Antonio Rubens - Monografia XXI CEEST

May 21, 2019 | Author: Antonio Rubens Baran Junior | Category: Chi Squared Distribution, Combustion, Fires, Heat, Fuels
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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO

ANTONIO RUBENS BARAN JUNIOR

ANÁLISE DO SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO DE UM CONDOMÍNIO RESIDENCIAL

MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAÇÃO

CURITIBA 2012

ANTONIO RUBENS BARAN JUNIOR

ANÁLISE DO SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO DE UM CONDOMÍNIO RESIDENCIAL

Monografia apresentada para obtenção do título de Especialista no Curso de Pós Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho, Departamento de Construção Civil, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, UTFPR. Orientador: Prof. Dr. Adalberto Matoski.

CURITIBA 2012

ANTONIO RUBENS BARAN JUNIOR

ANÁLISE DO SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO DE UM CONDOMÍNIO RESIDENCIAL

Monografia aprovada como requisito parcial para obtenção do título de Especialista no Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho, Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, pela comissão formada pelos professores:

Banca: _____________________________________________ Prof. Dr. Rodrigo Eduardo Catai Departamento Acadêmico de Construção Civil, UTFPR.

____________________________________________ Prof. Dr. Adalberto Matoski (Orientador) Departamento Acadêmico de Construção Civil, UTFPR.

____________________________________________ Prof. Msc. Massayuki Mário Hara Departamento Acadêmico de Construção Civil, UTFPR.

Curitiba 2012 “O termo de aprovação assinado encontra-se na Coordenação do

AGRADECIMENTO Agradeço a oportunidade que tive ao fazer este curso, ao apoio emocional e sentimental de minha esposa, aos meus pais, aos professores do curso pelo conhecimento transmitido e a Deus.

RESUMO O presente estudo teve como objetivo verificar se os moradores de um condomínio residencial localizado em Curitiba possuem conhecimentos suficientes sobre os equipamentos de proteção contra incêndio instalados no edifício. Sejam eles equipamentos de proteção passivos ou ativos. Esta verificação foi realizada através de uma pesquisa de levantamento com amostra da população acessível selecionada de forma aleatória simples, utilizando questionário, com o responsável de cada apartamento, que aceitaram responder a pesquisa. Com as respostas foi montada uma tabela de distribuição de frequências com as respostas obtidas, afim de facilitar a visualização e interpretação dos resultados, a qual mostrou que 71,14% dos pesquisados não conheciam ao menos um dos equipamentos de proteção contra incêndio, também foi feita uma correção no erro amostral devido a recusa de alguns moradores de responder ao questionário e devido alguns apartamentos estarem desocupados no momento da pesquisa, ficando o erro amostral final da pesquisa em 5,87%. Buscando a complementação do estudo também foi efetuado um teste de associação pelo método do quiquadrado e coeficiente de contingência para verificar se a escolaridade dos entrevistados influenciava em suas respostas, obtendo-se em todos os casos a probabilidade esperada do teste qui-quadrado foi superior a 10%, ficando acima do nível de significância de 5%, aceitando-se assim a hipótese nula, no caso do coeficiente de contingência, em todos os testes, o valor calculado tendia a zero, evidenciando assim que as variáveis são independentes, fazendo com que não possamos afirmar com certeza que a escolaridade influencia nas respostas da pesquisa. Outro ponto observado é que o condomínio possui hidrantes, extintores, iluminação de emergência, placas indicativas e portas corta-fogo, porém o edifício não possui um plano de emergência e nem funcionários e moradores devidamente treinados e preparados para agirem em situações de emergência. Palavras-chaves: Incêndio. Proteção. Pesquisa.

ABSTRACT The present study aimed to determine whether residents of a residential condominium located in Curitiba have sufficient knowledge of fire protection equipment installed in the building. Protective equipment they are passive or active. This check was performed by a research survey with a sample of the accessible population selected by simple random sampling, using a questionnaire, with the head of each apartment, which agreed to answer the survey. With the responses was fitted with a frequency distribution table with the answers, in order to facilitate visualization and interpretation of results, which showed that 71.14% of respondents did not know at least one fire protection equipment, was also made a correction in the sampling error due to the refusal of some residents to answer the questionnaire and because some apartments were unoccupied at the time of research, getting the final sampling error of 5.87% research. Searching the completion of the study was also carried out a test of association by the method of chi-square and contingency coefficient to verify that the schooling of respondents influenced in their responses, yielding in all cases the expected probability of the chi-square test was more than 10%, above the level of significance 5%, thus accepting the null hypothesis in case of the contingency coefficient in all tests, the calculated value tending to zero, thus showing that are independent variables, so that we can not say with certainty that schooling influences in the survey responses. Another note is that the condo has fire hydrants, fire extinguishers, emergency lighting, signposts and fire doors, but the building does not have an emergency plan for employees and residents and not properly trained and prepared to act in emergency situations. Keywords: Fire. Protection. Research.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Tetraedro do fogo .................................................................................................... 12

LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Classificação dos tipos de extintores de acordo com o agente extintor.................. 15 Tabela 2 – Distribuição de frequências da pesquisa sobre o conhecimento dos moradores dos equipamentos de proteção contra incêndio ............................................................................... 23 Tabela 3 – Teste qui-quadrado Sistema de Proteção ................................................................ 24 Tabela 4 – Teste qui-quadrado Extintor ................................................................................... 25 Tabela 5 – Teste qui-quadrado Hidrante .................................................................................. 25 Tabela 6 – Teste qui-quadrado Portas Corta-Fogo ................................................................... 26 Tabela 7 – Teste qui-quadrado Antecâmara ............................................................................. 27 Tabela 8 – Teste qui-quadrado Plano de emergência ............................................................... 27

SUMÁRIO 1

INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 9

1.1

OBJETIVO GERAL .................................................................................................... 9

1.2

OBJETIVO ESPECÍFICO ........................................................................................... 9

1.3

JUSTIFICATIVAS .................................................................................................... 10

2

REVISÃO DA LITERATURA ............................................................................... 11

2.1

FOGO E INCÊNDIO ................................................................................................. 11

2.1.1

Formas de Extinção do Fogo................................................................................... 12

2.1.2

Classificação do fogo ................................................................................................ 13

2.2

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO ........................................................................ 14

2.2.1

Extintores .................................................................................................................. 14

2.2.1.1

Quanto ao Uso ........................................................................................................ 14

2.2.1.2

Recarga ................................................................................................................... 14

2.2.1.3

Tipo de Pressurização............................................................................................. 15

2.2.1.4

Classe de Fogo ....................................................................................................... 15

2.2.1.5

Capacidade de Extinção ......................................................................................... 15

2.2.1.6

Tipos de Extintores................................................................................................. 15

2.2.2

Hidrantes .................................................................................................................. 16

2.2.3

Porta corta-fogo ....................................................................................................... 16

2.2.4

Sistema de Iluminação de Emergência .................................................................. 16

2.2.5

Sistema de Alarme e Detecção de Incêndios .......................................................... 16

2.2.6

Saídas de Emergência .............................................................................................. 16

2.3

MEDIDAS DE PROTEÇÃO ..................................................................................... 16

2.4

NR-23......................................................................................................................... 17

