anatomia humana martini timmons e.pdf

April 6, 2017 | Author: Guadalajara Jalisco | Category: N/A
Share Embed Donate


Short Description

Download anatomia humana martini timmons e.pdf...

Description

ANATOMIA HUMANA Sexta Edicão

i

I n d n C I V R O M e a i^ l» ! e H ot S ü c c m i t o m i

MARTIXI • TIMMOXS • TALLITSCH

■«saí- - ...

Sumário > 1

Introdução à Anatomia

I

15 16 17 18

1

119

2

A Célula

O Encéfalo e os Nervos Cranianos 386 Vias e Funções Superiores 431 Sistema Nervoso Autônomo 451 Sentidos Gerais e Especiais 470

O Sistema Endócrino

26

507

20 21 22 Tecidos e Embriologia

O Sistema Circulatório

51

20 Sangue 530 21 O Coração 547 22 Vasos e Circulação

4 Tegumento Comum

88

O Sistema Linfático

111

O Sistema Respiratório

O Sistema Digestório 237

9 Tecido Muscular Esquelético e Organização Muscular 10 Musculatura Axial 261 11 Musculatura Apendicular 284

237

U 12 Anatomia de Superfície e Anatomia Seccional Transversa 327

□ 13 14 15 16 17 18 340

13 Tecido Nervoso 340 14 A Medula Espinal e os Nervos Espinais

629

25

9 10 11

O Sistema Nervoso

608

I 24

111

5 Tecido Ósseo e Estrutura do Esqueleto 6 Divisão Axial 133 7 Divisão Apendicular 174 8 Articulações 205

O Sistema Muscular

571

23

5678 O Sistema Esquelético

530

361

655

26 O Sistema Urinário

693

27 28 O Sistema Genital

714

27 O Sistema Genital 714 28 Embriologia e Desenvolvimento Humano

747

Sumário Detalhado Ribossomos 38

Jggg1?g| tí

Organelas m em branosas

Introdução à Anatomia Anatom ia microscópica

2

Anatom ia macroscópica

3

1

Fluxo de m em brana 3

4

Introdução aos sistemas de órgãos

6

A terminologia anatômica (linguagem da anatomia) 13 A natom ia de superfície

Planos e secções

43

O ciclo de vida da célula

45

Interfase Mitose

45 46

í íÈj

46 iiti

N O T A C L ÍN IC A 14

16

A natom ia seccional

43

Conexões intercelulares

Replicação de D N A

14

Marcadores anatômicos de referência Regiões anatômicas 15 Direções anatômicas

O núcleo 38 Retículo endoplasmático 40 O aparelho de Golgi 41 Lisossotnos 42 Peroxissomos 42

Outras perspectivas em anatomia Níveis de organização

38

M itocôndrias 38

D ivisão celular e câncer

47

TERM O S C L ÍN IC O S

48

16

17

Cavidades do corpo

18

N O T A S C L ÍN IC A S D oença, patologia e diagnóstico O diagnóstico da doença Visible H um an P roject

Tecidos e Embriologia

4

51

6 18

Anatom ia seccional e tecnologia clínica TER M O S C L ÍN IC O S

21

23

Tecido epitelial

52

Funções d o tecido epitelial

52

Especializações das células epiteliais

53

M anutenção da integridade do epitélio Junções intercelulares 54 Fixação à lâm ina basal 54

A Célula

26

M anutenção e renovação epiteliais 54

Classificação dos epitélios O estudo das células Microscopia de luz

27

27

M icroscopia eletrônica

28

A anatomia da célula O plasmalema

Epitélios glandulares

29

31

35

Estrutura glandular 59 Modos de secreção '6 0

Tecidos conectivos

61

Classificação dos tecidos conectivos Tecido conectivo próprio

O citosol 36 Organelas 36

62

Células de tecido conectivo próprio Fibras de tecido conectivo 63

Organelas não-m em branosas O citoesqueleto

58

Tipos de secreção 58

Permeabilidade da membrana: processos passivos 32 Permeabilidade da membrana: processos ativos 32 Extensões do plasmalema: microvilosidades 34

O citoplasma

55

Epitélios escamosos 55 Epitélio cubóide 56 Epitélio colunar 57 Epitélios de transição epseudo-estratificado 57

36

Centríolos, cílios e flagelos 36

36

Substância fundam ental 64 Tecidos embrionários 64 Tecidos conectivos frouxos 64

62

62

54

b U M A K IU DETALHADO

A A IV

Tecidos conectivos densos 66

Tecidos conectivos líquidos

Folículos pilosos e pêlos

Tecidos conectivos de sustentação Cartilagem

Estrutura do folículo 98 Funções do pêlo 98 Tipos de pêlos 98 Coloração dos pêlos 100

68

69

Osso 71

Membranas/túnicas Túnicas mucosas Túnicas serosas Pele

98

Produção de pêlos 98

68

72

Crescimento e substituição do cabelo

72

Glândulas na pele

100 100

Glândulas sebáceas

72

Glândulas sudoríferas 101 Controle de secreções glandulares

72

M em branas sinoviais

73

Unhas

Tecidos conectivos e estrutura do corpo Tecido muscular

75

Tecido m uscular estriado cardíaco Tecido m uscular liso

75

Controle local da função do tegumento comum

Exame da pele

89

D istúrbios da produção de queratina

92

Adm inistração transdérm ica de drogas

77

Tecidos, nutrição e envelhecimento

105

N O T A S C L ÍN IC A S

75

75

Tumores de pele

77

102

A reparação de lesões de pele

79

93

96

Acne e derm atite seborréica

R ESU M O S D E EM BR IO L O G IA A formação dos tecidos

103

103

Envelhecimento e tegumento comum

Tecido m uscular estriado esquelético

Tecido nervoso

73

100

104

CA SO C L ÍN IC O

O desenvolvim ento dos epitélios As origens dos tecidos conectivos

80

Ansiedade n o laboratório de anatom ia

81

O desenvolvim ento dos sistem as de órgãos

TERM O S C L ÍN IC O S

82

106

108

N O TA S C L IN IC A S Lipoaspiração

66

Lesões de cartilagens e joelh o

69

Problem as com as túnicas serosas

74

Formação e crescim ento tum oral

78

T ERM O S C L ÍN IC O S

O Sistema Esquelético: Tecido Ós e Estrutura do Esqueleto 111

84

Estrutura do osso

14

112

A organização histológica do osso m aduro A m atriz do osso

A s células do osso maduro

Tegumento Comum 88

112

112 112

Substância com pacta e esponjosa dos ossos

113

Diferenças estruturais entre a substância compacta e esponjosa

Estrutura e função do tegumento comum A epiderme

90 91

116

Ossificação intram em branácea

91

Ossificação endocondral

Estrato espinhoso 91 Estrato granuloso 91

1 17

117

119

A um ento do comprimento de um osso em desenvolvimento 119 A um ento do diâmetro de um osso em desenvolvimento 120

Estrato lúcido 92 Estrato córneo 92

Form ação do suprim ento sangüíneo e linfático

Pele espessa e delgada

93

Inervação óssea

Cristas da pele 93

123

123

Fatores de regulação do crescimento ósseo

Cor da pele 93

A derme

Diferenças funcionais entre as substâncias compacta e esponjosa

O periósteo e o endósteo

Desenvolvimento e crescimento ósseo

Camadas da epiderm e Estrato germ inativo

90

123

Manutenção, remodelamento e reparação óssea

95

Rem odelam ento ósseo

Organização da derm e

95

Rugas, marcas de expressão e linhas de clivagem

O utros com ponentes dérm icos O suprimento sangüíneo da pele

97

96

96

Lesão e reparação

125

125

Envelhecimento e sistema esquelético

125

Anatom ia dos elementos do esqueleto

126

O suprimento nervoso da pele 97

Classificação dos ossos

A tela subcutânea

Acidentes ósseos (características de superfície)

97

Estruturas acessórias

98

126

Integração com outros sistemas

130

127

S u m á rio d e ta lh a d o

NO TA S C L ÍN IC A S

Caixa torácica e procedim entos cirúrgicos

Raquitism o

Fraturas de costelas

117

Formação óssea heterotópica

118

Doenças congênitas do esqueleto

TE R M O S C L ÍN IC O S

TER M O S C L ÍN IC O S

171

123

O steoporose e anom alias esqueléticas relacionadas à idade U m a classificação de fraturas

126

129

130

O Sistema Esquelético: Esqueleto Apendicular

O crânio e ossos associados

Cíngulo do m em bro superior

135

176

Escápula

176

179

Rádio 179 Ossos carpais

184

Ossos metacarpais e falanges

Cíngulo do m em bro inferior

148

Ossos do quadril Pelve 186

148

148

Fêm ur

A s conchas nasais inferiores Os ossos zigomáticos

193

193

Patela 196 Tíbia 196 Fíbula 196 Ossos tarsais 196 Ossos metatarsais e falanges

150

151

Os ossos lacrimais 151 O vôm er 151 A mandíbula 151

N O T A S C L ÍN IC A S

O complexo nasal

Fraturas do escafóide

152

Crânios de bebês, crianças e adultos

O corpo vertebral

161

O Sistema Esquelético: Articulações 205

Regiões da coluna vertebral

162

163

Vértebras torácicas 164 Vértebras lombares 166 166 168

O esqueleto do tórax (caixa torácica) As costelas O esterno

168

169

Classificação das articulações

206

Sinartroses (articulações imóveis)

206

Anfiartroses (articulações ligeiramente móveis)

2

Diartroses (articulações com m ovim ento livre)

as

Sinóvia (líquido sinovial) 207 Estruturas acessórias 208 Força e mobilidade 208

Form a e função articular

170

208

Descrição do m ovim ento dinâm ico

NO TA S C L ÍN IC A S

Tipos de m ovim entos

Sinusites 154 Problem as relativos ao crescim ento do crânio Cifose, lordose e escoliose Espinha bífida

202

8

159

161

O arco vertebral 161 Os processos articulares 162 Articulação vertebral 162

Vértebras cervicais

TE R M O S C L ÍN IC O S

201

158

Curvaturas da coluna vertebral Anatom ia vertebral

158

167

2

184

Problemas com o tornozelo e o pé

154

A coluna vertebral

199

Variação individual do sistema esquelético

Os complexos orbital e nasal 151 O complexo orbital (órbita) 151 O osso hióide

186

186

M em bro inferior

Os ossos palatinos 148 Os ossos nasais 150

O cóccix

184

Cíngulo do membro inferior e membro inferi

Ossos da face

O sacro

176

Úmero 179 Ulna 179

145

Etm óide 147 A s fossas do crânio

A s maxilas

Clavícula

M em bro superior

142

Osso occipital 142 Ossos parietais 142 Ossofrontal 142 Ossos temporais Esfenóide 146

174

Cíngulo do membro superior e membro sa p a

O Sistema Esquelético: Esqueleto Axial 133 Ossos do crânio

17»

170

16 1

155

209

M ovim ento linear (deslizamento) M ovim ento angular 211 Rotação 211 M ovim entos especiais 211

209

209

xxvi

SUMÁRIO DETALHADO

Classificação estrutural das articulações sinoviais 212

A teoria do filamento deslizante 245

Articulações representativas

O início da contração

213

Articulação tem porom andibular (ATM)

214

Articulação esternoclavicular Articulação do om bro

Contração muscular: resumo

214

Tono muscular 249

216

Hipertrofia muscular 249 Atrofia muscular 249

Ligamentos 217 Músculos esqueléticos e tendões 217 Bolsas sinoviais 219

Tipos de fibras musculares estriadas esqueléti Distribuição das fibras rápidas, lentas e intermediári A organização das fibras musculares estriadas esqueléticas 251

219

Articulações radiulnares 219 Articulações do punho

Músculos paralelos

219

251

Estabilidade do punho 219

Músculos convergentes 252

Articulações da mão

Músculos peniformes

221

252

Articulação do quadril 221

Músculos circulares 253

Cápsula articular 223 Estabilização do quadril 223

Terminologia muscular

Articulação do joelho

225

Ações 253 Nomenclatura dos músculos estriados esqueléticos Alavancas e polias: um sistema projetado para movimento 255

Articulações do tornozelo e do pé 228 Articulação do tornozelo 228 Articulações do pé 229

Ossos e músculos

Tipos de alavancas 255 229

Polias anatômicas 256

231

NOTAS C LÍNICAS Luxação de uma articulação sinovial

253

Inserção de origem (ponto fixo) e inserção terminal (ponto móvel) 253

Cápsula articular 225 Ligamentos de sustentação 225 Travamento do joelho 225

Envelhecimento e articulações

247

Unidades motoras e controle muscular 247

217

Articulação do cotovelo

246

O controle neural da contração da fibra muscular 1

Articulações da coluna vertebral 214 Discos intervertebrais (sínfise intervertebral) Ligamentos da coluna vertebral 215 M ovimentos da coluna vertebral 215

246

O término da contração

Envelhecimento e sistema muscular 208

Problemas nos discos intervertebrais 216 Lesões do ombro 219 Lesões do joelho 228

Rigor mortis (rigidez cadavérica) 248 D or muscular de início retardado 251

CASO CLÍNICO A estrada para Daytona

TERMOS CLÍNICO S

TERM OS C LÍN IC O S

256

NOTAS CLÍNICAS Fibromialgia e síndrome da fadiga crônica 240

Triquinose 257 257

231 233

10___________

9____________

O Sistema Muscular: Musculatura Axial 261

O Sistema Muscular: Tecido Muscular Estriado Esquelético e Organização Muscular 237 Funções do músculo estriado esquelético

A musculatura axial

Músculos da cabeça e pescoço

238

Anatomia dos músculos estriados esqueléticos Anatomia macroscópica 238 Tecido conectivo do músculo 238 Nervos e vasos sangüíneos 239

Anatomia microscópica das fibras musculares estriadas esqueléticas 240

262

238

263

Músculos da face (expressão facial) 264 Músculos extrínsecos do bulbo do olho 264 Músculos da mastigação 266 Músculos da língua 268 Músculos da faringe 269 Músculos anteriores do pescoço 270

Músculos da coluna vertebral 271

Miofibrilas e miofüamentos 243 Organização do sarcômero 243

A camada superficial dos músculos intrínsecos do dorso Z A camada média dos músculos intrínsecos do dorso 273 A camada profunda dos músculos intrínsecos do dorso ZTi Músculos flexores da coluna vertebral 274

Contração muscular 245

Músculos oblíquos e retos

274

S u m á rio d e ta lh a d o

O diafragma

332

O m em bro superior

276

333

Músculos do períneo e do diafragma da pelve 279

Braço, antebraço e punho

Resumo de embriologia 279

A pelve e o mem bro inferior 334

NOTAS C LINICAS

Perna e pé

O que há de novo? Hérnias 279

Anatomia seccional transversa

269

TERM OS C LÍN IC O S

335

281

336

336

Nível do quiasma óptico

Secção transversal da cabeça no nível de C II

1 1

Secção transversal no nível de T II 337

_______________

Secção transversal no nível de T VIII 338 Secção transversal no nível de T X 338

O Sistema Muscular: Musculatura Apendicular 284

Secção transversal no nível de T XII 339 Secção transversal no nível de L V 339

Músculos do cíngulo do membro superior e membros superiores 285



Músculos que posicionam o cíngulo do membro superior 286 Músculos que movimentam o braço

288

00

Fatores que afetam a função da musculatura apendicular 285

Músculos que movimentam o antebraço e a mão

357

1 O Sistema Nervoso: Tecido Nervoso 340 Uma visão geral sobre o sistema nervoso 341

290

Músculos que movimentam a mão e os dedos 294

A organização celular do tecido nervoso 342

Músculos extrínsecos da mão 294 Músculos intrínsecos da mão 296

Neuróglia

344

Neuróglia do SN C 344 Neuróglia do SNP 346

Músculos do cíngulo do membro inferior e membros inferiores 302

Neurônios

349

Músculos que m ovimentam a coxa 302

A classificação dos neurônios 350

Músculos que movimentam a perna

Regeneração nervosa

307

Músculos que movimentam o pé e os dedos

O impulso nervoso

309

Músculos extrínsecos do pé 309 Músculos intrínsecos do pé 311

Fáscias, camadas e compartimentos musculares

354

Sinapses vesiculares 354 318

Sinapses não-vesiculares

Compartim entos do membro inferior 318

Organização anatômica do sistema nervoso

3

Resumo de embriologia 357 NOTAS CLÍNICAS Os sintomas das doenças neurológicas Doenças desm ielinizantes 352

319

TERMOS C LÍN IC O S

CASO CLÍN ICO Quadril do idoso 323 324

355

Organização e processamento neuronal 155

NOTAS C LÍNICAS Lesões do esporte 292 Síndrome do túnel do carpo 297 Injeções intramusculares 305

TERMOS C LÍN IC O S

353

Comunicação sináptica

Compartim entos do m em bro superior 318

Síndrome compartimenta!

352

343

357

1 1 M■

IPp

12______________ Anatomia de Superfície e Anatomia Seccional Transversa 327

O Sistema Nervoso: A Medula Espinal e os Nervos Espinais m Anatomia macroscópica da medula espinal S Meninges espinais

Uma abordagem regional para a anatomia de superfície 328

A dura-m áter 362

Cabeça e pescoço

A pia-máter 365

O tórax

330

O abdome

331

328

A aracnóide-máter

362 365

Anatomia seccional da medula espinal Organização da substância cinzenta 367

36”

xxviii

SUMÁRIO DETALHADO

Organização da substância branca Nervos espinais

Funções dos núcleos da base 401

367

O sistema límbico

369

Distribuição periférica dos nervos espinais Plexos nervosos

369

O diencéfalo

405

O epitálamo

370

401

405

O plexo cervical 372 O plexo braquial 372 Os plexos lombar e sacral 373

O tálamo

Reflexos

Funções do hipotálamo 406

O hipotálamo

376

Classificação dos reflexos Reflexos medulares

380

Centros superiores e integração de reflexos

382

NO TAS CLÍNICAS Punções espinais, mielografia, anestesia espinal e anestesia caudal 366 Lesões na medula espinal 367 Neuropatias periféricas 377 Doenças medulares e dos nervos espinais 380 383

15___________ O Sistema Nervoso: O Encéfalo e os Nervos Cranianos 386 Introdução à organização do encéfalo

387

387 387

O cérebro 387 O diencéfalo 387 O mesencéfalo 389 A ponte e o cerebelo 389 O bulbo 389

412

414

Os nervos cranianos

416

O nervo olfatório (N I)

418

O nervo óptico (N II)

418

O nervo oculom otor (N III)

420

O nervo troclear (N IV )

420

O nervo trigêmeo (N V)

420

O nervo abducente (N VI) O nervo facial (N VII)

422

422

O nervo vestibulococlear (N VIII) O nervo glossofaríngeo (N IX)

423

423

O nervo vago (N X) 424 O nervo acessório (N XI)

425 425

Resumo dos nervos cranianos (ramos e funções) Resumo de embriologia 427

391

Hemorragias epidural e subdural 394 Hidrocefalia 398

Proteção e sustentação do encéfalo M As meninges encefálicas

389

391

394

O suprimento sangüíneo do encéfalo

427

16_________

391

O Sistema Nervoso: Vias e Funções Superiores 431

Formação do líquido cerebrospinal 394 Circulação do líquido cerebrospinal 394

395

396

Os hemisférios cerebrais

422

Paralisia de Bell 423 Reflexos cranianos 427 TERM OS C LÍN IC O S

A dura-máter 391 A aracnóide-máter 391 A p ia -m á ter 391

A barreira hemato-encefálica

A substância negra e a doença de Parkinson 4io Disfunção cerebelar 414 Tique doloroso

Os ventrículos encefálicos 389

Vias sensitivas e motoras

432

Vias sensitivas 432 396

Os lobos cerebrais 396 Áreas sensitivas e motoras do córtex cerebral 398 Áreas de associação 400 Centros de integração 400

A substância branca central 400 Os núcleos da base 401

O bulbo

NOTAS CLÍNICAS Traumatismos cranioencefálicos

Organização da substância cinzenta e da substância branca 389

O cérebro

O cerebelo

O nervo hipoglosso (N XII)

Principais regiões e pontos de referência

Líquido cerebrospinal

410

A ponte 410

Resumo de embriologia 382

Embriologia do encéfalo

406

O mesencéfalo

382

TERM OS C LÍN IC O S

405

Funções dos núcleos do tálamo 406

Sistema do funículo posterior 432 O sistema ântero-lateral 435 A via espinocerebelar 435

Vias motoras

436

O sistema corticofugal 437 Os sistemas descendentes mediai e lateral 438 Os núcleos da base e o cerebelo 439

Sum ário detalhado

Funções superiores 442

Relações entre as partes simpática e parassimpática 463

Regiões de integração do córtex cerebral 443

Anatomia da dupla inervação 463

A área integrativa geral 443 O centro da fala 443 O córtex pré-frontal 444 Áreas de Brodmann e função cortical 444

Comparação das partes simpática e parassimpática

Níveis de controle motor somático 441

Especialização dos hemisférios 445 Memória 445 Consciência: o sistema ativador reticular ascendente 446 Envelhecimento e sistema nervoso 446 NOTAS CLÍNICAS Paralisia cerebral 438 Esclerose lateral amiotrófica 440 Anencefalia 441 Lesão dos centros integrativos 444 Síndrome da desconexão inter-hemisférica 445 Níveis de consciência 446 Doença de Alzheimer 447 Doenças vasculares encefálicas 448 TERMOS CLÍNICOS

448

Integração e controle das funções autonômica Reflexos viscerais 464 Níveis superiores de controle visceral 465 NOTAS CLÍNICAS Hipersensibilidade e função simpática Neuropatia diabética e o SNA 465

456

467

TERMOS CLÍNICOS

fj| [118

O Sistema Nervoso: Sentidos Gerails e Especiais 470

Receptores 471 Interpretação da informação sensitiva 471 Processamento central e adaptação 471

17 O Sistema Nervoso: Sistema Nervoso Autônomo 451

Limitações sensitivas 472 Os sentidos gerais 472 Nociceptores 472 Termorreceptores 473 Mecanorreceptores 473

Comparação dos sistemas nervosos somático e visceral 452

Receptores táteis 473 Barorreceptores 475 Proprioceptores 475

Partes do SNA 452

Quimiorreceptores 475

Parte simpática (toracolombar) 452 Parte parassimpática (craniossacral) 452 Padrões de inervação 452

Receptores olfatórios 477

A parte simpática 453

Vias olfatórias 477

Os gânglios do tronco simpático 454

Discriminação olfatória 478

Funções do tronco simpático 456 Anatomia do tronco simpático 456

A gustação (paladar)

Os gânglios colaterais 456

Vias gustatórias 479

Funções dos gânglios colaterais 456 Anatomia dos gânglios colaterais 457

O olfato (olfação)

477

478

Receptores gustatórios 479 Discriminação gustatória 479

A medula supra-renal 458

O equilíbrio e a audição 480

Efeitos da estimulação simpática 458

A orelha externa 480

Ativação simpática e liberação de neurotransmissor 459

A orelha média 480

Receptores pós-sinápticos e função simpática 459 Receptores alfa e receptores beta 459 Estimulação simpática e ACh 459

Resumo da parte simpática 460

Os ossículos da audição 482

A orelha interna 482 O complexo vestibular e o equilíbrio 483

Audição 486

A parte parassimpática 460

A cóclea 486 Detecção do som 490

Organização e anatomia da parte parassimpática 461

Vias auditivas 490

Funções gerais da parte parassimpática 461

A visão 491

Ativação parassimpática e liberação de neurotransmissor 461

Estruturas oculares acessórias 491

Receptores pós-sinápticos e respostas 461

Pálpebras 491 O aparelho lacrimal 492

Resumo da parte parassimpática 461

SUMÁRIO DETALHADO

XXX

O bulbo do olho 493

Tecidos endócrinos do sistema genital 520

A túnica fibrosa 493 A túnica vascular 495 A túnica interna 496 As câmaras do bulbo do olho 498 A lente 499

Testículos 520 Ovários 520 A glândula pineal 521 Resumo de embriologia 521

Hormônios e envelhecimento 521

Vias visuais 499 Integração cortical 500 O tronco encefálico e o processamento da visão 500 Resumo de embriologia 500

NOTAS CLÍNICAS Diabete insípido 512 Diabete melito 520 Doenças endócrinas 522

NOTAS CLlNICAS Dor aguda e crônica 473 Otite média e mastoidite 482 Nistagmo 485 Vertigem, cinetose e doença de Ménière 487 Perda auditiva 490 Conjuntivite 496 Transplante de córnea 498 Glaucoma 499 Cataratas 499

CASO CLÍNICO Por que não consigo mais manter o mesmo ritmo? 524 TERMOS CLÍNICOS

% [20 O Sistema Circulatório: 1

CASO CLÍNICO O que você me diz, doutor? 502 TERMOS CLÍNICOS

526

Sangue

530

Funções do sangue

503

531

Composição do sangue

19________ O Sistema Endócrino

Plasma 533 Diferenças entre plasma e líquido intersticial 533 As proteínas do plasma

507

Uma visão geral do sistema endócrino

508

Estrutura das hemácias 534 Ciclo de vida das hemácias e circulação 535 Hemácias e hemoglobina 536 Tipos sangüíneos 536

510

Leucócitos 538

A adeno-hipófise 510

Leucócitos granulares 539 Leucócitos agranulares 539

510

Hormônios da adeno-hipófise 512

Plaquetas 540

A glândula tireóide 513

Hematopoiese

Folículos tireóideos e hormônios tireóideos 513

Estágios da maturação de glóbulos vermelhos 543

515

Leucopoiese 543

515

As glândulas supra-renais

515

O córtex da glândula supra-renal 516 A zona glomerulosa 516

A zona fasciculada 516 A zona reticular 517

A medula da glândula supra-renal 517 Funções endócrinas dos rins e do coração

518

O pâncreas e outros tecidos endócrinos do sistema digestório 518 O pâncreas 518

541

Eritropoese 543

Os tireócitos C da glândula tireóide 513 As glândulas paratireóides O timo

534

Hemácias ou glóbulos vermelhos (GVs) ou eritrócitos (erythros, vermelho) 534

A neuro-hipófise 510 O sistema portal hipofisário

533

Elementos figurados

O hipotálmo e a regulação endócrina 509 A hipófise

531

NOTAS CLÍNICAS Transfusões 531 Expansores de plasma 533 Anemia e policitemia 535 Níveis elevados de hemoglobina 536 Anemia falciforme 537 Hemofilia 541 Sangue sintetizado 543 Doping sangüíneo 544 TERMOS CLÍNICOS

544

Artérias musculares 575 Arteríolas 575

Capilares 575

O Sistema Circulatório: O Coração 547 Uma visão geral do sistema circulatório O pericárdio

Leitos capilares 575

Veias 577 Vênulas 577 Veias de médio calibre 577 Veias de grande calibre 577 Válvulas venosas 577

548

548

Estrutura da parede do coração Tecido muscular cardíaco

550

A distribuição do sangue

550

Os discos intercalados 550

O esqueleto fibroso do coração

A circulação pulm onar

550

Orientação e configuração externa do coração Anatomia interna e organização do coração O átrio direito

579

A circulação sistêmica 579

552

Artérias sistêmicas 579 Veias sistêmicas 592

554

554

Alterações circulatórias ao nascimento

O ventrículo direito O átrio esquerdo

578

Distribuição dos vasos sangüíneos 57»

554

y

556

O ventrículo esquerdo

599

Envelhecimento e sistema circulatório Resumo de embriologia 603

556

NOTAS CLÍNICAS Arteriosclerose 574

Diferenças estruturais entre os ventrículos direito e esquerdo 556

Problemas cardíacos congênitos 602

Estrutura e função das valvas cardíacas 556

CASO CLÍNICO

A função das valvas durante o ciclo cardíaco 558

O carteiro queixoso

Vascularização cardíaca

TERMOS C LÍN IC O S

558

603 605

A artéria coronária direita 558 A artéria coronária esquerda 558 As veias cardíacas 561

O ciclo cardíaco

561

O Sistema Linfático óos

A coordenação das contrações cardíacas 561 Os nós sinoatrial e atrioventricular 562 Complexo estimulante do coração 563 Resumo de embriologia 566

O eletrocardiograma (ECG)

Uma visão geral do sistema linfático 566

Controle autônom o da freqüência cardíaca

Funções do sistema linfático 566

Estrutura dos vasos linfáticos

NOTAS CLÍNICAS Infecção e inflamação do coração 554 Prolapso da valva atrioventricular esquerda ou “valva m itral” 558 Doença arterial coronariana 560 Arritmias cardíacas, marca-passos artificiais e infarto do m iocárdio 564 TERM OS C LÍNICO S

610

Capilares linfáticos 610 Válvulas dos vasos linfáticos

611

Principais vasos linfáticos coletores 611 O dueto torácico

612

O dueto linfático direito 613

Linfócitos

568

609

609

613

Tipos de linfócitos 613 Linfócitos T ou células T 613 Linfócitos B ou células B 613 Linfócitos N K ou células N K 614

Linfócitos e a resposta imunológica 614

O Sistema Circulatório: Vasos e Circulação 571 Organização histológica dos vasos sangüíneos Diferenciação entre artérias e veias Artérias

574

Artérias elásticas 574

573

Distribuição e tem po de vida dos linfócitos 615 Linfopoese: produção de linfócitos 615 572

Tecidos linfáticos

616

Órgãos linfáticos

617

Linfonodos

617

Distribuição dos tecidos linfáticos e linfonodos 63»

xxxii

SUMÁRIO DETALHADO O timo 620

Centros respiratórios do encéfalo 649

O baço 622

Envelhecim ento e sistem a resp irató rio

Superfícies do baço 623 Histologia do baço 623 Resumo de embriologia 624

Resumo de embriologia 650 NOTAS CLÍNICAS Fibrose cística 632 Obstrução traqueal 637 DPOC: asma, bronquite e enfisema pulmonar 643 Câncer de pulmão 646 Síndrome do desconforto respiratório (SDR) 647

Envelhecimento e sistema linfático 625 NOTAS CLINICAS N ódulos linfáticos infectados 617 Linfadenopatia e câncer metastático Linfomas

622

CASO CLÍNICO Como estes dados se relacionam? 650

622

CASO C LÍNICO Estou com sensação de “falta de ar”. O que está acontecendo comigo? 625 TERM OS C LÍN IC O S

24

650

626

TERMOS C LÍN IC O S

W

651

125___________ O Sistema Digestório 655



O Sistema Respiratório 629 Uma visão geral do sistem a digestório

656

Organização histológica do trato digestório 656 Uma visão geral do sistem a resp irató rio

 túnica mucosa 656 A tela submucosa 656 A túnica muscular 657 A túnica serosa 657

630

Funções do sistema respiratório 631 O epitélio respiratório 631 A parte superior do sistema respiratório 632

Camadas musculares e o movimento de material no 1 digestório 657

O nariz e a cavidade nasal 632

Peristalse 659 Segmentação 659

A faringe 634 A parte nasal da faringe 634 A parte oral da faringe 634 A parte laríngea da faringe 634

O peritônio 660 Mesentérios 660

A p arte inferior do sistem a respiratório

A cavidade oral 662 Anatomia da cavidade oral 662

634

A laringe 634

A língua 663 Glândulas salivares 664 Regulação das glândulas salivares 664 Os dentes 664

Cartilagens da laringe 634 Ligamentos da laringe 636 Os músculos da laringe 636

A traquéia

637

Os brônquios principais

A faringe

637

Os pulm ões 638

O esôfago

Os lobos dos pulmões 638

667

Histologia da parede esofágica 667

As faces do pulmão 638

O estôm ago

Os brônquios pulmonares 640

As projeções peritoneais do estômago 671 Suprimento sangüíneo ao estômago 671 Musculatura do estômago 671

Histologia do estômago 671

Os bronquíolos 640 Dúctulos alveolares e alvéolos 643

Células gástricas secretoras 673

Regulação do estômago 673

O alvéolo e a membrana respiratória 643

O intestino delgado 673 Partes do intestino delgado 674

Suprimento sangüíneo aos pulmões 646 646

M úsculos respiratórios e ventilação p u lm o n ar Os músculos respiratórios 647

668

Anatomia do estômago 668

Ramos do brônquio principal direito 640 Ramos do brônquio principal esquerdo 640 Ramos dos brônquios lobares 640 Os segmentos broncopulmonares 640

A cavidade pleural e a pleura

666

O processo da deglutição 667

647

O duodeno 674 O jejuno 674 O íleo 674

Movimentos respiratórios 648

Sustentação do intestino delgado 674

Modificações respiratórias ao nascimento 649

Histologia do intestino delgado 674

Sumário detalhado

Histologia dos ureteres 704

O epitélio intestinal 674 Glândulas (criptas) intestinais 674 A lâmina própria 676 Especializações regionais 676

A bexiga u rin ária 704 Histologia da bexiga urinária 706

Regulação do intestino delgado

A u retra 706 Histologia da uretra 708

677

O intestino grosso 677

O reflexo de m icção e diurese

O ceco

Envelhecimento e sistema urinário 78*

677

708

Resumo de embriologia 708

O colo 677 As regiões do colo 677

N O T A S C L ÍN IC A S

O reto

Avanços n o tratam ento da in su ficiên cia renal 7M

679

H istologia do intestino grosso Regulação do intestino grosso

Problem as com o sistem a coletor

679

Infecções do trato urin ário

679

C A S O C L ÍN IC O

Órgãos digestórios glandulares acessórios (anexos) 680

Por que ela ficou gravem ente d oen te e eu não? T E R M O S C L ÍN IC O S

O fígado 680 Anatomia do fígado 681 Organização histológica do fígado 681 A vesícula biliar

"T

682

O pâncreas 684 Organização histológica do pâncreas 685 Enzimas pancreáticas 685 A regulação de secreções pancreáticas 686

660

Acalasia, esofagite e DRGE

666

G astrite e úlceras p ép ticas

673

P roblem as com o arm azenam ento e a secreção de b ile

685

C A S O C L ÍN IC O V isita à C hina

687

Os testículos 715 Descida dos testículos 715 Osfunículos espermáticos 715 Estrutura dos testículos 718 Histologia dos testículos 718 Espermatogênese e meiose 718 Espermiogênese 719 Células de Sertoli 719 A natom ia do esperm atozóide

T E R M O S C L ÍN IC O S

689

26___________ O Sistema Urinário 693

O tra to genital m asculino O epidídimo 722 O dueto deferente 722 A uretra 722

Sêmen (esperm a)

A natom ia de superfície do rim

O pênis 725 Resumo de embriologia 727

694

694

O sup rim en to sangüíneo dos rins Inervação dos rins

696

696

H istologia do rim 698 Uma introdução à estrutura e função do néfron 698 O corpúsculo renal 699 O túbulo contorcido proximal 700 A alça do néfron (de Henle) 703 O túbulo contorcido distai 703 O sistema coletor 703

Estruturas para transporte, armazenamento e eliminação da urina 704 O s ureteres

704

721

722

As glândulas acessórias 723 As glândulas seminais 723 A próstata 723 As glândulas bidbouretrais 725

Os rins 694 A natom ia seccional do rim

714

Anatomia do sistema genital masculino 715

N O T A S C L ÍN IC A S 664

[27________ _ 1 Organização do sistema genital 715

Resumo de embriologia 687 P eritonite

2W

711

O Sistema Genital

Envelhecimento e sistema digestorio 686

C axum ba

707

708

725

Anatomia do sistema genital feminino 727 Os ovários 727 O ciclo ovariano e a oogênese 727 Envelhecimento e oogênese 732 As tubas uterinas 732 Histologia da tuba uterina 732 O ú tero 733 Ligamentos suspensores do útero 733 Anatomia interna do útero 733 A parede uterina 734 Suprimento sangüíneo ao útero 734 Histologia do útero 734 O ciclo uterino 735

OBJETIVOS DO CAPÍTULO:

Introdução à Anatomia

1. Com preender as razões de se estudar anatom ia e descrever a relação entre estrutura e função.

2 . Definir os lim ites da anatom ia m icroscópica e descrever resum idam ente a citologia e a histologia.

3 . D escrever diversas m aneiras de se abordar a anatom ia m acroscópica.

4 . Definir as diversas especialidades da anatom ia.

5 . Identificar os principais níveis de organização nos organism os vivos. 6. D escrever as funções vitais básicas de um organismo. 7. Identificar os sistem as de órgãos do corpo hum ano e com preender suas principais funções. 8. Utilizar term os an atôm icos para d escrever planos de secção, regiões do corpo, posiçõe s relativas e a posição anatôm ica.

9 . Identificar as principais cavidades do corpo e com p reend er suas funções.

Introdução

2

Anatom ia m icroscópica

2

Anatom ia m acroscópica

3

O utras perspectivas em anatom ia N íveis de organização

3

4

Introdução aos sistemas de órgãos

6

A term inologia anatôm ica (linguagem da anatomia)

13

FUNDAMENTOS

E m n : &sa v i d a d i á r i a , s o m o s t o d o s a n a t o m i s t a s , m e s m o f o r a d a s s a l a s d e



- P or

e x e m p lo , b a s e a m o - n o s e m n o s s a s m e m ó r ia s d e c a r a c te r ís t ic a s

Anatomia microscópica [Figura 1.1] anatomia microscópica c o n s i d e r a

c í : : m :c a s e s p e c ífic a s p a r a id e n t ific a r a m ig o s e fa m ilia r e s e o b s e r v a m o s

A

nc-jòanças s u t i s d e m o v i m e n t o s o u p o s i ç õ e s c o r p o r a i s q u e f o r n e c e m p i s t ü >: bre p e n s a m e n t o s e s e n t i m e n t o s . P r e c i s a m e n t e , a n a t o m i a é o e s t u d o

a o l h o n u . O s l i m i t e s d a a n a t o m i a m i c r o s c ó p i c a s ã o e s t a b e l e c i d o s p e la s

e s tr u tu r a s e x te rn a s e in te r n a s e d a re la ç ã o fís ic a e n tre a s p a r te s d o c o r-

m o s t r a r d e ta lh e s q u e e s c a p a r ia m a o lh o n u , e n q u a n t o o m ic r o s c ó p io e le ­

7 '; E c t r e t a n t o , e m t e r m o s p r á t i c o s , a n a t o m i a é a o b s e r v a ç ã o c u i d a d o s a d o

t r ô n ic o é c a p a z d e e v id e n c ia r d e t a lh e s e s t r u t u r a is m e n o r e s q u e 1 m ic r a

hu m an o . I n f o r m a ç õ e s a n a t ô m i c a s o f e r e c e m i n d í c i o s s o b r e p r o v á ã s funções; f i s i o l o g i a é o e s t u d o d a f u n ç ã o , e o s m e c a n i s m o s f i s i o l ó g i c o s > : r : dem >er e x p l i c a d o s e m t e r m o s d a a n a t o m i a s u b j a c e n t e . Todas a sfun ; Vi especificas são desempenhadas por estruturas específicas. P o r e x e m p l o , a f t r a s e m . o a q u e c im e n t o e a u m id ific a ç ã o d o a r in s p ir a d o s ã o fu n ç õ e s d a cavidade n a s a l. O s f o r m a t o s d o s o s s o s q u e s e p r o j e t a m n a c a v i d a d e n a s a l ;



. n r r b ilh o n a m e n t o d o a r in a la d o c o n t r a s e u r e v e s t im e n to ú m id o .

Este contato

a q u e c e e u m id ific a o a r, e fa z ta m b é m c o m q u e p a r t íc u la s

re s tr iç õ e s d o e q u ip a m e n t o u t iliz a d o

e s tr u tu r a s q u e n ã o p o d e m s e r v is ta s

(Figura 1.1). U m a

s im p le s lu p a p o d e

( p ) . C o n f o r m e p r o g r e d ir m o s n o t e x to , e n c o n t r a r e m o s d e t a lh e s c o n s id e ­ rá v e is e m t o d o s o s n ív e is , d a m a c r o s c o p ia à m ic r o s c o p ia . (L e it o r e s q u e n ã o e s tã o fa m ilia r iz a d o s c o m o s t e r m o s u s a d o s p a r a d e s c r e v e r m e d id a s e p e s o s n e s ta e s c a la d e t a m a n h o p o d e m c o n s u lt a r a s t a b e la s d e r e fe r ê n c ia n o A p ê n d ic e , p á g s. 8 2 0 - 8 2 1.) A a n a t o m ia m ic r o s c ó p ic a p o d e s e r s u b d iv id id a e m e s p e c ia lid a d e s c o n s id e r a n d o - s e c a r a c te r ís t ic a s d e n t r o d e u m a d e t e r m in a d a e s c a la d e t a ­ m anho. A

citologia

a n a lis a a e s t r u t u r a in te r n a d a s

células,

as m e n o re s

s ü s ç v n s a s fiq u e m a d e r id a s a e sta s u p e r fíc ie ú m id a . A s s im , o a r é c o n d ic io -

u n id a d e s v iv a s . C é lu la s v iv a s s ã o c o m p o s t a s d e c o m p le x o s q u ím ic o s e m

rsa 7 e

v á r ia s c o m b in a ç õ e s , e n o ss a s v id a s d e p e n d e m d e ste s p ro c e ss o s q u e o c o r ­

£ ]t r a d o a n te s d e c h e g a r a o s p u lm õ e s .

A _ :7 7 7 i o e n t r e e s t r u t u r a e f u n ç ã o e s t á s e m p r e p r e s e n t e , m a s n e m s e m -

r e m n o s t r ilh õ e s d e c é lu la s q u e f o r m a m o n o s s o c o r p o .

d a r a m e n t e d e s c r it a n o s é c u l o X V , p o r é m q u a s e 2 0 0 a n o s p a s s a r a m - s e a t é

A histologia c o n s i d e r a u m a p e r s p e c t i v a m a i s a m p l a e e x a m i n a o s tecidos, g r u p o s d e c é l u l a s e s p e c i a l i z a d a s e p r o d u t o s c e l u l a r e s q u e , e m

r r e e c : m p r e e n d id a . P o r e x e m p lo , a a n a t o m ia d e s u p e r fíc ie d o c o r a ç ã o fo i

tu -c a a ç ã o d e b o m b e a m e n t o d o c o r a ç ã o p u d e s s e s e r d e m o n s t r a d a . P o r o u -

c o n ju n t o , d e s e m p e n h a m fu n ç õ e s e s p e c ífic a s . A s c é lu la s d o c o r p o h u ­

: : : L ad o . m u i t a s f u n ç õ e s c e l u l a r e s i m p o r t a n t e s f o r a m r e c o n h e c i d a s d é c a d a s

m a n o p o d e m s e r c la s s ific a d a s e m q u a t r o t ip o s d e t e c id o s , d e s c r it o s n o

antes que a

C a p ítu lo 3 .

m ic r o s c o p ia e le tr ô n ic a p u d e s s e r e v e la r s u a s b a s e s a n a tô m ic a s .

E ste :e x to d is c u t ir á a s e s tr u tu r a s a n a tô m ic a s e fu n ç õ e s q u e to r n a m p o s -

A c o m b in a ç ã o d o s te c id o s fo r m a

órgãos, c o m o

c o ra ç ã o , r in s , fíg a d o e

5 e i a v i d a h u m a n a . O s o b j e t i v o s s ã o a ju d á - l o a d e s e n v o l v e r u m a c o m p r e e n -

e n c é fa lo . O s ó r g ã o s s ã o u n id a d e s a n a t ô m ic a s c o m m u it a s fu n ç õ e s . M u ito s

:.I :

7 :m e n s io n a l d a s re la ç õ e s a n a tô m ic a s a s s im c o m o p r e p a r á - lo p a r a

te c id o s e m u it o s ó r g ã o s s ã o e x a m in a d o s fa c ilm e n te s e m o u s o d o m ic r o s ­

T u r s c 5 t n a is a v a n ç a d o s d e a n a t o m i a , f i s i o l o g i a e t ó p i c o s r e l a c i o n a d o s , a u x i -

c ó p io , e n e s te p o n to p o d e - s e c r u z a r o lim ia r e n tre a a n a to m ia m ic r o s c ó p i­

E a n d o - o t a m b é m a t o m a r d e c is õ e s f u n d a m e n t a d a s s o b r e s u a s a ú d e p e s s o a l.

c a e a a n a to m ia m a c r o s c ó p ic a .

Figura 1.1

O estudo da anatomia em diferentes escalas.

A quantidade de detalhes reconhecidos depende do m étodo de estudo e do grau de ampliação.

C apítulo 1

Anatomia macroscópica - anatomia macroscópica co n sid era as g ran d es estru tu ra s e caracterís­ ticas visíveis a olho n u . E xistem várias m a n eiras de se a b o rd a r a an ato m ia m acroscópica: ■ A natom ia de su p erfície- tra ta do estu d o da fo rm a geral, o u m orfo­ logia, e dos p o n to s de referência an a tô m ic a superficiais. ■ A natom ia regional (topográfica) - co n sid era to d as as características in tern as e superficiais em u m a d e te rm in ad a área d o co rp o , co m o a cabeça, o pescoço o u o tro n co . C ursos avançados em a n a to m ia fre­ q ü e n te m e n te refo rçam a a b o rd ag em regional, so b re tu d o p o rq u e ela enfatiza as relações espaciais e n tre as e stru tu ra s já p ressu p o stam en te conhecidas pelos estudantes. ■ A n a to m ia sistêm ica (descritiva) - c o n sid e ra a e s tru tu r a d o s p r i n ­ cip ais sistem as de órgãos d o c o rp o h u m a n o , c o m o o s siste m a s e sq u elético e m u sc u la r. O s siste m a s são g ru p o s d e ó rg ã o s q u e fu n c io n a m em c o n ju n to p a ra p ro d u z ir efeitos c o o rd e n a d o s . P o r ex em p lo , o co ração , o san g u e e os vasos sa n g ü ín e o s c o n stitu e m o sistem a circulatório, q u e d is trib u i o x ig ê n io e n u tr ie n te s p o r to d o o c o rp o . E x istem 11 siste m a s n o c o rp o h u m a n o , os q u ais serão in tro d u z id o s m ais a d ia n te n e ste m e s m o c a p ítu lo . Textos in tro d u tó rio s e m a n a to m ia , in clu siv e este, u tiliz a m a a b o rd a g e m sistê m ic a p o rq u e ela o ferece u m a b o a e s tr u tu r a p a ra a o rg a n i­ zação de in fo rm a ç õ e s so b re im p o rta n te s p a d rõ e s e s tru tu r a is e fu n cio n ais.

PLANO BÁSICO DO CORPO DOS VERTEBRADOS Tubo neural, dorsal, formando o encéfalo e a medula espinal

Notocorda um bastão rígido inferior à medula espinal, geralmente substituída pelas vértebras

Cauda muscular estende-se posteriormente à abertura do tubo digestório

• Introdução

à

Anatomia

Outras perspectivas em anatomia [Figura 1 .2 ] O utras especialidades (enfoques) da anatom ia serão encontradas neste tex: ■ A nato m ia do desenvolvim ento - exam ina as m u d an ças q ue o co rren a fo rm a d u ra n te o p e río d o en tre a concepção e a m a tu rid a d e ü í:ca. A a n ato m ia do d esenvolvim ento envolve a m acro e a m icroscopia, p o is co n sid era u m a gam a am p la de escala de ta m a n h o (desde u m a sim ples célula a u m co rp o h u m a n o a d u lto ). É im p o rta n te r u m e d icin a p o rq u e m u ita s e stru tu ra s an o rm a is p o d e m resu ltar de erro s q u e o co rrem d u ra n te o desenvolvim ento. As m ais im p o rta n ­ tes m o d ificaçõ es e stru tu ra is tê m lu g ar n o s dois p rim e iro s r n e s ; d e desen v o lv im en to . A embriologia é o estu d o destes proce>?: iniciais de desenvolvim ento. ■ Anatom ia comparativa - considera a organização anatôm ica em dife­ rentes tipos de anim ais. O bserva sem elhanças que podem refletir cor­ relações evolucionárias. H um anos, lagartos e tubarões são cham adc de vertebrados p o rq u e possuem u m a com binação de característica? anatôm icas que não são encontradas em o u tro s grupos de anim a: Todos.os v ertebrados possuem u m a coluna vertebral com posta ce unidades individuais, d enom inadas vértebras. A anatom ia com para­ tiva usa técnicas da anatom ia m acroscópica, m icroscópica e da a n a :: m ia do desenvolvim ento. A anato m ia do desenvolvim ento dem ons­ tra que anim ais tipicam ente relacionados apresentam um proceí?-: m u ito parecido nos seus estágios de desenvolvim ento (Figura 1.2

ADULTO

EMBRIÃO

Vértebras envolvem a medula espinai no canal vertebra

Crânio envonlve o encéfalo na cavidade do crânio

Somitos blocos segmentares formando músculos, vértebras, etc.

Tubo digestório Salmão (peixe ósseo) Crânio Broto de membro Vértebras

Galinha Crânio x carruagem ou osso que envolve o encéfalo

Cavidade anterior

podem persistir ou ser modificados para formar outras estruturas no adulto

(ventral) do corpo contém os órgãos torácicos e abdominopélvicos

Crãnc Somitos

(a) F

Brotos dos membros

gura 1.2 Anatomia comparativa.

a - jm a n o s são classificado s com o vertebrados, grupo que inclui anim ais de ; : í'ê n c ia s diversas, com o peixe, galinha e gato. Todos os vertebrados comparr ~amumpadrão básico de organização anatôm ica que os diferencia de outros a r —3is. A s sem elh an ças são freqüentem ente m ais aparentes na com paração T- r e em briões em estágios equivalentes de desenvolvim ento (b) do que na :: ~ : aração entre adultos vertebrados (c).

Ser humano (b)

(c)

FUNDAMENTOS

M uitas ou tras especialidades da an ato m ia m acroscópica são im p o r­ tantes no diagnóstico médico. ■ Anatom ia clínica - concentra-se nas características anatôm icas que p odem sofrer m odificações patológicas identificáveis ao longo do processo de desenvolvim ento de um a doença.

s Va REVISÃO D O S CON CEITO S 1. Um histologista investiga estruturas em que nível de organização? 2. Qual(is) nível(is) de organização é (são) estudados por um anatom ista ma­ croscópico? 3. Quais são os principais aspectos que diferenciam o estudo da anatomia

■ Anatom ia cirúrgica - estuda m arcadores anatôm icos de referência im portantes para procedim entos cirúrgicos. ■ A natom ia por imagem (radiológica) - envolve o estudo de e stru tu ­ ras anatôm icas visualizadas p o r raios X, im agens de u ltra-som ou o u tro procedim ento realizado em um corpo intacto. ■ A natom ia seccional - surgiu com o u m a nova subespecialidade da anatom ia m acroscópica aco m p an h an d o os avanços da an atom ia por im agem , com o o exame de TC (tom ografia com putadorizada) e a 1RM (im agem de ressonância m agnética).

Nota clínica Doença, patologia e diagnóstico o nom e form al para o estu:o de d o e n ças é patologia. D oenças d ife re ntes tip icam e n te produzem ; nais e sin to m a s sem elh antes. Por exem plo, um a pessoa com lábios — ais pálidos do que o norm al, q u eixando-se de falta de energia e fal­ ta de ar, pode ap re se n ta r (1) prob le m a s resp ira tó rio s que im pedem a "a n s fe rê n c ia norm al de oxig ênio para o sangue (com o em um enfise~ a (2) pro ble m a s c a rd io v ascu la re s que interferem com a circu la çã o sangüínea norm al para todas as partes do corpo (insuficiência cardíaca); a - 3 1um a deficiência na capacidad e de transportar quantidades de o xi­ gênio adequadas no sangue, devido a perdas sangüíneas ou problem as *3 produção do sangue. N e sse s casos, os m éd icos devem investigar e coletar inform ações do paciente para determ inar a origem do problem a. - -istó ria do paciente e o e xam e físico podem se r su ficien te s para um : -agnóstico em m uitos casos. Entretanto, te stes laboratoriais e estudos :e m agem co m o raios X são freqüentem ente necessários. Diagnóstico é um a d e cisã o so b re a natureza de um a doença. O c ro ce sso d ia g n ó stico é, m uitas vezes, um p ro ce sso de elim inação, no qual diversas causas po te nciais são avaliadas e a m ais provável é se le ­ cionada. Jsso nos leva a um conceito-chave: Todo procedimento diag- G S ü c o pressupõe uma compreensão da estrutura e função normais do corpo humano.

regional do estudo da anatomia sistêm ica? veja a seção de Respostas na parte final do livro.

Níveis de organização [Figuras 1 .3 / 1 .4 ] N osso estu d o do co rp o h u m a n o com eçará com u m a revisão da an ato ­ m ia celular e co n tin u ará com a an ato m ia m acroscópica e m icroscópica de cada sistem a. Q u an d o consideram os eventos da escala m icroscópica p ara a m acroscópica, estam os exam inando vários níveis de organização interdependentes. C om eçam os com o nível de organização molecular o u químico. O cor­ po h u m an o consiste em m ais de u m a dúzia de elem entos diferentes, mas q u atro deles (hidrogênio, oxigênio, carb o n o e nitro g ên io ) som am mais de 99% do total de n ú m ero de átom os (Figura 1.3a). N o nível m olecular o u quím ico, os átom os interagem p ara form ar com postos tridim ensionais com p ropriedades distintas. As principais classes de com postos no corpc h u m an o estão indicadas na Figura 1.3b. A Figura 1.4 apresenta u m exem plo das relações en tre o nível m o ­ lecular e níveis superiores de organização. O nível celular de organizaçã: inclui as células, as m enores u nidades vivas do corpo h u m ano. As células co n têm e stru tu ras in tern as cham adas de organelas. As células e suas organelas são con stitu íd as p o r com plexos quím icos. A e stru tu ra celular e a função das p rin cip ais organelas serão apresentadas n o C apítulo 2. Na Figura 1.4, interações q uím icas p ro d u zem p ro teín as com plexas d en tro de u m a célula muscular do coração. Células m usculares são diferenciadas p o rq u e p o d em contrair-se fortem ente, en cu rta n d o sua extensão no eixo longitudinal. As células do m ú scu lo d o coração são conectadas u m as às o u tras e fo rm am u m tecido m uscular específico, o que p o d e ser e n ten d id o com o u m exem plo de nível de organização tecidual. C am adas de tecido m u s­ cu lar fo rm am a m assa tecid u al da pared e do coração, u m órgão oco e trid im e n sio n a l. A ssim , e n c o n tra m o -n o s agora n o nível orgânico de o r­ ganização.

Outros elementos: Cálcio Fósforo Potássio Sódio Enxofre Cloro Magnésio Ferro lodo Elementos residuais

0 ,2 %

0,2%

0,06% 0,06% 0,05% 0,04% 0,03% 0,0005% 0,0000003% (ver legenda)

Carboidratos

3% (b) Composição molecular do corpo humano

(a) Composição elementar do corpo humano

Figura 1.3 Composição do corpo no nível molecular de organização. A com posição percentual dos elem entos e das principais moléculas, (a) Com posição elem entar do corpo. Elementos residuais incluem sílica, flúor, cobre, manganês, zinco, selênio, cobalto, molibdênio, cádmio, cromo, estanho, alumínio e boro. (b) Com posição molecular do corpo.

• Introdução

C a p ít u l o 1

Figura 1.4

à

Anatomia

Níveis de organização.

Á to m o s e m in te ra ç ã o c o n s titu e m m o lé c u la s o rg a n iz a d a s e m c o m p le x o s d e fi­ bras de p ro te ín a c o n trá te is d e n tro da s c é lu la s m u sc u la re s d o co ra çã o . E ssa s c é ­ lu la s c o n e c ta m -s e u m a s à s outras, fo rm a n d o o te c id o d o m ú sc u lo c a rd ía c o que c o n stitu i a m a ssa d a s p a re d e s d o co ra çã o , um ó rg ão trid im e n sio n a l. O c o ra çã o é um c o m p o n e n te d o sis te m a circ u la tó rio , q u e ta m b é m in clu i o sa n g u e e o s v aso s sa n g ü ín e o s. T odos o s s is te m a s fu n c io n a m e m c o n ju n to para a m a n u te n ç ã o da vida e da saúde.

Nível do organismo

Nível dos sistemas de orgaos Circulatorio Endocrino Nervoso

Linfático Respiratorio Digestorio

Muscular Esqueletico

Urinário Genital

Tegumento comum _

coraçao

Nível orgânico

cardíaco

Nível tecidual

Célula do m úsculo cardíaco complexa proteína

Nível molecular ou químico

Nível celular

FUNDAMENTOS

O fu n cion am ento n o rm al do coração depende de eventos inter-reicio n ad os nos níveis m olecular, celular, tecidual e orgânico. C ontrações : rordenadas nas células m usculares adjacentes do tecido do m úsculo car­ d e O f g ã O S [Figuras 1.5/1.6] díaco produzem os batim entos. Esses batim entos, aliados às características A Figura 1.5 fornece u m a visão geral dos 11 sistem as do corpo hum ano. A m ató m icas internas deste órgão, p ro d u zem o efeito de b o m beam ento. A Figura 1.6 apresenta os principais órgãos de cada sistema. Todos os orga­ contração, o coração ejeta o sangue através da rede vascular. Juntos, o nism os vivos com partilham propriedades e processos vitais: ; ração, o sangue e os vasos sangüíneos constituem o sistema circulatório.

Introdução aos sistemas

C ada nível de organização é to talm en te dependente dos dem ais, ou seia, lesões em nível celular, tecidual o u orgânico p o d em afetar to d o o :.>:ema. Assim, m odificações quím icas nas células do m úsculo do coração r c e m causar contrações anôm alas ou m esm o in terro m p er os batim en :: s cardíacos. Lesões físicas no tecido m uscular, com o em um ferim ento : ricico, podem afetar a eficiência dos b atim entos cardíacos, m esm o que _ m aior parte das células e do p ró p rio m úsculo cardíaco estejam perfei-~ e n te norm ais. U m a anom alia congênita na e stru tu ra do coração pode afetar a eficiência da capacidade de bom beam ento, m esm o que as células s tecidos m usculares estejam perfeitam ente norm ais. Finalm ente, deve-se m en cio n ar que algo que afeta o sistem a afetará bem seus com ponentes. Por exemplo, o coração pode perder eficiên7ia em sua capacidade de b o m b eam en to após intensa p erd a sangüínea 7 :>r lesão de u m grande vaso do corpo. Se o coração não pode b o m b ear : : sangue não flui, o oxigênio e os n u trien tes não são d istribuídos. Em _m curto espaço de tem po inicia-se o processo de m o rte celular e a consejüente degeneração tecidual no coração. É evidente que as m odificações que oco rrem q u an d o o coração não s t á b o m b ean d o de form a efetiva não se restringem ao sistem a circula:: no; as células de todos os tecidos e órgãos do corpo tam b ém serão da7.ncadas. Esta observação nos co nd u z a u m o u tro nível de organização 77ais elevado: o do organismo, neste caso, o ser h u m an o . Esse nível reflete is interações entre os sistem as, tod o s eles vitais e cada qual fun cio n an 7 n de m odo adequado e h arm ô n ico com to d o s os ou tro s, viabilizando i sobrevivência. Q uando todos os sistem as fu n cio n am n o rm alm en te, as üracterísticas do am biente in tern o serão relativam ente estáveis em to7: s os níveis, o que cham am os de h o m e o s ta se ( homeo, constante + stasis, rondição).

Nota clínica 0 diagnóstico da doença Homeostase é a m an u te n çã o de um am biente interno rela tiva m e n te co n sta n te e ad equad o para a sobre. v ê n c ia das células e dos te cid o s do corpo. Falhas na m anutenção da c on dição ho m eo stática co nstitue m doença. Os p roce ssos das doenças Dodem afetar in icialm en te um tecido, um órgão ou um sistem a espe: • co, m as em últim a instância levarão a m u da n ça s de fu n çã o ou na í í " j t u r a das células do corpo. A lgum as doe n ças podem se r superadas □e as defesas corporais. O utras exigem interven ção e assistên cia. Por exem plo, quando o co rre um traum atism o e há sangram ento intenso ou e são de órgãos internos, a interven ção cirúrgica pode se r n e cessária : ara restabelecer a ho m eo stase e im pedir co m p lica çõ e s p o te n cialm en ­ te fatais.

Figura 1.5 Uma introdução aos sistemas de órgãos. uma visão geral dos 11 sistem as de órgãos e suas principais funções.

■ R esp o n siv id ad e: Os organism os respondem a m odificações em seus am bientes im ediatos, e esta p ro priedade é tam bém conhecida com o irritabilidade (excitabilidade). U m exem plo corriqueiro é a ação reflexa de se retira r a m ão rap id am en te q u an d o se toca algo m u ito quente; ou, n o caso dos anim ais, os cães latirem à aproxi­ m ação de estranhos; o u os peixes assustarem -se com ruídos fortes; o u m esm o as am ebas deslizarem em direção a presas potenciais. Os organism os tam b ém passam p o r m odificações m ais d u ra d o u ­ ras co nform e se ajustam aos seus am bientes. Por exem plo, com a aproxim ação do inverno, alguns anim ais adensam sua pelagem ; o u tros m igram p ara locais m ais quentes. Este tipo de capacidade é deno m in ad o adaptabilidade.

SISTEM AS

y

T egum ento c om u m

Sistem a esq u elético

Sistem a m u scular

Sistem a n ervoso

y % Á.

£ 9 9

Sistem a en d ócrin o

S is te m a c ir c u la t ó r io

PRINCIPAIS FUNÇÕ ES

Proteção contra possíveis agressões do meio ambiente externo; controle de temperatura Sustentação, proteção de tecidos moles; armazenamento de minerais; formação de células sangüíneas Locomoção, sustentação, produção de calor Direcionamento de respostas imediatas a estímulos, geralmente por meio da coordenação de atividades de outros sistemas de órgãos Direcionamento de modificações a longo prazo na atividade de outros sistemas de órgãos Transporte interno de células e substâncias solúveis como nutrientes, resíduos e gases

Sistem a lin fático

Defesa contra infecções e doenças

Sistem a resp iratório

Distribuição de ar para regiões onde ocorre a difusão de gases entre o ar e o sangue circulante

S is te m a d ig e s to r io

Sistem a urin ário

S is te m a g e n ita l

Processamento de alimentos e absorção de nutrientes orgânicos, minerais, vitaminas e água Eliminação do excesso de água, sais e produtos residuais; controle de pH Produção de células reprodutivas e hormônios

C a p ít u l o

-------- Pêlos

1 • Introdução à Anatomia

ESQUELETO APENDICULAR

ESQUELETO AXIAL Crânio

Cíngulo do membro superior (escápula e clavícula

Epiderme e glândulas associadas

Ossos do membro superior

Cíngulo do membro inferior (quadril)

Unhas

(a) Tegumento comum.

(b) Sistema esquelético.

Prote g e co n tra p o s sív e is a g re ss õ e s d o m e io a m b ie n te e xterno; ajuda no c o n tro le da te m p e ra tu ra co rp o ral.

P ro v ê s u s te n ta ç ã o ; p ro te g e te c id o s ; a r m a z e n a m in e ra is ; fo rm a c é lu la s sa n ­

Figura 1.6

g ü ín e a s .

Os sistemas de órgãos do corpo humano.

Órgão/componente

Funções principais

PELE (Cútis) Epiderme Derme

R e c o b r e a s u p e r fíc ie ; p r o t e g e t e c id o s p r o f u n d o s

FOLÍCULOS PILOSOS Cabelos Glândulas sebáceas

N u t r e a e p id e r m e ; o fe r e c e r e s is tê n c ia ; c o n té m g lâ n d u la s P r o d u z e m p ê lo s ; a in e r v a ç ã o o fe r e c e s e n s ib ilid a d e F o r n e c e m a lg u m a p r o t e ç ã o p a r a a c a b e ç a S e c r e t a m c o b e r t u r a lip í d ic a q u e l u b r if ic a o e ix o d o p ê lo e a e p id e r m e

Órgão/com ponente

Funções principais

OSSOS, CARTILAGENS E ARTICULAÇÕES Esqueleto axial»( crânio, vértebras, sacro, cóccix, esterno, cartilagens de sustentação e ligamentos) Esqueleto apendicular (membros, cíngulos e ligamentos)

S u s t e n t a m , p r o t e g e m t e c id o s m o le s ; o s o s s o s

MEDULA ÓSSEA

L o c a l p r i m á r i o d e p r o d u ç ã o d e c é lu la s sanguíneas

a r m a z e n a m m in e r a is P r o te g e o e n c é fa lo , a m e d u la e s p in a l, ó r g ã o s d o> s e n t id o s e t e c id o s m o le s d a c a v id a d e t o r á c ic a : su sten ta o p e so d o c o rp o so b re o s m e m b ro s in fe r io r e s P r o p o r c io n a a s u ste n ta ç ã o in te rn a e o p o s ic io n a m e n to d o s m e m b r o s ; su ste n ta e

GLÂNDULAS SUDORÍFERAS SUDORÍPARAS)

e v a p o ração

UNHAS

P r o t e g e m e e n r ije c e m a p o r ç ã o d is t a i d o s d e d o s

r e s e r v a e n e r g é t ic a e m c é lu la s d e g o r d u r a

TERMINAÇÕES NERVOSAS SENSITIVAS RECEPTORES)

P e r m it e m a s e n s a ç ã o d e ta to , p r e s s ã o , d o r e

a m a r e la o u fia v a )

TELA SUBCUTÂNEA HIPODERME)

P r o d u z e m p e r s p ir a ç ã o p a r a r e s fr ia m e n t o p o r

m o v i m e n t a o e s q u e le t o a x ia l

( m e d u la v e r m e lh a o u r u b r a ) ; a r m a z e n a m e n t o c e

te m p e ra tu ra

A r m a z e n a l ip íd e o s ; c o n e c t a a p e le c o m a s e s t r u t u r a s m a is p r o f u n d a s

m e d u la

FUNDAMENTOS

(d) S istem a nervoso.

(c) S istem a muscular. — Te a lo c o m o ç ã o ; p ro p o rc io n a s u s te n ta ç ã o ; p ro d u z calor.

componente tSCULOS UELÉTICOS (700)

D ire c io n a re s p o s ta s im e d ia ta s a e s tím u lo s , g e ra lm e n te p o r m e io d a c o o rd e n a ç ã o d a s a tiv id a d e s d e o u tro s s is te m a s d e ó rg ãos.

Funções principais

Órgão/componente

Funções principais

P e r m i t e m o m o v i m e n t o e s q u e l é t ic o ; c o n t r o l a m o

SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)

A g e c o m o o c e n tr o d e c o n tr o le p a r a o s is te m a

a c e s s o a o s tr a to s d ig e s tó r io e r e s p ir a t ó r io e a s s a íd a s d o s tr a to s d ig e s tó r io e u r in á r io ; p r o d u z e m c a lo r ; s u s t e n t a m o e s q u e l e t o ; p r o t e g e m o s t e c id o s m o l e s

n e r v o s o ; p r o c e ss a in fo r m a ç ã o ; o fe re c e c o n tr o le a c u r t o p r a z o s o b r e a t i v i d a d e s d e o u t r o s s is t e m a s

Encéfalo

D e s e m p e n h a fu n ç õ e s c o m p le x a s d e in te g r a ç ã o ;

b m i Ios axiais

S u s t e n t a m e p o s i c i o n a m o e s q u e l e t o a x ia l

c o n tr o la ta n to a tiv id a d e s v o lu n tá r ia s q u a n to

lü-nilos apendiculares

S u s te n ta m , m o v im e n ta m e e n v o lv e m o s m e m b ro s

a u tô n o m a s

EN D Õ ESE

U t i li z a m a s f o r ç a s d a s c o n t r a ç õ e s p a r a d e s e m p e n h a r

■OVEUROSES

Medula espinal

T r a n s m ite in fo r m a ç õ e s d o e p a r a o e n c é fa lo ; d e s e m p e n h a fu n ç õ e s d e in te g r a ç ã o m e n o s

ta r e fa s e s p e c ífic a s

c o m p le x a s ; d ir ig e m u ita s a tiv id a d e s a u tô n o m a s s i m p le s

Sentidos especiais

O fe r e c e m in f o r m a ç õ e s s e n s o r ia is a o e n c é fa lo r e la tiv a s à v is ã o , a u d iç ã o , o lfa ç ã o , g u s t a ç ã o e e q u i l í b r i o

SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP)

C o n e c t a o S N C c o m o u t r o s s is te m a s e ó r g ã o s d o s s e n tid o s

C a p ít u l o 1

• Introdução

à

Anatomia

Glândula pineal Hipófise

3 ã -C - a paratireóide

Glândula tireóide

Timo

Coração

Capilares Glândula supra-renal Artéria Veia

Ovário W t (na mulher) l |

(f) Sistema circulatório.

(e) Sistema endócrino. s r n u a a s m o d ific a ç õ e s nas a tiv id a d e s de o u tro s sistem a s, co m e fe ito s a longo

Transporta a s c é lu la s e m ate ria l so lú ve l in c lu in d o nutrie nte s, re s íd u o s e g a se s

ãZD.

Dr^ão/componente

Funções principais

Órgão/componente

Funções principais

GLÂNDULA PINEAL

Pode controlar o ciclo reprodutivo e ajustar o ritm o circadiano (dia/noite)

CORAÇÃO

Propele o sangue; mantém a pressão sangüínea

HIPÓFISE

Controla outras glândulas endócrinas; regula o crescimento e o equilíbrio dos fluidos

GLÂNDULA TIREÓIDE

Controla a taxa metabólica dos tecidos; regula os níveis de cálcio

VASOS SANGÜÍNEOS Artérias Capilares Veias

Distribuem sangue pelo corpo Conduzem o sangue do coração aos capilares Permitem difusão entre o sangue e o líquido intersticLil Levam o sangue dos capilares de volta ao coração

SANGUE

GLÂNDULAS PARATIREÓIDES

Regulam os níveis de cálcio (com a glândula tireóide)

Transporta oxigênio, dióxido de carbono e células sangüíneas; conduz nutrientes e horm ônios; rem orc produtos residuais; auxilia na regulação da tem peraruri e na defesa contra doenças

TIMO

Controla a maturação dos linfócitos

GLÂNDULAS SUPRARENAIS

Ajustam o equilíbrio hídrico, o metabolismo tecidual, a atividade cardiovascular e respiratória

RINS

Controlam a produção de hemácias e elevam a pressão sangüínea

PÂN C REAS

Regula o n ív e l d e g lico se n o sangue

j ÓNADAS

[esticulos

Im prim em no organismo as características sexuais m asculinas e m a n tê m as funções reprodutivas (ver Figura 1.6k)

Harios

Imprim em no organismo as características sexuais femininas e mantêm as funções reprodutivas (ver Figura 1.61)

FUNDAMENTOS

Timo

Linfonodos

Vaso linfático

(g) Sistema linfático.

(h) Sistema respiratório.

I e fe n ò e o o rg a n is m o c o n tra d o e n ç a s e in fe c ç õ e s; leva o líq u id o in te rs tic ia l de . otta para a c o rre n te sangüín ea.

C o n d u z o a r para re g iõ e s o n d e o c o rre a d ifu sã o d e g a se s e n tre o a r e o sa n g u e c ircu lan te .

Orgão/componente

Funções principais

Órgão/componente

Funções principais

VASOS LINFÁTICOS

Conduzem a linfa (água e proteínas) e os linfócitos dos tecidos periféricos às veias do sistema circulatório

CAVIDADES NASAIS E SEIOS PARANASAIS

Filtram, aquecem e umidiflcam o ar; detectam odores

LINTONODOS

M onitoram a composição da linfa; fagocitam patógenos; estimulam a resposta imunológica

FARINGE

Conduz o ar para a laringe; é uma câmara que integra tam bém o trato digestório (ver Figura 1.6i)

BAÇO

M onitora o sangue circulante; fagocita patógenos; renova hemácias; estimula a resposta imunológica

LARINGE

Protege a abertura da traquéia e contém as pregas vocais

TIMO

Controla o desenvolvimento e a manutenção de uma classe de linfócitos (células T)

TRAQUÉIA

Filtra o ar, retém partículas no muco; as cartilagens m antêm aberta a via respiratória

BRÔNQUIOS

(Mesmas funções da traquéia) por meio de mudanças de volume

m M õ fô

^esponsáve\s pe\o àes\ocamei\Xo ào zx àuiarae o movimento das costelas e do diafragma; incluem vias respiratórias e alvéolos Local de difusão de gases entre o ar e o sangue

*

Alvéolos

C a p ít u l o 1

• Introdução

à

A natom ia

G lâ n du la salivar Faringe

E sô fago

Fíga do V esícula biliar E stôm a go Pâ n crea s Intestino g ro sso

Intestino d e lg a d o

(j) S istem a urinário.

(i) S istem a digestório.

E lim in a o e x c e s s o d e ág ua, s a is e p ro d u to s re sid u a is.

P ro c e s s a o s a lim e n to s e a b s o rv e o s n u trie n te s.

Órgão/componente

Funções principais

Órgão/componente

BOCA

R e c e p t á c u l o p a r a o s a lim e n t o s ; f u n c i o n a c o m e s t r u t u r a s

RINS

fu n ç õ e s e n d ó c r in a s

a lé m d e i m p u l s i o n a r o b o l o a li m e n t a r e l í q u i d o s p a r a

GLÂNDULAS SALIVARES

O fe r e c e m lu b r if ic a ç ã o e p r o d u z e m s u b s t â n c ia s n e u t r a li z a d o r a s d e p H o u t a m p ã o (

buffers); p r o d u z e m

e n z im a s q u e i n i c ia m a d ig e s t ã o

FARINGE

C o n d u z a li m e n t o s s ó l i d o s e l í q u i d o s p a r a o e s ô f a g o ; ó r g ã o q u e t a m b é m i n t e g r a o s is t e m a r e s p i r a t ó r i o

(verFigura 1.6h) ESÔFAGO

C o n d u z o s a li m e n t o s a t é o e s t ô m a g o

ESTÔMAGO

S e c r e t a á c i d o s e e n z im a s

INTESTINO DELGADO

S e c r e t a e n z i m a s d ig e s t iv a s , s u b s t â n c ia s - t a m p ã o e h o r m ô n i o s ; a b s o r v e n u t r ie n t e s

FÍGADO

S e c r e t a b ile , r e g u la a c o m p o s iç ã o d e n u t r ie n t e s d o s a n g u e

VESÍCULA BILIAR

A r m a z e n a e c o n c e n tr a a b ile p a r a lib e r á - la n o in te s tin o

PÂNCREAS

S e c r e t a e n z i m a s d ig e s t iv a s e s u b s t â n c i a s - t a m p ã o ;

d e lg a d o

c o n té m c é lu la s e n d ó c r in a s

INTESTINO GROSSO

(verFigura 1.6e)

R e m o v e á g u a d o m a t e r i a l fe c a l; a r m a z e n a r e s í d u o s

F o r m a m e c o n c e n t r a m u r i n a ; r e g u la m o p H e a c o n c e n tr a ç ã o d e ío n s n o s a n g u e ; d e s e m p e n h a m

a s s o c ia d a s ( d e n t e s , l í n g u a ) p a r a t r i t u r a r o s a li m e n t o s ,

a fa r in g e

Funções principais

(verFigura 1.6e)

URETERES

C o n d u z e m a u r in a d o s r in s à b e x ig a u r in á r ia

BEXIGA URINÁRIA

A r m a z e n a u r in a p a r a p o s te r io r e lim in a ç ã o

URETRA

C o n d u z a u r in a p a r a o m e io e x te r io r

(k) Sistema genital masculino.

(I) Sistema genital feminino. P ro d u z c é lu la s s e x u a is e h o rm ô n io s; p ro p ic ia o d e s e n v o lv im e n to e m b rio n á rio , d e sd e a fe c u n d a ç ã o até o n a scim e n to .

=*:•: j l c é lu la s s e x u a is e ho rm ô nios.

Orgão/componente

Funções principais

TESTÍCULOS

Produzem espermatozóides e hormônios (ver Figura 1.6e)

ÓRGÃOS ACESSÓRIOS Eptdjdimo Dueto deterente dueto espermático) GLmdulas seminais Próstata Uretra ÓRGÃOS GENITAIS EXTERNOS Pênis Escroto

Órgão/componente

Atua como local de maturação dos espermatozóides Conduz espermatozóides a partir do epidídimo e unese ao dueto da glândula seminal Secretam o líquido que constitui grande parte do volume do sêmen (esperma) Secreta fluidos e enzimas Conduz o sêmen para o meio exterior

Contém tecido erétil; deposita esperma na vagina; produz sensações de prazer durante a atividade sexual Envolve os testículos e controla sua tem peratura

■ Crescimento e diferenciação: o r g a n is m o s c re sc e m

A o lo n g o d o p e r ío d o d e v id a , o s

p o r m e io d o a u m e n t o d o ta m a n h o e n ú m e ­

r o d e s u a s c é lu la s . E m

o r g a n is m o s m u ltic e lu la r e s , a s c é lu la s in d i­

v id u a is e s p e c ia liz a m - s e p a r a d e s e m p e n h a r fu n ç õ e s p a r t ic u la r e s . E s t a e s p e c ia liz a ç ã o é d e n o m in a d a

diferenciação.

O c r e s c im e n to

e a d ife r e n c ia ç ã o n a s c é lu la s e n o s o r g a n is m o s g e r a lm e n te p r o d u ­

Funções principais

OVÁRIOS

Produzem oócitos e horm ônios (ver Figura 1.6e)

TUBAS UTERINAS

Conduzem o oócito ou o embrião ao útero; local onde normalmente ocorre a fecundação

ÚTERO

Local do desenvolvimento embrionário e das trocas entre as correntes sangüíneas embrionária e materna

VAGINA

Local de deposição de esperma; canal de passagem do bebê ao nascimento; abertura para eliminação de líquidos durante o período menstruai

ÓRGÃOS GENITAIS EXTERNOS Clitóris Lábios maiores e menores do pudendo

Contém tecido erétil; produz sensações de prazer durante a atividade sexual Contêm glândulas que lubrificam a entrada da vagina

GLÂNDULAS MAMÁRIAS

Produzem leite para a nutrição do recém-nascido

z e m m o d ific a ç õ e s e m fo r m a e fu n ç ã o . P o r e x e m p lo , a s p r o p o r ç õ e s a n a tô m ic a s e c a p a c id a d e s fis io ló g ic a s d e u m

a d u lto h u m a n o sã c

b a s ta n te d ife r e n te s d a s d e u m a c r ia n ç a .

■ Reprodução:

O s o r g a n is m o s se re p ro d u z e m , c r ia n d o g e ra çõ e s

s u b s e q ü e n t e s d e in d iv íd u o s d o s e u p r ó p r io t ip o , s e ja e le u n ic e lu la i o u m u ltic e lu la r .

C apítulo

■ M ov im ento:

1 • Introdução

à

Anatomia

O s o rg a n is m o s sã o c a p a z e s d e p r o d u z ir m o v im e n ­

O s p r im e ir o s a n a to m is ta s e n fr e n ta r a m d ific u ld a d e s s e m e lh a n te s r e

to s , q u e p o d e m s e r in t e r n o s ( t r a n s p o r t a n d o a lim e n t o , s a n g u e e

c o m u n ic a ç ã o . D iz e r q u e “ u m a s a liê n c ia e n c o n t r a - s e n a s c o s ta s ” n ã o o fe ­

o u t r o s m a te r ia is d e n t r o d o c o r p o ) o u e x te r n o s ( m o v e n d o - s e n o

r e c e in fo r m a ç õ e s m u it o p r e c is a s s o b r e a s u a lo c a liz a ç ã o . A s s im , o s a n a r c -

se u a m b ie n te ).

m i s t a s c r i a r a m m a p a s d o c o r p o h u m a n o . O s m a r c a d o r e s d e r e f e r ê n c i a s -I:

■ M e tab o lism o e excreção:

O s o rg a n is m o s d e p e n d e m d e re a ç õ e s

q u ím ic a s c o m p le x a s , q u e fo r n e c e m a e n e r g ia q u e v ia b iliz a r e s p o n s iv id a d e , c r e s c im e n t o , r e p r o d u ç ã o e m o v im e n t o ; a lé m d is s o , o s o r ­ g a n is m o s ta m b é m p r e c is a m s in te tiz a r c o m p le x o s q u ím ic o s c o m o a p r o te ín a . O te r m o

m e ta b o lism o

m ic a s q u e o c o r r e m n o o r g a n is m o :

catabolismo é a q u e b r a d e m o ­ anabolismo é a s í n t e s e

d e m o lé c u la s c o m p le x a s a p a r t i r d e m o lé c u la s s im p le s . O p e r a ç õ e s

a b so rç ã o

d e m a te ria is a d v in d o s d o

m e io a m b ie n te . P a r a g e r a r e n e r g ia d e m o d o e fic ie n t e , a m à io r p a r ­ te d a s c é lu la s n e c e s s it a d e v á r io s n u t r ie n t e s , a s s im c o m o d e o x ig ê ­ n io , u m g á s a tm o s fé r ic o . O te r m o

re s p ira ç ã o

p r e c is a s e r a p r e n d id a d e s d e o in íc io . O p r o c e s s o d e m a n d a a lg u m te tr ir -: e e s fo r ç o , m a s é a b s o lu ta m e n te e s s e n c ia l c a s o v o c ê q u e ir a e v it a r s itu a c 5es c o m o a a p re se n ta d a n a

ta b ó lic a s fr e q ü e n te m e n te g e r a m p r o d u t o s d e s n e c e s s á r io s e p o t e n ­ c ia lm e n te p r e ju d ic ia is q u e p r e c is a m s e r e lim in a d o s , o q u e o c o r r e

excreção.

Figura 1.7.

N o v o s te rm o s a n a tô m ic o s c o n tin u a m a a p a re c e r c o m o a v a n ç o c a t e c n o lo g ia , m a s m u it a s p a la v r a s e e x p r e s s õ e s a n t ig a s p e rm a n e c e rr. e m u s o . C o m o r e s u lta d o , o v o c a b u lá r io d e s ta c iê n c ia re p re s e n ta u m a fo r m a d e r e g is tr o h is tó r ic o . P a la v r a s e e x p r e s s õ e s e m g r e g o e la t im c o n s t it u e — a b a s e d e u m g r a n d e n ú m e r o d e t e r m o s a n a t ô m ic o s . P o r e x e m p lo , m u it c s te r m o s e m la t im , c o m q u e se b a t iz a r a m e s t r u t u r a s e s p e c ífic a s 2 0 0 0 a r : > a trá s, c o n tin u a m e m u s o a tu a lm e n te .

re fe re -se à a b s o rç ã o ,

a o t r a n s p o r t e e a o u s o d o o x ig ê n io p e la s c é lu la s . A s o p e r a ç õ e s m e ­

n o p ro ce sso d e

tr o s o u p o le g a d a s . D e fa to , a a n a t o m ia u t iliz a u m a lin g u a g e m e s p e c ia l c u e

re fe re -se a to d a s as re a ç õ e s q u í­

lé c u la s c o m p le x a s e m m o lé c u la s s im p le s e

m e t a b ó lic a s n o r m a is e x ig e m a

e s t r u t u r a s a n a t ô m ic a s e v id e n te s , e a s d is tâ n c ia s s ã o m e d id a s e m c e n tir r e -

A fa m ilia r id a d e c o m a s ra íz e s e o s p a d r õ e s e m la t im t o r n a o s t e r m : s a n a tô m ic o s m a is c o m p r e e n s ív e is , e a s n o ta s in c lu íd a s s o b r e d e r iv a ç ã o c a ? p a la v r a s tê m o o b je t iv o d e a ju d á - lo n e s ta ta r e fa . E m p o r t u g u ê s , o p lu r a l g e r a lm e n t e é fe ito a c r e s c e n t a n d o - s e o s u fix o “ s ” o u “e s” a o n o m e :

moças o u rapaz/rapazes. J á

P a ra se re s v iv o s m u it o p e q u e n o s , a a b s o r ç ã o , a re s p ir a ç ã o e a e x c re ç ã o

moçi

a s p a la v r a s e m la t im m u d a m s u a s te r m in a c ões

n o p lu r a l: p a la v r a s t e r m in a d a s e m

“i”; o m e s m o

“us”p e r d e m

e sta te r m in a ç ã o , q u e e

s u b s t itu íd a p o r

e x p o s ta s . P o r é m , o r g a n is m o s d e p r o p o r ç õ e s m a io r e s d o q u e a lg u n s m i l í ­

tit u íd a p o r

m e tro s r a r a s v e z e s a b s o r v e m n u t r ie n te s d ir e ta m e n te d o m e io a m b ie n te .

fo r m a ç õ e s s o b r e ra íz e s d e p a la v r a s e s tr a n g e ir a s , p r e fix o s , s u fix o s e fo r m a s

F o r e x e m p lo , s e re s h u m a n o s n ã o a b s o r v e m b ife s , m a ç ã s o u s o r v e te s d i­

c o m b in a d a s p o d e m s e r e n c o n t r a d a s n o A p ê n d ic e , p á g . 8 2 2 .

“a”, e

o c o r r e c o m a te r m in a ç ã o

“um”, q u e é s u b s ­ “ae”. M a i s i n ­

e n v o lv e m a t r o c a d e m a te r ia is c o m o m e io a m b ie n t e a tr a v é s d e s u p e r fíc ie s

c o m a te r m in a ç ã o

“a”, q u e

é tro c a d a p o r

r e t a m e n te ! A n t e s , é n e c e s s á r io q u e h a ja u m a a lt e r a ç ã o n a e s t r u t u r a q u í ­

T e r m o s e m la t im e e m g r e g o n ã o sã o o s ú n ic o s te r m o s e s t r a n g e ir : s

m ic a d o s a lim e n t o s p a r a p o s s ib ilit a r a a b s o r ç ã o d o s s e u s n u t r ie n te s . E ste

a d o t a d o s n o v o c a b u lá r io a n a t ô m ic o a o lo n g o d o s s é c u lo s . M u it a s e s t r u ­

rro ce sso , ch a m a d o d e

d ig estão ,

o c o r r e e m á r e a s e s p e c ia liz a d a s o n d e a li ­

tu r a s a n a t ô m ic a s e c o n d iç õ e s c lín ic a s r e c e b e r a m in ic ia lm e n t e o n o m e

m e n t o s c o m p le x o s p o d e m s e r q u e b r a d o s e m c o m p o n e n t e s s im p le s q u e

d o s s e u s d e s c o b r id o r e s o u , n o c a s o d e d o e n ç a s , o n o m e d e s u a m a is f a ­

r o d e m s e r a b s o r v id o s fa c ilm e n te . A r e s p ir a ç ã o e a e x c r e ç ã o ta m b é m s ã o

m o s a v ítim a . O m a io r p r o b le m a d e ste p r o c e d im e n to é a d ific u ld a d e d e

m a is e la b o r a d a s e m o r g a n is m o s m a io r e s , h a v e n d o ó r g ã o s e s p e c ia liz a d o s

m e m o riz a r u m a c o n e x ã o e n tre a e s tru tu ra o u d o e n ç a c o m su a re s p e c ­

r e s p o n s á v e is p e la d if u s ã o d e g a s e s ( p u lm õ e s ) e p e la e x c r e ç ã o d e r e s íd u o s

tiv a n o m e n c la tu r a . N o s ú lt im o s 10 0 a n o s , a m a io r p a r te d e ste s n o m e s

r i n s ). F i n a l m e n t e , u m a v e z q u e a b s o r ç ã o , r e s p i r a ç ã o e e x c r e ç ã o s ã o r e a l i ­ z a d a s e m d ife r e n te s p a r te s d o c o r p o , é n e c e s s á r io u m s is te m a d e t r a n s p o r :e m t e r n o : o

siste m a circ u la tó rio .

a tr ib u íd o s p o r h o m e n a g e m , o u

epônimos,

fo i s u b s titu íd a p o r te rm o s

m a is p r e c is o s . P a r a o s in t e r e s s a d o s e m d e t a lh e s h is t ó r ic o s , o A p ê n d ic e in t it u la d o “ E p ô n im o s d e u s o g e n e r a liz a d o ” o fe r e c e in fo r m a ç õ e s s o b re o s n o m e s d o s h o m e n a g e a d o s q u e o r i g i n a r a m e p ô n i m o s a i n d a u t iliz a d o s o c a s io n a lm e n t e .

E

REVISÃO D OS CON CEITO S

1. Que sistem a é constituído pelas seguintes estruturas: glândulas sudoríferas [sudoríparas), unhas e folículos pilosos? 2. Que sistem a é com posto de estruturas com as seguintes funções: produ­ ção de horm ônios e óvulos, sendo o local do desenvolvim ento em brioló­ gico? 3- 0 que é diferenciação? Veja a seção de Respostas na parte final do livro.

A terminologia anatômica (linguagem da anatomia) [Figura 1.7] S e v o c ê tiv e s s e d e s c o b e r t o u m

-T H T -

n o v o c o n tin e n te , c o m o v o c ê c o m e ç a r ia

a c o le t a r in fo r m a ç õ e s d e m o d o a r e la ta r p r e c is a m e n t e o s s e u s a c h a d o s ? V o c ê te r ia d e c o n s t r u ir u m m a p a d e t a lh a d o d o t e r r it ó r io . O m a p a c o m r .e t o t e r ia ( 1 ) m a r c a d o r e s e v id e n t e s , c o m o m o n t a n h a s , v a le s o u v u lc õ e s ; 2

í

a d is t â n c ia e n t r e e le s; e ( 3 ) a d ir e ç ã o q u e v o c ê p r e c is o u s e g u ir p a r a ir

A

2 -

r e u m p o n to a o u tr o . A s d is tâ n c ia s p o d e r ia m s e r r e g is tr a d a s e m m ilh a s e i s d ir e ç õ e s lid a s e m b ú s s o la s ( n o r t e , s u l, n o r d e s t e , s u d o e s t e e a s s im p o r

Figura 1.7 A importância de um vocabulário preciso.

d ia n te . C o m ta l m a p a , q u a lq u e r p e s s o a p o d e r ia ir d ir e ta m e n te p a r a q u a l-

Você gostaria de ser este paciente? [® Todos os direitos reservados. The

q u e r p o n t o d o s e u c o n tin e n te .

Yorker Collection 1990. Ed. Fisher, de cartoonbank.com).

FUNDAMENTOS

Anatomia de superfície

lo g ia a n a tô m ic a . A c o m p r e e n s ã o d o s ig n ific a d o e d a o r ig e m d o s te r m o s o a u x ilia r á a le m b r a r - s e d a lo c a liz a ç ã o d a s e s t r u t u r a s e d e s e u s n o m e s . P o r

A r im ilia r id a d e c o m o s p r in c ip a is m a r c a d o r e s a n a tô m ic o s e r e fe r e n c ia is

e x e m p lo , o t e r m o

- c d ir e ç ã o fa r á c o m q u e o s c a p ít u lo s s u b s e q ü e n t e s s e ja m m a is c o m p r e ­

c u tir ã o o

e n s ív e is , u m a v e z q u e n e n h u m d o s s is te m a s , c o m e x c e ç ã o d o te g u m e n t o

braquial r e f e r e - s e

músculo braquial e

a o b r a ç o , e c a p ít u lo s p o s t e r io r e s d is ­

os ra m o s da

artéria braquial.

I lu s t r a ç õ e s a n a t ô m ic a s p a d r ã o m o s t r a m o c o r p o h u m a n o e m

: : m u m , p o d e se r v is u a liz a d o a tra v é s d a s u p e r fíc ie d o c o r p o . É n e c e s s á rio

anatômica. E m

q u e v o c ê c r ie m a p a s m e n t a is e e x t ra ia in fo r m a ç ã o d a s ilu s tr a ç õ e s a n a tô -

posição

p o s iç ã o a n a tô m ic a , a p e s s o a e stá e m p é c o m o s m e m b ro ?

in fe r io r e s a p r o x im a d o s e a p la n t a d o s p é s n o c h ã o . O s m e m b r o s s u p e r io r e s

q u e a c o m p a n h a m e s ta d is c u s s ã o .

e s tã o e s te n d id o s a o la d o d o t r o n c o e a s p a lm a s d a s m ã o s , v o lta d a s a n t e ­ r io r m e n te . O in d iv íd u o r e p r e s e n ta d o n a

Marcadores anatôm icos de referência [Figura 1.8]

m ic a , v is ta a n t e r io r

Figura 1.8. V o c ê

M a r c a d o r e s a n a t ô m ic o s im p o r t a n t e s s ã o a p r e s e n ta d o s n a

Figura 1.8 e s t á e m p o s i ç ã o a n a t ô ­ (Figura 1.8b). A p o s i ç ã o

e v is ta p o s te r io r

a n a tô m ic a é o p a d r ã o d e r e fe r ê n c ia q u e fu n d a m e n t a a t e r m in o lo g ia a n a tô ­

d e v e r á se f a m i l i a r i z a r c o m a f o r m a a d j e t i v a l , b e m c o m o c o m a t e r m i n o ­

Fronte ou “testa” (frontal)

(Figura 1.8a)

m ic a , in d e p e n d e n t e m e n t e d o n ív e l, d e s d e o b á s ic o a té o c lín ic o . P o r ta n to .

Nariz (nasal) Olho (orbital ou ocular) Orelha (ótico; auricular)

Crânio (cranial)

- Cabeça (cefálico)

Cabeça (cefálico)

Bochecha

Face (facial)

Pescoço (cervical)

Pescoço (cervical)

Boca (oral)

Acrômio (acromial)

Tórax (torácico)

Mento ou “queixo” (mentual) Axila (axilar)

Dorso (dorsal)

Mama (mamário)

Braço braquial) Abdome (abdominal)

Fossa cubital

Umbigo (umbilical) Antebraço

- Tronco Cotovelo (olécrano=osso do cotovelo) (cubital) Lombo (lombar)

Pelve (pélvico)

i “ et>raquial)

Membro

Carpo ou -= ma Mão (da mão)

Polegar

Região inguinal ou “virilha”

Dedos da mão (falanges) (digital)

Púbis (púbico)

Perna (crural)

= gura 1.8

— Membro inferior

Sura (sural)

Tarso ou “tornozelo” (tarsal)

Hálux

Fossa poplítea

Fêmur (osso da coxa) (femoral)

Patela ou “rótula” (patelar)

Dedos do pé (falanges) (digital)

Nádegas (região glútea)

Calcanhar (região calcânea)

Pé (podálico)

Planta do pé (plantar)

Marcadores anatômicos de referência.

: s re m o s anatômicos estão escritos em negrito, os nomes de uso corriqueiro, em tipo normal de letra, e os adjetivos anatômicos, entre parênteses, (a) Vista anterior ■ ; : o s ;ão anatômica, (b) Vista posterior na posição anatômica.

C a p ít u lo

I TABELA 1.1

Regiões do corpo humano1

Nomenclatura anatômica

Região anatômica

Área indicada

Cabeça ( Cephalon)

Cefálica

Da cabeça

Quadrante superior direito (QSD) Lobo hepático direito, vesícula biliar, rim direito, porções do estômago, do intestino delgado e do intestino grosso

Pescoço ( Cervicis)

Cervical

Tórax (Thoracis)

Torácica

Do tórax

Braço ( Brachium)

Braquial

Do braço: segmento do membro superior mais próximo ao tronco

Antebraço

Antebraquial

Do antebraço

Carpo

Carpal

Do punho

Da mão

Da mão

Abdominal

Do abdome

Do quadril

Da pelve

Púbica (hipogástrio)

Do púbis: parte anterior da pelve

Inguinal

Inguinal: junção entre 0 tronco e a coxa

Lombar

Lombar: parte inferior do dorso

Glútea

Glútea: das nádegas

Femoral

Da coxa

( Antebrachium) Carpus) Mão (Manus) Abdome ( Abdômen) Pelve ( Pelvis) Púbis ( Pubis) (

“Virilha” Lombo

(

(

Inguen)

Lumbus)

Do pescoço

Quadrante inferior direito (QID)

Gluteus) Fêmur ( Femur) Patela ( Patella) Perna (Crus)

Do joelho (genicular)

Do joelho

Crural

Crural: parte do joelho ao tornozelo

“Panturrilha” (Sura)

Sural

Sural: parte posterior da região crural

(Tarsus) Pé (Pes) Planta (Planta)

Tarsal

Do tornozelo

Do pé

Do pé

Plantar

Da planta dos pés

Glúteo

1 • Introdução à Anatomia

(

Tarso

Ceco, apêndice vermiforme, e porções do intestino delgado, órgãos genitais (ovário direito na mulher e funículo espermático direito no homem) e ureter direito

Hipocôndrio esquerdo

Hipocôndrio direito Região lateral direita

Região inguinal direita

Ver Figuras 1.8 e 1.9.

Grande parte do intestino delgado e porções do intestrc grosso, ureter esquerdo e órçã: genitais (ovário esquerdo na mulher e funículo espermático esquerdo no homem)

Umbigo (região umbilical) Hipogástrio (região púbica)

Região latera esquerda

Região inç_ esquerda

-3

t o d a s a s d e s c r iç õ e s d e s t e liv r o r e f e r e m - s e a o c o r p o e m p o s iç ã o a n a t ô m ic a a m e n o s q u e e s t e ja d e v id a m e n t e e s p e c ific a d o d e o u t r a m a n e ir a . D iz - s e d e a m a p e s s o a d e ita d a e m p o s iç ã o a n a t ô m ic a q u e e la e s tá e m v o lta d a p a r a c im a e e m

prona q u a n d o

supino q u a n d o

e s tiv e r d e b r u ç o s * .

Regiões a n a tô m ica s [Figuras 1.8/1.9 e Tabela 1.1] A s p r in c ip a is r e g iõ e s d o c o r p o e s t ã o in d ic a d a s n a T a b e la 1 . 1 . E s t a s e o u t r a s r e g iõ e s e m a r c a d o r e s a n a t ô m ic o s d e r e fe r ê n c ia e s tã o a s s in a la d o s n a

ra 1.8. A n a t o m

Figu­

e s p e c ífic o s p a r a in d ic a r á re a s d e te r m in a d a s n a s r e g iõ e s a b d o m in a l e d o q u a d r il. H á d o is m é t o d o s d ife r e n t e s e m u s o : u m d e le s r e f e r e - s e a o s

drantes abdominopélvicos. A

qua-

s u p e r fíc ie a b d o m in o p é lv ic a é d iv id id a e m

q u a t r o s e g m e n to s p o r d u a s lin h a s im a g in á r ia s (u m a h o r iz o n ta l e o u t r a v e r t ic a l) q u e se in t e r c e p t a m n o

m Figura

Estômago

is t a s e c lín ic o s fr e q ü e n t e m e n t e u t iliz a m te r m o s r e g io n a is

1.9a,

umbigo. E s t e

Fígado

Baço

Vesícula biliar Intestino grosso Intestino delgado

m é t o d o s im p le s , m o s t r a d o

o fe r e c e r e fe r ê n c ia s ú t e is p a r a d e s c r e v e r a lo c a liz a ç ã o d e

d o re s e fe r im e n to s q u e , p o r s u a v e z , p o d e m

a ju d a r o m é d ic o a id e n t ifi­

Apêndice vermiforme

c a r a p o s s ív e l c a u s a ; p o r e x e m p lo , à p a lp a ç ã o , s e n s ib ilid a d e n o q u a d r a n t e

Bexiga urinária

i n f e r io r d ir e it o ( Q I D ) p o d e s e r u m s in a l d e a p e n d ic it e , e n q u a n t o s e n s ib i­ lid a d e n o q u a d r a n te s u p e r io r d ir e ito ( Q S D ) p o d e in d ic a r p r o b le m a s d e

Figura 1.9

fíg a d o o u v e s íc u la b ilia r . D is tin ç õ e s r e g io n a is s ã o u s a d a s p a r a d e s c r e v e r c o m

m a io r p r e c is ã o nove

regiões

Figura 1.9b. A Figura 1.9c

m o stra a

i .o c a liz a ç ã o e a o r ie n t a ç ã o d o s ó r g ã o s in t e r n o s . E x is t e m

abdominopélvicas r e p r e s e n t a d a s

na

r e la ç ã o e n t r e o s q u a d r a n t e s , a s r e g iõ e s e o s ó r g ã o s in te r n o s .

* X. de R.T. Na realidade, a posição anatômica pressupõe o indivíduo em pé. Quando -e-.tado, pode estar em decúbito dorsal (supino) ou ventral (prona).

Quadrantes e regiões abdominopélvicos.

A su p e rfície ab d o m in o p é lv ica é separada em reg iões para ü e ~ ■ : 3 ram ente os re fe re n cia is a n a tô m ico s e para definir, de m s - e r a ~as : 3 : lo caliza çã o d o s órgãos internos, (a) O s quadrantes a b d c ~ js ~ área em quatro regiões. Estes te rm o s ou su as ab re viatu ras s ã : zaxs freqüentem ente em d iscu ssõ e s clínicas, (b) D escrições a r r : : são forne cid as por referência à região ab dom inope vica azrzcr a c s : : j x r a tes ou regiões são úteis por causa das relações c o n h e c e r r :: =■ * an atôm icos su pe rficia is e os órgãos internos subjace~=-:

FUNDAMENTOS D ireções a n a tô m ic a s [F igura 1.10 e Tabela 1.2] F

A

g u ra

1 .1 0

e a T a b e la 1 .2 m o s t r a m

SUPERIOR

SUPERIOR

o s p r in c ip a is te rm o s

ie direção e e x e m p l o s d e s e u u s o . H á m u i t o s t e r m o s d i f e r e n — e iiguns s ã o i n t e r c a m b i á v e i s . D u r a n t e o s e u a p r e n d i z a d o ? r e os t e r m o s d e d i r e ç ã o , é i m p o r t a n t e l e m b r a r q u e t o d a s a s ireções a n a t ô m i c a s u t i l i z a m a p o s i ç ã o a n a t ô m i c a c o m o rzrerència p a d r ã o . P o r e x e m p l o , anterior r e f e r e - s e à f r e n t e d o :

r p :: e m

h u m a n o s e ste te r m o é e q u iv a le n te a

verdade s e r e f e r e à : : re-ssor l h e a p r e s e n t e

na r

: : ;c m

-

~

que

s u p e r fíc ie d o v e n tre . M e s m o q u e se u te r m o s a d ic io n a is , o s te r m o s q u e a p a -

fr e q ü e n t e m e n t e n o s p r ó x im o s c a p ít u lo s e n c o n t r a m - s e

enfidzados n a :

ventral,

T a b e la 1 .2 . Q u a n d o v o c ê s e g u ir d e s c r iç õ e s a n a -

c a i, é im p o rta n te le m b ra r q u e o s te rm o s

esquerdo e direi-

>c referem s e m p r e a o s l a d o s e s q u e r d o e d i r e i t o d o p a c i e n t e , não do o b s e r v a d o r . V o c ê t a m b é m d e v e n o t a r q u e a p e s a r d e rans termos d e r e f e r ê n c i a s e r e m e q u i v a l e n t e s - posterior e

jLr-sal o u anterior e ventral - ,

s e m p r e q u e u m a d e s c r iç ã o e m -

p reg a u m

s e u p a r o p o s t o , is to é , s e m p r e

:

Esquerd:

Direito

_r

d e le s , u s a t a m b é m

: :e r m o

posteriorf o r

jr d e v e r á rr p lo

u t iliz a d o e m u m a d e s c r iç ã o , o te r m o

s e r u t iliz a d o p a r a d e s c r e v e r a s e s tr u tu r a s d a

o p o s ta . F in a lm e n te , v o c ê d e v e se le m b r a r ta m b é m

de

: _ e a lg u n s t e r m o s lis t a d o s n a T a b e la 1 . 2 o u n ã o s ã o u t iliz a d o s , u :ê m u m s ig n ific a d o d ife r e n te e m a n a t o m ia v e t e r in á r ia .

Anatomia seccional U m a a n á lis e d o q u e v e m o s e m u m c o r t e a lg u m a s v e z e s é f u n ­ d a m e n ta l p a r a a c o m p r e e n s ã o d a r e la ç ã o e n tre a s p a r te s d e jm

o b ie t o t r id im e n s io n a l. P o r s u a v e z , a c o m p r e e n s ã o d a s

i> r a 5 s e c c io n a is t e m s e t o r n a d o c a d a v e z m a is im p o r t a n t e e m fu n ç ã o d o d e s e n v o lv im e n t o d a s té c n ic a s d e e x a m e p o r im a -

7r ~

j u e p e r m ite m a v is u a liz a ç ã o in te r n a d o o r g a n is m o s e m

i n e c e s s id a d e d e se r e c o r r e r à c ir u r g ia .

I

TABELA 1.2

Figura 1.10

INFERIOR

INFERIOR

(a)

(b)

Termos referenciais de direção.

T e rm o s re fe re n c ia is d e d ire ç ã o im p o rta n te s u tiliz a d o s n e ste te x to e n c o n tra m -s e in d ic a d o r p o r se ta s; d e fin iç õ e s e d e s c r iç õ e s e s tã o in c lu íd a s na Tabela 1.2. (a) V is ta la te ra l, (b) V is t i anterior.

íermos regionais e de direção (ver Figura 1.10)

Teimo

Região ou referência

Exemplo

Anterior

À fr e n t e , a d ia n t e

O u m b i g o e s tá l o c a liz a d o n a s u p e r fíc ie

V e n tra l

A s u p e r f íc ie d o v e n t r e ( e q u iv a le n t e a o t e r m o

anterior, q u a n d o

s e r e fe r e a o

O u m b i g o e s t á lo c a liz a d o n a s u p e r fíc ie

anterior d o ventral.

tr o n c o .

co rp o h u m an o )

Posterior

O d o r s o , a tr á s

D o rsal

O d o r s o ( e q u iv a le n t e a o t e r m o

C r m ia l

E m d ir e ç ã o à c a b e ç a

C e ta ü co

M e s m o q u e c r a n ia l

S-aperior

A c im a , e m u m n ív e l a c im a ( n o c o r p o h u m a n o , e m d i r e ç ã o à c a b e ç a )

Caudal

E m d ir e ç ã o à c a u d a ( c ó c c ix e m h u m a n o s )

A e s c á p u la é

posterior, q u a n d o

se r e f e r e a o c o r p o h u m a n o )

inferior

A b a ix o ; e m u m n ív e l a b a ix o ; e m d ir e ç ã o a o s p é s

M e d ia i

E m d ir e ç ã o à l in h a m e d ia n a ( o e ix o l o n g it u d in a l d o c o r p o )

Lateral

E m d ir e ç ã o c o n t r á r i a à l i n h a m e d ia n a ( o e ix o l o n g it u d i n a l d o c o r p o )

P r o x im a l

E m d ir e ç ã o a u m a b a s e f i x a

Distai

E m d ir e ç ã o c o n t r á r i a a u m a b a s e f ix a

S u p e r fic ia l

R e la t iv a m e n t e p r ó x i m o o u n a s u p e r fíc ie d o c o r p o

Profundo

E m d ir e ç ã o a o i n t e r i o r d o c o r p o , c o n t r á r ia à s u a s u p e r fíc ie

posterior à s c o s te la s . dorsal d o c o r p o . cefálica, d a p e lv e é superior à c o x a .

A e s c á p u la e s tá lo c a liz a d a n a r e g iã o A m argem

cranial, o u

caudais e m r e la ç ã o à c in t u r a . O j o e l h o é inferior ao q u a d r il. A s s u p e r fíc ie s mediais d a s c o x a s p o d e m e s t a r e m c o n ta to . O f ê m u r a r t i c u la - s e c o m a s u p e r fíc ie lateral d o q u a d r il. A c o x a é proximal e m r e la ç ã o a o p é . O s d e d o s s ã o distais e m r e la ç ã o a o p u n h o . A p e le é superficial à s e s t r u t u r a s s u b ja c e n t e s . O o s s o d a c o x a é profundo e m r e la ç ã o a o s m ú s c u lo s e s q u e lé t ic o s q u e O s q u a d r is sã o

e n v o lv e m .

o

C apítulo 1

Planos e secções [Figuras 1.11/1.12 e Tabela 1.3] 3 _i!quer corte em um corpo tridim ensional pode ser descrito em relação _ :rés planos de secção indicados na Tabela 1.3 e representados na Figura 1 .1 1 .0 plano transverso form a u m ângulo reto com o eixo longitudinal da parte do corpo que está sendo estudada. U m corte segundo este p la­ no é d enom inado corte transversal. O plano frontal (coronal) e o plano sagital são paralelos ao eixo lo n g itu d in al do corpo. O p lan o fro n tal se estende de lado a lado e divide o corpo em partes anterior e posterior.

Figura 1.11

17

• Introdução à Anatomia

O plano sagital se estende de an terio r para p o sterio r e divide o corpo em partes direita e esquerda. A secção ao longo da linha m ediana que divide r corpo em m etades direita e esquerda é cham ada de secção sagital media­ na; secções paralelas à secção sagital m ed ian a são cham adas de secçõei paramedianas (ou parassagitais). Às vezes é im p o rta n te que você com pare a in fo rm ação visual ofe­ recida p o r secções ao longo de diferentes planos. C ada p lano de secçã: fornece u m a perspectiva d iferente sobre a e stru tu ra do corpo; q u a n d :

Planos de secção.

Os três planos de secção principais encontram-se indicados nesta figura. As imagens fotográficas foram obtidas da série de dados do Visible Human Project, descrito na pág. 18. A Tabela 1.3 define e descreve estes termos.

TABELA 1.3

Termos que indicam os planos de secção (ver Figura 1.11)

Orientação do plano Adjetivo Perpendicular ao eixo longitudinal Paralelo ao eixo longitudinal

Termo de direção

Descrição

T ran sversalm en te ou

Uma

h oriz o n ta lm e n te

secções g eralm en te pa ssam p elas reg iõ es d a cab eça e d o tro n co .

i T ran sversal o u h o riz o n ta l

Sa g ita l m ed ia n o

Sag italm en te

Uma

secção transversal o u horizontal sep ara p o rçõ e s s u p e rio r e in fe rio r n o secção sagital mediana passa

co rp o ; as

pela lin h a m ed ia n a e d iv id e o co rp o em m etad e-

direita e esqu erd a. Uma

P a ra m e d ia n o (p arassagital)

secção paramediana p assa p o r

lin h as p aralelas à lin h a m ed ia n a , dividind

_- .

estru tu ra em p o rçõ e s d ireita e esq u erd a d e ta m a n h o s diferen tes (a ssim e ;ric a — e - : f . Fro n tal (coro n al)

F ro n talm en te (co ro n alm en te)

Uma

secção frontal d iv id e

o c o rp o em p artes a n te rio r e p o sterio r; geralm en te, o

te rm o co ro n a l refere-se a secções q u e p a ssam p elo crân io .

FUNDAMENTOS

18

REVISÃO DOS CONCEITOS

Ct

1. Que tipo de secção você utilizaria para separar os dois olhos? 2. Você cai e quebra o m em bro superior entre o cotovelo e o punho. Que parte do corpo é afetada? 3. Qual é a term inologia anatôm ica utilizada para designar cada uma das se­ guintes áreas: virilha, nádega, mão? Veja a seção de Respostas na parte final do livro.

Cavidades do corpo [Figuras 1.13/1.14] V is u a liz a d o e m s e c ç õ e s , o c o r p o h u m a n o n ã o é u m o b je to s ó lid o , e m u i ­ to s ó r g ã o s v ita is e n c o n t r a m - s e s u s p e n s o s e m c â m a r a s in te r n a s c h a m a d a s de

cavidades.

E s s a s c a v id a d e s p r o t e g e m o s ó r g ã o s d e lic a d o s c o n t r a t r a u ­

m a tis m o s p o r c h o q u e s a c id e n t a is o u c o lis õ e s e a m o r t e c e m e sse s ó r g ã o s n a s b a t id a s e s o la v a n c o s q u e o c o r r e m q u a n d o se a n d a , s a lta o u c o r r e . A

cavidade anterior (ou ventral),

ou

celoma ( koila, c a v i d a d e ) ,

c o n té m ó r ­

g ã o s d o s s is te m a s r e s p ir a t ó r io , c ir c u la t ó r io , d ig e s t ó r io , u r in á r io e g e n it a l. U m a v e z q u e e sse s ó r g ã o s se p r o je t a m p a r c ia l o u to t a lm e n t e p a r a d e n tro

- ru ra 1 12

d a c a v id a d e a n t e r io r , p o d e h a v e r m o d ific a ç õ e s s ig n ific a t iv a s n o t a m a n h o

Planos d e s e c ç ã o e visu alização.

ET 2 ■g jra mostra cortes seriados realizados em um tubo curvo. Observe como . :S3S seccionais se modificam conform e se aproximam da curva; os efeisecções devem ser levados em consideração ao se observar lâminas r : ~ ro scó p io . Os cortes também interferem na aparência dos órgãos internos ::~ form e se observa à TC ou IRM (ver pág. 22). Por exemplo, apesar de ser um ? - : : s -^pies, o intestino delgado pode parecer um par de tubos, um haltere, uma õ — s oval ou um sólido, dependendo do corte observado.

e n o f o r m a t o d e le s , í e m q u e i s s o i n t e r f i r a n a c o n s t i t u i ç ã o d o s t e c i d o s c i r c u n v iz in h o s o u in t e r r o m p a a s a t iv id a d e s d o s ó r g ã o s a d ja c e n te s . A o lo n g o d o d e s e n v o lv im e n t o , o s ó r g ã o s in t e r n o s c r e s c e m e m o d i f i ­ c a m s u a s p o s iç õ e s r e la tiv a s . E s s a s m o d ific a ç õ e s a c a r r e t a m a s u b d iv is ã o d a c a v id a d e a n t e r io r d o c o r p o . A s r e la ç õ e s e n tre a s d iv e rs a s s u b d iv is õ e s d a c a v id a d e a n t e r io r e n c o n t r a m -s e d ia g r a m a d a s n a s

Figuras 1.13a

e

1.14.

O d ia f r a g m a , u m a lâ m in a m u s c u la r e m fo r m a t o d e a b ó b a d a , s e p a r a a c a v id a d e a n t e r io r e m u m a c a v id a d e s u p e r io r , a p e la p a r e d e t o r á c ic a , e u m a c a v id a d e in fe r io r , a

: : — r m a d a s c o m o b s e r v a ç õ e s d a a n a t o m ia e x t e r n a , e la s p o d e m a ju d a r * ’

m u

e n v o lt a p e la p a r e d e a b d o m in a l e p e la p e lv e .

\ i m q u a d r o t a x o a v d m e n t e c o m p V e t o ( v e t “N o t a d m i c a a b a i x o ') .

M u it o s d o s ó r g ã o s d e ssa s c a v id a d e s m o d ific a m s e u t a m a n h o e s u a fo r m a

E r : > í ’. v e l t a m b é m c o n s t r u i r u m q u a d r o m a i s a c u r a d o e c o m p l e t o p o r

à m e d i d a q u e r e a l i z a m s u a s f u n ç õ e s . P o r e x e m p lo , o e s t ô m a g o a u m e n t a d c

m e io d a a n á lis e d e v á r ia s s e c ç õ e s r e a liz a d a s e m p e q u e n o s in te r v a lo s , e m —

reconstrução seriada c o m p l e x a s . A Figura 1 . 1 2

e ? m o p la n o . E ste p r o c e s s o é c h a m a d o d e

r -e r m ite a a n á lis e d e e s t r u t u r a s r e la t iv a m e n t e

— : s tr a a r e c o n s t r u ç ã o s e r ia d a d e u m s im p le s t u b o e m a r c o . O p r o c e d i­ m e n t o p o d e s e r u t iliz a d o p a r a v is u a liz a r o p e r c u r s o d e u m p e q u e n o v a s o ■ ~ r - :n e o , o u s e g u ir u m a a lç a d o in t e s t in o . A r e c o n s t r u ç ã o s e r ia d a é u m m é t o d o im p o r ta n te p a r a o e s tu d o d e e s tr u tu r a s h is to ló g ic a s e p a r a a n a d s a r a i im a g e n s p r o d u z id a s p o r p r o c e d im e n t o s c lín ic o s s o f is t ic a d o s (v e r N ;

ti

c lin ic a n a p á g . 2 1 ) .

cavidade torácica, e n v o l t a cavidade abdominopélvica.

v o l u m e a c a d a r e f e iç ã o , e o c o r a ç ã o c o n t r a i e e x p a n d e a c a d a b a t i m e n t o . T a ii e ó r g ã o s p r o je t a m - s e e m c â m a r a s in te r n a s ú m id a s q u e p e r m ite m a s u a e x p a n ­ s ã o e lim ita m s e u m o v im e n t o , d im in u in d o o a tr ito . E x is te m tr ê s d e sta s c â ­ m a r a s n a c a v id a d e to r á c ic a e u m a n a c a v id a d e a b d o m in o p é lv ic a . O s ó rg ã o ? in te r n o s q u e se p r o je t a m n e s sa s c a v id a d e s s ã o c h a m a d o s d e

A cavidade torácica

vísceras.

O s p u lm õ e s e o c o r a ç ã o , ó r g ã o s a s s o c ia d o s a o s s is ­

t e m a s r e s p ir a t ó r io , c ir c u la t ó r io e lin fá t ic o , a s s im c o m o o t im o e a p o r ç ã o in fe r io r d o e s ô fa g o , e s tã o c o n tid o s n a

cavidade torácica. O s

lim ite s d a c a ­

v id a d e t o r á c ic a s ã o e s ta b e le c id o s p o r m ú s c u lo s e o s s o s d a p a r e d e to r á c ic a

epelo diafragma, uma lâmina m u s c u l a r

Nota clínica Visible Human Project

O objetivo do Visible Human Project, funr a c c oela B iblio teca N acional de M e d icin a dos Estados Unidos, é o de

com precisão um corpo humano computadorizado que possa ser e -irjd a d o e m an ip u lad o de m an e ira s que se riam im p o ssív e ise m um 'e a l. A sé rie de dado s co n siste em im agens d ig itais de se c çõ e s r s '5 - e r s a is , m e tic u lo sa m e n te p re p arad as (pelo Dr. V ic to r S p itze r e >r-5 cotegas da U niversidade do C entro de C iê n cia s da Saúde do Colo• ; : : e r intervalos de 1 m m para o hom em visível e de 0,33 m m para a 'e r visível. A p e sar da reso lução relativam ente "baixa" das im agens, ; í r ' 5 de dados é e n orm e - as s e cçõ e s do hom em totalizam 14 GB e as n zções da m u lh e r , 40 GB. Estas im agens podem ser v ista s na internet, h ttp ://w w w .nlm .nih .g ov/resea rch/visible/visible _h um a n.h tm l.

E:i:e ; :a d o s têm sid o utilizado s para gerar um a v aried ad e de im agens adas, com o as m ostradas na F ig u ra 1.11, além de serem e m p re ­ gados em projetos educativos, c o m o o C adáver Digital.

a b d o m in o p é lv ic a (v e r em

Figura 1.13a,c).

cavidades pleurais d i r e i t a

Figura 1.13a,c,d). C a d a cavidade pleural* re v e s tid a p o r u m a

que

separa a cavidade t o r á c i c a

da

A c a v id a d e to r á c ic a é s u b d iv id id a

e e s q u e r d a , s e p a r a d a s p e lo

mediastino

(v e r

c o n té m u m p u lm ã o . A c a v id a d e to r á c ic a é

túnica serosa l i s a

e v is c o s a q u e r e d u z o a tr ito c o n fo r m e

o p u lm ã o a u m e n t a o u d im in u i d e v o lu m e d u r a n te a re s p ira ç ã o . E s s a t ú n i­ ca sero sa é ch a m a d a d e

pleura. A pleura visceral r e c o b r e pleura parietal r e v e s t e a

n a d e u m p u lm ã o , e n q u a n to a

a s u p e r fíc ie e x te r­ s u p e r fíc ie in te rn a

d a p a r e d e d o t ó r a x e, m e d ia lm e n t e , lim it a o m e d ia s t in o . O

m e d ia s t in o c o n té m u m a m á s s a d e te c id o c o n e c tiv o q u e e n v o l

e s ta b iliz a e s u s te n ta o e s ô fa g o , a t r a q u é ia , o t im o e a m a io r p a r t e d o s v a s o s s a n g ü ín e o s q u e se o r ig in a m o u d e s e m b o c a m n o c o r a ç ã o . O m e d ia s t in o ta m b é m c o n té m a e n v o lv e o c o r a ç ã o

cavidade do pericárdio, u m a p e q u e n a (Figura 1.13d). A r e l a ç ã o e n t r e o c o r a ç ã o

câm ara que e a c a v id a d e

d o p e r ic á r d io p o d e s e r c o m p a r a d a à a ç ã o e x e r c id a p e la m ã o fe c h a d a a o

* N. de R.T. A cavidade pleural é o espaço lim itado entre as pleuras parietal e visceral, que contém líquido pleural. Os pulm ões estão contidos na cavidade torácica.

C a p it u lo

1 • Introdução à Anatomia

ANTERIOR

=OSTERIOR

Lâmina visceral do pericárdio seroso (epicárdio) Cavidade do pericárdio

Cavidade pleural

Lâmina parietal do pericárdio seroso e pericárdio fibroso

Cavidade toracica Cavidade do pericárdio _

Cavidade pleural Cavidade oc pericárdio

Diafragma

Espaço com ar ■Diafragma

Balão

■Cavidade peritoneal - Cavidade abdominal

- Cavidade abdominopélvica Cavidade pélvica

- Cavidade pélvica

(a) Esterno Coração-----e a cavidade do pericárdio Cavidade pleural Pleura Mediastino Medula espinal

: gura 1.13

Cavidades do corpo.

a) /ista lateral das su bdivisõ es das cavida de s an teriores do corpo. O diafragm a divide a cavidade an terior do corpo em um a cavidade superior, torácica, e um a " V : ' ; cavidade ab dom inopélvica. (b) O co ra çã o se projeta em d ire çã o à cavidade d o pericárdio co m o um a m ão fechada que pression a um balão de ar. (c) V ista a~= r : ; a cavidade an terio r e su as subdivisões, (d) C orte transversal da cavidade torácica. A m enos que se e sp ecifiq u e de outra form a, os co rte s são ap re se n ta do s e~ . -ie rio r. (Ver Nota clín ica nas págs. 21-23 para m ais detalhes.)

r r e s s io n a r u m

b a lã o d e a r

(Figura 1.13b).

A m ã o fe c h a d a c o r r e s p o n d e

s e u ta m a n h o e s u a fo r m a . A c a v id a d e d o p e r ic á r d io p e r m ite e s ta i ~ ; c -

à h a s e (p o r ç ã o fix a ) d o c o r a ç ã o , e n q u a n t o o b a lã o c o r r e s p o n d e à tú n ic a

fic a ç õ e s , e o s e u r e v e s t im e n t o v is c o s o r e d u z o a tr ito e n t r e o c o r a ç ã : e -

í- e r o s a q u e d e l i m i t a a c a v i d a d e d o p e r i c á r d i o . A t ú n i c a s e r o s a q u e r e c o b r e

e s t r u t u r a s a d ja c e n te s n o m e d ia s t in o .

o co ração é ch am ad a de

pericárdio ( peri,

fíc ie o p o s t a é o

pericárdioparietal*. A

kardia, c o r a ç ã o ) . A pericárdio visceral, e a s u p e r ­

ao red o r +

cam ad a q u e reco b re o co ra çã o é ch a m a d a de

c a d a b a tim e n to , o c o r a ç ã o m o d ific a

A cavidade abdominopélvica A s Figuras 1 . 1 3a e 1 cavidade abdominopélvica p o d e s e r s u b d i v i d i d a e n : p e r io r ,

'

N . d e R .T . N a rea lid ad e, a ca m a d a ex tern a d e reve stim en to é o p e ric á rd io fib ro so ; a ca-

m id a in tern a é o p e ric á rd io sero so , co n stitu íd o p elas lâm in a s p a rie ta l e visceral.

cavidade abdominal, e

a b d o m in o p é lv ic a c o n té m

a

u m a in fe r io r ,

14 —

cavidade pe

.

cavidade peritoneal .

lim ita d a p o r u m a tú n ic a s e r o s a , c o n h e c id a c o m o

-- - : — : _

.

-

p eritôn io

..

:

.

:

FU N D A M E N TO S

20

CAVIDADE ANTERIOR DO CO RPO (CELOMA) Oferece proteção; permite a movimentação dc3S órgãos; revestimento que reduz o trito separado pelo diafragma em ■

CAVIDADE TORACICA

CAVIDADE ABDOMINOPÉLVICA

Limitada pela parede torácica e pelo diafragma

Contém a cavidade peritoneal

subdividida em

inclui as





í CAVIDADE PLEURAL DIREITA Envolve o pulmão direito

MEDIASTINO Contém a tra­ quéia, o esôfago e grandes vasos

CAVIDADE PLEURAL ESQUERDA Envolve o pulmão esquerdo

CAVIDADE ABDOMINAL

CAVIDADE PÉLVICA

Contém várias glândulas e órgãos digestórios

Contém a bexiga urinária, órgãos genitais, última porção do intestino grosso

,

**P também contém

t CAVIDADE DO PERICÁRDIO Envolve o coração

Figura 1.14

A cavidade anterior (ventral) do corpo.

Relações, conteúdo e algum as funções selecionadas das subdivisões da cavidade anterior do corpo.

reveste a p are d e do corp o . U m espaço d elgado e p re e n c h id o p o r liq u id o sep ara o p e ritô n io p a rie ta l d o p e r itô n io visceral, q u e reveste os : r g l .?>. Ó rg ão s com o o estôm ag o , o in te stin o d elgado e p arte s d o in testin : g ro sso e n c o n tra m -se su spen sas em d ireção à cavidade p e rito n e a l p o r _ d u p las de p e ritô n io , d e n o m in a d a s m esentérios'. O m e se n tério rerece su sten tação e estab ilid ad e, p e rm itin d o m o v im e n to lim itad o . ■

A

cavidade abdominal esten d e-se da superfície in ferio r do dia-

irag m a a u m p lan o im ag in ário , desde a superfície in fe rio r da ú l­ tim a v é rteb ra lo m b a r às m arg en s su p e rio r e a n te rio r do cíngulo d o m e m b ro in fe rio r (pélvico). A cavidade a b d o m in a l c o n té m o •_ado, o estôm ago, o baço, os rin s, o pâncreas, o in testin o delgado e a m a io r p a rte do in testin o grosso. (As posições de m u ito s destes : r;2 o s p o d e m ser vistas n a Figura 1.9c, pág. 15.) Esses órgãos p ro :e:am -se parcial o u to ta lm e n te em direção à cavidade p erito n eal, ■issim com o o coração e o p u lm ã o p ro je tam -se , resp ectivam en te, em direção à cavidade d o p ericárd io e à cavidade pleural. ■ - r :>rcão da cavidade a n te rio r que se e n c o n tra in fe rio rm e n te à ca­ vidade ab d o m in al é a cavidade pélvica. A cavidade pélvica, lim itaca r^ io s ossos d o q u ad ril, c o n tém os ú ltim o s segm entos do intestir grosso, a bexiga u rin á ria e vários órgãos genitais. P or exem plo, : cavidade pélvica em m u lh eres c o n té m os ovários, as tu b a s u ter r ^ e o útero; em h o m e n s, a cavidade pélvica c o n tém a p ró sta ta e as glândulas sem inais. A p o rç ã o in fe rio r d a cavidade p erito n e al e-:ende-se até a cavidade pélvica. A p o rção su p e rio r d a bexiga u ri­ naria, em am b o s os sexos, e as tu b as u terin as, os ovários e a p o rção --rverior do ú tero em m u lh eres são revestidos pelo p eritô n io . *

N de R.T. A pós o nascim ento, o te rm o m esen tério refere-se especificam ente à dupla lâ:>er::onio que fixa o jeju n o e o íleo à p arede ab d o m in al posterior. As dem ais lâm inas ic r e m : n io q u e fixam vísceras são d e n o m in ad as m esos, o m en to s e ligam entos.

Ct

REVISÃO DOS C ONCEITOS

1. Qual é a função geral dos m esentérios? 2. Q uando um cirurgião faz uma incisão im ediatam ente inferior ao diafragma que cavidade do corpo ele está abrindo? 3. Use um term o de direção e com plete as de scriçõ e s abaixo: (a) O s d e d o s s ã o _______________________ em re la çã o ao tarso. (b) 0 q u a d ril lo c a liz a - s e ________________________e m re la çã o à c ab e ça. Veja a seção de Respostas na parte final do livro.

Este c a p ítu lo o fe re ce u u m a v isão g eral d as lo calizaçõ es e funções d o s p rin c ip a is c o m p o n e n te s d e ca d a siste m a d e ó rg ão s, e in tro d u z iu o v o c a b u lá rio a n a tô m ic o n ece ssá rio p a ra q u e você a c o m p a n h e as d es c riç õ e s a n a tô m ic a s m a is d e ta lh a d a s d o s c a p ítu lo s p o ste rio re s. M é to ­ d o s m o d e r n o s d e v isu a liz aç ã o a n a tô m ic a d e e s tru tu ra s em seres vivos e n c o n tra m -s e re s u m id o s n a seção d e N o ta s clín icas e n a Figura 1.17. U m a c o m p re e n sã o c o m p le ta d a a n a to m ia envolve a in te g ra ç ã o de in ­ fo rm a ç õ e s, fo rn e c id a s p ela s im ag e n s seccio n ais, re p re se n ta ç õ e s g rá fi­ cas in te rp re ta tiv a s b ase ad as e m secções e dissecações, além d a p ró p ria

o b se rv a ç ã o d ire ta . E ste te x to o ferece a v o cê as in fo rm a ç õ e s básicas e tra z ta m b é m ilu stra ç õ e s in te rp re ta tiv a s, v istas d e secções e fo to g rafias “reais”. E n tre ta n to , c a b erá a você in te g ra r estas im ag en s e in fo rm a ç õ e s p a ra d esen v o lv er su a ca p a c id a d e de o b se rv a r e v isu a liz a r as e s tru tu ra s a n a tô m ic a s. C o n fo rm e v o cê fo r a v an ç a n d o , n ã o se esq u eça de q u e cada e s tru tu r a e stu d a d a te m u m a fu n ç ã o específica. O o b jetiv o d a a n a to m ia n ã o se re s u m e sim p le sm e n te em id e n tific a r e c a ta lo g ar d etalh es e s tru ­ tu ra is, m as envolve ta m b é m a c o m p re e n sã o d o m o d o c o m o estas e s tru ­ tu ra s in te ra g e m p a ra d e s e m p e n h a r as m ú ltip la s e v aria d a s fu n çõ es do c o rp o h u m a n o .

C a p ítu lo

Nota clínica

1 • introdução à Anatomia

[Figuras 1.15/1.16/1.17] Procedimentos radio-

a lg u m a s d e s ta s d iv e rs a s té c n ic a s . A m a io ria d e s s e s p r o c e d im e n to s r e s t -

lo g ic o s in c lu e m v á ria s t é c n ic a s n ã o -in v a s iv a s q u e u tiliza m ra d io is ó to p o s , 's c ia ç ã o e c a m p o s m a g n é tic o s p a ra p ro d u z ir im a g e n s d e e s tru tu ra s in te r­

ta e m im a g e n s e m b ra n c o e p re to e m lâ m in a s d e film e . C o re s p o d e m s e -

nas. M é d ic o s e s p e c ia lis ta s na re a liz a ç ã o e a n á lis e d e s s a s im a g e n s d ia g ­

tra s te e brilh o. N o te q u e q u a n d o d ia g ra m a s ou v a rre d u ra s ( e s c a n e a m e r -

n o s tic a s sã o d e n o m in a d o s radiologistas. P r o c e d im e n to s ra d io ló g ic o s p o ­ r e m o fe r e c e r in fo rm a ç õ e s d e ta lh a d a s s o b re o s s is te m a s e a s e s tru tu ra s

tos) a n a tô m ic a s a p re s e n ta m v is ta s d e c o rte s tra n sv e rs a is , a s s e c ç õ e s sã o m o s tra d a s c o m o s e o o b s e rv a d o r e s tiv e s s e a o s p é s d o p a c ie n te e o lh a n d c

Anatomia seccional e tecnologia clínica

a c r e s c e n t a d a s p o r c o m p u ta d o r p a ra ilu s tr a r a s v a r ia ç õ e s s u tis d e c o r -

e m d ire ç ã o à su a c a b e ça .

■'ternas. A s F ig u ra s 1 .1 5 ,1 .1 6 e 1.17 c o m p a ra m a s v is ta s o fe r e c id a s p o r

(b) R g tra l.1 5 ■a

Raios x.

raio X co m u m e um raio X colorido, to m a d o s do lado e sq u e rd o do z rtr a P i o s X são um a form a de radiação de alta energia capa z de penetrar 3 : o 3 .iy o s- No pro ce d im e n to m ais corriqueiro, um feixe de raios X atravessa : zzrzc e atinge um film e fotográfico; nem to d o s os raios projetados atingem : * - e aiguns são ab so rvid o s e o utros são d e svia d o s co n fo rm e atravessam : iDrpo. A re sistê ncia à p enetração dos raios X é cham ada de radiodensidade N o c o rp o hum ano, a ordem c re sce n te de ra diod ensida de é a seguinte: ar, zz-zjra, fígado, sangue, m úsculo, osso. O resultado é um a im agem na qual os

te cid o s radiodensos, co m o o osso, ap arecem em branco, enquanto o s t e : : : ; m en os ra diod en sos são v isto s em so m b ras que variam do c in za ac zsm ose Plasm alem as são bastante perm eáveis a m oléculas :e a ju a . A difusão de água através da m em b ran a de u m a re­

Pequenos íons e m oléculas solúveis em água difundem-se através dos canais do plasmalema. Moléculas lipossolúveis podem atravessar o plasmalema por difusão através da dupla camada de fosfolipídeos. Moléculas grandes que não são lipossolúveis não podem difundir-se através do plasmalema.

I C a p It u l o

T o d a s a s c é l u l a s v i v a s a p r e s e n t a m t r a n s p o r t e a t i v o d e s ó d i o ( N a +),

2 • A Célula

u

" 1

33

N u t r ie n te s , c o m o lip íd e o s , a ç ú c a r e s e a m in o á c id o s , e n tã o e n t r a m n o c it o ­

p o t á s s i o ( K +) , c á l c i o ( C a 2+) e m a g n é s i o ( M g “ + ). C é l u l a s e s p e c i a l i z a d a s

p la s m a p o r d ifu s ã o o u t r a n s p o r t e a tiv o a p a r t ir d o líq u id o e n c a p s u la d o . -

p o d e m t r a n s p o r t a r í o n s a d i c i o n a i s , c o m o i o d o ( I~ ) o u f e r r o ( F e 2+).

m e m b r a n a d o p i n o s s o m o r e t o r n a e n t ã o à s u p e r f í c i e d a c é lu la .

bom bas

V ir t u a lm e n t e to d a s a s c é lu la s fa z e m p in o c it o s e d e sta fo r m a . E m a lg u ­

m o v im e n t a m c á tio n s o u â n io n s e s p e c ífic o s e m u m a d ir e ç ã o ,

m a s c é l u l a s e s p e c i a li z a d a s , o p i n o s s o m o f o r m a - s e e m u m la d o d a c é l u l j

ta n to p a r a o in t e r io r q u a n t o p a r a o e x t e r io r d a c é lu la . S e u m ío n m o ­

e p e r c o r r e o c i t o p l a m a a t é o l a d o o p o s t o . A l i e le f u n d e - s e a o p l a s m a l e m í

v e -se e m u m a d ir e ç ã o e n q u a n t o o u t r o m o v e -s e n a d ir e ç ã o o p o s t a , o

e e lim in a s e u c o n te ú d o p o r m e io d o p r o c e s s o d e

M u ito s d e ste s m e c a n is m o s d e t r a n s p o r t e , c o n h e c id o s c o m o

de ío n s,

t r a n s p o r t a d o r é d e n o m in a d o

b o m b a de tro c a .

A s d e m a n d a s d e e n e rg ia

exocitose ,

d e s c r it o n í

p á g in a 4 2 . E ste m é t o d o d e t r a n s p o r t e p e s a d o é o b s e r v a d o n a s c é lu la s dt

d e s s a s b o m b a s s ã o im p r e s s io n a n t e s ; u m a c é lu la e m r e p o u s o p o d e u s a r

r e v e s t i m e n t o d o s c a p i l a r e s , o s v a s o s s a n g ü í n e o s m a i s d e l i c a d o s . T a is c é ­

a té 4 0 % d o A T P q u e p r o d u z p a r a m a n te r fu n c io n a n d o su a s b o m b a s d e

lu l a s u t i l i z a m a p i n o c i t o s e p a r a t r a n s f e r i r l í q u i d o s e s o l u t o s d a c o r r e r : ,

tro c a.

s a n g ü ín e a p a r a o s t e c id o s c ir c u n v iz in h o s .

E ndocitose

O p r o c e s s o d e e n g lo b a m e n to d e m a te r ia is e x t ra c e lu la r e s

Fagocitose [F igura 2.7b]

O b je to s s ó lid o s s ã o c a p ta d o s p a r a o i n t e r i ::

e m v e s í c u la s n a s u p e r f í c i e d a c é l u l a p a r a d e n t r o d a c é l u l a é d e n o m i n a d o

d a s c é l u l a s e e n c a p s u l a d o s e m v e s í c u la s p o r m e i o d a

endocitose.

ção de sólidos”. E s t e

E ss e p r o c e s s o , q u e e n v o lv e v o lu m e s r e la tiv a m e n te g r a n d e s

fagocitose

ou

“capr.i

p r o c e s s o p r o d u z v e s í c u la s q u e p o d e m s e r d o t a m a n f c :

Figura 2.7b. E x t e n s õ e s c it o p la s p se u d ó p o d o s ( pseudo , f a ls o + podon, p é ) e n v o lv e ir

transporte de volu­ me. H á t r ê s t i p o s p r i n c i p a i s d e e n d o c i t o s e : pinocitose, fagocitose e endoci­ tose m ediada por receptor. T o d o s o s t r ê s p r e c i s a m d e e n e r g i a e m f o r m a d e

d a p r ó p r i a c é l u l a , e e s tá r e p r e s e n t a d o n a

A T P e s ã o p o r t a n t o c l a s s i f i c a d o s c o m o p r o c e s s o s a t iv o s . O m e c a n i s m o é

c id a c o m o

s u p o s t a m e n te o m e s m o e m t o d o s o s c a s o s , m a s o m e c a n is m o e m si p e r ­

m o , e o c o n te ú d o d o fa g o s s o m o é d ig e r id o p o r e n z im a s lis o s s ô m ic a s .

d e m a te r ia l e x t r a c e lu la r , é a lg u m a s v e z e s c h a m a d o d e

m á tic a s c h a m a d a s d e

o o b j e t o e f u n d e m a s s u a s e x t r e m i d a d e s p a r a f o r m a r u m a v e s í c u la c o n h e

fagossomo.

O f a g o s s o m o p o d e e n t ã o f u n d i r - s e c o m u m lis o s s o -

A m a i o r p a r t e d a s c é l u l a s fa z p i n o c i t o s e , p o r é m a f a g o c i t o s e , e s p e c ia l

m a n e c e d e s c o n h e c id o . T o d a s as fo r m a s d e e n d o c ito s e p r o d u z e m p e q u e n o s c o m p a r tim e n to s

endossomos.

m e n t e a c a p t a ç ã o d e c é l u l a s v i v a s o u m o r t a s , é r e a l i z a d a a p e n a s p o r c é lu

U m a v e z q u e u m a v e s í c u la

l a s e s p e c i a li z a d a s d o s i s t e m a i m u n o l ó g i c o . A a t i v i d a d e f a g o c i t á r i a d e í í i

te n h a s e fo r m a d o p o r e n d o c ito s e , s e u c o n te ú d o s ó e n t r a r á n o c it o s o l se

c é lu la s ' s e r á c o n s i d e r a d a n o s c a p í t u l o s q u e t r a t a m d e c é l u l a s s a n g ü í n e a

p u d e r p a s s a r a t r a v é s d a p a r e d e d a v e s í c u la . E s t a p a s s a g e m p o d e e n v o l v e r

( C a p ít u lo 2 0 ) e d o s is te m a lin fá t ic o ( C a p ít u lo 2 3 ) .

lig a d o s à m e m b r a n a , c h a m a d o s d e

t r a n s p o r t e a t i v o , d i f u s ã o s i m p le s o u f a c i l i t a d a , o u a d e s t r u i ç ã o d a m e m ­

E ndocitose m e d ia d a p o r re c e p to r [F igura 2.8 e Tabela 2.2]

b r a n a d a v e s í c u la .

U m pr

c e s s o s e m e lh a n t e à p in o c it o s e , p o r é m m u it o m a is s e le t iv o , é d e n o m in .

P in o citose [Figura 2.7a]

A fo rm a ç ã o d e

pinossom os,

o u v e s íc u la s r e ­

p le t a s d e l í q u i d o e x t r a c e l u l a r , é o r e s u l t a d o d o p r o c e s s o c h a m a d o d e

nocitose,

ou

captação de líquidos.

p i­

N e s s e p r o c e s s o , u m s u lc o p r o fu n d o o u

b o ls a f o r m a - s e n o p l a s m a l e m a e f e c h a - s e n a e x t r e m i d a d e

(Figura 2.7a).

Figura 2.7 Pinocitose e fagocitose. (a) Micrografia eletrônica mostrando a pinocitose. (b) Material trazido para o interior da célula por meio da fagocitose é encapsulado em um pinossomo e subseqüentemente exposto a enzimas lisossômicas. Após a absorção de nutrientes advindos da vesicula, os resíduos são liberados por exocitose.

do

e n d o cito se m e d ia d a p o r re c e p to r (Figura 2.8).

recep to r p ro d u z

vesículas revestidas

q u e c o n tê m u m tip o d e m o lé c u li

a lv o e s p e c ífic o , e m a lt a c o n c e n t r a ç ã o . A s s u b s t â n c ia s - a lv o , c h a m a d a

Bactéria Pseudópodo

* • *

(b)

(a)

A p in o c it o s e p ro d u :

p i n o s s o m o s r e p le t o s d e l í q u i d o e x t r a c e l u l a r ; a e n d o c i t o s e m e d i a d a p :

FUNDAMENTOS

i r % d rifes, s ã o l i g a d a s a r e c e p t o r e s na s u p e r f í c i e d a m e m b r a n a . M u i t a s substâncias i m p o r t a n t e s , i n c l u i n d o o c o l e s t e r o l e í o n s f e r r o ( F e 2 + ) , s ã o distribuídas p e l o c o r p o l i g a d a s a p r o t e í n a s e s p e c i a i s d e t r a n s p o r t e . A s r r :e:nas s ã o m u i t o g r a n d e s p a r a p a s s a r a t r a v é s d o s p o r o s d a m e m b r a n a , mas elas p o d e m e n t r a r n a c é l u l a p o r m e i o d a e n d o c i t o s e m e d i a d a p o r :e:eptor. A v e s í c u l a a c a b a r e t o r n a n d o à s u p e r f í c i e d a c é l u l a e f u n d e - s e i r.ismalema. C o m a f u s ã o d a v e s í c u l a r e v e s t i d a a o p l a s m a l e m a , s e u conteúdo é l i b e r a d o n o l í q u i d o e x t r a c e l u l a r . E s t a l i b e r a ç ã o é o u t r o e x e m ­

p lo d o p r o c e s s o d e e x o c ito s e . U m

resu m o e u m a co m p a ra çã o d o s m eca

n is m o s e n v o lv id o s n o m o v im e n t o a tr a v é s d o p la s m a le m a e n c o n tra m -s < a p r e s e n t a d o s n a T a b e la 2 .2 .

E xten sões d o p la sm a le m a : m ic ro v ilo sid a d e s Microvilosidades [Figura 2.9a,b] P e q u e n a s p r o j e ç õ e s d i g i t i f o r m e s d ( microvilosidades. S ã o e n c o n t r a d a s e n

p la s m a le m a s ã o d e n o m in a d a s

Endocitose mediada por receptor

As m oléculas-alvo (ligantes) ligam -se a receptores no plasmalema

Áreas cobertas com ligantes formam “bolsas" profundas na superfície do plasmalema

O As “ bolsas” desprendem-se, form ando endossom os denom inados vesículas revestidas

As vesículas revestidas fundem-se com os lisossomos primários para formar lisossomos secundários

Ligantes são rem ovidos e absorvidos no citoplasm a

As m embranas do lisossom o e do endossom o separam -se

Figura 2.8

1 TABELA 2.2

O endossom o funde-se com o plasma­ lema e os receptores ficam novamente disponíveis para outros ligantes

Endocitose mediada por receptor.

Resumo dos mecanismos envolvidos na movimentação através do plasmalema

Mecanismo

Processo

Fatores que interferem na velocidade

M o v im e n t a ç ã o m o l e c u la r d e s o lu t o s ; d ir e ç ã o

N í v e l d o g r a d ie n t e , t a m a n h o m o le c u la r , c a r g a ,

d e t e r m in a d a p e la s c o n c e n t r a ç õ e s re la tiv a s

s o lu b ilid a d e d a p r o t e ín a l ip íd ic a , t e m p e r a t u r a

M o v im e n t a ç ã o d a s m o lé c u la s d e á g u a

G r a d ie n te d e c o n c e n tra ç ã o , p re ss ã o o p o sta



PASSIVO Difusão Osmose

Substâncias envolvidas

P e q u e n o s ío n s , m a t e r ia is li p o s s o lú v e i s ( t o d ã ' a s c é lu la s ) j A p e n a s á g u a ( t o d a s a s c é lu la s )

( s o lv e n t e ) e m d i r e ç ã o a c o n c e n t r a ç õ e s ; e le v a d a s d e s o lu t o ; p r e c is a d a m e m b r a n a

Difusão facilitada

M o lé c u la s tr a n s p o r ta d o r a s c a rre g a m

I d e m a o a n t e r io r , a lé m d a d i s p o n ib i l i d a d e d e

m a t e r ia is e r e d u z e m u m g r a d ie n t e d e

p r o t e ín a t r a n s p o r t a d o r a

G l i c o s e e a m i n o á c i d o s ( t o d a s a s c é lu la s )

c o n c e n t r a ç ã o ; p r e c is a d a m e m b r a n a

ATIVO I ransporte ativo

M o l é c u la s t r a n s p o r t a d o r a s t r a b a lh a m ,

D is p o n ib ilid a d e d e tra n s p o r ta d o r , su b stra to

N a +, K +, C a 2+, M g 2+ ( t o d a s a s c é lu la s ) ;

m e s m o c o n t r a g r a d ie n t e s d e c o n c e n t r a ç ã o

e ATP

p r o v a v e lm e n t e o u t r o s s o lu t o s e m c a s o s

F o r m a ç ã o d e v e s íc u la s m e m b r a n o s a s

E s t í m u l o e m e c a n i s m o n ã o c o m p r e e n d id o s ;

L í q u i d o s , n u t r ie n t e s ( t o d a s a s c é lu la s ) ;

( e n d o s s o m o s ) c o n t e n d o m a t e r ia l líq u i d o o u

p r e c is a d e A T P

f r a g m e n t o s , p a t ó g e n o s ( c é lu la s e s p e c ia is )

F u s ã o a o p la s m a le m a d e v e s íc u la s c o n t e n d o

E s t ím u lo e m e c a n is m o n ã o c o m p le t a m e n t e

L í q u i d o s e r e s íd u o s ( t o d a s a s c é lu la s )

líq u i d o s e / o u s ó lid o s

c o m p r e e n d id o s ; p r e c is a d e A T P e ío n s c á lc io

e s p e c ia is

Endocitose

s ó l i d o n o p la s m a le m a

Exocitose

C a p it u lo

células ativam ente envolvidas na absorção de m ateriais do líquido ex tra­ celular, com o as células do intestino delgado e dos rin s (Figura 2.9a,b). '•'icrovilosidades são im portantes pois au m en tam a área exposta ao am rien te extracelular para a u m en ta r a absorção. U m a rede de filam entos enriiece cada m icrovilosidade e a ancora à rede term inal, u m a densa rede de sustentação dentro do citoesqueleto subjacente. Interações entre estes m ícrofilam entos e o citoesqueleto p o d em p ro d u zir um a ação on d u lató ria : u de curvam ento. Seus m ovim entos auxiliam a circulação do líquido em : :'rao das m icrovilosidades, facilitando o con tato de n u trien tes dissolvi dos com os receptores na superfície da m em brana.

x______________________ Cl REVISÃO DOS CON CEITO S 1. Que term o é utilizado para descrever a perm eabilidade dos plasm alem as? 2. Descreva os processos de osm ose e difusão. De que form a eles diferem entre si? 3. Quais são os três prin cip ais tipos de e n d ocitose ? C o m o eles diferem e n­ tre si?

2 • A C e lu la

35

4. Células que revestem o intestino delgado apresentam num erosas pro eções digitiformes na sua superfície livre. 0 que são estas estruturas e q ua é a sua função? Veja a seção de Respostas na parte final do livro.

O citoplasma O term o geral p a ra to d o o m aterial no in terio r da célula é citoplasma O citoplasm a co n tém m u ito m ais p roteínas do que o m eio extracelular: p ro teín as são responsáveis p o r cerca de 15 a 30% do peso da célula. O citoplasm a inclui duas principais subdivisões: 1. Citosol, o u líquido intracelular. O citosol contém n u trientes dissolvi­ dos, íons, proteínas solúveis e insolúveis e p ro d u to s residuais. O plasm alem a separa o citosol do líquido extracelular circundante. 2. O rganelas são estru tu ras intracelulares que executam funções espe­ cíficas.

Microvilosidades

Microfilamentos

Plasmalema

Rede terminal

Mitocôndrias Filamentos intermediários Retículo endoplasmático Microtúbulo

Vesícula secretora

O citoesqueleto. a) 3 citoequeleto fornece força e sustentação necessários para a célula e suas organelas. Interações entre os elem entos do citoesqueleto são importantes para mo. -^entar organelas e m odificar o formato da célula, (b) Uma imagem de MEV dos m icrofilamentos e das microvilosidades de uma célula intestinal, (c) Microtúbulos

= gura 2.9

em uma célula viva, vistos após m arcação fluorescente especial. (ML x 3.200)

FU N D A M EN TO S

2.

O citosol

O s m ic r o fila m e n t o s d e a c tin a p o d e m in te r a g ir c o m m ic r o fila m e n t o s

m iosina.

0 c ito s o l é s ig n ific a t iv a m e n te d ife r e n te d o líq u id o e x tra c e lu la r . T rê s d ife ­

o u e s tr u tu r a s m a io r e s c o m p o s ta s d a p r o te ín a

re n ç a s im p o rta n te s são :

p o d e p r o d u z ir m o v im e n t a ç ã o a tiv a d e u m a p o r ç ã o d a c é lu la , o u u m a

E sta in te r a ç ã o

m o d i f i c a ç ã o n a f o r m a d e t o d a a c é lu la . 1 . O c it o s o l c o n té m u m a e le v a d a c o n c e n t r a ç ã o d e ío n s p o t á s s io , e n ­ q u a n t o o l í q u i d o e x t r a c e l u l a r c o n t é m e l e v a d a s c o n c e n t r a ç õ e s d e ío n s s ó d i o . A q u a n t id a d e d e ío n s p o s i t i v o s e n e g a t i v o s n ã o e s tá e m e q u i l í ­ b r io a tr a v é s d a m e m b r a n a ; o m e io e x te r n o a p r e s e n ta u m e x c e s so d e c a r g a s p o s i t i v a s , e n q u a n t o o m e i o in t e r n o a p r e s e n t a u m e x c e s s o d e c a r g a s n e g a tiv a s . A s e p a r a ç ã o d e c a r g a s d e s ig u a is c r ia u m

transmembrana, c o m o

potencial

u m a b a t e r ia e m m in ia t u r a . A im p o r tâ n c ia d o

p o te n c ia l tr a n s m e m b r a n a fic a r á m a is c la r a n o C a p ít u lo 1 3 . 2 . O c it o s o l c o n té m c o n c e n tr a ç ã o r e la tiv a m e n te e le v a d a d e p r o te ín a s

F ilam en to s in te rm e d iá rio s

O s fila m e n to s in t e r m e d iá r io s s ã o d e fin id o s

p r im a r ia m e n te p o r su a s d im e n s õ e s ; s u a s c o m p o s iç õ e s v a r ia m d e a c o rd o c o m o t i p o d e c é lu la . O s f i l a m e n t o s i n t e r m e d i á r i o s ( 1 ) o f e r e c e m f o r ç a , (2 ) e s t a b i l i z a m a p o s i ç ã o d e o r g a n e la s e ( 3 ) t r a n s p o r t a m m a t e r i a i s d e n t r o d o c i t o p la s m a . P o r e x e m p lo , f i l a m e n t o s i n t e r m e d i á r i o s e s p e c i a li z a d o s , d e n o m id a d o s

n e u ro fila m en to s,

sã o e n c o n tra d o s e m n e u rô n io s , o n d e fo r n e ­

axônios, l o n g o s

c e m su ste n ta çã o e stru tu ra l d e n tro d o s

p r o c e s s o s c e lu la r e s

q u e p o d e m c h e g a r a 1 m d e e x ten sã o .

d i s s o l v i d a s e e m s u s p e n s ã o . M u i t a s d e s s a s p r o t e í n a s s ã o e n z im a s q u e r e g u la m o p e r a ç õ e s m e t a b ó l i c a s , e n q u a n t o o u t r a s e s t ã o a s s o c i a d a s a i r i a s o r g a n e la s . E s s a s p r o t e í n a s p r o p i c ia m a o c i t o s o l u m a c o n s i s t ê n ­ c i a q u e v a r i a e n t r e u m x a r o p e f i n o e u m a g e l a t i n a q u a s e “ n o p o n t o ”. 3 . O c i t o s o l c o n t é m q u a n t id a d e s r e l a t i v a m e n t e b a i x a s d e c a r b o i d r a t o s e z r in d e s r e s e r v a s d e a m in o á c id o s e lip íd e o s . O s c a r b o id r a t o s s ã o q u e -

F ilam en to s espessos [F igura 2.9a]

F i la m e n t o s r e l a t i v a m e n t e e s p e s s o s ,

c o m p o s to s d e s u b u n id a d e s d e p r o te ín a m io s in a , q u e n ã o e stã o r e p r e s e n ­ ta d a s n a F ig u r a 2 .9 , sã o d e n o m in a d o s

fila m e n to s espessos.

F ila m e n t o s

e s p e s s o s s ã o a b u n d a n t e s e m c é l u l a s m u s c u la r e s , o n d e i n t e r a g e m c o m f i l a ­ m e n t o s d e a c tin a e p r o d u z e m p o d e r o s a s c o n tr a ç õ e s .

b r a d o s p a r a o fe r e c e r e n e r g ia , e o s a m in o á c id o s s ã o u t iliz a d o s p a r a c o n s t i t u i r p r o t e ín a s . O s l i p í d e o s a r m a z e n a d o s n a c é l u l a s ã o u t ili z a d o s r r im a r ia m e n t e c o m o fo n te e n e r g é tic a q u a n d o o s c a r b o id r a t o s n ã o e s t ã o d i s p o n ív e i s . O c i t o s o l d a s c é l u l a s c o n t é m m a s s a s d e m a t e r i a i s in s o l ú v e i s c o n h e c i 1 _í :: m o

inclusões,

ou

corpos de inclusão. A s

in c lu s õ e s m a is c o m u n s s ã o

- e m e n t e s a r m a z e n a d o s : p o r e x e m p lo , g r â n u l o s d e g l i c o g ê n i o n o f íg a d o : _ n a s c é lu la s d a m u s c u la t u r a e s q u e lé t ic a , g o tíc u la s lip íd ic a s e m c é lu la s

M ic ro tú b u lo s [F iguras 2.9a,c/2.10] T o d a s a s c é l u l a s p o s s u e m t u b o s o c o s d e n o m i n a d o s m ic ro tú b u lo s. E s t e s s ã o c o n s t i t u í d o s p e l a p r o t e í n a tu b u lin a . A F i g u r a 2 . 9 a , C e a F i g u r a 2 . 1 0 m o s t r a m m i c r o t ú b u l o s n o c i ­ t o p l a s m a d e c é l u l a s r e p r e s e n t a t i v a s . U m m i c r o t ú b u l o s e f o r m a m e d ia n t e a a g r e g a ç ã o d e m o lé c u la s d e t u b u lin a ; e sta f o r m a p e r s is te p o r u m te m p o e e n t ã o n o v a m e n t e s e d e s m o n t a e m m o l é c u la s i n d i v i d u a i s d e t u b u l i n a . A d i s p o s i ç ã o d o s m i c r o t ú b u l o s é c e n t r a l, p r ó x i m a a o n ú c l e o d a c é l u l a , e m u m a r e g iã o c o n h e c id a c o m o

d í g o rd u ra .

centrossomo. O s

m ic r o t ú b u lo s ir r a d ia m -s e

p a r a f o r a d o c e n t r o s s o m o e m d i r e ç ã o à p e r i f e r i a d a c é lu la . O s m ic r o t ú b u lo s a p r e s e n ta m v á r ia s fu n ç õ e s :

Organelas [Figura 2.3]

: r p n e la s 1

-

sã o e n c o n t r a d a s e m to d a s as c é lu la s d o c o r p o (F ig u r a 2 .3 , p á g .

e m b o r a o s t i p o s e a q u a n t id a d e d e o r g a n e la s v a r i e m e n t r e o s d iv e r s o s f z e c é lu la s . C a d a o r g a n e l a e x e c u t a f u n ç õ e s e s p e c í f i c a s , e s s e n c ia i s p a r a

í

q u e le to , p r o p o r c io n a n d o fo r ç a e r ig id e z à c é lu la e a n c o r a n d o a p o s i­ ç ã o d a s p r i n c i p a i s o r g a n e la s .

í - : r _ r _ r a n o r m a l d a c é lu la , m a n u te n ç ã o e / o u m e t a b o lis m o . A s o r g a n e -

2 . A m o n ta g e m e / o u d e s m o n ta g e m d o s m ic r o t ú b u lo s fo r n e c e u m m e ­

. : a a r e s p o d e m s e r d i v i d i d a s e m d u a s c a t e g o r i a s a m p l a s ( T a b e la 2 . 1 ,

c a n i s m o p a r a m o d i f i c a ç ã o d e f o r m a t o d a c é l u l a , p o s s i v e lm e n t e a u x i ­

_ r i;

3C : ( 1

: >: j e (2

o rg an elas n ã o -m em b ran o sa s, s e m p r e e m c o n t a t o c o m o org an elas m em b ran o sa s, e n v o l v i d a s p o r m e m b r a n a s q u e

- L im ; e u s c o n t e ú d o s d o c i t o s o l , d a m e s m a f o r m a q u e o p l a s m a l e m a i s o _ : d t o s o l d o líq u id o e x tra c e lu la r .

T a a n e la s n ã o - m e m b r a n o s a s in c l u e m o

l i a n d o n o m o v i m e n t o c e lu la r . 3 . O s m i c r o t ú b u l o s p o d e m f i x a r - s e a o r g a n e la s e o u t r o s m a t e r i a i s i n t r a ­ c e l u l a r e s , a lé m d e m o v i m e n t á - l o s d e n t r o d a c é lu la . 4 . D u r a n t e a d iv is ã o c e lu la r , o s m ic r o t ú b u lo s fo r m a m o

Organelas não-membranosas 1

1 . O s m ic r o t ú b u lo s c o n s titu e m o s c o m p o n e n t e s p r im á r io s d o c it o e s ­

citoesqueleto, centríolos, cílios, fla-

geias e ribossomos.

fuso mitótico

( r e t í c u lo f u s a l) q u e d i s t r i b u i o s c r o m o s s o m o s d u p l i c a d o s p a r a o s p ó ­ lo s o p o s t o s d a c é l u l a e m d i v i s ã o . E s t e p r o c e s s o s e r á c o n s i d e r a d o e m m a i o r e s d e t a lh e s e m u m a s e ç ã o p o s t e r i o r . 5 . O s m i c r o t ú b u l o s c o n s t i t u e m c o m p o n e n t e s e s t r u t u r a i s d e o r g a n e la s , com o

centríolos, cílios e flagelos. A p e s a r

d e ss a s o r g a n e la s e s ta r e m a s ­

O citoesqueleto [Figura 2.9]

s o c i a d a s a o p l a s m a l e m a , s ã o c l a s s i f i c a d a s c o m o o r g a n e la s n ã o - m e m ­

A e -ítru ru ira i n t e r n a d e p r o t e í n a q u e c o n f e r e f o r ç a e f l e x i b i l i d a d e a o c i t o -

b r a n o s a s , u m a v e z q u e n ã o p o s s u e m s e u p r ó p r io r e v e s t im e n to d e

r lü ~ ; e o

d to e sq u e le to .

E le a p r e s e n t a q u a t r o p r i n c i p a i s c o m p o n e n t e s :

~úcT e r v a d o s e m t o d a s a s c é lu la s , m a s s e u n ú m e r o v a r i a d e p e n d e n d o d o t ip o

E n z i m a s f i x a s à s c r i s t a s p r o d u z e m a m a i o r p a r t e d o A T P g e r a d o p e la

d e c é lu la e s u a s a t iv i d a d e s . C a d a r i b o s s o m o c o n s is t e e m c e r c a d e 6 0 % d e

m ito c ô n d r ia . A a tiv id a d e m ito c o n d r ia l p r o d u z c e rc a d e 9 5 % d a e n e r g ia

R N A e 4 0 % d e p r o t e ín a . P e lo m e n o s 8 0 p r o t e ín a s r ib o s s ô m ic a s f o r a m id e n -

n e c e s s á r ia p a r a m a m e r a c é lu la v iv a . A s m it o c ô n d r ia s p r o d u z e m A T P p o r

n fic a d a s . E s t a s o r g a n e la s s ã o f á b r ic a s i n t r a c e lu la r e s q u e p r o d u z e m p r o t e í -

m e i o d a q u e b r a d e m o l é c u la s o r g â n i c a s e m u m a s é r i e d e r e a ç õ e s q u e t a m ­

n a s u s a n d o i n f o r m a ç õ e s p r o v e n i e n t e s d o D N A n o n ú c le o . U m r ib o s s o m o

b é m c o n s o m e m o x i g ê n i o ( 0 2) e g e r a m d i ó x i d o d e c a r b o n o ( C O , ) .

c

A s m it o c ô n d r ia s a p r e s e n ta m - s e e m d iv e rs a s fo r m a s , d e lo n g a s e d e l­

- i ste e m d u a s s u b u n id a d e s q u e s e e n c a ix a m q u a n d o te m i n íc i o a s ín t e s e

r r o t e i c a . A o t é r m in o d a s ín t e s e p r o t é ic a , a s s u b u n id a d e s s e s e p a r a m . E x i s t e m d o i s p r i n c i p a i s t i p o s d e r i b o s s o m o s : r i b o s s o m o s l iv r e s e r i ?•: c o r n o s f i x o s

(Figura 2.11a).

Os

rib o sso m o s livres

e n c o n t r a m - s e d is -

r -e rs o s n o c i t o p la s m a ; a s p r o t e í n a s p r o d u z i d a s p o r e le s e n t r a m n o c i t o s o l.

-

rib o sso m o s fixos

são an exad o s ao

retículo endoplasm ático,

um a o r­

g a n e la m e m b r a n o s a . P r o te ín a s p r o d u z id a s p o r r ib o s s o m o s fix o s e n t r a m

luz,

g a d a s a c u r t a s e la r g a s . A s m i t o c ô n d r i a s c o n t r o l a m s u a p r ó p r i a m a n u t e n ­ ç ã o , c r e s c i m e n t o e r e p r o d u ç ã o . O n ú m e r o d e m i t o c ô n d r i a s e m u m a c é lu la p a r t i c u l a r v a r i a d e p e n d e n d o d a d e m a n d a e n e r g é t i c a d a c é lu la . E r i t r ó c i t o s (h e m á c ia s ) n ã o a p r e s e n t a m m it o c ô n d r ia s - p o is o b tê m e n e r g ia d e o u t r a s fo r m a s - , m a s c é lu la s d o fíg a d o e d o s m ú s c u lo s e s q u e lé t ic o s tip ic a m e n t e a p r e s e n ta m c e r c a d e 3 0 0 m it o c ô n d r ia s . C é lu la s m u s c u la r e s a p r e s e n ta m

o u c a v i d a d e i n t e r n a , d o r e t í c u lo e n d o p l a s m á t i c o , o n d e s ã o m o d i -

e le v a d a s ta x a s d e c o n s u m o e n e r g é tic o e, a o lo n g o d o te m p o , as m it o c ô n ­

rk iid a s e e n c a p s u la d a s p a r a se r e x p o r ta d a s . E ste s p r o c e ss o s e n c o n tr a m -s e

d r ia s r e s p o n d e m a o a u m e n t o d e d e m a n d a e n e r g é tic a , r e p r o d u z in d o - s e . O

m

n ú m e r o a u m e n t a d o d e m ito c ô n d r ia s p o d e o fe r e c e r e n e r g ia m a is r a p id a ­

; e : a I h a d o s p o s t e r i o r m e n t e n e s t e c a p ít u lo .

m e n t e e e m m a i o r e s q u a n t id a d e s , m e l h o r a n d o o d e s e m p e n h o m u s c u la r .

x_____________________ C. REVISÃO DOS CONCEITOS

O núcleo [Figuras 2.13/2.14]

1

De que forma a falta de um flagelo afeta uma célula espermática? 2- identifique as duas principais subdivisões do citoplasma e a função de cada uma delas.

O

nú cleo

é o c e n t r o d e c o n t r o l e d a s o p e r a ç õ e s c e lu la r e s . U m ú n i c o n ú c le o

a r m a z e n a t o d a a i n f o r m a ç ã o n e c e s s á r i a p a r a c o n t r o l a r a s ín t e s e d e a p r o x i ­ m a d a m e n t e 1 0 0 . 0 0 0 p r o t e í n a s d i f e r e n t e s n o c o r p o h u m a n o . O n ú c le o d e ­ te r m in a as c a r a c te r ís t ic a s e s tr u tu r a is e fu n c io n a is d a c é lu la , c o n tr o la n d o

veja a seção de Respostas na parte final do livro.

Núcleo

q u a is p r o te ín a s s ã o s in t e t iz a d a s e e m q u e q u a n t id a d e . A m a io r p a r te d a s

Ribossom os livres

Retículo endoplasmático com ribossomos fixos

= gura2.11

(b) Ribossomo

Ribossomos.

Estas pequenas estruturas densas estão envolvidas na síntese protéica. (a) Ribossomos livres e fixos podem ser vistos no citoplasma desta célula. (MET x 73.600) (b) Um único ribossomo, consistindo em uma subunidade grande e uma pequena.

C a p It u l o 2 • A

Membrana interna

Célula

Citoplasma da célula

Cristas

Matriz

Membrana externa

Matriz

-ig u ra 2 .l2

Cristas

Enzimas

Mitocôndrias.

A organização trid im ensio n al de um a m itocôndria, e um a M ET colorida m ostrando um a m itocôndria típica seccionada. (MET x 61.776)

Espaço perinuclear Nucleoplasma Cromatina Nucléolo

Envoltório nuclear (carioteca) Poros nucleares

Membrana interna do envoltório nuclear Margem quebrada da membrana externa Membrana externa do envoltório nuclear

c é lu la s c o n t é m u m ú n ic o n ú c le o , m a s h á e x c e ç õ e s . P o r e x e m p lo , c é lu la s d e m u s c u lo s e s t r ia d o s e s q u e lé t ic o s s ã o d e n o m in a d a s

multinucleadas (mui ti,

anucleados (a, s e m )

u m a v e z q u e n ã o a p r e s e n t a m n ú c le o .

O núcleo.

t o r n o ) e s tr e ito . E m v á r io s lo c a is , o e n v o lt ó r io n u c le a r é c o n e c t a d o a o re t ic u lo e n d o p la s m á tic o r u g o s o ( g r a n u la r ) , c o m o m o s t r a a

Figura 2.3, p á g .

29.

O n ú c le o d ir ig e p r o c e s s o s q u e o c o r r e m n o c it o s o l e p r e c is a re c e b e r

m u it o s ) , p o is a p r e s e n t a m v á r io s n ú c le o s , e n q u a n t o e r it r ó c it o s a d u lt o s s ã o d e n o m in a d o s

Figura 2.13

O n ú cleo é o cen tro de c o n tro le d a s a tiv id a d e s cei_lares. (a) MET m ostrando estru tu ras n u clea re s impc-'tantes. (MET x 4.828) (b) A célula vista nesta M EV fc* congelad a e queb rad a para p o ssib ilitar a visua lizaçã o de su as estru tu ras internas. Esta té cnica, cham ada de fratura por co n g e lam e n to , o fe re c e um a p e rsp e ctiv a única da org anização interna das células. O envoltório nu clea r e os poros são visíveis; o p ro ce sso de fratura quebra parte da m em brana externa do en vo ltó rio nu­ clear, e a m argem cortad a d o n ú cleo po d e se r vista. (MEV X 9.240)

in fo r m a ç õ e s s o b r e a s c o n d iç õ e s e a tiv id a d e s n o c ito s o l. A c o m u n ic a ç ã o

poros nucleares

U m a c é lu la s e m n ú c le o p o d e r ia s e r c o m p a r a d a c o m u m c a r r o s e m m o t o ­

q u ím ic a e n t r e o n ú c le o e o c it o s o l o c o r r e a tr a v é s d o s

r is ta . E n tr e t a n t o , u m c a r r o p o d e p e r m a n e c e r p a r a d o p o r a n o s , e n q u a n t o

um

u m a c é lu la s e m u m n ú c le o s o b r e v iv e r á a p e n a s p o r tr ê s a q u a t r o m e s e s .

p a r a o in t e r io r e p a r a o e x t e r io r d o n ú c le o . E s s e s p o r o s , q u e s o m a m c e rc a

A

Figura 2.13

d e t a lh a a e s t r u t u r a d e u m n ú c le o t íp ic o . U m

nuclear ( c a r i o t e c a )

envoltório

r e v e s t e o n ú c le o e o is o la d o c it o s o l. O e n v o lt ó r io n u c le -

i r e u m a m e m b r a n a d u p la e n c a p s u la n d o u m

espaço perinuclear ( peri, e m

c o m p le x o d e p r o t e ín a s q u e r e g u la m

de 10 %

o t r â n s it o d e m a c r o m o lé c u la s

d a s u p e r fíc ie d o n ú c le o , p e r m it e m o t r â n s it o d e á g u a , ío n s e p e ­

q u e n a s m o lé c u la s , m a s r e g u la m a p a s s a g e m d e p r o t e ín a s g r a n d e s , R N A eD N A .

40

FUNDAMENTOS

O te rm o

nucleoplasma

r e fe r e - s e a o líq u id o c o n t id o n o n ú c le o . O

d o s, a

matriz nuclear,

q u e fo rn e c e su ste n ta ç ã o e s tru tu ra l e p o d e e s­

n u c le o p la s m a c o n té m ío n s , e n z im a s , n u c le o t íd e o s d e R N A e D N A , p r o ­

ta r e n v o lv id a n a r e g u la ç ã o d e a tiv id a d e g e n é tic a . C a d a

te ín a s , p e q u e n a s q u a n t id a d e s d e R N A , e D N A . O s fila m e n t o s d e D N A

c o n té m

fo rm a m

e s tr u tu r a s c o m p le x a s c o n h e c id a s c o m o

c o r ) . O n u c le o p la s m a ta m b é m

co n té m

cromossomos ( croma,

u m a r e d e d e f ila m e n t o s d e lg a -

cromossomo

fila m e n t o s d e D N A lig a d o s a p r o t e ín a s e s p e c ia is d e n o m in a d a s

histonas.

O n ú c le o d e c a d a u m a d e s u a s c é lu la s c o n té m

cro m o sso m o s; u m

2 3 p ares de

m e m b r o d e c a d a p a r d e r iv o u d e su a m ã e e o o u tro

d e s e u p a i. A e s t r u t u r a d e u m

c r o m o s s o m o típ ic o e stá r e p r e s e n ta d a n a

Figura 2.14. E m in te r v a lo s , o s fila m e n to s d e D N A “ e n r o la m - s e ” e m to r n o d a s h is ­

Telômeros de cromátides-irmãs

Núcleo

A

nucleossomo.

to n a s , fo r m a n d o u m c o m p le x o c o n h e c id o c o m o

*

A c a d e ia

t o d a d e n u c le o s s o m o s p o d e e n r o la r - s e c o m o u m a m o la e m to r n o d e o u ­

Cinetócoro

Centrômero -»

tra s h is to n a s . O g r a u d e e n r o la m e n to d e te r m in a se o c r o m o s s o m o é lo n ­

- Região enovelada

g o e d e lg a d o o u c u r t o e la r g o . C r o m o s s o m o s d e u m a c é lu la e m d iv is ã o a p r e s e n ta m -s e m u it o e n r o la d o s , e p o d e m p o r t a n t o se r v is to s c la r a m e n te c o m o e s t r u t u r a s in d iv id u a is à m ic r o s c o p ia e le t r ô n ic a o u d e lu z . E m

Célula preparada para divisão

cé­

lu la s q u e n ã o e s tã o se d iv id in d o , o s c r o m o s s o m o s s ã o p o u c o e n r o la d o s ,

Cromossomo visível

fo r m a n d o u m e m a r a n h a d o d e fila m e n t o s d e lg a d o s c o n h e c id o s c o m o

matina.

cro­

C a d a c r o m o s s o m o p o d e te r a lg u m a s r e g iõ e s e n r o la d a s , e a p e n a s

a s á r e a s e n r o la d a s c o r a m - s e in te n s a m e n te . C o m o r e s u lta d o , o n ú c le o te m u m a a p a r ê n c ia d e b lo c o s g r a n u la d o s . O s c r o m o s s o m o s t a m b é m e x e r c e m c o n tr o le d ir e to n a s ín te s e d e R N A .

Célula em repouso

A m a io r p a r t e d o s n ú c le o s c o n t é m e s c u ra , d e n o m in a d a s —

nucléolos.

d e u m a a q u a tr o á re a s d e c o lo r a ç ã o

N u c lé o lo s s ã o o r g a n e la s n u c le a r e s q u e

s in t e t iz a m o s c o m p o n e n t e s d o s r ib o s s o m o s . U m n u c lé o lo c o n t é m h is t o ­

i—

n a s e e n z im a s , a s s im

Cromatina no núcleo

c o m o R N A , e se fo rm a e m

to r n o d e r e g iõ e s c r o -

m o s s ô m ic a s c o n te n d o a s in s t r u ç õ e s g e n é tic a s p a r a p r o d u ç ã o d e p r o te ín a s r ib o s s ô m ic a s e R N A . O s n u c lé o lo s s ã o m a is p r o e m in e n t e s e m c é lu la s q u e

DNA dupla hélice

p ro d u zem

g r a n d e s q u a n t id a d e s d e p r o te ín a s , c o m o c é lu la s d o fíg a d o e

c é lu la s m u s c u la r e s , u m a v e z q u e e s s a s c é lu la s p r e c is a m d e u m g r a n d e n ú ­ m e ro d e rib o s s o m o s .

Histonas

R etículo en doplasm ático [Figura 2.15] O retículo endoplasmático, o u RE, é u m a r e d e Figura 2.14

A estrutura do cromossomo.

-ila m e n to s de D N A são e n ro la do s em torno de histonas para form ar nucleosso~tos. N u cle o sso m o s form am m olas que podem se r m ais enroladas ou m ais fro u ­ xas. Em cé lu la s que não e stão em divisão, o D N A é m ais frouxo, form and o uma ede em aranhada c o n h ecid a co m o crom atina. Q uando o e n ro la m e n to torna-se - ia is forte, co m o o co rre na p re paração para a divisão celular, o D N A torna-se . sível co m o e stru tu ras dife re n cia da s d e nom inad as crom ossom os.

lu la r e s q u e fo r m a m

(Figura 2.15).

d e m e m b r a n a s in t r a c e ­

tu b o s o c o s , lâ m in a s p la n a s e c â m a r a s a r r e d o n d a d a s

A s c â m a r a s sã o d e n o m in a d a s

cisternas ( cisterna, r e s e r v a ­

tó r io d e á g u a ). O R E te m q u a t r o p r in c ip a is fu n ç õ e s : 1.

Síntese: A

m e m b r a n a d o r e t íc u lo e n d o p la s m á t ic o c o n té m

e n z im a s

q u e fa b r ic a m c a r b o id r a t o s , e s te r ó id e s e lip íd e o s ; á re a s c o m r ib o s s o -

Ribossomos

endoplasmático rugoso com ribossomos fixos (anexados)

Ribossomos livres Cisternas Retículo endoplasmático liso

^gura 2.15 O retículo endoplasmático. E5ta organela é um a rede de m em branas intracelulares. N esta figura, um diagram a e sb oça d o m ostra as relações trid im e n sion ais entre o retículo en d o p lasm á tico liso >agran J a r) e o rugoso (granular).

C a p ít u lo

mos fixos sintetizam proteínas. Estes produtos sao arm azenados nas cisternas do RE. 2. A rm azenam ento: O RE pode m anter moléculas sintetizadas ou subs­ tâncias absorvidas isoladas do citosol, sem afetar outras operações celulares. 3. Transporte: Substâncias podem m igrar de um local a outro dentro da célula, no interior do retículo endoplasmático. 4. Purificação: Toxinas celulares podem ser absorvidas pelo RE e neu tra­ lizadas por enzimas encontradas em sua m em brana. O retículo endoplasmático funciona como um a combinação de carac­ terísticas próprias de um a central de trabalho, um a área de arm azenamento e um depósito para futuras entregas. É o local onde m uitas proteínas rejem-sintetizadas passam por modificação química e onde são encapsuladas rara serem enviadas a seu próxim o destino, o aparelho de Golgi. Há dois ti­ ros distintos de retículo endoplasmático, retículo endoplasmático rugoso zranular) ( R E R ) e retículo endoplasmático liso (agranular) (REL). A superfície externa do retículo endoplasm ático rugoso contém ribossomos fixos. Os ribossom os sintetizam proteínas utilizando inform a­ ções fornecidas por um filam ento de RNA. C onform e as cadeias de popeptídeos crescem, adentram as cisternas do retículo endoplasm ático, : nde podem passar po r outras modificações. A m aior parte das proteínas e glicoproteínas produzidas pelo RER é inclusa em pequenas vesículas forrr. idas pela fusão das extremidades ou superfícies do RE. Essas vesículas de transporte conduzem as proteínas ao aparelho de Golgi. Não há ribossom os associados ao retículo endoplasmático liso. O REL i3resenta um a variedade de funções voltadas para a síntese de lipídeos, esteróides e carboidratos; o arm azenam ento de íons cálcio; e a remoção e íativação de toxinas.

41

2 • A Célula

A quantidade de retículo endoplasm ático e a p roporção de RER em relação à de REL variam d ep en d en d o do tip o de célula e suas ativida­ des. Por exemplo, células do pâncreas que fabricam enzim as digestivas contêm u m extenso RER e u m REL relativam ente pequeno. A situação é inversa em células que sintetizam h o rm ô n io s esteróides n o s órgãos genitais.

O aparelho de Golgi [Figura 2.16] O aparelho de Golgi, ou complexo de Golgi, consiste em discos planos de m em branas denom inados cisternas. Um aparelho de Golgi típico, repre­ sentado na Figura 2.16, consiste em cinco a seis cisternas. Células que são ativamente secretoras apresentam cisternas m aiores e mais num erosas do que células em repouso. As células mais ativamente secretoras contêm vá­ rios conjuntos de cisternas, e cada conjunto assemelha-se a um a pilha de pratos. A m aior parte dessas pilhas encontra-se freqüentem ente próxima ao núcleo da célula. As principais funções do aparelho de Golgi são: 1. Síntese e encapsulam ento de secreções, como m ucinas ou enzimas. 2. Encapsulam ento de enzim as especiais para utilização no citosol. 3. Renovação e modificação do plasmalema. As cisternas de Golgi com unicam -se com o RE e com a superfície ce­ lular. Esta com unicação envolve a formação, m ovim entação e fusão de vesículas. Vesícula de transporte, de transferência e de secreção [Figura 2.17] A função desem penhada pelo aparelho de Golgi de encapsular secreçõe? está ilustrada na Figura 2.17a. A síntese de proteína e glicoproteína ocor­ re no RER, e as vesículas de transporte (cápsulas) então conduzem estes

Figura 2.16 O aparelho de Golgi. (a) Vista seccional do aparelho de Golgi de uma célula ativamente secretora (MET x 83.520) (b) vista tridimensional de aparelho de Golgi com margem de secção correspondente à parte (a).

Vesículas de secreção -------- Face de maturação (trans)

Produto secretado

FUNDAMENTOS

produtos ao aparelho de Golgi. As vesículas geralm ente chegam na face convexa das cisternas, conhecidas como face deform ação (ou face cis). As ■esículas de transporte então fundem -se à m em brana de Golgi, esvaziando seus conteúdos nas cisternas, onde enzimas modificam as proteínas e glicoproteínas recém-liberadas. Há m ovim entação de m aterial entre as cisternas por meio de peque­ nas v esículas de tra n sfe rê n c ia . O p ro d u to chega então ao seu destino na face de m aturação (ou face trans). Na face de m aturação, form am -se vesículas que conduzem m ateriais para fora do complexo de Golgi. Ve­ sículas que contêm secreções que serão liberadas p ara fora da célula são chamadas de vesículas de secreção. Secreção ocorre quando a m em brana de um a vesícula de secreção se funde ao plasm alem a. Este processo de liberação é cham ado de exocitose (Figura 2.17b). M em brana reno v ad a ( tu m o v e r ) Uma vez que o aparelho de Golgi con­ tinuam ente adiciona nova m em brana à superfície celular, ele tem a capa­ cidade de m odificar as propriedades do plasmalema ao longo do tem po. Tais modificações podem alterar profundam ente a sensibilidade e as fun­ ções da célula. Em um a célula ativamente secretora, a m em brana de Golgi pode ser totalm ente renovada ( turnover ) a cada 40 m inutos. A m em brana perdida pelo aparelho de Golgi é adicionada à superfície celular, e esta idição é equilibrada pela formação de vesículas na superfície da m em bra­ na. Como resultado, um a área equivalente à superfície total da m em brana pode ser trocada a cada hora.

Lisossomos [Figura 2.18] Muitas das vesículas produzidas no aparelho de Golgi nunca deixam o citoplasma. As mais im portantes dessas vesículas são os lisossomos. Lisos­ som os (liso, dissolução + soma, corpo) são vesículas repletas de enzimas digestivas form adas pelo retículo endoplasm ático rugoso e inclusas em lisossomos pelo aparelho de Golgi. Consulte a Figura 2.18 à m edida que descrevemos os tipos de lisossomos e as funções lisossômicas. Lisossomos prim ários contêm enzim as inativas. A ativação ocorre quando o lisossomo funde-se às m em branas de organelas danificadas, como m itocôndrias ou fragm entos de retículo endoplasm ático. Esta fusão cria um lisossomo

Retículo endoplasmático Face de Aparelho de Golgi

CITOSOL Face de

í'

secundário, que contém enzim as ativas. Essas enzim as então quebram o

conteúdo do lisossomo. N utrientes entram novam ente no citosol e os re­ síduos rem anescentes são eliminados por exocitose. Os lisossomos tam bém agem na defesa contra doenças. Por meio do processo de endocitose, as células podem remover bactérias, assim como líquidos e resíduos orgânicos, do meio circundante e isolam estes m ate­ riais dentro de vesículas. Os lisossomos podem fundir-se com vesículas criadas desta form a, e enzim as digestivas dentro dos lisossomos secun­ dários, então, quebram os conteúdos e liberam substâncias úteis, como açúcares ou aminoácidos. Dessa forma, a célula não apenas se protege de organismos patogênicos, mas tam bém obtém nutrientes im portantes. Os lisossomos tam bém desem penham funções essenciais de limpeza e reciclagem dentro da célula. Por exemplo, quando células musculares estão inativas, os lisossomos gradualm ente quebram suas proteínas con­ trateis; se as células tornam -se novam ente ativas, este processo de des­ truição cessa. Este mecanism o regulatório falha em um a célula danificada ou m orta. Os lisossomos então desintegram-se, liberando enzimas ativas dentro do citosol. Essas enzimas rapidam ente destroem as proteínas e or­ ganelas da célula, em um processo cham ado de au tó lise (auto, a si p ró ­ prio). Um a vez que o colapso das m em branas lisossômicas pode destruir a célula, os lisossomos têm sido cham ados de “cápsulas de suicídio”. Ainda não sabemos ao certo como controlar as atividades lisossômicas nem por que as enzim as inclusas não digerem a m em brana lisossômica, a m enos que a célula tenha sido danificada. Problem as com a produção de enzi­ mas lisossômicas causam mais de 30 doenças graves que afetam crianças. Nessas doenças, denom inadas doenças de arm azenam ento lisossômico, a ausência de um a enzima lisossômica específica resulta no acúm ulo de re­ síduos que norm alm ente seriam rem ovidos e reciclados pelos lisossomos. Indivíduos acom etidos podem vir a falecer quando células vitais, como as do coração, não conseguem mais m anter suas funções.

Peroxissomos Os p ero x isso m o s são m enores do que os lisossomos e transportam um grupo diferente de enzimas. Enzimas peroxissômicas são form adas por ribossom os livres dentro do citoplasma. Essas enzimas são então inseridas

LIQUIDO EXTRACELULAR ) Lisossomos1

m a t u r a ç ã o ^ '0 ""'

Vesículas de renovação de membrana

■Plasmalema

Vesícula de incorporação no plasmalema

(b) Exocitose

Figura 2.17 A função do aparelho de Golgi. a) Este diagrama mostra a ligação funcional entre o RE e o aparelho de Golgi. A estrutura do aparelho de Golgi foi simplificada para esclarecer a relação entre as -em branas. vesículas de transporte conduzem o produto secretado do retículo endoplasmático para o aparelho de Golgi, e vesículas de transferência movimentam ■^mbranas e materiais entre as cisternas de Golgi. Na face de maturação, três categorias funcionais de vesículas desenvolvem-se. Vesículas de secreção transportam i secreção do aparelho de Golgi para a superfície celular, onde liberam seu conteúdo no líquido extracelular por exocitose. Outras vesículas adicionam área superficial e proteínas integrais ao plasmalema. Os lisossomos, que permanecem no citoplasma, são vesículas repletas de enzimas, (b) Exocitose na superfície de uma célula.

C a p ít u l o

2 • A Célula

A ativação dos lisossomos ocorre quando:

Um lisossomo primário funde-se com a membrana de outra organela, como uma mitocôndria Organela danificada Autólise libera enzimas digestivas '!

Um lisossomo primário funde-se com um endossomo contendo materiais líquidos ou sólidos provenientes do exterior da célula

Quando a membrana lisossômica se quebra (autólise), seguindo-se lesão ou morte da célula

Exocitose libera resíduos

Figura 2.18

Exocitose libera resíduos

Funções dos lisossomos.

Lisossom os primários, form ados no aparelho de Golgi, contêm enzim as inativas. A ativação pode ocorrer sob três condições básicas: (1) quando o lisossom o primário funde-se com a membrana de outra organela, como uma mitocôndria: (2) quando o lisossomo primário fundese com uma vesícula endocitótica contendo líquido ou materiais sólidos advindos do exterior da célula: ou (3) na autólise, quando a membra­ na lisossôm ica se rompe seguindo-se lesão ou morte celular.

nas m em branas de peroxissom os preexistentes. P ortanto, novos peroxissom os são o resultado da reciclagem celular de peroxissom os m ais velhos, preexistentes, que não m ais contêm enzim as ativas. Os peroxissom os absorvem e q u eb ram ácidos graxos e o u tro s co m ­ postos orgânicos. A atividade enzim ática d en tro de u m peroxissom o pode pro d uzir toxinas com o o peróxido de hidrogênio, com o u m su bproduto; ou tras enzim as então convertem o peróxido de h idrogênio em água. Os perossixom os são m ais abundan tes em células do fígado, que rem ovem e neutralizam toxinas absorvidas no trato digestório.

Fluxo de membrana Com exceção da m itocôndria, todas as organelas m em branosas da célula ou são interconectadas, ou com unicam -se p o r m eio da m ovim entação de vesículas. O RER e o REL são co n tín u o s e conectados ao envoltório n u ­ clear. Vesículas de tran sp o rte contectam o RE com o aparelho de Golgi e vesículas de secreção ligam o aparelho de Golgi ao plasm alem a. Finalm en­ te, as vesículas que se form am na superfície exposta da célula rem ovem e reciclam segm entos do plasm alem a. Este processo de m ovim ento e troca contínuos é cham ado de fluxo d e m e m b ra n a . O fluxo de m em brana é o u tro exem plo da n atureza dinâm ica das cé­ lulas. Ele representa p ara as células u m m ecanism o p ara m odificação de características dos seus plasm alem as - lipídeos, receptores, canais, âncoras e enzim as - conform e elas crescem, m odificam -se o u resp o n d em a estí­ m ulos am bientais específicos.

x______________________ Va REVISÃO D OS CON CEITO S 1. 0 exam e m icroscópico de uma célula revela que ela contém muitas mitocôndrias. Qual é a im plicação desta observação no que se refere às demania s energéticas da célula?

2. A s células nos ovários e testículos contêm grandes quantidades de retícu endoplasm ático liso (REL), Por quê? 3. 0 que ocorre se os lisossom os se desintegram em uma célula danific aca veja a seção de Respostas na parte final do livro

Conexões intercelulares [Figura 2 .1 9 ] M u itas células fo rm a m co n ex õ es p e rm a n e n te s o u te m p o rá ria s coi o u tra s células o u m ateriais extracelulares (Figura 2.19). C onexões a tercelulares p o d e m envolver g ran d es áreas de plasm alem as opostos : p o d e m estar co n c e n tra d as em locais especializados de conexão. G ra : des áreas de p la sm a le m a s o p o sto s p o d e m esta r in te rc o n e c ta d a s pc p ro teín as tra n sm e m b ra n a , d e n o m in a d a s m o lé c u la s d e a d e sã o c e lu lí (M ACs), q u e se ligam u m a s às o u tra s e a o u tro s m ateriais extracelul: res. P o r exem plo, MACs na base fixa de u m epitélio a ju d am a conect; a superfície basal (o n d e o epitélio está u n id o aos tecidos subjacentes lâm in a basal sub jacen te. As m e m b ra n a s das células ad jacentes poder ta m b ém ser m an tid a s u n id a s p o r u m c im e n to in te r c e lu la r , u m a fir cam a d a de p ro teo g lican o s. Esses p ro teo g lican o s c o n tê m derivados p< lissacarídeos co n h ecid o s co m o glicosam inoglicanos, m ais n o tad am en o h ia l u r o n a n o (ácido h ia lu rô n ic o ). Existem três principais tipos de ju n ç õ e s celu lares: (1) junções oclus cas ( “tig h t”), (2) junções com unicantes ( “gap”) e (3) junções-âncora. ■ Em u m a ju n ç ã o o d u s iv a , as porções lipídicas dos dois plasmaii m as são fortem ente ligadas p o r proteínas de m em brana que se ei caixam (Figura 2.19b). Em u m a jun ção oclusiva, os plasmalem. apicais das células adjacentes apresentam contato estreito uns co: os outro s, selando qu alq u er espaço intercelular e evitando a p i sagem de m aterial p ara esse espaço. Esta barreira de difusão evi

44

FUNDAM ENTOS

Proteínas de junção encaixadas Junção oclusiva (“ tight”) Junção oclusiva

Zônula ou cinta de adesão (zonula adherens)

Zônula de adesão (zonula adherens)

Rede terminal — Botão de desmossomo

Hemidesmossomo

(b) Junção oclusiva e zônula de adesão

(conexons)

Junções comunicantes (“gap”) (c) Junção comunicante (“gap” Filamentos intermediários (citoqueratina)

Área densa

Lâmina lúcida Lâmina densa

- Lâmina basal

(e) Hemidesmossomo

Moléculas de adesão celular (MACs)

Cimento intercelular (d) Botão de desmossomo (mácula de adesão; macula adherens)

Figura 2.19 Junções celulares. (a) V isão diagram ática de um a célula epitelial m ostrando os princip ais tip o s de ju n çõ e s intercelulares. (b) um a ju nçã o oclusiva é form ada pela fu sã o de c am ad as e xte rn a s de dois plasm alem as. Junçõe s o c lu siv a s evitam a difusão de líquid os e so lu to s e n tre as células, (c) Junçõe s c o m u n ic a n te s p erm item a difu sã o livre de íons e pequ enas m o lé cu la s entre duas células, (d) Junçõ e s-â ncora anexam um a célula a outra. 0 d e sm o sso m o (m ácula de adesão) ap re se n ta um a rede m ais organizada de filam en to s interm ediários. A zônula (cinta) de ad esão é form ada por um a ju nção-âncora que circunda a célula. Este com p lexo é preso ao s m icro fila m e n to s da rede term inal, (e) H em id e sm o sso m o s fixam um a célula epitelial a e stru turas extracelulares, co m o as fibras de proteína na lâm ina basal.

a passagem de material de um lado de uma célula epitelial para o outro através desse espaço intercelular, exigindo assim que a célula utilize algum processo ativo (demanda energética) para transferir material de uma célula a outra. Nas junções comunicantes (junções “gap” ou nexus ), duas células são mantidas juntas por proteínas inclusas de membrana denomi­ nadas conexons (Figura 2.19c). Uma vez que estas são proteínas de canal, o resultado é uma via estreita que permite a passagem de íons, pequenos metabólitos e moléculas reguladoras de célu­ la para célula. Junções comunicantes são comuns entre as células epiteliais, onde auxiliam na coordenação de funções como o m o­

vimento ciliar. Essas junções também são abundantes no múscuJ cardíaco e no músculo liso, onde são essenciais para a coordenaçã da contração muscular. ■ As junções-âncora oferecem união mecânica entre duas céluL adjacentes em suas superfícies lateral ou basal (Figura 2.19d Essas junções mecânicas são garantidas por MACs e proteoglia nos que ligam membranas opostas e formam uma junção coi o citoesqueleto dentro de células adjacentes. As junções-âncoi são muito fortes e podem resistir a estiramento e torção. Em un junção-âncora, cada célula contém um complexo protéico ei camadas conhecido como área densa no interior do plasmalem

C a p it u l o

Filam entos do citoesqueleto com postos pela proteína citoqueratina estão ligados a essa área densa. Dois tipos de junção-âncora foram identificados na superfície lateral da célula: zônula ou cinta de adesão (zonula adherens) e desm ossom o ou m ácula de adesão (desmos, ligam ento, ligação + soma, corpo) (macula adherens). A zônula de adesão é um a junção-âncora sem elhante a um a junção lam inar que serve para estabilizar células não-epiteliais, en q u an ­ to a mácula de adesão oferece pequenas junções-âncora pontuais localizadas que estabilizam células epiteliais adjacentes (Figura 2.19d). Estas conexões são mais abundantes entre células das ca­ m adas superficiais da pele, onde a zônula de adesão cria ligações tão firmes que células m ortas da pele desprendem -se mais em lâ­ m inas espessas do que individualm ente. Duas formas adicionais de junção-âncora foram encontradas onde o tecido epitelial repousa sobre o tecido conectivo da lâm ina basal. Adesões focais (tam bém denom inadas contatos focais) são responsáveis p o r conectar os m icrofilam entos intracelulares às fibras protéicas da lâm ina basal. Estes tipos de junção-âncora são encontrados no tecido epitelial que passa p o r alterações dinâm icas como a migração epitelial de células durante o processo de cicatrização. Hemidesmossomos (Fi­ gura 2.19e) são encontrados em tecido epitelial que está sujeito a significativa abrasão e corte, dem andando forte ligação à lâm ina basal subjacente. Os hem idesm ossom os são encontrados em te­ cidos como córnea, pele, túnicas m ucosas da vagina, da cavidade oral e do esôfago.

O ciclo de vida da célula [Figura 2 .20 ]

2

- A

C élula

45

_6 a 8 hor.'as

INTERFASE

S Replicação de DNA, síntese de histonas

G2

Gi

Funções celulares normais mais crescimento celular, duplicação de organelas, síntese protéica

Síntese protéica

O CICLO DA CÉLULA

Período indefinido Go

Funções celulares especializadas

MITOSE (ver Figura 2.22)

Figura 2.20 O ciclo de vida da célula.

0 ciclo celular é dividido em interfase, que compreende os estágios Gv Se G e a fase M, que inclui a mitose e a citocinese. 0 resultado é a produção de duas células-filhas idênticas.

Da fertilização até a m aturidade física, a com plexidade do ser h u m an o aum enta de um a simples célula até aproxim adam ente 75 trilhões de cé­ Interfase [Figuras 2.20/2.21/2.22] lulas. Este espantoso au m ento num érico ocorre p o r m eio de u m tipo A maior parte das células despende apenas um a pequena parte de sua vi d; de reprodução celular, denom inado d iv isã o celu lar. A divisão de um a envolvida ativamente na reprodução celular. As células somáticas passam única célula produz u m p ar de células-filhas, cada qual com m etade do a maior parte de suas vidas funcionais na interfase. Durante a interfase ■ tam an ho da célula original. Assim, duas células novas substituem um a célula está desempenhando todas as suas funções normais e, se necessar.: célula original. preparando-se para a divisão. Em um a célula que está se preparando para : M esmo quando o desenvolvim ento se com pletou, a divisão celular divisão, a interfase pode ser dividida em fases G,, S e G2 (Figura 2.20 1. Um: continua sendo essencial para a sobrevivência. E m bora as células sejam célula em interfase, na fase G0, não está se preparando para a mitose, mas es:a altamente adaptáveis, elas podem ser danificadas por desgaste e trau m a­ realizando todas as outras funções celulares normais. Algumas células m a­ tismo, intoxicação quím ica, alterações de tem peratura e outros fatores duras, como as células musculares estriadas esqueléticas e a maior parte d ambientais. As células tam bém estão sujeitas ao envelhecimento. O tem po neurônios, permanecem em G0 indefinidamente e podem jamais passar pefc de vida de um a célula varia de horas a décadas, dependendo do tipo de processo de mitose. Em contrapartida, células-tronco, que se dividem repeti­ celula e do estresse ambiental envolvido. O tem po de vida de um a célula damente com períodos muito breves de interfase, nunca entram na fase G npica não é tão longo quanto o tem po de vida de um a pessoa, de m odo Na fase Gv a célula produz m itocôndrias, centríolos, elementos citocue a população celular precisa ser m antida ao longo do tem po por meio esqueléticos, retículo endoplasmático, ribossomos, m em branas de G o lf i; da divisão celular. citosol em quantidade suficiente para originar duas células funcionais. Na; O passo m ais im p o rtan te da divisão celular é a duplicação cu id a­células em divisão à velocidade máxima, Gj pode d urar de 8 a 12 horas dosa do m aterial genético da célula, u m processo d enom inado replicaTais células em pregam toda a sua energia na mitose e todas as outras ati­ cão do DNA, e a distribuição de um a cópia da inform ação genética para vidades cessam. Mesmo que G, dure dias, semanas ou meses, a preparação c a ia um a das células-filhas. Este processo de distribuição é denom inado para a mitose ocorre enquanto a célula desem penha suas funções norm ais m ito se. A m itose ocorre durante a divisão das células som áticas (soma, Quando as preparações que ocorrem na fase Gj se completam, a célula en­ corpo i. As células som áticas incluem todas as células do corpo, com extra na fase S. Nas 6 a 8 horas seguintes, a célula replica seus cromossomos cecão das células germ inativas (rep ro d u to ras), que dão origem aos es­ - um processo que envolve a síntese de DNA e histonas associadas. perm atozóides e aos oócitos. Esperm atozóides e oócitos são cham ados Ao longo da vida da célula, os filamentos de DNA no núcleo se mantém de gam etas, são células especializadas que contêm m etade do nú m ero de intactos. A síntese de DNA, ou replicação de DNA, ocorre nas células que estão se preparando para passar por mitose ou meiose. O objetivo da repli­ crom ossom os presentes nas células som áticas. A produção dos gametas cação é copiar a informação genética no núcleo de tal m odo que um con­ envolve um processo diferente, meiose, que será descrito no C apítulo 28. junto de cromossomos possa ser distribuído para cada uma das duas célula? U m a visão geral do ciclo de vida de u m a célula som ática típica é apreproduzidas. Várias enzimas diferentes são necessárias para este processo. •; _ :ada na Figura 2.20.

46

FUNDAMENTOS

Replicação de DNA Cada moléclula de DNA consiste em um par de filam entos de nucleotídeos m antidos unidos po r pontes de hidrogênio entre bases nitrogenadas com plem entares. A Figura 2.21 representa o processo de replicação de DNA. Ele tem início quando as ligações fracas entre bases nitrogenadas >ão rom pidas e os filamentos se desenrolam. Enquanto ocorre esse proces­

so, moléculas da enzima DNA p o lim e rase ligam-se às bases nitrogenadas expostas. Essa enzim a prom ove a ligação entre as bases nitrogenadas do filamento de DNA e os nucleotídeos complementares de DNA em suspen­ são no nucleoplasma. Muitas moléculas de DNA polimerase agem sim ultaneam ente em di­ ferentes porções de cada filam ento de DNA. Este processo produz cadeias curtas de nucleotídeos com plem entares, que são então m anti­ das juntas por enzimas denom inadas ligases. O resultado final é um par de moléculas idênticas de DNA. Um a vez term inada a replicação, ocorre um a fase G2 breve (2 a 5 horas), dedicada à últim a síntese protéica. A célula entra na fase M e a mitose começa (Figuras 2.20 e 2.22).

M itO S e [Figura 2.22] A m itose consiste em quatro estágios, m as as transições entre eles são pouco distintas. Os estágios estão representados na Fi­ gura 2.22. DNA polimerase Nucleotídeo de DNA LEGENDA

Segmento 1

Adenina DNA polimerase

IB= Guanina Citosina

0= Timina = gura 2.21

Replicação de DNA.

'.a replicação de DNA, os filam entos pareados originais se desenrolam e a DNA polim erase com eça a anexar n u cleo tíd eo s co m p le m en ta re s de d n a ao longo de cada filam ento. Este ;-o ce sso produz duas cópias idênticas da m olécula original de DNA.

Figura 2.22 e mitose.

interfase

A aparência de um a céjla em in te rfa se e em .a rios estágios da mitose. M L X 775)

PA«5«;n 1 O

INTERFASE

' &

PASSO 1. Prófase (pro , antes; Figura 2.22) A prófase começa quando os crom ossom os enrolam -se firm em ente de m odo a tornarem -se visíveis com o estruturas individuais. C om o re­ sultado da replicação de DNA durante a fase S, form aram -se duas cópias de cada crom ossom o, denom inadas crom átides. ligadas em um único ponto, o cen trô m ero . Os centríolos fo­ ram replicados na fase G,; os dois pares de centríolos afastamse d urante a prófase. As fib ra s d o fuso estendem -se entre os pares de centríolos; m icrotúbulos m enores cham ados de raios astrais irradiam -se no citoplasma circundante. A prófase ter­ m ina com o desaparecim ento do envoltório nuclear. As fibras do fuso agora se dispõem entre os crom ossom os, e o cinetócoro de cada crom átide perm anece ligado a um a fibra do fuso, denom inada microtúbulo cromossômico.

ESTÁGIO INICIAL DA PRÓFASE

Raios astrais Fibras do fuso

Núcleo

INICIO DA MITOSE

Centríolos (dois pares)

PASSO “| b

Centríolo

ESTAGIO FINAL DA PRÓFASE Cromossomo com duas cromátides-irmãs

C a p ít u l o

Divisão celular e câncer

Em te c id o s norm ais, a v e lo c id a d e da di. sã o c e lu la r e q u ilib ra a perda ou d e s tru içã o celular. Q uando e ste equiíbrio se rom pe, o te c id o c o m e ç a a a u m e n ta r de tam anh o. Um tumor ou neoplasia é um a m assa re su ltan te de c re s c im e n to e d iv isã o c e lu la r an orm ais. Em um tumor benigno, a s c é lu la s p e rm a n e c e m d e n tro de um a c á p su la de te c id o co n e ctiv o . T u m ore s d e ste tip o ra ra m e n te a m e ­ açam a vida de um idivíduo. A cirurgia pod e re m o ve r o tu m o r ca so seu tam an h o e p o s içã o c o m p ro m e ta m e stru tu ra s adjacentes. C é lu la s de um tumor maligno não re sp o n d e m m ais a m e c a n is m o s n o rm a is d e con tro le . E ssa s c é lu la s d iv id e m -se ra p id a m e n te e d isse m ina m -se po r te c id o s c irc u n v iz in h o s e p o d e m ta m b é m e sp a lh a r-se por Dutros te c id o s e órgãos. Esta d is s e m in a ç ã o é d e n o m in a d a metástase. A s m e tá sta s e s sã o p e rig o sa s e p o d e m s e r de d ifíc il co n tro le . U m a vez e s ta b e le c id a em n ovo local, a s c é lu la s m e ta stá tic a s p ro d u ze m tu m o re s se cu n d á rio s. O te rm o c â n c e r re fere -se a um a d o e n ç a c a ra c te riza d a po r c é lu la s m alignas. A s c é lu la s c a n c e ro s a s g ra d u a lm e n te p e rd e m su a s e m e lh a n ­ ça co m a s c é lu la s n o rm a is. Tais c é lu la s a p re se n ta m m o d ific a ç õ e s de ta m a n h o e fo rm a, e m u ita s v e z e s to rn a m -s e e x c e s s iv a m e n te gra n d e s ou a n o rm a lm e n te p e q u en a s. A s fu n ç õ e s do ó rg ã o c o m e ç a m a s o fre r d e te rio ra ç ã o c o n fo rm e o n ú m e ro d e c é lu la s c a n c e ro s a s au m e n ta . A s c é lu la s c a n c e ro s a s p o d e m não d e s e m p e n h a r to ta lm e n te a s su a s fu n ­ ç õ e s o rig in a is ou p o d e m e x e cu tá -la s de m an e ira alterada. E las ta m b é m c o m p e te m p o r e s p a ç o e n u trie n te s c o m a s c é lu la s norm a is. E las não utiliza m e n erg ia d e m an e ira e ficie n te , c re s c e m e m u ltip lica m -s e às exp e n sas d o s te c id o s no rm ais. Esta a tiv id a d e é re sp o n sá v e l pela a p a rê n ­ cia d e b ilita d a e e m a g re c id a de m u ito s p a c ie n te s p o rta d o re s de c â n c e r em e stá g io te rm in al.

PASSO

2

PASSO 3. Anáfase ( ana, para trás; Figura 2.22) Como se respondesse— a um único comando, os pares de cromátides separam-se e os cromos-somos-filhos movem-se para pólos opostos da célula. A anáfase termin: quando os cromossomos-filhos aproximam-se dos centríolos localizad:

e n c a p s u l a r p r o t e ín a s p r o d u z id a s p o r r i b o s s o m o s fix o s

d

re p r o d u z ir - se

Nível 3 - Pensamento crítico 1.

-_ ç u m a s p r o te ín a s in te g r a is d a m e m b r a n a fo r m a m c a n a is -p o r ta q u e íb r e m e fe c h a m p a ra :

P o r q u e a p e le d a s s u a s m ã o s f i c a t ú r g i d a e e n r u g a d a se v o c ê a s d e i x a n a á g u a p o r u m lo n g o p e r ío d o d e te m p o ?

2.

Q u a n d o a p e le d a n i f i c a d a p o r q u e i m a d u r a s d o s o l “ d e s c a s c a ”, g r a n d e s

i

r e g u la r a p a s s a g e m d e m a t e r ia is p a r a d e n t r o e p a r a f o r a d a c é lu la

á r e a s d e c é lu la s e p i d é r m i c a s s ã o d e s t a c a d a s e m b l o c o . P o r q u e t a l d e s ­

:

p e r m i t i r o m o v im e n t o d a á g u a p a r a d e n t r o e p a r a f o r a d a c é lu la

p r e n d i m e n t o o c o r r e d e s t a m a n e ir a ?

c

t r a n s p o r t a r g r a n d e s p r o t e ín a s p a r a d e n t r o d a c é lu la

(d )

c o m u n i c a r - s e c o m c é lu la s v iz in h a s

3.

Q u a l é o b e n e f í c i o d e e x i s t i r e m a lg u m a s o r g a n e la s e n c a p s u l a d a s p o r u m a m e m b r a n a s e m e lh a n t e à m e m b r a n a c e lu la r ?

1& . A s trê s p r i n c i p a i s f u n ç õ e s d o r e t íc u lo e n d o p l a s m á t i c o s ã o : _

h id r ó lis e , d ifu sã o , o s m o s e

:

d e s in t o x ic a ç ã o , e n c a p s u l a m e n t o , m o d if ic a ç ã o

c

s ín t e s e , a r m a z e n a m e n t o , t r a n s p o r t e

i

p i n o c i t o s e , f a g o c it o s e , a r m a z e n a m e n t o

4 . E v id ê n c ia s e x p e r im e n ta is d e m o n s tr a m q u e o tr a n s p o r t e d e u m a c e r­ ta m o lé c u la e x ib e a s s e g u in t e s c a r a c te r ís t ic a s : ( 1 ) a m o lé c u la se m o v e c o n t r a s e u s g r a d i e n t e s d e c o n c e n t r a ç ã o e ( 2 ) e n e r g i a c e l u l a r é n e c e s s á r ia p a r a q u e o t r a n s p o r t e o c o r r a . Q u e t i p o d e p r o c e s s o d e t r a n s p o r t e e s tá o co rren d o ?

.-

A i

u n ç ã o d e u m p l a s m a le m a s e le t iv a m e n t e p e r m e á v e l é: p e r m i t i r q u e a p e n a s m a t e r ia is s o l ú v e is e m á g u a e n t r e m e s a ia m d a c é lu la l i v r e m e n t e

Tecidos e Embriologia

OBJETIVOS DO CAPÍTULO 1 . Descrever as relações estrutura s e

funcionais entre células e tecido s e classificar os tecido s do corpo e r quatro categorias principais.

2. D escrever a relação entre e s tru tL '3 1

função para cada tipo epitelial.

3 . Definir glândula e epitélio glanduia4 . Descrever todos os tipos e m odos de se cre ção glandular; com parar estruturas glandulares. 5 . C om parar as características

estruturais e funcionais dos elem er:: dos tecido s conectivos. 6. Descrever as características gera s e localizações de diferentes tipos de te cid o s conectivos.

7. Com parar te cid o s conectivo s no em brião e no adulto.

8. Explicar com o tecido s epiteliais e conectivos se com binam para f o r - 3m em branas/túnicas e esp ecificar 25 funções de cada tipo de m e m b ra ra túnica.

9. D escrever com o tecido s conectivos constituem a estrutura do corpo. 10. Com parar os três tipos de tecido s

m usculares em term os de estrutura função e localização.

11 . D isc u tira estrutura básica e a fu n ç ã : do tecido nervoso. 12. Diferenciar neurônios de células da

glia; discu tir as funções de cada u r a dessas células. 13. Descrever a influência da nutrição e do envelhecim ento nos tecidos.

Introdução

52

Tecido epitelial

52

Tecidos conectivos

61

M em branas/túnicas

11

Tecidos conectivos e estrutura do corpo Tecido m uscular Tecido nervoso

73

75

11

Tecidos, nutrição e envelhecim ento

77

FUNDAMENTOS

U m a g r a n d e c o r p o r a ç ã o a s s e m e lh a - s e m u it o a u m o r g a n is m o v iv o , a p e ­

lh a m e m c o n ju n t o p a r a d e s e m p e n h a r f u n ç õ e s e s p e c ífic a s . E s t e c a p ít u lo

s a r d e d e p e n d e r d e e m p r e g a d o s , e m v e z d e c é lu la s , p a r a a s s e g u r a r s u a

in t r o d u z c o n c e ito s h is to ló g ic o s b á s ic o s n e c e s s á r io s p a r a a c o m p r e e n s ã o

s o b r e v iv ê n c ia . U m a c o r p o r a ç ã o p o d e n e c e s s it a r d e m ilh a r e s d e e m p r e ­

d o s p a d r õ e s d e in te r a ç ã o te c id u a l n o s ó r g ã o s e s is te m a s c o n s id e r a d o s em

g a d o s p a r a m a n te r -s e e m fu n c io n a m e n t o , e su a s a tr ib u iç õ e s v a r ia m —

c a p ítu lo s p o s te r io r e s .

n e n h u m e m p r e g a d o fa z a b s o lu ta m e n te tu d o d e n t r o d e u m a e m p r e s a .

É im p o r t a n t e c o m p r e e n d e r q u e a s a m o s t r a s t e c id u a is g e r a lm e n te

A ss im , c o r p o r a ç õ e s g e r a lm e n te in d iv id u a liz a m g r a n d e s fu n ç õ e s c o m o

p a s s a m p o r m a n ip u la ç ã o c o n s id e r á v e l a n te s d o e x a m e m ic r o s c ó p ic o . P o i

marketing,

p r o d u ç ã o e m a n u te n ç ã o . A s fu n ç õ e s e x e r c id a s p e lo c o r p o

e x e m p lo , a s fo t o m ic r o g r a fia s a p r e s e n t a d a s n e s te c a p ít u lo s ã o d e a m o s t r a i

sã o m u it o m a is d iv e r s ific a d a s d o q u e a s d a s c o r p o r a ç õ e s , e n e n h u m a

d e te c id o s q u e fo r a m r e m o v id a s e p r e s e r v a d a s e m s o lu ç ã o fix a d o r a , e in ­

c é lu la in d iv id u a lm e n t e c o n t é m o s a r t e f a t o s m e t a b ó lic o s e a s o r g a n e la s

c lu s a s e m u m m e io q u e p o s s ib ilit o u a r e a liz a ç ã o d e s e c ç õ e s fin a s . O p la n e

n e c e s s á r ia s p a r a d e s e m p e n h a r t o d a s e la s . A o c o n t r á r io , p o r m e io d o p r o ­

d e s e c ç ã o é d e t e r m in a d o p e la o r ie n t a ç ã o d o te c id o in c lu s o e m r e la ç ã o à

c e sso d e d ife r e n c ia ç ã o , c a d a c é lu la d e s e n v o lv e u m c o n ju n t o p a r t ic u la r

l â m in a d e c o r t e . P e la v a r ia ç ã o d o p la n o d e s e c ç ã o , é p o s s ív e l o b t e r i n f o r ­

d e c a r a c te r ís t ic a s e s t r u t u r a is e u m n ú m e r o lim it a d o d e fu n ç õ e s . E sta s

m a ç õ e s ú t e i s s o b r e a a n a t o m i a t r i d i m e n s i o n a l d e u m a e s t r u t u r a ( Figure

e s t r u t u r a s e fu n ç õ e s p o d e m s e r b a s ta n te d is t in t a s m e s m o e n t r e c é lu la s

1.11, os pág. 17).

v iz in h a s . A in d a a s s im , c é lu la s e m u m a d e t e r m in a d a lo c a liz a ç ã o t r a b a ­

h is to ló g ic a s v a r ia r á m a r c a d a m e n t e d e p e n d e n d o d o p la n o d e se c ç ã o , c o n ­

lh a m e m c o n ju n t o . U m e x a m e d e t a lh a d o d o c o r p o r e v e la u m a s é r ie d e

fo r m e in d ic a d o n a

p a d r õ e s e m n ív e l c e lu la r . E m b o r a o c o r p o c o n t e n h a t r ilh õ e s d e c é lu la s ,

se c ç ã o , a o r g a n iz a ç ã o in te r n a d e u m a c é lu la o u te c id o p o d e v a r ia r c o n fo r ­

e x is te m a p r o x im a d a m e n t e a p e n a s 2 0 0 tip o s d e c é lu la s . E ss e s t ip o s d e c é lu la s c o m b in a m - s e p a r a f o r m a r

tecidos,

q u e s ã o c o le ç õ e s d e c é lu la s

E n tr e ta n to , a a p a r ê n c ia d e u m te c id o e m p re p a ra ç õ e ;

Figura 1.12,

«*=>

pág. 18. M e s m o

e m u m ú n i c o p l a n o dt

m e o n í v e l d e s e c ç ã o s e m o d i f i c a . V o c ê d e v e r á m a n t e r e s t a s l i m i t a ç õ e s err m e n t e q u a n d o r e v is a r as m ic r o g r a fia s e n c o n t r a d a s a o lo n g o d e ste te x to .

e s p e c ia liz a d a s e p r o d u t o s c e lu la r e s q u e e x e c u t a m u m n ú m e r o r e la t iv a ­ m e n te lim ita d o d e fu n ç õ e s .

Histologia é

o e stu d o d as p e q u e n a s e s tru tu ­

ra s d a s c é lu la s , te c id o s e ó r g ã o s e m r e la ç ã o à s s u a s fu n ç õ e s . O s q u a t r o

tecido epitelial, tecido conectivo, tecido

tipos de tecidos primários

são

muscular e tecido nervoso. A s

fu n ç õ e s b á s ic a s d e sse s tip o s d e te c id o s s ã o

a p re se n ta d a s n a

Tecido epitelial O te c id o e p ite lia l in c lu i e p it é lio s e g lâ n d u la s ; g lâ n d u la s s ã o e s t r u t u r a s se c r e to r a s d e r iv a d a s d o s e p ité lio s . U m

Figura 3.1.

E ste c a p ít u lo d is c u t ir á as c a r a c te r ís t ic a s d e c a d a u m d o s p r in c ip a is t ip o s d e te c id o s , c o n c e n t r a n d o - s e n a re la ç ã o e n tre o r g a n iz a ç ã o c e lu la r e fu n ç ã o te c id u a l. C o n f o r m e o b s e r v a d o n o C a p ít u lo 2 , h is t o lo g ia é o e s t u ­ d o d e g r u p o s d e c é lu la s e s p e c ia liz a d a s e d e p r o d u t o s c e lu la r e s q u e t r a b a -

epitélio

é u m a lâ m in a d e c é lu la s qu i

r e c o b r e u m a s u p e r f íc ie e x p o s t a o u r e v e s t e u m a c a v id a d e o u v i a in te r n a C a d a e p i t é l i o é u m a b a r r e i r a c o m p r o p r i e d a d e s e s p e c í f i c a s . O s e p it é lio : r e c o b r e m t o d a a s u p e fíc ie e x p o s t a d o c o r p o . A s u p e r f íc ie d a p e le é u n b o m e x e m p lo , m a s o s e p it é lio s t a m b é m r e v e s t e m o s t r a to s d ig e s t o r io , res p ir a t ó r io , g e n ita l e u r in á r io - v ia s d e c o m u n ic a ç ã o c o m o m e io e x te rn o O s e p i t é l i o s t a m b é m r e v e s t e m c a v i d a d e s e v i a s i n t e r n a s , c o m o a c a v id a d i to r á c ic a , c â m a r a s e n c e fá lic a s p r e e n c h id a s c o m líq u id o , o lh o , o r e lh a in te r

MOLECULAS

Combinam-se para formar

Orgânicas/inorgânicas

EPITELIOS

ÁTOMOS

• Recobrem superfícies expostas • Revestem vias e câmaras internas • Produzem secreções glandulares Ver Figuras 3.2 a 3.10

' Interagem * i oara formar fc

CÉLULAS

Que secretam e regulam

MATERIAL E LÍQUIDOS EXTRACELULARES

n a e s u p e r fíc ie s in te r n a s d o s v a s o s s a n g ü ín e o s e c o ra ç ã o . C a r a c t e r ís t ic a s im p o r t a n t e s d o s e p ité lio s s ã o : 1.

c id o s , líq u id o e x t ra c e lu la r o u fib r a s s e p a r a m as c é lu la s in d iv id u a is . 2.

r



Capítulos 4 a 27

n a estru tu ra

c it o p la s m á t ic o s n ã o se e n c o n t r a m u n ifo r m e m e n t e d is t r ib u íd o s en tre a s u p e r fíc ie e x p o s ta e a fix a .

Polaridade é

o te rm o q u e se re fe re

u m a d is t r ib u iç ã o d e s ig u a l.

Fixação: A na basal

s u p e r fíc ie b a s a l d e u m e p ité lio t íp ic o é lig a d a a u m a lâ m i

d e lg a d a . A lâ m in a b a s a l é u m a e s t r u t u r a c o m p le x a p r o d u z i

d a p e lo e p it é lio e p e la s c é lu la s d o te c id o c o n e c t iv o s u b ja c e n te .

4. Avascularidade. O s ç ã o d e s ta c o n d iç ã o

e p i t é l i o s n ã o c o n t ê m v a s o s s a n g ü í n e o s . E m fu ii

avascular

(a, s e m

+

vas, v a s o ) , a s

c é lu la s e p ite lia

p r e c is a m o b te r n u t r ie n te s p o r m e io d e d ifu s ã o o u a b s o r ç ã o a tr a v t

"

SISTEMAS DE ÓRGÃOS

o n d e o e p ité lio é a n e

c é lu la s o u m ú lt ip la s c a m a d a s , a s o r g a n e la s e o u t r o s c o m p o n e n t e

TECIDO MUSCULAR ■Contrai para produção de movimento ativo Ver Figura 3.22

superfície basal f i x a ,

fu n ç ã o d o p la s m a le m a . S e o e p ité lio c o n t é m u m a ú n ic a c a m a d a d

3. j Combinam-se i para formar

Interagem |

superfície apical e x

x a d o a t e c id o s s u b ja c e n t e s . A s s u p e r fíc ie s d ife r e m

• Preenche espaços internos • Oferece estrutura de sustentação • Armazena energia Ver Figuras 3.11 a 3.19,3.21

com funções especiais

n

e p ité lio s e m p r e a p r e s e n ta u m a

T a m b é m a p re se n ta u m

TECIDOS

-

Polaridade. U m

p o s t a v o lt a d a p a r a o e x t e r io r d o c o r p o o u a lg u m e s p a ç o in te r n e

Combinam-se para formar

com múltiplas funções

e p ité lio s s ã o c o m p o s t o s q u a s e in te ir a m e n te d e cé

e s p a ç o i n t e r c e l u l a r n o s t e c i d o s e p i t e l i a i s . ( N a m a i o r i a d o s o u t r o s te

TECIDO CONECTIVO

ÓRGÃOS

Celularidade: O s

lu la s fo r t e m e n t e lig a d a s p o r ju n ç õ e s c e lu la r e s . H á p o u c o o u n e n h u n

d a s s u p e r f í c i e s a p i c a l o u b a s a l.

TECIDO NERVOSO • Conduz impulsos elétricos • Transmite informação Ver Figura 3.23

5.

Organização em lâminas ou camadas: T o d o

te c id o e p ite lia l é c o m p o í

to d e u m a o u m a is c a m a d a s d e c é lu la s , a u m e n t a n d o s u a e s p e s s u ra . 6.

Regeneração: C é l u l a s

e p it e lia is d a n if ic a d a s o u p e r d id a s n a s u p e r fíc i

s ã o c o n t i n u a m e n t e r e p o s t a s p o r d i v i s õ e s d e c é l u l a s - t r o n c o n o e p ité li»

Figura 3.1 Uma orientação para os tecidos do corpo.

Funções do tecido epitelial

Uma visão geral dos níveis de organização no corpo e uma introdução a algumas das funções dos quatro tipos de tecido.

O s e p ité lio s d e s e m p e n h a m a lg u m a s fu n ç õ e s e s s e n c ia is :

C a p it u l o 3 • Tecidos e Embriologia

1.

Oferecemproteçãofísica: O s e p it é lio s p r o t e g e m

s u p e r fíc ie s e x t e r n a s e i n ­

t e r n a s c o n t r a a b r a s ã o , d e s id r a t a ç ã o e d e s t r u iç ã o p o r a g e n te s q u í m i c o s e b io ló g ic o s . 2.

Controlam a permeabilidade. Q u a l q u e r s u b s t â n c ia

q u e p e n e tra o u sai

d e u m c o r p o n e c e s s a r ia m e n te p r e c is a a tr a v e s s a r u m e p ité lio . A lg u n s

m e á v e is a c o m p o s to s tã o g r a n d e s q u a n t o p r o te ín a s . M u ito s e p ité lio s c o n t ê m d is p o s it iv o s m o le c u la r e s n e c e s s á r io s p a r a a b s o r ç ã o s e le t iv a o u s e c r e ç ã o . A b a r r e ir a e p ite lia l p o d e s e r r e g u la d a e m o d ific a d a e m r e s p o s ta a v á r io s e s tím u lo s . P o r e x e m p lo , h o r m ô n io s p o d e m a fe t a r o t r a n s p o r t e d e í o n s e n u t r i e n t e s a t r a v é s d e c é l u l a s e p it e l ia i s . A t é m e s ­ m o o e s tr e s s e fís ic o p o d e a lt e r a r a e s t r u t u r a e a s p r o p r ie d a d e s d e e p ité lio s - le m b r e - s e d a s c a lo s id a d e s q u e se fo r m a m n a s s u a s m ã o s

Especializações das células epiteliais [F ig u ra 3 .2 ] C é lu la s e p i t e lia is a p r e s e n t a m m u i t a s e s p e c ia liz a ç õ e s q u e a s d i s t i n g u e m d

m a is lo n g o .

e p it e lia l, o u ( 3 ) m o v i m e n t a ç ã o d e l í q u i d o s a t r a v é s d o p r ó p r i o e p it é lio . E s s a c é lu la s e p it e lia is e s p e c ia liz a d a s g e r a l m e n t e a p r e s e n t a m u m a p o l a r i d a d e d e fi n i d a a o l o n g o d o e ix o q u e s e e s t e n d e d a

m a io r p a r te d o s e p ité lio s é e x te n s a m e n te

d e te c ta r m o d ific a ç õ e s n o a m b ie n te e t r a n s m it ir in fo r m a ç õ e s s o b r e ta i s m o d i f i c a ç õ e s p a r a o s i s t e m a n e r v o s o . P o r e x e m p l o , r e c e p t o r e s d e t a t o n a s c a m a d a s e p i t e l i a i s m a i s p r o f u n d a s d a p e le r e s p o n d e m à p r e s s ã o p o r e s t im u la ç ã o d e n e r v o s s e n s it iv o s a d ja c e n te s . U m

4.

superfície apical, o n d e a c é lu la e s : superfície basolateral, o n d

e x p o s t a a u m a m b i e n t e e x t e r n o o u i n t e r n o , a té a

o e p it é lio f i c a e m c o n t a t o c o m a l â m i n a b a s a l e c é lu la s e p it e lia is a d ja c e n te s E s s a p o l a r i d a d e s ig n i f i c a q u e ( 1 ) a s o r g a n e la s in t r a c e lu la r e s a p r e s e n ta m -s d i s t r i b u í d a s d e m o d o d e s ig u a l e ( 2 ) o s p l a s m a le m a s a p ic a l e b a s o l a t e r a l d i fe r e m e m t e r m o s d a s s u a s p r o t e í n a s a s s o c i a d a s e fu n ç õ e s . N a v e r d a d e , o ar r a n jo d a s o r g a n e la s v a r i a d e p e n d e n d o d a s f u n ç õ e s d a s c é lu la s i n d iv id u a is . A m a io r p a r t e d a s c é lu la s e p ite lia is a p r e s e n ta m ic r o v ilo s id a d e s n a s u a s s u p e r fíc ie s a p ic a is e x p o s ta s ; p o d e m e x is tir a p e n a s a lg u m a s m ic r o

s u p r i d a p o r n e r v o s s e n s i t iv o s . C é l u l a s e p it e l ia is e s p e c ia li z a d a s p o d e m

roepitélio

1

p r o d u ç ã o d e s e c r e ç õ e s , ( 2 ) m o v i m e n t a ç ã o d e l í q u i d o s s o b r e u m a s u p e r fíc :

q u a n d o v o c ê fa z a lg u m t r a b a lh o p e s a d o p o r u m p e r ío d o d e te m p o

Proporcionam sensação: A

5

o u t r a s c é lu la s d o c o r p o . M u i t a s c é l u l a s e p i t e lia is s ã o e s p e c ia liz a d a s n a

e p ité lio s s ã o r e la tiv a m e n te im p e r m e á v e is , e n q u a n t o o u t r o s s ã o p e r ­

3.

'

neu-

é u m e p i t é l i o s e n s i t i v o e s p e c i a li z a d o . N e u r o e p i t é l i o s s ã o

v i l o s i d a d e s , o u e la s p o d e m r e c o b r i r a s u p e r f í c i e t o d a . M i c r o v i l o s i d a d e s ã o e s p e c i a lm e n t e a b u n d a n t e s e m s u p e r f í c i e s e p i t e l i a i s o n d e o c o r r e m a b s o r ç ã o e se c re ç ã o , c o m o a o lo n g o d e p o r ç õ e s d o s tr a to s d ig e s tó r io e u ri n á r io .

pág.

3 5 A s c é l u l a s e p i t e l i a i s n e s t e s l o c a i s s ã o e s p e c i a li z a d a s en

t r a n s p o r t e , e u m a c é l u l a c o m m i c r o v i l o s i d a d e s a p r e s e n t a p e lo m e n o s l i v e z e s a á re a d e s u p e r fíc ie d e u m a c é lu la q u e n ã o a p r e s e n ta ta is e s tru tu ra i Á r e a s a m p lia d a s d e s u p e r fíc ie a u m e n t a m a c a p a c id a d e d a c é lu la d e a b s : :

e n c o n t r a d o s n o s ó r g ã o s d o s s e n tid o s q u e fo r n e c e m s e n s a ç õ e s c o m o

v e r e s e c r e ta r a tr a v é s d o p la s m a le m a . M ic r o v ilo s id a d e s s ã o r e p re s e n ta d a

o l f a ç ã o , g u s t a ç ã o , v i s ã o , e q u i l í b r i o e a u d iç ã o .

na

Produzem secreções especializadas:

p m ) q u e s ã o in c a p a z e s d e m o v im e n t a ç ã o . E s t e r e o c ílio s s ã o e n c o n t r a d o

se c re ç õ e s são d e n o m in a d a s

C é lu la s e p ite lia is q u e p r o d u z e m

células glandulares. C é lu la s

g la n d u la r e s

i n d i v i d u a i s e s t ã o f r e q ü e n t e m e n t e d is p e r s a s e n t r e o u t r o s t i p o s d e c é ­ lu la s e m u m e p it é l io . E m u m

epitélio glandular,

Figura 3.2. Estereocílios

a o lo n g o d e p o r ç õ e s d o tr a to g e n ita l m a s c u lin o e e m c é lu la s r e c e p to r a s i o r e l h a in t e r n a .

a m a io r p a rte o u

t o d a s a s c é lu la s e p i t e l ia is p r o d u z e m s e c r e ç ã o .

sã o m ic r o v ilo s id a d e s m u it o lo n g a s (a té 1 5

A

Figura 3.2b m o s t r a

a s u p e r fíc ie a p ic a l d e u m

epitélio ciliado. U

n

c é lu la c ilia d a típ ic a c o n té m a p r o x im a d a m e n te 2 5 0 c ílio s q u e b a te m co

Estereocílios

Cílios

Microvi­ losidades Superfície apical

Aparelho de Golgi Núcleo Lâmina basal Mitocôndrias Superfícies basolaterais

F ig u r a 3 .2

a

Polaridade de células epiteliais.

jita s células epiteliais diferem em sua organização Interna ao longo do eixo entre a superfície apical e a lâmina basal. A superfície apical freqüentemente apre se-ta microvilosidades; com menos freqüência, pode apresentar cílios ou estereocílios (muito raramente). Uma única célula tipicamente apresenta apenas um tip processo; estereocílios e microvilosidades são apresentados juntos para representar suas proporções relativas. (Os três juntos normalmente não apareceriar -c nesmo grupo de células, mas são mostrados aqui como exemplo ilustrativo.) Junções oclusivas evitam a movimentação de patógenos ou a difusão de matéria: : ssolvidos entre as células. Pregas no plasmalema, próximas à base da célula, aumentam a área de superfície exposta à lâmina basal. Mitocôndrias estão tipicament ::-ce n tra da s na região basolateral, provavelmente com 0 objetivo de fornecer energia para as atividades de transporte da célula, (b) MEV mostrando a superfíc: 0 0 eoitélío que reveste a maior parte do trato respiratório. As pequenas áreas com cerdas são as microvilosidades observadas nas superfícies expostas das célula secretoras de muco que se encontram dispersas entre as células epiteliais ciliadas. (MEV x 15.846)

lucida, t r a n s p a r e n t e ) ,

o r d e n a d a m e n te . S u b s tâ n c ia s s ã o m o v im e n ta d a s s o b r e a s u p e r fíc ie e p i­

+

t e lia l p e l o b a t i m e n t o s i n c r o n i z a d o d o s c í l i o s , c o m o u m a e s c a d a r o l a n t e

t e í n a s e u m a r e d e d e m i c r o f i l a m e n t o s d e li c a d o s . A l â m i n a l ú c i d a d a lâ r r

u m a r e g i ã o d o m i n a d a p e la p r e s e n ç a d e g l ic o p n

c o n t í n u a . P o r e x e m p lo , o e p i t é l i o c i l i a d o q u e r e v e s t e o t r a t o r e s p i r a t ó r i o

n a b a s a l o fe r e c e u m a b a r r e ir a q u e r e s tr in g e a m o v im e n t a ç ã o d e p r o te ín

m o v im e n t a m u c o d o s p u lm õ e s p a r a a fa r in g e . O m u c o a d e r e p a r tíc u la s

e o u t r a s m o l é c u la s g r a n d e s d o t e c i d o c o n e c t i v o s u b ja c e n t e p a r a o e p ité li

e p a tó g e n o s e o s t r a n s p o r t a p a r a lo n g e d a s s u p e r fíc ie s m a is d e lic a d a s e

N a m a i o r i a d o s t e c i d o s e p i t e l i a i s , a l â m i n a b a s a l a p r e s e n t a u m a seg u n <

p r o fu n d a s d o s p u lm õ e s .

c a m a d a , m a is p r o fu n d a , d e n o m in a d a

lâmina densa, q u e

é se c re ta d a p

la s c é l u l a s d o t e c i d o c o n e c t i v o s u b ja c e n t e . A l â m i n a d e n s a c o n t é m f e ix

Manutenção da integridade do epitélio

d e f i b r a s p r o t é i c a s g r o s s e i r a s , q u e g a r a n t e m a r e s i s t ê n c i a d a l â m i n a b as.

T r ê s f a t o r e s e s t ã o e n v o l v i d o s n a m a n u t e n ç ã o d a i n t e g r i d a d e f ís i c a d e u m

m a n t ê m u n id a s.

F ix a ç õ e s e n tr e as fib r a s p r o té ic a s d a lâ m in a lú c id a e d a lâ m in a d e n s a

e p i t é l i o : ( 1 ) j u n ç õ e s i n t e r c e lu la r e s , ( 2 ) f i x a ç ã o à l â m i n a b a s a l e ( 3 ) m a n u ­ t e n ç ã o e r e n o v a ç ã o e p it e lia is .

Manutenção e renovação epiteliais U m e p ité lio p r e c is a d e r e p a r o e r e n o v a ç ã o c o n t ín u o s . A v e lo c id a d e d e d

Junções intercelulares [Figura 3.3]

v is ã o c e lu la r v a r ia d e p e n d e n d o d a v e lo c id a d e d a p e r d a d e c é lu la s e p ite lij

C é lu la s n o e p it é lio s ã o fr e q ü e n t e m e n t e m a n t id a s u n id a s p o r u m a v a ­ r ie d a d e d e ju n ç õ e s c e lu la r e s , c o m o d e ta lh a a

Figura 2.19,

pág. 44. H á

s u p e r fic ia is . C é lu la s e p ite lia is s o fr e m c o n s ta n t e s a g r e s s õ e s , p o is p o d e e s ta r e x p o s ta s a e n z im a s d e s t r u t iv a s , s u b s t â n c ia s q u ím ic a s t ó x ic a s , b a

fre q ü e n te m e n te u m a e x te n sa in v a g in a ç ã o d a s u p e r fíc ie o p o s t a d o p la s ­

té r ia s p a to g ê n ic a s e a b r a s ã o m e c â n ic a . S o b c o n d iç õ e s s e v e r a s , c o m o

m a le m a q u e t a n to e n c a ix a a s c é lu la s q u a n t o a u m e n t a a á re a d a s u p e r fí­

e n c o n t r a d a s n o i n t e r i o r d o i n t e s t i n o d e lg a d o , u m a c é l u l a e p i t e l i a l pcx

c ie d a s ju n ç õ e s c e lu la r e s . N o t e o g r a u d e e n c a ix e e n t r e o s p la s m a le m a s

s o b r e v i v e r p o r a p e n a s u m d i a o u d o i s a n t e s d e s e r d e s t r u í d a . A ú n i c a fo

na

Figura 3.3a,c. A s

e x t e n s a s ju n ç õ e s e n tr e a s c é lu la s a s m a n t ê m u n id a s

m a p e la q u a l o e p i t é l i o p o d e m a n t e r s u a i n t e g r i d a d e a o l o n g o d o t e m j

e p o d e m im p e d ir o a c e s s o d e s u b s t â n c ia s q u ím ic a s o u d e p a t ó g e n o s

é p o r m e io d a d iv is ã o c o n t ín u a d e c é lu la s - tr o n c o . E s s a s c é lu la s , ta m b e

q u e e n t r a r ia m e m c o n ta to c o m s u a s s u p e r fíc ie s liv r e s . A c o m b in a ç ã o

c o n h e c id a s c o m o

d e ju n ç õ e s c e lu la r e s , M A C s ( m o lé c u la s d e a d e s ã o c e lu la r ) , c im e n t o in -

x i m o à l â m i n a b a s a l.

células germinativas, s ã o

g e r a lm e n te e n c o n t r a d a s p r

t e r c e lu la r e e n c a ix e fís ic o p r o p o r c io n a a o e p it é lio g r a n d e fo r ç a e e s t a ­ b ilid a d e

(Figura 3.3b). G REVISÃO DOS CONCEITOS

Fixação à lâmina basal [Figura 3.3b] C é lu la s e p i t e l i a is n ã o a p e n a s f i x a m - s e u m a s à s o u t r a s , m a s t a m b é m p e r ­ m a n e c e m fir m e m e n te c o n e c ta d a s a o re sto d o c o r p o . A s u p e r fíc ie b a s a l d e u m e p ité lio t íp ic o é c o n e c ta d a à

lamina, c a m a d a d e l g a ­ lâmina lúcida t r a n s p a r e n t e ; lamina, c a m a d a

lâmina basal

(

d a ) . A p o r ç ã o s u p e r f i c i a l d a l â m i n a b a s a l c o n s is t e e m u m a

translúcida) ( t a m b é m

d e n o m in a d a lâ m in a

1. Identifique os quatro tipos de tecido primário. 2. Liste quatro características dos epitélios. 3. Cite duas especializações das células epiteliais. Veja a seção de Respostas na parte final do livro

Proteoglicanos (cimento intercelular) Lâmina basal

Lâmina densa Lâmina lúcida

Plasmalema Tecido conectivo (b)

Figura 3.3

(c)

Epitélios e lâminas basais.

A integridade de um epitélio depende de conexões entre células epiteliais adjacentes e suas fixações à lâmina basal subjacente, (a) células epiteliais são geralmente agrupadas em feixes e interconectadas por junções intercelulares. (Ver Figura 2.19) (b) Nas suas superfícies basais, os epitélios são fixos à lâmina basal que constitui o limite entre as células epiteliais e o tecido conectivo subjacente, (c) Plasmalemas epiteliais adjacentes são geralmente encaixados. A MET, ampliada 2.600 vezes, mostra o grau do encaixe entre as células epiteliais colunares.

Classificação dos epitélios

t ific a d o o u s im p le s , o e p it é lio p r e c is a se r e g e n e r a r , s u b s t it u in d o s u a s c é ­

O s e p ité lio s s ã o c la s s ific a d o s d e a c o r d o c o m o n ú m e r o d e c a m a d a s c e lu la ­ res e a fo r m a d a s c é lu la s n a s u p e r fíc ie e x p o s ta . O e s q u e m a d e c la s s ific a ç ã o

simples e estratificado escamosa, cubóide e colunar.

re c o n h e c e d o is tip o s d e d is p o s iç ã o e m c a m a d a s :r è s f o r m a s d e c é l u l a —

e

S e e x is t ir a p e n a s u m a c a m a d a d e c é lu la s r e c o b r in d o a lâ m in a b a s a l, : e p ité lio é d e n o m in a d o

epitélio simples.

lu la s a o lo n g o d o t e m p o . A s c é lu la s g e r m in a t iv a s e s tã o s e m p r e p r ó x im a s o u n a lâ m in a b a s a l. Is s o s ig n ific a q u e , e m u m e p it é lio s im p le s , a s c é lu la s g e r m in a tiv a s fo r m a m p a r te d a s u p e r fíc ie e p ite lia l e x p o s ta , e n q u a n t o , e m u m e p it é lio e s t r a t if ic a d o , a s c é lu la s g e r m in a t iv a s s ã o r e c o b e r t a s p o r m a is c é lu la s s u p e r fic ia is . A c o m b in a ç ã o d o s d o is t ip o s b á s ic o s ( s im p le s e e s t r a t ific a d o ) e d a s

O s e p it é lio s s im p le s s ã o re -

a t iv a m e n t e d e lg a d o s e , u m a v e z q u e t o d a s a s c é lu la s a p r e s e n t a m a m e s ­ m a p o la r id a d e , o s n ú c le o s fo r m a m u m a fila , to d o s a p r o x im a d a m e n t e a m e s m a d is t â n c ia d a lâ m in a b a s a l. P o r s u a c a r a c t e r ís t ic a d e lg a d a , o s - p it é lio s s im p le s s ã o t a m b é m r e la t iv a m e n t e fr á g e is . U m a ú n ic a c a m a d a

ze c é l u l a s

55

• Tecidos e Embriologia

C a p ítu lo 3

n ã o p o d e o fe r e c e r m u it a p r o te ç ã o m e c â n ic a , e o s e p ité lio s

im p le s s ã o e n c o n t r a d o s a p e n a s e m á r e a s p r o t e g id a s d e n t r o d o c o r p o . E le s r e v e s t e m c o m p a r t i m e n t o s e v i a s in t e r n a s , i n c l u i n d o a s c a v i d a d e s e n tr a is d o c o r p o , c o m o a s c â m a r a s d o c o r a ç ã o e t o d o s o s v a s o s s a n ­

trê s fo r m a s c e lu la r e s p o s s ív e is (e s c a m o s a , c u b ó id e e c o lu n a r ) p e r m ite _ d e s c r iç ã o d e q u a s e t o d o s o s t ip o s d e e p it é lio n o c o r p o .

Epitélios escamosos [Figura 3.4] Em

um

epitélio escamoso

(

squama, p l a c a

o u e s c a m a ), a s c é lu la s sã o

d e lg a d a s , p la n a s e u m p o u c o ir r e g u la r e s e m s e u fo r m a t o ças d e q u eb ra -ca b eça s

(Figura 3.4a).

com o p e­

N a v is t a d e u m a s e c ç ã o , o n ú c le o

o c u p a a p o r ç ã o m a is e s p e s s a d e c a d a c é lu la e a p r e s e n ta u m

fo r m a to

a c h a ta d o s e m e lh a n t e a o d a c é lu la c o m o u m t o d o ; v is ta s d a s u p e r fíc ie ,

g u ín e o s . O s e p ité lio s s im p le s s ã o t a m b é m c a r a c t e r ís t ic o s d e r e g iõ e s o n d e o c o r ­

a s c é lu la s se p a r e c e m c o m o v o s fr it o s , d is p o s t o s la d o a la d o . O

epitélio

re s e c r e ç ã o , a b s o r ç ã o o u f i l t r a ç ã o , c o m o o s r e v e s t i m e n t o s d o s i n t e s t i n o s

escamoso simples

e a s s u p e r fíc ie s o n d e o c o r r e a d ifu s ã o g a s o s a n o s p u lm õ e s . N e s te s lo c a is ,

d e e p ité lio é e n c o n t r a d o e m r e g iõ e s p r o t e g id a s o n d e o c o r r e a b s o r ç ã o o u

é o tip o m a is d e lic a d o d e e p it é lio n o c o r p o . E s s e t i p :

_ m a lâ m in a ú n ic a d e lg a d a d e e p it é lio s im p le s o fe r e c e u m a v a n t a g e m , p o is

o n d e s u p e r fíc ie s lis a s e v is c o s a s r e d u z e m o a tr ito . E x e m p lo s in c lu e m as

d im in u i a d is tâ n c ia e n v o lv id a e, a s s im , ta m b é m o te m p o n e c e s s á rio p a r a a

s u p e r fíc ie s o n d e o c o r r e a d ifu s ã o g a s o s a n o s p u lm õ e s

r i s s a g e m d e m a t e r i a i s a t r a v é s d a b a r r e i r a e p i t e l i a l.

c a s s e r o s a s q u e re v e s t e m a s c a v id a d e s v e n t r a is d o c o r p o e a s s u p e r fíc ie s

O

epitélio estratificado

a p r e s e n ta d u a s o u m a is c a m a d a s d e c é -

(alvéolos), a s

tú n i­

in t e r n a s d o s is te m a c ir c u la t ó r io .

_ilas a c i m a d a l â m i n a b a s a l . O s e p i t é l i o s e s t r a t i f i c a d o s s ã o g e r a l m e n t e

N o m e s e s p e c ia is fo r a m d a d o s a e p it é lio s e s c a m o s o s s im p le s q u e r e ­

;n c o n t r a d o s e m á r e a s s u je it a s a e s tr e s s e s q u ím ic o s e m e c â n ic o s , c o m o

v e s te m c â m a r a s e v ia s q u e n ã o s e c o m u n ic a m c o m o a m b ie n te e x te rn o .

i s u p e r fíc ie d a p e le e o r e v e s t im e n t o d a b o c a . A s m ú l t i p l a s c a m a d a s d e

O e p it é lio e s c a m o s o s im p le s q u e r e v e s t e a s c a v id a d e s v e n t r a is d o c o r p o e

c é lu la s e m u m e p it é lio e s t r a t if ic a d o fa z e m c o m q u e e le s e ja m a is e s p e s s o

c o n h e c id o c o m o

e re s is te n t e d o q u e o e p it é lio s im p le s . I n d e p e n d e n t e m e n t e d e s e r e s t r a ­

c á r d io c o n t ê m , c a d a u m , u m a c a m a d a s u p e r fic ia l d e m e s o t é lio . O e p ité lio

mesotélio

(mesos, m e i o ) . A

p le u r a , o p e r itô n io e o p e r i­

EPITÉLIO ESCAMOSO SIMPLES LOCAIS: Mesotélios revestindo as cavidades ventrais do corpo; endotélios revestindo o coração e os vasos sangüíneos; porções dos túbulos renais (secções delgadas das alças do néfron); revestimento interno da córnea; alvéolos pulmonares FUNÇÕES: Reduzir atrito, controlar permeabilidade dos vasos; fazer absorção e secreção

Núcleo

Tecido conectivo (a) Revestimento da cavidade peritoneal

ML x 238

EPITÉLIO ESCAMOSO ESTRATIFICADO LOCAIS: Superfície da pele; revestimento da boca, faringe, esôfago, reto, canal anal e vagina

Células — escamosas superficiais

FUNÇÕES: Proteção física contra abrasão, patógenos e agressões químicas

Células-tronco Lâmina basal -

**

~

(b) Superfície da língua

<

— Tecido — conectivo ML X 310

F gura 3.4 Histologia dos epitélios escamosos. :a) Epitélio escamoso simples. Vista superficial de epitélio escamoso simples (m esotélio) que reveste a cavidade peritoneal. 0 desenho tridimensional mostra o epitélio nas vistas superficial e em secção. (b) Epitélio escamoso estratificado. Vistas em secção do epitélio escamoso estratificado que recobre a língua.

56

* |g j ^

FUNDAMENTOS

e s c a m o s o s im p le s q u e r e v e s t e o c o r a ç ã o e t o d o s o s v a s o s s a n g ü ín e o s é d e ­

endotélio. epitélio escamoso estratificado (Figura 3.4b)

n o m in a d o O

Epitélio cubóide [Figura 3.5] A s c é lu la s d e u m

epitélio cubóide

se a s s e m e lh a m a p e q u e n a s c a ix a s h ex a

é g e r a lm e n te e n ­

g o n a i s ; e la s p a r e c e m q u a d r a d o s e m s e c ç õ e s t í p i c a s . C a d a n ú c le o e n c o n t r a - s

c o n tr a d o o n d e o e s tre ss e m e c â n ic o é s e v e r o . O b s e r v e c o m o a s c é lu la s

p r ó x i m o a o c e n t r o d a c é l u l a , c o m a d i s t â n c i a e n t r e o s n ú c l e o s a d ja c e n t e

fo r m a m u m a s é r ie d e c a m a d a s , c o m o u m a p ilh a d e p la c a s d e m a d e ir a

a p r o x i m a d a m e n t e ig u a l à a lt u r a d o e p it é lio .

d e c o m p e n s a d o . A s u p e r f íc ie d a p e le e o r e v e s t im e n t o d a b o c a , d a f a ­

r e c e m p r o te ç ã o lim it a d a e sã o o b s e r v a d o s e m r e g iõ e s o n d e o c o r r e se c re ç ã

Epitélios cubóides simples o f.

r in g e , d o e s ô fa g o , d o r e to , d a v a g in a e d o c a n a l a n a l s ã o á r e a s o n d e e ste

o u a b s o r ç ã o d e s u b s t â n c ia s . E s t e t i p o d e e p i t é l i o r e v e s t e p o r ç õ e s d o s t ú b u lc

:ip o d e e p ité lio o fe r e c e p r o te ç ã o c o n t r a a g r e s s õ e s fís ic a e q u ím ic a . E m

r e n a is , c o m o se o b s e r v a n a

s u p e r fíc ie s e x p o s ta s d o c o r p o , o n d e o e s tre ss e m e c â n ic o e a d e s id r a t a ­

r e s , o e p i t é l i o c u b ó i d e s i m p le s s e c r e t a e n z i m a s e t a m p õ e s , e r e v e s t e o s d u c tc

ç ã o s ã o p r o b le m a s p o te n c ia is , a s c a m a d a s a p ic a is d e c é lu la s e p ite lia is s ã o e n c a p s u la d a s p o r fila m e n to s d a p r o te ín a

queratina. C o m o

r e s u lta d o , a s

lâ m in a s s u p e r fic ia is s ã o r e s is te n t e s a fo r ç a s m e c â n ic a s e im p e r m e á v e is ,

queratinizado. U m e p i t é l i o e s c a m o s o não-queratinizado o f e r e c e r e s i s t ê n c i a à a b r a s ã o , m a s s e c a

e o e p ité lio é d ito

e s t r a t if ic a d o e d e te r io r a se

~ .ã o f o r c o n s t a n t e m e n t e u m i d i f í c a d o . E p i t é l i o s e s c a m o s o s e s t r a t i f i c a d o s

Figura 3.5a. N o

p â n c r e a s e n a s g l â n d u l a s sa liv a

q u e l i b e r a m e s t a s s e c r e ç õ e s . A g l â n d u l a t i r e ó i d e c o n t é m c â m a r a s d e n o m in a ­ das

folículos tireóideos q u e

s ã o r e v e s tid o s p o r u m e p ité lio s e c r e to r c u b ó id

H o r m ô n io s tir e ó id e o s , e s p e c ia lm e n te a tir e o x in a (

tiroxina) ,

a c u m u la m - :

d e n t r o d e fo líc u lo s a n te s d e s e r e m lib e r a d o s n a c o r r e n te s a n g ü ín e a . Os

epitélios cubóides estratificados

s ã o r e l a t i v a m e n t e r a r o s ; co -

tu m a m se r e n c o n tr a d o s a o lo n g o d o s d u e to s d a s g lâ n d u la s s u d o r ífe n

n ã o - q u e r a t in iz a d o s s ã o e n c o n t r a d o s re v e s t in d o a c a v id a d e o r a l, a fa r in ­

(Figura 3.5b)

ge, o e s ô fa g o , o re to , o c a n a l a n a l e a v a g in a .

as g lâ n d u la s m a m á r ia s .

e e m d u e to s m a io r e s d e a lg u m a s g lâ n d u la s e x ó c r in a s , c o m

EPITÉLIO CUBÓIDE SIMPLES LOCAIS: Glândulas; duetos; porções dos túbulos renais; glândula tireóide FUNÇÕES: Proteção limitada, secreção e absorção

Tecido conectivi Nucleo

- Células cubóides Lâmina basal ML x 1.426

(a) Túbulo renal

EPITELIO CUBÓIDE ESTRATIFICADO LOCAIS: Revestimento de alguns duetos (raro) Cavidade —(luz) do dueto

FUNÇÕES: Proteção, secreção e absorção

— Células — cubóides estratificadas Lâmina basal Núcleos

- Tecido conectivo (b) Duetos de glândula sudorífera (sudorípara)

ML x 1.413

Figura 3.5 Histologia dos epitélios cubóides. (a) Epitélio cubóide simples. Secção de epitélio cubóide sim ples revestindo um túbulo renal. A vista diagramática ressalta detalhes estruturais que permitem a classificação de um epitélio com o cubóide. (b) Epitélio cubóide estratificado. Vista em secção do epitélio cubóide estratificado que reveste um dueto de glândula sudorífera na pele.

• Tecidos e Embriologia

C a p ít u l o 3

Epitélio colunar [Figura 3.6] A s c é lu la s d o

epitélio colunar,

5

Epitélios de transição e pseudo-estratificado [Figura 3.7]

d a m e s m a fo r m a q u e a s c é lu la s e p ite lia is

D u a s f o r m a s e s p e c ia liz a d a s d e e p it é lio s ã o e n c o n t r a d a s r e v e s t in d o

c u b ó id e s , ta m b é m s ã o h e x a g o n a is n a s s e c ç õ e s t r a n s v e r s a is , m a s , a o c o n ­

v ia s d o s is t e m a r e s p ir a t ó r io e o s ó r g ã o s c o n d u t o r e s o c o s d o s is te r

tr a r io d a s c é lu la s c u b ó id e s , s u a a lt u r a é b e m m a io r e m r e la ç ã o à s u a la r-

u r in á r io .

tr u r a . O s n ú c l e o s f i c a m c o n c e n t r a d o s e m u m b a n d a e s t r e i t a , p r ó x i m a à ò m in a b a s a l, e a a lt u r a d o e p it é lio é m u it a s v e z e s m a i o r d o q u e a d is t â n c ia e n tre d o is n ú c le o s

(Figura 3.6a).

O

epitélio colunar simples

o f e r e c e a l-

P o r ç õ e s d o tr a to r e s p ir a t ó r io c o n tê m u m e p ité lio c o lu n a r e sp e c i liz a d o , d e n o m in a d o

epitélio colunar pseudo-estratificado,

q u e in c l

u m m is t u r a d e t ip o s d e c é lu la s . P e lo fa t o d e o s s e u s n ú c le o s e s t a r e m s ::

ç u m a p ro te ç ã o e p o d e ta m b é m ser e n c o n tra d o e m á rea s o n d e o c o rre m

a d o s e m d is tâ n c ia s v a r ia d a s e m r e la ç ã o à s u p e r fíc ie , o e p ité lio p a re c e -

a b s o r ç ã o e s e c r e ç ã o . E ste tip o d e e p ité lio re v e ste o e s tô m a g o , o tr a to in t e s ­

e s t r a t if ic a d o , o u c o n s t it u íd o p o r c a m a d a s . P e lo fa t o d e t o d a s a s c é lu .

t i n a l, a s t u b a s u t e r i n a s e m u i t o s d u e t o s e x c r e t o r e s .

r e p o u s a r e m s o b r e a l â m i n a b a s a l, e s s e e p it é lio é , n a v e r d a d e , u m e p ite l

O

epitélio colunar estratificado

é r e l a t i v a m e n t e r a r o , o f e r e c e n d os i m p l e s ; p o r t a n t o , é c o n h e c i d o c o m o e p i t é l i o c o l u n a r p s e u d o - e s t r a : :

p r o te ç ã o a o lo n g o d e p o r ç õ e s d a fa r in g e , d a u r e t r a e d o c a n a l a n a l, a s s im c o m o a o lo n g o d e a lg u n s p o u c o s e g r a n d e s d u e to s e x c r e to r e s . E s t e e p it é lio p o d e te r d u a s c a m a d a s

(Figura 3.6b)

o u c a m a d a s m ú ltip la s ; q u a n d o e x is ­

c a d o . A s c é lu la s e p ite lia is e x p o s ta s t ip ic a m e n te a p r e s e n ta m c ílio s , m o :: p e lo q u a l e s te e p it é lio é fr e q ü e n t e m e n t e d e n o m in a d o

pseudo-estratificado ciliado (Figura 3.7a).

epitélio colun

E ste tip o d e e p ité lio rev e -

te m c a m a d a s m ú ltip la s , a p e n a s a s c é lu la s s u p e r fic ia is a p r e s e n ta m a fo r m a

a m a i o r p a r t e d a c a v id a d e n a s a l, t r a q u é ia , b r ô n q u i o s e t a m b é m p o r ç !

c o lu n a r c lá s s ic a .

d o t r a t o g e n it a l m a s c u lin o .

EPITÉLIO COLUNAR SIMPLES LOCAIS: Revestimento do estômago, intestino, vesícula biliar, tubas uterinas e túbulos coletores dos rins

Microvilosidades Citoplasma

FUNÇÕES: Proteção, absorção e secreção

Núcleos

Lâmina basal

(a) Revestimento intestinal

Tecido conectivo frouxo

ML x 350

EPITÉLIO COLUNAR ESTRATIFICADO LOCAIS: Pequenas áreas da faringe, epiglote, canal anal, glândulas mamárias, duetos das glândulas salivares e uretra

Tecido conectivo frouxo Células basais mais profundas

FUNÇÕES: Proteção

Cavidade (luz)

Células colunares superficiais

Cavidade (luz)

Citoplasma Núcleos Lâmina basal (b) Dueto de glândula salivar

ML X 175

Figura 3.6 Histologia dos epitélios colunares. (a) Epitélio colunar simples. Micrografia de luz mostrando as características de um epitélio colunar simples. No esquema diagramático, note as relações entre altura e largura de cada célula; o tamanho relativo, a forma e a localização dos núcleos; e a distância entre os núcleos adjacentes. Compare estas observações com as características correspondentes dos epitélios cubóides simples, (b) Epitélio colunar estratificado. 0 epitélio colunar estratificado é encontrado algumas vezes ao longo de grandes duetos, como o dueto da glândula salivar. Observe a altura total do epitélio e a localização e orientação dos núcleos.

58

FUNDAMENTOS

Os

epitélios de transição,

m o strad o s n a

Figura 3.7b,

re v e ste m a p e l­

p e la e s t r u t u r a d a g lâ n d u la e p e lo m o d o d e s e c r e ç ã o . A s g lâ n d u la s e x ó ­

v e r e n a l, o s u r e te r e s e a b e x ig a u r in á r ia . O e p ité lio d e t r a n s iç ã o é e s t r a t ifi-

c r in a s , q u e p o d e m s e r ta n to u n ic e lu la r e s c o m o m u ltic e lu la r e s , s e c re ta m

;a d o , c o m c a r a c te r ís t ic a s e s p e c ia is q u e p e r m it e m s u a d is te n s ã o o u a lo n ­

m u c in a s , e n z im a s , á g u a e p r o d u t o s r e s id u a is . E s t a s s e c r e ç õ e s s ã o lib e r a d a s

g a m e n to . Q u a n d o d is te n d id o s , o s e p ité lio s d e t r a n s iç ã o a s s e m e lh a m - s e

n a s s u p e r fíc ie s a p ic a is d e c é lu la s g la n d u la r e s in d iv id u a is .

a e p ité lio s e s t r a t ific a d o s n ã o - q u e r a t in iz a d o s , c o m d u a s o u tr ê s c a m a d a s . E m u m a b e x ig a u r in á r ia v a z ia

(Figura 3.7b),

o e p ité lio p a r e c e te r m u it a s

Glândulas endócrinas s ã o

g lâ n d u la s s e m d u e to s q u e lib e r a m s u a s s e ­

c r e ç õ e s d ir e t a m e n t e n o líq u id o in t e r s t ic ia l, n a lin fa o u n o s a n g u e .

c a m a d a s , e a s c é lu la s m a is e x t e r n a s s ã o tip ic a m e n t e c u b ó id e s e a r r e d o n d a ­ d a s. A c o n s titu iç ã o d e u m e p ité lio d e t r a n s iç ã o p e r m ite - lh e c o n s id e r á v e l

Tipos de secreção

d is te n s ã o s e m d a n o s à s s u a s c é lu la s in te g r a n te s .

Exócrina

(exo, f o r a )

é a s e c r e ç ã o lib e r a d a n a s u p e r fíc ie d a p e le o u s o b r e

u m a s u p e r fíc ie d e r e v e s t im e n t o e p it e lia l q u e r e c o b r e u m a v ia in te r n a , q u e se c o m u n ic a c o m o m e io a m b ie n te e x t e r n o p o r m e io d e u m

Epitélios glandulares M u ito s e p ité lio s c o n tê m c é lu la s g la n d u la r e s q u e p r o d u z e m s e c r e ç õ e s. A s

glândulas exócrinas l i b e r a m

dueto

e p it e lia l q u e d e s e m b o c a n a s u p e r fíc ie d a p e le o u n a s u p e r fíc ie e p ite ­

s u a s s e c r e ç õ e s s o b r e u m a s u p e r f íc ie e p it e lia l.

lia l. E s t e s d u e t o s p o d e m lib e r a r a s e c r e ç ã o in a lt e r a d a o u p o d e m a lt e r a r a s e c r e ç ã o p o r m e io d e v á r io s m e c a n is m o s , c o m o r e a b s o r ç ã o , s e c r e ç ã o o u

A s g lâ n d u la s e x ó c r in a s s ã o c la s s ific a d a s p e lo t ip o d e s e c r e ç ã o lib e r a d a ,

EPITÉLIO COLUNAR PSEUDO-ESTRATIFICADO CILIADO LOCAIS: Revestimento da cavidade nasal, traquéia e brõnquios; porções do trato genital masculino

Cílios Citoplasma

FUNÇÕES: Proteção secreção

Núcleos

Lâmina basal Tecido conectivo frouxo (a) Traquéia

EPITÉLIO DE TRANSIÇÃO LOCAIS: Bexiga urinária; pelve renal; ureter FUNÇÕES: Permite expansão e retração após distensão

Epitélio — (relaxado)

Lâmina basal Tecido conectivo e camadas de músculo liso (b) Bexiga urinária

ML x 394

BEXIGA VAZIA

— Epitélio (distendido) Lâmina basal ■ Tecido conectivo e ------ — camadas de músculo liso

_

BEXIGA CHEIA

*

& rtriado esquelético, muscular estriado cardíaco e muscular liso.

(ver

do com o

Figura 3.22)

músculo não-estriado involuntário.

A s c é lu la s d o m ú s c u lo

p o d e m d iv id ir - s e e , p o r t a n t o , r e g e n e r a m - s e a p ó s le s ã o ,

T e c id o muscular estriado esquelético 75 11tecido m uscular estriado esquelético contém fibras musculares cilín;r:;a s grandes, interconectadas por fibras elásticas e colágenas. As fibras ~u>culares esqueléticas apresentam estriações em função da organização das suas proteínas contráteis. Uma vez que podem os controlar volun­ tariam ente a contração das fibras musculares esqueléticas p o r meio do -:>tema nervoso, o músculo esquelético é classificado como m úsculo es­ triado voluntário. Novas fibras musculares são produzidas pela divisão de células m usculares satélites (mioblastos). (ver Figura 3.22a)

1

Tecido nervoso 1. O tecido nervoso

ou

77 tecido n eu ral

75 5 O tecido m uscular estriado cardíaco é encontrado apenas no coração. É composto de células uninucleadas, ramificadas e curtas. O sistema ner­ voso não oferece controle voluntário das células do m úsculo cardíaco. Aisim, o músculo cardíaco é classificado como m úsculo estriado invo­ luntário. (ver Figura 3.22b)

Tecido muscular liso

75 4. O tecido m uscular liso é composto de células curtas e afiladas contendo apenas um núcleo. É encontrado nas paredes dos vasos sangüíneos, nas paredes de órgãos ocos e em camadas ao redor de vários tratos. É classifica­

é e s p e c i a li z a d o n a c o n d u ç ã o d e in

p u l s o s e lé t r ic o s d e u m a á r e a d o c o r p o a o u t r a . 2.

O te c id o n e r v o s o é c o n s titu íd o p o r d o is tip o s d e c é lu la s : n e u r ô n io s n e u r ó g l i a ( c é lu la s d a g l i a ) . O s

n eurônios

tr a n s m it e m in fo r m a ç ã o c o n

neuróglia,

i m p u l s o s e lé t r ic o s . E x i s t e m d ife r e n t e s t i p o s d e

e e n tre o u tr.

f u n ç õ e s , e s t a s c é l u l a s o f e r e c e m e s t r u t u r a d e s u s t e n t a ç ã o p a r a o te cid n e r v o s o e d e s e m p e n h a m u m im p o r ta n te p a p e l n o fo r n e c im e n to d e n i t r ie n t e s p a r a o s n e u r ô n i o s ,

Tecido muscular estriado cardíaco

:s

(ver Figura 3.22c

3.

(ver Figura 3.23)

O s n e u r ô n io s a p re s e n ta m u m

corpo celular,

ou

som a,

q u e c o n t é m ui

n ú c le o g r a n d e e p r o e m i n e n t e . M u i t a s r a m i f i c a ç õ e s , d e n o m i n a d a s

d ritos,

e u m ú n ic o

axônio

ou

fibra nervosa

dei

e s te n d e m -s e p a r tin d o d

c o r p o c e lu la r . O s d e n d r i t o s r e c e b e m m e n s a g e n s a f e r e n t e s ; o s a x ó n : c o n d u z e m m e n s a g e n s e f e r e n t e s p a r a o u t r a s c é lu la s ,

(ver Figura 3.23)

Tecidos, nutrição e envelhecimento 1.

77

O s t e c id o s m o d i f i c a m - s e c o m o a v a n ç a r d a id a d e . A r e g e n e r a ç ã o e a rrt n u t e n ç ã o t o r n a m - s e m e n o s e f ic ie n t e s , o c o r r e n d o a lt e r a ç õ e s n a e s t r u t u e n a c o m p o s i ç ã o q u í m i c a d e v á r i o s t e c id o s .

REVI SÃO DO CAPI TULO Para respostas às questões da Revisão dos Conceitos e Revisão do Capítulo, i irw a seção de Respostas na parte final do livro.

Nível 1 - Revisão de fatos e termos

14 .

\aocie cada item numerado com a letra do item que melhor se relaciona. Utilize letras para as respostas nos espaços apropriados. C oluna A

C oluna

d a s m e m b r a n a s s in o v i a i s

Q u a l d o s s e g u in t e s it e n s n ã o é u m a c a r a c t e r ís t ic a d a s c é lu la s e p it e lia is : (a )

p o d e m c o n s is t ir e m u m a ú n i c a o u e m m ú l t i p l a s c a m a d a s c e lu la r e ?

(b )

s e m p re a p r e s e n ta m u m a s u p e r fíc ie liv r e , e x p o s ta a o m e io e x te rn o

(c )

s ã o a v a s c u la r e s

B

(d )

c o n s is t e m e m a lg u m a s p o u c a s c é lu la s m a s a p r e s e n t a m g r a n d e

___ 1 . m ú s c u lo e s q u e lé t ic o

a . t o d o s o s e p it é lio s

___ 2 . m a s t ó c it o

b . c a m a d a c e lu la r ú n ic a

___ 3 . a v a s c u la r

c. b e x ig a u r in á r ia

___ 4 . t r a n s iç ã o

d . c é lu la d e s t r u íd a

c e to :

__

e . c o m p o n e n t e d o t e c id o

(a)

5 . c é lu la s c a l ic i f o r m e s

__ 6 . c o lá g e n o __

7 . c a r t ila g e m

___ 8 . e p it é lio s im p le s

11

d a s tú n ic a s se ro sa s

(d )

o u a a lg u m a c â m a r a o u v i a i n t e r n a

q u a n t id a d e d e m a t e r i a l e x t r a c e l u l a r 15 .

A s f u n ç õ e s d o t e c id o c o n e c t iv o in c l u e m c a d a u m d o s s e g u in t e s ite n s , e

e s t a b e le c e r u m a e s t r u t u r a d e s u s t e n t a ç ã o p a r a o c o r p o

( b ) t r a n s p o r t a r l í q u i d o s e m a t e r i a i s d is s o l v i d o s

c o n e c t iv o

11

(c )

f. g l â n d u l a e x ó c r i n a , u n i c e l u l a r

(c )

g. te n d ã o

(d ) p r o p i c i a r s e n s a ç õ e s

h . c é lu la l iv r e

16 .

Q u a l d o s s e g u in te s ite n s n ã o é u m a p r o p r ie d a d e d o te c id o m u s e u ]

__ 9 . s u b s t â n c ia f u n d a m e n t a l

i. l a c u n a s

lis o ?

__ 1 0 . s e c r e ç ã o h o l ó c r in a

j. e s t r ia d o

(a )

.As células epiteliais não: a recobrem toda a superfície exposta do corpo (b) revestem os tratos digestório, respiratório, genital e urinário i c ) revestem as superfícies externas dos vasos sangüíneos e coração1 7 . i d revestem cavidades e vias internas Qual dos seguintes itens refere-se ao tecido conectivo denso que forma as cápsulas envoltórias de muitos órgãos? a fáscia superficial (b) hipoderme (c ) fáscia profunda d ) tela subserosa

13. A redução do atrito entre as superfícies das paredes de um a cavidade do corpo e da víscera é função: a) da pele (b) das túnicas mucosas

a r m a z e n a r r e s e r v a s d e e n e r g ia

é c o m p o s t o d e p e q u e n a s c é lu la s c o m e x t r e m i d a d e s a fila d a s

(b )

a p r e s e n t a c é lu la s c o m n ú c le o s n u m e r o s o s e d e f o r m a t o i r r e g u la r

(c )

p o d e r e p o r c é lu la s e s e r e g e n e r a a p ó s le s ã o

(d )

c o n t r a i c o m o u s e m e s t i m u la ç ã o n e r v o s a

M o d i f i c a ç õ e s t e c i d u a i s p r ó p r i a s d o e n v e lh e c im e n t o in c l u e m : (a )

d i m i n u i ç ã o d a c a p a c i d a d e r e g e n e r a t iv a

(b )

m e n o r e f i c i ê n c i a d a m a n u t e n ç ã o t e c id u a l

(c )

e p it é lio s m a i s fi n o s

( d ) t o d a s a s a n t e r io r e s 18 .

Q u e t i p o d e t e c id o d e s u s t e n t a ç ã o é e n c o n t r a d o n a o r e l h a e n o á p ic e i n a r iz ? (a )

o sso

(b )

fib r o c a r tila g e m

(c )

c a r t i l a g e m e lá s t ic a

(d )

c a r t i l a g e m h ia lin a

C a p ít u lo

I r1. U m e p i t é l i o é c o n e c t a d o a o t e c i d o c o n e c t i v o s u b j a c e n t e p o r :

3 • Tecidos e Embriologia

4.

C o m o fu n c io n a u m te n d ã o ?

5.

Q u a l é a d ife r e n ç a e n tr e as s e c r e ç õ e s e x ó c r in a e e n d ó c r in a ?

6.

Q u a l é a im p o r t â n c ia d o s c ílio s n o e p ité lio r e s p ir a t ó r io ?

a i u m a lâ m in a b a s a l bi

c a n a líc u lo s

c)

e s t e r e o c íli o s

di

p r o te o g lic a n o s 7.

1

Q u a l d o s s e g u in t e s it e n s s ã o c é l u l a s l i v r e s e n c o n t r a d a s n o t e c i d o c o n e c t i ­ v o p r ó p r io ? a)

m a c r ó fa g o s fix o s

b ) c é lu la s m e s e n q u im a is e a d ip ó c it o s

P o r q u e r a z ã o n ã o h á d is t o r ç ã o o u le s ã o d o s m ú s c u lo s s u b ja c e n te s & : s a p e r t a r a p e le ?

8.

E m q u e u m te n d ã o d ife r e d e u m a a p o n e u r o s e ?

9.

O q u e s ã o c é lu la s g e r m in a t iv a s e q u a l é a s u a fu n ç ã o ?

c I fib r o b la s to s e m e la n ó c ito s d I e o s in ó filo s , n e u t r ó filo s e m a s tó c ito s

Nível 2 - Revisão dos conceitos

Nível 3 - Pensamento crítico 1.

A a n á lis e d e u m a s e c r e ç ã o g la n d u la r in d ic a q u e e la c o n t é m a lg u m I ' R N A e c o m p o n e n t e s d e m e m b r a n a , c o m o fo s fo lip íd e o s . Q u e t i p : i e x

1.

C o m o a fu n ç ã o d e u m te c id o d o c o r p o d ife r e d a fu n ç ã o d e u m a c é lu la in d iv id u a l?

1

5.

e re ç ã o é e sta e p o r q u ê? 2.

D u r a n te u m e x a m e la b o r a to r ia l, u m e s tu d a n te o b s e r v a u m a

;

U m a c a m a d a d e g lic o p r o te ín a s e u m a re d e d e fila m e n to s p r o té ic o s fin o s

t e c i d o q u e a p r e s e n t a m u i t a s f i b r a s p r o t é i c a s a g r u p a d a s d e n s a m e - : ; r d e­

q u e d e s e m p e n h a m fu n ç õ e s lim ita d a s a g e m c o n ju n ta m e n t e c o m o u m a

p o s ta s p a r a le la m e n te . N ã o h á n ú c le o s n e m e s tr ia ç õ e s e n ã o h á e \~ d é ~ c _

b a r r e ir a q u e r e s t r in g e o m o v im e n t o d e p r o t e ín a s e o u t r a s m o lé c u la s

d e o u t r a s e s tr u tu r a s c e lu la r e s . O e s tu d a n t e id e n t ific a o te c id o cc m : —

g r a n d e s d o te c id o c o n e c tiv o p a r a o e p ité lio . Is s o d e s c r e v e a e s t r u t u r a e

c u lo e s q u e lé t ic o . P o r q u e a id e n t ific a ç ã o fe ita p e lo e s tu d a n t e e s : i

fu n ç ã o d e :

e q u e te c id o fo i o b s e r v a d o ?

(a)

c a n a is d e in te r fa c e

(b )

lâ m in a r e t ic u la r

(c )

lâ m in a b a sa l

íd)

te c id o a r e o la r

A s c é l u l a s d o t e c i d o c o n e c t i v o q u e r e s p o n d e m a le s ã o o u i n f e c ç ã o d i v i d in d o - s e p a r a fo r m a r c é lu la s - filh a s q u e se d ife r e n c ia m e m o u t r o s tip o s d e c é lu la s sã o : (a)

m a s tó c ito s

(b )

f i b r o b la s t o s

(c)

p la s m ó c it o s

d)

c é lu la s m e s e n q u im a is

3.

t~ i i .

F u m a r d e s t r ó i o s c ílio s e n c o n t r a d o s e m m u it a s c é lu la s d o e p i t é l i : r e s : o r a rtó rio . D e q u e f o r m a i s s o c o n t r i b u i p a r a a “ t o s s e d o f u m a n t e ” ?

4.

P o r q u e o r is c o d e v id a é m a io r e m is q u e m ia s (fa lta d e o x i g e n a i : m ú s c u l o c a r d í a c o d o q u e e m i s q u e m i a s d o s m ú s c u l o s e s q u e l e t i c c s?

r

OB JET IVO S DO C A P ÍT U L O :

1.

D escrever e com parar a estrutura e as funçõ es da pele e do tecido conectivo subjacente.

2. D escrever os quatro tipos de células prim árias encontradas na epiderme.

Tegumento Comum

3. Explicar os fatores que contribuem para as diferenças individuais e raciais na pele, co m o a cor.

4.

D iscutir os efeitos da radiação ultravioleta na pele e o papel desem penhado pelos m elanócitos no que co ncern e a este assunto.

5. D escrever a organização da derme. 6 . D iscutir os com p onentes dérm icos,

inclusive suprim ento sangüíneo e nervoso.

7.

D escrever a estrutura da tela subcutânea (hipoderme) e sua im portância.

8 . D iscutir a anatom ia e as funções das estruturas acessó rias da pele: pêlos, glândulas e unhas.

9. D escrever os m ecanism os que produzem os pêlos e determ inam sua co r e textura.

10 . Com parar e diferenciar glândulas seb áceas e sudoríferas.

11.

D escrever com o funcionam as glândulas sudoríferas do tegum ento com um na regulação da tem peratura do corpo.

12. Explicar com o a pele responde a lesões e se regenera. 13. Resum ir os efeitos do envelhecim ento na pele.

Introdução

89

Estrutura e função do tegumento com um A epiderm e A derme

90

90

95

A tela subcutânea Estruturas acessórias

97 98

Controle local da função do tegumento com um Envelhecimento e tegumento com um

105

105

C a p ít u lo

O

tegumento comum é

4 • Tegumento Comum

c o m p o s t o d e p e le e s e u s d e r iv a d o s : p ê lo s , u n h a s

Nota clínica

e g lâ n d u la s s u d o r ífe r a s , s e b á c e a s e m a m a s . A in d a q u e s u b e s tim a d o , e ste é p r o v a v e lm e n t e o s is t e m a d e ó r g ã o s m a is o b s e r v a d o e m d e t a lh e s . E s t e é o ú n ic o s is te m a q u e v e m o s to d o s o s d ia s , q u a s e q u e e m s u a to t a lid a d e . U m a

Exame da pele

A o e x a m in a r um p a c ie n te , o d e rm a to lo g is ta u s u m a c o m b in a ç ã o d e q u e s tõ e s in v e s tig a tiv a s ( "0 q u e te m e n tra c i em c o n ta to c o m su a p e le u ltim a m e n te ? " ou "Q u a l a s e n s a ç ã o ? " i um e x a m e f ís ic o para c h e g a r a um d ia g n ó s tic o . A c o n d iç ã o da pel< é c u id a d o s a m e n te o b s e rv a d a . N o ta s s ã o to m a d a s s o b re a p re se n c d e le sõ e s, q u e sã o m o d ific a ç õ e s na e s tru tu ra da p e le c a u s a d a s po tra u m a s ou p ro c e s s o s p a to ló g ic o s. L e s õ e s sã o ta m b é m d e n o m in a d a sinais da pele p o rq u e sã o a n o m a lia s v is ív e is e m e n s u rá v e is da su p e fíc ie cu tâ n e a . A d is trib u iç ã o d a s le s õ e s p o d e s e r u m a p ista im p o rta n te para s d e te rm in a r a o rig e m do p ro b le m a . P o r e x e m p lo , no herpes-zóster, ve s íc u la s c u tâ n e a s o c o rre m em á re a s in e rv a d a s p o r n e rv o s s e n s o ris p e rifé ric o s. U m an el d e le s õ e s e s c a m o s a s (pápulas), le v e m e n te sa lie r tes, é t íp ic o d e in fe c ç õ e s p o r fu n g o s q u e p o d e m a fe ta r o tro n c o , c o u ro c a b e lu d o ou a s unhas. S in a is na s u p e rfíc ie da pele, a s sim c o rr s in a is e n v o lv e n d o ó rg ã o s a c e s s ó rio s da pele, ta m b é m p o d e m s e r irr p o rta n te s. P o r e xe m p lo :

v e z q u e e s s e s is te m a ta m b é m p o d e s e r v is t o p o r o u t r a s p e s s o a s , d e d ic a se m u it o te m p o e m m e lh o r a r a a p a r ê n c ia d o te g u m e n to c o m u m e s u a s e s tr u tu r a s a s s o c ia d a s . L a v a r o r o sto , e s c o v a r o s d e n te s e a p a r a r o s c a b e lo s , t o m a r b a n h o e m a q u ia r - s e sã o a tiv id a d e s q u e m o d ific a m a a p a r ê n c ia o u a s p r o p r ie d a d e s d o te g u m e n to c o m u m . A m a io r ia d a s p e s s o a s u s a a a p a r ê n c ia g e r a l d a p e le p a r a e s tim a r a s a ú d e g e r a l e a id a d e d e a lg u é m q u e a c a b a d e c o n h e c e r - p e le s a u d á v e l a p r e s e n t a u m a a p a r ê n c ia s u a v e e p e le s jo v e n s a p r e s e n t a m p o u c a s r u g a s . A p e le t a m b é m e v id e n c ia o e s t a d o e m o c io n a l, c o m o q u a n d o o c o r r e r u ­ b o r p o r c o n s t r a n g im e n t o o u r a iv a . Q u a n d o a lg o d e e r r a d o o c o r r e c o m a p e le , o s e fe it o s s ã o im e d ia t a m e n t e a p a r e n t e s . M e s m o a lt e r a ç õ e s o u m a r c a s r e la tiv a m e n te s e m im p o r tâ n c ia s e r ã o im e d ia ta m e n t e n o ta d a s , e n q u a n to d o e n ç a s m a is s é r ia s e m o u t r o s s is te m a s s ã o m u it a s v e z e s ig n o r a d a s . (E sta é p r o v a v e lm e n t e a r a z ã o p e la q u a l c o m e r c ia is d e t e le v is ã o d e d ic a m ta n t o t e m p o p a r a o c o n t r o le d a a c n e , u m a a lt e r a ç ã o t e m p o r á r ia d a p e le q u e é p u b lic a m e n t e e x p o s ta , e n ã o p a r a o c o n t r o le d a p r e s s ã o a r te r ia l, u m p r o ­



b le m a c a r d io v a s c u la r p o t e n c ia lm e n t e fa t a l, q u e s e r ia m a is f á c il d e p a s s a r d e s p e r c e b id o .) A p e le e s p e lh a a s a ú d e g e r a l d e o u t r o s s is t e m a s , e o s c lín i­ c o s u t iliz a m - s e d a a p a r ê n c ia d a p e le p a r a d e t e c t a r s in a is d e d o e n ç a s . P o r e x e m p lo , a c o lo r a ç ã o d a p e le m o d if ic a - s e q u a n d o o c o r r e m d o e n ç a s q u e a c o m e t e m o fu n c io n a m e n t o d o fíg a d o .



C o n t u d o , a p e le te m m a is d o q u e a p e n a s u m a fu n ç ã o c o s m é t ic a . E la p r o t e g e c o n t r a o a m b ie n te e x t e r n o e a u x ilia n o c o n t r o le d e te m p e r a t u r a d o c o r p o . O u t r a s im p o r t a n t e s fu n ç õ e s d a p e le fic a r ã o c la r a s c o n fo r m e e x a m i­

A s unhas a p re se n ta m fo rm a to c a ra c te rístic o q u e pod e se modif^ a d e v id o a um a a lte ra ç ã o su b ja ce n te . U m e x e m p lo é um a c o n d i : 5 p a to ló g ica c o n h e c id a c o m o unha em vidro de relógio, um sinal q ü e n te d e enfisema ou insuficiência cardíaca congestiva. Nes:= patologias, as p o n ta s d o s d e d o s se ala rg am e a s u n h a s to rnam -s curvas. A c o n d iç ã o do c a b e lo pode se r in d ica tiv a do e sta d o geral de saud de um indivíd uo. P o r e xe m p lo , d e s p ig m e n ta ç ã o e e s p e s s a m e -: do c a b e lo o c o rre m d e v id o à d e fic iê n c ia de p ro te ín a na d o e n ça d

kwashiorkor.

n a r m o s a a n a t o m ia fu n c io n a l d o te g u m e n t o c o m u m n e s te c a p ít u lo .

TEG U M EN TO CO M UM • Proteção física contra agentes ambientais • Termorregulação • Síntese e armazenamento de reservas lipídicas

’ Excreção >Síntese de vitamina D3 ■Informação sensitiva ■Coordenação da resposta imunológica a patógenos e tumores de pele

I _____________________ ESTRUTURAS ACESSÓRIAS

CUTIS

DERME

EPIDERME >Protege a derme contra traumatismos e agres­ sões químicas 1Controla a permeabili­ dade da pele, evita perda de água ■Síntese de vitamina D3 ’ Receptores sensitivos detectam toque, pressão, dor e temperatura ■Coordena resposta imunológica a patógenos e tumores de pele

Figura 4.1

CAMADA PAPILAR • Nutre e sustenta a epiderme

CAMADA RETICULAR • Restringe a disseminação de patógenos que pene­ tram a epiderme • Armazena reservas lipídicas • Fixa a pele a tecidos mais profundos • Receptores sensitivos de­ tectam toque, pressão, dor, vibrações e temperatura • Vasos auxiliam na termorregulação

Organização funcional do tegumento comum.

Esquem a representativo das relações entre os com ponentes do tegum ento comum .

FOLÍCULOS PILOSOS • Produzem pêlos e protegem o crânio • Produzem pêlos que i conferem sensações 1 de toque delicado na < superfície do corpo

GLÂNDULAS EXÓCRINAS • Auxiliam na termorregulação • Excretam resíduos • Lubrificam a epiderme

UNHAS • Protegem s

sustentar" 3 pontas dos dedos

90





Estrutura e função do tegumento comum [Figura 4 . 1 ] I

ja c e n te d a

ou

i r a r e n t e s , e a s d e fe s a s e p it e lia is p e r m a n c e m in t a c t a s e f u n c io n a i s .

a p e le d a f á s c i a p r o f u n d a e m t o r n o d e o u t r t

pág. 74

A p e s a r d e n ã o s e r g:

r e m o s a te la s u b c u t â n e a n e s te c a p ít u lo e m fu n ç ã o d e s u a s e x te n s.

—.e a t o a c ú s t i c o e x t e r n o . N a s n a r in a s , n o s lá b io s , n o c a n a l a n a l, n o ó s t io d a

m ia ] r e s p e c t iv a m e n t e . N e s t a s r e g iõ e s , a t r a n s iç ã o é c o n t ín u a , s e m d iv i s õ e s

hipoderme, s e p a r a

r a lm e n t e c o n s i d e r a d a c o m o p a r t e d o t e g u m e n t o c o m u m , c o n s i d e r .

r-e rr.c ie s a n t e r io r e s d o s o l h o s e a s m e m b r a n a s t im p â n i c a s n a t e r m in a ç ã o d o

_ : e t r a e d a v a g i n a , o t e g u m e n t o c o m u m i n t e r i o r iz a - s e e e n c o n t r a a s t ú n ic a s

P r o f u n d a m e n t e à d e r m e , o t e c i d o c o n e c t i v o fro ;.

ó r g ã o s , c o m o m ú s c u lo s e o s s o s .

: e ; u m e n t o c o m u m r e c o b r e t o d a a s u p e r f íc i e d o c o r p o , in c l u i n d o a s s u -

m u c o s a s d e r e v e s t im e n t o d o s t r a t o s r e s p ir a t ó r io , d i g e s t ó r io , u r i n á r i o e g e ­

d erm e.

x o d a te la s u b c u t â n e a , t a m b é m c o n h e c id o c o m o “ fá s c ia s u p e r fic ia l

in te rc o n e x õ e s c o m a d e rm e .

2.

As

e stru tu ras acessórias i n c lu e m

o s p ê lo s , a s u n h a s e u m a v a r ie d a d e c

g lâ n d u la s e x ó c r i n a s m u lt ic e lu la r e s . E s t a s e s t r u t u r a s e n c o n t r a m - s e lo c : l iz a d a s n a d e r m e e p r o je t a m - s e a t r a v é s d a e p i d e r m e a té a s u p e r fíc ie .

T o d o s o s q u a t r o t ip o s d e t e c i d o s s ã o e n c o n t r a d o s n o t e g u m e n t o c o m u m . U m e p i t é l io r e c o b r e s u a s u p e r f í c i e , e t e c id o s c o n e c t iv o s s u b ja c e n t e s l h e c o n f e r e m f o r ç a e r e s il iê n c ia . O s v a s o s s a n g ü í n e o s n o t e c i d o c o n e c t i -

::

r .u t r e m a s c é l u l a s e p i d é r m i c a s . O t e c i d o m u s c u l a r l i s o n o t e g u m e n -

A e p i d e r m e d a p e le c o n s is t e e m u m e p i t é l i o e s c a m o s o e s t r a t i f ic a d o , c o m

: o m u m c o n t r o l a o d i â m e t r o d o s v a s o s s a n g ü í n e o s e a ju s t a a p o s i ç ã o

se o b s e r v a n a

i : > p e lo s q u e s e p r o j e t a m a c i m a d a s u p e r f í c i e d o c o r p o . O t e c i d o n e r v o í

A epiderme [Figura 4.2]

: c o n tr o la este s m ú s c u lo s lis o s e m o n it o r a o s r e c e p to r e s p r o p ic ia n d o as

H á q u a t r o tip o s d e c é lu la s n a e p id e r m e :

queri

tinócitos, melanócitos, células de Merkel e células de Langerhans. A s

c é lu L

Figura 4.2.

e p ite lia is m a is a b u n d a n t e s s ã o o s

q u e ra tin ó c ito s,

q u e f o r m a m m u it a

- e r .s a ç õ e s d e t a t o , p r e s s ã o , t e m p e r a t u r a e d o r .

c a m a d a s d i f e r e n t e s . O s l i m i t e s p r e c i s o s e n t r e e la s s ã o g e r a l m e n t e d e c O t e g u m e n t o c o m u m a p r e s e n t a n u m e r o s a s f u n ç õ e s , in c l u i n d o p r o t e ç ã o fí c il v i s u a l i z a ç ã o e m m i c r o g r a f i a s d e lu z . N a en co n trad a n j t ís i c a , r e g u la ç ã o t é r m ic a d o c o r p o , e x c r e ç ã o ( s e c r e ç ã o ) , n u t r iç ã o ( s ín t e s e ) , p a lm a s d a s m ã o s e p la n t a s d o s p é s, c in c o c a m a d a s p o d e m s e r d is tin ta s e n s a ç ã o e d e fe s a i m u n o l ó g i c a . A Figura 4.1 a p r e s e n t a a o r g a n iz a ç ã o f u n A p e n a s q u a t r o c a m a d a s p o d e m s e r d ife r e n c ia d a s n a q u e re c c : r.al d o t e g u m e n t o c o m u m . O t e g u m e n t o c o m u m a p r e s e n t a d o is g r a n d e s b r e o r e s t o d o c o r p o . M e l a n ó c i t o s s ã o c é lu la s d e p r o d u ç ã o d e p i g m e n t o r : im p o n e n te s , a (m e m b ra n a c u tâ n e a ) e as e p i d e r m e . A s c é l u l a s d e M e r k e l d e t e c t a m s e n s a ç õ e s , e n q u a n t o a s c é lu la

pele espessa,

pele delgada

pele

1. A

estruturas acessórias.

pele a p r e s e n t a d o i s c o m p o n e n t e s , o e p i t é l i o s u p e r f i c i a l , d e n o m i ­ ep id erm e ( epi, a c i m a + derma, p e le ) , e o t e c i d o c o n e c t iv o s u b ­

nad o

d e L a n g e r h a n s s ã o c é l u l a s f a g o c i t á r i a s . T o d a s e s s a s c é l u l a s e s t ã o d is p e r s a en tre o s q u e r a tin ó c ito s .

Haste do pêlo Epiderme Camada papilar

Poro de dueto de glândula sudorífera

Corpúsculo de tato

Derme

Camada reticular

Glândula sebácea Músculo eretor do pêlo Dueto de glândula sudorífera Folículo piloso Corpúsculo lamelado

Tela subcutânea (hipoderme)

Fibras nervosas Glândula sudorífera Artéria Plexo cutâneo

Gordura

Figura 4.2

Componentes do tegumento comum.

Relações entre os principais co m p on en tes do tegum ento com um (com exceção das unhas, m ostradas na Figura 4.15). A ep iderm e é um epitélio esca m oso estratificado queratinizado que recobre a derme, um a região de tecido co nectivo que contém glândulas, fo lícu los pilosos e receptores ;term inações nervosas sensitivas). Subjacente à epiderm e, está a tela subcutânea, que contém gordura e vasos sangüíneos que suprem a derme.

C a p itu lo

Camadas da epiderme [Figura 4.3 e Tabela 4 .1] A com pan he a

Figura 4.3

e a T a b e la 4 . 1 ju n t a m e n t e c o m a d e s c r iç ã o d a s

c a m a d a s e m u m a s e c ç ã o d e p e le e s p e s s a . P a r t i n d o - s e d a lâ m i n a b a s a l

estrato basal ( germinativo), o estrato espinhoso, o estrato granuloso, o estrato lúcido e o estrato córneo.

a té a s u p e r fíc ie e x t e r n a e p it e lia l, e n c o n t r a - s e o

4 • Teg um ento C om um





c

Estrato germinativo A c a m a d a m a is in te r n a é o

estra to b a sal (germ inativo).

E ssa ca m a d a es:

f i r m e m e n t e a d e r i d a à l â m i n a b a s a l q u e s e p a r a a e p i d e r m e d o t e c i d o co n e c t i v o f r o u x o d a d e r m e a d ja c e n t e . G r a n d e s c é l u l a s - t r o n c o , o u

sais, d o m i n a m

células bc

o e s t r a t o b a s a l. A s d i v i s õ e s d a s c é l u l a s - t r o n c o s u b s t i t u e m o

q u e r a tin ó c ito s m a is s u p e r fic ia is q u e sã o p e r d id o s o u d e sta c a d o s d a su p e i f í c ie e p i t e l i a l. O s t o n s d e p a r d o e n c o n t r a d o s n a s u p e r f í c i e d a p e le r e s u lt a r d a a t i v i d a d e d e s í n t e s e r e a l i z a d a p e lo s a p r e s e n t a d a s n o C a p í t u l o 3.

melanócitos, c é l u l a s

p ig m e n t a r e

pág. 62 O s m e l a n ó c i t o s e n c o n t r a m - s e dis

p e r s o s e n t r e a s c é l u l a s b a s a i s d o e s t r a t o b a s a l. E le s a p r e s e n t a m n u m e r o s o

Superfície

p r o c e s s o s c it o p la s m á t ic o s q u e in je ta m

melanina, u m

p ig m e n t o a m a r e i:

a m a r e lo - p a r d o o u p a r d o , d e n t r o d o s q u e r a t in ó c it o s n e s ta c a m a d a e er c a m a d a s m a i s s u p e r f i c i a i s . A p r o p o r ç ã o d e m e l a n ó c i t o s e m r e l a ç ã o a cé lu la s g e r m i n a t i v a s v a r i a e n t r e 1 : 4 e 1 : 2 0 , d e p e n d e n d o d a r e g i ã o e x a m i n a d ; S ã o m a i s a b u n d a n t e s n a s b o c h e c h a s , n a f r o n t e , n o s m a m i l o s e n a r e g iã

Estrato córneo

g e n i t a l . D i f e r e n ç a s i n d i v i d u a i s e r a c i a i s n a c o l o r a ç ã o d a p e le r e s u l t a m d d ife r e n te s n ív e is d e a tiv id a d e d o s m e la n ó c ito s , e n ã o d e n ú m e r o s d ife r e r te s d e m e l a n ó c i t o s . M e s m o i n d i v í d u o s

albinos a p r e s e n t a m

n ú m ero s noi

m a is d e m e la n ó c ito s . (O a lb in is m o é u m a d o e n ç a h e r e d itá r ia n a q u a l c m e l a n ó c i t o s s ã o in c a p a z e s d e p r o d u z i r m e l a n i n a ; a f e t a a p r o x i m a d a m e n t

Estrato lúcido Estrato granuloso

u m a p e s s o a e m 1 0 . 0 0 0 .) A s u p e r f í c i e d a p e l e q u e n ã o a p r e s e n t a p ê l o s c o n t é m c é l u l a s e p itc l i a i s e s p e c i a li z a d a s c o n h e c i d a s c o m o

células d e M erkel.

E s s a s c é l u l a s sã

Estrato espinhoso

e n c o n t r a d a s e n t r e a s c é l u l a s p r o f u n d a s d o e s t r a t o b a s a l. E l a s s ã o s e n s :

Estrato germinativo Lâmina basal

v e is a o t o q u e e, q u a n d o p r e s s io n a d a s , lib e r a m s u b s t â n c ia s q u ím ic a s qu e s t im u la m a s te r m in a ç õ e s n e r v o s a s s e n s o r ia is , v ia b iliz a n d o in fo r m a ç õ ; s o b r e o b j e t o s q u e t o c a m a p e le . ( H á m u i t o s o u t r o s t i p o s d e r e c e p t o r ; d e t o q u e , m a s e le s e s t ã o l o c a l i z a d o s n a d e r m e e s e r ã o a p r e s e n t a d o s p o -

Derme

t e r i o r m e n t e . T o d o s o s r e c e p t o r e s d o t e g u m e n t o c o m u m e s t ã o d e s c r it c n o C a p ít u lo 1 8 .)

Estrato espinhoso F gura 4.3 A estrutura da epiderme.

C a d a v e z q u e u m a c é lu la - t r o n c o se d iv id e , u m a c é lu la - filh a é e m p u rra d

M icrografia de luz m ostrando as principais cam adas das célu las epidérm icas na pele espessa.

p a r a a p r ó x im a c a m a d a m a is s u p e r fic ia l, o

e stra to esp in h o so

(“ cam ad

e s p i n h o s a ” ), o n d e c o m e ç a a d i f e r e n c i a r - s e p a r a t o r n a r - s e u m q u e r a t in c c it o . O e s t r a t o e s p i n h o s o a p r e s e n t a m u i t a s c a m a d a s e é r e l a t i v a m e n t e e: p e s s o . C a d a q u e r a t i n ó c i t o n o e s t r a t o e s p i n h o s o c o n t é m f a s c í c u l o s d e fiL

TABELA 4.1

Camadas epiteliais

m e n t o s d e p r o t e í n a q u e s e e s t e n d e m d e u m l a d o a o u t r o d a c é lu la . Ess« fa s c í c u l o s , d e n o m i n a d o s

Camada

Características

Estrato basal germ inativo)

C am ad a basal, m ais in tern a C on ectad o à lâm in a basal C o n tém células-tronco epidérm icas, m elanócitos e células de M erkel

Estrato esp inhoso

Estrato granuloso

Os q u eratin ó cito s são ligados en tre si p o r m áculas de adesão (desm ossom os), conectadas a ton o filam en tos do citoesqueleto Alguns q u eratin ó cito s dividem -se nestas cam adas C élulas de Langerhans e m elanócitos estão freqüentem ente presentes Os queratinócitos pro d u zem querato-hialina e queratina As fibras de q u eratin a desenvolvem -se co m o células m ais finas e m ais planas G rad u alm en te as m em b ran as celulares to rn am -se m ais espessas, as organelas desintegram -se e as células m o rrem

Estrato lúcido

Aparece com o u m a cam ada vítrea apenas n a pele espessa

Estrato córneo

M ú ltiplas cam adas de q u eratin ó cito s planificados, m o rto s e conectados Em geral é relativam ente seco Resistente à água, m as n ão im perm eável Perm ite p erd a de água lenta p o r perspiração insensível

tonofilamentos, c o m e ç a m

e te r m in a m n a m ácu]

d e a d e s ã o (d e s m o s s o m o s ) q u e c o n e c ta m o s q u e r a tin ó c it o s às c é lu la s v iz n h a s . O s t o n o f i l a m e n t o s , a s s i m , a g e m c o m o c i n t a s c r u z a d a s , fo r t a l e c e n d e s u s t e n t a n d o a s j u n ç õ e s c e lu la r e s . T o d o s o s q u e r a t i n ó c i t o s n o e s t r a t o e p in h o s o s ã o u n id o s p o r e s ta r e d e d e m á c u la d e a d e s ã o e to n o fila m e n tc in te r c o n e c ta d o s . P r o c e d im e n to s h is to ló g ic o s p a d r ã o , u s a d o s p a r a p re p . r a r t e c i d o s p a r a a n á l i s e m i c r o s c ó p i c a , r e d u z e m o c i t o p la s m a , m a s d e ix a r i n t a c t o s o s t o n o f i l a m e n t o s e a s m á c u l a s d e a d e s ã o . I s s o fa z c o m q u e ; c é l u l a s s e p a r e ç a m c o m a lf i n e t e i r a s e m m i n i a t u r a , o q u e e x p l i c a p o r q i o s h i s t o l o g i s t a s u t i li z a m o t e r m o “ e s p i n h o s o ” e m s u a s d e s c r iç õ e s . A l g u m a s c é l u l a s q u e e n t r a m n e s t a s c a m a d a s a d v i n d a s d o e s t r a t o bas. c o n t i n u a m a d i v i d i r - s e , a u m e n t a n d o a i n d a m a i s a e s p e s s u r a d o e p i t t _: O s m e la n ó c ito s s ã o c o m u n s n e s sa s c a m a d a s , a s s im c o m o s ã o as

L angerhans,

células d

p o r é m e s ta s ú ltim a s n ã o p o d e m se r d ife r e n c ia d a s e m p r e r

r a ç õ e s h i s t o l ó g i c a s p a d r ã o . A s c é l u l a s d e L a n g e r h a n s , r e s p o n s á v e is p e r a 8 % d a s c é lu la s d a e p id e r m e , s ã o m a is c o m u n s n a p o r ç ã o s u p e r fic ia l d e s tr a to e s p in h o s o . E s s a s c é lu la s d e s e m p e n h a m u m a im p o r t a n t e fu n e J n o in íc io d a r e s p o s ta im u n o ló g ic a c o n tr a ( 1 ) p a tó g e n o s q u e p e n e tr a ir c a m a d a s s u p e r fic ia is d a e p id e r m e e (2 ) c é lu la s e p id é r m ic a s n e o p lá s ic a s

Estrato granuloso A c a m a d a d e c é lu la s s u p e r fic ia l a o e s tr a to e s p in h o s o é o

loso

estra to grani

( “ c a m a d a g r a n u l a r ” ). O e s t r a t o g r a n u l o s o é c o n s t i t u í d o p o r q u e r a :

TEGUMENTO C O M U M

Nota clínica 3 5- _ 'r: ío s da produção de queratina Nem todos os sin ais da pele sã : 'e s _ :a~:es de infecção, traum a, ou alergia; alguns são respostas nor~ a s a fato res am bientais. Uma resposta com um é a produção excessiva De queratina, um pro ce sso denom inado hiperqueratose. Os efeitos m ais :c*. :s - ca lo sid a d e s e c alo s - sã o fa cilm e n te observáveis. C a lo sid a d e s sã : a s :e s sa m e n to s que ap arecem em peles já espessas, com o as palm as 3as —.zas ou calcâne o e plantas dos pés, em resposta a abrasão m ecânica : r : r ;a e d isto rçã o de posição. C a lo s sã o áreas m ais localiza da s de pro3 _ cã : e xcessiva de queratina, que se form am em áreas de pele delgada, s c c re ou entre os dedos. Na psoríase, c é lu la s-tro n co do e stra to g e rm in a tiv o sã o em geral atias : a s sa n d o h ip e rq u e ra to se em á re a s e sp e c ífic a s, fre q ü e n te m e n te o cabe lu d o , c o to v e lo s, p a lm a s da s m ãos, p la n ta s d o s pés, reg ião -g _ - a ou unhas. N o rm a lm e n te as c é lu la s-tro n co in d iv id u a is divide m sa __ a .e z a cada 20 dias, mas, na psoríase, a d iv isã o pod e a c o n te c e r a :a o a : a e m eio. A q u e ra tin iza çã o é an o rm al e tip ic a m e n te in co m p le ta : _ a ' : o o c o rre a d e s ca m a çã o da s c a m a d a s externas. A s áre as afe tada s ae^esentam b a se s a v e rm e lh a d a s re c o b e rta s co m um gra n d e n ú m ero : e : e : je n a s e sc a m a s b rilh a n te s q u e se d e sp re n d e m co n tin u am en te . A

o d t « s d e s lo c a d o s d o e s tr a to e s p in h o s o . Q u a n d o a s c é lu la s a lc a n ç a m e ssa unada

e la s c o m e ç a m a m a n u f a t u r a r g r a n d e s q u a n t i d a d e s d e p r o t e í n a s ,

aerato-hialina e

pso ría se d e se n v o lv e -se em 20 a 30% de in d iv íd u o s co m um a te n d ê n cia h e re d itá ria para a d o e n ça . Em to rn o de 5% da p o p u la ç ã o a m e ric a n a a p re se n ta alg um grau d e p so ría se , fre q ü e n te m e n te ag ra vad o p o r e s ­ tre ss e e an siedade. M u ito s c a s o s sã o in d o lo re s e co n tro láv e is, m as não curáveis. A xerose, ou pele seca, é um a queixa com um entre idosos e pessoas que vivem em clim a s áridos. Na xerose, o plasm alem a na cam ada externa da pele gradualm ente deteriora-se e o estrato có rn e o fica m ais parecido com um a co leção de e scam as do que com um a única lâm ina. A su perfície escam osa é m uito m ais perm eável do que um a cam ada intacta de quera­ tina, e a v elocid a d e de perspiração insensível aum enta. Em p essoas com xe rose severa, a velocida de de perspiração insensível pode a u m entar em até 75 vezes. Um a p ressão so b re a pele, outra form a de estre sse , pode pro duzir úlceras de decúblto ou escaras. Decúblto significa "deitar-se"; um a úlcera é um a perda localizada do epitélio. A úlcera de d e cú bito form a-se o nde os vaso s sa ngüín eos da d erm e são co m p rim id o s contra estru tu ras pro fun ­ das, com o o sso s e articulações, de form a que a circu lação local é reduzida a ponto de danificar o s te cid o s dependentes.

U m e p ité lio c o n te n d o g r a n d e q u a n t id a d e d e q u e r a t in a é d ito q u era -

t in i z a d o o u cornificado (cornu, c h i f r e + facere, f a z e r ) . E m g e r a l , o e s t r a t o

q u e r a t in a ( keros, c h i f r e ) . A q u e r a t o - h i a l i n a a c u m u l a -

c ó r n e o é r e la tiv a m e n te s e c o , o q u e to r n a a s u p e r fíc e im p r ó p r ia p a r a o c r e s ­

grânulos de querato-hialina. E s -

c im e n t o d e m u it o s m ic r o r g a n is m o s . A m a n u t e n ç ã o d e s ta b a r r e ir a e n v o lv e

s g r â n u lo s fo r m a m u m a m a t r iz e x t r a c e lu la r q u e c ir c u n d a o s fila m e n to s

a c o b e r tu r a d a s u p e r fíc ie c o m a s s e c re ç õ e s d a s g lâ n d u la s d o te g u m e n to

: e~ m

i o s e le tr o d e n s o s d e n o m in a d o s

e q u e r a tin a .

E n q u a n to o s g r a n d e s fila m e n to s d e q u e r a tin a d e s e n v o lv e m -

c o m u m ( g lâ n d u la s s e b á c e a s e s u d o r ífe r a s , d is c u t id a s p o s t e r io r m e n t e ) . O

: a e _. : r o d e l e s , o s q u e r a t i n ó c i t o s t o r n a m - s e g r a d u a l m e n t e m a i s f i n o s e

p r o c e s s o d e q u e r a t in iz a ç ã o o c o r r e e m t o d o s o s l o c a i s d e s u p e r f í c i e d e p e le

t

e x p o s ta , e x c e to s o b r e a s s u p e r fíc ie s a n t e r io r e s d o s o lh o s .

p la n o s . A s m e m b r a n a s c e lu la r e s t o r n a m - s e m a is e s p e ss a s e m e n o s

e r n e a v e is . O n ú c le o e o u t r a s o r g a n e la s e n t ã o d e s in t e g r a m - s e , a s c é lu la s :: r;

rrem e

A i n d a q u e o e s t r a t o c ó r n e o s e j a r e s i s t e n t e à á g u a , e le n ã o é i m p e r m e ­

su a s u b s e q ü e n te d e s id r a ta ç ã o c r ia u m a c a m a d a fir m e m e n t e in -

á v e l, e a á g u a a d v in d a d o líq u id o in t e r s t ic ia l le n t a m e n t e p e n e t r a a s u p e r ­

n e c ta d a d e fib r a s d e q u e r a tin a c ir c u n d a d a s p o r q u e r a to - h ia lin a e n tre

fíc ie , p a r a s e r e v a p o r a d a e m c o n t a t o c o m o a r d o a m b ie n t e . E s t e p r o c e s s o , c h a m a d o d e p e r s p ir a ç ã o in s e n s ív e l, é r e s p o n s á v e l p e la p e r d a d e a p r o x im a ­

_a> — - n b r a n a s fo s fo lip íd ic a s .

A velo cid a d e d e s í n t e s e d e q u e r a t o - h i a l i n a e q u e r a t i n a p e lo s q u e r a t i -

d a m e n t e 5 0 0 m L d e á g u a p o r d ia .

x iT 0 5 e fr e q ü e n te m e n te in flu e n c ia d a p o r fa to r e s a m b ie n ta is . O a u m e n to

S ã o n e c e s s á r io s c e r c a d e 1 5 a 3 0 d ia s p a r a u m a c é lu la p a r t ir d o e s tr a to

: - r i t o d a p e le e s t im u la a s ín t e s e d e q u e r a t o - h ia lin a e q u e r a t in a p o r

g e r m in a tiv o e a t in g ir o e s tra to c ó r n e o . A s c é lu la s m o r t a s g e r a lm e n te p e r ­

u e r a t in ó c ito s d e n t r o d o e s tra to g r a n u lo s o . Isso re s u lta e m u m e s p e ss a -

m a n e c e m n a c a m a d a e x p o s ta d o e s tr a to c ó r n e o a in d a p o r d u a s s e m a n a s a té

a e a t : 1 x a l i z a d o d a p e le e n a fo r m a ç ã o d e iin

us

calosidades

(ta m b é m d e n o m i-

, c o m o se o b s e r v a n a s p a lm a s d a s m ã o s d e le v a n t a d o r e s d e

e s c o u n o s “ n ó s d o s d e d o s ” d e e s p o r tis ta s p r a tic a n te s d e b o x e o u c a ra tê .

q u e s e ja m e lim in a d a s o u e s fo lia d a s . A s s im , a s p o r ç õ e s m a is p r o fu n d a s d o e p ité lio - e to d o s o s te c id o s s u b ja c e n te s - e s tã o s e m p r e p r o t e g id o s p o r u m a b a r r e ir a c o m p o s t a p o r c é lu la s m o r t a s , e x p a n s ív e is e d u r á v e is .

E m r .u m a n o s , a q u e r a t in a f o r m a o c o m p o n e n t e e s t r u t u r a l b á s ic o d o s

A n a t u r e z a p r o t e t o r a d a p e le é m a is f a c ilm e n t e o b s e r v á v e l e c o m ­

«elas e ia s u n h a s . É u m a s u b s t â n c i a m u i t o v e r s á t i l e , e m o u t r o s v e r t e b r a : s. í c r m a as g a r r a s d e c ã e s e g a t o s , o s c h i f r e s d o s r i n o c e r o n t e s , a s p e n a s : : s rassaros. a s e s c a m a s d a s s e r p e n t e s , a s b a r b a t a n a s d a s b a l e i a s e u m a zriecLade de o u t r a s e s t r u t u r a s e p i d é r m i c a s in t e r e s s a n t e s .

p r e e n d id a q u a n d o g r a n d e s á r e a s d a p e le s ã o p e r d id a s a p ó s le s ã o , c o m o e m u m a q u e im a d u r a g ra v e . A p ó s q u e im a d u r a s d e s e g u n d o g r a u (e sp e s ­ s u r a p a r c ia l) o u d e te r c e ir o g r a u ( e s p e s s u r a t o t a l) , o s m é d ic o s p r e c is a m p r e o c u p a r - s e c o m a a b s o r ç ã o d e s u b s t â n c ia s t ó x ic a s , a p e r d a e x c e s s iv a d e líq u id o s e in fe c ç õ e s n o s lo c a is d a q u e im a d u r a , t o d o s p r o b le m a s c lín ic o s

Els trato lúcido

r e s u l t a n t e s d a p e r d a d a f u n ç ã o p r o t e t o r a d a p e le .

. a 7 = 1 ; e s p e s s a d a s p a l m a s d a s m ã o s e p l a n t a s d o s p é s , u m e s tr a t o lú c id o

rrrev:

a a m a d a v ítr e a ) r e c o b r e o e s tr a to g r a n u lo s o . A s c é lu la s n e s ta c a m a d a

!^nning Electron MlcroscopyW.H. Freeman & Co., 1979. Todos os direitos 'zservados.]

: _ ; : m o r e s u lta d o d e d is tú r b io s c ir c u la t ó r io s o u r e s p ir a tó r io s , c o m o i n ­ s u f i c i ê n c i a c a r d ía c a o u a s m a g r a v e .

C o n teú d o p ig m e n ta r d a e p id e rm e

Figura 4.6 C a ro ten o

é u m p ig m e n t o a m a re -

[■r - a i a r a n i a d o e n c o n t r a d o e m v á r i o s v e g e t a i s d e c o r a l a r a n j a d a , c o m o c e ­

Melanócitos.

A micrografia e o desenho que a acompanha indicam a localização e orientaçé: dos melanócitos no estrato germinativo da pele de um indivíduo de pele escura.

ns : u r a , m i l h o e a b ó b o r a . P o d e s e r c o n v e r t i d o e m v i t a m i n a A , n e c e s s á r i a r a r a a m a n u t e n ç ã o e p i t e l i a l e s ín t e s e d e p i g m e n t o s v i s u a i s p e lo s f o t o r r e c e p to re s d o o lh o . O c a r o te n o e m g e ra l se a c u m u la d e n t r o d e q u e r a tin ó c i-

e c a u s a r d a n o d is s e m in a d o a o s te c id o s , d e m a n e ir a s e m e lh a n t e a o q u ;

: : ? e t o m a - s e e s p e c ia lm e n te e v id e n t e n a s c é lu la s d e s id r a t a d a s d o e s tr a to

se o b s e r v a n a s q u e im a d u r a s m o d e r a d a s . A m e la n in a d a e p id e r m e c o m :

d a n o s m e la n ó c ito s

(Figura 4.6).

m e la n in a

é p ro d u z id a e a rm a z e n a -

u m t o d o p r o t e g e a d e r m e s u b j a c e n t e . D e n t r o d e c a d a q u e r a t i n ó c i t o , cw

A m e la n in a n e g r a , a m a r e lo - p a r d o , o u

m e la n o s s o m o s s ã o m a is a b u n d a n t e s a o r e d o r d o n ú c le o d a s c é lu la s . Iss :

melanossomos. E s s a s

a u m e n ta a p r o b a b ilid a d e d e a r a d ia ç ã o U V se r a b s o r v id a a n te s d e d a n -

: : m e o e n a g o rd u ra su b e u tâ n e a . A

p a r d a fo r m a v e s íc u la s in t r a c e lu la r e s d e n o m in a d a s

v e s íc u la s , q u e s ã o tr a n s fe r id a s in ta c t a s p a r a o s q u e r a t in ó c it o s , c o r a m o s

f i c a r o D N A n u c le a r .

: _ e r a :m ó c it o s t e m p o r a r ia m e n t e , a té q u e o s m e la n o s s o m o s s e ja m d e s ­

O s m e la n ó c ito s r e s p o n d e m à e x p o s iç ã o U V a u m e n t a n d o s u a v e lo c i­

tr u i d o s p e lo s lis o s s o m o s . A s c é lu la s e m c a m a d a s m a is s u p e r fic ia is g r a d u ­

d a d e d e s ín te s e e tr a n s f e r ê n c ia d e m e la n in a . O c o r r e e n tã o o b r o n z e a m e n ­

a lm e n t e c la r e ia m - s e c o n fo r m e v a i o c o r r e n d o a d im in u iç ã o d o n ú m e r o

to , m a s a r e s p o s t a n ã o é s u f i c i e n t e m e n t e r á p i d a a p o n t o d e e v i t a r q u e i ­

í e — í a n o s s o m o s i n t a c t o s . E m i n d i v í d u o s d e p e le c l a r a , a t r a n s f e r ê n c i a

m a d u r a s n o p r im e ir o d ia d e e x p o s iç ã o a o s o l n a p r a ia ; o b r o n z e a m e n to

r : s — e la n o s s o m o s o c o r r e n o e s tra to g e r m in a tiv o e n o e s tr a to e s p in h o -

o c o r r e e m c e r c a d e 1 0 d ia s . Q u a l q u e r i n d i v í d u o p o d e s o f r e r q u e i m a d u r a s

e as c é l u l a s d a s c a m a d a s m a i s s u p e r f i c i a i s p e r d e m p i g m e n t a ç ã o . E m

p o r e x p o s i ç ã o a o s o l , p o r é m i n d i v í d u o s d e p e le e s c u r a a p r e s e n t a m p r o t e ­

i n d i v í d u o s d e p e le e s c u r a , o s m e l a n o s s o m o s s ã o m a i o r e s e a t r a n s f e r ê n ­

ç ã o i n i c i a l m a i o r c o n t r a o s e f e i t o s d a r a d i a ç ã o U V . A e x p o s i ç ã o r e p e t id a

c ia p : d e o c o r r e r t a m b é m n o e s t r a t o g r a n u l o s o ; a p i g m e n t a ç ã o é , a s s i m ,

a o s r a i o s U V , o s u f i c i e n t e p a r a e s t i m u la r o b r o n z e a m e n t o , a l o n g o p r a z o ,

m a i s - 'C u r a e m a i s p e r s i s t e n t e . A m e l a n i n a c o n t r i b u i p a r a a p r e v e n ç ã o

p o d e c a u s a r d a n o s à d e r m e e à e p id e r m e . N a d e r m e , o d a n o a o s fib r ó c ito s

ra d ia ç ã o u ltra v io le ta (UV)

d a lu z d o

c a u s a a n o m a lia s n a e s tr u tu r a d o te c id o c o n e c tiv o e r u g a s p r e m a t u r a s n a

A r a d ia ç ã o u ltr a v io le ta e m p o u c a q u a n t id a d e é n e c e s s á r ia p a r a q u e

p e le . N a e p i d e r m e , o s t u m o r e s d e p e le p o d e m s e d e s e n v o l v e r a p a r t i r d e

a p e le r> o ssa c o n v e r t e r p r e c u r s o r e s d e e s t e r ó i d e s r e l a c i o n a d o s a o c o l e s t e -

d a n o s c r o m o s s ô m i c o s a c é l u l a s g e r m i n a t i v a s o u m e l a n ó c i t o s ( v e ja N o t a

::.e m

c lín ic a n a p á g . 9 6 ).

;r -:

es d a p e le p o r a b s o r ç ã o d a

s u b s t â n c ia s d a f a m í l i a d o s h o r m ô n i o s c o l e t i v a m e n t e c o n h e c i d o s

: : m o v it a m in a D 1. A v it a m in a D é n e c e s s á ria p a r a a a b s o r ç ã o n o r m a l á e f ó s f o r o e c á lc io n o in t e s t in o d e lg a d o ; u m s u p r im e n t o in a d e q u a d o d e v it a m in a D c a u s a a lt e r a ç õ e s n a m a n u t e n ç ã o ó s s e a e n o c r e s c im e n to . E n tr e t a n t o , o e x c e s s o d e r a d ia ç ã o U V p o d e p r e ju d ic a r o s c r o m o s s o m o s

x________________ G REVISÃO DOS CONCEITOS 1. D escreva a diferença prim ária entre a pele delgada e a pele espessa. 2. A lg u n s c rim in o so s p rovocam ab rasão nas pontas d o s d e d o s para não d ei­

Especificamente, a vitamina D3 ou colecalciferoi, que passa p o r outras modificações no c : e nos rins antes de circular como o horm ônio ativo calcitriol.

xar im p ressõ es digitais identificáveis. Esta prática pode rem over perm anen­ tem ente as im p ressõ es digitais? Explique.

C a p ít u lo

Cristas Papilas da epidérmicas derme

4 • Tegumento Comum

Circunvolução capilar do plexo t papilar

Camada papilar

Camada reticular

Plexo cutâneo (a) Camada papilar da derme

Adipócitos

(c) Camada subcutânea

Figura 4.7

(b) Camada reticular da derme

A estrutura da derme e a tela subcutânea.

A derme é um tecido conectivo profundo à epiderme; a tela subcutânea (hipoderme) é um tecido conectivo profundo à derme. (a) A camada papilar da derme consiste em tecido conectivo frouxo que contém num erosos vasos sangüíneos (VS), fibras (Fi) e macrófagos (setas). Espaços abertos, com o os indicados por asterisco, seriam preenchidos com líquido de substância fundamental. (MEV x 649) (b) A camada reticular da der­ me contém tecido conectivo denso irregular. (MEV x 1.340) (c) A tela subcutânea contém um grande número de adipócitos em uma estrutura de fibras de tecido conectivo frouxo. (MEV x 268) [(a) © R.G. Kessele R.H. Kardon, "Tissues and Organs: AText-Atlas ofScanning Electron Microscopy,"

W.H. Freeman & Co., 1979. Todos os direitos reservados.]

Oentífi que a s o rig e n s da c o lo ra ç ã o da ep id erm e.

o s a x ô n io s d o s n e u r ô n io s s e n s itiv o s q u e m o n it o r a m o s re c e p to re s

Z - e s r e / a a relação en tre a s c ris ta s da p ele e as p ap ila s da derm e.

c a m a d a p a p ila r e n a e p id e rm e . A c a m a d a p a p ila r te m s e u n o m e d e ­

veja a seção de Respostas na parte final do livro.

r i v a d o d a s p a p i l a s d a d e r m e q u e s e p r o j e t a m e n t r e a s c r i s t a s d a p e te

(Figura 4.4). A

sm a

c o n s is t e e m fib r a s e m u m a e s :r u :_ r : ^

;

s a n g ü ín e o s , fo líc u lo s p ilo s o s , n e r v o s , g lâ n d u la s s u d o r ífe r a s e s e b a c e -

l e n i e e n c o n tr a -s e p r o fu n d a m e n t e à e p id e r m e

A p r e s e n ta d o is c o m p o n e n t e s p r in c ip a is : u m a

camada reticular p r o f u n d a

e m a r a n h a d a d e te c id o c o n e c tiv o d e n s o ir r e g u la r q u e c ir c u n c a

A derme [Figura 4.2] A

-■

3 -

(Figura

4 .2 , p á g . 9 0 ).

camada papilar s u p e r f i c i a l e

camoda reticular p r o f u n d a .

as

(Figura 4.7b).

O n o m e d a c a m a d a d e r iv a d a d is p o s iç ã o e n o v e ia d a

d o s fe ix e s d e fib r a s c o lá g e n a s n e s ta r e g iã o (

reticulum, p e q u e n a

A lg u m a s d e s s a s fib r a s c o lá g e n a s n a c a m a d a r e t ic u la r e s t e n d e ir

:e ie . = :e

a c a m a d a p a p ila r , p r e n d e n d o u m a c a m a d a à o u t r a . O lim ite e r r r e e s ­ s a s c a m a d a s é, p o r ta n to , in d ife r e n c ia d o . A s fib r a s c o lá g e n a s d a

Organização da derme [F ig u ra s 4 .4 /4 .7 ] - Amada papilar í _"3 4.7a

s u p e r fic ia l c o n s is te e m t e c id o c o n e c tiv o fr o u x o

r e t ic u la r t a m b é m e s t e n d e m - s e p a r a a te la s u b c u t â n e a m a is

(Fi-

. E sta r e g iã o c o n té m o s c a p ila r e s q u e s u p r e m a e p id e r m e e

(Figura 4.7c).

z:

zítt í í i 12

TEG UM ENTO C O M U M

96

Nota clínica Tumores de pele Q u a se to d o s o s in d iv íd u o s a p re se n ta m m u ita s le ­ sõ e s b e n ig n a s d e pele; s a rd a s e v e rru g a s sã o e x e m p lo s. O s tu m o re s d e p e le sã o a s fo rm a s m a is c o m u n s d e câncer, e o s tu m o re s de p e le m a is c o m u n s sã o c a u s a d o s po r e x p o s iç ã o p ro lo n g a d a ao sol. Carcinoma basocelular é um tip o de c â n c e r qu e se orig ina no e stra ­ to g e rm in a tiv o (basal). Este é o c â n c e r d e p e le m ais c o m u m , e a p ro x im a ­ d a m e n te d o is te rç o s d e s te s tu m o re s a p a re c e m e m á re a s e x p o s ta s à ra­ d ia çã o uv c rô n ica. E ste s c a rc in o m a s tê m sid o re c e n te m e n te re la cio n a d o s a um d e te rm in a d o gene. Carcinomas de células escamosas sã o m e n o s com uns, m as q u a se to ta lm e n te re s trito s a á re a s de p e le su je ita s à e x p o s iç ã o solar. R aram e n ­ te o c o rre m m e tá sta s e s n o s c a rc in o m a s de c é lu la s e s c a m o s a s e q u a se n unca em c a rc in o m a s b a so c e lu la re s, e a m aio ria d o s p a c ie n te s so b re v i­ v e a e sta s d o e n ças. Em geral, o tra ta m e n to e n vo lv e a re m o çã o cirú rg ic a d o tum or, e pelo m e n o s 95% d o s p a c ie n te s s o b re v iv e m 5 a n o s ou m ais a p ó s o tra tam en to . (Esta e sta tís tic a , o ín d ic e de 5 a n o s de so b re v id a , é um m é to d o c o m u m de se d e s c re v e r p ro g n ó s tico s a longo prazo.) C o m p a ­ ra d o s c o m e ste s c â n c e re s c o m u n s e q u e ra ra m e n te a m e a ç a m a vida, os melanomas malignos sã o e xtre m a m e n te perigosos. N e sta c o n d içã o , os m e la n ó c ito s n e o p lá sic o s c re s c e m ra p id a m e n te e se d is se m in a m p o r to d o o s is te m a linfático. A p ro je çã o d e so b re v id a a longo prazo é b a sta n te d ife ­ rente, d e p e n d e n d o da é p o c a e m que o d ia g n ó s tico foi e sta b e le cid o . Se a

d o e n ça fo r lo caliza d a , o ín d ice de so b re v id a de 5 a n o s é d e 90%; se e stiv e r disse m in a d a , o ín d ic e cai para 14%. Indivíduos de p e le clara que v ive m nos tró p ic o s sã o m ais su sc e tív e is a to d o s o s tip o s de c â n c e r d e pele, p o is se u s m e la n ó c ito s a p re se n ta m m e n o r c a p a c id a d e de p ro te ç ã o co n tra a ra d ia çã o ultravioleta. D an os p ro ­ v o c a d o s p e lo so l p o d e m s e r p re v e n id o s co m o uso de roupas, chap éu s, b lo q u e a d o re s s o la re s (não ó le o s b ro n ze a d o re s ou filtro s solares) - prática q u e ta m b é m ate nua p ro b le m a s c o s m é tic o s re la cio n a d o s ao a p a re c im e n ­ to de rugas e fla c id e z da pele. S e m p re q u e se vai p a ssa r algum p e río d o de te m p o e x p o sto ao sol, d e v e-se e sc o lh e r um b lo q u e a d o r so la r de a m p lo e s ­ pectro, co m um fa to r de p ro te ç ã o so la r (FPS) de pe lo m e n o s 15; in d iv íd u o s louros, ru ivos e de pele m u ito clara pro teg em -se m e lh o r u tiliza n d o b lo q u e ­ a d o re s s o la re s c o m fa to re s d e p ro te ç ã o e n tre 20 e 30. (Deve-se ta m b é m le m b ra r do s ris c o s en vo lv id o s an te s de g a sta r te m p o em sa lõ e s e câ m a ra s de bronzeam ento.) O uso de p ro te to re s so la re s te m a d q u irid o im p o rtâ n cia ainda m a io r p or cau sa da pro g ressiva d e s tru içã o da cam a d a d e o zô n io na atm o sfe ra m ais s u p e rio r e m fu n çã o d a s e m is s õ e s p o lu e n te s indu stria is. O o zô n io a b so rv e os ra io s U V a n te s q u e e le s atin jam a s u p e rfíc ie da te r­ ra, co n trib u in d o co m a a ç ã o d o s m e la n ó c ito s na p re v e n ç ã o do c â n c e r de pele. A A u strália , o país m ais afe ta d o pela d e s tru içã o da cam a d a de o zô n io p ró xim a ao Pó lo Sul (o "b u ra co na c a m a d a d e ozôn io"), já v em re la ta n d o um a u m e n to na in c id ê n cia d e c â n c e r de pele.

Rugas, m arcas de expressão e linhas de clivagem [Figura 4.8] A r e d e e m a r a n h a d a d e fib r a s c o lá g e n a s d a c a m a d a r e t ic u la r o fe r e c e c o n ­ s id e r á v e l fo r ç a t e n s o r a , e a d is p o s iç ã o e x t e n s a d e fib r a s e lá s t ic a s p e r m it e q u e a d e r m e se d is te n d a e r e t o r n e à s u a p o s iç ã o o r ig in a l r e p e t id a m e n ­ te d u r a n t e o s m o v i m e n t o s n o r m a i s . A id a d e , o s h o r m ô n i o s e o s e f e it o s d e s t r u tiv o s d a e x p o s iç ã o à r a d ia ç ã o u ltr a v io le ta r e d u z e m a e s p e s s u r a e a fle x ib ilid a d e d a d e r m e , p r o d u z in d o r u g a s e fla c id e z n a p e le . A g r a n d e d is te n s ã o d a d e r m e q u e o c o r r e n o a b d o m e d u r a n te a g r a v id e z o u a p ó s u m s ig n ific a t iv o g a n h o d e p e s o g e r a lm e n te e x c e d e a c a p a c id a d e d e e la s ­ t ic id a d e d a p e le . A s fib r a s e lá s t ic a s e c o lá g e n a s e n t ã o s e r o m p e m e , a p e -

Sãi de se distender, a pele não retorna a sua dimensão original após o p a r t o o u d ie ta r ig o r o s a . A p e le fic a e n t ã o e n r u g a d a , c r ia n d o - s e u m a r e d e de

estrias de distensão. A

tretinoína é

u m d e r iv a d o d a v it a m in a A q u e p o d e s e r a p lic a d o n a

p e le e m c r e m e o u g e l. E s t a d r o g a f o i o r ig in a l m e n t e d e s e n v o lv id a p a r a o t r a ta m e n to d a a c n e , m a s ta m b é m a u m e n t a o a flu x o s a n g ü ín e o à d e r m e e e s t im u la a r e g e n e r a ç ã o d é r m ic a . C o m o r e s u lt a d o , e la r e d u z a v e lo c id a d e d e fo r m a ç ã o d a s r u g a s e a te n u a a a p a r ê n c ia d a s r u g a s e x is te n t e s . O g r a u d e m e lh o r a v a r ia d e in d iv íd u o p a r a in d iv íd u o . E m q u a lq u e r lo c a l, a m a io r ia d a s fib r a s c o lá g e n a s e e lá s t ic a s é d is p o s t a e m fe ix e s p a r a le lo s . A o r ie n t a ç ã o d e s s e s fe ix e s d e p e n d e d o e s tr e s s e a p lic a ­ d o n a p e le d u r a n t e o m o v im e n t o n o r m a l; o s fe ix e s s ã o a lin h a d o s d e f o r m a a p e r m it ir r e s is t ê n c ia à s fo r ç a s a p lic a d a s . O p a d r ã o r e s u lt a n t e d o s fe ix e s i s n b r a s e s ta b e le c e a s a rre se n ta d a s n a

linhas de clivagem d a

Figura 4.8,

p e le . A s lin h a s d e c liv a g e m ,

s ã o c lin ic a m e n te im p o r ta n te s , p o is c o r te s p a -

r it e io s as lin h a s d e c liv a g e m e m g e r a l c ic a t r iz a m m e lh o r , e n q u a n t o c o r t e s tr a n s v e r s a is a e s s a s lin h a s te n d e m a s e r a b e r to s p e la r e t r a ç ã o d a s fib r a s i ü í n c a s s e c c io n a d a s . O s c ir u r g iõ e s , p o r t a n t o , o r ie n t a m - s e p e la s lin h a s d e d ri a g e m a o r e a liz a r in c is õ e s , u m a v e z q u e o s c o r te s c ic a t r iz a m m a is r a p im n e n t e e a s c ic a t r iz e s s ã o m ín im a s .

