Antes de Dizer Sim IDEAL 2

January 16, 2019 | Author: Aender Borba | Category: Sexual Intercourse, Marriage, Love, Jesus, Saint
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Casamento...

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ANTES DE DIZER SIM O que saber antes de trocar alianças

AULA 1: Para iniciar a conversa…

Querido casal de noivos, a partir de hoje iniciamos um estudo de três tr ês aulas sobre a decisão mais importante que homem e mulher podem tomar: o casamento. Esta série está escrita em 1a, 2a e 3a pessoa a fim de: 1- dar pessoalidade ao estudo; 2- para que seja feita uma análise individual do noivado; 3- para que seja feita uma análise por você e seu parceiro ao mesmo tempo. A série de três aulas que iniciamos hoje faz parte de nosso IDEAL (Instituto de Desenvolvimento Avançado de Liderança) e muito do que é dito aqui foi baseado no livro “Antes de Dizer Sim”, de Jaime Kemp. Recomendamos que adquiram o livro e optem por fazerem os estudos juntos ou acompanhados por um casal logo que concluírem este curso.  Na Igreja Cidade Viva temos casais que se dispõem a acompanhá-los antes do casamento. É bem melhor ter pessoas junto a vocês que já tenham passado pela experiência que vocês terão, desta forma, alguns erros podem ser evitados na  preparação para as mudanças que o casamento casamento provoca. O casamento é tão sublime que o próprio Jesus dedicou tempo para ensinar sobre ele. No livro de Mateus, Jesus diz: “ Não tendes lido que aquele que os fez no  princípio macho e fêmea os fez, e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne? Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem ” (Mt. 19:4-6).

Queridos, Deus leva a sério a união de um casal. O sentido de “uma só carne” é essencial para conversarmos sobre a profundidade do casamento - e o noivado é a melhor hora para analisarmos isso. Entre uma série de questões, nesse texto Deus deixa claro que, quando nos casamos, não vivemos mais para nós mesmos, mas quando casado eu terei parte de minha esposa em mim e ela terá parte de mim nela, então só  poderão existir dois agentes externos para a união: a Trindade enquanto base do relacionamento e os filhos enquanto herança de Deus para o casal.

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A pureza e fidelidade no namoro a três

Temos agora mais uma pergunta para vocês: quando foi a última vez que vocês oraram e/ou leram a Bíblia juntos? Se vocês não têm momentos de aprendizado da Palavra e oração no relacionamento, tenham certeza que no casamento será bem mais difícil. Muitos casais têm a ilusão de que as falhas não corrigidas no namoro serão todas consertadas no casamento. A principal função do namoro (e, no caso de vocês, do noivado) é justamente conhecer mais o parceiro e, por meio deste conhecimento, trabalhar para prevenir um casamento frágil. Um casal cristão que não busca uma vida devocional no namoro e no noivado terá mais dificuldade de fazê-lo no casamento. Em 1 Cor. 10:31 o Apóstolo Paulo nos diz: “ Portanto, quer comais quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo  para glória de Deus”. Casais que vivem relacionamento com Deus vivem

tal relação em

qualquer circunstância, de forma que vêem Deus presente e agindo em todos os momentos, e isso também é um forte auxílio para a busca pela pureza no relacionamento, mas isso deve ter um forte solo em que o relacionamento se consolida: a vida devocional! Vocês já haviam conversado sobre essa necessidade? Vocês têm vivido momentos devocionais com frequência? No caso de não, o que mais tem impedido esses momentos e o que vocês precisam mudar nesse sentido? (Fiquem à vontade para compartilharem isso com os colegas de sala, com certeza suas falas edificarão outros casais).

Casal, Deus lhes chamou a um casamento santo, de fidelidade primeiramente ao Senhor, depois aos dois, e a pureza se inicia no namoro. Certa vez minha esposa e eu aconselhávamos um casal de noivos, eles estavam arrasados, pois haviam cedido aos seus desejos e praticaram sexo antes do casamento.  Na conversa, vendo o arrependimento em suas lágrimas, nós lhes dissemos que Deus se agrada mais de casais puros do que de casais virgens . Muitos casais mostram uma

virgindade falsa, vivem um namoro extremamente carnal, onde só não existe a  penetração. Jesus disse que o nosso pecado já existe quando em nosso coração nós já o  praticamos, ainda que não no corpo (Mt. 5: 27-28, I Cor. 6:18, Ef. 5:3). Sendo assim, tenho plena convicção que um casal que praticou sexo mas se arrependeu alegra mais o 2

coração de Deus que um que vive na carnalidade ainda que não haja a consumação do ato. Como se prevenir?

