JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - MARÇO/2010
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egundo Aurélio Buarque de Holanda, PRECONCEITO É: 1. Conceito ou opinião formados antecipadamente, sem maior ponderação ou conhecimento dos fatos; idéia preconcebida. 2. Julgamento ou opinião formada sem se levar em conta o fato que os conteste; prejuízo. 3. Superstição, crendice. 4. Suspeita intolerância, Ódio irracional ou aversão a outras raças, credos, religiões, etc.
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É muito comum nos pegarmos reclamando de preconceito religioso com relação a Umbanda, inclusive por conta dos inúmeros casos conhecidos e comentados sobre intolerância religiosa e racial. Crime previsto pela Constituição. Preconceito é algo pré-concebido, uma idéia estabelecida sem conhecimento de causa, podemos até dizer que, muitas vezes, é uma idéia fanta-
EXPEDIENTE:
Nossa capa: A imagem publicada na capa desta edição, é uma pintura do artista plástico RODRIGO BUENO (técnica: Tinta e sobre madeira).
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siosa, ilusão ou mistificação de algo. O preconceito existe no sujeito que desconhece algo, o preconceito umbandista, está na pessoa que desconhece a Umbanda ou que crê conhecê-la a partir de informações e experiências desastrosas. Não são poucas as pessoas que freqüentaram um local desagradável, no qual inexiste ética e bom senso, se auto-intitulado como Umbanda. Há ainda anúncios de amarração e
trabalhos pagos para prejudicar o próximo se identificando com entidades de Umbanda e Orixás. É preciso que se dê conta da enorme responsabilidade dos umbandistas com relação a estas pessoas, as primeiras porquê estão vazias de informação e as segundas porque precisam reparar uma idéia falsa, construída sobre uma experiência desencontrada e equivocada a cerca da Umbanda. Somos formadores de opinião, afinal, quem melhor pode falar de Umbanda, somos nós umbandistas e ponto final. E para tal devemos nos preparar, informar e esclarecer. Não bastando passar a informação certa, podemos apresentar o que é a “prática do espírito para a caridade”, primeira definição de Umbanda feita pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas em 1908. E para todos estes que não conhecem a Umbanda existe algo que pulsa mais forte que o preconceito, a CURIOSIDADE. Comece a observar um fato comum: muitos umbandistas se identificam como espíritas, católicos ou “sem religião”, criando uma omissão sobre sua pertença religiosa umbandista. No momento em que você assume sua identidade umbandista descobre que as pessoas têm uma enorme CURIOSI-
É uma obra filantrópica, cuja missão é contribuir para o engrandecimento da religião, divulgando material teológico e unificando a comunidade Umbandista. Os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores, não refletindo necessariamente a opinião deste jornal. As matérias e artigos deste jornal podem e devem ser reproduzidas em qualquer veículo de comunicação. Favor citar o autor e a fonte (J.U.S.).
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DADE sobre a sua religião, mais ainda se você é uma pessoa bacana. E é neste momento que surge a oportunidade de esclarecer o quanto a Umbanda é exclusivamente do BEM. É este o único momento em que se pode dar um testemunho do Orgulho de ser umbandista. Não desperdice o momento único de dar um depoimento pessoal a favor, em nome e pela defesa de sua religião. Pois o pior preconceito contra a Umbanda é justamente o praticado pelos próprios umbandistas, no momento que ocultam sua real pertença religiosa. Estude, se esclareça, tire suas dúvidas, conheça os fundamentos e base de sua religião, leia e assuma a segurança de pertencer a uma das mais lindas religiões, a Umbanda. Neste ano acontecerá o CENSO 2010, no qual pesquisadores do IBGE farão pesquisas, entre outras, sobre a filiação religiosa das pessoas, afim de identificar as percentagens de filiação de cada segmento religioso. Apenas respondendo EU SOU UMBANDISTA podemos mudar muita coisa. Podemos nos perceber uns aos outros, reconhecer e fazer valer o fato de que SOMOS MUITOS. Vamos sair da TOCA!! contatos:
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u sou umbandista e sou médium de incorporação, caso o leitor não saiba. Pois bem! Eu era um médium dedicado e aplicado e fazia ao pé da letra o que meus guias espirituais determinavam. Quando determinavam um banho de pétalas de rosas brancas, eu corria para comprar algumas e, antes de ir ao centro que eu freqüentava, preparava meu “banho de rosas”. Se determinavam que eu tomasse um banho de canjica (milho de canjica fervido até a água ficar toda branca e leitosa), eu tomava meu banho de canjica sem questionar nada. Se determinavam que eu tomasse banho com folhas ( alecrim, espada-desão-jorge, guiné, arruda, erva-cidreira, boldo, folhas de louro, manjericão, etc) eu tratava de adquirir aquela(s) recomendada(s) e tomava meu “banho de ervas”. Se recomendavam que eu fosse à natureza e fizesse uma oferenda para um orixá ou um guia espiritual e levasse velas de determinada cor, certas bebidas, certas frutas, certas flores, etc., eu procurava fazer tudo certo eu não deixava faltar nada, às vezes, até exagerava. Até aqui nada demais, porque é assim que procedem todos os médiuns umbandistas dedicados e aplicados. Portanto, não é mérito algum meu proceder assim, pois esse é nosso dever: obedecer às orientações dos nossos guias, que nos amam e querem o melhor para nós, mesmo não sabendo como eles nos ajudam. O fato é que eu, um curioso incorrigível, comecei a prestar atenção às oferendas e conversava com outros médiuns sobre elas. E, em nossas ingênuas e bem inten-
cionadas conversas sobre as “coisas” que colocávamos em nossas oferendas, não atinávamos com o poder mágico dos “elementos” mágicos que “entregávamos” aos nossos guias espirituais e aos nossos orixás. Inclusive, as formas de indicá-las obedeciam a uma linguagem própria, pois às vezes diante de um guia para uma consulta, ele dizia: - Filho, você precisa dar uma oferenda para orixá tal ou para o guia tal porque precisa fortalecê-lo. Outra vez outro guia espiritual recomendava isto: - Filho, você precisa firmar uma vela de sete dias para o seu orixá; seu caboclo; seu anjo da guarda; etc., porque ele está fraco e só assim ele poderá ajudá-lo. Outra vez outro guia espiritual dizia isto: - Filho, esta pessoa está com uma demanda, e para cortá-la, você precisa dar uma oferenda para um orixá, um guia da direita ou um guia da esquerda para ele cortá-lo e descarregá-lo. Outra vez um guia espiritual dizia isto: - Filho, esta pessoa está com uma demanda muito forte e só levando-a no ponto de força do orixá tal e fazendo uma oferenda para ele é possível ajudá-la, porque não podemos mexer nesse trabalho aqui no terreiro. Pois bem, nós médiuns, obedecíamos e tudo ficava bem. Mas, em nossa ignorância e ingenuidade (no bom sentido, é claro) ficava a impressão de que só seriamos ajudados se “déssemos” algo em troca. E, para complicar ainda mais o nos-
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so aprendizado, a comunicação dos Exus e Pombagiras colocava uma pá de cal sobre o assunto, pois diziam em alto e bom som:
- De graça, Exu não faz nada! Aí dava um nó cego em nossa religiosidade porque, em nossa ignorância e ingenuidade, eles deixavam claro que só trabalhariam em nosso beneficio se fossem “pagos”. Para piorar as coisas, ainda tinha algum Exu que dizia isto: - Quero uma oferenda assim e assim para ajudá-lo a conseguir isso (um emprego, saúde, um relacionamento, etc.) e, depois que conseguir, aí você me dará outra oferenda de agradecimento assim e assim, certo? E se não der, aí você perderá tudo o que eu lhe dei, ouviu? Esse era o alerta extremo e fez com que muitos “pagassem” rigorosamente o que “deviam”. Isso era assim, isso é até hoje e sempre será assim, não porque as entidades espirituais precisam ser pagas de fato, e sim porque as oferendas (ou despachos ou ebós) fornecem-lhes os recursos
energéticos que precisam porá poderem auxiliar-nos. Apenas a forma como pedem esses recursos deixava (e ainda deixa) uma indagação no ar: - Por que preciso pagar ou dar algo em troca para ser ajudado? Na verdade, essa é a grande verdade jamais revelada, mesmo sendo “guias espirituais” eles precisam (em certos casos) de que lhes forneçamos os “recursos elementais” para, manipulando-os magisticamente, ajudarem-nos. Até certo ponto, eles nos auxiliam com o que possuem em si como seus “poderes pessoais”. Mas, dali em diante, ou recebem numa oferenda ritual mágico-religiosa os elementos que precisam ou não têm como trabalhar em nosso benefício, porque só ativando os elementos magisticamente conseguirão fazer por nós o que só a “magia elemental” consegue fazer. Talvez, se tudo tivesse sido colocado de outra forma, tudo teria sido muito mais fácil para as pessoas que precisavam de auxilio e teriam entendido que na verdade não estavam pagando nada, e sim fornecendo só os recursos elementais (ou energia dos elementos) para que as entidades pudessem trabalhar seus problemas, pois na criação tudo é energia nos mais variados graus vibratórios e “sem energia não se produz nada”. Os elementos colocados dentro de um espaço mágico (ou em uma oferenda ritual mágico-religiosa em um ponto de forças na natureza) são as fontes naturais geradoras das energias mais “densas” que existem. Elas, quando ativadas corretamente, realizam coisas que nenhuma outra energia consegue
realizar. Hoje, olhando com outros olhos o meu passado e o que acontece por aí afora com as “oferendas”, sinto uma imensa tristeza por não ter tido um guia espiritual ou ao menos uma só pessoa que nos explicasse essas coisas e foi preciso que um espírito mensageiro cujo nome simbólico é “Pai Benedito de Aruanda” começasse a nos ensinar por meio dos livros psicografados por mim, fornecendo-nos gradualmente a resposta para muitas das nossas práticas “mágico-religiosas” umbandistas. E foi preciso a vinda de um espírito mensageiro chamado “Mestre Seiman Hamiser Yê” para nos abrir parcialmente os fundamentos divinos da magia, permitindo-nos uma compreensão do que já fazíamos, mas não conhecíamos seus fundamentos ocultos. Dali em diante, tudo assumiu seu real significado. Dar forças a um guia, não era porque ele estava fraco, e sim era fornecer-lhe os recursos elementais magísticos para que ele pudesse trabalhar em nosso beneficio. Dar determinadas frutas, bebida, velas, etc., em uma oferenda, não é porque o guia ou o orixá precise “comer e beber”, e sim porque são recursos elementais mágicos com os quais nos ajudam na solução dos nossos problemas. Texto extraído do livro “A Magia Divina das Sete Ervas Sagradas” Rubens Saraceni Editora Madras.