ANTERIOR

Outros componentes dérmicos

[Figuras 4.2/4.9]

A l t a 4 b fib ras a t n c d u l i i u dc proteína, a d e rm e c o n té m to d o s os ti ­ pos ò t céM a d o tecido co nectivo próprio. pág. 62 Ó rsã o s acessórios

Figura 4.8

POSTERIOR

Linhas de clivagem da pele.

A s linhas de clivagem seguem as linhas de tensão na pele. Elas refletem a orien­ tação dos feixes de fibras colágenas na derme.

C a p ít u lo

4 • Tegumento Comum

Epiderme

Flaste do pêlo

Haste do pêto Glândula sebácea

Lãnte entre a ~3ste e a -az pilosa

Glândula sebac-í Músculo eretor do pêlo

Derme

Músculo eretor do pêlo

3a z ptlosa

Folículo piloso. secção trans\ er=.

Bainha de tecido conectivo

Membrana vftrsa Bainha externa da raiz Bainha de te-: : : conectivo do folículo piloso Córtex

Tecido adiposo subcutâneo Bulbo piloso

Medu|a Papila

Bulbo piloso

Papila pilosa

(a) Representação diagramática do folículo piloso

F 5ura 4.9

(b) Couro cabeludo, vista em secção

Estruturas acessórias da pele.

(a

/ista diagramática de um folículo individual, (b) Micrografia de luz mostrando a vista em secção da pele do couro cabeludo. Note a abundância de folículos pitos. t : ~iodo com o se estendem para dentro da derme. (ML x 66).

ir

r ig e m e p id é r m ic a , c o m o fo líc u lo s p ilo s o s e g lâ n d u la s s u d o r ífe r a s ,

e ste n d e m -se p a r a o in te r io r d a d e rm e

(Figura 4.9). A l é m

d is s o , a s c a m a -

d as r a p i l a r e r e t ic u la r d a d e r m e c o n t ê m r e d e s d e v a s o s s a n g ü ín e o s , v a s o s L in fá t ic o s e f i b r a s n e r v o s a s

(Figura 4.2, p á g .

n e r v o s o , c ir c u la t ó r io e e n d ó c r in o in t e r a g e m p a r a r e g u la r o flu x o d e s i : g u e n a p e le e n q u a n t o m a n t ê m u m a d e q u a d o flu x o s a n g ü ín e o a o s o u t r ó r g ã o s e s is te m a s .

9 0 ).

O suprim ento nervoso da pele O suprim ento sangüíneo da pele [Figuras 4.214.7]

F ib r a s n e r v o s a s n a p e le c o n t r o la m o flu x o s a n g ü ín e o , a ju s t a m a s e c r e c i

- j- r e r ia s e v e ia s q u e s u p r e m a p e le f o r m a m u m a r e d e d e i n t e r c o n e x õ e s te la s u b c u t â n e a a o lo n g o d a s u a b o r d a , n o s e u li m i a r c o m a c a m a d a r e t i c u la r . E s s a r e d e é d e n o m i n a d a

plexo subcutâneo (Figura 4.2, p á g .

9 0 ).

R i m o s a r t e r ia is s u p r e m t a n to o te c id o a d ip o s o d a te la s u b c u t â n e a c o m o -

: e c i d o s d a p e le . À m e d i d a q u e a s p e q u e n a s a r t é r i a s f a z e m t r a j e t o a t é a

g la n d u la r e m o n it o r a m r e c e p to r e s s e n s it iv o s n a d e r m e e n a s c a m a d a > ~ i p r o fu n d a s d a e p id e r m e . J á c it a m o s a p r e s e n ç a d a s c é lu la s d e M e r k e l r c a m a d a s m a is p r o fu n d a s d a e p id e r m e . E s s a s c é lu la s s ã o re c e p to r e s de : r

tó ru la

m o n ito r a d o s p o r te r m in a ç õ e s n e r v o s a s c o n h e c id a s c o m o

A e p id e r m e ta m b é m c o n té m d e n d r it o s d e n e r v o s s e n s it iv o s q u e t r :

e t :d e r m e , r a m ific a ç õ e s s u p r e m o s fo líc u lo s c a p ila r e s , as g lâ n d u la s s u d o -

v e lm e n t e r e s p o n d e m a e s t ím u lo s d e d o r e t e m p e r a t u r a . A d e r m e c c n te :

n f e r a s e o u t r a s e s t r u t u r a s n a d e r m e . A o a lc a n ç a r a c a m a d a p a p ila r , e s s a s

r e c e p t o r e s s e m e lh a n t e s e o u t r o s m a is e s p e c ia liz a d o s . E x e m p lo s d i s c u t : :

r e : a e n a s a r té r ia s p e n e tr a m e m u m a o u t r a re d e d e r a m ific a ç õ e s , o

papilar. o u

plexo subpapilar. A

plexo

p a r t ir d a í, o s tr a je t o s d o s c a p ila r e s s e g u e m

: c o n t o r n o d o s lim ite s d e r m e - e p id e r m e

(Figura 4.7a, p á g .

9 5 ) . E ss e s c a p i-

i r e > e i v a z i a m - s e e m u m a r e d e d e v e i a s d e l i c a d a s ( vênulas ) q u e s e r e l i g a m

à

p l e x o p a p i l a r . A p a r t i r d a í, v e i a s m a i o r e s d r e n a m e m u m a r e d e d e v e i a s

n o C a p í t u l o 1 8 i n c l u e m r e c e p t o r e s s e n s í v e i s a o t o q u e s u a v e l corpusr.

táteis,

lo c a liz a d o s n a s p a p ila s d a d e r m e e n o

plexo da raiz pilosa

d a n d o c a d a f o l í c u l o p i l o s o ) , à d i s t e n s ã o ( corpúsculos

de RuffinL

d a r e t i c u l a r ) e à p r e s s ã o p r o f u n d a e v i b r a ç ã o ( corpúsculos

la

c ir c u i

nc _

-:... .

r

c a m a d a r e t ic u la r ) .

n o p le x o s u b c u t â n e o m a is p r o fu n d o . E x is t e m d u a s r a z õ e s p e la s q u a is a c ir c u la ç ã o d a p e le p e r c is a s e r c o n t r o l í d a . E m p r im e ir o lu g a r , e la d e s e m p e n h a u m a fu n ç ã o fu n d a m e n t a l n : m e c a n is m o d e

termorregulação,

o c o n tr o le d e te m p e r a tu r a d o c o rp o ,

g u a n d o a t e m p e r a t u r a c o r p o r a l a u m e n t a , a c i r c u l a ç ã o a u m e n t a d a n a p e le :;~ ::e

a p e r d a d o c a lo r e x c e s s iv o ; p o r o u t r o la d o , q u a n d o a te m p e r a t u r a

d.: corpo :

c a i. a c i r c u l a ç ã o r e d u z i d a n a p e l e p r o m o v e a r e t e n ç ã o d o c a l o r

r t v t a l E m 'í g u n d o lu g a r , u m a v e z q u e o v o l u m e to t a l d e s a n g u e é r e -

'srr-

. • .

- r :_ :í:

c o n s ta n t e , o flu x o s a n g ü ín e o a u m e n t a d o n a p e le im p lic a a

d

d e s a n g u e e m a lg u m ( n s ) o u t r o ( s ) ó r g ã o ( s ) . O s s is te m a s

A tela subcutânea [Figuras 4.2/4.7c] A s f ib r a s d e t e c id o c o n e c t iv o d a c a m a d a r e t ic u la r s ã o in te n s a z n e ^ i e n o v e la d a s c o m a s fib r a s d a

poderm e, do

tela subcutânea, t a m b é m

c h a i r i c i d-e

e o s lim ite s e n tr e a s d u a s c a m a d a s é g e r a lm e n te :n d ::e r e t c .

(Figura 4.2, p á g .

9 0 ) . A in d a q u e a te la s u b c u t â n e a a l g u m a s t c x e s m

s e ja c o n s id e r a d a c o m o p a r t e d o t e g u m e n t o c o m u m . e U e

r r .t

n a e s t a b iliz a ç ã o d a p o s iç ã o d a p e le e m

f _ t ic e tn

r e la ç ã o a o t e c :d c



~

M

98

U

|

|

c o m o m ú s c u lo s e s q u e lé t ic o s o u o u t r o s ó r g ã o s , p e r m it in d o a in d a m o ­

A t e la s u b c u t â n e a c o n s is t e e m t e c id o c o n e c t iv o f r o u x o c o m a d i p ó c i to s e m a b u n d â n c ia

ra iz d o p êlo

A

e s te n d e -s e d o b u lb o p ilo s o a té o p o n to e m q u e a o r ­

g a n i z a ç ã o d o p ê l o s e c o m p l e t a . A r a i z d o p ê lo f i x a o p ê lo a o f o l í c u l o p i l o ­

v im e n t o in d e p e n d e n t e .

(Figura

4 .7 c , p á g . 9 5 ) . B e b ê s e c r ia n ç a s p e q u e n a s g e ­

so. A

h a ste do pêlo,

a p a r t e v is ív e l n a s u p e r fíc ie , e s te n d e - s e d e ste p o n to ,

g e r a l m e n t e a m e i o t r a j e t o d a s u p e r f í c i e d a p e le , a t é a p o n t a e x p o s t a d o

r a lm e n t e a p r e s e n t a m “ g o r d u r a i n f a n t i l ”, q u e a u x i l i a n o p r o c e s s o d e r e d u ­

p ê lo . O t a m a n h o , o f o r m a t o e a c o r d a b a i n h a d o p ê l o s ã o e x t r e m a m e n t e

ç ã o d a p e r d a d e c a lo r . A g o r d u r a s u b c u t â n e a é t a m b é m u m a i m p o r t a n t e

v a r iá v e is .

r e s e r v a e n e r g é tic a e fu n c io n a c o m o u m a m o r t e c e d o r c o n tr a im p a c to s n a s

Estrutura do folículo [Figura 4.10a]

a tiv id a d e s c o tid ia n a s . C o m o c r e s c im e n to , a d is tr ib u iç ã o d a g o r d u r a se m o d ific a . O s h o ­

A s c é lu la s d a s p a r e d e s d o s f o l í c u l o s s ã o o r g a n i z a d a s e m c a m a d a s c o n c ê n ­

(Figura 4.10a).

m e n s a c u m u l a m m a i o r q u a n t id a d e d e g o r d u r a n o p e s c o ç o e n o s b r a ç o s ,

tr ic a s

n a r e g iã o lo m b a r e g lú te a . N a s m u lh e r e s , m a m a s , g lú te o s , q u a d r is e c o ­

c lu e m :

x a s s ã o o s lo c a is p r im á r io s d e a r m a z e n a m a n to d e g o r d u r a s u b c u tâ n e a . E m a d u l t o s d e a m b o s o s s e x o s , a t e la s u b c u t â n e a d a s r e g i õ e s d o d o r s o

■ A b a in h a folicular in tern a:

E s t a c a m a d a c i r c u n d a a r a i z d o p ê lo

e a p o r ç ã o m a is p r o fu n d a d a h a ste . E p r o d u z id a p o r c é lu la s n a p e ­

d a s m ã o s e d o s p é s c o n t é m p o u c o s a d i p ó c i t o s , e n q u a n t o u m a q u a n t id a d e

r ife r ia d a m a tr iz p ilo s a . U m a v e z q u e as c é lu la s d a b a in h a fo lic u la r

m a io r d e te c id o a d ip o s o a c u m u la - s e n a r e g iã o a b d o m in a l, p r o d u z in d o a

in te r n a d e s in t e g r a m - s e r e la tiv a m e n te r á p id o , e s s a c a m a d a n ã o se

g e r a l m e n t e d e s a g r a d á v e l “ b a r r i g a d e c e r v e j a ”.

e s te n d e a o lo n g o d e to d o o c o m p r im e n t o d o fo líc u lo .

A te la s u b c u t â n e a é b a s ta n te e lá s tic a . A p e n a s a r e g iã o s u p e r fic ia l d a t e la s u b c u t â n e a c o n t é m g r a n d e s a r t é r i a s e v e i a s . A s d e m a i s á r e a s c o n t ê m

I n i c i a n d o - s e n a c u t í c u la d o p ê lo , e s s a s c a m a d a s i n ­

■ A b a in h a folicular externa:

E sta c a m a d a e s te n d e -se d a s u p e r fí­

u m n ú m e r o l i m i t a d o d e c a p il a r e s e n e n h u m ó r g ã o v i t a l . E s t a ú l t i m a c a ­

c i e d a p e le a t é a m a t r i z p i l o s a . N a m a i o r p a r t e d e s t a d i s t â n c i a , e la

ç ã o d e d r o g a s . O te r m o fa m ilia r

injeção subcutânea u m m é t o d o ú t il p a r a a a d m i n i s t r a ­ agulha hipodérmica r e f e r e - s e , p o r t a n t o , à

s u p e r fic ia l. E n tr e t a n t o , q u a n d o a b a in h a d a r a iz e x t e r n a u n e - s e à

r e g i ã o - a lv o d a i n je ç ã o .

m a t r i z p i l o s a , t o d a s a s c é l u l a s a s s e m e l h a m - s e à q u e la s d o e s t r a t o

r a c t e r í s t i c a fa z d a

a p r e s e n ta to d a s as c a m a d a s d e c é lu la s e n c o n t r a d a s n a e p id e r m e

g e r m in a tiv o .

■ A m em b ra n a vítrea:

Estruturas acessórias [Figura4.2] e s tr u tu r a s a c e s s ó r ia s d o te g u m e n to c o m u m in c lu e m

çlirJulas sebáceas, glândulas sudoríferas e

unhas (Figura

folículos pilosos,

4 .2 , p á g . 9 0 ) . D u -

o d e s e n v o l v i m e n t o e m b r i o l ó g i c o , e s s a s e s t r u t u r a s se f o r m a m p o r -

E u m e s p e s s a m e n t o d a l â m i n a b a s a l, e n v o l ­

ta e m u m a b a in h a d e te c id o c o n e c tiv o d e n s o .

Funções do pêlo [Figuras 4.9/4.10a] O s 5 m i l h õ e s d e p ê lo s d o c o r p o h u m a n o a p r e s e n t a m i m p o r t a n t e s f u n ­ ç õ e s. O s a p r o x im a d a m e n t e 1 0 0 .0 0 0 c a b e lo s p r o te g e m o c o u r o c a b e lu d o

i d n a ç õ e s o u p r e g a s d a e p id e r m e .

d a r a d ia ç ã o u ltr a v io le ta , a te n u a m im p a c to s n a c a b e ç a e o fe r e c e m is o la ­ m e n t o t é r m i c o a o c r â n i o . O s p ê lo s i n t e r n a m e n t e à s n a r i n a s e n o s m e a t o s

Folículos pilosos e pêlos

a c ú s tic o s e x t e r n o s p r o te g e m c o n t r a a e n t r a d a d e p a r t íc u la s e in s e to s , e

I s p é k » s p r o j e t a m - s e d a s u p e r f í c i e d a p e le e m q u a s e t o d a a s u a e x t e n s ã o ,

o s c í l i o s d e s e m p e n h a m f u n ç ã o s e m e l h a n t e p a r a a s u p e r f í c i e d o o lh o . U m

i . : * n a > a t e r a is e p l a n t a s d o s p é s e n a s p a lm a s d a s m ã o s , la t e r a i s d o s d e -

plexo d a ra iz do pêlo d e n e r v o s s e n s i t i v o s c i r c u n d a a b a s e d e c a d a f o l í c u l o (Figura 4.10a). C o m o r e s u l t a d o , o m o v i m e n t o d a h a s t e , m e s m o d e u m

is .

.:

:: : ;: -l :

r e p o r ç õ e s d o s ó r g ã o s g e n it a i s e x t e r n o s ” . H á c e r c a d e 5 m il h õ e s j 3 0 : c r p o h u m a n o e c e r c a d e 9 8 % d e le s l o c a li z a m - s e n a s u p e r f í c i e ;: 77:

:

* .



.'

e n ã o n a c a b e ç a . P ê lo s s ã o e s tr u tu r a s s e m v id a fo r m a d a s

• ic -

" n in a d a s

folículos pilosos.

e x e m p lo , é p o s s í v e l p e r c e b e r a a p r o x i m a ç ã o d e u m m o s q u i t o e e v i t a r q u e e le c h e g u e a t o c a r a s u p e r f í c i e d a p e le .

Prmdmção de pêlos [Figuras 4.9b/4.10] «

...

• ;

d i r e ç ã o à t e l a s u b c u t â n e a s u b ja c e n t e . O e p it é l i o n a b a s e

;

m- -

- - -

.

-~r-—

-

: r _ :> i

Q b b m Jb

:

p a p ila p ilo sa, u m b o t ã o d e J i r i l a r e s . O b u lb o p ilo so c o n s i s t e

r . ; je n a

S T O rta s jo e

A

U m a fita d e te c id o m u s c u la r lis o , d e n o m in a d o m ú s c u lo

: _; n d e m - s e p r o f u n d a m e n t e n a d e r m e , m u i t a s v e z e s

pH^ieUado>-Ke m

b

m

-

-

f~ H r

e

4.10a).

Q u a n d o e s t im u la d o , o m ú s c u lo

re s p o s ta a o fr io , p r o d u z in d o o c a r a c te r ís t ic o e s ta d o d e a r r e p io . E m u m

e r .v c I v e u m a e s p e c i a l i z a ç ã o d a q u e r a t i n i z a ç ã o .

a n im a l e n fu r e c id o , e sta a ç ã o a u m e n t a a e s p e s s u r a d o r e v e s t im e n to d e

.. - . :

T 7 . : ; '. : a l e n v o l v i d a n a p r o d u ç ã o d o p ê lo .



c é lu la s -

a s u p e r fíc ie c o m o p a r t e d o p ê lo e m

r..

- ,r .'r e > e n t a u m a

- - :: . - ;

m edula

r r .o le

4 9b e 4 10

- .i!.- ' i a m a t r i z p r ó x i m a s à m a r c ó r t e x , q u e é r e la tiv a m e n te

. 0 c ó rte x co n té m

q u e ra tin a d u r a

rc sa tõ m ao pêlo. U n a ú n i c a c a m a d a d e c é l u l a s n a a p a fiõ e a r - : q u e o n o r m a l d e v id o a o n e r v o s is m o d e Jo ã o a n te s d a p r o v a .

gs. 102-103 4 . A i n d a q u e d e g r a u le v e , a i r r i t a ç ã o r e p e t i d a n a m ã o d e J o ã o ; a _ s a d a p e la s l u v a s d e l á t e x a u m e n t a r á a s í n t e s e d e q u e r a t o - h : a _ : r j e q u e r a t i n a n o e s t r a t o g r a n u l o s o d a p e le .

págs

1

C o r ::

r e s u l t a d o d o e s p e s s a m e n t o d a e p i d e r m e d a p e le , a c o l o r a r a : r e g i ã o a f e t a d a d a p e le s e t o m a r á m a i s c l a r a .

ai

pág. 93

Diagnóstico J o ã o a p r e s e n t a u m a r e a ç ã o a lé r g ic a a o lá t e x , c o m u m e n t r e p re £ > > ::n a is d a á r e a d e s a ú d e , e s tu d a n t e s e q u a lq u e r in d iv íd u o q u e : r a r a _ r í

F gura 4.17

Dorso da mão de João.

e x p o s t o a p r o d u t o s q u e c o n t ê m lá t e x . E s t á g io s a v a n ç a d o s d e a l e r p j

TEGUMENTO C O M U M

Caso clínico

(

c o n tin u a ç ã o )

se latex. c o m o o q u e João está a p re se n ta n d o p o r causa d o u so c o n ti­ n u a d o d e luvas de látex ao lo n g o d e u m sem estre, são a co m p a n h a d o s de co riza, la c rim e ia m e n to e ro u q u id ã o p elo e n v o lv im e n to geral das tú n ic a s m u co sas d o n ariz, d o s o lh o s e d a larin g e. Essa tú n ic a m u co sa c o n stitu i u m a b a rre ira à e n tra d a d e p a to g e n o s z a z ‘ 1 , e a aler­ gia ao lares d e João esta a fe ta n d o su a e s tru tu ra a n a tô m ic a e fu n ção . A lo g ia s 2 b o rra c h a d o Lates, n a m ra l tê m se so m a d o m ai< c o m u n s eaa e a i s t o s . li ■ l É i o i k l 11 em t r r s a i o p ro b iem a p ara »

- r ^ r .sK t T - . g

O

d e a p a r a t o s e e q u ip a m e n t o s m é d ic o s n o s ú lt im o s 2 0 a n o s . N o fin a l d a d é c a d a d e 19 8 0 , o u s o d o lá te x n a in d ú s t r ia m é d ic a a u m e n t o u

. . , , vertigmosamente quando as lu. v as d e látex to ra m a m p lam en te

JerTrao:

TERMOS DO CASO CLINICO ..................... Ampola de epinefrina (adrenalina): In s tru m e n to q u e per-

r

Zí s t J O f.

t e * jKEiiat:1

lá t e x é u t iliz a d o e m u m a g r a n d e v a r ie d a d e d e p r o d u t o s a t u a l

m e n t e . A lé m d is s o , o lá t e x t e m s id o u t iliz a d o e m u m c r e s c e n te n ú m e r o

xTscrs «rtrsEjesras-É coosk S r —r n ii x Esses co m . c2TJLifn50C2 d c resilid e de

pum itir -to-! i- knas de a t a são secas e lavadas « dc ar n á m a ^ B a n d u ií de proteínas e impurezas na ■ ■ f i i t É t i h a i i d i li> 1 iMi fiupiuili nu 1111 lubrificadas com aüfcdfeaiA D ontrfraL qnE lta a capacidade de absorver qualquer K ã fen d e proteínas do látex, remanescentes do processo de manufaauca. Essasproteínas residuais do látex contribuem para a possibilidade ]erska no usuário de luvas.

re c o m e n d a d a s e n tre o s p r o fis -

m jt e um a jnje ção rápid a de um a

s io n a is d a s a ú d e p a ra a p re v e n -

q u a n tid a d e p re d e te rm in a d a d e

ci

d a tr a n s m is s ã o d e p a tó g e -

e p in e frin a em um in d iv íd u o sem

r .o s p o r s a n g u e , i n c l u s i v e o v í r u s

a p re s e n ç a de um p ro fis sio n a

da

da saude.

im u n o d e fic iê n c ia

h um ana

H I V ) . B ilh õ e s d e p a r e s d e lu v a s

Eritema. V e rm e lh id ã o d e v id a a

c ir ú r g ic a s sã o im p o r ta d o s a n u -

d ila ta ç ã o de capilares, Pápula: E levaçã o só lid a da pele lo c a liza d a e c o n te n d o líqu id o

a lm e n te p e lo s E s t a d o s U n id o s . E ste u s o a m p la m e n t e d if u n d i­ d o d o lá t e x te m fe ito c o m

Reação anafilática: S ensib i idad e in d u zid a s is tê m ic a o u g e n e ­ ralizada.

que

a s a le r g ia s a o lá t e x te n h a m a u ­

2

m e n ta d o e n tre o s p r o fis s io n a is

vesícula: P e q u e n a e le v a ç ã o na

d a sa ú d e e m to d o o m u n d o . ■

pele (m e n o r q u e 1 cm), lo c a liz a ­ da e c o n te n d o líquido.

TERMOS CLÍNICOS o a g e n te q u ím ic o ; a lg u m a s h e r a s e o u t r o s tip o s

Pápula:

B ã p d p a c n m u l o d e se cre çõ e s.

d e p la n ta s v e n e n o s a s p o d e m s e r c ita d o s c o m o

a té 1 0 0 c m d e d iâ m e tr o .

J ^ k a hipodérmica:

e x e m p lo s d e a g e n te s c a u s a d o r e s d a d e r m a tit e d e

Psoríase:

co n ta to .

p id a d iv is ã o d e c é lu la s - t r o n c o n o e s tr a to g e r n t ir r i-

U a m o o d e u m a g lâ n d u la s e b á c e a c a u -

A g u lh a u t iliz a d a p a r a

a t e É H t i a ç ã o d e m e d ic a m e n t o s p o r v i a s u b c u -

D erm atite seborréica: J t e a d o r a : D e r m a t i t e l o c a l i z a d a c a u s a d a p e la .

—7 .7.1 - ã o

e n t r e u m i d a d e , s u b s t â n c ia s q u í m i c a s

In fla m a ç ã o a o r e d o r d e

E l e v a ç a o n a p e le , c i r c u n s c r i t a e s o l i d i d e

A l t e r a ç ã o i n d o lo r , c a r a c t e r i z a d a p o r r a -

t i v o d o c o u r o c a b e l u d o , c o t o v e l o s , r e g i ã o i n g u i n a l.

g l â n d u l a s s e b á c e a s a n o r m a l m e n t e a t iv a s .

p la n t a s d o s p é s, p a lm a s d a s m ã o s e u n h a s . A s i r e i -

Eczema:

a fe ta d a s a p r e s e n ta m a p a r ê n c ia se c a e d e s c a r n a r :

D e r m a t it e q u e p o d e s e r d is p a r a d a p o r

■ r i n t h r a s d o s r e s í d u o s fe c a is e u r i n á r i o s e m i -

m o d i f i c a ç õ e s d e t e m p e r a t u r a , f u n g o s , s u b s t â n c ia s

Q uelóide:

~ > r e a n is m o s .

q u ím ic a s ir r ita tiv a s , ó le o s , d e te rg e n te s o u e stre sse

re c o b e rto p o r u m a s u p e rfíc ie e p id é rm ic a L s i e

e q u e p o d e e s ta r r e la c io n a d a a fa to r e s h e r e d itá r io s

b r ilh a n t e . G e r a lm e n t e d e s e n v o lv e - s e n a re g iã o

la rc in o m a basocelular:

T u m o r m a lig n o d e

ri t e m n o e s t r a t o g e r m i n a t i v o . É o t i p o m a i s c o -

o u a m b ie n ta is .

Á r e a e s p e ss a d a d e te c id o c ic a t r ic i^

s u p e r io r d o d o r s o , tó r a x , o m b r o s e ló b u lo s d a s o r e l h a s , e m i n d i v í d u o s d e p e le e s c u r a .

— _ m d e c â n c e r d e p e le , e a p r o x i m a d a m e n t e d o i s

E nxerto de pele:

te rç o s d e stes c â n c e re s m a n ife s ta m - s e e m á re a s

n a d a d e p e le ( e s p e s s u r a p a r c i a l o u t o t a l ) p a r a r e ­

Sepse:

s a je it a s à e x p o s iç ã o c r ô n ic a à r a d ia ç ã o U V .

c o b r ir u m a e x te n s a á re a d a n ific a d a , c o m o o c o r r e

r ig o s a . A s e p s e é a p r in c ip a l c a u s a d e m o r t e e m

C arcinom a de células escam osas:

T ra n s p la n te d e u m a á r e a s e c c io ­

I n fe c ç ã o b a c te r ia n a d is s e m in a d a e p e ­

e m q u e im a d u r a s d e te r c e ir o g r a u .

p a c ie n te s g r a v e m e n t e q u e im a d o s .

m a i s r a r a d e c â n c e r d e p e le , q u a s e t o t a l m e n t e

Erisipela:

Tecido de granulação:

r e s t r i t a a á r e a s e x p o s t a s a o s o l. R a r a m e n t e o c o r r e

c a u s a d a p o r in fe c ç ã o b a c te r ia n a .

fib r in a , fib r o b la s to s e c a p ila r e s q u e se f o r m a d u ­

m e tá sta se , e x c e to e m c a s o s d e tu m o r e s a v a n ç a d o s.

E ritem a:

r a n te a r e p a r a ç ã o te c id u a l a p ó s in fla m a ç ã o .

C ontração:

t a ç ã o d o s v a s o s c a p ila r e s .

Ú lcera de decú b ito (escaras):

g e n s o p o s ta s d e u m fe r im e n to d u ra n te o p ro c e ss o

H em angiom a capilar:

o c o r r e m e m á r e a s s u je it a s a u m a d im in u iç ã o o u

d e rep aração .

s a d a p o r u m t u m o r n o s v a s o s c a p ila r e s d a c a m a d a

r e s t r i ç ã o d a c i r c u l a ç ã o , e s p e c i a lm e n t e c o m u m e m

C rosta:

p a p ila r d a d e r m e . G e r a lm e n te c re sc e a p ó s o n a s c i­

in d iv íd u o s a c a m a d o s .

U m a fo rm a

A ju n ç ã o d a s e x t r e m id a d e s d a s m a r ­

C o á g u lo d e fib r in a q u e se fo r m a n a s u ­

I n fla m a ç ã o g e n e r a liz a d a d a d e r m e

V e r m e l h i d ã o d a p e le c a u s a d a p o r d i l a ­

M a r c a d e n a s c im e n to c a u ­

U m a c o m b in a ç ã o d e

Ú lc e ra s q u e

p e r f í c i e d e u m f e r i m e n t o n a p e le .

m e n t o e s u b s e q ü e n te m e n te in v o lu i e d e sa p a r e c e .

U rticária (d erm atite alérgica):

D erm atite:

H em an g io m a cavernoso (m ancha em v in h o do P orto): M a r c a d e n a s c i m e n t o c a u s a d a p o r u m

te n s a r e s u lta n te d e r e a ç ã o a lé r g ic a a a lim e n to s ,

tu m o r q u e a fe ta v a s o s m a io r e s n a d e r m e . E sta s

o u t r o s e s t í m u lo s .

U m a i n f l a m a ç ã o d a p e le q u e e n v o l v e

p r in c ip a lm e n te a r e g iã o p a p ila r d a d e rm e .

D erm atite de contato:

D e r m a t it e g e r a l m e n t e

D e r m a t it e e x ­

d r o g a s , p ic a d a s d e in s e to s , in fe c ç ã o , e s tre ss e o u

m a r c a s g e r a lm e n te p e r m a n e c e m a o lo n g o d a v id a .

V esícula:

k r i t a t n a . P r o d u z e m le s õ e s e p r u r id o , q u e p o d e m

M elanom a m aligno:

1 c m ) , l o c a li z a d a e c o n t e n d o l í q u i d o .

s e r d is s e m in a d o s p a r a o u t r a s á re a s, c a s o o c o n -

d e m e la n ó c it o s m a lig n o s . M e tá s ta s e s p o t e n c ia l­

X erose:

O k > m a n iia l (d o a to d e c o ç a r ) d is tr ib u a ta m b é m

m e n t e l e t a is o c o r r e m c o m f r e q ü ê n c i a .

h a b ita n te s d e c lim a s á r id o s .

cansada p o r

s u b s t â n c ia s q u í m i c a s d e f o r t e a ç ã o

C â n c e r d e p e le o r i g i n a d o

P e q u e n a e le v a ç ã o n a p e le ( m e n o r q u e

“ P e le s e c a ”, q u e i x a c o m u m e m i d o s o s e

C a p ítu lo

4 • Tegumento Comum

RESUMO PARA ESTUDO Introdução

A tela subcutânea

89

O te g u m e n to c o m u m , o u

pele,

fu n c io n a c o m o p r o te ç ã o c o n tr a fa to re s

1.

A

tela su bcutânea

97

é ta m b é m c o n h e c id a c o m o

s o b r e o a m b ie n t e e x t e r n o ; a ju d a n a r e g u la ç ã o d a t e m p e r a t u r a c o r p o r a l .

p e le e m r e l a ç ã o a o s ó r g ã o s e t e c i d o s s u b ja c e n t e s e a i n d a p e r m i t e

Estrutura e função do tegumento comum

90

Estruturas acessórias

r r o f u n d a , e e s t r u t u r a s a c e s s ó r i a s , in c lu in d o f o l í c u l o s p i l o s o s , u n h a s e g l â n ­

Folículos pilosos e pêlos

A epiderme

(ver Figuras 4.1/4.2)

2.

A lu z d o f o l í c u l o é r e v e s t i d a p e la

te lia is m a is a b u n d a n t e s ; m e la n ó c it o s , c é lu la s q u e p r o d u z e m p ig m e n t o ; c é l u l a s d e M e r k e l , e n v o l v id a s n a p e r c e p ç ã o d e s e n s a ç õ e s t á t e is ; e c é l u l a s

(ver Figuras 4.214.9 a 4.11)

b ain h a in te rn a da raiz, p r o d u z i d a : b ain h a externa da raiz c i r c u n d a a b a i n h a i n t e r n a d a s u p e r f í c i e d a p e le e a m a t r i z p i l o s a . A m em b rana vítrea é a | j —

m a tr iz p ilo s a . A

q u e r a t i n ó c it o s .

epitélio escamoso estratificado. E x i s t e m

en tre a

c in c o c a m a d a s d e

q u e r a tin ó c ito s n a e p id e r m e d a p e le e s p e s s a e q u a tr o n a p e le d e lg a d a ,

(ver

d a d e te c id o c o n e c tiv o d e n s o . 3.

Camadas da epiderme

91

O

plexo da raiz do pêlo

(verFigura 4.10)

d e n e r v o s s e n s it iv o s c ir c u n d a a b a s e d e c a d a '

p i l o s o e d e te c ta o m o v i m e n t o d a h a s te d o p ê lo . C o n t r a ç õ e s d o

A d iv is ã o d e c é lu la s b a s a is d o e s t r a t o g e r m i n a t i v o p r o d u z n o v o s q u e r a t i n ó ­ c it o s q u e s u b s t it u e m a s c é lu la s m a is s u p e r f i c i a is ,

(ver Figuras 4.2 a 4.6)

4.

À m e d id a q u e n o v a s c é l u l a s e p i d é r m i c a s s e d i f e r e n c i a m , p a s s a m a t r a v é s d o e s t r a t o e s p i n h o s o , d o e s t r a t o g r a n u l o s o e d o e s t r a t o l ú c i d o ( d a p e le

:

b a s a l e s p e s s a d a , e x t e r n a à b a i n h a e x t e r n a d a r a iz ; é e n v o l t a p o r u m a c a m

Figura 4.4)

4.

O s p ê lo s o r i g i n a m - s e e m ó r g ã o s c o m p l e x o s d e n o m i n a d o s

d a s q u e r e v e s t e m o p ê lo .

d e L a n g e r h a n s , c é lu la s f a g o c i t á r i a s d o s is t e m a im u n o l ó g i c o . M e l a n ó c i t o s ,

5

98

folículos p il sos, q u e se e s t e n d e m e m d i r e ç ã o à d e r m e . C a d a p ê lo a p r e s e n t a bulbo- ra e haste. A p r o d u ç ã o d e p ê lo s e n v o l v e a q u e r a t i n i z a ç ã o e s p e c i a l d a s c e _ . e p it e lia is d a m atriz pilosa. N o c e n t r o d a m a t r i z , a s c é lu la s f o r m a m u m r. c le o m a c i o o u m edula; c é lu la s n a e x t r e m i d a d e d o p ê lo f o r m a m u m c : n r í g i d o . A cutícula é u m a c a m a d a e n r i je c i d a d e c é lu la s in e r t e s e q u e r a t i r ir

90

c é lu la s d e M e r k e l e c é lu la s d e L a n g e r h a n s e n c o n t r a m - s e d is p e r s a s e n t r e o s

98

1.

E x i s t e m q u a t r o t i p o s d e c é l u l a s n a e p id e r m e : q u e r a t i n ó c i t o s , c é lu la s e p i ­

A e p id e r m e é u m

.

(ver Figuras 4.214.7)

O t e g u m e n t o c o m u m , o u p e le , in c l u i a e p i d e r m e , s u p e r fic ia l, a d e r m e , m a is

d u l a s e x ó c r i n a s . A te la s u b c u t â n e a é p r o f u n d a à p e le .

1.

i; ~

se r c o n s id e r a d a c o m o p a r te d o te g u m e n to c o m u m , e s ta b iliz a a p o s i c ã :

m o v i m e n t o in d e p e n d e n t e ,

I

hipoderm e. A p e s a r

a g r e s so r e s d o a m b ie n te e x te r n o . S e u s re c e p to r e s tr a n s m it e m in fo r m a ç õ e s

to r do pêlo e le v a m o p ê lo a o t r a c i o n a r o fo líc u lo . (ver Figuras 4.9/4.1& ; Velo, pêlos in term ed iário s e pêlos term in ais e s p e s s o s c o n s t i t u e m :>s u : :

(ver Figura 4.11)

r e n t e s t i p o s d e p ê lo s q u e i n t e g r a m o c o r p o ,

5.

__

m úsculo cr

P ê lo s c re s c e m e sã o p e r d id o s d e a c o r d o c o m o

e s p e ss a ) e d o e s t r a t o c ó r n e o . O s q u e r a tin ó c it o s m o v e m - s e e m d ir e ç ã o à

pêlo.

s u p e r fíc ie , e a tr a v é s d o p r o c e s s o d e q u e r a tin iz a ç ã o as c é lu la s a c u m u la m

4.11)

c

ciclo de crescim ento

U m ú n i c o p ê lo c r e s c e p o r 2 a 5 a n o s e é e n t ã o p e r d i d o .

(ver

g r a n d e s q u a n t id a d e s d e q u e r a t i n a . F in a l m e n t e , a s c é lu la s s ã o d e s p r e n d i d a s e p e r d i d a s , d e s c a m a n d o - s e d a s u p e r f íc ie e p id é r m ic a ,

Pele espessa e delgada

(ver Figura 4.3)

Glândulas na pele 6.

93

5. A p e l e d e l g a d a r e c o b r e a m a i o r p a r t e d o c o r p o ; a p e l e e s p e s s a r e c o b r e a p e ­

p r o d u z e m p ê lo s ; e la s c o m u n i c a m - s e d i r e t a m e n t e c o m a e p i d e r m e .

n a s a s á r e a s s u je it a s a m a i o r a b r a s ã o , c o m o a s p a lm a s d a s m ã o s e p l a n t a s d o s p é s.

(ver Figura 4.4)

sudoríferas écrinas, p r o d u z e m s e c r e ç ã o f i n a e a q u o s a c o n h e c i d a c o m : piração sensível, o u suor. (ver Figuras 4.12/4.14)

a s e n s i b i l i d a d e d a p e le . O p a d r ã o d a s c r is t a s e p i d é r m i c a s é d e t e r m i n a d o

~.

(ver Figuras 4.414.5)

8. A s

A c o lo r a ç ã o d a e p id e r m e d e p e n d e d a c o m b in a ç ã o d e tr ê s fa to r e s : o s u p r i m e n ­

caroteno e melanina. A

t a m le it e .

(ver Figura 4.6)

Unhas

95 10 .

95

d a r e t i c u l a r m a is p r o f u n d a ,

(ver Figuras 4.214.414.7 a 4.9)

d é r m ic a s . C o n t é m v a s o s s a n g ü ín e o s e l in fá t ic o s , a lé m d e n e r v o s s e n s it iv o s . E s s a c a m a d a s u s t e n t a e n u t r e a e p id e r m e s o b r e ja c e n t e .

(ver Figuras 4.414.7)

A c a m a d a r e t i c u la r c o n s is t e e m u m a r e d e e m a r a n h a d a d e f ib r a s c o lá g e n a s e e lá s t ic a s , o r ie n t a d a s e m t o d a s a s d ir e ç õ e s p a r a r e s is t ir a t e n s õ e s a p li c a d a s

(verFigura 4.8)

Outros componentes dérmicos

10 3-

u n h as

p r o t e g e m a e x t r e m i d a d e e x p o s t a d o s d e d o s e l i m i t a m d is to r c c »

1.

A p e le p o d e r e p a r a r - s e m e s m o a p ó s le s ã o c o n s i d e r a v e l m e n t e i m r : :

2.

L e s õ e s g r a v e s à d e r m e e à s g l â n d u l a s a c e s s ó r i a s n ã o p o d e r -, s e r : u _ ~ = _

c o m o c o rte s p r o fu n d o s o u q u e im a d u r a s m o d e ra d a s. 96

l a r . A c a m a d a p a p i l a r c o n t é m c a p il a r e s e m a b u n d â n c i a q u e d r e n a m p a r a as

(verFigura 4.2)

N e r v o s s e n s it iv o s s u p r e m a p e le . M o n i t o r a m o t a t o , a t e m p e r a t u r a , a d o r , a p re ss ã o e a v ib r a ç ã o ,

corpo d a u n h a r e c o b r e o vale d a u n h a, e a p r o d u ç ã o d a u n h a • : : m atriz d a unha. O epo n íq u io (“cutícula” ) é f b n r n - ru m a p r e g a d o e s t r a t o c ó r n e o , a prega cutânea, e s t e n d e n d o - s e d a m atrL ; u n h a à p a r t e e x p o s t a d a u n h a . (verFigura 4.15) O

Controle local da função do tegumento comum 1 0 5

rep arad as, e u m

4 . U m s u p r i m e n t o s a n g ü í n e o e x t e n s o à p e le in c l u i o s p l e x o s c u t â n e o e p a p i ­

5.

:

cerum e.

re n o n ív e l d a

A c a m a d a p a p il a r t e m s e u n o m e d e r iv a d o d a s u a a s s o c ia ç ã o c o m a s p a p ila s

v e ia s d e s s e s p l e x o s .

n o m e a to a c ú s tic o e x t e r n o sã o - _

q u a n d o e le s s ã o s u je i t o s à f o r ç a m e c â n i c a .

D u a s c a m a d a s c o m p õ e m a d e r m e : a c a m a d a p a p i l a r s u p e r f ic i a l e a c a m a ­

n a p e le .

G lândulas cerum inosas

la s s u d o r í f e r a s m o d i f i c a d a s , q u e p r o d u z e m

9. A s

Organização da derme

2.

a s s e m e lh a m - s e a g l â n d u l a s s u d o r í f e r a s ap> - ; : ~ i

m e la n in a a ju d a a p r o t e g e r a p e le

d o s e fe ito s p r e ju d ic ia is d a r a d i a ç ã o u l t r a v i o l e t a e x c e s s iv a ,

A derme

glândulas m am árias

. rer

p o r é m sã o m a io r e s e m a is c o m p le x a s . A s g lâ n d u la s m a m á r ia s a t iv i- secr

to s a n g ü ín e o à d e r m e , a e s p e s s u r a d o e s tr a to c ó r n e o e a q u a n t id a d e v a r iá v e l d e d o is p ig m e n t o s :

G lândulas sudoríferas apócrinas p r o d u z e m s e c r e ç ã o d e o d o r c a r a glândulas su doríferas m erócrinas. ou

tic o ; as m a is n u m e r o s a s

t a s d o s p é s , c o n t r i b u e m p a r a a c a p a c i d a d e d e a g a r r a r o b je t o s e a u m e n t a m

g e n e tic a m e n te . A s c ris ta s c o n e c ta m - s e às p a p ila s d é r m ic a s d a d e r m e s u b ­

:

t— f

gura 4.13) 7.

6. A s c r i s t a s e p i d é r m i c a s , c o m o a s o b s e r v a d a s n a s p a lm a s d a s m ã o s e p l a n ­

ja c e n te

1oo

G lândulas sebáceas l i b e r a m s e c r e ç ã o c e r u m i n o s a e o l e o s a sebo n lí c u l o p i l o s o . Folículos sebáceos s ã o g l â n d u l a s s e b á c e a s g r a n d e s .......

(ver Figura 4.2)

tecido cicatricial

f i b r o s o p e r m a n e c e n o lo c a i.

Envelhecimento e tegumento comum 1.

O s e f e it o s d o e n v e lh e c i m e n t o a f e t a m t o d a s a s c a m a d a s r ia s d o t e g u m e n t o c o m u m ,

(ver Figura 4.16!

5

e e s t r u t u r a s aaessi

O COMUM

R E V I S Ã O DO C A P Í T U L O m

L^múãtos e R&nsão do Capítulo, ZmSL-A? ^TKTEL

19 .

O c a r o t e n o é: (a )

u m p i g m e n t o a m a r e l o - a l a r a n ja d o q u e s e a c u m u la n a s c é lu la s d a e p id e r m e

- SdTíisão de fatos e termos mmmamét cmm m l e t r a do item que melhor se relaciona. - ís r c íc if espaços apropriados.

(b )

u m o u t r o n o m e p a r a a m e la n in a

(c )

d e p o s i t a d o e m c é lu la s d o e s t r a t o g r a n u l o s o p a r a p r o t e g e r a e p i d e r m e

(d )

u m p ig m e n t o q u e c o n fe r e c o lo r a ç ã o c a r a c te r ís tic a à h e m o g lo b in a

Mmx j s

20.

C oluna B a.

Q u a l a f i r m a ç ã o d e s c r e v e m e l h o r u m a r a iz p ilo s a ? (a)

fib r o s o , n ã o - c e lu la r

e s t e n d e - s e d o b u l b o a o p o n t o o n d e a o r g a n i z a ç ã o i n t e r n a d o p ê lo e stá c o m p le ta

b.

h o ló c r in a ; se c re ç ã o o le o s a

(b )

é a p a r t e in e r t e d o p ê lo

c.

c é lu la s p ig m e n t a d a s

(c )

c i r c u n d a t o d o o p ê lo , p r o f u n d a m e n t e a t é a s u p e r f í c i e d a p e le

d.

e s t r a t o g e r m in a t iv o

(d )

in c lu i to d a s as e s tr u tu r a s d o fo líc u lo p ilo s o

e . t e la s u b c u t â n e a f.

c a m a d a p a p ila r

g.

estra to c ó rn e o

h. i.

e p it é l io e s c a m o s o e s t r a t if ic a d o

Nível 2 - Revisão de conceitos 1.

m e r ó c r in a ; s e c re ç ã o tr a n s lú c id a

te ' r ele e s p e s s a ” e “ p e le d e lg a d a ” s ã o t e r m o s q u e s e r e f e r e m esp e ssu ra da: p a p ila r

fir ç tx r m e !s

ssbs

(a )

e n c o n t r a m - s e a p e n a s n a s u p e r fíc ie d a e p id e r m e

(b )

f o r m a m p a d r õ e s d e c r i s t a s n a s u p e r f í c i e d a p e le

(c )

p r o d u z e m p a d r õ e s d e t e r m i n a d o s p e lo a m b i e n t e

(d ) (b )

d erm e

in te r ç o n e c ta m -s e c o m a m á c u la d e a d e s ã o (d e s m o s s o m o ) d o e s tra to e s p in h o s o

(d ) e p i d e r m e 2.

ift -

A s c ris ta s e p id é r m ic a s :

s • : e n v e lh e c i m e n t o n a p e le in c l u e m :

P o r q u e i n d i v í d u o s d e p e le c l a r a p r e c i s a m p r o t e g e r - s e d a a ç ã o s o l a r c o m m a i o r c u i d a d o d o q u e i n d i v í d u o s d e p e le e s c u r a ?

S K i t n c n a a t i v id a d e d a s g l â n d u l a s s e b á c e a s

2

3.

en to d a p r o d u ç ã o d e v ita m in a D

; - f e s s a m e n t o d a e p id e r m e

4.

_ _ m e n t o d e s u p r i m e n t o s a n g ü ín e o à d e r m e 1

- ::

: c d 5

: r a ç ã o d a p e le é r e s u l t a d o d e :

D e q u e f o r m a a p r o t e í n a q u e r a t i n a in t e r f e r e n a a p a r ê n c i a e n a f u n ç ã o d c te g u m e n to co m u m ?

6.

Q u a l ( i s ) c a r a c t e r í s t i c a ( s ) f a z ( e m ) d a t e la s u b c u t â n e a u m a r e g i ã o p r ó p r i a e f r e q ü e n t e m e n t e e le it a p a r a a r e a liz a ç ã o d e i n je ç õ e s h i p o d é r m i c a s ?

7.

A r e r s p i r a ç ã o s e n s ív e l: i

r e s f r i a a s u p e r f í c i e d a p e le p a r a r e d u z ir a t e m p e r a t u r a c o r p o r a l

b

i o f e r e c e u m a r o t a e x c r e t o r a p a r a e l i m in a ç ã o d e á g u a e e l e t r ó l it o s

c

M a r c a s d e e s t r ia s p o d e m o c o r r e r e m d e c o r r ê n c i a d a g e s t a ç ã o . O q u e c a u s a o a p a r e c i m e n t o d a s m a r c a s d e e s tr ia s ?

5.

_rrim ento sangüíneo à derme c : t i posição do pigmento concentração do pigmento todas as anteriores

C o m o e p o r q u e s e f o r m a m a s c a lo s id a d e s ?

P o r q u e la v a r a p e le e a p li c a r d e s o d o r a n t e r e d u z o o d o r d a s g l â n d u l a s s u d o ­ r ífe r a s a p ó c r in a s ?

8.

d i l u i s u b s t â n c ia s q u ím ic a s p r e ju d i c i a i s e in ib e o d e s e n v o l v im e n t o

O q u e o c o r r e c o m u m in d iv íd u o q u e e s tá c ia n ó tic o e q u a is e s tr u tu r a s dc c o r p o e v i d e n c i a m e s t a c o n d i ç ã o c o m m a i o r f a c ilid a d e ?

b a c t e r i a n o n a p e le I 14 .

15 .

d)

9.

t o d a s a s a n t e r io r e s

A c a m a d a d a p e le q u e c o n t é m t a n t o fe ix e s e n t r e l a ç a d o s d e fib r a s c o lá g e n a s

10 .

P o r q u e o s i d o s o s s ã o m e n o s c a p a z e s d e s e a d a p t a r a t e m p e r a t u r a s e x tre m a s ? A p e le p o d e r e p a r a r - s e e f e t i v a m e n t e m e s m o a p ó s le s ã o c o n s i d e r a v e l m e n t e

q u a n t o p r o t e ín a e la s t in a , e é a r e s p o n s á v e l p e la r e s is t ê n c ia d a p e le , é a:

grave p o rq u e:

(a )

c a m a d a p a p ila r

( b ) c a m a d a r e t ic u la r

(a)

(c )

c a m a d a e p id é r m ic a

(d ) c a m a d a h ip o d é r m ic a

A c a m a d a d a e p i d e r m e q u e c o n t é m c é lu la s e m d i v i s ã o é o : (a)

e stra to c ó rn e o

( b ) e s t r a t o g e r m in a t iv o

(c )

e s tra to g r a n u lo s o

( d ) e s t r a t o l ú c id o

a e p i d e r m e d a p e le a p r e s e n t a r i c o s u p r i m e n t o p o r p e q u e n o s v a s o s s a n g ü ín e o s

(b )

f i b r o b la s t o s n a p e le g e r a m n o v a s c é lu la s g e r m i n a t i v a s e p it e lia is

(c)

a c o n t r a ç ã o d a á r e a l e s a d a u n e c é lu la s d e e s t r a t o s a d ja c e n t e s

(d )

c é l u l a s - t r o n c o p e r s i s t e m t a n t o e m c o m p o n e n t e s d e t e c i d o e p it e lia l q u a n t o d e t e c i d o c o n e c t i v o d a p e le , m e s m o a p ó s le s ã o

1 6 . A p e r d a d e á g u a p o r p e n e t r a ç ã o d ó l í q u i d o in t e r s t ic ia l n a s u p e r f íc i e d a p e le

Nível 3 - Pensamento crítico

é ch a m a d a de:

1”

í

p e r s p ir a ç ã o s e n sív e l

( b ) p e r s p i r a ç ã o in s e n s ív e l

c

p e r s p i r a ç ã o la t e n t e

( d ) p e r s p i r a ç ã o a t iv a

1.

p o r a l a u m e n t a d r a s tic a m e n te . E x p liq u e e sta s o b s e r v a ç õ e s c o n s id e r a n d o o

T o d o s o s it e n s a s e g u ir s ã o e f e it o s d o e n v e lh e c im e n t o , e x c e to : a

q u e v o c ê s a b e e m r e l a ç ã o a o p a p e l d a p e le n a t e r m o r r e g u l a ç ã o c o r p o r a l .

o a d e l g a ç a m e n t o d a e p i d e r m e d a p e le

ib )

o a u m e n t o d o n ú m e r o d a s c é lu la s d e L a n g e r h a n s

(c )

u m a d i m i n u i ç ã o n a a t i v i d a d e d o s m e l a n ó c it o s

(d )

u m a d i m i n u i ç ã o d a a t i v id a d e g l a n d u l a r

2 . V o c ê e stá p re ste s a p a s s a r p o r u m a c ir u r g ia . P o r q u e é im p o r ta n te q u e se u m é d ic o t e n h a u m e x c e le n t e c o n h e c i m e n t o d a s l i n h a s d e c l i v a g e m d a p e le ? 3.

18 .

E m u m a c o n d iç ã o d e n o m in a d a in s o la ç ã o , a v ít im a a p r e s e n ta a p a r ê n c ia a v e r m e l h a d a , a p e le a p r e s e n t a - s e q u e n t e e r e s s e c a d a , e a t e m p e r a t u r a c o r ­

C a d a u m d o s it e n s a s e g u i r d e s c r e v e u m a f u n ç ã o d o t e g u m e n t o c o m u m , e x c e to :

M u i t o s m e d ic a m e n t o s p o d e m s e r a d m i n i s t r a d o s p o r v i a t r a n s d é r m i c a , p o r m e i o d a a p li c a ç ã o d e a d e s iv o s , c o n t e n d o a d r o g a , s o b r e a s u p e r f í c i e d a p e le . E s s e s a d e s i v o s p o d e m s e r f i x a d o s s o b r e a p e le d e q u a l q u e r p a r t e d o c o r p o ,

(a)

p r o t e ç ã o d o t e c i d o s u b ja c e n t e

' b i excreção

(c )

s ín t e s e d e v i t a m i n a C

(d )

te rm o rre g u la ç ã o

e x c e t o n a s p a lm a s d a s m ã o s o u n a s p la n t a s d o s p é s . P o r q u ê ?

O Sistema Esquelético Tecido Ósseo e Estrutura do Esqueleto

O B JE TIVO S DO C A P IT U L O : 1. Descrever as funções do sistem a esquelético.

2. D escrever os tipos de células encontrados no o sso m aduro e com parar suas funções.

3. Com parar as estruturas e fu n çõe s das substâncias com pacta e esponjosa dos ossos.

4. Localizar e com parar a estrutura e a função do periósteo e do endósteo.

5. D iscutir os passos responsáveis pelas v ariações na estrutura do osso no processo de crescim ento e desenvolvim ento ósseo. 6. D iscutir os fatores horm onais e nutricionais que afetam o crescim ento

7. Descrever o rem odelam ento do esqueleto, incluindo os efeitos da nutrição, dos horm ônios, do e xe rcíc c e do envelhecim ento sobre o desenvolvim ento ósseo e o sistem a esquelético. 8. Descrever os diferentes tipos de fratura e explicar com o as fraturas se reparam.

9. Classificar os ossos de acordo com a morfologia e dar exem plos de c a d a : zc

Introdução

112

Estrutura do osso

112

D esenvolvim ento e crescimento ósseo

117

Manutenção, rem odelam ento e reparação óssea Anatom ia dos elementos do esqueleto Integração com outros sistemas

130

126

124

O SISTEMA ESQUELÉTICO

I -

. e s q u e lé t ic o in c lu i o s d ife r e n te s o s s o s d o e s q u e le t o , a lé m d e

cart

_ a m e n t o s e o u t r o s t e c id o s c o n e c t iv o s q u e o s e s t a b il iz a m o u

i n t e r li g a m . O s o s s o s s ã o m a i s d o q u e s i m p le s e s t r u t u r a s r í g i d a s q u e s u s ­ t e n t a m o> m ú s c i d o s ; e le s s u s t e n t a m o p e s o d o c o r p o e t r a b a l h a m c o m o s m u s c u lo s p a r a p r o d u z ir m o v im e n to s c o n tr o la d o s e p r e c is o s . S e m a e s: - _ : _ r a d e s u s t e n t a ç ã o d o s o s s o s , a c o n t r a ç ã o m u s c u la r a p e n a s to r n a r ia : > m ú s c u lo s m a is c u r to s e e s p e s s o s . O s m ú s c u lo s d e v e m t r a c io n a r o e sq u e l e t o p a r a f a z e r - n o s s e n t a r , le v a n t a r , a n d a r o u c o r r e r . O e s q u e l e t o t e m • a r i a s o u t r a s f u n ç õ e s v it a i s ; c o m o a lg u m a s p o d e m n ã o lh e s e r f a m i li a r e s , :

m e c a r e m o s e s te c a p ítu lo r e s u m in d o a s p r in c ip a is fu n ç õ e s d o s is te m a

e s q u e lé tic o .

A p a r tir d e a g o r a s e rá o fe r e c id a u m a v is ã o m a is a p r o fu n ­

A m atriz do osso O f o s f a t o d e c á l c i o , C a 3( P 0 4) 2, é r e s p o n s á v e l p o r a p r o x i m a d a m e n t e d o i: t e r ç o s d o p e s o d o o s s o . O f o s f a t o d e c á l c i o i n t e r a g e c o m o h i d r ó x i d o d< c á lc io [ C a ( O H ) , ] p a r a f o r m a r c r i s t a i s d e h i d r o x i a p a t i t a , C a 10( P O 4)6( O H C o n f o r m e se fo r m a m , e s s e s c r is t a is t a m b é m in c o r p o r a m o u t r o s s a is dt

E ste s c o m p o n e n t e s in o r g â n ic o s c o n fe r e m a o o s s o c a p a c id a d e d e re s is tir

i

c o m p re ss ã o . A p ro x im a d a m e n te u m te rç o d o p e so d o o ss o c o rre s p o n d e

í

e s t r u t u r a d e s u s t e n t a ç ã o p a r a t e c id o s m o l e s e ó r g ã o s .

f i b r a s c o l á g e n a s q u e c o n f e r e m a o o s s o r e s i s t ê n c i a à t r a ç ã o . O s o s t e ó c it o ;

s a is d e c á l c io d o o s s o r e p r e s e n t a m

e o u t r o s t i p o s d e c é lu la s r e s p o n d e m p o r a p e n a s 2 % d a m a s s a d e u m o ss e t íp ic o .

c i o e f o s f a t o n o s l í q u i d o s c o r p o r a i s . O c á l c io é o m i n e r a l m a i s a b u n ­

O s c r is t a is d e fo s fa t o d e c á lc io s ã o m u it o r e s is te n t e s , m a s r e la tiv a

d a n te n o c o r p o . U m c o r p o h u m a n o típ ic o te m 1 a 2 k g d e c á lc io , d o s

m e n t e i n f l e x í v e i s . E le s p o d e m s u p o r t a r c o m p r e s s ã o , m a s p o d e m p a r tir - s <

q u a i s m a i s d e 9 8 % e s t ã o d e p o s i t a d o s n o s o s s o s d o e s q u e le t o .

q u a n d o e x p o s t o s a d o b r a m e n t o , t o r ç ã o o u i m p a c t o s r e p e n t i n o s . A s fib r a ;

Produção de células sangüíneas: G l ó b u l o s v e r m e l h o s , g l ó b u l o s b r a n ­ c o s e p l a q u e t a s s ã o p r o d u z i d o s n a medula óssea vermelha, q u e p r e ­ e n c h e a s c a v id a d e s in te r n a s d e m u it o s o s s o s . O p a p e l d a m e d u la ó s ­ s e a n a f o r m a ç ã o d a s c é l u l a s s a n g ü í n e a s s e r á d e s c r it o e m c a p í t u l o s p o s te r io r e s , o n d e s ã o d is c u t id o s o s s is te m a s c ir c u la t ó r io e lin fá t ic o

Proteção: T e c i d o s

e ó r g ã o s d e lic a d o s s ã o g e r a lm e n te p r o t e g id o s p o r

e l e m e n t o s d o e s q u e le t o . A s c o s t e la s p r o t e g e m o c o r a ç ã o e o s p u l m õ e s , o c r â n io c o n té m o e n c é fa lo , as v é r t e b r a s s e r v e m c o m o a n t e p a r o p a r a a m e d u l a e s p i n a l e a p e lv e a b r i g a ó r g ã o s d i g e s t ó r i o s e g e n i t a is .

ancagem: M u i t o s

5.

o s s o s d o e s q u e le to fu n c io n a m c o m o a la v a n ­

c a s . p o d e n d o a lt e r a r a m a g n i t u d e e a d ir e ç ã o d a s f o r ç a s g e r a d a s p e lo s m u s c u lo s e s q u e l é t ic o s . O s m o v i m e n t o s p r o d u z i d o s a b r a n g e m d e s d e d e li c a d o m o v i m e n t o d a p o n t a d e u m d e d o a t é a m p la s m o d i f i c a ç õ e s n a p o s i ç ã o d o c o r p o i n t e ir o .

d o : s s o . O s d o i s c a p í t u lo s s e g u in t e s o r g a n i z a m o s o s s o s e m d u a s d iv i s õ e s : c o m p r e e n d e o s o s s o s d o c r â n i o , a c o l u n a v e r t e b r a l,

: e s t e m o e a s c o s t e la s ) e o

c e d e m . N o o ss o , as fib r a s c o lá g e n a s fo r n e c e m o a r c a b o u ç o p a r a a fo r m a ­ ç ã o d o s c r is ta is m in e r a is . O s c r is ta is d e h id r o x ia p a t it a fo r m a m p e q u e n a : p la c a s q u e se d is p õ e m a o lo n g o d a s fib r a s c o lá g e n a s . O r e s u lta d o é u m ;

la s d o c o l á g e n o e a s d o c r i s t a l m i n e r a l p u r o .

As células do osso maduro [Figura 5.1]

célula osteoprogenitoras, osteoblastos, osteócitos e osteoclastos (Figura 5.1a).

O o s s o c o n té m u m a p o p u la ç ã o d e d ife r e n te s c é lu la s , in c lu in d o

Osteócitos

A s c é lu la s ó s s e a s m a d u r a s s ã o d e n o m i n a d a s

on, o s s o ) . E la s

osteócitos (oste

m a n t ê m e m o n i t o r a m o c o n t e ú d o d e p r o t e ín a s e m in e r a is



m a t r i z c ir c u n d a n t e . C o m o v e r e m o s a d ia n t e , o s m in e r a i s n a m a t r i z s ã o c o n s t a n t e m e n t e r e c ic la d o s . C a d a o s t e ó c it o c o m a n d a t a n t o a li b e r a ç ã o d o cá lcic

E ? :e c a p í t u lo d e s c r e v e a e s t r u t u r a , o d e s e n v o l v i m e n t o e o c r e s c im e n t o

esqueleto axial ( q u e

c o l á g e n a s s ã o r e s is t e n t e s e f l e x í v e i s ; p o d e m f a c i l m e n t e t o l e r a r e s t ir a m e n t o s , t o r ç õ e s e d o b r a m e n t o s , m a s , q u a n d o c o m p r i m i d a s , e la s s im p le s m e n t t

c o m b in a ç ã o p r o te ín a - c r is t a l c o m p r o p r ie d a d e s in te r m e d iá r ia s e n tr e a q u e ­

C a p ít u lo s 2 0 e 2 3 ) . 4.

págs. 71-72

p a r a t o d o o c o r p o . O s s o s is o l a d o s o u g r u p o s d e o s s o s f o r n e c e m u m a

u m a v a li o s a r e s e r v a m i n e r a l q u e m a n t é m a c o n c e n t r a ç ã o d e ío n s c á l ­

3.

ao

d a d a d a o r g a n iz a ç ã o d a m a tr iz e d a s c é lu la s ó ss e a s .

s is t e m a e s q u e l é t i c o f o r n e c e u m a r c a b o u ç o e s t r u t u r a l

Armazenamento de minerais: O s

2.

A o r g a n iz a ç ã o b á s ic a d o te c id o ó s s e o fo i a p r e s e n ta d a n o C a p ít u lo 3

c á lc io , c o m o o c a r b o n a to d e c á lc io , e ío n s , c o m o s ó d io , m a g n é s io e flú o r

' stentação: O

1.

A organização histológica do osso maduro

esqueleto apendicular ( q u e c o m p r e e n d e

o s o sso s

d o o s s o p a r a o s a n g u e q u a n t o a d e p o s iç ã o d o s s a is d e c á lc io n a m a t r iz c ir c u n d a n te . O s o s t e ó c it o s o c u p a m p e q u e n a s c â m a r a s , d e n o m in a d a s

lacunas, lim i

ta d a s p o r d u a s c a m a d a s d e m a t r i z ó s s e a c a lc ific a d a . E s s a s c a m a d a s d e m a tr i. s ã o c o n h e c id a s c o m o

lamelas (Figura 5.1b-d). C a n a is

d e n o m in a d o s

canalí

do > m e m b r o s e o s s o s a s s o c ia d o s q u e lig a m o s m e m b r o s a o t r o n c o a o n ív e l

culos ir r a d i a m - s e

d

s u p e r fíc ie s liv r e s e a v a s o s s a n g ü ín e o s a d ja c e n te s . O s c a n a líc u lo s , q u e co n tê rr

-

m b r o s e d a p e lv e ) . O c a p í t u l o f in a l n e s t e g r u p o e s t u d a a s a r t i c u l a -

a t r a v é s d a m a t r i z d e u m a l a c u n a a o u t r a e e m d ir e ç ã o à

cõ e s e s tr u tu r a s o n d e o s o s s o s se e n c o n t r a m e p o d e m m o v im e n ta r - s e u n s

fin o s p r o c e s s o s c i t o p la s m á t ic o s e s u b s t â n c ia fu n d a m e n t a l , i n t e r lig a m o s o s

e m r e la ç ã o a o s o u t r o s .

te ó c it o s s it u a d o s e m la c u n a s a d ja c e n te s . J u n ç õ e s o c lu s iv a s (

Os o s s o s d o e s q u e l e t o s ã o ó r g ã o s d i n â m i c o s e c o m p l e x o s , q u e c o n t ê m te o d o osseo, o u t r o s t e c i d o s c o n e c t iv o s , t e c id o m u s c u l a r lis o e t e c id o n e r -

p r o c e s s o s e o fe r e c e m u m a v i a p a r a d ifu s ã o d e n u t r ie n t e s e p r o d u t o s r e s id u a i:

-•

tight) l ig a m

d e u m o s t e ó c it o p a r a o u t r o a tr a v é s d e j u n ç õ e s c o m u n ic a n t e s

esse

(gap).

C : n s i d e r a r e m o s a g o r a a o r g a n i z a ç ã o i n t e r n a d e u m o s s o t íp ic o .

Osteoblastos

C é l u l a s d e f o r m a t o c u b ó i d e e n c o n t r a d a s n a s s u p e r fíc ie :

in te r n a o u e x t e r n a d o o s s o s ã o d e n o m in a d a s

Estrutura do osso I

:^ : r

:u

tecido ósseo, é

m a te r ia l, d e n o m in a d o

u m d o s t e c id o s c o n e c t i v o s d e s u s t e n t a ç ã o . ( É

r ta x ite r a z e r a g o r a u m a r e v i s ã o d o s c o n h e c i m e n t o s s o b r e t e c id o s c o -

n e c t r v o s d e n s o s , c a r t i l a g e m e o s s o .) t e c .d

osteoblastos (blasto, p r e

c u r s o r ) . E s s a s c é l u l a s s e c r e t a m o s c o m p o n e n t e s o r g â n i c o s d a m a t r i z . Est<

ao págs. 66-72

A s s im c o m o o u tro s

? c c n e c t i v o s , o t e c i d o ó s s e o c o n t é m c é l u l a s e s p e c i a li z a d a s e u m a

osteóide,

p o s t e r io r m e n t e t o r n a - s e m in e r a liz a d e

p o r u m m e c a n is m o a in d a d e s c o n h e c id o . O s o s te o b la s to s s ã o r e s p o n s á v e i p e la p r o d u ç ã o d e n o v o o s s o , u m p r o c e s s o d e n o m i n a d o

nan, p r o d u z i r ) .

osteogênese (gen

E m b o r a o e s t í m u lo e x a t o s e ja d e s c o n h e c i d o , a c r e d ita - s <

q u e o s o s t e o b l a s t o s p o s s a m r e s p o n d e r a e s t í m u lo s h o r m o n a i s o u m e c â n i

m a :r _ z e x t r a c e l u l a r c o m p o s t a d e f i b r a s p r o t é i c a s e s u b s t â n c ia f u n d a m e n ­

c o s p a r a in ic ia r a o ste o g ê n e se . S e u m o s t e o b la s to se to r n a c ir c u n d a d o po:

t a . A m a t r i z d o t e c i d o ó s s e o é s ó l i d a e r e s is t e n t e d e v i d o à d e p o s i ç ã o d e

m a t r i z , e le s e d i f e r e n c i a e m u m o s t e ó c it o .

d e c a l d o a o r e d o r d a s f ib r a s d e p r o t e ín a . O t e c i d o ó s s e o é g e r a l m e n t e s e p a r a d o d o s t e c id o s c o n t í g u o s p o r u m

pr~

d e c o n s is tê n c ia fib r o s a . Q u a n d o o te c id o ó s s e o c ir c u n d a o u tr o

t e o d o . s u a s u p e r f íc ie i n t e r n a é r e v e s t id a p o r u m « a d u la r.

endósteo d e

c a r a c t e r ís t i c a

Células osteoprogenitoras O t e c i d o ó s s e o c o n t é m u m p e q u e n o n ú m e r o d e células osteoprogenitoras ( progenitor, a n c e s t r a l ) . A s c é l u l a s o s t e o p r o g e n it o r a s se d ife r e n c ia m a p a r t ir d o m e s ê n q u im a e s ã o e n c o n tra d a : n a s c a m a d a s m a is p r o fu n d a s d o p e r ió s te o e n o

endósteo q u e

re v e ste a

C a p ítu lo

Canalículos

Osteóide

Matriz

Osteócitos

Osteócito: Célula óssea madura que mantém a matriz óssea

5 • O Sistema Esquelético: Tecido Ósseo e Estrutura do Esqueleto

Endósteo

Osteoblasto

Osteoclasto

Célula osteoprogenitora

'.te r;

Osteoclasto: Célula m ultir-ce a s que secreta ácidos e enzimas pan dissolver a matriz óssea

Osteoblasto: Célula óssea imatura Célula osteoprogenitora: que secreta componentes orgânicos Célula-tronco cuja divisão da matriz gera osteoblastos (a) Células ósseas

Osteona

Canalículos

Canais centrais

Lamelas concêntricas Lacunas

Canais centrais

Osteona

Lamelas

Lacunas

(b) MEV de osteonas

Figura 5.1

(c) Micrografia de luz de osteonas

MEV x 182

ML x 220

(d) Micrografia de luz de uma osteona

Estrutura histológica de um osso típico.

O te cid o ó sse o co n tém célu la s e s p e c ia liza d a s e um a d ensa m atriz ex tra ce lu la r co n ten d o sais de cálcio, (a) A s célu la s do osso. (b) M icrog rafia ele trôn ica d e v a - e a de v árias o ste o n a s na su b stân cia ó ssea co m p acta , (c) S e cçã o fina de su bstâ n cia óssea com p acta; neste proce dim e nto, a m atriz intacta e o s can a is cen trais a p 6 'e :s brancos, e as lacun as e c a n a lícu lo s são ap re se n ta d o s em preto, (d) u m a ún ica oste on a em m aio r aum ento, [(b) © R. C. Kessel e R.H. Kardon, "Tissues and

Text-Atlas ofScanning Electron Microscopy", w. H. Freeman & Co., 1979. Todos os direitos reservados.]

útnerc.

c a v id a d e s m e d u la r e s . A s c é lu la s o s t e p r o g e n ito r a s p o d e m d iv id ir - s e p a r a

te c id o e s tã o p r e s e n te s e m o s s o s t íp ic o s d o e s q u e le to , c o m o o

p r o d u z ir c é lu la s -filh a s q u e se d ife r e n c ia m e m o s te o b la s to s . A c a p a c id a d e

p r o x im a l d o m e m b r o s u p e r io r , e o

d e p r o d u z ir o s t e o b la s to s a d ic io n a is a d q u ir e g r a n d e im p o r t â n c ia a p ó s u m a

in fe r io r . A s u b s t â n c ia c o m p a c t a d o o s s o fo r m a a s p a r e d e s , e n q u a r :

fr a t u r a o u fis s u r a ó s s e a . O p r o c e s s o d e r e p a r a ç ã o s e r á v is t o m a is a d ia n te .

c a m a d a in t e r n a d e s u b s t â n c ia e s p o n jo s a c ir c u n d a a

Osteoclastos

te c id o c o n e c tiv o fr o u x o q u e p o d e te r p r e d o m ín io d e a d ip ó c ito s

(m e d u la ) S ã o c é lu la s g r a n d e s e m u ltin u c le a d a s . S ã o d e r iv a d a s d a s

m e s m a s c é lu la s -tr o n c o q u e d ã o o r ig e m

págs. 62-63 E l a s

a o s m o n ó c ito s e n e u tr ó filo s .

s e c r e ta m á c id o s p o r m e io d e e x o c it o s e d o s lis o s s o -

m o s . O s á c id o s d is s o lv e m a m a tr iz ó s s e a e lib e r a m a m in o á c id o s , o c á lc io e o fo s fa to a r m a z e n a d o s. E ste p r o c e s s o d e e ro s ã o , c h a m a d o d e

(Figura 5.2a). A

la óssea amarela)

fêmur,

c a v id a d e m e d u la r c o n té m

m

cavidade medu medula óssea m «

o u u m a m i s t u r a d e c é l u l a s s a n g ü í n e a s v e r r r .e

b r a n c a s , e m d ife r e n te s e s tá g io s d e m a tu r a ç ã o , e d e c é lu la s -tr o n c c p ro d u zem

:

o o s s o p r o x i m a l d o m e r ~ :i

; _*

(medula óssea vermelha).

osteólise,

a u m e n t a a c o n c e n tr a ç ã o d o s ío n s c á lc io e fo s fa t o n o s líq u id o s c o r p o r a is .

Diferenças estruturais entre substância compacta e espon l>

O s o s t e o c la s t o s e s tã o c o n s t a n t e m e n t e r e m o v e n d o m a t r iz e lib e r a n d o m i ­

A c o m p o s i ç ã o d a m a t r i z n a s u b s t â n c i a c o m p a c t a é a m e s m a d a e s r : r. :

n e ra is , e o s o s te o b la s to s e s tã o s e m p r e p r o d u z in d o m a tr iz q u e r a p id a m e n ­

A d ife r e n ç a e n t r e e la s e s tá n o a r r a n jo t r id im e n s io n a l d o s o s t e ó c ito -

te a g r e g a e s s e s m in e r a is . O e q u ilíb r io e n t r e a s a tiv id a d e s d o s o s t e o b la s to s

c a n a líc u lo s e d a s la m e la s .

e d o s o s t e o c la s t o s é m u it o im p o r t a n t e ; q u a n d o o s o s t e o c la s t o s r e m o v e m s a is d e c á l c i o m a i s r a p i d a m e n t e d o q u e o s o s t e o b l a s t o s o s d e p o s i t a m , o s o s s o s fic a m fra c o s . Q u a n d o a a tiv id a d e o s te o b lá s tic a p r e d o m in a , o s o s s o s fic a m m a is fo r te s e r o b u s to s .

vers, q u e

Substância compacta e esponjosa

c o n té m o s v a s o s s a n g ü ín e o s q u e s u p r e m a o s te o n a . O s c a n a i s ;

tr a is g e r a lm e n te fa z e m t r a je t o p a r a le lo à s u p e r fíc ie d o o s s o l F ig u r a 5 ;

d o s OSSOS [Figura 5.2]

O u tr a s v ia s c o n h e c id a s c o m o

E x is t e m d o is t ip o s d e s u b s t â n c ia s ó s s e a s : e

Substância compacta [Figuras 5.1b-d/5.2] A u n i d a d e f u n c i o : r a osteona c i l í n d r i c a , o u s is t:’ - s- l vers (Figura 5.1b-d). N o i n t e r i o r d e u m a o s t e o n a , o s o s t e ó c i t o s se d is p a e m c a m a d a s c o n c ê n t r i c a s a o r e d o r d e u m canal central, o u c . : ’ :.;. i

d a s u b s t â n c ia c o m p a c t a m a d u r a é a

substância compacta, o u

densa,

canais perfurantes, o u

canais dc

substância esponjosa, o u trabecular. A substância compacta é

re la tiv a ­

gura 5.2b). O s

substância esponjosa f o r m a

u m a es-

p a r a a s o s t e o n a s , m a is p r o fu n d a s n o o s s o , e s e r v e m o in t e r io r c a

m e n te d e n s a e s ó lid a , e n q u a n t o a

t r u t u r a r e t ic u la r a b e r ta d e p la c a s e tr a v a s d e s u s t e n t a ç ã o . O s d o is tip o s d e

: *

j

se e s te n d e m d e m a n e ir a a p r o x im a d a m e n te p e r p e n d ic u la r à s u p e r t c

t

v a s o s s a n g ü ín e o s n o s c a n a is p e r fu r a n te s c o n d u ie — ~;

m e d u la r . A s la m e la s d e c a d a o s t e o n a s ã o c ilín d r ic a s e a lin h a d a - r i r a i

114

SISTEMA ESQUELETICO

7 L a m e la s

^

c o n c ê n t r ic a s

O r ie n ta ç ã o d a s fib ra s c o lá g e n a s

P e rió s te o

S u b s t â n c ia S u b s t â n c ia c o m p a c t a e s p o n jo s a

C a v id a d e m e d u la r C a p ila r P e q u e n a v e ia

(a) O úmero

L a m e la s c irc u n fe re n c ia is

L a m e la s c o n c ê n t r ic a s

L a m e la s in te rs tic ia is

A rté ria V e T ra b é c u la s — d a s u b s t â n c ia e s p o n jo s a

E n d ó s te o L a m e la s

Canal

Canal

p e rfu ra n te

c e n tra l

(b) Substância compacta e esponjosa

• -l :-: - : cos. (a) Anatomia macroscópica do úmero, (b) Representação diagramática da organiz: I : • z a : ã : 3e fibras colágenas dentro das lamelas concêntricas, (d) Localização e estrutura c ar s - — :~:e proximal de um fêmur.

canal central. As la m e la s in te rs tic ia is p re en ch e m os espaços en tre as O: : - sá n a 'u b stâ n c ia co m p ac ta d o osso. D e p e n d e n d o d e sua localizaçã» ta n to p o d em te r sido p ro d u z id a s d u ra n te o crescim en to d _ààmz :: r : iem re p resen tar rem an escen tes de o steonas cujos com p^ t im t iz tenham sido reciclados p o r osteoclastos d u ra n te a reps r ^ -.e n to d o osso. U m terceiro tip o de lam ela, a la m e . t rre nas superfícies ex tern a e in te rn a d o osso. Em ur

C a p ítu lo 5



O

Sistema Esquelético: Tecido Ósseo e Estrutura do Esqueleto

: r s : d e m e m b r o c o m o o ú m e r o o u o fê m u r , a s la m e la s c ir c u n fe r e n c ia is ; : n s t i t u e m a s s u p e r f í c i e s e x t e r n a e i n t e r n a d a d i á f i s e (Figura

S u b stâ n c ia esp o n jo sa [F ig u ra 5.2d]

5.2b).

a d v in d a s d e d ife r e n te s d ir e ç õ e s .

A p r in c ip a l d ife r e n ç a e n tre a s u b s-

t ã n d a e s p o n j o s a ( t a m b é m c h a m a d a d e o ss o

trabecular) e

je it o s a fo r ç a s d e g r a n d e in te n s id a d e o u e m o s s o s s u je it o s a fo r ç a s te r - : : i

a c o m p a c t a e stá

Diferenças funcionais entre as substâncias compacta e esponjosa [Figura 5.3]

r : a r r a n io c a r a c te r ís t ic o d a s u b s t â n c ia e s p o n jo s a e m tr a v e s d e s u s te n ta ç ã o

U m a c a m a d a d e s u b s t â n c ia c o m p a c t a r e c o b r e a s s u p e r fíc ie s d o s o s s o s : i

e a r a le la s o u e m p la c a s r a m if ic a d a s e s p e s s a s , d e n o m in a d a s t r a b é c u la s o u

e s p e s s u r a d e ss a c a m a d a v a r ia d e r e g iã o p a r a r e g iã o d o o s s o e e n tre o s s :-

espfculüs. N a

s u b s t â n c ia e s p o n j o s a , s ã o e n c o n t r a d o s n u m e r o s o s e s p a ç o s d e

d ife r e n te s . E s s a c a m a d a s u p e r fic ia l d e s u b s t â n c ia c o m p a c t a é, p o r s u a v e e .

rnterc a n e x ã o

e n t r e a s t r a b é c u la s . A s u b s t â n c ia e s p o n jo s a p o s s u i la m e la s e,

se as tr a b é c u la s s ã o s u fic ie n t e m e n t e e s p e ss a s , o s t e o n a s e s ta r ã o p re se n te s .

A s u b s t â n c ia e s p o n jo s a n ã o é d ife r e n t e d a c o m p a c t a e m t e r m o s d e

r e c o b e r ta p e lo

periósteo,

u m e n v o lt ó r io d e te c id o c o n e c tiv o in tim a m e n te

r e la c io n a d o à fá s c ia p r o fu n d a . O p e r ió s t e o é c o m p le t o e m t o d o s o s lo c a e x c e to n o in t e r io r d e u m a a r t ic u la ç ã o , o n d e a s e x t r e m id a d e s o u t e r m in a ­

c é lu la s a s s o c ia d a s e n a e s t r u t u r a e c o m p o s iç ã o d a s la m e la s . A s u b s t â n ­

ç õ e s d e d o i s o s s o s e n t r a m e m c o n t a t o e n t r e s i. E m a l g u m a s a r t i c u l a ç =e -

5.2d),

o s d o is o s s o s s ã o in t e r c o n e c t a d o s p o r fib r a s c o lá g e n a s o u p o r u m b lo c o c e

: ; : m o r e s u lt a d o e la é m u it o m a is le v e d o q u e a c o m p a c t a . A lé m d is s o , a

c a r t ila g e m . E m a r t ic u la ç õ e s m a is m ó v e is , p r e e n c h id a s p o r u m líq u id o d e ­

c ia e s p o n j o s a f o r m a u m a e s t r u t u r a a b e r t a d e s u s t e n t a ç ã o (Figura

sinóvia, cartilagens articulares h i a l i n a s

- a m iã c a ç ã o d a s t r a b é c u la s c o n fe r e à s u b s t â n c ia e s p o n jo s a u m a r e s is tê n c ia

n o m in a d o

;

ó ss e a s e m o p o s iç ã o .

n s id e r á v e l. A s s im , a p r e s e n ç a d a s u b s t â n c ia e s p o n jo s a r e d u z o p e s o d o

re c o b re m as s u p e r fíc ie ;

e s ç u e le t o e fa c ilita a m o v im e n t a ç ã o d o s o s s o s p e lo s m ú s c u lo s . A s u b s t â n ­

A s u b s t â n c ia c o m p a c t a é m a is e s p e s s a n a s r e g iõ e s o n d e a s fo r ç a s te n ­

c ia e s p o n io s a d o o s s o é, p o r t a n t o , e n c o n t r a d a e m o s s o s q u e n ã o e s tã o s u ­

s o r a s a f u a m e m u m a g a m a l i m i t a d a d e d i r e ç õ e s . A Figura 5.3a m o s t r a a

Substância esponjosa

Epífise

Metáfise

Substância compacta

Corpo (diáfise)

(b) Orientação das trabéculas na epífise

Face articular da cabeça do fêmur

Cavidade medular

Trabéculas da substância esponjosa

Metáfise

Substância cortical Epífise Cavidade medular Substância compacta Vista posterior

R g u ra 5 3

. , .... (a) Femur

Vista em corte

(c) Epífise, vista em corte

A n a to m ia d e um o s s o típico.

3 : 'érr\jr o osso da coxa) em corte e em vista superficial. 0 fêmur apresenta um corpo (diáfise) com paredes de substância compacta e epífises (extre':e s - c s s - c a esoonjosa. A metáfise separa a diáfise da epífise em cada term inação do corpo. 0 peso do corpo é transferido ao fêmur por meio da a r t íc jia ç à : : : z^acrX : = e— e u a çã o d o quadril encontra-se fora de centro em relação ao eixo da diáfise, o peso do corpo é distribuído ao longo do osso de modo que a p ; ele ~ e : a :: : e o : iz~e a ação de forças de com pressão e as laterais ficam subm etidas a forças de tração (ou estiramento). (b) um fêmur intacto, quim icam ente : í í : : i r ; =i ' entação das trabéculas na epífise. (c) Fotografia evidenciando a epífise seccionada.

O S IS T E M A ESQUELÉTICO

n



—r

c " :ir ,

;

:\ i :: "

. .

o o s s o p r o x im a l d o m e m b r o in fe r io r . A s u b s t â n -

c.: m p a c t a , e n v o l v e u m a c a v i d a d e c o n h e c i d a c o m o

.:..-v

cavidade

p a r te m a is in te r n a ) . O o s s o te m d u a s e x t re m id a d e s ,

e p íf is e s

epi, a c i m a

+

physis, c r e s c i m e n t o ) , s e p a r a d a s

p o r u m a d iá f is e

A s u b s t â n c ia e s p o n j o s a n ã o é t ã o m a c i ç a q u a n t o a s u b s t â n c ia c o m p a c t a , m a s é m u i t o r e s is t e n t e a t e n s õ e s a p li c a d a s e m v á r i a s e d i f e r e n t e s d i r e ç õ e s . A s e p ífis e s d o f ê m u r s ã o p r e e n c h i d a s p o r s u b s t â n c ia e s p o n j o s a , e o a li n h a m e n t o tr a b e c u la r d a e p ífis e p r o x im a l e stá m o s t r a d o n a

Figura 5.3b,c. A s

tr a b é c u la s

: u c o r p o . A d iá fis e e s tá lig a d a à e p ífis e e m u m a r e g iã o e s tre ita

s ã o o r ie n t a d a s a o lo n g o d a s lin h a s d e fo r ç a , m a s c o m m u it o s in te r c r u z a m e n -

; . : ' " e d d a c o m o m e t á f is e . A F igura 5 .3 m o s t r a a o r g a n i z a ç ã o d a s u b s -

to s . N a e p ífis e p r o x im a l, as tr a b é c u la s t r a n s m it e m fo r ç a s a p a r t ir d o q u a d r il

r i n c i í c o m p a c t a e e s p o n jo s a n o in t e r io r d o fê m u r . A d iá fis e d e s u b s t â n c ia

p a r a a d iá fis e d o fê m u r a tr a v é s d a m e t á fis e ; n a e p ífis e d is ta i, a s tr a b é c u la s

; ; m p 2 C ta n o r m a l m e n t e t r a n s m i t e f o r ç a s a p l i c a d a s d e u m a e p í f i s e à o u t r a ,

d i r e c i o n a m a s f o r ç a s p a r a a p e r n a a t r a v é s d a a r t i c u la ç ã o d o j o e l h o . A l é m d e

r : r e x e m p lo , q u a n d o se e s tá e m p é , a d iá fis e d o fê m u r t r a n s m it e o p e s o

a m e n iz a r o p e s o e d ir e c io n a r a te n sã o d e v á r ia s d ir e ç õ e s , a e s tr u tu r a t r a b e c u ­

i : : : n » d o q u a d r il p a r a o jo e lh o . A s o s t e o n a s n o in t e r io r d a d iá fis e s ã o

la r a b e r ta g a r a n te p r o te ç ã o e s u s te n ta ç ã o p a r a as c é lu la s d a m e d u la ó ss e a .

r -LT-iIeLis a o s e u m a i o r e i x o , e p o r is s o o f ê m u r é m u i t o r e s is t e n t e à t r a ç ã o

m e d u l a ó s s e a a m a r e la , f r e q ü e n t e m e n t e e n c o n t r a d a n a c a v i d a d e m e d u l a r d a

::

A

. : n g o d e s s e e ix o . P a r a e fe ito d e c o m p a r a ç ã o , p o d e - s e im a g in a r u m a

d iá fis e , é u m a r e s e r v a im p o r t a n t e d e e n e r g ia . A m p la s á re a s d e m e d u la ó ss e a

ste c n a is o la d a c o m o u m tu b o d e p a r e d e s m u it o e s p e ss a s . Q u a n d o se te n -

v e r m e l h a , c o m o a s e n c o n t r a d a s n a s u b s t â n c ia e s p o n j o s a d a s e p í f i s e s f e m o -

r r e s s i o n a r o t u b o p e la s e x t r e m id a d e s , e le p a r e c e r á b a s t a n t e fo r t e . N o

r a is , s ã o im p o r ta n t e s lo c a is d e f o r m a ç ã o d e c é lu la s s a n g ü ín e a s .

i n t u r . : :- >e v o c ê s e g u r á - l o p e la s e x t r e m i d a d e s e p r e s s i o n á - l o l a t e r a l m e n t e , e e se q u e b r a r á f a c i l m e n t e . D e m o d o s e m e l h a n t e , u m o s s o l o n g o é b a s r e s is te n t e a fo r ç a s a p lic a d a s e m s u a s e x t r e m id a d e s e a o lo n g o d o s e u r. c i : u d i n a l , p o r é m u m i m p a c t o l a t e r a l p o d e f a c i l m e n t e c a u s a r u m a fis s u r a . o u

O periósteo e o endósteo

A s u p e r fíc ie e x t e r n a d e u m o s s o é g e r a lm e n t e r e c o b e r t a p e lo p e r i ó s t e o

(Figura 5.4a). O

fratura.

p e r ió s te o ( 1 ) is o la e p r o te g e o o s s o d o s te c id o s a d ja c e n -

Cápsula articular Camada celular do periósteo

Endósteo

[F ig u ra 5.4]

Lamelas circunferenciais Camada celular do periósteo

Camada fibrosa do periósteo

Camada fibrosa do periósteo

Substância

Canalículo Lacuna Osteócito Fibras perfurantes (a) O periósteo contém uma camada externa (fibrosa) e uma interna (celular). As fibras colágenas do periósteo são contínuas com as do osso, das cápsulas articulares adjacentes e dos tendões e ligamentos.

Osteoclasto Área de inserção tendão-osso Endósteo Célula osteoprogenitora

Tendão

Osteócito Periósteo

Osteóide

Cavidade medular Endósteo :

! r ■ i ..~ a : a ~ a d a celular incompleta contendo osteoblastos. células osteoprogenitoras e osteoclastos.

Substância esponjosa da epífise - Cartilagem epifisial

(c) Uma inserção tendão-osso

-

5i

Anatomia e histologia do periósteo e do endósteo.

-fc re s -e rta c ã o □ agram ática d as lo c a liza ç õ e s do p erió steo e do endósteo. J t c o êr csfcec b) O en d ósteo. (c) Um a in se rçã o tendão-osso.

ML x 100

C a p ítu lo

5 • O Sistema Esquelético: Tecido Ósseo e Estrutura do Esqueleto

3. Se a atividade dos osteoclastos exceder a atividade dos osteob

;c r

a massa do osso será afetada?

Nota clínica

4. Se as células osteoprogenitoras no tecido ósseo fossem destruídas sá tivam ente por uma determ inada droga, que processos norm ais occ^ i estar im pedidos no futuro?

Raquitismo

A articu la çã o do quadril é form ada pela cab e ça do fê ­ m ur e um a cavidade co rre sp o n d e n te na su p e rfície lateral do osso do quadril. A cab e ça do fêm ur se projeta m edialm ente, e o peso corporal co m p rim e o lado m ediai da diáfise. C o m o a força está aplicada fora do centro, o osso tem um a tendência a dobrar em um arco lateral. O outro lado da m etáfise, que resiste a esta dobra, fica su bm etido a um a carga de estiram en to, ou tensão. 0 e n cu rv am en to o co rre em d o e n ç a s que re d uzem a qua n tida de de sa is de c á lc io no esq ueleto. 0 raquitismo g e ralm ente ap arece em cria n ça s c o m o resultado da d e ficiê n cia de v i­ tam ina D; essa vitam ina é e ssencial para a ab sorçã o norm al do cálcio e sua de po sição no esqueleto. No raquitism o, há pouca m ineralização dos ossos, que ficam bastante flexíveis, indivíduos a co m etid o s pela doença desenvolvem pernas arqueadas pelo e ncurvam ento dos o sso s da coxa e da perna, sob a açã o do peso do corpo.

Veja a seção de Respostas na parte final oo \ rz

Desenvolvimento e crescimento ósseo O c r e s c im e n to d o e s q u e le t o d e t e r m in a o t a m a n h o e a s p r o p o r ç õ e - . n o s s o c o r p o . O e s q u e le to ó ss e o c o m e ç a su a fo r m a ç ã o p o r v o lta c a

e

ta s e m a n a a p ó s a fe r tiliz a ç ã o , q u a n d o o e m b r iã o te m a p r o x im a d a m r " 1 2 m m d e c o m p r i m e n t o ( a n t e s d i s s o , t o d o s o s e l e m e n t o s d o e s q u e l e :- : s. m e s e n q u im a is o u c a r tila g ín e o s ) . D u r a n te o d e s e n v o lv im e n t o s u b s e c u e j te , o s o s s o s s o f r e m u m t r e m e n d o a u m e n t o d e ta m a n h o . O c r e s c im e r : ó s s e o c o n t in u a d u r a n t e a a d o le s c ê n c ia , e p a r t e s d o e s q u e le t o n ã o p a r a

te s, (2 ) fo r n e c e u m a v ia e u m lo c a l d e u n iã o p a r a o s u p r im e n t o c ir c u la t ó ­

d e c r e s c e r a té o s 2 5 a n o s d e id a d e . O p r o c e s s o é c u id a d o s a m e n t e r e g u la d

r io e n e r v o s o , (3 ) p a r t ic ip a a tiv a m e n te d o c re s c im e n to e r e p a r a ç ã o ó s s e o s

e u m a q u e b r a n e s ta r e g u la ç ã o a fe t a r á t o d o s o s s is te m a s d o c o r p o . N e>

e (4 ) u n e o o s s o à r e d e d e te c id o c o n e c tiv o d a fá s c ia p r o fu n d a . O p e r ió s te o

s e ç ã o c o n s id e r a r e m o s o p ro c e s s o fís ic o d a

n ã o re v e s te o s o s s o s s e s a m ó id e s n e m e s tá p re s e n te o n d e o s te n d õ e s , lig a ­

e o c r e s c im e n to ó s s e o . A s e ç ã o s e g u in t e e x a m in a r á a m a n u t e n ç ã o e a > a b

m e n t o s o u c á p s u la s a r t ic u la r e s lig a m - s e a o s o s s o s

*, n e m

o n d e as s u p e r fí­

osteogênese ( f o r m a ç ã o

d o : >>

tit u iç ã o d a s r e s e r v a s m in e r a is n o e s q u e le t o a d u lto .

c ie s ó s s e a s s ã o r e c o b e r t a s p o r c a r t i l a g e n s a r t i c u l a r e s .

D u r a n te o d e s e n v o lv im e n to e m b r io n á r io , m e s ê q u im a o u c a r t L a ;a

O p e r ió s te o c o n s is t e e m u m a c a m a d a e x t e r n a d e te c id o c o n e c tiv o f i ­

s ã o s u b s t itu íd o s p o r o ss o . E ste p ro c e s s o d e s u b s t itu iç ã o d e o u t r o s te c i

ossificação.

t

calcificacão

b r o s o d e n s o e u m a c a m a d a c e lu la r in t e r n a c o n te n d o c é lu la s o s t e o p r o g e ­

p o r te c id o ó s s e o é d e n o m in a d o

n ito r a s . Q u a n d o u m o s s o n ã o e s tá e m c r e s c im e n to n e m e m r e p a r a ç ã o ,

r e f e r e à d e p o s iç ã o d e s a is d e c á lc io n o i n t e r io r d o s t e c id o s . Q u a l q u e : : e :

p o u c a s c é lu la s o s t e o p r o g e n it o r a s s ã o v is t a s n a c a m a d a c e lu la r .

d o p o d e s e r c a lc ific a d o , m a s s o m e n te a o s s ific a ç ã o r e s u lta n a f o r m a c ã : :

P r ó x im o à s a r tic u la ç õ e s , o p e r ió s te o se t o r n a c o n t ín u o c o m a r e d e d e te c id o c o n e c tiv o q u e a s e n v o lv e e a ju d a a e s ta b iliz á -la s . E m u m a a r t ic u la ­ ç ã o p r e e n c h id a p o r s in ó v ia , o p e r ió s te o é c o n tín u o c o m a

cápsula articular

q u e e n v o lv e o c o m p le x o a r t ic u la r . A s fib r a s d o p e r ió s t e o e s tã o ta m b é m e n t r e la ç a d a s c o m a s fib r a s d o s te n d õ e s fix o s a o s o s s o s

(Figura 5.4c).

No

O p ro cesso d e

o ss o . E x is te m d u a s fo r m a s p r in c ip a is d e o s s ific a ç ã o . N a

membranácea, o

ossificação

o ss o se d e se n v o lv e a p a r t ir d o m e s ê n q u im a o u d o : e c J

c o n e c tiv o fib r o s o . N a

ossificação endocondral, o

o s s o s u b s titu i u m m c o d

c a r t ila g ín e o e x is te n t e . O s o s s o s d o s m e m b r o s e o u t r o s o s s o s q u e s u p p e s o , c o m o a c o lu n a v e r t e b r a l, d e s e n v o lv e m o s s ific a ç ã o e n d o c o n d r a

c r e s c im e n to ó ss e o , e ssa s fib r a s d o te n d ã o s ã o in c o r p o r a d a s n o in te r io r d e

o s s o s p la n o s d o c r â n io , a s c la v íc u la s e a m a n d íb u la a p r e s e n ta m o s s ific a e i

la m e la s s u p e r fic ia is p e lo s o s t e o b la s t o s d a c a m a d a c e lu la r d o p e r ió s t e o . A s

in tr a m e m b r a n á c e a .

fib r a s c o lá g e n a s in c o r p o r a d a s a o te c id o ó s s e o a p a r t ir d o s t e n d õ e s e d o p e r ió s te o s u p e r fic ia l s ã o d e n o m in a d a s

pey (Figura

5.4a).

fibras perfurantes o u fibras de Shar-

E ste p r o c e s s o d e in c o r p o r a ç ã o fa z d a s fib r a s d o te n d ã o

Ossificação intramembranácea [F ig u ra s 5 .5 /5 .6 ossificação in tra m e m b ra n á c e a ,

d o q u e a q u e la p o s s ív e l d e o u t r o s m o d o s . U m a t r a ç ã o e x t r e m a m e n t e fo r t e

ca, t e m

e m u m te n d ã o e m g e r a l d e v e r á q u e b r a r o o s s o e m v e z d e a r r a n c a r a s fib r a s

n o in t e r io r d o te c id o e m b r io n á r io o u d o te c id o c o n e c tiv o fib r o s o . E s :e : :

in íc io q u a n d o c é lu la s m e s e n q u im a is se d ife r e n c ia m e m o ste o r a ? : :

d e o s s ific a ç ã o n o r m a lm e n t e o c o r r e n a s c a m a d a s m a is p r o fu n d a s d a c e m

c o lá g e n a s d a s u p e r fíc ie d e ste . N o in t e r io r d o o s s o , u m

ta m b é m c h a m a d a d e

ossificação dcrm

p a r te d a e s t r u t u r a g e r a l d o o s s o , g a r a n t in d o u m a lig a ç ã o m u it o m a is fo r t e

A

e n d ó s te o

c e lu la r re v e ste a c a v id a d e m e d u ­

e o s o s s o s q u e d e le r e s u l t a m s ã o c h a m a d o s d e

o ssos d érm ico s,

ou :::

te r n a s d o s c a n a is c e n tr a is e d o s c a n a is p e r fu r a n te s . O e n d ó s te o e s tá e m

membranosos. - E x e m p lo s d e o s s o s d é r m i c o s i n c l u e m o s s o s d a c a l v a r a tal e parietais), a mandíbula e a clavícula. O s ossos sesamóides f o r m a r : -• n o i n t e r i o r d o s t e n d õ e s ; a patela é u m e x e m p l o d e o s s o s e s a m ó i d e O ?■>>

a tiv id a d e d u r a n te o c r e s c im e n to e s e m p r e q u e r e p a r a ç ã o e r e m o d e la -

m e m b r a n o s o t a m b é m p o d e se d e s e n v o lv e r e m o u t r o s te c id o s c o n e c r i

m e n t o ó s s e o s e s tiv e r e m o c o r r e n d o . O e n d ó s te o g e r a lm e n te te m e s p e s ­

s u b m e t id o s c r o n ic a m e n t e a e s t ím u lo s m e c â n ic o s . P o r e x e m p lo , n o s e a a l

s u r a u n ic e lu la r e é u m a c a m a d a in c o m p le t a e x p o n d o o c a s io n a lm e n t e a

X I X , v a q u e ir o s à s v e z e s d e s e n v o lv ia m p e q u e n a s p la c a s ó s s e a s n a d e r m e :

la r

(Figura 5.4b).

E s ta c a m a d a , q u e c o n tê m c é lu la s o s t e o p r o g e n it o r a s ,

c o b r e as t r a b é c u la s d e s u b s t â n c ia e s p o n jo s a e re v e s t e a s s u p e r fíc ie s in ­

m a tr iz ó ss e a .

:

r e g iã o in te r n a d a s c o x a s e m fu n ç ã o d a fr ic ç ã o e d o im p a c t o c o n tr a s ^ s e la s . E m a l g u m a s a l t e r a ç õ e s q u e a f e t a m o m e t a b o l i s m o d o í o n c a i r : :

e______________________ Cá REVISÀO D OS CON CEITO S 1. Com o a resistência do osso seria afetada se a razão de colágeno e sais de cálcio (hidroxiapatita) estivesse aumentada? 2. um a am ostra de osso apresenta lam elas concêntricas circundando um canal central. Esta é uma am ostra da substância cortical ou da cavidade medular de um osso longo? ' X. de R.T. Em realidade, nas regiões de fixação de tendões, ligam entos e cápsulas articulares ocorre um im bricam ento destas fibras com o periósteo.

s u a e x c r e ç ã o , o c o r r e f o r m a ç ã o d e .o s s o p o r e s t e m e c a n i s m o d e o s s : r : a a l e m v á r i a s á r e a s d a d e r m e e f á s c i a p r o f u n d a . O s s o s e m l o c a i s n ã o - n í u a i ? sã d e n o m in a d o s

ossos heterotópicos (hetero, d i f e r e n t e

+

topos, l u g a r

.

A o s s ific a ç ã o in t r a m e m b r a n á c e a c o m e ç a a p r o x im a d a m e n :: n a : r a s e m a n a d o d e s e n v o l v i m e n t o e m b r i o n á r i o . O s p a s s o s d o p r o c e ? > -: a e s ific a ç ã o in t r a m e m b r a n á c e a e s tã o ilu s t r a d o s n a

Figura

5 .5 e r : c e m

se

r e s u m id o s c o m o se g u e :

PASSO 1 .

O te c id o m e s e n q u im a l se t o r n a b a s ta n te v a s c u la r iz i a :

c é lu la s m e s e n q u im a is c re s c e m e se d ife r e n c ia m e m o s t e o b l a ;:: ;

-

e

i

O S IS T E M A E SQ U EL ÉTIC O

b la s to s e n tã o a g r u p a m - s e e c o m e ç a m a s e c r e ta r o s c o m p o n e n t e s o r g â n i­

Nota clínica

c o s d a m a tr iz . A m is t u r a r e s u lta n te d e fib r a s c o lá g e n a s e o s t e ó id e t o r n a - s e e n t ã o m in e r a liz a d a p e la c r is t a liz a ç ã o d e s a is d e c á lc io . O lo c a l o n d e s e in i­ c ia a m in e r a liz a ç ã o n o o s s o é c h a m a d o d e

centro de ossificação. À

m e d i­

d a q u e a o s s ific a ç ã o p r o s s e g u e , e la p r e n d e a lg u n s o s t e o b la s t o s e m la c u n a s F ú r m a ç ã o ó s s e a h e t e r o t ó p ic a Ossos heterotópicos (hetero, dife:opos, jgar), ou ectópicos (ektos, d o lado de fora), sã o o ss o s que ó s s e a s ; e s t a s c é l u l a s s e d i f e r e n c i a m e m o s t e ó c i t o s . E m b o r a o s o s t e ó c i t o s íí /o lve m em lo cais incom uns. Tais o ss o s e vid en cia m a adaptabit e n h a m s id o s e p a r a d o s p e la m a t r iz s e c r e t a d a , e le s m a n t ê m - s e lig a d o s p o r z a x oos te cid o s co nectivo s. C é lu la s-tro n co m e sen q u im ais podem defin o s p r o c e s s o s c it o p la s m á t ic o s . j r " .c .er-se para se tra n sfo rm ar em osso, cartilagem , ou m esm o gordura r - j s c u : E ventos físic o s ou q u ím ic o s pod em e s tim u la r o de sen volviP A S S O 2. O o s s o e m d e s e n v o lv im e n t o c re sc e d e m a n e ir a c e n tr ífu g a _ e “ D d e o ste o b la sto s em te cid o co n e ctiv o norm al. Por exem plo, osso s e m r e la ç ã o a o c e n tr o d e o s s ific a ç ã o c o m o p e q u e n a s e s c o r a s d e n o m in a ­ ; e : a _ : c e s d e sen vo lvem -se dentro de te n d õ e s ou próxim o a reg iões sud a s espículas. E m b o r a o s o s t e o b l a s t o s e s t e j a m a i n d a s e n d o a p r i s i o n a d o s e-tss = a trito e pressão. Tam bém pode haver c re sc im e n to ó sse o dentro ; e _~t grande co ág u lo sa n g ü ín e o em um local le sio n a d o ou de n tro de n o o s s o e m e x p a n s ã o , a s c é lu la s m e s e n q u im a is c o n t in u a m a se d iv id ir , co -ç õ e s c s d e rm e su je itas a e sfo rç o s crônicos. O utros fato re s d e sencap r o d u z in d o o s te o b la s to s a d ic io n a is . O c r e s c im e n to ó ss e o é u m p ro c e ss o c a a t e s oe ste tip o de p ro ce sso in clu em a g e n te s q u ím ic o s e stra n h o s e a tiv o , e o s o s t e o b la s t o s n e c e s s it a m d e o x ig ê n io e s u p r im e n t o d e o u t r o s n u ­ : - : : e ~ a s que alteram a e x cre çã o e o a rm aze n am e n to de cálcio. tr ie n te s . E n q u a n t o o s v a s o s s a n g ü ín e o s se r a m ific a m n o in t e r io r d a r e g iã o " c a m e n te q u a lq u e r te c id o c o n e c tiv o p o d e s e r alte ra do. A ose m o s s ific a ç ã o e c r e s c e m e n t r e a s e s p íc u la s , a v e lo c id a d e d e c r e s c im e n to s • c a ç ã o a e n tro d e te n d õ e s ou e m to rn o d e a rtic u la ç õ e s p o d e c a u s a r ó sseo a u m en ta. : : - e in te rfe rir no m o vim e nto . O sso s ta m b é m p od em form ar-se d e n tro dos ' r s e n tre m ú s c u lo s e sq u e lé tic o s , no p e ricá rd io , nas p a re d e s de arcenas e a o re d o r d o s olhos. P A S S O 3. C o m o t e m p o , m ú l t i p l o s c e n t r o s d e o s s i f i c a ç ã o s e f o r m a m , e niosite ossificante e n vo lv e o d e p ó s ito de o ss o ao re d or de m ús- o o s s o r e c é m - d e p o s i t a d o a s s u m e a e s t r u t u r a d e s u b s t â n c i a e s p o n j o s a d o : - : 3 e sq u e lé tico s. U m a lesão m u sc u la r pod e d e s e n c a d e a r c a s o s leves. o ss o . A d e p o s iç ã o c o n tín u a d e o s s o p e lo s o s t e o b la s to s lo c a liz a d o s p r ó x i­ :.= =cs severo s, co m b ase g e n é tica , a p re se n ta m fo rm a ç ã o ó ss e a heterom o a o s v a s o s s a n g ü ín e o s , b e m c o m o o r e m o d e la m e n t o d e ste o s s o n e o : : : ca o a sta n te eviden te. Se o p ro c e s so não re v e rte r po r si m esm o, os f o r m a d o p e lo s o s t e o c la s t o s , r e s u lt a n a fo r m a ç ã o d a s u b s t â n c ia c o m p a c t a ~ _ í: u lo s d o dorso, p e s c o ç o e m e m b ro s su p e rio re s sã o g ra d u a lm e n te v is t a n o s o s s o s m a d u r o s d o c r â n io . s i^ s t t j íd o s p o r osso.

PASSO 2 Z auas —esenajimais agregam-se, diferenciam-se em osteoblastos r ' : arr. o processo de ossificação. O osso se expande conforme j ~ s sere de espículas se espalha em tecidos adjacentes.

PASSO 3

Conforme as espículas se interconectam, aprisionam vasos sangüíneos dentro do osso.

OsKocrto em Matriz óssea Osteoblasto Osteóide Tecido conectivo embrionário Célula mesenquimal

Vaso sangüíneo

Osteócitos em lacunas

Vasos sangüíneos

Camada de osteoblastos

Com o tempo, o osso assume a estrutura de substância esponjosa. Áreas de substância esponjosa podem ser removidas posteriormente, criando cavidades medulares. Por meio de remodelamento, a substância esponjosa formada deste modo pode ser convertida em substância compacta.

Vaso sangüíneo

.3sc s a rg jre c

Osteocxasio

Espículas

ML x 32

ML x 32

H is t o lo g ia d a o s s if ic a ç ã o in t r a m e m b r a n á c e a . tr - ta cã c -y a -e -tx a ^ x e a a p a " r de agregado de células m esenquim ais até substância óssea esponjosa. A substância óssea esponjosa pode ser poso — üTTr 'em odetaoa para form ar a su bstâ n da com pacta.

C a p ítu lo

A

Figura 5.6a

119

5 • O Sistema Esquelético: Tecido Ósseo e Estrutura do Esqueleto

m o s t r a a fo r m a ç ã o d o s o s s o s d o c r â n io p o r o s s ific a ç ã o

' :r a m e m b r a n á c e a e m u m fe to d e 1 0 s e m a n a s .

A ossificação endocondral substitui a cartilagem do crânio embrionário

A ossificação intramembranácea produz os ossos do teto do crânio

Ossificação endocondral [Figuras 5.6/5.7] ossificação e n d o c o n d ra l

-

; m

(

endo, d e n t r o

+

chondros, c a r t i l a g e m )

com eça

a fo r m a ç ã o d e u m m o d e lo d e c a r tila g e m h ia lin a . O d e s e n v o lv im e n t o

d o s o s s o s d o s m e m b r o s é u m b o m e x e m p lo d e ste p r o c e s s o . P o r v o lt a d a

úmero ( m e m b r o

r t a s e m a n a d e d e s e n v o lv im e n t o d o .e m b r iã o , t a n to o - _ r e r io r ) q u a n to

o fêmur ( m e m b r o

in fe r io r ) e stã o fo r m a d o s e sã o c o n s -

:::_ i d o s d e c a r tila g e m . E s s e m o d e lo c o n t in u a c r e s c e n d o p e la e x p a n s ã o d a m a r r iz c a r t ila g ín e a

(crescimento intersticial) e p e l a p r o d u ç ã o (crescimento aposicional). E s t e s

tü ig e m n a s u p e r fíc ie e x t e r n a

c e c re s c im e n to fo r a m a p r e s e n ta d o s n o C a p ít u lo 3 .

5 6b

pág.

d e m a is c a rm e c a n is m o s

69

A

Figura

m o s t r a a o s s ific a ç ã o e n d o c o n d r a l o c o r r e n d o n o s o s s o s d o s m e m b r o s

ã e u m fe to d e 1 6 s e m a n a s . O s p a s s o s d o c r e s c im e n to e d a o s s ific a ç ã o d o s : sso s d e u m d o s m e m b r o s s ã o a p re s e n ta d o s n o d ia g r a m a d a

PASSO 1.

E n q u a n to a c a r tila g e m

Figura 5.7a. Centros de ossificação primários das diáfises (ossos do membro inferior)

c re sc e , c o n d r ó c it o s p r ó x im o s a o

:e n tr o d a d iá fis e a u m e n t a m d e ta m a n h o , e a m a tr iz c ir c u n d a n t e c ô ­ m ic a a se c a lc ific a r . P r iv a d o s d e n u t r ie n te s , o s c o n d r ó c it o s m o r r e m e se ie s in t e g r a m .

PASSO 2.

Futuro osso do quadril

C é lu la s d o p e r ic ô n d r io a o r e d o r d a r e g iã o d a c a r t ila g e m se

i re r e n c ia m e m o s t e o b la s to s . O p e r ic ô n d r io se t r a n s f o r m o u e m p e r ió s te o , : i c a m a d a m a is in te r n a , : . .; r

ósseo, u m a

c a m a d a o ste o g ên ic a ,

(a)

r a p id a m e n te p r o d u z u m

fin a c a m a d a d e s u b s t â n c ia c o m p a c t a a o r e d o r d a d iá fis e

i i c a r tila g e m .

PASSO 3.

E n q u a n t o e s s a s a lt e r a ç õ e s e s tã o o c o r r e n d o , o s u p r im e n t o

Osso temporal

Osso parieta)

s in g ü ín e o d o p e r ió s t e o a u m e n t a , e c a p ila r e s e o s t e o b la s to s m ig r a m p a r a :e n t r o d a c a r t ila g e m , in v a d in d o o s e s p a ç o s d e ix a d o s p e lo s c o n d r ó c it o s ju e se d e s in te g r a r a m . E n t ã o a m a t r iz c a r tila g ín e a se r o m p e e o s o s te o -

Mandíbula Clavícula

Osso frontal

'. i í i o s a s u b s t itu e m c o m s u b s t â n c ia e s p o n jo s a . O d e s e n v o lv im e n t o ó s s e o : ~ -seg u e a p a r t ir d e sse

c e n tro d e o ssific aç ã o p r im á r io

n o co rp o , em

iir e ç ã o a a m b a s a s e x t r e m id a d e s d o m o d e lo c a r tila g ín e o .

’ASSO 4.

E n q u a n t o o d iâ m e t r o é p e q u e n o , a d iá fis e in te ir a é p r e e n c h id a

Escápula Úmero

Ossos metacarpats

v r s u b s t â n c ia e s p o n jo s a , p o r é m , c o m s e u a la r g a m e n t o , o s o s t e o c la s t o s jr o v o c a m e r o s ã o d a p o r ç ã o c e n tr a l e c r ia m a c a v id a d e m e d u la r . A c o n ti-

Falanges

Costelas

: - id a d e d o c r e s c im e n to e n v o lv e d o is p r o c e s s o s d is tin to s : o a u m e n t o d o

vmprimento e

o a u m en to d o

diâmetro d o

Rádio

o sso .

Vértebras

kumento do com prim ento de um osso em iesenvolvimento [Figuras 5.715.8]

Ossos do quadril (ílio)

- r a n t e o s e s tá g io s in ic ia is d a o s t e o g ê n e s e , o s o s t e o b la s to s se m o v im e n ít

Ulna Cartilagem

Fêmur

Fíbula

. . a f a s t a n d o - s e d o c e n t r o d e o s s i f i c a ç ã o p r i m á r i o e m d i r e ç ã o à s e p íf i s e s .

Tíbia

i n t r e t a n t o , e le s n ã o c o n s e g u e m a t i n g i r a o s s i f i c a ç ã o c o m p l e t a d o m o d e l o m e d ia t a m e n t e , p o r q u e a s c a r t ila g e n s d a s e p ífis e s c o n t in u a m c r e s c e n d o .

Falange

L r e g iã o o n d e a c a r t ila g e m e s tá s e n d o s u b s t itu íd a p o r o s s o p e r m a n e c e n a

Ossos

o e t a fis e , n a ju n ç ã o e n t r e a d iá f is e e a s e p ífis e s d o o s s o . N a fa c e d ia f is ia l

m etatarsa s

b r n e t á fis e , o s o s t e o b l a s t o s e s t ã o c o n t i n u a m e n t e i n v a d i n d o a c a r t i l a g e m

(b)

>.iò s t it u in d o - a p o r o s s o . A o m e s m o te m p o , n a fa c e e p ifis ia l d a m e t á fis e , :

a c a r tila g e m e stá s e n d o p r o d u z id a n a m e s m a v e lo c id a d e . A s itu a ç ã o d e se r c o m p a r a d a a o q u e o c o r r e c o m d o is c o r r e d o r e s , c o r r e n d o u m

i fr e n t e d o o u t r o . E n q u a n t o e le s e s t iv e r e m n a m e s m a v e lo c id a d e , p o d e i c c o r r e r m ilh a s s e m c o lid ir . N e s te c a s o , o s o s t e o b la s to s e a e p ífis e e s tã o m > o s “ se a fa s t a n d o ” d o c e n tr o p r im á r io d e o s s ific a ç ã o . C o m o r e s u lta d o , : : s te o b la s to s n u n c a a lc a n ç a m a e p ífis e , e m b o r a o e le m e n t o e s q u e lé t ic o : r r tin u e a c r e s c e r m a i s e m a i s .

ASSO 5. ü

A p r ó x im a a lt e r a ç ã o im p o r t a n t e o c o r r e q u a n d o o s c e n tr o s

e p ífis e s c o m e ç a m a c a lc ific a r . C a p ila r e s e o s t e o b la s t o s m ig r a m p a r a

íL ü area s, c r ia n d o

c e n tro s de o ssificação se c u n d á rio s.

O te m p o de ap a-

o c im e n t o d o s c e n t r o s d e o s s i f i c a ç ã o s e c u n d á r i o s v a r i a d e u m o s s o p a r a

Figura 5.6

Ossificações intramembranácea e endocondral.

Estes fetos humanos (entre 10 e 16 semanas de desenvolvimento) fo r a r ccr=sx& de modo especial (com vermelho de alizarina) e diafanizados para evideodí' : esqueleto, (a) Na 10a semana, o crânio do feto apresenta claramente tanrc osscs membranosos quanto cartilagíneos, mas as linhas de separação que i - d c ; - as limites entre os futuros ossos do crânio ainda precisam ser estabelec das (b E~ 16 semanas de desenvolvimento, o crânio do feto apresenta as m arge-; rregu ~ res dos futuros ossos do crânio. A maior parte do esqueleto apendtcu ar s* fo — a por ossificação endocondral. Observe a aparência dos ossos da mão e oo x na 16a semana em contraste com a 10a semana de desenvolvimento.

O SISTEM A ESQUELÉTICO

PASSO 2 Com o crescimento da = : t ~ 3S condrócitos próximos ao centro da c afise aumentam em tamanho. A matriz é reduzida a uma série de pequenas traves que logo começam a calcrficar. Os condrócitos aumentados então morrem e desintegram-se, deixando cavidades dentro da cartilagem.

PASSO 3

PASSO 4

Vasos sangüíneos penetram a cartilagem e invadem a região central. Fibroblastos migram pelos vasos sangüíneos, diferenciam-se em osteoblastos e começam a produzir osso esponjoso em um centro de ossificação primário. A formação do osso dissemina-se ao longo do corpo em direção às extremidades.

O remodelamento ocorre conforme o crescimento continua, criando uma cavidade medular. O osso na diáfise torna-se mais espesso, e a cartilagem próxima a cada epífise é substituída por colunas ósseas. A continuidade do crescimento envolve o aumento do comprimento (Passos 5 e 6) e do diâmetro.

Vasos sangüíneos crescem ao redor de margens de cartilagem, e as células do pericôndrio convertem-se em osteoblastos. O corpo cartilagíneo então torna-se embainhado em uma camada óssea superficial.

Os condrócitos em crescimento dentro da matriz calcificada Epífise

Cavidade medular Centro de ossificação primário Diáfise Lâmina óssea superficial Substância esponjosa

do OSSO

Cartilagem hialina

- f j r a 5 .7

Organização anatômica e

histológica

da ossificação endocondral.

a) E3 C 3 S n a form ação de um o sso longo a partir de m odelo hialino.

e i e u m in d iv íd u o p a r a o u tro . O s c e n tro s d e o s s ific a ç ã o s e c u n d á r io s r

z err. o c o r r e r a o n a s c im e n t o e m a m b a s a s e x t r e m id a d e s d o ú m e r o ( b r a -

c :

r é m u r I c o x a ) e t íb ia ( p e r n a ) , m a s a s e x t r e m id a d e s d e a lg u n s o u t r o s

r : ' r e r m a n e c e m c a r tila g ín e a s d u r a n te a in fâ n c ia .

PASSO 6. _m

-

s a p a r e c e r . E s t e e v e n t o é d e n o m i n a d o fechamento epifisial. A l o c a l i z a ç s anterior da cartilagem epifisial pode ser determinada ao raio X como u m l i n h a d i f e r e n c i a d a , a linha epifisial, q u e p e r m a n e c e a p ó s a f i n a l i z a ç ã o d

'



cartilagem epifisial,

s e p a r a a g o r a a e p ífis e d a d iá fis e . A

Figura 5.7b

C7 —



c a r t i l a g e m a c o m p a n h a a v e lo c id a d e d a in v a -

- r ? :r ; r .i.? :: * = d ia n s e c o n tin u a s e u c r e s c im e n to e m c o m p r im e n to

e i c a r t i l a g e m e p ir L s t a i s o b r e v i v e . -

.r .:;:.

-'

'

r .e r r t

(Figura 5.8b).

A u m en to d o d iâ m e tro d e um osso em d esen volvim en to [Figura 5.9]

O

d iâ m e tr o d e u m

o s s o a u m e n t a p o r m e io d e c r e s c im e n to a p o s ic io n .

n a s u p e r fíc ie e x te r n a . N o c r e s c im e n to a p o s ic io n a l, a s c é lu la s o s te o p ro g e

: C ; c a r t i l a g e m e p i f i s i a l , o s c o n d r ó c i t o s e s t ã o o r g a n i z a d onsi t o r a s d a c a m a d a i n t e r n a d o p e r i ó s t e o s e d i f e r e n c i a m e m o s t e o b l a s t o s

zonas í Figura 5.7b i. a se

c r e s c im e n to e p ifis ia l

m o stra

a « a l i 10 iii e m d e g e n e r a ç ã o e o a v a n ç o d o s o s t e o b la s to s . E n q u a n t o a v e -

i

N a m a t u r i d a d e , a v e l o c i d a d e d e p r o d u ç ã o d a c a r t i l a g e m e p il

i n a c o b e r tu r a d o m o d e lo c a r tila g ín e o o r ig in a l p e r m a n e c e e x p o s ta à

g iã o c a r t ila g ín e a r e la tiv a m e n te e s tr e ita c h a m a d a d e

cn t

PASSO 7.

s ia l d im in u i e a v e lo c id a d e d a a t iv id a d e d o s o s t e o b la s to s a u m e n t a . C o n

- - ...jrj.mo cartilagem articular. Essa cartilagem evita lesão

i

m o stra u m a ra d i

r e s u l t a d o , a c a r t i l a g e m s e t o r n a c a d a v e z m a i s e s t r e i t a a t é f i n a l m e n t e d'

p o r c o n t a t o o s s o a o s s o n o in t e r io r d a a r t ic u la ç ã o . N a m e t á fis e , u m a r e ­

■I:

Figura 5.8a

P o r f im , a s e p ífis e s s a o p r e e n c h id a s p o r s u b s t â n c ia e s p o n jo s a .

-

-

o r g a n iz a d o c o m o s é r ie s d e tr a b é c u la s . A

g r a fia d e c a r tila g e n s e p ifis ia is d a m ã o d e u m a c r ia n ç a jo v e m .

acrescenta superfície a m a éo ono. C o m

O s c o n d r ó c it o s d a fa c e e p ifis ia l d a c a r tila g e m

a d ic io n a m m a tr iz ó s s e a à s u p e r fíc ie . Is s o

c r e s c e r . e n q u a n t o a c a r t ila g e m d a f a c e « K à fir ia l

d e la m e la s c ir c u n fe r e n c ia is à

s n b s tit u id a p o r o ss o . C o n s e q ü e n te m e n te , a e s p e s s u r a

c . c a r t _ a g e t 7i e p i f i s i a l n ã o m u d a . A c o n t í n u a e x p a n s ã o d a c a r t i l a g e m f f w f i a a l fo r ç a a e p ífis e a se a fa s t a r d a d iá fis e . A s c é lu la s - filh a s a m a d u r e ­

a s l a m e l a s n r ta U p m f t i m i n o n

p

f n tlw M j

t íp ic a s d a s u b s t â n c ia a x r r a c i a . E n tre ta n to , o s v a so s

ce rrr c _ r r . e n t a m d e t a m a n h o , e a m a t r i z c i r c u n d a n t e s e c a l c i f i c a . N a f a c e

c a m e n g lo b a d o s m :

z a r - a l d a c a r tila g e m e p ifis ia l, o s o s t e o b la s to s e o s c a p ila r e s c o n t in u a m

a p o s ic io n a l. q t ia n õ c o c c c t í

a

gura 5 9a.

a d ir e s ta s .a c u n a s e s u b s t itu e m a c a r tila g e m p o r o s s o n e o fo r m a d o ,

r

ra n tu fa o te m p i

— e—

; r ã r r it a :

.:------ i zrz:

p erM saco p o d e m

e fi

i e c r e s c r r i e r r t o s.sei

e 'v c T - n * e n t r e f e » - c x m o in d ic a d o n a Fi

C a p ítu lo

5 • O Sistema Esquelético: Tecido Ósseo e Estrutura do Esqueleto

Figura 5.7 Organização anatôm ica e histc :p a ossificação endocondral (continuação). (b) M ic ro s c o p ia de luz m o stra n d o a s d ife re n te s zo n a s

PASSO 5

PASSO 6

Capilares e osteoblastos migram para as epífises, criando centros de ossificação secundários.

Logo as epífises são preenchidas com substância esponjosa. Uma cartilagem articular permanece exposta à cavidade articular; com o tempo, esta cartilagem será reduzida a uma fina camada superficial. Em cada metáfise, uma cartilagem epifisial separa a epífise da diáfise.

Cartilagem hialina

Cartilagem articular ________ i________ Substância esponjosa do osso

Epífise -

Metáfise

n e as e o ste o b la sto s a v a n ça n d o na ca rtila g e m eprftsad

Matriz cartilagínea epifisial

Células cartilagíneas em divisão

Z o ra d

proêfeF

h Zona 3 j h tp e rrz Cartilagem epifisial

Periósteo Substância compacta

do

ossoí

Centro de ossificação secundário

(a)

5 S Cartilagens e linhas epifisiais. - i :f « ze

-a z

e p ifisia l é o lo cal d e c re s c im e n to e m c o m p rim e n to d o s o s s o s longos, q u e o c o rre até a m aturid ad e; as lin h a s e p ifisia is m a rca m a lo c a liz a ç ã o pr - r = : e o tfisiais d e p o is q u e o c re s c im e n to ó ss e o te rm in o u , (a) Raio X da m ão de um a cria n ça . A s s e ta s in d ic a m a s lo c a liz a ç õ e s d a s ca rtila g e n s e p ifis a s b ce adulto. A s s e ta s in d ica m a s lo c a liz a ç õ e s d a s linha s epifisiais.

O SISTEMA ESQUELÉTICO

PA SSO

: 5 ;ào óssea na superfície do ossc produz cristas paralelas a j - .aso sangüíneo.

As cristas aumentam e criam uma depressão.

Periósteo

O s ía

PASSO 3

2

As cristas se encontram e fundem-se, aprisionando o vaso no interior do osso.

Canal perfurante

Artéria

PASSO 4

PA SSO

- oecosiçáo óssea continua na superfície *:-r^na em direção ao vaso, começando = reação de uma osteona típica.

5

PA SSO

6

Lamelas circunferenciais adicionais são depositadas conforme o osso continua a crescer em diâmetro.

A osteona está completa com um novo canal central ao redor de um vaso sangüíneo. Um outro vaso sangüíneo será aprisionado.

Lamelas circunferenciais

Canal central de uma nova osteona

Periósteo

; Passos no crescimento ósseo aposicional

Osso reabsorvido por osteoclastos

Recém-nascido

Criança

Osso depositado por osteoblastos Adulto jovem

Adulto

- Crescimento aposicional e remodelamento

1 - Crescimento ósseo aposicional. a) I as^Tias trdimensionais ilustrando o mecanismo responsável pelo crescimento ósseo em diâmetro, (b) 0 osso cresce em diâmetro conforme novo osso e aõoonado a superfície externa. Ao mesmo tempo, osteoclastos reabsorvem osso no lado interno, aumentando a cavidade medular.

5501.

N a >u p erticie óssea p o r o n d e passam vasos sangüíneos, tecido

PASSOS 4-6.

od n o v o

c d e p o sita d o em cristas paralelas ao traje to desses vasos san-

ziam p a rte d o p erió steo . C élulas o ste o p ro g e n ito ra s n esta ca m a d a ag ora

Este tú n e l é rev estid o p o r células q u e, até o Passo 3, fa­

se d iferen ciam em osteoblastos. Estas células secretam nov o osso n as p a ­

" r : '

SS0 2.

C o r_: rm e estas cristas lo n g itu d in ais a u m e n ta m , elas crescem

as cm d s e ç ã o às o u tra s, ac o m o d a n d o aos p o u co s os vasos d e n tro de £ b o ft» p ro fu n d a .

S.

cristas p o r fim se en c o n tra m e se fu n d em , fo rm a n d o

lÍB c lá B B o q D e co n té m o que, a n terio rm en te, era u m vaso superficial.

redes d o tú n e l, fo rm a n d o lam elas c o n c ê n tric a s q u e fin a lm e n te p r o d u ­ zem u m a nova o steo n a o rg a n iz ad a ao re d o r d o vaso san g ü ín eo central. E n q u an to osso está sendo ad icio n ad o à superfície externa, os osteclastos estão rem ovendo m a triz óssea n a superfície in tern a. C o m o resultado, a cavidade m e d u la r g ra d u alm en te a u m e n ta de d iâm etro (Figura 5.9b).

C a p ítu lo

5 • O Sistema Esquelético: Tecido Ósseo e Estrutura do Esqueleto

Doenças congênitas do esqueleto Na acromegalia (akron, e x ­ tre m id ad e + megale, grande), um a grande qua ntida de de horm ôn io do c re sc im e n to é liberada a p ó s a puberdade, q ua ndo a m aioria das cartiagens e p ifisia is já se fechou. No entanto, as cartila ge ns e os pequenos o sso s respondem ao horm ônio, resultando em um cre scim e n to anorm al de mãos, pés, m andíbula, crânio e clavículas. Se e xistir h ip e rse creçã o do horm ônio de c re sc im e n to an te s da p u b erdade haverá um c re sc im e n to excessivo que resulta em gigantismo. Contrariam ente, a produção inade­ quada do horm ônio do c re scim e n to an tes da puberdade causa o nanismo hipofisial. P e sso as com esta alteração são m uito baixas, mas, ao contrá' o dos anões acondroplásicos (discutidos adiante), su as p rop orçõe s são normais. Na osteomalacia (malakia, m aciez), as d im e n sõ e s d o s e le m e n to s do esq u ele to não se alteram , m as o seu co n teú d o m ineral está bastante dim inuído, o que resulta no d e sen v o lv im e n to de o sso s exageradam en:e m aleáveis. Os o ste o b la sto s têm funçã o exacerbada, m as a m atriz não acum ula sais de cálcio em quantidade suficiente. Esta condição, raquitis­ mo, o co rre em adultos ou cria n ça s cuja dieta contém níveis inadequados de cálcio ou vitam ina d 3. a fo rm ação de o sso em e xce sso é denom inada hiperostose. Na osteopetrose (petros, pedra), a m assa total do esq u ele to aum enta gradual­ m ente c o m o resultado de um a d im in u ição da atividade o ste o clástica. O re m o de lam e nto cessa, e a m orfologia dos o sso s grad ualm ente se altera. A osteopetrose, em crianças, produz várias deform idades esqueléticas. A causa prim ária desta doença relativam ente rara é desconhecida. Há m ais de 200 do e n ças recon h e cid as com o doe n ças hereditárias do te cid o conectivo. C a so s individ uais resultam de m u ta çõ es esp o n tâ n e as no o ó cito ou no esp erm a to zó ide de pais não afetados pela doença. Indiví­ duos com essas d o e nças podem transm iti-las aos se u s d escendentes. Osteogênese im perfeita, síndrome de Marfan e acondroplasia são exem p los de d o e nças hereditárias caracte rizad as por form ação óssea anorm al.

A osteogênese imperfeita o co rre a p ro x im a d a m e n te em iir- ;ara cada 20.000 indivíduos e afeta a org anização das fibras colágenas ção o ste o b lá stica encontra-se com prom etida, o c re scim e n to é an orm a e nas form as m ais graves, os o sso s sã o m uito frágeis, levando a e p ls ó c c ; re p etidos de fraturas, além da de fo rm ação progressiva do e sq u e le to A atividade fib ro b lástica tam bém está afetada, e os ligam entos e t e r ; : e ; podem se r m uito frouxos, p e rm itin d o m o vim e n to e x c e s siv o nas a r : , lações. Há quatro form as re co n h e cid as da doença, com um a granae . eriação na severidade dos sintom as. O núm ero de fraturas durante a . ;e pode variar de ap e nas alg um as até centenas, com a form a m ais g ra .e send o fatal e ocorrend o logo após o nascim ento. A síndrome de Marfan tam bém está ligada à e stru tura defeitu:> 5 do te cid o conectivo. A ca ra te rística m ais e vid en te de ssa sín d ro m e e : achado de m em bros e xcessivam e n te longos e delgados que re sultarr ;a form ação e xcessiva de te cid o cartilagíneo nas cartilagens epifisiais. A ca_sa desta sín d ro m e é um a anom alia de um gene no c ro m o sso m o 15 c_ e afeta a proteína fibrilina. Os efeitos e sq u elé tico s são m arcantes, p o 'e ~ : enfraq uecim ento de paredes arteriais a ssocia d o à sín drom e oferece tt a ; risco ao paciente. A acondroplasia tam bém é resultante de atividade epifisial a n c '~ a A s cartilagens epifisiais da criança cre sce m de m odo an orm alm ente ie n t: e o adulto apresenta m em bros curtos e grossos. Em bora outras an o rra a; esq u elé tica s ocorram , o tronco é de tam anho norm al, e o desenvc . ~ e _to m ental e o sexual não são afetados. Um ad ulto com a co nd rop a s a r co n h ecid o com o anão acondroplásico. Esta co n d içã o é resultado de gene an ôm a lo no c ro m o sso m o 4 que afeta um fator de c re s c im e r t: • broblástico; A m aioria dos caso s é resultante de m utação espontânea Se am bos os pais têm acondroplasia, a ch an ce da não-ocorrência da d c e " :a nos filhos é de 25%; 50% dos filhos d e stes pais serão afetados em a grau e 25% herdarão dois genes anorm ais, causand o an om alias gra .ea e a m orte precoce.

Formação do suprimento sangüíneo e linfático [Figuras 5.2b/5.9/5.10]

v a s o s p e r io s te a is p e n e t r a m a s e p ífis e s e r e a liz a m o s u p r i m e r : :

O te c id o ó s s e o é m u it o v a s c u la r iz a d o , e o s o s s o s d o e s q u e le to r e c e b e m

g ü ín e o d o s c e n tr o s d e o s s ific a ç ã o s e c u n d á r io s . O p e r ió s t e o ta m r-a :

5 .9 . E s s e s v a s o s fa z e m o s u p r im e n t o s a n g ü ín e o d a s o ste o n a ^ c ia is d a d iá fis e . D u r a n t e a fo r m a ç ã o d e o s s o e n d o c o n d r a l, r a m : - i

a m p lo s u p r im e n t o s a n g ü ín e o . E m u m o s s o t íp ic o , c o m o o ú m e r o , q u a t r o _ -_ p o s v a sc u la r e s p r in c ip a is se d e s e n v o lv e m 1.

Artéria e veia nutridas:

(Figura 5.10).

E ste s v a so s se fo rm a m

q u an d o os vaso s

s a n g ü ín e o s in v a d e m o m o d e lo c a r tila g ín e o n o in íc io d a o s s ific a ç ã o e n d o c o n d r a l. G e r a lm e n te h á a p e n a s u m a

v e ia n u tr íc i a

a r t é r i a n u tr íc i a

e n t r a n d o n a d iá fis e a tr a v é s d e u m

e um a

forame nutrício,

e m b o r a a lg u n s p o u c o s o s s o s , in c lu s iv e o fê m u r , te n h a m

c o n té m u m a g r a n d e re d e d e v a s o s lin fá t ic o s , e m u it o s d e ste s a p re> e t ta m r a m ific a ç õ e s q u e p e n e tr a m n o o ss o e a tin g e m o ste o n a s :r i d u a is a tra v é s d e n u m e r o s o s c a n a is p e r fu r a n te s . A p ó s o fe c h a m e n t o d a s e p ífis e s , o s trê s g r u p o s d e v a s o s s a n g ü m e : d e s e n v o lv e m in te n s a in t e r c o m u n ic a ç ã o , c o n fo r m e a p r e s e n ta a

Fígui

5 .10 .

d o is o u

m a is . E s s e s v a s o s p e n e t r a m a d iá fis e p a r a a t in g ir a c a v id a d e m e d u ­ la r . A a r t é r i a n u t r í c i a d i v i d e - s e e m r a m o s a s c e n d e n t e e d e s c e n d e n ­

Inervação óssea

te . q u e s e a p r o x i m a m d a s e p í f i s e s . T a i s v a s o s e n t ã o v o l t a m a e n t r a r

O s o s s o s s ã o in e r v a d o s p o r n e r v o s s e n s it iv o s , e a s le s õ e s d o e s q u e * e :: r :

n a s u b s t â n c ia c o m p a c t a p e lo s c a n a is p e r fu r a n t e s e s e e s t e n d e m p e ­

d e m s e r b a s ta n te d o lo r o s a s . T e r m in a ç õ e s n e r v o s a s s e n s it iv a s r a m ific a m - s

lo s c a n a is c e n t r a is p a r a s u p r ir a s o s t e o n a s d a s u b s t â n c ia c o m p a c t a do o sso 2 . V.550S

(Figura 5.2b,

pág. 114 ).

metafisiais: E s t e s

n o p e r ió s t e o e n e r v o s s e n s it iv o s p e n e t r a m n a s u b s t â n c ia c o r t i c a l

:<

m e n t e c o m a a r t é r ia n u t r íc ia , p a r a in e r v a r o e n d ó s t e o , a c a v id a d e m e d u la

v a so s fa z e m o s u p r im e n t o s a n g ü ín e o d a su -

e a s e p ífis e s .

p e r fíc ie in te rn a (d ia fis ia l) d a c a r tila g e m e p ifis ia l, o n d e o o s s o s u b s t i­ tu i a c a r tila g e m . 3.

Vasos epifisiais: A s

e x t re m id a d e s e p ifis ia is d o s o s s o s lo n g o s fr e q ü e n -

te m e n te a p r e s e n ta m n u m e r o s o s p e q u e n o s fo r a m e s . O s v a s o s q u e u t i­ liz a m e s s e s f o r a m e s s u p r e m o te c id o ó s s e o e a s c a v id a d e s m e d u la r e s d a s e p ífis e s .

4.

V aso í

periosteais: V a s o s

Fatores de regulação do crescimento ósseo O c r e s c im e n to n o r m a l d o o s s o d e p e n d e d a c o m b in a ç ã o d e fa to re s • c io n a is e h o r m o n a is : ■

s a n g ü ín e o s d o p e r ió s te o s ã o in c o r p o r a d o s à

s u p e r fíc ie d o o s s o e m d e s e n v o lv im e n t o c o n fo r m e d e s c r it o n a

Figura

O c r e s c i m e n t o ó s s e o n o r m a l n ã o p o d e o c o r r e r s e rr. s u p r i m e m d i e t é t i c o c o n s t a n t e d e s a is d e c á l c i o e f o s f a t o s , b e m c o m ío n s , c o m o m a g n é s io , c it r a t o , c a r b o n a t o e s ó d io .

ie

O SISTEM A ESQUELÉTICO

c id a d e d e e x c r e ç ã o u r in á r ia d e c á lc io . A in d a é in c e r t a a im p o r t â n ­

Cartilagem articular

c ia d a c a lc ito n in a e m m u lh e r e s n ã o g r á v id a s s a u d á v e is .

Artéria e veia epifisiais Ramos da artéria e veia nutrícias



O

hormônio do crescimento, p r o d u z i d o

p e la h i p ó f i s e , e a

tireox ina

( t i r o x i n a ) , p r o d u z i d a p e la g l â n d u l a t i r e ó i d e , e s t i m u la m o c r e s c i ­ m e n to ó sseo . E m e q u ilíb r io a p r o p r ia d o , esses h o r m ô n io s m a n tê m

Artéria e veia metatisiais

renosteo

a a t i v i d a d e n o r m a l d a s c a r t i l a g e n s e p i f i s i a i s a p r o x i m a d a m e n t e a té a p u b e rd ad e. ■

N a p u b e r d a d e , o c r e s c i m e n t o ó s s e o é d r a m a t i c a m e n t e a c e le r a d o . O s

h o rm ô n io s sexuais

(estrógeno e testosterona) e s t i m u la m

o s o steo -

b la s to s a p r o d u z ir e m te c id o ó s s e o e m u m a v e lo c id a d e d e p r o d u ç ã o m a io r d o q u e a v e lo c id a d e d e e x p a n s ã o d a c a r tila g e m e p ifis ia l. A o

Periósteo

V a ra s

i

Substância compacta do osso Cavidade medular

Conexões a osteonas superficiais

.e a s

l o n g o d o t e m p o , a s c a r t i l a g e n s e p i f i s i a i s t o r n a m - s e e s t r e it a s e p o r

=nosraas Artéria e veia nutrícias

f i m s e o s s i f i c a m o u “ f e c h a m ”. A p r o d u ç ã o c o n t í n u a d e h o r m ô n i o s s e x u a i s é e s s e n c ia l p a r a a m a n u t e n ç ã o d a m a s s a ó s s e a n o s a d u lt o s . E x is te m d ife r e n ç a s n a é p o c a d e fe c h a m e n to d a s c a r tila g e n s e p ifis ia is q u e v a r ia m d e o s s o p a r a o ss o e e n tr e d ife r e n te s in d iv íd u o s . O s d e d o s d o s p é s p o d e m c o m p le ta r su a o s s ific a ç ã o p o r v o lta d o s 1 1 a n o s d e id a d e , e n ­ q u a n t o p a r t e s d a p e lv e o u d o p u n h o p o d e m c o n t i n u a r a c r e s c e r a t é o s 2 5

Forame nutrício

a n o s . A s d ife r e n ç a s e n t r e h o r m ô n io s m a s c u lin o e

feminino respondem

p e la s v a r i a ç õ e s e n t r e o s g ê n e r o s e p e la s v a r i a ç õ e s d e s c r it a s n a s p r o p o r ç õ e s

corporais e no t a m a n h o

d o co rp o .

C REVISÃO DOS CONCEITOS 1. De que modo um raio x do fêmur pode determinar se uma pessoa atingiu Metáfise

Artéria e veia metafisiais

sua altura máxima? 2. Descreva sucintamente os principais passos da ossificação intramembraVáKS&..

Unha

3. Descreva como os ossos crescem em âfametto. d. o que é cartilagem epifisial? Onde eia se localiza? Por que ela é im por­ tante?

epifisial

Suprimento sangüíneo para um osso maduro.

■g-L-ra 5 1 0

Veja a seção de Respostas na parte final do livro

s o :s ção e associação de vasos sangüíneos suprindo o úmero.

uantinas A e C s ã o



m a í e para adequada. ■

Manutenção, remodelamento e reparação óssea

e s s e n c ia is p a r a o c r e s c im e n to ó s s e o n o r -

o r e m o d e l a m e n t o , d e v e n d o s e r o b t id a s a p a r t i r d e d ie t a

O c r e s c im e n t o ó s s e o o c o r r e q u a n d o o s o s t e o b la s t o s p r o d u z e m m a t n z

? z r u p o d e e s t e r ó id e s c o r r e l a c i o n a d o s , c o n h e c i d o s c o l e t i v a m e n ­

e m q u a n t id a d e s u p e r i o r à c a p a c i d a d e d e r e m o ç ã o d a s m e s m a * p

*>ea

: : >te\>

te : : m o v i t a m i n a D , d e s e m p e n h a u m p a p e l i m p o r t a n t e n o m e -

c la s t o s . O r e m o d e l a m e n t o e a r e p a r a ç ã o ó s s e a p o d e m e n v o lv e r m o d ific a c

: t : t : ; m o n o r m a l d o c á l c i o p e la e s t i m u l a ç ã o d a a b s o r ç ã o e d o

n a f o r m a o u n a a r q u it e t u r a in t e r n a d o o s s o o u n a q u a n t id a d e to t a l d e m i n e ­

t r a n s p o r t e d o s ío n s c á l c io e f o s f a t o n o s a n g u e . A f o r m a a t i v a d a

calcitriol, é s in t e t iz a d a

r a is d e p o s it a d o s n o e s q u e le t o . N o a d u lt o , o s o s t e ó c it o s e s t ã o c o n t m a a m e m e

n o s r in s ; e s te p r o c e s s o d e p e n d e

r e m o v e n d o e r e p o n d o s a is d e c á lc io a o s e u r e d o r . E n t r e t a n t o , o s o s t e o b k s c o ?

e m ú l t i m a a n á l is e d a d i s p o n ib i l i d a d e d e u m e s t e r ó id e c o r r e l a c i o ­

e o s t e o c la s t o s p e r m a n e c e m a t iv o s d u r a n t e t o d a a v i d a , e n ã o a p e n a s d u r a n t e

la m in a D ,

nado,

colecalciferol, q u e

p o d e s e r a b s o r v i d o n a d i e t a o u s in t e t i z a d o

n a r e le e m p re se n ç a d e r a d ia ç ã o U V .

o s a n o s d e c r e s c im e n t o . E m a d u l t o s jo v e n s , h á u m e q u i l í b r i o e n t r e a s a t i v i ­ d a d e s o s t e o b lá s t ic a e o s t e o c lá s t ic a i g u a l a n d o a s v e l o c i d a d e s d e fo r m a ç ã o e

p ág. 94

a b s o r ç ã o d e t e c id o ó s s e o . E n q u a n t o u m a o s t e o n a s e f o r m a p e la a t iv id a d e r - " : r m ó n i o s r e g u la m o p a d r ã o d e c r e s c i m e n t o p e la m o d i f i c a ç ã o d a d o o d a d e d a s a t i v i d a d e s o s t e o b l á s t i c a e o s t e o c lá s t i c a . ■

r a n d u la s p a r a t ir e ó id e s lib e r a m o

o s t e o b lá s t ic a , o u t r a é d e s t r u í d a p e lo s o s t e o c la s t o s . A v e l o c i d a d e d e r e n o v a ­ ç ã o c o m p le t a d o s m in e r a i s (

h o rm ô n io p a ra tire ó id e o ,

q u e e s t i m u la a s a t i v i d a d e s o s t e o b l á s t i c a e o s t e o c lá s t ic a , a u m e n t a a

turnover) é b a s t a n t e

a lt a ; a c a d a a n o , a p r o x i m a ­

d a m e n t e u m q u i n t o d o e s q u e le t o a d u l t o é r e c o n s t r u í d o o u r e p o s t o . N ettt t o d a s a s p a r t e s d e t o d o s o s o s s o s p o d e m s e r a fe t a d a s , u m a v e z q u e e x is t e m vQâis, ç, a ic s iiic i l o c a is n a v e l o c i d a d e d e r e n o v a ç ã o i

que i

b

reduz a ve_

4 ,

morno ~ ;»nio

calcitonina.

o q u a l in ib e o s o s t e o c la s t o s e a u m e n t a a v e l o -

g r a d u a lm e n t e e n fr a q u e c e .

tumoxrr .

/'..sn on josa n a c a b e ç a à o í è m u r p ò à e >er

C a p ítu lo 5



O

Sistema Esquelético: Tecido Ósseo e Estrutura do Esqueleto

Remodelamento ósseo

im p o r t a n t e t a m b é m c o m o u m e s t ím u lo p a r a a m a n u t e n ç ã o d a e stru ru a ó s s e a n o r m a l, e s p e c ia lm e n te e m c r ia n ç a s n a fa s e d e c r e s c im e n to , m u r ;

\ p e s a r d e se r d u ro e d e n so , o o sso é c a p a z d e m o d ific a r su a fo r m a e m re sr

re s a p ó s a m e n o p a u s a e h o m e n s id o s o s .

>ta a c o n d i ç õ e s a m b i e n t a i s . O r e m o d e l a m e n t o ó s s e o e n v o l v e o s p r o c e s -

A p ó s p e r í o d o s r e l a t i v a m e n t e c u r t o s d e i n a t i v i d a d e , o c o r r e m a lt e r a

s o s 'i m u l t â n e o s d e a d i ç ã o d e o s s o n o v o e r e m o ç ã o d e o s s o a n t e r i o r m e n t e

ç õ e s d e g e n e r a t iv a s n o e s q u e le t o . P o r e x e m p lo , o u s o d e m u le t a s d u r a r

: ; m ia d o . P o r e x e m p lo , o r e m o d e la m e n t o ó s s e o o c o r r e d u r a n t e o p r o c e s s o d e r e a l i n h a m e n t o d e n t a l r e a l i z a d o p e lo o r t o d o n t i s t a . E n q u a n t o o s d e n t e s s ã o m o v im e n t a d o s , o fo r m a t o d o s a lv é o lo s d e n t a is , n o s q u a is o s d e n t e s se

te u m p e r ío d o d e im o b iliz a ç ã o , c o m u t iliz a ç ã o d e g e s s o , r e t ir a o p e s o

á

m e m b r o le s a d o . A p ó s p o u c a s s e m a n a s , o s o s s o s n ã o s o lic it a d o s p e r o

r

p o r v o lt a d e u m t e r ç o d e s u a m a s s a . N o e n t a n t o , e le s s e r e c o n s t r o e m d

m r la n t a v a m , é a lt e r a d o p e la r e a b s o r ç ã o d e o s s o e x is te n t e e d e p o s iç ã o d e

m o d o ig u a lm e n te r á p id o c o m o r e s ta b e le c im e n to d a s o lic it a ç ã o n o r m

" O n o v o d e a c o r d o c o m a n o v a p o s iç ã o d o s d e n te s. D a m e s m a m a n e i­ ra . o d e s e n v o lv im e n t o m u s c u la r a u m e n t a d o ( c o m o e m tr e in a m e n to s d e m u s c u la ç ã o ) t a m b é m e n v o lv e r e m o d e la m e n t o d o s o s s o s p a r a a te n d e r às

Lesão e reparação [F ig u ra 5 . 1 1 ]

n : v a s d e m a n d a s im p o s t a s a o s te n d õ e s e à s r e g iõ e s d e fix a ç ã o m u s c u la r .

A p e s a r d a r ig id e z p r o p o r c io n a d a p e la s u a c o n s t it u iç ã o m in e r a l, o

O s o s s o s s e a d a p t a m a o e s tr e s s e p e la m o d ific a ç ã o d o

turnover e

p e la

p o d e r a c h a r o u m e s m o q u e b r a r se s u b m e t id o a c a r g a s e x t r e m a s , a ir n p a c

r e c ic la g e m d o s m in e r a is . E x is t e a h ip ó te s e d e q u e o m e c a n is m o q u e c o n ­

to s s ú b ito s , o u a fo r ç a s e x e r c id a s d e d ir e ç õ e s in c o m u n s . A le s ã o p r o d u z i

t r o la a o r g a n iz a ç ã o e a e s t r u t u r a in t e r n a d o o s s o s e ja a s e n s ib ilid a d e d o s

d a c o n s titu i u m a

o s r s o b la s to s a e v e n to s e lé tr ic o s . S e m p r e q u e u m o s s o é s u b m e t id o à a ç ã o

fra tu ra .

E m g e r a l , a c i c a t r i z a ç ã o d e u m a f r a t u r a o c i rr-

m e s m o d e p o is d e le s õ e s g ra v e s , d e sd e q u e m a n t id o o s u p r im e n t o s a n r u

d e fo r ç a s m e c â n ic a s , o s c r is ta is m in e r a is g e r a m c a m p o s e lé tr ic o s d im in u ­

n e o e q u e o s c o m p o n e n t e s c e l u l a r e s d o e n d ó s t e o e d o p e r i ó s t e o t e n h c i~

to s . O s o s t e o b l a s t o s p a r e c e m s e r a t r a í d o s p a r a e s s e s c a m p o s e l é t r i c o s e ,

s o b r e v iv id o . A s e ta p a s d e r e p a r a ç ã o d e u m a fr a t u r a e s tã o ilu s tr a d a s r :

u m a v e z n a re g iã o , c o m e ç a m a p r o d u z ir o ss o . ( C a m p o s e lé tr ic o s p o d e m

Figura 5.11.

s e r t a m b é m e s t i m u l a d o s e u t i l i z a d o s n a r e p a r a ç ã o d e f r a t u r a s g r a v e s .)

O te c id o n o v o d e p r e e n c h im e n t o d a fr a t u r a s e rá d is c r e t -

m e n te m a is e sp e sso e p r o v a v e lm e n te m a is fo r te d o q u e o o s s o o r ig in a

C o m o o s o s s o s s ã o a d a p t á v e is , s u a m o r fo lo g ia e c a r a c te r ís t ic a s s u p e r -

so b n o v o im p a c to c o m p a r á v e l, u m a s e g u n d a fr a tu r a g e r a lm e n te o c o r r i

r. c i a i s r e f l e t e m a s f o r ç a s a e l e s a p l i c a d a s . P o r e x e m p l o , s a l i ê n c i a s e c r i s t a s

e m lo c a l d ife r e n te .

n a s u p e r fíc ie d o o s s o m a r c a m lo c a is d e fix a ç ã o d o s te n d õ e s n o o ss o . O : « r ta le c im e n to d o s m ú s c u lo s c a u s a o a u m e n t o d e s s a s s a liê n c ia s e c r is ta s

Envelhecimento e sistema esquelético

r i r a a te n d e r à s m a io r e s d e m a n d a s d e fo r ç a . O s s o s in te n s a m e n te s o lic it a d

j

s t o r n a m - s e m a is fo r te s e e s p e s s o s , e n q u a n t o o s s o s s u b u tiliz a d o s to r-

O s o s s o s d o e s q u e le t o t o r n a m - s e m a is fin o s e r e la tiv a m e n te e n fr a q u e c i u : ■

n a m - s e fin o s e fr á g e is . A s s im s e n d o , a p r á t ic a d e a tiv id a d e fís ic a r e g u la r é

PASSO “I



—ediatamente após a fratura, ocorre intenso sangramento. Dentro de algumas horas, um grande coágulo ou hematoma de fratura se forma.

Osso morto

Fragmentos ósseos

c o m o p a r t e d o p r o c e s s o n o r m a l d e e n v e lh e c im e n t o . A o s s ific a ç ã o in a d e -

PASSO 2

PASSO 3

Um calo ósseo interno forma-se como uma rede trabeculada de substância esponjosa, unindo as margens internas da fratura; um calo externo cartilagíneo e ósseo estabiliza as margens externas.

Calo interno de substância esponjosa

: guTB 5 11

Reparação de fraturas.

í

A cartilagem do calo externo foi substituída por osso, e trabéculas de substância esponjosa agora unem as margens da fratura. Fragmentos de osso morto e de osso das áreas mais próximas à fratura foram removidos

Calo externo de cartilagem

Calo externo de substância esponjosa Periósteo

=asscs erw K dos no reparo de fraturas.

[F ig u ra 5 . 1 2 ]

interno

externo

PASSO 4 Uma saliência ^arz-i inicialmente a kxa -rsção da fratura. Corr a tempo, esta reg ã : se-í remodelada, restarão pouca evidência da fratura.

O S IS T E M A ESQUELÉTICO

Nota clínica Osteoporose e anomalias esqueléticas relacionadas à ida; r \a osteoporose, há um a redução da m assa óssea, que é su ficie n ­ te Dara co m p ro m e te r a funçã o norm al do esqueleto. Nossa densidade is s e a m áxim a é alcançada nos prim eiros anos da terceira década, dim i' - " zo a partir de então com o avançar da idade. A ingestão inadequada de cálcio em a d o le scen te s reduz o pico m áxim o de densidade óssea e z re c is p õ e à o steoporose. A d istin çã o e ntre a oste o p e n ia "n orm a l" do e r .e lh e cim e n to e a oste o po rose é um a q uestão de gradação. E stim a tiva s atuais indicam que 29% da s m ulhere s entre 45 e 79 anos podem se r co nsid erad as osteoporóticas. O au m ento na incidência oste o p o ro se após a m enop ausa está ligado ao d e c ré sc im o da prod - ç ã o de e stró g e n o s (horm ônios se xu a is fem ininos). A in cid ê n cia de oste o p o ro se em hom ens na m esm a faixa etária é estim ada em 18%. A fragilidade e xcessiva dos o sso s resulta fre q ü e n tem e n te em fra­ turas, e a cica triza çã o su bseqü ente é prejudicada. A s vérteb ras podem coteoar-se, d isto rce n d o as a rticu la çõ e s intervertebrais, pod en do com ~rr nervos espinais. A su p le m e n ta çã o de estrógenos, m o d ifica çõ e s -.a : eta para elevar os níveis sangüín eos de cálcio, a im ple m e ntação de 5- .id ad e física para au m entar o nível de so lic ita ç ã o m ecânica dos os; : 5 e e stim ular a atividade o ste ob lá stica e a ad m in istração de calcitoni-5 sob a form a de spray nasal são m edidas que, em bora não previnam , : i'e c e m retardar o d e se n v o lv im e n to da oste o p o ro se . A in ib içã o da r .'orta«ir ra piprisão de ca&cxx fc e outros nnneTxs •viv m n s ao eii$o óssea. Fm coctrapa: o rfcrfsftiix. ^ »í £rt cilcxx fos&ito € outros mu aae pc*Jem cofiiMiisar modi6«cacões do suprimento dietetic

1

ÜVK

wsjaaseção de

TERMOS CLÍNICOS A c o n d r o p la s ia : A lte r a ç ã o r e s u lta n te d e a tiv id a d e

c â n c e r d e m e d u la , m a m a e o u t r o s te c id o s . P r o v o ­

O s te o m ie lite : In fe c ç ã o d o lo r o s a d o o s s

in o r m a l d a c a r t i l a g e m e p i f i s i a l ; e s t a s c a r t i l a g e n s

ca o ste o p o ro se grave.

m e n t e d e o r ig e m b a c te r ia n a .

crem em m u ito l e n t a m e n t e e o i n d i v í d u o d e s e n -

F ratu ra:

•:

e m em b r o s c u r t o s e a t a r r a c a d o s . O t r o n c o

G igantism o:

a p resen ta ta m a n h o n o r m a l e o d e s e n v o l v i m e n t o ■ a t a i e se x u a l p e r m a n e c e m n o r m a i s . *>i

i

A lt e r a ç ã o c a u s a d a p o r e x c e s s iv a

d e h o r m ô n io d o c r e s c im e n to a p ó s a e f e c h a m e n t o d a s c a r t i l a g e n s e p if i s ia i s .

■ M h cn -se

a n o m a l i a s e s q u e l é t i c a s q u e a fe -

-

-.-.'drtst

ç ã o d a a tiv id a d e o s t e o c lá s t ic a , r a n m l n

H e m a to m a d e fra tu ra :

d a m a ss a ó ss e a e v á ria s d e fo rm id a d e s e a y a d É liG K .

d e te r io r a ç ã o d a o r g a n iz a ç ã o h is to lõ g íc a d o t e c id o

F o r m a ç ã o e x c e s s iv a d e te c id o ó ss e o . U m tip o d e n a n is m o c a u ­

fc D o e n ç a c a i j

r

3 : e s q u e le t o .

i

í

#

b b

-

R aquitism o:

o h

U m d is tú r b io q u e c a n s a a r e d a ç ã o

n a q u a n t i d a d e d e s a is d e c á l d o n o e s q n d e a o ; f r e ­ q ü e n te m e n te c a r a c te r iz a d a [ v l o a s p e c t o M i j T i d n d as p ern as.

S ín d ro m e de M arfan:

A lte ra ç ã o

hereditária rela­

c im e n t o é a n o r m a l e o s o s s o s s ã o m u it o fr á g e is ,

c io n a d a à p r o d u ç ã o d e fe it u o s a d e u m a g fic o p io -

le v a n d o a d e fo r m id a d e s e s q u e lé t ic a s e r e p e tid a s

te ín a d o te c id o c o n e c tiv o . O s a c h a d o s

fr a tu r a s .

e v id e n te s d e sta d o e n ç a e n c o n t r a m - s e n a A m o le c im e n t o d o o s s o d e v id o à

d im in u iç ã o d o s e u c o n te ú d o d e m in e r a is .

id e

ó ss e o , le v a n d o à r e d u ç ã o d e m a s s a ó s s e a a g ra u q u e c o m p ro m e te a fu n ç ã o n o n n a L

A fu n ç ã o d o s o s t e o b la s to s é p r e ju d ic a d a , o c r e s ­

O steom alacia: jm r

U m a d o e n ç a h e r e d itá ­

r ia q u e a fe ta a o r g a n iz a ç ã o d a s fib r a s c o lá g e n a s .

s s c a c _ iio m e d u la r d a

O

O s t e o p o r o s e : U m a d o e n ç a c a r a c te r iz a d a p o r

O steogênese im perfeita: I m s sasme oe o s s o t r a b e c u l a r q u e

h

u m a r e d e f ib r o s a n a á r e a le s a d a .

c r e s c im e n to .

. . e s t a b iliz a u m o s s o n o l o -

m

U m g r a n d e c o á g u lo s a n ­

m

g ü ín e o q u e o b s t r u i o s v a s o s r o m p id o s , d e ix a n d o

s a- da oi a p ee nl ar ipjercoid du a çdãeo tiencaidd oe q u a d a d e h o r m ô n i o d o

-

i a ic

O s te o p e t r o s e : A lte r a ç ã o c a u s a d a p d a < f i n É a ã -

p u b e rd ad e.

N an ism o h ipofisial:

- n a s m ã o s e n o s p é s.

■ ■ ■ iM

A lte r a ç ã o r e s u lta n te d a s u p e r p r o ­

R ed u çã o n a m a ssa e na denãdade

ó ssea s.

d u ç ã o d e h o r m ô n io d o c r e s c im e n to a n te s d a

H iperostose:

- e v á r io s p e q u e n o s o ss o s, p r in -

O steopenia:

R a c h a d u ra o u q u e b ra d e u m o sso .

fisco s mais estalan

fí s i c a , e x a g e r a d a m e n t e g r a n d e , e n o s m e m b r o s , e x t r e m a m e n te lo n g o s e e s g u io s .

RESUMO PARA E S TUDO I i f f ir i e À a » :

A organização histológica do osso m ad u ro

_

2. - -

fgmsnw* • I4 K 9 L

w mttm m smm. -

awB B riia iB Pi — :: M o r m ................. . IB B u : W S

:

UM IÍnIU IIB II I

!— K T 3S t lET

r ^ r t i la g e n s , l i-

re s p o n s á v e l p o r q u a s e d o is te rç o s d o p e s o d o c o r p o . O te r ç o re sta n te e

n :e r iig a m os Cl mmegaL..

d o m in a d o p o r fib r a s c o lá g e n a s e p e q u e n a s q u a n t id a d e s d e o u t r o s

de

d c c á l c i o ; c é l u l a s ó s s e a s e o u t r o s t i p o s d e c é l u l a s c o n t r i b u e m c o m ar-er. aa

msM» Twrrig- :at" :r ]fã O S C a p r o x im a d a m e n te 2 % d o v o lu m e d e te c id o ó ss e o .

ujuák.

ÜCiacSS «flf l i nu.jL* '

112

A m a t r iz ó s s e a c o n s is t e p r in c ip a lm e n t e e m c r is ta is d e h i d r o x i a p a t m

3.

O steócitos s ã o

c é lu la s ó s s e a s m a d u r a s c i r c u n d a d a s p o r m a t r i z ó s s e a r x :

O s o s t e ó c i t o s l o c a li z a m - s e e m e s p a ç o s d e n o m i n a d o s

Estrutura do 0«SC 112 L O t e c id o o s s e o

_m IET1 iffl

'M uJBt' iiMBMHEESIlCLiíL— jíat'I~i—f -^TTiiaK. 4.

sabstiacia ím x itrrig rié -

lacunas.

O s o s te o c i-

t o s n a s l a c u n a s s ã o i n t e r li g a d o s p o r p e q u e n o s c a n a i s o c o s , d e n o m i n a : -

canalículos. Lamelas s ã o c a m a d a s d e m a t r i z c a l c i f i c a d a . (ver Figura 5 . . O steo b lasto s s ã o c é l u l a s i m a t u r a s f o r m a d o r a s d e o s s o . P e l o p r o c e s í - : c e osteogênese, o s o s t e o b l a s t o s s i n t e t i z a m osteóide, q u e é a m a t r i z d c >:>: a n te s d a s u a c a lc ific a ç ã o .

(ver Figura 5.1)

C a p itu lo

Células osteo p ro g en ito ras

5

5 • O Sistema Esquelético: Tecido Ósseo e Estrutura do Esqueleto

s ã o c é lu la s m e s e n q u im a is q u e d e s e m p e n h a m

u m a im p o r ta n te fu n ç ã o n a r e p a r a ç ã o d e fr a tu r a s ó sse a s. (

6

O steoclastos

verFigura 5.1)

Fatores de regulação do crescim ento ósseo

s ã o c é lu la s g r a n d e s e m u ltin u c le a d a s q u e c o n tr ib u e m p a ra

a d is s o lu ç ã o d e m a triz ó ss e a a tra v é s d o p ro c e s s o d e n o m in a d o

osteólise.

t í

m in a s e h o r m ô n io s . 9.

O

h o rm ô n io p aratire ó id e o ,

s e c r e t a d o p e la s g l â n d u l a s p a r a t i r e ó i d e s <

S ã o im p o r t a n t e s n a r e g u la ç ã o d a s c o n c e n t r a ç õ e s d e c á lc io e fo s fa t o n o s

t im u la a a t iv id a d e d e o s t e o c la s t o s e o s t e o b la s to s . C o n t r a r ia m e n t e , -

líq u id o s c o r p o r a is .

cito n in a,

Substância compacta e esponjosa dos ossos ” . H á d o is t ip o s d e s u b s t â n c ia ó s s e a :

trabeculada. A

com pacta,

ou

densa, e

esponjosa,

ou

a c o n c e n tr a ç ã o d o ío n c á lc io n o s líq u id o s c o r p o r a is .

(ver Figuras 5.1/5.2) o steo n a,

8. A u n id a d e fu n c io n a l b á s ic a d a s u b s t â n c ia c o m p a c t a é a

ou

sis­

O

11.

H á d i f e r e n ç a s e n t r e o s d i v e r s o s o s s o s e e n t r e o s i n d i v í d u o s n o q u e se rei

canal central,

(ver Figuras

5.1b-d/5.2) 9 . A s u b s t â n c ia e s p o n j o s a c o n t é m t r a v e s o u p l a c a s d e s u s t e n t a ç ã o d e n o m i ­

trabéculas,

d a d e d o s o s t e o b la s to s .

re a o te m p o d e fe c h a m e n t o d a s c a r tila g e n s e p ifis ia is .

o s t e ó c ito s e m u m a o s t e o n a a p r e s e n ta m - s e d is p o s ­

to s e m c a m a d a s c o n c ê n tr ic a s e m t o r n o d e u m

nad as

h o rm ô n io d o c re sc im e n to , a tire o x in a (tiro x in a ) e o s h o rm ó n i sexuais e s t i m u l a m o c r e s c i m e n t o ó s s e o p o r m e i o d o a u m e n t o d a

10 .

m e n s io n a l é d ife r e n te n o q u e d iz r e s p e ito à d is p o s iç ã o d e o s t e ó c ito s , c a ­

tema haversiano. O s

o

athada

c o n t r o la m a v e lo c id a d e d e d e p o s iç ã o d e m in e r a is n o e s q u e le t o e r e g u b

c o m p o s i ç ã o d a m a t r i z d a s u b s t â n c ia c o m p a c t a é a m e s m a

n a l í c u l o s e l a m e la s .

s e c r e ta d a p o r c é lu la s C n a g lâ n d u la tir e ó id e , in ib e a

d o s o s t e o c la s t o s e a u m e n t a a p e r d a d e c á lc io n a u r in a . E s te s h o n r r .

1 13

d a s u b s t â n c ia e s p o n j o s a o u t r a b e c u l a d a , p o r é m s u a c o n s t i t u i ç ã o t r i d i ­

10 .

123

8. A o s te o g ê n e s e n o r m a l d e p e n d e d e u m a fo n te c o n s ta n te d e m in e r a is

fre q ü e n te m e n te e m u m a re d e a b e rta ,

(ver Figura 5.2)

Manutenção, remodelamento e reparação óssea 124 1.

A s u b s t â n c ia c o m p a c t a r e v e s t e a s s u p e r f í c i e s ó s s e a s . E s t a c a m a d a d e r e ­

A v e lo c id a d e d e r e n o v a ç ã o (

turnover)

p a ra o o sso é b a sta n te e l e v a i

c a d a a n o , a p r o x im a d a m e n t e u m q u in t o d o e s q u e le to a d u lto é s u b s titm

v e s t i m e n t o é m a i s e s p e s s a n a s r e g iõ e s e m q u e e x i s t e u m a d e m a n d a l o c a ­

p o r o sso n ovo.

liz a d a d e re s is tê n c ia a p o u c o s v e t o r e s d e fo r ç a s o u a v e t o r e s d e fo r ç a d e d i r e ç õ e s s e m e l h a n t e s , o u s e ja , d i r e ç õ e s r e s t r i t a s a u m a g a m a l i m i t a d a d e v a ria ç ã o ,

(ver Figura 5.3)

2.

O s o sso s são re c o b e rto s ex te rn a m e n te p o r

p erió steo

3. ( b ila m in a r , s e n d o

a c a m a d a e x te r n a fib r o s a , e a in te r n a , c e lu la r ) e r e v e s tid o s in te r n a m e n t e por

endósteo

( c e lu la r) ,

(ver Figura 5.4)

O s p ro cesso s de

turnover e

r e c ic la g e m m in e r a l c o n fe r e m a o o ss o a c a ;

c id a d e d e a d a p t a ç ã o a n o v a s s o lic it a ç õ e s m e c â n ic a s . 4.

O c á lc io é o m in e r a l m a is c o m u m n o c o r p o h u m a n o , s e n d o q u e m i 5 9 8 % e n c o n t r a m - s e n o e s q u e le t o .

Desenvolvimento e crescimento ósseo 1

125

O r e m o d e la m e n t o ó s s e o e n v o lv e o p r o c e s s o s im u ltâ n e o d e a d i e i : n o v o o ss o e r e m o ç ã o d e o ss o p r e v ia m e n te fo r m a d o .

116

O p e r ió s te o e o e n d ó s te o 11.

R em odelam ento ósseo

. O ssificação é o p r o c e s s o d e s u b s t i t u i ç ã o d e o u t r o s t e c id o s ficação é o p r o c e s s o d e d e p o s i ç ã o d e s a is d e c á l c i o d e n t r o

117 p o r o sso ;

Lesão e reparação calci-

5.

F ra tu ra s

125

são ra c h a d u ra s o u q u e b ra s e m u m o sso . D e m o d o g e r i.

d e u m te c id o .

s a n g ü ín e o , e n d ó s te o e p e r ió s te o p e r m a n e ç a m in ta c to s ,

Ossificação intramembranácea

:

(ver Figu-.i 5 . 1

P a r a u m a c la s s ific a ç ã o d e tip o s d e fr a tu r a s , c o n s u lte a N o ta c lm i- a

117

ossificação in tram em b ran ácea, t a m b é m d e n o m i n a d a ossificação dérmica, i n i c i a - s e q u a n d o o s t e o b l a s t o s d i f e r e n c i a m - s e d e n t r o d e u m t e c i d o

p á g in a 1 2 9 .

2. A

c o n e c tiv o m e s e n q u im a l o u fib r o s o . E ste p r o c e s s o p o d e p r o d u z ir s u b s t â n ­ c i a e s p o n j o s a o u c o m p a c t a d o o s s o . T a is o s s i f i c a ç õ e s o c o r r e m e m

de ossificação.

í

p a r a ç ã o d e u m a fr a tu r a p o d e o c o r r e r d e sd e q u e p o r ç õ e s d e s u p r ir n e i

cen tro s

Envelhecim ento e sistem a esquelético

125

6 . A o l o n g o d o p r o c e s s o d e e n v e lh e c i m e n t o , o s o s s o s d o e s q u e l e t o n j m m e n t e t o r n a m - s e m a is d e lg a d o s e q u e b r a d iç o s . A

(ver Figuras 5.5/5.6)

o steopenia

g erab o s

s e d e s e n v o l v e e m a l g u m g r a u , m a s e m a l g u n s c a s o s e s te p r o c e s s o p r c _ r

Ossificação endocondral 3.

A

ossificação en d o co n d ral

o steo p o ro se

1 19

p ara a

in ic ia -s e c o m a fo r m a ç ã o d e u m m o d e lo c a r-

q u e b r a d iç o s .

e o s o s s o s t o r n a m - s e p e r ig o s a m e n te m a is ír a c

(ver Figura 5.12)

tila g ín e o . E s s e m o d e lo d e c a r t ila g e m h ia lin a é g r a d u a lm e n t e s u b s t itu íd o p o r te c id o ó ss e o , 4.

Anatomia dos elementos do esqueleto

(ver Figuras 5.615.7)

A e x te n sã o d e u m o sso e m d e s e n v o lv im e n to a u m e n ta n a

epifisial,

cartilag em

q u e s e p a r a a e p ífis e d a d iá fis e . N e s te lo c a l, n o v a c a r tila g e m é

a d ic io n a d a à e p ífis e , e n q u a n t o te c id o ó s s e o s u b s t itu i a c a r tila g e m m a is

Classificação dos ossos 1.

e n tr e o s d iv e rs o s o ss o s e e n tr e o s in d iv íd u o s .

(verFigura 5.8)

O d iâ m e tr o d e u m o s s o a u m e n t a p o r c r e s c im e n to a p o s ic io n a l n a s u p e r fí­ c ie e x t e r n a ,

(ver Figura 5.9)

Acidentes ósseos (características de superfície) 2.

Formação do suprimento sangüíneo e linfático

7.

(o u

características de superfície) p o d e m

se r u t U ir jJ

na

Tabela 5.1. (ver Figura 5.14)

d i s t r ib u í d o s n o p e r ió s t e o e p e n e t r a m

í s o s t e o n a s a t r a v é s d o s c a n a is n u t r íc io s e p e r f u r a n t e s .

In erv a çã o ó sse a

acidentes ósseos

m in o lo g ia c o m u m p a r a a id e n t ific a ç ã o d e a c id e n te s ó s s e o s é a r - -

vasos nutridos, vasos metafisiais, vasos epifisiais e

: a o steo n a b 1 o c a n a líc u lo c)

O fe c h a m e n t o p r e c o c e d a s c a r tila g e n s e p ifis ia is p o d e se r c a u s a d o p o r : (a)

e le v a ç ã o d o s n ív e is d e h o r m ô n io s e x u a l

(b )

e le v a ç ã o d o s n ív e is d e v it a m in a C

(c )

d im in u iç ã o d o s n ív e is d e h o r m ô n io p a r a t ir e ó id e o

(d )

e le v a ç ã o d o s n ív e is d e h o r m ô n io d o c r e s c im e n to

a l a m e la

:

6.5).

O c r â n io e n v o lv e e p r o t e g e o e n c é fa lo . E c o m p o s t o p e lo s o s s

í

:

d is s o , o fe r e c e u m a á re a e x t e n s a p a r a a in s e r ç ã o d e m ú s c u lo s q u e ( 1 ) a ju s ­

cipital, parietais, frontal, temporais, esfenóide e etmóide. E s s e s

ta m a p o s iç ã o d a c a b e ç a , d o p e s c o ç o e d o tr o n c o , (2 ) r e a liz a m m o v im e n t o s

n ia n o s c o m p õ e m

r e s p ir a t ó r io s e (3 ) e s ta b iliz a m o u p o s ic io n a m e s t r u t u r a s d o e s q u e le t o a p e n -

líq u id o q u e a m o r t e c e e s u s te n ta o e n c é fa lo . V a s o s s a n g ü ín e o s , n e r . : >

d ic u la r . A s a r t ic u la ç õ e s d o e s q u e le t o a x ia l p e r m it e m m o v i m e n t o lim it a d o ,

m e m b r a n a s q u e e s ta b iliz a m a p o s iç ã o d o e n c é fa lo e s tã o a d e r id o s i -

m a s s ã o m u it o r e s is te n te s e e m g e r a l r e fo r ç a d a s p o r lig a m e n t o s . F in a lm e n te ,

p e r fic ie in t e r n a d o c r â n io . S u a s u p e r fíc ie e x t e r n a o fe r e c e u m a e rte n .

o s s o s cr,

a c a v i d a d e d o c r â n i o , u m a c â m a r a p r e e n c h i d a r-

iig u m a s p a r te s d o e s q u e le t o a x ia l, in c lu in d o p a r te d a s v é r t e b r a s , e s te r n o e

á re a p a r a in s e r ç ã o d e m ú s c u lo s q u e m o v im e n t a m

c o s t e la s , a s s i m c o m o m u i t o s o s s o s l o n g o s d o e s q u e l e t o a p e n d i c u l a r , c o n t ê m

b u la e a c a b e ç a . U m a a r t ic u la ç ã o e s p e c ia liz a d a e n t r e o o s s o o c c ip it a l e

m e d u la ó s s e a v e r m e lh a p a r a a p r o d u ç ã o d e c é lu la s s a n g ü ín e a s .

p r im e ir a v é r t e b r a c e r v ic a l e s ta b iliz a a p o s iç ã o d o c r â n io ju n t o à cc

E ste c a p ít u lo d e s c r e v e a e s t r u t u r a a n a t ô m ic a d o e s q u e le t o a x ia l, e c o ­

v e r t e b r a l, p e r m it in d o m o v im e n t o s r e la tiv a m e n te a m p lo s d a c a b e ç i-

m e ç a r e m o s c o m o c r â n io . A n t e s d e s e g u ir a d ia n te , v o c ê p o d e a c h a r ú t il r e v i s a r o s r e f e r e n c ia is d e d ir e ç ã o d e s c r it o s n a s T a b e la s 1 . 1 e 1 . 2 ,

00 págs.

o s o lh o s , a m a n d

S e o c r â n io f o r c o m p a r a d o a u m a c a s a q u e a b r ig a o e n c é fa lo , n a ro e m a a n a lo g ia , o

complexo facial c o r r e s p o n d e r i a

à g ra d e d e p ro te ç ã o o u

Neurocrânio —

— Viscerocrânio

Esfenóoe Etmotôe Occipital

CRANIO

Neurocrânio

Lacrimal NEUROCRÂNIO 8

OSSOS ASSOCIADOS

Ossículos da audição no "tenor dos ossos :=r-oorais (detalhados no Capitulo 18)

Hióide

1

VISCEROCRÂNIO 14

Occipital

1

Maxilas

2

Parietais

2

Palatinos

2

Frontal

1

Nasais

2

Temporais

2

2

Esfenóide

1

Conchas nasais inferiores Zigomáticos

2

Etmóide

1 Lacrimais

2

Vômer

1

Mandíbula

1

Vômer -

W a.ua

Mandíbula -

Viscerocrânio

- gura 3 2 Subdivisões do crânio: neurocrânio e viscerocrânio (ossos da face). : r = n c 3 :it L”R O -

CRÁKIO ( 8)

A rtic u la ç ã o c o m a p r im e ir a

F o ra m e ju g u la r (c o m o

C o n d u z o san gu e das

v é r t e b r a c e r v ic a l

o s s o te m p o r a l)

p e q u e n a s v e ia s n a c a v id a d e

C r is t a o c c ip ita l

F ix a ç ã o d e m ú s c u lo s e

C a n a l d o n ervo

e x te r n a , p r o tu b e r â n c ia

lig a m e n t o s q u e m o v e m

h ip o g lo s s o

o c c ip i t a l e x t e r n a e

a c a b e ç a e e s ta b iliz a m a

lin h a s n u c a i s s u p e r i o r

a r tic u la ç ã o a tla n to c c ip it a l

d o c r â n io P assagem p a ra o n ervo h ip o g lo s s o q u e in e r v a o s m ú s c u lo s d a lín g u a

e in fe r io r

Internas:

P arietais

(2)

(Figura 6.6)

O c c ip it a l, fr o n ta l,

C r is t a o c c ip ita l

F ix a ç ã o d e m e n in g e s q u e

in te rn a

e s ta b iliz a m o e n c é fa lo

Externas:

te m p o r a is ,

L in h a s te m p o r a is

In se rçã o d e g ra n d e s

e s fe n ó id e

s u p e r io r e in fe rio r

m ú s c u lo s q u e e le v a m a

T ú b e r p a r ie t a l

F ix a ç ã o d o c o u r o c a b e lu d o

m a n d í b u la

a o c r â n io

|

V ia s d e p a s s a g e m p a r a o

F rontal (1)

P a r ie t a is , n a s a is ,

(Figura 6.7)

z i g o m á t ic o s ,

o ss o s fr o n ta is e m

n e rv o s u p r a -o r b ita l, ra m o

e s fe n ó id e , e tm ó id e ,

d e se n v o lv im e n to

s e n s itiv o d o n e r v o o ft á lm ic o

S u tu r a fro n ta l

M a r c a a fu s ã o d o s

F o ra m e s s u p ra -o rb ita is

e a r té r ia s u p r a - o r b it a l p a r a

m a x ila s

a r e g iã o d o s u p e r c ílio e d a p á lp e b r a E s c a m a fr o n ta l

In s e r ç ã o d e m ú s c u lo s d o c o u r o c a b e lu d o

M a rg e m s u p ra -o rb ita l

P ro te ç ã o d o o lh o

F o ss a s d a g lâ n d u la

R ecesso s c o n te n d o as

la c r im a l

g lâ n d u la s la c r im a is

S e io fro n ta l

T o r n a o o s s o m a is le v e e p ro d u z m u co

C r is ta fro n ta l

F ix a ç ã o d e m e n in g e s d e n tr o d o c r â n io

T em porais

Figura 6.8)

(2)

O c c i p it a l ,

Externas:

Externos:

p a r ie t a is , fr o n ta l,

Parte escamosa:

C a n a l c a r ó tic o

z ig o m á t i c o s ,

F ac e te m p o ra l

s a n g u e a o e n c é fa lo

m a s tig a ç ã o

e s f e n ó id e e

P a s s a g e m p a r a a a r té r ia c a r ó t id a in t e r n a , c o n d u z in d o

In s e r ç ã o p a r a m ú s c u lo s d a

m a n d í b u l a ; a b r ig a

F o s s a m a n d ib u la r e

F o r m a ç ã o d a a r tic u la ç ã o

o s o s s í c u lo s d a

t u b é r c u lo a r tic u la r

te m p o r o m a n d ib u la r

P r o c e s s o z ig o m á tic o

A rtic u la ç ã o c o m o o sso

F o ra m e ju g u la r

C o n d u z o san gu e das

z ig o m á tic o

( c o m o o s s o o c c i p i t a l)

p e q u e n a s v e ia s n a c a v id a d e

a u d iç ã o e su ste n ta o o s s o h i ó i d e p e lo s

F o r a m e e s tilo m a s tó id e o

l i g a m e n t o s e s t il o h ió id e o s

S a íd a p a r a o n e r v o m o to r d o s m ú s c u l o s d a fa c e

d o c r â n io

Parte petrosa: P r o c e s s o m a s tó id e

I n s e r ç ã o p a r a m ú s c u lo s

M e a to a c ú s tic o e x t e r n o

E n tr a d a e p a s s a g e m d o a r a té a m e m b r a n a tim p â n ic a

q u e a tu a m n a fle x ã o e ro ta ç ã o d a c a b e ç a P r o c e s s o e s tiló id e

F ix a ç ã o d o lig a m e n t o

F o r a m e m a s tó id e o

P assagem de vaso s s a n g ü ín e o s p a r a a s m e n in g e s

e s t ilo - h ió id e o e m ú s c u lo s

Externos:

Internas: C é lu la s m a s tó id e a s

T o r n a m m a i s le v e s o s

F o r a m e la c e r a d o , e n t r e

F e c h a d o p o r c a r tila g e m

(a é re a s)

p r o c e ss o s m a s tó id e s

o o sso te m p o ra l e o

e p assag e m de p e q u e n as

o c c ip ita l

a r té r ia s p a r a a s u p e r fíc ie in t e r n a d o c r â n io

Internos:

Parte petrosa

P r o te ç ã o d a o r e lh a m é d ia e

T u b a a u d itiv a

C o m u n ic a o e s p a ç o a ére o d a o r e l h a m é d ia c o m a p a r t e

d a o r e lh a in te r n a

n a s a l d a fa r in g e M e a to a c ú s tic o in te r n o

P assagem d e vaso s s a n g ü ín e o s e n e r v o s p a r a a o r e lh a in te r n a e o fo r a m e e s tilo m a s tó id e o

C a p ít u lo

TABELA 6.2

6 • O Sistema Esquelético: Esqueleto Axial

Características da superfície do crânio (continuação) Características da superfície

Região

Osso

Articula-se com os ossos

E sfenóide (1)

O c c ip ita l, fr o n ta l,

Internas:

(Figura 6.9)

te m p o r a is ,

S e la t u r c a

z i g o m á t ic o s ,

P ro c e s s o s c lin ó id e s

p a la t i n o s , m a x i l a s ,

a n t e r io r e p o s te r io r ,

n e r v o ó p tic o

e tm ó id e e v ô m e r

s u lc o p r é - q u ia s m á t ic o

Estruturas

Funções

Forames

Funções

P r o te ç ã o d a h ip ó fis e

C a n a l ó p tic o

P a s s a g e m d o n e r v o ó p tic o

P r o te ç ã o d a h ip ó fis e e d o

F is s u r a o r b ita l s u p e r io r

P a s s g e m d e n e r v o s s e n s ith : s e m o to re s d o o lh o

Externas: P ro c e s s o p te r ig ó id e e

In s e r ç ã o p a r a m ú s c u lo s d a

e s p in h a s d o e s f e n ó i d e

m a s tig a ç ã o e lig a m e n t o s

F o ram e red on d o

P assagem p a ra n erv o s e n s i t i v o d a fa c e

F o ram e oval

P a ssa g e m p a r a n e r v o m o te r d o s m ú s c u lo s d a m a s t i g a c l :

F o r a m e e s p in h o s o

P assag e m d e v a so s p a ra as m e n in g e s e n c e fá lic a s

i

E tm óide (1)

F r o n t a l , n a s a is ,

(Figura 6.10)

p a la t i n o s , l a c r i m a i s , e s fe n ó id e , m a x ila s e

C r is ta e tm o id a l i L a b ir in to e tm o id a l

vôm er

F ix a ç ã o p a r a m e n in g e s q u e

F o r a m e s d a lâ m in a

P assagem d o s n ervo s

e s ta b iliz a m o e n c é fa lo

c r ib r ifo r m e

o lfa t ó r io s

T o r n a o o s s o m a is le v e e é lo c a l d e p r o d u ç ã o d e m u c o

C o n c h a s n a s a is

C r ia m tu r b u lê n c ia n o flu x o

s u p e r i o r e m é d ia

aéreo

L â m in a p e rp e n d ic u la r

D iv id e a c a v id a d e n asal (c o m o v ô m e r e a c a r t i l a g e m d o s e p t o n a s a l)

YISCEROCRÂNIO FACE 1(14)

M axilas

(2)

F r o n ta l,

(Figura 6.12)

M a r g e m in fr a - o r b it a l

P r o te g e o o lh o

z i g o m á t ic o s ,

F is s u r a o r b ita l in fe r io r e

P assagem d e n erv o s q u e

fo r a m e in fr a -o r b it a l

p e n e t r a m n o c r â n i o p e lo

p a la t i n o s , l a c r i m a i s , e s f e n ó id e , e t m ó i d e

fo ra m e re d o n d o P r o c e s s o p a la t i n o

e c o n c h a s n a s a is in fe r io r e s , v ô m e r ,

S e io m a x i l a r

n a s a is

F o rm a a m a io r p a rte d o

F o r a m e s p a la t i n o s

p a la t o ó s s e o

m e n o r e m a io r

P assagem d e n ervo s s e n s i t i v o s d a fa c e

T o r n a o o s s o m a i s le v e ,

D u e to la c r im o n a s a l

D re n a g e m d e lá g r im a d o

se c re ta m u c o

( c o m o o s s o la c r im a l)

s a c o la c r im a l p a r a a c a v id a d e n asal

P r o c e s s o a lv e o la r

E n v o l v e a s a r t i c u la ç õ e s c o m o s d en tes

Palatinos ;

(2)

(Figura 6.13) N asais

(2)

(Figuras 6.3c,d; 6.15) j j

E s fe n ó id e , m a x ila s e

C o n tr ib u e m p a ra fo r m a r o

vôm er

p a la t o ó s s e o e a ó r b i t a

F r o n ta l, e tm ó id e ,

S u s te n ta m o d o r s o d o n a r iz

m a x ila s

V ôm er (1)

E tm ó id e , m a x ila s ,

F o rm a a p o rç ã o in fe r io r e

(Figuras 6.3d,e; 6.5; 6.16)

p a la t i n o s

p o s te r io r d o se p to n a sa l

C onchas nasais inferiores ( 2 )

M a x i l a s e p a la t i n o s

C r ia m tu r b u lê n c ia n o flu x o aéreo

(Figuras 6.3d; 6.16) Z igom áticos

(2)

(Figuras 6.3c,d; j 6.15)

!

F r o n ta l, te m p o r a is ,

P ro c e sso te m p o ra l

e s fe n ó id e , m a x ila s

C o m o p r o c e s s o z ig o m á t ic o d o t e m p o r a l , c o m p le t a o a r c o z i g o m á t ic o , p a r a i n s e r ç ã o d e m ú s c u lo s d a m a s t ig a ç ã o

Lacrimais !

(2 )

E tm ó id e , fr o n ta l,

(Figuras 6.3c,d; 6.15)

m a x ila s , c o n c h a s

M andíbula (1)

T e m p o r a is

S u lc o la c r im a l

C o n té m o s a c o la c r im a l

n a s a is in f e r i o r e s R am o

F o r a m e d a m a n d íb u la

(Figura 6.14)

P assagem de n erv o s e n s io : d o s d e n t e s m a n d i b u la r e s ( in fe r io r e s ) e g e n g iv a

P r o c e s s o c o n d ila r

A rtic u la ç ã o c o m o te m p o ra l

F o ra m e m en tu al

P assage m d e n e rv o s e n s :t r .: d a r e g iã o d o m e n t o e d o b fr t c i n fe r io r

P ro c e s s o c o r o n ó id e

I n s e r ç ã o d o m ú s c u lo te m p o ra l a p a r tir d a s u p e r fíc ie d o o ss o p a r ie ta l

O SISTEMA ESQUELÉTICO

I TABELA 6.2

Características da superfície do crânio (continuação) Características da superfície

Região

Osso

Articula-se com os ossos

M andíb ula (1) (Figura 6.14)

Estruturas

Funções

Forames

P arte alveolar

P roteção d a a rticulação com os dentes

L inhas m ilo -h ió id e as

Inserção d e m ú scu lo s que c o n stitu e m o soalho da cavidade oral

Fóveas s u b m an d ib u lares

A lojam as glândulas su b m an d ib u lares

C o rn o s m aio res

Inserção de m úsculos d a lín g u a e lig am en to s à laringe

C o rn o s m en o res

Fixação d o s lig am en to s estilo -h ió id eo s

Funções

ossos ASSOCIADOS

H ió id e ( 1) ! (Figura 6.17)

O ssícu lo s da aud ição (três

pares)

S u sten tad o p o r m ú scu lo s e lig am en to s fixos n o pro cesso estilóide d o osso tem p o ral; c o n ec ta d o p o r m ú scu lo s e lig am en to s à laringe A p a rte p e tro sa de cad a o sso te m p o ra l en g lo b a três ossículos

*

E '

C o n d u z e m as vibrações s o n o ra s d a m e m b ra n a tim p â n ic a p a ra as câm aras pre e n ch id as p o r líq u id o na ore lh a in te rn a



REVISÃO DOS CON CEITO S

Os

fontículos póstero-laterais (mastóideos) l o c a l i z a m - s e

n as iu n c : e

d a s s u tu r a s e s c a m o s a s e s u tu r a la m b d ó id e a .

Q^ais são os nom es e as funções dos ossos da face?

O s c r â n io s d e c r ia n ç a s e a d u lto s d ife r e m e m t e r m o s d e fo r m a e e í

2 identifique as funções dos seios paranasais.

t r u t u r a d o s c o m p o n e n t e s c r a n ia n o s , e e sta d ife r e n ç a é r e s p o n s á v e l r e i

3 Q_ais são os ossos que constituem a órbita?

v a r ia ç õ e s d e d im e n s ã o e p r o p o r ç õ e s . O c r e s c im e n to c r a n ia n o m i i - s

Veja a seção de Respostas na parte final do livro.

n ific a t iv o o c o r r e a n te s d o s c in c o a n o s d e id a d e ; n e s ta id a d e , o e n c e r a i n t e r r o m p e s e u c r e s c i m e n t o e a s s u t u r a s c r a n i a n a s s e d e s e n v o l v e m . C o nrre s u lta d o , o c r â n io d e u m a c r ia n ç a e m re la ç ã o a o s e u c o r p o é p r o p o r e i:

Crânios de bebês, crianças e adllltO S [Figura 6.18] Diversos c e n t r o s d e o s s i f i c a ç ã o e s t ã o e n v o l v i d o s n a f o r m a ç ã o d o c r â n i o , mas, ao longo d o d e s e n v o l v i m e n t o , c o m a s f u s õ e s r e s u l t a u m n ú m e r o m e n r de c o m p o n e n t e s ó s s e o s . P o r e x e m p l o , o e s f e n ó i d e i n i c i a - s e c o m o 1 4 centros i n d i v i d u a i s d e o s s i f i c a ç ã o . A o n a s c i m e n t o , a f u s ã o a i n d a n ã o e s t á ; m pleta e e x i s t e m “ d o i s ” o s s o s f r o n t a i s , “ q u a t r o ” o s s o s o c c i p i t a i s e v á r i o s c : — rxm entes d o s o s s o s e s f e n ó i d e e t e m p o r a l . O c r â n io o r g a n iz a - s e e m t o r n o d o e n c é fa lo e m d e s e n v o lv im e n t o , e i

— e d id a q u e o n a s c im e n to se a p r o x im a , o e n c é fa lo c re sc e ra p id a m e n te .

crescim ento d o s o s s o s d o c r â n i o é d e f a s a d o e m r e l a ç ã o a o c r e s c i m e n t o encefálico e , a o n a s c i m e n t o , o s o s s o s c r a n i a n o s s ã o i n t e r l i g a d o s p o r á r e a s i e tecido c o n e c t i v o f i b r o s o . E s t a s c o n e x õ e s s ã o b a s t a n t e f l e x í v e i s e , a s s i m , rr^nio p ode s e r d i s t o r c i d o s e m q u e h a j a l e s ã o . E s t a d i s t o r ç ã o n o r m a l ­ m ente ocorre d u r a n t e o p a r t o e f a c i l i t a a p a s s a g e m d a c r i a n ç a p e l a v a g i n a . A> m aiores r e g i õ e s f i b r o s a s e n t r e o s o s s o s c r a n i a n o s s ã o c o n h e c i d a s c o m o '

fonticxilos (F igu ra

n a lm e n t e m a i o r q u a n d o c o m p a r a d o a o d e u m a d u lto .

A coluna vertebral [Figura 6 .1 9 ] O re s ta n te d o e s q u e le to a x ia l é s u b d iv id id o e m c o lu n a v e r t e b r a l e .

u

x a to r á c ic a . A c o lu n a v e r t e b r a l d e u m a d u lto é c o m p o s ta p o r 2 6 e

-

in c lu in d o a s v é r t e b r a s , o s a c ro e o c ó c c ix . A s v é r t e b r a s c o n s titu e m u m c o lu n a d e a p o i o q u e s u s t e n t a o p e s o d a c a b e ç a , p e s c o ç o e t r o n c o , fir s ü m e n t e t r a n s f e r in d o e s s e p e s o p a r a o s m e m b r o s in fe r io r e s n o e s q u e le o a p e n d ic u la r . E la s t a m b é m p r o t e g e m a m e d u la e s p in a l, o fe r e c e m g e m p a r a o s n e r v o s e s p in a is , q u e se in ic ia m o u t e r m in a m n a m e r _ e s p in a l, e a u x ilia m n a m a n u t e n ç ã o d a p o s t u r a e r e ta d o c o r p o , e m p e : s e n ta d o . A c o lu n a v e r t e b r a l é d iv id id a e m r e g iõ e s . P a r t in d o - s e d o c r á i : : : r e g iõ e s s ã o

cervical, torácica, lombar, sacral e coccígea (F igu ra 6.19

=

. C -d

r e g iã o d a c o lu n a v e r t e b r a l a p r e s e n ta d ife r e n te s fu n ç õ e s e, c o m o r e s u lta r a s v é r t e b r a s d e c a d a r e g iã o a p r e s e n t a m e s p e c ia liz a ç õ e s a n a t ô m i c a c j p e r m it e m e s s a s d ife r e n ç a s fu n c io n a is . A lé m d is s o , a s v é r t e b r a s l o c a li r ; : ;

6 .1 8 ) .

n a s ju n ç õ e s e n tr e d u a s r e g iõ e s d a c o lu n a v e r t e b r a l c o m p a r t ilh a r ã o il ir ­

■ O fontículo anterior é o m a i o r d o s f o n t í c u l o s . L o c a l i z a - s e n a i n t e r s e c ç ã o d a s s u t u r a s f r o n t a l, s a g ita l e c o r o n a l.

■ O fontículo posterior l o c a l i z a - s e n a j u n ç ã o d a s s u t u r a s l a m b d ó i d e a

Os

fontículos ântero-laterais (esfenoidais)

S e te

vértebras cervicais

c o n s titu e m o p e s c o ç o e e s te n d e m -s e in í;

r io r m e n te p a r a o tro n c o . A p r im e ir a v é r te b r a c e r v ic a l fo r m a u r r r i d e a r t ic u la ç õ e s c o m o s c ô n d ilo s o c c ip it a is d o c r â n io . A s é tim a v e r t e : :

e s a g ita l. ■

m ã s c a ra c te rís tic a s a n a tô m ic a s .

c e r v ic a l a r t ic u la - s e c o m a p r im e ir a v é r t e b r a to r á c ic a . D o z e en c o n tra m -se n as ju n ­

ç õ e s d a s s u t u r a s e s c a m o s a s e s u t u r a c o r o n a l.

rácicas

vérter^zs r

c o n s t it u e m a r e g iã o t o r á c ic a d o d o r s o , e c a d a u m a s e a r tic u l

C a p ít u lo

6 • O Sistema Esquelético: Esqueleto Axial

Figura 6.18

O crânio de um bebê.

Os ossos planos do crânio de um bebê são separados por fontículos, que p e rexpansão craniana e a distorção durante o nascimento. Até aproximadamente : ; 4 anos de idade, estas áreas desaparecerão, e o crescim ento do crânio e s -;-; completo, (a) vista lateral, (b) Vista superior, (c) Vista súpero-anterior. (d) Vista p : ; terior.

Sutura coronal

Fontículo àrtsro- lateral

Nasal

Sutura escamosa

Asa maior do esfenóide

Sutura lambdóidea Occipital Parietal Maxila

Mandíbula

Temporal

Fontículo póstero-lateral

Frontal

(a) Vista lateral

Sutura lam bdcosa Sutura Jrantal

Sutura coronal

Fontículo anterior

Sutura sagital

Occipital

Frontal Parietal

Sutura sagital Fontículo posterior

Parietal (b) Vista superior Fontículo anterior SutLra coronal Satura frontal

Sutura sagital Frontal Parietal

S-atura frontal Fontículo posterior Sutura lambdóidea Occipital

(c) Vista súpero-anterior

(d) Vista posterior

m u m o u m a is p a r e s d e c o s t e la s . A d é c im a s e g u n d a v é r t e b r a t o r á c ic a " ..u la - s e co m

a p r im e ir a v é r t e b r a lo m b a r . C in c o

vértebras lombares

: n s titu e m a r e g iã o lo m b a r d o d o r s o ; a q u in ta v é r t e b r a lo m b a r a r tic u -

i-se ct

com o

sacro q u e ,

p o r s u a v e z , a r t ic u la - s e c o m o

cóccix. A s

r e g iõ e s

ic a l, t o r á c ic a e lo m b a r s ã o c o n s t it u íd a s p o r v é r t e b r a s i n d iv id u a is ,

a ra n te o d e s e n v o l v i m e n t o , o osso sacro o r i g i n a - s e c o m o u m g r u p o d e ir c o v é r t e b r a s , e o c ó c c i x i n i c i a - s e a p a r t i r d e t r ê s a c i n c o p e q u e n a s v é r íb ra i. A s v é r t e b r a s s a c r a i s g e r a l m e n t e c o m p l e t a m s u a f u s ã o a o s 2 5 a n o s e : dade. A s v é r t e b r a s c o c c í g e a s d i s t a i s n ã o c o m p l e t a m s u a o s s i f i c a ç ã o n tes d a p u b e r d a d e e , d a í e m d i a n t e , a f u s ã o o c o r r e e m r i t m o v a r i a d o ,

“1

í i t e n s ã o to ta l m é d ia d a c o lu n a v e r t e b r a l d e u m a d u lto c o r r e s p o n d e

cm .

Curvaturas da coluna vertebral [Figura 6 . 1 9] A c o lu n a v e r t e b r a l n ã o é u m a e s t r u t u r a r íg id a e r e t ific a d a . A v is t a ia te -

curvaturas F i g u ' = 6.19a-c): (1) c u r v a t u r a s e c u n d á r i a (lordose cervical), ( 2 ) c u r v a t u r a p r i ­ m á r i a (cifose torácica), ( 3 ) c u r v a t u r a s e c u n d á r i a (lordose lombar l e 4 c u r v a t u r a p r i m á r i a (cifose sacral). A s e q ü ê n c i a d e a p a r e c i m e n t o d a s c u r ­ r a l d a c o lu n a v e r t e b r a l d e u m a d u lto , m o s t r a q u a t r o

v a t u r a s d a c o lu n a v e r t e b r a l d o fe to a o r e c é m - n a s c id o , à c r ia n ç a e a o a d u l t :

Figura 6.19d. A s c i f o s e s t o r á c i c a e s a c r a l s ã o d e n o m i n a ­ curvaturas primárias p o r q u e j á a p a r e c e m , m e s m o q u e t a r d i a m e n t e n o d e s e n v o l v i m e n t o f e t a l . E l a s s ã o t a m b é m d e n o m i n a d a s “curvaturas de acomodação” p o r q u e p e r m i t e m a a c o m o d a ç ã o d a s v í s c e r a s t o r a : : ; i e stá ilu s tr a d a n a

das

e a b d o m in o p é lv ic a s e m d e s e n v o lv im e n t o . A c o lu n a v e r t e b r a l n o re c e rtt-

160

O S I S T E M A E S Q U E L É T IC O

REGIÕES DA COLUNA VERTEBRAL

CURVATURAS DA COLUNA VERTEBRAL

Curvatura secundária (kxdose cervical)

Vértebras torácicas _r"*aHra pnmána taiose torácica)

Vértebras lombares

Curvatura secundária (lordose

Sacral

Disco intervertebral Vértebras sacrais

(c) RM (secção sagital)

(b) Vista lateral (a) Vista lateral

— Cervical

- Torácica

- Lombar

Fizera 6.19

A coluna vertebral.

. s t 2s a t e ra is da c o lu n a ve rte b ra l, (a) A s re g iõ e s da c o lu n a v erte3r 5 ~»ostrando as q u a tro cu rv a tu ra s da co lu n a v erteb ra l adulta, (b) C & L n a v e rte b ra l no rm a l, v ista late ra l, (c) Im agem de re s so n â n c ia - ; r - e : c a (RM) da c o lu n a v e rte b ra l d o a d u lto (vista lateral), (d) 0 desefrvo vi m e n to d a s cu rv a tu ra s da co lu n a verteb ral.

n-iscido apresenta-se em formato de C, em contraste com o formato de S observado no adulto, porque apenas as curvaturas primárias encontrampresentes. As lordoses lombar e cervical, denominadas curvaturas se­ cundárias. aparecem apenas alguns meses após o nascimento. Elas são Lur.bem denominadas “curvaturas de compensação”, pois auxiliam na modificação da direção do peso sobre os membros inferiores conforme i criança começa a ficar em pé. Essas curvaturas acentuam-se quando a

- Sacral

2 meses de desenvolvi­ mento fetal

6 meses de desenvolvi­ mento fetal

Recémnascido

4 anos

13 anos

Adulto

(d)

criança aprende a andar e correr. As quatro curvaturas estão inteiramente desenvolvidas quando a criança completa 10 anos de idade. Em pé, o peso do corpo precisa ser transmitido através da coluna ver­ tebral para o quadril e para os membros inferiores. Ainda assim, a maioi parte do peso corporal fica concentrada anteriorm ente à coluna verte bral. As curvaturas alinham este peso no eixo do corpo e no seu centrc de gravidade. Considere o que faz um indivíduo automaticamente quan

C a p ít u lo

6 • O Sistema Esquelético: Esqueleto Axial

Nota clínica Cifose, lordose e escoliose (Figura 6.20) a coluna vertebral movi~ienta( equilibra e sustenta o tronco e a cabeça, com a participação de vá' os m ú sculos e articulaçõ es. D oenças ou alte ra ções que afetam os ossos, - .. s c u lo s ou n ervos podem resultar em d isto rçõ es nas su as curvaturas e : Dm prom etim ento das su as funções. Na cifose, a curvatura to rá cica (cifo­ se torácica) norm al torna-se exagerada (Figura 6.20a). Esta alteração pode ; e r causada por (1) o ste o p o ro se com fraturas por com pressão, afetando a c o rçã o an terior dos c o rpo s vertebrais, (2) con traçõe s c rô n icas dos m úscu­ los que se inserem nas v érteb ra s ou (3) cre scim e n to vertebral anorm al. Na lordose, observa-se a protrusão acentuada tanto do abdom e quan­ to das nádegas (Figura 6.20b), causada pela exacerbação da curvatura lombar (lordose lombar). Esta condição pode resultar do aum ento do perím etro aodom inal ou enfraquecim ento dos m úsculos da parede abdom inal. Escoliose é um a curvatura lateral anorm al da coluna vertebral (Figura 6.20c). Este desvio lateral pode o correr em um a ou m ais vértebras móveis.

(a) Cifose

Figura 6.20

do

(b) Lordose

(c) Escoliose

Curvaturas anômalas da coluna vertebral.

se c o lo c a e m p é s e g u r a n d o u m o b je t o p e s a d o . P a r a e v it a r a in c lin a ç ã o

ir .te r io r , o in d iv íd u o a c e n t u a a c u r v a t u r a lo m b a r , a p r o x im a n d o m a is o

re>o

A e sc o lio se é a disto rção m ais com um de curvatura da coluna v e rte t-a Esta c o n d iç ã o pode re su ltar de p ro b le m a s no de senvolvim e nto , c c ~ : fo rm ação in co m p leta da s vértebras, ou de paralisia m u scu lar u n iia te '; d os m ú scu lo s do d orso (com o o co rre em alguns caso s de po lio m iel te 0 co n h e cid o personagem "C orcund a de N otre D am e" sofreu de e scc se se ve ra que, an te s do d e sen v o lv im e n to da s terap ias an tib ió ticas, era fre qüe ntem e nte resultante de p ro ce sso s in feccio so s na coluna v e r t e : '; c au sad o s por tu be rcu lose. Em quatro de c in co casos, é im po ssível c-eterm inar a causa estrutural ou funcional da anorm alidade. Esta e sco lio se idiopática geralm ente d esenvolve-se em m eninas, durante a a d o le scè r : 5 quando os pe ríodos de c re sc im e n to sã o m ais acelerados. 0 tra ta m e rt: pode co n sistir em um a c o m b in ação de e x e rc ício s e c o lete s de s u ste rta ção, que o ferecem benefício lim itado ou m esm o nenhum benefício. Case s graves podem se r tratados com co rre çã o cirúrgica por im plante de hastes ou c ab o s m etálicos.

p r o j e t a m - s e d o a r c o v e r t e b r a l . E s s e s p r o c e s s o s p r o p i c i a m a a r t i c u l a ç a : ett t r e a s v é r t e b r a s a d ja c e n te s

(Figura 6.21d,e).

e o c e n tro d e g r a v id a d e a o e ix o c o r p o r a l. E sta p o s tu r a p o d e tra z e r

d e s c o n fo r t o n a r e g iã o d a b a s e d a c o lu n a v e r t e b r a l. D e m o d o s e m e lh a n t e ,

O corpo vertebral [Figura 6.21e] corpo vertebral é a p a r t e d a v é r t e b r a

;r s t a n t e s n o s trê s ú lt im o s m e s e s d e g r a v id e z fr e q ü e n te m e n te d e s e n v o lv e m

O

_: m b a lg ia s c r ô n ic a s p o r c a u s a d a s m o d ific a ç õ e s d a c u r v a t u r a lo m b a r q u e

e ix o d a c o lu n a v e r t e b r a l

ocorrem

c o m o u m a ju s t e c o m p e n s a t ó r i o e m f u n ç ã o d o a u m e n t o d e p e s o

d : fe to . C e r t a m e n t e v o c ê já d e v e te r v is t o fo t o g r a fia s d e in d iv íd u o s a f r i ­

(Figura 6.21e).

q u e tra n sfe re o p e so a o lo n g : c : C a d a v é r t e b r a a r t ic u la - s e c o m

v é r t e b r a s a d ja c e n te s ; o s c o r p o s v e r t e b r a is s ã o c o n e c t a d o s p o r l i g a m e n t : - e s e p a r a d o s p o r d is c o s d e fib r o c a r t ila g e m , o s

discos intervertebrais.

c a n o s o u s u l- a m e r ic a n o s c a r r e g a n d o o b je to s p e s a d o s s o b r e s u a s c a b e ç a s . E sta p r á tic a a u m e n t a a c a r g a s o b r e a c o lu n a v e r t e b r a l, m a s , u m a v e z q u e o p e s o e s tá a lin h a d o c o m o e ix o d a c o lu n a v e r t e b r a l, a s c u r v a t u r a s n ã o

>: trem

m o d ific a ç õ e s e a te n s ã o é m in im iz a d a .

O arco vertebral [Figura 6.21 ] arco vertebral (Figura 6.21) f o r m a o s l i m i t e s l a t e r a i s e p o s t e r i o r d c forame vertebral q u e , d u r a n t e a v i d a , e n v o l v e u m s e g m e n t o d a m e c - : O

e s p in a l. O a r c o v e r t e b r a l a p r e s e n ta u m “ s o a lh o ” (a s u p e r fíc ie p o s t e r :: r

Anatomia vertebral [F ig u ra 6 . 2 1 ]

d o c o r p o ), “ p a re d e s ” (o s

G e r a lm e n te , as v é r t e b r a s a p r e s e n ta m u m p la n o e s tr u tu r a l c o m u m

ra

6 21

.A n t e r i o r m e n t e , c a d a v é r t e b r a a p r e s e n t a u m

(Figu­

corpo r e l a t i v a m e n t e

e s p e ss o , d e fo r m a t o e s fé r ic o o u o v a l, a p a r t ir d o q u a l se e s te n d e p o s te r t: rm en te o

arco vertebral. V á r i o s

p r o c e s s o s , t a n to p a r a in s e r ç ã o d e m ú s -

c n l :• s q u a n t o p a r a a r t i c u l a ç ã o d e c o s t e l a s , e s t e n d e m - s e a p a r t i r d o a r c o ír t e ^ r a l.

Processos articulares p a r e a d o s

n a s s u p e r fíc ie s s u p e r io r e in fe r io r

los

pedículos) e

u m “ te to ” (a s

lâminas). O s pedicu-

d o a r c o v e r t e b r a l o r ig in a m - s e d a s r e g iõ e s p ó s te r o - la te r a is d o c o r p :

v e r t e b r a l. A s

lâminas d o

a rc o v e r te b r a l e s te n d e m -s e d o r s o m e d ia im e itti

p a r a c o m p l e t a r o “ t e t o ”, b i l a t e r a l m e n t e . D a f u s ã o e n t r e a s l â m i n a s , u m

processo espinhoso

p r o je t a - s e p o s t e r io r m e n t e a p a r t ir d a lin h a m e ­

d ia n a . E ss e p r o c e s s o p o d e s e r o b s e r v a d o e s e n tid o à p a lp a ç ã o d a d o d o rso .

Processos transversos p r o j e t a m - s e

pe:e

l a t e r a l m e n t e o u p ô s t e r .»-

162 Pedículo do arco vertebral

Processo articular superior Processos articulares

Processo transverso

Arco vertebral

Corpo vertebral

Face articular inferior Processo articular inferior

(a) Vista superior

(b) Vista látero-inferior

Processo espinhoso Processo articular superior

Seta passando através do forame vertebral

Faces articular;: superiores

Processo articular inferior

Processo articular superior

S*

Lâminas dos arcos vertebrais Pedículo do arco vertebral

Face

aracUtar vtehor

<

J f f

Forame intervertebral

1r'* \ * ■*#'* ,

*v

**

D isco----intervertebral

Forame .erteOra! rocesso espinhoso Disco intervertebral

(c) Vista inferior

Processos transversos

f 6 21 Anatomia da vértebra. A anatom a de uma vértebra típica e a disposição das ~_iações entre as vértebras, (a) Vista superior de . —■ 5 .e-ebra. (b) Vista látero-inferior de uma vértebra, c) vista 'fe rio r de uma vértebra, (d) vista posterior de r ê s ,r':e 3 ra s articuladas, (e) Vista lateral e em corte x r è s .e^ebras articuladas.

Corpo vertebral Processo articular inferior

Face articular inferior

Seta passando através do canal vertebral (e) Vista lateral

(d) Vista posterior

L ite r a lm e n te e m a m b o s o s la d o s d a r e g iã o o n d e a s lâ m in a s u n e m - s e a o s

t e r io r e s , e n q u a n t o o s p r o c e s s o s in fe r io r e s a r t ic u la m - s e a o lo n g o d e s u a

p e d ic u lo s . E ss e s p r o c e s s o s s ã o lo c a is d e in s e r ç ã o m u s c u la r e p o d e m t a m ­

s u p e r fíc ie s a n t e r io r e s . Ju n to s , o s a rc o s v e r t e b r a is e o s c o r p o s v e r t e b r a is fo r m a m o

b é m i r t i c u l a r - s e c o m a s c o s te la s .

tebral, Oi processos articulares [Figura 6.21 ] processos articulares t a m b é m s e o r i g i n a m

canal ver

u m e s p a ç o q u e c o n t é m a m e d u la e s p in a l. E n t r e t a n t o , a m e d u ’

e s p in a l n ã o fic a c o m p le ta m e n te e n v o lv id a p o r o ss o . O s c o r p o s v e r t e b r a : n a ju n ç ã o e n tr e o s p e d í-

e í s lâ m in a s . H á u m p r o c e s s o a r t ic u la r s u p e r io r e u m in fe r io r d e

processos articulares superiores p r o j e t a m - s e processos articulares inferiores p r o j e t a m - s e n o

s ã o s e p a r a d o s p o r d is c o s in te r v e r te b r a is , e e x is te m e s p a ç o s e n tre o s p e d íc u lo s d a s v é r t e b r a s a d ja c e n te s . E s te s

forames intervertebrais (Figun

: : : : .a c o d a v é rte b ra . O s

6 . 2 1 ) p e r m it e m a p a s s a g e m d o s n e r v o s e s p in a is q u e fa z e m t r a je t o a té o i

r.

a p a r t i r d a m e d u l a e s p i n a l.

k _ : : : o s u p e r io r ; o s

> < m :id o i n f e r i o r

(Figura

6 .2 1) .

Regiões da coluna vertebral [Figura 6.19a e Tabela 6.3

.Articulação vertebral [Figura 6.21 ] r r o c e s s o s a r t ic u la r e s in fe r io r e s d e u m a v é r t e b r a a r t ic u la m - s e c o m o s r r : c e s s e s a r t ic u la r e s s u p e r io r e s d a v é r t e b r a in fe r io r . C a d a p r o c e s s o a r ticd ir

? re > e n ta u m a s u p e r fíc ie lis a , d e n o m in a d a

face articular. O s

p ro ­

c e s s o s s u p e r io r e s a p r e s e n t a m fa c e s a r t ic u la r e s n a s s u a s s u p e r fíc ie s p o s ­

E m r e fe r ê n c ia à s v é r t e b r a s , le t r a s m a iú s c u la s in d ic a m a r e g iã o d a c o lu n v e r t e b r a l e o n ú m e r o r o m a n o in d ic a a v é r t e b r a e m q u e s tã o , in ic ia n d o se c o m a v é r t e b r a c e r v ic a l m a is p r ó x im a d o c r â n io . P o r e x e m p lo , C II r e f e r e - s e à t e r c e ir a v é r t e b r a c e r v ic a l, c o m C I e m c o n t a t o c o m o c r â n io

C a p ít u lo

L IV é a q u arta vértebra lom bar, com L I em contato com a últim a vér­ tebra torácica (Figura 6.19a). Esta representação será utilizada ao longo de todo o texto. Em bora cada vértebra apresente características e articulações típicas, concentre-se nas características gerais de cada região e em como as varia­ ções regionais determ inam as funções básicas de cada grupo vertebral.

TABELA 6.3

163

6 • O Sistema Esquelético: Esqueleto Axial

Vértebras cervicais [Figura 6.22 e Tabela 6.3]

As sete vértebras cervicais são as menores vértebras isoladas e moveis -ís: d a c a b e ç a e , p o r t a n t o , o s c o r p o s v e r t e b r a i s p o d e m s e r r e l a t i v a m e n t e

v é rte b ra p ro e m in e n te

p e q u e n o s e le v e s . A o l o n g o d a c o l u n a v e r t e b r a l , n o s e n t i d o i n f e r i o r , a c a r -

e d e lg a d o c u ja e x t r e m id a d e a p r e s e n ta u m a s a liê n c ia la r g a q u e p o d e s e r



d e t e c t a d a à p a l p a ç ã o d a p e le , n a b a s e d o p e s c o ç o . E s s a v é r t e b r a , m o s t r a ­

d e p e s o a u m e n ta e o s c o r p o s v e r te b r a is s ã o g r a d a tiv a m e n te m a io r e s .

( C V I I ) a p r e s e n ta u m p r o c e s s o e s p in h o s o lo n g o

r — a m a v é r t e b r a típ ic a ( C I I I - C V I ) , a s u p e r fíc ie s u p e r io r d o c o r p o

d a n a s Figuras 6.22a e 6.24a, é a i n t e r f a c e e n t r e a c u r v a t u r a c e r v i c a l e a

: : n c a v a la t e r o - la t e r a lm e n te e in c lin a - s e , s e n d o s u a m a r g e m a n t e r io r i n ­

c u r v a t u r a to r á c ic a . O s p r o c e s s o s tr a n s v e r s o s s ã o g r a n d e s , o fe r e c e n d o á re a

fe r i : r a m a r g e m p o s t e r i o r . O p r o c e s s o e s p i n h o s o é r e l a t i v a m e n t e c u r t o e

d e s u p e r f í c i e a d i c i o n a l p a r a i n s e r ç ã o m u s c u la r , e o s f o r a m e s t r a n s v e r s á ­

e s p e ss o , e m g e r a l m a is c u r to q u e o d iâ m e tr o d o fo r a m e v e r t e b r a l. C o m

r i o s p o d e m e s t a r r e d u z i d o s o u a u s e n t e s . U m g r a n d e l i g a m e n t o e l á s t ic o ,

e x c e c lc de C V I I , c a d a p r o c e s s o e s p in h o s o a p r e s e n ta e x t r e m id a d e p r o -

o

t

lig am en to nu cal,

in ic ia - s e n a v é r t e b r a p r o e m in e n te e e s te n d e -s e s u p e ­

bífido ( bi-

r io r m e n te p a r a fix a r - s e a o lo n g o d a c r is ta o c c ip ita l e x te r n a . N o s e u t r a ­

c : r t a d o e m d u a s p a r t e s ) . L a t e r a lm e n t e , h á o s t u b é r c u l o s a n t e r i o r e

je to , esse lig a m e n t o fix a - s e a o s p r o c e s s o s e s p in h o s o s d e o u t r a s v é r te b r a s .

r a b e r a n t e e m V . U m p r o c e s s o e s p i n h o s o e m V é d e s c r it o c o m o

p c s t e r i o r q u e s e f u n d e m a o p r o c e s s o t r a n s v e r s o j u n t o a o c o r p o v e r t e b r a l.

Q u a n d o a c a b e ç a e stá e re ta , esse lig a m e n t o a tu a c o m o a c o r d a d e u m a rc o ,

A e x p a n s ã o d o t u b é r c u l o a n t e r io r , c h a m a d a p o r a lg u n s d e “ p r o c e s s o c o s -

m a n t e n d o a c u r v a t u r a c e r v i c a l s e m e s f o r ç o m u s c u la r . D u r a n t e a f l e x ã o d o

t a l ' - e r r e s e n t a o v e s t íg io e v o l u t iv o d e c o s t e la s c e r v i c a is . E s s e s r e f e r i d o s tu -

p e s c o ç o , a e la s t ic id a d e d e sse lig a m e n t o c o n t r ib u i p a r a o r e t o r n o d a c a b e ç a

r - e r c u lt s e o p r o c e s s o t r a n s v e r s o d e l i m i t a m o s p r o n u n c i a d o s e c i r c u l a r e s

à s u a p o s iç ã o e re ta o r ig in a l.

foram es tran sv ersário s.

E stas p a ssag e n s p ro te g e m as

'da vertebrais, im p o r t a n t e s v a s o s

artérias vertebrais e

s a n g ü í n e o s q u e s u p r e m o e n c é fa lo .

E s t a d e s c r iç ã o s e r ia a d e q u a d a p a r a i d e n t i f i c a r t o d a s a s v é r t e b r a s c e r -

A c a b e ç a a p r e s e n ta d im e n s õ e s r e la tiv a m e n te g r a n d e s e se a p ó ia s o b re a s v é r t e b r a s c e r v ic a is , e m u m a im a g e m c o m p a r á v e l a u m p o te r e d o n d o a p o i a d o 'n a p o n t a d e u m d e d o . E s t a d i s p o s i ç ã o p e r m i t e q u e p e q u e n o s

e x c e to a s d u a s p r im e ir a s . Q u a n d o as v é r t e b r a s c e r v ic a is C I I I - C V I I

m ú s c u lo s p r o d u z a m e fe ito s s ig n ific a t iv o s n a c a b e ç a m a n t e n d o s e u e q u i­

ü a r t i c u l a m , s e u s c o r p o s v e r t e b r a i s e n c a i x a d o s p e r m i t e m u m g r a u d e fle -

líb r io p a r a u m la d o o u o u tro . E n tre ta n to , se o c o r p o m o d ific a a s u a p o s i­

n b i li d a d e r e l a t i v a m e n t e m a i o r d o q u e o d e o u t r a s r e g iõ e s . A s d u a s p r i -

ç ã o r e p e n tin a m e n te , c o m o e m u m a q u e d a o u d u r a n t e g r a n d e a c e le r a ç ã o

. '

—te i r a s v é r t e b r a s c e r v i c a is s ã o d i f e r e n t e s e a s é t im a é m o d i f i c a d a . A T a b e la

( d e c o la g e m d e u m ja t o ) o u d e s a c e le r a ç ã o ( b a tid a d e c a r r o ) , a a ç ã o d o s

-

m ú s c u l o s r e s p o n s á v e is p o r e s te e q u i l í b r i o n ã o é s u f i c i e n t e p a r a e s t a b i l i z a r

5 r e s u m e a s c a r a c t e r í s t ic a s d a s v é r t e b r a s c e r v ic a is .

a p o s iç ã o d a c a b e ç a . P o d e o c o r r e r d e s lo c a m e n to p a r c ia l o u c o m p le to d a s

0 atlas iC I) [F igura 6.23a,b]

A r t ic u la n d o - s e c o m o s c ô n d ilo s o c c ip i-

- i - d o c r â n io p o r m e io d a fa c e a r t ic u la r s u p e r io r , o 1 cabeça

atla s

( C I) su ste n ta

Figura 6.23a,b). E s t a v é r t e b r a l e v a o n o m e d e A t l a s , o p e r s o n a -

c e m d a m i t o l o g i a g r e g a q u e s u s t e n t a v a o m u n d o n a s c o s t a s . A a r t i c u la ç ã o

v é r t e b r a s c e r v i c a i s , c o m g r a v e s le s õ e s d e m ú s c u l o s , l i g a m e n t o s e i n c l u ­ s i v e d a m e d u l a e s p i n a l. A e x p r e s s ã o

“lesão em ch ico te”

é u t iliz a d a p a r a

d e s c r e v e r este tip o d e im p a c to , u m a v e z q u e o m o v im e n to d a c a b e ç a é s e m e l h a n t e a o d e u m c h ic o t e .

e n tre o s c ô n d ilo s o c c ip it a is e o a tla s p e r m it e o m o v im e n t o d e fle x ã o e e x t e n s ã o d a c a b e ç a , m a s e v it a o s m o v im e n t o s d e ro ta ç ã o . O a tla s p o d e

Vértebras torácicas [Figura 6.24 e Tabela 6.3]

s e r d i f e r e n c i a d o d e o u t r a s v é r t e b r a s p e la s s e g u in t e s c a r a c t e r ís t ic a s : ( 1 ) a u -

H á 12

arcos v e rte b ra is a n te r io r e p o ste rio r, s e m i c i r c u l a r e s , c o n t e n d o r e s p e c t i v a m e n t e u m tu b é rc u lo a n te rio r e u m tu b érculo p o sterio r, ( 3 ) p r e s e n ç a d e faces artic u la re s su p erio res, o v a i s , e : e faces a rtic u la re s in ferio res, c i r c u l a r e s , e ( 4 ) o m a i o r f o r a m e v e r ­

a p re s e n ta u m c o r p o e m fo r m a to d e c o ra ç ã o e m a io r e m c o m p a ra ç ã o c o m

m e n te . O s p r o c e s s o s e s p in h o s o s d e T X , T X I e T X I I , d e m o d o c r e sc e n ­

t e b r a l. e m c o m p a r a ç ã o c o m q u a lq u e r o u t r a v é r t e b r a . E s ta s m o d ific a ç õ e s

t e , a s s e m e l h a m - s e à q u e le s d a r e g i ã o l o m b a r , c o n f o r m e a a p r o x i m a ç ã o d a

s e r .c ta d e c o r p o , ( 2 ) p r e s e n ç a d e

v é rte b ra s to rácicas.

U m a v é r t e b r a t o r á c i c a t í p i c a (Figura 6.24

u m a v é r t e b r a c e r v i c a l. O s f o r a m e s v e r t e b r a i s s ã o r e l a t i v a m e n t e m e n o r e s , e o s p r o c e s s o s e s p i n h o s o s l o n g o s e d e lg a d o s e s t e n d e m - s e p ó s t e r o - i n f e r i o r -

: f e r e c e m m a i o r e s p a ç o l i v r e p a r a a m e d u l a e s p i n a l, o q u e e v i t a d a n o s à

t r a n s i ç ã o e n t r e e s t a s d u a s r e g i õ e s . D e v i d o a o p e s o s u s t e n t a d o p e la s c u r ­

m e d u la d u r a n te o a m p lo e s p e c tr o d e m o v im e n t o s p o s s ív e is n e s ta r e g iã o

v a t u r a s t o r á c i c a e l o m b a r , é d i f í c i l a e s t a b i l i z a ç ã o n a t r a n s i ç ã o e n t r e e s ta ?

d a c o l u n a v e r t e b r a l.

c u r v a t u r a s . C o m o r e s u lta d o , fr a t u r a s o u d e s lo c a m e n to s p o r c o m p r e s s ã o ,

O a t la s a r t i c u l a - s e c o m a s e g u n d a v é r t e b r a c e r v i c a l, o .

..

áxis. E s t a

a r ti-

p e r m ite a r o ta ç ã o d a c a b e ç a .

a p ó s u m a q u e d a , p o r e x e m p lo , f r e q ü e n t e m e n t e e n v o l v e m a s ú l t i m a s v é r ­ te b ra s to r á c ic a s e as p r im e ir a s d u a s v é r te b r a s lo m b a r e s . C a d a v é r t e b r a t o r á c i c a a r t i c u l a - s e c o m c o s t e la s a o l o n g o d a r e g iá

O ax ií (C II) (Figura 6.23c-f|

D u r a n te o d e s e n v o lv im e n to , o c o r p o d o

a t la s r _ n d e - s e a o c o r p o d a s e g u n d a v é r t e b r a c e r v i c a l , d e n o m i n a d a á x is

c gura 6.23c,d). E s t a f u s ã o d á o r i g e m a o d en te do á xis, o u

se



: a tla s e

ide”yodontos, d e n t e ) . P o r t a n t o , n ã o h á o á x i s . O ligamento transverso d o a t l a s

“proces­

;

su p erio res,

fóveas costais inferiores

e

p r e n d e o d e n te d o á x is à

T I X a T X I I t ê m a p e n a s u m a fó v e a , c o s t a l e m c a d a la d o .

d o a t la s e d o c r â n i o e m r e la ç ã o a o r e s t a n t e d a c o l u n a v e r t e b r a l. Is s o

r e r m i t e q u e s e v i r e a c a b e ç a d e u m l a d o p a r a o o u t r o , c o m o a o s in a l i z a r -

a p r e s e n t a m a l g u m a v a r i a ç ã o d e v é r t e b r a p a r a v é r t e b r a (Figura 6.24b,C A s v é r t e b r a s to r á c ic a s d e T I a T V I I I a p r e s e n ta m

d is c o i n t e r v e r t e b r a l e n t r e

f r v e a d o d e n t e n o a t la s , f o r m a n d o u m p i v ô ( a r t ic u l a ç ã o t r o c ó id e a ) p a r a a r ta cã

p ó s t e r o - l a t e r a l d o s e u c o r p o . A l o c a l i z a ç ã o e a e s t r u t u r a d a a r t i c u la ç ã o

Figura 6.23e,f). I m p o r t a n t e s m ú s c u lo s q u e c o n t r o l a m a p o s i ç ã o d a

a r t i c u l a n d o - s e c o m o s d o i s p a r e s d e c o s t e la s . A s v é r t e b r a s c e

A s v é r t e b r a s d e T I a T X s ã o r e l a t i v a m e n t e e s p e s s a s e n a s regiõ a d j a c e n t e s , s u a s u p e r f í c i e a r t i c u l a r é d i v i d i d a e m

s u p e rio r ;

e

in fe rio r

p e la

faces a rtic u la re s

c ris ta d a cab eça d a co stela (F ig u ra 6 .2 7 c,d ). A s

s te la s I a X a r t ic u la m - s e c o m a s fó v e a s c o s ta is d o s c o r p o s d a s v é r t e b r a s

T I a T X , e a f a c e a r t i c u l a r d o t u b é r c u l o d a c o s t e la a r t i c u l a - s e c o m a f ó v e a

rr

p a c to o u fo r te p re ss ã o , c r ia n d o u m a la s c a ó ss e a q u e p o d e le s a r g ra v e m e n t e o fíg a d o . N o in t u it o d e s e e v it a r e s te t ip o d e a c id e n t e , d u r a n t e c t r e in a m e n t o s d e r e s s u s c it a ç ã o c a r d io p u lm o n a r ( R C P ) , m u it a ê n fa s e < v o lta d a p a r a a a te n ç ã o n o p o s ic io n a m e n to a d e q u a d o d a s m ã o s d u ra n t: a r e a liz a ç ã o d o s p r o c e d im e n t o s d e m a s s a g e a m e n to p a r a e s tim u la c ã c a r d ía c a .

; : t a l d o p r o c e s s o t r a n s v e r s o d a s u a r e s p e c t iv a v é r t e b r a . A s c o s t e la s X I e X I I a r t ic u la m - s e c o m a s fó v e a s c o s ta is d o s c o r p o s d a s v é r t e b r a s T X I e 7 X I I . O s t u b é r c u lo s d e s t a s c o s t e la s n ã o a p r e s e n t a m fa c e a r t ic u la r e n ã o se a r t i c u l a m c o m o s p r o c e s s o s t r a n s v e r s o s . A d i f e r e n ç a d a o r i e n t a ç ã o e a m c u l a ç ã o d a s c o s t e la s c o m a c o l u n a v e r t e b r a l p o d e s e r o b s e r v a d a a o s e

Nota clínica

. : m p a r a r a s F ig u ra s 6.24, p á g . 1 6 6 , e 6.27 c,d. A in c lin a ç ã o , o u

c o rp o d a c o stela

â n g u lo d a co stela,

in d ic a a lo c a liz a ç ã o n a q u a l o

in ic ia s u a c u r v a t u r a e m d ir e ç ã o a o e s te rn o . A s u p e r fíc ie

i n t e r n a d a c o s te la é c ô n c a v a , e o p r o e m in e n t e

su lco d a c o stela

a o lo n g o

i a s u a m a r g e m in fe r io r m a r c a o t r a je t o d e n e r v o s e v a s o s s a n g ü ín e o s . A : _ r e r fíc ie e x t e r n a é c o n v e x a e p e r m it e in s e r ç ã o d e m ú s c u lo s d o c ín g u lo ::

m e m b ro s u p e r io r e d o tro n c o . O s

músculos intercostais q u e

m o v im e n -

a s c o s t e la s e s t ã o i n s e r i d o s n a s m a r g e n s s u p e r i o r e i n f e r i o r . C o m s u a c o m p le x a m u s c u la tu r a , a r tic u la ç õ e s d u p la s c o m a s v é r t e b r a s e c o n e x õ e s f l e x í v e i s c o m o e s t e r n o , a s c o s t e la s s ã o b a s t a n t e m ó v e i s . O b s e r e c m o d o c o m o a s c o s t e la s d e s c r e v e m u m a c u r v a t u r a q u e s e d i s t a n c i a d a c o l u n a v e r t e b r a l e i n c l i n a - s e i n f e r i o r m e n t e . F u n c i o n a l m e n t e , u m a c o s t e la típ ic a a g e c o m o se fo s s e a a lç a d e u m b a ld e , lig e ir a m e n t e in c lin a d a p a r a : arxo e m r e la ç ã o a o p la n o t r a n s v e r s a l. O s e u a b a ix a m e n t o c a u s a u m a f o r ­ ja n o s e n tid o in t e r n o ; a e le v a ç ã o o c a s io n a u m a m o v im e n t a ç ã o n o s e n t i­ d o e x t e r n o . O a b a i x a m e n t o d a s c o s t e la s m o v i m e n t a o e s t e r n o n o s e n t i d o p : s t e r io r ; p a r a d e n t r o ) , e n q u a n t o s u a e le v a ç ã o o m o v im e n t a n o s e n t i­ d o a n t e r i o r ( p a r a f o r a ) . C o m o r e s u l t a d o , o m o v i m e n t o d a s c o s t e la s a f e t a

Caixa torácica e procedim entos cirúrgicos

Cirurgias c a rc a cas, pulm onares ou em outros órgãos do tóra x g eralm ente envolvem : ace sso à cavidade torácica. A m obilida de das c o ste la s e su as ligações cartilagíneas ao e sterno perm item que sejam tem porariam e n te m a r: das em afastam ento. A fasta dores c o sta is e sp eciais são utilizados, a t r -do e sp aço entre as costelas, em um funciona m e nto que pode se r c o r parado m eta forica m e n te à ação de um m acaco m ecân ico que ergue : carro do chão para e fetuar a troca de um pneu. Quando um ace sso ma s am plo se faz necessário, as cartilagens co sta is podem se r seccionadas e tod o o esterno pode se r se ccio n a d o e afastado. Um a v e z reposicionadas, as cartilagens voltam a unir-se por te cid o cica tricial, e as costelas são reparadas de m odo relativam ente rápido. A p ó s cirurgia torácica, d re n o s devem penetrar a cavidade to ra : ca para perm itir o e sco a m e n to de líquido acum ulado. Para c o lo ca r u~ dreno ou o b te r am o stras de líquido pleural, é n e ce ssário atravessar a parede do tórax. Este processo, den o m in ad o to ra c o c e n te s e , envc .e a punção da parede to rá cica ao longo da m argem su pe rio r de um a cas costelas. Incisões n estes locais evitam danos a vasos e nervos que *a zem trajeto ao longo do su lco da costela.

t a n t : a la r g u r a q u a n t o a p r o fu n d id a d e d a c a ix a to r á c ic a , a u m e n t a n d o o u d im in u in d o o v o lu m e d a c a v id a d e .

0 esterno 1

e stern o

E REVISÃO DOS CONCEITOS

[Figura 6.27a]

a d u l t o é u m o s s o p l a n o q u e s e f o r m a n a l i n h a m e d ia n a d a p a r e d e

t c r a ; c a a n t e r i o r (F ig u ra 6.27a). O e s t e r n o a p r e s e n t a t r ê s c o m p o n e n t e s :

■ O m a n ú b r io

claiicula

d o e s te r n o , la r g o e tr ia n g u la r , a r t ic u la - s e c o m

d o e s q u e le to a p e n d ic u la r e c o m

1. José sofreu um trincam ento na base do dente do áxis. Que vértebra *: _ turada e onde está localizada?

a

a s c a r t ila g e n s c o s ta is

d o p r im e ir o p a r d e c o s te la s * . O m a n ú b r io é a p a r te m a is la r g a

• N de R..T. As cartilagens costais do segundo p a r de costelas se articulam com o m anúbrio e : rpo. íimto ao ângulo do esterno. Este é u m referencial anatôm ico im portante em clínica.

2. Procedim entos de RCP (ressuscitação cardiopulm onar) realizados inao quadam ente podem resultar na fratura de qual osso? 3. Quais são as cinco regiões da coluna vertebral? 4. Liste as curvaturas da coluna vertebral da região superior para a in * e ': ' Veja a seção de Respostas na parte final do s * u

C a p ít u l o

6 • O Sistema Esquelético: Esqueleto Axial

TERMOS CLÍNICOS Cifose:

Escoliose:

E x a g e r o d a c u r v a t u r a to r á c ic a d a c o lu n a

v e rte b ra l q u e p r o d u z a a p a r ê n c ia d e c o rc u n d a .

C ranioestenose:

F e c h a m e n to p re m a tu ro d e u m a

Lordose:

C u r v a t u r a la t e r a l a n o r m a l d a c o lu n a

E x a g e r o d a c u r v a t u r a l o m b a r d a n e .: a

v e r t e b r a l, p a r a a d ir e ita o u e s q u e rd a .

a p a r ê n c i a d e r e g iã o g lú t e a “ a v a n t a ja d a ”.

E sp in h a b ífida:

M icrocefalia:

A lt e r a ç ã o r e s u lt a n t e d e fa lh a n a

R ed u ção das p ro p o rçõ e s d a cabeca

o u m a is s u tu r a s q u e p o d e le v a r a d is to r ç õ e s n a

u n iã o d a s lâ m in a s d o s a r c o s v e r t e b r a is d u r a n te o

r e s u lta n te d e a n o m a lia g e n é tic a o u d e d e s e r ■ :

c o n fo r m a ç ã o d o c r â n io .

d e s e n v o lv im e n t o ; é fr e q ü e n te m e n te a s s o c ia d a a

m en to .

a n o m a lia s d e d e s e n v o lv im e n t o d o e n c é fa lo e d a

P n eu m o tó rax :

Desvio de septo nasal:

P resen ça d e c u rv a tu ra no

- .-p to n a s a l q u e p o d e t o m a r m a i s l e n t a o u b l o -

m e d u la e s p in a l.

_ u e a r a d r e n a g e m d o s s e io s p a r a n a s a is .

H em otórax:

D reno:

Lesão “em chicote” :

U m tu b o d e d r e n a g e m in tr o d u z id o p a r a

r e r m i t i r r e m o ç ã o d e s a n g u e e líq u id o p le u r a l.

Sinusite:

S a n g r a m e n t o n a c a v id a d e p le u r a l.

-

E n t r a d a d e a r n a c a v i d a d e p i e _ ra _

I n fla m a ç ã o e c o n g e s tã o d o s s e io s p a : ; -

n a s a is .

L e s ã o r e s u lta n te d e m o d i­

T oraco cen tese:

fic a ç ã o r e p e n tin a d a p o s iç ã o d o c o r p o , p o d e n d o

D r e n a g e m d e líq u id o s d o in te ­

r io r d a c a v id a d e to r á c ic a a o lo n g o d a m a r g e —

d a n ific a r a s v é r t e b r a s c e r v ic a is .

s u p e r i o r d e u m a d a s c o s t e la s .

RESUMO PARA ESTUDO Introdução 1.

a p re s e n ta fo r a m e s p a r a a p a s s a g e m d o s n e rv o s o lfa tó rio s . A lâ m in a p er­

134

p e n d ic u la r f o r m a p a r t e d o

O s is te m a e s q u e lé t ic o c o n s is t e n o e s q u e le t o a x ia l e n o e s q u e le t o a p e n d i-

esqueleto axial p o d e s e r s u b d i v i d i d o e m crân io e ossos associa­ dos (ossículos da audição e h ió id e), co lu n a v erte b ral e caixa torácica,

10 .

c u la r . O

c o m p o s t a p e la s c o s t e la s e p e lo e s t e r n o .

n io

(ver Figura 6.1)

é f o r m a d a p e lo o s s o f r o n t a l, p e lo e t m ó i d e e p e la s

n ó íd e . A

fossa m édia do crânio é f o r m a d a p e lo s o s s o s e s f e n ó i d e , t o n p c r a l fossa p o sterio r do crânio é f o r m a d a p r i n c i p a l m e n t e p e l : : - >:

o c c ip it a l, c o m c o n t r i b u i ç õ e s d o s o s s o s t e m p o r a l e p a r ie t a l.

Ossos da face 1.

O

c rân io

é c o m p o s t o p e lo

135

neurocrânio e

p e lo

11.

viscerocrânio ( o s s o s

o s s i s t e m a s d i g e s t ó r i o e r e s p i r a t ó r i o . O it o o s s o s f o r m a m o

cavidade do crânio, u m a p a r t e ossos da face p r o t e g e m e l i m i t a m a s

q u e c o n té m a po. O s

r e s p i r a t ó r i o e d ig e s t ó r i o .

2.

12 .

13 .

e n t r a d a s p a r a o s s is te m a s

lam bdóidea, sagital, coronal, escam osa

e

fro n to n asal.

As

su tu ra s

a r tic u la ç õ e s fib r o s a s s e m m o b ilid a d e q u e u n e m o s o s s o s d o c r â n io ,

As

m axilas

Os

14 .

ver Fig: --

são p e q u e n o s o sso s em fo rm a to d e L q u e c o r

(ver Figuras 6.3e/6.13)

O par de

ossos n asais

a r t ic u la - s e c o m o o s s o fr o n ta l n a lin h a m e d ia n a

e c o m c a r tila g e n s q u e fo r m a m a s m a r g e n s s u p e r io r e s d a s

são

asas do n a riz

(ver Figuras 6.3c,d/6.15/6.16)

(ver 15 .

Figuras 6.3a-d e Tabelas 6.1/6.2)

d ir e ita e e s q u e r d a s ã o o s m a io r e s o s s o s d a fa c e . i

ossos p a latin o s

ó r b ita ,

as su tu ra s

ver L z r - ' j

a p o r ç ã o p o s t e r io r d o p a la to d u r o e c o n t r ib u e m p a r a fo r m a r o s o a l h : d a

(ver Figuras 6.2-6.15 e Tabelas 6.1/6.2)

R e fe r e n c ia is a n a t ô m ic o s p r o e m in e n te s n o c r â n io in c lu e m

148

P a r a a r tic u la ç õ e s d e o s s o s d a fa c e c o m o u t r o s o s s o s c r a n ia n o s ,

6.3d/6.12)

n eu ro crân io ,

d a c a v id a d e d o r s a l d o c o r ­

(ver Figura -

6.2 .

da

fa c e ). O s o s s o s d o c r â n io p r o te g e m o e n c é fa lo e lim it a m a s e n t r a d a s p a r a

; _-í fossa anterior do crsasas m enores d c e s f i -

e p a r ie t a l. A

(ver Figura 6.1)

O crânio e ossos associados

septo nasal, (ver Figuras 6.3d/6.4/6.5/6. l

sã o a s d e p r e s sõ e s c u r v a s n a b a s e in te r n a d o c rá n

a c o m p a n h a m i n t i m a m e n t e o f o r m a t o d o e n c é fa lo . A

2. O esqueleto ap en d icu lar i n c l u i o cíngulo do m em b ro su p e rio r e o c ín ­ gulo do m em b ro in fe rio r q u e s u s t e n t a m e a n e x a m o s o s s o s d o s m e m ­ b r o s s u p e r io r e s e in fe r io r e s a o tr o n c o ,

Fossas do crânio

As

conchas nasais in ferio res

s it u a m - s e la t e r a lm e n te a o

septo nasal

a_~

c u l a d a s n a s p a r e d e s l a t e r a i s d a c a v i d a d e n a s a l. A s c o n c h a s n a s a i s a u m e n ­

Ossos do crânio

t a m a á r e a d e s u p e r fíc ie e p ite lia l e c r ia m t u r b u lê n c ia n o a r i n s p i r a d :

14 2

3.

P a r a a r t ic u la ç õ e s d e o s s o s d o n e u r o c r â n io c o m o u t r o s o s s o s c r a n ia n o s ,

4.

osso occipital f o r m a p a r t e d a b a s e d o c r â n i o . E l e a p r e s e n t a o fo ra ­ m e m agno e f o r m a p a r t e d o l im i t e d o foram e ju g u lar. (ver Figuras 6.3a-

ver Tabela 6.2.

a s m e s m a s fu n ç õ e s ,

O

O

processo te m p o ra l do osso zigom ático a r t i c u l a - s e c o m o processo zi­ g om ático d o osso te m p o ra l p a r a f o r m a r o arco zigom ático. ver F

17 .

Os

O

osso p a rietal

fo r m a p a r te d a s s u p e r fíc ie s s u p e r io r e la te r a l d o c r â n io .

osso fro n ta l

f o r m a a fr o n te ( “ te sta ” ) e o te to d a s ó r b ita s ,

m a r a r e p le t a d e l í q u i d o n a o r e l h a i n t e r n a ,

esfenóide

(ver Figuras 6.3c-e/6.8/18.10) N ervos ó p tico s p a s s a m a t i n g i r o e n c é f a l o . Processos

canal óptico, n o e s f e n ó i d e , p a r a p terigóides f o r m a m lâm inas q u e s e r v e m p a r a a tra v é s d o

m o v im e n t a m a m a n d íb u la e o p a la to m o le . O

etm óide

in s e r ç ã o d e m ú s c u lo s q u e

O

v ô m er

■■■er1- .

a : -

f o r m a a p o r ç ã o i n f e r i o r d o s e p t o n a s a l. E s t á a p o i a d o n o s o a l b :

p a la t in o s a o lo n g o d a lin h a m e d ia n a , 19 .

A

m a n d íb u la

(ver Figuras 6.3c,d/6.14)

Os complexos orbital e nasal 20.

o s > :~

(ver Figuras 6.3c,d/6.5/6.16

a r t ic u la - s e c o m o o s s o t e m p o r a l c o n s t it u in d o a a r t í c u l o : ! :

t e m p o r o m a n d ib u la r (A T M ) ,

S e te o ss o s fo r m a m c a d a

ó rb ita ,

1 51 u m r e c e s s o ó s s e o q u e c o n t é m o o lh o

f r o n t a l, la c r im a l, p a la t in o , z ig o m á t ic o , e t m ó id e , e s fe n ó id e e m a x ila -

(ver Figuras 6.3c-e/6.4/6.9)

lâ m in a c rib rifo rm e do etm ó id e

a l á g r i m a n a c a v i d a d e n a s a l,

d a c a v id a d e n a s a l e a r t ic u la - s e ta n to c o m a s m a x ila s q u a n t o c o m o s



Figura 6.16)

é u m o s s o d e fo r m a t o ir r e g u la r q u e fo r m a p a r te d a p a r e d e

c i ó r b i t a e o t e t o d a c a v i d a d e n a s a l. A

m a x ila a d ja c e n te a e sse s u lc o , c o n c u

6.3c,d/6.16) 18 .

c o n tr ib u i p a r a fo r m a r a b a s e d o c râ n io . É u m a p o n te e n ­

t r e o s o s s o s d o n e u r o c r â n i o e o s o s s o s d a fa c e .

9.

p a r e a d o s , s ã o o s m e n o r e s o s s o s d o c r â n io e e stã c

u m sulco lacrim al q u e , c o m a d u eto la crim o n asal q u e d r e n a

(ver Figuras

O osso tem p o ral f o r m a p a r t e d o l i m i t e d o f o r a m e j u g u l a r e a p r e s e n t a o canal carótico. A e s p e s s a p a rte p e tro sa d o o s s o t e m p o r a l c o n t é m a c a v i ­ d a d e t i m p â n i c a q u e a b r i g a o s o s s í c u l o s d a a u d i ç ã o . O s ossículos d a a u d i­ ção t r a n s f e r e m a s v i b r a ç õ e s s o n o r a s d a m e m b r a n a t i m p â n i c a a u m a c â ­

O

o ssos lacrim ais,

s itu a d o s n a r e g iã o m e d ia i d e c a d a ó r b ita . C a d a o s s o la c r im a l a p r e s c z ia

6.3b-d/6.5/6.7)

S.

O

6.3c,d e 6.15)

ver Figuras 6.3b,c/6.5/6.6c) e.

(ver Figuras 6.3d/6.16)

16 .

c,e/6.6a,b) 5.

-

c o n c h a n a s a l s u p e r io r e a c o n c h a n a s a l m é d ia d o e t m ó id e d e s e m p e n h a r a

2 1.

O c o m p le x o n a s a l in c lu i o s s o s e c a r tila g e n s q u e d e lim it a m a s c a v id a ­ d e s n a s a is , d ir e ita e e s q u e r d a , e o s s e io s p a r a n a s a is . O s s e io s p a r a n a s a is

O S IS T E M A ESQUELÉTICO

tervertebrais, a t r a v é s

s ã o c a v i d a d e s r e p le t a s d e a r, q u e se c o m u n ic a m c o m a s c a v id a d e s n a s a is .

m o i d e e m a x ila s .

O osso hióide 11

1

(ver Figuras 6.5/6.16)

Regiões da coluna vertebral

15 4

5.

hióide, s u s t e n t a d o p e lo s ligam entos estilo-hióideos, é c o m p o s t o d e corpo, cornos m aiores e cornos m enores. O h ió id e s e r v e c o m o b a s e

vértebras cervicais

As

(ver Figura 6.21)

162

s ã o d ife r e n c i a d a s p e lo f o r m a t o d o c o r p o v e r t e b r a l

processo* processos espinhosos b :

p e lo t a m a n h o r e la t iv o d o f o r a m e v e r t e b r a l, p e la p r e s e n ç a d e

transversos

um

fid o s ,

r a r i a i n s e r ç ã o d e d iv e r s o s m ú s c u lo s r e l a c i o n a d o s à m o v i m e n t a ç ã o d a L ín g u a e d a la r in g e .

d o s q u a i s p a s s a m o s n e r v o s e s p in a is q u e s e d ir ig e m

o u q u e p a r t e m d a m e d u l a e s p in a l,

I - r i r .c e s s e io s p a r a n a s a is e s t ã o p r e s e n t e s n o s o s s o s fr o n t a l , e s f e n ó id e , e t-

(ver Figura 6.17)

com

foram es transversários

(ver Figuras 6.19/6.22/6.23 e Tabela 6.3)

vértebras torácicas

6. A s

e de

a p re s e n ta m c o r p o s e m fo r m a to d e c o ra ç ã o ; p r o ­

c e s s o s e s p i n h o s o s l o n g o s e d e lg a d o s ; e a r t i c u la ç õ e s c o m a s c o s t e la s ,

Crânios de bebês, crianças e adultos C o n e x õ e s fib r o s a s , o s

fontículos,

c i t a n ç a s c o n t in u e a c r e s c e r ,

A coluna vertebral

158

coluna vertebral d o

158

a d u lt o é c o m p o s t a d e 2 6 o s s o s ( 2 4

O esqueleto do tórax (caixa torácica) 1.

da coluna vertebral

4

caixa torácica

As costelas 159

2. A s

las

(ver Figura 6.27a,c)

169

costelas

ú ltim o s p a re s sã o as na

verdadeiras, o u “vértebroesternais”. A s coste falsas, o u “ vertebrocondrais” . O s d c : c h a m a d a s costelas flutuantes. A c a b e ç a d a co s te la

de I a V II são

de V III a X II são ch am ad as de

“extremidade vertebral”d e

u m a c o s t e la t í p i c a , é a p a r t e q u e s e a r t ic u i

colo, o tu bérculo da costela p r o je t a - ângulo da costela i n d i c a a lo c a liz a ç ã o n a q u a l o c o r p

c o m a c o l u n a v e r t e b r a l. A p ó s o p o s te r io r m e n te . O

161

corpo e s p e s s o d e s u s t e n t a ç ã o ; a p r e í í r . t a u m arco vertebral, f o r m a d o p o r pedículos e lâm inas, q u e li m i t a o e s p a ç o p a r a a m e d u l a e s p i n a l; a r t i c u la - s e c o m o u t r a s v é r t e b r a s n o s p ro ­ cessos articulares superior e inferior, (ver Figura 6.21) V e r t e b r a s a d ja c e n t e s s ã o s e p a r a d a s p o r discos intervertebrais. E s p a ç o s e n t r e p e d í c u l o s d o s a r c o s v e r t e b r a is a d ja c e n t e s f o r m a m o s foram es in ­

168

é c o m p o s t a p e la s v é r t e b r a s t o r á c i c a s , p e la s c o s t e la s i

d a c a i x a t o r á c ic a .

cifoses) torácica e sacral, t a m b é m d e n o m i n a d a s “cu rv atu ras de aco­ m odação”; a s c u r v a t u r a s s e c u n d á r ia s (lordoses) cervical e lom bar, t a m o e m d e n o m in a d a s “curvaturas de com pensação”. ( ver Figura 6.19)

vertebral

A

p e lo e s t e r n o . A s c o s t e la s e o e s t e r n o f o r m a m a s p a r e d e s a n t e r i o r e la t e r a :

2 . A c o lu n a v e r te b r a l a p re s e n ta q u a tr o c u r v a tu r a s : as c u r v a t u r a s p r im á r ia s

3

(ver Figuras 6.19/6.25)

sacro p r o t e g e ó r g ã o s g e n it a is , d i g e s t ó r i o s e u r i n á r i o s . A p r e s e n t a u m ; face au ricu lar p a r a a r t i c u l a ç ã o c o m o c í n g u l o d o m e m b r o i n f e r i o r . C s a c r o a r t i c u la - s e c o m o cóccix (ver Figura 6.26.)

8. O

a 6.26)

A n a t o m ia

s ã o a s m a i o r e s e m a s s u d a s , e d e m e n o r m o b i li d a

d e ; e s t ã o s u je it a s à s m a i o r e s te n s õ e s ,

(ver Figura 6.18)

d u a i s e m ó v e is , o

C u rv a tu ra s

vértebras lom bares

7. A s

p e r m ite m q u e o c r â n io d e b e b ê s e

vértebras i n d i v i ­ sacro e o cóccix). E x is t e m 7 vértebras cervicais (a p r i m e i ­ r a a r t i c u l a - s e c o m o o c c i p i t a l) , 1 2 vértebras torácicas ( q u e s e a r t i c u la m c o m a s c o s t e la s ) e 5 vértebras lombares (a q u in t a se a r t ic u la c o m o s a c r o ) . O sacro e o cóccix s ã o c o m p o s t o s d e v é r t e b r a s fu n d i d a s . ( ver Figuras 6.19 A

d a c o s t e la i n i c i a s u a c u r v a t u r a e m d i r e ç ã o a o e s t e r n o . U m p r o e m i n e n t

U m a v é r t e b r a t íp i c a a p r e s e n t a u m

s u lc o d a c o s t e la a o l o n g o d a s u a m a r g e m i n f e r i o r m a r c a o t r a je t o d e n er v o s e v a s o s s a n g ü ín e o s , O

esterno

3.

(ver Figuras 6.24/6.27)

170

esterno é c o m p o s t o de. (ver Figura 6.27a) O

p e lo

m anúbrio, p e lo corpo

e p e lo

processo xifoi

R E V I S Ã O DO C A P Í T U L O Para respostas às questões da Revisão dos Conceitos e Revisão do Capítulo, i \na a seção de Respostas na parte final do livro.

Nível 1 - Revisão de fatos e termos

12 .

Associe cada item numerado com a letra do item que melhor se relaciona. Utilize letras para as respostas nos espaços apropriados.

(c )

s e r v e c o m o fi x a ç a o a n t e r i o r p a r a a fo i c e d o c é r e b r o

(d )

t o d o s o s a n t e r io r e s

Q u a l d o s s e g u in t e s i t e n s se a p li c a à s e la tu r c a ? (a )

su ste n ta e p ro te g e a h ip ó fis e

(b )

e s tá li g a d a d ir e t a m e n t e e la t e r a lm e n t e p e lo f o r a m e e s p in h o s o

(c )

a s s im c o m o o c o r r e c o m o p r o c e s s o m a s t ó i d e e c a v id a d e s a é r e a s ,

(d )

t o d o s o s a n t e r io r e s

n ã o s e d e s e n v o lv e a n t e s d o n a s c im e n t o

Coluna A

Coluna

B

___ 1 . s u t u r a

a.

m a n d í b u la

___ 2 . f o r a m e m a g n o

b.

l im i t e e n t r e o s o s s o s d o c r â n i o

__ 3 . p r o c e s s o m a s t ó id e

c.

m a x il a

__ 4 . c a n a l ó p t ic o

d . v é r t e b r a s c e r v ic a is

(b ) n o p ro c e s s o m a s tó id e

__ 5 . c r is t a e t m o id a l

e.

o s s o o c c ip it a l

(c ) n o p r o c e s s o c lin ó id e a n t e r io r

__ 6 . p r o c e s s o c o n d il a r

f.

este rn o

(d ) n a lâ m in a c r ib r ifo r m e

__ 7 . f o r a m e t r a n s v e r s á r i o ___8 . f ó v e a c o s t a l

11.

vei

Figuras 6.19/6.24)

g- v é r t e b r a s t o r á c ic a s h. o s s o t e m p o r a l

___ 9 . m a n ú b r io

i.

__ 1 0 . a r c o d e n t a l s u p e r io r

j- e s f e n ó i d e

e t m ó id e

Q u a l is ) d o s s e g u in t e s ite n s é ( s ã o ) v e r d a d e ir o ( s ) p a r a o e t m ó id e ? a

a p r e s e n t a a c r is t a e t m o id a l

b

a p re se n ta a lâ m in a c r ib r ifo r m e

13 .

A m a n d í b u la a r t i c u la - s e c o m o o s s o t e m p o r a l ; (a ) n a fo s s a m a n d ib u la r

14 .

O o s s o h ió id e : (a )

s e r v e p a r a in s e r ç ã o d e m ú s c u lo s q u e m o v i m e n t a m a lín g u a

(b )

é p a r t e d a m a n d í b u la

(c )

e n c o n t r a - s e i n f e r i o r m e n t e à la r i n g e

(d )

a r t i c u la - s e c o m a m a x i l a

C a p ít u l o

15 .

A e s tr u tu r a v e rte b ra l q u e a p re s e n ta u m p e d íc u lo e u m a lâ m in a , e a p a r tir

6 • O Sistema Esquelético: Esqueleto Axial

2.

O b s e r v a n d o - s e a c o lu n a v e r t e b r a l, n o s e n tid o s ú p e r o - in fe r io r , n o tâ -í

d a q u a l p r o je t a - s e o p r o c e s s o e s p in h o s o , é o:

q u e o m a i o r e s p a ç o l i v r e p a r a a m e d u l a e s p i n a l é o f e r e c i d o p e la v e r : ; : :

(a )

c o rp o verteb ral

C I. Q u a l é o m o t i v o p a r a e s s e e s p a ç o a u m e n t a d o ?

(b )

p ro ce sso tra n sv e rso

(c )

p r o c e s s o a r tic u la r in fe r io r

(d )

arco v erteb ra l

3.

Q u a l é a r e la ç ã o e x is te n te e n tr e a h ip ó fis e e o o s s o e s fe n ó id e ?

4 . A s c u r v a t u r a s s e c u n d á r ia s d a c o lu n a v e r t e b r a l d e s e n v o lv e m -s e m e s e s a p ó s o n a s c im e n to . C o m o se u d e s e n v o lv im e n t o , a s v é r t e b r a - d e

16 .

17 .

A f u n ç ã o d o s f o n t í c u l o s é: (a )

p e r m it ir a c o m p r e s s ã o d o c r â n io d u r a n te o n a s c im e n to

(b )

s e r v i r c o m o c e n t r o d e o s s i f i c a ç ã o p a r a o s o s s o s d a fa c e

(c)

s e r v ir c o m o p la c a s ó ss e a s fin a is d o c r â n io

(d )

d im in u ir o p e s o d o s o s s o s d o c r â n io

O sac ro : (a)

o f e r e c e p r o t e ç ã o p a r a ó r g ã o s g e n it a is , d i g e s t ó r i o s e u r i n á r i o s

(b )

s u ste n ta a m a io r p a r te d o p e s o d a c o lu n a v e r t e b r a l

(c)

a r t ic u la - s e c o m o c ín g u lo d o m e m b r o s u p e r io r

(d )

19 .

20.

e sse d e s lo c a m e n to d e p e so ? 5.

D e s c r e v a a r e l a ç ã o e n t r e o l i g a m e n t o n u c a l e o e s q u e l e t o a x i a l e m r c ia ç â à s u s te n ta ç ã o d a p o s iç ã o e re ta d a c a b e ç a .

6.

D is c u t a o s fa to r e s q u e p o d e m c a u s a r a u m e n t o d a p r o d u ç ã o d e m u c o r e tú n ic a m u c o s a d o s s e io s p a r a n a s a is .

7.

P o r q u e a s v é r t e b r a s d e m a io r c o r p o v e r t e b r a l e s tã o lo c a liz a d a s n a r e p i lo m b a r?

é c o m p o s to p o r v é r t e b r a s q u e se e n c o n t r a m to ta lm e n te fu n d id a s n a p u b e rd ad e

18 .

lo c a m o p e s o d o t r o n c o p a r a o m e m b r o in fe r io r . Q u a l é o m o tiv e r o ­

A s p a r e d e s l a t e r a is q u e l i m i t a m o f o r a m e v e r t e b r a l s ã o f o r m a d a s : (a )

p e lo c o r p o v e r t e b r a l

(b )

p e lo p r o c e s s o e s p in h o s o

(c )

p e lo s p e d íc u lo s d o a r c o v e r t e b r a l

(d )

p e la s l â m i n a s d o a r c o v e r t e b r a l

A p a r te d o e s te rn o q u e se a r t ic u la c o m a s c la v íc u la s é o : (a )

m a n ú b r io

(b )

co rp o

(c)

p ro c e ss o x ifó id e

(d )

â n g u lo

8.

Q u a l é a r e la ç ã o e n tre o o s s o te m p o r a l e a a u d iç ã o ?

9.

Q u a l é a fu n ç ã o d o s n u m e r o s o s fo r a m e s e n c o n t r a d o s n a lâ m in a c r íb r fo r m e d o e tm ó id e ?

Nível 3 - Pensamento crítico 1.

E lis a e s tá e m s e u ú lt im o m ê s d e g e s ta ç ã o e s o fr e n d o d e d o r e s l o m : U m a v e z q u e s e u p e s o e x c e d e n te e s tá c o n c e n tr a d o n a r e g iã o a n t e m r r c o r p o , e la t e n t a i m a g i n a r a s r a z õ e s p e l a s q u a i s s e n t e e s s a s d o r e s . E \ r . que.

2.

Jé fe r s o n e n tra e m u m a b r ig a e m u m e v e n to e s p o r tiv o e s o fre f r a t u r i d n a r i z . A p ó s a r e c u p e r a ç ã o d a f r a t u r a , e le c o m e ç a a s e n t i r d o r e s d e

O s u lc o p r o e m in e n te a o lo n g o d a m a r g e m in fe r io r d a s u p e r fíc ie in te r n a

s e n s a ç ã o d e p e s o e d e s c o n fo r t o n a r e g iã o d o s s e io s m a x ila r e s . Q

d a c o s t e la :

u í

e

p r o v á v e l c a u s a d o d e s c o n fo r t o d e Jé fe r so n ?

(a)

o f e r e c e á r e a d e i n s e r ç ã o p a r a o s m ú s c u l o s i n t e r c o s t a is

(b )

é d e n o m i n a d o s u l c o d a c o s t e la

(c)

m a r c a o tr a je t o d e n e r v o s e v a s o s s a n g ü ín e o s

d o s o s d e n t e s m a x i l a r e s , m e s m o s e m a lt e r a ç ã o e s p e c í f i c a n e s t a s e > : r _ '_

(d )

a lt e r n a t i v a s ( b ) e ( c ) e s t ã o c o r r e t a s

r a s , b e m c o m o u m a s e n s a ç ã o d e p e s o n a r e g iã o d a fr o n te . Q u e r e s jr : s ü

3.

A lg u n s d o s s in to m a s d e g r ip e o u r e s fr ia d o c o m u m in c lu e m d o re s e — t :

in fe c ç ã o c a u s a e sta s s e n s a ç õ e s d e s c o n fo r t á v e is ?

Nível 2 - Revisão de conceitos

4.

D e m a n e i r a g e r a l , a s m o d e l o s p r o f i s s i o n a i s s ã o m u i t o f o t o g é n i c a í e tre q ü e n te m e n te a d m ir a d a s p o r te r e m o lh o s g r a n d e s e r e g iã o z ig o m a t i:

1.

A s c u r v a t u r a s p r i m á r i a s d a c o l u n a v e r t e b r a l: (a)

s ã o ta m b é m d e n o m in a d a s “ c u r v a t u r a s d e c o m p e n s a ç ã o ”

(b )

in c lu e m a lo r d o s e lo m b a r

(c)

d e s e n v o lv e m -s e e m a lg u n s m e s e s a p ó s o n a s c im e n to

(d )

a c o m o d a m a s v í s c e r a s t o r á c i c a s e p é lv i c a s

sa lie n t e . E s ta s c a r a c te r ís t ic a s t e r ia m u m a e x p lic a ç ã o a n a t ô m ic a , o u p o d í r ia m s e r e x p lic a d a s d e u m a o u t r a fo r m a ?

OBJETIVOS DO CAPÍTULO: 1 . dentificar os ossos do cíngulo do m em bro superior e do mem bro superior e suas principais características superficiais.

O Sistema Esquelético Esqueleto Apendicular

2. dentificar os ossos que formam o cíngulo do m em bro inferior e o m em bro inferior e suas principais características superficiais.

3 . Discutir as diferenças estruturais e funcionais entre a pelve feminina e a masculina.

4 . Explicar com o o estudo do esqueleto pode revelar inform ações im portantes sobre um indivíduo.

5 . Resum ir as diferenças esqueléticas entre hom ens e mulheres. 6 . Descrever resumidam ente com o o processo de envelhecim ento afeta o sistem a esquelético.

Introdução

175

Cíngulo do membro superior e membro superior Cíngulo do membro inferior e membro inferior Variação individual do sistema esquelético

176

186 200

C a p ít u l o

7 • O Sistema Esquelético: Esqueleto Apendicular

>e v o c ê lis t a r t o d a s a s c o is a s q u e fe z h o je , v e r á q u e s e u e s q u e le t o a p e n -

175

a p e n d ic u la r . C o m o n o C a p ít u lo 6 , a s d e s c r iç õ e s e n fa t iz a m a s c a r a c t e r :- ::

d ic u la r te m u m p a p e l im p o r t a n t e e m s u a v id a . F ic a r e m p é , c a m in h a r ,

c a s s u p e r fic ia is q u e tê m im p o r t â n c ia fu n c io n a l e s a lie n t a m a s i n t e r i .

e sc re v e r, c o m e r, v e s tir-s e , c u m p r im e n t a r e v ir a r a s p á g in a s d e u m liv r o - a

e n t r e o s is t e m a e s q u e lé t ic o e o u t r o s s is te m a s . P o r e x e m p lo , m u it a s d

es

- ca­

_ ;sta v a i l o n g e . S e u e s q u e l e t o a x i a l p r o t e g e e d á a p o i o a o s ó r g ã o s i n t e r n o s e

r a c te r ís t ic a s a n a tô m ic a s m e n c io n a d a s n e s te c a p ítu lo s ã o lo c a is d e i n s c r c i :

p a r t ic ip a d e fu n ç õ e s v it a is , c o m o a r e s p ir a ç ã o . P o r é m , s e u e s q u e le t o a p e n -

d o s m ú s c u l o s e s q u e l é t i c o s o u d e f o r a m e s p a r a n e r v o s e v a s o s s a n g ü : r e-: s

d ic u la r d á a v o c ê o c o n t r o le d e s e u m e io , m u d a s u a p o s iç ã o n o e s p a ç o e

q u e su p re m o s o sso s e o u tro s ó rg ão s d o co rp o .

r r o p o r c io n a m o b ilid a d e .

E x is t e m c o n e x õ e s a n a tô m ic a s d ir e ta s e n t r e o s s is te m a s e s q u e le t o

O esqueleto apendicular* i n c l u i

o s o s s o s d o s m e m b r o s s u p e r io r e s e

in fe r io r e s e o s e le m e n to s d e a p o io , d e n o m in a d o s

cíngulos, q u e

e

m u s c u la r . C o m o s e o b s e r v o u n o C a p í t u l o 5 , o t e c i d o c o n j u n t i v o d a fa s c c z

os con ec-

p r o fu n d a q u e c ir c u n d a o m ú s c u lo e s q u e lé t ic o g u a r d a c o n tin u id a d e c : —

E s t e c a p ít u lo d e s c r e v e o s o s s o s d o e s q u e le t o

o d e s e u te n d ã o , q u e c o n t in u a n o p e r ió s t e o e p a s s a a s e r p a r t e d a m a :r _ :

- N. de R.T. Segundo a Term inologia Anatôm ica, os m em bros superiores e inferiores apre­ sentam cíngulos e partes livres.

t a m b é m e s tã o lig a d o s fis io lo g ic a m e n t e , p o r q u e a s c o n t r a ç õ e s m u s c u la r e s

:am

a o tro n c o

(Figura 7.1).

ó s s e a e m s e u lo c a l d e in s e r ç ã o d is ta i.

SISTEMA ESQUELETICO

ESQUELETO AXIAL 80

págs.

1 1 6 - 1 1 7 M ú s c u lo s e o s > í

s ó p o d e m o c o r r e r q u a n d o a c o n c e n tr a ç ã o e x t ra c e lu la r d e c á lc io p e r m a n e c e

206

r

ESQUELETO APENDICULAR

1126

ver Figu ra 6.1)

Cíngulos do membro 4 superior

r H L

Clavícula

2

Clavici

Escápula

2

Escapi

Umerí Umero Membros finN superiores

Radio

Radio

Ossos carpais

Ulna —Osso do quac

Ossos metacarpais Falanges

Cíngulo do membro inferior

28

Ossos do quadril

Femur

Femur Membros inferiores

Patela Tíbia Tíbia

Fíbula

Fíbula

H Ossos tarsais 14 1— s

Ossos metatarsais Falanges

|28

(a) í . - a 7.1

(b)

E s q u e le to a p e n d ic u la r.

0 : grama que mostra a relação dos com ponentes do esqueleto apendicular: cíngulos do m embro superior e do m embro inferior e membros superiores e in fe r: e; 1 . sta anterior do esqueleto, salientando os com ponentes apendiculares. Os números nos quadrados indicam o número total de ossos de um tipo ou categor í - : ic u e e to adulto, (b) Vista posterior do esqueleto.

O SISTEMA ESQUELÉTICO

àe n tr

i e lim it e s r e la t iv a m e n t e e s t r e it o s . O e s q u e le t o c o n t é m a m a i o r p a r t e

;< c a l c k d c : o r p o , e e s s a s r e s e r v a s s ã o v it a is p a r a a h o m e o s t a s e d e s s e ío n .

q u e a a r t ic u la ç ã o d o o m b r o e stá e m p o s iç ã o , o s m ú s c u lo s q u e se o r ig i­ n a m n o c í n g u l o d o m e m b r o s u p e r i o r a ju d a m a m o v e r o m e m b r o s u p e r io r . A s s u p e r fíc ie s d a e s c á p u la e d a c la v íc u la sã o , p o r ta n to , e x t re m a m e n te i m ­ p o r ta n te s c o m o lo c a is d e in s e r ç ã o p r o x im a l d o s m ú s c u lo s . O s m ú s c u lo s

Cíngulo do membro superior e membro superior [Figura 7.2] a c a b r a ç o a r t i c u la - s e c o m o t r o n c o n o

cxapular. O

m a r c a s ó s s e a s , c o m o s u lc o s e f o r a m e s , i n d i c a m a p o s i ç ã o d e n e r v o s o u v a ­ s o s s a n g ü í n e o s q u e c o n t r o l a m o s m ú s c u lo s e n u t r e m m ú s c u lo s e o s s o s .

cíngulo do membro superior, o u

c ín g u l o d o m e m b r o s u p e r i o r c o n s is t e e m u m a

e m fo r m a d e S e n a la r g a e p la n a

m a i o r e s d e i x a m m a r c a s o n d e s e in s e r e m , c r i a n d o c r is t a s e m a r g e n s . O u t r a s

escápula, c o m o

m o stra a

d a v í a i l a a r t i c u la - s e c o m o m a n ú b r i o d o e s t e r n o , e e s s a é a

clavícula

Figura 7.2.

A

única c o n e x ã o

d ir e ta e r.tre o c í n g u l o d o m e m b r o s u p e r i o r e o e s q u e le t o a x ia l. O s m ú s c u lo s e s q u e le t ic o s s u s t e n t a m e p o s i c i o n a m a e s c á p u la , q u e n ã o t e m l ig a ç õ e s ó s s e s

d ir e t a s n e m c o n e x õ e s l ig a m e n t a r e s c o m a c a i x a t o r á c i c a . C a d a m e m b r o

braço, antebraço e m ã o . O e s q u e le t o d o m e m b r o s u p e úmero d o b r a ç o , n a ulna e n o rádio d o a n t e b r a ç o , n o s ossos ào carpo, ossos metacarpais e falanges d a m ã o .

? o p e r i o r c o n s is t e e m r ic r c o n s is t e n o

Clavícula [Figuras 7.317.4] clavícula (Figura 7.3) c o n e c t a

A

o c ín g u lo d o m e m b r o s u p e r io r e o e s ­

q u e le to a x ia l. A c la v íc u la r e fo r ç a o o m b r o e tr a n s fe r e p a r te d o p e s o d o m e m b r o s u p e r io r p a r a o e s q u e le t o a x ia l. C a d a c la v íc u la te m o r ig e m n a m a r g e m s ú p e r o - l a t e r a l d o m a n ú b r i o d o e s t e r n o , l a t e r a lm e n t e à i n c i s u r a ju g u la r (v e r

Figura 6.27a,

p ág. 16 9 , e

m id a d e a p r o x im a d a m e n te p ir a m id a l d o

Figura 7.4). A

esterno, a

p a r tir d a e x tre ­

c la v íc u la c u r v a - s e e m

f o r m a d e S p a r a la t e r a l e p o s te r io r , a té se a r t ic u la r c o m o a c r ô m io d a e s ­

extremidade acromial é

c á p u la . A

m a is la r g a e m a is a c h a ta d a d o q u e a

e x t r e m i d a d e e s t e r n a l. A s u p e r f í c i e s u p e r i o r l i s a d a c l a v í c u l a s i t u a - s e l o g o a b a i x o d a p e le ; a

Cíngulo do membro superior

s u p e r fíc ie in fe r io r á s p e r a d a e x t r e m id a d e a c r o m ia l é m a r c a d a p o r lin h a s e

I s m o v im e n t o s d a c la v íc u la e d a e s c á p u la p o s ic io n a m a a r tic u la ç ã o d o

t u b é r c u lo s p r o e m i n e n t e s , q u e i n d i c a m o s l o c a i s d e i n s e r ç ã o d e m ú s c u l o s e

o m b ro e p r o p o r c io n a m u m a b a se p a ra o m o v im e n to d o b ra ç o . U m a vez

lig a m e n t o s . O

tubérculo conóide e s t á s o b r e a s u p e r f í c i e i n f e r i o r d a e x t r e ­ impressão do ligamento costodavicular s i t u a - s e

m id a d e a c r o m ia l, e a

n a e x t r e m id a d e e s te r n a l. E s s e s s ã o lo c a is d e in s e r ç ã o p a r a o s lig a m e n t o s d o o m b ro . V o c ê p o d e e x p lo r a r a in te r a ç ã o d a s e s c á p u la s e c la v íc u la s . C o m o s d e ­

Clavícula

dos na

incisura jugular, l o c a li z e

a c la v íc u la e m a m b o s o s la d o s .

pág.

1 6 9 Q u a n d o v o c ê m o v e o s o m b r o s , p o d e s e n tir as c la v íc u la s m u d a r e m d e

Escápula

p o s i ç ã o . C o m o a s c l a v í c u l a s e s t ã o s u b ja c e n t e s à p e le , v o c ê p o d e r a s t r e á - la s l a t e r a lm e n t e a t é q u e s e a r t i c u l e m c o m a e s c á p u l a . O s m o v i m e n t o s d o o m ­ b r o s ã o l i m i t a d o s p e la p o s i ç ã o d a c l a v í c u l a n a co m o m o stra a

Figura 7.4, A

articulação esternoclavicular,

e s t r u t u r a d e s s a a r t i c u l a ç ã o s e r á d e s c r it a n o

C a p í t u l o 8 . A s f r a t u r a s d a p o r ç ã o m e d ia i d a c l a v í c u l a s ã o c o m u n s p o r q u e u m a q u e d a s o b r e a p a lm a d a m ã o c o m o b r a ç o e s te n d id o p r o d u z fo r ç a s c o m p r e s s i v a s q u e s ã o le v a d a s p a r a a c l a v í c u l a e s u a a r t i c u la ç ã o c o m o m a ­

Úmero

n ú b r i o d o e s t e r n o . F e l i z m e n t e , e s s a s f r a t u r a s , v i a d e r e g r a , c o n s o li d a m - s e c o m r a p id e z e s e m e n g e ss a m e n to .

Escápula [Figuras 7.417.5] O

corpo da escápula f o r m a

u m t r i â n g u l o la r g o , c o m m u i t a s m a r c a s e m s u a s

fa c e s c o s t a l e p o s t e r i o r , o q u e r e f le t e a i n s e r ç ã o d e m ú s c u lo s , t e n d õ e s e l i ­ g a m e n to s são a

Rádio

(Figura 7.5a,d). A s

tr ê s m a r g e n s d a f o r m a t r i a n g u l a r d a e s c á p u la

margem superior, a margem mediai, o u vertebral, e a margem late­

ral, o u axilar (axila). O s m ú s c u lo s

q u e p o s i c i o n a m a e s c á p u l a t ê m in s e r ç ã o

a o l o n g o d e s s a s m a r g e n s . O s â n g u lo s d a e s c á p u l a s ã o d e n o m i n a d o s

los superior, inferior e lateral.

O â n g u lo l a t e r a l, o u

f o r m a u m p r o c e s s o la r g o q u e s u s t e n t a a

ângu­

cabeça da escápula,

cavidade glenoidal, e m

fo r m a d e

fossa glenoidal. N a c a v i d a d e g l e n o i d a l , a e s c á p u l a a r t i c u la - s e c o m a e p ífis e p r o x i m a l d o úmero, o o s s o d o b r a ç o . E s s a j u n ç ã o é a articulação gle­ noumeral, o u articulação do ombro. O â n g u lo la t e r a l é s e p a r a d o d o corp: ta ç a , o u

Ossos carpais — Osso — metacarpais 0 a V)

d a e s c á p u la p o r u m

colo a r r e d o n d a d o . A fossa do corpo subescapular, r e ­

la t i v a m e n t e l is a e c ô n c a v a , f o r m a a m a i o r p a r t e d a fa c e c o s t a l d a e s c á p u la . D o is g r a n d e s p r o c e s s o s e s c a p u la r e s e s te n d e m - s e s o b r e a m a r g e m s u ­

Falanges

p e r io r d a c a v id a d e g le n o id a l, s u p e r io r m e n te à c a b e ç a d o ú m e r o . A p r o je ­ ç ã o a n t e r io r , m e n o r , é o

processo coracóide ( korakodes, c o m o

o b ic o de

u m c o r v o ) . E s s e p r o c e s s o p r o j e t a - s e p a r a a n t e r i o r e l i g e i r a m e n t e l a t e r a l,

(a) = gjrâ 7.2

(b)

Cíngulo do membro superior e membro superior.

Zêca —e~ibro superior articula-se com o tronco no esqueleto axial por meio

òo membro superior, (a) Membro superior direito, vista anterior, (b) :-s*c-'a do cíngulo do membro superior e do membro superior direitos, vista posrercr :: :

s e r v in d o c o m o lo c a l d e in s e r ç ã o d a c a b e ç a c u r ta d o

quial, u m

músculo bíceps bra­

m ú s c u lo p r o e m in e n te d o c o m p a r t im e n t o a n t e r io r d o b r a ç o . A

incisura da escápula é u m a d e p r e s s ã o m e d i a i j u n t o à b a s e d o p r o c e s s o c o r a c ó i d e . O acrômio (akron, p o n t a + omos, o m b r o ) , o p r o c e s s o p o s t e ­ r i o r e m a i o r , p r o j e t a - s e a n t e r i o r m e n t e e m â n g u lo d e 9 0 ° a p a r t i r d a e x -

C

a p ít u l o

7 • O Sistema Esquelético: Esqueleto Apendicular

MEDLAL

LATERAL

(a) Vista superior

MEDIAL

LATERAL

Figura 7.3

Clavícula.

C la v íc u la , a ú n ica c o n e x ã o d ire ta e n tre o c ín g u lo d o m e m b ro s u p e rio r e o e s ­ q u e le to ax ia l. V is ta s (a) s u p e rio r e (b) nferior da c la v ícu la direita.

(b) Vista inferior

Retração

/ Escápula

/

Protração Articulação acrom ioclavicular

(a) O ssos do cíngulo do membro superior direito, vista superior

(b) Vista superior

Elevação

t 4

Depressão

= i jr a 7.4

M obilidade do cíngulo do m em bro superior.

R e p re s e n ta çã o d ia g ra m á tic a de m o v im e n to s n o rm a is do cín g u lo d o m e m b ro superior, a) o s s o s d o cín g u lo d o m e m b ro s u p e rio r dire ito, (b) A lte ra ç õ e s da p o s iç ã o d o o m b ro d ire ito que o c o rre m d u ra n te a protração (m o v im e n to para frente) e a retração (m o v im e n to para trás), (c) A lT rra ç õ e s d a p o s iç ã o d o o m b ro d ire ito d u ra n te a elevação (m o v im e n to para cim a) e a depressão m e n to para baixo). Em ca d a caso, o b s e rv e q u e a c la v íc u la é re s p o n s á v e l pe la lim ita çã o da :u d e d e m o vim e nto , {ver Figura 8.6a,f)

(°) Vista anterior

W

178

O SISTEMA ESQUELÉTICO

Acrômio Margem superior

Processo coracóide

Incisura da escápula

/

Angulo superior

Tubérculo supraglenoidal

. ^ 00^ y j

Processo coracóide

Processo coracóide Margem superior

Espinha da escápula

Cavidade glenoidal

Fossa subescapular

Fossa supra-espinal

Tubérculo infraglenoidal

Margem lateral Margem lateral "Targem axilar)

Margem mediai

Corpo

Margem mediai (margem vertebral)

Angulo inferior Ângulo infefxr

Ângulo inferior (b) Vista lateral

(a) Face costal (anterior)

Margem superior

Ângulo superior

Acrôm io

(c) Face posterior

Tubérculo Processo supraglenoidal coracóide

Fossa supra-espinal

Margem superior

Processo coracóide

Cavidade glenoidal

da escápula

Corpo

Margem lateral inferior

(d) Vista anterior

= gura7.5

inferior

(e) Vista lateral

(f) Vista posterior

Escápula.

- escszüla. que faz parte do cíngulo do membro superior, articula-se com a clavícula e com o úmero. Vistas (a,d) anterior, (b,e) lateral e (c,f) posterior da escac--

C a p It u l o 7

espinha da escápula, e s e r v e c o m o p o n t o d e i n s e r ç ã o músculo trapézio n o d o r s o . S e v o c ê p a s s a r o s d e d o s a o



0 Sistem a Esquelético: E squeleto A p end icular

tr e m id a d e la te ra l d a

d o a n t e b r a ç o . A t r ó c le a e s te n d e -s e d a b a s e d a

fo ssa c o ro n ó id ea

p a ra a p a rte d o

na, c o r o a )

n a fa c e p o s t e r i o r

lo n g o d a fa c e s u p e r io r d a a r tic u la ç ã o d o o m b r o , s e n tir á e sse p r o c e s s o . O a c r ô m io a r t ic u la - s e c o m a c la v íc u la n a

Figura 7.4a). T a n t o

a rtic u la ç ã o a c ro m io d a v ic u la r

o a c r ô m io q u a n t o o p r o c e s s o c o r a c ó id e s ã o lo c a is d e

n a fa c e a n t e r i o r à

fossa d o o lécran o

a p ro x im a d a re to ). O

flexão t o t a l

(c o to v e lo d o b r a d o ) o u d a

cap ítu lo d o ú m ero ,

i n s e r ç ã o d e l i g a m e n t o s e t e n d õ e s a s s o c i a d o s c o m a a r t i c u la ç ã o d o o m b r o ,

O c a p í t u l o a r t i c u la - s e c o m a c a b e ç a d o Uma

A m a io r ia d a s s a liê n c ia s d a s u p e r fíc ie d a e s c á p u la r e p r e s e n ta o s lo c a is

p lo , o

tu b é rc u lo s u p ra g le n o id a l

d a c a b e ç a lo n g a d o

tu b é rc u lo in fra g le n o id a l

m a rc a a in s e rç ã o p r o x im a l d a c a b e ç a lo n g a d o

músculo tríceps braquial,

u m m ú s c u lo ig u a lm e n te p r o e m in e n t e n o c o m p a r t im e n t o p o s t e r io r d o b raço . A

e s p in h a d a esc á p u la

■;

rádio, o

o s s o la te ra l d o a n t e : : : :

r a s a , s u p e r i o r a o c a p í t u lo , a c o m o d a u m a p e q u e n a p a r

d a c a b e ç a d o r á d io q u a n d o o a n te b r a ç o se a p r o x im a d o ú m e r o

fle x i: :

c o to v e lo ) .

m a r c a a in s e r ç ã o p r o x im a l ( o r ig e m )

músculo bíceps braquial. O

fossa ra d ia l

extensão t o t a l i o : : :

r e d o n d o , fo r m a a p o r ç ã o la te ra l d o c ó r .iu

q u e s e r á d e s c r it a e m d e t a lh e s n o C a p í t u l o 8.

d e in s e r ç ã o d o s m ú s c u lo s q u e p o s ic io n a m o o m b r o e o b r a ç o . P o r e x e m ­

= g -’

7 .6 a ,d ) . E s s a s d e p r e s s õ e s a c e ita m p r o je ç õ e s d a u ln a q u a n d o o c o t o v e i :

N a fa c e p o s t e r i o r

(Figura 7.6d), o sulco d o n ervo ra d ia l

fa z t r a e :

:

l o n g o d a m a r g e m p o s t e r i o r d a t u b e r o s i d a d e p a r a o m ú s c u l o d e lt ó id e Z r d e p re s sã o m a r c a o c a m in h o d o

nervo radial, u m

n ervo g ran d e q u e c o n c :

in fo r m a ç õ e s s e n s itiv a s d o d o r s o d a m ã o e c o n tr o le m o t o r d o m ú s c u i : :*

c r u z a a fa c e p o s t e r io r d a e s c á p u la a n te s

c e p s b r a q u ia l q u e e s te n d e o c o to v e lo . O s u lc o d o n e r v o r a d ia l t e r m in a n

d e t e r m in a r n a m a r g e m m e d ia i. E s s a e s p in h a d iv id e a fa c e p o s t e r io r

m a r g e m i n f e r i o r d a t u b e r o s i d a d e p a r a o m ú s c u l o d e lt ó i d e , o n d e o n e r -

convexa do

corpo e m

d u a s r e g iõ e s . A á r e a s u p e r io r à e s p in h a c o n s titu i a

fossa s u p ra -e sp in a l (supra, a c i m a ) ; a r e g i ã o i n f e r i o r à e s p i n h a in fra -e s p in a l (infra, a b a i x o ) . A s fa c e s d a e s p i n h a d a e s c á p u l a o

músculo supra-espinal d o músculo infra-espinal, e

é a

fossa

sep aram

a c r is ta p o s te r io r

p r o e m in e n te d e ss a e s p in h a s e r v e c o m o in s e r ç ã o d o s

músculos deltóide

trapézio.

e

s e v o l t a p a r a a fa c e a n t e r i o r d o b r a ç o . N a e p í f i s e d i s t a i d o ú m e r o , a c L i i e x p a n d e - s e p a r a o s d o i s l a d o s , f o r m a n d o o s e p i c ô n d i l o s m e d ia i e _ i ': ra l e m u m tr iâ n g u lo la r g o .

p a r a a i n s e r ç ã o m u s c u la r . O s

(Figura 7.6c,d). O

ep icô n d ilo s m e d ia i

e

la te ra l

p r o ie ta m - í

nervo ulnar c r u z a

a fa c e p o s t e r i o r d o e p i c ô n d i l o m e u :

O s i m p a c t o s n a r e g i ã o m e d i a i d a a r t i c u la ç ã o d o c o t o v e l o p o d e m a t i n g i r

O s o s s o s d e c a d a m e m b r o s u p e r io r c o n s is te m e m ú m e r o , u ln a e r á d io , o s s o s c a r p a i s d o p u n h o e o s s o s m e t a c a r p a i s e f a la n g e s d a m ã o

(Figura 7.2,

n e r v o u ln a r e p r o d u z ir fo r m ig a m e n to e p a r a lis ia te m p o r á r ia d o s m i > : _ lo s m e d i a i s d o c o m p a r t i m e n t o a n t e r i o r d o a n t e b r a ç o . A s e n s a ç ã o c a u - .: : é d e “ c h o q u e ”.

pág. 17 6 ).

Ulna [Figuras 7.217.7]

Úmero [Figura 7.6] ú m e ro

p r o c e s s o s q u e s e d esen v :

p a r a o s d o is la d o s d a e p ífis e d is ta i d o ú m e r o n a a r tic u la ç ã o d o c o tc v e'

Membro superior [F ig u ra 7 .2 ]

O

Epicôndilos s ã o

p r o x i m a l m e n t e a u m a a r t i c u la ç ã o e f o r n e c e m á r e a d e s u p e r f í c i e a d i : : r ..

é o o ss o p r o x im a l d o m e m b r o s u p e r io r . A p o r ç ã o s u p e r io r e

m e d ia i d a e p ífis e p r o x im a l é lis a e r e d o n d a . E s s a é a

cab eça d o ú m e ro ,

q u e se a r t ic u la c o m a c a v id a d e g le n o id a l d a e s c á p u la . A m a r g e m la t e ­ r a l d a e p ífis e te m u m a g r a n d e p r o je ç ã o , o

Figura 7.6a,b).

tu b é rc u lo m a io r

d o ú m e ro

O t u b é r c u lo m a io r fo r m a a m a r g e m la t e r a l d o o m b r o ;

v o c ê p o d e e n c o n t r á - lo s e n t in d o u m a s a liê n c ia s it u a d a a lg u n s c e n t ím e ­ tr o s a n t e r io r e in fe r io r m e n t e à p o n t a d o a c r ô m io . O t u b é r c u lo m a io r te m t r ê s i m p r e s s õ e s l is a s e p l a n a s q u e s e r v e m c o m o i n s e r ç ã o p a r a t r ê s m ú s ­

músculo supra-espinal in s e r e - s e n a músculo infra-espinal, n o m e i o , e o músculo

c u lo s q u e s e o r i g i n a m n a e s c á p u l a . O im p r e s s ã o m a is s u p e r io r , o

redondo menor in s e r e - s e

n a m a is in fe r io r . O

tu b é rc u lo m e n o r

s itu a -s e n a

fa c e a n t e r io r e m e d ia i d a e p ífis e . O tu b é r c u lo m e n o r m a r c a o p o n t o d e in s e r ç ã o d e o u t r o m ú s c u l o e s c a p u l a r , o

subescapular. O

e o t u b é r c u lo m a io r s ã o s e p a r a d o s p e lo d ã o d a c a b e ç a lo n g a d o

músculo bíceps braquial f a z t r a j e t o

O te n ­

ju n to c o m esse

u m a c o n s tr iç ã o in fe r io r à c a b e ç a d o ú m e ro , m a r c a o

lim ite d is ta i d a c á p s u la a r t ic u la r d a a r tic u la ç ã o d o o m b r o . S it u a - s e e n t r e o s tu b é r c u lo s e a fa c e a r t ic u la r lis a d a c a b e ç a . D is ta i a o s t u b é r c u lo s m a io r e m e n o r , o e s tr e ito

colo c irú rg ic o

c o r r e s p o n d e à m e tá fis e d o o ss o e m

c r e s c i m e n t o . E s s e n o m e r e f le t e o f a t o d e a s f r a t u r a s o c o r r e r e m c o m f r e ­

co rp o ( d i á f i s e ) d o ú m e r o é tu b e ro sid a d e p a ra o m ú scu lo d eltó id e

r r a n s v e r s a l. A

fa c e a n t e r i o r , a in c isu ra tro c le a r a r t i c u l a - s e c o m a t r ó c le a d o ú m e : gura 7.7c-e). O o l é c r a n o f o r m a o l á b i o s u p e r i o r d a i n c i s u r a t r o c le a r . processo co ro n ó id e f o r m a s e u l á b i o i n f e r i o r . Q u a n d o o c o t o v e l o e s : r

ú m e r o . Q u a n d o o c o t o v e l o e s t á f l e t i d o , o p r o c e s s o c o r o n ó i d e p r : e :_ - ~

c o r o n ó id e , u m a r á d io n a

in c isu ra ra d ia l li s a (Figura 7.7d,e)

acom oda a cab eci

O c o r p o d a u ln a é m a is o u m e n o s t r ia n g u la r e m s e c ç ã o tr a n s v e r s a c o m a f a c e m e d i a i l is a n a b a s e d o t r i â n g u l o e a m a r g e m l a t e r a l n o i r : : ;

m e m b ra n a in te ró sse a d o an te b ra ç o , c o n e ru um a ire : r s u p e r f í c i e m a i o r p a r a a i n s e r ç ã o m u s c u l a r (Figura 7.7a,d). D i s t o r c e r * : o c o r p o d a u l n a e s t r e i t a - s e a n t e s d e t e r m i n a r n a cabeça d a u ln a em m a d e d i s c o , c u j a m a r g e m p o s t e r i o r s u p o r t a u m c u r t o processo estiloid (styloid, l o n g o e p o n t u d o ) . U m a c a r t i l a g e m a r t i c u l a r t r i a n g u l a r fixi->e : U m a lâ m in a fib r o s a , a

m a r g e m la t e r a l d a u ln a à m a r g e m m e d ia i d o r á d io e fo r n e c e

p r o c e s s o e s tiló id e , is o la n d o a c a b e ç a d a u ln a d o s o s s o s c a r p a is . A . : - : :

c o m o u m a d o b r a d iç a

c o m p r i m e n t o p a r a b a ix o . A t u b e r o s i d a d e p a r a o m ú s c u l o d e lt ó i d e r e c e b e

(Figura 7.7b,c).

f u n c ': r r r

G ra n d e p a rte d a e s ta b ilid a : :

ticulação umeroulnar. A o u t r a p o r ç ã o d a a r t i c u l a ç ã o d o c o t o v e l o c : n ■ : articulação umerorradial, f o r m a d a p e lo c a p í t u l o d o ú m e r o e p e d i :>r -

na

a r tic u la r d a c a b e ç a d o r á d io . E x a m in a r e m o s a e s tr u tu r a d a a r t í c u l i : !

: m ú s c u l o d e lt ó id e .

c o t o v e l o n o C a p í t u l o 8.

cô n d ilo

er

d a u n i ã o d a t r ó c le a d o ú m e r o c o m a i n c i s u r a t r o c le a r d a u l n a : es.>i e i ; -

d a d iá f i s e , o s u l c o i n t e r t u b e r c u l a r c o n t i n u a a o l o n g o d a t u b e r o s i d a d e p a r a

O

à

articulação radiulnar proximal.

fa z t r a j e t o a o l o n -

e s s e n o m e p o r c a u s a d o m ú s c u l o q u e s e in s e r e n e la . N a fa c e â n t e r o - l a t e r a l

ec

n a f o s s a c o r o n ó i d e a n a f a c e a n t e r i o r d o ú m e r o . L a t e r a lm e n t e a o p r : ce-í •

ção radiulnar distai é l a t e r a l à c a b e ç a d a u l n a (Figura 7.7f). A articulação do cotovelo é e s t á v e l e t e m d u a s p a r t e s q u e

g o d a fa c e â n t e r o - l a t e r a l d a d iá f is e , e s t e n d e n d o - s e m a i s d a m e t a d e d e s e u

: e

e x te n sã o , o o lé c r a n o p r o je t a - s e n a fo s sa d o o lé c r a n o n a fa c e p ô s t e r : : :

re d o n d a ao co rte

q ü ê n c i a n e s s e l o c a l. A p a rte p r o x im a l d o

E s s e p r o c e s s o é a p o r ç ã o s u p e r io r e p o s t e r io r d a e p ífis e p r o x im a l. E m > _

tu b é r c u lo m e n o r

sulco in te rtu b e rc u la r.

s u lc o a p a r t i r d e s u a o r i g e m n o t u b é r c u l o s u p r a g l e n o i d a l d a e s c á p u l a . O

colo a n atô m ico ,

u ln a e o rá d io s ã o o s s o s p a r a l e l o s q u e s u s t e n t a m o a n t e b r a ç o (Figur 7.2). N a p o s i ç ã o a n a t ô m i c a , a u l n a l o c a l i z a - s e m e d i a l m e n t e a o r a c : : gura 7.7a). O olécran o d a u l n a f o r m a a p o n t a d o c o t o v e l o (Figura 7 " :

A

:

d o ú m e r o d o m i n a a e p í f i s e d is t a i, i n f e r i o r , d o ú m e r o (Fi­

gura 7.6a,c). U m a c r i s t a b a i x a c r u z a o c ô n d i l o , d i v i d i n d o - o e m d u a s r e - :õ e s a r t i c u la r e s d is t i n t a s . A

tró c le a do ú m e ro

m e d ia i e m f o r m a d e c a r r e t e i q u e se a r t ic u la

(trochlea, p o l i a ) é a p o r ç ã o c o m a ulna, o o s s o m e d i a i

Rádio [Figura 7.7] O r á d i o é o o s s o la t e r a l d o a n t e b r a ç o

(Figura 7.7). A cabeça

dc : : :

fo r m a d e d is c o , a r t ic u la - s e c o m o c a p ítu lo d o ú m e r o . U m :

e-

e < ::e *

1 8 0



O S IS T E M A ESQUELÉTICO

Sulco intertubercular Tubérculo Tubérculo maior menor

ça do umero

Tubérculo menor

Tubérculo maior

C ab eça do úmero Colo anatôm ico

Tubérculo C o lo C ab eça maior anatôm ico do úmero

Co lo anatôm ico

Sulco intertubercular - C o lo cirúrgico

Sulco intertubercular

Suíco x neno -a c ia

POSTERIOR

S u lco Tubérculo intertubercular menor Tuberosidade para o músculo deltóide

(b) Epífise proximal do úmero, vista superior

Tuberosidade para o m úsculo deltóide Diáfise (corpo)

ANTERIOR Capítulo do úmero

Sulco ^teftubercular

Epicôndilo lateral

Tróclea do úmero

Fossa do olécrano

(c) Epífise distai do úmero, vista inferior F o ssa coronóidea

Fossa radial

Fossa radial Epicôndilo lateral

Epicôndilo lateral

Epicôndilo mediai

mediai Tróclea do úmero

Capítulo do úmero

Capítulo do úmero

I

C ôndilo do úmero

Tróclea do úmero I

C ôndilo do úmero (a) Face anterior

-*gura 7.6 Úmero. Ca . stas anteriores, (b) Vista superior da cabeça do úmero, (c) Vista inferior da epífise distai do úmero, (d) Vistas posteriores.

Epicôndilo mediaJ

C a p ít u l o

7 • O Sistema Esquelético: Esqueleto Apendicuiar

Tubérculo r-a c r

Cabeça do úmero Colo anatômico

Tuberosidade pars o músculo de^toor Sulco do nervo radial

Fossa do olécranc

Fossa do olécrano Epicôndilo latera

Epicôndilo mediai

Tróclea do úmero Tróclea do úmer: (d) F a c e p o sterio r

Figura 7.6

(continuação).

O SISTEMA ESQUELÉTICO

82

Olécrano

Úmero

Articulação — radiulnar proximal Cabeça do rádio

Fossa do olécrano

Colo do rádio

Epicôndilo mediai Olécrano Tróclea do úmero Cabeça do rádio

RÁDIO

U LN A

(b) Articulação do cotovelo, vista posterior

Membrana nteróssea do antebraço Úmero

Epicôndilo mediai Tróclea do úmero Capítulo do úmero Cabeça do rádio

Incisura ulnar

Cabeça da ulna Incisura ulnar

Processo estilóide da ulna

Cabeça da ulna Processo esc o d e da ulna Disco articular

Processo coronóide Incisura radial

Processo estilóide do rádio Face articular carpal

Processo estilóide do rádio Face articular carpal

(c) Articulação do cotovelo, vista anterior

(a) Vista posterior

r-ra 7.7 R ádio e ulna. : *3cio e a ulna são os ossos do antebraço, (a) Vista posterior do rádio e da ulna direitos, (b) Vista posterior da articulação do cotovelo, mostrando a união dos ossos 5~ capantes. (c) Vista anterior da articulação do cotovelo, (d) Vista anterior do rádio e da ulna. (e) Vista lateral da epífise proximal da ulna. (f) Vista anterior das epífises : 5 3 ts do rádio e da ulna, e da articulação radiulnar distai.

C a p ít u l o

7 • O Sistema Esquelético: Esqueleto Apendicular

Olécrano Incisura troclear Olécrano

Processo coronóide Incisura radial C ab eça do rádio

Incisura troclear

C a b e ça do rádioP ro cesso coronóide

C o lo d o rádio

Incisura radial

Tuberosidade da ulna

Tuberosidade da ulna

Tuberosidade do rádio

U LN A

(e) Ulna, vista lateral

RÁDIO

Mem brana interóssea do antebraço

Margem interóssea

Incisura ulnar C a b e ça da ulna

Articulação radiulnar distai C a b e ça d a ulna

Incisura ulnar Processo estilóide do rádio

Face articular carpal

(continuação).

P ro cesso estilóide da ulna

Pro cesso estilóide do rádio

(d) Vista anterior

=igura 7.7

Articulação radiulnar distai

P ro cesso estilóide da ulna

Fa ce articular carpal

(f) Epífise distai do rádio e da ulna

O SISTEMA ESQUELÉTICO

c a b e ç a d o r á d io a t é a ; _e m a r c a o lo c a l d e in s e r ç ã o d o

tu b e ro sid a d e d o rá d io

p r o e m in e n te

músculo bíceps braquial. E s s e



n i i ; cu rv a -se a o lo n g o d e s e u c o m p r im e n to , e a

epífise d ista i

q u e r o u t r o o s s o d o c a r p o n a s f i l e i r a s p r o x i m a l o u d is t a i.

é con ­

s id e r a v e lm e n te m a io r d o q u e a e p ífis e d is ta i d a u ln a . C o m o h á u m a c a r a r t ic u la r e u m d is c o a r t ic u la r s e p a r a n d o a u ln a d o c a r p o , a p e n a s i

Ossos carpais distais ■

O

e p ifi> e d i s t a i d o r á d i o p a r t i c i p a d a a r t i c u la ç ã o r a d i o c a r p a l ( d o p u n h o ) . 1

processo estilóide

n a fa c e l a t e r a l d a e p íf is e d is t a i a ju d a a e s t a b i l iz a r o

punho. A r a c e m e d ia i d a e p í f i s e d is t a i p o s s u i a

in c isu ra u ln a r do rád io ,

A ir iic u la ç ã o r a d iu ln a r p r o x im a l p e r m ite



O

d iu ln a r p r o x im a l, a in c is u r a u ln a r r o la p e la s u p e r fíc ie a r r e d o n d a d a d a



pronação.

e m f o r m a d e c u n h a , s itu a - s e m e d ia lm e n t e a o tr a -

O

c a p itato

é o m a i o r o s s o c a r p a l. L o c a li z a - s e e n t r e o t r a p e z ó i d e e

o h a m a to .



O

h a m a to

(hamatum, g a n c h o ) , e m

fo rm a d e g a n c h o , é o o sso m e ­

d i a i d a f i l e i r a d is t a i.

ez. g ir a a m ã o p a r a m e d ia i, a p a r t ir d a p o s iç ã o a n a t ô m ic a . O m o v im e n : : d e r o ta ç ã o m e d ia i é d e n o m in a d o

trap e zó id e ,

a r t i c u la ç ã o p r o x i m a l c o m o e s c a f ó i d e .

c a b e ç a d o r á d io . Q u a n d o a r o ta ç ã o m e d ia i o c o r r e n a a r tic u la ç ã o r a -

c a b e ç a d a u ln a . A r o ta ç ã o m e d ia i n a s a r t ic u la ç õ e s r a d iu ln a r e s , p o r s u a

é o o s s o la t e r a l d a f i l e i r a d i s t a i . F o r m a u m a a r t i c u l a i

p é z io ; é o m e n o r o s s o c a r p a l d is ta i. C o m o o t r a p é z io , te m u m a

que

rotação mediai o u lateral

tra p é z io

p r o x im a l c o m o e s c a fó id e .

-e m c c u l a c o m a c a b e ç a d a u l n a , f o r m a n d o a a r t i c u l a ç ã o r a d i u l n a r d i s -

i-

e m fo r m a d e e r v ilh a , lo c a liz a - s e a n t e r io r ­

m e n te a o p ir a m id a l e se e s te n d e m a is m e d ia lm e n t e d o q u e q u a l­

i e z c j r i i : c o to v e lo , t r a z e n d o o a n t e b r a ç o n a d ir e ç ã o d o b r a ç o . O c o r p o i:

p isifo rm e,

O pequeno

m ú s c u lo

O m o v im e n t o in v e r s o ,

c u e e n v o lv e r o ta ç ã o la t e r a l n a s a r t ic u la ç õ e s r a d iu ln a r e s , é c h a m a d o d e

Ossos metacarpais e falanges [Figura 7.8b,c]

suptnação.

C in c o

,



ossos m e tacarp ais

a r tic u la m -s e c o m o s o s s o s c a r p a is e su ste n ta m a

p a lm a d a m ã o (F ig u r a 7 .8 b ,c ) . O s n ú m e r o s r o m a n o s I a V s ã o u s a d o s p a ra

Ossos carpais [Figura 7.8]

i d e n t i f i c a r o s o s s o s m e t a c a r p a i s , c o m e ç a n d o c o m o o s s o l a t e r a l. C a d a o s s o

í

ossos carp ais. O s o s s o s f o r m a m d u a á f i l e i ossos c a rp a is p ro x im ais e q u a t r o o ssos c a rp a is distais.

m e t a c a r p a l p a re c e u m a m in ia t u r a d e u m o s s o lo n g o , a p r e s e n ta n d o u m a

escafóide, o semilunar, o piramidal e o d i s t a i s s ã o o trapézio, o trapezóide, o capitato

D i s t a lm e n t e , o s o s s o s m e t a c a r p a i s a r t i c u l a m - s e c o m o s o s s o s d o s d e ­

-vo é

fo r m a d o p e lo s o ito

- - c m q u atro

O s : >>os c a r p a i s p r o x i m a i s s ã o o

pisitorme. O s o s s o s c a r p a i s hamato ( F i g u r a 7 . 8 ) . O s

e :

o s s o s c a r p a is s ã o u n id o s e n tre si p o r m e io

d e a r t ic u la ç õ e s q u e p e r m it e m m o v im e n t o s d e d e s liz a m e n t o e to r ç a o li-

base p r o x i m a l l a r g a d o s, o u

falanges.

e côn cava, u m

corpo p e q u e n o

H á 1 4 f a la n g e s e m c a d a m ã o . O

e um a

cabeça d is t a i.

p o le g a r

te m d u a s fa la n ­

g e s ( f a l a n g e p r o x i m a l e f a la n g e d i s t a i ) , e c a d a u m d o s o u t r o s d e d o s te m tr ê s f a la n g e s ( p r o x i m a l , m é d ia e d i s t a i ) .

— : : í Jos. H á l i g a m e n t o s q u e c o n e c t a m o s o s s o s c a r p a i s e a j u d a m a e s t a ­ b iliz a r o p u n h o .

Ossos carpais proximais ■

escafóide

O

Nota clínica

é o o s s o c a r p a l p r o x i m a l l o c a li z a d o n a m a r g e m la t e r a l

d o p u n h o , a d ja c e n t e a o p r o c e s s o e s t i l ó i d e d o r á d io .



se m ilu n a r

O

(luna, l u a ) ,

e m f o r m a d e v ír g u la , s it u a - s e m e d ia i -

m e n te a o e s c a fó id e . C o m o o e s c a fó id e , o s e m ilu n a r a r tic u la - s e c o m o r á d io .



O

p ira m id a l

(osso triangular) é m e d ia i a o

s e m il u n a r . T e m a f o r m a

d e u m a p e q u e n a p ir â m id e . O p ir a m id a l a r t ic u la - s e c o m o d is c o

F r a t u r a s d o e s c a f ó id e o escafóide é o osso carpal que fratura com m ais freqüência, geralm ente em decorrência de queda sobre a mão superestendida. A fratura costum a ocorrer perpendicularm ente ao eixo longitudinal do osso. Com o a irrigação sangüínea para a porção proxim al do escafóide dim inui com a idade, a fratura nesse segm ento do osso em geral tem má consolidação e, via de regra, resulta em necrose do segm ento proxim al do escafóide.

a r tic u la r q u e s e p a ra a c a b e ç a d a u ln a d o c a r p o .

Ulna

Ulna

Semilunar Piramidal Pisiforme

Rádio

Semiluna.' Escafóide

Pisiforme

Capitato

Piramida

Trapézio

Hamato

Hamato

Trapezóide

(a) Região carpal direita, vista anterior (palmar) F ig u r a 7 .8

O sso s d a m ão.

Os dssos carpais, os ossos metacarpais e as falanges formam a mão. (a) Vista anterior (palmar) dos ossos da região carpal direita, (b) Vista anterior (palmar) dos osscs :5 -não direita, (c) Vista posterior (dorsal) dos ossos da mão direita.

7 • O Sistema Esquelético: Esqueleto Apendicular

C a p ít u l o

Rádio Rádio

Semilunar

Semilunar Pisiforme Escafóide Piramidal Trapézio

Hamato

Trapezóide

Capitato

Trapézio Trapezóide

O ssos m etacarpais

O ssos metacarpais

Falange proximal Falange distai

Média

Distai

(b) Mão direita; vista anterior (palmar)

Rádio Processo estjlóide da ulna Semilunar

Processo estilóide da ulna Escafóide

Semilunar

Trapézio

Pisiforme

Pisiforme Trapezóide

Piramidal

Piramidal

Hamato Capitato

Hamato O ssos metacarpais

Proximal

Média

Distai

Ftgura 7.8

(continuação).

Falange médta Falange distai

Proximal Falanges -

Falange proxjma

Falanges

1S6 /

se p a r a trá s, a m a r g e m s u p e r io r su ste n ta a

C R F\'ISÀ O D OS CON CEITO S '

p in h a ilía c a p ó s te ro -s u p e rio r.

< • ; . € = "a tu ra de clavícula afeta a mobilidade da escápula?

osso do antebraço é lateral na posição anatômica? Â Q u a é a função do olécrano? osso é a única conexão direta entre o cíngulo do m em bro superior e o esqueleto axial?

1

Veja a seção de Respostas na parte final do livro.

a rre d o n d a d a , q u e é s u p e r io r

- do

cín g u lo d o m e m b ro in f e rio r

e s p in h a ilía c a p ó ste ro -in fe rio r à in c is u ra is q u iá tic a m a io r, a t r a v é s d a q u a l

P e r t o d a m a r g e m s u p e r io r e p o s t e r io r d o a c e t á b u lo , o ílio fu n d e - s e

ísq u io ,

q u e é r e s p o n s á v e l p e lo s d o is q u in t o s p o s t e r io r e s d a fo s s a

d o a c e t á b u lo . O ís q u io é o m a is fo r t e d o s o s s o s d o q u a d r il. P o s t e r io r a o

r a is q u iá tic a m e n o r.

Cíngulo do membro inferior e membro inferior [Figura 7.9]

es­

In fe r io r m e n t e à e s p in h a , a m a r g e m p o s ­

p a s s a o n e r v o is q u iá tic o p a r a o m e m b r o in fe r io r .

a c e t á b u lo , a p r o e m in e n t e

"

u m a c r is ta q u e

t e r io r d o ílio c o n tin u a p a r a b a ix o a té a

com o

'

c ris ta ilíaca,

m a r c a a s in s e r ç õ e s d e lig a m e n t o s e m ú s c u lo s . A c r is ta ilía c a t e r m in a n a

e s p in h a is q u iá tic a

p r o je t a - s e a c im a d a

in c isu ­

O r e s ta n te d o ís q u io fo r m a u m p r o c e s s o s ó lid o q u e

s e v o lta p a r a m e d ia i e in fe r io r . U m a p r o je ç ã o á s p e r a , o

tú b e r isq u iático .

fo r m a s u a m a r g e m p ó s te r o -la te r a l. N a p o s iç ã o s e n ta d a , o p e s o d o c o r p o é s u p o r t a d o p e lo s

s u s t e n t a m e p r o te g e m a s v ís -

p é lv ic a s , in c lu s iv e o s ó r g ã o s g e n it a is in t e r n o s e o fe to e m d e s e n v o l­

tú b e re s isq u iático s.

O e s tr e ito r a m o d o ís q u io c o n tin u a

n a d ir e ç ã o d e s u a fu s ã o a n t e r io r c o m o

p ú b is.

N o p o n to d e fu s ã o , o r a m o d o ís q u io e n c o n t r a o

ra m o in f e r io r d o tu b é rc u lo p ú ­

v im e n t o n a s m u lh e r e s . O s o s s o s d o q u a d r il s ã o m a is m a c iç o s d o q u e o s

p ú b is . A n te r io r m e n te , o r a m o in fe r io r d o p ú b is c o m e ç a n o

i:

b ico ,

_ : ^ _ lo d o m e m b r o s u p e r io r e m fu n ç ã o d a s p r e s s õ e s e n v o lv id a s n a

ra m o s u p e r io r

o n d e en c o n tra o

d o p ú b is * . A s m a r g e n s a n t e r io r e

c ris ta p ú b ic a ,

su ste n ta ç ã o d o p e so e n a lo c o m o ç ã o . O s o ss o s d o s m e m b r o s in fe r io r e s

s u p e r io r d o r a m o s u p e r io r tê m u m a c r is ta á s p e r a , a

são m a is m a c iç o s d o q u e o s d o s m e m b r o s s u p e r io r e s p o r m o tiv o s s e m e -

se e s te n d e m e d ia lm e n t e a p a r t ir d o t u b é r c u lo p ú b ic o . O s r a m o s s u p e r io r

o ssos d o q u a d ril,

3 u n t e s . O c ín g u lo d o m e m b r o in fe r io r c o n s is t e e m d o is la m b e m c h a m a d o s d e

ossos coxais o u inominados. A pelve é u m a

estru tu ra

e in fe r io r d o p ú b is e o r a m o d o ís q u io c ir c u n d a m o

que

fo ra m e o b tu ra d o .

D u r a n te a v id a , esse e s p a ç o é fe c h a d o p o r u m a m e m b r a n a o b tu r a d o r a d e

; : n s t it u íd a p e lo s o s s o s d o q u a d r il d o e s q u e le t o a p e n d ic u la r e o s a c r o e o

fib r a s d e c o lá g e n o c u ja s s u p e r fíc ie s in t e r n a e e x t e r n a p r o p o r c io n a m u m a

; o c c ix d o e s q u e le t o a x ia l. O e s q u e le t o d e c a d a m e m b r o in fe r io r in c lu i o

b a s e fir m e p a r a a in s e r ç ã o d o s m ú s c u lo s o b t u r a d o r e s e x t e r n o e in te r n o . O

patela ( j o e l h o ) , a tíbia e a fíbula ( p e r n a ) e o s o s s o s d o p é í - > rarsais, ossos metatarsais e falanges) (Figura 7.9). E m t e r m o s a n a t ô ­ m i c o s , perna r e f e r e - s e s o m e n t e à p o r ç ã o d i s t a i d o m e m b r o , n ã o a t o d o o m e m b r o i n f e r i o r . U s a m o s coxa p a r a a parte superior e perna p a r a a parte mterwr.

r a m o s u p e r i o r o r i g i n a - s e n a m a r g e m a n t e r io r d o a c e t á b u lo . N o i n t e r io r

ém ur

co xa), a

d o a c e t á b u lo , o p ú b is e n t r a e m c o n t a t o c o m o ílio e o ís q u io . As

Figuras 7.10b

e

7.11a

m o s t r a m o u t r a s c a r a c te r ís t ic a s v is ív e is n a s

fa c e s m e d ia i e a n t e r io r d o o s s o d o q u a d r il d ir e ito : ■

A

fo ssa ilía c a

é a c o n c a v id a d e n a fa c e s a c r o p é lv ic a e a ju d a a a p o ia r

o s ó r g ã o s a b d o m in a is , a lé m d e p r o p o r c i o n a r u m a á r e a a d ic io n a l

Cíngulo do membro inferior [ F ig u ra 7 . 1 0 ]

p a r a a in s e r ç ã o m u s c u la r . A lin h a a r q u e a d a m a r c a a m a r g e m in fe ­ r i o r d a f o s s a ilía c a .

2 a d a o s s o d o q u a d r il d e u m c ín g u lo d o m e m b r o in fe r io r a d u lto fo r m a - s e ? ■ :: m e io d a fu s ã o d e trê s o s s o s :

ílio, ísquio e púbis (Figura

7.10). A o

n as­



c im e n to , o s tr ê s o s s o s s ã o s e p a r a d o s p o r c a r tila g e m h ia lin a . O c r e s c im e n -

A fa c e s in fis ia l d o c o r p o d o p ú b is é u m a á r e a á s p e r a q u e m a r c a o lo c a l d e a r t ic u la ç ã o c o m o p ú b is d o la d o o p o s t o . N e s s a a r t ic u la ç ã o ,

sín fise p ú b ic a ,

te e a fu s ã o d e s s e s tr ê s o s s o s e m u m ú n ic o o s s o d o q u a d r il e m g e r a l s ã o

a

te r m in a d o s a o s 2 5 a n o s d e id a d e . A a r t ic u la ç ã o e n t r e u m o s s o d o q u a d r il

in te r p ú b ic o d e c a r tila g e m fib ro s a .

e a fa c e a u r i c u la r d o s a c r o o c o r r e n a r e g iã o p o s t e r i o r e m e d ia i d o ílio , :: rm an d o a

articulação sacroilíaca. A s

do q u a d r il sã o c o n e c ta d a s p o r u m c o x im d e c a r tila g e m fib r o s a n a :

O

a c e tá b u lo



p o r ç õ e s a n t e r io r e m e d ia i d o s o s s o s

(acetabulum, x í c a r a

sínfise

culação sacroilíaca. Os l i g a m e n t o s

articulação do quadril.

d o íl i o .

ilíaca

q u e em erg em d a

e s ta b iliz a m e s s a a r tic u la ç ã o .

N a fa c e m e d ia i d o r a m o s u p e r io r d o p ú b is , e n c o n t r a - s e o

c m . O a c e t á b u lo

o b tu r a tó rio .

face

arti­

tu b e ro sid a d e

p a r e d e s d o a c e t á b u l o é a■

: : c i e m u m a fa c e c u r v a e lis a q u e d á a fo r m a d e u m a le t r a C . E s s a é a

m

face a u ric u la r

A s fa c e s a u r ic u la r e s d o ílio e d o s a c r o u n e m - s e p a r a f o r m a r a

O a c e t á b u lo l o c a liz a - s e i n f e r i o r e a n t e r i o r m e n t e a o c e n t r o d o s o s s o s d o

sem ilunar.

c o m e ç a p e r to d a s ín fis e p ú b ic a e se e s te n d e d ia ­

lin h a a rq u e a d a , q u e c o n tin u a n a d ir e ç ã o d a

d e v in a g r e ) e n c o n t r a - s e n a fa c e

■ Figura 7.10a). O e s p a ç o i n c l u í d o p e la s fossa do acetábulo, q u e t e m u m d i â m e t r o d e c e r c a d e 5

lin h a p e c tín e a

g o n a lm e n t e a tra v é s d o r a m o s u p e r io r d o p ú b is p a r a se m e s c la r à

li t e r a l d o o s s o d o q u a d r il. A c a b e ç a d o f ê m u r a r t ic u la - s e c o m e s s a fa c e cu rvad a, n a

A

o s d o is o s s o s p ú b ic o s s ã o lig a d o s p o r u m d is c o

sulco

À d is s e c a ç ã o , o s v a s o s s a n g ü ín e o s e n e r v o s o b tu r a tó -

r io s d e v e m s e r e n c o n t r a d o s n o i n t e r io r d e s s e s u lc o .

q u e s e a r t i c u l a c o m a c a b e ç a d o fê m u r . U m a c r i s t a d e o s s o f o r -

m a r g e n s la t e r a l e s u p e r i o r d o a c e t á b u lo . N ã o h á c r i s t a q u e m a r q u e a s

m a r g e n s a n t e r i o r e in f e r io r . E s s a l a c u n a é c h a m a d a d e

incisura do acetábulo.

Pelve [Figuras 7.11 a 7.13]

A Figura

7.11

m o s t r a u m a v is ta a n t e r io r e u m a p o s te r io r d a

p elve,

que

c o n s is t e e m q u a t r o o s s o s : o s d o is o s s o s d o q u a d r il, o s a c r o e o c ó c c ix , q u e

Ossos do quadril [Figuras 7.10/7.1 la ]

f o r m a m u m a n e l ó s s e o c o n s t it u íd o p e lo s o s s o s d o q u a d r il e m s u a s p a r e ­

O d i a . o ís q u io e o p ú b is e n c o n t r a m - s e n o i n t e r io r d a fo s s a d o a c e t á b u lo ,

d e s a n t e r io r e la t e r a l, e o s a c r o e o c ó c c ix , n a p a r e d e p o s t e r io r . U m a e x ­

;: — se

te n s a r e d e d e lig a m e n t o s c o n e c ta a s m a r g e n s la t e r a is d o s a c r o c o m a c r is ta

ílio ,

fo s se u m a to rta c o rta d a e m trê s p e d a ç o s. O

o m a io r d o s

: s s o s , c o n s titu i a fa tia s u p e r io r , q u e in c lu i c e r c a d e d o is q u in to s d a fo s sa

ilía c a , o t ú b e r is q u iá t ic o , a e s p in h a is q u iá t ic a e a lin h a a r q u e a d a . O u tr o s

d c a c e t á b u lo . S u p e r io r a o a c e t á b u lo , a fa c e g lú t e a , la r g a e c u r v a d a d o ílio

lig a m e n t o s c o n e c ta m o s ílio s à s v é r t e b r a s lo m b a r e s . E s s e s lig a m e n t o s a u ­

p r o p o r c io n a u m a e x t e n s a á r e a p a r a a in s e r ç ã o d e m ú s c u lo s e lig a m e n t o s

m e n t a m a e s t a b i l i d a d e d a p e lv e .

F

i_ra 7.10a ). A s lin h a s g lú teas a n te rio r, p o s te rio r

a s lo c a is d e in s e r ç ã o d o s

c :

in f e rio r

m arcam

m o v e m o fê m u r. A a sa d o

lin h a a rq u e a d a (Figura 7.10b). A m a rg e m a n te r io r . e sp in h a ilíaca â n te ro -in íe rio r, s u p e r i o r à i n c i s u r a i l í a c a i n f e r i o r , r . t i n u a a n t e r i o r m e n t e à e s p in h a ilía c a â n te ro -s u p e rio r. C u r v a n d o -

. r .

músculos glúteos q u e

e

tie ç a a c im a d a

A p e lv e p o d e s e r s u b d iv id id a e m

(verdadeira). O s

p elv e m a io r

(falsa) e p elv e m e n o r

lim ite s d e c a d a u m a e s tã o in d ic a d o s n a

Figura 7.12.

A

* N. de R.T. O púbis apresenta um corpo entre os ram os superior e inferior. A crista púbica é um espessam ento na parte anterior do corpo do púbis que term ina lateralm ente no tubér­ culo púbico.

C a p ít u l o

7 • O Sistema Esquelético: Esqueleto Apendicular

(a) Vista lateral

Figura 7.9

(b) Radiografia, projeção ântero-posterior

Cíngulo do membro inferior e membro inferior.

Cada um dos membros inferiores articula-se com o esqueleto axial por meio do cíngulo do membro inferior, (a) Membro inferior direito, vista lateral, (b) Radc-í r ; cíngulo do membro inferior e membro inferior, projeção ântero-posterior.

p e lv e m a io r c o n s is t e e m p o r ç õ e s e x p a n d id a s , n a f o r m a d e lâ m in a s , a s

s u p e r i o r d a s ín f is e p ú b ic a . A m a r g e m ó s s e a d a p e lv e m e n o r d e n o r l - a - s e

a s a s d o ílio s u p e r io r m e n t e à lin h a a r q u e a d a . A p e lv e m a io r a lo ja o s ó r ­

m a rg e m p élv ica . O e s p a ç o c i r c u n d a d o p e l a m a r g e m p é l v i c a é a a b e r tu ­ r a s u p e r io r d a pelve. A a b e r tu r a in f e rio r d a pelv e é a a b e r t u r a l i m i t a d a p e l a s m a : ; ; f e r i o r e s d a p e l v e (Figura 7.12a-c), e s p e c i f i c a m e n t e o c ó c c i x , o s tuberes

g ã o s d a p o r ç ã o in fe r io r d a c a v id a d e a b d o m in a l. A s e s t r u t u r a s in fe r io r e s à lin h a a r q u e a d a f o r m a m a p e lv e m e n o r , q u e c o m p õ e o s lim it e s d a c a v i­ d a d e p é lv ic a .

págs. 19-20

E s s a s e s t r u t u r a s p é lv ic a s in c lu e m a s p o r ­

ç õ e s in fe r io r e s d e c a d a ílio , a m b o s o s o s s o s p ú b ic o s , o s ís q u io s , o s a c r o e o c ó c c ix . E m v is t a m e d ia i

(Figura 7.12b),

o lim it e s u p e r io r d a p e lv e

is q u iá t ic o s e a m a r g e m in f e r i o r d a s ín f is e p ú b ic a . D u r a n t e a v id a . a r e ç i ã : d a a b e r t u r a in f e r i o r d a p e lv e é c h a m a d a d e

períneo. O s m ú s c u l o ?

m e n o r é u m a lin h a q u e se e s te n d e d e a m b o s o s la d o s d a b a s e d o s a c ro ,

fo r m a m o s o a lh o d a c a v id a d e p é lv ic a e s u s t e n t a m o s ó r g ã o s n e la c o n tid o s -

a o lo n g o d a s lin h a s a r q u e a d a e p e c tín e a (lin h a t e r m in a l) , p a r a a m a r g e m

E s s e s m ú s c u lo s s e r ã o d e s c r it o s n o C a p ít u lo 1 0 .

O S IS T E M A ESQUELÉTICO

Rgura 7 10

Cíngulo do membro inferior. Crista ilíaca

: : n g j o do membro inferior consiste nos dois ossos d: . Cada osso do quadril forma-se em decor­ rência da fusão de um ílio, um ísquio e um púbis, (a) . ateral. (b) Vista mediai.

Linha glútea anterior

Linha glútea posterior Espinha ilíaca póstero-superior

Espinha ilíaca ântero-superior Linha glútea inferior

Espinha ilíaca póstero-inferior

Espinha ilíaca

^ -srcr

Incisura isquiática maior

Incisura ilíaca infehor Fa ce sem ilunar

A cetábulo R am o superior do púbis C rista púbica

F o ssa do acetábulo Espinha isquiática Incisura isquiática m enor

Tubérculo púbico

Ram o inferior do púbis

Túber isquiático

Incisura d o acetábulo ANTERIOR

POSTERIOR

Ram o do ísquio

Púb is ísquio C rista ilíaca Vista lateral

Linha glútea anterior Espinha íüaca ântero-supenor

Linha glútea posterior

Unha glútea r fenor Espinha ilíaca póstero-superior

Espinha Saca àntero-cifenor

Incisura ésaca m-e rc r Espinha ilíaca póstero-inferior

Face semilunar

Incisura isquiática maior

Acetábulo Fossa do acetaouc

Espinha isquiática Ramo superior do púbis

Incisura isquiática menor

Tubérculo púbico Ramo infehor do púbis Túber isquiático

Forame obtiratío Ramo do ísquo (a) V is ta lateral

C a p ít u l o

7 • O Sistema Esquelético: Esqueleto Apendicular

Crista ilíaca

Tuberosidade ilíaca ANTERIOR

POSTERIOR

Espinha ilíaca ântero-superior

Púbis

Espinha ilíaca póstero-superior Face auricular para articulação com o sacrc

Espinha ilíaca ântero-inferior

Espinha ilíaca póstero-inferior Sulco obturatório

Incisura isquiática maior

Ramo superior do púbis

Espinha isquiática

Linha pectínea do púbis

Incisura isquiática menor

Tubérculo púbico

Túber isquiático

Face sinfisial

Ramo do ísquio Ramo inferior do púbis

Crista ilíaca

Fossa ilíaca

Tuberosidade ilíaca Espinha ilíaca ântero-superior

Espinha ilíaca póstero-superior Espinha ilíaca ântero-inferior

Face auricular para articulação com o s a c n Espinha ilíaca póstero-inferior

Sulco obturatório

Incisura isquiática maior Ram o

superior do púbis

Linha arqueada Espinha isquiática

Linha pectínea do púbis

Incisura isquiática menor

Tubérculo púbico

Forame obturaôo Túber isquiático

Face sinfisial

Ramo do ísquio Ramo inferior do p u o s

gLra 7.10

(continuação).

(b) Vista m ediai

S IS TE M A ESQUELÉTICO

S acro

Articulação sacroilíaca

ilio

Crista ilíaca

ksquio

Púb is Linha arqueada C ó c c ix

Em inência iliopúbica - O sso òo quadril

A cetábulo C ó c c ix

Púbis

Tubérculo púbico Foram e obturado

C rista púbica

F o ssa ilíaca

Sacro

Linha arqueada

Linha pectínea Ram o superior d o púbis Acetábulo Pút Osso do — □uadril

Tubérculo púb*co

C rista púbica Foram e obturaoc Sínfise púbica Ram o inferior do púbis

(a) Vista anterior

p g u r a 7 .ll -

Pelve.

.e consiste nos dois ossos do quadril, no sacro e no cóccix. (a) Vista anterior da pelve de um adulto do sexo masculino, (b) Vista posterior.