Existem formas de um casal cristão se preservar antes do casamento. Antes de tudo, é fundamental ter Deus como centro onde o casal está firmado. Leiam a Palavra e orem juntos, mas além disso: Evitem longos períodos sozinhos, não se considerem fortes demais; Sejam francos quanto aos toques físicos, evitem carícias excessivas; Sejam sinceros em tudo. Os que nunca discordam são superficiais;  Não defraude. Defraudar é tirar proveito dele(a) ou despertá-lo(a) de forma que a excitação leve ao pecado. Conversem abertamente e deixem claro quando alguma ação despertar em vocês impulsos complicados de controlar. Coloquem a vontade de Deus como limitador de ações no noivado. Casais que se guardaram para o casamento sabem o quão precioso é chegar ao dia tendo se  preservado em meio às tentações para se entregar totalmente ao outro. A herança familiar, a honra ao familiar

Uma das grandes dificuldades dos casais se dá quanto às origens do outro, ou o que chamamos de “herança familiar”. Casamento são duas culturas construídas cada uma em um contexto, e agora ambas saem do seu local de construção para compartilhar o mesmo espaço. Duas culturas juntas trazem não só as alegrias da diversidade, como também as complicações de saber conviver com tal diversidade. O modo como cada um foi criado, suas “raízes” e sua história têm a ver com quem fomos, somos e seremos. Na natureza, raiz é o órgão da planta que geralmente está onde não vemos: abaixo da superfície. A raiz tem como função principal absorver substâncias para alimentar a planta, servindo também como meio para fixação no solo.  Nós e nossos futuros cônjuges temos raízes que nem sempre estão visíveis, inclusive em muitos casos falharam na função que deveriam, mas que não há como não termos forte ligação com elas: nossa família  (e, nesse caso específico, nossos pais ou os que assumiram essa função). 3

O nosso parceiro veio de uma cultura própria, tem uma história. Quando duas culturas se unem sob o mesmo teto, compartilham o mesmo leito, dividem o recipiente da escova e se tornam uma só carne, a beleza e a sacralidade do casamento não mudam uma coisa: somos um, mas viemos de estruturas diferentes, de construções diferentes, de raízes diferentes. O modo como você age e reage às situações da vida provavelmente será semelhante a como seus pais trataram, e será a que você achará mais correta para agir no seu futuro lar. Suas tradições familiares terão enorme influência em suas decisões, da mesma forma com o seu cônjuge. Vendo a importância que estas tradições exercerão no casamento, a primeira  pergunta a ser feita em relação a estas raízes é: O que você sabe sobre a família do seu futuro cônjuge? Eles gostam de você e o(a) aceitam como você é? Caso hajam barreiras no relacionamento entre meus parentes e meu cônjuge ou vice-versa, de que forma vocês poderiam ajudar a que tais barreiras fossem desfeitas? (Separem alguns minutos para, só entre vocês, responderem às perguntas feitas).

Todos viemos de culturas diferentes - nossas manias, atitudes, ações, são reflexos da forma como fomos construídos em nossa cultura, e algumas atitudes devem ser realinhadas pela saúde do casal, outras simplesmente, por não trazerem dano ao casamento, devem ser respeitadas, pois é a individualidade do parceiro - e é o que faz ele ser quem é. Inúmeros casais fragilizam a sublime união do casamento por atitudes egoístas, em que o jeito certo é o meu, a decisão certa é a minha, e muitos brigam por trivialidades ao ponto de no fim da discussão nem lembrarem como ela começou. Casais egoístas esquecem que geralmente vale mais a pena abrir mão da minha vontade  pela paz do relacionamento do que insistir em questões supérfluas que nada acrescentariam ao casamento... E o que acrescentaria, quando comparado aos malefícios, findaria nem valendo a pena. As raízes que constroem um sujeito começam pelos pais (utilizem “pais” nesse contexto não só para os que geraram o indivíduo, mas os que o criaram, os que foram mais influentes na construção de sua identidade - seja de forma positiva ou negativa).  Nos mandamentos recebidos por Moisés há apenas um mandamento com  promessa: honrar aos pais. Paulo relembra esse mandamento e reforça: “ Vós, filhos,  sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua

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mãe, que é o primeiro mandamento com promessa; Para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra” (Ef. 6:1-3).

Casal, Deus está lhes dando o privilégio de conhecerem mais um ao outro antes do casamento. Costumo dizer que o casamento é a decisão mais séria da vida, pois é uma decisão que determinará o seu futuro em tudo. Desta forma, avalie bem a forma como o seu noivo ou sua noiva trata seus sogros. Receba um conselho: não queira casar com alguém que destrata seus pais ou cuidadores, pois você será tratado(a) de forma semelhante. Um filho submisso aos pais servirá à esposa. Uma filha submissa aos pais entenderá o papel do marido instituído por Deus em sua casa. A demonstração de honra a pai e mãe se dá por meio de palavras e ações que apresentam uma atitude de respeito pela posição que os pais ocupam em nossa vida. Honrar está além do mérito, ele se relaciona à posição que aquele honrado ocupa, mesmo que, depois de casados, não estejamos mais sob a autoridade dos pais enquanto chefes de nosso lar. Pouco se fala sobre honrar aos pais para pessoas casadas. Depois de casados, queremos falar para os nossos filhos sobre honrar aos pais, mas este mesmo ensino deve permanecer em nós em relação aos nossos. Honrar quase sempre é difícil, é necessário abrir mão de vontades para honrar - e tal ato necessita de auxílio de Deus,  pois somos muito falhos para conseguirmos isso sozinhos. Por outro lado, da mesma forma que é difícil fazê-lo, é extremamente gratificante, pois nós glorificamos a Deus quando honramos aos nossos pais. Em Cl. 3:20, Paulo nos incentiva: “ Filhos, obedeçam a seus pais em tudo, pois isso agrada ao Senhor ”.

