Aplicacoes_Praticas_apostila

April 22, 2019 | Author: Fernando Liberal | Category: Hypnotherapy, Hypnosis, Psychological Concepts, Psicologia e ciência cognitiva, Cognitive Science
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A HIPNOSE Hipnose é um estado diferenciado de consciência, alterado em comparação com os estados ordinários de vigília e de sono, com elevada receptividade à sugestão por parte da pessoa que nele ingressa, por si mesma ou com intervenção de outra pessoa ou equipamento. A pess pessoa oa hipn hipnot oti iad adaa não não está está dorm dormin indo do,, ela ela está está em conc concen entr traç ação ão profunda e com a mem!ria ampliada e focada com mais precisão. Ao contrário do que se pensa, há muita atividade em todo o c!rte" cere#ral durante a hipnose. O córt córtex ex cere cerebr bral al corr corres espo pond ndee à cama camada da mais mais ex exte tern rnaa do cérebro, sendo rico em neurônios e o local do processamento neuronal mais sofisticado e distinto. O córtex humano tem 14mm de espessura, com uma área de 0,m !se fosse disposto num num plan plano" o" e desem esempe pen nha um pap papel cen centra tral em fun fun#$es #$es complexas do cérebro como na memória, aten#%o, consci&ncia, lin'ua'em, percep#%o e pensamento.

$ termo %hipnose% &grego hipnos ' sono ( latim osis ' ação ou processo) deve o seu nome ao médico e pesquisador #rit*nico +ames raid &-/01-234), que o introduiu, pois acreditou tratar1se de uma espécie de sono induido. &Hipnos era tam#ém o nome do deus grego do sono). 5uando tal equívoco foi reconhecido, o termo 6á estava consagrado, e permaneceu no uso científico e popular. popular. 7ontudo, mais uma ve, deve ficar claro que hipnose não é uma espécie ou forma de sono. $s dois estados de consciência são claramente distintos e a tecn tecnol olog ogia ia mode modern rnaa pode pode comp compro rová vá1lo 1lo de in8m in8mer eras as form formas as,, incl inclus usiv ivee pelo peloss elet eletro roen ence cefa fal! l!gr gráf áfic icos os de am#o am#os, s, que que mostr mostram am onda ondass cere cere#r #rai aiss de form formas as,, freq9ências e padr:es distintos para cada caso. c aso. $ estado hipn!tico é tam#ém chamado transe hipn!tico. 5uase todo mundo 6á e"perimentou alguma forma de hipnose em algum momento da sua vida. ;ense numa ve em que você dirigia em uma estrada e se pegou, por um #reve momento, inconsciente daquilo que estava faendo, ou uma ve em que estava tão envolvido em um programa de televisão que nem se deu conta quando alguém entrou na sala. algumas dessas religi:es utiliam muitas técnicas hipn!ticas inseridas na liturgia, orat!ria, m8sica, repetição, tom de vo etc, sem que seus seguidores sequer sai#am &e possam se defender), mas, no entanto, propagam in68rias contra aqueles que a utiliam &com o consentimento de seu cliente) de modo terapêutico. 7ertamente uma #oa parte da hist!ria contri#uiu para o fortalecimento de uma falsa @identidade mística da hipnose, apenas no século NOLLL é que a hipnose passa a perder esta tal identidade e, ho6e sa#emos, que o estado de transe hipn!tico é, tão somente, um estado diferente de funcionamento cere#ral que pode, até mesmo, ser deflagrado em diversas situaç:es corriqueiras, independente do o#6etivo ser hipnotiar alguém ou não. Jesmo tendo sido utiliada &e até ho6e ainda é) em cerimInias religiosas, esotéricas ou místicas, é inegável seu aspecto técnico1 científico. 3

=m agosto de -22/, foi realiado em ;aris o L 7ongresso Lnternacional de Hipnotismo ="perimental e ?erapêutico com a representação de PPQ estudiosos de PQ países. $ rasil teve a honra de levar dois profissionais de sa8deD Eoutor +oaquim 7orreia de Rigueiredo e Eoutor amos Ciqueira, am#os médicos do estado do io de +aneiro. Eurante a Cegunda Fuerra Jundial &-/Q/ a -/S0) as situaç:es e"tremas a que os médicos eram postos a tra#alhar, reacendeu o uso e o valor prático e científico da hipnose. Ceguindo a literatura e"istente acerca da hipnoanalgesia alguns 6ovens feridos eTou mutilados, eram postos em transe tanto para alívio de suas dores como para e"ecução de cirurgias. 1 ;eça para ficar de pé, com os pés 6untos &calcanhares colados), e fechar os olhos. Ce posicione do lado, segurando seu om#ro. ;eça para respirar profundamente e rela"ar os #raços &a6ude, #alançando um pouco seus #raços e verificando se realmente estão rela"ados). ;eça para imaginar &ou ver, com os olhos da sua mente) que ela está numa praia linda, caminhando em direção à água. =la avista um #arco pequeno e entra nele... o #arco vai em direção às pequenas ondas e começa a #alançar &solte seu om#ro). =la começará a #alançar... continue sugerindo o #alanço, pra direita, esquerda, frente, trás... diga que não precisa ficar com medo, pois tudo isso s! está acontecendo na sua mente. Eepois, peça pra imaginar que o #arco está chegando na areia e ela desce do #arco. 7onte até Q e peça para a#rir os olhos.

