panículo adiposo, sem normas de assepsia adequada. Pode aparecer hematoma nessauma área,pequena o que não traráde complicações. método dedecorrente aplicação agulhas superficiais, poderá ocorrer auréola eritema pelaNo passagem nade pele que desaparecerá por si só e sem tratamento em poucas horas. Há também a descrição do aparecimento de pequenos pontos necróticos superficiais no local de introdução da agulha. As causas que podem determinar a aparição deste incidente não estão claras, entretanto, caso apareçam estes processos, sua cura ocorrerá sem maiores complicações (Soriano et al., 2000). Parienti (2001) menciona que a técnica realizada de forma inadequada pode levar a ocorrência de alguns incidentes: - O paciente sente dor no momento exato da implantação da agulha - Surgem equimoses após a sessão, devido a pequenas veias superficiais que são picadas desastrosamente ou, então, por um erro na manipulação de implantação atingindo tecido muscular - No final da sessão, a retirada da agulha causa sangramento

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- Durante a sessão, o paciente queixa-se de leves contrações musculares, é preciso verificar se as agulhas não atingiram o plano muscular.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Patologias. GUIRRO, E. C. . O. GUIRRO, R.Revisada R. J. Fisioterapia 2002 Ed & Manole - 3ª Ed. e ampliada. Dermato pp. 380 - Funcional – Fundamentos, Recursos e 2. GUYTON, A. C. 1996 - Fisiologia Humana - Ed Guanabara Koogan – RJ. 3. GUYTON, A .C. & HALL, J.E. – 2002 - Tratado de Fisiologia Médica – Ed. Guanabara Koogan - 10° Edição – RJ. 4. JUNQUEIRA, L. C. & CARNEIRO, J.1999 – Histologia Básica – Ed. Guanabara Koogan. 9ª Ed. pp. 169-17. 5. NAOUM, P. C.- 1999- Eletroforese – Técnicas E Diagnósticos. Ed. Santos - São Paulo, 154 pp. 6. PARIENTI, I. J. 2001. Medicina Estética. Ed. Andrei. pp. 58-68 7. PINTO, E. B. S; ERAZO, P. J; MUNIZ, A. C. Superficial liposuction body contouring. Clinics in Plast. 1996. Surg., 23:4. Apud.  GUIRRO, E. C. O. & GUIRRO, R. R. J. Fisioterapia Dermato - Funcional – Fundamentos, Recursos e Patologias. 2002. Ed Manole - 3ª Ed. Revisada e ampliada. 8. SILVA, M.T. Eletroterapia em Estética Corporal. 1995. Ed. Robe – 1° Edição - São Paulo – pp. 59-64. 9. SORIANO, M. C. D., PÉREZ, S. C., BAQUÉS, M. I. C. - Electroestética Professional Aplicada - Teoria y Práctica para la Utilización de Corrientes en Estética - Sorisa - Espanha - 2000. pp. 120-123 10. ZARAGOZA, J.R. & RODRIGO, P. Electroestética. 1995 . Ed. Nueva Estética – 1° Edição - Espanha – pp. 61-67.

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INTRODUÇÃO Formação do campo eletromagnético Um campo eletromagnético é um espaço onde agem forças magnéticas que se formam em torno de um condutor elétrico.

Quando há uma corrente elétrica num condutor, não somente o condutor é submetido a alterações, mas também a região que o circunda sofre modificações. Forma-se um campo eletromagnético em volta do condutor. Quanto maior a intensidade da corrente no condutor, tanto mais forte é o campo eletromagnético ao seu redor. O efeito eletromagnético aumenta consideravelmente, quando o condutor não está disposto linearmente, mas em forma de espiral. Neste caso, as linhas magnéticas encontram-se tanto no interior da espiral quanto envolvem-na exteriormente. Falamos de uma bobina.