Ora, se a Palavra empreende tanto valor à forma como os filhos devem tratar aos  pais, não deveríamos também honrar os pais daqueles que são uma só carne conosco? Claro que sim! Lembre que, se hoje você chegou à condição de noivo, os  pais/cuidadores de seu parceiro foram os responsáveis por ele(a) estar aqui hoje. Por mais irresponsável que os pais possam ser na vida de um filho, o que todos concordam é que o filho só está ali porque um dia os pais o geraram, eles trouxeram vida para que daqui a pouco ele também seja uma só vida contigo.  Não devemos confundir honra com troca de papéis. Muitos casais também  pecam porque trazem os pais para dentro de seu casamento não como auxiliadores e instrumentos de Deus para abençoar, mas como agentes de interferência. A partir do momento que casamos, os familiares de meu cônjuge não podem ser meio de fragilidade do meu casamento, mas, se não forem bênção em nossas vidas, que também não atrapalhem. Vocês crêem que estão seguros nesse quesito? Você sente que a 5

família de seu parceiro terá problemas de interferência em seu casamento? (Sejam sinceros um com outro e separem dois minutos agora para, só entre vocês, responderem às perguntas feitas).

Seus familiares precisam ter consciência de que o respeito mútuo deve ser o  princípio que orientará a relação tanto dos pais quanto dos filhos que se casarão. Acima de tudo, sejam sábios, humildes e tenham Cristo como norteador de suas ações. Colocando Cristo em seu lugar e o imitando, suas decisões sempre serão sábias!

ATIVIDADE:

Baseados no que vimos, relacione medidas que você deve tomar para manter uma boa relação com os pais do seu futuro cônjuge. O seu futuro cônjuge conhece os pais ou cuidadores tão bem que será o melhor aliado para tal objetivo. Esse é um trabalho que  precisa de foco e ações práticas, pois é o que construirá a boa convivência entre as famílias. Estabeleçam prazos para que estas medidas aconteçam; o seu futuro cônjuge deve ser o seu apoiador nas medidas, assim um apoia o outro para que consigam realizar este desafio.  ______________________________________________________________________   ______________________________________________________________________   ______________________________________________________________________   ______________________________________________________________________   ______________________________________________________________________   ______________________________________________________________________   ______________________________________________________________________

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AULA 2: Expectativas frustradas

Olá, meus queridos noivos! Na última semana nós vimos que, para um casamento dar certo, antes de tudo é necessário colocar Deus como alicerce onde a casa será construída, sendo assim, os momentos devocionais já no noivado são fundamentais nesse sentido. Também vimos que devemos observar como o futuro cônjuge trata os seus familiares, pois provavelmente ele fará da mesma forma com o(a) esposo(a) após casado. No estudo nós também discutimos sobre a importância do respeito aos  principais construtores do(a) noivo(a): seus pais ou cuidadores. Hoje continuaremos aprendendo sobre como fazer um casamento ser construído de forma correta, mas, para fazermos isso, vamos conversar um pouco sobre algumas características que nos levam a fazer o casamento ser construído da forma errada. Para um casamento iniciar da forma errada, um passo fundamental é colocar sobre ele expectativas fora da realidade ou não condizentes com a pessoa que você escolheu para noivar . Por exemplo: se a pessoa que você escolheu para casar for de

uma religião hindu, é contraditório e até absurdo querer que, após casado, ele lhe acompanhe aos cultos ou que siga os preceitos bíblicos, pois, se ele de fato souber no que crê, em termos espirituais a fé dele é totalmente diferente da sua. O que quero dizer aqui é algo que, se por um lado isso é muito comum, ao mesmo tempo é extremamente complicado: casar com alguém de outra fé traz sérias dificuldades para um casamento equilibrado, e é sobre isso que Paulo fala quando diz: “ Não se ponham em jugo desigual com descrentes. Pois o que têm em comum a justiça e a maldade? Ou que comunhão pode ter a luz com as trevas? Que harmonia entre Cristo e Belial? Que há de comum entre o crente e o descrente? Que acordo há entre o templo de Deus e os ídolos? Pois somos santuário do Deus vivo. Como disse Deus: "Habitarei com eles e entre eles andarei; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo”  (2

Cor. 6:14-16). O comportamento, a filosofia e os valores de um não cristão são totalmente diferentes dos de um cristão; e aqui não falo sobre seguir a lei, ser honesto, ter caráter ou não (até porque atualmente poucos cristão têm dado um testemunho de Cristo em suas vidas), mas o que falo é sobre ideologias diferentes, tendo em vista que o comportamento do cristão deve estar totalmente relacionado ao que ele crê enquanto 7

discípulo de Cristo. Quem não é cristão não tem porque ser discípulo de Cristo, mas quem é seguidor de Cristo deve andar como ele ensinou (Jo. 14:21). O casamento onde os pensamentos, a cultura, as crenças, os pesos (jugos) são desiguais ficará incompleto, pois aquilo que deverá ser sua principal base (a unidade espiritual) não existirá. A grande maioria dos problemas no casamento têm origem em questões ligadas ao namoro e ao noivado. Deus é o maior interessado em sua felicidade após o casamento, assim como é o mais interessado em quem será o seu cônjuge, então  podemos evitar erros simplesmente abrindo mão do que consideramos como ideal para nossas vidas e colocando todos os propósitos planejados para o futuro segundo a vontade dele, ainda que nem sempre a vontade dele seja a que desejamos . Seu futuro cônjuge tem Jesus Cristo como Senhor e Salvador de sua vida? Se sim, que evidências ele tem demonstrado de seguir a Cristo? Se não, que problemas vocês podem ter devido à fé não ser compartilhada? (Separem dois minutos agora para, só entre vocês, responderem às perguntas feitas).