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stas frases: “Eu não acredito em Espírito” e “Espíritos não existem” são frases muito comuns na sociedade, geralmente ditas por pessoas que não são de nossa crença, aquelas que acreditam que a vida para por aqui sem prosseguir. Mas, será que eles estão errados ou certos? Será que realmente existem os espíritos? Será que realmente continuamos a nossa caminhada em outro plano? Então por que eu não os vejo? Por que eu não os sinto? Por que eu não os escuto? Estes questionamentos sempre aparecem quando entramos neste assunto de “Espíritos”. Interessante e intrigante, pois se analisarmos friamente a nossa visão humana, ela é limitada, onde muitas vezes não enxergamos um palmo à frente de nosso nariz. Realmente, é para se duvidar que eles existam. Quem não fez estes questionamentos? Muitos de nós, até mesmo Umbandistas, mesmo antes de entrar para a Religião, já chegamos a contestar a existência de uma “vida” após a morte ou a crença no Espírito. Encontramos no dicionário várias definições sobre a palavra “Espírito” e dentre elas temos:
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“Espírito 1. Coisa incognoscível que anima o ser vivo. 2. Entidade sobrenatural, como os anjos e os demônios. 3. Ente imaginário, como os duendes. 4. Ser do mundo invisível. 5. Conjunto das faculdades intelectuais. 6. Vida. 7. Razão. 8. Inteligência. 9. Energia. 10. Caráter!Caráter, índole. 11. Aptidão, capacidade. 12. Opinião, sentimento. 13. Intenção. 14. Gênio, talento. 15. Pessoa. 16. Imaginação, graça, engenho. 17. Essência. 18. Sentido. 19. Idéia predominante. 20. Tendência. 21. Ar; sopro. 22. Respiração, hálito. 23. Parte volátil de um líquido; álcool. 24. Gram. Sinal diacrítico do grego, para marcar a aspiração inicial ou a sua ausência. 25. Relig. Alma. 26. Alma do outro mundo. Espírito animal: suposto fluido que leva as sensações ao cérebro.
Espírito de contradição: pessoa que tem a mania de contradizer, de estar sempre em oposição com as ideias ou os desejos dos outros. Espírito de vinho: álcool. Espírito forte: pessoa descrente das máximas convencionais que a maioria afecta!afeta acatar. Espírito maligno: demónio. Espírito Santo: uma das pessoas da Trindade cristã. Antes de sua qualidade “Santo” vem o termo “Espírito” categorizando.”.
lâmpada gerando a claridade da Luz. Conseguimos sentir o vento nos tocando ou até mesmo as suas formas quando gira e se veste com a poeira (como em um furacão) mostrando assim a sua forma. Mas, e o espírito? Ele não tem vento e nem eletricidade ou tem? Claro que tem. De certa forma, o espírito carrega os dois elementos com ele, ou seja, ele carrega a sensação do vento nos tocando quando estamos sendo assistidos por eles e a intensidade da eletricidade quando “entra” em nosso campo mediúnico para renovar as nossas energias.
Quando a palavra “espírito” é pronunciada aos ouvidos daqueles que “não acreditam”, “que duvidam”, etc., basicamente há uma reação de rejeição e, em muitos casos, de medo. O medo é uma reação que não faz sentido, pois conforme eu já havia escrito em textos anteriores, ele nada mais é do que o simples fato de “não conhecer”, logo, quando conhecemos aquilo que estamos tratando não temos mais o porquê sentir medo. Aprofundando o termo “medo” dentro deste contexto, farei um questionamento àqueles que não acreditam na existência do Espírito ou sentem medo: Como pode alguém sentir medo de “algo” que não crê? (Porque, aqueles que não acreditam em nada, possuem algo que poucas pessoas têm: a Fé. Porque tem que ter muita Fé para não acreditar em nada, você precisa acreditar muito que nada existe para atestar a sua própria Fé). Com base no contexto de acreditar ou não, vamos voltar nossa visão para o espírito. Se eu não vejo ou se eu não posso tocar, por isso, eu não acredito? Vou fazer outra pergunta: Você acredita no vento e na eletricidade? Até onde sei não podemos vê-los, mas podemos senti-los e o resultado de suas ações faz com que sejam transmutados os estados dos objetos que são “tocados” por eles. Por exemplo, a luz que se acende quando acionamos o interruptor, nada mais é do que a eletricidade chegando até a
E o que geralmente fazemos em relação a estas sensações? Na maioria das vezes ignoramos e não acreditamos, não damos atenção a sua existência, por mais que ele possa “assoprar” imitando o vento (dizendo estou aqui te olhando) ou que possa tentar nos dar um “choque astral” como a nossa eletricidade (com a intenção de nos alertar ao perigo), geralmente nós não damos espaço para esta intervenção. Não quero neste momento separar o bom ou ruim, certo ou errado, mas vamos dizer que existe o pólo positivo e negativo, ou que irradia e absorve, então ao invés de dizer que não crê na existência do espírito, respeite a sua existência, para que nenhum furacão passe por sua vida lhe fazendo girar intensamente com boas doses de “choques astrais”, onde perceberá que eles existem de verdade e lembrando: “você pode não crer neles, mas eles acreditam muito em você.”