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Sempre quando o campo eletromagnético ao redor do condutor se desfaz, ele se desprende do condutor e parte em direção ao infinito. Enquanto há corrente alternada no condutor, ondas eletromagnéticas são geradas. Uma onda é a propagação de uma oscilação. A quantidade de oscilações por segundo dos elétrons de um condutor determina a frequência das ondas geradas por este condutor. Por comprimento de onda entende-se a distância que uma onda percorre, até que uma nova onda se desprenda do condutor. A velocidade de propagação das ondas eletromagnéticas no vácuo é constante e corresponde à velocidade da luz, ou seja, 300.000 km por segundo. Quanto maior for a frequência das ondas, tanto menor será a distância entre elas, ou tanto menor será o comprimento de onda. As ondas eletromagnéticas são uma forma de energia. As ondas podem ser captadas por antenas. Uma antena é um condutor elétrico capaz de emitir ou receber ondas eletromagnéticas. O francês Jean D'Arsonval iniciou estudos sobre os efeitos do campo eletromagnético no organismo ao final do século dezenove.

Os biológicos dascontêm ondas muitas eletromagnéticas As efeitos estruturas orgânicas moléculas externamente neutras, chamadas de dipolos, cujas cargas internas estão dispostas assimetricamente. Um exemplo para os dipolos é a molécula de água onde a carga negativa concentra-se sobre o oxigênio, enquanto a carga positiva fica ao lado dos hidrogênios. Os dipolos, quando expostos a um campo eletromagnético, orientam-se de maneira que seu lado de maior carga negativa se direcione ao polo positivo. A mudança da polaridade da corrente alternada força os dipolos a acompanharem as oscilações do campo eletromagnético. Quando o ritmo das oscilações é muito rápido, como ocorre numa corrente de alta frequência, as rotações dos dipolos também são extremamente rápidas, (acima de 300 milhões de vezes por segundo. Neste caso, a energia eletromagnética é transformada em calor, porque a rotação rápida dos dipolos provoca atrito entre eles. As moléculas das substâncias apolares (por exemplo as gorduras), sofrem somente uma ligeira deformação quando expostas ao campo eletromagnético, sem no entanto entrarem em rotação[1, 3]. Segundo Winter (2001), os aparelhos de alta frequência devem manter uma distância de 6 metros de aparelhos de, corrente galvânica ou corrente farádica, quando usados simultaneamente. Os cabos dos outros agem como antenas, captando as ondas eletromagnéticas produzidas pelos aparelhos de alta frequência. Isto pode danificar o aparelho e é perigoso para o cliente que está sendo tratado GERADOR DE ALTA FREQUÊNCIA Conceito É um aparelho que trabalha com correntes alternadas de alta frequência, entre 100.000 e 200.000 Hz, com uma tensão que oscila entre 25.000 e 40.000 V e uma intensidade da ordem de 100 mA[2]  Constituição física O aparelho consiste num gerador de alta frequência, num porta-eletrodos e em diversos eletrodos de vidro.

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As correntes de alta frequência, alta voltagem e baixa intensidade são geradas por um dispositivo eletrônico que consta de vários circuitos transistorizados que transformam, retificam e posteriormente produzem correntes de alta frequência a partir da corrente elétrica de uso doméstico que se é provida através da rede. Os eletrodos de vidro são ocos e contêm em seu interior um vácuo parcial, quer dizer, ar rarefeito ou um outro gás. A passagem da corrente provoca uma ionização das moléculas de gás, as quais, sob o forte da impacto tornam-se fluorescentes. Os eletrodos provocam a formação de ozônio ao nível pele[1]energético, .