 Nós iniciamos nosso estudo de hoje falando que para um casamento dar errado, o primeiro passo é colocar sobre ele expectativas irreais ou não condizentes com a  pessoa com a qual estamos noivos. É extremamente necessário antes do casamento vocês conversarem a respeito das seguintes áreas: Como vocês vêem os papéis de marido e esposa no lar? Como vocês administrarão as finanças depois de casados? Como será a divisão dos serviços no lar? Só por estas poucas perguntas, já deu pra vocês perceberem que existem uma série de fatores que precisam ser alinhados? E aí, será que vocês pensam de forma semelhante? Uma série de outras expectativas que podem ser frustradas estão relacionadas também a: 1- “ Nós nunca discutiremos em nosso casamento, pois temos pensamentos  semelhantes”.

Um dos principais processos para se chegar à maturidade no casamento são as discordâncias. Discordar do outro não é pecado, não é errado. Errado é lidar de forma egoísta com as discordâncias. Casamentos que não têm discordâncias são monótonos; conflitos, mesmo sendo chatos, são personagens de presença certa nos relacionamentos profundos. A forma mais sábia de lidar com conflitos é olhando um  ponto de vista a partir de dois pontos: o seu e o de seu futuro cônjuge. Saiba lidar 8

com os conflitos que virão sendo parceiro do outro.   Lembre-se que o propósito final do casamento não é ser feliz, é fazer o outro feliz, pois, se de fato você ama ao outro, ver o outro feliz também te fará feliz.

2- “Se o meu cônjuge for cristão o meu casamento será feliz” . Um pouco acima nós falamos sobre a importância de se casar com alguém que compartilha da mesma fé. De fato, ter alguém que creia no mesmo que você é o correto, tendo em vista incontáveis problemas serem evitados devido a diversos fatores, alguns já ditos aqui. Porém, ser cristão não é de forma alguma garantia de um casamento feliz. Para um casamento feliz é preciso, além disso, entender as diferenças de personalidade, os pontos fracos e fortes, trabalhar em conjunto, cada um assumir seu papel no lar, entre diversas outras questões . Falar a mesma

língua do outro é fundamental para um casamento feliz… mais adiante trataremos sobre o que são estas linguagens. 3- “ Meu cônjuge será tão virtuoso quanto meus pais ” ou “meu cônjuge será totalmente diferente de meus pais”.

Muitos buscam para o casamento uma cópia de seus pais ou, no outro extremo, casam para fugir das crises de seu lar. Nos dois casos o perigo é enorme. Lembre que o texto inicial deste curso diz “ deixará os seus pais…”. A frustração em ambos os casos será evidente. No primeiro, você nunca encontrará alguém igual aos seus pais  para casar, então não exija do seu companheiro o que pertence aos seus pais - isso é  jogar sobre o outro um peso que não pertence a ele. No segundo caso, problemas não tratados (e sim abandonados) perseguem a pessoa pelo resto da vida. Se há crises em seu lar, tente ser sábio para lidar com o que você pode. Se você for incapaz nesse sentido, não use um casamento como refúgio - isso só trará males para você e seu  parceiro. 4- “ Nosso sexo será constante e cheio de prazer ”. O sexo está totalmente ligado à rotina do casal. Se vocês passaram o dia discutindo e foram para a cama sem resolver, será praticamente impossível haver relação sexual… e se houve, há um problema, tendo em vista que o sexo deve estar ligado ao “todo” do casal. O sexo “começa” no momento que acorda e dura o dia todo, pois ele é uma construção, é algo trabalhado e é concretizado no ato em si. Um 9

casamento feliz também tem estreita relação com a vida sexual, e o primeiro ponto a ser compreendido é que o que é visto na mídia, em filmes e em revistas não passa de deturpações que só dificultam a vida do casal, pois constroem um padrão de sexo que nem é saudável para o casal e muito menos para o padrão divino de vida sexual. Relacionamento sexual envolve compromisso com o outro, aprendizado e, sobretudo, respeito ao cônjuge. O sexo é bênção de Deus para o casamento. Abraçar, beijar, e  principalmente se relacionar sexualmente são formas de cultuar a Deus no matrimônio. Deus faz do casal uma só carne na relação sexual e por meio do sexo ele é adorado. Quando a relação sexual ocorre fora do casamento, Deus é desrespeitado e absorvemos frustrações, problemas emocionais e espirituais: as trágicas consequências do pecado de colocarmos nossa vontade à frente da vontade de Deus  para o matrimônio. Todo casal de noivos se casa com diversas expectativas em relação ao casamento - algumas são conscientes, outras são inconscientes, frutos da construção familiar e de todo o contexto de cada um. As expectativas inconscientes, se não forem atendidas, com certeza gerarão crises e insatisfações no casamento, por isso devem ser trabalhadas agora, ainda na época do noivado. As expectativas colocadas acima não são as únicas, destacamos apenas as mais frequentes. Falsas expectativas em relação ao casamento frustram e devem ser trabalhadas já antes do matrimônio. Para muitos recém-casados, as expectativas erradas levam casais à desilusão e, para serem evitadas, devemos trabalhar individualmente algumas perguntas: Quais são as minhas expectativas em relação ao casamento? Minhas expectativas são realistas? Vocês já conversaram sobre as expectativas que cada um tem em relação ao matrimônio? (Separem dois minutos agora para, individualmente, formular uma resposta para cada uma das duas perguntas iniciais. Após a resposta, compartilhem entre vocês dois as conclusões que vocês chegaram).