2.5

LEGISLAÇÃO DO CORPO DE BOMBEIROS....................................................... 18

3

METODOLOGIA .................................................................................................... 19

3.1

PLANEJAMENTO DA PESQUISA ......................................................................... 19

3.2

ANÁLISE DOS DADOS........................................................................................... 20

3.2.1

Teste de associação ................................................................................................... 20

3.2.2

Coeficiente de contingência ..................................................................................... 21

3.3

EXECUÇÃO DA PESQUISA ................................................................................... 21

4

RESULTADOS ........................................................................................................ 22

4.1

TESTE QUI-QUADRADO E COEFICIENTE DE CONTINGÊNCIA ................... 24

5

CONCLUSÕES ........................................................................................................ 29

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 30 APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO ...................................................................................... 33 APÊNDICE B – APARTAMENTOS PESQUISADOS ...................................................... 34 ANEXO A – TABELA QUI-QUADRADO .......................................................................... 37 ANEXO B – LISTA DE NÚMEROS RANDÔMICOS ....................................................... 38

9

1

INTRODUÇÃO Os sistemas de proteção contra incêndio em condomínios residenciais são construídos

seguindo os requerimentos do corpo de bombeiros, porém nada adianta se ter todos os equipamentos instalados se as pessoas que ali residem não possuem conhecimento suficiente para poder utilizar os equipamentos disponíveis. Todos os incêndios começam pequenos (exceto explosões) e se não forem combatidos em seu princípio podem causar grandes danos, sejam materiais ou a vida das pessoas atingidas (CAMILLO, 2008). Porém para poder combater o incêndio se torna indispensável saber o que é fogo, como ele surge, e principalmente como combatê-lo sem colocar a vida do combatente em risco. Além disso, é preciso ter conhecimento dos equipamentos disponíveis para se combater o fogo, pois nada adianta se ele não for adequado à classe de fogo. Outro fator importante é que devido a Instrução Normativa Receita Federal do Brasil (RFB) no  1.183 de 19 de Agosto de 2011, os condomínios são obrigados a possuir CNPJ, tornando-se uma empresa, sujeita as Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho, entre elas a NR-23 que trata justamente sobre proteção contra incêndio. Considerando essas legislações o presente trabalho visa fazer um levantamento estatístico em um condomínio residencial, afim de verificar se os moradores possuem conhecimento sobre a correta utilização dos meios de combate a incêndio e rotas de fuga já que tanto NR-23 e o novo Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico (CSCIP) do corpo de bombeiros exigem pessoas treinadas, viabilizando o combate ao fogo até a chegada dos Bombeiros. Outra questão que poderá ser visualizada ao final da pesquisa é se a escolaridade dos pesquisados pode ter correlação com o conhecimento sobre o sistema de proteção contra incêndio. 1.1

OBJETIVO GERAL O objetivo geral deste trabalho é verificar a adequação do Sistema de Proteção de

Incêndio em um condomínio residencial em Curitiba quanto a Norma NR23 e Norma do Corpo de Bombeiros. 1.2

OBJETIVO ESPECÍFICO Os objetivos específicos são:

10



Determinar se as pessoas que residem neste condomínio tem conhecimento de como se deve utilizar o Sistema de Proteção de Combate de Incêndio, através de levantamento estatístico.



Incitar a administração do Condomínio quanto à importância de Prevenção Contra Incêndio.

1.3

JUSTIFICATIVAS Com a nova CSCIP do Corpo de Bombeiros e mesmo para se atender a NR-23 é

necessário ter pessoas treinadas e aptas à agir em situações de emergência, isso pode ser visto melhor em empresas de grande porte, que possuem brigada de incêndio, com treinamento de evacuação e emergência. Porém quando se observa condomínios residenciais não se vê esta prática. A fim de se facilitar possíveis treinamentos, ou mesmo a formação de uma brigada de incêndio, obrigatória na CSCIP é necessário se ter uma noção sobre o conhecimento nesta área dos moradores do condomínio.

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2

REVISÃO DA LITERATURA Os sistemas de combate a incêndio (SCI) começaram a serem instalados em edifícios

comerciais para que se adequassem na Norma Regulamentadora 23 (BRASIL, 2011) sobre Proteção Contra Incêndios do Ministério do Trabalho, porém em edifícios residenciais os SCI são instalados como requisitos do Corpo de Bombeiros para retirar o Habit-se do imóvel, liberando assim o edifício para ocupação dos moradores. No entanto, condomínios que se enquadrem no artigo 1332 da Lei 10.406 de 10 de Janeiro de 2002, ou seja condomínios registrados em cartório, com discriminação e individualização das partes de propriedade exclusiva das partes comuns, determinação da fração ideal de cada unidade em relação ao terreno, as partes comuns e o fim para que se destinam, ficam obrigadas a possuírem inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), de acordo com a Instrução Normativa Receita Federal do Brasil (RFB) no 1.183 de 19 de agosto de 2011. Portanto, para que um condomínio possa de fato manter relações com terceiros ou então contratar funcionários é imprescindível que ele possua CNPJ (OLIVA, 2009). Então podemos dizer que um condomínio que possua CNPJ funciona de modo similar a uma empresa, já que pode contratar funcionários ou serviços de terceiros, deste modo como possuem trabalhadores em suas dependências, deve se enquadrar na NR-23. 2.1

FOGO E INCÊNDIO O homem desde que aprendeu a controlar o fogo utiliza a seu favor, para cozer

alimentos, fundir metais e muitas outras utilizações. Porém quando esse mesmo fogo foge do seu controle e passa a destruir, se torna um incêndio (BUENO, 1991). O fogo é uma ação que transforma quimicamente materiais combustíveis e inflamáveis, que quando no estado líquido ou sólido sofrerão primeiramente a transformação para o estado gasoso, a partir dai quando combinado com o comburente e ativados por uma fonte de calor, iniciam uma reação em cadeia gerando mais calor (CAMILLO JR., 2008). Os elementos que compõe o fogo são quatro – combustível, comburente, calor e reação em cadeia – formando o tetraedro do fogo, onde cada uma das faces representa um elemento (SEITO et al. 2008).

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Figura 1 – Tetraedro do fogo Fonte: Camillo, 2008 Para que haja fogo, é preciso de um combustível, quando atingem seu ponto de fulgor e combustão origina gases inflamáveis, que em contato com o comburente (normalmente oxigênio), é necessário somente uma fonte de calor para inflamar e iniciar uma reação em cadeia (CAMILLO JR., 2008). Desta forma sempre que um combustível em contato com o oxigênio encontra uma fonte de calor, transmitido por meio da irradiação, convecção ou condução em quantidade suficiente o combustível inflamará (LUZ NETO, 1995). Os incêndios atingem a todos, independente de cor, raça, credo, condição social e econômica e na maioria das vezes causam grandes destruições, com perdas e danos irrecuperáveis (ONO, 2004). Exemplo disso são os incêndios dos edifícios Andraus (1972) e Joelma (1974) em São Paulo, que teve como resultado um grande número de vítimas afetadas diretamente por esses incêndios, não somente as que morreram, mas também as que tiveram suas vidas afetadas, danos psicológicos entre outras consequências (SEITO et al. 2008). Por isso deve-se evitar os incêndios já na fase de prevenção da segurança contra incêndios, pois além dos sistemas de proteção contra incêndio, é necessária a educação das pessoas (PEREIRA, 2009).