AÇÃO A passagem de ondas eletromagnéticas por ar ou outros gases rarefeitos, provoca a formação de ozônio, como acontece por exemplo na ozonosfera do nosso planeta (as ondas eletromagnéticas do sol passam pelo ar rarefeito da ozonosfera, gerando ozônio)[1]. PROCESSOS QUÍMICOS NOS ELETRODOS. O ozônio é uma substância instável que se decompõe rapidamente em oxigênio molecular (O2) e em oxigênio atomar (atômico) (O). A grande ação desinfetante do ozônio reside na grande agressividade do oxigênio atomar (atômico) nascente, que é liberado durante a decomposição do ozônio[1]. O3 O2 + O O envelhecimento celular está ligado a ação dos radicais livres, e o oxigênio é um dos precursores desta ação, através da oxidação das estruturas orgânicas. O oxigênio atomar é o oxidante mais agressivo depois do flúor. Ele é um radical livre. Baseado nas considerações sobre os radicais livres, os eletrodos de alta frequência, produtores de ozônio a nível da pele, devem ser utilizados pela esteticista criteriosamente, pois não é lógico que um tratamento estético, que visa atenuar atrasar os efeitos do envelhecimento, os eletrodosquando de alta frequência, pondo todo o resto doe tratamento a perder. A corrente deutilize alta frequência, [1] empregada descriteriosamente, é um meio de se envelhecer mais rápido!  

EFEITOS a) Fisiológicos - Térmico O principal efeito das correntes de alta frequência ao atravessar o organismo é a produção de calor. Do efeito térmico se pode deduzir outro efeito como o de vasodilatação periférica local. Devido ao calor gerado, se consegue um aumento [2] do fluxo sanguíneo e por tanto se produz uma melhora do trofismo, oxigenação e metabolismo celular . É um efeito comum a todas as formas de aplicação: Se acentua mais nos casos em que o eletrodo se coloca a uma ligeira distância da pele, que quando está em contato direto. O efeito térmico obtido é inversamente proporcional à superfície do eletrodo. Por isso para efeitos destrutivos (fulgurações) se usam eletrodos de pouca superfície (em forma de ponta) já que concentram em um ponto os efeitos térmicos. O efeito térmico obtido é diretamente proporcional ao tempo de aplicação. Os tratamentos mais habituais duram entre 3 e 5 min[2].

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- Vasodilatador e hiperemiante local Aparece como consequência do efeito térmico. Os eletrodos de vidro têm um efeito estimulante sobre a pele, pois aumentam a circulação periférica local[1, 2]. -  Aumento da oxigenação celular b) Terapêuticos -  Bactericida e anti-séptico (a formação de ozônio ao nível da pele tem ação desinfetante) As faíscas que saltam entre a superfície do eletrodo e a pele formam, a partir do oxigênio (O2) do ar, o ozônio (O3) através da corrente elétrica. O ozônio formado é muito oxidante e por tanto é um bom bactericida, germicida e anti-séptico em geral[2]  -  Melhora do trofismo dérmico / Regenerador tecidual -  Antinflamatório Obs.: Há que se ressaltar que este tipo de corrente não tem nenhum efeito de excitação neuromuscular[2].

INDICAÇÕES • Desinfeção após a extração das eflorescências acnéicas •

Fulguração de eflorescências acnéicas inflamadas



Desinfecção e estimulação da circulação sanguínea do couro cabeludo



Feridas abertas (contaminadas ou não)



“Psoriase”

CONTRAINDICAÇÕES - Marca-passo cardíaco - Gestantes - Implante metálico local (aquecimento perigoso) - Distúrbios de sensibilidade - Pele com cosméticos inflamáveis (álcool e éter) TÉCNICA DE APLICAÇÃO Os eletrodos que se utilizam para a aplicação das correntes de alta frequência são geralmente tubos ocos de vidro. Em seu interior há geralmente o vácuo ou tem um gás como o neon. Para introduzir-se o eletrodo no porta-eletrodos, deve-se manter este último numa posição vertical com a finalidade de evitar que o eletrodo acidentalmente se solte e quebre. Se conectam geralmente por pressão que, por sua vez, está conectado mediante um cabo ao console gerador da corrente de alta frequência. Alguns porta-eletrodos levam um interruptor que atua sobre a passagem da corrente. Com isso se consegue fazer circular a corrente no momento de ter o eletrodo na posição correta e ativado o interruptor