C a p ít u l o

7 • O Sistema Esquelético: Esqueleto Apendicular

191

Sacro

Forames sacrais posteriores

Espinha ilíaca póstero-superior

Crista sacral mediara

Espinha ilíaca póstero-inferior

Incisura isquiática maior

Espinha isquiática

Túber isquiático

Crista ilíaca

Espinha ilíaca póstero-superor Forames sacras posteriores Crista sacral mediana Espinha ilíaca póstero-infehor

Incisura isquiática maior

Sacro

Espinha isquiática

Cóccix

Túber isquiático (b) Vista posterior

- g jra 7.11

(continuação).

O SISTEMA ESQUELÉTICO

Pelve maior

Pelve maior Abertura superior da pelve

Abertura inferior da pelve

Linha termnaJ

Linha terminal

Abertura inferior da pelve

Abertura superior da pelve (a) Vista superior

(b) Vista mediai Espinha isquiática

(c) Vista inferior

Crista ilíaca Quinta vértebra lombar (L V) llio Sacro

Articulação sacroilíaca Abertura supenor da pelve Fossa do acetábulo C abeça do fêmur Trocanter maior Colo do fêmur

Corpo do fêmur

(d) Radiografia da pelve e da epífise proximal do fêmur, projeção ântero-posterior

Figura 7.12 Divisões da pelve. - D e ve é subdividida em pelve menor (verdadeira) e pelve maior (falsa), (a) Vista superior, mostrando a linha terminal e a abertura superior da pelve de b) /ista lateral, mostrando os limites da pelve menor (verdadeira) e da pelve maior (falsa), (c) Vista inferior, mostrando os limites da abertura infenor da pe-.e =l=diografia (projeção ântero-posterior) da pelve e dos fêmures.

C a p It u l o 7

A

Figura 7.12d

O Sistema Esquelético: Esqueleto Apendicular

m o s t r a a p e lv e e m v i s t a a n t e r i o r . A f o r m a d a p e lv e

(Figura 7.13).

fe m in in a é lig e ir a m e n te d ife r e n te d a m a s c u lin a

A lg u m a s

d e ss a s d ife r e n ç a s s ã o o re s u lta d o d a s v a r ia ç õ e s d o ta m a n h o d o c o r p o e d a m a s s a m u s c u la r . C o m o a s m u l h e r e s t ê m , c l a s s i c a m e n t e , m e n o s m a s ­ s a m u s c u l a r d o q u e o s h o m e n s , a p e lv e d a m u l h e r a d u l t a é , v i a d e r e g r a , m a is u n i f o r m e e m a i s l e v e e t e m p r o t u b e r â n c i a s m e n o r e s p a r a in s e r ç ã o d e m ú s c u lo s o u l i g a m e n t o s . O u t r a s d if e r e n ç a s s ã o a d a p t a ç õ e s p a r a a p r o c r i a ç ã o , i n c l u s i v e o s e g u in t e : ■

a b e r t u r a i n f e r i o r d a p e lv e m a i o r , d e v i d o , e m p a r t e , à m a i o r d i s t â n ­ c i a e n t r e a s e s p in h a s i s q u i á t i c a s ;



m e n o r c u r v a t u r a n o s a c r o e c ó c c ix , q u e , n o h o m e m , se a r q u e ia m

Espinha isquiática

p a r a a a b e r t u r a i n f e r i o r d a p e lv e ; ■

a b e r t u r a s u p e r i o r d a p e lv e m a i s l a r g a e m a i s c i r c u l a r ;



p a r t e i n f e r i o r d a p e lv e r e l a t i v a m e n t e la r g a ;



a s a s d o í lio c o m m a i o r p r o j e ç ã o l a t e r a l e m e n o r p r o j e ç ã o s u p e r i o r e m r e la ç ã o à b a s e d o s a c r o ; e



ângulo subpúbico m a i o r , s e n d o

o â n g u lo e n t r e o s o s s o s p ú b i c o s s u ­

(a) Homem

p e r io r a 10 0 °. E s s a s a d a p t a ç õ e s r e l a c i o n a m - s e c o m ( 1 ) a s u s t e n t a ç ã o d o p e s o d o fe t o e m d e s e n v o lv im e n t o e d o ú te r o e (2 ) a fa c ilita ç ã o d a p a s s a g e m d o b e b ê a t r a v é s d a a b e r t u r a i n f e r i o r d a p e lv e n o m o m e n t o d o p a r t o . A l é m d i s ­ so , u m h o r m ô n io p r o d u z id o d u r a n te a g e s ta ç ã o a fr o u x a a s ín fis e p ú b ic a , p e r m i t i n d o m o v i m e n t o r e l a t iv o e n t r e o s o s s o s d o q u a d r i l , o q u e p o d e a u ­ m e n t a r a i n d a m a i s o t a m a n h o d a s a b e r t u r a s s u p e r i o r e i n f e r i o r d a p e lv e e , a s s im , fa c ilita r o p a r to .

Membro inferior

[F ig u ra 7.9]

O e s q u e l e t o d o m e m b r o i n f e r i o r c o n s is t e e m f ê m u r , p a t e la ( r ó t u l a ) , t í b i a e f í b u l a , o s s o s t a r s a is d o t o r n o z e l o e o s s o s m e t a t a r s a i s e f a la n g e s d o p é

gura 7.9). A

(Fi­

Espinha isquiática

a n a to m ia fu n c io n a l d o m e m b r o in fe r io r é m u it o d ife re n te d a

d o m e m b r o s u p e r io r , p r in c ip a lm e n te p o r q u e o m e m b r o in fe r io r p r e c is a t r a n s f e r i r o p e s o d o c o r p o p a r a o s o lo .

Fêmur [Figuras 7.9/7.12a/7.14] O

fê m u r (Figura 7.14)

cabeça a r r e d o n d a d a d o f ê m u r a r t i c u l a - s e c o m (Figuras 7.9 e 7.12a). U m l i g a m e n t o e s t a b i l i z a d o r

io e l h o . P r o x i m a l m e n t e , a a p e lv e n o a c e t á b u lo

ligamento da cabeça dofêmur) l i g a - s e são, a

colo

fóvea

(b) Mulher

é o m a is c o m p r id o e m a is p e s a d o o s s o d o c o r p o .

D i s t a lm e n t e , o f ê m u r a r t i c u l a - s e c o m a t í b i a d a p e r n a n a a r t i c u l a ç ã o d o

d a c a b e ç a d o fê m u r

à c a b e ç a d o fê m u r e m u m a d e p re s ­

(Figura 7.14b).

D is ta lm e n te à c a b e ç a , o

u n e - s e a o c o r p o ( d i á f is e ) e m u m â n g u l o d e a p r o x i m a d a m e n t e 1 2 5 ° .

Figura 7.13 nina.

Diferenças anatômicas entre a pelve masculina e a ferr

As setas pretas indicam o ângulo subpúbico. Observe o ângulo subpúbtc: ~i_ to mais agudo na pelve de (a) um homem, em comparação com o de (b mulher. As setas vermelhas indicam a largura da abertura inferior da pe?ve .e Figura 7.12). A pelve feminina tem abertura inferior muito maior.

O c o r p o d o fê m u r é fo r te e m a c iç o , m a s se c u r v a a o lo n g o d e s e u c o m ­ p r im e n to

(Figura 7.14a,d,e).

E ss e a rc o la te ra l fa c ilita o a p o io d e p e so e o

e q u ilíb r io , p a s s a n d o a s e r b a s ta n te e x a c e r b a d o se o e s q u e le to e n fr a q u e c e ;

lo n g o d o c e n tr o d a fa c e p o s t e r io r d o c o r p o d o fê m u r . E s s a c r is ta m a r c a :

o a p o i o a r q u e a d o n a m a r c h a é c a r a c t e r ís t ic o d e r a q u i t i s m o , u m d i s t ú r b i o

lo c a l d e in s e r ç ã o d o s p o d e r o s o s

músculos adutores. D i s t a l m e n t e .

i iin h i

m e d ia i e la te ral, d e : :: ■ O tr o c a n te r m a io r p r o j e t a - s e p a r a l a t e r a l a p a r t i r d a j u n ç ã o d o c o l of o r m a r u m a á r e a t r i a n g u l a r p l a n a , a face p o p líte a . A l i n h a s u p r i : : r r d i l a m e d i a i t e r m i n a e m u m a p r o j e ç ã o e l e v a d a e i r r e g u l a r , o tu b é rc u lo dc a o c o r p o d o f ê m u r . O tr o c a n te r m e n o r t e m o r i g e m n a f a c e p ó s t e r o a d u to r, n o ep ic ô n d ilo m ed iai. A l i n h a s u p r a c o n d i l a r l a t e r a l t e r ~ : r. i r. m e d ia l d o fê m u r . A m b o s o s tr o c a n t e r e s d e s e n v o lv e m - s e o n d e g r a n ­ e p ic ô n d ilo la te ra l. O s cô n d ilo s m e d iai e la te ra l s u a v e m e n t e a r r c i : r_d e s t e n d õ e s i n s e r e m - s e n o f ê m u r . N a f a c e a n t e r i o r d o f ê m u r , a lin h a d a d o s s ã o d is ta is a o s e p ic ô n d ilo s . P o s t e r io r m e n t e , o s c ô n d ilo s I a r e r il : in te rtro c a n té ric a m a r c a a m a r g e m d i s t a i d a c á p s u l a a r t i c u l a r (Figura m e d i a i e s t ã o s e p a r a d o s p o r u m a f o s s a i n t e r c o n d i l a r . O s c o n d i '- : - e \ _ e ' 14a,c). E s s a l i n h a c o n t i n u a n a f a c e p o s t e r i o r , e n t r e o s t r o c a n t e r e s , a t u a n d o a fo s s a in te r c o n d ila r , c o n t in u a m in fe r io r e a n t e r io r m e n t ; n e c rista in te rtro c a n té ric a (Figura 7.14b,d). I n f e r i o r m e n t e à c r i s t a in t e r : r c a n t é r i c a , a lin h a p e c tín e a ( m e d i a i ) e a tu b e ro sid a d e g lú te a ( l a t e ­ s u a s fa c e s a r t i c u l a r e s l i s a s s e m e s c l a m , p r o d u z i n d o u m a f a c e m e ta b ó lic o d is c u tid o n o C a p ítu lo 5.

ral

m a r c a m a in s e rç ã o d o

á s p e r a d iv id e - s e n a s lin h a s s u p r a c o n d ila r e s

pág. 117

músculo pectíneo e d o músculo glúteo máximo,

r e s p e c tiv a m e n t e . U m a e le v a ç ã o p r o e m in e n t e , a

lin h a á sp e ra ,

co rre ao

c o m m a r g e n s l a t e r a i s e l e v a d a s , a f a c e p a t e la r , s o b r e a q u a l a p a t e ’ 1 c e k i z j

(Figura 7.14a,f).

O S I S T E M A ESQUELÉTICO

C a b e ça d o fêmur C o lo do fêm ur C o lo do fêmur

Fóvea da c ab eça d o fêmur

Trocanter maior

Trocanter maior ------ Linha -------------intertrocantérica Trocanter menor

Trocanter menor

Fóvea d a c a b e ça do fêmur

C o lo do fêm ur

Linha inter- Trocar*trocantérica menor

(b) Cabeça do fêmur, vista mediai

Trocanter maior

Linha intertrocantérica

C a b e ça do fêm ur

Co*c 3 fêm ur

---------------C orpo (diáfise) do fêmur

Co rp o (diáfise) do fêm ur

(c) Cabeça do fêmur, vista lateral

Face patelar

E picôndilo lateral E picôndilo lateral Face patelar C ô nd ilo lateral

Epicôndilo mediai

E picôndilo mediai C ôndilo lateral

Côndilo mediai

C ôndilo mediai (a) Face anterior

r g u r a 7 . l4

Fêm ur.

tia -e*e'èncias anatômicas na face anterior do fêmur direito, (b) Vista mediai da cabeça do fêmur, (c) Vista lateral da cabeça do fêmur, (d) Referências anatômicas ' íacs posterior do fêmur direito, (e) Vista superior do fêmur, (f) Vista inferior do fêmur direito, mostrando as faces articulares que participam da articulação do joe ' :

C a p ít u l o

Cabeça do fêm ur

C abeça d o fêm ur

C o lo do fêm ur

7 • O Sistema Esquelético: Esqueleto Apendicular

C o lo d o fêm ur

Trocanter maior

Trocanter m aior Crista intertrocantérica Crista intertrocantérica C abeça do fêm ur

C o lo do fêm ur

Trocanter menor Tuberosidade glútea

Tuberosidade glútea

— Linha pectínea

Trocanter m enor

f

C ô nd ilo lateral

Linha áspera

Tubérculo adutor C ô nd ilo mediai (e) Fêmur, vista superior

Patela

Linha su pracondilar lateral Linha supracondilar lateral

Linha su pracondilar mediai

Linha su pracondilar mediai

Face patelar F o ssa intercondilar C ô nd ilo m ediai E picôn dilo lateral

Face poplítea

Epicôn dilo lateral

C ô nd ilo lateral

(f) Fêmur, vista inferior Tubérculo d o adutor

Cô nd ilo lateral

E picôn dilo mediai

Tubérculo — do adutor

E picôn dilo lateral

Eoicôndilo mediai C ôndilo mediai

C ô n d ilo lateral

Fo ssa intercondilar

C ô nd ilo mediai (d) F a c e p o s te rio r

Figura 7.14

(continuação).

F o ssa intercondilar

Trocanter maior

196

B

y f l

Pateia Figuras 7.14a,f/7.15]

m ú scu lo sóleo (Figura 7.16d).

- p a t e la e u m g r a n d e o s s o s e s a m ó i d e q u e s e f o r m a n o i n t e r i o r d o t e n d ã o

d a p e r n a , p r in c ip a lm e n te o s m ú s c u lo s

quadrícepsfem oral, u m g r u p o d e m ú s c u l o s q u e e s t e n d e o j o e o s s o e s t e n d e o tendão do m úsculo quadríceps fem oral, p r o t e g e a

E s ta lin h a m a r c a a in s e r ç ã o d e m ú s c u lc

poplíteo

e

sóleo.

: : m u s c u lo ■:

E s se

face i n t e r i o r d a a r t i c u l a ç ã o d o m Lüculo q u a d r í c e p s f e m o r a l . A

jo e lh o e a u m e n ta a fo r ç a d e c o n tr a ç ã o d o p a t e la d e f o r m a t o t r i a n g u l a r t e m u m a fa c e

ça

i n t e r i o r c o n v e x a e á s p e r a (Figura 7.15a). T e m 'T e n o r m a i s o u m e n o s

Fíbula [Figura 7.16] A fin a

p o n tu d o .

base

s u p e r io r la r g a e á p ic e

A fa c e a n t e r io r e a b a s e g a r a n te m a in ­

serção do t e n d ã o d o m ú s c u l o q u a d r í c e p s f e m o r a l , estende-se a p a r t i r d o á p ic e d a p a t e la a t é a t íb ia . A

e o

ligam ento da patela

fa c e a r t i c u l a r p o s t e r i o r

- g-ra 7.15b) a p r e s e n t a d u a s faces c ô n c a v a s ( m e d ia i e lateral) p a r a a r t i j u l a ç ã o c o m o s c ô n d i l o s m e d ia i e l a t e r a l d o f ê m u r (Figura 7.14a,f).

fíb u la

é p a r a l e l a à m a r g e m l a t e r a l d a t í b i a (Figura

7.16). A cabe

d a fíb u la a r t ic u la - s e c o m a fa c e a r t ic u la r f ib u la r d o c ô n d ilo la t e r a l d

t í b i a . A m a r g e m m e d ia i d o c o r p o d a f í b u l a l i g a - s e à t í b i a p e la

interóssea da perna,

q u e se e ste n d e d a

m a rg e m in teró sse a

m em bran,

d a fíb u la à d

t í b i a . A v i s t a d e u m a s e c ç ã o a t r a v é s d o s c o r p o s d a t í b i a e d a f í b u l a (Figuri

7.16e)

m o s t r a a s lo c a li z a ç õ e s d a s m a r g e n s i n t e r ó s s e a s t i b i a l e f i b u l a r e d

m em brana interóssea da perna

q u e s e e s t e n d e e n t r e e la s . E s s a m e m b r a n ,

a ju d a a e s t a b i l i z a r a s p o s i ç õ e s d o s d o i s o s s o s e p r o p o r c i o n a u m a á r e a a d : c i o n a l p a r a i n s e r ç ã o m u s c u la r .

Tíbia [Figura 7.16]

A f í b u l a é e x c lu í d a d a a r t i c u la ç ã o d o j o e l h o e n ã o t r a n s f e r e p e s o p a r ,

\ t í b i a é o g r a n d e o s s o m e d ia i d a p e r n a (Figura 7.16). O s c ô n d i l o s m e d ia i c

d o fé m u r a r t ic u la m - s e c o m o s

côndilos m ed iai

e

la te ra l

d a e p í-

£ > e r r o x i m a l d a t í b ia . O c ô n d i l o l a t e r a l é m a is p r o e m i n e n t e e p o s s u i u m a : í ; í r a r a a r t i c u la ç ã o c o m a f í b u l a n a

em in ência in terco n d ilar,

articulação tibiofibular.

U m a c r is t a , a

s e p a r a o s c ô n d i l o s m e d ia i e l a t e r a l d a t í b i a (Fi­

gura 7 16b,d) e a p r e s e n t a o s t u b é r c u l o s i n t e r c o n d i l a r e s m e d i a i e l a t e r a l. : _ ? e r o s i d a d e d a t íb i a , á s p e r a e p r o e m i n e n t e , s i t u a d a a n t e r i o r m e n t e n a

o to r n o z e lo e o p é . C o n t u d o , é u m lo c a l im p o r t a n t e p a r a in s e r ç ã o m u s c u la r . A l é m d i s s o , a p o n t a d i s t a i d a f í b u l a f o r n e c e a p o i o l a t e r a l p a r a a a r t i c u la ç ã o d o t o r n o z e l o . E s s e p r o c e s s o f i b u l a r , o

Ossos tarsais [Figuras 7.17/7.18] O ta rso

r a te ia . A t u b e r o s i d a d e d a t í b i a é f a c i l m e n t e p a l p a d a a t r a v é s d a p e le .

cuneiformes (Figuras 7.17 e7.18).

A m argem a n te rio r é u m a c r i s t a q u e c o m e ç a n a e x t r e m i d a d e d i s t a i t í b i a . A m a r g e m a n t e r i o r d a t í b i a p o d e s e r p a l p a d a a t r a v é s d a p e le . A m a r ; : n 'a t e r a l d o c o r p o d a t í b i a é a

m arg em in teró ssea,

de onde u m a m em -

b r a n a f i b r o s a r i c a e m c o l á g e n o ( m e m b r a n a in t e r ó s s e a d a p e r n a ) e s t e n d e -r r a r a a

m argem m ediai

d a f í b u l a . D is t a lm e n t e , a t í b i a v a i s e e s t r e it a n d o ,

e : m a r g e m m e d ia i t e r m i n a e m u m g r a n d e p r o c e s s o , o

s .eolus, m a r t e l o ) . A

m aléo lo m ed iai

f a c e a r t i c u l a r i n f e r i o r d a t í b i a (Figura 7.16e) f o r ­

m a n m a a r t ic u la ç ã o e m d o b r a d iç a c o m o

tálus,

o o ss o p r o x im a l d a re -

d á e s t a b ilid a

p e la fa c e s u p e r i o r d o t á lu s .

n b i a e i n f e r i o r m e n t e a o s c ô n d i l o s , m a r c a a i n s e r ç ã o d o f o r t e l ig a m e n t o d a

i a t u b e r o s i d a d e d a t í b i a e s e e s t e n d e d i s t a lm e n t e a o l o n g o d o c o r p o d a

m aléo lo lateral,

d e à a r t i c u l a ç ã o d o t o r n o z e l o p o r q u e e v i t a o d e s l i z a m e n t o m e d ia i d a t íb :

c o n t é m s e te

■ O tá lu s po

ossos tarsais: tálus, calcâneo, cubóide, naviculare

tr e

é o s e g u n d o m a io r o s s o d o p é . T r a n s m ite o p e s o d o c o r

a p a r t i r d a p a r t e a n t e r i o r d a t í b i a n a d i r e ç ã o d o s d e d o s d o pe

A a r t i c u l a ç ã o t a l o c r u r a l ( d o t o r n o z e l o ) é e n t r e o t á l u s e a tíb ia e n v o l v e n d o a fa c e s u p e r i o r l i s a d a

tró c le a

d o t á lu s . A t r ó c le a te n

e x t e n s õ e s l a t e r a l e m e d ia i , a s fa c e s m a le o la r e s l a t e r a l e m e d ia i , q u s e a r t i c u l a m c o m o m a l é o l o l a t e r a l ( f í b u la ) e o m a l é o l o m e d ia i ( ti b ia ) . A s s u p e r fíc ie s d o tá lu s , e m a m b o s o s la d o s , s ã o á s p e r a s o n d o s l i g a m e n t o s o c o n e c t a m c o m a t í b i a e a f í b u l a , e s t a b i l i z a n d o a in d a m a i s a a r t i c u la ç ã o d o t o r n o z e l o .

r i ã o t a r s a l. N e s s e l o c a l, a t í b i a p a s s a o p e s o d o c o r p o , r e c e b id o d o f ê m u r e lh o , p a r a o p é , a t r a v é s d a a r t i c u l a ç ã o d o t o r n o z e l o , o u

iMocrural. O

articulação

m a l é o l o m e d i a i p r o p o r c i o n a s u s t e n t a ç ã o m e d ia i p a r a e s s a

a r tic u la ç ã o , e v it a n d o o d e s liz a m e n t o la t e r a l d a t íb ia a tr a v é s d o tá lu s . A ra a e p o s t e r i o r d a t í b i a a p r e s e n t a u m a l i n h a p r o e m i n e n t e , a

lin h a p a ra o

■ O calc ân eo ,

o u o s s o d o c a lc a n h a r , é o m a io r d o s o s s o s t a r s a is

p o d e s e r fa c ilm e n t e p a lp a d o . Q u a n d o v o c ê fic a e m p é n o r m a l

m e n t e , a m a io r p a r te d o s e u p e s o é tr a n s m it id a d a tíb ia p a r a < tá lu s e d e s te p a r a o c a lc â n e o e , a s e g u ir, p a r a o s o lo . P o s t e r io r

Face articular mediai para o côndilo med £ do fêmur

Base da patela

Face articular latera para o côndilo lateral do fêmur

-.-=a de inserção do ■sroão do músculo 3_â3nceps femoral

Face articular da patela

-n--

z í "S8rção do

;a catela Aptce da patela (a) Vista anterior = g ura7 .15

(b) Vista posterior

Patela.

Este osso sesamóide forma-se no interior do tendão do músculo quadríceps femoral. (a) Face anterior da patela direita, (b) Face posterior.

C a p ít u l o

7 • O Sistema Esquelético: Esqueleto Apendicular

Face articular d o cô ndilo m ediai

Tuberosidade da tíbia

Face articuíar dc côndik) a t e r i

C ô n d ilo lateral

C ô n d ilo mediai C abeça da fíbula A rticulação tibiofibular Tuberosidade da tíbia C a b e ç a da fíbula Margem interóssea d a fíbula M argem anterior

Tubérculos d a em inência intercondilar (b) Face articular superior da tíbia

M aléolo lateral (fíbula)

Face articular inferior para a articulação do tornozelo

Matèofcc m (tibea

C o rp o da fíbula Margem interóssea da tíbia

C o rp o da tíbia

M em brana interóssea da perna

(c) Face articular inferior da tíbia e face articular do maléolo lateral da fíbula

— A rticulação tibiofibular inferior M aléolo mediai (tíbia) M aléolo lateral (fíbula)

M aléolo lateral (fíbula) Fa ce articular ------inferior (a) Vistas anteriores

Figura 7.16 Tíbia e fíbula. a) Vistas anteriores da tíbia e da fíbula direitas, (b) Vista superior da epífise proximal da tíbia, (c) Vista inferior das faces articulares da tíbia e da fíbula, mostram:: -5 faces que participam da articulação do tornozelo. (Continua na página seguinte)

O SISTEMA ESQUELÉTICO

198

Tubérculos intercondilares mediai e lateral (eminência intercondilar)

c ace arbcular do côndilo mediai

Tubérculo intercondilar mediai da eminência intercondilar

Eminência intercondilar

Face articular do côndilo lateral

Côndik)

Tubérculo intercondi ar lateral da eminência intercondilar

Face articular do côndilo mediai

-mediai Côndilo mediai

Côndilo lateral

Cabeça da fíbula

_r~a sótea

Membrana rterossea da perna

Linha sólea

Margem anterior

Tíbia FIBULA Fíbula

Membrana interóssea da perna

FÍBULA

(e) Vista da secção transversal

Uaeoo

Maléolo mediai (tíbia)

mediai (tíbia)

Face articular

Maléolo lateral (fíbula)

rr^rcr da tíbia e ia ce articular do maléolo lateral

Rgura 7.16

Face articular inferior da tíbia e face articular do maléolo lateral

Maléolo lateral (fíbula)

(d) Vistas posteriores

(continuação).

tí / stas posteriores da tíbia e da fíbula direitas, (e) Vista da secção transversal no plano indicado na parte (d).

m ente, o calcâneo apresenta um a projeção áspera em form a de maçaneta, a tuberosidade do calcâneo, que é o local de inserção do tendão do calcâneo (ou tendão de Aquiles) e de parte do m ús­ culo tríceps sural, forte m úsculo da “p anturrilha”. Esse músculo eleva o calcanhar e levanta a planta do pé do solo, como quando ficamos na ponta dos dedos (flexão plantar). O calcâneo apre­ senta, superior e anteriorm ente, faces articulares lisas para a articulação com outros ossos tarsais.

■ O cubóide articula-se com a face anterior lateral do calcâneo, a face articular do cubóide. ■ O navicular, localizado medialmente no tarso, articula-se com a face anterior do tálus. A face distai do navicular articula-se com os três ossos cuneiformes. ■ Os três ossos cuneiform es têm forma de cunha e são organiza­ dos em uma fileira, sendo que as articulações entre eles situam-se

C a p ít u l o

7 • O Sistema Esquelético: Esqueleto Apendicular

Calcâneo

Falange distai

Falange distai Falange média

Tróclea do tálus

Falange proximal

Falange proximal Navicular Cubóide Cuneiforme lateral

Ossos metatarsais (l-V)

Cuneiforme intermédio Cuneiforme mediai Base do primeiro metatarsal Corpo do primeiro metatarsal Cabeça do primeiro metatarsal Falanges proximais Calcâneo Falanges médias Falanges distais (b) Vista inferior (plantar) (a) Vista superior (dorsal)

Figura 7.17

Ossos do pé, parte I.

(a) Vista superior dos ossos

b

do pé direito. Observe a orientação dos ossos tarsais que transferem o peso do corpo para o calcanhar e para a face plantar do pé.

Vista inferior (plantar).

a n t e r io r m e n t e a o n a v ic u la r . S ã o d e n o m in a d o s d e a c o r d o c o m s u a

d e s u s t e n t a r o p e s o d o c o r p o n a p o s iç ã o o r t o s t á t ic a . P a r a is s o , o s a r c c í d :

cuneiforme mediai, cuneiforme intermédio e cunei­ forme lateral. P r o x i m a l m e n t e , o s c u n e i f o r m e s a r t i c u l a m - s e c o m a

p é d e v e m fu n c io n a r c o m o u m a a la v a n c a r íg id a e n q u a n t o d is t r ib u e m

p o s iç ã o :

fa c e a n t e r io r d o n a v ic u la r . O c u n e ifo r m e la te r a l t a m b é m se a r t ic u ­

:

p e so d o c o rp o p o r to d o o p é. A tr a n s fe r ê n c ia d e p e s o o c o r r e a o lo n g o d o

7.18b).

arco longitudinal

i

la c o m a fa c e m e d ia i d o c u b ó id e . A s fa c e s d is ta is d o c u b ó id e e d o s

p é ( Figura

c u n e ifo r m e s a r t ic u la m - s e c o m o s o s s o s m e t a t a r s a is .

o c a lc â n e o à s e p ífis e s d is ta is d o s o s s o s m e t a t a r s a is . A m a r g e m la t e r a l

O s lig a m e n to s e te n d õ e s m a n t ê m e sse a r c o f i x a n á :

d o p é s u s t e n t a a m a io r p a r t e d o p e s o d o c o r p o n a p o s iç ã o o r t o s t a ::-

Ossos m etatarsais e falanges [Figuras 7.17/7.18] C ' ossos metatarsais s ã o c i n c o o s s o s l o n g o s q u e f o r m a m p o r ç ã o m é d ia ) d o p é

(Figuras 7.17 e 7.18).

c a n o r m a l. A c u r v a t u r a d a p a r te la t e r a l d o a rc o lo n g it u d in a l d o p e e o

metatarso ( o u

O s o s s o s m e t a t a r s a is s ã o id e n ­

m e n o r d o q u e a d a p a r te m e d ia i a q u a l a p r e s e n ta m a io r e la s t ic id ic ^ C o m o r e s u lta d o , a fa c e m e d ia i, p la n t a r p e r m a n e c e e le v a d a , e o s m u s -

t ific a d o s c o m n ú m e r o s r o m a n o s I-V , in d o d e s d e m e d ia i a té la t e r a l a t r a ­

c u lo s , n e r v o s e v a s o s s a n g ü ín e o s q u e s u p r e m

v é s d a p la n t a d o p é . P r o x im a lm e n te , o s trê s p r im e ir o s o s s o s m e t a t a r s a is

c a m c o m p r im id o s e n t r e o s o s s o s m e t a t a r s a is e o s o lo . A e la s t ic id a d e i a

a p la n ta d o p é n ã o f i­

a r t ic u la m - s e c o m o s tr ê s c u n e ifo r m e s , e o s d o is ú lt im o s a r t ic u la m - s e c o m

p a r t e m e d ia i d o a r c o lo n g it u d in a l d o p é a ju d a a a b s o r v e r o s i m p a c t : s

o c u b ó id e . D is t a lm e n t e , c a d a o s s o m e t a t a r s a l a r t ic u la - s e c o m u m a fa la n g e

c a u s a d o s p e la s m u d a n ç a s r e p e n t in a s d e c a r g a . P o r e x e m p lo , o a m o r t e ­

p r o x im a l d ife r e n te . O s o s s o s m e t a t a r s a is a ju d a m a a p o ia r o p e s o d o c o r p o

c im e n t o d a s p r e s s õ e s e x e r c id a s d u r a n t e a c o r r id a o u b a lé . C o m o o g r a ­

e m p o s iç ã o o r to s tá tic a d u r a n te a m a r c h a e a c o r r id a .

d e c u r v a t u r a m u d a d a m a r g e m m e d ia i p a r a a la t e r a l d o p é , t a m b é m

A s 14

falanges, o u

o ss o s d o s d e d o s d o p é , tê m a m e s m a o r g a n iz a ç ã o

a n a t ô m ic a q u e a s fa la n g e s d o s d e d o s d a m ã o . O

hálux t e m

d u a s fa la n g e s

r a ia n g e s p r o x im a l e d is t a i) , e o s o u t r o s q u a t r o d e d o s d o p é tê m tr ê s f a la n ­

e x is te u m

arco transverso.

N a c o n d iç ã o c o n h e c id a c o m o

p é chatc .

o-

a r c o s n o r m a is se p e r d e m ( “ c a e m ” ).o u n u n c a s e fo r m a m . O s i n d n i d u : c o m e s s e p r o b le m a n ã o p o d e m a n d a r lo n g a s d is t â n c ia s .

c e r a í fo r ç a s a o m e s m o te m p o q u e se a d a p t a m a o s c o n to r n o s d a s u p e r fíc ie

d istrir dos ossos m e t a t a r ­ s a i s . A q u a n t i d a d e d e p e s o t r a n s f e r i d a p a r a a f r e n t e d e p e n d e da p o s c ã : a : p é e d a c o lo c a ç ã o d o p e so d o c o r p o . D u r a n t e a fle x ã o d o r s a l do p e . c : m : o c o r r e q u a n d o p i s a m o s c o m o c a l c a n h a r , t o d o o p e s o do co rp o r e r - : _ - a n o c a l c â n e o . D u r a n t e a f l e x ã o p l a n t a r , o u a o f i c a r n a p o n ta do pé. o tãhis e o c a l c â n e o t r a n s f e r e m o p e s o p a r a o s o s s o s m e t a t a r s a i s e falanges p*:r

dc sok>. S e g u n d o ,

m e io d o s o s s o s t a r s a is m a is a n t e r io r e s .

g es c a d a u m ( p r o x im a l, m é d ia e d is ta i).

Q u a n d o v o c ê fic a e m p é n o r m a lm e n t e , s e u p e s o c o r p o r a l é

d o p o r ig u a l e n t r e o c a lc â n e o e a s e x t r e m id a d e s d is ta is

Arcos do pé [Figura 7.18b]

O s a r c o s d o p é d e s t in a m - s e a r e a liz a r d u a s

ta re ra s c o n tr a s ta n te s . P r im e ir o , o p é re c e b e o p e so d o c o r p o , e n q u a n to ,

sim ultaneam ente, s e

a d a p t a à s s u p e r fíc ie s v a r iá v e is d u r a n te a m a r c h a o u a

r r id a . P a r a ta n to , o s a r c o s d e v e m s e r fle x ív e is o s u fic ie n te p a r a a m o r t e ­

o p é fu n c io n a c o m o u m a p la t a fo r m a e stá v e l q u e é c a p a z

O SISTEMA ESQUELÉTICO

Tálus

Falanges

Ossos metatarsais Cubóide Navicular Cuneiformes (l-V)

Ossos metatarsais

(b) Vista mediai

gura 7.18

p

a

j

Cuneiforme mediai

Navicular

Arco transverso do pé

Tálus

Arco longitudinal do pé

O s s o s d o pé, p a rte II.

sta lateral, (b) Vista mediai, mostrando as posições relativas dos ossos tarsais e a orientação dos arcos transverso e longitudinal do pé.

/ C i R E V IS Ã O D O S C O N C E IT O S

'

,

Falanges

Quais são os três ossos que com põem o osso do quadril?

2 - * oula não faz parte da articulação do joelho nem o flexiona; porém, quan­ do se fratura, a marcha torna-se difícil. Por quê?

3 -o saltar alguns degraus, Marcos, de 10 anos de idade, cai sobre o calcanhar esquerdo e quebra o pé. Qual osso do pé tem m ais probabilidade de :er se quebrado? 4 Descreva pelo m enos três diferenças entre a pelve masculina e a feminina. 5 Onde o peso do corpo recai durante a flexão dorsal? E durante a flexão plantar?

t ir u m a e s t im a t iv a d o d e s e n v o lv im e n t o m u s c u la r . D e t a lh e s c o m o a c o n d iç ã o d o s d e n t e s o u a p r e s e n ç a d e fr a t u r a s c o n s o lid a d a s p o d e m fo m e c s in f o r m a ç õ e s s o b r e a h is t ó r ia m é d ic a d o in d iv íd u o . D o is d e t a lh e s i m r

:

ta n te s , s e x o e id a d e , p o d e m s e r d e t e r m in a d o s o u e s t im a d o s c o m b a s t a r .: p r e c i s ã o c o m b a s e n a s m e d i d a s i n d i c a d a s n a s T a b e la s 7 . 1 e 7 . 2 . A T a b e _ 7 . 1 i d e n t i f i c a d i f e r e n ç a s p e c u l i a r e s e n t r e o e s q u e l e t o d e h o m e n s e ir . _ lh e r e s , m a s n e m t o d o s o s e s q u e le t o s m o s t r a m t o d a s a s c a r a c te r ís t ic a ? n f o r m a d o s d e t a lh e s c lá s s ic o s . M u it a s d ife r e n ç a s , in c lu s iv e a s p r o t u b e r a r .

c ia s n o c r â n io , o v o lu m e c r a n ia n o e a s c a r a c te r ís t ic a s e s q u e lé t ic a s g e r i : r e f l e t e m v a r i a ç õ e s n o t a m a n h o m é d i o d o c o r p o , n a m a s s a m u s c u l a r e r. f o r ç a m u s c u la r . A s m u d a n ç a s g e r a is n o s is t e m a e s q u e lé t ic o q u e p o c ^ o c o r r e r c o m a id a d e e s t ã o r e s u m id a s n a T a b e la 7 .2 . O b s e r v e c o m o e s s a

Veja a seção de Respostas na parte final do livro.

m u d a n ç a s c o m e ç a m a o s 3 m e s e s d e v id a e c o n tin u a m d u r a n te to d a v id a . P o r e x e m p lo , a fu s ã o d a s c a r t ila g e n s e p ifis ia is c o m e ç a m a is o u m e

Variação individual do sistema e s q u e l é t i c o [Tabelas 7.1/7.2] V ~

e s tu d o a b r a n g e n t e d o e s q u e le t o h u m a n o p o d e r e v e la r in fo r m a ç õ e s

n o s a o s 3 m e s e s d e v i d a , e n q u a n t o a s a l t e r a ç õ e s d e g e n e r a t i v a s n o s is te r r . e s q u e lé tic o n o r m a l, c o m o a r e d u ç ã o d o te o r d e m in e r a is n a m a tr iz

o s^ j

n ã o te m in íc io a n te s d o s 3 0 a 4 5 a n o s d e id a d e .

Resumo de embriologia

_ ~ r o r t a n t e s s o b r e o in d iv íd u o . P o r e x e m p lo , e x is t e m d ife r e n ç a s r a c ia is

P a r a u m r e s u m o d o d e s e n v o lv im e n t o d o e s q u e le t o a p e n d ic u la r , c ô n s u l:

p e c u lia r e s e m p a r te s d o e s q u e le t o , e m e s p e c ia l o c r â n io , e o d e s e n v o lv i-

o C a p ít u lo 2 8 ( E m b r io lo g ia e D e s e n v o lv im e n t o H u m a n o ) .

m e n t o d e v á r ia s p r o tu b e r â n c ia s e d a m a s s a ó ss e a e m g e ra l p o d e m p e r m i­

C a p it u l o

7 • O Sistema Esquelético: Esqueleto Apendicular

▼E

Nota clínica Problemas com o tornozelo e o pé O s a rc o s lon gitu d in al e tra n s­ v e rso d o pé, em geral, e stã o p re se n te s ao n a scim e n to . À s vezes, porém , e le s não se d e s e n v o lv e m a d e q u a d a m e n te . No tálipe equinovaro con­ gênito (pé torto), o d e s e n v o lv im e n to a n o rm al d o s m ú sc u lo s d is to rc e os o s s o s e a s a rtic u la ç õ e s e m c re sc im e n to . Um ou a m b o s o s p é s p od em fica r c o m p ro m e tid o s, e a c o n d iç ã o pod e s e r leve, m o d e ra d a ou grave. Na m aio ria d o s caso s, a tíbia, o to rn o z e lo e o pé sã o afe tados; o a rc o lo n g i­ tu d in a l é e x a g e ra d o e o s p é s sã o v o lta d o s para m e d ia i e in vertid os. Se a m b o s o s pés e stiv e re m e nvo lvidos, as p la n tas d o s p é s v o ltam um a para a outra. Essa con dição , q u e afeta d o is n a sc id o s em 1.000, é q u a se duas v e ­ z e s m ais c o m u m em m e n in o s do que em m eninas. O tra ta m e n to im ed iato c o m g e s so ou o u tro s su p o rte s na la c tâ n c ia ajuda a m in im iza r o problem a, e m e n o s da m e ta d e d o s c a s o s exige cirurgia. A p e sso a c o m pé chato p e rd e ou n u n ca d e s e n v o lv e o a rc o lo n g itu ­ dinal. O s "a rc o s c a íd o s " d e se n v o lv e m -se qu a n d o o s te n d õ e s e lig a m e n to s se e stira m e fica m m e n o s e lá stico s. A té 40% d o s a d u lto s tê m pé chato, m as n e n h u m a m ed id a é n e ce ssá ria , a não se r q u e haja dor. O s in d iv íd u o s co m d e s e n v o lv im e n to a n o rm al do a rc o lon gitu d in al do pé tê m m a io r p ro ­ b a b ilid a d e de so fre r le sõ e s no m eta ta rso. O s in d iv íd u o s o b e s o s e o s que p re cisa m fica r e m pé ou c a m in h a r co n sta n te m e n te no tra b a lh o sã o p rová­ v e is can d id ato s. A s c ria n ç a s tê m a rtic u la ç õ e s m u ito m ó ve is e lig a m e n to s e lástico s, d e m o d o que, e m geral, tê m pés c h a to s e flexíveis. E sse tip o de pé p a re c e c h a to s ó q u a n d o e la s e stã o em p o s iç ã o o rto s tá tic a , e o a rco a p a re c e q u a n d o fica m na po nta do pé ou se se n ta m . Na m a io ria d o s c a ­ sos, o p ro b le m a d e s a p a re c e co m o c re scim e n to .

TABELA 7.1

O pé em garra é p ro d u z id o p or a n o rm a lid a d e s m u scu lares. N o s v íd u o s co m pé em garra, a pa rte m ed iai do a rc o longitud inal é e xag e ra ca p o rq u e o s fle x o re s p la n ta re s so b re p u ja m os e x te n s o re s do rsa is. A s can­ sa s in clu e m d e g e n e ra çã o m u sc u la r e pa ra lisia nervosa. A c o n d iç ã o te n ce a p iorar p ro g re ssiv a m e n te co m a idade. M e s m o o to rn o ze lo e o pé n o rm a is e stã o su je ito s a um a sé rie de c e s ­ sõ e s du ran te a s ativ id a d e s diárias. Em um entorse, o lig a m e n to é e s t;' a : : a té o p o n to em q u e a lg u m a s d e su a s fib ra s d e c o lá g e n o se r o m p e r ; lig a m e n to co n tin u a fu n cio n a l e a e stru tu ra da a rtic u la ç ã o nã o é afetada. A ca u sa m ais co m u m de e n to rs e do to rn o z e lo é a in versã o fo rç o sa do pe, que e stira o lig a m e n to c o la te ra l lateral. Via de regra, é p re cis o usar bolsa de ge lo para re d u zir o inchaço. C om re p o u so e apoio, o lig a m e n to c ic a r ;a em c e rc a de trê s sem anas. Em in c id e n te s m a is graves, to d o o lig a m e n to p o d e s e r la c e ra d o e rom pid o, ou a c o n e x ã o e n tre o lig a m e n to co la te ra l lateral e o m a lé o lo la­ teral pod e se r tão fo rte q u e o o ss o fratura, e m v e z do ligam ento. Em gera o o ss o fra tu ra d o c o n s o lid a m ais ra p id a m e n te e co m m aio r e fic iê n c ia c : qu e a ru ptura c o m p le ta d o ligam ento. E ssas le sõ e s p o d e m s e r a c o m p a ­ nh a das po r luxação. Na fratura do dançarino, a e p ífise p ro xim a l do q u in to m eta ta rsal e fraturad a. A m aio ria d e s se s c a s o s o c o rre e n q u a n to o p e so do c o rp o es:a se n d o a p o ia d o p e lo a rc o lo n g itu d in a l do pé. U m d e s v io sú b ito do pes-: da pa rte m ed iai do a rco lo n g itu d in al para a p a rte lateral, m e n o s e lástica fratura o q u in to m eta ta rsal em su a a rtic u la ç ã o distai.

Diferenças sexuais no esqueleto humano adulto

Região/ca racterística

Homens

Mulheres

C R Â N IO A p arên cia geral

M ais p e sa d o ; faces m a is á sp e ra s

M ais leve; faces m a is lisas

F ronte

M ais in c lin a d a

M ais v ertical M e n o res

Seios

M aio res

C rânio

C erca d e 10% m a io r (m é d ia )

C erca d e 10% m e n o r

M an d íb u la

M aio r, m a is ro b u s ta

M ais leve, m e n o r

D e n te s

M aio res

M e n o res

PELVE A p arên cia geral

1 E streita; ro b u s ta ; face m a is á sp e ra •

Larga; leve; face m a is lisa

A bertura su p e r io r d a pelve

E m fo r m a d e c o ra çã o

O v al a re d o n d a

F ossa ilíaca

M ais p ro f u n d a

M ais rasa

ílio

M ais v ertical; e m re la ç ão à a rtic u la ç ã o sacroilíaca, p o s su i m a io r e x te n sã o s u p e rio r

M e n o s vertical; e m re la ç ão à a rtic u la ç ã o s a c ro il-íc i te m m e n o r e x te n sã o s u p e rio r

A n g u lo s u b p ú b ic o

M en o s d e 90°

100° o u m ais

A cetá b u lo

D ire c io n a d o p a ra la te ra l

V olta-se lig e ira m e n te p a ra a n te rio r e p a ra lateral

F oram e o b tu r a d o

O v al

T ria n g u la r

E sp in h a isq u iá tica

A p o n ta p a ra m e d ia i

A p o n ta p a ia p o s te rio r

Sacro

T riâ n g u lo c o m p rid o e e streito , c o m c u rv a tu ra sacral p ro n u n c ia d a

T riâ n g u lo la rg o e c u rto , c o m c u rv a tu ra sacral m e c o * p ro n u n c ia d a

C ó c cix

A p o n ta p a ra fren te

A p o n ta p a ra b a ix o

P e so ó sse o

M ais p e sa d o

M ais leve

P rotu b eràn cias ó ssea s

M ais p ro e m in e n te s

M e n o s p ro e m in e n te s

O L T R O S ELEM ENTOS ESQUELÉTICOS

O S IS T E M A ESQUELÉTICO

A B H A 7.2

Alterações no esqueleto relacionadas com a idade Evento(s)

tefflào estrutura M ^LH ETO

Idade (anos)

em g er al

•Luriz ossea

R e d u ç ã o d o te o r d e m in e r a is

C o m e ç a a o s 3 0 a 4 5 a n o s ; o s v a lo r e s d ife r e m p a r a h o m e n s e m u lh e r e s e n tr e 4 5 e 6 5 a n o s d e id a d e ; o c o r r e m r e d u ç õ e s s e m e lh a n t e s e m a m b o s o s sexos ap ó s os 65 an o s

*rotiiberãncias

R e d u ç ã o g r a d u a l c o m o a u m e n t o d a id a d e e a d im in u iç ã o d a fo r ç a e d a

R e d u ç ã o d o ta m a n h o , a sp e re z a

m a ss a m u s c u la r

IXÁNIO F e c h a m e n to

T e r m in a a o s 2 a n o s d e id a d e

-_r_ ri frontal

Fu são

2 -8

Xsãptüd

F u s ã o d o s c e n tro s d e o s s i f k a ç ã o

1-6

“nx.i-s.so estilóide

F u são co m o te m p o ra l

12 -16

O s s ifk a ç ã o c o m p le ta e fu s ã o

2 5 - 3 0 o u m a is

P e rd a d o s d e n te s d e c íd u o s , “ d e n te s d e le ite ” ;

D e ta lh a d o s n o C a p ít u lo 2 5 (O S is te m a D ig e s tó r io )

fin d e

a p a r e c im e n t o d o s d e n te s p e r m a n e n t e s ; e r u p ç ã o d o s m o la r e s p e r m a n e n t e s

•tindibula

P e r d a d o s d e n te s ; r e d u ç ã o d a m a s s a ó ss e a ; m u d a n ç a d o

A c e le r a n o s ú lt im o s a n o s (6 0 a n o s )

â n g u lo n a in c is u r a d a m a n d íb u la

rÉJtTÊBRAS

(ver Figura 6.19, pág. 160)

Im vitura

A p a r e c im e n to d e c u r v a s im p o r ta n te s

3 m e se s-10 an o s

>cscos intervertebrais

R e d u ç ã o d o ta m a n h o , d a p o r c e n ta g e m d e c o n t r ib u iç ã o

A c e le r a n o s ú lt im o s a n o s (6 0 a n o s )

p a ra o p e so

)SSO S LONGOS jirtiUgens epifisiais

A s fa ix a s v a r ia m d e a c o r d o c o m o o ss o e s p e c ífic o a n a lisa d o , m a s, e m g e ra l,

Fu são

a a n á lise p e r m ite a d e te r m in a ç ã o d a id a d e a p r o x im a d a ( 3 - 7 , 1 5 - 2 2 , etc.)

IN G LTO S DO MEMBRO INFERIOR i DO MEMBRO SUPERIOR lartilagens epifisiais

A s fa ix a s d e s o b r e p o s iç ã o s ã o lig e ir a m e n te m a is e s tre ita s d o q u e a c im a ,

Fu são

in c lu in d o 1 4 - 1 6 , 1 6 - 1 8 , 2 2 - 2 5 a n o s

TERMOS CLÍNICOS ■ to rse :

F ra tu ra d o d an çarin o :

P r o b le m a c a u s a d o q u a n d o o lig a m e n -

e e-í-rado até o p o n t o e m q u e a l g u m a s f i b r a s : : : . ü í n o se r o m p e m . A m e n o s q u e s e r o m p a a p ie tim e n te , o l i g a m e n t o c o n t i n u a f u n c i o n a l , i estru tu ra da a r t i c u l a ç ã o n ã o é a f e t a d a .

T álip e e q u in o v a ro co n g ê n ito (pé to rto ):

F r a t u r a d o q u in to m e ta ta r-

s a l, e m g e r a l p r ó x i m o à s u a a r t ic u la ç ã o p r o x im a l. Pé

c h ato :

D e fo r­

m id a d e c o n g ê n it a q u e a fe t a u m o u a m b o s o s p é s. S u r g e e m fu n ç ã o d e a n o r m a lid a d e s d o d e s e n v o l­

P e rd a o u a u s ê n c ia d o a rc o lo n g it u d i­

v im e n t o n e u r o m u s c u la r .

n a l.

RESUMO PARA ESTUDO ntrodução

in c lu i o s o ss o s d o s m e m b r o s s u p e r io r e s e in ­

-e s e o s c ín g u lo s d o s m e m b r o s s u p e r io r e in fe r io r q u e s u s t e n t a m o s

m e m b r o s e o s c o n e c ta m c o m o tro n c o ,

(ver Figura 7.1)

4.

cintura escapular, q u e (ver Figuras 7.2 a 7.5)

ou

e s c a p u la io m o p la ta ),

meulo do membro superior

c o n s is t e n a

e scáp u la a r t i c u l a - s e c o m a c a b e ç a r e d o n d a d o ú m e r o p o r m e i o d a cavi­ d a d e g len o id al, a a rtic u la ç ã o g le n o u m e ra l (articulação do ombro). D o i s p r o c e s s o s d a e s c á p u l a , o c o ra c ó id e e o a c rô m io , s ã o l o c a i s d e i n s e r ç ã o

A

é c o n tín u o c o m a

cín g u lo do clav ícu la e n a

c á p u la .

a rtic u la ç ão acro m io clav icu lar. O a c r ô m i o e sp in h a d a escáp u la, q u e c r u z a a f a c e p o s t e r i o r d a e s ­

17 6

(ver Figura 7.5)

Membro superior 5.

rr.-: v e r o m e m b r o s u p e r i o r e p r o p o r c i o n a m a b a s e p a r a i n s e r ç õ e s m u s c u -

ver Figuras 7.3/7.4)

d a e s c á p u la . E ss e o s s o p r o p o r c io n a a ú n ic a c o n e x ã o

a r t ic u la - s e c o m a c la v íc u la n a

A c la v íc u la e a e s c á p u la p o s ic io n a m a a r t ic u la ç ã o d o o m b r o , a ju d a m a

jr w -

é u m o ss o e m fo r m a d e S q u e se e ste n d e e n tre o m a n ú b r io d o

a c rô m io

d e lig a m e n t o s e m ú s c u lo s a s s o c ia d o s à a r t ic u la ç ã o d o o m b r o . O a c r ô m io

m e m b r o s u p e r io r a r t ic u la - s e c o m o tr o n c o a tr a v é s d o

I

clavícula

d ir e ta e n t r e o c ín g u lo d o m e m b r o s u p e r io r e o e s q u e le t o a x ia l.

[ingulo do membro superior e aembro superior 176 m e m b ro su p e rio r,

A

e ste rn o e o

e sq u eleto a p e n d ic u la r fe ri

3.

175

O

ú m e ro

17 9

a r t ic u la - s e c o m a c a v id a d e g le n o id a l d a e s c á p u la . A c á p s u la a r ­

colo a n a tô m ico . tu b é rc u lo m e n o r,

t ic u la r d o o m b r o lig a - s e d is t a lm e n t e a o ú m e r o e m s e u D u a s p r o je ç õ e s p r o e m in e n t e s , o

tu b é rc u lo m a io r

e o

s ã o lo c a is im p o r t a n t e s d e in s e r ç ã o m u s c u la r . O u t r a s c a r a c t e r ís t ic a s s u ­ p e r fic ia is s ã o a

tu b e ro sid a d e p a ra o m ú sc u lo d eltó id e,

lo c a l d e in s e r ç ã o

C a p ít u l o

do

músculo deltóide; o

c u la r e s , a

tróclea

7 • O Sistema Esquelético: Esqueleto Apendicular

côndilo d o ú m e r o , d i v i d i d o e m d u a s r e g i õ e s a r t i cap ítu lo ( l a t e r a l ) ; o sulco do nervo radial, d o nervo radial; e o s epicôndilos m ediai e lateral

(m e d ia i) e o

q u e m a rca o p e rcu rso

Membro inferior 4.

d u r a n te a fle x ã o d a a r t ic u la ç ã o d o c o to v e lo ,

in s e r e m m ú s c u lo s n o fê m u r , 5.

6. A

que

te m a p e n a s d u a s .

quadríceps femoral. O l i g a m e n t o d a p a t e la e s t e n d e - s e (ver Figuras 7.14f/7.15)

d a p^-

tu b ero sid ad e d a tíbia,

é o g r a n d e o s s o m e d ia i d a p e r n a . A s p r o e m in ê n c ia s n a s u p e r fíc ie

tu b e ro sid a d e da tíbia, a m arg em a n terio r, a m argem m aléolo m ediai. O m a l é o l o m e d i a i é u m p r o c e s s o g r a n e : p r o p o r c i o n a s u s t e n t a ç ã o m e d i a i p a r a a articu lação talo cru ral t o r ­

fíb u la

é o o s s o m a is f in o d a p e r n a , la t e r a l à tíb ia . A

cabeça

a r t i c u la - ',

c o m o c ô n d ilo la t e r a l d a tíb ia , in fe r io r a o jo e lh o . U m p r o c e s s o fib u la r . :

m aléolo lateral,

(ver

Figura 7.8)

e o

(ver Figura 7.16)

n o z e lo ) . 7. A

o s o s s o s c a r p a is d is ta is .

p o le g a r

o

tíb ia

(ver Figuras 7.9/7.12d/7.14)

é u m g r a n d e o s s o s e s a m ó id e q u e se fo r m a n o in te r io r d o t e n d i :

in teró ssea

D is t a lm e n t e , o s o s s o s m e t a c a r p a is a r t ic u la m - s e c o m a s fa la n g e s . Q u a ­

falanges;

a rre d o n d a d a ar-

d a tíb ia in c lu e m a

ossos carpais do p u n h o f o r m a m d u a s f i l e i r a s , u m a p ro x im al e u m a distai. D e l a t e r a l p a r a m e d ia i , a f i l e i r a p r o x i m a l c o n s i s t e e m escafóide, sem ilunar, piram id al e pisiform e. D e l a t e r a l p a r a m e d ia i , a f i l e i r a d i s t a i c o n s i s t e e m trapézio, trapezóide, cap itato e h am ato . (ver Figura 7.8)

tro d o s d e d o s c o n tê m trê s

p atela

d o m ú s c u lo

(ver Figuras 7.217.7)

C in c o o s s o s m e t a c a r p a is a r t ic u la m - s e c o m

A

t e la a t é a

Os

9.

cabeça

côndilo s m ed iai e la te ra l a r t i c u l a m - s e c o m a t í b i a n a a r t i c u l a ç ã o d o j o e l h o . O s tro can teres m a io r e m e n o r s ã o p r o j e ç õ e s p r ó x i m o à c a b e ç a , n o s q u a i í s t

6 . D is t a lm e n t e , o ú m e r o a r t ic u la - s e c o m a u ln a ( n a tr ó c le a ) e c o m o r á d io n o c a p í t u l o ) . A t r ó c l e a e s t e n d e - s e d a fossa co ro n ó id ea a t é a fossa do olécrano. (ver Figura 7.6) A u ln a e o rád io s ã o o s o s s o s p a r a l e l o s d o a n t e b r a ç o . A f o s s a d o o l é c r a n o d o ú m e r o a c o m o d a o olécrano d a u l n a d u r a n t e a e x t e n s ã o d a a r t i c u l a ç ã o d o c o t o v e l o . A f o s s a c o r o n ó i d e a a c o m o d a o processo c o ro n ó id e d a u l n a

193

é o o s s o m a is c o m p r id o d o c o r p o . S u a

t i c u l a - s e c o m a p e lv e n o a c e t á b u l o , e e m s u a e p í f i s e d i s t a i , s e u s

(ver Figuras 7.217.6 a 7.8)

p a r a i n s e r ç ã o m u s c u la r ,

fê m u r

O

e s ta b iliz a a a r tic u la ç ã o d o to r n o z e lo , e v it a n d o o m o v i ­

(ver Figuras 7.16/7.17)

m e n t o m e d i a i d a t í b i a a t r a v é s d o t á lu s . 8.

O

ta rso

é c o m p o s t o d e se te

ossos tarsais;

a p e n a s a fa c e s u p e r io r lis a

ci

t r ó c le a d o t á l u s a r t i c u l a - s e c o m a t í b i a . T e m f a c e s m a l e o l a r e s l a t e r a l e m e ­

Zíngulo do membro inferior e riembro inferior 186 ingulo do membro inferior 1.

d ia i q u e se a r t ic u la m c o m o s m a lé o lo s la t e r a l e m e d ia i d a fíb u la e d a t íb ia , r e s p e c tiv a m e n t e . N a p o s iç ã o o r to s tá tic a n o r m a l, a m a io r p a r te d o pe^ d o c o r p o é t r a n s fe r id a p a r a o c a lc â n e o , e o r e s ta n te p a s s a p a r a o s

186

9.

O c ín g u lo d o m e m b r o in fe r io r c o n s is te e m d o is bém cham ados de

ossos do q u ad ril,

ossos coxais o u inominados; c a d a

ta m ­

(ver Figuras

7.9/7.10) O

ílio

ílio f u n d e - s e a o

sínfise p ú b ica

ísquio

( p o s te rio rm e n te ) e a o

d o pé.

o

arcos lo n g itu d in al

e

tra n s­

(ver Figuras 7.17/7.18)

pelve

v id id a e m

1.

pelve m aio r (falsa) e pelve m en o r (verdadeira). A cavidade pélvica, (ver Figuras 7.11 a 7.13)

200

O e s tu d o d o e s q u e le to h u m a n o p o d e r e v e la r in fo r m a ç õ e s im p o r t a r t e c o m o r a ç a , h is t ó r ia c lín ic a , s e x o , t a m a n h o d o c o r p o , m a s s a m u s c u la r :

(ver Figuras 7.11/7.13)

id a d e ,

c o n s is te e m d o is o s s o s d o q u a d r il, s a c r o e c ó c c ix . P o d e s e r s u b d i­

e n g lo b a a

Variação individual do sistema esquelético

lim ita o m o v im e n to e n tre o s o ss o s p ú b ic o s d o s o s s o s d o

q u a d r il d ir e ito e e s q u e r d o , A

falanges

é o m a io r d o s o s s o s d o q u a d r il. N o in te r io r d o

n a fa c e la t e r a l d o o s s o d o q u a d r il q u e a c o m o d a a

:.

e das

Figuras 7.17/7.18) 10 . A tra n s fe rê n c ia d e p e so o c o r r e a o lo n g o d o s

verso acetábulo ( a f o s s a cabeça d o f ê m u r ) , o p ú b is ( a n t e r i o r m e n t e ) . A

ossos m etatarsais

O p a d r ã o o r g a n iz a c io n a l b á s ic o d o s

p é é o m e s m o q u e o d o s o s s o s m e t a c a r p a is e d a s fa la n g e s d a m ã o .

o s s o d o q u a d r il fo r -

m a - s e p o r m e i o d a f u s ã o d e t r ê s o s s o s — í l io , í s q u i o e p ú b i s ,

1.

ossos

m etatarsais.

2.

p e lv e m e n o r

(ver Tabelas 7.1/7.2)

D iv e r s a s a lt e r a ç õ e s r e la c io n a d a s c o m a id a d e e c o m e v e n to s o c o r r e m z : s is t e m a e s q u e lé t ic o . E s s a s m u d a n ç a s c o m e ç a m p o r v o lt a d o s 3 m e s e s ae id a d e e c o n tin u a m d u r a n te to d a a v id a .

(ver Tabelas 7.1/7..2)

R E V I S Ã O DO C A P Í T U L O 'ara respostas às questões da Revisão dos Conceitos e Revisão do Capítulo, eia a seção de Respostas na parte final do livro.

11.

A s c a r a c te r ís tic a s e s tr u tu r a is d o c ín g u lo d o m e m b r o s u p e r io r q u e o a c a r ta m p a r a u m a g r a n d e a m p lit u d e d e m o v im e n t o sã o : (a )

o sso s p esad o s

sível 1 - Revisão de fatos e termos

(b )

a r tic u la ç õ e s r e la tiv a m e n te fr a c a s

ssocie cada item numerado com a letra do item que melhor se relaciona. :-..:ze letras para as respostas nos espaços apropriados.

(c )

a m p lit u d e d e m o v im e n t o lim it a d a n a a r t ic u la ç ã o d o o m b r o

(d )

a r t ic u la ç õ e s e s ta b iliz a d a s p o r m e io d e lig a m e n t o s e m ú s c u lo s à

i

C oluna ____

A

1. o m b ro

C o lu n a

B

p a r e d e to r á c ic a 12 .

A p o r ç ã o la r g a e r e la tiv a m e n te p la n a d a c la v íc u la q u e se a r t ic u la c o m a

a. tíb ia

e s c á p u l a é:

____ 2 . q u a d r i l

b.

c ín g u lo d o m e m b r o s u p e r io r

(a )

a e x t r e m id a d e e s te r n a l

(b ) o t u b é r c u lo c o n ó id e

____

c.

r á d io

(c )

a e x t r e m id a d e a c r o m ia l

(d ) a im p r e s s ã o d o lig a m e n t o

____ 4 . t r ó c le a

d.

f a la n g e s

____ 5 . i n c i s u r a u l n a r

e.

c ín g u lo d o m e m b r o in fe r io r

3 . e s c á p u la

. c o s to c la v ic u la r 13 .

Q u a l o s s o s e a r t i c u l a c o m o o s s o d o q u a d r i l n o a c e t á b u lo ?

____

6. u m o ss o d o q u a d r il

f.

fê m u r

____

7. tro c a n te r m a io r

g.

fo s s a in fr a - e s p in a l

(a )

sacro

c a lc â n e o

(c )

fê m u r

____ 8 . m a l é o l o m e d ia i

h.

____ 9 . o s s o d o c a l c a n h a r

i.

í l io

____ 1 0 . d e d o s d o p é

j.

ú m e ro

14 .

(b )

ú m e ro

(d )

t íb ia

A p r o t u b e r â n c i a q u e p o d e s e r p a l p a d a n o l a d o l a t e r a l d o t o r n o z e l o e: (a )

o m a lé o lo la t e r a l

(b ) o c ô n d ilo la te ra l

(c )

a tu b e r o s id a d e d a tíb ia

(d ) o e p ic ô n d ilo la te r a l

O S ISTE M A ESQUELÉTICO

5

*< j i r i a e r i s t i c a s e s t r u t u r a i s d o c í n g u l o d o m e m b r o i n f e r i o r q u e o a d a p -

3.

la m p a r a o p a p e l d e s u s t e n t a ç ã o d o p e s o d o c o r p o s ã o :

lé t ic o c o m o p e r t e n c e n t e a u m in d iv íd u o d o s e x o m a s c u lin o s ã o :

í

o sso s p e sad o s

(a )

a r c o s s u p e r c ilia r e s s a lie n t e s n o s o s s o s fr o n ta is

b

a r t i c u l a ç õ e s e s t á v e is

(b )

fr o n te m a is v e r t ic a l

;

a m p lit u d e d e m o v im e n t o lim ita d a

(c )

fo s s a ilía c a r e la tiv a m e n te ra sa

(d )

c a v id a d e d o c r â n io m e n o r

d i to d a s a s a n t e r io r e s n a s m e s m a s a r tic u la ç õ e s 6 - Q u a l d o s s e g u in t e s é u m a c a r a c t e r í s t i c a d a p e lv e m a s c u l in a ? i

i fo r a m e o b tu r a d o tr ia n g u la r

r

c ó c c i x a p o n t a n d o p a r a a a b e r t u r a i n f e r i o r d a p e lv e

c

sa c ro la rg o e c u rto

i

e s p in h a is q u iá tic a a p o n t a n d o p a r a p o s t e r io r

i

e s c a fó id e

(b ) h a m a to

c

c u b ó id e

(d ) p ir a m id a l

c)

I O

:

O o lé c r a n o

7.

O p r o c e s s o e s tiló id e (d )

A tu b e r o s id a d e d o r á d io

o lé c r a n o e n c o n tra -se : n o ú m ero

(b )

c

n a u ln a

(d )

n o r á d io

Q u a l é a f u n ç ã o d o o l é c r a n o d a u ln a ?

9.

C o m o o p e s o c o r p o r a l é p a s s a d o p a r a o s o s s o s m e t a t a r s a is ?

Nível 3 - Pensamento crítico 1.

i

a e s p in h a d a e s c á p u la

(b )

o a c r ô m io

c

o p ro c e ss o c o r a c ó id e

(d )

o p ro c e ss o s u p ra -e s p in a l

2.

A s d i f e r e n ç a s v i s ív e i s e n t r e a p e lv e m a s c u l in a e f e m i n i n a s ã o r e s u l t a d o d e

i

fa c e m a i s l is a e o s s o s m a i s le v e s n a p e lv e f e m i n i n a

r

m e n o r c u r v a t u r a d o s a c r o e d o c ó c c ix n a m u lh e r

c

a b e r t u r a i n f e r i o r d a p e lv e m a i s c i r c u l a r

d

to d a s a s a n te r io r e s

A id e n t ific a ç ã o d e u m in d iv íd u o p o r e x a m e d o e s q u e le to p o d e s e r re a lii a d a c o m o u s o d e q u a l d o s s e g u in t e s ? i

i c o m p a r a ç ã o d e r e g is tr o s d e n t a is a n t e r io r e s a o ó b ito

b

d e n s i d a d e r e l a t iv a d o s o s s o s

; I r e s i s t ê n c ia d a s i n s e r ç õ e s l i g a m e n t a r e s n o s o s s o s c o m p r im e n t o r e la tiv o d o s e le m e n to s d a s m ã o s e d o s p é s

O s a r q u e ó l o g o s a c h a m u m a p e lv e d e u m s e r h u m a n o p r i m i t i v o e s ã o c a ­ p a z e s d e r e v e l a r s e u s e x o , a i d a d e r e l a t i v a e a l g u m a s c a r a c t e r í s t i c a s f í s ic a s d o i n d i v í d u o . C o m o e s s a s i n f o r m a ç õ e s s ã o p o s s í v e i s t e n d o a p e n a s a p e lv e c o m o b ase?

3.

q u a l d o s s e g u in t e s ?

P o r q u e u m a p e s s o a c o m o s t e o p o r o s e te m m a is p r o b a b ilid a d e d e te r fr a ­ tu r a d e q u a d r il d o q u e fr a tu r a d e o m b ro ?

- r e r i o r d a c a v i d a d e g l e n o i d a l é:

d

P o r q u e a tíb ia , m a s n ã o a fíb u la , e s tá e n v o lv id a n a t r a n s f e r ê n c ia d e p e s o

8.

n o fê m u r

S ível 2 - Revisão de conceitos

I

P o r q u e a s fr a tu r a s d a c la v íc u la s ã o tã o c o m u n s ?

p a ra o pé?

- r e q u e n a p r o je ç ã o a n t e r io r d a e s c á p u la q u e se e s te n d e s o b re a m a rg e m

1

Q u a l é a im p o r tâ n c ia d e m a n te r o g r a u c o rre to d e c u r v a t u r a d o a rc o lo n ­

(b ) O p r o c e ss o c o r o n ó id e

i

-

A o d e t e r m i n a r a i d a d e d e u m e s q u e l e t o , q u e i n f o r m a ç õ e s s e r i a m ú t e is ?

g itu d in a l d o pé? 6.

________________ d o r á d i o a ju d a a e s t a b i l i z a r a a r t i c u l a ç ã o d o p u n h o . _

4. 5.

Q u a l d o s s e g u i n t e s n ã o é u m o s s o c a r p a l?



A s c a ra c te rís tic a s q u e id e n t ific a m e s p e c ific a m e n t e u m e le m e n to e s q u e ­

C o m o u m c ie n tis ta fo r e n s e p o d e r ia d e te r m in a r se u m e s q u e le to p a r c ia l e n c o n t r a d o n a flo r e s ta é d e u m h o m e m o u d e u m a m u lh e r ?

4. A c o n d iç ã o n a q u a l o a rc o lo n g it u d in a l d o p é é in fe r io r a o n o r m a l é c o ­ n h e c i d a c o m o “ p é c h a t o ”. Q u a l é o p r o b l e m a e s t r u t u r a l q u e c a u s a o p é c h a to ?

O Sistema Esquelético Articulações

OBJETIVOS DO CAPITULO: 1. Distinguir entre diferentes tipos de articulações, fazer a ligação entre o desenho anatôm ico e as funções articulares e descrever estruturas articulares acessórias. 2 . Descrever os m ovim entos dinâm icos

do esqueleto. 3 . Descrever os seis tipos de articulações

sinoviais com base em seu movimento. 4 . Descrever a estrutura e a função das

articulações entre (1) a m andíbula e o temporal, (2) vértebras adjacentes ao longo da coluna vertebral e (3) a clavícula e o esterno. 5 . Descrever a estrutura e a função das

articulações do m em bro su perior ombro, cotovelo, punho e mão. 6. Descrever a estrutura e a função das articulações do m em bro inferior quadril, joelho, tornozelo e pé.

Introdução

206

Classificação das articulações Forma e função articular

206 208

Articulações representativas Envelhecim ento e articulações Ossos e m úsculos

231

213 229

206

O S IS TE M A ESQUELÉTICO

D e p e n d e m o s d e n o sso s o sso s p a ra a su ste n ta çã o , m a s a su sten taçã o sem

i

m o b ilid a d e fa r ia d e n ó s a lg o u m

m o v im e n to s c o r p o r a is p r e c is a m

S i n a r t r o s e s (articulações imóveis)

p o u c o m e lh o r d o q u e e stá tu a s. O s

s e r c o m p a tív e is c o m

E m u m a s in a r tr o s e , as m a r g e n s ó sse a s sã o m u ito p r ó x im a s , p o d e n d o a í

o s lim ite s d o e s ­

m e sm o ser tra va d as. U m a

q u e le t o . P o r e x e m p lo , v o c ê n ã o p o d e m o v im e n t a r o c o r p o d o ú m e r o o u d : r e m u r ; o s m o v im e n t o s s ã o r e s tr it o s à s a r tic u la ç õ e s . A s

'-^rturoi

articulações

tiv o é d e n o m in a d o

ou

fo rç a s d ifu n d e m - s e c o m fa c ilid a d e d e u m o s s o p a r a o u t r o , c o m m o v im e r '

c o n ju n t o p a r a m a n t e r o m o v im e n t o d e n tr o d a a m p lit u d e n o r m a l. N e s te

a r t ic u la r m ín im o , r e d u z in d o , a s s im , a p o s s ib ilid a d e d e le s ã o . U m a g o n ío s *

c a p it u lo , c o n c e n t r a r e m o - n o s e m c o m o o s n o s s o s o s s o s e s tã o a r t ic u la d o s

(gonfose, a p a r a f u s a m e n t o )

d e m o d o a n o s fo r n e c e r lib e r d a d e d e m o v im e n t o . A fu n ç ã o e a a m p lit u d e

b r o s a é d e v id a à s fib r a s d o

c o m p le ta m e n te o m o v i­

red o r +

odontos, d e n t e

.

u m a c a r tila g e m e p ifis ia l, u m e x e m p lo d e u m a s in a r tr o s e c a r tila g ín e a . E s s a n

a r t ic u la ç õ e s im ó v e is o u lig e ir a m e n t e m ó v e is s ã o m a is c o m u n s n o e s q u e -

g id a c o n e x ã o d e n o m in a - s e

le t o a x ia l, a o p a s s o q u e a s a r t ic u la ç õ e s c o m m o v im e n t o s a m p lo s s ã o m a is

sincondrose (sin, j u n t o

+

chondros, c a r t i l a g e m

À s v e z e s , d o is o s s o s s e p a r a d o s f u n d e m - s e e o lim it e e n t r e e le s d e s a p a r e c e

n o e s q u e le t o a p e n d ic u la r .

Iss o c r ia u m a

Classificação das articulações* [Tabelas 8.1 / 8.2 ]

sinostose**, u m a

Anfiartroses

a r tic u la ç ã o t o t a lm e n t e r íg id a e im ó v e l.

(articulações ligeiramente móveis)

U m a a n fia r t r o s e p e r m ite m o v im e n to m u ito lim ita d o , e o s o ss o s, e m g e ra l

s ã o m a is s e p a r a d o s d o q u e e m u m a s in a r tr o s e . O s o s s o s p o d e m s e r c o n e c ­ ta d o s p o r fib r a s d e c o lá g e n o o u c a r tila g e m . N a

T r è s c a te g o r ia s fu n c io n a is d e a r t ic u la ç õ e s b a s e ia m - s e n a a m p lit u d e d e

sindesmose (desmo, f a i x ;

si­

o u lig a m e n t o ) , o s o s s o s a r tic u la d o s s ã o c o n e c ta d o s p o r u m lig a m e n t o q u t

a r t ic u la ç ã o ) ; u m a a r t ic u la ç ã o lig e ir a ­

lim it a o m o v im e n t o d e ss e s o s s o s . S ã o e x e m p lo s a s in d e s m o s e t ib io fib u la r

m s v im e n t o p e r m it id a ( T a b e la 8 . 1 ) . U m a a r t ic u la ç ã o im ó v e l é u m a

nartrose (sin, j u n t o

+

m en te m ó v e l é u m a

anfiartrose ( a n fi ,

em

m o v im e n t o a m p lo é u m a

s u b d iv is õ e s d e n tro

periodonto (peri, a o

N o o s s o e m c r e s c im e n to , o c o r p o ( d iá fis e ) e c a d a e p ífis e s ã o u n id o s p c

m e n to , e n q u a n to o u tr a s p e r m ite m m o v im e n to s p e q u e n o s o u e x te n so s . A s

tic u la ç ã o c o m

é u m a f o r m a e s p e c i a l i z a d a d e a r t i c u l a ç ã o f i b r e s*

q u e u n e c a d a d e n t e a o a lv é o lo d e n t a l ó s s e o c ir c u n d a n t e . E s s a c o n e x ã o fi

d e m o v im e n t o d e c a d a a r t ic u la ç ã o d e p e n d e m d e s u a e s t r u t u r a a n a t ô m ic a ,

a rth ro s,

m e m b r a r i.

s e n q u im a l, n a q u a l o s o s s o s se d e s e n v o lv e r a m . N a s in a r tr o s e , a s p e q u e n a

fíc ie s ó s s e a s , c a r t ila g e n s , lig a m e n t o s , te n d õ e s e m ú s c u lo s t r a b a lh a m e m

c: m iin s

ligamento sutural o u membrana sutural. A

s u t u r a l é c o m p o s t a p e l o s r e m a n e s c e n t e s n ã o - o s s i f i c a d o s d a m e m b r a n a rr.e

liq u id o . C a d a a r t ic u la ç ã o r e a liz a u m m o v im e n t o e s p e c ífic o , e a s s u p e r ­

- ..p u m a s a r t ic u la ç õ e s s ã o t r a v a d a s e im p e d e m

é u m a a r t ic u la ç ã o 5

t r a v a d a s e u n id a s n a s u t u r a p o r te c id o c o n e c tiv o fib r o s o . E s s e te c id o c o n e c

e x is te m s e m p r e q u e d o is o u m a is o s s o s se e n c o n t r a m , p o d e n d o

e s ta r e m c o n ta to d ir e to o u s e p a r a d a s p o r te c id o fib r o s o , c a r tila g e m

sutura (suturar, c o s t u r a r )

b r o s a e n c o n t r a d a a p e n a s e n t r e o s o s s o s d o c r â n i o . A s m a r g e n s d o s o s s o s sã

e n tr e a tíb ia e a fíb u la , e a m e m b r a n a in te r ó s s e a d o a n te b r a ç o , e n tre c

a m b o s o s la d o s ); u m a a r ­

diartrose

{d ia ,

d e c a d a c a te g o r ia fu n c io n a l in d ic a m

r á d io e a u ln a . E m u m a

a tra v é s). A s

sínfise, o s

o s s o s s ã o s e p a r a d o s p o r u m d i s c o d e fi-

b r o c a r t ila g e m . A s a r t ic u la ç õ e s e n t r e c o r p o s v e r t e b r a is a d ja c e n te s (a tra v é s

d ife r e n ç a s

disco intervertebral) e a c o n e x ã o a n t e r i o r e n t r e o s d o i s sínfise púbica) s ã o e x e m p l o s d e s s e t i p o d e a r t i c u l a ç ã o .

e s tr u tu r a is s ig n ific a t iv a s . A s s in a r tr o s e s e a n fia r t r o s e s sã o c la s s ific a d a s

do

c : m o fib r o s a s e c a r tila g ín e a s , e a s d ia r tr o s e s s ã o s u b d iv id id a s d e a c o r ­

o s s o s p ú b ic o s

s.

d o c o m o g r a u d e m o v im e n t o p e r m it id o . U m e s q u e m a a lt e r n a t iv o d e c la s s ific a ç ã o b a s e ia - s e s o m e n te n a e s t r u t u r a a r t ic u la r ( fu s ã o d o s o s s o s ,

Diartroses (articulações com movimento livre)

fib r o s a , c a r tila g ín e a o u s in o v ia l) . E s s e e s q u e m a d e c la s s ific a ç ã o é a p r e s-e n ta d o n a T a b e la 8 .2 . U s a r e m o s a q u i a c la s s if ic a ç ã o f u n c i o n a l , p o r q u e

[Figura 8 . 1 ]

n o s s o fo c o s e rá o g r a u d e m o v im e n to p e r m itid o , e n ã o a e s tr u tu r a In s ­

A s d ia r tr o s e s , o u

te i o g i c a d a a r t i c u l a ç ã o .

1 t a b e l a 8 .1

articulações sinoviais,

s ã o e s p e c ia liz a d a s p a r a o m o v i ­

m e n t o e p e r m it e m u m a g r a n d e a m p lit u d e d e m o v im e n t o . E m c o n d iç õ e s

Classificação funcional das articulações

Categoria funcional

Categoria estrutural

SINARTROSE

F ib rosa

íe m m o v im en to )

S u tu ra ; G o n fo se

D escrição

Exem plo

C o n ex õ e s fib ro sa s m a is tra v a e x ten sa

E n tre os o ssos d o c râ n io

C o n e x õ e s fib ro sas m a is in se rç ã o e m p ro c e sso alveolar

P e rio d o n to e n tre os d e n te s e os alvéolos d e n ta is

In te rp o s iç ã o d e p la c a c artila g ín e a

C a rtila g e n s epifisiais

C a rtila g ín ea S in c o n d ro se F u sã o ó sse a Sinostose** ANFIA R TR OSE jxxko

movimento)

j C o n v e rsã o d e o u tr a fo rm a a rtic u la r p a ra u m a m assa ’ só lid a d e o sso

N o c râ n io , c o m o ao lo n g o d a s u tu ra fro n ta l; lin h a s epifisiais

Fibrosa ; S in d e sm o se

C o n e x ã o lig a m e n ta r

E n tre a tíb ia e a fíbula

C a rtila g ín ea Sínfise DIA R TR O SE m o v im e n to am p lo)

\ C o n e x ã o p o r u m d isco de fib ro c a rtila g e m

S in o v ia l

A rtic u la ç ã o c o m p le x a lig ad a p o r c áp su la a rtic u la r e q u e c o n té m líq u id o sin o v ia l

N u m e ro sa s; su b d iv id id a s p o r a m p litu d e d e m o v im e n to (verF ig u ra s 8.3 a 8.6)

U n iax ial

P e rm ite m o v im e n to e m u m p la n o

C o to v elo , to rn o z e lo

Biaxial

P e rm ite m o v im e n to e m d o is p la n o s

C ostelas, p u n h o

Triaxial

P e rm ite m o v im e n to n o s trê s p la n o s

O m b ro , q u a d ril

• V de R.T. Em geral, os an ato m istas classificam as articulações com o fibrosas (as sin artro -

^

E n tre os o ssos d o q u a d ril d ire ito e e sq u e rd o ; e n tre c o rp o s v e rte b ra is a d ja ce n te s

cartilagíneas (as anfiartroses) e sinoviais (as d iartroses).

** N . de R.T. O te rm o sinostose significa a so ld ad u ra e n tre dois o u m ais ossos n o local d ; u m a articulação.

C a p ít u l o

8 • O Sistema Esquelético: Articulações

Cavidade medular Osso esponjoso Periósteo

Tendão do músculo quadríceps femoral

Bolsa sinovial Cápsula articular Cápsula articular (membrana fibrosa) Membrana sinovial

Patela

Membrana sinovial

Cartilagens articulares

Cartilagem articular Corpo adiposo infrapate-a-

Menisco

Ligamento da patela

Cavidade articular (que contém líquido sinovial/sinóvia)

Cavidade articular Menisco Ligamento intracapsular

Osso compacto

(a) Articulação sinovial, secção sagital Figura 8.1

(b) Articulação do joelho, secção sagital

Estrutura da articu la çã o sinovial.

As articulações sinoviais são diartroses que permitem uma grande am plitude de movimento, (a) Diagrama de uma articulação simples, (b) Vista de secção símp - c a ; ; da articulação do joelho.

n o r m a is , a s s u p e r fíc ie s ó s s e a s n o in t e r io r d e u m a a r tic u la ç ã o s in o v ia l n ã o f a z e m c o n t a t o e n t r e s i, p o r q u e e s s a s s u p e r f í c i e s s ã o r e v e s t i d a s p o r

c a rtila g en s a rtic u la re s.

E s s a s c a r tila g e n s a tu a m c o m o a m o r t e c e d o r e s

d e c h o q u e e a ju d a m a r e d u z ir o a tr ito . A s s e m e lh a m - s e à c a r t ila g e m h ia lin a e m m u it o s a s p e c t o s . C o n t u d o , a s c a r tila g e n s a r t ic u la r e s n ã o

TABELA 8.2 Classificação estrutural das articulações

té m p e r ic ô n d r io e a m a t r iz c o n té m m a is líq u id o d o q u e a c a r tila g e m

Estrutura

Tipo

Categoria funcional

FUSÃO ÓSSEA

Sinostose

S inartrose

A R TIC U LAÇ ÃO FIBROSA

S u tu ra G onfose Sindesm ose

S inartrose S inartrose A n fiartro se

A R TIC U LA Ç Ã O CARTILAG lN EA

S incondrose Sínfise

S in artro se A n fia rtro se

h ia lin a t íp ic a . A s a r t ic u la ç õ e s s in o v ia is s ã o e n c o n t r a d a s n a s e x t r e m id a ­ d e s d o s o s s o s lo n g o s , c o m o o s d o s m e m b r o s s u p e r io r e s e in fe r io r e s . A Figura 8.1 a p r e s e n t a a e s t r u t u r a d e u m a a r t i c u l a ç ã o s i n o v i a l c lá s s ic a . T o d a s a s a r t ic u la ç õ e s s in o v ia is tê m a s m e s m a s c a r a c t e r ís t ic a s

cápsula articular, ( 2 ) cartilagens articulares; ( 3 ) u m a cavidade articular p r e e n c h i d a c o m sinóvia (líquido sinovial); ( 4 ) u m a membrana sinovial q u e r e v e s t e a c á p s u l a a r t i c u l a r ; ( 5 ) estruturas aces­ sórias; e ( 6 ) nervos sensitivos e vasos sangüíneos q u e s u p r e m o e x t e r i o r b á s ic a s : ( 1 ) u m a

Suturafrcrra (fusáo)

e o i n t e r io r d a a r t ic u la ç ã o .

Sinóvia (líquido sinovial) A a r t ic u la ç ã o s in o v ia l é c ir c u n d a d a p o r u m a

cáp su la a rtic u la r

com ­

p o s ta d e u m a c a m a d a e s p e ss a d e te c id o c o n e c tiv o d e n s o (a m e m b r a n a fib r o s a ). A

membrana sinovial r e v e s t e

a c a v i d a d e a r t i c u la r , m a s p á r a n a s

cartilag en s articu lare s.

pág. 74 A s m e m b r a n a s s i n o -

m a rge n s d as

a i s p r o d u z e m o l í q u i d o q u e p r e e n c h e a c a v i d a d e a r t i c u la r . A

líq u id o sinovial) 1.

sin ó v ia

te m trê s fu n ç õ e s :

Fornecer lubrificação: A

fin a c a m a d a d e líq u id o s in o v ia l q u e c o b re

Sínfise Sínfise púbica

a fa c e in te r n a d a c á p s u la a r t ic u la r e a s fa c e s e x p o s ta s d a s c a r t ila ­ g e n s a r tic u la r e s p r o p o r c io n a lu b r ific a ç ã o e r e d u z o a tr ito . Is s o é o b t id o p e lo

hialuronato e

p e la

lubricina d o

líq u id o s in o v ia l, q u e

r e d u z e m o a t r it o e n t r e a s s u p e r fíc ie s d a s c a r t ila g e n s a r t ic u la r e s e m u m a a r t ic u la ç ã o s in o v ia l a té c e rc a d e u m q u in t o d a q u e le o b ­

AR TIC U LAÇ ÃO SINOVIAL

U niaxial Biaxial Triaxial

l >

J

s e r v a d o e n t r e d o i s p e d a ç o s d e g e lo .

2. Xutrir os condrócitos: A

Articulação sinovial

q u a n t id a d e to t a l d e l íq u id o s in o v ia l e m

u m a a r t ic u la ç ã o é n o r m a lm e n t e in fe r io r a 3 m L , m e s m o e m u m a

Todas d ia rtro se s

1Veja outros exemplos na Tabela 8.1.

08

a r tic u la ç ã o g r a n d e c o m o a d o jo e lh o . E s s e v o lu m e r e la tiv a m e n te p e c u e n o d e líq u id o d e v e c ir c u la r p a r a p r o p o r c io n a r n u tr ie n te s e u m a •■tia d e d e s c a r t e d e d e t r i t o s p a r a o s c o n d r ó c i t o s d a s c a r t il a g e n s a r t i c u ­ l a r e s . A c i r c u l a ç ã o d o l í q u i d o é i m p u l s i o n a d a p e lo m o v i m e n t o a r t i ­ c u la r , q u e t a m b é m c a u s a c i c lo s d e c o m p r e s s ã o e e x p a n s ã o n a s c a r t i ­ l a g e n s a r t i c u la r e s o p o s t a s . À c o m p r e s s ã o , o l í q u i d o s i n o v i a l é f o r ç a d o r a r a f o r a d a s c a r t i l a g e n s a r t i c u la r e s ; à r e e x p a n s ã o , o l í q u i d o s i n o v i a l c r u x a d o d e v o lta p a r a as m e s m a s c a r tila g e n s . E s s e flu x o d e líq u id o s in

. ; l p a r a f o r a e p a r a d e n t r o d a s c a r t il a g e n s a r t ic u la r e s f o r n e c e n u -

t r k ã o p a r a s e u s c o n d r ó c it o s . 3.

Anuir como amortecedor de impactos: O

líq u id o s in o v ia l a m o r t e c e o s

T a c t o s n a s a r t i c u la ç õ e s s u b m e t i d a s à c o m p r e s s ã o . P o r e x e m p lo , a s a r t i c u la ç õ e s d e q u a d r i l , j o e l h o e t o r n o / e l o s ã o c o m p r i m i d a s d u r a n t e a n a r c h a e fo r te m e n te c o m p r im id a s d u r a n te a m a r c h a a c e le r a d a o u a :

Luxação de um a a rticu la çã o sin o via l Quando ocorre uma luxa­ ção (deslocamento), as faces articulares são forçadas para fora da po­ sição normal. Esse deslocam ento pode danificar as cartilagens articula­ res, rom per ligamentos ou distorcer a cápsula articular. Embora não haja receptores de dor no interior de uma articulação, os nervos que suprem a cápsula articular, os ligamentos e os tendões apresentam fibras sensiti­ vas, e as luxações são muito dolorosas. A lesão que acompanha a luxação parcial, ou subluxação, é m enos grave. A s pessoas com "articulações muito m óveis" têm estabilização articular fraca. Embora estas articula­ ções permitam maior am plitude de movimento do que a de outros indiví­ duos, elas têm maior probabilidade de sofrer subluxações ou luxações.

' r i d a . Q u a n d o a p r e s s ã o a u m e n t a s u b it a m e n t e , o l í q u i d o s in o v i a l

a b s o r v e o i m p a c t o e o d i s t r i b u i d e m o d o u n i f o r m e s o b r e a s fa c e s a r ­

sinoviais

tic u la r e s .

s ã o b o ls a s t u b u l a r e s q u e c i r c u n d a m o s t e n d õ e s o n d e e le s p a s s a m

a t r a v é s d e s u p e r f í c i e s ó s s e a s . A s b o ls a s t a m b é m p o d e m a p a r e c e r a b a i x o d a p e le q u e r e v e s t e u m o s s o o u n o i n t e r i o r d e o u t r o s t e c id o s c o n e c t i v o s e x p o s ­

struturas acessórias [Figura 8.1] a m c u la ç õ e s s in o v ia is p o d e m te r u m a v a r ie d a d e d e e s tr u tu r a s a c e s s ó sas. i n c l u s i v e d i s c o d e f i b r o c a r t i l a g e m e c o r p o s a d i p o s o s , l ig a m e n t o s , t e n l e í e b o ls a s s i n o v i a i s ( F i g u r a 8 . 1 ) .

t o s a a t r i t o o u p r e s s ã o . A s b o ls a s q u e s e d e s e n v o l v e m e m l o c a li z a ç ã o a n o r ­ m a l o u d e v id o a p re ss õ e s a n o r m a is sã o c h a m a d a s d e

bolsas adventícias.

Força e mobilidade

Ks^os de fib ro cartilag em e co rp o s ad ip o so s [F igura 8.1b]

N a s a r ti-

U m a a r t i c u la ç ã o n ã o p o d e s e r a lt a m e n t e m ó v e l e , a o m e s m o t e m p o , m u i ­

n ia c õ e s c o m p l e x a s , c o m o a d o j o e l h o ( F i g u r a 8 . 1 b ) , e s t r u t u r a s a c e s s ó r ia s

to f o r t e . Q u a n t o m a i o r f o r a a m p l i t u d e d e m o v i m e n t o e m u m a a r t i c u l a ­

xkm

ç ã o , m a i s f r a c a e la s e r á . A s i n a r t r o s e , t i p o d e a r t i c u l a ç ã o m a i s f o r t e , n ã o

lo c a li z a r - s e e n t r e a s fa c e s a r t ic u la r e s o p o s t a s e m o d i f i c a r a s f o r m a s

p e r m i t e n e n h u m m o v i m e n t o , a o p a s s o q u e q u a l q u e r a r t i c u la ç ã o s i n o v i a l

e s s a s ía c e s . I s s o i n c l u i o s e g u in t e :

Meniscos articulares (meniscus,



( d i a r t r o s e ) p o d e s o f r e r l e s ã o c o m o m o v i m e n t o a lé m d a a m p l i t u d e d e m e i a - l u a ) s ã o d is c o s a r t i c u l a r e s

f i b r o c a r t i l a g í n e o s q u e p o d e m s u b d i v i d i r u m a c a v i d a d e a r t i c u la r ,

m o v im e n to n o r m a l. V á r io s fa to re s c o m b in a m - s e p a r a lim ita r a m o b ilid a ­ d e e r e d u z i r a p o s s i b i l i d a d e d e le s ã o :

c a n a liz a r o flu x o d o líq u id o s in o v ia l, p e r m it ir v a r ia ç õ e s d e fo r m a ■

d a s fa c e s a r t i c u la r e s o u r e s t r i n g i r m o v i m e n t o s n a a r t ic u la ç ã o .

Corpos adiposos e m



a p r e s e n ç a d e a c e s s ó r io s lig a m e n t a r e s e d e fib r a s c o lá g e n a s d a c á p ­ s u l a a r t i c u la r ;

g e r a l e s t ã o s it u a d o s p r ó x i m o à p e r i f e r i a d a a r ­ ■

t ic u la ç ã o , l i g e ir a m e n t e c o b e r t o s p e la m e m b r a n a s i n o v ia l. O s c o x in s

a a n a t o m i a d a s fa c e s a r t i c u l a r e s q u e i m p e d e m o m o v i m e n t o e m d i r e ç õ e s i n d e s e já v e i s ;

d e c o r p o s a d ip o s o s p r o p o r c i o n a m p r o t e ç ã o p a r a a s c a r t ila g e n s a r t ic o l a r e s e s e r v e m c o m o m a t e r i a l d e a c o n d i c io n a m e n t o p a r a a a r t ic u -



la ç ã o c o m o u m t o d o . E le s p r e e n c h e m o s e s p a ç o s c r ia d o s q u a n d o o s

a p r e s e n ç a d e o s s o s , p r o c e s s o s ó s s e o s , m ú s c u lo s e s q u e lé tic o s o u c o r p o s a d ip o s o s e m to r n o d a a r tic u la ç ã o ; e

o s s o s s e m o v e m e a c a v i d a d e a r t ic u la r m u d a d e f o r m a . ■

asa m e n to s [Figura 8.1b]

t e n s ã o n o s t e n d õ e s i n s e r i d o s n o s o s s o s e m a r t i c u la ç ã o . Q u a n d o u m m ú s c u l o e s q u e l é t i c o s e c o n t r a i e t r a c i o n a o t e n d ã o , p o d e r á r e a liz a r

A c á p s u la a r t ic u la r q u e c ir c u n d a t o d a a a r-

o u s e o p o r a o m o v i m e n t o e m u m a d e t e r m i n a d a d ir e ç ã o .

i m l a c ã o é c o n t í n u a c o m o p e r i ó s t e o d o s o s s o s q u e s e a r t i c u la m . O s l ig a ■ e m o s sã o a c e s s ó r io s q u e s u s t e n t a m , fo r ta le c e m e r e fo r ç a m as a r tic u la t - - r.

a is. O s

ligam entos intrínseco s, o u lig am en to s capsulares, s ã o lig am e n to s ex trín seco s

t r - a m e r . t o s d a p r ó p r i a c á p s u l a a r t i c u la r . O s 1:

í-er a r a d o s d a c á p s u l a a r t ic u la r . E s s e s l i g a m e n t o s p o d e m s e r l o c a li z a -

: : • e x t e r n a o u i n t e r n a m e n t e à c á p s u l a a r t ic u la r , e s ã o d e n o m i n a d o s

rtems extracapsulares e intracapsulares, r e s p e c t i v a m e n t e Tendões F ig u ra 8.1b]

liga-

( F ig u r a 8 . 1 b ) .

E m b o r a tip ic a m e n te n ã o fa ç a m p a r te d a a r-

i m l a e ã o r r o p r i a m e n t e d it a , o s t e n d õ e s ( F i g u r a

8.1b)

Va REVISÃO DOS CO N CEITO S 1. 2. 3. 4.

Faça a distinção entre sinartrose e anfiartrose. Qual é a principal vantagem de uma articulação sinovial? Identifique duas funções da sinóvia (líquido sinovial). 0 que são bolsas sinoviais? Qual é sua função?

e m geral p a ssam

Veja a seção de Respostas na parte final do livro.

rr a e s a a a r t i c u la ç ã o o u e m s u a p r o x i m i d a d e . O t ô n u s m u s c u l a r n o r m a l ■ a r .:= —

- te n d õ e s te n s o s , e a te n s ã o p o d e lim it a r a a m p lit u d e d e m o -

tm e n it

E m a lg u m a s a r tic u la ç õ e s , o s t e n d õ e s s ã o p a r te s in te g r a n te s d a

:_ r -

a a r t i c u l a r e p r o p o r c i o n a m r e s is t ê n c ia e x p r e s s iv a à c á p s u l a .

Forma e função articular P ara

io isas sinoviais [Figura 8.1b]

S ã o p e q u e n a s b o ls a s p r e e n c h i d a s p o r l i ­

8.1b).

compreender o

m o v im e n t o h u m a n o , v o c ê p r e c is a e s ta r c ie n te d a r e la ­

ç ã o e n t r e e s t r u t u r a e f u n ç ã o e m c a d a u m a d a s a r t i c u la ç õ e s . P a r a

descrever

A s b o ls a s s i n o v i a i s s ã o

o m o v im e n to h u m a n o , v o c ê p r e c is a d e u m a e s tr u tu r a d e r e fe r ê n c ia q u e

-e v e s tid a s p e la m e m b r a n a s in o v i a l e p o d e m c o m u n i c a r - s e o u n ã o c o m a

p e r m it a a c o m u n ic a ç ã o e x a ta e p r e c is a . A s a r t ic u la ç õ e s s in o v ia is p o d e m

m a : s i n o v i a l n o t e c id o c o n e c t iv o ( F i g u r a

m a a a a e a r t ic u la r . A s b o ls a s s i n o v ia i s f o r m a m - s e o n d e o t e n d ã o o u o s lig a -

se r c la s s ific a d a s d e a c o r d o c o m s u a s p r o p r ie d a d e s a n a tô m ic a s e fu n c io ­

ner.tc 5

a :r : t a m c o n t r a o u t r o s t e c id o s . S u a f u n ç ã o é r e d u z ir o a t r it o e a g ir

n a is . P a r a d e m o n s t r a r a b a s e d e s s a c l a s s i f i c a ç ã o , d e s c r e v e r e m o s o s m o v i ­

; a m o r t e c e d o r e s d e c h o q u e . A s b o ls a s s ã o e n c o n t r a d a s e m t o r n o d a

m e n t o s q u e p o d e m o c o r r e r e m u m a a r tic u la ç ã o s in o v ia l c lá s s ic a u s a n d o

- __ - a d a s a r t ic u la ç õ e s s in o v ia is , c o m o a d o o m b r o . A s

b a in h as tendíneas

u m m o d e l o s i m p li f i c a d o .

C a p ít u l o

Descrição do movimento dinâmico

8 • O Sistema Esquelético: Articulações

v im e n t o é b a s ta n te d ifíc il d e d e sc re v e r. O s a n a to m is ta s e v it a m

[ F i g u r a 8 .2 ]

:

t£ -

m e n t e o p r o b le m a u s a n d o u m t e r m o e s p e c ia l, c i r c u n d u ç ã o " r e g u e u m lá p is o u c a n e ta c o m o m o d e lo e d e ix e -o e re to n a s u p e r fíc ie d e .im a m e s a , c o m o m o s t r a a

Figura 8.2a.

m e s a é u m a fa c e a r t ic u la r . C o m

O lá p is r e p r e s e n ta u m

cum, a o

o sso e a

Movimento possível 3: Rotação do corpo.

u m p o u c o d e im a g in a ç ã o , e c o m m u it a

: -

r e d o r d e ) , p a r a e s s e t ip o d e m o v i m e n t o a n g u la r . S e v o c ê e v ita r o m :

to r ç ã o , p u x õ e s e e m p u r r õ e s , d e m o n s tr a - s e q u e só e x is te m trê s m o d o s d e

m e n t o d a b a s e e m a n t iv e r o c o r p o n a v e r t ic a l, a in d a a s s im

m o v e r o m o d e lo . C o n s id e r a n d o - o s u m d e c a d a v e z , te r e m o s u m a e s tr u tu ­

g ir á - la e m t o r n o d e s e u e ix o lo n g it u d in a l. E s s e m o v im e n t o d e n o m i­

r a d e r e fe r ê n c ia p a r a a n a lis a r q u a lq u e r m o v im e n t o c o m p le x o .

n a-se

Movimento possível 1: Movimento da ponta.

Se vo cê seg u rar o

p e r fíc ie . E s s e tip o d e m o v im e n t o é c h a m a d o d e

deslizamento (Figura

movimento linear.

V o c ê p o d e d e s liz a r a

e é um

e x e m p lo d e

a r t ic u la ç õ e s p e r m it e m

r o im ­

p a r c ia l ( la te r a l e m e d ia i) , m a s n e n h u m a p o d e r o d a r liv r e m e n t e , p : : ; e ste m o v im e n t o c a u s a r ia u m a to r ç ã o ir r e m e d iá v e l n o s v a s o s s a n g ü í­

lá p is e re to , m a s n ã o f ix a r a p o n t a , p o d e r á e m p u r r a r o lá p is p e la s u ­

8.2b)

rotação (Figura 8.2e). V á r i a s

p o cer_

n e o s , n e r v o s e m ú s c u lo s q u e a t r a v e s s a m a a r t ic u la ç ã o . A a r t ic u la ç ã o q u e p e r m it e m o v im e n t o a p e n a s a o lo n g o d e u m e ix o e

uniaxial.

p o n t a p a r a fr e n t e o u p a r a tr á s , d e u m la d o p a r a o u t r o o u n a d ia g o ­

ch am ad a de

n a l. D e q u a lq u e r fo r m a q u e v o c ê m o v a o lá p is , o m o v im e n t o p o d e

t ir m o v im e n t o a n g u la r a p e n a s n o e ix o tr a n s v e r s a l (fle x ã o / e x te n s ã o )-

N o m o d e lo p r e c e d e n te , se u m a a r t ic u la ç ã o p e r m i­

s e r d e s c r it o u s a n d o d u a s lin h a s d e r e fe r ê n c ia . U m a lin h a r e p r e s e n ta

a r o t a ç ã o e m t o r n o d o e ix o lo n g it u d in a l, e la é u n ia x ia l. S e o m o v i m e i i : :

biaxial.

o

o m o v im e n t o fr e n t e / tr á s (e ix o â n t e r o - p o s t e r io r o u s a g ita l) e a o u ­

p u d e r o c o r r e r a o lo n g o d e d o is e ix o s , a a r t ic u la ç ã o é

t r a r e p r e s e n ta o m o v im e n t o e s q u e r d a / d ir e ita ( e ix o lá t e r o - la t e r a l o u

p u d e r r e a liz a r o m o v im e n t o a n g u la r n o e ix o tr a n s v e r s a l ( f le x ã o / e x t e r .ii:

t r a n s v e r s a l) . P o r e x e m p lo , u m

o u n o e ix o s a g ita l ( a b d u ç ã o / a d u ç ã o ) , m a s n ã o fiz e r q u a lq u e r c o m b i n a c i :

s im p le s m o v im e n t o a o lo n g o d e u m

e ix o p o d e s e r d e s c r it o c o m o “ 1 c m p a r a a fr e n t e ” o u “ 2 c m p a r a a e s ­

d e a m b o s , a a r t ic u la ç ã o é b ia x ia l. A s a r t ic u la ç õ e s

q u e r d a ”. O m o v i m e n t o e m d i a g o n a l p o d e s e r d e s c r i t o u s a n d o a m b o s

c o m b in a ç ã o d e m o v im e n t o s d e r o t a ç ã o e a n g u la r e s .

triaxiais

Se

ou

la r lí

p e r m ite m

i

o s e i x o s , i s t o é , “ 1 c m p a r a t r á s e 2 , 5 c m p a r a a d i r e i t a ”.

Movimento possível 2: Mudança de ângulo do corpo (diáfise).

F i­

Tipos de movimentos

x a n d o a p o n ta d o lá p is n a p o s iç ã o , v o c ê a in d a p o d e m o v e r a e x t r e m i­

T o d o s o s m o v im e n to s , a m e n o s q u e se in d iq u e o c o n tr á r io , s ã o d e s c r ::: s

d a d e liv r e (d a b o r r a c h a d o lá p is ) p a r a a fre n te e p a r a trá s o u d e u m

c o m r e la ç ã o a o in d iv íd u o n a p o s iç ã o a n a t ô m ic a . N a s d e s c r iç õ e s d e m :

-

la d o p a r a o o u t r o . E s s e s m o v im e n t o s , q u e m u d a m o â n g u lo e n tr e o

m e n t o d a s a r tic u la ç õ e s s in o v ia is , o s a n a to m is ta s u s a m te r m o s d e s c r ::

;

c o r p o d o o s s o e a fa c e a r tic u la r , s ã o e x e m p lo s d e

Figura 8.2c).

movimento angular

Q u a lq u e r m o v im e n t o a n g u la r p o d e s e r d e s c r it o c o m

q u e tê m s ig n ific a d o e s p e c ífic o . C o n s id e r a r e m o s e sse s m o v im e n t o s c o m r e ­ la ç ã o à s c a te g o r ia s b á s ic a s d e m o v im e n t o c o n te m p la d a s n a s e ç ã o a n t e r :: r

r e la ç ã o a o s m e s m o s d o is e ix o s (s a g it a l e tr a n s v e r s a l) e à m u d a n ç a a n g u la r (e m g r a u s ) * . C o n t u d o , e m u m e s p e c ia l p a r a d e s c r e v e r u m

caso, e m p reg a -se u m

te rm o

m o v im e n t o a n g u la r c o m p le x o . S e g u r e a

e x t r e m id a d e liv r e d o lá p is e m o v a - a a té q u e a d iá fis e n ã o e s te ja m a is n a v e r t ic a l. A g o r a , c o m a p o n t a fir m e m e n t e s e g u r a n o lu g a r, m o v a a e x t re m id a d e liv r e e m u m c ír c u lo c o m p le to

(Figura 8.2d).

E sse m o -

M ovim ento linear (deslizamento) [Figura 8.2b] No

deslizamento, d u a s

tra

(Figura 8.2b).

fa c e s a r t ic u la r e s o p o s t a s d e s liz a m u m a s o b r e a : n -

O d e s liz a m e n t o o c o r r e e n t r e a s fa c e s d o s o s s o s c a r p i -

a r tic u la d o s e o s o s s o s ta r s a is e e n tr e a s c la v íc u la s e o e s te rn o . O m o v im e n : : p o d e o c o r r e r e m q u a s e to d a s a s d ir e ç õ e s , m a s o m o n ta n t e d e m o v i m e r : :

' N . de R.T. O m o v im e n to realizad o ao re d o r d o eixo sagital é d e a b d u ç ã o /a d u ç ã o , aquele

é p e q u e n o , e a r o t a ç ã o é , e m g e r a l, e v it a d a p e la c á p s u la e p e lo s lig a r r .e m : ;

e ^ z ad o ao re d o r d o eixo tra n sv ersa l é d e flex ão /ex ten são e a ro ta ç ã o é realizada ao re d o r

a s s o c ia d o s .

k> eixo lo n g itu d in a l. P o r o u tro lado, o m o v im e n to de a b d u ç ã o /a d u ç ã o é realizado n o p la n o ir: a ta i o u c o ronal; o m o v im e n to d e flex ão /ex ten são é realizad o n o p la n o sagital e a rotação, p la n o transversal.

(a) Posição inicial

Lápis em ângulo reto com a superfície.

52

** N . d e R.T. A c irc u n d a çã o é u m m o v im e n to c o m b in a d o q u e envolve flexão-abc uca

:

te n sã o -a d u ç ã o , e descreve u m co n e cujo ápice é o c e n tro d a articu lação.

(b) Movimento linear (deslizamento)

O lápis continua na vertical, mas a ponta se move para longe do ponto de origem.

(c) Movimento angular

A ponta permanece imóvel, mas a diáfise (corpo) muda o ângulo com relação à superfície.

(d) Circundução

A circundução é um tipo de movimento angular. A ponta permanece imóvel enquanto a diáfise, mantida em ângulo inferior a 90°, descreve um círculo completo.

(e) Rotação

Com a ponta no mesmo local, o ângulo da diáfise permanece inalte­ rado quando ela gira em torno de seu eixo longitudina.

Modelo simples de movimento articular.

ãc in s c r ito s trê s tip o s de m o vim ento dinâm ico: (a) posiçã o inicial do m odelo; (b) m ovim ento possível 1, m ostrando deslizam ento, um e xe m p lo de m o v im e n u t h í ' . - íe n to possível 2, m ostrando m ovim ento angular; (d) m ovim ento possível 2, m ostrando um tipo esp ecial de m ovim ento angular cham ad o de c ir c u r x J u ií: e * — . m ento possível 3, m ostrando rotação.



210

O SISTEMA ESQUELÉTICO

Flexão

Abdução Flexão

Flexão xiução

Abdução

(b)

- gura 8.3

Movim entos angulares.

Exemplos de movimentos que mudam o ângulo entre o corpo (diáfise) e a face articular. Os pontos vermelhos indicam a localização das articulações envc . movimento ilustrado, (a) Abdução/adução, (b) flexão/extensão, (c) adução/abdução e (d) circundução.

C a p ít u lo 8

*

O

S istem a Esquelético: A rtic u la çõ es Rotação da cabeça

Movimento angular [Figura 8.3] • ã o e x e m p lo s d e m o v i m e n t o a n g u l a r

Kd e s c r i ç ã o ó m ic a ■

211

abdução, adução, flexão e extensão.

d e c a d a m o v i m e n t o b a s e ia - s e n o i n d i v í d u o e m p o s i ç ã o a n a -

(Figura 8.3). A

ab d u ção

(ab, a

p a r t ir d e ) é o m o v im e n t o q u e d is ta n c ia o s e g ­

m e n t o d o c o r p o d o p l a n o m e d ia n o . P o r e x e m p lo , a f a s t a r o m e m ­ b r o s u p e r io r p a r a lo n g e d o t r o n c o é a b d u ç ã o d o m e m b r o ; m o v ê - lo

ad u ção

d e v o lta e m d ir e ç ã o a o tr o n c o é d e n o m in a d o

(

ad, p a r a ) .

A a b d u ç ã o d o p u n h o m o v e a b a s e d a m ã o p a r a lo n g e d o c o r p o , e n q u a n t o a a d u ç ã o m o v e - a n a d ir e ç ã o d o c o r p o . A a b e r tu r a d o s d e d o s d a m ã o o u d o p é d e i x a - o s e m a b d u ç ã o , p o r q u e e le s s e m o ­ v e m p a r a l o n g e d o d e d o m é d io . A p r o x i m á - l o s c o n s t i t u i a d u ç ã o . A b d u ç ã o e a d u ç ã o s e m p r e se r e fe r e m a m o v im e n t o s d o e s q u e le to a p e n d ic u la r (F ig u r a 8 .3 a ,c ) . ■

A

flexão

p o d e s e r d e fin id a c o m o o m o v im e n to n o p la n o â n te ro -

p o s te r io r , q u e

são

reduz o ângulo entre os elementos articulados. A exten­ aumenta o ângulo entre os elemen­

o c o r r e n o m e s m o p la n o , m a s

tos articulados (Figura 8.3b). Q u a n d o

v o c ê l e v a a c a b e ç a n a d ir e ç ã o

d e s e u p e it o , v o c ê f l e x i o n a a s a r t ic u la ç õ e s in t e r v e r t e b r a is d o p e s c o ç o . Q u a n d o v o c ê s e in c l in a p a r a t o c a r o s d e d o s d o p é , f l e x i o n a a s a r t i ­ c u la ç õ e s i n t e r v e r t e b r a is d e t o d a a c o l u n a v e r t e b r a l. A e x t e n s ã o é u m m o v i m e n t o n o m e s m o p l a n o d a fl e x ã o , p o r é m n a d ir e ç ã o o p o s t a . A e x t e n s ã o p o d e f a z e r o m e m b r o v o l t a r o u ir a lé m d a p o s i ç ã o a n a ­ t ô m i c a . H i p e r e x t e n s ã o é u m t e r m o a p lic a d o a q u a l q u e r m o v i m e n ­ t o e m q u e o m e m b r o s e ja e s t e n d id o a lé m d e s e u s li m i t e s n o r m a is , r e s u l t a n d o e m le s ã o a r t ic u la r . A

h iperextensão

é , e m g e r a l, e v it a d a

p o r l i g a m e n t o s , p r o c e s s o s ó s s e o s o u t e c id o s m o l e s c ir c u n d a n t e s . A f l e x ã o d o o m b r o o u d o q u a d r i l fa z o s m e m b r o s o s c ila r e m p a r a a fr e n t e , a o p a s s o q u e a e x t e n s ã o m o v e - o s p a r a t r á s . A fl e x ã o d o p u n h o m o v e a m ã o p a r a a fr e n t e , e a e x t e n s ã o m o v e - a p a r a t r á s . ■

circundução (Figura

U m t ip o e s p e c ia l d e m o v im e n t o a n g u la r , a

8.3d),

t a m b é m fo i in t r o d u z id o e m n o s s o m o d e lo . U m e x e m p lo

f a m i l i a r d e c i r c u n d u ç ã o é m o v e r o b r a ç o e m c ír c u l o , c o m o s e d e s e ­

Supinação

n h á s s e m o s u m g r a n d e c ír c u l o e m u m a l o u s a .

Pronação

otação [Figura 8.4] ro tação

da cab eça p o d e ser

p a ra a e sq u e rd a

ou

p a ra a d ireita,

com o

í a n d o s e s i n a l i z a u m “ n ã o ” c o m a c a b e ç a . N a a n á l is e d o s m o v i m e n t o s s m e m b r o s , se a r e g iã o a n t e r io r d o m e m b r o g ir a r

medialmente, n a

d i-

ro ta çã o m ediai. S e e le s e t a r para lateral, v o c ê t e m u m a ro ta ç ã o lateral. E s s e s m o v i m e n t o s d e t a ç ã o e s t ã o i l u s t r a d o s n a Figura 8.4.

cão d a fa c e v e n tr a l d o c o r p o , v o c ê te m u m a

A s a r t i c u la ç õ e s r a d i u l n a r e s p r o x i m a l e d is t a i p e r m i t e m a r o t a ç ã o d a

Supinação

r ô s e d is t a i d o r á d io a p a r t i r d a p o s iç ã o a n a t ô m ic a a t r a v é s d a fa c e a n t e r io r u ln a . E s s e m o v i m e n t o , d e n o m i n a d o

pronação,

Pronação

fa z c o m q u e o p u n h o e a

_ m a d a m ã o - d a p o s iç ã o v o l t a d a p a r a fr e n t e - v i r e m - s e p a r a tr á s ; o m o v i e n to o p o s t o , q u e p o s i c i o n a a p a lm a d a m ã o p a r a a fr e n t e , é a

supinação.

Figura 8.4

Movimentos de rotação.

Exemplos de movimento nos quais o corpo do osso faz rotação.

Movimentos especiais [Figura 8.5]

tornozelo, e l e v a

: - : e m v á r i o s t e r m o s e s p e c i a is p a r a a r t i c u la ç õ e s e s p e c í f i c a s o u p a r a t ip o s j T iu n s d e m o v i m e n t o ■

Eversão

(Figura 8.5).

(e , p a r a f o r a +

vertere, v o l t a r - s e )

é u m m o v im e n to d e to r­

(Figura 8.5a). O m o v i m e n ­ m e d ia i , c h a m a - s e d e inversão ( in,



A

flexão la te ra l

o c o r r e q u a n d o a c o lu n a v e r te b r a l in c lin a -s e p a r :

ç ã o d o p é , q u e v ir a a p la n ta p a r a la te ra l

o la d o . E s s e m o v im e n t o é m a is p r o n u n c ia d o n a s r e g iõ e s c e r v ic a l e

to o p o sto , q u e v ir a a p la n ta p a r a

to r á c ic a

p a ra d e n tro ). ■

o to r n o z e lo e a p a r te p r o x im a l d o p é , c o m o q u a n d :

fic a m o s n a p o n ta d o s p é s.

Flexão d o rsal

(Figura 8.5c). A

fle x ã o la te r a l p a r a a e s q u e r d a é c o n t r a b a ­

l a n ç a d a p e la f l e x ã o l a t e r a l p a r a a d ir e it a . e

flexão p la n ta r ( planta, s o l a ) t a m b é m s e r e f e r e m (Figura 8.5b). A f l e x ã o d o r s a l , o u extensão do

■ P ro tra ç ã o

s ig n ific a m o v e r u m a p a r te d o c o r p o p a r a a fr e n te n :

R etração

(Figura 8.5d

a m o v im e n to s d o p é

p l a n o h o r i z o n t a l.

tornozelo, e le v a

V o c ê p r o t r a i s u a m a n d íb u la q u a n d o p r e n d e o lá b io s u p e r io r c o r

a p a r t e d is t a i d o p é e o s d e d o s d o p é , c o m o q u a n d o

c a m in h a m o s s o b r e o s c a lc a n h a re s . A fle x ã o p la n ta r, o u

flexão do

é o m o v im e n t o in v e r s o

o s d e n te s in fe r io r e s e p r o t r a i as c la v íc u la s q u a n d o c r u z a o s b r a ç o s.

O SISTEMA ESQUELÉTICO

212

Flexão plantar (extensão do tornozelo) (a)

(d)

= g_-a8.5

Flexão lateral

(b)

(c)

(e)

(f)

Movimentos especiais.

£ ‘ í ~ o(os dos termos especiais usados para descrever o movimento em articulações específicas ou direções singulares de movimento: (a) eversão/inversão, (b - r •è : :orsal flexão plantar, (c) flexão lateral, (d) retração/protração, (e) oposição, (f) depressão/elevação.

■ O posição

é o m o v i m e n t o e s p e c ia l d o p o l e g a r q u e p r o d u z o c o n t a t o

d e p o l p a a p o l p a d o p o l e g a r c o m a p a lm a d a m ã o o u q u a l q u e r o u t r o d e d o . A fl e x ã o d o q u in t o o s s o m e t a c a r p a l p o d e a u x i l i a r e s s e m o v i ­ m e n t o . O c o n t r á r io d a o p o s i ç ã o c h a m a - s e

■ Elevação

dep ressão

reposição (Figura 8.5e).

■ A rticulações trocóideas:

As

articu laçõ es tro có id eas (em p h ó (Figura 8.6c

ta m b é m sã o u n ia x ia is , m a s p e r m ite m a p e n a s r o ta ç ã o

o c o r r e m q u a n d o u m a e s tr u tu r a se m o v e

A a r t i c u la ç ã o t r o c ó i d e a e n t r e o a t l a s e o á x i s ( a r t i c u l a ç ã o a t l a n t o a

p a r a c i m a o u p a r a b a ix o . H á d e p r e s s ã o d a m a n d í b u l a q u a n d o v o c ê

x i a l m e d ia n a ) p e r m i t e q u e v o c ê g i r e a c a b e ç a p a r a a m b o s o s l a d o í

e

a b r e a b o c a e e le v a ç ã o a o fe c h á -la

(Figura 8.5f).

O u tr a e le v a ç ã o

f a m i l i a r a c o n t e c e q u a n d o v o c ê e n c o lh e o s o m b r o s .

■ A rticulações elipsóideas:

condilar, u m a

Em um a

a rtic u la ç ã o elipsóidea

fa c e a r t ic u la r o v a l (c o n v e x a ) a n in h a - s e n o i n t e r : :

d e u m a d e p r e s s ã o ( c ô n c a v a ) n a fa c e a r t i c u l a r o p o s t a

Classificação estrutural das articulações sinoviais [Figura 8.6]

(Figura

8 .6 C

C o m e s s e t ip o d e o r g a n iz a ç ã o , o m o v im e n t o a n g u la r o c o r r e eu d o is p la n o s (s a g it a l e fr o n t a l) , a o lo n g o o u a tr a v é s d a fa c e o v al A s s im , é u m e x e m p lo d e a r t ic u la ç ã o b ia x ia l. A s a r tic u la ç õ e s e iip

A í i r n c u l a ç õ e s s i n o v i a i s t ê m m o v i m e n t o a m p lo . U m a v e z q u e p e r m i t e m z r a r .d e a m p l i t u d e d e m o v i m e n t o , s ã o c l a s s i f i c a d a s d e a c o r d o c o m o t i p o e :: ~

e m d o b r a d i ç a é u m e x e m p lo d e a r t i c u la ç ã o u n i a x i a l ( e ix o t r a n s v e r s a l) . S ã o e x e m p lo s d e s s a s a r t i c u la ç õ e s o c o t o v e lo e o jo e l h o .

s ó i d e a s c o n e c t a m a s f a la n g e s p r o x i m a i s d o s d e d o s d a m ã o e d o p c o m o s o s s o s m e t a c a r p a is e o s o s s o s m e t a t a r s a is , r e s p e c tiv a m e n t e

a a m p lit u d e d e m o v im e n t o p e r m it id a . A a n a t o m ia d a a r tic u la ç ã o

■ A rticulações selares:

a e n n e seu m o v im e n to .

■ A rticulações planas: de

As

articulações planas,

planares o u deslizantes, t ê m

te c u r v a s

(Figura 8.6a). A s

ta m b é m c h a m a d a s

fa c e s a r t ic u la r e s p la n a s o u l i g e ir a m e n ­

fa c e s a r t ic u la r e s r e la t iv a m e n t e p la n a s d e s -

i z a m u m a s o b r e a o u t r a , m a s a a m p lit u d e d e m o v im e n t o é b e m p e c u e n a . O s l ig a m e n t o s e m g e r a l i m p e d e m o u r e s t r in g e m a r o t a ç ã o . A s a r tic u la ç õ e s p la n a s s ã o e n c o n t r a d a s n a s e x t r e m id a d e s d a s c la v íc u la s , e n t r e o s o s s o s c a r p a is , e n t r e o s o s s o s t a r s a is e e n t r e a s fa c e s a r t ic u la ­

não-axiais, o q u e s ig n ific a a p e n a s p e q u e n o s m o v i m e n t o s d e s liz a n te s , o u multia-

res d e v é r t e b r a s a d ja c e n t e s . E la s p o d e m s e r q u e p e r m ite m

xiais, s ig n i f i c a n d o ■ G inglim os:

Os

q u e p e r m it e m d e s liz a m e n t o e m q u a l q u e r d ir e ç ã o .

gínglim os (articulações em d obradiça)

p e r m i­

te m m o v i m e n t o a n g u la r d e fl e x ã o e e x t e n s ã o n o p l a n o s a g it a l, c o m o a a b e r t u r a e o fe c h a m e n t o d e u m a p o r t a

(Figura 8.6b). A

a r t ic u la ç ã o

As

articu laçõ es selares (Figura 8.6e

té n

fa c e s a r t i c u la r e s c o m p l e x a s . A s s e m e l h a m - s e a u m a s e la p o r q u e sã c ô n c a v a s e m u m e i x o e c o n v e x a s n o o u t r o . A s a r t i c u l a ç õ e s s e la r e s ã o e x t r e m a m e n te m ó v e is , p e r m it in d o m o v im e n t o a n g u la r e x t e r s o s e m r o t a ç ã o . E m g e r a l, s ã o c l a s s i f i c a d a s c o m o a r t i c u l a ç õ e s b i a x i a i s . M o v e r a a r t i c u la ç ã o s e l a r n a b a s e d e s e u p o l e g a r ( a r t i c u l a c ã c a r p o m e t a c a r p a l d o p o le g a r ) é u m a d e m o n s t r a ç ã o e x c e le n te q u p e r m ite v i r a r a s p á g in a s c o m o p o le g a r d u r a n te a le it u r a .

■ A rticu laçõ es esferóideas: E m gura 8.6f), a c a b e ç a r e d o n d a d e

um a

artic u la ç ão esferóidea F

u m o ss o re p o u s a n o in te r io r d

u m a d e p r e s sã o e m fo r m a d e c ú p u la d o o u tr o . T o d a s as c o m b in a ç õ e s d e m o v i m e n t o s , i n c l u s i v e a r o t a ç ã o , p o d e m s e r r e a l i z a d a s en u m a a r t i c u l a ç ã o e s f e r ó i d e a . E la s s ã o a r t i c u l a ç õ e s t r i a x i a i s , e sã. e x e m p l o s a s a r t i c u la ç õ e s d o o m b r o e d o q u a d r i l .

C a p ít u l o

8 • O Sistema Esquelético: Articulações

Manúbrio do esterno

(a) Articulação plana (deslizante)

(b) Gínglimo (dobradiça)

Atlas

Áxis I I

(c) Articulação trocóidea (em pivô)

(d) Articulação elipsóidea

Úmero

Metacarpal

Trapézio

(f) Articulação esferóidea (e) Articulação selar

fig u ra 8.6

Classificação estrutural das articulações sinoviais.

Este esquema de classificação baseia-se na am plitude de movimento permitida.

G R E V ISÃ O D O S C O N C E IT O S

Articulações representativas

Em um recém -nascido, os grandes ossos do crânio são unidos por tecido

E s t a s e ç ã o c o n s id e r a e x e m p lo s d e a r t ic u la ç õ e s q u e d e m o n s tr a m

conectivo fibroso. Que tipo de articulação é essa? Esses ossos, posterior­ mente, crescem , unem-se entre si e form am articulações imóveis. Que tipo de articulações são essas?

p o r ta n te s p r in c íp io s fu n c io n a is . P r im e ir a m e n te , c o n s id e r a r e m o s

2. Dê o term o apropriado para cada um dos seguintes tipos de movimento: (a)

— -

articulação temporomandvr. t e m p o r a l , ( 2 ) a s articulações inter­ e ( 3 ) a articulação esternoclavíc -

a r t ic u la ç õ e s d o e s q u e le t o a x ia l: ( 1 ) a (A T M ) , e n tr e a m a n d íb u la e o o s s o

vertebrais e n t r e

v é r t e b r a s a d ja c e n te s

~iover o úmero para longe da linha m ediana do corpo; (b) girar as palmas

e n t r e a c la v íc u la e o m a n ú b r io d o e s te r n o . A s e g u ir , e x a m in a r e m c f ü

das m ãos de modo que elas se voltem para a frente; (c) dobrar o cotovelo.

a r tic u la ç õ e s s in o v ia is d o e s q u e le to a p e n d ic u la r . O o m b r o te m g r a n d e m o b i l i d a d e , o c o t o v e l o t e m g r a n d e r e s i s t ê n c i a e o p u n h o f a z a ju s t e ?

veja a seção de Respostas na parte final do livro.

n o s d a o r ie n t a ç ã o d a p a lm a e d o s d e d o s . O s r e q u is ito s fu n c io n a is i i f

O SISTEM A ESQUELÉTICO

i c i e í . n o m e m b r o in fe r io r s ã o m u it o d ife r e n te s e m r e la ç ã o a o s

A a r t ic u la ç ã o t e m p o r o m a n d ib u la r é p r in c ip a lm e n t e u m g ín g lim o

i : — e m b r o s u p e r io r . A s a r tic u la ç õ e s d o q u a d r il, jo e lh o e t o r n o z e lo p r e -

m a s a c á p s u l a a r t i c u l a r f r o u x a e a s fa c e s a r t i c u l a r e s r e l a t i v a m e n t e p l a n a

d s a m t r a n s fe r ir o p e so d o c o r p o p a r a o s o lo e, d u r a n te o s m o v im e n to s

ta m b é m p e r m ite m p e q u e n o s m o v im e n t o s d e d e s liz a m e n t o e r o ta ç ã o . E s

c m o c o r r id a , s a lto s o u r o ta ç õ e s , a s fo r ç a s a p lic a d a s s ã o c o n s id e r a v e l-

ses m o v im e n to s s e c u n d á r io s s ã o im p o r ta n te s p a r a o p o s ic io n a m e n to c

m e n t e m a io r e s d o q u e o p e s o d o c o r p o . E m b o r a e s ta s e ç ã o c o n s id e r e

a li m e n t o n a s fa c e s d e t r i t u r a ç ã o d o s d e n t e s .

a r t i c u l a ç õ e s r e p r e s e n t a t i v a s , a s T a b e la s 8 . 3 , 8 .4 e 8 . 5 r e s u m e m i n f o r m a ­

Articulações da coluna vertebral [F ig u ra 8.8]

ç õ e s re fe re n te s à m a io r ia d a s a r tic u la ç õ e s d o c o r p o .

A s a r t ic u la ç õ e s e n tr e o s p r o c e s s o s a r t ic u la r e s s u p e r io r e in fe r io r d a

Articulação temporomandibular (ATM) [ F ig u r a 8.7] articulação te m p o ro m a n d ib u la r (Figura 8.7)

v é r t e b r a s ( a r t ic u la ç õ e s d o s p r o c e s s o s a r t ic u la r e s ) a d ja c e n te s s ã o a r t: c u la ç õ e s p la n a s q u e p e r m it e m p e q u e n o s m o v im e n t o s a s s o c ia d o s c o n

é u m a a r t i c u la ç ã o m u l -

r ia T ia l p e q u e n a , p o r é m c o m p l e x a , e n t r e a f o s s a m a n d i b u l a r d o t e m p o r a l e p r o c e s s o c o n d i l a r d a m a n d í b u la .

págs. 145,151-152 O s o s s o s a r t i c u -

d i d : i s ã o s e p a r a d o s p o r u m d is c o a r t ic u la r e s p e s s o d e f i b r o c a r t il a g e m . E s s a c a r t i l a g e m , q u e s e e s t e n d e h o r i z o n t a lm e n t e , d i v i d e a c a v id a d e a r t i c u la r e m d u a s c â m a r a s d is t in t a s . C o m o r e s u lt a d o , a a r t i c u la ç ã o t e m p o r o m a n d i b u l a r t r a t a - s e , n a v e r d a d e , d e d u a s a r t ic u la ç õ e s s in o v ia i s , u m a e n t r e a f o s s a m a n d i b u l a r d o t e m p o r a l e o d is c o a r t i c u la r , e a s e g u n d a e n t r e o d is c o a r t i c u la r e

fle x ã o e e x t e n s ã o , fle x ã o la t e r a l e r o t a ç ã o d a c o lu n a v e r t e b r a l. O c o m u m p e q u e n o d e s l i z a m e n t o e n t r e o s c o r p o s v e r t e b r a i s a d j a c e n t e s . A Fi

gura 8.8 i l u s t r a a e s t r u t u r a d a s a r t i c u l a ç õ e s i n t e r v e r t e b r a i s . D o á x i s a s a c r o , o s c o r p o s v e r t e b r a is s ã o s e p a r a d o s e a c o lc h o a d o s c o m c o x in s o c a r tila g e m fib r o s a c h a m a d o s d e

A c á p s u l a a r t i c u l a r q u e c i r c u n d a e s s a a r t i c u la ç ã o c o m p l e x a n ã o é b e m C c id n id a . A p o r ç ã o d a c á p s u l a s u p e r i o r a o c o l o d a m a n d í b u l a é r e l a t i v a — e n t e f r o u x a , a o p a s s o q u e a p o r ç ã o d a c á p s u l a i n f e r i o r a o d is c o a r t i c u -

( s ín fis e in :e r

n o c ó c c ix , o n d e a s v é r t e b r a s se fu n d ir a m , n e m s ã o e n c o n t r a d o s e n tre p r im e ir a e a s e g u n d a v é r t e b r a s c e r v ic a is . A a r t ic u la ç ã o e n t r e C I e C I f o i d e s c r it a n o C a p ít u lo 6 .

p r o c e s s o c o n d i l a r d a m a n d íb u la .

d isco s in te rv e r te b ra is

v e r t e b r a l) . O s d is c o s in t e r v e r t e b r a is n ã o s ã o e n c o n t r a d o s n o s a c r :

pág. 164

Discos intervertebrais (sínfise intervertebral) [Figuras 8.8/8.9a]

i a r e b a s t a n t e f ir m e . A e s t r u t u r a d a c á p s u l a p e r m i t e e x t e n s a a m p l i t u d e d e

O s d is c o s in t e r v e r te b r a is tê m d u a s fu n ç õ e s : ( 1 ) s e p a r a r c a d a u m a d a s v e :

— : . i m e n t o . N o e n t a n t o , c o m o a a r t i c u l a ç ã o t e m p o u c a e s t a b il i d a d e , u m

t e b r a s e ( 2 ) t r a n s m it ir a c a r g a d e u m a v é r t e b r a p a r a o u t r a . C a d a d is o

m

i n t e r v e r t e b r a l (Figuras 8.8 e 8.9a) é c o m p o s t o d e d u a s p a r t e s . A p r i m e i r

'd m e n t o l a t e r a l o u a n t e r i o r f o r ç a d o d a m a n d í b u l a p o d e r e s u l t a r e m

é u m a c a m a d a e x te r n a r íg id a d e fib r o c a r tila g e m , o

iix a c ã o p a r c ia l o u c o m p le ta . A p o r ç ã o l a t e r a l d a c á p s u l a a r t i c u la r , q u e é r e l a t i v a m e n t e e s p e s s a , é . - im a d a d e

lig am en to la te ra l

(temporomandibular). H á ,

a in d a , d o is l i ­

a n el fib roso. O a n : n ú cleo p u lp o

fib r o s o c ir c u n d a a s e g u n d a p a r te d o d is c o in te r v e r te b r a l, o

so.

O n ú c l e o p u l p o s o é u m n ú c le o m o l e , e l á s t i c o e g e l a t i n o s o , c o m p o s :

p r i n c i p a l m e n t e d e á g u a ( c e r c a d e 7 5 % ) , c o m f i b r a s r e t i c u la r e s e e lá s t ic a

g a m e n to s e x t ra c a p s u la r e s :

d i f u s a s . O n ú c le o p u l p o s o d á r e s i l i ê n c i a a o d i s c o e p o s s i b i l i t a q u e e le a ' ■

o

lig am en to estilo m a n d ib u la r,

q u e s e e s t e n d e d o p r o c e s s o e s t i-

l ó i d e a té a m a r g e m p o s t e r i o r d o â n g u lo d a m a n d í b u l a ; ■

o

lig am en to esfe n o m a n d ib u la r,

q u e se e s te n d e d a e s p in h a d o

te r v e r t e b r a l sã o q u a s e to ta lm e n te c o b e r ta s p o r fin a s

vértebras. E s s a s

placas terminais e f i x a à m a r g e m d a c a v i d a d e g l e n o i d a l a t r a v é s d e f i b r o c a r t i l a g e m . A l é m

e n v o lv e lu x a ç ã o p a r c ia l o u c o m p le ta d a a r tic u la ç ã o a c r o m io c - i :-

u m a le s ã o r e la tiv a m e n te c o m u m c _e

d e a m p l i a r a fa c e a r t ic u la r , o l á b i o g l e n o i d a l s e r v e c o m o l o c a l d e i n s e r ç ã o

c u la r . E s s a le s ã o p o d e r e s u l t a r d e u m c h o q u e n a f a c e s u p e r : : r c :

d o s lig a m e n t o s g le n o u m e r a is e d a c a b e ç a lo n g a d o m ú s c u lo b íc e p s b r a ­

o m b r o . O a c r ô m io é d e p r im id o à fo r ç a , m a s a c la v íc u la é m a r .r . i i

q u ia l, u m f l e x o r d o o m b r o e d o c o t o v e l o .

p a r a trá s p o r m ú s c u lo s fo rte s.

A c á p s u la a r tic u la r e s te n d e -s e d o c o lo d a e s c á p u la a té o c o lo a n a t ô m i­ c o d o ú m e r o . T r a t a - s e d e u m a c á p s u l a c o m t a m a n h o r e l a t iv a m e n t e g r a n d e



q u e é m a i s f r a c a e m s u a p a r t e in f e r i o r . Q u a n d o o m e m b r o s u p e r i o r e s t á

lig am en to coracoclavicular

(lig . t r a p e z ó i d e + l ig . c o n o i i .

__

e n t r e a c l a v í c u l a e a e s c á p u la .

e m p o s iç ã o a n a tô m ic a , a c á p s u la é fir m e s u p e r io r m e n te e fr o u x a in fe r io r e i n t e r io r m e n t e . A c o n s titu iç ã o d a c á p s u la a r tic u la r c o n t r ib u i p a r a a e x t e n ­

O

a c l a v í c u l a a o p r o c e s s o c o r a c ó i d e e a ju d a a l i m i t a r o m o v i m e r :



O

lig am en to tra n sv e rso do ú m e ro

e ste n d e -se en tre o s tu b e rc _ .

s a a m p li t u d e d e m o v i m e n t o d a a r t i c u la ç ã o d o o m b r o . O s o s s o s d o c ín g u l o

m a io r e m e n o r e m a n té m o te n d ã o d a c a b e ç a lo n g a d o m u s c u l

d o m e m b r o s u p e r io r p r o p o r c io n a m c e r ta e s ta b ilid a d e à s u a p a r te s u p e ­

b íc e p s b r a q u ia l n o s u lc o in t e r tu b e r c u la r d o ú m e r o .

r io r , p o r q u e o a c r ô m i o e o p r o c e s s o c o r a c ó i d e p r o j e t a m - s e l a t e r a lm e n t e m i m a d a c a b e ç a d o ú m e r o . C o n t u d o , a m a i o r p a r t e d a e s t a b il id a d e n e s s a

Músculos esqueléticos e tendões

i r t i c u l a ç ã o é f o r n e c i d a p o r ( 1 ) l i g a m e n t o s e ( 2 ) m ú s c u l o s e s q u e l é t ic o s c i r ­

O s m ú s c u lo s q u e m o v e m o ú m e r o s ã o m a is a tiv o s n a e s t a b i l i z a .I :

c u n d a n te s e s e u s te n d õ e s a s s o c ia d o s .

a r tic u la ç ã o g le n o u m e r a l d o q u e t o d o s o s lig a m e n t o s e fib r a s c a r

Ligamentos [Figura 8.11]

s u p e r i o r e n o ú m e r o c o b r e m a c á p s u l a a r t i c u la r , a n t e r i o r , p o s t e : : : : e

ii

c o m b i n a d o s . O s m ú s c u l o s o r i g i n a d o s n o t r o n c o , n o c í n g u l o d o rr.err. : -

O? p r i n c i p a i s

l i g a m e n t o s e n v o l v i d o s n a e s t a b il iz a ç ã o d a a r t i c u l a ç ã o g l e -

n : u m e ra l são a p re se n ta d o s n a

Figura 8.11a-c

e d e s c r it o s a s e g u ir .

p e r io r m e n te . O s te n d õ e s q u e p a s s a m a tr a v é s d a a r tic u la ç ã o r e : : re a rr ip o r ç õ e s a n t e r i o r , s u p e r i o r e p o s t e r i o r d a c á p s u l a a r t i c u la r . O s te n ií- e - í i e

O SISTEMA ESQUELÉTICO

218

Tendão da cabeça longa do músculo bíceps braquial

Ligamento acrom ioclavicular Ligamento Ligamento coracoracoacrom ial coclavicular

Ligamento coracoacrom ial

Clavícula

Jendão do

Clavícula

Ligamento coracoclavicular

músculo supra-espinal

Ligamento coracoumeral (seccionado)

Acrôm io

.car^ento acro—iodavicular Acrômio

Processo coracóide rProcesso coracóide B 0 lsa

Bolsa s-oòeítóidea

subcoracóidea

Tendào do músculo suxa-espinal

Ligamento coracoumeral Cápsula articular

Lgamento transverso do úmero

Tendào do

Bolsa subtendínea do músculo subescapular

músculo infra-espinal

Músculo subescapular

Tendão do músculo redondo

Ligamentos glenoumerais

Tendào do músculo subescapular

Bolsa subcoracóidea

Bolsa subacromial

Ligamentos glenoumerais

Cápsula articular

Cavidade glenoidal (revestida pela cartilagem articular

Escápula Escápula

Lábio glenoidal

Tendào da zaoeça longa do músculo o cso s braquial

Úmero

Bolsa subtendínea do músculo subescapular

(b) Vista lateral do cíngulo do membro superior

(a) Vista anterior

Ligamento acromioclavicular

Tendão do músculo supra-espinal

Músculo deltóide

Ligamento coracoclavicular

Músculo infra-espinal Clavícula

Músculo subescapular Cavidade glenoidal

Ligamento coracoacrom ial Processo coracóide

C abeça tdo úmero

Cartilagens articulares

Lábio glenoidal Cápsula articular

Veia axilar

Cavidade articular

Músculo peitoral maior

Lábio glenoidal Cápsula articular

Veia cefálica Tubérculo maior

(c) Vista anterior, secção frontal

Sulco intertubercular

Tubérculo menor

(d) Vista superior, stecção horizontal

r 5 _j"3 8.11 A rtic u la ç ã o glen ou m eral. - - i- a ç ã o sinovlal esferóidea formada entre o úmero e a escápula. (a) Vista anterior da articulação do ombro direito, (b) Vista lateral, articulação do ombro direito -n e 'D seccionado). (c) Secção frontal da articulação do ombro direito, vista anterior, (d) Secção horizontal da articulação do ombro direito, vista superior.

8 • O Sistema Esquelético: Articulações

C a p ít u l o

p o d e m p r o d u z i r l u x a ç õ e s o u o u t r a s le s õ e s n o c o t o v e l o , e s p e c ia lm c r _ :i o c r e s c i m e n t o e p i f i s i a l n ã o e s t i v e r c o m p l e t o . P o r e x e m p lo , p a i s a p r e - sa 2 p o d e m p u x a r u m b e b ê a t r á s d e s i, e x e r c e n d o p r e s s ã o s e r p e n t e a n t e r a j c im a , n a a r tic u la ç ã o d o c o to v e lo , o q u e p o d e r e s u lta r e m lu x a ç ã o p a r e i

Lesõ es do o m b ro

Quando ocorre uma falta esportiva por colisão, com o em uma obstrução (futebol) ou checking (hóquei), o om bro em ge­ ral está na zona de impacto. A clavícula é o único apoio fixo para a zona de im pacto e não pode resistir às grandes forças. Com o a porção inferior da cápsula articular do om bro é pouco reforçada, a luxação causada por im pacto ou contração m uscular violenta é m ais freqüente nesse local. Essa luxação pode rom per a parede inferior capsular e o lábio glenoidal. O processo de cicatrização geralm ente deixa a articulação m ais fraca e instável, o que aum enta a possibilidade de luxações futuras.

c o n h e c i d a c o m o “ c o t o v e l o d a b a b á ”.

Articulações radiulnares [F ig u ra 8 . 1 3 ] A s a r tic u la ç õ e s

radiulnar p roxim al

e

radiulnar distai

p e r m ite m a s u p in i

ç ã o e a p r o n a ç ã o d o a n t e b r a ç o . N a a r t i c u l a ç ã o r a d i u l n a r p r o x i m a l . a :a b e ç a d o r á d io a r tic u la - s e c o m a

incisura radial da ulna.

A c a b e ç a d o r á d i o é m a n t i d a e m p o s i ç ã o p e lo

(Figura 8.13a). A

>págs.

17 ?

18

lig am en to a n u la r do rad i

a r t i c u l a ç ã o r a d i u l n a r d i s t a i é u m a a r t i c u l a ç ã o s in o v ia

incisura ulnar do rádio, a cabcc disco articular fibrocartilagíneo. E s s a s fa c e s a r t i c u la r e s fã m a n t i d a s e m a r t i c u la ç ã o p o r l i g a m e n t o s r a d i u l n a r e s e p e la m embra'..: r teróssea do antebraço (Figura 8.13b). t r o c ó i d e a . A s fa c e s a r t i c u la r e s i n c l u e m a

da ulna

m ú s c u lo s a p e n d ic u l a r e s a p ó i a m o o m b r o e l i m i t a m s u a a m p li t u d e d e m o ­ v i m e n t o . E s s e s m ú s c u lo s , c o l e t iv a m e n t e c h a m a d o s d e

m anguito rotador *,

s ã o u m l o c a l fr e q ü e n t e d e le s õ e s e s p o r t i v a s .

e um

A p r o n a ç ã o e a s u p i n a ç ã o n a s a r t i c u la ç õ e s r a d i u l n a r e s é c o n t r o l a d a p c

o m b ro re d u ze m o a tr i­

músculo bíceps H a quial, s it u a d o n o c o m p a r t i m e n t o a n t e r i o r d o b r a ç o . S e u t e n d ã o in s e r e - > ; r. tuberosidade do rádio, e a c o n t r a ç ã o d e s s e m ú s c u lo p r o d u z fle x ã o d o o ? : : • e

to o n d e p a s s a m g r a n d e s m ú s c u l o s e t e n d õ e s a t r a v é s d a c á p s u l a a r t ic u la r .

lo e s u p i n a ç ã o d o a n t e b r a ç o . O s m ú s c u lo s r e s p o n s á v e is p e lo m o v i m e n t e 2

m ú s c u lo s q u e s e i n s e r e m n o r á d i o . O m a i o r d e le s é o

Bolsas sinoviais [Figura 8.11 a-c] C o m o e m o u t r a s a r t i c u la ç õ e s , a s

bolsas sinoviais n o

pág. 2 0 8 O o m b r o t e m u m n ú m e r o r e l a t i v a m e n t e g r a n d e d e b o ls a s s in o v i a i s i m p o r t a n t e s . A

gura 8.11 a,b)

bolsa su b acro m ia l

e a

c o t o v e lo e d a s a r t i c u la ç õ e s r a d i u l n a r e s s e r ã o d e t a lh a d o s n o C a p í t u l o 1 1

b o lsa su b co racó id ea (Fi­

im p e d e m o c o n t a t o e n t r e o a c r ô m i o e o p r o c e s s o c o r a c ó i -

d e e a c á p s u l a a r t ic u la r . A

b o lsa su b d e ltó id ea e a b o lsa su b te n d ín e a do m úsculo su b escap u lar (Figura 8.1la-c) s i t u a m - s e e n t r e g r a n d e s m ú s c u ­

Articulações do punho [F ig u ra 8 . 1 4 ] A s a r t i c u la ç õ e s d o p u n h o c o n s i s t e m n a

lo s e a c á p s u l a a r t ic u la r . A in f l a m a ç ã o d e u m a o u m a i s d e s s a s b o ls a s p o d e

ticu laçõ es in terca rp a is.

r e s tr in g ir o m o v im e n to e p r o d u z ir o s s in to m a s d o lo r o s o s d a

b u rsite.

articu lação ra d io c a rp al

ar

e n :-

A a r t i c u la ç ã o r a d i o c a r p a l ( d o p u n h o ) e m

fa c e a r t i c u l a r c a r p a l d o r á d i o e t r ê s o s s o s c a r p a i s p r o x i m a i s * * : e s c a :

; :c ;

s e m i l u n a r e p i r a m i d a l . A a r t i c u l a ç ã o r a d i o c a r p a l é u m a a r t i c u la ç ã o e l i r s ó id e a q u e p e r m ite fle x ã o / e x te n s ã o , a d u ç ã o / a b d u ç ã o e c ir c u n d u ç u

Articulação do cotovelo [F ig u ra 8 . 1 2 ] A

a rticu lação do cotovelo

Ai

a r tic u la ç õ e s in t e r c a r p a is s ã o p la n a s e p e r m it e m d e s liz a m e n t o e lig e :r : <

é c o m p l e x a e c o m p o s t a p e la s a r t i c u la ç õ e s e n ­

m o v im e n to s d e ro ta ç ã o .

tre ( 1 ) o ú m e r o e a u ln a ( a r t ic u la ç ã o u m e r o u ln a r ) e (2 ) o ú m e r o e o r á ­ d io ( a r tic u la ç ã o u m e r o r r a d ia l) . E ss a s a r t ic u la ç õ e s p o s s ib ilit a m a fle x ã o e

Estabilidade do punho [Figura 8.14b,c]

a e x te n s ã o d o c o to v e lo . E s s e s m o v im e n t o s , q u a n d o c o m b in a d o s c o m as

A s fa c e s d o s o s s o s c a r p a i s q u e n ã o p a r t i c i p a m n a s a r t i c u la ç õ e s s ã o á s p e r a í

a r t i c u la ç õ e s r a d i u l n a r e s p r o x i m a l e d is t a i a n a l i s a d a s a s e g u ir , p e r m i t e m o

d e v id o à in s e r ç ã o d e lig a m e n t o s e p a s s a g e m d o s te n d õ e s . A c á p s u la a m -

p o s i c i o n a m e n t o d a m ã o , p o s s i b i l i t a n d o , e n t ã o , u m a a m p la d i v e r s i d a d e d e

c u la r d e te c id o c o n e c tiv o r íg id o , r e fo r ç a d a p o r lig a m e n t o s , c ir c u n d a o p u ­

a t i v i d a d e s , c o m o a li m e n t a ç ã o , c u i d a d o s p e s s o a is o u d e f e s a , s i m p le s m e n t e

n h o e e s ta b iliz a a s p o s iç õ e s d e c a d a u m d o s o s s o s c a r p a is

m u d a n d o a p o s iç ã o d a m ã o c o m r e la ç ã o a o tr o n c o .

O s p r i n c i p a i s l i g a m e n t o s s ã o o s s e g u in t e s :

A a r t i c u la ç ã o m a i o r e m a is f o r t e n o c o t o v e l o é a

um eroulnar,

18 3 N a

articulação umerorradial,

na qual

págs. 1 7 9 ,

a t r ó c le a d o ú m e r o p r o j e t a - s e n a i n c i s u r a t r o c le a r d a u l n a .

(Figura

■ o ligam ento radiocarpal palm ar, q u e c o n e c t a a e p í f i s e d is t a i c : r a ­ d i o à s fa c e s a n t e r i o r e s d o e s c a f ó i d e , s e m i l u n a r e p i r a m i d a l ;

q u e é m e n o r e s e l o c a li z a l a t e r a lm e n t e à

a r t i c u la ç ã o u m e r o u l n a r , o c a p í t u lo d o ú m e r o a r t i c u la - s e c o m a c a b e ç a d o r á d io

(Figura 8.1-iS c

8 .12 ) .



o

ligam ento radiocarpal dorsal,

q u e c o n e c t a a e p í f i s e d is t a i d o r a ^ : :

à s fa c e s p o s t e r i o r e s d o s m e s m o s o s s o s c a r p a i s ( n ã o v i s t o s a r a m :

A a r t i c u l a ç ã o d o c o t o v e l o é e x t r e m a m e n t e e s t á v e l p o r q u e ( 1 ) a s fa c e s

d a fa c e p a lm a r ) ;

a r tic u la r e s ó s s e a s d o ú m e r o e d a u ln a u n e m - s e p a r a e v it a r m o v im e n t o s d e a b d u ç ã o / a d u ç ã o e r o ta ç ã o , (2 ) a c á p s u la a r t ic u la r é m u it o e s p e s s a e (3 ) a c á p s u l a é r e f o r ç a d a p o r l i g a m e n t o s f o r t e s . A fa c e m e d ia i d a a r t i c u la ç ã o é e s t a b i l i z a d a p e lo

lig am en to c o la teral u ln a r.

E s s e lig a m e n t o e s te n d e -

s e d o e p i c ô n d i l o m e d ia i d o ú m e r o , a o p r o c e s s o c o r o n ó i d e d a u l n a a n t e ­ r io r m e n te , e a o o lé c r a n o p o s te r io r m e n te

co lateral ra d ia l

(Figura 8.12a,b).

O

lig a m e n to a n u la r d o rá d io (Figura 8.12e).

e s t i l ó i d e d a u l n a a t é a fa c e m e d i a i d o p i r a m i d a l ; e

■ o ligam ento colateral radial do carpo, q u e s e e s t e n d e d o p r o c e > > e s t i l ó i d e d o r á d i o a t é a fa c e l a t e r a l d o e s c a f ó i d e .

lig am en to

e s t a b il iz a a a r t i c u l a ç ã o l a t e r a lm e n t e . E s t e n d e - s e e n t r e o

e p ic ô n d ilo la t e r a l d o ú m e r o e o

■ o ligam ento colateral ulnar do carpo, q u e s e e s t e n d e d o p r o c c > > :

que une a

c a b e ç a d o r á d io à in c is u r a r a d ia l d a u ln a

A p e s a r d a r e s is tê n c ia d a c á p s u la e d o s lig a m e n t o s , a a r tic u la ç ã o d o c o t o v e l o p o d e s o f r e r l e s ã o e m f u n ç ã o d e f o r t e s i m p a c t o s o u t e n s õ e s in c o m u n s . P o r e x e m p lo , q u a n d o v o c ê c a i s o b r e a m ã o c o m o c o t o v e l o p a r c i a l ­ m e n te fle x io n a d o , a s c o n tr a ç õ e s d o s m ú s c u lo s q u e e s te n d e m o c o t o v e lo p o d e m f r a t u r a r a u l n a n o c e n t r o d a i n c i s u r a t r o c le a r . P r e s s õ e s m e n o r e s

ligamentos intercarpais ; > ligam entos carpometacarpais l i g a m o s o s > : ~

A l é m d e s s e s i m p o r t a n t e s lig a m e n t o s , v á r i o s n e c ta m o s o s s o s c a r p a is , e o s

c a r p a is d is t a is a o s o s s o s m e t a c a r p a i s

(Figura 8.14c). O s

t e n d õ e s q u e pas-í-a—

a t r a v é s d a a r t i c u la ç ã o d o p u n h o p r o p o r c i o n a m r e f o r ç o a d i c i o n a l . (E x : ' : r — m u i t o s t e n d õ e s e n v o l v i d o s , e e le s n ã o e s t ã o i l u s t r a d o s n a f i g u r a c o r r e s p : d e n t e ; e le s s e r ã o e x a m i n a d o s , a s s i m c o m o o s m ú s c u lo s a s s o c i a d o s , n c C a p í t u l o 1 1 . ) O s t e n d õ e s d o s m ú s c u lo s q u e p r o d u z e m fl e x ã o d a s a r t i c u l a ; d o p u n h o e d o s d e d o s p a s s a m s o b r e a fa c e p a l m a r d a a r t i c u la ç ã o d o c a r r - : s u p e r f i c i a lm e n t e a o s l i g a m e n t o s d e s s a a r t i c u la ç ã o . O s t e n d õ e s d o s m u ^ r _ -

- N. de R.T. Fazem parte do “m anguito rotador” os músculos subescapular (anterior), supra-espinal (superior), infra-espinal e redondo m enor (posteriores).

_________________________________ ** N. de R.T. O osso piramidal artieula-se com o disco articular da articulação radiulnar d is ti

A ESQ

2 2 0

ip

ÉTICO

Tendão do músculo Cápsula bíceps braquial articular

Úmero

Membrana interóssea do antebraço

Epicôndilo mediai Ligamento colateral ulnar

Ú m e ro

Ligamento colateral radial

Tuberosidade do rádio

Olécrano da ulna

Membrana interóssea do antebraço Ligamento anular do rádio

Rádio Tuberosidade do rádio

Epicôndilo mediai Capítulo

Ligamento anular do rádio (cobrindo a cabeça e o colo do rádio)

Rádio

Ligamento colateral ulnar

(a) Vista lateral Olécrano da ulna G r s a supraep con dilar mediai

(b) Vista mediai

Corpo adiposo

P rce sso coronótde úa ulna

Capítulo

'-oc*ea do im ero

Membrana sinovial

C a b eça do rádio

C ápsula articular Tendão do bíceps braquial

tncssura trociear óa ulna

Tendão do bíceps braquial

Ligamento anular do rádio

Q e cran o óa ulna

Tróclea Cartilagens articulares Olécrano Bolsa subcutânea do olécrano

(c) Radiografia, cotovelo direito (d) Vista sagital

Epicôndilo mediai do úmero Tróclea do úmero

Capítulo do úmero Ligamento anular

v ~ n É ra n a sinovial C abeça do rádio ^ o c e s so corono«de da ulna n o s u ra troclear da ulna

Figura 8.12 Incisura radial da ulna Olécrano da ulna

(e) F a c e s a rticu lares no interior da a rtic u la ç ã o do c o to ve lo

Articulação do cotovelo.

A articulação do cotovelo é um gínglimo complexo, formado entre o úmero e a ulna e o rádio. Todas as vistas são da articulação do cotovelo direito, (a) Vista lateral, (b) Vista mediai. 0 rádio é mostrado em pronação; observe a posição do tendão do músculo bíceps braquial, que se insere na tuberosidade do rádio, (c) Radiografia, (d) Vista sagital do cotovelo, (e) Vista posterior; a porção posterior da cápsula articular foi seccionada e a cavidade articular foi aberta para mostrar as faces opostas.

C a p ít u l o

8 • O Sistema Esquelético: Articulações

lo s q u e p r o d u z e m e x t e n s ã o p a s s a m a tr a v é s d a fa c e d o r s a l, d e m a n e ir a 5 c rr ^ lh a n te . U m p a r d e lig a m e n t o s t r a n s v e r s o s la r g o s ( r e tin á c u lo s d o s m ú s c u l: ■

Articulação radiulnar proximal

fle x o r e s e e x t e n s o r e s ) a r q u e ia - s e a t r a v é s d a s fa c e s p a lm a r e d o r s a l d o p u n h : s u p e r fic ia lm e n t e a e s s e s te n d õ e s , m a n t e n d o - o s e m p o s iç ã o .

Ligamento anular do rádio (seccionado e rebatido)

Ligamento anular do rádio

Articulações da mão

[Figura 8 .1 4 e Tabela 8.4]

O s o s s o s c a r p a i s a r t i c u l a m - s e c o m o s o s s o s m e t a c a r p a i s d a p a l m a d a r r .I

Tendão do músculo bíceps braquial (seccionado)

(Figura 8.14a).

O p r im e ir o o s s o m e t a c a r p a l te m u m a a r t ic u la ç ã o d o t i p :

a rtic u la ç ã o c a r p o m e ta c a r p a l d o p o le g a r Figu ra 8 .14b,d). T o d a s a s o u t r a s a r t i c u l a ç õ e s c a r p o m e t a c a r p a i s s ã o p l a n a i A a rtic u la ç ã o m e d io c a rp a l é f o r m a d a p o r a r t i c u l a ç õ e s i n t e r c a r p a i s . A > a r t i c u l a ç õ e s e n t r e o s o s s o s m e t a c a r p a i s e a s f a l a n g e s p r o x i m a i s ( a r tic u la ­ çõ es m e ta c a rp o f a lâ n g ic a s ) s ã o s i n o v i a i s e l i p s ó i d e a s , p e r m i t i n d o f l e x l e x t e n s ã o e a d u ç ã o / a b d u ç ã o . A s a rtic u la ç õ e s in te rfa lâ n g ic a s s ã o s i n o v i a i i g í n g l i m o s q u e p e r m i t e m f l e x ã o e e x t e n s ã o (Figura 8.14d). s e la r c o m o tr a p é z io , a

Rádio

- Membrana interóssea do antebraço

A s T a b e la s 8 .3 e 8 .4 r e s u m e m a s c a r a c t e r ís t ic a s d a s a r t ic u la ç õ e s d : e s q u e le t o a x ia l e d o m e m b r o s u p e r io r , re s p e c tiv a m e n t e .

- Articulação radiulnar distai n

- Disco articular

R E V IS Ã O D O S C O N C E IT O S

1. Quem tem á m aior possibilidade de desenvolver inflam ação da bolsa s l : tendínea do m úsculo su bescap ular - um jogador de tênis ou um corretíc Por qúê? 2. M aria cai sobre as palm as das m ãos com os cotove los ligeiram ente fle* nados. D epois da queda, ela não pode m over o braço esq u erdo na reg^í: do cotovelo. Se houver fratura, qual é o osso com m ais probabilidade 'De

Articulação radiulnar distai

estar fraturado? veja a seção de Respostas na parte final do livre

Ulna Ligamentos radiulnares (a) Supinação

(b) Pronação

Articulação do quadril [Figura 8 . 1 5 ] A

igura 8.13

Articulações radiulnares.

Figura 8.15

in t r o d u z a e s t r u t u r a d a

a rtic u la ç ã o d o q u a d ril.

N e ssa a r ti­

c u la ç ã o s in o v ia l e s fe r ó id e a , a fa c e a r t ic u la r d o a c e t á b u lo ( fa c e s e m i k m i r

TABELA 8.3 Articulações do esqueleto axial Elemento

Articulaçao

Tipo de articulação

Movimentos

O sso s da face e d o crâ n io

V á ria s

F ib ro sa (s u tu ra o u sin o sto se )

N enhum

M a o la s/d e n te s

D e n to a lv e o la r

F ib ro sa (g o n fo se)

N enhum

Nta n d íb u la /d e n te s

D e n to alv eo la r

Id e m a o a n te rio r

N enhum

T em p oral/m an d íb u la

T e m p o r o m a n d ib u la r (A T M )

S in o v ial p la n a e g ín g lim o c o m b in a d o s

E lev a ç ão /d e p re ssã o , d e sliz a m e n to lateralp r o tr a ç ã o /re tra ç ã o lim ita d a s

F le x ã o /e x ten sã o

CR Â N IO

C O LU NA VERTEBRAL O ccip ita l/a tla s

A tla n to c c ip ita l

Sin o v ial c o n d ila r

A lla s/á x is

A tla n to a x ia l m e d ia n a

S in o v ial tro c ó id e a

R o tação

O u tros e le m e n to s verteb ra is

In te rv e rte b ra l (e n tre c o rp o s v e rte b ra is)

C a rtila g ín e a (sínfise)

M o v im e n to leve Leve ro ta ç ã o e fle x ã o /e x ten sã o

D o s p ro cesso s a rtic u la re s

S inovial p la n a

V érteb ras to r á c ic a s/c o ste la s

C o sto v e rte b ra l

Sin o v ial p la n a

E lev a ç ão /d e p re ssã o

C o stela /ca r tila g em co sta l

C o s to c o n d ra l

C a rtila g ín e a (sin c o n d ro s e )

N enhum

C artilagem c o sta l/e ste r n o

E ste rn o c o stal

S in c o n d ro s e ( I a costela)

N enhum

L V /sa cro

S in o v ial p la n a (2 ~ a 7 ~ costelas)

Leve m o v im e n to d e d e sliz a m e n to

E n tre o c o rp o d e L V e a b a se d o sacro

C a rtila g ín e a (sínfise)

M o v im e n to leve

E n tre o s p ro cesso s a rtic u la re s in ferio res d e L V

Sin o v ial p la n a

Leve fle x ã o /e x ten sã o

e o s p ro cesso s a rtic u la re s su p erio re s d o sacro í-jC to /o sso d o q u a d ril

S acro ilíaca

Sin o v ial p la n a

Leve m o v im e n to d e d e sliz a m e n to

Sa cro/cóccix

S acro co ccíg ea

S in o v ial p la n a (p o d e fu n d ir-s e )

M o v im e n to leve

S in a rtro se (sin o sto se )

N enhum

V értebras c o ccíg ea s

O S ISTE M A ESQUELÉTICO

222

Articulação radiulnar distai Disco articular

Escafóide

Ligamento colateral radial do

Semilunar

Capitato

Piramidal

Trapezóide

Pisiforme

Trapézio

Disco articular Ligamento colateral ulnar do carpo

Articulação radiocarpal

Articulações intercarpais (mediocarpal)

Hamato

Articulação carpometacarpa do dedo mínimc

(a) Punho direito, vista anterior (palmar)

Ligamentos metacarpais interósseos (b) Articulações do punho, corte coronal

_çamento -aoocarpal palmar

Rádio Semilunar

Articulação radiocarpal Ligamento colateral ulnar do Ligamento carpo colateral ra­ dial do carpo Pisiforme

_çamento coiarteral radial do carpo Escafóide _çamentos nercarpais

Ligamento colateral uln; do carpo Articulação carpometacarpal

Hamato

Articulação intercarpal Ligamentos (mediocarpometacarpal) carpais Ligamentos colaterais

Trapézio Capitato

Ligamentos metacarpais interósseos Articulação metacarpofalângica Articulações interfalãngtcs

(c) Ligamentos do punho, vista anterior (palmar) F g j r a 8 .1 4

Articulações do punho e da mão.

a . sta anterior do punho direito, identificando os com ponentes da articulação do (b) Corte através do punho, m ostrando as articulações radiocarpal, interia m a s :mediocarpais) e carpometacarpais. (c) Ligamentos de estabilização na face e-ior (palmar) do punho, (d) Corte dos ossos que formam o punho e a mão.

(d) Articulações e ligamentos do punho e da mão, corte coronal

TABELA 8.4 Articulações do cíngulo do membro superior e do membro superior Elemento

Articulação

Tipo de articulação

Movimentos

E se r n o /c la v íc u la

E s te m o c la v ic u la r

Sin o v ial p la n a (“a rtic u la ç ã o p la n a ” d u p la , c o m d u a s c av id ad e s a rtic u la re s s e p a ra d a s p o r d isco a rtic u la r)

P ro tra ç ã o /re tra ç ã o , d e p re ssã o /elev a ç ão , lig e ir: ro ta ç ã o

E scap u W clavícu la

A c ro m io c la v ic u la r

S inovial p la n a

Leve m o v im e n to de d e sliz a m e n to

E scápu la/ ú m ero

G le n o u m e ra l (o m b ro )

S in ovial esferó id ea

F le x ã o /e x ten sã o , a d u ç ã o /a b d u ç ã o , c ir c u n d u ç ã : ro ta ç ã o

1 m ero u ln a e ú m er o /r á d io

S in o v ial g ín g lim o

F le x ã o /e x ten sã o

R a d iu ln a r p ro x im a l

S in ovial tro c ó id e a

R o ta çã o

R a d iu ln a r d istai

S in ovial tro c ó id e a

P r o n a ç ã o /su p in a ç ã o

C o to v e lo ( u m e ro u ln a r e u m e ro rra d ia l)

R a d io u ln a

R adio o s so s carp ais

R ad io ca rp a l

S in ovial e lip só id ea

F le x ã o /e x ten sã o , a d u ç ã o /a b d u ç ã o , c ir c u n d u ç l:

O sso c a r p a l/o sso carpal

In te rc a rp a l (m ed io carp al)

S inovial p la n a

Leve m o v im e n to d e d e sliz a m e n to

O sso c a rp a l/p r im e ir o m eta ca rp al

C a r p o m e ta c a rp a l d o

S in o v ial selar

F le x ã o /e x ten sã o , a d u ç ã o /a b d u ç ã o , c ir c u n d u ç i: o p o s iç ã o

p o le g a r O sso s c a r p a is/o ss o s m e ta c a r p a is I I -V

C a rp o m e ta c a rp a l

S in ovial p la n a

Leve fle x ã o /e x ten sã o , a d u ç ã o /a b d u ç ã o

O sso s m eta ca rp a is/fa la n g es

M e ta c a rp o fa lâ n g ic a

S inovial elip só id ea

F le x ã o /e x ten sã o , a d u ç ã o /a b d u ç ã o , c ir c u n d u ç ã :

In te rfalân g ic a

Sin o v ial g ín g lim o

F le x ã o /e x ten sã o

F alan ge/falan ge

C a p ít u lo

8 • O Sistema Esquelético: Articulações

é r e c o b e r t a p e la c a r t i l a g e m a r t i c u l a r e e x p a n d e - s e a t r a v é s d o l á b i o d o a c e -

A lé m d is s o , u m a m a r g e m c ir c u la r d e fib r o c a r t ila g e m , c h a m a d a d e

:a b u lo fib r o c a r tila g ín e o q u e se fix a c o m o u m a fe r r a d u r a n o lim b o d o a c e ­

do acetáb u lo (Figura 8.15a), a u m e n t a

t á b u l o a t é o s l i m i t e s d a i n c i s u r a d o a c e t á b u lo

(Figura 8.15a).

22:

labi'

a p r o f u n d i d a d e d o a c e t á b u lo .

U m co rp o

a d i p o s o c o b e r t o p e la m e m b r a n a s i n o v i a l p r e e n c h e a f o s s a d o a c e t á b u lo .

Estabilização do quadril [Figuras 8.15/8.16]

E s s e c o r p o a d i p o s o a g e c o m o u m a m o r t e c e d o r d e im p a c t o , e o t e c i d o é

Q u a t r o lig a m e n t o s la r g o s r e fo r ç a m a c á p s u la a r t ic u la r

e s tir a d o e c o m p r im id o s e m d a n o s .

T r ê s d e le s s ã o e s p e s s a m e n t o s r e g i o n a i s d a c á p s u l a :

Cápsula articular [Figura 8.15a-c]

ral, p u b o fe m o ral e isquiofem oral. O lo c r u z a a i n c i s u r a d o a c e t á b u lo e c o m p l e t a a m a r g e m i n f e r i o r d a f a s > a a c e t á b u lo . U m q u i n t o l i g a m e n t o , o lig a m en to d a cabeça do fêm u r

:

g i n a - s e a o l o n g o d o l i g a m e n t o t r a n s v e r s o d o a c e t á b u lo e s e f i x a n a fc

e.

A c á p s u l a a r t i c u l a r d a a r t i c u la ç ã o d o q u a d r i l é e x t r e m a m e n t e d e n s a , f o r t e e esp essa

(Figura 8.15b,c).

D ife r e n te m e n t e d a c á p s u la d a a r tic u la ç ã o d o

(Figura 8.15b : lig am en to s iliofem o lig am en to tran sv erso do acetabo

(Figuras 8.15a

8.16).

o m b r o , a d a a r t i c u la ç ã o d o q u a d r i l c o n t r i b u i g r a n d e m e n t e p a r a a e s t a b i ­

d a c a b e ç a d o fê m u r

l i d a d e d a a r t i c u la ç ã o . A c á p s u l a e s t e n d e - s e d a s fa c e s l a t e r a l e i n f e r i o r d o

q u a n d o a c o x a é f l e x i o n a d a e s u b m e t i d a ã r o t a ç ã o la t e r a l. A e s t a b d i a

e

E s s e lig a m e n t o é te n s io n a d

c í n g u l o d o m e m b r o i n f e r i o r a t é a l in h a i n t e r t r o c a n t é r i c a e c r i s t a i n t e r t r o -

ç ã o a d i c i o n a l d a a r t i c u l a ç ã o d o q u a d r i l é p r o p o r c i o n a d a p e lo v o l u m e d

c a n t é r i c a d o f ê m u r , e n v o l v e n d o a c a b e ç a e o c o l o d o fê m u r . E s s a o r g a n i ­

m ú s c u lo s c ir c u n d a n t e s . E m b o r a s e ja m p e r m it id a s fle x ã o , e x te n s ã o , a d u

z a ç ã o a ju d a a i m p e d i r q u e a c a b e ç a d o f ê m u r s e d i s t a n c i e d o a c e t á b u lo .

ç ã o , a b d u ç ã o e ro ta ç ã o , a fle x ã o d o q u a d r il é o m o v im e n to n o r m a l im p o r t a n t e . T o d o s e s s e s m o v i m e n t o s s ã o r e s t r i n g i d o s p e la c o m b i n a ç l : d; li g a m e n t o s , f i b r a s c a p s u l a r e s e p r o f u n d i d a d e d o a c e t á b u lo e p e lo v o lu m * d o s m ú s c u lo s c ir c u n d a n t e s . O a c e t á b u lo q u a s e c o m p le t o q u e r e c e b e a c a b e ç a d o fê m u r , a : :

tt *

c á p s u l a a r t i c u la r , o s p o d e r o s o s l i g a m e n t o s d e s u s t e n t a ç ã o e o d e n s o e n v : t ó r i o m u s c u l a r t o r n a m e s s a a r t i c u l a ç ã o e x t r e m a m e n t e e s t á v e l. A s f r a t u r a i d o c o l o d o f ê m u r o u e n t r e o s t r o c a n t e r e s s ã o , n a v e r d a d e , m u i t o m a :> co­ m u n s d o q u e a s lu x a ç õ e s d o q u a d r il.

Cartilagem articular

Ligamento iliofemoral

Lábio do acetábulo Corpo adiposo na fossa do acetábulo Ligamento da cabeça do fêmur Ligamento transverso do acetábulo (estendendo-se pela incisura do acetábulo)

(a) Vista lateral

Ligamento pubofemoral Ligamento iliofemoral

Ligamento isquiofemoral

Trocanter maior Ligamento iliofemoral

Trocanter menor Trocanter maior (b) Vista anterior

Trocanter menor Túber isquiático (c) Vista posterior

Figura 8.15 Articulação do quadril. vistas da articulação do quadril e ligamentos de sustentação, (a) Vista later a x articulação do quadril direito, com fêmur removido, (b) Vista anterior da a~ =cã: do quadril direito. Essa articulação é extremamente forte e estável, em pa-E re do à cápsula articular espessa, (c) Vista posterior da articulação do quadrí ár=rz mostrando ligamentos adicionais que acrescentam força á cápsula a rtic. ar

.21

O SISTEMA ESQUELÉTICO

Corpo adiposo

F a c e a rtic u la r d o a c e tá b u lo

_«gamento

02 cabeça òo fêmur

L á b io d o a c e tá b u lo C á p s u la a rtic u la r

F a c e a rtic u la r d o a c e tá b u lo C a b e ç a d o fê m u r L ig a m e n to d a c a b e ç a d o fê m u r

uçar^ento

r^ns.erso c aceíabuto

C o lo d o fê m u r

Vter-órana snoviaJ

C r is ta in te rtro c a n té ric a

Capsula

artcular

Trocanter m enor

(a) Vista seccional (b) Radiografia

Músculo glúteo mínimo

C a rtila g e m a rtic u la r d a fa c e a rtic u la r d o a c e tá b u lo L á b io d o a c e tá b u lo C a rtila g e m a rtic u la r d a c a b e ç a d o fê m u r C a b e ç a d o fê m u r

T ro c a n te r m a io r C o lo d o fê m u r C á p s u la a rtic u la r

Músculo iliopsoas Músculo pectíneo

Músculo vasto lateral Músculo adutor longo

Músculo vasto mediai (c) Secção coronal através do quadril

=

3 16 Estrutura articular da articulação do quadril.

Secção coronal da articulação do quadril, (a) Vista que mostra a posição e a orientação do ligamento da cabeça do fêmur, (b) Radiografia da articulação do quadr : re to .ista ântero-posterior. (c) Secção coronal através do quadril.

C a p ít u lo

Articulação do joelho

8 • O Sistema Esquelético: Articulações

g a m e n t o c o m r e l a ç ã o à c á p s u l a a r t i c u la r . O s l i g a m e n t o s e x t r a c a p s u l a r e

A a r t i c u l a ç ã o d o j o e l h o é r e s p o n s á v e l, e m c o n j u n t o c o m a s a r t i c u l a ç õ e s

i n c l u e m o s s e g u in t e s :



t o m ia d o jo e lh o d e v e p r o p o r c io n a r e sse a p o io a o m e s m o te m p o q u e ( 1 )

lig am en to co lateral tib ia l r e f o r ç a a f a c e m e d ia i d a a r t i c u la c â lig am en to co lateral fib u la r r e f o r ç a a fa c e la t e r a : guras 8.17a e 8.18). E s s e s l i g a m e n t o s f i c a m t e n s i o n a d o s a p e n a s en

te m a m a io r a m p lit u d e d e m o v im e n t o (a té 1 6 0 g r a u s ) d o q u e q u a lq u e r

e x t e n sã o to t a l e, n e s sa p o s iç ã o , a g e m p a r a e s ta b iliz a r a a r t ic u ia a ã :

d o q u a d r i l e d o t o r n o z e l o , p e la s u s t e n t a ç ã o d o p e s o c o r p o r a l d u r a n t e u m a

O

d o jo e lh o , e o

s é r ie d e a t i v i d a d e s , c o m o f i c a r e m p é , c a m i n h a r e c o r r e r . C o n t u d o , a a n a ­

a r tic u la ç ã o d o m e m b r o in fe r io r , (2 ) n ã o te m a g r a n d e m a s s a m u s c u la r

B

q u e s u s t e n t a e r e fo r ç a a a r t ic u la ç ã o d o q u a d r il e ( 3 ) n ã o te m o s fo r te s

D o is

lig am en to s p o p líteo s

(o b líq u o e a r q u e a d o ) s u p e r fic ia is

te n d e m -s e e n tre o fê m u r e a tíb ia e fíb u la

lig a m e n t o s q u e s u s t e n t a m a a r t i c u la ç ã o d o t o r n o z e l o .

(Figura 8.18).

E sse s lig a ­

m e n t o s r e f o r ç a m p o s t e r i o r m e n t e a a r t i c u la ç ã o d o j o e l h o .

A in d a q u e o jo e lh o fu n c io n e c o m o g ín g lim o , a a r t ic u la ç ã o é m u it o ■

m a is c o m p le x a d o q u e a d o c o to v e lo . O s c ô n d ilo s fe m o r a is a r r e d o n d a d o s

lig a m e n to cruzado an ­ lig am en to cru zad o p o ste rio r ( L C P ) , q u e c o r e a -

O s lig a m e n t o s in tr a c a p s u la r e s in c lu e m o

te r io r

r o l a m n a fa c e a r t i c u l a r s u p e r i o r d a t í b ia , d e m o d o q u e o s p o n t o s d e c o n ­

(L C A ) e o

ta to e stã o m u d a n d o c o n s ta n te m e n te . O jo e lh o é m u it o m a is e s tá v e l d o

ta m as á re a s in te r c o n d ila r e s a n t e r io r e p o s t e r io r d a tíb ia a o s c o n d i-

q u e o u t r a s a r t i c u l a ç õ e s , e é p e r m i t i d o u m c e r t o g r a u d e r o t a ç ã o , a lé m d e

lo s l a t e r a l e m e d ia i d o fê m u r .

fle x ã o e e x te n sã o . E s t r u tu r a lm e n t e , o jo e lh o é c o m p o s to d e d u a s a r t ic u la ­

l o c a i s d e o r i g e m n a t í b i a , e e le s s e e n t r e c r u z a m c o n f o r m e p r : s-

ç õ e s c o m u m a c á p s u la s in o v ia l c o m p le x a : u m a a r tic u la ç ã o e n tr e a tíb ia e

s e g u e m p a r a s e u s d e s t in o s n o f ê m u r

o f ê m u r ( articulação

cruzado

fé m u r

tibiofem oral) (articulação patelofem oral).

e u m a e n t r e a p a t e la e a fa c e p a t e la r d o

d e r iv a d o la tim

A nterior e posterior r e f e r e m - s e

crucialis,

(Figura 8.18b,C).

a sem

(O te r — 3

q u e s ig n ific a “ u m c r u z a m e n ::

E ss e s lig a m e n to s lim ita m o m o v im e n to a n t e r io r e p o s te r io r d c fê ­

págs. 193-196

m u r e m a n t ê m o a li n h a m e n t o d o s c ô n d i l o s f e m o r a l e t ib ia l.

Cápsula articular [Figuras 8.17/8.18b,c] N ã o e x is t e u m a s ó c á p s u l a a r t i c u la r n o j o e l h o n e m u m a c a v i d a d e a r t i c u ­

(Figura 8.17). O s m eniscos m ediai

Travamentp do joelho [Figura 8.18/Tabela 8.5] A

a r t i c u la ç ã o d o j o e l h o p o d e “ t r a v a r ” n a p o s i ç ã o e s t e n d i d a . E m e x t e n s a

lateral, fib r o c a r t i l a g ín e o s , tib ia l (Figura 8.18b,C). O s m e ­

to t a l, u m a lig e ir a r o ta ç ã o la t e r a l d a t íb ia te n s io n a o lig a m e n t o c r u z a a :

n is c o s ( 1 ) a g e m c o m o a m o r t e c e d o r e s , ( 2 ) t o m a m a f o r m a d a s fa c e s a r t ic u la ­

a n t e r io r e c o m p r im e o m e n is c o e n tr e a tíb ia e o fê m u r. E ss e m e c a n i? ~ :

re s c o n f o r m e o f ê m u r m u d a d e p o s i ç ã o , ( 3 ) a u m e n t a m a á r e a d e s u p e r f í c i e

p e r m i t e q u e v o c ê f i q u e e m p é p o r p e r í o d o s p r o l o n g a d o s s e m u t i li z a r

la r c o m u m

> it u a m - s e e n t r e a s fa c e s a r t ic u la r e s f e m o r a l e

da

articulação tibiofemoral e

o s la d o s d a a r t ic u la ç ã o . O s

e

(4 ) p r o p o r c i o n a m c e r ta e s t a b ilid a d e e m a m b o s

corpos adiposos

p r o e m in e n t e s f o r n e c e m a c o l-

c h o a m e n t o e m t o r n o d a s m a r g e n s d a a r t i c u la ç ã o e a u x ili a m a s b o ls a s s in o v ia is n a r e d u ç ã o d o a t r it o e n t r e a p a t e la e o u t r o s t e c id o s

e

c a n s a r ) o s m ú s c u lo s e x t e n s o r e s . O d e s t r a v a m e n t o d a a r t ic u la ç ã o e x ig e c o n t r a ç õ e s m u s c u la r e s q u e p r o d u z e m r o t a ç ã o m e d ia i d a t í b i a o u r o t a a ã : la t e r a l d o f ê m u r .

(Figura 8.17a,b,d).

A T a b e la 8 . 5 r e s u m e i n f o r m a ç õ e s s o b r e a s a r t i c u l a ç õ e s d o m e m b r o in f e r i o r .

Ligamentos de sustentação [Figuras 8.17/8.18] S e te i m p o r t a n t e s l i g a m e n t o s e s t a b il iz a m a a r t i c u la ç ã o d o j o e l h o , e a l u x a ­

Ci REVISÃO DOS CONCEITOS

ç ã o c o m p l e t a d e s s a a r t i c u la ç ã o é u m e v e n t o e x t r e m a m e n t e r a r o . ■

1. Onde você encontra os seguintes ligamentos: iliofemoral, p ub o fe r~ ;'i e isquiofemoral?

O t e n d ã o d o m ú s c u l o q u a d r í c e p s f e m o r a l r e s p o n s á v e l p e la e x t e n ­

(Figura lig a m e n to d a

s ã o d o jo e lh o p a s s a s o b r e a fa c e a n t e r io r d a a r t ic u la ç ã o

8.17a,d). A p a t e l a é e n v o l v i d a p o r e s s e t e n d ã o , e p a te la c o n t i n u a i n f e r i o r m e n t e p a r a s e i n s e r i r n a

o

tu b e r o s id a d e d a

t í b i a . O l i g a m e n t o d a p a t e la p r o p o r c i o n a a p o i o à f a c e a n t e r i o r d a a r t i c u la ç ã o d o j o e l h o

(Figura 8.17b), o n d e

n ã o h á c o n tin u id a d e d a

c á p s u l a a r t ic u la r .

2. Quais sintomas você esperaria ver em um indivíduo com lesão nos ~ e - scos da articulação do joelho? 3. Como a articulação do joelho é afetada pela lesão no ligamento da pate a' 4. Como os ligamentos da tíbia e da fíbula funcionam para estabilizar a a ~ : . lação do joelho? veja a seção de Respostas na parte final

O s lig a m e n to s d e s u ste n ta ç ã o re sta n te s s ã o a g r u p a d o s c o m o lig a m e n ­

do

to s e x t r a c a p s u la r e s o u in tr a c a p s u la r e s , d e p e n d e n d o d a lo c a liz a ç ã o d o l i ­

TABELA 8.5

Articulações do cíngulo do membro inferior e do membro inferior

Elementos

Articulação

Tipo de articulação

Movimentos

Sacro/ossos do quadril

Sacroilíaca

Sinovial p lana

M ovim entos deslizantes

O sso do quadril/osso do quadril

Sínfise púbica

Cartilagínea

N enhum 1

O sso do quadril/fêm ur

Q u ad ril

Sinovial esferóidea

Flexão/extensão, adução/abdução, circundução. r : : a ; i :

Fèm ur/tíbia

Joelho

Sinovial com plexa, funciona com o u m gínglim o

Flexão/extensão, rotação lim itada

T íbia/fibula

T ibiofibular (proxim al)

Sinovial plana

M ovim entos leves de deslizam ento

Tibiofibular (distai)

Sinovial p lan a e sindesm ose (fibrosa)

M ovim entos leves de deslizam ento

Tíbia e fíbula com tálus

Tornozelo, o u talo cru ral

Sinovial gínglim o

Flexão dorsal/flexão p la n ta r

O sso tarsal com osso tarsal

Intertarsal

Sinovial plana

M ovim entos leves de deslizam ento

O ssos tarsais com ossos metatarsais

Tarsom etatarsal

Sinovial plana

M ovim entos leves de deslizam ento

O ssos m etatarsais com falanges

M etatarsofalângica

Sinovial elipsóidea

Flexão/extensão, adução/abdução

Falange/falange

Interfalângica

Sinovial gínglim o

Flexão/extensão



Durante a gestação, os horm ônios enfraquecem a sínfise e perm item movim ento im portante para o parto (veja o Capítulo 28).

O S I S T E M A E S Q U E L É T IC O

Músculo quadríceps femoral (extensor do joelho)

'enoào do músculo juaorceps %mora/

Fêmur Bolsa suprapatelar Músculo plantar

Membrana sinovial

Patela Bolsa subcutânea pré-pateia'

Cápsula articular

^ ecrac^ *o s



Cápsula articular

Tendão do músculo quadríceps femoral

Corpo adiposo infrapatelar

DSlS^â

Ligamento cruzado anterior

Músculo poplíteo

_camerrto coateral fibular

Menisco lateral Bolsa infrapatelar profunda

Ligamento Músculo colateral gastrocnêmio tibial

^.çamento 3a patela

Ligamento da patela

Músculo sóleo

Tuberosidade da tíbia Tíbia

Músculo tibial posterior

Fíbula

(a) Vista anterior, superficial

(b) Secção sagital

Fêmur

Músculo juaohceps

Patela

femoral

Tendão do m úsCorpo culo quadríceps adiposo femoral (patelofemoral)

Músculo semimembranáceo

Botsa

SLcraoateiar Rateia

Côndilo

femoral

Veia poplítea

^.«gamento oa patela

Cartilagem articular do fêmur

E m rê ncia rtercoodilar

Linha epifisial

Cabeça aa fíbula

Corpo adiposo infrapatelar

Músculo gastrocnêrrc cabeça latera

Cartilagem articular da tíbia

Ligamento da patela

Côndilo da tíbia

Músculo poplíteo

Menisco lateral Tíbia

Músculo sóleo

Tubero­ sidade da tíbia

(c) Radiografia, joelho parcialmente flexionado

(d) RM da articulação do joelho direito

Figura 8.17 Articulação do joelho, parte I. a /ista a n te rio r de d is s e c a ç ã o su p e rficia l da a rtic u la ç ã o do jo e lh o d ire ito e ste n d id a, (b) S e c ç ã o sa gita l do jo e lh o d ire ito e ste n d id o , (c) R adiografia da a rticu la çã o jo e íh o d ire ito p a rc ia lm e n te fle x io n ad a, p ro je çã o lateral, (d) RM da a rtic u la ç ã o do jo e lh o direito, s e c ç ã o sagital, s e q ü ê n c ia d e lateral para m ediai.

C a p ít u l o

8 • O Sistema Esquelético: Articulações

Cápsula articular

Músculo gastrocnêmio, cabeça mediai

Ligamento cruzado anterior

Músculo plantar Músculo gastrocnêmio, cabeça lateral

Bolsa subtendínea mediai do músculo gastrocnêmio Ligamento colateral tibial Ligamentos poplíteos (oblíquo e arqueado)

Músculo poplíteo

Côndilo mediai

Ligamento colateral fibular

Ligamento colateral tibial Menisco mediai

Tendão (seccionado) do músculo bíceps femoral

Ligamento cruzado posterior

Fíbula

(a) Vista posterior, superficial

Cartilagem articular

Ligamento colateral fibular Côndilo lateral Menisco lateral

(b) Vista posterior, profunda

Face patelar Côndilo mediai Ligamento cruzado posterior Ligamento colateral tibial

Menisco mediai

Tendão seccionado do músculo bíceps femoral

Fèm tr

Ligamento cruzado anterior

Cartilagem articular

Côndilo lateral Ligamento colateral fibular Menisco lateral

Tendão seccionado do músculo bíceps femoral

Fíbula

Fíbula —

(c) Vistas anteriores, joelho flexionado

Figura 8.18 Articulação do joelho, parte II. a) Vista posterior de dissecação do joelho direito estendido, mostrando os ligamentos que sustentam a cápsula articular, (b) Parte posterior do joelho d ire tr e~ extensão total após remoção da cápsula articular, (c) Vistas anteriores do joelho direito em flexão total após remoção da cápsula articular, da patela e dos ligar-e-tos associados.

O SISTEMA ESQUELÉTICO

228

Nota clínica .e s õ e s d o jo e lh o

Os atle tas e xe rcem e n orm e p ressão so b re seus Delhos. N orm alm ente, os m e n isco s m ediai e lateral m ovem -se quando 5 D osição do fêm u r muda. Exercer grande peso sob re o joe lh o enquanto e e está parcialm ente flexionado pode aprisionar o m enisco entre a tíbia e o fêmur, resultando em lesão na fibrocartilagem . Na lesão m ais com um , a perna é dirigida de lateral para m ediai, rom pe nd o o m en isco m ediai. A e ~ de se r m uito d olorosa, a fib ro cartilag em rom pida pode restringir : m o vim e n to na articulação. Pode, ainda, levar a prob le m a s crô n ico s e ao desenvo lvim ento de "travam en to do joelho" - ou seja, um joelho que Darece instável. À s vezes, pode-se o uvir e sentir o m en isco e stalar na po; ção e fora dela quando o joelho está estendido. Para evitar e ssas lesões, : s esp o rte s m ais c o m p etitiv o s proíbem atividades que geram im pactos a:erais no joelho, e os atletas que desejam continuar a se e xe rcitar m es~io co m lesão no joelho devem usar um a órtese que lim ite o m ovim ento lateral. Outras lesões do joelho e nvolvem ruptura de um ou m ais ligam entos e stab iliza do re s ou dano na patela. Pode se r difícil corrigir cirurgicam ente os ligam entos rom pidos, e a cica triza çã o é lenta. A ruptura do ligam ento cru za do an te rior (LCA) é um a lesão esp ortiva com u m que afeta as mu~e'es duas a oito v e ze s m ais do que os hom ens. A torção sob re o joelho estendid o que apóia o peso é a causa m ais freqüente. 0 tratam ento nãocirúrgico co m e x e rc ício s e ó rte se s é possível, m as exige um a m udança "o s padrões de atividade. A cirurgia reconstrutiva usando parte do liga­ m ento da patela ou um alo e nxerto de tendão cadavérico pode perm itir o 'e to rn o ao s e sp o rte s ativos. A pa tela po d e so fre r le sã o de v árias m aneiras. Se a perna e stiv e r im o b iliza d a (com o em um im p a cto no futebol) e n q u a n to v o c ê tenta e s ­ te n d e r o joelho, os m ú sc u lo s sã o su fic ie n te m e n te p o d e ro so s para seoarar a patela. O s im p a c to s na face an te rio r do jo e lh o ta m b é m podem e stilh a ça r a patela. 0 tra ta m e n to da fratura de patela é difícil e d e m o ra ­ do. O s fra gm e nto s pre cisam se r ciru rg ica m e n te re m o vid o s e os te n d õ e s e gam entos, reparados. A articu la çã o p re cisa se r im o b iliza d a a seguir. A s artro p la stia s to ta is de jo e lh o ra ra m e n te sã o re a liza d a s em p e sso a s .ovens, m as e stã o to rn a n d o -se cada v e z m ais co m u n s entre p a cie n te s do so s co m artrite grave. O s m édicos, em geral, avaliam as le sõe s do joe lh o por exames arroscópicos. 0 a rtro s có p io usa fibra ó p tica que p e rm ite a e xp lo ração ; e um a articu la çã o sem cirurgia im portante. A s fibras ó p tic a s sã o fios • nos de vidro ou p lá stico que c o n d u ze m luz. A s fibras podem se r doDradas em e xtre m id ad es para que sejam introd uzidas no jo e lh o ou em outra articulação, e m ovidas nesse espaço, possib ilitando que o m éd ico .eja e dia gn o stiqu e pro b le m a s em seu interior. 0 tra tam en to cirú rg ico

Articulações do tornozelo e do pé Articulação do tornozelo [Figuras 8.20/8.21 [ - articulação do tornozelo, ou articulação talocrural, é um gínglimo for—id o por articulações entre a tíbia, a fíbula e o tálus (Figuras 8.20 e 8.21). A _rticulação do tornozelo permite flexão dorsal (extensão do tornozelo) e tlexão plantar (flexão do tornozelo) limitadas. pág. 211 A principal articulação que apóia peso no tornozelo é a articulação ribiotalar, entre a face articular inferior da tíbia e a tróclea do tálus. O ra c io n a m e n to norm al da articulação tibiotalar, inclusive am plitude de movim ento e apoio de peso, depende da estabilidade mediai e lateral nessa articulação. Três articulações proporcionam essa estabilidade: (1) irticulação tibiofibular, (2) sindesmose tibiofibular e (3) articulação talofíbular. A articulação tib io fib u la r é plana e form ada entre a face póstero-lateral do côndilo lateral da tíbia e a cabeça da fíbula. A sindesm ose tib io fi­

por artroscop ia tam bém é possível sim ultaneam ente. Esse p ro ce d im e n ­ to, den o m in ad o cirurgia artroscópica, sim p lifico u m uito o tra ta m e r:: de le sõe s do joelho e de outras articulaçõ es. A F ig u ra 8.19 é um a vista artro scó p ica do interior de um jo e lh o com lesão, m ostrando o m e n is :: lesionado. P e que nos p e d a ço s da fib ro cartilag em podem se r rem ov : : : e o m en isco pode se r ap arad o cirurgicam ente. A meniscectomia totai rem oção da fibrocartilagem afetada, é, em geral, evitada, porque deixa s articulação propensa a d esenvolver doença a rticula r degenerativa. No1. a; té cn ica s de cultura de te cid o s podem , algum dia, perm itir a su b stitu içã: do m en isco ou m esm o das cartilagens articulares. A artroscop ia é um proce d im e nto invasivo com alguns riscos. A re s­ son ância m agnética (RM) é um m étodo seguro, não-invasivo e com boa relação cu sto -b e n e fício para ver e e xam inar te cid o s m oles em to rno ca articulação. M e lh o ra a p re cisã o do d ia g n ó stico das le sõe s do jo e lh c e reduz a nece ssida de de a rtroscop ias para diagnóstico. Tam bém pode a_ dar a orientar o cirurgião artroscópico.

Figura 8.19 Vista artroscópica do interior de joelho com lesãc mostrando lesão de menisco.

bular é um a articulação fibrosa entre a tíbia e a fíbula. A articulaçã : : m ada entre o maléolo lateral da fíbula e a face articular lateral do ta chama-se de articulação talofibular. Uma série de ligamentos ao Í o n ;: extensão da tíbia e da fíbula m antém esses dois ossos unidos, e isso x ta o m ovim ento nas duas articulações tibiofibulares na articulação ts fibular. A m anutenção da am plitude apropriada de m ovim ento nes articulações proporciona a estabilidade mediai e lateral do to rn o ze.: A cápsula articular da articulação do tornozelo estende-se entre i e fise distai da tíbia, o maléolo mediai, o maléolo lateral e o tálus. As r> ções anterior e posterior da cápsula articular são finas, mas lateral e n dialmente a cápsula articular é forte e reforçada por ligamentos robusl mostrados na Figura 8.21 b-d. Os principais ligamentos são o ligamei colateral m ediai (deltóideo) e os três ligam entos que constituem a gamento colateral lateral. Os maléolos, sustentados por esses ligam en e unidos entre si pelos ligam entos tibiofibulares (anterior e posterior -: pedem os ossos do tornozelo de deslizarem de um lado para outro.

C apítulo

8 • O Sistema Esquelético: Articulações

229

Músculo tibial posterior Músculo flexor longo do hálux Tendão do músculo tibial anterior Tíbia Tendão do calcâneo

Músculo tibial posterior Tíbia Músculo flexor longo do hálux Tendão do calcâneo Articulação talocrural Articulação talocalcânea Ligamento talocalcâneo Tálus

Ligamento talocalcâneo Calcâneo Músculo quadrado plantar Músculo flexor curto dos dedos

Articulação talocalcaneonavicular Articulação cuneonavicular

(b) RM, tornozelo e pé

Articulação tarsometatarsal Osso metatarsal (

Articulação metatarsofalângica Articulação interfalângica Calcâneo Articulação talocalcânea

Navicular

Cuneiforme mediai

Tendão do músculo flexor curto dos dedos (a) Tornozelo e pé, secção longitudinal

Figura 8.20 Articulações do tornozelo e do pé, parte I. (a) Secção sagital do pé esquerdo, identificando as principais articulações e estruturas associadas, (b) RM correspondente do tornozelo

esquerdo e da parte pr3- - -i

do pé.

Articulações do p é [Figuras 8.20/8.21 ] Quatro grupos de articulações sinoviais são encontrados no pé (Figuras 8.20 e 8 .21 ): . Osso tarsal com osso tarsal (articulações intertarsais). São articula­ ções planas que perm item movimentos limitados de deslizamento e torção. As articulações entre os ossos tarsais são comparáveis àquelas entre os ossos carpais do punho. 2. Osso tarsal com osso metatarsal (articulações tarsometatarsais). São essas as articulações que permitem movimentos limitados de des­ lizamento e torção. Os três primeiros ossos metatarsais articulam-se com os cuneiformes mediai, intermédio e lateral. O quarto e o quinto ossos metatarsais articulam-se com o cubóide. 1

3. Osso metatarsal com falange (articulações metatarsofalângicas). São articulações elipsóideas que perm item flexão/extensão e adu­ ção/abdução. As articulações entre os ossos metatarsais e as falanges assemelham-se às que há entre os ossos metacarpais e as falanges da mão. Visto que a primeira articulação metatarsofalângica é elipsóidea, em vez de ter forma de sela, como a primeira articulação metacarpofalângica da mão*, o hálux não tem a mobilidade do polegar. Um par ' N . de R.T. A prim eira articulação m etacarpofalângica é elipsóidea; a articulação sinovial «dar é a carpom etacarpal do polegar.

de ossos sesamóides geralmente se forma nos tendões que cruzam ^ face inferior dessa articulação, e sua presença restringe ainda m aií : movimento. 4. Falange com falange (articulações interfalângicas). São gmg.:~ que perm item flexão e extensão.

Envelhecimento e articulações As articulações estão sujeitas a grande desgaste e a rupturas durante : a vida, e os problemas com a função articular são relativamente com ur. ~ em especial nos idosos. Reumatismo é um termo geral que indica d - rigidez que afetam o sistema esquelético, o sistema muscular ou a m t : ? Existem formas im portantes de reumatismo. A artrite abrange toca- doenças reumáticas que afetam articulações sinoviais. A artrite se m ::: compromete as cartilagens articulares, mas a causa específica pode v :r ::: Por exemplo, a artrite pode resultar de infecção bacteriana ou viral, le si: problemas metabólicos ou graves pressões físicas. Com a idade, a massa óssea diminui e os ossos ficam mais frao: modo que o risco de fraturas aumenta. Caso se desenvolva osteoporose. : ~ ossos podem enfraquecer a ponto de as fraturas ocorrerem por pre>>"rr que seriam facilmente toleradas por ossos normais. As fraturas de cua

O SISTEMA ESQUELÉTICO

Articulação Articulações Articulações talocalcaneo- cuneonaviculares tarsome-

Articulações metatarsofalângicas

Articulações interfalângicas

Tíbia

Fíbula

Articulaçàc talocrura (tornozek) Maléolo lateral

Maléolo mediai Tálus Ligamento deltóideo (colateral mediai)

Calcâneo

Ligamento talocalcâneo Navicular

Articulação Cubóide calcaneocubóidea

Cuneiformes

Ossos metatarsais (l-V)

(a) Vista superior

Maléolo lateral

Tíbia

Ligamento tibiofibular posterior

Ligamento tibiofibular anterior Tálus

Ligamento talofibular anterior -■gamento colateral lateral

Cubóiòe

Articulação calcaneocubóidea

Articulações intertarsais

Ligamento talofibular posterior

(b) Vista posterior de secção coronal

Articulações tarsometatarsais

Ligamento calcaneofibular Tendão do calcâneo

Articulação Cubóide calcaneocubóidea

Articulações metatarsofalângicas

Articulações interfalângicas

(c) Vista lateral

Articulação talocrural Tálus

-tcuiação talocrural

Articulação deltoideo . . . . /(. .A talocalcanea (lig. colateral mediai) Articulação talocalcaArticulação neonavicular talocalcânea Navicular

Arbculação taloca*caneonavicular Articulação cuneonavicular Articulação tarsometatarsal

Tendão do calcâneo

Ossos cuneiformes

Calcâneo

Articulação calcaneocubóidea Cubóide Base do quinto osso metatarsal (d) Tornozelo direito, vista mediai

Ftgjra 8.21

(e) Radiografia do tornozelo direito, vista mediai

Articulações do tornozelo e do pé, parte II.

ia . sta superior de ossos e articulações do pé direito, (b) Vista posterior de secção coronal do tornozelo direito depois de flexão plantar. Note a colocação dos r a f oios ~iedial e lateral, (c) Vista lateral do pé direito, mostrando ligamentos que estabilizam a articulação do tornozelo, (d) Vista mediai do tornozelo direito, mostrar** : -gamento colateral mediai, (e) Radiografia do tornozelo direito, projeção mediai/lateral.

C apitulo

estão entre as mais perigosas vistas em idosos. Essas fraturas, mais fre­ qüentes em pessoas acima de 60 anos de idade, podem ser acompanhadas por luxação ou fraturas pélvicas. A consolidação é bastante lenta, e os músculos poderosos que circun­ dam a articulação do quadril em geral impedem o alinhamento adequado dos fragmentos ósseos. As fraturas do trocanter maior ou menor em geral tém boa consolidação se a articulação puder ser bem estabilizada; estrutu­ ras de aço, pinos, parafusos ou combinações desses dispositivos podem ser usados para manter o alinhamento e permitir que a consolidação avance normalmente. Embora as fraturas de quadril sejam mais comuns entre indivíduos com mais de 60 anos, nos últimos anos, a freqüência dessas fraturas au­ mentou substancialmente entre atletas profissionais jovens.

n

8 • O Sistema Esquelético: Articulações

Ossos e músculos

Os sistemas esquelético e muscular são estrutural e funcionalmenra terdependentes; suas interações são tão extensas que, em geral, eles s ã : considerados partes de um só sistema musculoesquelético. Existem conexões diretas, porque os tecidos conectivos que drcimdam cada fibra muscular são contínuos com aquelas do periósteo que re veste o osso no qual o músculo está inserido. Os músculos e ossos tam re— estão ligados fisiologicamente porque as contrações musculares só p : a: r~ ocorrer quando a concentração extracelular de cálcio continua dentro a ■ limites estreitos relativamente normais, e a maior parte das reser. as a; cálcio do organismo é mantida no interior do esqueleto. Os três capi: _ seguintes examinarão a estrutura e a função do sistema muscular e discu­ tirão como as contrações musculares realizam movimentos específica

O SISTEMA ESQUELÉTICO E AS ARTICULAÇÕES

Caso clínico

A ESTRADA PARA DAYTONA A corrida da NASCAR é um dos esportes cujo número de espectadores mais cresce nos Estados Unidos. Cada semana, o circuito e a estratégia de corrida correspondente são diferentes. Isso, combinado com a na­ tureza “campestre” dos pilotos e a fascinação do povo norte-americano pelos automóveis, resultou no interesse crescente pelo esporte. A meta final de muitos pilotos é “pegar uma carona”. Eles começam a correr nos circuitos de terra e têm esperança de escalar até a Busch Series e, por fim, chegar à NASCAR. Como os pilotos dos circuitos de terra ba­ tida não têm os patrocinadores fortes da Busch Series ou NASCAR, al­ guns sistemas de segurança dispendiosos são omitidos dos automóveis ou do equipamento do piloto. Elliott é um jovem piloto que está brilhando no circuito de stock car local. Ele tem uma seqüência de 20 posições consecutivas entre os cinco melhores no circuito de terra Illinois-Indiana-Wisconsin-Michigan. Esta noite ele estará pilotando seu carro na Wisconsin State Fair, e vários “olheiros” da Busch Series estarão entre a multidão, procurando pilotos jovens e promissores para preencher as vagas previstas no cir­ cuito de corrida do próximo ano. A corrida está indo bem para Elliott - que está, no momento, em primeiro lugar na volta 45 de um a corrida de 50 voltas. Quando

23"

Elliott surge na curva 3 e acelera, ganha rapidamente do último carr em campo. O pneu frontal direito do carro número 99, imediatamen­ te à sua frente, estoura, atirando o carro contra a parede e, a seguir de volta para a pista. Elliott freia, mas não consegue evitar a colisão com o carro 99. Bate na lateral do carro a pouco mais de 178 quilô­ metros por hora, causando rápida desaceleração. O carro número 11 que estava em segundo lugar, também freia e bate na traseira do cair de Elliott, a um pouco mais de 140 quilômetros por hora, deixando -o prensado entre o carro 99 e o 12. Quando o socorro chega ao carro ce Elliott, ele é encontrado inconsciente e precisa ser retirado das ferra­ gens do veículo. Depois de removê-lo do carro, a equipe de socorro coloca um colar cervical em Elliott, que é posto na maca e levado ao hospital do a u :: dromo.

Exame inicial Um exame preliminar no hospital do autódromo observou o seguine • Elliott está lentamente recuperando a consciência e ficara: mais responsivo. • Elliott queixa-se de “visão borrada” e continua p erguntara: “Quando a corrida vai começar?” A equipe de emergência decide transferir Elliott para o St. Mar- Hospital, em Milwaukee.

Exame de acompanhamento Os médicos do pronto-socorro deram início ao exame e constatararr. o seguinte: • Além do TCE (concussão) leve sofrido no acidente, os m édia: > ficaram imediatamente preqcupados com a possibilidade de le­ são no pescoço. Assim, foi solicitada uma radiografia completa de cabeça e pescoço para Elliott. • Os resultados do exame neurológico de triagem, inclusive a ava­ liação dos reflexos tendíneos profundos e das respostas piantares, são normais. • A radiografia cervical mostra o desaparecimento da curvarura normal da região cervical (Figura 8.22).

232 I

u

O SISTEMA ESQUELÉTICO

Caso clínico (continuação)

a) Radiografia de uma coluna cervical normal F gura 8.22

(b) Radiografia da coluna cervical de Elliott

Radiografia das vértebras cervicais.

a) Radiografia de vértebras cervicais normais, (b) Radiografia de vértebras cervicais dem onstrando o desaparecim ento da curvatura normal da região cervical e a presença de esporões ósseos em torno dos forames intervertebrais C IV e C V.

• O bservam -se evidências de leves alterações degenerativas nas vértebras cervicais m édias, com alguns osteófitos ao redor dos foram es intervertebrais entre C IV e C V. • N ão se constatou fratu ra cervical. • Q u an d o o colar cervical foi rem ovido, os m édicos realizaram a palpação e m anipulação do pescoço, envolvendo extensão e rotação. Essa parte do exame d em o n stro u rigidez e d o r substan­ ciais. A sensibilidade é n o tad a na área dos processos transversos d e C IV e C V .

Pontos a considerar Q u an d o você exam inar as inform ações apresentadas acim a, revise o m aterial apresentado nos C apítulos 5 a 8 e determ in e quais inform ações anatôm icas possibilitarão que você selecione os dados p ertinentes sobre Elliott e seu problem a. 1. Q uais são as curvaturas norm ais da coluna vertebral? 2. Q uais são as características anatôm icas das vértebras cervicais, em particular de C IV e C V? 3. Q uais estru tu ras de tecido m ole são en co n trad as em associação com a região cervical da coluna vertebral, e quais são as funções dessas estruturas? 4. Q uais são as características anatôm icas das articulações in terv er­ tebrais?

Análise e interpretação As inform ações a seguir resp o n d em as perg u n tas da seção “P ontos a considerar”. Para revisar esse m aterial, consulte as páginas indicadas n o capítulo.

1. A coluna vertebral apresenta quatro curvaturas normais. As curva­ turas torácica e sacral são denominadas curvaturas primárias, e as curvaturas cervical e lombar são chamadas de curvaturas secundá­ rias. págs. 159-160 2. A form a do corpo vertebral, do forame vertebral, dos processos espinhosos e dos processos transversos possibilitam que você distinga as vértebras cervicais das de outras regiões da coluna verte­ bral. págs. 161-165 Além disso, as características anatômicas de um a vértebra típica (C III a C VI) diferem das de C I, C II e C VII. pág. 164 3. Uma quantidade considerável de tecido mole encontrada em as­ sociação com a região cervical da coluna vertebral pode ter sido danificada no acidente. 4. As articulações entre os processos articulares superior e inferior das vértebras cervicais adjacentes podem ter sido danificadas no págs. 214-215 acidente.

Diagnóstico Elliott recebeu um diagnóstico de síndrome cervical resultante de hiperextensão/hiperílexão (também chamada de lesão em chicote) causada pela colisão frontal e traseira durante a corrida. Em decorrência dessa “lesão em chicote”, provavelmente Elliott teve distensão de vários mús­ culos da região do pescoço, o que causou a rigidez observada. Além da distensão muscular, Elliott pode ter lesão de um ou mais ligamentos associados à região cervical da coluna vertebral, inclusive do ligamento longitudinal posterior, do ligamento amarelo ou do ligamento interespinal. pág. 215 A flexão e a extensão súbitas e extremas da região cervical da coluna vertebral podem ter rompido um ou mais dos discos intervertebrais nessa região. pág. 21 As lesões degenerativas leves em C IV e C V ( págs. 163164) podem ser devidas pelo menos a duas circunstâncias: TERMOS DO CASO CLÍNICO , „

,

,

1. Essas alterações podem ser o resultado de um a ou mais lesões anteriores no pescoço, relacionadas com acidentes no passado. 2. Essas alterações nas vértebras sã.o, via de regra, ,

,

,

.

o resultado de desgaste e ruptura que aparecem em idade avançada. Contudo, com o E llio t t só tem 25 anos, tal motivo para esse achado é bastante improvável. ■

Concussão: L e s ã o em te c id o

^ CQmo Q cérebro_qye regu|ta de jm pa c to ou golpe violento,

osteófitos: E sp e ssa m e n to anor-

ma| em um osso, g e ralm ente em resposta a um evento traum ático: via de regra associado a dor devido

a m ovim ento do osso ou pressão sob re o cre scim e nto osseo.

.. Reflexos tendineos profundos (ref/ex0 m iotático) c o n tra ç ã o m ljs c u lo s em

re s p o s ta a

uma fo rça d e e stira m e n to resulta n te da e stim u la ç ã o de propriocep tore s.

Respostas plantares: Um a re s­ posta a um e stím ulo, em geral a batida da face plantar do pé a par­ tir do torn ozelo até a região m etatarsal. A resposta plantar norm al é denom inada reflexo de Babinski e co n siste em exte n sã o do hálux e ab dução dos outros dedo s do pé

C apítulo

8 • O Sistema Esquelético: Articulações

TERMOS CLÍNICOS Anquilose: Fusão anormal entre ossos articula­ dos em resposta a atrito por trauma no interior da articulação. Artrite reumatóide: Artrite inflamatória que

afeta quase 2,5% da população adulta. A causa é ncerta, embora alergias, bactérias, vírus e fatores genéticos tenham sido propostos. Artrites: Doenças reumáticas que afetam articu-

ações sinoviais. A artrite sempre implica danos nas cartilagens articulares, mas a causa específica pode variar. As doenças artríticas são classificadas como de natureza degenerativa ou inflamatória.

Dor ciática: Resultado doloroso da compressão de raízes do nervo isquiático.

a circulação do líquido sinovial. A meta é evitar 2. degeneração das cartilagens articulares.

Esporão ósseo: Espessamento anormal de um osso, geralmente em decorrência de evento traumático; via de regra associado à dor devido ao movimento do osso ou pressão sobre o crescimento ósseo.

Osteoartrite (artrite degenerativa ou doença

Hérnia de disco: Nome comum para uma con­

articular degenerativa [DAD]): Condição artrítica que resulta de (1) desgaste e ruptura cumulativos das faces articulares ou (2) p rec :; posição genética.

dição causada por herniação de um disco intervertebral. A herniação aplica pressão aos nervos espinais, causando dor e limitação da amplitude de movimento.

Reflexo tendíneo profundo (reflexo miotáti-

Laminectomia: A remoção das lâminas do arco

estimulação tátil na região do metatarso do p t normalmente flexão plantar dos dedos do pé.

co): Contração tônica dos músculos em resp: a um estiramento. Resposta plantar (reflexo plantar): Resposta a

para explorar uma articulação sem cirurgia im ­ portante.

vertebral pode ser realizada para se ter acesso ao canal vertebral e aliviar os sintomas de hérnia de disco.

Cirurgia artroscópica: Modificação cirúrgica de

Luxação: A luxação é a condição na qual as faces

uma articulação usando um artroscópio.

articuladas são forçadas para fora da posição.

Concussão (traumatismo cranioencefálico TCE): Lesão em tecido mole, como o cérebro,

Meniscectomia: Remoção cirúrgica de menisco

Separação do ombro: Luxação parcial ou com­ pleta da articulação acromioclavicular.

lesionado.

Subluxação: Luxação parcial; deslocamento Al­

Movimento passivo contínuo (MPC): Procedi­

faces articulares, suficiente para causar desco” : : rto, mas resultando em menos dano físico à art:, lação do que a luxação completa.

Artroscópio: Instrumento que usa fibras ópticas

que resulta de impacto ou golpes violentos sobre a cabeça.

mento terapêutico que envolve o rtiovimento pas­ sivo de uma articulação com lesão para estimular

Reumatismo: Termo geral que indica dor e ri­

gidez que afetam o sistema esquelético, o siste~ a muscular ou ambos.

RESUMO PARA ESTUDO

Introdução

206

1. Articulações (junturas) existem sempre que dois ossos interagem. A fun­

ção de uma articulação depende de seu desenho anatômico. As articula­ ções podem perm itir (1) nenhum movimento, (2) movimento leve ou (3) movimento amplo.

Classificação das articulações

8.1)

5. Uma articulação não pode ter ao mesmo tempo grande força e grar ra mobilidade. Quanto maior for a força de uma articulação, menor ser= ; ü mobilidade e vice-versa.

206

1. Três categorias de articulações são baseadas na amplitude de movimento. Articulações imóveis são sinartroses, articulações ligeiramente móveis são anfiartroses e articulações de movimento livre são diartroses. As articula­ ções podem ser classificadas por função (ver Tabela 8 .1) ou por estrutura (ver Tabela 8.2).

Sinartroses (articulações imóveis)

cadas por líquido sinovial. Outras estruturas sinoviais e acessórlaí r dem incluir meniscos ou discos articulares; corpos adiposos; tend ligamentos; bolsas sinoviais; e bainhas tendíneas sinoviais.

206

2. Em uma sinartrose, as margens ósseas são próximas entre si e podem soldar-se. Exemplos de sinartroses incluem sutura entre ossos do crânio, gonfose entre os dentes e os alvéolos dentais, sincondrose entre osso e cartilagem em uma placa epifisial e sinostose, na qual dois ossos fun­ dem-se e o limite entre eles desaparece a seguir.

Anfiartroses (articulações ligeiramente móveis)

206

3. Na anfiartrose, são permitidos movimentos muito limitados. Exemplos de anfiartroses são sindesmose, na qual as fibras de colágeno conectam ossos da perna, e sínfise, na qual os ossos são separados por um disco de fibrocartilagem.

Diartroses (articulações com movimento livre)

206

4. Uma grande amplitude de movimento é permitida na diartrose, ou ar­ ticulação sinovial. Essas articulações têm sete características comuns: uma cápsula articular; cartilagens articulares; uma cavidade articular preenchida com líquido sinovial; uma membrana sinovial; ligamentos capsulares acessórios; fibras nervosas sensitivas e vasos sangüíneos

que suprem a membrana sinovial. As cartilagens articulares são lubrifi-

Forma e função articular

208

Descrição do movimento dinâmico

209

1. Os movimentos possíveis de um osso em uma articulação p oce— ■■ classificados como movimento linear (para trás e para frente movi­ mento angular (no qual o ângulo entre a diáfise e a face articular ir. _ aa e rotação (giro da diáfise em seu eixo longitudinal), (ver Figura 2. As articulações são descritas como uniaxiais, biaxiais ou triaxiaií pendendo do número de eixos ao longo dos quais permitem o moviEceto. (ver Figura 8.6)

Tipos de movimentos

209

3. No deslizamento, as faces articulares opostas em uma articulaçãc a . zam uma sobre a outra, (ver Figura 8.2b) 4. Vários termos importantes descrevem o movimento angular: abducM (movimento para longe do plano mediano do corpo), adução — mento na direção do plano mediano do corpo), flexão (reduçã c. -~ guio entre os elementos articulados), extensão (aumento do àn ç_ : ; — os elementos articulados), hiperextensão (extensão para alem dc>í : anatômicos normais, produzindo, assim, dano articular 1 e circuncu.^» (tipo especial de movimento angular que inclui flexão, abduça . e adução). (verFigura 8.3) 5. A descrição de movimentos de rotação exige referência a uma 5e_ra r. posição anatômica. A rotação da cabeça para a esquerda ou direita t : 5 servada quando se sinaliza um “não” com a cabeça. A rotação medi.il lateral é observada nos movimentos dos membros caso sua reg:ã -

O SISTEMA ESQUELÉTICO

nor \ íte-se para a direção da face ventral do corpo ou para longe dela. - - k do antebraço permitem p ro n a çã o (movimento que faz a palma da mão voltar-se para trás) e su p in a ç ã o (movimento que faz a palma voltar-se para a frente), (ver Figura 8.4) r Yarios termos especiais aplicam-se a articulações específicas ou tipos de rr. unento incomuns. Os movimentos do pé incluem ev ersã o (que leva i 7 'anta do pé para fora) e in v ersã o (que leva a planta do pé para dentro). T t rr.ozelo realiza flex ã o d o r sa l (extensão do tornozelo, andar sobre - rakanhares) e flex ã o p la n ta r (flexão do tornozelo, ficar na ponta dos re? A flex ã o la tera l ocorre quando a coluna vertebral inclina-se para o Lado. A p ro tra çã o envolve mover uma parte do corpo para a frente (pro:-_sio da mandíbula); a retração envolve movê-la para trás (mandíbula retraída para trás). O p o siç ã o é o movimento do polegar que nos possibina apreender objetos. D e p ressã o e elev a çã o ocorrem quando movemos uma estrutura para baixo ou para cima (ocorre na abertura e no fechan ento da boca), (ver Figura 8.5)

Articulação do cotovelo

219

8. A a rticu la çã o d o c o to v e lo é constituída pelas articulações entre ( l ) o úmero e a ulna e (2) o úmero e o rádio. 9. O c o to v e lo é um gínglimo que permite flexão e extensão. Trata-se, na verdade, de duas articulações, uma entre o úmero e a ulna (articulaçãc umeroulnar) e uma entre o úmero e o rádio ( articulação umerorradial . Os lig a m e n to s co la tera is rad ial e u ln a r e os an u la res auxiliam a estabi­ lizar essa articulação, (ver Figura 8.12)

Articulações radiulnares

219

10. As articulações radiulnar proximal e radiulnar distai permitem a supina­ ção e a pronação do antebraço. A cabeça do rádio é mantida em arti­ culação pelo lig a m e n to a n u la r d o r á d io , enquanto as faces articulares radiulnares distais permanecem articuladas por uma série de ligamentos radiulnares e pela membrana interóssea do antebraço, (ver Figura 8 .13

Articulações do punho Classificação estrutural das articulações sinoviais

212

- - a rticu la çõ es p la n a s permitem movimento limitado, em geral em um 50 piano, (ver Figura 8.6 e Tabela 8.2)

: >g ín g lim o s e as a rticu la çõ es tr o c ó id e a s são uniaxiais e permitem mo­ mento angular em um só plano, (ver Figura 8.6 e Tabela 8.2) - As articulações biaxiais incluem as co n d ila res (elip só id ea s) e as selares. ? em item movimento angular em dois planos, (ver Figura 8.6 e Tabela 8.2) A> a rticu la çõ es tria x ia is ou esfe r ó id e a s permitem todas as combinações de movimento, inclusive rotação, (ver Figura 8.6 e Tabela 8.2)

8.14)

Articulações da mão

Articulações representativas

213

A rticulação tem p orom an d ib u lar 214 - articulação tem p o ro m a n d ib u la r (ATM) abrange a fossa mandibular do o 5>o temporal e o processo condilar da mandíbula. Essa articulação tem disco fibrocartilagíneo espesso, o disco articular. As estruturas de apoio - ,v_em a densa cápsula, o lig a m e n to tem p o ro m a n d ib u la r, o lig a m e n to e-stilom andibular e o lig a m e n to e sfen om an d ib u lar. Esse gínglimo permite amplitude restrita de deslizamento e rotação, (ver Figura 8.7) A rticulações da colu n a vertebral 2 14 1 Tf rrocessos articulares superior e inferior das vértebras formam articuUcões planas com os das vértebras adjacentes. Os corpos formam sínfises. > i eparadas por d isc o s in terv erteb ra is que contêm um núcleo interno - 'r. elástico e gelatinoso, o n ú c le o p u lp o s o , e uma camada externa fi: - c obter movimento. Os ligamentos e músculos e tendões circundantes rrc porcionam força e estabilidade. O ombro tem um grande número de b o lsa s s in o v ia is que reduzem o atrito quando grandes músculos e ten­ dões passam através da cápsula articular. (ver Figura 8 .11)

219

11. A a r ticu la çã o d o p u n h o é formada pela a r ticu la çã o ra d io ca rp a l e pelas a r tic u la ç õ e s in te r c a r p a is. A articulação radiocarpal é uma articulação elipsóidea que envolve a face articular carpal do rádio e três ossos carpais proximais (escafóide, semilunar e piramidal). A articulação radiocarpal permite flexão/extensão, adução/abdução e circundução. Uma cápsula de tecido conectivo e ligamentos largos estabilizam as posições de cada osso. As articulações intercarpais são articulações planas, (ver Figura

221

12. Cinco tipos de articulações sinoviais são encontrados na mão: (1) osso carpal com osso carpal (a r tic u la ç õ e s in te rca rp a is); sinovial plana; (2) osso carpal com primeiro osso metacarpal (articu la çã o ca rp o m eta ca rp a l d o p olegar); sinovial selar, que permite flexão/extensão, adução/abdução, circundução, oposição; (3) ossos carpais/ossos metacarpais I I -V (a rti­ c u la ç õ e s ca rp o m eta ca rp a is); sinovial plana, que permite ligeira flexão/ extensão e adução/abdução; (4) osso metacarpal/falange (a rticu la çõ es m eta c a rp o fa lâ n g ica s); sinovial elipsóidea, que permite flexão/extensão adução/abdução e circundução; e (5) falange/falange (a r tic u la ç õ e s in te rfa lâ n g ica s); sinovial em gínglimo, que permite flexão/extensão. 1 Figura 8.14)

Articulação do quadril

221

13. A a rticu la çã o d o q u a d ril é uma sinovial esferóidea formada pela uniãc do acetábulo do osso do quadril com a cabeça do fêmur. A articulaçâ: permite flexão/extensão, adução/abdução, circundução e rotação. Figuras 8.15/8.16)

14. A cápsula articular da articulação do quadril é reforçada e estabilizada por quatro amplos ligamentos: ilio fe m o r a l, p u b o fe m o r a l, isq u io fem o r a l e tra n sv erso d o a cetá b u lo . Outro ligamento, o da cab eça d o fêm u r, também ajuda a estabilizar a articulação do quadril, (ver Figuras 8.15/8.16

Articulação do joelho

225

15. A articulação do joelho funciona como um gínglimo, porém é mais coir plexa do que os gínglimos comuns, como a articulação do cotovelo. Es­ truturalmente, o joelho assemelha-se a três articulações distintas: (1 os côndilos mediais do fêmur e da tíbia, (2) os côndilos laterais do fêmur e da tíbia e (3) a patela e a face patelar do fêmur. A articulação permits flexão/extensão e rotação limitadas, (ver Figuras 8.17/8.18/8.19) 16. A cápsula articular do joelho não é uma cápsula unificada com uma ca­ vidade articular comum. Ela contém (1) e le m e n to s fib r o c a r tila g ín e o s os m e n isc o s m e d ia is e os m e n isc o s laterais, e (2) co r p o s a d ip o so s. Figuras 8.17/8.18)

17. Sete importantes ligamentos unem e estabilizam a articulação do io~ elho. São os lig a m e n t o s d a p a te la , c o la te r a l t ib ia l, c o la te r a l fib u la r p o p lít e o s o b líq u o e a r q u e a d o e lig a m e n t o s c r u z a d o s a n te r io r e po« te r io r (L C A e L C P ). (ver Figuras 8 .17 /8 .18 )

C apítulo

Articulações do tornozelo e do pé

xão/extensão e adução/abdução; e (4) falange/falange (a r tic u la ç õ e s inte r fa lâ n g ic a s), sinovial em gínglimo, que permite flexão/extensi :

228

18. A a r tic u la ç ã o d o t o r n o z e lo , ou articulação talocrural, é um gínglimo formado pela face articular inferior da tíbia, pelo maléolo lateral da fí­ bula e pela tróclea do tálus. A articulação principal é a tibiotalar. A tíbia e a fíbula são unidas pelos lig a m e n t o s t ib io fib u la r e s a n te r io r e p o s t e ­ rio r. Com esses ligamentos estabilizadores mantendo os ossos juntos, os maléolos mediai e lateral podem evitar o deslizamento lateral ou mediai da tíbia através da tróclea do tálus. A articulação do tornozelo permi­ te flexão dorsal/flexão plantar. O lig a m e n t o d e lt ó id e o ( lig a m e n to c o ­ la te r a l m e d ia i) e três lig a m e n t o s q u e f o r m a m o lig a m e n t o c o la te r a l la te r a l estabilizam ainda mais a articulação do tornozelo, (ver Figuras 8.20/ 8.21)

19. Quatro tipos de articulações sinoviais são encontrados no pé: (1) osso tarsal/osso tarsal (a r tic u la ç õ e s in te rta rsa is, nomeadas de acordo com o osso participante), sinovial plana; (2) osso tarsal/osso metatarsal (a r ti­ c u la ç õ e s ta r so m e ta ta r sa is), sinovial plana; (3) osso metatarsal/falange (a r tic u la ç õ e s m eta ta rso fa lâ n g ica s), sinovial elipsóidea, que permite fle­

8 • O Sistema Esquelético: Articulações

Figuras 8.20/8.21 e Tabela 8.5)

Envelhecimento e articulações

229

1. Os problemas com a função articular são relativamente comuns, em es­ pecial nos idosos. R e u m a tism o é um termo geral que indica dor e r ç ; ; a que afetam o aparelho locomotor; existem formas importantes. A a rtriu abrange todas as doenças reumáticas que afetam articulações sinovüií Essas duas condições são cada vez mais comuns com o avanço da i c m

Ossos e músculos

231

1. Os sistemas esquelético e muscular são estrutural e funcionalmente dependentes e constituem o sistema musculoesquelético.

R E V I S Ã O DO C A P Í T U L O Para respostas às questões da R evisão dos Conceitos e Revisão do Capítulo,

13.

Uma articulação na qual as faces articulares podem deslizar em qualc_« direção é denominada: (a) uniaxial (b) biaxial (c) multiaxial (d) monaxial

14.

Qual dos seguintes ligamentos não está associado com a articu k ci: : quadril? (a) ligamento iliofemoral (b) ligamento pubofemoral (c) ligamento da cabeça do fêmur (d) ligamento amarelo

veja a seção de Respostas na parte fin a l do livro.

Nível 1 - Revisão de fatos e termos Associe cada item num erado com a letra do item que m elhor se relaciona. Utilize letras para as respostas nos espaços apropriados. C o lu n a A

___1. ___2. ___3. ___4. ___5. ___6. ___7. ___8. ___9.

sem movimento sinovial ângulo aumentado bolsas sinoviais palma voltada para anterior andar sobre os calcanhares fibrocartilagem carpo meniscos

C o lu n a B

a. b. c. d. e. f.

articulação do punho flexão dorsal coxim líquido diartrose joelho discos intervertebrais supinação gh. extensão i. sinartrose

10. A função de uma bolsa sinovial é: (a) reduzir o atrito entre um osso e um tendão (b) absorver o impacto (c) suavizar o atrito entre a articulação e as estruturas adjacentes de uma articulação (d) a e b estão corretas 11. Todas as afirmações a seguir são verdadeiras com relação à capacidade de movimento das articulações, exceto: (a) grande estabilidade diminui a mobilidade (b) podem ser orientadas ou restringidas em certas direções pela forma das faces articuladas (c) podem ser modificadas pela presença de ligamentos acessórios e fibras de colágeno da cápsula articular (d) a força da articulação é determinada pela força dos músculos que nela se inserem e à sua cápsula articular 12. Qual das seguintes não é uma função da sinóvia (líquido sinovial)? (a) amortecer impactos (b) aumentar a pressão osmótica no interior da articulação (c) lubrificar a articulação (d) fornecer nutrientes

15. A parte de trás da articulação do joelho é reforçada por:

(a) (b) (c) (d)

ligamentos colaterais tibiais ligamentos poplíteos ligamento cruzado posterior ligamentos da patela

16. A articulação do ombro é estabilizada principalmente:

(a) (b) (c) (d)

por ligamentos e músculos que movem o úmero pela escápula apenas por ligamentos glenoumerais pela clavícula

17.

Um movimento de torçãodo pé que faz a planta voltar-se para der.::: ; i (a) flexão dorsal (b) eversão (c) inversão (d) protração

18.

Qual dos seguintes une corretamente estruturas daarticulação dc: : : : velo? (a) epicôndilo lateral, tuberosidade do rádio (b) capítulo do úmero, cabeça do rádio (c) ligamento colateral radial, epicôndilo mediai (d) olécrano, incisura radial

19.

Luxações são dolorosas por causa da estimulação de receptores de dc - es todas as localizações, exceto: (a) no interior da cavidade articular (b) na cápsula articular (c) nos ligamentos em torno da articulação (d) nos tendões em torno da articulação

O S ISTE M A ESQUELÉTICO

1

1 > camentos que limitam o movimento anterior e posterior do fêmur e mantêm o alinhamento dos côndilos femoral e tibial são os: a ligamentos cruzados b I ligamentos colaterais fibulares I c ligamentos da patela (d i ligamentos colaterais tibiais

Nível 2 - Revisão de conceitos Q uando um arremessador de beisebol “enrola-se” antes de arremessar, esta tirando vantagem da capacidade de a articulação do ombro realizar: a) rotação (b) protração c extensão (d) supinação 2

Compare e contraste a força e a estabilidade de uma articulação com re­ lação à quantidade de mobilidade nessa articulação.

5- Como a classificação de uma articulação muda quando a epífise funde-se nas extremidades de um osso longo? -

Como os maléolos da tíbia e da fíbula funcionam para manter o posicio­ namento correto da articulação talocrural?

5. Em que as cartilagens articulares diferem de outras cartilagens do cor­ po? 6. Quais são os fatores responsáveis pela limitação da amplitude de movi­ mento de uma articulação sinovial?

7. Qual é o papel dos ligamentos capsulares em uma articulação sinov complexa? Use a articulação do cotovelo para ilustrar sua resposta 8. Qual é o mecanismo comum que mantém as articulações imóveis m ro como as suturas do crânio e as gonfoses, mantendo os dentes em s-t alvéolos dentais? 9. Como a pronação de um elemento esquelético pode ser d istin g u ir sua circundução? 10. O que você diria ao seu avô sobre a redução de sua estatura conforms envelhece?

Nível 3 - Pensamento crítico 1. Quando uma pessoa envolvida em um acidente automobilístico >: “lesão em chicote”, quais estruturas foram afetadas e quais movimerv podem ser responsáveis pela lesão? 2. Um maratonista pisa em uma raiz de árvore exposta, torcendo o tor~ lo. Depois de ser examinado, o diagnóstico é entorse grave do tom : id e não fratura. Provavelmente, o tornozelo demorará mais para cica:do que um osso fraturado. Quais estruturas foram danificadas, e por q demoram tanto para cicatrizar? 3. Quase'todas as lesões no joelho dos futebolistas ocorrem quando : gador tem o joelho “plantado”, em vez de flexionado. Quais são os :z anatômicos responsáveis por isso?

O Sistema Muscular

1. D escrever as características diferenciais do tecido muscular.

Tecido Muscular Estriado Esquelético e Organização Muscular

2. Descrever as fu n çõe s do tecido m uscular estriado esquelético.

3. Discutir a organização dos tecidos conectivos, o suprim ento sang_ nec e a inervação do m úsculo estriado esquelético.

4. D escrever a disposição do retículo sarcoplasm ático, dos túbulos transversos, das m iofibrilas e dos m iofilam entos, bem com o a organização dos sarcôm eros no interior da fibra m uscular esquete: ca

5. Descrever a função do retículo sarcoplasm ático e dos túbulos transversos na contração m uscular 6. Discutir a estrutura da sinapse neurom uscular e resum ir os e v e r :: s que ocorrem no nível da junção.

7. Resum ir o p rocesso de contração muscular. 8. D escrever um a unidade m otora e o controle das fibras m u scu lares

9. Relacionar a distribuição dos vários tipos de fibras m usculares esq ueléticas ao desem penho muscular. 10. Descrever a disposição d o s fase _ :: nos vários tipos de m úsculos e explicar as diferenças funcionais resultantes.

11 . Prever as açõe s de um m úsci. o comi base nas suas inserções: ponte ponto móvel.

e

12. Explicar o m odo com o os m ú s c u lo

Introdução

interagem para produzir ou para se opor a m ovim entos.

238

Funções do m úsculo estriado esquelético

Anatom ia dos m úsculos estriados esqueléticos Contração m uscular

13. Utilizar o nom e de um m úsculo pc'3

238 238

14. D escrever as relações entre r . . ; : , ::

245

Unidades m otoras e controle m uscular

e ossos, os diferentes tipos de alavancas e polias anatôm icas, e com p reend er com o as alavancas e •polias aum entam a eficiência d : s m úsculos.

247

Tipos de fibras m usculares estriadas esqueléticas

249

A organização das fibras m usculares estriadas esqueléticas Term inologia m uscular

ajudar a identificar e recordar sua orientação, características p ró p ' ss localização, aspecto e função.

251

253

Alavancas e polias: um sistema projetado para o m ovim ento Envelhecimento e sistem a m uscular

256

255

15. D escrever os efeitos do e x e rc ia o e do envelhecim ento sobre o rr-scu» : esquelético.

O SISTEMA MUSCULAR É diácil imaginar como seria a vida sem o tecido muscular. Seriamos incap azes de sentar, ficar em pé, andar, falar ou pegar objetos. O sangue não circularia, porque não haveria batimento cardíaco para propeli-lo ao í : ngo dos vasos. Os pulmões não poderiam inflar-se e esvaziar-se ritm i­ camente e o alimento não poderia mover-se ao longo do trato digestório. De fato, não haveria praticamente nenhum movimento em qualquer via interna de passagem. Isso não significa que toda a vida dependa do tecido muscular, pois os vegetais são organismos vivos e não apresentam músculos. Sem os músr_ c s, a vida humana seria impossível, já que muitos de nossos processos fisic lógicos e virtualmente todas as nossas interações dinâmicas com o ambiente envolvem o tecido muscular. O tecido muscular, um dos quatro r r : s de tecidos primários, é composto principalmente de fibras muscula: - células alongadas, capazes de contração ao longo do seu eixo longituO tecido muscular também contém fibras de tecido conectivo direcionam as forças de contração para realizar trabalho. Há três tipos de teddo muscular: músculo esquelético1, músculo cardíaco e músculo liso. pág. 75

A principal função do tecido muscular estriado esquelético é movi­ mentar o corpo ao exercer tração sobre os ossos do esqueleto, possibilitando-nos inúmeras atividades, como andar, dançar ou tocar um instrumento m_s:cal. O músculo estriado cardíaco propele o sangue para os vasos do - -:ema circulatório; o tecido muscular liso conduz líquidos e sólidos ao ! :zgo do trato digestório e executa funções variadas em outros sistemas. Esses tecidos musculares compartilham quatro propriedades básicas: 1. Excitabilidade-. Capacidade de responder a estímulos. Por exemplo, os músculos esqueléticos normalmente respondem a estímulos do sis­ tema nervoso, e alguns músculos lisos respondem a hormônios cir­ culantes. 2. Contratilidade. Capacidade de encurtar-se ativamente e exercer força de tração ou tensão, cujas direções podem ser determinadas por teci­ dos conectivos. 3. Extensibilidade-. Capacidade de manter a contratilidade em situação de distensão. Por exemplo, uma célula muscular lisa pode ser disten­ dida e atingir uma dimensão equivalente a várias vezes o seu compri­ mento original e, ainda assim, contrair-se quando estimulada. 4. Elasticidade: Capacidade de um músculo de retornar ao seu compri­ mento original após uma contração. capítulo é voltado para a discussão do tecido muscular esquetecido muscular cardíaco será considerado no Capítulo 21, que trata da anatomia do coração; o tecido muscular liso será considerado no tulo 25, na discussão sobre sistema digestório. Miisculos esqueléticos são órgãos que contêm todos os quatro tipos básicos de tecidos, mas são compostos principalmente de tecido muscu. ' l uelético. O sistema muscular do corpo humano é constituído por mais ce “00 músculos esqueléticos e inclui todos os músculos esqueléticos ; _r podem ser controlados voluntariamente. Esse sistema será abordai : nos próximos três capítulos. O presente capítulo considera a função, _ m ito m ia macro e microscópica, e a organização dos músculos esquekticos, assim como a terminologia apropriada. O Capítulo 10 discute a anatomia macroscópica da musculatura axial, ou seja, os músculos es: uelétioos associados ao esqueleto axial. O Capítulo 11 discute a anatomia macroscópica da musculatura apendicular, ou seja, os músculos esqueléticcs issociados ao esqueleto apendicular. Este

letico. O

Funções do músculo estriado esquelético Músculos estriados esqueléticos são órgãos contráteis direta ou indir; tamente fixos aos ossos do esqueleto. Os músculos esqueléticos desemp; nham as seguintes funções:

1. Produção de movimento do esqueleto: Contrações musculares tracir nam os tendões e movimentam os ossos do esqueleto. Seus efeitos vã desde movimentos simples, como estender um braço, até movimer tos altamente coordenados: nadar, esquiar ou digitar. 2. Manutenção da postura e posicionamento do corpo: A contração c músculos específicos mantém a postura corporal - por exempl manter a cabeça em posição durante a leitura de um livro ou equil que brar o peso do corpo sobre os pés ao caminhar envolve a contração d músculos que estabilizam as articulações. Sem a constante contraçã muscular, não seria possível sentar em posição ereta sem desabar ner levantar sem cair para frente. 3. Sustentação de tecidos moles: A parede abdominal e o soalho da a vidade pélvica consistem em camadas de músculo esquelético. Este músculos sustentam o peso das vísceras e protegem os tecidos inte: nos contra lesões. 4. Regulação da entrada e saída de materiais: Aberturas ou orifícios d:

c o m as fib ra s m u s c u la re s e m d e s e n v o lv im e n to , p e r m a n e c e n d o n o

u m a lesão , as c é lu la s m u s c u la re s sa té lite s p o d e m se d irerer : _

te c id o m u s c u la r e s q u e lé tic o a d u lto c o m o c é lu la s m u s c u la r e s s a té ­

a u x ilia r n a re p a r a ç ã o e re g e n e ra ç ã o d o m ú s c u lo .

O SISTEMA MUSCULAR

S a r c ô m e ro

M io fib rila

F ila m e n to s d e c o n e c tin a



F ila m e n to de

o o o o o o o O o o o o #o #o #o ## #é•#o!o o o o «o•#o • # o •#o •#o « o o o •

F ix a ç õ e s d e titin a

• L in h a Z

• •• • • Banda I

#







Z o n a d e s o b r e p o s iç ã o

Banda H

L in h a M

|a) Organização de filamentos finos e grossos

Banda I i

Banda A Banda H

Z o n a d e s o b r e p o s iç ã o

L in h a M

L in h a Z

T itin a

F ila m e n to fin o

F ila m e n to g ro sso

S a r c ô m e ro Banda I

Banda A i Banda H

L in h a Z

21 Sarcômero em = sura 9.4

secção longitudinal

Z o n a d e s o b r e p o s iç ã o

L in h a M

L in h a Z

M E T x 6 4 .0 0 0

i S a r c ô m e ro

Estrutura do sarcômero.

= A disposição básica dos filamentos finos e grossos em um sarcômero e secções transversais de cada região do sarcômero. (b) Vista de um sarcômero em ur.= * : r a do músculo gastrocnêmio e um diagrama mostrando os vários componentes desse sarcômero.

C a p ít u l o 9

• O Sistema Muscular: Tecido Muscular Esqueletico e Organização Muscular

■ Entalhes profundos na superfície do sarcolema formam um a rede de túbulos finos que se estendem mergulhando no sarcoplasma. Impulsos elétricos conduzidos pelo sarcolema e esses túbulos transversos, ou túbulos T, ajudam a estimular e coordenar as contrações musculares.

(a) MÚSCULO ESQUELÉTICO Envolto por. Epimísio Contém: Fascículos musculares

Miofibrilas e m iofilam entos [Figura 9.3c,d] 0 sarcoplasma de um a fibra muscular esquelética contém de centenas a milhares de miofibrilas. Cada miofibrila é uma estrutura cilíndrica, com 1 a 2 jJ.m de diâmetro, de com prim ento equivalente ao da célula toda Figura 9.3c,d). As miofibrilas podem encurtar-se: essas são as estrutu­ ras responsáveis pela contração da fibra muscular esquelética. Como as miofibrilas estão ligadas ao sarcolema em cada extremidade da célula, sua contração encurta a célula inteira. Envolvendo cada miofibrila existe um revestimento form ado por membranas de retículo sarcoplasmático (RS), um complexo de m em ­ brana semelhante ao retículo endoplasmático liso de outras células (Figu­ ra 9.3d). Esta rede de membranas, que está estreitamente associada com os túbulos transversos, tem um papel essencial no controle da contração de cada miofibrila. Em cada lado do túbulo transverso, os túbulos do RS aum entam de tamanho, fundem-se e formam câmaras expandidas cha­ madas de cisternas terminais. A combinação de duas cisternas term i­ nais mais um túbulo transverso é conhecida como uma tríade. Embora as membranas da tríade estejam em estreito contato e firmemente interliga­ das, não existe conexão direta entre elas. M itocôndrias e grânulos de glicogênio encontram-se esparsos entre as miofibrilas. A quebra do glicogênio e a atividade das mitocôndrias pro­ duzem o ATP necessário para acionar a contração muscular. Uma fibra muscular esquelética típica possui centenas de mitocôndrias, mais do que qualquer outra célula do corpo. As miofibrilas são formadas por feixes de miofilam entos, filamentos protéicos constituídos primariamente pelas proteínas actina e miosina. Os filamentos de actina são encontrados nos filamentos finos, e os filamentos de miosina são encontrados nos filamentos grossos, o o pág. 36 Os fila­ mentos de actina e miosina estão organizados em unidades que se repe­ tem, denominadas sarcômeros (sarkos, carne + meros, parte).

Organização do sarcômero [Figuras 9.2/9.319.4/9.5] Os filamentos finos e grossos no interior da miofibrila estão organizados nos sarcômeros. A disposição dos filamentos finos e grossos no interior do sarcômero lhes confere um aspecto estriado. Todas as miofibrilas es­ tão dispostas paralelamente ao maior eixo da célula, com seus sarcômeros dispostos lado a lado. Como resultado, a fibra muscular inteira adquire um aspecto estriado, que corresponde às estrias dos seus sarcômeros indi­ viduais (ver Figuras 9.2 e 9.3). Cada miofibrila é formada por uma série linear de aproximadamente 10.000 sarcômeros. Os sarcômeros são as menores unidades funcionais da fibra muscular - as interações dos filamentos finos e grossos são responsá­ veis pelas contrações da fibra muscular esquelética. A Figura 9.4 representa a estrutura de um sarcômero individual. Os filamentos grossos ficam no centro do sarcômero, ligados por proteínas da linha M. Os filamentos finos em cada extremidade do sarcômero, ligados a uma proteína interconectante que constitui as linhas Z, estendem-se em direção à linha M. As linhas Z delineiam as extremidades do sarcômero. Na zona de sobreposição, os fila­ mentos finos passam por entre os filamentos grossos. A Figura 9.4 a mostra >ecções transversais em diferentes porções do sarcômero. Note os tamanhos relativos e o arranjo dos filamentos finos e grossos na zona de sobreposição. Cada filamento fino situa-se dentro de um triângulo formado por três fila­ mentos grossos, e cada filamento grosso é envolto por seis filamentos finos. As diferenças de tam anho e densidade dos filamentos finos e grossos 5Io responsáveis pelo aspecto estriado do sarcômero. A banda A é uma

(b) FASCÍCULO MUSCULAR

Envolto por: Perimísio Contém: Fibras musculares

(c) FIBRA MUSCULAR Envolta por: Endomísio Contém: Miofibrilas

(d) MIOFIBRILA

Envolta p o r Retículo sarcoplasmático Consiste em: Sarcômeros (linha Z à linha Z

(e) SARCÔMERO Banda I

Banda A Contém: Filamentos grossos Filamentos f

Linha Z

Linha M

to s

Titina Linha Z

Banda H

Figura 9.5 Níveis de organização funcional em uma fibra musa. s* estriada esquelética.

0 SISTEMA MUSCULAR

Troponina

Local ativo

Nebulina

Tropomiosina Moléculas de actina G

Cordac " de acbna - F Sarcômero Actina Unha Z Titina Banda H

(a) Linha Z e filamentos finos M ofibrila-

Titina

Linha Z

(c) Filamentos grossos

Linha M

Cabeça de miosina

Cauda de miosina (d) Molécula de miosina

Junção

= § jr a 9.6 F ila m e n to s fin o s e g ro ss o s. amentos são feixes de proteínas filam entares finas e grossas, (a) A adesão de filamentos finos à linha z. (b) Estrutura detalhada de um filamento fino mostrano: 5 :-ganização da actina G, troponina e tropomiosina. (c) A estrutura de filamentos grossos, (d) Uma molécula de miosina; em detalhe, a estrutura e a m ovim entaçã úa caoeça de miosina após ligação de ponte cruzada.

area que contém filamentos grossos (F ig u ra 9.4b). A banda A inclui a lir„-a \I . a banda H (apenas filamentos grossos) e a zona de sobreposição ‘Pim entos finos e grossos). A região entre a banda A e a linha Z é parte i- banda I que contém apenas filamentos finos. A partir das linhas Z, em cj.emelhante ao que uma molécula de substrato se liga ao local ativo de uma a. Um filamento fino também contém proteínas associadas: a tropo­ Em cada lado da linha M, um cordão de titina prolonga o com prim er m iosina e a troponina (trope, virar). As moléculas de tropomiosina for­ to do filamento grosso e continua além da porção miosina do filamen: mam uma longa cadeia que recobre os locais ativos da actina G, evitando grosso até um a fixação na linha Z. A porção exposta do cordão de titir. i ter ação actina-miosina. A troponina mantém posicionado o cordão de no interior da banda I é altamente elástica e se retrairá após o estiramer.: : No sarcômero norm al em repouso, os cordões de titina estão completa tropomiosina. Antes que uma contração inicie, as moléculas de troponina mente relaxados; eles se tornam tensos somente quando alguma força ex devem mudar de posição, movendo as moléculas de tropomiosina e expon­ terna estira o sarcômero. Quando isso ocorre, os cordões de titina ajudan do os locais ativos; este mecanismo será mais detalhado posteriormente.

C apítulo

9 • 0 Sistema Muscular: Tecido Muscular Esquelético e Organização Muscular

a m a n te r o a lin h am en to n o rm a l dos filam entos finos e grossos e, q u a n d o a tensão cessa, a retração das fibras de titin a auxilia o re to rn o do sarcô m e­ ro ao seu c o m p rim e n to n o rm al em repouso.

Banda I

Banda A

G REVISÃO DOS CONCEITOS 1. Por que o m úsculo e sq uelé tico tem aparência estriada quando observado ao m icroscópio?

Zona de Banda H sobreposição Filamento grosso

2. O que sã o m iofibrilas? Onde elas são encontradas? 3. Quais sã o as principais proteínas que form am os m iofilam entos?

Filamento fino

4. Qual é a unidade funcional do m úsculo esq uelético? 5. Quais são as duas proteínas que auxiliam a regulação da interação actinam iosina? Veja a seção de Respostas na parte final do livro.

Contração muscular

Sarcômero em repouso Linha M

U m a fibra m u sc u la r em co n traç ã o exerce u m a traç ã o o u tensão e d im i­ n u i seu c o m p rim e n to . A co n traç ã o da fibra m u sc u la r resu lta d a in te ra ­ ção en tre filam entos finos e grossos em cada sarcôm ero. O m eca nism o da co n tração m u scu lar é explicado pela teoria do fila m e n to deslizante. O fator desencadeante da co n tração é a presença de íons cálcio (C a2+), e a c o n tra ­ ção em si exige a presença de ATP.

A teoria do filamento deslizante

Linha Z

[Figuras 9.7/9.8]

A observação direta das fibras m usculares co ntráteis indica que, d u ra n te um a contração, (1) as bandas H e i d im in u em , (2) a zona de sobreposição au m en ta e (3) as linhas Z se aproxim am , m as (4) a largura da b an d a A p er­ m anece constante (Figura 9.7). A explicação p ara estas observações é c onhe­ cida com o teoria do filamento deslizante. Essa teoria explica as alterações físicas que ocorrem entre os filam entos finos e grossos d u ran te a contração. Contração e deslizamento dos filamentos O deslizam ento o co rre q u a n d o as cabeças de m io sin a dos filam entos Figura 9.7 Mudanças na morfologia de um sarcômero durante a cor grossos ligam -se aos locais ativos dos filam en to s finos. Q u a n d o o co rre a tração de uma fibra muscular estriada esquelética. ligação nas p o n te s cru zad as, as cabeças d e m io sin a g ira m em d ireção à Durante a contração, a banda A perm anece com a m esm a espessura, n a s as linha M p u x a n d o os filam entos finos em direção ao cen tro do sarcô m e­ linhas Z se aproxim am e a banda l e a banda H são reduzidas em espessura ro. A p o n te cru zad a en tão se desconecta e re to rn a à sua posição original, p ro n ta p a ra rep etir o ciclo “conecta, gira, d esco n ecta e re to rn a ”. Q u a n d o os filam en to s grossos p u x am os filam en to s finos, as lin h as Z m o v em -se em direção à lin ha M e o sarcôm ero en cu rta.

F ig u r a 9.8

O efeito do compri­ mento do sarcômero na tensão muscular. Dependendo da situação de estiramento jo sarcôm ero (se está muito encurtado xi muito estirado), a eficiência de con­ tração é afetada. Quando o sarcôm ero jstá encurtado, a contração não ocorre, » is (a) os filam entos grossos ficam em :ontato com as linhas Z ou (b) os filaTentos finos sobrepõem-se, cruzando o :entro do sarcômero. (c) A tensão produ: Ja por uma fibra m uscular esquelética ; t i contração atinge o m áxim o quando i zona de sobreposição é grande, mas :s ^lamentos finos não cruzam o centro :o sarcôm ero. Se os sarcôm eros estão Tuito estirados, a zona de sobreposição reduzida (d) ou desaparece (e), e as -terações das pontes cruzadas estão s o i d a s ou não ocorrem.

100

3 ,6 ( im

Comprimento diminuído (encurtado)

Comprimento aumentado (estirado)

Comprimento ideal (repouso)

246

MUSCULAH

: - i i i n e uma situação em que muitas pessoas estejam puxando uma rdá. a quantidade de tensão produzida é proporcional ao número de ressc - envolvidas. Em uma fibra muscular, a tensão gerada em uma conrraclc depende do número de interações de pontes cruzadas, que ocor­ ri— n : í sarcômeros das miofibrilas. Por sua vez, o número de pontes cru:ü_> e determinado pelo grau de sobreposição entre filamentos grossos ; £ n : 5 Somente as cabeças de miosina que estão no interior da zona de soòreposição podem ligar-se a locais ativos e produzir tensão. A tensão 7 'OGuzida pela fibra muscular pode, assim, ser diretamente relacionada _ . - ,:.:ra de um sarcômero individual (Figura 9.8). Em comprimento lõeal - r.bra muscular desenvolve tensão máxima (Figura 9.8c). O interv ik n : rmal de variação de comprimento do sarcômero vai de 75 a 130% i r seu comprimento ideal. Durante os movimentos normais, as fibras — rulares realizam uma ampla variação, além do intervalo intermediárl de variação de comprimento e, dessa forma, a tensão produzida varia —todc momento. Durante uma atividade como a deambulação, na qual os —_>ruios se contraem e relaxam de modo cíclico, as fibras musculares são estiradas a comprimentos muito próximos do comprimento ideal antes ie rereberem novo estímulo para contração.

0 inicio da contração [Figuras 9.3d/9.9] 1 r eparo da contração muscular é o aparecimento de íons cálcio livres no •ir: rlasma. A concentração intracelular do íon cálcio é geralmente muirc riixa. Xa maioria das células isso se deve ao fato de que os íons cálcio que entram no citoplasma são imediatamente bombeados para o líquido ertracelular através da membrana celular. Embora as fibras musculares e>i_e_eticas bombeiem o Ca2+ para fora da célula por este mecanismo, elü :im bém transportam o Ca2+ para o interior das cisternas terminais r : rerculo sarcoplasmático (Figura 9.9). O sarcoplasma de uma fibra muscular esquelética em repouso contém concentrações muito baixas de .: r - cálcio, porém a concentração de Ca2+no interior das cisternas termi­ nais pode ser até 40.000 vezes mais alta. Estímulos elétricos na superfície do sarcolema causam uma contra:2 : pelo desencadeamento da liberação de íons cálcio a partir da cisterna Terminal- A “mensagem elétrica”, ou impulso, é distribuída pelos túbulos transversos que penetram profundamente no sarcoplasma da fibra musrular. Um túbulo transverso tem início no sarcolema e faz trajeto em dire: I ic interior da célula, perpendicularmente à superfície da membrana F gura 9.3d, pág. 241). Ao longo do seu trajeto, ramificações do túbulo transverso circundam cada um dos sarcômeros individuais no limite en­ tre = ?anda A e a banda I. Quando a transmissão de um impulso elétrico ocorre em uma região r r : u m a a um túbulo T, a cisterna terminal torna-se livremente permeável aos :ons cálcio. Esses íons cálcio difundem-se para a zona de sobreposici rde se ligam à troponina. Isso provoca uma alteração na forma da m lecula de troponina e modifica a posição do cordão da tropomiosina, . r- r i o os locais ativos nas moléculas de actina. Ocorrem então as liga: :e> ras pontes cruzadas e a contração se inicia.

e se prepare para um novo ciclo. Desse modo, mesmo que haja estimu­ lação perm anente, as fibras musculares por fim param de se contrair uma vez tendo consumido todo o ATP disponível. Cada cabeça de m io­ sina pode realizar este ciclo cinco vezes por segundo, e existem centenas de cabeças de miosina em cada filamento grosso, centenas de filamen­ tos grossos no sarcômero, milhares de sarcômeros em uma miofibrila e centenas de milhares de miofibrilas em cada fibra muscular. Em outras palavras: a contração de uma fibra muscular consome enormes quan­ tidades de ATP! Embora a contração muscular seja um processo ativo, o retorno à posi­ ção de repouso é inteiramente passivo. Os músculos não têm a capacidade de “empurrar”; eles só podem “puxar”. Fatores que auxiliam o retorno de um músculo contraído ao seu comprimento normal de repouso incluem forças elásticas (como a retração das fibras elásticas no epimísio, perimísio e endomísio), a tração de outros músculos e a ação da gravidade.

O controle neural da contração da fibra muscular [Figuras 9.2/9.10] A seqüência básica dos eventos neste processo pode ser resumida como segue: 1. Substâncias químicas liberadas pelo neurônio motor na sinapse neu­ romuscular alteram o potencial transmembrana do sarcolema. Essa alteração dissemina-se rapidamente ao longo da superfície do sarco­ lema e atinge os túbulos transversos. 2. As alterações no potencial transmembrana dos túbulos T desenca­ deiam a liberação de íons cálcio pelo retículo sarcoplasmático. Essa liberação inicia a contração, conforme detalhado anteriormente. Cada fibra muscular esquelética é controlada por um neurônio motor cujo corpo celular está localizado no interior do sistema nervoso cen­ tral. pág. 77 O axônio desse neurônio m otor se estende em direção a regiões periféricas para atingir a sinapse neuromuscular de uma deter­ minada fibra muscular. A aparência geral da sinapse neuromuscular é mostrada na Figura 9.2, pág. 240. A Figura 9.10 apresenta mais detalhes. A terminação expandida do axônio na sinapse neuromuscular é chamada de terminação sináptica. O citoplasma da terminação sináptica contém numerosas mitocôndrias e pequenas vesículas secretoras denominadas vesículas sinápticas, que são preenchidas por moléculas de acetilcolina (ACh).

A acetilcolina é um exemplo de neurotransmissor, uma substância química liberada por um neurônio que se comunica com outra célula. Essa comunicação assume a forma de uma alteração no potencial trans-

Sarcolema

Retículo sarcoplasmático

O termino da contração A i uricão da contração geralmente depende da duração do estímulo elé­ trico. A mudança na permeabilidade ao cálcio no nível da cisterna termirtil e apenas temporária, de tal modo que, para que a contração continue, impulsos elétricos adicionais precisam ser conduzidos ao longo dos túbulos T. Se o estímulo elétrico cessar, o retículo sarcoplasmático irá recapturrr - ns cálcio, o complexo troponina-tropomiosina recobrirá os locais irrv: s e a contração terminará. A iação e quebra do ATP é o dispositivo que aciona a cabeça de — : sma. preparando-a para ligar-se ao local ativo na actina. Uma vez cue a r i nte cruzada tenha se formado, a cabeça de miosina gira e puxa : filamento fino em direção ao centro do sarcômero. Neste momento, : atro ATP deve ligar-se à cabeça de miosina antes que ela se desconecte

Posição da linha Z

Tríade sobre zona de sobreposição

Posição da linha M

Cisternas terminais

Túbulo transverso

Figura 9.9 Orientação do retículo sarcoplasmático, túbulos T e sarcô­ meros individuais. Uma tríade ocorre onde o túbulo T envolve um sarcôm ero entre duas cisternas term inais. Com pare com a Figura 9.3d ; observe que as tríades ocorrem na zona de sobreposição.

C a p ít u l o 9

• O Sistema Muscular: Tecido Muscular Esquelético e Organização Muscular

Célula da glia Terminação sináptica

Placa motora terminal

Miofibrila

(a)

Potencial de ação chegando Fenda sináptica

Sarcolema de uma placa motora terminal

Prega da junção

Figura 9.10 A junção (sinapse) neuromuscular. (a) Diagrama de uma sinapse neuromuscular. (b) Uma parte da sinapse neuromuscular. (c) Vista detalhada de uma terminação sináptica, uma fenda sináptica e uma placa motora terminal, ver também Figura 9.2.

membrana desta célula. Um espaço estreito, a fenda sináptica, separa a terminação sináptica da placa motora terminal da fibra muscular esquelé­ tica. A fenda sináptica contém a enzima acetilcolinesterase, ou co lin esterase ( A C h E ) , que quebra a molécula de ACh. Quando o impulso elétrico atinge a terminação sináptica, a ACh é liberada na fenda sináptica. A ACh liberada então liga-se aos receptores na placa motora terminal, iniciando uma alteração no potencial transmembrana local. Essa alteração gera um impulso elétrico, ou potencial de ação, que se propaga sobre a superfície do sarcolema e para o interior de cada túbulo T. Potenciais de ação continuarão sendo gerados seqüencial­ mente até que a AChE remova a ligação ACh.

Moléculas de AChE

3. O retículo sarcoplasmático (RS) libera íons cálcio armazenac ; ■ _ mentando a concentração de cálcio do sarcoplasma, no inter - r redor dos sarcômeros. 4. íons cálcio ligam-se à troponina, produzindo uma m odiíicaçl : orientação do complexo troponina-tropomiosina que expõe os I :cj ativos nos filamentos finos (de actina). Pontes cruzadas de m :: sa formam-se quando as cabeças de miosina ligam-se aos locais atr oí 5. Ciclos repetidos de conexões das pontes cruzadas, rotação e desce r.íxi ocorrem, potencializados pela hidrólise do ATP. Estes eventos produze o deslizamento dos filamentos e a fibra muscular se encurta. E s te p ro c e s s o c o n t in u a p o r u m c u rt o p e r ío d o a t é q u e :

Contração muscular: resumo [Figura 9. 11] A seqüência completa dos eventos da ativação neural até que uma contra­ ção se complete está esquematizada na Figura 9.11.

^ REVISÃO DOS CONCEITOS 1. 0 que ocorre com as bandas A e I da miofibrila durante uma contração? 2. Liste a seqüência de atividades durante uma contração. 3. Como interagem as cisternas terminais e os túbulos transversos para pro­ vocar uma contração muscular? 4. 0 que é um neurotransmissor? Qual é a sua função?

6. A geração do potencial de ação cesse conforme a ACh é quebrada r-í AChE. 7. O RS reabsorva os íons cálcio, diminuindo a concentração de calc no sarcoplasma. 8. Quando a aproximação da concentração de íons cálcio se apronta dos níveis normais em repouso, o complexo troponina-tropom ;: - retorne à sua posição normal. Esta mudança recobre os locais a t r - : evita novas interações no nível das pontes cruzadas. 9. Sem estas interações, não ocorrem novos deslizamentos e a contra:i termina. 10. Ocorra o relaxamento muscular e a fibra muscular retom e p mente ao comprimento de repouso.

Veja a seção de Respostas na parte final do livro.

Os p a s s o s p r in c i p a i s p a r a 0 in íc io d e u m a c o n tra ç ã o in c lu e m : 1. Na sinapse neuromuscular (SNM), a ACh liberada pelo terminal sináptico liga-se a receptores no sarcolema. 2. A alteração resultante no potencial transmembrana da fibra muscular produz um potencial de ação que se propaga por toda a superfície e ao longo dos túbulos T.

Unidades motoras e controle m u s c u l a r [Figura 9.12] Todas as fibras musculares controladas por um único neurônio consd tuem uma unidade motora. Um músculo estriado esquelético t:r:o contém milhares de fibras musculares. Embora alguns neurônios ir.::: rs

O S IS T E M A M U S C U L A R

PASSOS PARA O INÍCIO DA CONTRAÇÃO MUSCULAR

PASSOS PARA O RELAXAMENTO MUSCULAR

Remoção da ACh pela AChE

__ x/»

• m• « ’ O retículo sarco• • • íatico — -------------plasmático ==^------t ~ ~ ~ -----f— ^ recaptura Ca2+

O retículo sar- . •. • , • • coplasmático - I * * I—— | * ■ — libera Ca2* ▼ ▼ ▼ • ▼ Local de ativação exposto e formação da ponte cruzada

Miosina

V \

A contração se inicia

S

I

N /

Figura 9.11

Locais de ativa­ ção cobertos sem interação nas pontes cruzadas

/

/

K |

\

A contração ' termina

/

|)

K

Relaxamento ocorre, retorno passivo ao comprimento de repouso

\

Eventos na contração muscular.

u m resum o da se q ü ên cia de eventos em um a co n traçã o muscular.

a velocidade de estimulação aumenta, a força contrátil produzida se elev até um pico e mantém-se constante em níveis máximos. A maioria da contrações musculares envolve este tipo de estimulação. R ig o r m o r t is (rigidez cadavérica) Q u a n d o o c o rre m orte, a circ u iz à o c e s s a e o s m ú s c u lo s e s q u e lé tic o s fic a m p riv a d o s de n u trie n te s e

MEDULA ESPINAL

d e o xig ê n io . Em p o u c a s ho ras, a s fib ra s m u s c u la re s e s q u e lé tic a s e s g o ­ ta m o a tp , e o re tíc u lo s a rc o p la s m á tic o to rn a -se in c a p a z d e re m o v e r os c o s c á lc io d o sa rc o p la s m a . O s ío n s c á lc io , d ifu n d in d o -s e d o líq u id o ex~ ; : e J a r para o s a rc o p la s m a ou e x tra v a s a n d o d o re tíc u lo s a rc o p la s m á r c o , d e s e n c a d e ia m u m a c o n tra ç ã o s u ste n ta d a . S e m ATP, a s p o n te s c ru ­ za Ja s não p o d e m d e s c o n e c ta r-s e d o s lo c a is ativos, e o c o rre a p a ra lisia

Axônios dos neurônios motores

: : ~ ú s c u lo em p o s iç ã o de co n tra ç ã o . E ste p ro c e s s o o c o rre e m to d o s os - . s c l I o s e s q u e lé tic o s d o c o rp o e o in d iv íd u o to rn a -se "d u ro c o m o um a zazuc E ste e sta d o físico , d e n o m in a d o rig o r m o rtis (rigid ez c ad a v érica ), r e ^ a n e c e a té q u e a s e n z im a s d o s lis o s s o m o s lib e ra d o s p e la a u tó lis e z e stru a m o s m io fila m e n to s, d e n tro d e 15 a 25 h o ra s depois.

Nervo motor

;: ntrolem uma única fibra muscular, a maioria deles controla centenas i t ~ bras. O tamanho da unidade motora é um indicativo de quão deli-

cídc pode ser o controle do movimento. Nos músculos extrínsecos do b ulb o do olho, onde um controle preciso é extremamente importante, um neurônio motor controla duas ou três fibras musculares. Em músculos —iis roderosos, que exigem precisão bem menor de movimento, como os —-iculos do membro inferior, encontram-se mais de 2.000 fibras muscu_ire> controladas por um único neurônio motor. Um músculo esquelético se contrai quando suas unidades motoras r i : estimuladas. A intensidade da contração produzida depende de dois fatores: 1 1freqüência do estímulo e (2) número de unidades motoras er vidas. Uma única contração momentânea é chamada de espasmo muscular. Um espasmo é a resposta a um único estímulo. À medida que

LEGENDA |

Fibras musculares

U n id a d e m o to ra 1 U n id a d e m o to ra 2 U n id a d e m o to ra 3

Figura 9.12 Disposição das unidades motoras em um músculo estria do esquelético. Fibras m u scu lares de d ife re n tes unid ades m otoras são en tre laçad as e, assim . d istrib u içã o da força ap licada aos te n d õe s pe rm a n ece co nstan te m esm o quanc o s grupos m u scu lares isola dos alternam entre os estad o s de co ntraçã o e relaxa m ento. O núm ero de fibra s m u scu lares em um a unidade m otora pode v ariar c um a m ais de 2.000.

C-=-

jlo

9 • O Sistema Muscular: Tecido Muscular Esquelético e Organização Muscular

Cada fibra muscular se contrai completamente ou não se contrai. Esta aaracterística é chamada de princípio do tudo ou nada. Todas as fibras em uma unidade motora se contraem ao mesmo tempo, e a intensidade da for­ ca exercida pelo músculo como um todo depende, portanto, da quantidade de unidades motoras ativadas. Variando-se o número de unidades motoras ativadas em um determinado momento, o sistema nervoso proporciona o controle preciso sobre a força contrátil exercida por um músculo. Quando uma decisão é tomada para se executar um determinado m o­ vimento, um grupo específico de neurônios motores é ativado. Os neu­ rônios estimulados não respondem de modo simultâneo e, ao longo do tempo, o número de unidades motoras ativadas aumenta gradualmente. A Figura 9.12 mostra como as fibras musculares de cada unidade motora são entrelaçadas com fibras de outras unidades. Por causa deste entrela­ çamento, a direção da tração exercida no tendão não se altera conforme mais unidades motoras vão sendo ativadas, porém a quantidade de força aumenta constantemente. O suave, porém contínuo, aumento da força de contração produzido pelo aumento do número de unidades motoras ativadas é denominado recrutamento ou acionamento de unidades mo­ toras múltiplas adicionais.

Atrofia muscular Quando um músculo esquelético não é regularmente estimulado p : r _n neurônio motor, perde tono e massa muscular. O músculo toma-se ia cido e as fibras musculares ficam menores e perdem força. A reducã : a tamanho, do tono e da força muscular é denominada atrofia. Indivica : paraplégicos por lesões espinais ou por outro tipo de lesão do sistema tter voso gradualmente perdem tono e tamanho muscular nas áreas acorre' das. Mesmo uma redução temporária da demanda de uso de um m itsr^ pode provocar atrofia muscular; esta perda de tono e tamanho pode s-e: observada facilmente ao se comparar a musculatura de membros a n tcr; depois de uma imobilização temporária com gesso. A atrofia muscular t inicialmente reversível, porém fibras musculares mortas não são repc stai e, em casos de atrofia extrema, as perdas funcionais são permanentes- Esta razão explica por que a fisioterapia é fundamental para indivíduos c_e ficam temporariamente impedidos de realizarem movimentação norttt a^

Tipos de fibras musculares estriadas esqueléticas

O pico de força ocorre quando todas as unidades motoras no músculo [Figura 9.13] estão se contraindo à velocidade máxima de estimulação. Entretanto, estas contrações poderosas não podem durar muito tempo, pois as fibras muscu­ Os músculos'esqueléticos são projetados para várias ações. Os tipos ae lares individuais consomem rapidamente as reservas energéticas disponíveis. fibras que compõem um músculo determinam, em parte, sua ação. Ext Para atrasar o início da fadiga durante períodos de contração sustentada, tem três tipos principais de fibras musculares esqueléticas no corpo: unidades motoras são ativadas em um sistema de rodízio, de forma que en­ pidas, lentas e interm ediárias. As fibras musculares rápidas e lentas sã:» quanto algumas contraem-se ativamente, outras descansam e se recuperam. apresentadas na F ig u ra 9.13. As diferenças entre estes grupos refletem diferenças no modo como cada um obtém o ATP para sustentar staas contrações. Tono muscular Fibras rápidas, ou fibras brancas, são largas em diâmetro; conte— Mesmo quando um músculo esquelético encontra-se em repouso, algu­ miofibrilas intimamente agrupadas, grandes reservas de glicogênio e re­ mas unidades motoras estão continuam ente ativas. Contrações dessas lativamente poucas mitocôndrias. A maioria das fibras esqueléticas nc unidades não produzem força suficiente para desencadear movimento, corpo é denominada fibra rápida, pois pode contrair-se em 0,01 segunc: porém tensionam o músculo. Esta tensão em repouso em um músculo ou menos, após estímulo. A força de tensão produzida por uma fibra mtasesquelético é denom inada tono muscular. Unidades motoras são ale­ cular é diretamente proporcional ao número de sarcômeros. Assim, m ás­ atoriamente estimuladas de forma que há um a tensão constante nos culos de fibras rápidas produzem contrações potentes. Entretanto, essa? tendões fixos, porém fibras musculares individuais podem levar algum contrações consomem enormes quantidades de ATP e suas mitocóncr.a: tempo para relaxar. O tono muscular em repouso estabiliza a posição não são capazes de suprir a demanda. Como resultado, suas contrac Te­ dos ossos e das articulações. Por exemplo, em músculos envolvidos com são inicialmente sustentadas por glicólise anaeróbia (a, sem + aer, ar - ri: jquilíbrio e postura, um núm ero suficiente de unidades motoras é esvida). Esta via de reação que não precisa de oxigênio converte glicogênt: tmulado para produzir a tensão necessária à manutenção da posição armazenado em ácido láctico. As fibras rápidas entram em exaustão em io corpo. Células musculares especializadas, denominadas fusos neumuito pouco tempo porque suas reservas de glicogênio são limitadas e •omusculares, são monitoradas por nervos sensitivos que controlam também porque o ácido láctico se acumula e o pH ácido interfere no —e>tono muscular no tecido muscular ao seu redor. Reflexos disparados canismo de contração. 'ela atividade nesses nervos sensitivos desempenham uma importante Fibras lentas, ou fibras vermelhas, apresentam metade do diâmetr nnção no controle reflexo da posição e da postura, um tópico que será das fibras rápidas-e levam até três vezes mais tempo para produzir contra­ ‘iscutido no Capítulo 14. ção após estímulo. As fibras lentas são especializadas em manter a contra­ ção por períodos de tempo mais longos, muito depois de os músculos de fibra rápida já terem entrado em estado de fadiga. Os músculos de fibraiipertrofia muscular lentas apresentam esta característica porque suas mitocôndrias são capa­ atividade física aumenta a atividade de fusos neuromusculares e pode zes de continuar produzindo ATP durante a contração. Conforme deser ­ iimentar o tono muscular. Como resultado da estimulação repetida e to no Capítulo 2, as mitocôndrias absorvem oxigênio e produzem ATP. A saustiva, as fibras musculares desenvolvem um número maior de mivia de reação envolvida é denominada m etabolism o aeróbio. O oxigér:: vondrias, concentrações mais elevadas de enzimas glicolíticas, além de necessário é obtido de duas fontes: servas maiores de glicogênio. Essas fibras musculares apresentam mais iofibrilas, e cada miofibrila contém um número maior de filamentos 1. Músculos esqueléticos contendo fibras musculares lentas apre­ ;>sos e finos. O efeito em rede é um aumento, ou hipertrofia, do mússentam uma rede de capilares mais ampla em comparação com c s ilo estimulado. A hipertrofia ocorre em músculos que foram repetidamúsculos que têm predominância de fibras musculares rápidas. Iss: ente estimulados para produzir tensão quase máxima; as modificações significa que há um maior afluxo sangüíneo para a região, e os glotracelulares que ocorrem aumentam a tensão produzida quando esses bulos vermelhos podem suprir as fibras musculares ativas com ma:_; usculos se contraem. Atletas como um campeão de levantamento de oxigênio. 'O ou um fisiculturista são excelentes exemplos de desenvolvimento 2. Fibras lentas são vermelhas, pois contêm o pigmento vermelho mioascular hipertrófico. globina. Esta proteína globular é estruturalmente relacionada à he-

0 SISTEM A MUSCULAR

— Fibras lentas — Menor diâmetro, coloração mais escura em função da presença de mioglobina; resistentes à fadiga

Lenta

ML x 171

Rápida

ML x 171



Fibras rápidas — Maior diâmetro, coloração mais pálida; facilmente atingem estado de fadiga

(a)

ML x 783

(b)

: gura9.l3 Tipos de fibras musculares estriadas esqueléticas.

: : -as rápidas estão envolvidas nas contrações rápidas; da m esm a forma, fibras lentas estão envolvidas nas contrações lentas, porém prolongadas, (a) A fibra musc e rta (L), relativam ente m ais delgada, possui m ais m itocôndrias (M) e um suprim ento va,scular m ais extenso (vas) em com paração com a fibra m uscular rápida : a Observe a diferença no tam anho das fibras m usculares lentas (acima) e das fibras m usculares rápidas (abaixo).

moglobina, o pigm ento de ligação com oxigênio encontrado nos gló­ bulos vermelhos. A m ioglobina tam bém liga-se ao oxigênio. Assim, ribras musculares lentas contêm reservas substanciais de oxigênio que podem ser mobilizadas durante a contração. Os m úsculos de fibras lentas tam bém contêm um núm ero relativa­ m ente m aior de m itocôndrias em relação aos m úsculos de fibras rápidas. E nquanto fibras m usculares rápidas precisam contar com suas reservas i r ;jc o g é n io durante seus níveis m áxim os de atividade, as m itocôndrias i - musculos de fibras lentas podem efetuar a quebra de carboidratos, Lindeos e m esm o de proteínas. Esses m úsculos podem , assim, continuar a ; n trair por períodos de tem po mais longos; por exemplo, fibras m uscu­ lares lentas predom inam nos músculos das pernas de maratonistas. Fibras intermediárias apresentam propriedades interm ediárias enrre aquelas características das fibras lentas e as próprias das fibras rápiliis. Por exemplo, fibras interm ediárias contraem -se mais rapidam ente do : s fibras lentas, porém levam mais tem po para efetuar a contração

TABELA 9.1

após estím ulo em com paração com as fibras rápidas. H istologicam ent as fibras interm ediárias são bastante semelhantes às fibras rápidas, poré: apresentam mais m itocôndrias, um a rede de suprim ento sangüíneo u: pouco mais am pla e mais resistência à fadiga. As propriedades dos vários tipos de m úsculos esqueléticos encor tram -se detalhadas na Tabela 9.1.

Distribuição das fibras rápidas, lentas e intermediárias

A com posição percentual de fibras rápidas, lentas e interm ediárias v ar de um músculo esquelético para outro no corpo. A m aioria dos músculc contém um a m istura destes tipos de fibras, porém um a unidade m otora com posta de fibras de u m mesmo tipo. Entretanto, não há fibras musci lares lentas em músculos do olho e da mão, onde contrações breves e áge são necessárias. Em m uitos músculos do dorso e da região posterior c

Propriedades dos tipos de fibras musculares esqueléticas

Propriedade

Lentas

intermediárias

Rápidas

[M^metro seccional

Pequeno

M éd io

G ra n d e

Tensão

B aixa

M é d ia

A lta

Y eioõ d a d e de contração

L e n ta

M é d ia

R áp id a

Resistência à fadiga

A lta

M éd ia

B aixa

Cor

V erm elh a

R o sad a

B ra n ca

N i' eis de m ioglobina

E levados

M éd io s

B aixos

>.;rrim ento sangüíneo

D e n so

In te rm e d iá rio

Escasso

V jin ero de m itocôndrias

E lev ad o

M éd io

Baixo

C : ncen tração de enzim a glicolítica no

B aixa

M éd ia

E levada

Sabstrato usado para produção de ATP durante a contração

L ip íd eo s, c a rb o id ra to s , a m in o á c id o s

P rin c ip a lm e n te c a rb o id ra to s (a n a e ró b io )

C a rb o id ra to s (a n a e ró b io )

V o m e n c la tu r a a lte r n a tiv a

T ip o I (le n ta ), v e rm e lh a , O L (o x id a ç ã o le n ta ), c o n tra ç ã o o x id a tiv a le n ta

T ip o II-A (rá p id a e re siste n te ), c o n tra ç ã o o x id a tiv a rá p id a

T ip o II-B (rá p id a ), b ra n c a , c o n tra ç ã o g licolítica rá p id a

sarcoplasm a (a e ró b io )

C apítulo 9

• O Sistema Muscular: Tecido Muscular Esquelético e Organização Muscular

Nota clínica Dor muscular de início retardado V ocê provavelm ente já passou pela e xperiência de sentir dores m u sculares no dia seguinte a um período de e x e rc íc io s físicos. Há grande co n tro v érsia a re spe ito da origem e do significado dessa dor, que é co n h ecida com o dor muscular de Início retar­ dado (DMIR)* e que apresenta caracte rística s bastante interessantes: • A DMIR é d iferente da dor e xperim entad a im ediatam ente após a c e s ­ sa ção do exercício. A dor inicial a curto prazo tem uma provável a sso ­ ciação com evento s b io q uím icos relacionados à fadiga muscular. • A DMIR ge ralm en te se inicia alg um as horas ap ós o té rm in o do p e ­ ríodo de e xe rcício s e pode pe rm a nece r por três ou quatro dias. • A intensidade da DMIR é m aior quando a atividade envo lve co n tra ­ çõ es excêntricas. A tivid ad es com predom ín io de con traçõe s c o n cê n ­ tricas ou iso m é tricas produzem m enos dor. • O s n ív eis de C P K e m io glo bin a e stã o e le v a d o s no sangue, in d ica n d o d a n o ao sa rc o le m a m uscular. A n a tu re za da a tiv id a d e (excê ntrica, c o n c ê n tric a ou iso m é tric a ) não in te rfe re n e s s e s níveis, o s q u a is * N. de R.T. Na realidade, a d o r atrib u íd a ao m úsculo é resultado de lesões no tecido conectivo que envolve seu ventre (epim ísio), seus fascículos (perim ísio) e suas fibras in ­ dividualm ente (endom ísio).

perna (“panturrilha”) predominam fibras lentas; esses músculos se contra­ em quase que continuamente para a manutenção da postura ereta, em pé. A relação percentual entre fibras lentas e rápidas em cada músculo é geneticamente determinada, e existem diferenças individuais significati­ vas. Estas variações refletem na capacidade de resistência. Indivíduos com maior quantidade de fibras musculares lentas em um determinado m ús­ culo têm maior capacidade de desempenhar contrações repetidas em con­ dições aeróbias. Por exemplo, maratonistas com maior proporção de fi­ bras musculares lentas nos músculos dos membros inferiores apresentarão melhor desempenho do que os maratonistas com mais fibras musculares rápidas. Para períodos curtos de intensa atividade, como em uma corrida de curta distância (“ sprint” ), ou no levantamento de peso, indivíduos com maior porcentagem de fibras musculares rápidas terão a vantagem. A característica das fibras musculares m uda com o condicionam en­ to físico. A atividade muscular intensa e repetida promove o aum ento de tam anho das fibras musculares rápidas e a hipertrofia muscular. Treina­ mentos de resistência, como para um a maratona, aum entam a proporção de fibras intermediárias nos músculos ativos. Isso ocorre pela conversão gradual de fibras rápidas em fibras intermediárias. Treinamentos de resistência não prom ovem hipertrofia, e muitos atletas treinam utilizando um a combinação entre atividades aeróbias, como a natação, e anaeróbias, como a musculação ou corrida curta. Essa combinação é conhecida como treinamento em intervalos, que aum enta a dimensão do músculo e melhora a força e a resistência.

f ______________________ E REVISÃO DOS CONCEITOS 1. Por que um velocista sente fadiga m uscular após alguns minutos, enquanto um maratonista pode correr por horas? 2. Que tipo de fibra m uscular você esperaria que fosse predom inante nos grandes m úsculos do m em bro inferior de um indivíduo que se destaca em atividades de resistência com o ciclism o ou corrida de longas distâncias? 3. Por que algum as unidades m otoras controlam som ente poucas fibras m us­ culares, enquanto outras controlam m uitas fibras? 4. O que é recrutamento? Veja a seção de Respostas na parte final do livro.

ta m b é m não p od em se r u tiliza d o s para p re ve r o grau de d o r e - ; e rim entado. Três m ecan ism os foram propostos para e xp licar a DMIR:

1. P e quenas lace ra çõ e s podem o c o rre r no te cid o m uscular, le sa -ic: ; m em brana das fibras. O sa rcole m a de cada fibra m uscular lesatía oe~m ite a perda de enzim as, m ioglobina e outras su b stâ n cia s qu ~ que podem estim ular recep tores da dor em regiões adjacentes. 2. A dor pode resultar de e sp asm os m u sculares nos m úsculo s afetaoc-s Em alguns estudos, o alongam ento dos m ú scu lo s envolvidos, após : exercício, reduziu o grau de intensidade da dor. 3. A dor pode resultar de lacerações na rede de te cid o co n ectivo e ~cs tendões do m úsculo esquelético. Algum as e vid ên cias fundam entam cada um d esses m ecan ism os ~ „-; é pouco provável que qualquer um de le s isoladam ente expliq ue c o r ; t tam ente as alterações. Por exem plo, a lesão da fibra m u scu lar é s e g - - : m ente su stentada por ach a dos bioquím icos; porém , se e ste fo sse o u ra :: fator responsável, o tipo de atividade e o nível de e nzim as in tra c e L ;S 'r: na c ircu lação apresentariam correla çã o com o nível de dor e x p e r ir e - t ida, e isso não ocorre.

A organização das fibras musculares estriadas esqueléticas [Figuras 9.1/9.14]

Apesar de a maioria das fibras musculares esqueléticas se contrair em r r porções comparáveis e se encurtar em graus equivalentes, variações n organização micro e macroscópica podem afetar dramaticamen:e ; r tência, a am plitude e a velocidade do movimento produzido q u a n c : músculo se contrai. As fibras musculares no interior de um músculo formam feixe í dez minados fascículos ( F ig u ra 9.1, pág. 239). As fibras musculares de caaa z-s cículo são dispostas paralelamente, porém a organização dos fascíc_l: í músculo esquelético pode variar, assim como também pode variar a rr 1 entre os fascículos e o tendão a eles associado. Quatro padrões diíerer_:r de disposição ou organização dos fascículos produzem músculos r.:*.:U músculos convergentes, músculos peniform es e músculos circulares. A F tg u n 9 .1 4 ilustra a organização dos fascículos de fibras musculares esqueiencaí-

Músculos paralelos [Figura 9.14a]

Em um múscülo paralelo, os fascículos são dispostos paralelam er:; seu eixo longo. As características funcionais de um músculo parak : ze­ bram aquelas de uma fibra muscular individual. Considere o m_- ; _ esquelético m ostrado na F ig u r a 9 .1 4 a . Este músculo apresenta u r . : íc r inserção, por um tendão que se estende da sua extremidade livre a:e osso móvel do esqueleto. A maioria dos músculos esqueléticos dc : po são músculos paralelos. Alguns form am faixas achatadas com laraa aponeuroses em cada extremidade; outros são fusiformes com tendõe semelhantes a cordões em um a ou ambas as extremidades. Tal m i v . . apresenta um corpo central, tam bém chamado de ventre. Quar.a músculo se contrai, ele encurta, e o diâmetro de seu corpo a u m ;:.:: músculo bíceps braquial é um exemplo de um músculo paralelo corr. _rr corpo central. A saliência do músculo bíceps em contração pode ser na superfície anterior do braço quando o cotovelo é flexionado. Uma célula muscular esquelética pode efetivamente contrair-?^ - j que se encurte em cerca de 30%. Como as fibras musculares sãc r araie aao eixo longo do músculo, quando se contraem em conjunto, : — _ todo se encurta na mesma proporção. Por exemplo, se o m u í:_ . e -: _s

O SISTEM A MUSCULAR

Tendão

Base do músculo

Secção transversal (a) Músculo paralelo (Músculo bíceps braquial)

Secção transversal (b) Músculo convergente (Músculo peitoral maior)

Contraído

Tendão SESTCido

Relaxado c

Musculo semipeniforme Mjsculo extensor dos dedos)

(d) Músculo peniforme (Músculo reto femoral)

(e) Músculo multipeniforme (Músculo deltóide)

(f) Músculo circular (Músculo orbicular do olho)

; í_ a 9 14 Organização das fibras musculares estriadas esqueléticas. Q L cre diferentes padrões de disposição de fibras musculares: (a) paralelo, (b) convergente, (c, d, e) peniforme e

n :c 10 cm de comprimento, a extremidade do tendão será desloca­ da em 3 cm quando houver a contração. A força tensora desenvolvida por um musculo durante a contração depende do número de miofibrilas que : : : r.tem. Como o número de miofibrilas é distribuído uniformemente n satc plasma de cada célula, a tensão pode ser estimada com base na area aa ?ecção transversal do músculo em repouso. Um músculo paralelo cuia. area de secção transversal seja 6,45 cm2 pode desenvolver uma tensão 5e ximadamente 23 kg de força tensora.

MllSCuloS convergentes [Figura 9.14b] Em : músculo convergente, as fibras musculares estão dispostas sobre — - area ampla, porém todas convergem para um local de fixação com.imi Elas podem tracionar um tendão, uma lâmina tendínea ou um feixe uel;ado de fibras colágenas denominado rafe. As fibras musculares mui­ tas ezes se apresentam abertas como um leque ou em um amplo triângu: com um tendão na extremidade, conforme evidencia a Figura 9.14b. O musculo peitoral maior apresenta este formato. Este tipo de músculo é ver­ sara: a direção da tração pode ser modificada pela estimulação de apenas

(f) circular.

um grupo de células musculares de cada vez. No entanto, quando todas as fibras se contraem simultaneamente, a tração resultante sobre o tendão não é tão intensa quanto aquela exercida por um músculo paralelo de mesmo tamanho, pois as fibras musculares nos lados opostos do tendão exercem tração em diferentes direções, e não unidirecionalmente.

Músculos peniformes [Figura 9.14c-e] Em um músculo peniforme (penna, pena), um ou mais tendões percor­ rem o ventre (corpo) do músculo, e os fascículos formam ângulos oblí­ quos em relação ao tendão. Como a tração é exercida obliquamente, a contração destes músculos não movimenta seus tendões tão amplamente quanto os músculos paralelos o fazem. No entanto, um músculo peni­ forme conterá mais fibras musculares do que um músculo paralelo de mesmo tamanho e, como resultado, sua contração produzirá maior força tensora do que a gerada pelo músculo paralelo de mesmo tamanho. Quando todas as células musculares são encontradas do mesmo lado de um tendão, o músculo é semipeniforme (F ig u ra 9.14c). Um músculo longo que estende os dedos, o músculo extensor dos dedos, é um exemplo

C apítulo

9 • 0 Sistema Muscular: Tecido Muscular Esquelético e Organização Muscular

de músculo semipeniforme. Mais freqüentemente as fibras musculares encontram-se dos dois lados do tendão. O músculo reto femoral, um m ús­ culo grande da coxa, é um músculo peniforme típico (Figura 9.14d) que contribui para a extensão do joelho. Se o tendão se ramifica no interior do músculo, o músculo é multipeniforme (Figura 9.14e). O músculo deltóide, de formato triangular, que cobre a superfície da articulação do om bro é cm exemplo de músculo multipeniforme.

Músculos circulares

[Figura 9.14f]

Em um músculo circular, ou esfincter, as fibras estão dispostas concentricamente, ao redor de uma abertura ou recesso (Figura 9.14f). Quando o músculo se contrai, o diâmetro da abertura diminui. Músculos circu­ lares controlam o acesso interno e externo nas vias de passagem como as dos tratos digestório e urinário. Um exemplo de músculo circular é o "'.úsculo orbicular da boca.

Terminologia muscular [T abeia9.2] Cada músculo “inicia-se” em um a inserção de origem (ponto fixo) e "termina” em um a inserção terminal (ponto móvel), e contrai-se pro­ duzindo um a ação. Termos indicativos das ações dos músculos, de regiões específicas do corpo e de estruturas características do músculo são apre­ sentados na Tabela 9.2.

Inserção de origem (ponto fixo) e inserção terminal (ponto móvel) Tipicamente, a inserção de origem (ponto fixo) permanece estacionar:: e a inserção term inal (ponto móvel) se move, ou a inserção de origem e proximal à inserção terminal. Por exemplo, o músculo tríceps braquial s< insere no olécrano e se origina mais próximo ao ombro. Estas convenc: são feitas considerando-se o movimento normal, com o indivíduo em p : sição anatômica. O interessante, no estudo do sistema muscular, é poder executar movim entos e pensar sobre os músculos que estão envolvide (Discussões em laboratório sobre sistema muscular freqüentemente se as­ semelham a aulas pouco organizadas de aeróbica.) Q uando as inserções não podem ser determinadas facilmente com base no movimento ou na posição, outros critérios são utilizados. Se um músculo se estende entre um a larga aponeurose e um tendão estreita a aponeurose é considerada a inserção de origem, e a inserção terminal e a região de fixação do tendão. Quando existem vários tendões em uma ex­ tremidade e somente um na outra, existirão múltiplas inserções de origem e um a única inserção terminal. Estas regras simples não abrangem toda; as situações, e distinguir inserção de origem de inserção terminal é m er.: s im portante do que saber onde se fixam as duas extremidades e qual e a ação do músculo quando ele se contrai.

Ações Quase todos os músculos estriados esqueléticos apresentam um a cias inserções no esqueleto. Quando um músculo movim enta uma parte a :

TABELA 9.2

Terminologia muscular

Termos indicativos de direção relativa aos eixos do corpo A n terior Externo E xtrínseco In te rio r In te rn o In trínseco Lateral M ediai O b líq u o Po sterio r P ro fu n d o Reto Superficial Su p erior Transverso

Termos indicativos de regiões específicas do corpo1 A b d o m in al A u ricu lar B raquial (d o b ra ç o ) C arp al (d o p u n h o ) C efálica (d a cabeça) C ervical (d o pescoço) C lavicular C occígea C ostal C u b ital (d o cotovelo) C u tân ea D o h álu x D o po leg ar D o psoas E scap u lar F em o ral llíaca In g u in al L ingual L o m b ar M en tu a l N asal N ucal O ral O rb ita l P alpebral P o p lítea (p o s te rio r ao jo e lh o ) Radial Tem p o ral T ibial Torácica U ln a r Vesical

Termos indicativos de características estruturais do músculo

Termos indicativos de ações

INSERÇÃO DE ORIGEM (ponto fixo)

GERAL

Bíceps (d u as cabeças) Q u a d ríc ep s (q u a tro cabeças) Tríceps (três cabeças)

A baixador A b d u to r A d u to r E xtensor Flexor L ev an tad o r P ro n a d o r R o ta d o r S u p in a d o r T ensor

FORMA D eltó id e (triâ n g u lo ) Esplênio (faixa) O rb ic u la r (círculo) P ectíneo (p en te) P iram id al (p irâm id e) P irifo rm e (pêra) P la tism a (p lan o ) R ed o n d o (longo e a rre d o n d a d o ) R o m b ó id e (ro m b ó id e ) S errátil (se rrilh a d o ) T rapézio (trap ezo id al)

OUTRAS CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES A lba (branca) Breve (c u rta ) G rácil (delgado) Lata (am p lo ) L atíssim o Longo Longuíssim o M ag n o (g ran d e ) M aio r M áxim o M en o r M ín im o T endíneo Vasto (g ran d e )

Para outros term os regionais, consulte a Figura 1.8, pág. 14, que define pontos de referência anatôm ica.

ESPECÍFICA B u cin ad o r (tro m p e tista ) R isório (sorriso) S a rtó rio (c o stu re iro )

O SISTEMA MUSCULAR

escueíeto. o movimento pode envolver abdução, adução, flexão, extensão, circundução, rotação, pronação, supinação, eversão, inversão, dorsiflexão, flexão plantar, flexão lateral, oposição, protrusão, retração, elevação e abaiAntes de prosseguir, reveja a discussão dos planos de movimen­ to e as F ig u ras 8.3 a 8.5. oo págs. 210-212 Existem dois métodos para se descrever as ações musculares. O primei:: faz rererència à região óssea afetada. Assim, diz-se que o músculo bíceps braquial realiza a “flexão do antebraço”. O segundo método especifica a ar­ ticulação envolvida. Assim, a ação do músculo bíceps braquial é descrita :: —: 'flexão do (ou no nível do) cotovelo”. Ambos os métodos são válidos e cada um tem suas vantagens, mas utilizaremos preferencialmente o se­ gundo quando descrevermos ações musculares nos próximos capítulos. Os músculos podem ser agrupados de acordo com suas ações primá­ rias em três tipos: 1. Agonistas (ator ou autor principal): Um músculo agonista é o mús­ culo cuja contração é a principal responsável por um determinado movimento, como a flexão no nível do cotovelo. O músculo bíceps ?raquial é um exemplo de ator principal ou agonista durante a flexão no cotovelo. 2. '.'ícrgistas: Quando um músculo sinergista se contrai (syn , junto - ergon, trabalho), ele auxilia o músculo agonista a executar aquela cção. Os músculos sinergistas podem proporcionar tração adicional próximo à região de inserção ou estabilizar o local da inserção de oricem. Sua participação em um determinado movimento pode mudar enquanto o movimento progride; em muitos casos, eles são mais so­ licitados no início, quando o agonista é tensionado e a intensidade de sua força é relativamente baixa. Por exemplo, o m úsculo latíssim o do dorso e o m úsculo redondo m aior tracionam o braço para baixo. Com 0 braço elevado em direção ao teto, as fibras do músculo latíssimo do dorso estão em estiramento máximo e alinhadas paralelamente ao umero. O músculo latíssimo do dorso não pode desenvolver muita tensão nesta posição. No entanto, pela orientação do músculo redon­ do maior, que tem sua inserção de origem na escápula, ele pode se contrair mais eficientemente e auxilia o músculo latíssimo do dorso 1 iniciar o movimento na direção inferior. A importância deste “au­ xiliar” diminui à medida que o movimento continua na direção in­ terior. Neste exemplo, o músculo latíssimo do dorso é o agonista e o musculo redondo maior é o sinergista. Os sinergistas podem também auxiliar um agonista evitando um determinado movimento indesejado em uma articulação, estabilizando, dessa forma, a inserção de oricem do agonista. Esses músculos são então chamados de fixadores. 3. tagonistas: Antagonistas são músculos cuja ação se opõe à ação dos músculos agonistas; se o agonista produz flexão, o antagonista rroduzirá extensão. Quando um agonista se contrai para produzir _m determinado movimento, o antagonista sealonga, mas em geral rle não relaxa totalmente. Em vez disso, sua tensão será ajustada para controlar a velocidade e garantir a suavidade do movimento realizado pelo agonista. Por exemplo, o músculo bíceps braquial age como um agonista quando se contrai produzindo a flexão no cotovelo. O mús­ culo tríceps braquial, localizado na superfície oposta do braço, age como um antagonista para estabilizar o movimento de flexão e para produzir a ação oposta, a extensão no cotovelo.

Nomenclatura dos músculos estriados esqueléticos [Tabela 9 .2 ] >-10 será necessário o conhecimento de cada um dos aproximadamente 700 musculos do corpo humano, mas é essencial estar familiarizado com os mais importantes. Felizmente os nomes da maioria dos músculos esqueléticos dão indicações para sua identificação (Tabela 9.2). Os músculos esqueléticos são r.: meados de acordo com vários critérios, incluindo regiões específicas do

corpo, orientação das fibras musculares, características específicas ou incomuns, identificação da inserção de origem e da inserção terminal e funções principais. O nome pode indicar uma região específica (o músculo braquial do braço), o formato do músculo ( músculo trapézio, músculo piriform e), ou uma combinação das duas características ( músculo bíceps fem oral). Alguns nomes fazem referência à orientação das fibras musculares em um músculo determinado. Por exemplo, músculos retos são múscu­ los paralelos cujas fibras geralmente encontram-se dispostas ao longo do maior eixo do corpo. Como existem vários músculos retos, em geral o nome inclui um segundo termo que faz referência à região específica do corpo. O m úsculo reto do abdom e é encontrado no abdome, e o músculo reto fem oral, na coxa. Outros indicadores direcionais incluem os termos transverso e oblíquo para músculos cujas fibras estão dispostas em ângu­ lo oblíquo ou perpendicular ao eixo longitudinal do corpo. Outros músculos foram nom eados em função de características específicas ou incomuns. Um músculo bíceps ( bi, dois + caput, cabeça ) tem dois tendões de origem (ponto fixo), o tríceps tem três e o qu a d rí­ ceps, quatro. A forma é, às vezes, um indício im portante para o nom í do músculo. Por exemplo, os nomes trapézio, deltóide, rom bóide e or­ bicular referem-se a músculos im portantes que se assemelham a um trapézio, um triângulo, um rombóide e um círculo, respectivamente Músculos albngados recebem o term o indicativo longo ou longuíssimo; o term o redondo ( teres) é utilizado para descrever músculos qut são longos e arredondados. A descrição de músculos curtos utiliza c term o breve; a de músculos grandes usa os termos magno (grande maior ou máximo; já a descrição de pequenos músculos inclui os ter mos menor ou mínimo. Músculos mais próximos à superfície externa do corpo são chamado: de superficiais ou externos, enquanto os mais aprofundados são denom: nados internos ou profundos. Músculos mais externos de um órgão e qu< o posicionam ou estabilizam são chamados de extrínsecos; aqueles qu. são mais internos de um órgão são chamados de músculos intrínsecos' Os nomes de muitos músculos identificam suas inserções de origen (ponto fixo) e inserções terminais (ponto móvel). Nesses casos, a primeir, parte do nome refere-se à inserção de origem e a segunda, à inserção ter minai. Por exemplo, o músculo genioglosso tem sua inserção de origem n mandíbula (geneion ) e sua inserção terminal na língua (glossus ). Nomes como flexor, extensor, tensor e assim por diante indicam a fun ção primária do músculo. Estas ações são tão comuns que os nomes quas sempre incluem outros indicativos relacionados ao aspecto ou à localiza ção do músculo. Por exemplo, o m úsculo extensor radial longo do carpc um músculo encontrado na margem radial (lateral) do antebraço. Quan do se contrai, sua função primária é a extensão no punho. Alguns músculos levam o nome dos movimentos específicos asso ciados a ocupações especiais ou hábitos. Por exemplo, o músculo sartór: é ativado quando cruzamos as pernas. Antes da invenção das máquina de costura, um costureiro sentava-se no chão com as pernas cruzadas, o nome do músculo foi derivado da palavra latina para costureiro, sarto Na face, o músculo bucinador comprime as bochechas como ocorre no sc pro forçado com os lábios contraídos e enrugados. Buccinator quer dizs trompetista. Finalmente, um outro músculo facial, o m úsculo risório, f( supostamente nomeado em função da expressão de humor. No entanto o termo latino risor significa sorridente, ao passo que a descrição mai apropriada para a ação seria “grimaça” (careta). Exceto para o platism a e o diafragma, os nomes completos de todc os músculos esqueléticos incluem o termo músculo. Embora geralmente ; utilize o nome completo do músculo, para economizar espaço e evitar cor fusões, usaremos apenas a porção descritiva do nome nas figuras que acorr panham o texto ( tríceps braquial ao invés de músculo tríceps braquial). * N. de R.T. Geralmente o term o extrínseco se refere a músculos ou outras estruturas, con vasos sangüíneos, que não são exclusivos do órgão. Intrínseco refere-se ao que é exclush próprio daquele órgão.

C apítulo 9

• O Sistema Muscular: Tecido Muscular Esquelético e Organização Muscular

terísticas são interdependentes, e suas relações podem explicar em grarice parte a organização geral dos sistemas muscular e esquelético. Resistência ã : Fulcro

Tipos de alavancas [Figura 9 . 15 ]

Movimento completo

(a) Alavanca de primeira classe

(b) Alavanca de segunda classe

*

(c) Alavanca de terceira classe

Figura 9.15

Movimento completo

As três classes de alavancas.

Alavancas são estruturas rígidas que se movimentam em um ponto fixo denon ina do fulcro, (a) Em uma alavanca de primeira classe, o fulcro está localizado entre a força aplicada e a resistência. Essa alavanca pode m odificar a quantidade de força transmitida à resistência, mudar a direção e a velocidade do movimento, (b) Em uma alavanca de segunda classe, a resistência está localizada entre o fulcro e a força aplicada. Esta disposição potencializa ou aumenta a força à custa ca distância e da velocidade; a direção do m ovimento permanece inalterada, (c) Em uma alavanca de terceira classe, a força é aplicada entre a resistência e o fulcro. Esta disposição aumenta a velocidade e a distância, mas exige uma maior força aplicada.

Alavancas e polias: um sistema projetado para o movimento [Figuras 9 .15/9 .16 ] Os músculos não trabalham isoladamente. Quando um músculo está licado ao esqueleto, a natureza e o local das suas ligações vão determinar a força, a velocidade e a amplitude do movimento produzido. Estas carac-

A força, velocidade ou direção do movimento produzido pela contracã: : e um músculo pode ser modificada pela fixação do músculo a uma alavanca. A força aplicada é o esforço produzido pela contração muscular. Esse e>:: rc :■ é contraposto pela resistência dada pela carga ou peso. Uma alavanca e _rr _ estrutura rígida - como uma prancha, um pé-de-cabra ou um osso —que 5-; move sobre um ponto fixo denominado fulcro. No corpo, cada osso e umai alavanca e cada articulação é um fulcro. Uma gangorra em um parque e :■ exemplo mais familiar da ação de uma alavanca. As alavancas podem m : dificar (1) a direção de uma força aplicada, (2) a distância e a velocidade a : movimento produzido por uma força e (3) a potência de uma força. Três classes de alavancas são encontradas no corpo humano: 1. A lavancas de p rim e ira classe : A gangorra é um exemplo de alavanca de primeira classe (interfixa) na qual o fulcro está posicionac : en­ tre a força e a resistência, como se observa na Figura 9.15a. Não ha muitos exemplos de alavancas de prim eira classe no corpo. Um deks envolve os músculos que fazem a extensão da cabeça e do pescoç: mostrado na Figura 9.15a. 2. A la v a n ca s de se g u n d a classe: Em um a alavanca de segunda classe (inter-resistente), a resistência está localizada entre a força apl:ca da e o fulcro. Um exemplo familiar deste tipo de alavanca é o car­ rinho de mão. O peso da carga é a resistência e o levantam ento d : braços do carrinho é a força aplicada. Com o neste arranjo a forca está sempre mais afastada do fulcro do que da resistência, um a pequena força pode equilibrar um peso maior. Em outras palavra s. . força é ampliada. Note, porém , que quando um a força m ovim ent­ os braços do carrinho, a resistência se move mais lentam ente e per­ corre um a distância menor. Existem poucos exemplos de alavanc a de segunda classe no corpo. Q uando fazemos um a flexão plantar os músculos posteriores da perna (“p an tu rrilh a”) agem por me: de um a alavanca de segunda classe (Figura 9.15b). 3. A lavancas de terceira classe: Em um a alavanca de terceira classe Lnterpotente), a força é aplicada entre a resistência e o fulcro Fig- "3 9.15c). As alavancas de terceira classe são as mais comuns em nos*: corpo. O efeito desta disposição é o contrário daquele obtido nas ala­ vancas de segunda classe: a velocidade e a distância percorrida sã aum entadas à custa de força. No exemplo ilustrado, a resistência : músculo bíceps braquial que flexiona o antebraço) está seis vezes ma_afastada do fulcro do que a força aplicada. O músculo bíceps bracmal pode desenvolver uma força de 180 kg, que agora será reduzida C: . • kg para 30 kg. No entanto, a distância percorrida e a velocidade i movimento são a u m e n ta d a s na mesma proporção (6:1): a resistência percorre 45 cm, enquanto o ponto de inserção só percorre 7,5 cm. Embora nem todos os músculos trabalhem como parte do sistema de alavancas, a existência das alavancas proporciona velocidade e versa­ tilidade, m uito além do que se poderia esperar considerando-se apera- a fisiologia muscular isoladamente. As células musculares esquelética' -.1: m uito semelhantes entre si, inclusive no que diz respeito às suas capaci­ dades de contração e produção de força tensora. Imagine um m u ;.u esquelético que pode contrair-se em 500 ms e encurtar 1 cm e n q u a n t: exerce um a tração de 10 kg. Sem o uso de alavanca, a ação eficiente deste músculo m ovim entaria um peso de 10 kg por um a distância de 1 cm Porém, usando um a alavanca, o mesmo músculo operando com a mes —a eficiência pode mover 20 kg por um a distância de 0,5 cm, 5 kg pjperior. Os músculos extrínsecos do bulbo do olho são inervados pe­

los nervos cranianos oculom otorjlIII), troclear (IV) e abãucente (VI). C músculos intrínsecos do olho, que são músculos lisos localizados no ir terior do bulbo do olho, controlam o diâm etro da pupila e a forma d lente (cristalino). Esses músculos são discutidos no Capítulo 18.

Músculos da mastigação [Figura 10.6 e Tabela 10.3] Os músculos da mastigação (Figura 10.6 e Tabela 10.3) movimentam m andíbula na articulação tem porom andibular (ATM), o o pág. 214 ( grande m ú sc u lo m a sseter eleva a mandíbula e é o mais potente e im portante músculo da mastigação. O m ú sc u lo tem p o ra l contribui para

C a p ít u l o 1 0

M. reto M . oblíq uo su perior su perio r do d o bulbo bulb o do olho do olho

Osso frontal

M . levantador da p álpebra superior



O

Sistema Muscular: Musculatura Axial

M. reto superior d o bulbo d o olho

Tróclea (alça ligamentar)

M

M. levantador da pálpebra superior

m

265

M. oblíquo superior do bulbo do olho

Nervo óptico

M . reto M . reto lateral inferior d o d o b u lb o bulb o d o olho do olho

Maxila

M. reto m ediai do bulb o d o olho

M. oblíq uo inferior do bulb o do olho

(a) Olho direito, vista lateral

M. reto inferior d o bulbo d o olho

Nervo óptico

(b) Olho direito, vista mediai

Tróclea M. reto superior d o bulbo d o olho

M. oblíq uo su pe rior d o bulbo d o olho

M. reto lateral do bulbo do olho

M. reto m ediai do bulb o d o olho

M. o blíquo inferior do bulbo do olho

M. reto inferior d o bulbo d o olho

M. levantador da pá lpe bra superior

Nervo troclear (IV)

M. reto su p e rio r do bu lb o d o olho

M. oblíquo suosror do bulbo òo otxz

Nervo oculomotor (III)

M. reto medta ac bulbo do o i »

M. reto lateral do b u lb o do olho

Nervo óptico

Nervo abducente (VI)

M. reto inferior do bulbo do olho M. oblíq uo inferior do bulb o d o olho

(c) Olho direito, vista anterior

Figura 10.5

Tróclea

(d) Órbita direita, vista anterior

Músculos extrínsecos do bulbo do olho.

(a) M ú s c u lo s na s u p e rfíc ie la te ra l d o o lh o d ire ito , (b) M ú s c u lo s na s u p e rfíc ie m e d ia i d o o lh o d ire ito , (c) V is ta a n te r io r d o o lh o d ire ito , m o s tra n d o a o rie n ta ç ã o d o s ~ _ s c u lo s e x trín s e c o s d o b u lb o d o o lh o e a s d ir e ç õ e s d e m o v im e n to o c u la r re s u lta n te s d a c o n tra ç ã o d e m ú s c u lo s in d iv id u a is , (d) V is ta a n te rio r da ó rb ita d ire ta , m o s c a r : : a s o rig e n s d o s m ú s c u lo s e x trín s e c o s d o b u lb o d o olho. Ver também Figura 6.3.

TABELA 10.2

Músculos extrínsecos do bulbo do olho Inserção de origem (ponto fixo)

Inserção terminal (ponto móvel)

Reto inferior do bulbo do olho

Esfenóide ao redor do canal óptico

Superfície ínfero-medial do bulbo do olho

Reto mediai do bulbo do olho

Idem ao anterior

Superfície mediai do bulbo do olho

Movimento mediai

Idem ao anterior

Reto superior do bulbo do olho

Idem ao anterior

Superfície superior do bulbo do olho

Movimento superior

Idem ao anterior

MÚSCUlO

Ação

Inervação

Movimento inferior

Nervo oculomotor IL

Reto lateral do bulbo do olho

Idem ao anterior

Superfície lateral do bulbo do olho

Movimento lateral

Nervo abducente YT

Oblíquo inferior do bulbo do olho

Maxila e porção anterior da órbita

Superfície ínfero-lateral do bulbo do olho

Movimento súpero-lateral

Nervo oculomotor ffi

Oblíquo superior do bulbo do

Esfenóide ao redor do canal óptico

Superfície súpero-lateral do bulbo do olho

Movimento ínfero-lateral

Nervo troclear (IV

olho

O S IS T E M A M U S C U L A R

Linha temporal inferior

M. temporal

M. pterigóideo lateral

da articulação temporomandibular

M. pterigóideo mediai

Mandíbula

M. masseter

(b) Vista lateral, músculos pterigóideos expostos

M. pterigóideo lateral (a) Vista lateral

|

M. temporal

- s_'a 10.6

Inserção termina (ponto móvel)

Músculos da mastigação.

: s ~ jscuios da m astigação m ovem a m andíbula durante a m astigação, (a) O tem poral e o m asseter sè : - ú s c u lo s proem inentes na su perfície lateral do crânio. O tem poral passa m edialm ente ao arco z f o m á t ic o e insere-se no processo coronóid e da m andíbula. O m asseter insere-se no ângulo e na s^ cefficie lateral da m andíbula. (b) A localização e a orientação dos m úsculos pterigóideos podem x ' . stas pela rem oção dos m úsculos sobrejacentes, juntam ente com uma porção da mandíbula. (c) ~=-e';ões term inais selecionadas na superfície m édia da m andíbula. Ver também Figuras 6.3 e 6.14.

z.í ição da mandíbula, enquanto os músculos pterigóideos, mediai e la:eral. podem ser utilizados em várias combinações para levantar, protrair : _ movimentar lateralmente a mandíbula, movimento também denomir.ido excursão lateral. Esses movimentos são importantes para maximizar a eficiência dos dentes durante a mastigação ou trituração de alimentos ie irias consistências. Os músculos da mastigação são inervados pelo ; _;nto nervo craniano, o nervo trigêmeo.

1 TABELA 10.3

M. pterigóideo mediai

(c) Inserções terminais (ponto móvel), vista mediai do ramo esquerdo da mandíbula

Músculos da língua [Figura 10.8 e Tabela 10.4] A terminologia dos músculos da língua apresenta o sufixo glossus, signi ficando “língua”. Uma vez incorporada a estrutura referida aos prefixo dos nomes, como genio, hio, palato e estilo, não haverá dificuldades cor este grupo muscular. O músculo genioglosso origina-se no mento, músculo hioglosso, no osso hióide, o músculo palatoglosso, no palat

Músculos da mastigação

Músculo

inserção de origem (ponto fixo)

Inserção terminal (ponto móvel)

Ação

Inervaçao

Masseter

Arco zigomático

Superfície lateral do ângulo da mandíbula (tuberosidade massetérica)

Levanta a mandíbula e fecha a boca

Nervo trigêmeo (V), via nervo mandibular

Temporal

Ao longo das linhas temporais do crânio

Processo coronóide da mandíbula

Idem ao anterior

Idem ao anterior

Pterigóideos

Lâmina lateral do processo pterigóide

Superfície mediai do ramo da mandíbula

Pterigóideo mediai

Lâmina lateral do processo pterigóide e porções adjacentes do palato ósseo e maxila

Levanta a mandíbula e fecha a Superfície mediai do ângulo da mandíbula (tuberosidade pterigóidea) j boca, ou movimenta lateralmente a mandíbula

Idem ao anterior

Pterigóideo lateral

Lâmina lateral do processo pterigóide e asa maior do esfenóide

Parte anterior do colo da mandíbula (fóvea pterigóidea)

Abre a boca, protrai ou movimenta lateralmente a mandíbula

Idem ao anterior

C a p ítu lo

10 • O Sistema Muscular: Musculatura Axial

Músculos da faringe [Figura 10.9 e Tabela 10.5]

Nota clínica O que há de novo? Existem alguns c o m e n tário s do tipo "não há nada novo na anatom ia". Esta afirm ação expre ssa um a opinião pop u­ lar de que toda a e stru tu ra a n atô m ica no c o rp o hum ano foi de scrita sé c u lo s atrás. A n a to m ista s da U niversid ade de M aryland, entretanto, publicaram em 1996 a d e scriçã o de um "novo" m úsculo esq uelético, o esfenomandibular (Figura 10.7), um auxiliar dos m ú scu lo s da m astig a­ ção. Este m úsculo se e stende da su pe rfície do e sfenóide até a m andíbu­ la. O trabalho co m e ço u a partir da análise com p u ta d orizad a do Visible Human Project, um atlas fotográfico digitalizado de im agens de se cçõ e s transversais do co rp o hum ano. O trabalho inicial foi então corroborado por cu id a d o sa s d is se c a ç õ e s em cadáveres. A p e s a r de haver algum as controvérsias a respeito de sse m úsculo (por exem plo, ele pode te r sido d e scrito p reviam en te co m o um a porçã o do m ú scu lo tem poral), e ste é um bom exem p lo de co m o as m odernas te cnolog ias estão fornecend o novas perspectivas a respeito da anatom ia do corpo humano.

Os músculos pareados da faringe são im portantes para a deglutição. I músculos constritores da faringe iniciam a movimentação do bole C i­ mentar em direção ao esôfago. O músculo palatofaríngeo, o músculo salpingofaríngeo e o músculo estilofaríngeo elevam a faringe e a ! ; : : : > e são classificados como levantadores da faringe. Os músculos palatinos o tensor do véu palatino e o levantador do véu palatino, elevam o r e ­ lato mole e porções adjacentes da parede faríngea. Os músculos levanta­ dores do véu palatino tam bém abrem o óstio faríngeo da tuba audith i Como resultado, deglutir repetidamente auxilia no equilíbrio das pres>: ~interna e externa na orelha durante viagens aéreas ou ao mergulhar. Os músculos da faringe são supridos pelos nervos cranianos glossofar (IX) e vago (X). Esses músculos estão ilustrados hâ Figura 10.9; inform.= ções adicionais podem ser encontradas na Tabela 10.5.

Inserção da cabeça superior do músculo pterigóideo lateral

M. esfenomandibular

Processo estilóide M. palatoglosso

Figura 10.7

M. estiloglosso

O músculo esfenomandibular.

M. genioglosso M. hioglosso

o músculo estiloglosso, no processo estilóide (Figura 10.8). Os múscuos extrínsecos da língua apresentam ação com binada para m ovim entar língua nos delicados e complexos padrões necessários à fala. Eles tam>ém m ovim entam o bolo alim entar na boca durante a preparação para deglutição. Os músculos intrínsecos da língua, localizados totalmente io interior da língua, auxiliam essas ações. A maioria desses músculos é aervada pelo XII nervo craniano, o nervo hipoglosso, cujo nom e indica aa função bem como sua localização (Tabela 10.4).

Osso hióide

Mandíbula (seccionada)

Fjgura 1Q g

Múscu|os da (íngua

O ramo esquerdo da mandíbula foi removido para mostrar os m úsculos do lade esquerdo da língua.

TABELA 10.4

M ú sc u lo s da língua

Músculo

Inserção de origem (ponto fixo)

Inserção terminal (ponto móvel)

Ação

inervação

Genioglosso

Superfície m e d ia i d a m a n d íb u la ao re d o r do m e n to

C o rp o d a lín g ua, osso h ió id e

A baixa e p ro tr a i a língua

N ervo hipoglosso N C XII

Hioglosso

C o rp o e c o rn o m a io r d o osso h ió id e

A baixa e re tra i a língua

Id em ao a n te rio r

Palatoglosso

Região a n te rio r d o p a la to m o le

Id em ao a n te rio r

Eleva a lín g u a e abaixa o palato m ole

R am o do plexo farine-. (N C X)

Estiloglosso

Processo estiló id e d o osso te m p o ra l

Face lateral até o ápice d a lín g u a e su a base

R etrai a lín g u a e eleva suas m argens

N ervo hipoglosso N C XII

j Face lateral d a língua

O S IS T E M A M U S C U L A R

Figura 10.9 M. tensor do véu palatino

M úsculos da faringe.

Os músculos da faringe iniciam a deglutição, (a) Vista lateral, (b) Vista em corte sagital.

M. levantador do véu palatino

M. levantador do véu palatino M. salpingofaríngeo M. constritor superior da faringe

M. constritor superior da faringe

M. palatofaríngeo M. estilofaríngeo M. palatofaríngeo

M. constritor médio da faringe

M. constritor médio da faringe

M. estilofaríngeo

M. constritor inferior da faringe M. constritor inferior da faringe Esôfago Esôfago (b) Vista em secção sagital

(a) Vista lateral

Síusculos anteriores do pescoço [Figuras 10.10 e 10.11 e Tabela 10.6] _ ' musculos anteriores do pescoço controlam a posição da laringe, abaii mandíbula, tensionam o soalho da boca e oferecem uma base de

x a it i

1 TABELA 10.5

sustentação estável para os músculos da língua e da faringe (Figuras 10.10 e 10.11 e Tabela 10.6). Os músculos anteriores do pescoço que posicio­ nam a laringe são denominados músculos extrínsecos da laringe , enquan­ to aqueles que interferem no formato e na posição das pregas vocais são

Músculos da faringe Inserção de origem (ponto fixo)

Músculo

inserção terminal (ponto móvel)

TORESDA FARINGE

Ação

Inervação

Constringem a faringe para empurrar o bolo alimentar para o esôfago

Ramos do plexo faringe»: (X)

Processo pterigóide do esfenóide, superfícies mediais da mandíbula e laterais da língua

Rafe mediana fixa ao osso occipital

Nervo vago (X)

Constritor médio da faringe

Cornos do osso hióide

Rafe mediana

Nervo vago (X)

Constritor inferior da faringe

Cartilagens cricóidea e tireóidea da laringe

Rafe mediana

: 'Uperior da faringe

Nervo vago (X) Elevam a faringe e a laringe

LF. AXTADORES DA FARINGE1

Ramos do plexo faringr (IX eX) Nervo vago (X)

?.L*2:o ía jín g eo

Palatos mole e duro

Cartilagem tireóidea

N£4 ?mgofàríngeo

Cartilagem na porção inferior da extremidade da tuba auditiva

Cartilagem tireóidea

EstL-ofanngeo

Processo estilóide do osso temporal

Cartilagem tireóidea

Lc^ mtador do véu palatino

Parte petrosa do osso temporal, tecidos ao redor da tuba auditiva

Palato mole

Elevam o palato mole

Ramos do plexo faringe-: (X)

Tensor do véu palatino

Espinha do esfenóide, processo pterigóide e tecidos ao redor da tuba auditiva

Palato mole

Idem ao anterior

Nervo trigêmeo (V



Nervo vago (X) Nervo glossofaríngec 31

.MÚSCULOS PALATINOS

A cào a u x ilia d a

pelos músculos tireo-hióideo, genio-hióideo, estilo-hióideo e hioglosso, apresentados nas Tabelas 10.4 e 10.6.

C a p ítu l o

rhamados de m úsculos intrínsecos da laringe. (As pregas vocais serão dis­ cutidas no Capítulo 24.) Além disso, os músculos do pescoço podem ser classificados como supra-hióideos e infra-hióideos, dependendo da sua lo­ calização em relação ao osso hióide. O músculo digástrico apresenta dois ventres, como o próprio nom e indica ( d i , dois + gaster, estômago). Um dos ventres estende-se do m ento até o osso hióide, e o outro continua do osso hióide até a região mastóidea do osso temporal. Este músculo abre a boca por meio do abaixamento da mandíbula. O ventre anterior situa' í inferiorm ente ao largo e plano músculo milo-hióideo, que oferece -ustentação muscular ao soalho da boca. Os músculos genio-hióideos, que estão localizados superiormente ao músculo milo-hióideo, oferecem sustentação adicional. O músculo estilo-hióideo form a um a conexão muscular entre o osso hióide e o processo estilóide do osso temporal. O músculo esternodeidomastóideo estende-se da clavícula e do esterno ao processo mastóide do osso temporal. Ele apresenta duas inserções de ori­ gem (ponto fixo), um a p a rte esternal e um a p a rte clavicular (Tabela 10.6). O músculo omo-hióideo fixa-se à escápula, à clavícula, à prim eira costela e ao osso hióide. Estes músculos longos são supridos por mais de um ner­ vo, e regiões específicas podem ser constituídas para contrair-se indepen­ dentemente. Como resultado, suas ações são bastante variadas. Os outros músculos deste grupo são músculos em forma de fita, que fazem trajeto

10 • O Sistema Muscular: Musculatura Axial

entre o esterno e a laringe ( esternotireóideos ) ou o osso hióide este' hióideos) e entre a laringe e o osso hióide ( tireo-hióideos).

*______________________ C REVISÃO DOS CONCEITOS 1. Onde se originam o s m úsculos da face (expressão facial)? 2. Qual é a função geral dos m úsculos da mastigação? 3. Descreva as funções gerais dos m úsculos extrínsecos do bulbo do olnc 4. Qual é a importância dos m úsculos da faringe? Veja a seção de Respostas na parte final do ir.-:

Músculos da coluna vertebral [Figuras 10.2/10.12 e Tabela 10.7] Os músculos do dorso são dispostos em três camadas distintas super­ ficial, média e profunda). Os músculos das duas primeiras camadas sã : denominados m úsculos extrínsecos do dorso. Esses músculos, que são mervados pelos ramos anteriores dos nervos espinais associados, se estencerr desde o esqueleto axial até o m em bro superior ou a caixa torácica. C • músculos da camada superficial, o trapézio, o latíssimo do dorso, o levan-

M. genioglosso (seccionadc

Mandíbula ■M. milo-hióideo (seccionado e rebatido)

M. milo-hióideo

Mandix,s

M. genío-hióideo M. digástrico

M. estilo-hióideo Osso hióide Osso hióide (b) Vista superior

M. tireo-hióideo Cartilagem tireóidea da laringe M. cricotireóideo

Inserção de origem (ponto fixo)

M. esternotireóideo

Inserção terminal (ponto móvel) M. milo-hióideo M. genioglosso

M. genio-hióideo M. digástrico (ventre anterior) Partes do m. esternocleidomastóideo, seccionadas

“Parte esternal” (a) Vista anterior

gura 10.10

-

Músculos anteriores do pescoço, parte I.

3 m úsculos anteriores do pescoço ajustam a posição da laringe, mandíbula e soalho da oca, constituindo um alicerce para a fixação tanto de m úsculos da língua quanto da faringe. : . sta anterior dos m úsculos do pescoço, (b) M úsculos que constituem o soalho da caviace oral, vista superior, (c) Inserções (ponto fixo e ponto móvel) na mandíbula e no hióide. e ' também Figuras 6.3,6.4 e 6.17.

Mandíbula, vista mediai do ramo direito

- M. esternocleidomastóideo M. digástrico M. tireo-hióideo

M. genio-hióoec

M. estilo-hióideo

M. milo-hiókJec

M. omo-hióideo O sso hióide, vista anterior

M. esternohióideo

(c) Inserções (ponto fixo e ponto móvel)

O SISTEMA MUSCULAR

Glândula salivar parótida M . m a s s e te r

M andíbula M . d ig á s tric o (ventre p o sterio r)



Linfonodo

Glândula salivar subm andibular

's e r ç ã o d e o rig e m conto fixo)

Veia facial

O sso hióide

■-serção te rm in al (p o n to m óvel)

Artéria carótida externa

M . tra p é z io e s : e " io c le id o m a s tó id e o

P le x o c e rv ic a l

M . o m o -h ió id e o (ventre su pe rior)

M . e s c a le n o m é d io

Artéria carótida com um Superfície anterior M . d e ltó id e

M . peitoral m aior

Clavícula esquerda, vista superior M . p e ito ra l m a io r

M. su bc lá v io

Artéria cervical transversa

M . e s te rn o -h ió id e o

M . tra p é z io

M . e ste rn o tire ó id e o

Nervo supra-escapular M . d e ltó id e

Artéria supra-escapular

M . e s te rn o c le id o m a s tó id e o , “ p a rte c la v ic u la r”

V . e ste rn o -

Superfície posterior

füókJeo

Clavícula esquerda, vista inferior

Veia jugular externa

M . e s te rn o c le id o m a s tó id e o , “ pa rte e s te rn a l”

= rtserção de origem (ponto fixo) e inserção terminal (ponto móvel) - gjra 10.11

Clavícula

M . p e ito ra l m a io r

(b) Vista ântero-lateral

M úsculos anteriores do pescoço, parte II.

a "serções (ponto fixo e ponto móvel) na clavícula, (b) Vista ântero-lateral de uma dissecação do pescoço, mostrando músculos do pescoço e estruturas adjacentes.

também Figuras 6.17 e 7.3. tabela 1 0.6

M úsculos a n te rio re s do pescoço

ÜÜSCUlO

Inserção de origem (ponto fixo)

Dtsastrico

Inserção terminal (ponto móvel)

Ação

O sso h ió id e

A b a ix a a m a n d íb u la a b r in d o a b o c a e / o u

inervação

e le v a a la r in g e

V e n tre a n te rio r V en tre p o ste rio r

D a s u p e r fíc ie p ó s t e r o - in fe r io r d a

N e r v o tr ig ê m e o ( V ) , v ia

m a n d íb u la p r ó x im o a o m e n t o

n e r v o m a n d ib u la r

D a r e g iã o m a s tó id e a d o o s s o

N e r v o fa c ia l ( V II)

te m p o ra l

Genio-hióideo

S u p e r fíc ie m e d ia i d a m a n d íb u la

O ss o h ió id e

Id e m a o a n t e r io r e r e t r a i o o s s o h ió id e

n o n ív e l d o m e n to

M B o-hióideo Omo-hióideo1

L in h a m ilo - h ió id e a d a m a n d íb u la

M a r g e m s u p e r io r d a e s c á p u la

n e r v o h ip o g lo s s o (X II) R a fe m e d ia n a d e te c id o c o n e c tiv o q u e

E le v a o s o a lh o d a b o c a , le v a n t a o o s s o

N e r v o tr ig ê m e o ( V ) ,

fa z tr a je t o e m d ir e ç ã o a o o s s o h ió id e

h ió id e e / o u a b a ix a a m a n d íb u la

v ia n e r v o m a n d ib u la r

O ss o h ió id e

A b a ix a o o s s o h ió id e e a la r in g e

N e r v o s e s p in a is c e r v ic a is

p r ó x im o à in c is u r a d a e s c á p u la

EsterDO -hióideo

C la v íc u la e m a n ú b r io d o e s te rn o

N e r v o c e r v ic a l C l v ia

C 2 -C 3 O sso h ió id e

Id e m a o a n t e r io r

N e r v o s e s p in a is c e r v ic a is C 1-C 3

Esterootireòideo

S u p e r fíc ie p o s te r io r d o m a n ú b r io

C a r t ila g e m tir e ó id e a d a la r in g e

Id e m a o a n t e r io r

e p r im e ir a c a r tila g e m c o sta l

E stilo -h iò id eo

P r o c e s s o e s tiló id e d o o s s o

N e r v o s e s p in a is c e r v ic a is C 1-C 3

O sso h ió id e

E le v a a la r in g e

N e r v o fa c ia l ( V I I)

O s s o h ió id e

E le v a a la r in g e , a b a ix a o o s s o h ió id e

N e r v o s e s p in a is c e r v ic a is

te m p o ra l

Tireo-hioideo

C a r t ila g e m t ir e ó id e a d a la r in g e

C 1 - C 2 v ia n e rv o h ip o g lo s s o ( X II)

E stcT n o d eid o m astó id eo

“ Parte clavicular”

E x t r e m id a d e e s te rn a l d a c la v íc u la

* Parte esternal”

M a n ú b r io d o e ste rn o

P ro c e s s o m a s tó id e d o o ss o te m p o r a l e

Ju n to s , fle t e m a c a b e ç a ; is o la d a m e n te , u m

N e r v o a c e s s ó r io ( X I) e

p o r ç ã o la t e r a l d a lin h a n u c a l

la d o fle te a c a b e ç a e m d ir e ç ã o a o o m b r o e

n e r v o s e s p in a is c e r v ic a is

r o d a a fa c e p a r a o la d o c o n tr a la t e r a l

( C 2 - C 3 ) d o p le x o c e r v ic a l

e n t r e s s u p e r i o r e i n f e r i o r u n i d o s e m u m t e n d ã o c e n t r a l a n c o r a d o à c l a v í c u l a e à p r i m e i r a c o s t e la .

C a p í t u lo

f

10 • O Sistema Muscular: Musculatura Axial

Inserção terminal (ponto móvel)

M. semiespinal da cabeça M. esp emo

^

M. longuíssimo da cabeça M. espinal do pescoço M. longuíssimo do pescoço

|o n g u fs s j m o .

da cabeça (seccionado)

M. semiespinal da cabeça

M' esPinal do pescoço ■

M. semiespinal do pescoço

M. esplênio

M. escaleno médio

M. longuíssimo da cabeça

M. semiespinal do M. longuíssimo do pescoço M. iliocostal do pescoço

posterior

tador da escápula e o rombóide serão discutidos no Capítulo 11, pois eles posicionam o cíngulo do membro superior e os membros superiores. A camada média dos músculos extrín­ secos do dorso consiste nos músculos serráteis posteriores, cuja principal função é auxiliar na movimentação das cos­ telas durante a respiração. Esses músculos serão discutidos mais adiante neste capítulo. Os músculos mais profundos do dorso são os músculos intrínsecos (ou verdadeiros) do dorso (Figura 10.12 e Tabela 10.7). Os músculos intrínsecos do dorso são inervados pelos ramos posteriores dos nervos espinais. Esses músculos interconectam e estabilizam as vértebras. Os músculos intrínsecos do dorso também são dispostos em camadas superficial, média e profunda. Essas três cama­ das musculares são encontradas lateralmente na coluna ver­ tebral, no espaço entre os processos espinhosos e os processos transversos das vértebras. Embora essa massa de músculos se estenda do sacro ao crânio de modo geral, é im portante lem­ brar que cada grupo muscular é composto por numerosos músculos individuais de com primentos variados.