2.1.1 Formas de Extinção do Fogo Como visto para se ter fogo é necessário ter combustível, comburente e calor, retirando-se um desses vértices do tetraedro extingue-se o fogo, portanto as formas de extinção do fogo se baseiam na retirada de um ou mais destes componentes através dos

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métodos a seguir descrito por (CAMILLO JR., 2008; SECRETARIA DE ESTADO DA DEFESA CIVIL, 2005): •

Resfriamento: Consiste na retirada do calor do fogo até que sua temperatura fique abaixo do ponto de combustão. Trata-se do método mais utilizado, consiste em se jogar água nas chamas causando assim o resfriamento e eliminando o componente calor do tetraedro do fogo.



Abafamento: Retira-se o comburente evitando assim o contato do oxigênio com o combustível, impossibilitando assim a formação de uma mistura inflamável.



Extinção química: Consiste na extinção do fogo através da inibição da reação química em cadeia, como por exemplo a extinção por pó químico.



Retirada do material: Se o combustível for retirado, o fogo não será alimentado evitando que tenha um campo de propagação.

2.1.2 Classificação do fogo Os tipos de fogo são classificados em classes, a fim de adequar o agente extintor ao tipo de fogo (CAMILLO JR., 2008; SEITO et al. 2008): •

Fogo classe A: é o fogo em combustíveis sólidos que queimam em superfície e profundidade e deixam resíduos como resultado da sua queima. Utiliza-se o resfriamento para sua extinção.



Fogo classe B: é o fogo em combustíveis líquidos ou gasosos, queimam somente em superfície não deixando resíduos. Pode-se utilizar agentes extintores que tenham capacidade de interromper a reação em cadeia, ação abafadora ou a aplicação do método da retirada do material combustível.



Fogo classe C: é o fogo envolvendo instalações elétricas ou equipamentos energizados, apresentam risco a pessoa que executará a extinção, somente sendo permitido agentes extintores não condutores de energia elétrica.



Fogo classe D: é o fogo em metais pirofóricos, no qual os agentes químicos são especiais para cada tipo de metal.

Os agentes extintores são todos os materiais capazes de provocar uma descontinuidade na reação química do fogo. A água é o agente extintor mais utilizado, mais completo e que proporciona a melhor absorção do calor. Os outros agentes utilizados com frequência são: pó químico, gás carbônico (CO2) e espuma mecânica.

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2.2

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO

2.2.1 Extintores Extintores são aparelhos acionados manualmente, constituído de recipiente e acessórios, destinados a combater princípios de incêndio (ABNT, 2006). Os extintores são classificados de acordo com sua destinação e emprego que dependerá do agente extintor contido em seu interior, cujo principais são (CAMILLO JR., 2008): •

Água pressurizada;



Espuma química ou mecânica;



Pó químico a base de bicarbonato de sódio;



Gás carbônico (CO2).

Segundo a ABNT NBR 10721 (ABNT, 2006), os extintores podem ser classificados de acordo com as características abaixo: •

Quanto ao uso;



Recarga;



Tipo de pressurização;



Classe de fogo;



Capacidade de extinção



Tipos de extintores

2.2.1.1 Quanto ao Uso Os extintores podem ser classificados em: •

Não portáteis: são extintores com peso total superior a 20kg que possuem rodas e é operado por uma única pessoa;



Portáteis: são extintores com peso total inferior a 20kg que podem ser transportados manualmente.

2.2.1.2 Recarga Os extintores com até 1kg de carga do tipo pó químico, podem ser descartáveis e quando possuir carga superior a 1kg devem ser recarregáveis, conforme fabricante.

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2.2.1.3 Tipo de Pressurização Os tipos de pressurização podem ser: •

Direta: O agente extintor e o gás expelente se encontram no mesmo recipiente e estão em pressurização permanente;



Indireta: Contém um recipiente para o agente extintor e outro para o gás expelente e são pressurizados durante o seu uso.

2.2.1.4 Classe de Fogo São de acordo com as classes de fogo apresentadas anteriormente. 2.2.1.5 Capacidade de Extinção É a classificação de acordo com a capacidade de extinção de acordo com o tamanho do fogo e a classe de incêndio. Podem ser classificados nas classes A, B, C e D, acompanhados de um número, onde o número indica a capacidade de extinção e a letra indica a classe do fogo. 2.2.1.6 Tipos de Extintores São classificados de acordo com o agente extintor, conforme tabela 1.

Tabela 1 – Classificação dos tipos de extintores de acordo com o agente extintor. Agentes Extintores Classe do fogo

Água

Espuma Mecânica

Dióxido de





Carbono

Químico

Químico

(CO2)

(BC)

(ABC)

Halogenados

A

(A)

(A)

(NR)

(NR)

(A)

(A)

B

(P)

(A)

(A)

(A)

(A)

(A)

C

(P)

(P)

(A)

(A)

(A)

(A)

D

Deve ser verificada a compatibilidade entre agente extintor e metal combustível.

(A) apropriado, (NR) não recomendado, (P) proibido.

Fonte: SEITO et al. 2008.

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2.2.2 Hidrantes Os hidrantes são um sistema fixo para combate de incêndio em seu estágio inicial até a chegada do corpo de bombeiros. São ligados a rede hidráulica do edifício e devem apresentar vazão compatível com o local que protegem. Os ocupantes do edifício devem saber como utilizar o sistema para um melhor desempenho (SEITO et al. 2008).

2.2.3 Porta corta-fogo São portas instaladas na antecâmara e escadas do edifício, e tem como função impedir ou retardar a propagação do fogo, calor e gases, de um ambiente para outro. Possui quatro classes de classificação: P-30, P-60, P-90 e P-120, onde P-30 tem resistência mínima ao fogo de 30 minutos e P-120 tem resistência mínima ao fogo de 120 minutos (ABNT, 2003).

2.2.4 Sistema de Iluminação de Emergência Sistema de iluminação que tem por objetivo iluminar ou clarear áreas de passagem, na ocasião da falta de iluminação normal (ABNT, 1999).

2.2.5 Sistema de Alarme e Detecção de Incêndios O sistema de detecção de incêndio, consiste em sensores capazes de detectar o inicio do fogo de diversas maneiras (detecção de temperatura, fumaça ou chama) tem por objetivo disparar automaticamente o sistema de alarmes, cuja a função é alertar as pessoas de que devem evacuar o local (ABNT, 1998).