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IN79:ES  /2O 3 562O 3 O572O 8 9:O;  A indução hipn!tica o#6etiva levar o su6eito ao transe hipn!tico, usando sugest:es e estímulos sensoriais. $ su6eito para entrar em transe precisa #asicamente deD •





2+ @ $ su6eito precisa acreditar que ele consegue entrar em transe. A fé é conseguida através de uma #oa conversa &pre1talX) e, se necessário, com os @amplificadores de fé, 6á estudados nesse curso> CON2IAN:A NO HIPN/OO @ Através do pre1talX, tiramos todas as d8vidas do su6eito. Lsso gera confiança> SE9IR AS INS5R9:ES S9ES5ESD @ sensação de levea e entorpecimento geral dos olhos e mem#ros, alto grau de rela"amento e ini#ição de movimentos voluntários com lassidão acentuada &sem disposição para se mover, falar, pensar, agir 1 $ hipnotiado não tosse, mantém1se sério e im!vel> quando retorna do transe di que se lem#ra de tudo que aconteceu, mas pode afirmar que durante o transe tentou mover1se, em vão). Age como se não estivesse criticamente afetado pelo que acontece no am#iente e a respiração é mais lenta e mais profunda. /2 [ dos candidatos, quando su#metidos à hipnose, começam a sentir os mem#ros pesados e finalmente todo o corpo pesado e mostram uma e"pressão de cansaço, apresenta1se freq9entemente tremores nas pálpe#ras e contraç:es espasm!dicas nos cantos da #oca, do ma"ilar e nas mãos. Z Cugest:es simples são aceitas prontamente, em#ora o paciente sinta que poderia deso#edecer, mas não o fa, oferecendo, todavia, resistência às sugest:es mais complicadas &o#edece tam#ém a sugest:es p!s1hipn!ticas simples). Z Um estado de alheamento de tudo que se passa ao redor, em#ora conserve ainda plena consciência, dando inclusive a impressão de que sequer está hipnotiado e ao despertar pode e"pressar d8vida de seu estado hipn!tico, porém poderá indicar o tempo transcorrido incorretamente &estipulará que tenha passado de minutos quando na realidade passou1se meia hora).  4 5ranse 0é"io ou Interme"i#rio Z Lni#ição muscular completa associada a um grau considerável de cansaço e sensação de levea acentuada. ;ode haver catalepsia das pálpe#ras, de forma que o paciente não pode a#rir os olhos> tam#ém é possível haver catalepsia parcial dos mem#ros, e o paciente não consegue, por e"emplo, elevar o #raço. Oia de regra a respiração está lenta e regular, e o paciente tem a aparência e"terna de um adormecido. $ fato de que pode permanecer em uma posição desa6eitada, durante algum tempo considerável, é evidência forte que pelo menos a primeira fase de hipnose foi alcançada. K #astante impossível para qualquer um no estado desperto normal permanecer perfeitamente im!vel para talve meia hora, sem manifestar desconfortoW sua aparência é a de quem está su#merso num sono profundo, com ini#ição de todas as atividades espont*neas. os olhos apresentam uma e"pressão impressionantemente fi"a, estando as pupilas visivelmente dilatadas> pode apresentar movimentos descontrolados do glo#o ocular, um olho move para cima e o outro para #ai"o, ou ainda, um olho para um lado e o outro em sentido contrário. Rreq9entemente terá a #oca seca e entrea#erta. Apresentará uma ausência total de reação mesmo quando su#metidos a fortes estímulos dos sentidos convencionais como tato, audição, visão e olfato. ao acordar, declara não se recordar de nada do que se passou. Apesar da amnésia p!s1hipn!tica, ele terá a#soluta certea de que estava em estado hipn!tico, e o que foi esquecido pelo su6eito agirá, de maneira inconsciente, no tempo oportuno, e pode constituir, em algumas circunst*ncias, magnífica alavanca terapêutica. A amnésia, em especial a sugerida, que atinge a e"ecução de ordens p!s1hipn!ticas com hora marcada, tem fornecido 15