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ATIVIDADE:

 Na aula 01 sugeri como desafio a realização de um devocional a dois, lembram? Chegando aqui, vejo que é possível termos um dos noivos de alguns pares que não tenham entregado a sua vida a Jesus. Isso é um problema para a proposta da centralidade em Cristo por causa do julgo desigual. Fica pesado para aquele que ainda não vive em Cristo entrar numa proposta assim, pois dificilmente irá entender a dificuldade do julgo desigual. Semelhante a isso, o futuro(a) noivo(a) que for o(a) único(a) a ser seguidor de Cristo pode se frustrar em esperar que o outro se torne cristão no decorrer da vida de casado, caso isso não ocorra. Sugestão de diálogo: Se um dos dois dos noivos ainda não tem Jesus Cristo como seu único e suficiente Salvador e Senhor, conversem sobre isso, pois o julgo desigual certamente se tornará um grande problema devido à falta de completude entre o futuro casal, como foi falado no começo desta lição. É preciso que vocês sejam provados agora sobre isso para que não sejam injustos um com o outro no futuro. Decidam juntos o que vocês farão em relação a esse problema. Lembrem que o casamento é a decisão mais importante que vocês tomarão, então esse caso deve ser analisado com todoa a seriedade e importância que ele necessita. Se a decisão é de que ambos caminharão em Cristo, daqui para frente, estabeleçam atitudes para a nova família que se iniciará. Propomos que estas três estejam escritas entre as que vocês definirem: a)

Como serão os momentos dos dois, em casa, quanto o formato de culto a Deus. Exemplo: Um dia por semana vocês investem uma hora para ler a Bíblia juntos, conversar sobre o que leram e orar;

b) Definição dos papéis de cada um à luz da Bíblia, o que evitará enfraquecimento do

casal no futuro (Exemplo: ele lidera a família, ela o auxilia no planejamento e execução das decisões, ele cuida dela para que ela seja bem sucedida  profissionalmente e/ou no mundo acadêmico, ela o ajuda com as necessidades do lar, etc;)

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c)

Criação de áreas de proteção: limitar onde os pais do futuro casal podem ir no relacionamento dos dois, principalmente em relação às tomadas de decisão. Da mesma forma os demais parentes, amigos e no futuro os filhos que virão.

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AULA 3: Entendendo e sendo entendido

Olá, queridos noivos! Hoje é o nosso último encontro, e antes de falar sobre o assunto de encerramento deste breve curso, quero dizer a vocês que seria muito bom se vocês de dispusessem a serem acompanhados por um casal no período que antecede o casamento de vocês. Com certeza algumas experiências de um casal casado trarão muita informação relevante para o casamento de vocês. Um dos pontos principais na vida a dois está relacionada à forma como o casal se comunica. Como já dissemos anteriormente, um casamento são dois mundos que se tornam um só. São duas histórias familiares, duas tradições, enfim: duas culturas diferentes agora morando sob o mesmo teto. Duas culturas diferentes também têm comunicações particulares, linguagens próprias, e se não buscarmos conhecer a linguagem do nosso cônjuge e apresentá-lo à nossa, certamente teremos problemas. A grande maioria dos casos de divórcio de recém-casados que acompanhamos está relacionada à comunicação errada entre os casais. Casais felizes ou infelizes o são devido à forma como se comunicam; tal constatação é a prática do que o sábio disse em Provérbios 18:21: “ A língua tem poder sobre a vida e sobre a morte; os que sabem utilizá-la comerão do seu fruto ”.

Como sabemos, as diferenças de linguagem fazem

 parte da cultura humana, mas o que poucos sabem é que no relacionamento cada um também tem uma maneira própria de se expressar - e quando queremos fazer um “intercâmbio cultural”, se faz necessário um entender o que o outro fala, senão não haverá uma comunicação compreensível, gerando conflitos contínuos. Deus em sua perfeição fez cada um com características únicas - e na variedade de expressões de cada um também há a manifestação da glória de Deus. Imaginemos como seria o nosso país se só houvesse a cultura nordestina, ou a paulista, ou a gaúcha! A diversidade promove uma riqueza de informações que trazem beleza à nossa nação. Assim também é com a criação humana - Deus une casais diferentes, cada um com características próprias, a fim de que um possa completar o outro - não precisamos ter como “língua mãe” a língua do outro, mas precisamos entender o que o outro diz e nos fazermos entendidos, manifestando a diversidade de Deus na unidade! Para Jaime Kemp (autor do livro “Antes de dizer sim”, no qual este curso é  baseado), existem pelo menos cinco níveis de comunicação, de modo que o casal que 13