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ar um tratamento digno, de uma grande religião, a Umbanda, às vezes é muito difícil. Como religião, ela engloba a diversidade no sentido mais amplo da palavra e essa mesma diversidade gera uma gama de conflitos e desentendimentos. A liberdade para o Umbandista é imensa, quando não rixada por algum indivíduo, se faz o que quer e como quer. Olhando o perfil de outras potências religiosas como o Cristianismo e o Islamismo, também há ramificações, diferenças e padrões de expressões religiosas, no entanto, um consenso comum: O conhecimento. Toda grande religião tem a sua escola preparatória, responsável pela multiplicação do saber e a expansão da tradição. Na Umbanda, o processo é bilateral, ou seja, de um lado temos o modelo de Umbanda praticada, isto é, aquela aplicada dentro do trabalho, em que você aprende com o Preto-Velho, com o Caboclo, juntamente com a orientação da esquerda. Tudo acontecendo no universo da gira, ao mesmo tempo. É como correr atrás da bola até aprender a jogar. Cresci assim, fui feito assim, amo muito tudo isso! (olha a propaganda, rs). De outro lado temos o processo de inovação, como por exemplo, o surgimento das escolas-templo. Locais consagrados e preparados para o mesmo trabalho: O aprendizado de ponta de conga, com as incorporações e também a estrutura de cursos, que permite um aprendizado livre de vínculos, com oportunidade de crescimento e aperfeiçoamento espiritual. (Amo mais ainda!) Muitos batem em cima desse modelo em função do valor cobrado pelas atividades que são de ensino, e não práticas convencionais de trabalho espiritual. Todo conhecimento se autoprotege! E conhecimento tem valor! Desconheço o processo de habilitação gratuito, seja no ensino médio ou superior. Já que até a rede Estadual tem seu custo de manutenção, que é pago com os NOSSOS impostos. As duas correntes são verdadeiras, as duas formas atendem a um propósito superior! Quando encontro alguém que foi vítima de alguma mãe do poste (aquela que traz amarrado, atado e enforcado em 24hrs, por uma merreca de 500,00 reais). Penso o quanto uma boa orientação, seja na Umbanda praticada, ou no conhecimento adquirido na Umbanda ensinada, teria desviado a pessoa desse tipo de coisa (não tenho coragem de chamar de trabalho). Não importa se no seu trabalho são usadas guias ou não! Não importa se no seu trabalho vai chapéu ou capa! Não importa se na sua casa tem aulas de preparação mediúnica! O que importa, realmente, é saber e perceber se estamos cumprindo o nosso papel: Fazendo o bem e ensinado o povo a rezar, a trapacear a dor, levantar a cabeça e recomeçar! Umbanda ensinada e Umbanda praticada são os dois lados de uma mesma moeda. Reflita! contatos:
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Continuação do texto da edição anterior. PERGUNTA: Voltando ao assunto das linhas de trabalho. Entendido a questão dos arquétipos e mitos, assim como de seus valores simbólicos e psicológicos dentro da Umbanda, gostaríamos de comentários a respeito das funções energéticas ou espirituais das formas plasmadas ou roupagens fluídicas adotadas por vós dentro dos trabalhos espirituais. VÓ BENEDITA: Muito mais profunda e detalhada é essa questão. Existem pretas–velhas “Beneditas” (como eu), “Cambindas”, “Marias”, etc. Se todas fomos agrupadas na linha de pretas–velhas e resolvemos atuar dentro dessa grande egrégora/vibração, nosso nome simbólico representa a egrégora/falange a qual nos reportamos. E a peculiaridade de nossa forma plasmada também. Todas adotamos a aparência de negras–velhas, mas cada uma portando algumas características próprias, pois a forma plasmada ou roupagem fluídica também é um fundamento de grande importância dentro da Umbanda. Ela funciona como uma “chave de acesso” a egrégora/falange a qual o espírito pertence (trabalha). Por exemplo, eu, nessa forma espiritual que agora me apresento, poderia dizer por analogia que estou “vestida de Benedita de Aruanda”, utilizando-a como um uniforme que me liga naturalmente, por sintonia, vibração e estímulo mental a toda uma hierarquia de “Beneditas de Aruanda”, todas elas amparadas pelas nossas amadas Iabás das Águas: Oxum, Iemanjá e Nanã Buroquê. Esta forma plasmada demonstra que eu estou em serviço dentro da falange. É uma chave de abertura para determinada vibração, ou mistério, como queiram. Dentro do ritual umbandista, três são as grandes chaves de acesso que cada entidade trás. Primeiro seu nome simbólico, que, na maioria dos casos, encontra-se em português, em yorubá, em tupi, guarani, ou outro dialeto indígena. Essa é a chave “sonora” de aceso a vibração de um guia. Como exemplo, peguemos a linha de caboclos Sete Flechas. Apenas a verbalização ou mentalização do nome Sete Flechas já reverbera no astral e designa todo uma grande egrégora trabalhadora dentro da vibração do Orixá Oxossi e da Orixá Iansã. Essa é a chave sonora, ligada ao verbo e as características do tipo de trabalho o qual o guia realiza. Nela está fundamentada a mentalização dos nomes dos guias, assim como dos conhecidos pontos cantados de chamada de determinadas linhas. A outra chave de acesso é o ponto riscado. Ele é a inscrição de símbolos que demonstram as forças e campos no qual o guia trabalha. É a “chave vibratória” e a mais “direta” entre as três, pois o magnetismo do ponto risca-
do de um caboclo Sete Flechas é só dele, e mesmo existindo outros milhares de Sete Flechas, aquele ponto vibra em uma correspondência energética só sua. Dessa forma caso seu médium conheça o ponto, através dele acessa diretamente ao seu guia pessoal. Por isso, essa é a chave mais velada e oculta, liberada de forma integral apenas quando o médium dá provas de determinação e maturidade dentro do trabalho de Umbanda. A terceira chave é a forma plasmada/roupagem fluídica de uma falange. Ela é de aspecto visual e talvez seja para os encarnados a mais “genérica” entre as três. É nesse fundamento que sustenta–se o uso de imagens, pois através de uma sugestão mental, invoca–se dentro da mente das pessoas uma egrégora ou vibração especial. Dessa forma, caso o dirigente peça para que todos mentalizem a linha dos caboclos, logo as imagens de índio utilizadas por todos caboclos virão à mente e por sintonia visual–mental ocorrerá a ligação do encarnado com a parte astralina da corrente dos caboclos. Os mestres orientais dizem que essa é a mesma ciência por trás do que ficou conhecido como Yantras no oriente. Mas, o aspecto mais profundo dentro desse fundamento, é o da roupagem fluídica pessoal de cada espírito. Ela pode ser conhecida tanto através das faculdades clarividentes como em projeções astrais conscientes. É aqui que realmente pode-se conhecer as peculiaridades de cada forma que os guias de lei de Umbanda utilizam e que estão mais ligados a detalhes pessoais da consciência espiritual. Mas dentro de uma falange, essas peculiaridades são extremamente importantes, pois se milhares de Caboclos Sete Flechas imprimem a seu corpo espiritual através da força do pensamento uma forma semelhante entre si, às pequenas nuances e detalhes, refletirão dentro da hierarquia e das funções que cada um deles têm dentro da falange. Por fim, a forma plasmada é um meio de acabar com a vaidade e necessidade dos médiuns de obterem comunicações com personalidades importantes quando encarnadas, o que, sem querer que soe como uma crítica,
é muito comum dentro do espiritismo mundial codificado por Kardec. Por detrás da aparência de uma preta–velha, pode estar uma simples e sábia escrava, uma professora, uma parteira, ou até mesmo uma grande santa ou sacerdotisa de outros tempos. Pouco importa, pois todas respondemos dentro de uma linha (Preta–Velha) e de um grupo (Benedita). Nós ficamos “ocultas” por assim dizer. Trabalhando e esclarecendo simplesmente por amor. Esse sistema foi baseado no modo de viver dos seres naturais e encantados da natureza, onde todos se vêem como um grupo, como um grande organismo onde cada individualidade é uma pequena célula de Um organismo maior, que são os Orixás, e esses, por sua vez, são outras grandes células que formam o Todo, Olorum. Dessa forma, trabalha–se por alegria e altruísmo, anulando–se o ego e a vontade própria, para o prevalecimento do Eu divino e da vontade coletiva. PERGUNTA: A Senhora poderia explicar melhor como funciona essas “chaves” de acesso a determinada entidade ou corrente espiritual? VÓ BENEDITA: As “chaves” citadas no comentário anterior funcionam através de correspondência vibratória. Para fazermos uma analogia com algo material, usemos o diapasão. O diapasão é um instrumento utilizado para afinar instrumentos musicais, “calibrado” para vibrar em determinada freqüência, emitindo a nota Lá (440Hz). Agora imaginem que as “chaves” estejam calibradas e sejam capazes de sintonizarem com determinadas egrégoras assentadas no plano espiritual, captarem suas vibrações e transformarem-se em pólos irradiadores ou veículos manifestadores dessas vibrações. Essa lei das correspondências vibratória é uma das leis básicas da magia e também da própria mediunidade. Através de princípio semelhante, mas voltado às leis de vibração espiritual, um ponto riscado entra em sintonia com o próprio magnetismo de um guia, ou um nome simbólico em si carrega a vibração peculiar de uma determinada falange. Seguindo o mesmo raciocínio, à parte etérica da glândula pineal de
um médium “vibra” em correspondência vibratória com as ondas mentais enviadas por uma entidade extrafísica, conseguindo captá-las. Pelos mesmos princípios, uma ferramenta condensadora de axé, consagrada em algum sítio vibratório da natureza, pode reproduzi a partir de si o mesmo magnetismo e energia do local natural. E nisso encontra-se um dos fundamentos dos otás e ferramentas assentadas em um congá dentro de um terreiro de Umbanda. Mas aí, estaríamos entrando em um outro assunto... O importante aqui é entender como a lei da correspondência vibratória está na base de diversos fundamentos da prática umbandista, ou de muitas outras práticas magísticas e espirituais. Tudo na Criação vibra, nada é estático. E a sintonia e correspondências entre essas vibrações são uma grande chave descortinadora de mistérios. PERGUNTA: Quanto ao comentário a respeito da anulação do ego através do uso de nomes e aparências coletivas. Isso nos parece muito interessante. Você poderia nos explicar um pouco mais a respeito? VÓ BENEDITA: “Deus, em sua infinita misericórdia, fez da morte a grande niveladora das consciências humanas. Mas vocês, ignorantes das leis espirituais, continuam rotulando e julgando um espírito pelo que ele foi ou deixou de ser no plano material” _ essas foram as palavras do Caboclo
das Sete Encruzilhadas dentro da recém fundada federação espírita de Niterói, questionando o porquê de espíritos de negros ou índios serem afastados das mesas espíritas. Acreditamos que essa citação, por si só, já é mais eloqüente do que qualquer coisa que possamos falar. Na verdade, uma encarnação é apenas uma “roupa” ou “papel” representado no teatro cósmico das vidas sucessivas. Entendido isso, como se apegar a alguma personalidade terrena, quando a realidade do espírito floresce aos nossos olhos? Apesar de compreender que em alguns casos a identificação espiritual seja muito importante, para as necessidades básicas de atividade dentro da Umbanda, o nome coletivo funciona muito bem. Quem realmente eu sou? Um corpo físico, uma personalidade criada dentro dos parâmetros da terra, ou um espírito imortal, parte de Olorum? O que realmente é importante? A erudição que levo da terra, ou os tesouros do espírito que carrego no baú do coração? Quem realmente age? Benedita, um simples espírito em evolução, ou a mão do Orixá a guia, como humilde instrumento de ação na vida dos semelhantes? O que é mais valoroso? A cultura terrena que um espírito possui, ou sua luz e sua energia pessoal? Respondam com discernimento, sabedoria e carinho o que aqui foi perguntado e entenderão por si mesmos esse fundamento dos nomes e aparências coletivas dentro da Umbanda. contatos:
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PORTAIS! Eis uma palavra com múltiplos significados, todos derivados da palavra porta, que significa passagem de um ambiente para outro, seja o de entrar ou sair de uma casa ou de, já dentro dela deslocar-se pelos seus cômodos. Muitas são as utilidades das portas (ou portais) e muitas são elas sendo, que umas permitem que saiamos de dentro de um ambiente e outras nos permitem entrar em outros, assim como tem aquelas que tanto são da entrada quanto de saída porque são únicas. - Pois bem! A Magia Divina dos Sete Portais Sagrados nos conduz para um dos mais fascinantes mistérios da criação, que é o das “passagens divinas”, passagens essas que permitem que um espírito desloque-se através dos muitos planos da criação, formados internamente por reinos, domínios, dimensões e realidades hiper-habitados por seres semelhantes a nós os espíritos humanos, mas que vivenciam outros tipos de evolução. Essa magia nos abre um dos mais grandiosos e importantes mistérios da criação divina e nos revela a perfeição nela existente até nos detalhes imperceptíveis, só visualizados por quem é bom observador da obra divina. - Porta, portal ou passagem são três palavras sinônimas, mas que se aplicam a coisas diferentes. - PORTA: Para deslocamento de um ambiente para outro. - PORTAL: Para entrada em um reino ou domínio. - PASSAGEM: Para entrada em um novo meio (faixa vibratória, dimensão, realidade ou plano de vida).