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Antes de ligar-se o aparelho, o eletrodo deve encontrar-se encostado na pele do cliente. Isto evita que o cliente tome um susto. Enquanto o aparelho permanecer ligado, o eletrodo deve manter o contato com a pele[1]. A junção entre o eletrodo e o porta-eletrodos não deve tocar o pele do cliente, pois ele sentiria um choque elétrica muito forte. Também o esteticista não deve jamais encostar. Ao aplicar a corrente de alta frequência mediante eletrodos ocos de vidro aparecem diferentemente tonalidades, sendo as mais habituais: - Violeta - em seu interior há vácuo -  Laranja - em seu interior há introduzido certa quantidade de gás neon. Obs.: O eletrodo de tonalidade laranja produz os mesmos efeitos que o violeta porém de uma forma mais suave[2]. Com a finalidade de aumentar a ação do eletrodo, este pode ser passado ligeiramente afastado da pele, ou sobre uma gaze seca. Normalmente é utilizado para casos de acne muito graves, etc.

TIPOS DE ELETRODOS  Em forma de cogumelo: Ele tem grande utilidade para a desinfecção da pele após a conclusão da fase de extração durante a limpeza de pele. Considerando que a exposição ao ozônio é de pouca duração e levando-se em conta o benefício da desinfecção, a utilização dos eletrodos de vidro por 2 ou 3 minutos é justificável neste caso e não provocará danos.

A forma do eletrodo não é importante, O eletrodo forma não de cogumelo é oimportância. mais prático, porém seuemtamanho tem a mínima A forquilha (eletrodo para a região do pescoço) é dispensável, porque o cogumelo trata esta região com a mesma eficiência.

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 Em forma de bico: O eletrodo de bico (cauterizador), provê uma fulguração (chuva de faíscas) na pele da cliente. Com o aparelho já ligado deve aproximar-se da pele o suficiente para que parta dele uma chuva de faíscas, a qual deve ter como alvo a lesão em questão (lesões inflamadas de acne (pústulas, pápulas, nódulos). Conforme a gravidade da lesão, aplica-se a chuva de faíscas durante 1 a 2 segundos.

 Em forma de pente:

Tem a finalidade de estimular a circulação sanguínea e desinfetar o couro cabeludo. O couro cabeludo deve estar limpo e sem produtos. O pente deve ser movimentado levemente em movimentos de pentear sobre couro cabeludo. A aplicação deve ter uma duração máxima de 10 minutos. O tratamento será completado pela aplicação de cosméticos (não usar o eletrodo antes da aplicação de produtos sensíveis à oxidação), massagens manuais e vibratória e aplicação de raio infravermelho. Obs.: Existem outros tipos de eletrodos que podem ser fornecidos, de acordo com o fabricante (em forma de Barra de metal ou espiral, em forma de forquilha ou "T", lápis, etc)

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TÉCNICA DE APLICAÇÃO Tipos de aplicação[2, 4]  a) Aplicação direta ou efluviação Se consegue aplicando diretamente o eletrodo sobre a área a tratar. Geralmente se utilizam eletrodos de superfície plana que se aplicam deslizando-os sobre a pele em forma de massagem suave. importante antes zerar de deixar passar ado corrente, estejam em contato com aÉárea a tratar.comprovar Igualmenteque deve-se os controles aparelhoo eletrodo antes de jáseparar o eletrodo da pele. Durante o tratamento não se deve separar o eletrodo da superfície corporal tratada. b) Aplicação a distância ou com faíscas. Neste caso o eletrodo se mantém a uma curta distância da pele (milímetros) porém sem contactar em nenhum momento. Como consequência da alta voltagem da corrente, saltam faíscas desde a superfície do eletrodo à superfície da pele da pessoa tratada. Isso se deve a que a corrente que se acumula na superfície do eletrodo passa para o organismo. Por efeito da alta voltagem da corrente, se produz uma grande diferença de potencial entre o eletrodoa corrente. e a pele. O ar, que inicialmente não é condutor da eletricidade, se torna condutor deixando passar Nesta caso há que levar em conta a sensibilidade da pessoa tratada a este tipo de pequenas descargas elétricas. c) Aplicação indireta ou saturação.