quer ser feliz no casamento deve aprofundar o relacionamento para chegar ao nível mais levado. São eles: a- Nível cinco (conversa superficial): É a comunicação que se limita ao “bom dia”, “tudo bem?” e outras que não passam do âmbito da mera comunicação por educação. Infelizmente existem famílias hoje em dia que vivem nesse nível de comunicação.  b- Nível quatro (relato dos fatos): Sem comentários substanciais, o casal se limita a relatar fatos sem se deixar aprofundar, sem abrir seus sentimentos, como: “o tempo está frio, use um agasalho”. Não há casamento feliz sem profundidade no diálogo. c- Nível três (verbalização de ideias e julgamentos): Há uma expressão dos  pensamentos, de forma que a pessoa se dá ao risco de expor suas ideias. É o principio  para uma relação mais íntima quando há disposição em ir além. d- Nível dois (verbalização de sentimentos e emoções): O casal se dispõe a compartilhar seus sentimentos, ideias e pensamentos. A comunicação é honesta e há intimidade no diálogo. e- Nível um (revelação de necessidades pessoais e emocionais): Há um tal nível de  profundidade no relacionamento que um sente-se seguro para expor sua carência e pedir socorro ao cônjuge, vendo-o como seu melhor amigo. É quando um sente abertura para dizer ao outro “me abrace por um tempo, pois estou precisando”, por exemplo. Vocês se vêem em algum destes níveis? Quais os principais pontos a serem trabalhados para iniciar o casamento se livrando de possíveis problemas? (Separem um minuto para a análise de em que nível vocês se encaixam e compartilhem com a turma. Seus comentários poderão edificar outros casais da sala).

O escritor e conselheiro Gary Chapman também afirma que existem cinco formas de comunicação, mas em seu livro “As Cinco Linguagens do Amor” ele diz que cada pessoa tem uma maneira de expressar amor, assim como tem uma maneira que ele se sente mais amado. Para ele, muitos expressam o amor da sua maneira, mas essa maneira pode não ser a que o cônjuge entende como uma demonstração de amor. São a linguagens que estão trocadas - e quando não sabemos nos comunicar, temos grande 14

 possibilidade de vivemos um casamento conturbado. Segundo Chapman, as linguagens são: 1- Palavras de afirmação:   Elogios verbais e palavras de apreciação. Para algumas  pessoas, ser elogiado vale mais que um presente extremamente caro. 2. Qualidade de tempo: É basicamente ter tempo de qualidade junto com o cônjuge, sem dividir com outra coisa. Para pessoas com esta linguagem como principal, é extremamente grave ver o cônjuge acessando o celular enquanto almoçam juntos, por exemplo. 3. Receber presentes: Presentes são símbolos visuais do amor. Para alguns, não receber  presente significa uma incerteza de que é amado. Não devemos confundir isso com dar coisas caras - o presente nesse sentido está mais ligado ao valor que ao preço. Dar uma carta pode valer mais que uma jóia, dependendo do coração de ambos. 4. Formas de servir: É aquilo que você sabe que seu parceiro gostaria que fizesse. É expressar amor realizando algum serviço que ajudará o cônjuge. Se um cônjuge cresceu num ambiente familiar no qual o pai ou a mãe faziam isso, provavelmente ele vai sentir essa necessidade . 5. Toque físico: Existem pessoas que se sentem mais amadas com um abraço do que com um “eu te amo” ou com um presente. Existem pessoas que tem mais facilidade de abraçar do que de fazer algum serviço em casa. Pessoas assim tem o toque físico como  primeira linguagem. Tomando apenas a pouca informação acima, vocês conseguem identificar as principais linguagens de um e do outro? Existem necessidades que você sente em uma dessas áreas e que seu(sua) futuro(a) esposo(a) precisa saber? (Separem dois minutos para a análise superficial de suas linguagens e do que vocês têm necessidade de ser trabalhado antes do casamento em relação às linguagens apresentadas. Caso tenham disposição, compartilhem de forma breve com a turma. Seus comentários poderão edificar outros casais da sala).

É fundamental apresentarmos um ponto de forma clara nesse estudo: independente da linguagem de cada um ou de qualquer tipo de “receita” para um casamento equilibrado, todo conselho será inútil se não tivermos como base a presença 15

da Trindade como solo onde o relacionamento está construído. Sabemos que Deus é o maior interessado em lares estruturados - um casal que vive em harmonia glorifica o nome do Senhor. Quando houver algum conflito no casamento, pense: “Que atitude devo ter nessa situação que agrade o coração do Construtor do meu casamento?” Quando Cristo administra nosso lar, o casamento é bem sucedido! Entendendo o papel central de Deus no casamento, entendamos o nosso: se falarmos somente o nosso idioma no casamento e o nosso cônjuge falar somente o dele, a comunicação será extremamente limitada. Para sermos compreendidos, devemos conseguir todas as formas que pudermos para que a mensagem transmitida seja recebida e funcione de modo eficaz. As maneiras como expressamos o amor através de suas linguagens são limitadas apenas pela imaginação; o que você deve fazer é falar a mesma linguagem de amor de seu cônjuge. A comunicação financeira