2.2.6 Saídas de Emergência São consideradas saídas de emergência todo caminho contínuo protegido por portas, que deve ser utilizado em caso de emergência, conduzindo as pessoas para um local seguro e protegido do incêndio (ABNT, 2001). 2.3

MEDIDAS DE PROTEÇÃO A forma construtiva empregada pela engenharia civil é herdada da cultura ibérica,

onde se utiliza a alvenaria, que possui boa resistência ao fogo, porém nas novas tecnologias empregadas na estrutura e acabamentos das construções que estão os problemas na proteção contra incêndios (SEITO et al. 2008). Para garantir a segurança contra incêndio, pode-se classificar as medidas que devem ser tomadas em medidas de prevenção e de proteção. A prevenção consiste em todas as

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medidas tomadas que se destinam a prevenir o início do incêndio, já as medidas de proteção tem como objetivo garantir a proteção à vida e ao patrimônio na ocorrência de um incêndio (SEITO et al. 2008). As medidas de proteção podem ser classificadas de acordo com os autores (LEITE, 2009; ONO, 2007; BERTO, 1991): Passiva: são medidas de proteção que são projetadas e implementadas durante



a construção do edifício, que visam evitar o colapso estrutural, a propagação do fogo e garantindo um caminho seguro de fuga. Ativas: são as medidas de proteção que complementam as medidas passivas,



porém é necessária uma ação para que funcionem, ou seja, precisa de acionamento manual por uma pessoa treinada, ou acionamento automático através de sensores. Normalmente durante o funcionamento normal da edificação, essas medidas não exercem função alguma. 2.4

NR-23 A NR-23, norma que regulamenta a proteção contra incêndio em empresas, especifica

que todas as empresas deverão possuir: •

Proteção contra incêndio;



Saídas de Emergência;



Equipamentos suficientes para combater o fogo em seu início;



Pessoas adestradas no uso correto desses equipamentos.

Como pode ser visto, os condomínios devido se enquadrarem nas normas do Corpo de Bombeiros, automaticamente já possuem os três primeiros itens, porém não se garante que existam pessoas treinadas para que quando seja identificado um princípio de incêndio às seguintes ações sejam tomadas: •

Acionamento do sistema de alarmes;



Chamar imediatamente o Corpo de Bombeiros;



Desligar máquinas e aparelhos elétricos, quando não apresentar riscos adicionais;



Atacar o fogo o mais rápido possível.

Além disto, a NR-23 faz menção à exercícios de alerta que devem ser feitos periodicamente.

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2.5

LEGISLAÇÃO DO CORPO DE BOMBEIROS O Corpo de Bombeiros possui uma legislação especifica que deve ser cumprida por

todos independente do tipo de ocupação (residencial, comercial ou industrial), onde somente construções residenciais unifamiliares não estão obrigadas a cumprir o CSCIP. Para edifícios que ficam obrigados a cumprir o CSCIP e de acordo com sua classificação, tem-se uma série de requisitos que são elaborados na fase de projeto do edifício onde para edifício de habitação multifamiliar são: •

Acesso de Viaturas no Edifício;



Segurança estrutural contra incêndio;



Compartimentação vertical (obrigatório dependendo da altura do edifício);



Controle de materiais de acabamento (obrigatório dependendo da altura do edifício);



Saídas de emergência;

Além destes requisitos acima, para se obter o laudo atestando a conformidade do edifício são necessárias ainda as seguintes medidas: •

Sistema de alarme;



Sistema de iluminação de emergência;



Sinalização de emergência;



Sistemas de hidrantes;



Sistema de proteção por extintores;

A CSCIP considera ainda que em habitações multifamiliar (condomínios) é necessário se ter brigada de incêndio, composta por 80% dos funcionários, acrescida de mais um morador por andar, com treinamento básico.

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3

METODOLOGIA Toda pesquisa em uma população deve ter uma metodologia que consiste no

planejamento da pesquisa, execução da pesquisa, análise dos dados e resultados. 3.1

PLANEJAMENTO DA PESQUISA O planejamento da pesquisa é a parte onde se demanda maior atenção, pois é preciso

definir uma série de parâmetros, como por exemplo erro amostral, tamanho da amostra, tipo de pesquisa, entre outros. Sendo um passo muito importante para a confiabilidade da pesquisa. O objetivo da pesquisa é saber se os moradores do condomínio residencial sabem utilizar os elementos de proteção contra incêndio. A pesquisa será do tipo de levantamento, em uma amostra da população acessível através da aplicação de um questionário a uma pessoa responsável pelo imóvel. A população alvo são todos os apartamentos do condomínio, já a população acessível, são todas as pessoas que definitivamente estão residindo no edifício. As variáveis pesquisadas serão: conhecimento sobre o uso de extintores, hidrantes, portas corta fogo, ante câmaras, aceitação de treinamento e escolaridade, sendo que somente a última será do tipo quantitativa e o restante qualitativa. A amostragem será feita da forma aleatória simples, selecionados através de uma lista de números aleatórios variando de cem até dois mil, totalizando dez mil números. O tamanho da amostra será definido de acordo com a equação (1). (1) Onde: n=Número de elementos da amostra. N=Número de elementos da população. Onde o n0 é dado pela equação (2). (2) Sendo que E0 é o erro amostral tolerável, o valor a ser utilizado é 3%. Sendo que a população alvo é de 264 apartamentos, porém a população acessível são 172 apartamentos que estão definitivamente ocupado, então o tamanho da nossa amostra será de 149 apartamentos, ou seja aproximadamente 87% da população acessível.

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3.2

ANÁLISE DOS DADOS O processo de análise dos dados se dará através da apresentação em tabelas de

distribuição de frequência, cujo objetivo é facilitar a visualização dos dados coletados. Por fim será executado testes de associação e coeficiente de contingência, para se verificar se a escolaridade influência nas respostas dadas quanto ao conhecimento do modo correto de utilização dos equipamentos de proteção contra incêndio.

3.2.1 Teste de associação As variáveis que serão utilizadas não podem ser mensuradas numericamente, mas só podem ser alocadas em categorias preestabelecida, resultando em dados categorizados. O teste de associação é utilizado para verificar se o conhecimento de uma variável altera a probabilidade de algum resultado da outra. Um dos testes mais antigos utilizados é o qui-quadrado, que permite testar a significância da associação entre duas variáveis. No teste de associação de variáveis, devemos formular as hipóteses, que é constituída da hipótese nula (H0) e a hipótese alternativa (H1), onde H0  é a negação do que se deseja provar e H1 é aquilo que se deseja provar, onde elas podem ser formuladas como: H0: As duas variáveis são independentes. H1: Existe associação entre as duas variáveis. O teste do qui-quadrado funciona como uma medida da distância entre as frequências observadas e as frequências esperadas que são calculadas pela fórmula (3), em seguida calcula-se o qui-quadrado com a fórmula (4) que contempla a correção para tabelas 2x2.

(3) (4) (5) Onde: O: Representa a frequência observada na célula E: Representa a frequência esperada na célula. gl: Grau de Liberdade.

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l: Número de linhas. c: Número de colunas. Com o resultado do qui-quadrado e com o grau de liberdade (5), é achado assim a probabilidade esperada. Quando os dados levam a um qui-quadrado muito grande, a probabilidade esperada é pequena, rejeitando assim H0, porém se o qui quadrado é pequeno, consequentemente a probabilidade esperada é grande, então H0 não é rejeitado.

3.2.2 Coeficiente de contingência O coeficiente de contingência é usado para medir o grau de associação em uma tabela de contingência, dado pela equação (6). (6) Onde: C*: Coeficiente de contingência. k: Menor da dimensão da tabela. n: número de elementos da tabela. O valor de C* sempre estará contido no intervalo de zero a um, onde zero significa que as variáveis não possuem associação e um indica uma associação perfeita. Valores tendendo a zero indicam uma fraca associação e valores tendendo a um significam uma forte associação. 3.3

EXECUÇÃO DA PESQUISA A execução da pesquisa, é o momento em que se executa toda a parte do planejamento

referente a coleta de dados. Será feita com um responsável de cada apartamento selecionado. A pesquisa será realizada no período de 15 de outubro a 15 de dezembro de 2011 de sábado a quinta, uma vez ao dia em vinte apartamentos por dia, tomando-se o cuidado de verificar se os apartamentos continuavam desocupados ou se os que se recusaram responder tinham interesse em responder o questionário. Após esta etapa ser concluída, será feita a análise dos dados, montando-se a tabela de frequências e realizando-se os testes qui-quadrado e coeficiente de contingência.