A camada superficial dos músculos intrínsecos do dorso

M. longuíssimo do pescoço

M. semiespinal do tórax

M. iliocosta do tórax

M. longutssr-: do tórax M. espinai do tórax

M. multífido do lombo

M. iliocosta do lombo

M. quadrado do lombo

M. eretor da espinr-ê

A camada superficial dos músculos intrínsecos do dorso con­ siste nos músculos esplênios (os músculos esplênio da ca­ beça e esplênio do pescoço). O músculo esplênio da cabeça tem inserção de origem no ligamento nucal e nos processos espinhosos das quatro vértebras torácicas superiores, e in­ serção term inal no crânio. O músculo esplênio do pescoço tem inserção de origem no ligamento nucal e nos processos espinhosos das vértebras cervicais superiores, e inserção ter­ minal no crânio. Esses dois músculos executam a extensão ou a flexão lateral da cabeça e do pescoço.

Aponeurose (fáscia) toracoio^-oar

A camada média dos músculos intrínsecos do dorso A camada média consiste em músculos extensores da coluna vertebral, ou eretores da espinha. Esses músculos originamse na coluna vertebral, e os nomes dos músculos individuais fornecem informação útil sobre suas inserções. Por exemplo, nomes de músculos que incluem o term o da cabeça indicam inserção no crânio, enquanto o term o do pescoço indica in­ serção em vértebras cervicais superiores e o term o do tórax indica inserção em vértebras cervicais inferiores e torácicas superiores. Os músculos eretores da espinha (direito e es;uerdo) são subdivididos em grupos espinal, longuíssimo e iliocostal (Figura 10.12a). Essas divisões baseiam-se na

(a) M úsculos próprios do dorso, vista posterior

Figura 10.12

M ú s c u lo s da c o lu n a v e rte b ra l.

Coletivamente, esses m úsculos ajustam a posição da coluna vertebral, cabeça, pesco :: e costelas. São mostradas inserções de origem (ponto fixo) e inserções term inais : móvel) selecionadas, (a) Vista posterior dos m úsculos superficiais (direita) e p r o t , ': : : (esquerda) da coluna vertebral, (b) Vista posterior dos m úsculos próprios do dorsc (O Músculos nas superfícies anteriores das vértebras cervicais e torácicas superiores.

O S IS T E M A M U S C U L A R

M. longo do pescoço

M. intertransversário

M. escaleno anterior, feixes isolados

Processo espinhoso de vértebra Mm. rotadores do tórax

M. escaleno anterior

Mm. interespinais

M. escaleno médio M. escaleno posterior

Processo transverso de vértebra

(b) Músculos próprios do dorso

- gura 10.12

(c) M úsculos nas superfícies anteriores das vértebras cervicais e torácicas superiores

(continuação ).

7 ' vm idade à coluna vertebral, sendo o grupo espinal o mais próximo e : costal o mais distante. Nas regiões lombar inferior e sacral, torna>c difícil distinguir os limites entre os músculos longuíssimo e iliocostal. ^ _indo contraídos em conjunto, os músculos eretores da espinha fazem i extensão da coluna vertebral. Quando os músculos contraem-se em ape­ rtas um lado, há uma flexão lateral da coluna vertebral.

A camada profunda dos músculos intrínsecos do dorso P r : '_ "damente ao músculo espinal, os músculos da camada mais profzr.C3. rterconectam e estabilizam as vértebras. Esses músculos, algumas ■ íic í thamados de músculos transverso-espinais, incluem o grupo semiespinal e os músculos multífidos, rotadores, interespinais e intertransversários (Figura 10.12a,b). Todos esses músculos são relativamente r_ tt: ? c trabalham em diversas combinações para produzir ligeira extensão _ t::tcã o da coluna vertebral. Eles também são importantes para fazer delicados ajustes nas posições das vértebras individuais e para estabilizar -ertebras adjacentes. Caso sejam lesados, esses músculos podem iniciar um tíc l: te dor —>estimulação do músculo —> contração —» dor. Isso pode tr t rressão em nervos espinais adjacentes, causando perdas sensitivas e —itando também a mobilidade. Muitos dos exercícios de aquecimento f =1: nttm ento, recomendados antes de eventos atléticos, têm a intenção te tte ra ra r esses pequenos porém muito importantes músculos para sua rjccão de sustentação.

MuscuIos flexores da coluna vertebral I s musculos da coluna vertebral incluem muitos extensores, mas poucos âexo t-'. A coluna vertebral não precisa de um grande número de múscu’: - flexores porque (1) muitos dos grandes músculos do tronco flexionam

a coluna vertebral quando se contraem e (2) a maior parte do peso do corpo concentra-se na região anterior à coluna vertebral, e a gravidade tende a flexionar a coluna. Entretanto, alguns flexores da coluna vertebral estão associados à superfície anterior da coluna vertebral. No pescoço (Fi­ gura 10.12c), o músculo longo da cabeça e o músculo longo do pescoço rodam e fletem o pescoço, com sua contração unilateral ou bilateral. Xa região lombar, o grande músculo quadrado do lombo flexiona a coluna vertebral e abaixa as costelas.

Músculos oblíquos e retos [Figuras 10.12 a 10.14 e Tabela 10.8]

Os músculos dos grupos oblíquos e retos (Figuras 10.12 a 10.14 e Tabelt 10.8) localizam-se entre a coluna vertebral e a linha mediana anterior. 0> músculos oblíquos podem comprimir estruturas subjacentes ou rodar t coluna vertebral, atuando isolada ou conjuntamente. Os músculos retos são importantes flexores da coluna vertebral, atuando em oposição ao músculo eretor da espinha. Os músculos oblíquos e retos do tronco e o diafragma, que separa as cavidades abdominopélvica e torácica, apresen­ tam a mesma origem embrionária. Os músculos oblíquos e retos podem ser divididos em grupos cervical, torácico e abdominal. O grupo oblíquo inclui os músculos escalenos da região cervica os músculos intercostais e transversos da região torácica. No pescoço, os músculos escalenos anterior, médio e posterior elevam as duas primei­ ras costelas e contribuem para a flexão do pescoço e da cabeça (Figura 10.12a,c). No tórax, os músculos oblíquos, localizados entre as costekí são chamados de músculos intercostais. Os músculos intercostais exter­ nos são superficiais aos músculos intercostais internos ( Figura 10.13a

C a p í t u lo

TABELA 10.7

10 • O Sistema Muscular: Musculatura Axial

Músculos da coluna vertebral Inserção de origem (ponto fixo)

inserção terminal (ponto móvel)

Processos espinhosos e ligamentos de conexão das vértebras cervicais inferiores e torácicas superiores

Espinal do pescoço Espinal do tórax

Ação

Inervação

Processo mastóide, osso occipital e vértebras cervicais superiores

Os dois lados atuam em conjunto para estender a cabeça e o pescoço; isoladamente, roda e flete lateralmente a cabeça para o lado ipsilateral

Nervos espinais cervicais

Porção inferior do ligamento nucal e processo espinhoso de C VII

Processo espinhoso do áxis

Estende o pescoço

Idem ao anterior

Processos espinhosos das vértebras torácicas inferiores e lombares superiores

Processos espinhosos das vértebras torácicas superiores

Estende a coluna vertebral

Nervos espinais torácicos e lombares

Longuíssimo da cabeça

Processos transversos das vértebras cervicais inferiores e torácicas superiores

Processo mastóide do osso temporal

Os dois lados atuam em conjunto para estender a cabeça e o pescoço; isoladamente, roda e flete lateralmente a cabeça para o lado ipsilateral

Nervos espinais cervicais e toraacc*.

Longuíssimo do pescoço

Processos transversos das vértebras torácicas superiores

Processos transversos das vértebras cervicais superiores e médias

Idem ao anterior

Idem ao ir.:cr

Longuíssimo do tórax

Larga aponeurose e processos transversos das vértebras torácicas inferiores e lombares superiores; une-se ao músculo iliocostal

Processos transversos das vértebras torácicas superiores e lombares, e margens inferiores das 10 costelas inferiores

Estende a coluna vertebral; isoladamente, produz flexão lateral para o lado ipsilateral

Nervos espinais torácicos e lombares

Iliocostal do pescoço

Margens superiores das costelas próximas aos ângulos

Processos transversos das vértebras cervicais médias e inferiores

Estende ou flete lateralmente o pescoço, eleva as costelas

Nervos espinais cervicais e toriõom superiores

Iliocostal do tórax

Margens superiores das costelas VI-XII medialmente aos ângulos

Costelas superiores e processos transversos da última vértebra cervical

Estabiliza as vértebras torácicas em extensão

Nervos espinais torácicos

Iliocostal do lombo

Crista ilíaca, crista sacral e processos espinhosos lombares

Margens inferiores das costelas VIXII próximas de seus ângulos

Estende a coluna vertebral e abaixa as costelas

Nervos espinais torácicos inferx>res e lombares

Semiespinal da cabeça

Processos das vértebras cervicais inferiores e torácicas superiores

Osso occipital entre as linhas nucais

Em conjunto, estendem a cabeça e o pescoço; isoladamente, estende e flete lateralmente o pescoço e roda a cabeça para o lado oposto

Nervos espinais cervicais

Semiespinal do pescoço

Processos transversos de T I-T V ou T VI

Processos espinhosos de C II- C V

Estende a coluna vertebral e roda para o lado oposto

Idem ao anterior

Semiespinal do tóxax

Processos transversos de T VI-T X

Processos espinhosos de C V-TIV

Idem ao anterior

Nervos espinai? torácicos

Multífidos

Sacro e processo transverso de cada vértebra

Processos espinhosos da terceira ou quarta vértebra acima do ponto fixo

Idem ao anterior

Nervos espinais cervicais toraócxK« lombares

Rotadores (do pescoço, do tórax e do lombo)

Processos transversos das vértebras em cada região (cervical, torácica e lombar)

Processo espinhoso da vértebra adjacente acima do ponto fixo

Idem ao anterior

Idem ao anterior

Interespinais

Processos espinhosos de cada vértebra

Processos espinhosos da vértebra acima do ponto fixo

Estende a coluna vertebral

Idem ao anterior

Intertransversários

Processos transversos de cada vértebra

Processo transverso da vértebra acima do ponto fixo

Flete lateralmente a coluna vertebral

Idem ao anterior

Longo da cabeça

Processos transversos das vértebras cervicais

Base do osso occipital

Em conjunto, fletem a cabeça e o pescoço; isoladamente, roda a cabeça para o lado ipsilateral

Nervos espinais cervicais

Longo do pescoço

Superfícies anteriores das vértebras cervicais e torácicas superiores

Processos transversos das vértebras cervicais superiores

Flete e/ou roda o pescoço; limita a hiperextensão

Idem ao anterior

Quadrado do lombo

Crista ilíaca e ligamento iliolombar

Última costela e processos transversos das vértebras lombares

Em conjunto, abaixam as costelas; isoladamente, produz flexão lateral da coluna vertebral; fixa as costelas flutuantes (XI e XII) durante a expiração forçada

Nerv os espinal torácicos e lombares

Grupo/Músculo

CAMADA SUPERFICIAL Esplênio (esplênio da cabeça, esplênio do pescoço) Eretor da espinha GRUPO ESPINAL

GRUPO LONGUÍSSIMO

*

GRUPO ILIOCOSTAL

MÚSCULOS PROFUNDOS (TRANSVERSO-ESPINAIS ) Semiespinais

FLEXORES DA COLUNA

O S IS T E M A M U S C U L A R

r s do is grupos de músculos intercostais são importantes para os movi—er: > respiratórios das costelas. O pequeno músculo transverso do tó­ rax :ruza a superfície interna da caixa torácica e é recoberto pela túnica >er:pleura ) que limita a cavidade pleural. No abdom e, o mesmo padrão básico de m usculatura estende-se de forma contínua pela parede abdominopélvica. A disposição cruzada 1 1 direção das fibras musculares nestes músculos fortalece a parede do i n o m e . Esses músculos são os m úsculos oblíquos externo e interno do abdome, o m úsculo transverso do abdome e o m úsculo reto do abdome ( Figura 10.13a-d). Uma excelente forma de se com preender a relação entre esses músculos é observá-los em secção transversal (Figura 'D 13b .O músculo reto do abdom e insere-se no processo xifóide do esterno e estende-se até a proximidade da sínfise púbica. Esse músculo e .imitado mediai e longitudinalm ente por um a partição m ediana de

TABELA 10.8

colágeno, a linha alba (linha branca). As intersecções tendíneas trans­ versais são bandas de tecido fibroso que dividem esse músculo em qua­ tro segmentos repetidos (Figura 1 0 .13a,d). A anatom ia de superfície dos músculos oblíquos e reto do abdome é m ostrada na Figura 10.13c.

O diafragma [Figura 10.14]

O term o diafragma refere-se a qualquer lâmina muscular que constitui um a parede. Entretanto, quando utilizado isoladamente, sem outro nome que o modifique, o termo diafragma, ou músculo diafragmático , especi­ fica a divisória muscular que separa as cavidades abdominopélvica e to ­ rácica (Figura 10.14). O diafragma é o principal músculo da respiração: sua contração aumenta o volume da cavidade torácica e promove a ins­ piração; seu relaxamento diminui o volume para facilitar a expiração (os músculos da respiração serão estudados no Capítulo 24).

Músculos oblíquos e retos

Grupo/Músculo

Inserção de origem (ponto fixo)

inserção terminal (ponto móvel)

Ação

inervação

GRUPO OBLÍQUO <

Região cervical Processos transversos das vértebras CII-CVII

Face superior das duas primeiras costelas

Eleva as costelas e/ou flexão do pescoço; unilateralmente, flete o pescoço e roda a cabeça e o pescoço para o lado oposto

Nervos espinais cervicais

Intercostais externos

Margem inferior de cada costela

Margem superior da costela mais inferior

Eleva as costelas

Nervos intercostais (ramos anteriores de nervos espinais torácicos!

Intercostais internos

Margem superior de cada costela

Margem inferior da costela mais superior

Abaixa as costelas

Idem ao anterior

Transverso do tórax

Face posterior do esterno

Cartilagens costais

Idem ao anterior

Idem ao anterior

Superior

Processos espinhosos de C VII-T III e ligamento nucal

Margens superiores das costelas II-V, próximo aos ângulos

Eleva as costelas, expande a cavidade torácica

Nervos torácicos (T1-T4 )

Inferior

Aponeurose a partir dos processos espinhosos de T X-L III

Margens inferiores das costelas VIII-XII

Traciona as costelas inferiormente; também traciona no sentido de expansão da cavidade torácica, opondose ao diafragma

Nervos torácicos (T9-T12)

Oblíquo externo do abdome

Face externa e margem inferior das costelas V-XII

Aponeurose do músculo oblíquo externo do abdome estendendo-se à linha alba e crista ilíaca

Comprime o abdome; abaixa as costelas; flete, flete lateralmente ou roda a coluna vertebral contralateralmente

Nervos intercostais T5-T12, nervos ilio-hipogástrico e ilioinguinal

Oblíquo interno do abdome

Aponeurose (fáscia) toracolombar e crista ilíaca

Face inferior das costelas IX-XII, cartilagens costais VIII-X, linha alba e osso púbis

Idem ao anterior, mas roda a coluna vertebral ipsilateralmente

Idem ao anterior

Transverso do abdome

Cartilagens costais das costelas II-VI, crista ilíaca e aponeurose (fáscia) toracolombar

Linha alba e osso púbis

Comprime o abdome

Idem ao anterior

Processo xifóide, costelas VII-XII e cartilagens costais associadas, e faces anteriores das vértebras lombares

Centro tendíneo do diafragma

A contração expande a cavidade torácica, comprime a cavidade abdominopélvica

Nervos frênicos (C3-C5)

Face superior do púbis ao redor da sínfise púbica

Face inferior das cartilagens costais (V-VII) e processo xifóide do esterno

Abaixa as costelas, flete a coluna vertebral e comprime o abdome

Nervos intercostais (T7-T12)

Escalenos (anterior, medio e posterior) Região torácica

N:rratil posterior

Região abdominal

GRUPO RETO Região cerv ical

Inclui os músculos genio-hióideo, omo-hióideo, esterno-hióideo, esternotireóideo e tireo-hióideo na Tabela 10.6

Região torácica Diafragma

Região abdominal Reto do abdome

C a p ítu lo

10 • O Sistema Muscular: Musculatura Axial

M m

B a in h a d o m ú s c u lo reto d o abdom e

M . reto d o abdom e

t f serrátil

anterior

L in h a a lb a

M . o b líq u o e xte rn o do abdom e

M . in te rc o sta l inte rno M . o b líq u o e xte rn o do abdom e

M . in te rc o sta l e xte rn o

In te rs e c ç õ e s te n d ín e a s

M . o b líq u o e xte rn o d o a b d o m e (se ccio n a d o )

M. pso as m aio r

M . tra n sv e rs o do abdom e M. o b líq u o inte rno d o abdom e

M . q u a d ra d o d o lo m b o

M . reto d o abdom e M . o b líq u o interno do abdom e

L in h a a lb a

Aponeurose M a rg e m s e c c io n a d a (fáscia) d a b a in h a d o m ú s c u lo toracolombar reto d o a b d o m e

M. latíssm c do dorsc (b) Vista em secção transversal

(a) Vista anterior L in h a a lb a

M . tra n sv e rso d o a b c c —e

M. peitoral maior

M. serrátil anterior

In te rs e c ç õ e s te n d ín e a s Pro ce sso xifó id e

M. serrátil anterior

M . o b líq u o e x te rn o d o abdom e

M . o b líq u o e x te rn o d o abdom e

~ :e rse cç õ e s te n d ín e a s

M . reto d o abdom e

U m b ig o

C ris ta ilía c a E s p in h a ilía c a ân terosu p e rio r

_jgam ento inguinal

(c) Vista anterior, anatomia de superfície

:igura 10.13

M . reto d o abdom e

M . o b líq u o e x te rn o d o abdom e, a p o n e u ro s e B a in h a d o m ú s c u lo reto do abdom e U m b ig o

(d) Vista anterior, superficial

Os m úsculos retos e oblíquos.

Ds m úsculos oblíquos com prim em as estruturas subjacentes entre a coluna vertebral e a linha mediana anterior; os m úsculos retos são flexores da coluna vertec»3 a vista anterior do tronco, mostrando m úsculos superficiais e profundos dos grupos m usculares retos e oblíquos; plano de secção mostrado na imagem (b: b í f : 30 transversal diagramática na região abdominal, (c) Anatom ia de superfície da parede abdominal, vista anterior. O m úsculo serrátil anterior, visto nas imagers 5 e :, é

um m úsculo apendicular, detalhado no Capítulo 11. (d) Cadáver, vista superficial anterior da parede abdominal. Ver tamb é m Figuras 6.19,6.26 e7.H.

O S IS T E M A M U S C U L A R

Esterno P rocesso xifóide

Cartilagens costais

Centro tendíneo do diafragma

Foram e da veia cava Hiato esofágico e esôfago

“Impressão” para o fígado

“Impressão” para o estômago

Ligamento arqueado mediai

Ligamento ar­ queado media­ no cruzando a aorta

Ligamento arqueado lateral

Pilar esquerdo 12â costela

M. quadrado do lombo (seccionado)

Pilar direito

p ro ce sso

M. psoas maior (seccionado)

Veia cava inferior

xifóide

Cartilagens costais

M. reto do aòòome

(a) Vista inferior

M. oblíquo externo do abdome

UL ransverso òo tórax

Diafragma M. intercostal externo Esôfago

M. serrátil anterior

M. intercostal interno M. latíssimo do dorso M. serrátil posterior inferior

Torácica 3a aorta

Cartilagens costais

Veia cava inferior

Grupo do m. eretor da espinha

TX M. trapézio

Diafragma

Pericárdio (seccionado)

Medula espinal

(b) Vista superior Nervo frênico esquerdo Esôfago

Centro tendíneo do diafragma Cavidade pleural

R r - ' a 10.14 à—

O diafragm a.

Parte torácica da aorta

a m u s c u la r se p a ra a c a v id a d e t o rá c ic a da ca-

r a c e a ò d o m in o p é lv ic a . (a) V is ta in ferior, (b) V is ta su o e r c r c a g ra m á tica . (c) V is ta s u p e rio r d e s e c ç ã o tra n s-

D isco entre vértebras

.e r s a - a re g iã o d o tó ra x, c o m o u tro s ó rg ã o s re m o v id o s

Medula espinal

~ o s r a r a lo c a liz a ç ã o e o rie n ta ç ã o d o d ia fra g m a .

torácicas

(c) Vista superior, diafragma

C a p ít u l o

Músculos do períneo e do diafragma da pelve [Figura 10.16 e Tabelas 10.9 e 10.10]

10 • O Sistema Muscular: Musculatura Axial

culares circundam a abertu ra destas estruturas anatôm icas e p e r~ :; o controle voluntário da m icção e defecação. M úsculos, nervos e vü sangüíneos tam bém passam através da abertura da pelve ao Íons: : seus trajetos para ou a p artir dos m em bros inferiores.

Os m úsculos do períneo e do diafragm a da pelve se estendem do sacro e do cóccix até o ísquio e o púbis. Esses m úsculos (1) sustentam os órgãos f _________________________ na cavidade pélvica, (2) fletem as articulações do sacro e do cóccix e (3) V i R EVISÃO DOS CO N CEITO S controlam o m ovim ento de m ateriais através da uretra e do canal anal i F ig u ra 1 0 .1 6 e Tabelas 10.9 e 10.10). 1. Uma lesão dos m úsculos intercostais externos interferiria em que p' Os limites do períneo (o soalho pélvico e estruturas associadas) são im portante? estabelecidos pelas m argens inferiores da pelve. U m a linha im aginária 2. Se alguém o atingisse no m úsculo reto do abdom e, co m o a posição o e 5 passando entre os túberes isquiáticos direito e esquerdo dividirá o períneo corpo seria m odificada? em dois trígonos: um anterior, ou trígono urogenital, e um posterior, ou 3. Qual é a função dos m úsculos do diafragm a da pelve? trígono anal ( F ig u ra 1 0 .1 6 b ). Os músculos superficiais do trígono ante­ 4. Qual é a função do diafragm a? rior são os m úsculos relacionados aos órgãos genitais externos. Eles se so­ Veja a seção de Respostas na parte finai ac . -: brepõem aos músculos mais profundos que fortalecem o soalho pélvico e circundam a uretra. Esses m úsculos profundos constituem o “diafragma urogenital”, um a cam ada m uscular que se estende entre os ossos púbis. Resumo de em briologia U m a lâm ina m uscular ainda mais extensa, o diafragma da pelve, Para um resum o do desenvolvim ento da m usculatura axial, cor.;'j_:; form a a base m uscular do trígono anal. Essa cam ada estende-se súperoCapítulo 28 (Embriologia e Desenvolvimento H um ano). anteriorm ente ao “diafragm a urogenital”, até a sínfise púbica. O “diafragm a urogenital” e o diafragm a da pelve não ocluem com ­ pletam ente a abertura inferior da pelve porque a uretra, a vagina e o canal anal o atravessam para abrir-se no am biente externo. Os esfincteres m us­

Nota clínica

ou fenda). A g ra v id a d e d e s sa c o n d iç ã o d e p e n d e do lo cal e do t a r a " : H érn ias Q ua ndo o s m ú s c u lo s a b d o m in a is c o n tra e m -se fo rte m e n te , a do ó rg ão ou ó rg ã o s h e rn ia d os. H érn ias d e h ia to sã o m u ito c o m u n s e a pre ssã o na c a v id a d e a b d o m in o p é lv ica pod e a u m e n ta r de fo rm a drástica. m a io ria não é d ia g n o stica d a , e m b o ra p o s sa m a u m e n ta r a p a s s a g e - : Essa pre ssã o é ap lica d a a ó rg ão s internos. Se o indivíd uo expira, ao m esm o su co g á strico para o e sôfag o (doença do re fluxo ga streso fá gico , ou DF :-E te m p o a p re ssã o é a liv ia d a porq u e o dia frag m a p od e eleva r-se e n q u a n to c o m u m e n te c a u s a n d o azia). O s ra d io lo g ista s a s o b s e rv a m e m c e rc a oe os p u lm õ e s se esvaziam . Entretanto, du ran te v ig o ro so s e x e rc íc io s isom é30% d o s in d iv íd u o s cu jo tra to g a strin te s tin a l su p e rio r é exam inactc :■:* tric o s ou ao se le va n ta r um p e s o e p re n d e r a re sp ira çã o , a p re ssã o na m eio de té c n ic a s de co n tra s te co m bário. ca v id a d e a b d o m in o p é lv ica pod e su b ir a té 106 k g /cm 2, a p ro x im a d a m e n te Q ua ndo o u tra s c o m p lic a ç õ e s clín ica s, q u e não a DRGE, se d e s e " .: ■ 100 v e z e s a p re ssã o norm al. U m a p re ssã o tão alta p od e ca u sa r um a diver­ vem , g e ra lm e n te o c o rre m p o rq u e ó rg ã o s a b d o m in a is q u e foram sid a d e de pro ble m a s, in clu siv e hérnias. U m a h é rnia se d e se n v o lv e quando rados para a c a v id a d e to rá c ic a e x e rc e m p re ssã o nas e stru tu ra s ou o ^ ã e s um a víscera, ou parte dela, se projeta a trav é s de um a ab e rtu ra na p a re de ali pre se n tes. C o m o as h é rn ia s inguinais, um a h é rnia d ia fra g m á tica : : m u sc u lo a p o n e u ró tic a . Há v á rio s tip o s de hérnias; aq ui c o n s id e ra re m o s re su lta r de fa to re s c o n g ê n ito s ou d e le sõ e s que lace ra m ou e n fra q u e ia ~ so m e n te a s hérnias inguinais e a s hérnias diafragmáticas. o diafragm a. N os c a s o s em q u e o s ó rg ã o s a b d o m in a is p a ssa m a o c u d í ' T ard ia m e n te no d e s e n v o lv im e n to de fe to s m a scu lin o s, o s te s tíc u lo s a c a v id a d e to rá c ic a d u ran te o d e s e n v o lv im e n to fetal, os p u lm õ e s p o c e d e s c e m ao e s c ro to a tra v é s da p a re d e a b d o m in a l p a ss a n d o p e lo canal e sta r p o u c o d e s e n v o lv id o s ao na scim e nto. inguinal. Em h o m e n s ad ultos, o du e to d e fe re n te e o s v a s o s sa n g ü ín e o s a s s o c ia d o s a tra v e ss a m a p a re d e a b d o m in a l p e lo ca n a l ingu inal, c o m o funículo espermático, em se u tra je to para os ó rg ã o s g e n ita is d e orig em ab d o m in a l. Em um a hérnia inguinal, o ca n a l ingu inal se alarg a e o c o n ­ M oblíquo te ú d o a b d o m in al, c o m o um a p o rçã o do o m e n to m aior, in te stin o d e lg a d o externo do ou (m ais raram ente) a bexig a urinária, p e n e tra m o cana l inguinal (Figura abdome 10.15). Se as e stru tu ra s h e rn ia d a s e stiv e re m "e stra n g u la d a s" ou torcidas, Anel pode s e r n e ce ssá ria um a ciru rgia para pre ve n ir c o m p lic a ç õ e s m a is sérias. inguinal A s h é rn ia s in g u in ais não sã o s e m p re c a u s a d a s p or p re ssõ e s a b d o m in a is superficial extre m as; le sõ e s no ab dom e, fra q u e za m u sc u la r h e re d itá ria ou d iste n sã o Funículo do can a l inguinal p o d em te r o m e s m o efeito*. O e sô fa g o e o s g ra n d e s v a s o s sa n g ü ín e o s p a ssa m p or a b e rtu ra s no espermático diafrag m a, o m ú sc u lo que se p a ra as c a v id a d e s to rá c ic a e a b d o m in o p é l­ vica. Em um a hérnia diafragmática, ó rg ã o s a b d o m in a is d e s liza m para a cavid a d e to rá cica . Se a e ntrada fo r atravé s do hiato esofágico, a p assag em u tiliza d a pe lo esôfag o, o b se rv a -se um a hérnia de hiato (hiatus, ab e rtu ra

* N . de R.T. A fisiopatologia das h érn ias in g u in ais ta m b é m p o d e estar relacionada à m an u ten ção da p erm eab ilid ad e do c o n d u to perito n io v ag in al e/o u à fo rm ação e ao tip o de colágeno que c o n stitu i os tecidos da parede abdom inopélvica.

Figura 10 15

Hérnia inguinal

O SISTEMA MUSCULAR

Uretra

M. esfincter externo da uretra V

souiocavernoso

M. transverso profundo do períneo

V Duíboesponjoso

— “Diafragma urogenital”

Vagina -

M. pubococcígeo

M. transverso superficial do períneo

M. levantador do ânus

M. iliococcígeo

M. esfincter externo do ânus Ligamento sacrotuberal

M. glúteo máximo

■ Inserção de origem (ponto fixo) ■ Inserção terminal (ponto móvel)

M. isquiococcígeo (coccígeo) m isquiocavernoso

M. esfincter da uretra M. transversc profundo do períneo

(a) Mulher M. pubococcígeo

M. isquiocavernoso

SUPERFICIAL

PROFUNDO

M. transverso superficial do períneo M. glúteo máximo

Testículo (c) Inserções (ponto fixo e ponto móvel), vista inferior da pelve

TRÍGONO UROGENITAL

_ ~* f segmento

de conexão removido) M

bu ooesponjoso

M. esfincter externo da uretra

W. souocavernoso Não há diferenças na musculatura profunda entre os gêneros

M. transverso superficial do períneo Ânus M. esfincter externo do ânus

- M. pubococcígeo M. iliococcígeo

— Diafragma da pelve M. isquiococcígeo (coccígeo)

M. glúteo máximo

TRÍGONO A N AL (b) Homem

Fig-'a 10.16

M úsculos do soalho da pelve.

Is - jsculos do soalho da pelve ocupam o trígono urogenital e o trígono anal para sustentar os órgãos da cavidade pélvica, fletir o sacro e o cóccix e controlar o ~ : ~»efTto de material através da uretra e do canal anal. (a) Vista inferior, mulher, (b) Vista inferior, homem, (c) Inserções (ponto fixo e ponto móvel) selecionadas. Ver tam:*e ~ Figuras 7.10 a 7.12.

C a p í t u lo

TABELA 10.9

10 • O Sistema Muscular: Musculatura Axial

Músculos do períneo inserção de origem (ponto fixo)

Inserção terminal (ponto móvel)

Homem

Corpo do períneo (centro do períneo) e rafe mediana

Mulher

Grupo/Músculo

Ação

Inervação

Corpo esponjoso, membrana do períneo e corpo cavernoso

Comprime a raiz do pênis, fixa o bulbo do pênis, atua na ejaculação e micção

Nervo pudendo e n e r-:s perineais (S2-S4)

Corpo do períneo (centro do períneo)

Bulbo do vestíbulo, membrana do períneo, corpo do clitóris, corpo cavernoso

Comprime e fixa o bulbo do clitóris, estreita o óstio vaginal

Idem ao anterior

Isquiocavernoso

Ramo e túber isquiático

Corpo cavernoso do pênis ou clitóris; também para o ramo isquiopúbico (somente em mulheres)

Comprime e fixa o ramo do pênis ou clitóris, ajudando a manter a ereção

Idem ao anterior

Transverso superficial do períneo

Ramo do ísquio

Corpo do períneo

Estabiliza o corpo do períneo

Idem ao anterior

Ramo do ísquio

Rafe mediana do “diafragma urogenital”

Idem ao anterior

Idem ao anterior

TRÍGONO UROGENITAL Músculos superficiais Bulboesponjoso

Músculos profundos Transverso profundo do períneo

*

Esfincter externo da uretra Homem

Ramos do ísquio e do púbis

Para a rafe mediana na base do pênis; fibras internas circundam a uretra

Fecha a uretra; comprime a próstata e as glândulas bulbouretrais

Idem ao anterior

Mulher

Ramos do ísquio e do púbis

Para a rafe mediana; fibras internas circundam a uretra

Fecha a uretra; comprime a vagina e as glândulas vestibulares maiores

Idem ao anterior

TABELA 10.10

Músculos do diafragma da pelve

Grupo/Músculo

inserção de origem (ponto fixo)

inserção terminal (ponto móvel)

Ação

Inervação

Espinha isquiática

Margens laterais inferiores do sacro e cóccix

Flete a articulação do cóccix; eleva e sustenta o soalho da pelve

Nervos sacrais inferiores S4S5)

Espinha isquiática, púbis

Cóccix e rafe mediana

Tensiona o soalho da pelve, sustenta os órgãos pélvicos, flete a articulação do cóccix, eleva e retrai o ânus

Nervo pudendo (S2-S4

TRÍGONO ANAL Isquiococcígeo (coccígeo) Levantador do ânus Iliococcígeo

Pubococcígeo Esfincter externo do ânus

Superfícies internas do púbis

Idem ao anterior

Idem ao anterior

Idem ao anterior

Via tendão a partir do cóccix

Circunda o canal anal

Fecha o ânus

Nervo pudendo e nervos anais (retais) inferiores (S2-S4

TERMOS CLÍNICOS Heraia: Uma condição que afeta um órgão ou : i*:e do corpo que se projeta através de uma aber­ tura anatômica, comunicando duas cavidades adücentes e/ou uma cavidade e a superfície do corpo.

Hérnia diafragmática (hérnia de hiato): Uma hérnia que ocorre quando órgãos abdominais deslizam para a cavidade torácica através de uma abertura no diafragma.

Hérnia inguinal: Uma condição na qual o cani, inguinal se amplia e o conteúdo abdominal é for­ çado para o canal inguinal.

R E S U M O PARA E S T U D O itrodução

262

\ classificação do sistema esquelético em divisões axial e apendicular : mece uma diretriz útil para a subdivisão do sistema muscular. A mus­

culatura axial insere-se no esqueleto axial, posiciona a cabeça e a vertebral e contribui para a movimentação da caixa torácica, o quz * —. _ possível a respiração.

O SISTEMA MUSCULAR

A musculatura axial

Músculos da coluna vertebral

262

\ musculatura axial insere-se no esqueleto axial; posiciona a cabeça e a c : -una vertebral e movimenta a caixa torácica. A musculatura apendicular estabiliza ou movimenta os componentes do esqueleto apendicular. ver Figuras 10 .1/10 .2)

I

Os músculos axiais são organizados em quatro grupos com base na sua ^viização/função. Esses grupos são (1) músculos da cabeça epescoço, (2) músculos da coluna vertebral, (3) músculos retos e músculos oblíquos, in­ tu in d o o diafragma, e (4) músculos do diafragma da pelve. 5 A organização dos músculos em quatro grupos inclui descrições de sua inervação. A inervação refere-se à identificação do nervo que controla j n determinado músculo, e está incluída também em todas as tabelas de músculos.

\ 1u sculos da cabeça e pescoço

263

4. Os músculos da cabeça e pescoço estão divididos em vários grupos: (1) os músculos da face (expressão facial), (2) os músculos extrínsecos do bulbo do olho, (3) os músculos da mastigação, (4) os músculos da língua, (5) os músculos da faringe e (6) os músculos anteriores do pescoço. 5. Os músculos envolvidos na visão e audição estão situados no crânio. c. Os músculos da face originam-se na superfície do crânio. O maior grupo está associado à boca e inclui o orbicular da boca e o bucinador. O ven­ tre frontal e o ventre occipital do músculo occipitofrontal controlam os movimentos das sobrancelhas, da fronte e do couro cabeludo. O platisma tensiona a pele do pescoço e abaixa a mandíbula. (ver Figuras 10 .3 a 10 .16 e Tabela 10 .1)

Os seis músculos extrínsecos do bulbo do olho controlam a posição do olho e seus movimentos. Estes são os músculos retos inferior, lateral, mediai e superior do bulbo do olho e os oblíquos superior e inferior do bulbo do olho. (ver Figura 10 .5 e Tabela 10.2)

s Os músculos da mastigação atuam na mandíbula. São eles o músculo masseter, o músculo temporal e os músculos pterigóideos ( mediai e la:erah. (ver Figura 10 .6 e Tabela 10.3)

9. Os músculos da língua são necessários à fala e à deglutição, contribuin­ do também para a mastigação. Os nomes desses músculos apresentam i terminação glosso, significando “língua”. Esses músculos são genioglosso, hioglosso, palatoglosso e estiloglosso. (ver Figura 10.8 e Tabela 10.4)

10. Os músculos da faringe são importantes no processo da deglutição. Esses musculos incluem os constritores da faringe, os levantadores da faringe palatofaríngeo, salpingofaríngeo e estilofaríngeo), e os músculos do véupalatino, que elevam o palato mole. (ver Figura 10.9 e Tabela 10.5) 11 Os músculos anteriores do pescoço controlam a posição da laringe, abaixam a mandíbula e fornecem a base para os músculos da língua e da faringe. Eles incluem o digástrico, o milo-hióideo, o estilo-hióideo e o esternocleidomastóideo. (ver Figuras 10 .3 / 10 .4 / 10 .10 / 10 .11 e Ta­ bela 10.6)

271

12. Os músculos do dorso são dispostos em três camadas distintas (super­ ficial, média e profunda). Os músculos extrínsecos do dorso são mais superficiais e estão divididos em duas camadas musculares, ambas inervadas por ramos anteriores de nervos espinais. Os músculos ex­ trínsecos do dorso mais superficiais se estendem do esqueleto axial ao membro superior e estão envolvidos na movimentação dos membros superiores. 13. Somente a camada mais profunda é constituída pelos músculos intrínse­ cos (próprios) do dorso. Os músculos intrínsecos do dorso são inervados por ramos posteriores de nervos espinais e interconectam as vértebras. 14. Os músculos intrínsecos do dorso também são dispostos em camadas (superficial, média e profunda). A camada superficial contém os mús­ culos esplênios do pescoço e da região superior do tórax, enquanto o grupo médio é constituído pelos músculos eretores da espinha. A cama­ da profunda é composta dos músculos transverso-espinais que incluem os músculos do grupo semiespinal e os músculos multífidos, rotadores, interespinais e intertransversários. Esses músculos interconectam e estabilizam as vértebras, (ver Figura 10 .12 e Tabela 10.7) 15. Outros músculos da coluna vertebral incluem o longo da cabeça e o lon­ go do pescoço, que rodam e fletem o pescoço, e os músculos quadrados do lombo, na região lombar, que fletem a coluna vertebral e abaixam ai costelas, (ver Figura 10 .12 e Tabela 10.7)

Músculos oblíquos e retos

274

16. Os músculos oblíquos e retos localizam-se entre a coluna vertebral e a linha mediana anterior. Os músculos abdominais (músculo oblíquo ex­ terno do abdome e músculo oblíquo interno do abdome) comprimem as estruturas subjacentes ou rodam a coluna vertebral; o músculo reto dc abdome é um flexor da coluna vertebral. 17. Os músculos oblíquos do pescoço e do tórax incluem os músculos esca­ lenos, intercostais e transversos. Os intercostais externos e intercostais internos são importantes nos movimentos respiratórios das costelas, (vei Figura 10 .13 e Tabela 10.8)

18. O diafragma também é importante na respiração. Ele separa as cavidades

abdominopélvica e torácica. (verFigura 10 .14 )

Músculos do períneo e do diafragma da pelve

279

19. Os músculos do períneo e do diafragma da pelve se estendem do sacrc e do cóccix até o ísquio e o púbis. Esses músculos (1) sustentam o; órgãos da cavidade pélvica, (2) fletem as articulações do sacro e dc cóccix e (3) controlam o movimento de materiais através da uretra < do canal anal. 20. O períneo (o soalho pélvico e estruturas associadas) pode ser divididc em dois trígonos: o trígono urogenital, anterior, e o trígono anal, poste­ rior. O soalho pélvico consiste no “diafragma urogenital” e no diafrag ma da pelve. (ver Figura 10 .16 e Tabelas 10.9 e 10 .10 )

REVISÃO DO CAPÍ TULO Para 'cspostas às questões da Revisão dos Conceitos e Revisão do Capítulo, r .:

.2

seção de Respostas na parte fin a l do livro.

Nível 1 - Revisão de fatos e termos .A«i\Tf cada item num erado com a letra do item que m elhor se relaciona. ::~.is para as respostas nos espaços apropriados.

Coluna A (músculo)

__ 1. espinal __2. do períneo

Coluna B (ação)

a. comprime as bochechas b. eleva a laringe

__ 3. bucinador _ 4. extrínsecos do bulbo do olho __ 5. intercostais __ 6. estilo-hióideo __ 7. reto inferior __ 8. temporal __9. platisma __10. estiloglosso

c. tensiona a pele do pescoço d. soalho pélvico/estruturas associadas e. eleva a mandíbula f. movimentam as costelas g- retrai a língua h. estende a cabeça i. músculos do olho i- roda o olho no sentido inferior

C a p ít u l o

11. Qual(is) dos seguintes músculos não comprime(m) o abdome? (a) diafragma (b) intercostais internos (c) oblíquo externo do abdome (d) reto do abdome 12. O músculo que se insere no púbis é o: (a) oblíquo interno do abdome (b) reto do abdome (c) transverso do abdome (d) escaleno crista ilíaca apresenta a inserção de origem do músculo: (a) quadrado do lombo (b) iliocostal do pescoço (c) longuíssimo do pescoço (d) esplênio

13. A

14.

Qual dos itens a seguir descreve a ação do músculo digástrico? (a) eleva a laringe (b) eleva a laringe e abaixa a mandíbula (c) abaixa a laringe (d) eleva a mandíbula

15. Qual dos seguintes músculos tem sua inserção nas cartilagens costais? (a) diafragma (b) intercostal externo (c) transverso do tórax (d) escaleno 16.

Alguns músculos da língua são inervados pelo nervo: (a) hipoglosso (XII) (b) troclear (IV) (c) abducente (VI) (d) os itens b e c estão corretos

10 • O Sistema Muscular: Musculatura Axial

Nível 2 - Revisão de conceitos 1. D urante u m a cirurgia abdom inal, o cirurgião faz um a incisão n o m . : ^ lo localizado im ediatam ente à direita da linha alba. O m úsculo em c ue-í tão seria o: (a) digástrico (b) oblíquo externo do abdom e (c) reto do abdom e (d) escaleno 2. Rui ouve um baru lh o alto e rapidam ente eleva seus olhos e olha r a r a

cim a na direção do som . Para executar essa ação, ele precisa acionar : músculo: (a) reto superior do bulbo do olho (b) reto inferior do bulbo do olho (c) oblíquo superior do bulbo do olho (d) reto lateral do bulbo do olho 3. Qual(is) destes m úsculos não executa(m ) nen h u m a função durante da deglutição? (a) constritor superior da faringe (b) pterigóideos (c) palatofaríngeo (d) estilofaríngeo

c

a: :>

4. Quais das seguintes características são com uns aos m úsculos da mastigação? (a) com partilham a inervação, pelo nervo oculom otor (b) tam bém são m úsculos da expressão facial (c) m ovim entam a m andíbula na articulação tem porom andibular (d) perm item que a pessoa sorria 5. Os m úsculos da coluna vertebral incluem m uitos músculos extensore- r _ região dorsal, m as poucos flexores na região ventral. Por quê? 6. Q ue função desem penham os m úsculos da língua durante a degluticã: '

17. Todos os itens a seguir são afirmações verdadeiras sobre os músculos do soalho pélvico, exceto: (a) estendem-se entre o sacro e o cíngulo do membro inferior (b) formam o períneo (c) realizam o ajuste delicado dos movimentos da coxa em relação à pelve (d) circundam os óstios na abertura inferior da pelve 18. Os músculos axiais da coluna vertebral controlam a posição da: (a) cabeça, pescoço e cíngulo do membro superior (b) cabeça, pescoço e coluna vertebral (c) coluna vertebral apenas (d) coluna vertebral e cíngulos dos membros superior e inferior 19. Os músculos escalenos têm sua inserção de origem: (a) nos processos transversos das vértebras cervicais (b) na margem inferior da costela imediatamente superior (c) nas cartilagens costais (d) na aponeurose (fáscia) toracolombar e na crista ilíaca : t . A lesão de que nervo craniano é mais provável quando o paciente não consegue movimentar lateralmente o olho direito? (a) nervo oculomotor (b) nervo trigêmeo (c) nervo facial I d) nervo abducente

7. Qual é o efeito da contração do m úsculo oblíquo interno do a b d o m e' 8. Quais são as funções dos m úsculos anteriores do pescoço? 9. Qual é a função do diafragma? Por que ele está incluído na m usculatura axial? 10. Quais músculos da coluna vertebral estão envolvidos no controle ca r*: sição da cabeça?

Nível 3 - Pensamento crítico 1. C om o os m úsculos do trígono anal controlam as funções desta área’ 2. M aria observa que Gil cam inha em sua direção e im ediatam ente contra:

seus m úsculos frontal e prócero. M aria está feliz ao ver Gil? Explique

11 O B JET IV O S DO C APÍ T UL O : 1. Descrever as funções da m usculatura apendicular. 2 . identificar e localizar os principais

m úsculos apendiculares do corpo, bem com o suas origens e inserções, e descrever suas inervações e ações.

3.

Com parar os principais grupos m usculares dos m em bros superiores e inferiores e relacionar as diferenças com as variações em suas funções.

4.

Descrever e com parar as fáscias dos com partim entos do braço, do antebraço, da coxa e da perna.

O Sistema Muscular Musculatura Apendicular

Introdução

285

Fatores que afetam a função da m usculatura apendicular

285

M úsculos do cíngulo do m em bro superior e m em bros superiores M úsculos do cíngulo do m em bro inferior e m em bros inferiores Fáscias, camadas e com partim entos m usculares

318

285 302

C a p It u l o 11



presente capítulo descreverá a musculatura apendicular. Estes múscu­ los são responsáveis pela estabilizaçao dos cíngulos do membro superior e inferior e pela movimentação dos membros superiores e inferiores. Os músculos apendiculares correspondem a cerca de 40% dos músculos es­ queléticos do corpo. Esta discussão pressupõe uma compreensão da anatomia do esquele::: é possível obter mais informações observando as figuras nos Capítulos 6 e 7, especialmente as referidas nas legendas das figuras deste capítulo. Há dois grupos principais de músculos apendiculares: (1) os músculos do cíngulo do membro superior e dos membros superiores, e (2) os músculos do cíngulo do membro inferior e dos membros inferiores. As ninções e a amplitude dos movimentos exigidos diferem bastante entre esses grupos. As conexões musculares entre o cíngulo do membro supe­ rior e o esqueleto axial aum entam a mobilidade do membro superior porque a posição dos elementos esqueléticos não fica travada em relação ao esqueleto axial. As conexões musculares atuam também como amor­ tecedores de impactos. Por exemplo, as pessoas podem correr e ainda as­ sim executar movimentos delicados com as mãos porque os músculos apendiculares absorvem e suavizam os impactos da corrida. Diferente­ mente desta situação, o cíngulo do membro inferior desenvolveu uma forte conexão com o esqueleto para transferir o peso do esqueleto axial para o apendicular. A ênfase é concentrada mais na força do que na versa­ tilidade, e as mesmas características que reforçam as articulações limitam a amplitude do movimento. págs. 208-210

Fatores que afetam a função da musculatura apendicular Este capítulo descreverá as inserções de origem (ponto fixo) e inserções terminais (ponto móvel), ações e inervações dos músculos apendiculares. Para evitar perder-se em detalhes, você precisará lembrar-se de relacionar a informação anatômica com as funções musculares. O objetivo da anatomia não é a memorização, e sim a compreensão. Use o seu conhecimento para fazer deduções e teste-se. Se você sabe a inserção de origem e a inserção terminal de um músculo, você deve ser capaz de prever sua ação; se sabe a inserção de origem e a ação, pode deduzir a provável inserção terminal. As várias figuras deste capítulo o auxiliarão a adquirir informações importan­ tes e a compreender as relações tridimensionais das estruturas envolvidas. A ação produzida por um músculo em qualquer articulação é em grande parte dependente da estrutura da articulação e da localização da inserção do músculo em relação ao eixo do movimento na articulação. A amplitude do movimento de uma articulação depende do seu dese­ nho anatômico e do tipo de articulação: monoaxial, biaxial ou triaxial. págs. 206, 209 Saber os movimentos permitidos pela anatomia de uma determinada articulação o auxilia a entender ou deduzir as ações de um determinado músculo sobre essa articulação. Por exemplo, como o cotovelo é uma articulação em dobradiça, nenhum dos músculos associa­ dos pode causar rotação do cotovelo. Uma vez conhecendo a amplitude dos movimentos possíveis, a orien­ tação de um músculo relacionado a uma articulação o ajudará a deter­ minar a ação do músculo nessa articulação. Os músculos desenvolvem tensão por encurtamento. Se você fixar a extremidade de um cordão na inserção de origem de um músculo e a outra extremidade na sua inserção terminal, o cordão seguirá a direção da tensão aplicada. Isso é conhecido como linha de ação do músculo. Uma vez determinada a linha de ação de um músculo, as seguintes regras podem ser aplicadas: 1. Nas articulações que permitem flexão e extensão, músculos cujas li­ nhas de ação cruzam anteriormente uma articulação são flexores des­ sa articulação, e os músculos cujas linhas de ação cruzam posterior­ mente uma articulação são extensores dessa articulação.

0 Sistem a M uscular: M usculatura A p end icular

fg$j£

2. Nas articulações que permitem adução e abdução, os músculo? cuias linhas de ação cruzam medialmente a articulação são adutores articulação, e os músculos cujas linhas de ação cruzam lateralmr- ■; uma articulação são abdutores dessa articulação. 3. Nas articulações que permitem rotação, os músculos cujas linhií ação cruzam medialmente a articulação podem produzir ro taç i: rn; dial nessa articulação, enquanto os músculos cujas linhas de açã: r - sam lateralmente à articulação podem produzir rotação lateral articulação.

A determinação do local da inserção terminal de um músculo en: re­ lação ao eixo da articulação irá fornecer detalhes adicionais a respe:: : d-s funções do músculo nessa articulação. A ação principal de um m u i r _ : cuja inserção terminal está próxima à articulação será produzir rr.: mento em tal articulação. Contudo, um músculo cuja inserção term ina está consideravelmente distante da articulação irá em geral auxiliar í es­ tabilizar essa articulação, além de produzir movimento nessa a rtic u li;!: (Figura 11.1).

Músculos do cíngulo do membro superior e membros superiores [Figuras 11.2/11.5]

Os músculos associados com o cíngulo do membro superior e os m e r bros superiores podem ser divididos em quatro grupos: (1) múscuic; / : ■: posicionam o cíngulo do membro superior, (2) músculos que m o v im c v s"

M. bíceps braquial: torque e movimento

M. braquiorradial: movimento e estabilidade

Articulação do cotovelo

Figura 11.1 Diagrama ilustrando a inserção do músculo bíceps bra­ quial e do músculo braquiorradial. A ação principal de um m úsculo, cuja inserção term inal está próxim a da a~ lação, será a de produzir m ovim ento nessa articulação, conform e ex e ~ a -■i=o: aqui pelo m úsculo bíceps braquial. Entretanto, um m úsculo de inserção t e ----- a consideravelm ente distante da articulação, com o é o caso do m úsculo t r a c - i r ­ radiai nesta figura, atuará de m odo geral na estabilização dessa articu la çã: de produzir o m ovim ento em tal articulação.

O SISTEMA MUSCULAR

3 ) m úsculos que m o v im e n ta m o antebraço e a m ão e (4) m úscuj s q ue m o v im e n ta m a m ão e os dedos. Conforme descrevermos os vários musculos do cíngulo do m em bro superior e dos m embros superiores, consulte prim eiram ente a Figura 11.2 e em seguida a Figura 11.5 para a l ooilização geral dos músculos estudados.

Músculos que posicionam o cíngulo do membro superior [Figuras 11.2 a 11.6 e Tabela 11.1] Z>> musculos

que posicionam o cíngulo do mem bro superior trabalham

em co irdenação com os músculos que m ovim entam o braço. A ampli-

: ; :al dos movimentos do braço requer movimentos simultâneos do angulo do membro superior. Os movimentos do cíngulo do membro superior são produzidos pelos músculos representados nas Figuras 11.2 a " 6 e descritos na Tabela 11.1.

Os grandes músculos trapézios recobrem o dorso e parte do pes­ coço, estendendo-se até a base do crânio. Esses músculos possuem in ­ serções de origem (ponto fixo) ao longo da linha m ediana do pescoço e dorso e inserções term inais (ponto móvel) nas clavículas e nas espinhas das escápulas. Conjuntam ente, estes músculos triangulares form am um am plo losango (Figuras 11.2 e 11.3). Os músculos trapézios são inervados por mais de um nervo (Tabela 11.1). Com o regiões específicas do trapézio podem contrair-se independentem ente, suas ações são m uito variadas. A remoção do trapézio expõe os músculos rombóides e o músculo levantador daescápula (Figuras 11.2 e 11.3). Esses músculos fixam-se às superfícies dorsais das vértebras cervicais e torácicas. Eles se inserem ao longo da m argem m ediai de cada escápula, entre os ângulos supe­ rior e inferior. A contração dos m úsculos rom bóides produz adução (retração) das escápulas, tracionando-as em direção ao centro do dor-

SUPERFICIAIS

PROFUNDOS

M. esternocleidomastóideo M. semiespinal da cabeça M. trapézio, margem seccionada M. esplênio da cabeça M. trapézio

M. levantador da escápula M. supra-espinal

Espinha da escápula

M. rombóide menor (seccionado e rebatido)

M. deltóide M. serrátil posterior superior

M. infra-espinal M. redondo menor

M. rombóide maior (seccionado e rebatido)

M. redondo maior M. tríceps braquial

M. serrátil anterior Grupo muscular eretor da espinha (ver Figura 10.12)

M. latíssimo do dorso (seccionado e rebatido)

M. latíssimo do dorso M. serrátil posterior inferior Aponeurose toracolombar

M. oblíquo externo do abdome

M. oblíquo externo do abdome

M. oblíquo interno do abdome

Crista ilíaca M. glúteo médio

M. latíssimo do dorso (seccionado e rebatido)

M. glúteo máximo

Figura 11.2

Músculos superficiais e profundos do pescoço, dos ombros e do dorso.

Vista posterior de muitos dos músculos importantes do pescoço, do tronco e de porções proximais do membro superior.

C a p ítu lo

1 1 * 0 Sistema Muscular: Musculatura Apendicular

S U P E R F IC IA IS

PRO FUND O S

M. levantador da escápula

M. trapézio M. romboide menor M. deltóide M. infra-espinal

M. rombóide m atar

M. redondo menor M. redondo maior

M. tríceps braquai M. serrátil anterior

Figura 11.3 Músculos que posicionam o cíngulo do m em bro superior, parte I. Vista posterior mostrando músculos superficiais e profundos do cíngulo do membro superior. Ver também Figuras 6.26,7.4 e 8 . l l . Ver Figura 11.6c para inserções de alguns músculos apresentados nesta figura.

TABELA 11.1

Músculos que posicionam o cíngulo do membro superior

MÚSCUlO

Inserção de origem (ponto fixo)

inserção terminal (ponto móvel)

Ação

Inervação

Levantador da escápula

Processos transversos das primeiras quatro vértebras cervicais

Margem mediai da escápula próximo ao seu ângulo superior

Eleva a escápula

Nervos cervicais C3-C4 e nervo dorsal da escápula

Peitoral menor

Superfície anterior e margem | superior das costelas III-V e fáscia que recobre os correspondentes músculos intercostais externos

Processo coracóide da escápula

Abaixa e protrai o ombro; roda a escápula de modo que a cavidade glenoidal se direciona i inferiormente (rotação “para baixo”); eleva as i costelas se a escápula estiver fixa Aduz e executa a rotação “para baixo” da escápula

Nervos peitoral mediai (C8,T1)

Rombóide maior

Processos espinhosos das vértebras torácicas superiores

Margem mediai da escápula desde a sua espinha até o ângulo inferior

Rombóide menor

Processos espinhosos das vértebras CVII-TI

Margem mediai da escápula

Serrátil interior

Margem superior e superfície anterior das costelas I-VIII ou I-IX

Região anterior da margem mediai da escápula

Protrai o ombro; roda a escápula de modo que a cavidade glenoidal se direciona superiormente (rotação “para cima”)

Nervo torácico longo (C5-C7)

•ubclávio

Primeira costela

Clavícula (superfície inferior)

Abaixa e protrai o ombro

Nervo subclávio (C5-C6

rapézio

Osso occipital, ligamento neural e processos espinhosos das vértebras torácicas

Clavícula e escápula (acrômio e espinha da escápula)

Depende da região em atividade e da situação de outros músculos em ação; pode elevar, retrair, abaixar ou rodar a escápula em direção superior e/ou a clavícula; pode também estender o pescoço

Nervo acessório (NC XI

, Idem ao anterior

Nervo dorsal da escápuk (C5) Idem ao anterior

O SISTEMA MUSCULAR

>: A contração dos músculos rom bóides tam bém produz rotação das escapulas no sentido inferior, um a ação que faz com que a cavidade glenoidal m ovim ente-se inferiorm ente e o ângulo inferior da escápu­ la mo im ente-se m édio-superiorm ente (Figura 7.5). 33 pág. 178 Os ~: culos levantadores da escápula elevam a escápula com o ao se “en­ co lh er' os ombros. Na parede lateral do tórax, o músculo serrátil anterior possui in ­ serção de origem ao longo das superfícies anterior e superior de várias :: stelas Figuras 11.3 e 11.4). Este músculo em forma de leque tem sua inserção term inal ao longo da região anterior da margem mediai da escap _.c. A contração do serrátil anterior produz abdução (protrusão) da escapula e movim enta o ombro anteriormente. Dois músculos torácicos profundos originam-se ao longo das sup -ericies ventrais das costelas. O músculo subclávio {sub, abaixo + cla:us. clavícula) insere-se na margem inferior da clavícula (Figuras 11.4 e 115 1. >ua contração abaixa e protrai a extremidade escapular da clavícula. 1 —o ligamentos unem esta extremidade à articulação do om bro e da escar ula, estas estruturas também se movimentam. O músculo peitoral menor fixa-se ao processo coracóide da escápula (Figuras 11.4 e 11.5). r - a contração complementa a ação do subclávio. A Tabela 11.1 identifica • rr.usculos que movimentam o cíngulo do membro superior e os nervos que suprem esses músculos.

Músculos que movimentam o braço [Figuras 11.2/11.5 a 11.7 e Tabela 11.2]

Os músculos que movimentam o braço são mais facilmente memorizado: quando agrupados segundo suas ações primárias. Alguns desses múscu los são mais bem observados em vista posterior (Figura 11.2) e outro: em vista anterior (Figura 11.5). Informações sobre os músculos que mo­ vimentam o braço encontram-se resumidas na Tabela 11.2. O músculc deltóide é o m aior abdutor do braço, mas o músculo supra-espinal au­ xilia no início deste movimento. Os músculos subescapular e redondc maior rodam o braço medialmente, enquanto os músculos infra-espina e redondo menor fazem a rotação lateral. Todos esses músculos possue~ inserção de origem na escápula. O pequeno músculo coracobraquial (Figura 11.6a) é o único músculo ligado à escápula que produz flexão ; adução da articulação do ombro. O músculo peitoral maior estende-se entre a porção anterior dc tórax e a crista do tubérculo m aior do úmero. O músculo latíssimo dc dorso estende-se entre as vértebras torácicas na linha média posterior e c soalho do sulco intertubercular do úmero (Figuras 11.3 a 11.6). O mús­ culo peitoral m aior faz a flexão da articulação do ombro, e o latíssim : do dorso faz a extensão dessa articulação. Esses dois músculos também atuam conjuntam ente para produzir adução e rotação mediai do úm er: na articulação do ombro.

|

Inserção de origem (ponto fixo)

|

Inserção terminal (ponto móvel)

M. subclávio M. levantador da escápula M. trapézio

M. subclávio VL peitoral maior secoonado e 'ebatido)

M. peitoral

M. peitoral menor (seccionado) 1 . 1 M. coracobraquial

M. trapézic

maior m . peitoral menor

M. bíceps braquial, cabeça longa M. bíceps braquial, cabeça curta M. anterior (Inserção de origem)

u M. serrátil anterior Cabeça curta Cabeça longa

Mm. rrercostais externos

: gura

11.4

M. serrátil anterior (inserção terminal)

- M. bíceps braquial

Músculos que posicionam o cíngulo do membro superior, parte II.

. e:= anterior, mostrando m úsculos superficiais e profundos do cíngulo do membro superior, inserções de origens e inserções terminais selecionadas nos detalhes.

C a p ítu lo

SUPERFICIAIS

1 1 * 0 Sistema Muscular; Musculatura Apendicular

PROFUNDOS

M. esternocleidomastóideo M. trapézio Platisma

M. subclávio M. deltóide (seccionaoc e rebatido) M. peitoral menor

M. deltóide

M. subescapular M. peitoral maior (seccionado e rebatiôc

M. peitoral maior

M. coracobraquial M. bíceps braquial (cabeça curta e cabeça longa)

M. latíssimo do dorso

M. redondo maior M. serrátil anterior

M. serrátil anterior

M. intercostal interno M. intercostal externo M. oblíquo interno do abdome (secc*or.aoc M. oblíquo externo do abdome Bainha do músculo reto do abdome Aponeurose do m. oblíquo externo do abdome

M. oblíquo externo do abdome (seccionado e rebatido) M. reto do abdome M. transverso do abdome M. glúteo médio

Anel inguinal superficial M. tensor da fáscia lata

M. iliopsoas M. pectíneo M. adutor longo

M. sartório

M. grácil M. reto femoral

Figura 11.5

M úsculos superficiais e profundos do tronco e da parte proximal dos membros.

Vista anterior dos músculos axiais (do tronco) e apendiculares associados com os cíngulos dos membros superior e inferior e partes proximais dos me~bros.

O SISTEMA MUSCULAR

A

a r tic u la ç ã o d o o m b r o é b a s ta n te m ó v e l, p o r é m r e la tiv a m e n te fr á g il

a s págs. 1 7 8 ,1 8 0 ,1 8 1 , 218

F g jr a s 7.5 ,7 .6 e 8.11).

O s te n d õ es d o s m ú s ­

c u lo s s u p r a - e s p i n a l , i n f r a - e s p i n a l , s u b e s c a p u l a r e r e d o n d o m e n o r f u n d e m se c o m o te c id o c o n e c tiv o d a c á p s u la d a a r t ic u la ç ã o d o o m b r o e fo r m a m

“manguito rotador”. O

“ m a n g u it o r o t a d o r ” s u s t e n t a e r e fo r ç a a c á p s u la

i m c u la r p o r m e io d e u m a a m p la v a r ie d a d e d e m o v im e n t o s . M o v im e n t o s r

d e r o s o s e r e p e t it iv o s d e v á r i o s e s p o r t e s ( c o m o a r r e m e s s o s d e b o la s a

z r in d e v e lo c id a d e , r e p e tid o s p o r m u ita s v e z e s) p o d e m p r o v o c a r e s fo r ç o s p r e i u d i c i a i s s o b r e o s m ú s c u l o s d o “ m a n g u i t o r o t a d o r ”, c a u s a n d o l e s õ e s d e : e n d õ e s , d i s t e n s õ e s m u s c u l a r e s , b u r s i t e e o u t r a s le s õ e s d o l o r o s a s . \o

in íc io d e ste c a p ít u lo , d is c u t im o s c o m o a lin h a d e a ç ã o d e u m

G REVISÃO D OS CON CEITO S

1. Arremessadores de beisebol algumas vezes sofrem lesões no "ma^g. rotador". Quais músculos estão envolvidos neste tipo de lesão? 2. Identifique o músculo com forma de leque que possui sua inserção ter­ ão longo da região anterior da margem mediai da escápula e atua na o trusão desse osso. 3. Qual é o principal músculo responsável pela abdução na articulação ombro? 4. Quais são os dois músculos que produzem extensão, adução e rotação n dial na articulação do ombro?

m u s c u lo p o d e s e r u s a d a p a r a p r e v e r u m a a ç ã o m u s c u la r , e tr ê s r e g r a s f o ­

Veja a seção de Respostas na parte final do livra

r a m a p r e s e n t a d a s . A Figura 11.7 m o s t r a a s p o s i ç õ e s d o s m ú s c u l o s b í c e p s b r a q u ia l, tr íc e p s b r a q u ia l e d e lt ó id e e m r e la ç ã o à a r t ic u la ç ã o d o o m b r o , r e a fir m a n d o e ss a s r e g r a s . A lin h a d e a ç ã o d o m ú s c u lo b íc e p s b r a q u ia l n s s a a n t e r io r m e n t e a o e ix o d a a r t ic u la ç ã o d o o m b r o , e a lin h a d e a ç ã o

Músculos que movimentam o antebraço

d : m ú s c u l o t r í c e p s b r a q u i a l p a s s a p o s t e r i o r m e n t e a e le . E m b o r a n e n h u m

e a mão

d e ’ e> s e i n s i r a n o ú m e r o , o m ú s c u l o b í c e p s b r a q u i a l é u m f l e x o r d o o m b r o ,

A m a io r ia d o s m ú s c u lo s q u e m o v im e n t a m o a n t e b r a ç o e a m ã o p o s s u ;

[Figuras

11.5/11.6/11.8/11.9 e Tabela 11.3]

p

e r. q u a n t o o m ú s c u l o t r í c e p s b r a q u i a l é u m e x t e n s o r d o o m b r o . A l i n h a

in s e r ç ã o d e o r ig e m n o ú m e r o e in s e r ç ã o te r m in a l n o a n t e b r a ç o e n o

d e a ç ã o d a p a r te c la v ic u la r , o u a n t e r io r , d o d e lt ó id e t a m b é m c r u z a a n te -

n h o . H á d u a s e x c e ç õ e s d ig n a s d e n o ta : a

r .o r m e n t e o e ix o d a a r t ic u la ç ã o d o o m b r o d ir ig in d o - s e à s u a in s e r ç ã o n o

braquial p o s s u i

■ iir.e ro . E s t a p a r t e d o m ú s c u l o d e l t ó i d e p r o d u z f l e x ã o e r o t a ç ã o m e d i a i n o

n o o lé c r a n o ; a

: m b r o . A lin h a d e a ç ã o d a p a r t e a c r o m ia l ( o u p o s t e r io r ) d o d e lt ó id e p a s s a

ç ã o d e o r ig e m n a e s c á p u la e a in s e r ç ã o t e r m in a l n a t u b e r o s id a d e d o ra c

cabeça longa d o músculo tríce

a in s e r ç ã o d e o r ig e m n a e s c á p u la e a in s e r ç ã o te r m ii

cabeça longa d o músculo bíceps braquial p o s s u i

a ins<

r : ít e r io r m e n t e a o e ix o d a a r t ic u la ç ã o d o o m b r o . A p o r ç ã o e s c a p u la r d o

(Figuras 1 1 .5 ,1 1 .6 ,1 1 .8 e 11.9). E m b o r a a c o n t r a ç ã o d o t r í c e p s b r a q u

7 e !:o id e p r o d u z e x t e n s ã o e r o ta ç ã o la t e r a l d o o m b r o . A c o n t r a ç ã o to ta l d o

e d o b íc e p s b r a q u ia l e x e r ç a m e fe ito n o o m b r o , s u a s a ç õ e s p r im á r ia s e s :

d e lt ó id e p r o d u z a b d u ç ã o d o o m b r o p o r q u e a lin h a d e a ç ã o p a r a o m ú s c u ­

n a a r t ic u la ç ã o d o c o t o v e lo . O m ú s c u lo tr íc e p s b r a q u ia l e s te n d e o c o t o v :

lo c o m o u m to d o p a s s a la t e r a lm e n t e a o e ix o d a a r t ic u la ç ã o .

q u a n d o , p o r e x e m p l o , f a z e m o s f l e x õ e s . O m ú s c u l o b í c e p s b r a q u i a l fle x i

TABELA 11.2

M úsculos que movim entam o braço

Músculo

Inserção de origem (ponto fixo)

inserção terminal (ponto móvel)

Ação

Inervação

Coracobraquial

Processo co racó id e

M arg em m ed iai d a diáfise d o ú m e ro

A dução e flexão n o o m b ro

N ervo m u scu lo cu tâ n e o (C 5-C 7)

D ehóide

C lavícula e escápula (a c rô m io e e sp in h a d a escáp u la adjacente)

T u b ero sidade p a ra o m ú scu lo d eltó id e (ú m e ro )

Todo o músculo: ab d u çã o d o o m b ro ; parte anterior, flexão e ro ta ç ã o d o ú m e ro ; pa rte posterior: extensão e ro ta ç ã o lateral d o ú m e ro

N ervo axilar (C 5-C 6)

Supra-espinal

Fossa su p ra -e sp in a l d a escápula

T u b érculo m a io r d o ú m e ro

A bd u ção n o o m b ro

N ervo s u p ra -e sc a p u lar C5

Infra-espinal

Fossa in fra-esp in a l d a escápula

T u b érculo m a io r d o ú m e ro

R otação lateral n o o m b ro

N ervo s u p ra -e sc a p u lar (C 5-C 6)

Subescapular

Fossa su b escap u lar

T u b érculo m e n o r d o ú m e ro

R otação m ediai n o o m b ro

N ervo subescapular (C 3- Ci

Redondo maior

 n g u lo in fe rio r d a escápula

Lábio m ediai d o sulco in te rtu b e rc u la r do ú m e ro

Extensão e ro ta ç ã o m ediai no o m b ro

N ervo subescapular, p o r ; ík in fe rio r (C 5-C 6)

Redondo menor

M arg em lateral d a escápula

T u b érculo m a io r d o ú m e ro

R otação lateral e a d u çã o n o o m b ro

N ervo axilar

T nceps braquial cabeça longa)

Ver Tabela 11.3

E xtensão n o cotovelo

Bíceps braquial

Ver Tabela 11.3

Latissimo do dorso

P rocessos esp in h o so s das v é rte b ra s to rácicas in ferio res e to d a s as lo m b a re s, costelas V11I-XII e a p o n eu ro se to ra c o lo m b a r

Soalho d o sulco in te rtu b e rc u la r do ú m e ro

E xtensão, a d u çã o e ro ta ç ã o m ed iai n o o m b ro

N ervo to ra c o d o rsal (C 6-C Í

Peitoral maior

C artilag en s costais II-VI, c o rp o d o este rn o e p a rte ín fe ro -m e d ial d a clavícula

C rista d o tu b é rc u lo m a io r e lábio lateral d o sulco in te rtu b e rc u la r do ú m e ro

Flexão, a d u çã o e ro ta ç ã o m ed iai n o o m b ro

N ervos p e ito ra is (C5-T1

Flexão n o cotovelo

C a p ítu lo

SUPERFICIAIS

291

11 • O Sistema Muscular: Musculatura Apendicular

PROFUNDOS

M. serrátil anterior

M. bíceps braciw = e coracobraqua

Clavícula

Costelas (seccionadas)

Esterno

M. deltóide

M. pertcra menor

M. subescapular

M. peitoral maior

M. coracobraquial

M. tríceps brac- a cabeça longa

M. redondo maior

M. subescap-ar

M. bíceps braquial, cabeça curta M. bíceps braquial, cabeça longa

Escápula esquerda, vista anterior

Inserção de origem (ponto fixoi Inserção terminal (ponto móve (a) Vista anterior

SUPERFICIAIS

M. trapézio

PROFUNDOS

M. bíceps braqua e coracobraqua

M. supra-espinal Vértebra TI

M. supra-espinal M. infra- M. levantador espinal da escápula

M. supra-espinal

M. rombóide menor

M. deltóide

M. redondo menor M. redondo maior M. tríceps braquial, cabeça longa M. latíssimo

: gura 11.6

M. tríceps. cabeça longa M. redooòo menor M. infra-esp^a

M. rombóiòe maior M. redondo maior

M. tríceps braquial, cabeça curta Escápula direita, vista posterior

do dorso

-ooneurose toraco­ lombar

M. de* o

(c) Inserções de origem e inserções terminais

(b) Vista posterior

M úsculos que movim entam o braço.

a Vista anterior, (b) Vista posterior, (c) Vistas anterior e posterior da escápula, mostrando inserções de origem e inserções terminais selecionadas. Ver tambérr ffg^3S 7.4 a 7.6 e 8.11.

O SISTEMA MUSCULAR

Extensão

Flexão

Abdução M. deltóide

'

y

Tendões do m. bíceps braquial

z

g l e n o id a l \

=OSTERIOR

\|:>'

V -=aondo menor -

M. deltóide (todo): abdução no ombro

ANTERIOR

M. subescapular

Adução

Úmero

Rotação mediai

(a)

11.7

M. bíceps braquial: flexão no ombro

M. tríceps braquial: extensão e adução no ombró

M. redom maior

- e_ a

M. deltóide, parte olavicular: flexão (ombro) e rotação mediai (úmero)

deltóide, parte espinal: extensão (ombro) e rotação lateral (úmero)

M. tríceps braquial\

Rotação lateral

Clavícula

Acrômio

(b)

L in h a s d e a ç ã o d o s m ú s c u lo s q u e m o v im e n ta m o braço.

a , sta lateral da a rtic u la ç ã o do o m b ro , d e m o n s tra n d o a s lin h a s d e a ç ã o d o s m ú s c u lo s q u e m o v im e n ta m o braço, (b) Lin h a s d e a ç ã o do m ú sc u lo b íc e p s braq uial, do ~ j Io tríc e p s braq uial e a s trê s p a rte s do m ú s c u lo d eltó id e.

Nota clínica Lesões do esporte Lesões do esporte podem afetar amadores e pro- ; ; riais. Um estudo longitudinal envolvendo a observação de jogado*es -n /ersitários por um período de cinco anos revelou que 73,5% deles ;:-esentaram lesões leves, 21,5% lesões moderadas, e 11,6% apresenta=~ esões graves durante sua carreira desportiva. Os esportes de contato "à: são as únicas atividades que apresentaram percentuais significativos :e esão: um estudo com 1.650 corredores que perfaziam um mínimo de • ~ íx)r semana apresentaram 1.819 lesões em um único ano. Musculos e ossos respondem ao aumento da solicitação com hiperr r a e fortalecimento. Indivíduos com baixo condicionamento físico apre=e"tam, portanto, maior probabilidade de submeter músculos e ossos a e r :" o s prejudiciais, em relação a indivíduos com bom condicionamento. : re namento também é importante na minimização do uso de grupos --seu ares antagonistas e na manutenção dos movimentos articulares : s -~ d-o dos limites desejados de movimento. Exercícios planejados de ~ento antes de eventos esportivos estimulam a circulação, melho3 n o desempenho e o controle muscular e contribuem para a prevenção oe -esões de músculos, articulações e ligamentos. Exercícios de alonga—e-rto após o aquecimento muscular estimulam o fluxo sangüíneo para :< _ isculos e auxiliam a manutenção do suprimento dos ligamentos e Das capsulas articulares. Estes condicionamentos aumentam o intervalo :e ação de amplitude do movimento e podem evitar entorses e luxa: :e; :~ando em situações de solicitações repentinas. O planejamento nutricional também é importante na prevenção de e;5es musculares em competições de resistência como na maratona. ;-r'= ~erte muita ênfase é dada à importância dos carboidratos, levan: : - Dfática conhecida como "carga de carboidratos" antes da maratona. =■: e~ enquanto estiverem operando nos limites aeróbicos, os músculos rarfiém necessitam intensamente de aminoácidos, motivo pelo qual uma ; era adequada deve incluir tanto os carboidratos quanto as proteínas.

A melhoria dos equipamentos, das regras e das condições dos jogos também auxilia a diminuir a incidência de lesões. Calçados de corrida, tornozeleiras, joelheiras, capacetes, proteções bucais e protetores corporais são exemplos de equipamentos que podem ser eficientes. As penalidades severas agora aplicadas para as chamadas "faltas pessoais" nos esportes de contato também reduziram o número de lesões de joelho e pescoço. Varias lesões traumáticas, comuns aos praticantes de esportes ati­ vos, podem também acometer não-atletas, embora as causas primárias possam ser bastante diferentes. Uma lista parcial de condições ligadas à atividade física inclui as seguintes: • • • • • • •

sangramento no interior do periósteo do osso inflamação na bolsa sinovial da articulação c ã ib r a s : contrações musculares prolongadas, involuntárias e dolo­ rosas L u x a çõ e s: lacerações ou rupturas de ligamentos ou tendões* D is te n s õ e s : lacerações musculares F ra tu ra s d e e s fo rç o : fissuras ou fraturas em ossos submetidos a traumas repetidos T e n d in ite : inflamação do tecido conectivo ao redor do tendão C o n tu s ã o ó s se a : B u rsite:

Finalmente, muitas lesões do esporte poderiam ser evitadas se os indivíduos que praticam exercício regularmente utilizassem o bom senso e reconhecessem suas limitações. Discute-se que alguns eventos espor­ tivos, como a ultramaratona, provocam estresse excessivo nos sistemas circulatório, muscular, respiratório e urinário, de forma que esses eventos não deveriam ser recomendados mesmo para atletas no auge de seu con­ dicionamento físico. * N . de R.T. Em realidade, as luxações são definidas c om o sendo a p e rd a da posição a natôm ica e n tre as superfícies ósseas em um a articulação.

C a p ít u l o 11

O Sistema Muscular: Musculatura Apendicular

(Figuras 11.8b-e e 11.9b-e).

n a o c o to v e lo e s u p in a o a n te b r a ç o . C o m o a n t e b r a ç o p r o n a d o , o m ú s c u lo

a fle x ã o d o p u n h o

b íc e p s b r a q u ia l n ã o p o d e e x e r c e r e fe t iv a m e n t e s u a fu n ç ã o d e v id o à p o s i­

in s e r ç õ e s d e o r ig e m

D e v id o à s d ife r e n ç a s m -

e t e r m in a l, o m ú s c u lo f le x o r r a d ia l d o c a r p o fle tc e

ç ã o d e s u a in s e r ç ã o m u s c u la r . C o m o r e s u lt a d o , te m o s m a is fo r ç a q u a n d o

a b d u z , e n q u a n t o o m ú s c u lo fle x o r u ln a r d o c a r p o fle t e e a d u z o p u n h :

fle x io n a m o s o c o t o v e lo c o m

c e p s b r a q u ia l e n tã o to r n a - s e a b a u la d o e p r o e m in e n te . O s m ú s c u lo s q u e

músculo extensor radial do carpo (longo e curto) e o músculo extensor ulnar do carpo a p r e s e n t a m r e l a ç ã o s e m e l h a n t e ; o p r i m e i r o p r o d u z e x t e n ­

m o v im e n ta m

s ã o e a b d u ç ã o , e o ú ltim o , e x te n s ã o e a d u ç ã o n o p u n h o .

o a n teb ra ço em

s u p in a ç ã o ; o m ú s c u lo b í­

o a n te b r a ç o e a m ã o ju n ta m e n t e c o m s u a s in e r v a ç õ e s e s tã o

O músculo pronador redondo

d e t a lh a d o s n a T a b e la 1 1 . 3 . Os

músculos braquial

t o v e lo . E le s a g e m b r a q u ia l. O

longo

e

braquiorradial

ta m b é m

fle x io n a m

o co­

o

ancôneo e t r í c e p s flexor radial do carpo e o palmar

se s m ú s c u lo s p o s s u e m

in s e r ç ã o t e r m in a l n o r á d io e c a u s a m

fle t ir o u e s te n d e r o c o to v e lo . O

s ã o m ú s c u lo s s u p e r fic ia is q u e a tu a m c o n ju n ta m e n t e p a r a p r o d u z ir

T A B E L A 11.3

músculo supinador

são m ú sc u ­

lo s a n t a g o n is t a s q u e p o s s u e m in s e r ç ã o d e o r ig e m n o ú m e r o e n a u ln a - E —

d e m a n e ir a c o n t r á r ia a o s m ú s c u lo s

flexor ulnar do carpo,

e o

s u a in s e r ç ã o d e o r ig e m

ro ta ç ã o s e r :

músculo pronador quadrado

a p r e s e n :i

n a u ln a e a u x ilia o m ú s c u lo p r o n a d o r r e d o n c :

M ú s c u lo s q u e m o v im e n ta m o a n te b r a ç o e a m ã o

Músculo

Inserção de origem (ponto fixo)

Inserção terminal (ponto móvel) i

AÇÃO NO COTOVELO

1

................. m

Ação

Inervação

1 .................

FLEXORES Bíceps braquial

Cabeça curta n o p r o c e s s o c o r a c ó id e ; cabeça longa n o t u b é r c u lo

T u b e r o s id a d e d o r á d io

F le x ã o n o c o t o v e lo e n o o m b r o ; s u p in a ç ã o

N e r v o m u s c u lo c u t â n e o ! (C 5 -C 6 )

s u p r a g le n o id a l ( a m b o s n a e s c á p u la )

Braquial

S u p e r fíc ie d is ta i a n t e r io r d o ú m e r o

T u b e r o s id a d e d a u ln a

F le x ã o n o c o t o v e lo

Id e m a o a n t e r io r e n e r v o r a d ia l ( C 7 - C 8 )

Braquiorradial

C r is t a s u p e r io r a o c ô n d ilo la t e r a l d o

R e g iã o la t e r a l d o p r o c e s s o e s t iló id e

ú m e ro

d o r á d io

I d e m a o a n t e r io r

N e r v o r a d ia l ( C 6 - C 8

E x t e n s ã o n o c o t o v e lo

N e r v o r a d ia l ( C 6 - C 8



EXTENSORES Ancôneo

S u p e r f íc ie p ó s t e r o - la t e r a l d o ú m e r o

M a r g e m la t e r a l d o o lé c r a n o e d iá fis e d a u ln a

Tríceps braquial Cabeça lateral

M a r g e m s ú p e r o - la t e r a l d o ú m e r o

O lé c r a n o d a u ln a

E x t e n s ã o n o c o t o v e lo

N e r v o r a d ia l ( C 6 - C 8 )

Cabeça longa

T u b é r c u lo in f r a g le n o id a l d o ú m e r o

I d e m a o a n t e r io r

Id e m a o a n t e r io r , a lé m d a

I d e m a o a n t e r io r

ex ten sã o e a d u çã o n o o m b ro

Cabeça mediai

S u p e r f íc ie p o s t e r io r d o ú m e r o ,

I d e m a o a n t e r io r

E x t e n s ã o n o c o t o v e lo

I d e m a o a n t e r io r

S u p e r f íc ie â n t e r o - la t e r a l d a p a r t e

P ro n a çã o d o a n teb ra ço e d a m ã o

N e r v o m e d ia n o (C £ - T I

d is t a i d o r á d io

p o r r o t a ç ã o m e d ia i d o r á d io n a s

in f e r io r m e n t e a o s u lc o r a d ia l

PRONADORES/ SUPINADORES Pronador quadrado

S u p e r f íc ie d is t a i, â n t e r o - la t e r a l d a u ln a

a r t ic u la ç õ e s r a d iu ln a r e s

Pronador redondo Supinador

E p ic ô n d ilo m e d ia i d o ú m e r o e

R e g iã o in t e r m e d iá r ia d a s u p e r fíc ie

I d e m a o a n t e r io r , a lé m d e fle x ã o

p r o c e s s o c o r o n ó id e d a u ln a

la t e r a l d o r á d io

n o c o t o v e lo

E p ic ô n d ilo la t e r a l d o ú m e r o e c r is t a

S u p e r f íc ie â n t e r o - la t e r a l d o r á d io ,

S u p in a ç ã o d o a n t e b r a ç o e d a

N e r v o r a d ia l p r o fu n d e

p r ó x i m a à in c is u r a r a d ia l d a u ln a

d is t a lm e n t e à t u b e r o s id a d e d o r á d io

m ã o p o r r o t a ç ã o la t e r a l d o r á d io

(C 6 -C 8 )

N e r v o m e d ia n o

C 6 -C 7

n a s a r t ic u la ç õ e s r a d iu ln a r e s

AÇÃO NO PUNHO FLEXORES Flexor radial do carpo Flexor ulnar do carpo

E p ic ô n d ilo m e d ia i d o ú m e r o

B a s e s d o s e g u n d o e te r c e ir o o s s o s

F le x ã o e a b d u ç ã o n o p u n h o

N e r v o m e d ia n o ( C 6 - C 7

F le x ã o e a d u ç ã o n o p u n h o

N e r v o u ln a r ( C 8 - T 1

F le x ã o n o p u n h o

N e r v o m e d ia n o (C 6 - C 7

B ase d o seg u n d o o sso m etacarp al

E xten são e a b d u çã o n o p u n h o

N e r v o m e d ia n o

m e t a c a r p a is E p ic ô n d ilo m e d ia i d o ú m e r o ;

P is if o r m e , h a m a t o e b a s e d o q u in t o

s u p e r f íc ie m e d ia i a d ja c e n t e d o

o sso m etacarp al

o lé c r a n o e p a r t e â n t e r o - m e d ia l d a u ln a

Palmar longo

E p ic ô n d ilo m e d ia i d o ú m e r o

A p o n e u r o s e p a lm a r e r e t in á c u lo d o s m ú s c u lo s fle x o r e s

EXTENSORES Extensor radial longo do carpo

C r is t a s u p r a e p ic o n d ila r la t e r a l d o

Extensor radial curto do carpo

E p ic ô n d ilo la t e r a l d o ú m e r o

B a s e d o te r c e ir o o s s o m e t a c a r p a l

I d e m a o a n t e r io r

Id e m a o a n t e r io r

Extensor ulnar do carpo

E p ic ô n d ilo la t e r a l d o ú m e r o ; s u p e r fíc ie

B a s e d o q u in t o o s s o m e t a c a r p a l

E xten são e a d u çã o n o p u n h o

N e r v o r a d ia l p r o fu n d e

C 6 -C ~

ú m e ro

d o r s a l a d ja c e n t e d a u ln a

I

(C 6 -C 8 )

294

H

r H

0 s 1- 'r E M A

" s c u:

Processo coracóide da escápula

H

Inserção d e origem (ponto fixe

H

I n s e r ç ã o te rm in a l (p o n to m ó v e

Úmero M . c o r a c o b r a q u ia l M . b íc e p s b ra q u ia l, M . b íc e p s b r a q u a

c a b e ç a c u r ta

c a b e ç a c u rta , e rM . b íc e p s b ra q u ia l,

M . t r íc e p s b ra q u ia l,

c o r a c o b r a q u ia l

c a b e ç a lo n g a

c a b e ç a lo n g a

M . t r íc e p s b ra q u ia l, M . b íc e p s b ra q u ia l

c a b e ç a lo n g a

M . t r íc e p s b ra q u ia l, M . t r íc e p s b ra q u ia l,

c a b e ç a m e d ia i

M . co ra co b ra q u -a

c a b e ç a m e d ia i

M . b ra q u ia l

M . b ra q u ia l M . b ra q u ia l

Epicôndilo mediai do úmero

Epicôndilo mediai do úmero

M . b ra q u io r ra d ia i

M . b ra q u io r ra d ia l M . p ro n a d o r re d o n d o M . p ro n a d o r M . b r a q u io r ra d ia l M . f le x o r ra d ia l

re d o n d o M . b ra q u ia l

d o carp o M . p a lm a r lo n g o

M . b íc e p s b ra q u ia l M . s u p in a d o r

M . fle x o r u ln a r

M . fle x o r s u p e r fic ia l

d o carp o

M . p ro n a d o r

M . fle x o r s u p e r fic ia l

dos dedos

re d o n d o

dos dedos L ig a m e n t o

M . p ro n a d o r

in t e r c a r p a l p a lm a r

q u a d ra d o R e t in á c u lo d o s m ú s c u lo s f le x o r e s M . p ro n a d o r q u a d ra d o M . b r a q u io r ra d ia l

(c) Inserções de origem e inserções terminais, vista anterior

si Anatomia de superfície, vista anterior p

sura 11.8

(b) Músculos superficiais, vista anterior

M ú s c u lo s q u e m o vim e n ta m o a n te b ra ço e a m ão, parte I.

=i ic õ e s en tre os m ú scu los do m em bro su pe rio r direito, (a) A na to m ia de su pe rfície do m em bro su pe rio r direito, vista anterior, (b) M ú scu lo s su pe rficia is do m em bro s i o e r o r direito, vista anterior, (c) V ista an te rio r d os o sso s do m em bro su pe rio r direito, m ostrando in se rçõ es de origem e in se rçõ es term in ais de m ú scu los sele eio n ad e;

: r D n d o -se à s a ç õ e s d o m ú s c u lo s u p in a d o r o u d o m ú s c u lo b íc e p s b r a -

t e r i o r e m e d ia i . M u i t o s d o s m ú s c u l o s q u e m o v i m e n t a m o a n t e b r a ç o e a m ã

quiaL O s

p o d e m s e r v i s u a l i z a d o s n a s u p e r f í c i e d o c o r p o (Figuras 11.8a e 11.9a).

m ú s c u lo s e n v o lv id o s n a p r o n a ç ã o e s u p in a ç ã o p o d e m s e r v is to s

m s Figuras 1 1 . 8f e 1 1 . 9f. N o t e a s m o d i f i c a ç õ e s d e o r i e n t a ç ã o q u e o c o r ­ re — q u a n d o o s m ú s c u lo s p r o n a d o r r e d o n d o e p r o n a d o r q u a d r a d o se c o n -

traem.

D u r a n t e a p r o n a ç ã o , o te n d ã o d o m ú s c u lo b íc e p s b r a q u ia l d e s liz a

s o b o r á d i o , e a b o l s a s i n o v i a l e v i t a o a t r i t o c o n t r a o t e n d ã o , o o pág. 2 0 8 A m e d i d a q u e v o c ê e s t u d a r o s m ú s c u l o s d a T a b e la 1 1 . 3 , o b s e r v e q u e e m

geral o s m ú s c u l o s e x t e n s o r e s e s t ã o d is p o s t o s a o l o n g o d a s s u p e r f íc ie s p o s t e ­ r io r e la te r a l d o a n t e b r a ç o , e o s fle x o r e s s ã o e n c o n t r a d o s n a s s u p e r fíc ie s a n ­

Músculos que movimentam a mão e os dedos Músculos extrínsecos da mão [Figuras 11.8 a 11.11 e Tabela 11.4] M u it o s m ú s c u lo s s u p e r fic ia is e p r o f u n d o s d o a n t e b r a ç o (T a b e la 1 1 . 4 p r o m o v e m a fle x ã o e e x t e n s ã o n a s a r t ic u la ç õ e s d o s d e d o s . E s s e s m ú s c u

C a p ít u l o

1 1 - 0 Sistema Muscular: Musculatura Apendicular

POSTERIOR M. supnaoor

lateral Cabeça longa

M. bíceps braquial

M. pronador redondo

- M. tríceps braquial

Cabeça mediai Rádio

Úmero

Ulna

Veia M. braquial

Artéria Nervo

M. pronador quadrado

M. braquial M. bíceps braquial M. braquiorradial

ANTERIOR M. pronador redondo

(e) Braço, vista em secção transversal

M. flexor radial do carpo (f) Vista anterior do antebraço, músculos profundos M. palmar longo

M .tendão do palmar longo

Fig u ra 11.8

(continuação).

(d) V is ta a n te rio r d e d is s e c a ç ã o d o s m ú s c u lo s d o m e m b ro s u p e rio r d ireito. 0 m ú s c u lo p a lm a r lon g o e o s rr _ ic u lo s fle x o re s d o c a rp o (radial e ulnar) fo ra m p a rc ia lm e n te re m o v id o s, e o re tin á c u lo d o s m ú s c u lo s fle x o re s fc s e c c io n a d o . (e) A s re la ç õ e s e n tre o s m ú s c u lo s m a is p ro fu n d o s d o b ra ç o sã o o b s e rv a d a s m a is c la ra m e n te '5

(d) Vista anterior

v ista em s e c ç ã o tra n sv e rsa l. Para o u tra s p e rs p e c tiv a s em v is ta s e m s e c çã o , ver Figuras 1 1 .2 2 e 11.2 3 . a n te rio r d o s m ú s c u lo s p ro fu n d o s d o a n te b ra ç o e m su p in a çã o . Ver também Figuras 7 .6 ,7 .7 e 7.8.

s. c u e c o n fe r e m fo r ç a e c o n tr o le d o s m o v im e n to s a m p lo s d a m ã o e d o s >. s ã o c h a m a d o s d e

:C

músculos extrínsecos da mão. S o m e n t e

o s te n d õ e s

d o p u n h o p a r a fo r m a r u m a a m p la fa ix a d e te c id o c o n e c tiv o , o

lo dos m úsculos extensores

(f) V íss

retinacu-

(F ig u ra 11.11a). O r e t i n á c u l o d o s m ú s c u k -

5£ < 5 m ú s c u lo s p a s s a m p e la a r t i c u la ç ã o d o p u n h o . T a is m ú s c u lo s s ã o r e -

e x t e n s o r e s m a n t é m o s te n d õ e s d o s m ú s c u lo s e x t e n s o r e s e m p o s iç ã o . N a

~ i m e n t e l o n g o s (F ig u ra s 11.8 a 11.10) e , e s t a n d o l i v r e s d e a r t i c u l a ç õ e s ,

s u p e r fíc ie a n te r io r , a fá s c ia ta m b é m se to r n a e s p e ss a p a r a fo r m a r o u t : :

retináculo dos m úsculos flexores.

ra n te m m o b ilid a d e m á x im a p a r a o p u n h o e p a r a a m ã o . O s te n d õ e s

a m p la fa ix a d e te c id o c o n e c tiv o , o

ie c r u z a m a s s u p e r fíc ie s d o r s a l e v e n t r a l d o p u n h o p a s s a m a t r a v é s d a s

m a n t é m e m p o s i ç ã o o s t e n d õ e s d o s m ú s c u l o s f l e x o r e s (F ig u ra 1 1 .1 1 d ,f

sm has sinoviais do tendão,

A in fla m a ç ã o d o r e t in á c u lo e d a s b a in h a s d o te n d ã o p o d e r e s tr in g ir o 5



b o ls a s a lo n g a d a s q u e r e d u z e m o a t r it o . E s -

- s c u l o s e s e u s t e n d õ e s s ã o m o s t r a d o s e m v i s t a a n t e r i o r n a s F ig u ra s

L Jfed e 1 1 .1 1 d ,g , e e m v i s t a p o s t e r i o r n a s F ig u ra s 1 1 .9 b,d , 1 1 .1 0 d -f e ' ' 3 e. A f á s c i a d o a n t e b r a ç o t o r n a - s e e s p e s s a n a s u p e r f í c i e p o s t e r i o r

que

nervo mediano, u m

n e r v o s e n s itiv o e

m o to r q u e s u p r e a m ã o . E sta c o n d iç ã o , c o n h e c id a c o m o

síndrome do túne.

m o v im e n t o s e p r o d u z ir ir r ita ç ã o d o

do carpo, c a u s a

d o r c r ô n ic a .

296

O SISTEMA MUSCULAR

Inserção de origem (ponto fixo) Inserção terminal (ponto móvel'

M. deltóide

Tubérculo infragienoidai da escápula

M. tríceps braquial, cabeça longa M. tríceps braquia. cabeça lateral

M. tríceps braquial, cabeça longa M. tríceps braquial, cabeça lateral

M. tríceps braquial, cabeça lateral

M. braquial

M. tríceps braquial, cabeça longa

- M. tríceps braquiai. cabeça mediai

Olécrano (ulna)

M. braquiorradial Olécrano (ulna)

- M. tríceps braquial

M. braquiorradial M.ancôneo

M. ancôneo

- Tendões dos músculos extensores

M. extensor radial longo do carpo

M. extensor radial longo do carpo M. flexor ulnar do carpo M. flexor ulnar do carpo

M. extensor radial curto do carpo M. extensor ulnar do carpo

- M. ancôneo

M. extensor ulnar do carpo

- M. flexor ulnar do carpo

M. extensor radial curto do carpo

M. extensor dos dedos

M. abdutor lo ra do polegar

M. abdutor longo do polegar

M. extensor dos dedos

M. extensor curto polegar

■M. extensor curto do polegar

do

Rádio Retináculo dos músculos extensores

■M. braquiorraa =.

(c) Inserções de origem e inserções terminais, vista posterior

a; Anatomia de superfície, vista posterior

(b) Músculos superficiais, vista posterior

- fura 11.9 M úsculos que m ovim entam o antebraço e a mão, parte II. -í-ações e n tre o s m ú s c u lo s d o m e m b ro s u p e rio r dire ito , (a) A n a to m ia d e s u p e rfíc ie d o m e m b ro s u p e rio r dire ito , v ista p osterio r, (b) V ista d ia g ra m á tic a d e um a d isse c a ­ ção dos m ú s c u lo s s u p e rficia is, (c) V is ta p o s te rio r d o s o s s o s do m e m b ro superior, m o stra n d o a s in s e rç õ e s d e o rig e m e in s e rç õ e s te rm in a is d e m ú s c u lo s s e le c io n a d o s a . sta p o s te rio r d e d is s e c a ç ã o s u p e rfic ia l d o an te b ra ço , (e) R e la ç õ e s e n tre o s m ú s c u lo s m a is p ro fu n d o s sã o o b s e rv a d a s m a is c la ra m e n te n a s v is ta s em s e cç ã o . Os e >~ersores e fle x o re s p ro fu n d o s d o s d e d o s s ã o m o s tra d o s na Figura 1 1 . 1 0 ; o u tra s s e c ç õ e s p o d e m s e r e n c o n tra d a s n a s Figuras 1 1 .2 2 e 11.2 3 . (f) M ú s c u lo s p ro fu n d o s e rra . cos na p ro n a ç ã o e s u p in a ç ã o . Ver também Figura 7.7.

Síusculos intrínsecos da mão [Figura 11.11 e Tabela 11.5]

m ú s c u lo s a p r e s e n t a m in s e r ç ã o d e o r ig e m n o s te n d õ e s d o m ú s c u lo e x t e n ­

? c o n t r o l e d o s m o v i m e n t o s f i n o s d a m ã o e n v o l v e p e q u e n o s músculos in­ trínsecos .ia mão q u e p o s s u e m i n s e r ç ã o d e o r i g e m n o s o s s o s c a r p a i s e m e t a -

s o r d o s d e d o s e p r o d u z e m fle x ã o p a s a r tic u la ç õ e s m e t a c a r p o fa lâ n g ic a s .

c-srpais Figura 11.11) . ãexão e e x t e n s ã o

E ss e s m ú s c u lo s in tr ín s e c o s s ã o r e s p o n s á v e is p o r ( 1 )

d a s a r tic u la ç õ e s m e t a c a r p o fa lâ n g ic a s d o s d e d o s , ( 2 ) a b d u ­

ç ã o e c d u ç ã o n a s a r t ic u la ç õ e s m e t a c a r p o f a lâ n g ic a s d o s d e d o s e ( 3 ) o p o s iç ã o

e re p o a c io n a m e n t o d o p o le g a r . N e n h u m m ú s c u lo p o s s u i in s e r ç ã o d e o r ig e m nas r X c n g e s , e s o m e n t e t e n d õ e s s e e s t e n d e m p e l a s a r t i c u l a ç õ e s d i s t a i s d o s dedos. Os m ú s c u l o s i n t r í n s e c o s d a m ã o e s t ã o d e t a l h a d o s n a T a b e la 1 1 . 5 . O s q u atro

m úsculos lum bricais

p o ssu em

in s e r ç ã o d e o r ig e m

b e m c o m o e x t e n s ã o n a s a r t ic u la ç õ e s in t e r fa lâ n g ic a s . A a b d u ç ã o d o s d e d o s é r e a l i z a d a p e l o s q u a t r o m úsculos interósseos dorsais. O m úsculo abdutor do dedo m ínim o p r o d u z a b d u ç ã o d o d e d o m í n i m o , e o m úsculo abdutor curto do polegar p r o d u z a b d u ç ã o d o p o ­ l e g a r . O m úsculo adutor do polegar p r o d u z a d u ç ã o d o p o l e g a r , e o s q u a ­ t r o m úsculos interósseos palm ares p r o d u z e m a d u ç ã o d a s a r t i c u l a ç õ e ? m e ta c a r p o fa lâ n g ic a s d o s d e d o s.

na

A o p o s iç ã o d o p o le g a r é o m o v im e n t o n o q u a l o p o le g a r , p a r t in d o d a

r e m i d a m ã o n o s te n d õ e s d o m ú s c u lo fle x o r p r o fu n d o d o s d e d o s . E sse s

p o s iç ã o a n a t ô m ic a , é fle x io n a d o e r o d a d o m e d ia lm e n t e a té a a r t ic u la ç ã o

C a p ít u l o

1 1 * 0 Sistema Muscular: Musculatura Apendicular

M. deltóide ANTERIOR M. tríceps braquial, cabeça longa

M. flexor radial do carpo

M. redondo maior M. braquiorradial M. latíssimo do dorso

M. palmar longo

M. tríceps braquial, cabeça lateral

M. flexor superficial dos

M. flexor longo do polegar

M. pronaoor redondo M. supraocr

Rádio

M. flexor ulnar do carpo

M. extensor radial longo do carpo

M. flexor profundo dos dedos

M. extensor radial curto do carpo

M. pronador quadrado

M. abdutor longo do polegar M. extensor dos M. extensor ulnar do carpo

M. extensor longo do polegar M. extensor do dedo mínimo

POSTERIOR

M. palmar longo

(e) Antebraço, vista em secção transversal

M. flexor superficial dos dedos

M. flexor profundo dos dedos

Nota clínica

M. flexor ulnar do carpo Tendão do m. flexor radial do carpo Retináculo dos músculos flexores

Tendão do m. extensor ulnar do carpo

S ín d r o m e d o tú n e l d o c a r p o Na s ín d r o m e d o tú n e l d o c a rp o a inflamação na bainha envoltória dos tendões flexores palmares causa compressão do nervo mediano, um nervo misto (sensitivo e motor q_-e supre a palma da mão e as superfícies palmares (volares) dos deccs polegar, indicador e médio. Os sintomas incluem dor, principalmente ra flexão do punho, sensação de formigamento ou dormência na pai da mão e fraqueza no abdutor curto do polegar. Esta condição é razcavelmente comum e afeta freqüentemente indivíduos cujas atividace; diárias envolvem movimentos das mãos, provocando esforço repeti:.: dos tendões que passam pelo punho. Atividades comumente associa­ das a essa síndrome incluem digitação em computador, tocar piano ou como no caso dos carpinteiros, o uso repetitivo do martelo. 0 tratamen­ to consiste na administração de drogas antiinflamatórias, como a asprna, e o uso de tala para evitar o movimento do punho e para estabilizar a região. Um grande número de teclados de computador foi especia mente projetado para reduzir o esforço repetido associado à digitação

Retináculo dos músculos extensores

Tendão do m. palmar longo

(d) Músculos superficiais, vista posterior

: igura11.9 (continuação).

ir p o m e t a c a r p a l. E ste m o v im e n t o le v a o á p ic e d o p o le g a r a se e n c o n t r a r :o m o á p i c e d e q u a l q u e r o u t r o d e d o . E s t a a ç ã o é r e a l i z a d a p e lo

>ponente do polegar.

músculo

O r e p o s ic io n a m e n t o d o p o le g a r é r e a liz a d o p e lo s

lo is m ú s c u lo s e x t r ín s e c o s d a m ã o , p e lo m ú s c u lo e x t e n s o r lo n g o d o p o -

egar e p e l o m ú s c u l o a b d u t o r l o n g o d o p o l e g a r ( v e r T a b e l a 11.4).

E REVISÃO DOS CONCEITOS 1.

Quais são os dois movimentos que ficam comprometidos na lesão do mús­ culo flexor ulnar do carpo?

2. Identifique os músculos que produzem rotação do rádio sem fie:' ou es­ tender o cotovelo. 3. Por quais estruturas passam os tendões que cruzam as superfícies pcssrior e anterior do punho antes de atingir o ponto de inserção? 4. Identifique a fáscia espessada na superfície posterior do punho C-e *: ~s uma ampla faixa de tecido conectivo. Veja a seçã o de R espostas na parte final 3c

O SISTEMA MUSCULAR

W.

0

M. tríceps braquial, cabeça mediai Tendão do

*ceps braquial

Epicôndilo mediai

M. braquiaf

Nervo mediano

M. pronador redondo (seccionado)

m. bíceps braquial

Rádio

M. pronador redondo M. flexor radial do carpo

V rxaquiorradial

M. palmar longo

M. braquial Tendões seccionados do m. flexor superficial dos dedos

Artéria braquial

M. supinador

Ulna

M. flexor ulnar do carpo (afastado)

M. braquiorradial (afastado)

M. flexor profundo dos dedos

M. flexor superficial dos dedos

M. flexor ulnar do carpo

M. flexor longo do polegar

M. flexor longo do polegar M. flexor profundo dos dedos

M. pronador quadrado

M. pronador quadrado

_çamento

rtercarpal

(ver Figura

11.8)

palmar

Retináculo dos m úsculos flexores

MEDIAL

^ATERAL

(c) Vista anterior, profunda

(b) Vista anterior, média

(a) Vista anterior, superficial

M. bíceps braquial

M. braquiorradial

en cão do r*ce p s

M .an cô n e o M .an cô n e o

Oecrano kána) ancôneo

M. extensor radial longo do carpo

M. supinador M. extensor dos dedos

M. extensor ulnar do carpo M. extensor radial curto do carpo

M flexor

.

i:

M. extensor dos dedos

carpo

MEDIAL

(d) Vista posterior, superficial

11 10

M. extensor longo do polegar M. extensor do indicador M. extensor curto do polegar

M. extensor curto do polegar

M. extensor curto do polegar Tendão do m. extensor longo do polegar

Retináculo dos m úsculos extensores

M. abdutor longo do polegar

M. abdutor longo do polegar

M. abdutor longo do polegar

Ulna

= 5-^3

M. extensor do dedo mínimo

Rádio

Tendão do m. extensor do dedo mínimo (seccionado) Tendão do m. extênsor dos dedos (seccionado)

LATERAL

(e) Vista posterior, média

(f) Vista posterior, profunda

M ú s c u lo s e x t r ín s e c o s q u e m o v im e n t a m a m ã o e o s d e d o s .

Ca . sta anterior, mostrando músculos superficiais do antebraço direito, (b) Vista anterior da camada muscular média. O músculo flexor radial do carpo e o músculo 5' ongo foram removidos, (c) Vista anterior da camada muscular profunda, (d) Vista posterior, mostrando músculos superficiais do antebraço direito, (e) Vista □ostenor da camada muscular média, (f) Vista posterior da camada muscular profunda.

C

I T A B E L A 11.4

a p ít u l o

11 • O Sistema Muscular: Musculatura Apendicular

M ú s c u lo s q u e m o v im e n ta m a m ã o e o s d e d o s

Músculo

Inserção de origem (ponto fixo)

Inserção terminal (ponto móvel)

Ação

Inervação

A bdutor longo do polegar

S u p e r f íc i e p o s t e r i o r p r o x i m a l d a u ln a

M a r g e m la t e r a l d o p r i m e i r o o s s o

A b d u ç ã o n a s a r t ic u la ç õ e s d o p o l e g a r e

N e r v o r a d ia l p r o f u r . o :

e d o r á d io

m etacarp al

no punho

(C 6 -C 7 )

E p ic ô n d i l o la t e r a l d o ú m e r o

S u p e r fíc ie s p o s t e r io r e s d a s fa la n g e s

E x t e n s ã o n a s a r t ic u la ç õ e s d o s d e d o s e n o

N e r v o r a d ia l p r o f u r . c o

dos dedos II-V

punho

(C 6 -C 8 )

B a s e d a fa la n g e p r o x i m a l d o p o l e g a r

E x t e n s ã o n a s a r t ic u la ç õ e s d o p o le g a r ,

N e r v o r a d ia l p r o í u n c

abd ução n o p un h o

(C 6 -C 7 )

B a s e d a fa la n g e d is ta i d o p o le g a r

Id e m a o a n te r io r

N e r v o r a d ia l p r o f u n d :

I d e m a o a n t e r io r

Extensor dos dedos Extensor curto do polegar

C o r p o d o r á d io d is t a lm e n t e à o r ig e m d o m . a b d u t o r lo n g o d o p o l e g a r e m e m b r a n a in t e r ó s s e a

Extensor longo do polegar

S u p e r fíc ie s p o s t e r i o r e la t e r a l d a u ln a

Extensor do indicador

S u p e r f íc ie p o s t e r io r d a u ln a e

S u p e r f í c i e p o s t e r i o r d a fa la n g e

E x t e n s ã o e a d u ç ã o n a s a r t ic u la ç õ e s d o

m e m b r a n a in t e r ó s s e a

p r o x im a l d o d e d o i n d i c a d o r ( I I ) , c o m

in d ic a d o r

e m e m b r a n a in t e r ó s s e a

(C 6 -C 8 )

te n d ã o d o e x te n so r d o s d e d o s

Extensor do dedo m ínim o

V ia t e n d ã o e x t e n s o r a o e p i c ô n d ilo

S u p e r fíc ie p o s t e r i o r d a fa la n g e

E x t e n s ã o n a s a r t ic u la ç õ e s d o d e d o

l a t e r a l d o ú m e r o e a p a r t ir d o s s e p t o s

p r o x im a l d o d e d o m í n i m o

m ín im o ; e x te n sã o n o p u n h o

Id e m a o a n te r io r

i n t e r m u s c u la r e s

Flexor superficial dos dedos

E p ic ô n d il o m e d ia i d o ú m e r o ;

P a r a a s b a s e s d a s f a la n g e s m é d ia s d o s

F le x ã o n a s a r t ic u la ç õ e s in t e r fa lâ n g ic a s

s u p e r f íc ie a n t e r io r a d ja c e n t e d a u ln a

ded os 2 -5

p r o x im a is e n o p u n h o

S u p e r f íc ie m é d io - p o s t e r i o r d a u ln a ,

B a s e d a s fa la n g e s d is t a is d o s d e d o s

E le x ã o n a s a r t ic u la ç õ e s in t e r fa lâ n g ic a s

R a m o in t e r ó s s e o a n t e - : :

s u p e r fíc ie s m e d ia is d o p r o c e s s o

II-V

d is t a is e , e m m e n o r g r a u , n a s a r t ic u la ç õ e s

d o n e r v o m e d ia n o e

N e r v o m e d ia n o

C 7 -7

e r á d io

Flexor profundo dos dedos

c o r o n ó i d e e m e m b r a n a in t e r ó s s e a

Flexor longo do polegar

T A B E L A 11.5

R e g iã o a n t e r io r d o c o r p o d o r á d io ,

B a s e d a fa la n g e d is ta i d o p o le g a r

in t e r fa lâ n g ic a s p r o x i m a i s e p u n h o

n e r v o u ln a r ( C 7 - T 1

F le x ã o n a s a r t ic u la ç õ e s d o p o le g a r

N e r v o m e d ia n o

C £ -7

m e m b r a n a in t e r ó s s e a

M ú s c u lo s in t r ín s e c o s da m ã o

MÚSCUlO

inserção de origem (ponto fixo)

inserção terminal (ponto móvel)

Ação

Inervação

A dutor do polegar

O s s o s c a r p a is e m e t a c a r p a is

F a la n g e p r o x i m a l d o p o le g a r

A d u ç ã o d o p o le g a r

N e r v o u ln a r , r a m o

O ponente do polegar

T r a p é z io e r e t in á c u lo d o s m ú s c u lo s

P r im e ir o o ss o m e ta c a rp a l

O p o s i ç ã o d o p o le g a r

Palm ar curto

A p o n e u r o s e p a lm a r

p r o fu n d o ( C 8 - T 1

fle x o r e s

N e r v o m e d ia n o (C 6 -C 7 )

P e le d a m a r g e m m e d ia i d a m ã o

M o v i m e n t a ç ã o d a p e le n a m a r g e m

N e r v o u ln a r , r a m o

m e d ia i e m d ir e ç ã o à l i n h a m é d ia d a

s u p e r fic ia l i

CS1

p a lm a

A bdutor do dedo m ínim o

P is if o r m e

A bdutor curto do polegar

L ig a m e n t o c a r p a l t r a n s v e r s o ,

S u p e r fíc ie la t e r a l r a d i a l d a b a s e d a

e s c a fó id e e t r a p é z io

fa la n g e p r o x i m a l d o p o le g a r

R e t in á c u lo d o s m ú s c u lo s fle x o r e s ,

S u p e r fíc ie s la t e r a is r a d i a l e u l n a r d a

t r a p é z io , c a p it a t o , e s u p e r fíc ie u l n a r

fa la n g e p r o x i m a l d o p o le g a r

Flexor curto do polegar1

F a la n g e p r o x i m a l d o d e d o m í n i m o

A b d u ç ã o d o d e d o m í n i m o e f le x ã o n a s u a

N e r v o u ln a r , r a m o

a r t i c u la ç ã o m e t a c a r p o f a l â n g i c a

p r o fu n d o ( C 8 - T 1

A b d u ç ã o d o p o le g a r

N e r v o m e d ia n o

F le x ã o e a d u ç ã o d o p o le g a r

R am o s d o n ervo

(C 6 -C 7 )

m e d ia n o e u ln a r

d o p r i m e ir o o s s o m e t a c a r p a l

Flexor curto do dedo m ínim o

H a m a to

O ponente do dedo m ínim o

I d e m a o a n t e r io r

Lumbricais (4)

N o s q u a t r o t e n d õ e s d o fle x o r

T e n d õ e s d o e x t e n s o r d ig it a l d o s d e d o s

F le x ã o n a s a r t ic u la ç õ e s

N 2 ! e n e2 p e lo n e r v o

p r o fu n d o d o s d e d o s

II-V

m e t a c a r p o fa lâ n g ic a s ; e x te n sã o n as

m e d ia n o , n e3 e n~4

F a la n g e p r o x i m a l d o d e d o m í n i m o

Q u in t o o s s o m e t a r c a r p a l

F le x ã o n a q u in t a a r t ic u la ç ã o

N e r v o u ln a r , r a m o

m e t a c a r p o f a lâ n g ic a

p r o fu n d o ( C 8 - T 1

F le x ã o n a a r t i c u la ç ã o m e t a c a r p o f a lâ n g ic a ;

Id e m a o a n te r io r

fa z a o p o s i ç ã o d o s d e d o s c o m o p o le g a r

a r t ic u la ç õ e s i n t e r fa lâ n g ic a s p r o x i m a l e

p e lo n e r v o u ln a r , m

d is ta i

p r o fu n d o

Interósseos dorsais

C a d a u m o r ig in a - s e d a s s u p e r fíc ie s

B a s e s d a s f a la n g e s p r o x i m a i s d o s

A b d u ç ã o n a s a r tic u la ç õ e s

N e r v o u ln a r , r a m c

(4)

o p o s t a s d o s d o is o s s o s m e t a c a r p a is (I

dedos II-IV

m e t a c a r p o fa lâ n g ic a s d o s d e d o s II-IV , fle x ã o

p r o fu n d o ( C 8 - T 1

e I I , II e I I I , I I I e IV , I V e V )

o

n a s a r tic u la ç õ e s m e t a c a r p o fa lâ n g ic a s ; e x te n s ã o n a s a r tic u la ç õ e s in te r fa lâ n g ic a s

Interósseos palm ares (4)

L a t e r a is d o s o s s o s m e t a c a r p a is II,

B a s e s d a s f a la n g e s p r o x i m a i s d o s

A d u ç ã o n a s a r t ic u la ç õ e s

IV e V

d e d o s II, I V e V

m e ta c a r p o fa lâ n g ic a s d o s d e d o s

Id e m a o a n t e r io r

II, I V e V , f le x ã o n a s a r t ic u la ç õ e s m e ta c a r p o fa lâ n g ic a s ; e x te n sã o n as a r t ic u la ç õ e s in t e r fa lâ n g ic a s A p a rte d o m . fle x o r c u r to d o p o le g a r q u e se o r ig in a n o p r im e ir o o sso m e ta r c a r p a l é a lg u m a s v ez e s d e n o m in a d a fa la n g e p r o x im a l e é in e rv a d a p e lo n e rv o u ln ar.

primeiro músculo interósseopalmar, q u e se in se re n a s u p e r fíc ie ulnar zt

O SISTEMA MUSCULAR

Inserção de origem (pontofei Inserção terminal (ponto móM

Tendão do m. extensor do indicador

M. extensor dos dedos

Primeiro m. *'terósseo dorsal

M. extensor longo do polegar

M. extensor: dedo m r ~c Mm. interosa dorsais

M. extensor curto do polegar Primeiro m. interósseo dorsal

Mm. inteross dorsais M. extensor jn do carpo

M. abdutor longo do polegar

— M. abdutor: dedo mir«mc

M. extensor radial Tendão do longo do carpo m. extensor do m . extensor radial dedo mínimo curto do carpo

Tendão do m. extensor longo do polegar

M. abdutor do dedo mínimo

Tendão do m. extensor curto do polegar Tendão do m. extensor radial ongo do carpo Tendão do m. extensor radial curto do carpo

(b) I n s e r ç õ e s d e o r ig e m e in s e r ç õ e s te r m in a is , v is ta p o s t e r io r

Tendão do m. extensor ulnar do carpo Retináculo dos músculos extensores

Tendão do m. flexor profundo dos deoos Tendão do m. flexor superficial dos dea^5

(a) M ã o d ire ita , v is ta p o s t e r io r (d orsa l)

Primeiro m. interòssec dorsal Tendão do m. flexor lonoc do polegar

Bainhas sinoviais

Inserção de origem (ponto fixo) Inserção terminal (ponto móvel) *excr orofundo dos dedos M ~exor superficial dos dedos V —

Mm. lumbricais M. interósseo palmar

p alm ares M . a b d u to r d o

óeóo m ínim o V — V

n te ró s s e o s p a lm a res o p o n en te d o d e ò o m ínim o

M flexor ulnar do carpo V abdutor do oeòo mínimo V

op o n e n te d o ò e d o m ínim o

f §jra

11.11

M. adutor dc polegar

M. adutor do polegar

n te ró s s e o s

(c)

Tendão do m. flexor dos dedos (profundo M. flexor longo e superficial) do polegar M. oponente do — dedo mínimo M. adutor do polegar M. flexor curto do dedo mínimo M. oponente do polegar M. palmar curto M. abdutor curto (seccionado) do polegar M. abdutor do dedo mínimo M. flexor curto Retináculo dos do polegar músculos flexores Tendão do m. flexor I n s e r ç õ e s d e o r ig e m e in s e r ç õ e s ulnar do carpo t e r m in a is , v is ta a n te r io r (palm ar)

M. flexor cxri do polegar M. oponente do polega^ M. abdutor a rs do polegar Tendão do m. palmar longo Tendão do m. flexor radial do carpo

(d) M ã o d ire ita , v is ta a n te r io r (palm ar)

M úsculos intrínsecos, tendões e ligamentos da mão.

-la to m ia do punho e mão direitos, (a) Vista posterior (dorsal), (b) Vista posterior dos ossos da mão direita, mostrando as inserções de origem e inserções term ina: De n js cu lo s selecionados, (c) Vista anterior dos ossos da mão direita, m ostrando as inserções de origem e inserções term inais de m úsculos selecionados, (d) Vist 5-te r or (palmar), (e) M ão direita, secção transversal no nível dos ossos do metacarpo. (f) Vista anterior de dissecação palm ar da mão direita, (g) Vista anterior o : ssecação profunda da mão direita.

C a p ítu lo

11 • O Sistema M uscular: M usculatura A p e ndicula r

Aponeurose palmar Mm. lumbricais M. flexor curto do polegar Tendões do m. flexor dos d edos

Tendão do m. flexor longo do polegar

M. flexor curto do dedo mínimo

M. abdutor curto do polegar

M. palmar curto

M. oponente do polegar

M. abdutor do dedo mínimo

Primeiro osso metacarpal

M. oponente do dedo mínimo Tendão do m. extensor curto do polegar

Mm. interósseos palmares

Tendão do m. extensor longo do polegar Tendão do m. extensor do dedo mínimo M. adutor do polegar Primeiro m. interósseo dorsal Tendões do m. extensor dos ded o s (e) Mão direita, vista em secção transversal no nível dos ossos metacarpais

Tendão do m. flexor profundo dos dedos

Tendão do m. flexor superficial dos dedos

M. lumbrical

Bainhas fibrosas dos dedos

Tendão do m. flexor longo do polegar

Tendões do m. flexor dos d edos

Músculos

lumbncats

Arco palmar superficial

M. abdutor ac polegar

M. flexor curto do polegar

M. abdutor do dedo mínimo

M. abdutor curto M. abdutor do do polegar dedo mínimo

M. flexor curto do dedo mínimo M. palmar curto

Retináculo dos m úsculos flexores

Nervo ulnar Tendão do m. palmar longo

Tendão do m. flexor radial do carpo

Artéria radial

M. flexor superficial dos dedos

Nervo mediano

M. flexor ulnar do carpo

Artéria ulnar (f) Mão direita, vista anterior (palmar)

Figura 11.11 (continuação).

Tendão do m flexor longo do polegar M. flexor longo do polegar

M. flexor curto do dedo mínimo M. a b c _ ::' : : do polegar

Artéria ulnar Tendão do m. flexor superficial dos dedos

Tendão c : ~ longo do polegar Tendão do nr. fie* ir­ radiai do carpo (g) Mão direita, vista anterior (dissecação profunda

O SISTEMA MUSCULAR

302

Músculos do cíngulo do membro inferior e membros inferiores

g lú t e o s . E le p o s s u i in s e r ç ã o d e o r ig e m a o lo n g o d a lin h a g lú t e a p o s t e ­

r io r e p o r ç õ e s a d ja c e n te s d a c r is t a ilía c a ; n o s a c r o , n o c ó c c ix e lig a m e n ­

to s a s s o c ia d o s ; e n a a p o n e u r o s e to r a c o lo m b a r . I s o la d a m e n t e , e ste g r a n ­ d e m ú s c u lo p r o d u z e x t e n s ã o e r o t a ç ã o la t e r a l n o q u a d r il. O m ú s c u lc

Z c ín g u lo d o m e m b r o in fe r io r é fir m e m e n t e lig a d o a o e s q u e le t o a x ia l, e

g lú te o m á x im o c o m p a r tilh a u m a in s e r ç ã o te r m in a l c o m

re la tiv a m e n te p o u c o m o v im e n t o é p e r m it id o . O s p o u c o s m ú s c u lo s q u e

tensor da fáscia lata,

o

músculo

q u e s e o r i g i n a n a c r i s t a i l í a c a e s u p e r f í c i e la t e r a ]

7 : c e m in t e r fe r ir n o p o s ic io n a m e n t o d a p e lv e f o r a m c o n s id e r a d o s n o

d a e s p in h a ilía c a â n t e r o - p o s t e r io r . C o n ju n t a m e n t e , e ste s m ú s c u lo s tra -

C a p ít u lo 1 0 , d u r a n t e a d is c u s s ã o d a m u s c u la t u r a a x ia l. O s m ú s c u lo s d o s

c io n a m o

m e m b r o s in fe r io r e s s ã o m a io r e s e m a is p o d e r o s o s d o q u e o s d o s m e m b r o s

a o lo n g o d a s u p e r fíc ie la t e r a l d a c o x a e se in s e r e n a tíb ia . E s s e tr a to fo r ­

- - r e r i o r e s . E s s e s m ú s c u l o s p o d e m s e r d i v i d i d o s e m t r ê s g r u p o s : ( 1 ) mús­ culos que movimentam a coxa, ( 2 ) músculos que movimentam a perna e ( 3 ) "-■.óculos que movimentam o pé e os dedos.

trato iliotibial,

u m a fa ix a d e fib r a s c o lá g e n a s q u e se este n d e

n e c e u m a c in t a d e s u s t e n t a ç ã o la t e r a l p a r a o jo e lh o , q u e te m p a r t ic u la i im p o r t â n c ia q u a n d o o in d iv íd u o e q u ilib r a - s e e m u m p é só . O

músculo glúteo médio e

o

músculo glúteo mínimo ( Figura 11.12

p o s s u e m in s e r ç õ e s d e o r ig e m a n t e r io r m e n t e a o g lú te o m á x im o e a s in s e r ­

Músculos que movimentam a coxa

ç õ e s te r m in a is n o tr o c a n te r m a io r d o fê m u r . A m b o s p r o d u z e m a b d u ç ã o e r o t a ç ã o m e d ia i n a a r t ic u la ç ã o d o q u a d r il. A lin h a g lú t e a a n t e r io r n a s u p e r ­

Figuras 11.2/11.5/11.12 a 11.14 e Tabela 11.6]

f í c i e l a t e r a l d o í l i o m a r c a o l i m i t e e n t r e e s s e s m ú s c u l o s . co> pág. 188

O s m ú s c u lo s q u e m o v im e n t a m a c o x a p o s s u e m s u a s in s e r ç õ e s d e o r i-

O s s e is

rotadores laterais (F ig u ra s 1 1 .1 2 a ,c

e 11.13) p o s s u e m i n ­

c e m n a p e lv e ; m u it o s s ã o g r a n d e s e p o t e n t e s . O s m ú s c u lo s q u e m o v i-

s e r ç ã o d e o r ig e m n o , o u in f e r io r m e n t e a o , e ix o h o r iz o n t a l d o a c e t á b u lc

— e n ta m a c o x a e s tã o a g r u p a d o s e m (a ) g r u p o g lú te o , (b ) g r u p o r o ta d o r

e in s e r ç ã o te r m in a l n o fê m u r . T o d o s p r o d u z e m r o ta ç ã o la te r a l d a co x a:

i : : r a l, (c ) g r u p o a d u t o r e ( d ) g r u p o ilio p s o a s . O s reco b rem

músculos glúteos

a s u p e r fíc ie la t e r a l d o ílio ( F ig u r a s 1 1 . 2 , 1 1 . 5

musculo glúteo máximo

e 11.12 ) . O

é o m a io r e m a is s u p e r fic ia l d o s m ú s c u lo s

a lé m d is s o , o

músculo piriforme p r o d u z a b d u ç ã o n o q u a d r i l . O m ú s ­ músculos obturadores ( e x t e r n o e i n t e r n o ) s ã o o s

c u lo p ir if o r m e e o s

p r in c ip a is r o t a d o r e s la t e r a is .

|

Crista ilíaca M. glúteo médio M. glúteo máximo secoonado)

Inserção de origem (ponto fixo)

M. glúteo mínimo M. glúteo máximo

M. glúteo médio (seccionado)

M. tensor da fáscis

Sacro M. glúteo mínimo

M. piriforme

M. tensor da fáscia lata

W orrfofme M gêmeo superior

Mm. gêmeos

M. semimembranáceo M. glúteo médio M. semitendíneo (seccionado) M. bíceps femoral Trocanter maior do fêmur

U coturador interno

M. obturac: externo M. grac M. quadrao: femoral M. adutor magno (b) Inserções de origem, vista lateral

M. glúteo máximo (seccionado)

M. gêmeo-------nferior

M. quadrado femoral M' 9 'uteo medio (seccionado)

Túber isquiático M. grácil

Trato iliotibial

M. adutor magno

M. adutor magno

V. semitendíneo V Dceps femoral, cabeça longa (a) Vista posterior, músculos profundos

: 5_'a 11.12 Músculos que movimentam a coxa, parte I. Cs - jsculos glúteos e os rotadores laterais do quadril direito, (a) Vista posterior x ve, mostrando dissecação profunda dos músculos glúteos e rotadores la-e'5 s Para uma imagem em vista superficial dos músculos glúteos, ver Figuras • 1.2 e 11.6. (b) Vista lateral da pelve direita, mostrando as inserções de origem ~ jsculos selecionados, (c) vista posterior dos músculos glúteos e rotadores ;te"ais; o músculo glúteo máximo foi removido para mostrar os músculos mais : c-.nctos Ver também Figuras 7.10,7.11 e 7.14.

M. glúteo mínimo

M. obturador interno

(c) M úsculos glúteos e rotadores laterais, vista posterior

M. glútec médio

C a p í t u l o 11 • O Sistema M uscular: M usculatura A p e n d icu la r

«Bk

LV opsoas Canal sacral M. psoas ma

Sl "f EMA MüSC'. .A?»

M ú s c u lo s c u ja s lin h a s d e a ç ã o p a s s a m p o s t e r io r m e n t e a o e ix o d a



M ú s c u lo s c u ja s lin h a s d e a ç ã o p a s s a m la t e r a lm e n te a o e ix o d a a r ­

a r t ic u la ç ã o d o q u a d r il, c o m o o s d o c o m p a r t im e n t o p o s t e r io r d a

tic u la ç ã o d o q u a d r il, c o m o o g lú te o m é d io e o g lú te o m ín im o , sã o

p e rn a , s ã o e x te n s o re s d o q u a d r il.

a b d u to r e s d o q u a d r il.

M ú s c u lo s c u ja s lin h a s d e a ç ã o p a s s a m

a n t e r io r m e n t e a o e ix o d a

M ú s c u lo s c u ja s lin h a s d e a ç ã o p a s s a m m e d ia lm e n t e a o e ix o d a a r t i­

a r t ic u la ç ã o d o q u a d r il, c o m o o g r u p o ilio p s o a s e a s fib r a s a n t e r io ­

c u la ç ã o d o q u a d r il, c o m o o te n s o r d a fá s c ia la ta o u o a d u t o r lo n g o

re s d o g lú te o m é d io , s ã o fle x o r e s d o q u a d r il.

ras 11.14

M ú s c u lo s c u ja s lin h a s d e a ç ã o p a s s a m m e d ia lm e n t e a o e ix o d a a r ­ t ic u la ç ã o d o q u a d r il, c o m o o m ú s c u lo a d u t o r lo n g o , s ã o a d u to r e s

e

11.15),

(Figu­

p o d e m p r o d u z ir r o ta ç ã o m e d ia i n a q u e la a r tic u la ç ã o ,

e n q u a n t o m ú s c u lo s c u ja s lin h a s d e a ç ã o p a s s a m la t e r a lm e n t e a o e ix o d a a r t ic u la ç ã o d o q u a d r il, c o m o o o b t u r a d o r e x t e r n o , p o d e m p r o d u z ir r o t a ­ ç ã o la t e r a l n a q u e la a r tic u la ç ã o .

d a a r t ic u la ç ã o d o q u a d r il.

Espinha ilíaca ântero-superior M. glúteo médio Nervo femoral M. tensor da fáscia lata

Ligamento inguinal

M. ilíaco

Tubérculo púbico

M. ilíaco

M. pectíneo M. tensor da fáscia lata M. pectíneo — Veia femoral

Artéria femoral M. adutor longo M. adutor longo M. reto femoral

M. grácil M. grácil M. reto femoral M. vasto lateral M. sartório

M. sartório

Trato iliotibial

M. vasto lateral M. vasto mediai M. vasto mediai ■Tendão do m. quadríceps femoral

Tendão do m. quadríceps femoral

- Pateta

Ligamento da patela

Patela

Ligamento da patela

■Tuberosidade da tíbia

Anatomia de superfície, vista ântero-medial

'

Tuberosidade da tíbia

(b) M. quadríceps e músculos da coxa, vista anterior

Rg. -a 1 1 .1 5 Músculos que movimentam a perna, parte l. = - r aiomia de superfície, vista ântero-medial da coxa direita, (b) Vista anterior, diagramática, dos músculos superficiais da coxa direita, (c) Vista anterior de uma ássacação dos músculos da coxa direita, (d) Secção transversal da coxa direita, (e) Vista anterior dos ossos do membro inferior direito, mostrando as inserção de arEe— Donto fixo) e as inserções terminais (ponto móvel) dos músculos selecionados.

O Sistema Muscular: Musculatura Apendicular

C a p ít u l o 11

Músculos que movimentam a perna



M ú s c u lo s c u ja s lin h a s d e a ç ã o p a s s a m p o s t e r io r m e n t e a o e n : a r t i c u l a ç ã o d o j o e l h o , c o m o o s m ú s c u l o s d o c o m p a r t i m e r .: i : r

[Figuras l l . 1 5 a l l . 1 7 e Tabela 11.7]

t e r i o r , s ã o f l e x o r e s d o jo e l h o .

O s m ú s c u l o s q u e m o v i m e n t a m a p e r n a e n c o n t r a m - s e d e t a lh a d o s n a s F i­ A m a io r ia d o s m ú s c u lo s e x te n s o r e s p o s s u i in s e r ç ã o d e o r ig e m m

g u r a s 1 1 . 1 5 a 1 1 . 1 7 e n a T a b e la 1 1 . 7 . D e f o r m a a n á l o g a à a n á l is e d o s m ú s ­ c u lo s d o o m b r o e m ú s c u l o s d o q u a d r i l ( p á g s .

290-292, 304-305), a s

r e la ­

ç õ e s e n t r e a s l i n h a s d e a ç ã o e o e ix o d a a r t i c u l a ç ã o d o j o e l h o p o d e m s e r u t i li z a d a s p a r a d e d u z i r a s a ç õ e s d e v á r i o s m ú s c u l o s e g r u p o s m u s c u la r e s . C o n t u d o , a o r ie n t a ç ã o a n t e r io r / p o s te r io r d o s m ú s c u lo s q u e m o v im e n t a m a p e r n a é re v e rsa . E s ta s itu a ç ã o e stá r e la c io n a d a à r o ta ç ã o d o m e m b r o d u r a n te o d e s e n v o lv im e n to e m b r io ló g ic o (

Desenvolvimento Humano). C o m o ■

ver Capítulo 28, Embriologia e

re s u lta d o :

s

p e r fíc ie d o fê m u r e se e s te n d e a o lo n g o d a s s u p e r fíc ie s â n t e r o - la :c :_ c o x a ( F ig u r a s 1 1 . 1 5 e 1 1 . 1 6 ) . O s m ú s c u lo s fle x o r e s tê m a s i n s e r c c ^ o r ig e m n o c ín g u lo d o m e m b r o in fe r io r e se e s te n d e m a o lo n g o d a? s _ r f í c ie s p ó s t e r o - m e d i a l d a c o x a ( F i g u r a 1 1 . 1 7 ) . C o l e t i v a m e n t e , o s e x t e r n re s d o jo e lh o ( F ig u r a s 1 1 . 1 5 e 1 1 . 1 6 ) s ã o c h a m a d o s d e

femoral. O s t r ê s term é d io ) a b r ig a m o

músculo quad^i

m ú scu lo s vastos (vasto lateral, vasto m ed iai

e

vasto fc

tê m a s in s e r ç õ e s d e o r ig e m a o lo n g o d o c o r p o d o fê m u r ; ;

m ú scu lo re to fem o ra l

c o m o “ u m p ã o e n v o l v e n d o a s a ls ic h a

M ú s c u lo s c u ja s lin h a s d e a ç ã o p a s s a m a n t e r io r m e n t e a o e ix o d a

u m c a c h o r r o - q u e n t e ”. T o d o s o s q u a t r o m ú s c u l o s t ê m a s i n s e r ç õ e s t e r m

a r t ic u la ç ã o d o jo e lh o , c o m o o q u a d r íc e p s fe m o r a l, s ã o e x te n s o r e s

n a i s n a t u b e r o s i d a d e d a t í b i a v i a t e n d ã o d o m ú s c u l o q u a d r í c e p s fe r~ : r.

d o jo e lh o .

n a p a t e la e n o l i g a m e n t o d a p a t e la . O m ú s c u l o r e t o f e m o r a l p o s s u i in >e ç ã o d e o r i g e m n a e s p i n h a i l í a c a â n t e r o - i n f e r i o r d e f o r m a q u e , a le m : p r o d u z ir e x t e n s ã o d o jo e lh o , p o d e a u x ilia r n a fle x ã o d o q u a d r il.

Crista ilíaca M. acc

POSTERIOR

M. pectr.sc

Ligamento inguinal M. sartório

M. semitendíneo

M. semimembranáceo femoral

M. bíceps M. tensor da femoral, fáscia lata cabeça longa M. sartório

V ZTB

M.

M. iliopsoas

M. grácil

Nervo isquiático

Veia safena magna

Artéria femoral

M. bíceps femoral, cabeça curta M. pectíneo M. vasto M. adutor lateral longo

M. sartório

M. adutor o

M. adutor magno

M. iliopsoas

M. grácil

Nervo femoral

M. vasto - « o a

M. reto . tM- vaJ ° femoral intermédio

l/asos femorais

M. vasto

M. vasto mediai

M. vasto intermécio

M. reto femoral ANTERIOR (d) Coxa, secção transversal M. vasto mediai

| Inserção oe origem iponeo | Inserção t (ponto move'

Tendão do músculo quadríceps femoral Patela

Ligamento da patela tcj Vista anterior

-■rjra 11.15 (continuação).

Trato ikottra Ligamento az patela M. grac M. sartóno M. ser- -srar.=c (e) Inserções de origem e inserções terminais, vista art=--or

O SISTEMA MUSCULAR

1

t a b e l a

11.7

Músculos que movimentam a perna

Músculo

Inserção de origem (ponto fixo)

inserção terminal (ponto móvel) Ação

T ú b e r is q u i á t i c o e l i n h a á s p e r a d o f ê m u r

C a b e ç a d a f í b u l a , c ô n d i l o la t e r a l d a

F le x ã o n o j o e l h o ; e x t e n s ã o e

tíb ia

r o t a ç ã o la t e r a l n o q u a d r i l

Inervação

FLEXORES DO JOELHO Bíceps fem oral

N e r v o i s q u i á t i c o ; p a r t e tibi^_ ( S 1 - S 3 p a r a c a b e ç a lo n g a

e

r a m o fib u la r c o m u m ( L 5 - S 2 p a ra ca b eç a cu rta )

Sem im em branáceo

T ú b e r is q u i á t i c o

Sem itendíneo

Id e m a o a n te r io r

S u p e r fíc ie p o s te r io r d o c ô n d ilo

F le x ã o n o j o e l h o ; e x t e n s ã o e

N e r v o is q u iá tic o (p a r te

m e d ia i d a t í b i a

r o t a ç ã o m e d ia i n o q u a d r i l

tib ia l L 5 - S 2 )

S u p e r f í c i e p r o x i m a l m e d ia i d a t í b ia ,

Id e m a o a n te r io r

Id e m a o a n t e r io r

S u p e r f í c i e m e d ia i d a t í b i a , p r ó x i m a à

F le x ã o n o j o e l h o ; a b d u ç ã o , fle x ã o

N e rv o fe m o ra l (L 2 -L 3 )

t u b e r o s i d a d e d a t íb ia

e r o t a ç ã o la t e r a l n o q u a d r il

S u p e r fíc ie p o s te r io r d a p a rte

R o t a ç ã o m e d ia i d a t í b i a ( o u

p r o x im a l d o c o r p o d a tíb ia

ro ta ç ã o la te ra l d o fê m u r ) n o

p r ó x im a à in s e r ç ã o d o m . g r á c il

S artorio

E s p i n h a ilía c a â n t e r o - s u p e r i o r

P ophteo

C ô n d i l o la t e r a l d o f ê m u r

N e r v o tib ia l ( L 4 - S 1 )

jo e l h o ; f l e x ã o n o j o e l h o

EXTENSORES DO JOELHO Reto fem oral

E s p i n h a il ía c a â n t e r o - i n f e r i o r e m a r g e m

T u b e r o s id a d e d a tíb ia v ia te n d ã o

E x t e n s ã o n o jo e lh o ; fle x ã o n o

a c e t a b u la r a n t e r i o r d o ílio

d o m . q u a d r í c e p s f e m o r a l , p a t e la e

q u a d r il

N e rv o fe m o ra l (L 2 -L 4 )

li g a m e n t o d a p a t e la

V asto interm édio

S u p e r fíc ie â n te r o -la te r a l d o fê m u r e

Id e m a o a n te r io r

E x te n s ã o n o jo e lh o

Id e m a o a n te r io r

Id e m a o a n t e r io r

Id e m a o a n te r io r

Id e m a o a n t e r io r

Id e m a o a n t e r io r

Id e m a o a n te r io r

Id e m a o a n t e r io r

l i n h a á s p e r a ( m e t a d e d is t a i)

V asto lateral

 n te r o - in fe r io r m e n t e a o tro c a n te r m a io r d o fê m u r e a o lo n g o d a lin h a á s p e r a (m e ta d e p r o x im a l)

V asto m ediai

I TABELA 11.8

T o d a a e x t e n s ã o d a l in h a á s p e r a d o f ê m u r

Músculos que movimentam o pé e os dedos

Músculo

Inserção terminal (ponto móvel)

Ação

inervação

C ô n d i l o la t e r a l e p a r t e p r o x i m a l d o

B a se d o p r im e ir o o ss o m e ta ta rs a l e

D o r s ifle x ã o n o to r n o z e lo ; in v e r s ã o d o p é

N e r v o fib u la r

c o r p o d a t íb i a

c u n e i f o r m e m e d ia i

C ô n d ilo s d o fê m u r

C a lc â n e o , v ia te n d ã o d o c a lc â n e o

Inserção de origem (ponto fixo)

AÇÃO NO TORNOZELO DORSIFLEXORES Tibial a n terio r

p r o fu n d o (L 4 -S 1

FLEXORES PLANTARES G astrocnêm io Fibular curto Fibular longo P lantar Sóleo

F le x ã o p l a n t a r n o t o r n o z e l o ; f l e x ã o n o

(S 1-S 2 )

E v e rs ã o d o p é e fle x ã o p la n t a r n o

N e r v o fib u la r

M a r g e m m é d io - l a t e r a l d a f íb u l a

B a s e d o q u in to o s s o m e ta ta rs a l

to r n o z e lo

s u p e r fic ia l ( L 4 - S 1

C a b e ç a e p a r te p r o x im a l d o c o r p o

B a se d o p r im e ir o o sso m e ta ta rs a l e

E v e r s ã o d o p é e f le x ã o p l a n t a r n o t o r n o z e lo ;

Id e m a o a n te r io r

d a f íb u l a

c u n e i f o r m e m e d ia i

a p ó ia o s a r c o s l o n g i t u d i n a l e t r a n s v e r s o

L i n h a s u p r a c o n d i l a r la t e r a l

P a r te p o s t e r io r d o c a lc â n e o

F le x ã o p l a n t a r n o t o r n o z e l o ; f l e x ã o n o

N e r v o t ib i a l

jo e lh o

(L 4 -S 1)

C a b e ç a e p a rte p r o x im a l d o c o rp o

C a lc â n e o , v i a t e n d ã o d o c a l c â n e o

F le x ã o p l a n t a r n o t o r n o z e l o ; m ú s c u l o

N e r v o is q u iá t ic o ,

d a fíb u la e p a r te p ó s te r o - m e d ia l

(c o m o m . g a s tr o c n ê m io )

p o s tu ra l a o se p o s ic io n a r e m p é

r a m o t ib ia l (S 1-S 2 )

a d ja c e n t e d o c o r p o d a t íb ia

Tibial p osterior

N e r v o t ib i a l

jo e lh o

M e m b r a n a in te ró ss e a e p a r te

N a v ic u la r , t o d o s o s trê s

In v e rs ã o d o p é , fle x ã o p la n t a r n o

a d ja c e n t e d o c o r p o d a t í b i a e d a

c u n e ifo r m e s , c u b ó id e , se g u n d o ,

to r n o z e lo

f íb u l a

t e r c e ir o e q u a r t o o s s o s m e t a t a r s a i s

Id e m a o a n te r io r

AÇÃO NOS DEDOS FLEXORES DOS DEDOS Flexor longo dos dedos Flexor do h álux

S u p e r f í c i e p ó s t e r o - m e d i a l d a t íb ia

S u p e r f í c i e p o s t e r i o r d a f íb u l a

R a m o t ib i a l

S u p e r f í c i e i n f e r i o r d a s f a la n g e s

F le x ã o d a s a r t i c u l a ç õ e s d o s d e d o s I I - V ;

d is ta is d o s d e d o s I I - V

fl e x ã o p l a n t a r n o t o r n o z e l o

(L 5 -S 1)

S u p e r f í c i e i n f e r i o r d a f a la n g e d is t a i

F le x ã o n a s a r t i c u l a ç õ e s d o h á l u x ; f l e x ã o

I d e m a o a n te r io r

d o h á lu x

p la n t a r n o to r n o z e lo

EXTENSORES DOS DEDOS E xtensor longo dos dedos E xtensor longo do h álux

C ô n d i l o la t e r a l d a t íb i a , s u p e r f í c i e

S u p e r f í c i e s u p e r i o r d a s f a la n g e s d o s

E x t e n s ã o d o s d e d o s I I - V ; d o r s ifle x ã o n o

N e r v o fib u la r

a n t e r i o r d a fíb u l a

d ed o s II-V

to r n o z e lo

p r o fu n d o (L 5 , S I

S u p e r f í c i e a n t e r i o r d a f íb u l a

S u p e r f í c i e s u p e r i o r d a f a la n g e d is t a i

E x t e n s ã o n a s a r tic u la ç õ e s d o h á lu x ;

Id e m a o a n te r io r

d o h á lu x

d o r s ifle x ã o n o to r n o z e lo

C a p ít u l o

1 1 * 0 Sistema Muscular: Musculatura Apendicular

M. glúteo médio

M. tensor da fáscia lata

Sacro

M. sartório

M. glúteo máximo

M. glúteo máximo

M. adutor magno M. adutor longo M. reto femoral M. grácil Trato iliotibial

M. bíceps femoral M. semitendíneo

M. vasto lateral M. semimembranáceo M. sartório M. bíceps femoral, cabeça longa

M. reto femoral

M. vasto mediai M. bíceps femoral, cabeça curta M. semimembranáceo Patela

Patela

M. plantar M. gastrocnêmio, cabeça mediai

Ligamento da patela (a) Vista lateral Figura 11.16 (a) Vista lateral

(b) Vista mediai

M ú s c u lo s que m o vim e n ta m a perna, parte II.

dos músculos da coxa direita, (b) Vista mediai dos músculos da coxa direita.

m ú s c u lo s b íc e p s fe m o ra l, se m i­ s a r tó r io (F ig u ra s 1 1 .1 5 a, 1 1 .1 6 a , b

O s fle x o r e s d o jo e lh o in c lu e m o s

m e m b ra n á c e o , s e m ite n d ín e o

e

s u p e r fíc ie d a r e g iã o p o s t e r io r d a c o x a e o s p o n to s d e r e fe r ê n c ia a n a t o ~

::

a s s o c ia d o s a a lg u n s d o s m ú s c u lo s fle x o r e s d o jo e lh o .

e 1 1 . 1 7 ) . E s s e s m ú s c u lo s a p r e s e n t a m in s e r ç ã o d e o r ig e m a o lo n g o d a s m a r g e n s d a p e lv e e in s e r ç ã o t e r m in a l n a t íb ia e n a fíb u la . S u a c o n t r a ç ã o p r o d u z fle x ã o n o jo e lh o . C o m o o s m ú s c u lo s b íc e p s fe m o r a l, s e m it e n d í­ n e o e s e m im e m b r a n á c e o s e o r i g i n a m n a p e lv e , í n f e r o - p o s t e r i o r m e n t e a o a c e t á b u lo , s u a s c o n t r a ç õ e s t a m b é m p r o d u z e m e x t e n s ã o n o q u a d r il. E s ­ ses m ú s c u lo s m u it a s v e z e s s ã o c h a m a d o s d e

músculos do compartimento

posterior.

Músculos que movimentam o pé e os dedos Músculos extrínsecos do pé [Figuras 11.18 a 11.21 a,b e Tabela 11.8] O s m ú s c u l o s e x t r í n s e c o s q u e m o v i m e n t a m o p é e o s d e d o s (Figuras 1 1 1 8 a 11.21a,b) e s t ã o d e t a l h a d o s n a T a b e la 1 1 . 8 . A m a i o r i a d o s m ú s c u l c '

O m ú s c u lo s a r t ó r io é o ú n ic o fle x o r d o jo e lh o q u e se o r ig in a s u p e r io r ­ m e n te a o a c e t á b u lo , e s u a in s e r ç ã o t e r m in a l lo c a liz a - s e a o lo n g o d a r e g iã o m e d ia i d a t íb ia . S u a c o n t r a ç ã o p r o d u z f le x ã o , a b d u ç ã o e r o t a ç ã o la t e r a l

m o v im e n t a m o to r n o z e lo p r o d u z a fle x ã o p la n t a r , e n v o lv id a n o s m o v i ­ m e n t o s d e c a m in h a r e co rre r. O

gran d e

m ú sc u lo g a stro c n ê m io ,

n a “ p a n t u r r i l h a ”, é u m i m p o r i

n o q u a d r il, c o m o a o se c r u z a r as p e r n a s . N o C a p ít u lo 8, o b s e r v a m o s q u e

fle x o r p la n t a r , m a s a s fib r a s m u s c u la r e s le n ta s d o

a a r t ic u la ç ã o d o j o e l h o p o d e s e r t r a v a d a e m e x t e n s ã o to t a l p o r u m a le v e

c e n te , o to r n a m u m m ú s c u lo m a is p o te n te . E s s e s m ú s c u lo s s ã o o b s e r v a d o s

r jt a ç ã o la t e r a l d a tíb ia . O p e q u e n o

m ú sc u lo p o p líte o

p o s s u i in s e r ç ã o d e

rig e m n o fê m u r , p r ó x i m o a o c ô n d ilo la t e r a l, e in s e r ç ã o t e r m in a l n a r e -

m ú s c u lo sóleo.

su b

m a i s c l a r a m e n t e n a s v i s t a s p o s t e r i o r e l a t e r a l (Figuras 11.18 e 11.1C- : O m ú s c u lo g a s t r o c n ê m io te m s u a in s e r ç ã o d e o r ig e m d e d o is te n d

; : I o p o s t e r i o r d o c o r p o d a t í b i a (Figura 11.18). Q u a n d o s e i n i c i a a f l e x ã o

fix o s a o s c ô n d ilo s la t e r a l e m e d ia i e p a r te s a d ja c e n te s d o fê m u r . U m

d o io e lh o , e s s e m ú s c u lo s e c o n t r a i p a r a p r o d u z ir u m a le v e r o t a ç ã o m e d ia i

s e s a m ó id e , a

ü

t í b i a q u e d e s t r a v a a a r t i c u l a ç ã o . A Figura 11.17d m o s t r a a a n a t o m i a d e

fabela, é g e r a l m e n t e

es

e n c o n t r a d o n o i n t e r io r d o m ú s c u lo

t r o c n ê m io . O s m ú s c u lo s g a s t r o c n ê m io e s ó le o c o m p a r t ilh a m u m t e r r i :

O SISTEMA MUSCULAR

Crista ilíaca

Aponeurose glútea, sobre o m. glúteo médio

Crista ilíaca

Aponeurose glútea, sobre o m. glúteo médio

M. tensor da fáscia lata

M. glúteo máximo

M. glúteo máximo

|

Inserção de origem (ponto fixo)

|

Inserção terminal (ponto móvel)

M. glúteo médio

M. glúteo mínimo

M. tensor da fáscia lata

Trato iliotibial

M. adutor magno

M. glúteo médio

M. bíceps femoral, cabeça longa

Nervo isquiático M. adutor magno

M. grácil M. bíceps femoral, cabeça longa

M. semitendíneo

M. semimembranáceo magno

M. bíceps femoral, cabeça curta

Trato iliotibial M. semimembranáceo M. bíceps femoral, cabeça curta

M. semitendíneo

M. semimembranáceo

Veia poplítea Nervo tibial

M. sartório

Tendão do m. grácil

Artéria (vermelho) e veia (azul) poplítea Nervo tibial

M. adutor magno

M. gastrocnêmio, — cabeça mediai

M. gastrocnêmio, cabeça mediai

M. gastrocnêm io,— cabeça lateral (a) Quadril e coxa, vista posterior

F xura 11.17 ia ).

M. sartório

M. gastrocnêmio, cabeça lateral

M. semimembranáceo (b) Inserções de origem e inserções terminais, vista posterior

(c) D issecação superficial, vista posterior

Músculos que movimentam a perna, parte III.

53 posterior dos músculos superficiais da coxa direita, (b) Vista posterior dos ossos do quadril, coxa e região proximal da perna direita, mostrando as inserções

:e gem e inserções terminais dos músculos selecionados, (c) Vista posterior de uma dissecação de músculos da coxa e região proximal da perna (parte 1). (d Anatomia de superfície da coxa direita, vista posterior, (e) Músculos profundos da coxa direita, (f) Vista posterior dos ossos do quadril, coxa e região proximal da perra d

mostrando as inserções de origem e inserções terminais de músculos selecionados (parte 2).

C a p ít u l o

1 1 * 0 Sistema Muscular: Musculatura Apendicular

M. tensor oa fáscia lata M. glúteo máximo M. sartório

M. adutor magno

M. semitendíneo M. adutor magno

M. vasto lateral, recoberto pelo trato iliotibial M. semitendíneo

M. vasto lateral

M. bíceps femoral, cabeça cura

M. adutor magno

M. semimembranáceo M. poplíteo

M. poplíteo (e) Vista posterior

(f) Inserções de origem e inserções terminais, vista posterior

(continuação).

te n d ã o d o calcân eo .

E sse te n d ã o ta m b é m p o d e ser c h a m a d o

Músculos intrínsecos do p é [Figura 11.21 e Tabela 11.9]

e s tã o p a r c ia lm e n t e r e c o b e r t o s p e lo s m ú s ­

ç õ e s d e o r i g e m n o s o s s o s t a r s a i s e d o p é (Figura 11.21 e T a b e la 1 1 . 9

“tendão de Aquiles.” O s d o is

M. pectinec M, ilíaco

M. vasto intermédio

M. vasto mediai

(d) Vista posterior

de

Inserção de origem (ponto fixo) Inserção terminal (ponto móvel)

M. adutor longo

Tendão do m. bíceps femoral, cabeça curta M. semitendíneo Fossa poplítea M. bíceps femoral, Compartimentocabeça longa posterior M. gastrocnêmio, . M. semimembranáceo cabeça mediai M. sartório M. gastrocnêmio, cabeça lateral

com u m , o

| |

M. grácil M. bíceps femoral, cabeça curta

Figura 11.17

M. psoas —a c r

M. semimembranáceo

M. bíceps femoral, -Compartimento cabeça longa posterior M. sartório M. semimem­ branáceo

M. reto fe rx ra

M. bíceps femoral, cabeça curta

m ú scu lo s fib u la re s

O s p e q u e n o s m ú s c u lo s in t r ín s e c o s q u e m o v im e n t a m o s d e d o s tê m in s e r ­ . A l­

c u lo s g a s t r o c n ê m i o e s ó l e o (Figura 11.18b,c,d). E s s e s m ú s c u l o s r e a l i z a m

g u n s d o s m ú s c u lo s fle x o r e s tê m in s e r ç õ e s d e o r ig e m n a m a r g e m a n : e - : r

? v e r s ã o d o p é e fle x ã o p la n t a r d o to r n o z e lo . A in v e r s ã o d o p é é c a u s a d a

d o c a lc â n e o ; s e u to n o m u s c u la r c o n t r ib u i p a r a m a n t e r o a r c o lo n g it u d ir =

p e la c o n t r a ç ã o d o

m ú sc u lo tib ia l;

o g ra n d e

m ú s c u lo tib ia l a n te r io r

se

s p õ e a o m ú s c u l o g a s t r o c n ê m i o e p r o d u z d o r s i f l e x ã o d o t o r n o z e l o (Figu­

ras 11.1 9 e 11.20). M ú s c u lo s im p o r t a n t e s q u e m o v im e n t a m o s d e d o s d o p é tê m in s e r -

d o pé. A s s im c o m o o c o r r e n a m ã o , o s p e q u e n o s m ú s c u lo s in te r ó s s e o s p o s ­ s u e m in s e r ç ã o d e o r ig e m n a s s u p e r fíc ie s la t e r a l e m e d ia i d o s o s s o s m e t a t ir s a is . O s q u a t r o

m ú scu lo s in te ró sse o s d o rsa is

a b d u z e m a s a r t i c u l a ç õ e ? rr .e-

: õ e s d e o r i g e m n a s u p e r f í c i e d a t í b i a , d a f í b u l a , o u d e a m b a s (F ig u ra s

ta ta r s o fa lâ n g ic a s d o s d e d o s I I I e IV , e n q u a n t o o s trê s

11.18 a 11.20). G r a n d e s f a i x a s t e n d í n e a s c i r c u n d a m o s t e n d õ e s d o s m ú s -

p la n ta re s

r u lo s t i b i a l a n t e r i o r , e x t e n s o r l o n g o d o s d e d o s e e x t e n s o r l o n g o d o h á l u x

T rê s m ú s c u lo s in t r ín s e c o s d o p é m o v im e n t a m o h á lu x . O m ú scu ­ lo flex o r c u rto d o h á lu x f l e t e o h á l u x , e n q u a n t o o m ú sc u lo a d u to r do h á lu x o a d u z e o m ú sc u lo a b d u to r d o h á lu x o a b d u z .

i a r e g iã o d a a r t ic u la ç ã o d o t o r n o z e lo . A s p o s iç õ e s d e s ta s b a in h a s s ã o e s ta ­ b iliz a d a s p e l o s

re tin á c u lo s s u p e r io r e in f e rio r d o s m ú sc u lo s e x te n so re s

Figuras 1 1 .1 9 ,11.20a e 11.21a).

m ú scu lo s interòss«>>

a d u z e m a s a r tic u la ç õ e s m e t a t a r s o fa lâ n g ic a s d o s d e d o s III-V ,

U m n ú m e r o m a io r d e m ú s c u lo s in t r ín s e c o s p a r t ic ip a d a fle x ã o d a a r tic u la ç õ e s d o s d e d o s e m r e la ç ã o a o s m ú s c u lo s q u e p a r t ic ip a m d a e x t e n -

312

£

0 S IS T E M A M U S C U L A R

Tendão do m. grácil

Nervo tibial

Tendão do m. semitendíneo M. plantar

Tendão do m. bíceps femorai

Tendão do m. semimembranáceo

Nervo fibular comum

M. plantar (seccionado)

M. poplíteo

M. gastrocnêmio. cabeça mediai

M. gastrocnêmio, cabeça lateral

M. sóleo

M. gastrocnêmio, cabeça mediai

M. s ó le o -------M. gastrocnêmio, cabeça lateral

M. fibular longe M. sóleo Tendão do calcâneo

M. gastrocnêmio (seccionado e removido)

M. flexor longo do hálux

M. flexor longo dos dedos

M. fibular curto

Tendão do m. tibial posterior

Calcâneo Tendão do calcâneo

Calcâneo

(a) Músculos superficiais, vista posterior

(b) vjstg posterjor

F gura 11.18 Músculos extrínsecos que movimentam o pé e os dedos, parte I. (a js c u Ios superficiais da superfície posterior da perna; estes grandes músculos são responsáveis fundamentalmente pela flexão plantar, (b) Vista posterior de urr : ssecação dos músculos superficiais da perna direita, (c) Vista posterior dos músculos profundos da perna, (d) vista posterior dos ossos da perna e do pé direitc

-cstrando as inserções de origem e as inserções terminais de músculos selecionados. Para vistas em secção, ver Figura 1l.24c,d.

C a p it u l o

11 • O Sistema Muscular: Musculatura Apendicular

Inserção de origem (ponto fixo) Inserção terminal (ponto móvel)

Cabeça da fíbula M. plantar M. gastrocnêmio

M. gastrocrê- < cabeça late^a

■M. tibialposterior

M. fibular longo

M. sóleo M. poplíteo

M. tibial posterior

— M. flexor — longo dos dedos

M. flexor longo do hálux

M. fibular curto

Flexor longo dos dedos

M. flexor longo do hálux

M. fibular curte:

Tendão do m. fibular curto Tendão do m. fibular longo Tendão do calcâneo (para o m. gastrocnêmio e o m. sóleo)

(c) Músculos profundos, vista posterior

Figura 11.18

(c o n tin u a ç ã o ).

(d) Inserções de origem e inserções terminais, vista posterior

O SISTEMA MUSCULAR

M. vasto atefat

Trato iliotib a M. bíceps femora cabeça curta

Trato iliotibial

^gar-ento

Patela Cabeça da fíbula

js cateia

Cabeça da f . a

dc

Ligamento da patela

M. gastrocnêmio, cabeça lateral

Face mediai corpo da tíbia

M. tibial anterior

V gastrocnêmio, cabeça mediai

M. fibular longo

V . tibiaJ anterior

M. sóleo

M. gastrocnêmKD cabeça lateral

M. fibular curto

M. tibial anterior

M. extensor longo dos 'dedos

M. sóleo

M. sóleo

V ro-al posterior

Retináculo superior dos músculos extensores

Retináculo superior dos músculos extensores '.'aéolo mediai

-

Tendão do : : 2 anterior

M. fibular longo

Maléolo lateral

Tendão do calcâneo

Nervo fibular superficial

Retináculo inferior dos músculos extensores

Retináculo dos músculos flexores

M. fibular curto Tendão do m. extensor do hálux

Retináculo inferior dos músculos extensores

M. extensor longe dos dedos

M. abdutor do hálux

(a) Vista mediai

Tendão do calcâneo

(b) Vista lateral

Maléolo lateral

Retináculo infere^ dos músculos extensores Calcâneo

Figura 11.19 Músculos extrínsecos que movimentam o pé e os dedos, parte II. a . sta mediai dos músculos superficiais da perna esquerda, (b) Vista lateral dos músculos superficiais :5 :ema esquerda, (c) Vista lateral de uma dissecação dos músculos superficiais da perna esquerda.-

íè o .O músculo flexor curto dos dedos, o músculo quadrado plantar

r : s quatro músculos lumbricais são responsáveis pela flexão das ar::ju.ições dos dedos II-V. O músculo flexor curto do dedo mínimo é resronsável pela flexão do dedo V. A extensão dos dedos é realizada pelo musculo extensor curto dos dedos. Esse músculo auxilia o músculo ex:ensor longo do hálux e também auxilia o músculo extensor longo dos ded: s ver Tabela 11.8) na extensão dos dedos II-IV. É o único músculo intrínseco encontrado no dorso do pé.

(c) Vista lateral direita, músculos superficiais

Va r e v i s ã o d o s c o n c e i t o s

1. Qual movimento da coxa está comprometido pela lesão dos músculos o£> turadores? 2. Freqüentemente se tem notícia de atletas que sofreram uma distensão czi músculos posteriores da coxa. Descreva os músculos envolvidos nessa lesãc 3. A qual grupo pertencem os músculos pectíneo e grácil? 4. Qual é o nome coletivo dos músculos extensores do joelho?

Veja a seção de Respostas na parte final do livro.

C a p ítu lo

1 1 * 0 Sistema Muscular: Musculatura Apendicular

PROFUNDOS

SUPERFICIAIS

m ím

315

M. reto femoral M. vasto mediai M. sartório

Patela Trato iliotibial Ligamento da patela

Tuberosidade da tíbia

M. vasto lateral Tendão do m. quadríceps femoral Trato iliotibial Patela Côndilo mediai Inserção de origem (ponto fixo) do fêmur

■ Inserção terminal (ponto móvel) Ligamento da patela

Tuberosidade da tíbia Fíbula M. fibular longo

M. tibial anterior

M. extensor longo dos dedos

M. gastrocnêmio Ligamento da patela M. fibular longo

M. sóleo

M. tibial anterior M. extensorlongo do hálux M. fibular curto

M. extensor longo dos dedos

Retináculo superior dos músculos extensores

M. extensor longo do hálux Maléolo lateral

Maléolo lateral Retináculo inferior dos músculos extensores

(b) Inserções de origem e inserções terminais, vista anterior

(a) Vista anterior

(c) Vista anterior

pira 11.20 M úsculos extrínsecos que movim entam o pé e os dedos, parte III.

• . stas anteriores mostrando músculos superficiais e profundos da perna direita, (b) Vista anterior dos ossos da perna direita, mostrando inserções de o rig e - e sezões terminais de músculos selecionados, (c) Vista anterior de uma dissecação dos músculos superficiais da perna direita.

O SISTEMA MUSCULAR

Tendão do m. fibular curto M. fibular curto

iBfcnánio superior dos -" - scjios extensores

Maléolo mediai (tíbia)

Maléolo lateral (fíbula)

Retináculo superior dos m úsculos extensores

Tendão do m. tibial anterior

- r* ~ =: - : nferior dos j s c j í o s extensores

M. extensor curto do hálux

lendões do m. extensor iongo d o s dedos

Tendão do m. tibial anterior

Retináculo inferior dos m úsculos extensores

Tendão do m. extensor longo do hálux M. abdutor do hálux Tendão do m. extensor curto do hálux

v — -:eró sseo s dorsais -t :

Maléolo mediai (tíbia)

Maléolo lateral (fíbula)

:: extensor curto dos dedos

Tendão do m. extensor longo do hálux

Tendões do m. extensor longo dos dedos

M. abdutor do hálux Tendão do m. extensor curto do hálux

Mm. interósseos dorsais Expansão extensora

Tendões do m. extensor curto dos dedos

Expansão extensora

(a) Vista dorsal

Inserção de origem (ponto fixo) Inserção terminal (ponto móvel)

Tendão do calcâneo (para fixação do m. gastrocnêm io e m. sóleo)

M. flexor longo dos dedos

„ — M. flexor longo do hálux

M. flexor curto dos dedos

Mm. abdutor do hálux e flexor curto do hálux

M. abdutor do dedo mínimo

M. extensor curto dos dedos

M. fibular longo

Mm. interósseos plantares

M. fibular curto

M. tibial anterior M. adutor do hálux M. flexor curto do dedo mínimo

Mm. ^terósseos dorsais

M. tibial posterior

M. flexor curto do hálux M. extensor curto d o s dedos

M. quadrado plantar M. extensor curto do hálux

M. abdutor do hálu

M. abdutor do dedo mínimo

M. flexor curto dos dedos

M. extensor longo do hálux

M. extensor longo dos dedos

•Vista plantar

Vista dorsal (b) Inserções de origem e inserções terminais

= §j ra 11.21

M ú scu lo s in trín secos que m ovim en tam o pé e o s dedos.

a . stas dorsais do pé direito, (b) Vistas dorsal (superior) e plantar (inferior) dos ossos do pé direito, mostrando as inserções de origem e inserções terminais de mi : u c s selecionados, (c) Pé direito, secção ao nível dos ossos metatarsais. (d) Vista plantar (inferior), camada superficial do pé direito, (e) Vista plantar (inferior), cama : ' r - ' K 2a do pé direito, (f) Vista plantar (inferior) da camada mais profunda do pé direito.

C a p ítu lo

M. adutor do hálux

11 • O Sistema M uscular: M usculatura A pendicula r

Tendões do m. extensor longo dos dedos

Bainhas tendíneas fibrosas

Músculos lumbricais

Tendão do m. extensor rjrto do hálux

Tendões do m. extensor curto dos dedos Tendões do m. flexor curto dos dedos em sobreposição aos Mm. interósseos tendões do m. flexor longo dos dedos dorsais

Tendão do m. extensor ongo do hálux

Primeiro osso metatarsal

. , M. flexor curto M. oponente do , , . , , . . do dedo mínimo dedo mínimo

Tendões do m. flexor longo dos dedos M. abdutor do hálux

M. abdutor do dedo mínimo M. flexor curto do dedo mínimo

M. flexor curto do hálux

Mm. interósseos plantares

Tendão do m. flexor longo do hálux

M. flexor curto oc hálux

Aponeurose plantar

Tendões do m. flexor Músculos curto dos dedos lumbricais

M. abo-tcr do hálux

M. abdutor do dedo mínimo

M. flexor cxrtc dos dedos

Aponeurose — plantar (seccionada)

(c) Pé direito, secção ao nível dos ossos metatarsais

Calcâneo

(d) Vista plantar, camada superficial

Tendão do m. flexor longo do hálux

Tendões do m. flexor longo dos dedos Tendões do m. flexor curto dos dedos

M. adutor do hálux (cabeça transversa)

M. flexor curto do hálux

Mm. lumbricais

M. abdutor do hálux (seccionado e afastado)

M. abdutor do dedo mínimo (seccionado) M. flexor curto do dedo mínimo

M. flexor c u rz do háJux

M. abdutor do dedo mínimo (seccionado)

M. adutor dc hálux ícaDeçs oblíquaj

Mm. interósseos plantares M. flexor curto do dedo mínimo

Tendão do m. flexor longo dos dedos Tendão do m. fibular curto

Tendão do m. tibial posterior

Tendão do m. fibular longo

M. quadrado plantar

M. abdutor do dedo mínimo (seccionado)

M. flexor curto dos dedos (seccionado) M. abdutor do hálux (seccionado)

Calcâneo

Tendão do m. titxa posteoor

Tendão do m. fibular curto

Ligamento plantar

Tendão do m. fibular longo

Tendão do m. flexor c rg c dos deoos (seccionaoc

M. flexor curto dos dedos (seccionado)

Tendão do m. flexor tangi do hálux (seccionacx>

Calcâneo

Aponeurose plantar (seccionada) (e) Vista plantar, camada profunda

Figura 11.21

(continuação).

Aponeurose

(f) Vista plantar, camada mais profunda

plantar (secckytaoE.

O SISTEMA MUSCULAR

I TABELA 11.9

Músculos intrínsecos do pé

Músculo

Inserção de origem (ponto fixo)

Inserção terminal (ponto móvel)

Ação

inervaçao

Extensor cu rto dos dedos

C alcâneo (superfícies lateral e superior)

Superfície dorsal dos dedos I-IV

Extensão nas articulações m etatarsofalângicas dos dedos I-IV

N ervo fibular p ro fu n d o (S l, S 2 :

A bdutor do hálux

Calcâneo (tuberosidade, n a superfície inferior)

Superfície m ediai da falange proxim al do hálux

A bdução n as articulações m etatarsofalângicas do hálux

N ervo p la n ta r m edia (S2, S3)

Flexor cu rto dos dedos

Idem ao a n te rio r

Superfícies laterais das falanges m édias, dedos II-V

Flexão nas articulações interfalângicas dos dedos II-V

Idem ao anterior

A bdutor do dedo m ínim o

Idem ao an terio r

Superfície lateral da falange proxim al, dedo V

A bdução e flexão na articulação m etatarsofalângica do dedo V

N ervo p la n ta r lateral (S2, S3)

Q uadrado p lantar

Calcâneo (superfícies m ediai e inferior)

Tendão do m. flexor longo dos dedos

Flexão nas articulações dos dedos II-V

Idem ao an terio r

Lnmbricais (4)

Tendões d o m. flexor longo dos dedos

Inserções term inais do m . extensor longo dos dedos

Flexão nas articulações m etatarsofalângicas; extensão nas articulações interfalângicas dos dedos II-V

N ervo p la n ta r media] (S l), n ervo p lan tar lateral (S2-S4)

Flexor curto do hálux

C ubóide e cu n eifo rm e lateral

Falange proxim al do hálux

Flexão n a articulação m etatarsofalângica do hálux

N ervo p la n ta r m edia! (L4-S5)

A dutor do hálux

Bases dos ossos m etatarsais II-IV e ligam entos plantares

Idem ao an terio r

A dução e flexão na articulação m etatarsofalângica do hálux

N ervo p la n ta r lateral (S1-S2)

Flexor curto do dedo mínimo

Base d o osso m etatarsal V

Superfície lateral da falange proxim al do d ed o V

Flexão na articulação m etatarsofalângica do dedo V

Idem ao an terio r

Interósseos dorsais (4)

Superfícies laterais dos ossos m etatarsais

Superfícies m ediai e lateral do dedo • II, superfície lateral dos dedos III e IV

A bdução nas articulações m etatarsofalângicas dos dedos III e IV; flexão nas articulações m etatarsofalângicas e extensão nas articulações interfalângicas dos dedos II a IV

Idem ao an terio r

Interosseos plantares (3)

Bases e superfícies m ediais dos ossos m etatarsais

Superfícies m ediais d os dedos III-V

Adução nas articulações metatarsofalângicas dos dedos III-V; flexão nas articulações m etatarsofalângicas e extensão nas articulações interfalângicas

Idem ao an terio r

extensor (Figuras

Fáscias, camadas e compartimentos musculares

q u i a l e b r a q u i a l e s t ã o l o c a li z a d o s n o c o m p a r t i m e n t o a n t e r i o r ; o m ú s c u lo

I

t r a j e t o a o l o n g o d o s l i m i t e s e n t r e e le s.

I a p itm lo 3 a p r e s e n t o u o s v á r i o s t i p o s d e f á s c ia s d o c o r p o e a m a n e i r a

11.22 e 11.23). O s m ú s c u l o s b í c e p s b r a q u i a l , c o r a c o b r a ­

tr íc e p s b r a q u ia l p r e e n c h e o c o m p a r t im e n t o p o s te r io r . O s p r in c ip a is v a so s s a n g ü ín e o s , lin fá t ic o s e n e r v o s d o s d o is c o m p a r tim e n to s p o s s u e m o seu

p e t a q u a l e s t a s d e n s a s c a m a d a s d e t e c id o c o n e c t i v o f o r n e c e m u m a e s t r u ­

A s e p a r a ç ã o e n tre o s c o m p a r t im e n t o s a n t e r io r e p o s t e r io r se to r n a

tu r a de su ste n ta ç ã o p a r a o s te c id o s m o le s d o c o r p o , o » p á g . 7 4 E x is te m

m a is p r o n u n c ia d a o n d e a fá s c ia p r o fu n d a fo r m a lâ m in a s fib r o s a s e s p e s ­

r e s t ip o s b á s ic o s d e fá s c ia : (a ) a

fáscia superficial, u m a c a m a d a d e t e c i d o fáscia profunda, u m a c a m a d a f i b r o s a d e n -

sas, o s

i r e : ia r p r o f u n d a à p e le ; ( 2 ) a

s e p to in t e r m u s c u la r la t e r a l se e s te n d e a o lo n g o d a s u p e r fíc ie la t e r a l d a

5* _ ; i d a a c á p s u l a s , p e r i ó s t e o s , e p i m í s i o s e o u t r a s b a i n h a s f i b r o s a s q u e e-

: / e m ó r g ã o s in t e r n o s ; e ( 3 ) a

fáscia subserosa, u m a

c a m a d a d e te c id o

a r e c L a r s e p a r a n d o u m a m e m b r a n a s e r o s a d e e s t r u t u r a s a d ja c e n t e s . A s í b r a s d e t e c id o c o n e c t iv o d a f á s c ia p r o f u n d a s u s t e n t a m e in t e r c o o e c t a m o s m ú s c u l o s e s q u e l é t i c o s a d ja c e n t e s , m a s p e r m i t e m m o v i m e n t o s i r d e p ín d e n t e s . E m g e r a l, q u a n to m a is p r ó x im a s fo r e m a s o r ie n t a ç õ e s ,

septos intermusculares lateral

e

mediai (Figura 11.23a,b).

d iá fis e u m e r a l a p a r t ir d o e p ic ô n d ilo la t e r a l a té a

o músculo deltóide.

O

tuberosidade para

O s e p to in t e r m u s c u la r m e d ia i é u m p o u c o m a is

c u r to , e s t e n d e n d o - s e a o lo n g o d a s u p e r fíc ie m e d ia i d a d iá fis e d o ú m e r o , d o e p i c ô n d i l o m e d i a i a t é a i n s e r ç ã o d o m ú s c u l o c o r a c o b r a q u i a l (Figura

11.23e). A fá s c ia p r o f u n d a e a m e m b r a n a in t e r ó s s e a d o a n t e b r a ç o d iv id e m o

superficial, profundo e extensor ( F i­

n : e s e i m p l i t u d e d e m o v i m e n t o s d e d o i s m ú s c u l o s , m a i o r s u a in t e r c o -

a n te b ra ç o e m trê s c o m p a r tim e n to s :

zcxã:

guras 11.22 e 11.23c,d,e). S u b d i v i s õ e s m e n o r e s d a f á s c i a d i v i d e m e s s e s

f á s c ia p r o f u n d a . I s s o p o d e t o r n a r m u i t o d i f í c i l a s u a s e p a r a ç ã o

a m a d is s e c a ç ã o a n a tô m ic a . P o r o u t r o la d o , se s u a s o r ie n t a ç õ e s e a ç õ e s

c o m p a r t im e n t o s e s e p a r a m g r u p o s m u s c u la r e s c o m fu n ç õ e s d ife r e n te s .

: : : e — d i f e r e n t e s , e le s e s t a r ã o i n t e r c o n e c t a d o s m e n o s i n t i m a m e n t e e s e r á

O s c o m p o n e n te s d o s c o m p a r tim e n to s d o m e m b r o s u p e r io r e stã o in d ic a ­

— a is í a c i l ^ e p a r á - lo s e m u m a d is s e c a ç ã o .

d o s n a T a b e la 1 1 . 1 0 .

N o s m e m b r o s , c o n tu d o , a s itu a ç ã o é c o m p lic a d a p e lo fa to d e q u e o s a s c u lo s e stã o a g r u p a d o s fir m e m e n te a o r e d o r d o s o s s o s e as in te r c o n e -

e

e n t r e a f á s c ia s u p e r f i c i a l , a f á s c i a p r o f u n d a e o p e r i ó s t e o s ã o b a s t a n t e s : r te s , A í a s c i a p r o f u n d a s e e s t e n d e e n t r e o s o s s o s e a f á s c i a s u p e r f i c i a l , s e ­ p a r a n d o o s t e c id o s m o l e s d o m e m b r o e m

compartimentos i n d i v i d u a i s .

Compartimentos do membro inferior [F ig u ra 11.24 e T ab ela 11.11] A c o x a c o n té m o s

septos intermusculares mediai

e

lateral

q u e se d is ­

t a n c i a m a p a r t i r d o fê m u r , b e m c o m o a lg u m a s s u b d i v i s õ e s m e n o r e s , t a m ­

Compartimentos do membro superior

b é m f o r m a d a s p o r fá s c i a s , q u e s e p a r a m g r u p o s m u s c u la r e s a d ja c e n t e s . D e u m a f o r m a g e r a l, a c o x a p o d e s e r d i v i d i d a e m

F ig u ra s 1 1 .2 2 /1 1.23 e T ab ela 11.10]

1

compartimento anterior, ou comcompartimento posterior, o u compartimento

_ i : i p r o fu n d a d o b ra ç o c r ia u m

flexor, e

um

mediai e posterior (Figura 11.4a,b).

compartimentos anterior,

O c o m p a r tim e n to a n t e r io r c o n té m

o g r u p o f o r m a d o p e lo s m ú s c u l o s t e n s o r d a f á s c i a l a t a , s a r t ó r i o e q u a d r í ­ ce p s. O c o m p a r t im e n t o p o s t e r io r c o n té m o m ú s c u lo b íc e p s fe m o r a l, o

C a p ít u l o

11 • O Sistema Muscular: Musculatura Apendicular

Nota clínica Síndrome compartimental vasos sangüíneos e nervos, dirigindo-se a músculos específicos no interior do membro, pe­ netram e se ramificam no interior dos compartimentos muscu­ lares apropriados (Figuras 11.22 e 11.23). Quando ocorre uma le­ são de esmagamento, uma contusão severa ou uma distensão, os vasos sangüíneos do interior de um ou mais compartimen­ tos podem ser lesados, tornando-se edemaciados com tecidos, fluidos e sangue extravasados dos vasos danificados. Como as partições de tecido conectivo são muito resistentes, o líquido acumulado tem vazão e a pressão aumenta no interior do com­ partimento acometido. Por fim, a pressão no interior do compar­ timento eleva-se de tal modo a comprimir os vasos sangüíneos da região e obstruir o suprimento circulatório para os músculos e nervos envolvidos. Esta compressão produz uma condição isquêmica conhecida como s ín d r o m e c o m p a r tim e n ta l. Incisões longitudinais ao longo do eixo do compartimento lesado ou até a implantação de um dreno são medidas de emergência para se conseguir a diminuição da pressão interna. Se essas medidas não forem tomadas a tempo, o conteúdo do compartimento sofrerá lesão grave. Os nervos do compartimento afetado são destruídos após 2 a 4 horas de isquemia, embora eles possam apresentar algum grau de regeneração caso a circulação seja restabelecida. Após 6 horas ou mais, o tecido muscular também será destruído e não haverá regeneração. Os músculos serão substituídos por tecido cicatricial, e o encurtamento das fibras de tecido conectivo pode resultar em contratura, uma redução permanente no comprimento do músculo.

T A B E LA 11.10

C O M PA R TIM EN TO LA TER A L

• M. extensor radial longo do carpo • M. extensor radial curto do carpo • M. braquiorradial • Artéria e nervo radial

C O M P A R T IM E N T O PO STER IO R

M. ' M. ■M. ■M. ■M. 1 M. 1

ancôneo abdutor longo do polegar extensor longo do polegar extensor ulnar do carpo extensor dos dedos extensor do indicador

• M. extensor a r : do polegar • M. extensor do dedo mínimo • M. supinador

C O M P A R TIM EN T O A N TER IO R P R O FU N D O

• M. flexor profundo dos deocs » M. pronador quadrado » M. flexor longo do polegar • Artéria, veia e nervo interósseo M. flexor ulnar do carpo • M. pronador redondo > M. flexor superficial dos deOos • M. palmar longo >Nervo, veia e artéria ulnar

D is p o s iç ã o tr id im e n s io n a l d a s d e lim ita ç õ e s e s t a b e le c i­ d a s p o r s e p to s e fá s c ia s n o a n te b r a ç o d ire ito .

C o m p a rtim e n to s d o m e m b ro su p e rio r

Compartimento

Músculos

Vasos sangüíneos1,2

Nervos3

B íc e p s b r a q u ia l

A r t é r ia b r a q u ia l

N e r v o m e d ia n o

B r a q u ia l

A r t é r ia c o la te r a l u ln a r in fe r io r

N e r v o m u s c u lo c u tâ n e o

C o r a c o b r a q u ia l

A r t é r ia c o la te r a l u ln a r s u p e r io r

N e r v o u ln a r

BRAÇO

Compartimento anterior

V e ia s b r a q u ia is

Compartimento posterior

T ríc e p s b r a q u ia l

A r t é r ia b r a q u ia l p r o fu n d a

N e r v o r a d ia l

F le x o r r a d ia l d o c a r p o

A r t é r ia r a d ia l

N e r v o m e d ia n o

F le x o r u ln a r d o c a r p o

A r t é r ia u ln a r

N e r v o u ln a r

ANTEBRAÇO

Compartimento anterior Superficial

; F le x o r s u p e r fic ia l d o s d e d o s P a lm a r lo n g o P ro n a d o r red o n d o

Profundo Compartimento lateral4

F le x o r p r o fu n d o d o s d e d o s

A r t é r ia in te r ó ss e a a n t e r io r

N e r v o in te r ó s s e o a n t e r io r

F le x o r lo n g o d o p o le g a r

A r t é r ia r e c o r r e n te u ln a r , r a m o a n t e r io r

N e r v o u ln a r

P ro n a d o r q u ad rad o

A r t é r ia r e c o r r e n te u ln a r , r a m o p o s t e r io r

N e r v o m e d ia n o

B r a q u io r r a d ia l

A r té r ia ra d ia l

N e r v o r a d ia l

A r t é r ia in te r ó s s e a p o s t e r io r

N e r v o in te r ó s s e o p o s t e r io r

E x t e n s o r r a d ia l c u r t o d o c a r p o E x t e n s o r r a d ia l lo n g o d o c a r p o

Compartimento posterior

A b d u t o r lo n g o d o p o le g a r A ncôneo E x t e n s o r u ln a r d o c a r p o

A r t é r ia r e c o r r e n te u ln a r , r a m o p o s t e r io r

E xten so r d o s dedos E x t e n s o r d o d e d o m ín im o E x t e n s o r d o in d ic a d o r E x t e n s o r c u r t o d o p o le g a r E x t e n s o r lo n g o d o p o le g a r S u p in a d o r

Vasos cutâneos não estão listados.2Apenas vasos de grande diâmetro estão listados.3Nervos cutâneos não estão listados.4Contém o que algumas vezes é chamado de grupo de radial ou ântero-lateral.

O SISTEMA MUSCULAR

M. deltóide

Cabeça lateral

- M. tríceps Cabeça longa_ braquial

Septo intermuscular mediai M. coracobraquial M. bíceps braquial

M. tríceps braquial

COMPARTIMENTO POSTERIOR

Septo intermuscular lateral

Septo intermuscular mediai

M. braquial

COMPARTIMENTO ANTERIOR

M. bíceps braquial

(b)

M. extensor ulnar do carpo COMPARTIMENTO POSTERIOR COMPARTIMENTO ANTERIOR PROFUNDO

M. extensor dos dedos M. extensor radial curto do carpo

M. flexor profundo dos dedos M. flexor superficial dos dedos

COMPARTIMENTO LATERAL

COMPARTIMENTO SUPERFICIAL ANTERIOR

M. braquiorradial

M. extensor ulnar do carpo COMPARTIMENTO POSTERIOR

M. extensor radial curto do carpo

COMPARTIMENTO ANTERIOR PROFUNDO

M. flexor profundo dos dedos

COMPARTIMENTO LATERAL

M. flexor superficial dos dedos COMPARTIMENTO SUPERFICIAL ANTERIOR

(d) Figura 11.23

Com partim entos m usculoesqueléticos do membro superior.

(a), (b) Secções transversais nas regiões proximal e distai do braço direito, mostrando músculos selecionados, (c), (d) Secções transversais nas regiões proximal e distai do antebraço, mostrando músculos selecionados, (e) Vista anterior do úmero mostrando as localizações dos septos intermusculares

lateral e mediai.

C a p it u l o

Figura 11.23

(continuação).

11 • O Sistema Muscular: Musculatura Apendicular

s e m im e m b r a n á c e o e o s e m ite n d ín e o ; o c o m p a r t im e n t o m e d ia i c o n t e m

r

m ú s c u lo s g rá c il, p e c tín e o , o b t u r a d o r e x te r n o , a d u to r lo n g o , a d u t o r c ~ - : e a d u t o r m a g n o ( T a b e la 1 1 . 1 1 ) . A tíb ia e a fíb u la , a m e m b r a n a in te r ó s s e a d a p e r n a e o s s e p to s

e í

re ­

com p artim en to anterior u m com p artim en to lateral, e o s com p a rtim en to s posteriores, super ficial e p rofun do (Figura 11.24c,d). O c o m p a r t i m e n t o a n t e r i o r o r . : e n a c r ia m q u a tr o g ra n d e s c o m p a r tim e n to s : u m

m ú s c u lo s q u e p r o d u z e m

d o r s ifle x ã o n o to r n o z e lo , e x t e n s ã o d o s d e r

-

e in v e r s ã o / e v e r s ã o n o to r n o z e lo . O s m ú s c u lo s d o c o m p a r t im e n t o la t e r * p r o d u z e m e v e r s ã o e fle x ã o p la n t a r n o to r n o z e lo . O s m ú s c u lo s s u p e r" ; d o c o m p a r t im e n t o p o s t e r io r p r o d u z e m fle x ã o n o to r n o z e lo , e n q u a r .:: m ú s c u lo s d o c o m p a r t im e n t o p o s t e r io r p r o fu n d o p r o d u z e m fle x ã o r . : :o r n o z e lo , a lé m d e s u a s a ç õ e s e s p e c ífic a s n a s a r t ic u la ç õ e s d o p é e d o s

Cr d

O s m ú s c u lo s e o u t r a s e s tr u tu r a s d e sse s c o m p a r t im e n t o s e s tã o i n d i c n n a T a b e la 1 1 . 1 1 .

(e)

T A B E LA 11.11

C o m p a rtim e n to s d o m e m b ro in ferior

C o m p a rtim e n to

COXA Compartim ento anterior

Compartim ento mediai

Compartim ento posterior

PERNA Compartim ento anterior

Compartim ento lateral Compartim ento posterior Superficial

Profundo

M ú s c u lo s

V a so s sa n g ü ín e o s

N ervo s

Iliopsoas Ilíaco Psoas maior Psoas menor Quadríceps femoral Reto femoral Vasto intermédio Vasto lateral Vasto mediai Sartório Pectíneo Adutor curto Adutor longo Adutor magno Grácil Obturador externo Bíceps femoral Semimembranáceo Semitendíneo

Artéria femoral Veia femoral Artéria femoral profunda Artéria circunflexa femoral lateral

Nervo femoral Nervo safeno

Artéria obturatória Veia obturatória Artéria femoral profunda Veia femoral profunda

Nervo obturatório

Artéria femoral profunda Veia femoral profunda

Nervo isquiático

Artéria tibial anterior Veia tibial anterior

Nervo fibular profundo

Extensor longo dos dedos Extensor longo do hálux Fibular terceiro Tibial anterior Fibular curto Fibular longo Gastrocnêmio Plantar Sóleo Flexor longo dos dedos Flexor longo do hálux Poplíteo Tibial posterior



Artéria tibial posterior Artéria fibular Veia fibular Veia tibial posterior

Nervo fibular superficial

Nervo tibial

0 SISTEMA MUSCULAR

COMPARTIMENTO POSTERIOR

M. bíceps femoral e m. semitendíneo M. glúteo máximo Nervo isquiático

COMPARTIMENTO MEDIAL

M. adutor magno M. adutor longo Artéria, veia e nervo femoral

COMPARTIMENTO ANTERIOR

M. reto femoral M. vasto lateral

M. bíceps femoral

COMPARTIMENTO POSTERIOR Nervo isquiático

M. adutor magno COMPARTIMENTO MEDIAL

M. adutor longo M. vasto lateral

Artéria, veia e nervo femoral

COMPARTIMENTO ANTERIOR

M. reto femoral

COMPARTIMENTO LATERAL

M. gastrocnêmio

M. fibular longo M. fibular curto Nervo fibular superficial

COMPARTIMENTO POSTERIOR SUPERFICIAL M. gastrocnêmio M. sóleo M. plantar

COMPARTIMENTO POSTERIOR SUPERFICIAL

M. sóleo COMPARTIMENTO LATERAL

M. fibular longo COMPARTIMENTO — | ANTERIOR----

M. tibial posterior Fíbuta

COMPARTIMENTO POSTERIOR PROFUNDO

M. tibial anterior

Tendão do calcâneo M. sóleo COMPARTIMENTO LATERAL

Tendão do m. fibular longo

COMPARTIMENTO ANTERIOR

COMPARTIMENTO POSTERIOR SUPERFICIAL COMPARTIMENTO POSTERIOR PROFUNDO

M. tibial posterior Tendão do m. tibial anterior

f

gura 11.24

COMPARTIMENTO ANTERIOR • M. tibial anterior • M. extensor longo do hálux • M. extensor longo dos dedos • Artéria e veià tibial •

anterior Nervo fibular profundo

COMPARTIMENTO POS TERIOR PROFUNDO M. poplíteo M. flexor longo do hálux M. flexor longo dos dedos M. tibial posterior Artéria e veia tibial posterior Nervo tibial

Com partim entos m usculoesqueléticos do m em bro inferior.

3 b) Secções transversais nas regiões proximal e distai da coxa direita, mostrando músculos selecionados, (c), (d) Secções transversais nas regiões proximal e dista L3 Dema direita, mostrando músculos selecionados, (e) Vista anterior da perna mostrando as localizações dos septos intermusculares e os quatro compartimentos ~usaiioesqueléticos da perna.

C a p ít u l o

11 • O Sistema Muscular: Musculatura Apendicular

Caso clínico

O SISTEMA MUSCULAR

I Q UADR IL DO IDOSO Ao visitar sua avó de 75 anos de idade em seu apartamento para veri­ ficar suas medicações semanais, você a encontrou deitada de costas com dores intensas. Ela está confusa, não o reconhece e não é capaz de lhe explicar como a situação aconteceu. Você tenta ajudá-la a se levantar, mas ela imediatamente reclama de dores intensas na região inguinal. Você então chama o resgate e chega a ambulância. Quando os paramédicos fazem o atendimento inicial e a transferem para a maca, notam que o membro inferior direito está roda­ do lateralmente e visivelmente encurtado em relação ao membro inferior esquerdo. O médico-residente que a atende providencia a assistência ini­ cial para admissão na sala de emergência. Exames iniciais e resultados laboratoriais O residente faz a avaliação inicial e nota o seguinte: • O membro inferior direito está visivelmente mais curto que o es­ querdo. • A coxa direita está rodada lateralmente e a paciente não é capaz de modificar a posição da perna sem dor considerável. • À palpação, a região inguinal está sensível, mas não há edema evi­ dente. • A movimentação passiva do quadril causa dor intensa, especialmen­ te com as rotações lateral e mediai. • A contagem dos glóbulos brancos (GB) é de 20.000/mm3. • A hemoglobina (Hgb) é 9,8 g/dL. • Embora confusa, a paciente afirma repetidamente que esteve caída no chão de seu apartamento durante longo tempo antes de ser en­ contrada. O residente está preocupado com o fato de que a demora entre o tempo da lesão e o transporte ao hospital possa ter causado complica­ ções. Como resultado, ele não está seguro a respeito de que tratamento deverá ser indicado. Ele administra um analgésico para garantir maior conforto à paciente e a encaminha para avaliação por um cirurgião ortopedista. O cirurgião chega e solicita imediatamente reposição endovenosa (EV) de líquidos para aliviar a desidratação causada pelo tempo decorri­ do entre a lesão e o atendimento. Quando os líquidos e eletrólitos se re­ equilibram no corpo, a paciente informa ao médico que ela tropeçou em um tapete no seu apartamento dois dias antes de ser encontrada, e que ela não conseguiu se arrastar para alcançar o telefone e pedir ajuda. Além disso, o ortopedista confirma os fatos anotados da avaliação física realizada pelo médico-residente e imediatamente solicita radiogra­ fias ântero-posterior e lateral da região do quadril. Exames posteriores Em exame posterior, o ortopedista anotou o seguinte: • A paciente parece apresentar-se em um estado nutricional defi­ ciente. • No início, pareceu mentalmente confusa, mas a reposição EV de lí­ quidos e eletrólitos produziu melhora significativa do quadro. • O membro inferior direito apresenta-se em rotação lateral e a pa­ ciente é incapaz de levantar seu calcanhar direito da maca.

• O membro inferior direito apresenta-se encurtado, conforme cor*mado pela medida da distância entre a espinha ilíaca ântero-super: e o ápice do maléolo mediai da tíbia e pela comparação com os 'esultados da mesma medida tomada no membro inferior esquer:: (após rotação passiva realizada pelo cirurgião). • O trocanter maior do lado direito também parece estar mais alto e mais proeminente em relação ao do lado esquerdo. • A palpação revela aumento da sensibilidade no trígono femoral scbre a superfície anterior da articulação do quadril. Pontos a considerar Para que você examine as informações apresentadas anteriormente, re­ vise o conteúdo dos Capítulos 5 a 11 e determine quais informações aratômicas o capacitarão a selecionar os dados e as particularidades des:e caso: 1. Quais são as características anatômicas dos ossos do membro in­ ferior? 2. Quais são os pontos de referência anatômica mencionados neste caso? Ontie você encontra essas referências anatômicas nos ossos do quadril, fêmur e tíbia? 3. Quais são as características anatômicas da articulação do quadr " 4. o membro inferior da paciente está rodado lateralmente e ela rã: consegue levantar seu calcanhar direito da maca. Esta condíçãc envolveria principalmente músculos axiais ou apendiculares? Qus ; músculos específicos estão envolvidos na rotação lateral do quaarir Quais músculos estão envolvidos na flexão do quadril? Análise e interpretação 1. As características anatômicas dos ossos do membro inferior pode~ ser encontradas no Capítulo 7. págs. 193-198 2. As seguintes referências anatômicas são mencionadas neste p-> blema: • • • •

região inguinal espinha ilíaca ântero-superior ápice do maléolo mediai da tíbia trocanter maior do fêmur

Essas referências anatômicas podem ser encontradas no Capír- : 7 e o págs. 188-197

3. As características anatômicas da articulação do quadril poderr re­ encontradas no Capítulo 8. págs. 221,225 4. Os músculos envolvi­ dos no posicionamen­ to do membro inferior seriam todos músculos T E R M O S D O C A S O C LÍN IC O apendiculares. Os mús­ R e p o s iç ã o EV de líq u id o s e eletr: culos envolvidos na ro­ lito s: A administração de um líquí~: tação lateral do quadril isotônico para eliminar a desid's:3 e na flexão do quadril ção e restabelecer os níveis plas^apodem ser encontra­ ticos fisiológicos de sódio, cálcíc e dos na Tabela 11.6, potássio. pág. 304.

O SISTEMA MUSCULAR

CílSO d in ic O (continuação)

O SISTEMA MUSCULAR

Diagnóstico Sjá avo tem 75 anos e está passando por várias alterações anatômicas : :~o resultado do processo de envelhecimento. págs. 125-126 Sua a.: :em uma fratura subcapital e luxação do fêmur. O ângulo entre a ca­ neca e o colo do fêmur está diminuído, e o colo e a diáfise apresentam-se ::ação lateral. Há uma grande probabilidade de os ossos da pelve e : ^é^nur apresentarem acentuada osteoporose. pág. 128 Este quadro ;.~enta o risco de fraturas em indivíduos idosos e também aumenta o : f ~ : : necessário para a consolidação da fratura. págs. 124-126

A posição do membro inferior se deve ao encurtamento dos múscu­ los rotadores laterais (músculos piriforme, gêmeos superior e inferior e obturador externo). págs. 302-305 Seu membro inferior direito está encurtado em relação ao esquerdo em função (a) da fratura do quadril e (b) da contração dos músculos flexores e extensores do quadril (Tabela 11.6, pág. 304). Otratamento do quadril provavelmente envolverá um pro­ cedimento cirúrgico. Ainda que vários procedimentos possam ser utiliza­ dos, a remoção da cabeça do fêmurpágs. 193-197 e substituição por uma prótese é um procedimento comum. A prótese escolhida substituirá a cabeça do fêmur; possui uma longa haste que é inserida no interior da cavidade medular do osso até quase metade do corpo do fêmur, a fim de ancorar a cabeça da prótese em posição (Figura 11.25). A haste da prótese apresenta orifícios, através dos quais pequenos pedaços de osso esponjoso são introduzidos para servir de enxerto ósseo. págs. 113 117 Outro procedimento comumente adotado é a cimentação da prótese no local, o que seria mais apropriado para esta paciente, considerando sua idade avançada e seu nível reduzido de atividade física. ■

(a) F gura '1.2 5 Raio X pós-cirúrgico de quadril. a) Raio X de indivíduo com prótese implantada cirurgicamente, (b) Diagrama de uma prótese de quadril.

T ERMOS C L Í N I C O S 3-iLir-s.it.I n f la m a ç ã o d a t>olsa sin o v ia l a o r e d o r d e

F r a t u r a s d e e s fo r ç o : F issu ras o u fratu ras n o s os-

_ r r u ? u m a i s a r t i c u la ç õ e s .

s o s s u je it o s a e s fo r ç o s o u tr a u m a s r e p e tid o s .

d o a c ú m u lo d e s a n g u e e líq u id o s r e tid o s d e n tro

H em ato m a ósseo:

d e u m c o m p a r t i m e n t o m u s c u la r .

■iibras m usculares:

C o n t r a ç õ e s m u s c u la r e s i n ­

fa n t a r ia s ,, p r o l o n g a d a s e d o l o r o s a s .

r^ítensões: Entorses:

L a c e r a ç õ e s o u r u p t u r a s e m m ú s c u lo s .

L a c e r a ç õ e s o u r u p t u r a s e m lig a m e n to s

F -íTura

subcapital e luxação:

U m a le s ã o q u e

: r rra tu ra a b a ix o d a c a b e ç a d o o s s o e d e s-

x a m e n t o s im u ltâ n e o d o o s s o fr a t u r a d o d e s u a

Erticulação.

p e r ió s te o d e u m o sso .

S ín d ro m e do tú n el do carpo:

Isquem ia:

t e r i o r d a b a i n h a q u e c i r c u n d a o s t e n d õ e s fl e x o r e s

In te r r u p ç ã o d o s u p rim e n to d e s a n g u e

r e s u lta n te d a c o m p r e s s ã o d o s v a s o s s a n g ü ín e o s r e g io n a is .

j te n d õ e s.

H3

S a n g r a m e n to n o in te r io r d o

S ín d r o m e c o m p a r tim e n ta l: I s q u e m i a r e s u l t a n t e

M anguito ro ta d o r:

a a r t ic u la ç ã o d o o m b r o ; u m lo c a l fr e q ü e n te d e le s õ e s d o e s p o r t e .

d a p a lm a d a m ã o .

T endinite: O s m ú s c u lo s q u e c ir c u n d a m

I n fla m a ç ã o n o i n ­

I n fla m a ç ã o d o te c id o c o n e c tiv o e n v o l­

v e n d o u m te n d ã o .

11 • 0 Sistema Muscular: Musculatura Apendicular

C a p ít u l o

R E S U MO PARA E S T U D O

Introdução 1.

A

11. O m ú s c u lo b r a q u ia l e o m ú s c u lo b r a q u io r r a d ia l f l e t e m o c o t o v e l o . E x ­

285

m u scu latu ra ap en d icu lar

a ç ã o é o p o s t a p e lo m ú s c u lo a n c ô n e o e p e l o m ú s c u lo tr íc e p s b r a q u ié r e s p o n s á v e l p e la e s ta b ilid a d e d o s c ín g u lo s

O m ú s c u lo f le x o r u ln a r d o c a r p o , o m ú s c u lo fle x o r r a d ia l d o ca r p o e

d o s m e m b r o s s u p e r io r e in fe r io r e p e lo s m o v im e n t o s d o s m e m b r o s s u p e ­

o m ú s c u lo p a lm a r l o n g o s ã o m ú s c u l o s s u p e r f i c i a i s d o a n t e b r a ç o e c : r.-

r io r e s e in fe r io r e s .

t r i b u e m p a r a a f l e x ã o d o p u n h o . A l é m d i s s o , o m ú s c u lo fle x o r u ln a r do

ca r p o p r o d u z a a d u ç ã o d o p u n h o , e n q u a n t o o m ú s c u lo fle x o r ra d ia l do

Fatores que afetam a função da musculatura apendicular 285 1.

ca r p o p r o d u z s u a a b d u ç ã o . A e x t e n s ã o d o p u n h o é r e a l i z a d a p e lo m ú s c u ­ lo e x t e n s o r r a d ia l d o c a rp o , q u e t a m b é m a b d u z o p u n h o , e p e l o m ú s c u l : e x t e n s o r u ln a r d o c a rp o , q u e t a m b é m a d u z o p u n h o . O m ú s c u lo p r o n a -

U m m ú s c u l o d o e s q u e le t o a p e n d i c u l a r p o d e c r u z a r u m a o u m a is a r t i c u ­

d o r r e d o n d o e o m ú s c u lo p r o n a d o r q u a d r a d o p r o d u z e m a p r o n a ç ã o c :

la ç õ e s e n t r e s u a in s e r ç ã o d e o r i g e m e s u a in s e r ç ã o t e r m i n a l . A p o s iç ã o d o

a n t e b r a ç o s e m a fle x ã o o u e x t e n s ã o n o c o t o v e lo ; s u a s a ç õ e s s ã o o p o s t a i

m ú s c u lo a o c r u z a r u m a a r t ic u la ç ã o a u x ili a r á n a d e t e r m in a ç ã o d a a ç ã o d e s s e m ú s c u lo ,

2.

p e l o m ú s c u lo su p in a d o r .

(ver Figura 11.1)

M u ita s a ç õ e s c o m p le x a s e n v o lv e m m a is d o q u e u m a a r tic u la ç ã o d o e s ­ q u e l e t o a p e n d ic u l a r . M ú s c u l o s q u e c r u z a m a p e n a s u m a a r t i c u la ç ã o a t u a m

Músculos que movimentam a mão e os dedos 12 .

a m p lo s d o s d e d o s . O s m ú s c u lo s in tr ín s e c o s c o n fe r e m c o n tr o le d o s m c o ­

z a m m a i s d o q u e u m a a r t i c u la ç ã o g e r a l m e n t e a g e m c o m o s i n e r g is t a s .

1.

d o s e s tã o ilu s tr a d o s n a s

Músculos que posicionam o cíngulo do membro superior

1.

a ç ã o e o e i x o d a a r t i c u l a ç ã o d o q u a d r i l p o d e m s e r u t i li z a d a s p a r a s e d e c _ -

2.

m úsculos ro m b ó id es p r o d u z e m a a d u ç ã o m úsculo lev an tad o r da escápula e l e v a a e s c á p u -

la . A m b o s i n s e r e m - s e n a e s c á p u l a . 4.

O

m úsculo serrátil a n terio r,

(ver Figuras 11.2 a 11.5 e Tabela 11.1)

músculos que movimentam a coxa, (2) músculos que movimertam a perna e ( 3 ) músculos que movimentam o pé e os dedos.

rio r e s : ( 1 )

d e v á r i a s c o s t e la s , 5.

Músculos que movimentam a coxa 3.

(ver Figuras 11.2 a 11.5 e Tabela 11.1)

s u a s p o s i ç õ e s e m r e l a ç ã o a o a c e t á b u lo .

4. Os m ú s c u lo s

m úsculo subclávio

a b a ix a m e p r o tr u e m o o m b ro ,

e o

m ú scu lo p e ito ra l

n o q u a d r i l . E s s e m ú s c u l o c o m p a r t i l h a s u a i n s e r ç ã o c o m o m ú s c u lo te n -

m enor

so r d a fá sc ia la ta , q u e p r o d u z f l e x ã o , a b d u ç ã o e r o t a ç ã o m e d i a i n o c _ _

(verFiguras 11.4/11.5 e Tabela 11.1)

lúsculo que movimentam o braço

d r i l . E m a t u a ç ã o c o n j u n t a , e s t e s m ú s c u l o s t r a c i o n a m o tr a to iliotibÍ£_ o f e r e c e n d o u m a c in t a la t e r a l d e s u s t e n t a ç ã o p a r a o jo e lh o ,

28 8

Figura 11.7 m o s t r a

a p o s i ç ã o d o s m ú s c u l o s b íc e p s b r a q u i a l ,

t r í c e p s b r a q u i a l e d e lt ó id e e m r e l a ç ã o à a r t i c u la ç ã o d o o m b r o ; e s t a f i g u r a t a m b é m r e s u m e a s r e g r a s u t iliz a d a s p a r a d e d u z i r a a ç ã o d e u m m ú s c u lo .

5.

6

. O g r u p o a d u to r (o s m ú s c u lo s a d u to r m a g n o , a d u to r cu rto , a d u to r lo n ­ g o , p e c tín e o e grácil) p r o d u z a d u ç ã o n o q u a d r i l . I n d i v i d u a lm e n t e , e le s r : d e m p r o d u z i r v á r i o s o u t r o s m o v i m e n t o s , c o m o r o t a ç ã o m e d ia i o u l a t e r a e

se a g ru p a d o s p o r s u a s a ç õ e s p r im á r ia s .

m úsculo deltóide e o m úscu lo su p ra-esp in al p r o d u z e m a b d u ç ã o n o o m b r o . O m úsculo subescapular e o m úsculo red o n d o m a io r p r o d u z e m r o t a ç ã o m e d i a i d o b r a ç o , e n q u a n t o o m úsculo in fra-esp in al e o m úsculo re d o n d o m e n o r p r o d u z e m r o t a ç ã o l a t e r a l d o b r a ç o . O s m ú s c u l o s s u p r a e s p in a l, i n f r a - e s p in a l, s u b e s c a p u la r e r e d o n d o m e n o r s ã o c o n h e c id o s

m an g u ito ro ta d o r.

d u z fle x ã o e a d u ç ã o n o o m b r o ,

-

fle x ã o o u e x te n s ã o n o q u a d r il,

O

c o m o m ú s c u lo s d o

d i a lm e n t e o b r a ç o ,

O

m úsculo co raco b raq u ial

p ro ­

(ver Figuras 11.2/11.5/11.6 e Tabela 11.2)

m úsculo p eito ral m a io r fle t e do dorso p r o d u z a s u a e x t e n s ã o . O

O m ú s c u lo p ir ifo r m e e o s m ú s c u lo s o b tu r a d o r e s s ã o o s m a i s i m p o r a r. te s r o t a d o r e s l a t e r a is .

” , M ú s c u lo s q u e m o v im e n t a m o b r a ç o s ã o m a is fa c ilm e n te m e m o r iz á v e is

S.

(ver Fig:.

11.2/11.5/11.13 a 11.17 e Tabela 11.6)

6. A l i n h a d e a ç ã o d e u m m ú s c u l o p o d e s e r u t i li z a d a p a r a d e d u z i r a a ç ã o d e s ­ s e m ú s c u lo . A

(ver Figura 11.13 e Tabela 11.6>

g lú te o s r e c o b r e m a s u p e r f í c i e l a t e r a l d o íl i o . O m a i o r

le s é o m ú s c u lo g lú te o m á x im o , q u e p r o d u z e x t e n s ã o e r o t a ç ã o u : e r i

D o is m ú s c u lo s p r o fu n d o s d o t ó r a x o r ig in a m - s e a o lo n g o d a s s u p e r fíc ie s v e n t r a i s d a s c o s t e la s . O

302

M ú s c u l o s q u e t ê m i n s e r ç ã o d e o r i g e m n a s u p e r f í c i e d a p e lv e e i n s e r ç ã o t e r ­ m in a l n o fê m u r p r o d u z e m m o v im e n to s c a r a c te r ís tic o s d e t e r m in a d o s p e li

q u e p r o d u z a b d u ç ã o d a e s c á p u la e a n t e r io -

r iz a ç ã o d o o m b r o , o r ig in a - s e a o lo n g o d a s s u p e r fíc ie s â n t e r o -s u p e r io r e s

(ver Figura 11.14

T r ê s g r u p o s m u s c u l a r e s e s t ã o a s s o c i a d o s c o m a p e lv e e o s m e m b r o s i n f e ­

(ver Figuras 11.2 a 11.5 e Tabela 11.1)

P r o fu n d a m e n te a o tr a p é z io , o s d a e s c á p u la , e n q u a n t o o

Tabela

C o m o n a a n á lis e d o s m ú s c u lo s d o o m b r o , a s r e la ç õ e s e n tr e a s lin h a s d e

z ir a s a ç õ e s d e v á r io s m ú s c u lo s e g r u p o s m u s c u la r e s .

286

r e c o b r e o d o r s o e p a r te s d o p e s c o ç o , a té a b a s e d o

r io r , d a c a b e ç a e d o p e s c o ç o

d e t a lh a d o s n a s

Músculos do cíngulo do membro inferior e membros inferiores 302

c r â n i o . O m ú s c u l o t r a p é z i o a lt e r a a p o s i ç ã o d o c í n g u l o d o m e m b r o s u p e ­

3.

Figuras 11.8 a 11.11 e

11.4/11.5.

músculos que posicionam o cíngulo do membro superior, (2) músculos que movimentam o braço, (3) músculos que movimentam o antebraço e a mão e (4) músculos que movimentam a mão e os dedos. m úsculo trap ézio

O s m ú s c u lo s q u e p r o d u z e m a fle x ã o e e x t e n s ã o d a s a r t ic u la ç õ e s d o s d e ­

285

Q u a t r o g r u p o s m u s c u la r e s e s tã o a s s o c ia d o s c o m o c ín g u lo d o m e m b r o

O

m e n to s fin o s d o s d e d o s e d a s m ã o s. 13 .

s u p e r io r e o s m e m b r o s s u p e r io r e s : ( 1 )

2.

294

M ú s c u lo s e x t rín s e c o s d a m ã o c o n fe r e m fo r ç a e c o n tr o le d o s m o v im e n t : s

tip ic a m e n te n a s u a m o v im e n t a ç ã o p r im á r ia , e n q u a n t o m ú s c u lo s q u e c r u ­

VIúsculos do cíngulo do membro superior e membros superiores

(ver Figuras 11.5/11.6/11.8/11.9 e Tabela li. '

o o m b ro , en q u a n to o

7.

O

m ú s c u lo

(ver Figuras 11.13 a 11.17 e Tabela 11.6

p s o a s m a io r e o

m ú s c u lo

ilía c o

m e s c la m -s e p a r a r i ­

m a r o m ú s c u lo ilio p s o a s , u m p o d e r o s o fle x o r d o q u a d r il.

(ver F

.

/

11.13/11.14 e Tabela 11.6) Músculos que movimentam a perna 8.

Os

músculos extensores dojoelho s ã o

307

e n c o n t r a d o s a o lo n g o d a s s u p e rr. a es

a n t e r io r e la t e r a l d a c o x a ; o s m ú s c u lo s fle x o r e s lo c a liz a m - s e a o l o n g ;

m ú scu lo latíssim o

s u p e r f í c i e s m e d i a i e p o s t e r i o r d a c o x a . F le x o r e s e a d u t o r e s t ê m i n s e r e l :

A l é m d is s o , a m b o s a d u z e m e r o d a m m e -

d e o r i g e m n o c í n g u l o d o m e m b r o i n f e r i o r , e n q u a n t o a m a i o r i a d o s e x t e r :-

(ver Figuras 11.2/11.5/11.6 e Tabela 11.2)

s o r e s te m in s e r ç ã o d e o r ig e m n a s u p e r fíc ie d o fê m u r.

lúsculos que movimentam o antebraço e a mão A s a ç õ e s p r im á r ia s d o

b raq u ial

m ú scu lo bíceps b ra q u ia l

(cabeça longa) a f e t a m

e do

290

m ú scu lo trícep s

a a r t i c u l a ç ã o d o c o t o v e l o . O b íc e p s b r a ­

q u ia l p r o d u z fle x ã o d o c o t o v e lo e s u p in a ç ã o d o a n t e b r a ç o , e n q u a n t o o

9.

C o le t iv a m e n t e , o s

extensores do joelho s ã o

c o n h e c id o s c o m o m . q u a d n -

c e p s fe m o r a l. E s t e g r u p o i n c l u i o s m ú s c u l o s v a s to in te r m é d io , v a s to la­ tera l, v a s to m e d ia i e r e to fe m o r a l. 10 . O s

flexores do joelho i n c l u e m

(ver Figuras 11.15/11.6 e TabeL

. . -

o s m ú s c u l o s b íc e p s fe m o r a l, s e m im e m -

tr íc e p s b r a q u ia l p r o d u z e x t e n s ã o d o c o to v e lo . A lé m d is s o , a m b o s a p r e ­

b r a n á c e o , s e m it e n d ín e o ( e m c o n j u n t o t a m b é m p r o d u z e m a e x t . r I

s e n ta m e fe ito s e c u n d á r io n o s m ú s c u lo s d o c ín g u lo d o m e m b r o s u p e r io r .

d o q u a d r il e s ã o d e n o m in a d o s “ m ú s c u lo s d o c o m p a r t im e n t o c

ste rr: r

O SISTEMA MUSCULAR

d a c o x a ” ) , a lé m d o

m úsculo sartório.

m úsculo poplíteo

O

r o d a m e d ia l-

m e n t e a t í b ia ( o u r o d a la t e r a lm e n t e o f ê m u r ) p a r a d e s t r a v a r a a r t i c u la ç ã o d o jo e lh o ,

(ver Figuras 11.16/11.7 e Tabela 11.7)

M usculos que m ovim entam o pé e os dedos

Fáscias, camadas e compartimentos musculares 318 1 . A l é m d a a b o r d a g e m f u n c i o n a l , u t iliz a d a n e s te c a p ít u lo , m u i t o s a n a t o m is

309

t a s t a m b é m e s t u d a m o s m ú s c u lo s d o s m e m b r o s s u p e r i o r e s e i n f e r i o r e

1 1 . O s m ú s c u l o s i n t r ín s e c o s e e x t r ín s e c o s q u e m o v i m e n t a m o p é e o s d e d o s e stã o ilu s tr a d o s n a s

Figuras 11.18 a 11.21 e

lis t a d o s n a s

11.9. I

m úsculo gastrocnêm io e o m úsculo sóleo p r o d u z e m fl e x ã o p la n t a r . O g r a n d e m úsculo tibial an terio r s e o p õ e a o m ú s c u lo g a s t r o c n ê m i o e p r o ­ d u z d o r s i f le x ã o n o t o r n o z e l o . O s m úsculos fibulares r e a liz a m e v e r s ã o d o O

p é , b e m c o m o fl e x ã o p la n t a r ,

(ver Figuras 11.19/11.20 e Tabela 11.8)

1 3 . O s m ú s c u lo s m e n o r e s d a p e r n a p o s ic io n a m o s s o s d o p é e m o v im e n t a m o s d e d o s . O c o n t r o le p r e c is o d a s fa la n g e s é r e a liz a d o p e lo s m ú s c u lo s q u e se o r ig in a m n o s o s s o s ta r s a is e m e ta ta r s a is .

e m g r u p o s d e t e r m i n a d o s p e la s s u a s p o s iç õ e s d e n t r o d e

com partim entos

Tabelas 11.8 e

(ver Figura 11.21 e Ta­

Com partim entos do m em bro superior 318 2 . O b r a ç o a p r e s e n t a u m com partim ento m ediai e u m com partim ento la teral; o a n t e b r a ç o a p r e s e n t a com partim entos anterior, posterior e late ral. (ver Figuras 11.22/11.23 e Tabela 11.10) Com partim entos do m em bro inferior 3 18 3 . A c o x a a p r e s e n t a com partim entos anterio r, m ediai e posterior; a p e r n a a p r e s e n t a com partim entos anterio r, p o sterio r e lateral, (ver Figur

11.24 e Tabela 11.11)

bela 11.9)

REVI SÃO DO CAPÍ TULO Para respostas às questões da Revisão dos Conceitos e Revisão do Capítulo, i eia a seção de Respostas na parte final do livro.

Nível 1 - Revisão de fatos e termos Associe cada

item numerado com a letra do item que melhor se relaciona.

U tilize letras para as respostas nos espaços apropriados.

C oluna A __

1 . m ú s c u lo s r o m b ó id e s

___ 2 . la t í s s im o d o d o r s o

C oluna a. b.

fl e x ã o d o q u a d r i l e / o u r e g iã o

a b d u çao d o ú m ero

(d )

e le v a ç ã o d a e s c á p u la

Q u a l d o s s e g u in t e s m ú s c u lo s r e a liz a a a b d u ç ã o d o q u a d r il? (a)

p e c tín e o

(b )

p so as

(e)

o b tu r a d o r in te r n o

(d )

p ir ifo r m e

O m ú s c u lo t ib i a l a n t e r i o r r e a liz a a d o r s i f le x ã o d o p é . Q u a l d o s s e g u in t e

4.

(a)

fl e x o r l o n g o d o s d e d o s

(b )

g a s tr o c n ê m io

(c )

fle x o r lo n g o d o h á lu x

(d )

t o d o s o s a n t e r io r e s

Q u a n d o s e o b s e r v a e m u m p a c i e n t e u m h e m a t o m a n o m ú s c u lo g l ú t e m á x i m o , p o d e - s e e s p e r a r q u e h a ja d e s c o n f o r t o n a p r o d u ç ã o d a :

e s c á p u la

(a )

fl e x ã o n o j o e l h o

(b )

e x te n sã o n o q u a d r il

f a i x a s d e t e c id o c o n e c t iv o

(c )

a b d u ç ã o n o q u a d r il

(d )

t o d a s a s a n t e r io r e s

___ 4 . b r a q u ia l

d.

___ 5 . s u p i n a d o r

e.

fl e x ã o p l a n t a r n o t o r n o z e lo o r i g e m - s u p e r f í c i e d o ílio

5.

O b íc e p s b r a q u i a l e x e r c e a ç õ e s e m t r ê s a r t i c u la ç õ e s . Q u a i s s ã o e s s a s a rti c u la ç õ e s e a s r e s p e c t iv a s a ç õ e s ?

f l e x ã o d o c o t o v e lo

gh.

d o r s i f le x ã o e in v e r s ã o d o p é

___ 9 . g a s t r o c n ê m i o

i.

r o t a ç ã o la t e r a l d o ú m e r o n o

c o s e m b a i l a r i n o s d e v i d o à s u a in t e n s a s o l i c i t a ç ã o p a r a f l e x ã o e a b d u ç ã

o m b ro

n o q u a d r il?

__ 1 0 . t ib ia l a n t e r i o r

jk.

___ 8 . ilía c o

__ 1 1 . in t e r ó s s e o s

6.

ex ten sã o , a d u ç ã o , ro ta ç ã o

O s p o d e r o s o s e x t e n s o r e s d o j o e l h o s ã o o s: a !

m ú s c u lo s d o

7.

(b ) q u a d r íc e p s f e m o r a l

ilio p s o a s

Q u a n d o u m d a n ç a r i n o fa z a lo n g a m e n t o m u s c u la r d a p e r n a e p o s i c i o n a c a l c a n h a r s o b r e a b a r r a , q u e g r u p o d e m ú s c u lo s é a lo n g a d o ?

8. 9.

c o m p a r t im e n t o p o s t e r io r c i

Q u a i s m ú s c u lo s s u s t e n t a m la t e r a lm e n t e o j o e l h o e t o r n a m - s e h ip e r t r ó f i

s u p in a ç ã o d o a n t e b r a ç o

m e d ia i d o ú m e r o I

(b )

a d u çã o d o ú m e ro

a d u ç ã o (re tra ç ã o ) d a

c.

7 . m ú s c u lo s g lú t e o s

e x t e n s ã o d o c o t o v e lo

m ú s c u lo s é a n t a g o n is t a d o t ib i a l a n t e r io r ?

abd ução do dedos

___ 3 . i n f r a - e s p i n a l

__ 6 . r e t i n á c u l o d o s m ú s c u lo s f le x o r e s f.

3.

B

l o m b a r d a c o lu n a

__

2.

(a ) (c )

Q u a l é a f u n ç ã o d o s m ú s c u lo s in t r í n s e c o s d a m ã o ? C o m o o m ú s c u lo t e n s o r d a fá s c ia la t a a t u a s in e r g i c a m e n t e c o m o m ú s c i lo g lú t e o m á x i m o ?

( d ) t e n s o r d a f á s c ia la ta 1 0 . Q u a i s s ã o a s p r i n c i p a i s f u n ç õ e s d o s r e t i n á c u l o s d o s m ú s c u lo s e x te n so r e

13

Q u a l d o s s e g u in t e s m ú s c u lo s n ã o fa z p a r t e d o “ m a n g u it o r o t a d o r ” ? a

s u p in a d o r

(b ) s u b c l á v i o

ci

s u b e s c a p u la r

(d ) re d o n d o m e n o r

1 4 . Q u a l d o s s e g u in t e s m ú s c u lo s n ã o t e m in s e r ç ã o d e o r i g e m n o ú m e r o ? a:

ancôneo

(b ) b í c e p s b r a q u i a l

ci

b r a q u ia l

( d ) t r íc e p s b r a q u i a l, c a b e ç a la t e r a l

e f le x o r e s n a r e g iã o d o p u n h o e d o to r n o z e lo ?

Nível 3 - Pensamento crítico 1.

D e s c r e v a c o m o o s m ú s c u lo s d a m ã o a tu a m a o s e g u r a r u m a c a n e ta o lá p is p a r a e s c r e v e r o u d e s e n h a r .

2 . A o j o g a r fu t e b o l , J o s é e s t i r a o s m ú s c u lo s d o c o m p a r t i m e n t o p o s t e r i o r d 5 5. Q u a l d o s s e g u in t e s m ú s c u lo s é fl e x o r d o c o t o v e lo ? a

)

c) 16 .

c o x a . C o m o r e s u l t a d o d e s t a le s ã o , e le a p r e s e n t a d i f i c u l d a d e p a r a fle t ir

b íc e p s b r a q u i a l

(b ) b r a q u ia l

r o d a r m e d ia l m e n t e a c o x a . Q u a i s m ú s c u lo s d o c o m p a r t i m e n t o p o s te r ic

b r a q u io r r a d ia l

( d ) t o d o s o s a n t e r io r e s

f o r a m p r o v a v e l m e n t e le s a d o s ?

O m ú s c u lo q u e r e a liz a a o p o s iç ã o d o p o l e g a r é o :

3 . A o d e s c a r r e g a r u m c a m i n h ã o , L i n d a e s t ir a u m m ú s c u lo e , c o m o r e s u lt;

a

a d u to r d o p o le g a r

(b ) e x t e n s o r d o s d e d o s

d o , a p r e s e n t a d i f i c u l d a d e p a r a m o v i m e n t a r o b r a ç o . O m é d ic o d o p r o í

c)

a b d u to r d o p o le g a r

( d ) o p o n e n t e d o p o le g a r

t o - s o c o r r o lh e d iz q u e e la s o f r e u u m e s t i r a m e n t o d o m ú s c u l o p e it o r m a i o r . L i n d a d iz a v o c ê q u e p e n s a v a q u e e s s e m ú s c u lo f o s s e d o t ó r a x

Nível 2 - Revisão de conceitos 1

U m a le s ã o d o m ú s c u lo p e it o r a l m a i o r in t e r fe r e n a c a p a c id a d e d e :

n ã o c o m p r e e n d e c o m o e le s e r e la c io n a c o m a m o v i m e n t a ç ã o d o b r a ç o , i q u e v o c ê d i r i a a ela ?

Anatomia de Superfície e Anatomia Seccional Transversa

OBJETIVOS DO CAPÍTULO: 1. D efinir a n ato m ia de su p e rfície e d e scre v e r sua im p o rtâ n cia no a m P ie n te clínico.

2. Estudar, p or o b se rv a çã o v isu al e palpação, a an ato m ia d e su p e rfície da c a b e ça e p e s c o ç o u tiliza n d o a s im ag en s fo to g rá fica s leg en d ad as c o m o referência.

3. Estudar, por o b se rv a ç ã o v isu al e palpação, a an ato m ia d e su p e rfície d o tó ra x utilizan d o as im ag en s fo to g rá fica s le g e n d a d a s c o m o referência.

4. Estudar, p or o b se rv a ç ã o v isu al e p alpação, a a n ato m ia d e su p e rfíc ie d o ab d o m e utilizan d o a s im ag en s fo to g rá fica s leg en d ad as c o m o referência.

5. Estudar, p or o b se rv a çã o v isu al e p alpação, a a n ato m ia d e su p e rfíc ie do m e m b ro s u p e rio r u tiliza n d o as im ag en s fo to g rá fica s leg en d ad as co m o referência. 6. Estudar, p or o b se rv a çã o v isu al e palpação, a an ato m ia d e su p e rfíc e ; ; pelve e d o m e m b ro in ferior u tilizan do a s im ag en s fo to g rá fica s leg en d ad as c o m o referência. 7. D e scre v e r a im p o rtân cia da a n a t c r - a se c c io n a l tra n sv e rsa para d e se n v o . c ' um a c o m p re e n sã o trid im e n sio n a d os c o n c e ito s an atô m icos. 8. V is u a liz a r a s p o siç õ e s relativas e a o rie n ta ç ã o d as p rin c ip a is e stru tu ras da ca b e ça e p e s c o ç o utilizan do as im ag en s leg en d ad as d e co rte s tra n sv e rsa is co m o referência.

9.

Introdução

328

10. V isu a liza r as p o s iç õ e s relativas e a o rie n ta çã o d as p rin c ip a is estruturas

Uma abordagem regional para a anatomia de superfície Anatomia seccional transversa

V isu a liza r a s p o s iç õ e s relativas e s o rie n ta ç ã o d a s p rin cip a is e struturas da c a v id a d e to rá c ic a utilizan do a s im agen s le g e n d a d a s d e co rte s tra n sv e rsa is c o m o referência.

336

328

11

da ca v id a d e ab d o m in a l utilizan d o a s im ag en s le g e n d a d a s d e co rte s tra n sv e rsa is c o m o referência.

. V isu a liza r a s p o siç õ e s relativas e a o rie n ta çã o d as p rin cip a is e stru tu ra s za c a v id a d e p élvica utilizan d o a s i - a g e ' s le g e n d a d a s d e co rte s tra n sv e rsa is co m o referên cia.

328

ANATOMIA DE SUPERFÍCIE E ANATOMIA SECCIONAL TRANSVERSA

A p r im e ir a p a r te d e ste c a p ít u lo c o n c e n tr a - s e n a s e s tr u tu r a s a n a tô m ic a s : c e n tific á v e is n a s u p e r fíc ie d o c o r p o . A

anatomia de superfície

é o e stu ­

d o d o s p o n to s d e r e fe r ê n c ia a n a tô m ic a n o e x t e r io r d o c o r p o h u m a n o . A s :o :o g r a f í a s n e s te c a p ít u lo p e r fa z e m o c o r p o in te ir o , fo r n e c e n d o a s p e c t o s

Uma abordagem regional para a anatomia de superfície

v is u a is q u e d e s t a c a m p o n t o s d e r e fe r ê n c ia n o e s q u e le t o e c o n t o r n o s m u s ­

A a n a to m ia d e s u p e r fíc ie é e s tu d a d a d e fo r m a m a is c la r a a o se u t íli

c u la r e s . O C a p ít u lo 1 o fe r e c e u u m a v is ã o g e r a l d a a n a t o m ia d e s u p e r fíc ie .

u m a a b o r d a g e m r e g io n a l. A s r e g iõ e s s ã o

p a g s . 3 , 1 4 , 1 5 A g o r a q u e v o c ê e s tá fa m ilia r iz a d o c o m a a n a to m ia

basica d o s s i s t e m a s e s q u e l é t i c o e m u s c u l a r , u m e x a m e d e t a l h a d o d a a n a ­ to m ia d e s u p e r f í c i e a j u d a r á a d e m o n s t r a r a s r e l a ç õ e s e s t r u t u r a i s e f u n c i o naís entre e s s e s s i s t e m a s . M u i t a s d a s f i g u r a s n o s c a p í t u l o s a n t e r i o r e s i n ­ cluíram v i s t a s a n a t ô m i c a s d e s u p e r f í c i e ; t a i s f i g u r a s s e r ã o c i t a d a s a o l o n g o deste c a p í t u l o . A a n a t o m ia d e s u p e r fíc ie a p r e s e n t a in ú m e r a s a p lic a ç õ e s p r á t ic a s . P o r

cabeça e pescoço, tórax, an me, membro superior e membro inferior. E s t a i n f o r m a ç ã o é a p r e s e n t a

d e m o d o p ic tó r ic o u s a n d o fo to g r a fia s d e c o r p o s h u m a n o s v iv o s . E s m o d e lo s tê m m ú s c u lo s b e m d e s e n v o lv id o s e m u it o p o u c a g o r d u r a c p o r a l. C o m o p o d e s e r d ifíc il lo c a liz a r m u it a s r e fe r ê n c ia s a n a t ô m ic a s s u m a c a m a d a a d ip o s a s u b c u t â n e a m a is e s p e ss a , v o c ê p o d e te r d ific u ld a í p a r a lo c a liz á - la s e m s e u p r ó p r io c o r p o . N a p r á tic a , a o b s e r v a ç ã o a n a ; m ic a e n v o lv e fr e q ü e n te m e n te a d e te r m in a ç ã o a p r o x im a d a d o lo c a l

e x e m p lo , a c o m p r e e n s ã o d a a n a t o m ia d e s u p e r fíc ie é c r u c ia l p a r a o e x a m e

p a lp a ç ã o p a r a a lo c a liz a ç ã o d e e s t r u t u r a s e s p e c ífic a s . N o s c o r t e s q u e

<

fís ic o d o p a c ie n t e e m u m a m b ie n t e c lín ic o . N o la b o r a t ó r io , a fa m ilia r id a ­

s e g u e m , e x p lo r e p o r o b s e r v a ç ã o v is u a l e p a lp a ç ã o a a n a t o m ia d e su p i

d e c o m a a n a t o m ia d e s u p e r fíc ie é e s s e n c ia l p a r a a r e a liz a ç ã o d e p r o c e d i-

fíc ie d a s r e g iõ e s d o c o r p o u t iliz a n d o a s im a g e n s f o t o g r á fic a s le g e n d a :

— e n to s in v a s iv o s e n ã o - in v a s iv o s .

c o m o r e fe rê n c ia .

Cabeça e pescoço

[ F ig u ra 1 2 . 1 ]

Margem supra-orbital Orelha

Osso zigomático

Corpo da mandíbula Protuberância mentual Cartilagem tireóidea Cartilagem cricóidea

Músculo trapézio Clavícula

Músculo esternocleidomastóideo (“cabeça clavicular”)

Incisura jugular

Músculo esternocleidomastóideo (“cabeça esternal”)

Manúbrio òo esterno

(a) Figural2.l Cabeçae pescoço. (a) V ista anterior. Para detalhes relacionados à musculatura desta região, ver Figuras 10.3 e 10.4, págs. 264-265. A região (trígono) cervical anterior (partes b e c) se e sten d e da linha m edian a a n te rio r até a m argem a n te rio r d o m ú scu lo este rn o cle id o m a stó id e o . A região cervical posterior (parte b) se e sten d e en tre a m argem p o ste rio r do m ú scu lo e s te rn o c le id o m a stó id e o e a m argem an te rio r do m ú scu lo trapézio.

C a p ítu lo 1 2

• Anatom ia de Superfície e Anatom ia Seccional Transversa

Figura 12.1b e pescoço.

Região cervical posterior e as maiores regiões da cabeça

Região parietal

Região temporal

Região occipital

Arco zigomático

Processo mastóide ngulo da mandíbula Região “nucal”

Região (trígono) cervical anterior Veia jugular externa

Músculo esternocleidomastóideo Região cervical posterior

Localização do plexo braquial Clavícula

Acrômio

LEGENDA PARA AS DIVISÕES DA REGIÃO (TRÍGONO) CERVICAL ANTERIOR

TSH Trígono “supra-hióideo” TSM Trígono submandibular TCS Trígono carótico superior TCI Trígono carótico inferior

Processo mastóide

Região esternocleidomastóioea Ângulo da mandíbula Local para palpação da glândula submandibular e linfonodos submandibulares

Veia jugular externa, p^c*-ao músculo platisma Local para palpação do pulso carótico

Osso hióide---------Cartilagem tireóidea---------Músculo trapézio----------

REGIÃO CERVICAL POSTERIOF Localização do plexo braqutaj

Fossa supraclavicular---------Músculo omo-hióideo----------

Acrômio Clavícula

REGIÃO (TRÍGONO)---------DERVICAL ANTERIOR Incisura jugular : gura 12.1c

Subdivisões da região (trígono) cervical anterior.

Músculo esternocleidomas:c oec (“cabeça clavicular” [tafcera^ e “cabeça estema" —e r a "

-

A N A T O M IA DE SUPERFÍCIE E A N A T O M IA SECCIONAL TRANSVERSA

O tórax

[Figura 12.2]

Incisura jugular

Músculo esternocleidomastóideo Músculo trapézio

Clavícula Acrômio Manübrio do esterno

Músculo deltóide

Corpo do esterno Axila

Músculo peitoral maior Aréola da mama e papila mamária

Localização do processo xifóide Músculo bíceps braquial Margem da costela

Linha alba

Epicôndilo mediai Fossa cubital Veia intermédia do cotovelo

= §_'a 12.2a

Umbigo

Região torácica anterior.

Músculo tríceps braquial, cabeça lateral

Músculo bíceps braquial

Músculo tríceps braquial, cabeça longa

Músculo deltóide

Acrômio .■zf-.eora proeminente

(C VII)

Espinha da escápula Músculo infra-espinal Vagem mediai da escápula

-.“iguc nferior da escápula

Músculo trapézio Músculo redondo maior Músculo latíssimo do dorso

Decressão sobreposta aos processos espinhosos cas vértebras torácicas Músculos eretores da espinha

= 5-'2 12.2b As regiões do dorso e do ombro. Figura 12.2 O toráx.

C a p itu lo 1 2

r

• Anatomia de Superfície e Anatomia Seccional Transversa

33

O abdome [Figura 12.3]

Processo xifóide -

'

I Músculo serrátil an te' ar

J 1 Músculo reto do abdome

Intersecções tend -aas 3c músculo reto do abóo--a Músculo oblíquo exter-c do abdome

Umbigo

Espinha ilíaca ântero-superior Ligamento inguinal Sínfise púbica

Canal inguinal

Figura 12.3a

Parede anterior do abdome.

Músculo peitoral maior

Músculo serrátil anterior

Processo xifóide Músculo latíssimo do dorso

Margem da costela

Músculo reto do abdome Músculo oblíquo externo do abdome

Linha alba

Crista ilíaca Espinha ilíaca ântero-superior

Figura 12.3b Figura 12.3

Vista ântero-lateral da parede do abdome. A parede do abdome.

Para detalhes adicionais da parede do abdome, ver Figura 10.13, pág. 277.

íri

332

ANATOMIA DE SUPERFÍCIE E ANATOMIA SE<

O membro superior [Figura 12.4] Extremidade acromiai da clavícula Músculo deltóide

Figura 12.4a Vista lateral do membro superior direito.

Músculo redondo maior

Músculo tríceps braquial, cabeça lateral

Músculo bíceps braquial

Músculo tríceps braquial, cabeça longa

Músculo braquial

Epicôndilo lateral do úmero Olécrano

Músculo braquiorradial Músculo extensor radial longo do carpo Músculo extensor radial curto do carpo

Músculo ancôneo Músculo extensor dos dedos Processo estilóide do rádio

Cabeça da ulna

Espinha da escápula Margem mediai da escápula

Músculo infra-espinal Localização do nervo axilar

Músculo redondo maior Ângulo inferior da escápula Músculo tríceps braquial, cabeça longa Músculo tríceps braquial, cabeça mediai Tendão de inserção do músculo tríceps braquial Epicôndilo mediai do úmero L_ocaJ para palpação do nervo ulnar Músculo ancôneo

Músculo tríceps braquial, cabeça lateral Músculo latíssimo do dorso

Olécrano Músculo braquiorradial Músculo extensor radial longo do carpo Músculo extensor radial curto do carpo Músculo extensor dos dedos

Músculo flexor ulnar do carpo Músculo extensor ulnar do carpo

= 5 - ra 12.4

O m em bro superior.

-frs cera ^es adicionais do braço e do antebraço, ver Figuras 11.8 e 11.9, págs. 294-297.

Figura 12.4b Vista posterior do tórax e do m em bro superior direito.

C a p ítu lo

12 • Anatom ia de Superfície e Anatom ia Seccional Transversa

Braço, antebraço e punho [Figura 12.5] Músculo deltóide

Músculo peitoral maior Músculo coracobraquial Veia cefálica

Músculo bíceps braquial Músculo tríceps braquial, cabeça longa Veia basílica Epicôndilo mediai Veia intermédia do cotovelo Fossa cubital Veia intermédia do antebraço Músculo braquiorradial Músculo pronador redondo

Músculo flexor radial do carpo

Tendão do múscuto flexor radial do carpc Tendão do músculo palmar longo Tendão do músculo flexor ulnar do carpo Cabeça da ulna Osso pisiforme com músculo palmar curto

Figura 12.5

Braço, antebraço e punho.

Vista anterior do braço, antebraço e punho esquerdos. Para detalhes adicionais do braço e do antebra­ ço, ver Figuras 11.5, 11.6, 11.8 e 11.9, págs. 289, 291, 294-295, 296-297.

Local para palpaçãc do pulso radial

ANATOMIA DE SUPERFÍCIE

334

A pelve e o membro inferior = e- a 12.6a

Músculo tensor da fascia lata Músculo sartório

E

ANATOMIA SECCIONAL TRANSVERSA

[Figura 12.6] Figura 12.6b

Superfície anterior da coxa direita.

Ligamento inguinal Local para palpação da veia/artéria femoral

Superfície lateral da coxa direita e da região glútea.

Músculo tensor da fáscia lata Músculo glúteo médio

Área do trígono femoral

Músculo glúteo máximo

Músculo adutor longo Trato iliotibial

Wluscuto reto femoral

Músculo vasto lateral Músculos semitendíneo e semimembranáceo

Músculo •3S?o lateral Músculo .asto mediai

Músculo grácil Tendão do músculo bíceps femoral

Patela

Fossa poplítea Cabeça da fíbula

Patela

Músculo gastrocnêmio Músculo sóleo

~joerosidade da tíbia

Cnsta ilíaca Espinha ilíaca pósterosuperior

Trocanter maior do fêmur

^ocaíização do nervo esquiático

Grupo de f^úscuíos do co~'oartjmento posterior da coxa

Tendão do músculo Dceps femoral

Ligamento da patela Tuberosidaa da tíbia

Músculo fibular longo

Crista sacral mediana Local para injeção na região glútea Músculo glúteo médio Músculo glúteo máximo

Figura 12.6c

Superfície posterior da coxa direita e da região glúte

Sulco infraglúteo

Tendão do músculo semitendíneo Figura 12.6 Fossa poplítea Local para palpação da artéria poplítea

A pelve e o m em bro inferior.

Os limites do trígono femoral são o ligamento inguinal, a margem mediai músculo sartório e a margem lateral do músculo adutor longo. Para detalh

adicionais da coxa, ver Figuras 11.12 a 11.17, págs. 302-303, 305-307, 31 311.

71 C a p ítu lo 1 2

• Anatom ia de Superfície e Anatom ia Seccional Transversa

Perna e pé [Figura 12.7] Figura 12.7a

Vista anterior da perna e do joelho direitos.

Figura 12.7b

Vista posterior da perna e do joelho direitos.

Músculo reto femoral Músculo vasto lateral

Patela

Músculo vasto mediai

Músculo adutor magno

Músculo bíceps femoral, cabeça tones Músculo semitendíneo Músculo semimembranáceo

Músculo vasto lateral Músculo bíceps '■ cabeça curta Fossa poplítea

Músculo grácil Local para palpaçãc da artéria poplftea

Ligamento da patela

Músculo sartório Tuberosidade da tíbia

Local para paioaçãc do nervo fibular comum

Músculo gastrocnêmio

Músculo gastrocré- : cabeça lateral

Músculo sóleo

Músculo gastroenér- : cabeça mediai

Músculo fibular longo Margem anterior da tíbia Músculo tibial anterior

Músculo sóleo

Maléolo lateral da fíbula Arco venoso dorsal do pé Tendões do músculo extensor longo dos dedos

Figura 12.7c

Veia safena magna Maléolo mediai da tíbia Tendão do músculo tibial anterior Tendão do músculo extensor longo do hálux

Vista anterior do tornozelo e do pé direitos.

Maléolo lateral da fíbula Músculo extensor longo dos dedos

Maléolo mediai da tíbia Tendão do músculo tibial anterior Local para palpação da artéria dorsal do pé

Tendões do músculo extensor longo dos dedos

Figura 12.7

Arco venoso dorsal do pé Tendão do músculo extensor longo do hálux

Tendão do calcâneo Maléolo mediai da tíbia Local para palpação da artéria tibial posterior

Tendão do m ú sc jc fibular longo Maléolo latera da fíbula Calcâneo

Figura 12. 7d

Vista posterior do tornozelo e do pé direitos.

Tendão do músculo flexor longo dos dedos Tendão do músculo tibial posterior Maléolo mediai da tíbia Local para palpação da artéria tibial posterior

Calcâneo

Perna e pé.

Para outras vistas do tornozelo e do pé, ver Figuras 7.15 a 7.18, págs. 196-200, e Figuras 11.15 a 11.21, págs. 306-307,309-317.

Tendão do músculo fibular longo Tendão do calcâneo Maléolo latera. da fíbula Tendão do músculo fibular curto Base do quirtc osso metekarsai

336

ANATOMIA DE SUPERFÍCIE E ANATOMIA SECCIONAL TRANSVERSA

Anatomia seccional transversa

tra n s v e rs a s d o c o r p o h u m a n o e c o n tr ib u iu s ig n ific a tiv a m e n te p a ra a co m p reen são d o co rp o h u m an o .

A m e t o d o lo g ia u t iliz a d a p a r a v is u a liz a r e s t r u t u r a s a n a t ô m ic a s m u d o u

E s ta p a r te d o c a p ít u lo o fe r e c e v á r ia s im a g e n s d e s e c ç õ e s tr a n s v e r s a is

The Visible Human Project

'i g n i i i c a t i v a m e n t e n o s ú l t i m o s 1 0 a 2 0 a n o s . A s s i m , o n í v e l d e e x i g ê n c i a

o b tid a s d o

r e q u e r id o d o s e s tu d a n te s d e a n a to m ia h u m a n a ta m b é m se m o d ific o u

M e d ic in e ( B ib lio t e c a N a c io n a l d e M e d ic in a ) . A o v is u a liz a r a s im a g e n s d a i

e a u m e n to u . O s e s tu d a n te s d e a n a to m ia a tu a lm e n te p r e c is a m

sab er

s e c ç õ e s tr a n s v e r s a is , c o n s id e r e , p a r a c a d a im a g e m , o s s e g u in te s p o n t o s n o

c o m o v is u a liz a r e c o m p r e e n d e r a s r e la ç õ e s tr id im e n s io n a is d a s e s tr u -

p r o c e s s o d e in te r p r e t a ç ã o e c o m p r e e n s ã o d a s re la ç õ e s a n a tô m ic a s e n tre

e c e d id a s p e la N a t io n a l L i b r a r y o t

:u r a s a n a t ô m ic a s e m u m a a m p la v a r ie d a d e d e fo r m a t o s . U m a d a s m a is

o s ó r g ã o s : ( 1 ) T o d a s a s s e c ç õ e s tr a n s v e r s a is n e s te c a p ítu lo s ã o im a g e n s e m

in tr ig a n te s e d e s a fia d o r a s fo r m a s d e v is u a liz a r o c o r p o h u m a n o é a se c -

v is t a in fe r io r . E m o u t r a s p a la v r a s , s ã o v is t a s c o m o se o o b s e r v a d o r e s tiv e s ­

c ã o tr a n s v e r s a l. U m a v a r ie d a d e d e m é t o d o s te c n o ló g ic o s p o d e s e r u t ili­

se p o s ic io n a d o ju n t o a o s p é s d o in d iv íd u o e o lh a n d o e m d ir e ç ã o à c a b e ç a .

págs. 22-23).

E s te é o m é t o d o - p a d r ã o p a r a a p r e s e n t a ç ã o d e t o d a s a s im a g e n s c lín ic a s .

z a d a p a r a v is u a liz a r o c o r p o e m s e c ç õ e s tr a n s v e r s a is ( o o

U m d o s m a is a m b ic io s o s p r o je t o s c o n d u z id o s p a r a b u s c a r u m a m a io r

(2 ) A m e s m a p a d r o n iz a ç ã o c o lo c a a s u p e r fíc ie a n t e r io r n a p a r te s u p e r io r

c o m p r e e n s ã o d a a n a t o m ia s e c c io n a l t r a n s v e r s a h u m a n a fo i o c h a m a d o

d a im a g e m e a p o s t e r io r n a p a r te in fe r io r d a im a g e m . E s s e m é t o d o d e

págs.

a p r e s e n ta ç ã o fa z c o m q u e a s e s tr u tu r a s d o la d o d ir e ito d o c o r p o a p a r e ç a m

7 :e Visible Human Project (O Projeto do Homem Visível) ■ '■ 1 8 ) . E ste p r o je t o r e s u lto u e m

(o o

m a is d e 1 .8 0 0 im a g e n s s e c c io n a is

Nível do quiasma óptico

à e s q u e rd a n a im a g e m .

[ F ig u ra 1 2 . 8 ]

Etmóide

Osso nasal

Músculo reto mediai

------------Células etmoidais

Músculo reto lateral

------------Osso zigomático

Nervo óptico

Quiasma óptico Trato óptico Substância negra

Músculo temporal

Hipotálamo Córtex cerebral

Lobo temporal Hipocampo Cartilagem da orelha Córtex cerebelar

Osso parietal

Seio sagital superior Osso occipital

: gura 12.8 Secção transversal da cabeça no nível do quiasma óptico. 3

outras vistas do encéfalo, ver Figuras 15.13 e 15.21, págs. 405,417.

Lobo occipital Protuberância occipital interna

C apítulo 1 2 • Anatom ia de Superfície e Anatom ia Seccional Transversa

Secção transversal da cabeça no nível de CII [Figura 1 2 .9 ] Músculo orbicular da boca

Maxila Septo da língua Músculo bucinador Músculo m asseter Corpo de C II (áxis)

Ramo da mandíbula Músculo pterigóicec Músculo longo da cabee=

Artéria carótida interna Veia jugular interna

Artéria vertebral

Músculo esternocleidom astóideo

Medula espinal Músculo longuíssimo da cabeça Músculo esplênio

Músculo oblíquo inferior da cabeça Músculo reto posterior maior da cabeça

Músculo semiespinai da cabeça, parte latera Músculo trapézio

Músculo semiespinal da cabeça, parte mediai

Figura 12.9

S ecção transversal da cab eça no nível de C II.

Para outras vistas dos músculos da coluna vertebral, ver Figura 10.12, págs. 273-274.

Secção transversal no nível de TII

[Figura 12.10] Traquéia

Músculo e ste rn c tr= o a e

Esôfago

Artéria carc: cs : c ~ _ —

Clavícula

Músculo peitora ~ a c r

Músculo subclávio

Músculo pertora ~~istem a nervoso central SNC)

O e n c é f a l o e a m e d u l a e s p in a l, q u e c o n t ê m o s c e n t r o s d e c o n t r o l e r e s p o n s á v e is p e l o p r o c e s s a m e n t o e p e la i n t e g r a ç ã o d a s f u n ç õ e s s e n s i t i v a s ,

Sistema nervoso p eriíerico (SNP)

T e c id o n e r v o s o f o r a d o S N C , q u e l i g a o S N C c o m ó r g ã o s s e n s i t i v o s e o u t r o s s i s t e m a s o r g â n i c o s .

Sistem a nervoso uotònom o (SNA)

C o m p o n e n t e s d o S N C e d o S N P q u e e s tã o r e la c io n a d o s a o c o n tr o le d a s fu n ç õ e s v is c e r a is .

p l a n e j a m e n t o e c o o r d e n a ç ã o d e r e s p o s t a s , a lé m d e o f e r e c e r c o n t r o l e a c u r t o p r a z o s o b r e a s a t i v i d a d e s d e o u t r o s s i s t e m a s d o c o r p o .

a n a t o m ia m a c r o s c ó p ic a

NMdeo

U m c e n t r o n o S N C c o m l i m it e s a n a t ô m i c o s d i s t i n t o s ( p á g . 3 5 7 ) .

C en tro

U m g r u p o d e c o r p o s c e lu la r e s d e n e u r ô n io s n o S N C q u e c o m p a r t ilh a m u m a fu n ç ã o c o m u m (p á g . 3 5 7 ) .

T rato

U m f e ix e d e a x ô n i o s n o S N C q u e c o m p a r t i l h a m a s m e s m a s f u n ç õ e s , o r i g e n s e d e s t in a ç õ e s ( p á g . 3 5 7 ) .

C oluna

U m g r u p o d e tr a to s e n c o n t r a d o e m u m a r e g iã o e s p e c ífic a d a m e d u la e s p in a l (p á g . 3 5 7 ) .

V bs

C e n t r o s e tr a to s q u e lig a m o e n c é fa lo a o u t r o s ó r g ã o s e s is te m a s d o c o r p o (p á g . 3 5 7 ) .

G ânglios

U m g r u p o a n a to m ic a m e n t e d ife r e n c ia d o d e c o r p o s c e lu la r e s d e n e u r ô n io s m o t o r e s o u s e n s itiv o s n o S N P ( p á g . 3 4 6 ) .

Nervo

U m fe ix e d e a x ô n io s n o S N P (p á g . 3 4 6 ) .

fflSTOLOGIA Substância cinzenta

T e c id o n e r v o s o o n d e p r e d o m in a m c o r p o s c e lu la r e s d e n e u r ô n io s (p á g . 3 4 5 ) .

Substância branca

T e c id o n e r v o s o o n d e p r e d o m i n a m a x ô n i o s m i e l í n i c o s ( p á g . 3 4 5 ) .

C órtex nervoso

U m a c a m a d a d e s u b s t â n c ia c i n z e n t a n a s u p e r f í c i e d o e n c é f a l o ( p á g . 3 5 7 ) .

N eurônio

A u n i d a d e f u n c i o n a l b á s i c a d o s is t e m a n e r v o s o ; u m a c é l u l a a lt a m e n t e e s p e c i a li z a d a ; u m a c é l u l a n e r v o s a ( p á g s . 3 4 1 - 3 4 2 ) .

N eurônio sensitivo

U m n e u r ô n io c u jo s a x ô n io s tr a n s m it e m in fo r m a ç ã o s e n s it iv a d e sd e o S N P a té o S N C (p á g . 3 5 1 ) .

N eurônio m o to r

U m n e u r ô n io c u jo s a x ô n io s tr a n s m it e m c o m a n d o s m o to r e s d e s d e o S N P a té o s e fe tu a d o r e s n o S N C (p á g . 3 5 1 ) .

Soma

O c o r p o c e lu la r d e u m n e u r ô n io (p á g . 3 4 4 ).

D endritos

P r o l o n g a m e n t o s n e u r o n a i s e s p e c i a liz a d o s p a r a r e s p o n d e r a e s t í m u l o s e s p e c í f i c o s d o e s p a ç o e x t r a c e l u l a r ( p á g . 3 4 4 ) .

Axônio

U m l o n g o e d e lg a d o p r o l o n g a m e n t o d e u m n e u r ô n i o ; o s a x ô n i o s s ã o c a p a z e s d e c o n d u z i r i m p u l s o s n e r v o s o s ( p o t e n c i a i s d e a ç ã o ) ( p á g . 3 4 4 ) .

lfieÜ n a

U m in v ó lu c r o m e m b r a n o s o p r o d u z id o p o r c é lu la s d a g lia , q u e re v e ste a x ô n io s e a u m e n t a a v e lo c id a d e d e p r o p a g a ç ã o d o p o te n c ia l d e a ç ã o ; a x ô n i o s r e v e s t i d o s p o r m i e l i n a s ã o c h a m a d o s d e a x ô n io s m ie lín ic o s ( p á g . 3 4 5 ) .

N e u r o g l i a ou células da glia

C é l u l a s d e s u s t e n t a ç ã o q u e i n t e r a g e m c o m n e u r ô n i o s e r e g u la m o e s p a ç o e x t r a c e l u l a r , p o s s i b i l i t a m a d e f e s a c o n t r a p a t ó g e n o s e r e a l i z a m r e p a r o s n o t e c id o n e r v o s o ( p á g . 3 4 4 ) .

C A T E G O R IA S F U N C IO N A IS

R eceptor

U m a c é l u l a , u m d e n d r i t o o u ó r g ã o e s p e c ia li z a d o q u e r e s p o n d e a e s t í m u lo s d o e s p a ç o e x t r a c e l u l a r e c u j a e s t i m u l a ç ã o a lt e r a o n í v e l d e a t i v i d a d e

E ie tn a d o r

U m m ú s c u l o , g l â n d u l a , o u t r a c é l u l a o u ó r g ã o e s p e c i a li z a d o q u e r e s p o n d e à e s t i m u la ç ã o n e r v o s a a l t e r a n d o s u a a t i v i d a d e e p r o d u z i n d o u m e f e it o

e m u m ó r g ã o s e n s it iv o ( p á g s . 3 4 1 , 3 5 1 ) .

e s p e c íf ic o ( p á g . 3 4 1 ) .

Reflexo

U m a r e s p o s ta r á p id a e e s te r e o t ip a d a a u m e s tím u lo e s p e c ífic o .

fomatico

R e l a t iv o a o c o n t r o l e d a a t i v i d a d e m u s c u l a r e s q u e l é t i c a ( m o to r so m á tico ) o u à i n f o r m a ç ã o s e n s i t i v a d e m ú s c u l o s e s q u e l é t i c o s , t e n d õ e s e

V isceral

R e l a t i v o a o c o n t r o l e d e f u n ç õ e s , c o m o d ig e s t ã o , c i r c u l a ç ã o , e t c . ( m o to r viscera l) o u à i n f o r m a ç ã o s e n s i t i v a d e v í s c e r a s ( s en sitiv o visceral) ( p á g s .

a r t i c u l a ç õ e s ( s en sitiv o s o m á tic o ) ( p á g s . 3 4 1 , 3 4 2 , 3 5 1 ) .

3 4 2 ,3 5 1 ) .

V oluntário

Q u e e s t á d ir e t a m e n t e s o b c o n t r o l e c o n s c i e n t e ( p á g . 3 4 2 ) .

In v o lu ntário

Q u e n ã o e stá d ir e ta m e n te s o b c o n tr o le c o n s c ie n t e (p á g . 3 4 2 ) .

S «TKonsciente

R e l a t i v o a c e n t r o s e n c e f á l ic o s q u e o p e r a m f o r a d o n í v e l d e c o n s c i ê n c i a ( p á g . 3 4 2 ) .

P : :;n ciais de ação

M o d i f i c a ç õ e s s ú b it a s e t r a n s i t ó r i a s n o p o t e n c i a l d e m e m b r a n a , q u e s ã o p r o p a g a d a s a o l o n g o d a s u p e r f í c i e d e u m a x ô n i o o u s a r c o l e m a ( p á g . 3 5 3 ) .

suticos. que monitoram os músculos esqueléticos, as articulações e a pele; i dos receptores sensitivos viscerais, que monitoram outros tecidos como ■osculatura lisa, músculo cardíaco e glândulas. A divisão aferente também : rr.eae informações advindas de órgãos sensitivos especiais como o olho : : relha. Já a divisão eferente inclui o sistema nervoso somático (SNS), : _f ; )ntrola a contração dos músculos esqueléticos, e o sistema nervoso pnónomo (SNA), também chamado de sistema motor visceral que regula a - nscülatura lisa, o músculo cardíaco e a atividade glandular. As atividades do sistema nervoso somático podem ser voluntárias _ im oluntárias. Contrações voluntárias dos músculos esqueléticos esã: sob controle consciente; por exemplo, o indivíduo exerce controle : t _r.:ario sobre os músculos do braço quando leva um copo de água tte :' labios. As contrações involuntárias são gerenciadas inconscientenente: por exemplo, se o indivíduo colocar a mão acidentalmente em on : mo quente, imediatamente ocorrerá a pronta retirada do mem-: aretado, em geral antes mesmo que ele possa se dar conta da dor.

As atividades do sistema nervoso autônomo costumam ocorrer sem que tenhamos consciência ou controle. Os órgãos do SNC e do SNP são complexos, com numerosos vasos sangüíneos e camadas de tecido conectivo que conferem proteção física e sustentação mecânica. Ainda assim, todas as variadas e essenciais funções do sistema nervoso são realizadas por neurônios individuais que preci­ sam ser mantidos em segurança, protegidos e completamente funcionais. Nossa discussão sobre o sistema nervoso começará no nível celular, com a histologia do tecido nervoso.

A organização celular do tecido nervoso [Figura 13.3] O tecido nervoso contém dois tipos de células: as células nervosas, ou neurônios, e as células de sustentação, ou neuróglia. Os neurônios (neuro,

= sura 13 : Uma visão geral funcional do sistema nervoso.

343

1 3 * 0 Sistema Nervoso: Tecido Nervoso

C a p ít u l o

SISTEMA NERVOSO CENTRAL (encéfalo e medula espinal)

E rre : ag-am a m o stra a re la çã o en tre o SNC e o 5 S F Dr~i c o m o o s co m p o n e n te s e as fu n çõ e s das z ív s õ e s aferen te s e eferentes.

Processamento i de informação Comandos motores na divisão eferente

Informação sensitiva na divisão aferente



SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO

inclui

Sistema nervoso somático

Sistema nervoso autônomo

Parte parassimpática

Parte simpática

í Receptores sensitivos especiais (propiciam sensações de olfato, gustação, visão, equilíbrio e audição)

Receptores sensitivos somáticos (monitoram músculos esqueléticos, articulações e superfície da pele; propiciam propriocepção e sen­ sações de tato, pressão, dor e temperatura)

Músculo esquelético

• Músculo liso • Músculo cardíaco • Glândulas

Receptores sensitivos viscerais (monitoram órgãos internos, inclusive órgãos dos sistemas circulatório, respiratório, digestório, urinário e genital)

RECEPTORES

Q s s i ntomas

das doenças neurológicas

m a s q u e im p õ e m ris c o d e v id a . O u tro s tip o s d e c e fa lé ia p o d e m =_ g : -

Q u a n d o o s m e c a n is m o s

s e c u n d a ria m e n te a o s s e g u in te s p ro b le m a s:

: _ e 'e g u la m a h o m e o s t a s e s ã o in te r r o m p id o s p o r fa to r e s g e n é t ic o s ou =_ : en ta is, in fe c ç õ e s o u tra u m a , s u rg e m o s s in to m a s d e d o e n ç a s n e u ro ó e cas. C o m o o s is te m a n e rv o s o a p re s e n ta fu n ç õ e s v a r ia d a s e c o m p le >3S : s s in to m a s d e a lte r a ç õ e s n e u ro ló g ic a s s ã o ig u a lm e n te d iv e rs o s : •

EFETUADORES

1. D o e n ç a s d o S N C , c o m o in fe c ç õ e s (m e n in g ite , e n c e fa lite o u r a í.s tu m o r e s e n c e fá lic o s

2. Traum a, c o m o u m g o lp e na c a b e ç a

sai c o m 70% d a p o p u la ç ã o re la ta n d o a o m e n o s u m e p is ó d io p o r ano.

3. D o e n ç a s d o s is te m a c ir c u la tó r io , c o m o u m a c id e n te v a s c u la r e - r e fá lic o

Q u a s e to d o s o s in d iv íd u o s a p r e s e n ta r a m u m e p is ó d io d e d o r d e ca-

4. D o e n ç a s m e ta b ó lic a s , c o m o h ip o g lic e m ia (n ív e is b a ix o s d e a ç u c a " :

A s c e fa lé ia s (d o re s d e c a b e ç a ) p a re c e m s e r u m a e x p e r iê n c ia un iver-

zeça e m a lg u m m o m e n to d a vid a . M u ita s c e fa lé ia s n ã o e x ig e m um a c o n s u lta c o m u m n e u ro lo g is ta . A m a io ria d e la s s ã o cefaléias tenslonais, c o m d o r m o d e ra d a , s e n s a ç ã o d e p re s s ã o o u c o n s triç ã o , c a ra c -

san g u e )

• Fraqueza muscular. A fra q u e z a m u s c u la r p o d e te r u m a c a u s a r e _ ' : ló g ic a s u b ja c e n te . A o e x a m in a r o p a c ie n te , d e v e -s e p ro c u ra r d e : e — -

te r is t ic a d ifu s a e s u p o s ta m e n te r e la c io n a d a s à te n s ã o m u s c u la r, p o r

n a r a c a u s a p rim á ria d o s in to m a p a ra q u e s e p o s s a s e le c io n a ' o : d o

e x e m p lo , d o s m ú s c u lo s d a re g iã o c e rv ic a l. A d e fla g ra ç ã o d a s c e fa lé ia s

d e tr a ta m e n to m a is e fe tiv o . M io p a tia s ( d o e n ç a s m u s c u la r e s c e . e s e r d ife r e n c ia d a s d e d o e n ç a s n e u ro ló g ic a s , c o m o d o e n ç a s d e s ~ - n iza n te s, d is fu n ç õ e s n a s s in a p s e s n e u r o m u s c u la r e s e le s ã o d e n e~ .:

:e ^ sio n a is p ro v a v e lm e n te e n v o lv e u m a c o m b in a ç ã o d e fa to re s , m a s a c o n tra ç ã o c o n s ta n te d a m u s c u la tu ra d a re g iã o c e rv ic a l e fa c ia l e stá : c ~ iu m e n te e n v o lv id a . A s c e f a lé ia s te n s io n a is p o d e m p e r d u r a r p o r : as o u p o d e m o c o r r e r d ia ria m e n te p o r p e río d o s d e te m p o m a is pro:- g a d o s . A lg u m a s c e fa lé ia s te n s io n a is p o d e m a c o m p a n h a r d e p r e s ­

p e rifé rico . •

Parestesias. P e rd a da s e n s ib ilid a d e , s e n s a ç õ e s de dormênc 5 cx. :e

(2) v ia s

s itiv o (c ra n ia n o o u e sp in a l) o u

^ 'â c t e r ís t ic a s a s s o c ia d a s q u e d e fin e m a s enxaquecas (migrânia ): la ­

c e n tra l (SNC). O s e fe ito s p o d e m e x e m p lo , a paresia por pressão

te ;~ e n t o , fr e q ü e n te m e n te d o r in te n s a u n ila te ra l, s e n s ib ilid a d e à luz, - s .s e a e v ô m ito . A s e n x a q u e c a s a p r e s e n ta m c a u s a s n e u ro ló g ic a s e : r c j atórias. E s ta s d o e n ç a s ra ra m e n te e s tã o a s s o c ia d a s c o m p r o b le ­

um ne-.: se-sistema re-zcs: s e r te m p o rá rio s o u permare':e; =■: p o d e d u ra r a lg u n s minutos,

fo rm ig a m e n to p o d e m s e d e s e n v o lv e r a p ó s le s ã o d e (1)

são g ra v e o u a n s ie d a d e . A s c e fa lé ia s te n s io n a is n ã o a p r e s e n ta m a s

s e n s itiv a s n o

a p a re s te s ia d e s e n v o lv id a d is ta lm e n te a u m a re g iã o g r a .e ~ e " - T í e da d a m e d u la e s p in a l p ro v a v e lm e n te s e rá p e rm a n e n te .

344

O S IS T E M A N E R V O S O

nen o

s ã o r e s p o n s á v e is p e l a t r a n s f e r ê n c i a e p e l o p r o c e s s a m e n t o d a i n f o r ­

Astrócitos [Figuras 13.4/13.5]

pág. 77 U m n e u r ô n i o t í p i c o (Figura 13.3) a p r e s e n t a u m

I ir :r a lo 3.

corpo celular, o u s o m a . A r e g i ã o e m t o r n o d o n ú c l e o é d e n o m i n a d a pericario karyon, n ú c l e o ) . O c o r p o c e l u l a r g e r a l m e n t e t e m d i v e r s a s r a m i f i r a c õ e s , o u dendritos. D e n d r i t o s t í p i c o s s ã o a l t a m e n t e r a m i f i c a d o s , e c a d a

q u e re p re se n ta m 80 a 9 0 % d a á rea d e

terminações sinápticas.

axônio

a lo n g a d o q u e t e r m in a e m

E m c a d a t e r m in a ç ã o s in á p t ic a , o

r r u r ó n io s e c o m u n ic a c o m o u t r a c é lu la . O c o r p o c e lu la r c o n té m a s o r g a n e la s r e s p o n s á v e is p e la p r o d u ç ã o d e e n e r g ia e p e la b io s s ín t e s e d e m o l é c u ­

neuróglia {glia, c o l a ) ,

is o la m o s n e u r ô n io s ,

fc m e c e m u m a e s t r u t u r a d e s u s t e n t a ç ã o a o te c id o n e r v o s o , c o n t r ib u e m r r r a a m a n u t e n ç ã o d o e s p a ç o in te r c e lu la r e a t u a m c o m o fa g ó c ito s . O te c i­ d o n e rv o s o d o c o r p o c o n té m c e r c a d e 1 0 0 b ilh õ e s d e c é lu la s d a n e u r ó g lia , a

células da glia,

E s t r u tu r a lm e n t e , o s a s t r ó c i:

tê m u m g r a n d e n ú m e r o d e p r o lo n g a m e n t o s c it o p la s m á t ic o s . E s s p r o lo n g a m e n t o s a u m e n t a m s ig n ific a t iv a m e n te a á re a d e s u p e r fic

q u id o e x t ra c e lu la r d o S N C . E ste m e c a n is m o d e tr o c a p e r m ite q i o s a s t r ó c i t o s c o n t r o l e m a c o m p o s i ç ã o q u í m i c a d o e s p a ç o in t e r s t c i a i d o S N C . E s s e s p r o l o n g a m e n t o s c i t o p l a s m á t i c o s t a m b é m fa z e : c o n ta to c o m s u p e r fíc ie s n e u r o n a is , fr e q ü e n te m e n te e n c a p s u la n c to d o o n e u r ô n io . E sta s c á p s u la s is o la m o s n e u r ô n io s e o s p ro te g e i

la s o r g â n ic a s , c o m o a s e n z im a s . C é lu la s d e s u s t e n t a ç ã o , o u

■ Controle do espaço intersticial:

c e lu la r, o q u e fa c ilit a a t r o c a d e ío n s e o u t r a s m o lé c u la s c o m o l

c o r p o d a c é lu la é lig a d o a u m

o u m a is

cytc

d e m s e r r e s u m id a s d a s e g u in t e m a n e ir a :

sa r ^ r fíc ie to t a l d o n e u r ô n io . O

e s tr e la +

13.5). O s a s t r ó c i t o s a p r e s e n t a m u m a v a r i e d a d e d e f u n ç õ e s , m a s m u : : ,

S N C , u m n e u r ô n io re c e b e in fo r m a ç ã o d e o u t r o s n e u r ô n io s p r im o r d ia l­

espinhas dendríticas,

astrócitos (astro,

d e l a s a i n d a s ã o p o u c o c o m p r e e n d i d a s . A s f u n ç õ e s d e s t e t i p o c e l u l a r p-,

r a m o a p r e s e n t a p r o j e ç õ e s d e l g a d a s d e n o m i n a d a s espinhas dendríticas. N o

m en te n as

Os

c é l u l a ) s ã o a s m a i o r e s e m a i s n u m e r o s a s c é l u l a s d a g l i a (F ig u ra s 13 4

m a ç ã o n o s is te m a n e r v o s o . A e s t r u t u r a d o n e u r ô n io fo i a p r e s e n ta d a n o

o q u e c o r r e s p o n d e a u m n ú m e r o a p r o x im a d a m e n te

d a s m u d a n ç a s n a c o m p o s iç ã o q u ím ic a d o e s p a ç o in te r s t ic ia l r in te r io r d o S N C .

■ Manutenção da barreira hemato-encefálica:

O te c id o n e m

so p re c is a s e r is o la d o fís ic a e b io q u im ic a m e n te d a c ir c u la ç ã o g er p o r q u e h o r m ô n io s e o u t r a s s u b s t â n c ia s q u ím ic a s n o r m a lm e n

c in c o v e z e s m a io r d o q u e o d e n e u r ô n io s . A s c é lu la s d a g lia s ã o m e n o r e s

p r e s e n te s n o s a n g u e p o d e m in t e r fe r ir e a lt e r a r a fu n ç ã o n e u r o n .

r u e o s n e u r ô n io s e p r e s e r v a m a c a p a c id a d e d e d iv is ã o , c a p a c id a d e e sta

A s c é lu la s e n d o t e lia is q u e re v e s t e m o s c a p ila r e s d o S N C tê m c

c u e é p e r d id a p e la m a io r ia d o s n e u r ô n io s . C o le t iv a m e n t e , a n e u r ó g lia é

r a c te r ís t ic a s d e p e r m e a b ilid a d e b a s ta n te r e s tr it a s , a s q u a is c o n tn

re s p o n s á v e l p o r c e r c a d e m e t a d e d o v o lu m e d o s is te m a n e r v o s o . H á d i­

l a m a t r o c a q u í m i c a e n t r e o s a n g u e e o l í q u i d o i n t e r s t i c i a l . E la s si

fe re n ç a s o r g a n iz a c io n a is s ig n ific a t iv a s e n tr e o te c id o n e r v o s o d o S N C e o

r e s p o n s á v e is p e la

d o S N P , p r in c ip a lm e n t e e m fu n ç ã o d e d ife r e n ç a s n a p o p u la ç ã o d e c é lu la s

o

d a g lia .

m á t i c o s d o s a s t r ó c i t o s , c h a m a d o s d e “ p é s v a s c u l a r e s ”, e n t r a m e

barreira hem ato-encefálica

( B H E ) , q u e is o

S N C d a c ir c u la ç ã o g e ra l. M u it o s d o s p r o lo n g a m e n t o s

c o n t a t o e r e c o b r e m a s u p e r f í c i e d o s c a p i l a r e s d e n t r o d o s is t e n

Neuróglia [Figura 13.4]

n e r v o s o c e n t r a l. E s t e r e v e s t i m e n t o c i t o p l a s m á t i c o a o r e d o r d o s c

A m a io r v a r ie d a d e d e c é lu la s d a g lia é e n c o n t r a d a n o in t e r io r d o s is te m a n e r v o s o c e n t r a l . A Figura 13.4 c o m p a r a a s f u n ç õ e s d a s p r i n c i p a i s p o p u l a ­ ç õ e s d e c é lu la s d a g lia ta n to n o S N C q u a n t o n o S N P .

p ila r e s é in t e r r o m p id o a p e n a s n o s lo c a is o n d e o u t r a s c é lu la s < g lia e n t r a m e m c o n ta to c o m a s p a r e d e s d o s c a p ila re s . S u b s tâ n c i q u ím ic a s s e c r e ta d a s p e lo s a s t r ó c it o s s ã o e s s e n c ia is p a r a a

ção da barreira hemato-encefálica.

manute

(A b a r r e ir a h e m a to -e n c e fá h

se rá d is c u t id a p o s te r io r m e n te n o C a p ít u lo 1 5 .)

Seuróglia do SNC [Figuras 13.4 a 13.6] Q u a t r o t ip o s d e c é lu la s d a g lia s ã o e n c o n t r a d o s n o s is te m a n e r v o s o c e n -

■ Criação de uma estrutura tridim ensional para o SNC:

(

t r a l : Astrócitos, oligodendrócitos, micróglia e células ependimais. E s s e s t i p o s

a s t r ó c ito s sã o a g r u p a d o s c o m m ic r o fila m e n to s q u e se e ste n d e

d e c e lu la p o d e m s e r d ife r e n c ia d o s p e lo t a m a n h o , p e la o r g a n iz a ç ã o in t r a -

a t r a v e s s a n d o a l a r g u r a d a c é lu la . E s t e r e f o r ç o c o n f e r e re s is tê n c

: e r a l a r e p e l a p r e s e n ç a d e p r o l o n g a m e n t o s c i t o p l a s m á t i c o s e s p e c í f i c o s (F i­

m e c â n i c a ; a s s i m , o s a s t r ó c i t o s c o n s t i t u e m u m a e s t r u t u r a d e su

guras 13.4 a 13.6).

t e n ta ç ã o p a r a o s n e u r ô n io s d o e n c é fa lo e d a m e d u la e s p in a l.

Dendritos Est "lulados por modificações e~:a is ou atividades ae outras células

Corpo celular Contém o núcleo, mitocôndrias, ribossomos e outras organelas e inclusões

Axônio Conduz impulsos nervosos (potenciais de ação) em direção às terminações sinápticas

Botões terminais Afetam outro neurônio ou órgão efetuador (músculo ou glândulal

rsc " a s cas

: gura 13.3

Um a revisão da estru tura neuronal.

- ila ç ã o en tre as q uatro parte s d e um n e urô nio (dendritos, co rp o celular, ax ô n io e te rm in a çõ e s sinápticas); as ativid ad es fu n c io n a is d e cada p arte e a d ireção c o n d u çã o norm al do p oten cial de ação estão representadas.

C a p ít u l o

1 3 * 0 Sistema Nervoso: Tecido Nervoso

NEUROGLIA

Células satélites Circundam os corpos celu­ lares dos neurônios nos gânglios; regulam os níveis de 0 2, C 02, nutrientes e neurotransmissores em torno dos neurônios dos gânglios

Células de Schwann Circundam todos os axônios no SNP; responsáveis pela mielinização de axônios periféricos; participam do processo de reparação após lesão

F gura 13.4

Oligodendrócitos

Astrócitos

Micróglia

Mielinizam axônios do SNC; oferecem estru­ tura de sustentação

Mantêm a barreira hematoencefálica; oferecem estrutura de sustentação; regulam as concentrações de íons, nutri­ entes e gases dissolvidos; absorvem e reciclam neuro­ transmissores; produzem tecido cicatricial após lesão

Removem fragmentos celulares, produtos residuais e patógenos por fagocitose

A cla s sifica ç ã o da neuróglia.

- i aategorias e fu n çõ e s d o s v ário s tip o s de c é lu la s da glia e n con tra m -se resu m id as neste fluxogram a.

■ R ealização d e re p a r o s n o te c id o n e rv o s o d a n ific a d o :

Após

c o n s id e r a d o

m ielínico. A

m ie lin a a u m e n t a a v e lo c id a d e c o m q u e o p o te n c ia l

impulso nervoso, é

le s ã o d o s is te m a n e r v o s o c e n t r a l, o s a s t r ó c it o s r e a liz a m r e p a r o s

de ação, o u

e s tr u tu r a is q u e e s ta b iliz a m o te c id o e p r e v in e m n o v o s d a n o s a o

a x ô n io s d o S N C sã o m ie lín ic o s . N o S N C , o s a x ô n io s

p r o d u z ir te c id o c ic a t r ic ia l n o lo c a l d a le s ã o .

i n c o m p l e t a m e n t e r e c o b e r t o s p o r p r o l o n g a m e n t o s d o s o l i g o d e n d r o c : :. f.

■ D ire c io n a m e n to d o d e se n v o lv im e n to d o n e u rô n io :

N o encé­

fa lo e m b r io n á r io , o s a s t r ó c it o s p a r e c e m e s ta r e n v o lv id o s n o d i r e ­ c io n a m e n to d o c r e s c im e n to e n a in te r c o n e x ã o d o s n e u r ô n io s e m d e s e n v o lv im e n t o p o r m e io d a s e c r e ç ã o d e s u b s t â n c ia s q u ím ic a s d e n o m in a d a s

fatores neurotrópicos.

O ü g o d en d ró cito s [F ig u ras 13.4/13.5] U m : : r r r r a d a d e n t r o d o S N C é o o lig o d e n d ró c ito

c o n d u z i d o a o l o n g o d o a x ô n i o . N e m : c c .: 5

am ielínicos

-

p c d e r r . >er

M u ito s o lig o d e n d r ó c it o s c o n t r ib u e m p a r a a fo r m a ç ã o d a b a ir ã r a a r m i e l i n a a o l o n g o d a e x t e n s ã o t o t a l d e u m a x ô n i o m i e l í n i c o . A s á r e a s r e i a rr-

in te rn o d o s soluções de c o n tin u id a ­

v a m e n te g r a n d e s e n v o lta s d e m ie lin a s ã o d e n o m in a d a s e n t r e ) . P e q u e n o s “ e s p a ç a m e n t o s ”, d e n o m i n a d o s

d e d a b a in h a de m ielin a,

ou

nós de Ranvier, e x i s t e m

e n t r e a s b a i n h a s ae-

m ie lin a p r o d u z id a s p o r o lig o d e n d r ó c it o s a d ja c e n te s . Q u a n d o d i s s e c a a : a x ô n i o s m i e l í n i c o s a p r e s e n t a m u m a a p a r ê n c i a b r a n c a e b r i l h a n t e p rr r r a r s e g u n d o tip o d e c é lu la en ( o lig o ,

pouco). E s t a c é l u l a

se

ts s e m e lh a a o a s t r ó c ito a p e n a s n o q u e d iz r e s p e ito à s s u a s e x te n s õ e s c ito r - la s m a tic a s a l o n g a d a s . E n t r e t a n t o , o s o l i g o d e n d r ó c i t o s a p r e s e n t a m m e n o r

p a lm e n t e d e v id o à p r e s e n ç a d e lip íd e o s . R e g iõ e s d o m in a d a s p o r a x o r a i s m ie lín ic o s c o n s titu e m a

su b stâ n c ia b ra n c a

d o S N C . Já r e g iõ e s d o n

~aaa

p o r c o r p o s c e lu la r e s d e n e u r ô n io s , d e n d r it o s e a x ô n io s a m ie lín ic o s s ã c c h a ­ m adas de

su b stâ n c ia cin z e n ta

d e v id o à s u a c o lo r a ç ã o a c in z e n ta d a .

: : — : e e lu la r , a lé m d e p r o l o n g a m e n t o s c i t o p l a s m á t i c o s m a i s c u r t o s e m a i s -a ro s

Figuras 13.4 e 13.5). O s p r o l o n g a m e n t o s d o s o l i g o d e n d r ó c i t o s g e -

- r _r :e fa z e m c o n ta to c o m a x ô n io s o u c o r p o s c e lu la r e s d e n e u r ô n io s ; t ie m a :> s o , e s s e s p r o l o n g a m e n t o s u n e m g r u p a m e n t o s d e a x ô n i o s e m e h e ra rr. o d e s e m p e n h o f u n c io n a l d o s n e u r ô n io s a o e n v o lv ê - lo s e m

mielina,

M ic ró g lia [F ig u ras 13.4/13.5]

A s m e n o r e s c é lu la s d a g lia p o s s u e r r r r

l o n g a m e n t o s c it o p la s m á t ic o s a lo n g a d o s e d e lg a d o s , c o m m u it o s r a m : d e l i c a d o s (F ig u ra s 13.4 e 13.5). E s t o s c é l u l a s , d e n o m i n a d a s m i c r ó g l i a a p a re c e m c e d o n o d e s e n v o lv im e n t o e m b r io n á r io a tra v é s d a d iv ís ã c

a_

-rara s u b s t â n c i a c o m p r o p r i e d a d e s i s o l a n t e s . A s f u n ç õ e s d o s p r o l o n g a m e n -

c é lu la s -tr o n c o d a m e s o d e r m e . A s c é lu la s -tr o n c o q u e p r o d u z e m a m i c r : -

: s q u e te r m in a m n o s c o r p o s c e lu la r e s a in d a n ã o fo r a m d e te r m in a d a s .

g l i a e s t ã o r e l a c i o n a d a s à q u e l a s q u e p r o d u z e m m a c r ó f a g o s e m o n : e r r o s rr

M u ito s a x ô n io s n o S N C s ã o c o m p le ta m e n te r e c o b e r to s p o r p r o lo n g a d e o lig o d e n d r ó c ito s . P r ó x im o d a e x t r e m id a d e d e c a d a p r o lo n g a r t r _ : : a — e m b r a n a c it o p la s m á t ic a s e e x p a n d e p a r a f o r m a r u m a p l a c a m a c i a a ~ a q u e e n v o l v e o a x ô n i o (Figura 13.5). I s s o c r i a u m a b a i n h a c o m p o s t a d e -

r a s e a ~ a d a s d e m e m b r a n a s , c o n s t it u íd a p r in c i p a l m e n t e p o r f o s f o li p í r : - Z sa e re v e s t i m e n t o m e m b r a n á c e o é d e n o m i n a d o

m ielin a,

e o a x ô n io é

s a n g u e . A s c é l u l a s d a m i c r ó g l i a m i g r a m p a r a o i n t e r i o r d o S N C a rrre c a d a q u e e s te se d e s e n v o lv e , e d a í e m d ia n te p e r m a n e c e m d e n t r : a : r e a r a : n e r v o s o , a g in d o c o m o u m a fo r ç a d e s e g u r a n ç a itin e r a n te . A s c e l _ a s

a_

m ic r ó g lia s ã o o s fa g ó c ito s d o S N C , fa g o c it a n d o e le m e n to s c e lu la r e s ~ ã . fu n c io n a is , p r o d u t o s r e s id u a is e p a tó g e n o s . E m c a s o s d e in íe c a : t - : _ s õ e s, o n ú m e r o d e m ic r ó g lia a u m e n t a d r a s tic a m e n te . P o r v c Ira a r 5

ea_:

346

O S IS T E M A N E R V O S O

CANAL CENTRAL

jig jU-— Células ependi~£

Substância — cinzenta

Neurônios

Células da micróglia - Axôniosmielínicos

Internodo 1 Mielina axônios (compare as células de Schwann, Figura 13.8a, com oligodendrócitos, Figura 13.5, pág. 346). Apesar da diferença no m ecanismo

de m ielinização, os axônios mielínicos tanto no SNC com o no SN apresentam soluções de continuidade e internodos nas bainhas de mie lina, e a presença de mielina - independentem ente de como é formad - aum enta a velocidade de condução do im pulso nervoso. Os axônio amielínicos tam bém são encapsulados por prolongam entos das célula de Schwann, porém esta relação é simples e não form a mielina. Um única célula de Schwann circunda diversos tipos de axônios amielíni cos, como indica a Figura 13.8b.

Núcleo Cone axônico Axônio

Internodo mielínico

Segmento inicial (amielínico)

Dendrito

Soluções de continuidade na bainha de mielina Núcleo da célula de Schwann

Célula de Schwann

Axônio Neurilema

Núcleo da célula de Schwann

Solução de continuidade na bainha de mielina

Neurilema Axônios

Axônio

— Mielina — recobrindo o internodo

Axolema

Núcleo da célula de Schwann Axônios

= gura 13.8 Células de Schwann e axô-fos periféricos. Ce-íLJias de Schwann embainham cada axônio periférico, (a) Uma única célula de Schwann fora bainha de mielina em torno de uma par­ te De um único axônio. Esta situação difere do ~xxlo como a bainha de mielina se forma no in“ y do SNC. Compare com a Figura 13.5. (MET « 20.603) (b) Uma única célula de Schwann pooe circundar vários neurônios amielínicos. Inerentemente da situação que ocorre no SNC, ^ada axônio no SNP apresenta um revestimen­ to completo de neurilema. (ML x 27.627)

Neurilema

Axônios

Mielina

(a) Axônio mielínico

(b) Axônio amielínico

f 1

Capítulo 13 • 0 Sistema Nervoso: Tecido Nervoso

I 349

■Corpo celular do neurônio ■Mitocôndria - Aparelho de Golgi ■Cone axônico ^ , - Segmento inicial do axônio

Botões terminais

Axônio (pode ser mielínico)

Corpo celular do neurônio

Nucléolo

Núcleo Nucléolo

Célula pós-sináptica

Cone axônico Segmento inicial do axônio Espinhas dendríticas

Corpúsculo de Nissl

Corpusculo de Nissl

Neurofilamento

Neurofilamento

(a) Neurônio multipolar

7a r e v i s ã o d o s c o n c e i t o s lo e n t ifiq u e a s d u a s s u b d iv is õ e s a n a tô m ic a s d o s is te m a n e rv o s o . 1

1. Sinapses com outro neurônio

Q u a is s ã o o s d o is t e r m o s u t iliz a d o s p a ra fa z e r r e fe r ê n c ia à s c é lu la s d e s u s ­ te n t a ç ã o d o t e c id o n e r v o s o ?

3l E s p e c ific a m e n t e , q u a is c é lu la s a ju d a m a m a n te r a b a rre ira h e m a t o - e n c e fa íc a ? -i. Q u a l é o n o m e d a c o b e r tu r a m e m b r a n á c e a fo r m a d a a o re d o r d o s a x ô n io s : e t o s o lig o d e n d r ó c it o s ? 5 . ic e n t ifiq u e a s c é lu la s d o s is te m a n e r v o s o p e r ifé r ic o q u e c o n s t it u e m a c o j r a s itu a d a a o re d o r d o s a x ô n io s .

veja a seção de Respostas na parte final do livro.

2. Junções neuromusculares

'seu rô n io s [Figura 13.9] . r:x> celular de um neurônio típico contém um núcleo relativamente Tinde e arredondado com um nucléolo proeminente (Figura 13.9a). O ütoplasma circundante constitui o pericário (karyon , núcleo). O citoes_cle:o do pericário contém neurofilamentos e microtúbulos. Feixes de : _lt filamentos, denominados neurofibrilas, são elementos citoesquejíkc >que se estendem no interior dos dendritos e do axônio. O pericário contém organelas que fornecem energia e realizam ativiUies de biossíntese. As numerosas mitocôndrias, os ribossomos livres e ixidos e as membranas de retículo endoplasmático rugoso (RER) confe; — ao pericário uma aparência rústica e granular. As mitocôndrias ge- m ATP para suprir a alta demanda de energia de um neurônio ativo. Os íbossomos e o RER sintetizam peptídeos e proteínas. Grupos de riboso n o s livres e fixados estão presentes em grande número. Estes grupa□entos ribossômicos são denominados corpúsculos d eN isslo u corpúsculos Tfrcides. Eles são responsáveis pela coloração cinza das áreas que contêm ” s celulares de neurônios - a substância cinzenta vista na dissecação nccc scópica do encéfalo ou da medula espinal. A maioria dos neurônios não possui o complexo de centrossomos. :=gs 36-37 Em outras células, os centríolos do centrossomo for­ ram fibras do fuso que movimentam os cromossomos durante a diviI celular. Os neurônios geralmente perdem seus centríolos durante a

3. Sinapses neuroglandulares

(b) Figura 13.9

Anatomia de um neurônio típico.

U m n e u rô n io a p re s e n ta u m c o rp o c e lu la r (som a), a lg u n s d e n d rito s r a rr - : a o : ; a u m ú n ic o a x ô n io .

(a) O rg a n iz a ç ã o d ia g ra m á tic a d o n e u rô n io . (ML x 1 .600

b _~

n e u rô n io p o d e in e rv a r (1 ) o u t ro s n e u rô n io s , (2) fib r a s m u s c u la r e s e s G ~ a e : o u (3) c é lu la s g la n d u la re s. A s s in a p s e s s ã o in d ic a d a s p e lo s re tâ n g u lo s c a ra c a c a e x e m p lo . U m ú n ic o n e u rô n io n ã o in e rv a ria to d o s o s três.

O S IS T E M A NERVO SO

i rirer.ciação, tornando-se incapazes de realizar divisão celular. Se es­ tes neurônios especializados são posteriormente perdidos por lesão ou i ença, não podem ser substituídos. A permeabilidade da membrana citoplasmática dos dendritos e do corpo cãular pode ser alterada por exposição a estímulos químicos, mecânicos ou ektricos. Uma das funções primárias das células da glia é limitar o número de tipos de estímulos que atuam sobre neurônios individuais. Os prolonga­ mentos de células da glia cobrem a maior parte da superfície do corpo celular e dos dendritos, exceto onde existem terminais sinápticos ou onde dendritos sem como receptores sensitivos, monitorando condições do espaço extraceiular. A exposição a estímulos apropriados pode gerar uma variação localizada do potencial transmembrana e gerar um potencial de ação no axônio. T potencial transmembrana é a propriedade resultante da distribuição desisual de íons através da membrana citoplasmática. Examinaremos potenciais mnsmembrana e potenciais de ação posteriormente neste capítulo. Um axônio, ou neurofibra (fibra nervosa), é um prolongamento citorvümático longo capaz de propagar um potencial de ação. Em um neurónio multipolar, uma região especializada, denominada cone axônico, :: r ecta o segmento inicial do axônio ao corpo. O axoplasma, ou citoplasma do axônio, contém neurofibrilas, microtúbulos, numerosas e pequenas r-iculas, lisossomos, mitocôndrias e várias enzimas. Um axônio pode se ramificar ao longo de sua extensão, produzindo ramos laterais chamados : e colaterais. O tronco principal e os colaterais terminam em uma série de delicadas extensões terminais, chamadas de ramificações terminais ou :: :dendros ( telo, fim + dendron, árvore) (Figura 13.9b). As ramificações :rrminais estendem-se até uma terminação sináptica, onde um neurônio faz contato com outro neurônio ou órgão efetuador. O transporte axônico fluxo axoplasmático) é o movimento de organelas, nutrientes, moléculas sintetizadas e produtos residuais entre o corpo celular e as terminações sinapticas. Este é um processo complexo que consome energia e depende do —vimento ao longo das neurofibrilas do axônio e suas ramificações.

(a) Neurônio apoiar

F jura 13.10

(b) Neurônio bipolar

Cada terminação sináptica é parte de uma sinapse, um local esperii lizado onde um neurônio se comunica com outra célula (Figura 13.9b A estrutura da terminação sináptica varia com o tipo de célula pós-sinar tica. Um botão terminal arredondado, ou botão sináptico, relativamen: simples, é encontrado onde um neurônio faz sinapse com outro. A ter minação sináptica encontrada em uma sinapse neuromuscular, ou ju n a i neuromuscular (mioneural), onde um neurônio entra em contato coe uma fibra muscular esquelética, é muito mais complexa. p á g s . 23c 246 A comunicação sináptica na maioria das vezes envolve a liberaçã, de substâncias químicas específicas denominadas neurotransmissorei A liberação dessas substâncias químicas é deflagrada pela chegada do im pulso nervoso; detalhes adicionais serão fornecidos posteriormente.

A classificação dos neurônios Os bilhões de células no sistema nervoso apresentam formatos bastan: variados. A classificação dos neurônios pode ser baseada em (1) estrutur e (2) função. Classificação estrutural dos neurônios [Figura 13.10] A classificaçá estrutural baseia-se no número de prolongamentos que se projetam partir do corpo celular (Figura 13.10). ■ Os neurônios apolares são pequenos, e não existem caractens ticas anatômicas diferenciais que distingam dendritos de axônia (Figura 13.10a). Os neurônios apolares são encontrados apena no SNC e em órgãos sensitivos especiais, e suas funções ainda sã pouco compreendidas. ■ Os neurônios bipolares apresentam delicados dendritos que s fundem para formar um único dendrito. O corpo celular situa-s entre esse dendrito e um único axônio (Figura 13.10b). Os neurc nios bipolares são relativamente raros, mas desempenham uma iir

(c) Neurônio unipolar

(d) Neurônio multipolar

Uma classificação estrutural dos neurônios.

Esta cla ssific a ç ã o baseia-se na d isp o siçã o do co rp o c e lu la r e no nú m ero de prolo n g am e n tos asso ciados, (a) N eu rôn io s a p o la re s ap rese ntam m ais d e d ois prolong r it o s , m as o s axôn io s não são d ifere n ciáv eis d o s dendritos. (b) N eu rôn io s b ipo lares ap rese ntam d o is p rolo n g am e n tos se p a ra do s pelo co rp o celular, (c) Neurôn -"-D ólare s aprese ntam um ú n ico p rolo ng am ento alongado, co m o co rp o celu la r situ ad o em um d os lados, (d) N eu rôn io s m u ltipo lares ap rese ntam m ais de d o is pr cessos; há um ún ico axôn io e m ú ltip lo s dendritos.

C a p ítu lo

portante função na transmissão de informações sensitivas relacio­ nadas à visão, ao olfato e à audição. Seus axônios são amielínicos. ■ 0> neurônios unipolares apresentam dendritos contínuos e pro­

Receptores tanto podem ser prolongamentos de neurônios se n s:: ; especializados quanto células m onitoradas por neurônios sensitivo s I * receptores são classificados conforme segue:

longamentos axonais, e o corpo celular situa-se em um dos lados do neurônio. Nesses neurônios, o segmento inicial situa-se na base dos ramos dendríticos (Figura 13.10c), e os demais prolongamen­ tos são considerados como um axônio, com base em fundamentos tanto de ordem estrutural quanto funcional. Neurônios sensitivos do sistema nervoso periférico geralmente são unipolares, e seus axônios podem ser mielínicos. ■ Os neurônios multipolares apresentam vários dendritos e um único axônio que pode apresentar um a ou mais ramificações (Fi­ gura 10.13d). Os neurônios multipolares são o tipo mais comum de neurônios no SNC. Por exemplo, todos os neurônios motores que controlam os músculos esqueléticos são neurônios m ultipola­ res com axônios mielínicos. Classificação funcional dos neurônios [Figura 1 3 . 1 1 ] Os neurônios podem ser classificados em três grupos funcionais: (1) neurônios sensiti2) neurônios motores e (3) interneurônios. Suas relações estão esquematizadas na Figura 13.11. Quase todos os neurônios sensitivos são neurônios unipolares, :: m seus corpos celulares localizados fora do SNC em gânglios sensiti: > periféricos. Eles constituem a divisão aferente do SNP. Sua função é conduzir informação ao SNC. Os axônios dos neurônios sensitivos, de" minados fibras aferentes, se estendem entre um receptor sensitivo e a medula espinal ou o encéfalo. Os neurônios sensitivos captam informa:: es relacionadas ao am biente externo ou interno. Existem aproximau m e n te 10 milhões de neurônios sensitivos. Os neurônios sensitivos somáticos transm item inform ações sobre o am biente externo e nossa posição em relação a ele. Os neurônios sensitivos viscerais transm item informações sobre as condições internas e o estado de outros sistemas orgânicos.

RECEPTORES

1 3 * 0 Sistema Nervoso: Tecido Nervoso

■ Os exteroceptores (extero, fora) transm item informações sobre c meio externo na forma de sensações de tato, temperatura, pressã; e sentidos especiais mais complexos, como visão, olfato e audiçã ■ Os proprioceptores m onitoram a posição e o m ovimento músculos esqueléticos e das articulações. ■ Os interoceptores (intero, dentro) m onitoram os sistemas dke tório, respiratório, circulatório, urinário e genital, propiciando sensações de pressão profunda e dor, assim como a gustação, outro sentido especial. Informações oferecidas por exteroceptores e proprioceptores '1 transmitidas por neurônios sensitivos somáticos. Informações interocer tivas são transmitidas por neurônios sensitivos viscerais. Neurônios multipolares que form am a divisão eferente do sisterr. nervoso são denominados neurônios motores. Um neurônio m otor estimula ou modifica a atividade de um tecido periférico, órgão ou sistema orgânico. Aproximadamente meio milhão de neurônios motores sã encontrados no corpo. Axônios que partem do SNC são chamado> de fibras eferentes. As duas divisões eferentes do SNP - o sistema n e r oso somático (SNS) e o sistema nervoso autônom o (SNA) - diferem m maneira como inervam os efetuadores periféricos. O SNS inclui toc s neurônios motores somáticos que inervam os músculos esqueléticos. CS corpos celulares desses neurônios motores estão no interior do SNC e seus axônios estendem-se até as sinapses neuromusculares que contro _~ os músculos esqueléticos. A maioria das atividades do SNS é c o n tro h i: conscientemente. O sistema nervoso autônom o inclui todos os neurônios motores viscerais que inervam efetuadores periféricos que não os dos múscu' esqueléticos. Existem dois grupos de neurônios motores viscerais - um grupo apresenta corpos celulares no interior do SNC, e o outro apresen:^

SISTE M A NERVOSO PERIFERICO

SISTEM A NERVOSO CENTRAL

In te ro c e p to re s N e u r ô n io s s e n s it iv o s n o s g â n g lio s p e r if é r ic o s

F ib r a s a f e r e n t e s E x te ro c e p to re s

J nr

P r o p r io c e p t o r e s

— M ú s c u l o s e s q u e lé t ic o s N e u r ô n io s s o m á t ic o s

F ib r a s e f e r e n t e s F ib r a s

» I n t e r n e u r ô n io s \

\

m o to re s

m u s c u la r e s ( ) j £ j - ■ e s q u e lé t ic a s ■ B B * * "* 1*

E f e t u a d o r e s v is c e r a is M ú s c u lo lis o s G lâ n d u la s F ib r a s p ó s M ú s c u lo

N e u r ô n io s

N e u r ô n io s m o ­

g a n g lio n a r e s

t o r e s v is c e r a is

m o to re s

n o s g â n g lio s m o to re s

v is c e r a is no S N C

F ib r a s p r é - g a n g lio n a r e s

c a r d ía c o T e c id o a d ip o s o

EFETUADORES 5 ura

13.11

= S o m á t ic o ( s e n s it iv o & m o to r) = V is c e r a l ( s e n s it iv o & m o to r)

Uma classificação funcional dos neurônios.

s neurônios são classificados funcionalmente em três categorias: (1) neurônios sensitivos, que detectam estímulos no SNP e enviam informações ao SNC l2 'e _ irtos motores, que conduzem comandos do SNC para os efetuadores periféricos, e (3) interneurônios no SNC, que processam informações sensitivas e cxxyo=r 5~ atividade motora.

O SISTEMA NERVOSO

Nota clínica Doenças desmielinizantes

S ã o d o e n ç a s q u e a p r e s e n t a m u m s in to -

in g e rira m g r a n d e s q u a n t id a d e s d e p e ix e d u r a n te a g ra v id e z . C o m o re ­

~ a e m c o m u m : a d e s t r u iç ã o d o s a x ô n io s m ie lín ic o s n o S N C e n o s is te m a

s u lta d o , m u lh e r e s g r á v id a s p a s s a r a m a s e r a c o n s e lh a d a s a lim ita r a in ­

n e - v o s o p e r ifé r ic o (SN P). O m e c a n is m o r e s p o n s á v e l p o r e s s a d e s t r u iç ã o

g e s tã o d e p e s c a d o s . (P o r m o tiv o s d e s c o n h e c id o s , a c a r n e d e a lg u m a s e s p é c ie s d e p e ix e c o n t é m n ív e is r e la t iv a m e n t e a lto s d e m e rc ú rio .)

.a r a c o n fo r m e a d o e n ç a . E x a m in a r e m o s a p e n a s a s c a t e g o r ia s p rin c ip a is :

• Intoxicação por metais pesados: A e x p o s iç ã o c r ô n ic a a ío n s d e m e ­

• Difteria (diphthera, c o u r o + ia, d o e n ç a ): A d ifte r ia é u m a d o e n ç a q u e r e s u lta d e in fe c ç ã o b a c te ria n a , p r in c ip a lm e n t e d o tr a to r e s p ir a tó r io e,

ta is p e s a d o s , c o m o a r s ê n ic o , c h u m b o e m e rc ú rio , p o d e le v a r a le s õ e s d a n e u r ó g lia e à d e s m ie lin iz a ç ã o . À m e d id a q u e o c o r r e a d e s m ie lin i-

o c a s io n a lm e n te , d a pele. N o c a s o d e in fe c ç ã o re s p ira tó ria , a lé m d e r e s ­ tr in g ir o flu x o a é r e o e d a n ific a r a s s u p e r fíc ie s re s p ira tó ria s , a b a c té ria

z a ç ã o , o s a x ô n io s a f e t a d o s d e t e r io r a m - s e e a c o n d iç ã o s e to r n a ir r e ­ v e rs ív e l. O s h is t o r ia d o r e s r e g is tra ra m v á r io s e x e m p lo s d e in t o x ic a ç ã o

p r o d u z u m a p o d e ro s a to x in a q u e le sa o s rin s e a s g lâ n d u la s s u p ra -re -

p o r m e ta is p e s a d o s d e a m p lo im p a c to n a p o p u la ç ã o . P o r e x e m p lo , a

fic a a s c é lu la s d e S c h w a n n e d e s tró i a s b a in h a s d e m ie lin a d o SNP. E sta

nais, e n tre o u tro s te c id o s . N o s is te m a n e rv o so , a to x in a d a d ifte ria d a n i­

c o n t a m in a ç ã o d a á g u a p o tá v e l p o r c h u m b o fo i c ita d a c o m o s e n d o um

d e s m ie lin iz a ç ã o c a u s a p ro b le m a s m o to r e s e s e n s itiv o s q u e p o d e m le­

fa to r p a ra o d e c lín io d o Im p é rio R o m a n o . N o s é c u lo XIX, o m e r c ú r io

v a r a u m a p a ra lis ia fa ta l. A to x in a ta m b é m a c o m e t e c é lu la s m u s c u la r e s

u s a d o n a p r e p a r a ç ã o d o fe ltr o p r o d u z iu s é r ia s d o e n ç a s o c u p a c io r ia is

c a rd ía c a s , a o c r ia r p r o b le m a s c o m o s n e u r ô n io s d o c o m p le x o e s t im u ­

n o s e m p r e g a d o s d e f á b r ic a s d e c h a p é u s . A o lo n g o d o te m p o , o m e r c ú ­

la n te d o c o ra ç ã o . Isso c a u s a b a t im e n t o s c a r d ía c o s a n o r m a is p e r m a ­

rio a b s o r v id o p e la p e le e p e lo s p u lm õ e s a c u m u lo u - s e n o S N C , p r o d u ­

n e n te s q u e p o d e m le v a r à in s u fic iê n c ia c a rd ía c a . A ta x a d e m o rta lid a d e p a ra c a s o s n ã o tr a ta d o s v a ria d e 3 5 a 90%, d e p e n d e n d o d o lo c a l d a

z in d o le s ã o n e u r o ló g ic a , a fe ta n d o f u n ç õ e s f ís ic a s e m e n ta is . (E ste e f e i­ t o é a o rig e m d a e x p r e s s ã o " lo u c o c o m o u m c h a p e le ir o * " .) N a d é c a d a

in fe c ç ã o e d a s u b e s p é c ie d e b a c té ria . E m p a ís e s q u e d e s e n v o lv e r a m

d e 1950, o s p e s c a d o r e s j a p o n e s e s e s u a s fa m ília s q u e tr a b a lh a v a m na

c u id a d o s d e s a ú d e c o le tiv a a d e q u a d o s , a d o e n ç a é rara, p o is e x is te

b a ía d e M in a m a ta , Ja p ã o , c o le ta r a m e c o n s u m ir a m fr u to s d o m a r c o n ­ t a m in a d o s p o r m e r c ú r io d e s p e ja d o p o r u m a fá b r ic a d a s p ro x im id a d e s .

u m a v a c in a e fic a z , fr e q ü e n te m e n te a s s o c ia d a à v a c in a a n tite tâ n ic a .



Esclerosé múltipla (sklerosis, d u re za ): A e s c le r o s e m ú lt ip la (EM ) é

O n ív e l d e m e r c ú r io n o s is t e m a d e s t e s in d iv íd u o s a u m e n to u g r a d u ­

u m a d o e n ç a c a r a c t e r iz a d a p o r e p is ó d io s r e c o r r e n t e s d e d e s m ie lin i­

a lm e n t e a té a t in g ir u m lim ite , a p a r tir d o q u a l p a s s o u a p r o v o c a r s in ­

z a ç ã o q u e a tin g e a x ô n io s n o n e rv o ó p tic o , n o e n c é f a lo e na m e d u la

to m a s c lín ic o s e m c e n te n a s d e p e s s o a s . G e s t a n t e s q u e c o n s u m ir a m

e s p in a l. S in to m a s c o m u n s in c lu e m p e rd a p a rc ia l d a v is ã o e p ro b le m a s

p e ix e c o n t a m in a d o p o r m e r c ú r io tiv e r a m b e b ê s c o m g r a v e s m a lfo r ­

d e fa la , e q u ilíb r io e c o o r d e n a ç ã o m o to r a g e ra l, in c lu in d o c o n t r o le e s-

m a ç õ e s c o n g ê n ita s . P r o b le m a s m e n o s g r a v e s a p r e s e n t a r a m c r ia n ç a s

fin c te r ia n o in te s tin a l e v e s ic a l. O te m p o e n tr e o s e p is ó d io s e o g ra u d e

n a s c id a s d e m ã e s q u e v iv ia m n o m e io -o e s te d o s E s ta d o s U n id o s e q u e

r e c u p e r a ç ã o v a ria d e c a s o p a ra c a s o . E m a p r o x im a d a m e n t e u m te r ç o d o s c a s o s , a d o e n ç a é p r o g r e s s iv a , e c a d a e p is ó d io le v a a u m g ra u

' N. d e R.T. D u ra n te o século XIX, n a E uropa, esta co n d ição era tão c o n h ecida que o escritor inglês Lewis C arroll - p seu d ô n im o de C harles Lutwidge D odgson - colocou um personagem d e n o m in a d o C hapeleiro M aluco n o seu c o n to infantil clássico Alice no País

v e z e s m a io r d o q u e e m h o m e n s . Em a lg u n s p a c ie n te s , in je ç õ e s d e cor-

d ü M aravilhas.

tic o s t e r ó id e s o u d e in te r fe r o n d im in u ír a m a p r o g r e s s ã o d a d o e n ç a .

seus corpos celulares em gânglios periféricos. Os neurônios situados no ' S ’ C controlam os neurônios dos gânglios periféricos e estes, por sua vez, c : ntrolam os efetuadores periféricos. Os axônios que se estendem do SNC até um gânglio são denominados f i b r a s p r é - g a n g l io n a r e s . Os axônios que ligam células ganglionares a efetuadores periféricos são conhecidos f ib r a s p ó s - g a n g l i o n a r e s . Esta organização diferencia claramente o sistema autônomo (visceral motor) do sistema motor somático. Existe um z^queno controle consciente sobre as atividades do SNA. Os i n t e r n e u r ô n i o s podem estar situados entre neurônios sensitivos e motores. Os interneurônios estão localizados inteiramente no interior do encéfalo ou na medula espinal. Eles são mais numerosos que todos os utros neurônios combinados, tanto em número total quanto em tipos. Os interneurônios são responsáveis pela análise dos estímulos sensiti­ vos e pela coordenação das respostas motoras. Quanto mais complexa a resposta a um dado estímulo, maior o número de interneurônios envol­ vidos. Os interneurônios podem ser classificados como e x c i t a d o r e s ou i n i b i d o r e s , conforme o efeito sobre as membranas pós-sinápticas dos riitros neurônios.

/_______________________ lj

REVISÃO DOS CONCEITOS

1,

O e x a m e d e um a a m o s tra te c id u a l e v id e n c ia n e u rô n io s u n ip o la re s. É m a is

2

Q u e tip o d e c é lu la d a glia v o c ê e sp e ra ria e n c o n tra r em a b u n d â n c ia no te ci-

p ro v á v e l q u e e s s e s n e u rô n io s sejam s e n s itiv o s o u m o to re s ? a o c e re b ra l d e um in d iv íd u o p o rta d o r d e u m a in fe c ç ã o d o S N C ? veja a seção de R espostas na parte final do livro.

m a io r d a d e f ic iê n c ia d a fu n ç ã o . A m é d ia d e id a d e e m q u e o c o r r e o p r im e ir o e p is ó d io é 3 0 a 4 0 a n o s; a in c id ê n c ia e n tr e a s m u lh e r e s é 1,5

Regeneração nervosa [Figura 13 . 12 ] O neurônio tem uma capacidade muito limitada de recuperação após le­ são. No interior do corpo celular, os corpúsculos tigróides desaparecem e o núcleo se desloca de sua posição central. Se o neurônio recupera sua fun­ ção normal, ele também restabelecerá gradualmente sua aparência nor­ mal. Se houver restrição do suprimento de oxigênio ou nutrientes, comc em um acidente vascular encefálico, ou quando o neurônio é submetido a uma pressão mecânica, como muitas vezes acontece nos traumas de me­ dula espinal ou de nervos periféricos, o neurônio pode não ser capaz de se recuperar até que a circulação seja restabelecida ou que a pressão seja re­ movida, em um prazo de minutos ou horas. Se estas situações persistirem, os neurônios afetados ficarão permanentemente lesados ou morrerão. No sistema nervoso periférico, as células de Schwann participam da recuperação dos nervos lesados. Em um processo conhecido como d e g e n e r a ç ã o w a l l e r i a n a (F ig u ra 1 3 .1 2 ) , o axônio distai ao local lesado se deteriora, e macrófagos migram para fagocitar seus fragmentos. As células de Schwann nesta área dividem-se e formam um sólido cordão celulai que segue o trajeto do axônio original. Além disso, as células de Schwann liberam fatores de crescimento para promover novo crescimento axônico Se o axônio foi seccionado, novos axônios podem começar a emergir da extremidade proximal da ruptura em poucas horas. Contudo, nas lesões mais comuns de esmagamento ou laceração, a extremidade proximal dc axônio lesado morrerá, diminuindo seu comprimento de um centímetr; ou mais, e o início do surgimento de novos segmentos axonais poderí atrasar-se por uma ou mais semanas. Conforme o neurônio continua i se recuperar, seu axônio cresce no local da lesão e as células de Schwanr aproximam-se ao seu redor e o envolvem.

C a p it u lo

ETAPA "| Fragmentação do axônio e da mielina no coto distai. Axônio Mielina Coto proximal

Coto distai

1 3 * 0 Sistema Nervoso: Tecido Nervoso

3

Se o axônio continuar seu crescimento na periferia lateral daí a las de Schwann apropriadas, ele pode por fim restabelecer seu contai 3 náptico normal. Se o crescimento cessar ou desviar sua direção, a fun normal não será restabelecida. É mais provável que o crescimento c : z nio se dirija à destinação apropriada se os cotos proximal e dista] .esã permanecerem em contato após a lesão. Quando um nervo periíeri; inteiramente lesado, apenas um número relativamente pequeno ie m nios irá restabelecer seus contatos sinápticos normais com sucesso. C : resultado, a função do nervo estará permanentemente comprometida. Uma regeneração parcial pode ocorrer no interior do sistem.; central, porém a situação é mais complexa porque (1) é mais provável um número muito maior de axônios esteja envolvido, (2) os astrcc produzem tecido cicatricial que pode impedir o crescimento do as através da área lesada e (3) os astrócitos liberam substâncias químicas bloqueiam o novo crescimento dos axônios. Informações adicionais ferentes à regeneração e reconstituição cirúrgica serão apreser. lacas próximo capítulo.

O impulso nervoso

ETAPA 2

é a capacidade da membrana citoplasmática de co zc impulsos elétricos. As membranas citoplasmáticas das fibras musoil esqueléticas, das células do músculo cardíaco, de algumas célula? £an lares e o axolema da maioria dos neurônios (incluindo todos os net nios multipolares e unipolares) são exemplos de membranas excitai Um impulso elétrico, ou p o t e n c ia l d e a ç ã o , se desenvolve quar.c: tímulos à membrana citoplasmática ultrapassam um nível, denomin lim iar de excitabilidade. Ao ultrapassar esse limiar, a permeabLicat; membrana aos íons sódio e potássio se modifica. Os movimentos ión resultantes produzem modificação súbita no potencial transmerr:rr. e essa modificação constitui um potencial de ação. As alterações de ] meabilidade são temporárias e inicialmente limitadas ao local da está lação. No entanto, a alteração na distribuição dos íons desencadeia qi imediatamente alterações na permeabilidade de porções adjacente membrana citoplasmática. Desse modo, o potencial de ação é condir ao longo da superfície da membrana. Por exemplo, em uma fibra de a culo esquelético, potenciais de ação são iniciados na junção neuron cular e se propagam em um mecanismo de varredura que percc rre : a superfície do sarcolema. pág. 246 No sistema nervoso, pote», de ação que fazem trajeto ao longo dos axônios são conhecidoí a E x c it a b ilid a d e

As células de Schwann formam um cordão, crescem na direção da região seccionada e unem os cotos. Macrófagos fagocitam fragmentos de axônios e de mielina.

O axônio lança um broto em direção à rede de células de Schwann e começa a se desenvolver acompanhando o cordão de células de Schwann.

im p u ls o s n e r v o s o s.

Para ocorrer um impulso nervoso, é necessário que exista um esu lo de intensidade suficiente, aplicado à membrana do neurônio. Uhm iniciado o impulso, sua velocidade de condução depende das proprí des específicas do axônio: 1.

ETAPA O axônio continua a crescer na direção dos cotos distais e é envolvido por células de Schwann.

Presença ou ausência de bainha de m ielin a: Neurônios mieiim conduzem impulsos com velocidade cinco a sete vezes mai:: qu amielínicos. 2. D iâm etro do axônio: Quanto maior o diâmetro do axônio. mais i damente o impulso será conduzido.

Os maiores axônios mielínicos, com diâmetros variando en:r; 4 (0,m, conduzem o impulso nervoso com velocidades superiores a I+C Inversamente, pequenas fibras amielínicas (com diâmetro menor q jlm) conduzem impulsos nervosos com velocidades inferiores a 1 m

x______________________ Ei REVISÃO DOS CONCEITOS Ftgura 13.12

Regeneração nervosa após lesao.

E3 3 a s en volvid as na reg eneração de um nervo perifé rico por m e io do p ro ce sso x reg e n e ra çã o w alleriana.

1. Q ue e fe ito é e sp e ra d o so b re a tra n sm issã o d o p oten cial d e a ç a c ac se c io n a r o axôn io ?

O SISTEMA NERVOSO

2

239, 246 Outros exemplos de sinapses neuroefetuadoras são mostrado s na Figura 13.9b, pág. 349. Em uma terminação sináptica, o impulso nervoso deflagra alterações que transferem a informação para outro neurônio ou para uma célul.1 efetuadora. Uma sinapse pode ser quím ica, envolvendo a passagem de um neuro­ transmissor entre as células, ou elétrica, com junções comunicantes (jun­ ções gap) permitindo um fluxo iônico entre as células. pág. 44

D c s a x ô n io s s â o te s ta d o s para v e lo c id a d e d e c o n d u ç ã o . U m c o n d u z p o te n : a ts ò e a ç ã o a 50 m /s e o u tro a 1 m /s. Q ua l d e le s é m ie lín ic o ?

3 D e fir a e x c ita b ilid a d e . 4

Q ual é o te rm o u s a d o para id e n tific a r a s a lte ra ç õ e s d e c o n d u ç ã o n o p o te n : a l tra n s m e m b ra n a ?

Veja a seção de Respostas na parte final do livro.

Comunicação sináptica [Figura 13 .9b]

Sinapses vesiculares

[Figura 13 . 13 ] As s in a p s e s v e s ic u la r e s , também denominadas sinapses quím icas, são amais abundantes; existem vários tipos diferentes. A maioria das interações entre neurônios e toda a comunicação entre neurônios e efetuadores pe­ riféricos envolvem sinapses vesiculares. Em uma sinapse vesicular entre neurônios (Figura 13.13), um neurotransmissor liberado na membrarui

Uma sinapse entre neurônios pode envolver uma terminação sináptica e 1 um dendrito (axo d en d rítica ), (2) um corpo celular (axossom ática) e 3 um axônio (axoaxônica). Uma sinapse também pode permitir a co—lunicação entre um neurônio e outro tipo de célula; estas sinapses são chamadas de s in a p s e s n e u r o e f e t u a d o r a s . A ju n ç ã o neurom uscular des­ crita no Capítulo 9 foi um exemplo de sinapse neuroefetuadora. págs.

Dendrito (seccionaôc

Botões terminais

Dendritos Ramificação terminal Axônio Dendrito (seccionad: Mielina

Bainha de mielina

Prolongamentos celulares da célula da glia

Axônio Ramificação terminal

(b) Sinapses na superfície de um neurônio

Botões terminais

Neurônios pós-sináptioos

Condução do impulso

* fig u ra 13.13 uma sinapse.

Ramificação terminal

A estrutura de

S napse é o lo c a l d e c o m u n ic a ç ã o e n tr e u m n e u rô n io e o u tra c é lu = a) V is ta d ia g ra m á tic a d e um a s 'a p s e v e s ic u la r e n tre d o is n eu'ô n os, p a re a d o s c o m um a m ic ro s coo*a e le trô n ic a re a lç a d a e m c o re s Oe um a s in a p s e v e s ic u la r. (M E T x ' Só.480) (b) P o d e m e x is tir m ilh a re s d e s n a p se s v e s ic u la re s na su p e rfíò e ò e um ú n ic o n e u rô n io . M u ita s : e s s a s s in a p s e s p o d e m e s ta r ati,3S em um d a d o m o m en to .

Botão terminal Reticulo endoplasmático

- Mitocôndria Vesículas sinápticas Membrana pré-sináptica Fenda sináptica Membrana pós-sináptica

(a) Uma sinapse vesicular

C a p it u l o

r ' í-sm aptica de um botão terminal liga-se a receptores protéicos na mempós-sináptica e desencadeia uma alteração transitória do potencial trmsmembrana da célula receptora. Somente a membrana pré-sináptica Libera o neurotransmissor. Como resultado, a comunicação ocorre em ama unica direção: do neurônio pré-sináptico para o pós-sináptico. A iinapse neuromuscular, também chamada de junção neuromuscular, descrita no Capítulo 9, é uma sinapse vesicular que libera o neurotransmiiãor acetilcolina (A C h ). pág. 246 Mais de 50 neurotransmissores a.rerentes foram identificados, mas a ACh é o mais conhecido. Todas as sinapses somáticas neuromusculares utilizam ACh, que também é liberada em muitas sinapses vesiculares no SNC e no SNP. A seqüência geral de e\ erros é semelhante, independentemente da localização da sinapse ou da ramreza do neurotransmissor. ■ A chegada do potencial de ação no botão terminal desencadeia a li­ beração do neurotransmissor, a partir das vesículas secretoras, por exocitose na membrana pré-sináptica. ■ O neurotransmissor se difunde através da fenda sináptica e liga-se aos receptores na membrana pós-sináptica. ■ A ligação aos receptores resulta na alteração da permeabilidade da membrana da célula pós-sináptica. Dependendo da identidade e da quantidade de proteínas receptoras na membrana pós-sináptica, o resultado pode ser excitador ou inibidor. Em geral, efeitos excitadores promovem a geração de potenciais de ação, enquanto efeitos inibidores reduzem a capacidade de gerar esses potenciais. ■ Se o grau de excitação for suficiente, a ligação ao receptor pode levar à geração de um potencial de ação no axônio (se a célula pós-sináptica for um neurônio) ou no sarcolema (se a célula póssináptica for uma fibra muscular esquelética). ■ Os efeitos de um potencial de ação na membrana pós-sináptica são breves porque as moléculas neurotransmissoras são destruídas por enzimas ou reabsorvidas. Para prolongar ou intensificar os efeitos, mais potenciais de ação precisam chegar à terminação sináptica, e mais moléculas de ACh precisam ser liberadas na fenda sináptica.

(a) Divergência

F £ j ra 13.14

(b) Convergência

13 • O Sistema Nervoso: Tecido Nervoso

Exemplos de outros neurotransmissores, além da ACh, serão apre­ sentados em capítulos posteriores. Podem existir milhares de sinat>r; corpo celular de um único neurônio (Figura 13.13b). Muitas delaí estará; ativas em determinados momentos específicos, liberando uma variedsot de neurotransmissores. Algumas terão efeitos excitadores, outra? teri efeitos inibidores. A atividade dos neurônios receptores depende c matório de estímulos excitadores e inibidores que estão influenciar a cones axônicos em um dado momento.

Sinapses não-vesiculares As sinapses vesiculares dominam o sistema nervoso. As s in a p s e s não- ves ic u la r e s , também chamadas de sinapses elétricas, são encontrada s er.tr: neurônios no SNC e no SNP, porém são relativamente raras. Em uma : napse não-vesicular, as membranas pré e pós-sinápticas estão intima.—-1 te interligadas, e as junções comunicantes (junções gap) permitem a pas^a. gem de íons entre as células. pág. 44 Como as duas células são ligada: desta forma, elas funcionam como se compartilhassem uma memr rarr; comum, e o impulso nervoso passa de um neurônio a outro sem atrasa Ao contrário das sinapses vesiculares, as não-vesiculares podem conduzi o impulso nervoso em qualquer direção.

Organização e processamento neuronal [Figura 13 . 14] Os neurônios são as unidades básicas de construção do sistema ner. Os bilhões de interneurônios no SNC são organizados em um númer: rr e nor de r e d e s n e u r o n a is . Uma rede neuronal é um grupo de neurót; ■ar terconectados com funções específicas. As redes neuronais são defir..a_ a acordo com suas funções e especifícidades anatômicas. Uma rede pode >e difusa, envolvendo neurônios e várias regiões diferentes do encéfalc ou calizada, com todos os neurônios restritos a uma localização especifica a encéfalo ou da medula espinal. Estimativas relacionadas ao número reu_ i redes neuronais variam de algumas centenas a alguns milhares. Cada re u

(c) Processamento seriado

(d) Processam ento paralelo

(e) Reverberação

Organização dos circuitos neuronais.

a > » erg ência, um m e ca n ism o de d isse m in a ç ã o de e stím u lo s para m ú ltiplo s ne urô nio s ou red e s ne uro na is no SNC. (b) C o nverg ên cia, um m e c a n is rrc t - r : - a : — : neurônios motores somáticos e, em alguns níveis, neurônios moto­ res v iscera is que controlam efetuadores periféricos. As raízes posteriores ■V. de R-T. No original, coccygeal ligament ou ligamento coccigeo. Na Terminologia Anatômiü internacional, há três term os para designar esta estrutura (todos traduzidos para o inglês), - m o i n a n d o a norm a do term o único: ligamento coccigeo, parte durai do filamento terminal e fiSarrarnfcj terminal externo. Na tradução para o português, o term o escolhido foi parte durai do t&mento terminal. O filamento term inal tam bém está constituído pela parte piai. ” N . de R.T. Esta sistematização é tam bém conhecida com o taxonom ia m edular.

e anteriores de cada segmento penetram e deixam o canal vertebral entre as vértebras adjacentes, nos forames intervertebrais. - pág. 162 As raízes posteriores são geralmente mais grossas do que as raízes anteriores. Distalmente a cada gânglio sensitivo de nervo espinal, as fibras sen­ sitivas e motoras formam um único nervo espinal (Figuras 14.1d, 14.2c e 14.3). Os nervos espinais são classificados como nervos m istos porque contêm fibras aferentes (sensitivas) e fibras eferentes (motoras). A Figura 14.3 mostra os nervos espinais conforme emergem dos forames interver­ tebrais. A medula espinal continua a se alargar e se alongar até que o indivíduo atinja aproximadamente 4 anos de idade. Até essa idade, o alongamento da medula espinal acompanha o ritmo de crescimento da coluna verte­ bral, e os segmentos da medula espinal estão alinhados com as vértebras correspondentes***. As raízes anteriores e posteriores são curtas e deixam o canal vertebral através dos forames intervertebrais adjacentes. Após os quatro anos de idade, a coluna vertebral continua a crescer, mas a medu­ la espinal, não****. Este crescimento da coluna vertebral desloca os gân­ glios sensitivos de nervos espinais e os nervos espinais, afastando-os cada vez mais de sua localização original em relação à medula espinal. Como resultado, as raízes posteriores e anteriores gradualmente se alongam. A medula espinal de um indivíduo adulto se estende somente até o nível da primeira ou da segunda vértebra lombar; dessa maneira, o segmento S2 da medula espinal localiza-se no nível da vértebra L I (Figura 14.1a). Quando vistos em dissecação macroscópica, o filamento terminal e as longas raízes posteriores e anteriores, que se estendem inferiormente ao cone medular, fizeram com que os primeiros anatomistas lembrassem da cauda de um cavalo. Por esse motivo, este complexo foi denominado cauda eqüina (equus, cavalo) (Figura 14.1a,c).

Meninges espinais [Figuras 14.1b,c/14.2/14.4] A coluna vertebral e seus ligamentos circundantes, tendões e músculos iso­ lam a medula espinal do ambiente externo. Os delicados tecidos nervosos também precisam ser protegidos do contato com as paredes ósseas do canal vertebral, que pode causar danos mecânicos. Membranas especializadas, coletivamente conhecidas como meninges espinais, proporcionam pro­ teção, estabilidade física e absorção de impactos (Figura 14.1 b,c). As me­ ninges espinais recobrem a medula espinal e envolvem as raízes dos nervos espinais (Figura 14.2). Ramificações de vasos sangüíneos no interior destas camadas também levam oxigênio e nutrientes para a medula espinal. Exis­ tem três lâminas meníngeas: dura-máter, aracnóide-máter e pia-máter. No forame magno do crânio, as meninges espinais são contínuas às meningeí encefálicas, que circundam o encéfalo. (As meninges encefálicas, que pos­ suem as mesmas três camadas, serão descritas no Capítulo 15.)

A dura-máter [Figuras 14.1b,c/14.2] A dura-máter (dura, resistente + mater, mãe), resistente e fibrosa, for­ ma o revestimento mais externo da medula espinal e do encéfalo (Figure 14.1b,c). A dura-máter espinal consiste em uma camada de tecido conec tivo denso irregular cujas superfícies externas e internas estão recoberta por epitélio pavimentoso simples. O epitélio externo não está ligado a paredes ósseas do canal vertebral, e o espaço epidural interposto conter tecido areolar, vasos sangüíneos e tecido adiposo (Figura 14.2d). *** N. de R.T. Esta afirm ação está correta apenas até o terceiro m ês de gestação. No recer: nascido, a m edula espinal term ina no nível de L3, existindo um ritm o diferenciado de cres cim ento para as estruturas nervosas e ósseas. **** N. de R.T. O utra afirm ação incorreta: a m edula espinal desacelera progressivam ente sc crescim ento a p a rtir dos 4 anos, mas continua crescendo até os 7 anos de idade.

C a p ít u l o

1 4 * 0 Sistema Nervoso: A Medula Espinal e os Nervos Espinais

Sulco mediano posterior

Medula espinal parte cervical

Raízes de C8

Nervos espinais cervicais Gânglio sensitivo do nervo espinal C8

Dura-máter

Gânglios sensitivos dos nervos espinais T4 e T5

(b) Parte superior da medula espinal, vista posterior

Cone medular da medula espinal Cauda eqüina Dura-máter

Gânglios sensitivos dos nervos espinais L2 e L3

Sacro (seccionado) Parte piai do filamento terminal

(d) Secções transversais da medula espinal

c) Cauda eqüina, vista posterior (a) Medula espinal, vista posterior

Figura 14.1

a m e d u la

Anatomia macroscópica da medula espinal.

e s p in a l s e e s t e n d e in f e r io r m e n t e d e s d e a b a s e d o e n c é f a lo e a o lo n g o d o c a n a l v e r t e b r a l,

(a) A n a t o m ia

d e s u p e r f íc ie e o r ie n t a ç ã o d a m e d u la e s p in a c e j r

- ü . d u o a d u lto . O s n ú m e r o s in d ic a d o s à e s q u e r d a id e n t ific a m o s n e r v o s e s p in a is e in d ic a m o lo c a l e m q u e a s r a íz e s d o n e r v o d e ix a m o c a n a l v e r t e b r a

A

e s p in a l, c o n t u d o , s e e s t e n d e d e s d e o e n c é f a lo s o m e n t e a t é o n ív e l d a s v é r t e b r a s L l-L I. (b) V is t a p o s t e r io r d e u m a d is s e c a ç ã o d a p a r te c e r v ic a l d a m e d u la e s :

'5

c) V is t a p o s t e r io r d e u m a d is s e c a ç ã o d o c o n e m e d u la r, d a c a u d a e q ü in a , d o fila m e n t o t e r m in a l e d a s r a íz e s d o s n e r v o s e s p in a is a s s o c ia d o s , (d) V is t a s in fe r io r e s de s e c ç õ e s tr a n s v e r s a is d e s e g m e n t o s t íp ic o s d a m e d u la e s p in a l, m o s tr a n d o a d is p o s iç ã o d a s s u b s t â n c ia s b r a n c a e c in z e n ta .

Fixações localizadas da dura-máter à margem do forame magno do crâ­ nio, à segunda e à terceira vértebras cervicais, ao sacro e ao ligamento longiradinal posterior servem para estabilizar a medula espinal no interior do ca­ n a l vertebral. No sentido inferior, a dura-máter espinal torna-se mais afilada, : r;ginando-se como uma lâmina para se tornar um denso feixe de fibras co.ifienas, que finalmente se mistura com os componentes do filamento termi- al para formar a p a r t e d u r a i d o f i l a m e n t o t e r m i n a l . O filamento terminal

se estende ao longo do canal sacral e se entrelaça com o periósteo dc sacro t do cóccix. As fixações sacrais e cranianas conferem estabilidadeloncrudmaL A sustentação lateral é fornecida pelos tecidos conectivos no interior d : es­ paço epidural e por extensões da dura-máter que acompanham as raizes d :< nervos espinais, conforme passam pelos forames intervertebrais. Dis^alnccte, o tecido conectivo da dura-máter espinal é contínuo à lâmina de :=\r.o: conectivo que envolve cada nervo espinal (Figura 14.2a,c,d).

O SISTEMA NERVOSO

S u b s t â n c ia c in z e n t a

S u b s t â n c ia b r a n c a M e d u la e s p in a l ________ i______________,

R a iz a n te r io r N e r v o e s p in a l F is s u r a m e d ia n a a n te r io r

Raiz p o s t e r io r

G â n g lio se n s itiv c d e n e r v o e s p in a J

P ia - m á t e r P ia - m á t e r A r a c n ó id e - m á t e r

D u ra -m á te r

L ig a m e n t o d e n t ic u la d o

A r a c n ó id e - m á t e r ( re b a tid a ) D u ra -m á te r

(c) Vista posterior

( re b a tid a )

V a s o s s a n g ü ín e o s

D u ra -m á te r

e s p in a is

A r a c n ó id e - m á t 5

ANTERIOR

Espaço R a iz p o s t e r io r

s u b a r a c n ó id e o

C o rp o

d o s e x to n e rv o

v e rte b ra l

G â n g lio v is c e ra J

c e r v ic a l

( s im p á tic o )

P ia - m á t e r R a iz a n te r io r d o s e x to n e r v o c e r v ic a l

R a iz Ram os

a n te r io r

c o m u n ic a n t e s

d e nerv< e s p in a J

(a) Vista anterior

R am o a n te rio i Ram o p o s te r;

M e d u la e s p in a l

M e d u la e s p in a l T e c id o a d ip o s o n o e s p a ç o e p id u r a l

L ig a m e n t o

G â n g lio

d e n t ic u la d o

s e n s it iv o d e n e r v o e s p in a l

POSTERIOR P a r t e p ia i d o fila m e n t o te r m in a l

E s p a ç o s u b a r a c n ó id e o c o n t e n d o líq u id o c e r e b r o s p in a l .e rte b ra L V

e r a íz e s d e n e r v o s e s p in a is

P a rte d u ra i d o fila m e n t o te r m in a l

V é r t e b r a S II

(b) R M , vista se ccio n a l

(d) Vista seccional

Figura 14.2 Medula espinal è meninges espinais. (a) Vista anterior da medula espinal mostrando meninges e nervos espina Nesta imagem, as meninges dura-máter e aracnóide-máter foram seccioní das longitudinalmente e tracionadas lateralmente; observe os vasos sangneos que fazem trajeto no espaço subaracnóideo, ligados à superfície extern da delicada pia-máter. (b) Uma imagem de ressonância magnética (RM) d parte inferior da medula espinal mostrando suas relações com a coluna vertt bral. (c) Vista posterior da medula espinal, mostrando as lâminas meníngea referências superficiais e distribuição das substâncias branca e cinzenta, (c Vista seccional da medula espinal e das meninges, mostrando a distribuiçã periférica dos nervos espinais.