demonstraç:es espetaculares da eficácia da hipnose, especialmente como recurso terapêutico. Jas #asta esclarecer aos pacientes que o clássico estado de inconsciência e conseq9entemente amnésia p!s1hipn!tica não são essenciais e que  6á não constituem requisito e critério de hipnose, e o paciente se recordará de tudo por que passou, ou uma #oa parte. Z Cugest:es altamente complicadas são aceitas e prontamente e"ecutadas> sensaç:es como alucinaç:es visuais e audíveis positivas e negativas durante o transe e mesmo p!s1hipn!ticas podem ser induidas> neste estado, o hipnotiado aceita as sugest:es p!s1hipn!ticas mais #iarras. Z K possível o controle das funç:es org*nicas &pulsação, pressão, digestão, ritmo da respiração, processos meta#!licos, etc.). Z A mem!ria funciona e"cepcionalmente, permitindo lem#rar vários fatos a muito esquecidos, possi#ilitando a regressão de idade com a#soluta precisão de lem#ranças de fatos mesmo que ocorridos na fase mais infantil. Z Cugest:es relativas à analgesia e, o que é mais importante, a anestesia p!s1 hipn!tica. $s indivíduos su#metidos ao transe profundo podem ser anestesiados p!s1hipnoticamente. $ hipn!logo, indicando a região a ser anestesiada, determina as condiç:es específicas como o dia, a hora ou local, quando a anestesia deve produir efeito. Assim poderá ser su#metido à intervenção médica1odontol!gica, independentemente de novo transe e na ausência do hipn!logo. A anestesia hipn!tica completa, além de ser um fenImeno clinicamente importante, é uma das provas mais convincentes do transe profundo. Z ="istem relatos de ocorrências dos fenImenos e"tra1sensoriais espont*neos ou sugeridos, tais comoD hiperestesia, telepatia etc. 0éto"os "e aproun"amento 4 Contagem regressi*a GJ a GD= Oou começar uma contagem de -4 até -... cada n8mero que eu contar... você vai aprofundar mais o transe... e quando eu chegar no n8mero -... você vai estar no nível de rela"amento mais profundo... que você conseguir chegar. -4 V Jais rela"ado... / V relaaaa"e... 2 V mais rela"ado ainda...  V mais rela"ado... 3... 0... S... Q... P... -... muito #em... 4 Esca"a com GJ an"ares= Lmagine uma escada na sua frente... com -4 degraus... ela é a sua escada... que vai te levar a um lugar onde as coisas são possíveis... 4 2raciona"a entran"o e sain"o "o transeD< Oocê instala o signo1sinal e tira ela do transe, diendo que toda ve que ela retornar, o transe será -4 vees mais profundo. = coloca novamente em transe... depois tira. Raça isso algumas vees até atingir um nível mais profundo. 16

4 R#pi"o, balan$an"o a cabe$a< Cegure sua testa e comece a rodar, suavemente. 7omece então com o aprofundamento onta'em ?e'ressi*a.

7EHIPNO5IA:FO

K a saída do transe. K importante despertar o su6eito para que ele saia do transe sentindo1se maravilhoso e energiado, feli e totalmente desperto &sem sono). ="D )uando eu contar de um a cincoA *oc& *ai sair do transe hipnótico !ou relaxamento", e *oltar ao Ba=ui e a'ora+A sentindo-se totalmente confortá*el, alerta e feliC. 1. Doc& está come#ando a sair do transe hipnóticoA . ;ua respira#%o come#a a *oltar ao normalA E. ;ua mente é clara e alertaA 4. ;eus olhos come#am a abrir eAA F. bra os olhos, totalmente despertoA sentindo-se muito bem. =sse foi s! um e"emplo. Use sua criatividade para tirar o su6eito do transe.

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IN79:ES RKPI7AS E INS5AN5LNEAS ="istem in8meras maneiras de guiar &induir) uma pessoa até o estado alterado de consciência &transe hipn!tico). As mais comuns são as induç:es por rela"amento muscular, onde vamos rela"ando o corpo da pessoa, através de sugest:es, e a mente fica completamente concentrada na nossa vo. =ssas técnicas são altamente eficaes, mas e"igem imaginação e concentração por parte do hipnotiado. = nem sempre eles tem essa concentração ou imaginação. Um outro fator negativo nesse tipo de indução é o tempo necessário pra pessoa entrar numa profundidade satisfat!ria no transe hipn!tico. ;ode1se levar de -4min a S4min para o transe acontecer. Oamos conhecer e praticar algumas técnicas de indução onde o su6eito entra em transe em menos tempo. =ssas técnicas são chamadas de Lnduç:es ápidas e Lnduç:es Lnstant*neas. IN79:FO RKPI7A Eemora entre -0seg e Pmin e pode ser gradual como as induç:es por rela"amento &em#ora mais rápida) ou não. IN79:FO INS5AN5LNEA Eemora menos de -0seg e é normalmente conseguida através de uma interrupção de padrão ou um %descolamento%. 2ACI/I5A7ORES Antes de entrarmos nas induç:es, vamos falar so#re alguns fatores importantes para o sucesso da utiliação da hipnose rápidaD RAPPOR5 (?apport é a capacidade de entrar no mundo de al'uém, faC&-lo sentir =ue *oc& o entende e =ue *oc&s t&m um forte la#o em comum. G a capacidade de ir totalmente do seu mapa do mundo para o mapa do mundo dele. G a ess&ncia da comunica#%o bem-sucedida.( nthonH ?obbins O que é rapport? $ dicionário ?he American Heritage define o rapport como @elação especialmente 8nica de confiança m8tua ou afinidade emocional. =ste é um #om começo, contudo não suficiente para faer o rapport atuar a seu favor.
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