Um dos grandes motivos de frustrações e preocupações no lar é a questão financeira. Muitos noivos sofrem em relação às finanças quando se casam ou porque eram independentes ou porque nunca o foram. Em ambos os casos, estar com outra  pessoa compartilhando e prestando contas vira algo complicado: no primeiro caso  porque quem é independente geralmente tem dificuldades de prestar contas, no segundo caso porque a inexperiência deixa o indivíduo com pouca noção de ganho, perda e investimento. A fim de que conflitos sejam evitados, algumas questões devem ser conversadas e definidas antes do casamento, como por exemplo: 1- Como serão feitas as decisões financeiras na família? 2- Vocês têm dívidas? 3- Como vocês encaram compras feitas em prestações ou o uso de cartão de crédito? 4- Vocês têm um planejamento financeiro? Antes de qualquer coisa, é preciso que o casal saiba a diferença entre necessidades e desejos. Tal diferenciação ajudará a que decisões quanto a onde o dinheiro deve ser direcionado não dê espaço para conflitos. Necessidade é tudo aquilo que é imprescindível para um dos dois ou ambos. Desejos são complementos, coisas que se pode viver sem elas tranquilamente. Os desejos devem ser satisfeitos quando há dinheiro para isso, caso contrário, se transformam em sofrimento e conflitos. 16

A estrutura de um casamento segundo o padrão de Deus é o desejo pela unidade. Dessa forma, quando se é casado, não existe mais o meu dinheiro e o seu dinheiro, mas o nosso dinheiro, nosso patrimônio e nossas dívidas! Se quando solteiro o homem recebia um salário de R$ 2.000,00 e a mulher recebia um salário de R$ 2.000,00, quando casados, o casal passa a ter uma renda de R$ 4.000,00. Homem, saiba que produtos de maquiagem farão parte do orçamento do casal. Observe os fios de cabelo da noiva. Você imagina quanto creme e idas ao cabeleireiro são necessários pra mantê-los bonitos como você aprecia? Afinal de contas, você vai querer sua futura esposa bonita e arrumada, não? Mulher, se o seu noivo é um homem que gosta de comprar camisas de time ou é ligado em tecnologia, saiba que é provável que ele separe parte do orçamento para tal. Não estou incentivando excessos, compras sem planejamento e fora do orçamento. Apenas estou dizendo que é preciso ter bom senso em saber que vocês dois possuem gostos que devem ser respeitados, pois não há mais "minhas compras" e "suas compras", as compras são nossas… e as contas também! Estão vendo como se não houver diálogo e decisões em conjunto, logo virão  problemas? Um casal é um time que precisa colaborar para ter sucesso em relação ao dinheiro. Quando não existe organização, famílias que possuem até uma boa fonte de renda acabam vivendo no vermelho por serem desorganizados. Vejamos algumas dicas  para começar bem o casamento: 1- Elejam um contador: quem pagará as contas e acompanhará a movimentação  bancária após o casamento. O contador não possui poder de decisão, nem precisa ser o mesmo sempre, mas é necessário alguém para se preocupar de maneira mais contínua com o andamento das finanças. Dessa forma, é bom definir que o cônjuge com maior aptidão assuma esta função. 2- Definam uma quantia em que não é necessário prestar contas . Afinal de contas, é muito inconveniente que nem o marido ou a esposa possa comprar um simples chocolate sem ter que consultar o outro antes. 3- Definam um valor limite sobre o qual é necessário discutir antes de gastar  (R$ 50,00, por exemplo). Isso evitará compras desnecessárias. 4- Evitem compras a prazo. Se o casal não tiver dinheiro para comprar naquele momento, significa que ainda não pode ter o que gostaria. Poucas são as compras a  prazo que fazem sentido. Por exemplo, comprar um imóvel pode fazer sentido. Vocês 17

 pagariam aluguel de toda forma, correto? Contudo, é preciso observar qual imóvel  pretende-se adquirir. Especialistas afirmam que um dos erros mais comuns entre jovens casais é adquirir um imóvel além de suas condições financeiras, ficando sufocados financeiramente logo no início da vida conjugal. Isso não é saudável! Quando um casal conversa a fim de realizar o seu planejamento financeiro, nem sempre é possível chegar a um consenso. É provável que encontremos situações em que o homem gostaria de se planejar para trocar o carro e a mulher prefira trocar a mobília; ou que o marido deseje realizar um investimento, como a compra de um terreno, mas a esposa ache muito precipitado. Como lidar com tais situações? Quando o homem e a mulher não conseguem concordar sobre algum assunto de ordem financeira, a atitude mais sábia é, por enquanto, concordar que não concordam. Dessa forma, dá-se um tempo para cada um pensar melhor, aconselhar-se com outras  pessoas que possam acrescentar com uma boa orientação sobre o assunto e depois voltar a conversar a fim de finalmente chegar a um consenso. O princípio a ser observado nesta questão do impasse é: a unidade é mais importante do que a pressa! Na verdade, decisões sem comum acordo são apenas aconselhadas quando não há mais tempo para discutir sobre o assunto. Nestes casos, o homem como líder deve tomar a decisão e a mulher ser sábia em apoiar, dessa forma o casal acerta junto ou erra junto! Algumas pessoas costumam comprar para se sentirem felizes. Compram por impulso coisas das quais não precisam, apenas porque as pessoas estão comprando, ou está na moda e acabam por sequer usá-las. Quando se busca alegria em comprar coisas, surge um círculo vicioso de pecado.   Lembre-se que como cristãos temos a

obrigação de sermos bons mordomos do dinheiro que Deus nos dá. Se você deseja ter um casamento saudável, é preciso fugir do pecado do consumismo. Você considera que possui problemas com consumismo? Se sim, já pensou em como pode ser complicado ter um casamento harmonioso se não tratar esse pecado?