C a p ít u l o

1 4 * 0 Sistema Nervoso: A Medula Espinal e os Nervos Espinais

A aracnóide-máter [Figuras 14.2a,c,d/14.4] Occipital

Medula espinal emergindo do forame magno

Nervos espinais cervicais (C1-C8)

Na maioria das preparações anatômicas e histológicas, um espaço snbdural estreito separa a dura-máter das lâminas meníngeas mais profun­ das. É provável, porém, que in vivo esse espaço não exista e que a superfí­

cie interna da dura-máter esteja em contato com a superfície externa da aracnóide-máter (arachne,aranha) (Figura 14.2a,c). Aaracnóide-rr.c:elâmina meníngea intermediária, consiste em um epitélio pavimentes-o simples. Ela está separada da lâmina mais interna, a pia-máter, pelo es­ paço subaracnóideo. Esse espaço contém o líquido cerebrospinal LC que atua na proteção contra impactos e como um meio de difusão pari gases dissolvidos, nutrientes, mensageiros químicos e produtos residuais. O líquido cerebrospinal corre através de uma rede de fibras colágenas e de elastina, produzidas por fibroblastos modificados. Feixes de fibras, conhe­ cidos como trabéculas aracnóideas, se estendem desde a superfície interna da aracnóide-máter até a superfície externa da pia-máter. O espaço suba­ racnóideo e a função do líquido cerebrospinal serão discutidos no Capitu­ lo 15. O espaço subaracnóideo das meninges espinais pode ser facilmente acessado entre as vértebras L III e L IV (Figura 14.4) para exame dínioc do líquido cerebrospinal ou para administração de anestésicos.

A pia-máter [Figura 14.2]

Nervos espinais torácicos (T1-T12)

Nervos espinais lombares

Plexo lombar (T12-L4)

Nervo isquiático

O espaço subaracnóideo situa-se entre o epitélio da aracnóide-máter e a lâmina meníngea mais interna, a pia-máter (pia, delicada + mata, mãe como se observa na Figura 14.2a,c,d. As fibras colágenas e elásticas da pia-máter estão entrelaçadas com aquelas das trabéculas aracnóideas. Os vasos sangüíneos que suprem a medula espinal são encontrados nesse local. A pia-máter está firmemente ligada ao tecido nervoso subjacente, moldando-se às suas saliências e reentrâncias. A superfície da medula es­ pinal consiste em uma fina camada de astrócitos, e extensões ritoplasmáticas destas células da glia mantêm firmemente as fibras colágert' ia pia-máter espinal em posição. Ao longo do comprimento da medula espinal, existem pares de ex­ tensões da pia-máter espinal, denominados ligamentos denticulado? 1 gura 14.2a,d), que ligam a pia-máter e a aracnóide-máter à dura-mater Esses ligamentos originam-se ao longo da medula espinal e de cada um te seus lados, entre as raízes posterior e anterior. Eles originam-se no nr. d do forame magno do crânio e, coletivamente, ajudam a evitar o m: t mento látero-lateral e o movimento inferior da medula espinal. As fibras de tecido conectivo da pia-máter espinal se continuam desde a extremi­ dade inferior do cone medular e formam a parte piai do filamento term nal. Conforme observado anteriormente, essa parte do filamento termm: mescla-se à parte durai do mesmo; este arranjo evita o movimente- supe­ rior da medula espinal. As meninges espinais circundam as raízes posteriores e anteriores r interior dos forames intervertebrais. Como se observa na Figura 14 2c d as meninges são contínuas ao tecido conectivo que circunda os nervos espinais e seus ramos periféricos.

x______________________ Ci REVISÃO DOS CONCEITOS 1. A lesão d e qual d a s raízes de um nervo e sp in a l p od e ria interfe r r na

-jrçãc

m o to ra?

Nervos espinais sacrais (S1-S5) emergindo dos forames sacrais

2. Identifique a lo c a liz a ç ã o do líq u id o c e re b ro sp in a l q u e e n v o lv e a " " e : . a e s ­ pinal. 3. Q u a is sã o a s d u a s in tu m e sc ê n c ia s e s p in a is? P o r q u e e sta s r e g õ e s 4. 0 q u e se e n c o n tra no in te rio r d e um g ân g lio se n sitiv o d e ne rvo e s p r

: g-jta 14.3

~ e-

d ula e sp in a l a p re se n ta m d iâ m e tro a u m e n ta d o ?

Vista posterior da coluna vertebral e dos nervos espinais. Veja a seção de Respostas na parte f ir a 3C

5*

Nota clínica Punções espinais, mielografia, anestesia espinal e aneste55

caudal

A m o s tr a s te c id u a is o u biópsias s ã o re tira d a s d e v á r io s

r r g â o s p a ra a u x ilia r n o d ia g n ó s tic o . P o r e x e m p lo , q u a n d o s e s u s p e ita : e d o e n ç a s d o fíg a d o o u d a p e le , p e q u e n a s a m o s t r a s d e t e c id o o u : j d o tis s u la r s ã o r e m o v id a s e e x a m in a d a s à p ro c u ra d e le s õ e s c e lu -

5'e s

o u d e m ic r o r g a n is m o s c a u s a d o r e s d e in fe c ç ã o . D ife r e n te m e n te

: e o u tro s te c id o s , e n tre ta n to , o t e c id o n e r v o s o é c o m p o s t o d e u m nú~ e r o d e c é lu la s m u ito m a io r d o q u e a q u a n t id a d e d e líq u id o s e x tra : e - a re s o u d e fib ra s . A m o s t r a s t e c id u a is r a r a m e n te s ã o r e m o v id a s p a ra a n á lis e p o rq u e q u a is q u e r n e u r ô n io s re tira d o s o u d a n ific a d o s nã o s e rã o re p o s to s . E m v e z d is s o , p e q u e n o s v o lu m e s d e líq u id o c e r e b ro s -

3

n a l (LC) s ã o c o le ta d o s e a n a lis a d o s . O LC e s t á in tim a m e n te a s s o c ia ­

d o a o t e c id o n e rv o s o d o SN C , e p a tó g e n o s , r e s to s c e lu la re s e r e s íd u o s —-e ta b ó lico s n o S N C s ã o d e t e c t a d o s n o líq u id o c e r e b ro s p in a l. A re tir a d a d e líq u id o c e r e b ro s p in a l, c o n h e c id a c o m o punção es­ pinal, d e v e s e r fe ita c o m c u id a d o p a ra s e e v ita r u m a le s ã o m e d u la r. A ~ ie d u la e s p in a l d e u m in d iv íd u o a d u lto s e e s t e n d e a p e n a s a té a s v é r ­ te b r a s L l o u LII. E n tre a v é r te b r a L ll e o s a c ro , a s lâ m in a s m e n ín g e a s p e r m a n e c e m in ta c ta s , p o r é m e n v o lv e m a p e n a s o s c o m p o n e n te s rea tiv a m e n te fir m e s d a c a u d a e q ü in a , a lé m d e u m a q u a n t id a d e s ig n i- c a tiv a d e líq u id o c e r e b ro s p in a l. C o m a c o lu n a v e r t e b r a l fle x io n a d a , u m a a g u lh a p o d e s e r in s e rid a n o in t e r io r d o e s p a ç o s u b a ra c n ó id e o , e n tr e a s v é r t e b r a s lo m b a r e s m a is in fe r io r e s , c o m r is c o m ín im o à

punção lom­ bar (PL), 3 a 9 m L d e líq u id o s ã o r e tir a d o s d o e s p a ç o s u b a ra c n ó id e o ,

c a u d a e q ü in a . N e s t e p r o c e d im e n t o , c o n h e c id o c o m o

e n tr e a s v é r t e b r a s L III e L IV ( F ig u r a 1 4 .4 a ). P u n ç õ e s e s p in a is * s ã o fe ita s q u a n d o s e s u s p e ita d e in fe c ç ã o d o S N C , o u p a ra o d ia g n ó s tic o a e c e fa lé ia s g ra v e s, p a to lo g ia s d is c a is , a lg u n s tip o s d e a c id e n te s v a s: J a r e s e n c e f á lic o s e o u t r o s e s t a d o s m e n t a is a lte ra d o s . A

mielografia e n v o lv e a in t r o d u ç ã o d e c o r a n t e r a d io p a c o n o

i t e r í o r d o L C d o e s p a ç o s u b a r a c n ó id e o . C o m o e s t e s c o r a n t e s s ã o o p a c o s a o s r a io s x , o L C a p a r e c e e m c o r b r a n c a n a s r a d io g r a fia s F ig u r a 1 4 .4 b ). O s c o n t o r n o s d e q u a lq u e r in fla m a ç ã o , t u m o r o u a d e r ê n c ia q u e n s t o r ç a m o u d e s v ie m a c ir c u la ç ã o d o L C fic a r ã o e v id e n te s a o s ra io s A n a lg é s ic o s e / o u a n e s t é s ic o s lo c a is p o d e m s e r in je t a d o s n o e s p a ç o s u b a ra c n ó id e o . N o s c a s o s d e in f e c ç ã o g ra v e , in f la m a ç ã o o u le u ­ c e m ia ( c â n c e r d o s g ló b u lo s b ra n c o s ) , t a m b é m p o d e m s e r in je t a d o s a n tib ió t ic o s , e s t e r ó id e s o u d r o g a s a n tic a n c e r íg e n a s . A n e s t é s ic o s p o d e m s e r u s a d o s p a ra c o n t r o la r a fu n ç ã o d e ner. o s e s p in a is e m lo c a liz a ç õ e s e s p e c íf ic a s . A in je ç ã o d e u m a n e s t é s i­ c o lo c a l a o r e d o r d e u m n e r v o e s p in a l p r o d u z u m b lo q u e io te m p o r á r io d a s fu n ç õ e s s e n s it iv a e m o to r a d o n e rv o . E s s e p r o c e d im e n t o p o d e s e r re a liz a d o p e r ife ric a m e n te , c o m o , p o r e x e m p lo , p a ra s u tu r a r a c e r a ç õ e s d a p e le , o u e m lo c a is a o r e d o r d a m e d u la e s p in a l, p a ra s e o b t e r e f e it o s a n e s t é s ic o s e m á r e a s m a is a m p la s . U m a a n este-

s a epid u ral** - in je ç ã o d e a n e s t é s ic o n o e s p a ç o e p id u r a l - te m a .a n t a g e m d e (1 ) a f e t a r s o m e n t e o s n e r v o s n a á r e a im e d ia t a m e n t e : : r tíg u a à in je ç ã o e (2 ) f o r n e c e r p r in c ip a lm e n t e a n e s t e s ia s e n s iti.a S e u m c a t e t e r é m a n tid o n e s te lo c a l, a in je ç ã o c o n t ín u a p e r m ite

(b)

e f e ito a n e s t é s ic o p ro lo n g a d o . A a n e s t e s ia e p id u r a l p o d e s e r d e d ifíc il re a iz a ç ã o n a s r e g iõ e s c e r v ic a is s u p e r io r e s e t o r á c ic a s m é d ia s , n a s :_ ia is o e s p a ç o e p id u r a l é e x t r e m a m e n t e e s tr e ito . Ela é m a is e fe tiv a - a re g iã o lo m b a r in fe rio r, a b a ix o d o c o n e m e d u la r, p o r q u e o e s p a ç o e : o u ra i é u m p o u c o m a is a m p lo . A

anestesia caudal*** e n v o lv e a in t r o d u ç ã o d o a n e s t é s ic o n o

e s o a ç o e p id u r a l d o s a c ro . A in je ç ã o n e s te lo c a l p a r a lis a e a n e s t e s ia ; s e s t r u t u r a s a b d o m in a is in f e r io r e s e p e r in e a is . A a n e s t e s ia c a u d a l p e d e s e r u s a d a p a ra a liv ia r a d o r d u r a n te o tr a b a lh o d e p a rto , m a s a a 'e s t e s ia e p id u r a l lo m b a r é fr e q ü e n t e m e n t e p re fe rid a .

Figura 14.4 Punções espinais e mielografia. (a) A ag u lh a d e p u n ç ã o lo m b a r e stá p o sic io n a d a no in te rio r d o e s p a ç o su b a ra cn ó ideo, n a s p ro x im id a d e s d o s n e rv o s da c a u d a eq ü in a . A ag u lh a fo i in se rid a na linha m é d ia, e n tre o s p ro c e s s o s e s p in h o s o s da te rc e ira e da q u a rta v é rte b ra s lom b a re s, te n d o sid o in clin a d a su p e rio rm e n te para fo rm a r um â n g u lo na d ire ç ã o d o um bigo. U m a v e z q u e a ag u lh a p u n c io n a c o rre ta m e n te a d u ra -m á te r e p en etra no e s p a ç o sub aracn ó id eo , u m a a m o stra d o LC p o d e s e r obtida, (b) U m a m ie lo g ra fia - rad iog rafia da m e du la e sp in a l a p ó s in tro d u ç ã o d e um co n tra s te ra d io p a co no LC - m o stra n d o a ca u d a e q ü in a na reg ião lo m b a r inferior.

A n e s t é s ic o s lo c a is ta m b é m p o d e m s e r in t r o d u z id o s e m d o s e

in c lu e m p a ra lis ia m u s c u la r t e m p o rá ria e p e rd a d e s e n s ib ilid a d e , q u e te n d e

j n za n o in t e r io r d o e s p a ç o s u b a r a c n ó id e o d a m e d u la e s p in a l. E s te p ro c e -

a s e p r o p a g a r c o n fo r m e a m o v im e n t a ç ã o d o líq u id o c e r e b r o s p in a l d is tr i­

: ~ e n t o é c o n h e c id o c o m o " a n e s t e s ia ra q u id ia n a ". N o e n ta n to , o s e fe ito s

b u i o a n e s t é s ic o a o lo n g o d a m e d u la e s p in a l. P r o b le m a s d e s u p e r d o s a g e m

' N . de R.T. Além d a p u n ção lom bar, ta m b é m p o d e ser realizada a punção suboccipital,

a d m in is t r a ç ã o p o d e lim ita r, a té c e r to p o n to , a d is tr ib u iç ã o d a d ro g a . A lé m

o o ccipital e o atlas (C l). ■* N. de R.T. O s anestesistas co stu m am usar os term o s anestesia o u bloqueio pendurai. *“ N. J e R.T. Os anestesistas costum am usar os term os bloqueio caudal ou bloqueio sacral.

d is s o , c o m o o s m ú s c u lo s r e s p ir a tó r io s d ia fr a g m á tic o s s ã o c o n t r o la d o s p o r

r a r a m e n te s ã o g r a v e s p o r q u e o c o n t r o le d a p o s iç ã o d o p a c ie n te d u r a n te a

ít.z tí

n e r v o s c e r v ic a is s u p e r io r e s , a r e s p ir a ç ã o s e m a n té m m e s m o q u e to d o s o s s e g m e n t o s t o r á c ic o s e a b d o m in a is te n h a m s id o p a ra lis a d o s .

C a p it u l o

14 • O Sistema Nervoso: A Medula Espinal e os Nervos Espinais

Anatomia seccional da

medula espinal [Figura 14.5] A fissura mediana anterior e o sulco mediano posterior são referências anatômicas longitudinais que seguem a divisão entre os lados direito e esquerdo da medula espinal (Figura 14.5). Existe uma massa central de substância cinzenta, em forma de H, onde predominam corpos celulares de neurônios e células da glia. A substância cinzenta envolve o estreito canal central, localizado na faixa horizontal do H. As projeções da subs­ tancia cinzenta em direção à superfície externa da medula espinal são de- : minadas colunas (Figura 14.5a,b). A substância branca localizada na reriferia contém um grande número de axônios mielínicos e amielínicos, :■rganizados em funículose tratos. °o pág. 345

Cada funículo contém tratos, ou fascículos, cujos axônios c ~ r . tilham características funcionais e estruturais (os tratos específiccs escl: detalhados no Capítulo 16). Um trato específico transmite informe.: e sensitivas e comandos motores, e os axônios no interior de um tra:: : relativamente uniformes quanto ao diâmetro, à mielinização eàvekxr.cic: de condução de impulsos. Todos os axônios em um mesmo trato cor. duce ~ informações na mesma direção. Pequenos tratos intersegmentares transm: tem sinais sensitivos ou motores entre segmentos da medula espinal: : tratos maiores conectam a medula espinal ao encéfalo. Tratos ascendenteconduzem informações sensitivas em direção ao encéfalo, e tratos descen­ dentes transmitem comandos motores para o interior da medula esr r _ No interior de cada funículo, os tratos são separados de acordo com o cesrno da informação motora ou a fonte da informação sensitiva que estão se­ do transmitidas. Como resultado, os tratos apresentam uma organiiâci: regional comparável à encontrada nos núcleos da substância cinzenti Fi-

Organização da substância cinzenta [Figura i4.5b,c] Os corpos celulares de neurônios na substância cinzenta da medula esrinal estão organizados em grupos, denominados núcleos, com funções rsrecíficas. Os núcleos sensitivos recebem e transmitem informações -er.sitivas de receptores periféricos, como os receptores do tato localizados na pele. Os núcleos motores emitem comandos para efetuadores periféricos, como os músculos esqueléticos (Figura 14.5b). Núcleos sensitivos e motores podem se estender por uma distância considerável ao longo da extensão da medula espinal. Uma secção frontal, ao longo do eixo do canal central, separa os núcleos sensitivos (posteriores) dos núcleos motores anteriores). As colunas posteriores contêm núcleos sensitivos somáticos e viscerais, enquanto as colunas anteriores contêm neurônios relacionai : s ao controle motor somático. Os cornos laterais, encontrados entre os segmentos TI e L2, contêm neurônios motores viscerais. As comissuras brancas (comissura, uma região de ligação ou união de duas estruturas) c : ntém axônios que cruzam a medula, de um lado a outro, antes de enc : ntrarem um destino no interior da substância cinzenta (Figura 14.5b). Existem duas comissuras cinzentas, uma posterior e uma anterior ao ca­ nal central. A Figura 14.5b mostra a relação entre a função de um determinado núcleo (sensitivo ou motor) e sua posição relativa no interior da substân­ cia cinzenta da medula espinal. Os núcleos sensitivos estão organizados n : interior da substância branca, de modo tal que as fibras que penetram na medula mais inferiormente (como as da perna ou do quadril) estão l : cilizadas mais medialmente do que as fibras que penetram na medula vindas de um nível mais superior (tronco ou braço). Os núcleos situados centro de cada coluna de substância cinzenta também estão altamente orcinizados. Os núcleos motores estão organizados de modo tal que os ner: s que suprem os músculos esqueléticos das estruturas mais proximais ;: m o tronco e ombro) estão localizados mais medialmente dentro da substância cinzenta do que os núcleos que suprem os músculos esquelétic: s das estruturas mais distais (antebraço e mão). A Figura 14.5b,c ilustra i distribuição dos núcleos motores somáticos nas colunas anteriores da :umescênda cervical. O tamanho das colunas anteriores varia de acordo c :m o número de músculos esqueléticos inervados por tais segmentos. ~essa maneira, as colunas anteriores são maiores nas regiões cervical e : mbar, que controlam os músculos associados aos membros.

Organização da substância branca [Figura 14.5] - ?_nstància branca pode ser dividida em regiões, ou funículos (Figu~à 1-1 5c). Os funículos posteriores estão interpostos entre as colunas : - .riores e o sulco mediano posterior. Os funículos anteriores estão - :uãios entre as colunas anteriores e a fissura mediana anterior; eles estão .- :e::: nectados pela comissura branca anterior. Em cada lado, a subsbranca entre a coluna anterior e a coluna posterior representa os fumculos laterais.

Nota clínica Lesões na medula espinal

A s le s õ e s q u e a tin g e m a m e d u la e s c nal p ro d u z e m s in to m a s d e p e rd a s s e n s itiv a s o u p a ra lis ia s m o to ra s c_ar e fle te m o s n ú c le o s e tra to s e n v o lv id o s . N o in ício , q u a lq u e r le s ã o g r ; .e à m e d u la e s p in a l p ro d u z u m p e río d o d e p a ra lis ia s e n s itiv a e m o to ra cen o m in a d a choque medular. O s m ú s c u lo s e s q u e lé tic o s to rn a m -s e * ac dos, o b s e rv a -s e a u s ê n c ia d a s fu n ç õ e s re fle x a s s o m á tic a s e v ís c e ra ; a : e n c é fa lo n ã o r e c e b e s e n s a ç õ e s d e tato, dor, c a lo r o u frio. A lo c a liz a çã : e a g ra v id a d e da le s ã o d e te rm in a m a e x te n s ã o e a d u ra ç ã o d e s te s s in ­ to m a s , a lé m d o g rau d e re c u p e ra ç ã o . T ra u m a tis m o s v io le n to s, c o m o a q u e le s a s s o c ia d o s a p a n c a d a s c . fe rim e n to s p o r a rm a d e fogo, p o d e m c a u s a r concussão medular sa ~ le sã o visív e l da m e du la esp in a l. A c o n c u s s ã o m e d u la r p ro d u z um p e ' : d e c h o q u e m e du lar, m a s o s s in to m a s sã o s o m e n te te m p o rá rio s e a 'ac u p e ra ç ã o p o d e s e r c o m p le ta em q u e stã o d e horas. L e s õ e s m a is s é r as c o m o le s õ e s p o r re b o te ("le sã o em ch ico te ") ou q u e d as, g e ra lm e n te en­ v o lv e m d a n o s fís ic o s à m e d u la esp in a l. N a contusão medular, o c o ra -~ h e m o rra g ia s nas m e n in g e s e no in te rio r da m e d u la esp ina l, há u m a i ~ e ' ■ to da p re ssã o d o líq u id o c e re b ro s p in a l e a s u b s tâ n c ia b ra n c a da m e : . -1 e sp in a l p o d e s e d e g e n e ra r no lo ca l da lesão. A re c u p e ra ç ã o g radual ac>: a um p e río d o d e se m a n a s, p o d e d e ix a r a lg u m a s se q ü e la s fu n c io n a s - -ac u p e ra ç ã o d e um a laceração espinal p o r fra g m e n to s v e rte b ra is c . o u tro s c o rp o s e s tra n h o s se rá g e ra lm e n te m a is len ta e m e n o s co m p * ets A compressão espinal o c o rre q u a n d o a m e d u la e sp in a l é c o m p r ir ca : d e fo rm a d a no in te rio r d o can al v erteb ral. Em um a transecção (ou trar s fixação), a m e d u la e sp in a l é c o m p le ta m e n te d a n ifica d a . P r o c e d in e r c c a c irú rg ic o s u su a is n ã o sã o c a p a z e s d e re sta u ra r a m e d u la e s p in a e s a c a p o ré m té c n ic a s e x p e rim e n ta is e m ra to s d e la b o ra tó rio tê m a o r e & s - '- ; : : re su lta d o s p o sitiv o s na re c u p e ra ç ã o p a rcia l d e s u a s fu nçõ es. A s le s õ e s m e d u la r e s m u ita s v e z e s e n v o lv e m a lg u m a c o m c n a v io d e c o m p re s s ã o , la c e ra ç ã o , c o n tu s ã o e tr a n s e c ç ã o p a rc ia l* . O a . : :a p re s s ã o e a e s t a b iliz a ç ã o d a á re a a fe ta d a p o r m e io d e p ro c e d m e ~ r : : c ir ú r g ic o s p o d e m e v ita r o u tra s le s õ e s e p e r m itir q u e a m e d u la a ; : ' a a fe ta d a s e re c u p e re ta n to q u a n to p o s s ív e l. L e s õ e s e x te n s a s n o r .e a c im a d a q u a rta o u q u in ta v é rte b ra c e rv ic a l e lim in a r ã o a s e n s ic c a : a e o c o n tro le m o to r d o s m e m b ro s s u p e r io r e s e in fe rio re s. A e x t e - s a :-ara lis ia p ro d u z id a é d e n o m in a d a quadriplegia**. Se a le s ã o s e e s t a - ': a d e C 3 a C5, a p a ra lis ia m o to ra in c lu irá to d o s o s p rin c ip a is m ú s c u -asp ira tó r io s e, e m g eral, o p a c ie n te n e c e s s ita r á d e a s s is tê n c ia m e c á " ca p a ra a re sp ira ç ã o . A paraplegia, p e rd a d o c o n tro le m o to r d o s ~ e ~ : :: in fe rio re s , p o d e s e r o r e s u lta d o d e le s õ e s d e v é r te b r a s to r á c c a s a : -1 m e d u la e s p in a l. L e s õ e s e m v é rte b ra s lo m b a re s in fe rio re s p o tie ~ :: ~ p rim ir ou d is to rc e r o s e le m e n to s d a c a u d a e q ü in a , c a u s a n d o p ':t> a ~ a; na fu n ç ã o d o s n e rv o s p e rifé ric o s . * N. de R.T. A transecção de um a m etade da m edula espinal, o u h e ir .:ís e ;;i: cida com o síndrom e de Brown-Séquard. ** N. de R.T. O u tetraplegia.

O SISTEMA NERVOSO

PO STERIO R

S u l c o m e d ia n o p o s t e r io r

C o m is s u r a c in z e n t a p o s t e r io r C o lu n a p o s t e r io r

D u ra -m á te r

C o r n o la te r a l

A r a c n ó id e - m á t e r ( r o m p id a )

R a iz p o s t e r io r C a n a l c e n tra l C o lu n a a n t e r io r C o m is s u r a c in z e n t a a n t e r io r F is s u r a m e d ia n a a n te r io r

G â n g lio s e n s it iv o d e n e r v o e s p in a l

P ia - m á t e r

R a iz a n te r io r

S u l c o m e d ia n o p o s t e r io r A p a r t ir d a r a iz p o s t e r io r C o lu n a p o s t e r io r

C o m is s u r a c in z e n t a p o s t e r io r S o m á t ic o N ú c le o s V is c e r a l

C o rn o

s e n s it iv o s

V is c e r a l

la te ra l

N ú c le o s S o m á t ic o

C o lu n a

m o to re s

a n te r io r P a r a a r a iz

C o m is s u r a

a n t e r io r *

c in z e n t a a n te r io r

F is s u r a m e d ia n a a n t e r io r P e rn a F u n íc u lo p o s t e r io r

Q u a d r il T ro n co B ra ç o

F u n íc u lo la te ra l

F le x o r e s E x te n so re s A n te b ra ç o B ra ç o O m b ro T ro n co ^

---------- 1---------F u n íc u lo a n t e r io r

C o m is s u r a b r a n c a a n te r io r

Figura 14.5 O rg an iza ­ ção seccional da metíLta espinal. (a) Histologia da medula esc nal, secção transversal ib metade esquerda desta vr_= seccional mostra importanes referências anatômicas; a ~etade direita indica a orgar ção funcional da substâr: 5 cinzenta na coluna a n te ^ :' no corno lateral e na colm a posterior, (c) A metade es­ querda desta vista seccor »5 mostra os principais funícuics da substância branca. A me­ tade direita indica a orgar zação anatômica dos traz: s sensitivos no funículo p o re rior, para comparação co~ r organização dos núcleos rc tores na coluna anterior. Note que tanto os componentes sensitivos quanto os compo­ nentes motores da m ec- 5 espinal apresentam uma or­ ganização regional definida

C a p ít u l o

1 4 * 0 Sistema Nervoso: A Medula Espinal e os Nervos Espinais

eu ra 14.5b,c). As identidades dos principais tratos do SNC serao discutidas s uando considerarmos as vias sensitivas e motoras no Capítulo 16.

E p in e u r o r e c o b r in d o n e r v o p e r ifé r ic o

x-_______________________ E REVISÃO DOS CONCEITOS V a s o s s a n g ü ín e o s

1. U m p a c ie n te c o m p o lio m ie lite p e rd e u a fu n ç ã o d o s m ú s c u lo s d a p ern a. Em q u e á re a d a m e d u la e s p in a l v o c ê e s p e ra lo c a liz a r o s n e u rô n io s m o to re s

P e rin e u r o

in fe c ta d o s p e lo s v íru s n e ste in d iv íd u o ?

2.

(a o r e d o r d e u m f a s c íc u lo )

C o m o a s u b s tâ n c ia b ra n ca e stá o rg a n iza d a n o in te rio r d a m e d u la e s p in a l?

3. Q u a l é o te rm o u s a d o para d e s c re v e r a s p ro je ç õ e s d e s u b s tâ n c ia c in z e n ta e m d ire ç ã o à s u p e rfíc ie e x te rn a d a m e d u la e s p in a l? 4. Q ua l

é

E n d o n e u ro

a d ife re n ç a e n tre tra to s a s c e n d e n te s e tra to s d e s c e n d e n te s na s u b s ­

tâ n c ia b ra n c a ?

C é lu la d e S c h w a n n

Veja a seção de Respostas na parte final do livro.

A x ô n io m ie lín ic o

Nervos espinais [Figuras 14.1/14.6]

Existem 31 pares de nervos espinais: 8 nervos espinais cervicais, 12 toráci(a) cos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 nervo coccígeo. Cada um pode ser identificado V a s o s s a n g ü ín e o s por sua associação com as vértebras adjacentes. Cada nervo espinal apre­ senta uma taxonomia medular, conforme indica a Figura 14.1, pág. 363. Na região cervical, o primeiro par de nervos espinais, Cl, emerge en­ tre o crânio e a primeira vértebra cervical. Por essa razão, os nervos cer­ vicais são nomeados de acordo com a vértebra imediatamente seguinte a eles. Em outras palavras, o nervo C2 precede a vértebra C II, e o mesmo sistema é utilizado para o restante dos nervos cervicais. A mudança deste método de identificação ocorre entre a última vértebra cervical e primeira vértebra torácica. O nervo espinal localizado entre essas duas vértebras foi designado como C8 e é apresentado na Figura 14.1b. Assim, existem sete vértebras cervicais, mas oito nervos cervicais. Os nervos espinais situados inferiormente à primeira vértebra torácica são nomeados de acordo com a vértebra imediatamente precedente a eles. Assim, a origem do nervo TI é imediatamente inferior à vértebra T I, o nervo T2 emerge inferiormente à vértebra TII, e assim por diante. Cada nervo periférico apresenta três camadas de tecido conectivo: uma externa, o epineuro, uma central, o peritieuro, e uma interna, o endoneuro i Figura 14.6). Essas camadas são comparáveis às camadas de tecido conec­ tivo associadas aos músculos esqueléticos. pág. 238 O epineuro é uma bainha fibrosa resistente que forma a camada mais externa de um nervo periférico; consiste em tecido conectivo irregular denso, composto princi­ palmente de fibras colágenas e fibrócitos. Em cada forame intervertebral, o epineuro de um nervo espinal é contínuo com a dura-máter espinal. O perineuro é composto de fibras colágenas, fibras elásticas e fibróci­ tos. O perineuro divide o nervo em uma série de compartimentos que con­ tém feixes de axônios. Um único feixe de axônio é denominado fascículo. Os nervos periféricos precisam ser isolados e protegidos dos compo(b) E n d o n e u ro P e r in e u r o (a o r e d o r d e u m f a s c k x á c r.entes químicos do líquido intersticial e da circulação geral. A barreira hematoneural, formada por fibras de tecido conectivo e fibrócitos do epiFigura 14.6 Anatomia de um nervo periférico. Um nervo p e rifé rico c o n s is te em um e p in e u ro e x te rn o q u e e n c a p s L a - — j~ t r.euro, funciona como barreira de difusão. O endoneuro é constituído por tecido conectivo frouxo, irregular­ro va riá vel d e fa s c íc u lo s (feixes d e fib ra s nervosas). O s fa s c íc u lo s são ;c~ 3 ~ mente distribuído, composto de delicadas fibras colágenas e fibras de te­ e n v o lto s p elo p e rin e u ro e, no in te rio r d e ca d a fa sc íc u lo , o s a x ô n io s ín tíw C ü a - re c o b e rto s p or c é lu la s d e S ch w a n n - s ã o c irc u n d a d o s p elo e n d o n e _ ': (a j cido conectivo elástico, além de alguns poucos fibrócitos isolados que cir­ n ervo p erifé rico típ ic o e se u s e n v o ltó rio s d e te c id o co nectivo . (b) u m a ~ r z s : cundam axônios individuais. Os capilares que se originam no perineuro pia e le trô n ica de va rred ura m o stra n d o d eta lh a d a m e n te as várias c a ^ a : ; ; V E ramificam-se no endoneuro e oferecem oxigênio e nutrientes aos axônios x 425) [© R. G. Kessel e R. H. Kardon, "Tissues and Organs: A Text-Atias o ~ > u r r ■ Electron Microscopy", I/V. H. Freeman & Co., 1979. Todos os direitos rese a : : ; e células de Schwann do nervo.

Distribuição periférica dos nervos espinais [Figuras 14.2a,c,d/14.7/14.8] Cada nervo espinal é formado pela fusão das raízes nervosas posterior e interior conforme essas raízes passam através de um forame interverte-

bral; as únicas exceções são Cl e Col, que, em algumas pessoas r.ã : arn sentam raízes posteriores (Figura 14.2a,C,d, pág. 364 . Distalmeiite ~a vo espinal se divide em vários ramos. Todos os nervos espinal ~~j .i dois ramos, um ramo posterior e um ramo anterior. P a r a os nerv : - esc : a

O SISTEMA NERVOSO de T l i L2 existem quatro ramos: um ram o bran:: e um ram o cinzento, conhecidos coletivamente com o ram os co m u n ica n tes , um ram o posterior e um ram o anterior (Figura 14.7). Os ramos comumcantes conduzem fibras m otoras viscerais para e i ra rtir de um gânglio visceral vizinho, associado i p.i^te sim pática do SNA. (Esta parte será examina­ da no Capítulo 17.) Como os axônios pré-ganglior.ares são mielínicos, o ram o que conduz aquelas fibras ao gânglio apresenta um a coloração clara, r e conhecido como ramo comunicante branco. Dois grupos de fibras pós-ganglionares amielínicas r artem do gânglio. Aquelas que inervam glândulas e musculos lisos na parede do corpo ou m em bros formam um segundo ramo, o ramo comunican­ te cinzento, que se une novam ente ao nervo espi­ nal. Tipicam ente, o ram o com unicante cinzento e proximal ao ram o com unicante branco. Fibras rre-ganglionares ou pós-ganglionares que inervam drgãos internos não se unem novam ente aos ner­ vos espinais. Em vez disso, elas form am um a série de nervos viscerais individuais, como os nervos espláncnicos , envolvidos na regulação das atividades aos órgãos da cavidade abdominopélvica. O ramo posterior de cada nervo espinal oferece inervação sensitiva a partir de segmentos específicos da pele e suprim ento m otor aos m ús­ culos do pescoço e do dorso destas áreas. A região inervada assemelha-se a um a faixa horizontal que >e inicia na origem do nervo espinal. O ramo an­ terior, relativam ente grande, supre a superfície antero-lateral do corpo, estruturas na parede do corpo e os membros. A distribuição das fibras sensitivas no interior aos ram os posteriores e anteriores ilustra a divi­ são segm entar de trabalho ao longo da extensão da m edula espinal (Figura 14.7b). Cada par de nervos espinais m onitora um a região específica da superfície do corpo, um a área conhecida como dermátomo (Figura 14.8). D erm átom os são clini­ camente im portantes, pois lesões à m edula espinal ou ao gânglio sensitivo de nervo espinal produzi­ rão perdas de sensibilidade características em áreas específicas da pele.

F ib ra s p ó s - g a n g lio -

P a r a m ú s c u lo s e s ­ q u e lé tic o s d o d o r s o

n a re s p a ra m ú s c u lo s lis o s , g lâ n d u la s , e tc. do d o rso

G â n g lio s e n s itiv o d e n e rv o e s p in a l M o to ra M o to r a v is c e ra l s o m á t ic a

R a m o p o s te rio r R a m o a n te rio r P a r a m ú s c u lo s e s q u e lé t ic o s d a p a re d e d o c o rp o , m e m b ro s F ib r a s p ó s - g a n g lio n a r e s d o s m ú s c u lo s liso s, g lâ n d u la s , etc. d a p a re d e d o c o rp o , m e m b ro s

R a m o c o m u n ic a n te c in z e n to (p ó s-g a n g lio n a r) Ram os c o m u n ic a n te s

F ib r a s p ó s - g a n g lio ­ n a re s p a ra m ú s c u lo s lis o s , g lâ n d u la s e v ís c e r a s n a c a v id a d e t o r á c ic a

R a m o c o m u n ic a n te b ra n c o (p ré -g a n g lio n a r) G â n g lio s im p á tic o

LEGENDA Comandos motores somáticos Comandos motores viscerais

N e rv o s im p á tic o

F ib r a s p ré -g a n g lio n a re s p a ra g â n g lio s s im p á tic o s in e rv a n d o v ís c e r a s a b d o m in a is

(a) Fibras m otoras

Plexos nervosos Figuras 14.3/14.7 e 14.9] O padrão de distribuição ilustrado na Figura 14.7 iplica-se aos nervos espinais T1-L2. Ramos com unicantes cinzentos e brancos são encontrados apenas nesses segmentos; entretanto, ram os posFigura 14.7 Distribuição periférica dos nervos espinais. teriores e ram os anteriores são característicos de Vista diagramática ilustrando a distribuição de fibras nos principais ramos de um nervo espinal to ca todos os nervos espinais. De m odo aproxim ado, típico, (a) Distribuição dos neurônios motores na medula espinal e fibras motoras no interior do ne^ os ram os posteriores oferecem inervação sensitiva pinai e seus ramos. Embora o ramo comunicante cinzento seja tipicamente proximal em relação ao r comunicante branco, este diagrama simplificado torna mais fácil acompanhar e compreender as reia segmentar, conform e evidencia o padrão de der­ entre as fibras pré-ganglionares e pós-ganglionares. (b) Uma vista comparativa, detalhando a distro. mátom os. O alinham ento segm entar não é exato, dos neurônios e das fibras sensitivas. pois os limites são imprecisos e existe alguma su­ perposição entre derm átom os adjacentes. Porém, em segmentos que controlam a m usculatura esquelética do pescoço e dos teriores não corresponde diretam ente aos seus alvos periféricos. Err m em bros superiores e inferiores, a distribuição periférica dos ramos andisso, os ram os anteriores de nervos espinais adjacentes mesclam sai

C a p ítu lo

14 • O Sistema Nervoso: A Medula Espinal e os Nervos Espinais

C2-C3

N e r v o o c c ip it a l m e n o r N e r v o a u r ic u la r m a g n o

Plexo — cervical

N e r v o c e r v ic a l t r a n s v e r s o N e r v o s u p r a c la v ic u la r N e r v o f r ê n ic o

Plexo — braquial

N e r v o a x i ar T5 T6 N e rv o m u sc u to c u ã N e rv o s tc ra c

N e rv o r a a a

Plexo — lombar

N e r v o lá n a r

N e rv o ~ e a a

Plexo— sacral

ANTERIOR

POSTERIOR

iNervu g e n it o f e m o r a l N e rv o fe m o ra l

Figura 14.8 Dermátomos. Distribuição anterior e posterior de dermátomos; os nervos espinais relacionados estão indicados para cada dermátomo.

N e r v o o b t u r a t ó r io S u p e r io r - N e rv o s In fe rio r

g lú t e o s

N e rv o p u d e n d o

bras para produzir uma série de troncos nervosos com ­ postos. Essa complexa rede entrelaçada é denom inada plexo nervoso. Os plexos nervosos se formam durante o desenvolvimento, enquanto pequenos músculos es­ queléticos fundem-se com seus vizinhos para formar músculos maiores com origens compostas. Embora os limites anatômicos entre músculos em brionários de­ sapareçam, o padrão original de inervação permanece intacto. Assim, os “nervos” que suprem esses músculos compostos, no adulto, contêm fibras sensitivas e m o­ toras oriundas dos ramos anteriores que inervaram os músculos embrionários. Existem plexos nervosos onde os ramos anteriores convergem e ramificam-se para for­ mar estes nervos compostos. Os quatro maiores plexos nervosos são o plexo cervical, o plexo braquial, o plexo lombar e o plexo sacral (Figuras 14.3, pág. 365, e 14.9).

N e r v o is q u iá t ic o N e r v o c u t â n e o f e m o r a l la t e r a N e rv o s a fe n o

N e r v o f ib u la r c o m u m

N e r v o tib ia l

N e rv o c u tâ n e o su ra l m e c a

Figura 14.9

Nervos periféricos e plexos nervosos.

O SISTEMA NERVOSO

TABELA 14.1

O plexo cervical [Figuras 14.9/14.10 e Tabela 14.1] O plexo cervical (Figuras 14.9 e 14.10) consiste em ram os cutâneos e

0 plexo cervical

Segmentos medulares

Nervos

Distribuição

Cl-C4

Alça cervical (raiz superior e raiz inferior)

Cinco dos músculos extrínsecos da laringe (esternotireóideo, esternohióideo, omo-hióideo, genio-hióideo e tireohióideo) via N XII

0 -0

Nervos occipital menor, cervical transverso, supraclavicular e auricular magno

Pele da região superior do tórax, ombro, pescoço e orelha

C3-C5

Nervo frênico

Diafragma

C1-C5

Nervos cervicais

Músculos levantador da escápula, escalenos, esternocleidomastóideo e trapézio (com N XI)

musculares dos ramos anteriores dos nervos C1-C4 e algumas fibras ner­ vosas de C5. O plexo cervical situa-se profundam ente ao músculo esternocleidomastóideo ( pág. 271) e anteriorm ente aos músculos escaleno médio e levantador da escápula. ( a o págs. 274-276, 286) Os ramos cutâ­ neos desse plexo inervam áreas na cabeça, no pescoço e no tórax. Os ramos musculares inervam músculos do pescoço, como o omo-hióideo, esternohióideo, genio-hióideo, tireo-hióideo e esternotireóideo ( pág. 272), e músculos do pescoço e do om bro, como o esternocleidomastóideo, esca­ lenos, levantador da escápula e trapézio ( págs. 272, 276, 287), além do diafragma. ( pág. 276) O nervo frênico, o m aior nervo deste plexo, oferece suprim ento nervoso m otor total ao diafragma. As Figuras 14.9 e 14.10 identificam os nervos responsáveis pelo controle dos músculos es­ queléticos axiais e apendiculares considerados nos Capítulos 10 e 11.

O plexo braquial [Figuras 14.9/14.11/14.12 e Tabela 14.2] O plexo braquial é m aior e mais complexo que o plexo cervical. O plexo braquial supre o cíngulo do m em bro superior e os mem bros superiores. O plexo braquial é form ado pelos ramos anteriores dos nervos C5-T1 (Figu-

N e rv o a c e s ­ s ó rio (XI) N e rv o s c ra n ia n o s

N e rv o h ip o ­ g lo s s o (XII) N e rv o a u ric u la r m a g n o N e rv o o c c ip ita l m enor

R a íz e s d o s n e rv o s d o p le x o c e rv ic a l

M úsculo genio-hióideo N e rv o c e rv ic a l tr a n s v e rs o M úsculo tireo-hióideo A lç a c e rv ic a l

M úsculo omo-hióideo N e rv o s s u p r a c la v ic u la r e s

Clavícula

N e rv o frê n ic o

M úsculo esterno-hióideo

M úsculo esternotireóideo

F gura 14.10

O plexo cervical.

C a p ít u l o

14 • O Sistema Nervoso: A Medula Espinal e os Nervos Espinais

ras 14.6,14.11a,b e 14.12). Os ramos anteriores convergem para formar

troncos superior, m édio e inferior. Cada um desses troncos separase em divisão anterior e divisão posterior. As três divisões posteriores _nem-se para formar o fascículo posterior, enquanto as divisões antet t : res dos troncos superior e médio unem-se para formar o fascículo la­ teral. O fascículo m ediai é formado pela continuação da divisão anterior do tronco inferior. Os nervos do plexo braquial originam-se em um ou

mais troncos ou fascículos, cujos nomes indicam suas posições em relação a artéria axilar, uma grande artéria que supre o membro superior. O fascí­ culo lateral forma o nervo m usculocutâneo exclusivamente e, junto com fascículo mediai, contribui para constituir o nervo m ediano. O nervo ulnar é outro grande nervo do fascículo mediai. O fascículo posterior dá origem ao nervo axilar e ao nervo radial. As Figuras 14.9 e 14.11 iden­ tificam esses nervos, assim como nervos menores responsáveis pelo con­ trole dos músculos esqueléticos axiais e apendiculares, considerados nos Capítulos 10 e 11. págs. 275, 276, 290, 293 A Tabela 14.2 oferece mais informações sobre estes e outros nervos importantes do plexo braquial.

Os plexos lombar e sacral [Figuras 14.9/14.13/14.14 e Tabela 14.3] O plexo lom bar e o plexo sacral originam-se nos segmentos lombares e sacrais da medula espinal. Os ramos anteriores desses nervos suprem a pelve e o membro inferior (Figuras 14.9, pág. 371, e 14.13). Como os

ramos anteriores dos dois plexos são distribuídos para o membro irtíer. esses plexos são freqüentemente identificados coletivamente com r ; lombossacral. Os nervos que formam o plexo lombar e o plexo sacrt' e-st, detalhados na Tabela 14.3. O plexo lombar é formado pelos ramos anteriores de T12-L principais nervos do plexo lombar são o nervo genitofem oral. 3 n e r cutâneo fem oral lateral e o nervo fem oral. O plexo sacral conte — ramos anteriores dos nervos espinais L4-S4. Os ramos anteriore? de e L5 formam o tronco lom bossacral, que contribui para o plex níct juntamente com os ramos anteriores de S1-S4 (Figura 14.13a,b . Oí pre cipais nervos do plexo sacral são o nervo isquiático e o nervo pudend O nervo isquiático passa posteriormente ao fêmur e profundamente i c beça longa do músculo bíceps femoral. Ao se aproximar da fossa pc pltte o nervo isquiático divide-se em dois ramos: o nervo fibular com um = nervo tibial (Figuras 14.9, pág. 371, e 14.14). As Figuras 14.9, p^. : " 14.13 e 14.14 mostram estes nervos, assim como nervos menores resp sáveis pelo controle dos músculos axiais e apendiculares, detalhada - Capítulos 10 e 11. Embora os dermátomos possam oferecer indícios para a localizaçã: . lesões da medula espinal, uma perda de sensibilidade na pele não fome-, informação precisa sobre o local da lesão, pois os limites dos derm.it: — não são linhas claramente definidas. Conclusões mais exatas podent obtidas a partir da perda do controle motor, com base na origem en_ t_

N e rv o d o rsa l

LEGENDA

d a e s c á p u la

R a ize s (ram os ventrais) |

■C 5

Troncos

N e r v o s u b c lá v io

D ivisõe s F a sc íc u lo s

T R O N C O S U P E R IO R

N e rv o s p eriférico s C6 N e r v o s u p r a - e s c a p u la r

F a sc íc u lo lateral

■C 7

P LE X O B R A C X J'

F a sc ícu lo posterior C8

N e r v o p e it o r a l la te ra l

N e r v o p e it o r a l m e d ia i N e r v o s s u b e s c a p u la r e s

T1 N e r v o a x ila r

F a sc ícu lo mediai N e rv o m u s c u lo c u t â n e o N e r v o t o r á c ic o

N e rv o c u tâ n e o

lo n g o

m e d ia i d o a n t e b r a ç o

N e rv o to ra c o d o rs a l

N e r v o m e d ia n o

\ e r v o c u t â n e o p o s t e r io r d o a n te b ra ç o

(a) Vista anterior

N e r v o u ln a r

N e r v o ra d ia l

F gura 14.11 O plexo braquial. (a) Os tro n c o s e fa s c íc u lo s do p le x o b raq uial. (b) V ista a n te rio r d o p le x o braq uial e m e m b ro superior, m o stra n d o a d is trib u iç ã o p e rifé rica d o s p rin c ip a is ne rvos (c) te s te r io r d o p le xo b raq u ial e in e rv a ç ã o d o m e m b ro superior.

rt

o sistem a F gura 14.11

(continuação).

nervoso

Nervo dorsal da escápula Nervo supra-escapular

PLEXO BRAQUIAL

Tronco superior Tronco médio Tronco inferior

Nervo musculocutâneo Nervo mediano

Nervo musculocutâneo

Nervo cutâneo lateral do antebraço

Nervo axilar

Ramos do nervo axilar Ramo superficial do nervo radial

Nervo ulnar

Nervo radial

Nervo mediano Nervo ulnar Nervo interósseo anterior do antebraço

Nervo mediano Nervo cutâneo posterior do antebraço

Ramo profundo do nervo ulnar Ramo superficial do nervo ulnar Nervos palmares digitais

Ramo profundo do nervo radial (b) Vista anterior

Ramo superficial do nervo radial Nervos digitais d c s a 5 Nervo radial Nervo ulnar

, _ B

P

Anterior

Nervo mediano Posterior

D is trib u iç ã o d o s n e rv o s c u t â n e o s

(c) V is ta p o s te rio r

C a p ítu lo

14 • O Sistema Nervoso: A Medula Espinal e os Nervos Espinais

37

Plexo cervical

Artéria ca rczca com um Clavícula, seccionada e removida Plexo bracjLia (C5-T1)

Músculo deltóide

Nervo musculocutâneo

Músculo e& rsm cleid o m a sro o ec inserção e s ^ r s

Músculo essr-trdeidom asxocsec inserção d M c u ta Artéria axilar direita, sobre o nervo axilar Nervo mediano Nervo radial

Artéria s u b c a ^ direita

Músculo bícep s braquial, cabeça longa e cabeça curta Nervo ulnar

Músculo coracobraquial

Pele

Nervo —«ediano

£'gura 14.12

Os plexos cervical e braquial.

Esta dissecação mostra os principais nervos que se originam a partir dos plexos cervical e braquial.

Múscuk) maior (seco cra cx e rebattôc

O SISTEMA NERVOSO

I TABELA 14.2 0 plexo braquial Segmentos medulares

Nervo(s)

Distribuição

C 4 -C 6

N e rv o su b cláv io

M ú sc u lo su b cláv io

C5

N e rv o d o rs a l d a escap u la

M ú sc u lo s ro m b ó id e s e le v a n ta d o r d a esc a p u la M ú sc u lo s e rrá til a n te rio r

C 5 -C 7

N e rv o to rá c ic o lo n g o

C5,C6

N e rv o s u p ra -e sc a p u la r

M ú sc u lo s s u p ra -e s p in a l e in fra -e s p in a l; sen sitiv o d a s a rtic u la ç õ e s d o o m b ro e escáp u la

C 5-T 1

N e rv o s p e ito ra is (m e d ia i e la te ra l)

M ú sc u lo s p e ito ra is

C5*C6

N e rv o s su b esc ap u la re s

M ú sc u lo s s u b e s c a p u la r e re d o n d o m a io r

G 6 -C 8

N e rv o to ra c o d o rs a l

M ú sc u lo la tíssim o d o d o rs o

C5.C6

N e rv o a x ilar

M ú sc u lo s d e ltó id e e r e d o n d o m e n o r; sen sitiv o d a p ele d o o m b ro

C&-T1

N e rv o c u tâ n e o m e d ia i d o a n te b ra ç o

S ensitivo d a p e le das faces a n te rio r e m e d ia i d o b ra ç o e a n te b ra ç o

C5-T1

N e rv o ra d ia l

M u ito s m ú s c u lo s ex te n so re s n o b ra ç o e a n te b ra ç o (m ú s c u lo s tríc e p s b ra q u ia l, a n c ô n e o , e x te n so r ra d ia l d o c a rp o , e x te n so r u ln a r d o c arp o , b ra q u io rr a d ia l) ; m ú s c u lo su p in a d o r. m ú s c u lo s e x te n so re s d o s d e d o s e m ú s c u lo a b d u to r d o po leg ar, v ia ram o p ro fu n d o ; sen sitiv o d a face p ó s te ro -la te ra l d o m e m b ro p o r m e io d o nervo cutâneo posterior do brae refere a uma ligação, e a ponte conecta o cerebelo ao tronco encefálico. Os gundo), a cavidade ventricular do diencéfalo é chamada de terceiro v n nemisférios do cerebelo, relativamente pequenos, se localizam posterior­ trículo. mente à ponte e inferiormente aos hemisférios cerebrais. O cerebelo faz O mesencéfalo possui um canal estreito conhecido como aquedut 1 regulação automática das atividades motoras, com base na informação do mesencéfalo (aqueduto de Sílvio ou aqueduto cerebral). Esse duc . sensitiva e na memória de padrões motores aprendidos. necta o terceiro ventrículo com o quarto ventrículo, que se inicta ettaz

O bulbo A medula espinal se conecta ao tronco encefálico pelo bulbo. A parte su­ perior do bulbo possui um teto fino, membranoso, enquanto a parte inrerior se assemelha à medula espinal. O bulbo retransmite a informação sensitiva para o tálamo e outros centros do tronco encefálico. Além disso, o bulbo contém importantes centros relacionados à regulação da função iutonômica, como freqüência cardíaca, pressão sangüínea e atividades di­ gestivas.

Organização da substância cinzenta e da substância branca

a ponte e o cerebelo. Na parte inferior do bulbo, o quarto ventncial estreita e torna-se contínuo com o canal central da medula espinal- H circulação de líquido cerebrospinal dos ventrículos e do canal centri : medula espinal para o espaço subaracnóideo, através de forames lo „i^a dos no teto do quarto ventrículo. Contudo, antes que você possa enter a origem e a circulação do líquido cerebrospinal, você precisará saber —a. a respeito da organização das meninges encefálicas e como elas caíerer das meninges espinais, introduzidas no Capítulo 14. pág. 362 G REVISÃO DOS CONCEITOS 1. Cite as se is divisõ es p rin cipais do en céfalo adulto.

2. Q uais são as trê s p rin cipais estruturas do tro n co en cefálico ? A distribuição geral da substância cinzenta no tronco encefálico é seme­ 3. 0 que são ven trícu los? Q ue tipo de célula epitelial o s reveste? lhante àquela na medula espinal; há uma região interna de substância 4. C ite as ve sícu la s en cefálica s secu n d á rias e as regiões do en céfalo ~ .£ o :; cinzenta cercada por tratos de substância branca. A substância cinzenta das com cada um a d elas ao nascim ento. circunda os ventrículos e duetos cheios de líquido que correspondem ao canal central da medula espinal. A substância cinzenta forma núcleVeja a seção de Respostas na parte fin a d : agrupamentos esféricos, ovais ou irregulares de corpos celulares de neurônios, oe pág. 367 Embora os tratos de substância branca envol­ vam esses núcleos, a disposição não é tão previsível como o é na medu­ la espinal. Por exemplo, os tratos podem começar, terminar, mesclar-se ou ramificar-se durante seu trajeto à medida que passam ao redor ou através dos núcleos. No cérebro e no cerebelo, a substância branca é re­ coberta pelo córtex nervoso (cortex, casca), uma camada superficial de O encéfalo humano é um órgão extremamente delicado que deve >e:::: tegido de lesão, mas ainda assim precisa estar em contato com o restunt ?ubstância cinzenta. O termo centros superiores se refere aos núcleos, centros e áreas cor- do corpo. Ele também necessita de uma grande quantidade de nutrterrte ::cais do cérebro, cerebelo, diencéfalo e mesencéfalo. A eferência desses e oxigênio e, portanto, de um amplo suprimento sangüíneo, mas aara: centros de processamento modifica as atividades dos núcleos e centros assim deve estar isolado de componentes do sangue que possam tatterre da parte inferior do tronco encefálico e da medula espinal. Os núcleos e rir nas suas complexas operações. A proteção, sustentação e nutri d : ; encéfalo envolvem (1) os ossos do crânio, que são estudados no Car:r_ 6, ao págs. 135-154, (2) as meninges encefálicas, (3) o líquido cererrr í Alguns autores consideram o diencéfalo como pertencente ao tronco encefálico. Utilizare­ pinai e (4) a barreira hemato-encefálica. mos aqui a definição mais restrita.

Proteção e sustentação do encéfalo

PI

O SISTEM A NERVOSO Cornos frontais dos ventrículos laterais

Hemisférios cerebrais

Ventrículos laterais

Corno frontal do ventrículo lateral

Ventrículo lateral (esquerdo)

Forame interventricular

Cornos temporais dos ventrículos laterais

Terceiro ventrículo Cornos occipitais dos ventrículos laterais Cornos temporais dos ventrículos laterais Aqueduto do mesencéfalo Quarto ventrículo

Ponte

Bulbo Cerebelo Canal central da medula espinal

Forame interventricular Corno occiprta do ventrículo lateral

Terceiro ventrículo Aqueduto do mesencéfalo Quarto ventrículo (b) Vista lateral

Medula espinal (a) Vista lateral

.ertnculos laterais nos hemisférios cerebrais

Fissura longitudinal

Ventrículos laterais Forame Forame interventricular interventricular Terceiro ventrículo Cornos temporais dos ventrículos laterais

Terceiro .entrículo Joueduto do : t*= :

Ponte

Quarto •«ntrículo

Septo pelúooc

Aqueduto do mesencéfalo Bulbo

Cerebek)

Quarto ventrículo Canal central da medula espinal (c) Vista anterior

z «gura 15.2

Corno temporal do ventrículo lateral

Canal central da medula espinal (d) Secção coronal

Ventrículos encefálicos.

: jio s contêm líquido cerebrospinal, que transporta nutrientes, mensageiros químicos e resíduos metabólicos. a ) C' e-rtação e extensão dos ventrículos, em vista lateral de um encéfalo transparente, (b) Vista lateral de um modelo plástico dos ventrículos. (c) Vista anterior dos e ~ r :utos, através de um encéfalo transparente, (d) Esquema de secção coronal, mostrando as interconexões entre os ventrículos.

js

C a p ít u l o

15 • O Sistema Nervoso: O Encéfalo e os Nervos Cranianos



Nota clínica Traumatismos cranioencefálicos o traumatismo cranioencefálico (TCE) p o d e r e s u lta r d e u m im p a c to fo rte e n tre a c a b e ç a e u m o b je to ríg id o o u d e u m s o la v a n c o e x tre m o . O s t r a u m a tis m o s c r a n io e n c e fá lic o s s ã o r e s p o n s á v e is p o r m a is d a m e ta d e d a s m o r te s a tr ib u íd a s a o s tr a u ­ m as. T o do an o, o c o r r e m c e rc a d e 1,5 m ilh ã o d e c a s o s d e T C E n o s E s ta ­ d o s U n id o s. A p r o x im a d a m e n te 5 0 .0 0 0 p e s s o a s m o rre m e o u tra s 8 0 .0 0 0 tê m d e fic iê n c ia s a lo n g o prazo. A s con cu ssõ es p o d e m e s ta r a s s o c ia d a s a té c o m le s õ e s c ra n ia n a s ieves. U m a c o n c u s s ã o p o d e c o n s is tir e m c o n fu s ã o b re v e c o m e s ta d o m e n ta l a n o rm a l, p e rd a te m p o rá ria d a c o n s c iê n c ia e a lg u m g rau d e a m ­ n é sia. O s m é d ic o s d e v e m e x a m in a r a te n ta m e n te o s p a c ie n te s c o m c o n ­ c u s s ã o e u tiliz a r e x a m e s ra d io g rá fic o s o u to m o g r á fic o s d e c r â n io para v e r ific a r s e há fra tu ra o u h e m o rra g ia c ra n ia n a . C o n c u s s õ e s le v e s c a u ­ s a m u m a b re v e in te rru p ç ã o d a c o n s c iê n c ia e p o u c a p e rd a d e m e m ó ria . C o n c u s s õ e s g ra v e s p ro d u z e m lo n g o s p e r ío d o s d e in c o n s c iê n c ia e fu n ­ ç õ e s n e u r o ló g ic a s a n o rm a is . A s c o n c u s s õ e s g ra v e s e s tã o tip ic a m e n t e a s s o c ia d a s c o m c o n t u s õ e s ( e q u im o s e s ), h e m o r ra g ia s o u la c e r a ç õ e s (a v u lsõ e s) d o te c id o n e rv o s o ; a s p o s s ib ilid a d e s d e re c u p e r a ç ã o v a ria m d e a c o rd o c o m a s á re a s a fe ta d a s. U m a le s ã o e x te n s a d a fo r m a ç ã o re ti­ c u la r p o d e r e s u lta r e m u m e s ta d o p e rm a n e n te d e in c o n s c iê n c ia (com a),

A foice do cérebro (/a/x, curvo, ou em forma de foice) é u r . _ ■_ ga de dura-máter que se projeta entre os hemisférios cerebrais. n fissura longitudinal. Sua margem inferior está fixada à cristi et moidal (anteriormente) e à protuberância occipital interna e a tentório do cerebelo (posteriormente). Dois grandes seios venosoi o seio sagital superior e o seio sagital inferior, se situam r.e prega de dura-máter.

■ O tentório do cerebelo (tentorium, cobertura) sustenta e pr> tra os dois lobos occipitais do cérebro. Ele também separa os hemisís rios do cerebelo dos hemisférios cerebrais. Estende-se, transversa] mente através da cavidade do crânio, até se encontrar com 2 ãj do cérebro. O seio transverso situa-se no tentório do cerebel: ■ A foice do cerebelo se estende na linha sagital, inferiormen:; i, tentório do cerebelo, separando os dois hemisférios do cerebei entre si. Sua margem posterior, cuja posição é fixa, contém o s«< occipital.

■ O diafragma da sela é uma continuação da lâmina de dura-mi:;1 que reveste a sela turca do esfenóide (Figura 15.3b). O diafrapni da sela fixa a dura-máter ao esfenóide e forma uma bainha pari « base da hipófise.

e u m a le s ã o d a p a rte in fe rio r d o tr o n c o e n c e fá lic o g e ra lm e n te é fatal. O u s o d e c a p a c e te s d u ra n te a tiv id a d e s c o m o c ic lis m o , e q u ita ç ã o , " s k a tis m o " o u m o to c ic lis m o , e m e s p o r te s d e c o n ta to fís ic o , c o m o fu te ­ b o l e h ó q u e i, e n o b e is e b o l (re b a te n d o o u c o rr e n d o a s b a se s) fo r n e c e p r o te ç ã o p a ra o e n c é fa lo . C in to s d e s e g u r a n ç a ta m b é m p ro p o rc io n a m p r o te ç ã o s im ila r n o c a s o d e u m a c id e n te a u to m o b ilís tic o . S e o c o r r e r c o n c u s s ã o , é re c o m e n d a d a a r e s t r iç ã o d a s a tiv id a d e s , in c lu s iv e a d ia ­ m e n to d o re to rn o à a tiv id a d e q u e c a u s o u a lesão.

As meninges encefálicas [Figura 15.3 ] O encéfalo está alojado no interior da cavidade do crânio, e há uma ób­ via correspondência entre as formas do encéfalo e dessa cavidade (Figura 15.3). Os ossos do crânio fornecem proteção mecânica, mas também po­ dem ser uma ameaça. O encéfalo pode ser comparado a uma pessoa dingindo um veículo. Ao atingir uma árvore, o veículo protege o motorista do impacto contra a árvore, mas graves lesões podem ocorrer a menos que _m cinto de segurança ou um “air-bag” protejam o motorista do impacto contra o próprio veículo. NTo interior da cavidade do crânio, as meninges encefálicas que en­ volvem o encéfalo fornecem esta proteção, atuando como amortecedores de choque que evitam o contato com os ossos adjacentes (Figura 15.3a). As meninges encefálicas se continuam com as meninges espinais, e elas :en as mesmas três camadas: dura-máter (mais externa), aracnóide-máter média) e pia-máter (mais interna). Entretanto, as meninges encefálicas têm funções e especializações distintas. A dura-máter [Figuras 15.3/15.4] A dura-máter encefálica consiste em duas camadas fibrosas. A camada mais externa, ou lâmina endóstea, está fundida ao periósteo que reveste

internamente os ossos do crânio (Figura 15.3a). A camada mais interna e chamada de lâmina meníngea, e em vários locais as lâminas endóstea e meníngea estão separadas por um estreito espaço que contém líquido interstícial e vasos sangüíneos, incluindo grandes veias conhecidas como seios da dura-máter. As veias do encéfalo desembocam nesses seios, que por sua vez levam o sangue para a veia jugular interna, no pescoço. Em quatro locais, pregas da lâmina meníngea da dura-máter encefálica >e introduzem profundamente no interior da cavidade do crânio. Estes -eptos subdividem a cavidade do crânio e proporcionam sustentação para a encéfalo, limitando seu movimento (Figuras 15.3b e 15.4).

A aracnóide-máter [Figura 15.4] A aracnóide-m áter encefálica é uma delicada membrana que recobri o encéfalo e se situa entre a dura-máter, superficial, e a pia-máter. c _s está em contato com o tecido nervoso do encéfalo. Em muitas prera rações anatômicas, um estreito espaço subdural separa os epitélio s dj dura-máter e da aracnóide-máter encefálicas. Parece, entretanto, que n«o indivíduo vivo esse espaço não existe. A aracnóide-máter encefálica pos­ sui uma superfície lisa que não acompanha os giros e sulcos abaixo de a Profundamente à aracnóide-máter está o espaço subaracnóideo : : contém uma delicada malha reticular de fibras colágenas e elásticas c _e une a aracnóide-máter à pia-máter subjacente. Externamente, ao longa do eixo do seio sagital superior, prolongamentos digitiformes da aracn: 1de-máter encefálica perfuram a dura-máter e se projetam no in te r: r dos seios venosos. Nestas projeções, chamadas de granulações aracnoidea^ o líquido cerebrospinal flui por feixes fibrosos (as trabéculas arac:j:d,eJLS . atravessa a aracnóide-máter e penetra na circulação sangüínea Figura 15.4b,c). A aracnóide-máter encefálica atua como um teto para os vaoí sangüíneos encefálicos, enquanto a pia-máter, abaixo, forma um soalba As artérias e veias cerebrais são sustentadas pelas trabéculas aracno:deas e envolvidas pelo líquido cerebrospinal. Os vasos sangüíneos, envolvidos e sustentados pelas trabéculas aracnóideas, penetram na intímidane d : encéfalo, dentro de canais revestidos por pia-máter. A pia-máter [Figura 15.4] A pia-máter encefálica está firmemente aderida ao contorno irreçultr da superfície do encéfalo, acompanhando os giros e revestindo os sukos. A pia-máter está fixada à superfície do encéfalo por prolongamer.::- de astrócitos págs. 344-345 A pia-máter encefálica é uma membrana densamente vascularizada que atua como um soalho de sustentação para os grandes vasos sangüíneos cerebrais, enquanto eles se ramificam sobre a superfície do encéfalo e invadem os contornos nervosos para suprir as áreas superficiais do córtex nervoso (Figura 15.4). Um amplo supmner:: sangüíneo é vital, porque o encéfalo exige uma fonte constante de nutrien­ tes e oxigênio.

A barreira hemato-encefálica O tecido nervoso no sistema nervoso central (SNC) possui um amplo su­ primento sangüíneo, embora esteja isolado da circulação sistémici pela

O SISTEMA NERVOSO

392

Córtex PiaEspaço cerebralmáter subaracnóideo Medula espinal (a) Vista lateral

Seiosag ta supaaoi

Crânc Seio sagital inferior Foce a

: t t: :

Dura-máter

Tentório do cerebelo Diafragma da sela

Hipófise

Sela turca do esfenóide (b) Vista sagital mediana

F gura 15.3 Relações entre o encéfalo, o crânio e as meninges. a /tsta la te ra l d o e n c é fa lo , m o s tra n d o s u a p o s iç ã o n o c r â n io e a o rg a n iz a ç ã o d a s m e m b ra n a s m e n ín g e a s. b

/ ís ta c o rr e s p o n d e n t e d a c a v id a d e d o c r â n io c o m o e n c é fa lo re m o v id o , m o s tra n d o a o r ie n ta ç ã o e e x te n s ã o d a fo ic e d o c é r e b ro e d o te n tó r io d o c e re ó e -c

barreira hemato-encefálica (BHE). Essa barreira fornece meios para a manutenção de um ambiente constante, necessário para o controle e o -jncionamento adequado dos neurônios do SNC. A barreira existe por causa da anatomia específica e das caracte­ rísticas de transporte das células endoteliais que revestem os capilares do SNC. Essas células endoteliais estão extensamente interconectadas por junções oclusivas, que evitam a difusão de material entre células endoteliais adjacentes. Como resultado, somente compostos liposso-

lúveis podem se difundir através dos plasmalemas endoteliais r i r líquido intersticial do encéfalo e da medula espinal. Além disso, lulas endoteliais capilares exibem múltiplas e pequenas vesículas r:: cíticas, o que limita o movimento de compostos de alto peso molecj para o SNC. Compostos hidrossolúveis podem atravessar aí rare dos capilares somente por meio de mecanismos de transporte i:: : passivo. Muitas proteínas de transporte diferentes estão envolv a suas atividades são bem específicas. Por exemplo, o sistema ce :r=.

C a p ít u lo

1 5 * 0 Sistema Nervoso: 0 Encéfalo e os Nervos Cranianos

F ig u r a 1 5 .4

ANTERIOR

393

As meninges encefálicas.

(a) V is t a s u p e r io r d e u m a d is s e c a ç ã o d a s m e n in g e s en ce^ r cas.

(b) O r g a n iz a ç ã o

e r e la ç õ e s d a s m e n in g e s e n c e f á lic a s c o r -

o e n c é fa lo . (c) V is t a e m d e t a lh e d a a r a c n ó id e - m á te r , d o e s ç e : : s u b a r a c n ó id e o e d a p ia -m á te r. N o t e a r e la ç ã o e n tr e a v e ia c e r =-

Tecido conectivo frouxo e periósteo do crânio

b ra l e o e s p a ç o s u b a ra c n ó id e o .

Crânio

Dura-máter

Aponeurose epicrânica

Espaço subaracnóideo

Escalpo Aracnóide-máter

Córtex cerebral recoberto por pia-máter

POSTERIOR

Seto sagital superior Espaço subdural

aranulação yacnóidea

Trabécula aracnóidea Aracnóidemáter Trabéculas aracnóideas

Veia cerebral Pia-máter Córtex

Pia-máter Fo*ce do cérebro Espaço subaracnókteo

:r:e que carreia glicose é diferente daquele que transporta grandes ■oléculas de aminoácidos. As características de permeabilidade seletia do revestimento endotelial dos capilares encefálicos dependem , de f - i n a maneira, da secreção de substâncias químicas pelos astrócitos. células, que estão em íntim o contato com os capilares do SNC, ao descritas no Capítulo 13. pág. 344

Espaço perivascular

O transporte endotelial através da barreira hemato-encefálica e se­ letivo e direcional. Os neurônios necessitam constantemente de glic: se que deve ser suprida independentemente das suas concentrações relat: ino sangue e no líquido intersticial. Mesmo quando os níveis de glicose no sangue circulante estão baixos, as células endoteliais continuam trans­ portando glicose do sangue para o líquido intersticial do encéfalo. Em

O SISTEMA NERVOSO

Hemorragias epidural e subdural

u m tra u m a tis m o c ra n io e n c e -

-5 ro TCE) grave p o d e le sa r o s v a s o s m e n ín g e o s e c a u s a r sa n g ra m e n to - : T ío a ç o ep id ural ou su b d u ral. A s c a u s a s m a is c o m u n s d e sa n g ra m en :d ep id ural, ou hemorragia epidural, e n v o lv e m a rup tura d e um a arté- 5 a p re ssã o s a n g ü ín e a arte ria l fo rça, ra p id am en te , g ra n d e s q u a n tid a ­ des d e sa n g u e para 0 e s p a ç o e p id u ra l, d e fo rm a n d o o s te c id o s m o le s s c e n te s d o e n céfalo . O in d iv íd u o p e rd e a c o n s c iê n c ia p o r m in u to s "o ra s d e p o is da lesão, e o s c a s o s não tra ta d o s s ã o fatais. U m a h e m o rra g ia e p id u ral e n v o lv e n d o um a veia lesad a não p ro d u z ; "to m a to lo g ia ev id e n te im ed iatam en te , e 0 in d iv íd u o p od e fic a r inco ns: e n te a p ó s m u itas horas, d ia s ou até se m a n a s d e p o is do a c id e n te origin a C o n se q ü e n te m e n te , 0 p ro b lem a p od e não se r n o tad o até q u e 0 te c i­ do n e rv o so te n h a s id o g ra v e m e n te le sa d o p or d efo rm a ção , c o m p re s s ã o e -e m o rra g ia se c u n d á ria . H e m o rra g ia s e p id u ra is s ã o raras, o c o rre n d o e r m e n o s d e 1% d o s T C E s . Esta rarid a d e é p ro v id e n cia l, p o is a m o rta li­ d a d e é d e 100% n o s ca s o s não tra ta d o s e d e m ais d e 50% m e s m o d ep o is da 'e m o ç ã o da m a ssa san g ü ín e a e da o c lu s ã o do v aso lesado. O te rm o hemorragia subdural é à s v e z e s en g a n o so , p o rq u e na 'e a íid a d e 0 sa n g u e p e n e tra na c a m a d a in te rn a da d ura-m áter, flu in d o s o b 0 e p ité lio q u e e s tá em c o n ta to c o m a m e m b ra n a da a ra c n ó id e ~ 5ter. A s h e m o rra g ia s s u b d u ra is são, g ro s s o m o d o, d u a s v e z e s m a is - -e m e n te s d o q u e a s h e m o rra g ia s ep id u ra is. A fo n te m a is c o m u m de s a n g ra m e n to é um a v e ia p e q u e n a ou um d o s s e io s v e n o s o s . C o m o a : 'e s s á o sa n g ü ín e a é m e n o r d o q u e em um a h e m o rra g ia e p id u ral típ ica, a e x te n s ã o e o s e fe ito s d e s ta p a to lo g ia p o d e m s e r m u ito v a riá v e is. A -e ~ torrag ia p ro d u z um a m a s s a d e s a n g u e c o a g u la d o ou p a rc ia lm e n te :o ag u lad o ; e ssa m a ssa é c h a m a d a d e hematoma. Hematomas subdu's s agudos to rn a m -s e s in to m á tic o s em m in u to s o u h o ra s a p ó s a lesão. -e-vatom as subdurais crônicos p o d e m c a u s a r s in to m a s d e p o is d e se~ianas, m e se s ou m e s m o a n o s do TCE.

contraste, o aminoácido glicina é um neurotransmissor, e sua concentra­ ção no tecido nervoso deve ser mantida muito abaixo daquela no sangue circulante. As células endoteliais absorvem ativamente este composto do 77-ido intersticial do encéfalo e o secretam para o sangue. A barreira hemato-encefálica se mantém íntegra por todo o SNC, com trés notáveis exceções: 1. Em partes do hipotálamo, o endotélio capilar tem sua permeabilidade lumentada, o que expõe os núcleos hipotalâmicos nas áreas rostral e otermédia aos hormônios circulantes e permite a difusão dos hormònios hipotalâmicos na circulação geral. 2. Os capilares na glândula pineal também são muito permeáveis. A - -ndula pineal, uma estrutura endócrina, está localizada no teto do diencéfalo. A permeabilidade capilar permite que as secreções da cindula pineal entrem na circulação geral. 3. No teto membranoso do terceiro e do quarto ventrículos, a pia-máter -ustenta profusas redes capilares que se projetam para o interior dos ■entrículos encefálicos. Esses capilares são excessivamente permeá­ veis. Entretanto, as substâncias não têm livre acesso ao SNC porque os capilares são cobertos por células ependimais modificadas interconectadas por junções oclusivas. Este complexo, o plexo corióideo, é o local de produção do líquido cerebrospinal.

1. Evitamento do contato entre as delicadas estruturas nervosas e : sos subjacentes. 2. Sustentação do encéfalo: Em essência, o encéfalo está suspenso c e :> da cavidade do crânio, flutuando no líquido cerebrospinal. Um er.ccfalo humano pesa aproximadamente 1.400 g no ar, mas é somente pouco menos denso do que a água; quando sustentado pelo liquido cerebrospinal, pesa apenas cerca de 50 g. 3. Transporte de nutrientes, mensageiros químicos e resíduos met.:r: : : r Exceto no plexo corióideo, o revestimento ependimal é livremente permeável, e o líquido cerebrospinal está em constante equilíbri mico com o líquido intersticial do SNC. Por causa do livre intercc- bio que ocorre entre o líquido intersticial e o líquido cerebr: alterações na função do SNC podem produzir modificações na c: trtposição do líquido cerebrospinal. Como visto no Capítulo 14 punção lombar pode fornecer informação clínica útil relativa i e-.i . infecção ou doença do SNC. pág. 366

Formação do líquido cerebrospinal [Figura 15.5] Todos os ventrículos contêm um plexo corióideo (choroia metrtr vascular + plexus, rede), que consiste na combinação de células eper. 1 mais especializadas e capilares altamente permeáveis. Duas exter.-.- 7re­ gas do plexo corióideo se originam do teto do terceiro ventricu :■e >e en­ tendem», através do forame interventricular, para os ventrículo s \ -. cobrindo os soalhos dos ventrículos laterais (Figura 15.5a .Napirte rr— rior do tronco encefálico, o plexo corióideo do teto do quarto venrr.ciL se projeta entre o cerebelo e a ponte. O plexo corióideo é responsável pela produção do líquido 7ere?r:~pinal. Os capilares são fenestrados e altamente permeáveis, mas grir : células ependimais altamente especializadas recobrem os capilares evi­ tando o livre intercâmbio entre esses capilares e o líquido cerebr 1 -r r :_ dos ventrículos. As células ependimais utilizam mecanismos de transe- - ; ativo e passivo para secretar o líquido cerebrospinal para o inter ; r 7: ventrículos. A regulação da composição do líquido cerebrospinil em 1 7 e o transporte em ambas as direções, e o plexo corióideo remove os restCjts metabólicos do líquido cerebrospinal e refina sua composição tccc te—po. Há muitas diferenças de composição entre o líquido cererr: ■: - 1 e o plasma sangüíneo (sangue com os elementos celulares reme 17 - : t exemplo, o sangue contém altas concentrações de proteínas em -uspe7 si mas o líquido cerebrospinal, não. Também há diferenças na cencentritl de alguns íons e nos níveis de aminoácidos, lipídeos e residu: s metir» cos (Figura 15.5b). Portanto, embora o líquido cerebrospinal seta deriva­ do do plasma, ele não é simplesmente um filtrado do sangue.

Circulação do líquido cerebrospinal [Figuras 14.4a/15.4b/15.6]

Liquido cerebrospinal

O plexo corióideo produz aproximadamente 500 mL/dia 7r 1: _:7 cere brospinal. O volume total do líquido cerebrospinal en: um detemt 7 _7 instante é cerca de 150 mL. Isso significa que o volume total de bqaido cerebrospinal é substituído, grosso modo, a cada oito horas. A desoett desta rápida renovação, a composição do líquido cererr uspinal en s r samente regulada, e a taxa de reabsorção normalmente acompanha a taxa de produção. O líquido cerebrospinal produzido nos ventrículos laterais ro_i -iri terceiro ventrículo através do forame interventricular. A partir daque e líquido cerebrospinal flui para o aqueduto do mesencéfaic. A n 7irre do líquido cerebrospinal que atinge o quarto ventrículo penetro 7 : es7 _: subaracnóideo, passando através de duas aberturas laterais do quarto ventrículo*, e de uma abertura mediana do quarto ventrículo

liquido cerebrospinal envolve e banha completamente as superfícies expostas do sistema nervoso central (SNC). Ele tem várias funções impor­ tantes, incluindo:

* N. de R.T. Forames de Luschka. ** N. de R.T. Forame de Magendie.

C a p ít u l o

1 5 * 0 Sistema Nervoso: 0 Encéfalo e os Nervos Cranianos

LÍQUIDO INTERSTICIAL NO TA LA M O

Nutrientes (especial mente glicose) Oxigênio

Células ependimais

C a p ila r C é lu la e n d o t e lia l

C a p ila r

CO: I Resíduos mei tabólicos

Ba -r ence‘ 2

Junção oclusiva

(a) Plexo corióideo

-a

n e r-a :c -

Astrócito

ca

Neurôrac

Células do plexo S corióideo. Resíduos metabolicos íons Aminoácidos (quando necessário)

lons (Na+, K+, Cl", H C O 3-, Ca2+, Mg2+) Vitaminas Nutrientes orgânicos Oxigênio Junção oclusiva

P L E X O C O R IÓ ID E O

LÍQUIDO C E R E B R O S P IN A L NO T E R C EIR O V EN TR ÍCU LO

(b) Figura 15.5 O plexo corióideo e a barreira hemato-encefálica. (a) L o ca liza çã o do p lexo c o rió id e o em cad a um d o s q u a tro v e n tríc u lo s e n cefálico s. (b) Estrutura e fu n çã o d o p lexo co rió ideo. A s c é lu la s e p e n d im a is sã c : : ~ c . barreira seletiva, que tra nsp o rta ativam en te nutrientes, vitam in as e íons para o líquido cereb ro sp inal. Q uando necessário, essa s células, tam b ém a tiv a m e ~ e íons ou c o m p o sto s do líqu ido cere b ro sp in al a fim de esta b iliza r sua co m p osição .

adas no teto membranoso. (Uma quantidade relativamente pequena de líquido cerebrospinal circula entre o quarto ventrículo e o canal central da medula espinal.) O líquido cerebrospinal flui continuamente no espaço subaracnóideo que circunda o encéfalo, e movimentos da coluna verte­ bral deslocam-no ao redor da medula espinal e da cauda eqüina (Figura 14.4a). pág. 366 O líquido cerebrospinal finalmente retoma à circula­ ção sangüínea geral através das granulações aracnóideas (Figuras 15.4b e 15.6). Se a circulação normal do líquido cerebrospinal for obstruída, uma diversidade de problemas clínicos pode surgir.

O suprimento sangüíneo do encéfalo [Figuras 22.13/22.22] Os neurônios demandam uma grande quantidade de energia, embora não possuam reservas energéticas sob a forma de carboidratos ou lipídeos. Além disso, eles não possuem mioglobina e, assim, não têm meios de ar­ mazenar reservas de oxigênio. Portanto, sua demanda energética deve ser fornecida por um amplo suprimento vascular. O sangue arterial alcança o encéfalo por meio das artérias carótidas internas e artérias vertebrais. A maior parte do sangue venoso do encéfalo é drenada do crânio para as \ eias jugular es internas, que recebem os seios da dura-máter. As artérias cue levam sangue ao encéfalo, assim como as veias que o drenam, serão

discutidas no Capítulo 22. Um TCE que lese os vasos sangüíneos pode causar sangramento na dura-máter, tanto próximo ao ep::í_:: :. quanto entre a camada externa da dura-máter e os ossos do cri- : li patologias são sérias porque o sangue, ao penetrar nestes espaç: - ; ~ | me e deforma os tecidos relativamente moles do encéfalo. Doenças vasculares cerebrais são distúrbios circulatório? cue ferem com o suprimento normal de sangue para o encéfalo. A distrib — particular dos vasos afetados determina os sintomas, enquanto o grau depleção de oxigênio ou nutrientes determina a severidade. Um acidevascular encefálico (AVE), ou derrame, ocorre quando o supri ' - ~ : sangue para certa parte do encéfalo é interrompido. Os neun v - i:; dos começam a morrer em poucos minutos.

x_________________ D REVISÃO DOS CONCEITOS 1. id e n tifiq u e a s q u a tro e x te n s õ e s da c a m a d a in tern a da d u ra -~ a :r- car c a v id a d e d o c râ n io q u e p ro p o rc io n a m e sta b ilid a d e e s u s t e n t a : ; :

3:

céfalo. 2. D iscuta a estrutura e a fu n ç ã o da pia-m áter. 3. Q ual é a fu n çã o da barreira h e m a to -e n c e fá lic a ? 4. Q ual é a fu n çã o d o líq u id o ce re b ro sp in a l? O n d e e le é fo rm a d o ? Veja a seção de Respostas na parte fina

d:

N ra

O S IS T E M A N E R V O S O

Seio sagital superior

Granulações aracnóideas

Crânio

Extensão do aexo conoideo sara o -tenor do .e r-rciJo lateral

• Dura-máter (lâmina endóstea ■Granulaçâc aracnótòea

Seio sagital superior

PiaEspaço máter subaracnóideo

Espaço subduraJ

=■6 * 0 cofióideo do terceiro ventrículo

Abertura lateral do quarto ventrículo

Os hemisférios cerebrais

Plexo corióideo do quarto ventrículo Abertura mediana do quarto ventrículo Aracnóide-máter Espaço subaracnóideo Dura-máter

Filamento terminal

[Figuras 15.7 / 15 .9 ] Uma espessa camada de córtex nervoso (substância cinzenta superficta. recobre os dois hemisférios cerebrais, os quais formam a face súpero-latera_ do cérebro (Figuras 15.7 e 15.9). A superfície cortical forma uma serie de cristas elevadas, ou giros, separados por depressões rasas chamadas a; sulcos, ou por fendas maiores, chamadas de fissuras. Os giros aumentam a área da superfície dos hemisférios cerebrais e fornecem espaço para um número suplementar de neurônios corticais. O córtex cerebral realiza a^ mais complicadas funções nervosas, e atividades analíticas e de integra.i: exigem um grande número de neurônios. O encéfalo e o crânio aumenta­ ram no curso da evolução humana, mas o córtex cerebral cresceu mim: mais em relação ao restante do encéfalo. A área total da superfície dc s hemisférios cerebrais, tornada plana, é de aproximadamente 2.200 cm' e uma área tão grande somente pode ser alojada no crânio se estiver pre­ gueada, como um pedaço de papel amassado.

Os lobos cerebrais [Figuras 15.7/15.9] Os dois hemisférios cerebrais estão separados por uma fissura longitu­ dinal (Figura 15.7) profunda, e cada hemisfério pode ser dividido em F í _ - 3 15.6 Circulação do líquido cerebrospinal. lobos, nomeados de acordo com os ossos do crânio a eles sobrejacentes íe :s a g ita l indicando os locais de formação e o trajeto da circulação do líqui- (Figura 15.9a). Há variações no aspecto dos sulcos e giros do encétal: cto cereõrospinal. para cada indivíduo, mas os limites entre os lobos são pontos de referência constantes. Uma fenda profunda, o sulco central, se estende lateralmente a partir da fissura longitudinal. A área anterior ao sulco central é o lobo frontal, e o sulco lateral marca seu limite inferior. A região inferior a: [Figuras 15.1/15.7/15.9] sulco lateral é o lobo temporal. Afastando esse lobo lateralmente (Figura 1 cerebro é a maior região do encéfalo, consistindo em dois hemisférios 15.9b), expõe-se o lobo insular, uma “ilha” de córtex que fica, diferente­ que repousam sobre o diencéfalo e o tronco encefálico. O promente, oculta. O lobo parietal se estende posteriormente do sulco centra’ te-ssamento consciente do pensamento e todas as funções intelectuais se ao sulco parietoccipital. A região posterior ao sulco parietoccipital é ; : n sin a m nos hemisférios cerebrais. A maior parte do cérebro está enlobo occipital. ida no processamento de informação sensitiva e motora somática. A Cada lobo contém áreas funcionais cujos limites são menos precisos rtícrm ação sensitiva somática retransmitida para o cérebro atinge nossa Algumas dessas áreas fúncionais processam informação sensitiva, enquan­ rercepção consciente, e os neurônios cerebrais exercem controle direto to outras são responsáveis por comandos motores. Três pontos sobre os : _ntario) e indireto (involuntário) sobre os neurônios motores so­ lobos cerebrais devem ser lembrados: máticos. A maior parte do processamento sensitivo visceral e do controle m otor visceral (autonômico) ocorre em outros centros do encéfalo, ge1. Cada hemisfério cerebral recebe informação sensitiva do e origina co­ r£mente sem que disso tenhamos percepção consciente. As Figuras 15.1, mandos motores para o lado oposto do corpo. O hemisfério esquerdo r 5S8,15.7 e 15.9 mostram uma perspectiva suplementar do cérebro e controla o lado direito, e o hemisfério direito controla o lado esquer­ de ruas relações com outras regiões do encéfalo. do. Este cruzamento não tem significado funcional.

0 cérebro

C a p ítu lo

1 5 * 0 Sistema Nervoso: 0 Encéfalo e os Nervos Cranianos

ANTERIOR

TABELA 15.2

Fissura longitudinal Hemisfério cerebral direito

Hemisfério cerebral esquerdo

Veias e artérias cerebrais recobertas por aracnóide-máter

0 córtex cerebral

Região (lobo)

Funções

LOBO FRONTAL Córtex motor primário

Controle consciente dos muscnios esqueléticos

LOBO PARIETAL Córtex sensitivo primário

Percepção consciente de tato. pressão, vibração, dor, temperi7_ri e sabor

LOBO OCCIPITAL Córtex visual

Percepção consciente de esdmui: visuais

LOBO TEMPORAL Córtex auditivo e olfatório

Sulco central

Percepção consciente de estímulos auditivos e olfatórios

TODOS OS LOBOS Áreas de associação

Integração e processamento de informação sensitiva; procesNiraem: e iniciação de atividades more rir

Sulco parietoccipital

Cerebelo POSTERIOR (a) Vista superior

Fissura Hemisfério cerebra longitudinal direito

LOBO PARIETAL Hemisfério cerebral esquerdo LOBO OCCIPITAL LOBO PONTAL

Sulco lateral LOBO TEMPORAL

Ponte

Hemisférios do cerebelo

Cerebelo Bulbo (c) Vista posterior (b) Vista anterior

Figura 15.7

Os hem isférios cerebrais, parte I.

Cs nemisférios cerebrais constituem a maior parte do encéfalo adulto, (a) Vista superior, (b) Vista anterior, (c) Vista posterior. Observe o pequeno tamanho a s hemisférios do cerebelo.

ressz :

O SISTEMA NERVOSO

Hidrocefalia

O e n c é f a lo a d u lt o é e n v o lv id o p e lo s o s s o s r íg id o s d o c râ -

n :. A c a v id a d e d o c r â n io c o n t é m d o is líq u id o s - s a n g u e e líq u id o c e r e b rc ts p in a l - e o s t e c id o s r e la t iv a m e n t e m o le s d o e n c é fa lo . P o r c a u s a d a T T o o s s ib ilid a d e d e s e m o d if ic a r o v o lu m e to t a l d o c râ n io , q u a n d o o v o lu ~ e 2 e s a n g u e o u d e líq u id o c e r e b r o s p in a l a u m e n ta , o v o lu m e d o e n c é f a lo : e . e d im in u ir. N a h e m o r r a g ia e p id u r a l o u s u b d u r a l, o v o lu m e d e líq u id o : e 'e b r o s p in a l a u m e n ta à m e d id a q u e o s a n g u e é c o le t a d o d e n tr o d a c a v iz a d e d o c râ n io . A c r e s c e n t e p r e s s ã o in t r a c r a n ia n a c o m p r im e o e n c é fa lo , e . a n d o a d is tú r b io s n e r v o s o s q u e fr e q ü e n te m e n te te r m in a m e m c o m a e m o rte . Q u a lq u e r a lt e r a ç ã o n a ta x a d e p r o d u ç ã o d o líq u id o c e r e b r o s p in a l é n ; - m a lm e n t e c o m p e n s a d a p o r u m a u m e n t o n a ta x a d e r e a b s o r ç ã o n a s r 'a n u la ç õ e s a r a c n ó id e a s . S e e s t e e q u ilíb r io fo r d e s fe ito , s u r g e m p r o b le ~ a s c lín ic o s c o n f o r m e a p r e s s ã o in t r a c r a n ia n a s e a lte r a . O v o lu m e d e riu id o c e r e b r o s p in a l a u m e n ta r á s e a ta x a d e fo r m a ç ã o a u m e n t a r o u s e a ta x a d e r e a b s o r ç ã o d im in u ir . E m q u a lq u e r d e s t a s c ir c u n s t â n c ia s , o au ~ e n t o d o v o lu m e d e líq u id o c e r e b r o s p in a l c a u s a c o m p r e s s ã o e d e fo r m a ç ã o a c e n c é fa lo . T a x a s a u m e n t a d a s d e io r m a ç ã o d o líq u id o c e r e b r o s p in a l r o d e m a d v ir d e T C E s , m a s D s p r o b le m a s m a is c o m u n s s e o r ig in a m d e ■^assas, c o m o ^ to rfío re s e a b s c e s s o s , o u d e a n o m a lia s c o n g ê n ita s . E s ta s p a te ^ o g ia s tê m o m e s m o e fe ito : r e s t r in g e m a c ir c u la ç ã o n o r m a l e a re a õ s o r ç ã o d o líq u id o c e r e b r o s p in a l. P o r c a u s a d a c o n t ín u a p r o d u ç ã o d e q u id o c e r e b r o s p in a l, o s v e n t r íc u lo s g r a d u a lm e n t e s e d ila ta m , d e fo r m a n c o o s t e c id o s n e r v o s o s a d ja c e n t e s e c a u s a n d o d e t e r io r a ç ã o d a fu n ç ã o e n c e f á lic a . A s c r ia n ç a s s ã o e s p e c ia lm e n t e s e n s ív e is à s a lt e r a ç õ e s d a p r e s s ã o inr a c n a r a n a , p o r q u e a s g r a n u la ç õ e s a r a c n ó id e a s n ã o a p a r e c e m a t é a p ro -

Figura 15.8 Hidrocefalia. Esta c ria n ç a te m um a h id ro c e fa lia seve ra , um a p a to lo g ia g e ra lm e n te c a u s a c a p or a lte ra ç ã o da c irc u la ç ã o ou re a b s o rç ã o d o líq u id o c e re b ro s p in a l. O repres a m e n to d e líq u id o c e re b ro sp in a l leva à d e fo rm a ç ã o do e n c é fa lo e à d ila ta ç â o d o crân io.

» - a r a m e n t e o s 3 a n o s d e id a d e . ( N e s te ín te r im , o líq u id o c e r e b r o s p in a l a -a a D s o r v id o p o r p e q u e n o s v a s o s lo c a liz a d o s n o in t e r io r d o e s p a ç o su ; - a 'a : " o id e o e p e lo e p ê n d im a s u b ja c e n te .) A s s im c o m o n o a d u lto , s e a

e n tr e o s e s p a ç o s s u b a r a c n ó id e o s d a s m e n in g e s e n c e f á lic a s e e s p in a is

D 'e s s ã o in tr a c r a n ia n a s e to r n a r a n o r m a lm e n t e e le v a d a , o s v e n t r íc u lo s s e

A s c r ia n ç a s n ã o t r a ta d a s c o m fr e q ü ê n c ia s o fr e m a lg u m g ra u d e r e ta r d e

; a ta m . P o ré m , n a s c r ia n ç a s , a s s u tu r a s a in d a n ã o s e fu n d ir a m e o c r â n io

m e n ta l. O t r a ta m e n t o b e m - s u c e d id o g e r a lm e n t e e n v o lv e a in s t a la ç ã o d e

r o d e a u m e n ta r p a ra a c o m o d a r o v o lu m e e x tr a d e líq u id o c e r e b r o s p in a l.

u m d r e n o ( d e r iv a ç ã o o u "s h u n t" ) , u m a s o n d a q u e u lt r a p a s s a o lo c a l d o

E s:e a u m e n to r e s u lta e m u m c r â n io e n o r m e m e n t e d ila ta d o , u m a p a to lo g ia

b lo q u e io o u d r e n a o e x c e s s o d e líq u id o c e r e b r o s p in a l. E m q u a lq u e r c a s o ,

hidrocefalia, o u "á g u a n a c a b e ç a " o u a in d a " c a b e ç a d 'á g u a " .

o o b je tiv o é a r e d u ç ã o d a p r e s s ã o in tr a c r a n ia n a . O d r e n o p o d e s e r re m o v •

a h id r o c e fa lia na in fâ n c ia (F ig u ra 15.8) fr e q ü e n t e m e n t e r e s u lt a d e a lg u m a

d o c a s o (1) o c r e s c im e n t o u lt e r io r d o e n c é f a lo e lim in e o b lo q u e io o u (2; a

am ada de

~ e ~ e r ê n c ia n a c ir c u la ç ã o n o r m a l d o líq u id o c e r e b r o s p in a l, c o m o u m b lo -

p r e s s ã o in tr a c r a n ia n a d im in u a , e m c o n s e q ü ê n c ia d o d e s e n v o lv im e n to d a s

r j e t o d o a q u e d u t o d o m e s e n c é f a lo o u u m a c o n s t r iç ã o n a c o m u n ic a ç ã o

g r a n u la ç õ e s a r a c n ó id e a s a o s 3 a n o s d e id ad e.

2-

Os dois hemisférios cerebrais têm algumas diferenças funcionais, embora atomicamente eles aparentem ser idênticos. Essas diferenças afetam

primariamente funções superiores, um tema que será discutido no Capítulo 16. atribuição de uma função específica a uma determinada área do ccrtex cerebral é imprecisa. Por causa dos limites maldefinidos, com

3. A

considerável superposição, qualquer área pode exercer várias funções d:íerentes. Alguns aspectos da função cortical, como a consciência, nio podem ser facilmente atribuídos a uma única área. Nosso conhecimento das funções encefálicas ainda é incomple:: e nem toda estrutura anatômica possui uma função conhecida. No entanto, com base em estudos sobre a atividade metabólica e o fluxo sanguíneo, é evidente que todas as partes do encéfalo são utilizadas no indivíduo normal.

Áreas sensitivas e motoras do córtex cerebral Figura 15.9b e Tabela 15.2] O processamento consciente do pensamento e todas as funções intelectuais se originam nos hemisférios cerebrais. Entretanto, a maior rirre do cérebro está envolvida no processamento de informação sen­

sitiva e motora somática. As principais áreas sensitivas e motoras c : córtex cerebral estão demonstradas na Figura 15.9b e na Tabela 15.2. O sulco central separa as partes sensitiva e motora do córtex. O giro pré-central do lobo frontal forma a margem anterior do sulco central. A superfície desse giro é o córtex m o to r prim ário. Os neurônios do córtex motor primário comandam os movimentos voluntários, con­ trolando os neurônios motores somáticos no tronco encefálico e na medula espinal. Os neurônios do córtex motor primário são chamados de célu las piram idais, e a via que conduz o controle motor voluntá­ rio é conhecida como v ia p iram id al, ou sistema piramidal, discutida adiante, no Capítulo 16. O giro pós-central do lobo parietal forma a margem posterior sulco central, e sua superfície contém o córtex sensitivo prim ário. O í neurônios desta área recebem informação sensitiva somática de recepto­ res de tato, pressão, dor, sabor e temperatura. Nós percebemos conscien­ temente estas sensações porque a informação sensitiva é retransmitida para o córtex sensitivo primário. Ao mesmo tempo, vias neuronais cola­ terais distribuem a informação para os núcleos da base e outros centros. Como resultado, a informação sensitiva é controlada em níveis cons­ ciente e inconsciente.

C a p ítu lo

15 • O Sistema Nervoso: O Encéfalo e os Nervos Cranianos

Giro pré-central Giro pós-central

LOBO PARIETAL Sulco central

LOBO FRONTAL do hemisfério cerebral esquerdo LOBO OCC P ” 3*.

Sulco lateral Ramos da artéria cerebral média emergindo do sulco lateral

Cerebelo

LOBO TEMPORAL

(a) Vista lateral de um encéfalo intacto

Córtex motor primário (giro pré-central) Área de associação motora somática (córtex pré-motor)

Bulbo

Sulco central Córtex sensitivo primário (giro pós-central) LOBO PARIE~-L

Afastador Área de assooaçác sensitiva somarca lOBO FRONTAL (afastado

sara expor o lobo insular)

Área de assooaçác visual

Córtex pré-frontal

LOBO OCCIPiT--

Córtex visual

Córtex — gustativo Lobo insular —

Área de associação auditiva Córtex auditivo

Sulco lateral — Córtex olfatório —

LOBO TEMPORAL (afastado para mostrar o córtex olfatório)

= Hemisfério cerebral esquerdo

F gj ra 15.9

Os hemisférios cerebrais, parte II.

loõos e áreas funcionais, (a) Vista lateral de um encéfalo intacto, após remoção da dura-máter e da aracnóide-máter, mostrando a anatomia da superfície do he~ s"eno cerebral esquerdo, (b) Principais pontos de referência anatômicos na superfície do hemisfério cerebral esquerdo. As áreas de associação estão em cores. Para

exsor o lobo insular, o sulco lateral foi afastado e aberto.

SISTEMA NERVOSO

A informação sensitiva relativa às sensações de visão, som e odor chea r 2 : u::as partes do córtex cerebral. O córtex visual do lobo occipital reaeõ-e a informação visual, e os córtex auditivo e olfatório do lobo têmpo­ ra. recebem as informações relacionadas, respectivamente, com a audição e : : Ifíto. O córtex gustativo se localiza na parte anterior do lobo insular e narres adiacentes do lobo frontal. Esta área recebe informação de receptores r_sta::vo s da língua e da faringe. As áreas do córtex cerebral envolvidas com as r :: rmações sensitivas especiais são mostradas na Figura 15.9b.

exemplo, o córtex pré-frontal do lobo frontal (Figura 15.9b) integra a informação de áreas de associação sensitivas e realiza funções intelectuais abstratas, como prever as conseqüências de possíveis respostas. Estes lobos e áreas corticais são encontrados em ambos os hemisfé­ rios cerebrais. Centros de integração superiores, relacionados a processos complexos como linguagem, escrita, cálculo matemático e compreensão de relações espaciais, estão restritos ao hemisfério cerebral esquerdo ou direito. Esses centros e suas funções serão descritos no Capítulo 16.

Áreas de associação [Figura 15.9b] l - i - uma das áreas sensitiva e motora do córtex está conectada a uma irea de associação próxima (Figura 15.9b). O termo área de associação e asado rara aquelas áreas do cérebro envolvidas com a integração de in:: rmação sensitiva ou motora. Essas áreas não recebem a informação sensrrva uiretamente, nem originam comandos motores. Em vez disso, elas interpretam a aferência sensitiva vinda de outros locais do córtex cere: e r ’aneiam, preparam e ajudam a coordenar a eferência motora. Por exe—rio. a área de associação sensitiva som ática permite a você comrreender o tamanho, a forma e a textura de um objeto, e a área de associação m otora som ática, ou córtex pré-motor, usa a memória de padrões ~otc res aprendidos para coordenar as atividades motoras. As diferenças funcionais entre as áreas de associação sensitiva e mo­ tora ficam bem evidentes após uma lesão cerebral focal. Por exemplo, um m draduo com uma área de associação visual lesada pode ver letras per­ feitamente bem, mas é incapaz de reconhecê-las ou interpretá-las. Esta a ira perscrutar linhas de uma página impressa e ver colunas de símímIos nítidos que não têm significado algum. Alguém com lesão na área a : ;: rtex pré-motor, relacionado à coordenação de movimentos oculares, rode entender as letras e palavras escritas, mas é incapaz de ler, porque ?c_s : ihos não podem seguir as linhas de uma página impressa.

A substância branca central

Centros de integração [Figura 15.9b] I s centros de integração recebem e processam informação de diversas areus ie associação diferentes. Essas áreas comandam atividades motoras arremamente complexas e realizam funções analíticas complicadas. Por

[Figura 15.10 e T abela 15.3]

A substância branca central é recoberta pela substância cinzenta do córtex cerebral (Figura 15.10). Ela contém fibras mielínicas que formam feixes que se estendem de uma área cortical para outra ou que conectam áreas do córtex a outras regiões do encéfalo. Esses feixes incluem (1) fibras de associação, tratos que interconectam áreas diferentes de córtex nervoso, situadas no mesmo hemisfério cerebral; (2) fibras comissurais, tratos que conectam os dois hemisférios cerebrais; e (3) fibras de projeção, tratos que

TABELA

15.3

Substância branca do cérebro

Fibras/tratos

Funções

Fibras de associação

In te rc o n e c ta m á re as c o rtic a is s itu a d a s n o m e sm o h e m isfé rio

Fibras arqueadas

In te rc o n e c ta m g iro s s itu a d o s e m u m lo b o

Fascículos longitudinais

In te rc o n e c ta m o lo b o fro n ta l c o m o u tro s lo b o s c ereb rais

Fibras com issurais (com issura anterior e corpo caloso)

In te rc o n e c ta m lo b o s c o rre s p o n d e n te s de h e m isfé rio s d ife re n te s

Fibras de projeção

C o n e c ta m o c ó rte x c e re b ra l ao d ie n c éfalo , tro n c o e n cefálico, cereb e lo e m e d u la esp in al

Fibras arqueadas

Fissura longitudinal Corpo caloso

Fascículos longitudinais

Fibras de projeção da cápsula interna Comissura anterior

(a) Vista lateral (b) Vista anterior

: e_r3 15 10

A substância branca central.

S â c ~ o s tra d o s o s p rin c ip a is g ru p o s d e fib ra s e tra to s da s u b s tâ n c ia b ra n ca cen tral, (a) V ista lateral d o en céfalo , m o stra n d o a s fib ra s a rq u e a d a s e o s fa s c íc u lo s longi--jú - a is . (b) V ista a n te rio r d o en cé fa lo , m o s tra n d o a o rie n ta ç ã o d as fib ra s c o m is s u ra is e de projeção.

C a p ít u l o

1 5 * 0 Sistema Nervoso: 0 Encéfalo e os Nervos Cranianos

anem o cérebro com outras regiões do encéfalo e com a medula espinal. Os nomes e funções dessas fibras/tratos estão resumidos na Tabela 15.3. As fibras de associação interconectam áreas diferentes de córtex cererral situadas no mesmo hemisfério. As fibras de associação mais cur­ tas sio chamadas de fibras arqueadas, porque se curvam em arco para passar de um giro para outro. As fibras de associação mais longas estão ic mizadas em feixes distintos. Os fascículos longitudinais conectam o ’:bo frontal aos outros lobos do mesmo hemisfério cerebral. Uma densa faixa de fibras comissurais (commissura, cruzamento) rermite a comunicação entre os dois hemisférios cerebrais. Dentre os rnncipais feixes comissurais que unem os hemisférios cerebrais, incluemcorpo caloso e a comissura anterior. As fibras de projeção unem o córtex cerebral ao diencéfalo, tronco encefálico, cerebelo e medula espinal. Todas as fibras ascendentes e des­ cendentes devem passar pelo diencéfalo no seu trajeto para ou das áreas sensitivas, motoras ou de associação do córtex cerebral. Em dissecações macroscópicas, as fibras aferentes e eferentes são idênticas, e o conjunto dessas fibras é conhecido como cápsula interna.

Os núcleos da base

[Figura 15.11 e Tabela 15.4] O- núcleos da base são massas pares de substância cinzenta no interior dc s hemisférios cerebrais2. Esses núcleos se localizam dentro de cada he­ misfério cerebral, inferiormente ao soalho do ventriculo lateral (Figura 15.11). Eles estão encravados na substância branca central, e as fibras comissurais e de projeção irradiadas transitam ao redor ou entre esses núcleos. O núcleo caudado tem uma cabeça maciça e uma cauda curva e es­ treita que segue a curvatura do ventriculo lateral. Na extremidade da cau­ da há um núcleo separado, o corpo amigdalóide’ (amygdale, amêndoa). 7rès massas de substância cinzenta se localizam entre a superfície saliente dc lobo insular e a parede lateral do diencéfalo. Elas são o claustro*, o putame e o globo pálido. Muitos termos suplementares são utilizados para designar as subdivi-'■es anatômicas ou funcionais específicas dos núcleos da base. O putame e c globo pálido são freqüentemente considerados como subdivisões de ama estrutura maior, o núcleo lentiforme (em forma de lente), porque, cuando expostos em dissecações macroscópicas, eles formam uma massa arredonda mais ou menos compacta (Figura 15.11b,c,d). O termo corpo irtriado é algumas vezes usado para se referir aos núcleos caudado e lenti: : rme ou ao núcleo caudado eputame. A tabela 15.4 resume estas relações e as funções dos núcleos da base. Funções dos núcleos da base Os núcleos da base estão envolvidos com (1) o controle subconsciente e c integração do tono dos músculos esqueléticos; (2) a coordenação de tadrões motores aprendidos; e (3) o processamento, a integração e a re­ transmissão de informação do córtex cerebral ao tálamo. Sob condições r. mnais, esses núcleos não iniciam movimentos individuais. Mas, uma rez que o movimento esteja em andamento, os núcleos da base regulam seu padrão e ritmo genéricos, especialmente para movimentos do tron;: e dos músculos proximais dos membros. (Este sistema será discutido _c inte, no Capítulo 16.) Algumas funções atribuídas especificamente a cada núcleo da base são mostradas a seguir. Nucleo caudado e putame Quando uma pessoa está caminhando, o nú­ cleo caudado e o putame controlam as fases cíclicas dos movimentos dos T in b e m já foram chamados de núcleos cerebrais ou gânglios da base. ' N de R.T. Na Terminologia A natômica oficial, o corpo amigdalóide e o claustro não estão e os núcleos da base, mas pertencem à parte basilar do telencéfalo, um a nova seção iniu jd a na versão atual.

TABELA 15.4

Os núcleos da base

Núcleos

Funções

Corpo amigdalóide

C o m p o n en te do sistem a lím bico

Claustro

D esem penha papel no processam ento subconsciente de inform ação visual

Núcleo caudado Núcleo lentiforme ► (putame e globo pálido) J

Regulação subconsciente e m u d a n ç a de c o m a rc is m otores voluntários

membros superiores e inferiores que ocorrem entre o momento em c _e a decisão “começar a andar” é feita e o momento em que a ordem “para: de andar” é dada. Claustro e corpo amigdalóide O claustro parece estar envolvido n i processamento de informação visual em nível subconsciente. Evidências sugerem que ele age na focalização da atenção em padrões esperíficos : a características relevantes. O corpo amigdalóide é um importante com: : nente do sistema límbico e será discutido na próxima seção. As funções a i s outros núcleos da base são pouco compreendidas. Globo pálido O globo pálido controla e regula o tono muscular, parti­ cularmente dos músculos apendiculares, a fim de colocar o corpo em r : sição de se preparar para realizar um movimento voluntário. Por exemr .: quando você decide pegar um objeto, o globo pálido posiciona o om ::: e estabiliza o braço enquanto você conscientemente alcança e segura : objeto com o antebraço, o punho e a mão.

O sistema límbico

[Figuras

15.11/15.12/15.15 e Tabela 15.5] O sistema límbico (limbus, limite) compreende núcleos e tratos situadc s ao longo do limite entre o cérebro e o diencéfalo. As funções do sistema límbico incluem (1) a instituição de estados emocionais e impulsos c: mportamentais a eles relacionados; (2) a ligação das funções intelecto conscientes, do córtex cerebral com as funções inconscientes e aut oncmicas de outras partes do encéfalo; e (3) a facilitação de armazenamen: e recuperação da memória. Esse sistema é um grupo mais funciona; de estruturas do que anatômico, e nele estão incluídos componentes dc cetebro, diencéfalo e mesencéfalo (Tabela 15.5). O corpo amigdalóide (Figuras 15.1la,d e 15.12) parece atuar c:mi um centro de integração entre o sistema límbico, o cérebro e vários siste­ mas sensitivos. O lobo límbico do hemisfério cerebral consiste em g.t: e estruturas mais profundas, adjacentes ao diencéfalo. O giro do cíngulo (cingulum, cinto) se situa superiormente ao corpo caloso. O giro dentado e o próximo giro para-hipocampal encobrem um núcleo subjacente : hipocampo, que se localiza profundamente no lobo temporal ver F e. ras 15.11b e 15.12a,b). Os antigos anatomistas achavam este núcleo pare­ cido com um cavalo-marinho ( hippocampus); ele desempenha um rare essencial na aprendizagem e no armazenamento da memória remota ce longo prazo). O fórnice (fornix , arco) (Figura 15.15) é um trato de substaticic branca que conecta o hipocampo ao hipotálamo. A partir do hipocamr : o fórnice se curva mediai e superiormente, abaixo do corpo caloso, e en­ tão forma um arco com curvatura anterior que termina no hipotaam: Muitas das fibras terminam nos corpos mamilares (mammilla, mar.; núcleos salientes no soalho do hipotálamo. Os corpos mamilares contem núcleos motores que controlam movimentos reflexos associados c: m c alimentação, como mastigar, lamber e deglutir.

« p p figura

15 11

Os núcleos da base.

ia . s~3 aze a ~ostrando as posições relativas dos núcleos da base. (b) Visão esouefrática de um encéfalo dissecado para mostrar a orientação das estruturas i^e o ra ts e talâmicas. Compare a representação tridimensional vista em (a) com as secções transversal (c) e coronal (d,e) do encéfalo.

Corpo caJosc Ventrículo later, (corno frontas Cabeça do núcleo caudado

Septo pelúcido

Cápsula interna

Fórnice (margem seccionadaj

Putame Tálamo

Terceiro ventrículo

Plexo corióideo Cabeça do "uoeo caudado

Núdeci lentiforme

Glândula pineal

Fórnice

Ventrículo latera (corno occipita '

Cauda do núcleo caudado Tálamo (b) Secção transversal, dissecada

Corpo amigdalóide (a) Vista lateral

Ventrículo lateral

Corpo caloso

Cabeça do núcleo caudado Septo pelúcido Cápsula interna Claustro Sulco lateral

Lobo insular

Comissura anterior

Putame Núcleo lentiforme

Globo pálido

Extremidade do como temporal do ventrículo lateral

Corpo amigdalóide

(d) S e c ç ã o coron a l

C a p ítu lo

Figura 15.11

1 5 * 0 Sistema Nervoso: 0 Encéfalo e os Nervos Cranianos

(continuação).

Ventrículos laterais

Corpo caloso Núcleo caudado

Septo pelúcido

Globo pálido

Fórnice

Putame Claustro

Cápsula interna

Lobo insular Terceiro ventrícuto Glândula pineal Cápsula interna Cornos occipital e temporal dos ventrículos laterais

Tálamo

Cerebelo

(c) S ecção transversal

Corpo caloso Septo pelúcido Ventrículos laterais

Claustro Lobo insular

Núcleo caudado

Sulco lateral

Putame Claustro Globo pálsdo

Cápsula interna (e) S e c ç ã o c o ro n a l

O SISTEMA NERVOSO

TABELA 15.5

O sistema límbico

FUNÇÕES

P ro c e s sa m e n to d e m e m ó ria s , c ria ç ã o d e e sta d o s e m o c io n a is, c o m p o rta m e n to s e im p u ls o s asso ciad o s

COMPONENTES CEREBRAIS Áreas corticais N úcleos Tratos COMPONENTES DIENCEFÁLICOS Tálamo H ipotálam o

L o b o lím b ic o (g iro d o c ín g u lo , g iro d e n ta d o e g iro p a r a - h ip o c a m p a l' H ip o c a m p o , c o rp o a m ig d a ló id e F ó rn ice

N ú c le o a n te rio r C e n tro s re la c io n a d o s c o m e m o ç õ e s, a p e tite s (sed e, fo m e ) e c o m p o rta m e n to s a sso c iad o s ( Tabela 15.7)

OUTROS COMPONENTES Formação reticular

Fórnice

Aderência intertalâmica

Sulco central

R ede d e n ú c le o s in te rc o n e c ta d o s p o r to d o o tro n c o encefálico

Corpo caloso

Giro do cíngulo (lobo límbico)

Corpo

Giro do cíngulo

Fórnice

Glândula pineal

C&QSO

Núcleo anferior do tálamo Núcleos hipotalâmicos

Trato olfatório

Tálamo Hipotálamo

Corpo amigdalóide

_oOo temporal Giro sar~-~«pocampal lobo límbico)

Hipocampo (no interior do giro dentado)

Corpo mamilar

Corpo mamilar

Hipocampo (no interior do giro dentado)

(b)

(a)

z gura 15.12

Giro para-hipocampal

0 sistema límbico.

a S e c çã o sag ita l d o c é re b ro , m o s tra n d o a s á re a s c o rtic a is a s s o c ia d a s co m o siste m a lím bico . O s g iro s d e n ta d o e p a ra -h ip o c a m p a l sã o m o stra d o s em tra n sp a rê n c ia —a -e tr a q u e o s c o m p o n e n te s lím b ic o s m a is p ro fu n d o s p o d e m s e r v istos. 3 ysra ~es a d ic io n a is c o m re la ç ã o à e stru tu ra trid im e n s io n a l do s is te m a lím bico .

Muitos outros núcleos na parede (tálamo) e no soalho (hipotálamo) i : diencéfalo fazem parte do sistema límbico. Dentre outras funções, o nncleo anterior do tálamo retransmite as sensações viscerais do hipo-jb m o para o giro do cíngulo. A estimulação experimental do hipotálamo tem lo ;aIizado muitos centros importantes, responsáveis por emoções de raiva, medo, dor, estímulo sexual e prazer. A estimulação do hipotálamo também pode produzir excitação generalizada e um estado de alerta exacerbado. Esta resposta é causada pela : ^ ".inação do estímulo da formação reticular, uma rede interconectada de núcleos do tronco encefálico, cujos núcleos dominantes se localizam n interior do mesencéfalo. A estimulação de partes adjacentes do hipolalamo ou tálamo deprimem a atividade da formação reticular, resultando em letargia generalizada ou sono real.

* íü REVISÃO DOS CONCEITOS 1. C a d a um d o s h e m is fé rio s c e re b ra is é s u b d iv id id o e m lobos. Id e n tifiqu e os

2

lo b o s e s u a s fu n ç õ e s g erais.

. 0 q u e s ã o g iro s e s u lc o s ?

3. C ite e d e s c re v a o s trê s p rin c ip a is g ru p o s d e a x ô n io s na s u b s tâ n c ia b ra n ca cen tral. veja a seção de Respostas na parte final do livro.

C a p ít u l o

15 • O Sistema Nervoso: O Encéfalo e os Nervos Cranianos

O diencéfalo :Figuras 15.1/15.1 lb,c/15.12/15.15/15.16]

Lobo frontal

Lobo panea

O diencéfalo conecta os hemisférios cerebrais ao tronco encefálico. Ele consiste em epitálamo, tálamos esquerdo e direito e hipotálamo*. As Figu­ ras 1 5 .1 ,1 5 .11b,C, 15.12 e 15.15 mostram a posição do diencéfalo e suas relações com outros pontos de referência no encéfalo.

O epitálamo

[Figura 15.15a]

O epitálamo constitui o teto do terceiro ventrículo (Figura 15.15a). Sua rarte anterior, membranosa, contém uma extensa área de plexo corióideo que se projeta, através do forame interventricular, no interior dos ventríailos laterais. A parte posterior do epitálamo contém a glândula pineal, uma estrutura endócrina que secreta o hormônio melatonina. A mela:onina está envolvida na regulação do ritmo circadiano (ciclo dia-noite), com possíveis efeitos secundários na função reprodutora. (O papel da mejtonina será descrito no Capítulo 19.)

O tálamo

Lobos frontais

Lobo parietal e giro do cíngulo

Áreas de assoctaçãc do córtex cereb-=

[Figuras 15.1 lb/15.12/15.13/15.15]

A maior parte do tecido nervoso no diencéfalo está concentrada nos tála­ mos esquerdo e direito. Estes dois corpos ovais formam as paredes do diencéfalo e circundam o terceiro ventrículo (Figuras 15.11b e 15.15). Os núcleos do tálamo são centros de comutação e retransmissão de vias >ensitivas e motoras. A informação sensitiva ascendente, vinda da medula espinal (exceto a proveniente dos tratos espinocerebelares) e dos nervos cranianos (exceto o nervo olfatório), é processada nos núcleos do tála­ mo antes que seja retransmitida para o cérebro ou tronco encefálico. O :aiamo é, portanto, o ponto final da via de retransmissão da informação -ensitiva ascendente que será projetada no córtex sensitivo primário. Ele atua como um filtro de informação, passando adiante apenas uma peque­ na parte da informação sensitiva que nele chega. O tálamo também atua como uma estação de retransmissão que coordena a atividade motora em mveis consciente e subconsciente. Os dois tálamos estão separados pelo terceiro ventrículo. Visto em _ma secção sagital mediana, o tálamo se estende da comissura anterior a base inferior da glândula pineal (Figura 15.15a). De cada tálamo, uma rroieção tubular mediai de substância cinzenta, a aderência intertalâmica, ou massa intermédia, se salienta no interior do terceiro ventrículo ' N. de R.T. A T erm in o lo g ia A n a tô m ic a oficial re g istra a tu a lm e n te cinco divisões d o d ientá la m o , ep itálam o , su b tálam o , m e ta tá la m o e h ip o tá la m o .

TABELA 15.6

Sistema límbico

Pulvinar Aferência auditiva Corpo genicuiaoc mediai

Núcleos da base

Cerebelo

Aferência sensitiva geral

Aferência visual

Corpo genkxtaoc lateraJ

Figura 15.13 O tálamo. (a) Vista lateral do encéfalo, mostrando as posições das principais esr.r.-;:

talâmicas. Áreas funcionais do córtex cerebral também estão indicadas — cores correspondentes àquelas dos núcleos do tálamo associados, (b) . -« 3 au­ mentada dos núcleos do tálamo do lado esquerdo. A cor de cada núcleo ou : de núcleos acompanha a cor da área cortical associada. Os quadros *c~€-:rexemplos de tipos de aferência sensitiva retransmitidos aos núcleos da dí sí í córtex cerebral ou indicam a existência de importantes vias de retroa memsçã: (ifeedback) envolvidas com estados emocionais, aprendizagem e memória

0 tálamo

Estrutura/núcleos

Funções

G RUPO ANTERIOR

P a rte d o s is te m a lím b ic o

G RUPO MEDIAL

In te g ra in fo rm a ç ã o sen sitiv a e o u tr a s in fo rm a ç õ e s q u e c h e g a m a o tá la m o e h ip o tá la m o e as p ro je ta p a ra os lo b o s fro n ta is d o s

GRUPO VENTRAL

P ro je ta in fo rm a ç ã o s e n s itiv a a o c ó rte x s e n s itiv o p r im á r io d o lo b o p a rie ta l; re tr a n s m ite in fo rm a ç ã o d o

h e m is fé rio s c

c e re b e lo e d o s n ú c le o s d a b a se p i z i n

á re a s m o to r a s d o c ó rte x c e re b ra l

GRUPO POSTERIOR Pulvinar Co rpo gen icu lad o lateral Co rpo gen icu lad o m ediai G RUPO LATERAL

In te g ra in fo rm a ç ã o s e n s itiv a e a p r o je ta p a r a as á re a s d e a ss o c ia ç ã o d o c ó rte x c e re b ra l P ro je ta in fo rm a ç ã o v is u a l p a ra o c ó rte x v is u a l d o lo b o o c c ip ita l P ro je ta in fo rm a ç ã o a u d itiv a p a r a o c ó rte x a u d itiv o d o lo b o te m p o r a l F o r m a v ia s d e r e tr o a lim e n ta ç ã o e n v o lv e n d o o g iro d o c ín g u lo (e s ta d o s e m o c io n a is ) e o lo b o p a r ie ta l (in te g r a ç ã o d e in fo rm a ç ã o s e n s itiv a i

O SISTEMA NERVOSO Ft j "3 15 12a . Em cerca de 70% da população, as duas aderências inter- cinéreo ( tuber, inchaço), uma área que contém núcleos envolvidos com o controle da função hipofisária. rj se fundem na linha mediana, interconectando os dois tálamos. lad a talamo se salienta lateralmente, afastando-se do terceiro ventrcul:: e. anteriormente, em direção ao cérebro (Figuras 15.11b,c, 15.12, Funções do hipotálamo [Figura 15.14b e Tabela 15.7] e '5 15b;.A margem lateral de cada tálamo é determinada pelasO hipotálamo contém uma diversidade de importantes centros de con­ 5rras da capsula interna. Encravada no interior de cada tálamo, há uma trole e de integração, além daqueles associados ao sistema límbico. Estes ^reróide composta de vários núcleos do tálamo interconectados. centros e suas funções estão resumidos na Figura 15.14b e na Tabela 15.7. Os centros hipotalâmicos estão continuamente recebendo infor­ Funções dos núcleos do tálamo [Figura 15.13 e Tabela 15.6] mação sensitiva do cérebro, do tronco encefálico e da medula espinal. Os neurônios hipotalâmicos detectam e respondem às alterações na Z ■núcleos do tálamo estão primariamente relacionados à retransmissão ca iníe rmação sensitiva para os núcleos da base e córtex cerebral. Os cin- composição do líquido cerebrospinal e do líquido intersticial; eles tam­ .: rnnjipais grupos de núcleos do tálamo, indicados na Figura 15.13 e bém respondem a estímulos provenientes do sangue circulante, devido aa Tabela 15.6, são (1) o grupo anterior, (2) o grupo mediai, (3) o grupo à grande permeabilidade dos capilares nesta região. As funções hipotalámicas incluem: 4 o grupo posterior e (5) o grupo lateral. núcleos anteriores fazem parte do sistema límbico, desempenhando papel em emoções, memória e aprendizagem. Eles retransmi:em informação do hipotálamo e hipocampo para o giro do cíngulo. : - núcleos mediais fornecem uma percepção consciente de estados emocionais, conectando os núcleos da base e centros de emoção no mpotálamo com o córtex pré-frontal do cérebro. Esses núcleos tamrem integram a informação sensitiva que chega a outras partes do u ’imo para retransmiti-la aos lobos frontais. 3. J 5 núcleos ventrais retransmitem informação para e dos núcleos da ri^e e córtex cerebral. Dois destes núcleos (ventral anterior e ventral -i:erat) retransmitem informação relacionada aos comandos motores s: maticos, dos núcleos da base e cerebelo ao córtex motor primário e córtex pré-motor. Eles fazem parte de uma via de retroalimentação fecdback) que auxilia a planejar um movimento e depois a refiná-lo. O riuríeo ventral posterior retransmite informação sensitiva relacionada a tato, pressão, dor, temperatura e propriocepção da medula espinal e do rr: nco encefálico para o córtex sensitivo primário do lobo parietal. 4, Os núcleos posteriores incluem os núcleos do pulvinar e os corpos zcuculados. O pulvinar integra informação sensitiva e a projeta nas i r e a s de associação do córtex cerebral. O corpo geniculado lateral çenicula, pequeno joelho) de cada tálamo recebe informação visual dos olhos, trazida pelo trato óptico. As fibras eferentes se projetam no córtex visual e também descendem para o mesencéfalo. O corpo geniculado mediai retransmite informação auditiva dos receptores especializados da orelha interna para o córtex auditivo. 3. núcleos laterais são estações de retransmissão, em vias de retro­ alimentação, que regulam a atividade no giro do cíngulo e lobo pa­ rietal. Portanto, eles afetam os estados emocionais e a integração de informação sensitiva.

0 hipotálamo

[Figuras 15.14/15.15a]

1 hipotalamo contém centros envolvidos em emoções e processos visceraís que afetam o cérebro, assim como outros componentes do tronco encefálico. Ele também controla uma diversidade de funções autonômicas ; faz a ligação entre os sistemas nervoso e endócrino. O hipotálamo, eus : rma o soalho do terceiro ventrículo, se estende da área superior ao qniasma óptico, onde os tratos ópticos vindos dos olhos alcançam o cé­ rebro, as margens posteriores dos corpos mamilares (Figura 15.14). (Os i rr s mamilares foram apresentados na discussão sobre o sistema lím: c na pág. 401.) Posteriormente ao quiasma óptico, o infundíbulo (in' idibulum, túnel) se estende inferiormente, conectando o hipotálamo a faip : f.se. Xo indivíduo vivo, o diafragma da sela (pág. 391) envolve o ■íun iibulo quando este penetra na fossa hipofisial do esfenóide. V>to em secção sagital mediana (Figuras 15.14 e 15.15a), o soalho do - r :ilamo, entre o infundíbulo e os corpos mamilares, constitui o túber

1. Controle subconsciente das contrações dos músculos esqueléticos: Pela estimulação de centros apropriados em outras partes do encéfalo, os núcleos hipotalâmicos comandam padrões motores somáticos asso­ ciados com emoções de raiva, prazer, dor e estímulo sexual. 2. Controle da função autonômica: Os centros hipotalâmicos regulam e coordenam as atividades dos centros autonômicos, em outras partes do tronco encefálico, relacionados com a regulação da freqüência car­ díaca, pressão sangüínea, respiração e funções digestivas. 3. Coordenação de atividades dos sistemas nervoso e endócrino: A maior parte do controle regulador é exercido por meio de estimulação ou inibição de células endócrinas na adeno-hipófise. 4. Secreção de hormônios: O hipotálamo secreta dois hormônios: (1) hormônio antidiurético, produzido pelo núcleo supra-óptico, que restringe a perda de água nos rins, e (2) oxitocina, produzida pelo núcleo paraventricular, que estimula a contração da musculatura lisa no útero e na próstata e das células mioepiteliais na glândula ma­ mária. Os dois hormônios são levados, por transporte axonal, até o infundíbulo, para então serem liberados na circulação geral na neurohipófise. 5. Instituição de impulsos emocionais e comportamentais: Centros hipo­ talâmicos específicos produzem sensações que levam a alterações nos padrões de comportamento voluntário ou involuntário. Por exemplo, a estimulação do centro da sede produz o desejo de beber. 6. Coordenação entre funções voluntárias e autonômicas: Quando vocè enfrenta uma situação de estresse, as freqüências cardíaca e respira­ tória aceleram e seu corpo se prepara para a emergência. Estes ajustes autonômicos são realizados porque atividades cerebrais são reguladas pelo hipotálamo. O sistema nervoso autônomo (SNA) é uma divisão do sistema nervoso periférico*. pág. 341 O SNA consiste em duas partes: (1) simpática e (2) parassimpática. A parte simpática estimula o metabolismo dos tecidos, aumenta o estado de alerta e prepara o corpo para responder às emergências; a parte parassimpática estimu­ la as atividades sedentárias e conserva a energia corporal. Essas partes e suas relações serão discutidas no Capítulo 17. 7. Regulação da temperatura corporal: A área pré-óptica do hipotálamo controla as respostas fisiológicas frente a alterações da temperatura corporal. Dessa maneira, coordena as atividades de outros centros do SNC e regula outros sistemas fisiológicos. . Controle de ritmos circadianos: O núcleo supra-quiasmático coorde­ na os ciclos de atividade diária relacionados ao ritmo circadiano (ci­ clo dia-noite). Esse núcleo recebe aferência direta da retina do olho, e sua eferência regula as atividades de outros núcleos hipotalâmicos. glândula pineal e formação reticular.

8

* N. de R.T. Na realidade, o SNA tam bém tem com ponentes no SNC, fazendo parte dos dois sistemas.

C a p ít u lo

Figura 15.14

1 5 * 0 Sistema Nervoso: 0 Encéfalo e os Nervos Cranianos

0 hipotálamo.

(a) Secção sagital mediana do encéfalo, mostrando as

principais estruturas do diencéfalo e partes adjacentes do tronco encefálico. (b) Vista aumentada do hipotála-

mo, mostrando a localização dos principais núcleos e centros. As funções desses núcleos estão resumidas na Tabela 15.7.

Lobo parietal

Corpo caloso

Septo pelúcido

Plexo corióideo no epitálamo Tálamo (circunda o terceiro ventrículc

Fórnice Artéria cerebral anterior

Glândula pinea* Hipotálamo

Lobo frontal

Aqueduto do mesencéfalo

Comissura anterior

Cerebelo Quiasma óptico

Quarto ventrículo Nervo óptico

Infundíbulo (seccionado)

Túber cinéreo

Corpo mamilar

(a) Secção sagital mediana

Centros autonômicos (simpáticos)

TABELA 15.7 Região/núcleo

Núcleo paraventricular

Centros autonômicos (parassimpáticos) Núcleo supraquiasmático Núcleo supra-óptico Núcleos tuberais Quiasma óptico Infundíbulo Parte distai Parte intermédia (b) Hipotálamo

Funções

Controla funções autonômicas; regula e comportamentos apetitivos (sede, fome. desev sexual); regula estados emocionais (com o sistema límbico); faz integração com o sistema endócrino (ver Capítulo 19) Núcleo supra-óptico Secreta hormônio antidiurético, que restringe 2 perda de água nos rins Núcleo supraquiasmático Regula ritmos circadianos Núcleo paraventricular Secreta oxitocina, que estimula a contração c i musculatura lisa do útero e glândula mamar.: Área pré-óptica Regula a temperatura corporal por meio dc contrple de centros autonômicos no bulbo Túber cinéreo Produz hormônios estimulantes e inibidores", çiae controlam as células endócrinas da adeno-h:p: Centros autonômicos Controlam a freqüência cardíaca e a pressão sangüínea por meio da regulação de centros autonômicos no bulbo Corpos mamilares Controlam reflexos alimentares (lamber, deglutir, etc.) * N. de R.T. Estes hormônios são conhecidos como HHH (hormônios hipofisiotrópicos hipotalâmicos). Hipotálamo em geral

Área pré-óptica

-ceno-hipófise

0 hipotálamo

O SISTEMA NERVOSO Giro pré-central

Giro pós-central Giro do cíngulo Fórnice Tálamo Parte membranosa do epitálamo

Zcrzc catoso

Hipotálamo

Septo

Glândula pineal

z e -o d o

Sulco parietoccipital

Forame ra n e m c u ta r

Colículo superior

_ccc i’'ontai Ccnxssira anterior

Colículo inferior Aqueduto do mesencéfalo

QUasma óptico

Corpo mamilar Quarto ventrículo

Lobo temporal

Cerebelo Mesencéfalo Bulbo

Ponte (a) Secção sagital mediana

Fissura longitudinal Forame interventricular

Corpo caloso Ventrículos laterais

Núcleo caudado Putame

Cápsula interna Lobo insular Fórnice

Tálamo esquerdo Globo pálido

Lobo temporal

Claustro

Pedúnculo cerebral Terceiro ventrículo

Aqueduto do mesencéfalo

Substância negra

Fibras transversais Cerebelo

Ponte

Bulbo

(b) S e c ç ã o coron a l

:

5 _ '3 15.15 Secções do encéfalo. = Secção sagital do encéfalo. (b) Secção coronal do encéfalo.

C a p ít u l o

15 • O Sistema Nervoso: O Encéfalo e os Nervos Cranianos

Figura 15.16 O diencéfalo e o tronco encefálico. a) Visão esquemática do diencéfalo e do tronco en­ cefálico, vistos pelo lado esquerdo, (b) Vista sagital do tronco encefálico, com uma parte do cerebelo seccio'a d a e removida, (c) Visão esquemática posterior do : encéfalo e do tronco encefálico. (d) Tronco encefáli­ co, vista posterior.

Corpo geniculado - Diencéfalo lateral Corpo geniculado mediai _ Colículo superior Colículo Mesencéfalo inferior Pedúnculo cerebral

Pedúnculo cerebral (margem seccionada) Trato óptico

Artéria cerebral posterior

Pedúnculo cerebral Nervo troclear (N IV)

Colículo infenor Superior Médio

Nervo trigêmeo (N V) Ponte Nervos facial (N VII) e vestibulococlear (N VIII)

Pedúnculo cerebelar superior

Ponte N VI N VIII N VII ’ N IX

Pedúnculo cerebelar médio

Inferior

Nervo abducente (N VI) Pedúnculo cerebelar inferior

NX N XII

Bulbo

Cerebelo

Raízes dos nervos glossofaríngeo, vago e acessório (N IX, N X e N XI) Raiz do nervo hipoglosso (N XII) Bulbo

N XI (a) Vista lateral

(b) Secção sagital

Plexo corióideo Terceiro ventriculo Tálamo

Colículo superior

Glândula pineal

Colículo inferior Colículo superior Colículo inferior

Nervo troclear (N IV) Superior

Pedúnculo cerebral Pedúnculos cerebelares

Superior Médio Inferior

- Pedúnculos cerebelares

Médio Inferior

Plexo corióideo no teto do quarto ventriculo

(c) Vista po sterior

P e d L n c jc s

cereoeares

(d) Vista p o sterio r

410

O SISTEMA NERVOSO

(Figura

E REVISÃO DOS CONCEITOS '

1 5 .1 7 ) . O

núcleo rubro

é s u p r id o p o r n u m e r o s o s v a so s s a n g ü í­

n e o s , o q u e l h e c o n f e r e u m a r i c a c o l o r a ç ã o v e r m e l h a . E s s e n ú c l e o in t e g r a

^ue área do diencéfalo é estimulada por alterações da temperatura cor­

i n f o r m a ç ã o d o c é r e b r o e d o c e r e b e lo e e m it e c o m a n d o s m o t o r e s in v o lu n ­

poral?

tá r io s , r e la c io n a d o s c o m a m a n u t e n ç ã o d o t o n o m u s c u la r e a p o s iç ã o d o ;

;

região do diencéfalo auxilia a coordenar atividades motoras somáti­

cas?

m em b ro s. A

substância negra

se lo c a liz a la t e r a lm e n t e a o n ú c le o r u b r :

A s u b s t â n c ia c in z e n ta n e s ta r e g iã o c o n té m c é lu la s d e n s a m e n te p ig m e n t a -

3 Que estrutura endócrina no diencéfalo secreta melatonina? - Que hormônios são produzidos pelo hipotálamo e liberados na hipófise?

d a s, c o n fe r in d o - lh e u m a c o lo r a ç ã o e s c u r a . A s u b s t â n c ia n e g r a d e s e m p e ­ n h a u m i m p o r t a n t e p a p e l n a r e g u la ç ã o d a e f e r ê n c ia m o t o r a d o s n ú c le o ; d a b ase.

Veja a s e ç ã o d e R e sp o sta s na p a rte fin a l d o livro.

O s fe ix e s d e fib r a s n a s s u p e r fíc ie s v e n t r o la t e r a is d o m e s e n c é fa lo

ras

1 5 . 1 6 e 1 5 . 1 7 b ) fo rm a m o s

(Fig^

pedúnculos cerebrais ( pedúnculo, p e q u e ­

n o p é ) . E l e s c o n t ê m ( 1 ) f i b r a s a s c e n d e n t e s q u e f a z e m s i n a p s e n o s n ú c le o -

O mesencéfalo [Figuras

d o tá la m o e ( 2 ) fib r a s d e s c e n d e n te s d a s v ia s p ir a m id a is ( c o r t ic o s p in a is q u e v e ic u la m c o m a n d o s m o to r e s v o lu n t á r io s d o c ó r t e x m o t o r p r im á r ic

15.1/15.15/15.16/15.17 e Tabela 15.8]

d e c a d a h e m is fé r io c e r e b r a l.

r m e s e n c é fa lo c o n t é m n ú c le o s q u e p r o c e s s a m i n f o r m a ç ã o v is u a l e a u d i ­ t iv a e o r ig in a m r e s p o s ta s r e fle x a s a e s te s e s t ím u lo s . A a n a t o m ia e x t e r n a d o m e s e n c é fa lo p o d e s e r v is ta n a in d ic a d o s n a r

Figura 15.17

Figura 15.16,

e o s n ú c le o s p r in c ip a is e s tã o

't e r io r a o a q u e d u t o d o m e s e n c é fa lo , é c h a m a d a d e

mesencéfalo.

A ponte [Figuras 15.15/15.16/15.18 e

e n a T a b e la 1 5 .8 . A s u p e r fíc ie d o m e s e n c é fa lo ,

lâmina do teto do

Tabela 15.9]

E s t a r e g iã o c o n t é m d o is p a r e s d e n ú c le o s s e n s it iv o s . E s s e s

A p o n t e s e e s te n d e , in fe r io r m e n t e a o m e s e n c é fa lo , a té o b u lb o . F o rm <

n ú c le o s s ã o e s ta ç õ e s r e t r a n s m is s o r a s r e la c io n a d a s c o m o p r o c e s s a m e n t o

u m a s a liê n c ia p r o e m in e n t e n a s u p e r fíc ie a n t e r io r d o t r o n c o e n c e fá lic o

d e -e n sa ç õ e s v is u a is e a u d itiv a s . C a d a

colículo superior ( colliculus,

pe-

q _ e n a c o lin a ) r e c e b e a fe r ê n c ia v is u a l d o c o r p o g e n ic u la d o la te r a l d o m e : : ': m o d o m e s m o la d o . O

colículo inferior r e c e b e

a fe r ê n c ia a u d itiv a d e

P o s t e r i o r m e n t e a e l a e s t ã o o s h e m i s f é r i o s d o c e r e b e lo , s e p a r a d o s p a r c i a l ­ m e n t e d e la p e lo q u a r t o v e n t r íc u lo . E m a m b o s o s la d o s , a p o n t e e s tá lig a d ; a o c e r e b e lo p o r tr ê s

pedúnculos cerebelares. E s t r u t u r a s

n ú c le o s d o b u lb o ; u m a p e q u e n a p a r t e d e s ta in fo r m a ç ã o p o d e s e r e n v ia d a

te s e s t ã o i n d i c a d a s n a s

i:

1 5 .9 . A p o n t e c o n té m :

: - r p o g e n i c u l a d o m e d ia i d o m e s m o l a d o .

Figuras

e r e g iõ e s im p o r t a n ­

1 5 . 1 5 , 1 5 . 1 6 e 1 5 . 1 8 e ta m b é m n a T abeh

O m e s e n c é fa lo t a m b é m c o n t é m o s p r in c ip a is n ú c le o s d a fo r m a ç ã o r e t ic u la r . P a d r õ e s e s p e c ífic o s d e e s t im u la ç ã o n e s ta r e g iã o p o d e m p r o d u z ir u m a d iv e rs id a d e d e r e s p o s t a s m o t o r a s in v o lu n t á r ia s . C a d a la d o d o m e s e n c é fa lo c o n té m u m p a r d e n ú c le o s , o

núcleo rubro e

a

substância negra

■ Núcleos sensitivos e motores para quatro nervos cranianos

c u l o s d a m a s t i g a ç ã o , a fa c e , u m d o s m ú s c u l o s e x t r í n s e c o s d o b u l b c

Nota clínica A substância negra e a doença de Parkinson os núcleos da base : : "tê m dois grupos separados de neurônios. Um grupo estimula neurônios motores pela liberação de aceticolina (ACh) e o outro inibe neurônios -x ito re s pela liberação do neurotransmissor ácido gama-aminobutírico, c-j GABA. Em condições normais, os neurônios excitadores permanecem inativos e os tratos descendentes são responsáveis, primariamente, por níb ' a atividade nervosa motora. Os neurônios excitadores estão em re­ pouso porque eles são continuamente expostos aos efeitos inibidores do -■ejrotransmissor dopamina. Este composto é sintetizado nos neurônios ;a substância cinzenta e levado, por transporte axonal, até as sinapses nos núcleos da base. Se o trato ascendente ou os neurônios produtores :e dopamina estiverem lesados, esta inibição se perde e os neurônios ex: tadores tornam-se progressivamente mais ativos. Esta atividade aumen­ tada produz os sintomas motores da doença de Parkinson, ou paralisia

agitante.

A doença de Parkinson é caracterizada por um aum ento acentuado no tono muscular. Os m ovim entos voluntários tornam -se hesitantes e eírasm ódicos, pois um m ovim ento não pode ocorrer até que um grupo ~ ^scu la r consiga sobrepujar seu antagonista, indivíduos com a doença :e ^arkinson mostram espasticidade durante o m ovim ento voluntário e jm tremor contínuo quando em repouso. O trem or representa um 'cabo-de-guerra" entre grupos m usculares antagonistas, que produz _n a vibração de base dos membros. Pessoas com a doença de Parkinson tam bém têm dificuldade para iniciar m ovim entos voluntários. Até

N

V , N V I , N V I I e N V I I I ) . E ste s n e r v o s c r a n ia n o s in e r v a m o s m ú s ­

mesmo m udar a expressão facial exige intensa concentração, e o rosto do indivíduo adquire uma expressão estática, amímica. Finalmente, o posicionam ento e os ajustes m otores preparatórios em geral autom á­ ticos para realizar um m ovim ento não mais ocorrem. Todas as fases do m ovim ento devem ser voluntariam ente controladas e o esforço extra demanda uma intensa concentração, que pode se m ostrar fatigante e extrem am ente frustrante. Nos estádios finais desta patologia, outros efeitos sobre o SNC, com o depressão e alucinações, freqüentem ente aparecem. Suprir os núcleos da base com dopamina pode reduzir significativa­ mente os sintomas em dois terços dos pacientes com doença de Parkin­ son. A dopamina não pode atravessar a barreira hemato-encefálica e o tratamento mais comum envolve a administração oral do fármaco L-Dopa (levodopa), um composto correlato que cruza a parede dos capilares cere­ brais e é convertido em dopamina. O tratam ento cirúrgico para controlar os sintomas da doença de Parkinson está centrado na destruição de gran­ des áreas dos núcleos da base e do tálamo, para controlar os sintomas motores de trem or e rigidez. O transplante de tecidos que produzem do­ pamina ou compostos afins, diretamente nos núcleos da base, é uma ou­ tra tentativa de cura. O transplante de células cerebrais fetais nos núcleos da base de cérebros adultos tem retardado ou mesmo revertido o curso da doença em um número significativo de pacientes, embora efeitos inde­ sejáveis de contrações musculares involuntárias tenham se desenvolvido tardiamente em muitos casos.

C a p ít u l o

1 5 * 0 Sistema Nervoso: 0 Encéfalo e os Nervos Cranianos

Pedúnculo cerebral Substância negra Cerebelo

W

ANTERIOR

Núcleo rubro Substância cinzenta Aqueduto do mesencéfalo Colículo superior Lâmina do teto POSTERIOR (a) Secção transversal, vista superior

Colículo superior

Glândula pineal

Substância negra

Colículo superior

Núcleo rubro Colículo inferior

Pedúnculo cerebral

Colículo inferior Nervo troclear (N IV) Pedúnculo cerebral

Formação reticular

Pedúnculo cerebelar superior Formação reticular no soalho do quarto ventrículo

(b) Vista posterior

Fí§jra 15.17

Quarto ventrículo

0 mesencéfalo.

a . Etas esquemática e em secção do tronco encefálico, com secções feitas nos níveis indicados na imagem, (b) Vistas esquemática e posterior do diencéíaio e :: “ : " : : encefálico. A vista esquemática está desenhada em transparência, para mostrar as posições de importantes núcleos.

TABELA 15.8

0 mesencéfalo

Subdivisão SUBSTÂNCIA CINZENTA la m in a do teto Paredes e soalho

Região/núcleo

Funções

C olículo superior C olículo inferior Núcleo rubro Substância negra Formação reticular

I n t e g r a in f o r m a ç ã o v is u a l c o m o u t r a s a fe r ê n c ia s s e n s it iv a s ; in ic ia r e s p o s t a s r e f le x a s a o s e s t ím u lo s v is u a is R e t r a n s m i t e i n f o r m a ç ã o a u d i t i v a a o c o r p o g e n i c u l a d o m e d i a i ; i n i c i a r e s p o s t a s r e f l e x a s a o s e s t í m u l o s a u d ir r » C o n t r o le in v o lu n t á r io d o to n o m u s c u la r d e b a s e e d a p o s iç ã o d o s m e m b r o s R e g u la a a tiv id a d e d o s n ú c le o s d a b a s e P r o c e s s a m e n to a u to m á tic o d e s e n sa ç õ e s a fe re n te s e c o m a n d o s m o to r e s e fe re n te s; p o d e in ic ia r re sp o sta s m o t o r a s a o s e s tím u lo s ; a u x ilia a m a n t e r a c o n s c iê n c ia

Outros núcleos/centros SUBSTÂNCIA BRANCA

P e d ú n c u lo s c e r e b r a is

N ú c le o s a s s o c ia d o s c o m d o is n e r v o s c r a n ia n o s ( N I I I , N I V ) C o n e c t a m o c ó r t e x m o t o r p r i m á r i o c o m n e u r ô n i o s m o t o r e s n o t r o n c o e n c e f á l i c o e n a m e d u l a e s p i n a l , ie** i z in fo r m a ç ã o s e n s itiv a a s c e n d e n te a o tá la m o

O SISTEMA NERVOSO

Tratos descendentes

figura 15.18

Aponte.

O cerebelo [Figuras

TABELA 15.9

A p o nte

Subdivisão

Região/núcleo

Funções

Substância cinzenta

Centros respiratórios

M o d ificam a eferência d e cen tro s re sp ira tó rio s n o b u lb o N ú cleo s associados c o m q u a tro nerv os cra n ia n o s e o cerebelo

Outros núcleos/ centros S u b stâ n c ia b ra n c a

Tratos ascendentes e descendentes Fibras transversais

15.8/15.15/15.16/15.19 e Tabela 15.10]

In te rc o n e c tam o u tra s p a rte s d o SN C In te rc o n e c tam os h em isfério s d o cerebelo; in te rc o n e cta m os nú cleo s p o n tin o s com os h em isfério s d o cerebelo d o lado o p osto

O c e r e b e lo p o s s u i d o is

hem isférios do cerebelo,

cada u m com u m a su ­

p e r fíc ie m u ito p r e g u e a d a c o m p o s ta d e c ó r t e x n e r v o s o

(Figuras 15.8

15.19).

são m e n o s p ro ­

E sta s p re g a s s u p e r fic ia is , o u

folhas do cerebelo,

e

e m in e n te s d o q u e o s g ir o s d o s h e m is fé r io s c e r e b r a is . C a d a h e m is fé r io d o c e r e b e l o c o n s i s t e e m d o i s lobos, anterior e posterior, s e p a r a d o s p e l a fis­ sura primária. A o l o n g o d a l i n h a m e d i a n a , u m a e s t r e i t a f a i x a d e c ó r t e x . c o n h e c i d a c o m o verme do cerebelo ( vermis, v e r m e ) , s e p a r a o s h e m i s f é ­ r i o s d o c e r e b e lo . U m e s t r e i t o lóbulo flóculo-nodular s e s i t u a a n t e r i o r e i n fe r io r m e n t e a o s h e m is fé r io s d o c e r e b e lo . O s l o b o s a n t e r io r e p o s t e r io r a u x ilia m n o p la n e ja m e n t o , n a e x e c u ç ã o e n a c o o r d e n a ç ã o d o s m o v im e n ­

d o o lh o ( m ú s c u lo r e t o la t e r a l) e ó r g ã o s d o e q u ilíb r io e d a a u d iç ã o

■ Núcleos relacionados com o controle involuntário da respi­ ração. D e c a d a l a d o d o t r o n c o e n c e f á l i c o , a f o r m a ç ã o r e t i c u l a r

centro apnêustico centro pneumotáxico. E s s e s c e n t r o s m o d i f i c a m a a t i v i d a d e d o centro rítmico respiratório, l o c a l i z a d o n o b u l b o .

n e s ta r e g iã o c o n té m d o is c e n tro s r e s p ir a tó r io s , o e o

■ N úcleos que processam e retransm item com andos cerebe­ lares que chegam por m eio dos pedúnculos cerebelares m é­ dios. O s p e d ú n c u l o s c e r e b e l a r e s m é d i o s e s t ã o c o n e c t a d o s à s fibras transversais d a p o n t e , q u e c r u z a m n a s u a s u p e r f í c i e a n ­

t r u t u r a s d o c e r e b e lo e s u a s fu n ç õ e s e s tã o r e s u m id a s n a T a b e la 1 5 . 1 0 . O c ó r t e x c e r e b e la r c o n t é m

as

células de Purkinje,

fo r m a d e p ê ra , q u e p o s s u e m g r a n d e s e n u m e r o s o s d e n d r ito s q u e se ir ­ r a d ia m p a r a o in t e r io r d a s u b s t â n c ia c in z e n ta ( c ó r t e x n e r v o s o ) d o c ó r ­ t e x c e r e b e la r . S e u s a x ô n i o s s e p r o je t a m d a b a s e d a c é lu la n o in t e r i o r d a s u b s t â n c ia b r a n c a p a r a a t i n g i r o s n ú c le o s d o c e r e b e lo . I n t e r n a m e n t e , a s u b s t â n c ia b r a n c a d o c e r e b e lo * f o r m a u m a r r a n jo r a m ific a d o q u e e m s e c ç ã o s a g ita l m e d ia n a le m b r a u m a á r v o r e . O s a n a t o m is t a s c h a m a m na de

árvore da vida.

O c e r e b e lo r e c e b e in f o r m a ç ã o p r o p r io c e p t iv a d a

r e g u la t o d a s a s s e n s a ç õ e s p r o p r io c e p t iv a s , v is u a is , tá te is , d e e q u ilíb r io e O s tra to s

lo n g it u d in a is in te r c o n e c ta m a p o n te c o m o u t r a s p a rte s d o S N C . O s p e d ú n c u lo s c e r e b e la r e s s u p e r io r e s c o n t ê m t r a t o s e fe r e n t e s q u e a lc a n ç a m o s n ú c le o s d o c e r e b e lo . E s t a s f ib r a s p e r m it e m a c o m u ­ n ic a ç ã o e n t r e o s h e m is fé r io s d o c e r e b e lo d e la d o s o p o s t o s . O s p e ­

a u d it iv a s r e c e b id a s p e lo e n c é fa lo . A in f o r m a ç ã o r e la t iv a a o s c o m a n d o s m o t o r e s , e m it id a p e lo c ó r t e x c e r e b r a l, a lc a n ç a o c e r e b e lo in d ir e t a m e n ­ te , r e t r a n s m it id a a t r a v é s d o s n ú c le o s p o n t in o s . U m a p a r t e r e la t iv a m e n t e p e q u e n a d e fib r a s a fe r e n te s fa z s in a p s e n o s

núcleos do cerebelo

a n te?

d e s e p r o je t a r n o c ó r t e x c e r e b e la r . A m a io r ia d o s a x ô n i o s q u e le v a m in -

d ú n c u l o s c e r e b e la r e s i n f e r i o r e s c o n t ê m t r a t o s a f e r e n t e s e e f e r e n t e s q u e c o n e c t a m o c e r e b e lo a o b u lb o .

g ra n d e s e in ­

te n s a m e n te r a m ific a d a s . E ss a s c é lu la s tê m c o r p o s c e lu la r e s d e n s o s , e m

m e d u la e s p in a l, in d ic a n d o a p o s iç ã o d o c o r p o ( s e n s a ç ã o d e p o s iç ã o ) , e

te r io r .

■ Tratos ascendentes, descendentes e transversos.

to s d o t r o n c o e d o s m e m b r o s . O ló b u lo fló c u lo - n o d u la r é im p o r t a n t e n a m a n u t e n ç ã o d o e q u ilíb r io e n o c o n t r o le d o s m o v im e n t o s o c u la r e s . A s e s ­

n a o r e lh a in te rn a .

* N . de R.T. Recebe o nom e genérico de corpo m edular do cerebelo.

C a p ítu lo

1 5 - 0 Sistema Nervoso: 0 Encéfalo e os Nervos Cranianos

Figura 15.19 0 cerebelo. (a) Superfície superior do cerebelo, mostrando as principais regiões e pontos :e referência anatômicos, (b) Vista sagital do cerebelo, mostrando a dispôs ção :-= substâncias cinzenta e branca. As células de Purkinje são vistas na fotografa estes grandes neurônios são encontrados no córtex cerebelar. (ML X 12C

Cerebelo

Verme do cerebelo

Verme do cerebelo

- Lobo anterior Fissura primária

Lobo posterior =ohas do zgreoeo

Folhas do cerebelo Hemisfério direito do cerebelo

Hemisfério esquerdo òo cerebelo

(a) S u p erfície superior

Dendritos se projetando no interior da substância cinzenta do cerebelo

Corpo celular da célula de Purkinje Axônios das células de Purkinje se projetando no interior da substância branca do cerebelo

Células de Purkinje

Colículo superior Aqueduto do mesencéfalo Colículo inferior

Mesencéfalo

Lobo anterior Lobo Árvore da vida

artercr Arvore

Córtex cerebelar

tía **C2

Núdec ac cereoec

Núcleo do cerebelo Lóbulo flóculo-nodular

Córtex cereo ea r

Lobo posterior

3ubc

Lobo postencr

Pedúnculos cerebelares

Bulbo

Plexo corióideo do quarto ventrículo Lóbulo flóculo-noc-ar

(b) S e c ç ã o sagital m ediana

O S ISTE M A NERVOSO

TABELA 15.10

o cerebelo

Subdivisão

Região/núcleo

Funções

- _: - 'an d a cinzenta

Córtex cerebelar N úcleos d o cerebelo

C o o rd e n a ç ã o s u b c o n s c ie n te e c o n tro le d e m o v im e n to s e m a n d a m e n to d e p a rte s d o c o rp o Id e m ao a n te rio r

xiJ»tãncia branca

Árvore da vida Pedúnculos cerebelares Superior M édio Inferior

C o n e c ta o c ó rte x c ere b e la r e os n ú c le o s d o c ereb elo c o m os p e d ú n c u lo s cerebelares U n e o c ereb elo c o m o m e se n c é fa lo , d ie n c éfalo e c é re b ro C o n té m fib ras tra n sv e rsa is e faz c o m u n ic a ç õ e s e n tre o cereb e lo e a p o n te U n e o cereb e lo c o m o b u lb o e a m e d u la e sp in a l

:: rmação s e n s i t i v a n ã o f a z s i n a p s e n o s n ú c l e o s d o c e r e b e l o , m a s p a s s a itravés das c a m a d a s m a i s p r o f u n d a s d o c ó r t e x c e r e b e l a r p a r a t e r m i n a r proxim o à s u p e r f í c i e c o r t i c a l . A í , e l e s f a z e m s i n a p s e c o m o s p r o c e s s o s i e n 7 - ticos d a s c é l u l a s d e P u r k i n j e . E n t ã o , t r a t o s c o n t e n d o a x ô n i o s d e cehilas de P u r k i n j e r e t r a n s m i t e m o s c o m a n d o s m o t o r e s p a r a n ú c l e o s d o ;erebro e d o t r o n c o e n c e f á l i c o . O s t r a t o s q u e u n e m o c e r e b e lo a o t r o n c o e n c e fá lic o , a o c é r e b r o e à

pedúnculos ce-

— e á u .a e s p in a l d e ix a m o s h e m is fé r io s d o c e r e b e lo c o m o

'-:r~:Lires superior, médio

e

inferior (F ig u r a s 1 5 .1 5 a , 1 5 .1 6

e 1 5 .1 9 b ) . O s

redunculos cerebelares superiores u n e m o c e r e b e l o a o s n ú c l e o s d o m e • ; - ; e t a l o , d i e n c é f a l o e c é r e b r o . O s pedúnculos cerebelares médios e s t ã o c o n e c ta d o s a u m a la r g a fa ix a d e fib r a s q u e c r u z a m a s u p e r fíc ie a n t e r io r i » p c r .t e , e m â n g u l o r e t o a o e i x o l o n g i t u d i n a l d o t r o n c o e n c e f á l i c o . O s p e d ú n c u lo s c e r e b e la r e s m é d io s t a m b é m c o n e c t a m o s h e m is f é r io s d o c e r e ô e lo c o m n ú c le o s p o n t in o s s e n s it iv o s e m o t o r e s . O s

b-e'ares inferiores p e r m i t e m

pedúnculos cere-

a c o m u n ic a ç ã o e n t r e o c e r e b e lo e o s n ú c le o s

i : b u lb o , le v a n d o t r a t o s c e r e b e la r e s a s c e n d e n t e s e d e s c e n d e n t e s v in d o s d a tt tr d u la e s p in a l. O c e r e b e lo é u m

c e n tro d e p ro c e s s a m e n to a u to m á tic o q u e p o s s u i

d u a s fu n ç õ e s p r im á r ia s :

■ Regulação dos músculos posturais do corpo:

O c e r e b e lo c o ­

o r d e n a a ju s t e s r á p id o s e a u t o m á t ic o s q u e m a n t ê m o e q u il íb r io e s ­ t á tic o e d in â m ic o . E sta s a lt e r a ç õ e s n o t o n o m u s c u la r e n a p o s iç ã o s à o r e a liz a d a s p e la m o d if ic a ç ã o d a a t iv id a d e d o n ú c le o r u b r o .

■ Programação e refinamento de movimentos voluntários e invo­ luntários: O c e r e b e l o a r m a z e n a m e m ó r i a s d e p a d r õ e s m o t o r e s a p r e n d id o s . E s t a s fu n ç õ e s s ã o d e s e m p e n h a d a s d e m a n e ir a in d ir e t a , p e la r e g u la ç ã o d a a t iv id a d e a o lo n g o d e v ia s m o t o r a s e n v o lv e n d o o c ó r t e x c e r e b r a l, n ú c le o s d a b a s e e c e n tr o s m o t o r e s n o t r o n c o e n ­ c e fá lic o .

Nota clínica Disfunção cerebelar A função cerebelar pode ser alterada, per­ m anentem ente, por traum atism o ou acidente vascular encefálico, ou, tem porariam ente, por drogas com o o álcool. As alterações podem pro­ duzir distúrbios no controle motor. Em ataxias severas, os problem as no equilíbrio são tão intensos que o indivíduo não pode se sentar ou ficar em posição ereta. A doença m oderada causa uma instabilidade evidente e padrões irregulares de m ovim entos. O indivíduo tipicam e n­ te olha seus pés, quando caminha, para ver onde está pisando e con­ trola os m ovim entos em andam ento por m eio de intensa concentra­ ção e esforço voluntário. Alcançar um ob je to torna-se uma ação que exige grande esforço, porque a única inform ação sensitiva disponível, enquanto o m ovim ento está sendo realizado, deve ser coletada pela visão ou pelo tato. Sem a capacidade cerebelar de regular os m ovi­ m entos enquanto eles ocorrem , o indivíduo não é capaz de antecipar o curso de um m ovim ento em determ inado m om ento. Geralmente, um m ovim ento de alcance term ina com a mão ultrapassando o obje­ to. Esta incapacidade de antecipar e parar um m ovim ento de maneira precisa é chamada de dismetria (dys, mal + metron, medida). Na te n ­ tativa de corrigir a situação, a pessoa em geral ultrapassa novam ente o alvo, desta vez na direção oposta, e assim sucessivam ente. A mão oscila para trás e para frente até que o objeto possa ser apanhado ou a ten ta tiva seja abandonada. Este m ovim ento oscilante é conhecido com o tremor de intenção. Os médicos avaliam a ataxia pela observação do indivíduo ao ca­ m inhar em uma linha reta; o teste habitual para dism etria envolve o toque do nariz com a ponta do dedo indicador* ou o toque, com este, no dedo indicador do exam inador**. Devido à deficiência da função ce­ rebelar causada por muitas drogas, os mesmos testes são usados pelas autoridades policiais para avaliar m otoristas suspeitos de dirigir sob a influência de álcool ou outras drogas. * N . de R.T. Prova ind icad o r-n ariz (o u index-nasus). ** N . de R.T. Prova in d ic a d o r-in d ic a d o r (o u index-index).

O bulbo [Figuras 15.9/15.15/15.16/15.18/15.20 e Tabela 15.11] —

í d u l a e s p in a l e s tá c o n e c t a d a a o t r o n c o e n c e fá lic o p e lo

; : “ ü r o n d e a o m ie le n c é fa lo e m b r io n á r io . O b u lb o , o u

:: n t m u o

bulbo,

to d a s a s c o m u n ic a ç õ e s e n tre o e n c é fa lo e a m e d u la e s p in a l e n v o lv e m t r a ­ que

medula oblonga, é

c o m a m e d u la e s p in a l. O a s p e c t o e x t e r n o d o b u lb o é m o s t r a d o

i L - F ig u r a s 1 5 .9 a e 1 5 .1 6 . O s c e n t r o s e n ú c l e o s m a i s i m p o r t a n t e s e s t ã o i r r i t c a d o s n a F ig u ra 1 5 .2 0 e n a T a b e l a 1 5 . 1 1 . A F ig u ra 1 5 .1 5 a m o s t r a o b u l b o e m s e c ç ã o s a g i t a l m e d i a n a . A p a r t e

to s a s c e n d e n t e s e d e s c e n d e n t e s q u e p a s s a m p e lo b u lb o . O s n ú c le o s d o b u lb o p o d e m s e r ( 1 ) e s ta ç õ e s d e r e t r a n s m is s ã o a o lo n ­ g o d e v ia s s e n s it iv a s e m o t o r a s , ( 2 ) n ú c le o s s e n s it iv o s o u m o t o r e s a s s o c ia ­ d o s a o s n e r v o s c r a n ia n o s lig a d o s a o .b u lb o o u ( 3 ) n ú c le o s a s s o c ia d o s c o m o c o n t r o le a u t o n ô m ic o d e a tiv id a d e s v is c e r a is .

n íe r io r se a s s e m e lh a à m e d u la e s p in a l, p o r s e r c ilin d r ó id e e p o s s u ir u m

1. Estações de retransmissão: T r a t o s a s c e n d e n t e s p o d e m f a z e r s i n a p s e e m

c a n a l c e n t r a l e s tr e ito . P r ó x im o à p o n t e , o c a n a l c e n t r a l se d ila t a e t o r n a - s e

n ú c le o s s e n s it iv o s o u m o t o r e s q u e a t u a m c o m o e s ta ç õ e s d e r e t r a n s ­

; : rttm u o c o m o q u a r t o v e n t r íc u lo .

m is s ã o e c e n tr o s d e p r o c e s s a m e n to . P o r e x e m p lo , o

O b u lb o c o n e c t a fis ic a m e n t e o e n c é fa lo à m e d u la e s p in a l, e m u it a s d e >u a s f u n ç õ e s e s t ã o d i r e t a m e n t e r e l a c i o n a d a s a e s t a c o n e x ã o . P o r e x e m p l o ,

núcleo grácil e núcleo cuneiforme l e v a m i n f o r m a ç ã o s e n s i t i v a s o m á t i c a p a r a o t á l a m o . O s núcleos do complexo olivar inferior r e t r a n s m i t e m i n o

C a p ít u l o

15 • O Sistema Nervoso: O Encéfalo e os Nervos Cranianos

Complexo olivar inferior Centros cardiovasculares

V éu m eôL áar in fe r io r t f x a ç ã c à p a rte

B u lb o

mer--

b ran o sa d o

Centro rítmico respiratório

te to d o o u a r c ven tn c u o

Núcleo solitário Núcleo cuneiforme

Oliva Pirâmides

Núcleo grácil S u lc o r e o a r c p o ste n o r

Formação reticular

Funicuo

- Funículo lateral (a) Vista anterior

postenor (b) Vista póstero-lateral

Mgura 15.20 O bulbo.

TABELA 1 5 .1 1

O b u lb o

Subdivisão

Região/núcleo

Funções

S u b stâ n cia c in z e n ta

N ú c le o grácil

R e t r a n s m ite m in fo r m a ç ã o s e n s itiv a s o m á tic a a o s n ú c le o s v e n t r a is p o s te r io r e s d o t á la m o

N ú c le o c u n e ifo r m e C o m p le x o o liv a r in fe r io r

R e t r a n s m i t e i n f o r m a ç ã o d a m e d u l a e s p i n a l, n ú c l e o r u b r o , o u t r o s c e n t r o s d o m e s e n c é f a l o e c ó r t e x c e r e b r a l a o v e r m e d o c e r e b e lo

C e n tr o s r e fle x o s C e n tr o s c a r d ía c o s

R e g u la m a f r e q ü ê n c i a c a r d í a c a e a f o r ç a d e c o n t r a ç ã o d o c o r a ç ã o

C e n tr o s v a s o m o to r e s C e n tr o s r ítm ic o s r e s p ir a tó r io s

R e g u la m a d is t r ib u iç ã o d e flu x o s a n g ü ín e o

O u tr o s n ú c le o s /c e n tr o s

I n s t itu e m o r it m o d o s m o v im e n t o s r e s p ir a t ó r io s N ú c le o s s e n s itiv o s e m o t o r e s p a r a c in c o n e r v o s c r a n ia n o s N ú c le o s d e r e t r a n s m is s ã o d e in fo r m a ç ã o s e n s itiv a a s c e n d e n te d a m e d u la e s p in a l p a r a c e n tr o s >

> ub> táncia b ra n ca

T r a to s a sc e n d e n te s e d e s c e n d e n te s

U n e m o e n c é fa lo à m e d u la e s p in a l

formação da medula espinal, do córtex cerebral, do diencéfalo e do tronco encefálico para o córtex cerebelar. O grande volume do comrlexo olivar inferior forma as olivas, saliências proeminentes situadas na superfície ventrolateral do bulbo (Figura 15.18). 2. Siicleos dos nervos cranianos: O bulbo contém núcleos sensitivos e motores associados a cinco nervos cranianos (N VIII, N IX, N X, N XI eN XII). Esses nervos cranianos inervam músculos da faringe, pesco­ ço e dorso, assim como vísceras das cavidades torácica e abdominal. 3. Siicleos autonômicos: A formação reticular no bulbo contém núcleos e centros responsáveis pela regulação de funções autonômicas vitais. Lstes centros reflexos recebem aferência dos nervos cranianos, cór­ tex cerebral, diencéfalo e tronco encefálico, e suas eferências contro­ lam ou regulam as atividades de um ou mais sistemas periféricos. Os principais centros incluem os seguintes: ■ Centros cardiovasculares, que regulam a freqüência cardíaca, a

força de contração do coração e o fluxo sangüíneo através de te­ cidos periféricos. Com base nas suas funções, os centros cardio­ vasculares podem ser subdivididos em centros cardíacos (kardia,

coração) e vasomotores (vas, dueto), mas seus limites anatõrr.ic na são difíceis de determinar. ■ Centros rítmicos respiratórios, que instituem o ritmo bi :: ioi

movimentos respiratórios; sua atividade é regulada por aferencu dos centros apnêustico e pneumotáxico da ponte. x _________________________ E REVISÃO DOS CONCEITOS 1. Em que parte do encéfalo você encontra o verme e a árvore da vda”

2. 0 bulbo é uma das menores partes do encéfalo, mas uma lesão nesse ocal pode levar à morte, enquanto uma lesão semelhante no cérebro pooe sar despercebida. Por quê? 3. Quais são as funções dos núcleos na lâmina do teto do mesencéfaíc? 4. Quando a substância negra perde sua coloração escura, seus net^ònes perdem a capacidade de sintetizar dopamina. Quais poderiam ser os sras clínicos desta patologia? Veja a seção de Respostas na parte final oo

írz

O SISTEMA NERVOSO

Os nervos cranianos

m o s r o m a n o s s ã o g e r a lm e n te u s a d o s s o z in h o s o u p r e c e d id o s d e N o u N C U t iliz a r e m o s a a b r e v ia t u r a N , q u e é h a b it u a lm e n t e p r e fe r id a p e lo s a n a ­ to m is ta s h u m a n o s e n e u r o lo g is t a s . O s a n a to m is ta s v e t e r in á r io s p r e fe r e r .

Figura 15.21 e Tabela 15.12]

N C , u m a a b r e v ia t u r a ig u a lm e n t e v á lid a . I

- n e r v o s c r a n ia n o s s ã o c o m p o n e n t e s d o s is te m a n e r v o s o p e r ifé r ic o q u e

>; ': : a m n ia n

j

a o e n c é fa lo e n ã o à m e d u la e s p in a l. D o z e * p a r e s d e n e r v o s c r a -

s p o d e m s e r e n c o n t r a d o s n a s u p e r f íc ie v e n t r o l a t e r a l d o e n c é f a lo (F i­

g u r a 1 5 . 2 1 ) , c a d a u m d e le s c o m u m n o m e r e la c io n a d o a o s e u a s p e c t o o u fu n ç ã o . A T a b e la 1 5 . 1 2 a p r e s e n t a u m r e s u m o d a lo c a liz a ç ã o e d a s f u n ç õ e s d o s n e r v o s c r a n ia n o s .

co ra:

c e n tro s d e c o m u ta ç ã o , c o m o s n e u r ô n io s p ó s -s in á p tic o s r e t r a n s m itin c a in fo r m a ç ã o p a r a o u t r o s n ú c le o s o u p a r a c e n tr o s d e p r o c e s s a m e n t o n o c ó r t e x c e r e b r a l o u n o c ó r t e x c e r e b e la r . D a m e s m a m a n e ir a , o s n ú c le c í m o to r e s re c e b e m e fe r ê n c ia q u e c o n v e r g e d e c e n tro s s u p e r io r e s o u d e o u ­

O s n e r v o s c r a n ia n o s sã o n u m e r a d o s d e a c o r d o c o m s u a p o s iç ã o a o r. g o d o e i x o l o n g i t u d i n a l d o e n c é f a l o , c o m e ç a n d o n o c é r e b r o . A l g a r i s -

" S . de R.T. A T erm in o lo g ia A n a tô m ic a oficial reg istra, n a versão a tu al, o n e rv o te rm in a l, o a e r t o craniano 0 (zero ), o q u e e m tese eleva p a ra treze o n ú m e ro d e p ares c ra n ia n o s.

TABELA 15.12

C a d a n e r v o c r a n ia n o s e lig a a o e n c é fa lo , p r ó x im o a o s n ú c le o s s e n ­ s it iv o s o u m o t o r e s a e le a s s o c ia d o s . O s n ú c le o s s e n s it iv o s a t u a m

tr o s n ú c le o s a o lo n g o d o t r o n c o e n c e fá lic o . A p r ó x im a s e ç ã o c la s s ific a o s n e r v o s c r a n ia n o s c o m o s e n s itiv o g e r i. s e n s it iv o e s p e c ia l, m o t o r o u m is to ( s e n s it iv o e m o t o r ) . E s t e é u m m é t o c ú til d e c la s s ific a ç ã o , m a s é b a s e a d o a p e n a s n a fu n ç ã o p r im á r ia , e u m n e n :

Os nervos cranianos

Nervo craniano (#)

Gânglio sensitivo

Ramos

Funçao primária

Forame

Inervação

O lfa t ó r io (I)

S e n s i t i v o e s p e c ia l

L â m in a c r ib r ifo r m e

E p i t é li o o l f a t ó r i o

Ó p tic o (II)

S e n s it i v o e s p e c ia l

C a n a l ó p tic o

R e tin a d o o lh o

O c u lo m o to r (III)

M o to r

F is s u r a o r b ita l s u p e r io r

M ú s c u l o s r e t o s i n f e r i o r , m e d ia i e s u p e r i o r , o b lí q u o i n f e r i o r e l e v a n t a d o r d a p á lp e b r a ; m ú s c u lo s in tr ín s e c o s d o b u lb o d o o lh o

M o to r

T r o c le a r ( I V ) T r ig ê m e o ( V )

F is s u r a o r b ita l s u p e r io r

Á r e a s a s s o c ia d a s à m a x ila e m a n d íb u la

M is t o

T r ig e m in a l

M ú s c u lo o b líq u o s u p e r io r

O f t á lm i c o *

S e n s itiv o

F is s u r a o r b ita l s u p e r io r

M a x ila r *

S e n s itiv o

F o ra m e red o n d o

E s t r u t u r a s o r b i t a i s , c a v i d a d e n a s a l, p e le d a fr o n t e , p á lp e b r a s u p e r i o r , s o b r a n c e lh a s , n a r i z ( p a r t e ) P á l p e b r a i n f e r i o r ; l á b i o , g e n g i v a s e d e n t e s s u p e r io r e s ; b o c h e c h a , n a r i z ( p a r t e ) , p a la t o e f a r i n g e ( p a r t e )

M a n d ib u la r *

M is t o

F o ram e oval

Sensitivo p a r a

g e n g iv a s , d e n te s e lá b io in fe r io r e s ;

p a la t o ( p a r t e ) e l í n g u a ( p a r t e ) .

Motor p a r a

os

m ú s c u lo s d a m a s t i g a ç ã o M o to r

A b d u c e n te (V I) F a c ia l ( V I I )

M is t o

G e n ic u la d o

Y e s t í b u lo c o c l e a r

F is s u r a o r b ita l s u p e r io r

M ú s c u l o r e t o la t e r a l

M e a to a c ú s tic o in te r n o

Sensitivo p a r a

ao can al do n ervo

a n t e r io r e s d a lín g u a .

f a c i a l; s a i n o f o r a m e

g lâ n d u la la c r im a l, g lâ n d u la s u b m a n d ib u la r e g lâ n d iL i

e s tilo m a s tó id e o

s u b li n g u a l

o s r e c e p to re s g u s ta tiv o s d o s d o is te rço s

Motor p a r a

o s m ú s c u l o s d a fa c e .

C o c le a r

S e n s i t i v o e s p e c ia l

M e a to a c ú s tic o in te r n o

C ó c le a (re c e p to re s d a a u d iç ã o )

V e s t ib u la r

S e n s it i v o e s p e c ia l

Id e m a o a n t e r io r

V e s t í b u l o ( r e c e p t o r e s d o e q u i l í b r i o e s t á t ic o e

I V ffl)

d in â m ic o ) C -A > s s o fa rín g e o ( I X )

S u p e r i o r e in f e r i o r

M is t o

F o ra m e ju g u la r

Sensitivo d o

t e r ç o p o s t e r i o r d a l í n g u a ; f a r i n g e e p a la t o

( p a r t e ) ; s e io e g l o m o c a r ó t i c o s ( r e g u l a a p r e s s ã o a r te r ia l, o p H e n ív e is d o s g a se s r e s p ir a t ó r io s ) .

Motor

p a r a o s m ú s c u lo s d a f a r i n g e e g l â n d u l a p a r ó t i d a ( s a liv a r ) V ago (X )

S u p e r i o r e in f e r i o r

M is t o

F o r a m e ju g u la r

Sensitivo d a

f a r i n g e ; o r e lh a e m e a t o a c ú s t i c o

e x t e r n o ; d ia fr a g m a ; v ís c e r a s n a s c a v id a d e s to r á c ic a e a b d o m i n a l.

Motor p a r a

o s m ú s c u lo s d o p a la t o m o l e

e d a fa r in g e e p a r a v ís c e r a s n a s c a v id a d e s to r á c ic a e a b d o m in a l A c e s s ó r io ( X I )

R a m o in t e r n o

M o to r

F o ra m e ju g u la r

M ú s c u l o s e s q u e lé t ic o s d o p a la t o m o l e , f a r i n g e e la r in g e (c o m r a m o s d o n e r v o v a g o )

R a m o e x tern o H ip o g lo s s o ( X II)

M o to r

F o ra m e ju g u la r

M ú s c u lo s tr a p é z io e e s te r n o c le id o m a s t ó id e o

M o to r

C a n al d o n ervo

M u s c u l a t u r a d a lí n g u a

h ip o g lo s s o

- N . d e R.T. N a T e rm in o lo g ia A n a tô m ic a, os ra m o s d o n e rv o trig êm e o são d e n o m in a d o s n e rv o s e são ta m b é m in d ic a d o s pelas siglas V PV2 e V3.

C a p it u lo

15 • O Sistema Nervoso: O Encéfalo e os Nervos Cranianos

Bulbo olfatório, terminação do nervo olfatório (N I) ------- Trato olfatório-------Corpo

------ Quiasma óptico-------

-namttar

-----Nervo óptico (N II)-----

Artéria Dasüar

----------- Infundíbulo ------------

Nervo oculomotor (N III) Nervo troclear (N IV) Nervo trigêmeo (N V) Nervo abducente (N VI) Nervo facial (N VII) -------Nervo ------vestibulococlear (N VIII) ---------- Nervo ---------glossofaríngeo (N IX) P o n te

— Nervo vago (N X) —

Artéria Nervo hipoglosso (N XII)

«erreò ra/

Cer&oeJo & Jb o

Uuàda es&nal

Nervo acessório (N XI) (a) Vista inferior

(b) Vista inferior

Crista etm oidal

Bulbo olfatório (terminação de N I) Trato olfatório Nervo óptico (N II) Nervo oculomotor (N III) Nervo abducente (N VI) Nervo troclear (N IV) Nervo trigêmeo (N V) Nervo facial (N VII) Nervo vestibulococlear (N VIII) Raízes dos nervos glossofaríngeo (N IX), vago (N X) e acessório (N XI) Raiz espinal do nervo acessório Nervo hipoglosso (N XII) Foice d o cérebro (seccionada) (c) V ista s u p e r io r

Figura 15.21 Origens dos nervos cranianos. (a) Face inferior do encéfalo, com o ao^ rece em uma dissecação macroscópica. As raízes dos nervos cranianos estã o claramente visíveis, (b) Vista e s c - e - õ tica da face inferior do encéfalo t u » no; com pare com a parte (a), (c) V IsH superior da cavidade do crânio cor- : cérebro e a metade direita do len>ónp do cerebelo removidos. Partes de . 5- :s nervos cranianos são visíveis.

O SISTEMA NERVOSO

c r a n ia n o p o d e te r im p o r t a n t e s fu n ç õ e s s e c u n d á r ia s . D o is e x e m p lo s s a o

o te to d a c a v id a d e n a s a l, c o n c h a n a s a l s u p e r i o r e p a r t e s u p e r io r d o s e p t o n a s a l. A x ô n i o s d e s t e s n e u r ô n i o s s e n s it iv o s se r e ú n e m p a r a f o r m a r 2 0 o u

d ig n o s d e n o ta : 1 . C o m o e m q u a lq u e r o u t r o lu g a r n o s is te m a n e r v o s o p e r ifé r ic o , u m n e r v o c r a n ia n o c o n te n d o d e z e n a s d e m ilh a r e s d e fib r a s m o to r a s p a r a u m m ú s c u lo e s q u e lé t ic o t a m b é m c o n te r á fib r a s s e n s it iv a s v in d a s d o s r r o p r io c e p t o r e s d e s s e m ú s c u lo . E s s a s fib r a s s e n s it iv a s , e m b o r a s a b i­ a m e n t e p re se n te s , s ã o ig n o r a d a s n a c la s s ific a ç ã o b a s e a d a n a fu n ç ã o

m a is fe ix e s q u e a t r a v e s s a m a lâ m in a c r i b r i f o r m e d o e t m ó id e . E s s e s fe ix e s são os co m p o n e n te s d o s

nervos olfatórios (N I). Q u a s e i m e d i a t a m e n t e bulbos olfatórios, m a s s a s n e u r o n a i s s i t u a d a -

e s s e s fe ix e s p e n e t r a m n o s

d e c a d a la d o d a c r is ta e t m o id a l. A s fib r a s o lfa t ó r ia s a fe r e n te s fa z e m s i­ n a p s e n o s b u lb o s o lfa t ó r io s . O s a x ô n io s d o s n e u r ô n io s p ó s -s in á p tic o s s e d ir ig e m a o c é r e b r o , f o r m a n d o o s d e lg a d o s

p r im á r ia d o n e rv o . 2 . Á p e sa r d a s su a s o u t r a s fu n ç õ e s , m u it o s n e r v o s c r a n ia n o s ( N III, N V I I , N I X e N X ) d is t r ib u e m fib r a s a u t o n ô m ic a s a g â n g lio s p e r ifé r i­ c o s a s s im c o m o o s n e r v o s e s p in a is a s le v a m p a r a o s g â n g lio s a o lo n g o d a m e d u la e s p in a l. A p r e s e n ç a d e s t e p e q u e n o n ú m e r o d e fib r a s a u to n ó m ic a s é r e c o n h e c id a (e s e r á d is c u t id a a d ia n te , n o C a p ít u lo 1 7 ) , m a s

15.21

e

tratos olfatórios (Figures

15.22).

U m a v e z q u e o s tr a to s o lfa t ó r io s se p a r e c e m c o m n e r v o s p e r ifé r ic o í t íp ic o s , o s a n a t o m is t a s , a c e r c a d e u m s é c u lo a tr á s , n ã o o s id e n t ific a r a m c o m o o p r im e ir o n e r v o c r a n ia n o . M a is ta rd e , e s tu d o s d e m o n s tr a r a m q u ; o s tr a to s e o s b u lb o s o lfa t ó r io s fa z e m p a r t e d o c é r e b r o , m a s e n t ã o o s is te ­ m a d e n u m e r a ç ã o d o s n e r v o s c r a n ia n o s j á e s ta v a fir m e m e n t e e s ta b e le c id o

ig n o r a d a n a c la s s ific a ç ã o d o n e rv o .

O s a n a to m is ta s d e p a r a r a m - s e , e n t ã o , c o m u m a p r o fu s ã o d e fin o s fe ix e s d e

O nervo olfatório (N I)

n e r v o s o l f a t ó r i o s , q u e f o r a m a g r u p a d o s c o m o N I.

[Figuras 15.21/15.22]

Função primária: S e n s i t i v a e s p e c i a l ( o l f a t o ) Origem: R e c e p t o r e s d o e p i t é l i o o l f a t ó r i o Forame. L â m i n a c r i b r i f o r m e d o e t m ó i d e Terminação: B u l b o s o l f a t ó r i o s O p r im e ir o p a r d e n e r v o s c r a n ia n o s

O s n e r v o s o lfa t ó r io s sã o o s ú n ic o s n e r v o s c r a n ia n o s d ire ta m e n te l i ­ g a d o s a o c é r e b r o . O s r e s ta n te s se o r ig in a m o u t e r m in a m n o s n ú c le o s d c d i e n c é f a l o o u t r o n c o e n c e f á l i c o , e a i n f o r m a ç ã o s e n s i t i v a a s c e n d e n t e fa z s in a p s e n o t á la m o , a n te s d e a t in g ir o c é r e b r o .

pág. 149

(Figura 15.22)

le v a in fo r m a -

ç ã o > e n s itiv a e s p e c ia l r e s p o n s á v e l p e lo s e n t id o d o o lf a t o . O s r e c e p t o r e s o lfa t ó r io s s ã o n e u r ô n io s e s p e c ia liz a d o s s it u a d o s n o e p it é lio q u e r e c o b r e

O nervo Óptico (N II)

[Figuras 15.21/15.23]

Função primária: S e n s i t i v a e s p e c i a l Origem: R e t i n a d o b u l b o d o o l h o

(v is ã o )

Bulbo olfatório — esquerdo (terminação do nervo olfatório) Trato olfatório----(ao córtex olfatório do cérebro) NERVO OLFATÓRIO (N I) Lâmina cribriforme do etmóide Epitélio olfatório

Figura

15.22 O nervo olfatório.

Fibras do olfatório

C a p ít u l o

Forame. C a n a l ó p t i c o d o Terminação: D i e n c é f a l o ,

e s fe n ó id e o o p á g .

15 • O Sistema Nervoso: O Encéfalo e os Nervos Cranianos

149

p o r m e io d o q u ia s m a ó p tic o

Oí nervos ópticos ( N II) l e v a m i n f o r m a ç ã o v i s u a l d e g â n g l i o s s e n s i ­ tivos e s p e c i a i s n o s o l h o s . E s s e s n e r v o s , e s q u e m a t i z a d o s n a Figura 15.23, ;: ntém c e r c a d e 1 m i l h ã o d e f i b r a s s e n s i t i v a s . E le s p a s s a m p e l o s c a n a i s ó p ­ t i c o * do e s f e n ó i d e a n t e s d e c o n v e r g i r e m p a r a a s m a r g e n s v e n t r a l e a n t e r i o r : c i e n c é f ã l o , f o r m a n d o o quiasma óptico (chiasma, c r u z a m e n t o ) . N o quiasma ó p t i c o , a s f i b r a s m e d ia i s d e c a d a n e r v o ó p t i c o c r u z a m p a r a o l a d o íposto, ou c o n t r a l a t e r a l , d o c é r e b r o , e n q u a n t o a s f i b r a s l a t e r a i s d e c a d a trato p e r m a n e c e m n o m e s m o l a d o , o u i p s i l a t e r a l , d o c é r e b r o . O s a x ô n i o s , asora r e o r g a n i z a d o s , c o n t i n u a m e m d i r e ç ã o a o s c o r p o s g e n i c u l a d o s l a t e ­

r a is d o m e t a t á la m o , c o m o

tratos ópticos (Figuras 15.21

e

15.23

-:

fa z e r s in a p s e n o s c o r p o s g e n ic u la d o s la te r a is , a s fib r a s v is u a is d e p r o e : i : l e v a m a m e n s a g e m a o l o b o o c c i p i t a l d o c é r e b r o . D e s t a d i s p o s i ç ã o r e s u lt , q u e c a d a h e m is fé r io c e re b ra l re c e b e m e n s a g e m v is u a l d a m e ta d e la t e r i. d r e t in a d o o lh o ip s ila t e r a l e d a m e t a d e m e d ia i d a r e t in a d o o lh o c o n t r i k t e r a l. U m n ú m e r o r e l a t i v a m e n t e p e q u e n o d e a x ô n i o s d o s t r a t o s ó p t i c o s r ^ > s o b r e o s c o r p o s g e n ic u la d o s la te r a is e fa z s in a p s e d ir e ta m e n te n o s c o b c u l s u p e r io r e s d o m e s e n c é fa lo . E s t a v ia s e rá d is c u t id a n o C a p ít u lo 1 8 .

* N. de R.T. Conhecidas, em conjunto, com o radiação óptica, radiação de Gratioiet- >w realidade, trata-se de fibras geniculocalcarinas, não nom eadas com o tal na Termin A sa tômica.

Bulbo otfatónc Trato o> fa:crc

NERVO ÓPTICO (N II) Quiasma óptico

Hipófise Trato óptico

M e se n c é fa lo (se ccio n a d o )

Corpo genKX*aoc lateral (no metatálamc

Fibras visuae de proteção (radiação cçeca

: rjra 15.23

O nervo óptico.

Córtex visual (no lobo occipital)

t

m

420

0 SISTEMA NERVOSO

O nerv o oculomotor (N III)

Forame. F i s s u r a o r b i t a l s u p e r i o r pág. Terminação: M ú s c u l o o b l í q u o s u p e r i o r

[Figuras 15.21/15.24]

Função primária: M o t o r a ( m o v i m e n t o s o c u l a r e s ) Origem: M e s e n c é f a l o Forame. F i s s u r a o r b i t a l s u p e r i o r pág. 14 9 Terminação: Motora somática: M ú s c u l o s r e t o s u p e r i o r ,

O

in fe r io r e

a l: m ú s c u l o o b l í q u o i n f e r i o r ; m ú s c u l o l e v a n t a d o r d a p á l p e b r a s u p e r io r V .w r a

visceral: M ú s c u l o s

pág. 267

p o lia ) , o m e n o r d o s n e r v o s c r a n ia n

(Figura 15.24).

O n ú c le o m o t o r se

lo c a liz a n a p a r t e v e n t r o la t e r a l d o m e s e n c é fa lo , m a s a s fib r a s e m e r g e m d a s u p e r fíc ie d a lâ m in a d o te to d o m e s e n c é fa lo , p a r a p e n e tr a r n a ó r b ita a tr a ­

(Figura 15.21). O

nom e

nervo troclear s e r v e

p a r a l e m b r a r q u e o m ú s c u l o p o r e le i n e r v a d o p a s s a a t r a v é s d e u m a a lç a

in tr ín s e c o s d o b u lb o d o o lh o

fib ro sa , o u

tróclea, n o

s e u t r a je t o p a r a se in s e r ir n a s u p e r fíc ie s u p e r io r d o

b u lb o d o o lh o .

r .e r v o s c r a n i a n o s . O n e r v o o c u l o m o t o r ( N I I I ) e m e r g e d a s u p e r f í ­

cie i r . : e n o r

d o m e s e n c é fa lo

(Figura 15.21)

e p e n e tr a n a p a re d e p o s te r io r

d - : r b ita a tra v é s d a fis s u r a o r b ita l s u p e r io r . O n e r v o o c u lo m o t o r 15 24

trochlea,

v é s d a fis s u r a o r b ita l s u p e r io r

pág. 267

O m e s e n c é fa lo c o n t é m o s n ú c le o s m o t o r e s p e r t e n c e n t e s a o s te r c e ir o e ___ r :

n e r v o t r o c le a r (

in e r v a o m ú s c u lo o b líq u o s u p e r io r

149

(Figura

c o n t r o l a q u a t r o d o s s e is m ú s c u l o s e x t r í n s e c o s d o b u l b o d o o l h o e

O nervo trigêmeo (N V) Função primária: M i s t a

[Figuras 15.21 / 15.25 ]

(s e n s itiv a e m o t o r a ) ; n e r v o s o ftá lm ic o e m a ­

x ila r * , s e n s it iv o s , e n e r v o m a n d ib u la r * , m is to

: —l u s c u l o l e v a n t a d o r d a p á l p e b r a s u p e r i o r . O n e r v o o c u lo m o t o r ta m b é m e m ite fib r a s a u t o n ô m ic a s p r é - g a n g lio -

Origem: Nervo oftálmico ( s e n s i t i v o ) : E s t r u t u r a s

o r b ita is , c a v id a d e n a ­

r_ ire > p a r a n e u r ô n i o s d o g â n g l i o c i l i a r . O s n e u r ô n i o s p ó s - g a n g l i o n a r e s

sa l, p e le d a fr o n te , p á lp e b r a s u p e r io r , s o b r a n c e lh a e p a r t e d o n a r iz

; : n t r o la m o s m ú s c u lo s in tr ín s e c o s d o b u lb o d o o lh o . E ss e s m ú s c u lo s

Nervo maxilar ( s e n s i t i v o ) :

ir t e r a m o d iâ m e t r o d a p u p ila , a ju s t a n d o a q u a n t id a d e d e lu z q u e p e n e ­

s u p e r io r e s ; b o c h e c h a ; n a r iz , p a la t o e p a r t e d a fa r in g e

P á lp e b r a in fe r io r , lá b io , g e n g iv a s e d e n te s

t r a n o o lh o , e m u d a m a fo r m a d a le n te , a fim d e fo c a liz a r a im a g e m n a

Nervo mandibular ( m i s t o ) :

r e t in a .

r io r e s ; p a la t o e lín g u a ( p a r t e ) ; m o t o r d o n ú c le o m o t o r d o tr ig ê m e o . n a p o n te

O nervo troclear (NIV) Função primária: M o t o r a Origem: M e s e n c é f a l o

Mtisculo obüquo

S e n s itiv o d o lá b io , g e n g iv a s e d e n te s in fe ­

(Figura 15.21)

[Figuras 15.21 / 15 .24 ]

( m o v im e n t o s o c u la r e s )

Músculo reto superior

* N. de R.T. Na Term inologia A natôm ica, os ram os do nervo trigêm eo são denom inado? nervos e são tam bém indicados pelas siglas V ,, V2 e V3.

NERVO ÓPTICO (N II)

Q u ia s m a ó p tic o

NERVO OCULO­ NERVO MOTOR (N III) TROCLEAR (N IV)

sjpeoor Tnjctea

et-araoor ^aoecxa

sjx n o r

trigêmeo (N V), seccionado

tAjscuto

Nervo vestibulococlear (N VIII), seccionado

obüquo r^atior

Nervo facial (N VII), seccionado Músculo reto inferior : e . '= 15.24

G â n g lio c ilia r

Músculo reto mediai

Músculo reto lateral (seccionado)

NERVO ABDUCENTE (N VI)

Nervos cranianos que controlam os músculos extrínsecos do bulbo do olho.

C a p ít u l o

Forame.

N e r v o o ftá lm ic o , a tra v é s d a fis s u r a o r b ita l s u p e r io r ; n e r v o

maxilar, a t r a v é s d o f o r a m forame o v a l oe pág. 149

Terminação: tn a

e r e d o n d o ; n e r v o m a n d ib u la r , a tr a v é s d o

N e r v o s o ft á lm ic o , m a x ila r e m a n d ib u la r ( p a r t e s e n s i-

pág. 268

o s m ú s c u lo s d a m a s t ig a ç ã o

r e d o n d o , p e n e tr a n d o n o s o a lh o d a ó r b ita a tra v é s d a fis s u r a o r t : ^

nervo infra-orrzu _

p a s s a a t r a v é s d o f o r a m e in f r a - o r b it a l e s u p r e a s p a r t e s d a fa c e c e n t e s a e le .

Nervo mandibular (V3).

O

n erv o m a n d ib u la r

é o m a io r ra m .

a

A r > o n te c o n t é m n ú c l e o s a s s o c i a d o s a t r ê s n e r v o s c r a n i a n o s ( N V , N V I

n e r v o t r ig ê m e o e le v a to d a s as s u a s fib r a s m o to r a s . E ss e n e r v o d e _ \a

nervo tri-

o c r â n io a tr a v é s d o fo r a m e o v a l. O s c o m p o n e n t e s m o t o r e s d o n e _ - :

; N M I ) e c o n tr ib u i p a r a o c o n tr o le d e u m q u a r to ( N V II I ) . O

gem eo Figura 15.25) r_:

p e lo n e r v o m a x ila r . O n e r v o m a x ila r d e ix a o c r â n io a tr a v é s d o fo r a m e

in fe r io r . U m d o s r a m o s p r in c ip a is d e ss e n e r v o , o

p a r a o s n ú c le o s s e n s it iv o s n a p o n t e ; n e r v o m a n d ib u la r ( p a r te

m otora ) p a r a

421

15 • O Sistema Nervoso: O Encéfalo e os Nervos Cranianos

é o m a io r n e r v o c r a n ia n o * . E s te n e r v o m is to p r o v ê

m a ç ã o s e n s it iv a d a c a b e ç a e d a fa c e e c o n t r o le m o t o r d o s m ú s c u lo s

m a n d ib u la r in e r v a m

o s m ú s c u lo s d a m a s tig a ç ã o . A s fib r a s s e n í.r :-

v a s le v a m in fo r m a ç ã o p r o p r io c e p t iv a d e ss e s m ú s c u lo s e s u p r e m

.

a _ — ^ > :ig a ç ã o . A s r a íz e s s e n s it iv a ( d o r s a l ) e m o t o r a ( v e n t r a l ) o r i g i n a m -

p e l e d a r e g i ã o t e m p o r a l ; ( 2 ) s u p e r f í c i e l a t e r a l , g e n g i v a e d e r .t e - - aa.

- ; a : >j p e r f í c i e l a t e r a l d a p o n t e . A r a i z s e n s i t i v a é a m a i o r , e o e n o r m e

m a n d íb u la ; (3 ) g lâ n d u la s s a liv a r e s * * ; e (4 ) p a r te s a n te r io r e s d a

íin g lio trigem in al ( gânglio semilunar)

gua***.

c o n té m

o s c o r p o s c e lu la r e s d o s

n e u r ô n io s s e n s it iv o s . C o m o o n o m e in d ic a , o n e r v o t r ig ê m e o te m ren

trê s

>s I r a m o s ) p r i n c i p a i s ; a r a i z m o t o r a , r e l a t i v a m e n t e m e n o r , c o n t r i b u i

T

p 2 2 a p e n a s u m d o s trê s n e rv o s .

Ser\’o oftálmico (V,).

O

O s n e r v o s (r a m o s ) d o n e r v o t r ig ê m e o e s tã o a s s o c ia d o s a o s

ciliar, pterigopalatino, submandibular e ótico. E s s e s

-

gá*-.

g â n g lio s sã o a u t o o ó -

m ic o s e s e u s n e u r ô n io s in e r v a m e s t r u t u r a s d a fa c e . O n e r v o t r ig é m e

n ervo oftálm ico

d o n e r v o tr ig ê m e o é e x ­

c lu s iv a m e n te s e n s it iv o . I n e r v a e s tr u tu r a s o r b it a is , c a v id a d e n a s a l e

c o n té m

fib r a s m o to r a s v is c e r a is , e to d a s a s s u a s fib r a s p a s s a m p o r e sse s

g â n g lio s s e m n e le s fa z e r s in a p s e . E n tr e t a n t o , r a m o s d e o u t r o s n e r - : - c r a ­

nervo facial, p o d e m

s e io s p a r a n a s a is , a p e le d a fr o n t e , s o b r a n c e lh a s , p á lp e b r a s e n a r iz . O

n ia n o s , c o m o o

r e r v o o ft á lm ic o d e ix a o c r â n io a tr a v é s d a fis s u r a o r b it a l s u p e r io r e,

m o s p o d e m in e r v a r o s g â n g lio s ,e s u a s fib r a s a u t o n ô m ic a s p ó s - g a r .i

e n tã o , se r a m ific a n o in te r io r d a ó r b ita .

re s p o d e m , e n tã o , c a m in h a r ju n t o c o m a s d o n e r v o tr ig ê m e o , e m d ir e c i

S e n o maxilar (V2).

se u n ir a o n e r v o tr ig ê m e o ; e sse í r a ­

à s e s tr u tu r a s p e r ifé r ic a s . O g â n g lio c ilia r fo i e s tu d a d o a n te s O

n ervo m axilar

d o n e r v o tr ig ê m e o ta m b é m

; e x c lu s iv a m e n t e s e n s it iv o . S u p r e a p á lp e b r a in fe r io r , o lá b io s u p e r io r ,

paa

-2

o s o u t r o s g â n g lio s s e rã o d is c u tid o s , b re v e m e n te , c o m o s r a m o s d

facial ( N

e :~

V II).

a b o c h e c h a e o n a r iz . E s t r u t u r a s s e n s it iv a s p r o fu n d a s d a g e n g iv a e a e n te s s u p e r io r e s , p a la t o e p a r te s d a fa r in g e t a m b é m s ã o in e r v a d o s

** N . d e R.T. Exceto a g lâ n d u la p a ró tid a . ’ N . i e R.T. E m esp essu ra, p o rq u e em c o m p rim e n to é o n e rv o vago (N X).

*** N . de R.T. A pen as a sensib ilid ad e so m ática g eral, m as n ã o o sen tid o d o p a . : ~

Fissura orbital superior

Nervo oftálmico

Gânglio trigeminal

Nervos supra-orbitais

Gânglio ciliar

Forame redondo

Ponte NERVO TRIGÊMEO íN V) Nervo maxilar

Nervo infra-orbita

Forame oval Nervo lingual Gânglio submandibular Nervo mentual

: r .'3 '5.25

0 nervo trigêmeo.

Gânglio ótico Nervo mandibuiar Gânglio ptengooas: r c

422

0 SISTEMA NERVOSO

O nervo abducente (N VI) [Figuras 15 .21 / 15 .2 4 ] Função primária: M o t o r a ( m o v i m e n t o s o c u l a r e s ) Origem: P o n t e Forame. F i s s u r a o r b i t a l s u p e r i o r d o e s f e n ó i d e pág. Terminação: M ú s c u l o r e t o l a t e r a l pág. 267

nervo abducente

O

in e r v a o m ú s c u lo r e t o la t e r a l, o s e x t o m ú

lo e x t r ín s e c o d o b u lb o d o o lh o . A in e r v a ç ã o d e s s e m ú s c u lo p o s s ib ilit a o s m o v im e n t o s la t e r a is d o s o lh o s . O n e r v o e m e r g e d a s u p e r fíc ie in fe r io r d o e n c é fa lo , n o lim ite e n tr e a p o n te e o b u lb o 14 9

(Figura 15 .21 ).

A lc a n ç a a ó r b i­

ta a tr a v é s d a fis s u r a o r b it a l s u p e r io r , e m c o m p a n h ia d o s n e r v o s o c u lo m o ­ to r e t r o c le a r

(Figura 15.24).

O nervo facial (N VII) [Figuras 15.21/15.26]

Nota clínica

Função primária: M i s t a ( s e n s i t i v a e m o t o r a ) Origem: S e n s i t i v a , d o s r e c e p t o r e s g u s t a t i v o s n o s

T iq u e doloroso (t/c douloureux). O tique doloroso afeta 1 indiví­ duo em cada 25.000. Os pacientes se queixam de dor intensa, quase totalm ente debilitante, desencadeada por contato com o lábio, a língua ou as gengivas. A dor surge subitam ente, com intensidade cruciante e, então, desaparece. Em geral, apenas um dos lados da face é afetado. O -tro nome para esta patologia é nevralgia do trigêmeo, porque são os nervos maxilar e m andibular do nervo trigêm eo que inervam as áreas sensitivas afetadas. Esta patologia costuma afetar indivíduos acima dos 40 anos de idade e sua causa é desconhecida. Muitas vezes, a dor pode ser tem porariam ente controlada por meio de terapia medicamentosa, mas intervenções cirúrgicas podem ser necessárias como solução final. O objetivo da cirurgia é a destruição dos nervos sensitivos que veiculam ss sensações dolorosas. Eles podem ser destruídos por secção nervosa, um procedim ento denom inado rizotomia (rhiza, raiz), ou por injeção :e substâncias químicas, com o álcool ou fenol, dentro do nervo, no ní.el do foram e redondo ou oval. As fibras sensitivas tam bém podem ser :estruídas pela inserção de eletrodos e cauterização dos troncos nervo­ sos sensitivos quando eles deixam o gânglio trigeminal.

Gânglio pterigopalatino

Nervo petroso maior

Gânglio geniculado

d o is te r ç o s a n te rio re s

d a lín g u a ; m o t o r a , d o n ú c le o m o t o r d o n e r v o fa c ia l n a p o n t e

Forame-,

M e a to a c ú s tic o in te r n o d a p a r te p e tr o s a d o te m p o r a l, a c

lo n g o d o c a n a l d o n e r v o fa c ia l, p a r a a t in g ir o fo r a m e e s t ilo m a s t ó id e c o o pág.

139

Terminação: Sensitiva, n ú c l e o s m ú s c u lo s d a e x p r e s s ã o fa c ia l

motora somática motora visceral, g l â n d u l s

s e n s it iv o s d a p o n te ; pág.

264;

la c r im a l e g lâ n d u la s m u c o s a s n a s a is , p o r m e io d o g â n g lio p t e r ig o p a la t in o ; g lâ n d u la s s u b m a n d ib u la r e s u b lin g u a l (s a liv a r e s ) , p o r m e io dc g â n g lio s u b m a n d ib u la r O

nervo facial

é u m n e r v o m is to . O s c o r p o s c e lu la r e s d o s n e u r ô

s e n s it iv o s se lo c a liz a m n o p o n te .

(F igura 15 .21).

gânglio geniculado,

e o s n ú c l e o s m o t o r e s , n<

A s ra íz e s s e n s it iv a e m o t o r a se u n e m p a r a fo r m a i

u m g r a n d e n e r v o q u e p a s s a p e lo m e a to a c ú s tic o in te r n o d a p a r te p e tro ss d o te m p o ra l

(F igura 15 .26).

O n e r v o , e n t ã o , p a s s a a t r a v é s d o c a n a l d<

p e lo c a n a l d o n e r v o fa c ia l, p a r a a lc a n ç a r a fa c e , a t r a v e s s a n d o o fo r a m i e s t ilo m a s tó id e o .

pág.

139

O s n e u r ô n io s s e n s it iv o s s u p r e m o s p r o p r io

NERVO FACIAL (N VII)

Ramo temporal

Ramos zxjomáticos - Nervo auricular posterior

- Forame Ramo bucal

Rano marginal 3a mandíbula

Ramo cervical

estilomastóideo

Corda do tímpano (com o nervo mandibular do nervo trigêmeo) Ramo lingual (com o nervo lingual do nervo trigêmeo) Gânglio submandibular

Figura 15.26 O nervo facial. a) Origem e ramos do nervo facial, (b) Distribuição superficial dos cinco ramos principais do nervo facial.

Ramo temporal

Ramo zigomátk Ramo bucal Ramo marginal da mandíbula Ramo cervicai

C a p ít u l o

1 5 * 0 Sistema Nervoso: 0 Encéfalo e os Nervos Cranianos

;cp:ores dos m ú s c u l o s d a f a c e , f o r n e c e m s e n s a ç õ e s d e p r e s s ã o p r o f u n d a de i o d a a f a c e e r e c e b e m i n f o r m a ç ã o g u s t a t i v a d o s r e c e p t o r e s e s p a l h a d o s n : í dois t e r ç o s a n t e r i o r e s d a l í n g u a . F i b r a s m o t o r a s s o m á t i c a s c o n t r o l a m • musculos d a f a c e e m ú s c u l o s p r o f u n d o s , p r ó x i m o à o r e l h a . O

n e r v o fa c ia l le v a fib r a s a u t o n ô m ic a s p r é - g a n g lio n a r e s p a r a o s g â n -

ç i : - n :e r ig o p la la t in o e s u b m a n d ib u la r . ■

G â n g lio p t e r ig o p a la t in o :

nervo petroso maior i n e r v a

O

o gân­

g lio p t e r ig o p a la t in o . S u a s f ib r a s p ó s - g a n g lio n a r e s in e r v a m a g lâ n ­ d u la la c r im a l e p e q u e n a s g lâ n d u la s d a c a v id a d e n a s a l e fa r in g e . ■

Nota clínica

G â n g lio s u b m a n d ib u la r :

P a r a a lc a n ç a r e s te g â n g lio , fib r a s a u to -

n ó m ic a s d e ix a m o n e r v o fa c ia l e c u r s a m ju n t o c o m o n e r v o m a n ­

Paralisia de Bell a paralisia de Bell* resulta da inflamação do vo facial, provavelmente relacionada à infecção vira l**. O c o m p rc ~ e : m ento do nervo facial pode ser inferido pelos sintomas de paraüs a acs músculos da face, no lado afetado, e pela perda da sensação do da ecanos dois terços anteriores da língua. Os indivíduos não exibem decias sensitivas relevantes e a patologia é geralmente indolor. Em r r _ ::5 casos, a paralisia de Bell "m elhora sozinha" após algumas semanas : meses, mas este processo pode ser acelerado com tratam ento preccce à base de corticosteróide e drogas antivirais.

d ib u la r d o n e r v o tr ig ê m e o . S u a s fib r a s p ó s - g a n g lio n a r e s in e r v a m as

glândulas submandibular e sublingual ( s a l i v a r e s ) .

* N . de R.T. T am bém conhecida com o paralisia facial periférica, p a ra d ife re n o a -ií c z paralisia facial central. ** N . de R.T. O u tra causa c om um é a isquem ia do nervo facial, causada pela expoacãc

O nervo vestibulococlear (N VIII) [Figuras 15.21/15.27] Função primária:

da face ao frio in ten so (vários graus abaixo de 0°C) p o r tem p o prolongado, c o n h eo d » clinicam ente com o paralysis afrigore.

S e n s it iv a e s p e c ia l: E q u ilíb r io e s t á t ic o e d in â m ic o

n e r v o v e s t ib u la r ) e a u d iç ã o ( n e r v o c o c le a r )

Origem: R e c e p t o r e s n a o r e l h a i n t e r n a ( v e s t í b u l o e c ó c l e a ) Forame. M e a t o a c ú s t i c o i n t e r n o d a p a r t e p e t r o s a d o o s s o

d a o r e lh a in te r n a r e la c io n a d a c o m a s e n s a ç ã o d e e q u ilíb r io . O s n e u r c r te m p o ra l

p ág. 14 9

Terminação: p ág s. O

:

N ú c le o s v e s t ib u la r e s e c o c le a r e s d a p o n t e e d o b u lb o

410, 415

núcleos vestibulares

d o b u l b o * " . E ~ :_ a r ­

p r in c ip a is p a rte s: o

vo coclear ( cochlea, c a r a c o l )

ner­

p a r t e d e r e c e p t o r e s n a c ó c le a , q u e v e i a i l a i r

s e n t id o d a a u d iç ã o . O s n e u r ô n io s se lo c a liz a m n o in t e r io r d e u m : : n ; é ta m b é m c o n h e c id o c o m o

nervo estato-p e r i f é r i c o ,

t e r m o v e s t ib u lo c o c le a r é p r e fe r ív e l, p o is in d ic a o s n o m e s d e

nervo vestibular e

o

nervo coclear. O

n e r v o v e s ti-

: _ : ;o c le a r se lo c a liz a la t e r a lm e n t e à o r ig e m d o n e r v o fa c ia l, n o lim it e e n tre i p o n te e o b u lb o

(Figuras 15.21

e

15.27).

e m c :> m p a n h i a d o n e r v o f a c i a l . H á d o i s f e i x e s d i s t i n t o s d e f i b r a s s e n s i t i v a s n e r v o v e s t ib u lo c o c le a r . O

e s e u s a x ô n io s fa z e m s in a p s e n o s

núcleos cocleares

i : :

nervo vestibular ( vestibulum, c a v i d a d e )

é o

m a io r d o s d o is fe ix e s . E le se o r ig in a n o s r e c e p t o r e s d o v e s t íb u lo * * , a p a r t e

-

t e m a i n f o r m a ç ã o s e n s i t i v a p a r a o u t r o s c e n t r o s o u i n i c i a m r e s p e s ta s —

-

t o r a s r e fle x a s . O e q u ilíb r io e a a u d iç ã o s e r ã o d is c u t id o s n o C a p í t u l : 1 -

O nervo glossofaríngeo (NIX) [Figuras 15.21 Função primária: M i s t a ( s e n s i t i v a e m o t o r a ) Origem: S e n s i t i v a , d o t e r ç o p o s t e r i o r d a l í n g u a , p a r t e d a

15 jls

fa r in e . .

a r t é r ia s c a r ó t id a s n o p e s c o ç o ; m o t o r a , d o s n ú c le o s m o t o r e s d o b u lb o

" .

‘ X deR .T . D enom in ação antiga, a n te rio r à N o m en clatu ra A n atô m ica de Paris (1955). X . de R.T. Estes receptores, localizados n o sáculo e u trícu lo (p artes do v estíbulo), são : equilíbrio estático. O nerv o v estib u lar ta m b é m se o rig in a em receptores n os duetos v -,:I.ires, para o eq u ilíb rio dinâm ico.

Cavidade timpânica Canais (oreiha média) semicirculares

*** N . de R.T. D ois dos q u a tro n úcleos vestibulares (s u p e rio r e lateral se ponte. **** N . de R.T. O s núcleos cocleares se localizam na ponte.

Nervo vestibular Nervo facial (N Vil), Meato (N VIII) seccionado acústico interno

NERVO VESTIBULOCOCLEAR (N VIII)

Ponte

Membrana timpânica

F gura * 5 .27

O nervo vestibulococlear.

Tuba auditiva

_-

b o * * * * . O s a x ô n io s q u e fo r m a m o s n e r v o s v e s t ib u la r e c o c le a r r e t r a n im

E sse n e rv o p a rte d o s rec ep -

: : res s e n s it iv o s d a o r e lh a in t e r n a , p e n e t r a n d o n o m e a t o a c ú s tic o in t e r n o ,

n

s e u s a x ô n io s se d ir ig e m a o s

r e n d a le v a in fo r m a ç ã o r e la tiv a a p o s iç ã o , m o v im e n t o e e q u ilíb n c . I

nervo vestibulococlear

ssustkci*. O

:

s e n s it iv o s e s tã o lo c a liz a d o s n o in t e r io r d e g â n g lio s s e n s it iv o s a d ja c e n te s . ;

Cóclea

N ervo c o c le a r (N VIII)

w



0 S ISTE M A NERVOSO

Forame. F o r a m e j u g u l a r , e n t r e o o c c i p i t a l e o t e m p o r a l pág. 149 Terminação: F i b r a s s e n s i t i v a s , p a r a o s n ú c l e o s s e n s i t i v o s d o b u l b o ; motora somática, m ú s c u l o s d a f a r i n g e , e n v o l v i d o s n a d e g l u t i ç ã o ; nlotora visceral, g l â n d u l a p a r ó t i d a ( s a l i v a r ) , a p ó s s i n a p s e n o g â n g l i o ótico A l é m d o n ú c l e o v e s t i b u l a r ’*' d o N V I I I , o b u l b o c o n t é m n ú c l e o s s e n s i t r v ; - e m o to r e s p a r a o s n o n o , d é c im o , d é c im o p r im e ir o e d é c im o s e g u n d o r .e r v o s c r a n ia n o s . O

nervo glossofaríngeo ( glossa, l í n g u a )

in e r v a a lín g u a

e a r a r in g e . E le d e ix a o c r â n io a tr a v é s d o fo r a m e ju g u la r , e m c o m p a n h ia d o sN X e N

XI

(Figuras 15.21

e

15.28).

O n e r v o g lo s s o fa r ín g e o é u m n e r v o m is to , m a s s u a s fib r a s s e n s itii-

?ã o a s m a is n u m e r o s a s . O s n e u r ô n io s s e n s it iv o s e s tã o lo c a liz a d o s

gânglio superior p e tro so

( g â n g lio ju g u la r ) e n o

gân glio in ferior

( g â n g lio

i. A s f i b r a s a f e r e n t e s l e v a m i n f o r m a ç ã o s e n s i t i v a g e r a l d a m u -

gânglio ótico, e

a s fib r a s p ó s - g a n g lio n a r e s in e r v a m a g lâ n d u la p a r ó tic

(s a liv a r ).

O nervo vago (N X) [Figuras 15.21/15.29] Função primária: M i s t a ( s e n s i t i v a e m o t o r a ) Origem: Sensitiva visceral, d a f a r i n g e ( p a r t e ) ,

o r e lh a , m e a to a c ú s t k

e x t e r n o , d ia fr a g m a e v ís c e r a s n a s c a v id a d e s to r á c ic a e a b d o m in a l;

motora visceral, d o s n ú c l e o s m o t o r e s n o b u l b o Forame. F o r a m e j u g u l a r , e n t r e o o c c i p i t a l e o t e m p o r a l pág. 14c Terminação: F i b r a s s e n s i t i v a s , p a r a o s n ú c l e o s s e n s i t i v o s e c e n t r : a u t o n ô m i c o s d o b u l b o ; motora somática, p a r a o s m ú s c u l o s d o p a l a t m o l e e d a f a r i n g e ; motora visceral, p a r a v í s c e r a s r e s p i r a t ó r i a s , c a r d k v a s c u la r e s e d ig e s tó r ia s n a s c a v id a d e s t o r á c ic a e a b d o m in a l

n ú c le o n o b u lb o . O n e r v o

O

nervo vago

g lo s s o fa r ín g e o t a m b é m v e ic u la s e n s a ç õ e s e s p e c ia is (g u s ta tiv a s ) d o te r ç o

r ín g e o

(Figura 15.21).

p o ít e r io r d a lín g u a e p o s s u i r e c e p t o r e s e s p e c ia is q u e c o n t r o la m a p r e s s ã o

m a ç ã o , e e s tu d o s e m b r io ló g ic o s in d ic a m q u e e sse n e r v o p r o v a v e lm e n :

cosa da

fa r in g e e d o p a la to m o le p a r a u m

se o r ig in a im e d ia ta m e n t e a b a ix o d o n e r v o g lo s N u m e r o s a s r a d íc u la s c o n t r ib u e m p a r a a s u a fo :

_ r :e r ia l e a s c o n c e n t r a ç õ e s d e g á s d is s o lv id o n o in t e r io r d o s p r in c ip a is

r e p re s e n ta a fu s ã o d e v á r io s n e r v o s c r a n ia n o s m e n o r e s , q u e o c o r r e u d c

\ \ is o s s a n g ü ín e o s .

r a n te n o s s a e v o lu ç ã o . C o m o s e u n o m e s u g e r e (

A s fib r a s m o to r a s s o m á tic a s c o n tr o la m o s m ú s c u lo s fa r ín g e o s e n : > : d o s n a d e g lu t iç ã o . A s fib r a s m o t o r a s v is c e r a is fa z e m

s in a p s e n o

v a g o se ra m ific a e se ir r a d ia e x te n sa m e n te . A

o n erv

m o stra ap en :

s e u p a d r ã o g e r a l d e d is tr ib u iç ã o . O s n e u r ô n io s s e n s it iv o s se lo c a liz a m n o

jugular, * N. d e R.T. São dois os núcleos vestibulares n o bulbo: in ferio r e m ediai (parte).

vagus, a n d a r i l h o ) ,

Figura 15.29

e no

gânglio inferior,

ou

gânglio superior,

gânglio nodoso.

ou

gângi:

O n e rv o v a g o fo rn ;

ce in fo r m a ç ã o s e n s it iv a s o m á t ic a r e la c io n a d a a o m e a to a c ú s tic o e x te rn '

O s nom es d os gânglios associados aos N IX e N X v ariam , segundo a referência. O N IX lem um gânglio superior, tam b ém ch am ad o de gânglio jugular, e u m gânglio inferior, tam b ém

dkaxnado de gânglio petroso. O N X tem dois gânglios p rin cip ais, u m gânglio superior, o u

p a r t e d a o r e lh a , d ia fr a g m a , e in fo r m a ç ã o s e n s it iv a e s p e c ia l d e r e c e p t o r ; g u s ta tiv o s n a fa r in g e . M a s a m a io r ia d a a fe r ê n c ia v a g a i fo r n e c e in fo r m a

pàngíso Aguiar, e u m gânglio inferior, o u gânglio nodoso. S u p e rio r e in ferio r são os n om es

ç ã o s e n s it iv a v is c e r a l d e r e c e p t o r e s a o lo n g o d o e s ô fa g o , v ia s r e s p ir a t ó r ii

- r j : —endados pela Term inologia A natôm ica.

e v ís c e r a s a b d o m in a is , a té o s s e g m e n t o s t e r m in a is d o in te s t in o g r o s s o ._

NV N VIII NERVO g l o s s o f a r ín g e o : á n c i a c i n z e n t a n a s u p e r f í c i e d o c é r e b r o e d o c e r e b e lo q u e r e c o b r e a

d e d e e n t e n d e r a in fo r m a ç ã o s e n s it iv a . C e n t r o s d e in te g r a ç ã o “ s u p e r io r e s ”

' _ ? > : á n c i a b r a n c a s u b ja c e n t e .

r e c e b e m in fo r m a ç ã o d e v á r ia s á r e a s d e a s s o c ia ç ã o d ife r e n te s e c o m a n d a m a tiv id a d e s m o to r a s c o m p le x a s e fu n ç õ e s a n a lític a s ,

O s -

ventrículos encefálicos

O c o n d u t o c e n tr a l d o e n c é fa lo se d ila ta p a r a fo r m a r c â m a r a s c h a m a d a s d e v e n tr íc u lo s . O

líquido cerebrospinal c i r c u l a

c o n tin u a m e n t e d o s v e n t r í­

c u lo s e c a n a l c e n tr a l d a m e d u la e s p in a l p a r a o e s p a ç o s u b a r a c n ó id e o d a s m e n in g e s q u e e n v o lv e m o S N C . (

(ver Figura 15.9 e Ta­

bela 15.2)

389

A substância branca central

400

5 . A s u b s tâ n c ia b r a n c a c e n tr a l c o n t é m t r ê s g r u p o s p r i n c i p a i s d e a x ô n i o s :

(1 ) fib r a s d e a s s o c ia ç ã o ( t r a t o s q u e i n t e r c o n e c t a m á r e a s d o c ó r t e x n e r ­

ver Figuras 15.2/15.3)

v o s o d e n t r o d o m e s m o h e m i s f é r i o c e r e b r a l ) ; ( 2 ) fib r a s c o m is s u r a is ( t r a ­

Proteção e sustentação do encéfalo A s

meninges encefálicas

t o s q u e c o n e c t a m o s d o i s h e m i s f é r i o s c e r e b r a i s ) ; e (3) fib r a s d e p ro jeçã o

389

(tr a to s q u e u n e m o c é r e b r o a o u t r a s r e g iõ e s d o e n c é fa lo e à m e d u la e s p i­

391

n a l).

m e n in g e s e n c e fá lic a s - d u r a -m á te r , a r a c n ó id e -m á te r e p ia -m á te r -

-

são c o n tín u a s c o m a s m e s m a s m e n in g e s e s p in a is , q u e e n v o lv e m a m e d u la e s p i n a l. E n t r e t a n t o , e la s t ê m d i f e r e n ç a s a n a t ô m i c a s e f i s i o l ó g i c a s ,

(ver Fi­

Os núcleos da base 6.

“ - r e i ' d e d u r a - m á t e r e s ta b iliz a m a p o s iç ã o d o e n c é fa lo n o in t e r io r d a c c i e d o c r â n i o e i n c l u e m a f o ic e d o c é r e b r o , o t e n tó r io d o c e r e b e lo ,

d r õ e s m o to r e s a p r e n d id o s e o u t r a s a tiv id a d e s m o to r a s s o m á tic a s , ( v e r

c fo ic e d o c e r e b e lo e o d ia fr a g m a d a sela .

A barreira hemato-encefálica

Figura 15.11 e Tabela 15.4)

(ver Figuras 15.3/15.4)

O sistema límbico

391

M rre ir a h e m a to -e n c e fá lic a i s o l a o t e c i d o n e r v o s o d a c i r c u l a ç ã o s i s t ê ­ m ic a

7.

O s is te m a lím b ic o i n c l u i o c o r p o a m ig d a ló id e , o g iro d o c ín g u lo , o giro

A b c r r e ir a h e m a to - e n c e fá lic a p e r m a n e c e ín te g r a p o r t o d o o S N C , e x c e to

m a m ila r e s c o n t r o l a m m o v i m e n t o s r e f le x o s a s s o c i a d o s c o m a a li m e n t a ç ã e .

e m r c r t e s d o h i p o t á l a m o , n a g l â n d u l a p in e a l e n o p l e x o c o r i ó i d e o n a p a r -

A s fu n ç õ e s d o s iste m a lím b ic o e n v o lv e m o s e s ta d o s e m o c io n a is e im p u ls o s c o m p o r t a m e n t a is a s s o c ia d o s , 8.

L iq u id o cerebrospinal

394

(ver Figuras 15.12/15.15 e Tabela 15.5)

O n ú c le o a n te r io r r e t r a n s m i t e s e n s a ç ã o v i s c e r a l , e a e s t i m u la ç ã o d a fo r ­

m a ç ã o r eticu la r a u m e n t a a p e r c e p ç ã o e p r o d u z e x c it a ç ã o g e n e r a liz a d a .

O liq u id o c e r e b r o s p in a l ( 1 ) a m o r t e c e e s t r u t u r a s n e r v o s a s d e lic a d a s , (2 )

sustenta o

e n c é fa lo e (3 ) tr a n s p o r t a n u t r ie n te s , m e n s a g e ir o s q u ím ic o s e

r e s íd u o s m e ta b ó lic o s . I p le x o c o r ió id e o é o l o c a l d e f o r m a ç ã o d o l í q u i d o c e r e b r o s p i n a l .

-

(ver

O diencéfalo 1.

C

liq u id o c e r e b r o s p in a l a lc a n ç a o e s p a ç o s u b a r a c n ó id e o a tr a v é s d a s

c S ertu ra s la te r a is e d a a b ertu ra m e d ia n a d o q u a r to v e n tr íc u lo . A d i f u -

2.

O tálamo

A barreira h e m a t o - e n c e f á l i c a i s o l a o t e c i d o n e r v o s o d a c i r c u l a ç ã o s i s t ê ­

glândula pineal.

405

f o r m a ç ã o s e n s it iv a a s c e n d e n t e e c o o r d e n a a s a t i v i d a d e s m o t o r a s s o m á t ic a s

suprimento sangüíneo do encéfalo

artérias vertebrais. O \~eias iugulares internas.

e ccí

i n v o lu n t á r i a s ,

395

I s a n g u e a r te r ia l a lc a n ç a o e n c é fa lo p o r m e io d a s

m s

405

3. O t á l a m o é o p r i n c i p a l e t a m b é m o ú l t i m o lo c a l d e r e t r a n s m i s s ã o p a r a a in ­

m i c a ( g era l).

-

ver Figuras 15.12/15.15)

O e p it á la m o f o r m a o te to d o d ie n c é fa lo . C o n t é m u m a e s t r u t u r a q u e s e ­ c re ta h o r m ô n io , a

(ver

Figuras 15.4/15.6) %

O epitálamo

" .. es d a s g r a n u la ç õ e s a r a c n ó id e a s , p a r a o i n t e r i o r d o s e io sa g ita l

-c

s u p e r io r fa z o líq u id o c e r e b r o s p in a l r e t o r n a r à c ir c u la ç ã o v e n o s a .

405

O d ie n c é fa lo p o s s u i o s c e n tr o s d e c o m u ta ç ã o e r e t r a n s m is s ã o n e c e s sá r io s p a r a a in t e g r a ç ã o d a s v ia s s e n s itiv a s e m o t o r a s . (

Figura 15.5)

O

401

d e n ta d o , o g ir o p a r a -h ip o c a m p a l, o h ip o c a m p o e o fó r n ic e . O s co rp o s

g e ra l).

te — e m b r a n o s a d o t e t o d o d i e n c é f a l o e d o b u l b o .

5

1

O s n ú c le o s d a b a s e c o n t r o la m o t o n o m u s c u la r , a c o o r d e n a ç ã o d e p a ­

._

4

40

O s n ú c le o s d a b a se , n o i n t e r i o r d a s u b s t â n c i a b r a n c a c e n t r a l , i n c l u e m

n ú c le o c a u d a d o , c o r p o a m ig d a ló id e , c la u str o , p u ta m e e g lo b o p á lid o

guras 15.3/15.4) 1

(ver Figura 15.10 e Tabela 15.3)

artérias carótidas inter-

s a n g u e v e n o s o é d r e n a d o p r im a r ia m e n te

O hipotálamo 4.

(ver Figuras 15.1 lb/15.12/15.13/15.15b e Tabela 15.6) 406

O h i p o t á l a m o c o n t é m i m p o r t a n t e s c e n t r o s d e c o n t r o l e e d e in t e g r a ç ã o . P o d e ( 1 ) c o n t r o l a r a s a t i v i d a d e s m o t o r a s s o m á t i c a s i n v o lu n t á r i a s ; ( 2 ) c o n ­ t r o l a r a f u n ç ã o a u t o n ô m i c a ; (3) c o o r d e n a r a s a t i v i d a d e s d o s s is t e m a s n e r ­

O cérebro

Os hemisferios cerebrais I

A

v o s o e e n d ó c r in o ; (4 ) s e c r e ta r h o r m ô n io s ; (5 ) p r o d u z ir im p u ls o s e m o c io ­

396

n a is e c o m p o r t a m e n t a is ; (6 ) c o o r d e n a r fu n ç õ e s a u to n ô m ic a s e v o lu n t á r ia s

396

- _ r e r f íc ie c o r tic a l c o n té m

( 7 ) r e g u la r a t e m p e r a t u r a c o r p o r a l ; e (8 ) c o n t r o l a r o r i t m o c i r c a d i a n o d e

g ir o s ( c r i s t a s e l e v a d a s ) s e p a r a d o s p o r

a tiv id a d e ,

s u lc o s ( d e p r e s s õ e s r a s a s ) o u f e n d a s p r o f u n d a s ( f is s u r a s ) . A f is s u r a : r .i i t u d i n a l s e p a r a o s d o i s h e m is f é r io s c e r e b r a is . O s u lc o c e n t r a l m i r c a o l i m i t e e n t r e o lo b o f r o n t a l e o l o b o p a r ie ta l. O u t r o s s u l c o s ■

1

‘. i m o s l i m i t e s d o l o b o t e m p o r a l e d o lo b o o c c ip it a l.

(ver Figuras

(ver Figuras 15.12/15.13/15.14/15.15a e Tabela 15.7)

O mesencéfalo 1.

410

A lâ m in a d o te to d o m e s e n c é fa lo c o n t é m d o i s p a r e s d e n ú c l e o s , o s co h -

15.1/15.8/15.9)

c u lo s. D e c a d a l a d o , o c o líc u lo s u p e r io r r e c e b e a f e r ê n c i a v i s u a l d o t á l a m :

I _ c c h e m i s f é r i o c e r e b r a l r e c e b e i n f o r m a ç ã o s e n s i t i v a d o e e m it e c o m a n -

e o c o líc u lo in fe r io r r e c e b e a f e r ê n c i a a u d i t i v a d o b u l b o . O n ú c le o ru b ro

d o s m o to r e s p a r a o la d o o p o s t o d o c o r p o . H á d ife r e n ç a s fu n c io n a is s ig n i-

in te g r a in fo r m a ç ã o d o c é r e b r o e e m it e c o m a n d o s m o t o r e s in v o lu n t á r io s

r . c a :i v a s e n t r e o s d o i s ; a s s i m , a a t r i b u i ç ã o d e u m a f u n ç ã o e s p e c í f i c a a u m a

r e l a c i o n a d o s a o t o n o m u s c u l a r e à p o s i ç ã o d o s m e m b r o s . A s u b s tâ n c ia

C ;:e r m in a d a r e g iã o d o c ó r t e x c e r e b r a l é im p r e c is a ,

n e g r a r e g u la a e f e r ê n c i a m o t o r a d o s n ú c l e o s d a b a s e . O s p e d ú n c u lo s c e ­

í c ó r t e x m o t o r p r im á r io d o g ir o p r é - c e n t r a l c o m a n d a m o v i m e n t o s

re b r a is c o n t ê m f i b r a s a s c e n d e n t e s d i r e c i o n a d a s a o s n ú c l e o s d o t á l a m o e

i u n t á r i o s . O c ó r te x s e n s itiv o p r im á r io d o g ir o p ó s -c e n tr a l r e c e b e i n ­

fib r a s d e s c e n d e n te s d a v i a p ir a m id a l (c o r t ic o s p in a l) q u e le v a m c o m a n ­

fo r m a ç ã o s e n s itiv a s o m á tic a d e r e c e p to r e s d o ta to , p r e s s ã o , d o r, p a la d a r e te m p e ra tu ra .

(ver Figura 15.9 e Tabela 15.2)

d o s m o to r e s v o lu n t á r io s d o c ó r t e x m o t o r p r im á r io d e c a d a h e m is fé r ic c e r e b r a l,

(ver Figuras 15.15/15.16/15.17b e Tabela 15.8)

C a p ít u l o

A ponte

1 5 * 0 Sistema Nervoso: 0 Encéfalo e os Nervos Cranianos

O nervo troclear (NIV)

410

A p o n t e c o n t é m : ( 1 ) n ú c l e o s s e n s it iv o s e m o t o r e s p a r a q u a t r o n e r v o s c r a ­

5.

lo o b líq u o s u p e r io r d o b u lb o d o o lh o .

n ia n o s ; ( 2 ) n ú c le o s r e la c io n a d o s c o m o c o n t r o le in v o lu n t á r io d a r e s p i­ r a ç ã o ; ( 3 ) n ú c l e o s q u e p r o c e s s a m e r e t r a n s m i t e m c o m a n d o s c e r e b e la r e s q u e c h e g a m p e l o s p e d ú n c u l o s c e r e b e la r e s m é d i o s ; e ( 4 ) t r a t o s a s c e n d e n ­ te s , d e s c e n d e n t e s e t r a n s v e r s o s ,

(ver Figuras 15.1/15.15/15.16/15.18 e Ta­

420

O n e r v o t r o c l e a r ( N I V ) , o m e n o r d o s n e r v o s c r a n i a n o s , i n e r v a o m —- c s

O nervo trigêmeo (N V) 6.

420

O n e r v o t r ig ê m e o (N V ) , o m a io r d o s n e r v o s c r a n ia n o s , é u m n e r . : m a to , c o m o s n e r v o s o f t á lm ic o , m a x i l a r e m a n d ib u la r . (

bela 15.9)

O nervo abducente (N VI)

O cerebelo 1

412

7.

b e la r e s c o n s i s t e m n o c ó r t e x n e r v o s o f o r m a d o p o r p r e g a s , a s f o lh a s d o c e r e b e lo . A s u p e r f í c i e p o d e s e r d i v i d i d a e m lo b o s a n te r io r e p o s te r io r , v e r m e e ló b u lo f ló c u lo - n o d u la r .

O nervo facial (N VII) 8.

9.

422

(ver Figura 15.26)

d o c o m p le x o o liv a r in fe r io r , q u e r e t r a n s m i t e m i n f o r m a ç ã o d a m e d u l a e s p i n a l, c ó r t e x c e r e b r a l e t r o n c o e n c e f á l i c o p a r a o c ó r t e x c e r e b e la r . S e u s

c e n tr o s r e fle x o s, in c l u i n d o o s c e n tr o s c a r d io v a s c u la r e s e o s c e n tr o s r ít­

la a s s e n s a ç õ e s d e e q u i l í b r i o , p o s i ç ã o e m o v i m e n t a ç ã o , e o

O nervo glossofaríngeo (NIX) 10 .

Os nervos cranianos

423

O n e r v o g l o s s o f a r í n g e o ( N I X ) é u m n e r v o m i s t o q u e i n e r v a a ’_ r . r _ - í

O nervo vago (N X) 11.

416

nervo c o d e u

(ver Figura 15.27)

f a r i n g e e c o n t r o l a o a t o d a d e g lu t i ç ã o ,

m ic o s r e s p ir a tó r io s , c o n t r o l a m o u a ju s t a m a s a t i v i d a d e s d o s s is t e m a s p e ­

(ver Figuras 15.1/15.8/15.15/15.16/15.18 e Tabela 15.11)

423

0 ,n e r v o v e s t ib u lo c o c le a r (N V II I ) c o n té m o n e r v o v e s t ib u la r , q _ e r e m

q u e r e g u la o s r e c e p t o r e s d a a u d i ç ã o ,

n ú c le o c u n e if o r m e , q u e s ã o c e n t r o s d e p r o c e s s a m e n t o , e o s n ú c le o s

r ifé r ic o s .

(ver Figura 15.24)

O nervo vestibulococlear (N VIII)

O b u l b o c o n e c t a o e n c é f a l o à m e d u l a e s p i n a l. C o n t é m o n ú c le o g r á c il e o

422

O n e r v o f a c i a l ( N V I I ) é u m n e r v o m i s t o q u e c o n t r o l a o s m u s c i ^ :-s d

g u s ta tiv a d a lín g u a ,

414

. 5J r

fa c e . F o r n e c e s e n s a ç õ e s p r o fu n d a s d e to d a a fa c e e re c e b e in fo r a t ê c ã

(verFiguras 15.1/15.8/15.9/15.15/15.19

e Tabela 15.10)

O bulbo

ver Fig:t\.

O n e r v o a b d u c e n t e ( N V I ) i n e r v a o s e x t o m ú s c u l o e x t r í n s e c o d c r _ rd o o l h o , o m ú s c u l o r e t o l a t e r a l,

O c e r e b e lo s u p e r v is io n a o s m ú s c u lo s p o s t u r a is d o c o r p o e p r o g r a m a e r e f i n a o s m o v i m e n t o s v o l u n t á r i o s e i n v o l u n t á r i o s . O s h e m is f é r io s c e r e ­

(ver Figura 15.24)

(verFigura 15.28)

424

O n e r v o v a g o (N X ) é u m n e r v o m is to v ita l p a r a o c o n tr o le a _ : : r



d a fu n ç ã o v is c e r a l e te m u m a d iv e rs id a d e d e c o m p o n e n t e s m o to r e s

Figura 15.29)

H á d o z e p a re s d e n e r v o s c r a n ia n o s . C a d a n e r v o e stá lig a d o a o e n c é fa lo , p r ó x i m o a o s n ú c l e o s s e n s i t i v o s o u m o t o r e s a e le a s s o c i a d o s , n a s u p e r f í c i e v e n t r o la te r a l d o e n c é fa lo .

O nervo acessório (N XI)

(ver Figura 15.21)

12 .

O n ervo o lfa tó r io ( N I ) _

418

_

v o lu n t á r io s d o p a la t o m o le e d a fa r in g e a s s o c ia d o s à d e g lu tiç ã o - - _ u

O tr a to o lf a tó r io ( n e r v o ) ( N I ) l e v a i n f o r m a ç ã o s e n s i t i v a r e s p o n s á v e l

r a m o e x t e r n o , q u e c o n t r o l a o s m ú s c u l o s r e l a c i o n a d o s c o m o c in g ia k : 3 :

p e lo s e n t i d o d o o l f a t o . A s f i b r a s o l f a t ó r i a s a f e r e n t e s f a z e m s i n a p s e n o i n ­

m e m b r o s u p e r io r ,

t e r i o r d o b u lb o o lfa tó r io .

(ver Figura 15.30)

(ver Figura 15.22) O nervo hipoglosso (N XII)

O n ervo ó p tic o (N I I ) 3

425

O n e r v o a c e s s ó r io ( N X I ) te m u m r a m o in t e r n o , q u e in e r v a - - rr -

O n e r v o ó p t ic o ( N II) l e v a i n f o r m a ç ã o v i s u a l d e r e c e p t o r e s s e n s i t i v o s e s p e c ia is d o s o lh o s ,

425

418 13 .

m o v im e n to s d a lín g u a ,

(ver Figura 15.23)

O n ervo o c u lo m o to r (N I II)

O n e r v o h ip o g lo s s o (N X I I) fo rn e c e c o n tr o le m o to r v o lu n t a r :: r a r a

(ver Figura 15.30)

Resumo dos nervos cranianos (ramos e funções)

420

4 . O n e r v o o c u lo m o to r ( N I I I ) é a f o n t e p r i m á r i a d e i n e r v a ç ã o d o s m ú s c u ­ lo s e x trín s e c o s q u e m o v e m o b u lb o d o o lh o .

14 .

426

O s r a m o s e as fu n ç õ e s d o s n e r v o s c r a n ia n o s e s tã o r e s u m id o s n a T a r-e i 15 .1 2 .

(ver Figura 15.24)

REVI SÃO DO C AP Í TULO Rira respostas às questões da Revisão dos Conceitos e Revisão do Capítulo, seção de Respostas na parte final do livro.

Nível 1 - Revisão de fatos e termos Associe cada item numerado com a letra do item que melhor se relaciona. Utilize letras para as respostas nos espaços apropriados. C o lu n a A ____

____

C o lu n a B

n e r v o h ip o g lo s s o

g.

r e t r a n s m ite in fo r m a ç ã o s e n s it iv a

n ú c le o s d a b a s e

h.

b u lb o

9. tá la m o

i.

c é lu la s d e P u r k in je

1 0 . c e r e b e lo

j.

s e p a r a c é r e b r o / c e r e b e lo

E m c o n t r a s t e c o m a q u e la s d o e n c é f a l o , a s r e s p o s t a s d o s r e f le x o s e s p i r a r í : (a)

sã o r e fin a d a s

(b )

s ã o im e d ia t a s

(c )

d e m a n d a m m u it o s e s tá d io s d e p r o c e s s a m e n to

(d )

s ã o e s te r e o tip a d a s

2

m e s e n c é fa lo

a.

c ó r te x v is u a l

m ie le n c é fa lo

b.

p a d r õ e s m o to r e s a p r e n d id o s

3.

t e n t ó r i o d o c e r e b e lo

c.

c é r e b r o m é d io

n e rv o a b d u c e n te

d.

m o to r , m o v im e n t o s d a lín g u a

(a )

o h ip o tá la m o

(b ) a p o n te

(c )

o m e s e n c é fa lo

(d ) o b u lb o

1.

____ 4 . ____

11.

7. 8.

5.

____ 6 .

d ie n c é fa lo

e.

te r c e ir o v e n t r ic u lo

lo b o o c c ip ita l

f.

m o to r , m o v im e n to s d o s o lh o s

12 .

A l i g a ç ã o p r i m á r i a e n t r e o s s i s t e m a s n e r v o s o e e n d ó c r i n o é:

O SISTEMA NERVOSO

13

O s v a s o s s a n g ü ín e o s c r a n ia n o s p a s s a m p e lo e s p a ç o d ir e ta m e n te a b a ix o : a lc )

14 .

i 5.

(a )

c e r e b e lo

(b ) lo b o fro n ta l d o c é re b ro

d a s g r a n u la ç õ e s a r a c n ó id e a s

(d ) d a a ra c n ó id e -m á t e r

(c)

p o n te

(d ) b u lb o

ó p tic o c

t r o c le a r

(d ) o lfa tó r io

(a)

o c e n tro p n e u m o tá x ic o d a p o n te

(b )

o c e n tr o r ítm ic o r e s p ir a tó r io d o b u lb o

O s n ú c le o s a n t e r i o r e s d o t á l a m o : f a z e m p a r t e d o s is t e m a l í m b i c o

b

e s tã o c o n e c ta d o s à h ip ó fis e

17 .

d

4.

5.

O c ó r t e x in fe r io r a o s u lc o la t e r a l é o :

o c o m p le x o o liv a r in fe r io r d o b u lb o

(d )

o s p e d ú n c u lo s c e r e b r a is d o m e s e n c é fa lo

Q u a l lo b o e q u a l á r e a e s p e c ífic a d o c é r e b r o e s t a r ia m a fe t a d o s se a lg u é m

O s im p u ls o s d o s p r o p r io c e p t o r e s d e v e m p a s s a r a tr a v é s d e n ú c le o s e s p e ­

a

lo b o p a r ie ta l

(b ) lo b o te m p o r a l

c ífic o s a n te s d e t e r m in a r e m n o e n c é fa lo . Q u a is s ã o o s n ú c le o s e q u a l é a

c

lo b o fr o n ta l

(d ) lo b o o c c ip ita l

t e r m in a ç ã o d e sta in fo r m a ç ã o ?

N o in te r io r d e c a d a h e m is fé r io , in fe r io r m e n te a o s o a lh o d o s v e n t r íc u lo s

6.

a

a s c o m is s u r a s a n te r io r e s

(b ) a s á re a s d e a s s o c ia ç ã o m o to r a

o c ó r t e x a u d itiv o

(d ) o s n ú c le o s d a b a s e

F e ix e s d e fib r a s n e r v o s a s n a s u p e r fíc ie v e n t r o la t e r a l d o m e s e n c é fa lo s ã o :

l

o s te g m e n to s c

Q u a is n ú c le o s e s tã o e n v o lv id o s n o m o v im e n t o c o o r d e n a d o d a c a b e ç a n a d i r e ç ã o d e u m s o m a lt o ?

c)

a

1-

(c )

n ã o fo s s e m a is c a p a z d e r e c o r t a r d e s e n h o s d e u m a fo lh a d e p a p e l?

r e c e b e m im p u ls o s d o n e r v o ó p tic o

la te r a is , e s tã o :

1-

S e le s a d a o u d o e n t e , q u a l p a r te d o e n c é fa lo t o r n a r ia u m a p e s s o a in c a p a z d e c o n t r o la r e r e g u la r a fr e q ü ê n c ia d o s m o v im e n t o s r e s p ir a tó r io s ?

c i p r o d u z e m o h o r m ô n io m e la to n in a

I -.

3.

(b ) o c u lo m o t o r

a

i

A d is m e t r ia fr e q ü e n te m e n te in d ic a le s ã o d e q u a l r e g iã o d o e n c é fa lo ?

(b ) d a p ia -m á t e r

O u n ic o n e r v o c r a n ia n o q u e e stá lig a d o a o c é r e b r o é o :

ã

2.

d a d u ra -m á te r

7.

8.

(b ) o s c o líc u lo s

o s p e d ú n c u lo s c e r e b r a is

a p r e s e n t a r u m a le s ã o ? 9.

a

c o n t r o la m a t iv id a d e s m o t o r a s in v o lu n t á r ia s

b

c o n tr o la m a fu n ç ã o a u to n ô m ic a

c

c o o r d e n a m a tiv id a d e s d o s s is te m a s n e r v o s o e e n d ó c r in o

S e u m a p e s s o a te m p o u c o c o n tr o le e m o c io n a l e d ific u ld a d e d e se le m ­ b r a r d e fa to s p a s s a d o s , q u a l á r e a d o e n c é fa lo p o d e r ia e s ta r p r e ju d ic a d a o u

(d ) o c o líc u lo s u p e r io r

T r a to s e fe r e n te s d o h ip o tá la m o :

Q u a is n e r v o s c r a n ia n o s s ã o r e s p o n s á v e is p o r t o d o s o s a s p e c t o s d a fu n ç ã o o c u la r ?

Q u a l r e g i ã o d o e n c é f a l o f o r n e c e l i g a ç õ e s e n t r e o s h e m i s f é r i o s d o c e r e b e lo e o m e s e n c é f a l o , o d i e n c é f a l o , o c é r e b r o e a m e d u l a e s p in a l?

1 0 . P o r q u e a b a r r e ir a h e m a t o - e n c e fá lic a é m e n o s ín te g r a n o h ip o tá la m o ?

( d ' to d a s a s a n te r io r e s 1

O s c o m p o n e n t e s d ie n c e fá lic o s d o s is te m a lím b ic o in c lu e m o : a

lo b o lím b ic o e h ip o c a m p o

Nível 3 - Pensamento crítico 1.

fó r n ic e

d a m e n te . O q u e e stá o c o r r e n d o e p o r q u ê ? H á u m a e x p lic a ç ã o c lín ic a e

c

c o r p o a m ig d a ló id e e g iro p a r a -h ip o c a m p a l

u m a s o lu ç ã o p a r a e ste p r o b le m a ?

e d i r i g e a o t á l a m o , o l e m n i s c o m e d i a i i n c o r p o r a o s m e s m o s t i p o s

com o

i e in fo r m a ç õ e s s e n s it iv a s (ta to e p ic r ít ic o , p r e s s ã o e v ib r a ç ã o ) r e c e b id a s

fo r m a ç ã o s e n s itiv a d o s d e d o s d o s p é s e m u m a e x t r e m id a d e d o c ó r t e x s e n ­

7e

s itiv o p r im á r io e in fo r m a ç ã o s e n s it iv a d a c a b e ç a n a o u t r a e x t re m id a d e .

- n e rv o s c r a n ia n o s V , V I I , I X e X . A s in fo r m a ç õ e s s e n s it iv a s a s c e n d e n t e s m a n t ê m u m a o r g a n iz a ç ã o to -

?

;r a t ic a r ig o r o s a a o lo n g o d e to d a s as e ta p a s d a v ia .

pág. 367 A

in -

ta lijm ic a ) . A s s e n s a ç õ e s c h e g a m c o m i n ­

O in d iv íd u o “ r e c o n h e c e ” a n a t u r e z a d o e s tím u lo e s u a lo c a liz a ç ã o p o r q u e a in fo r m a ç ã o fo i p r o je t a d a p a r a u m lo c a l e s p e c ífic o d o c ó r t e x s e n ­

: : r m a ç ã o s e n s it iv a q u e p e n e t r a n a m e d u la e s p in a l, in f e r io r m e n t e a T 6 , fa z

s itiv o p r im á r io . S e a in fo r m a ç ã o f o r d ir ig id a a o u t r a p a r t e d o c ó r t e x s e n s i­

r a / e ;o a té o b u lb o n o in t e r io r d o fa s c íc u lo g r á c il, e n q u a n t o a in fo r m a ç ã o

tiv o , a s e n s a ç ã o s e r á p e r c e b id a c o m o t e n d o s e o r ig in a d o e m u m a p a r t e d i ­

> £ 7 7 ? :n v a q u e p e n e t r a n a m e d u l a e s p i n a l , n o n í v e l o u s u p e r i o r m e n t e a T 6 ,

fe r e n te d o c o r p o . P o r e x e m p lo , a d o r c a r a c t e r ís t ic a d e u m a t a q u e c a r d ía c o

77 : r a e t o a t é o b u l b o n o i n t e r i o r d o f a s c í c u l o c u n e i f o r m e . A i n f o r m a ç ã o

é fr e q ü e n t e m e n t e p e r c e b id a n o b r a ç o e s q u e r d o ; e s te é u m e x e m p lo d e d o r

- : .\ a v in d a d o s is t e m a d o f u n íc u lo p o s t e r io r é in t e g r a d a p e lo n ú c le o

r e fe r id a , a s s u n to q u e s e r á tr a ta d o n o C a p ít u lo

18 . N o ssa p e rce p çã o de

C a p ít u l o

F tg u r a 1 6 .2

(continuação).

16 • O Sistema Nervoso: Vias e Funções Superiores

Homúnculo sensitivo do ' ■nisfério cerebral esquerdo

Árvore da vida MESENCÉFALO CEREBELO

BULBO MEDULA ESPINAL Via espinocerebelar Trato espinocerebelar anterior

Trato espinotalâmico lateral

Trato espinocerebelar posterior

Informações proprioceptivas dos órgãos tendíneos (de Golgii. fusos neuromusculares e cápsulas a r :_isrss

S-e-sajDes de dor e temperatura : : ado direito do corpo (c) Trato espinotalâmico lateral

(d) Via espinocerebelar

a m a a a d a s e n s a ç ã o c o m o o ta to , m a is q u e a d e te m p e r a tu r a e a d e d o r, d e -

O sistema ântero-lateral [Figura 16.2b,c]

r t r a e a e p r o c e s s a m e n to n o tá la m o . S e o c ó r t e x c e r e b r a l e s tiv e r d a n ific a d o

O

: _

as fib r a s d e p r o je ç ã o e s t iv e r e m s e c c io n a d a s , o in d iv íd u o a in d a te r á

p e r a tu r a , ta to p r o to p á tic o e p re ssã o . N e u r ô n io s e s p in o ta lâ m ic o s d e p n n t e r a

a > e n i.a c ã o d e t a t o m a n t i d a , p o d e n d o p e r c e b e r t o q u e s l e v e s n a p e l e , p o i s

o r d e m p e n e t r a m n a m e d u la e s p in a l e fa z e m s in a p s e n o in t e r io r d a c o lu n a

-

n ú c l e o s d o t á l a m o p e r m a n e c e m i n t a c t o s . N o e n t a n t o , n e s t e c a s o , e s te

m á iv id u o s e r ia in c a p a z d e d e t e r m in a r a o r ig e m d o e s tím u lo tá til, p o r q u e a

j

i .a fin a ç ã o d o e s tím u lo é p r o p ic ia d a p e lo c ó r t e x s e n s it iv o p r im á r io .

: in d iv íd u o r e la ta r á s e n s a ç õ e s e m p a r te s e s p e c ífic a s d o c o r p o . A t r a -

es aa e s tim u la ç ã o e lé t r ic a d a s u p e r fíc ie c o r t ic a l, p e s q u is a d o r e s c r ia r a m e s

— a r a fu n c io n a l d o c ó r t e x s e n s it iv o p r im á r io

m a r a > ír - it iv o é d e n o m in a d o

(Figura 16.2a).

hom únculo sensitivo.

E sse

A s p ro p o rçõ es do

tr a n s m ite s e n sa ç õ e s d e d : r te m ­

p o s t e r i o r d a m e d u l a e s p i n a l. O s a x ô n i o s d o s n e u r ô n i o s d e s e g u n d a o r d e m c r u z a m p a r a o l a d o o p o s t o d a m e d u l a e s p i n a l a n t e s d e a s c e n d e r e m no i n t e ­ r io r d o

Se a m a á r e a d o c ó r t e x s e n s it iv o p r im á r io f o r e s tim u la d a e le tr ic a m e n :e

sistema ântero-lateral (Figura 16.2b,c)

trato espinotalâmico anterior e

do

trato espinotalâmico lateral

E s s e s t r a t o s c o n v e r g e m p a r a o s n ú c le o s v e n t r a i s p ó s t e r o - l a t e r a i s d o t a l a m ; F ib r a s d e p r o je ç ã o d e n e u r ô n io s d e t e r c e ir a o r d e m ( r a d ia ç ã o ta lá m ic a

en­

tã o , t r a n s m i t e m a i n f o r m a ç ã o p a r a o c ó r t e x s e n s i t i v o p r i m á r i o . A T a b e la 1 r e s u m e a o r i g e m e o d e s t in o d e s s e s t r a t o s , a lé m d a s s e n s a ç õ e s a e le s a s s o c ia ­ d a s. P a r a m a io r c la r e z a , a

Figura 16.2

m o s t r a o tr a je t o d e d is tr ib u ic ã i i =

bc m u n c u l o s ã o c l a r a m e n t e m u i t o d i f e r e n t e s d a s d o i n d i v í d u o . P o r e x e m -

se n sa ç õ e s d e ta to p r o to p á tic o e d e p re ss ã o , e d a s s e n sa ç õ e s d e d o r e te m p e r a ­

S : a fa c e e e n o r m e e d is to r c id a , c o m lín g u a e lá b io s e n o r m e s , e n q u a n t o o

t u r a d o la d o d ir e ito d o c o r p o . N o e n ta n to , a m b o s o s la d o s d a m e d u la esp m a_

a

a p r e s e n t a m t r a t o s e s p i n o t a l â m i c o s a n t e r i o r e la t e r a l.

r> : e r e l a t i v a m e n t e p e q u e n o . E s t a s d i s t o r ç õ e s o c o r r e m p o r q u e a á r e a d o

: : — e x x ? n > it iv o p r i m á r i o d e s t i n a d a a u m a r e g i ã o c o r p ó r e a e m p a r t i c u l a r e p r o p o r c io n a l a o

número de receptores sensitivos d a

r e g iã o , e n ã o a o s e u

A via espinocerebelar [Figura 16.2d] via espinocerebelar

:a r : a n h : a o s o lu to . E m o u t r a s p a la v r a s , é n e c e s s á r io u m n ú m e r o m u it o

A

a ia a : - ac n e u r ô n io s c o r t ic a is p a r a p r o c e s s a r a s in fo r m a ç õ e s s e n s it iv a s q u e

à p o s i ç ã o d e m ú s c u l o s , t e n d õ e s e a r t i c u l a ç õ e s a t é o c e r e b e lo , q u e é r e s p o n ­

z a e s im a p a r t ir d a lín g u a , q u e p o s s u i d e z e n a s d e m ilh a r e s d e r e c e p to re s

s á v e l p e la c o o r d e n a ç ã o r e f in a d a d o s m o v im e n t o s d o c o r p o . O s a x : na: 5

ç a s u t i v o s e tá te is , d o q u e p a r a a n a lis a r a s s e n s a ç õ e s o r ig in a d a s d o d o r s o ,

d o s n e u r ô n io s s e n s it iv o s d e p r im e ir a o r d e m fa z e m s in a p s e c o m n e u r o m

.-Okie : - r e c e p t o r e s t á t e is s ã o m a i s r a r o s e e s p a r s o s .

d e s e g u n d a o r d e m n a s c o l u n a s p o s t e r i o r e s d a m e d u l a e s p i n a l . O s ax

t r a n s m it e in fo r m a ç õ e s p r o p r io c e p tiv a s r e fe r e m

-

-

n :-

O SISTEM A

:r " C ' r.eurônios ascendem no interior do trato espinocerebelar anter.or . trato espinocerebelar posterior (Figura 16.2d). ■ Os axônios que cruzam para o lado oposto da medula espinal per.etram no trato espinocerebelar anterior e ascendem ao córtex ce­ rebelar pelo pedúnculo cerebelar superior. Estas fibras, então, decussam uma segunda vez no interior do cerebelo para terminarem no cerebelo hom olateral1. ■ O trato espinocerebelar posterior conduz axônios que não cruzam para o lado oposto da medula espinal. Esses axônios ascendem ao c rtex cerebelar pelo pedúnculo cerebelar inferior. m os neurônios da via espinocerebelar não fazem sinapse no inte~ • i ::.:m o , esta via transporta informações proprioceptivas que serão rrcvessadas em nível subconsciente, quando comparadas às informações ~ ão córtex cerebral pelo sistema do funículo posterior. A Tabela 16.1 resume a origem e a destinação desses tratos, bem como Ü sensações a eles associadas.

V ia s

motoras

[Figuras 16.3/16.4]

>i>tema nervoso central emite comandos motores em resposta às infor­ mações fornecidas pelos sistemas sensitivos. Esses comandos são distri' trai: espinocerebelar a n t e r i o r t a m b é m que não f a z e m o c r u z a m e n t o , a s s i m i gn rri r a r a n o cerebelo c o n t r a l a t e r a l.

c o n té m u m p e q u e n o n ú m e ro d e fib r a s d e n e u -

vãmmx

c o m o d e a x ô n io s q u e fa z e m o c r u z a m e n t o e

% ie jró n o s ~ccores s-osrcres no X T 3 * -Totor om ano

buídos pelo sistema nervoso somático e pelo sistema nervoso autônomo. A parte somática do sistema nervoso (SNS) emite comandos motores so­ máticos que coordenam as contrações dos músculos esqueléticos. A par:-: autônoma do sistema nervoso (SNA), ou sistema motor visceral, inerva efe­ tuadores viscerais, como músculos lisos, músculo cardíaco e glândulas. Os neurônios motores do SNS e do SNA estão organizados de manei­ ras diferentes. Vias motoras somáticas (Figura 16.3a) sempre envolvem pelo menos dois neurônios motores: um neurônio motor superior, cujo corpo celular encontra-se em um centro de processamento no SNC, e um neurônio motor inferior, localizado em um núcleo motor do tronco ence­ fálico ou da medula espinal. A atividade no neurônio motor superior pode excitar ou inibir o neurônio motor inferior, porém somente o axônio do neurônio motor inferior se estende até as fibras musculares esqueléticas. A destruição ou lesão de um neurônio motor inferior produz paralisia flácida da unidade motora por ele inervada. A lesão do neurônio m otor superior produz rigidez muscular, espasticidade, ou contrações incoordenadas. Ao menos dois neurônios estão envolvidos nas vias do SNA, e um deles é sempre periférico (Figura 16.3b). O controle m otor visceral envol­ ve um neurônio pré-ganglionar, cujo corpo celular está no interior do SNC, e um neurônio pós-ganglionar, em um gânglio periférico. Centros superiores no hipotálamo e em outros locais no tronco encefálico podem estimular ou inibir o neurônio pré-ganglionar. As vias motoras do SNA serão descritas no Capítulo 17. Comandos motores conscientes e subconscientes controlam os mús­ culos esqueléticos fazendo seus trajetos em três vias motoras integradas:

N úcleos m otores viscerais no hipotálam o

'«ucec 'notor sonatco tronco srce*aíco

Neurônio pré-ganglionar

E fe tu a d o re s v is c e ra is

M úsculo liso

G lândulas

esquelético

Neuronios m otores

M EDULA ESPINAL

in fo rir» ro c

N úcleos m otores som á ticos na m edula espinal

M úsculo cardíaco

G ânglios v is c e r a is

Neuromos p ó s-g a n ­ glionares

N úcleos viscerais no tronco encefálico M EDU LA ESPINAL

A d ip ó cito s

N eurônios pré-ganglionares

Núcleos viscerais na m edula espinal

M úsculo esquelético

a) Parte somática do sistema nervoso

=igLira 16.3

(b) Parte autônoma do sistema nervoso

Vias motoras no SNC e SNP.

I r p r zação das partes somática (SNS) e autônoma (SNA) do sistema nervoso, (a) No SNS, um neurônio motor superior no SNC controla um neurônio motor inferior no rc rc c encefálico ou na medula espinal. 0 axônio do neurônio motor inferior exerce controle direto sobre fibras musculares esqueléticas. A estimulação do neurônio -cr: - -'erior sempre exerce um efeito excitador nas fibras musculares esqueléticas, (b ) No SNA, o axônio de um neurônio pré-ganglionar no SNC controla neurônios :cs-££^gl onares na periferia. A estimulação de neurônios pós-ganglionares pode levar à excitação ou inibição do efetuador visceral inervado.

C a p it u lo

437

1 6 * 0 Sistema Nervoso: Vias e Funções Superiores

sistema corticofugal, o sistema descendente mediai e o sistema descendente Literal. A Figura 16.4 i n d i c a a s p o s i ç õ e s d o s t r a t o s m o t o r e s a s s o c i a d o s n a

r ô n io s m o to re s in fe r io r e s q u e p a r te m

m e d u la e s p in a l. A a t iv id a d e n o in t e r io r d e s t a s v ia s m o t o r a s é m o n it o r a d a

c r a n ia n o s I I I, IV , V , V I , V I I , IX , X I e X I I. O s tr a to s c o r t ic o n u c le a r e s p r o ­

o

comesencefálico)

(Figura 16.4a

e T a b e la 1 6 .2 ) fa z e m s in a p s e c o m o s n e u ­ d o s n ú c le o s m o t o r e s d o s n e r v c -

e a ju s t a d a p e lo s n ú c le o s d a b a s e e p e lo c e r e b e lo . S u a s i n f o r m a ç õ e s e s t i­

p o r c io n a m c o n tr o le c o n s c ie n t e s o b r e o s m ú s c u lo s e s q u e lé t ic o s q u e m c -

m u la m o u in ib e m a a t iv id a d e ( 1 ) d o s n ú c le o s m o t o r e s o u (2 ) d o c ó r t e x

v im e n t a m o o lh o , a m a n d íb u la , a fa c e e a lg u n s m ú s c u lo s d o p e s c o ç o e c a

m o to r p r im á r io .

fa r in g e . O s tr a to s c o r t ic o n u c le a r e s t a m b é m in e r v a m c e n tro s m o to r e s d c > s is te m a s d e s c e n d e n t e s m e d ia i e la t e r a l, o o

O sistem a corticofu gal [Figura 16.4] 0 sistema corticofugal, a n t e s d e n o m i n a d o sistema piramidal (Figura 16.4a), p r o p i c i a

o c o n tr o le v o lu n t á r io d o s m ú s c u lo s e s q u e lé t ic o s . E s s e s is ­

te m a c o m e ç a n a s

células piramidais d o

pág.

416

Os tratos corticospinais [Figura 16.4a e Tabela 16.2] O s a x ô r : n o s tratos corticospinais (Figura 16.4) f a z e m s i n a p s e c o m n e u r ò r : :

s

m o t o r e s in fe r io r e s n a s c o lu n a s a n t e r io r e s d a m e d u la e s p in a l. C o n fo r m e

c ó r t e x m o t o r p r im á r io . O s a x ô n io s

ie s te s n e u r ô n io s m o to r e s s u p e r io r e s d e s c e n d e m p a r a o in te r io r d o tr o n c o

d e s c e n d e m , o s tr a to s c o r t ic o s p in a is s ã o v is ív e is n a s u p e r fíc ie a n t e r : :

m c e fá lic o e d a m e d u la e s p in a l p a r a fa z e r s in a p s e c o m n e u r ô n io s m o t o r e s

d o b u lb o c o m o u m p a r d e e s p e ss a s fa ix a s , a s

n fe r i o r e s q u e c o n t r o la m

m e n te 8 5 %

o s m ú s c u lo s e s q u e lé t ic o s . E m

g e ra l, o s is te m a

d o s a x ô n io s c ru z a m

pirâmides. A p r o x i m

ada­

a lin h a m e d ia n a (d e c u s s a m ) a o lo n g e

tratos corticospinais

r o r tic o fu g a l é d ir e to : o s n e u r ô n io s m o to r e s s u p e r io r e s fa z e m s in a p s e d i-

d a e x te n s ã o d a s p ir â m id e s p a r a c o n tin u a r c o m o

-e ta m e n te c o m o s n e u r ô n io s m o to r e s in fe r io r e s . C o n t u d o , o s is te m a c o r-

laterais,

ic o fu g a l t a m b é m tr a b a lh a in d ir e t a m e n te , in e r v a n d o c e n tr o s d o s s is te m a s

tr a to c o r t ic o s p in a l la te r a l fa z e m s in a p s e c o m n e u r ô n io s m o to r e s in fe r

le s c e n d e n t e s m e d ia i e la t e r a l.

re s n a s c o lu n a s a n t e r io r e s e m t o d o s o s s e g m e n t o s d a m e d u la e s p in a l, C ? o u tro s 15 %

O s is te m a c o r t ic o fu g a l c o n té m tr ê s p a r e s d e tr a to s d e s c e n d e n t e s : ( 1 ) o s

ratos corticonucleares, ( 2 ) o s tratos corticospinais laterais e ( 3 ) o s tratos coricospinais anteriores. E s s e s t r a t o s p e n e t r a m n a s u b s t â n c i a b r a n c a d a c á p pedúnculos cerebrais,

oo

res, s e m

c o n t in u a m s e u tr a je t o c o m o

:-

tratos corticospinais anterio­

c r u z a r a lin h a m e d ia n a d a m e d u la e s p in a l. A o a t in g ir u m d e t e r ­

m in a d o s e g m e n t o d a m e d u la e s p in a l, u m a x ô n io n o t r a t o c o r t ic o s p a n t e r io r d e c u s s a n a c o m is s u r a b r a n c a a n t e r io r . O n e u r ô n io m o t o r s u ­

u la in t e r n a , d e s c e n d e m p a r a o in t e r io r d o t r o n c o e n c e fá lic o e e m e r g e m d e a d a la d o d o m e s e n c é fa lo , c o m o

n o la d o c o n t r a la t e r a l d a m e d u la e s p in a l. A s fib r a s n e r v o s a s d :

p e r io r , e n t ã o , fa z s in a p s e c o m n e u r ô n io s m o t o r e s in fe r io r e s n a s c o lu r .a -

pág. 4 10

a n t e r io r e s d a s p a r te s c e r v ic a l e t o r á c ic a s u p e r io r d a m e d u la e s p in a l A s

)s tratos corticonucleares [Figura 16.4a e Tabela 16.2] O s a x ô n i o s ios tratos corticonucleares ( tratos corticobulbar, corticopontino e corti-

LEGENDA — ► Axônio do neurônio de primeira ordem

Homúnculo m otor no córtex motor primário do hemisfério cerebral esquerdo

in fo r m a ç õ e s r e la c io n a d a s a e s s e s t r a t o s e s u a s fu n ç õ e s e s tã o r e s u m ic a ^ n a T a b e la 1 6 .2 .

Figura 16.4 O sistema corticofugal e os tratos descendentes na me­ dula espinal. (a) 0 sistema corticofugal tem origem no córtex m otor primário. Os tratos cy~ conucleares terminam nos núcleos motores de nervos cranianos do lado o p o r : do encéfalo. A maioria das fibras neste sistema cruza na medula espinal e e r r = nos tratos corticospinais laterais; as fibras restantes descem no trato corticcs: nal anterior e cruzam após atingirem os segmentos-alvo na medula espirra c Vista em corte transversal indicando as localizações dos principais tratos m c tores descendentes que contêm axônios dos neurônios motores superiores - í origens e as destinações desses tratos estão listadas na Tabela 16.2. Tratos se^s tivos (mostrados na Figura 16.1) aparecem em contornos tracejados.

i— % Neurônio de segunda ordem

Aos músculos esqueléticos

Pedúnculo cerebral Aos músculos ssqueléticos

MESENCÉFALO

Gânglio sensitivo de nervo

Raiz anterior

Trato corticospinal lateral

BULBO Decussação as pirâmides

Trato rubrospinaí

Pirâmides

Trato xwticospinal lateral

Raiz posterior

Trato corticospinal anterior

Aos núsculos queléticos

MEDULA ESPINAL (a) Sistema corticofugal

Trato vestibulospirã Trato \ '— Trato reticulospinal costicospinal anterior '— Trato tetospinal (b) Vista em corte transversal dos tratos motores descendentes na medula espinai

O SISTEMA NERVOSO

TABELA 16.2

Principais vias descendentes (motoras) e funções gerais dos núcleos associados no encéfalo Localização do neurônio motor superior

Destinação

Local de cruzamento

Ação

T ra to c o rtic o n u c le a r

C ó rte x m o to r p rim á r io (h e m is fé rio c ereb ral)

N e u rô n io s m o to re s in fe rio re s d o s n ú c le o s d o s n e rv o s c ra n ia n o s n o

T ro n co encefálico

C o n tro le m o to r c o n sc ie n te d os m ú s c u lo s esq u elético s

I r a tc :o rtic o s p in a l lateral

Id e m ao a n te rio r

N e u rô n io s m o to re s in fe rio re s d a c o lu n a a n te rio r d a m e d u la e sp in a l

P irâ m id e d o b u lb o

Id e m ao a n te rio r

T rato c o rtic o s p in a l a n te rio r

Id e m ao a n te rio r

Id e m ao a n te rio r

N ível d o n e u rô n io m o to r in fe rio r

Id e m a o a n te rio r

N ú c le o v e stib u la r (e n tre a p o n te e o b u lb o )

Id e m ao a n te rio r

L â m in a d o te to d o m e se n c é fa lo (co lícu lo s

Víatrato SISTEMA CORTICOFUGAL

tro n c o encefálico

?15TEMA DESCENDENTE M ED IA I 7 ra :o v e stib u lo sp in a l

T r ito te to s p in a l

N e n h u m (tra to d ire to o u n ã o

R egulação s u b c o n s c ie n te d o to n o

c ru z a d o )

m u s c u la r e d o e q u ilíb rio

T ro n c o encefálico (m e sen c é fa lo )

s u p e r io r e in fe rio r)

N e u rô n io s m o to re s in fe rio re s d a c o lu n a a n te rio r d a m e d u la e sp in a l (a p e n a s n a p a rte cervical)

R eg u lação s u b c o n s c ie n te do s o lh o s, d a cabeça, d o p e sc o ç o e d os m e m b ro s su p e rio re s, e m re s p o sta a

F o rm a ç ã o re tic u la r (red e d e n ú c le o s n o tro n c o encefálico )

N e u rô n io s m o to re s in fe rio re s d a c o lu n a a n te rio r d a m e d u la e sp in a l

N e n h u m (tra to d ire to o u n ã o _cruzado)

R egulação s u b c o n s c ie n te da ativ id a d e reflexa

N ú c le o ru b r o d o m e se n c é fa lo

Id e m ao a n te rio r

T ro n c o encefálico

R eg u lação s u b c o n s c ie n te d o to n o m u s c u la r e d o s m o v im e n to s do s m e m b ro s s u p e rio re s

e stím u lo s a u d itiv o s e visuais T rato re tic u lo s p in a l

S:STEMA DESCENDENTE LATERAL 7 : Ato ru b ro s p in a l

(m e sen c é fa lo )

O hom únculo m otor

A a tiv id a d e d a s c é lu la s p ir a m id a is e m u m a á re a

o c o n tr o le m o t o r é in te g r a d o e m to d o s o s n ív e is p o r m e io d e e x te n so s

(feedback) e i n t e r c o n e x õ e s . É

e s p e c ífic a d o c ó r t e x m o t o r p r im á r io r e s u lta r á n a c o n t r a ç ã o d e m ú s c u lo s

c ir c u ito s d e r e t r o a lim e n t a ç ã o

r e r iíe r ic o s e s p e c ífic o s . A e s p e c ific a ç ã o d o s m ú s c u lo s e s t im u la d o s d e p e n d e

d o a g r u p a r e ste s n ú c le o s e tr a to s c o n s id e r a n d o s u a s fu n ç õ e s p r im á r ia s :

da a r e a

o s co m p o n e n tes d o

a tiv a d a d o c ó r t e x m o to r . A s s im c o m o o c ó r t e x s e n s itiv o p r im á r io ,

; ó r t e x m o t o r p r im á r io c o r r e s p o n d e , p o n to a p o n to , à s r e g iõ e s e s p e c ífi­ ca s d o c o r p o . A s á re a s c o r t ic a is fo r a m m a p e a d a s d e fo r m a e s q u e m á tic a , eran d o um

hom únculo m otor.

A

Figura 16.4a

a p re se n ta o h o m ú n c u lo

m : to r d o h e m is fé r io c e r e b r a l e s q u e r d o e o s is te m a c o r t ic o fu g a l q u e c o n r r o la o s m ú s c u lo s e s q u e lé t ic o s d o la d o d ir e ito d o c o r p o .

(Figura 16.4a),

a u x ilia m a c o n tr o la r o s

m o v im e n t o s a m p lo s d o tr o n c o e d o s m ú s c u lo s p r o x im a is d o s m e m b r o s , e n q u a n t o a q u e le s d o

sistem a descendente lateral a u x i l i a m

a c o n tr o la r os

m ú s c u lo s d is ta is d o s m e m b r o s q u e e x e c u t a m m o v im e n t o s m a is p r e c is o s . O s s is te m a s d e s c e n d e n t e s m e d ia i e la t e r a l p o d e m m o d ific a r o u c o ­ m a n d a r a s c o n tr a ç õ e s m u s c u la r e s e s q u e lé t ic a s e s tim u la n d o , fa c ilita n d o

-As p r o p o r ç õ e s d o h o m ú n c u l o m o t o r s ã o b a s t a n t e d i f e r e n t e s d a s d o : : r p o e m d im e n s ã o re a l

sistem a descendente m ediai

m a is a p r o p r ia ­

o u in ib in d o n e u r ô n io s m o to r e s in fe r io r e s . É im p o r t a n t e n o ta r q u e o s

p o r q u e a á r e a m o t o r a lo c a liz a d a

a x ô n io s d o s n e u r ô n io s m o to r e s s u p e r io r e s n o s s is te m a s d e sc e n d e n te s m e ­

em : m a á r e a e s p e c ífic a d o c ó r t e x é p r o p o r c io n a l a o n ú m e r o d e u n id a d e s

d ia i e la te r a l fa z e m s in a p s e c o m o s m e s m o s n e u r ô n io s m o t o r e s in fe r io r e s

— : to r a s e n v o lv id a s n o c o n tr o le d a r e g iã o c o r p ó r e a , e n ã o a o s e u ta m a -

in e r v a d o s p e lo s is t e m a c o r t ic o fu g a l. Is s o s ig n ific a q u e a s v á r ia s v ia s m o t o -

n h : re a l. C o m o r e s u lt a d o , o h o m ú n c u lo o fe r e c e u m a in d ic a ç ã o d o g r a u ae c o n tr o le m o t o r r e f in a d o d is p o n ív e l p a r a c a d a r e g iã o . P o r e x e m p lo , as m ã c ?, a fa c e , a lín g u a , c a p a z e s d e m o v im e n t o s c o m p le x o s , a p a r e c e m e m t a m a n h o s m u it o g r a n d e s , a o p a s s o q u e a r e p r e s e n t a ç ã o d o t r o n c o é re la trv ã m e n te p e q u e n a . E s ta s p r o p o r ç õ e s s ã o s e m e lh a n te s à s d o h o m ú n c u lo

•. • - •

o ( Figura

16.2a,

—l : t : r d i f e r e m e m o u t r o s a s p e c t o s p o r q u e a l g u m a s r e g i õ e s a l t a m e n t e s e n >:v í :> , c o m o a p l a n t a , c o n t ê m p o u c a s u n i d a d e s m o t o r a s , e n q u a n t o o u t r a s re-ziõ-es q u e a p r e s e n t a m a b u n d â n c i a d e u n i d a d e s m o t o r a s , c o m o o s m ú s a iilo s d o o lh o , n ã o s ã o p a r t ic u la r m e n t e s e n s ív e is .

Os sistem as descendentes m ediai e lateral Figuras 16.4b/16.5 e Tabela 16.2] Yanos

Nota clínica

p á g . 4 3 4 ) . O h o m ú n c u lo s e n s itiv o e o h o m ú n c u lo

c e n tr o s n o c é r e b r o , n o d ie n c é fa lo e n o tr o n c o e n c e fá lic o p o d e m

e m itir c o m a n d o s m o to r e s s o m á tic o s c o m o r e s u lta d o d o p r o c e s s a m e n to r e a liz a d o e m n ív e l s u b c o n s c ie n te ,

co págs. 397, 410, 414

E sses c e n tro s e

se u s :r a t o s a s s o c ia d o s fo r a m , p o r m u it o t e m p o , c o n h e c id o s c o m o

exzrapiramidal (SEP), p o i s

sistema

se p e n s a v a q u e e sse s t r a t o s o p e r a s s e m in d e -

r e n d e n te m e n te d o , e p a r a le la m e n te a o ,

sistema piramidal ( s i s t e m a

co r-

n c c r u g a l). E s t a c la s s ific a ç ã o e s q u e m á t ic a é in e x a t a e g e r a c o n fu s õ e s , p o is

Paralisia cereb ral O term o paralisia cerebral refere-se a um nú­ m ero de alterações que afetam o desem penho m otor voluntário, as quais surgem durante a infância e persistem durante a vida do indivíduo acom etido pela doença. A causa pode ser um traum a do SNC associa­ do ao nascim ento prem aturo e/ou sofrim ento fetal; exposição materna a drogas incluindo o álcool; ou alterações genéticas que envolvem o desenvolvim ento inadequado das vias motoras. Dificuldades no parto podem causar compressão ou interrupção da circulação placentária e do suprim ento de oxigênio. Se a concentração de oxigênio no sangue fetal dim inuir de modo significativo, mesmo por períodos aparentem en­ te curtos entre cinco e dez minutos, a função do SNC pode ser perm a­ nentem ente com prom etida. O córtex cerebral, o cerebelo, os núcleos da base, o hipocampo e o tálam o são particularm ente sensíveis à falta de oxigênio, podendo dela resultar anomalias em habilidades motoras, postura e equilíbrio, memória, fala e capacidade de aprendizado.

C a p ít u l o

1 6 * 0 Sistema Nervoso: Vias e Funções Superiores

o sistema corticofugal, o sistema descendente m ediai e o sistema descendente Literal. A Figura 16.4 indica as posições dos tratos motores associados na medula espinal. A atividade no interior destas vias motoras é monitorada e ajustada pelos núcleos da base e pelo cerebelo. Suas informações esti­ mulam ou inibem a atividade (1) dos núcleos motores ou (2) do córtex motor primário. O siste m a co rtico fu g a l [F igura 16.4] O sistema corticofugal, antes denominado sistem a p ir a m id a l (Figura

16.4a), propicia o controle voluntário dos músculos esqueléticos. Esse sis­ tema começa nas células p ira m id a is do córtex motor primário. Os axônios destes neurônios motores superiores descendem para o interior do tronco encefálico e da medula espinal para fazer sinapse com neurônios motores inferiores que controlam os músculos esqueléticos. Em geral, o sistema corticofugal é direto: os neurônios motores superiores fazem sinapse di­ retamente com os neurônios motores inferiores. Contudo, o sistema cordcofugal também trabalha indiretamente, inervando centros dos sistemas descendentes mediai e lateral. O sistema corticofugal contém três pares de tratos descendentes: (1) os r^atos corticonucleares, (2) os tratos corticospinais laterais e (3) os tratos cor::cospinais anteriores. Esses tratos penetram na substância branca da cáp­ sula interna, descendem para o interior do tronco encefálico e emergem de cada lado do mesencéfalo, como pedúnculos cerebrais, o o p ág . 4 1 0 Os tratos corticonucleares [Figura 16.4a e Tabela 16.2]

nos tratos corticonucleares ( tratos

LEGENDA — ► Axônio do neurônio de primeira ordem I—

Os axônios e corti-

corticobulbar , corticopontino

Homúnculo motor no córtex motor primário do hemisfério cerebral esquerdo

comesencefálico) (Figura 16.4a e Tabela 16.2) fazem sinapse com os neu­ rônios motores inferiores que partem dos núcleos motores dos ner cranianos III, IV, V, VI, VII, IX, XI e XII. Os tratos corticonucleares pro­ porcionam controle consciente sobre os músculos esqueléticos que m< vimentam o olho, a mandíbula, a face e alguns músculos do pescoço e d _ faringe. Os tratos corticonucleares também inervam centros motore^ i sistemas descendentes mediai e lateral, o o p á g . 416

Os tratos corticospinais [Figura 16.4a e Tabela 16.2] Os axor ' nos tratos corticospinais (Figura 16.4) fazem sinapse com neuróm -

motores inferiores nas colunas anteriores da medula espinal. Confoi^r e descendem, os tratos corticospinais são visíveis na superfície ante: r do bulbo como um par de espessas faixas, as pirâmides. Aproximada­ mente 85% dos axônios cruzam a linha mediana (decussam) ao long da extensão das pirâmides para continuar como tratos corticospinais laterais, no lado contralateral da medula espinal. As fibras nervosas c trato corticospinal lateral fazem sinapse com neurônios motores infe: res nas colunas anteriores em todos os segmentos da medula espinal. Os outros 15% continuam seu trajeto como tratos corticospinais anterio­ res, sem cruzar a linha mediana da medula espinal. Ao atingir um de:eminado segmento da medula espinal, um axônio no trato corticosp:"i_ anterior decussa na comissura branca anterior. O neurônio motor su­ perior, então, faz sinapse com neurônios motores inferiores nas coluna anteriores das partes cervical e torácica superior da medula espinal. A> informações relacionadas a esses tratos e suas funções estão resumida na Tabela 16.2.

Figura 16.4 O sistema corticofugal e os tratos descendentes na me­ dula espinal. (a) 0 sistem a corticofugal tem origem no córtex m otor primário. Os tratos c o n conucleares term inam nos núcleos m otores de nervos cranianos do lado ocos*: do encéfalo. A maioria das fibras neste sistem a cruza na medula espina e er-r= nos tratos corticospinais laterais; as fibras restantes descem no tra to c o r t k r s : nal anterior e cruzam após atingirem os segm entos-alvo na medula esp ^a : Vista em corte transversal indicando as localizações dos principais tratos rrc tores descendentes que contêm axônios dos neurônios m otores superiores origens e as destinações desses tratos estão listadas na Tabela 16.2. Tratos se*" s tivos (mostrados na Figura 16.1) aparecem em contornos tracejados.

Neurônio de segunda ordem

Aos músculos escueléticos

Raiz anterior

Trato corticospinal lateral

Gânglio sensitivo de nervo

Aos músculos rscueléticos

Trato

Decussação :as Dirâmides

rubrosp«aa

Raiz posterior

Trato corticospinal anterior MEDULA ESPINAL (a) Sistema corticofugal

Trato vestibulosp*r = Trato \ x— Trato reticulospinal costicospinal anterior x— Trato tetospinal (b) Vista em corte transversal dos tratos motores descendentes na medula espir-a

O SISTEMA NERVOSO

TABELA 16.2

Principais vias descendentes (motoras) e funções gerais dos núcleos associados no encéfalo Localização do neurônio motor superior

Ação

Destinação

Local de cruzamento

C ó rte x m o to r p rim á r io (h e m is fé rio c ereb ral)

N e u rô n io s m o to re s in fe rio re s do s n ú c le o s d o s n e rv o s c ra n ia n o s n o tro n c o encefálico

T ro n co encefálico

7ras> c ortK O sp in al lateral

Id e m ao a n te rio r

N e u rô n io s m o to re s in fe rio re s d a c o lu n a a n te rio r d a m e d u la e sp in a l

P irâ m id e d o b u lb o

Id e m ao a n te rio r

l i a t o c o rtic o s p in a l a n te rio r

Id e m ao a n te rio r

Id e m ao a n te rio r

N ível d o n e u rô n io m o to r in fe rio r

Id e m ao a n te rio r

I n e o w s ó b u lo s p in a l

N ú c le o v e stib u la r (e n tre a p o n te e o b u lb o )

Id e m a o a n te rio r

N e n h u m (tr a to d ire to o u n ã o c ru z a d o )

R egulação s u b c o n s c ie n te d o to n e m u s c u la r e d o e q u ilíb rio

T r » o te to s p m a l

L â m in a d o te to d o m e se n c é fa lo (co lícu lo s

N e u rô n io s m o to re s in fe rio re s d a c o lu n a a n te rio r d a m e d u la e sp in a l

T ro n c o encefálico (m e sen c é fa lo )

R eg u lação s u b c o n s c ie n te d o s

s u p e r io r e in fe rio r)

(a p e n a s n a p a rte cervical)

F o rm a ç ã o re tic u la r (re d e de

N e n h u m (tr a to d ire to o u n ã o

n ú c le o s n o tro n c o en cefálico )

N e u rô n io s m o to re s in fe rio re s d a c o lu n a a n te rio r d a m e d u la e sp in a l

c ru z a d o )

R egulação s u b c o n s c ie n te d a a tiv id a d e reflexa

N ú c le o ru b r o d o m e se n c é fa lo

Id e m ao a n te rio r

T ro n co encefálico (m e sen c é fa lo )

R egulação s u b c o n s c ie n te d o to n o m u s c u la r e d o s m o v im e n to s d o s

V ia trato SISTEMA CORTICOFUGAL T r z o c o m c o n u c le a r

C o n tro le m o to r c o n sc ie n te d os m ú s c u lo s e sq u e lé tic o s

SISTEMA DESCENDENTE MEDIAL

o lh o s, d a cabeça, d o p e sc o ç o e d o s m e m b ro s su p e rio re s, e m re sp o sta i e stím u lo s a u d itiv o s e v isuais

T r c o re o c u lo sp in a l

SISTEMA DESCENDENTE LATERAL T rato ru b r o s p in a l

m e m b ro s su p e rio re s

O nom unculo m otor

A a tiv id a d e d a s c é lu la s p ir a m id a is e m u m a á re a

o c o n t r o le m o t o r é in t e g r a d o e m t o d o s o s n ív e is p o r m e io d e e x t e r .- :

feedback) e i n t e r c o n e x õ e s . É

e s p e c ific a d o c ó r t e x m o t o r p r im á r io r e s u lta r á n a c o n tr a ç ã o d e m ú s c u lo s

c ir c u ito s d e r e t r o a lim e n t a ç ã o (

p e r ife r ic o s e s p e c ífic o s . A e s p e c ific a ç ã o d o s m ú s c u lo s e s t im u la d o s d e p e n d e

d o a g r u p a r e s te s n ú c le o s e t r a t o s c o n s id e r a n d o s u a s f u n ç õ e s p r im á r .a

da

axea a t i v a d a

d o c ó r t e x m o to r . A s s im c o m o o c ó r t e x s e n s it iv o p r im á r io ,

: : rr v v m o t o r p r i m á r i o c o r r e s p o n d e , p o n t o a p o n t o , à s r e g i õ e s e s p e c íf i;a - d o c o r p o . A s á re a s c o r t ic a is fo r a m m a p e a d a s d e fo r m a e s q u e m á tic a , : : . a r . i : u ra

hom únculo m otor.

A

Figura 16.4a

a p re se n ta o h o m ú n c u lo

— : : : r d o h e m is fé r io c e r e b r a l e s q u e r d o e o s is te m a c o r t ic o fu g a l q u e c o n ­ t r a ia c s n u s c u lo s e s q u e lé t ic o s d o la d o d ir e ito d o c o r p o .

(F igura 16.4a),

sistem a descendente m ediai

a u x ilia m a c o n tr o la r <

m o v im e n t o s a m p lo s d o tr o n c o e d o s m ú s c u lo s p r o x im a is d o s m e m b :: e n q u a n t o a q u e le s d o

sistem a descendente lateral a u x i l i a m

a c o n tro la r t

m ú s c u l o s d i s t a i s d o s m e m b r o s q u e e x e c u t a m m o v i m e n t o s m a i s p r e c i^ O s s is te m a s d e s c e n d e n t e s m e d ia i e la t e r a l p o d e m m o d if ic a r o u c : m a n d a r a s c o n tr a ç õ e s m u s c u la r e s e s q u e lé t ic a s e s tim u la n d o , fa c ilit a r a

A ? p r o p o r ç õ e s d o h o m ú n c u lo m o t o r s ã o b a s ta n te d ife r e n te s d a s d o ; : — : ern d im e n s ã o r e a l

os co m p o n e n tes d o

m a is a p r o p r

o u in ib in d o n e u r ô n io s m o to r e s in fe r io r e s . É im p o r ta n te n o ta r q u e

p o r q u e a á r e a m o t o r a lo c a liz a d a

a x ô n i o s d o s n e u r ô n i o s m o t o r e s s u p e r i o r e s n o s s i s t e m a s d e s c e n d e n t e s rra

r — u n ; a re a e s p e c ífic a d o c ó r t e x é p r o p o r c io n a l a o n ú m e r o d e u n id a d e s

d ia l e la t e r a l fa z e m s in a p s e c o m o s m e s m o s n e u r ô n io s m o t o r e s in fe r io r :

rr, rtoras

in e r v a d o s p e lo s is te m a c o r t ic o fu g a l. Is s o s ig n ific a q u e a s v á r ia s v ia s m o :

e n v o lv id a s n o c o n tr o le d a r e g iã o c o r p ó r e a , e n ã o a o s e u ta m a -

- ~ : re a L C o m o r e s u lta d o , o h o m ú n c u lo o fe r e c e u m a in d ic a ç ã o d o g r a u - q u e a p r e s e n t a m a b u n d â n c i a d e u n i d a d e s m o t o r a s , c o m o o s m ú s ;

: - d o o lh o , n ã o s ã o p a r t ic u la r m e n t e s e n s ív e is .

Ch sistemas descendentes mediai e lateral Figuras 16.4b/16.5 e Tabela 16.2] Varios

c e n tr o s n o c é r e b r o , n o d ie n c é fa lo e n o tr o n c o e n c e fá lic o p o d e m

e m it ir c o m a n d o s m o to r e s s o m á tic o s c o m o r e s u lta d o d o p r o c e s s a m e n to

realizado >e

e m n ív e l s u b c o n s c ie n te .

»

págs. 397, 410, 414

E sse s ce n tro s e

tr a to s a s s o c ia d o s fo r a m , p o r m u it o te m p o , c o n h e c id o s c o m o

?:ramidal (SEP), p o i s

Nota clínica

4 3 4 ) . O h o m ú n c u lo s e n s it iv o e o h o m ú n c u lo

sistema

se p e n s a v a q u e e sse s tr a to s o p e r a s s e m in d e -

r e r .d e n te m e n t e d o , e p a r a le la m e n t e a o ,

sistema piramidal ( s i s t e m a

co r­

r e : f u g a l l. E s t a c l a s s i f i c a ç ã o e s q u e m á t i c a é i n e x a t a e g e r a c o n f u s õ e s , p o i s

Paralisia cerebral O term o paralisia cerebral refere-se a um nú­ m ero de alterações que afetam o desem penho m otor voluntário, as quais surgem durante a infância e persistem durante a vida do indivídu: acom etido pela doença. A causa pode ser um traum a do SNC associa­ do ao nascimento prem aturo e/ou sofrim ento fetal; exposição materna a drogas incluindo o álcool; ou-alterações genéticas que envolvem o desenvolvim ento inadequado das vias motoras. Dificuldades no p a r : podem causar compressão ou interrupção da circulação placentária e do suprim ento de oxigênio. Se a concentração de oxigênio no sangue fetal dim inuir de modo significativo, mesmo por períodos aparentem erte curtos entre cinco e dez minutos, a função do SNC pode ser perma­ nentem ente com prom etida. O córtex cerebral, o cerebelo, os núcleos da base, o hipocampo e o tálam o são particularm ente sensíveis à falta de oxigênio, podendo dela resultar anomalias em habilidades m otora; postura e equilíbrio, memória, fala e capacidade de aprendizado.

:

C a p ít u l o

439

1 6 * 0 Sistema Nervoso: Vias e Funções Superiores

nas i n t e r a g e m n ã o s o m e n t e n o e n c é f a l o , p o r m e i o d e in t e r c o n e x õ e s e n t r e

re c e b e im p u ls o s d e q u a s e to d a s as v ia s a sc e n d e n te s e d e sc e n d e n te -

: c ó r t e x m o t o r p r i m á r i o e o s c e n t r o s m o t o r e s n o t r o n c o e n c e f á l ic o , m a s

t a m b é m a p r e s e n t a e x t e n s a s c o n e x õ e s c o m o c é r e b r o , o c e r e b e lo e c -

t a m b é m p o r m e i o d e in t e r a ç õ e s e x c it a d o r a s o u i n i b i d o r a s n o n í v e l d o s

c le o s d o t r o n c o e n c e f á l i c o . O s a x ô n i o s d o s n e u r ô n i o s m o t o r e s s u p e r : : res n a f o r m a ç ã o r e t ic u la r d e s c e m c o m o

n e u r ô n i o s m o t o r e s in f e r i o r e s .

tratos reticulospinais.

E .;

sem c :_ :_ :

p a r a o l a d o o p o s t o . O s e f e i t o s d a e s t i m u l a ç ã o d a f o r m a ç ã o r e t i c u la r - 1

O sistema descendente mediai

O c o n tr o le d o t o n o m u s c u la r e d o s m o -

im e n to s a m p lo s d o p e s c o ç o , d o t r o n c o e d o s m ú s c u lo s d o c ín g u lo d o s

d e t e r m in a d o s p e la r e g iã o e s t im u la d a . P o r e x e m p lo , a e s t i m u la c á : r n e u r ô n i o s m o t o r e s s u p e r i o r e s e m u m a d e t e r m i n a d a p a r t e d a fo r m a . :

m e m b r o s s u p e r io r e s é p r in c ip a lm e n t e c o n d u z id o p e lo s is te m a d e s c e n ­

r e t i c u la r p r o d u z m o v i m e n t o s o c u la r e s , e n q u a n t o a e s t i m u la ç ã o e n t :>utn;

d e n t e m e d ia i . O s n e u r ô n i o s m o t o r e s s u p e r i o r e s d o s i s t e m a d e s c e n d e n t e

p a r te a tiv a m ú s c u lo s r e s p ir a tó r io s .

núcleos vestibulares, n o colículo superior, form ação reticular (Figura 16.5).

m e d ia i e s t ã o l o c a l i z a d o s n o s

colículo inferior e

na

no

O sistema descendente lateral

A p r i n c i p a l i n f o r m a ç ã o t r a n s r n :t : n j

O s n ú c le o s v e s t ib u la r e s r e c e b e m in f o r m a ç õ e s , p o r m e i o d o n e r v o v e s -

p e lo s i s t e m a d e s c e n d e n t e l a t e r a l s ã o o s c o m a n d o s p a r a o c o n t r o l e d o to n e

n b u lo c o c le a r ( N V I I I ) , a p a r t ir d e r e c e p to r e s d a o r e lh a in te r n a q u e m o n i­

m u s c u la r e d o s m o v im e n t o s d a s p a r te s liv r e s d o s m e m b r o s s u p e r : : : r -

t o r a m a p o s i ç ã o e a m o v i m e n t a ç ã o d a c a b e ç a . E s s e s n ú c le o s r e s p o n d e m

O s c o m a n d o s tr a n s m it id o s p e lo s is te m a d e s c e n d e n t e la t e r a l t ip ic a m e n t :

a m u d a n ç a s n a o r ie n t a ç ã o d a c a b e ç a , e n v ia n d o c o m a n d o s m o to r e s q u e

e s t i m u la m m ú s c u l o s f l e x o r e s e i n i b e m m ú s c u l o s e x t e n s o r e s . O s n e u r : n : : :

a lt e r a m o t o n o m u s c u la r , a e x t e n s ã o e a p o s i ç ã o d o p e s c o ç o , d o s o l h o s , d a

m o t o r e s s u p e r i o r e s d o s i s t e m a d e s c e n d e n t e l a t e r a l s i t u a m - s e n o in te rz-: :

núcleos rubros d o

dos

m o t o r e s s u p e r i o r e s d o s n ú c le o s r u b r o s c r u z a m p a r a o l a d o o p o s t o c : e n ­

trato vestibulospinal (Figura 16.4b).

c é f a lo e d e s c e m n o i n t e r i o r d a m e d u l a e s p i n a l c o m o

O s c o l í c u l o s s u p e r i o r e i n f e r i o r e s t ã o l o c a l i z a d o s n a l â m i n a d o te t o

m e s e n c é fa lo .

pág. 4 1 0 O s a x ô n i o s d o s n e u r : m : ■

ca b e ç a e d o s m e m b r o s . O o b je tiv o p r in c ip a l é a m a n u te n ç ã o d a p o s tu r a e d o e q u ilíb r io . A s fib r a s d e sc e n d e n te s n a m e d u la e s p in a l c o n s titu e m o

od

tratos rubrospLnàis

N o s se re s h u m a n o s , o s tr a to s r u b r o s p in a is sã o p e q u e n o s e e ste n d e m -s*

i o m e s e n c é f a l o . c o pág. 410 O s c o l í c u l o s r e c e b e m s e n s a ç õ e s v i s u a i s ( c o -

s o m e n t e a t é a p a r t e c e r v i c a l d a m e d u l a e s p i n a l, o n d e p r o p i c i a m o c c n t r : -

L tcu lo s u p e r i o r ) e a u d i t i v a s ( c o l í c u l o i n f e r i o r ) , e s e u s n ú c le o s e s t ã o e n ­

le s o b r e o s m ú s c u lo s d is ta is d o s m e m b r o s s u p e r io r e s ; n o r m a lm e n t e

v o lv id o s c o m o c o m a n d o e a c o o r d e n a ç ã o d e r e s p o s ta s r e fle x a s a este s

fu n ç ã o é in s ig n ific a n t e s e c o m p a r a d a à fu n ç ã o d o s t r a to s c o r t íc o s p in - íâ

e s t ím u lo s . O s c o l í c u lo s s u p e r i o r e s r e c e b e m i n f o r m a ç ã o a u d i t i v a t r a n s m i -

la te r a is . E n t r e t a n t o , o s tr a to s r u b r o s p in a is p o d e m s e r im p o r ta n te s n a m a ­

t í d a p e lo s c o l í c u lo s i n f e r i o r e s , a s s i m c o m o i n f o r m a ç õ e s s o m a t o s s e n s o r i a i s

n u t e n ç ã o d o c o n t r o l e m o t o r e d o t o n o m u s c u l a r d o s m e m b r o s s u p e r t : res.

c o la t e r a is . O s a x ô n i o s d o s n e u r ô n i o s m o t o r e s s u p e r i o r e s , l o c a li z a d o s n o s

e m c a s o d e le s ã o d o s t r a t o s c o r t i c o s p i n a i s la t e r a is .

c o l í c u lo s s u p e r i o r e s , d e s c e n d e m c o m o

tratos tetospinais.

E sse s a x ô n io s

A T a b e la 1 6 . 2 r e v is a o s p r in c i p a i s t r a t o s m o t o r e s d is c u t id o s n e s te > e : l :

c r u z a m i m e d i a t a m e n t e p a r a o l a d o o p o s t o , a n t e s d e d e s c e r e m p a r a fa z e r > :n a p s e c o m o s n e u r ô n i o s m o t o r e s n o t r o n c o e n c e f á l i c o o u n a m e d u l a

Os núcleos da base e o cerebelo [Figura 16.5]

e s p in a l. O s a x ô n i o s n o s t r a t o s t e t o s p in a is c o m a n d a m m o d i f i c a ç õ e s p o s t u -

O s n ú c le o s d a b a s e s ã o a g r u p a m e n t o s d e s u b s t â n c ia c i n z e n t a n o t n t e m : :

r a is r e f le x a s d a c a b e ç a , d o p e s c o ç o e d o s m e m b r o s s u p e r i o r e s , e m r e s p o s t a

d o c é r e b r o , l a t e r a lm e n t e a o t á l a m o (Figura 16.5). O s n ú c le o s d a b a s e e :

ã lu z

c e r e b e lo s ã o r e s p o n s á v e is p e la c o o r d e n a ç ã o e p e lo c o n t r o l e , p o r r e t r : i . -

i n t e n s a , a m o v i m e n t o s s ú b it o s o u r u í d o s i n t e n s o s .

A fo r m a ç ã o r e t ic u la r é u m a re d e d e n e u r ô n io s fr o u x a m e n t e o r g a n i­ z a d a q u e s e e s t e n d e a o l o n g o d o t r o n c o e n c e f á l i c o . A f o r m a ç ã o r e t i c u la r

m e n t a ç ã o (feedback ), d a s c o n t r a ç õ e s m u s c u la r e s c o m a n d a d a s t a n t ; c o n s ­ c ie n te q u a n t o in c o n s c ie n te m e n t e .

Núcleos dos sistem as descendentes mediai e lateral.

F igura 16.5

. ista em corte mostrando a lo­ ta zação dos principais núcle­ os cujas respostas motoras são transportadas pelos sistemas oescendentes mediai e lateral.

.'er também Figura 15.11 e Tax ! a 15.4. Núcleos da base

Córtex motor

Núcleo caudado ■ Tálamo Putame • Globo pálido ■

Colículo suoerirr Colículo inferior

Núcleo rubro Lâmina do teto do mesencéfalo Formação reticular Ponte Núcleo vestibular Bulbo

Núcleos do cerebelo

440

O SISTEMA NERVOSO

Nota clínica Esc erose lateral amiotrófica Doenças desm ielinizantes acom e­ t e i- neurônios sensitivos e motores produzindo perdas de sensibilidade 5 zo controle motor. A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é uma doença : regressiva que afeta especificam ente os neurônios motores, deixando rta c to s os neurônios sensitivos. Como resultado, indivíduos portadores :e e la apresentam perda do controle motor, porém sem perda da fun:ã : sensitiva ou intelectual. Os neurônios m otores ao longo do sistema -e-voso central são destruídos. Os neurônios envolvidos na inervação dos ~ _sculos esqueléticos são os principais alvos. Os sintomas de ELA geralmente não aparecem antes dos 40 anos de raoe. A doença ocorre na população mundial com uma incidência de três s : nco casos por cem mil indivíduos, sendo mais com um em homens do : . e em mulheres. 0 quadro sintom ático varia, dependendo dos neurônios _ : : : r e s específicos envolvidos. Quando os neurônios m otores nos he~ s-erios cerebrais são os prim eiros a serem afetados, o indivíduo aprese"ta dificuldade em executar m ovim entos voluntários, além de reflexos :e e-tensão exacerbados. Se os neurônios m otores de outras partes do er-cefalo e da medula espinal são atingidos, o indivíduo apresenta fraqueZ5 paresia), inicialm ente em um dos membros, mas que aos poucos se

O s n ú c le o s d a b a s e

dissemina para os outros membros, atingindo finalm ente o tronco. Quan­ do os neurônios m otores que inervam músculos esqueléticos degeneram, ocorre perda do tono muscular. Com o tempo, os músculos atrofiam . A doença progride rapidamente, e a sobrevida média após o diagnóstico é de três a cinco anos. Como as funções intelectuais permanecem íntegras, portadores de ELA perm anecem em alerta e conscientes durante todo o curso da doença, sendo este um dos aspectos mais perturbadores da patologia. Dentre pessoas conhecidas que desenvolveram ELA estão o jo ­ gador de beisebol Lou Gehrig e o físico Stephen Hawking. A causa primária da ELA permanece desconhecida; som ente 5 a 10% dos casos parecem te r uma base genética, sendo que 5% desses casos genéticos são causados por uma mutação em um gene que codifica uma enzima que protege a célula contra substâncias químicas lesivas geradas durante o metabolismo. No nível celular, o problema fundam ental parece estar nas membranas pós-sinápticas dos neurônios motores. O tratam en­ to com riluzole, uma droga que suprim e a liberação de glutam ato (um neurotransmissor), tem postergado o início da paralisia respiratória e pro­ longado a vida destes pacientes. O FDA (Food and Drug Adm inistration) aprovou essa droga para uso clínico.

O s p a d r õ e s b á s ic o s d e m o v im e n to e n v o lv id o s n a s

S e o c ó r t e x m o t o r p r im á r io fo r d a n ific a d o , o in d iv íd u o p e r d e a c a p a ­

n r v id a d e s m o t o r a s v o lu n t á r ia s s ã o p r o d u z id o s p e lo s n ú c le o s d a b a s e . P o r

c id a d e d e e x e r c e r o c o n t r o le r e fin a d o s o b r e o s m ú s c u lo s e s q u e lé t ic o s . C o n ­

e s e m p lo , e le s p o d e m c o n t r o la r m ú s c u lo s q u e d e t e r m in a m a p o s iç ã o b á s i-

t u d o , a lg u n s m o v im e n t o s v o lu n t á r io s a in d a p o d e m s e r c o n t r o la d o s p e lo s

c í d c t r o n c o e d o s m e m b r o s , o u p o d e m c o m a n d a r o s c ic lo s d e m o v im e n -

n ú c le o s d a b a s e . N a r e a lid a d e , o s s is te m a s d e s c e n d e n t e s m e d ia i e la t e r a l

: : s r ít m ic o s , c o m o o c a m in h a r o u c o r r e r . O s n ú c le o s d a b a s e n ã o e x e r c e m

fu n c io n a m n o r m a lm e n t e , m a s o s is te m a c o r t ic o fu g a l (t r a to s c o r t ic o s p i­

c o n t r o l e d i r e t o s o b r e o s n e u r ô n i o s m o t o r e s i n f e r i o r e s ; a o c o n t r á r i o , e le s

n a is ) n ã o c o n s e g u e r e a liz a r o a ju s t e p r e c is o d o s m o v i m e n t o s . P o r e x e m p lo ,

r

lis t a m a s a t iv id a d e s d o s n e u r ô n io s m o t o r e s s u p e r io r e s n a s v á r ia s v ia s

a p ó s u m a le s ã o n o c ó r t e x m o t o r p r im á r io , o s n ú c le o s d a b a s e a in d a p o d e m

—: : : : r a s . O s n ú c l e o s d a b a s e r e c e b e m i m p u l s o s d e t o d a s a s p a r t e s d o c ó r -

r e c e b e r in fo r m a ç õ e s a r e s p e ito d o s m o v im e n t o s p la n e ja d o s d o c ó r t e x p r é -

~.i7.

C e r e b r a l, b e m c o m o d a s u b s t â n c i a n e g r a . Oi

fro n ta l e p o d e m e x e c u ta r m o v im e n to s p r e p a r a tó r io s d e tr o n c o e m e m b ro s .

n ú c l e o s d a b a s e u s a m q u a t r o v i a s p r i n c i p a i s p a r a a j u s t a r o u e s t a -E n t r e t a n t o , c o m o o s i s t e m a c o r t i c o f u g a l e s t á i n o p e r a n t e , m o v i m e n t o s p r e ­

: ;_ c :e r p a d r õ e s d e m o v im e n to s :

c is o s d o s a n t e b r a ç o s , d o s p u n h o s e d a s m ã o s n ã o s ã o p o s s ív e is . U m in d i­

1 . U m g r u p o d e a x ô n io s fa z s in a p s e c o m n e u r ô n io s t a lâ m ic o s , o s q u a is e m it e m a x ô n io s p a r a a á r e a p r é - m o t o r a d o c ó r t e x , a á re a d e a s s o c ia c ã o m o to r a q u e c o m a n d a a tiv id a d e s d o c ó r t e x m o to r p r im á r io . E sta : r g a n iz a ç ã o c r ia u m “ c ir c u it o d e r e t r o a lim e n t a ç ã o ” q u e m o d ific a o .im ia r d e e x c it a b ilid a d e d a s c é lu la s p ir a m id a is e a lt e r a o p a d r ã o d e in s t r u ç õ e s t r a n s m it id o p e lo s tr a t o s c o r t ic o s p in a is . 2 . O s e g u n d o g r u p o d e a x ô n io s fa z s in a p s e n o s n e u r ô n io s ta lâ m ic o s , o s q u a is e m it e m a x ô n io s p a r a a m p la s á r e a s d e a s s o c ia ç ã o d o c ó r t e x c e re ? r a L E sta o r g a n iz a ç ã o c r ia u m c ir c u ito p o r m e io d o q u a l v á r ia s á re a s i e a s s o c ia ç ã o p o d e m e x e r c e r in flu ê n c ia s o b r e a a t iv id a d e m o t o r a d o

v íd u o n e s ta c o n d iç ã o p o d e le v a n ta r -s e , m a n te r o e q u ilíb r io e a té a n d a r, p o r é m t o d o s o s m o v im e n t o s s ã o h e s ita n t e s , fr a c o s e p o u c o c o n tr o la d o s .

O cerebelo

U m a d a s f u n ç õ e s d o c e r e b e lo é a d e m o n it o r a r s e n s a ç õ e s

p r o p r io c e p t iv a s ( r e la c io n a d a s à p o s iç ã o ) , in fo r m a ç õ e s v is u a is p r o v e n ie n ­ te s d o s o lh o s e s e n s a ç õ e s v e s t ib u la r e s ( r e la t iv a s a o e q u ilíb r io ) a d v in d a s d a o r e lh a in te r n a n o d e c u r s o d a r e a liz a ç ã o d o s m o v im e n t o s .

págs.

4 12 -

4 1 4 O s a x ô n io s q u e c o n d u z e m in fo r m a ç õ e s p r o p r io c e p tiv a s a tin g e m o c ó r t e x c e r e b e la r p o r m e io d o s tr a t o s e s p in o c e r e b e la r e s . A in f o r m a ç ã o v i ­ s u a l é e n c a m in h a d a d o s c o líc u lo s s u p e r io r e s , e a in fo r m a ç ã o d o e q u ilíb r io é t r a n s m it id a a p a r t ir d o s n ú c le o s v e s t ib u la r e s . O s c o m a n d o s o r ig in a d o s

c ó rte x ,

d o c e r e b e lo a fe t a m a a t iv id a d e d o s n e u r ô n io s m o t o r e s s u p e r io r e s n o s is t e ­ 3 . V m t e r c e i r o g r u p o d e a x ô n i o s f a z s i n a p s e n a f o r m a ç ã o r e t i c u la r , a lt e r a n d o o im p u ls o n e r v o s o e x c it a d o r o u i n ib id o r d o s t r a t o s r e t ic u lo s p in a is . 4

1 1 q u a r t o g r u p o d e a x ô n io s fa z s in a p s e n o s c o líc u lo s s u p e r io r e s d o m e s e n c é fa lo e e m v á r ia s á re a s d o c ó r t e x c e r e b r a l q u e c o n tr o la m o s m o v im e n t o s o c u la r e s . E s t e c ir c u it o n e r v o s o a t u a n o s m o v im e n t o s r á ­ p id o s d o s o lh o s .

m a c o r t ic o f u g a l e n o s s is t e m a s d e s c e n d e n t e s m e d ia i e la t e r a l. T o d o s o s s is te m a s m o t o r e s e n v ia m in fo r m a ç õ e s a o c e r e b e lo q u a n d o o s c o m a n d o s m o t o r e s s ã o e m it id o s . A m e d id a q u e o s m o v im e n t o s sã o r e a liz a d o s , o c e r e b e lo m o n it o r a in f o r m a ç õ e s p r o p r io c e p t iv a s e v e s t ib u ­ la r e s e c o m p a r a a s s e n s a ç õ e s q u e c h e g a m c o m

as s e n s a ç õ e s p e r c e b id a s

d u r a n t e o s m o v i m e n t o s a n t e r io r e s . O c e r e b e lo , e n t ã o , a ju s t a a s a t iv id a d e s

E x is t e m d u a s p o p u la ç õ e s d is tin ta s d e n e u r ô n io s : u m a q u e e s t im u la o s

d o s n e u r ô n io s m o to r e s s u p e r io r e s e n v o lv id o s . E m g e r a l, q u a lq u e r m o v i­

r .e u r m i o s p e la li b e r a ç ã o d e a c e t i lc o li n a ( A C h ) e o u t r a q u e o s i n i b e p e la

m e n to v o lu n t á r io in ic ia - s e c o m a a tiv a ç ã o d e u m n ú m e r o d e u n id a d e s

ü b e r a ç ã o d e á c id o g a m a - a m in o b u t ír ic o ( G A B A ) . S o b c o n d iç õ e s n o r m a is ,

m o t o r a s q u e é m u i t o s u p e r i o r a o n e c e s s á r io - o u m e s m o d e s e já v e l. O c e ­

s i r i e m e u r ô n i o s e x c it a d o r e s s ã o m a n t id o s in a t iv o s e o s t r a t o s q u e p a r -

:í~

d o s n ú c le o s d a b a s e e x e r c e m u m e fe it o in ib id o r s o b r e o s n e u r ô n io s

n o t e res s u p e r io r e s . N a

doença de Parkinson,

o s n e u r ô n io s e x c it a d o r e s

: m a x n - s e m a is a tiv o s , o q u e r e s u lta e m p r o b le m a s n o c o n t r o le v o lu n t á r io

á o s m o v im e n to s .

pág.

4 10

re b e lo o fe r e c e a in ib iç ã o n e c e s s á r ia , r e d u z in d o o n ú m e r o d e c o m a n d o s m o t o r e s a u m m ín im o e fic ie n t e . A o lo n g o d a r e a liz a ç ã o d o m o v im e n t o , o p a d r ã o e o g r a u d e i n i b i ç ã o s e a lt e r a m , p r o d u z i n d o o r e s u lt a d o d e s e ja d o . O s p a d r õ e s d e a t iv id a d e c e r e b e la r s ã o a p r e n d id o s p o r t e n t a t iv a e e r r o , a p ó s m u it a s r e p e tiç õ e s . M u it o s d o s p a d r õ e s b á s ic o s s ã o e s ta b e le c id o s

C a p ít u l o 1 6

O Sistema Nervoso: Vias e Funções Superiores

p r e c o c e m e n t e n a v i d a ; e x e m p l o s i n c l u e m a ju s t e s d e l i c a d o s d o e q u i l í b r i o , n e c e s s á r io s p a r a se p e r m a n e c e r e m p é o u p a r a c a m in h a r . A h a b ilid a d e d e r e g u la r c o m e x a t id ã o u m p a d r ã o c o m p le x o d e m o v im e n t o s a u m e n t a

Nota clínica

c o m a p r á t ic a , a té q u e o s m o v im e n t o s s e t o r n e m fá c e is e a u to m á tic o s . C o n s id e r e o s m o v im e n t o s s o lto s e s u a v e s d o s a c r o b a t a s , d o s jo g a d o r e s d e g o lfe e d o s c h e fe s d e c o z in h a ja p o n e s a . E s t a s p e s s o a s r e a liz a m m o v i m e n ­ to s c o m p le x o s s e m p e n s a r n o s d e ta lh e s d e s u a e x e c u ç ã o . E s t a h a b ilid a d e é im p o r t a n t e p o r q u e , q u a n d o h á n e c e s s id a d e d e se c o n c e n tr a r a a te n ç ã o n o c o n t r o le v o lu n t á r io , o r it m o e o p a d r ã o d o m o v im e n t o g e r a lm e n te se d is s o c ia m e fo g e m d a s in c r o n ia , u m a v e z q u e o c ó r t e x m o t o r p r im á r io c o m e ç a a e x c e d e r o s c o m a n d o s d o s n ú c l e o s d a b a s e e d o c e r e b e lo .

Níveis de controle motor somático [Figura 16 .6 ] A in fo r m a ç ã o a s c e n d e n t e é tr a n s m it id a , a p a r t ir d e u m n ú c le o o u c e n tr o a o u t r o , e m u m a s é r ie d e e ta p a s . P o r e x e m p lo , a in fo r m a ç ã o s e n s it iv a s o ­ m á tic a d a m e d u la e s p in a l é c o n d u z id a d e u m n ú c le o n o b u lb o e m d ir e ç ã o a u m n ú c le o n o t á la m o a n te s d e a lc a n ç a r a á re a e s p e c ífic a d o c ó r t e x s e n ­ s itiv o p r im á r io . O p r o c e s s a m e n t o d a i n fo r m a ç ã o o c o r r e a c a d a e t a p a a o lo n g o d o c a m in h o . C o m o r e s u lta d o , a p e r c e p ç ã o c o n s c ie n t e d o e s tím u lo p o d e se r b lo q u e a d a , re d u z id a o u a u m e n t a d a . E s s e p r o c e s s a m e n t o e m e t a p a s é im p o r t a n t e , m a s le v a t e m p o . E m c a d a s in a p s e o c o r r e u m a tr a s o e, e n tr e o te m p o d e c o n d u ç ã o e o s a tra s o s s in á p t ic o s , a lg u n s m ilis s e g u n d o s s ã o n e c e s s á r io s p a r a a t r a n s m is s ã o d e

Anencefalia Ainda que possa parecer estranho, geralmente os c e ­ diços adotam 0 procedimento de colocar 0 recém-nascido em uma sa a escura e acender uma luz contra 0 crânio. Por meio desse p ro ce d i^e -to, investiga-se a ocorrência de anencefalia, uma condição rara na qua ocorre uma falha no desenvolvimento encefálico acima do mesencéfa : ou da parte inferior do diencéfalo. 0 crânio tipicam ente não se desavolve, facilitando 0 diagnóstico; se a caixa craniana se desenvolve vaza a torna-se suficientemente translúcida à passagem da luz. A menos que a condição seja diagnosticada imediatamente, os p a ; podem levar a criança para casa totalmente alheios ao problema. Todca os padrões de comportamento esperados de um recém-nascido esta: presentes, incluindo sugar, esticar-se, bocejar, chorar, chutar, levar os :ados à boca e acompanhar movimentos com os olhos. Contudo, a m oca ocorrerá naturalmente em um período de dias a meses. Esta condição trágica fornece uma demonstração notável da funçè: do tronco encefálico no controle dos complexos padrões motores inv :luntários. Durante 0 desenvolvimento normal, esses padrões torna ~ -íe incorporados a comportamentos variáveis e versáteis, enquanto os certros analíticos e de controle se desenvolvem no córtex cerebral. À medida que estes eventos ocorrem, os neurônios corticais c o rtinuam a estabelecer novas interconexões que terão um efeito a long: prazo nas capacidades funcionais do indivíduo.

u m a in fo r m a ç ã o d e sd e u m r e c e p t o r a té a á r e a e s p e c ífic a d o c ó r t e x s e n s it i­ v o p r im á r io . U m te m p o a d ic io n a l tr a n s c o r r e r á a té q u e a á re a e s p e c ífic a d o c ó r t e x m o t o r p r i m á r i o r e a l iz e o c o m a n d o p a r a u m a r e s p o s t a v o l u n t á r i a . O s r is c o s e n v o lv id o s e m fu n ç ã o d e sse a tra so n ã o sã o s ig n ific a t iv o s , p o is c o m a n d o s m o t o r e s in t e r m e d iá r io s s ã o e m it id o s p o r “ e s ta ç õ e s d e t r a n s m is s ã o ” n a m e d u la e s p in a l e n o t r o n c o e n c e fá lic o . E n q u a n t o o in ­ te le c t o c o n s c ie n t e a in d a e s tá p r o c e s s a n d o a i n f o r m a ç ã o , r e fle x o s n e u r a is p ro m o vem

u m a r e s p o s t a im e d ia t a , q u e p o d e s e r a ju s t a d a e m d e t a lh e s

p o s t e r io r m e n t e . P o r e x e m p lo , a o t o c a r a c id e n t a lm e n t e u m f o r n o q u e n te , o s p o u c o s m ilis s e g u n d o s t r a n s c o r r id o s a té a c o n s c ie n t iz a ç ã o d a s itu a ç ã o d e ris c o p o d e r ia m s e r s u fic ie n te s p a r a o c a s io n a r u m a q u e im a d u r a g ra v e . E n t r e t a n t o , is s o n ã o a c o n te c e p o r q u e a r e s p o s t a (a r e t ir a d a d a m ã o ) o c o r ­ re q u a s e im e d ia t a m e n t e , p o r m e io d e u m r e fle x o c o o r d e n a d o n a m e d u la e s p in a l. R e s p o s t a s m o t o r a s v o lu n t á r ia s , c o m o s a c u d ir a s m ã o s , a fa s ta r - s e , g r it a r o u c h o r a r o c o r r e m a lg u m t e m p o d e p o is . N e s te c a s o , a r e s p o s ta r e ­ fle x a in ic ia l, d ir ig id a p o r n e u r ô n io s n a m e d u la e s p in a l, fo i c o m p le m e n t a ­ d a p o r u m a r e s p o s ta v o lu n t á r ia c o n t r o la d a p e lo c ó r t e x c e r e b r a l. O r e fle x o m e d u la r fo r n e c e u a re s p o s ta r á p id a , a u to m á tic a e p r é - p r o g r a m a d a q u e p r e s e r v o u a h o m e o s t a s e . A r e s p o s ta c o r t ic a l fo i m a is c o m p le x a , m a s e x ig iu

m a r c h a e p o s ic io n a m e n t o s d o c o r p o ( n ú c le o s d a b a s e ) , p a d r õ e s d e m :

-

m e n t a ç ã o a p r e n d id o s (c e re b e lo ) e m o v im e n t o s e m r e s p o s ta a e s tím u l

s

v is u a is o u a u d itiv o s b r u s c o s e r e p e n tin o s ( m e s e n c é fa lo ). N o n ív e l m a is s u p e r io r e s tã o o s c o m p le x o s e v a r iá v e is p a d r õ e s m o to ­ r e s v o lu n t á r io s , d it a d o s p e lo c ó r t e x c e r e b r a l. C o m a n d o s m o t o r e s p : t e m se r e m it id o s d ir e ta m e n te a o s n e u r ô n io s m o to r e s e s p e c ífic o s o u p o d e m

-

t r a n s m it id o s in d ir e t a m e n t e p e la m o d ific a ç ã o d a a t iv id a d e d e u m c e n t r : t e c o n t r o l e r e f le x o . A

Figura 16.6b,c o f e r e c e

u m d ia g r a m a s im p le s d a s e m t _ -

e n v o lv id a s n o p la n e ja m e n t o e n a e x e c u ç ã o d e u m m o v im e n t o v o l u n t i n : D u r a n t e o d e s e n v o l v i m e n t o , o s n í v e i s d e c o n t r o l e a p a r e c e m s e q u r t i : im­ i n e n t e , c o m e ç a n d o c o m o s r e f le x o s m e d u l a r e s . R e f l e x o s m a i s c o m p l e x o s d e s e n v o l v e m c o n f o r m e o s n e u r ô n i o s c r e s c e m e s e i n t e r c o n e c t a m . A e v c lu c à c d o p r o c e s s o é r e l a t i v a m e n t e le n t a , u m a v e z q u e b i l h õ e s d e n e u r ô n i o s esta t> el e c e m t r i l h õ e s d e c o n e x õ e s s i n á p t ic a s . A o n a s c i m e n t o , n e m o c ó r t e x c e r e b t i ­ n e m o c ó r t e x c e r e b e la r s ã o t o t a l m e n t e f u n c i o n a i s , e o a m a d u r e c i m e n t o d e s u a s h a b i l i d a d e s l e v a a n o s p a r a s e c o m p l e t a r . A l g u n s fa t o r e s a n a t ô m i c o s - : c -

m a is t e m p o p a r a s e u p r e p a r o e s u a e x e c u ç ã o . N ú c le o s d o tr o n c o e n c e fá lic o t a m b é m e s tã o e n v o lv id o s e m u m a v a ­ r ie d a d e d e r e fle x o s c o m p le x o s . A lg u n s d e s s e s n ú c le o s r e c e b e m in fo r m a ç ã o s e n s it iv a e g e r a m r e s p o s ta s m o t o r a s a p r o p r ia d a s . E s s a s r e s p o s ta s m o to r a s p o d e m e n v o lv e r c o n tr o le d ir e to s o b r e n e u r ô n io s m o to r e s o u s o b r e a r e ­ g u la ç ã o d e c e n tr o s r e fle x o s e m o u t r a s p a r t e s d o e n c é fa lo . A

p a d r õ e s m o to r e s a s s o c ia d o s c o m a lim e n ta ç ã o e r e p r o d u ç ã o ( h i p o t a li m :

Figura 16.6

ilu s t r a v á r io s n ív e is d e c o n t r o le m o t o r s o m á t ic o , d e s d e r e fle x o s e s p in a is s im p le s a té p a d r õ e s c o m p le x o s d e m o v im e n t o s . T o d o s o s n ív e is d e c o n tr o le m o t o r s o m á tic o a fe t a m a a t iv id a d e d o s

s e r v a d o s e m c a p ítu lo s a n t e r io r e s , c o n t r ib u e m p a r a e sta m a tu r a ç ã o : 1 . N e u r ô n io s c o r t ic a is m u lt ip lic a m - s e a té a o m e n o s 1 a n o d e id a d e . 2 . O e n c é fa lo c re s c e e m ta m a n h o e c o m p le x id a d e a té p e lo m e n o s 4 a ttc s d e id a d e . 3 . A m ie lin iz a ç ã o d o s a x ô n io s d o S N C c o n t in u a a té p e lo m e n o s 1 _ 1 a n o s d e id a d e ; a m ie lin iz a ç ã o p e r ifé r ic a p o d e c o n tin u a r - s e a o lo n ç c d a p u b erd ad e.

n e u r ô n i o s m o t o r e s i n f e r i o r e s . O s r e f le x o s c o o r d e n a d o s n a m e d u l a e s p i n a l e n o t r o n c o e n c e fá lic o s ã o o s m e c a n is m o s m a is s im p le s d e c o n t r o le m o ­ to r . N í v e i s s u p e r i o r e s r e a l iz a m p r o c e s s a m e n t o s m a is e l a b o r a d o s ; n o t r a je t o d e s d e o b u l b o a t é o c ó r t e x c e r e b r a l, o s p a d r õ e s m o t o r e s s e t o r n a m g r a d a t i v a m e n t e m a i s c o m p l e x o s e v a r i á v e i s . P o r e x e m p lo , o r i t m o c o n t r o l a d o p e lo c e n tr o r e s p ir a t ó r io d o b u lb o d e t e r m in a u m a fr e q ü ê n c ia r e s p ir a t ó r ia b á s ic a . C e n t r o s p o n t i n o s a ju s t a m e s s a f r e q ü ê n c i a e m r e s p o s t a a c o m a n d o s r e c e b i ­ d o s d o h ip o t á la m o ( s u b c o n s c ie n t e s ) o u d o c ó r t e x c e r e b r a l ( c o n s c ie n te s ). O s n ú c l e o s d a b a s e , o c e r e b e lo , o m e s e n c é f a l o e o h i p o t á l a m o c o n t r o ­ la m o s p a d r õ e s m o to r e s in v o lu n t á r io s m a is c o m p le x o s . E x e m p lo s in c lu e m

Cr REVISÃO DOS CONCEITOS 1. Como resultado de uma compressão de medula espinal, Gil apreserta au­ sência das sensações de tato e pressão nas pernas. Qual é 0 trato da ~ e : . Ia espinal que está sob compressão? 2. Qual é a explicação anatômica para 0 fato de 0 lado esquerdo do encena : controlar a função motora do lado direito do corpo? 3. Que parte do corpo será afetada por uma lesão na porção superior cc tex motor?

O SISTEM A NERVOSO

NÚCLEOS DA BASE

CÓRTEX CEREBRAL

M od ifica m padrões vo lu n tá ­ rios e de reflexos m otores em nível sub con scien te

Planeja e inicia atividades m otoras voluntárias

TÁLAMO E MESENCÉFALO

HIPOTÁLAMO C ontrola padrões m otores e ste re otip ad os relacionados a ativida des co m o comer, beber e à ativida de sexual; m od ifica reflexos respiratórios

C ontrolam reflexos em resposta aos estím ulos visuais e auditivos

PONTE E PARTE SUPERIOR DO BULBO

CEREBELO C oordena padrões m otores com p le xos

C ontrolam reflexos do equilíbrio e reflexos respiratórios m ais com p le xos

TRONCO ENCEFÁLICO E MEDULA ESPINAL

PARTE INFERIOR DO BULBO

C ontrolam reflexos crania­ nos e m edulares sim ples

C ontrola reflexos respiratórios básicos

(a) Níveis de controle motor somático Área m otora prim ária do có rte x cerebral C órtex cerebral

associaçao m otora

N úcleos da base

Cerebelo

O utros núcleos dos sistem as descendentes m ediai e lateral Sistem a cortico fu ga l

(b) Estágio de planejamento

Neuromos m otores inferiores

A tivid ad e m otora

(c) Movimento

= §jr a 16.6

Controle m o tor somático.

(a) 3 controle motor somático envolve uma série de níveis, com reflexos medulares e reflexos cranianos simples, inferiormente, e padrões motores voluntários com: e*os. superiormente, (b) O estágio de planejamento: Quando uma decisão consciente é tomada para realizar um movimento específico, a informação é emitida dos :bos ^ontais para as áreas de associação motora. Essas áreas, por sua vez, transmitem a informação ao cerebelo e aos núcleos da base. (c) Movimento: Com o início :: -ovimento, as áreas de associação motora enviam instruções ao córtex motor primário. A retroalimentação (feedback) advinda dos núcleos da base e do cerebelo -o cffica esses comandos e retorna informações ao longo dos sistemas descendentes mediai e lateral, coordenando ajustes involuntários de posição e tono muscular

-i Por meio de quais tratos motores passam os seguintes comandos: (a) muoanças reflexas na posição da cabeça devido à luminosidade intensa, (b) 5 :erações automáticas na posição dos membros para manter o equilíbrio? Veja a seção de Respostas na parte final do livro.

Funções superiores As funções superiores apresentam as seguintes características: 1. São realizadas pelo córtex cerebral.

C a p ít u l o

2 . E n v o lv e m

16 • O Sistema Nervoso: Vias e Funções Superiores

in te r c o n e x õ e s e c o m u n ic a ç õ e s c o m p le x a s e n tre á re a s n o

c o e o b s e r v a ç ã o c lín ic a tê m m o s t r a d o q u e v á r ia s á re a s c o r t ic a is in te g r a m

in t e r io r d o c ó r t e x c e r e b r a l e e n tr e o c ó r t e x c e r e b r a l e o u t r a s á r e a s d o

e s t ím u lo s s e n s it iv o s c o m p le x o s e r e s p o s ta s m o t o r a s . E ste s c e n t r o s ( F ig u r a

e n c é fa lo .