Na verdade, a Magia Divina dos Sete Portais Sagrados é regida pelo mistério das sete passagens porque esse é o mistério maior, que é regido pelo Trono da Evolução, o responsável pela elevação ou rebaixamento dos espíritos que vivem e evoluem nos mais variados níveis vibratórios da criação. A Magia Divina dos Sete Portais Sagrados é uma das vinte e uma magias regidas pelo mistério maior das Sete Passagens, quase todas elas fechadas e desconhecidas no lado material da vida, sendo que o pouco que conhecemos deve-se a algumas revelações dos nossos mestres de Magia Divina. Quando psicografei em 1991 o livro “Hash Meir, o Guardião dos Sete Portais do Templo da Deusa Dourada” e sua continuação “O Guardião das Sete Portas das Trevas”, ambos atualmente juntados em um só livro denominado “O Guardião dos Sete Portais”, muita coisa não escrita ficou no ar a espera de respostas que melhor definissem o que
eram esses “Sete Portais”. Muitas informações se somaram posteriormente quando em 1999 começou o ensino da Magia Divina curso ministrado por Mestre Seiman Hamisèr Ye. Ele nos trouxe muitas informações e entre elas a de que todo espaço mágico um portal capaz de absorver, recolher e encaminhar para os seus devidos lugares na criação todos os negativismos projetados contra uma pessoa através da magia negativa ou atraídos por ela devido à baixa qualidade dos seus pensamentos e sentimentos. Eu, que sou umbandista e sigo uma religião que tem na magia ritual um de seus recursos para auxiliar as pessoas, e que já havia lido todos os autores umbandistas cujos livros me chegaram à mão, neles jamais havia lido nada parecido ou que pudesse ser comparado às revelações de Mestre Seiman. Tornei a reler quase uma centena de livros de Umbanda, entre os quais os dos mais renomados autores e não
vi em nenhum uma só revelação ou comentário sobre o mistério das passagens, dos portais e das portas e sim, vi, (já com outros olhos) um repetivismo sobre a magia ritual Umbanda e que consistia em fazer oferendas e nada mais! Portanto, foi só após a publicação de muitos dos livros psicografados por mim que a palavra “portal”, tanto quando associada à magia quanto às passagens entre os planos, dimensões, reinos e domínios popularizou-se tanto dentro da Umbanda quanto no esoterismo e no espiritualismo. Hoje, em 2010 e já com cerca de sessenta livros publicados e com o mistério dos portais popularizados, finalmente recebi a autorização para abrir para o plano material a “Magia Divina dos Sete Portais Sagrados!”. Se fiz esse comentário um tanto ríspido é porque as Magias Divinas das Sete Chamas, das Sete Pedras, das Sete Ervas, dos Sete Elementos, dos Sete Símbolos, etc, trabalham com portais elementais (construídos com elementos naturais colocados em seus pólos mágicos) e com a Magia das Sete Cruzes, dos Sete Raios, etc, trabalham com portais mentais divinos. Inclusive, a Magia Divina dos Sete Raios Sagrados, a quarta das magias a ser aberta, trabalha o tempo todo com os “Portais Divinos” regidos pelo mistério dos Sete Raios Sagrados, que são regidos pelos Sete Tronos de Deus. Fato esse que abriu para os que se iniciaram nessa magia o mistério dos portais energéticos, constituídos etericamente pelas sete irradiações de Deus e regidos pelos seus sete Tronos. Essa abertura parcial do “Mistério dos Sete Portais Sagrados” abriu um vasto campo até então desconhecido e, fora uns poucos magos iniciados por
mim nessa magia, todos preservaram o juramento de silencio feito duramente suas iniciações. Mas houve os que não conseguiram guardar segredo e a partir do que haviam aprendido comigo durante os cursos de Magia Divina, criaram suas próprias “magias” recebidas, segundo eles de mensageiros de altos planos. Esqueceram-se dos meus avisos de que seus mestres de magia lhes ensinariam muitas coisas mais e que deveriam preservar esses conhecimentos, pois mais adiante todos os graus da Magia Divina seriam abertos e, além do conhecimento e das revelações já recebidos através de mim, somariam aos graus que ministrariam seus novos conhecimentos e revelações, fato esse que enriqueceria suas aulas de magia. Todos os que quebraram a “Lei do Silêncio” foram desligados em espírito da egregora da Magia Divina e hoje, trilham caminhos próprios, não revelando aos seus alunos e seguidores iniciados “que tudo o que estão ensinando-lhes aprenderam nos cursos que fizeram comigo”. Que todos façam um bom trabalho de ensinar pessoas nos campos da magia. Mas que nenhum deles se esqueça de que mais adiante, já em espírito todos terão que prestar contas da quebra do juramento de silencio sobre os mistérios divinos. Aguardem para breve o abertura dessa Magia Divina dos Sete Portais Sagrados junto com o lançamento do livro que, finalmente abrirá parcialmente esse mistério da criação e, aí sim, todos trabalharão com os Portais Sagrados ou Passagens Divinas regidas pelo Sagrado Trono da Evolução também conhecido dentro da Umbanda como o nosso Amado Pai Obaluaiê.
outro no sentido de colocar em ação a prática desta caridade que tem inicio no campo espiritual e pode se estender para as questões sociais da família ou mesmo pessoais. Mas o perfil do intolerante não vê as benfeitorias do objeto de seu preconceito, não vê nada além do que quer ver, um “adversário”, o “mal”, o “diabo”, o “encosto”... definições de
fundo pejorativo para identificar quem é teologicamente diferente. Não basta ser cristão, para o intolerante o único cristão bom é aquele que faz parte de sua congregação, igreja ou templo. Com as mudanças da lei do Psiu, deve mudar um pouco o abuso das denúncias, pois agora não são mais aceitas as denúncias anônimas.