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4

RESULTADOS O condomínio residencial possui em todos os seus andares, inclusive halls e garagens,

extintores, hidrantes, iluminação de emergência e alarme, corretamente indicados com placas. Contudo o edifício não conta com um plano de emergência e nem com funcionários devidamente treinados para situações de emergência, faltando somente se os moradores possuem conhecimento suficiente para atuar no inicio de um incêndio. Com o resultado da pesquisa, deve-se fazer ajustes nos parâmetros iniciais afim de se garantir a aleatoriedade, devido as pessoas que se recusaram a responder ou devido o apartamento selecionado estar vazio, e estes não podem ser substituídos, o que acarretará em um erro amostral superior ao erro inicial de 3%. Analisando-se os resultados na tabela (2), pode-se ver que 67,44% dos entrevistados possuem ensino superior e 6,04% ensino médio. Fica evidente pelos dados que a grande maioria não possui conhecimentos sobre a maneira correta de utilizar e para que serve os equipamentos que compõe o sistema de proteção contra incêndio. Quanto ao plano de emergência, inexistente no condomínio, apenas duas pessoas responderam que sabem da sua existência, evidenciando ainda mais a falta de informação e preparo dos residentes no condomínio. Um dado que pode indicar que os moradores desejam inverter esta situação desfavorável no condomínio, é que apenas quatro apartamentos pesquisados não aceitariam receber treinamento. Pode ser visto também que 12,75% não aceitaram responder a pesquisa e 14,76% dos apartamentos estavam desocupados no momento em que a pesquisa foi realizada, um percentual que se somado representa um pouco mais que um quarto do total de apartamentos pesquisados. O número efetivo de apartamentos que responderam o questionário foi de 108, com este número é calculado o novo erro amostral através das fórmulas (1) e (2). Portanto o erro amostral final da pesquisa é 5,87% para mais ou para menos.

23

Tabela 2 – Distribuição de frequências da pesquisa sobre o conhecimento dos moradores dos equipamentos de proteção contra incêndio Escolaridade

Sistema de Proteção

Extintor

Hidrante

Portas corta fogo

Antecâmara

Plano de emergência

Treinamento

Fundamental

Médio

Superior

Não Responderam Desocupado

Total

Sim

Não

Sim

Não

Sim

Não

00

00

03

06

16

83

(0%)

(0%)

00

00

(0%)

(0%)

00

00

00

09

08

91

149

(0%)

(0%)

(0%)

(6,04%)

(5,37%)

(61,07%)

(100%)

00

00

00

09

28

71

(0%)

(0%)

(0%)

00

00

00

(0%)

(0%)

(0%)

00

00

00

09

02

97

149

(0%)

(0%)

(0%)

(6,04%)

(1,34%)

(65,10%)

(100%)

00

00

09

00

95

04

149

(0%)

(0%)

(6,04%)

(0%)

(63,76%)

(2,68%)

(100%)

149

(2,01%) (4,03%) (11,74%) (55,70%) 03

06

22

(100%)

77

149

(2,01%) (4,03%) (14,76%) (51,68%)

(6,04%) (18,79%) (47,65%) 09

25

74

(6,04%) (16,78%) (49,66%)

(100%)

19

22

149

(12,75%)

(14,76%)

(100%) 149 (100%)

24

4.1

TESTE QUI-QUADRADO E COEFICIENTE DE CONTINGÊNCIA Para o teste qui-quadrado será analisado se há associação entre a escolaridade e o

conhecimento dos equipamentos de segurança contra incêndio. O nível de significância (α) adotado é de 5% e o grau de liberdade gl é dois para todos os testes, onde na tabela são apresentadas a frequência observada, a frequência esperada e o valor parcial do qui-quadrado. Na mesma tabela é apresentado o valor total do qui-quadrado assim como o valor do coeficiente de contingência. Para todos os testes as hipóteses nula e alternativa serão: H0: Não existe associação entre as duas variáveis, sendo elas independentes. H1: Existe associação entre as duas variáveis.

Tabela 3 – Teste qui-quadrado Sistema de Proteção Sistema de Proteção

2

χ 

2

χ 

Fundamental

Médio

Superior

Sim

00

03

16

E

0

1,583

17,417

0

0,531

0,048

Não

00

06

83

E

0

7,417

81,583

0

0,113

0,010

00

09

99

0,702

C*

(parcial)

 (parcial) Total

χ 

Escolaridade

(Total)

Total

19

89 108

0,114

Com o qui quadrado no valor 0,702 com grau de liberdade 2, conforme tabela 3, verifica-se uma probabilidade de significância entre 50% e 90%, estando acima do nível de significância de 5%, portanto o teste aceita H0, e não podemos afirmar que o conhecimento sobre o sistema de proteção é influenciado pela escolaridade. No teste do coeficiente de contingência pode ser obtida a mesma conclusão do teste qui-quadrado, pois o valor de C* tende a zero, indicando uma fraca associação entre as variáveis.

25

Tabela 4 – Teste qui-quadrado Extintor Extintor

2

χ 

2

χ 

Fundamental

Médio

Superior

Sim

00

03

22

E

0

2,083

22,917

0

0,083

0,008

Não

00

06

77

E

0

6,917

76,083

0

0,025

0,02

00

09

99

0,118

C*

(parcial)

 (parcial) Total 2

χ 

Escolaridade

(Total)

Total

25

83 108

0,047

Com o qui quadrado no valor 0,118 com grau de liberdade 2, conforme tabela 4, verifica-se uma probabilidade de significância entre 90% e 95%, estando acima do nível de significância de 5%, portanto o teste aceita H0, e não podemos afirmar que o conhecimento sobre o uso do extintor é influenciado pela escolaridade. No teste do coeficiente de contingência pode ser obtida a mesma conclusão do teste qui-quadrado, pois o valor de C* tende a zero, indicando uma fraca associação entre as variáveis.

Tabela 5 – Teste qui-quadrado Hidrante Hidrantes

2

χ 

2

χ 

Fundamental

Médio

Superior

Sim

00

00

08

E

0

0,667

7,333

0

0,042

0,004

Não

00

09

91

E

0

8,333

91,667

0

0,003

0,000

00

09

99

0,049

C*

(parcial)

 (parcial) Total

χ 

Escolaridade

(Total)

Total

08

100 108

0,030

26

Com o qui quadrado no valor 0,049 com grau de liberdade 2, conforme tabela 5, verifica-se uma probabilidade de significância entre 97,5% e 99%, estando acima do nível de significância de 5%, portanto o teste aceita H0, e não podemos afirmar que o conhecimento sobre o uso correto do sistema de hidrantes é influenciado pela escolaridade. No teste do coeficiente de contingência pode ser obtida a mesma conclusão do teste qui-quadrado, pois o valor de C* tende a zero, indicando uma fraca associação entre as variáveis.