1 6 .7 b ) in c lu e m a

área integrativa, o centro da fala e

o

córtex pré-frontal

3 . E n v o lv e m p r o c e s s a m e n to c o n s c ie n t e e in c o n s c ie n t e d e in fo r m a ç õ e s .

4.

N ã o in te g r a m

o s “ c ir c u ito s ” p r o g r a m a d o s d o e n c é fa lo ; p o r ta n to , as

f u n ç õ e s e s t ã o s u je it a s a m o d if ic a ç õ e s e a ju s t e s a o lo n g o d o t e m p o .

A área integrativa geral A á r e a in te g r a t iv a g e r a l, o u

área gnósica, r e c e b e

in fo r m a ç ã o d e to d a ? i-

á re a s d e a s s o c ia ç ã o s e n s itiv a . E s te c e n tro a n a lític o e s tá p re s e n te e m a p e n ^ N o s s a d is c u s s ã o s o b r e a s fu n ç õ e s s u p e r io r e s c o m e ç a p e la id e n t ific a ç ã o á re a s c o r t ic a is e n v o lv id a s e p e la c o n s id e r a ç ã o d a s d ife r e n ç a s fu n c io ­

u m h e m is fé r io c e r e b r a l, g e r a lm e n t e o e s q u e r d o . L e s õ e s n a á r e a in t e g r a t r ; g e r a l p r e ju d ic a m a c a p a c id a d e in t e r p r e t a t iv a d a le it u r a o u d a l i n g u a g ;—

n a is e n t r e o s h e m is f é r io s c e r e b r a is d ir e it o e e s q u e r d o . A s s im , a b o r d a r e m o s

o r a l, a p e s a r d e h a v e r c o m p r e e n s ã o d a s p a la v r a s , q u a n d o a p r e s e n t a d a s is o ­

: re v e m e n te o s m e c a n is m o s d e m e m ó r ia , a p r e n d iz a g e m e c o n s c iê n c ia .

la d a m e n t e . P o r e x e m p lo , u m in d iv íd u o p o d e r ia e n t e n d e r o s ig n ific a d o d a ? p a la v r a s

sentar e aqui, m a s

fic a r to t a lm e n t e c o n fu s o d ia n te d e u m a s o lic i­

Regiões de integração do córtex cerebral [Figura 16.7]

ta ç ã o p a r a “ s e n t a r a q u i ”.

A s á re a s s e n s it iv a s , m o t o r a s e d e a s s o c ia ç ã o d o s h e m is fé r io s c e r e b r a is fo r a m

V ia s e fe re n te s a p a r t ir d a á r e a in te g r a t iv a g e r a l a tin g e m o c e n t r o d a fa la

a p re s e n ta d a s n o C a p ít u lo 1 5 .

pág.

397 A

Figura 16.7a

O centro da fala p e r m ite a r e v i-

ou

área de Broca. E s t e

c e n tr o lo c a liz a - s e a o lo n g o d a m a r g e m

d o có rcex

~ Io d a s p r i n c i p a i s á r e a s c o r t ic a is d o h e m is f é r io c e r e b r a l e s q u e r d o . D a d o s

p r é - m o t o r n o m e s m o h e m is fé r io d a á re a in te g r a t iv a g e ra l. O c e n trc

d e t o m o g r a fia c o m p u ta d o r iz a d a fu n c io n a l ( S P E T ) , m o n ito r a m e n to e lé tr i­

fa la é u m c e n tr o m o t o r q u e r e g u la o s p a d r õ e s d e r e s p ir a ç ã o e v o c a liz a c l :

: =

Sulco central

Córtex motor primário (giro pré-central)

Córtex sensitivo primário (giro pós-central)

Área de associação motora somática (córtex pré-motor)

LOBO PARIETAL Área de associação sensitiva somática

LOBO FRONTAL

Área de associação visual

Córtex pré-frontal

LOBO OCCIPITAL Sulco lateral

Área visual primária do córtex c e r e O r a Área de associação auditiva Área auditiva primária do córtex cerebral

LOBO TEMPORAL (a) Áreas sensitivas e motoras do córtex cerebral

Área frontal do campo Centro da fala area de Broca)

Área integrativa geral (área gnósica)

Área de associação do córtex pré-frontal

(b) Regiões de integração superior do córtex cerebral

gura

16 .7

Áreas de Brodmann selecionadas do córtex cerebral

Áreas funcionais do có rtex cerebral.

= Áreas sensitivas, motoras e sensitivas especiais do córtex cerebral que são encontradas em ambos os hemisférios cerebrais, (b) O hemisfério esquerdo g e r a lr e '- ontém a área integrativa geral e o centro da fala. Outras especializações dos dois hemisférios cerebrais são mostradas na Figura 16.8. (c) Estas são algumas cte; reas de Brodmann do córtex cerebral, cada uma delas caracterizada por um padrão diferenciado de organização celular (citoarquitetura). Compare estas reg ceí natômicas com as áreas funcionais mostradas nas partes (a) e (b).

j^Jj

444

0 SISTEMA NERVOSO

n e c e s s á r io s p a r a a fa la n o r m a l. A s r e g iõ e s c o r r e s p o n d e n t e s n o h e m is fé r io

Nota clínica

: r : s t o n ã o e s t ã o “ i n a t i v a s ”, m a s s u a s f u n ç õ e s a p r e s e n t a m m e n o r d e f i n i ­ ç ã o . L e s õ e s n o c e n tr o d a fa la p o d e m m a n if e s t a r - s e d e v á r ia s m a n e ir a s . A lg i m s i n d i v í d u o s a p r e s e n t a m d i f i c u l d a d e d e f a la , e m b o r a s a i b a m s e l e c i o n a r e x a t a m e n t e a s p a la v r a s a s e r e m u t iliz a d a s ; o u t r o s n ã o a p r e s e n t a m d ific u l: a i e s d e fa la , m a s a s e le ç ã o d a s p a la v r a s é t o t a lm e n t e in a p r o p r ia d a .

O córtex pré-frontal : córtex pré-frontal,

ou

área de associação pré-frontal, d o

lo b o fr o n ta l é

a ir e a c e re b ra l d e m a io r c o m p le x id a d e . E ssa á re a a p re s e n ta e x te n sa s c o ­ n e x õ e s c o m o u t r a s á re a s c o r t ic a is e c o m o u t r a s p a r te s d o e n c é fa lo , c o m o : s iíte m a lím b ic o . O c ó r t e x p r é - fr o n t a l d e s e m p e n h a fu n ç õ e s c o m p le x a s d e a p r e n d iz a d o e r a c io c ín io . P o r m e io d e s u a s c o n e x õ e s c o m o s is te m a h m b ic o , o c ó r t e x p r é - fr o n t a l o fe r e c e c o n te x to e m o c io n a l e m o tiv a ç ã o . T a m b é m d e s e m p e n h a fu n ç õ e s in te le c t u a is a b s tr a ta s , c o m o a p r e v is ã o d e ; : n s e q ü é n c ia s fu t u r a s d e e v e n to s o u a ç õ e s . L e s õ e s n e s ta r e g iã o le v a m a n í c u ld a d e s c o m a n o ç ã o d a s re la ç õ e s te m p o r a is e n tre e v e n to s . A lg u m a s q u e s t õ e s , c o m o “ H á q u a n t o t e m p o is t o a c o n t e c e u ? ” o u “ O q u e a c o n t e c e u r m e i r o ? ” t o r n a m - s e d ifíc e is d e re s p o n d e r. S e n t im e n to s d e fr u s t r a ç ã o , te n s ã o e a n s ie d a d e s ã o g e r a d o s n a á re a r r e - r r o n t a l d o c ó r t e x c e r e b r a l , p o i s e le i n t e r p r e t a e v e n t o s c o n t í n u o s e fa z r r e d iç õ e s a re s p e ito d e s itu a ç õ e s o u c o n s e q ü ê n c ia s fu t u r a s . S e a s c o n e x õ e s

Lesão dos centros integrativos a afasia (a, ausência + phassa fala) é uma alteração que afeta a capacidade de fala ou leitura. A afasia severa, ou afasia global, resulta de uma lesão extensa da área integra­ tiva geral ou dos tratos sensitivos associados. Os indivíduos acometidos são totalm ente incapazes de falar, ler ou compreender ou interpretar a fala dos outros (linguagem oral). A recuperação é possível quando a condição resulta de edema ou hemorragia, mas o processo muitas ve­ zes leva meses ou anos. A dislexia (lexis, palavra) é um distúrbio que interfere na com ­ preensão das palavras escritas. A dislexia do desenvolvim ento ocor­ re em crianças; existem estimativas de que, nos Estados Unidos, em torno de 15% das crianças sofrem de algum grau de dislexia. Essas crianças têm dificuldades para ler e escrever, embora outras funções intelectuais sejam normais ou estejam acima do normal. A caligrafia dessas crianças apresenta-se irregular e desorganizada, com letras espelhadas ou escritas em ordem invertida, mais freqüentem ente do que na caligrafia de crianças não afetadas. Evidências recentes su­ gerem que pelo menos algumas formas de dislexia resultam de pro­ blemas no processamento e na ordenação da informação visual nos lobos occipital e temporal.

en tre e sta á re a e o u t r a s p a r te s d o e n c é fa lo sã o in te r r o m p id a s , as s e n sa ç õ e s d e :e n s ã o , fr u s t r a ç ã o e a n s ie d a d e s ã o r e m o v id a s . A o 1 : n g o d a m e t a d e d o s é c u lo X X , o p r o c e d im e n t o u m d r á s tic o d e n o m in a d o

lobotom ia pré-frontal

fo i

u u li z a d o p a r a “ c u r a r ” u m a v a r i e d a d e d e d o e n ç a s m e n r a ís - p r i n c i p a l m e n t e a q u e l a s l i g a d a s a p e r s o n a l i d a d e s in t i - s o c ia is e v io le n t a s . A p ó s u m a lo b o t o m ia , o p a c ie n t e n ã o m a is se p r e : . u p a v a a r e s p e ito d o q u e , a n te s , e r a c o n s id e r a d o u m ; r z n d e p r o b l e m a , s e j a e le p s i c o l ó g i c o ( c o m o a l u c i n a cões

MAO ESQUERDA

MAO DIREITA

o u fís ic o ( d o r in te n s a ). C o n tu d o , o in d iv íd u o f i ­

c a v a . p o r a lg u m t e m p o , ig u a lm e n t e d e s m o t iv a d o e m r e a ç ã o à s s e n s a ç õ e s t á t e is , s i t u a ç õ e s e n v o l v e n d o d e c o ­ ro e h i g i e n e p e s s o a l . A g o r a q u e f o r a m d e s e n v o l v i d a s

Córtex pré-frontal

Córtex pré-frontal

d r o g a s p a r a a tu a r e m v ia s e á re a s e s p e c ífic a s d o S N C , a í : b o t o m i a n ã o é m a is u t iliz a d a p a r a c o n t r o la r o c o m ­ p o rta m e n to .

Centro da fala

Áreas de Brodmann e função cortical [Figura 16.7c] S : in ic io d o s é c u lo X X , f o r a m fe ita s

Comissura anterior

m u it a s te n ta ti-

i - p a r a d e s c r e v e r e c la s s ific a r d ife r e n ç a s r e g io n a is n a

Escrita

Análise tátil

: - ;i n i z a ç ã o h is t o ló g ic a ( c ito a r q u ite tu r a ) d o c ó r t e x c e r e b r a l. A c r e d it a v a - s e q u e o s p a d r õ e s d a o r g a n iz a ç ã o c e lu la r p o d e r ia m e s ta r r e la c io n a d o s a fu n ç õ e s s e n s it i­

v a s. m o t o r a s e i n t e g r a t i v a s e s p e c í f i c a s . A t é 1 9 1 9 , f o r a m

Área auditiva do córtex auditivo (orelha direita)

Córtex auditivo (orelha esquerda)

Centro integrativo geral (linguagem e cálculo matemático)

Visualização e análise espacial

d e s c r it o s p e lo m e n o s 2 0 0 p a d r õ e s d ife r e n te s , e a m a io -

na d o s

e s q u e m a s d e c la s s ific a ç ã o fo r a m a b a n d o n a d o s

d e sd e e n tã o . C o n tu d o , o m a p e a m e n to c o r t ic a l p r e p a ­ ra c o p o r B r o d m a n n e m 1 9 0 9 p r o v o u s e r e f i c i e n t e p a r a ■ r e u r o a n a to m is ta s . B r o d m a n n d e s c r e v e u 4 7 p a d r õ e s a : : ir q u it e t u r a is d ife r e n te s n o c ó r t e x c e r e b r a l* . V á r ia s d e stas

áreas de Brodmann

são m o strad a s n a

Figura

' 6 7c .A lg u m a s c o r r e s p o n d e m a á r e a s f u n c i o n a i s c o ­ n h e c id a s . P o r e x e m p lo , a á r e a 4 4 d e B r o d m a n n c o r r e s -

Área visual do córtex cerebral (campo visual direito)

p o n d e a o c e n t r o m o t o r d a fa la e a á r e a 4 a c o m p a n h a o :

:M r n o d o c ó r t e x m o to r p r im á r io . E m o u tro s c a so s,

‘N R.T. Na realidade, B rodm ann descreveu 52 áreas citoarquitem rais.

Figura 16.8

HEMISFÉRIO ESQUERDO

HEMISFÉRIO DIREITO

Área visual do córtex cerebral (campo visual esquerdo)

Especialização hemisférica. Diferenças funcionais entre os hemisférios direito e esquerdo. Observe que as informações sensitivas especiais são transmitidas ao hemisfério cerebral do lado oposto do corpo. O Capitulo 18 mostra'; detalhes adicionais destas vias.

C a p ít u l o

16 • O Sistema Nervoso: Vias e Funções Superiores

i c o r r e s p o n d ê n c ia é m e n o s p r e c is a . P o r e x e m p lo , a á r e a 1 d e B r o d m a n n

e s t a d o s e m o c io n a is , d a m e m ó r ia e d a f u n ç ã o in t e le c t u a l. ( V e ja a d is c - - 1

c-sra l o c a l i z a d a n o i n t e r i o r d o c ó r t e x s e n s i t i v o p r i m á r i o .

s o b r e d o e n ç a d e A lz h e im e r m a is a d ia n t e n e s te c a p ít u lo .)

Especialização dos hemisférios

M e m ó r ia s m o t o r a s e s e n s itiv a s c o n s c ie n t e s s ã o e n v ia d a s a á re a s d e a s s o d s -

A s m e m ó r ia s d e lo n g a d u r a ç ã o sã o a r m a z e n a d a s n o c ó r te x c e re b ra l

A s á reas o b s e r v a d a s n a

Figura 16.7a

[Figuras 16.7a/16.8]

e s tã o p re s e n te s e m a m b o s o s h e m is fé -

r io s c e r e b r a is , m a s as fu n ç õ e s s u p e r io r e s n ã o s ã o ig u a lm e n te d is t r ib u íd a s . -

=ígura 16.8

in d ic a a s p r in c ip a is d ife r e n ç a s fu n c io n a is e n tre o s h e m is fé -

r i 3S. O s c e n t r o s s u p e r i o r e s n o s h e m i s f é r i o s d i r e i t o e e s q u e r d o a p r e s e n t a m

ç ã o a p r o p r i a d a s . P o r e x e m p l o , m e m ó r i a s v i s u a i s s ã o a r m a z e n a d a s n a a re a

i-

d e a s s o c ia ç ã o v is u a l e m e m ó r ia s d a a tiv id a d e m o t o r a v o lu n t á r ia s ã o a m r

z e n a d a s n o c ó r t e x p r é - m o t o r . P a r t e s e s p e c i a i s d o s l o b o s o c c i p i t a l e t e m r : r a. r e t ê m m e m ó r i a s d e i m a g e n s f a c i a i s , s o m d e v o z e s e p r o n ú n c i a d e p a .a A

am nésia

ra s

re fe re -se à p e rd a d e m e m ó r ia p o r d o e n ç a o u tra u m a

m r .ç õ e s d ife r e n t e s , m a s c o m p le m e n t a r e s . A l g u m a s fu n ç õ e s e c a p a c id a d e s

tip o d e p e r d a d e m e m ó r ia d e p e n d e d a s á re a s e s p e c ífic a s d o e n c é fa lo a fe ta ­

m o t o r a s r e fle te m p r im o r d ia lm e n t e a s a t iv id a d e s d e u m d o s d o is h e m is fé r io s

d a s. L e s õ e s d a s á re a s d e a s s o c ia ç ã o s e n s it iv a p r o d u z e m p e r d a d a m e m : n a

a e r e b r a is . P o r e x e m p l o , o c e n t r o d a f a l a e a á r e a i n t e g r a t i v a g e r a l e s t ã o n o r ­

d a s s e n s a ç õ e s q u e c h e g a m a o c ó r t e x s e n s it iv o a d ja c e n t e . L e s õ e s d a - e s­

m a lm e n t e s i t u a d o s n o m e s m o h e m i s f é r i o c e r e b r a l , o q u a l é c o n h e c i d o c o m o

t r u t u r a s t a lâ m ic a s e lím b ic a s , e s p e c ia lm e n t e o h ip o c a m p o , p r e iu d ia a r ã

hem isfério de caracterização”,

icminante p o r q u e

q u e é ta m b é m d e n o m in a d o

hemisfério

c o s t u m a d e t e r m in a r a d o m in â n c ia la t e r a l; o h e m is fé r io

r ^ ju e r d o é o h e m is fé r io d o m in a n t e n a m a io r ia d a s p e s s o a s d e stra s . E m c o n t r a p a r t id a , a p e r c e p ç ã o e s p a c ia l, o r e c o n h e c im e n t o d e f is io ­ n o m ia s , o c o n t e x t o e m o c io n a l d a lin g u a g e m e a a p r e c ia ç ã o d a m ú s ic a s ã o

“hem isfério de representação”,

r r ó p r io s d o

:.vite. O

ou

hemisfério não-domi-

h e m is fé r io c e r e b r a l d ir e ito a n a lis a a s in fo r m a ç õ e s s e n s itiv a s e

o a r m a z e n a m e n t o e a c o n s o l i d a ç ã o d a m e m ó r i a . A a m n é s i a p o d e o c r-m er a b r u p ta o u p r o g r e s s iv a m e n t e , e a r e c u p e r a ç ã o p o d e s e r c o m p le ta , r a r :.a . o u in e x is te n t e , d e p e n d e n d o d o t ip o d o p r o b le m a . N a m e m ó r ia r e tró g ra d a

(retro,

a tr á s ), o in d iv íd u o p e rd e a m e m

-

r ia d e e v e n to s p a s s a d o s . A lg u m g r a u d e a m n é s ia r e t r ó g r a d a c o m u m e r te o c o r r e a p ó s u m t r a u m a t is m o c r a n ia n o ; a p ó s u m a c id e n t e d e c a m q u e d a , m u it a s v ít im a s s ã o in c a p a z e s d e le m b r a r o s m o m e n t o s q u e p r e c e ­

antero, à

r e la c io n a o c o r p o c o m o m e io e x t e r n o . Á r e a s in t e r p r e t a t iv a s n e s s e h e m is -

d e r a m o a c id e n te . N a m e m ó r ia a n t e r ó g r a d a (

íe r io p e r m it e m a id e n t if ic a ç ã o d e o b je t o s fa m ilia r e s p e la s p e r c e p ç õ e s d e

v íd u o p o d e s ç r in c a p a z d e re te r m e m ó r ia s a d ic io n a is , m a s a s m e m

■ a-

:a t o , o l f a t o e p a l a d a r .

a n t e r io r e s p e r m a n e c e m in ta c t a s e a c e s s ív e is . O p r o b le m a p a r e c e em

m

É in t e r e s s a n t e n o t a r q u e p o d e h a v e r u m a lig a ç ã o e n t r e a d o m in â n -

fre n te . a m in d i­

u m a in c a p a c id a d e d e g e r a r m e m ó r ia s a lo n g o p ra z o . A lg u m g r a u d e a m ­

d a la te r a l e h a b ilid a d e s s e n s it iv a s e e s p a c ia is . U m a p o r c e n ta g e m b a s ta n te

n é s ia a n t e r ó g r a d a é u m

e le v a d a d e m ú s ic o s e a r t is t a s é c a n h o t a ; a s a t iv id a d e s m o t o r a s c o m p le x a s

s e rá d is c u tid a p o s te r io r m e n te n a p á g in a 4 4 7 .

s in a l c o m u m d e s e n ilid a d e , u m a c o n d i c à : q u e

-e a liz a d a s p o r e s te s in d iv íd u o s s ã o d ir ig id a s p e lo c ó r t e x m o t o r p r im á r io e p o r á re a s d e a s s o c ia ç ã o n o h e m is fé r io d ir e ito (d e r e p r e s e n ta ç ã o ) . A e s p e c ia liz a ç ã o h e m is fé r ic a n ã o im p lic a q u e o s d o is h e m is fé r io s s e -

Ti REVISÃO DOS CONCEITOS

am in d e p e n d e n t e s ; s ig n ific a a p e n a s q u e c e r to s c e n t r o s e v o lu ír a m p a r a r r o c e s s a r in fo r m a ç õ e s c o le t a d a s p e lo s is te m a c o m o u m to d o . A in te r c o n u n i c a ç ã o o c o r r e p o r m e io d e fib r a s c o m is s u r a is , e s p e c ia lm e n t e a q u e la s a o c o r p o c a lo s o .

200 m i l h õ e s

pág. 401

S o m e n te o c o r p o c a lo s o c o n té m m a is d e

1. Após sofrer um traumatismo craniano em um acidente de autonc apresenta dificuldades de compreender o que ouve ou lê. Qual e a :

Ze ::

encéfalo que pode estar prejudicada?

d e a x ô n io s , t r a n s m it in d o a p r o x im a d a m e n te 4 b ilh õ e s d e im -

r u ls o s n e rv o s o s p o r se g u n d o !

Nota clínica

Memória memória é

u m a fu n ç ã o s u p e r io r q u e e n v o lv e u m a in te r a ç ã o c o n s id e r á v e l

en tre o c ó r t e x c e r e b r a l e o u t r a s á r e a s d o e n c é fa lo . A m e m ó r ia é u m p r o c e s s o d e a c e s s o a tr a ç o s d e in fo r m a ç ã o a r m a z e n a d o s , c o le t a d o s p e la e x p e r iê n c ia in d iv id u a l; e sse s tr a ç o s d e in fo r m a ç ã o sã o d e n o m in a d o s

mas de memória. A l g u m a s

memória o u engra-

m e m ó r ia s p o d e m s e r a c e ssa d a s v o lu n ta r ia m e n t e

e e x p re ssa s v e r b a lm e n te , c o m o q u a n d o v o c ê le m b r a e re p e te u m n ú m e r o d e te le fo n e . O u t r a s m e m ó r ia s s ã o a c e s s a d a s s u b c o n s c ie n t e m e n t e ; p o r e x e m p lo , : u a n d o f a m in t o , v o c ê p o d e s a liv a r a o s e n t ir o c h e ir o d e u m a lim e n t o . E x is t e a

memória a curto prazo (recente o u de curta duração), q u e d u r a d e s e g u n memória a longo prazo (permanente o u de longa duração),

aos a h o ras*, e a

:u e p o d e p e r m a n e c e r p o r a n o s . C a d a t ip o d e m e m ó r ia e n v o lv e d ife r e n te s ; 't r u t u r a s a n a t ô m ic a s . A c o n v e r s ã o d e u m a m e m ó r i a a c u r t o p r a z o p a r a .m a a lo n g o p r a z o é d e n o m in a d a

consolidação da memória.

D o is c o m p o n e n t e s d o s is te m a lím b ic o , o c o r p o a m ig d a ló id e e o h ip o :a m p o , s ã o e s s e n c ia is p a r a a c o n s o lid a ç ã o d a m e m ó r ia .

págs. 401-404

L e sõ e s e m q u a lq u e r u m a d e ss a s á r e a s in t e r fe r ir ã o n e s s a c o n s o lid a ç ã o . U m a le s ã o n o h i p o c a m p o r e s u l t a n a p e r d a i m e d i a t a d a m e m ó r i a a c u r t o p r a z o , e m b o r a a s m e m ó r ia s a lo n g o p r a z o p e r m a n e ç a m in t a c t a s e a c e s s ív e is . O s m a to s q u e p a r t e m

d o c o r p o a m ig d a ló id e p a r a o h ip o c a m p o p o d e m a s-

- v i a r m e m ó r ia s a e m o ç õ e s e s p e c ífic a s . U m n ú c le o c e r e b r a l p r ó x im o a o a ie n c é fa lo , o

núcleo basilar, a p r e s e n t a

fu n ç ã o in c e r ta n o a r m a z e n a m e n to

e n a r e c u p e r a ç ã o d a m e m ó r ia . T ra to s n e u r a is fa z e m c o n e x ã o d e ss e n ú d e o c o m o h ip o c a m p o , c o m o c o r p o a m ig d a ló id e e c o m to d a s as á re a s d o c í r t e x c e r e b r a l. U m a le s ã o n e s s e n ú c le o e s tá a s s o c ia d a c o m a lt e r a ç õ e s d o s

' S . de R.T. A tualm ente, a ten d ên cia é subdividi-la em m em ó ria im ediata e recente.

Síndrome da desconexão inter-hemisférica

a com unícaçã: através do corpo caloso perm ite a integração de informações sens tv a s e de comandos motores. Os dois hemisférios são significativamente : ferentes em term os do processamento de suas atividades em andame'-to. Desta maneira, epilepsias intratáveis, às vezes, podem ser "cidade; pela secção do corpo caloso. Este procedim ento cirúrgico produz os s tomas da síndrome da desconexão inter-hemisférica, ou síndrome do cérebro dividido. Nesta condição, os dois hemisférios f u n c ic a " de maneira independente, cada hemisfério permanecendo "alheie ac; estímulos ou comandos m otores que envolvem o outro hemisféric issc resulta em um conjunto de alterações características nas habi dacea do indivíduo. Por exemplo, objetos tocados com a mão esquerda poòerser reconhecidos, mas não identificados verbalmente, pois a informa:.ã: sensitiva chega ao hemisfério direito e o centro da fala está localiza do no hemisfério esquerdo. 0 objeto pode ser identificado verbalm e"te quando tocado pela mão direita, porém o indivíduo não será capaz :e dizer se o objeto em questão é o mesmo tocado anteriorm ente pela rr ã: esquerda. Este problema, relacionado à referência cruzada da inform a­ ção sensitiva, aplica-se a todas as outras sensações. Dois anos após a intervenção cirúrgica para secção do corpo ca :so, as alterações com portam entais mais evidentes desaparecerr e : indivíduo pode apresentar resultados normais nos testes. Além c s ; : indivíduos que apresentam ausência funcional congênita do corpo :eloso não apresentam déficits motores ou sensitivos evidentes. De aígama maneira, o SNC adapta-se à situação, provavelmente au m e n ta ' do a quantidade de informações transm itidas através da comissura a r te ' :

O SISTEMA NERVOSO

446

1 Carlos apresenta dificuldades de fala; ele conversa continuamente, mas utiza palavras incorretas. Qual é o centro ou área do encéfalo provavelmente envolvido(a)? 3 O que é consolidação de memória? - G na não consegue executar funções intelectuais abstratas, como prediz e ' as conseqüências futuras de seus atos. Que parte do encéfalo está afetada? Veja a seção de Respostas na parte final do livro.

Envelhecimento e sistema nervoso O

p r o c e s s o d e e n v e lh e c im e n t o a fe t a t o d o s o s s is t e m a s d o c o r p o , e o s is

t e m a n e r v o s o n ã o é u m a e x c e ç ã o . A lt e r a ç õ e s a n a t ô m ic a s se in ic ia m lo g o a p ó s a m a tu r id a d e (p r o v a v e lm e n t e a o s 3 0 a n o s ) e a c u m u la m - s e a o lo n g o d o te m p o . E m b o r a se e s tim e q u e 8 5 % d o s id o s o s (a c im a d e 6 5 a n o s ) te ­ n h a m v id a r e la t iv a m e n t e n o r m a l, e x is t e m a lt e r a ç õ e s e v id e n t e s n o d e s e m ­ p e n h o m e n ta l e n o fu n c io n a m e n t o d o S N C . A lte r a ç õ e s a n a tô m ic a s c o m u n s n o s is te m a n e r v o s o r e la c io n a d a s à id a d e in c lu e m :

Consciência: o sistema ativador reticular ascendente [Figura 16.9 e Tabela 16.3] Um

1.

q u e a q u e le s d e p e s s o a s jo v e n s , o q u e r e s u lt a e m v e n t r íc u lo s e e s p a ç o s u b a r a c n ó id e o a u m e n ta d o s .

c :í n c i a e d e in c o n s c iê n c ia ( T a b e la 1 6 . 3 ) . O e s t a d o d e c o n s c iê n c ia d e u m m d r í d u o é d e t e r m in a d o p o r in te r a ç õ e s c o m p le x a s e n tr e o tr o n c o e n c e fá lic o e o c ó r t e x c e r e b r a l. U m d o s m a is im p o r t a n t e s c o m p o n e n t e s d o t r o n e r .c e fá lic o é o

sistem a ativador reticular ascendente (SARA),

r e d u ç ã o r e s u lta p r in c i­

d e in d iv íd u o s id o s o s tê m g ir o s m a is e s tr e ito s e s u lc o s m a is a m p lo s d o

in d iv íd u o c o n s c ie n t e é a le r ta e a te n to ; u m in d iv íd u o in c o n s c ie n t e ,

n ã o . A d ife r e n ç a é ó b v ia , m a s e x is te m g r a d u a ç õ e s d o s e s ta d o s d e c o n s -

.

Redução do tamanho e do peso do encéfalo: E s s a

p a lm e n t e d e u m a d im in u iç ã o d o v o lu m e d o c ó r t e x c e r e b r a l. E n c é f a lo s

2.

Redução do número de neurônios: A

r e d u ç ã o n o t a m a n h o d o e n c é fa lo

te m s id o a s s o c ia d a a u m a p e r d a d e n e u r ô n io s c o r t ic a is . N o e n ta n to ,

um a

r e d e n e u r o n a l p o u c o d e f in id a n a f o r m a ç ã o r e t ic u la r . O S A R A s e e s t e n d e d c m e s e n c é fa lo a té o b u lb o

(Figura 16.9).

A s in fo r m a ç õ e s q u e p a rte m

Nota clínica

d o S A R A p r o je t a m - s e p o r t o d o o c ó r t e x c e r e b r a l. Q u a n d o o S A R A e s tá in a t iv o , ta m b é m e s tá in a t iv o o c ó r t e x c e r e b r a l; a e s t im u la ç ã o d o S A R A p r o d u z u m a a tiv a ç ã o d is s e m in a d a d o c ó r t e x c e r e b r a l. A fu n ç ã o b á s ic a d e s s a a t iv a ç ã o é m a n t e r o in d iv íd u o c o n s c ie n t e e a le r t a ; s e o n ív e l d e a ti;a a d e c o r t ic a l c o m e ç a a d e c lin a r , a p e s s o a t o r n a - s e g r a d u a lm e n t e m a is - í:a r g ic a , e p o r fim t o r n a - s e in c o n s c ie n t e . A p a r te m e s e n c e fá lic a d o S A R A p a r e c e se r o c e n tr o d e c o n tr o le d o s is t e m a , e a e s t im u la ç ã o d e s t a á r e a p r o d u z o s e fe it o s m a is p r o n u n c ia d o s e m a is d u r a d o u r o s n o c ó r t e x c e r e b r a l. O e s t ím u lo d e o u t r a s p a r t e s d o S A R A p a r e c e e x e r c e r e f e it o s s o m e n t e e n q u a n t o e le a lt e r a a a t iv id a d e d a

Níveis de consciência indivíduos normais apresentam ciclos circadianos entre o estado de vigília (alerta) e o estado de sono (adorme­ cido). A Tabela 16.3 indica o intervalo de variação entre os estados de consciência e inconsciência, desde o delírio até o coma. É im portante com preender que esses estados são indicativos externos do nível de atividade do SNC. Quando a função do SNC torna-se anômala, o estado de consciência pode ser alterado e as modificações observáveis no pa­ ciente podem ser rapidamente detectadas pelos clínicos.

r : ; : ã o m e s e n c e fá lic a . Q u a n t o m a io r o e s t ím u lo n a r e g iã o m e s e n c e fá lic a d o S A R A , m a is a te n t o e a le r t a o in d iv íd u o fic a r á à s in f o r m a ç õ e s s e n s it iv a s . N ú c le o s a s s o c ia d o s n o t á la m o d e s e m p e n h a m fu n ç ã o d e a s s is t ê n c ia fo c a li­

TABELA 16.3

z a n d o a a te n ç ã o e m p r o c e s s o s m e n t a is e s p e c ífic o s .

Estados de consciência

Nível ou estado

Descrição

ESTADOS CONSCIENTES D e lírio

D e m ê n c ia

D e so rie n ta ç ã o , in q u ie ta ç ã o , c o n fu são , a lu c in aç õ e s, a g itação , a lte rn â n c ia c o m o u tro s e sta d o s d e c o n sc iê n c ia; d e senvolve-se ra p id a m e n te D e clín io p ro g ressiv o e m o rie n ta ç ã o espacial, m e m ó ria , c o m p o rta m e n to e lin g u a g e m

C o n fu sã o

C o n sc iê n c ia re d u z id a ; d is tra i-s e fa c ilm e n te , a ssu stase fa c ilm e n te p o r e stím u lo s sensitivos, a lte rn â n c ia e n tre le ta rg ia e e x citab ilid ad e ; a sse m elh a-se a fo rm a s b ra n d a s d e e sta d o s d e d e lírio

C o n sc iê n c ia n o rm a l

A u to c o n sc ie n te , p e rc e p ç ã o d o s a m b ie n te s in te rn o e ex te rn o , b e m o rie n ta d o e re sp o n siv o

S o n o lê n c ia

E x tre m a le ta rg ia , m a s re s p o n d e n o rm a lm e n te aos e stím u lo s

E sta d o v e g etativ o c rô n ic o

C o n sc ie n te , m a s n ã o resp o n siv o , sem e v id ê n c ia d e fu n ç ã o c o rtic a l

SARA

Informações sensitivas especiais

Formação reticular

ESTADOS INCONSCIENTES Sono

: P o d e ser a c o rd a d o m e d ia n te e stím u lo s n o rm a is i (to q u e leve, so m , etc.)

Informações gerais de nervos cranianos ou espinais

F gLra 16.9 O sistema ativador reticular ascendente. : centro de controle mesencefálico da formação reticular é o sistema ativador 'r T ; j ar ascendente (SARA). Ele recebe informações colaterais de várias vias sen: - .as. A estimulação desta região produz e aumenta o estado de atenção.

T o rp o r

; P o d e ser a c o rd a d o m e d ia n te e stím u lo s e x tre m o s e/ o u re p e tid o s

Com a

i N ã o p o d e ser a c o rd a d o e n ã o re s p o n d e a e stím u lo s | (e stad o s c o m a to so s p o d e m ser su b d iv id id o s, d e p e n d e n d o d o g ra u d e re sp o sta reflexa aos i e stím u lo s)

C a p ít u l o

1 6 * 0 Sistema Nervoso: Vias e Funções Superiores

e ssa p e r d a n e u r o n a l é in d iv id u a l, n ã o o c o r r e n d o n o m e s m o g r a u n e m

3.

Diminuição do fluxo sangüíneo no encéfalo: C o m

a id a d e , d e p ó s it o s d e

g o r d u r a g r a d u a lm e n t e se a c u m u la m n a s p a r e d e s d o s v a s o s s a n g ü í­ n e o s e r e d u z e m o flu x o s a n g ü ín e o a r te r ia l. (E ste p r o c e s s o , d e n o m i­ n ado

aterosclerose, p o d e

a fe t a r a r té r ia s e m to d o o c o r p o e e n c o n t r a - s e

d e s c r it o m a is a d ia n t e n o C a p ít u lo 2 2 .) O flu x o s a n g ü ín e o r e d u z id o n ão cau sa u m

d e r r a m e c e r e b r a l, m a s a u m e n t a a p r o b a b ilid a d e d a

o c o r r ê n c ia d e a c id e n t e v a s c u la r e n c e fá lic o is q u ê m ic o . 4.

Alterações na organização sináptica do encéfalo: O

n ú m e ro d e r a m ifi­

c a ç õ e s d e n d r ít ic a s e d e in te r c o n e x õ e s p a r e c e d im in u ir . À m e d id a q u e a s c o n e x õ e s s in á p t ic a s s ã o p e r d id a s , a t a x a d e p r o d u ç ã o d e n e u r o tr a n s m is s o r e s d im in u i. 5.

P o r e x e m p lo , a c o n s o lid a ç ã o d a m e m ó r ia fr e q ü e n t e m e n t e t o r n a - s e

;



fíc il e a a c u id a d e d o s s is te m a s s e n s it iv o s d o id o s o - n o t a d a m e n t e a a u i : ; l o e q u ilíb r io , a v is ã o , o o lfa t o e o p a la d a r - d im in u i. A ilu m in a ç ã o p r e c a u m e n t a d a , a s s im c o m o a in te n s id a d e d o s s o n s , e o s o d o r e s d e v e m s e r r r :ü í fo r te s p a r a q u e s e ja m p e r c e b id o s . O s t e m p o s d e re a ç ã o s ã o m a is l e n : : - e : r e f le x o s - m e s m o a lg u n s r e f le x o s m o n o s s in á p t ic o s - t o r n a m - s e m a i?

triz -

o u m e s m o d e s a p a r e c e m . O c o r r e u m a d im in u iç ã o n a p r e c is ã o d o cc

arro­

l e m o t o r e h á n e c e s s i d a d e d e d i s p ê n d i o d e t e m p o m a i o r p a r a r e a l i z a r um d e t e r m i n a d o p a d r ã o m o t o r , e m c o m p a r a ç ã o a o q u e s e o b s e r v a v a 2C ; r » a n t e s . P a r a a m a i o r i a d a p o p u l a ç ã o id o s a , e s ta s a lt e r a ç õ e s n ã o in t e r fe r e — r u v id a s o c ia l. M a s , p o r m o t iv o s a in d a d e s c o n h e c id o s , m u it o s in d iv íd u o ?

;

s o s t o r n a m - s e in c a p a c it a d o s p e la s p r o g r e s s iv a s a lt e r a ç õ e s n o S N C . A

Alterações intracelulares e extracelulares nos neurônios do SNC: M u i t o s n e u r ô n io s n o e n c é fa lo p a s s a m

E s t a s m o d ific a ç õ e s a n a t ô m ic a s e s tã o lig a d a s a u m a s é r ie d e a lt e r ;;õ e s f u n c i o n a i s . E m g e r a l , o p r o c e s s a m e n t o n e u r o n a l t o r n a - s e m e n o s e f i c e r .- i

e m t o d o s o s n ú c le o s d o t r o n c o e n c e fá lic o .

deAlzheimeré s e m

vj

d ú v id a a m a is c o m u m d e s ta s d o e n ç a s in c a p a c it a ir e í-

a a c u m u la r d e p ó s it o s in tr a c e lu la r e s

Placas s ã o a c ú m u l o s e x t r a c e l u l a r e s d e u m a p r o t e í n a f i b r i l a r amilóide, c i r c u n d a d a p o r d e n d r i t o s e a x ô n i o s a n ô m a l o s . Glomérulos neurofibrilares s ã o m a s s a s d e n e u r o f i b r i l a s q u e f o r m a m

a n ô m a lo s .

in c o m u m , o

m a tr iz e s d e n s a s n o in t e r io r d o c o r p o c e lu la r . O s ig n ific a d o d e sta s a n o m a lia s in t r a c e lu la r e s e e x t r a c e lu la r e s a in d a n ã o fo i d e t e r m in a d o . H á e v id ê n c ia s d e q u e e la s a p a r e c e m e m t o d o s o s e n c é fa lo s e m p r o c e s ­

x_______________________ G REVISÃO DOS CONCEITOS 1. 0 que aconteceria com um indivíduo adormecido se o seu sis:e~a ar.axr reticular ascendente (SARA) fosse estimulado subitamente? 2. Quais são as principais estruturas anatômicas no sistema nervoso cenrà afetadas pelo envelhecimento?

so d e e n v e lh e c im e n t o , p o r é m , q u a n d o p r e s e n te s e m e x c e s s o , p a r e c e m e s ta r a s s o c ia d a s a a lt e r a ç õ e s c lín ic a s .

V eja a s e ç ã o d e R e s p o s ta s na p a rte fin a o :

*rz

Nota clínica Doença de Alzheim er A doença de Alzheimer é uma doença crônica e progressiva, caracterizada por perda de memória e prejuízo das funções :erebrais superiores, incluindo raciocínio abstrato, julgamento e personali­ dade. É a causa mais comum de demência senil ou senilidade. Os sintomas oodem surgir aos 50-60 anos de idade ou mais, embora ocasionalmente a doença acometa indivíduos mais jovens. A doença de Alzheimer tem um mpacto disseminado. Nos Estados Unidos, estima-se que uma população de 4 milhões de pessoas apresentem a doença de Alzheimer - incluindo apro­ ximadamente 3% dos indivíduos entre 65 e 70 anos de idade, sendo este percentual duplicado para cada 5 anos de envelhecimento, até cerca de 50% 3a população acima de 85 anos ou mais que apresenta alguma forma da doença. Acima de 230 mil vítimas demandam cuidados domiciliares de en­ fermagem, e a doença de Alzheimer causa mais de 53 mil mortes por ano. A maioria dos casos de doença de Alzheimer está associada a elevadas concentrações de glomérulos neurofibrilares e placas no núcleo basilar, hi­ pocampo e giro para-hipocampal. Estas áreas do encéfalo estão diretamente associadas ao processamento da memória. Ainda não foi determinado ;e estes depósitos são a causa da doença ou se são um sinal secundário de aiterações metabólicas com base hereditária, infecciosa ou ambiental. Na síndrome de Down e em algumas formas hereditárias da doença je Alzheimer, mutações que afetam genes no cromossomo 21 ou em uma oequena região do crom ossom o 14 resultam no aum ento do risco de manifestação precoce da doença. Outros fatores genéticos certam ente desempenham papel importante. A forma tardia da doença tem sido rela­ cionada a um gene no cromossomo 19, que codifica proteínas envolvidas no transporte do colesterol. O diagnóstico envolve a exclusão de alterações metabólicas ou anaràmicas que possam m im etizar a demência, uma história e um exame f sico detalhados e uma avaliação da função mental. Os sintomas iniciais são sutis: mau humor, irritabilidade, depressão e uma diminuição global de energia. Esses sintomas são freqüentem ente ignorados, pouco valorizados ou subestimados. Parentes idosos são vistos como indivíduos excêntricos : u irascíveis e a eles devemos nos adaptar sempre que possível. Com a progressão da doença, no entanto, torna-se difícil ignorar ou = m plesmente ajustar as situações criadas. Uma pessoa com doença de Alzheimer apresenta dificuldade de tom ar decisões, mesmo as mais sim ­

ples. Erros, aigumas vezes perigosos, são cometidos, por um ju lg a m e rrr errôneo ou por esquecimento. Por exemplo, a pessoa pode acender o p s , colocar uma travessa no forno e ir para a sala. Duas horas depois, s r — vessa, ainda no forno, se derrete e inicia um incêndio. Com a progressão da perda da memória, o problema tom a-se m a s grave. O indivíduo pode passar a não reconhecer parentes, esquece' im­ próprio endereço, ou não saber mais como utilizar o telefone. A p e 'ra De memória começa mais com um ente como uma incapacidade de ar— ace­ nar memória de longa duração, seguida pela perda de arm azenarre~r: :e memória recente. Finalmente, memórias básicas de longa duração, c : ~ : o chamado do próprio nome, são perdidas. A perda de mem ória a t 'g e habilidades intelectuais e motoras, e indivíduos com doença de Alzbe ~ e em estado avançado apresentam dificuldade em realizar as mais s í ^ : es tarefas motoras. Embora, a esta altura, as vítimas estejam re la tiv a ^ e —e alheias ao seu estado mental ou às suas habilidades motoras, a doen:e continua tendo efeitos emocionais devastadores sobre a família. indivíduos portadores da doença de Alzheim er mostram uma : ~ nuição im portante no número de neurônios corticais, especialmerr.e - : ; lobos frontal e temporal. Esta perda está relacionada com uma prodLCé-: inadequada de ACh no núcleo basilar. Axônios partindo desta região pn> jetam -se para todo o córtex cerebral; quando a produção de ACh dirr a função cortical piora. Não há cura para a doença de Alzheimer, mas alguns m e d ica m e -:: 5 e suplementos retardam sua progressão em m uitos pacientes e r e d ^ e a necessidade de cuidados domiciliares de enfermagem. Os antíoxida^re: vitam ina E e ginkgo biloba (nogueira-do-Japão) e o grupo de vitam nas 3 (ácido fólico, B6 e B12) ajudam alguns pacientes e podem im pedir ou retar­ dar a manifestação da doença. Drogas que aumentam os níveis de g r e ­ m ato (um neurotransm issor no encéfalo) tam bém produzem b e n e *: : ; adicionais. As diversas toxicidades e os efeitos colaterais d e te rm in a - a combinação de drogas a ser utilizada. Em camundongos, uma vacina _eduziu os glomérulos e as placas no encéfalo e melhorou a capacidace oe percorrer um labirinto. Uma pesquisa prelim inar de uma vacina h u ~ a 'e foi interrompida pelo surgimento de uma encefalite auto-imune em atg-~s pacientes tratados. A modificação da vacina pode elim inar este prob: i x i d a p a r t e i n f e r i o r d o d i e n c é f a l o .

gangliosídeos. C r i a n ç a s

D ü » i « . E s t a d o c o n s c ie n te q u e e n v o lv e c o n fu s ã o

a o n a s c im e n to , m a s a p r o g r e s s ã o d o s s in t o m a s

c p a d e s o s c i l a ç õ e s n o n í v e l d e c o n s c iê n c i a .

i n c l u i , t i p i c a m e n t e , f r a q u e z a m u s c u la r , c e g u e i r a ,

a fe ta d a s p a r e c e m n o r m a is

so , c a u s a n d o a s e p a ra ç ã o d o s d o is h e m is fé r io s ce ­ r e b r a is . C a d a h e m is fé r io c o n tin u a a fu n c io n a r de

c r is e s e p ilé p tic a s e m o r t e , g e r a lm e n te a n t e s d o s 4

m o d o i n d e p e n d e n t e , e a m ã o d i r e i t a , lit e r a l m e n t e

a n o s d e id a d e .

n ã o sa b e o q u e a e s q u e rd a e stá fa z e n d o .

R E S U MO PARA E S T U D O Introdução

c e r e b r a l d i r e i t o r e c e b e i n f o r m a ç õ e s s e n s i t i v a s d o l a d o e s q u e r d o d o corp<

432

e v ic e -v e r s a ,

In íc r m a ç õ e s sã o tr a n s m it id a s c o n tin u a m e n t e e n tre o e n c é fa lo , a m e d u la

4. O s is te m a

e s r iT j.il e o s n e r v o s p e r i f é r i c o s . A i n f o r m a ç ã o s e n s it iv a é e n v i a d a a o s c e n ­

(ver Tabela 16.1)

d o f u n íc u lo p o s t e r io r t r a n s m i t e s e n s a ç õ e s d e t a t o e p ic r it ic c

p r e s s ã o e p r o p r i o c e p ç ã o ( n o ç ã o d e p o s i ç ã o ) . O s a x ô n i o s a s c e n d e m n o in

t r o s p r o c e s s a d o r e s d o S N C , e o s n e u r ô n i o s m o t o r e s c o n t r o l a m e a ju s t a m

t e r i o r d o f a s c íc u lo g r á c il e f a s c íc u lo c u n e if o r m e e f a z e m s i n a p s e , r e s p e c

as a t i v i d a d e s d o s e f e t u a d o r e s p e r i f é r i c o s .

tiv a m e n t e , n o n ú c le o g r á c il e n o n ú c le o c u n e ifo r m e n o in t e r io r d o b u llx

E s t a in f o r i n a ç ã o é , e n t ã o , t r a n s m i t i d a a o t á l a m o , p e lo le m n is c o m e d ia 1

Vias sensitivas e motoras “

ü

432

A d e c u s s a ç ã o o c o r r e q u a n d o o s n e u r ô n i o s d e s e g u n d a o r d e m e n t r a m n< le m n is c o m e d ia i,

tr a n s m it e m in fo r m a ç õ e s s e n s itiv a s e m o to r a s e n tr e o S N C , o S N P e

- 't e m a s e ó r g ã o s p e r i f é r i c o s . V ia s a s c e n d e n t e s ( s e n s it i v a s ) e d e s c e n d e n t e s

5.

{verFiguras 16.1/16.2 e Tabela 16.1)

A n a t u r e z a e a lo c a liz a ç ã o d e q u a lq u e r e s t ím u lo s ã o c o n h e c id a s p o r q u e in fo r m a ç ã o é p r o je t a d a a u m a p a r te e s p e c ífic a d o c ó r t e x s e n s itiv o p r im a

m o t o r a s í c o n té m u m a c a d e ia d e tr a to s e n ú c le o s a s s o c ia d o s .

r io . A p e r c e p ç ã o d e s e n sa ç õ e s, c o m o o ta to , d e p e n d e d e p r o c e s s a m e n t M as I

sensitivas

4 32

m á r io . U m m a p a fu n c io n a l d o c ó r t e x s e n s itiv o p r im á r io é d e n o m in a i

t e m o e t r a n s m it e m t a l in f o r m a ç ã o a o S N C . E s s a i n f o r m a ç ã o , d e n o m i n a d a

h o m ú n c u lo se n s itiv o ,

>«nsação, c h e g a c o m o p o t e n c ia i s d e a ç ã o e m u m a f i b r a a fe r e n t e ( s e n s it iv a ) . :

n o t á la m o . A lo c a liz a ç ã o p r e c is a é p r o p ic ia d a p e lo c ó r t e x s e n s it iv o p r i

F e . e p t o r e s s e n s it i v o s d e t e c t a m m u d a n ç a s n o c o r p o o u n o a m b i e n t e e x -

6.

(ver Figura 16.2)

O s is te m a â n te r o -la te r a l t r a n s m i t e s e n s a ç õ e s d e l o c a l i z a ç ã o r e l a t i v a m e n

A r e s p o s t a a o e s t ím u lo d e p e n d e d o l o c a l o n d e o c o r r e o p r o c e s s a m e n t o .

te d i f u s a d e t a t o , p r e s s ã o , d o r e t e m p e r a t u r a . O s a x ô n i o s d o s n e u r ô n i o s d

N e u r ô n io s s e n s itiv o s q u e tr a n s m it e m a s s e n s a ç õ e s a o S N C s ã o d e n o m i­

s e g u n d a o r d e m d e c u s s a m n a m e d u l a e s p i n a l e a s c e n d e m n o s tr a to s esp i

n a d o s n e u r ô n io s d e p r im e ir a o r d e m . N e u r ô n io s d e se g u n d a o r d e m s ã o

n o ta lâ m ic o s a n te r io r e la te r a l p a r a o s n ú c l e o s v e n t r a i s p ó s t e r o - l a t e r a i

' n e u r ô n io s d o S N C c o m o s q u a is o s n e u r ô n io s d e p r im e ir a o r d e m fa t e m s in a p s e . E s s e s n e u r ô n io s , p o r s u a v e z , fa z e m s in a p s e c o m o s n e u r ô ­

n io s d e terceira o r d e m n o t á l a m o . O s a x ô n i o s d o s n e u r ô n i o s d e p r i m e i r a rd e m e o s d o s n e u r ô n io s d e s e g u n d a o r d e m c r u z a m p a ra o la d o o p o s to d o S N C , e m u m p r o c e s s o d e n o m i n a d o d e c u ss a ç ã o . A s s i m , o h e m i s f é r i o

d o tá la m o . 7.

(ver Figura 16.2 e Tabela 16.1)

A v ia e s p in o c e r e b e la r , i n c l u i n d o o s tr a to s e s p in o c e r e b e la r e s a n te r io r

p o s t e r io r , t r a n s m i t e s e n s a ç õ e s , r e l a c i o n a d a s c o m a p o s i ç ã o d o s m ú s c u l o s , t e n d õ e s e a r t i c u l a ç õ e s , p a r a o c e r e b e lo .

16.1)

(ver Figuras 16.1/16.2 e Tabei

1 6 - 0 Sistema Nervoso: Vias e Funções Superiores

C a p ít u l o

i iís

f.

motoras

to s v o lu n t á r io s e in v o lu n t á r io s . A p ó s o in íc io d o m o v im e n t o v o lu n tá r

436

O s c o m a n d o s m o to re s d o S N C s ã o e m itid o s e m re s p o s ta à in fo r m a ç ã o

o c e r e b e lo d e s e n c a d e ia a in ib iç ã o d a s u n id a d e s m o t o r a s d e s n e c e s s á r ia

parte somática do sistema nervoso (SNS) p a r a o s m ú s c u l o s e s q u e l é t i c o s e p e l a parte autônoma do sistema nervoso (SNA) p a r a o s e f e t u a d o r e s v i s c e r a i s , (ver Figura 16.3)

p a r a c o m p le ta r o p a d r ã o d a a tiv id a d e ,

s e n s it iv a . E s s e s c o m a n d o s s ã o d i s t r i b u í d o s p e l a

-

A s v ia s m o t o r a s s o m á tic a s e n v o lv e m u m

neurônio motor superior ( c u j o

Níveis de controle motor somático 20.

neurônio motor inferior ( l o c a li z a d o

p r o c e ss a m e n to d a in fo rm a ç ã o . A s eta p a s d e p r o c e ss a m e n to sã o im p o r ­

e m u m n ú c le o m o t o r d o tr o n c o

t a n t e s , m a s c o n s o m e m t e m p o . N ú c l e o s n a m e d u l a e s p i n a l, n o t r o n c o e n ­

e n c e fá lic o o u n a m e d u la e s p in a l) . O c o n t r o le m o t o r a u t ô n o m o r e q u e r um

neurônio pré-ganglionar

e m u m g â n g lio p e r ifé r ic o ) ,

.

(n o S N C ) e u m

ma corticofugal f o r n e c e

c e f á li c o e n o c é r e b r o t r a b a l h a m j u n t o s e m v á r i o s r e f le x o s c o m p l e x o s .

neurônio pós-ganglionar

células piramidais;

o

siste­

u m m e c a n is m o r á p id o e d ir e to p a r a o c o n tr o le

v o l u n t á r i o d o s m ú s c u l o s e s q u e l é t i c o s . O s is t e m a c o r t i c o f u g a l c o n s i s t e e m

Funções superiores 1.

tratos corticonucleares, tratos corticospinais anteriores.

tré s p a re s d e tra to s m o to re s d e sc e n d e n te s: ( 1 ) o s (2) o s

tratos corticospinais laterais e

(3 ) o s

O m a p a fu n c io n a l d o c ó r t e x m o to r p r im á r io é d e n o m in a d o

.

motor, (ver Figura 16.4 e Tabela 16.2) tratos corticonucleares t e r m i n a m

Os

•. —

Figura 16.6)

(ver Figuras 16.3 a 16.5)

O s n e u rô n io s d o c ó r te x m o to r p r im á r io s ã o

441

A i n fo r m a ç ã o s e n s it iv a a s c e n d e n t e é lib e r a d a d e u m n ú c le o o u c e r . t : : p a r a o u t r o , e m u m a s é r ie d e e ta p a s . E m c a d a e ta p a a o lo n g o d a v ia o c o r r e

c o r p o c e lu la r e s tá lo c a liz a d o e m u m c e n tr o d e p r o c e s s a m e n to n o S N C ) e um

(ver Figura 16.6)

442

A s fu n ç õ e s s u p e r io r e s t ê m a lg u m a s c a r a c te r ís t ic a s : e la s ( 1 ) s ã o e x e c u u c i ? p e lo c ó r t e x c e r e b r a l; ( 2 ) e n v o lv e m c o n e x õ e s c o m p le x a s d e fib r a s e n t r e á r e a s d o c ó r t e x c e r e b r a l e e n t r e e s te e o u t r a s á r e a s d o e n c é f a l o ; 1 3 1 e m

homúnculo

.

v e m p r o c e s s a m e n t o d e i n f o r m a ç õ e s c o n s c i e n t e s e i n c o n s c i e n t e s ; e 14 s u j e i t a s a m o d i f i c a ç õ e s e a ju s t e s a o l o n g o d o t e m p o ,

(ver Figuras 16.7

16.9)'

n o s n ú c le o s m o t o r e s d o s n e r v o s

c r a n ia n o s , c o n t r o la n d o m o v im e n t o s o c u la r e s , m ú s c u lo s fa c ia is , m ú s c u ­ lo s d a l í n g u a , m ú s c u l o s d o p e s c o ç o e m ú s c u l o s s u p e r f i c i a i s d o d o r s o

(ver

Figura 16.4a) 2-

tratos corticospinais

Regiões de integração do córtex cerebral

2 . V á r ia s á r e a s c o r t ic a is a g e m c o m o c e n tr o s s u p e r io r e s d e in t e g r a ç ã o p a r i fa z e m s in a p s e c o m o s n e u r ô n io s m o to r e s n a s

e s t ím u lo s s e n s it iv o s e r e s p o s ta s m o t o r a s c o m p le x a s . E s s e s c e n t r o s in ­

c o lu n a s a n t e r io r e s d a m e d u la e s p in a l e c o n t r o la m m o v im e n t o s d o p e s ­

c l u e m ( 1 ) a área integrativa geral, (2) o centro da fala e ( 3 ) o córtex prefrontal. (verFigura 16.7) A á rea in te g r a tiv a g e r a l (área gnósica) r e c e b e i n f o r m a ç ã o d e t o d a s ü

Os

c o ç o e tr o n c o , e a lg u n s m o v im e n t o s c o o r d e n a d o s d o e s q u e le to a x ia l. S ã o v is ív e is a o lo n g o d a s u p e r fíc ie a n t e r io r d o b u lb o c o m o u m p a r d e e le v a ­

pirâmides, o n d e a m a i o r p a r t e d o s a x ô n i o s d e c u s s a p a r a e n t r a r n o s tratos corticospinais laterais. O s d e m a i s a x ô n i o s n ã o d e c u s s a m e e n t r a m n o s tratos corticospinais anteriores. E s t a s f i b r a s c r u z a r ã o

3.

á r e a s d e a s s o c ia ç ã o . E la e s tá p r e s e n te e m s o m e n te u m h e m is fé r io - g e r a l­

çõ e s esp e ssas, as

m o to r e s n a s c o lu n a s a n te r io r e s , Os

(ver Figura 16.4 e Tabela 16.2)

sistemas descendentes mediai e lateral

5.

6.

nal, ( 3 ) trato reticulospinal o u e Tabela 16.2)

(4 )

c a l :-

O c ó r te x p r é -fr o n ta l c o o r d e n a i n f o r m a ç ã o d a s á r e a s s e c u n d á r i a s e a r ; a s

(verFigura 16.7b)

M u ita s á re a s fu n c io n a is d o c ó r t e x c e r e b r a l m o s t r a m u m p a d r ã o c a r a c t e r ís ­ t i c o d e c i t o a r q u i t e t u r a , c o m o d e s c r it o p o r B r o d m a n n . (

d i f i c a r o u c o o r d e n a r p a d r õ e s s o m á t i c o s m o t o r e s . A s i n f o r m a ç õ e s p o r e la s

trato vestibulospinal, ( 2 ) trato tetospitrato rubrospinal. (ver Figuras 16.4/16.5

(verFigura 16. 7b

a b stra ta s,

q u e p o d e m e m it ir c o m a n d o s m o to r e s , c o m o r e s u lta d o d o p r o c e s s a m e n to

lib e r a d a s p o d e m d e s c e n d e r n o ( 1 )

d e re s p ira ç ã o e v

z a ç ã o n e c e s s á r i o s p a r a a a t i v i d a d e n o r m a l d a f a la .

O c e n tr o d a f a la

e s p e c ia is d e a s s o c ia ç ã o d e t o d o o c ó r t e x e e x e c u t a fu n ç õ e s in te le c t u a is

c o n s is te m e m v á r io s c e n tr o s

r e a l i z a d o e m u m n í v e l in c o n s c i e n t e e i n v o l u n t á r i o . E s t a s v i a s p o d e m m o ­

(ver Figuras 16.7b/16.8) (área de Broca) r e g u la o s p a d r õ e s

m en te o esq u erd o , 4.

n o in te r io r d a c o m is s u r a c in z e n ta a n te s d e fa z e r s in a p s e c o m n e u r ô n io s

:

443

Especialização dos hemisférios 7.

ver Figura 16.7:

445

O h e m i s f é r i o e s q u e r d o é g e r a l m e n t e o h e m is f é r io d e c a r a c te r iz a c ã o

4 . O s n ú c le o s v e s tib u la r e s r e c e b e m in fo r m a ç õ e s s e n s it iv a s d e r e c e p t o r e s d a

c o n t é m a á r e a i n t e g r a t i v a g e r a l e o c e n t r o d a f a l a e é r e s p o n s á v e l p e la s

o r e l h a i n t e r n a p o r m e i o d o n e r v o V I I I . E s s e s n ú c le o s e m i t e m c o m a n d o s

h a b i l i d a d e s b á s i c a s d e l i n g u a g e m . O h e m i s f é r i o d i r e i t o , o u h e m is f é r io d e

m o to re s p a r a m a n te r a p o s tu r a e o e q u ilíb r io . A s fib ra s d e sc e m a tra v é s

r e p r e s e n ta ç ã o , é r e s p o n s á v e l p e la s r e l a ç õ e s e s p a c i a i s e a n á l i s e .

tratos vestibulospinais. (verFigura 16.5 e Tabela 16.2) C o m a n d o s t r a n s m i t i d o s p e lo s tratos tetospinais m o d i f i c a m

ras 16.7/16.8)

dos 5

a p o s iç ã o d o s

o l h o s , d a c a b e ç a , d o p e s c o ç o e d o s b r a ç o s e m r e s p o s t a à l u z in t e n s a , a m o ­ v im e n t o s r e p e n tin o s o u r u íd o s in te n so s ,

-

C o m a n d o s m o t o r e s tr a n s m it id o s p e lo s

(ver Figura 16.5 e Tabela 16.2) tratos reticulospinais

Memória

a n o s. A c o n v e rsã o d e m e m ó r ia a c u rto p ra z o e m m e m ó r ia a lo n g o p ra z o é d e n o m in a d a

ver Figura 16.5 e Tabela 16.2) com an ­

s u p l e m e n t a r s o b r e m ú s c u l o s d is t a is d o s m e m b r o s s u p e r i o r e s . E m h u m a ­

Os

9.

p r o p o r c io n a m u m p a d r ã o b á s ic o u m a v e z te n d o s id o in ic ia d o s o s m o v i­ m en to s. 9. O

c e f á li c o é u m a r e d e n a f o r m a ç ã o r e t i c u l a r d e n o m i n a d a s is te m a a tiv a d o r

(verFigura 16.5 e Tabela 16.2)

cerebelo

r e tic u la r a s c e n d e n te (SARA),

c o m a n d o s m o to r e s e m it id o s e m o u t r o s c e n ­

t r o s d e p r o c e s s a m e n t o . E le s n ã o i n i c i a m m o v i m e n t o s e s p e c í f i c o s , m a s

r e g u la a a tiv id a d e a o lo n g o d a s v ia s c o n s c ie n t e s (s is t e m a c o r ­

t ic o fu g a l) e s u b c o n s c ie n te s ( s is t e m a s d e s c e n d e n t e s m e d ia i e la t e r a l) . A s a t i v i d a d e s d e i n t e g r a ç ã o e x e c u t a d a s p e l o s n e u r ô n i o s n o c ó r t e x c e r e b e la r e n ú c le o s c e r e b e la r e s s ã o e s s e n c i a is p a r a o c o n t r o l e p r e c i s o d o s m o v i m e n ­

446

A c o n s c iê n c ia é d e te r m in a d a p o r in te r a ç õ e s e n tr e o tr o n c o e n c e fa lic o e o c ó r t e x c e r e b r a l. U m d o s c o m p o n e n t e s m a i s i m p o r t a n t e s d o t r o n c o e n ­

(ver Figura 16.5 e Tabela 16.2)

núcleos da base a ju s t a m

c o r p o a m ig d a ló id e e o h ip o ­

Consciência: o sistema ativador reticular ascendente

n o s, esse s tr a to s s ã o p e q u e n o s e d e p o u c o s ig n ific a d o e m c ir c u n s t â n c ia s

-

consolidação da memória. O

c a m p o s ã o e s s e n c ia is p a r a a c o n s o lid a ç ã o d a m e m ó r ia .

O s n ú c l e o s d a b a s e , o c e r e b e lo e a f o r m a ç ã o r e t i c u l a r t r a n s m i t e m i n f o r ­

tratos rubrospinais c o n d u z e m

Memórias a curto prazo p e r m a n e c e r : memórias a longo prazo p o d e m p e r m a n e c e r r : r

c e r e b r a l e o u t ía s á r e a s d o e n c é fa lo . p o r segu n d o s o u h o ras;

c o n e x õ e s c o m o c é r e b r o , o c e r e b e lo e o s n ú c le o s d o tr o n c o e n c e fá lic o .

n o r m a is ,

445

a tr a v é s d a e x p e r iê n c ia . E n v o lv e u m a c o n s id e r á v e l in te r a ç ã o e n tr e o c o r r e r

v a r ia m

d e q u a s e t o d a s as v ia s a s c e n d e n t e s e d e s c e n d e n t e s e d e n u m e r o s a s in te r -

m a ç õ e s p a r a o n ú c le o r u b r o . O s

F:ç- -

8 . A m e m ó r ia é o p r o c e s s o d e a c e s s a r t r a ç o s d e i n f o r m a ç õ e s a d q u i r i d o s

c o n f o r m e a r e g i ã o e s t i m u la d a . A f o r m a ç ã o r e t i c u l a r r e c e b e i n f o r m a ç õ e s

d o s m o to r e s p a r a n e u r ô n io s m o to r e s in fe r io r e s q u e fo r n e c e m c o n tr o le

.-

(ver Figura 16.9 e Tabela 16.3)

Envelhecimento e sistema nervoso 1.

446

redu^X: no tamanho e no peso do encéfalo, ( 2 ) redução do número de neurônios. 3 diminuição do fluxo sangüíneo para o encéfalo, ( 4 ) alterações na organiza­ ção sináptica no encéfalo e ( 5 ) alterações intracelulares e extracelulares n o s neurônios do SNC. A lte r a ç õ e s n o s is te m a n e r v o s o r e la c io n a d a s à id a d e in c lu e m : 1 1 1

O SISTEMA NERVOSO

RE VI S ÃO DO C A P Í T U L O Nível 1 - Revisão de fatos e termos

2 0 . C a d a u m a d a s s e g u in t e s a lt e r n a t iv a s d e s c r e v e a lg u m a s p e c t o d a d o e n ç a d e A lz h e im e r , e x c e to :

Associe cada item numerado com a letra do item que melhor se relaciona. Unlize letras para as respostas nos espaços apropriados.

(a)

é a c a u s a m a is c o m u m d e d e m ê n c ia s e n il

(b )

o c o r r e m a is fr e q ü e n te m e n te e m p a c ie n te s c o m A V E

(c)

e stá a s s o c ia d a c o m a fo r m a ç ã o d e p la c a s e g lo m é r u lo s

(d )

é c a r a c te r iz a d a p o r u m a p e r d a p r o g r e s s iv a d a m e m ó r ia

C o lu n a A

C o lu n a B

___ 1 . d e c u s s a ç ã o

a.

seg u n d a o rd em

__ 2 . s e n s it iv o

b.

d o r , t e m p e r a t u r a , ta t o p r o t o p á t ic o e

___ 3 . i n t e r n e u r ô n i o

c.

___ 4. c o l u n a p o s t e r i o r

d.

in t e g r a t i v a g e r a l

__

e.

a fe re n te

(a)

n ú c l e o s c e r e b e la r e s

(b )

tra to s ru b r o s p in a is

f.

in fo r m a ç ã o p r o p r io c e p tiv a

(c )

lo b o s p a r ie t a is

(d )

tr a to s te to s p in a is

p re ssão c o n t r o le v o l u n t á r io d e m ú s c u lo e s q u e lé t ic o

5 . e s p in o ta lâ m ic o

___ 6 . e s p i n o c e r e b e l a r __

7.

s is te m a c o r t ic o fu g a l

___ S . t r a t o s t e t o s p in a is ___ 9 . s is t e m a d e s c e n d e n t e

f a la

gh.

n e u r o fib r ila r e s e m p a r te s d o e n c é fa lo e n v o lv id a s c o m a m e m ó r ia

Nível 2 - Revisão de conceitos 1.

m u it o c a m b a le a r a o te n ta r a n d a r?

2.

cru zam en to

i.

10.

a r e a g n ó s ic a

___1 1 . á r e a d e B r o c a

E m q u a l p a r te d o e n c é fa lo e s p e r a -s e e n c o n t r a r u m p r o b le m a e m u m a p e s s o a d i s lé x i c a ?

m u d a n ç a d e p o s iç ã o r e la c io n a d a a r u í d o

m e d ia i ____

A d is fu n ç ã o d e q u a l c o m p o n e n t e n e u r o ló g ic o fa z u m a p e s s o a q u e b e b e u

(a)

n ú c le o s d a b a s e

(b )

tr a to te to s p in a l

(c )'

á rea d e B ro c a

(d )

lo b o s o c c ip ita is

c o m a n d o m o t o r s u b c o n s c ie n te

ik.

fa s c íc u lo s g r á c il e c u n e ifo r m e

3.

Q u e s in t o m a s v o c ê a s s o c ia c o m le s ã o d o n ú c le o g r á c il d o la d o d ir e ito d o b u lb o ?

!I

A i : n io s a sc e n d e m n o fu n íc u lo p o s t e r io r p a r a a tin g ir :

s. : n ú c le o b

13 .

(a )

g r á c il e o n ú c le o c u n e ifo r m e

o n ú c le o v e n t r a l d o t á l a m o

I

c o l o b o p o s t e r i o r d o c e r e b e lo

Id

o n ú c l e o m e d ia i d o t á l a m o

(b)~ i n c a p a c i d a d e d e p e r c e b e r s e n s a ç õ e s d e t a t o e p i c r í t i c o n o m e m b r o in f e r io r d ir e ito (c)

(d )

lateral? i

c

4.

N o e n c é fa lo d e p e s s o a s c a n h o t a s q u e a p r e s e n ta m g r a n d e h a b ilid a d e em

e s tr u tu r a s p e r ifé r ic a s

m a te m á tic a :

tr a n s m it e in fo r m a ç ã o s e n s itiv a a o e n c é fa lo , o c o r r e n d o o

(a )

a r e g iã o a n a lític a e s tá m a is fr e q ü e n te m e n te lo c a liz a d a n o h e m is fé r io d ir e ito d o q u e e m r e la ç ã o à s p e s s o a s d e s tr a s

c r u z a m e n t o n o tá la m o d

in c a p a c id a d e d e c o m a n d a r a t iv id a d e s m o t o r a s r e fin a d a s e n v o lv e n d o o o m b r o d ir e ito

s e u s n e u r ô n io s fa z e m s in a p s e n a c o lu n a a n t e r io r d a m e d u la e s p in a l c o n d u z s e n sa ç õ e s d e ta to , p re s s ã o e te m p e r a tu r a d o e n c é fa lo p a ra

in c a p a c id a d e d e c o m a n d a r a tiv id a d e s m o to r a s r e fin a d a s e n v o lv e n d o o o m b r o e s q u e rd o

Q u al d a s s e g u in t e s a fir m a ç õ e s é v e r d a d e ir a a r e s p e ito d o s is te m a â n t e r o -

b

in c a p a c id a d e d e p e r c e b e r s e n sa ç õ e s d e ta to e p ic r ític o n o m e m b r o in fe r io r e sq u e rd o

(b )

n e n h u m a d a s a lt e r n a t i v a s a n t e r i o r e s e s t á c o r r e t a

a r e g iã o a n a lític a d o e n c é fa lo e s tá lo c a liz a d a n o h e m is fé r io e s q u e r d o e m 9 0 % d o s casos

14- Q u a l d a s s e g u i n t e s a l t e r n a t i v a s c o r r e s p o n d e a u m t r a t o e s p i n a l n o i n t e ­

(c)

rio r d o s s i s t e m a s d e s c e n d e n t e s l a t e r a l e m e d ia i?

13-

;

tr a to s v e s tib u lo s p in a is

(b )

tr a to s te to s p in a is

c

tr a to s r e t ic u lo s p in a is

(d )

to d a s a s a n te r io r e s

a á r e a in te g r a t iv a a n a lític a e s tá s e m p r e lo c a liz a d a n o h e m is fé r io d ir e ito

(d )

o c o r p o c a lo s o é e x t ra o r d in a r ia m e n t e g r a n d e

5.

D e s c r e v a a fu n ç ã o d o s n e u r ô n io s d e p r im e ir a o r d e m n o S N C .

6.

P o r q u e as p r o p o r ç õ e s d o h o m ú n c u lo s e n s itiv o d ife r e m d a s p r o p o r ç õ e s

A x õ n io s d o tr a to c o r t ic o s p in a l fa z e m s in a p s e n o s: a

n ú d e o s m o to r e s d e n e r v o s c r a n ia n o s

b

n e u r ô n io s m o to r e s n a s c o lu n a s a n te r io r e s d a m e d u la e s p in a l

c

n e o r ó n i o s m o t o r e s n a s c o l u n a s p o s t e r i o r e s d a m e d u l a e s p in a l

d

n e u r ô n io s m o to r e s e m g â n g lio s p r ó x im o s à m e d u la e s p in a l

3 u a l r i r d e t e r m o s e s t á c o r r e t a m e n t e a s s o c ia d o ? a r

lo b o t o m ia - h a b ilid a d e p a r a in t e r p r e t a r o q u e é lid o o u e s c r ito

n o r m a is d o c o rp o ? 7.

Q u a l é o p r in c ip a l p a p e l d o s n ú c le o s d a b a s e n a fu n ç ã o d o s s is te m a s d e s ­ c e n d e n t e s l a t e r a l e m e d ia i ?

8.

C o m o o c e r e b e lo i n f l u e n c i a a s a t i v i d a d e s m o t o r a s n o c o r p o ?

9.

O n d e e s t á o c e n t r o d a f a la e q u a i s s ã o a s s u a s f u n ç õ e s ?

a r e a d e B r o c a - c e n t r o d a fa la

;

c ó r t e x p r é - f r o n t a l - l o b o in s u l a r

d

a re a in te g r a t iv a g e r a l - c o n e x õ e s e x t e n s a s c o m o s is te m a lím b ic o

10 .

C o m p a r e as a ç õ e s c o o rd e n a d a s p o r c o m a n d o s m o to re s n o s tra to s v e s ti­ b u l o s p i n a i s c o m a q u e la s c o o r d e n a d a s p o r c o m a n d o s m o t o r e s n o s t r a t o s r e t ic u lo s p in a is .

1 '

I» c e r e b e lo a iu s t a a s a t i v i d a d e s m o t o r a s v o l u n t á r i a e i n v o l u n t á r i a e m r e s ­ p o s t a a c a d a u m a d a s s e g u i n t e s a lt e r n a t i v a s , e x c e t o : a

d a d o s p r o p r io c e p tiv o s

(b )

in fo r m a ç ã o v is u a l

c

in fo r m a ç ã o d o c ó r t e x

(d )

in fo r m a ç ã o d o s “ c e n tro s v ita is ”

Nível 3 - Pensamento crítico 1.

cereb ral 18 .

t á t e i s ( p i c a d a s d e a lf i n e t e ) n a c o x a e s q u e r d a e n o m e m b r o i n f e r i o r , m a s te m s e n s ib ilid a d e n o r m a l e m o u t r o s lo c a is e n ã o a p r e s e n ta p r o b le m a s d e

3 e s ta d o d e c o n s c iê n c ia d e p e n d e d o fu n c io n a m e n t o a d e q u a d o : a íc

S a n d r a e n v o lv e u - s e e m u m a c id e n t e d e b ic ic le t a e s o f r e u u m a le s ã o n o d o r s o . A o s e r e x a m in a d a , o m é d ic o n o t a q u e e la n ã o p e r c e b e s e n s a ç õ e s

d a s á re a s p r é -fr o n ta is

(b ) d a á re a in te g r a tiv a g e ra l

c o n t r o l e m o t o r d o s m e m b r o s . O m é d i c o l h e d iz a c r e d i t a r q u e u m a p a r t e

d o s is te m a a t iv a d o r

( d ) d o s is t e m a l í m b i c o

d a m e d u la e s p in a l p o d e e s ta r s e n d o c o m p r im id a e q u e is to é a c a u s a d o s s in t o m a s . O n d e p o d e r ia e s ta r lo c a liz a d o ta l p r o b le m a ?

r e t ic u la r a s c e n d e n te 1 9 . Q u a l d a s s e g u in t e s é e s s e n c ia l p a r a a c o n s o l i d a ç a o d a m e m ó r i a ?

2.

U m a p e s s o a d á e n tr a d a e m u m h o s p ita l c o m s in t o m a s d e a fa s ia e p a r a ­

a

área 4 d e B ro d m a n n

(b ) n ú c le o s d a b a s e

lis ia m o t o r a d o la d o d ir e ito d o c o r p o . O q u e a c o n te c e u p r o v a v e lm e n te

c

h ip o c a m p o

(d ) á re a p r é -fr o n ta l

c o m e ste in d iv íd u o e q u a is s ã o a s e s t r u t u r a s a n a t ô m ic a s m a is p r o v a v e l­ m e n t e e n v o lv id a s ?

O SISTEMA NERVOSO

REVI SÃO DO C AP Í TULO Nível 1 - Revisão de fatos e termos A ssk v L n fc f

(a )

é a c a u s a m a is c o m u m d e d e m ê n c ia s e n il

(b )

o c o r r e m a is fr e q ü e n te m e n te e m p a c ie n t e s c o m A V E

(c )

Cohm a A

C o lu n a B a.

seg u n d a o rd em

— s e n s it iv o

b.

d o r , t e m p e r a t u r a , ta t o p r o t o p á t i c o e

e stá a s s o c ia d a c o m a fo r m a ç ã o d e p la c a s e g lo m é r u lo s n e u r o fib r ila r e s e m p a r te s d o e n c é fa lo e n v o lv id a s c o m a m e m ó r ia

p ressão c . c o n t r o l e v o l u n t á r io d e m ú s c u lo

___ 3 . i n t e m e u r ô n i o

C a d a u m a d a s s e g u in t e s a lt e r n a t iv a s d e s c r e v e a lg u m a s p e c t o d a d o e n ç a d e A lz h e im e r , e x c e to :

cada item numerado com a letra do item que melhor se relaciona. letras para as respostas nos espaços apropriados.

___ 1 . d e c u s s a ç ã o ___

20.

e s q u e lé t ic o

(d )

é c a r a c te r iz a d a p o r u m a p e r d a p r o g r e s s iv a d a m e m ó r ia

Nível 2 - Revisão de conceitos 1.

A d is fu n ç ã o d e q u a l c o m p o n e n t e n e u r o ló g ic o fa z u m a p e s s o a q u e b e b c _ m u it o c a m b a le a r a o te n ta r a n d a r?

___ 4 . c o l u n a p o s t e r i o r

d.

___ 5 . e s p i n o t a l â m i c o

e. a fe re n te

(a)

n ú c l e o s c e r e b e la r e s

(b )

tra to s r u b r o s p in a is

___ 6 . e s p i n o c e r e b e l a r

f.

in fo r m a ç ã o p r o p r io c e p tiv a

(c )

lo b o s p a rie ta is

(d )

tr a to s te to s p in a is

___ 7 . s i s t e m a c o r t i c o f u g a l

g.

f a la

__

h.

cru zam en to

v t r a t o s t e t o s p i n a is

__ 9 . s is t e m a d e s c e n d e n t e

i.

in te g r a tiv a g e r a l

2.

m u d a n ç a d e p o s iç ã o r e l a c io n a d a a r u í d o

m e d ia i

__ 10.

j.

a r e a g n ó s ic a

k.

___1 1 . á r e a d e B r o c a

E m q u a l p a r t e d o e n c é fa lo e s p e r a -s e e n c o n t r a r u m p r o b le m a e m u m a p e s s o a d i s lé x i c a ? (a )

n ú c le o s d a b a s e

(b )

tr a to te to s p in a l

(c )

á rea d e B ro ca

(d )

lo b o s o c c ip ita is

c o m a n d o m o to r s u b c o n s c ie n te fa s c íc u lo s g r á c il e c u n e ifo r m e

3.

Q u e s i n t o m a s v o c ê a s s o c i a c o m le s ã o d o n ú c l e o g r á c i l d o l a d o d i r e i t o c b u lb o ?

11

A i

n io s a s c e n d e m n o fu n íc u lo p o s t e r io r p a r a a tin g ir :

(a )

_ : núcleo g r á c i l e o n ú c l e o c u n e i f o r m e b o nucleo v e n t r a l d o t á l a m o tc o iobo p o s t e r i o r d o c e r e b e lo d o n u c l e o m e d ia i d o t á l a m o 13 .

( b ) in c a p a c id a d e d e p e r c e b e r s e n s a ç õ e s d e ta to e p ic r ític o n o m e m b r o in fe r io r d ir e ito (c )

Q u a l d a s s e g u i n t e s a f i r m a ç õ e s é v e r d a d e i r a a r e s p e it o d o s is t e m a â n t e r o -

a

(d )

c

4.

N o e n c é fa lo d e p e s s o a s c a n h o t a s q u e a p r e s e n ta m g r a n d e h a b ilid a d e e rc

e s tr u tu r a s p e r ifé r ic a s

m a te m á tic a :

tr a n s m it e in fo r m a ç ã o s e n s itiv a a o e n c é fa lo , o c o r r e n d o o

(a)

a r e g iã o a n a lític a e s tá m a is fr e q ü e n te m e n te lo c a liz a d a n o h e m i s f é n : d ir e ito d o q u e e m r e la ç ã o à s p e s s o a s d e s tr a s

c r u z a m e n t o n o tá la m o a

in c a p a c id a d e d e c o m a n d a r a tiv id a d e s m o t o r a s r e fin a d a s e n v o lv e n d o o o m b r o d ir e ito

s e u s n e u r ô n io s fa z e m s in a p s e n a c o lu n a a n t e r io r d a m e d u la e s p in a l c o n d u z s e n sa ç õ e s d e ta to , p r e s s ã o e t e m p e r a tu r a d o e n c é fa lo p a r a

in c a p a c id a d e d e c o m a n d a r a t iv id a d e s m o t o r a s r e fin a d a s e n v o lv e n d o o o m b r o e s q u e rd o

b te r a l?

b

in c a p a c id a d e d e p e r c e b e r s e n s a ç õ e s d e ta to e p ic r ític o n o m e m b r o in fe r io r e s q u e rd o

(b )

n e n h u m a d a s a lt e r n a tiv a s a n t e r io r e s e s tá c o r r e ta

a r e g iã o a n a lític a d o e n c é fa lo e s tá lo c a liz a d a n o h e m is fé r io e s q u e r c ; em 9 0 % d o s casos

14 -

Q u a l d a s s e g u in t e s a lt e r n a tiv a s c o r r e s p o n d e a u m tr a t o e s p in a l n o in t e ­

rior d o s i

tr a to s v e s t ib u lo s p in a is

(b )

tr a to s te to s p in a is

tr a to s r e t ic u lo s p in a is

(d )

to d a s a s a n te r io r e s

13 Axõnios do t r a t o

c o r t ic o s p in a l fa z e m s in a p s e n o s :

a

n ú c le o s m o to r e s d e n e r v o s c r a n ia n o s

b

neurônios m o t o r e s r.eurónios m o t o r e s r.e jrónios m o t o r e s

a

a

(d )

n a s c o lu n a s p o s te r io r e s d a m e d u la e s p in a l

D e s c r e v a a fu n ç ã o d o s n e u r ô n io s d e p r im e ir a o r d e m n o S N C .

6.

P o r q u e as p r o p o r ç õ e s d o h o m ú n c u lo s e n s itiv o d ife r e m d a s p r o p o r ç õ e s n o rm a is d o c o rp o ?

7.

o q u e é lid o o u e s c r ito

Q u a l é o p r in c ip a l p a p e l d o s n ú c le o s d a b a s e n a fu n ç ã o d o s s is te m a s d e s ­ c e n d e n t e s l a t e r a l e m e d ia i ?

e m g â n g l i o s p r ó x i m o s à m e d u l a e s p in a l

lobotomia - h a b i l i d a d e p a r a i n t e r p r e t a r a r e a de B r o c a - c e n t r o d a f a la c rtex p r é - f r o n t a l - l o b o in s u l a r

o c o r p o c a lo s o é e x t ra o r d in a r ia m e n t e g r a n d e

5.

n a s c o lu n a s a n t e r io r e s d a m e d u la e s p in a l

16- Q u a l p a r d e t e r m o s e s t á c o r r e t a m e n t e a s s o c ia d o ?

b c d

a á r e a in te g r a t iv a a n a lític a e s tá s e m p r e lo c a liz a d a n o h e m is fé r io d ir e ito

c

c

(c )

s i s t e m a s d e s c e n d e n t e s l a t e r a l e m e d ia i?

8.

C o m o o c e r e b e lo i n f l u e n c i a a s a t i v i d a d e s m o t o r a s n o c o r p o ?

9.

O n d e e s t á o c e n t r o d a f a la e q u a i s s ã o a s s u a s f u n ç õ e s ?

10 .

C o m p a re as a çõ es c o o rd e n a d a s p o r c o m a n d o s m o to re s n o s tra to s v e s tb u l o s p i n a i s c o m a q u e la s c o o r d e n a d a s p o r c o m a n d o s m o t o r e s n o s t r a t o s

a r e a i n t e g r a t i v a g e r a l - c o n e x õ e s e x t e n s a s c o m o s is t e m a l í m b i c o

r e t ic u lo s p in a is . 1 7 . O e e r e ’r >elo a i u s t a a s a t i v i d a d e s m o t o r a s v o l u n t á r i a e i n v o l u n t á r i a e m r e s r -:-s :a a c a d a u m a d a s s e g u i n t e s a lt e r n a t i v a s , e x c e t o : a

dados p r o p r i o c e p t i v o s

(b )

in fo r m a ç ã o v is u a l

c

in fo r m a ç ã o d o c ó r t e x

(d )

in fo r m a ç ã o d o s “ c e n tro s v ita is ”

Nível 3 - Pensamento crítico 1.

cereb ral 18 .

t á t e i s ( p i c a d a s d e a lf i n e t e ) n a c o x a e s q u e r d a e n o m e m b r o i n f e r i o r , m a s te m s e n s ib ilid a d e n o r m a l e m o u t r o s lo c a is e n ã o a p r e s e n ta p r o b le m a s c e

O e s ta d o d e c o n s c iê n c ia d e p e n d e d o fu n c io n a m e n t o a d e q u a d o : a I

d a s á re a s p r é -fr o n ta is c

(b )

c o n t r o le m o t o r d o s m e m b r o s . O m é d ic o lh e d iz a c r e d it a r q u e u m a p a r - ■

d a á re a in te g r a tiv a g e ra l

d o s is t e m a a t i v a d o r ( d )

d a m e d u l a e s p i n a l p o d e e s t a r s e n d o c o m p r i m i d a e q u e is t o é a c a u s a d c s

d o s is t e m a l í m b i c o

s in t o m a s . O n d e p o d e r ia e s ta r lo c a liz a d o ta l p r o b le m a ?

r e t i c u la r a s c e n d e n t e 19 .

Q u a l d a s s e g u in t e s é e s s e n c i a l p a r a a c o n s o l i d a ç ã o d a m e m ó r i a ? a

á rea 4 de B ro d m a n n

(c ) h ip o c a m p o

S a n d r a e n v o lv e u - s e e m u m a c id e n t e d e b ic ic le t a e s o f r e u u m a le s ã o n : d o r s o . A o s e r e x a m in a d a , o m é d ic o n o t a q u e e la n ã o p e r c e b e s e n sa ç õ e s

(b )

n ú c le o s d a b a s e

(d )

á re a p ré -fro n ta l

2.

U m a p e s s o a d á e n t r a d a e m u m h o s p ita l c o m s in t o m a s d e a fa s ia e p a r a ­ lis ia m o t o r a d o la d o d ir e ito d o c o r p o . O q u e a c o n te c e u p r o v a v e lm e n te c o m e s te in d iv íd u o e q u a is s ã o a s e s t r u t u r a s a n a t ô m ic a s m a is p r o v a v e l­ m e n t e e n v o lv id a s ?

OBJETIVOS DO CAPÍTULO

O Sistema Nervoso

1. Identificar as principais estruturas ac sistema nervoso autônomo (SNA e comparar as duas partes funciora; do SNA. 2. Descrever a anatomia da parte simpática e suas relações com a medula espinal e os nervos espina 3. Discutir os mecanismos de libera:;: de neurotransmissor pela parte simpática do sistema nervoso autônomo. 4. Descrever a anatomia da parte parassimpática e suas relações co~ : cérebro, os nervos cranianos e a pa~e sacral da medula espinal. 5. Discutira relação entre as partes simpática e parassimpática e e o :=■ as implicações da dupla inervação 6 . Descrever os níveis de integração e controle do sistema nervoso autônomo.

Sistema Nervoso Autônomo*

Introdução

452

Comparação dos sistemas nervosos som ático e visceral A parte simpática

452

453

A parte parassimpática

460

Relações entre as partes simpática e parassimpática Integração e controle das funções autonôm icas

463 464

* N. de R.T. A T erm inologia A natôm ica oficial nom eia esta p a rte com o Divisão A utônom a do Sistem a Nervoso, evitando o n o m e Sistem a N ervoso A u tô n o m o (SNA), d evido aos diversos conceitos existentes em relação a esta p a rte do sistem a nervoso. P o r estar co nsagrada a d e n o m in a çã o SNA e p o r ser esta a citada n o texto original, op tam o s p o r conservá-la na tradução.

0 S.’ S T E M A N E R V O S O

452

N o s s o s p e n s a m e n to s c o n s c ie n t e s , p la n o s e a ç õ e s r e p r e s e n ta m a p e n a s u m a

s e n d o in e r v a d a s a p e n a s p o r u m a p a r te , e ( 2 ) a s d u a s p a r te s p o d e m a g ir

p e q c e n a tra ç ã o d a s a tiv id a d e s d o s is te m a n e r v o s o . S e to d a a c o n s c iê n c ia

ju n ta s , c a d a u m a c o n tr o la n d o u m e s tá g io d e u m p r o c e s s o c o m p le x o .

-

e lim in a d a , o s p r o c e s s o s v ita is fis io ló g ic o s a in d a c o n t in u a r ia m p r a ­

G e r a lm e n te , a p a rte p a r a s s im p á t ic a p r e d o m in a e m c o n d iç õ e s d e re ­

t ic a m e n t e in a lte r a d o s - u m a n o it e d e s o n o n ã o é u m e v e n to q u e a m e a c e

p o u s o e a p a r te s im p á t ic a c o n tr ib u i n o s p e r ío d o s d e e s fo r ç o , e s tre ss e

i

o u e m e r g ê n c ia .

:a a A lé m d is s o , p r o fu n d o s e s ta d o s d e in c o n s c iê n c ia n ã o s ã o n e c e s s a ­

r ia m e n t e m a is p e r ig o s o s , d e s d e q u e a n u t r iç ã o d o o r g a n is m o s e ja p r o v i-

O S N A ta m b é m in c lu i u m a t e r c e ir a p a r te d a q u a l a m a io r ia d a s p e s ­

o sistema nervoso entérico*

i e n ria d a . I n d iv íd u o s q u e s o fr e r a m g r a v e s t r a u m a t is m o s c r a n io e n c e fá lic o s

s o a s n u n c a o u v iu fa la r -

s o b r e v iv e r a m e m c o m a d u r a n te d é c a d a s . A s o b r e v iv ê n c ia n e s ta s c ir c u n s -

r e d e d e n e u r ô n io s e d e n e r v o s lo c a liz a d a n a s p a r e d e s d o tr a to d ig e s tó r io .

(S N E ), u m a ex te n sa

tã n » .-õ s e p o s s í v e l p o r q u e o s a ju s t e s r o t i n e i r o s n o s s i s t e m a s f i s i o l ó g i c o s s ã o

E m b o r a a s a tiv id a d e s d o s is te m a n e r v o s o e n t é r ic o s e ja m in flu e n c ia d a s p e ­

r e a liz a d o s p e lo s is t e m a n e r v o s o a u t ô n o m o ( S N A ) , in d e p e n d e n t e m e n t e d e

la s p a r t e s s im p á t ic a e p a r a s s im p á t ic a , m u it o s r e fle x o s v is c e r a is c o m p le x o s

n o s s a r e r c e p ç ã o c o n s c ie n t e . O S N A r e g u la a t e m p e r a t u r a c o r p o r a l e c o -

p o d e m s e r in ic ia d o s e c o o r d e n a d o s lo c a lm e n t e , s e m in s t r u ç õ e s d o S N C .

: r c e n a a í tu n ç õ e s c a r d io v a s c u la r e s , r e s p ir a t ó r ia s , d ig e s tiv a s , u r in á r ia s e

E m c o n ju n to , o S N E p o s s u i a p r o x im a d a m e n te 1 0 0 m ilh õ e s d e n e u r ô n io s

r e r r o d u t o r a s . A s s i m o f a z e n d o , a ju s t a a á g u a , o s e l e t r ó l i t o s , o s n u t r i e n t e s e

-

i s ; : n c e n tr a ç õ e s d e g a se s d is s o lv id o s n o s líq u id o s c o r p o r a is .

n e u r o t r a n s m is s o r e s e n c o n t r a d o s n o e n c é fa lo . N e s te c a p ít u lo , c o n c e n tr a -

p e lo m e n o s a m e s m a q u a n t id a d e q u e n a m e d u la e s p in a l - e t o d o s o s

E ? :e c a p it u lo e x a m in a a e s t r u t u r a a n a t ô m ic a e a s p a r t e s d o s is te m a

r e m o - n o s n a s p a r te s s im p á t ic a e p a r a s s im p á t ic a q u e in te g r a m e c o o r d e ­

n e r v o s o a u tô n o m o . C a d a p a rte te m u m a o r g a n iz a ç ã o a n a tô m ic a e fu n c io -

n a m a s fu n ç õ e s v is c e r a is e m to d o o c o r p o . C o n s id e r a r e m o s , a d ia n te n e ste

r t il c a r a c te r ís t ic a . N o s s o e s tu d o s o b r e o S N A c o m e ç a r á c o m a d e s c r iç ã o

c a p ít u lo , a s a t iv id a d e s d o s is te m a n e r v o s o e n t é r ic o q u a n d o d is c u t ir m o s

c c - r a r te í s im p á t ic a e p a r a s s im p á t ic a . E n tã o e x a m in a r e m o s , s u m a r ia ­ m e n t e . a m a n e ir a c o m o e s s a s p a r t e s m a n t ê m e a ju s t a m o s v á r i o s s is te m a s

o s r e fle x o s v is c e r a is e t a m b é m q u a n d o e s t u d a r m o s o c o n t r o le d a s fu n ç õ e s d ig e s tiv a s , n o C a p ít u lo 2 5 .

: r c a m c o s r a r a se a d e q u a r e m à s n e c e s s id a d e s fis io ló g ic a s c o r p o r a is s e m r r e v a r ia d a s .

Parte simpática (toracolombar) [Figura 17.1] A s fib r a s p r é - g a n g lio n a r e s d o s s e g m e n t o s e s p in a is to r á c ic o s e lo m b a r e s s u p e r io r e s fa z e m s in a p s e e m g â n g lio s p r ó x i m o s à m e d u la e s p in a l. E s t e s

Comparação dos sistemas nervosos somático e visceral [Figuras 16.3/17.1]

a la r m e ” o u “ s is te m a d e e m e r g ê n c ia ” * * , p o r q u e o a u m e n t o d a a tiv id a d e

I

s im p á t ic a e m g e r a l e s t im u la o m e t a b o lis m o t e c id u a l, e le v a o e s ta d o d e

n t S c : m p a r a r a o r g a n iz a ç ã o d o s is te m a n e r v o s o a u t ô n o m o ( S N A ) , q u e

i n o v a o s e íe t u a d o r e s v is c e r a is , c o m o s is te m a n e r v o s o s o m á t ic o ( S N S ) ,

a x ô n io s e g â n g lio s c o n s titu e m a SN A

(Figura 17.1).

parte simpática,

ou

toracolombar,

do

E s s a p a r t e é fr e q ü e n te m e n te c h a m a d a d e “ s is te m a d e

a le r ta e p r e p a r a o o r g a n is m o p a r a e n fr e n t a r e m e r g ê n c ia s .

c c e fo i d is c u tid o n o C a p ítu lo 1 6 . O s a x ô n io s d o s n e u r ô n io s m o to r e s m i e r i : re s d o s is te m a n e r v o s o s o m á t ic o se p r o lo n g a m d o S N C p a r a c o n ­

Parte parassimpática (craniossacral) [Figura 17.1]

ta ta r e e x e r c e r c o n t r o le d ir e to s o b r e o s m ú s c u lo s e s q u e lé t ic o s .

A s fib r a s p r é - g a n g lio n a r e s q u e se o r ig in a m ta n to d o tr o n c o e n c e fá lic o

■£-3 i O S N A , a s s i m

pág.

c o m o o S N S , te m n e u r ô n io s a fe re n te s e e fe re n te s.

n c S N S , a m e n s a g e m s e n s itiv a a fe r e n te d o S N A é p r o c e s s a d a n o

( n e r v o s c r a n ia n o s I I I , V I I , I X e X ) q u a n t o d o s s e g m e n t o s s a c r a is d a m e d u ­ la e s p i n a l c o n s t i t u e m a

parte parassimpática, o u craniossacral,

do SN A

s is te m a n e r v o s o c e n t r a l e, e n t ã o , o s im p u ls o s e fe r e n t e s s ã o e n v ia d o s a o s

(Figura 17.1). A s

: r c c ; ■? e í e t u a d o r e s . E n t r e t a n t o , n o S N A , a s v i a s a f e r e n t e s s e o r i g i n a m e m

gânglios terminais***, l o c a l i z a d o s p e r t o d o s ó r g ã o s - a l v o , o u e m gânglios intramurais*** ( murus, p a r e d e ) , d e n t r o d o s t e c i d o s d o s ó r g ã o s - a l v o . E s s a

r e c e p t o r e s viscerais, e a s v i a s e f e r e n t e s s e c o n e c t a m a ó r g ã o s e f e t u a d o r e s

fib r a s p r é - g a n g lio n a r e s fa z e m s in a p s e e m n e u r ô n io s d e

p a r t e é fr e q ü e n t e m e n t e c h a m a d a d e “ s is te m a d e r e p o u s o ” o u “ s is te m a d e A le m c a d ife r e n ç a n a lo c a liz a ç ã o d o s r e c e p t o r e s e ó r g ã o s e fe tu a d o r e s , i

s is te m a n e r v o s o a u t ô n o m o se d ife r e n c ia d o s is te m a n e r v o s o s o m á tic o

i n a ç ã o ”, p o r q u e c o n s e r v a e n e r g i a e p r o m o v e a t i v i d a d e s s e d e n t á r i a s , c o m o a d ig e s tã o .

q u a n to a d is p o s iç ã o d o s n e u r ô n io s q u e c o n e c ta m o s is te m a n e r v o s o c e n ­

tral a o s a- cm

ó r g ã o s e fere n tes

(Figura 16.3).

*

pág.

436

N o S N A , o a x ô n io

Padrões de inervação

n e u r ô n io m o to r v is c e r a l n o S N C in e r v a u m s e g u n d o n e u r ô n io

A s p a r t e s s im p á t ic a e p a r a s s im p á t ic a d o S N A a g e m e m s e u s ó r g ã o s - a lv o

L k X M zad o em u m g â n g lio p e r ifé r ic o . E sse s e g u n d o n e u r ô n io c o n tr o la o

p o r m e io d a lib e r a ç ã o c o n t r o la d a d e n e u r o t r a n s m is s o r e s p e la s fib r a s p ó s -

e t e m a d o r n e rifé ric o . O s n e u r ô n io s m o to r e s v is c e r a is n o S N C , c o n h e c id o s

g a n g lio n a r e s . A a t iv id a d e d o ó r g ã o - a lv o p o d e s e r e s t im u la d a o u in ib id a ,

neurônios pré-ganglionares, - —c.c_~

?--:-sangUonares, p a r a

e m it e m s e u s a x ô n io s , c h a m a d o s d e

d e p e n d e n d o d a r e s p o s ta d o r e c e p t o r - s itu a d o n o p la s m a le m a - à p r e s e n ­

neurônios ganglionares,

ç a d o n e u r o tr a n s m is s o r . T rê s a fir m a ç õ e s g e n é r ic a s d e s c r e v e m o s n e u r o ­

fa z e r s in a p s e c o m

s c o r p o s c e lu la r e s e s tã o lo c a liz a d o s f o r a d o S N C , n o s g â n g lio s a u to -

t r a n s m is s o r e s d o S N A e s e u s e fe ito s :

o o m k o s . O s a x ô n io s q u e p a r te m d o s g â n g lio s a u to n ô m ic o s s ã o r e la ti­ v a m e n te r e q u e n o s e a m ie lín ic o s . E sse s a x ô n io s sã o c h a m a d o s d e

x*-f^*!glwnares, p o r q u e

fibras

le v a m im p u ls o s p a ra lo n g e d o g â n g lio ( p o r essa

r a c ã c - a lg u n s a u to r e s c h a m a m e s s e s n e u r ô n io s d e

pós-ganglionares, e m b o ­

ra e s t e i a m n o s g â n g l i o s ) . A s f i b r a s p ó s - g a n g l i o n a r e s i n e r v a m o s t e c i d o s e : r c ã : s p e r lfe r ic o s , c o m o o m ú s c u lo e s tr ia d o c a r d ía c o , o s m ú s c u lo s lis o s , o

1 . T o d a s a s f ib r a s a u t o n ô m ic a s p r é - g a n g lio n a r e s lib e r a m a c e t ilc o lin a ( A C h ) e m s u a s s in a p s e s t e r m in a is . O s e f e it o s s ã o s e m p r e e x c it a d o r e s . 2 . A s fib r a s p ó s - g a n g lio n a r e s p a r a s s im p á t ic a s t a m b é m lib e r a m A C h , m a s o s e fe ito s p o d e m s e r e x c it a d o r e s o u in ib id o r e s , d e p e n d e n d o d a n a tu re z a d o rec ep to r.

t e o õ o a d ip o s o e a s g lâ n d u la s .

Partes do SNA [Figura 17.1] O S N A c o n té m d u a s p a rte s p r in c ip a is , a

'jssirrpática ( Figura

17.1).

parte simpática e

a

parte pa-

F r e q ü e n t e m e n t e , a s d u a s p a r te s t ê m e fe ito s

o p o s t o s : se a p a r t e s im p á t ic a c a u s a e x c it a ç ã o , a p a r t e p a r a s s im p á t ic a c a u s a in ib iç ã o . E n t r e t a n t o , is s o n e m

se m p re a c o n te c e p o rq u e ( 1 ) as

d u a s t a r t e s p o d e m a g ir in d e p e n d e n t e m e n t e , c o m a lg u m a s e s tr u tu r a s

* N. de R.T. A Term inologia A natôm ica oficial registra apenas as partes sim pática e paras­ sim pática na divisão autônom a do sistema nervoso. O sistema nervoso entérico, m enciona­ do pelo autor no texto original, é referido com o plexo entérico. ** N. de R.T. No original, “fig h t o u flig h f, ou “lu tar ou fugir”, designação m nem ônica dada pelo fisiologista W illiam C annon à reação generalizada de alerta no organism o. Os fisiologistas não costum am trad u zir essa expressão para o português, o ptando p o r designações com o sistema de alerta, de alarm e ou de emergência, o que adotam os na tradução. *** N. de R.T. A Term inologia A natôm ica não diferencia estes gânglios, denom inando gân­ glios viscerais o conjunto de todos eles.

C a p ít u l o

1 7 * 0 Sistema Nervoso: Sistema Nervoso Autônom o

SISTEMA NERVOSO AUTONOMO

T

f

Consiste em duas partes

PARTE SIMPÁTICA (toracolombar)

i PARTE CRAN10SSACRAL (parassimpática do SKA.

PARTE PARASSIMPATICA (craniossacral)

T

T

Neurônios préganglionares no tronco encefálico e na parte lateral da coluna anterior de S2-S4

Neurônios prézanglionares na coluna ateral dos segmentos espinais T1-L2

T

T

Enviam fibras pre­ ganglionares para

Gânglios próximos à medula espinal

Gânglios nos ou próximos aos órgãos-alvo

Fibras pré-ganglionares tberam ACh (excitador), estimulando neurônios ganglionares

Fibras pré-ganglionares liberam ACh (excitador), estimulando neurônios ganglionares

Que enviam fibras pós-ganglionares para

i Órgãos-alvo

i Órgãos-alvo

Nervos torácicos

Todas as fibras pósganglionares liberam ACh nas junções neuroefetuadoras

A maioria das fibras pós-ganglionares libera NA nas junções neuroefetuadoras

i

i

Resposta “de alerta” ou “de alarme”

Resposta “de repouso” ou “de inação”

(a) -igura 17.1

Componentes e partes anatômicas do SNA.

ia) Componentes funcionais, (b) Partes anatômicas. As fibras eferentes viscerais que emergem nos níveis torácico e lom bar for­ mam a parte simpática, mostrada emdetalhes na Figura 77.4. Nos n veis cranial e sacral, as fibras eferentes viscerais do SNC formam a parte parassimpática, mostrada emdetalhes na Figura 17.8.

3. A maioria das fibras pós-ganglionares simpáticas terminais libera o neurotransmissor noradrenalina* (NAd). Os efeitos são geralmente excitadores.

n REVISÃO DOS CONCEITOS 1. Descreva a(s) diferença(s) entre neurônios pré-ganglionares e ganglionares. 2. Cite as duas partes do sistema nervoso autônomo. Qual é o nome comum ou termo aplicado a cada uma? 3. Qual neurotransmissor é liberado pela maioria das fibras pós-ganglionares simpáticas terminais? 4. Que órgãos são inervados pelas fibras pós-ganglionares do sistema nervo­ so autônomo?

(b)

A parte simpática [Figura 17 .2 ] A parte simpática (Figura 17.2) consiste no seguinte: 1. N eu rôn ios pré-ganglionares localizados entre os segm entos T l e L I dá

m edula espinal: Os corpos

celulares desses neurônios ocupam a c o l u ­ na lateral entre Tl e L2, e seus axônios penetram nas raízes anter desses segmentos.

Veja a seção de Respostas na parte final do livro. - NT. de R.T. N o original, norepinephrine (N E ), o u n o rep in efrin a (N E). Esta designação é :o m u m nos E stados U nid o s e n a In g laterra, m as na m aio ria d os países os fisiologistas e farm acologistas utilizam o term o n o radrenalina (NA).

2.

N eurônios ganglionares localizados em gânglios próxim os à coluna tebral:

Há dois tipos de gânglios na parte simpática:

O SISTEMA NERVOSO

P A R T E SIM PATICA DO S N A

Inervação pelas fibras pósganglionares

ÓRGÃOS-ALVO

NEURÔNIOS GANGLIONARES NEURÔNIOS PRÉGANGLIONARES

Efetuadores viscerais na cavidade torácica, cabeça, paredes do corpo e membros

Gânglios do tronco simpático (pares) ‘

Coluna lateral dos segmentos espinais T1 - L 2

Gânglios colaterais (ímpares)

Efetuadores viscerais na cavidade abdominal

Medula supra-renal (par)

Órgãos e sistemas em todo o corpo

..

LEGENDA F ib ra s pré-g ang lionares ■ i^ -

Através da liberação de hormônios na circulação geral

Fibra s p ó s-g a n g lio n are s H o rm ô n io s lib e rad o s na c ircu la çã o geral

Figura 17.2 Organização da parte simpática do SNA. Este esquema realça as relações entre os neurônios pré-ganglionares e ganglionares e entre os neurônios ganglionares e os órgãos-alvo.



Ginglios do tronco simpático, t a m b é m c h a m a d o s d e gânglios par.:\ ertebrais o u gânglios laterais, l o c a l i z a d o s l a t e r a l m e n t e , d e c a d a i d o d a c o lu n a v e r t e b r a l. O s n e u r ô n io s n e s se s g â n g lio s c o n t r o la m e fe tu a d o re s n a s p a re d e s d o c o r p o , c a b e ç a , p e sc o ç o , m e m b r o s e n o

Gi:".glios colaterais, t a m b é m

ch am ados de

gânglios pré-vertebrais,

.o c a liz a d o s a n t e r io r m e n t e à c o lu n a v e r t e b r a l. O s n e u r ô n io s n e s s e s ç c n g lio s in e r v a m e fe tu a d o r e s n a c a v id a d e a b d o m in a l. 5.

p o d e m f a z e r s i n a p s e n o s n e u r ô n i o s d o g â n g l i o d o t r o n c o s i m p á t i c o , n o n ív e i d a su a p e n e tra çã o

(Figura 17.3a);

( 2 ) e la s p o d e m a s c e n d e r o u d e s c e n d e i

n o t r o n c o s im p á t ic o e fa z e r s in a p s e e m u m g â n g lio e m n ív e l d ife r e n te ; o u ( 3 ) e la s p o d e m p a s s a r p e lo g â n g lio d o t r o n c o s im p á t ic o s e m fa z e r s in a p s e

in t e r io r d a c a v id a d e t o r á c ic a . ■

p e n e t r a m n o g â n g l i o d o t r o n c o s i m p á t i c o p o d e m t e r t r ê s d e s t i n o s : ( 1 ) e la s

e s e g u ir p a r a u m d o s g â n g lio s c o la te r a is su p ra -re n a l

(Figura 17.3c).

(Figura 17.3b)

o u p a r a a m e d u la

E x t e n s a d iv e r g ê n c ia o c o r r e n a p a r t e s im p á t ic c

c o m u m a fib r a p r é - g a n g lio n a r fa z e n d o s in a p s e c o m a té 3 2 n e u r ô n io s g a n ­ g lio n a r e s . O s g â n g lio s d o t r o n c o s im p á t ic o s ã o in t e r c o n e c t a d o s p o r fib r a s

Seurónios especializados no interior da glândula supra-renal:

O cen-

p r é - g a n g lio n a r e s p r o je t a d a s e n t r e e le s * , t o r n a n d o o t r o n c o s im p á t ic o s e m e ­

trc d e c a d a g lâ n d u la s u p r a - r e n a l, u m a á re a c o n h e c id a c o m o

medula

lh a n te a u m a file ir a d e c o n ta s o u u m r o s á r io . C a d a g â n g lio n o t r o n c o s im p á ­

rupra-renal, é u m

g â n g lio m o d ific a d o . A q u i, o s n e u r ô n io s g a n g lio -

tic o in e r v a u m s e g m e n t o p a r t ic u la r d o c o r p o o u u m g r u p o d e s e g m e n t o s .

- i r e s te m a x ô n io s m u it o c u r to s q u e , q u a n d o e s tim u la d o s , lib e r a m

S e u m a fib r a p r é -g a n g lio n a r le v a r c o m a n d o s m o to re s p a r a e s tru tu ra i

r e jr o t r a n s m is s o r e s n a c o r r e n te s a n g ü ín e a , p a r a s e re m d is tr ib u íd o s

n a p a r e d e d o c o r p o o u n a c a v id a d e to r á c ic a , e la fa r á s in a p s e e m u m o u

e m to d o o c o rp o c o m o h o r m ô n io s .

m a is g â n g lio s d o t r o n c o s im p á t ic o . E n t ã o , fib r a s p ó s - g a n g lio n a r e s a m ie lin i c a s a b a n d o n a m o t r o n c o s i m p á t i c o e s e g u e m p a r a s e u s a l v o s p e r i f é r i c o íd e n t r o d e n e r v o s e s p in a is e d e n e r v o s s im p á t ic o s . F ib r a s p ó s - g a n g lio n a r e s

Os gânglios do tronco simpático

q u e in e r v a m e s t r u t u r a s n a p a r e d e d o c o r p o , c o m o a s g lâ n d u la s s u d o r ife -

Figuras 17. la/17.2/17.3]

r a s d a p e le o u o s m ú s c u lo s lis o s n o s v a s o s s a n g ü ín e o s c u t â n e o s , p e n e tr a m

A s r a íz e s a n t e r io r e s d o s s e g m e n t o s e s p in a is T I a L 2 c o n t ê m f ib r a s p r é - g a n p : : - a r e s s im p á t ic a s . O p a d r ã o b á s ic o d a in e r v a ç ã o s im p á t ic a n e s ta s r e g iõ e s : 'c : m o s t r a d o n a

Figura 17.1a.

C a d a r a iz a n t e r io r se u n e à r a iz p o s t e r io r

co r r e s p o n d e n t e , q u e l e v a f i b r a s s e n s i t i v a s a f e r e n t e s , p a r a f o r m a r u m n e r v o e s p in a l q u e p a s s a a tra v é s d e u m fo r a m e in t e r v e r te b r a l. q u e o n e r v o e s p in a l a tra v e s s a o fo r a m e , e m ite u m

f gura 17.3a).

p á g . 3 6 2 A s s im

ramo comunicante branco

O r a m o c o m u n ic a n t e b r a n c o le v a fib r a s p r é -g a n g lio n a r e s

m i e i i n k a s p a r a u m g â n g l i o d o t r o n c o s i m p á t i c o p r ó x i m o a e le . A s f i b r a s q u e

p e lo

ramo comunicante cinzento e

r e t o r n a m a o n e r v o e s p in a l p a r a d e p o is

s e r e m d is tr ib u íd a s . E n tr e ta n to , o s n e r v o s e s p in a is n ã o fo r n e c e m in e r v a ­ ç ã o m o t o r a p a r a e s tr u tu r a s n a s c a v id a d e s v e n t r a is d o c o r p o . A s fib r a s p ó s g a n g lio n a r e s q u e in e r v a m v ís c e r a s n a c a v id a d e to r á c ic a , c o m o o c o ra cá : e o s p u lm õ e s , s e g u e m d ir e t a m e n t e p a r a s e u s a lv o s p e r ifé r ic o s c o m o n e r ­ v o s s im p á t ic o s . E ss e s n e r v o s s ã o g e r a lm e n te n o m e a d o s d e a c o r d o c o m os ó r g ã o s - a lv o , c o m o n o c a s o d o s

nervos cardíacos e

dos

nervos esofágicos.

* N. de R.T. Estas fibras formam segmentos chamados de ram os interganglionares.

C a p ít u l o

(a)

45

17 • O Sistema Nervoso: Sistema Nervoso Autônom o

GÂNGLIOS DO TRONCO SIMPÁTICO Nervo espinal

Neurônio pré-ganglionar

Gânglio do tronco simpático esquerdo

Inerva efetuadores viscerais por meio de nervos espinais

Ramo comunicante branco

Nervo simpático (fibras pósganglionares) Inerva vísceras na cavidade torácica por meio de nervos simpáticos

Principais efeitos produzidos por fibras pós-ganglionares simpáticas nos nervos espinais:

Gânglio do tronco simpático direito

Neurônio ganglionar Ramo comunicante cinzento

LEGENDA Neurônios pré-ganglionares Neurônios ganglionares

• Constrição de vasos sangüíneos cutâneos, redução na circulação para a pele e para muitos outros órgãos na parede do corpo • Aceleração do fluxo sangüíneo para os músculos esqueléticos e para o encéfalo • Estimulação da produção de energia e utilização desta pelo tecido muscular esquelético • Liberação de lipídeos armazenados no tecido adiposo subcutâneo • Estimulação da secreção das glândulas sudoríferas • Estimulação dos músculos eretores do pêlo • Dilatação das pupilas e focalização para objetos distantes Principais efeitos produzidos por fibras pós-ganglionares que penetram na cavidade torácica por meio dos nervos simpáticos: • Aceleração da freqüência cardíaca e aumento da força de contração do coração • Dilatação das vias aéreas

GÂNGLIOS COLATERAIS Principais efeitos produzidos por fibras pré-ganglionares que inervam os gânglios colaterais:

Coluna lateral

Nervo esplâncnico (fibras pré-ganglionares)

Ramo comunicante branco

• Constrição de artérias de pequeno calibre e reduçào no fluxo de sangue para as vísceras • Diminuição da atividade de glândulas e órgãos digestórios • Estimulação da liberação de glicose das reservas oe glicogênio hepático • Estimulação da liberação de lipídeos do tecido adiposo • Relaxamento da musculatura lisa na parede da bexjga urinária • Redução da taxa de formação de urina nos rins • Controle de alguns aspectos da função sexual, como a ejaculação nos homens

Inerva vísceras na cavidade abdominal

MEDULA SUPRA-RENAL

ü

t t ■

. ' W

M

I

Principais efeitos produzidos por fibras pré-ganglionares que inervam a medula supra-renal: • Liberação de adrenalina e noradrenalina na circulação geral

Fibras pré-ganglionares Células endócrinas (neurônios ganglionares especializados)

Figura 17.3

Secreta neurotransmissores na circulação geral

V ias sim p á tic as e suas fu n ç õ e s gerais.

Fibras pré-ganglionares deixam a medula espinal usando a raiz anterior dos nervos espinais. Elas fazem sinapse nos neurônios ganglionares (a) nos gângi os do tronco sim pático, (b) nos gânglios colaterais ou (c) na medula supra-renal. As seções da figura são mostradas nas suas vistas inferiores, o form atopadrão para tom ografias e secções do sistem a nervoso.

456

O SISTEMA NERVOSO

Funções do tronco simpático [Figura 17.3a] í ■r e s u l t a d o s p r i m á r i o s d o a u m e n t o d e a t i v i d a d e n a s

c e b e m in e r v a ç ã o p r é - g a n g lio n a r p r o v e n ie n te d o s s e g m e n to s to r á c ic o s e fib r a s p ó s - g a n g lio -

r u ir e s q u e d e i x a m o s g â n g l i o s d o t r o n c o s i m p á t i c o , n o s n e r v o s e s p i n a i s o u r. ? n e r v o s s i m p á t i c o s , e s t ã o r e s u m i d o s n a

Figura 17.3a.

G e r a lm e n te , as

r e s p o s ta s d a s c é lu la s - a lv o a ju d a m a p r e p a r a r o in d iv íd u o p a r a u m a c r is e

lo m b a r e s s u p e r io r e s , p o r m e io d e fib r a s p r é -g a n g lio n a r e s q u e a s c e n d e m e d e s c e n d e m a o lo n g o d o tr o n c o s im p á t ic o ; e (3 ) to d o n e r v o e s p in a l re c e b e u m r a m o c o m u n ic a n t e c in z e n to d e u m g â n g lio d o t r o n c o s im p á t ic o . E s ta d is p o s iç ã o a n a tô m ic a te m c o n s e q ü ê n c ia s fu n c io n a is in te r e s s a n ­ te s. S e a s ra íz e s a n t e r io r e s d e n e r v o s e s p in a is t o r á c ic o s fo r e m le s a d a s , n ã o

q u e ir á e x ig ir u m a a tiv id a d e fís ic a s ú b ita e in te n s a .

h a v e rá a tiv id a d e m o t o r a s im p á tic a , n o la d o a fe ta d o , n a c a b e ç a , n o p e s c o ç o

Anatomia do tronco simpático [Figura 17.4]

e n o t r o n c o . A in d a q u e a le s ã o à s ra íz e s a n t e r io r e s d o s n e r v o s e s p in a is

L id a tr o n c o s im p á t ic o p o s s u i 3 g â n g lio s c e r v ic a is , 1 1 a 1 2 to r á c ic o s , 2 a 5

c e r v ic a is r e s u lte e m p a r a lis ia d o s m ú s c u lo s v o lu n t á r io s n o la d o a fe t a d o ,

' : m b a r e s , 4 a 5 s a c r a is e 1 g â n g lio s im p á t ic o c o c c íg e o . O n ú m e r o d e g â n -

a ação simpática permanecerá íntegra, p o r q u e

d i o s p o d e v a r i a r p o r q u e g â n g l i o s a d ja c e n t e s p o d e m s e f u n d i r . P o r e x e m p lo ,

q u e in e r v a m o s g â n g lio s c e r v ic a is , s e o r ig in a m d o s r a m o s c o m u n ic a n t e s

-

i i n g l i o s c o c c íg e o s d e c a d a la d o g e r a lm e n te se fu n d e m p a r a fo r m a r u m

u n íc o g â n g lio m e d ia n o , o

gânglio ímpar, e n q u a n t o

d o s s e g m e n to s to r á c ic o s , q u e n ã o e s tã o le s a d o s .

o g â n g lio c e r v ic a l in fe ­

r io r e o p r im e ir o g â n g lio to r á c ic o , d e c a d a la d o , o c a s io n a lm e n t e se fu n d e m r i r i fo rm a r u m

a s fib r a s p r é -g a n g lio n a r e s ,

gânglio cervicotorácico, o u gânglio estrelado. O s

n e u r ô n io s

7 'e - c a n g l i o n a r e s s i m p á t i c o s e s t ã o l i m i t a d o s a o s s e g m e n t o s T 1 - L 2 d a m e ­ d u l a e s p i n a l, e o s n e r v o s e s p i n a i s d e s s e s s e g m e n t o s t ê m r a m o s c o m u n i c a n ? r a n c o s (fib r a s p r é -g a n g lio n a r e s ) e c in z e n to s (fib r a s p ó s -g a n g lio n a r e s ) . O s n e u r ô n io s n o s g â n g lio s c e r v ic a is , lo m b a r e s in fe r io r e s e s a c r a is d o tr o n c o s im p á t ic o s ã o in e r v a d o s p o r fib r a s p r é - g a n g lio n a r e s q u e se e s te n d e m a o r. g o d o e i x o d o t r o n c o s i m p á t i c o . P o r s u a v e z , e s s e s g â n g l i o s d o t r o n c o s im p á t ic o fo r n e c e m fib r a s p ó s - g a n g lio n a r e s , p o r m e io d e r a m o s c o m u n i-

Cada nerro espinal tem um ramo comunicante cinzento que levafibras pós-ganglio-r- simpáticas. C e r c a d e 8 % d o s a x ô n i o s e m c a d a n e r v o e s p i n a l s ã o f i b r a s c a r ite s c i n z e n t o s , p a r a o s n e r v o s e s p i n a i s c e r v i c a i s , l o m b a r e s e s a c r a is .

Os gânglios colaterais [Figuras 17.3b/17.4] A s fib r a s p r é - g a n g lio n a r e s q u e r e g u la m a s a t iv id a d e s d a s v ís c e r a s a b d o m in o p é lv ic a s se o r ig in a m d o s n e u r ô n io s p ré -g a n g lio n a r e s n o s s e g m e n to s to ­ r á c i c o i n f e r i o r e l o m b a r s u p e r i o r d a m e d u l a e s p i n a l. E s s a s f i b r a s a t r a v e s s a m o tr o n c o s im p á t ic o s e m fa z e r s in a p s e e c o n v e r g e m p a r a f o r m a r o s

esplâncnicos maior, menor

e

lombares,

nervos

n a p a r e d e p o s t e r io r d a c a v id a d e

a b d o m in a l. O s n e r v o s e s p lâ n c n ic o s d e a m b o s o s la d o s d o c o r p o c o n v e r g e m p a r a o s g â n g lio s c o la te r a is

(Figuras 17.3b/17.4),

q u e s ã o v a r iá v e is e m su a

a p a r ê n c ia e e s tã o lo c a liz a d o s a n t e r io r e la t e r a lm e n te à p a r t e d e s c e n d e n t e d a a o r t a . E s s e s g â n g lio s s ã o e s t r u tu r a s q u a s e s e m p r e ím p a r e s , e m v e z d e p a r e s .

po s - g a n g lio n a r e s s im p á t ic a s . O s r a m o s a n t e r io r e p o s t e r io r d o s n e r v o s es-

Funções dos gânglios colaterais [Figura 17.3b]

p in a is fo r n e c e m a m p la in e r v a ç ã o s im p á t ic a p a r a e s tr u tu r a s n a p a r e d e d o

A s fib r a s p ó s - g a n g lio n a r e s q u e se o r ig in a m n o s g â n g lio s c o la te r a is se e s te n ­

c :> r p o e p a r a o s m e m b r o s . N a c a b e ç a , a s f i b r a s p ó s - g a n g l i o n a r e s q u e p a r t e m

d e m p o r to d a a c a v id a d e a b d o m in o p é lv ic a , in e r v a n d o o s te c id o s v is c e r a is e

à: s

a s v ís c e r a s . U m r e s u m o d o s e fe ito s d o a u m e n t o d a a tiv id a d e s im p á t ic a d e s ­

g â n g lio s c e r v ic a is d o t r o n c o s im p á t ic o s u p r e m a s r e g iõ e s e e s tr u tu r a s

i n e r v a d a s p e lo s n e r v o s c r a n i a n o s I I I , V I I , I X e X

(Figura 17.4).

sa s fib r a s p ó s -g a n g lio n a r e s é a p re s e n ta d o n a

Figura 17.3b. O

p a d rã o g eral

E m r e s u m o : ( 1 ) s o m e n te o s g â n g lio s to r á c ic o s e lo m b a r e s s u p e r io r e s

é ( 1 ) u m a r e d u ç ã o d o flu x o s a n g ü ín e o , u t iliz a ç ã o d e e n e r g ia e a ç ã o d e v í s ­

re c e b e m fib r a s p r é -g a n g lio n a r e s d o s r a m o s c o m u n ic a n t e s b r a n c o s ; (2 ) o s

c e ra s q u e n ã o s ã o im p o r ta n te s p a r a a s o b r e v iv ê n c ia a c u r to p r a z o ( c o m o a s

g â n g lio s c e r v ic a is , lo m b a r e s in fe r io r e s e s a c r a is d o t r o n c o s im p á t ic o r e ­

d o tr a to d ig e s to r io ) e (2 ) a lib e r a ç ã o d e r e s e r v a s d e e n e r g ia a r m a z e n a d a s .

Nota clínica n persensibilidade e função simpática

Duas condições clínicas -reressantes resultam da interrupção da função simpática normal. Na smdrome de Bernard-Horner, a inervação pós-ganglionar simpática para dos lados da face está interrompida. A interrupção pode resultar de esão, tum or ou patologia progressiva, como a esclerose múltipla. 0 lado re ta d o da face torna-se vermelho, conform e o tono vascular diminui. A ;e:reção de suor desaparece nesta região e a pupila deste lado torna-se -arcadam ente constrita. Outros sintomas incluem ptose (queda) palpe:-s l e uma aparente retração do olho dentro da órbita (enoftalmia). O fenômeno primário de Raynaud, também chamado de doença de Raynaud, afeta com mais freqüência mulheres jovens. Nesta patologia, por ~ ::iv o s ainda desconhecidos, o sistema simpático temporariamente emite comandos para uma excessiva vasoconstriçâo em artérias de pequeno ca bre, localizadas na periferia do corpo (extremidades), geralmente em 'íSDOSta a baixas temperaturas. Mãos, pés, orelhas e nariz ficam privados :e sua circulação sangüínea normal, e a pele nestas regiões muda de cor, ::>Tiando-se inicialmente pálida, mas depois desenvolvendo tonalidade cianõtica. Uma coloração vermelha termina o ciclo, quando o fluxo sangüíneo 'etorna ao normal. Os sintomas podem se disseminar a áreas adjacentes conforme a disfunção progride. Na maioria dos casos, não há lesão tecidual, e~ibora, em raros casos, o fluxo sangüíneo diminuído por tempo prolonga­ do possa deformar a pele e as unhas, até mesmo progredindo para úlceras : jtâneas ou necrose tecidual mais extensa (gangrena seca). Mudanças comportamentais, como evitar ambientes frios ou usar lu­ vas e outras peças de vestuário para proteção, geralmente podem reduzir

a freqüência de ocorrência do evento. Parar de fumar e evitar drogas que possam causar vasoconstriçâo também pode ser benéfico. Drogas que evitam a vasoconstriçâo (vasodilatadores) podem ser usadas se os passos de prevenção citados anteriormente se mostrarem infrutíferos. Traumatismos como enregelamento (úlcera produzida por frio) ou le­ são repetitiva causada por uso crônico de máquinas vibradoras podem causar sintomas da síndrome de Raynaud. Os sintomas também podem aparecer em indivíduos com doença arterial e em patologias do tecido conectivo, como esclerodermia, artrite reumatóide e lúpus eritematoso sistêmico (LES). Estas formas secundárias da síndrome de Raynaud geral­ mente melhoram com o tratam ento da doença de base. A simpatectomia regional, seccionando as fibras que fornecem iner­ vação simpática a áreas afetadas, pode eventualmente ser benéfica. Em circunstâncias normais, o tono simpático fornece aos efetuadores um nível basal de estimulação. Após a abolição da inervação simpática, os efetuadores periféricos podem se tornar extremamente sensíveis à adre­ nalina ou noradrenalina. Esta hipersensibilidade pode produzir altera­ ções extremas no tono vascular e em outras funções, após estimulação da medula supra-renal. Se a simpatectomia envolver a secção de fibras pós-ganglionares, a hipersensibilidade à noradrenalina e adrenalina cir­ culantes pode eliminar os efeitos benéficos. O prognóstico melhora se as fibras pré-ganglionares também forem seccionadas, porque os neurônios ganglionares continuarão a liberar pequenas quantidades de neurotransmissor através de sinapses neuromusculares ou neuroglandúlares. Esta li­ beração impede que os efetuadores periféricos se tornem hipersensíveis.

C a p ítu lo

17 • O Sistema Nervoso: Sistema Nervoso Autônomo

O lho

PONTE G lândulas salivares

Nervos sim p á tico s Superior G ânglios cervicais sim páticos

M édio

Inferior Plexos cardíaco e p ulm onar

Nervo esplâncnico m aior

Ram os com u nicantes cinzentos para os nervos espinais

Pulm ão G ânglio celíaco

G ânglio m esentérico superior

Fígado e veskxáa biliar Estômago

Nervo esplâncnico m enor

xas pós-ganglionares

Nervos esplâncnicos lombares

ra os nervos espinais >ervando pele, vasos ingüíneos, glândulas -doríferas, m úsculos eretores do pêlo e te cid o adiposo)

Baço Pâncreas

Intestino grosso Intestino

G ânglio m esentérico inferior

delgaoo

M ediia supra-rera

Nervos e sp lâ nc­ nicos s a cra is/

G ânglios do tro n co sim p á tico

Rim

M edula espinal G ânglios coccíg eos (Co1) fu n d id o s (gânglio ímpar)

EGENDA Neurônios pré-ganglionares

Ú tero

O vário

Pênis

Escroto

B exiga urinária

Neurônios ganglionares

^ura 17.4

Distribuição anatôm ica das fibras pós-ganglionares simpáticas.

3do esquerdo da figura mostra a distribuição das fibras pós-ganglionares simpáticas através dos ramos comunicantes cinzentos e nervos espinais. O lado direito mosra Tibuição das fibras pré-ganglionares e pós-ganglionares que inervam as vísceras. Entretanto, ambos os padrões de inervação são encontrados em cada lado do corpo

latomia dos gânglios colaterais [Figuras 17.4/17.9] nervos esplâncnicos (maior, menor, lombares e sacrais) inervam três iglios colaterais. As fibras pré-ganglionares dos sete segmentos toráci> inferiores term inam no gânglio celíaco e no gânglio mesentérico perior. Esses gânglios estão implantados em uma ampla rede frouxa de

3

fibras nervosas denominada plexo visceral*. As fibras pré-ganglionares d< > segmentos lombares formam nervos esplâncnicos que term inam no gân­ glio mesentérico inferior. Esses gânglios estão esquematizados na FigL * N . d e R .T . N o o r i g i n a l , m in o lo g ia A n a t ô m ic a .

autonomic, o u

a u t o n ô m i c o , d e n o m i n a ç ã o n ã o c o n s i g n a d a n a Ter-

O SISTEMA NERVOSO

T7 4 e m

e - t r a d o s e m d e t a lh e n a

a à c : s s a c r a is te r m in a m n o

Figura 17.9, pág. 463.

plexo hipogástrico, u m

O s n e r v o s e s p lâ n c -

O s a n g u e c ir c u la n t e e n tã o d is t r ib u i e sses h o r m ô n io s p o r to d o o c o r ­

p le x o v is c e r a l q u e s u p r e

p o . I s s o c a u s a a lt e r a ç õ e s n a s a t i v i d a d e s m e t a b ó l i c a s d e m u i t a s c é l u l a s d i ­ fe r e n t e s . G e r a l m e n t e , o s e f e i t o s l e m b r a m a q u e le s p r o d u z i d o s p e la e s t i m u ­

£> r ^ c e r a s p e h ic a s e o s ó r g ã o s g e n it a i s e x t e r n o s .

l a ç ã o d a s f i b r a s p ó s - g a n g l i o n a r e s s i m p á t i c a s , m a s e le s d i f e r e m e m d o i í

0 fanglio celíaco

A s f i b r a s p ó s - g a n g l i o n a r e s d o g â n g l i o c e l í a c o in e r -

a s p e c to s : ( 1 ) as c é lu la s n ã o in e r v a d a s p o r fib r a s p ó s - g a n g lio n a r e s s im p á ­ t i c a s s ã o a f e t a d a s p e lo s n í v e i s d e a d r e n a l i n a e n o r a d r e n a l i n a c i r c u l a n t e s

i r

: e í t i r . a j o , o d u o d e n o , o fíg a d o , a v e s íc u la b ilia r , o p â n c r e a s e o

: _:

I a a n d í o c e l ía c o t e m a s p e c t o v a r i á v e l . N a m a i o r i a d a s v e z e s , c o n s i s -

s e e la s p o s s u í r e m r e c e p t o r e s p a r a e s t a s m o l é c u l a s ; e ( 2 ) o s e f e i t o s d u r a m

r a r d e m a s s a s d e s u b s t â n c ia c in z e n t a i n t e r c o n e c t a d a s , s it u a d a s

m u i t o m a i s t e m p o d o q u e o s p r o d u z i d o s p e la i n e r v a ç ã o s i m p á t i c a d ir e t a

:

0 1 e m e r g ê n c ia d o z— C1 c a n

tronco celíaco. O

g â n g l i o c e l ía c o t a m b é m p o d e f o r m a r

uni c a , a p a r t i r d e p e q u e n a s e n u m e r o s a s m a s s a s e n t r e l a ç a d a s .

gli o mesentérico superior

; - : - _i - .

ca

E s t e g â n g l i o e s tá l o c a li z a d o p r ó x i m o à

artéria mesentérica superior. A s

fib r a s p ó s - g a n g lio n a r e s d o

: m e s e n t é r i c o s u p e r i o r i n e r v a m o i n t e s t in o d e lg a d o e o s s e g m e n t o s

p o r q u e o s h o r m ô n io s lib e r a d o s c o n tin u a m a se d ifu n d ir p a r a fo r a d o s a n ­ g u e c ir c u la n t e p o r u m te m p o p r o lo n g a d o .

Efeitos da estimulação simpática A p a r t e s i m p á t i c a p o d e a lt e r a r a s a t i v i d a d e s o r g â n i c a s e t e c id u a is , q u e r p e .a l i b e r a ç ã o d e n o r a d r e n a l i n a n a s s in a p s e s p e r i f é r i c a s , q u e r d i s t r i b u i n d o n o ­

r ^ a a a a i á e in t e s t in o g r o s s o .

r a d r e n a li n a e a d r e n a li n a p o r t o d o o c o r p o , p o r m e i o d a c o r r e n t e s a n g ü í n e a O fà n g lin

mesentérico inferior

a ero e rsê n d a da

E s te g â n g lio e s tá lo c a liz a d o p r ó x im o

artéria mesentérica inferior. A s

fib r a s p ó s - g a n g lio n a r e s

á e s s e g â n g lio f o r n e c e m i n e r v a ç ã o s i m p á t i c a p a r a o s s e g m e n t o s t e r m i n a i s

Q u a n d o a a tiv a ç ã o s im p á t ic a o c o r r e , o in d iv íd u o e x p e r im e n ta o se­

t r o o c c s i m p á t i c o e p e lo g â n g l i o c e l í a c o s e m f a z e r s in a p s e e s e g u e m e m

r-e -aa ra a

e s s a s f ib r a s

- a r e s fa z e m s in a p s e e m n e u r ô n io s m o d ific a d o s q u e d e se m -

fu n c ã o e n d ó c r in a . E ss e s n e u r ô n io s tê m a x ô n io s m u ito c u rto s. Q n a d o e s t i m u la d o s , e le s l i b e r a m o s n e u r o t r a n s m i s s o r e s

-• »



•"

N A ) e m u m a a m p l a r e d e d e c a p il a r e s

adrenalina ( A )

e

(Figura 17.5). E n t ã o ,

n e a r o t r a n s m is s o r e s a t u a m c o m o h o r m ô n io s , e x e r c e n d o s e u s e fe ito s

: r_ : u t r a s r e g iõ e s d o c o r p o . A a d r e n a lin a , t a m b é m c h a m a d a d e

epine-

— >sa. c o n s t i t u i 7 5 a 8 0 % d a e f e r ê n c ia s e c r e t o r a ; o r e s t a n t e é c o m p o s t o d e n o ra d re n a lin a

norepinefrina).

ati­

o s t e c i d o s p e r i f é r i c o s e a lt e r a a a t i v i d a d e d o S N C . -

a t i v a ç ã o s i m p á t i c a é c o n t r o l a d a p o r c e n t r o s s i m p á t i c o s n o h i p o t á la m o .

A l g u m a s f i b r a s p r é - g a n g l i o n a r e s , o r i g i n a d a s e n t r e T 5 e T 8 , p a s s a m p e lo

medula supra-renal (Figuras 17.3C/17.4/17.5). A í ,

r e f le x o s q u e n ã o e n v o l v e m o u t r o s e f e t u a d o r e s p e r i f é r i c o s . E m u m a c r is e

vação simpática, a fe t a

A medula supra-renal [Figuras I7.3c/17.4/17.5] :

m u s c u la r e s l i s a s n o s v a s o s s a n g ü í n e o s c u t â n e o s , p o d e m s e r a t i v a d a s e m

e n tre ta n to , to d a a p a r te s im p á t ic a re s p o n d e . E ste e v e n to , c h a m a d o d e

á c in te s t in o a r o s s o , r i m , b e x i g a u r i n á r i a e ó r g ã o s g e n it a is .

: -

A s f i b r a s m o t o r a s q u e se d i r i g e m p a r a e f e t u a d o r e s e s p e c í f i c o s , c o m o f i b r a -

g u in t e : 1 . E l e v a ç ã o d o e s t a d o d e a le r t a , p o r m e i o d a e s t i m u l a ç ã o d o s is t e m a a t iv a d o r r e t ic u la r a s c e n d e n t e ( S A R A ) , fa z e n d o c o m q u e o i n d iv íd u : s i n t a - s e “ a n s i o s o ”. 2 . U m s e n tim e n to d e e n e r g ia e e u fo r ia , fr e q ü e n te m e n te a ss o c ia d o a : d e s p r e z o p e lo p e r i g o e a u m a t e m p o r á r i a i n s e n s i b i l i d a d e a e s t í m u k í d o lo ro s o s . 3 . A u m e n t o d a a t i v i d a d e d o s c e n t r o s c a r d i o v a s c u la r e s e r e s p i r a t ó r i o s c a p o n te e d o b u lb o , le v a n d o a o a u m e n t o d a fr e q ü ê n c ia c a r d ía c a e c _ f o r ç a d e c o n t r a ç ã o d o c o r a ç ã o e a e le v a ç õ e s n a p r e s s ã o a r t e r i a l , n a f r e ­ q ü ê n c ia e n a p r o fu n d id a d e d a re s p ir a ç ã o .

Figura 17.5

Medula supra-renal.

(a) Relação de uma glândula supra-renal com o rim. (b) Histologia da medi. a supra-renal, um gânglio simpático modificado. (ML x 426)

C ó rte x

Medula N u c lé o lo n o n ú c le o

N e u rô n io s m o d if ic a d o s (c é lu la s g a n g lio n a re s s im p á tic a s ) d a m e d u la s u p ra -re n a l

(b)

C a p ila re s

C a p ít u l o

4 . U m a e le v a ç ã o g e r a l n o t o n o m u s c u la r p o r m e io d a e s tim u la ç ã o d o s is te m a e x t r a p ir a m id a l, d e ta l m a n e ir a q u e a p e s s o a

459

17 • O Sistema Nervoso: Sistema Nervoso Autônomo

parece t e n s a

e

Fibra pré-ganglionar (mielínica)

Neurônio ganglionar

p o d e a té m e s m o c o m e ç a r a tre m e r. 5 . A m o b iliz a ç ã o d a s r e s e r v a s d e e n e r g ia , p o r m e io d a d e g r a d a ç ã o a c e ­ l e r a d a d o g l i c o g ê n i o n a s c é lu la s m u s c u l a r e s e n o f í g a d o e d a l i b e r a ç ã o d e l i p í d e o s p e lo s t e c id o s a d i p o s o s . E s t a s a lt e r a ç õ e s , a s s o c ia d a s à s m u d a n ç a s p e r i f é r ic a s j á c it a d a s , c o m p l e ­ t a m a s p r e p a r a ç õ e s n e c e s s á r ia s p a r a q u e o i n d i v í d u o p o s s a e n f r e n t a r s it u a ­

Gânglio

ç õ e s e s t r e s s a n t e s e p o t e n c ia lm e n t e p e r ig o s a s . C o n s id e r a r e m o s a g o r a a s b a ­ s e s c e lu la r e s d o s e f e it o s g e r a is d a a t i v a ç ã o s im p á t ic a n o s ó r g ã o s p e r if é r i c o s .

Varicosidades

Ativação simpática e liberação de neurotransmissor [ F i g u r a 1 7 . 6 ]

Vesículas contendo noradrenalina

Mitocôndrias

Q u a n d o e s tã o a tiv a s , as f ib r a s p r é - g a n g lio n a r e s s im p á t ic a s lib e r a m A C h a o fa z e r s i n a p s e c o m n e u r ô n i o s g a n g l i o n a r e s . E s t a s s ã o s in a p s e s

cas.

colinérgi-

p á g s . 3 5 4 - 3 5 5 A A C h l i b e r a d a s e m p r e e s t i m u la o s n e u r ô n i o s g a n ­

g l i o n a r e s . E s t a e s t i m u la ç ã o d e n e u r ô n i o s g a n g l i o n a r e s g e r a l m e n t e l e v a à lib e r a ç ã o d e n o r a d r e n a lin a n a s ju n ç õ e s n e u r o e fe tu a d o r a s . E sta s t e r m in a ­ ç õ e s s im p á tic a s sã o c h a m a d a s d e

adrenérgicas. A

Citoplasma das células de Schwann

p a r te s im p á tic a ta m b é m

c o n té m u m n ú m e r o p e q u e n o , m a s s ig n ific a tiv o , d e n e u r ô n io s g a n g lio n a ­ res q u e lib e r a m A C h , e m v e z d e N A , n a s s u a s ju n ç õ e s n e u r o e fe tu a d o r a s . P o r e x e m p lo , a A C h é l i b e r a d a n a s j u n ç õ e s n e u r o e f e t u a d o r a s s i m p á t i c a s n a p a r e d e d o c o r p o , n a p e le e n o s m ú s c u l o s e s q u e lé t ic o s . A

Figura 17.6

r e p r e s e n t a , e m d e t a lh e s , u m a j u n ç ã o n e u r o e f e t u a d o r a

s im p á t ic a . E m v e z d e t e r m i n a r e m u m ú n ic o b o t ã o s i n á p t ic o , o s t e lo d e n d r o s f o r m a m u m a a m p la r e d e r a m if ic a d a . C a d a r a m o l e m b r a u m a fil e i r a d e c o n ta s, e c a d a c o n ta , o u

varicosidade,

e n c e r r a m i t o c ô n d r ia s e v e s íc u la s

d e n e u r o t r a n s m i s s o r e s . E s s a s v a r ic o s id a d e s p a s s a m a o l o n g o o u p r ó x i m o à s u p e r fíc ie d e m u i t a s c é lu la s e f e t u a d o r a s . U m ú n ic o a x ô n i o p o d e f o r n e c e r

Células musculares lisas

Varicosidades

2 0 .0 0 0 v a r i c o s i d a d e s q u e p o d e m a fe t a r d e z e n a s d e c é lu la s a d ja c e n te s . P r o t e í ­ n a s r e c e p t o r a s e s tã o d is p e r s a s n a m a i o r i a d a s m e m b r a n a s p l a s m á t ic a s p ó s s in á p t ic a s , e n ã o h á m e m b r a n a s p la s m á t ic a s p ó s - s i n á p t ic a s e s p e c ia liz a d a s .

Figura 17.6 Terminações nervosas pós-sinápticas simpáticas. Uma visão esquemática das junções neuroefetuadoras simpáticas.

O s e f e i t o s d o n e u r o t r a n s m i s s o r l i b e r a d o p e la s v a r i c o s i d a d e s p e r s i s :e m p e lo m e n o s p o r a lg u n s s e g u n d o s a n t e s q u e e s te s e ja r e a b s o r v i d o , d e ­ g r a d a d o p o r e n z im a s o u r e m o v i d o p o r d i f u s ã o n a c o r r e n t e s a n g ü ín e a . A o c o n t r á r io , o s e f e i t o s d a a d r e n a li n a o u n o r a d r e n a l i n a s e c r e t a d a p e la m e d u la s u p r a -r e n a l sã o m u it o m a is p r o lo n g a d o s p o r q u e ( 1 ) a c o r r e n te s a n g ü í­ n e a n ã o c o n t é m a s e n z im a s q u e d e g r a d a m a a d r e n a li n a o u n o r a d r e n a l i n a e

2 ) a m a io r ia d o s te c id o s c o n té m c o n c e n tr a ç õ e s r e la tiv a m e n te b a ix a s

c e s s a s e n z i m a s . C o m o r e s u l t a d o , a e s t i m u la ç ã o s u p r a - r e n a l c a u s a e f e i t o s d is s e m i n a d o s , c u j a d u r a ç ã o é r e l a t i v a m e n t e l o n g a . P o r e x e m p lo , a s c o n ­ c e n t r a ç õ e s t e c i d u a is d e a d r e n a li n a p o d e m p e r m a n e c e r e l e v a d a s p o r a té 3 0 s e g u n d o s, e o s e fe ito s p o d e m p e r s is tir p o r v á r io s m in u to s .

m u i t o s ó r g ã o s , i n c l u i n d o m ú s c u l o s e s q u e l é t i c o s , m u s c u l a t u r a lis a da>

r.n

a é r e a s , c o r a ç ã o e f í g a d o . A e s t i m u la ç ã o d e s s e s r e c e p t o r e s b e t a d e s e n c a c e c a lt e r a ç õ e s n a a t i v i d a d e m e t a b ó l i c a d a s c é l u l a s - a l v o . O s e f e i t o s d e p e n d e r : d a s e n z im a s e n v o lv id a s . A r e s p o s ta m a is c o m u m é o a u m e n t o d a a t iv ic ^ c c m e t a b ó lic a . N o s m ú s c u lo s e s q u e lé t ic o s e c a r d ía c o , a e s tim u la ç ã o d : s r e ­ c e p t o r e s b e t a n ã o c a u s a s u a c o n t r a ç ã o , m a s fa z o s m ú s c u l o s e s q u e i e t c



u t iliz a r e m e n e r g ia m a is r a p id a m e n t e e o c o r a ç ã o c o n t r a ir m a is r a p i c : e m a is fo r t e . E m o u t r o s ó r g ã o s - a lv o , a a d r e n a lin a e a n o r a d r e n a lin a : e r e f e it o i n i b i d o r . P o r e x e m p lo , a d i l a t a ç ã o d o s v a s o s s a n g ü í n e o s q u e s u p r e — a m u s c u la tu r a e s q u e lé tic a e a d ila t a ç ã o d a s v ia s a é r e a s - d u a s im p o r ta n te s

Receptores pós-sinápticos e função simpática > s e fe ito s d a e s t im u la ç ã o s in á p t ic a r e s u lt a m fu n d a m e n t a l m e n t e d e in t e r a -

r e s p o s ta s à a tiv a ç ã o s im p á t ic a - r e s u lta m d o r e la x a m e n t o d e c é lu la s n ra> c u la r e s l i s a s . E s s e r e l a x a m e n t o s e d e v e à e s t i m u l a ç ã o d e r e c e p t o r e s b e t a p ó s - s in á p tic o s n a s s u a s m e m b r a n a s p la s m á tic a s .

: Bes c o m r e c e p t o r e s p ó s - s in á p t ic o s s e n s ív e is à a d r e n a lin a ( A ) e n o r a d r e n a lin a

NA).

( P o u c a s j u n ç õ e s n e u r o e fe t u a d o r a s s im p á t ic a s l ib e r a m A C h , o q u e s e r á

cc sc u tid o b r e v e m e n t e .) H á d o is t ip o s d e r e c e p t o r e s s im p á t ic o s s e n s ív e is a A e

SA:

receptores alfa e receptores beta. C a d a

u m d e ss e s t ip o s p o s s u i d o is o u trê s

Estimulação simpática eACh E m b o r a a m a i o r i a d a s f i b r a s p ó s - g a n g l i o n a r e s s i m p á t ic a s li b e r e m n o r a d r e ­ n a l i n a e , p o r t a n t o , s e ja m a d r e n é r g i c a s , a lg u m a s p o u c a s f i b r a s p ó s - g a r c

-

• j b t i p o s . A d iv e r s id a d e d e r e c e p t o r e s e a s u a p r e s e n ç a , is o la d a m e n t e o u e m

n a r e s s ã o c o lin é r g ic a s . A a t iv a ç ã o d e s s a s f i b r a s s i m p á t ic a s e s t im u la a s e c r e c ã :

c o n ju n to , é r e s p o n s á v e l p e la v a r i e d a d e d e r e s p o s t a s d o s ó r g ã o s - a lv o à e s t im u -

d a s g lâ n d u la s s u d o r ífe r a s e a d ila ta ç ã o d o s v a s o s s a n g ü ín e o s n o s m u s c a l :

^ c ã o s im p á t ic a . C o m o r e g r a , a a d r e n a lin a e s t im u la o s d o is t ip o s d e r e c e p t o ­

e s q u e lé t ic o s . O s e f e t u a d o r e s v is c e r a is n a p a r e d e d o c o r p o e n o s m ú s c u lo s e s ­

res, e n q u a n t o a n o r a d r e n a lin a e s t im u la p r in c ip a l m e n t e o s r e c e p t o r e s a lfa .

q u e lé t ic o s s ã o i n e r v a d o s e x c lu s iv a m e n t e p e la p a r t e s i m p á t i c a d o S N A Des.s*i m a n e i r a , a d i s t r i b u i ç ã o d a s f i b r a s p ó s - g a n g l i o n a r e s s im p á t i c a s c o lin e r c c c a s

Receptores alfa e receptores beta - e s t i m u la ç ã o d e

receptores alfa n a

fo r n e c e u m m e c a n i s m o p a r a a r e g u la ç ã o d a s e c r e ç ã o d a s g lâ n d u la s s u d o n í e -

s u p e r f í c i e d e c é l u l a s m u s c u l a r e s lis a s

r a s e p a r a o c o n t r o l e s e le t iv o d o fl u x o s a n g ü í n e o a o s m ú s c u lo s e s q u e le t c c : -s.

_ a _ sa c o n s t r i ç ã o d e v a s o s s a n g ü í n e o s p e r i f é r i c o s e o f e c h a m e n t o d e e s f i n c -

e n q u a n t o a n o r a d r e n a l i n a l i b e r a d a p e la s t e r m i n a ç õ e s a d r e n é r g i c a s r e d i-c :

r c e s a o l o n g o d o t r a t o d ig e s t ó r i o . O s

receptores beta s ã o

en co n trad o s em

flu x o s a n g ü í n e o p a r a o u t r o s t e c id o s n a p a r e d e d o c o r p o .

460 ■ ■ Resumo da parte simpática

/ [Tabela 1 7 . 1 ]

V i REVISÃO DOS CONCEITOS

1 . \ p a r te s im p á t ic a d o S N A in c lu i d o is tr o n c o s s im p á t ic o s q u e le m b r a m

1. Onde se originam as fibras nervosas que fazem sinapse nos gânglios cola­ terais? 2 . Pessoas com hipertensão arterial podem ser medicadas com drogas que bloqueiam os receptores beta. Como esta medicação poderia ajudá-las

u m r o s á r io , u m d e c a d a la d o d a c o lu n a v e r t e b r a l; tr ê s g â n g lio s c o la te 2- A

a n t e r io r e s à c o lu n a v e r t e b r a l; e d u a s m e d u la s s u p r a - r e n a is . í

fib r a s p r é - g a n g lio n a r e s s ã o c u r ta s p o r q u e o s g â n g lio s e s tã o p r ó x i­

m o s a m e d u la e s p in a l. A s f ib r a s p ó s - g a n g lio n a r e s s ã o r e la t iv a m e n t e

nesta condição? 3. Quais são os dois tipos de gânglios simpáticos e onde eles estão localizados?

r .g a s e s e e s t e n d e m a u m a c o n s i d e r á v e l d i s t â n c i a a n t e s d e a t i n g i r o r g ã o s - a lv o . ( N o c a s o d a m e d u la s u p r a - r e n a l, a x ô n io s m u it o a i r t c s d e n e u r ô n io s g a n g lio n a r e s m o d ific a d o s t e r m in a m e m c a p ila -

Veja a seção de Respostas na parte final do livro.

r e í c u e le v a m s u a s s e c r e ç õ e s p a r a a c o r r e n t e s a n g ü ín e a .) 5 . A r a r t e s im p á tic a m o s t r a e x te n s a d iv e rg ê n c ia ; u m a ú n ic a fib r a p r é ü n g l io n a r p o d e in e r v a r a té 3 2 n e u r ô n io s g a n g lio n a r e s e m v á r io s ;.in g lio s d ife r e n te s . C o m o r e s u lt a d o , u m ú n ic o n e u r ô n io m o t o r s im p a tic o n o S N C p o d e c o n t r o la r u m a d iv e rs id a d e d e e fe tu a d o r e s p e r ifé ­

A parte parassimpática [Figura 17.7 ] A p a r t e p a r a s s im p á t ic a d o S N A ( F ig u r a 1 7 . 7 ) in c lu i o s e g u in t e :

r ic o s e p r o d u z ir u m a re s p o s ta c o m p le x a e c o o r d e n a d a .

4

1.

d o s o s n e u r ô n io s p r é - g a n g lio n a r e s lib e r a m A C h q u a n d o fa z e m íin a p s e c o m

n e u r ô n io s g a n g lio n a r e s . A

Neurônios pré-ganglionares localizados no tronco encefálico e nos seg­ mentos sacrais da medula espinal. N o e n c é f a l o , m e s e n c é f a l o , p o n t e e

m a io r ia d a s fib r a s p ó s -

b u lb o c o n tê m n ú c le o s a u t o n ô m ic o s a s s o c ia d o s c o m o s n e r v o s c r a ­

ü n g l io n a r e s lib e r a m n o r a d r e n a lin a , m a s a lg u m a s p o u c a s lib e r a m

n ia n o s I I I , V I I , I X e X . N o s s e g m e n t o s s a c r a is d a m e d u la e s p in a l, o s

ACh.

n ú c le o s a u t o n ô m ic o s s e lo c a liz a m n o s s e g m e n t o s e s p in a is S 2 - S 4 .

5 . A :e ? p o s t a e f e t u a d o r a d e p e n d e d a fu n ç ã o d o s r e c e p t o r e s p ó s - s in á p t ic : s, a t iv a d o s q u a n d o a a d r e n a lin a o u n o r a d r e n a lin a s e lig a a o s r e c e p ­

2.

Neurônios ganglionares nos gânglios periféricos se localizam muito pró­ ximo aos - ou mesmo nos - órgãos-alvo. C o m o c i t a d o a n t e r i o r m e n t e

t o r e s a lfa o u b e t a .

(p á g . 4 5 2 ) , n e u r ô n io s g a n g lio n a re s d a p a rte p a r a s s im p á tic a s ã o e n ­

A T a b e la 1 7 . 1 ( p á g . 4 6 4 ) r e s u m e a s c a r a c t e r ís t ic a s d a p a r t e s im p á t ic a

c o n tr a d o s e m g â n g lio s te r m in a is ( p r ó x im o s a o s ó r g ã o s - a lv o ) o u e m g â n g lio s in t r a m u r a is ( d e n t r o d o s t e c id o s d o s ó r g ã o s - a lv o ) . A s fib r a s

d o SN A.

PARTE PARASSIMPATICA DO SNA

NEURONIOS GANGLIONARES

NEURONIOS PRE-GANGLIONARES Núcleos no tronco encefálico

LEGENDA Fibra s pré-g ang lionares

Núcleos nos segmentos S2-S4 da me­ dula espinal

Músculos intrínsecos do bulbo do olho (modelam a pupila e a lente)

Gânglio ciliar

Gânglios pterigopalatino e submandibular

Nervos pélvicos

ORGAOS-ALVO

|

Glândulas nasais, lacrimais e salivares

Gânglio ótico

Glândula parótida

Gânglios intramurais

Vísceras do pescoço, cavidade torácica e a maior parte da cavidade abdominal

Gânglios intramurais

Vísceras na parte inferior da cavidade abdominal

Fibra s pó s-g a n g lion are s

F ig u r a 1 7 . 7

O r g a n iz a ç ã o d a p a r te p a r a s s im p á t ic a d o S N A .

Este esquema resume as relações entre neurônios pré-ganglionares e ganglionares e entre neurônios ganglionares e órgãos-alvo.

C a p ít u l o

461

17 • O Sistema Nervoso: Sistema Nervoso Autônomo

p r é - g a n g l i o n a r e s d a p a r t e p a r a s s i m p á t i c a n ã o d iv e r g e m t ã o e x t e n s a ­

cidual. C o m o

m e n t e q u a n t o a q u e la s d a p a r t e s i m p á t i c a . U m a f i b r a p r é - g a n g l i o n a r

l o c a li z a d o s e d u r a m n o m á x i m o p o u c o s s e g u n d o s .

r e s u l t a d o , o s e f e i t o s d a e s t i m u la ç ã o p a r a s s i m p á t i c a s ã o b e ~

t í p i c a fa z s i n a p s e s c o m s e is a o i t o n e u r ô n i o s g a n g l i o n a r e s . T o d o s e s s e s n e u r ô n i o s s e l o c a li z a m n o m e s m o g â n g l io , e s u a s f ib r a s p ó s - g a n g l i o -

efeitos da estimulação parassimpática são mais específicos e localizados do que os da parte simpática.

n a r e s i n f l u e n c i a m o m e s m o ó r g ã o - a l v o . C o m o r e s u l t a d o , os

Receptores pós-sinápticos e respostas E m b o r a to d a s a s s in a p s e s ( n e u r ô n io - n e u r ô n io ) e ju n ç õ e s n e u r o e f e t u a c : ra s (n e u r ô n io - e fe tu a d o r ) d a p a r te p a r a s s im p á t ic a u s e m o m e s m o n e u : : t r a n s m i s s o r , a a c e t i lc o li n a , d o i s d i f e r e n t e s t i p o s d e r e c e p t o r e s d e A C h s i : e n c o n tr a d o s n a m e m b r a n a p ó s -s in á p tic a :

Organização e anatomia da parte parassimpática [Figura 17.8 ]

1. Receptores nicotínicos

c o m o n a s p la c a s m o t o r a s d o s is te m a n e r v o s o s o m á tic o . A e x p o s i c l :

A s f ib r a s p r é - g a n g l i o n a r e s p a r a s s i m p á t i c a s d e i x a m o e n c é f a l o n o s n e r v o s

à A C h s e m p r e c a u s a a e x c it a ç ã o d o s n e u r ô n i o s g a n g l i o n a r e s o u d e

c r a n ia n o s I I I ( o c u lo m o t o r ) , V I I (fa c ia l), I X (g lo s s o fa r ín g e o ) e X (v a g o )

fib r a s m u s c u la r e s , p o r m e io d a a b e r t u r a d e c a n a is iô n ic o s d a m e c -

( Figura 1 7 .8 ). A s f i b r a s n o s n e r v o s I I I , V I I e I X a u x i l i a m a c o n t r o l a r a s

b r a n a p la s m á tic a .

e s t r u t u r a s v i s c e r a i s n a c a b e ç a . E s t a s f ib r a s p r é - g a n g l i o n a r e s f a z e m s in a p s e nos

gânglios ciliar, pterigopalatino, submandibular

e

ótico.

2.

págs.

são e n c o n tra d o s em

to d a s a s ju n c : c -

e m a lg u m a s p o u c a s j u n ç õ e s n e u r o e f e t u a d o r a s c o l i n é r g i c a s d a p a r t e

p e r ifé r ic o s . O n e r v o v a g o fo r n e c e in e r v a ç ã o p r é - g a n g lio n a r p a r a s s im p á t i­

s i m p á t i c a . A e s t i m u l a ç ã o d e r e c e p t o r e s m u s c a r í n i c o s p r o d u z e f e it o >

c a p a r a o s g â n g lio s in t r a m u r a is d e n t r o d a s v ís c e r a s d a c a v id a d e to r á c ic a e

m a is p r o lo n g a d o s d o q u e a e s tim u la ç ã o d e r e c e p to r e s n ic o t ín ic

d a c a v i d a d e a b d o m i n o p é l v i c a , a t é o s s e g m e n t o s f in a i s d o i n t e s t i n o g r o s s o .

• A

r e s p o s t a , q u e r e f le t e a a t i v a ç ã o o u i n a t i v a ç ã o d e e n z i m a s e s p e c i í ccr

O n e r v o v a g o , s o z in h o , é r e s p o n s á v e l p o r a p r o x im a d a m e n te 7 5 % d e to d a

p o d e s e r e á t i m u la d o r a o u i n i b i d o r a .

a e fe r ê n c ia p a r a s s im p á t ic a . A in e r v a ç ã o p a r a s s im p á t ic a s a c r a l n ã o se ju n t a a o s r a m o s a n t e r io ­

g a n g lio n a r e s f o r m a m

Receptores muscarínicos

n e u r o e f e t u a d o r a s c o l i n é r g i c a s d a p a r t e p a r a s s i m p á t i c a , a s s i m cc m

4 2 0 - 4 2 4 E n tã o , fib r a s p ó s - g a n g lio n a r e s c u r ta s s e g u e m p a r a s e u s ó r g ã o s

r e s d o s n e r v o s e s p in a is .



s ã o e n c o n t r a d o s n a s u p e r fíc ie d e to d o -

n e u r ô n io s g a n g lio n a r e s d a s p a r te s p a r a s s im p á t ic a e s im p á t ic a , a > ? :~

págs. 369, 462

E m v e z d is s o , a s f i b r a s p r é -

nervos pélvicos s e p a r a d o s

q u e in e r v a m o s g â n g lio s

O s n om es

nicotínico e muscarínico i n d i c a m

o s c o m p o s to s q u ím :c : -

q u e e s t i m u l a m e s t e s s í t i o s r e c e p t o r e s . R e c e p t o r e s n i c o t í n i c o s s e c.c c ~ r à

nicotina, u m

p o d e r o s o c o m p o n e n te d a fu m a ç a d o ta b a c o . R e c e p to re s

muscarina, u m a

in t r a m u r a i s n o r i m , n a b e x i g a u r i n á r i a , n o s s e g m e n t o s f in a is d o in t e s t in o

m u s c a r í n i c o s s ã o e s t i m u la d o s p e la

g r o s s o e n o s ó r g ã o s g e n it a is .

a lg u n s c o g u m e l o s v e n e n o s o s .

Funções gerais da parte parassimpática

Resumo da parte parassimpática [Tabela 1 7 . 1 ]

U m lis t a p a r c i a l d o s p r i n c i p a i s e f e i t o s p r o d u z i d o s p e la p a r t e p a r a s s i m p á ­

to x in a p r o d u z ic c r

1 . A p a r t e p a r a s s i m p á t i c a i n c l u i n ú c le o s m o t o r e s v i s c e r a i s n o t r o n e :

tic a i n c l u i o s s e g u in t e s :

c e f á li c o , a s s o c i a d o s c o m q u a t r o n e r v o s c r a n i a n o s

- -

X

p a r t e s la t e r a i s d a s c o l u n a s a n t e r i o r e s .

tr a n o s o lh o s ; a u x ilia n a fo c a liz a ç ã o d e o b je to s p r ó x im o s .

2 . O s n e u r ô n io s g a n g lio n a r e s e s tã o s itu a d o s n o s g â n g lio s i n t r a i r - c r i ­ o u e m g â n g l i o s i n t i m a m e n t e a s s o c i a d o s c o m s e u s ó r g ã o s - a lv o .

c a s , d u o d e n a is e o u t r a s g lâ n d u la s in te s t in a is , d o p â n c r e a s e d o fíg a d o . 3 . S e c r e ç ã o d e h o r m ô n io s q u e p r o m o v e m a a b s o r ç ã o d e n u t r ie n te s p o r

e

N o s s e g m e n t o s s a c r a i s S 2 - S 4 , n ú c le o s a u t o n ô m i c o s s e l o c a li z a m l ü

1 . C o n s t r i ç ã o d a s p u p i l a s p a r a r e s t r i n g i r a q u a n t id a d e d e lu z q u e p e n e ­

2 . S e c r e ç ã o d e g lâ n d u la s d ig e s tiv a s , in c l u i n d o a s g lâ n d u la s s a liv a r e s , g á s t r i­

(III, VII, IX

:

3 . A p a rte p a ra s s im p á tic a in e r v a e s tru tu ra s n a c a b e ç a e e s tru tu ra s n as c a v id a d e s to r á c ic a e a b d o m in o p é lv ic a .

c é l u l a s p e r i f é r ic a s . 4 . A u m e n t o d a a t iv i d a d e d o s m ú s c u lo s li s o s a o l o n g o d o t r a t o d ig e s t ó r io .

4 . T o d o s o s n e u r ô n i o s p a r a s s i m p á t i c o s s ã o c o l i n é r g i c o s . A l i b e r a ç l : de A C h p o r n e u r ô n i o s p r é - g a n g l i o n a r e s e s t i m u la r e c e p t o r e s n i c o t i n r c : >

5 . E s tim u la ç ã o e c o o r d e n a ç ã o d a d e fe c a ç ã o .

e m n e u r ô n i o s g a n g l i o n a r e s , e o e f e it o é s e m p r e e s t i m u la d o r . A l i b e r r -

6 . C o n t r a ç ã o d a b e x i g a u r i n á r i a d u r a n t e a m ic ç ã o .

ç ã o d e A C h n a s ju n ç õ e s n e u r o e f e t u a d o r a s e s t i m u la r e c e p t o r e s m u s c a n -

7 . C o n s t r iç ã o d a s v ia s a ére as.

n i c o s , e o s e f e it o s p o d e m s e r e s t i m u la d o r e s o u in i b i d o r e s , d e p e n d e r r :

8 . R e d u ç ã o d a fr e q ü ê n c ia c a r d ía c a e d a fo r ç a d e c o n tr a ç ã o d o c o ra ç ã o . 9 . I m p u l s o s e x u a l e e s t im u la ç ã o d a s g lâ n d u la s s e x u a is e m a m b o s o s s e x o s .

d a n a t u r e z a d a s e n z im a s a t iv a d a s q u a n d o a A C h s e l ig a a o r e c e p t o r . 5 . O s e f e i t o s d a e s t i m u la ç ã o p a r a s s i m p á t i c a s ã o g e r a l m e n t e b r e v e s e r e s ­ t r it o s a ó r g ã o s e s ítio s e s p e c ífic o s .

E s s a s f u n ç õ e s e s t ã o c o n c e n t r a d a s n o r e la x a m e n t o , n o p r o c e s s a m e n t o d e il i m e n t o s e n a a b s o r ç ã o d e e n e r g ia . O s e f e it o s d a p a r t e p a r a s s im p á t ic a c a u ;a m a u m e n t o g e n e r a l iz a d o n o c o n t e ú d o n u t r i c i o n a l d o s a n g u e . A s c é lu la s ,

A T a b e la 1 7 . 1 r e s u m e a s c a r a c t e r í s t i c a s d a p a r t e p a r a s s i m p á t i c a c r SN A .

i>or t o d o o o r g a n i s m o , r e s p o n d e m a e s s e a u m e n t o a b s o r v e n d o n u t r ie n t e s e j t i l i z a n d o - o s p a r a s u s t e n t a r o c r e s c im e n t o e o u t r a s a t iv i d a d e s a n a b ó lic a s . E

Ativação parassimpática e liberação de neurotransmissor Todas as fibras pré-ganglionares e pós-ganglionares na parte parassimpá­ tica liberam ACh nas suas sinapses ejunções neuroefetuadoras. A s j u n ç õ e s r e u r o e f e t u a d o r a s s ã o p e q u e n a s , c o m f e n d a s s i n á p t ic a s e s t r e it a s . O s e f e i:o s d a e s t i m u l a ç ã o s ã o b r e v e s , p o r q u e a m a i o r p a r t e d a A C h l i b e r a d a é

R E V IS Ã O D O S C O N C E IT O S

1. Identifique 0 neurotransmissor liberado pelas fibras pré-gangiiona^s e pelas fibras pós-ganglionares na parte parassimpática do sistema ner, :s : autônomo. 2. Quais são os dois receptores diferentes de ACh encontrados nas m e rz -~ nas pós-sinápticas na parte parassimpática? 3. 0 que são gânglios intramurais? 4. Por que a estimulação simpática tem efeitos tão disseminados?

n a t i v a d a p e la a c e t i l c o l i n e s t e r a s e n o i n t e r i o r d a s i n a p s e . Q u a l q u e r A C h l i f u n d i d a n o s t e c i d o s a d ja c e n t e s é d e s a t i v a d a p e la e n z i m a

colinesterase te-

Veja a seção de Respostas na parte final do l vro

462

O SISTEMA NERVOSO

Gânglio pterigopalatino

Glândula lacrimal Olho Gânglio ciliar

P O N TE

Gânglio submandibular

Gânglio ótico

Coração

Pulmões

Plexos viscerais

(ver Figura 17.9)

Fígado e vesícula bil a' Estômago

Baço Pâncreas

Intestino grosso Nervos pélvicos

Intestino delgado Reto

Medula espinal

Útero

LEGSOA

Ovário

Pênis

Escroto

Bexiga urinária

V a j- ír c s ors-ganglionares —— \a_r0nos ganglionares

= r . '5 17 3

Distribuição anatôm ica da eferência parassimpática.

As - e r a s pré-ganglionares deixam o SNC por meio de nervos cranianos ou de nervos pélvicos. O padrão de inervação dos órgãos-alvo é sem elhante em cada lado : : : : e^D ora apenas os nervos do lado esquerdo estejam ilustrados.

oc

C a p ít u l o

17 • O Sistema Nervoso: Sistema Nervoso Autônomo

Relações entre as partes simpática e parassimpática A

a n t a g ô n ic o s . A d u p la in e r v a ç ã o é m a is p r e d o m in a n t e n o t r a t o d k e -s: n o c o r a ç ã o e n o s p u lm õ e s . P o r e x e m p lo , a e s t im u la ç ã o s im p á t ic a d m i a m o t ilid a d e d o t r a t o d ig e s t ó r io , e n q u a n t o a e s t im u la ç ã o p a r a > ? ! ~ 7 : a u m e n t a s u a m o tilid a d e .

p a r t e s im p á t ic a te m a lc a n c e d is s e m in a d o , a t in g in d o v ís c e r a s e t e c id o s

r o r to d o o c o r p o . A p a r te p a r a s s im p á t ic a m o d ific a a a tiv id a d e d e e s tr u -

Anatomia da dupla inervação

r a r a s in e r v a d a s p o r n e r v o s c r a n ia n o s e s p e c ífic o s e n e r v o s p é lv ic o s , in ­

[ F i g u r a 1 7 .9 ]

t u i n d o a s v ís c e r a s n o in t e r io r d a s c a v id a d e s to r á c ic a e a b d o m in o p é lv i-

N a c a b e ç a , a s fib r a s p ó s - g a n g lio n a r e s p a r a s s im p á t ic a s d o s g à n ;_ c : >

ca . E m b o r a a lg u m a s d e s s a s v ís c e r a s s e ja m in e r v a d a s p o r a p e n a s u m a d a s

p t e r ig o p a la t in o , s u b m a n d ib u la r e ó tic o a c o m p a n h a m o s n e r v o s

r a rte s d o S N A , a m a i o r i a d o s ó r g ã o s v it a is r e c e b e d u p l a i n e r v a ç ã o - is to

à s u a t e r m in a ç ã o p e r ifé r ic a . A in e r v a ç ã o s im p á t ic a a lc a n ç a a s

e, re c e b e c o m a n d o s d a s p a r te s s im p á t ic a e p a r a s s im p á t ic a . Q u a n d o h á a

t r u t u r a s p a r t i n d o d ir e t a m e n t e d o s g â n g lio s c e r v ic a is s u p e r io r e ? d c tro ;

:u p la in e r v a ç ã o , as d u a s p a r te s fr e q ü e n te m e n te tê m e fe ito s o p o s t o s o u

s im p á t ic o .

Nervo craniano III Nervo craniano VII Nervo craniano IX

Nervo vago (X) Nervo . ago direito Traquéia

Arco da aor*-= Nervo vago esquerdo Nervos espinais torácicos

PLEXO CARDÍACO

PLEXO PULMONAR

------- Esôfago ---------

Nervos ■s=0 ’áncnicos

Gânglios do tronco simpático

Cora?

PLEXO ESOFÁGICO

D erâ

Eszór-,

PLEXO E GÂNGLIO CELÍACO Diafragma

Gânglio mesentérico superior

Tronco celíaco

Artéria mesentérica superior

— PLEXO E GÂNGLIO MESENTÉRICO INFERIOR Artéria mesentérica inferior

----- PLEXO ----HIPOGÁSTRICO 5e>.çz

j-r s n

Tronco simpático pélvico

(a) Vista anterior

(b) Vista seccional

: ;-r a 17.9 Os plexos viscerais periféricos. Bt Esta é uma vista esquemática da distribuição dos plexos do SNA na cavidade torácica (plexos cardíaco, esofágico e pulmonar) e na cavidade abdorr nope ( p e 'íos celíaco, mesentérico inferior e hipogástrico). (b) vista seccional dos plexos viscerais.

O SISTEMA NERVOSO

Nas cavidades torácica e abdominopélvica, as fibras pós-ganglionares —.ziv.cãs se misturam às fibras pré-ganglionares parassimpáticas em ima >erie de plexos (Figura 17.9), que são o plexo cardíaco, o plexo pulmo: plexo esofágico, o plexo celíaco, o plexo mesentérico inferior e o plexo : gástrico. Os nervos que deixam esses plexos transitam junto com os _- ' sangüíneos e linfáticos que suprem as vísceras. As tibras autonômicas que penetram na cavidade torácica se cruzam p l e x o c a r d í a c o e no p l e x o p u l m o n a r . Esses plexos contêm fibras sime parassimpáticas interligadas para o coração e os pulmões, resvctivamente, assim como para gânglios parassimpáticos cuja eferência L:e-:a r— es órgãos. O p l e x o e s o f á g i c o contém ramos descendentes do ner__;o e nervos esplâncnicos que partem do tronco simpático, de cada

Reflexos viscerais [Figura 17.11 e Tabela 17.2] Os r e f l e x o s v i s c e r a i s (Figura 17.11) são as unidades funcionais mais sim­ ples no sistema nervoso autônomo. Eles fornecem respostas motoras vis­ cerais que podem ser modificadas, facilitadas ou inibidas por centros su­ periores, especialmente aqueles do hipotálamo. Todos os reflexos viscerais são polissinápticos. pág. 382 Cada arco reflexo visceral (Figura 17.11) consiste em um receptor, um nervo sensitivo, um centro de processamen-

a d a

As tibras pré-ganglionares parassimpáticas do nervo vago penetram _ ca\ dade abdominopélvica junto com o esôfago. Aí, elas se reúnem à rie nervosa do p l e x o c e l í a c o , também chamado de plexo solar. O plexo t.iz õ e um plexo menor a ele associado, o p l e x o m e s e n t é r i c o i n f e r i o r , ner- am as vísceras até os segmentos iniciais do intestino grosso. O p l e x o l i p o g á s t r i c o contém a eferência parassimpática dos nervos pélvicos, fir —ganglionares simpáticas do gânglio mesentérico inferior e nervos - s p là n c n ic o s sacrais do tronco simpático. O plexo hipogástrico inerva os r^ i: s digestórios, urinários e genitais da cavidade pélvica.

Comparação das partes sim pática ? parassim pática Pgura 17.10 e o Tabela 17.1 comparam as características essenciais das irto >:mpática e parassimpática do SNA.

Integração e controle das funções autonômicas SNA, assim como o sistema nervoso somático, está organizado em uma erie de níveis interativos. No primeiro nível, encontram-se neurônios rx : res viscerais que participam de reflexos viscerais craniais e espinais, s : rpos celulares desses neurônios motores estão localizados na medula spinal e na parte inferior do tronco encefálico.

TABELA 17.1

Figura

17.10

Comparação das partes sim pática e parassimpática.

Este esquema compara o com prim ento das fibras (pré-ganglionares e pós-gan­ glionares), a localização geral dos gânglios e o neurotransm issor prim ário libera­ do pelas duas partes do sistema nervoso autônomo.

Comparação das partes simpática e parassim pática do SNA

Característica

Parte simpática

Parte parassimpática

Vrarõnios motores

C o l u n a la t e r a l d o s s e g m e n t o s e s p in a is T 1 - L 2

T r o n c o e n c e fá lic o e s e g m e n t o s e s p in a is S 2 - S 4

l.ioilização de gânglios do SNP

T r o n c o s im p á t ic o ( p a r a v e r t e b r a l ) ; g â n g lio s c o la t e r a is (c e lía c o ,

I n t r a m u r a l o u t e r m in a l

Localização do SNC visceral

m e s e n t é r ic o s u p e r i o r e m e s e n t é r ic o i n f e r i o r ) l o c a liz a d o s a n t e r i o r e la t e r a lm e n t e à p a r t e d e s c e n d e n t e d a a o r t a

ri b ra> pre-ganglionares: Comprimento

R e la t iv a m e n t e c u r t a s , m ie lín ic a s

R e la t iv a m e n t e lo n g a s , m ie lín ic a s

Neurotransmissor liberado

A c e t ilc o lin a

A c e t ilc o lin a *

Fibras pos-ganglionares: Comprimento N eurotransmissor liberado -iicão neuroefetuadora

R e la t iv a m e n t e lo n g a s , a m ie lín ic a s

R e la t iv a m e n t e c u r t a s , a m ie lín ic a s

G e r a lm e n te n o r a d r e n a lin a

S e m p r e a c e t ilc o lin a

V a r ic o s id a d e s e b o t õ e s t e r m in a is d ila t a d o s q u e li b e r a m t r a n s m is s o r e s

J u n ç õ e s n e u r o e f e t u a d o r a s q u e l i b e r a m t r a n s m is s o r e s p a r a a

p r ó x i m o à s c é lu la s - a lv o

s u p e r fíc ie d e r e c e p t o r e s e s p e c ia is

Grau de divergência do SNC para as cehüas ganglionares

A p r o x im a d a m e n te 1 :3 2

A p r o x im a d a m e n te 1 :6

Funções gerais

E stim u la o m e ta b o lis m o , e le v a o n ív e l d e a le rta , p r e p a r a p a r a re sp o sta s

P r o m o v e re la x a m e n to , a b s o r ç ã o d e n u trie n te s, a r m a z e n a m e n to

e m m a ssa (a la rm e o u e m e rg ê n c ia )

d e e n e rg ia (r e p o u s o o u in a ç ã o )

C a p it u l o

R e ce p to re s no

17 • O Sistema Nervoso: Sistema Nervoso Autônomo

F ib ra s aferentes

in te r n e u r ô n io s e d e n e u r ô n io s m o to r e s v is c e r a is . E m b i n e r v a ç ã o p a r a s s i m p á t i c a d e n e u r ô n i o s m o t o r e s v is c e r a :> t v i s a e s tim u la r e c o o r d e n a r d iv e rs a s a t iv id a d e s d ig e s tiv a s , c m a d ig e s tó r io e stá b a s ta n te a p to p a r a c o n tr o la r su a s p r o p n fu n ç õ e s in d e p e n d e n t e m e n t e d o s is te m a n e r v o s o c e n t r a e s s a r a z ã o , e le t e m s i d o c h a m a d o d e

?

sistema nervoso enun,

( S N E ) ; c o n s id e r a r e m o s s u a s fu n ç õ e s a d ia n te , n o C a p i t u l: 2 5

N o m o m e n t o e m q u e e x a m i n a r m o s o u t r o s s i s t e m a r.

c o r p o , m u i t o s e x e m p l o s d e r e f l e x o s v i s c e r a i s , e n v o l v e n c : ex­ p ir a ç ã o , fu n ç ã o c a r d io v a s c u la r e o u t r a s a tiv id a d e s v is c e r i.

s e r ã o d i s c u t i d o s . A T a b e la 1 7 . 2 r e s u m e i n f o r m a ç õ e s r e l a t r . : a o s p r in c ip a is r e fle x o s v is c e r a is . O b s e r v e q u e a p a r te r a r a : s i m p á t i c a p a r t i c i p a d e r e f l e x o s q u e a f e t a m ó r g ã o s e s is te m a is o la d o s , r e f le t in d o u m p a d r ã o d e in e r v a ç ã o r e la tiv a n te m e s p e c ífic o e r e s tr it o . A o c o n t r á r io , h á p o u c o s r e fle x o s > :m r j tic o s . E s t a p a r te é t ip ic a m e n te a tiv a d a c o m o u m t o c : . 7 u c ia lm e n t e p o r c a u s a d o g r a u d e d iv e r g ê n c ia e , p a r c ia l m e n t

ganglionar

pré-ganglionar

parassimpátioo)

Figura 17.11 Reflexos viscerais. Os reflexos viscerais têm os mesmos componentes básicos dos reflexos somáti­ cos, mas todos os reflexos viscerais são polissinápticos.

to ( i n t e r n e u r ô n i o o u n e u r ô n i o m o t o r ) e d o i s n e u r ô n i o s m o t o r e s v i s c e r a i s p r é - g a n g lio n a r e g a n g lio n a r ) . O s n e r v o s s e n s itiv o s e n v ia m m e n s a g e m a o S N C p o r m e io d e n e r v o s e s p in a is , n e r v o s c r a n ia n o s e n e r v o s v is c e r a is q u e in e r v a m e f e t u a d o r e s p e r i f é r i c o s . P o r e x e m p l o , q u a n d o u m a l u z é a c e s a e m fr e n t e a u m o l h o , h á o d e s e n c a d e a m e n t o d e u m r e f le x o v i s c e r a l (

sensual à luz)

q u e c o n t r a i as p u p ila s d e a m b o s o s o lh o s * .

reflexo con­

pág. 380

Na

e s c u r i d ã o c o m p l e t a , a s p u p i l a s s e d i l a t a m . O s n ú c le o s m o t o r e s q u e c o m a n ­ d a m a c o n s tr iç ã o o u d ila t a ç ã o p u p ila r s ã o t a m b é m c o n tr o la d o s p o r c e n ­ tro s h ip o t a lâ m ic o s r e la c io n a d o s c o m o s e s ta d o s e m o c io n a is . P o r e x e m p lo , q u a n d o v o c ê e s tá e n fa s t ia d o o u n a u s e a d o , s u a s p u p ila s se c o n t r a e m , m a s q u a n d o v o c ê e s t á s e x u a l m e n t e e s t i m u la d o , s u a s p u p i l a s d il a t a m . O s r e fle x o s v is c e r a is p o d e m s e r

Reflexos longos

reflexos longos o u reflexos curtos**.

s ã o r e fle x o s v is c e r a is e q u iv a le n t e s a o s r e fle x o s p o lis s i­

n á p tic o s in t r o d u z id o s n o C a p ít u lo 1 3 .

pág.

3 8 1 N e u r ô n io s s e n s it iv o s

v is c e r a is e n v ia m m e n s a g e m a o S N C p o r m e io d a s ra íz e s p o s t e r io r e s d e n e r v o s e s p in a is , d o s r a m o s s e n s it iv o s d e n e r v o s c r a n ia n o s e d e n e r v o s v i s ­ c e r a is q u e i n e r v a m e f e t u a d o r e s v is c e r a is . O s e s t á d io s d e p r o c e s s a m e n t o e n v o lv e m in t e r n e u r ô n io s n o S N C , e n e u r ô n io s m o t o r e s e n v o lv id o s e s tã o

p o r q u e a lib e r a ç ã o d e h o r m ô n io s p e la m e d u la s u p r e - t r ' ta m b é m p r o d u z e fe ito s p e r ifé r ic o s d is s e m in a d o s .

Níveis superiores de controle visceral [Figura 17.12] O s n ív e is d e a tiv id a d e n a s p a r te s s im p á t ic a e p a r a s s im p á t ic a s ã o c o n tr c » j d o s p o r c e n tr o s n o t r o n c o e n c e fá lic o r e la c io n a d o s c o m fu n ç õ e s v í s c e r a e s p e c ífic a s . A

Figura 17.12

e s q u e m a tiz a o s n ív e is d e c o n tr o le a u t o r .: n a c

C o m o n o S N C , r e fle x o s s im p le s s e d ia d o s n a m e d u la e s p in a l fo r n e c e m r : p o s ta s v is c e r a is e r e la t iv a m e n t e r á p id a s a o s e s t ím u lo s . R e fle x o s s im p a o : :

e p a r a s s im p á t ic o s m a is c o m p le x o s s ã o c o o r d e n a d o s p o r c e n tro s d e 7 7 : c e s s a m e n t o n o b u l b o . A l é m d o s c e n t r o s c a r d i o v a s c u l a r e s , o b u l b o c : r_ :cr c e n t r o s e n ú c l e o s e n v o l v i d o s c o m r e s p i r a ç ã o , s e c r e ç õ e s d i g e s t i v a s - r-em s t a l t i s m o e f u n ç ã o u r i n á r i a . E s s e s c e n t r o s , p o r s u a v e z , s ã o r e g u l e i : s 7 e_ h ip o t á la m o . E m g e ra l, o s c e n tro s n o h ip o t á la m o p o s t e r io r e la te rc ' e s t i r e l a c i o n a d o s c o m a c o o r d e n a ç ã o e r e g u l a ç ã o d a f u n ç ã o s i m p á t i c a , e 7 a r te d o h ip o t á la m o a n t e r io r e m e d ia i c o n t r o la m a p a r te p a r a s s im p a t ic a

pág. 406 O

te rm o

autonômico f o i

o r ig in a lm e n t e a p lic a d o a o s is te m a m

v is c e r a l p o r q u e se p e n s o u q u e o s c e n tr o s r e g u la d o r e s fu n c io n a s s e m « 7 le v a r e m c o n s id e r a ç ã o o u t r a s a tiv id a d e s d o S N C . E ste p o n to d e v is ta te r s i d o d r a s t i c a m e n t e r e v i s t o à l u z d e p e s q u i s a s s u b s e q ü e n t e s . A g o r a sar>e m o s q u e o h ip o t á la m o in te r a g e c o m to d a s a s d e m a is p a r te s d o e n c e ra i

lo c a liz a d o s n o t r o n c o e n c e fá lic o o u n a m e d u la e s p in a l. O S N A le v a o s c o ­ m a n d o s m o t o r e s a o s e f e t u a d o r e s v is c e r a is a p r o p r ia d o s , d e p o is d e fa z e r e m ? in a p se e m u m g â n g lio v is c e r a l p e r ifé r ic o .

Reflexos curtos

d e s v i a m - s e t o t a l m e n t e d o S N C ; e le s e n v o l v e m n e u ­

r ô n io s s e n s it iv o s e in t e r n e u r ô n io s c u jo s c o r p o s c e lu la r e s e s tã o lo c a liz a d o s n o s g â n g lio s v is c e r a is . O s in t e r n e u r ô n io s fa z e m s in a p s e n o s n e u r ô n io s

Nota clínica

c a n g lio n a r e s , e o s c o m a n d o s m o t o r e s s ã o e n t ã o d is t r ib u íd o s p o r fib r a s p ó s - g a n g lio n a r e s . O s r e fle x o s c u r t o s c o n t r o la m re s p o s ta s m o t o r a s m u i ­ to s i m p l e s , c o m e f e i t o s l o c a l i z a d o s . E m g e r a l , o s r e f l e x o s c u r t o s p o d e m ; : n tr o la r p a d r õ e s d e a tiv id a d e e m u m a p e q u e n a p a r te d e u m ó r g ã o -a lv o , r n q u a n t o o s r e fle x o s lo n g o s c o o r d e n a m a s a t iv id a d e s d e t o d o o ó r g ã o . N a m a i o r i a d o s ó r g ã o s , o s r e f le x o s l o n g o s s ã o m u i t o i m p o r t a n t e s p a r a i r e g u la ç ã o d a s a t i v i d a d e s v i s c e r a i s , m a s e s t e n ã o é o c a s o c o m o t r a t o d ic e s t ó r i o e a s g l â n d u l a s a e le a s s o c i a d a s . O s g â n g l i o s n a s p a r e d e s d o t r a t o c c e s t ó r i o c o n t ê m o s c o r p o s c e l u l a r e s d e n e u r ô n i o s s e n s it iv o s v i s c e r a i s , d e

' N. de R.T. Na realidade, a incidência de luz sobre u m olho desencadeia dois reflexos si—-Jtáneos: o reflexo direto à luz (reflexo fotom otor), com contração da pupila do lado esti—_lado, e o reflexo consensual à luz, no qual a p upila do lado oposto tam bém responde ao stn m ilo . A constrição pu p ilar é cham ada de miose e a dilatação, de midríase. N. de R.T. Alguns textos de neurofisiologia den o m in am -n o s, respectivam ente, reflexos a-espinais e reflexos espinais.

Neuropatia diabética e 0 SNA n o diabetes melito, os nivess san­ güíneos de glicose estão elevados, ainda que a maioria das cé - 2 ; jam incapazes de absorver e usar a glicose como fonte de energ 5 ; ; resulta uma diversidade de distúrbios fisiológicos, que serão d is c „ t : : = adiante, no Capítulo 19. Pessoas com diabetes melito crônico, não r e t i ­ do ou mal controlado freqüentemente desenvolvem distúrbios ner. : s : ; periféricos. A disfunção nervosa periférica, uma doença conhecida c c ~ : neuropatia diabética, tem efeitos disseminados. Adiaremos cons c~'~ ções específicas até 0 Capítulo 19, exceto para observar que a n e -*:patia diabética tem múltiplos efeitos sobre 0 SNA. Com maior ev c é ' : ; ela interfere nos reflexos viscerais normais (Tabela 17.2). Os s in t : ~ ü freqüentemente incluem esvaziamento gástrico retardado, reduçãc o : controle simpático sobre 0 sistema cardiovascular, levando à d im r_ :ã : da freqüência cardíaca (bradicardia) e da pressão arterial na posiçã: ta (hipotensão postural), dificuldade na micção e impotência.

TABELA 17.2

Reflexos viscerais im p o rtan tes

Reftexo

Estímulo

Resposta

Com entários

P r e s s ã o e c o n t a t o f í s i c o c o m a li m e n t o s

C o n t r a ç õ e s d a m u s c u la tu r a lis a q u e p r o p e le m o

M e d i a d o s p e lo n e r v o v a g o ( X )

LEXOS PARASSIMPÁTICOS

Rfâexos gástrico e intestinal

f ver Capítulo 25) cr Capítulo 25)

a lim e n to e o m is t u r a m c o m s e c re ç õ e s R e la x a m e n to d o m ú s c u lo e s fin c t e r in te r n o d o â n u s

D is te n s ã o d o reto

E x ig e o re la x a m e n to v o lu n tá r io d o m ú s c u lo e s fin c t e r e x t e r n o d o â n u s

Mkcão ver Capítulo 26)

D i s t e n s ã o d a b e x ig a u r i n á r i a

C o n tr a ç ã o d a s p a r e d e s d a b e x ig a u r in á r ia , re la x a m e n to

E x ig e o r e la x a m e n t o v o lu n tá r io d o

d o m ú s c u lo e s fin c t e r in te r n o d a u r e tr a

m ú s c u lo e s fin c t e r e x t e r n o d a u r e tr a

i3exo direto à luz e reflexo . - >er.>ual a luz ( ver Capítulo 18)

L u z b r ilh a n te n o (s ) o lh o (s )

C o n s t r iç ã o d a s p u p ila s d e a m b o s o s o lh o s

^ í ::c\ o de deglutição

M o v im e n to d a c o m id a o u b e b id a p a r a

C o n t r a ç ã o d e m ú s c u lo s lis o s e e s q u e lé t ic o s

R

n rr

Capitulo 25)

Reâexo do vômito

Ir r ita ç ã o d a m u c o s a d o tr a to d ig e s tó r io

*rr Capitulo 25) Kedexo da tosse

ver Capítulo 24) Reâexo barorreceptor

vtr Capítulo 21) L?cmiulo sexual ( ver Capítulo 27)

C o o r d e n a d o p e lo c e n t r o d a d e g lu t i ç ã o n o b u l b o

a fa r in g e s u p e r io r

Ir r ita ç ã o d a m u c o s a d o tra to

R e v e r s ã o d a a ç ã o d o m ú s c u lo lis o n o r m a l p a r a e je ta r o

C o o r d e n a d o p e lo c e n tr o d o v ô m it o

c o n te ú d o

n o b u lb o

S ú b it a e je ç ã o e x p lo s iv a d e a r

C o o r d e n a d o p e lo c e n tr o d a to s se n o b u lb o

re s p ir a tó r io S ú b ita e le v a ç ã o d a p r e s s ã o a r te r ia l n a

R e d u ç ã o d a fr e q ü ê n c ia c a r d ía c a e d a fo r ç a d e c o n tr a ç ã o

C o o r d e n a d o n o c e n tr o c a r d ía c o n o

a r té r ia c a r ó tid a

d o co ração

b u lb o

E s t í m u l o s e r ó t i c o s ( v i s u a i s o u t á t e is )

A u m e n to d a s e c r e ç ã o g la n d u la r , s e n s ib ilid a d e

REFLEXOS SIMPÁTICOS Rcócxo cardioacelerador

ver Capítulo 21) Rcdcios vasomotores .c r

Capitulo 22)

R^âexo pupilar *cr

Capítulo 18)

1 tacniacão em homens)

A u m e n to d a fr e q ü ê n c ia c a r d ía c a e d a fo r ç a d e c o n tra ç ã o d o c o ra çã o

n o b u lb o

M u d a n ç a s d a p r e ss ã o a r te r ia l n a s

M u d a n ç a s n o d i â m e t r o d cts v a s o s s a n g ü í n e o s

C o o r d e n a d o n o ce n tro v a so m o to r

a r té r ia s p r in c ip a is

p e r ifé r ic o s

n o b u lb o

B a i x o n ív e l d e l u m i n o s i d a d e a t i n g i n d o

D i l a t a ç ã o d a s p u p i la s

o s r e c e p to re s v is u a is E s t í m u l o s e r ó t ic o s ( t á t e is )

ver Capítulo 27)

C o n tr a ç ã o d a s g lâ n d u la s s e m in a is e d a p r ó s ta ta e

A e ja c u la ç ã o e n v o lv e a c o n tr a ç ã o d o s

c o n t r a ç ã o d e m ú s c u lo s e s q u e lé t ic o s q u e e x p e le m s ê m e n

m ú s c u lo s b u lb o e s p o n jo s o s

C Ó RTEX CEREBRAL S IS TE M A L ÍM B IC O E TÁLAM O

: "r"\

Emoções, aferência W sensitiva ----w ---- ------------J i

1 Comunicação em nível subconsciente,

HIPOTALAM O Quartel-general simpático e parassimpático

PONTE Níveis superiores de controle da respiração

~~m BULBO Inclui: centros cardíacos, centros vasomotores, centro da deglutição, centro da tosse e centros respiratórios

Centros de processamento para reflexos viscerais complexos (simpáticos e parassimpáticos)

M ED U LA ESPINAL T 1-L2 Neurônios que controlam reflexos viscerais simpáticos

M E D U L A ESPINAL SACRAL S2-S4

Figura 17.12

C o o r d e n a d o n o c e n t r o d a d e g lu t i ç ã o

S ú b it o d e c lín io d a p r e s s ã o a r te r ia l n a a r té r ia c a r ó tid a

Níveis de controle autonômico.

Neurônios que controlam reflexos viscerais parassimpáticos (p. ex., defecação, micção)

C a p ít u l o 17 • O S is te m a N e r v o s o : S is te m a N e r v o s o A u t ô n o m o

q u e a a t iv id a d e n o s is te m a lím b ic o ( m e m ó r ia s e e s ta d o s e m o c io n a is ) , n o

C í R EVISÃO DO S C O N CEITO S

tá la m o (m e n s a g e m s e n s itiv a ) o u n o c ó r t e x c e re b ra l ( p r o c e s s a m e n to d o p e n s a m e n t o c o n s c ie n t e ) p o d e te r e fe ito s d r a m á t ic o s n a fu n ç ã o a u t o n ô m i-

1. 0 que significa dupla inervação?

c a . In te r c o n e x õ e s e n tr e o s is te m a lím b ic o e o h ip o t á la m o fo r n e c e m u m a

2. 0 que são reflexos viscerais?

lig a ç ã o d ir e t a e n t r e o s e s ta d o s e m o c io n a is e a a t iv id a d e h ip o t a lâ m ic a . P o r

3. Cite o nom e de três plexos na cavidade abdom inal.

e x e m p lo , q u a n d o v o c ê e s tá c o m r a iv a , s u a fr e q ü ê n c ia c a r d ía c a se a c e le r a e

veja a seção de Respostas na parte final do i-.-:

s u a p r e s s ã o a r t e r ia l se e le v a .

TERMOS C L Í N I C O S Doença de Raynaud:

P a t o lo g ia d e e t i o lo g ia d e s ­

N e u ro p atia d iabética:

D is tú r b io n e u r o ló g ic o d e ­

c o n h e c i d a q u e r e s u lt a d a e x c e s s iv a v a s o c o n s t r i ç ã o

g e n e r a t iv o q u e p o d e se d e s e n v o lv e r e m p a c ie n te s

s im p á t i c a p e r i f é r i c a e m r e s p o s t a a e s t ím u lo s d e f r io .

co m

diabetes melito.

Sín d ro m e de B ern ard -H o rn er:

P a t o l o g i a ; a .r a : -

t e r i z a d a p e la p e r d a u n i l a t e r a l d a i n e r v a ç ã o s u r . r a t i c a d a fa c e .

RE S U MO PARA E S T U D O Introdução 1

.

O

p r ó x i m o s à c o l u n a v e r t e b r a l e n e u r ô n i o s e s p e c i a li z a d o s n a m e d u l a s _ r -a

452

sistema nervoso autônomo (SNA)

re n a l. ( r e g u la a t e m p e r a t u r a c o r p o r a l e

2.

c o o r d e n a fu n ç õ e s c a r d io v a s c u la r e s , r e s p ir a t ó r ia s , d ig e s tiv a s , d e e x c r e ç ã o

ver Figuras 17.1a a 17.4/17.10) gânglios do tronco simpático

H á d o i s t i p o s d e g â n g lio s s i m p á t ic o s :

.

paravertebrais ou laterais) e gânglios colaterais (gânglios pré-veml '. -:

e r e p r o d u t o r a s . A ju s te s fis io ló g ic o s d e r o t in a d o s s is te m a s s ã o r e a liz a d o s p e lo s i s t e m a n e r v o s o a u t ô n o m o , o p e r a n d o e m n í v e l s u b c o n s c i e n t e .

Os gânglios do tronco simpático 3.

Comparação dos sistemas nervosos somático e visceral 4 5 2 1.

2.

454

E n t r e o s s e g m e n t o s T I e L 2 d a m e d u la e s p in a l, c a d a r a iz a n t e r io r e ~ um

ramo comunicante branco, c o m

glio do tronco simpático.

E s s a s f i b r a s p r é - g a n g l i o n a r e s t e n d e m a s.:

O s is te m a n e r v o s o a u t ô n o m o , c o m o o s is te m a n e r v o s o s o m á tic o , te m

n a p s e o c o r r e n o g â n g lio d o tr o n c o s im p á t ic o , e m u m g â n g lio c o la te r a l

n e u r ô n io s a fe r e n te s e e fe r e n te s . E n tr e t a n t o , n o S N A , a s v ia s a fe r e n te s se

n a m e d u la s u p r a - r e n a l. F ib r a s p r é - g a n g lio n a r e s t r a n s it a m e n tr e c - p u

o r ig in a m d e re c e p to re s v is c e r a is e a s v ia s e fe re n te s se c o n e c ta m a ó rg ã o s

g lio s d o t r o n c o s im p á t ic o e o s in te r c o n e c ta m . F ib r a s p ó s - g a n c : r - a r ;

e fe tu a d o r e s v is c e r a is .

q u e s e d i r i g e m a e f e t u a d o r e s v i s c e r a i s n a p a r e d e d o c o r p o p e n e : r a ~ -3

A lé m d a d ife r e n ç a n a lo c a liz a ç ã o d o s ó r g ã o s r e c e p to r e s e e fe tu a d o r e s , o

ramo comunicante cinzento e r e t o r n a m

S N A d i f e r e d o s i s t e m a n e r v o s o s o m á t i c o p e la d i s p o s i ç ã o d o s n e u r ô n i o s

r e m , e n q u a n t o a q u e la s q u e s e d i r i g e m p a r a e s t r u t u r a s n a c a v i d a d ; : : ra r

neu rô n io s pré-ganglionares, (fibras pré-ganglionares) p a r a fa z e r s in a p s e e m n eurônios

e m ite m a x ô n io s

ganglionares

(o u

pós-ganglionares), c u j o s c o r p o s

4.

q u e in e r v a ó r g ã o s p e r i f é r i c o s ,

(ver Figuras 17.1a,b/17.3)

H á 3 g â n g lio s s im p á t ic o s c e r v ic a is , 1 1 a 1 2 to r á c ic o s , 2 a 5 lo m b a r e s - a

Todo nervo espir.ai - • ramo comunicante cinzento que levafibras pós-ganglionares simpaiica. K í

s a c r a is e 1 c o c c íg e o e m c a d a tr o n c o s im p á tic o .

c e l u la r e s s e l o c a li z a m e m

g â n g lio s v is c e r a is , fo r a d o S N C . O a x ô n io d o n e u r ô n io g a n g lio n a r é u m a

fibra pós-ganglionar

a o n e r v o e s p in a l p a r a se d : ? : r ? j

c a f o r m a m n e r v o s v is c e r a is q u e t r a n s it a m d ir e ta m e n t e à s u a te r m ir L ic ã v is c e r a l,

n io s m o to r e s v is c e r a is n o S N C , c h a m a d o s d e

(ver Figura 17.1)

s u m i n d o : ( 1 ) s o m e n t e g â n g l i o s t o r á c i c o s e l o m b a r e s s u p e r i o r e s r e c e r -e i fib r a s p r é - g a n g lio n a r e s p o r m e io d o s r a m o s c o m u n ic a n t e s b r a r .:

Partes do SNA 452 H á d u a s p a rte s p r in c ip a is n o S N A : a

parte simpática e a parte parassimpá­

re c e b e m in e r v a ç ã o p r é - g a n g lio n a r d e fib r a s c o la te r a is d e n e u r ó n :

ra c o lo m b a r (sim pática)

p a rte to-

(s is t e m a d e a la r m e o u e m e r g ê n c ia ) d o S N A .

G e n e r i c a m e n t e , e s t i m u l a o m e t a b o l i s m o t e c i d u a l , e l e v a o n í v e l d e a le r t a e p r e p a r a o o r g a n is m o p a r a e n fr e n ta r e m e r g ê n c ia s . A e fe r ê n c ia v is c e r a l

d e u m g â n g lio d o tr o n c o s im p á tic o ,

Os gânglios colaterais 5.

p a rte cran io ssacral (p arassim p ática)

v a m o s g â n g lio s c o la te r a is fo r m a m o s

6.

r a o u i n i b i d o r a . G e n e r i c a m e n t e , o s e f e it o s d o s n e u r o t r a n s m i s s o r e s s ã o o s

(ACh)

e s ã o e s t im u la d o r a s , ( 2 ) to d a s a s t e r m in a ç õ e s p ó s - g a n g lio n a r e s

p a r a s s im p á t ic a s lib e r a m A C h e o s e fe ito s p o d e m s e r e s tim u la d o r e s o u in ib id o r e s e ( 3 ) a m a io r ia d a s te r m in a ç õ e s p ó s - g a n g lio n a r e s s im p á t ic a s li b e r a

n o ra d re n a lin a (NA)

e o s e f e it o s s ã o h a b i t u a l m e n t e e s t i m u la d o r e s .

1.

453

—>

O s n e r v o s e s p lâ n c n ic o s in e r v a m o p le x o h ip o g á s tr ic o e tr ê s g à n e '

-

gânglio celíaco, ( 2 ) o gânglio mesentérico superior e gânglio mesentérico inferior, (ver Figuras 17.4/17.9)

3

7.

O gânglio celíaco i n e r v a o e s t ô m a g o , o f í g a d o , o p â n c r e a s e o r a : : gânglio mesentérico superior i n e r v a o i n t e s t i n o d e l g a d o e o s s e g m e r r i n i c i a i s d o i n t e s t i n o g r o s s o ; e o gânglio mesentérico inferior i r .e r r im , a b e x ig a u r in á r ia , o s ó r g ã o s g e n it a is e o s s e g m e n t o s t e r m :::a ■ j in t e s t in o g r o s s o ,

(ver Figuras 17.3b/17.4/17.9)

A medula supra-renal

A parte simpática

nervos esplâncnicos

la t e r a is : ( 1 ) o

re s. R e c e p t o r e s p ó s - s in á p t ic o s d e t e r m in a m se a r e s p o s ta s e r á e s tim u la d o -

acetilcolina

i

nor, lombares e sacrais). (verFiguras 17.3b/17.4/17.9)

ver Figura 17.1)

s e g u in te s : ( 1 ) t o d a s a s t e r m in a ç õ e s p r é - g a n g lio n a r e s lib e r a m

456

A s v í s c e r a s a b d o m i n o p é l v i c a s r e c e b e m i n e r v a ç ã o s i m p á t i c a p o r rr_ e

z e r s in a p s e e m g â n g lio s c o la te r a is . A s fib r a s p r é - g a n g lio n a r e s q u e i n a

(s is t e m a d e r e p o u s o o u

in a ç ã o ) . G e n e r ic a m e n te , c o n s e r v a e n e r g ia e p r o m o v e a tiv id a d e s s e d e n tá ­

A s d u a s p a r te s in flu e n c ia m o s ó r g ã o s - a lv o p o r m e io d e n e u r o t r a n s m is s o -

(ver Figura 17.4)

fib r a s p r é -g a n g lio n a r e s q u e p a s s a m a tr a v é s d o tr o n c o s im p á t ic o r a r a ã

q u e p a r te d o tr o n c o e n c e fá lic o e d o s s e g m e n t o s s a c r a is d a m e d u la e s p in a l

ria s . (

- s a

p á t i c o s ; e ( 3 ) t o d o n e r v o e s p i n a l r e c e b e u m r a m o c o m u n i c a n t e cirt 2 ár_t

4. A e fe r ê n c ia v is c e r a l d o s s e g m e n to s to r á c ic o e lo m b a r fo r m a a

fo r m a a

]

-

o s g â n g lio s c e r v ic a is , lo m b a r e s in fe r io r e s e s a c r a is d o t r o n c o s i m : a : : ;

tica. (ver Figura 17.1)

5.

m

e x t e n s a d iv e rg ê n c ia a n te s d e fa z e r s in a p s e n o n e u r ô n io g a n g lio n a r . - -

q u e c o n e c t a m o s is t e m a n e r v o s o c e n t r a l a o s ó r g ã o s e f e t u a d o r e s . N e u r ô ­

3.

i

fib r a s p r é -g a n g lio n a r e s , p a r a u i r a aa

458

8 . A lg u m a s fib r a s p r é - g a n g lio n a r e s n ã o fa z e m s in a p s e d u r a n t e se u ; _ r í

c o n s is te e m n e u r ô n io s p r é - g a n g lio n a r e s e n tr e o s s e g ­

a t r a v é s d o t r o n c o s i m p á t i c o e d o s g â n g l i o s c o l a t e r a i s . E m v e z d is s o - e j

m e n t o s T I e L 2 d a m e d u la e s p in a l, n e u r ô n io s g a n g lio n a r e s e m g â n g lio s

p e n e t r a m e m u m a d a s g l â n d u l a s s u p r a - r e n a i s e f a z e m s i n a p s e c o r r r. e .

A

p a rte sim pática

O SISTEMA NERVOSO

:

nora-

d a s v i a s a é r e a s , (8 ) r e d u ç ã o d a f r e q ü ê n c i a c a r d í a c a e (9 ) e s t i m u la ç ã o s e ­

n a c ir c u l a ç ã o , c a u s a n d o u m e f e it o d e

x u a l. E s t a s f u n ç õ e s g e r a is e s tã o c e n t r a liz a d a s n o r e la x a m e n t o , n o p r o c e s ­

:>>s m o d i f i c a d o s n a m e d u l a s u p r a - r e n a l . E s t a s c é lu la s l i b e r a m

Jrenalina ( N A )

e

adrenalina ( A )

i n e r v a ç ã o s im p á t ic a p r o l o n g a d o ,

(verFiguras 17.3c/17.4/17.5)

Efeitos da estimulação simpática -

s a m e n t o d o a li m e n t o e n a a b s o r ç ã o d e e n e r g ia .

Ativação parassimpática e liberação de neurotransmissor

458

E m u m a c r is e , t o d a a p a r t e s i m p á t ic a r e s p o n d e , u m e v e n t o c h a m a d o d e

6.

r a m A C h n a s s i n a p s e s e j u n ç õ e s n e u r o e f e t u a d o r a s . O s e f e it o s s ã o b r e v e s

d o n í v e l d e a le r t a , u m a s e n s a ç ã o d e e n e r g i a e e u f o r i a , a u m e n t o d a a t i-

p o r c a u s a d a s a ç õ e s d a s e n z im a s n a m e m b r a n a p ó s - s i n á p t i c a e n o s t e c i­ d o s a d ja c e n t e s . 7.

m o b iliz a ç ã o d a s r e s e r v a s d e e n e r g ia .

Ativação simpática e liberação de neurotransmissor

receptores nicotínicos

s e lo c a li z a m n a s c é lu la s

g a n g l i o n a r e s d a s d u a s p a r t e s d o S N A e n a s p la c a s m o t o r a s . S u a e x p o s i ç ã o à A C h c a u s a e x c it a ç ã o , p e la a b e r t u r a d e c a n a is n a m e m b r a n a p la s m á t ic a .

r a ç ã o d e n o r a d r e n a l in a ( o u e m a lg u n s c a s o s d e a c e t ilc o lin a ) n a s j u n ç õ e s

Os

n e u r o m u s c u l a r e s e a s e c r e ç ã o d e a d r e n a lin a e n o r a d r e n a l i n a n a c ir c u l a -

d a p a r t e p a r a s s i m p á t i c a e n a q u e la s j u n ç õ e s n e u r o e f e t u a d o r a s c o l i n é r g i ­

c ã o g e r a l,

{verFigura 17.6)

s e l o c a li z a m n a s j u n ç õ e s n e u r o e f e t u a d o r a s

d o q u e a e s t i m u la ç ã o d e r e c e p t o r e s n i c o t ín ic o s .

459

H a d o is t ip o s d e r e c e p t o r e s s im p á t ic o s q u e s ã o e s t im u la d o s p e la a d r e n a lin a e n o r a d r e n a lin a : r e c e p t o r e s a l f a ( q u e r e s p o n d e m à e s t im u la ç ã o p e la d e s r

receptores m uscarínicos

c a s d a p a r t e s im p á t ic a . S u a e s t i m u la ç ã o p r o d u z e fe it o s m a i s p r o l o n g a d o s

Receptores pós-sinápticos e função simpática

Resumo da parte parassimpática

461

8 . A p a r t e p a r a s s i m p á t i c a t e m a s s e g u i n t e s c a r a c t e r í s t i c a s : ( 1 ) i n c l u i n ú c le ­

la r iz a ç ã o d a m e m b r a n a p ó s - s in á p t i c a ) e r e c e p t o r e s b e t a ( q u e r e s p o n ­

o s m o to r e s v is c e r a is a s s o c ia d o s a o s n e r v o s c r a n ia n o s I I I, V I I , I X e X e

d e m à e s t im u la ç ã o p e la a lt e r a ç ã o d a a t iv id a d e m e t a b ó lic a d a s c é lu la s ) .

o s s e g m e n t o s s a c r a is S 2 - S 4 ; (2 ) n e u r ô n io s g a n g lio n a r e s se lo c a liz a m e m

A m a i o r i a d a s f ib r a s p ó s - g a n g l i o n a r e s l i b e r a m n o r a d r e n a l i n a ( a d r e n é r -

g â n g lio s te r m in a is o u in t r a m u r a is p r ó x im o s o u n o s ó r g ã o s - a lv o , r e s ­

; i c a s ) , m a s a lg u m a s p o u c a s l i b e r a m a c e t ilc o lin a ( c o l i n é r g i c a s ) . F i b r a s

p e c tiv a m e n te ; (3 ) in e r v a á re a s s u p r id a s p o r n e r v o s c r a n ia n o s e ó r g ã o s

p ó s - g a n g l i o n a r e s q u e i n e r v a m a s g l â n d u l a s s u d o r íf e r a s d a p e le e o s v a s o s

n a s c a v id a d e s to r á c ic a e a b d o m in o p é lv ic a ; (4 ) to d o s o s n e u r ô n io s p a -

s a n g ü ín e o s d o s m ú s c u lo s e s q u e lé t ic o s l i b e r a m A C h .

r a s s im p á t ic o s s ã o c o lin é r g ic o s . O s n e u r ô n io s p ó s - g a n g lio n a r e s ta m b é m

Re-sumo da parte simpática 13

D o is tip o s d ife r e n te s d e re c e p t o r e s d e A C h s ã o e n c o n t r a d o s n a s m e m ­ b r a n a s p ó s -s in á p tic a s . O s

459

1 0 . A e s t i m u la ç ã o d a p a r t e s im p á t i c a t e m d o is r e s u l t a d o s d if e r e n t e s : a l i b e ­

I

T o d a s a s f i b r a s p r é - g a n g l i o n a r e s e p ó s - g a n g l i o n a r e s p a r a s s i m p á t i c a s l ib e ­

a t i v a ç ã o s i m p á t i c a ( r e s p o s t a e m m a s s a ) . S e u s e f e it o s i n c l u e m e l e v a ç ã o

id a d e c a r d i o v a s c u la r e r e s p i r a t ó r i a , e l e v a ç ã o g e r a l n o t o n o m u s c u la r e

.

46 1

s ã o c o lin é r g ic o s , s e n d o a in d a s u b d iv id id o s d e a c o r d o c o m a p r e s e n ç a

460

d e r e c e p to r e s m u s c a r ín ic o s o u n ic o tín ic o s ; e (5 ) o s e fe ito s s ã o h a b itu a l­

A p a r t e s im p á t ic a te m a s s e g u in t e s c a r a c te r ís t ic a s : ( 1 ) d o is t r o n c o s s im p á t i-

m e n t e b r e v e s e r e s tr it o s a s ítio e s p e c ífic o s ( r e s p o s t a fo c a l) ,

c o s , d is p o s t o s s e g m e n t a r m e n t e d e c a d a la d o d a c o lu n a v e r t e b r a l, trê s g â n ­

17.10 e Tabela 17.1)

{ver Figura

g lio s c o la te r a is , a n t e r io r e s à c o lu n a v e r t e b r a l, e d u a s m e d u la s s u p r a - r e n a is ;

2

a s fib r a s p r é - g a n g l i o n a r e s s ã o r e la t iv a m e n t e c u r t a s , e x c e to a q u e la s d a

m e d u la s u p r a - r e n a l, e n q u a n t o a s fib r a s p ó s - g a n g lio n a r e s s ã o b e m lo n g a s ; ! 3 ) tip ic a m e n te , o c o r r e e x t e n s a d iv e r g ê n c ia , c o m u m a ú n ic a fib r a p r é - g a n g !:o n a r fa z e n d o s in a p s e c o m m u it o s n e u r ô n i o s g a n g lio n a r e s e m d i f e r e n ­

Relações entre as partes simpática e parassimpática 4 6 3 1.

tes g â n g lio s ; (4 ) t o d a s a s fib r a s p r é - g a n g lio n a r e s lib e r a m A C h , e n q u a n t o a

c a n ç a n d o e s tr u tu r a s s o m á tic a s e v is c e r a is p o r to d o o c o r p o ,

m a io r ia d a s fib r a s p ó s - g a n g lio n a r e s lib e r a m N A ; e ( 5 ) a r e s p o s ta e f e t u a d o r a d e p e n d e d a n a t u r e z a e a t iv id a d e d o r e c e p t o r . (

ver Tabela 17.1)

A p a r te s im p á t ic a te m in flu ê n c ia d is s e m in a d a (r e sp o s ta e m m a s s a ) , a l­

{ver Figura

17.4 e Tabela 17.1) 2. A p a r te p a r a s s im p á t ic a in e r v a s o m e n te e s tr u tu r a s v is c e r a is s u p r id a s p o r n e r v o s c r a n ia n o s o u s itu a d a s n o in t e r io r d a s c a v id a d e s to r á c ic a e a b d o ­

A parte parassimpática 1

460

m in o p é lv ic a . Ó r g ã o s c o m

t r o n c o e n c e fá lic o e n o s s e g m e n t o s s a c r a is d a m e d u l a e s p in a l e ( 2 ) n e u r ô r .io s g a n g l i o n a r e s e m g â n g l i o s p e r i f é r i c o s , l o c a liz a d o s n o s o u im e d i a t a ­ m e n t e p r ó x i m o s a o s ó r g ã o s - a lv o .

(ver Figuras 17.7/17.8 e Tabela 17.1)

Organização e anatomia da parte parassimpática I

IX ( g l o s s o f a r ín g e o )

e

receb em co m a n d o s das duas

463

3 . N a s c a v id a d e s d o c o r p o , o s n e r v o s p a r a s s im p á t ic o s e s im p á t ic o s se e n ­ t r e l a ç a m p a r a f o r m a r u m a s é r ie d e p le x o s n e r v o s o s c a r a c t e r ís t ic o s ( r e d e s

plexos cardíaco, pulm onar, esofágico, celíaco. hipogástrico. (ver Figura 17.9)

n e r v o s a s ) , q u e in c l u e m o s

m esentérico inferior

A s f i b r a s p r é - g a n g l i o n a r e s d e i x a m o e n c é f a l o p o r m e io d o s n e r v o s c r a n i a n o s I I I ( o c u lo m o t o r ) , V I I ( f a c ia l ) ,

d upla inervação

(ver Figura 17.10 e Tabela 17.1)

Anatomia da dupla inervação

46 1

X ( v a g o ) , {ver

Figuras 17.7/17.8) 3

p a rte s,

A p a r t e p a r a s s i m p á t i c a c o n s is t e e m ( 1 ) n e u r ô n i o s p r é - g a n g l i o n a r e s n o

A s f i b r a s p a r a s s i m p á t ic a s n o s n e r v o s o c u lo m o t o r , fa c ia l, g l o s s o f a r ín g e o e

e

Comparação das partes simpática e parassimpática 4 . R e v i s e a Figura 17.10 e a Tabela 17.1.

464

a g o a u x i l i a m n o c o n t r o l e d e e s t r u t u r a s n a c a b e ç a e f a z e m s in a p s e s n o s - a n g l i o s c i l i a r , p t e r i g o p a l a t i n o , s u b m a n d i b u l a r e ó t i c o . F ib r a s n o n e r 0 v a g o f o r n e c e m i n e r v a ç ã o p r é - g a n g l i o n a r p a r a s s im p á t ic a a o s g â n g lio s i n t r a m u r a i s d a s e s t r u t u r a s n a s c a v id a d e s t o r á c i c a e a b d o m i n o p é l v i c a . 1

-

er Figuras 17.7/17.8)

A s fib r a s p r é - g a n g lio n a r e s q u e p a r te m d o s s e g m e n t o s s a c r a is fo r m a m

Integração e controle das funções autonômicas 4 6 4 Reflexos viscerais 1.

(ver

5.

s ã o a s f u n ç õ e s m a is s im p le s d o S N A . E le s f o r n e c e m

in i b i d a s p o r c e n t r o s s u p e r i o r e s , e s p e c ia lm e n t e n o h i p o t á la m o .

(ver Figura

17.11 e Tabela 17.2)

Figura 17.8)

Funções gerais da parte parassimpática

464

reflexos viscerais

r e s p o s ta s m o to r a s v is c e r a is q u e p o d e m s e r m o d ific a d a s , fa c ilita d a s o u

n e r v o s p é l v i c o s q u e i n e r v a m g â n g l io s i n t r a m u r a i s n o r im , n a b e x i g a u r i ­ n a r ia , e m s e g m e n t o s t e r m in a i s d o i n t e s t in o g r o s s o e ó r g ã o s g e n it a is .

Os

461

O s e f e it o s p r o d u z i d o s p e la p a r t e p a r a s s i m p á t ic a in c l u e m ( 1 ) c o n s t r i ç ã o

Níveis superiores de controle visceral 2.

465

E m g e r a l, o s c e n t r o s e n c e fá lic o s s u p e r i o r e s n o h i p o t á la m o p o s t e r i o r e la ­

r u p i l a r , ( 2 ) s e c r e ç ã o d e g l â n d u l a s d i g e s t iv a s , ( 3 ) s e c r e ç ã o d e h o r m ô n i o s

t e r a l e s t ã o r e l a c i o n a d o s c o m a c o o r d e n a ç ã o e r e g u la ç ã o d a f u n ç ã o s i m ­

r a r a a b s o r ç ã o d e n u t r ie n t e s , (4 ) a u m e n t o d a a t i v id a d e d o t r a t o d ig e s t ó -

p á t i c a , e p a r t e s d o h i p o t á la m o a n t e r i o r e m e d ia i c o n t r o l a m a p a r t e p a r a s ­

r io ,

s im p á t ic a .

5 ) a t i v i d a d e d a d e f e c a ç ã o , (6 ) a t i v i d a d e d a m i c ç ã o , ( 7 ) c o n s t r i ç ã o

(ver Figura 17.12)

C a p ít u l o 17 • O S is te m a N e r v o s o : S is te m a N e r v o s o A u t ô n o m o

R E V I S ÃO DO C A P Í T U L O Para respostas às questões da Revisão dos Conceitos e Revisão do Capítião, veja a seção de Respostas na parte final do livro.

19 .

F ib r a s p ó s - g a n g lio n a r e s d e n e u r ô n io s a u to n ô m ic o s g e r a lm e n te sã o : (a )

Nível 1 - Revisão de fatos e termos Associe cada item numerado com a letra do item que melhor se relaciona. Utilize letras para as respostas nos espaços apropriados. C oluna

__

C olu n a

A

1 . p r é -g a n g lio n a r

20.

b.

a m ie lín ic a s

(c)

m a io r e s d o q u e a s fib r a s p r é - g a n g lio n a r e s

(d )

lo c a li z a d a s n a m e d u l a e s p in a l

O r a m o c o m u n ic a n t e b r a n c o :

B

a. to d a s a s fib r a s p r é -g a n g lio n a r e s

____ 2 . t o r a c o l o m b a r

fib r a s p r é - g a n g lio n a r e s p a r a

(a)

le v a fib r a s p ó s - g a n g lio n a r e s a o s ó r g ã o s e fe tu a d o re s

(b )

se o r ig in a d a ra iz p o s t e r io r d o n e r v o e s p in a l

(c )

te m fib r a s q u e n ã o d iv e rg e m

(d )

le v a fib r a s p r é -g a n g lio n a r e s a u m g â n g lio p r ó x im o , n o tr o n c o

g â n g lio s c o la te r a is ____ 3 . p a r a s s i m p á t i c o

c.

p r im e ir o n e u r ô n io

____ 4 . p r é - v e r t e b r a l

d.

g â n g l i o s c o l a t e r a is

____

e.

m e d u la s u p r a -r e n a l

____ 6 . a c e t i lc o li n a

f.

a tiv a ç ã o s im p á t ic a

__

7 . a d r e n a lin a

g.

p a r te s im p á t ic a

____

8. s im p á tic o

h.

g â n g lio s te r m in a is

5. p a ra v e rte b ra l

__ 9 . __ 1 0 .

e s p lâ n c n ic o

i.

tr o n c o s im p á tic o

c r is e

j.

fib r a s p ó s - g a n g lio n a r e s lo n g a s

m ie lín ic a s

(b )

s im p á t ic o

Nível 2 - Revisão de conceitos 1.

A s e c ç ã o d a r a i z a n t e r i o r d o n e r v o e s p i n a l e m L 2 i n t e r r o m p e r i a a trarasm is s ã o d e q u e tip o d e m e n s a g e m ? (a)

e fe r ê n c ia m o t o r a v o lu n t á r ia

(c ) a fe r ê n c ia s e n s itiv a 2.

(b ) (d )

e fe r ê n c ia m o t o r a v is c e r a l

>N A

a e b e stã o c o rre ta s

A le s ã o d a s r a íz e s a n t e r i o r e s d o s p r i m e i r o s c i n c o n e r v o s e s p i n a i ? : : r i ­ c o s n o la d o d ir e ito d o c o r p o in te r fe r ir ia c o m a c a p a c id a d e d e :

11.

N e u r ô n io s m o to r e s v is c e r a is n o S N C :

(a)

d i l a t a ç ã o d a p u p i l a d ir e it a

s ã o n e u r ô n io s g a n g lio n a r e s

(b )

d ila ta ç ã o d a p u p ila e s q u e r d a

(b )

e s t ã o n o g â n g l i o s e n s it iv o d o n e r v o e s p i n a l ( r a iz p o s t e r i o r )

(c)

c o n t r a ç ã o d o m ú s c u lo b í c e p s b r a q u i a l d ir e it o

(c )

tê m a x ô n io s a m ie lín ic o s , e x c e to n a r e g iã o to r á c ic a in fe r io r

(d )

c o n t r a ç ã o d o m ú s c u lo b íc e p s b r a q u i a l e s q u e r d o

(a )

(d )

e m it e m a x ô n io s q u e fa z e m s in a p s e c o m n e u r ô n io s g a n g lio n a r e s 3.

lo c a liz a d o s p e r ife r ic a m e n t e 12 .

u m a p esso a?

N e r v o s e s p lâ n c n ic o s : (a) (b )

Q u e m e c a n i s m o a n a t ô m i c o e s t á e n v o l v i d o n a g ê n e s e d o r u b o r f a c i a l err

(a)

in c lu e m fib r a s p r é - g a n g lio n a r e s q u e se d ir ig e m a o s g â n g lio s

(b )

a e s t i m u la ç ã o s i m p á t i c a r e la x a a s p a r e d e s d o s v a s o s , a u m e n t a r .c

(c)

a e s t i m u la ç ã o p a r a s s i m p á t i c a d i m i n u i o t o n o m u s c u la r d a p c .z

(d )

a e s t im u la ç ã o s im p á t ic a a u m e n t a a c a p t a ç ã o d e o x i g ê n i o r e - r - c

f l u x o s a n g ü í n e o p a r a a p e le

c o l a t e r a is

13.

o f l u x o s a n g ü í n e o p a r a a p e le é a u m e n t a d o p e la e s t i m u la ç ã o p a ra s s im p á tic a

s ã o fo r m a d o s p o r fib r a s p ó s - g a n g lio n a r e s p a r a s s im p á t ic a s

(c )

c o n tr o la m a fu n ç ã o s im p á tic a d e e s tr u tu r a s n a c a b e ç a

(d )

c o n e c ta m u m tr o n c o s im p á tic o c o m o o u tro

p e r m i t i n d o q u e o s a n g u e s e a c u m u le n a s u p e r f í c i e

Q u a i s d o s s e g u in t e s g â n g l i o s p e r t e n c e m à p a r t e s i m p á t i c a d o S N A ? (a )

g â n g lio ó tic o

(b ) g â n g lio e s fe n o p a la t in o

(c)

g â n g lio s p a r a v e r te b r a is

(d ) t o d o s o s a n te r io r e s

r

d a n d o a o s a n g u e u m a c o lo r a ç ã o d e u m v e r m e l h o m a is v i v o

4. S e o s i n a l ( m e n s a g e m ) v i s c e r a l d o in t e s t i n o d e lg a d o n ã o a lc a n ç a a m e d u ­ l a e s p in a l, q u e e s t r u t u r a s p o d e r i a m e s t a r le s a d a s ?

14 .

15 .

F ib r a s p r é -g a n g lio n a r e s d a p a r te s im p á t ic a d o S N A se o r ig in a m :

(a )

(a )

d o c ó rte x ce reb ra l

(c ) r a m o s c o m u n ic a n t e s c in z e n t o s ( d )

(b )

d o b u lb o

(c)

d o t r o n c o e n c e f á l ic o e d a p a r t e s a c r a l d a m e d u l a e s p i n a l

(d )

d a p a r t e t o r a c o lo m b a r d a m e d u la e s p in a l

O n e u r o t r a n s m is s o r e m t o d a s a s s in a p s e s e n a s ju n ç õ e s n e u r o m u s c u la r e s

5.

n e u r ô n io s p r é - g a n g lio n a r e s

(b )

r a m o s c o m u n ic a n t e s b r a r c : n e n h u m a d a s a n t e r io r e s e c o r r e u

O s e f e it o s d a a d r e n a li n a e n o r a d r e n a l i n a l i b e r a d a s p e la s g lâ n d u la ? s u p r a -

r e n a i s s ã o m a i s p r o l o n g a d o s d o q u e a q u e le s d e q u a l q u e r s u b s t â n c ia c _ m ic a q u a n d o lib e r a d a n a s ju n ç õ e s n e u r o e fe tu a d o r a s . P o r q u ê? 6.

n a p a r t e p a r a s s i m p á t i c a d o S N A é:

P o r q u e o s e f e i t o s d a e s t i m u la ç ã o p a r a s s i m p á t i c a s ã o m a i s e s p e c i f i c : s . l o c a li z a d o s ( r e s p o s t a f o c a l ) d o q u e o s d a p a r t e s im p á t ic a ?

(a)

a a d r e n a lin a

( b ) o A M P c íc li c o

(c )

a n o r a d r e n a lin a

( d ) a a c e t i lc o li n a

7.

C o m o a f u n ç ã o d a g lâ n d u la s u d o r íf e r a é r e g u la d a p e la a t iv id a d e s i m r a r ca

8

. C o m o o s g â n g l i o s d o t r o n c o s i m p á t i c o d i f e r e m d o s g â n g l i o s c o la t c r a a - ;

16 .

A s g r a n d e s c é lu la s n a m e d u la s u p r a - r e n a l, q u e se a s s e m e lh a m a n e u r ô ­

d o s g â n g lio s in tr a m u r a is ?

n io s n o s g â n g lio s s im p á tic o s , (a)

17 .

(b )

lib e r a m a c e t ilc o lin a n o s c a p ila r e s s a n g ü ín e o s

(c )

lib e r a m a d r e n a lin a e n o r a d r e n a lin a n o s c a p ila r e s s a n g ü ín e o s

(d )

n ã o tê m fu n ç ã o e n d ó c r in a

10 .

1.

c u r ta s e m ie lín ic a s

(c)

lo n g a s e m ie lín ic a s

(d )

lo n g a s e a m ie lín ic a s

D e s c r e v a a o r g a n iz a ç ã o g e r a l d a u m a v ia d e e fe r ê n c ia m o t o r a v is c e r a l

E m a lg u n s c a s o s g r a v e s , u m a p e s s o a c o m ú l c e r a g á s t r i c a p o d e n e c e s s it a r d e u m a c ir u r g ia p a r a s e c c io n a r o s r a m o s d o n e r v o v a g o q u e in e r v a n

c u r ta s e a m ie lín ic a s

(b )

C o m p a r e o s e f e it o s g e r a i s d a s p a r t e s s i m p á t i c a e p a r a s s i m p á t i c a d o > N A _

Nível 3 - Pensamento crítico

F ib r a s p r é - g a n g lio n a r e s s im p á t ic a s s ã o c a r a c te r iz a d a s c o m o : (a )

18 .

se lo c a liz a m n o c ó r t e x s u p r a - r e n a l

9.

:

e s t ô m a g o . C o m o is s o p o d e r i a m i n i m i z a r o p r o b l e m a ? 2.

Q u e a lt e r a ç õ e s n a f u n ç ã o d o S N A l e v a r i a m u m m é d ic o a d i a g n o s t i c a i u m a s ín d r o m e d e B e r n a r d -H o r n e r ?

T o d a s a s f i b r a s a u t o n ô m i c a s p r é - g a n g l i o n a r e s l i b e r a m _________n a s s u a s

3.

C a s s a n d r a é p i c a d a n o p e s c o ç o p o r u m a v e s p a . P o r s e r a lé r g i c a a o v e n e n :

t e r m i n a ç õ e s s i n á p t i c a s e o s e f e i t o s s ã o s e m p r e _________.

d a v e s p a , a g a r g a n ta c o m e ç o u a in c h a r e a s v ia s a é re a s s o fr e r a m c o n s a n ­

(a )

n o r a d r e n a lin a ; in ib id o r e s

n o r a d r e n a l i n a ; e s t i m u la d o r e s

ç ã o . Q u a l s e r i a m a i s ú t i l n o a l í v i o d e s e u s s i n t o m a s , a a c e t i lc o li n a

(c )

a c e t i lc o li n a ; e s t i m u la d o r e s ( d )

a c e t i lc o li n a ; in i b i d o r e s

a d r e n a li n a ? P o r q u ê ?

(b )

:_ a

OBJETIVOS DO CAPÍTULO: 1.

Definir sensação e discutir suas origens.

2. Distinguir entre os sentidos gerais e

O Sistema Nervoso Sentidos Gerais e Especiais

especiais.

3. Explicar por que os receptores respondem a estím ulos esp ecíficos e com o a estrutura de um receptor influencia sua sensibilidade. 4 . Distinguir entre receptor fásico e

tônico. 5. Identificar os receptores dos sentidos gerais e descrever resum idam ente com o eles funcionam . 6. Classificar os receptores de acordo com o estím ulo específico, a localização no co rpo e a estrutura histológica. 7. Identificar, descrever e discutir os receptores e as vias sensitivas envolvidas no sentido do olfato. 8. identificar, descrever e discutir os receptores e as vias sensitivas envolvidas no sentido da gustação. 9. identificar e descrever as estruturas da orelha e seus papéis no processam ento das se n saçõe s de equilíbrio e descrever o m ecanism o pelo qual m antem os o equilíbrio. 10. Identificar e descrever as estruturas da orelha que coletam , am plificam e conduzem o som e as estruturas da via auditiva. 1 1 . D escrever as vias utilizadas pelas

inform ações auditivas e do equilíbrio que são transm itidas ao encéfalo. 12. Identificar e descrever as cam adas do olho e as funçõ es das estruturas em cada cam ada.

Introdução

471

13. Explicar com o a luz é focalizada pelo olho.

Receptores

471

1 4 . Identificar as estruturas da via visual.

Os sentidos gerais

472

O olfato (olfação)

477

A gustação (paladar) O equilíbrio e a audição A visão

491

478 480

C ap ítulo 18 • O S is te m a N e rv o s o : S e n tid o s G e ra is e E sp e cia is

Campo receptor 1

P a ra a c é lu la , t o d a m e m b r a n a p la s m á tic a fu n c io n a c o m o u m re c e p to r, p o r q u e e la r e s p o n d e à s m u d a n ç a s n o a m b i e n t e e x t r a c e l u l a r . A s m e m b r a ­

Campo receptor 2

n a s p l a s m á t i c a s d i f e r e m e m s u a s s e n s i b i l i d a d e s a e s t í m u l o s e l é t r ic o s , q u í ­ m ic o s e m e c â n i c o s e s p e c íf ic o s . P o r e x e m p lo , u m h o r m ô n i o q u e e s t im u la u m n e u r ô n i o p o d e n ã o t e r e f e it o e m u m o s t e ó c it o , p o r q u e a m e m b r a n a p l a s m á t i c a d e n e u r ô n i o s e o s t e ó c i t o s c o n t é m d if e r e n t e s p r o t e í n a s r e c e p ­ to ra s. U m

receptor sensitivo

é u m a c é l u l a e s p e c ia liz a d a o u u m p r o c e s s o

i n t r a c e lu la r q u e c o n t r o l a a s c o n d i ç õ e s n o c o r p o o u n o m e i o a m b ie n t e . A e s t i m u la ç ã o d o r e c e p t o r , d i r e t a o u i n d i r e t a m e n t e , a lt e r a a p r o d u ç ã o d e

pág. 351

p o t e n c i a i s d e a ç ã o e m u m n e u r ô n i o s e n s it iv o , a s

A i n f o r m a ç ã o s e n s it iv a q u e a lc a n ç a o S N C é c h a m a d a d e

percepção é tidos gerais

sensação; a sen­

o c o n h e c i m e n t o c o n s c ie n t e d e u m a s e n s a ç ã o . O t e r m o

se re fe re à s s e n sa ç õ e s d e te m p e r a tu r a , d o r, ta to , p re ss ã o , v i ­

b ra ç ã o e p r o p r io c e p ç ã o ( p o s iç ã o d o c o r p o ) . R e c e p t o r e s s e n s it iv o s g e r a is

Campos receptores

js t ã o d is t r ib u íd o s p o r t o d o o c o r p o . E s s a s s e n s a ç õ e s c h e g a m a o c ó r t e x s e n s it iv o p r i m á r i o , o u fo r a m d e s c r it a s . Os

córtex sensitivo somático, p o r

m e io d e v ia s q u e já

sentidos especiais

sã o o o lfa to (

olfação),

a g u sta ç ã o

Receptores e campos receptores.

(paladar), o

: q u i l í b r i o , a a u d i ç ã o e a v is ã o . A s s e n s a ç õ e s s ã o f o r n e c i d a s p o r c é l u l a s r e r e p t o r a s e s p e c i a li z a d a s e s t r u t u r a l m e n t e m a i s c o m p l e x a s d o q u e a q u e la s

Interpretação da informação sensitiva

órgãos sen-

Q u a n d o a i n f o r m a ç ã o s e n s i t i v a a lc a n ç a o S N C , e la é d i r e c i o n a d a d e a c : r -

c o m p le x o s , c o m o o o lh o o u a o r e lh a . A in fo r m a ç ã o é e n v ia d a a

d o c o m a l o c a li z a ç ã o e a n a t u r e z a d o e s t í m u lo . A o l o n g o d a s v i a s s e n s it iv a -

ia s s e n s a ç õ e s g e r a is . E ste s r e c e p t o r e s e s tã o lo c a liz a d o s e m

soriais

Figura 18.1

Cada receptor controla uma área específica conhecida como campo receptc'

->• pág. 432

d is c u t id a s n o C a p ít u lo 1 6 , o s a x ô n io s r e t r a n s m ite m a in fo r m a ç ã o d e u m

re n t r o s e m t o d o o e n c é fa lo . O s r e c e p t o r e s s e n s it i v o s r e p r e s e n t a m a in t e r f a c e e n t r e o s is t e m a n e r -

p o n to A (o r e c e p to r ) p a r a u m p o n to B ( u m n e u r ô n io s itu a d o e m u m _

iro s o e o s m e i o s i n t e r n o e e x t e r n o . O s i s t e m a n e r v o s o c o n t a c o m i n f o r m a -

á r e a e s p e c í f i c a d o c ó r t e x c e r e b r a l) . A c o n e x ã o e n t r e o r e c e p t o r e o n e u r : -

linha sensitiva exclusiva.

:õ e s s e n s i t i v a s p r e c is a s p a r a c o n t r o l a r e c o o r d e n a r r e s p o s t a s r e l a t iv a m e n t e

n io c o r t ic a l é c h a m a d a d e

á p id a s a e s t í m u lo s e s p e c íf ic o s . E s t e c a p í t u l o c o m e ç a c o m u m r e s u m o d a

v a e x c lu s iv a le v a a in fo r m a ç ã o r e la c io n a d a a u m s e n tid o e s p e c ífic o ' t a t :

ú n ç ã o d o s r e c e p t o r e s e d o s c o n c e it o s b á s i c o s d o p r o c e s s a m e n t o s e n s it iv o .

p r e s s ã o , v i s ã o , e t c .) a p a r t i r d e r e c e p t o r e s s i t u a d o s e m u m d e t e r m i i u c :

V s e g u ir , a p lic a r e m o s e s ta in f o r m a ç ã o a c a d a u m d o s s e n t id o s g e r a is e

lo c a l d o c o r p o . A id e n t id a d e d a lin h a s e n s it iv a e x c lu s iv a a tiv a d a i n c : ; ;

■ sp e c ia is n o c u r s o d a d e s c r i ç ã o d e s u a s e s t r u t u r a s .

Todas as outras características estímulo são transmitidas pelo padrão dos potenciais de ação nas fibras x~r sitivas aferentes. E s t a codificação sensitiva f o r n e c e i n f o r m a ç ã o s o b r e :> a l o c a l i z a ç ã o e a n a t u r e z a d o e s t í m u lo .

Receptores [Figuraís.i]

c o m p r i m e n t o , a d u r a ç ã o , a v a r i a ç ã o e o m o v i m e n t o d o e s t í m u lo . A lg u n s n e u r ô n io s s e n s itiv o s , d e n o m in a d o s

l a d a r e c e p t o r t e m u m a s e n s ib ilid a d e c a r a c t e r ís t ic a . P o r e x e m p lo , u m r e c e p o r tá til é m u i t o s e n s ív e l à p r e s s ã o , m a s r e la t iv a m e n t e in s e n s ív e l a e s t ím u lo s [u ím ic o s . E s t e c o n c e it o é c h a m a d o d e

especificidade sensitiva.

A e s p e c i-

ic id a d e r e s u lt a d a e s t r u t u r a d a p r ó p r i a c é lu la r e c e p t o r a o u d a p r e s e n ç a d e é lu la s a c e s s ó r ia s o u e s t r u t u r a s q u e a is o le m d e o u t r o s e s t ím u lo s . O s r e c e p o res m a i s s im p le s s ã o d e n d r i t o s d e n e u r ô n io s s e n s it iv o s , c h a m a d o s d e

ninações nervosas livres,

C a d a lin h a sen - i -

ter-

q u e p o d e m s e r e x c it a d o s p o r v á r i o s e s t ím u lo s ,

'o r e x e m p lo , a s t e r m in a ç õ e s n e r v o s a s liv r e s q u e t r a n s m i t e m a s e n s a ç ã o d e o r p o d e m r e s p o n d e r a e s t ím u lo s q u í m ic o s e d e p r e s s ã o , m o d if ic a ç õ e s d e í m p e r a t u r a o u d e le s ã o fís ic a . A o c o n t r á r io , a s c é lu la s r e c e p t o r a s d o o lh o

receptores tônicos

e -

tã o s e m p r e a tiv o s . O s fo to r r e c e p to r e s n o o lh o e o s v á r io s r e c e p to r e s q u e c o n t r o la m a p o s iç ã o d o c o r p o s ã o e x e m p lo s d e r e c e p t o r e s tô n ic o s . O u ­ tr o s r e c e p to r e s e s tã o n o r m a lm e n t e in a tiv o s , m a s se to r n a m a tiv o s p o r u m c u r t o e s p a ç o d e t e m p o t o d a v e z q u e o c o r r e u m a m u d a n ç a n a s c o n d ia q u e e le s e s t ã o c o n t r o l a n d o . E s s e s s ã o

receptores fásicos

e

e fo r n e c e m in ­

f o r m a ç ã o s o b r e a i n t e n s i d a d e e a t a x a d e v a r i a ç ã o d e u m e s t í m u lo . M u : : : > r e c e p t o r e s d o t a t o e d e p r e s s ã o n a p e le s ã o e x e m p l o s d e r e c e p t o r e s fá s ic o s R e c e p t o r e s q u e c o m b in a m c o d ific a ç ã o t ô n ic a e fá s ic a t r a n s m it e m in fc rm a ç ã o s e n s itiv a e x t r e m a m e n te c o m p le x a ; r e c e p to r e s q u e c o n tr o la m

:

p o s i ç õ e s e o s m o v i m e n t o s d a s a r t i c u la ç õ e s p e r t e n c e m a e s t a c a t e g o r i a .

í o r o d e a d a s p o r c é lu la s a c e s s ó r ia s q u e n o r m a l m e n t e e v it a m a e x c it a ç ã o p o r u a lq u e r e s t ím u lo q u e n ã o s e ja a lu z . A á r e a c o n t r o la d a p o r u m a ú n ic a c é lu la e c e p to r a é o

campo receptor (Figura 18.1). T o d a

v e z q u e u m e s t ím u lo s u -

Processamento central e adaptação adaptação é a r e d u ç ã o d a s e n s i b i l i d a d e n a p r e s e n ç a d e u m e s t i m u - : adaptação periférica o c o r r e q u a n d o r e c e p t o r e s o u n eu m i -

c ie n t e m e n t e f o r t e a t in g e u m c a m p o r e c e p t o r , o S N C r e c e b e a in f o r m a ç ã o ,

A

tu a n to m a i o r o c a m p o r e c e p t o r , m e n o r s e r á n o s s a c a p a c i d a d e d e lo c a liz a r

co n sta n te . A

e s t ím u lo . P o r e x e m p lo , u m r e c e p t o r tá t il n a s u p e r fíc ie g e r a l d o c o r p o p o d e

n i o s s e n s i t i v o s a lt e r a m s e u s n í v e i s d e a t i v i d a d e . N o i n í c i o , o r e c e p t o r r e s ­

;r u m c a m p o r e c e p t o r d e a t é 7 c m d e d i â m e t r o . C o m o r e s u lt a d o , u m le v e

p o n d e i n t e n s a m e n t e a o e s t í m u l o , m a s e m s e g u i d a a a t i v i d a d e a o lo~ -

>q u e p o d e r á s e r d e s c r it o a p e n a s d e m a n e i r a g e n é r ic a , c o m o se o e s t ím u lo

d a fib r a s e n s it iv a a fe r e n te d im in u i g r a d u a lm e n t e , e m p a r te p o r c a u s a c :

itiv e s s e e x c it a n d o u m a á r e a a p r o x i m a d a m e n t e d e s t e t a m a n h o . N a lín g u a ,

f a d i g a s i n á p t ic a . E s t a r e s p o s t a é c a r a c t e r í s t i c a d e r e c e p t o r e s f á s i c o s . q u e

n d e o s c a m p o s r e c e p t o r e s s ã o m e n o r e s d o q u e 1 m m d e d iâ m e t r o , p o d e -

ta m b é m são c h a m a d o s d e

ío s s e r b e m m a is p r e c is o s s o b r e a l o c a liz a ç ã o d e u m e s t ím u lo .

tô n ic o s m o s t r a m p o u c a a d a p t a ç ã o p e r ifé r ic a e, p o r is so , s ã o c h a m a d o s i e

U m e s t í m u lo s e n s i t iv o a f e r e n t e p o d e a s s u m i r v á r i a s f o r m a s d i f e r e n t e s

receptores de adaptação rápida.

R ec ep to re s

receptores de adaptação lenta.

p o d e s e r u m a f o r ç a f í s ic a , c o m o u m a p r e s s ã o ; u m a s u b s t â n c ia q u í m i c a

A a d a p t a ç ã o t a m b é m o c o r r e n o S N C , a o l o n g o d a s v i a s s e n s it iv a s . P . ; :

is s o l v i d a ; u m s o m ; o u u m fe i x e d e lu z . E n t r e t a n t o , q u a l q u e r q u e s e ja s u a

e x e m p lo , p o u c o s s e g u n d o s a p ó s a e x p o s i ç ã o a u m n o v o o d o r , o c o n h e c i ­

a t u r e z a , a i n f o r m a ç ã o s e n s it iv a d e v e s e r e n v i a d a a o S N C s o b a f o r m a d e

m e n t o c o n s c i e n t e d o e s t í m u lo p r a t i c a m e n t e d e s a p a r e c e , e m b o r a o s n e u ­

o t e n c ia is d e a ç ã o , q u e n a d a m a i s s ã o d o q u e e v e n t o s e l é t r i c o s . A i n f o r -

r ô n i o s s e n s i t i v o s a i n d a e s t e ja m a t i v a d o s . E s t e p r o c e s s o é c o n h e c i d o c o i r :

la ç ã o s e n s i t i v a a f e r e n t e é p r o c e s s a d a e i n t e r p r e t a d a p e lo S N C e m n í v e i s

adaptação central. A

íb c o n s c ie n t e e c o n s c ie n t e .

n ú c le o s a o l o n g o d e u m a v i a s e n s i t i v a .

a d a p t a ç ã o c e n tr a l g e r a lm e n te e n v o lv e a in ib iç ã o c :

O SISTEMA NERVOSO



d is s o . e m n í v e l s u b c o n s c i e n t e , a a d a p t a ç ã o c e n t r a l r e s t r i n gees te a c a p í t u l o u s a r á o s e p ô n i m o s o n d e n ã o h o u v e r u m n o m e a lt e r n a t i v o

« p o n C i d a d c d e d e t a l h e s q u e a l c a n ç a m o c ó r t e x c e r e b r a l. A m a i o r p a r t e

ái pir L

g e n e r i c a m e n t e a c e i t o o u a m p la m e n t e u t i li z a d o .

n m ç ã : - c r .iit iv a a fe r e n te é p r o c e s s a d a e m c e n tr o s n a m e d u la e se n-c : r : n c o e n c e f á l i c o , d e s e n c a d e a n d o e v e n t u a l m e n t e r e f l e x o s i n -

-

:

O O B K Ín ftE L

S c r . e n t e c e r c a d e 1 % d a i n f o r m a ç ã o c o n d u z i d a p e la s f ib r a s

Nociceptores [Figuras 18.2/18.3a]

- - a f e r e n t e s a l c a n ç a o c ó r t e x c e r e b r a l e o n o s s o c o n h e c i m e n t oO s n o c i c e p t o r e s , o u r e c e p t o r e s d e d o r , s ã o e s p e c i a l m e n t e c o m u n s n a s c a m a d a s s u p e r f i c i a i s d a p e l e (Figura 18.3a), n a s c á p s u l a s a r t i c u l a r e s , n o p e r ió s te o e a o r e d o r d a s p a r e d e s d o s v a s o s s a n g ü ín e o s . H á p o u c o s n o ­ c ic e p to r e s e m o u t r o s te c id o s p r o fu n d o s o u n a m a io r ia d a s v ís c e r a s . O s

Limitações sensitivas

re c e p to r e s d e d o r s ã o te r m in a ç õ e s n e r v o s a s liv r e s c o m a m p lo s c a m p o s r e ­

5 r e c e p t o r e s s e n s it i v o s f o r n e c e m u m a i m a g e m c o n s t a n t e e d e t a lh a d a jc



;:

roo e

d o m e io a m b ie n te q u e o c e rc a . E n tr e ta n to , e ssa im a g e m

; izsc : m p l e u p o r v á r i a s r a z õ e s :

1.

d a s e n s a ç ã o d o lo r o s a . H á trê s tip o s d e n o c ic e p to r e s : ( 1 ) r e c e p to r e s s e n s it iv o s p a r a te m p e ­

- se re s h u m a n o s n ã o p o s s u e m r e c e p t o r e s p a r a t o d o s o s e s tím u lo s

r a tu r a s e x t r e m a s , ( 2 ) r e c e p t o r e s s e n s it iv o s p a r a le s ã o m e c â n ic a e ( 3 ) r e ­ c e p t o r e s s e n s i t i v o s p a r a s u b s t â n c i a s q u í m i c a s d i s s o l v i d a s , c o m o a q u e la s

p o s s ív e is .

2-

c e p to re s. C o m o c o n s e q ü ê n c ia , é s e m p r e d ifíc il d e te r m in a r a e x a ta o r ig e m

l i b e r a d a s p o r c é l u l a s l e s a d a s . C o n t u d o , e s t í m u lo s m u i t o i n t e n s o s ( t e m p e ­

- - r e c e p t o r e s t ê m e x t e n s õ e s p a r t i c u l a r e s d e s e n s i b il id a d e .

3 . m r - : : m u l o d e v e s e r i n t e r p r e t a d o p e lo S N C . N o s s a p e r c e p ç ã o d e u m : ; ’ : - ~ i n a d o e s t í m u lo é u m a i n t e r p r e t a ç ã o e n e m s e m p r e e x p r e s s a a r e a lid a d e .

r a t u r a , p r e s s ã o o u q u í m i c o s ) e x c it a r ã o t o d o s o s t r ê s r e c e p t o r e s . A s sen saçõ es de

dor rápida,

ou

dor aguda o u dor em pontada, s ã o

p r o d u z i d a s p o r c o r t e s p r o f u n d o s o u le s õ e s s i m il a r e s . E s s a s s e n s a ç õ e s a l ­ c a n ç a m o S N C m u i t o r a p i d a m e n t e , o n d e c o s t u m a m d e s e n c a d e a r r e f le x o s

E sta d is c u s sã o a p e n a s in t r o d u z iu n o ç õ e s b á s ic a s s o b r e a fu n ç ã o d o s

s o m á t i c o s . E la s t a m b é m p o d e m s e r r e t r a n s m i t i d a s a o c ó r t e x s e n s i t i v o p r i ­

- e c e p : : r e i e d o p r o c e s s a m e n t o s e n s it iv o . P o d e m o s a g o r a d e s c r e v e r e d is -

m á r io e, a s s im , r e c e b e r a te n ç ã o c o n s c ie n t e . A s s e n s a ç õ e s d o lo r o s a s c e ss a m

r_m r : s r e c e p t o r e s r e s p o n s á v e is p e lo s s e n t i d o s g e r a is .

s o m e n te a p ó s o t é r m in o d a le s ã o te c id u a l. N o e n ta n to , a a d a p t a ç ã o c e n tra l p o d e r e d u z ir a

percepção d a

d o r e n q u a n to o s re c e p to re s d e d o r a in d a e s ­

t i v e r e m a t iv o s .

r '

REVISÃO DOS CONCEITOS

A s sen saçõ es d e

: aos diferentes de estímulos podem ativar as terminações nervosas

:

dor lenta,

ou

dor em queimação o u dor crônica, r e ­

s u l t a m d o m e s m o t i p o d e le s ã o q u e c a u s a a s e n s a ç ã o d e d o r a g u d a . P o r

tv r p r ?

1 Z'~T'^'ze receptores tônicos e fásicos. 1 O z^eé sensação? x ; je sensações são agrupadas sob a denominação "sentidos gerais"? Veja a s e ç ã o de R esp o stas na p arte final do livro.

3s sentidos gerais í r e c e p t o r e s p a r a o s s e n t id o s g e r a i s e s t ã o d i s t r i b u í d o s p o r t o d o o c o r p o p o s s u e m u m a e s t r u t u r a r e l a t i v a m e n t e s i m p le s . U m a c l a s s i f i c a ç ã o e s q u e s ít t c u s i m p le s o s d i v i d e e m

exteroceptores, proprioceptores e interoceptores.

exteroceptores f o r n e c e m i n f o r m a ç ã o rorrioceptores c o n t r o l a m a p o s i ç ã o d o

a r e s p e it o d o m e i o a m b ie n t e , o s co rp o e os

interoceptores c o n -

tn a s c o n d i ç õ e s n o i n t e r i o r d o o r g a n i s m o . Um

't e m a d e c l a s s if ic a ç ã o m a is d e t a lh a d o d i v i d e o s r e c e p t o r e s s e n -

r r ; c e r a r s e m q u a t r o t i p o s , d e a c o r d o c o m a n a t u r e z a d o e s t ím u lo q u e > Q iQ tá l

1

I

: nociceptores ( noceo, p r e ju d i c a r )

r e s p o n d e m a u m a d iv e r s id a d e d e

: st m u l o s , g e r a l m e n t e a s s o c i a d o s c o m l e s ã o t e c i d u a l . A a t i v a ç ã o d o s r e c e p to re s c a u s a a s e n sa ç ã o d e d o r.

2.

termorreceptores r e s p o n d e m a m u d a n ç a s n a t e m p e r a t u r a . mecanorreceptores s ã o e s t i m u la d o s o u i n i b i d o s p o r d e f o r m a ç ã o , ; : m a t o o u p r e s s ã o n a s m e m b r a n a s p l a s m á t ic a s .

quimiorreceptores

c o n t r o la m a c o m p o s iç ã o q u ím ic a d o s líq u i-

5 s d o c o r p o e r e s p o n d e m à p r e s e n ç a d e m o l é c u la s e s p e c ífic a s .

Estômago Intestino delgado Apêndice vermiforme Colo

l a c a rip o d e re c e p to r te m c a ra c te rís tic a s e s tr u tu r a is e fu n c io n a is nicA> Y c ; é n o t a r á q u e a lg u n s r e c e p t o r e s t á t e i s e m e c a n o r r e c e p t o r e s s ã o e n t r n c a d o s p o r e p ô n im o s (n o m e s c é le b r e s ). A tu a lm e n t e , o s a n a to m is ta s — p r c ? : n d o a lt e r n a t iv a s d if e r e n c ia d a s p a r a e s s e s n o m e s , a in d a q u e n ã o ti» c c rr s e n s o n e m p a d r o n i z a ç ã o . S i g n i f i c a t i v a m e n t e ,

nenhum d o s

nom es

t e n t a t i v o s t e m s id o a m p l a m e n t e a c e it o n a l i t e r a t u r a p r i m á r i a ( j o r n a i s i

r e v i s t a s p r o f i s s i o n a i s , t é c n ic a s o u c l ín i c a s ) . P a r a e v i t a r m a i s c o n f u s ã o ,

Figura 18.2

Dor referida.

Sensações de dor originadas em vísceras são freqüentemente percebidas como se envolvessem regiões específicas da superfície do corpo inervadas pelos mes­ mos nervos espinais.

C a p ít u l o 18 • O S is te m a N e rv o s o : S e n tid o s G e ra is e E s p e c ia is

e x e m p lo , u m c o r t e n a m ã o p r o d u z u m a i m e d i a t a c o n s c i ê n c i a d e d o r a g u d a ,

Nota clínica

s e g u id a a lg u m t e m p o d e p o is p e lo p a d e c im e n t o d a d o r le n ta . A s s e n s a ç õ e s d e d o r c r ô n ic a c a u s a m a a tiv a ç ã o g e n e r a liz a d a d a fo r m a ç ã o r e t ic u la r e d o t á l a m o . O i n d i v í d u o s e c o n s c i e n t i z a d a d o r , m a s t e m a p e n a s u m a i d é ia g e r a l d a á re a a fe t a d a . F r e q ü e n t e m e n t e , u m a p e s s o a q u e e x p e r im e n t a u m a s e n s a ­ ç ã o d e d o r le n ta p a lp a r á a á r e a n a te n ta tiv a d e lo c a liz a r a o r ig e m d a d o r. A s s e n sa ç õ e s d o lo r o s a s p r o v e n ie n te s d e v ís c e r a s s ã o c o n d u z id a s p o r n e r v o s s e n s it iv o s q u e a lc a n ç a m a m e d u la e s p in a l p e la r a iz p o s t e r io r d o s n e r v o s e s p in a is . E s s a s s e n s a ç õ e s d o lo r o s a s v is c e r a is s ã o q u a s e s e m p r e p e r ­ c e b id a s c o m o se fo s s e m o r ig in a d a s e m á re a s m a is s u p e r fic ia is , in e r v a d a s p o r e s s e s m e s m o s n e r v o s e s p i n a i s . O m e c a n i s m o p r e c i s o r e s p o n s á v e l p e la

dor referida

p e r m a n e c e d e s c o n h e c id o , m a s v á r io s e x e m p lo s c lín ic o s s ã o

m o s t r a d o s n a F ig u r a 1 8 . 2 . A d o r c a r d ía c a , p o r e x e m p lo , é fr e q ü e n t e m e n t e p e r c e b id a c o m o se tiv e s s e o r ig e m n a r e g iã o s u p e r io r d o t ó r a x o u n o b r a ç o esq u erd o .

Termorreceptores O s r e c e p t o r e s d e t e m p e r a t u r a s ã o e n c o n t r a d o s n a d e r m e d a p e le , n o s m ú s c u lo s e s q u e lé t ic o s , n o fíg a d o e n o h ip o t á la m o . O s r e c e p t o r e s d e fr io s ã o tr ê s a q u a t r o v e z e s m a is n u m e r o s o s d o q u e o s d e c a lo r. O s t e r m o r r e c e p to re s s ã o te r m in a ç õ e s n e r v o s a s liv r e s , e n ã o h á d ife r e n ç a s e s t r u t u r a is c o n h e c id a s e n t r e o s r e c e p t o r e s d e f r i o e d e c a lo r . A s s e n s a ç õ e s t é r m ic a s s ã o c o n d u z id a s p e la s m e s m a s v ia s q u e le v a m as s e n s a ç õ e s d o lo r o s a s . E la s s ã o t r a n s m it id a s à fo r m a ç ã o r e t ic u la r , a o tá la m o e (e m m e n o r e x t e n s ã o ) a o c ó r t e x s e n s it iv o p r im á r io . T e r m o r r e c e p t o r e s são r e c e p t o r e s f á s ic o s . E le s s ã o b e m a t iv o s e n q u a n t o a t e m p e r a t u r a e s tá r a r ia n d o , m a s r a p id a m e n t e s e a d a p t a m a u m a t e m p e r a t u r a e s tá v e l. Q u a n ­ do v o c ê e n t r a e m u m a s a la c o m a r - c o n d ic io n a d o e m u m d ia q u e n te d e r e r ã o o u e m u m a s a la c a la fe t a d a e m u m a n o it e fr ia d e o u t o n o , a t e m p e r a ­ tu r a i n i c i a l m e n t e p a r e c e d e s c o n f o r t á v e l , m a s o d e s c o n f o r t o d e s a p a r e c e à m e d id a q u e o c o r r e a a d a p t a ç ã o .

Mecanorreceptores 3 s m e c a n o r r e c e p t o r e s s ã o s e n s ív e is a e s t ím u lo s q u e e s tir a m , c o m p r i­ m em , to r c e m o u d e fo r m a m s u a s m e m b r a n a s p la s m á tic a s . H á trê s tip o s d e m e c a n o rre c e p to re s: ( 1 ) p ressão e v ib r a ç ã o ; (2 )

receptores táteis, q u e f o r n e c e m s e n s a ç õ e s d e barorreceptores (baro, p r e s s ã o ) , q u e d e t e c t a m

ta to , a lt e -

a ç õ e s d e p re ss ã o n a s p a re d e s d o s v a so s s a n g ü ín e o s e e m s e g m e n to s d o s r a to s d ig e s t ó r io , g e n it a l e u r in á r io ; e ( 3 )

proprioceptores, q u e

c o n tr o la m

is p o s i ç õ e s d e a r t i c u l a ç õ e s e m ú s c u l o s e s ã o o s r e c e p t o r e s s e n s i t i v o s g e r a i s n a is c o m p le x o s .

Receptores táteis [Figura 18.3/Tabela 18.1] ) s r e c e p t o r e s tá te is v a r ia m , e m c o m p le x id a d e e s tr u tu r a l, d e u m a s im >les t e r m i n a ç ã o n e r v o s a l i v r e a c o m p l e x o s s e n s o r i a i s e s p e c i a l i z a d o s , c o m é lu la s a c e s s ó r ia s e e s t r u t u r a s d e s u s t e n t a ç ã o .

ato epicrítico

Receptores de pressão

e

(ta to r e fin a d o ) fo r n e c e m in fo r m a ç ã o a c e rc a d a o r ig e m

Io e s t í m u l o , i n c l u i n d o s u a l o c a l i z a ç ã o e x a t a , f o r m a , t a m a n h o , t e x t u r a e

Dor aguda e crônica A s se n sa çõ e s d o lo ro sa s podem re s u lta ' c-e lesão tecidu al ou de irritação de um nervo sensitivo. A dor pode se ginar onde ela é percebida, se r referida de outro local, ou r e p r e s e i ' um falso sinal gerado ao longo da via sensitiva, o tratam ento d ife re e~ cada caso, e um diagnóstico preciso é o prim eiro passo essencial A dor aguda é o resultado de lesão tecidual; a causa é e v id e n a a : tratam ento local da lesão é tipicam e n te efetivo no alívio da dor. A s o _ ção m ais e ficaz é in te rro m p e ra lesão, ab olir a e stim u lação e s u p n ~ ' a; se n saçõ e s d olorosa s no local da lesão. A lesão tecidu al provoca c a r‘ : as m em branas plasm áticas das células. Um ácido graxo cham ado de a: : : aracd ôn ico escap a das m em branas lesadas e estim ula os n o c ic e p ::'e ; da área. A s se n s a ç õ e s d o lo ro sa s sã o su p rim id a s quando an estes : : s injetados ou c o lo ca d o s to p ica m e n te inativam os n o cice p to res p s a^ea c ircunvizinha. Drogas a n e s té s ica s tam b é m podem se r adm in strazas por outras vias. A dor crônica é m ais d ifícil de ca ra c te riza r e tratar. Ela nclu ' a d o r re la cio n a d a à lesão, que p e rsiste m esm o ap ós a rep araçãc ca e stru tura te cidu al lesada; (2) a dor provenie nte de d oe n ça c rô r :a a (3) a dor sem causa aparente. C om p on e n tes fisio ló g ico s e p sico ló g : : ; co m p lexo s tam bém e stão envolvidos. A dor crôn ica pode se r a r e n z a da por m e d ica çã o an tid ep re ssiva e an tie p ilé p tica. O aconse h a r e - :: p sicológ ico e o au m ento da atividade física fre qüentem ente au> ia~ : doente a fo ca liza r sua ate nção para o exterior, e não para o i n t e r : fo co no e xte rior pode d im inuir o nível de pe rce pção da d o r e r e d u z ' a quantidade de m ed ica çã o analgésica exigida. Em alguns casos, a d o r crôn ica e a dor aguda intensa p o c e ^ su prim idas por inibição central da via da dor. A nalg é sicos re la c io r a : : s a m orfina reduzem a d o r por im itação da ação de endorfm as. A p e rsa : : ã : da dor pode se r alterada, em bora a dor persista. Por exem plo, p a tie -te s sob a ação de m orfina relatam te r p e rce p ção das se n saçõ e s do orasas m as não ficam angustiados por causa delas. M é to d o s cirúrgico s pooese r usados para co n tro la r a dor intensa. Por exem plo, (1) a h e ^ .a ç ã : se n sitiva de um a área pode se r d e struída por co rre n te e lé trica (2 as raízes posteriore s que levam as se n sa çõ e s de dor podem se r s e c t : - ~ das (rizotomia), (3) os tratos ascen d en te s na m edula espinal po õ e~ lesados (cordotomia ou tratotomia) ou (4) centros talâ m ico s ou ~ c : : s podem se r e stim ulado s ou destruídos. Essas op çõ e s são usadas sc -n e rte quando os m étodo s clín ico s de co n tro le da dor não fornecem a . : Q uando usada para c o n tro la r a dor, a té cn ica ch in esa da acupun­ tura envo lve a inserção de agulhas finas em lo cais esp ecífico s. Essa; ag ulhas sã o esq u en ta da s ou giradas pelo terapeuta. Teorias su g e 'e ~ que o alívio da dor pode se r c o n se q ü ê n cia da liberação de e n d o r 'a s Não se sabe co m o a acup untu ra estim ula a liberação de e n d o rfn a c-s pontos de acupuntura não correspond em à distrib uição de q ualquer _-r dos principais nervos periféricos. M uitos outros asp e cto s da geração e do controle da dor p e m a 'a cem d e scon h e cid os. A té 30% d os p a cie n te s que re ceb e m m e d íca çã : inócua (placebo) e xp e rim e n ta m d e p o is um a sig n ifica tiva re d uçã o da dor. Tem sid o su gerido que este efeito placebo é resultado da liberação de endorfinas, provocada pela e xp e ctativ a de alívio da dor. Em bora a m ed ica çã o não tenha efeito direto, o efeito indireto pode se r b e r rra-cante e c o m p lica r a avaliação de drogas analgésicas.

n o v im e n to . E s s e s r e c e p t o r e s s ã o e x t r e m a m e n te s e n s ív e is e tê m c a m p o s e c e p to re s r e la tiv a m e n te lim ita d o s .

>ático

Receptores de pressão

e

tato proto-

( ta to g r o s s e ir o ) fo r n e c e m lo c a liz a ç ã o im p r e c is a e p o u c a in fo r m a s e n s it iv a s , a s r a m ific a ç õ e s d e n d r ít ic a s p e n e t r a m n a e p id e r m e e fa z e m cc

ã o s u p le m e n t a r a r e s p e ito d o e s t ím u lo . A F i g u r a 1 8 . 3 m o s t r a s e i s d i f e r e n t e s t i p o s d e r e c e p t o r e s t á t e is n a p e le .

receptores não-encapsulados t á t i l e p l e x o d o f o l í c u l o p i l o s o ) e recep-

le s p o d e m s e r s u b d iv id id o s e m d o is g r u p o s : t e r m in a ç õ e s n e r v o s a s liv r e s , d is c o

ores encapsulados ( c o r p ú s c u l o

tá til, c o r p ú s c u lo d e R u ffin i e c o r p ú s c u lo

ta to c o m a s

células de Merkel, s i t u a d a s

n o e s tra to g e r m in a tiv o .

C a d a c é lu la d e M e r k e l s e c o m u n ic a c o m u m n e u r ô n io s e n s it iv o p o r m e ie d e u m a s in a p s e v e s ic u la r q u e e n v o lv e u m a t e r m in a ç ã o n e r v o s a d i l a t o u c o n h e c id a c o m o

disco tátil

(tam b ém ch a m a d o d e

disco de Merkel

F ig u ­

ra 1 8 . 3 b ) . A s c é lu la s d e M e r k e l s ã o s e n s ív e is a o ta to e p ic r ític o e à p r e ^ s l :

im e la r ).

E la s s ã o t o n ic a m e n t e a tiv a s , e x t r e m a m e n t e s e n s ív e is e t ê m c a m p o s r e c e r -

leceptores não-encapsulados

vres s ã o

(F ig u r a 1 8 .3 a - c ]

As

terminações nervosas

c o m u n s n a c a m a d a p a p ila r d a d e r m e (F ig u r a 1 8 .3 a ) . N a s á rea s

to re s lim ita d o s . A s te r m in a ç õ e s n e r v o s a s liv r e s ta m b é m e s tã o a s s o c :a d ; a o s p le x o s d o s fo líc u lo s p ilo s o s .

474

O SISTEMA NERVOSO

Células de Merkel

Disco tátil

(b) Células de Merkel e discos táteis

Células de Merkel e discos táteis

(a) Terminações nervosas livres

Corpúsculos táteis

Terminação nervosa livre

(c) Terminações nervosas livres do plexo do folículo piloso

Corpúsculo tátil

Corpúsculo de Ruffini

Epiderme

Corpúsculo lamelar Plexo do folículo piloso

Derme Processo dendrítico Células acessórias (fibrócitos especializados)

Camadas concêntricas (lamelas) de fibras colágenas separadas por líquido

Camadas concêntricas (lamelas) de fibras colágenas separadas por líquido

Fibras Fibra nervosa colágenas sensitiva

Nervos sensitivos

Derme

C ápsula------Células acessórias

Processo dendrítico

Dendritos

Fibra nervos^ sensitiva

:■*) Corpúsculo lamelar

g-' a 18 3

(e) Corpúsculo de Ruffini

(d) Corpúsculo tátil

Receptores táteis na pele.

:c a fiz a ç ã o e o a s p e c to h is to ló g ico geral de s e is im p o rta n te s re c e p to re s táteis. (a) T e rm in ação n e rvo sa livre, (b) C é lu la s de M e rk e l e d is c o s táte is. (c) T e rm in a çõ e s r - . c s a s v re s d o p le x o d o fo líc u lo piloso. (d) C o rp ú s c u lo tátil; o s lim ite s da c áp su la, na m icrogra fia, e stã o in d ic a d o s pe la linha pon tilh a da . (M L x 550) (e) C o rp ú sc u lo r" (f) C o rp ú sc u lo lam elar. (M L x 125)

475

C a p ítu lo 1 8 * 0 S iste m a N e rv o s o : S e n tid o s G e ra is e E sp e cia is

A s te r m in a ç õ e s n e r v o s a s liv r e s d o

piloso

plexo do folículo

TABELA 18.1

Receptores de tato e pressão

c o n tr o la m as d e fo r m a ç õ e s e o s m o v im e n to s d o s

p ê lo s s o b r e a s u p e r f í c i e d o c o r p o

(Figura 18.3c).

Q uando

o p ê lo é d e s l o c a d o , o m o v i m e n t o d o f o l í c u l o p i l o s o d e f o r ­

Sensação

Receptor

Tato epicrítico

j Terminação nervosa livre Disco tátil Plexo do folículo piloso

m a o s d e n d r i t o s s e n s it iv o s e p r o d u z p o t e n c i a i s d e a ç ã o n a s fib r a s s e n s it iv a s a fe r e n te s . E ste s r e c e p to r e s s e a d a p t a m r a ­ p i d a m e n t e , m o t i v o p e lo q u a l d e t e c t a m m e l h o r o c o n t a t o

Responde a Leve contato com a pele Idem ao anterior Contato inicial com a haste do pêlo

i n i c i a l e o s m o v i m e n t o s s u b s e q ü e n t e s . P o r e x e m p lo , m u it a s

Pressão e vibração j Corpúsculo tátil ; Corpúsculo lamelar

Contato inicial e vibrações de baixa freqüência Contato inicial (profundo) e vibrações de alta frtx_- -.

p e sso a s s o m e n te se n te m su a s r o u p a s q u a n d o e stã o se m o ­

Pressão profunda

Distensão e deformação da derme

Corpúsculo de Ruffini

v e n d o o u q u a n d o e la s f o c a m c o n s c ie n t e m e n t e s u a a t e n ç ã o n a s s e n s a ç õ e s t á t e is p r o v e n ie n t e s d a p e le .

Barorreceptores [Figura 18.4] Receptores encapsulados [Figura 18.3d-fe Tabela 18.1] Oscorpúsculos táteis, g r a n d e s e o v a is ( t a m b é m c h a m a d o s d e corpúsculos de Meissner), s ã o e n c o n t r a d o s o n d e a s e n s i b i l i d a d e tá t il é e x t r e m a m e n t e b e m d e s e n v o l ­ v id a

(Figura 18.3d).

E le s s ã o e s p e c i a l m e n t e c o m u n s n a s p á l p e b r a s , n o s

barorreceptores

Os

s ã o r e c e p t o r e s d e d is t e n s ã o q u e c o n t r o l a m a s r r _ r a -

ç a s d e p r e s s ã o . O s r e c e p t o r e s c o n s is t e m e m t e r m i n a ç õ e s n e r v o s a s l i v r e s : _ e s e r a m i f i c a m n o i n t e r i o r d o s t e c i d o s e lá s t ic o s d a s p a r e d e s d e u m a v í s c e r a o c a , d e u m v a s o s a n g ü í n e o o u d o t r a t o r e s p i r a t ó r i o , d i g e s t ó r i o o u u r ir .a r . :

lá b io s , n a s e x t r e m id a d e s d o s d e d o s , n a s p a p ila s m a m á r ia s e n o s ó r g ã o s

Q u a n d o a p r e s s ã o s e a lt e r a , a s p a r e d e s e lá s t ic a s d e s t e s t u b o s o u ó r g ã : s >e : - -

g e n ita is e x t e r n o s . O s d e n d r it o s n e le s p r e s e n te s s ã o m u it o c o n to r c id o s , e n ­

te n d e m o u s e e s p r e m e m . E s t a s m u d a n ç a s n a f o r m a d o s ó r g ã o s d e f o r r a —

tr e la ç a d o s e r o d e a d o s p o r c é lu la s d e S c h w a n n m o d ific a d a s . U m a c á p s u la

r a m i f i c a ç õ e s d e n d r í t i c a s e a lt e r a m a t a x a d e g e r a ç ã o d e p o t e n c i a i s d e _ ; i :

f i b r o s a e n v o l v e t o d o o c o m p l e x o e o f i x a n a d e r m e . O s c o r p ú s c u l o s t á t e is

O s b a r o r r e c e p t o r e s r e s p o n d e m im e d i a t a m e n t e à m u d a n ç a n a p r e s ? I :

d e t e c t a m o t o q u e l e v e , o m o v i m e n t o e a v i b r a ç ã o ; e le s s e a d a p t a m a o e s t í ­ m u lo p o u c o s s e g u n d o s a p ó s o c o n ta to . Os

corpúsculos de Ruffini,

O s b a r o r r e c e p to r e s c o n tr o la m a p r e s s ã o s a n g ü ín e a n a s p a r e d r - d p r in c ip a is v a s ò s , in c lu in d o a a r té r ia c a r ó tid a (n o

l o c a li z a d o s n a d e r m e , t a m b é m s ã o s e n ­

(n o

seio da aorta). A

seio carótico

e a

zorzz

in fo r m a ç ã o fo r n e c id a p o r esses b a r o r r e c e p to r e s e x e r­

s ív e is à p r e s s ã o e d e f o r m a ç ã o d a p e le , m a s s ã o t o n i c a m e n t e a t iv o s e m o s ­

c e o p r i n c i p a l p a p e l n a r e g u la ç ã o d a f u n ç ã o c a r d í a c a e n o a ju s t e d c

tr a m p o u c a o u n e n h u m a a d a p t a ç ã o . A c á p s u la c ir c u n d a u m n ú c le o d e

s a n g ü í n e o p a r a o s t e c i d o s v i t a i s . O s b a r o r r e c e p t o r e s n o s p u l m õ e s e : r _ :r : -

f i b r a s c o l á g e n a s c o n t í n u a s c o m a s d a d e r m e a d ja c e n t e , e o s d e n d r i t o s , n o

la m o g r a u d e e x p a n s ã o p u lm o n a r . E s ta in fo r m a ç ã o é r e t r a n s m iti c a a

in te r io r d a c á p s u la , e s tã o e n t r e la ç a d o s a o r e d o r d e ss a s fib r a s c o lá g e n a s

c e n tro r ítm ic o r e s p ir a tó r io , q u e in s titu i o r itm o d a r e s p ir a ç ã o . O s b a r e r -

(Figura 18.3e).

Q u a lq u e r te n sã o o u d is to r ç ã o d a d e r m e a r r a s ta o u to rc e

_

re c e p to re s n o s tr a to s d ig e s tó r io e u r in á r io d e s e n c a d e ia m u m a d iv e r s ic a i -

Figura

a s f i b r a s c o l á g e n a s n o i n t e r i o r d a c á p s u l a , e e s t a m u d a n ç a e s t ir a o u c o m ­

d e r e f le x o s v i s c e r a i s , c o m o a m i c ç ã o . A

p r i m e o s d e n d r i t o s n e l a s f i x a d o s , a lt e r a n d o a a t i v i d a d e n a f i b r a s e n s it i v a

l o c a li z a ç õ e s e f u n ç õ e s d e b a r o r r e c e p t o r e s .

1 8 . 4 m o s t r a e x e i r .r

s : -

a fe r e n t e m i e l í n i c a . Os

corpúsculos lamelares

Paccini) s ã o 18.3f).

(tam b ém ch a m a d o s de

corpúsculos de

r e c e p to re s e n c a p s u la d o s c o n s id e r a v e lm e n te m a io r e s

(Figura

O s p r o c e s s o s d e n d r ít ic o s se lo c a liz a m n o in t e r io r d e u m a s é r ie d e

Proprioceptores proprioceptores c o n t r o la m

Os

a p o s iç ã o d a s a r t ic u la ç õ e s , a te n s ã o n o s : e r ; : e s

e lig a m e n t o s e o g r a u d e c o n t r a ç ã o m u s c u la r . E m g e r a l, o s p r o p n c c e r : : re s

fusos musculares s ã o

c a m a d a s c e lu la r e s c o n c ê n tr ic a s . E s s a s c a m a d a s p r o te g e m o s d e n d r it o s d e

n ã o s e a d a p t a m a e s t ím u lo s c o n s ta n t e s . O s

q u a l q u e r f o n t e v i r t u a l d e e s t í m u l o q u e n ã o s e j a a p r e s s ã o d ir e t a . O s c o r ­

t o r e s q u e c o n t r o l a m o c o m p r i m e n t o d e m ú s c u lo s e s q u e lé t ic o s .

p ú s c u l o s l a m e la r e s r e s p o n d e m à p r e s s ã o p r o f u n d a , m a s s ã o m u i t o m a i s

Os

órgãos tendíneos (de Golgi)

p r o r r ic e r ca

-

c o n tr o la m a te n sã o n o s te n d õ e s a _ n

s e n s ív e is a e s t í m u lo s p u l s á t e is o u v ib r á t e i s . E m b o r a o s c o r p ú s c u l o s l a m e ­

a c o n t r a ç ã o m u s c u la r . A s c á p s u la s a r t i c u la r e s s ã o r i c a m e n t e s u p r i r a -

la re s e o s c o r p ú s c u lo s d e R u ffin i r e s p o n d a m à p r e s s ã o , o s c o r p ú s c u lo s la ­

t e r m i n a ç õ e s n e r v o s a s liv r e s q u e d e t e c t a m te n s ã o , p r e s s ã o e m o v i r r . e r r : : -

m e l a r e s s e a d a p t a m r a p i d a m e n t e , e n q u a n t o o s c o r p ú s c u l o s d e R u f f i n i se

a r t ic u la ç ã o . O s e n s o d e p o s i ç ã o c o r p o r a l r e s u lta d a i n t e g r a ç ã o d a i n í o r m a : :

a d a p t a m d e m o d o m a is le n t o . E s t e s r e c e p t o r e s e s t ã o d i s t r i b u í d o s p o r t o d a

d e s s e s p r o p r io c e p t o r e s c o m a in f o r m a ç ã o d a o r e lh a in te r n a .

a d e r m e , p r in c ip a lm e n te n o s d e d o s , n a s m a m a s e n o s ó r g ã o s g e n ita is e x ­ t e r n o s . E le s t a m b é m s ã o e n c o n t r a d o s n a s f á s c ia s s u p e r f i c i a i s e p r o f u n d a s , n o p e r ió s te o , n a s c á p s u la s a r tic u la r e s , n o m e s e n t é r io , n o p â n c r e a s e n a s p a re d e s d a u r e tr a e d a b e x ig a u r in á r ia . A T a b e la 1 8 . 1 r e s u m e a s f u n ç õ e s e a s c a r a c t e r ís t ic a s d o s s e is r e c e p t o r e s t á te is d i s c u t i d o s . A d is t r ib u iç ã o d a s s e n s a ç õ e s t á te is p a r a o S N C o c o r r e p o r m e io d o f u n í c u l o p o s t e r i o r d a m e d u l a e s p in a l e p e lo s t r a t o s e s p in o t a l â m i cos.

p á g . 4 3 2 A s e n s ib ilid a d e tá t il p o d e s e r a lt e r a d a p o r i n f e c ç ã o p e r i f é ­

Quimiorreceptores [Figura 18.5] Os

n e u r ô n io s e s p e c ia liz a d o s q u e p o d e m d e re a ra r

c o s e s p e c ífic o s . E m g e r a l, o s q u im io r r e c e p to r e s r e s p o n d e m a p e n a s a s u e s ­ tâ n c ia s h id r o s s o lú v e is o u lip o s s o lú v e is q u e e s tã o d is s o lv id a s n o liq u ió c q u e o s c ir c u n d a . A s l o c a li z a ç õ e s d e i m p o r t a n t e s q u i m i o r r e c e p t o r e s e s t ã o i n d i c a r a? r a

r ic a , d o e n ç a s e le s ã o d a s f ib r a s s e n s it iv a s a fe r e n t e s o u d a s v ia s c e n t r a is , e h á te ste s c l ín ic o s m u i t o im p o r t a n t e s p a r a a v a l ia r a s e n s ib il id a d e tá til.

quimiorreceptores s ã o

p e q u e n a s d i f e r e n ç a s n a c o n c e n t r a ç ã o d e s u b s t â n c ia s e c o m p o s t o s q u í m i ­

Figura

1 8 . 5 . N e u r ô n io s n o s c e n tr o s r e s p ir a tó r io s d o e n c é fa lo r e s p o n c e — a

c o n c e n tr a ç ã o d e ío n s d e h id r o g ê n io ( p H ) e d e d ió x id o d e c a r b o n o

?

t

n o líq u id o c e r e b r o s p in a l. N e u r ô n io s q u im io r r e c e p to r e s s ã o e n c o n t r a r i >

Ci REVISÃO DOS CONCEITOS

no

glomo carótico, p r ó x i m o à o r i g e m d a s a r t é r i a s c a r ó t i d a s glomos para-aórticos, s i t u a d o s

c a d a la d o d o p e sc o ç o , e n o s

in t e r r .a s . r e e n tre os ra ­

Quando os nociceptores da sua mão são estimulados, que sensação você

m o s p r in c ip a is d o a r c o d a a o rta . E ste s re c e p to re s c o n tr o la m a s c o n c e r r r c -

percebe? 0 que acontece com um indivíduo se a informação dos proprioceptores no membro inferior for impedida de alcançar o SNC? Quais são os três tipos de mecanorreceptores?

A s fib r a s s e n s itiv a s a fe r e n te s q u e p a r te m d o g lo m o c a r ó tic o e d o s g l o m : -

veja a seção de Respostas na parte final do livro.

ç õ e s d e d i ó x i d o d e c a r b o n o ( P c o 2) e

o x i g ê n i o ( P q 2) d o s a n g u e a r t é r i a

p a r a - a ó r t ic o s a lc a n ç a m o s c e n tr o s r e s p ir a t ó r io s p o r m e io d o n o n o e r d é c i m o n e r v o s c r a n i a n o s ( g l o s s o f a r í n g e o e v a g o , r e s p e c t i v a m e n t e ). E s s e s q u i m i o r r e c e p t o r e s t ê m u m i m p o r t a n t e p a p e l n o c o n t r o l e r e f le x o d a r e s r :r a ç ã o e d a f u n ç ã o c a r d i o v a s c u la r .

O S IS T E M A N E R V O S O

B A R O R R E C E P T O R E S DO SEIO CARÓTICO E DO SEIO DA AORTA F o rn e c e m in fo rm a ç ã o a c e r c a d a p r e s s ã o s a n g ü ín e a a o s c e n t r o s d e c o n tro le c a r d io v a s c u la r e re s p ira tó rio

B A R O R R E C E P T O R E S DO PULMÃO B A R O R R E C E P T O R E S DO TRATO DIGESTÓRIO

F o rn e c e m in fo rm a ç ã o a c e rc a d a e x p a n s ã o p u lm o n a r a o s c e n tro s rítm ic o s re s p ira tó rio s p a ra o c o n tro le d a fre q ü ê n c ia re s p ira tó ria

F o rn e c e m in fo rm a ç ã o a c e r c a d o v o lu m e d o c o n t e ú d o n o s s e g m e n to s d o tra to, p r o v o c a n d o re fle x o s d e m o v im e n ta ç ã o d o s m a te ria is a o lo n g o d o tra to

B A R O R R E C E P T O R E S DO COLO B A R O R R E C E P T O R E S DA PAREDE DA BEXIGA URINÁRIA

F o rn e c e m in fo rm a ç ã o a c e r c a d o v o lu m e d o m a te ria l fe c a l n o c o lo , p r o v o c a n d o o re fle x o d e d e fe c a ç ã o

F o rn e c e m in fo rm a ç ã o a c e r c a d o v o lu m e d a b e x ig a urinária, p r o v o c a n d o o re fle x o d e m ic ç ã o

= 5 -ra 18 4 :

Barorreceptores e a regulação de funções autonômicas.

3 Dôrorreceptores fornecem

inform ação essencial para a regulação de atividades autonômicas, incluindo respiração, digestão, m icção e defecação.

N e u rô n io s q u im io rr e c e p to r e s

Q U IM IO RRECEPTO RES NOS E PRÓ XIM O S AO S C EN T R O S RESPIRA TÓ RIO S DO BU LBO

D e s e n c a d e ia m a ju s te s re fle x o s na p r o fu n d id a d e e n a fre q ü ê n c ia d a re s p ira ç ã o

S e n s ív e is à s a lte ra ç õ e s n o p H e n a P C02 n o líq u id o c e r e b ro s p in a l

Q U IM IO RRECEPTO RES DOS GLO M OS CARÓ TICO S S e n s ív e is à s a lte ra ç õ e s n o pH , e P o 2 no sangue

Q U IM IO RRECEPTO RES DOS GLO M O S PARA-AÓ RTICO S S e n s ív e is à s a lte ra ç õ e s n o pH ,

V ia n e rv o c ra n ia n o IX

V ia n e rv o c ra n ia n o X

D e s e n c a d e ia m a ju s te s re fle x o s n a a tiv id a d e re s p ira tó ria e c a r d io v a s c u la r

pco2 e po2 n o s a n g u e

GLOMO CARÓTICO =

18.5

Quimlorreceptores.

j s Z'j. ^ iorreceptores são encontrados no interior do SNC, na superfície ventrolateral do bulbo e nos glom os carótico e para-aórticos. Estes receptores estão en: ,'oos na regulação autonôm ica das funções respiratória e cardiovascular. A micrografia mostra o aspecto histológico dos neurônios quim iorreceptores no glomo 13TZZZO M L x 1.500)

C a p It u lo 18 • O S is te m a N e rv o s o : S e n tid o s G e ra is e E s p e c ia is

O olfato (olfação)

O s e n tid o d o o lfa t o , t a m b é m c h a m a d o d e

órgãos olfatórios.

o l f a t ó r i a p r o e m i n e n t e q u e s e p r o je t a a lé m d a s u p e r fíc ie e p it e lia l p a :^

[Figura 18.6] olfação,

in te r io r d a c a v id a d e n a sa l

E s s e s ó r g ã o s e s tã o lo c a liz a d o s n a c a v id a d e n a s a l, d e

a m p la s s u p e r fíc ie s a o s c o m p o s t o s q u ím ic o s d is s o lv id o s . A lg o e n t r e l " -

(Figura 18.6)

c o n s is t e m

2 0 m ilh õ e s d e c é lu la s r e c e p t o r a s o lfa t ó r ia s se c o n c e n t r a m e m u m a ir ^ :

n o s e g u in t e :

c o m c e r c a d e 5 c m '. A r e c e p ç ã o d o o lfa t o o c o r r e n a s u p e r fíc ie d e _ ~

U m n e u r o e p i t é l i o e s p e c i a l i z a d o , o epitélio olfatório, q u e c o n t é m receptores olfatórios, células de sustentação e células basais (

E sta p r o je ç ã o fo r n e c e u m ; t i - :

p a r a q u e a té 2 0 c ílio s se p r o lo n g u e m n o m u c o a d ja c e n te , e x p o n d o í _ í >

c a d a la d o d o s e p t o n a s a l. O s ó r g ã o s o lf a t ó r io s



(Figura 18.6b).

é s u p r id o p o r d o is

c ílio o lfa t ó r io , p o r m e io d a lig a ç ã o a re c e p to r e s d e m e m b r a n a e s p e c i£ c o s . Q u a n d o a s u b s t â n c ia o d o r ífic a s e lig a a o s e u r e c e p t o r , o r e c e p to r c e m e m b r a n a s e d e s p o l a r i z a . I s s o p o d e p r o v o c a r u m p o t e n c i a l d e a ç i : r.

células-tronco).

a x ô n io d o r e c e p to r o lfa t ó r io . ■

U m a c a m a d a s u b ja c e n te d e te c id o c o n e c tiv o fr o u x o , c o n h e c id a com o

lâmina própria. E s s a

rias,

ta m b é m c h a m a d a s d e

c a m a d a c o n té m ( 1 )

glândulas olfató-

glândulas de Bowman, q u e

p ro d u zem

O s is te m a o lfa t ó r io é m u it o s e n s ív e l. S ó q u a t r o m o lé c u la s d e u m a s u b s ­

u m m u c o p ig m e n t a d o e s p e ss o ; (2 ) v a s o s s a n g ü ín e o s ; e (3 ) n e rv o s .

tâ n c ia o d o r ífic a p o d e m a tiv a r u m r e c e p t o r o lfa t ó r io . E n tr e t a n t o , a a tiv a ­

O e p ité lio o lfa t ó r io r e c o b r e a s u p e r fíc ie in fe r io r d a lâ m in a c r ib r ifo r m e

ç ã o d e u m a f i b r a s e n s i t i v a a f e r e n t e n ã o g a r a n t e a p e r c e p ç ã o d o e s t í m ■_!

e as p a rte s s u p e r io r e s d o s e p to n a s a l e d a c o n c h a n a s a l s u p e rio r.

U m a c o n s id e r á v e l d iv e rg ê n c ia o c o r r e a o lo n g o d a v ia o lfa t ó r ia , e a

Q u a n d o o a r é in a la d o e a tr a v e s s a a c a v id a d e n a s a l, a s c o n c h a s n a s a is p r o v o c a m u m flu x o a é re o t u r b ilh o n a d o q u e c o lo c a o s c o m p o s t o s c a r r e g a ­ d o s p e lo a r e m c o n t a t o c o m o s ó r g ã o s o lfa t ó r io s . U m a in s p ir a ç ã o n o r m a l, re la x a d a , o fe r e c e a p e n a s u m a p e q u e n a a m o s t r a d o a r in a la d o (c e rc a d e 2 % ) p a r a o s ó r g ã o s o lfa t ó r io s . F u n g a r r e p e tid a m e n t e a u m e n t a o flu x o d e i r a tr a v é s d o e p it é lio o lfa t ó r io , in t e n s ific a n d o a e s t im u la ç ã o d o s r e c e p t o ­ res o lfa t ó r io s . U m a v e z q u e o s c o m p o s t o s a tin ja m o s ó r g ã o s o lfa t ó r io s , o s m a te r ia is h id r o s s o lú v e is e lip o s s o lú v e is d e v e m se d ifu n d ir n o m u c o a n te s

Vias olfatórias [Figura 18.6]

iü iíi-

ç ã o d e s in a p s e s in te r m e d iá r ia s p o d e e v it a r q u e a s s e n s a ç õ e s c h e g u e ~

i :

c ó r t e x c e r e b r a l. O s a x ô n io s q u e p a r t e m d o e p ité lio o lfa t ó r io se r e ú n e m e m 2 0 o u n ii_ i fe ix e s q u e a t r a v e s s a m a lâ m in a c r ib r if o r m e d o e t m ó id e p a r a f a z e r e ~ n a p se c o m n e u r ô n io s n o b u lb o o lfa t ó r io

(Figura 18.6).

E sta r e u n il: i r

fe ix e s n e r v o s o s c o n s t it u i o p r im e ir o n e r v o c r a n ia n o ( N I ) . O s a xÔ E L : 5 i r s e g u n d a o r d e m n o b u lb o o lfa t ó r io c a m in h a m p e lo t r a t o o lfa t ó r io a lc a n ç a r e m o c ó r t e x o lfa t ó r io , o h ip o t á la m o e p a r te s d o s is te m a lim b : :

d e p o d e r e m e s t im u la r o s r e c e p t o r e s o lfa t ó r io s .

A s s e n s a ç õ e s o lfa t ó r ia s s ã o a s ú n ic a s s e n s a ç õ e s q u e a lc a n ç a m o c : r t e i c e r e b r a l s e m fa z e r e m s in a p s e n o tá la m o . A s e x te n s a s c o n e x õ e s h m t ;

Receptores olfatórios [Figura 18.6b]

e h ip o t a lâ m ic a s a ju d a m a e x p lic a r a s r e s p o s ta s e m o c io n a is e c o m i : r*r -

A s c é lu la s r e c e p t o r a s o lfa t ó r ia s s ã o n e u r ô n io s a lt a m e n t e m o d ific a d o s .

m e n t a is p r o fu n d a s q u e p o d e m s e r p r o d u z id a s p o r c e r to s o d o re s - cc m

A p a r t e a p ic a l d e c a d a c é lu la r e c e p t o r a , d e n d r ít ic a , f o r m a u m a v e s íc u la

p e rfu m e s.

Ao bulbo olfatório Bulbo olfatório Fibras do nervo olfatório (N I) Trato olfatório Lâmina cribriforme do etmóide

Epitélio olfatório

Glândula Célula basal regenerativa; olfatória divide-se para substituir céc filiformes (filutn, f i o ) , fungiformes (fungus, c o g u m e l o ) e cir cunvaladas ( circum, a o r e d o r + vallum, p a r e d e ) . H á d i f e r e n ç a s r e g io r m . n a d i s t r i b u i ç ã o d a s p a p i l a s (Figura 18.7a). das de

h um ano:

de d e te c ta r o d o r e s e m b a ix a c o n c e n tra ç ã o . E sta d im in u iç ã o n o n ú m e r o d e r e c e p t o r e s é r e s p o n s á v e l p e la t e n d ê n c i a d a n o s s a a v ó d e c o l o c a r p e r f u ­ m e em e x c e s so e e x p lic a p o r q u e a lo ç ã o p ó s -b a r b a d o n o s s o a v ô p a re c e ti

e x a g e r a d a ; é p o r q u e e le s p r e c i s a m a p l i c a r m a is p a r a s e r e m c a p a z e s d e

s e n tir o o d o r.

R e c e p to r e s d e s g u a (faringe)

* N. de R.T. Em alguns textos, principalmente de fisiologia, recebem o nome de botões gustai: : ** N. de R.T. Na Terminologia Anatômica, estão consignadas quatro papilas linguais. Alen das três papilas dorsais mencionadas no texto, há ainda as papilas folhadas, nas margens d língua.

Um am i

C a líc u lo s g u s ta tó r io s C a líc u lo s g u s ta tó r io s

P a p ila c ir c u n v a la d a

P a p ila fu n g ifo rm e

N ú c le o s d a s c é lu la s g u s ta tó r ia s N ú c le o s d a s c é lu la s b a s a is

C é lu la d e tra n s iç ã o

C é lu la g u s ta tó ria

C é lu la C ílio s g u s ta tó rio s (m icro v ilo s) P a p ila filifo rm e

P o ro g u s ta tó rio

(b)

(c) F igjra18.7

Recepção gustatória.

(a) Os receptores gustatórios são encontrados em calículos gustatórios, que formam bolsas no epitélio das papilas fungiformes e circunvaladas. (b) Papilas na super : e da língua, (c) Histologia de um calículo gustatório, mostrando células receptoras e células de sustentação. A vista esquemática mostra detalhes do poro gustatóric "âo .isível na micrografia de luz. (MLs x 280 [superior] e x 650 [inferior])

479

C a p ítu lo 18 • O S iste m a N e rv o s o : S e n tid o s G e ra is e E sp e cia is

Receptores gustatórios [ F i g u r a

18 .7 b ,c ]

- re c e p to re s g u s ta tó r io s e stã o a g r u p a d o s e m m a liz a d o s

(Figura 18.7b,c).

calículos gustatórios

in d i-

C a d a c a l íc u l o g u s t a t ó r io c o n t é m a p r o x i m a -

u m e n t e 4 0 d e li c a d o s r e c e p t o r e s , c h a m a d o s d e

células gustatórias.

C ada

- - ííc u lo g u s t a t ó r i o c o n t é m p e lo m e n o s tr ê s t ip o s d e c é lu la s g u s t a t ó r ia s d i f e ­ ren tes, a lé m d a s

células basais, q u e

sã o p ro v a v e lm e n te c é lu la s -tro n c o . U m a

Córtex

; .u la g u s t a t ó r i a t íp ic a p e r m a n e c e ín t e g r a p o r a p e n a s 1 0 a 1 2 d ia s . O s c a lí-

g u s ta tó rio

a ik ts g u s t a t ó r io s e s tã o i m p l a n t a d o s n o e p it é lio a d ja c e n t e e is o la d o s d o c o n e j d o r e la t iv a m e n t e n ã o - p r o c e s s a d o d a b o c a . C a d a c é lu la g u s t a t ó r ia e s te n d e id i c a d o s m i c r o v i l o s , a lg u m a s v e z e s c h a m a d o s d e :

cílios gustatórios, n o

q u e o s c i r c u n d a a t r a v é s d e u m a e s t r e it a a b e r t u r a , o

N ú c le o d o tá la m o

líq u i -

poro gustatório. Lemnisco mediai

C a d a u m a d a s p e q u e n a s p a p i l a s f u n g i f o r m e s c o n t é m c e r c a d e c in c o a lr c u l o s g u s t a t ó r i o s , e n q u a n t o a s g r a n d e s p a p i l a s c i r c u n v a l a d a s , q u e tê m t : : rm a d e V e se s itu a m p r ó x im o à m a r g e m p o s te r io r d a lín g u a , c o n tê m c s 10 0 c a líc u lo s g u s ta tó r io s p o r p a p ila . O in d iv íd u o a d u lto n o r m a l p o s N ú c le o

m a is d e 1 0 . 0 0 0 c a l í c u l o s g u s t a t ó r i o s .

s o litá rio

O m e c a n is m o d e r e c e p ç ã o d a g u s ta ç ã o p a r e c e s e r s e m e lh a n te a o d a c a ç ã o . S u b s t â n c i a s q u í m i c a s d is s o l v i d a s q u e e n t r a m e m c o n t a t o c o m o s

ü > g u s t a t ó r i o s f o r n e c e m o e s t í m u lo q u e p r o d u z u m a a lt e r a ç ã o n o p o -

N e rv o fa c ia l (N VII)

e n c ia l d a m e m b r a n a e m r e p o u s o d a c é l u l a g u s t a t ó r i a . A e s t i m u la ç ã o d a d u l a g u s t a t ó r i a r e s u l t a e m p o t e n c i a i s d e a ç ã o n a f i b r a s e n s it iv a a fe r e n t e .

N e rv o g lo s s o fa r ín g e o

N e r v o v a g o (N X)

(N IX)

irias gustatórias [Figura 18.8] I s c a l í c u l o s g u s t a t ó r i o s s ã o c o n t r o l a d o s p e lo s n e r v o s c r a n i a n o s V I I ( f a n l , I X (g lo s s o fa r ín g e o ) e X (v a g o ) :n te s fa z e m s in a p s e n o

(Figura 18.8). A s

núcleo solitário

f i b r a s s e n s it i v a s a fe -

d o b u lb o ; e n tã o , o s a x ô n io s d o s

:e u r ó n i o s p ó s - s i n á p t i c o s e n t r a m n o l e m n i s c o m e d ia i .

pág. 4 34 A pós

a a is u m a s i n a p s e n o t á l a m o , a i n f o r m a ç ã o é p r o j e t a d a n a á r e a a p r o p r i a d a :

c ó r t e x g u s t a t ó r io . A p e r c e p ç ã o d o p a l a d a r e n v o l v e a c o r r e la ç ã o d a i n f o r m a ç ã o r e c e b id a

■ r m e i o d o s c a l í c u l o s g u s t a t ó r i o s c o m o u t r a s i n f o r m a ç õ e s s e n s i t iv a s . A ■ f o r m a ç ã o r e l a t i v a à t e x t u r a g e r a l d o a li m e n t o , j u n t o c o m s e n s a ç õ e s a fin s e 'a p i m e n t a d o ” o u “ p i c a n t e ”, é f o r n e c i d a p o r f i b r a s s e n s it iv a s a f e r e n t e s n e r v o t r i g ê m e o ( N V ) . A l é m d i s s o , o n í v e l d e e s t i m u la ç ã o d o s r e c e p r e s o l f a t ó r i o s d e s e m p e n h a u m p a p e l e s s e n c ia l n a p e r c e p ç ã o d o p a la d a r . • õs s o m o s m i l h a r e s d e v e z e s m a i s s e n s í v e is a o s “ s a b o r e s ” q u a n d o n o s s o s : ; ã o s o l f a t ó r i o s e s t ã o f u n c i o n a n d o p e r f e it a m e n t e . Q u a n d o v o c ê e s t á r e s - ia d o , a s m o l é c u la s c a r r e g a d a s p e lo a r n ã o c o n s e g u e m a t i n g i r o s r e c e p t o : - o l f a t ó r i o s e o a li m e n t o p a r e c e i n s í p i d o e s e m a t r a t iv o . E s t a r e d u ç ã o n a

Figura 18.8

Vias gustatórias.

Três nervos cranianos (VII, IX e X) levam a informação gustatória ao córtex gu;tatório do cérebro.

: - c e p ç ã o d o p a l a d a r o c o r r e r á m e s m o s e o s c a l í c u l o s g u s t a t ó r i o s e s t iv e a n re s p o n d e n d o n o r m a lm e n te . d e m o n s t r a d o a p r e s e n ç a d e r e c e p t o r e s d e á g u a , e s p e c i a lm e n t e fa r in g e . S u a e fe r ê n c ia s e n s itiv a é p r o c e s s a d a n o h ip o tá la m o e in ­

)iscriminação gustatória .líta s p e s s o a s e s t ã o f a m i l i a r i z a d a s c o m o s

flu e n c ia v á r io s s is te m a s r e la c io n a d o s c o m o e q u ilíb r io h íd r ic o e a

quatro sabores primários:

r e g u la ç ã o d a p r e s s ã o s a n g ü í n e a .

: ce , s a l g a d o , á c i d o e a m a r g o . E m b o r a d e f a t o r e p r e s e n t e m p e r c e p ç õ e s c s tin t a s g e r a l m e n t e a c e i t a s , e le s n e m s e q u e r c o m e ç a m a d e s c r e v e r a e x -

U m d o s fa to r e s lim ita n t e s p a r a se e s tu d a r a r e c e p ç ã o d o p a la d a r e q u e

:n s ã o t o t a l d a s p e r c e p ç õ e s e x p e r i m e n t a d a s . P o r e x e m p l o , q u a n d o d e s -

q u a n t i f i c a r s a b o r e s c i e n t i f i c a m e n t e é m u i t o d i f í c i l. A s c é l u l a s g u s t a t ó r i a s

re v e m u m s a b o r e m p a r t ic u la r , a s p e s s o a s u s a m t e r m o s c o m o

-gomado, metálico, azedo o u adstringente. A l é m

gorduroso,

r e s p o n s á v e is p o r c a d a u m d o s s a b o r e s p r im á r io s j á f o r a m id e n tific a d a ?

d o m a i s , o u t r a s c u lt u r a s

m a s as c a r a c te r ís t ic a s e p e r m e a b ilid a d e s d e s u a s m e m b r a n a s p la s m a tic a s

r > i d e r a m o u t r o s s a b o r e s c o m o s e n d o “ p r i m á r i o s ”. E n t r e t a n t o , d o i s s a -

d ife r e m . D e q u e f o r m a u m n ú m e r o r e la tiv a m e n te p e q u e n o d e tip o s d e r e ­

re s s u p l e m e n t a r e s f o r a m r e c e n t e m e n t e d e s c r it o s n o s s e r e s h u m a n o s : ■

Umami.

O u m a m i é u m s a b o r a g r a d á v e l , c a r a c t e r ís t ic o d e c a l d o

d e c a r n e o u c a ld o d e fr a n g o . E s s e s a b o r é p r o d u z id o p o r re c e p to r e s s e n s í v e i s à p r e s e n ç a d e a m i n o á c i d o s , e s p e c i a lm e n t e o g l u t a m a t o , p e q u e n o s p e p tíd e o s e n u c le o tíd e o s . A d is t r ib u iç ã o d e ss e s r e c e p ­ t o r e s n ã o é c o n h e c i d a e m d e t a lh e s , m a s e le s e s t ã o p r e s e n t e s n o s c a l í c u l o s g u s t a t ó r i o s d a s p a p i l a s c ir c u n v a l a d a s . ■

Água.

c e p to r e s p a r e c e fo r n e c e r u m a e x p e r iê n c ia s e n s itiv a tã o r ic a e d iv e rs a a in d a e stá p a r a s e r d e te r m in a d o .

A m a i o r i a d a s p e s s o a s a le g a q u e a á g u a n ã o t e m s a b o r . N o

e n ta n to , p e s q u is a s e m s e re s h u m a n o s e e m o u t r o s v e r t e b r a d o s tê m

O l i m i a r p a r a a e s t i m u la ç ã o d o s r e c e p t o r e s v a r i a p a r a c a d a u m d o s s a ­ b o r e s p r i m á r i o s , e o s r e c e p t o r e s r e s p o n d e m m u it o m a is r a p i d a m e n t e a o s e s ­ t í m u lo s d e s a g r a d á v e is d o q u e a o s a g r a d á v e is . P o r e x e m p lo , s o m o s m i l v e z e s m a is s e n s ív e is a o s á c id o s , q u e t ê m u m s a b o r a c r e , d o q u e a s u b s t â n c ia s d o c e s o u s a lg a d a s , e t a m b é m s o m o s c e n t e n a s d e v e z e s m a is s e n s ív e is a c o m p o ? : : s a m a r g o s d o q u e a á c id o s . E s t a s e n s ib ilid a d e te m v a l o r p a r a a s o b r e v iv ê n c ia , p o i s o s á c i d o s p o d e m le s a r a s m e m b r a n a s m u c o s a s d a b o c a e d a f a r in g e , e m u it a s t o x in a s b i o ló g i c a s p o t e n t e s t ê m u m g o s t o e x t r e m a m e n t e a m a r g o .

480

um^m

O SISTEMA NERVOSO

N o s s a s h a b ilid a d e s g u s t a t ó r ia s m u d a m c o m a id a d e . C o m e ç a m o s a

A o r e lh a p r o te g e o m e a t o a c ú s tic o e x t e r n o e p e r m it e u m a s e n s ib ilid a d ;

'd a c o m m a i s d e 1 0 . 0 0 0 c a l í c u l o s g u s t a t ó r i o s , m a s s e u n ú m e r o c o m e ç a a

d ir e c io n a d a p a r a a o r e lh a m e d ia n t e o b lo q u e io o u a fa c ilita ç ã o d a p a s

membrana timpânica (Figuras 18.9

sa g e m d o s o m a té a

e s p e c ia lm e n t e s ig n ific a t iv a p o r q u e , q u a n t o m a i o r a id a d e , m a i o r o d e c lí-

m e m b r a n a t i m p â n i c a é u m a l â m i n a d e l g a d a e s e m i t r a n s p a r e n t e d e te cic i

n io n o n ú m e r o d e re c e p to re s o lfa t ó r io s . C o m o re s u lta d o , m u it a s p e s s o a s

c o n e c tiv o

id o sa s a c h a m q u e s e u s a lim e n t o s tê m s a b o r s u a v e e n ã o a p e t it o s o , e n -

(Figura 18.10b)

e

18.10a

u im in u ir d r a s t ic a m e n t e a o s 5 0 a n o s d e id a d e . A p e r d a s e n s it iv a t o r n a - s e

q u e s e p a r a a o r e lh a e x t e r n a d a o r e lh a m é d ia .

A m e m b r a n a t im p â n ic a é m u it o d e lic a d a . A o r e lh a e o e s tr e ito m e a

; _ in t o p a r a as c r ia n ç a s e ste m e s m o a lim e n to fr e q ü e n te m e n te p a r e c e r á

t o a c ú s t i c o e x t e r n o f o r n e c e m c e r t a p r o t e ç ã o c o n t r a l e s õ e s a c i d e n t a i s cL

:

m e m b r a n a tim p â n ic a . A lé m

r d im e n t a d o d e m a is .

d is s o ,

glândulas cerum inosas

d is tr ib u i

d a s a o lo n g o d o m e a to a c ú s tic o e x t e r n o s e c re ta m u m m a te r ia l c e rá c e o . i

/ ______________________

in ú m e r o s p e q u e n o s p ê lo s p r o je t a d o s p a r a o e x t e r io r a u x ilia m a e v it a r <

G REVISÃO DOS C O N C EITO S '

a c e s s o d e c o r p o s e s tr a n h o s o u in s e to s . A s e c re ç ã o c e rá c e a d a s g lâ n d u la c e ru m in o s a s , c h a m a d a d e

Quais são os sabores primários?

cerume, t a m b é m

d im in u i o c r e s c im e n to d e m ;

c r o r g a n is m o s n o m e a t o a c ú s t ic o e x t e r n o e r e d u z a s c h a n c e s d e in fe c ç ã o .

l Por que os alim entos têm sabor suave quando você está resfriado? ] Onde estão localizados os receptores gustatórios?

A orelha média [Figuras 18.9 / 18. 10]

£ C ie os três tipos de papilas na língua. V eja a s e ç ã o d e R e sp o s ta s na p a rte fin a l d o livro.

A

orelha média

c o n té m o s

c o n s is te e m u m e s p a ç o a é r e o , a

ossículos da audição (Figuras 18.9

e

cavidade timpânica. q c 18.10). A

c a v id a d e tim p a

n ic a e s tá s e p a r a d a d o m e a to a c ú s tic o e x t e r n o p e la m e m b r a n a tim p â n ic a

O equilíbrio e a audição [Figura 18.9]

m a s se c o m u n ic a c o m a p a r te n a s a l d a fa r in g e p o r m e io d a tu b a a u d iti v a e c o m o s s e io s m a s t ó id e o s p o r m e io d e d iv e rs a s c o n e x õ e s p e q u e n a

orelha externa, a orelha orelha interna (Figura 18.9). A orelha externa é a p a r t e v i s í v e l d a a q u a l c o l e t a e d i r e c i o n a a s o n d a s s o n o r a s p a r a a membrana timA orelha média é a c â m a r a l o c a l i z a d a n o i n t e r i o r d a p a r t e p e t r o s a

pág. 146 A

tuba auditiva

A o r e lh a é d iv id id a e m tr ê s r e g iõ e s a n a t ô m ic a s : a

e v a r iá v e is . .

media e a

faringotimpânica * *

: r e lh a ,

d e c o m p r im e n to , p e n e tr a n a p a rte p e tr o s a d o te m p o r a l, d e n tr o d o

.

d : t e m p o r a l. A s e s t r u t u r a s d e n t r o d a o r e lh a m é d ia a m p lif ic a m a s o n d a s 50n

r a s e a s t r a n s m it e m à p a r t e a p r o p r ia d a d a o r e lh a in t e r n a . A

interna c o n t é m

orelha

o s ó r g ã o s s e n s it iv o s d o e q u ilíb r io e d a a u d iç ã o .

musculotubário. A

ou

trompa de Eustáquio.

é ta m b é m c h a m a d a d e

tur

E ste tu b o , c o m ce rca d e 4 cn

carui

c o n e x ã o c o m a c a v id a d e tim p â n ic a é r e la tiv a m e n te e í

t r e ita e s u s t e n t a d a p o r u m a c a r t ila g e m e lá s tic a . A a b e r t u r a n a p a r t e n a s a d a fa r in g e é r e la tiv a m e n te la r g a e a fu n ila d a . A t u b a a u d it iv a s e r v e p a r, e q u ilib r a r a p r e s s ã o d e a r n a c a v id a d e t im p â n ic a c o m a p r e s s ã o a tm o s fé n c a d a o r e lh a e x te rn a . A p r e s s ã o a é re a d e v e s e r ig u a l e m a m b o s o s la d o s d m e m b r a n a tim p â n ic a , o u o c o r r e r á u m a d is to r ç ã o d o lo r o s a d a m e m b ra n a

A orelha externa [Figuras 18.9/18.10a,b] orelha externa

orelha, o u pavilhão auricular*, f l e x í v e l e s u s t e n e l á s t i c a . A o r e l h a c i r c u n d a o meato acústico externo.

in c lu i a

: _ ; a p o r c a r tila g e m

' N. de R.T. Este nome não está consignado na Terminologia Anatômica.

EXTERNA

O R E L H A M É D IA

O s s íc u lo s d a a u d iç ã o

I n fe liz m e n te , a tu b a a u d itiv a ta m b é m p o d e p e r m it ir q u e m ic r o r g a n is m c t r a n s it e m d a p a r te n a s a l d a fa r in g e p a r a a c a v id a d e t im p â n ic a , r e s u lta n

** N. de R.T. Este nome não está consignado na Terminologia Anatômica.

O R E L H A IN T E R N A

C a n a is s e m ic irc u la re s

P a rte p e tro sa d o te m p o ra l

N e rv o fa c ia l (N VII)

M e a to a c ú s tic o e xte rn o

M e m b ra n a tim p â n ic a

C a v id a d e tim p â n ic a J a n e la d o v e s tíb u lo C a rtila g e m e lá s tic a

F gura 18.9

V e stíb u lo P a ra a p< nasal da

(oval) J a n e la d a c ó c le a (redonda)

Anatomia da orelha.

a vista geral da orelha externa, média e interna.

T u b a a u d itiv a

C a p í tu lo

18 • O Sistema Nervoso: Sentidos Gerais e Especiais

Temporal (parte petrosa) Tuba auditiva

Ligamento superior da bigorna

Martelo

Ossículos da audição Membrana timpânica Meato acústico externo

Bigorna Base do e sro c -a janela cio veste»jc

Corda do tímpano (seccionada), um ramo do N VII

Músculo tenscr do tímpano

Meato acústico externo

Cavidade timpânica (orelha média)

Estribo

Janela da coces Orelha interna

Cavidade timpânica (orelha média)

Múscuk) estaped»o

Membrana timpânica

Tuba audrtrk-a

(a) Temporal, vista inferior

(b) A orelha média

Bigorna Martelo

Martelo

Bigoma

Tendão do músculo tensor do tímpano

Base òc es. ci najaneta oo vesfbuc

Martelo fixado Pontos de à membrana fixação na timpânica membrana Superfície interna timpânica da membrana timpânica Estribo

(c) Ossículos da audição

Estribo Mústxéo estapeoc

(d) Mem brana timpânica e ossículos da audição

Figura 18.10 A orelha média. (a) V ista in fe rio r d o te m p o ra l direito, d e s e n h a d o em tra n sp a rê n c ia , para m o stra r a lo c a liz a ç ã o da o re lh a m éd ia e in te rn a .'(b ) E stru tu ra s no in te rio r da c a v id a ò e t -• pânica, (c) O s o s s íc u lo s da au d ição, isolados, (d) A m e m b ra n a tim p â n ic a e o s o s s íc u lo s da au dição, v is to s p o r m e io d e um a fibra ó p tic a in tro d u zid a a o longo ca r ja a u d itiva na c a v id a d e tim p â n ica .

O S IS T E M A N E R V O S O

482

d o e m “ i n f e c ç ã o d e o u v i d o ”. T a i s i n f e c ç õ e s s ã o e s p e c i a l m e n t e c o m u n s e m

as v ib r a ç õ e s p a r a o c o n te ú d o líq u id o d a o r e lh a in te rn a . P o r c a u s a d a m i ­

. - : ~ .ç a s , p o r q u e s u a s t u b a s a u d i t i v a s s ã o r e l a t i v a m e n t e c u r t a s e l a r g a s

n e ir a c o m o e s s e s o s s íc u lo s e s tã o c o n e c t a d o s , u m m o v im e n t o d e v a i- e - v e r n

;

d a m e m b r a n a t im p â n ic a p r o d u z u m m o v im e n t o d e b a la n ç o n o e s tr ib

m p a r a d a s c o m a s d o s a d u lto s .

A m e m b r a n a t im p â n i c a é 2 2 v e z e s m a i o r d o q u e a ja n e la d o v e s t íb u lo ,

Os ossículos da audição [Figuras 18.9/18.10]

e a q u a n t id a d e d e fo r ç a a p lic a d a é p r o p o r c io n a lm e n t e m u lt ip lic a d a , d a

A c a v id a d e tim p â n ic a c o n té m tr ê s p e q u e n o s o s s o s c h a m a d o s c o le t iv a -

m e m b r a n a t im p â n ic a à ja n e la d o v e s t íb u lo . E s t e p r o c e s s o d e a m p lif ic a ­

r r .. n te d e

ossículos da audição.

p á g 1 4 6 E s s e s o s s íc u lo s , o s m e n o r e s

o sso s d o c o r p o , c o n e c ta m a m e m b r a n a t im p â n ic a c o m o c o m p le x o re c e p -

ç ã o p r o d u z u m a d e fle x ã o r e la t iv a m e n t e p o te n te d o e s t r ib o n a ja n e la d o v e s tíb u lo .

O s tr ê s o s s íc u lo s d a a u d iç ã o

P o r c a u s a d e s s a a m p lific a ç ã o , p o d e m o s o u v ir s o n s m u it o fr a c o s . M a i

E s s e s o s s íc u lo s a t u a m c o m o a la v a n c a s

e ste g r a u d e a m p lific a ç ã o p o d e se r u m p r o b le m a se e s tiv e r m o s e x p o s to s

q u e tr a n s fe r e m a s v ib r a ç õ e s s o n o r a s d a m e m b r a n a tim p â n ic a p a r a as c â -

a r u í d o s m u i t o a lt o s . N o i n t e r i o r d a c a v i d a d e t i m p â n i c a , d o i s p e q u e n o s

m a r a s p r e e n c h id a s c o m líq u id o d e n tr o d a o r e lh a in te rn a .

m ú s c u lo s s e r v e m p a r a p r o t e g e r a m e m b r a n a t im p â n ic a e o s o s s íc u lo s dá

: : - d a o r e lh a in te r n a são o

martelo,

a

(Figuras 18.9

bigorna e

o

A s u p e r fíc ie la t e r a l d o

estribo.

e

18.10).

martelo (malleus,

m a lh o ) se fix a à s u p e r fíc ie

bigor­ estribo

• . 'n a d a c a v id a d e t im p â n ic a e m tr ê s p o n t o s . O o s s íc u lo m é d io , a

na meus,

b ig o r n a ) , c o n e c ta a s u p e r fíc ie m e d ia i d o m a r t e lo a o

a u d iç ã o d e m o v im e n t o s v io le n t o s s o b c o n d iç õ e s m u it o b a r u lh e n t a s .



O

músculo tensor do tímpano

é u m a c u r t a f a i x a m u s c u l a r q u e se

o r ig in a d a p a r te p e tr o s a d o t e m p o r a l, n o c a n a l m u s c u lo t u b á r io , e

s:.ipes, e s t r i b o ) . A base d o e s t r i b o p r e e n c h e q u a s e i n t e i r a m e n t e a janela estíbulo ( o v a l ) , u m o r i f í c i o n a p a r e d e ó s s e a d a c a v i d a d e d a o r e l h a i n ­ t e r n a . U m ligamento estapedial anular s e e s t e n d e e n t r e a b a s e d o e s t r i b o e

c u ja in s e r ç ã o se fa z n o c a b o d o m a r t e lo

(Figura 18.10b,d).

Q uan­

d o o m ú s c u lo t e n s o r d o t ím p a n o se c o n tr a i, o m a r t e lo é p u x a d e m e d ia lm e n t e , t e n s io n a n d o a m e m b r a n a t im p â n ic a . E s t a te n sã o

a s m a r g e n s ó s s e a s d a ja n e la d o v e s t íb u lo .

a u m e n t a d a r e d u z a q u a n t id a d e d e m o v im e n t o p o s s ív e l. E s s e m ú s ­

A s v ib r a ç õ e s d a m e m b r a n a tim p â n ic a c o n v e r te m as o n d a s s o n o r a s

c u lo é in e r v a d o p o r fib r a s m o t o r a s e fe re n te s d o n e r v o m a n d ib u la r

q u e n e la c h e g a m e m m o v im e n t o s m e c â n ic o s . E n tã o , o s o s s íc u lo s d a a u d i­

r a m o d o n e r v o tr ig ê m e o ( N V ) .

ç ã o c o n d u z e m a q u e la s v ib r a ç õ e s , e o s m o v im e n t o s d o e s t r ib o t r a n s m it e m



O

músculo estapédio, i n e r v a d o

p e lo n e r v o fa c ia l ( N V I I ) , se o r ig i

n a d a p a r e d e p o s t e r i o r d a c a v i d a d e t i m p â n i c a e s e i n s e r e n o e s t r ib e

(Figura 18.10b,d).

A c o n t r a ç ã o d e s s e m ú s c u lo p u x a o e s t r ib o , re

d u z in d o o m o v im e n t o d o e s t r ib o n a ja n e la d o v e s t íb u lo .

Nota clínica

A orelha interna [Figuras 18.9 a 18.13 ] O tite m é d ia e m a s to id ite

A otite média aguda é um a infecção :a orelha média, freqüen tem ente de origem bacteriana. C ostum a ocor­ rer em lactentes e crianças e, ocasionalm ente, em adultos. A o relha mé: 2 em geral um a cavidade aérea estéril, torna-se infectada por pa tó­ genos que a ela chegam pela tuba auditiva, quase sem pre durante uma in fecção das via aéreas su p e rio res (IVAS). Se causada por vírus, a otite m edia pode se resolver em po ucos dias, sem o uso de antibióticos. Esta 'co n d u ta e xp e ctan te " é m ais apropriada onde a a ssistên cia m édica é '3D idam ente disponível; a d o r é m itigada com a n alg é sico s e o uso de ;e sco n g e stio n a n te s auxilia a drenagem do m u co crista lin o e stagnado : ' 0d u zid 0 co m o resposta ao edem a da m ucosa. Se houver e nvolvim en to de bactérias, o s sin tom as pioram e o m uco torna -se o b scu ro por causa da s b a cté ria s e d os ne utrófilos ativos ou m ortos. A otite m édia aguda grave deve se r prontam en te tratada com an tib iótico s. C o n fo rm e o pus se a c u m u la na c av id a d e tim p ân ica, a m em brana tim p ân ica torna-se d o lo ro sa m e n te d isto rcid a e, nos casos "ã o tratados, ela fre qüentem ente se rom pe, produzindo um a efusão de 3l i s caracte rística no m eato a cú stico externo. A in fecção tam bém pode ;e d issem in ar para as célu la s m astóideas. A mastoidite crônica, acom canhada por drenagem através de um a m em brana tim p ânica perfurada e ne cro se ao redor d o s o ssíc u lo s da audição, é um a causa com um de :e rd a auditiva em áreas do m undo sem a c e sso a tra tam en to m édico. Em p a íse s desenvolvidos, é raro que um a otite m édia progrida até o estád io no qual ocorram ruptura da m em brana tim p ân ica ou in fecção : : proce sso m astóide adjacente. A otite média serosa (OMS) envolve o acúm ulo de líquido coloidal claro e e sp e sso na orelha m édia. A patolo­ gia, que pode se r c o n se q ü ê n cia de um a otite m édia aguda ou de uma nfecção nasal crô nica e alergias, causa perda auditiva. C om o resultado, actentes afetados podem te r um retardo no desenvolvim ento da fala. O tratam ento envolve o uso de d escong estionantes, a n ti-h istam ín ico s e, em alguns casos, an tib io ticote ra pia prolongada. C a so s refratários e oti:es m édias re co rren te s podem se r tra tad o s com m iringotom ia (drena­ gem da orelha m édia por m eio de um a incisão cirúrgica na m em brana : m pânica) e a co lo ca çã o de um tubo te m p orário na m em brana. C o n ­ form e o lacte n te vai crescendo, a tuba au ditiva aum enta, perm itindo um a m elhor drenagem durante in fecçõ es das vias aéreas su p e riores e, : ortanto, tornando as duas form as de otite m enos com uns.

O s s e n tid o s d e e q u ilíb r io e a u d iç ã o s ã o s u p r id o s p o r re c e p to re s d a

lha interna (Figuras 18.9

e

18.11).

ore

O s r e c e p t o r e s e s tã o a lo ja d o s d e n t r í

d e u m a s é r ie d e t u b o s e c â m a r a s p r e e n c h id o s c o m líq u id o c o n h e c id c com o

labirinto membranáceo ( labyrinthos ,

re d e d e c a n a is ). O la b ir ir

to m e m b r a n á c e o c o n té m u m líq u id o c h a m a d o d e

endolinfa.

A s c é lu

la s r e c e p t o r a s d a o r e lh a in t e r n a s ó p o d e m fu n c io n a r q u a n d o e x p o s t a à c o m p o s iç ã o iô n ic a s in g u la r d a e n d o lin fa . ( A e n d o lin fa te m u m a co r. c e n t r a ç ã o r e la t iv a m e n t e a lt a d e í o n s p o t á s s io e u m a c o n c e n t r a ç ã o r e la t i v a m e n t e b a i x a d e í o n s s ó d i o , e n q u a n t o o s l í q u i d o s e x t r a c e l u l a r e s tò m tip ic a m e n te , c o n c e n t r a ç õ e s iô n ic a s d e s ó d io e p o tá s s io , r e s p e c tiv a m e n te a lt a s e b a ix a s .)

Figura 18.11

Relações estruturais da orelha interna.

Fluxograma m ostrando os espaços e as estruturas da orelha interna, seus cor teúdos líquidos e 0 que estimula estes receptores.

C a p ít u l o 1 8 * 0 S iste m a N e rv o s o : S e n tid o s G e ra is e E sp e cia is

LEGENDA C a n a l s e m ic ir c u la r -

D uetos

A n te r io r •

I

I Labirinto membranáceo

I

I Labirinto óssec

La te ra l P o s te r io r C r is t a s d e n tro d a s a m p o la s M á c u la s S a c o e n d o lin fá tic o

- C ódea

P e rilin fa L a b irin to ó s s e o E n d o lin fa L a b irin to m e m b ra n á ce o

:igura 18.12

Ram pa

Ó rg ã o e s p ira l

d o tím p a n o

(de C o rti)

Canais e duetos semicirculares.

\ orientação espacial do labirinto ósseo no interior da parte petrosa do temporal, (a) Vista anterior do labirinto ósseo, seccionada para mostrar os canais sem : ares e os duetos semicirculares do labirinto membranáceo. (b) Secção transversal de um canal semicircular para mostrar a orientação espacial do labirinto óssec Krilinfa, do labirinto membranáceo e da endolinfa.

labirinto ósseo

O

é u m e s t o jo ó s s e o d e n s o q u e e n v o l v e e p r o t e g e o l a ­

b irin to m e m b r a n á c e o . S e u s c o n t o r n o s in t e r n o s a c o m p a n h a m e x a t a m e n t e s c o n to r n o s d o la b ir in to m e m b r a n á c e o

(Figura 18.12),

perilinfa,

ares

e

cóclea ( cochlea,

d e e n t r e a s m a r g e n s d a b a s e d o e s t r i b o e a s m a r g e n s d a j a n e la d o v e s t í b u l :

E n tre

c o m p l e t a o fe c h a m e n t o . Q u a n d o u m s o m fa z v i b r a r a m e m b r a n a t i m p ^ r : -

u m líq u id o c u ja s p r o ­

ca , o s m o v im e n to s s ã o tr a n s m it id o s a té a p e r ilin fa d a o r e lh a in te r n a p e . : -

vestíbulo, canais semicircu-

c a r a c o l) , c o m o v is t o s n a s

Figuras 18.9

e

18.12a.

e s t r u t u r a s e o s e s p a ç o s a é r e o s d a o r e l h a e x t e r n a e m é d ia f u n c i o n a m n a :a p t u r a e t r a n s m i s s ã o d o s o m p a r a a c ó c le a . E m c o n ju n t o , o v e s t íb u lo e o s c a n a is s e m ic ir c u la r e s s ã o c h a m a d o s ie

complexo vestibular, p o r q u e

b a s e d o e s tr ib o o c u p a q u a s e c o r : : .

pág. 145

p r ie d a d e s l e m b r a m in t i m a m e n t e a q u e la s d o l í q u i d o c e r e b r o s p i n a l . O la b ir in to ó ss e o p o d e s e r d iv id id o e m

(Figura 18.10b,c,d). A

t a m e n t e a j a n e la d o v e s t í b u lo . O li g a m e n t o e s t a p e d i a l a n u la r , q u e s e e s r e r -

e n q u a n to su as

M r e d e s e x t e r n a s s e f u n d e m c o m o t e m p o r a l a d ja c e n t e . s la b ir in to s ó s s e o e m e m b r a n á c e o flu i a

p a r e d e c o c le a r

a s c â m a r a s d o v e s t íb u lo , p r e e n c h i d a s c o m

m o v i m e n t o s d o e s t r i b o . E s t e p r o c e s s o , f i n a lm e n t e , l e v a à e s t i m u la ç ã o d* r e c e p t o r e s n o i n t e r i o r d o d u e t o c o c le a r , e “ o u v i m o s ” o s o m . O s r e c e p t o r e s s e n s i t i v o s d a o r e l h a i n t e r n a s ã o c h a m a d o s d e célula' ciliadas (Figura 18.13d). E s s a s c é l u l a s r e c e p t o r a s e s t ã o r o d e a d a s p o r cé­ lulas de sustentação e s ã o c o n t r o l a d a s p o r f i b r a s s e n s i t i v a s a fe r e n t e ? A s u p e r fíc ie liv r e d e c a d a c é lu la c ilia d a s u s t e n t a e n tr e 80 e 1 0 0 lo n g o s .

pág. 53

estereoa.::;

C é lu la s c i l i a d a s s ã o m e c a n o r r e c e p t o r e s a lt a m e n t e e s ­

iq u i d o , e s t ã o e m a m p l a c o m u n i c a ç ã o c o m a q u e la s d o s d u e t o s s e m i c i r -

p e c ia liz a d o s , s e n s ív e is à d is t o r ç ã o d e s e u s e s te r e o c ílio s . S u a c a p a c id _ _ :

:u la r e s . A c a v i d a d e n o i n t e r i o r d o v e s t í b u l o c o n t é m u m p a r d e v e s íc u la s

d e o f e r e c e r s e n s a ç õ e s d e e q u i l í b r i o n o v e s t í b u l o e d e a u d i ç ã o n a c ó c le a

utrículo

sáculo.