Consiste na aplicação da corrente de alta frequência através do eletrodo em forma de barra metálica que a pessoa tratada segura em uma mão, após ele ter sido inserido no porta eletrodo. A esteticista tratará a cliente com as mãos, pois se esta pessoa está em contato físico com a terapeuta, o fenômeno de alta frequência se levará a cabosemelhantes através do organismo últimamediante pessoa, uma com oaplicação que nos pontos de contato tenham lugar uns efeitos aos que se desta verificam direta. Se se aproveitam estes fenômenos durante a aplicação de uma massagem, se conseguirá que aos efeitos da mesma se unam os da aplicação direta da corrente de alta frequência e os do cosmético empregado se é que se utiliza. Obs.: Após o término das aplicações, desliga-se o aparelho, tira-se o eletrodo do porta-eletrodos e limpa-se o eletrodo com algodão embebido em álcool 70%.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1- Winter, W. R. - ELETROCOSMÉTICA - Ed. Vida Estética - 3ª Ed. 2001- pp. 185-206 2- Miedes, J.L.L.- ELECTROESTÉTICA - Ed. Videocinco - Madrid - 1999 - pp. 68-75 3- Scott, S. - DIATERMIA POR ONDAS CURTAS   (em ELETROTERAPIA DE CLAYTON  - Kitchen, S. e Bazin, S.) 10ª Edição Ed. Manole - 1ª Edição brasileira - São Paulo – pp. 235-258 - 1998 4- Arnould-Taylor, W. - PRINCÍPIOS E PRÁTICA DE FISIOTERAPIA - Ed. ArtMed - 4ª Ed. - 1999 - pp. 143-144

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INTRODUÇÃO/HISTÓRICO  Analisando o significado da terminologia  LASER (Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation) por partes, dizemos que a amplificação da luz aporta alta concentração de energia conseqüente do grande número de fótons dos quais é constituída, e o fenômeno da emissão estimulada constitui-se da emissão de luz a partir da estimulação da matéria através do fornecimento de energia aos átomos. Reportando num breve histórico sobre o laser, iniciamos com Albert Einstein, que em 1917 expôs o “Princípio Físico da Emissão estimulada”, sobre o qual o fenômeno laser está apoiado. Seguindo, em 1953, Townes, Gordon e Zeiger construíram o primeiro oscilador que operava na banda de ondas milimétricas - MASER (amplificador de microondas pela emissão estimulada de radiação). Ainda 1953, Townes e Schawlow demonstraram a possibilidade de construir um laser; em 1955, Maiman construiu o laser a rubi; em 1961, no Hospital Presbiteriano de Nova York, se realizou com êxito a primeira cirurgia a laser; a extirpação de um pequeno tumor de retina. A partir desta e de outras experiências cirúrgicas ficou evidenciado, de forma empírica, que a radiação laser estimularia a cicatrização de maneira acelerada. Em 1962, foi desenvolvido o primeiro laser semicondutor. Dois anos mais tarde, o laser a gás e o primeiro laser molecular de dióxido de carbono. Sinclair e Knoll adaptaram o laser à prática terapêutica. BASES FÍSICAS DA RADIAÇÃO LASER  Princípios Elementares  1) Espectro Eletromagnético - é o conjunto de ondas eletromagnéticas, proveniente da variação de seus comprimentos de onda e, consequentemente, de suas freqüências. O espectro eletromagnético engloba variados grupos de ondas eletromagnéticas.

