_Antropometria

March 22, 2018 | Author: Marlon Urban Flores | Category: Anthropometry, Muscle, Human Factors And Ergonomics, Homo Sapiens, Science
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06/08/2011

ERGONOMIA

Antropometria

Antropometria e suas aplicações em situações de trabalho Definição, tabelas antropométricas e classificação

O que é antropometria?

Tabelas antropométricas 

A antropometria trata das medidas físicas (dimensões) de segmentos do corpo humano.

As tabelas antropométricas se referem a uma determinada população 

apresentam as dimensões do corpo, pesos e alcances dos movimentos;



importante observar que uma pessoa classificada como de estatura média pode ter os antebraços de uma pessoa baixa, cabeça de uma pessoa alta e assim por diante.

Exemplo comparativo 

Em projetos ergonômicos em geral são utilizadas tabelas antropométricas



Utilizada para averiguação da compatibilidade entre o homem, a máquina, o posto de trabalho...



Considera-se a “grande variabilidade das medidas humanas entre os diferentes indivíduos, entre os sexos e raças” (GRANDJEAN, 1998).



Em ergonomia trabalha-se com a parcela de 95% da população ou até mesmo 90%, chamada limite de confiança.

Comparação entre as medidas dos pés de europeus e brasileiros. Os brasileiros tê, relativamente, pés mais curtos e mais “gordos” (Lacerda, 1984) Fonte:IIDA, 1998

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“A figura mostra a postura e os pontos entre os quais deve ser feita a medida antropométrica do comprimento ombroombro-cotovelo.” (IIDA, 1998)

“Aparelho especialmente construído para medir o alcance das mãos.” (IIDA, 1998)

Classificação 

“modelo bidimensional articulado, usado para testar o dimensionamento de postos de trabalho.” (IIDA, 1998)

“Principais variáveis usadas em medidas antropométricas estáticas do corpo.” (IIDA, 1998)

Estática – É aquela em que as medidas se referem ao corpo parado ou com poucos movimentos (maior parte das tabelas) 

Norma alemã DIN 33402 de junho de 1981, Human Scale (EUA), Ergokit (INT) – Brasil.



As medidas antropométricas disponíveis de brasileiros não apresentam grandes discrepâncias em relação às tabelas estrangeiras (erro de 5% é tolerável).



OBS. : Não existe homem médio e sim homens que estão na média em relação à algumas variáveis. Deve-se utilizar os extremos (5% e 95%) para se adaptar os projetos para maioria.

“Principais variáveis usadas em medidas antropométricas estáticas do corpo.” (IIDA, 1998)

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Classificação 

Dinâmica – Medem os alcances dos movimentos e relacionam-se com a execução de tarefas específicas. 

para registrar os movimentos utilizam-se câmeras filmadoras e fotográficas, ou traçando-se em um quadro graduado os envoltórios de alcance.

“Principais variáveis usadas em medidas antropométricas estáticas do corpo.” (IIDA, 1998)

“Valores médios (em graus) de rotações voluntárias do corpo, na antropometria dinâmica.” (IIDA, 1998)

“Valores médios (em graus) de rotações voluntárias do corpo, na antropometria dinâmica.” (IIDA, 1998) 16

“Valores médios (em graus) de rotações voluntárias do corpo, na antropometria dinâmica.” (IIDA, 1998) 17

“Valores médios (em graus) de rotações voluntárias do corpo, na antropometria dinâmica.” (IIDA, 1998) 18

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Biomecânica

Trabalho muscular estático e dinâmico, posturas e análise da postura do corpo, aplicações de froça, levantamento e transporte manual de cargas “Valores médios (em graus) de rotações voluntárias do corpo, na antropometria dinâmica.” (IIDA, 1998) 19

Conceito

Objetivo 

A Biomecânica Ocupacional estuda as interações entre o trabalho ao homem sob o ponto de vista dos movimentos músculo-esqueléticos envolvidos nas tarefas e as suas conseqüências.

Para alcançar seu objetivo, evitando tensões musculares e fadiga, a biomecânica ocupacional preocupa-se com fatores relevantes como: 

O trabalho muscular estático ou dinâmico



Posturas corporais



Aplicação de força

Trabalho muscular 

Trabalho muscular dinâmico (trabalho trabalho rítmico rítmico) caracteriza-se por uma seqüência rítmica de contração e extensão (tensionamento e afrouxamento) da musculatura em trabalho.



Trabalho muscular estático (trabalho trabalho postural postural) – caracterizase por um estado de contração prolongada da musculatura, o que geralmente implica um trabalho de manutenção postural.

“O músculo opera em condições desfavoráveis de irrigação sangüínea durante o trabalho estático, com a demanda superando o suprimento, enquanto há equilíbrio entre a demanda e o suprimento durante o repouso e o trabalho dinâmico.” (IIDA, 1998) 23

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100%

182%

241%

Consumo de oxigênio

Postura estática na atividade de peneiração de areia areia. . (GRANDJEAN, 1998)

Efeito do trabalho muscular estático no carregamento da pasta escolar no consumo de energia. (GRANDJEAN, 1998)

Posturas do corpo 

Em repouso ou trabalho, basicamente 3 posturas: 

deitada



sentada



de pé

Distribuição dos esforços musculares Parte do corpo

+ 45 pulsos de trabalho

+ 31 pulsos de trabalho

Tempo = 30 min

Esforço estático no braço esquerdo durante o trabalho de plantio de batatas. O uso de uma cinta alivia o trabalho estático do braço esquerdo. (GRANDJEAN, 1998)

Postura DEITADA 

Não há concentração de tensão em qualquer parte do corpo: 





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Sangue flui livremente para todas as partes do corpo – auxilia na eliminação dos resíduos do metabolismo e as toxinas dos músculos, provocadores da fadiga. Postura mais recomendada para o repouso e a recuperação da fadiga. No trabalho, a cabeça sem apoio pode tornar-se fatigante (musculatura do pescoço).