Vejamos quais foram as alterações: Programa de Silêncio Urbano (Psiu) já criou problema para muita gente, dentro dos segmentos afro-brasileiros, no que diz respeito à utilização da musica durante os rituais de Umbanda e Candomblé. As multas eram exorbitantes e as denuncias podiam ser feitas de forma anônima. Conhecemos casos como o do Templo da Luz Dourada dirigido por Mãe Mônica e Pai Marcelo Berezutchi, que sofreu uma “enxurrada” de denuncias
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anônimas por meio do “Psiu”. Graças à liberdade que havia em fazer denúncias anônimas, muitas pessoas animadas antes pelo preconceito religioso que por “poluição sonora”, usavam este “canal” de denúncias para perseguir os Templos de Umbanda e Candomblé. Em alguns casos grupos de intolerantes religiosos costumavam colocar como meta o fechamento deste ou daquele Templo de Umbanda, buscando por todos os meios encontrar impecilhos a fim de perturbar o trabalho que
os mesmos realizam com a comunidade. Templos de Umbanda não cobram nada de ninguém, existem por um ideal de fé apenas, caracterizando uma obra social de fundo religioso, em que geralmente se dá não apenas um acompanhamento e orientação religiosa, em muitos casos há também uma obra social mantida ou apoiada pelo mesmo. A própria definição do que é Umbanda “A Manifestação do Espírito para a Caridade” prevê uma atuação ampla e irrestrita no relacionamento com o
• As denúncias não podem mais ser anônimas. • O barulho (ruído) deve ser medido dentro do imóvel do “reclamão”,
com a presença de denunciante, denunciado, fiscal e testemunhas.
• A medição deve ser feita no horário em que acontece o barulho. O denunciante deve informar o horário em que é incomodado pelo barulho.
• Denunciante medição.
e denunciado devem estar juntos no momento da
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SOFISTIFICAÇÃO E SIMPLICIDADE O Templo Guaracy confirma que simplicidade não está na forma, mas sim na alma, no interior, no comportamento. Enquanto uns querem acreditar que um terreiro simples, é um terreiro com bancos desconfortáveis, cadeiras quebradas, parede pra rebocar ou pintar, porém mantém a doutrina do medo, comportamento centralizador e arrogante. Afastam-se da verdade. Simplicidade e humildade é um estado de espírito e não a forma como se apresenta. Assim é o Templo Guaracy, extremamente sofisticado, Buby não poupa esforços em garantir a beleza do ambiente. No entanto a filosofia praticada é estimuladora da mais verdadeira simplicidade, bondade e colaboração com o mais necessitado. Na atividade religiosa constatei a presença de pessoas de todas as classes sociais, e ali impera a cultura da ajuda mútua, ou seja, quem pode mais, ajuda quem pode menos. Vou contar um caso que Pai Buby nos relatou: “Certa vez estava com sete pessoas recolhidas (processo iniciatório). Eles ficam aqui na Mataganza exercendo uma série de atividades. Limpando, capinando, consertando, estudando, etc. Nesta ocasião eu tinha 6 homens bem sucedidos, trata-se de grandes empresários e homens abastados. Um deles não, era bem simples. Mas sempre estava ali presente ajudando no que precisava, feliz. Nesta semana do recolhimento, percebi que ele estava calado, sem o brilho nos olhos que lhe era comum. Fazia tudo ali, mas estava triste. Aquilo me incomodou muito e então lhe questionei sobre o que acontecia e ele muito simples não queria falar. Insisti e ele se abriu: - Acontece Pai que minha casa foi destelhada, estou sem moradia praticamente e não sei o que fazer. Aquela notícia me assustou e encerrei o assunto. À noite, na hora da janta, eu e os sete recolhidos estávamos tomando um caldo. Eles passariam por mais uma iniciação antes de serem liberados, então falei: - Estamos no final da feitura de vocês e há algo importante a ser feito para que isso se conclua. Contei o caso do outro irmão e propus: “Precisamos juntos resolver isso”. Em sete dias a casa destelhada esta-
va totalmente reformada e pronta para a moradia daquele irmão sem perspectivas.” Este é um exemplo de irmandade que se ajudam mutuamente. Pai Carlos Buby é um artista, músico que inclusive abandonou sua promissora carreira para exercer o sacerdócio. Porém é desta alma artística que brota esta percepção sofisticada das coisas. Tem que se levar em consideração o seu feeling empreendedor. Ele conta que o Templo Guaracy começou como todo terreiro, de forma muito simples, na casa dos pais e por quinze anos foi assim, poucas pessoas envolvidas e muitas dificuldades. - Como foi que você mudou esta realidade? Pergunto. - Quando comecei a realmente prestar atenção nas necessidades das pessoas e ajudar nisso. UMBANDA INTERNACIONAL Temos notícias de terreiros de Umbanda em outros países, o que é normal. Mas nada parecido com o que acontece com a disseminação do Templo Guaracy fora do Brasil. Pois não se trata de brasileiros que foram para outros países e lá mantém a Umbanda, isso é exportação. O conceito de internacionalização vamos ver adiante. Não há registro de divulgações sobre as atividades do Templo Guaracy de forma externa ou promocional. O próprio site dá uma noção bem superficial do que seja de fato esta estrutura. De modo, que fica indicada a despretensão de Pai Buby em massificar a cultura Umbandista que ele ministra. Porém foi como um fenômeno que sua internacionalização aconteceu. Pois é, numa determinada ocasião, um grupo de Suíços soube da Filosofia Guaracyana e veio ao Brasil conhecer de perto o Templo Guaracy, ficaram maravilhados, passo seguinte, receberam as instruções e feituras necessárias para mais tarde serem os fundadores de um Templo Guaracy no exterior. O curioso é que são de fato suíços, não tem o “gingado” brasileiro, são culturas diferentes, não tem o vulto da escravidão ou a noção de colonização que os pretos velhos e caboclos remetem ao nosso imaginário e cultura interna. O que de fato fala ao coração do gringo? O que leva um suíço despencar aqui no Brasil em busca do aflorar mediúnico para manifestar a cultura brasileira?
A questão é que não se trata disso. Umbanda como bem alertou o Sr. Caboclo das Sete Encruzilhadas “é a religião que vem para apaziguar os povos até o fim dos séculos”. Portanto esta essência Divina irá vibrar no coração de todos os povos. TEMPLE GUARACY DE GENÈVE, SALLE GUARACY, 51, RTE DU NANTD‘AVRIL, 1214 VERNIER, este é o endereço do Templo Guaracy na Suíça. O primeiro Templo fora do Brasil. Após a constituição do Templo na Suíça, foi consequente a busca de outros estrangeiros à Filosofia Guaracyana e hoje está presente em Paris e Strasbourg na França, Quebec no Canadá, Washington, Califórnia e Nova Iorque nos Estados Unidos, Graz na Áustria, Sintra em Portugal e Santo Domingo na República Dominicana. Em poucos Pai Buby foi presencialmente conhecer, pois os dirigentes são preparados no Templo do Brasil. SACRALIDADE DA LÍNGUA PORTUGUESA Se imaginar um francês incorporado com um Preto Velho já é inusitado, mais distante ainda é pensar a língua portuguesa como dialeto sagrado. Pois então, no Templo Guaracy é! Quando pergunto como é a comunicação dos guias nos respectivos países, espero como resposta que os guias falam o idioma de seus médiuns, imaginando quão engraçado deveria ser um Caboclo falando em francês, vem a resposta “assustadora”: “Só falam em português no interior do Templo” “A Umbanda não é brasileira? Então da mesma maneira que para o Candomblé o Yorubá é uma língua sagrada, para a Umbanda a portuguesa há de ser” explica Pai Buby. Pai Buby orienta que os estrangeiros aprendam a língua portuguesa, pois é regra que este idioma seja presente nos Templos. Buby institui assim, que a língua sagrada da Umbanda é o português. Independente das diferenciações culturais dos países que mantém o Templo Guaracy, tudo segue o mesmo padrão, existe uma latente preocupação de manter a originalidade e essência da raiz. - Você faz ideia da sua importância na internacionalização da religião na história da Umbanda? - pergunto como afirmação. Então é a primeira vez que Buby altera sua expressão abrindo espaço para uma fisionomia de dúvida, responde: “Nunca pensei nisso, reconheço que há uma expansão política da Umbanda, mas nunca pensei nesta hipótese, de modo que este fenômeno não é planejado, pois a Umbanda é assim, se expande sem restrições”.
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CURIOSIDADES Pai Buby é autor de centenas de pontos cantados, entoados por muitos terreiros, sabe aquele: “Nesta casa de guerreiro...Ogum...vim de longe pra rezar...Ogum...” pois então, é dele. Nas décadas de 70 e 80 ele gravou pela Cáritas Gravadora, o disco, Abertura e Encerramento, São Jorge Guerreiro e outros. Seu último grande sucesso musical, presente no Cd “Terra de Deus Repentista”, “Feiticeiro Negro” tornou-se um hino da resistência e luta pela liberdade religiosa.