O s re c e p to re s n o u t r íc u lo e n o sá-

d e p e n d e d a p r e s e n ç a d e e s t r u t u r a s a c e s s ó r i a s q u e r e s t r i n j a m a s fo r r e - -

:u lo f o r n e c e m s e n s a ç õ e s d e g r a v i d a d e e d e a c e l e r a ç ã o lin e a r . A q u e l e s n o s

d e e s t i m u la ç ã o . A i m p o r t â n c i a d e s s a s e s t r u t u r a s a c e s s ó r i a s s e r á e v i d e n t e

lu e t o s s e m i c i r c u l a r e s s ã o e s t i m u la d o s p e la r o t a ç ã o d a c a b e ç a .

q u a n d o c o n s i d e r a r m o s a f u n ç ã o d a s c é lu la s c i l i a d a s , n a p r ó x i m a s e ç ã o .

n em b ra n ácea s, o

e o

A c ó c le a c o n t é m u m a p a r t e e s t r e it a e a l o n g a d a d o l a b i r i n t o m e m b r a íá c e o c o n h e c i d a c o m o

dueto codear (Figura 18.12a).

O d u e t o c o c le a r s e

O complexo vestibular e o equilíbrio complexo vestibular

o c a l iz a , p r e n s a d o , e n t r e u m p a r d e c â m a r a s p r e e n c h i d a s c o m p e r i l i n f a ,

O

■ t o d o o c o m p l e x o fa z v o l t a s a o r e d o r d e u m e ix o ó s s e o c e n t r a l. V i s t a e m

ç õ e s d e e q u i l í b r i o p e la d e t e c ç ã o d e r o t a ç ã o , g r a v i d a d e e a c e l e r a ç ã o . C o n ­

e c ç ã o , a d i s p o s i ç ã o e s p i r a l l e m b r a a c o n c h a d e u m c a r a c o l, o u

cochlea e m

é a p a r te d a p r e lh a in te r n a q u e fo r n e c e a s s e r -

s is t e n o s d u e t o s s e m i c i r c u l a r e s , n o u t r í c u l o e n o s á c u lo .

a tim . A s p a r e d e s e x t e r n a s d a s c â m a r a s p e r ilin fá tic a s c o n s is t e m e m o ss o le n s o p o r t o d a p a r t e , e x c e t o e m d u a s p e q u e n a s á r e a s p r ó x i m a s à b a s e d a ó c le a . A

janela da cóclea,

ou

janela redonda, é a

m a is i n f e r i o r d a s d u a s

ib e r t u r a s . U m a m e m b r a n a f in a e f l e x í v e l a b a r c a a a b e r t u r a e s e p a r a a p e r i in fa e m u m a d a s c â m a r a s c o c le a r e s d o a r n a o r e l h a m é d ia

anela do vestíbulo, o u janela oval, é a

(Figura 18.9). A

m a is s u p e r i o r d a s d u a s a b e r t u r a s n a

Os canais semicirculares [Figuras 18.12/18.13/18.14] micirculares anterior, posterior e lateral s ã o c o n t í n u o s (Figuras 18.12a

semicircular.

e

18.13a).

Os

canais se­

c o m o v e s tíb u l

C a d a c a n a l s e m ic ir c u la r c irc u n d a u m

O d u e to c o n té m u m a r e g iã o d ila t a d a , a

ampola,

dueto

que co n ­

té m o s r e c e p to r e s s e n sit iv o s. E ss e s re c e p to r e s r e s p o n d e m a o s m o v im e n t o s r o ta c io n a is d a c a b e ç a .

O SI STEMA NERVOSO

Nervo vestibular (N VIII) Anterior

Cóclea

Duetos - Posterior semicirculares Lateral

Saco endolinfático

Dueto endolinfático

(a) Duetos semicirculares direitos, vista anterior Sáculo

Máculas

O deslocamento nesta direção inibe a célula ciliada

O deslocamento nesta direção estimula a célula ciliada

Ampola preenchida com endolinfa Cúpula

Cinetocílio

Estereocílios

Células ciliadas

Crista Células de sustentação Célula ciliada Nervo sensitivo (b) Secção transversal através da ampola

Direção do movimento relativo da endolinfa

Direção da rotação do dueto \

Direção da rotação do dueto

Terminação nervosa sensitiva Célula de sustentação

Dueto semicircular Ampola Em repouso (c) M ovimento da endolinfa

(d) Célula ciliada

A função dos duetos semicirculares, parte l. a /ísta anterior das máculas e dos duetos semicirculares do lado direito, (b) Secção através da ampola de um dueto semicircular, (c) Movimento da endolinfa í ongo do comprimento do dueto movendo a cúpula e estimulando as células ciliadas. (d) Estrutura de uma célula ciliada típica, mostrando detalhes revelados por n - g j r a 18 .13

:^oscopia eletrônica. A inclinação dos estereocílios em direção ao cinetocílio despolariza a célula e estimula o neurônio Sensitivo. O deslocamento na direção opos

moe o neurônio sensitivo. As células ciliadas que se fixam na parede da ampola formam uma r>tnitura saliente conhecida como uma crista (Figuras 18.12a e 18.13). Alem dos estereocílios, cada célula ciliada no vestíbulo também contém um cinetocílio, um único cílio maior (Figura 18.13d). As células cilia­ das não movem ativamente seus cinetocílios e estereocílios. Entretanto, uuando uma força externa atua contra estes processos, a deformação da

membrana plasmática altera a taxa de transmissor químico liberado pe célula ciliada. O cinetocílio e os estereocílios das células ciliadas estão implantada em uma estrutura gelatinosa, a cúpula. Uma vez que a densidade da a pula é muito próxima à da endolinfa que a circunda, ela essencialmen “flutua” acima da superfície dos receptores, praticamente preenchendo

C a p ítu lo

18 • O Sistema Nervoso: Sentidos Gerais e Especiais

a m p o la . Q u a n d o a c a b e ç a r o d a n o p la n o d o d u e to , o m o v im e n t o d a e n d o -

Nota clínica

lin fa a o lo n g o d o e ix o d o d u e t o e m p u r r a a c ú p u la e d e fo r m a o s p r o c e s s o s do s recep to res

(Figura 18.13c).

O m o v im e n t o d o líq u id o e m u m a d ir e ç ã o

e s t im u la a s c é lu la s c ilia d a s , e o m o v im e n t o n a d ir e ç ã o o p o s t a a s in ib e . Q u a n d o a e n d o lin fa p á r a d e se m o v e r , a n a t u r e z a e lá s tic a d a c ú p u la fa z c o m q u e e la “ b a la n c e d e v o lt a ” p a r a a s u a p o s iç ã o n o r m a l. M e s m o o s m o v im e n t o s m a is c o m p le x o s p o d e m s e r a n a lis a d o s e m te r ­ m o s d e d e s lo c a m e n to n o s trê s p la n o s d e ro ta ç ã o . O s re c e p to re s n o in te r io r d e c a d a d u e to s e m ic ir c u la r re s p o n d e m a u m d o s m o v im e n to s d e ro ta ç ã o

(Figura 18.14). U m a

r o ta ç ã o h o r iz o n ta l, c o m o a s in a liz a ç ã o d a c a b e ç a c o m

u m “ n ã o ”, e s t i m u l a a s c é l u l a s c i l i a d a s d o d u e t o s e m i c i r c u l a r l a t e r a l . S i n a l i ­ z a r c o m u m “ s i m ” e x c it a o d u e t o a n t e r i o r , e n q u a n t o i n c l i n a r a c a b e ç a p a r a u m la d o o u p a r a o u t r o a tiv a o s r e c e p to r e s n o d u e to p o s te r io r .

O utrículo e o sáculo [Figuras 18.13a/18.15] dueto endolinfático,

c o n t ín u a c o m o e s tr e ito

(Figura 18.13a).

c u lo

saco endolinfático,

U m a p e q u e n a p assag em , c o n e c ta o u t r íc u lo e o s á ­

Nistagmo M o vim e n to s au to m ático s dos olhos ocorrem em re sc'i ta a se n sa çõ e s de m ovim e n to (reais ou ilusórias), so b o com ando colículos superiores. pág. 41 0 Esses m ovim entos tentam m a m e - : olhar fo ca liza d o em um ponto e sp e c ífic o do espaço. Q uando v o cê e *= so b re si m esm o, se u s olhos se fixam em um ponto por um in s ta rte e então, saltam adiante para um outro, realizando um a série de mov ~ e 'to s curtos, e sp a s m ó d ic o s e rítm icos. E sses m o vim e n to s o cu lares dem a p arece r em indivíduos norm ais, sem e starem se m o v im e n ta r;: nos o lhares laterais e xtre m o s e ap ós lesão ou e stim u la çã o do t r e ': : e n ce fá lic o ou da orelha interna. Esta co n d içã o é cham ad a de nistag­ mo. Os m é d ico s fre q ü e n tem e n te avaliam o n istagm o pedin do que : paciente foca lize o o lh a re m um a pequena lanterna que é m o vim e nta ra através de seu cam po visual.

O d u e to e n d o lin fá tic o te r m in a e m fu n d o c e g o , o

q u e se p r o je t a a tr a v é s d a d u r a - m á t e r , r e v e s t in d o o

t e m p o r a l e o e s p a ç o s u b d u r a l. P a r t e s d o d u e to c o c le a r s e c r e ta m e n d o lin fa

te m e n te a s u p e r fíc ie d a s c é lu la s r e c e p t o r a s e “ s e n t im o s ” a fo r ç a d a g r a o u : :

c o n tin u a m e n t e e, n o sa c o e n d o lin fá tic o , o e x c e sso d e líq u id o r e t o r n a à

a u m e n t a r . U m m e c a n i s m o s e m e l h a n t e é r e s p o n s á v e l p e la n o s s a p e r c e r : : : d a a c e l e r a ç ã o l i n e a r e m u m c a r r o q u e a c e l e r a r e p e n t i n a m e n t e . O s o t ó ir r o í

c ir c u la ç ã o g e r a l. A s c é lu la s c ilia d a s d o u t r íc u lo e d o s á c u lo e s tã o d is t r ib u íd a s n a s

culas

o v a is (

macula, m a n c h a )

(Figuras 18.13a

e

18.15).

m á­

C o m o nas am -

t ê m u m d e s lo c a m e n to a tr a s a d o e m r e la ç ã o a o m o v im e n t o , d e fo r m a r , c

i

c ílio s s e n s it iv o s e a lt e r a n d o a a t iv id a d e n o s n e u r ô n io s s e n s itiv o s .

p o la s , o s p r o c e s s o s d a s c é lu la s c ilia d a s e s tã o im p la n t a d o s e m u m a m a s s a g e la tin o s a . E n tr e t a n t o , a s u p e r fíc ie d e ste m a t e r ia l g e la tin o s o c o n té m c r is ­ ta is d e c a r b o n a t o d e c á lc io c o m p a c t a d o s c o n h e c id o s c o m o (

conium, p ó ) . O

c o m p le x o c o m o u m to d o (a m a tr iz g e la tin o s a e o s e s ta to ­

c ô n io s ) é c h a m a d o d e na

estatocônios

otólito (oto, o r e l h a

+

lithos, p e d r a )

e p o d e s e r v is to

Vias vestibulares [Figura 18.16]

-

zados nos

gânglios vestibulares a d j a c e n t e s . A s f i b r a s s e n s i t i v a s d e c a c j nervo vestibular, p a r t e d o n e r v o v e s t i b u l o c o c l e c :

g â n g lio fo r m a m o

V I I I ) . E s s a s f i b r a s f a z e m s i n a p s e c o m n e u r ô n i o s d o s n ú c l e o s v e s t i b u la r e s ,

Figura 18.15b. Q u a n d o a c a b e ç a e stá e m p o s iç ã o n o r m a l, e re ta , o s o tó lito s r e p o u s a m

n o to p o d a m á c u la . S e u p e s o fa z p r e s s ã o s o b r e a s u p e r fíc ie m a c u la r , e m ­

n o lim it e e n t r e a p o n t e e o b u lb o . O s n ú c le o s v e s tib u la r e s : 1 . in t e g r a m a in fo r m a ç ã o s e n s it iv a r e la tiv a a o e q u ilíb r io e s tá tic o e d : r c -

p u r r a n d o o s c ílio s s e n s it iv o s m a is p a r a b a ix o d o q u e p a r a o s la d o s . Q u a n ­ d o a c a b e ç a é in c lin a d a , a fo r ç a d a g r a v id a d e s o b r e o s o tó lito s d e s v ia - o s p a r a u m la d o . E s te d e s v io d e fo r m a o s c ílio s s e n s it iv o s , e a a lt e r a ç ã o n a a tiv id a d e d a c é lu la r e c e p t o r a a v is a o S N C d e q u e a c a b e ç a n ã o e s tá m a is n iv e la d a

A s c é lu la s c ilia d a s d o v e s t íb u lo e i

d u e to s s e m ic ir c u la r e s s ã o c o n tr o la d a s p o r n e u r ô n io s s e n s it iv o s lo c a li­

(Figura 18.15c).

P o r e x e m p lo , q u a n d o u m e l e v a d o r a r r e m e t e p a r a b a i x o , i m e d i a t a m e n t e p e r c e b e m o s o m o v im e n t o p o r q u e o s o tó lito s n ã o fa z e m m a is u m a p r e ss ã o tã o fo r te s o b r e a s u p e r fíc ie d a s c é lu la s r e c e p t o r a s . Q u a n d o o e le v a d o r se n i ­

m ic o p r o v e n ie n te d e c a d a la d o d a c a b e ç a ; 2 . r e t r a n s m it e m a in fo r m a ç ã o d o a p a r e lh o v e s t ib u la r p a r a o c e r e b e l: 3 . r e t r a n s m it e m a in f o r m a ç ã o d o a p a r e lh o v e s t ib u la r p a r a o c ó r t e x C ere­ b r a l, fo r n e c e n d o u m a s e n s a ç ã o c o n s c ie n t e d e p o s iç ã o e m o v i m e n t :

4.

d u l a e s p i n a l. O s c o m a n d o s m o t o r e s r e fle x o s e n v ia d o s p e lo n ú c le o v e s t ib u la r > ã :

v e la , n ã o m a i s p e r c e b e m o s o d e s l o c a m e n t o a t é o e l e v a d o r p a r a r s u b i t a m e n ­

d is t r ib u íd o s a o s n ú c le o s m o t o r e s d o s n e r v o s c r a n ia n o s e n v o lv id o s c o m

te . C o n f o r m e o c o r p o d e s a c e le r a , m a i s u m a v e z o s o t ó l i t o s p r e s s i o n a m f o r -

m o v im e n t o s d o o lh o , d a c a b e ç a e d o p e s c o ç o ( N I I I, N IV , N V I e N X I

Figura 18.14 A função dos due­ tos semicirculares, parte II. (a) Localização e orientação espa­

e

e n v ia m c o m a n d o s a o s n ú c le o s m o t o r e s n o tr o n c o e n c e fá lic o e c a m e ­

:-

D u e to s e m ic ir c u la r a n te rio r

cial do labirinto m em branáceo no interior da parte petrosa do tem po­ ral. (b) Vista superior, m ostrando os planos de sensibilidade dos duetos semicirculares.

Dueto semicvtxjar laterai par= o “não’

D u e to c ir c u la r p o s te r io r p a ra “ in c lin a r a c a b e ç a ”

(b)

(a)

O SISTEMA NERVOSO

Figura 18.15 As máculas do vestíbulo. (a) Estrutura detalhada de uma m ácula, (b) Uma m icrografia eletrônica de redura, m ostrando a estrutura cristalina dos otólitos. (c) v ista esquem átic; alteração na posição dos otólitos durante a inclinação da cabeça.

(a) Vista anterior do complexo vestibular

E s t a t o c ô n io s

(b) Estrutura de uma mácula

ESTÁDIO 1

ESTÁDIO 2

C A B E Ç A NA P O S IÇ Ã O N EU TR A

C A B E Ç A IN C L IN A D A P O S TE R IO R M E N TE G r a v id a d e

G r a v id a d e

4 O t ó lit o s s e m ovendo A u m e n to d a e f e r ê n c ia d o s re ce p to re s

“ c o lin a a b a ix o " , d e fo rm a n d o o s p ro c e sso s d a s c é lu la s c ilia d a s

(c) Função macular

«struções

d e sc e n d e n te s a o lo n g o d o s

tratos vestibulospinais

da m edu-

a e í r m i l a iu s t a m o to n o d a m u s c u la t u r a p e r ifé r ic a p a r a a c o m p a n h a r o s

— im entos r e f l e x o s

d a cab eça e d o p esco ço .

pág. 439

4. Q uando vo cê sinaliza um "não" com a cabeça, vo cê percebe o m ovím e C om o estas se n saçõ e s são detectadas?

E sta s v ia s e stã o

veja a seção de Respostas na parte final do livre

Figura 18.16.

/ _______________________ C '

R E V IS Ã O D O S C O N C E IT O S

Audição A cóclea [Figura 18.17]

. o c ê é exposto, inesperadam ente, a um ruído m uito forte. O que ocorre

A c ó c le a

" : —erior da cavidade tim pânica para proteger a m em brana tim pânica de

díolo. G e r a l m e n t e h á 2 , 5 v o l t a s gânglio espiral, q u e c o n t é m o s

j n a lesão? 1 ce~ nque os o ssícu lo s da au dição e descreva su as funções. 2 O cu e é perilinfa? Onde ela se localiza?

(Figura 18.17)

s e e s p ir a la a o r e d o r d e u m e ix o c e n t r a l, o u e n a e s p ir a d a c ó c le a . O m o d ío lo e n c e r r c o r p o s c e lu la r e s d o s n e u r ô n i o s s e n s it :

q u e c o n t r o la m o s r e c e p t o r e s n o d u e t o c o c le a r . E m u m a s e c ç ã o , o

coclear, o u rampa média, s e

di

lo c a liz a e n t r e u m p a r d e c â m a r a s p e r ilin f,

C a p í tu lo

18 • O Sistema Nervoso: Sentidos Gerais e Especiais

1

487

A o c o líc u lo s u p e r io r e r e t r a n s ­ m is s ã o p a r a o c ó r t e x c e r e b r a l N ú c le o r u b ro

N III N IV

G â n g lio

C a n a is s e m ic ir c u la r e s

Núcleo veste, i

Ao c e r e b e lo V e s t ib u o

N e rvo c o c le a r N e r v o v e s t ib u lo c o c le a r (N VIII)

T r a to s v e s t ib u lo s p in a is

F ig u ra 1 8 .1 6

Vias vestibulares.

Nota clínica Vertigem, cinetose e doença de Ménière

o te rm o vertigem d e s c re v e um a s e n s a ç ã o im p ró p ria de m o vim e n to , g e ra lm e n te um a se n ­ sa ç ã o de rotação. E ste sig n ific a d o o d istin g u e de "tontura ", um a se n s a ç ã o de le ve za na c a b e ç a e d e so rie n ta ç ã o . A v e rtig e m p o d e se r re s u lta d o de c o n d iç õ e s a n o rm a is na o re lh a interna, da e s tim u la ç ã o da o re lh a inte rna ou d e p ro b le m a s e m q u a lq u e r o u tro local ao longo da via vestibular, a qual leva a s s e n s a ç õ e s d e e q u ilíb rio . P o d e a c o m p a n h a r in fe c ç õ e s do S N C ou outras, e m u ita s p e s so a s e x p e rim e n ta m v e rtig e m q u a n d o tê m fe b re alta. Q u a lq u e r e ve n to q u e faça a e n d o lin fa se m o ve r pod e e stim u la r o s re ­ c e p to re s do e q u ilíb rio e p ro d u zir vertige m . C o lo c a r ge lo so b re o p ro ce s so m a stó id e ou irrigar o m e a to a c ú s tic o e x te rn o co m água fria p o d e e sfria r a e n d o lin fa nas p a rte s m ais e x te rn a s d o la b irin to e e s ta b e le c e r um a cir­ c u la ç ã o do líq u id o re la cio n a d a à te m p e ra tu ra . U m a v e rtig e m m o d e ra d a e te m p o rá ria p o d e ap arece r. O c o n s u m o de q u a n tid a d e s e x c e s s iv a s de álco o l ou a e x p o s iç ã o a c e rta s dro g a s ta m b é m p o d e m p ro d u zir vertigem , pela a lte ra ç ã o da e n d o lin fa o u pela p e rtu rb a ç ã o d a s c é lu la s c ilia d a s da ore lh a interna. O u tra s ca u sa s d e v e rtig e m in c lu e m in fe c ç ã o viral d o nervo v e s tib u la r e le sã o a o s n ú c le o s v e s tib u la re s ou se u s tratos. A v e rtig e m ag u d a ta m ­ bém po d e re su lta r de le sã o c a u sa d a pela p ro d u ç ã o a n o rm al d e e ndolinfa, c o m o na d o e n ç a d e M é n iè re . P ro v a v e lm e n te , a c a u s a m a is c o m u m de vertig e m é a cinetose*. O s s in a is e s in to m a s e x c e s s iv a m e n te d e s a g ra d á v e is da cinetose in c lu e m c e fa lé ia , s u d o re s e , ru b o r fa cia l, n á u se as, v ô m ito s e v á ria s a lte ­ ra ç õ e s no e s ta d o m en ta l. (D o en te s p o d e m p a s s a r d e um e s ta d o d e leve e x c ita ç ã o a um d e s e s p e ro q u a s e s u ic id a e m q u e s tã o d e in sta n te s.) É * N. de R.T. No original, sick motion, ou náusea causada por movimento.

p o s sív e l q u e a c o n d iç ã o o c o rra q u a n d o á re a s c e n tra is d e p r o c e s s a r r e - to, c o m o a lâ m in a d o te to d o m e s e n cé fa lo , re c e b e m in fo rm a ç õ e s v i s u a l e v e s tib u la re s co n flita n te s. A in d a não se sa b e p o r q u e e s s a s in fo rm a ç õ e s c o n flita n te s re s u lta m e m n á u se a s, v ô m ito s e o u tro s sin to m a s . S e n ta ' n o c o n v é s d e um b a rc o e m m o v im e n to ou le r e m um c a rro c o s t u r a — p ro d u z ir a s c o n d iç õ e s n e c e s s á r ia s pa ra a c in e to s e . S e u s o lh o s a v is a ~ q u e su a p o s iç ã o no e s p a ç o n ã o e stá m u d a n d o , m a s s e u s d u e to s s e rr c irc u la r e s a v is a m q u e se u c o rp o e stá c a m b a le a n d o e g u in a n d o . P 3 '2 a g ir c o n tra e s te e fe ito , o s m a rin h e iro s q u e e n jo a m c o s tu m a m fita r o h o riz o n te e m v e z d o a m b ie n te p ró x im o a eles, d e tal m a n e ira q u e se~5 o lh o s fo rn e c e m c o n firm a ç ã o v isu a l d o s m o v im e n to s d e te c ta d o s p e la s o re lh a s in te rn a s. N ã o se sa b e p o r qu e c e r to s in d iv íd u o s sã o p r a tic a m e " te im u n e s à c in e to s e , e n q u a n to o u tro s a c h a m q u a s e im p o s s ív e l v ia ja r d e c a rro ou barco. A s d ro g a s h a b itu a lm e n te u tiliza d a s para e v ita r a c in e to s e sã o o c m e n id rin a to (Dramamine©), a e s c o p o la m in a e a p ro m e tazin a. E ste s c o m ­ p o s to s p a re ce m d e p rim ir a a tiv id a d e n o s n ú c le o s vestib u la re s. S e d a tiv cs c o m o a p ro clo rp e ra zin a (Compazine ©), ta m b é m pod em se r eficazes. A e s ­ co p o la m in a p o d e se r a d m in istra d a a trav é s da s u p e rfíc ie da p e le pe lo use de um a d e siv o ipatch) (Transderm Scop©). Na doença de M énière, a d e fo rm a ç ã o d o la b irin to m e m b ra n á c e : da ore lh a interna, pela alta p re ssã o h id ro stá tica , p o d e ro m p e r as p a re ce s m e m b ra n á ce a s e m istu ra r a e n d o lin fa co m a perilinfa. Então, o s re c e p t:res no v e s tíb u lo e nos d u e to s se m ic irc u la re s sã o fo rte m e n te e stim u la d c s O in d iv íd u o p od e não s e r ca p a z de in icia r um m o v im e n to vo lu n tá rio (p. ex cam in h ar) p o rq u e e le e stá e x p e rim e n ta n d o s e n s a ç õ e s in te n sa s de ro ta ­ ç ã o e d e balanço. A lé m da vertig e m , a p e sso a pode "o u v ir" so n s in c o m u rs se os re c e p to re s c o c le a re s fo re m ativados.

O S IS T E M A N E R V O S O

ar-ca do

D u e to c o c le a r

Figura 18.17

J a n e la d a c ó c le a

LEGENDA

E s trib o n a ja n e la d o v e s tíb u lo

Da janela do vestíbulo à cúpula da cóclea Da cúpula da cóclea à janela da cóclea

A cóclea e o órgão espiral (de Co

(a) Estrutura da cóclea, em secção parcial, (b) Estrui da cóclea no tem poral, vista em secção, mostrande voltas dos duetos vestibulares, o dueto coclear e a rar do tímpano, (c) Histologia da cóclea, m ostrando par: mente m uitas das estruturas.

C a n a is s e m ic ir c u la re s

D u e to s e m ic ir c u la r N e rv o v e s tib u la r

E s p ir a a p ic a l - N e rv o v e s t ib u lo c o c le a r

P a re d e (m e m b ra n a) v e s tib u la r

(N VIII)

(a) Estrutura e o rien tação espacial da cóclea E s p ir a m é d ia

M e m b ra n a te c tó ria R a m p a d o v e s tíb u lo ( c o n te n d o perilin fa) M o d ío lo D u e to c o c le a r D a ja n e la d o v e s tíb u lo

( c o n te n d o e n d o lin fa )

E s p ir a b a s a l R a m p a d o tím p a n o ( c o n te n d o perilinfa)

Ó rg ã o e s p ira l (de C o rti) M e m b ra n a b a s ila r G â n g lio e s p ira l

T e m p o ra l (parte p e tro sa)

P a ra a ja n e la d a c ó c le a

N e rv o c o c le a r

N e r v o v e s t ib u lo c o c le a r (N VIII)

(b) S ecção esq u em ática da cóclea

E s p ir a a p ic a l

E s p ir a m é d ia R a m p a d o v e s tíb u ic R a m p a d o v e s tíb u lo (d a ja n e la d o v e s tíb u lo )

D u e to c o c le a r

P a re d e (m e m b ra n a) v e s tib u la r

R a m p a d o tím p a n o

Ó r g ã o e s p ira l (de C o rti) N e r v o c o c le a r E s p ir a b a s a l

G â n g lio e s p ira l

M e m b ra n a b a s ila r R a m p a d o tím p a n o (p ara a ja n e la d a c ó c le a )

(c) Fotomicrografia da secção da cóclea

C a p ít u l o

18 • O Sistem a N ervoso: S e n tid o s G erais e E sp e ciais

C a n a l e s p ira l d a c ó c le a R a m p a d o v e s tíb u lo ^ e d e (m e m b ra n a) v e s tib u la r D u e to c o c le a r M e m b ra n a te c tó ria M e m b ra n a b a s ila r R a m p a d o tím p a n o Ó r g ã o e s p ira l

N e rv o c o c le a r, p a rte d o n e rv o v e s t ib u lo c o c le a r (N VIII)'

(d) R am pas da cóclea

D u e to c o c le a r M e m b ra n a te c tó ria

P a re d e (m e m b ra n a ) v e s tib u la r M e m b ra n a te c tó ria

C é lu la c ilia d a e x te rn a

M e m b ra n a b a s ila r

C é lu la c ilia d a in te rn a

Ram pa do tím p a n o

F ib r a s n e rv o s a s

M e m b ra n a b a s ila r

(e) Ó rgão espiral

C é lu la s c ilia d a s d o ó rg ã o e s p ira l

C éháasdo ç á ^ ç : r =: *= dc : : : : -=■=

E s t e r e o c ílio s d a s c é lu la s c ilia d a s e x te rn a s

. :» w

>

. . .

.

,

v

.

« m s ,

Figura 18.17

7\ ,V

.

• '

W

. -

^



r

Kl H

i



f

- f

(f) A superfície recepto ra do órgão espiral

M E V x 1 .3 20

E s te re o c ílio s d a s c é lu la s c ilia d a s in te rn a s

(continuação ).

(d) Secção tridimensional, m ostrando os lhes das rampas da cóclea, da membrana tória e do órgão espiral (de Corti). (e) S e c tê esquem ática histológica através do c o r o e * de células ciliadas receptoras do órgão es: ral. (f) Uma micrografia eletrônica de v a rre r, ra, realçada em cor, mostrando uma p a re : superfície receptora do órgão espira .

mm

ú flB

490 | cas. a

O SISTEMA NERVOSO

rampa do vestíbulo

e a

rampa do tímpano. A s

d u a s ra m p a s e stã o

ta b ela

18.2

Estádios na produção de sensações auditivas

^ 'c o n e c t a d a s n o t o p o d a e s p ir a l d a c ó c le a . A ja n e la d o v e s t íb u lo ( o v a l) >e e n c o n t r a n a b a s e d a r a m p a d o v e s t í b u l o , e a j a n e l a d a c ó c l e a ( r e d o n d a ) ,

1. As ondas sonoras alcançam a m em brana tim pânica.

n a b a s e d a r a m p a d o tím p a n o .

2. O m ovim ento da m em brana tim pânica provoca o deslocam ento dos ossículos da audição.

O orgão espiral [Figura 18.17b-e] A s c é l u l a s c i l i a d a s d o d u e t o c o c l e a r -ò e n c o n t r a d a s n o órgão espiral, o u órgão de Corti (Figura 18.17b-e). A e - r r u t u r a s e n s i t i v a r e p o u s a n a membrana basilar, q u e s e p a r a o d u e t o

3. O m ovim ento do estribo na janela do vestíbulo faz surgir ondas de pressão na perilinfa da ram pa do tím pano.

c o c le a r d a r a m p a d o t ím p a n o . A s c é lu la s c ilia d a s e s tã o d is p o s t a s e m file i­ r a lo n g it u d in a l e x t e r n a e in te r n a . E s s a s c é lu la s c ilia d a s s ã o d e s p r o v id a s i r c in e t o c ílio s , e s e u s e s t e r e o c ílio s e s tã o e m c o n ta to c o m a

tectória.

membrana

q u e a s re c o b re . E s s a m e m b r a n a e stá fir m e m e n te fix a d a à p a re d e

: r : e m a d o d u e t o c o c le a r . Q u a n d o u m a p a r t e d a m e m b r a n a t e c t ó r i a s o b e e

4. As ondas de pressão distorcem a m em brana basilar, enquanto se dirigem para = janela da cóclea da ram pa do tím pano. 5. A vibração da m em brana basilar causa a vibração das células ciliadas contra a m em brana tectória, resultando na estim ulação destas células e na liberação dc neurotransm issores. 6. A inform ação relativa à área e à intensidade dos estím ulos é retransm itida ao SNC pelo nervo coclear (parte do VIII).

a e > c e , o s e s t e r e o c ílio s d a s c é lu la s c ilia d a s s ã o d e fo r m a d o s .

Detecção do som [Tabela 18.2]

u m m e c a n i s m o d e d e t e c ç ã o d a i n t e n s i d a d e ( v o l u m e ) d o s o m . S o n s d e fr t

A a u d iç ã o é a d e te c ç ã o d o s o m , q u e c o n s is t e e m o n d a s d e p r e s s ã o c o n d u ­ zi d a s a t r a v é s d o a r e d e l í q u i d o . A s o n d a s s o n o r a s e n t r a m n o m e a t o a c ú s tic o e x t e r n o e m o v im e n t a m - s e a té a m e m b r a n a t im p â n ic a . A m e m b r a n a tim p â n ic a fo r n e c e a s u p e r fíc ie d e c a p ta ç ã o d o s o m e, e m re s p o s ta à s o n d a s s o n o r a s , v i b r a c o m f r e q ü ê n c i a s e n t r e 2 0 e 2 0 .0 0 0 H z ; e s t a é a e x t e n s ã o e m u m a c r ia n ç a jo v e m , m a s , c o m a id a d e , a e x t e n s ã o d im in u i. C o m o m e n c io ­ n a d o p r e v ia m e n t e , o s o s s íc u lo s d a a u d iç ã o tr a n s fe r e m e s ta s v ib r a ç õ e s , d e

q ü ê n c ia m u it o e le v a d a p o d e m c a u s a r p e r d a a u d it iv a p e la s e p a r a ç ã o d c e s t e r e o c ílio s d a s u p e r fíc ie d a s c é lu la s c ilia d a s . A c o n t r a ç ã o r e fle x a d o m iií c u lo t e n s o r d o t ím p a n o e d o m ú s c u lo e s t a p é d io , e m r e s p o s t a a u m r u íd p e r i g o s a m e n t e a lt o , o c o r r e e m m e n o s d e 0 , 1 s e g u n d o , m a s i s s o p o d e n ã s e r r á p id o o .s u f ic ie n t e p a r a e v it a r le s ã o e p e r d a a u d it iv a a e la r e la c io n a d . A T a b e la 1 8 . 2 r e s u m e o s e s t á d io s e n v o lv id o s n a t r a n s f o r m a ç ã o d e u m o n d a s o n o r a e m s e n s a ç ã o a u d itiv a .

m a n e ir a m o d ific a d a , p a r a a j a n e la d o v e s t íb u lo . O m o v im e n t o d o e s tr ib o n a ja n e la d o v e s tíb u lo p r e s s io n a a p e r ilin fa i a r a m p a d o v e s tíb u lo . U m a p r o p r ie d a d e d o s líq u id o s é a s u a in c a p a c id a ­

Vias auditivas

d e d e s o f r e r c o m p r e s s ã o . P o r e x e m p lo , a o s e n t a r - s e s o b r e u m c o lc h ã o d e

A e s t im u la ç ã o d a s c é lu la s c ilia d a s a tiv a n e u r ô n io s s e n s it iv o s , c u jo s c o r p o

a c u a . v o c ê s a b e q u e q u a n d o v o c ê p r e s s io n a p a r a b a ix o ib a u la m e n t o

lá. P e l o

aqui, o

c o lc h ã o s o fr e

fa to d e o r e s ta n te d a c ó c le a s e r f o r m a d a p o r o s s o , a

[Figura 18.18]

c e lu la r e s se lo c a liz a m n o g â n g lio e s p ir a l a d ja c e n te . S u a s fib r a s s e n s it iv a a fe re n te s fo r m a m o

nervo coclear,

p a r te d o n e r v o v e s t ib u lo c o c le a r

>

r r e s s ã o a p lic a d a n a ja n e la d o v e s t íb u lo s o m e n t e p o d e s e r a liv ia d a n a ja n e la

V III) . E s t e s a x ô n i o s p e n e t r a m n o b u l b o e f a z e m s i n a p s e n o

d a c ó c le a . Q u a n d o a b a s e d o e s t r ib o se m o v e p a r a d e n t r o d a ja n e la d o v e s ­

clear n o

ti r a l o , a m e m b r a n a q u e p r e e n c h e a j a n e l a s o f r e a b a u l a m e n t o p a r a f o r a .

o r d e m c r u z a m p a r a o l a d o o p o s t o d o e n c é f a l o e a s c e n d e m a o c o l í c u l o in

O m o v im e n t o d o e s tr ib o p r o d u z o n d a s d e p r e s s ã o n a p e r ilin fa . E s s a s o n d a s d e fo r m a m o d u e t o c o c le a r e o ó r g ã o e s p ir a l, e s t im u la n d o a s c é lu ­

núcleo co

m e s m o la d o d o e n c é fa lo . O s a x ô n io s d o s n e u r ô n io s d e s e g u n d

fe r io r d o m e s e n c é fa lo

(Figura 18.18). E s t e

ce n tro d e p ro c e ssa m e n to c o o r

d e n a v á r ia s r e s p o s t a s a o s e s t ím u lo s a c ú s t ic o s , in c lu in d o r e fle x o s a u d i t i v a

la s c i l i a d a s . A l o c a l i z a ç ã o d a e s t i m u l a ç ã o m á x i m a v a r i a , d e p e n d e n d o d a

q u e e n v o lv e m m ú s c u lo s e s q u e lé t ic o s d a c a b e ç a , d a fa c e e d o t r o n c o . E s s e

fr e q ü ê n c ia ( p ic o ) d o s o m . S o n s d e a lt a fr e q ü ê n c ia a fe t a m a m e m b r a n a

r e fle x o s a lt e r a m a u t o m a t ic a m e n t e a p o s iç ã o d a c a b e ç a e m r e s p o s t a a u n

b a s ila r p r ó x im o à ja n e la d o v e s t íb u lo ; q u a n t o m a is b a ix a a fr e q ü ê n c ia d o

r u íd o f o r t e e s ú b ito .

s o m , m a is lo n g e d a ja n e la d o v e s t íb u lo e s ta r á a d e fo r m a ç ã o . A r e a l q u a n t id a d e d e m o v im e n t o e m u m d a d o lo c a l d e p e n d e d a i n ­ t e n s id a d e d a fo r ç a a p lic a d a n a ja n e la d o v e s t íb u lo . E s t a r e la ç ã o fo r n e c e

A n te s d e a lc a n ç a r o c ó r t e x c e r e b r a l e o n o s s o c o n h e c im e n to c o n s c ie n te, a s s e n s a ç õ e s a u d itiv a s a s c e n d e n t e s fa z e m s in a p s e n o m e t a t á la m o . E n tã o fib r a s d e p r o je ç ã o e n v ia m a in fo r m a ç ã o a o c ó r t e x a u d itiv o d o lo b o t e m p o ­ r a l. C o m e f e i t o , o c ó r t e x a u d i t i v o c o n t é m u m m a p a d o ó r g ã o e s p i r a l * . S o m d e a lt a f r e q ü ê n c i a a t i v a m u m a p a r t e d o c ó r t e x , e s o n s d e b a i x a í r e q ü ê n c : . a fe t a m o u t r a . S e o c ó r t e x a u d it iv o f o r le s a d o , o in d iv íd u o ir á r e s p o n d e i

Nota clínica

a o s s o n s e te r á r e fle x o s a c ú s t ic o s n o r m a is , m a s a in t e r p r e t a ç ã o d o s o m e c p a d r ã o d e r e c o n h e c i m e n t o s e r ã o p r e j u d i c a d o s o u i m p o s s i b i l i t a d o s . A le s ã c à á r e a d e a s s o c ia ç ã o a d ja c e n te n ã o a fe t a a c a p a c id a d e d e d e te c ta r o s s o n s c

P e r d a a u d itiv a a surdez de condução resulta de pa tologia s na orelha m édia que blo q ueiam a tra n sfe rê n cia norm al da vibração, da - e r r b r a n a tim p ânica à janela do vestíbulo. Um m eato acústico externo : o sta iíd o por acúm ulo de cerum e ou água aprisionada pode causar uma o-e'da au ditiva tem porária. C ic a triz a ç ã o ou perfuração da m em brana - -p â n ic a , líquido na cavidade tim pânica e im obiliza çã o de um ou m ais oss culos da audição são outros exem p los de surdez de condução. Na surdez neurossensorial, o problem a se encontra no interior da oõclea ou em algum outro local ao longo da via auditiva. A s vibrações : : -seguem alcançar a janela do vestíbulo, m as os receptores não podem 'ís o o n d e r ou su as respostas não conseguem atingir su as term inações centrais. A lém disso, certas drogas que entram na endolinfa podem destru ir os receptores, e infecções podem lesar as células ciliadas ou afetar : -e rv o coclear. A s células ciliadas tam bém podem se r lesadas pela ex: os ção a altas doses de an tibióticos am inoglicosídeos, com o a neom ici-3 ou a gentam icina; este efeito colateral potencial deve ser ponderado ante a gravidade da infecção antes da prescrição dessas drogas.

s e u s p a d r õ e s , m a s c a u s a in c a p a c id a d e d e c o m p r e e n d e r s e u s ig n ific a d o .

s ______________________ Ci REVISÃO DOS CONCEITOS 1. Se a mem brana que preenche a janela da cóclea não for capaz de se abaular para fora com o aum ento da pressão na endolinfa, com o a percepção do som seria afetada? 2. De que form a a perda dos estereocílios das células ciliadas do órgão espira afetaria a audição? 3. Faça a distinção entre dueto coclear e rampa do tímpano. 4. Que estrutura estim ula as células ciliadas no órgão espiral? ve ja a s e ç ã o d e R e s p o s ta s na p a rte fin a l d o livro.

* N. de R.T. Esta correlação entre o local na cóclea onde o órgão espiral é estimulado e a área no córtex auditivo é chamada de tonotopia.

C a p ít u lo 18 • O S is te m a N e rv o s o : S e n tid o s G e ra is e E s p e c ia is

Figura 18.18

Via auditiva.

A s sensações auditivas são levadas pelo nervo coclear, parte do nervo ves: coclear (N VIII), ao núcleo coclear do bulbo. Daí, a informação é retransrr t za a>: colículo inferior, um centro que comanda uma diversidade de respostas reflQQE motoras aos sons. A informação acústica ascendente alcança o corpo ger a - adc mediai, antes de ser levada adiante até o córtex auditivo do lobo temporal

C ó r t e x a u d itiv o (lo b o te m p o ra l) S o n s d e b a ix a f r e q ü ê n c ia

C ó c le a

S o n s d e b a ix a f r e q ü ê n c ia C o r p o g e n ic u la d o m e d ia i (m e ta tá la m o ) S o n s d e a lta fr e q ü ê n c ia C o líc u lo in fe rio r (m e s e n c é fa lo )

E f e r ê n c ia m o to ra a o s n ú c le o s d e n e r v o s c r a n ia n o s

N e r v o v e s t ib u lo c o c le a r (N VIII)

N ú c le o c o c le a r

E fe r ê n c ia m o to ra à m e d u la e s p in a l, p o r m e io d o s tr a t o s t e t o s p in a is

AV ÍS ã O

p is c a r m a n t é m a s u p e r fíc ie lu b r ific a d a e liv r e d e p o e ir a e d e tr ito s . ?

[Figura 18.19]

t a m b é m p o d e m fe c h a r - s e fir m e m e n t e p a r a p r o t e g e r a d e lic a d a s u p e r o : :

O s se re s h u m a n o s d e p e n d e m m u it o m a is d a v is ã o d o q u e d e q u a lq u e r

d o o lh o . A s m a r g e n s liv r e s d a s p á lp e b r a s s u p e r io r e in f e r io r e s tã o - e r ­

o u t r o s e n t id o e s p e c ia l, e o c ó r t e x v is u a l é m u it a s v e z e s m a io r d o q u e a s

to re s d a v is ã o e s tã o c o n tid o s e m e s tr u tu r a s e la b o r a d a s , o s o lh o s , q u e n o s

r a d a s p e l a rima das pálpebras, m a s a s d u a s e s t ã o c o n e c t a d a s e n t r e s: : ângulo lateral do olho e n o ângulo m ediai do olho (Figura 18 19 cílios a o l o n g o d a s m a r g e n s d a s p á l p e b r a s s ã o p ê l o s m u i t o r o b u s t o s . C i c _ í

p e r m it e m n ã o a p e n a s d e te c ta r a lu z , m a s c r ia r im a g e n s v is u a is d e t a lh a ­

c ílio é c o n t r o la d o p o r u m p le x o d o fo líc u lo p ilo s o , e o d e s lo c a m e n :: d o

á re a s c o r t ic a is c o n s ig n a d a s a o s o u t r o s s e n tid o s e s p e c ia is . N o s s o s r e c e p ­

d a s. I n ic ia r e m o s n o s s o e s tu d o p e la s

estruturas oculares acessórias, q u e

fo rn e c e m p ro te ç ã o , lu b r ific a ç ã o e s u ste n ta ç ã o . A a n a to m ia s u p e r fic ia l d o o lh o e a s p r in c ip a is e s t r u t u r a s o c u la r e s a c e s s ó r ia s e s tã o ilu s t r a d a s n a

Fi­

gura 18.19.

c ílio p r o v o c a u m r e f le x o d e p is c a r . E s t a r e s p o s t a a ju d a a e v it a r q u e c o n x ? e s tr a n h o s o u in s e to s c h e g u e m à s u p e r fíc ie d o o lh o . O s c í l i o s e s t ã o a s s o c i a d o s a g r a n d e s g l â n d u l a s s e b á c e a s , a s glártãuLn de Zeis. A s glândulas tarsais, o u glândulas de Meibomius, l o c a l i z a c _ - _ : lo n g o d a m a r g e m in t e r n a d a p á lp e b r a , s e c r e ta m u m m a t e r ia l r ic o e m

Estruturas oculares acessórias As

estruturas oculares acessórias

in c lu e m a s p á lp e b r a s , a t ú n ic a c o n -

iu n t iv a e a s e s t r u t u r a s a s s o c ia d a s c o m a p r o d u ç ã o , s e c r e ç ã o e r e m o ç ã o d a s lá g r im a s ( a p a r e lh o la c r im a l) .

Pálpebras [Figuras 18.19/18.20/18.21b,e] As

pálpebras

lip íd e o s q u e e v it a q u e a s p á lp e b r a s c o le m u m a s n a s o u t r a s . N o à n g u m e d ia i d o o lh o , g lâ n d u la s n o in t e r io r d a

18.19a)

carúncula lacrim al

i F i g _ '=

p r o d u z e m a s s e c r e ç õ e s e s p e s s a s q u e p r o d u z e m o s d e p ó s it o s g r a ­

n u lo s o s à s v e z e s e n c o n tr a d o s a p ó s u m a b o a n o ite d e s o n o . E sta v a r ie ­ d a d e d e g lâ n d u la s e s tá s u je it a , o c a s io n a lm e n t e , à in v a s ã o e in fe c ç ã o p o r b a c t é r ia s . E m g e r a l, u m c is to , o u

calázio (chalazion, p e q u e n a

p ro tu b e -

r â n c ia ) , r e s u lta d a in fe c ç ã o d e u m a g lâ n d u la ta r s a l. A in fe c ç ã o e m u i c í

s ã o u m a c o n t in u a ç ã o d a p e le . A s p á lp e b r a s a t u a m c o m o

g lâ n d u la s e b á c e a d e u m c ílio , e m u m a g lâ n d u la ta r s a l o u e m q u a lq u e r

u m lim p a d o r d e p á r a - b r is a s d e a u to m ó v e l; se u m o v im e n to c o n tín u o d e

u m a d a s in ú m e r a s g lâ n d u la s s e b á c e a s q u e se a b r e m p a r a a s u p e r fíc ie .

O SISTEMA NERVOSO

e r_ :re o s f o l í c u l o s d o s c í l i o s , p r o d u z u m i n c h a ç o l o c a l i z a d o e d o l o r o s o c o n h e c id o c o m o

c o n e c tiv o q u e , e m c o n ju n to , s ã o c h a m a d a s d e

terçol*.

f ib r a s m u s c u la r e s d o

da pálpebra superior (Figuras

A s u p e r f í c i e v i s í v e l d a p á l p e b r a é r e v e s t id a p o r u m a f i n a c a m a d a d e

tarso (Figura 18.19b). A

músculo orbicular do olho e 18.19b

e

18.20)

do

músculo levantacU

s e l o c a l i z a m e n t r e o ta r>

i r : : e l i o p a v i m e n t o s o e s t r a t i f i c a d o . P r o f u n d a m e n t e à t e la s u b c u t â n e a , a s

e a p e le . E s t e s m ú s c u l o s e s q u e l é t i c o s s ã o r e s p o n s á v e i s p e la o c l u s ã o da

r i l p e b r a s s ã o s u s t e n t a d a s e te n s io n a d a s p o r e s p e s s a s lâ m in a s d e te c id o

p á lp e b r a s ( m . o r b i c u l a r d o o l h o ) e p e la e l e v a ç ã o d a p á l p e b r a s u p e r i o r i n le v a n ta d o r d a p á lp e b r a s u p e r io r ) .

pág. 266

O e p ité lio q u e re v e s te a s u p e r fíc ie in te r n a d p á lp e b r a e a s u p e r fíc ie e x t e r n a d o b u lb o d o o lh o

C ílio s

(&

túnica conjuntiva (conjutitin

c le r a ) é c h a m a d o d e

q u e u n e ) . E le é u m a m e m b r a n a m u c o s a r e v e s t id p o r u m e p i t é l i o p a v i m e n t o s o e s t r a t i f ic a d o e s p e c ia l]

túnica conjuntiva da pálpebra r e v e s t e a s l túnica conjuntiv do bulbo, a s u p e r f í c i e a n t e r i o r d o o l h o . U m s u p r zado. A

P á lp e b r a

 n g u lo lateral

R im a d a s

d o o lh o

p á lp e b r a s

E s d e ra

 n g u lo m e d ia i d o o lh o

L im b o d a c ó rn e a

C a rú n c u la la c rim a l

P u p ila

p e r fíc ie in te r n a d a p á lp e b r a , e a

m e n to c o n tín u o d e líq u id o flu i s o b re a s u p e r fíc ie d b u l b o d o o l h o , m a n t e n d o a t ú n i c a c o n j u n t i v a ú m id e l i m p a . C é l u l a s m u c o s a s n o e p i t é l i o a ju d a m a s vá r ia s g lâ n d u la s a c e s s ó r ia s a fo r n e c e r u m a s u p e r fíc i lu b r ific a d a q u e e v it a a fr ic ç ã o e a d e s s e c a ç ã o d a s s t p e r fíc ie s c o n ju n tiv a is o p o s ta s . So b re a

córnea

t r a n s p a r e n t e d o o l h o , o e p it é l:

e s t r a t i f ic a d o r e l a t i v a m e n t e e s p e s s o s e t r a n s f o r m a e r

(a) Olho direito, estruturas acessórias

u m e p i t é l i o p a v i m e n t o s o d e li c a d o e f i n o , c o n s t i t u í d p o r 5 a 7 c a m a d a s d e c é lu la s . P r ó x im o à s m a rg e ri -

Tendão do músculo oblíquo superior

d a s p á lp e b r a s , a t ú n ic a c o n ju n t iv a d a p á lp e b r a d í s e n v o lv e u m e p i t é l i o p a v i m e n t o s o e s t r a t i f ic a d o m a i

- M ú s c u lo G tà n d u la la c rim a l ip a rte orb ita l) T a rso

le v a n ta d o r d a p á lp e b r a s u p e rio r

ro b u s to , c a ra c te rís tic o d a s s u p e r fíc ie s e x p o s ta s d

C o r p o a d ip o s o

c o r p o . E m b o r a n ã o e x is t a m r e c e p t o r e s s e n s it iv o

d a ó rb ita

e s p e c ia liz a d o s p a r a a s u p e r fíc ie d o o lh o , h á a b u n

R im a d a s p á lp e b r a s

d a n te s te r m in a ç õ e s n e r v o s a s liv r e s c o m u m a a m p i

S a c o la c rim a l

8 a m a d e s e n s ib ilid a d e s .

M ú s c u lo o rb ic u la r d o o lh o (se c c io n a d o )

O aparelho lacrimal [Figuras 18.19b, c/18.20] U m f l u x o c o n s t a n t e d e l á g r i m a s m a n t é m a s s u p e r fi c ie s c o n j u n t i v a i s ú m i d a s e l i m p a s . A s l á g r i m a s re d u z e m a f r i c ç ã o , r e m o v e m d e t r i t o s , p r e v i n e m a in fe c ç ã o b a c te r ia n a e fo r n e c e m n u tr ie n te s e o x ig ê n io á p a r te s d o e p ité lio c o n ju n tiv a l. O

(b) Dissecação superficial da órbita direita

aparelho lacrimé

p r o d u z , d is t r ib u i e r e m o v e a s lá g r im a s . O a p a r e lh

Músculo reto superior Tendão do músculo oblíquo superior

D ú c tu lo s e x c r e to r e s d a a ã n d u la la c rim a l

guras 18.19b,c e 18.20). P o n to la c rim a l

G lâ n d u la la c rim a l  n g u lo lateral d o o lh o ^ U D e ô ra in fe rio r

O re c e s so c r ia d o o n d e a tú n ic a c o n ju n tiv a d

C a n a líc u lo la c rim a l s u p e rio r

p á lp e b r a se c o n e c ta c o m a q u e la d o o lh o é c o n h e c i

 n g u lo m e d ia i d o o lh o

d a c o n ju n tiv a re c e b e 1 0 a 1 2 d ú c tu lo s e x c re to re s d

C a n a líc u lo la c rim a l in fe rio r

Músculo reto inferior

S a c o la c rim a l

do com o

fórnice. A

p a r te la te r a l d o fó r n ic e s u p e r ic

glândula lacrimal. A

g lâ n d u la la c r im a l te m a fo r m

e o t a m a n h o a p r o x i m a d o s d e u m a a m ê n d o a , m e d in d o c e rc a d e 1 2 a 2 0 m m d e c o m p r im e n to . E la est

D u e to la c rim o n a s a l

■ K x u t o oblíquo

Concha nasal inferior

inferior

Ó s tio d o d u e to la c rim o n a s a l

(c) Dissecação profunda da órbita direita f gjra 18.19

glândul lacrimal, ( 2 ) canalículo lacrimal superior e inferio ( 3 ) u m saco lacrimal e ( 4 ) u m dueto lacrimonasal ( F

la c r im a l d e c a d a o lh o c o n s is te e m ( 1 ) u m a

Estruturas acessórias do olho, parte I.

a) Anatomia superficial do olho direito e suas estruturas acessórias, (b) Representação esquemática oe uma dissecação superficial da órbita direita, (c) Representação esquemática de uma dissecação pro-_"da do olho direito, mostrando sua posição no interior da órbita e suas relações com as estruturas acessórias, especialmente o aparelho lacrimal.

a lo j a d a e m u m a d e p r e s s ã o d o f r o n t a l , n o i n t e r i o r d ó r b ita , s u p e íio r e la te ra l a o b u lb o d o o lh o

18.20).

pág.

(Figur

151

A g lâ n d u la la c r im a l n o r m a lm e n te fo r n e c e o in g r e d ie n te s e s s e n c ia is e a m a io r p a r t e d o v o lu m d a s lá g r im a s q u e b a n h a m a s u p e r fíc ie c o n ju n tiv a S u a s s e c r e ç õ e s s ã o líq u id a s , le v e m e n t e a lc a lin a s c o n tê m a e n z im a

lisozima,

q u e d e g r a d a m ic r o r g a

n is m o s .

* N. de R.T. O nome científico é hordéolo.

492

O SISTEMA NERVOSO

e n tre o s fo líc u lo s d o s c ílio s , p r o d u z u m in c h a ç o lo c a liz a d o e d o lo r o s o c o n h e c id o c o m o

A

terçol!*.

c o n e c tiv o q u e , e m c o n ju n to , s ã o c h a m a d a s d e t a r s o (F ig u r a 1 8 . 1 9 b ) . A s

músculo orbicular do olho e d o músculo levantador da pálpebra superior ( F i g u r a s 1 8 . 1 9 b e 1 8 . 2 0 ) s e l o c a l i z a m e n t r e o t a r s o

fib r a s m u s c u la r e s d o

s u p e r fíc ie v is ív e l d a p á lp e b r a é r e v e s t id a p o r u m a fin a c a m a d a d e

e p i t e l i o p a v i m e n t o s o e s t r a t i f ic a d o . P r o f u n d a m e n t e à t e l a s u b c u t â n e a , a s

e a p e le . E s t e s m ú s c u l o s e s q u e l é t i c o s s ã o r e s p o n s á v e i s p e l a o c l u s ã o d a s

r i 'r c b r a s s ã o s u s te n ta d a s e te n s io n a d a s p o r e s p e ss a s lâ m in a s d e te c id o

p á lp e b r a s ( m . o r b i c u l a r d o o l h o ) e p e la e l e v a ç ã o d a p á l p e b r a s u p e r i o r ( m . le v a n t a d o r d a p á lp e b r a s u p e r io r ) .

pág. 266

O e p ité lio q u e r e v e s te a s u p e r fíc ie in te r n a d a p á l p e b r a e a s u p e r f í c i e e x t e r n a d o b u l b o d o o l h o (e s c le r a ) é c h a m a d o d e C ílio s

túnica conjuntiva ( conjuntiva,

q u e u n e ) . E le é u m a m e m b r a n a m u c o s a r e v e s t id a p o r u m e p i t é l i o p a v i m e n t o s o e s t r a t i f i c a d o e s p e c i a li ­

túnica conjuntiva da pálpebra r e v e s t e a s u ­ túnica conjuntiva do bulbo, a s u p e r f í c i e a n t e r i o r d o o l h o . U m s u p r i ­ zado. A

P á lp e b r a

 n g u lo lateral

R im a d a s

d o o lh o

p á lp e b r a s E s c le ra

 n g u lo m e d ia i d o o lh o

L im b o d a có rn e a

C a rú n c u la la c rim a l

P u p ila

p e r fíc ie in te r n a d a p á lp e b r a , e a

m e n to c o n tín u o d e líq u id o flu i s o b re a s u p e r fíc ie d o b u lb o d o o lh o , m a n t e n d o a tú n ic a c o n ju n tiv a ú m id a e lim p a . C é lu la s m u c o s a s n o e p ité lio a ju d a m a s v á ­ r ia s g lâ n d u la s a c e s s ó r ia s a fo r n e c e r u m a s u p e r fíc ie lu b r ific a d a q u e e v ita a fr ic ç ã o e a d e s s e c a ç ã o d a s s u ­ p e r fíc ie s c o n ju n tiv a is o p o s ta s . So b re a

(a) Olho direito, estruturas acessórias

córnea t r a n s p a r e n t e

d o o lh o , o e p ité lio

e s t r a t i f ic a d o r e l a t i v a m e n t e e s p e s s o s e t r a n s f o r m a e m u m e p i t é l i o p a v i m e n t o s o d e li c a d o e f i n o , c o n s t i t u í d o ■Tendão

do músculo oblíquo superior

p o r 5 a 7 c a m a d a s d e c é lu la s . P r ó x im o à s m a r g e n s d a s p á lp e b r a s , a t ú n ic a c o n ju n t iv a d a p á lp e b r a d e ­ s e n v o lv e u m e p i t é l i o p a v i m e n t o s o e s t r a t i f ic a d o m a i s

M ú s c u lo le v a n ta d o r d a p á lp e b r a s u p e r io r

j à - O u l a la c rim a l p a rte orb ita l) T a rso

r o b u s to , c a ra c te rís tic o d a s s u p e r fíc ie s e x p o s ta s d o

C o r p o a d ip o s o

c o r p o . E m b o r a n ã o e x is ta m

d a ó rb ita

e s p e c ia liz a d o s p a r a a s u p e r fíc ie d o o lh o , h á a b u n ­

R im a d a s p á lp e b r a s

d a n t e s t e r m i n a ç õ e s n e r v o s a s l i v r e s c o m u m a a m p la

S a c o la c rim a l

g a m a d e s e n s ib ilid a d e s .

M ú s c u lo o rb ic u la r d o o lh o

O aparelho lacrimal [Figuras 18.19b, c/l 8.20]

(se c c io n a d o )

r e c e p t o r e s s e n s it iv o s

U m flu x o c o n s ta n te d e lá g r im a s m a n t é m a s s u p e r fí­ c ie s c o n j u n t i v a i s ú m i d a s e l i m p a s . A s l á g r i m a s r e d u ­ z e m a fr ic ç ã o , r e m o v e m d e tr ito s , p r e v in e m a in fe c ­ ç ã o b a c te r ia n a e fo r n e c e m n u tr ie n te s e o x ig ê n io às p a r te s d o e p ité lio c o n ju n t iv a l. O

(b) Dissecação superficial da órbita direita

aparelho lacrimal

p r o d u z , d is tr ib u i e r e m o v e a s lá g r im a s . O a p a r e lh o 5

o reto superior

D ú c tu lo s e x c r e to r e s d a ? a r c _ a la c rim a l

Tendão do músculo oblíquo superior

S ã n c j a la c rim a l

P o n to la c rim a l

g u r a s 1 8 .1 9 b ,c e 18 .2 0 ) .

c ste ra l

1Ajsculo reto inferior

O re c e s so c r ia d o o n d e a tú n ic a c o n ju n tiv a d a

C a n a líc u lo la c rim a l s u p e r io r

p á l p e b r a s e c o n e c t a c o m a q u e la d o o l h o é c o n h e c i ­

 n g u lo m e d ia i d o o lh o

d a c o n ju n tiv a re c e b e 1 0 a 1 2 d ú c tu lo s e x c re to re s d a

C a n a líc u lo la c rim a l in fe rio r

glândula lacrimal. A

d o o lh o ^ o e c y a in fe rio r

M b o ío

glândula lacrimal, ( 2 ) canalículo lacrimal superior e inferior, ( 3 ) u m saco lacrimal e ( 4 ) u m dueto lacrimonasal ( F i ­

la c r im a l d e c a d a o lh o c o n s is te e m ( 1 ) u m a

S a c o la c rim a l

do com o

fórnice. A

p a r te la te ra l d o fó r n ic e s u p e r io r

g lâ n d u la la c r im a l te m a fo r m a

e o t a m a n h o a p r o x im a d o s d e u m a a m ê n d o a , m e d in ­ d o c e r c a d e 1 2 a 2 0 m m d e c o m p r im e n t o . E la e stá

D u e to la c rim o n a s a l

oblíquo inferior

Concha nasal inferior Ó s tio d o d u e to la c rim o n a s a l

(c) Dissecação profunda da órbita direita

a lo ja d a e m u m a d e p r e s s ã o d o fr o n ta l, n o in te r io r d a ó r b ita , s u p e r io r e la te r a l a o b u lb o d o o lh o (F ig u r a 18 .2 0 ) .

pág. 1 5 1

A g lâ n d u la la c r im a l n o r m a lm e n te fo r n e c e o s in g r e d ie n te s e s s e n c ia is e a m a io r p a r te d o v o lu m e d a s lá g r im a s q u e b a n h a m a s u p e r fíc ie c o n ju n tiv a l. S u a s s e c r e ç õ e s s ã o líq u id a s , le v e m e n t e a lc a lin a s e

í . - 5 18.19 Estruturas acessórias do olho, parte I. is c -jto m ia superficial do olho direito e suas estruturas acessórias, (b) Representação esquemática e jm a dissecação superficial da órbita direita, (c) Representação esquemática de uma dissecação pro-

n is m o s .

.ncta do olho direito, mostrando sua posição no interior da órbita e suas relações com as estruturas ressorias, especialmente o aparelho lacrimal.

* N. de R.T. O nome científico é hordéolo.

c o n tê m a e n z im a

lisozima,

q u e d e g r a d a m ic r o r g a -

C a p ít u l o 18 • O S is te m a N e rv o s o : S e n tid o s G e ra is e E s p e c ia is

M ú s c u lo le v a n ta d o r d a p á lp e b r a s u p e r io r

G lâ n d u la la c rim a l - B u lb o d o o lh o

M ú s c u lo o b líq u o su|

M ú s c u lo re to s u p e r io r

N e r v o t r o c le a r (N IV) R a m o s s e n s it iv o s d o N V ■N e r v o a b d u c e n t e (N VI) —

N e r v o ó p t ic o (N

-------- M ú s c u lo re to la te ra l (re b a tid o ) -

Artéria carótida interna N e r v o o c u lo m o t o r (N III)

: igura 18.20

Estruturas acessórias do olho, parte II.

jm a vista superior das estruturas no interior da órbita direita.

n ia n o s e v a s o s s a n g ü ín e o s q u e s u p r e m o o lh o e a s p a r te s a d ja c e n te s u

A g lâ n d u la la c r im a l p r o d u z lá g r im a s e m u m a ta x a d e a p r o x im a d a ­ m e n te 1 m L / d ia . U m a v e z q u e a s s e c r e ç õ e s la c r im a is a lc a n ç a m a s u p e r fíc ie

ó r b ita e d a fa c e ( F ig u r a s 1 8 . 2 0 e 1 8 . 2 1 e , f ) . O

: c u la r , e l a s s e m i s t u r a m c o m a s s e c r e ç õ e s d a s g l â n d u l a s a c e s s ó r i a s e c o m

fo r n e c e a p o io e is o la m e n to . A p a r e d e d o b u lb o d o o lh o c o n té m trê s tú n ic a s d is tin ta s

a s s e c re ç õ e s g r a x a s d a s g lâ n d u la s ta r s a is e d a s g lâ n d u la s s e b á c e a s . A c o n :r ib u iç ã o d a s ú lt im a s p r o d u z u m a “ p e líc u la o le o s a ” s u p e r fic ia l q u e a u x ilia -.a l u b r i f i c a ç ã o e r e t a r d a a e v a p o r a ç ã o . O

m o v im e n t o d e p is c a r o s o lh o s e s p a lh a a s l á g r im a s , c r u z a n d o

>u p e r f í c i e o c u l a r , e f a z c o m q u e e l a s s e a c u m u l e m n o â n g u l o m e d i a i d o lh o , e m u m a á r e a c o n h e c id a c o m o

lago lacrimal. D o i s

p eq u en o s p o ro s,

pontos lacrimal superior e inferior (punctum, p o n t o ) , d r e n a m o l a g o - c r i m a l e o e s v a z i a m n o s canalículos lacrimais q u e s e a l o j a m a o l o n g o a e s u l c o s n o o s s o l a c r i m a l . E s t a s v i a s l e v a m a o saco lacrimal, q u e p r e r n c h e o s u l c o l a c r i m a l d o o s s o l a c r i m a l . D a í , o dueto lacrim onasal s e -

corpo adiposo da orbiti F ig u r a

túnica fibrosa, e x t e r n a , u m a túnica vascular, m e d i.; e u m a túnica interna. O b u l b o d o o l h o é o c o , e o s e u i n t e r i o r e s t á d i v i d i d : a d u a s cavidades. A m a i o r , p o s t e r i o r , o u câmara postrema, é t a m b e m m _ m a d a d e corpo vítreo, p o r q u e c o n t é m o humor vítreo, g e l a t i n o s o . A i r :: anterior, é s u b d i v i d i d a e m câmara anterior e posterior. A f o r m a d o e m p a r t e , é e s t a b i l i z a d a p e l o c o r p o v í t r e o e p e l o humor aquoso, c l a r c . c _ : 18 .2 1a ) : u m a

p r e e n c h e a c â m a r a a n te r io r .

A túnica fibrosa [Figuras 18.20/18.21a,b,d,e] túnica fibrosa,

;s t e n d e a o lo n g o d o c a n a l la c r im o n a s a l, f o r m a d o p e lo o s s o la c r im a l e p e la

A

m a x ila , p a r a e n v ia r a s lá g r im a s a o m e a t o n a s a l in f e r i o r d o m e s m o la d o , n a

esclera e na córnea ( F i g u r a

j j v i d a d e n a s a l.

te n ta ç ã o m e c â n ic a e a lg u m g r a u d e p r o t e ç ã o fís ic a , ( 2 ) s e r v e c o m o u m

O

pág. 15 1

a c a m a d a m a is e x t e r n a d o b u lb o d o o lh o , c o n ? :- :í

b l o q u e i o d o s p o n t o s l a c r i m a i s o u a h i p e r s e c r e ç ã o d a s g l â n d u l a s la - c a l d e f i x a ç ã o p a r a o s m ú s c u l o s e x t r í n s e c o s d o b u l b o d o o l h o e ( 3

jr im a is p o d e m p r o d u z ir “ o lh o s la c r im e ja n t e s ” * , q u e e s tã o c o n s ta n t e m e n ­ te e x t ra v a s a n d o . U m a p r o d u ç ã o in a d e q u a d a d e lá g r im a s , u m a c o n d iç ã o

zj

1 8 . 2 1 a , b , d , e ) . A tú n ic a fib r o s a ( 1 ) fo rn e c e ? _ -

c o n te n

e s tr u tu r a s q u e a u x ilia m n o p r o c e s s o d e fo c a liz a ç ã o . A m a i o r p a r t e d a s u p e r fíc ie o c u la r é c o b e r t a p e la

esclera.

A e s c .e r i

m a is c o m u m , p r o d u z “ o l h o s s e c o s ” * * . “ L á g r i m a s a r t i f i c i a i s ” l u b r i f i c a n t e s ,

o u o “ b r a n c o d o o l h o ”, c o n s i s t e e m u m t e c i d o c o n e c t i v o f i b r o s o d e n > :

-

c o n t e n d o f i b r a s c o l á g e n a s e e l á s t i c a s . E s t a c a m a d a é m a i s e s p e s s a r .2 r i m ;

a fo r m a d e c o lír io , s ã o a te r a p ia m a is h a b itu a l, p o r é m c a s o s m a is s é r io s

p o d e m s e r t r a t a d o s p e la o c lu s ã o c ir ú r g ic a d o s p o n t o s la c r im a is .

p o s t e r io r d o o lh o , p r ó x im o à e m e r g ê n c ia d o n e r v o ó p tic o , e m a is dc r _ u s o b r e a s u p e r f íc ie a n t e r io r . O s s e is m ú s c u lo s e x t r ín s e c o s s e in s e r e m

O

bulbo do olho [Figuras 18.20/18.21 a,e,f]

s b u lb o s d o s o lh o s s ã o e s fe r ó id e s , ir r e g u la r e s , c o m u m d iâ m e t r o m é d io 24

m m , u m p o u c o m e n o r e s d o q u e u m a b o la d e p in g u e - p o n g u e . C a d a

: u lb o d o o l h o p e s a c e r c a d e 8 g . O b u l b o d o o l h o c o m p a r t i l h a a c a v i d a d e : r b ita l c o m o s m ú s c u lo e x t r ín s e c o s , a g lâ n d u la la c r im a l e o s n e r v o s c r a -

' N. de R.T. O nome científico é dacriorréia. '* N. de R.T. O nome científico é xeroftalmia.

-■

e s c le r a , e a s fib r a s c o lá g e n a s d e s e u s te n d õ e s se e n t r e la ç a m c o m a s l í b r » c o lá g e n a s d a c a m a d a e x te rn a (F ig u r a 1 8 .2 0 ) . A s u p e r f í c i e a n t e r i o r d a e s c l e r a c o n t é m p e q u e n o s v a s o s s a n g ü i r .;:

- s

n e r v o s q u e p e n e t r a m n a e s c le r a e a lc a n ç a m a s e s tr u tu r a s in te r n a s . A re d í d e a r t e r ío la s , q u e s e lo c a liz a p r o fu n d a m e n t e à t ú n ic a c o n ju n t iv a d o b u : e m g e r a l n ã o le v a s a n g u e s u fic ie n te p a r a c o lo r ir a e s c le r a d e m a n e ir a : r v ia , m a s e la é v is ív e l, à in s p e ç ã o p r ó x im a , c o m o lin h a s a v e r m e lh a d a s c e n ­ t r a o f u n d o b r a n c o d a s f i b r a s c o l á g e n a s . A c ó r n e a d o o l h o , t r a n s p a r e r .m

O SISTEMA NERVOSO

T ú n ic a fib ro s a —

T ú n ic a v a s c u la r (co rió id e )

(escle ra )

O ra se rra ta

F ó rn ic e T ú n ic a c o n ju n tiv a d a p á lp e b ra

C â m a r a p o s tre m a (p re e n c h id a c o m o c o r p o vítreo)

T ú n ic a c o n ju n tiv a d o b u lb o

C o r p o c ilia r C â m a r a a n te rio r (p re e n c h id a co m h um o r aquoso)

T ú n ic a in te rn a (retina) P u p ila A rté ria e v e ia c e n tra l d a re tin a C â m a r a p o s te r io r (p re e n ch id a co m hum or aq uoso)

N e rv o ó p t ic o D is c o d o n e rv o ó p tic o F ó v e a ce n tra l

L im b o d a c ó r n e a F ib r a s z o n u la re s

% ervo ó p t ic o (N II) D u ra -m á te r

(b) S ecção sagital do olho esquerdo

M ú s c u lo d ila ta d o r d a p u p ila — O r a se rra ta

T ú n ic a c o n ju n tiv a

C ó rn e a

C âm ara postrem a (hum or vítreo)

L e n te C â m a r a a n te rio r ••

V £0* /ã

íris C â m a r a p o s te rio r

M ú s c u lo e s fin c te r d a p u p ila

F ib r a s z o n u la re s C o r p o c ilia r C o n tra ç ã o do m . d ila ta d o r

(c) A ção dos m úsculos pupilares (d) S ecção sagital

Figura 18.21 Anatom ia seccional do olho. a) As três túnicas do olho. (b) Os principais pontos de referência e características, em visão esquem ática, do olho esquerdo, (c) A ação dos m úsculos pupilare alterações do diâm etro pupilar, (d) Secção sagital através do olho. (e) Secção transversal através do olho direito, (f) Secção transversal através da parte superior o ho e órbita direitos.

C a p it u l o

18 • O S istem a N ervoso: S en tid o s G erais e E sp e cia is

E ix o ó p t ic o

C ó rn e a íris F ib r a s z o n u la re s L im b o d a c ó rn e a T ú n ic a c o n ju n tiv a

P o n to la c rim a l C a rú n c u la la c rim a l

P á lp e b r a in fe rio r

nguk) m e d ia i d o o lh o  n g u lo late ra l d o o lh o

P ro ce sso s c ilia r e s

C o r p o c ilia r O r a s e rra ta

C â m a ra p o s tre m a

Labirinto etmoidal

Músculo reto lateral

Músculo reto mediai D is c o d o n e rv o ó p t ic o

F ó v e a c e n tra l

N e rv o ó p t ic o A rté ria e v e ia c e n tra l d a re tin a

(e) S ecção transversal do olho direito

Labirinto etmoidal

Músculo reto mediai

F ó rn ic e P á lp e b r a s u p e rio r

Músculo levantador da pálpebra superior C â m a r a p o s tre m a R e tin a E s c le r a G lâ n d u la la c rim a l N e rv o ó p t ic o (N II)

Nervo troclear (NIV)

Músculo reto lateral

faz parte da túnica fibrosa e é contínua com a esclera. A superfície c i córnea é revestida por um delicado epitélio pavimentoso estratificad contínuo com a túnica conjuntiva do bulbo. Profundamente ao ep::elio, a córnea consiste prim ariam ente em um a densa matriz contenc múltiplas camadas de fibras colágenas. A transparência da córnea re­ sulta do alinhamento preciso das fibras colágenas no interior destis camadas. Um epitélio pavimentoso simples separa a camada mais in­ terna da córnea da câmara anterior do olho. A córnea é estruturalm ente contínua com a esclera; o limbo da córnea é o limite entre ambas. A córnea é avascular, e não há vasc > sangüíneos entre a córnea e a túnica conjuntiva sobrejacente. Corr resultado, as células epiteliais superficiais devem obter oxigén; e nutrientes a partir das lágrimas que fluem cruzando suas superfícies livres, enquanto a camada epitelial mais profunda recebe seus n u ­ trientes a partir do hum or aquoso, 110 interior da câmara anterior. Ha numerosas terminações nervosas livres na córnea, que é a parte mais sensível do olho. Esta sensibilidade é im portante porque a lesão c i córnea causará cegueira mesmo que o restante do olho - incluind< s fotorreceptores - esteja perfeito.

(f) S ecção transversal, vista superior

jura 18.21

(continuação).

A túnica vascular [Figuras 18.21ayby(l,e/18.22] A túnica vascular contém numerosos vasos sangüíneos e linfáticos e os músculos intrínsecos do olho. As funções desta camada incluem (1 for-

O SISTEMA NERVOSO

■ Corióide c ilia r

Nota clínica

- T ú n ic a v a s c u la r

(ris

(úvea)

Conjuntivite

A conjuntivite, ou "o lh o ve rm e lh o ", resulta d e lesão ou irrita ç ã o da su p e rfíc ie con ju n tival. O s in to m a m a is e vid e n te é re s u lta ­ d o da d ila ta ç ã o d o s v a s o s s a n g ü ín e o s lo c a liz a d o s p ro fu n d a m e n te ao e p ité lio da tú n ica conjuntiva. 0 te rm o conjuntivite é m ais u sa d o co m o d e s c riç ã o de um sin to m a do que c o m o n o m e de um a p a to lo g ia e s p e ­ cífica. U m a g rand e d iv e rs id a d e de patógenos, in c lu in d o ba cté ria s, víru s e fungos, pod e causá-la, e um a form a te m p o rá ria d e ssa pa to lo gia pode se r p ro d u zid a p or irrita çã o alérgica, q u ím ica ou físic a (incluind o a té atos c o tid ia n o s c o m o c h o ra r p ro lo n g a d a m e n te ou d e s c a s c a r um a cebola). A conjuntivite crônica, ou tracoma, re su lta d e in v asão b a cte ria n a ou vira l na tú n ic a c o n ju n tiv a. M u ita s d e s ta s in fe c ç õ e s sã o a lta m e n te co n tag io sas, e c a s o s grave s p o d e m u lce ra r a s u p e rfície da có rn e a e a fe ­ tar a visão. A b a cté ria m ais fre q ü e n te m e n te e n vo lv id a é Chlamydia trachomatis. O tra co m a é um a d o e n ça re la tiv a m e n te c o m u m no su d o e ste da A m é ric a do N orte, na Á fric a do N o rte e no O rie n te M édio , d e v e n d o s e r tra tad a co m a n tib ió tic o s sis tê m ic o s e tó p ico s, a fim d e e vita r lesão da có rn e a e perda da visão.

C â m a ra a n t e rio r

C ó rn e a E s tra to

_nca rar a -=craj

- T ú n ic a

n e rv o so

f ib r o s a

E s c le r a

E s tra to p ig m e n t o s o

(a) Secção transversal do olho direito

E s c le r a

C anal venoso d a e s c le r a (d e S c h le m m )

s e g u n d o g r u p o d e fib r a s m u s c u la r e s lis a s se e s te n d e r a d ia lm e n t e a p a r t ir d a m a r g e m -d a p u p i l a . A c o n t r a ç ã o d e s t e

C â m a ra

músculo dilatador da pupila

aum en­

ta o d iâ m e t r o d a p u p ila . E ss e s g r u p o s m u s c u la r e s a n t a g o n is ta s s ã o c o n t r o la ­

a n t e rio r C â m a ra

d o s p e lo s is t e m a n e r v o s o a u t ô n o m o ; a a ç ã o p a r a s s im p á t ic a c a u s a c o n s t r iç ã o

p o s t e r io r

p u p ila r , e a a tiv a ç ã o s im p á t ic a c a u s a d ila t a ç ã o p u p ila r .

pág. 266

O c o r p o d a ír is c o n s is te e m te c id o c o n e c tiv o , e s u a s u p e r fíc ie p o s ­

P u p ila

t e r io r é r e c o b e r ta p o r u m e p ité lio c o n te n d o c é lu la s p ig m e n t a d a s . E s s a s c é lu la s t a m b é m p o d e m e s ta r p r e s e n te s n o te c id o c o n e c tiv o d a ír is e n o

(ris M ú s c u lo e s f in c t e r

e p ité lio q u e r e c o b r e s u a s u p e r fíc ie a n t e r io r . A c o r d o o lh o é d e t e r m in a d a

d a p u p ila

p e la q u a n t id a d e e d is t r ib u iç ã o d a s c é lu la s p ig m e n t a d a s . Q u a n d o n ã o h á c é lu la s p ig m e n t a d a s n o c o r p o d a ír is , a lu z a a t r a v e s s a e r e fle t e n a s u p e r f í­

M ú s c u lo d ila t a d o r d a p u p ila

c ie i n t e r n a d o e p it é lio p ig m e n t a d o . O o lh o , e n t ã o , p a r e c e a z u l. I n d i v í d u o s c o m o lh o s c in z e n to s , c a s ta n h o s e p r e to s tê m m a is c é lu la s p ig m e n t a d a s ,

C ó rn e a

r e s p e c t iv a m e n t e , n o c o r p o e n a s u p e r fíc ie d a ír is .

O corpo ciliar [Figuras 18.21b,d,e/18.22b] corpo ciliar

M ú s c u lo c ilia r

p a r t e a n t e r io r d o c o r p o c ilia r . O

N a p e r ife r ia , a ír is s e fix a à se in ic ia n a ju n ç ã o e n tr e a

c ó r n e a e a e s c le r a e se e s te n d e p o s te r io r m e n te a té a rea d a ” )

(Figuras 18.21b,d,

m úsculo ciliar,

e

18.22b).

ora serrata

u m a n e l m u s c u la r q u e se p r o je t a n o in t e r io r d o o lh o . O

e p ité lio é fo r m a d o p o r n u m e r o s a s p r e g a s c h a m a d a s d e

(b) Câmaras do bulbo do olho

: i . a 18 22

As

fibras zonulares

p u p ila . C o m o r e s u lt a d o , q u a lq u e r r a io d e lu z q u e a t r a v e s s e a p u p ila e se d ir ija a o s f o t o r r e c e p t o r e s te r á q u e p a s s a r a t r a v é s d a le n te .

A corióide [Figura 18.21] :e c e r u n a v ia p a r a o s v a s o s s a n g ü ín e o s e lin fá t ic o s q u e s u p r e m o s te c id o s « c u ia r e s ,

2 ) r e g u la r a q u a n t id a d e d e lu z q u e e n t r a n o o lh o , ( 3 ) s e c r e ta r e

humor aquoso q u e

c ir c u la n o in t e r io r d o o lh o e (4 ) c o n t r o la r a

n n a d a le n te , u m a p a r t e e s s e n c ia l d o p r o c e s s o d e fo c a g e m . A tú n ic a v a s c u -

í t in c lu i a ír is , o c o r p o c ilia r e a c o r ió id e

V l t í s Figuras 18.21/18.22]

A

íris

(Figuras 18.21a,b,d,e

e

18.22).

p o d e s e r v is t a a tr a v é s d a s u p e r fíc ie

- _r -r ir e n t e d a c ó r n e a . A ír is c o n t é m v a s o s s a n g ü ín e o s , c é lu la s p ig m e n t a d a s d u a s c a m a d a s d e c é lu la s m u s c u la r e s lis a s q u e s ã o p a r t e d o s m ú s c u lo s in r_ -_ se c o s d o o l h o . A c o n t r a ç ã o d e s s e s m ú s c u l o s a l t e r a o d i â m e t r o d o o r i f í c i o ; n : r c l d a ír is , a

pupila.

U m g r u p o d e fib r a s m u s c u la r e s lis a s fo r m a u m a sé -

íe c e c ír c u lo s c o n c ê n tr ic o s a o r e d o r d a p u p ila r - p i l a d im in u i q u a n d o e ste

(Figura 18.21c).

m úsculo esfincter da pupila

processos ciliares.

d a le n te se f ix a m a o s á p ic e s d e s s e s p r o c e s s o s . E s t a s

f ib r a s d e t e c id o c o n e c t iv o m a n t ê m a le n te a tr á s d a ír is e c e n t r a liz a d a n a

A lente e as câmaras do bulbo do olho.

a - e ~ e está suspensa entre a câm ara postrem a e a câm ara posterior, (b) Sua :c s ç ã o é mantida pelas fibras zonulares, que fixam a lente ao corpo ciliar.

-e a b so rv e r o

(“ o r la ser-

O n ú c le o d o c o r p o c ilia r c o n s is t e n o

O o x ig ê n io e o s n u t r ie n te s s ã o e n v ia d o s à

p a r te e x t e r n a d a r e tin a p o r u m a e x t e n s a re d e c a p ila r c o n t id a n o in t e r io r da

corióide.

E la t a m b é m c o n té m m e la n ó c ito s d is s e m in a d o s , q u e s ã o e s ­

p e c ia lm e n t e d e n s o s n a p a r t e m a is e x t e r n a d a c o r ió id e , a d ja c e n te à e s c le r a

(Figura 18.21a,b,d,e).

A p a r te m a is in te r n a d a c o r ió id e se fix a à c a m a d a

e x t e r n a d a r e t in a .

A túnica interna [Figuras 18.21/18.23] túnica interna c o n s i s t e e m d u a s c a m a d a s d i s t i n t a s , u m estrato pigm entoso e x t e r n o e u m estrato nervoso i n t e r n o , f o r m a n d o a retina, q u e A

c o n té m o s r e c e p to r e s v is u a is e o s n e u r ô n io s a s s o c ia d o s

18.23).

(Figuras 18.21

e

O e s tr a to p ig m e n t o s o a b s o r v e a lu z , a p ó s e s ta te r a tr a v e s s a d o a

O d iâ m e tr o

r e t in a , e te m im p o r t a n t e s in te r a ç õ e s b io q u ím ic a s c o m o s fo to r r e c e p to r e s

c o n tr a i. U m

d a r e t in a . A r e t in a c o n t é m ( 1 ) o s fo t o r r e c e p t o r e s q u e r e s p o n d e m à lu z , (2 )

C a p ít u l o

C é lu la h o rizo n ta l

Cone

18 • O Sistem a Nervoso: S en tid o s G erais e E sp e ciais

B a s to n e te C o r ió id e — E stra to p ig m e n to s o d a retina

B a s to n e te s — e cones C é lu la s a m á c rin a s

C é lu la s b ip o la re s

— C é lu la s — g a n g lio n a re s

N ú c le o s d e b a s to n e te s e cones

N ú c le o s d e c é lu la s g a n g lio n a re s

N ú cJe o s oe c é lu la s bípoftares

ESTRATO P IG M E N T O S O

G râ n u lo s d e m e la n in a

SEG M EN T O EXTERNO D is c o s

P ig m e n to s v is u a is n o s d is c o s d e m e m b ra n a

- P e d íc u lo s de conexão S E G M E N T O IN T E R N O

M ito c ô n d ria s

L o c a l d e im p o rta n te s o rg a n e la s e p r o c e s s o s m e ta b ó lic o s , c o m o a sín te s e d e fo to p ig m e n to s e p ro d u ç ã o d e A T P

M á c u la lúte a

Fóvea ce n tra l

A p a re lh o d e G o lg i

D is c o d o n e rv o ó p tic o (po nto ce g o )

A rté ria e v e a c e n tra l d a '■etra e m e rg in d o d o ce n rz d o d is c o d o n e r . : zc c c n

(c)

N ú c le o s

Figura 18.23 S in a p s e s c o m c é lu la s b ip o la re s

C é lu la b ip o la r

(b)

Organização da retina.

(a) Organização histológica da retina. Observe os fotorreceptores estão localizados m ais p r c « m os da còrióide do que da câmara p o s tre ra v _ x 73) (b) Vista esquem ática da ultra-estrutura c : e bastonetes e cones, baseada em dados ofc: : : e na m icroscopia eletrônica, (c) Uma fotografa tida através da pupila do olho, mostrando os vases sangüíneos da retina, a origem do nervo óptico e c disco do nervo óptico.

8

O SISTEMA NERVOSO

A e s t im u la ç ã o d e b a s t o n e t e s e c o n e s a lt e r a a t a x a d e lib e r a ç ã o d e n e u ­

1 | Nota clínica

r o t r a n s m is s o r e is s o , p o r s u a v e z , m o d ific a a a t iv id a d e d a c é lu la b ip o la r . As

células horizontais,

n o m e s m o n ív e l, f o r m a m u m a r e d e q u e in ib e o u

fa c ilit a a c o m u n ic a ç ã o e n t r e o s r e c e p t o r e s v is u a is e a s c é lu la s b ip o la r e s . A s

Transplante de córnea A córnea tem um a capa cidad e m uito resr r ta de auto-reparação, m otivo pelo qual le sõe s de córnea devem se r ra t a d a s im e d iatam e n te para e vita r im p o rta n te perda de visão. Para restaurar a visã o ap ó s u lceração de córnea, c o stu m a se r n e ce ssário ; s-ituir a córnea por m eio de um transplante de córnea. Os transp lan­ tes de córnea são, provavelm ente, a form a m ais com um de cirurgia de ra n sp la n te . Eles podem se r realizad os entre indivíduos não aparentao cs Dorque não há v aso s sangüín eos na córnea e as célu la s brancas do sangue, que rejeitam o enxerto, não penetram no local. A córnea deve 'em o v id a nas prim eiras cin co horas após a m orte do doador.

células ganglionares. células amácrinas n e s t e n í v e l

c é lu la s b ip o la r e s , p o r s u a v e z , fa z e m s in a p s e c o m a s q u e e s tã o v o lta d a s p a r a o c o r p o v ítr e o . A s

m o d u la m a c o m u n ic a ç ã o e n t r e a s c é lu la s b ip o la r e s e g a n g lio n a r e s . A s c é ­ lu la s g a n g lio n a r e s s ã o a s ú n ic a s c é lu la s n a r e t in a q u e o r ig in a m p o te n c ia is d e a ç ã o p a r a o e n c é fa lo . O s a x ô n io s d e a p r o x im a d a m e n t e 1 m ilh ã o d e c é lu la s g a n g lio n a r e s co n vergem n o

disco do nervo óptico, p e r f u r a m

c o m o n e r v o ó p tic o ( N

II) ,

artéria central da retina e

a p a r e d e d o o lh o e a g o ra ,

se d ir ig e m a o d ie n c é fa lo a

(Figura 18.21b,e). A

veia central da retina p a s s a m

p e lo c e n tr o d o

n e r v o ó p tic o e e m e r g e m n a s u p e r fíc ie d o d is c o d o n e r v o ó p tic o

18.23c).

(Figura

N ã o h á fo t o r r e c e p t o r e s o u o u t r a s e s t r u t u r a s r e t in ia n a s n o d is c o

d o n e r v o ó p tic o . P e lo fa to d e a lu z q u e in c id e n e s ta á r e a p a s s a r d e s p e r c e ­ s c é lu la s d e s u s t e n t a ç ã o e o s n e u r ô n io s q u e r e a liz a m o p r o c e s s a m e n to n ic i a l e a i n t e g r a ç ã o d a i n f o r m a ç ã o v i s u a l e ( 3 ) v a s o s s a n g ü í n e o s q u e s u r e m o s te c id o s q u e re v e ste m a c â m a r a p o s tr e m a .

b id a , e la é c h a m a d a d e

ponto cego.

V o cê n ão “ p e rc e b e ” u m p o n to cego

n o c a m p o v is u a l p o r q u e o s m o v im e n t o s in v o lu n t á r io s d o o lh o m a n t ê m a im a g e m v is u a l se m o v e n d o e p e r m it e m q u e o e n c é fa lo p r e e n c h a a in fo r ­

O e s tra to n e r v o s o e o e s tra to p ig m e n t o s o e s tã o e m g e r a l m u it o u n i-

m a ç ã o q u e e s tá fa lt a n d o .

i : s. n a s n ã o f i r m e m e n t e i n t e r c o n e c t a d o s . O e s t r a t o p i g m e n t o s o s e c o n i r u i ío b r e o c o r p o c ilia r e a ír is , e m b o r a o e s tra to n e r v o s o se e s te n d a r te n o r m e n te a p e n a s a té a o ra se rra ta . E n tã o , o e s tra to n e r v o s o fo r m a :m c á l i c e q u e e s t a b e l e c e o s l i m i t e s p o s t e r i o r e l a t e r a l d a c â m a r a p o s t r e m a

As câmaras do bulbo do olho A s c â m a r a s d o b u lb o d o o lh o sã o as

= gura I8.21b,d.e,f).

>r£anizacão da retina [Figuras 18.21b,e/18.23]

Humor aquoso [Figura 18.24] H á a p r o x im a d a m e n te

m ilh õ e s d e fo t o r r e c e p t o r e s n a r e t in a , c a d a u m c o n t r o la n d o u m lo c a l

speofico d a s u p e r f í c i e r e t i n i a n a . U m a i m a g e m v i s u a l r e s u l t a d o p r o c e s s a ■ento d e i n f o r m a ç õ e s f o r n e c i d a s p o r t o d a s a s c é l u l a s r e c e p t o r a s . E m v i s t a e c c ia n a l, a r e t in a c o n té m v á r ia s c a m a d a s d e c é lu la s

amada m a i s ;r :

(Figura 18.23a,b).

A

e x te r n a , a m a is p r ó x im a d o e s tra to p ig m e n t o s o , c o n té m o s re-

:e s v i s u a i s . H á d o i s t i p o s d e

fotorreceptores: bastonetes e cones.

Os

a s t : n e t e s n ã o d i s c r i m i n a m d if e r e n t e s c o r e s . E le s s ã o m u i t o s e n s ív e i s à l u z e

câmaras anterior, posterior e postrema. humor aquoso.

A s c â m a r a s a n t e r io r e p o s t e r io r s ã o p r e e n c h id a s c o m

O

hum or aquoso

é fo r m a d o c o n tin u a ­

m e n t e , d u r a n t e a p a s s a g e m d o líq u id o in te r s t ic ia l e n t r e a s c é lu la s e p ite lia is d o s p r o c e s s o s c ilia r e s e s u a e n t r a d a n a c â m a r a p o s t e r io r

(Figura 18.24 .

A s c é lu la s e p ite lia is p a r e c e m r e g u la r s u a c o m p o s iç ã o , q u e le m b r a a d o l í ­ q u id o c e r e b r o s p in a l. O h u m o r a q u o s o c ir c u la d e ta l m a n e ir a q u e , a lé m d e fo r m a r u m c o x im h id r á u lic o , fo r n e c e u m a im p o r t a n t e v ia p a r a o t r a n s ­ p o r te d e n u t r ie n te s e re s íd u o s . O

h u m o r a q u o s o r e t o r n a à c ir c u la ç ã o n a c â m a r a a n te r io r , p r ó x im o

m a r g e m d a í r i s . A p ó s s e d i f u n d i r a t r a v é s d o e p i t é l i o l o c a l , e le p a s s a p a r a o

x » n e r m ite m e n x e r g a r e m a m b ie n te s m a l ilu m in a d o s , : o c r e p ú s c u lo o u a o lu a r . O s c o n e s n o s fo r n e c e m a v i-

ãc das c o r e s . Há t r ê s t i p o s d e c o n e s , e s u a e s t i m u la ç ã o m várias c o m b i n a ç õ e s f o r n e c e a p e r c e p ç ã o d e d i f e r e n cores. O s c o n e s n o s p r o p i c i a m i m a g e n s m a i s n í t i d a s : ien n id as, m a s e x i g e m m a i o r i n t e n s i d a d e l u m i n o s a Io ene o s b a s t o n e t e s . S e v o c ê s e n t a r e m u m a m b i e n t e LÍ>erto a o c r e p ú s c u l o ( o u à a u r o r a ) , v o c ê p r o v a v e l m e n í íc r a c a p a z d e d iz e r q u a n d o s e u s is te m a v is u a l m u d a b v is ã o b a s e a d a e m c o n e s ( im a g e n s c la r a s c o m to d a s ts c o r e s

Epitélio pigmentoso

p a r a a v is ã o b a s e a d a e m b a s to n e te s (im a g e n s

- e L in v a m e n t e g r a n u l a d a s , e m p r e t o - e - b r a n c o ) . B a s to n e te s e c o n e s e s tã o h o m o g e n e a m e n te d is tr iM iid o s p e la s u p e r f í c i e e x t e r n a d a r e t in a . A p r o x i m a d a n e n t e 1 2 5 m ilh õ e s d e b a s to n e te s fo r m a m u m a la r g a j f v a a o r e d o r d a p e r i f e r i a d a r e t in a . A s u p e r f í c i e p o s ie r io r d a r e t i n a a p r e s e n t a c e r c a d e 6 m i l h õ e s d e c o n e s . \ m i i o r i a d e le s s e c o n c e n t r a e m u m a á r e a o n d e u m a i r i ^ e m v i s u a l i n c i d e a p ó s a t r a v e s s a r a c ó r n e a e a le n t e . M o h á b a s t o n e t e s n e s t a r e g iã o , c o n h e c i d a c o m o

rula lútea

má-

Iris (corpo)

Corióide

Corpo ciliar

( “ m a n c h a a m a r e l a ” ). A m a i o r c o n c e n t r a ç ã o

i r ; o n e s s e e n c o n t r a n a p a r t e c e n t r a l d a m á c u l a lú t e a , -_

íóvea central (fóvea,

Túnica conjuntiva

p e q u e n a d e p r e s s ã o ). A fó v e a

:e n tr a i é o lo c a l d e v is ã o m a is a c u r a d a ; q u a n d o v o c ê

Esclera

Retina

: i h a d i r e t a m e n t e p a r a u m o b j e t o , a i m a g e m d e le i n c i d e > > b r e e s t a p a r t e d a r e t in a

(Figuras 18.21b,ee 18.23c).

O s b a s to n e te s e c o n e s fa z e m s in a p s e c o m c e rc a í l - m ilh õ e s d e

célulasbipolares (Figura 18.23a,b).

Figura 18.24

A circulação do humor aquoso.

O humor aquoso, secretado no corpo ciliar, circula nas câm aras anterior e posterior, assim com o na câmara postrema (setas), antes de ser absorvido no canal venoso da esclera.

C a p It u l o 18 • O S is te m a N e r v o s o : S e n tid o s G e ra is e E s p e c ia is

499

m a n t e r a fo r m a d o o lh o , s u s te n ta a s u p e r fíc ie p o s t e r io r d a le n te e fo r n e c e

Nota clínica

s u s t e n t a ç ã o fís ic a p a r a a r e t in a , p r e s s io n a n d o o e s tr a to n e r v o s o c o n tr_ e s t r a t o p i g m e n t o s o . O h u m o r a q u o s o p r o d u z i d o n a c â m a r a p o s t e r i o r >< d ifu n d e liv r e m e n t e a tr a v é s d o c o r p o v ít r e o e d a s u p e r fíc ie d a r e t in a .

Glaucoma

o g la u c o m a afe ta c e rca de 2% das p e s so a s a c im a d e 40

a n o s de idade. N e sta patolo gia, o h u m o r a q u o so não te m m ais a c e ss o livre ao se io v e n o so da e scle ra . Em 90% d e to d o s o s casos, o s fa to re s p rim á rio s re s p o n s á v e is por e sta d o e n ça não pod em se r de te rm in ad o s. E m b ora a d re n ag e m e ste ja p re ju d icad a, a p ro d u ç ã o do h u m o r aq u o so co n tin u a e a p re ssã o in tra -o cu la r c o m e ç a a aum entar. A pa re d e fibrosa da e sc le ra não p o d e se e xp a n d ir sig n ific a tiv a m e n te e, então, a pre ssã o a u m e n ta d a c o m e ç a a e m p u rra r o s te c id o s m o le s in tra -o cu la re s ad ja ­ cen te s. Q u a n d o a p re s s ã o in tra -o cu la r a u m e n ta a p ro x im a d a m e n te o d o b ro da norm al, a d is to rç ã o d a s fibra s do nervo ó p tic o c o m e ça a afetar a p e rce p ç ã o visual. Se e sta situ a ç ã o não fo r corrigida , o re su lta d o final é a cegueira. A m a io ria d o s o fta lm o lo g ista s in clu e m , na sua ba teria de e xam es, um te ste para glau com a. A p re ssã o in tra -o cu la r é ava liad a pela projeção de um leve ja to de ar so b re a s u p e rfície do olho, m e d in d o -se a d e flex ão p roduzida. O g la u co m a pod e se r tra ta d o pela a p lica ç ã o tó p ica de drogas que co n tra ia m a pupila e te n sio n e m a m argem da íris, to rn a n d o a su p e r­ fície m ais p e rm e áv e l ao h u m o r aquoso. A c o rre ç ã o c irú rg ic a e n vo lv e a pe rfu ra çã o da p a re de da câ m a ra a n te rio r para e stim u la r a dre n age m e hoje ela é rea lizad a po r m eio d e ciru rgia a laser, a m b u lato ria lm e n te .

A lente [Figuras 18.21/18.24] A fu n ç ã o p r im á r ia d a le n te é fo c a liz a r a im a g e m v is u a l n o s fo to r r e c e p t

:e•

d a r e t in a . E la r e a liz a e s ta fu n ç ã o a lt e r a n d o s u a fo r m a . A le n te c o n s is te e ~ c a m a d a s c o n c ê n tr ic a s d e c é lu la s q u e e s tã o o r g a n iz a d a s c o m p r e c is ã o

ras 18.21 b,d,e

e

18.24).

Figu

U m a c á p s u la f ib r o s a d e n s a r e v e s t e t o d a a le n te

M u it a s d a s fib r a s c a p s u la r e s s ã o e lá s t ic a s e , a m e n o s q u e u m a f c : : : e x t e r n a s e ja a p lic a d a , e la s se c o n t r a e m , t o r n a n d o a le n te e s fé r ic a . A o r e ­ d o r d a s m a r g e n s d a le n te , a s fib r a s c a p s u la r e s se e n t r e la ç a m c o m a s fib r a s z o n u la r e s . E m r e p o u s o , a te n s ã o n a s fib r a s z o n u la r e s s u p la n t a a d a c á p s u la e l a s t c a e a c h a t a a le n te . N e s t a p o s iç ã o , o o lh o fo c a liz a o b je t o s d is ta n t e s . Q u a n ­ d o o m ú s c u lo c ilia r se c o n t r a i, o c o r p o c ilia r se m o v e e m d ir e ç ã o a le n ­ t e . E s t e m o v i m e n t o r e d u z a t e n s ã o n a s f i b r a s z o n u l a r e s , e a l e n t e e l a > : :c e a s s u m e u m a fo r m a m a is e s fé r ic a , q u e p e r m ite a o o lh o fo c a liz a r o b e: : > p r ó x im o s .

Vias visuais [Figuras 18.25/18.26] C a d a b a s to n e te e c a d a c o n e c o n t r o la m u m c a m p o s e n s itiv o e s p e c íf ie : A im a g e m v is u a l r e s u lta d o p r o c e s s a m e n to d a in fo r m a ç ã o fo r n e c id a p o r : : -

seio venoso da esclera (canal de Schlemm) ,

q u e se c o m u n ic a c o m a s v e ia s

A

lente

se lo c a liz a p o s t e r io r m e n t e à c ó r n e a , m a n t id a e m p o s iç ã o p e ­

la s f i b r a s z o n u l a r e s , q u e s e o r i g i n a m n o c o r p o c i l i a r d a t ú n i c a v a s c u l a r i Figura

d o s o s re c e p to re s . U m a p a r te s ig n ific a tiv a d o p ro c e s s a m e n to o c o r :; ' c r e t in a , a n t e s q u e a in f o r m a ç ã o s e ja e n v ia d a a o e n c é fa lo , p o r c a u s a d

d o o lh o .

18.24). A

le n te e s u a s fib r a s fix a d o r a s fo r m a m o lim ite a n t e r io r d a

câ m a ra p o stre m a . E ssa c â m a ra c o n té m o

tin o s a , a lg u m a s v e z e s c h a m a d a d e

corpo vítreo,

humor vítreo. O

- in ­

t e r a ç õ e s e n t r e s e u s v á r io s t ip o s d e c é lu la s . O s d o is n e r v o s ó p t ic o s , u m p a r a c a d a o lh o , a lc a n ç a m o d ie n c e íe l: n : q u ia s m a ó p tic o

(Figura 18 .25).

D e s te p o n t o e m d ia n te , o c o r r e u m e d e -

u m a m a s s a g e la ­

c u s s a ç ã o p a r c ia l d e fib r a s n e r v o s a s : a p r o x im a d a m e n t e a m e t a d e d a s fib r a s

c o r p o v ítr e o a u x ilia a

se d ir ig e a o c o r p o g e n ic u la d o la te r a l d o m e s m o la d o d o e n c é fa lo , e n c u e n -

Nota clínica Cataratas

A tra n sp a rê n c ia da le n te d e p e n d e de um a c o m b in a ç ã o p re ­ cisa de c a ra c te rís tic a s e stru tu ra is e b io q u ím ica s. Q u a n d o e ste e q u ilíb rio é alterado, a le n te pe rde sua tra n sp a rê n c ia e m uda a form a, to rn a n d o -se m en o s e lá s tic a e m a is acha ta da . A le n te a n o rm a l é c o n h e c id a c o m o ca­ tarata. Ela atua c o m o um a ja n e la e sfu m a ça d a ou regelada, d is to rc e n d o e o b s c u re c e n d o a im agem q u e ating e a retina. A s c a ta ra ta s p o d e m s e r c o n g ê n ita s ou re s u lta r d e re a ç õ e s a d r o ­ gas, le s õ e s ou ra dia çã o , m a s a s cataratas senis, um a c o n s e q ü ê n c ia do e n v e lh e c im e n to , s ã o a s m a is c o m u n s . C o m o a v a n ç o da idade, a le n ­ te to rn a -s e m e n o s e lá s tic a e o in d iv íd u o te m d ific u ld a d e para fo c a liz a r o b je to s p ró xim o s. (A p e s so a te m "p re sb io p ia ".) D u ra n te e s te p e río d o , a ca ta ra ta p o d e e v o lu ir le n ta m e n te e se m dor. No início, a tu rv a ç ã o p od e a fe ta r a p e n a s p a rte da le n te e o in d iv íd u o p o d e n ã o p e rc e b e r q u a lq u e r pe rda d e visão. C o m o tem po, a lente a d q u ire um a to n a lid a d e a m a re lad a e, fin a lm e n ­ te, c o m e ç a a p e rd e r su a tra n sp arên cia. À m ed id a que a lente fica "turva", o in d iv íd u o n e ce ssita, para a leitura, lu ze s m ais intensas, m a io re s c o n tra s ­ tes e le tras m aiores. A cla rid a d e v isu a l c o m e ç a a dim inuir. A luz d o sol, de lâm pa da s ou o s fa ró is de um c a rro se ap ro x im a n d o p od em p a re c e r m uito brilhantes. Freq ü en te m e n te , b rilhos e halos ao re d o r do fo co de luz pod em to rn a r o a to de d irig ir d e s c o n fo rtá v e l e perigoso. Fadiga o c u la r e p is c a r re p etitiv o po d em se to rn a r co m u ns. A lé m disso, as c o re s não sã o v iva s ou pod em a té te r um a to n a lid a d e am arelad a. Se a le n te se to rn a r c o m p le ta m e n te opa ca , a p e sso a se rá fu n c io n a l­ m ente cega, em b o ra o s re c e p to re s na retina e ste ja m norm ais. M o d e rn o s p ro c e d im e n to s c irú rg ic o s e n v o lv e m a re m o ç ã o da lente, in ta c ta ou em

pe d a ço s, a p ó s fra g m e n ta ç ã o c o m ultra -som . A le n te a u se n te p o d e s e ' s u b stitu íd a por um a a rtificia l, c o lo c a d a a trás da íris. A v isã o pode, e n tã : se r refinada co m ó c u lo s ou le n tes de contato.

500

O SISTEMA NERVOSO

tic o s . V ia c o la te r a is q u e se d e s v ia m d o s c o r p o s g e n ic u la d o s la t e r a is fa z e m

to a o u t r a m e t a d e c r u z a a lin h a m e d ia n a p a r a a lc a n ç a r o c o r p o g e n ic u la d o la te ra l d o la d o o p o s t o

(Figura

s in a p s e n o c o líc u lo s u p e r io r o u n o h ip o t á la m o

1 8 .2 6 ) . A in fo r m a ç ã o v is u a l d a m e ta d e es-

z u e rd a d e c a d a r e tin a a tin g e o c o r p o g e n ic u la d o la t e r a l d o la d o e s q u e rd o ;

(Figura 18.26b).

O c o líc u -

lo s u p e r io r d o m e s e n c é fa lo e n v ia c o m a n d o s m o to r e s s u b c o n s c ie n te s q u e

a in fo r m a ç ã o v is u a l d a m e ta d e d ir e ita d e c a d a re t in a se d ir ig e a o c o r p o

c o n tr o la m o s m o v im e n t o s d o o lh o , d a c a b e ç a e d o p e s c o ç o e m re sp o sta

a e m c u la d o la t e r a l d o la d o d ir e ito . O s c o r p o s g e n ic u la d o s la t e r a is a t u a m

a o s e s tím u lo s v is u a is . A a fe r ê n c ia v is u a l p a r a o

: : m o c e n tro s d e lig a ç ã o q u e r e t r a n s m ite m a in fo r m a ç ã o v is u a l p a r a ce n -

d o h ip o t á la m o e as c é lu la s e n d ó c r in a s d a

: r : í r e fle x o s n o t r o n c o e n c e fá lic o , b e m c o m o p a r a o c ó r t e x c e r e b r a l. O s

ç ã o d e o u t r o s n ú c le o s d o t r o n c o e n c e fá lic o . E s s e s n ú c le o s e s ta b e le c e m u m

r e ü e x o s q u e c o n t r o la m o s m o v im e n t o s o c u la r e s s ã o d e s e n c a d e a d o s p e la

p a d r ã o d i á r i o d e a t iv id a d e v is c e r a l lig a d a a o c ic lo d ia - n o it e . E s t e

in fo r m a ç ã o q u e , d e s v ia n d o d o s c o r p o s g e n ic u la d o s la t e r a is , fa z s in a p s e

circadiano ( circa,

ao red o r +

dies, d i a )

núcleo supraquiasmático

glândula pineal a f e t a m

a fu n ­

ritmo

a fe ta a t a x a m e t a b ó lic a , a fu n ç ã o

e n d ó c r in a , a p r e s s ã o s a n g ü ín e a , a s a tiv id a d e s d ig e s tiv a s , o c ic lo s o n o - v ig í-

n o s c o líc u lo s s u p e r io r e s .

lia e o u t r o s p r o c e s s o s fis io ló g ic o s .

Integração cortical [Figura 18.26] \ - e n s a ç ã o d a v is ã o a c o n te c e p e la in t e g r a ç ã o

d a i n f o r m a ç ã o q u e a lc a n ç a

MVÍ REVISÃO

? c ó r t e x v is u a l d o s lo b o s o c c ip ita is d o s h e m is fé r io s c e r e b r a is . O c ó r t e x

:?_al c o n t é m

u m m a p a s e n s itiv o d e to d o o c a m p o v is u a l. C o m o n o c a s o

1. Qual cam ada do olho seria a primeira a ser afetada por uma produção ina­

d o c ó r t e x s e n s it iv o p r im á r io , o m a p a n a o c o r r e s p o n d e fie lm e n te à s á re a s n

dequada de lágrimas?

c a m p o s e n s itiv o .

2. Se a pressão intra-ocular se tornar excessivam ente elevada, que estruturas

C a d a o lh o t a m b é m r e c e b e u m a im a g e m le v e m e n te d ife r e n te , p o r q u e 1

D OS CON CEITO S

do olho estão afetadas e de que form a?

a s su a s fó v e a s c e n tr a is e s tã o 5 a 8 c m a fa s ta d a s u m a d a o u t r a e (2 ) o

n a r iz e a ó r b it a b lo q u e ia m a v is ã o d o la d o o p o s t o . A s á re a s c o r t ic a is d e

3. Uma pessoa que nascesse sem cones seria capaz de ver? Explique. 4. No laboratório de anatomia, seu colega pergunta: "O que são processos

a s s o c ia ç ã o e in te g r a ç ã o c o m p a r a m as d u a s p e r s p e c t iv a s (F ig u r a 1 8 . 2 6 ) e

ciliares e o que eles fazem ?". Com o você responderia?

ü u t iliz a m p a r a n o s p r o p o r c io n a r a p e r c e p ç ã o d e p r o f u n d id a d e ( v is ã o e s -

veja a seção de Respostas na parte final do livro.

r a d a l i. O c r u z a m e n t o p a r c i a l q u e o c o r r e n o q u i a s m a ó p t i c o a s s e g u r a q u e : ;o r t e x v is u a l re c e b a u m a im a g e m

composta d e

to d o o c a m p o v is u a l.

O tronco encefálico e o processamento da visão [Figura 18.26] M u ito s c e n tr o s n o t r o n c o e n c e fá lic o r e c e b e m in fo r m a ç ã o v is u a l p r o v e ­

Resumo de embriologia P a r a u m r e s u m o d o d e s e n v o lv im e n t o d o s ó r g ã o s d o s s e n t id o s e s p e c ia is , c o n s u lte o C a p ít u lo 2 8 ( E m b r io lo g ia e D e s e n v o lv im e n t o H u m a n o ) .

n ie n te d o s c o r p o s g e n ic u la d o s la t e r a is o u d e v ia s c o la te r a is d o s tr a to s ó p ­

Crista etmoidal B u lb o d o o lh o d ire ita

Músculo levantador da pálpebra superior Músculo reto superior Músculo oblíquo superior

G lâ n d u la la c rim a l

Nervo oftálmico

N e r v o ó p t ic o

Músculo reto superior

(N II) d ire ito

Músculo levantador da pálpebra superior Nervo troclear (NIV)

E x t r e m id a d e s s e c c io n a d a s d< n e r v o ó p t ic o N e r v o ó p t ic o

( s e g m e n to

(N II) e s q u e r d o

re m o v id o )

Círculo arterial do cérebro

Q u ia s m a ó p tk x

S ecçã o transversal, vista superior p gu ra 1 8 .2 5

Anatomia das vias visuais, parte I.

. sta superior de uma secção transversal através da cabeça, no nlvel do quiasma óptico.

C a p ít u l o

Figura 18.26

50'

1 8 * 0 Sistema Nervoso: Sentidos Gerais e Especiais

Anatomia das vias visuais, parte ll.

LADO ESQUERDO

(a) Vista inferior do encéfalo. A maior parte do tronco encefálico foi removida.

U\DO DIREITO

Partes dos hemisférios cerebrais foram dissecadas e afastadas para mostrar o trato óptico, (b) No quiasma óptico, ocorre um cruzamento parcial das fibras nervosas. Como resultado, cada hemisfério recebe informação visual da metade lateral da retina do olho no mesmo lado e da metade mediai da retina do olho no lado oposto. Áreas de associação visual integram a informação para desenvolver uma imagem composta de todo o campo visual.

Visão b nocular

Somente o olho esquerdo

Somente o olho direito ^ / $Sr //

\ \

\

\

\

/ X

/

Face inferior do lobo frontal Fissura longitudinal

Trato olfatório

F ace inferior do lobo temporal Infundíbulo da hipófise (seccionado)

Corpo mamilar Corpo geniculado lateral Pulvinar do tálamo Lâmina do teto do mesencéfalo Corpo caloso

Face inferior do lobo occipital

HEMISFERIO CEREBRAL ESQUERDO

HEMISFERIO CEREBRAL DIREITO

Córtex visual dos hemisférios cerebrais (b) Vias visuais

O SISTEMA NERVOSO

Caso clínico

O SISTEMA NERVOSO

O QUE VOCÊ ME DIZ, DOUTOR?

1 . A p o i a n d o o c o r p o e m u m m e m b r o i n f e r i o r , e le d e v e m o v e r s e u o u t r o p é , c o l o c a n d o - o , o m a i s r á p i d o p o s s í v e l, à f r e n t e e

fo ã o A n g le m a n , u m m e c â n ic o d e 4 1 a n o s d e id a d e , v a i a o s e r v iç o

a tr á s d o p é a p o ia d o .

u e s a ú d e o c u p a c i o n a l d e u m a f á b r i c a p a r a c o n s u l t a r o m é d ic o , c o m

2.

o u e ix a s d e d ific u ld a d e d e a u d iç ã o n a o r e lh a d ir e ita . E ste p r o b le m a

O n e u r o lo g is t a a g o r a s o lic it a q u e J o ã o fa ç a o m e s m o , u s a n d o o o u t r o l a d o d o c o r p o . E le o b s e r v a q u e o p a c i e n t e m o s t r a - s e

c o m e ç o u h á c e r c a d e t r ê s m e s e s e e le a c r e d i t a e s t a r p i o r a n d o . S u a e s -

e x t r e m a m e n te d e s a je ita d o e in c a p a z d e c o m p le ta r e ssa ta re fa

r o s a o b s e r v o u q u e e le v i r a a o r e l h a e s q u e r d a n a s u a d i r e ç ã o a f i m d e

e m u m la d o .

o u v i - l a f a la r . A l é m d i s s o , J o ã o n o t o u q u e p r e c i s a u s a r o t e l e f o n e n a : r e lh a e s q u e r d a . E le in f o r m a a o m é d ic o q u e t a m b é m te m s e s e n tid o

O n e u r o lo g is ta p e d e u m a t o m o g r a fia c o m p u t a d o r iz a d a d o c r â n io .

_ m p o u c o in s t á v e l, m a s a c h a q u e é p o r q u e e s tá fic a n d o m a is v e lh o ,

O r e s u l t a d o n ã o m o s t r a le s õ e s . E n t r e t a n t o , t e n d o e m v i s t a q u e u m a t o ­

o ã o a fir m a q u e c o s tu m a u s a r p r o te to r e s d e o r e lh a ( E IP - e q u ip a -

m o g r a fia c o m p u ta d o r iz a d a n ã o v is u a liz a a d e q u a d a m e n te a fo s s a p o s ­

m e n to in d iv id u a l d e p r o te ç ã o ) e n q u a n t o e stá tr a b a lh a n d o .

t e r i o r d o c r â n i o , e le e n t ã o s o l i c i t a u m a r e s s o n â n c i a m a g n é t i c a .

Exame inicial

Pontos a considerar

O m é d ic o e x a m i n a - o e v e r i f i c a q u e e le n ã o c o n s e g u e o u v i r u m d i a p a -

E n q u a n t o v o c ê e x a m in a a s in fo r m a ç õ e s a p r e s e n ta d a s a c im a , r e v is e o s

s ã o d e a lt a f r e q ü ê n c ia c o m a o r e l h a d ir e i t a t ã o b e m q u a n t o o fa z c o m a

a s s u n to s e s tu d a d o s d o C a p ít u lo 1 1 a o C a p ít u lo 1 7 e d e te r m in e q u a l

r e lh a e s q u e r d a . E le é e n c a m i n h a d o a u m f o n o a u d i ó l o g o . N o d i a s e g u in t e , o f o n o a u d i ó l o g o r e a l i z a u m te s t e c o n v e n c i o n a l

i n f o r m a ç ã o a n a t ô m i c a i r á a ju d á - l o a s e l e c i o n a r o s d a d o s r e l e v a n t e s o b ­ tid o s s o b r e Jo ã o e s u a d o e n ç a .

n a c o n s u lta d e a c o m p a n h a m e n t o . O e x a m e d o fo n o a u d ió lo g o c o n fir m a u m a p e r d a a u d i t i v a s e v e r a p a r a t o n s d e m é d i a e a lt a f r e q ü ê n c i a , a m b a s a s o r e lh a s , e p e r d a m o d e r a d a p a r a s o n s d e b a ix a fr e q ü ê n c ia . C o m o J o ã o v e m t r a b a lh a n d o e m u m a m b ie n te fa b r il m u it o r u id o s o , p r e s u m e - s e q u e e le t e n h a u m a p a t o l o g i a c o m u m a e s t a c o n d iç ã o , a p e r ­ d a i e a u d i ç ã o d e a lt a s f r e q ü ê n c ia s in d u z i d a p e lo r u í d o . N e n h u m o u t r o r r o c e d i m e n t o c l í n i c o n o p a c i e n t e f o i r e a liz a d o . O f o n o a u d i ó l o g o r e c o m e n d a o s e g u in t e : •

J o ã o d e v e c o m e ç a r i m e d i a t a m e n t e a u t iliz a r u m a f o r m a a lt e r n a ­ t iv a d e p r o te ç ã o a u r ic u la r q u e b lo q u e ie a m a io r p a r te d o r u íd o d a m a q u i n a r i a d a fá b r ic a .



J o ã o d e v e t a m b é m c o n s i d e r a r o u s o d e u m a p a r e l h o a u d i t iv o .

J o ã o r e t o r n a a o m é d ic o , n o s e r v i ç o d e s a ú d e o c u p a c i o n a l , d o i s m e -

1 . Q u e e s tr u tu r a s e s tã o e n v o lv id a s n a p e r c e p ç ã o d o so m ?

2.

E s q u e m a tiz e a v ia a u d itiv a e n v o lv id a n a t r a n s m is s ã o d o s p o t e n ­ c i a i s d e a ç ã o , d a o r e l h a i n t e r n a a o c ó r t e x c e r e b r a l.

Análise e interpretação A in f o r m a ç ã o a s e g u i r r e s p o n d e à s q u e s t õ e s fo r m u l a d a s n a s e ç ã o “ P o n t o s a c o n s i d e r a r ”. P a r a r e v i s a r o s a s s u n t o s , v e j a a s p á g i n a s c it a d a s a d ia n t e . 1 . A s e s tr u tu r a s e n v o lv id a s n a p e r c e p ç ã o d o s o m in c lu e m a s e s t r u tu ­ r a s d a o r e l h a e x t e r n a , m é d ia e i n t e r n a ( p á g s . 4 7 5 - 4 8 3 ) . 2 . A v ia a u d itiv a e stá e s q u e m a tiz a d a n a p á g in a 4 8 2 .

Diagnóstico Jo ã o é d ia g n o s tic a d o c o m o p o r t a d o r d e u m t u m o r c o n h e c id o c o m o

ses d e p o is . A p e s a r d e e s ta r u t iliz a n d o o s n o v o s p r o te to r e s a u r ic u la r e s ,

n e u r in o m a d o a c ú s tic o , o u s c h w a n n o m a d o n e r v o c r a n ia n o V I I I . E ste

- e u p r o b l e m a d e a u d i ç ã o p i o r o u . A l é m d is s o , e le t a m b é m s e q u e i x a d e

t u m o r p r o v o c a c o m p r e s s ã o la t e r a l d o t r o n c o e n c e fá lic o . E x e m p lo s d e s ­

át r m é n c i a n a f a c e e d e s a j e i t a m e n t o d a m ã o d ir e i t a . E le t a m b é m o b s e r ­

ta d o e n ç a s ã o e n c o n t r a d o s n a

v o u p r o b l e m a s fr e q ü e n t e s n a p e r n a d i r e i t a q u a n d o c a m i n h a . O m é d ic o d o t r a b a l h o e n c a m i n h a J o ã o a u m n e u r o lo g i s t a .

Exame de acompanhamento

O

Figura 18.27a,b.

n e r v o c r a n ia n o V I I I (

ags. 416-417, 423)

é u m n ervo sen

s itiv o e s p e c ia l q u e tr a ta d o e q u ilíb r io ( n e r v o v e s tib u la r ) e d a a u d iç ã o ( n e r v o c o c le a r ) . U m t u m o r c o m o e s te i n t e r r o m p e a t r a n s m i s s ã o d a i n ­ f o r m a ç ã o a u d i t i v a e v e s t i b u la r , d a o r e l h a i n t e r n a p a r a o e n c é f a l o . E s t a

O n e u r o lo g i s t a r e v i s o u o s r e s u l t a d o s d o s e x a m e s f e it o s p e lo m é d ic o d o

i n t e r r u p ç ã o r e s u lt a e m r e d u ç ã o d a a c u i d a d e a u d i t i v a , b e m c o m o e m d e ­

T r a b a lh o e p e lo f o n o a u d i ó l o g o e t a m b é m r e a l i z o u s e u p r ó p r i o e x a m e

s e q u i lí b r i o , o s q u a i s l e m b r a m m u i t o s o s s i n t o m a s q u e J o ã o a p r e s e n t a .

n e u r o ló g i c o n o p a c ie n t e . •

E l e e n c o n t r o u n i s t a g m o , c o m p i o r a e v id e n t e q u a n d o J o ã o o l h a à d ir e it a .



O n e u r o lo g is ta s o lic it a q u e J o ã o r e a liz e a s e g u in t e ta r e fa s im ­ p le s : 1 . C o m u m c o t o v e lo fle x io n a d o e m 9 0 ° e a m ã o e m s u p in a ç ã o

n e u r in o m a d o a c ú s tic o é u m t u m o r b e n ig n o (n ã o -c a n c e r o s o

n e u ro s d o n e r v o c ra n ia n o V II I . E ste tip o d e tu m o r c a u s a a lt e r a ç õ e s n o e q u i­

TERMOS DO CASO CLÍNICO

líb r io

(fr e ­

Fonoaudiólogo: E specialista na ava­

re s u lta n d o

liação e reabilitação de indivíduos com djstúrbios de com unicação originados, total ou parcialm ente, de uma d e fi­ ciência auditiva.

e n a a u d iç ã o

q ü e n te m e n te

(p a lm a v o lta d a p a r a c im a , p a r a le la a o s o lo ) , Jo ã o c o lo c a s u a

e m z u m b id o p e r s is te n te n a

o u t r a m ã o s o b r e a m ã o e m s u p in a ç ã o .

o r e lh a , d e n o m in a d o

2 . E n tã o , p e d e a J o ã o q u e re a liz e , r a p id a m e n te , p r o n a ç õ e s e

do) e m

tini­

fu n ç ã o d e se u e fe i­

s u p i n a ç õ e s s u c e s s i v a s c o m a s e g u n d a m ã o , a q u e la s o b r e s u a

to n o n e r v o c r a n ia n o V II I .

p a lm a .

A lé m

E s s a t a r e f a t e s t a s u a c a p a c i d a d e d e r e a l iz a r “ m o v i m e n t o s r á p i d o s a lt e r ­ n a d o s ”. •

O

c a u s a d o p e lo c r e s c im e n t o c e lu la r a u m e n t a d o n o in t e r io r d o s e n d o -

d is s o , p o r c a u s a d a

lo c a liz a ç ã o d o tu m o r , n o ca so d e Jo ã o , o n e u r in o m a d o a c ú s tic o p o d e c o m p r i­

O n e u r o l o g i s t a a i n d a p e d e q u e J o ã o r e a liz e o u t r a t a r e f a :

m ir o t r o n c o e n c e fá lic o e o

Nistagmo: M ovim ento rítm ico invo­ luntário dos bulbos dos olhos.

Teste de sensibilidade: Teste no qua1 uma agulha (ou alfinete) to ca suave­ m ente a pele, em vários locais, para determ inar a sensibilidade neurológica da região ao tato e à dor.

C a p it u l o 18 • O S is te m a N e rv o s o : S e n tid o s G e ra is e E s p e c ia is

fT°~l Caso clínico (continuação)

(a) RM, secção frontal (coronal)

(b) RM, secção transversal

Figura 18.27 Neurinoma do acústico. (a) Ressonância magnética em secção frontal (coronal), m ostrando um neurinoma do acústico, (b) Ressonância magnética em secção transversa mostrando um neurinoma do acústico.

ence

c e r e b e lo . C o m o r e s u lt a d o , a s f u n ç õ e s n o r m a i s d e s t a s d u a s p a r t e s d o

d e h ip e r t e n s ã o in tr a c r a n ia n a . A p r e s s ã o a u m e n t a d a a o r e d o r d o

e n c é fa lo fic a r ã o p r e ju d ic a d a s . E m b o r a o t u m o r s e ja b e n ig n o , p o d e s e r

fa lo , n o i n t e r io r d o c r â n io , r e s u lt a e m d is t ú r b io s p o te n c ia lm e n t c k t a i

fa ta l p o r q u e o c r e s c im e n t o d o t u m o r fr e q ü e n t e m e n t e le v a a u m q u a d r o

d a fu n ç ã o d o t r o n c o e n c e fá lic o c a s o n ã o s e ja t r a t a d a . ■

T E R MOS C L Í N I C O S A udiogram a:

U m r e g is tr o g r á fic o d o d e s e m ­

p e n h o d o in d iv íd u o d u r a n t e u m te ste a u d io m é tr ic o .

C atarata:

U m a le n te a n o r m a l q u e p e r d e u s u a

Im plante coclear:

Surdez de condução:

In s e r ç ã o d e e le tr o d o s n o

l o g ia s n a o r e lh a m é d ia q u e b l o q u e i a m a t r a r j c í -

m u l a ç ã o e x t e r n a q u e p r o p o r c i o n e a lg u m a s e n s i ­

r ê n c ia d e v i b r a ç õ e s d a m e m b r a n a t i m p ã n í c a p a n

b i l id a d e a o s s o n s , n a a u s ê n c i a d e u m ó r g ã o e s p ir a l

a ja n e la d o v e s t íb u lo .

fu n c io n a n t e .

tr a n sp a r ê n c ia .

Doença de Ménière:

V e r t ig e m a g u d a c a u s a d a

M astoidite:

Surdez neurossensorial: I n f e c ç ã o e i n f l a m a ç ã o d a s c é lu la s

p e la r u p t u r a d a p a r e d e d o la b ir in t o m e m b r a n á c e o .

m a s t ó id e a s .

D or referida:

M iringotom ia:

S e n s a ç ã o d o l o r o s a v is c e r a l , f r e ­

S u r d e z r e s u lt a n t e d e r s £ > -

i n t e r io r d o n e r v o c o c le a r , a f i m d e f o r n e c e r e s t i­

Su rd ez r e s u lt a r :; a ;

p a t o l o g i a s n a c ó c le a o u a o l o n g o d a v ia a u d r r . .

Teste de condução óssea:

T e ste p a r a a s u r d a d e

c o n d u ç ã o , g e r a lm e n t e e n v o lv e n d o a c o l o c a c l

D r e n a g e m d a o r e lh a m é d ia ,

q ü e n t e m e n t e p e r c e b id a c o m o t e n d o o r i g e m e m

a t r a v é s d e u m a i n c is ã o c i r ú r g i c a n a m e m b r a n a

u m d i a p a s ã o c o n t r a o c r â n io .

á r e a s s u p e r f i c i a is ( c u t â n e a s ) i n e r v a d a s p e lo s m e s ­

t im p â n i c a .

V ertigem:

m o s n e r v o s e s p in a is .

Nistagmo:

Escotomas:

P o n t o s c e g o s a n o r m a i s , f ix o s n a s u a

M o v i m e n t o s o c u la r e s c u r t o s , e s p a s -

U m a s e n sa ç ã o in a p r o p r ia d a a ; ~

a:

-

m en to .

m ó d i c o s , q u e a lg u m a s v e z e s s u r g e m a p ó s le s ã o n o t r o n c o e n c e fá lic o o u n a o r e lh a in t e r n a .

p o s iç ã o .

R E S U MO P ARA E S T U D O Introdução 1.

Os

Receptores

471

sentidos gerais

s ã o t e m p e r a t u r a , d o r , ta t o , p r e s s ã o , v i b r a ç ã o e p r o -

1.

sentidos especiais (olfação, gustação,

equilíbrio, audição e visão) e s tã o l o c a liz a d o s e m á r e a s e s p e c ia liz a d a s o u órgãos dos sentidos. U m receptor sensitivo é u m a c é lu la e s p e c i a li z a d a q u e , q u a n d o e s t i m u la d a , e n v ia u m a sensação a o S N C .

471

especificidade sensitiva

p e r m ite a c a d a re c e p to r re s p o n d e r a u ~

m u lo p a r t ic u la r . O s r e c e p t o r e s m a i s livres; a á r e a c o n t r o l a d a p o r u m a receptor, (verFigura 18.1)

p r io c e p ç ã o ; o s r e c e p to r e s p a r a e sta s s e n sa ç õ e s e s tã o d is t r ib u íd o s p o r to d o o co rp o . O s rec e p to re s d o s

A

s i m p le s s ã o a s

term inações nervos* um cair. >

ú n ic a c é lu la r e c e p to r a é

Interpretação da informação sensitiva 471 2.

O s receptores tônicos e s t ã o s e m p r e e n v i a n d o s i n a is p a r a o S N C : c ; r e ceptores fásicos t o r n a m - s e a t iv o s s o m e n t e q u a n d o a s c o n d i ç õ e s q u e s-.e c o n t r o l a m s o f r e m a lt e r a ç ã o .

504

m r n tím

Processam ento central e adaptação 3

adaptação

A

Vias olfatórias

471

( r e d u ç ã o d a s e n s ib il id a d e n a p r e s e n ç a d e e s t í m u lo c o n s ­

(adaptação periférica) o u i n i b i ç ã o a o l o n g o d a s v i a s s e n s it iv a s (adaptação central). R eceptores de adaptação ráp id a s ã o fá s i c o s ; receptores de adaptação lenta s ã o t ô n ic o s .

3.

h ip o t á la m o , a s q u a is a u x i li a m a e x p lic a r a s r e s p o s ta s e m o c io n a is e c o m p o r -

t a n te ) p o d e e n v o l v e r a lt e r a ç õ e s n a s e n s ib i l id a d e d o r e c e p t o r

Lim itações sensitivas -

477

O s is te m a o l f a t ó r i o te m c o n e x õ e s e x t e n s a s c o m o s is te m a l ím b ic o e c o m o

ta m e n t a is q u e p o d e m s e r p r o d u z id a s p o r c e r to s o d o r e s ,

Discriminação olfatória

(ver Figura 18.6b

478

4.

O s is t e m a o l f a t ó r i o p o d e f a z e r d i s t i n ç õ e s s u t is e n t r e m i l h a r e s d e e s t í m u ­

5.

O s r e c e p t o r e s o l f a t ó r i o s m o s t r a m c o n s i d e r á v e l m o d i f i c a ç ã o e s ã o o ú n ic o

472

lo s q u í m i c o s ; o S N C in t e r p r e t a o s o d o r e s .

A i n f o r m a ç ã o f o r n e c i d a p o r n o s s o s r e c e p t o r e s s e n s it iv o s é i n c o m p l e t a , p o r q u e ( 1 ) n ã o p o s s u í m o s r e c e p t o r e s p a r a t o d o s o s e s t ím u lo s ; ( 2 ) n o s s o s

e x e m p lo c o n h e c i d o d e r e n o v a ç ã o n e u r o n a l n o h u m a n o a d u lt o . O n ú m e ­

r e c e p t o r e s t ê m u m a e x t e n s ã o d e s e n s i b il i d a d e l im i t a d a ; e ( 3 ) u m e s t ím u lo

r o t o t a l d e r e c e p t o r e s d i m i n u i c o m a id a d e .

r r o d u z u m e v e n t o e l é t r ic o n e r v o s o q u e d e v e s e r in t e r p r e t a d o p e lo S N C .

A gustação (paladar)

Os sentidos gerais 1

472

1.

O s r e c e p to re s sã o c la s s ific a d o s c o m o

exteroceptores q u a n d o fo r n e c e m interoceptores q u a n d o c o n t r o -

l i d o s s o b r e o a m b ie n t e e x t e r n o e c o m o la m c o n d i ç õ e s n o in t e r io r d o c o r p o .

cKiceptores

1

Os

r e s p o n d e m a v á r i o s e s t ím u lo s , g e r a l m e n t e a s s o c i a d o s à

í > i o t e c id u a l. H á d o is t ip o s d e s e n s a ç õ e s d o l o r o s a s :

d o r ráp id a

(ponta-

3.

.1 .1 ' e d or lenta ( queimação). {ver Figuras 18.2/18.3a) T enn orrecep tores

r e s p o n d e m a a lt e r a ç õ e s n a t e m p e r a t u r a . E le s c o n ­

4.

479

receptores g ustatórios e s t ã o l o c a li z a d o s n o s calículos gustatórios c a d a u m d e le s c o n t e n d o células gustatórias d a s q u a i s se p r o l o n g a m cílio-. gustatórios, a t r a v é s d e u m e s t r e it o p o ro gustatório. (ver Figura 18.7b,c) O s c a l í c u l o s g u s t a t ó r i o s e s t ã o a s s o c i a d o s c o m p r o je ç õ e s e p it e lia is (papilas). (verfigura 18.6b) Os

Vias gustatórias

473

term orreceptores

-

478

p a la d a r , f o r n e c e i n f o r m a ç ã o a c e r c a d o s a li m e n t o s e l í q u i ­

Receptores gustatórios

472

nociceptores

gustação, o u

d o s c o n s u m id o s .

2.

N

A

479

O s c a l í c u l o s g u s t a t ó r i o s s ã o c o n t r o l a d o s p e lo s n e r v o s c r a n i a n o s V I I , I X e X . A s fi b r a s s e n s it iv a s a fe r e n t e s f a z e m s i n a p s e n o

d u z e m a s s e n s a ç õ e s p e la s m e s m a s v i a s q u e l e v a m a s s e n s a ç õ e s d o l o r o s a s .

núcleo solitário,

d e s e g u i r e m p a r a o t á l a m o e p a r a o c ó r t e x c e r e b r a l,

M ecanorreceptores -

473

m ecanorreceptores

r e s p o n d e m à d e fo r m a ç ã o fís ic a , c o n ta to , o u

r r e " ã o s o b r e a s m e m b r a n a s c e lu la r e s : e ■ b ração ;

barorreceptores

receptores táteis

p a r a ta to , p r e s s ã o

p a r a a s a lt e r a ç õ e s d e p r e s s ã o n a s p a r e d e s d o s

v a s o s s a n g ü ín e o s e d o s t r a t o s d ig e s t ó r io , g e n it a l e u r i n á r i o ; e

tores

■ :

i

fusos neuromusculares) p a r a cr Figuras 18.3/18.4)

- receptores de tato epicrítico

e

pressão f o r n e c e m i n f o r m a ç ã o d e t a receptores de tato pro to p ático e

n ã o t ê m u m a l o c a liz a ç ã o p r e c is a . I m p o r t a n t e s r e c e p t o r e s tá te is

term inações nervosas livres, o plexo do folículo piloso, dis­ cos táteis (discos de Merkel), corpúsculos táteis (corpúsculos de Meissner), corpusculosde Ruffini e corpúsculoslam elares (corpúsculosdePaccini).

ver Figura 18.3) barorreceptores

5.

( r e c e p t o r e s d e d is t e n s ã o ) c o n t r o l a m a s a lt e r a ç õ e s n a

r r e s s ã o ; e le s t ê m u m a r e s p o s t a i m e d ia t a , m a s s e a d a p t a m le n t a m e n t e . O s

479

s ã o d o c e , s a lg a d o , á c i d o , a m a r g o , u m a m i e á g u a .

(ver Figura 18.8)

O equilíbrio e a audição A orelha externa

480

480

orelha externa in c l u i a orelha ( p a v i l h ã o ) , q u e c i r c u n d a a e n t r a d a d c m eato acústico externo, o q u a l t e r m i n a n a m em brana tim pânica. ( ve\

1. A

Figuras 18.9/18.10)

A orelha média 2.

480

orelha m édia, a cavidade tim pânica e n c e r r a e p r o t e g e o s ossículos da audição, q u e c o n e c t a m a m e m b r a n a t i m p â n i c a c o m o c o m p l e x o r e c e p t o i Na

; e m à s a lt e r a ç õ e s n a p r e s s ã o s a n g ü ín e a . O s r e c e p t o r e s s it u a d o s a o lo n g o

d a o r e l h a i n t e r n a . A c a v i d a d e t i m p â n i c a se c o m u n i c a c o m a p a r t e n asa l

20 t r a t o d i g e s t ó r i o a u x i l i a m n a c o o r d e n a ç ã o d a s a t iv i d a d e s r e f le x a s d a

d a fa r in g e p o r m e io d a

d ig e s t ã o , Ü '

3.

(ver Figura 18.4)

proprioceptores

Q u im iorrecep tores S m g e r a l, o s

q u a n d o s o n s m u i t o i n t e n s o s n e la in c id e m ,

quim iorreceptores

r e s p o n d e m à s s u b s t â n c ia s h id r o s s o l ú v e i s

4.

'i ç ã o q u í m i c a d o s l íq u id o s d o c o r p o ,

a u d iç ã o ) , 5.

O

(verFiguras 18.9/18.11 a 18.17)

lin e a r . A c ó c le a c o n t é m o

6.

utrículo

e o sá-

c u jo s r e c e p t o r e s f o r n e c e m s e n s a ç õ e s g r a v i t a c i o n a i s e d e a c e le r a ç ã o

m em b ran áceo .

(ver Figura 18.6b)

( a l o ja d o s e m c â m a r a s e t u b o s p r e e n c h i d o s p o r l í q u i d o c o ­

O v e s t í b u lo i n c l u i u m p a r d e v e s íc u la s m e m b r a n á c e a s , o

culo,

ver Figura 18.6) O s r e c e p t o r e s o l f a t ó r io s s ã o n e u r ô n i o s m o d if ic a d o s ,

482

lab irin to m em branáceo). S u a s c â m a r a s e c a n a is c o n tê m labirinto ósseo e n v o lv e e p r o t e g e o la b i r i n t o m e m b r a n á c e o O l a b i r i n t o ó s s e o p o d e s e r s u b d i v i d i d o e m vestíbulo e canais sem icir­ culares ( s u p r e m o s e n t i d o d o e q u i l í b r i o ) e cóclea ( s u p r e o s e n t i d o da endolinfa.

477

477

(verFiguras 18.9/18.10b,d)

n h e c id o s c o m o

(ver Figura 18.5)

O s órgãos olfatórios c o n t ê m o epitélio olfatório, c o m receptores olfatórios ( n e u r ô n io s s e n s ív e is à s s u b s t â n c ia s q u í m ic a s d is s o l v i d a s n o m u c o > o b r e n a d a n t e ) , células de sustentação e células basais (células-tronco). > u a s s u p e r f íc ie s s ã o r e c o b e r t a s p e la s s e c r e ç õ e s d a s glândulas olfatórias.

a fin a ­

O s s e n t i d o s d o e q u i l í b r i o e d a a u d i ç ã o s ã o s u p r i d o s p o r r e c e p t o r e s da

orelha in tern a

e lip o s s o lú v e is d is p e r s a s n o l í q u id o in t e r s t ic ia l. E le s c o n t r o l a m a c o m p o -

R eceptores olfatórios

tu b a auditiva. ( ver Figuras 18.9/18.10) m úsculos ten so r do tím p an o e estapédio c o n t r a e m - s e c o m

A orelha interna

475

O olfato (olfação)

Os

l i d a d e d e r e d u z i r a q u a n t id a d e d e m o v i m e n t o d a m e m b r a n a tim p â n ic a

c o n t r o l a m a p o s i ç ã o d a s a r t ic u la ç õ e s , a t e n s ã o n o s

: ; n d õ e s e l i g a m e n t o s e o e s t a d o d a c o n t r a ç ã o m u s c u la r .

2.

sabores

m e r o d e c a l í c u l o s g u s t a t ó r i o s e s u a s e n s i b i l i d a d e d i m i n u e m c o m a id a d e

r i r o r r e c e p t o r e s n a s p a r e d e s d a s a r t é r ia s e v e ia s d e g r a n d e c a lib r e r e s p o n -

-

Os

6. H á d ife r e n ç a s i n d i v i d u a i s n a s e n s ib ilid a d e p a r a s a b o r e s e s p e c ífic o s . O n ú ­

a p o s iç ã o d e a r t ic u la ç õ e s e m ú s c u lo s .

n d u e m as

-

Discriminação gustatória

propriocep-

r a d a s o b r e a o r i g e m d o e s t í m u lo ; o s

pressão

a n te?

(ver Figura 18.8)

dueto coclear,

u m a p a r t e a lo n g a d a d o la b ir in to

(verFigura 18.12)

O s re c e p to r e s fu n d a m e n t a is d a o r e lh a in te r n a s ã o as

células ciliadas

c u ja s s u p e r f í c i e s s u s t e n t a m o s e s t e r e o c ílio s . A s c é lu la s c i l i a d a s fo r n e c e m

505

C a p ít u l o 1 8 - 0 S is te m a N e r v o s o : S e n tid o s G e ra is e E s p e c ia is

in fo r m a ç ã o s o b r e a d ir e ç ã o e a in te n s id a d e d e u m a v a r ie d a d e d e e s t ím u ­ lo s m e c â n ic o s . 7.

O bulbo do olho 3.

d u eto s sem icirculares a n te rio r, p o ste rio r e lateral s ã o c o n t í n u o s a o u t r í c u l o . C a d a u m d e le s c o n t é m u m a am p o la c o m r e c e p t o r e s s e n s i t i v o s . N e l a , o s c í l i o s e n t r a m e m c o n t a t o c o m a cú p u la g e l a t i n o s a , ( v e r Figuras

vascular e

Os

O u t r íc u lo e o s á c u lo e s tã o lig a d o s p o r u m d u e to c o n tín u o a o

dolinfático,

q u e te rm in a n o

d u eto en-

saco endolinfático. N o u t r í c u l o e n o m áculas, o n d e s e u s c í l i o s f a z e m

a s c é lu la s c ilia d a s se a g r u p a m n a s

esclera ( o lim b o d a có rn ea é o

5.

c o n ta ­

to c o m o s

6.

ç a se in c lin a , a m a s s a d e c a d a o tó lito se d e s lo c a e a d e fo r m a ç ã o r e s u lta n te n o s c ílio s s e n s it iv o s e s tim u la o S N C .

9. Os r e c e p t o r e s vestibulares.

(ver Figura 18.15)

v e s t ib u la r e s a t iv a m o s n e u r ô n io s s e n s it iv o s d o s S e u s a x ô n io s fo r m a m o

nerv o v estib u lar, p a r t e d o n e r v o n úcleos vestibulares, (ver

n e u r ô n io s a s s o c ia d o s ,

10 . A s o n d a s s o n o r a s m o v im e n t a m - s e a té a m e m b r a n a tim p â n ic a , q u e v i ­ b r a ; o s o s s íc u lo s d a a u d iç ã o c o n d u z e m a s v ib r a ç õ e s à b a s e d o e s tr ib o , n a ja n e la d o v e s tíb u lo . O m o v im e n t o d a ja n e la d o v e s t íb u lo e x e r c e p r e s s ã o

ra m p a do v estíbulo, q u e d e p o i s é t r a n s ­ m i t i d a à p e r i l i n f a d a ram p a do tím p an o , (ver Figura 18.17) A s o n d a s d e p r e s s ã o d i s t o r c e m a m e m b ra n a b a sila r e e m p u r r a m a s c é l u ­ la s c i l i a d a s d o órgão espiral (órgão de C orti) c o n t r a a m e m b ra n a tectória. (ver Figura 18.17 e Tabela 18.2) in ic ia lm e n te s o b r e a p e r ilin fa d a

I.

da

t r a n s m it id a s e n t r e o s o u t r o s c o m p o n e n t e s d a r e t in a , 10 .

O

h u m o r aq u o so

(ver Figura 18.2!5 a

c ir c u la c o n tin u a m e n t e n o in te r io r d o o lh o e é r e a b -

s o r v id o p a r a a c ir c u la ç ã o g e r a l d e p o is d e se d ifu n d ir a tra v é s d a s p a r e c íd a c â m a r a a n t e r io r e d o

seio venoso d a esclera

11.

A

lente,

f ix a d a n a s u a p o s iç ã o p e la s fib r a s z o n u la r e s , se lo c a liz a p o s te

r i o r m e n t e à c ó r n e a e f o r m a o l i m i t e a n t e r i o r d a c â m a r a p o s t r e m a . En -_ c â m a ra co n té m o

491

12 .

491

e stru tu ra s oculares acessórias i n c l u e m a s p álp eb ras, s e p a r a d a s p e la rim a das p álpebras. O s cílios s e a l i n h a m n a p a r t e e x t e r n a d a s m a r g e n s d a s p á l p e b r a s . A s glândulas tarsais, q u e s e c r e t a m u m m a t e r i a l r i c o e m l i ­ As

corpo vítreo,

u m a m a s s a g e la tin o s a q u e a u x ilia n a í r :_

13 .

carú n cu la lacrim al p r o d u z e m o u t r a s s e c r e ç õ e s . ( ver Figura 18.18) glândula lacrim al b a n h a m a t ú n i c a c o n j u n t i v a ; e s s a s s e ­ c r e ç õ e s s ã o l i g e i r a m e n t e a l c a l i n a s e c o n t ê m lisozim as ( e n z i m a s q u e d e ­ A s secreçõ es d a

g r a d a m b a c té r ia s ) . A s lá g r im a s s ã o c o le ta d a s n o

lago lacrimal. A s l á g r i m a s

p o n to s lacrim ais, canalículos lacrim ais, saco lacrim al e d u eto lacrim onasal. E m c o n j u n ­ to , e s t a s e s t r u t u r a s c o n s t i t u e m o a p arelh o lacrim al. (ver Figuras 18.19 a a lc a n ç a m o m e a to n a s a l in fe r io r a p ó s p a s s a r e m p e lo s

18.21)

(ver Figuras 18.21/18.-4

A l e n t e f o c a l i z a a i m a g e m v i s u a l n o s r e c e p t o r e s d a r e t in a .

Vias visuais

499

C a d a fo to r r e c e p to r c o n tr o la u m

c a m p o r e c e p t o r e s p e c ífic o .

Os :.x -

n io s d a s c é lu la s g a n g lio n a r e s c o n v e r g e m n o d is c o d o n e r v o ó p t ic o p r o s s e g u e m a o lo n g o d o t r a to ó p tic o a té o q u ia s m a ó p tic o . (

p íd e o s , se a lin h a m n a p a r t e in t e r n a d a s m a r g e n s d a s p á lp e b r a s . G lâ n d u la s na

(canal de Schlemm .

Figura 18.24)

b iliz a ç ã o d a f o r m a d o o lh o e s u s t e n t a a r e t in a ,

Estruturas o cu la res acessó ria s

1.

(ver Figuras 18.21/18.23)

c é lu lü b ip o lares, e n t ã o à s células g an g lio n ares e a o c é r e b r o , v i a n e r v o ó p d c : A s células h o riz o n ta is e a s células a m ácrin as m o d i f i c a m a s i n f o r m a ■_

(ver Figura 18.18)

1.

( r e c e p t o r e s v i s u a i s d a r e t i n a ) . O s ba>to n etes f o r n e c e m v i s ã o e m p r e t o - e - b r a n c o c o m p o u c a l u m i n o s i d a d e : s cones f o r n e c e m v i s ã o e m c o r e s c o m l u m i n o s i d a d e b r i l h a n t e . O s c o n s-s e s t ã o c o n c e n t r a d o s n a m ácu la lútea; a fóvea cen tra l é a á r e a d e m i : : r a c u id a d e v is u a l,

490

gânglio espiral c ó c le a . S u a s f i b r a s s e n s i t i v a s a f e r e n t e s f o r m a m o n erv o coclear, p a r t e n e r v o v e s t i b u l o c o c l e a r ( N V I I I ) , e f a z e m s i n a p s e n o núcleo coclear.

A visão

(verFiguras 18.21 a 18.23)

fo to rre ce p to re s

H á d o is tip o s d e

9. A t r a je t ó r ia d ire ta p a r a o c é r e b r o s e g u e d o s fo to r r e c e p to r e s às

O s n e u r ô n io s s e n s it iv o s d a a u d iç ã o e s tã o lo c a liz a d o s n o

do

(ver Figura 18.21

tú n ic a c o n ju n tiv a r e v e s t e a m a i o r p a r t e d a - - p e r f í c i e e x p o s t a d o o l h o ; a tú n ic a co n ju n tiv a do b u lb o r e c o b r e a s u p e r c ie a n t e r i o r d o o l h o e a tú n ic a co n ju n tiv a d a p álp e b ra r e v e s t e a s u p e m c ie i n t e r n a d a s p á l p e b r a s . A có rn ea é t r a n s p a r e n t e , (ver Figura 18.21) A tú n ic a v ascu lar i n c l u i a íris, o c o rp o ciliar e a corióide. A í r i s f o m : _ U m e p ité lio d e n o m in a d o

m ú scu lo ciliar e o s p ro cesso s ciliares, q u e s e f i x a m ü fibras z o n u lares d a l e n t e , (ver Figuras 18.21/18.23) 7. A tú n ic a in te rn a (retin a) c o n s i s t e e m u m estra to p igm entoso, e x t e r n : e u m e stra to nervoso, i n t e r n o ; e s t e ú l t i m o c o n t é m r e c e p t o r e s v i s u a l i : 8.

486

V ia s a u d i t i v a s

te c id o c o n e c tiv o fib r o s o d e n s o d a tú n ic a fib r o s a ; lim it e e n t r e a e s c le r a e a c ó r n e a ,

o lim ite e n tr e a s c â m a r a s a n t e r io r e p o s te r io r d o b u lb o d o o lh o . O c o r r :

Figura 18.16)

11.

íir ::..:

c ilia r c o n té m o

gânglios

v e s t ib u lo c o c le a r ( N V I I I ) , q u e fa z s in a p s e n o s

A ud ição

túnica fibrosa, u m a

túnica interna.

b e r t a p e la

s á c u lo ,

o tólitos, o s q u a i s c o n s i s t e m e m c r i s t a i s m i n e r a i s d e n s a m e n t e c o m p a c t a d o s (estatocônios) e m u m a m a t r i z g e l a t i n o s a . Q u a n d o a c a b e ­

um a

4. A tú n ic a fib ro sa i n c l u i a m a i o r p a r t e d a s u p e r f í c i e o c u la r , a q u a l é r e c o ­

18.13/18.14) 8.

493

O b u lb o d o o lh o p o s s u i trê s c a m a d a s : u m a

ver f

.

18.21b, e/l8.23/18.25/18.26) 14 .

A p a r t i r d o q u ia s m a ó p t ic o , a p ó s u m c r u z a m e n t o p a r c ia l, a in fo r m a

:J :

v is u a l é r e t r a n s m it id a a o s c o r p o s g e n ic u la d o s la t e r a is . D a í, a i n f o r r

.

é e n v i a d a a o c ó r t e x v i s u a l d o l o b o o c c i p i t a l. ( 15 .

A a fe r ê n c ia v is u a l p a r a o

n úcleo su p ra q u iasm ático

e a g lâ n d u la p i r .ü .

a fe t a m a f u n ç ã o d e o u t r o s n ú c le o s d o t r o n c o e n c e fá lic o . E s s e s n u c .r : • in s titu e m u m

ritm o c ircadiano visceral, l i g a d o

a fe ta o u t r o s p r o c e s s o s m e t a b ó lic o s .

a o c i c lo d i a - n o i t e . . : _ _

(ver Figura 18.26b)

R E V I S ÃO DO C A P Í T U L O ?^a respostas às questões da Revisão dos Conceitos e Revisão do Capítulo, ria a seção de Respostas na parte final do livro.

Nível 1 - Revisão de fatos e termos Associe cada item numerado com a letra do item que melhor se relaciona. Sr.lize letras para as respostas nos espaços apropriados. C oluna A ____

1 . á re a c o n tr o la d a

____ 2 . d e f o r m a ç ã o f í s i c a

C o lu n a B a.

p e r d a d a tr a n s p a r ê n c ia b.

c a m p o rec ep to r

:

ver Figura 18.26)

____

3 . o lfa tó r io

c.

s e m e lh a n te a o líq u id o

____ 4 . g u s t a t ó r i o

d.

m e c a n o rre c e p to re s

____

5 . g lâ n d u la s c e r u m in o s a s

e.

g lâ n d u la s o lfa t ó r ia s (d e B o w m a r

____

6. p e r ilin fa

f.

d u e to c o c le a r

____

7 . a m p o la

g.

c â m a r a a n t e r io r

____

8. ó r g ã o e s p ir a l (d e C o r ti)

h.

c a líc u lo s g u s ta tó r io s

c e r e b r o s p in a l

____ 9 . h u m o r a q u o s o

i.

d u e to s e m ic ir c u la r

____ 1 0 . c a t a r a t a

j.

m e a to a c ú s tic o e x te r n o

O SISTEMA NERVOSO

506

(b )

A p a r t e a n t e r io r , t r a n s p a r e n t e , d a t ú n i c a f i b r o s a é c o n h e c i d a c o m o : a

có rn ea

I 11

c

(b ) ír i s

(d )

(c)

fó v e a c e n tra l

U m r e c e p t o r e s p e c ia lm e n t e c o m u m n a s c a m a d a s s u p e r fic ia is d a p e le e

15

a

p r o p r io c e p to r

(b ) b a ro rre c e p to r

n o c ic e p to r

(d ) m e c a n o rre c e p to r

(d )

2.

14 .

15

a o r ig e m d o e s tím u lo

(b ) a fo r m a d o e s tím u lo

a t e x t u r a d o e s tím u lo

(d ) to d a s a s a n te r io r e s e s tã o c o rre ta s

e q u ilíb r io r o ta c io n a l

(b ) a u d iç ã o

;

v ib r a ç ã o

(d ) g r a v id a d e e a c e le r a ç ã o lin e a r

(a)

e le s n ã o a f e t a m a a u d i ç ã o , m a s t ê m p a p e l r e l e v a n t e n o e q u i l í b r i o

(b )

e le s a u m e n t a m a s e n s i b i l i d a d e d a c ó c le a à s v i b r a ç õ e s p r o d u z i d a s p e la s o n d a s s o n o r a s a f e r e n t e s

O s re c e p to re s n o u t r íc u lo e n o s á c u lo fo r n e c e m s e n sa ç õ e s d e: i

C o m o o s m ú s c u lo s t e n s o r d o t ím p a n o e e s ta p é d io a fe t a m a s fu n ç õ e s da o r e lh a ?

1H r e c e p t o r e s d e t a t o e p i c r í t i c o e p r e s s ã o f o r n e c e m i n f o r m a ç ã o d e t a lh a d a

;

(c )

e le s r e g u l a m a a b e r t u r a e o f e c h a m e n t o d a t u b a a u d i t i v a

(d )

e le s a b a f a m s o n s e x c e s s i v a m e n t e i n t e n s o s q u e p o d e r i a m l e s a r a s c é lu la s c ilia d a s

3.

U m a p e s s o a s a l i v a q u a n d o a n t e c i p a a i n g e s t ã o d e u m d o c e s a b o r o s o . E sta

A b a ix o d a te la s u b c u t â n e a , a s p á lp e b r a s s ã o s u s t e n t a d a s p o r e s p e s s a s lâ ­

r e s p o s ta fís ic a r e a lç a r ia a g u s ta ç ã o o u o o lfa to ? S e a fir m a t iv o , p o r q u ê ?

m in a s d e t e c i d o c o n e c t i v o c h a m a d a s , e m c o n j u n t o , d e :

(a )

i

p á lp e b r a s

(b )

ta rso

c

c a lá z io

(d )

â n g u lo m e d ia i d o o lh o

(b )

A r ú n ic a in te r n a : í

b

fo r m a a ír is

r

to d a s a s a n te r io r e s e s tã o c o r r e ta s

3 s . i r a i s s e m i c i r c u l a r e s i n c l u e m q u a l d a s a l t e r n a t i v a s s e g u in t e s ? d o rsa l e v en tral

t

L a te r a l, i n t e r m é d i o e m e d ia i

;

in t e r io r , p o s t e r io r e la te ra l

u m a m i s t u r a s u p l e m e n t a r a u m e n t a r i a a c a p a c i d a d e d a s m o l é c u la s

r a p i d a m e n t e , r e a l ç a n d o d e s t a m a n e i r a o p a l a d a r ; a lt e r a ç õ e s

c o n té m o s fo to rre c e p to re s

c

a

a s a l i v a ç ã o p e r m i t e q u e o a l i m e n t o d e s l i z e m a i s f a c i l m e n t e p e la

d e se d is s o lv e r e m e p e n e t r a r e m n o s p o r o s g u s t a t ó r io s m a is

c o n s i s t e e m t r ê s c a m a d a s d is t i n t a s

i

n ã o , e la n ã o r e a lç a r ia n e m a g u s ta ç ã o n e m o o lfa t o

c a v id a d e o r a l; n ã o te m e fe ito s o b r e a g u s t a ç ã o o u o o lfa t o (c )

1-

u m a q u e i m a d u r a s e v e r a e s t á a lé m d a e x t e n s ã o d a s e n s i b i l i d a d e d a m a io r ia d o s re c e p to re s d e d o r

so b re : i

u m a q u e i m a d u r a l e v e n a p e le r e g i s t r a a d o r q u e p r o v é m d e r e c e p t o r e s d e d o r e d e m u it o s o u t r o s t ip o s s im u lta n e a m e n te

q u e resp o n d e à d o r é u m :

c

u m a q u e i m a d u r a s e v e r a s o b r e c a r r e g a o s n o c i c e p t o r e s e e le s se a d a p t a m r a p id a m e n t e , d e ta l m a n e ir a q u e a d o r n ã o é m a is s e n tid a

e s c le ra

s im ila r e s r e a lç a r ia m a o lfa ç ã o ( d -)' s o m e n t e a g u s t a ç ã o e s t a r i a r e a l ç a d a 4.

O q u e é e s p e c ific id a d e s e n s it iv a ? O q u e a c a u s a ?

5.

O q u e p o d e r ia e s t im u la r a lib e r a ç ã o d e u m a q u a n t id a d e m a io r d e n e u ­ r o t r a n s m is s o r p o r u m a c é lu la c ilia d a n a s u a s in a p s e c o m u m n e u r ô n io s e n sitiv o ?

d I e s p ir a l, re to e r e v e r s o õ r r t e c a n o r r e c e p t o r e s q u e d e t e c t a m a s a lt e r a ç õ e s d e p r e s s ã o n a s p a r e d e s d o s v i? o s s a n g ü ín e o s , a s s im c o m o e m p a r te s d o s tr a to s d ig e s tó r io , g e n it a l

e u r in á r io , sã o :

6.

Q u a i s s ã o a s f u n ç õ e s d a s c é l u l a s c i l i a d a s d a o r e l h a in t e r n a ?

7.

Q u a l é o p a p e l fu n c io n a l d a a d a p t a ç ã o p e r ifé r ic a ?

8.

i

r e c e p t o r e s t á t e is

(b ) b a r o r r e c e p to r e s

c

p r o p r io c e p to r e s

(d ) te r m in a ç õ e s n e r v o s a s liv r e s

Q u e t ip o d e in f o r m a ç ã o a r e s p e ito d e u m e s t ím u lo fo r n e c e a c o d ific a ç ã o s e n sit iv a ?

9.

Q u a l s e r i a a c o n s e q ü ê n c i a d a le s ã o d o s c o r p ú s c u l o s l a m e l a r e s d o m e m ­ b ro ?

3 s i r u p o s m u s c u la r e s d a p u p ila s ã o c o n t r o la d o s p e lo S N A . A a t iv a ç ã o

r a r a s s i m p á t i c a c a u s a _________________ p u p i l a r e a a t i v a ç ã o s i m p á t i c a c a u s a ________ . 10 . Q u a l é a r e la ç ã o e s tr u tu r a l e n tre o la b ir in to ó s s e o e o la b ir in to m e m b r a d ila t a ç ã o ; c o n s tr iç ã o n áceo? b d ila t a ç ã o ; d ila t a ç ã o

&

i

c _

I

c o n s tr iç ã o ; d ila ta ç ã o

c o n s tr iç ã o ; c o n s tr iç ã o

A in fo r m a ç ã o a u d it iv a a c e r c a d a r e g iã o e in t e n s id a d e d o e s t ím u lo é r e ­

Nível 3 - Pensamento crítico 1.

t r a n s m i t i d a a o S N C p o r m e i o d o n e r v o c o c le a r , p a r t e d o n e r v o c r a n i a n o ,

E liz a b e te fe z u m a c ir u r g ia p a r a r e m o ç ã o d e a lg u n s p ó lip o s (e x c r e s c ê n c ia s ) d a c a v i d a d e n a s a l. D e p o i s q u e s e r e c u p e r o u d a c i r u r g i a , e la o b s e r v o u

a

N IV

(b ) N V I

q u e s e u o lfa t o n ã o é m a is tã o a p u r a d o c o m o a n te s d a c ir u r g ia . V o c ê p o d e

c

N V III

(d ) N X

s u g e r ir u m a r a z ã o p a r a isso ?

Nível 2 - Revisão de conceitos ?

: q u e , i n i c i a lm e n t e , u m a q u e i m a d u r a s e v e r a é m e n o s d o l o r o s a d o q u e

u m a q u e i m a d u r a l e v e n a p e le ?

i

o s n o c i c e p t o r e s d a p e le s ã o d e s t r u í d o s p e la q u e i m a d u r a e n ã o t x x le m tr a n s m it ir a s s e n sa ç õ e s d o lo r o s a s a o S N C

2.

J a i r o t e m 1 0 m e s e s d e i d a d e e s e u p e d i a t r a d i a g n o s t i c o u u m a o t i t e m é d ia . O q u e o m é d ic o r e la ta p a r a a m ã e ?

3.

O q u e o c o r r e p a r a q u e h a ja r e d u ç ã o d a e fic á c ia d e s u a o lfa ç ã o q u a n d o v o c ê e s tá r e s fr ia d o ?

O Sistema Endócrino

OBJETIVOS DO CAPÍTULO 1 . C om parar a organização básica e as funções do sistem a endócrino e oo sistem a nervoso.

2. Definir um hormônio, descrever as principais classifica çõe s quím icas dos horm ônios e explicar c o m o o s horm ônios controlam suas céluiasalvo.

3. D escrever as relações estruturais e funcionais entre neuro-hipófise.

0 hipotálam o e a

4. D escrever a estrutura da neurohipófise e as funções dos h o r m ò r b s por ela liberados. 5. D escrever 0 controle hipotalârr :: (fe adeno-hipófise. 6. D iscutir a estrutura da adeno-f~ :>:r se e as funções de se us horm ônios. 7. Descrever a síntese, 0 a r m a z e r a ^ e " : e a secreção dos horm ônios da glândula tireóide. 8. D escrever a estrutura da glâncL a paratireóide e a função dos seus hormônios.

9. D escrever a localização e a e s t ', : . ^ do tim o e as funções dos horm ôntcs por ele produzidos. 10. Descrever a estrutura do córte* e da m edula da glândula supra-rena e discu tir os horm ônios produzidos e~ cada região.

1 1 . Relacionar e identificar a função d cs horm ônios produzidos pelos rins, oeto coração, pelo pâncreas e por outros te cid o s do sistem a digestorio.

12. Relacionar os horm ônios produzidos pelas gônadas m asculina e fem inina e discu tir suas funções.

Introdução

508

U m a v is ã o g e r a l d o s is t e m a e n d ó c r in o

508

A h ip ó fis e

510

A g lâ n d u la t ir e ó id e

O pâncreas e outros tecidos endócrinos do sistema digestorio 518 5 13

Tecidos endócrinos do sistema genital 520

A s g lâ n d u la s p a r a t ir e ó id e s O t im o

Funções endócrinas dos rins e do coração 518

515

A glândula pineal

515

A s g lâ n d u la s s u p r a - r e n a is

515

Hormônios e envelhecimento

52 1

521

13. Discutir a localização e a estrutura ca glândula pineal e d escrever as funçõ e ; dos horm ônios pineais.

14. D escrever brevem ente os efeitos do envelhecim ento sobre endócrino.

0 sistem a

15. Discutir os resultados dos distúrbios da produção hormonal.

O SISTEMA ENDÓCRINO

1

re g u l a ç ã o d a h o m e o s t a s e e n v o l v e a c o o r d e n a ç ã o d a s a t i v i d a d e s d o s ó r -

ã

: - e s is t e m a s d o c o r p o . A t o d o m o m e n t o , a s c é lu la s d o s s is t e m a s e n -

n e r v o s o , e n q u a n t o o h ip o t á la m o , q u e a n a t o m ic a m e n t e é p a r t e d o e n c e :: lo , s e c r e ta u m a v a r ie d a d e d e h o r m ô n io s . E m b o r a o p r e s e n te c a p ít u lo

de-

7 : ; : ' n o e n e r v o s o t r a b a lh a m c o n ju n t a m e n t e p a r a m o n it o r a r e a ju s t a r

c r e v a o s c o m p o n e n t e s e a s fu n ç õ e s d o s is t e m a e n d ó c r in o , e s ta d i s c u s '1

' • id a d e s f is io ló g ic a s d o c o r p o . A s a t iv id a d e s d e s s e s d o is s is t e m a s s ã o

n e c e s s a r ia m e n te c o n s id e r a r á s u a s in te r - r e la ç õ e s c o m o s is te m a n e r v o s o .

- a m a m e n t e c o o r d e n a d a s e s e u s e fe ito s s ã o tip ic a m e n te c o m p le m e n ta r e s . r — ;e r a l, o s is te m a n e r v o s o p r o d u z re s p o s ta s a c u r t o p r a z o ( n o r m a lm e n ­ te 7 : u c o s s e g u n d o s ) e b a s ta n te e s p e c ífic a s a o s e s tím u lo s a m b ie n ta is . A o ;

Uma visão geral do sistema

r : : i r i o , a s c é lu la s g la n d u la r e s e n d ó c r in a s lib e r a m s u b s t â n c ia s q u ím i-

pág.

._ • r i c o r r e n t e s a n g ü ín e a , p a r a s u a d is t r ib u iç ã o n o o r g a n is m o . Z - í s s u b s t â n c ia s q u ím ic a s , d e n o m in a d a s

h orm ônios

(q u e s ig n ific a

" e i c i t a r - 1, a l t e r a m a s a t i v i d a d e s m e t a b ó l i c a s d e m u i t o s ó r g ã o s e t e c i d o s d ife r e n te s s im u lt a n e a m e n t e . O s e fe it o s h o r m o n a is p o d e m n ã o s e r o b s e r ■

e - “ e d ia t a m e n t e , p o r é m , q u a n d o a p a r e c e m , fr e q ü e n te m e n te p e r d u -

7 . r d ia s . E s te p a d r ã o d e r e s p o s t a fa z c o m q u e o s is t e m a e n d ó c r in o

r in

■7 i r t i c u l a r m e n t e -

e fic ie n t e n o c o n tr o le d e p r o c e s s o s c o n t ín u o s , c o m o o

>d m e n t o e o d e s e n v o l v i m e n t o .

en d Ó C rin O [Figura 19.1] O sistem a endócrino po

in c lu i t o d a s a s c é lu la s e t e c id o s e n d ó c r in o s d o c o r

(Figura 19.1). C é lu la s e n d ó c r in a s s ã o c é lu la s g la n d u la r e s s e c r e t o r a s q u e lib e r a r t

h o r m ô n io s d ir e ta m e n te n o s líq u id o s in te r s t ic ia is , n o s is te m a lin fá t ic o o i

n o s a n g u e . In v e rs a m e n te , a s se c re ç õ e s d a s g lâ n d u la s e x ó c r in a s sã o lib e r a ­ d a s s o b r e u m a s u p e r fíc ie e p it e lia l.

pág. 59

C o m b a s e e m s u a e s t r u t u r a q u ím ic a , o s h o r m ô n io s s ã o o r g a n iz a d o :

A r r i m e i r a v is t a , o s s is te m a s n e r v o s o e e n d ó c r in o s ã o fa c ilm e n t e d i-

em q u atro g ru p o s:

f e r e z a a v e i s . E n t r e t a n t o , q u a n d o e s t u d a d o s e m m a is d e t a lh e s , h á s it u a ç õ e s í7 7 7 7 í 7 d is t in ç ã o fic a d ifíc il, ta n to d o p o n t o d e v is t a a n a t ô m ic o q u a n t o r_ r-7 7 : n a l. P o r e x e m p lo , a m e d u la d a g lâ n d u la s u p r a - r e n a l é u m g â n g lio - im .7 a t k o m o d i f i c a d o , c u j o s n e u r ô n i o s s e c r e t a m a d r e n a l i n a ( e p i n e f r i n a ) e n

pág. 458

r a d r e n a lin a ( n o r e p in e fr in a ) n a c o r r e n t e s a n g ü ín e a .

— -7

D esse

d o s p o n to s d e v is ta fu n c io n a l e d o d e s e n v o lv im e n to , a m e d u la d a

.

s u p r a - r e n a l é u m a e s t r u t u r a e n d ó c r in a q u e fa z p a r t e d o s is te m a

.EGENDA PARA HORMÔNIOS HIPOFISÁRIOS* '

- : _ -

TSH

H o rm ô nio a d re n o co rtico tró p ico H o rm ô nio e stim u lante d a tireóide H o rm ô nio d o c re scim e n to Pro la ctina H o rm ô nio fo lículo -e stim u lan te H o rm ô nio luteinizante H o rm ô nio estim ulante d o m elanó cito H o rm ô n io antidiurético

HIPOTALAMO P ro d u ç ã o d e A D H , o c it o c in a e h o r m ô n io s r e g u la d o r e s

HIPÓFISE A d e n o - h ip ó f is e ( lo b o a n te rio r): ACTH , TSH, GH , PRL, FSH , LH e M SH ) N e u r o - h ip ó f is e ( lo b o p o s te rio r) : lib e r a o c it o c in a e A D H

GLÂNDULA TIREÓIDE

■ Derivados de aminoácidos:

S ã o m o lé c u la s r e la t iv a m e n t e p e q u e

n a s , e s t r u t u r a lm e n t e s e m e lh a n t e s a a m in o á c id o s . E x e m p lo s in c lu e r r

horm ônios tireóideos l i b e r a d o : catecolaminas ( e p i n e f r i n a e n o r e p i n e f r i ­

( 1 ) d e r iv a d o s d a tir o s in a , c o m o o s p e la g lâ n d u la t ir e ó id e e a s

n a ) lib e r a d a s p e la m e d u la d a s u p r a - r e n a l, e ( 2 ) d e r iv a d o s d o trip t o fa n o , c o m o a

m elatonina

s in t e t iz a d a p e la g lâ n d u la p in e a l.

GLÂNDULA PINEAL M e la t o n in a

GLÂNDULAS PARATIREÓIDES (na f a c e p o s t e r io r d a g lâ n d u ia tir e ó id e ) H o r m ô n io p a r a t ir e ó id e o (P T H l

CORAÇÃO P e p t íd e o s n a t r iu r é tic o s : P e p t íd e o n a t r iu r é tic o a tria l (A N P ) P e p t íd e o n a t r iu r é tic o e n c e f á lic o ( B N P )

T ir e o x in a ( T J T r i- io d o t ir o n in a (Tj) C a lc it o n in a (CT)

RIM E r it r o p o e t in a ( E P O ) C a lc it r io l

TIMO

(Capítulos 19 e 26)

(a tro fia g r a d a t iv a m e n t e d u r a n t e a id a d e a d u lta )

TECIDO ADIPOSO T im o s in a s

GLÂNDULAS SUPRA-RENAIS

L e p t in a R e s is t in a

TRATO DIGESTÓRIO N u m e r o s o s h o r m ô n io s

C a d a s u p ra -re n a l é s u b d iv id id a em : M e d u la d a s u p r a - re n a l: A d r e n a lin a (e p in e frin a ) (E) e N o r a d r e n a lin a

- ç _'5 19.1

O sistema endócrino.

_7ca zaçâo das glândulas e células endócrinas t ;s y pais horm ônios produzidos por cada

glândula.

(n o re p in e frin a ) (N E) C ó r t e x d a s u p r a - re n a l: C o r t is o l, c o r t ic o s t e r o n a , a ld o s t e r o n a e a n d r ó g e n o s

(detalhados no Capítulo 25)

ILHOTAS PANCREÁTICAS I n s u lin a , g lu c a g o n

GÔNADAS T e s t íc u lo s (h o m e m ): A n d r ó g e n o s ( e s p e c ia lm e n t e t e s t o s t e r o n a ) , in ib in a O v á r io s (m u lh e r):

* V de R. T. No Brasil, deveríamos utilizar as siglas correspondentes aos nomes dos hor— : - : >em português (p. ex„ horm ônio luteinizante - HL; horm ônio do crescimento - HC). 7 : rem , por tradição e certo comodismo, são mais utilizadas as siglas em inglês.

E s t r ó g e n o s , p r o g e s t in a s . in ib in a

r'

509

C ap ítulo 19 • O S is te m a E n d ó c rin o

■ Hormônios peptídeos:

S ã o c a d e ia s d e a m in o á c id o s . E ste é o

R e fle x o s e n d ó c r in o s m a is c o m p le x o s e n v o lv e m u m a o u m a is e t a ­

m a io r g r u p o d e h o r m ô n io s ; to d o s o s h o r m ô n io s d a h ip ó fis e sã o

p a s in t e r m e d iá r ia s e fr e q ü e n te m e n te d o is o u m a is h o r m ô n io s . E —i-

h o r m ô n i o s p e p t íd e o s .

e la b o r a d a s c a d e ia s d e e v e n to s p o d e m s e r c o n t r o la d a s p o r m e c a n :f ~

■ Hormônios esteróides:

D e r i v a d o s d o c o l e s t e r o l, s ã o l i b e r a d o s

p e la s g l â n d u l a s s u p r a - r e n a i s e p e lo s ó r g ã o s g e n it a is .

■ Eicosanóides:

feedback n e g a t i v o c o m p l e x o o u , r a r a m e n t e , p o r feedback p o s i t i v o . I feedback n e g a t i v o c o m p l e x o s ã o o s m e c a n i s m o s r e g u l a ­

d o r e s m a is c o m u n s . N e s te s c a s o s , a s e c r e ç ã o d e u m h o r m ô n io , c o i r :

S ã o p e q u e n a s m o lé c u la s c o m u m a n e l d e c in c o

h o r m ô n i o e s t i m u l a n t e d a t i r e ó i d e p r o d u z i d o p e la a d e n o - h i p ó f i s e

. c>

c a r b o n o s e m u m a d a s e x t r e m i d a d e s e q u e s ã o l i b e r a d a s p e la m a i o ­

a n t e r io r ) , d e s e n c a d e ia a s e c re ç ã o d e u m s e g u n d o h o r m ô n io , c o -

r i a d a s c é lu la s d o c o r p o . E s t e s c o m p o s t o s c o o r d e n a m a s a t i v id a d e s

h o r m ô n io tir e ó id e o p r o d u z id o p e la g lâ n d u la tir e ó id e . O s e g u n d e h : r-

c e l u l a r e s e i n t e r f e r e m n o s p r o c e s s o s e n z im á t i c o s ( c o m o a c o a g u l a ­

m ô n io p o d e te r m ú ltip lo s e fe ito s , u m d o s q u a is in c lu i s e m p r e a s u p r e s ­

ç ã o s a n g ü ín e a ) q u e o c o r r e m n o s l í q u i d o s e x t r a c e l u l a r e s .

s ã o d a lib e r a ç ã o d o p r im e ir o .

A s e n z im a s c o n t r o la m to d a s a s a tiv id a d e s c e lu la re s e r e a ç õ e s m e t a b ó lic a s . O s h o r m ô n io s in flu e n c ia m o p e r a ç õ e s c e lu la r e s m o d ific a n d o o s

tipos, a s atividades o u

as

quantidades d a s

e n z im a s c it o p la s m á t ic a s c h a v e .

D e s s e m o d o , o s h o r m ô n io s p o d e m r e g u la r a s o p e r a ç õ e s m e t a b ó lic a s d e su as

de

m e c a n is m o s d e

células-alvo -

c é lu la s p e r ifé r ic a s q u e r e s p o n d e m à s u a p re s e n ç a .

A a tiv id a d e e n d ó c r in a é c o n tr o la d a p o r

reflexos endócrinos

A r e g u la ç ã o h o r m o n a l p o r m e i o d e m e c a n i s m o s

de feedback p : '

e x e m p lo , a l i b e r a ç ã o d e o c i t o c i n a d u r a n t e o t r a b a l h o d e p a r t o c a u s a tr a ç ã o d a m u s c u la t u r a lis a d o ú te r o , e a s c o n tr a ç õ e s u t e r in a s e s t im u u m a in d a m a is a lib e r a ç ã o d e o c it o c in a .

que

estímulos humorais ( a l t e r a ç õ e s n a c o m p o ­ s i ç ã o d o l í q u i d o e x t r a c e l u l a r ) , ( 2 ) estímulos hormonais ( c h e g a d a o u r e ­ m o ç ã o d e u m h o r m ô n i o e s p e c í f i c o ) , o u ( 3 ) estímulos neurais ( c h e g a d a são d e se n c a d e a d o s p o r ( 1 )

d e n e u r o tr a n s m is s o r e s n a s ju n ç õ e s n e u r o g la n d u la r e s ) . N a m a io r ia d o s

O hipotálmo e a regulação endócrina

feedback)

n e g a tiv a . N o c o n tr o le p o r

retroalimentação n e ­

[Figura

m a s n e r v o s o e e n d ó c r in o p o r m e io d e tr ê s m e c a n is m o s d ife r e n te s

F

19.2): 1 . O h ip o t á la m o s e c r e ta

hormônios reguladores,

ou

fatores re^u-s.:;-

g a tiv a d ir e ta , ( 1 ) a c é lu la e n d ó c r in a r e s p o n d e a u m a a lt e r a ç ã o n a h o -

res; q u e

m e o s t a s e ( c o m o u m a m o d if ic a ç ã o n a c o n c e n t r a ç ã o d e u m a s u b s t â n c ia

p ó fis e (lo b o a n t e r io r ) . E x is te m d o is tip o s d e h o r m ô n io s re g u '

n o líq u id o e x t ra c e lu la r ) , p o r m e io d a lib e r a ç ã o d e s e u h o r m ô n io n o

(1)

c o n t r o la m as a tiv id a d e s d a s c é lu la s e n d ó c r in a s n a a d e n :- r _ -

Hormônios liberadores (HL/RH)

o u m a is h o r m ô n io s n a a d e n o - h ip ó fis e , e n q u a n to (2 )

e ( 3 ) a r e s p o s ta d a c é lu la - a lv o r e s ta b e le c e a h o m e o s t a s e e e lim in a a f o n ­

bidores (HI/IH)

pág. 124 À

d im in u iç ã o d o s n ív e is d e c á lc io c ir c u la n t e , o

h o r m ô n i o p a r a t ir e ó id e o é l ib e r a d o e a s c é lu la s - a lv o ( o s t e o c la s t o s ) r e s ­

hormônios ini­

i m p e d e m a s ín t e s e e a s e c r e ç ã o d e h o r m ô n i o ? r : r : -

fis á r io s e s p e c ífic o s .

te d e e s t im u la ç ã o d a c é lu la e n d ó c r in a . U m e x e m p lo c it a d o n o C a p ít u lo

tir e ó id e s .

d : re s

e s tim u la m a p r o d u ç ã o d e _ —

s is te m a c ir c u la t ó r io , ( 2 ) o h o r m ô n i o lib e r a d o e s t im u la u m a c é lu la - a lv o

5 f o i o c o n t r o le d o s n ív e is d e c á lc io p e lo h o r m ô n io d a s g lâ n d u la s p a r a -

19J

O s c e n t r o s r e g u la d o r e s n o h i p o t á l a m o c o o r d e n a m a s a t i v i d a d e s d o s s i s i e -

c a s o s , o s r e fle x o s e n d ó c r in o s s ã o r e g u la d o s p o r a lg u m t ip o d e r e t r o a lim e n ta ç ã o (

:

é r e s tr it a a o s p r o c e s s o s q u e p r e c is a m s e r a c e le r a d o s p a r a se c o m p le t a r 7 : -

2.

O h ip o t á la m o a tu a c o m o u m ó r g ã o e n d ó c r in o , lib e r a n d o o s n io s

ADH e ocitocina p a r a

a c ir c u la ç ã o n a n e u r o - h ip ó fis e

hc —

:

lo b o p o s ­

te r io r ).

p o n d e m p r o p ic ia n d o a e le v a ç ã o d o s n ív e is d e c á lc io s a n g ü ín e o . C o m a

3 . O h i p o t á l a m o c o n t é m c e n t r o s a u t ô n o m o s q u e e x e r c e m c o n t r : e r .e _ -

e le v a ç ã o d o s n ív e is d e c á lc io , o n ív e l d e e s t im u la ç ã o d o h o r m ô n io p a r a ­

r a l d ir e to s o b r e a s c é lu la s e n d ó c r in a s d a m e d u la d a g là n d u li s u p r a r e n a l.

t ir e ó id e o d im in u i, a s s im c o m o a v e lo c id a d e d e s e c r e ç ã o h o r m o n a l.

pág.

4 0 6 Q u a n d o a p a r te s im p á t ic a é a tiv a d a , a m e d u la d i

g lâ n d u la s u p r a - r e n a l lib e r a h o r m ô n io s n a c o r r e n te s a n g ü ín e a

H IP O T Á L A M O

O

I S e c r e ç ã o d e h o r m ô n io s

C o n tr o le d o c o m a n d o

r e g u la d o re s p a ra c o n tro la r a a tiv id a d e

s im p á t ic o n a m e d u la d a s u p ra -re n a l

d a p a rte d is ta i (lo b o a nte rior) d a h ip ó fis e

Fibras motoras pré-gangÉorares

G lâ n d u la

Figura 19.2 Controle hipotalâmico sobre os órgãos endócrinos. Uma comparação dos três tipos de controle hi­ potalâmico. (1) Neurônios hipotalâmicos liberam hormônios reguladores que controlam a ativida­ de secretora da adeno-hipófise (lobo anterior). (2) Neurônios hipotalâmicos secretam ADH e ocitoci­ na, hormônios que produzem respostas específicas nos órgãos-alvo periféricos. (3) 0 hipotálamo exer­ ce controle neural direto sobre a atividade secreto­ ra da medula da glândula supra-renal.

A d e n o - h ip ó fis e (lo b o a n te rio r d a h ip ó fis e )

H o r m ô n io s s e c r e t a d o s p e la p a rte d is ta i d a

L ib e ra ç ã o de AD H e

h ip ó fis e c o n tro la m o u tro s ó rg ã o s e n d ó c r in o s

o c ito c in a

S e creçã o de e p in e frin a e n o re p in e frin a

a.

510 1. HAD/ADH: O hormônio antidiurético,

A hipofise [Figuras 19.3/19.4 e Tabela 19.1] A

hipófise p e s a

d e p r e s s ã o n o o ss o e s fe n ó id e .

pág.

146

O

d im in u ir a q u a n t id a d e d e á g u a e lim in a d a n o s r in s . O A D H t a m b e r

in-

p r o m o v e a c o n s tr iç ã o d o s v a s o s s a n g ü ín e o s p e r ifé r ic o s , o q u e c o n tn b u i p a r a a e le v a ç ã o d a p r e s s ã o s a n g ü ín e a .

f u n d í b u lo e s te n d e -s e d e sd e o h ip o tá la m o , in fe r io r m e n te , a té a s u p e r fíc ie ?■: í t e r o - s u p e r i o r d a h i p ó f i s e

(Figura 19.3a). O

lib e r a ;

m e s a n g ü ín e o o u d a p r e s s ã o a r te r ia l. A fu n ç ã o p r im o r d ia l d o A D H

u m p e q u e n o b a g o d e u v a , s itu a - s e in fe r io r m e n t e a o h ip o t á la m o n o in te -

sela turca, u m a

vasopressina, é

v a ç ã o d a c o n c e n tr a ç ã o d e e le tr ó lito s n o s a n g u e o u à q u e d a d o vc a

a p r o x im a d a m e n te 6 g e é o c e n tro m a is c o m p a c to d e p r o ­

d u ç ã o q u ím ic a d o c o rp o . E ss a g lâ n d u la o v a l, c o m o ta m a n h o e o p e so d e

ri r da

ou

e m r e s p o s t a a u m a v a r i e d a d e d e e s t í m u lo s , m a i s n o t a d a m e n t e à e e

diafragma da sela c i r c u n d a

2.

: m fu n d íb u lo e m a n t é m a h ip ó fis e e m p o s iç ã o n o in t e r io r d a s e la tu r c a .

Ocitocina: A s

fu n ç õ e s d a

ocitocina ( oxy,

rá p id o +

tokos, n a s c i m e n

to ) s ã o m a is c o n h e c id a s n a s m u lh e r e s , u m a v e z q u e e s ta s u b stà n c .

pág. 392

e s t i m u la a s c o n t r a ç õ e s d a s c é lu la s d a m u s c u l a t u r a l i s a d o ú t e r o e da

B a s e a n d o -s e e m e s p e c ific id a d e s a n a tô m ic a s e d e d e s e n v o lv im e n to , a

c é l u l a s c o n t r á t e i s ( c é l u l a s m i o e p i t e l i a i s ) a o r e d o r d a s c é lu la s s e c r e to

a adeno-hipó-

ra s d a s g lâ n d u la s m a m á r ia s . A e s tim u la ç ã o d o m ú s c u lo u t e r in o p e i

a e íc r iç ã o d a h ip ó fis e in c lu i a c a r a c te r iz a ç ã o d e d o is lo b o s :

nse, ou lobo anterior, e

neuro-hipófise, o u lobo posterior (Figura

19.3).

o c i t o c i n a é n e c e s s á r i a p a r a o t r a b a l h o d e p a r t o e n a s c i m e n t o n o ü lu

Nove h o r m ô n i o s p e p t í d e o s i m p o r t a n t e s s ã o l i b e r a d o s p e la h i p ó f i s e , d o i s pela parte nervosa d a n e u r o - h i p ó f i s e e s e te p e la s partes distai e intermédia da a d e n o - h i p ó f i s e . A T a b e la 1 9 . 1 r e s u m e a i n f o r m a ç ã o s o b r e o s h o r m ô n i o s d a h i p ó f i s e e s e u s a lv o s ; n o d i a g r a m a d a Figura 19.4 e s t ã o r e p r e s e n ­

m o e s t á g i o d a g e s t a ç ã o . A p ó s o n a s c i m e n t o , a s u c ç ã o p e la c r i a n ç a a

t a d o s o s ó r g ã o s - a lv o .

m e m , a o c it o c in a c a u s a a c o n tr a ç ã o d a m u s c u la t u r a lis a n a p ró s ta ta .

a

A neuro-hipófise

é ta m b é m d e n o m in a d a

lobo posterior

d a h p ó f i s e ; e la c o n t é m o s a x ô n i o s e t e r m i n a i s a x ô n i c o s d e 5 0 .0 0 0 n e u -

ro nios

h ip o t a lâ m ic o s c u jo s c o r p o s c e lu la r e s e s tã o lo c a liz a d o s n o

>upra-óptico

ou no

núcleo paraventricular (Figura 19.5

núcleo

e T a b e la 1 9 . 1 ) .

- axônios e s t e n d e m - s e d e s s e s n ú c l e o s a t r a v é s d o i n f u n d í b u l o e f a z e m trajeto a té o s t e r m i n a i s s in á p t ic o s n a parte nervosa d a n e u r o - h i p ó f i s e . O s neurônios h i p o t a l â m i c o s s in t e t iz a m A D H ( n ú c le o s u p r a - ó p t i c o ) e o c i t o dni

n ú c le o p a r a v e n tr ic u la r ) . O A D H e a o c it o c in a s ã o c h a m a d o s d e

'M^creções p o r q u e

h

m á r i a s , c a u s a n d o a l i b e r a ç ã o d o le it e p e la s p a p i l a s m a m á r i a s . N o h :

neu-

A

adeno-hipófise

(ta m b é m d e n o m in a d a

lobo anterior d a

h ip ó fis e ) c c :

t é m c i n c o t i p o s d i f e r e n t e s d e c é l u l a s ( T a b e la 1 9 . 1 ) A a d e n o - h i p ó f i s e p c j se r s u b d iv id id a e m trê s r e g iõ e s : ( 1 ) u m a g r a n d e s e n t a a m a i o r p o r ç ã o d a h i p ó f i s e ; ( 2 ) u m a d e lg a d a

parte distai q u e r e p r ; parte intermédia : _

f o r m a u m a e s tr e ita fa ix a a d ja c e n te à n e u r o - h ip ó fis e ; e ( 3 ) u m a e x te n sa d e n o m in a d a b u lo

parte tuberal,

(Figura 19.3).

q u e e n v o lv e a p o r ç ã o a d ja c e n te d o in fu r .a

T o d a a a d e n o - h i p ó f i s e é r i c a m e n t e v a s c u l a r i z a d a pc

m e io d e u m a e x t e n s a r e d e d e v a s o s c a p ila r e s.

s ã o s u b s t â n c ia s p r o d u z i d a s e l i b e r a d a s p o r n e u r ô n i o s .

U m a v e z lib e r a d o s , este s h o r m ô n io s p e n e t r a m n o s v a s o s c a p ila r e s lo c a is s u p r : d o s p e la

tã o e s tim u la a c o n t r a ç ã o d a s c é lu la s m io e p it e lia is n a s g lâ n d u la s m a

A adeno-hipófise [Figura 19.3 e Tabela 19.1]

[Figuras 19.3 a 19.5/Tabela 19.1]

neuro-hipófise (Figura 19.3)

m a m a r e s tim u la a lib e r a ç ã o d a o c it o c in a n o s a n g u e . A o c it o c in a e r

artériahipofisária inferior (Figura

1 9 . 5 ) . A p a r t i r d a í e s te s

' m ó n i o s s ã o c o n d u z i d o s p e la c i r c u l a ç ã o g e r a l. O s h o r m ô n i o s l i b e r a d o s p e la n e u r o - h i p ó f i s e

O sistema porta-hipofisial [Figura 19.5] A p r o d u ç ã o d e h o r m ô n i o s n a a d e n o - h i p ó f i s e é c o n t r o l a d a p e lo h i p o t : m o , p o r m e io d a s e c r e ç ã o d e fa to r e s r e g u la d o r e s e s p e c ífic o s . N e u r ó r „

(Figura 19.4)

in c l u e m

e s te s :

h ip o ta lâ m ic o s , p r ó x im o s à fix a ç ã o a o in fu n d íb u lo , lib e r a m fa to r e s r e a . la d o r e s n o s líq u id o s in te r s t ic ia is c ir c u n d a n t e s . N e s s a r e g iã o , o s fa tc r ;

Terceiro ventrículo

E m in ê n c ia m e d ia n a

Corpo mamilar

A d e n o - h ip ó fis e (lo b o anterior) 1 P a rte d is ta i

P a rte

I N e u ro - h ip ó fis e

in te rm é d ia

(lo b o p o s te rio r

Secreta outros hormônios Secreta hipofisários MSH (b) Tecidos hipofisários, anterior e posterior

Libera ADH e ocitocina

Quiasma óptico In fu n d íb u lo D ia fra g m a d a s e la

** Jt.P a rte tu b e ra l A d e n o - h ip ó fis e — (lo b o anterior)

P a rte d is ta i

N e u ro - h ip ó fis e (lo b o p o ste rio r)

P a rte in te rm é d ia

-1

E s fe n ó id e (se la turca)

=igura 19.3 Anatomia macroscópica e organização histológica da hipófise e suas subdivisões. a) Relações entre a hipófise e o hipotálamo. (b) Organização histológica da hipófise mostrando a adeno-hipófise e a neuro-hipófise.

(ML x 77

C a p ít u l o

TABELA 19.1

1 9 * 0 Sistema Endócrino

Hormônios da hipófise

Região/área

Hormônio

AlVOS

Efeitos hormonais

H o r m ô n i o e s t i m u la n t e d a t i r e ó i d e ( T S H )

G lâ n d u la tir e ó id e

S e c r e ç ã o d e h o r m ô n io s d a g lâ n d u la tir e ó id e

H o r m ô n io a d re n o c o rtic o tró p ic o ( A C T H )

C ó r t e x d a g l â n d u l a s u p r a - r e n a l ( z o n a fa s c ic u la d a )

S e c r e ç ã o d e g lic o c o r tic ó id e

C é lu la s fo lic u la r e s o v á r ic a s

S e c r e ç ã o d e e s tr ó g e n o , d e s e n v o lv im e n to f o lio ila r

ADENO-HIPÓFISE LOBO ANTERIOR) Parte distai

Gonadotropinas: H o r m ô n io fo líc u lo - e s tim u la n te ( F S H )

H o r m ô n i o l u t e in i z a n t e ( L H )

C é lu la s d e S e r to li n o s te s tíc u lo s

E s t im u la ç ã o d a m a t u r a ç ã o e s p e r m á tic a

C é lu la s fo lic u la r e s o v á r ic a s

O v u la ç ã o , f o r m a ç ã o d o c o r p o l ú t e o , s e c r e ç ã o d e p ro g e ste ro n a

C é lu la s in te r s t ic ia is d o s t e s tíc u lo s ( h o m e n s )

S e c re ç ã o d e te sto ste ro n a

P r o la c t i n a ( P R L )

G l â n d u l a s m a m á r i a s ( m u lh e r e s )

P r o d u ç ã o d e le it e

H o r m ô n io d o c r e s c im e n to ( G H )

T o d a s as c é lu la s

C r e s c i m e n t o , s ín t e s e p r o t é i c a , m o b i l i z a ç ã o d e lip íd e o s e c a ta b o lis m o

Parte interm édia

(n ã o

a tiv a e m a d u l t o s n o r m a is )

H o r m ô n i o e s t i m u la n t e d o m e l a n ó c i t o

M e la n ó c ito s

S í n t e s e d e m e l a n i n a a u m e n t a d a n a e p i d e r n :c

(M S H )

NEURO-HIPÓFISE LOBO POSTERIOR) Parte nervosa

H o r m ô n i o a n t id iu r é t ic o ( A D H o u

R in s

R e a b s o r ç ã o d e á g u a , e le v a ç ã o d o v o lu m e e

v a s o p r e s s in a ) O c ito c in a (O T )

p r e s s ã o s a n g ü ín e o s Ú t e r o , g l â n d u l a s m a m á r i a s ( m u lh e r e s )

C o n t r a ç õ e s d o t r a b a l h o d e p a r t o , e j e ç ã o d o le it e

D u e to d e fe re n te e p r ó s ta ta (h o m e n s)

C o n t r a ç õ e s d o d u e to d e fe re n te e g lâ n d u la s d a p r ó s ta ta ; e je ç ã o d e s e c r e ç õ e s

=igura 19.4 Hormônios hipofisários e seus alvos. Este diagrama esquemático mostra o controle hipotalâ~ico da hipófise, os hormônios hipofisários produzidos e as respostas dos tecidos-alvo típicos.

LEGENDA PARA H O RM O NIO S HIPOFISÁRIOS Hormônio adrenocorticotróp*co Hormônio estimulante da treo«3e Hormônio do crescimento Prolactina Hormônio folículo-estimulante Hormônio luteinizante Hormônio estimulante do metanociE Hormônio antidiurético

Glândula supra-renal i

Rins

Homens: Muscuc liso no dueto deferente e na próstata Mulheres: Músculo liso do útero e glândulas mamárias Melanócitos (significado incerto em adultos saudáveis)

Hormônios tireóideos (T3, TJ

Inibinal

\

Testosterona

\\

Estrógeno

\ Progesterona

O SISTEMA ENDÓCRINO

512

N ú c le o s u p r a - ó p t ic o

Corpo mamilar

N ú c le o p a ra v e n tric u la r

A rté ria h ip o fis á ria s u p e r io r

In fu n d íb u lo

Veias do sistema porta

A rté ria h ip o fis á ria in fe rio r N E U R O -H IP Ó F IS E

Nota clínica Diabete insípido Existem várias form as diferentes de diabete, to ­ das caracterizadas por excessiva produção de urina (poliúria). Embora o diabete possa ser causado por lesão física aos rins, a maioria das for­ mas de diabete resulta de anomalias endócrinas. As duas form as mais im portantes são: o diabete insípido, considerado nesta nota, e o diabete melito, que será abordado posteriorm ente. O diabete insípido se desenvolve quando a neuro-hipófise, ou lobo posterior da hipófise, deixa de liberar quantidades adequadas de horm ônio a n tid iu ré tico (HAD). a conservação da água pelos rins fica co m p ro m e tid a e grandes quantidades de líquido passam a ser el m inadas na urina. Como resultado, indivíduos portadores de diabete insípido apresentam m uita sede, porém os líquidos repostos não são retidos pelo corpo. Casos leves podem dispensar trata m e nto , desde que a ingestão de líquidos com pense as perdas urinárias. Nos casos mais graves, as perdas de líquidos podem chegar a 10 litros por dia e, caso o tra ta m e n to adequado não seja instituído, a desidratação pode ser fatal. A adm inistração de spray nasal de acetato de desmopressina (DDAVP), uma form a sintética de ADH, concentra a urina e reduz o vo­ lum e urinário. Esse m edicam ento tam bém é eficaz no trata m e nto da enurese noturna.

C é lu la s e n d ó c rin a s V e ia s h ip o fis á r ia s

e sse s h o r m ô n io s , e x c e to u m , s ã o p r o d u z id o s p e la p a r t e d is ta i d a a d e n c h i p ó f i s e , e c i n c o d e le s r e g u la m a p r o d u ç ã o d e h o r m ô n i o s p o r o u t r a s g l i n d u la s e n d ó c r in a s . E ss e s h o r m ô n io s s ã o d e n o m in a d o s

trópicos ( tropos, q u

s e v o l t a n a d i r e ç ã o d e a lg o ) . S e u s n o m e s i n d i c a m s u a s a t i v i d a d e s ; d e t a lh e

- g_-a 19.5

A hipófise e o sistema porta-hipofisial.

E S 3 arranjo circulatório forma o sistema porta-hipofisial, o qual permite que os -orm õnios reguladores hipotalâmicos controlem a adeno-hipófise.

e s t ã o r e s u m i d o s n a T a b e la 1 9 . 1 e n a

1.

O

Figura 19.4.

hormônio estimulante da tireóide (TSH)

ti

a tu a n a g lâ n d u la

r e ó i d e e d e f l a g r a a l i b e r a ç ã o d o s h o r m ô n i o s t i r e ó i d e o s . O T S H e se re . u l a d o r e s p o d e m e n t r a r f a c i l m e n t e n a c i r c u l a ç ã o p o r q u e o s c a p i l a r e s ; r r e s e n t a m e s p a ç o s a b e r t o s e n t r e a s c é l u l a s e n d o t e l ia is , o q u e lh e s c o n f e r e _ m i s p e c t o d e q u e i j o s u í ç o . E s s e s c a p il a r e s s ã o d e n o m i n a d o s

nestrados [fenestra, j a n e l a ) ,

c r e t a d o p o r c é l u l a s c h a m a d a s tireotrópicas. 2. O hormônio adrenocorticotrópico (ACTH) e s t i m u la

capilares fe-

c i f ic a m e n t e s o b r e a s c é l u l a s q u e s i n t e t i z a m h o r m ô n i o s d e n o m i n a d a

s e n d o e n c o n t r a d o s s o m e n t e e m r e g iõ e s o n d e

glicocorticóides (GC)

— : e c u ia s r e l a t i v a m e n t e g r a n d e s e n t r a m o u s a e m d o s i s t e m a c i r c u l a t ó r i o . E 5 te

plexo capilar primário n o

3. O

A n te s d e d e ix a r o h i p o t á la m o , a r e d e c a p il a r s e u n e p a r a f o r m a r u m a

e s t im u la a p r o d u ç ã o d e

(Figu-

estradiol é

gonadotrópicas.

M itr a r e d e c a p ila r . V a s o s s a n g ü ín e o s q u e l i g a m d u a s r e d e s c a p ila r e s s ã o d e o c o m p le x o to d o é d e n o m in a d o

sistema porta.

o e s tr ó g e n o m a is im p o r ta n te . N o s h o m e n s , a s e c r e ç ã o d

d e s n o s te s t íc u lo s . A s c é lu la s q u e s e c r e ta m F S H s ã o d e n o m in a d í

h i p : t á la m o e a a d e n o - h ip ó f is e c o n d u z e m o s a n g u e d e u m a r e d e c a p il a r p a r a

vasos portais, e

c é lu la s fo lic u la r e s . O s e

F S H é r e s p o n s á v e l p e la m a n u t e n ç ã o d a p r o d u ç ã o d e e s p e r m a t o z o

s a n g u e d e u m a r e d e c a p ila r d e v o l t a a o c o r a ç ã o . E n t r e t a n t o , o s v a s o s e n t r e o

~ :n a d o s

estrógenos p e l a s

t r ó g e n o s , q u e s ã o e s t e r ó i d e s , s ã o h o r m ô n i o s s e x u a i s f e m i n i n o ':

■3 1 9 . 5 1. E s t a o r g a n iz a ç ã o v a s c u l a r é in c o m u m . N o r m a l m e n t e u m a a r t é r ia

O s - s te m a s p o r t a o fe r e c e m u m e f ic ie n t e m e io p a r a a c o m u n i c a ç a o q u ím ic a ,

p ro m o v e o d esen vo

m u l h e r e s q u e a t i n g e m o d e s e n v o l v i m e n t o s e x u a l. O p r o c e s s o c o m ;

: t í t s p o r t a o s a n g u e d o c o r a ç ã o a té u m a r e d e c a p i l a r e u m a v e i a c o n d u z o

'

horm ônio folículo-estim ulante (FSH)

ç a n o in t e r io r d e e s tr u tu r a s d e n o m in a d a s fo líc u lo s ; o F S H ta m b e i

a í d e n o - h i p ó f i s e . U m a v e z n o in t e r i o r d e s s e l o b o , e s s e s v a s o s f o r m a m u m s e r a m i f i c a e n t r e a s c é lu la s e n d ó c r in a s



corticotrópicas.

m e n to d o s o ó c ito s (g a m e ta s fe m in in o s ) n o in te r io r d o s o v á r io s d

s e r ie d e v a s o s m a io r e s q u e s e e s p ir a la m a o r e d o r d o i n f u n d íb u l o p a r a a t in g ir

pkxo capilar secundário, q u e

q u e a t u a m n o m e t a b o lis m o d a g lic o s e . A s

lu l a s q u e s e c r e t a m A C T H s ã o c h a m a d a s d e

s o a lh o d a p a r te tu b e r a l r e c e b e s a n g u e d a

artéria hipofisária superior (Figura 19.5).

a lib e r a ç ã o d

h o r m ô n i o s e s t e r ó i d e s p e la g l â n d u l a s u p r a - r e n a l . O A C T H a t u a e s p í

4.

O

hormônio luteinizante (LH) i n d u z a o v u l a ç ã o n a s m u l h e r e s progestinas, h o r m ô n i o s e s t e r ó id i

p r o m o v e a s e c re ç ã o o v á r ic a d e

progesterona é

a s s e g u r a n d o q u e t o d o o s a n g u e q u e e n t r a n o s v a s o s p o r t a i s a t in ja a s c é lu la s -

q u e p r e p a r a m o c o r p o p a r a u m a p o s s ív e l g r a v id e z . A

õ jy o a n t e s d e r e t o r n a r p a r a a c ir c u l a ç ã o g e r a l. N o e n t a n t o , a c o m u n ic a ç ã o

m a is im p o r t a n t e p r o g e s t in a . N o s h o m e n s , o L H e s t im u la a p r o d u ç i

e e s t r it a m e n t e u n id ir e c io n a l e q u a l q u e r s u b s t â n c ia q u í m i c a l ib e r a d a p e la s

d o s h o r m ô n io s s e x u a is m a s c u lin o s , d e n o m in a d o s

c é lu la s n o s e n t id o d o flu x o d e v e r á c o m p l e t a r a p a s s a g e m p o r t o d o o s is t e m a

dros, h o m e m )

r j r c u la t ó r io a n t e s d e a t in g ir o s c a p ila r e s d o i n íc io d o s is t e m a p o r t a . O s v a s o s

é o a n d r ó g e n o m a i s i m p o r t a n t e . C o m o r e g u la m a s a t i v i d a d e s - d o s o

p o r t a is r e c e b e m a d e n o m i n a ç ã o d e s e u s d e s t in o s , d e m o d o q u e e s ta r e d e

g ã o s s e x u a is m a s c u lin o s e fe m in in o s , o F S H e o L H s ã o d e n o m in a d í

es.pecial d e v a s o s c o n s t it u i o

sistema porta-hipofisial.

andrógenos ai

p e la s c é l u l a s i n t e r s t i c i a i s d o s t e s t í c u l o s . A

gonadotropinas.

testostenv

E s t e s h o r m ô n i o s s ã o p r o d u z i d o s p o r c é l u l a s d e r.'

gonadotrópicas. prolactina (pro, a n t e s

m in a d a s

Hormônios da adeno-hipófise [Figura 19.4 e Tabela 19.1]

5. A

+

lacto, le it e ) (PRL)

e s t i m u l a o d e s e n v o . ’.

A d i s c u s s ã o d e s t e c a p í t u l o s e r á r e s t r i t a a o s s e te h o r m ô n i o s c u j a s f u n ç õ e s

m e n t o d a s g l â n d u l a s m a m á r i a s e a p r o d u ç ã o d e le it e . A P R L e x e r

e m e c a n is m o s d e c o n tr o le s ã o r a z o a v e lm e n te b e m c o m p r e e n d id o s . T o d o s

e f e i t o p r e d o m i n a n t e s o b r e a s c é lu la s g l a n d u l a r e s , p o r é m a s g l â n d u l

513

C a p ítu lo 19 • O S iste m a E n d ó c rin o

m a m á r i a s s ã o r e g u la d a s p e la i n t e r a ç ã o d e v á r i o s o u t r o s h o r m ô n i o s ,

g lâ n d u la tir e ó id e fix a - s e à t r a q u é ia p o r u m a fin a c á p s u la q u e é c o n tín u a

in c lu in d o o e s tr ó g e n o , a p r o g e s te r o n a , o h o r m ô n io d o c r e s c im e n to ,

c o m o s s e p t o s d e te c id o c o n e c tiv o q u e s e g m e n t a m o te c id o g la n d u la r e

o s g l i c o c o r t i c ó i d e s e o s h o r m ô n i o s p r o d u z i d o s p e la p l a c e n t a . A s f u n ­

e n v o lv e m o s

folículos tireóideos.

ç õ e s d a p r o la c tin a n o s h o m e n s s ã o p o u c o c o m p r e e n d id a s . A P R L é

6do crescimento humano

s e c re ta d a p o r c é lu la s d e n o m in a d a s

lactotrópicas.

. O hormônio do crescimento (GH), t a m b é m ou

hormônio

d e n o m in a d o

somatotropina (soma, c o r p o ) ,

e s tim u la a

Folículos tireóideos e hormônios tireóideos [Figuras 19.6b,c e Tabela 19.2] folículos tireóideos

d i v i s ã o e o c r e s c im e n t o c e l u l a r p o r m e i o d a a c e l e r a ç ã o d a v e l o c i d a d e

Os

d e s ín te s e d e p r o te ín a s . O G H é s e c r e ta d o p o r c é lu la s d e n o m in a d a s

tir e ó id e o s . O s fo líc u lo s in d iv id u a is a p r e s e n ta m fo r m a t o e s fé r ic o e s ã :

somatotrópicas. E m b o r a v i r t u a l m e n t e

t i p i c a m e n t e r e v e s t i d o s p o r u m e p i t é l i o c u b ó i d e s i m p le s c o n s t i t u í d o p o r

t o d o t e c id o r e s p o n d a e m a lg u m

p ro d u z e m , a rm a z e n a m e se c re ta m h o r m ó n i: -

g r a u a o h o r m ô n i o d o c r e s c im e n t o , s e u e f e i t o é m a i s in t e n s a m e n t e o b ­

tireócitos T ( t a m b é m

s e r v á v e l n o d e s e n v o l v i m e n t o d o e s q u e l e t o e d o s m ú s c u lo s . A s c é lu la s

t i p o d e e p i t é l i o é d e t e r m i n a d o p e la a t i v i d a d e g l a n d u l a r , v a r i a n d o d e s d e :

h e p á tic a s r e s p o n d e m a o G H s in te tiz a n d o e lib e r a n d o s o m a to m e d i-

e p i t é l i o e s c a m o s o s i m p le s e m u m a g l â n d u l a i n a t i v a a t é o e p i t é l i o c o l u n a r

n a s , q u e s ã o h o r m ô n io s p e p tíd e o s . A s s o m a t o m e d in a s e s t im u la m a

s i m p le s e m u m a g l â n d u l a p l e n a m e n t e a t i v a . O s t i r e ó c i t o s T c i r c u n d a m a

s í n t e s e p r o t é i c a e o c r e s c i m e n t o d a s f i b r a s m u s c u l a r e s e s q u e l é t ic a s ,

cavidade do folículo, q u e

c é l u l a s c a r t i l a g í n e a s e o u t r a s c é l u l a s - a l v o . C r i a n ç a s in c a p a z e s d e p r o ­

g r a n d e q u a n t id a d e d e p r o t e ín a s e m s u s p e n s ã o . U m a r e d e c a p ila r c ir c u n d a

d u z ir c o n c e n tr a ç õ e s a d e q u a d a s d e h o r m ô n io d o c r e s c im e n to a p r e ­

c a d a fo líc u lo , fo r n e c e n d o n u t r ie n te s e h o r m ô n io s r e g u la d o r e s à s c é l u l a

se n ta m

insuficiência de crescimento hipofisário, a l g u m a s v e z e s d e n o ­ m i n a d o nanismo hipofisário. O c o n s t a n t e c r e s c i m e n t o e a m a t u r a ç ã o

fo lic u la r e s e r e c e b e n d o s u a s s e c r e ç õ e s e re s to s m e t a b ó lic o s .

q u e n o rm a lm e n te p re c e d e m e a c o m p a n h a m a p u b e rd a d e n ã o o c o r ­

e d e r e t í c u lo e n d o p l a s m á t i c o r u g o s o ( g r a n u l a r ) . C o m o s e r i a d e s e e s p e r a r

r e m n e s se s in d iv íd u o s .

p o r e s ta d e s c r iç ã o , e s s a s c é lu la s s in t e t iz a m p r o t e í n a s a t iv a m e n t e . A s c é l u l a í

7. O

hormônio estimulante do melanócito (MSH)

é o ú n ic o h o r m ô ­

d e n o m in a d o s c é lu la s fo lic u la r e s )

co n té m

colóide,

(Figura

1 9 .6 b ,c

I

u m líq u id o v is c o s o c o n t e r c

A s c é lu la s f o l i c u l a r e s a p r e s e n t a m g r a n d e q u a n t id a d e d e m i t o c ô n d r i a í

fo l i c u l a r e s s in t e t iz a m u m a p r o t e í n a g l o b u la r d e n o m i n a d a

tireoglobulina

n i o p r o d u z i d o p e la p a r t e i n t e r m é d i a . C o m o o p r ó p r i o n o m e in d ic a ,

q u e s e c r e t a m p a r a o i n t e r i o r d o fo l í c u l o . A t i r e o g lo b u l i n a c o n t é m m o l e c u -

o M S H e s t i m u la o s m e l a n ó c i t o s d a p e le , a u m e n t a n d o s u a v e l o c i d a d e

la s d e t i r ó s i n a , e a lg u n s d e s s e s a m i n o á c i d o s s ã o m o d i f i c a d o s n o i n t e r i o r c :

d e p r o d u ç ã o e a d is tr ib u iç ã o d e m e la n in a . O M S H é s e c re ta d o p o r

f o l í c u l o , p e la l i g a ç ã o c o m o i o d o , f o r m a n d o o s h o r m ô n i o s t i r e ó i d e o s .

corticotrópicas ( t a m b é m

células ACTH)

>

apenas

t i r e ó c i t o s T t r a n s p o r t a m í o n s i o d o (I~) a t i v a m e n t e d o l í q u i d o in te r s t :^ u _

d u r a n t e o d e s e n v o l v i m e n t o f e t a l, e m c r i a n ç a s j o v e n s , e m m u l h e r e s

p a r a o in te r io r d o fo líc u lo . O io d o é c o n v e r tid o e m u m a fo r m a io m z a a a

c é lu la s

d e n o m in a d a s

e s p e c ia l ( I +) e l i g a d o à s m o l é c u la s d e t i r o s i n a d a t i r e o g lo b u l i n a p e la a ç ã c

g r á v i d a s e e m a lg u m a s d o e n ç a s .

d e e n z i m a s n a s u p e r f í c i e l u m i n a r d a s c é lu la s fo l i c u l a r e s . D o i s h o r m ô n i o s

x_______________________

tireoxina, t a m b é m d e n o m i n a d a TX, T4 o u t e t r a - io d o t ir . m n u tri-iodotironina (T3) — s ã o f o r m a d o s d e s s e m o d o e , e n q u a n t o n o _ i -

t ir e ó id e o s - a

G REVISÃO DOS CONCEITOS

e a

1. Que região do encéfalo controla a produção de hormônios na hipófise? 2. 0 que é célula-alvo? Qual é a relação entre um hormônio e sua célula-alvo? 3. identifique as duas regiões da hipófise e descreva como a liberação de hor­ mônios é controlada para cada uma delas.

d e , e le s p e r m a n e c e m c o m o p a r t e d a e s t r u t u r a d a t i r e o g lo b u l i n a . A t i r e ; . c e e a ú n i c a g l â n d u l a e n d ó c r i n a q u e a r m a z e n a p r o d u t o h o r m o n a l e m a m b ie n t e e x t r a c e lu la r . O p r in c ip a l fa to r q u e c o n tr o la a v e lo c id a d e d e lib e r a ç ã o d o h o r r í n k t i r e ó i d e o é a c o n c e n t r a ç ã o d o h o r m ô n i o e s t i m u la n t e d a t i r e ó i d e : T S H s a n g u e c ir c u la n t e

Veja a se çã o de R esp o stas na p arte final do livro.

(Figura

1 9 . 7 ) . S o b a in flu ê n c ia d o

da tireotropina (TRH), p r o d u z i d o

A.glândula tireóide [Figura \ glândula tireóide

cartilagem tireóidea

p e lo h i p o t á l a m o , a a d e n o - h i p

-

b e r a T S H , e o s t i r e ó c i t o s T r e s p o n d e m , r e m o v e n d o a t i r e o g l o b u l i n a c a lu z d o s fo líc u lo s p o r e n d o c ito s e ; e m s e g u id a , o s tir e ó c ito s T q u e b r a m a p r o ­

1 9 .6 a]

t e í n a p o r a t i v i d a d e l i s o s s ô m i c a , o q u e l i b e r a a s m o l é c u la s d e T , e T . Este-s

c u r v a -s e s o b r e e c r u z a a s u p e r fíc ie a n t e r io r d a tr a ­

q u éia , i n f e r i o r m e n t e à

n :

hormônio liberador

(“ e m f o r m a d e e s c u d o ” ) q u e

- e s p o n d e p e la m a i o r p a r t e d a s u p e r f íc i e a n t e r i o r d a l a r i n g e

(Figura 19.6a).

â r a ç a s à s u a l o c a liz a ç ã o , a g l â n d u l a t ir e ó id e p o d e s e r f a c i l m e n t e p a lp a d a ;

h o r m ô n io s , e n tã o , d e ix a m a c é lu la , p r in c ip a lm e n t e p o r d ifu s ã o , e e n t r a — n a c i r c u l a ç ã o . A t i r e o x i n a ( T 4) r e s p o n d e p o r a p r o x i m a d a m e n t e 9 0 ® o d e t o t a l d a s e c r e ç ã o d a g l â n d u l a t i r e ó i d e . O s d o i s h o r m ô n i o s t i r e ó id e o s - q u e a p r e s e n t a m e fe ito s c o m p le m e n ta r e s , a u m e n t a m a v e lo c id a d e d o m e t a b o -

;m c a s o s d e a lt e r a ç õ e s , a g l â n d u l a t i r e ó i d e p o d e in c l u s i v e t o r n a r - s e p r o e -

l i s m o e o c o n s u m o d e o x i g ê n i o e m q u a s e t o d a s a s c é lu la s n o c o r p o . E - se

n in e n t e . O t a m a n h o d a g l â n d u l a t i r e ó i d e é b a s t a n t e v a r i á v e l e m f u n ç ã o d e

h o r m ô n i o s e s t ã o i n c l u í d o s n a T a b e la 1 9 . 2 .

a t o r e s h e r e d i t á r i o s , a m b ie n t a is e n u t r i c i o n a i s , p o r é m s e u p e s o m é d i o é d e ip r o x im a d a m e n te 3 4 g . A g lâ n d u la te m u m a c o lo r a ç ã o v e r m e lh a e s c u ra j o r c a u s a d o g r a n d e n ú m e r o d e v a s o s s a n g ü í n e o s q u e s u p r e m a s c é lu la s

Os tireócitos C da glândula tireóide [Figura 1 9 .6 c

il a n d u la r e s . O s u p r i m e n t o s a n g ü ín e o d e c a d a l a d o a d v é m d e d u a s o r ig e n s :

U m s e g u n d o tip o d e c é lu la s e n d ó c r in a s , o s

1) a

artéria tireóidea superior, q u e a artéria tireóidea inferior, u m

é u m r a m o d a a r té r ia c a r ó tid a e x te rn a ,

liculares, s i t u a - s e

tireócitos C o u células p . : ' . r

-

e n t r e a s c é l u l a s f o l i c u l a r e s c u b ó i d e s d a g l â n d u l a t i r e ; id e

r a m o d o t r o n c o t ir e o c e r v ic a l . A d r e n a ­

E m b o r a e m c o n t a t o c o m a l â m i n a b a s a l, e s s a s c é l u l a s n ã o a t i n g e m a s u ­

gem v e n o s a d a g l â n d u l a é fe it a p e la

veia tireóidea superior e p e la s veias tiren a s v e ia s j u g u l a r e s i n t e r n a s , e p e la s veias tire-

p e r fíc ie e n ã o e s tã o d ir e ta m e n te e x p o s ta s à lu z d o s fo líc u lo s . O s t i r e o c i :: >

ndeas médias, q u e t e r m i n a m ndeas inferiores, q u e c o n d u z e m

o s a n g u e p a r a a s v e ia s b r a q u i o c e f á lic a s .

a r e g u la ç ã o d a c o n c e n t r a ç ã o d o í o n c á l c i o n o s l í q u i d o s c o r p o r a i s e s p e c i a l ­

; (2)

A g lâ n d u la tir e ó id e a p r e s e n ta u m a s p e c t o s e m e lh a n t e a o fo r m a t o d e

lobos

C p ro d u z e m o h o r m ô n io

calcitonina (CT). A

c a lc ito n in a c o n tr ib u i r a r a

m e n t e ( 1 ) d u r a n t e a i n f â n c i a q u a n d o e la e s t i m u l a o c r e s c i m e n t o ó s s e o e *

p r in c ip a is . A p o r ç ã o s u p e r io r d e

d e p o s iç ã o d e m in e r a is n o e s q u e le to e (2 ) s o b e s tre ss e fis io ló g ic o c o m : :

:a d a l o b o e s t e n d e - s e s o b r e a s u p e r f í c i e l a t e r a l d a t r a q u é i a e m d i r e ç ã o à

je ju m o u a g r a v id e z . A c a lc ito n in a d im in u i a s c o n c e n tr a ç õ e s d o ío n c £ c : :

n a r g e m i n f e r i o r d a c a r t i l a g e m t ir e ó id e a . I n f e r i o r m e n t e , o s l o b o s d a g l â n -

p o r m e i o ( 1 ) d a i n i b i ç ã o d o s o s t e o c la s t o s e ( 2 ) d a e s t i m u la ç ã o d a e x c r e e ã :

i u l a t i r e ó i d e e s t e n d e m - s e a t é o n ív e l d a s e g u n d a o u t e r c e ir a c a r t i l a g e m

d o s í o n s c á l c i o n o s r i n s . A s a ç õ e s d a c a l c i t o n i n a s ã o o p o s t a s p e la s a ç õ e s c :

a m a b o r b o l e t a e c o n s is t e e m d o i s

r a q u e a l . O s d o i s l o b o s s ã o u n i d o s p o r u m a c o n e x ã o d e lg a d a , o

istmo.

A

hormônio da paratireóide, p r o d u z i d o

p e la s g l â n d u l a s p a r a t i r e ó i d e s .

O S IS T E M A E N D Ó C R IN O

514

Folículos tireóideos

Osso hióide

Artéria tireóidea superior

Veia jugular interna

Cartilagem tireóidea da laringe Veia tireóidea superior

Cartilagem cricóidea da laringe Lobo esquerdo da glândula tireóide

_ j ò o direito d a glândula tireóide

Istmo da glân­ dula tireóide

Veia tireóidea média

Artéria tireóidea inferior

Artéria carótida comum Tronco tireocervical

Veias tireóideas inferiores

Traquéia

Margem da clavícula

(b) G lândula tireóide

Margem do esterno (a) Localização da glândula tireóide, vista an terio r

Tireócito C Tireócitos T

Capilar

Epitélio cubóide do folículo

Cápsula

Cavidades dos folículos Tireoglobulina armazenada no colóide do folículo

Folículo tireóideo

Tireócito C

(c) Folículos tireó ideos

F g u r^ 1 9 .6

ML x 2©

Anatom ia e organização histológica da glândula tireóide.

a) L_ocalização e anatom ia da glândula tireóide. (b) Organização histológica da glândula tireóide. (c) Detalhes histológicos da glândula tireóide m ostrando folículo : 'eóideos e os dois tipos de células no epitélio folicular.

515

C a p ít u lo 19 • O S is te m a E n d ó c rin o

c é lu la s g la n d u la r e s q u e p r o d u z e m o

H ip o t á la m o D IS T Ú R B I O D A HOM EOSTASE

tr o t ip o d e c é lu la s (

lib e ra T R H

hormônioparatireóideo (PTH); o

células oxifílicas e células transicionais) é

c

p ro v a v e lm e n te

c o n s t i t u í d o p o r c é l u l a s p r i n c i p a i s i m a t u r a s o u in a t i v a s . C o m o o s t i r e ó o : : ? I

D im in u iç ã o d a s co n c e n tra ç õ e s s a n g ü ín e a s d e T 3 e T 4, t e m p e ra tu ra c o r p o ra l b a ix a

d a g lâ n d u la t ir e ó id e , as c é lu la s d a p a r a t ir e ó id e m o n it o r a m a s c o n c e n t r a d e ío n s c á lc io c ir c u la n t e s . Q u a n d o a c o n c e n t r a ç ã o d o c á lc io e stá in fe r io r a c n ív e is n o r m a is , a s c é lu la s p a r a t ir e ó id e s s e c r e ta m o h o r m ô n io p a r a t ir e o id e c O P T H e s t i m u l a o s o s t e o b l a s t o s e o s t e o c la s t o s ( e m b o r a o s e f e i t o s s o b r e o í o s t e o c la s t o s s e j a m p r e d o m i n a n t e s ) e r e d u z a e x c r e ç ã o u r i n á r i a d e í o n s c a l c i : : t a m b é m e s t i m u la a p r o d u ç ã o d o

calcitriol, u m

h o r m ô n io ren a l q u e p r o r n : ve

a a b s o r ç ã o i n t e s t i n a l d e c á l c i o . O s n í v e i s d e P T H p e r m a n e c e m e l e v a d o ? ate q u e a s c o n c e n t r a ç õ e s d e C a 2+ r e t o r n e m a o n o r m a l . O P T H m o s t r o u - s e e t e n -

HOM EOSTASE

v o n a r e d u ç ã o d o a v a n ç o d a o s t e o p o r o s e e m id o s o s .

C o n c e n tra ç o e s n o rm a is d e T 3 e T 4, t e m p e ra tu r a c o r p o ra l n o rm a l

A d e n o - h ip ó f is e

O t i m O [Figura 19.1 e Tabela 19.2]

lib e r a T S H

O

tim o

s itu a -s e in c r u s t r a d o e m u m a m a s s a d e te c id o c o n e c tiv o n c in te ­

r io r d a c a v id a d e t o r á c ic a , lo c a liz a d o e m p o s iç ã o im e d ia t a m e n t e p o s te r i ; r a o este rn o

HOM EOSTASE R E S T A B E L E C ID A

(Figura 19.1,

p á g . 5 0 8 ). E m re c é m -n a s c id o s e c ria n ç a s p e q u e ­

n a s, o tim o é re la tiv a m e n te g r a n d e , m u it a s v e z e s se e s te n d e n d o d e > c e b a s e d o p e s c o ç o a té a m a r g e m s u p e r io r d o c o ra ç ã o . E m b o r a s e u t a m a n h :

A u m e n ta m a s c o n c e n tra ç õ e s s a n g ü ín e a s de T, e T,

re la tiv o d im in u a a o lo n g o d o d e s e n v o lv im e n t o d a c r ia n ç a , o t im o c o n t i­ n u a a c r e s c e r l e n t a m e n t e , a t i n g i n d o o s e u t a m a n h o m á x i m o p o u c o a n te s, F o líc u lo s t ir e ó id e o s

d a p u b e r d a d e , c o m u m p e so d e a p ro x im a d a m e n te 4 0 g. A p ó s a p u b e r ­

lib e ra m T , e T ,

d a d e , o t im o d im in u i g r a d u a lm e n t e d e t a m a n h o e, a o s 5 0 a n o s d e i c i t r

=igura 19.7

A regulação da secreção da glândula tireóide. Este mecanismo de retroalim entação (feedback ) negativa é responsável pelo

p o d e p e sa r m e n o s d e 1 2 g.

controle homeostático da liberação do horm ônio da tireóide. TRH = hormônio "berador da tireotropina; TSH = hormônio estimulante da tireóide.

to e a m a n u t e n ç ã o d a s d e fe s a s im u n o ló g ic a s n o r m a is (T a b e la 1 9 .2 .

O

t im o p r o d u z v á r io s h o r m ô n io s im p o r t a n t e s p a r a o d e s e n v o h im e

Timosina f o i

o n o m e o r ig in a lm e n t e a t r ib u íd o a o e x t r a to tím ic c

qu e

p r o m o v e o d e s e n v o lv im e n t o e a m a t u r a ç ã o d o s lin fó c ito s , a u m e n t a r .;: d e s s e m o d o , a e fic iê n c ia d o s is te m a im u n o ló g ic o . D e s d e e n t ã o , a " u m e -

As glândulas paratireóides

s in a ” é c o n s id e r a d a c o m o u m a c o m b in a ç ã o d e v á r io s h o r m ô n io s c o n tp le m e n ta r e s d ife r e n te s ( t im o s in a - 1 , t im o p o ie t in a , t im o p e n t in a , t im u lfr u .

Figuras 19.6a/19.8] E x is t e m t i p i c a m e n t e q u a t r o

fa to r h u m o r a l tím ic o e I G F - 1 ) .

glândulas paratireóides,

d e c o lo r a ç ã o c a s ta ­

n h a a v e r m e lh a d a e d im e n s õ e s p r ó x im a s à s d e u m a e r v ilh a , lo c a liz a d a s n a s u p e r fíc ie p o s t e r io r d a g lâ n d u la t ir e ó id e

(Figura 19.8a).

E ss a s g lâ n d u la s

g e ra lm e n te s ã o fix a s à s u p e r fíc ie d a g lâ n d u la t ir e ó id e p e la c á p s u la d a t i ­

T e m s id o s u g e r id o q u e a s d im in u iç õ e s g r a d u a is n o ta m a n h o e n a c a ­ p a c id a d e s e c r e to r a d o t im o p o d e m a u m e n t a r a s u s c e t ib ilid a d e a c : e n c a i n o e n v e l h e c i m e n t o . A o r g a n i z a ç ã o h i s t o l ó g i c a d o t i m o e a s f u n ç . e> d a í d iv e r s a s “ t im o s in a s ” s e r ã o d is c u t id a s p o s t e r io r m e n t e n o C a p ít u lo 2 3 .

r e ó id e . D e m o d o s e m e lh a n t e à g lâ n d u la t ir e ó id e , a s p a r a t ir e ó id e s s ã o c i r ­ c u n d a d a s p o r u m a c á p s u la d e te c id o c o n e c tiv o q u e in v a d e o in t e r io r d a d à n d u la , fo r m a n d o d iv is ó r ia s e p e q u e n o s

lóbulos i r r e g u l a r e s . O

s u p r im e n ­

to s a n g ü í n e o p a r a o p a r s u p e r i o r d e g l â n d u l a s p a r a t i r e ó i d e s é d a d o p e la s

.irtérias tireóideas superiores e , p a r a o p a r i n f e r i o r , inferiores (Figura 19.6a). A d r e n a g e m v e n o s a é a

p e la s

artérias tireóideas

células pa­ células principais) (Figura 19.8b,c) s ã o

N a s g l â n d u l a s p a r a t i r e ó i d e s e x is t e m d o is t ip o s d e c é lu la s . A s

TABELA 19.2

ch am adas de

glândula supra-renal (supra, a c i m a + renes, r i n s ) , o u glândula adrenal*, a p r e s e n t a c o l o r a ç ã o a m a r e l a e f o r m a t o p i r a m i d a l , s e n d o f i r m e m r -

A

m e s m a d a g lâ n d u la t i­

r e ó id e . C o n ju n t a m e n t e , a s q u a t r o g lâ n d u la s p a r a t ir e ó id e s p e s a m 1 ,6 g .

ratireóides ( t a m b é m

As glândulas supra-renais [Figura 19.9; * N. de R. T. Prefere-se o termo “supra-renal” a “adrenal” visto que o segundo se refere i glândula ao lado do rim”. Esta configuração é vista nos animais quadrúpedes, dada i ? _i anatômica diferente em relação ao homem.

Hormônios da glândula tireóide, glândulas paratireóides e timo

Hormônios

Alvos

Efeitos

T ireócitos T

Tireoxina (T4) T ri-iodotironina (T5)

A m aioria das células

A um enta a utilização de energia, o consum o de oxigênio, o crescimento e o desenvolvimento

T ireócitos C

Calcitonina (CT)

Ossos e rins

Dim inui as concentrações do íon cálcio nos líquidos corporais; significado incertc m ulheres adultas não-gestantes saudáveis

Células paratireó id es

H orm ônio paratireóideo (PTH)

Ossos e rins

A um enta as concentrações do íon cálcio nos líquidos corporais; aum enta a massa osseí

Tim o

“Tim osinas” (ver Capítulo 23)

Linfócitos

M aturação e com petência funcional do sistema im unológico

Glândula/células

_

.

TIREÓIDE

e—

PARATIREÓIDES

O SISTEMA ENDÓCRINO Figura 19.8 Anatomia e organização histológica das glândulas paratireóides. Em

geral, existem quatro glândulas paratireóides separadas, que se localizam junto à superfície posterior da glândula tireóide

(a) Localização e tamanho das glândulas paratireóides na superfície posterior dos lobos da glândula tireóide. (b) Fotomicrografia mostrando os tecidos paratireóideo e tireóídeo. (c) Fotomicrografia mostrando as células paratireóides e células oxifílicas das glândulas paratireóides.

F o líc u lo s t ir e ó id e o s

V aso s a n g ü ín e o

L o b o e sq u e rd o da g lâ n d u la tire ó id e G lâ n d u la s p a ra tire ó id e s

C á p s u la d e t e c id o c o n e c t iv o d a g lâ n d u la p a ra tire ó id e

(a) Glândula tireóide, vista posterior

V a s o s a n g ü ín e o G ló b u lo s

te r ix a a o p ó l o s u p e r i o r d e c a d a r i m p o r u m a d e n s a

gura 19.9a). A

cápsula

fib r o s a

(Fi­

v e rm e lh o s

g lâ n d u la s u p r a -r e n a l a b r ig a -s e e n tre o r im , o d ia fr a g m a e

p r in c ip a is a r té r ia s e v e ia s q u e fa z e m tr a je t o a o lo n g o d a p a r e d e p o s te r .o r d a c a v id a d e a b d o m in o p é lv ic a . E ss a s g lâ n d u la s s ã o r e t r o p e r it o n e a is , ím ia r s d o -s e p o s t e r io r m e n t e a o r e v e s t im e n to p e r ito n e a l. D e m o d o s e m e ­ l h a n t e a s o u t r a s g l â n d u l a s e n d ó c r i n a s , a s g l â n d u l a s s u p r a - r e n a i s s ã o a lt a ­

artéria renal, artéria frênica inferior e u m artéria supra-renal média) s u p r e m c a d a g l â n d u l a a s veias supra-renais r e a l i z a m a s u a d r e n a g e m .

m e n te v a s c u la r iz a d a s . R a m o s d a r a m o d ir e to d a a o r t a (a ? _ r r a - r e n a l, e n q u a n to

(p rin c ip a is)

U m a g l â n d u l a s u p r a - r e n a l t í p i c a p e s a c e r c a d e 7 , 5 g . E la é g e r a l m e n t e

o x ifílic a s

m a is p e s a d a n o h o m e m d o q u e n a m u lh e r , m a s o t a m a n h o p o d e a p r e s e n ta r ím p ia v a r ia ç ã o e m fu n ç ã o d a d e m a n d a se c re to ra . E s tr u tu r a l e fu n c io ­ n a lm e n te , a g lâ n d u la s u p r a - r e n a l p o d e s e r d iv id id a e m d u a s r e g iõ e s , u m

A zona glomerulosa [Figura 19.9c]

có rtex

A

s u p e rfic ia l e u m a

m e d u la

p r o f u n d a , c a d a u m a s e c r e ta n d o d ife -

re n te s tip o s d e h o r m ô n io s , m a s a m b a s c o n tr ib u in d o p a r a o c o n tr o le d o e - :r e > s e

Figura 19.9b,c).

zona glomerulosa,

a r e g iã o c o r t ic a l m a is e x te r n a , r e s p o n d e p o r ce rca

d e 1 5 % d o v o lu m e c o r tic a l

(Figura 19.9c).

E ss a r e g iã o se e ste n d e d e sd e a

c á p s u la a té o s c o r d õ e s r a d ia d o s d a z o n a fa s c ic u la d a s u b ja c e n te . U m

mérulo é u m

gk -

p e q u e n o a g lo m e r a d o e s fé r ic o , o n d e a s c é lu la s e n d ó c r in _ -

fo r m a m a g r u p a m e n to s fir m e m e n te c o m p a c t a d o s .

0 córtex da glândula supra-renal

A z o n a g lo m e r u lo s a p r o d u z

Figura 19.9c e Tabela 19.3]

mineralocorticóides (MC), h o r m ó n i>

-

e s te r ó id e s q u e in t e r fe r e m n a c o m p o s iç ã o d o s e le tr ó lito s d o s líq u id o s c o r ­

aldosterona é

A ; : o r a ç ã o a m a r e la d a d o c ó r t e x d a g lâ n d u la s u p r a - r e n a l se d e v e à p r e ­

p o r a is . A

s e n ç a d e lip íd e o s a r m a z e n a d o s , e s p e c ia lm e n te c o le s te r o l e v á r io s á c id o s

a s c é l u l a s r e n a i s q u e r e g u la m a c o m p o s i ç ã o i ô n i c a d a u r i n a . A a ld o s t e r o n a

g r a x o s . O c ó r t e x p r o d u z m a i s d e 2 0 h o r m ô n i o s e s t e r ó id e s d i f e r e n t e s , c o -

p r o p i c i a a r e t e n ç ã o d e í o n s s ó d i o ( N a +) e d e á g u a , r e d u z i n d o , d e s s e m o d

esteróides adrenocorticais, o u

o p r in c ip a l m in e r a lo c o r tic ó id e , te n d o c o m o ah

s i m p le s m e n t e

a s p e r d a s d e l í q u i d o s p e la u r i n a . A a ld o s t e r o n a t a m b é m r e d u z a s p e r d a s d e

h o r m ô n io s s ã o v ita is ; se a s g lâ n d u la s s u p r a - r e n a is

s ó d io e á g u a n a s g lâ n d u la s s u d o r ífe r a s e s a liv a r e s, a s s im c o m o a o lo n g o d o

são d e s tr u íd a s o u r e m o v id a s , c o r t ic ó id e s d e v e m s e r a d m in is tr a d o s p a r a

t r a t o d i g e s t ó r i o . T a m b é m p r o m o v e a p e r d a d e í o n s p o t á s s i o ( K + ) p e la u r i ­

e

n a , b e m c o m o p o r o u t r o s m e i o s . A s e c r e ç ã o d e a ld o s t e r o n a o c o r r e q u a n d o

e ■ i m e n te d e n o m in a d o s

corticosteróides. E s s e s

t a r a m o r te . O s c o r t ic o s t e r ó id e s e x e r c e m s e u s e fe ito s n a s o p e r a ç õ e s m e -

ta b

íc a s , d e t e r m i n a n d o o s g e n e s a s e r e m t r a n s c r i t o s e a v e l o c i d a d e d e s s a

i n s c r i ç ã o e m s u a s c é lu la s -a lv o .

zonas d i s t i n t a s n o zona glomerulosa, m a i s e x t e r n a ; ( 2 ) u m a zona fasciculada, u m a zona reticular, i n t e r n a (Figura 19.9c). E m b o r a c a d a z o n a

P r o f u n d a m e n t e à c á p s u l a e x i s t e m t r ê s r e g iõ e s o u

a z o n a g l o m e r u l o s a é e s t i m u l a d a p e la r e d u ç ã o d o s n í v e i s s a n g ü í n e o s d e N a +, p e l o a u m e n t o d o s n í v e i s s a n g ü í n e o s d e K +, o u p e la l i b e r a ç ã o d o h o r ­ m ô n io

angiotensina II ( angeion, v a s o

+

teinein, t e n s i o n a r ) .

; o rte x : ( 1 ) u m a — e d ia , e ( 3 )

A zona fasciculada [Figura 19.9c] zona fasciculada (fasciculus, p e q u e n o

s in t e t i z e h o r m ô n i o s e s t e r ó i d e s d i f e r e n t e s ( T a b e la 1 9 . 3 ) , t o d a s a s c é l u l a s

A

; j r t i c a i s a p r e s e n t a m u m e x t e n s o R E l i s o ( a g r a n u la r ) p a r a a p r o d u ç ã o d e

in t e r n a d a z o n a g lo m e r u lo s a , se e s t e n d e e m d ir e ç ã o à m e d u la

fe ix e ) c o m e ç a n a m a r g e m m a is

;> : e r ó i d e s a p a r t i r d e l i p í d e o s . E s s a c a r a c t e r í s t ic a d e t e r m i n a u m c o n t r a s t e

19.9c)

(Figura

e r e p r e s e n t a a p r o x i m a d a m e n t e 7 8 % d o v o l u m e c o r t i c a l. A s c é lu la s

m a r c a n t e c o m a s c é lu la s g la n d u la r e s s e c r e to r a s d e p r o te ín a s , c o m o a s d a

s ã o m a i o r e s e c o n t ê m m a i o r q u a n t id a d e d e l i p í d e o s e m r e l a ç ã o à q u e la s d a

1

z o n a g lo m e r u lo s a ; a s g o tíc u la s d e lip íd e o s c o n fe r e m a o c it o p la s m a u m a

d e n o - h ip ó fis e o u d a g lâ n d u la tir e ó id e , q u e tip ic a m e n te a p r e s e n ta m u m

e x te n so R E ru g o s o (g r a n u la r ).

a p a r ê n c i a e s p u m o s a e p á li d a . A s c é lu la s d a z o n a f a s c i c u l a d a f o r m a m c o r -

517

C a p ít u l o 19 • O S is te m a E n d ó c r in o

Figura 19.9

Anatom ia e organização histológica da glândula supra-renal.

(a) Vista anterior do rim e da glândula supra-renal. Observe o plano de secção para a parte (b). (b) Glânou a supra-renal seccionada, m ostrando o córtex e a medula. Note a orientação da secção indicada na parte (c) c Histologia da glândula supra-renal m ostrando as principais regiões.

A r t é r ia s s u p r a -

C o rtei

r e n a is d ir e ita s s u p e r io r e s

M ec. £

Tronco celíaco

P la n o d e s e c ç ã o p a ra a p a rt e (b)

G lâ n d u la

G lâ n d u la s u p r a - r e n a l

s u p ra -re n a l

e sq u e rd a

d ir e ita A r té r ia

(b) Glândula supra-renal vista em secção

A r t é r ia s u p r a - r e n a l

s u p ra -re n a l

m é d ia e s q u e r d a

m é d ia d ir e ita

A r t é r ia s s u p r a - r e n a is

A r té r ia

in fe r io r e s e s q u e r d a s

s u p ra -re n a l n fe rio r d ir e ita

V e ia s u p r a - r e n a l e sq u e rd a

Artéria renal esquerda Veia renal esquerda Artéria mesentérica superior Artéria rena direita

M e d u la d a s u p ra -re n a l

veia renal direita

Zona r e tic u la r

Veia cava Parte abdominal inferior da aorta (a) Glândulas supra-renais e rins, vista anterior

Zona

lõ e s q u e s e i r r a d i a m e m d i r e ç ã o à z o n a r e t ic u la r , d e m o d o c o m p a r á v e l

f a s c ic u la d a

C ó rte x d a — s u p ra -re n a l

o s r a io s d o s o l. O s c o r d õ e s a d ja c e n t e s s ã o s e p a r a d o s p o r v a s o s a c h a t a d o s o m p a re d e s fe n e stra d a s. A

p ro d u ção

d e e s t e r ó id e s n a z o n a f a s c ic u la d a é e s t im u la d a p e lo

iC T H , p r o d u z id o p e la a d e n o - h ip ó fis e . E s s a z o n a p r o d u z h o r m ô n io s e ste -

glicocorticóides (GC) e m

ó id e s c o le t iv a m e n t e c o n h e c id o s c o m o

e u s e fe ito s n o m e t a b o lis m o d a g lic o s e . O

lidrocortisona) e a corticosterona s ã o

cortisol

fu n ç ã o d e

(t a m b é m d e n o m in a d o

o s m a is im p o r t a n t e s g lic o c o r t ic ó i-

Zona

!es s e c r e t a d o s p e l o c ó r t e x d a g l â n d u l a s u p r a - r e n a l ; o f í g a d o c o n v e r t e p a r -

g lo m e r u lo s a

: d o c o r t is o l c ir c u la n t e e m

cortisona,

o u t r o g lic o c o r t ic ó id e a tiv o . E s s e s C á p s u la

o r m ô n io s a c e le r a m a v e lo c id a d e d e s ín te s e d a g lic o s e e d a fo r m a ç ã o d o lic o g ê n io , e s p e c ia lm e n t e n o in t e r io r d o fíg a d o .

Lzona reticular [Figura 19.9c] l zona reticular ( reticulum, r e d e ) f o r m a

(c) Histologia da glândula supra-renal

u m a fa ix a e s tr e ita e n t r e a z o n a

is c ic u la d a e a m a r g e m m a is e x t e r n a d a m e d u la d a g lâ n d u la s u p r a - r e n a l

Figura 19.9c).

ML

A s c é lu la s d a z o n a r e t ic u la r s ã o m u it o m e n o r e s e m r e la -

ão à s c é lu la s d a m e d u la , o q u e fa c ilit a a d ife r e n c ia ç ã o d o s s e u s lim ite s ,

n a s m u lh e r e s a d u lta s o s a n d r ó g e n o s p r o d u z id o s n a s g lâ n d u la s s u p r a - r e n a is e s t im u la m a fo r m a ç ã o d e c é lu la s s a n g ü ín e a s , p r o m o v e m o

desen:

v im e n t o d a m a s s a m u s c u la r e m a n t ê m a lib id o .

ío t o t a l , a z o n a r e t i c u l a r r e s p o n d e p o r a p e n a s a p r o x i m a d a m e n t e 7 % d o

o lu m e c e lu la r d o c ó r t e x d a s u p r a - r e n a l. A s c é lu la s e n d ó c r in a s d a z o n a

:t ic u la r fo r m a m

u m a re d e p re g u e a d a e r a m ific a d a c o m in te n so s u p r i-

íe n t o c a p ila r . A z o n a r e t ic u la r n o r m a lm e n t e s e c r e ta p e q u e n a q u a n t id a d e e h o r m ô n io s s e x u a is , d e n o m in a d o s

andrógenos. O s

an d ró g en o s p ro d u -

A medula da glândula supra-renal [Figura 19.9b,c e Tabela 19.3] O lim ite e n tre o c ó r t e x e a m e d u la d a s u p r a - r e n a l n ã o c o n s titu i u m a lin h i

(Figura 19.9b,c),

id o s p e l a s g l â n d u l a s s u p r a - r e n a i s e s t i m u l a m o d e s e n v o l v i m e n t o d e p ê l o s

reta

u b ia n o s , ta n to n o s m e n in o s q u a n t o n a s m e n in a s , a n te s d a p u b e r d a d e ,

n e o s s ã o e x t e n s iv a m e n t e in t e r lig a d o s . A m e d u la a p r e s e n t a u m a c o lo r a ç l

m b o r a n ã o a p r e s e n t e m fu n ç õ e s im p o r t a n t e s n o s h o m e n s a d u lt o s , c u jo s

c a s t a n h a a v e r m e lh a d a , e m p a r t e p o r c a u s a d o s n u m e r o s o s v a s o s s a n g ü ín e v -

:s t íc u lo s p r o d u z e m a n d r ó g e n o s e m q u a n t id a d e s r e la t iv a m e n t e g r a n d e s ,

s itu a d o s n e s ta r e g iã o . A s

e o s te c id o s c o n e c tiv o s d e s u s t e n t a ç ã o e v a s o s s a n g u í­

cromafinas

ou

feocrom ócitos

s ã o c é lu la s a rre -

O SISTEMA ENDOCRINO

O

; : n d a d a s e g r a n d e s d a m e d u la , s e m e lh a n t e s a o s n e u r ô n io s d o s g â n g lio s s im p á t ic o s . E s s a s c é lu la s s ã o in e r v a d a s p o r f i b r a s p r é - g a n g l io n a r e s s i m p á t i ­ c a s ; a a t i v a ç ã o s i m p á t ic a f o r n e c i d a p e lo s n e r v o s e s p l â n c n ic o s d e f la g r a a a ti-

pág. 458

: :C e s e c r e t o r a d e s s e s n e u r ô n i o s g a n g l i o n a r e s m o d i f i c a d o s .

A m e d u la d a s u p r a - r e n a l c o n té m d u a s p o p u la ç õ e s d e c é lu la s e n d ó -

calc itrio l

é u m h o r m ô n i o e s t e r ó i d e s e c r e t a d o p e lo r i m e m r e s p e i ­

ta à p r e s e n ç a d e h o r m ô n io p a r a t ir e ó id e o ( P T H ) . A s ín t e s e d o c a lc it r : : . d e p e n d e d a d i s p o n i b i l i d a d e d e u m e s t e r ó i d e c o r r e la t o , o

colecalciferoi

v i­

t a m i n a D 3), q u e p o d e s e r s i n t e t i z a d o n a p e le o u a b s o r v i d o a p a r t i r d : • a li m e n t o s . I n d e p e n d e n t e m e n t e d e s u a f o n t e p r o d u t o r a , o c o l e c a l c i f e r o

e

c r i n a s - u m a d e la s s e c r e t a e p i n e f r i n a ( a d r e n a l i n a ) , e n q u a n t o a o u t r a ,

a b s o r v i d o d a c o r r e n t e s a n g ü í n e a p e lo f í g a d o e c o n v e r t i d o e m u m p r o d u : :

n

i n t e r m e d i á r i o q u e é l i b e r a d o n a c i r c u l a ç ã o e a b s o r v i d o p e lo s r i n s p a r-3

r e p in e fr in a ( n o r a d r e n a lin a ) . A m e d u la s e c r e ta a p r o x im a d a m e n t e u m a

q _ i n t i d a d e d e e p i n e f r i n a t r ê s v e z e s m a i o r e m r e l a ç ã o à q u a n t id a d e d e n o -

pág. 458

r e p in e fr in a . _

S u a s e c r e ç ã o d e f la g r a a u t i li z a ç ã o d a e n e r g i a c e -

e a m o b i li z a ç ã o d e r e s e r v a s e n e r g é t ic a s . E s t a c o m b i n a ç ã o a u m e n t a a

c o n v e r sã o e m c a lc itr io l. O te r m o

vitamina D é

u s a d o p a r a in d ic a r to d o c

g r u p o d e e s t e r ó i d e s c o r r e la t o s , i n c l u i n d o c a l c i t r i o l , c o l e c a l c i f e r o i e v á r i o • in t e r m e d i á r i o s . A f u n ç ã o m a i s c o n h e c i d a d o c a l c i t r i o l é o e s t í m u lo d e a b s o r ç ã o d c ■

f o r ç a e a r e s i s t ê n c ia m u s c u l a r ( T a b e la 1 9 . 3 ) . A s m o d i f i c a ç õ e s m e t a b ó l i c a s q u e se s e g u e m à l i b e r a ç ã o d e c a t e c o l a m i n a s a t i n g e m s e u p i c o 3 0 s e g u n d o s

ío n s c á lc io e fo s fa t o n o tr a t o d ig e s tó r io . O P T H e s tim u la a lib e r a ç ã o dc

i:

c a l c i t r i o l e , d e s s a f o r m a , e x e r c e u m e f e i t o i n d i r e t o n a a b s o r ç ã o i n t e s t in o

> i e s t i m u la ç ã o d a g l â n d u l a s u p r a - r e n a l e p e r m a n e c e m p o r v á r i o s m i ­

n u t o >. C o m o r e s u l t a d o , o s e f e it o s p r o d u z i d o s p e lo e s t í m u lo d a m e d u l a d a

d o c á l c i o . O s e f e i t o s d o c a l c i t r i o l n o s i s t e m a e s q u e l é t i c o e n o s r i n s n ã o sã

í _ r r a - r e n a l e x c e d e m e m d u r a ç ã o o s o u t r o s s i n a i s d e a t i v a ç ã o s im p á t i c a .

to t a lm e n te c o n h e c id o s .

p ep tíd eo n a tr iu r é tia p ep tíd eo n a triu ré tic o encefálico (BNP) e m r e s p o s t a d

A s c é lu la s m u s c u la r e s c a r d ía c a s p r o d u z e m o

a tria l (ANP) E REVISÃO DOS CONCEITOS

e o

a u m e n t o d a p r e s s ã o o u d o v o lu m e s a n g ü ín e o . O A N P e o B N P s u p r im e r :

' Quando a glândula tireóide de um indivíduo é removida, os sinais de dimi-.iição da concentração do hormônio da tireóide não se manifestam antes de uma semana. Por quê?

a l i b e r a ç ã o d e A D H e a l d o s t e r o n a e e s t i m u l a m a p e r d a d e á g u a e ío r : s ó d io n o s r in s . E ste s e fe ito s p r o d u z e m a r e d u ç ã o g r a d u a l d a p r e s s ã o e d v o lu m e s a n g ü ín e o s .

2 A remoção das glândulas paratireóides deveria resultar na diminuição de que mineral importante no sangue? 3. j n a alteração na glândula supra-renal de Guilherme evita que ele retenha on sódio em seus líquidos corporais. Que região dessa glândula está afeta­ ra e qual hormônio está deficiente? Veja a seção de Respostas na parte final do livro.

O pâncreas e outros tecidos endócrinos do sistema digestório O p â n c r e a s , o r e v e s t i m e n t o d o t r a t o d i g e s t ó r i o e o f í g a d o p r o d u z e m va r i a s s e c r e ç õ e s e x ó c r i n a s e s s e n c i a i s p a r a a d i g e s t ã o n o r m a l d o s a li m e n t E m b o r a o r i t m o d a s a t i v i d a d e s d i g e s t i v a s s o f r a i n t e r f e r ê n c i a s d o s is t e m

Funções endócrinas dos rins e do coração

n e r v o s o a u tô n o m o , a m a io r ia d o s p r o c e s s o s d ig e s tiv o s é c o n tr o la d a lo c a

O s r i n s e o c o r a ç a o p r o d u z e m v á r i o s h o r m ô n i o s , e a m a i o r i a d e le s e s t á

p r o d u z h o r m ô n i o s c u j a a t u a ç ã o i n t e r f e r e n a s o p e r a ç õ e s m e t a b ó l i c a s e:

e n v o lv id a c o m a r e g u la ç ã o d a p r e s s ã o e d o v o lu m e s a n g ü ín e o s . O s r in s

to d o o c o rp o .

p ro d u zem

renina, u m a

m e n t e p e lo s p r ó p r i o s ó r g ã o s . O s v á r i o s ó r g ã o s d i g e s t ó r i o s c o m u n i c a m s e e n t r e s i p o r m e i o d e h o r m ô n i o s d e s c r it o s n o C a p í t u l o 2 5 . A p r e s e n d is c u s s ã o fo c a liz a s u a a te n ç ã o s o b r e u m ó r g ã o d ig e s t ó r io , o p â n c r e a s ,

e n z im a (fr e q ü e n te m e n te c o n s id e r a d a c o m o u m

h : r m ó n io ) , e d o is h o r m ô n io s : a

eritropoetina, u m

p e p tíd e o , e o

calcitriol,

a n g io te n sin o génio c i r c u l a n t e , u m a p r o t e í n a i n a t i v a p r o d u z i d a p e l o f í g a d o , e m an g io ten sin a E N o s c a p i l a r e s p u l m o n a r e s , e s te c o m p o s t o é c o n v e r t i d o e m ang io ten sin a II, u m h o r m ô n i o q u e e s t i m u l a a s e c r e ç ã o d e a l d o s t e r o n a p e lo : : e x d a s u p r a - r e n a l . A e ritro p o e tin a (EPO) e s t i m u l a a p r o d u ç ã o d e e s te r ó id e . U m a v e z n a c ir c u la ç ã o , a r e n in a c o n v e r t e o

_

qu

? u lo s v e r m e lh o s p e la m e d u la ó s s e a . E s s e h o r m ô n io é lib e r a d o q u a n -

O pâncreas [Figura 19.10 e Tabela 19.4] O

p ân c re a s

é u m a g l â n d u l a m i s t a , a p r e s e n t a n d o a t i v i d a d e s e x ó c r i n a e er

d ó c r in a . S it u a - s e n a c a v id a d e a b d o m in a l, n a c u r v a e m fo r m a d e J e n t o estô m a g o e o d u o d e n o

(Figura 19.10a).

E u m ó r g ã o r o s a d o , d e lg a ;

e d e c o n s is t ê n c ia n o d u la r o u g r a n u lo s a . O p â n c r e a s a d u lto v a r ia d e 2 0 2 5 c m d e c o m p r im e n to e p e sa e m to r n o d e 8 0 g. O C a p ít u lo 2 5 d e s c r

p â n c re a s exócrino

iic o c o r r e a d i m i n u i ç ã o d a p r e s s ã o s a n g ü í n e a o u d o s n í v e i s d e o x i g ê n i o

v e d e t a lh a d a m e n t e a a n a t o m i a d o p â n c r e a s , p o i s o

r . : s r in s . A E P O e s tim u la a p r o d u ç ã o e m a t u r a ç ã o d o s g ló b u lo s v e r m e ­

r e s p o n s á v e l p o r a p r o x im a d a m e n te 9 9 % d o v o lu m e p a n c r e á tic o e p ro d i

lh o s , a u m e n t a n d o , d e ss a fo r m a , o v o lu m e s a n g ü ín e o e s u a c a p a c id a d e d e

g r a n d e s q u a n t id a d e s d e s u c o d ig e s t i v o , r i c o e m e n z i m a s , q u e e n t r a n o t r

T ra n s p o rta r o x ig ê n io .

to d i g e s t ó r i o a t r a v é s d e u m c a l i b r o s o d u e t o s e c r e t o r .

TABELA 19.3

Hormônios das glândulas supra-renais

Região/zona

Hormônios

AlVOS

Efeitos •

CÓRTEX Zona glom erulosa

Mineralocorticóides (MC), principalmente aldosterona

Rins

Aumentam a reabsorção de íons sódio e água nos rins (especialmente na presença de ADH) e aceleram a eliminação urinária de íons potássio

Zona fasciculada

Glicocorticóides (GC): cortisol (hidrocortisona), corticosterona; cortisol convertido em cortisona e liberado pelo fígado

A maioria das células

Liberam aminoácidos dos músculos esqueléticos; lipídeos do tecido adiposo: promovem a formação de glicogênio e glicose hepáticos; promovem a utilizacl periférica de lipídeos (na escassez de glicose); efeitos antiinflamatórios.

A maioria das células

Aumento da freqüência cardíaca, da pressão arterial, da glicogenólise e da glicemia; liberação de lipídeos pelo tecido adiposo (ver Capítulo 17)

Zona reticular

Andrógenos

MEDULA

Adrenalina (epinefrina), noradrenalina (norepinefrina)

Significado incerto em condições normais

C a p it u lo 19 • O S is te m a E n d ó c rin o

D u eto

Lóbulo

C o rp o d o

Dueto colédoco

Cauda do pâncreas

Dueto pancreático acessório

Cabeça do pâncreas

Intestino delgado (duodeno)

(a) Pâncreas, vista anterior

Acinos pancreáticos (células exócrinas)

Ilhotas pancreáticas (ilhotas de Langerhans) Células endócrinas: Células alfa (glucagon) Células beta (insulina) Células F (polipeptídeo pancreático) Células delta (somatostatina) (b) Ilhotas pancreáticas

EV

*?

,* è f ° ® *

Células alfa

r*e

Células beta

P an cre a s e x o c r in o

-r -r

*

» J *

► t» —? -

-r

Sl ML

(c) Células alfa

Figura 19.10

'

^

I • C3*

x 184

'

:-*9



(d) Células beta

Anatomia e organização histológica do pâncreas.

Neste órgão, predominam células exócrinas contendo agregados de células endócrinas conhecidos como ilhotas pancreáticas. (a) Anatomia macroscópica c : ;ã creas. (b) Histologia geral das ilhotas pancreáticas. (c) e (d) Técnicas histológicas especiais de coloração podem ser utilizadas para diferenciar células alfa (c) òe :e ja beta (d) nas ilhotas pancreáticas.

O p â n c r e a s e n d ó c r i n o c o n s is t e e m p e q u e n o s g r u p o s d e c é lu la s e s ­

C o m o o u t r o s te c id o s e n d ó c r in o s , a s ilh o ta s s ã o c ir c u n d a d a s p :

p a rsa s n a r e fe r id a g lâ n d u la , s e n d o q u e c a d a g r u p o é c ir c u n d a d o p o r c é lu ­

e x t e n s a s re d e s d e v a s o s c a p ila r e s fe n e s tr a d o s q u e t r a n s p o r t a m s e u í h : i

la s e x ó c r i n a s . O s g r u p o s , c o n h e c i d o s c o m o i l h o t a s p a n c r e á t i c a s , o u

tas de Langerhans, c o r r e s p o n d e m p a n c re á tic a s

(Figura 19.10b).

a apenas 1%

ilho­

d a p o p u la ç ã o d a s c é lu la s

N ã o o b s ta n te , e x is te m a p r o x im a d a m e n te 2

m ilh õ e s d e ilh o ta s n o p â n c r e a s n o r m a l.

m ô n io s p a r a a c ir c u la ç ã o . D o is g r u p o s d e a r té r ia s p r in c ip a is s u p r ;~ p ân creas: as

artérias pancreaticoduodenais e a s artérias pancreáticas . veia porta do fígado. ( A s c i r c u l a ç õ e s a r a

san g u e v e n o so reto rn a p a ra a

r ia l e v e n o s a p a r a o s p r in c ip a is ó r g ã o s s e r ã o c o n s id e r a d a s n o C i r

:_ l

20

O SISTEMA ENDÓCRINO

Nota clínica de absorver glicose do m eio circundante. Entre os e xem p los m ais com uns 3 a bete m elito o diabete melito (mellitum, mel) é c a ra cte riza d o das alterações relacionadas ao diabete, estão os seguintes: :~ a presença de c o n ce n tra çõ e s sangüín eas de g lico se su ficien te m en te r e . adas para ultrapassar a capa cidad e de reabsorção dos rins. (A presen• A pro life ração d os ca p ila re s e a hem orragia na retina podem cau sar Z3 :e níveis de glicose an orm alm ente elevados no sangue é denom inada ceg ueira total ou parcial, c o n d iç ã o ch am ad a de retinopatia diabéti­ ' zergticemia.) A g lico se ap arece na urina (glicosúria), e a e lim in a çã o de ca. jrina se torna e xcessiva (poliúria). • O correm m od ifica çõe s na transp arência da lente do olho, produzindo O diabete m elito pode se r causad o por anom alias genéticas, e alguns catarata. :: s genes envo lvid o s já foram identificados. M u ta çõ e s que resultam na • Pe q u e n a s h e m orra gia s e in fla m a ç õ e s nos rins cau sam a lte ra çõ e s : ': : u ç ã o inadequada de insulina, na sín te se de m o lécu las an ôm a las de degenerativas que podem levar à insuficiên cia renal, co n d ição deno ­ -So na, ou na produção de proteínas receptoras defeituosas causam sinm inada nefropatia diabética, causa principal de insuficiên cia renal. O :: ~ a s sem elhantes. N e ssa s co ndições, a ob e sid ad e ace lera o in ício e a tratam ento com drogas que m elhoram o fluxo sangüíneo renal pode gr?. ;a d e da doença. O diabete m elito tam bém pode resultar de outras conter a progressão para insuficiên cia renal. :c e s patológicas, lesões, d o e n ça s im u n o ló g ica s ou d e se q u ilíb rio s • V ários p roblem as ne urológ icos podem se m anifestar, incluindo neu■: — anais. Existem dois tip o s prin cip ais de dia be te m elito: diabete inropatias p e rifé ricas e a n o m a lias da funçã o autônom a. Estas a lte ra ­ í_ no-dependente (tipo 1) e diabete não-insulino-dependente (tipo ções, c o le tiv a m e n te den om in ad as neuropatias diabéticas, são pro ­ 2 0 diabete tip o 1 pode se r c o n tro lad o por m eio da a d m in istra çã o de vave lm e n te re la ciona da s a distú rb ios no su prim e n to sangüín eo aos n sulina injetável ou da infusão por bom ba de insulina, com re su ltados te cid o s nervosos. pág. 465 . anáveis. R estrições nutricion ais são m ais eficazes no tratam ento do dia• A lte ra çõ e s degenerativas na c ircu lação cardíaca podem levar à ocor­ tjete tipo 2. rência de infartos precoces. Para um determ inad o grupo etário, a in ci­ Provavelm ente devido à im p o ssib ilid ad e de e sta b iliza çã o adequada dência de infartos do m iocárdio é de 3 a 5 ve ze s m aior em indivíduos : : s ' .e is de g lico se no sangue, indivíd uos com dia be te m elito desendia bé ticos em com p aração com não-diabéticos. : .e ~ p ro blem as m é d ico s c rô n ic o s a p e sa r dos tra tam en tos adotados. • O u tra s a lte ra çõ e s no sistem a circu la tó rio podem inte rferir no fluxo Esses problem as se m anifestam porque os te cid o s e nvolvidos passam por sangüíneo norm al para as porções d istais dos m em bros. Por exem plo, : : 2 d s o de energia - e ssencialm ente, a m aioria dos te cido s responde um a redução do fluxo sangüíneo para os pés pode levar à m orte dos : :e n o s a n g u e i n d i r e t a m e n t e a f e t a r á a p r o d u ç ã o d e i n s u l i n a e g l u -

: on . O ? p r i n c i p a i s h o r m ô n i o s d o p â n c r e a s e s t ã o r e s u m i d o s n a T a b e la

Ovários [Tabela 19.5] N o s o v á r io s , o s o ó c ito s in ic ia m s u a m a tu r a ç ã o p a r a se to r n a r g a m e ta s fe ­ m in in o s ( c é lu la s s e x u a is ) n o in t e r io r d e e s t r u t u r a s e s p e c ia liz a d a s d e n o -

C a p ít u l o 19 • O S is te m a E n d ó c r in o

TABELA 19.4

Hormônios do pâncreas

Estrutura/células

Hormônios

Alvos primários

Efeitos

C é lu la s a lfa

G lucagon

Fígado, tecido adiposo

M obilização de reservas lipídicas; síntese de glicose e quebra de glicogênio no fígado; elevação da concentração de glicose n o sangue

C é lu la s b e ta

Insulina

Todas as células exceto aquelas do encéfalo, rins, epitélio do trato digestorio e eritrócitos

Facilitação da absorção de glicose pelas células; estim ulação d a t arm azenam ento de lipídeos e glicogênio; dim inuição da co n c e n tra -ã : de glicose no sangue

C é lu la s d e lta

Som atostatina

Células alfa e beta, epitélio do trato digestorio

Inibição da secreção de insulina e glucagon

Polipeptídeo pancreático

Vesícula biliar e pâncreas, possivelm ente o trato gastrintestinal

Inibe as contrações da vesícula biliar; regula a p rodução de a lg u m a enzim as pancreáticas; pode co ntrolar a absorção de n u trien tes

IL H O T A S P A N C R E Á T IC A S

C é lu la s

F

(PP)

TABELA 19.5

Hormônios do sistema genital

Estrutura/células

Hormônios

Alvos primários

Efeitos

C é lu la s in t e r s t ic ia is

A ndrógenos

A m aioria das células

M anutenção da m aturação funcional dos esperm atozóides; síntese protéica nos m úsculos esqueléticos; características sexuais secundárias m asculinas e c om portam entos associados

C é lu la s d e S e r t o li

Inibina

A deno-hipófise

Inibe a secreção do FSH

C é lu la s f o lic u la r e s

Estrógenos (especialm ente estradiol)

A m aioria das células

M anutenção da m aturação folicular; características sexuais secundárias tem i— c om portam entos associados

Inibina

A deno-hipófise

Inibe a secreção do FSH

C o r p o lú te o

Progestinas (especialm ente progesterona)

Ú tero, glândulas m am árias

Prepara o útero para a im plantação; prepara as glândulas m am árias p ara ati\ :u a a ; secretora

Relaxina

Sínfise púbica, ú tero e glândulas m am árias

A frouxa a sínfise púbica; relaxa os m úsculos uterinos (do colo do ú te r o !; estim ula a desenvolvim ento das glândulas m am árias

T E S T ÍC U L O S

O V Á R IO S

m in a d a s

folículos ováricos.

O p r o c e s s o d e m a tu r a ç ã o é in ic ia d o e m r e s ­

p o s ta a o e s t ím u lo p e lo F S H . A s c é lu la s fo lic u la r e s q u e c ir c u n d a m o o ó c it o p r o d u z e m e s t r ó g e n o s , e s p e c ia lm e n t e o

estradiol.

p in e a ló c it o s s in t e t iz a m o h o r m ô n io da

serotonina, u m

m elatonina,

-e

d e r iv a d o d e m< le c .

-

n e u r o tr a n s m is s o r . A m e la to n in a r e ta r d a o p r o c e s s : de

E s t e h o r m ô n io e s te r ó i-

m a t u r a ç ã o d o s e s p e r m a t o z ó id e s , d e o ó c it o s e ó r g ã o s g e n it a is p e la i n í b i c ã :

d e s u s t e n t a a m a t u r a ç ã o d o s o ó c it o s e e s t im u la o c r e s c im e n t o d o r e v e s t i­

d a p r o d u ç ã o d e u m fa t o r lib e r a d o r h ip o t a lâ m ic o q u e e s t im u la a s e c r e t a :

m e n t o u t e r in o ( T a b e la 1 9 .5 ) . S o b o e s t ím u lo d o F S H , o s f o líc u lo s a t iv o s

d e F S H e L H . F ib r a s n e r v o s a s c o la te r a is d a s v ia s v is u a is a tin g e m a g lâ n d u la

s e c re ta m in ib in a , q u e s u p r im e a lib e r a ç ã o d o F S H p o r u m m e c a n is m o d e

p in e a l e in t e r fe r e m n a v e lo c id a d e d e p r o d u ç ã o d e m e la t o n in a . A p r o d u c ã :

r e t r o a lim e n t a ç ã o (

feedback)

c o m p a r á v e l a o d e s c r it o p a r a o s h o m e n s .

d e m e la t o n in a a u m e n t a à n o it e e d i m i n u i d u r a n t e o d ia . E s t e c ic lo e a p a ­

A p ó s a o v u la ç ã o , a s c é lu la s fo lic u la r e s r e m a n e s c e n te s se r e o r g a n iz a m

r e n t e m e n t e im p o r t a n t e n a r e g u la ç ã o d o

ritmo circadiano, o

c i c l o n a t u r a l d-e

corpo lúteo, q u e l i b e r a u m a m i s t u r a d e e s t r ó g e n o s e p r o g e s t i n a s , e s p e ­ c i a l m e n t e a progesterona. A p r o g e s t e r o n a a c e l e r a o m o v i m e n t o d o o ó c i t o

a n tio x id a n te q u e p o d e c o n t r ib u ir p a r a a p r o te ç ã o d o te c id o n e r v o s o c o n tr a

a o lo n g o d a tu b a u te r in a e p r e p a r a o ú te ro p a r a a c h e g a d a d o e m b riã o

a a ç ã o d e t o x in a s p r o d u z id a s p o r n e u r ô n io s a t iv o s e c é lu la s d a g lia .

no

s o n o e v ig ília .

»

p á g s . 4 0 5 -4 0 8 E sse h o r m ô n io é ta m b é m u m p o d e r o s o

e m d e s e n v o lv im e n to . U m r e s u m o d a s in fo r m a ç õ e s s o b r e o s h o r m ô n io s

Resumo de embriologia

s e x u a is p o d e s e r e n c o n t r a d o n a T a b e la 1 9 .5 .

P a r a u m r e s u m o d o d e s e n v o lv im e n t o d o s is te m a e n d ó c r in o , c o n s u h e

A glândula pineal [Figura 19 .1] glândula pineal,

“epífise do cérebro” (Figura

19.1,

:

C a p ít u lo 2 8 ( E m b r io lo g ia e D e s e n v o lv im e n t o H u m a n o ) .

n a, d e c o lo r a ç ã o a v e r m e lh a d a e fo r m a t o s e m e lh a n te a o d e u m a p in h a , é

Hormônios e envelhecimento

p a r te d o e p it á la m o .

O s is t e m a e n d ó c r in o a p r e s e n t a p o u c a s a lt e r a ç õ e s fu n c io n a is c o m o a v a n ­

A

ou

p ág. 5 0 8 ), p e q u e ­

p á g . 4 0 5 A g lâ n d u la p in e a l c o n té m n e u r ô n io s , c é -

l a la s d a g lia e c é lu la s s e c r e t o r a s e s p e c ia is d e n o m in a d a s

pinealócitos.

Os

ç o d a id a d e . A s e x c e ç õ e s m a is e v id e n t e s s ã o ( 1 ) a s a lt e r a ç õ e s n o s n ív e is de

O SISTEMA ENDÓCRINO

Nota clínica Doenças endócrinas D o e n ça s e n d ó c rin a s p o d e m se d e s e n v o lv e r a p a rtir de c a u sa s variad as, in c lu in d o a n o m a lia s d a s g lâ n d u la s e n d ó crin a s, d o s m e c a n is m o s re g u la d o re s e n d ó c rin o s e n e u ra is ou d o s te cid o s-alv o . Po r exem p lo , o nível sa n g ü ín e o de um h o rm ô n io pod e a u m e n ta r na eventu a lid a d e d e se u s ó rg ã o s-a lv o e sta re m m e n o s re sp o n sivo s, d e v id o à for" la ç ã o de um tu m o r e n tre a s c é lu la s gla n d u la re s, ou a q u a lq u e r fato r de -:e rfe rê n c ia no m e c a n is m o d e re tro a lim e n ta çã o (feedback ) norm al. C lin i­ cam ente, a s d o e n ç a s e n d ó c rin a s sã o d e sig n a d a s por te rm o s q u e in clu e m : p re fixo hiper para d e s c re v e r um a p ro d u ç ã o h orm on a l e x c e s siv a e o pre- k o nipo para fa ze r re fe rê n cia à p ro d u ç ã o de q u a n tid a d e s in su fic ie n te s do " C 'm ô n io em questão. A m aio ria d a s d o e n ç a s e n d ó c rin a s re su lta de a lte ra ç õ e s da própria g ân dula e n dó crin a . O e fe ito típ ic o é a h ip o sse c re çã o , p ro d u ç ã o de níveis m s jfic ie n te s de um h o rm ô n io em particular. A h ip o s s e c re ç ã o pod e se r cau sa d a por: •



Fatores metabólicos: A h ip o s s e c re ç ã o p od e re su lta r da d e ficiê n c ia d e alg um su b stra to fu n d a m e n ta l n e c e s sá rio para s in te tiza r o h o rm ô ­ nio em questão. P o r exem p lo, o h ip o tire o id ism o p od e se r ca u sa d o por n íveis in a d e q u a d o s de io d o na d ie ta ou pela e x p o s iç ã o a dro g a s que in ibe m o tra n sp o rte ou a u tiliza çã o do iodo pela g lâ n d u la tireóide. Lesão física: Q u a lq u e r c o n d iç ã o q u e in te rro m p a o s u p rim e n to c ir­ c u la tó rio n o rm a l, o u q u e d a n ifiq u e fis ic a m e n te a s c é lu la s e n d ó c ri­ nas, p o d e c a u s a r su a in a tiv a ç ã o im e d ia ta ou lo g o a p ó s um p ic o de b e ra ç ã o de h o rm ô n io . Se a le sã o fo r grave, a g lâ n d u la p o d e tornar-

a A acromegalia resulta de um a p ro d u ção excessiva de h o rm ô n io do crescim ento após a fusão da placa epifisial. A fo rm a dos ossos é alterada e as ireas cartilagíneas do esqueleto crescem além do n o rm al. N ote as características faciais largas e o crescim ento da m andíbula.

F ig u ra 19.11

Anorm alidades endócrinas.

Exemplos típicos de características de doenças endócrinas específicas.



se p e rm a n e n te m e n te inativa. P o r exe m p lo , um h ip o tire o id is m o te rr p o rá rio ou p e rm a n e n te p o d e re s u lta r da in fe c ç ã o ou in fla m a ç ã o c a g lâ n d u la (tireoidite), da in te rru p ç ã o d o se u s u p rim e n to sa n g ü ín e o n o rm a l, ou e m d e c o rrê n c ia d o s tra ta m e n to s para c â n c e re s na p ró ­ p ria g lâ n d u la tire ó id e ou n o s te c id o s a d ja ce n te s. A g lâ n d u la tire ó id e ta m b é m p o d e s e r le sa d a p or um a d o e n ç a a u to -im u n e q u e c a u s a a p ro d u ç ã o d e a n tic o rp o s q u e a ta c a m e d e s tro e m a s c é lu la s fo lic u la ­ re s norm ais. Doenças congênitas: U m in d iv íd u o p o d e s e r in c a p a z d e p r o d u ­ z ir q u a n tid a d e s n o rm a is d e um d e te rm in a d o h o rm ô n io p o rq u e ' a g lâ n d u la e m si é m u ito pe q u en a , (2) a s e n z im a s n e c e s s á ria s sã o a n ô m a las, (3) há um a re d u çã o da se n s ib ilid a d e d o s re c e p to re s que d e s e n c a d e ia m a se cre çã o , ou (4) a s c é lu la s g la n d u la re s não ap re se n ­ tam os re c e p to re s n o rm a lm e n te e n v o lv id o s no e stím u lo da ativida de se cre tora .

A lte ra ç õ e s e n d ó c rin a s ta m b é m p o d e m s e r c a u s a d a s pela p re se n ça de re c e p to re s a n ô m a lo s n o s te cid o s-a lv o . N e ste caso, a g lâ n d u la e n vo l­ v id a e o s m e c a n is m o s re g u la d o re s e stã o norm ais, p o ré m as c é lu la s p e ­ rifé ric a s sã o in c a p a ze s de re s p o n d e r ao h o rm ô n io circu la n te . O m elh o r e x e m p lo d e s te tip o d e a lte ra ç ã o é o d ia b e te tip o 2, no q u a l a s c é lu la s p e rifé ric a s não re sp o n d e m n o rm a lm e n te à insulina. M u ita s d e s sa s d o e n ç a s p ro d u ze m c a ra c te rís tic a s a n a tô m ic a s e s p e ­ c ífic a s ou a n o m a lia s e v id e n te s ao e x a m e f ís ic o (F ig u ra 19 .11 e Tabe a 19.6).

(b) O cretinismo resulta da insuficiência do h o rm ô n io tireóideo na infância.

(d) A doença de Addison é causada pela secreção d im in u íd a de corticosteróides, especialm ente glicocorticóides. Alterações pigm entares resultam da estim ulação de m elanócitos pelo ACTH , que é estru tu ralm en te sem elhante ao MSH.

(c) U m a glândula tireóide au m en tad a o u bócic está geralm ente associada à secreção dim in u íd a da glândula tireóide em função d e deficiência nutricional de iodo.

(e) A doença de Cushing é causada pela hipersecreção de glicocorticóides. Reservas lipídicas são m obilizadas e o tecido adiposo se acu m u la nas bochechas e n a base d o pescoço.

C a p ít u l o

19 • O Sistema Endócrino

Nota clínica (continuaçao) TABELA 19.6

Implicações clínicas das disfunções endócrinas

Hormônio

Síndrome hiperfuncional

Principais sintom as

Síndrome hipofuncional

H o r m ô n io d o

D e f ic iê n c ia d o c r e s c im e n t o

A t r a s o n o c r e s c im e n t o , d is t r ib u iç ã o

G i g a n t i s m o ( c r ia n ç a s ) ,

C r e s c i m e n t o e x c e s s iv o e m e s t a t u r a n a

c r e s c im e n t o ( G H )

h ip o f is á r i o ( c r ia n ç a s )

a n o r m a l d o t e c id o a d ip o s o ,

a c r o m e g a lia ( a d u lt o s )

c r ia n ç a , o u c r e s c im e n t o e x c e s s iv o d a s

S ín d r o m e d a sec re çã o

A u m e n to d a reten ç ão d e á g u a n o c o rp o

in a p r o p r i a d a d e A D H

h ip o n a tr e m ia

Principais sintomas

h i p o g l i c e m i a h o r a s a p ó s a r e f e iç ã o H o r m ô n io

D ia b e t e in s íp id o

m ã o s e d a fa c e n o a d u lt o

P o liú r ia

a n t id iu r é t ic o

e

í (S IA D H ) T i r e o x i n a ( T 3, T 4)

H o r m ô n io

M i x e d e m a , c r e t in is m o

H ip o p a r a t i r e o i d i s m o

p a r a tir e ó id e o (P T H )

I n s u lin a

M in e r a lo c o r t ic ó id e s

D ia b e t e m e lit o

H ip o a ld o s t e r o n is m o

(M C )

G lic o c o r tic ó id e s

D o e n ç a d e A d d is o n

(G C )

M e t a b o lis m o le n t o , t e m p e r a t u r a

D o e n ç a d e G ra ves

te m p e r a tu r a c o r p o r a l, ta q u ic a r d ia ,

e m e n t a l d e fic ie n t e s

d e p e so

F r a q u e z a m u s c u la r , p r o b le m a s

H ip e r p a r a tir e o id is m o

perdi

P r o b le m a s n e u r o ló g ic o s , m e n t a is e

n e u r o ló g ic o s , t e t a n ia c a u s a d a p e la

m u s c u la r e s d e v i d o a o s a lt o s n ív e is

r e d u ç ã o d a s c o n c e n t r a ç õ e s s a n g ü ín e a s

s é r ic o s d e c á lc io ; f r a g i li d a d e e o s s o s

d e c á lc io

q u e b r a d iç o s

H ip e r g lic e m ia , u t iliz a ç ã o d e fic ie n t e d e

H ip e r s e c r e ç ã o d e in s u lin a

H i p o g l i c e m i a , p o s s iv e lm e n t e c a u s a r á :

g lic o s e , d e p e n d ê n c ia d e l i p í d e o s p a r a

o u a d m i n i s t r a ç ã o e x c e s s iv a

c o m a h i p o g l ic ê m i c o

o b t e n ç ã o d e e n e r g ia , g l i c o s ú r i a e c e to s e

d e in s u lin a

P o liú r ia , v o l u m e s a n g ü ín e o r e d u z id o ,

A ld o s te r o n is m o

A u m e n to d o p e so c o r p o r a l d e v id o

n ív e is e le v a d o s d a c o n c e n t r a ç ã o

à reten ção d e á g u a, re d u çã o da

s a n g ü ín e a d e p o t á s s io

c o n c e n t r a ç ã o s a n g ü ín e a d e p o t á s s io

D i m in u iç ã o d a t o le r â n c ia a o e s tr e ss e ,

D o e n ç a d e C u s h in g

m o b iliz a ç ã o d a s r e s e r v a s e n e r g é t ic a s ,

Q u e b r a e x c e s s iv a d e p r o t e ín a s

teciduais

e d a s r e s e r v a s lip í d i c a s , d e fic iê n c ia n o

m a n u t e n ç ã o d a g lic e m ia n o r m a l A d r e n a lin a

M e t a b o li s m o a c e le r a d o , a u m e n t o d a

c o r p o r a l b a ix a ; d e s e n v o lv im e n t o s fís ic o

m e t a b o l i s m o d a g lic o s e

N e n h u m a id e n t ific a d a

F e o c r o m o c it o m a

M e t a b o li s m o e fr e q ü ê n c ia c a r d ía c a

( e p in e fr in a ) (E ) ,

a c e le r a d o s , g lic e m ia e t e m p e r a t u r a

n o r a d r e n a lin a

c o r p o r a l e le v a d a s , o u t r o s s in t o m a s

(n o r e p in e fr in a )

c o m p a r á v e i s a o s o c a s io n a d o s p e la s u p e r -

(N E ) E stró g e n o s

e s t im u la ç ã o a u t ô n o m a H i p o g o n a d is m o

( m u lh e r )

I n fe r t ilid a d e , a u s ê n c ia d e

S í n d r o m e a n d r o g ê n ic a

c a r a c t e r ís t ic a s s e x u a is s e c u n d á r ia s

pela supra-renz,

H ip e r s e c r e ç ã o d e a n d r ó g e n o s z o n a r e t ic u la r d o c ó r t e x d a le v a n d o à m a s c u lin iz a ç ã o

P u b e rd a d e p re co ce

D e s e n v o lv im e n t o p r e c o c e d e

folicol: ■>

o v á r ic o s e se c re ç ã o p re c o c e d e e s t r ó g e n : M en o p a u sa

S u p re s sã o d a o v u la ç ã o

A n d ró g en o s

H ip o g o n a d is m o ,

I n fe r t ilid a d e , a u s ê n c ia d e

(h o m e m )

e u n u q u is m o

c a r a c t e r ís t ic a s s e x u a is s e c u n d á r ia s

G in e c o m a s tia

P r o d u ç ã o a n ô m a la d e e s tró g e n o s , a lg u m a s v e z e s r e l a c io n a d a a t u m o r e s in t e s t in a is o u n a s g lâ n d u la s s u p r a - r e n ^ ^ c a u s a c r e s c im e n t o d e m a m a s

P u b e rd a d e p re co ce

S e cre ção p re co ce d e a n d ró g e n o s,

kvandc

a o d e s e n v o lv im e n t o fís ic o p r e c o c e e a m o d ific a ç õ e s d e c o m p o r ta m e n t o

hormônios sexuais na puberdade e (2) o declínio da concentração dos hormônios sexuais na menopausa, nas mulheres. É interessante notar que as alterações relacionadas à idade que causam impacto em outros tecidos afetam a sua capacidade de resposta aos estímulos hormonais. Como re­ sultado, a maioria dos tecidos torna-se menos responsiva aos hormônios circulantes, mesmo quando as concentrações hormonais permanecem normais.

Vj r e v i s ã o d o s c o n c e i t o s 1. O n d e e s tã o lo c a liz a d a s a s ilh o ta s d e L a n g e rh a n s ? C ite o s h o rm ô n io s e la s produziclQS. 2. Q ual é a fu n ç ã o da in ib in a ? O n d e e la é p ro d u z id a ? 3. Q u e ho rm ô n io (s) d o s is te m a e n d ó c rin o m ostra(m ) o m a io r d e c lín io e r : c e n tra ç ã o c o m o re s u lta d o d o e n v e lh e c im e n to ? Veja a seção de Respostas na parte final do

O SISTEMA ENDÓCRINO

o s is t e m a e n d ó c r i n o

Caso clínico

t

POR QUE NÃO CONSIGO M AIS MANTER O MESMO RITMO?

C o n s t i p a ç ã o fr e q ü e n t e .

'o a n a é u m a p r o f e s s o r a u n i v e r s i t á r i a d e 3 5 a n o s . E s p o r t i s t a , é c o r r e d o -

P e le f r i a , s e c a , á s p e r a e e s c a m o s a .

r a d e r e s i s t ê n c i a , p e r f a z e n d o h a b i t u a l m e n t e d is t â n c i a s d e 6 4 a 7 5 k m

F a c e in filtr a d a e e d e m a p e r io r b ita l.

C o l o r a ç ã o a m a r e la d a d a p e le , s e m e n v o l v i m e n t o d a e s c le r a .

p o r s e m a n a . S e m p r e e x e rc e u e sta a tiv id a d e fís ic a d e sd e a é p o c a d o e n -

U n h a s e s p e ss a s e q u e b r a d iç a s .

? in o m é d i o a t é a u n i v e r s i d a d e . S u a c a r r e i r a c o m o c o r r e d o r a c h e g o u a o P e r d a le v e e d ifu s a d e p ê lo s e n v o lv e n d o o c o u r o c a b e lu d o e o

a u g e q u a n d o v e n c e u to d a s a s p r o v a s n o s jo g o s u n iv e r s itá r io s d u r a n te

t e r ç o l a t e r a l d a s s o b r a n c e lh a s .

o t e r c e i r o e q u a r t o a n o n a s c o m p e t i ç õ e s in t e r u n i v e r s i t á r i a s . D e s d e s e u :n g r e s s o n a u n i v e r s i d a d e , c in c o a n o s a t r á s , c o r r i a a o s f in a is d e s e m a n a

P re s sã o s a n g ü ín e a d e 1 1 0 / 8 0 m m H g .

c o m v á r i o s c o le g a s d a f a c u l d a d e , s e m p r e s e o r g u l h a n d o d o fa t o d e p o ­

R e fle x o s te n d ín e o s p r o fu n d o s d im in u íd o s c o m r e la x a m e n t o

d e r c o r r e r m a is d o q u e o s s e u s a d v e r s á r io s h o m e n s . N o e n t a n to , n o s

m u s c u l a r p r o l o n g a d o , o b s e r v a d o n o te s t e d e r e f le x o n o t e n d ã o

ú l t i m o s s e is m e s e s , n o t o u q u e t e m s i d o c a d a v e z m a i s d i f í c i l m a n t e r

d o c a lc â n e o .

>eu r i t m o e s e u t e m p o d e c o r r i d a , m e s m o a o p e r f a z e r c u r t a s d i s t â n c i a s

G lâ n d u la tir e ó id e d is c r e ­

(e n t r e 4 e 5 k m ) . E s s e s s i n t o m a s , a s s o c i a d o s à s c ã i b r a s f r e q ü e n t e s , d o ­

ta m e n te a u m e n ta d a , d e

re s a r t i c u la r e s , s in a is d e r e s f r i a d o e f a d i g a c r ô n i c a l e v a r a m - n a a s u p o r

c o n s is t ê n c ia s e m e lh a n te

q u e e s t a r i a m r e l a c i o n a d o s a o p r o c e s s o d e e n v e lh e c im e n t o e q u e e la n ã o

à b o r r a c h a à p a lp a ç ã o ,

p o d e r ia m a is m a n t e r s e u s p a d r õ e s n o r m a is d e c o r r id a . F in a lm e n te , J o ­

sem

a n a d e c i d i u c o n s u l t a r u m m é d ic o d e f a m í l i a q u a n d o f o i r e c u s a d a c o m o

q u a lq u e r s e n s ib ili­

dade.

d o a d o r a d e s a n g u e p o r c a u s a d e a n e m ia e n ív e is s a n g ü ín e o s e le v a d o s d e c o l e s t e r o l e t r ig l ic é r id e s .

O

m é d ic o s o lic it o u

os se­

g u in te s e x a m e s d e la b o r a tó r io :

Exame inicial



H e m o g r a m a c o m p le to .



P e r fil lip íd ic o .



E x a m e d e u r in a .



N ív e is

O e x a m e f í s ic o r e v e l o u a s s e g u in t e s in f o r m a ç õ e s : •

S in to m a s d e r e s fr ia d o , c o m o r o u q u id ã o , p e r s is tin d o p o r 2 a 3

s a n g ü ín e o s

de

TSH . •

N ív e is s a n g ü ín e o s d e T 4 liv r e .

Exame de acompanhamento J o a n a e s e u m é d ic o e n c o n t r a m se a p ó s u m a s e m a n a p a ra d is c u ­ tir o s r e s u lta d o s d o s te ste s la b o ­ r a to r ia is . E ste s e x a m e s m o s t r a m o s e g u in t e : •

O

h em o g ram a

um a

a n e m ia

por

in d ic a d e fi­

c iê n c ia d e fe rro . •

O p e r fil lip íd ic o c o n fir m a n ív e is e le v a d o s d e c o le s ­ t e r o l t o t a l, L D L ( l i p o p r o te ín a s d e b a ix a d e n s id a ­ d e ) e tr ig lic é r id e s .





Termos do caso clínico Anemia: Qualquer condição na qual a contagem de gló b ulos verm elhos ou a concentração da hem oglobina esteja clinicam en­ te reduzida.

Colesterol: O e ste ró id e m ais abundante em te cid o s animais, especialm ente na bile; está pre­ sente em alim entos, sobretudo alim entos ricos em gordura ani­ mal.

Contagem de elementos figu­ rados (hemograma): C o n ta g e r com pleta das células sangüíneas - glóbulos brancos, glóbulos ver­ m elhos e plaquetas - em uma am ostra de sangue.

Doença auto-imune: Condição na qual o sistem a linfático de um indivíduo produza célula s e/ou anticorpos que agridem os te ci­ dos do seu próprio organismo. Edema periorbital: A cúm ulo de líquido nos espaços intersticiais da pele ao redor da órbita. Esclera: Região da lâm ina fibro­ sa que constitui a cam ada mais externa do bulbo do olho; a par­ te branca do olho. Perfil lipídico: Teste laboratorial que exam ina as concentrações e as caracte rística s quím icas dos lipídeos em suspensão em uma am ostra de sangue.

O s n ív e is p la s m á tic o s d e

Reflexos tendíneos profundos

T S H e s tã o e m 2 0 m U / L . ■

(,reflexos miotáticos): Contração

O s n ív e is d e T 4 liv r e e stã o e m 0 ,6 n g / d L .

m uscular em resposta à força de estiram ento resultante da e sti­ m ulação de proprioceptores.

Triglicérides: Á c id o s graxos li­ gados ao glicerol; a form a mais im portante de lipideo no corpo, tam bém conhecida com o triaci glicerol.

C a p ít u lo

fíl

19 • O Sistema Endócrino

Caso clínico ( continuaçao)

Pontos a considerar Cada sistema de órgãos apresenta sinais ou sintomas que permitem ao médico associar os indícios que o levarão ao diagnóstico correto da doença. Tanto a descrição dos sintomas feita pelo paciente quanto a análise e a interpretação realizadas pelo médico contribuem para o diagnóstico final. Para considerar o significado das informações apresentadas neste caso, revise o Capítulo 19, O Sistema Endócrino. As questões a seguir servirão como um roteiro para a sua revisão. Pense e responda cada uma delas; se necessário, consulte o Capítulo 19. 1. À primeira vista, todos os sintomas de Joana parecem aleatórios e sem relação entre si. Entretanto, em uma análise mais detalhada, o que todos esses sintomas têm em comum? 2. Por que os sintomas de Joana se desenvolveram lentamente por um período tão longo? 3. Por que o perfil lipídico de Joana confirmou níveis altos de coleste­ rol total, triglicérides e LDL? Análise e interpretação As informações a seguir respondem as questões na seção “Pontos a considerar”. Para rever esta matéria, consulte as páginas indicadas adiante: 1. Muitos dos hormônios secretados pelas glândulas endócrinas têm efeitos metabólicos amplamente distribuídos. Todos os sintomas de Joana estão relacionados ao seu metabolismo celular geral e à sua taxa de consumo de oxigênio (págs. 513-515). 2. As cavidades foliculares no interior dos folículos da glândula ti­ reóide armazenam tireoxina (T4) e tri-iodotironina (T3) (pág. 513). A liberação destes hormônios diminuirá lentamente e concomitantemente com a piora progressiva do estado clínico de Joana - isso explica o lento desenvolvimento dos sintomas. 3. O perfil lipídico de Joana (níveis sangüíneos de LDL, colesterol total e triglicérides elevados) resulta da velocidade metabólica di­ minuída e da redução da absorção de lipídeos pelos tecidos peri­ féricos. Muitos dos hormônios secretados pelo sistema endócrino atuam em vários aspectos do metabolismo (págs. 518-521). Diagnóstico Após testes posteriores para pesquisa de anticorpos antitireóide e um exame de ressonância magnética (RM) (Figura 19.12), Joana recebeu o diagnóstico de uma doença auto-imune: tireoidite de Hashimoto. Essa doença é caracterizada pela destruição lenta das células da glândula tireóide provocada por vários processos imunológicos me­ diados por células e anticorpos. O efeito dessa doença auto-imune é a alteração na síntese e liberação do hormônio tireóideo. Contudo, os sintomas dessa doença desenvolvem-se lentamente devido à libera­ ção demorada da tireoxina e tri-iodotironina formadas previamente à doença nos folículos tireóideos que, por sua vez, são paulatinamente danificados pela doença auto-imune. A tireoidite de Hashimoto é a causa mais comum de hipotireoidismo em indivíduos residentes nos Estados Unidos e acima de seis anos de idade. Mundialmente, a causa mais comum do hipotireoidismo é a deficiência de iodo. No entanto, a tireoidite de Hashimoto é também

Figura 19.12

RM da região cervical de Joana.

a causa mais comum de hipotireoidismo espontâneo em áreas onde i população apresenta ingestão de iodo adequada. O médico de Joana utilizou conhecimentos sobre os órgãos endccrinos específicos e suas funções para prever os sintomas de doenças endócrinas específicas. Por exemplo, os sintomas de Joana, que a pri­ meira vista não apresentavam correlação, indicam alterações do —e:ibolismo. Os hormônios da glândula tireóide aumentam a velocidade do metabolismo basal, a produção de calor pelo corpo, a perspírici: e a freqüência cardíaca. Um metabolismo acelerado, o aumento da temperatura do corpo, a perda de peso, o nervosismo, a perspiraci: excessiva e a freqüência aumentada ou irregular dos batimentos car­ díacos são sintomas de hipertireoidismo. Inversamente, a^elocidce metabólica reduzida, a diminuição da temperatura do corpo, c mento de peso, a letargia, a pele seca e a redução da freqüência d :s batimentos cardíacos são os sintomas que tipicamente acompanhara o hipotireoidismo. Contudo, muitos sinais e sintomas relaciona; ? i alterações endócrinas são menos definidos. Por exemplo, a poliu ou produção aumentada de urina, pode resultar de hipossecrecão ds ADH (diabete insípido) ou pode ser causada pela hiperglicosurii de­ corrente do diabete melito; um sintoma como a hipertensão arterial (aumento da pressão sangüínea) pode ser causado por uma variõiic; de problemas cardiovasculares ou endócrinos. Nesses casos, decisões diagnosticas são baseadas em testes sangüíneos ou outra tipos de testes, que podem confirmar a presença de uma doenca dócrina pela detecção de níveis anormais de hormônios circulante ou de níveis alterados de produtos metabólicos resultantes de acã» hormonal. Testes periódicos pódem determinar se a causa do proble ma relaciona-se com a glândula endócrina, com o(s) mecanism circulatório(s), ou com os tecidos-alvo. Freqüentemente, um padrã de resultados obtidos de vários testes diferentes leva ao diagnósticc .■ Tabela 19.6 mostra uma visão geral clínica das disfunções endócrinas enquanto a Tabela 19.7 descreve alguns testes usados no diagnosnc de doenças endócrinas como a de Joana. ■

526

m

M

Caso clínico 1 t a b e l a 19.7

(continuação)

P ro c e d im e n to s d ia g n ó s tic o s típ ic o s para d e te c ç ã o d e d o e n ç a s d o siste m a e n d ó c rin o

Utilização típica

Procedimento diagnóstico

Método e resultado

G lândula tireóid e

Determina tamanho, formato e anomalias da glândula tireóide; detecta a presença de nódulos e/ou tumores; pode detectar áreas de hiper ou hipoatividade; pode determinar a causa da presença de massas teciduais na região do pescoço. Ondas sonoras refletidas em estruturas internas são utilizadas Detecta cistos ou tumores de tireóide, linfonodos aumentados ou anomalias de formato ou tamanho da glândula tireóide. para gerar uma imagem computadorizada Determina hiper ou hipoatividade da glândula tireóide; íons de iodo radioativo são ingeridos e aprisionados pela glândula tireóide; um detector determina a quantidade de iodo freqüentemente realizado junto com o exame de varredura da tireóide. radioativo absorvido em um determinado período de tempo

■T-redura da tireóide

Vltr i-sonografia de tireóide Tíste com ingestão de iodo -iiioativo (RAIU)

Uma dose de radionucleotídeo se acumula na glândula tireóide, emitindo radiação detectável para criar uma imagem da tireóide

H ip ófise

.-^diografia de punho e mão

Radiografias das cartilagens epifisiais para estimar a “idade óssea”, com base no período de fechamento das cartilagens epifisiais

r.jJiografia da sela turca TC da hipófise R\1 da hipófise

Radiografia-padrão da sela turca, que abriga a hipófise TC padrão; pode ser utilizado meio de contraste RM padrão

Compara a idade óssea e a idade cronológica da criança; idades ósseas atrasadas mais de 2 anos em relação à idade cronológica sugerem a possibilidade de deficiências do hormônio do crescimento, com hipossecreção ou deficiência de desenvolvimento hipofisário. Determina (com precisão e custos crescentes) as dimensões da hipófise; detecta tumores da hipófise.

G landulas paratireóides

_ :ra-sonografia de glândulas paratireóides

Ultra-sonografia padrão

Determina anomalias estruturais da glândula paratireóide, como o aumento de tamanho.

Ultra-sonografia padrão

Determina anomalias de tamanho e formato da glândula supra-renal; pode detectar tumores. Determina anomalias de tamanho e formato da glândula supra-renal; pode detectar tumores. Detecta tumores e hiperplasia.

G iaodulas supra-renais

V.:ra-sonografia da glândula supra-renal TC da glândula supra-renal A ngiografia d e su p ra-ren al

TC padrão Injeção de contraste radiopaco para avaliação do suprimento circulatório à glândula supra-renal

TERMOS CLÍNICOS Bodo:

Um crescimento difuso da glândula ti-

reóide. Condição na qual uma grande q _ur_:idade de corpos cetônicos no sangue resulta em uma perigosa redução do pH sangüíneo. Crise tireotóxica: Período no qual um indivíduo em mrertireoidismo agudo apresenta picos de febre, aceleração dos batimentos cardíacos e uma variedau; de disfunções em diversos sistemas do corpo. C etoacid ose:

Doença que se desenvolve q _undo a neuro-hipófise produz níveis insuficien­ tes de ADH. Zhabete in síp id o :

Doença caracterizada por altas concentrações de glicose, suficientes para ultra­ passar a capacidade de reabsorção dos rins.

D iabete m elito:

D iabete m elito in su lin o -d epen d en te (D M ID / ID D M )

(também conhecido como diabete tipo

1 ou diabete ju ve n il): Um tipo de diabete melito; sua causa primária é a produção insuficiente de insulina pelas células beta das ilhotas pancreáticas. D iabete m elito n ão-in su lin o -d ep en d en te (D M N I D / N ID D M ) diabete tip o

normais ou elevados, mas os tecidos periféricos não respondem de acordo. E x o ftalm ia: Protrusão dos olhos, um sintoma de hipertireoidismo. M ix ed em a: Sintomas de hipotireoidismo grave, que incluem edema subcutâneo, pele seca, dimi­ nuição da temperatura corporal, queda de cabelo, fraqueza muscular e diminuição da intensidade dos reflexos.

(também conhecido como

2 ou diabete do ad u lto ): Um tipo de

diabete melito no qual os níveis de insulina estão

RESUMO PARA ESTUDO

Introdução

508

1. Os sistemas nervoso e endócrino funcionam conjuntamente, de modo complementar, para monitorar e ajustar as atividades fisiológicas na re­ gulação da homeostase.

2. Em geral, o sistema nervoso faz a “administração da crise” a curto prazo enquanto o sistema endócrino é responsável pelos ajustes a longo prazo no: processos metabólicos em andamento. As células endócrinas liberam subs tâncias químicas denominadas h o rm ô n ios que alteram simultaneamenti as atividades metabólicas de muitos tecidos e órgãos diferentes.

C a p ít u lo

Jma visão geral do sistema endócrino

508

1. O sistema endócrino é composto de todas as células e tecidos endócrinos. Os sistemas e órgãos endócrinos liberam seus produtos secretados nos líquidos intersticiais. (verFigura 19.1) 2. Os hormônios podem ser divididos em quatro grupos, baseando-se na sua estrutura química: derivados de aminoácidos, hormôniospeptídeos, es­ teróides e eicosanóides. 3. As atividades celulares e reações metabólicas são controladas por enzi­ mas. Os hormônios exercem seus efeitos modificando as atividades das células-alvo (células sensíveis a um hormônio em particular). 4. O controle por retroalimentação (feedback) negativa geralmente regula a atividade endócrina. Nesse controle, (1) a célula endócrina libera seu hormônio em resposta às alterações na composição do líquido extracelular, (2) a célula-alvo é estimulada e (3) a célula-alvo restabelece a homeostase. Esta resposta elimina a fonte de estimulação da célula endócrina. 5. A atividade endócrina pode ser controlada por (1) atividade nervosa, (2) retroalimentação (feedback) positiva (raramente) ou (3) mecanismos complexos de feedback negativo. ) hipotálamo e a regulação endócrina

509

6. O hipotálamo regula a atividade endócrina e a atividade nervosa. Con­ trola a secreção da medula da supra-renal, um componente endócrino da parte simpática no SNA, (2) produz dois hormônios próprios (ADH e ocitocina), que são liberados pela neuro-hipófise (lobo posterior), e (3) controla a atividade da adeno-hipófise (lobo anterior) através da produ­ ção de horm ônios reguladores (horm ônios liberadores, ou H L/RH , e hormônios inibidores, ou H I/IH ). (ver Figura 19.2)

^hipófise

510

1. A hipófise libera nove hormônios peptídeos importantes. Dois são sinte­ tizados no hipotálamo e liberados pela neuro-hipófise, e sete são sinteti­ zados na adeno-hipófise. (verFiguras 19.3/19.4 e Tabela 19.1) lneuro-hipófise

510

2. A neuro-hipófise (lobo posterior) contém os axônios de alguns neurô­ nios hipotalâmicos. Os neurônios no interior dos núcleos supra-óptico e paraventricular produzem horm ônio antidiurético (AD H ) e ocitocina, respectivamente. O ADH reduz a quantidade de água a ser eliminada pe­ los rins; é liberado em resposta a aumentos na concentração de eletrólitos no sangue ou a uma redução do volume sangüíneo. Na mulher, a ocito­ cina estimula as células musculares lisas no útero e células contráteis nas glândulas mamárias. É liberada em resposta ao estiramento dos músculos uterinos e/ou à sucção na papila mamária pelo bebê durante a amamen­ tação. No homem, a ocitocina estimula a contração do músculo liso prostático. (verFiguras 19.3 a 19.5 e Tabela 19.1) . adeno-hipófise

510

19 • O Sistema Endócrino

hormônios da glândula tireóide; (2) o hormônio adrenocorticotrópico (ACTH), que estimula a liberação de glicocorticóides pela glândula supra-renal; (3) o hormônio folículo-estimulante (FSH), que estimula a secreção de estrógeno (estradiol), o desenvolvimento do óvulo na mu­ lher e o desenvolvimento do espermatozóide no homem; (4) o hormônio luteinizante (LH), que promove a ovulação e a produção de progestinas (progesterona) na mulher e andrógenos ( testosterona) no homem (juntos, o FSH e o LH são denominados gonadotropinas); (5) a prolactina (PRL que estimula o desenvolvimento das glândulas mamárias e a produção de leite; e (6) o hormônio do crescimento (GH ou somatotropina), que estimula o crescimento e a divisão celular, (ver Figuras 19.3/19.4) 6. O hormônio estimulante do melanócito (MSH), liberado pela parte intermédia, estimula os melanócitos a produzirem melanina (ver Figura 19.4)

A glândula tireóide

513

1. A glândula tireóide situa-se inferiormente à cartilagem tireóidea da laringe. Consiste em dois lobos conectados por um istmo estreito. (ver Figura 19.6a)

Folículos tireóideos e hormônios tireóideos 513 2. A glândula tireóide contém numerosos folículos tireóideos. As células dos folículos produzem tireoglobulina e a armazenam no interior do colóide (um líquido viscoso que contém proteínas em suspensão) na ca­ vidade folicular. As células também transportam iodo dos líquidos extracelulares para a cavidade, onde estabelecem ligações com resíduos de tirosina das moléculas de tireoglobulina para formar os hormônios da tireóide. (verFigura 19.6b,c e Tabela 19.2) 3. Quando estimuladas, pelo TSH, as células foliculares reabsorvem a ti­ reoglobulina, quebram a proteína e liberam os hormônios da tireóide. tireoxina (TX ou T4) e tri-iodotironina (T3), na circulação. (verFigir.i 19.7)

Os tireócitos C da glândula tireóide 513 4. Os tireócitos C dos folículos tireóideos produzem calcitonina (CT), que ajuda a diminuir as concentrações de íons cálcio nos líquidos corporais pela inibição da atividade osteoclástica e pela estimulação da excreção de íons cálcio nos rins. (verFigura 19.6c) 5. As ações da calcitonina são opostas pelas ações do hormônio da paratireóide, produzido pelas glândulas paratireóides. (ver Tabela 19.2)

As glândulas paratireóides

515

1. Quatro glândulas paratireóides estão incrustradas na superfície pos­ terior da glândula tireóide. As células paratireóides (principais) pro­ duzem hormônio paratireóideo (PTH) em resposta a diminuições das concentrações de íons cálcio, abaixo do limite normal. Células oxifílicas da paratireóide não apresentam função conhecida, (verFigura 19.8 e Ta­

3. A adeno-hipófise (lobo anterior) pode ser subdividida em uma parte bela 19.2) distai, grande, uma parte intermédia, delgada, e uma parte tuberal. A 2. O PTH (1) estimula a atividade osteoclástica, (2) estimula a atividade adeno-hipófise é intensamente vascularizada. osteoblástica em menor intensidade, (3) reduz as perdas de cálcio na uri­ 1. No soalho do hipotálamo, na parte tuberal, os neurônios liberam fatores na e (4) promove a absorção de cálcio no intestino (pela estimulação da reguladores nos líquidos intersticiais circundantes. As células endócrinas produção de calcitriol). (ver Tabela 19.2) na adeno-hipófise são controladas por fatores liberadores, fatores ini­ 3. As glândulas paratireóides e os tireócitos C da glândula tireóide mantêm bidores (hormônios) ou alguma combinação dos dois. Essas secreções os níveis de cálcio dentro do intervalo de normalidade (relativamente es­ entram na circulação através de vasos capilares fenestrados que contêm treito). (verFigura 19.8c e Tabela 19.2) espaços abertos entre suas células epiteliais. Vasos sangüíneos, denomi­ nados vasos portais, constituem um arranjo vascular atípico que conecta O timo 515 o hipotálamo e o lobo anterior da hipófise. Esse complexo é conhecido como sistema porta-hipofisial. Esse sistema garante que todo o sangue 1. O timo, incrustrado em uma massa de tecido conectivo na cavidade to­ que entra nos vasos portais atinja as células-alvo antes de retornar à cir­ rácica, produz vários hormônios que estimulam o desenvolvimento e a culação geral, (ver Figuras 19.3/19.5) manutenção das defesas imunológicas normais, (verFigura 19.1) j. Importantes hormônios liberados pela parte distai incluem (1) o hor­ 2. As timosinas produzidas pelo timo promovem o desenvolvimen* e : mônio estim ulante da tireóide (T SH ), que deflagra a liberação dos manutenção de linfócitos.

528

O SISTEM A ENDÓCRINO

As glândulas supra-renais

515

1. Uma única glândula supra-renal situa-se sobre o pólo superior de cada rim. Cada glândula supra-renal é envolvida por uma cápsula fibrosa e é subdividida em um córtex superficial e uma m edula profunda, (ver Figura 19.9) O córtex da glândula supra-renal

5 16

2. O córtex da glândula supra-renal sintetiza hormônios esteróides, denomi­ nados esteróides adrenocorticais (corticosteróides). O córtex pode ser subdividido em três áreas separadas: (1) a zona glomerulosa, a mais ex­ terna, libera mineralocorticóides (MC), principalmente aldosterona, que restringe as perdas de sódio e de água nos rins, nas glândulas sudoríferas, no trato digestório e nas glândulas salivares. A zona glomerulosa respon­ de à presença do hormônio angiotensina II, que surge após a secreção da enzima renina pelas células renais expostas a um declínio do volume e/ ou da pressão sangüínea. (2) A zona fasciculada, intermediária, produz glicocorticóides (GC), notadamente cortisol e corticosterona. Todos es­ tes hormônios aceleram a velocidade da síntese de glicose e da formação de glicogênio, em especial nos hepatócitos. (3) A zona reticular, mais in­ terna, produz pequenas quantidades de hormônios sexuais denominados andrógenos. O significado da quantidade de andrógenos produzidos pela supra-renal permanece incerto, (verFigura 19.9ceTabela 19.3) A m edula da glândula supra-renal

517

3. A medula da glândula supra-renal contém aglomerados de células de cromafina, que se assemelham a neurônios de gânglios simpáticos. Secretam adrenalina (epinefrina) (75-80%) ou noradrenalina (norepinefrina) (2025%). Estas catecolaminas deflagram a utilização da energia celular e a mobilização de reservas energéticas (ver Capítulo 17). (ver Figura 19.9b,c e Tabela 19.3)

Funções endócrinas dos rins s do coração 518 1. Células endócrinas nos rins e no coração produzem hormônios impor­ tantes para a regulação da pressão e do volume sangüíneos e dos níveis sangüíneos de oxigênio, além da absorção dos íons cálcio e potássio. 2. O rim produz a enzima renina e o hormônio peptídeo eritropoetina quando a pressão e os níveis de oxigênio sangüíneos nos rins declinam; secreta também o hormônio esteróide calcitriol na presença do hormô­ nio paratireóideo. A renina catalisa a conversão do angiotensinogênio circulante em angiotensina I. Nos capilares pulmonares, é convertido em angiotensina II, hormônio que estimula a produção de aldosterona no córtex da supra-renal. A eritropoetina (EPO) estimula a produção de glóbulos vermelhos pela medula óssea. O calcitriol estimula a absorção de cálcio e de fosfato no trato digestório. 3. Células musculares especializadas do coração produzem peptídeo na­ triurético atrial (AN P) e peptídeo natriurético encefálico (BNP) quan­ do a pressão e o volume sangüíneos excedem os limites de normalidade. Estes hormônios estimulam a perda de água e de íons sódio nos rins, induzindo a diminuição do volume sangüíneo.

) pâncreas e outros tecidos endócrinos lo sistema digestório 518 1. O revestimento do trato digestório, o fígado e o pâncreas produzem se­ creções exócrinas essenciais para a digestão e a absorção normal dos ali­ mentos. >pâncreas

518

2. O pâncreas é um órgão nodular que se situa entre o estômago e o in­ testino delgado (duodeno). Contém células endócrinas e exócrinas. A

secreta um líquido rico em enzimas no interior da cavidade do duodeno. Células da parte endócrina do pân­ creas formam agregados denominados ilhotas pancreáticas ( ilhotas de Langerhans). Cada ilhota contém quatro tipos de células. As células alfa produzem glucagon que eleva os níveis de glicose no sangue; as células beta secretam insulina para reduzir os níveis de glicose no sangue; as células delta secretam som atostatina (horm ônio inibidor do ho rm ô ­ nio do crescimento) que inibe a produção e secreção de glucagon e de insulina; as células F secretam polipeptídeo pancreático (PP) para ini­ bir as contrações da vesícula biliar e para regular a produção de algumas enzimas pancreáticas. O PP também pode contribuir para o controle da velocidade de absorção de nutrientes pelo trato gastrintestinal. (ver parte exócrina do pâncreas

Figura 19.10 e Tabela 19.4)

3. A insulina reduz os níveis sangüíneos de glicose aumentando a absor­ ção e a utilização da glicose na maioria das células do corpo; o gluca­ gon aumenta os níveis sangüíneos de glicose por meio do aumento da velocidade de quebra do glicogênio e da síntese de glicose no fígado. A somatostatina reduz a velocidade de secreção hormonal das células beta e das células alfa e reduz a absorção do alimento e a secreção enzimática no trato digestório. (ver Tabela 19.4)

Tecidos endócrinos do sistema genital

520

Testículos 520 1. As células intersticiais dos testículos produzem andrógenos. A testosterona é o principal andrógeno; promove a produção de espermatozóides, mantém as glândulas secretoras do sistema genital, interfere em caracte­ rísticas sexuais secundárias e estimula o desenvolvimento muscular, (ver Tabela 19.5)

2. O hormônio inibina, produzido pelas células de sustentação (de Sertoli) nos testículos, interage com o FSH advindo da adeno-hipófise para man­ ter a produção espermática em níveis normais. Ovários 520 3. Oócitos desenvolvem-se em folículos no ovário; células foliculares ao redor dos oócitos produzem estrógenos, em especial o estradiol. Os estrógenos promovem o amadurecimento dos oócitos e estimulam o crescimento do revestimento uterino. Folículos ativos secretam inibi­ na, que suprime a liberação de FSH por retroalimentação (feedback) negativa, (ver Tabela 19.5) 4. Após a ovulação, as células foliculares remanescentes no interior do ová­ rio reorganizam-se no interior do corpo lúteo, que produz uma compo­ sição mista de estrógenos e progestinas, especialmente a progesterona. A progesterona facilita a movimentação do ovo fertilizado ao longo da tuba uterina em direção ao útero e estimula a preparação do útero para a implantação, (ver Tabela 19.5)

A glândula pineal

521

1. A glândula pineal (epífise do cérebro) contém células secretoras denomi­ nadas pinealócitos, que sintetizam melatonina. A melatonina atrasa a maturação dos espermatozóides, dos oócitos e órgãos genitais pela inibi­ ção da produção dos fatores de liberação do FSH e do LH pelo hipotálamo. Além disso, a melatonina pode estabelecer o ritmo circadiano. (ver Figura 19.1)

Hormônios e envelhecimento

521

1. O sistema endócrino apresenta relativamente poucas modificações fun­ cionais relacionadas ao envelhecimento. As modificações endócrinas mais drásticas estão relacionadas ao aumento dos níveis hormonais na puberdade e ao declínio dos hormônios sexuais na menopausa.

C a p ít u l o

19 • O Sistema Endócrino

RE VI S ÃO DO C A P Í T U L O Para respostas às questões da Revisão dos Conceitos e Revisão do Capítulo, veja a seção de Respostas na parte fin al do livro.

Nível 1 - Revisão de fatos e termos Associe cada item numerado com a letra do item que melhor se relaciona. Utilize letras para as respostas nos espaços apropriados.

A 1. células-alvo 2. hipotálamo 3. A D H 4. prolactina 5. FSH

Co lu n a

_ _ _ _ _

_ 6. colóide _ 7. oxifilia _ 8. timosina _ 9. células de cromafina _10. melatonina

B função desconhecida estimula a produção do leite sob regulação hormonal glândula pineal liberação de noradrenalina (norepinefrina) f. reduz a perda de água g- maturação de linfócitos h. estimula a secreção de estrógenos i. propicia a liberação de hormônio b líquido viscoso com hormônios armazenados Co lu n a

a. b. c. d. e.

11. O hormônio que atua na glândula tireóide e deflagra a liberação de hor­ mônio da tireóide é: (a) o hormônio folículo-estimulante (FSH) (b) o hormônio estimulante da tireóide (TSH) (c) o hormônio adrenocorticotrópico (ACTH) (d) o hormônio luteinizante (LH) 12. Quando uma catecolamina ou hormônio peptídico liga-se a receptores na superfície de uma célula, (a) o complexo receptor do hormônio migra para o interior do citoplasma (b) a membrana plasmática é despolarizada (c) um segundo mensageiro surge no citoplasma (d) o hormônio é transportado para o núcleo para alterar a atividade do DNA

13. Os vasos sangüíneos que suprem ou drenam a glândula tireóide incluem quais dos seguintes? (a) artéria tireóidea superior (b) artéria tireóidea inferior (c) veias tireóideas superior, média e inferior (d) todas as anteriores

14. Quais são os efeitos do envelhecimento na função do sistema endócrino? (a) ele é relativamente menos afetado em relação a outros sistemas (b) a produção de hormônio aumenta para compensar a resposta diminuída dos receptores (c) a função endócrina do sistema genital é a mais afetada pelo envelhecimento (d) a produção de hormônio pela glândula tireóide sofre o maior declínio em decorrência do envelhecimento

15. Órgãos endócrinos podem ser controlados por: (a) hormônios de outras glândulas endócrinas (b) estimulação nervosa direta (c) mudanças na composição do líquido extracelular (d) todas as anteriores estão corretas . - A redução da perda de líquidos pela urina em função da retenção de íons sódio e água no organismo resulta da ação de: i a) hormônio antidiurético (b) calcitonina cl aldosterona (d) cortisona

17. Quando os níveis de glicose no sangue caem, (a) a insulina é liberada (b) o glucagon é liberado (c) células periféricas cessam a captação de glicose (d) a aldosterona é liberada para estimular estas células 18. Os hormônios liberados pelos rins incluem: (a) calcitriol e eritropoetina (b) ADH e aldosterona (c) adrenalina (epinefrina) e noradrenalina (norepinefrina) (d) cortisol e norepinefrina cortisona 19. O elemento necessário para a função normal da glândula tireóide é o: (a) magnésio (b) potássio (c) iodo (d) cálcio 20. Uma estrutura conhecida como corpo lúteo secreta: (a) íestosterona (b) progesterona (c) aldosterona (d) cortisona

Nível 2 - Revisão de conceitos 1. A exoftalmia é o principal sintoma de: (a) doença de Cushing (b) hipertireoidismo (c) hiperfunção hipofisária (d) doença de Graves 2. Se um indivíduo apresenta um número reduzido de linfócitos ou se sc linfócitos são anômalos, que glândula pode estar comprometida? (a) tireóide (b) timo (c) hipófise (d) pineal 3. A diminuição da atividade cardíaca, a redução da pressão sangüínea í diminuição dos níveis sangüíneos de glicose e a redução de liberação de lipídeos por tecido adiposo são os sintomas de uma deficiência: (a) da hipófise (b) do córtex da supra-renal (c) do pâncreas (d) da medula da supra-senal 4. Discuta as diferenças funcionais entre os sistemas nervoso e encocm 5. Os hormônios podem ser divididos em quatro grupos com base em s- 2~ estruturas químicas. Quais são esses quatro grupos? 6. Descreva os alvos primários e os efeitos da testosterona. 7. Quais são os efeitos dos hormônios da glândula tireóide sobre os tecido do corpo? 8. Qual é a função normal primordial das glândulas paratireóides na manu­ tenção dos níveis normais de íons cálcio no sangue? 9. Descreva a função da melatonina na regulação da função sexual. 10. Qual é a importância da rede capilar no interior da hipófise?

Nível 3 - Pensamento crítico 1. De que modo um tumor de hipófise poderia resultar na produção de quantidades excessivas do hormônio do crescimento? 2. Anomalias endócrinas muito raramente resultam em uma única altera­ ção metabólica. Quais são os dois distúrbios endócrinos que resultam ec: sede excessiva e poliúria? 3. O hipotireoidismo (produção insuficiente do hormônio da tireoia; pode ser causado por uma alteração no hipotálamo e na hipófise, ou "a glândula tireóide. Explique como isso é clinicamente possível. 4. De que modo os hormônios do rim e do coração regulam a pressão ; volume sangüíneos?

O B J E T I V O S DO C A P Í T U L O : 1. L ista r e d e s c re v e r a s fu n ç õ e s d o

O Sistema Circulatório

sangue.

2.

D isc u tir a c o m p o s iç ã o d o sa n g u e e as

Sangue

c a ra c te rís tic a s fís ic a s d o p lasm a.

3.

L istar a s c a ra c te rís tic a s e s tru tu ra is e a s fu n ç õ e s d a s h e m á cia s.

4.

E x p lic a r o q u e d e te rm in a o tip o s a n g ü ín e o e p o r q u e a tip a g e m sa n g ü ín e a é im p ortan te.

5.

C la s s ific a r o s d iv e rs o s tip o s d e le u c ó c ito s c o m b a s e e m s u a s e s tru tu ra s e fu n ç õ e s e d e s c re v e r o m o d o c o m o o s le u c ó c ito s c o m b a te m a s in fe c ç õ e s.

6. D isc u tir a fu n ç ã o d a s p laq u e tas.

7.

D isc u tir a d ife re n c ia ç ã o e o s c ic lo s d e v id a d a s c é lu la s san g ü ín e a s.

8. id e n tific a r o s lo c a is o n d e o s e le m e n to s d o s a n g u e s ã o p ro d u z id o s e d is c u tir o s fa to re s q u e reg u la m a su a p ro d u çã o .

Introdução

531

Funções do sangue

531

Com posição do sangue Elementos figurados Hem atopoiese

541

531 534

C a p it u l o

O organismo vivo está em constante comunicação química com o meio ex­ terno. Nutrientes são absorvidos através do revestimento do trato digestório, gases se difundem através do delicado epitélio dos pulmões e resíduos são excretados nas fezes e na urina, assim como na saliva, na bile, no suor e em outras secreções exócrinas. As trocas químicas ocorrem em locais ou órgãos especializados porque todas as partes do corpo estão ligadas ao sistema circu­ latório. O sistema circulatório pode ser comparado ao sistema de resfriamen­ to de um automóvel. Seus componentes básicos incluem o líquido circulante (o sangue), uma bomba (o coração) e uma variedade de tubos condutores (uma rede de vasos sangüíneos). Os três capítulos sobre o sistema circulató­ rio examinam estes componentes individualmente: o Capítulo 20 discute a natureza do sangue circulante, o Capítulo 21 considera a estrutura e a função do coração e o Capítulo 22 examina a rede de vasos sangüíneos e o funcio­ namento integrado do sistema circulatório. Finalmente, você estará pronto para o Capítulo 23, que aborda o sistema linfático, cujos vasos e órgãos estão estrutural e funcionalmente ligados ao sistema circulatório.

20 • O Sistema Circulatório: Sangue

53

Nota clínica T ra n s fu s õ e s

E m u m a tr a n s fu s ã o , o s c o m p o n e n t e s d o s a n g u e s ã o

tr a n s fe r id o s p a ra u m in d iv íd u o c u jo v o lu m e s a n g ü ín e o e s t e ja r e d u z id o o u c u ja c o m p o s iç ã o s a n g ü ín e a e s t e ja d e a lg u m m o d o d e fic ie n te . T ra n s­ fu s õ e s d e s a n g u e s ã o m a is f r e q ü e n t e m e n t e u t iliz a d a s p a ra r e s t it u ir o

transfusão de troca, a m a io r p a r te d o v o lu m e s a n g ü ín e o d e u m in d iv íd u o é s u b s t i­ v o lu m e d e s a n g u e a p ó s g r a n d e s h e m o r ra g ia s . E m u m a

t u íd a c o m s a n g u e d e d o a d o r. E s te p r o c e d im e n t o p o d e s e r n e c e s s á r io p a ra tr a ta r in t o x ic a ç ã o p o r d r o g a s ( p r e s c r it a s o u n ã o) o u n o s c a s o s d e

d oen ça hem olítica do recém -n ascid o ( e r itr o b la s t o s e fe ta l) (pág. 544). O s a n g u e é o b t id o e m a m b ie n t e s e s t é r e is , p o r p r o f is s io n a is d a s a ú d e c u id a d o s a m e n t e p a r a m e n t a d o s . O s a n g u e é t e s t a d o p a ra d e ­ t e c ç ã o d e b a c t é r ia s e v ír u s e d e s c a r t a d o n o s c a s o s e m q u e a p r e ­ s e n ç a d e s t e s p a t ó g e n o s é v e r ific a d a . O s a n g u e é t r a t a d o p a ra e v it a ' a c o a g u la ç ã o e p a r a e s t a b iliz a r a s h e m á c ia s e é e n t ã o r e f r ig e r a d o m a n t e n d o - s e e m c o n d iç õ e s d e u s o p o r a t é t r ê s s e m a n a s e m e ia . P a ra

Funções do sangue

a r m a z e n a m e n t o p o r m a is te m p o , o s a n g u e d e v e s e r f r a c io n a d o . A s h e ­

[Tabeia2 o.i]

O sangue é uma massa líquida de tecido conectivo especializado ( pág. 68) que (1) distribui nutrientes, oxigênio e hormônios para cada um dos aproximadamente 75 trilhões de células do corpo humano; (2) conduz resí­ duos metabólicos aos rins para excreção; (3) transporta células especializa­ das que combatem infecções e doenças em tecidos periféricos. A Tabela 20.1 contém uma listagem detalhada das funções do sangue. As funções do san­ gue são absolutamente essenciais; qualquer célula do corpo ou região que for completamente privada de circulação pode morrer em questão de minutos.

m á c ia s s ã o s e p a r a d a s d o p la s m a e, s e n e c e s s á r io , p o d e m s e r c o n g e ­ la d o s a p ó s t r a t a m e n t o c o m s o lu ç ã o a n t ic o n g e la m e n t o e s p e c ia liz a d a O p la s m a p o d e s e r a r m a z e n a d o , r e f r ig e r a d o o u c o n g e la d o . E s te p r o c e ­ d im e n t o p e r m it e o a r m a z e n a m e n t o a lo n g o p r a z o d e q u a n t id a d e s d e s a n g u e d e t ip o ra ro , v ia b iliz a n d o s u a u t iliz a ç ã o im e d ia t a e m s it u a ç õ e ; d e e m e r g ê n c ia . O s a n g u e f r a c io n a d o a p r e s e n t a m u it a s u tilid a d e s . Concentrados de hemácias, s o lu ç õ e s d a s q u a is s e r e m o v e u a m a io r p a r te d o p la s m a , s ã o r e c o m e n d a d o s e m c a s o s d e a n e m ia , n a q u a l o v o lu m e d o s a n g u e p o d e e s t a r p r ó x im o d o n o r m a l, m a s e m q u e a c a p a c id a d e s a n g ü ín e a d e d is t r ib u iç ã o d e o x ig ê n io e n c o n t r a - s e r e d u z id a . O p la s m a p o d e s e ' a d m in is t r a d o q u a n d o o c o r r e m p e r d a s s ig n ific a t iv a s d e líq u id o c o rp o r g c o m o e m c a s o s d e q u e im a d u r a s g ra v e s.

Composição do sangue [Figura 20.1 e Tabela 20.2] O sangue está normalmente confinado ao sistema circulatório e apresenta composição e características particulares (Figura 20.1 e Tabela 20.2). O sangue é constituído por dois componentes:

1

O p l a s m a , a matriz líquida do sangue, apresenta uma densidade li­ geiramente maior que a da água. Contém proteínas dissolvidas, mais do que a rede de fibras insolúveis encontradas nos tecidos conectivos frouxos ou cartilagens, além de numerosos solutos dissolvidos. 2. E l e m e n t o s f i g u r a d o s são células sangüíneas e fragmentos celulares que se encontram suspensos no plasma. Esses elementos estão pre­ sentes em abundância e são altamente especializados. As hemácias ou .