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  2) Monocromaticidade - A luz produzida por um laser é “monocromática”, ou seja, tem “uma só cor”; a maior parte da radiação emitida pelo aparelho de uso terapêutico agrupa-se em torno de um único comprimento de onda, com uma amplitude muito limitada da faixa de ondas. Em contraste, a luz gerada por outras fontes é formada por uma enorme variedade de comprimentos de onda, algumas vezes variando desde o ultravioleta até o infravermelho, oque resulta na sensação da cor branca, quando a luz colide com a retina de um observador humano. 3) Colimação - Na luz de um laser, os raios de luz ou fótons produzidos pelo aparelho de laser são, para todas as finalidades práticas, paralelos, praticamente inexistindo qualquer divergência da radiação emitida, ao longo da distância percorrida. Esta propriedade mantém a potência óptica do aparelho enfeixada numa área relativamente pequena ao longo de distâncias consideráveis e, até certo ponto, mesmo durante o trajeto dos tecidos. 4) Coerência - A propriedade de coerência denota várias coisas. Todos os fótons de luz emitidos pela radiação laser têm o mesmo comprimento de onda. E as depressões e picos das ondas de luz emitida “encaixam-se” perfeitamente no tempo (coerência temporal), diz-se que tem a mesma fase. E as ondas viajam na mesma direção (coerência espacial).[12, 49] 

EFEITOS DA RADIAÇÃO LASER DE BAIXA POTÊNCIA Como vemos, a energia depositada nos tecidos se transforma imediatamente em outro tipo de energia ou efeito biológico. As modificações ou efeitos que surgem na própria partícula absorvente e na região circundante são chamados efeitos primários: bioquímicos, bioelétricos e bioenergéticos. O laser de baixa potência não produz efeito térmico. Este efeito somente existe nos laser cirúrgicos com potências superiores a 1 W. Nestes, há uma conversão direta da energia aplicada em efeito calórico, provocadas em parte pelo efeito mecânico.

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Radiação Soft-Laser Absorção Bioquímico Bioelétrico Bioenergético

1- Estímulo ä microcirculação 2- Estímulo trófico celular 1- Efeito analgésico 2- Efeito antiinflamatório 3- Efeito antiedematoso 4- Efeito cicatrizante

Efeitos primários ou diretos

Efeitos indiretos (locais, regionais, e gerais)

Efeitos terapêuticos

Ao estudarmos a ação do laser e sua interação como o organismo, observamos os efeitos como conseqüência desta interação, e que dividimos didaticamente em primários, secundários e terapêuticos. 1- Efeitos Primários ou Diretos  Os efeitos primários da radiação laser de baixa potência estão subdivididos em efeito bioquímicos, efeito bioelétrico e efeito bioenergético. a) Efeito bioquímico:  Basicamente a energia absorvida da radiação laser pode provocar dois efeitos bioquímicos: 1) Liberação de substâncias pré-formadas: ocorre em função da incorporação à radiação laser, de histamina, serotonina, acetilcolina, βendorfina, e prolactina. Deve se destacar que não há referências quanto à produção destas substâncias, mas apenas a liberação de parte do contingente já produzido. 2) Modificação das reações enzimáticas normais: tanto no sentido de excitação quanto no sentido de inibição. 3) Estímulo na produção de ATP no interior das células, provocando a aceleração da mitose, fato que ocorre quando há um aumento proporcional da ATP nas células. b) Efeito bioelétrico: A a ação do laser é dupla: - de modo direto atua estabilizando o potencial de membrana em repouso; - de modo indireto aumenta a quantidade de ATP produzida pela célula. c) Efeito Bioenergético As radiações laser proporcionam às células, tecidos e organismos em conjunto, uma energia válida que estimula, em todos os níveis, seu trofismo e fisiologismo, normalizando as deficiências e equilibrando suas desigualdades, e isso diz respeito à normalização energética que a radiação laser proporciona ao bioplasma.