Tabela 6 – Teste qui-quadrado Portas Corta-Fogo Portas Corta-Fogo

2

χ 

2

χ 

Fundamental

Médio

Superior

Sim

00

00

28

E

0

2,333

25,667

0

1,440

0,131

Não

00

09

71

E

0

6,667

73,333

0

0,504

0,046

00

09

99

2,121

C*

(parcial)

 (parcial) Total 2

χ 

Escolaridade

(Total)

Total

28

80 108

0,196

Com o qui quadrado no valor 2,121 com grau de liberdade 2, conforme tabela 6, verifica-se uma probabilidade de significância entre 10% e 50%, estando acima do nível de significância de 5%, portanto o teste aceita H0, e não podemos afirmar que o conhecimento sobre as portas corta-fogo é influenciado pela escolaridade. No teste do coeficiente de contingência pode ser obtida a mesma conclusão do teste qui-quadrado, pois o valor de C* tende a zero, indicando uma fraca associação entre as variáveis.

27

Tabela 7 – Teste qui-quadrado Antecâmara Escolaridade

Antecâmara

2

χ 

2

χ 

Fundamental

Médio

Superior

Sim

00

00

25

E

0

2,083

22,917

0

1,203

0,109

Não

00

09

74

E

0

6,917

76,083

0

0,362

0,033

00

09

99

1,708

C*

(parcial)

 (parcial) Total 2

χ 

(Total)

Total

25

83 108

0,176

Com o qui quadrado no valor 1,708 com grau de liberdade 2, conforme tabela 7, verifica-se uma probabilidade de significância entre 10% e 50%, estando acima do nível de significância de 5%, portanto o teste aceita H0, e não podemos afirmar que o conhecimento sobre a funcionalidade da antecâmara é influenciado pela escolaridade. No teste do coeficiente de contingência pode ser obtida a mesma conclusão do teste qui-quadrado, pois o valor de C* tende a zero, indicando uma fraca associação entre as variáveis.

Tabela 8 – Teste qui-quadrado Plano de emergência Plano de Emergência

2

χ 

2

χ 

Fundamental

Médio

Superior

Sim

00

00

02

E

0

0,167

1,833

0

0,667

0,061

Não

00

09

97

E

0

8,833

97,167

0

0,012

0,001

00

09

99

0,741

C*

(parcial)

 (parcial) Total

χ 

Escolaridade

(Total)

Total

02

106 108

0,117

28

Com o qui quadrado no valor 0,741 com grau de liberdade 2, conforme tabela 8, verifica-se uma probabilidade de significância entre 50% e 90%, estando acima do nível de significância de 5%, portanto o teste aceita H0, e não podemos afirmar que o conhecimento sobre a existência de um plano de emergência é influenciado pela escolaridade. No teste do coeficiente de contingência pode ser obtida a mesma conclusão do teste qui-quadrado, pois o valor de C* tende a zero, indicando uma fraca associação entre as variáveis.

29

5

CONCLUSÕES Conforme a análise, observou-se que 71,14% dos entrevistados com 5,87% de erro

amostral, não sabem utilizar e/ou para que servem ao menos um dos elementos de proteção que estão instalados no condomínio. Além disto, uma parcela considerável dos pesquisados se recusaram a responder o questionário (dezenove pessoas) ou o apartamento estava desocupado (vinte e dois apartamentos), levando a um acréscimo do erro amostral inicial, de 3% para 5,87% de erro. Dos moradores entrevistados 67,44% possui ensino superior, porém isto não garante que eles tenham conhecimento sobre o sistema de proteção contra incêndio, o que é confirmado no teste do qui-quadrado e do coeficiente de contingência, onde se mostrou que a escolaridade não influência no conhecimento. Fica evidente que em uma situação de emergência, apenas oito pessoas no condomínio saberiam como agir para evitar que um princípio de incêndio se torne um incêndio de grandes proporções ou evitar que pessoas venham a se ferir, sendo que estas oito pessoas responderam que tinham conhecimento de todo o sistema de proteção e dentre estas, apenas duas não aceitariam receber um treinamento. Outro ponto que deve ser revisto no condomínio é a adequação as normas NR-23 do ministério do trabalho e a CSCIP do corpo de bombeiros, haja vista o prédio não contar com um plano de emergência e muito menos com pessoas corretamente treinadas para situações de emergência.

30

REFERÊNCIAS ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 9077  - Saídas de Emergência em Edifícios. Rio de Janeiro. 2001. ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 9441  – Execução de Sistemas de Detecção e Alarme de incêndio. Rio de Janeiro. 1998. ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10721 – Extintores de incêndio com carga de pó. Rio de Janeiro. 2005. ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10898 – Sistema de iluminação de emergência. Rio de Janeiro. 1999. ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 11742 – Porta corta-fogo para saída de emergência. Rio de Janeiro. 2003. BARBETTA, P. A. Estatística Aplicada as Ciências Sociais. 7. ed. Florianópolis: UFSC. 2010. BERTO, A. F. Medidas de Proteção Contra Incêndio: Aspectos Fundamentais a serem

Considerados no Projeto Arquitetônico dos Edifícios. Dissertação(Mestrado em Arquitetura) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. São Paulo, 1991 BRASIL, Lei n o.10.406 de 10 de Janeiro de 2002. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 11 de Janeiro de 2002. P. 1. BRASIL, Ministério do Trabalho e Emprego, Norma Regulamentadora 23 – Proteção Contra Incêndio. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 10 de maio de 2011. BRASIL. Receita Federal do Brasil. Instrução Normativa RFB no. 1.183. Brasília, DF. 2011.

31

CAMILLO JR., A. B. Manual de Prevenção e Combate a Incêndio . 10. ed. São Paulo: SENAC. 2008. FREIRE, C. D. da R.   Projeto de Proteção Contra Incêndios (PPCI) de um Prédio

Residencial no Centro de Porto Alegre. Curitiba. Monografia (Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2009. LEITE, Y. L.; ASSIS, E. M. de. Segurança Contra Incêndio e sua Importância em

Patrimônios Histórico-Culturais. Universidade Católica do Salvador – UCSAL. Salvador. 2009. LUZ NETO, M. A. da. Condições de Segurança Contra Incêndio. Ministério da Saúde. Brasília, DF. 1995. MONTGOMERY, D. C.; RUNGER, G. C. APPLIED STATISTICS AND PROBABILITY

FOR ENGINEERS , 3. ed. Estados Unidos da América: John Wiley & Sons. 2002. MORAES, P. D. de. Projeto de Edificações Visando à Segurança Contra Incêndio. In: ENCONTRO BRASILEIRO EM MADEIRAS E EM ESTRUTURAS DE MADEIRA, 10. 2006. São Pedro. Anais... São Pedro: CEVEMAD/UNESP, 2006. OLIVA, L. CNPJ: Essencial para os Condomínios. Revista Direcional Condomínios, São Paulo, Ed. 134, abr. 2009. ONO, R. Parâmetros para Garantia da Qualidade do Projeto de Segurança Contra Incêndio em Edifícios Altos. Ambiente Construído, Porto Alegre, v. 7, n. 1, p. 97-113, jan./mar. 2007. ONO, R. Proteção do Patrimônio Histórico – Cultural Contra Incêndio em Edificações

de Interesse de Preservação. São Paulo. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo – FAUUSP. 2004.