“A essência é a mesma, o que difere é o método” - Pai Buby Leitor, aqui está apenas uma vírgula do que gostaria de transmitir sobre o Templo Guaracy, mas seria impossível num artigo, pois o tornaria cansativo. A pretensão é apresentar a você outra maneira de fazer Umbanda, que é forte e crescente sem usar nenhum tipo de apelo promocional, pois ela acontece naturalmente. Para muitos Pai Buby e o Templo Guaracy são desconhecidos, o que é uma pena, pois se trata de uma estrutura de grande importância para a nossa
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história religiosa. O Sr. Caboclo Guaracy, mentor responsável por tudo isso, como um Mestre da Luz que é, deixa a nós um legado que deve ser estudado, dissecado e compreendido por todos. Sua dinâmica não é simples, mas simples é sua fala, seus gestos e seu amoroso acolhimento com seus filhos espirituais. Caboclo Guaracy encontrou em Pai Buby um comprometido e leal instrumento, que no que lhe compete como médium, não mede esforços para fazer valer no plano físico, o projeto da “Tribo Guaracy Astral”. É impossível conhecer este trabalho de perto e ficar indiferente e não ser tocado ou mesmo provocado a melhorar em algo. Pai Buby é na verdade um tímido sacerdote de Umbanda que ao se dedicar ao próximo e pela Umbanda priorizou a ensinar aos seus filhos a gratidão e a importância da união e que o terreiro de Umbanda é o retrato do estado de espírito daqueles que ali frequentam e não por acaso que estes filhos de fé são comprometidos em fazer das estruturas físicas um lugar bonito, limpo e sofisticado, pois sofisticada é a forma como a filosofia Guaracyana ali se manifesta e bonitos e limpos são estes irmãos encarnados depois de encontrarem o Templo Guaracy em suas vidas. Pai Buby tem o comando de tudo nas mãos, mas é um generoso delegado que dá a cada um aquilo que já estão prontos para assumir e de quebra, perde sua timidez ao abraçar um violão e cantar para sua tribo, aquecendo e alegrando a vida destes que é a sua vida. Por fim, quero deixar minha gratidão ao Sr. Caboclo Guaracy pela oportunidade vivida, valeime Caboclo, aceite este texto como minha oferenda na multiplicação de vossa missão. Saravá! Para saber mais: Entrevista na TVUS: www.tvus.com.br Templo Guaracy: www.temploguaracy.org.br Contatos: www.rodrigoqueiroz.blogspot.com
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mundo é mutável, e a cada ano a sensação é que o tempo voa sem deixar rastros. A globalização e a tecnologia aparecem e desaparecem em dias e para não ficarmos desatualizados, faz-se necessário, nos mantermos conectados para não sermos uns alienados. Este intróito serve de analogia para o que hoje está acontecendo com a Umbanda e o que o movimento umbandista moderno está procurando neste novo século. A busca por uma Nova-Umbanda não significa, em hipótese alguma, deixar de lado toda tradição existente na religião, porém os tempos e as culturas evoluem e nós também precisamos pegar carona neste caminhar. Dizer que os Guias não se adaptam as novas realidades e necessidades é usar um dos piores
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subterfúgios para justificar o orgulho e a vaidade. É não querer deixar o ego de lado e mudar de atitude. Infelizmente, por conta da falta de informação e conhecimento da nossa religião, poucos sabem que o uso do álcool e do tabaco nos terreiros de Umbanda tem finalidade ritualística. Até pouco tempo atrás (considerando que vinte anos é pouco tempo), relatos dizem que se bebia por demais nos terreiros, hoje já se bebe bem menos e existem alguns terreiros que já não usa bebida alcoólica e nem o fumo. Estas mudanças são, principalmente para se adaptar as novas realidades jurídicas e sanitárias, e também para o olhar dos leigos não se ficar a impressão de que na Umbanda estimula-
se o uso do álcool e do tabaco. Além da polêmica do álcool e tabaco, temos a questão da vaidade humana que sempre encontra brechas - injustificadas - para se apresentar. Vemos isso quando presenciamos o uso de roupas extravagantes, guias, colares, brincos e aparatos em demasia, sendo que para a prática da Umbanda basta a simplicidade da roupa branca e a pureza de sentimentos para se colocar a disposição da espiritualidade para a prática da caridade. Hoje vivemos um movimento “neo-umbandista”, onde se procura achar o tom ideal, sem fugir das características e dos fundamentos maiores da Umbanda, mas adaptando-se aos novos tempos e as novas realidades ecológicas e politicamente corretas. Os alienados, infelizmente, ficarão para trás e estarão sujeitos aos ditames dos novos tempos e da percepção geral desses novos moldes. Marcos Barbosa é médium da Casa de Caridade Estrela da Umbanda - CCEU Contatos:
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ADRIANO CAMARGO
alve fantásticos irmãozinhos em Mamãe Natureza. Quem pode falar sobre as ervas? Essa pergunta sempre vem à tona quando o conhecimento é comparado, seja dentro dos meios religiosos, na fitoterapia, e mesmo na sabedoria popular. Tenho recebido muitos emails perguntando sobre isso. Porque temos, principalmente na internet, uma avalanche de informações sobre o uso das ervas. Enquanto eu escrevo essa matéria, tenho sobre mim a agradável sombra de uma fantástica pitangueira. Estou sentado debaixo dela e peço a ela inspiração para escrever. Pergunto a ela como eu posso ser útil ao meu semelhante humano, mesmo que sua natureza vegetal não entenda totalmente o que se passa na mente humana, dotada de princípios diferentes, mas enfim, pergunto a ela assim mesmo como eu posso levar esse conhecimento às pessoas com clareza, força e determinação. Muitas vezes pergunto o que escrever. E a resposta flui no meu intimo de forma natural. Assim é a pitangueira, a cerejeira, o abacateiro, o limoeiro e a goiabeira. Árvores que estão próximas de mim, no meu jardim, no local que mais gosto de escrever. E mesmo quando não estou lá, me conecto a elas mentalmente,
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trazendo sua imagem, sua sombra e frescor. O sabor dos seus frutos e o perfume de suas folhas. Hoje há tanto delas em mim como há de mim nelas. Há uma simbiose energética, assim como o agricultor conhece o “cio da terra”, a gente acaba conhecendo a essência dessas amadas irmãzinhas do mundo vegetal. Tenho a minha volta diversos irmãozinhos do plano espiritual, encantados e naturais, que nem sempre tem noção do que estou fazendo exatamente com um notebook, ou mesmo um caderno de anotações, ali, sentado e conversando com uma árvore. Mas todos percebem o que vou fazer a partir daquilo que recolho ali. Sabem que disseminar o conhecimento é meu trabalho, levar de forma objetiva a razão de Pai Criador se manifestar na natureza é minha missão. Quando preciso de folhas para al-
guns preparos pessoais, para o terreiro ou alguém que precisa de ervas para um simples banho, me dirijo ao jardim, com minha tesoura de jardinagem, simples e efetiva pois é meu instrumento de trabalho, e em cada arbusto ou canteiro que vou cortando os galhos, vou mentalmente, e as vezes até verbalmente, definindo o que fazer com essas ervas, como usar ou como eu gostaria que elas guardassem sua energia para se manifestar no preparo a que se destinam. Vou juntando essas folhas, flores, raízes e quando não tenho todas que preciso no meu jardim busco no meu armário de ervas, onde guardo centenas, isso mesmo, centenas de vidros com folhas, cascas, sementes, raízes, flores, todas secas. E sei exatamente onde elas estão, sei onde encontrar o que eu preciso naquele momento. Mesmo secas, elas me reconhecem como seu manipulador natural, e atra-
vés daquilo que há de mim nelas, permitem que eu tenha e me sirva de seu poder no benefício da humanidade. As ervas que não tenho plantadas também reagem ao meu magnetismo humano, ajustado ao seu magnetismo vegetal. Pois as trato com o respeito que a natureza merece. Essa reação do elemento define e proporciona qualidade final do preparo. As ervas se colocam na nossa vida como verdadeiras mestras. Professoras de sabedoria natural. Respondem as nossas perguntas com determinação. Respondem aos nossos apelos de cura com carinho. Ao cortar alguns ramos ou galhos, tenha certeza que essa árvore sente o que você está fazendo. E ela reage de acordo, em sintonia e proporção ao seu propósito. Hoje divido essa experiência com vocês, porque desde no ano de 2003 que venho escrevendo aqui nessa coluna, procurando transmitir a simplicidade dos elementos e como eles gostam de estar conosco. Não vejo esse trabalho como um fardo, nem como uma mina de ouro, porque há um fundamento divino que nos ampara. E se podemos falar das ervas, conquistamos isso com o coração. Com a essência de quem realmente vive isso em seu dia a dia, nos jardim, nos cursos, no terreiro. Que fale sobre ervas quem vive as ervas, quem as trata com o devido respeito e carinho, pois se não sabem, há um sistema reativo em toda a natureza, que é implacável com todos aqueles que querem apenas usufruir no meio humano, das benção divinas que são manifestadas na natureza. Se você sentiu algo em seu espírito ao ler essas linhas, é porque você é poderoso candidato a ter uma maravilhosa experiência com os