Chegando a hora…

Para finalizar o nosso breve curso, nada melhor do que tratarmos brevemente sobre o “clímax”, a esperada Lua de mel. A lua de mel é extremamente importante para a vida futura do casal, pois é a partir dali que eles se tornarão uma só carne. Uma frustração na lua de mel pode criar um problema que demora anos para ser tratado. 18

Antes de tudo, se planejem para a noite de núpcias a fim de que a alegria supere a ansiedade. Geralmente as noivas são mais temerosas do que os noivos, principalmente devido à cultura onde estamos inseridos. Alguns receios em relação à primeira noite são totalmente normais, muitos casais têm alguma frustração na primeira noite (principalmente devido à ansiedade) e, por considerarem o fato anormal, acabam carregando sequelas para todo o casamento. Sexo não é o mais importante no casamento, tampouco é algo com pouca importância. Eu diria que é uma das melhores partes do bolo, mas não a melhor; com o tempo vocês verão que é possível passar dias sem sexo, mas é inviável passar poucas horas sem uma série de outras coisas no casamento. Não esperem a realização sexual total na primeira noite, assim como nos primeiros dias, pois é necessário tempo para conhecer o cônjuge. O sexo é fundamental principalmente porque ele é físico, emocional e espiritual, sendo assim, vejam esse momento como a concretização da alegria que é se tornar uma só carne, sem euforia ou culpa alguma. Homem, após o sexo não vire para o lado como se a mulher fosse um objeto; mulher, o homem também estará exausto após a relação #ficaadica. Quanto à viagem, façam um planejamento também em relação a isso. O ideal  para uma lua de mel bem proveitosa e sem exageros seria de cinco dias a no máximo duas semanas. Devido ao cansaço dos últimos dias antes do casamento, o ideal é que vocês passem a noite de núpcias em um local perto e longas viagens sejam feitas apenas a partir do segundo dia. Após essa aula, escreva uma carta para o seu futuro cônjuge falando sobre quais são seus sonhos/expectativas para a vida sexual de vocês. Esta carta só será lida pelo outro no dia (ou um dia antes) do casamento, antes da lua de mel. Lembre que, conforme colocado aqui, no sexo entre marido e mulher Deus será glorificado e o seu propósito é fazer o seu cônjuge feliz.

Desliguem-se de tudo relacionado a trabalho, ministério e algo que tire o foco do momento que é só de vocês. Quanto ao que vem antes, curtam a cerimônia, as fotos, a festa, os convidados ou simplesmente (para quem não fará nada disso) vivam o dia do “sim”, tornem ele um dia inesquecível. Vocês planejaram o que foi dito aqui? Há concordância quanto aos gastos, convidados, etc? Se comprometam de hoje até lá para que tenham momentos de oração a fim de que, acima de tudo, o Soberano Deus administre o lar que se iniciará… e que Deus abençoe sua união!

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ATIVIDADES:

Sejam acompanhados por um casal na sua igreja que possa lhes mentorear para a vida a dois (sobre relacionamento, sexualidade, planos, acordos, conflitos e etc). Nós chamamos isso de discipulado, e o discipulado facilitará muito a construção da vida a dois. Estabeleçam os períodos de encontros com eles (Exemplo: 01 vez a cada 15 dias) Estabeleçam um planejamento juntos, por escrito, com metas, prazos e forma de verificação para que realizem coisas que agradam a Deus e trazem felicidade para vocês e às pessoas do seu convívio. Submetam tudo a Ele! Exemplo: Pós-graduação, Doutorado, viagem de lazer, leitura de livros, investimento de tempo na vida das  pessoas, ministérios, vida comunitária com a igreja, voluntariado, práticas saudáveis, filhos, investimentos financeiros para geração de renda, assim como para a expansão do Reino de Deus, etc. Tendo definido o planejamento familiar, façam um planejamento financeiro anual e se  possível o estendam para os próximos 05 anos. Assim vocês definirão as necessidades e desejos que atenderão em todo este período. Vocês podem encontrar ferramentas já existentes para o planejamento familiar, como  por exemplo o 5W2H e o planejamento financeiro que pode ser desde um caderno, uma  planilha do Excel, um aplicativo ou um sistema de gestão financeira. Veja o que se adequa melhor à realidade e perfil de vocês. Um dos dois deve ser responsável pela alimentação das informações e ambos devem combinar as projeções futuras considerando cada tomada de decisão, como falamos nos textos anteriores.  ______________________________________________________________________   ______________________________________________________________________   ______________________________________________________________________   ______________________________________________________________________   ______________________________________________________________________   ______________________________________________________________________

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