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  2 - Efeitos Secundários e Indiretos Os efeitos primários, provocados diretamente pela absorção da radiação laser proporcionam dois grandes efeitos indiretos: Estímulo à microcirculação e trofismo celular a) Estímulo à microcirculação: Este efeito é proporcionado pela ação da radiação sobre os “esfíncteres pré-capilares”, válvulas que existem na entrada da rede capilar ao final da rede de arteríolas. Estes esfíncteres trabalham alternadamente, abrindo ou fechando a passagem para a rede capilar distribuindo o fluxo sangüíneo e conseqüente alternância das regiões a serem irrigadas. Provavelmente em decorrência da ação da histamina liberada pela radiação laser, ocorre paralisação deste esfíncter pré-capilar e, como conseqüência, o fluxo sangüíneo se vê aumentado. b) Estímulo ao Trofismo Celular: Entre os tecidos estimulados, podemos destacar: - Estimulação da reparação do tecido ósseo; - Aumento do trofismo na pele; - Neoformação de vasos a partir dos já existentes 3- Efeitos Terapêuticos Como conseqüência das alterações descritas nos itens relativos a efeitos primários e secundários, a radiação a laser de baixa potência proporciona os seguintes efeitos terapêuticos:

Antiinflamatório: A partir de qualquer lesão tecidual, são liberadas substâncias como a histamina e a bradicinina, que são potencializadas pelas prostaglandinas, além de outras como a serotonina e a fosfolipase-A. Estas substâncias, além de outros fenômenos, irão sensibilizar os receptores dolorosos, aumentar a permeabilidade venular e provocar a dilatação de artérias e arteríolas. Como conseqüência do aumento da permeabilidade venular ocorre extravasamento de plasma, formando-se assim o edema. o efeito antiinflamatório da radiação laser de baixa potência justifica-se a partir dosAparentemente seguintes pontos: - Interferindo na síntese de prostaglandinas. Como elas desempenham um importante papel em toda instalação do processo inflamatório, a sua inibição determina uma sensível redução nas alterações proporcionadas pela inflamação. - Estimulando a microcirculação que irá garantir um eficiente aporte de elementos nutricionais e defensivos para a região lesada, favorecendo a sua resolução.

Analgésico: seguir: O efeito analgésico proporcionado pelo laser de baixa potência se explica por vários fatores, a

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a) A nível local, reduzindo a inflamação, provocando a reabsorção de exsudatos e favorecendo a eliminação de substâncias alógenas. O caráter antiinflamatório, por si só, já proporciona a redução da dor. A eliminação, por exemplo, de substâncias ácidas ou outras consequentes de fagocitose, que sensibilizam os receptores dolorosos, também favorecem a analgesia. b) Interferindo na mensagem elétrica durante a transmissão do estímulo da dor, mantendo o gradiente iônico, ou seja, mantendo o potencial de membrana e evitando que a mesma despolarize. Esta ação, como consequência, proporcionará uma menor sensação dolorosa. c) Liberação de ACTH (corticoide natural do corpo) d) Estimulando a liberação de β-endorfinas, direta ou indiretamente. e) Provocando a normalização e o equilíbrio da energia no local da lesão f). Estimula a liberação de serotonina (no LCR)

Antiedematoso: Um dos resultados da instalação do processo inflamatório é o surgimento do edema, conseqüente do aumento da permeabilidade venular e do inevitável extravasamento do plasma, o que desencadeia uma série de fenômenos proporcionando congestão que, a grosso modo, dificulta a resolução do processo inflamatório em si. A ação antiedematosa do laser pode ser justificada a partir dos seguintes fatos: - Estímulo à microcirculação: proporciona melhores condições para a resolução da congestão causada pelo extravasamento de plasma que forma o edema. - Diminuição da prostaglandina/histamina Cicatrizante: Dos efeitos terapêuticos que se destacam no uso do laser, o estímulo à cicatrização mostra-se eficiente. Tal poder terapêutico se explica por: - incremento à produção de ATP, que proporciona um aumento da velocidade mitótica das células. - estímulo à microcirculação, que aumenta o aporte de elementos nutricionais associada ao aumento da velocidade mitótica, facilitando a multiplicação das células. - formação de novos vasos a partir dos já existentes, gerando melhores condições para uma cicatrização rápida e esteticamente superior.  [49]

- Aumento da síntese de colágeno.