elementos da natureza em um dos nossos grupos de estudo sobre as ervas. Vença a distância, o cansaço e a preguiça e traga ao seu espírito algo que ninguém pode tirar de você: o conhecimento. Falta coragem, então busque nas próprias ervas a inspiração para aprender. Tome um bom banho de limpeza e equilibrio (arruda, casca de alho, pinhão roxo, eucalipto, hortelã, manjericão e sálvia) antes de dormir, acenda uma vela verde, ofereça a Pai Criador, Mãe Natureza, os Sagrados Orixás Oxóssi e Obá – o Trono do Conhecimento, às Forças Vivas de Jurema, e peça inspiração, força e proteção para trilhar esse caminho sagrado. Se pretende administrar sua vida, é preciso coragem. Há pessoas que vivem por viver, porque foram colocadas no mundo. Nada as estimula nada as atrai. São pessoas sem graça, parece que lhes falta o sopro da vida. Não seja uma delas. Reaja, lute, trace seus ideais, pois só é digno de viver aqueles que lutam por eles. Faça da sua vida única. Na verdade você não sabe se terá outras oportunidades. Descubra seus talentos e realize seus sonhos. Não tema pois o conhecimento é para todos. Todos podemos despertar os poderes das ervas com amor e bom senso. Faça parte disso, venha tornar seu mundo melhor e beneficiar a si mesmo e ao semelhante. Há novas turmas sendo formadas, não perca essa oportunidade. Bençãos de Mamãe Natureza! Sucesso e muita alegria a todos, muito obrigado, muito obrigado, muito obrigado! Contatos: www.erveiro.blogspot.com
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CONSCIÊNCIA: Atributo pelo qual o homem pode conhecer e julgar sua própria realidade. Faculdade de estabelecer julgamentos morais dos atos realizados. Cuidado com que executa um determinado trabalho, se cumpre um dever, senso de responsabilidade conhecimento, noção. Percepção imediata dos acontecimentos e da própria atividade psíquica. CONSCIENTE: Que tem consciência. Que procede com consciência cônscio. CÔNSCIO: Que sabe bem o que faz ou deve fazer, consciente. A mediunidade de incorporação dentro da religião de Umbanda Sagrada ainda é algo a ser desmistificado, pois ainda existem pessoas que mesmo sendo médium consciente afirmam ser
“médium inconsciente”, que não lembram de nada do que aconteceu, que o guia “tomou conta” a ponto de não controlar sua mente, seu espírito e seu corpo carnal. Antigamente a inconsciência era algo mais comum dentro dos terreiros, até mesmo pela imposição religiosa em que a época exigia por preconceito, dogmas e principalmente pela necessidade da espiritualidade em implantar a Umbanda no Brasil. Hoje ainda há casos raríssimos de médiuns inconscientes. PODEMOS ESCLARECER A INCORPORAÇÃO! Na incorporação o campo eletromagnético do guia se acopla ao do médium e através destas energias, o guia repassa mentalmente suas ondas
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eletromagnéticas atingindo o mental do médium. Os nossos centros energéticos que são os chacras, absorvem e irradiam energia, há uma soma entre a energia vibratória do guia e a energia vibratória do médium e esta atuação ocorre nas glândulas pineal e hipófise. Portanto, uma não anula a outra e sim atuam em conjunto! Hoje com a evolução da espiritualidade, o objetivo é usar do recurso consciência, para que o médium também seja beneficiado em sua evolução. Gostaria de esclarecer aos médiuns conscientes, que ser consciente não é vergonha e não diminui seus valores mediúnicos. Você não é patinho feio do terreiro e nem precisa se sentir um peixe fora d’água, julgando-se inferior. Quando o médium pergunta “será
que sou eu?” “Será que é o guia?”. Eu respondo são os dois atuando de forma consciente, para que através da incorporação consciente o médium possa adquirir conhecimento e assim também evoluir com os ensinamentos dos guias. Um dos objetivos da mediunidade consciente no desenvolvimento mediúnico, é facilitar para que o médium possa aprender a doutrinar a incorporação, absorver as irradiações divinas, entrar em sintonia vibratória para que assim sua elevação mental ocorra deixando o Orixá ou o Guia atuar, sem sua interferência. Existem dirigentes espirituais que ainda se preocupam com quantidade de médiuns que sua casa tem, nem sempre quantidade está aliada a qualidade do desenvolvimento mediúnico. Já estive em locais onde não existiam regras muito menos doutrina, incorporava-se o que queria e em qualquer hora da gira, roupas inadequadas e já vi até
“caboclos” incorporar em médiuns maquiados com brincos enormes e tudo mais. O desenvolvimento é um momento precioso para formação de um médium. GENTE, CADÊ O BOM SENSO? E cadê a mediunidade consciente nessa hora, onde está a consciência e a postura do médium? Algumas atitudes tem que partir do dirigente ou mesmo do guia chefe da casa, pois eu não acredito que um terreiro onde se pratica o amor, a fé e a caridade, essas atitudes de falta de respeito não seja devidamente orientada. Por isso bendita seja a sabedoria divina, que nos permite ter consciência! Que cada um responda a lei maior e a justiça divina, o que faz de sua consciência... Que mãe Iansã abençoe à todos, Mãe Monica Berezutchi contatos:
[email protected]
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O caldeamento das raças é o impulso irresistível que vai nos levando para a igualdade étnica. As invasões, as conquistas bélicas, as expedições terrestres ou marítimas, o comércio, o tráfico de escravos, bem como outros fatores imponderáveis, o turismo inclusive, vêm no transcurso das idades, promovendo e forçando as quatro raças a um contato providencial. (João Severino Ramos) sincretismo religioso no Brasil surgiu com a escravatura do índio pelos primeiros colonizadores. O nosso índio, em função da sua liberdade natural e de seu espírito guerreiro, não podia aceitar a escravidão. Tinha uma religião que se fundamentava na crença do espírito e que possuía os seus rituais. Não se adaptou ao cativeiro e, então, o colonizador trouxe da África o elemento negro, que oferecia melhores condições para a lavoura. Formou-se, assim, um ciclo branco-indio-negro que contribuiu para o complexo da formação brasileira, sobressaindo-se uma constante religiosidade em vários aspectos. Os escravos nada traziam na viagem, sendo necessário aqui improvisar os objetos de culto com os utensílios utilizados nas cozinhas ou nas senzalas. Os negros escravos tinham desenvolvido e sedimentado os fundamentos religiosos das divindades rituais, liturgia e lendas. Dentre eles, muitos iniciados cuidavam com fidelidade dos conhecimentos recebidos, sob sigilo, constituindo segredo que não podia ser revelado. Os negros apresentavam um grau de cultura mais elevado que o índio e, em alguns casos, eram mais intelectualizados que alguns senhores brancos que lhes impunham uma religião por
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meio de imagens e algumas rezas, que não entendiam, sem um fundamento, à custa de castigos, privações e sofrimentos. O negro não entendia a religião católica, havendo uma má assimilação no que havia de semelhante na correlação com as suas divindades tradicionais, ocorrendo então uma fusão das divindades para que se pudessem praticar os seus rituais e cultuar os Orixás que lhes eram próprios. Quando eram questionados pelos brancos, preferiam dizer que estavam homenageando “os santos”, resultando assim em uma fusão de crenças e divindades de vários aspectos. O colonizador permitiu, desse modo, que se cultuasse a religião à sua maneira, modificando a tradição dos cultos primitivos, porque a ruidosidade e a complexidade do ritual era para o negro um lenitivo, amenizando a saudade da família ou da terra natal. O sincretismo com o catolicismo atingiu tal ponto que é comum se cultuar
Já está nas bancas de todo o Brasil!