% do peso total

Cabeça

6 a 8%

Tronco

40 a 46%

Membros superiores

11 a 14%

Membros inferiores

33 a 40%

Postura SENTADA 

Exige atividade muscular do dorso e do ventre para a manutenção da postura: 

A maior parte do peso do corpo é suportado pela pele que cobre o osso ísquio, nas nádegas.



Consumo de energia 3 a 10% maior que na horizontal.



Postura ligeiramente para a frente é mais natural e menos fatigante que a postura ereta.



O assento deve permitir mudanças de postura para adiar o aparecimento da fadiga.

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Posto de trabalho informatizado

Fonte: IIDA (2005).

Tuberosidades isquiáticas

Fonte: Brandimiller (2001, p. 16)

Postura DE PÉ 

Altamente fatigante por exigir excessivo trabalho estático da musculatura envolvida para manter essa posição: 

Maior resistência para bombeamento do sangue (coração).



Pessoas que executam trabalho dinâmicos em pé, costumam apresentar menos fadiga que aquelas que permanecem estáticas ou com pouca movimentação.

sacro ísquios

pubis

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posto móvel

POSTURA 

Em pé



Sentado sem encosto

Músculos extensores do dorso



Assento muito alto

Parte inferior das pernas, joelhos e pés



Assento muito baixo

Dorso e pescoço



Braços esticados

Pegas inadequadas de ferramentas 

posto fixo

RISCO DE DORES Pés e pernas (varizes)

posto de trabalho em pé

trabalho pesado

posto com selim para apoio

trabalho leve

sem espaço para as pernas

posto com selim para apoio

Ombros e braços Antebraços

com espaço para as pernas

muitos levantamentos

poucos levantamentos

(mais de 10/hora)

(até 10/hora)

posto de trabalho em pé

posto de trabalho sentado

“Roteiro para selecionar a postura básica.” (DUL & WEERDMEESTER, 1998)

tipo de trabalho

Localização das dores no corpo, provocadas por posturas inadequadas

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Aplicações de FORÇAS 

Aplicações de FORÇAS

Os movimentos apresentam característica relacionadas com a precisão, o ritmo, movimentos retos e terminações.

ritmo • os movimentos devem ser suaves, curvos e rítmicos • acelerações rápidas ou mudanças bruscas de direção são fatigantes, porque exigem maiores contrações musculares

Precisão

movimentos retos

• realizados com as pontas dos dedos • tende-se a substituir o movimento dos dedos (quando fatigados) pelos movimentos de punho, cotovelo e ombros, com progressiva perda da precisão

• por ser constituído de alavancas em torno das articulações, o corpo apresenta tendência natural para executar movimentos curvos • exigem complexa integração dos movimentos de diversas juntas

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Aplicações de FORÇAS

Transmissão de movimentos de FORÇAS 

Empurrar e puxar – depende de fatores diversos como a postura, dimensões antropométricas, sexo, atrito entre o sapato e o chão e outros.



Alcance vertical – os músculos dos ombros e do bíceps se fatigam rapidamente quando o braço é mantido na posição elevada (acima dos ombros), podendo aparecer dores provocada por tendinite dos bíceps, especialmente em trabalhadores com menor mobilidade nas juntas.



Alcance horizontal – no alcance horizontal, com peso nas mãos, devido à distância relativamente grande da carga em relação ao ombro, há maior solicitação do ombro para contrabalançar o momento criado pelo peso.

terminações • os movimentos que exigem posicionamentos precisos, com acompanhamento visual, são difíceis e demorados • sempre que possível devem ser terminados em um posicionamento mecânico, como no caso da mão batendo contra um anteparo ou botões e alavancas que têm posições discretas de paradas (limitadores ou marcações)

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Atenção! 

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Levantamento e transporte manual de cargas

Os braços têm pouca resistência em manter cargas estáticas, tanto no alcance horizontal quanto no vertical.

“Tempos médios para aparecimento de dores nos ombros, em função do alcance vertical dos braços e dos pesos sustentados.” (CHAFFIN, 1973 apud IIDA, 1998) 41

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Levantamento de carga

Manter o dorso reto Evitar curvatura do dorso

CERTO

ERRADO

“Tempos médios para aparecimento de dores nos ombros, em função da distância horizontal dos braços para a frente e dos pesos sustentados.” (CHAFFIN, 1973 apud IIDA, 1998)

“Toda carga sobre a coluna vertebral deve ser colocada na direção do seu eixo (vertical), para se evitar componentes de forças perpendiculares ao mesmo.” (IIDA, 1998)

Transporte manual de carga

Carga na vertical

Carga simétrica

Carga próxima do dorso

Uso de meios auxiliares

“Recomendações para o transporte de cargas, para se evitar o aparecimento de componentes de forças prejudiciais à coluna.” (IIDA, 1998)

TENSÃO NAS COSTAS:

450 N

700 N

950 N

“Ao aumentar a distância entre as mãos e o corpo há um aumento da tensão nas costas.” (DUL & WEERDMEESTER, 1998)

“Exemplos de equipamentos para levantamento e transporte de cargas.” (DUL & WEERDMEESTER, 1998)

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