32

PARANÁ. Comando do Corpo de Bombeiros. Código de Segurança Contra Incêndio e

Pânico – CSCIP. Curitiba, PR. 08 de Outubro de 2011. PEREIRA, A. G. Segurança Contra Incêndio – O Ensino de Ciências e Matemática para o Exercício das Atividades. Engenharia, São Paulo, n. 596, p. 108-115, 2009. RIO DE JANEIRO, Secretaria de Estado de Defesa Civil. Apostila do Bombeiro

Profissional Civil. Rio de Janeiro, RJ, 2005. SEITO, A. I.; GILL, A. A.; PANNONI, F. D.; ONO, R.; SILVA, S. B.; CARLO, U. D.; SILVA, V. P. e. A Segurança Contra Incêndio no Brasil . 1. ed. São Paulo: Projeto. 2008. VIOLA, E. D. M. Uma Visão Crítica da Certificação de Extintores de Incêndio Portáteis . Niterói. Dissertação (Mestrado Profissional em Sistemas de Gestão) – Universidade Federal Fluminense, 2006.

33

APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO Pesquisa sobre equipamentos de proteção contra incêndio Apto:

.

Qual a sua escolaridade? Fundamental Médio

Superior

Você conhece o sistema de proteção contra incêndio do prédio? Sim Não Você sabe como se utiliza um extintor de incêndio e qual tipo usar? Sim Não Você sabe como se utiliza o hidrante? Sim Não Você sabe para que serve as portas instaladas nas escadas? Sim Não Você sabe para que serve o espaço entre as duas portas das escadarias? Sim Não Você sabe se o prédio tem um plano de emergência e evacuação? Sim Não Você aceitaria receber um treinamento de combate de incêndio? Sim Não

34

APÊNDICE B – APARTAMENTOS PESQUISADOS

Responderam

Responderam

Apartamentos o Questionário Desocupado Apartamentos o Questionário Desocupado Sim

Não

Sim

101

X

314

X

103

X

316

X

104

X

401

X

106

402

X

107

X

409

109

X

410

111

X

411

113 115

X X X X

412

X X

X

414

X

202

X

415

X

204

X

416

X X

205

X

503

207

X

504

208

X

X

506

X

209

X

509

X

213

X

601

X

216

X

602

X

303

X

605

X

304

X

606

X

306

X

607

X

307

X

608

308

X

X

610

X

309

X

611

X

311

X

612

X

613

X

312 Fonte: O autor.

X

Não

35

Apartamentos Pesquisados- continuação Responderam

Responderam

Apartamentos o Questionário Desocupado Apartamentos o Questionário Desocupado Sim

Não

Sim

614

X

908

X

616

X

909

X

703

X

910

X

704

X

912

X

705

914

X

X

707

X

915

708

X

1001

713

X

1002

X

716

X

1005

X

801

X

1006

802

X

1007

803

X

1008

804

X

1009

X

805

X

1010

X

1014

X

807

X

X X

X X X

808

X

1015

X

809

X

1102

X

810

X

1103

X

812

X

1104

X

813

X

1106

X

815

X

1109

X

1110

X X

901

X

902

X

1111

905

X

1113

907

X

1114

Fonte: O autor.

Não

X X

36

Apartamentos Pesquisados - continuação Responderam

Responderam

Apartamentos o Questionário Desocupado Apartamentos o Questionário Desocupado Sim

1116 1201

Não

Sim

1412

X

X

1414

X

1202

X

1415

1203

X

1416

1206

x

1502

1207

X

X X X X

1507

X

1209

X

1510

X

1210

X

1511

X

1512

X

1211 1213

X

1514

X

1216

X

x X

X

1516

1303

X

1609

1304

x

1616

1307

X

1711 X

X

1713

1311

X

1716 X

1401

x

1811

x

1407

X

1408

X

Fonte: O autor.

X X X X

1810

1405

X

X

x X

X

1809

1316 1402

X

1712

1309 1314

X

1515

1301

1308

Não

X

1812

X

1814

x

37

ANEXO A – TABELA QUI-QUADRADO

Fonte: MONTGOMERY, 2002 .

38

ANEXO B – LISTA DE NÚMEROS RANDÔMICOS Lista de números randômicos gerados em www.randon.org 1837 1414 700 1170 292 1700 117 738 1282 651 1967 1091 426 1814 812 1044 1179 887 1688 994 957 1170 966 686 818 921 366 1244 167 534 1544 483 801 1633 1616 949 1891 944 1779 1618 1837 763 891 345 788 218 1271 1780 1181 525 1849 859 1486 292 1521 1416 1713 182 1327 757 1549 1574 538 487 403 1514 1376 303 819 1511 1987 1665 528 953 197 698 1103 547 216 1344 1498 1134 1386 1554 1135 221 1252 1541 1049 1683 1127 1234 100 1946 1313 341 960 149 1475 1900 666 1873 785 485 1481 567 1209 348 1277 564 192 919 1168 382 372 1463 1564 106 1039 1637 797 1191 906 1667 905 134 262 268 1412 746 1140 251 589 1088 1684 1179 580 736 1114 323 1539 892 1420 1191 1065 849 274 1055 101 326 872 1078 1676 506 1076 1807 1216 646 1493 239 1531 1618 1021 859 1331 1116 225 1368 596 918 336 1113 1160 819 1832 623 1300 1942 129 1036 1342 541 815 1664 1157 1370 1346 1270 1704 1845 266 352 1933 1691 1083 1089 1830 1557 146 1275 486 1222 595 1321 610 693 1746 563 917 1397 1109 356 453 503 298 1621 1737 728 1914 1478 1839 1578 280 678 642 671 1419 1239 1633 1299 500 670 1821 1192 1378 1896 797 926 1900 440 392 1394 1697 168 1180 517 1557 1829 808 1342 846 524 791 860 283 1107 1011 500 588 1435 632 534 1500 1301 722 1865 1415 1657 1201 1775 1283 1350 1300 1006 1442 1206 705 122 619 479 809 1930 608 1319 645 1408 1990 986 1314 1427 1647 177 267 1884 345 1992 300 1582 1863 1132 103 1748 1227 1286 139 1696 351 674 1704 1421 1297 784 1579 956 1024 1201 200 1720 722 1695 1189 481 760 1353 1351 1300 534 1584 349 745 1120 151 776 399 468 1686 934 1892 986 1884 1124 414 857 316 1874 1270 1958 1272 1925 1577 202 1941 1321 1640 695 1469 1463 1370 124 842

1117 1192 639 1480 1998 452 1882 1685 1600 1239 1527 361 1309 353 204 103 238 660 1940 193 290 1867 412 134 678 496 1590 1933 1570 848 1861 1048 633 1659 2000 1069 499 1457 1989 458 1758 660 1893 372 1771

1489 1672 463 1858 1357 1174 720 1339 1142 111 284 334 1744 140 825 107 605 430 254 822 664 1392 1609 1535 958 446 865 1601 1558 1761 142 1658 1343 703 1219 548 1562 1069 1053 1080 1589 323 1674 779 311

39

1424 462 264 1774 907 1056 1449 1304 1590 1805 1363 1474 653 909 290 151 1936 1311 1490 591 659 562 1682 336 713 977 1267 956 596 355 742 1043 620 1850 1183 1211 642 1921 1206 346 1356 1207 189 1853 821 1548 1659 1763 613 320