Revista Cristã de Espiritismo nº 77
uma mesma entidade, de modo indiferente, com nome de Santo ou Orixá africano, não se podendo, muitas vezes, diferenciar onde termina um e começa outro. Existe uma convergência de rituais e liturgia, que tende a se acentuar com o sentido ecumenista pela grande disseminação da Umbanda no Brasil e seu grande relacionamento com o altar e práticas católicas. É bom lembrar que o sincretismo ocorrido na Umbanda é diferente do ocorrido no Candomblé. No Candomblé, os Orixás eram sincretizados com os santos católicos que os negros eram obrigados a cultuar. A Umbanda nasceu com santos católicos, e o sincretismo com os Orixás foi trazido gradativamente pelo elemento negro oriundo dos cultos africanos. Textos extraído do livro “Iniciação à Umbanda” Autores: Diamantino Fernandes Trindade, Wagner Veneziani Costa, e Ronaldo Antonio Linares - Editora Madras. www.madras.com.br
“Ou mudamos de valores civilizatórios ou a Terra poderá continuar sem nós”. Esse é o ponto ocultado nos fóruns mundiais, especialmente o de Copenhague. No dia 2 de fevereiro de 2007 ao ouvir em Paris os resultados acerca do aquecimento global dados a conhecer pelo Painel Intergovernamental das Mudanças Climáticas (IPCC) o então Presidente Jacques Chirac disse:”Como nunca antes, temos que tomar a palavra revolução ao pé da letra. Se não o fizermos o futuro da Terra e da Humanidade é posto em risco”. Outras vozes já antes, como a de Gorbachev e de Claude Levy Strauss pouco antes de morrer, advertiam: “ou mudamos de valores civilizatórios ou a Terra poderá continuar sem nós”. Esse é o ponto ocultado nos foruns mundiais, especialmente o de Copenhague. Se for reconhecido abertamente, ele implica uma autocondenação do tipo de produção e de consumo com sua cultura mundialmente vigente. Não basta que o IPCC diga que, em grande parte, o aquecimento agora irreversível é produzido pelos seres humanos. Essa á uma generalização que esconde os verdadeiros culpados: são aqueles homens e mulheres que formularam, implantaram e globalizaram o modo de produção de bens materiais e os estilos de consumo que implicam depredação da natureza, clamorosa falta de solidariedade entre as atuais e as futuras gerações. Pouco adianta gastar tempo e palavras para encontrar soluções técnicas e políticas para a diminuição dos níveis de gases de efeito estufa se mantivermos este tipo de civilização. É como se uma voz dissesse: “pare de fumar, caso contrário vai morrer”; e outra dissesse o contrario: “continue fumando, pois ajuda a produção que ajuda criar empregos que ajudam garantir os salários que ajudam o consumo que ajuda aumentar o PIB”. E assim alegremente, como nos tempos do velho Noé, vamos ao encontro de um dilúvio pré-anunciado. Não somos tão obtusos a ponto de dizer que não precisamos de política e de técnica. Precisamos muito delas. Mas é ilusório pensar que nelas está a solução. Elas devem ser incorporadas dentro de um outro paradigma de civilização que não reproduza as perversidades atuais. Por isso, não basta uma ecologia ambiental que vê o problema no ambiente e na Terra. Terra e ambiente não são o problema. Nós é que somos o problema, o verdadeiro Satã da Terra quando deveríamos ser seu Anjo da
Guarda. Então: importa fazer, consoante Chirac, uma revolução. Mas como fazer uma revolução sem revolucionários? Estes precisam ser suscitados. E que falta nos faz um Paulo Freire ecológico! Ele sabiamente dizia algo que se aplica ao nosso caso:”Não é a educação que vai mudar o mundo. A educação vai mudar as pessoas que vão mudar o mundo”. Precisamos destas pessoas revolucionárias, caso contrário, preparemo-nos para o pior, porque o sistema imperante é totalmente alienado, estupificado, arrogante e cego diante de seus próprios defeitos. Ele é a treva e não a luz do túnel em que nos metemos. É neste contexto que invocamos uma das quatro tendências da ecologia (ambiental, social, mental, integral): a ecologia mental. Ela trabalha com aquilo que perpassa a nossa mente e o nosso coração. Qual é a visão de mundo que temos? Que valores dão rumo à nossa vida? Cultivamos uma dimensão espiritual? Como nos devemos relacionar com os outros e com a natureza? Que fazemos para conservar a vitalidade e a integridade de nossa Casa Comum, a Mãe Terra? Não dá em poucas linhas traçar o desenho principal da ecologia mental, coisa que fizemos um inúmeras obras e vídeos. O primeiro passo é assumir o legado dos astronautas que viram a Terra de fora da Terra e se deram conta de que Terra e Humanidade foram uma entidade única e inseparável e que ela é parcela de um todo cósmico. O segundo, é saber que somos Terra que sente, pensa e ama, por isso homo (homem e mulher) vem de húmus (terra fecunda). O terceiro que nossa missão no conjunto dos seres é de sermos os guardiães e os responsáveis pelo destino feliz ou trágico desta Terra, feita nossa Casa Comum. O quarto é que junto com o capital natural que garante nossa bem estar material, deve vir o capital espiritual que assegura aqueles valores sem os quais não vivemos humanamente, como a boa-vontade, a cooperação, a compaixão, a tolerância, a justa medida, a contenção do desejo, o cuidado essencial e o amor. Estes são alguns dos eixos que sustentam um novo ensaio civilizatório, amigo da vida, da natureza e da Terra. Ou aprendemos estas coisas pelo convencimento ou pelo padecimento. Este é o caminho que a história nos ensina. Leonardo Boff é teólogo e autor do DVD As quatro ecologias, CDDH de Petrópolis 2009. Fonte: ALAI - Agência Latinoamericana de Informação
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8 divulgação da Umbanda ganhou corpo quando entrou em cena o radialista e escritor Áttila Pereira Nunes. Na literatura conseguiu sucesso com a obra Antologia de Umbanda, porém foi através do programa Melodias de Terreiro que se tornou popular. Foi uma importante personalidade do rádio brasileiro e um defensor incansável da liberdade religiosa. O Programa Melodias de Terreiro está presente na lembrança de muitos umbandistas que puderam acompanhar um pouco da trajetória de um dos precursores da Umbanda no Brasil. O primeiro programa voltado para os cultos afro-brasileiros foi ao ar pela primeira vez em 1948, pela então Rádio Guanabara, hoje Bandeirantes.
A
Áttila Nunes, que dedicou a vida lutando contra as perseguições policiais aos terreiros de Umbanda, desencarnou em 1968 e sua esposa e vereadora Bambina Bucci passou apresentar o programa que marcou toda uma geração de umbandistas. Atualmente o Programa Melodias de Terreiro é produzido por Atila Nunes Filho e Atila Nunes Neto e vai ao ar pela Rádio Metropolitana AM 1090 do Rio de Janeiro, de segunda a sexta-feira, as 23 horas, transmitindo informações, preces e poemas de cunho afro-brasileiro, além de cânticos de um acervo composto de mais de 1700 composições, reunidas ao longo da existência do programa. Sobre o programa, Atila Nunes Filho escreveu no seu livro (1970) Umbanda, Religião - Desafio:
Nos primeiros dias de dezembro de 1968, comecei a produzir e apresentar “Melodias de Terreiro”, programa que há anos vai ao ar, sempre divulgando e defendendo a Umbanda. Em meados de 1969, “Melodias de Terreiro” alcançou a liderança de audiência no gênero, com um índice de 90%. Foi, talvez, a minha primeira grande alegria no meio umbandista, por saber que havia correspondido à expectativa de milhares de irmãos de crença que souberam depositar sua confiança em mim. A todos os ouvintes de “Melodias de Terreiro” e aos irmãos que me auxiliaram no inicio, a minha gratidão e o meu reconhecimento eterno pela ajuda valiosa. Aos que prestigiaram nosso outro veiculo de divulgação, “Gira da Umbanda”, que atualmente é apresentado por Bambina Bucci, a minha sincera homenagem por todo o apoio e incentivo. Que Oxalá os abençoe. Contatos:
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POR ETIENE SALES
Um pequeno texto do Padre Geraldo, Padre GG, mas que diz muito para quem abrir a mente e quiser enxergar uma problemática de nossos dias: a discriminação e a intolerância religiosa. É interessante ver que tem até padre lutando contra os preconceitos, contra a discriminação, ampliando a discussão em suas comunidades sobre a Intolerância religiosa, mesmo sabendo que isso pode levar a reações dentro de sua própria religião. O exemplo do Padre GG, um padre Católico e Negro, deveria ser um exemplo para todas as religiões, principalmente para a Umbanda, que pouco ainda faz ou pensa na problemática da Intolerância religiosa (e leva isso para os terreiros ou para discussão dentro de suas comunidades) e pouco faz ou pensa na intolerância intrareligiosa. Ainda bem que tem uns poucos que ainda se dão pela religião, pelas religiões e pelos seres humanos, independente de sua crença, cor ou condição sócio econômica. Mais do que um bom exemplo, uma lição de igualdade e de humildade. Parabéns, Padre GG.
“CHUTA QUE É MACUMBA!!!” Você já ouviu essa expressao? O preconceito o racismo e a intolerancia historicamente construídos em nosso Brasil para com as religiões afrobrasileiras, particularmente Candombé e a Umbanda, são perpetuados de diversos modos, um dois quais com a expressao: “Chuta que é macumba!!!” Ouvi uma vez essa expressão e perguntei aos meus irmãos se já tinham ouvido e disseram que sim, sobretudo em jogo de bola ou quando o assunto é mulher considerada feia. Um dos meus irmãos disse que ouviu num programa de rádio. Para os que consideram a luta contra a intolerância religiosa um assunto periférico ou marginal, creio ser importante o despertar de uma nova sensibilidade inter-religiosa possibilitadora de novas atitudes e comportamentos. Como no Brasil ninguém é racista, nem preconceituoso e nem tampouco intolerante, certamente muitos dirão que é apenas uma brincadeira...Somente uma expressão... Lembremos que o Cônsul do Haiti só disse o que disse porque supunha nao estar sendo gravado. É, diante das câmeras até o dia pede benção! Não permitamos que essa expressão se propague. Denunciemos! Lutemos! É possivel uma nova mentalidade! Cambatamos quaisquer formas de intolerância, ainda que não seja ligada a nossa confissão religiosa. A agressão feita a uma religião, seja ela qual for, é ofensa pública feita a todas! Disse Jesus: “A boca só fala do que o coração está cheio”; e “O mal é o que sai da boca do homem”. A propósito, o que você acha do Camdomblé e da Umbanda? O que seus pais, filhos(as), esposo(a) amigos(as), alunos(as) pensam? Onde escondemos nossa intolerância? Padre.GG. Contatos:
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