 

TIPOS DE LASER A luz gerada pelo laser pode ser liberada de modo contínuo, pseudocontínuo ou pulsado [8, 10]. Os lasers contínuos emitem energia de maneira constante. Os pseudocontínuos são, na realidade, pulsados, mas os pulsos são muito rápidos, e o intervalo entre eles é extremamente curto, gerando energia virtualmente contínua. Os pulsados emitem energia com pulsos variáveis (long ou short pulses) e intervalos também variáveis. Os long pulsed lasers, como, por exemplo, o flashlamp pumped pulsed dye, apresentam pulsos na ordem de 0,5 mseg. Os short pulsed apresentam pulsos de 10 a 500 nseg e incluem os Q-switched Ruby, Alexandrite e Neodimio-Yag. Nestes tipos de lasers o tecido alvo é aquecido em tão pouco tempo, que explode, e ondas de impacto supersônicas são criadas a partir da alta temperatura atingida[8] 

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Dependendo do tipo de laser temos alterações clínicas e histológicas específicas peculiares no tecido alvo. A forma de liberação de energia, seja pulsada, contínua ou pseudocontínua, influi no tipo de resposta tecidual. As características da pele ou tecido alvo tratado também são de grande importância. O conceito de cromóforo deve ser exposto e designa um grupo de átomos que confere cor a uma substância e absorve um comprimento de onda específico. Os principais cromóforos da pele são a oxiemoglobina e a melanina. Lesões vasculares contém pigmento de oxiemoglobina, tornando-se alvo para a luz do laser absorvida por esse pigmento. O mesmo acontece com lesões ricas em pigmento melânico[9]  Outro ponto a ser ressaltado é o conceito de fototermólise seletiva. Introduzido por Anderson e Parrish, (1983), postula que a absorção tecidual seletiva por um tipo de luz acarreta a destruição seletiva desse mesmo tecido (em outras palavras, há destruição seletiva do tecido alvo a partir da absorção de um tipo de luz). Assim, uma lesão cutânea pode ser tratada com um tipo de comprimento de onda que corresponda ao pico de absorção do cromóforo contido nessa lesão. Por fim, o comprimento de onda específico de uma laser a ser utilizado deverá ser absorvido pelos cromóforos específicos no tecido. Em geral, o comprimento deve ser o mais próximo do pico de absorção do cromóforo a ser irradiado, evitando “competição” com outros cromóforos presentes, e suficiente longo para atingir camadas mais profundas da pele[3]. A cor de qualquer coisa depende das radiações eletromagnéticas que refletem quando sobre ela incide a luz. Assim, num objeto vermelho, podemos ver esta cor porque quando sobre ele incide a luz as ondas vermelhas são refletidas, e são absorvidas todas as demais[2]. O laser é um raio de luz, e como tal cumpre o fenômeno descrito: o laser de cor verde será especialmente absorvido pela hemoglobina vermelha do sangue[2]. Tendo em vista que a pele sobre a qual incide o laser é rica em diferentes pigmentos e cromóforos, é este um conceito amplamente difundido para justificar a utilização de certos lasers em dermatologia e processos de fisioterapia dermato-funcional[2]. Cada cromóforo mostra uma faixa de absorção característica para certos comprimentos de onda. A pele contém diferentes pigmentos ou cromóforos com diferentes espectros de absorção. O grau de absorção de um laser determinado depende em grande parte da concentração presente de seu cromóforo específico[2]. O coeficiente de absorção dos principais pigmentos se mostram da seguinte maneira: A melanina (presente na epiderme e folículo piloso) absorve radiações com comprimento de onda inferior a 1200 nm de uma forma relativamente uniforme. A hemoglobina pelo contrário, tem faixas fortes de absorção nas cores amarelo, azul, verde e ultravioleta. A água, não absorve em absoluto radiações com comprimento de onda inferior a 1000 nm [2]. Quando maior o comprimento de onda da luz visível, maior a penetração no tecido. Assim: ultravioleta
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