971 693 1594 1706 368 1045 1381 1226 842 783 1677 1726 932 1865 1446 991 627 467 1055 1138 785 484 857 1770 1414 1027 1716 659 1009 1694 1085 184 708 1500 672 607 617 117 1329 591 450 1990 1804 227 1983 1488 945 1581 1916 177

1728 1777 1563 587 381 1967 1966 224 166 1104 754 1069 1275 140 1663 226 1202 1253 1609 629 1705 619 933 1713 1531 1712 1414 1788 1739 565 1047 861 118 162 605 1460 1573 1843 618 674 1868 1519 1039 580 1786 1272 1510 312 621 720

819 1470 1869 1608 242 384 957 1951 919 1830 607 376 481 1360 972 1010 1618 1795 1174 732 1738 1267 1311 1985 309 233 1524 1728 321 1801 1888 424 177 1597 136 1168 1958 1972 1113 233 1376 993 1328 506 585 1062 134 1193 1046 421

290 1028 730 1801 546 1018 509 418 375 1126 584 1079 1352 411 194 500 1749 937 1352 1634 1412 695 1943 1595 1471 466 788 342 333 1464 1689 677 887 1787 171 139 1135 804 1382 1993 581 725 1045 850 1427 113 1918 553 1675 1806

1249 883 922 1871 1195 1000 724 1344 286 401 472 1511 670 423 1962 1386 1507 1755 636 294 383 1903 850 1284 412 169 1764 1971 167 858 1248 543 1897 209 1026 1076 258 873 898 147 104 1711 1395 383 235 1885 366 643 1571 1753

1159 1407 1179 1783 1620 1441 1567 1711 1001 1562 1729 294 1106 562 1860 1419 1570 1893 1807 801 1262 1666 1119 1603 1135 1220 1798 1404 704 1512 496 1525 402 1730 770 1536 1502 784 1526 760 1263 1392 1277 562 1133 534 798 996 442 842

1064 924 183 231 897 557 383 1624 959 1329 1890 362 534 1668 254 342 370 436 1432 983 1139 1932 1346 655 1002 1990 693 127 1851 1118 1658 525 1071 914 1897 553 948 163 1693 481 623 1223 1114 202 1340 1516 198 1856 1574 1347

1407 1662 1178 1156 258 1977 1884 463 482 1485 1664 1300 901 548 1006 740 175 205 1467 1556 1703 947 1960 654 1270 823 1620 1389 1523 886 1331 908 1571 600 1103 1029 573 1154 1808 870 590 488 899 1940 202 1722 1690 478 1674 169

845 1291 481 254 1887 1339 1169 571 1461 1377 1660 468 769 1452 941 1407 602 855 963 1129 754 1322 1961 1180 1242 331 708 410 1499 1952 1321 1202 216 1292 621 1555 264 1595 428 999 1188 523 1034 1989 941 1797 244 754 601 1862

40

717 470 141 635 236 1129 675 762 654 1733 1620 476 654 713 303 1236 1893 1395 650 665 1938 1641 748 876 910 1456 159 1858 802 1687 1992 1015 159 727 612 1713 1810 1604 1719 1480 1711 239 1846 843 538 1041 127 907 915 1300

1038 611 1001 1418 1563 998 391 570 1230 1771 396 1784 804 1983 1544 390 1008 1316 607 1531 1210 1032 991 950 385 1213 367 175 1222 1860 1779 689 742 1624 1557 1144 1022 1439 678 632 1071 1072 1104 130 1272 456 1861 810 1260 1944

209 1146 1480 1435 762 144 698 749 1404 1326 752 1203 1298 1699 953 699 1952 1889 1966 463 849 251 164 716 890 982 1186 982 616 1394 1383 611 699 707 133 1866 611 1927 1489 1458 1200 355 199 1199 663 1708 1908 813 1895 141

807 1361 1029 1789 1070 321 1021 682 1935 720 595 878 1031 947 852 1881 456 815 617 1469 1570 1062 728 1335 295 1970 1564 1037 1285 732 314 303 504 975 534 798 1560 1190 1474 151 1588 353 974 1402 821 562 1651 1976 1670 1954

1442 745 550 1862 1094 1951 1978 1131 276 1658 784 1182 1953 375 1345 1146 541 954 1294 1785 957 308 1706 1150 160 1666 782 1832 304 1316 1835 533 151 1080 1395 409 385 109 1457 329 935 363 1311 1119 436 749 152 1206 785 208

611 1521 1133 1535 1478 1084 329 255 929 929 411 1063 1833 280 1374 1811 1184 1324 193 379 1265 296 258 1005 586 1931 1203 213 224 1258 1719 217 1774 167 1307 377 900 1294 1711 1932 457 1984 1579 579 1731 1393 688 1161 1201 965

189 393 1083 367 944 1531 1727 233 1737 126 462 1849 1658 545 932 416 1550 256 246 127 1520 1086 801 1850 1848 1187 1049 1882 1574 1975 606 1862 1191 307 1739 1432 1110 178 1415 1776 1544 1751 336 1909 1947 588 1415 1678 700 1704

115 1765 781 1330 694 1586 1745 1973 311 1043 1102 934 499 677 1817 109 1526 598 866 1812 184 729 1447 740 1014 219 106 1476 1308 207 1561 1890 331 263 224 1424 1573 1652 178 971 585 1246 424 901 166 1755 641 1840 1269 433

317 464 1159 416 1454 868 1138 756 665 1405 466 907 1737 1279 578 1320 1154 785 435 849 1114 1917 1729 736 415 754 1845 471 1869 1032 160 1430 1778 298 1424 396 567 1655 836 1739 1229 376 575 1906 1554 1046 1250 1073 548 586

168 912 264 1182 1387 576 1690 1974 283 156 1332 1855 298 606 1192 1810 574 649 568 1301 703 1557 1658 779 681 1159 306 284 1942 1270 1950 960 1549 854 550 1048 1893 290 1654 910 1127 1575 1258 1106 1907 1515 982 115 818 1175

41

1693 1243 689 1998 1720 582 1170 1764 323 776 1801 1181 461 803 893 1086 465 196 1243 156 917 356 1114 145 1866 518 1142 1436 1951 222 1554 320 269 556 200 729 1128 1884 1544 130 1030 1202 786 1356 680 1090 1248 1595 992 1678

729 614 1516 732 1934 848 540 1444 741 1877 1016 1359 1635 1705 988 953 226 1681 1327 1983 661 1152 1987 1403 157 343 122 107 800 1062 1245 774 423 767 1824 1669 1757 1397 1702 582 1251 349 611 1101 1984 433 1211 1851 1573 1610

1809 955 1561 1916 705 1843 320 755 357 1240 457 1766 1266 1113 112 1729 502 573 319 998 136 1483 507 450 1379 350 1165 1840 1017 390 413 572 1037 888 1460 452 1029 1104 112 343 1752 1014 803 1754 437 581 680 1412 1707 474

771 1396 848 740 553 1481 162 457 1303 1010 1187 550 1976 1927 242 421 1173 515 213 1275 382 171 1040 1013 725 146 869 534 202 721 1387 1159 1865 1025 1927 260 730 1108 1048 809 954 1179 1503 591 742 1159 1046 127 1907 840

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