TABELA 20.1

C e r c a d e 6 m ilh õ e s d e u n id a d e s (3 m ilh õ e s d e litro s ) d e s a n g u e sã o u t iliz a d a s a c a d a a n o a p e n a s n o s E s ta d o s u n id o s , e a d e m a n d a d e s a r g u e o u c o m p o n e n t e s s a n g ü ín e o s fr e q ü e n t e m e n t e e x c e d e o s e s t o q u e s A lé m d is s o , h á u m a u m e n to d a p r e o c u p a ç ã o d o s r e c e p to r e s e m r e la ç ã ; a o r is c o d e s e r e m in f e c t a d o s p e lo v ír u s d a h e p a t it e o u d o HIV (o v ír u s d a AIDS). A lg u m a s m o d if ic a ç õ e s n a s p r á tic a s r e la c io n a d a s à t r a n s fu s ã : tê m o c o r r id o c o m o r e s u lt a d o d e s s a p r e o c u p a ç ã o a o lo n g o d o s ú ltim o s a n o s . D e m o d o g e ra l, u m n ú m e r o m e n o r d e u n id a d e s d e s a n g u e te m s id o a d m in is t r a d o . C o n c o m it a n t e m e n t e , te m s e o b s e r v a d o u m a u m e n ­ t o n o s p r o c e d im e n t o s d e

transfusão autóloga (ou a u to tr a n s fu s ã o :

e m q u e o s a n g u e é r e t ir a d o p r e v ia m e n te d o p a c ie n te (ou p a c ie n te e m p o te n c ia l) , a r m a z e n a d o e tr a n s fu n d id o p a ra o p r ó p r io d o a d o r q u a n d o n e c e s s á rio , c o m o e m c a s o s d e c ir u r g ia . A lé m d is s o , n o v a s te c n o lo g ia s p e r m it e m a r e u t iliz a ç ã o d e s a n g u e " p e r d id o " d u r a n te p r o c e d im e n t o s c ir ú r g ic o s . O s a n g u e é c o le t a d o e filtra d o ; a s p la q u e ta s s ã o r e m o v id a s e o r e m a n e s c e n t e d e s a n g u e é r e in f u n d id o n o p a c ie n te .

Funções do sangue

1. Transporte de gases dissolvidos, conduzindo o oxigênio dos pulm ões para os tecidos e o dióxido de carbono, dos tecidos p ara os pulm ões. 2. Distribuição de nutrientes absorvidos a p a rtir do trato digestório o u liberados d os estoques de arm azenam ento no tecido adiposo ou no fígado. 3. Transporte de resíduos metabólicos de tecidos periféricos para locais de excreção, em especial os rins. 4. Distribuição de enzimas e hormônios p ara tecidos-alvo específicos. 5. Estabilização do pH e composição eletrolítica de líquidos intersticiais p o r to d o o corpo. Através da absorção, tran sp o rte e liberação de íons, conform e circula, o sangue ajuda a prevenir variações de concentração iônica nos tecidos do corpo. U m a am pla gam a de soluções-tam pão dá condições àf corrente sangüínea de neu tralizar os ácidos gerados p o r tecidos, com o o ácido láctico produzido pelos m úsculos esqueléticos. 6. Prevenção da perda de líquidos p o r vasos danificados o u em ou tro s locais lesados. A reação de coagulação sela paredes de vasos sangüíneos rom pidas, evitando m odificações n o v olum e de sangue que poderiam afetar significativam ente a pressão arterial e a função circulatória. 7. Defesa contra toxinas epatógenos. O sangue tran sp o rta leucócitos, células especializadas que m igram em direção aos tecidos periféricos para com bater infecções ou rem over resíduos, e leva anticorpos, proteínas especiais que atacam agentes invasores ou elem entos estranhos. O sangue tam bém recolhe toxinas, com o as p roduzidas p or infecções, e as tran sp o rta até os rins e o fígado, onde p od em ser excretadas ou inativadas. 8. Estabilização da temperatura corporal p o r absorção e redistribuição de calor. M úsculos esqueléticos ativos e outros tecidos geram calor, e a corrente sangüínea o redistribui. Q u an d o a tem p eratu ra do corpo está m u ito elevada, ocorre um au m en to do fluxo sangüíneo cutâneo, a u m en tan d o a velocidade da perda de calor através da superfície do corpo. Q u an d o a tem p eratu ra do corpo está m uito baixa, o sangue aquecido é direcionado p ara os órgãos m ais sensíveis à perda de calor. Estas m udanças no fluxo sangüíneo são controladas e coordenadas pelos centros vasomotores situados n o bulbo. pág. 414

>32



O SISTEMA CiRCULATORIO PROTEÍNAS PLASMÁTICAS

COMPOSIÇÃO DO PLASMA P r o te ín a s p la s m á t ic a s O u tro s s o lu to s Água

I

A lb u m in a s (60% )

P r in c ip a is c o n trib u in te s p a ra a p re s ­ sã o o s m ó tic a d o p la sm a ; tra n sp o rta m lip íd e o s e h o rm ô n io s e s te ró id e s

G lo b u lin a s (35% )

T ra n s p o rta m ío n s, h o rm ô n io s , lip íd e o s ; fu n ç ã o im u n o ló g ic a

F ib rin o g ê n io (4%)

C o m p o n e n te e s s e n c ia l d o s is te m a d e c o a g u la ç ã o ; p o d e s e r c o n v e rtid o e m fib rin a in s o lú v e l

P ro te ín a s re g u la tó ria s

E n z im a s , p ro te o e n z im a s , h o r m ô n io s

(ão primariamente células constituintes do sistem a linfático, uma rede de vasos e órgãos especiais, diferentes daqueles do sistema circulatório, mas a e.e conectada. Os linfócitos são responsáveis pela imunidade específica: a capacidade de constituir um contra-ataque à invasão de patógenos invasores ou proteínas estranhas individualmente. Os linfócitos respondem a tais ameaças de :rés maneiras. Um grupo de linfócitos, denominados lin fó cito s T, en:ra nos tecidos periféricos e ataca diretamente as células estranhas. Outro _v.po de linfócitos, as linfócitos B, diferenciam-se em plasmócitos (célu­ las do plasma) que secretam anticorpos, os quais atacam células ou proteí­ nas estranhas no corpo, à distância. Linfócitos B eT não são diferenciáveis : microscopia de luz. Os lin fó cito s NK, um terceiro grupo, algumas vezes chamado de linfócitos granulares grandes, são responsáveis pela vigilância unológica e pela destruição de células teciduais anômalas. Essas células são importantes na prevenção do câncer. (O sistema linfático e a imunida­ de íerão discutidos no Capítulo 23.)

A rté ria n u tríc ia

S e io s

E ritró c ito s e g ra n u ló c ito s e m d e s e n v o lv im e n to

Plaquetas [F ig u ra s 2 0 .5 e/2 0 .6 /2 0 .7 ] Plaquetas são cápsulas planas e envolvidas por membrana, redondas : uindo observadas superiormente (Figura 20.5e) e fusiformes quando >eccionadas. As plaquetas já foram consideradas como células cujos nú­ cleos foram perdidos, pois funções semelhantes em outros vertebrados e mamíferos são realizadas por pequenas células sangüíneas nucleadas. Hiítologistas denominaram todas estas células de tro m b ó c ito s ( trombos, . cculo). Este termo ainda é utilizado, porém em mamíferos o termo pla-,:ieta é mais adequado, pois estes elementos são enzimas encapsuladas em membranas, e não células individuais. A medula óssea vermelha normal contém um número de células basicnte incomuns, denominadas m eg ac arió cito s (mega, grande + karyon, núcleo + cito, célula). Como o nome sugere, são células enormes (de até 160 |im de diâmetro) com grandes núcleos (Figura 20.6). O denso nú­ cleo pode ser lobado ou em formato de anel, e o citoplasma circundante contém aparelhos de Golgi, ribossomos e mitocôndrias em abundância. O plasmalema comunica-se com uma extensa rede de membranas que se irradia pelo citoplasma periférico. Durante seu desenvolvimento e crescimento, os megacariócitos fa­ bricam proteínas estruturais, enzimas e membranas. Eles então começam a eliminar citoplasma em pequenas cápsulas envoltas por membrana. Essas cápsulas são as plaquetas que entram na circulação. Um megacariócito maduro gradualmente perde todo o seu citoplasma, produzindo cerca de 4.000 plaquetas antes de ter seu núcleo fagocitado e quebrado para reciclagem.

P la q u e ta s

G lo b u lo v e rm e lh o

M e g a c a rió c ito

Figura 20.6 Microscopia dos megacariócitos e formação plaquetária. H istologicam ente, os m e gacariócitos são visíveis em se cçõ e s de m edula óssea por causa de suas enorm es d im en sões e do form ato peculiar de seus núcleos. Estas célu la s perdem co ntin uam en te frag m entos do seu citoplasm a, os quais entram na circulação com o plaquetas.'(ML x 673)

As plaquetas são continuamente repostas e circulam por 10 a 12 dias antes de serem removidas por fagócitos. Um milímetro cúbico (1 mm de sangue circulante contém em média 350.000 plaquetas. Cerca de um terço das plaquetas do corpo ficam contidas no baço e em outros órgãos vasculares, e não no sangue circulante. Estas reservas podem ser mobili-

C a p ít u l o

20 • O Sistema Circulatório: Sangue

Nota clínica -e tio filia A hemofilia é um a d a s m u ita s d o e n ç a s h e re d itá ria s ca~5-::erizadas pela a lte ra ç ã o na p ro d u ç ã o d e fa to re s d e co ag u lação . Sua - : d ên cia na p o p u la ç ã o g eral é d e c e rc a d e 1 e m 10.000, s e n d o q u e a : ::_ ia ç ã o m a sc u lin a re sp o n d e p or 80 a 90% d o s in d iv íd u o s a co m e tid o s. le m o filia A , a p ro d u ç ã o d e um ú n ic o fa to r d e c o a g u la ç ã o e n c o n tra ­ i s -eduzida; a g ra v id a d e da d o e n ç a d e p e n d e d o g rau d e s ta red u ção . E ~ c a s o s graves, s a n g ra m e n to s in te n s o s a c o m p a n h a m o s m a is lev es r~ c a c to s m e c â n ic o s, a lé m d e o c o rre re m h e m o rra g ia s e s p o n tâ n e a s em r~ ;u la ç õ e s e ao re d o r d e m ú scu lo s. A tra n s fu s ã o d e fa to re s d e c o a g u la ç ã o fre q ü e n te m e n te re d u z ou : : "tro la o s s in to m a s da h e m o filia , p o ré m é n e c e s s á ria a c o m b in a ç ã o :e a m o stra s d e p la sm a d e m u ito s in d iv íd u o s para a o b te n ç ã o d e q ua nti: a : e s a d e q u a d a s d e fato res. E ste é um p ro c e d im e n to fin a n c e ira m e n te :a 'o e a u m e n ta o ris c o d e in fe c ç õ e s tra n s m is s ív e is p elo sangue, co m o i 'e p a t it e ou a AIDS. T é c n ic a s d e splicing (m o n ta g e m ) g e n é tic a tê m : : d u tiliz a d a s p a ra a p ro d u ç ã o d o fa to r d e c o a g u la ç ã o m a is fr e q ü e n ­ te m e n te e n v o lv id o (fa to r VIII). A in d a q u e o s s u p r im e n to s s e ja m lim ita : is, e s te p r o c e d im e n to d e v e rá re p r e s e n ta r um m é to d o m a is s e g u ro

Plaquetas

:e tra ta m e n to .

Figura 20.7

■ ias quando ocorre uma crise circulatória, como em um sangramento * í:o . Uma contagem plaquetária deficiente (80.000 por mm' ou menos) aeLie uma condição denominada tro m b o c ito p e n ia e indica destruição *: :e?siva de plaquetas ou uma produção plaquetária deficiente. Os sintoincluem sangramento ao longo do trato digestório, sangramentos na e sangramentos ocasionais no SNC. Na tro m b o cito se , a contagem ic r aquetas pode exceder 1.000.000 por mm3, o que geralmente resulta áz rormação acelerada de plaquetas em resposta à infecção, inflamação ac câncer. As plaquetas participam de um sistema de coagulação, que inclui proüir.is plasmáticas, além de células e tecidos da rede circulatória. O proü - de h em ó stase ( haima, sangue + stasis, parada) evita a perda de sant í através das paredes de vasos danificados. Assim sendo, esse processo tanto restringe a perda de sangue quanto estabelece uma estrutura para ■triração tecidual. Uma amostra de coágulo sangüíneo é apresentada na Figura 20.7.

A hemóstase envolve uma cadeia complexa de eventos; uma doença . _e afete qualquer um dos passos dessa complexa cadeia pode inter-rmper todo o processo. Além disso, há condições gerais necessárias para o funcionamento - por exemplo, uma deficiência dos íons cálcio •_ de vitamina K interferirá em praticamente todos os aspectos da hemostase.

As funções das plaquetas incluem: L Transporte de substâncias químicas importantes para o processo de coa­ gulação: Pela liberação de enzimas e outros fatores nos tempos apro­ priados, as plaquetas ajudam a iniciar e controlar o processo de coa­ gulação. 2. Formação de um tamponamento temporário na parede de vasos sangüí­ neos danificados: As plaquetas agrupam-se em um local lesado, for­ mando um “tampão plaquetário” que pode reduzir a velocidade da perda sangüínea durante o processo de coagulação. 5. Contração ativa após a formação do coágulo: As plaquetas contêm filamentos de actina e miosina que podem interagir para produ­ zir contração, causando seu encurtamento. Após a formação do coágulo, a contração das plaquetas reduz o tamanho do coágulo, tracionando e aproximando as margens do ferimento ou corte da parede do vaso.

Rede de fibras de fibrina

Glóbulos vermelhos aprisionados em cordões de fibrina

Estrutura de um coágulo sangüíneo.

Micrografia eletrônica de varredura colorida m ostrando a rede de fibras que fo r - ã a estrutura de um coágulo. Glóbulos verm elhos aprisionados no coágulo aum e" tam o corpo desta massa e lhe conferem uma coloração vermelha. (MEV x 4.625:

Va REVISÃO DOS CONCEITOS 1. Q ue tipo de g lób ulo b ranco deve se ap resentar em q ua ntid ad e s a u m e n ts das em um co rte infeccion ad o? 2. O que é trom bocitose, e q ua nd o ela ocorre? 3. Em ca so de reação alérgica, que tipo de g lóbulo branco aum enta drast m ente? 4. Qual é a fu nção d os grânu los nos basófilos? Veja a seção de Respostas na parte final do livre

Hematopoiese [Figura 20.8 ] O processo de formação de células sangüíneas é denominado h e m a to poiese. As células sangüíneas aparecem na circulação durante a tercer semana do desenvolvimento embriológico. Essas células dividem-se rer-e tidamente e aumentam em número. Com o surgimento de outros órzl ■ algumas das células sangüíneas do embrião migram da circulação par: interior do fígado, baço, timo e medula óssea (Figura 20.8). Estas célula, do embrião diferenciam-se em células-tronco que se dividem e produren células sangüíneas. Com o crescimento do esqueleto, aumenta a imp :r tância da medula óssea; no adulto, a medula óssea é o principal local d formação de células sangüíneas. As células-tronco, denominadas célu las-tro n c o p lu rip o te n te s hemocitoblastos, geram todas as células sangüíneas, mas o processo occ rr em vários passos seqüenciais. As células-tronco pluripotentes dão onien a duas células-tronco multipotentes: as célu las-tro n co m ielóides m ulti p o te n te s (ou célu la s-tro n c o m ieló id es) e as célu las-tro n c o lin íatic* m u ltip o te n te s (ou c é lu la s-tro n c o lin fá tic a s). As células-tronc: mie lóides dividem-se para formar cinco tipos diferentes de células-r* r:: cada um com funções relativamente restritas. Dois desses tipos de celuia tronco são responsáveis pela produção de glóbulos vermelh - - 2: . ri cariócitos, enquanto os outros três tipos são responsáveis pela rorr~jcã

O S I S T E M A CIRCULATÓRIO

■ n k c k g ia m a o local da lesão logo após os primeiros neutrófilos. Em p n c e s s o de fogocitose, os macrófagos livres e fixos liberam substâncias qaímicas que atraem e estimulam outros monócitos e outras células fa-

s xitarias. Os macrófagos ativos também secretam substâncias que atra­

em fíbroblastos para a região. Os fibroblastos começam a produzir uma áensa rede de fibras colágenas em torno da região. O tecido cicatricial r i í ícab a r isolando a área lesada. Os monócitos integram o sistem a m o n o n u c le a r fag o citário ou sistem a h is tio c itá rio , que inclui tipos de ;e. íib* relacionadas, como os macrófagos fixos e células mais especiali­ za àãs. com o as células da micróglia do SNC, as células de Langerhans da pek e as células fagocitárias do fígado, baço e linfonodos. Lmíocitos F igura 20.5e] L infócitos típicos apresentam muito pouco cit: z sma, apenas um halo delgado ao redor de um núcleo relativamen:e ;rande, redondo, de coloração roxa nas lâminas histológicas (Figura 2 r 5 e . Em geral, os linfócitos são ligeiramente maiores que os glóbu: - vermelhos e constituem cerca de 20 a 30% da população de glóbulos brancos. Os linfócitos presentes na circulação sangüínea representam um recueno percentual de toda a população de linfócitos, pois os linfócitos • I rrimariamente células constituintes do sistem a linfático, uma rede de !>:■( órgãos especiais, diferentes daqueles do sistema circulatório, mas a de conectada. Os linfócitos são responsáveis pela imunidade específica: a capacidade ;e : nstituir um contra-ataque à invasão de patógenos invasores ou p ro ­ teínas estranhai indi-. :.i.uil":ente. Os linfócitos respondem a tais ameaças d e trés m aneiras. Um g ru p o d e linfócitos, denom inados linfócitos T. en-

le-cadc-s pertfaicoí e ataca diretamente as células estranhas. Outro — ie o* as linfocrtos B Jiíerenciam-seem plasmócitos (céluh id o p i m ) qne anticorpos, os quais atacam células ou proteíb b estranhas no corpo, a distância. Linfócitos B eT não são diferenciáveis à nncroscopta de hiz. Os linfócitos NK, um terceiro grupo, algumas vezes dum adode linfócitos granulares grandes, são responsáveis pela vigilância :»rtunologica e pela destruição de células teciduais anômalas. Essas células sã: imi>ortantes na prevenção do câncer. (O sistema linfático e a imunida­ de s^rlo discutidos no Capítulo 23.) ~

Eritrócitos e granulócitos em desenvolvimento

P l ã q u e t ã S [F ig u ra s 2 0 .5 e/2 0 .6 /2 0 .7 ]

Plaquetas são cápsulas planas e envolvidas por membrana, redondas quando observadas superiormente (Figura 20.5e) e fusiformes quando seccionadas. As plaquetas já foram consideradas como células cujos núcieos f iram perdidos, pois funções semelhantes em outros vertebrados e mamíferos são realizadas por pequenas células sangüíneas nucleadas. 1-1 1 gistas denominaram todas estas células de tro m b ó c ito s ( trombos, : agulo). Este termo ainda é utilizado, porém em mamíferos o termo plaq u e é mais adequado, pois estes elementos são enzimas encapsuladas em m cmbranas, e não células individuais. A medula óssea vermelha normal contém um número de células basrar.te incomuns, denominadas m eg ac arió cito s ( mega, grande + karyon, núcleo + cito, célula). Como o nome sugere, são células enormes (de até Figura 20.6 Microscopia dos megacariócitos e formação plaquetária. 160 jm de diâmetro) com grandes núcleos (Figura 20.6). O denso nú- H istologicam ente, os m e gacariócitos são visíveis em se cçõ e s de m edula óssea ^ode ser lobado ou em formato de anel, e o citoplasma circundante por causa de suas en orm es d im en sões e do form ato peculiar de seus núcleos. ;: "tem aparelhos de Golgi, ribossomos e mitocôndrias em abundância. Estas célu la s perdem co ntin uam en te frag m entos do seu citoplasm a, os quais entram na circulação com o plaquetas. (ML x 673) 1 rli?milema comunica-se com uma extensa rede de membranas que se irradia r-elo citoplasma periférico. 1 urante seu desenvolvimento e crescimento, os megacariócitos fa~ ~ r ' temas estruturais, enzimas e membranas. Eles então começam As plaquetas são continuamente repostas e circulam por 10 a 12 dias . : olasma em pequenas cápsulas envoltas por membrana. ; - -o.- caysulas são as plaquetas que entram na circulação. Um megaca- antes de serem removidas por fagócitos. Um milímetro cúbico (1 mm ■ . —. __- ;riiualmente perde todo o seu citoplasma, produzindo de sangue circulante contém em média 350.000 plaquetas. Cerca de um ic - >:•; rlícuetas antes de ter seu núcleo fagocitado e quebrado terço das plaquetas do corpo ficam contidas no baço e em outros órgãos vasculares, e não no sangue circulante. Estas reservas podem ser mob para recxriagem.

0 SISTEMA CIRCULATÓRIO Figura 20.8

As origens e a d ife re n c ia ç ã o dos e le m e n to s fig u ra d o s

C é lu la s - t r o n c o p lu r ip o t e n t e s o r ig in a m t a n t o c é lu la s - t r o n c o m ie ló id e s q ~ a—

Medula óssea

lin fá tic a s . C é lu la s - t r o n c o m ie ló id e s p r o d u z e m c é lu la s p r o g e n ito r a s , a s qlò s se d iv id e m p a ra p r o d u z ir o s v á r io s t ip o s d e c é lu la s s a n g ü ín e a s . O g r á fic o in tí :5 ::

Fígado

lo c a is p r im á r io s d e f o r m a ç ã o d e c é lu la s s a n g ü ín e a s d u r a n te o d e s e n v o L ~ e ~

Em vasos sangüíneos em desenvolvimento

e m b r io ló g ic o e fe ta l.

C ELU LA S-TR O N C O PLU R IPO TEN TES

Semanas de desenvolvimento

C ELU LA STRONCO LINFÁTICAS

C É LU LA S PROGENIT O RA S

M onoblasto

Pró-eritroblasto

Mieloblasto

Estagtos do eritroblasto

M IELOCITOS

Linfoblasto

Megacariócito

C É L U L A S “ BAN DA’

Reticulócito

Pró-m onócito

Pró-linfócito

M onócito

Linfócito

ELEM EN TO S FK3URADOS DO SAN GU E

Eritrócito

Plaquetas

Basófilo

Eosinófilo

Neutrófilo

-------- 1 Qobuéos vermelhos (GVs) (hemácias)

Agranulócitos

Granulócitos

Glóbulos brancos (GBs) (leucócitos)

C a p ít u l o

de vários tipos de leucócitos (Figura 20.8). As células-tronco linfáticas dividem-se para formar dois tipos diferentes de células-tronco, que apre­ sentam funções relativamente restritas, um deles formando, em última análise, os plasmócitos, e o outro formando as células T.

Eritropoese [Figuras 20.8/20.6] A e ritro p o e se refere-se especificamente à formação de eritrócitos (Figura 20.8). A medula óssea vermelha é o local primário de formação de glóbu­ los vermelhos no adulto (Figura 20.6). A medula vermelha é encontrada em partes das vértebras, esterno, costelas, crânio, escápulas, pelve e ossos proximais dos membros. Em condições extremas, a m e d u la óssea a m a re ­ la, gordurosa, encontrada em outros ossos pode ser convertida em medu­ la óssea vermelha. Por exemplo, esta conversão pode ocorrer após perda sangüínea intensa e prolongada, aumentando, portanto, a velocidade de formação de glóbulos vermelhos. Para que a eritropoese ocorra normal­ mente, os tecidos mielóides precisam receber quantidades adequadas de suprimento de aminoácidos, ferro e v ita m in a B12 - uma vitamina obtida de produtos lácteos e carne. A eritropoese é regulada pelo h o rm ô n io estim u lan te da eritropoese, ou e ritro p o e tin a (EPO), apresentado no Capítulo 19. pág. 518

Nota clínica Sangue sintetizado A p e s a r d o s a v a n ç o s na te c n o lo g ia da tra n s ­ fu são, a d im in u iç ã o d a d is p o n ib ilid a d e d e sa n g u e e a a n s ie d a d e gerada p e la s d ú v id a s e m re la ç ã o à se g u ra n ç a a in d a p e rsiste m . A lé m d isso, a l­ g u m as p e s s o a s p o d e m não te r c o n d iç õ e s ou não c o n c o rd a r em a c e ita r tra n s fu s õ e s p o r q u e s tõ e s m é d ic a s ou relig io sas. A s s im , e x is te um in te ­ re ss e a m p la m e n te d ifu n d id o n as n u m e ro s a s te n ta tiv a s re c e n te s de se d e s e n v o lv e r c o m p o n e n te s d o sa n g u e s in te tiza d o s. Substitutos integrais do sangue s ã o s o lu ç õ e s a lta m e n te e x p e ri­ m e n ta is a in d a p a s s a n d o p o r a v a lia ç õ e s c lín ic a s . A lé m d o s a g e n te s osm ó tic o s o b s e rv a d o s n o s e x p a n s o re s d e p lasm a, e s s a s s o lu ç õ e s c o n tê m p e q u e n o s a g lo m e ra d o s d e m o lé c u la s s in te tiz a d a s , c o n s tru íd a s c o m á to m o s d e c a rb o n o e flúor. A s m istu ras, c o n h e c id a s c o m o emulsões perfluoroquímicas (PFC), p o d e m tra n s p o rta r a p ro x im a d a m e n te 70% d o o x ig ê n io d o sa n g u e to ta l. A n im a is tê m s id o m a n tid o s v iv o s a p ó s tra n sfu sã o d e tro ca, q u e su b s titu i c o m p le ta m e n te s e u san g u e c irc u la n ­ te p o r e m u ls ã o PFC. S o lu ç õ e s P F C a p re s e n ta m a s m e s m a s v a n ta g e n s d a q u e la s d e o u ­ tro s e x p a n s o re s d e p lasm a, a lé m d o s b e n e fíc io s a d ic io n a is d o tra n sp o r­ te de o xig ê n io . C o m o não há g ló b u lo s v e rm e lh o s e n v o lv id o s, a s e m u l­ sõ e s P F C p o d e m tra n s p o rta r o x ig ê n io a re g iõ e s c u jo s c a p ila re s te n h a m s id o p a rc ia lm e n te b lo q u e a d o s p o r d e p ó s ito s d e g o rd u ra o u c o á g u lo s sa n g ü ín e o s, in fe lizm e n te , a s e m u ls õ e s P F C não a b s o rv e m o x ig ê n io co m a m e sm a e fic iê n c ia d o s a n g u e no rm al. Para g a ra n tir q u e as P F C p ro v e ­ jam a d e q u a d a m e n te o o x ig ê n io a o s te c id o s p erifé rico s, é p re c is o q u e o ar in sp ira d o p e lo in d iv íd u o seja ric o em o xig ên io , o q u e g e ra lm e n te se c o n se g u e p elo u so d e m á s c a ra s d e o xig ênio . A lé m d isso, a g lo m e ra d o s de P F C p a re c e m s e r fa g o c ita d o s. E s te s p ro b le m a s tê m lim ita d o o uso d e e m u ls õ e s P F C e m hu m an os. E ntretanto, um a e m u ls ã o PFC, o Fluosol, te m sid o u tiliza d a para a u m e n ta r o s u p rim e n to d e o x ig ê n io ao m ú sc u lo c a rd ía c o d u ra n te p ro c e d im e n to s cirú rg ico s. O u tra a b o rd a g e m e n v o lv e a fa b ric a ç ã o d e m in ia tu ra s d e e r itr ó c i­ to s p elo e n c a p s u la m e n to d e p e q u e n o s fe ix e s d e h e m o g lo b in a e m um a m e m b ra n a lip íd ica. E s te s neo-hematócitos s ã o e sfé ric o s, c o m d iâ m e ­ tro in fe rio r a 1 pm , p o d e n d o p a s s a r fa c ilm e n te a tra v é s d e v a s o s e s tre i­ to s ou p a rc ia lm e n te b loq u e ad o s. O p rin c ip a l p ro b le m a c o m e sta té c n ic a é q u e o s fa g ó c ito s tra ta m o s n e o -h e m a tó c ito s c o m o fra g m e n to s d e e ri­ tró c ito s n o rm a is e, d e ssa fo rm a, e le s p e rm a n e c e m no c o rp o p o r a p e n a s a p ro x im a d a m e n te 5 horas.

20 • O Sistema Circulatório: Sangue

A eritropoetina é produzida e secretada sob condições de hipex (baixo nível de oxigênio), pricipalmente nos rins. A eritropoetin; :en dois efeitos: ■ Estimula velocidades elevadas de divisão celular em eritrobk':: em células-tronco que produzem eritroblastos. ■ Acelera a maturação de glóbulos vermelhos, principalmente lerando a velocidade de síntese de hemoglobina. Sob estimu’i;2 máxima de EPO, a medula óssea pode aumentar em até 10 veze a velocidade de formação de glóbulos vermelhos, para cerca de 5 milhões por segundo. Estágios da maturação de glóbulos vermelhos [Figura 20.8] Um glóbulo vermelho em formação passa por uma série de estágios á desenvolvimento. Os h em ato lo g istas, especialistas no estudo da fon~ i ção e das funções do sangue, atribuíram nomes específicos para estaz:: de fundamental importância (Figura 20.8). E ritro b la sto s são glób_: vermelhos muito imaturos que sintetizam hemoglobina ativamente. Apc perder seus núcleos, estas células tornam-se reticu ló cito s, o último pa-í no processo de maturação. Os reticulócitos entram na circulação e grac j almente desenvolvem a aparência de eritrócitos maduros. Reticulóc::: em maturação costumam responder por aproximadamente 0,8% da p : pulação de glóbulos vermelhos.

Leucopoiese [Figura 20.8] Células-tronco são responsáveis pela produção de glóbulos brancos lei copoiese) originados na medula óssea (Figura 20.8). Os granulóc::: completam seu desenvolvimento na medula óssea; os monócitos inio u seus processos de diferenciação na medula óssea, entram na circulacã e completam seu desenvolvimento quando se tornam macrófagos livn nos tecidos periféricos. As células-tronco responsáveis pela produçã c . linfócitos, um processo denominado linfopoese, também se originam i medula óssea, mas muitas delas subseqüentemente migram para o tim: medula óssea e o timo são chamados de órgãos linfáticos primários porqt a divisão de células-tronco indiferenciadas nestes locais produz célula filhas destinadas a se tornarem linfócitos especializados. Linfócitos B NK imaturos são produzidos na medula óssea, e linfócitos T imaturos < produzidos no timo. Estas células podem, subseqüentemente, migrar ~z órgãos linfáticos secundários, como baço, tonsilas e linfonodos. Ainda : apresentem capacidade de divisão, as células-filhas produzidas são sen pre células do mesmo tipo - um linfócitos T que se divide produz u linfócito T filho, e não linfócitos NK ou B. A formação de linfócitos « considerada em maiores detalhes no Capítulo 23. Os fatores que regulam a maturação dos linfócitos ainda não são co: pletamente compreendidos; entretanto, antes da maturidade, hormórz sintetizados pelo timo promovem a diferenciação e manutenção das p pulações de linfócitos T. Alguns hormônios, coletivamente denomirad fatores estim u lad o res de colônias (CSF), estão envolvidos na regi: laç de outras populações de glóbulos brancos. Disponíveis comercialmente CSF são atualmente utilizados para estimular a produção de glóbulos bra cos em indivíduos submetidos à quimioterapia para tratamento de càn

a________________ Vi REVISÃO DOS CONCEITOS 1. Q uais são o s d o is efeitos p rin cipais da eritropoetina? 2. Qual é a fu nçã o das célu la s-tro nco pluripotentes? 3. Que estágio da m aturação do g lób ulo verm e lh o é m arcado pela e je çã : núcleo? 4. Que célula perde cáp su la s de citop lasm a para produzir plaquetas? Veja a seção de Respostas na parte finai 3:

C a p ítu lo 2 0

de varios tipos de leucócitos (Figura 20.8). As células-tronco linfáticas iividem-se para formar dois tipos diferentes de células-tronco, que apre­ sentam funções relativamente restritas, um deles formando, em última analise, os plasmócitos, e o outro formando as células T.

Eritropoese [F ig u ra s 2 0.8/2 0 .6 ] - eritro p o e se refere-se especificamente à formação de eritrócitos (Figura 20 8 1. A medula óssea vermelha é o local primário de formação de glóbulos vermelhos no adulto (Figura 20.6). A medula vermelha é encontrada

em partes das vértebras, esterno, costelas, crânio, escápulas, pelve e ossos rroximais dos membros. Em condições extremas, a m e d u la óssea a m a re ­ la. gordurosa, encontrada em outros ossos pode ser convertida em medula óssea vermelha. Por exemplo, esta conversão pode ocorrer após perda sangüínea intensa e prolongada, aumentando, portanto, a velocidade de rormação de glóbulos vermelhos. Para que a eritropoese ocorra normal­ mente, os tecidos mielóides precisam receber quantidades adequadas de suprimento de aminoácidos, ferro e v ita m in a B 12 - uma vitamina obtida de produtos lácteos e carne. A eritropoese é regulada pelo h o rm ô n io estim ulan te da eritropoese, ou e ritro p o e tin a (EPO), apresentado no Capítulo 19. pág. 518

Nota clínica Sangue sintetizado A p e s a r d o s a v a n ç o s na te c n o lo g ia da tra n s ­ fusão, a d im in u iç ã o da d is p o n ib ilid a d e d e s a n g u e e a a n s ie d a d e g erad a p e la s d ú v id a s em re la ç ã o à s e g u ra n ç a a in d a p e rsiste m . A lé m d isso, a l­ g u m a s p e ss o a s p o d e m não te r c o n d iç õ e s ou não c o n c o rd a r em a c e ita r tra n sfu sõ e s p o r q u e s tõ e s m é d ic a s ou relig io sas. A s s im , e x is te um in te ­ re ss e a m p la m e n te d ifu n d id o na s n u m e ro s a s te n ta tiv a s re c e n te s d e se d e se n v o lv e r c o m p o n e n te s d o s a n g u e s in te tiza d o s. Substitutos integrais do sangue s ã o s o lu ç õ e s a lta m e n te e x p e ri­ m e n ta is a in d a p a s s a n d o p or a v a lia ç õ e s clín ic a s . A lé m d o s a g e n te s osm ó tic o s o b se rv a d o s n o s e x p a n s o re s d e p lasm a, e s s a s s o lu ç õ e s c o n tê m p e q u e n o s a g lo m e ra d o s d e m o lé c u la s s in te tiz a d a s , c o n s tru íd a s c o m á to m o s d e c a rb o n o e flúor. A s m istu ra s, c o n h e c id a s c o m o emulsões perfluoroquímicas (PFC), p o d e m tra n s p o rta r a p ro x im a d a m e n te 70% d o o x ig ê n io d o sa n g u e to ta l. A n im a is tê m s id o m a n tid o s v iv o s a p ó s tra n sfu sã o d e tro ca, q u e su b s titu i c o m p le ta m e n te seu s a n g u e c irc u la n ­ te p o r e m u ls ã o PFC. S o lu ç õ e s P F C a p re s e n ta m a s m e s m a s v a n ta g e n s d a q u e la s d e o u ­ tro s e x p a n s o re s d e p lasm a, a lé m d o s b e n e fíc io s a d ic io n a is d o tra n sp o r­ te de o xig ên io . C o m o n ã o há g ló b u lo s v e rm e lh o s e n v o lv id o s, a s e m u l­ s õ e s P F C p o d e m tra n s p o rta r o x ig ê n io a re g iõ e s c u jo s c a p ila re s te n h a m s id o p a rc ia lm e n te b lo q u e a d o s p o r d e p ó s ito s d e g o rd u ra ou c o á g u lo s s a n g ü ín e o s, in fe lizm e n te , a s e m u ls õ e s P F C não a b s o rv e m o x ig ê n io co m a m e sm a e fic iê n c ia d o s a n g u e norm al. Para g a ra n tir q u e a s P F C p ro v e ­ ja m a d e q u a d a m e n te o o x ig ê n io a o s te c id o s p e rifé rico s, é p re c is o q u e o ar in sp ira d o p elo in d iv íd u o seja ric o e m o xig ê n io , o q u e g e ra lm e n te se c o n se g u e p e lo u so d e m á s c a ra s d e o xig ên io . A lé m d isso, a g lo m e ra d o s d e P F C p a re c e m s e r fa g o c ita d o s. E s te s p ro b le m a s tê m lim ita d o o uso d e e m u lsõ e s P F C em hu m an os. E ntretanto, um a e m u ls ã o PFC, o Fluosol, te m sid o u tiliza d a para a u m e n ta r o s u p rim e n to d e o x ig ê n io ao m ú s c u lo c a rd ía c o d u ra n te p ro c e d im e n to s cirú rg ico s. O u tra a b o rd a g e m e n v o lv e a fa b ric a ç ã o d e m in ia tu ra s d e e r itr ó c i­ to s p elo e n c a p s u la m e n to d e p e q u e n o s fe ix e s d e h e m o g lo b in a e m um a m e m b ra n a lip íd ica. E s te s neo-hematócitos s ão e s fé ric o s , c o m d iâ m e ­ tro in fe rio r a 1 pm , p o d e n d o p a s s a r fa c ilm e n te a tra v é s d e v a s o s e s tre i­ to s ou p a rc ia lm e n te b lo q u e ad o s. O p rin cip a l p ro b le m a c o m esta té c n ic a é q u e o s fa g ó c ito s tra ta m o s n e o -h e m a tó c ito s c o m o fra g m e n to s d e e ri­ tró c ito s n o rm a is e, d e ssa form a, e le s p e rm a n e c e m no c o rp o p o r a p e n a s a p ro x im a d a m e n te 5 horas.

• O Sistema Circulatório: Sangue

A eritropoetina é produzida e secretada sob condições de b p â (baixo nível de oxigênio), pricipalmente nos rins. A eritropoetnü icm. dois efeitos: ■ Estimula velocidades elevadas de divisão celular em er • em células-tronco que produzem eritroblastos.

s

■ Acelera a maturação de glóbulos vermelhos, principalmente aeelerando a velocidade de síntese de hemoglobina. Sob estimula:! :> máxima de EPO, a medula óssea pode aumentar em até 10 vezes a velocidade de formação de glóbulos vermelhos, para cerca de 5 milhões por segundo. Estágios da maturação de glóbulos vermelhos [Figura 20.8] Um glóbulo vermelho em formação passa por uma série de estágios de desenvolvimento. Os h em ato lo g istas, especialistas no estudo da forma­ ção e das funções do sangue, atribuíram nomes específicos para estágios de fundamental importância (Figura 20.8). E ritro b la sto s são glóbulos vermelhos muito imaturos que sintetizam hemoglobina ativamente. Apos perder seus núcleos, estas células tornam-se reticu ló cito s, o último passo no processo de maturação. Os reticulócitos entram na circulação e gradu­ almente desenvolvem a aparência de eritrócitos maduros. Reticulócitos em maturação costumam responder por aproximadamente 0,8% da po­ pulação de glóbulos vermelhos.

Leucopoiese [F ig u ra 20.8] Células-tronco são responsáveis pela produção de glóbulos brancos (leu­ copoiese) originados na medula óssea (Figura 20.8). Os granulócitos completam seu desenvolvimento na medula óssea; os monócitos iniciam seus processos de diferenciação na medula óssea, entram na circulação e completam seu desenvolvimento quando se tornam macrófagos livres nos tecidos periféricos. As células-tronco responsáveis pela produção de linfócitos, um processo denominado linfopoese, também se originam na medula óssea, mas muitas delas subseqüentemente migram para o timo. A medula óssea e o timo são chamados de órgãos linfáticos primários porque a divisão de células-tronco indiferenciadas nestes locais produz célulasfilhas destinadas a se tornarem linfócitos especializados. Linfócitos B e NK imaturos são produzidos na medula óssea, e linfócitos T imaturos são produzidos no timo. Estas células podem, subseqüentemente, migrar para órgãos linfáticos secundários, como baço, tonsilas e linfonodos. Ainda que apresentem capacidade de divisão, as células-filhas produzidas são sem­ pre células do mesmo tipo - um linfócitos T que se divide produz um linfócito T filho, e não linfócitos NK ou B. A formação de linfócitos será considerada em maiores detalhes no Capítulo 23. Os fatores que regulam a maturação dos linfócitos ainda não são com­ pletamente compreendidos; entretanto, antes da maturidade, hormônios sintetizados pelo timo promovem a diferenciação e manutenção das po­ pulações de linfócitos T. Alguns hormônios, coletivamente denominados fato res estim u lad o res de colônias (CSF), estão envolvidos na regulação de outras populações de glóbulos brancos. Disponíveis comercialmente, os CSF são atualmente utilizados para estimular a produção de glóbulos bran­ cos em indivíduos submetidos à quimioterapia para tratamento de câncer. A___ '_______________,_____ Va REVISÃO DOS CONCEITOS 1. Q uais são o s do is efeitos p rin cipais da eritropoetina? 2. Qual é a fu nçã o das célu la s-tro nco pl uri p otentes? 3. Q ue estágio da m aturação do g lób ulo verm e lh o é m arcad o pela ejeção ac núcleo? 4. Que célula perde cáp su la s de citop lasm a para p rod u zir plaquetas? veja a seção de Respostas na parte final do livro.

0 SISTEMA CIRCULATORIO

Xota clínica - c c a lid a d e s v e m se d is s e m in a n d o e n tre a tle ta s c o m p e titiv o s lig a d o s a es-

ou infarto; o p ro c e d im e n to fo i re c e n te m e n te e lim in a d o d a s p rá tic a s e s p o rti­ v a s am a d o ra s. O tre in a m e n to em lo c a is d e a ltitu d e e le v a d a é um a a lte rn a ti­

; o r t e s d e re s is tê n c ia c o m o o c ic lis m o . U m d o s p ro c e d im e n to s e x ig e a re-

va m a is sa u d á v e l e a tu a lm e n te aceita.

Z :p : n g s a n g ü ín e o

A p rá tic a d e

doping sangüíneo

n a s s u a s v á ria s

~ o ç â o d e a m o s tra s d e sa n g u e to tal d o a tle ta s e m a n a s a n te s d e um evento.

C o m o a g o ra a e r itr o p o e tin a (EPO) é s in te tiz a d a c o m a u t iliz a ç ã o d e

O ; a g lo m e ra d o s d e g ló b u lo s v e rm e lh o s s ã o s e p a ra d o s d o p la s m a e arm a -

té c n ic a s d e D N A r e c o m b in a n te , e la p o d e s e r u tiliz a d a p o r in d iv íd u o s q u e

: e 'a d o s . A té a c o m p e tiç ã o , a m e d u la ó s s e a d o c o m p e tid o r te rá s u b s titu íd o

e s tã o te n ta n d o b u rla r e s ta s regras. A in d a q u e o u s o d e s ta s d ro g a s se ja d e

: sa n g u e perdido. Im e d ia ta m e n te a n te s da c o m p e tiç ã o , o s a g lo m e ra d o s d e j : c u lo s v e rm e lh o s sã o rein fu n d id o s, a u m e n ta n d o o h e m a tó c rito . O o b je tivo

d ifíc il d e t e c ç ã o p e lo s o fic ia is, o s in d iv íd u o s q u e fa z e m u s o d e s ta s s u b s tâ n ­ c ia s e s tã o s e s u je ita n d o a o s m e s m o s r is c o s d a q u e le s q u e s e s u b m e te m

d o p r o c e d im e n to é a u m e n ta r a c a p a c id a d e d e tra n s p o rte d e o x ig ê n io do san g u e e, a ssim , a re s is tê n c ia . A c o n s e q ü ê n c ia é q u e o c o ra ç ã o d o a tle ta é

a o doping s a n g ü ín e o . N o s ú ltim o s 5 a 10 a n o s, a s m o r te s d e 18 c ic lis t a s

s jb m e t id o a um a in te n s a s o b re c a rg a . O s e fe ito s a lo n g o p ra zo s ã o d e sc o -

e u r o p e u s e a e lim in a ç ã o d e m u ito s a tle ta s o lím p ic o s d o s Jo g o s O lím p ic o s d e In verno d e 2 0 0 2 'à p a re n te m e n te re s u lta ra m d e doping s a n g ü ín e o , a b u ­

-n e c id o s , m a s a p rá tic a e n v o lv e um ris c o s ig n ific a tiv o d e a c id e n te v a s c u la r

s o d e EPO, o u a m b o s.

TERMOS CLÍNICOS Uma condição na qual a capacidade de :nnsporte de oxigênio pelo sangue está reduzida por causa de um valor baixo do hematócrito ou de con­ centrações reduzidas de hemoglobina no sangue. Anemia aplásica: Anemia causada por insuficiên­ cia de medula óssea, causando redução dos níveis de hematócrito e diminuição da contagem de reticulócitos. Anemia hem orrágica: Anemia causada por sanrramento intenso, caracterizada por um hema: xrito baixo e níveis reduzidos de hemoglobina, mas contagem normal de glóbulos vermelhos. C oncentrado de hemácias: Glóbulos vermelhos do> cuais se removeu a maior parte do plasma. Anemia:

D oença hem olítica do recém -nascido DHRN): Uma anemia no recém-nascido, ge­

ralmente causada por incompatibilidade entre o sangue materno (Rh ) e o do feto (Rh+). Embolia: Uma condição em que um coágulo é levado pela corrente sangüínea e passa a obstruir um vaso, bloqueando a circulação e o suprimento sangüíneo a um determinado local, a partir da obstrução. Hemofilia: Uma das muitas doenças hereditárias caracterizadas pela produção inadequada de fato­ res de coagulação. N orm ocítico: Termo que se refere aos glóbulos vermelhos de tamanho normal. N orm ocrôm ica: Condição em que os glóbulos vermelhos contêm quantidades normais de hemo­ globina. N orm ovolêm ica: Condição de volume sangüíneo normal no corpo.

Placa: Uma área anormal dentro de um vaso sangüíneo, onde grande quantidade de lipídeos encontra-se acumulada. Policitemia: Uma condição sangüínea caracteri­ zada por valor de hematócrito elevado com volu­ me de sangue normal. Transfusão: Um procedimento no qual compo­ nentes do sangue são administrados a alguém cuio volume sangüíneo esteja reduzido, ou cujo sangut esteja deficiente em alguns componentes. T ransplante de m edula óssea: A transfusão de células da medula óssea, incluindo células-tronco que podem ser utilizadas para restabelecer as po­ pulações da medula óssea após exposição à radia­ ção, quimioterapia ou anemia aplásica. Trom bo: Um coágulo sangüíneo.

RESUMO PARA ESTUDO Introdução

531

•irema circulatório oferece um mecanismo para transporte rápido de nutrientes, produtos residuais e células no interior do corpo.

Funções do sangue

531

] O sangue é um tecido conectivo especializado. Suas funções incluem: (1)

transporte de gases dissolvidos; (2) transporte e distribuição de nutrien­ tes; (3) transporte de resíduos metabólicos; (4) transporte e distribuição de enzimas e hormônios; (5) estabilização do pH e composição eletro:tica do líquido intersticial; (6) restrição de perda de líquido através de • asos danificados ou ferimentos por meio da reação de coagulação; (7) defesa do corpo contra toxinas e patógenos; e (8) estabilização da tempe­ ratura corporal pela absorção e redistribuição do calor, (ver Tabela 20.1)

Composição do sangue

53 1

1 O sangue consiste em dois componentes: o plasm a, a matriz líquida, e os elem entos figurados, que incluem glóbulos verm elhos (GVs), leucóci­ tos (GBs) e plaquetas. O plasma e os elementos figurados constituem o sangue total, que pode ser fracionado para fins de análise ou para propositos clínicos, (ver Figura 20.1 e Tabela 20.2)

2. Existem entre 4 e 8 litros de sangue total circulante em um adultc —e diano. Os termos hipovolêmico, normovolêmico e hipervolêmico reíe-;se respectivamente a valores baixos, normais ou elevados de volui- ; ãe sangue circulante. Plasma 533 3. O plasma é responsável por cerca de 55% do volume de sangue; apr madamente 92% do plasma é composto de água. (ver Figura 20.1 e Tar-: 20.2)

4. O plasma difere do líquido intersticial por apresentar concentração

elevada de oxigênio dissolvido e um maior número de proteínas dis>: das. Existem três tipos de proteínas plasmáticas: albuminas, g l o b u l z fibrinogênio. (ver Tabela 20.2)

5. As album inas constituem cerca de 60% das proteínas do plasma. Ai o b u lin as constituem aproximadamente 35% das proteínas plasmáticas elas incluem as im unoglobulinas (anticorpos), que atacam proteir tranhas e patógenos, além de transportar globulinas, que se ligam a r hormônios e outros componentes. Moléculas de fibrin o g ênio atu£~ reação de coagulação ao interagirem para formar a fibrina; o líquic : r; sultante da remoção do fibrinogênio do plasma é denominado soro. Tabela 20.2) Quando as albuminas ou globulinas se ligam a lipídeos. : rmam lipoproteínas que são transportadas no sistema circulatório a:e ; ut esses lipídeos sejam distribuídos para os tecidos.

C a p itu lo

Elementos figurados

20 • 0 Sistema Circulatório: Sangue

9. Os leucócitos

534

Hemácias ou glóbulos vermelhos (GVs) ou eritrócitos 534 1. Os glóbulos vermelhos (GVs), ou eritrócitos, são responsáveis por pou­ co menos da metade do volume de sangue. O valor do hematócrito indi­ ca a porcentagem de sangue total ocupada por elementos celulares. Uma vez que o sangue contém cerca de 1.000 glóbulos vermelhos para cada glóbulo branco, este valor aproxima-se muito do volume de glóbulos ver­ melhos. (ver Figuras 20.2 a 20.4) 2. Os glóbulos vermelhos transportam oxigênio e dióxido de carbono na corrente sangüínea. São células altamente especializadas com uma alta proporção superfície-volume. Cada glóbulo vermelho é um disco bicôncavo. Este formato confere ao glóbulo vermelho uma ampla área de su­ perfície, permitindo a rápida difusão de gases e a capacidade de formar “pilhas” (denominadas “ rouleaux” ) que podem passar facilmente pelos capilares. 3. Como os glóbulos vermelhos não apresentam mitocôndrias, ribossomos ou núcleos, estas células são incapazes de realizar manutenção operacio­ nal normal e, portanto, geralmente degeneram após cerca de 120 dias na circulação. Os glóbulos vermelhos danificados ou mortos são reabsorvidos por fagócitos. (ver Figura 20.2 e Tabela 20.3) 4. Moléculas de hem oglobina (Hb) são responsáveis por mais de 95% das proteínas dos glóbulos vermelhos. A hemoglobina confere aos glóbulos vermelhos a capacidade de transportar oxigênio e dióxido de carbono. A hemoglobina é uma proteína globular formada por quatro subunidades. Cada subunidade contém uma molécula de heme, que carrega um íon ferro que pode se ligar reversivelmente a uma molécula de oxigênio (ver Figura 20.3). Nos pulmões, o dióxido de carbono difunde-se para fora do sangue e o oxigênio difunde-se para o sangue. Nos tecidos periféricos, ocorre o oposto: o oxigênio difunde-se para fora do sangue e o dióxido de carbono difunde-se para o sangue. 5. O tipo sangüíneo de um indivíduo é determinado pela presença ou ausên­ cia de antígenos de superfície específicos (aglutinógenos) nos plasmalemas dos glóbulos vermelhos: A, B e D (Rh). O sangue tipo A apresenta antígeno de superfície tipo A, o tipo B apresenta antígeno de superfície B, o tipo AB apresenta os dois antígenos e o tipo O não apresenta antígenos. O sangue Rh-positivo apresenta antígeno de superfície Rh, e o tipo Rh-negativo não apresenta este antígeno. Anticorpos específicos a esses antígenos de super­ fície são denominados aglutininas. Anticorpos no plasma de um indivíduo reagirão com glóbulos vermelhos que apresentem antígenos de superfície estranhos, causando uma reação cruzada, (verFigura 20.4 e Tabela 20.4) Leucócitos 538 6. Os glóbulos brancos (GBs), ou leucócitos, defendem o corpo contra patógenos e removem toxinas, resíduos e células anômalas ou danificadas (ver Figura 20.5). Os dois tipos de glóbulos brancos são os leucócitos granulares (granulócitos) e os leucócitos agranulares (agranulócitos). 7. Uma lâmina de sangue corada oferece uma contagem diferencial da popu­ lação de glóbulos brancos. Os sufixos penia e ose são utilizados para indi­ car contagem baixa ou elevada de tipos específicos de glóbulos brancos. 8. Os leucócitos apresentam quim iotaxia (atração por substâncias quími­ cas específicas) e diapedese (capacidade de se moverem através de pare­ des de vasos).

BMhaflBB 545

são subdivididos em neutrófie basófilos. Cerca de 50 a 70% dos glóbulos brancos circulantes são neutrófilos, que são fagócitos altamente móveis. Os eosinófilos, bem menos comuns, são células fagocitárias, atraídos por compostos estranhos que reagiram com anticorpos circulantes. Os basófi­ los, relativamente raros, migram para tecidos danificados e liberam histamina, auxiliando na resposta inflamatória. (ver Figura 20.5 e Tabela 20.3 10. Os leucócitos agranulares são subdivididos em monócitos e linfócitos. Os monócitos que migram para o interior dos tecidos periféricos tor­ nam-se macrófagos livres, que são células fagocitárias e altamente mó­ veis. Os linfócitos, as principais células do sistema linfático, incluem os linfócitos T (que entram nos tecidos periféricos e atacam diretamente ai células estranhas), os linfócitos B (que produzem anticorpos) e os linfócitos N K (que destroem células teciddais anômalas), (ver Figura 20.5 c granulares (granulócitos)

los, eosinófilos (acidófilos)

Tabela 20.3) P la q u e ta s

540

11. As plaquetas são algumas vezes chamadas de trombócitos; não são célu­ las, mas cápsulas de citoplasma contido em invólucro de membrana. 12. M egacariócitos são enormes células na medula óssea que liberam carsulas de citoplasma (plaquetas) no sangue circulante. As funções das pliquetas incluem: (1) transporte de substâncias químicas importantes pari. o processô de coagulação; (2) formação de tampão temporário nas pare­ des de vasos danificados; e (3) contração das margens do ferimento ou corte após a formação do coágulo para reduzir as dimensões da aberturi na parede do vaso. (ver Figuras 20.6/20.7 e Tabela 20.3)

Hematopoiese

541

1. A hematopoiese é o processo de formação de células sangüíneas. Célu­ las-tronco denominadas células-tronco pluripotentes dividem-se par£ formar todas as células do sangue, (ver Figura 20.8) E r itr o p o e s e

543

2. A eritropoese, a formação de eritrócitos, ocorre principalmente no inte­ rior do tecido mielóide (medula óssea vermelha) no adulto. A formação de glóbulos vermelhos aumenta sob a influência do hormônio estimulador de eritropoese (eritropoetina, EPO). Fases no desenvolvimento de glóbu­ los vermelhos incluem eritroblastos e reticulócitos. (ver Figura 20.8) L e u c o p o ie s e

543

3. A leucopoiese, a formação de glóbulos brancos, inicia-se na medula óssea. Granulócitos e monócitos são produzidos por células-tronco na medula óssea. Células-tronco responsáveis pela linfopoese (produção de linfócitos) também se originam na medula óssea, mas muitas delas mi­ gram para tecidos linfáticos periféricos, (ver Figura 20.8) 4. A medula óssea e o timo são denominados órgãos linfáticos primários. Órgãos linfáticos secundários, como baço, e tonsilas, contêm glóbulos brancos que se dividem para produzir células do mesmo tipo. 5. Os fatores que regulam a maturação dos linfócitos ainda não são com­ pletamente compreendidos. Alguns fatores estimuladores de colônias (CSF) estão envolvidos na regulação de outras populações de glóbulos brancos.

R E V I S Ã O DO C A P Í T U L O Para respostas às questões da Revisão dos Conceitos e Revisão do Capítulo, veja a seção de Respostas na parte final do livro.

Nível 1 - Revisão de fatos e termos Associe cada item numerado com a letra do item que melhor se relaciona. Utilize letras para as respostas nos espaços apropriados.

Coluna A

Coluna B

_ 1. basófilos

a. célula-tronco, origem de todas as células sangüíneas b. baixo volume de sangue c. Ieucócito granular d. proteína coagulante

_2. embolia _3. linfócito

_4. leucopoiese

546

0 SISTEMA CIRCULATÓRIO

_5. hemóstase _6. eritroblastos _7. fibrinogênio _8. imunoglobulinas _9. células-tronco pluripotentes _10. hipovolemia

e. leucócito agranular f. processo de produção de glóbulos brancos g. processo de prevenção de perda sangüínea h. coágulo em um vaso sangüíneo i. anticorpos j. células sangüíneas imaturas

11. As funções do sangue incluem: (a) transporte de nutrientes e resíduos (b) regulação do pH e concentração de eletrólitos (c) restrição da perda de líquido (d) todas as anteriores estão corretas 12. Os elementos figurados mais comuns no sangue são: (a) plaquetas (b) glóbulos brancos (c) proteínas (d) glóbulos vermelhos 13. As proteínas mais abundantes no sangue são: (a) globulinas (b) albuminas (c) fibrinogênio (d) lipoproteínas 14. Os principais tipos de glóbulos brancos incluem: (a) eritrócitos e plaquetas (b) células granulares e agranulares (c) fibrinogênio e fibras colágenas (d) macromoléculas e colóides 15. As células-tronco responsáveis pela produção de glóbulos brancos origi­ nam-se: (a) no fígado (b) no timo (c) no baço (d) na medula óssea 16. Cada uma das afirmações a seguir relacionadas aos glóbulos vermelhos está correta, exceto: (a) glóbulos vermelhos são discos bicôncavos (b) glóbulos vermelhos não apresentam mitocôndrias (c) glóbulos vermelhos apresentam um núcleo grande (d) glóbulos vermelhos podem formar pilhas denominadas “rouleaux” 17. A função principal da hemoglobina é: (a) armazenar íons (b) transportar glicose (c) conferir coloração ao glóbulo vermelho (d) transportar oxigênio aos tecidos periféricos 18. Indivíduos de sangue tipo A apresentam: (a) antígenos de superfície anti-A em seus glóbulos vermelhos (b) antígenos de superfície anti-B em seu plasma (c) anticorpos anti-A em seu plasma (d) anticorpos anti-O em seu plasma 19. Os glóbulos brancos que aumentam em número durante uma reação alérgica ou em resposta a infecção parasitária são os: (a) neutrófilos (b) eosinófilos (c) basófilos (d) monócitos 20. Plaquetas são: (a) células grandes que não apresentam núcleo (b) células pequenas que não apresentam núcleo (c) fragmentos celulares (d) células pequenas com um núcleo de formato irregular

Nível 2 - Revisão de conceitos 1.

Como a reação que ocorre entre o tipo sangüíneo Rh-negativo e o Rhpositivo difere da reação entre os tipos sangüíneos A, B e O?

(a) não há diferenças significativas; estes tipos de sangue reagem todos do mesmo modo (b) o sangue de um indivíduo Rh-positivo contém aglutinógenos Rh-positivo, e o sangue de um indivíduo Rh-negativo contém aglutinógenos Rh-negativo (c) o sangue de um indivíduo Rh-negativo contém aglutinógenos anti-Rh apenas se ele tiver sido sensibilizado por exposição prévia a eritrócitos Rh-positivo (d) a resposta é tão maior quanto menor for a quantidade de sangue Rh de tipo diferente administrada ao indivíduo 2. A hemóstase pode sofrer interferência por qual dos seguintes fatores? (a) uma deficiência de íons cálcio (b) uma deficiência de íons potássio . (c) uma deficiência de hemoglobina (d) uma deficiência de íons sódio 3. Por que a ausência de mitocôndrias faz com que um eritrócito seja mais eficiente no transporte de oxigênio? (a) uma vez que o eritrócito transporta gases de modo passivo, as mitocôndrias seriam desnecessárias e ocupariam espaço útil no interior da célula (b) as mitocôndrias precisam de grande quantidade de energia para seu funcionamento normal; assim, sem as mitocôndrias, os eritrócitos podem ter mais energia para o transporte de oxigênio (c) uma vez que o eritrócito transporta gases de modo passivo, o ATP não é necessário para o processo de transporte ativo e, portanto, as mitocôndrias não são necessárias, e a energia necessária para a mitocôndria pode ser utilizada para transportar o oxigênio (d) sem mitocôndrias, os eritrócitos não utilizarão o oxigênio que absorvem e podem, assim, transportar integralmente esse oxigênio absorvido para os tecidos periféricos 4. A deficiência de ferro resulta em qual dos seguintes itens? (a) redução na contagem de leucócitos (b) redução na contagem de monócitos (c) anemia (d) policitemia 5. O que é o volume concentrado de glóbulos vermelhos e por que ele algu­ mas vezes é denominado “volume de células concentradas”? 6. Qual é a função da reação de coagulação? 7. Como acabam os megacariócitos? 8. Dê alguns exemplos de órgãos linfáticos secundários. 9. O que são lipoproteínas e qual é a sua função no sangue? 10. Um indivíduo de sangue tipo O pode receber sangue tipo AB? Por quê?

Nível 3 - Pensamento crítico 1. Alguns meses antes do início de uma competição, por que alguns atletas deslocam-se para treinar em locais de maior altitude em relação ao local da competição? 2. A mononucleose é uma doença que pode causar um aumento nas di­ mensões do baço por causa do número aumentado de fagócitos e outras células. Sintomas comuns incluem aparência empalidecida, sensação de cansaço físico e falta de energia, algumas vezes a ponto de não se conse­ guir sair da cama. O que pode causar esses sintomas? 3. Quase metade da vitamina K do organismo é sintetizada por bactérias que habitam o intestino grosso. Com base nesta informação, por que o fato de se tomar antibióticos de amplo espectro (antibióticos são agentes químicos que matam microrganismos seletivamente) provoca freqüentes sangramentos nasais?

O Sistema Circulatório

OBJETIVOS DO CAPITULO: 1. Descrever o esquema básico do sistema circulatório e a função do coração.

O Coração

2. Descrever a estrutura das subdivisões do pericárdio e discutir suas funções.

3. Identificar e descrever o epicárdio, o miocárdio e o endocárdio.

4. Identificar as diferenças importantes entre o músculo estriado cardíaco e o músculo estriado esquelético.

5. Discutir a estrutura e a função do esqueleto fibroso do coração. 6 . Identificar e descrever a configuração

externa e as características da superfície do coração.

7. Descrever as especializações estruturais e funcionais de cada câmara do coração. 8. identificar as principais artérias e veias das circulações pulmonar e sistêmica ligadas ao coração.

9. Traçar o caminho do fluxo sangüíneo



através do coração.

10. Descrever a estrutura ç a função de cada uma das valvas cardíacas.

11. Localizar os vasos sangüíneos coronários, identificar suas origens e principais ramos.

12. Nomear e traçar os componentes do complexo estimulante do coração.

13. Descrever a função do complexo estimulante do coração.

14. Discutir os eventos que ocorrem durante o ciclo cardíaco.

Introdução

15. Descrever os centros cardíacos e discutir suas funções na regulação do coração.

548

Uma visão geral do sistema circulatório O pericárdio

548

548

Estrutura da parede do coração

550

Orientação e configuração externa do coração

5 52

Anatomia interna e organização do coração 554 O ciclo cardíaco

561

O S IS T E M A C IRCU LATÓ RIO

Toda célula viva depende do líquido intersticial circundante como fonte ie oxigênio e nutrientes e como local para deposição de resíduos. Níveis te gases, nutrientes e produtos residuais no líquido intersticial são manidos estáveis por meio de trocas contínuas entre o líquido intersticial e 3 sangue circulante. O sangue precisa permanecer em movimento para manter a homeostase. Se o sangue deixa de fluir através de um tecido, as reservas de oxigênio e nutrientes são esgotadas, sua capacidade para ab­ sorção de resíduos é atingida rapidamente, e nem os hormônios nem os leucócitos podem chegar aos locais pretendidos. Assim, todas as funções do sistema circulatório dependem basicamente do coração, porque é o :oraçâo que mantém o sangue em movimento. Este órgão muscular bate aproximadamente 100.000 vezes por dia, impulsionando o sangue através dos vasos sangüíneos. A cada ano, o coração bombeia mais de 1,5 milhões de galões de sangue (nos EUA, 1 galão = 3,8 L), o suficiente para comple­ tar 200 carros-tanques. Para uma demonstração prática da capacidade de bombeamento do :oração, abra a torneira da cozinha totalmente. Para atingir uma quanti­ dade de água igual ao volume de sangue bombeado pelo coração durante o tempo médio de vida, a torneira teria de permanecer aberta por pelo menos 45 anos. De modo igualmente notável, o volume de sangue im­ pulsionado pode variar amplamente, entre 5 e 30 litros por minuto. O desempenho do coração é constantemente monitorado e perfeitamente regulado pelo sistema nervoso para garantir que os níveis de gases, nu­ trientes e resíduos nos tecidos periféricos permaneçam dentro dos limites normais, quer estejamos dormindo tranqüilamente, lendo um livro, ou envolvidos em um vigoroso jogo de tênis. Começamos este capítulo examinando os aspectos estruturais que permitem ao coração um desempenho seguro, mesmo diante de deman­ das físicas amplamente variáveis. Consideraremos, então, os mecanismos que regulam a atividade cardíaca para enfrentar as constantes variações das necessidades do corpo.

CIRCULACAO SISTÊMICA

CIRCULAÇAO PULMONAR I Artérias pulmonares

Artérias sistêmicas

I Veias pulmonares

Veias sistêmicas

Capilares na cabeça, no pescoço e nos membros superiores

Capilares nos pulmões

Átrio esquerdo Ventrículo esquerdo

Átrio direito Ventrículo direito

Capilares no tronco e nos membros inferiores

Figura 21.1

Uma visão geral das circulações pulmonar e sistêmica.

O s a n g u e flu i p o r c ir c u it o s s e p a ra d o s , p u lm o n a r e s is tê m ic o , p ro p e lid o p e lo b o m ­ b e a m e n to d o c o ra ç ã o . C a d a c ir c u ito c o m e ç a e te r m in a n o c o ra ç ã o e c o n té m ar­ té ria s , c a p ila r e s e v e ia s . A s s e t a s in d ic a m a d ire ç ã o d o flu x o sa n g ü ín e o no in te rio r d e c a d a c irc u ito .

Uma visão geral do sistema c i r c u l a t ó r i o [Figura 21.1] Apesar de sua impressionante carga de trabalho, o coração é um órgão pequeno; seu coração tem aproximadamente o tamanho de seu punho cerrado. As quatro câmaras musculares do coração, os átrios direito e es­ querdo (atrium , câmara) e os ventrículos direito e esquerdo, trabalham juntas para impulsionar o sangue através de uma rede de vasos sangüí­ neos entre o coração e os tecidos periféricos. A rede pode ser subdividida em duas circulações: a circulação pulm onar, que transporta o sangue rico em dióxido de carbono desde o coração até as superfícies de tro­ cas gasosas dos pulmões e conduz o sangue rico em oxigênio de volta ao coração; e a circulação sistêmica, que transporta o sangue rico em oxigênio do coração para o restante das células do corpo, conduzindo o sangue rico em dióxido de carbono de volta ao coração. O átrio direito recebe sangue da circulação sistêmica, e o ventrículo direito ejeta o san­ gue para a circulação pulmonar. O átrio esquerdo recebe sangue da cir­ culação pulmonar, e o ventrículo esquerdo ejeta igual volume de sangue para a circulação sistêmica. Quando o coração bate, os átrios se contraem primeiro, seguidos pelos ventrículos. Os dois ventrículos contraem-se ao mesmo tempo e ejetam volumes iguais de sangue nas circulações pulm o­ nar e sistêmica. Cada circulação começa e termina no coração. As artérias transportam sangue para fora do coração; as veias conduzem sangue de volta ao coração (Figura 21.1). O sangue circula através destes circuitos em seqüência. Por exemplo, o sangue que retorna ao coração nas veias sistêmicas precisa com­ pletar a circulação pulmonar antes de entrar novamente nas artérias sistê­ micas. Capilares são pequenos vasos de paredes delgadas que interconectam

as menores artérias e veias*. Os capilares são denominados “vasos de troca”, porque suas paredes delgadas permitem o intercâmbio de nutrientes, gases dissolvidos e produtos residuais entre o sangue e os tecidos adjacentes.

O pericárdio

[Figura 21.2]

O coração está localizado próximo à parede anterior do tórax (Figura 21.2a), imediatamente posterior ao esterno, envolto pela cavidade do pericárdio, uma porção da cavidade ventral do corpo. A cavidade do pe­

ricárdio está situada no mediastino**, entre as cavidades pleurais, onde também estão localizados o timo, o esôfago e a traquéia. p á g . 19 A posição do coração em relação a outras estruturas no mediastino é mos­ trada na Figura 21.2c,d. O pericárdio seroso limita a cavidade do pericárdio. Para visualizar a relação entre o coração e a referida cavidade, imagine seu punho pres­ sionando um grande balão em direção ao centro (Figura 21.2b). A parede do balão corresponde ao pericárdio seroso, e seu punho, ao coração. O pericárdio seroso está dividido em lâmina visceral (a lâmina mais interna do balão, em contato com seu punho) e lâm ina parietal (a lâmina mais externa do balão). Seu punho, onde o balão dobra-se sobre si mesmo, cor­ responde à base do coração (assim denominada porque é o local onde o coração está ligado aos grandes vasos e confinado no mediastino). * N . de R.T. A seqüência m ais freqüente é arteríola-m etarteríola-capilar-vênula veia. ** N . de R.T. Para fins descritivos, o m ediastin o é dividido em partes superior e inferior. O m ediastin o inferior é subdividido pelo pericárdio em m ediastinos anterior, m édio e poste­ rior. O coração está situado no m ediastin o m édio.

C a p ít u lo

549

21 • O Sistema Circulatório: O Coração

Traquéia Glândula tireóide Pulmão direito

Primeira costela (seccionada) Pulmão esquerdo

Espaço preenchido por ar (corresponde à cavidade do ^ pericárdio)

Margem da lâmina parietal do pericárdio seroso (seccionada)

^

Cavidade do pericárdio contendo líquido pericárdico

Margem da lâmina visceral do pericárdio seroso (seccionada)

Fixação do pericárdio fibroso ao diafragma Balão

(b) Vista anterior Base do coração Diafragma

Mediastino posterior

Ápice do coração

Lâmina parietal do pericárdio seroso (seccionada)

Aorta (arco da aorta removido) Artéria pulmonar esquerda

(a) Vista anterior da cavidade torácica

PULMÃO^

Cavidade pleural direita

DIREITO

Cavidade pleural esquerda

'ULMÃ&Í IQUERDi

Veia pulmonar esquerda

Brônquio principal direito Artéria pulmonar direita

Tronco pulmonar

Veia pulmonar direita Nervo frênico

Átrio esquerdo —

Ventrículo esquerdo

— Cavidade do pericárdio

Veia cava superior

Epicárdio (lâmina visceral do pericárdio seroso)

Átrio direito Ventrículo direito Região anterior do mediastino (c) S ecção transversal da cavidade torácica, vista superior

Lâmina parietal do pericárdio seroso

Medula espinal Corpo vertebral

Parte torácica da aorta

Pulmão direito

Pulmão esquerdo Átrio esquerdo Brônquios Valva AV esquerda

Costela (seccionada)

Veia cava inferior

Cavidade pleural esquerda

Cavidade pleural direita

Pleura parietal

Átrio direito

Músculo papilar do ventrículo esquerdo

Lâmina parietal do pericárdio seroso

Septo interventricular

Cavidade do pericárdio

Ventrículo direito Corpo do esterno (d) S ecção transversal da cavidade torácica, vista superior

Figura 21.2 Localização do coração na cavidade torácica. 0 coração está situ a d o no m e d ia s tin o m é d io , im e d ia ta m e n te p o s te r io r a o e s te rn o . (a) V is ta a n te rio r d a c a v id a d e to r á c ic a a b e rta , m o s tra n d o a p o s iç ã o d o c o ra ç ã o e dos grandes v a s o s em re la ç ã o a o s p u lm õ e s . 0 p la n o d e s e c ç ã o in d ic a a o r ie n ta ç ã o d a p a rte (c). (b) R e la ç õ e s e n tr e o c o r a ç ã o e a c a v id a d e d o p e ric á rd io . A c a v id a d e do pericárdio en volve o c o ra ç ã o a s s im c o m o o b a lã o e n v o lv e o p u n h o (à d ire ita), (c) V is ta s u p e r io r d e u m a s e c ç ã o tr a n s v e r s a l d a c a v id a d e to r á c ic a m o stra n d o a p o siçã o do coração e a lo c a liz a ç ã o d e o u tro s ó rg ã o s n o m e d ia s tin o . N e s ta s e c ç ã o , o c o ra ç ã o é m o s tr a d o in ta c to d e m o d o a p e r m itir a v is u a liz a ç ã o da o rie n ta ç ã o d o s g ran d e s vasos,

(d) V ista su p e rio r d e u m a s e c ç ã o tra n s v e rs a l da c a v id a d e to r á c ic a n o n ív e l da v é r te b r a T VIII.

O SISTEMA CIRCULATÓRIO

O tecido conectivo frouxo da lâmina visceral do pericárdio seroso, ou ncárdio, reveste diretamente o músculo cardíaco (miocárdio). A lâmi-

parietal do pericárdio seroso é reforçada por uma camada externa de cido conectivo denso irregular contendo fibras colágenas em abundâna. Essa camada de reforço é denominada pericárdio fibroso. Juntos, a mina parietal do pericárdio seroso e o pericárdio fibroso constituem o :sistente “saco pericárdico”. Na base do coração, as fibras colágenas do ericárdio fibroso estabilizam as posições do pericárdio, do coração e dos isos associados no mediastino. A cavidade do pericárdio é o espaço eseito existente entre as superfícies opostas das lâminas parietal e visceral 0 pericárdio seroso. Essa cavidade normalmente contém entre 10 e 20 íL de líquido pericárdico secretado pelo pericárdio seroso. Esse líquido ua como lubrificante, reduzindo o atrito entre as superfícies opostas. 1revestimento pericárdico úmido evita o atrito durante os batimentos irdíacos, e as fibras colágenas que se fixam à base do coração, no mediasno, limitam a movimentação dos grandes vasos durante a contração. 3

estrutura da parede do :OraçãO [Figura 21.3] !ma secção na parede do coração (Figura 21.3a,b) revela três camadas disntas: (l ) a camada externa, o epicárdio (lâmina visceral do pericárdio sero:>), (2) a camada média, o miocárdio, e (3) a camada interna, o endocárdio.

1

. O epicárdio é a lâmina visceral do pericárdio seroso; forma a super­ fície externa do coração. O epicárdio é uma túnica serosa que consiste em um mesotélio recobrindo uma camada de tecido conectivo areolar de sustentação. 2. O miocárdio consiste em múltiplas camadas entrelaçadas de fibras musculares cardíacas, com tecido conectivo associado, vasos sangüí­ neos e nervos. O miocárdio atrial, relativamente fino, contém cama­ das que formam a imagem do número 8 ao passarem de um átrio a outro. O miocárdio ventricular é mais espesso, e a orientação das fibras musculares modifica-se de camada para camada. Camadas su­ perficiais do miocárdio ventricular envolvem ambos os ventrículos; camadas mais profundas do miocárdio ventricular formam espirais ao redor e entre os ventrículos a partir de sua base que é fixa até a ter­ minação livre do coração, ou ápice (Figura 21.3a-c). 3. As superfícies internas das câmaras cardíacas, incluindo as valvas car­ díacas, são recobertas por um epitélio escamoso simples, conhecido como endocárdio ( endo, dentro). O endocárdio é contínuo com o endotélio dos vasos sangüíneos ligados ao coração.

Tecido muscular cardíaco

[Figura 2i.3b-e]

\s características histológicas incomuns do tecido muscular cardíaco con:'erem ao miocárdio propriedades funcionais exclusivas. O tecido muscular :ardíaco foi apresentado no Capítulo 3, e suas propriedades foram breve­ mente comparadas às de outros tipos de tecido muscular. pág. 7 5 As cé­ lulas musculares cardíacas, ou miocardiócitos, são relativamente pequenas, tendo em média 10 a 20 |im de diâmetro e 50 a 100 [im de comprimento. Um miocardiócito típico tem um único núcleo central (Figura 21.3b-d). Embora sejam muito menores, as células musculares cardíacas asse­ melham-se às fibras musculares esqueléticas, pois, assim como estas, cada célula muscular cardíaca também contém miofibrilas organizadas, e o alinhamento de seus sarcômeros produz estriações. Contudo, as células musculares cardíacas diferem das fibras musculares esqueléticas em vários aspectos importantes: 1. As células musculares cardíacas são quase totalmente dependentes da respiração aeróbica para obter a energia necessária para continuarem

se contraindo. O sarcoplasma da célula muscular cardíaca contém centenas de mitocôndrias e reservas abundantes de mioglobina (para armazenar oxigênio). As reservas de energia são mantidas sob a forma de glicogênio e inclusões lipídicas. 2. Os túbulos T da célula muscular cardíaca são relativamente curtos e não formam tríades com o retículo sarcoplasmático. 3. O suprimento circulatório do tecido muscular cardíaco é mais ex­ tenso mesmo em relação ao tecido muscular esquelético vermelho. cd pág. 250

4. As células musculares cardíacas se contraem sem comando do sistema nervoso; sua contração será discutida posteriormente neste capítulo. 5. As células musculares cardíacas estão interligadas por junções celula­ res especializadas denominadas discos intercalados (Figura 21.3c-e). Os discos in terca la d o s [Figura 21.3b-e] As células musculares cardíacas são interligadas às células vizinhas nas junções celulares especializadas conhecidas como discos intercalados. Os discos intercalados são estruturas exclusivas do tecido muscular cardíaco (Figura 21.3b-e). O aspecto denteado deve-se ao intenso entrelaçamento dos sarcolemas em oposição. Em um disco intercalado: 1. Os sarcolemas de duas células musculares cardíacas são unidos por desmossomos ( maculae adherens), pág. 45 fixando as células e ajudando a manter a estrutura tridimensional do tecido. 2. As miofibrilas nessas células musculares fixam-se firmemente ao sarcolema no disco intercalado (zônulas de adesão). Assim, o disco inter­ calado liga miofibrilas de células adjacentes. Como resultado, as duas células musculares cooperam com eficiência máxima. 3. As células musculares cardíacas são também conectadas por junções comunicantes (junções gap). págs. 44, 75 Íons e pequenas molé­ culas podem mover-se entre as células nessas junções, criando, dessa forma, uma conexão elétrica direta entre duas células musculares. Como resultado, o estímulo para a contração - um potencial de ação - pode ser transmitido de uma célula muscular cardíaca para outra como se os seus sarcolemas fossem contínuos. Como as células musculares cardíacas são mecânica, química e eletri­ camente conectadas entre si, o tecido muscular cardíaco funciona como se fosse uma única e enorme célula muscular. A contração de qualquer célula desencadeia contrações de várias outras, e a contração dissemina-se através de todo o miocárdio. Por essa razão, o músculo cardíaco tem sido chamado de sincício funcional (massa funcional de células).

O esqueleto fibroso do coração*

[Figuras 21.3b/21.7]

Os tecidos conectivos do coração incluem um grande número de fibras colágenas e elásticas (Figura 21.3b). Cada célula muscular cardíaca é en­ volvida por uma bainha resistente, porém elástica, e células adjacentes são mantidas unidas por fibras entrecruzadas que dão sustentação. Por sua vez, cada camada muscular apresenta um invólucro fibroso, e lâminas fi­ brosas separam a camada muscular superficial da camada muscular pro­ funda. Essas camadas de tecido conectivo são contínuas a densas faixas de tecido fibroelástico que circundam (1) as bases do tronco pulmonar e da aorta e (2) as valvas cardíacas. Esta extensa rede de tecido conectivo é chamada de esqueleto fibroso do coração (Figura 21.7). O esqueleto fibroso desempenha as seguintes funções: L. Estabiliza as posições das células musculares e das valvas cardíacas.

* N. de R.T. O esqueleto fibroso do coração é um a estrutura complexa de tecido conectivo denso que form a quatro anéis fibrosos (direito, esquerdo, aórtico e pulm onar), dois trígonos fibrosos (direito e esquerdo), o tendão do infundíbulo e as partes mem branáceas dos septos atrioventricular e interventricular.

C a p í t u lo

21 • O Sistema Circulatório: O Coração

Base do coração

Cavidade do pericárdio

Margem seccionada do pericárdio

Discos intercalados

Ápice do coração

(a) Vista anterior (c) Músculo estriado cardíaco

(ML x 575)

Cavidade do pericárdio Camada fibrosa densa Tecido areolar MIOCÁRDIO (tecido muscular cardíaco)

— Lâmina parietal do pericárdio seroso

Mesotélio Artéria Veia

Tecidos conectivos

Mesotélio Tecido areolar

ENDOCÁRDIO

Tecido conectivo areolar

- EPICARDIO (lâmina visceral do pericárdio seroso)

Endotélio (b) Vista seccional

Célula muscular cardíaca (miocardiócito) Mitocôndria Junções comunicantes

Disco intercalados (seccionados)

Linhas Z unidas às membranas Disco — celulares opostas intercalado Desmossomos

Núcleo Célula muscular cardíaca (seccionada)

(e) Estrutura de um disco intercalado

Feixes de miofibrilas Disco intercalado (d) Células musculares cardíacas

Figura 21.3 Organização histológica do tecido muscular na parede do coração. (a) v is t a a n te rio r d o c o ra ç ã o m o s tr a n d o v á rio s p o n to s d e re fe rê n c ia im p o rtan tes. (b) S e c ç ã o tra n v e rs a l d a p a re d e d o c o ra ç ã o m o s tra n d o a e s tru tu ra d o e p icá rd io , d o m io c á r d io e d o e n d o c á rd io . (c) e (d) im a g e m h is to ló g ic a e re p re s e n ta ç ã o d ia ­ g ra m á tic a d o te c id o m u s c u la r c a rd ía c o . A s c a r a c te r ís tic a s d ife re n c ia is d a s c é lu la s m u s c u la r e s c a r d ía c a s in c lu e m (1) ta m a n h o p e q u e n o ; (2) n ú c le o ú n ic o cen tral; (3) in t e r c o n e x õ e s ra m ific a d a s e n tr e a s c é lu la s ; e (4) p re s e n ç a d e d is c o s in tercalad o s,

(e) E s tru tu ra d e u m d is c o in te rc a la d o .

O S IS T E M A CIR C U LA TÓ R IO

mediai do pulmão direito. A base do coração é a ampla porção supe­ rior, onde o coração se liga às grandes artérias e veias das circulações pulmonar e sistêmica. A base do coração inclui as origens dos grandes vasos e as superfícies superiores dos dois átrios. Em nossa analogia anterior com o balão, a base corresponde ao punho ( F ig u r a 21.2b). A base situa-se posteriormente ao esterno no nível da terceira carti­ lagem costal, deslocada do centro em aproximadamente 1,2 cm para o lado esquerdo ( F ig u r a 2 1 . 4 ) . O ápice do coração é a extremidade inferior arredondada, voltada lateralmente, posicionada em ângulo oblíquo. Um coração adulto típico mede aproximadamente 12,5 cm da base ao ápice. O ápice atinge o quinto espaço intercostal, cerca de 7,5 cm à esquerda da linha média.

2. Oferece sustentação física para as células musculares cardíacas e para os vasos sangüíneos e nervos no miocárdio. 3. Distribui as forças de contração. 4. Reforça as válvulas das valvas cardíacas e auxilia na prevenção da hiperdilatação do coração. 5. Oferece elasticidade, característica que auxilia o retorno do coração ao seu formato original após cada contração. 6. Isola fisicamente as células musculares atriais das células musculares ventriculares; como veremos posteriormente, este isolamento é vital para a coordenação das contrações cardíacas.

X_______________________

2 . O coração situ a -s e em um ân gu lo o b líq u o em relação ao eixo lo n g i­

[L r e v is ã o d o s c o n c e i t o s

tu d in a l do corpo: A base forma a m argem superior do coração. A m argem direita do coração é formada pelo átrio direito; a margem

i.

Como distinguir uma amostra de tecido muscular cardíaco de outra de te­ cido muscular esquelético? I 0 que é a cavidade do pericárdio? 3. Como as células musculares cardíacas conectam-se entre si? 4. Por que o músculo cardíaco é chamado de sincício funcional?

esquerda é formada pelo ventrículo esquerdo e por uma pequena

3.

Veja a seção de Respostas na parte final do livro.

Orientação e configuração externa lo coração [Figuras 21.2b/21.4/21.5] mbora a publicidade e os desenhos animados freqüentemente representem coração no centro do tórax, uma secção sagital não dividiria o coração em uas metades. Isso porque o coração (1) localiza-se levemente à esquerda da nha média, (2) situa-se em um ângulo oblíquo em relação ao eixo longituinal do corpo è (3) está rodado em direção ao lado esquerdo. 1.

O coração localiza-se levem en te à esq u erd a d a lin h a m éd ia : O cora­ ção está localizado no interior do mediastino, entre os dois pulmões. Como o coração situa-se levemente à esquerda da linha média, a de­ pressão na superfície mediai do pulmão esquerdo é consideravelmen­ te mais profunda do que a depressão correspondente na superfície

porção do átrio esquerdo. A margem esquerda se estende até o ápi­ ce, onde encontra a m argem inferior. A margem inferior é formada principalmente pela parede inferior do ventrículo direito. O coração está levem en te rodado p a ra a esquerda: Como resultado desta rotação, a superfície anterior, ou face esternocostal, é constituída pri­ mordialmente pelo átrio direito e pelo ventrículo direito ( F ig u r a 21 5a). A parede posterior e inferior do ventrículo esquerdo forma grande par­ te da superfície posterior, curva, ou face diafraginática do coração, que se estende entre a base e o ápice do coração ( F ig u r a 2 1 .5 b ) .

As quatro câmaras internas do coração estão associadas às reentrân­ cias, ou sulcos , visíveis na superfície externa do coração ( F ig u r a 21.5). Um “sulco in te ra tria V raso separa os dois átrios, enquanto o sulco coronário, mais profundo, marca o limite entre os átrios e os ventrículos. A divisão entre os ventrículos direito e esquerdo é indicada por depressões lineares na superfície anterior (o sulco interventricular anterior) e na superfí­ cie posterior (o sulco interventricular posterior). O tecido conectivo do epicárdio nos sulcos interventriculares e coronário geralmente contém quantidades significativas de tecido adiposo que devem ser removidas para expor os sulcos a elas subjacentes. Esses sulcos também contêm as artérias e veias que suprem o músculo cardíaco.

— Costelas

Margem superior

Margem direita Margem esquerda

Ápice do coração

Margem inferior F ig u r a 2 1 .4

Posição e orientação do coração.

A lo c a liz a ç ã o d o c o ra ç ã o no in te rio r d a c a v id a d e to r á c ic a e a s m a rg e n s d o c o ra ç ã o .

C a p í t u lo

Artéria carótida comum esquerda

21 • O Sistema Circulatório: O Coração

Artéria subclávia esquerda Parte ascendente da aorta Ligamento arterial Lâmina (dueto arterial) parietal do Parte descendente pericárdio da aorta seroso Artéria pulmonar Veia cava esquerda superior

Arco da aorta

Tronco braquiocefálico

Parte ascendente da aorta Veia cava superior

Tronco pulmonar

Aurícula direita

Aurícula direita

Aurícula esquerda

Aurícula esquerda

ÁTRIO DIREITO

Tecido adiposo no sulco interven­ tricular anterior

Tecido adiposo no sulco coronário

Lâmina parietal do pericárdio seroso Tronco pulmonar

Artéria coronária direita Sulco coronário VENTRÍ­ CULO ES­ QUERDO

VENTRÍCULO DIREITO Ramo marginal direito

Lâmina parietal do pericárdio seroso (a) Face anterior (esternocostal)

Arco da aorta Artéria pulmonar esquerda Artéria pulmonar direita

Veias pulmonares esquerdas (superior e inferior)

Aurícula esquerda

Artéria pulmonar esquerda Artéria pulmonar direita

Veia cava superior

Veia cardíaca magna (azul) e ramo circunflexo da artéria coronária Veias esquerda (vermelho) pulmonares direitas (superior e inferior)

^ ÁTRIO ^ .ESQUERDO

Tecido adiposo no sulco coronário

Veias pulmonares esquerdas (superior e inferior)

Sulco interventricular anterior

coronário

' ATRIO DIREITO

ESQUERDO

VENTRÍCULO DIREITO

/

VENTRÍCULO ESQUERDO Veia cava inferior

Veia cava superior Veias pulmonares direitas (superior e inferior) ÁTRIO DIREITO ÁTRIO ESQUERDO Veia cava inferior Seio coronário

Tecido adiposo no sulco interventricular posterior

VENTRÍCULO DIREITO

(b) Face posterior (diafragmática) F ig u ra 2 1 .5

C o n f ig u r a ç ã o e x t e r n a d o c o r a ç ã o .

(a) Vista an terior d o c o ra ç ã o e d o s g ra n d e s v a s o s . N a fo to , o " s a c o p e r ic á r d ic o " fo i s e c c io n a d o e re b a tid o p a ra e x p o r p c o ra ç ã o e o s g ra n d e s v aso s, (b) v is ta p o ste rio r do coração e d o s g ra n d e s v aso s; o s v a s o s c o ro n á r io s fo ra m in je ta d o s c o m lá te x c o lo r id o (ver Figura 21.8).

O SISTEMA CIRCULATÓRIO

Nota clínica Infecção e inflamação do coração Muitos microrganismos di­ ferentes podem infectar o tecido cardíaco, causando doenças graves. Cardite é um termo genérico para inflamação do coração. Condições clínicas resultantes de infecções cardíacas geralmente são identificadas pelo local primário da infecção. Por exemplo, infecções que atingem o endocárdio produzem sintomas de endocardite, uma condição que afe­ ta principalmente as cordas tendíneas e as valvas cardíacas; a taxa de mortalidade pode atingir 21 a 35%. As complicações mais graves da en­ docardite resultam da formação de coágulos sangüíneos nas superfícies danificadas. Esses coágulos, em seguida, se desprendem e caem na cor­ rente sangüínea como êmbolos circulantes, podendo causar acidentes vasculares encefálicos, infartos, insuficiência renal e morte. A miocardite, inflamação do músculo cardíaco, pode ser causada por bactérias, vírus, protozoários ou fungos patogênicos que atacam di­ retamente o miocárdio ou produzem toxinas que o danificam. O sarcolema das células musculares cardíacas infectadas tem sua capacidade condutiva facilitada e a freqüência cardíaca pode subir drasticamente. Com o tempo, podem ocorrer o surgimento de contrações anômalas e o enfraquecimento do músculo cardíaco, problemas estes que podem acabar levando à morte. Se o pericárdio torna-se inflamado ou infeccionado, pode ocorrer acúmulo de líquido de forma abrupta na cavidade do pericárdio e, con­ seqüentemente, ao redor do coração (tam ponam ento cardíaco), ou a diminuição da elasticidade do pericárdio (pericardite constritiva). Em ambas as condições, a expansão do coração é restringida e o débito cardíaco é diminuído. O tratamento envolve a drenagem do líquido ex­ cedente ou a abertura de uma janela no "saco pericárdico".

Os átrios e ventrículos têm funções muito diferentes - os átrios recebem sangue* que deve seguir para os ventrículos, enquanto os ventrículos devem propelir o sangue para as circulações pulmonar e sistêmica. Estas diferenças funcionais estão relacionadas a diferenças estruturais internas e externas. Observe, na Figura 21.5, os detalhes da configuração externa do coração e as características diferenciadas dos átrios e dos ventrículos. O átrio direito situa-se ântero-inferiormente e à direita do átrio esquer­ do. O átrio esquerdo se estende posteriormente ao átrio direito; constitui a maior parte da superfície posterior do coração, superiormente ao sulco co­ ronário. Os dois átrios têm paredes musculares relativamente finas e, como resultado, são altamente distensíveis. Quando o átrio está vazio, sua porção externa desinfla-se e o átrio assemelha-se a uma aba enrugada e ondula­ da. A extensão expansível do átrio é chamada de aurícula (auris , orelha) porque os antigos anatomistas consideraram seu aspecto semelhante ao de uma orelha. A aurícula também é conhecida como apêndice auricular. Os ventrículos situam-se inferiormente ao sulco coronário (Figura 21.5). O ventrículo direito constitui grande parte da face esternocostal do coração. O ventrículo esquerdo estende-se desde o sulco coronário até o ápice do coração, formando a face pulmonar esquerda e a face diafragmática do coração.

Anatomia interna e organização do coração [Figura 21.6] A Figura 21.6 mostra os detalhes da anatomia interna e a organização funcional dos átrios e ventrículos. Os átrios são separados pelo septo interatrial (septum, parede), e o septo interventricular separa os ventrícu­ los (Figura 21.6a,c). Cada átrio se comunica com o ventrículo ipsilateral. * N. de R.T. O átrio direito recebe sangue venoso, e o átrio esquerdo, sangue arterial.

Valvas são pregas de endocárdio que se estendem no interior das abertu­ ras entre os átrios e os ventrículos. Essas valvas abrem e fecham para evitar fluxo retrógrado, mantendo assim um fluxo unidirecional do sangue dos átrios para os ventrículos. (A estrutura e a função das valvas serão descri­ tas em um tópico separado.) Um átrio funciona para coletar o sangue que retorna ao coração e passá-lo ao ventrículo a ele conectado. As demandas funcionais sobre os átrios direito e esquerdo são muitos semelhantes, e as duas câmaras têm aparência quase idêntica. Já as demandas sobre os ventrículos direito e esquerdo são bastante diferentes, havendo distinções estruturais signifi­ cativas entre os dois.

O átrio direito

[Figuras 21.5/21.6a,c]

O átrio direito recebe sangue venoso, pobre em oxigênio, da circulação sistêmica por meio da veia cava superior e da veia cava inferior (Figu­ ras 21.5 e 21.6a,C). A veia cava superior, que se abre na porção súperoposterior do átrio direito, traz o sangue venoso proveniente da cabeça,' do pescoço, dos membros superiores e do tórax. A veia cava inferior, que desemboca na porção ínfero-posterior do átrio direito, traz o sangue ve­ noso proveniente de tecidos e órgãos da cavidade abdominopélvica e dos membros inferiores. As veias do próprio coração, com diferentes nomes, coletam sangue da parede cardíaca e o conduzem ao seio coronário (Fi­ gura 21.5b). Este vaso coletor abre-se na parede posterior do átrio direito, inferiormente à abertura da veia cava inferior. (Os vasos sangüíneos do coração serão descritos em um tópico separado.) Cristas musculares proeminentes, os músculos pectíneos (pectin, pen­ te), estendem-se ao longo da superfície interna da aurícula direita e através da parede atrial anterior adjacente. O septo interatrial separa os átrios di­ reito e esquerdo. Desde a quinta semana do desenvolvimento embrionário até o nascimento, existe uma abertura oval, o forame oval, localizada neste septo. (Ver Resumos de Embriologia no Capítulo 28.) O forame oval permite o fluxo de sangue diretamente do átrio direito para o átrio esquerdo en­ quanto os pulmões estão em desenvolvimento e não estão funcionantes. Ao nascimento, os pulmões começam a funcionar e o forame oval se fecha; após 48 horas ele está permanentemente fechado. Uma pequena depres­ são, a fossa oval, persiste neste local no coração adulto. Ocasionalmente, o forame oval não se fecha e permanece patente (aberto). Como resultado, o sangue volta a circular pela circulação pulmonar, diminuindo a eficiên­ cia da circulação sistêmica e aumentando a pressão sangüínea nos vasos pulmonares. Isso pode levar a um aumento nas dimensões do coração, ao acúmulo de líquidos nos pulmões e por fim à insuficiência cardíaca.

O ventrículo direito

[Figuras 21.5/21.6]

Sangue venoso, pobre em oxigênio, passa do átrio direito ao ventrículo direito através de uma abertura ampla limitada por três bandas fibrosas. Essas bandas, ou válvulas (cúspides), formam a valva atríoventricular (AV) direita ou “valva tricúspide” (Figura 21.6). As margens livres das cúspides‘são fixas em feixes de fibras colágenas, as cordas tendíneas. Esses feixes originam-se nos músculos papilares, projeções musculares cuneiformes da superfície ventricular interna. As cordas tendíneas limitam o movimento da valva AV e evitam o refluxo de sangue do ventrículo direito para o átrio direito; este mecanismo será detalhado posteriormente. A superfície interna do ventrículo contém uma série de pregas mus­ culares irregulares, as trabéculas cárneas (carneus, carnoso). A trabécula septomarginal, ou “banda moderadora”, é uma faixa de músculo ventricular que se estende desde o septo interventricular, uma divisória muscular espessa que separa os dois ventrículos, até a parede anterior do ventrículo direito e base do músculo papilar anterior. A extremidade superior do ventrículo direito afunila-se em uma bolsa cônica de paredes lisas, ou cone arterial, que termina na valva do tronco

C a p í t u lo

Figura 21.6 do coração.

Anatom ia seccional

(a) Secção frontal (coronal) d o c o ra ç ã o

Artéria carótida comum esquerda

em repouso, m o s tra n d o a s p rin c ip a is referên cias e o tra je to d o flu x o s a n ­

Artéria subclávia esquerda

güíneo através d o s á trio s e v e n tríc u lo s (setas),

Tronco braquiocefálico

(b) F o to g ra fia d o s m ú s c u lo s

Ligamento arterial (dueto arterial)

papilares e d as c o rd a s te n d ín e a s s u s ­ tentando a valva A V d ire ita . A im a g e m direito, em d ire ç ã o a um a lu z p o s ic io ­ nada no in te rio r d o á trio d ire ito ,

Tronco pulmonar

Veia cava superior

foi o b tida d o in te r io r d o v e n t r ic u lo

Arco da aorta Valva do tronco pulmonar

(c) Artérias pulmonares direitas

Vista an te rio r de um a s e c ç ã o c o ro n a l do coração, m o s tra n d o c a r a c te r ís tic a s internas e valvas. A s a rté ria s e v e ia s d o coração foram in je ta d a s c o m láte x; as artérias estão em v e rm e lh o e a s v eias, em azul.

555

21 • O Sistema Circulatório: O Coração

(d) S e c ç ã o tra n s v e rs a l d o c o ­

Artérias pulmonares esquerdas

Parte ascendente da aorta

ração no nível da v é rte b ra T V lll.

Veias pulmonares esquerdas

f ATRIO ESQUERDO

Óstio do seio coronário

Septo interatrial Valva da aorta

ATRIO DIREITO Válvula da valva AV esquerda (mitral)

Músculos pectíneos Cone arterial

VENTRÍCULO ESQUERDO

Válvula da valva AV direita (tricúspide) Cordas tendíneas

Septo interventricular (parte muscular)

Músculos papilares

Trabéculas cárneas

VENTRICULO DIREITO Veia cava inferior

Trabécula septomarginal

(b) Vista interna, ventriculo direito

Parte descendente da aorta (a) S ecção frontal (coronal), vista anterior

Ramos da artéria coronária esquerda (vermelho) e veia cardíaca magna (azul)

Parte ascendente da aorta Válvula da valva da aorta Veia cava inferior

Valva AV esquerda (mitral)

Veia cava inferior

Fossa oval

ÁTRIO ESQUERDO J

Válvula da valva AV esquerda (mitral)

Músculos pectíneos

Cordas tendíneas

Cordas tendíneas

Seio coronário ATRIO DIREITO

Músculos papilares

Válvula da valva AV direita (tricúspide) VENTRÍCULO ESQUERDO Septo interventricular (parte muscular)

Trabéculas cárneas

VENTRÍCULO DIREITO

Músculos pectíneos (c) S e c ç ã o frontal, vista anterior

Trabéculas cárneas do ventriculo direito

(d) S e c ç ã o tran sversal, vista su perior

— Músculos papilares do ventriculo esquerdo Septo interventricular (parte muscular)

0 SISTEMA CIRCULATÓRIO

pulmonar. Essa valva consiste em três válvulas semilunares (em forma de meia-lua). Quando o sangue é ejetado do ventrículo direito, passa através dessa valva para entrar no tronco pulmonar, o início da circulação pul­ monar. A disposição das válvulas nessa valva evita o refluxo de sangue para o ventrículo direito quando este se relaxa. A partir do tronco pulmonar, o sangue flui para as artérias pulmonares, direita e esquerda (Figuras 21.5 e 21.6). Estes vasos ramificam-se repetidamente no interior dos pulmões antes de suprir os capilares pulmonares, onde ocorrem as trocas gasosas.

O átrio esquerdo

[Figuras 21.5/21.6a]

A partir dos capilares pulmonares, o sangue, agora rico em oxigênio, flui no interior de pequenas veias que se unem para finalmente formar quatro veias pulmonares, duas de cada pulmão. Essas veias pulmonares direitas e esquerdas desembocam na porção posterior do átrio esquerdo (Figu­ ras 21.5 e 21.6a). O átrio esquerdo não apresenta músculos pectíneos*, mas apresenta uma aurícula. O sangue que flui do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo passa através da valva atrioventricular (AV) esquer­ da, também conhecida como “valva m itral” (m itra, chapéu episcopal) ou “valva bicúspide”. Como o próprio nome indica, essa valva contém um par de válvulas (cúspides). A valva atrioventricular esquerda permite o fluxo de sangue rico em oxigênio do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo, e evita o fluxo na direção oposta.

O ventrículo esquerdo

[Figuras 21.5/21.6a,c,d]

O ventrículo esquerdo é o que apresenta paredes mais espessas em com­ paração com todas as outras câmaras cardíacas. Essa maior espessura do miocárdio permite que o ventrículo esquerdo exerça uma pressão suficiente para propelir o sangue por toda a circulação sistêmica; para efeito de com­ paração, o ventrículo direito apresenta paredes relativamente finas e bom­ beia 0 sangue para os pulmões e de volta ao coração, em uma distância total de somente cerca de 30 cm. A organização interna do ventrículo esquerdo assemelha-se à do ventrículo direito (Figura 21.6a,c,d). Entretanto, as trabéculas cárneas são mais proeminentes em comparação às do ventrículo direito, não há trabécula septomarginal e, uma vez que a valva mitral tem apenas duas válvulas, existem também apenas dois músculos papilares. O sangue deixa o ventrículo esquerdo passando através da valva da aorta no interior da parte ascendente da aorta. A disposição das vál­ vulas na valva da aorta é a mesma da valva do tronco pulmonar. Na base da parte ascendente da aorta, ocorrem dilatações saculares, adjacentes a cada válvula. Estas bolsas conjuntamente constituem o seio da aorta, que evita a aderência das válvulas à parede da aorta nos momentos em que a valva se abre. A artéria coronária direita e a artéria coronária esquerda, que suprem o miocárdio, têm origem no seio da aorta. A valva da aorta evita o refluxo do sangue para o ventrículo esquerdo urna vez que ele tenha sido bombeado para fora do coração em direção à circulação sistêmica. A partir da parte ascendente da aorta, o sangue flui através do arco da aorta para a parte descendente da aorta (Figuras 21.5 e 21.6a). O tronco pul­ monar liga-se ao arco da aorta por meio do ligamento arterial, um cordão fibroso que é o remanescente de um importante vaso sangüíneo fetal**. Alterações circulatórias congênitas são descritas no Capítulo 22.

Diferenças estruturais entre os ventrículos direito e esquerdo [Figura 2 1 .6 a,c,d] As diferenças anatômicas entre os ventrículos direito e esquerdo são visua­ lizadas mais claramente em imagens tridimensionais ou em cortes (Figura * N. de R.T. Exceto na parede da aurícula esquerda. ** N. de R.T. O ligamento arterial é rem anescente do dueto arterial fetal que liga norm al­ mente a base da artéria pulm onar esquerda à superfície inferior do arco da aorta.

21.6a,c,d). Os pulmões envolvem parcialmente a cavidade do pericárdio, e a base do coração situa-se entre os pulmões direito e esquerdo. Como resultado, as artérias e veias pulmonares são relativamente curtas e largas, e a demanda sobre o ventrículo direito não envolve forças de contração muito intensas para propelir o sangue ao longo da circulação pulmonar. A parede do ventrículo direito é relativamente fina e, em cortes, o ventrículo direito assemelha-se a uma “bolsa” fixa à massiva parede do ventrículo esquerdo. Quando o ventrículo direito contrai, ele se move em direção à parede do ventrículo esquerdo. Isso faz com que o sangue seja compri­ mido no interior do ventrículo, e a conseqüente elevação da pressão ejeta o sangue através da valva do tronco pulmonar para o interior do tronco pulmonar. Este mecanismo muito eficiente funciona sob pressões relativa­ mente baixas, na medida necessária para promover ã circulação do sangue no circuito pulmonar. Pressões mais elevadas implicariam riscos, pois os capilares pulmonares são muito delicados. Pressões semelhantes às exerci­ das nos capilares sistêmicos poderiam danificar os capilares pulmonares e ocasionar a invasão de sangue para o interior dos alvéolos pulmonares. Uma organização semelhante de bombeamento não seria adequada para o ventrículo esquerdo, já que a demanda de força para propulsão do sangue na circulação sistêmica é cerca de sete vezes maior. O ventrí­ culo esquerdo, cuja parede muscular é extremamente espessa, apresenta uma aparência arredondada em secção transversal. A contração do ven­ trículo esquerdo gera (1) a diminuição da distância entre o ápice e a base do coração e (2) a diminuição do diâmetro da câmara ventricular. Para se entender este conceito, faremos uma analogia: imagine o que ocorre em um tubo de pasta de dentes sendo enrolado e pressionado ao mesmo tempo. As forças geradas são muito poderosas, de intensidade maior que a suficiente para forçar a abertura da valva da aorta e ejetar o sangue para a parte ascendente da aorta. Quando o poderoso ventrículo esquerdo se contrai, ele também determina um abaulamento em direção à cavidade do ventrículo direito, que conseqüentemente a reduz e melhora a eficiência propulsora do referido ventrículo. Indivíduos cuja musculatura ventricu­ lar direita tenha sido gravemente danificada podem sobreviver justamente por causa desta força de propulsão adicional oferecida pela contração do ventrículo esquerdo.

G REVISÀO DOS CONCEITOS 1. Qual é o nome do sulco que separa os átrios dos ventrículos? 2. Quais são as características externas que distinguem os átrios dos ventrí­ culos? veja a seção de Respostas na parte final do livro.

Estrutura e função das valvas cardíacas [Figuras 21.6/21.7] Detalhes da estrutura e função das quatro valvas do coração são mostra­ dos nas Figuras 21.6 e 21.7. As valvas atrioventriculares (AV) estão situadas entre os átrios e os ventrículos. Cada valva AV tem quatro componentes: (1) um anel de te­ cido conectivo (direito e esquerdo) que pertence ao esqueleto fibroso do coração; (2) válvulas de tecido conectivo cuja função é fechar a abertura entre as câmaras do coração; e (3) cordas tendíneas que fixam as margens das válvulas aos (4) músculos papilares da parede do ventrículo. Existem válvulas semilunares impedindo o fluxo retrógrado para os dois ventrículos. Essas válvulas foram assim nomeadas em função de seus formatos que se assemelham a três bolsas em forma de meia-lua. A valva do tronco pulmonar (três válvulas semilunares) situa-se na saída do tronco pul­ monar a partir do ventrículo direito, enquanto a valva da aorta (três válvulas semilunares) situa-se na saída da aorta a partir do ventrículo esquerdo.

C a p ítu lo

21 • O Sistema Circulatório: O Coração

POSTERIOR Esqueleto fibroso do coração

Valva AV esquerda (mitral), aberta

Valva AV esquerda (mitral), aberta

Valva da aorta, fechada VENTRÍCULO ESQUERDO

:n tr íc u lo DIREITO

tendíneas

Músculos papilares (relaxados) Valva da aorta, fechada

Valva AV direita (tricúspide), aberta

VENTRÍCULO ESQUERDO (dilatado)

Valva do tronco pulmonar, fechada ANTERIOR Secção frontal, átrio e ventrículo esquerdos

Secção transversal, vista superior, átrios e vasos removidos (a) Ventrículos relaxados (dlástole ventricular) Valva AV Esqueleto fibroso direita do coração (triscúspideV fechada

Valva AV esquerda (mitral), fechada

Aorta

Valva AV esquerda (bicúspide), fechada

Seio da aorta VENTRÍCULO ESQUERDO

:NTRÍCULO DIREITO

. Valva da aorta, aberta

Cordas tendineas (sob tensão) Músculos papilares (em con­ tração)

Valva da aorta, aberta

Ventrículo esquerdo (em con­ tração)

Valva do tronco pulmonar, aberta

SECÇÃO TRANSVERSAL

SECÇÃO FRONTAL

(b) Ventrículos contraídos (sístole ventricular)

Figura 21.7

Valvas cardíacas.

A s s e ta s v e rm e lh a s e a s s e ta s a z u is in d ic a m o flu x o d e sa n g u e o xig e n a d o e d eso xig en ad o , re s p e c tiv a m e n te , para d e n tro o u para fo ra d e u m v e n tríc u lo ; as se ta s p re ­ ta s in d ic a m o flu x o s a n g ü ín e o n o in te rio r d e u m átrio; e a s s e ta s v e rd e s re p re se n ­ ta m o s e n tid o d e c o n tra ç ã o v e n tric u la r.

(a) Q u a n d o o s v e n tríc u lo s e stã o relaxados,

a s v a lv a s A V d ire ita e e s q u e rd a e s tã o a b e rta s e a s v a lv a s d o tro n c o p u lm o n a r e da a o rta e s tã o fe c h a d a s. A s c o rd a s te n d ín e a s e s tã o fro u x a s e o s m ú s c u lo s p a p ila re s e s tã o re la x a d o s,

(b) Q u a n d o o s v e n tr íc u lo s e s tã o co n tra íd o s, a s v a lv a s AV d ireita

e e s q u e rd a e s tã o fe c h a d a s e a s v a lv a s d o tro n c o p u lm o n a r e da ao rta e stã o ab er­

Aberta

Fechada

(c) Função das válvulas semilunares das valvas do tronco pulmonar e da aorta

tas. N a s e c ç ã o fro n ta l, n o te a fix a ç ã o d a v a iva A V e sq u e rd a à s c o rd a s te n d ín e a s e m ú s c u lo s p a p ila re s.

(c) A v a lv a d a a o rta e m p o s iç ã o a b e rta (esqu erda) e fe cha da

(direita). A s v á lv u la s in d iv id u a is re fo rç a m -s e u m a s à s o u tra s na p o siç ã o fechada.

O SISTEMA CIRCULATÓRIO sistêmica, e essa pressão mantém um fluxo contínuo de sangue para aten­ der às demandas do tecido muscular cardíaco ativo.

Nota clínica

A artéria coronária direita [Figura 21.8] Prolapso da valva atrioventricular esquerda ou "valva m i­ tral" Pequenas anomalias na conformação da valva são relativamente comuns. Por exemplo, estima-se que 10% dos indivíduos entre 14 e 30 anos de idade apresentem algum grau de prolapso de valva mitral (PVM). Nesta situação, as válvulas da valva mitral não se fecham adequa­ damente. O problema pode estar relacionado a conformações alteradas das cordas tendíneas, que podem ser anormalmente longas ou curtas, ou ao mau funcionamento dos músculos papilares. Como a ação da val­ va é imperfeita, algum grau de refluxo pode ocorrer durante as sístoles ventriculares. As ondas, turbilhonamentos e redemoinhos produzem um som murmurante conhecido como sopro cardíaco. Esta condição, na maioria dos casos, é completamente assintomática, e o indivíduo vive normalmente sem notar qualquer alteração circulatória. No entanto, o refluxo pode aumentar o risco de infecções da valva após extrações dentárias ou determinados procedimentos médicos.

A função das valvas durante o ciclo cardíaco As cordas tendíneas e os músculos papilares, associados às valvas AV, apre­ sentam atuação importante na função normal das valvas AV em um ciclo cardíaco. Durante o período de relaxamento ventricular (diástole ventricu­ lar), os ventrículos estão sendo preenchidos de sangue, os músculos estão relaxados, e a valva AV aberta não oferece resistência ao fluxo de sangue do átrio para o ventriculo. Durante esse período, as valvas do tronco pul­ monar e da aorta estão fechadas; suas válvulas semilunares não precisam de cordas tendíneas porque suas posições são estáveis e, sendo simétricas, sustentam-se umas às outras como as hastes de um tripé. Quando é iniciado o período de contração ventricular (sístole ventricu­ lar), o sangue que deixa os ventrículos abre as valvas do tronco pulmonar e da aorta, enquanto o sangue retornando em direção aos átrios empurra e une as cúspides das valvas AV direita e esquerda. A tensão nos músculos papilares e nas cordas tendíneas limita o movimento das válvulas (cúspi­ des), evitando o seu deslocamento excessivo e a conseqüente eversão da valva em direção aos átrios. Assim, as cordas tendíneas e os músculos papi­ lares são essenciais para evitar o fluxo retrógrado (ou refluxo, ou regurgita­ ção) do sangue para os átrios a cada contração ventricular. Anomalias graves na constituição das valvas podem interferir na fun­ ção cardíaca; a intensidade e a sincronia da ocorrência dos sons cardíacos relacionados podem fornecer importante informação diagnostica. Os mé­ dicos utilizam um instrumento, denominado estetoscópio, para auscul­ tar os sons normais e anormais do coração. Os sons das valvas podem ser amortecidos ao passar através do pericárdio, de tecidos circundantes e da parede torácica. Como resultado, a colocação do estetoscópio nem sempre corresponde à posição da valva sob ausculta.

Vascularização cardíaca

[Figura 2 1 . 8 ]

O coração trabalha continuamente, e as células musculares cardíacas de­ mandam suprimento permanente de oxigênio e nutrientes. A circulação coronariana faz o suprimento sangüíneo ao tecido muscular do coração. Em desempenho máximo, a demanda de oxigênio cresce consideravel­ mente, e o fluxo sangüíneo ao coração pode aumentar até nove vezes em relação aos níveis exigidos em situação de repouso. A circulação coronariana (Figura 21.8) inclui uma extensa rede de vasos sangüíneos. A artéria coronária direita e a artéria coronária es­ querda originam-se na base da parte ascendente da aorta, no interior do seio da aorta, como os primeiros ramos desse vaso. A pressão arterial neste local é maior do que a observada em qualquer outro local da circulação

A artéria coronária direita (ACD) origina-se na parte ascendente da aorta (seio da aorta direito), passa entre a aurícula direita e o tronco pul­ m onar e então continua à direita no interior do sulco coronário. Ainda que ocorram variações, geralmente os ramos da artéria coronária direita suprem (1) o átrio direito, (2) parte do átrio esquerdo, (3) o septo interatrial, (4) todo o ventriculo direito, (5) uma parte variável do ventrículo esquerdo, (6) o terço póstero-inferior do septo interventricular e (7) partes do complexo estimulante do coração. Os principais ramos são mostrados na Figura 21.8. 1. Ram os atriais: À medida que percorre o sulco coronário na face esternocostal, a artéria coronária direita dá origem a ramos atriais que suprem o miocárdio do átrio direito e parte do átrio esquerdo. 2. Ramos ventriculares: Nas proximidades da margem direita do coração, ' a artéria coronária direita geralmente dá origem ao ramo marginal direito que se estende em direção ao ápice do coração ao longo da margem direita do ventriculo direito; continua-se, então, no interior do sulco coronário na face diafragmática do coração, onde origina o ramo interventricular posterior, ou “artéria descendente posterior", que faz trajeto em direção ao ápice do coração, no interior do sulco interventricular posterior. Esse ramo supre o septo interventricular e partes adjacentes dos ventrículos. 3. Ram os para 0 complexo estimulante: Um pequeno ramo próximo à origem da artéria coronária direita (ramo do nó sinoatrial) penetra a parede atrial para atingir o nó sinoatrial (SA), também conhecido como “marca-passo cardíaco". Um pequeno ramo para 0 nó atrio­ ventricular (AV), outra parte do complexo estimulante do coração, origina-se na artéria coronária direita, próximo ao ramo interventri­ cular posterior. Esses nós e suas funções na regulação do batimento cardíaco serão descritos posteriormente.

A artéria coronária esquerda [Figura 21.8] A artéria coronária esquerda normalmente supre (l) a maior parte do ventriculo esquerdo, (2) uma estreita faixa do ventriculo. direito, (3) a maior parte do átrio esquerdo e (4) os dois terços anteriores do septo interventricular. Ao atingir a face esternocostal do coração, ela dá ori­ gem a um ramo circunflexo e a um ramo interventricular anterior (Figura 21.8). O ramo circunflexo curva-se para a esquerda no interior do sul­ co coronário, onde origina um ou mais ramos diagonais*, em direção à face diafragmática do coração. Origina geralmente um ramo marginal esquerdo e, ao atingir a face diafragmática do coração, origina o ramo posterior do ventriculo esquerdo. As porções distais do ramo circunfle­ xo freqüentemente se anastomosam com pequenos ramos da artéria co­ ronária direita. O ramo mais longo, ramo interventricular anterior, ou “ramo descendente anterior”, faz trajeto ao longo da face esternocostal, no interior dõ sulco interventricular anterior. Esse ramo supre o miocárdio ventricular anterior e os dois terços anteriores do septo interventricular. Pequenos ramos do ramo interventricular anterior são contínuos com aqueles do ramo interventricular posterior, da artéria coronária direi­ ta. Essas interconexões entre as artérias são denominadas anastomoses (anastomosis , passagem). Como os ramos interventriculares são interconectados, o suprimento sangüíneo ao miocárdio ventricular permanece relativamente constante, apesar das variações da pressão no interior das artérias coronárias direita e esquerda. * N. de R.T. O term o ram o diagonal não consta na Terminologia Anatômica, porém é uti­ lizado para denom inar o ram o que se origina da artéria coronária esquerda, entre os ramos interventricular anterior e circunflexo.

C a p itu lo

Artéria subclávia esquerda

Artéria carótida comum esquerda Tronco-------- V braquiocefálico Tronco — pulmonar

Arco da aorta

Artéria carótida comum esquerda

Tronco braquiocefálico

Artéria subclávia esquerda Arco da aorta

ATRIO ESQUERDO Veia cava superior

Artéria coronária esquerda (ACE)

A rté ria

Tronco pulmonar Valva do tronco pulmonar Ramo lateral

Parte ascendente da aorta

oro n a ria d ire ita

Ramo diagonal

ÁTRIO DIREITO

Ramos atriais daACD

559

21 • O Sistema Circulatório: O Coração

Aurícula direita

Ramo interventricular anterior

INTRÍCULO SQUERDO

VENTRÍCULO DIREITO

Veia interventricular anterior

Artéria coronária direita

Veia interventricular anterior

Veia cardíaca anterior

Ramo interventricular anterior

ÁTRIO DIREITO Veia cardíaca parva

VENTRÍCULO ESQUERDO

Ramo marginal direito

Veia cardíaca parva Veias anteriores do VD

VENTRÍCULO DIREITO (c) Circulação coronária e grandes vasos, vista anterior

Ramo marginal direito (a) Vista anterior

Ramo circunflexo

Ramo atrial da ACE

/eia cardíaca magna Ramo marginal esquerdo Veia posterior do ventrículo esquerdo

Cateter

ATRIO' ESQUERDO

Ramo posterior do ventrículo esquerdo

Artéria coronária esquerda (ACE) Seio coronário v e n t r Icu l

Ramo circunflexo

ESQUERDi ÁTRIO DIREITO Veia cardíaca parva

VENTRÍCULO DIREITO

Ramo lateral

Artéria coronária direita (ACD)

Ramo marginal esquerdo Ramo interventricular anterior

Ramo marginal direito Ramo interventricular posterior (b) Vista posterior

Veia interventricular posterior

Diafragma

(d) Angiografia coronariana, vista lateral

F ig u ra 2 1 .8 Circulaçao coronariana. (a) Artérias co ro n á ria s q u e s u p re m a fa c e e s te r n o c o s ta l d o c o ra ç ã o , (b) A r té r ia s c o ro n á r ia s q u e s u p r e m a fa c e d ia fra g m á tic a d o c o ra çã o , (c) M o d e lo da v a s c u la riz a ção cardíaca m o stra n d o a c o m p le x id a d e e a e x te n s ã o d a c ir c u la ç ã o c o ro n a ria n a . A r té r ia s c o ro n á r ia s ta m b é m s ã o v is ív e is na Figura 2 1.5 . (d) A n g io g ra fia c o ro n a ria n a m ostrando as a rté ria s c o ro n á ria s , p ro je ç ã o la te ra l e s q u e rd a .

560

TÓRIO

Nota clínica 0 t e r m o doença arterial coronariana (DAC) r e f e r e - s e à s a lt e r a ç õ e s d e g e n e r a t iv a s n a c ir c u la ç ã o c o r o n a r ia ­

d e p ó s it o d e g o r d u r a e c á lc io , o u placa, n a p a r e d e d a a r t é r ia c o r o n á r ia e/

na. A s fib r a s m u s c u la r e s c a r d ía c a s n e c e s s it a m d e s u p r im e n t o c o n s t a n t e

o u in t e r r o m p e o f lu x o s a n g ü ín e o . E s p a s m o s n a m u s c u la t u r a lisa d a p a r e ­

d e o x ig ê n io e n u tr ie n te s , e q u a lq u e r r e d u ç ã o n a c ir c u la ç ã o c o r o n a r ia n a

d e d o s v a s o s p o d e m d im in u ir a in d a m a is o flu x o s a n g ü ín e o , o u m e s m o

p r o d u z u m a r e d u ç ã o c o r r e s p o n d e n t e n o d e s e m p e n h o c a r d ía c o . E s s a

in t e r r o m p ê - lo . U m a v a r ie d a d e d e p r o c e d im e n t o s d e im a g e m p o d e s e r

isquemia corona­

riana, g e r a lm e n t e r e s u lt a d e u m b lo q u e io t o t a l o u p a r c ia l d a s a r t é r ia s

u t iliz a d a p a r a v is u a liz a r a c ir c u la ç ã o c o r o n a r ia n a , in c lu in d o a angiografia coronariana ( F ig u r a 2 1 . 8 d ) e a a n g io g r a fia d ig it a l p o r s u b t r a ç ã o (ADS)

c o r o n á r ia s . A c a u s a m a is f r e q ü e n t e d e s s e b lo q u e io é a f o r m a ç ã o d e u m

( F ig u r a 2 1 .9 a , b ) .

Doença arterial coronariana

r e d u ç ã o d o s u p r im e n t o c ir c u la t ó r io , c o n h e c id a c o m o

(a) Circulação normal

o u r a m o s . A p la c a , o u u m t r o m b o a s s o c ia d o , d im in u i a p a s s a g e m e re d u z

(b) Circulação restrita

(c) Angioplastia por balão

(d) F ig u r a 2 1 .9 Circulação coronariana e teste clínico. (a) im a g e m d e a n g io g ra fia d ig ita l p o r s u b tr a ç ã o (ADS) c o lo r id a e a m p lia d a d e u m c o r a ç ã o s a u d á v e l. A s p a r e d e s v e n tr ic u la r e s a p re se n ta m in te n so su p rim e n tc v a scu la r. (Os á tr io s n ã o s ã o m o s tra d o s .) (b) Im a g e m d e A D S c o lo r id a e a m p lia d a d e u m c o r a ç ã o le sa d o . A m a io r p a rte d o m io c á rd io v e n tric u la r en con tra -se s e m s u p rim e n to s a n g ü ín e o , (c) A a n g io p la s tia p o r b a lã o p o d e s e r u tiliz a d a e m a lg u n s c a s o s p a ra re m o v e r u m b lo q u e io vascu lar. O c a te te r é g u ia d o a tra v é s da: a rté ria s c o ro n á r ia s a té o lo c a l d a o b s tr u ç ã o e é e n tã o in fla d o d e m o d o a p r e s s io n a r a p la c a m a c ia c o n tra a p a re d e d o vaso . (d) F re q ü e n te m e n te u m stent < in s e rid o a p ó s a a n g io p la s tia p a ra p re v e n ir a r e c o r r ê n c ia d e p la c a s . E sta im a g e m m o s tra u m sten t in s e rid o n o ra m o in te rv e n tríc u la r a n te rio r da a rté ria coronári; e sq u e rd a .

C a p í t u lo

561

21 • O Sistema Circulatório: O Coração

Nota clínica (.continuaçao) U m d o s p r im e ir o s s in t o m a s d a D A C é f r e q ü e n t e m e n t e a angina (an­ gina, e s p a s m o d o lo r o s o ) . N a f o r m a m a is c o m u m d a a n g in a , u m a is q u e m ia

a r t é r ia d e g r a n d e c a lib r e ( g e r a lm e n t e a a r t é r ia fe m o r a l) e g u ia d o a t é a

e u m a d e f ic iê n c ia t e m p o r á r ia d o s u p r im e n t o d e o x ig ê n io d e s e n v o lv e m - s e

s e r in t r o d u z id o s n o in t e r io r d o c a t e t e r , e a p la c a p o d e s e r r e m o v id a p o r

p la c a n a a r t é r ia c o r o n á r ia . V á r io s t ip o s d e d is p o s it iv o s c ir ú r g ic o s p o d e m

laser o u fr a g m e n t a d a p o r lâ m in a s r o t a t iv a s s im ila r e s a u m m i-

c o m o a u m e n t o d a s o lic it a ç ã o d e t r a b a lh o d o c o r a ç ã o . E m b o r a o in d iv í­

r a d ia ç ã o

d u o p o s s a s e n tir -s e c o n f o r t á v e l e m r e p o u s o , q u a lq u e r e x e r c íc io in c o m u m

n it r it u r a d o r . O s f r a g m e n t o s c r ia d o s p e la d e s t r u iç ã o d a p la c a s ã o s u g a d o s

o u e s t r e s s e e m o c io n a l p o d e p r o d u z ir u m a s e n s a ç ã o d e p r e s s ã o , c o n s t r i-

p e lo c a t e t e r , e v it a n d o b lo q u e io s d e v a s o s m e n o r e s .

ç ã o n o p e ito e d o r n a r e g iã o d o e s t e r n o q u e p o d e ir r a d ia r - s e p a r a b r a ç o s ,

Na

angioplastia por balão (angeion , v a s o ), a e x t r e m id a d e d o c a ­

t e t e r c o n t é m u m b a lã o in f lá v e l. U m a v e z e m p o s iç ã o , o b a lã o é in fla d o ,

d o rso e p e sc o ç o . A a n g in a p o d e m u it a s v e z e s s e r c o n t r o la d a p e la c o m b in a ç ã o d e m e d i­

c o m p r im in d o a p la c a c o n t r a a s p a r e d e s d o v a s o

(Figura

21.9c). E s te

p ro ­

c a m e n to s e m u d a n ç a s n o e s t ilo d e v id a . M o d if ic a ç õ e s n o e s t ilo d e v id a q u e

c e d im e n t o f u n c io n a m e lh o r n a s p la c a s p e q u e n a s ( m e n o r e s q u e 10 m m )

c o m b a te m a a n g in a in c lu e m : (1) lim it a r a s a t iv id a d e s r e c o n h e c id a m e n t e d e -

e m a c ia s . U m a v e z q u e r e e s t e n o s e s , o u e s t r e it a m e n t o s re p e tid o s , p o d e m

s e n c a d e a n t e s d o s a t a q u e s d e a n g in a , c o m o e x e r c íc io s e x te n u a n t e s , a lé m

an g in a in c lu e m d r o g a s q u e b lo q u e ia m a e s t im u la ç ã o s im p á tic a

stents metálicos p o d e m s e r c o lo c a d o s n o in t e r io r d a a r­ (Figura 2 1. 9d). A cirurgia de b y p a s s c o r o n a r ia n o e n v o lv e a r e t ir a d a d e u m p e q u e ­ n o f r a g m e n t o d e u m a p e q u e n a a r t é r ia ( fr e q ü e n t e m e n t e a artéria torácica interna) o u d e u m a v e ia p e r if é r ic a (v e ia s a f e n a m a g n a ), e a u t iliz a ç ã o d e s ­

ou

s e f r a g m e n t o n a c r ia ç ã o d e u m d e s v io a o r e d o r d a o b s t r u ç ã o n a a r té r ia

d e e v ita r s it u a ç õ e s e s t r e s s a n t e s e s e e x e r c it a r c o m m o d e r a ç ã o e r e g u la r i­ d a d e d e n tr o d e lim it e s to le r a d o s ; (2) p a r a r d e fu m a r; e (3) m o d if ic a r a d ie ta d im in u in d o a in g e s tã o d e g o rd u ra s . M e d ic a m e n t o s ú te is p a ra o c o n t r o le d a

(propranolol metoprolol); v a s o d ila t a d o r e s c o m o a nitroglicerina o u peptídeos natriuréticos atriais; o u d r o g a s q u e b lo q u e ia m o m o v im e n t o d o c á lc io p a ra o in ­ te r io r d a s fib r a s m u s c u la r e s c a r d ía c a s (bloqueadores dos canais de cálcio).

s e d e s e n v o lv e r ,

té r ia p a r a m a n t ê - la a b e r t a

c o r o n á r ia . A t é q u a t r o a r t é r ia s p o d e m s e r r e d ir e c io n a d a s d e s s e m o d o e m u m ú n ic o p r o c e d im e n t o c ir ú r g ic o . O s p r o c e d im e n t o s s ã o n o m e a d o s d e

D ro g a s q u e d im in u e m o s n ív e is d e c o le s t e r o l e lip íd e o s n o s a n g u e p o d e m

a c o r d o c o m o n ú m e r o d e v a s o s c o r r ig id o s , s e n d o p o s s ív e l r e f e r ir - s e à

e v ita r o c r e s c im e n t o d a p la c a o u m e s m o c a u s a r s u a re g re s s ã o .

c ir u r g ia c o m o

bypass c o r o n a r ia n o s im p le s , d u p lo , t r ip lo o u q u á d r u p lo . A s

A a n g in a ta m b é m p o d e s e r t r a ta d a c ir u r g ic a m e n t e . U m a ú n ic a p la c a

r e c o m e n d a ç õ e s a t u a is p a r a e s s e p r o c e d im e n t o c ir ú r g ic o s u g e r e m q u e

cateter lo n g o e d e lg a d o .

e le s e ja r e s e r v a d o p a r a c a s o s g r a v e s d e a n g in a , q u e n ã o r e s p o n d e m a

m a c ia p o d e s e r r e m o v id a c o m o a u x ílio d e u m

O c a te te r, u m tu b o d e p e q u e n o d iâ m e t r o , é in s e r id o n o in t e r io r d e u m a

A5 veias cardíacas [Figuras 21.5b/21.8a,b] A veia interventricular anterior e a veia interventricular posterior co­ letam sangue de pequenas veias que drenam os capilares do miocárdio e conduzem este sangue venoso ao seio coronário, uma grande veia de paredes delgadas situada na parte posterior do sulco coronário (Figuras 21.5b e 21.8a,b). Conforme já citado neste capítulo, o seio coronário abre-se no átrio direito, inferiormente ao óstio da veia cava inferior. As veias cardíacas que se esvaziam no seio coronário ou na veia car­ díaca magna incluem (1) a veia posterior do ventrículo esquerdo, que drena a área servida pelo ramo circunflexo; (2) a veia interventricular posterior (v. cardíaca média), que drena a área suprida pelo ramo inter­ ventricular posterior; e (3) a veia cardíaca parva, que recebe sangue das superfícies posteriores do átrio e do ventrículo direitos. As veias anterio­ res do ventrículo direito que drenam a superfície anterior do ventrículo direito desembocam diretamente no átrio direito.

f _______________________ Vi REVISÃO DOS C O N CEITO S 1. O que aconteceria se não houvesse valvas entre os átrios e os ventrículos? 2. Quais são as três veias principais que se abrem no átrio direito? 3. Descreva o trajeto do sangue desde o ventrículo esquerdo até as superfí­ cies respiratórias dos pulmões. 4. O que impede que as valvas AV se abram de volta na direção dos átrios? Veja a seção de Respostas na parte final do livro.

O ciclo cardíaco

[Figura 21.10]

Um ciclo cardíaco é o período entre o início de dois batimentos cardíacos consecutivos. Assim sendo, o ciclo cardíaco inclui períodos alternados de contração e relaxamento. Para cada uma das câmaras cardíacas, o ciclo pode ser dividido em duas fases. Durante a contração, ou sístole, a câmara

o u t r o s tr a t a m e n t o s .

ejeta o sangue para o interior de outra câmara ou para um tronco arterial. A sístole é seguida por uma segunda fase, de relaxamento, ou diástole. Durante a diástole, a câmara se enche de sangue e se prepara para iniciar um novo ciclo cardíaco. Os eventos de um ciclo cardíaco estão resumidos na Figura 21.10.

A coordenação das contrações cardíacas [Figura 2 1 . 1 1 ] A função de qualquer bomba é desenvolver pressão e movimentar um volume determinado de líquido em uma direção específica e em uma ve­ locidade ideal. O coração trabalha em ciclos de contração e relaxamento, e a pressão no interior das câmaras aumenta e diminui alternadamente. As valvas AV direita e esquerda e as valvas do tronco pulmonar e da aor­ ta contribuem para assegurar a unidirecionalidade do fluxo sangüíneo, apesar destas oscilações de pressão. O sangue fluirá de um átrio para um ventrículo somente se a valva AV estiver aberta e se a pressão atrial for maior do que a pressão ventricular. De modo semelhante, o sangue fluirá de um ventrículo para um tronco arterial somente se as valvas do tronco pulmonar e da aorta estiverem abertas e se a pressão ventricular exceder a pressão arterial. Assim, o funcionamento adequado do coração depen­ de da cronologia apropriada das contrações atriais e ventriculares. Essa cronologia é normalmente propiciada por elaborados sistemas de marcapasso e condução (complexo estimulante do coração). Diferentemente do músculo esquelético, o tecido muscular cardíaco contrai-se por si mesmo independentemente de estimulação nervosa ou hormonal. Esta capacidade inerente de gerar e conduzir impulsos é denominada a utom aticidade ou auto-ritm icidade. (A automaticidade é também característica de alguns tipos de tecido muscular liso, discuti­ dos no Capítulo 25.) Estímulos nervosos ou hormonais podem alterar o ritm o basal de contração, porém mesmo um coração removido para transplante continuará a bater a menos que medidas sejam tomadas para evitá-lo.

O SISTEMA CIRCULATÓRIO

562 Figura 21.10

O ciclo cardíaco.

(a) Início da sístole atrial: A contração atrial força uma pequena quantidade de sangue L adicional para o interior dos (f ventrículos relaxados.

A s s e ta s p re ta s in d ic a m m o v im e n to d o s a n g u e o u d a s valvas; a s s e ta s b ra n c a s in d ic a m a c o n ­

INICIO

tra ç ã o d o m io c á rd io .

\

(f) Diástole ventricular, término: Todas as câmaras estão em estado de relaxamento. Preenchimento passivo / dos ventrículos. / /

(b) Término da sístole atrial e início da diástole atrial

Sístole

Ciclo cardíaco

(e) Diástole ventricular, início: j Conforme os ventrículos JÈ retornam ao estado de / jf l relaxamento, a pressão ventricular diminui; o fluxo 1f retrógrado do sangue contra as r valvas do tronco pulmonar e da aorta força seu fechamento. O sangue flui para os átrios relaxados.

Cada contração segue uma seqüência precisa: os átrios se contraem primeiro e depois os ventrículos. Se as contrações seguem outra seqüên­ cia, o padrão normal do fluxo sangüíneo é alterado. Por exemplo, se os átrios e os ventrículos se contraem ao mesmo tempo, o fechamento das valvas AV direita e esquerda impede o fluxo sangüíneo entre os átrios e os ventrículos. As contrações cardíacas são coordenadas por células condutoras especializadas, células musculares cardíacas que não são capazes de ser submetidas a contrações poderosas. Existem duas populações distintas dessas células. As células nodais são responsáveis pelo estabelecimento da velocidade da contração cardíaca, e as fibras condutoras distribuem o estímulo contrátil ao miocárdio em geral (Figura 21.11).

Os nós sinoatrial e atríoventricular [Figura 21.11] As células nodais são incomuns porque suas membranas celulares despolarizam-se espontaneamente ao atingirem o limiar. As células nodais estão eletricamente ligadas umas às outras, a fibras condutoras e a células muscu­ lares cardíacas normais. Como resultado, um potencial de ação iniciado em uma célula nodal propaga-se rapidamente através do complexo estimulan­ te, atingindo a totalidade do tecido muscular cardíaco e causando uma con­ tração. Desse modo, as células nodais determinam a freqüência cardíaca. Nem todas as células nodais se despolarizam na mesma velocidade, e a velocidade normal de contração é estabelecida pelas células nodais que atingem o limiar mais rapidamente; o impulso por elas produzido levará todas as outras células a atingirem o limiar. Essas células que se despo­ larizam rapidamente são denominadas células marca-passo. As células marca-passo são encontradas no nó sinoatrial (nó SA), ou marca-passo

(c) Sístole ventricular, primeira fase: A contração ventricular exerce pressão sobre as valvas AV direita e esquerda fechadas, mas não é suficiente para abrir as valvas do tronco pulmonar e da aorta.

(d) Sístole ventricular, segunda fase: A pressão ventricular se eleva e ultrapassa a pressão nas artérias; as valvas do tronco pulmonar e da aorta se abrem e o sangue é ejetado para seu interior.

cardíaco. O nó SA está incluso na parede do átrio direito, próximo à de­ sembocadura da veia cava superior* (Figura 21.11). Células marca-passo isoladas despolarizam-se rápida e espontaneamente, gerando entre 80 e 100 potenciais de ação por minuto. Cada vez que o nó SA gera um impulso, produz um batimento car­ díaco; assim, teoricamente, a freqüência cardíaca de repouso deve ser de 80 a 100 batimentos por minuto (bpm). No entanto, qualquer fator que alterar o potencial de ação ou modificar a velocidade de despolarização espontânea no nó SA alterará também a freqüência cardíaca. Por exem­ plo, a atividade da célula nodal é afetada pela atividade do sistema ner­ voso autônomo. Quando a acetilcolina (ACh) é liberada por neurônios parassimpáticos, a velocidade de despolarização diminui, assim como a freqüência cardíaca. Ao contrário, quando a noradrenalina é liberada por neurônios simpáticos, a velocidade de despolarização aumenta, assim como a freqüência cardíaca. Sob condições normais de repouso, a ativi­ dade parassimpática diminui a freqüência cardíaca, pois a velocidade das células nodais, que é 80 a 100 impulsos por minuto, diminui para 70 a 80 batimentos por minuto. Alguns problemas clínicos resultam da alteração da função normal do marca-passo. Bradicardia (bradys, lento) é o termo usado para indicar uma freqüência menor que a normal, enquanto uma freqüência acima do normal é denominada taquicardia ( tachys , rápido). Ambos os termos são relativos e, na prática clínica, a definição varia dependendo da freqüência cardíaca normal em repouso e do condicionamento do indivíduo. * N. de R.T. O nó SA localiza-se no ponto de encontro de três linhas: (1) margem supe­ rior da aurícula direita, (2) junção ântero-lateral da veia cava superior com o átrio direito e (3) sulco term inal.

C a p í t u lo

21 • O Sistema Circulatório: O Coração



, 3

ETAPA "| Nó SA ■

Atividade do nó SA e início da ativação atrial.

Tempo = 0 Nó sinoatrial (SA) Feixes internodais Nó atrioventricular (AV)

O estímulo é disseminado pelas superfícies atriais e atinge o nó AV.

Fascículo AV Ramo esquerdo

Ramo direito

Tempo transcorrido = 50 ms

Trabécula septomarginal (a) Complexo estimulante do coração

F ig u r a 2 1 .1 1

Ramos subendocárdicos (fibras de Purkinje)

o c o m p le x o e s t i m u l a n t e d o c o r a ç ã o .

(a) O e s tím u lo p ara c o n tra ç ã o é g e ra d o p o r c é lu la s m a r c a - p a s s o d o n ó S A . A p ar­

ETAPA 3 Existe um atraso de 100 ms no nó AV. Início da contração atrial.

Fascículo AV

tir daí, o s im p u ls o s s e g u e m tr ê s v ia s d ife r e n te s a tra v é s d a p a re d e d o á trio d ire ito para a tin g ir o n ó AV. A p ó s u m b re v e in te rv a lo d e te m p o , o s im p u ls o s s ã o c o n d u z i­ d o s ao fa s c íc u lo A V (feixe d e His), q u e s e c o n tin u a n o s ra m o s d ire ito e e s q u e rd o . E sse s ra m o s d iv id e m -s e n o s ra m o s s u b e n d o c á r d ic o s (fib ra s d e P u rkin je), q u e s ã o

Tempo decorrido = 150 ms

c o n tín u o s c o m o s c a r d io m ió c it o s v e n tr ic u la r e s . (b) A v ia d e c o n d u ç ã o d o s e s t í­ m u lo s c o n trá te is a tra v é s d o c o ra ç ã o é m o s tra d a n a s E T A P A S 1 a 5.

ETAPA 4

Complexo estimulante do coração [Figura 21.11] As células do nó SA estão eletricamente conectadas àquelas do nó atrioven­ tricular (nó AV) através de fibras condutoras presentes na parede do átrio direito (feixes internodais anterior, médio e posterior) (F ig u ra 2 1 . 1 1 ). Quan­ do o sinal para contração passa do nó SA para o nó AV, por meio dos feixes internodais, as fibras condutoras também transmitem o estímulo contrátil para células musculares cardíacas de ambos os átrios. O potencial de ação, então, dissemina-se nas superfícies atriais por meio do contato celular (jun­ ções comunicantes). O estímulo afeta apenas os átrios, porque o esqueleto fibroso isola eletricamente o miocárdio atrial do miocárdio ventricular. O nó AV situa-se no soalho do átrio direito, nas proximidades do óstio do seio coronário. Em função de diferenças no formato das células nodais, a velocidade do impulso é reduzida ao passar através do nó AV. A partir daí, o impulso é conduzido para o fascículo AV, também conhecido como fe ix e de His. Esse fascículo grande e compacto de fibras condutoras perfaz um curto trajeto ao longo do septo interventricular, antes de se dividir em um ramo direito e um ramo esquerdo que se estendem em direção ao ápice do cora­ ção e então se irradiam através das superfícies internas de ambos os ventrí­ culos (os ramos subendocárdicos). Neste ponto, os ramos subendocárdicos (células de Purkinje ou fibras de Purkinje) conduzem os impulsos muito rapidamente até as células contráteis do miocárdio ventricular. As fibras con­ dutoras da banda moderadora conduzem o estímulo aos músculos papilares, que tensionam as cordas tendíneas antes da contração dos ventrículos. O estímulo para contração é gerado no nó SA, e as relações anatômicas entre as células contráteis, as células nodais e as fibras condutoras distribuem o impulso de tal modo que (1) os átrios contraem-se simultaneamente e an-

O impulso percorre o septo interventricular no interior do fascículo AV e dos ramos direito e esquerdo até os ramos subendocárdicos e através da trabécula septomarginal, até o músculo papilar anterior do ventrículo direito. Trabécula septo­ Tempo decorrido = 175 ms marginal

Através dos ramos subendocárdicos (fibras de Purkinje), o impulso é transmitido por todo o miocárdio ventricular. A contração atrial se completa e a contração do ventrículo é iniciada. Tempo decorrido = 225 ms

Fibras de Purkinje (b)

tes dos ventrículos e (2) os ventrículos contraem-se simultaneamente, em uma onda que se inicia no ápice do coração e se propaga em direção à base. Quando os ventrículos se contraem dessa maneira, o sangue é propelido em direção à base do coração e para o interior do tronco pulmonar e da aorta.

564

O SISTEMA CIRCULATÓRIO

Nota clínica Arritmias cardíacas, marca-passos artificiais e infarto do miocárdio

Origem ou condução anômala de impulsos

Arritmias cardíacas

t e n c ia lm e n t e le ta is . C o m o o c o m p le x o e s t im u la n t e f u n c io n a s o m e n te e m

E s t a s c o n d iç õ e s c a u s a m a t iv id a d e v e n t r ic u la r a n o r m a l, a fe t a n d o d ire ta ­ m e n t e o d é b it o c a r d ía c o . M u it a s d e s t a s a r r it m ia s v e n t r ic u la r e s s ã o p o ­

E x is t e m v á r io s t ip o s d if e r e n t e s d e

arritmias cardíacas, o u r it m o s c a r ­

d ía c o s a n ô m a lo s , e s u a s c o n s e q ü ê n c ia s p o d e m v a r ia r , d e s d e a s in s ig n i­ f ic a n t e s a t é a s le ta is . M u it a s p e s s o a s t ê m a r r it m ia s c a r d ía c a s le v e s . P o r e x e m p lo , c r ia n ç a s e a d u lt o s j o v e n s e x ib e m c o m u m e n t e u m a a c e le r a ç ã o d a fr e q ü ê n c ia c a r d ía c a d u r a n t e a in s p ir a ç ã o , e u m a d e s a c e le r a ç ã o d u r a n ­ t e a e x p ir a ç ã o . A d u lt o s s a u d á v e is p o d e m o c a s io n a lm e n t e a p r e s e n t a r c o n tra ç õ e s

atriais prem aturas (CAPs) q u e v a r ia m e m d u r a ç ã o e fr e q ü ê n c ia . E m u m a C A P , o r itm o a t r ia l n o r m a l é m o m e n t a n e a m e n t e in t e r r o m p id o p o r u m a c o n tra ç ã o a tria l " e x tra ". E s tre s s e , c a fe ín a e v á r ia s d r o g a s p o d e m a u m e n t a r a in c id ê n c ia d e C A P s , s u p o s t a m e n t e p o r a u m e n t a r a p e r m e a b ilid a d e d o s m a r c a - p a s s o s S A . O im p u ls o d ifu n d e - s e n o r m a lm e n t e a o lo n g o d a s v ia s d e c o n d u ç ã o , e u m a c o n t r a ç ã o v e n t r ic u la r t íp ic a s e g u e - s e a o b a t im e n t o a tria l. A s a r r it m ia s o c a s io n a is e d e b r e v e d u r a ç ã o r a r a m e n t e t ê m s ig n if ic a ­ d o c lín ic o . N o e n ta n t o , s e a a r r it m ia p e r s is t e o u o c o r r e c o m f r e q ü ê n c ia , m e r e c e a t e n ç ã o m é d ic a . N o d ia g n ó s t ic o c lín ic o , a s a r r it m ia s s ã o c la s s if i­ cad as com o:

u m a ú n ic a d ir e ç ã o , d o s á t r io s p a r a o s v e n t r íc u lo s , a s a r r it m ia s v e n t r ic u ­

contrações ventriculares prematuras (CVPs) o c o r r e m q u a n d o u m r a m o s u b e n d o c á r d ic o (cé lu la la r e s n ã o e s t ã o lig a d a s à s a t iv id a d e s a t r ia is .

d e P u r k in je ) o u m io c a r d ió c it o v e n t r ic u la r s e d e s p o la r iz a e d e s e n c a d e ia u m a c o n t r a ç ã o p r e m a t u r a . A c é lu la r e s p o n s á v e l- p e lo d e s e n c a d e a m e n t o d a c o n t r a ç ã o é d e n o m in a d a m a rca -p a sso ectóp ico. A fr e q ü ê n c ia d e C V P p o d e e s t a r a u m e n t a d a p e la e x p o s iç ã o à a d r e n a lin a , a o u t r a s d r o g a s e s ­ t im u la n t e s o u a a lt e r a ç õ e s iô n ic a s q u e d e s p o la r iz a m a s m e m b r a n a s d o s m io c a r d ió c it o s . A c o n t r a ç ã o v e n t r ic u la r a n o r m a l é fo rte , e a p ó s c a d a b a ­ t im e n t o a n o r m a l o c o r r e u m a p a u s a q u e a n t e c e d e o p r ó x im o b a tim e n to * C V P s is o la d a s s ã o c o m u n s e n ã o im p õ e m r is c o , m a s p o d e m s e r in q u ie t a n t e s q u a n d o s e s u c e d e m c o m f r e q ü ê n c ia s u f ic ie n t e p a ra q u e o in d iv í­ d u o p a s s e a t o m a r c o n s c iê n c ia d e s u a o c o r r ê n c ia . A a t iv id a d e d o m a r c a - p a s s o e c t ó p ic o , a u m e n ta d a p o t e n c ia lm e n te p o r

taqui­ cardia ventricular ( d e fin id a c o m o q u a tr o o u m a is C V P s s e m in te r p o s iç ã o d e b a t im e n t o s n o r m a is ) . E s ta c o n d iç ã o é ta m b é m c o n h e c id a c o m o TV.

f a t o r e s a m b ie n t a is , é p r o v a v e lm e n t e r e s p o n s á v e l p o r p e r ío d o s d e

M ú lt ip la s C V P s e T V s m u it a s v e z e s p r e c e d e m a m a is g ra v e d a s a rritm ia s , a

1. A lt e r a ç õ e s n a f r e q ü ê n c ia c a r d ía c a , c o m f u n ç ã o n o d a l e d a s v ia s d e

fibrilação ventricular (FV). D u r a n te a fib r ila ç ã o v e n tric u la r, o s m io c a r d ió ­

c o n d u ç ã o n o r m a is . E s t a s c o n d iç õ e s , q u e e m g e r a l in d ic a m f u n ç ã o

c it o s e s t ã o a lt a m e n t e s e n s ív e is à e s t im u la ç ã o e o s im p u ls o s s ã o tr a n s m iti­

a n ô m a la d o n ó S A e d o s á t r io s , s ã o c o m f r e q ü ê n c ia r e la t iv a m e n t e

d o s d e c é lu la p a ra c é lu la r e p e t id a m e n t e n a s p a r e d e s v e n tr ic u la r e s . O ritm o

p o u c o p r e ju d ic ia is e p o d e m p e r m a n e c e r im p e r c e p t ív e is .

n o r m a l n ã o p o d e s e r r e s t a b e le c id o p o r q u e a s c é lu la s m u s c u la r e s v e n tr ic u ­

2. A n o m a lia s n a o r ig e m o u n a d is t r ib u iç ã o d o p o t e n c ia l d e a ç ã o c a r ­

la r e s e s t ã o s e e s t im u la n d o m u t u a m e n t e e m fr e q ü ê n c ia s m u it o e le v a d a s .

d ía c o n o in t e r io r d o s v e n t r íc u lo s . E s t a s c o n d iç õ e s s ig n if ic a m r is c o s e

S e a f ib r ila ç ã o v e n t r ic u la r n ã o f o r t r a ta d a a te m p o , a m o r te p o d e o c o r r e r

s ã o p o t e n c ia lm e n t e le ta is .

e m m in u to s ; e s t a c o n d iç ã o é c o m u m e n t e d e n o m in a d a parada cardíaca.

Alterações na freqüência cardíaca

Marca-passos artificiais

Taquicardia: G e r a lm e n t e é d e f in id a c o m o u m a fr e q ü ê n c ia c a r d ía c a m a io r

A

d o q u e 1 0 0 b p m . E m a lg u m a s s itu a ç õ e s , c o m o d u r a n te e x e r c íc io o u e x c it a ­

b p m . D o m e s m o m o d o q u e n a ta q u ic a r d ia , a b r a d ic a r d ia s o b c e r t a s c o n ­

çã o , a ta q u ic a r d ia é n o r m a l. P o r é m , a t a q u ic a r d ia c r ô n ic a , o b s e r v a d a m e s ­

d iç õ e s ( s o n o p r o fu n d o , p o r e x e m p lo ) é n o r m a l. E n tre ta n to , a b r a d ic a r d ia

m o e m re p o u s o , in d ic a u m a a t iv id a d e a n o r m a l d o m a r c a - p a s s o c a r d ía c o .

c r ô n ic a in d ic a u m a in c a p a c id a d e d o c o r a ç ã o p a ra r e s p o n d e r a o s c o m a n d o s

E s te tip o d e a r r itm ia c a u s a s o b r e c a r g a d e t r a b a lh o a o c o r a ç ã o . T r a b a lh a n ­

d e a u m e n t o d o d é b it o c a r d ía c o ; o u se ja , q u a n d o a d e m a n d a c o rp o r a l p o r

d o e m fr e q ü ê n c ia s m u it o e le v a d a s , o d e s e m p e n h o c a r d ía c o é p r e ju d ic a d o

o x ig ê n io a u m e n ta , o c o r a ç ã o n ã o r e s p o n d e c o m o a u m e n to na a tiv id a d e de

bradicardia é g e r a lm e n t e d e fin id a c o m o u m r itm o c a r d ía c o in fe rio r a 50

p o r q u e o s v e n t r íc u lo s n ã o t ê m t e m p o p a ra s e e n c h e r e m n o v a m e n t e , e n a s

b o m b e a m e n t o . O s s in t o m a s d e b r a d ic a r d ia g ra v e in c lu e m fra q u e z a , fa dig a,

q u a n t id a d e s s u f ic ie n t e s d e s a n g u e , a n t e s d a o c o r r ê n c ia d a p r ó x im a c o n ­

d e s m a io s e c o n fu s ã o m e n ta l. T e ra p ia s m e d ic a m e n t o s a s ra ra m e n te aju d am ,

tra ç ã o . E p is ó d io s c r ô n ic o s o u a g u d o s d e t a q u ic a r d ia p o d e m s e r c o n t r o la ­

p o r é m m a r c a - p a s s o s a r t if ic ia is p o d e m s e r u t iliz a d o s c o m c o n s id e r á v e l s u ­

d o s p o r d r o g a s q u e a f e t a m a p e r m e a b ilid a d e d a s m e m b r a n a s d a s c é lu la s

c e s s o . F io s m e t á lic o s s ã o p e r p a s s a d o s n o s á trio s, v e n tr íc u lo s o u e m a m b o s,

m a r c a - p a s s o o u q u e b lo q u e ia m o s e f e it o s d a e s t im u la ç ã o s im p á tic a .

d e p e n d e n d o d a n a tu r e z a d o p r o b le m a , e u m d is p o s it iv o lib e ra p e q u e n o s

Na

taquicardia atrial paroxística, o u ta p , u m a c o n t r a ç ã o a t r ia l

im p u ls o s e lé t r ic o s p a ra e s t im u la r o m io c á r d io . M a r c a - p a s s o s in te rn o s c o m

p r e m a t u r a d e s e n c a d e ia u m a p e r t u r b a ç ã o e x c it a t ó r ia d a a t iv id a d e a t r ia l.

b a t e r ia s d e a lim e n t a ç ã o e lé t r ic a s ã o im p la n t a d o s c ir u r g ic a m e n te ( F ig u ra

O s v e n t r íc u lo s a in d a s ã o c a p a z e s d e m a n t e r o r itm o , e a f r e q ü ê n c ia c a r ­

2 1 .1 2 ) . E s ta s u n id a d e s p e r m a n e c e m v iá v e is p o r s e t e a o it o a n o s o u m ais,

d ía c a s a lt a p a r a a p r o x im a d a m e n t e 1 8 0 b p m . N o flu t t e r

atrial, o s á t r io s

q u a n d o é n e c e s s á r ia u m a n o v a c ir u r g ia p a ra s u b s t it u iç ã o d a b a te ria .

s e c o n t r a e m d e m o d o c o o r d e n a d o , p o r é m a s c o n t r a ç õ e s o c o r r e m m u it o

N o s ú lt im o s 1 0 a 15 a n o s , o c o r r e r a m a v a n ç o s t e c n o ló g ic o s s ig n ific a ti­

fibrilação atrial, o s im p u ls o s

v o s n o s m a r c a - p a s s o s a r t ific ia is . O s m a r c a - p a s s o s m o d e r n o s m e lh o ra m a

p r o p a g a m - s e n a s u p e r f íc ie a t r ia l c o m f r e q ü ê n c ia s d e a t é 5 0 0 b p m . A p a ­

q u a lid a d e d e v id a d o s p a c ie n te s , e x e r c e n d o d ife r e n t e s fu n ç õ e s s o b c o n d i­

r e d e a t r ia l v ib r a e m v e z d e p r o d u z ir u m a c o n t r a ç ã o o r g a n iz a d a . A f r e ­

ç õ e s e s p e c íf ic a s , g r a ç a s à in t r o d u ç ã o d e m ic r o p r o c e s s a d o r e s . N o v o s m a rca -

fr e q ü e n t e m e n t e . D u r a n t e u m e p is ó d io d e

q ü ê n c ia v e n t r ic u la r n o flutter a t r ia l o u n a f ib r ila ç ã o a t r ia l n ã o c o n s e g u e

p a s s o s " in t e lig e n t e s " e m a is s o f is t ic a d o s e s t im u la m o s á t r io s e v e n tríc u lo s

a c o m p a n h a r a f r e q ü ê n c ia a t r ia l, e p o d e p e r m a n e c e r d e n t r o d o s lim it e s

s e q ü e n c ia lm e n t e e p o d e m v a r ia r a fr e q ü ê n c ia d e e s t im u la ç ã o p a ra a te n d e r

n o rm a is . A p e s a r d e s t a s it u a ç ã o d e n ã o - f u n c io n a lid a d e d o s á t r io s , a c o n d i­

à s v a r ia ç õ e s d a d e m a n d a c ir c u la tó r ia , c o m o o c o r r e d u r a n te e x e r c íc io s fís i­

ç ã o p o d e p a s s a r d e s p e r c e b id a , e s p e c ia lm e n t e e m in d iv íd u o s m a is id o s o s

c o s . O u t r o s e q u ip a m e n t o s s ã o c a p a z e s d e m o n ito r a r a a tiv id a d e c a rd ía c a

e d e v id a s e d e n t á r ia . N a f ib r ila ç ã o a t r ia l c r ô n ic a , c o á g u lo s s a n g ü ín e o s

p a ra r e s p o n d e r s e m p r e q u e a fu n ç ã o n o r m a l d o c o r a ç ã o s e alte ra.

p o d e m s e f o r m a r n a s p r o x im id a d e s d a s p a r e d e s a t r ia is . F r a g m e n t o s d e

U m t ip o d e m a r c a - p a s s o in t e lig e n t e fo i im p la n t a d o n o V ic e - P r e s id e n ­

c o á g u lo p o d e m s e d e s p r e n d e r , c r ia n d o ê m b o lo s e a u m e n t a n d o o s r is c o s

t e C h e n e y d u r a n t e o s e u m a n d a t o n o s E s t a d o s U n id o s . E s te m a r c a - p a s s o

d e a c id e n t e s v a s c u la r e s . C o m o r e s u lt a d o , a m a io r ia d a s p e s s o a s p o r t a d o ­

é u m c a r d io v e r s o r / d e s f ib r ila d o r a u t o m á t ic o im p la n tá v e l, c o n h e c id o c o m o

ra s d e s t a c o n d iç ã o s ã o m a n t id a s c o m t e r a p ia a n t ic o a g u la n t e . C A P s , TAP,

A IC D . U m A I C D é u m d is p o s it iv o q u e m o n it o r a c o n t in u a m e n t e o r itm o

flutter a t r ia l e m e s m o a f ib r ila ç ã o a t r ia l n ã o s ã o a lt e r a ç õ e s c o n s id e r a d a s

c a r d ía c o d o p a c ie n t e . Q u a n d o o d is p o s it iv o d e t e c t a u m r itm o c a r d ía c o

c o m o c o n d iç õ e s d e a lt o r is c o , a m e n o s q u e s e ja m p r o lo n g a d a s o u e s t e ­

a n o r m a lm e n t e r á p id o , a u t o m a t ic a m e n t e c a d ê n c ia o c o r a ç ã o e le t r ic a ­

ja m a s s o c ia d a s c o m in d íc io s d e le s õ e s c a r d ía c a s m a is g r a v e s , c o m o n a

m e n t e , p r o c u r a n d o r e d u z ir a fr e q ü ê n c ia c a r d ía c a d o p a c ie n te . S e o r itm o

d o e n ç a a r t e r ia l c o r o n a r ia n a o u e m v a lv o p a t ia s .

c a r d ía c o a n o r m a l p e r s is t e , o e q u ip a m e n t o d e f la g r a u m a p e q u e n a d e s ­

C a p ítu lo

21 • O Sistema Circulatório: O Coração

Nota clínica (continuação) c a r g a e lé t r ic a n o c o ra ç ã o , n a te n t a t iv a d e r e s t a b e le c e r o r it m o c a r d ía c o

O s d e s f ib r ila d o r e s e x t e r n o s a p r e s e n t a m d o is e le t r o d o s q u e s ã o c o ­

n o r m a l. O p a c ie n t e r a r a m e n t e s e n t e o f u n c io n a m e n t o d o A IC D p r o c u r a n ­

lo c a d o s e m c o n t a t o c o m o p e ito , e u m a p o t e n t e d e s c a r g a e lé t r ic a é d is ­

d o r e s t a b e le c e r o r itm o c a r d ía c o n o r m a l. C o n t u d o , s e a d e s c a r g a e lé t r ic a

p a r a d a . O e s t ím u lo e lé t r ic o d e s p o la r iz a o m io c á r d io s im u lt a n e a m e n t e e m

é d e fla g r a d a , o in d iv íd u o s e n t e u m f o r t e g o lp e n o p e ito . O d is p o s it iv o é

s u a t o t a lid a d e . A p ó s a r e p o la r iz a ç ã o , o n ó S A d e v e s e r a p r im e ir a á re a

n o r m a lm e n t e u t iliz a d o e m t r a t a m e n t o s im e d ia t o s p a r a a r r it m ia s c a r d ía ­

d o c o r a ç ã o a a t in g ir o lim ia r. D e s s e m o d o , o o b je t iv o p r in c ip a l d a d e s fi-

c a s q u e im p õ e m r is c o d e v id a im in e n t e (i.e., t a q u ic a r d ia v e n t r ic u la r e fi-

b r ila ç ã o n ã o é a p e n a s c e s s a r a fib r ila ç ã o , m a s o f e r e c e r a o s v e n t r íc u lo s a

b r ila ç ã o v e n tr ic u la r ) e q u e e x ig e m c o n d u t a u r g e n t e , a n t e r io r in c lu s iv e à

c h a n c e d e r e s p o n d e r e m a o s c o m a n d o s s in o a t r ia is n o r m a is .

c h e g a d a d e a s s is t ê n c ia e m a m b u lâ n c ia .

A d e s f ib r ila ç ã o p r e c o c e p o d e r e s u lt a r n a r e c u p e r a ç ã o d r a m á t ic a d e v ít im a s d e p a r a d a c a r d ía c a , já e m e s t a d o in c o n s c ie n t e . O s d e s f ib r ila d o r e s e x t e r n o s a u t o m á t ic o s (D E A ) s ã o m á q u in a s p o r t á t e is f a c ilm e n t e u t iliz á ­ v e is q u e p o d e m d e t e c t a r r it m o s v e n t r ic u la r e s le t a is e m in d iv íd u o s q u e s o f r e r a m c o la p s o c a r d ía c o , a d m in is t r a n d o u m a d e s c a r g a e lé tr ic a d e s fib r ila d o r a . E s t e s d is p o s it iv o s e s t ã o s e n d o in s t a la d o s e m a v iõ e s , a e r o p o r t o s e o u t r a s á r e a s p ú b lic a s .

Infarto do miocárdio Em um

infarto do miocárdio (IM), o u ataque cardíaco, a c ir c u la ç ã o c o ro n a ­

r ia n a to r n a - s e b lo q u e a d a e o s m io c a r d ió c it o s m o r re m p o r fa lta d e o xig ê n io . O t e c id o a f e t a d o s e d e g e n e r a , c r ia n d o u m a á r e a n ã o - fu n c io n a l c o n h e c id a c o m o infarto. O s in fa r to s d o m io c á r d io f r e q ü e n te m e n te r e s u lt a m d e d o e n ­ ç a s c o r o n a r ia n a s g ra v e s . A s c o n s e q ü ê n c ia s d e p e n d e m d o lo c a l e d a n a tu re ­ z a d o b lo q u e io v a s c u la r. S e o c o r r e r n a s p r o x im id a d e s d a o rig e m d e u m a d a s a r t é r ia s c o ro n á r ia s , a le s ã o s e r á e x te n s a e o c o r a ç ã o p r o v a v e lm e n te p a ra rá d e fu n c io n a r . S e o b lo q u e io e n v o lv e u m d o s r a m o s a r te r ia is m e n o re s , o in d i­ v íd u o p o d e s o b r e v iv e r à c r is e im e d ia ta , m a s e x is t e m m u it a s c o m p lic a ç õ e s p o t e n c ia is . C o m a f o r m a ç ã o d e t e c id o c ic a tr ic ia l n a re g iã o d a n ific a d a , a re ­ g u la r id a d e d o s b a t im e n t o s c a r d ía c o s p o d e fic a r p r e ju d ic a d a e a e fic iê n c ia d a a ç ã o d e b o m b e a m e n t o p o d e d im in u ir; p o d e h a v e r c o n s t r iç ã o d e o u tro s v a s o s , c r ia n d o p r o b le m a s c ir c u la t ó r io s a d ic io n a is , c o m o a a n g in a . O s in fa r to s d o m io c á r d io e s t ã o m u ita s v e z e s a s s o c ia d o s c o m b lo q u e io s fix o s , c o m o o s d e s c r it o s na D A C . Q u a n d o a c r is e s e d e s e n v o lv e p o r c a u sa

Figura 21.12

Um marca-passo artificial.

d a f o r m a ç ã o d e u m trom bo ( c o á g u lo e s t a c io n á r io ) n a á re a d a p la c a , e sta

Figura 21.13 Monitoração do cora­ ção. (a) U m a n g io g ra m a c o ro n á rio , (b) U m e co c a r d io g r a m a (à e s q u e rd a ) c o m e s q u e m a in te r p r e ta tiv o (à d ire ita ),

(c) U m a T C tr id i­ (d) da

m e n s io n a l d e u m a s e c ç ã o o b líq u a e

v is t a p ó s t e r o - s u p e r io r d o c o r a ç ã o e d o s v a s o s d a b ase.

O S IS T E M A C IR C U LA TO R IO

Nota clínica (continuaçao) trombose coronariana. U m v a s o já e s t r e ita d o p e la

N o s E s t a d o s U n id o s , o c o r r e m 1,3 m ilh õ e s d e IM a n u a lm e n t e e m e ­

p re se n ç a d e u m a p la c a p o d e ta m b é m s e r b lo q u e a d o p o r u m s ú b it o e s p a s m o

t a d e d a s v ít im a s m o r r e n o t r a n s c o r r e r d o p r im e ir o a n o a p ó s o e p is ó d io .

na m u s c u la tu ra lisa d a p a r e d e v a s c u la r. O in d iv íd u o s e n te d o r in te n s a , s e m e ­

V á r io s f a t o r e s q u e a u m e n t a m o r is c o d e IM s ã o c o n h e c id o s , in c lu in d o

lh a n te à d a an g in a, m a s q u e p e r s is te m e s m o d u r a n te o re p o u s o .

t a b a g is m o , h ip e r t e n s ã o a r t e r ia l, n ív e is s a n g ü ín e o s e le v a d o s d e c o le s te ro l,

c o n d iç ã o é c h a m a d a d e

A p r o x im a d a m e n t e 2 5% d o s p a c ie n t e s c o m IM m o r r e m a n t e s d e o b ­

d ia b e t e s e o b e s id a d e . E x is t e m t a m b é m f a t o r e s h e r e d it á r io s q u e p o d e m

t e r s o c o r r o m é d ic o e 65 % d a s m o r t e s p o r IM e n t r e p a c ie n t e s a b a ix o d e 5 0

p r e d is p o r u m in d iv íd u o à d o e n ç a a r t e r ia l c o r o n a r ia n a . A p r e s e n ç a d e d o is

a n o s o c o r r e m d e n t r o d a p r im e ir a h o r a a p ó s o in íc io d o q u a d r o . O s o b j e t i­

d e s s e s f a t o r e s d e r is c o c it a d o s m a is d o q u e d o b r a o r is c o d e o c o r r ê n c ia

v o s d o t r a t a m e n t o s ã o lim it a r a á r e a d o in f a r t o e p r e v e n ir c o m p lic a ç õ e s

d e u m IM . A s s im , a e lim in a ç ã o d o m a io r n ú m e r o p o s s ív e l d e f a t o r e s d e

a d ic io n a is e v ita n d o c o n t r a ç õ e s ir r e g u la r e s , m e lh o r a n d o a c ir c u la ç ã o c o m

r is c o a u m e n t a r á a s c h a n c e s d e p r e v e n ç ã o o u s o b r e v id a a p ó s u m IM. P o r

v a s o d ila t a d o r e s , f o r n e c e n d o o x ig ê n io a d ic io n a l, r e d u z in d o a c a r g a d e t r a ­

e x e m p lo , m u d a n ç a s n o s h á b it o s a lim e n t a r e s p a r a lim it a r a in g e s t ã o d e

b a lh o d o c o r a ç ã o e, s e p o s s ív e l, e lim in a n d o a c a u s a d o b lo q u e io v a s c u la r .

c o le s t e r o l, e x e r c íc io s p a r a r e d u ç ã o d o p e s o e o t r a t a m e n t o d a h ip e r t e n ­

O s a n t ic o a g u la n t e s p o d e m a u x ilia r im p e d in d o a f o r m a ç ã o d e t r o m b o s

s ã o s ã o m e d id a s r e la t iv a m e n t e f á c e is e d e b e n e f íc io s c o n s id e r á v e is .

a d ic io n a is . É ú til a m a s t ig a ç ã o d e a s p ir in a n a f a s e in ic ia l d o t r a n s c u r s o

M u it a s t é c n ic a s p o d e m s e r u t iliz a d a s p a ra s e e s t u d a r a e s tr u tu r a e o

d e u m IM, e a u t iliz a ç ã o d e e n z im a s s o lv e n t e s d e c o á g u lo p o d e r e d u z ir a

d e s e m p e n h o d o c o r a ç ã o ( F ig u r a 2 1 .1 3 ). N e n h u m p r o c e d im e n t o d ia g n ó s tic o

e x t e n s ã o d a le s ã o d e s d e q u e o m e d ic a m e n t o s e ja a d m in is t r a d o d e n t r o

is o la d o o fe r e c e u m q u a d r o c o m p le to d a d o e n ç a , d e m o d o q u e a s e le ç ã o d o

d a s p r im e ir a s s e is h o r a s d o in íc io d o q u a d r o .

t e s t e v a r ia d e a c o r d o c o m a s h ip ó te s e s e m r e la ç ã o à n a tu re z a d o p ro b le m a .

Resumo de embriologia Para um resumo do desenvolvimento do sistema circulatório, consulte o Capítulo 28 (Embriologia e Desenvolvimento Humano).

f _________________________ C( REVISÃO DOS CONCEITOS 1. O q u e a c o n t e c e r ia c o m a fr e q ü ê n c ia c a r d ía c a s e a s c é lu la s d o n ó S A n ã o e s tiv e s s e m fu n c io n a n d o ? 2. O q u e a c o n t e c e c o m a fr e q ü ê n c ia c a r d ía c a c o m a lib e r a ç ã o d e n o r a d r e n a lin a n o c o ra ç ã o ? 3. C o m o a s c é lu la s n o d a is c o o r d e n a m a s c o n t r a ç õ e s m u s c u la r e s c a r d ía c a s ? veja a seção de Respostas na parte final do livro.

O eletrocardiograma (ECG)

vel porque ocorre enquanto os ventrículos estão se despolarizando, e estes fenômenos elétricos são mascarados pelo complexo QRS. A análise de um ECG geralmente concentra-se no tamanho e na du­ ração da onda P, do complexo QRS e do segmento ST (entre o complexo QRS e a onda T). Por exemplo, um sinal elétrico menor do que o normal pode significar uma diminuição da massa do micárdio; ao contrário, si­ nais excessivamente intensos podem indicar um aumento da massa mus­ cular cardíaca. Alterações de forma e tamanho da onda T podem indicar uma condição que retarda a repolarização ventricular. Apesar da variedade de equipamentos sofisticados disponíveis para avaliar ou visualizar a função cardíaca, na grande maioria dos casos, o KCG oferece a primeira e mais importante informação diagnóstica. A análise do ECG é especialmente útil na detecção e no diagnóstico das arritmias car­ díacas, padrões anômalos de atividade cardíaca. Problemas clínicos surgem quando as arritmias reduzem a eficiência de bombeamento do coração. Arritmias graves podem indicar danos à musculatura miocárdica, lesões nos marca-passos ou nas vias de condução, ou outros fatores.

[Figura 21.14] Os fenômenos elétricos associados com a despolarização e repolarização do coração são suficientemente potentes para ser detectados por eletrodos colocados na superfície do corpo. A gravação destas atividades elétricas constitui um eletrocardiograma, também denominado E C G . Durante cada ciclo cardíaco, uma onda de despolarização irradia-se através dos átrios, atinge o nó AV, dissemina-se inferiormente pelo septo interventri­ cular, até o ápice do coração, espalha-se pelo miocárdio ventricular e re­ torna em direção à base do coração ( F ig u r a 21.14). Essa atividade elétrica pode ser monitorada na superfície do corpo. Comparando as informações obtidas de eletrodos colocados em diferentes posições, pode-se monitorar o desempenho específico dos componentes nodais, contráteis e de condu­ ção. Por exemplo, se uma porção do coração for danificada, como cm um infarto do miocárdio (IM), estas células musculares cardíacas tornam-se incapazes de conduzir potenciais de ação e o ECG revelará um padrão anormal de condução elétrica. O aspecto do traçado do ECG varia, dependendo da posição dos ele­ trodos de monitoramento. A F ig u r a 21.14 mostra aspectos importantes de um ECG típico. A onda P acompanha a despolarização dos átrios. O com­ plexo Q R S aparece com a despolarização dos ventrículos. Este sinal elétrico é relativamente forte porque a massa do músculo ventricular é muito maior do que a massa do músculo atrial. A onda T , menor, indica a repolarização ventricular. A deflexão correspondente à repolarização atrial é imperceptí­

Controle autônomo da freqüência cardíaca [Figura 21.15] A freqüência cardíaca basal é estabelecida pelas células marca-passo do nó SA, mas a freqüência intrínseca pode ser modificada pelo sistema nervoso autônomo (SNA). As divisões simpática e parassimpática do SNA inervam o coração por meio do plexo cardíaco (detalhes anatômicos foram apresenta­ dos no Capítulo 17). p á g . 464 As duas divisões do SNA inervam os nós SA e AV, além das células musculares cardíacas atriais e ventriculares e a mus­ culatura lisa das paredes dos vasos sangüíneos do coração (Figura 21.15). Os efeitos da noradrenalina e da acetilcolina sobre os tecidos nodais foram detalhados anteriormente neste capítulo e podem ser resumidos da seguinte maneira: ■ A liberação de noradrenalina produz um aumento da freqüência cardíaca e da intensidade da força da contração pela estimulação de beta-receptores em células nodais e células contráteis. ■ A liberação de ACh produz uma diminuição da freqüência car­ díaca e da intensidade da força da contração pela estimulação de receptores muscarínicos em células nodais e células contráteis. Os centros cardíacos do bulbo contêm os centros autônomos para o controle cardíaco. A estimulação do centro cardioacelerador ativa os

C a p ítu lo

567

21 • O Sistema Circulatório: O Coração

Núcleo posterior do nervo vago

Centro cardioinibidor Centro cardioacelerador

Bulbo

Nervo vago (X)

SIMPÁTICO

PARASSIMPATICO

Medula espinal

Fibra pré-ganglionar parassimpática

Fibra pré- ganglionar simpática

Sinapses no plexo cardíaco

Gânglios do tronco simpático (gânglios cervicais e gânglios torácicos superiores

Registro rítmico do ECG R

Fibras pósganglionares parassimpá-

Ul-TIYD Fibra pósganglionar simpática

Onda T

Nervo cardíaco

O ventriculo retoma ao estado de repouso

Figura 21.15

A inervação autônoma do coração.

O s c e n tro s c a rd ía c o s no b u lb o m o d ific a m a fre q ü ê n c ia e o d é b ito ca rd ía c o por m eio d o n e rv o v a g o (p a ra ssim p á tico ) e d o s n e rv o s c a rd ía c o s c e rv ic a is (sim páticos).

Onda P

Complexo QRS

O impulso dissemina-se pelos átrios, deflagrando as contrações atriais

O impulso dissemina-se pelos ventrículos, deflagrando as contrações ventriculares

F ig u r a 2 1 .1 4

Um eletrocardiograma.

especialmente das regiões simpáticas e parassimpáticas no hipotálamo. (Esses centros foram descritos no Capítulo 15.) p á g . 406 Informações relativas ao estado do sistema circulatório chegam aos centros cardíacos advindas de fibras sensitivas que monitoram barorreceptores sensíveis a modificações na pressão arterial e quimiorreceptores sensíveis a mudanças nas concentrações de gases dissolvidos (oxigênio e dióxido de carbono). Esses receptores são terminações de fibras nervosas contidas nos nervos glossofaríngeo (IX) e vago (X). Em resposta a esta informação, os centros cardíacos ajustam o desempenho cardíaco para manter uma circulação adequada aos órgãos vitais, como o encéfalo. Esses centros respondem muito rapidamente a alterações na pressão arterial ou à quantidade de dióxido de carbono ou de oxigênio dissolvidos no sangue arterial. Por exemplo, uma queda da pressão arterial ou um aumento da concentração de dióxido de carbono geralmente indicam que o coração deve trabalhar mais para atender a demanda dos tecidos periféricos. Os centros cardíacos, então, respondem aumentando a freqüência cardíaca e a força de contração pela ativação do sistema nervoso simpático.

Um ECG im p re s s o é u m a tira d e p a p e l m ilim e tr a d o q u e c o n té m o g r á fic o d e re ­ g istro d o s fe n ô m e n o s e lé tric o s m o n ito ra d o s p o r e le tr o d o s fix o s na s u p e r fíc ie d o corp o. A fo to m o s tra a lo c a liz a ç ã o d o s e le tr o d o s p a ra a r e a liz a ç ã o d e u m E C G padrão. A p a rte a m p lia d a in d ic a o s p rin c ip a is c o m p o n e n te s d o ECG.

neurônios simpáticos necessários; o centro cardioinibidor, próximo ao centro cardioacelerador, comanda as atividades dos neurônios parassim­ páticos. Os centros cardíacos recebem informações de centros superiores,

Uj

REVISÃO DOS CONCEITOS 0 que ocorreria com o fluxo sangüíneo se a pressão no ventriculo perma­ necesse iguai à do átrio? Os ramos simpático e parassimpático do sistema nervoso autônomo exercem diferentes efeitos nos tecidos nodais do coração. Quais são esses efeitos? Veja a seção de Respostas na parte final do livro.

O SISTEMA CIRCULATÓRIO

TERMOS C L Í NI C OS Angina: Uma condição na qual o exercício ou estresse pode produzir dor intensa na região do tórax, resultante de insuficiência circulatória tem­ porária e isquemia quando há aumento da carga de trabalho do coração. Arritmias cardíacas: Padrões anômalos de con­ tração cardíaca. Bradicardia: Freqüência cardíaca menor do que a normal. Cardite: Termo geral indicativo de inflamação do coração. Doença arterial coronariana (DAC): Modifica­ ções degenerativas na circulação coronariana. Doença reumática do coração (DRC): Doença na qual as valvas cardíacas tornam-se espessadas e enrijecidas em uma posição parcialmente fechada,

afetando a eficiência da ação de bombeamento do coração. Estenose valvar: Uma condição na qual o diâmetro das valvas cardíacas é menor do que o normal. Infarto do miocárdio (IM): Condição na qual a circulação coronariana é bloqueada, causando a morte de células do músculo cardíaco. Insuficiência cardíaca: Condição na qual o cora­ ção torna-se fraco e os tecidos periféricos sofrem privação de oxigênio e nutrientes. Miocardiopatias: Um grupo de doenças caracte­ rizadas por degeneração progressiva e irreversível do miocárdio. Prolapso da valva atrioventricular esquerda (prolapso mitral): Condição na qual as válvulas da valva atrioventricular esquerda não se fecham adequada­

mente em função da conformação das cordas tendíneas, anormalmente longas (ou curtas) ou por causa do mau funcionamento dos músculos papilares. Sopro cardíaco: Presença de som murmurante, similar a um turbilhonamento, causado por re­ gurgitação de sangue através de valvas cardíacas disfuncionais. Tamponamento cardíaco: Condição resultante de irritação e inflamação pericárdica, na qual há acúmulo de líquido de forma aguda no “saco peri­ cárdico”restringindo o débito cardíaco. Taquicardia: Freqüência cardíaca maior do que a normal. Trombose coronariana: Bloqueio devido à for­ mação de coágulo (trombo) em uma placa cm uma artéria coronária.

RESUMO PARA E S T UDO Introdução

548

1. Todos os tecidos e líquidos do corpo dependem do sistema circulatório para a manutenção da homeostase. O próprio funcionamento do sistema circu­ latório depende da atividade do coração, o qual pode variar sua capacidade de bombeamento dependendo das necessidades dos tecidos periféricos.

Uma visão geral do sistema circulatório

548

1. O sistema circulatório pode ser dividido em dois circuitos fechados que ocorrem em série. Cada circuito individual funciona seqüencialmente, sendo que os dois circuitos juntos funcionam em paralelo. A circulação pulmonar transporta sangue pobre em oxigênio do coração para os pul­ mões e de volta para o coração; a circulação sistêmica transporta sangue rico em oxigênio do coração para o restante do corpo e de volta para o co­ ração. As artérias conduzem o sangue para fora do coração; as veias levam o sangue de volta para o coração. Os capilares são vasos microscópicos entre as menores artérias e veias, (ver Figura 21.1) 2. O coração contém quatro câmaras: o átrio direito e o ventrículo direito, o átrio esquerdo e ventrículo esquerdo. Os átrios coletam o sangue que retorna ao coração, e os ventrículos impulsionam o sangue para o interior dos vasos que saem do coração.

O pericárdio

548

1. O coração é circundado pela cavidade do pericárdio, que é revestida pelo pericárdio seroso e contém uma pequena quantidade de líquido lubrifican­ te, denominado líquido pericárdico. A lâmina visceral do pericárdio seroso (epicárdio) recobre a superfície externa do coração, e a lâmina parietal do pericárdio seroso reveste a superfície interna do pericárdio fibroso, e ambos constituem o “saco pericárdico” que circunda o coração. O coração situa-se no mediastino médio, (verFigura 21.2)

Estrutura da parede do coração

550

1. A parede do coração contém três camadas: o epicárdio (a lâmina visceral do pericárdio seroso), o miocárdio (a parede muscular do coração) e o endocárdio (o epitélio que recobre as superfícies internas do coração). ( ver Figura 21.3)

Tecido muscular cardíaco

550 2. A massa do coração consiste no miocárdio. As células musculares cardíacas (miocardiócitos), menores do que as células musculares esqueléticas, são quase totalmente dependentes de respiração aeróbica. (ver Figura 21.3)

3. Os miocardiócitos estão interconectados aos discos intercalados, que transmitem a força de contração de célula para célula e conduzem os po­ tenciais de ação. Os discos intercalados conectam os miocardiócitos por meio de desmossomos, miofibrilas e junções comunicantes. Devido a este sistema de conexão, os miocardiócitos funcionam como uma única e enor­ me célula, (ver Figura 21.3d,e)

O esqueleto fibroso do coração

550 4. O tecido conectivo interno do coração é chamado de esqueleto fibroso. (ver Figuras 21.3b/21.7)

5. O esqueleto fibroso do coração funciona para estabilizar as células muscu­ lares cardíacas e as valvas; sustentar células musculares, vasos sangüíneos e nervos; distribuir as forças de contração; aumentar a resistência e a elasti­ cidade; e isolar fisicamente os átrios dos ventrículos.

Orientação e configuração externa do coração 552 1. A divisão do coração em quatro câmaras apresenta marcas de referência externa, visíveis como reentrâncias ou sulcos na superfície do coração. O “sulco interatrial”separa os dois átrios, enquanto o sulco coronário separa os átrios dos ventrículos. 2. A aurícula (apêndice atrial) é uma extensão expansível do átrio. O sulco co­ ronário é a reentrância profunda localizada entre os átrios e os ventrículos. Outras depressões mais rasas incluem o sulco interventricular anterior e o sulco interventricular posterior. 3. Os grandes vasos estão conectados à b a se d o c o ração (sua extremidade superior). A extremidade inferior arredondada do coração é o ápice do coração, (verFiguras 21.2b/21.4) 4. O coração situa-se obliquamente ao eixo longitudinal do corpo e apresenta as seguintes margens: superior, inferior, esquerda e direita, (verFigura 21.4) 5. O coração tem as seguintes faces: A face esternocostal é formada pelas su­ perfícies anteriores do átrio e do ventrículo direitos; a face diafragmática é formada primariamente pela parede posterior e inferior do ventrículo esquerdo. ( ver Figura 21.5)

Anatomia interna e organização do coração

554

I. Os átrios estão separados pelo septo interatrial, e os ventrículos, pelo septo interventricular. As aberturas entre os átrios e os ventrículos con­ têm pregas de tecido conectivo recobertas pelo endocárdio. Fstas valvas atrioventriculares mantêm a unidirecionalidade do fluxo do sangue. ( ver Figura 21.6)

C a p ítu lo

O átrio direito

554 2. O átrio direito recebe o sangue da circulação sistêmica através de duas grandes veias, a veia cava su p e rio r e a veia cava in fe rio r. As paredes atriais contêm cristas musculares, os m ú scu lo s pectíneos. As veias card íacas re­ tornam o sangue ao seio coronário, que se abre no interior do átrio direito. Durante o desenvolvimento embrionário, uma abertura denominada fo ­ ram e oval atravessa o septo interatrial. Essa abertura se fecha após o nas­ cimento, permanecendo em seu local uma depressão denominada fossa oval. ( ver Figura 21.6)

O ventrículo direito

554 3. O sangue flui do átrio direito para o ventrículo direito através da valva atrío v en tricu lar d ireita (AV), ou valva tricúspide. (Essa valva consiste em três válvulas de tecido fibroso, onde fixam-se as c o rd as te n d ín ea s que es­ tão ligadas aos músculos papilares.) (ver Figura 21.6a,c) 4. O sangue que deixa o ventrículo direito entra no tro n c o p u lm o n a r após passar através da valva do tro n c o p u lm o n a r. O tronco pulmonar se divide para formar as artérias p u lm o n a re s d ire ita e esq u erd a. ( ver Figura 21.6)

O átrio esquerdo

556 5. O átrio esquerdo recebe sangue oxigenado das veias p u lm o n a re s d ire ita s e esquerdas; apresenta paredes mais espessas em relação às do átrio direito. {ver Figura 21.6a,c)

6. O sangue que deixa o átrio esquerdo flui para o ventrículo esquerdo passan­ do pela valva atrio v en tricu la r esq u erd a (AV) (valva mitral ou bicúspide).

O ventrículo esquerdo

556 7. O ventrículo esquerdo é a maior e mais espessa das quatro câmaras, pois im­ pulsiona o sangue para todo o corpo. O sangue que deixa o ventrículo esquer­ do passa através da valva da ao rta e segue na circulação sistêmica através da parte ascendente da aorta. Da parte ascendente da aorta, o sangue flui pelo arco da aorta e segue para a p arte descendente da aorta. ( ver Figura 21.6a,c)

Diferenças estruturais entre os ventrículos direito e esquerdo 556

21 • O Sistema Circulatório: O Coração

g in a l d ire ito e ao ra m o in te rv e n tric u la r p o sterio r. A a rtéria coronária esq u e rd a dá origem ao ra m o circunflexo e ao ram o in terv en tricu lar an ­ te rio r. Interconexões entre artérias, denominadas anastom oses, garantem

o suprimento sangüíneo constante. 13. As veias in te rv e n tric u la re s a n te rio r e p o ste rio r conduzem o sangue dos capilares ao seio c o ro n ário , (ver Figura 21.8) 14. Outras veias cardíacas que se esvaziam na veia interventricular anterior ou no seio coronário são a veia p o ste rio r do ventrículo esquerdo, que drena as áreas servidas pelo ramo circunflexo da artéria coronária esquerda; a veia in terv en tricu lar p o sterio r, que drena as áreas supridas pelo ramo interven­ tricular posterior da artéria coronária direita; e a veia cardíaca parva, que drena o sangue das superfícies posteriores do átrio e ventrículo direitos. 15. As veias a n te rio re s do v e n tríc u lo d ire ito drenam a superfície anterior do ventrículo direito e desembocam diretamente no átrio direito.

O ciclo cardíaco

561

1. O ciclo c ard íaco consiste em períodos de sístole atrial e ventricular (con­ tração/esvaziamento) e diástole atrial e ventricular (relaxamento/preen-' chimento). (ver Figura 21.10) A coordenação das contrações cardíacas 561 2. O tecido muscular cardíaco contrai-se por si mesmo, independentemente de estímulos neurais ou hormonais. Esta capacidade é denominada automaticidade ou auto-ritmicidade.

3. As células n o d a is estabelecem a freqüência das contrações cardíacas, e as fib ras c o n d u to ra s distribuem os estímulos contráteis para o miocárdio em geral, (ver Figura 21.11)

Os nós sinoatrial e atrioventricular

562

4. As células nodais despolarizam-se espontaneamente e determinam a fre­ qüência cardíaca. 5. C élu las m arc a -p a sso encontradas no n ó sin o a tria l (SA) (m arca-passo c ard íaco ) normalmente estabelecem a freqüência de contração, (ver Figura 21.11)

8. O ventrículo direito apresenta paredes delgadas e desenvolve baixa pressão para impulsionar o sangue na circulação pulmonar e nos pulmões adja­ centes. Funcionalmente, a baixa pressão é necessária porque os capilares pulmonares das superfícies de troca gasosa dos pulmões são muito delica­ dos. O ventrículo esquerdo apresenta parede espessa porque ele bombeia o sangue para toda a circulação sistêmica. As diferenças anatômicas entre os ventrículos direito e esquerdo são mostradas na Figura 21.6.

Estrutura e função das valvas cardíacas

556 9. As valvas AV direita e esquerda apresentam quatro componentes: (1) um anel de tecido conectivo ligado ao esqueleto fibroso do coração, (2) válvu­ las, (3) cordas tendíneas e (4) músculos papilares. 10. A valva da a o rta e a valva do tro n c o p u lm o n a r, constituídas por válvulas semilunares, controlam a passagem do fluxo do ventrículo esquerdo e do ventrículo direito. ( ver Figuras 21.6 e 21.7) 11. As valvas normalmente permitem o fluxo de sangue em uma única direção, evitando a regurgitação (retrofluxo, refluxo, ou fluxo retrógrado) do sangue.

Vascularização cardíaca

558 12. A circulação co ro n arian a supre o miocárdio para atender à alta demanda de oxigênio e nutrientes dos miocardiócitos. As a rté ria s co ro n á ria s se ori­ ginam na base da parte ascendente da aorta, e cada uma dá origem a dois importantes ramos. A artéria coronária direita dá origem ao ra m o m a r­

6. Originado no nó SA, o estímulo dissemina-se pelos feixes in tern o d ais até o n ó a trio v e n trc u la r (AV) e, então, para o fascículo AV, que se divide em ra m o s d ire ito e e sq u e rd o . A partir daí, os ramos sudendocárdicos (célu las de P u rk in je ) transmitem os impulsos ao miocárdio ventricular. (ver Figura 21.11)

O eletrocardiograma (ECG)

566

1. Um eletrocardiograma (ECG) é o registro das atividades elétricas do coração. Pontos de referência importantes no ECG incluem a onda P (despolarização atrial), o complexo QRS (despolarização ventricular) e a onda T (repolarização ventricular). A análise do ECG permite a detecção de arritmias cardíacas, que são padrões anormais de atividade cardíaca, (ver Figura 21.14)

Controle autônomo da freqüência cardíaca

566

A freqüência cardíaca básica é estabelecida pelas células marca-passo, po­ rém pode ser modificada pelo SNA. A noradrenalina produz um aumen­ to da freqüência cardíaca e da força de contração, enquanto a acetilcolina produz uma diminuição da freqüência cardíaca e da força de contração. 3. O c e n tro c a rd io acelerad o r, localizado no bulbo, ativa neurônios simpáti­ cos; o c e n tro c a rd io in ib id o r comanda as atividades dos neurônios parassimpáticos. Os centros cardíacos recebem informações de centros superio­ res e de receptores que monitoram a pressão arterial e as concentrações de gases dissolvidos no sangue. (ver Figura 21.15) 2.

R E V I S Ã O DO C A P Í T U L O Para respostas às questões da Revisão dos Conceitos e Revisão do Capítulo, veja a seção de Respostas na parte fin a l do livro.

Nível 1 - Revisão de fatos e termos Associe cada item num erado com a letra do item que melhor se relaciona. Utilize letras para as respostas nos espaços apropriados.

570

0 SISTEMA CIRCULATÓRIO

Coluna A _ 1. miocardiócitos _ 2. bradicardia _ 3. diástole _ 4. circulação coronariana _ 5. lâmina visceral do pericárdio seroso _ 6. sístole _ 7. miocárdio _ 8. veias pulmonares direitas _ 9. veia cava superior _10. lâmina parietal do pericárdio seroso O coração é envolto pela: (a) cavidade pleural (c) cavidade abdominopélvica

Coluna B a. veia para o átrio esquerdo b. recobre a superfície externa do coração c. supre sangue ao músculo cardíaco d. reveste a superfície interna do “saco pericárdico” e. freqüência cardíaca diminuída f. células musculares cardíacas g- parede muscular do coração h. fase de relaxamento do ciclo cardíaco i. veia para o átrio direito i- fase de contração do ciclo cardíaco

(b) cavidade peritoneal (d) cavidade do pericárdio

12. A valva atrioventricular que está situada do lado do coração que recebe sangue da veia cava superior é a: (a) valva mitral (b) valva bicúspide (c) valva tricúspide (d) valva da aorta 13. As funções do pericárdio fibroso incluem: (a) retorno do sangue para os átrios (b) bombeamento de sangue na circulação (c) ancoramento do coração nas estruturas circundantes (d) suprimento de fluxo sangüíneo ao miocárdio 14. Iodas as seguintes são verdadeiras a respeito dos discos intercalados, exceto: (a) fornecem força adicional a partir de células ligadas entre si por junções firmes (b) apresentam junções lisas entre os sarcolemas de células vizinhas (c) apresentam miofibrilas das fibras musculares entrelaçadas ancoradas na membrana (d) nos discos intercalados, as fibras musculares cardíacas são conectadas por junções comunicantes 15. O coração é inervado por: (a) nervos parassimpáticos apenas (b) nervos simpáticos apenas (c) tanto nervos simpáticos quanto parassimpáticos (d) nervos esplâncnicos apenas 16. As células marca-passo do coração estão localizadas: (a) no nó SA (b) na parede do ventrículo esquerdo (c) nos ramos subendocárdicos (fibras de Purkinje) (d) tanto no ventrículo direito quanto no esquerdo 17. As fibras musculares dos átrios são fisicamente isoladas das fibras muscu­ lares dos ventrículos: (a) pelo epicárdio (b) pelo esqueleto fibroso do coração (c) mas não são isoladas eletricamente, pois todas se contraem exatamente ao mesmo tempo (d) pelos vasos coronários 18. Os dois principais ramos da artéria coronária direita são: (a) ramo circunflexo e ramo marginal esquerdo (b) ramo interventricular anterior e ramo descendente anterior esquerdo (c) ramo marginal direito e ramo interventricular posterior (d) veia cardíaca magna e veia cardíaca parva

19. A análise dos dados no ECG é útil na detecção e no diagnóstico de: (a) hipertensão (b) arritmias cardíacas (c) acidentes vasculares encefálicos (d) todas as anteriores 20. A valva atriventricular esquerda, ou valva mitral, ou bicúspide, está loca­ lizada: (a) na origem da aorta (b) entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo (c) entre o átrio direito e o ventrículo direito (d) na origem do tronco pulmonar

Nível 2 - Revisão de conceitos 1. Se o nó sinoatrial for danificado, o que ocorrerá com os batimentos car­ díacos? (a) serão gerados pelos ramos dos feixes, em uma freqüência muito mais baixa (b) serão interrompidos e o coração irá parar de bater (c) o nó atrioventricular assumirá o ritmo em uma freqüência pouco menor que a normal (d) o batimento cardíaco aumentará em freqüência mas não em força 2. Se a contração dos músculos papilares falhar, (a) o sangue não entrará nos átrios (b) os ventrículos não bombearão o sangue (c) as valvas AV não se fecharão adequadamente (d) as valvas do tronco pulmonar e da aorta não se abrirão 3. Ocorrendo lesão da inervação simpática do coração, o que acontece com a freqüência cardíaca sob influência do sistema nervoso autônomo rema­ nescente? (a) aumentaria (b) não se modificaria (c) diminuiria (d) inicialmente aumentaria e depois diminuiria 4. Como o músculo cardíaco se assemelha ao músculo esquelético? 5. Por que as valvas do tronco pulmonar e da aorta são desprovidas de re­

forços musculares como os encontrados nas valvas AV? 6. Defina uma célula marca-passo, liste o grupo de células que normalmen­ te servem como marca-passos do coração e descreva as outras células que potencialmente serviriam como células marca-passo. 7. Qual é a função do líquido pericárdico? 8. Qual câmara cardíaca apresenta as paredes mais espessas? Explique a ne­ cessidade funcional desta característica anatômica para a câmara cardíaca em questão. 9. Quais são as características específicas das células nodais? Qual é a função delas? 10. Qual é o efeito da liberação de noradrenalina na função cardíaca?

Nível 3 .- Pensamento crítico 1. Armando apresenta um sopro cardíaco no ventrículo esquerdo que pro­ duz um som murmurante no início da sístole. Qual é a sua hipótese a respeito da causa desse som? 2. Leonardo é trazido à sala de emergência de um hospital com arritmia cardíaca. Na sala de emergência, ele começa a apresentar taquicardia e perde a consciência. Sua esposa pergunta por que ele perdeu a consciên­ cia. Qual seria a sua explicação? 3. Se os centros cardíacos detectassem abundância de oxigênio no sangue, qual substância química provavelmente seria liberada? 4. Se uma criança recebe o diagnóstico de febre reumática, que complica­ ções graves podem ser verificadas entre 10 e 20 anos depois?

22 O Sistema Circulatório Vasos e Circulação

OBJETIVOS DO CAPÍTULO: 1. Descrever a organização anatômica geral dos vasos sangüíneos e suas relações com o coração. 2 . Identificar e descrever os vários tipos

de vasos sangüíneos com base nas suas características histológicas.

3. Descrever como a estrutura histológica influencia a função de cada tipo de vaso sangüíneo.

4. Descrever a estrutura, a função e as características de permeabilidade dos capilares, sinusóides e leitos capilares.

5. Descrever a estrutura, a função e a ação das válvulas venosas. 6 . Explicar a distribuição do sangue nas

artérias, nas veias e nos capilares e discutir a função dos reservatórios sangüíneos.

7. Identificar e descrever os vasos da circulação pulmonar. 8. Identificar os principais vasos da circulação sistêmica e as regiões e os órgãos supridos por eles.

9. Preparar um fluxograma dos ramos arteriais da cabeça, do pescoço, do tórax, do abdome, dos membros superiores e inferiores.

10. Descrever as principais alterações circulatórias que ocorrem ao nascimento e explicar seu significado funcional.

11. Comparar o padrão pré-natal do fluxo sangüíneo com aquele de uma criança.

12. Descrever as alterações relacionadas à idade que ocorrem no sistema circulatório.

Introdução 572 Organização histológica dos vasos sangüíneos 572 Distribuição dos vasos sangüíneos 578 Alterações circulatórias ao nascimento 599 Envelhecimento e sistema circulatório 603

572

O SISTEMA CIRCULATÓRIO

O sistema circulatório é um sistema fechado que faz com que o sangue circule por todo o corpo. Existem dois grupos de vasos sangüíneos: um supre os pulmões (a circulação pulmonar), e o outro supre o restante do corpo (a circulação sistêmica). O sangue é bombeado a partir do coração, simultaneamente para o tronco pulmonar e a aorta. A circulação pulmonar, relativamente pequena, origina-se na valva do tronco pulmonar (saída do ventrículo direito) e termina na entrada para o átrio esquerdo. As artérias pulmonares que se ramificam a partir do tronco pulmonar conduzem san­ gue aos pulmões para as trocas gasosas. A circulação sistêmica começa na valva da aorta (saída do ventrículo esquerdo) e termina na entrada para o átrio direito. As artérias sistêmicas ramificam-se a partir da aorta e dis­ tribuem sangue a todos os outros órgãos para troca de nutrientes, gases e resíduos. Os diâmetros da luz do tronco pulmonar e da aorta medem aproximadamente 2,5 cm cada um. Estes vasos se ramificam para formar numerosos vasos menores que suprem regiões e órgãos individuais. Após penetrar nos órgãos, as artérias continuam se ramificando, origi­ nando várias centenas de milhões de artérias minúsculas que suprem sangue a mais de 10 bilhões de capilares cujo diâmetro aproxima-se ao de um único eritrócito. Esses capilares formam extensas redes de ramificações; estima-se que a extensão de todos os capilares do corpo unidos linearmente varia de aproximadamente 8.000 a 40.000 km. Isso significa que os capilares em nosso corpo podem atravessar o território dos Estados Unidos e possivelmente dar a volta ao redor do globo. Todas as trocas químicas e gasosas entre o sangue e o líquido intersticial são realizadas através das paredes capilares. As células teciduais dependem da difusão capilar para obter oxigênio e nutrientes e para remover produtos residuais. O sangue que deixa a rede de capilares entra em uma rede de pequenas veias que gradualmente se unem para formar vasos maiores que, por fim, desembocam nas veias pulmonares (circulação pulmo­ nar), veia cava superior ou veia cava inferior (circulação sistêmica). A discussão inicial deste capítulo ficará centralizada na organização histológica e anatômica de artérias, veias e capilares. Prosseguiremos, en­ tão, para a identificação dos principais vasos sangüíneos e das vias do sis­ tema circulatório.

Organização histológica dos vasos sangüíneos [Figura 2 2 . 1 ] As paredes das artérias e veias contêm três camadas distintas: (1) uma interna, a túnica íntima, (2) uma intermédia, a túnica média, e (3) uma ex­

terna, a túnica adventícia. Acompanhe a Figura 22.1 ao estudar a estrutura histológica das artérias e veias. ■ A túnica íntima é a camada mais interna de um vaso sangüíneo. Essa camada inclui o revestimento endotelial do vaso e uma ca­ mada subjacente de tecido conectivo que contém quantidades va­ riáveis de fibras elásticas. Nas artérias, a camada externa da túnica íntima é espessa e contém fibras elásticas, denominada membrana limitante elástica interna. Nas artérias maiores, o tecido conecti­ vo é mais amplo e a túnica íntima é mais espessa do que nas arté­ rias menores. ■ A túnica média é a camada intermédia, e contém lâminas concên­ tricas de tecido muscular liso em uma estrutura de tecido conec­ tivo frouxo. As fibras musculares lisas da túnica média circundam a luz do vaso sangüíneo. Quando estimuladas por ativação simpá­ tica, essas fibras musculares lisas se contraem, diminuindo o diâ­ metro do vaso, um processo denominado vasoconstrição. O rela­ xamento do músculo liso aumenta o diâmetro da luz do vaso, um processo denominado vasodilatação. Estes músculos lisos podem contrair ou relaxar em resposta a estímulos locais ou sob o contro­ le da parte simpática do SNA. Qualquer modificação do diâmetro dos vasos produz alterações da pressão e do fluxo sangüíneos nos tecidos. Fibras colágenas ligam a túnica média às túnicas íntima e adventícia. As artérias apresentam uma fina camada de fibras elás­ ticas, a membrana limitante elástica externa, localizada entre a túnica média e a túnica adventícia. ■ A túnica adventícia externa forma uma bainha de tecido conec­ tivo em torno do vaso. Esta camada é muito espessa, composta de fibras colágenas, com faixas esparsas de fibras elásticas. As fi­ bras da túnica adventícia mesclam-se àquelas dos tecidos adja­ centes, estabilizando, e ancorando o vaso sangüíneo. Nas veias, essa camada geralmente é mais espessa do que a túnica média. A estrutura em camadas das paredes confere considerável resistência às artérias e veias, A combinação de componentes elásticos e musculares permite alterações controladas no diâmetro dos vasos conforme ocorrem variações da pressão ou do volume sangüíneos. As paredes dos vasos são espessas demais para permitir difusão entre a corrente sangüínea e os teci­ dos circundantes, ou mesmo entre o sangue e os tecidos do próprio vaso.

Túnica adventícia

Túnica adventícia -Túnica média Túnica média êdia - Túnica íntima Túnica íntima Músculo liso Membrana elástica interna

Músculo liso

Membrana elástica externa Endotélio

Endotélio

Fibra elástica ARTÉRIA

Figura 22.1

Comparação histológica entre artérias e veias típicas.

M ic ro g ra fia d e lu z d e u m a a rté ria e u m a v e ia . (M L x 60)

VEIA

C a p í t u lo

Assim, as paredes dos vasos maiores contêm pequenas artérias e veias que suprem as fibras musculares lisas, os fibroblastos e os fibrócitos da túnica média e da túnica adventícia. Estes vasos são denominados vasa vasorum (vasos dos vasos).

Diferenciação entre artérias e veias

[Figura 2 2 . 1 ]

As artérias que suprem e as veias que drenam uma mesma região situamse tipicamente lado a lado no interior de uma estreita faixa de tecido co­ nectivo (Figura 22.1). Artérias e veias podem ser diferenciadas em cortes histológicos pelas seguintes características: 1. Em geral, comparando-se dois vasos adjacentes, a parede das arté­ rias é mais espessa em relação à das veias. A túnica média de uma artéria contém mais fibras musculares lisas e fibras elásticas do que

VEIA DE GRANDE CALIBRE

22 • O Sistema Circulatório: Vasos e Circulação

a túnica média de uma veia. Estes componentes elásticos e contráteis resistem à pressão gerada pelo coração ao propelir o sangue para a circulação. 2. Quando não opostas pela pressão sangüínea, as paredes das artérias se contraem. Assim, quando vistas à dissecação ou em cortes (Figu­ ra 22.1), as artérias parecem menores do que as veias corresponden­ tes. Como as paredes das artérias são relativamente espessas e fortes, mantêm seu formato circular nas vistas em corte. Veias seccionadas tendem a colabar, e nas lâminas e cortes geralmente apresentam as­ pecto achatado ou distorcido. 3. O revestimento endotelial de uma artéria não se contrai; assim, quan­ do uma artéria se constringe, o endotélio é dobrado em pregas, o que confere à secção de uma artéria um aspecto enrugado. O revestimen­ to de uma veia não apresenta essas pregas.

ARTÉRIA ELASTICA Membrana limitante elástica interna - Túnica íntima Endotélio

Túnica adventícia Túnica média

Túnica média Endotélio Túnica adventícia

Túnica íntima

VEIA DE MEDIO CALIBRE

ARTÉRIA M USCULAR

Túnica adventícia

Túnica adventícia

Túnica média

Túnica média

Endotélio

Endotélio Túnica íntima

Túnica íntima

VENULA

_____________

Túnica adventícia Endotélio

ARTERÍOLA

Células de músculo liso (túnica média) Endotélio Lâmina basal

Figura 22.2

Estrutura histológica de vasos sangüíneos.

O SISTEMA CIRCULATÓRIO

Artérias

Artérias elásticas [Figura 22.2]

[Figura 22.2]

Ao fluir desde o coração até atingir os capilares periféricos, o sangue passa por uma série de artérias de diâmetros cada vez menores: a rtéria s elásticas, artérias m usculares e arteríolas ( F ig u r a 2 2 . 2 ) .

ou a rté ria s d e con du çã o, são vasos grandes com di­ âmetros de até 2,5 cm. Transportam grandes volumes de sangue para fora do coração. O tronco pulmonar e a aorta e seus ramos principais (as a rté ria s p u lm o n a re s, ca ró tid a s com u n s, su b clá via s e ilíacas com uns)

A r t é r ia s e lá s t ic a s ,

Nota clínica Arteriosclerose é u m e s p e s s a m e n t o e e n r ije c im e n t o

x im a d a m e n t e 2 0 % d o s h o m e n s d e m e ia - id a d e a p r e s e n t a m t o d o s e s s e s

d a s p a r e d e s a r te r ia is . A p r o x im a d a m e n t e m e t a d e d a s m o r t e s n o s E s ta d o s

f a t o r e s d e r is c o ; e s t e s in d iv íd u o s e s t ã o s u je it o s a u m r is c o q u a tr o v e z e s

U n id o s e s t á r e la c io n a d a a c o m p lic a ç õ e s d a a r t e r io s c le r o s e . E x is t e m m u i­

m a io r d e a p r e s e n t a r in f a r t o d o m io c á r d io o u p a r a d a c a r d ía c a e m c o m p a ­

A r t e r io s c le r o s e

ta s fo r m a s d ife r e n t e s d e a r t e r io s c le r o s e ; u m e x e m p lo é a d o e n ç a a r t e r ia l

r a ç ã o c o m h o m e n s d a m e s m a id a d e q u e n ã o a p r e s e n t a m e s s e s m e s m o s

c o ro n a r ia n a (DAC), d e s c r ita n o C a p ít u lo 2 1 .

f a to r e s . E m b o r a u m n ú m e r o m u it o m e n o r d e m u lh e r e s d e s e n v o lv a p la c a s

p á g . 5 6 0 A a r t e r io s c le r o s e

a s s u m e d u a s fo r m a s p r in c ip a is : a c a lc if ic a ç ã o f o c a i e a a t e r o s c le r o s e .

d e a t e r o s c le r o s e , m u lh e r e s id o s a s , fu m a n t e s , c o m a lt o s n ív e is d e c o le s ­ t e r o l e h ip e r t e n s a s t a m b é m e s t ã o s o b m a io r r is c o e m r e la ç ã o à s o u t r a s



A

calcificação focal é u m a d e g e n e r a ç ã o g r a d a t iv a d a m u s c u la t u r a

r o s e t a n t o e m h o m e n s q u a n t o e m m u lh e r e s in c lu e m o b e s id a d e , e s t r e s s e

E s te p r o c e s s o t ip ic a m e n t e e n v o lv e a s a r t é r ia s d o s m e m b r o s e ó r g ã o s

e d ia b e t e s m e lit o . E v id ê n c ia s s u g e r e m q u e p e lo m e n o s a lg u m a s fo r m a s

g e n ita is . A lg u m a s c a lc if ic a ç õ e s f o c a is o c o r r e m c o m o p a r te d o p r o c e s ­ s o d e e n v e lh e c im e n t o e p o d e m d e s e n v o lv e r - s e e m a s s o c ia ç ã o c o m a a r t e r io s c le r o s e . C a lc if ic a ç õ e s f o c a is r á p id a s e g r a v e s p o d e m o c o r r e r c o m o c o m p lic a ç ã o d e d ia b e t e s m e lito , u m a d o e n ç a e n d ó c r in a . •

m u lh e r e s . F a t o r e s q u e p o d e m p r o m o v e r o d e s e n v o lv im e n t o d e a t e r o s c le ­

lis a d a t ú n ic a m é d ia e a s u b s e q ü e n t e d e p o s iç ã o d e s a is d e c á lc io .

A

aterosclerose e s t á a s s o c ia d a c o m le s õ e s d o r e v e s t im e n t o e n d o -

d e a t e r o s c le r o s e p o d e m e s t a r lig a d a s a in f e c ç õ e s c r ô n ic a s p o r

pneumoniae,

Chlamydia

u m a b a c t é r ia r e s p o n s á v e l p o r v á r io s t ip o s d e in f e ç õ e s r e s ­

p ir a tó r ia s , in c lu in d o a lg u m a s f o r m a s d e p n e u m o n ia . T r a t a m e n t o s p o s s ív e is p a r a p la c a s d e a t e r o s c le r o s e in c lu e m

terismo, angioplastia por balão

e

implante d e stents.

cate-

pág. 561 No

te lia l e c o m a f o r m a ç ã o d e d e p ó s it o s lip íd ic o s n a t ú n ic a m é d ia . E s ta

e n ta n t o , a m e lh o r a b o r d a g e m a in d a é p r e v e n tiv a , p r o c u r a n d o s e e v ita r a

é a fo r m a m a is c o m u m d e a r t e r io s c le r o s e .

a t e r o s c le r o s e p e la e lim in a ç ã o o u r e d u ç ã o d o s f a t o r e s d e r is c o . S u g e re -s e :

M u it o s f a t o r e s p o d e m e s t a r e n v o lv id o s n o d e s e n v o lv im e n t o d a a t e ­

(1) a r e d u ç ã o d a q u a n t id a d e d e c o le s t e r o l e g o r d u r a s s a t u r a d a s n a d ie ta

r o s c le r o s e . O p r in c ip a l d e le s é o n ív e l d e lip íd e o s n o s a n g u e c ir c u la n t e .

p e la r e s t r iç ã o d a in g e s t ã o d e c a r n e s g o r d u r o s a s ( c o m o c a r n e b o v in a , d e

A a t e r o s c le r o s e t e n d e a s e d e s e n v o lv e r e m in d iv íd u o s q u e a p r e s e n t a m

c o r d e ir o o u d e p o r c o ) , g e m a d e o v o e c r e m e d e le ite ; (2) a c e s s a ç ã o d o

n ív e is e le v a d o s d e lip íd e o s n o p la s m a , e s p e c if ic a m e n t e d e c o le s t e r o l. O

t a b a g is m o ; (3) o c o n t r o le d a p r e s s ã o a r t e r ia l e m e d id a s p a r a d im in u í-la ,

lipoproteí-

s e n e c e s s á r io ; (4) o m o n it o r a m e n t o r e g u la r d o s n ív e is d e c o le s t e r o l e tr a ­

c o le s te r o l c ir c u la n t e é t r a n s p o r t a d o a o s t e c id o s p e r if é r ic o s e m

nas,

c o m p le x o s lip o p r o t é ic o s .

t a m e n t o , s e n e c e s s á r io ; (5) o c o n t r o le d o p e s o ; e (6) a p r á t ic a r e g u la r d e

Q u a n d o a s lip o p r o t e ín a s r ic a s e m c o le s t e r o l p e r m a n e c e m n a c i r c u ­

a t iv id a d e s f ís ic a s .

la ç ã o p o r lo n g o s p e r ío d o s , o s m o n ó c it o s c ir c u la n t e s c o m e ç a m a r e m o ­ v ê -la s d a c o r r e n t e s a n g ü ín e a e, p o r fim , t o r n a m - s e r e p le t o s d e g o t a s d e lip íd e o s . N e s t a c o n d iç ã o , e s s e s m o n ó c it o s p a s s a m a s e r d e n o m in a d o s

células espum osas

e s e fix a m à s p a r e d e s e n d o t e lia is d o s v a s o s s a n g ü í­

n e o s , o n d e lib e r a m f a t o r e s d e c r e s c im e n t o . E s t a s c i t o c in a s e s t im u la m a d iv is ã o c e lu la r d a s f ib r a s m u s c u la r e s lis a s p r ó x im a s d a t ú n ic a ín t im a , ca u sa n d o o e s p e s s a m e n to d a p a re d e d o vaso. O u t r o s m o n ó c it o s in v a d e m a á r e a , m ig r a n d o p o r e n t r e a s c é lu la s e n ­ d o t e lia is . C o n f o r m e o c o r r e m e s t a s a lt e r a ç õ e s , o s m o n ó c it o s , a s c é lu la s m u s c u la r e s lis a s e a s c é lu la s e n d o t e lia is t a m b é m c o m e ç a m a f a g o c it a r lip íd e o s . E s te p r o c e s s o r e s u lt a n a f o r m a ç ã o d e u m a

placa,

Túnica adventícia Placa de depósitos lipídicos

um a m assa

lip íd ic a q u e s e p r o je t a n a lu z d o v a s o . N e s t e m o m e n t o , a p la c a a p r e s e n t a

Túnica média

u m a e s t r u t u r a r e la t iv a m e n t e s im p le s e a s e v id ê n c ia s s u g e r e m q u e o p r o ­ c e s s o p o d e s e r r e v e r t id o c o m u m r e a ju s t e a lim e n t a r a p r o p r ia d o . S e a c o n d iç ã o p e r s is te , a s c é lu la s e n d o t e lia is a u m e n t a m d e v o lu m e e m fu n ç ã o d a p r e s e n ç a d o s lip íd e o s , p r o p ic ia n d o o s u r g im e n t o d e f e n d a s n o te c id o e n d o te lia l; c o m is s o , in ic ia - s e u m p r o c e s s o d e a d e s ã o d e p la q u e ta s à s fib ra s c o lá g e n a s e x p o s t a s . A c o m b in a ç ã o d a a d e s ã o e d a a g r e g a ç ã o p la q u e tá ria le v a à f o r m a ç ã o d e u m c o á g u lo s a n g ü ín e o lo c a liz a d o q u e p o d e re s tr in g ir o flu x o d e s a n g u e n a a r t é r ia a o s e d e s e n v o lv e r . N e s t a fa s e , a e s ­

Placa na parede do vaso

tru tu r a d a p la c a é r e la t iv a m e n t e c o m p le x a . O c r e s c im e n t o d a p la c a p o d e s e r in te rro m p id o , m a s a s a lt e r a ç õ e s e s t r u t u r a is g e r a lm e n t e p e r m a n e c e m . P la c a s t íp ic a s s ã o m o s t r a d a s n a F ig u r a 2 2 .3 . I n d iv íd u o s id o s o s , p r in ­ c ip a lm e n t e d o s e x o m a s c u lin o , s ã o m a is p r o p e n s o s a o d e s e n v o lv im e n t o d e p la c a s a t e r o s c le r ó t ic a s . E v id ê n c ia s s u g e r e m q u e o s e s t r ó g e n o s p o d e m le n tific a r a f o r m a ç ã o d a p la c a , o q u e p o d e e x p lic a r a m e n o r in c id ê n c ia d e d o e n ç a s c o m o D A C , in f a r to d o m io c á r d io e a c id e n t e s v a s c u la r e s e n c e f á lic o s e m m u lh e r e s . A p ó s a m e n o p a u s a , q u a n d o a p r o d u ç ã o d e e s t r ó g e n o d im in u i, o r is c o d e o c o r r ê n c ia d e s s a s d o e n ç a s n o s e x o f e m in in o a u m e n t a s ig n ific a tiv a m e n te . O u t r o s fa t o r e s d e r is c o a lé m d a id a d e a v a n ç a d a e d o s e x o in c lu e m n ív e is e le v a d o s d e c o le s t e r o l, p r e s s ã o a r t e r ia l e le v a d a e t a b a g is m o . A p r o ­

F ig u r a 2 2 . 3

Placa bloqueando uma artéria periférica.

A m a s s a lip íd ic a in v a d e a lu z d o v a s o e r e s trin g e o flu x o sa n g ü ín e o . (ML x 28)

Capitulo 22 • O Sistema Circulatório: Vasos e Circulação

são exemplos de artérias elásticas. As paredes das artérias elásticas não são muito espessas em relação ao diâmetro do vaso, mas são extrema­ mente complacentes. A túnica média destes vasos contém alta densidade de fibras elásticas e relativamente poucas fibras musculares lisas (Figu­ ra 22.2). Como resultado, as artérias elásticas são capazes de tolerar as modificações de pressão que ocorrem durante o ciclo cardíaco. Durante a sístole ventricular, a pressão sobe rapidamente e as artérias elásticas são estiradas, ao passo que durante a diástole ventricular a pressão do sangue no interior do sistema arterial cai e as fibras elásticas retornam à sua dimensão original. Este estiramento suaviza o aumento abrupto da pressão durante a sístole ventricular e a sua retração suaviza a queda da pressão durante a diástole ventricular, impulsionando o sangue em direção aos capilares.

Artérias musculares [Figuras 22.1/22.2] As artérias musculares, ou artérias de distribuição (também conhecidas como artérias de médio calibre), conduzem sangue aos músculos esque­ léticos e órgãos internos. Uma artéria muscular típica apresenta um di­ âmetro de aproximadamente 0,4 cm. As artérias musculares apresentam uma túnica média mais espessa, com uma porcentagem maior de fibras musculares lisas do que a encontrada nas artérias elásticas (Figuras 22.1 e 22.2). As artérias carótidas externas no pescoço, as artérias braquiais nos braços, as artérias femorais nas coxas e as artérias mesentéricas no abdome são exemplos de artérias musculares. A parte simpática do SNA controla o diâmetro de cada uma dessas artérias. Pela constrição ( vasoconstrição) ou relaxamento ( vasodilatação) da musculatura lisa da túnica média, o SNA regula o fluxo sangüíneo para cada órgão independentemente.

Arteríolas [Figura 22.2] As arteríolas são consideravelmente menores do que as artérias mus­ culares. As arteríolas apresentam um diâmetro aproximado de 30 ^irn e uma túnica adventícia pouco definida; sua túnica média consiste em fi­ bras musculares lisas dispersas que não constituem uma camada comple­ ta (Figura 22.2). As menores artérias musculares e as arteríolas mudam seu diâmetro em resposta às condições locais, à estimulação simpática ou endócrina. Por exemplo, as arteríolas em muitos tecidos apresentam vaso­ constrição sob estimulação simpática, oo pág. 454 As arteríolas contro­ lam o fluxo sangüíneo entre artérias e capilares. Artérias elásticas e musculares são interconectadas de modo discreto, e as características dos vasos modificam-se gradualmente à medida que se distanciam do coração. Por exemplo, as artérias musculares maiores con­ têm uma quantidade considerável de tecido elástico, enquanto as artérias musculares menores assemelham-se às arteríolas musculares.

Capilares

[Figuras 22.2/22.4]

Os capilares são os menores e mais delicados vasos sangüíneos (Figura 22.2). São importantes funcionalmente porque são os únicos vasos san­ güíneos cujas paredes permitem trocas entre o sangue e o líquido intersticial circundante. Como as paredes são relativamente delgadas, as dis­ tâncias de difusão são pequenas e as trocas podem ocorrer rapidamente. Além disso, o sangue flui lentamente através dos capilares, possibilitando tempo suficiente para a difusão ou o transporte ativo de materiais através das paredes dos capilares. Algumas substâncias atravessam as paredes dos capilares por difusão através do revestimento endotelial; outras passam através de fendas entre as células endoteliais. A estrutura delgada de cada capilar determina sua capacidade de regular as trocas bilaterais de subs­ tâncias entre o sangue e o líquido intersticial. Um capilar típico consiste em um tubo endotelial encerrado em uma delicada lâmina basal. O diâmetro médio de um capilar é de apenas 8 |lm, muito próximo ao diâmetro de um eritrócito.

Capilares contínuos são encontrados na maioria das regiões do cor­ po. Nestes capilares o endotélio é um revestimento completo e as células endoteliais são conectadas por junções firmes e desmossomos (Figura 22.4a,b). Capilares fenestrados (fenestra, janela) são capilares que con­ têm “janelas” ou poros em suas paredes devido a um revestimento endo­ telial perfurado ou descontínuo (Figura 22.4). Uma única célula endotelial pode envolver a luz de um capilar contínuo (Figura 22.4c). As paredes de um capilar fenestrado são muito mais per­ meáveis; elas apresentam um aspecto de “queijo suíço” (Figura 22.4d) e os poros permitem a passagem de moléculas tão grandes quanto peptídeos ou pequenas proteínas. Este tipo de capilar permite trocas rápidas de líquidos e solutos. Exemplos de capilares fenestrados citados nos capítulos anteriores incluem o plexo corióideo dos ventrículos encefálicos e os capilares de uma série de órgãos endócrinos, incluindo o hipotálamo, a hipófise, a glândula pineal, as glândulas supra-renais e a glândula tireóide. «ao pág. 394 Capila­ res fenestrados são também encontrados nos locais de filtração dos rins. Os capilares sinusóides são semelhantes a capilares fenestrados, exceto pelo fato de os poros serem maiores e a lâmina basal ser mais fina. (Em alguns órgãos, como o fígado, não existe a lâmina basal.) Os capilares sinusóides são irregulares e achatados e seguem o contorno interno de órgãos complexos. Eles permitem uma troca intensa de líquidos e grandes solutos, incluindo proteínas em suspensão, entre o sangue e o líquido intersticial. O movimento do sangue pelos capilares sinusóides é relativamente lento, maximizando o tempo disponível para absorção e secreção. Os capilares sinusóides são en­ contrados no fígado, na medula óssea e nas glândulas supra-renais. Quatro mecanismos básicos são responsáveis pelas trocas de mate­ riais através das paredes dos capilares:

1. Difusão através das células capilares endoteliais (materiais lipossolúveis, gases e água por osmose). 2. Difusão através das fendas entre células endoteliais adjacentes (água e pequenos solutos; solutos maiores no caso de sinusóides). 3. Difusão através de poros nos capilares fenestrados e sinusóides (água e solutos). 4. Transporte vesicular pelas células endoteliais (endocitose no lado da luz, exocitose no lado basal), água e solutos específicos ligados ou li­ vres. págs. 32-33, 42

Leitos capilares [Figura 22.5] Os capilares não funcionam como unidades individuais. Cada capilar é parte de uma rede interconectada denominada leito capilar ou rede ca­ pilar (Figura 22.5). Uma única arteríola dá origem a dezenas de capilares que se esvaziam em várias vênulas. A entrada de cada capilar é protegida por uma “banda” de músculo liso, denominada esfincter pré-capilar. A contração das fibras musculares lisas constringe e estreita o diâmetro da entrada do capilar, reduzindo ou estagnando o fluxo sangüíneo. O relaxa­ mento do esfincter dilata a abertura, permitindo a entrada de sangue no capilar em maior velocidade. Os esfincteres pré-capilares abrem-se quando os níveis de dióxido de carbono se elevam; esta elevação significa que os tecidos precisam de oxigênio e nutrientes. Quando os níveis de dióxido de carbono diminuem, ou à estimulação simpática, os esfincteres se fecham. Um leito capilar contém várias conexões indiretas entre arteríolas e vênulas. Nestas vias de comunicação, o segmento arteriolar contém fibras musculares lisas capazes de alterar o seu diâmetro, e esta região é chamada de m etarteríola (Figura 22.5a). O restante desta via de passagem asseme­ lha-se a um capilar típico e é chamado de “ canal de passagem direta” . O sangue geralmente flui das arteríolas para as vênulas em velocidade constante, mas o fluxo sangüíneo em um único capilar pode ser bastante variável. Cada esfincter pré-capilar tem ciclos alternados de contração e relaxamento que ocorrem dezenas de vezes por minuto. Como resultado, o fluxo sangüíneo em qualquer capilar ocorre em pulsos, e não em uma

576

*

0 S IS T E M A C IR C U LA TÓ R IO

Lâmina basal Célula endotelial Núcleo

(b) Capilar fenestrado

(a) Capilar contínuo

Endossomos

Poros (fenestrações)

Limite entre células endoteliais

Espaço perivascular

Lâmina basal

Poros

Núcleo de célula endotelial Lâmina basal

Luz do capilar

Junção dé célula endotelial

(c) MET de capilar contínuo

(d) MEV de capilar fenestrado

Figura 22.4 Estrutura de capilares. (a) R e p re se n ta ç ã o d ia g ra m á tic a d e c a p ila r e s c o n tín u o s m o s tr a n d o a e s tr u tu r a d e s u a s p a re d e s , (b) E sta r e p r e s e n t a ç ã o d ia g ra m á tic a d e u m c a p ila r fe n e s tra d o d e ta lh a a e stru tu ra d e su a p ared e , (c) A M E T m o s tra u m a s e c ç ã o tr a n s v e r s a l d e u m c a p ila r c o n tín u o . U m a ú n ic a c é lu la e n d o te lia l fo rm a u m r e v e s tim e n to c o m p le to a o red o r d e sta p a rte d o cap ila r, (d) M E V m o s tra n d o a p a re d e d e u m c a p ila r fe n e s tra d o . O s p o r o s s ã o " fa lh a s " n o r e v e s tim e n to e n d o te lia l q u e p e rm ite m a p a ss a g e m d e gra n d e s v o lu m e s d e líq u id o e so lu to s . (M E V x 12.425)

corrente fixa e contínua. O resultado final é que o sangue pode atingir as vênulas ora por uma via, ora por outra bem diferente. Este processo, que é controlado no nível tecidual, é denominado auto-regulação capilar. Existem também mecanismos para modificar o suprimento circu­ latório da rede capilar como um todo. As redes capilares no interior de uma área são freqüentemente supridas por mais de uma artéria. As arté­ rias, denominadas artérias colaterais, entram na região e unem-se antes de terminarem em uma série de arteríolas. A interconexão é chamada de anastomose arterial. Anastomoses arteriais são encontradas no encéfalo, no coração, no estômago e em outras regiões do corpo com demandas circulatórias significativas. Este arranjo garante o suprimento circulatório

aos tecidos; se um suprimento arterial é bloqueado, outro irá suprir de sangue o leito capilar. Anastomoses arteriolovenulares* são conexões diretas entre arteríolas e vênulas (Figura 22.5a). As anastomoses arteriovenosas são comuns em órgãos viscerais e articulações onde mudanças na posição do corpo poderiam obstruir o fluxo do sangue entre dois vasos. Músculos lisos nas paredes desses vasos podem se contrair ou relaxar para regular a quantidade de sangue que atinge o leito capilar. For exemplo, quando as anastomoses arteriolovenulares estão dilatadas, o sangue pas­ sará diretamente para a circulação venosa desviando-se do leito capilar. * N. de R.T. Conhecida amplamente como anastomose arteriovenosa.

C a p í t u lo

22 • O Sistema Circulatório: Vasos e Circulação

577

Pequena artéria

Arteríola

Metarteríolas

Leitos capilares

----- > Fluxo sangüíneo variável

Anastomose arteriolovenular (a) Leito capilar

Figura 22.5 Organização de um leito capilar. (a) O rg a n iza ç ã o b á s ic a d e um le ito c a p ila r típ ic o . O p a d rã o d e flu x o s a n g ü ín e o m o d ific a -s e c o n t in u a m e n te e m re s p o s ta a a lte r a ç õ e s re g io n a is na d e m a n d a d e o xig ê n io d o te cid o , (b) Le ito c a p ila r c o n fo rm e o b s e rv a d o e m u m te c id o vivo.

Veias

[Figuras 22.1/22.2]

As veias coletam o sangue de todos os tecidos e órgãos retornando-o ao coração. Seguindo o padrão do fluxo sangüíneo, a discussão da rede venosa será realizada das vênulas para as veias de grande calibre, do mesmo modo que as artérias foram discutidas das artérias elásticas para as arteríolas. As paredes venosas são mais finas e menos elásticas do que as das artérias cor­ respondentes, porque a pressão sangüínea nas veias é menor do que nas artérias. Exceto nas menores vênulas, a parede de todas as veias apresenta as mesmas três camadas encontradas nas artérias. No entanto, as veias apre­ sentam maior variação estrutural do que as artérias, e a estrutura histológica de uma veia em particular pode variar ao longo do seu comprimento. As veias são classificadas com base em seu tamanho, e em geral as veias apresentam diâmetro maior do que suas artérias correspondentes. Reveja as Figuras 22.1, pág. 572, e 22.2, pág. 573, para comparar artérias e veias típicas.

camada mais espessa das veias de médio calibre é a túnica adventícia, que contém feixes longitudinais de fibras elásticas e colágenas.

Veias de grande calibre As veias de grande calibre incluem a veia cava superior e a veia cava infe­ rior e suas tributárias no interior das cavidades torácica e abdominopélvica. Nas grandes veias, todas as camadas são mais espessas. A delgada túnica média é envolvida por uma espessa túnica adventícia composta de uma mistura de fibras elásticas e colágenas.

Válvulas venosas [Figura 22.6]

Veias de médio calibre

A pressão sangüínea nas vênulas e veias de médio calibre é muito baixa para se opor à pressão da gravidade. Nos membros, essas veias contêm válvulas unidirecionais que são formadas por pregas internas da túnica íntima (Figura 22.6). Essas válvulas agem como as valvas cardíacas, im­ pedindo o refluxo do sangue. Enquanto as válvulas funcionam normal­ mente, qualquer movimento que distorça ou comprima as veias propele o sangue em direção ao coração. Por exemplo, enquanto se está em pé, o retorno do sangue (dos pés) precisa sobrepor a força da gravidade para subir ao coração. As válvulas compartimentalizam o sangue no interior das veias, dividindo assim o peso do sangue. A contração dos músculos circundantes facilita a propulsão do sangue em direção ao coração. Este mecanismo é denominado bomba muscular. As veias de grande calibre, como as veias cavas, são desprovidas de válvulas, mas as mudanças de pressão na cavidade torácica facilitam o movimento do sangue para o coração. Este mecanismo, denominado “ bomba toracoubdominal”*, será discutido posteriormente no Capítulo 24.

As veias de médio calibre variam de 2 a 9 mm de diâmetro interno e em geral correspondem a artérias de médio calibre. Nessas veias, a túnica média é delgada e contém relativamente poucas fibras musculares lisas. A

* N. de R.T. D urante a inspiração, a pressão torácica dim inui, gerando uma força de suc­ ção denom inada vis afronte (força da frente).

Vênulas As vênulas são as menores veias e coletam sangue dos capilares. Elas

variam amplamente em tamanho e características. As menores vênulas assemelham-se a capilares dilatados, e aquelas com diâmetro menor que 50 pm não apresentam túnica média. A luz de uma vênula média tem um diâmetro total de aproximadamente 20 |im. As paredes de vênulas com mais de 50 fim de diâmetro contêm todas as três camadas, porém a túnica média é delgada, onde predomina tecido conectivo. A túnica média das vênulas maiores contém células musculares lisas esparsas.

O SISTEMA CIRCULATÓRIO

Veias de grande calibre

18%

Grandes redes venosas (fígado, medula óssea, pele) 21 % A o ria

2%

Vênulas e veias de médio calibre

25%

Figura 22.7

Figura 22.6

Função das válvulas venosas.

A s v á lv u la s n a s p a re d e s d a s v e ia s d e m é d io c a lib r e e v ita m o re flu x o d o sa n g u e . A c o m p re s s ã o v e n o s a c a u s a d a p e la c o n t ra ç ã o d o s m ú s c u lo s e s q u e lé t ic o s a d ja ­ c e n te s cria um a p re s s ã o (re p re s e n ta d a p e la s se ta s ) q u e a u x ilia a m a n u te n ç ã o d o flu xo s a n g ü ín e o ve n o so . M o d ific a ç õ e s na p o s iç ã o d o c o rp o e a " b o m b a to ra c o a b d o m in a l" p o d e m o fe r e c e r fo rç a d e p ro p u ls ã o a d ic io n a l.

A distribuição de sangue no sistema circulatório.

x__________________________ C. REVISÃO DOS CONCEITOS 1. 0 e x a m e d e u m c o rt e d e t e c id o m o s tra v á r io s v a s o s p e q u e n o s d e p a re d e s f in a s c o m m u it o p o u c o t e c id o m u s c u la r lis o na tú n ic a m é d ia . D e q u e tip o sã o e ste s v aso s? 2. P o r q u e a s v á lv u la s s ã o e n c o n tr a d a s n a s v e ia s e n ã o n a s a rté ria s ? 3. A a rté ria fe m o ra l é u m e x e m p lo d e q u e tip o d e a rté ria ?

A distribuição do sangue

[Figura 2 2 .7 ]

O volume total do sangue é distribuído de modo desigual entre artérias, veias e capilares (Figura 22.7). O coração, as artérias e os capilares contêm normalmente 30 a 35% do volume sangüíneo (aproximadamente 1,5 L de sangue total) e o sistema venoso contém o restante (65 a 70%, ou em torno de 3,5 L). Como suas paredes são mais finas e contêm m enor proporção de músculo liso, as veias são mais distensíveis do que as artérias. A uma determinada pressão, uma veia típica distende-se por volta de oito vezes mais do que uma artéria correspondente. Se o volume de sangue se eleva ou diminui, as paredes elásticas distendem-se ou retraem-se, m udando o volume de sangue no sistema venoso. Se ocorrer uma hemorragia grave, o centro vasomotor no bulbo es­ timula os nervos simpáticos que inervam as células musculares lisas nas paredes das veias de médio calibre. Quando as células musculares lisas das paredes se contraem, esta venoconstrição reduz o volume do siste­ ma venoso. Além disso, o sangue entra na circulação geral vindo de redes venosas no fígado, na medula óssea e na pele. A redução da quantidade de sangue no sistema venoso pode manter o volume no interior do sis­ tema arterial próximo de níveis normais, apesar da perda significativa de sangue. Desse modo, o sistema venoso age com um reservatório de sangue, com o fígado atuando como reservatório principal; a alteração no volume constitui a reserva venosa. A reserva venosa normalmente atinge mais de 1 litro, 21% do volume total de sangue.

4. O c o rr e m t r o c a s g a s o s a s e n tre o s a n g u e e o s t e c id o s c ir c u n d a n t e s n a s arte r ío la s ?

Veja a seção de Respostas na parte final do livro.

Distribuição dos vasos S a n g Ü í n e O S [Figura 22.8] Os vasos sangüíneos do organismo podem ser divididos em vasos da circula­ ção pulmonar e da circulação sistêmica. A circulação pulmonar é composta de artérias e veias que transportam o sangue entre o coração e os pulmões, uma distância relativamente curta. As artérias e veias da circulação sistêmica conduzem sangue oxigenado do coração para todos os outros tecidos, um trajeto circular que envolve distâncias muito maiores. Existem algumas dife­ renças funcionais e estruturais entre os vasos dessas circulações. Por exemplo, a pressão sangüínea na circulação pulmonar é relativamente baixa e as pare­ des das artérias pulmonares são mais finas do que as das artérias sistêmicas. A Figura 22.8 resume as principais vias dentro das circulações pul­ monar e sistêmica. Três padrões funcionais importantes surgirão a partir das tabelas e figuras que seguem: 1. A distribuição periférica das artérias e veias nos lados direito e es­ querdo geralmente é idêntica, exceto nas proximidades do coração, onde os vasos maiores se conectam aos átrios ou ventrículos.

C a p í t u lo 2 2



O

2. Um único vaso pode ter nomes diferentes enquanto atravessa regiões anatômicas específicas, tornando possíveis descrições anatômicas mi­ nuciosas ao longo do seu trajeto. 3. Muitas vezes, artérias e veias fazem anastomoses que reduzem o im­ pacto de uma oclusão (bloqueio) temporária ou mesmo permanente de um único vaso.

Encéfalo Membros superiores Circulaçao pulmonar arterial

A circulação pulmonar [Figura 22 .9] O sangue que chega ao átrio direito é proveniente dos tecidos periféricos e do miocárdio, onde o oxigênio foi liberado e o dióxido de carbono ab­ sorvido nos leitos capilares. Após passar pelo átrio e ventrículo direitos, o sangue penetra no tronco pulmonar, iniciando a circulação pulmonar. Essa circulação contém cerca de 9% do volume sangüíneo total, inicia-se na valva do tronco pulmonar e termina na entrada do átrio esquerdo. Na circulação pulmonar (Figura 22.9a), o dióxido de carbono é excretado, o oxigênio absorvido, e o sangue reoxigenado retoma ao coração para ser distribuído aos tecidos do corpo pela circulação sistêmica. Comparada à circulação sistêmica, a circulação pulmonar é relativamente curta; a base do tronco pulmonar e os pulmões estão separados por apenas 15 cm. As artérias da circulação pulmonar diferem das artérias da circula­ ção sistêmica pelo fato de transportarem sangue rico em dióxido de car­ bono (venoso). (Por essa razão, os diagramas com cores codificadas ge­ ralmente mostram o tronco pulmonar e as artérias pulmonares em azul, a mesma cor das veias sistêmicas.) Ao curvar-se sobre a margem süperior do coração, o tronco pulmonar dá origem às artérias pulmonares direita e esquerda. Estas grandes artérias penetram nos pulmões antes de ramificarem-se repetidamente, dando origem a artérias cada vez me­ nores. Os menores ramos, as arteríolas pulmonares, fornecem sangue às redes capilares que envolvem pequenos sacos aéreos, ou alvéolos ( alveolus, saco) nos pulmões. As paredes dos alvéolos são suficientemente finas para que ocorram trocas gasosas entre o sangue capilar e o ar inspirado. (A estrutura dos alvéolos será descrita no Capítulo 24.) À medida que deixa os capilares alveolares, o sangue oxigenado entra nas vênulas que se unem para formar vasos maiores, transportando o sangue em direção às veias pulmonares. Estas quatro veias, duas para cada pulmão, se es­ vaziam no átrio esquerdo, completando a circulação pulmonar (Figura 22.9a). A Figura 22.9b mostra uma angiografia pulmonar evidenciando os vasos da circulação pulmonar e suas relações com o coração e os pul­ mões no indivíduo vivo.

579

Sistema Circulatório: Vasos e Circulaçao

Circulaçao sistêmica

Circulação pulmonar venosa

ventrículo direito



Figura 22.8

Ventrículo esquerdo

Circulação sistêmica arterial

Membros inferiores

Uma visão global do padrão geral de circulação.

A circulação sistêmica A circulação sistêmica começa na valva da aorta e termina na entrada para o átrio direito. Ela supre os leitos capilares em todas as partes do corpo não supridas pela circulação pulmonar e contém aproximadamente 84% do volume sangüíneo total.

Artérias sistêmicas [Figuras 22.10 a 22.20] A Figura 22.10 fornece uma visão geral do sistema arterial. Esta figura indica as localizações relativas das principais artérias sistêmicas. A distri­ buição detalhada destes vasos e seus ramos pode ser observada nas Figu­ ras 22.11 a 22.20. Como apresentamos figuras individuais para artérias e para veias, não incluímos os termos artéria(s) e veia(s) nas legendas; os nomes estarão sempre no singular, independentemente de os indicadores apontarem uma ou várias artérias. Por convenção, muitas das grandes ar­ térias são denominadas troncos; para evitar confusão, estes nomes serão citados de modo completo. Como as descrições que se seguem focalizam a atenção sobre os principais ramos encontrados em ambos os lados do

corpo, os termos direito e esquerdo aparecerão somente quando os dois vasos forem legendados. A parte ascendente da aorta [Figuras 21.6a/21.8/22.9] A parte ascen­ dente da aorta começa na valva da aorta no ventrículo esquerdo (Figu­ ras 21.6a, ao pág. 555, e 22.9). As artérias coronárias direita e esquerda originam-se na base da parte ascendente da aorta, imediatamente supe­ rior à valva da aorta. A distribuição das artérias coronárias foi descrita no Capítulo 21 e ilustrada na Figura 21.8. pág. 559 O arco da aorta [Figuras 22.10 a 22.13] Curva-se sobre a superfície superior do coração e conecta as partes ascendente e descendente da aor­ ta. Três artérias elásticas originam-se ao longo do arco da aorta (Figuras 22.10, 22.11 e 22.13). Essas artérias, o tronco braquiocefálico, a caróti­ da comum esquerda e a artéria subdávia esquerda, conduzem o sangue para a cabeça, o pescoço, os ombros e os membros superiores. O tronco

O SISTEMA CIRCULATORIO

Arco da aorta

Traquéia Parte ascendente da aorta

Tronco pulmonar

Veia cava superior Pulmão esquerdo Ramos da artéria pulmonar esquerda

Pulmão direito

Veias pulmonares esquerdas

Ramos da artéria pulmonar direita

Veias pulmonares direitas Alvéolo

Capilar

Veia cava inferior Parte descendente da aorta

(a) Circulação pulmonar

Cateter passando através do ventrículo direito para penetrar no tronco pulmonar

Artéria pulmonar direita

Artéria pulmonar esquerda Tronco pulmonar

(b) Angiografia F ig u r a 2 2 .9

A c i r c u l a ç ã o p u lm o n a r .

(a) A n a to m ia da c ir c u la ç ã o p u lm o n a r. A s s e ta s a z u is in d ic a m o flu x o d e s a n g u e r ic o e m d ió x id o d e c a rb o n o ; a s s e ta s v e rm e lh a s in d ic a m o flu x o d e sa n g u e o xig e n O d e ta lh e a m p lia d o m o s tra o s a lv é o lo s d o p u lm ã o e a d ifu s ã o d e g a s e s d o e s p a ç o a lv e o la r p a ra o s a n g u e e d o s a n g u e para o e s p a ç o a lv e o la r a tra v é s d a s p are d e a lv é o lo e c a p ila r a lv e o la r (m e m b ra n a a lv e o lo c a p ila r). (b) A n g io g ra fia p u lm o n a r m o s tr a n d o c o ra ç ã o , v a s o s da c ir c u la ç ã o p u lm o n a r, d ia fra g m a e p u lm õ e s.

C a p ít u lo

Vertebral

22 • O Sistema Circulatório: Vasos e Circulação

Carótida comum direita

Subclávia direita

Carótida comum esquerda Subclávia esquerda

Tronco braquiocefálico

Axilar

Arco da aorta

Tronco pulmonar

Parte ascendente da aorta

Parte descendente da aorta

Músculo diafragma Tronco celíaco Braquial

Renal Mesentérica superior Gonadal (testicular) Mesentérica inferior llíaca comum

Radial

llíaca interna Ulnar llíaca externa

Arcos palmares superficial e profundo

Femoral profunda

Femoral

Descendente do joelho Poplitea

Tibial posterior Tibial anterior Fibular

Dorsal do pé

Arco plantar profundo

Figura 22.10

Visão geral da circulação sistêm ica arterial.

0 SISTEMA CIRCULATÓRIO

braquiocefálico, também chamado de artéria inominada, sobe por uma curta distância antes de ramificar-se para formar a a r t é r i a s u b c lá v ia d i ­ re ita e a a r t é r i a c a r ó tid a c o m u m d ir e ita . Existe apenas um tronco bra­ quiocefálico, e a artéria carótida comum esquerda e a artéria subclávia esquerda se originam individualmente no arco da aorta. No entanto, em termos de distribuição periférica, os vasos do lado esquerdo são imagens especulares daqueles do lado direito. As Figuras 22.12 e 22.13 ilustram os principais ramos dessas artérias. Os membros superio­ res, a parede do tórax, os ombros, o dorso, o encéfalo e a medula espinal são supridos pelas artérias subclávias (Figuras 22.10 a 22.12). Três ramos principais originam-se antes que a artéria subclávia deixe a cavidade to­ rácica: ( l ) o tr o n c o tire o c e r v ic a l, que supre os músculos e outros tecidos do pescoço, o ombro e a parte superior do dorso; (2) a a r t é r i a to r á c ic a in te rn a , que supre o pericárdio e a parede anterior do tórax; e (3) a a r t é ­ ria v e rte b ra l, que supre o encéfalo e a medula espinal. Após deixar a cavidade torácica e cruzar a margem externa da primei­ ra costela, a artéria subclávia continua corno a r t é r i a a x ila r , que supre os músculos da região peitoral e axila. A artéria axilar atravessa a axila para entrar no braço, onde dá origem às artérias circunflexa anterior do úmero e circunflexa posterior do úmero, que suprem estruturas próximas da cabeça do úmero*. Distalmente, a artéria axilar continua como a r t é r i a b r a q u i a l, que supre o membro superior. As a r té r ia s s u b d á v i a s [F ig u ra s 2 2 .1 0 a 2 2 .1 2 ]

A artéria braquial inicialmente dá origem à a r t é r i a b r a q u ia l p r o f u n ­ d a , que supre as estruturas profundas ao longo do compartimento poste­

rior do braço. Origina as artérias colaterais ulnares superior e inferior, que, juntamente com as artérias recorrentes ulnares, suprem a área em torno do cotovelo. Na fossa cubital, a artéria braquial se divide em a r t é r i a r a ­ d ia l, que acompanha o rádio, e a r t é r i a u ln a r , que acompanha a ulna até o punho. Essas artérias suprem o antebraço. No punho, tais artérias se anastomosam para formar um a rc o p a l m a r s u p e r f ic ia l e um a rc o p a l­ m a r p r o f u n d o , que respectivamente suprem a palma da mão e as a r té r ia s d ig ita is que suprem o polegar e dedos*”. A s a r t é r i a s c a r ó tid a s c o m u n s e o s u p r im e n to sa n g ü ín e o a o e n c é fa ­

As artérias carótidas' comuns ascendem profundam ente nos lecidos do pescoço. Uma artéria carótida comum em geral pode ser localizada pressionando-se levemente cada lado da traquéia até sentir-se um pulso forte. Cada artéria carótida comum divide-se no nível da laringe em uma a r t é r i a c a r ó t i d a e x te r n a e uma a r t é r i a c a r ó t i d a i n t e r n a . O s e io c a r ó t ic o , localizado na base da artéria carótida interna, pode estender-se ao longo de uma parte da artéria carótida comum (Figura 22.13a e 22.14). O seio carótico contém barorreceptores e quimiorreceptores envolvidos na regulação da pressão pág. 475 A artéria carótida externa supre estruturas do arterial. pescoço, da faringe, do esôfago, da laringe, da mandíbula e da face. As

lo [ F i g u r a s 2 2 .1 3 a 2 2 .1 5 )

"* N . de R.T. O arco palmar superficial origina as artérias digitais palmares com uns, e es­ tas, as artérias digitais palm ares próprias; por outro lado, o arco palmar profundo origina as * N. de R.T. A artéria subescapular é o m aior ram o da artéria axilar, supre parede d o tó ­ rax, m úsculo latíssimo d o dorso e região escapular.

artérias m etacarpais palmares. O polegar é irrigado pela artéria principal do polegar, ramo da artéria radial.

Artéria carótida comum direita

Tronco tireocervical

Artéria subclávia direita Artéria carótida comum • esquerda

Artéria subclávia esquerda Tronco braquiocefálico (artéria inominada)

Arco da aorta Artéria torácica interna

Parte descendente da aorta Parte ascendente da aorta

Figura 22.11

Angiografia da aorta.

Esta an g io g rafia m o s tra a p a rte a s c e n d e n te d a a o rta , o a r c o d a a o rta , a p a rte d e s c e n d e n te d a a o rta , o tr o n c o b r a q u io c e fá lic o ( ra m ific a n d o -s e n a s a rté ria s su b c lá v ia d ire ita e c a ró tid a c o m u m direita), a a rté ria c a ró tid a c o m u m e s q u e r d a e a a rté ria s u b c lá v ia e s q u e rd a .

C a p ít u lo

22 • O Sistema Circulatório: Vasos e Circulação

583

S u p r a - e s c a p u la r T r o n c o t ir e o c e r v ic a l C a r ó t id a c o m u m d ir e it a S u b c lá v ia d ir e it a

C a r ó t id a c o m u m e s q u e r d a V e rte b ra l

T ó r a c o - a c r o m ia l A x ila r

T r o n c o b r a q u io c e f á lic o S u b c lá v ia e s q u e r d a

T o r á c ic a la t e r a l A r c o d a a o rta

C ir c u n f le x a a n t e r io r d o ú m e ro

P a rte a s c e n d e n te d a a o rta C ir c u n f le x a p o s t e r io r P a r t e t o r á c ic a d a a o r t a

d o ú m e ro

S u b e s c a p u la r

Coração

B r a q u ia l p r o f u n d a

R a m o s in t e r c o s t a is

T o r á c ic a in t e r n a

a n t e r io r e s P a r t e a b d o m in a l d a a o r t a B r a q u ia l

Músculo bíceps braquial

C o la t e r a l u ln a r s u p e r io r

A r t é r ia b r a q u ia l C o la t e r a l u ln a r in f e r io r

R e c o r r e n t e u ln a r,

A r t é r ia c o la t e r a l

r a m o a n t e r io r

u ln a r in f e r io r

(a) Artérias do tórax e do membro superior

R e c o r r e n t e u ln a r, r a m o p o s t e r io r

A r t é r ia u ln a r R a d ia l A r t é r ia r a d ia l

Músculo braquiorradial

In te ró s se a a n t e r io r

U ln a r

Músculo flexor radial do carpo A r c o p a lm a r p r o f u n d o A r t é r ia r a d ia l A r c o p a lm a r s u p e r f ic ia l

A r t é r ia s d ig it a is p a lm a r e s c o m u n s A r t é r ia u ln a r

A r c o p a lm a r s u p e r f ic ia l

Figura 22.12

Artérias do tó rax e do m em b ro superior.

(a) Artérias que se originam ao longo do arco da aorta, mostrando ramificações para o tórax e o membro superior, (b) Vista anterior do antebraço direito disseca­

do, mostrando as principais artérias.

(b) Antebraço direito, vista anterior

O S I S T E M A C I R C U L AT Ó RI O

584

Fascículo mediai do plexo braquial Tronco médio do plexo braquial

Artéria axilar

Artéria subclávia Ih Artéria circunflexa anterior do úmero

b b e

---------Artéria subescapular Músculo peitoral maior (seccionado e rebatido)

Artéria braquial

Músculo bíceps braquial Nervo mediano

Figura 22.12 (continuação). (c) Vista anterior da região axilar direita disse­ cada, mostrando vasos sangüíneos e nervos, (d) Fluxograma representando a distribuição arterial a partir do arco da aorta. As setas grossas repre­ sentam os principais trajetos do fluxo sangüíneo; as setas finas representam a distribuição das vias secundárias ou terminais.

R a d ia l d ir e it a

U ln a r d ir e it a

Parte lateral do antebraço

Parte mediai do antebraço

C o n e c ta d a s p o r a n a sto m o se s d o s a r c o s p a lm a r e s q u e s u p r e m a r t é r ia s d ig it a i s p a lm a r e s c o m u n s e p r ó p r ia s

PARTE ABDOMINAL DA AORTA (verFig. 22.20)

(d) Resumo da distribuição arterial a partir do arco da aorta

C a p í t u lo 22 • 0 Sistema Circulatório: Vasos e Circulação

Figura 22 .13

585

A rtérias da cabeça e do pescoço.

(a) Padrão geral das artérias que suprem o pescoço e

estruturas superficiais da cabeça; vista oblíqua lateral direita, (b) Angiografia mostrando as artérias carótidas internas e suas ramificações no interior do crânio.

T e m p o r a l s u p e r f ic ia l

lír c u lo a rte ria l d o c é r e b r o C e r e b r a l a n t e r io r C a n a l c a r ó t ic o

C e r e b r a l m é d ia O f t á lm ic a

M a x ila r

C e r e b r a l p o s t e r io r

B a s ila r

F a c ia l

O c c ip it a l

L in g u a l C a r ó t id a in t e r n a C a r ó t id a e x t e r n a S e io c a r ó t ic o V e rte b ra l T ir e ó id e a in fe r io r T ro n co

C a r ó t id a c o m u m

t ire o c te rv ic a l C e r v ic a l t r a n s v e r s a S u p r a - e s c a p u la r S u b c lá v ia

T ro n co

A x ila r

b r a q u io c e f á lic o T o r á c ic a in t e r n a

Segunda costela

(a) Artérias da cabeça e do pescoço, uma vista oblíqua lateral direita

A r té r ia c e r e b r a l m é d ia

A r t é r ia c e r e b r a l

e r a m if ic a ç õ e s

a n t e r io r e

ramificações P a r t e c e r e b r a l d a a r t é r ia c a r ó t id a in t e r n a A r t é r ia o f t á lm ic a

A r té r ia c a r ó t id a in t e r n a a p ó s e n t r a r n o c r â n io

A r té r ia c a r ó t id a in t e r n a a n t e s d e e n tr a r n o c r â n io

(b) Angiografia, projeção lateral

artérias carótidas internas entram no crânio através dos canais caróticos dos ossos temporais, levando sangue para o encéfalo. pág. 139 Cada artéria carótida interna ascende até o nível do nervo óptico, onde se divide em Irês ramos: (1) artéria oftálmica, que supre o bulbo do olho e seus anexos; (2) artéria cerebral anterior, que supre os lobos frontal e parietal na face mediai do hemisfério cerebral, e (3) artéria cerebral média, que supre os lobos frontal, parietal e temporal na face súpero-lateral do hemisfério cerebral (F ig u ras 2 2 .1 3 e 2 2 .1 5 ). O encéfalo é extremamente sensível a mudanças em seu suprim en­ to sangüíneo. Uma interrupção da circulação por segundos produzirá inconsciência e após quatro minutos pode ocorrer alguma lesão neural permanente. Estas crises são raras porque o sangue chega ao encéfalo pelas artérias vertebrais, assim como pelas artérias carótidas internas. As artérias vertebrais originam-se nas artérias subclávias e ascendem no interior dos foram es transversários das vértebras cervicais. págs. 163-165 As artérias vertebrais entram no crânio através do forame magno, onde se fundem ao longo da superfície ventral do bulbo para formar a artéria basilar. A artéria basilar continua na superfície ventral da ponte, originando vários ramos antes de se dividir nas artérias cere­ brais posteriores. As artérias comunicantes posteriores se ramificam a partir das artérias cerebrais posteriores* (F ig u ras 2 2 .1 3 a e 2 2 .1 5 a ,b ). As artérias carótidas internas suprem as áreas da metade anterior do cérebro, enquanto o restante do encéfalo é suprido pelas artérias verte­ * N. de R.T. Pela Term inologia A natôm ica, a artéria com unicante posterior é ram o da artéria carótida interna e com unica esta com a artéria cerebral posterior.

brais. Porém, este padrão circulatório pode mudar facilmente porque as artérias carótidas internas e a artéria basilar são interligadas em uma anastomose em forma de anel, o círculo arterial do cérebro, ou polígo­ no de Willis, que circunda o infundíbulo da neuro-hipófise (Figura 22.15 a ,b ). Com esta organização, o encéfalo pode receber sangue de qualquer uma ou de ambas as fontes arteriais, reduzindo assim as chances de uma interrupção da circulação.

A parte descendente da aorta [Figuras 22.10/22.16/22.20] Contínua ao arco da aorta está a parte descendente da aorta. O diafragma divide a parte descendente da aorta em uma parte torácica da aorta, superior, e uma parte abdominal da aorta, inferior (Figura 22.10, pág. 581). Um resumo da distribuição do sangue a partir da parte descendente da aorta é apresentado na Figura 22.20, pág. 593. Os ramos da parte torácica da aorta são apresentados na Figura 22.16.

A parte torácica da aorta [Figura 22.16]

A parte torácica da aorta começa no nível da vértebra T V e atravessa o músculo diafragma no nível da vértebra T XII (F ig u ra 22.16). A parte torácica da aorta cru­ za o mediastino, junto à parede posterior do tórax, imediatamente à esquerda da coluna vertebral, e conduz sangue a ramos que suprem as vísceras e os músculos do tórax, o músculo diafragma e a parte torácica da medula espinal. Os ramos da parte torácica da aorta são agrupados anatomicamente em ram os viscerais e ram os parietais. Os ramos visce­ rais suprem os órgãos do tórax: os ramos bronquiais suprem as vias de condução aérea dos pulmões, os ramos pericárdicos suprem o pe-

A r t é r ia c a r ó t id a e x t e r n a A r t é r ia c a r ó t id a in t e r n a

V e ia t ir e ó id e a s u p e r io r A r t é r ia t ir e ó id e a s u p e r io r

Cartilagem tireóidea

A r t é r ia c a r ó t id a c o m u m

A r t é r ia t ir e ó id e a in f e r io r

Arco da cartilagem cricóidea

V e ia ju g u la r in t e r n a

Clavícula direita (seccionada e removida)

Glândula tireóide

T r o n c o t ir e o c e r v ic a l

V e ia s t ir e ó id e a s in fe r io r e s A r t é r ia s u b c lá v ia V e ia s u b c lá v ia

T r o n c o b r a q u io c e f á lic o

V e ia b r a q u io c e f á lic a d ir e it a

Manúbrio do esterno (seccionado) V e ia b r a q u io c e f á lic a e s q u e r d a

Figura

22.14

Principais artérias do pescoço.

Dissecação da região anterior do pescoço mostrando a posição e o aspecto das principais artérias. Nesta dissecação, parte da clavícula direita, primeira costela e manúbrio do esterno foram removidos, juntamente com a parte inferior da veia jugular interna direita.

C a p ít u lo

22 • O Sistema Circulatório: Vasos e Circulação

C e r e b r a l a n t e r io r d ir e it a

C o m u n ic a n t e a n t e r io r C e r e b r a l a n t e r io r

C a r ó t id a in t e r n a

e sq u e rd a

( s e c c io n a d a )

- C ír c u lo

C o m u n ic a n t e p o s t e r io r

a r t e r ia l d o cé re b ro

C e r e b r a l m é d ia

C e r e b r a l p o s t e r io r e sq u e rd a

Hipófise C e r e b r a l p o s t e r io r

_

C e r e b e la r s u p e r io r

d ir e it a

D a p o n te

B a s ila r

D o la b ir in t o C e r e b e la r in f e r io r a n t e r io r V e rte b ra l C e r e b e la r in f e r io r p o s t e r io r

E s p in a l a n t e r io r

(a) Artérias do encéfalo, vista inferior

C e r e b r a is a n t e r io r e s d ir e ita e e s q u e r d a C o m u n ic a n t e a n t e r io r C o m u n ic a n t e p o s t e r io r

C e re b ra l p o s t e r io r C a r ó t id a in t e r n a

C e r e b e la r s u p e r io r

Ponte B a s ila r C e r e b e la r in f e r io r a n t e r io r

V e r t e b r a is d ir e it a e e sq u e rd a

Bulbo

(b) Artérias injetadas, mostrando o circulo arterial do cérebro

Figura 22.15

(c) Molde preparado pelo método de corrosão, hemisfério cerebral esquerdo

Suprim ento arterial ao encéfalo.

(a) Vista inferior do encéfalo, mostrando a distribuição das artérias. Veja a Figura 22.22b para uma imagem comparável das veias da superfície inferior do encéfalo. (b) As artérias na superfície inferior do encéfalo; os vasos foram injetados com látex vermelho, facilitando sua visualização, (c) Vista lateral das artérias que suprem o

encéfalo. Modelo preparado pelo método de corrosão: os vasos foram injetados com látex e o tecido encefálico foi dissolvido e removido em banho de ácido.

O S I S T E M A C I RCU LAT ORI O

588

ricárdio, os ramos mediastinais suprem estruturas do mediastino e os ramos esofágicos suprem o esôfago. Os ramos parietais suprem a pa­ rede torácica: as artérias intercostais posteriores suprem os músculos do tórax e a área da coluna vertebral, e as artérias frênicas superiores suprem a superfície superior do diafragma, que separa as cavidades to­ rácica e abdominopélvica.

A parte abdominal da aorta [Figuras 22.16/22.17]

A parte abdom i­ nal da aorta tem origem imediatamente inferior ao diafragma (F ig u ras 22.16 e 22.17) e situa-se imediatamente à esquerda da coluna vertebral, mas posteriormente à cavidade peritoneal; muitas vezes é circundada

por um coxim de tecido adiposo. No nível da vértebra L IV, a parte ab­ dominal da aorta divide-se nas artérias ilíacas comuns direita c esquerda, as quais suprem as estruturas pélvicas profundas e os membros inferio­ res. A região onde a aorta se divide é denominada segmento terminal

da aorta. A parte abdominal da aorta supre todos os órgãos e estruturas abdo­ minais. Os principais ramos para as vísceras são ímpares e se originam na superfície anterior da parte abdominal da aorta, estendendo-se pelos mesos (mesentério, mesocolo) até atingir os órgãos viscerais. Os ramos para a parede do corpo, rins e outras estruturas externas à cavidade peritoneal são pares e se originam ao longo das superfícies laterais da parte abdomi-

V e r t e b r a l -------T r o n c o t i r e o c e r v i c a l --------

T r o n c o b r a q u io c e f á lic o —

C a r ó t id a s c o m u n s d ir e it a e e s q u e r d a S u b c lá v ia

A r c o d a a o rta A x ila r

T o r á c ic a in t e r n a

- Ram os b r o n q u ia is

Ram os

Ram os

m e d ia s t in a is

e s o f á g ic o s Ram os p e r ic á r d ic o s

I n t e r c o s t a ís p o s t e r io r e s

PARTE T O R Á C IC A DA AORTA F r ê n ic a s u p e r io r F r ê n ic a in fe r io r

T r o n c o c e lía c o

Músculo diafragma G á s t r ic a e sq u e rd a E s p lê n íc a

M e s e n t é r ic a s u p e r io r PARTE A B D O M IN A L Lom bar

DA AORTA Gonadal

llía c a c o m u m

M e s e n t é r ic a in fe r io r S E G M E N T O T E R M IN A L DA

llía c a e x t e r n a

P A R T E A B D O M IN A L D A A O R TA

Sacral mediana

Figura 22.16

Principais a rtérias do tronco.

C a p ít u lo

22 • O Sistema Circulatório: Vasos e Circulação

589

Veia cava inferior PA R T E T O R Á C IC A

PARTE A B D O M IN A L

DA AORTA

DA AORTA T r o n c o c e lía c o H e p á t ic a c o m u m A rté ria h e p á t ic a p r ó p r ia

G á s t r ic a e s q u e r d a

C ís t ic a

E s p lê n ic a

G a stro d u o d e n a l

Baço

G á s t r ic a d ir e ita G a s t r o m e n t a l d ir e ita

G a stro m e n ta l e s q u e rd a

M e s e n t é r ic a s u p e r io r R a m o s p a n c r e á t ic o s

P a n c r e a t ic o d u o d e n a l s u p e r io r a n t e r io r

M e s e n t é r ic a in f e r io r R a m o s d u o d e n a is C ó lic a e s q u e r d a P a n c r e a t ic o d u o d e n a l inferior, r a m o a n t e r io r C ó lic a m é d ia S ig m ó id e a s

( s e c c io n a d a ) C o / o ascendente

llía c a c o m u m e s q u e r d a C ó lic a d ir e it a R e t a l s u p e r io r lle o c ó lic a

A r té r ia s je ju n a l e ile a l llía c a e x t e r n a llía c a in t e r n a

(a) Artérias que suprem os órgãos abdominais (vista anterior)

A r t é r ia e s p lê n ic a A r t é r ia g á s t r ic a e s q u e r d a

P a r te a b d o m in a l d a a o rta T r o n c o c e lía c o

A r t é r ia r e n a l d ir e it a A r t é r ia r e n a l e s q u e r d a

A r t é r ia m e s e n t é r ic a s u p e r io r

A r t é r ia lo m b a r d ir e it a

A r t é r ia s je ju n a l e ile a l — A r t é r ia i le o c ó l ic a — A r t é r ia ilía c a c o m u m e s q u e r d a — A r t é r ia ilía c a c o m u m d ir e it a —

Crista ilíaca esquerda — i Crista ilíaca direita — jg-

(b) Angiografia da parte abdominal da aorta

Figura 22.17

Artérias do abdom e.

(a) Principais artérias que suprem as vísceras abdominais, (b) Angiografia da parte abdominal da aorta, mostrando artérias para as vísceras e os rins (projeção ânteroposterior).

O S I S T E M A CI R CU L AT Ó RI O

nal da aorta. A Figura 22.16 mostra as principais artérias do tronco, com os órgãos torácicos e abdominais removidos. Existem três artérias ímpares: (1) o tronco celíaco, (2) a artéria m esentérica superior e (3) a artéria mesentérica inferior (Figuras 22.16 e 22.17).

1. O tronco celíaco supre o fígado, o estômago, o esôfago, a vesícula biliar, o duodeno, o pâncreas e o baço. O tronco celíaco se divide em três ramos: ■ a artéria gástrica esquerda, que supre o estômago e a parte abdo­ minal do esôfago; ■ a artéria esplênica, que supre o baço, o estômago (artéria gastromen­ tal esquerda) e o pâncreas (artérias pancreáticas); e ■ a artéria hepática comum, que supre o fígado ( artéria hepática própria), o estômago (artéria gástrica direita), a vesícula biliar (a r­ téria cística ) e o duodeno ( artéria gastroduodenal e seus ramos, as artérias gastromental direita e pacreaticoduodenal superior).

2. A artéria mesentérica superior tem origem cerca de 2,5 cm inferior­ mente ao tronco celíaco para suprir o pâncreas e o duodeno ( artéria pancreaticoduodenal inferior), o intestino delgado (artérias jeju n ais e ileais) e grande parte do intestino grosso ( artérias ileocólica, cólica d i­ reita e cólica média). 3. A artéria mesentérica inferior origina-se cerca de 5 cm superior­ mente ao segmento terminal da aorta e conduz sangue aos colos transverso, descendente e sigmóide (artérias cólica esquerda e sigmóideas) e reto (artéria retal superior). Existem cinco artérias pares: (1) as frênicas inferiores, (2) as suprarenais médias, (3) as renais, (4) as gonadais e (5) as lombares.

1. As artérias frênicas inferiores suprem a superfície inferior do dia­ fragma e a porção inferior do esôfago. 2. As artérias supra-renais médias se originam em cada um dos lados da parte abdominal da aorta, nas proximidades da base da artéria me­ sentérica superior. Cada artéria supra-renal média supre uma glându­ la supra-renal, a qual recobre o pólo superior do rim. 3. As artérias renais são curtas (cerca de 7,5 cm) e originam-se ao lon­ go da superfície póstero-lateral da parte abdominal da aorta, cerca de 2,5 cm abaixo da artéria mesentérica superior, e fazem trajeto posteriormente ao revestimento peritoneal para atingir as glândulas supra-renais e os rins. Os ramos das artérias renais serão discutidos no Capítulo 26. 4. As artérias gonadais originam-se entre as artérias mesentéricas su­ perior e inferior. Nos homens, recebem a denominação artérias testiculares e são artérias longas e delgadas que suprem os testículos e o escroto. Nas mulheres, elas são chamadas de artérias ováricas e su­ prem os ovários, as tubas uterinas e o útero. A distribuição dos vasos gonadais (tanto artérias quanto veias) difere em homens e mulheres; estas diferenças serão descritas no Capítulo 27. 5. As pequenas artérias lombares originam-se na superfície posterior da parte abdominal da aorta e suprem as vértebras, a medula espinal e a parede abdominal posterior.

Artérias da pelve e dos membros inferiores [Figuras 22.16/22.18/22.19] Próximo ao nível da vértebra L IV, o segmento terminal da parte abdominal da aorta se subdivide para formar um par de artérias musculares, a artéria ilíaca comum direita e a artéria ilíaca comum esquerda, e a pequena artéria sacral mediana. Essas arté­ rias conduzem sangue à pelve e aos membros inferiores (Figuras 22.16, 22.18 e 22.19). À medida que as artérias ilíacas comuns direita e esquerda percorrem a superfície interna do ílio, fazem trajeto na direção inferior,

posteriormente ao ceco e ao colo sigmóide respectivamente e, no nível da articulação lombossacral, cada artéria ilíaca comum divide-se em uma artéria ilíaca interna e uma artéria ilíaca externa. A artéria ilíaca in­ terna penetra na cavidade pélvica para suprir a bexiga urinária, paredes interna e externa da pelve, órgãos genitais internos e externos e o compar­ timento mediai da coxa. Os principais ramos da artéria ilíaca interna são as artériasglúteas superior, p udenda interna, obturatória e sacrais laterais*. Em mulheres, estes vasos também suprem o útero e a vagina. As artérias ilíacas externas suprem os membros inferiores e são muito maiores em diâmetro do que as artérias ilíacas internas.

Artérias da coxa e da perna [Figuras 22.18/22.19] A artéria ilíaca ex­ terna cruza a superfície do músculo iliopsoas e penetra na coxa a meia distância entre a espinha ilíaca ântero-superior e a sínfise púbica. Emerge na região anterior da coxa como artéria femoral e, distalmente em cerca de 5 cm, na sua superfície lateral, dá origem à artéria femoral profunda (Figura 22.18). A artéria femoral profunda dá origem às artérias circunflexas fem orais m ediai e lateral e supre os músculos profundos da coxa e a pele das regiões anterior e lateral da coxa**. A artéria femoral continua inferior e posteriormente ao fêmur. Emi­ te um ramo, a artéria descendente do joelho, que supre a região do joelho. Continuando seu trajeto, a artéria femoral passa através do mús­ culo adutor magno, tornando-se, a partir daí, artéria poplítea (Figura 22.19). A artéria poplítea cruza a fossa poplítea antes de se ramificar para formar a artéria tibial posterior e a artéria tibial anterior. A ar­ téria tibial posterior dá origem à artéria fibular, ou artéria peroneal, e segue inferiormente ao longo da face posterior da tíbia. A artéria tibial anterior passa entre a tíbia e a fíbula, emergindo na região anterior da perna. Conforme avança em direção ao pé, a artéria tibial anterior supre a pele e os músculos desta região. Artérias do pé [Figuras 22.18/22.20] Quando a artéria tibial anterior atinge o tornozelo, ela se torna artéria dorsal do pé. A artéria dorsal do pé se ramifica repetidamente, suprindo o tornozelo e o dorso do pé (Figura 22.18). Ao atingir o tornozelo, a artéria tibial posterior se subdivide para formar as artérias plantares mediai e lateral, as quais suprem a região plantar do pé. As artérias plantares mediai e lateral estão ligadas à artéria dorsal do pé por um par de anastomoses. Esta conexão liga a artéria ar­ queada ao arco plantar profundo. Pequenas artérias, ramificadas a par­ tir destes arcos, suprem as partes distais do pé e dedos. Antes de prosseguir, reveja a Figura 22.20, que resume a distribui­ ção do sangue a partir da aorta, em suas partes torácica, abdominal e terminal.

x ________________________ E REVISÃO DOS CONCEITOS 1. Que regiões do corpo recebem sangue das artérias carótidas? 2. Que artéria é encontrada na região do músculo bíceps braquial direito? 3. Que artéria se continua a partir da artéria ilíaca externa após esta última deixar a cavidade abdominal? 4. A lesão das artérias carótidas internas sempre resulta em lesão encefálica? Explique. V e ja a s e ç ã o d e R e s p o s t a s n a p a rte fin a l d o livro.

* N. de R.T. Dentre os principais ram os da artéria ilíaca interna, incluir-se-iam as artérias umbilical, glútea inferior e na m ulher a artéria uterina. ** N. de R.T. Acrescentar-se-iam as artérias perfurantes (cerca de quatro), que suprem os m úsculos posteriores da coxa.

C a p ít u lo

llio lo m b a r -

22 • O Sistema Circulatório: Vasos e Circulação

llia c a c o m u m I lía c a in t e r n a

G lú t e a s u p e r io r

I lía c a e x t e r n a

Ligamento inguinal

S a c r a l la t e r a l

Ligamento inguina!

P u d e n d a in t e r n a

Músculo

O b t u r a t ó r ia

iliopsoas A r t é r ia f e m o r a l F e m o ra l

Músculo

C ir c u n f le x a fe m o ra l

p ro fu n d a

Nervo femoral

sartórío

Veia femoral

m e d ia i

C ir c u n f le x a

Músculo pectíneo

fe m o r a l la te ra l, r a m o

Fáscia sobrepondo o músculo tensor da fáscia lata

d e sc e n te n te Fe m o ra l

Veia safena magna (seccionada) Músculo adutor curto

A r t é r ia c ir c u n f le x a f e m o r a l la t e r a l

P o p lít e a

Músculo adutor longo

D e s c e n d e n te d o j o e lh o

A r t é r ia fe m o r a l

Músculo reto femoral

p ro fu n d a

T ib ia l p o s t e r io r N e rv o s a fe n o a n t e r io r à a r t é r ia fe m o ra l

T ib ia l a n t e r io r

F ib u la r

(b) Vasos femorais

D o rsa l d o p é

P la n t a r m e d ia i

P la n t a r la te ra l

A rq u e ad a A r c o p la n t a r p ro fu n d o

(a) Vista anterior

Figura 22.18

Principais artérias do m em b ro inferior, p arte I.

(a) Vista anterior das artérias que suprem o membro inferior direito, (b) Principais artérias da coxa direita.

O S I S T E M A C I R C U L AT O RI O

592

Veias sistêmicas [Figuras 22.10/22.21] As veias coletam sangue dos órgãos e tecidos do corpo em uma rede venosa elaborada que drena para o átrio direito do coração através da veia

Glútea superior

llíaca externa

Femoral profunda Circunflexa femoral lateral, ramos ascendente e descendente

Circunflexa femoral mediai

Femoral

cava superior e da veia cava inferior (F ig u ra 2 2 .2 1 ). Uma comparação entre as Figuras 22.21 e 2 2 .1 0 mostra que artérias e veias fazem trajeto lado a lado e, em muitos casos, são homônimas. Por exemplo: a artéria axilar faz trajeto ao lado da veia axilar. Além disso, artérias e veias fre­ qüentemente acompanham nervos periféricos que também apresentam os mesmos nomes e inervam as mesmas estruturas. pág. 373 Uma diferença significativa entre os sistemas arterial e venoso diz respeito à distribuição das principais veias no pescoço e nos membros. Nestas regiões, as artérias não são encontradas na superfície do corpo, mas são profundas, protegidas por ossos e tecidos moles circundantes. Ao contrário, o pescoço e os membros apresentam dois conjuntos de veias periféricas, um superficial e outro profundo. As veias superficiais são tão próximas da superfície que podem ser facilmente visualizadas. Por esta­ rem assim tão próximas da superfície, oferecem fácil acesso para obtenção de amostras de sangue, e a maioria dos exames de sangue é feita com san­ gue venoso coletado de veias superficiais do membro superior (geralmen­ te na superfície da região cubital anterior). Esta drenagem venosa dupla (superficial e profunda) desempenha im portante função no controle da tem peratura do corpo. Quando a tem peratura corporal cai, o suprimento sangüíneo arterial para a pele é reduzido e a circulação nas veias superficiais diminui. O sangue en­ tra nos membros e retorna ao tronco pelas veias profundas. Quando a tem peratura corporal sobe, o suprim ento sangüíneo à pele aumenta e as veias superficiais se dilatam. Esse mecanismo é uma razão pela qual as veias superficiais dos membros superiores e inferiores tornam-se proeminentes durante períodos de exercícios pesados ou quando es­ tamos em uma sauna, uma banheira de água quente ou um banho de vapor. O padrão de ramificação das veias periféricas é muito mais variável em relação ao das artérias. O trajeto das vias arteriais geralmente é direto

Descendente do joelho

Poplítea lllACA EXTERNA (ver Fig. 22.16)

Tibial posterior

F e m o ra l

Tibial anterior

(ver Fig. 22.18) Coxa

D e s c e n d e n te

F e m o ra l p ro fu n d a

Fibular

(ver Fig. 22.18)

d o jo e lh o

Articulação do quadril, cabeça do fêmur, músculos profundos da coxa

Pele da coxa, articulação do joelho

C ir c u n f le x a

C ir c u n f le x a

f e m o r a l m e d ia i

f e m o r a l la t e r a l

Músculos adutores, músculos obturadores, articulação do quadril

Músculo quadríceps, articulação do quadril

F ib u la r

P o p lít e a Perna e pé

T ib ia l

T ib ia l

p o s t e r io r

a n t e r io r

Conectadas por anastomoses da artéria dorsal do pé. artéria arqueada e arco plantar profundo, que suprem as partes distais dos pés e dedos

(a) V i s t a p o s t e r i o r

Figura 22.19

(b ) P r i n c i p a i s a r t é r i a s d o m e m b r o i n f e r io r

Principais artérias do m em bro inferior, p arte II.

(a) Vista posterior das artérias que suprem o membro inferior direito, (b) um resumo das principais artérias do membro inferior.

C a p ít u lo

porque o desenvolvimento das artérias é orientado em direção aos tecidos ativos. À medida que o sangue atinge o sistema venoso, as pressões são baixas e as variações de trajeto não implicam diferenças funcionais sig­ nificativas. A discussão que se segue baseia-se na disposição mais comum das veias.

A veia cava superior [Figuras 22.21/22.24a]

Todas as veias sistêmicas (com exceção das veias cardíacas que drenam para o seio coronário) dre­ nam para a v e ia c a v a s u p e r i o r e v e ia c a v a in f e r i o r . A veia cava superior (VCS) recebe sangue dos tecidos e órgãos da cabeça, pescoço, tórax, om­ bros e membros superiores (Figuras 22.21 e 22 .24a ).

Vias condutoras •do trato respiratório

Ramos bronquiais

Tancc

s jc o s

*-c

Tronco broncomediastinà esquerdo



drerto

direito

Veia subclávia esquerda

Veia cava superior /seccionada)

Primeira coste a (seccionada) Veia intercosta superior

D u e to to ra : : :

Linfonodos do tórax Veia hen~ az p:

Pleura partem (seccionada. Músculo diafragr~a

Veia cava inferior (seccionada)

Tronco lombar direito

:

Tronco intestinal

Ctsar-a do quio

Tronco lombar esquerdo

- Duetos linfáticos e drenagem linfática.

a ~ ã zz rtDr de vasos linfáticos, linfonodos e grandes duetos linfáticos coletores e suas relações com as veias braquiocefálicas. O dueto torácico o - ' ; ; — = ~m :•= s -_ados iferiormente ao músculo diafragma e das estruturas do lado esquerdo da região superior do corpo. 0 dueto linfático direito drena as e s r j u r s H * ; zazas do lado direito da região superior ao músculo diafragma.

p r o te ín a s e s tr a n h a s ,

Parte torácica da aorta D u e to t o rá c ic o

Pleura parietal

o m b

fó c ito s p r o c u r a m e ü m i u r a a c o m b in a ç ã o d e a ta q u e s f i a c m o o r g a n is m o , c ir c u la n d o n a .

—: - -

p e r i f é r i c o s e f in a lm e n t e re:> m a n

ó ..

lin fá tic o . O te m p o d e p e r m a n ê n c ia a w —

ó r g ã o l i n f á t i c o p o r h o r a s , d ia s o u —

Músculo diafragma (seccionado) Parte torácica da aorta, penetrando o hiato aórtico

m

■—

- it

u m l i n f ó c i t o p o d e p e r m a n e c e : r..

uu

sam . í

r i f é r i c o s , o s l i n f ó c i t o s p o d e m e n c o n t r a r r .o s . e s t r a n h a s ; já n o i n t e r i o r d o s is t e m a

- «■

- ri- .

-

to s a p a t ó g e n o s o u p r o t e í n a s c o n d u z i d a s r e u

im -

— a

o r i g e m d o f a t o r a g r e s s o r , o s li n f ó c i t o s i n ic ia m a

Tipos de linfócitos Primeira vértebra lombar Artéria renal direita (seccionada)

H á tr ê s t ip o s d ife r e n te s d e lin fó c ito s n o s a n g u e 1 (tim o - d e p e n d e n te s ) ,

linfócitos B

ou

células B

bone marrow) e linfócitos NK o u célula-. N K n a t u r a i s - natural killer). C a d a t i p o a p r e s e n t a u m a i ó ssea -

m ic a e fu n c io n a l. C is t e r n a d o q u ilo

Parte abdominal da aorta

Linfócitos T ou células T A p r o x i m a d a m e n t e 8 0 % d o s l in fó c it o s c ir c u la n t e s s ã o c h ? ' . : : . - : f ó c it o s T . H á v á r i o s t i p o s d e li n f ó c i t o s T . O s

- - —

linfócitos T ritotorcac* -

c é lu la s e s t r a n h a s o u c é lu la s d o p r ó p r i o o r g a n i s m o i n f e c t a d a p c r a t a q u e fr e q ü e n t e m e n t e e n v o lv e o c o n t a t o d ir e t o c o m o a g e n t e a g r e s s : r.

Figura 23.5

Grandes vasos linfáticos do tronco.

Vista anterior da dissecação do dueto torácico e vasos sangüíneos adjacentes. Os órgãos torácicos e abdominais foram removidos.

citos T auxiliares

in t e r n a e s q u e r d a

(Figura

2 3 . 4 ) . A l in f a d r e n a d a d o la d o e s q u e r d o d a c a b e ç a ,

d o p e s c o ç o e d o t ó r a x , a s s im c o m o a l in f a a d v i n d a d e t o d a a r e g iã o i n f e r i o r a o m ú s c u lo d ia f r a g m a , r e t o r n a a o s is t e m a v e n o s o p o r e s te tr a je t o .

O dueto linfático direito [Figura 23.4] O dueto linfático direito,

r e la tiv a m e n te p e q u e n o , c o le ta a lin fa d o la d o

d ir e i t o d o c o r p o a c i m a d o m ú s c u l o d i a f r a g m a . O d u e t o l i n f á t i c o d i r e i t o r e c e b e a lin fa d o s p e q u e n o s tr o n c o s lin fá t ic o s q u e c o n v e r g e m p a r a a r e ­ g iã o d a c l a v í c u l a d ir e it a . E s s e d u e t o e s v a z i a - s e n o s is t e m a v e n o s o n a s p r o ­ x im id a d e s o u n a p r ó p r ia u n iã o e n tr e a s v e ia s ju g u la r in te r n a e s u b c lá v ia d ir e it a s

(Figura

2 3 .4 ) .

e os

! - r;

ç ã o e a c o o r d e n a ç ã o d a r e s p o s t a i m u n o l ó g i c a ; p o r e s s a r a z ã o , ta r r .r e : d e n o m in a d o s

v a z ia - s e n a v e ia s u b c lá v ia e s q u e r d a , n a s p r o x im id a d e s d a b a s e d a v e ia j u g u l a r

imunidade mediada por células linfócitos T supressores c o n t r i b u e m p a r i

li n f ó c i t o s s ã o r e s p o n s á v e is p e la

linfócitos T reguladores. O s li n f ó c i t o s T

r e g u la d o r e - c : "

ta n t o a a t iv a ç ã o q u a n t o a a t iv id a d e d o s li n f ó c i t o s B . O s

m ória

linfócitos T d

s ã o p r o d u z i d o s p e la d i v i s ã o d e l i n f ó c i t o s T a t i v a d o s a p

- _ a

ç ã o a u m d e t e r m i n a d o a n t íg e n o . S ã o c h a m a d o s d e lin f ó c i t o s T d e p o r q u e p o d e m p e r m a n e c e r “ e m e s t a d o d e la t ê n c i a ”, t o r n a n d o - s e a tr a p e n a s s e o m e s m o a n t íg e n o s u r g i r n o o r g a n i s m o e m u m a o c a s i l : r> < A l é m d o s t i p o s d e s c r it o s , h á o u t r o s li n f ó c i t o s T n o o r g a n is m o .

Linfócitos B ou células B O s l i n f ó c i t o s B r e s p o n d e m p o r 1 0 a 1 5 % d o s l i n f ó c i t o s c ir c u la n t e

'

d o e s t i m u la d o s p o r e x p o s i ç ã o a u m a n t í g e n o , o s l i n f ó c i t o s B p o d e m fe r e n c i a r e m

plasmócitos. O s anticorpos.

e secreção de

p l a s m ó c i t o s s ã o r e s p o n s á v e is p e u r r p á g . 5 3 7 E sta s p r o te ín a s s o lú v e ií re

c o m a lv o s q u í m i c o s e s p e c í f i c o s , d e n o m i n a d o s

antígenos.

O s a n ta

â

g e r a lm e n te e s tã o a s s o c ia d o s c o m p a tó g e n o s , p a r te s o u p r o d u : : -

tó g e n o s , o u c o m p o s to s e s tr a n h o s a o o r g a n is m o . A m a io r ia d o s a n ta

7i REVISÃO DOS CONCEITOS

c o n s is te e m c a d e ia s c u r t a s d e p e p t íd e o s o u s e q ü ê n c ia s c a r t a s d e _ i

1. Qual é a principal função do sistema linfático? 2. Você está observando uma secção transversal de dois capilares ao micros­ cópio de luz. 0 capilar 1 é maior e apresenta paredes mais delgadas do que as do capilar 2.0 capilar 2 é arredondado, enquanto o capilar 1 apresenta contornos irregulares. Qual deles provavelmente é um capilar linfático? 3. A ruptura de um grande vaso linfático seria fatal? Sim ou não e por quê? -1. Que estruturas linfáticas contêm células-tronco? Veja a se ç ã o de R e sp o stas na parte final d o livro.

á c i d o s a o l o n g o d e u m a p r o t e í n a c o m p l e x a , e m b o r a a lg u n

d e a n t ic o r p o s . A o e s ta b e le c e r lig a ç ã o c o m s e u a n t íg e n o c o r r o " : r ; o a n t ic o r p o in ic ia u m a c a d e ia d e e v e n to s q u e le v a à d e s t r u i cã

com o

imunoglobulinas.

j.

nh t

C o m o o s a n g u e é a p r i n c i p a l v ia d e e d s t r .:

d a s im u n o g lo b u lin a s , d iz - s e q u e o s lin fó c ito s B s ã o a s c é lu la s -. -

im unidade m ediada p o r anticorpos, o u imunidade q u i d o ” ). O s linfócitos B de m em ória s ã o p r o d u z i d o s p e la :

: d

a e--~ :— "

. -

-

a n t í g e n o v o l t a r a se m a n i f e s t a r n o o r g a n i s m o e m u m - :

p á g . 5 4 0 R esp o n d em à p resen ça de

: 'g a n i s m o s in v a s o r e s , c o m o b a c t é r i a s e v í r u s ; ( 2 ) c é lu la s a n ô m a l a s d o

z

p e la

t i p o s d e a n t í g e n o s . O s l i n f ó c i t o s B d e m e m ó r i a s ó se :

[ 5 in f ó c i t o s s ã o a s p r i n c i p a i s c é lu la s d o s is t e m a l in f á t i c o , s e n d o r e s p o n b ; - p e la im u n i d a d e e s p e c í f ic a .

n eo

z a ç ã o o u e lim in a ç ã o d o a n t íg e n o . O s a n t ic o r p o s s ã o t a m b é m ; :

fó c it o s B a tiv a d o s ; a a tiv a ç ã o o c o r r e m e d ia n te e x p o s ic ã

Linfócitos

.. r te

l i s s a c a r í d e o s o u á c i d o s n u c lé i c o s t a m b é m p o s s a m e s t i m u l a : a r r x

O s l i n f ó c i t o s T a u x i li a r e s p r o m o v e m a d i r e : r - : i - :

fo r m a ç ã o d e n o v o s p la s m ó c it o s e a p r o d u e l : de a rta c

— ■■«»

:• -

~

a c e le r a m a p r o d u ç ã o d e a n t ic o r p o s . O s li n f c c :: : - T s t e r a » r =



. m i

O SISTEM A LINFÁTICO Linfocitos N K ou células N K

A

>s r e s ta n te s 5 a 1 0 % d e lin fo c it o s c ir c u la n t e s s ã o o s lin fó c ito s N K , ta m *e m c o n h e c i d o s c o m o

“linfócitos granulares grandes”. E s s e s

lin fó c ito s a ta -

Figura

2 3 .6 fo r n e c e u m a v is ã o g e ra l d a re s p o s ta im u n o ló g ic a à in ­

fe c ç ã o v ir a l e b a c te r ia n a . A p ó s o s u r g im e n to d e u m a n t íg e n o , o p r i m e i : : p a s s o d a r e s p o s t a i m u n o l ó g i c a é f r e q ü e n t e m e n t e a f a g o c i t o s e d o a n t íg e r .

c e lu ia s e s t r a n h a s , c é lu la s d o p r ó p r i o o r g a n is m o q u e se e n c o n t r a m

p o r u m m a c r ó fa g o . F r a g m e n t o s d o a n tíg e n o fa g o c ita d o fic a m e n tã o e x ­

n íe c ta d a s p o r v ír u s e c é lu la s c a n c e r o s a s q u e s u r g e m n o s te c id o s n o r m a is .

p o s to s n a m e m b ra n a d o m a c ró fa g o , q u e , d e c e rto m o d o , “ a p re se n ta ’ o

' m

a n t íg e n o a o s lin fó c ito s T , e m u m p r o c e s s o d e n o m in a d o

am

n it

r a m e n t o c o n t ín u o d o s t e c id o s p e r ifé r ic o s p e lo s lin fó c it o s N K e

m a c r ó fà g o s a tiv a d o s é d e n o m in a d o

vigilância imunológica.

antígeno. O s

apresentação dc

lin fó c it o s T r e s p o n s iv o s s ã o s e n s ív e is a a p e n a s e ste tip o e s p e ­

c íf ic o d e a n t íg e n o . E s s e s lin f ó c it o s r e s p o n d e m p o r q u e s e u s p la s m a le m a s

linfocitos e a resposta im unológica [Figura 23 .6 ] ;■

-ii resposta imunológica

c o n t ê m r e c e p t o r e s c a p a z e s d e e s t a b e le c e r lig a ç ã o c o m a q u e le a n t íg e n o e s ­ p e c ífic o . Q u a n d o o c o r r e a lig a ç ã o , o s lin fó c ito s T p a s s a m p o r u m p ro c e s s o

é a in a t iv a ç ã o o u a d e s t r u iç ã o d e

d e a tiv a ç ã o e p a s s a m a se d iv id ir . A lg u m a s c é lu la s - filh a s d ife r e n c ia m - s e

4 1 : g e n o s . c é lu la s a n ô m a la s e m o lé c u la s e s t r a n h a s , c o m o t o x in a s . O o r g a -

e m lin fó c it o s T c it o t ó x ic o s , o u t r a s e m lin fó c it o s T a u x ilia r e s , o s q u a is p o r

l ís m : d e s e m p e n h a e s ta s fu n ç õ e s d e d u a s m a n e ir a s :

s u a v e z a t iv a m lin fó c it o s B , e a lg u m a s se t o r n a m lin fó c it o s T d e m e m ó r ia -

1 . A t a q u e d ir e t o p e la a t iv a ç ã o d o s lin fó c it o s T (

imunidade mediada por

q u e a p e n a s c o n t in u a r ã o a s e d ife r e n c ia r se o c a s io n a lm e n t e e n t r a r e m e m c o n ta to c o m e sse m e s m o a n t íg e n o e m u m e p is ó d io p o s te rio r.

células). 2. A t a q u e p e l a a t i v i d a d e d e a n t i c o r p o s c i r c u l a n t e s , l i b e r a d o s p o r plasmocitos d e r i v a d o s d e l i n f ó c i t o s B a t i v a d o s ( imunidade mediada por anticorpos).

O

s is te m a im u n o ló g ic o n ã o te m c o m o p r e v e r q u a is o s a n t íg e n o s q u

e v e n t u a lm e n t e p o d e r ã o s e r e n c o n t r a d o s a o lo n g o d a v id a . S u a e s tr a té g ia d e p r o te ç ã o , a s s im , é o p r e p a r o g e r a l p a r a o a p a r e c im e n t o d e

qualquer

a n t íg e n o . A o lo n g o d o d e s e n v o lv im e n t o , a d ife r e n c ia ç ã o c e lu la r n o s is ­ t e m a lin fá t ic o p r o d u z e n o r m e s q u a n t id a d e s d e lin fó c it o s , c o m v a r ia d a s

Infecção das células teciduais

Infecção ou captação por fagócitos



1

Surgim ento do antí­ geno no plasmalem a

Apresentação do antígeno

1 Ativação dos linfócitos T citotóxicos

Ativação dos linfócitos T auxiliares

I

Ativação dos linfócitos B

▼ Destruição da bactéria por quebra celular

1 Produção de anticorpos pelos plasm ócitos

(a) Defesa contra bactérias gura 23.6

Ativação dos linfócitos T auxiliares

I Destruição das células infectadas

Destruição do vírus ou bloqueio da entrada do vírus nas células

A tivação dos linfócitos B

Produção de anticorpos pelos plasm ócitos

(b) Defesa contra vírus

Linfócitos e a resposta imunológica.

5 : - í * e s a s contra bactérias patogênicas geralmente são iniciadas por macrófagos ativos, (b) Defesas contra vírus em geral são ativadas após a infecção de células -j— a s Em cada exemplo, linfócitos B e T cooperam para produzir ataques químico e físico coordenados.

23 • 0 Sistema Linfa:icc

C a p itu lc

L sib ilid a d e s p a r a d if e r e n t e s a n t í g e n o s . A c a p a c i d a d e d e u m l i n f ó c i t o d e o n h e c e r u m a n t íg e n o e s p e c ífic o é d e n o m in a d a

imunocompetência. E n -

o s a p r o x i m a d a m e n t e t r i l h õ e s d e l i n f ó c i t o s n o c o r p o h u m a n o , e x is t e m

l »

M

|

6 15

8 0 % d o s l i n f ó c i t o s s o b r e v i v e m p o r q u a t r o a n o s , e a lg u n s d u r a r : : 2 ( i r

-

o u m a is . A o lo n g o d a v id a , a s p o p u la ç õ e s n o r m a is d e lin fó c it o s s ã o m a r t i d a s p e lo p r o c e s s o d e

linfopoese.

Ih õ e s d e p o p u l a ç õ e s d e l i n f ó c i t o s . C a d a p o p u l a ç ã o c o n s is t e e m a lg u n s Ih a res d e c é lu la s q u e s ã o p r e p a r a d a s p a r a r e c o n h e c e r u m a n t íg e n o e srífic o . Q u a n d o u m d e s s e s l i n f ó c i t o s e s t a b e l e c e l i g a ç ã o c o m u m a n t í g e t o r n a - s e a t i v a d o , d i v i d i n d o - s e p a r a p r o d u z i r m a i s l i n f ó c i t o s s e n s ív e is í e l e a n t í g e n o e m p a r t ic u la r . A l g u n s l i n f ó c i t o s a g e m im e d i a t a m e n t e p a r a n in a r o a n tíg e n o , e o u t r o s (o s lin fó c ito s d e m e m ó r ia ) e s ta r ã o p r o n to s ■a a g i r s e h o u v e r u m a n o v a o c o r r ê n c i a d e s s e a n t í g e n o n o c o r p o . E s t e c a n i s m o p r o p i c i a a d e f e s a im e d i a t a e a s s e g u r a u m a r e s p o s t a a in d a m a is i s iv a n a e v e n t u a l i d a d e d e u m n o v o c o n t a t o c o m o m e s m o a n t íg e n o .

Linfopoese: produção de linfócitos [Figura 23.7] A

linfopoese o c o r r e

n a m e d u la ó s s e a e n o tim o . A

Figura 23.7

m o s t r i _~

re la ç õ e s e n tr e a m e d u la ó ss e a , o t im o e o s te c id o s lin fá t ic o s p e r ifé r ic o s n o q u e se r e fe r e à p r o d u ç ã o , m a t u r a ç ã o e d is tr ib u iç ã o d e lin fó c ito s . C é lu la s - t r o n c o p lu r ip o t e n t e s n a m e d u la ó s s e a p r o d u z e m c é lu la s t r o n c o lin fá t ic a s c o m d u a s fin a lid a d e s d is tin ta s . U m g r u p o p e r m a n e c e n a m e d u la ó ss e a ; e sta s c é lu la s - t r o n c o se d iv id e m p a r a p r o d u z ir lin fó c i­ to s N K e lin fó c ito s B , o s q u a is a d q u ir e m im u n o c o m p e t ê n c ia e m ig r a m

istribuição e tempo de vida dos linfócitos

p a r a o s te c id o s p e r ifé r ic o s . O s lin fó c it o s N K c ir c u la m c o n tin u a m e n t e n o s te c id o s p e r ifé r ic o s , e n q u a n t o o s lin fó c ito s B p e r m a n e c e m a r m a z e n a d o s

jr o p o r ç ã o e n tr e lin fó c ito s B e lin fó c ito s T v a r ia d e p e n d e n d o d o te c id o

n o s lin fo n o d o s , n o b a ç o e n o s te c id o s lin fá t ic o s . U m s e g u n d o g r u p o d e

ó r g ã o c o n s i d e r a d o . P o r e x e m p lo , o s l i n f ó c i t o s B s ã o r a r a m e n t e e n c o n -

c é lu la s -tr o n c o m ig r a p a r a o tim o . S o b a in flu ê n c ia d o s h o r m ô n io s d o

d o s n o tim o ; n o s a n g u e , o s lin fó c ito s T e x c e d e m e m n ú m e r o o s lin fó c i-

tim o ( t i m o s i n a - 1 , tim o p e n t in a , t im u lin a e o u t r o s ) , e s ta s c é lu la s - t r o n c o

B n a p ro p o rç ã o d e 8 :1. E ssa p ro p o rç ã o c a i p a ra 1 : 1 n o b a ç o e p a ra 1:3

d iv id e m - s e r e p e tid a m e n t e , p r o d u z in d o c é lu la s -filh a s q u e a m a d u r e c e m fu n c io n a lm e n t e o r ig in a n d o lin fó c it o s T , q u e e m s e g u id a m ig r a m p a r a o

m e d u la ó sse a . O s lin fó c ito s n o in te r io r d e ste s ó r g ã o s s ã o m ig r a t ó r io s e n ã o p e r m a -

b a ç o , o u t r o s ó r g ã o s lin fá t ic o s e p a r a a m e d u la ó ss e a .

n tes. O s l i n f ó c i t o s s e m o v e m c o n t in u a m e n t e p e lo o r g a n i s m o ; p e r c o r r e m

A c a p a c id a d e d e d iv is ã o d e u m lin fó c ito é m a n t id a m e s m o q u a n d o

í te c id o e p e n e tr a m u m v a s o s a n g ü ín e o o u v a s o lin fá t ic o p a r a s e re m

e le m i g r a p a r a t e c i d o s p e r i f é r i c o s . E s t a s d i v i s õ e s p r o d u z e m c é l u l a s - f i l h a s

n s p o r t a d o s p a r a o u t r o lo c a l. O m o v i m e n t o d o s l i n f ó c i t o s T é r e l a t iv a -

d o m e sm c r tip o e c o m s e n s ib ilid a d e e s p e c ífic a a o m e s m o a n tíg e n o . P o r

ín te r á p i d o . P o r e x e m p lo , u m l i n f ó c i t o T p o d e p a s s a r c e r c a d e 3 0 m i ­

e x e m p lo , u m lin fó c it o B , a o se d iv id ir , p r o d u z ir á o u t r o s lin fó c it o s B , e

to s n o s a n g u e e e n tr e 1 5 e 2 0 h o r a s n o in te r io r d e u m lin fo n o d o . O s

n ã o lin fó c it o s T o u lin fó c it o s N K . A c a p a c id a d e d e a u m e n t a r o n ú m e r o

fó c it o s B s e m o v e m m a is le n t a m e n t e , p o d e n d o p a s s a r c e r c a d e 3 0 h o r a s

d e lin fó c ito s d e u m tip o e s p e c ífic o é im p o r t a n t e p a r a o s u c e ss o d a r e s p o s ­

i u m l i n f o n o d o a n t e s d e s e r e m t r a n s p o r t a d o s p a r a o u t r o lo c a l.

ta im u n o ló g ic a . S e e ssa c a p a c id a d e e s tiv e r c o m p r o m e t id a , o in d iv íd u o se

E m g e r a l, o s l i n f ó c i t o s a p r e s e n t a m u m t e m p o d e v i d a b e m m a i s l o n g o i r e la ç ã o a o u t r o s e le m e n to s fig u r a d o s d o s a n g u e . A p r o x im a d a m e n te

to r n a r á in c a p a z d e c o n s t it u ir d e fe s a s e fic a z e s c o n tr a in fe c ç õ e s e d o e n ç a s . P o r e x e m p lo , a S I D A

(síndrome da imunodeficiência adquirida) r e s u lt a

;ura 23.7 Derivação e distribuição dos linfócitos. divisões das células-tronco pluripotentes produzem células-tronco linfáticas ti duas finalidades distintas, (a) Um grupo permanece na medula óssea produdo células-filhas, que se diferenciam em linfócitos B e linfócitos NK maduros, quais penetram nos tecidos periféricos, (b) O segundo grupo de células-tronco gra para o timo, onde divisões subseqüentes produzem células-filhas que amarecem como linfócitos T. (c) Os linfócitos T maduros deixam a circulação, para arem-se temporariamente nos tecidos periféricos. Os três tipos de linfócitos culam por todo o corpo através da corrente sangüínea.

P ro d u ç ã o e d ife re n c ia ç ã o de lin fó c ito s T

(b)

T ra n sp o rta d o s p e lo s is te m a c ircu la tó rio

I m u n id a d e

I m u n id a d e

m e d ia d a

m e d ia d a p o r

p o r c é lu la s

a n t ic o r p o s

(c j

da

O StSTEMA LINFÁTICO ■ r i n o ç ã o p o r u n v i r a s q o e d e s t r ó i s e l e t iv a m e n t e o s l i n f ó c i t o s T . I n d i v í d u o s

r e v e s t id o s p o r u m a c á p s u la fib r o s a . F r e q ü e n t e m e n t e p o s s u e m u m a z o n a

p a m d o R S d e S I D A p o d e m m o r r e r e m d e c o r r ê n c i a d e in f e c ç õ e s v i r a i s o u

c e n tr a l p á lid a , d e n o m in a d a

h « > li

a t iv a d o s e m d iv is ã o

mi

i q u e s e r i a m f a c i l m e n t e c o m b a t i d a s p e l o s is t e m a i m u n o l ó g i c o

s i c o n d iç õ e s n o r m a is .

centro germinativo,

q u e c o n té m lin fó c ito s

(Figura 23.8b).

O tr a to d ig e s tó r io te m u m a e x te n sa r e d e d e v a r ia d o s tip o s d e n ó d u lo s

tecido linfático associado à mucosa (MALT). O s g r a n d e s n ó d u l o s n a s p a r e d e s d a f a r i n g e s ã o d e n o ­ m i n a d o s tonsilas (Figura 23.8b). O s l i n f ó c i t o s a g r e g a d o s n a s t o n s i la s r e ú lin fá t ic o s , c o le tiv a m e n te c o n h e c id o s c o m o

Tecidos linfáticos [Figura 23.8] tecidos linfáticos s ã o t e c id o s c o n e c t i v o s c o m p r e d o m i n â n c i a d e l i n tecido linfático difuso, o s l i n f ó c i t o s e s t ã o f r o u x a m e n t e a g r e -

ziz:í

n e m - s e e r e m o v e m p a tó g e n o s q u e p e n e tr a m n a fa r in g e , ta n to n o a r in s p i­ r a d o q u a n t o n o s a li m e n t o s i n g e r i d o s . G e r a l m e n t e e x is t e m c i n c o t o n s ila s :

n c in t e r io r d o te c id o c o n e c tiv o d a tú n ic a m u c o s a d o s tr a to s re s-

r i r = : : r i : : u u rin á rio . O s

nódulos linfáticos



c o n t i d o s n o i n t e r i o r d e u m a r e d e d e f i b r a s r e t ic u la r e s d e s u s t e n t a ç ã o . O s



□ ò d u lo s lin fá t ic o s s ã o tip ic a m e n te d e fo r m a t o o v a l e s ã o m u it a s v e z e s e n ;

(Figura 23.8a).

tonsila faríngea ú n i c a ,

U m par de

fre q ü e n te m e n te d e n o m in a d a

M e d e m c e rc a d e 1 m i-



i m e t r o d e d iâ m e tr o , m a s s e u s lim ite s s ã o p o u c o d e fin id o s p o r q u e n ã o sã o

tonsilas palatinas,

lo c a li z a d a s n a m a r g e m p o s t e r i o r d a

U m par de

tonsilas linguais,

q u e n ã o s ã o v is ív e is p o r q u e e s tã o

l o c a li z a d a s n a b a s e d a l í n g u a .

T ú n ic a m u co sa

— T ú n ic a — m u s c u la r (m ú s c u lo liso) ■N ó d u lo lin fá tic o a g re g a d o

-

T e c id o —

c o n e c t iv o s u b ja c e n te

ML x 20 (a) Nódulos linfáticos agregados (trato intestinal)

E p ité lio d a fa rin g e

T o n s ia fa rirtg e a C e n tr o s

Palato-------

g e rm in a tiv o s n o in te rio r d o s n ó d u lo s

ingual------

(b) Tonsila faríngea (trato respiratório)

* •

:os tecidos linfáticos. -

-

---

adenói-

n a p a r e d e p ó s t e r o - s u p e r i o r d a p a r t e n a s a l d a fa r i n g e .

c a v i d a d e o r a l , a o l o n g o d o l i m i t e e n t r e a f a r i n g e e o p a la t o m o le .

r :- a d o s n o in te r io r d a p a r e d e d e v á r io s s e g m e n to s d o tr a to d ig e s tó r io ,

í a d u s i v e n o í l e o e n a v e s í c u la b i l i a r

Uma

de, l o c a li z a d a

sã o a g r e g a d o s d e lin fó c ito s

isolado no intestino grosso, (b) A localização das tonsilas e a organização histológica de uma tonsila isolada.

C a p ít u l o 23 • O Sistema Linfático

Nota clínica Nódulos linfáticos infectados os nódulos linfáticos podem ser do­ minados por uma invasão patogênica. O resultado é uma infecção locali­ zada acompanhada por edema regional e desconforto. As tonsilas consti­ tuem a primeira linha de defesa contra infecções nas paredes da faringe. Um indivíduo com tonsilite apresenta tonsilas infectadas. Os sinto­ mas incluem dor de garganta, febre alta e, freqüentemente, leucocitose (contagem de glóbulos brancos elevada, superior ao limite máximo do intervalo de normalidade). As tonsilas afetadas (em geral as tonsilas pre­ sentes na parede da faringe) tornam-se edemaciadas e inflamadas, muitas vezes aumentadas, a ponto de bloquear parcialmente a via respiratória, dificultando ou mesmo impossibilitando a respiração nos casos graves. Se a infecção prossegue, abscessos podem se desenvolver no interior dos tecidos tonsilares ou peritonsilares. As bactérias podem penetrar na cor­ rente sangüínea passando através dos capilares e vasos linfáticos para o sistema venoso. Nos estágios iniciais, os antibióticos podem controlar a infecção, porém, uma vez formados os abscessos, o melhor tratamento envolve a drenagem cirúrgica deles e a tonsilectomia (remoção da tonsila). A tonsiíectomia era altamente recomendada antes do advento dos antibióticos

como medida preventiva para infecções tonsilares recorrentes. O p o r s d mento reduzia a incidência e a gravidade das infecções recorrente; ~as tem sido confrontado por questões que envolvem seu custo-bere*: : para o indivíduo, especialmente em função da atual disponibilidade antibióticos para tratar infecções graves. A apendicite geralmente se manifesta após uma erosão no reves: • mento epitelial do apêndice vermiforme. Alguns fatores podem ser res­ ponsáveis pela ulceração inicial - em especial patógenos bacterianos ou virais. As bactérias que normalmente habitam a cavidade do intestir: grosso podem então atravessar o epitélio e penetrar no tecido subjacente Ocorre a inflamação, e a abertura do apêndice vermiforme para o restante do trato intestinal pode ser estenosada. O aumento da secreção m uco sa e a formação de pus distendem o órgão significativamente. Por firr pode haver a ruptura ou perfuração espontânea do apêndice vermiforrre edemaciado e inflamado. Nesta eventualidade, a bactéria é liberada no interior das margens aquecidas, escuras e úmidas do espaço peritonea1 podendo causar uma peritonite, com risco para a vida. O tratamento ma s eficaz para a apendicite é a remoção cirúrgica do órgão, um procedimento conhecido como apendicectomia.

V a s o s s a n g ü ín e o s e n e r v o s p e n e tr a m e s a e m d o lin fo n o d o a tra v é s d c

A g lo m e r a d o s d e n ó d u lo s lin fá t ic o s n o r e v e s t im e n to m u c o s o d o in te s t i­ n o d e lg a d o s ã o c o n h e c i d o s c o m o

Peyer. A l é m

d is s o , as p a r e d e s d o

nódulos linfáticos agregados o u

apêndice vermiforme, u m a

placas de

b o ls a c o m fu n d o

c e g o q u e s e o r i g i n a n a s p r o x i m i d a d e s d a t r a n s i ç ã o e n t r e o s i n t e s t in o s d e lg a ­ d o e g r o s s o , a p r e s e n t a m u m a m a s s a d e n ó d u l o s l i n f á t i c o s a g lo m e r a d o s .

hilo (Figura 23.9). cos:

C a d a lin fo n o d o a p r e s e n ta d o is tip o s d e v a s o s lin t á n -

aferentes e eferentes.

O s v a s o s lin fá t ic o s a fe re n te s , q u e c o n d u z e m a

lin fa d o s te c id o s p e r ifé r ic o s a o lin fo n o d o , p e n e t r a m n a c á p s u la d o l a c : o p o s t o a o h i lo . A l i n f a e n t ã o f l u i l e n t a m e n t e a t r a v é s d o l i n f o n o d o , n o i n ­

O s lin fó c it o s n o in t e r io r d e ss e s n ó d u lo s lin fá t ic o s n e m s e m p r e sã o

t e r io r d e u m a r e d e d e s e io s , o s q u a is c o n s t it u e m v ia s d e p a s s a g e m a b e r ta s ,

c a p a z e s d e d e s t r u ir o s a g e n te s in v a s o r e s b a c te r ia n o s o u v ir a is q u e c o n s e ­

c o m p a r e d e s in c o m p le t a s . C h e g a n d o a o lin fo n o d o , a lin fa e n t r a p r im e i­

g u ir a m a tr a v e s s a r o e p ité lio d o tr a to d ig e s tó r io , p o d e n d o h a v e r o d e s e n ­ v o lv im e n t o d e u m a in fe c ç ã o lo c a l. E x e m p lo s fa m ilia r e s in c lu e m a e a

tonsilite

apendicite.

ra m e n te n o

seio subcapsular, q u e c o n t é m u m a r e d e d e f i b r a s r e t i c u l a r e células foliculares dendríticas. A s células foli-

r a m ific a d a s , m a c r ó fa g o s e

culares dendríticas

c o le ta m a n t íg e n o s d a lin fa e o s a p r e s e n ta m n a s su a?

m e m b r a n a s c e l u l a r e s . A o e n t r a r e m c o n t a t o c o m e s t e s a n t í g e n o s lig a d .: o s lin fó c it o s T t o r n a m - s e a tiv a d o s , in ic ia n d o d e ss e m o d o u m a r e s p o s t i

Vi REVISÃO DOS CONCEITOS

im u n e . A p ó s te r p a s s a d o p e lo s e io s u b c a p s u la r , a lin fa flu i a t r a v é s d o

1. Qual é o tipo mais comum de linfócito? 2. João apresenta uma infecção deflagrada por um determinado patógeno. Poucos meses depois, relativamente saudável, foi exposto ao mesmo pató­ geno. Ele adoecerá novamente? Sim ou não? Por quê? 3. Os linfócitos circulantes mantêm a capacidade de se dividir. Por que isso é importante? 4. Qual é o nome dado aos aglomerados de nódulos linfáticos encontrados na túnica mucosa de revestimento do intestino delgado?

tex externo d o

a c e n t r o s g e r m in a t iv o s s e m e lh a n t e s à q u e le s d o s n ó d u lo s lin fá t ic o s . O flu x o d a lin fa c o n t in u a a tr a v é s d o s s e io s lin fá t ic o s n o

fundo

(área paracortical). N e s t e

c o r r e n te s a n g ü ín e a e e n t r a m n o lin fo n o d o , a tr a v e s s a n d o a s p a re d e s d c 5

d a p r e d o m in a m o s lin fó c ito s T. A p ó s flu ir a tr a v é s d o s s e io s d o c ó r t e x p r o fu n d o , a lin fa c o n t i n u i 7 r i

medula, d o

p a s s a r a tr a v é s d e u m a r e d e d e s e io s n a —

a l i n f a e n t r a n o s v a s o s l i n f á t i c o s e f e r e n t e s n o n í v e l d o h i lo .

Órgãos linfáticos órgãos linfáticos

l i n f o n o d o . A m e d u l a c o n t é m L ir r >. -

to s B e p la s m ó c it o s , o r g a n iz a d o s e m m a s s a s a lo n g a d a s , c o n h e c id a s cc ~

cordões medulares. A p ó s

Os

córtex pro­

lo c a l, o s lin fó c it o s c ir c u la n t e s d e i x a n i

v a s o s s a n g ü ín e o s n o in t e r io r d o c ó r t e x p r o fu n d o . N a á re a c o r t ic a l p r o tim -

o i n t e r io r d o n ú c le o , o u V eja a s e ç ã o d e R e sp o sta s na p a rte fin a l d o livro.

de agua. ru r .n m enos c'-': : àou a n t í g e n o s p r e s e n t e s s ã o r e m o v i d o s d a l i n f a q u e c h e g a e f l u i através i a l i n f o n o d o . M a c r ó f a g o s f i x o s n a s p a r e d e s d o s s e i o s linfáticos fa s o c a u * O s lin fo n o d o s fu n c io n a m c o m o u m filtr o d o m é s tic o

e s tã o s e p a r a d o s d o s t e c id o s c ir c u n d a n t e s p o r u m a

c á p s u la d e te c id o c o n e c tiv o fib r o s o . E ss e s ó r g ã o s in c lu e m o s

linfonodos, o

timo e o baço.

c a n d o a lin fa a n te s q u e e la a t in ja o s is te m a v e n o s o . P e lo

f r a g m e n t o s o u p a t ó g e n o s d a lin f a d u r a n t e s e u f l u x o p e lo lin te o o

Linfonodos Os

linfonodos s ã o

a n t íg e n o s r e m o v id o s n e s ta filt r a g e m s ã o e n t ã o p r o c e s s a d a jx d k »

[Figuras 23.1/23.4/23.9 a 23.14]

fa g o s e “ a p r e s e n t a d o s ” a o s lin fó c it o s T c ir c u n v iz in h o s -

ó r g ã o s lin fá t ic o s p e q u e n o s , o v a is , v a r ia n d o e m d iâ m e ­

tro d e 1 a 2 5 m m . O p a d r ã o g e ra l d e d is tr ib u iç ã o d o s lin fo n o d o s n o c o rp o p o d e ser o b se rv a d o n a

Figura 2 3 .1,

cor-

lin fo n o d o . O c ó r t e x e x t e r n o c o n té m lin fó c ito s B a g r e g u e : -

p á g . 6 0 9 . C a d a lin fo n o d o é re c o b e rto

f ix a m - s e à s p a r e d e s d a s c é lu la s fo lic u la r e s

- . o o à e rv

m u la r a a tiv id a d e d o s lin fó c ito s T . O s m a io r e s lin fo n o d o s s ã o e n c o n t r a d o ?

p o r u m a c á p s u la d e te c id o c o n e c tiv o fib r o s o d e n s o . E x t e n s õ e s fib r o s a s se

r i f é r i c o s c o n e c t a m - s e a o t r o n c o 1 Figura

projetam da cápsula para o i n t e r i o r d o l i n f o n o d o . E s s a s s ã o d e n o m i n a d a s trabéculas (Figura 23.9).

(Figuras 23.12

e x te n s õ e s fib r o s a s

dendríticas-

a b ase d o p e sc o ç o a

(Figura 23.10

23.14

. E s s e s íir .r

;

23

-

uzLir

r :o

- sã

nóe :

~

-

_

- ç jt í

n

tb

1

1

618

O S IS T E M A LIN F A T ICO

Vaso írtfat)co

Figura 23.9 Linfonodos

Estrutura de um linfonodo.

Os linfonodos são recobertos por uma cápsula de tecido conectivo fibroso denso Os vasos linfáticos aferentes e artéria penetram no linfonodo para atingir o tecido linfático. Note que existem vários vasos linfáticos aferentes e som ente um vaso linfático eferente. Linfonodo, artéria e veia

Vaso linfático eferente

Hilo Seio medular Trabéculas Seio subcapsular Medula Córtex externo (linfócitos B)

Córtex

Centro germinativo

Córtex externo

Cápsula

Linfócitos B em divisão

Seio subcapsular Cortex interno Infócítos T)

(linfócitos B e piasmócitos)

Vaso linfático aferente

Células foliculares dendríticas

Figura 23.10

N úcleos dos linfócitos B

Drenagem linfática da cabeça e do pescoço.

Posição dos vasos linfáticos e linfonodos que drenam as regiões da cabeça e i: pescoço.

I A js c J o orbtcuiar do olho _nfonoôo zjgomático

3 tândula parótida __rfonodo bucinatório

Linfonodo pré-auricular Linfonodo mastóideo Linfonodo occipital

-rt&onoòo mandibular

Linfonodo parotídeo

_riíDnoòo submentual - t t o t c o c suomandibular

Linfonodo cervical lateral superficial

Linfonodo cervical lateral profundo

Músculo esternocleidomastóideo

C a p ítu lo

23

itf

• O S is te m a L n fá l

Músculo deltóide Linfonodo deltopeitoral Músculo peitoral maior

Linfonodos axilares

Veia cefálica

Veia basílica Linfonodo supratroclear

Veia axilar

Linfonodos axilares

Linfonodo apical Músculo peitoral maior (seccionado) Linfonodo central Linfonodo subescapular Linfonodo paraesternal

Linfonodo peitoral

GlânckJa mamàna

(b) Mulher, vista an terio r

: gjra 23.11

Drenagem linfática do m em bro superior.

a .asos linfáticos e linfonodos superficiais que drenam o membro superior e o tórax do homem, (b) Vasos linfáticos e linfonodos superfic a s e fijperíor e do tórax da mulher.

::

:

O SISTEM A LINFÁTICO

L in f o n o d o s in g u in a is s u p e r f ic ia is

L in f o n o d o s in g u in a is p ro fu n d o s *

L in f o n o d o s in g u in a is s u p e r f ic ia is

Veia safena magna

Sínfise púbica

L in f o n o d o s in g u in a is

L in f o n o d o s

p ro fu n d o s

p o p líte o s *

Figura 23.13

Linfangiografia pélvica.

Os vasos linfáticos e linfonodos podem ser visualizados em uma linfangK>r3t&. uma imagem de raio X obtida após a introdução de um contraste radiopec: sistema linfático.

1 .

Os

linfonodos da cabeça e do pescoço

d a cab eça e p escoço

2.

Os

m o n it o r a m a lin fa o r k

_

(Figura 23.10).

linfonodos do membro superior, “linfonodos axilares

t r a m a lin fa a d v in d a d o s m e m b r o s s u p e r io r e s p a r a o tro n c o

23.11a).

N a m u lh e r , o s lin fo n o d o s a x ila r e s ta m b é m d r e n a m

d a s g lâ n d u la s m a m á r ia s

3.

(Figura 23.11b).

linfonodos do membro inferior, “linfonodos poplíteos l i n f a a d v i n d a d a p e r n a p a r a a c o x a , e o s “linfonodos ing

Os a

m o n it o r a m a lin fa a d v in d a d o s m e m b r o s in fe r io r e s p a r a o t r o c ; :

guras 23.12 4.

Os

a

23.14).

linfonodos do tórax

r e c e b e m a lin fa a d v in d a d o s p u lm l-r -

v ia s a é r e a s e d a s e s t r u t u r a s d o m e d ia s t in o F

g jra 23.12

5. O s

Drenagem linfática do membro inferior.

linfonodos do abdome

(Figura 23.4,

ra

pág. 6 11

filtr a m a lin fa a d v in d a d o s s is te r -

6

n á r io e g e n ita l.

.

O te c id o lin fá t ic o d a s p la c a s d e P e y e r, o s

linfonodos mesentéricos

n a d o s "‘g l â n d u l a s l i n f á t i c a s ”. “ G l â n d u l a s e d e m a c i a d a s ” e m g e r a l i n d i c a m in fla m a ç ã o o u in fe c ç ã o d e e s tr u tu r a s p e r ifé r ic a s . D e n s o s g r u p a m e n t o s d e

tó r io

linfonodos ileocólico'

r e c e b e m a lin fa o r ig in á r ia d o tra te A y

(Figura 23.15).

l in fo n o d o s ta m b é m s ã o e n c o n t r a d o s n o m e s e n t é r io in te s t in a l, n a s p r o x im iA id e s d a t r a q u é ia e n a s v ia s d e p a s s a g e m a o s p u lm õ e s , e e m a s s o c ia ç ã o a x n o d u e t o to r á c ic o .

O timo [Figura 23.16] O

Distribuição dos tecidos linfáticos e linfonodos F pcras 13.4/23.10 a 23.15] I •- : r . i >

• • ' . ; - e o s lin fo n o d o s e s tã o d is t r ib u íd o s e m á re a s p a r tic u -

timo

s itu a -s e p o s te r io r m e n te a o m a n ú b r io d o e s te rn o , n o m

s u p e r io r . C a r a c t e r iz a - s e p o r u m a c o n s is t ê n c ia n o d u la r e c o lo r a ç à : : A o t é r m in o d o p r im e ir o o u s e g u n d o a n o d e v id a d a c r ia n ç a , o t i m : s e u t a m a n h o p r o p o r c io n a l m á x im o e m re la ç ã o a o ta m a n h o d o c o r r

b n n e r i e i b u I í w b a le s õ e s o u in v a s õ e s . P a r a fa z e r u m a a n a lo g ia , a fim

g a n d o a o se u ta m a n h o m á x im o a b s o lu to d u r a n te a p u b e rd a d e ,

d e p r o t e g e r u m a c a s a c o n t r a in v a s õ e s , é p r e c is o e s ta b e le c e r s is te m a s d e

e n t r e 3 0 e 4 0 g r a m a s . D e p o is d is s o , o t im o d im in u i g r a d u a lm e n t e c e _

Lirrr.t

n h o , e s u a s c é lu la s fu n c io n a is v ã o a o s p o u c o s s e n d o s u b s t itu íd a s p : :

e— :

■ .•

i r .e l a s , e p o s s i v e l m e n t e m a n t e r u m c ã o d e d o s te c id o s lin fá t ic o s e d o s l i n f o n o ­

d o s s e s u e u m a e s tra te s a a s e m e lh a n t e :

d e t e c i d o c o n e c t i v o . E s t e p r o c e s s o d e g e n e r a t i v o é d e n o m i n a d o ;m A c á p s u la q u e o r e c o b r e d iv id e - o n o s d o is

23.16a,b). *W Ldt R_T. Os linfonodos inguinais profundos estão ao lado da veia femoral subjacente à fiada lata; os Kníonodos poplíteos estão situados na fossa poplítea junto à veia poplítea.

s u la p a r a d iv id ir o s lo b o s e m la rg u ra

septos, lóbulos, c o m

A s p a r tiç õ e s fib r o s a s , o u

(Figura 23.16b,c).

lobos do tim o

: r.

áí 2 ~~

se e s t e n d e m a p a r t i r a p r o x im a d a m e n te

C a d a ló b u lo c o n s is t e e m u m

córtex .

:

C a p ít u lo

Figura 23.14 D renagem lin fá tic a da região inguinal. (a) Vista anterior de uma dissecação dos linfonodos e vasos linfáticos inguinais. (b) Vista superficial e profunda da região inguinal de um homem, m os­

23 • O Sistema Linfático

LINFONODOS INGUINAIS PROFUNDOS E LINFONODOS ILÍACOS

LINFONODOS INGUINAIS S U P E R A I JkS

trando a distribuição dos linfonodos e dos vasos linfáticos.

Linfonodos ingu " a s superficiais

Artéria femoral

Fáscia

Linfonodos inguinais superficiais Linfonodos inguinais profundos Veia femoral Vasos linfáticos Veia safena magna

(b) Linfonodos e vasos linfáticos inguinais

a) Dissecação da região inguinal superior direita em um hom em

Linfonodos m esocólicos

Artéria mesentérica superior Linfonodos m esentéricos superiores

Duodeno, parte distai Artéria mesentérica inferior

Colo ascendente

Linfonodos mesentéricos inferiores

Linfonodos ileocólicos

Co/o descendente

Ceco

Linfonodos apendiculares Colo sigmóide Apêndice vermiforme

Reto

~ i j r a 23.15 Linfonodos no intestino grosso e mesenz n o s associados.

622

WÊÊM

Linfadenopatia e câncer metastático uma lesão pouco signi­ ficativa normalmente produz um pequeno crescimento dos linfonodos ao longo dos vasos linfáticos que drenam a região. O crescimento em geral resulta de um aumento no número de linfócitos e fagócitos no linfonodo, em resposta a uma infecção localizada e de grau leve. Um crescimento crônico ou excessivo de linfonodos constitui uma linfade­ nopatia. Esta condição pode ocorrer em resposta à cicatrização de va­ sos linfáticos danificados; infecções virais, bacterianas ou parasitárias; ou câncer. Os vasos linfáticos são encontrados na maioria das regiões do cor­ po, e os capilares linfáticos oferecem pouca resistência à passagem de células cancerosas. Como resultado, células metastáticas cancero­ sas muitas vezes se disseminam ao longo dos vasos linfáticos. Nestas circunstâncias, os linfonodos servem como estações migratórias para células cancerosas. Dessa maneira, a análise dos linfonodos pode ofere­ cer informações importantes sobre a disseminação de células cancero­ sas, influenciando diretamente a seleção das terapias apropriadas. Um exemplo é a classificação do câncer de mama ou dos linfomas pelo grau de envolvimento dos linfonodos.

denso e uma medula central relativamente difusa e mais pálida. O corte contém células-tronco linfáticas, que se dividem rapidamente produzind células-filhas que amadurecem como linfócitos T e migram para o inte rior da medula. Durante o processo de maturação, quaisquer linfócitc T sensíveis a antígenos tissulares normais são destruídos. Os linfócitos sobreviventes por fim penetram em um dos vasos sangüíneos especiali zados daquela região. Enquanto presentes no interior do timo, os linfóci tos T não participam da resposta imunológica e permanecem inativos at entrarem na circulação geral. Os capilares do timo assemelham-se aos d SNC pelo fato de não permitirem a troca livre entre o líquido intersticial a circulação. Esta barreira hemato-tímica evita a estimulação prematur dos linfócitos T em desenvolvimento pelos antígenos circulantes. Dispersas por entre os linfócitos T encontram-se células reticula res. Tais células são responsáveis pela produção dos hormônios do timo promovem a diferenciação dos linfócitos T funcionais. Na medula, essa células agrupam-se em camadas concêntricas, formando estruturas dife renciadas, conhecidas como corpúsculos do timo (“corpúsculos de Has sall” ) (Figura 23.16d), cuja função ainda é desconhecida.

O baÇO [Figura 23.17a] O baço é o rhaior órgão linfático do corpo; mede aproximadamente 12 cn de comprimento e pesa cerca de 160 gramas. O baço situa-se ao longo d

Nota clínica Linfomas os linfomas são tumores malignos que consistem em lin­ tipicamente negligenciada até que progrida o suficiente a ponto de gerar sintomas secundários, como febre recorrente, suores noturnos, proble­ fócitos cancerosos ou células-tronco linfáticas. Cerca de 61.000 casos de mas gastrintestinais ou respiratórios ou perda de peso. Nos estágios mais linfoma são diagnosticados anualmente nos Estados unidos. Existem vá­ avançados da doença, os sintomas podem incluir hipertrofia do fígado ou rios tipos de linfomas. Uma forma, denominada doença de Hodgkin, res­ do baço, distúrbios do sistema nervoso central, pneumonia, uma varieda­ ponde por aproximadamente 13% de todos os casos de linfoma. A doença de de alterações de pele e anemia. de Hodgkin incide mais comumente em indivíduos de 15 a 35 anos de O fator mais importante a ser considerado para a seleção do trata­ idade, ou acima dos 50 anos. A razão para este padrão de incidência é mento é o estágio da doença. Quando a condição é diagnosticada predesconhecida. Ainda que a causa da doença seja incerta, agentes infec­ cocemente (estágio I ou estágio II), as terapias localizadas podem ser ciosos (provavelmente um vírus) podem estar envolvidos. eficazes. Poucos linfomas são diagnosticados nos estágios iniciais. Por Outros tipos de linfomas costumam ser agrupados sob o título de exemplo, somente de 10 a 15% dos LNH são diagnosticados nos estágios linfom a não-Hodgkin (LNH) e são extremamente variados. Mais de I ou II. Para os linfomas em estágios lll e IV, a maioria dos tratamentos en­ 85% dos casos de LNH estão associados a anomalias crom ossôm icas volve quimioterapia. O tratamento mais efetivo é a quimioterapia combi­ das células tumorais, tipicamente envolvendo translocações (segmentos nada, na qual duas ou mais drogas são administradas simultaneamente. genéticos apresentam-se permutados entre cromossomos). Esta troca O transplante de m edula óssea ou transplante hem atológico dos genes de um crom ossom o para outro interfere nos mecanismos de células-tronco, é uma opção de tratamento para linfomas agudos em reguladores normais, e as células crescem de maneira descontrolada estágio avançado. Quando doadores compatíveis de células-tronco de (tornam-se cancerosas). Por exemplo, uma forma denominada linfom a medula estão disponíveis, o paciente recebe irradiação em todo o corpo, de Burkitt se desenvolve a partir da translocação de genes do crom os­ quimioterapia ou combinações cas é b s terapias, de modo a eliminar =s somo 8 para o crom ossom o 14. (Existem pelo menos três variações.) células tumorais em todo c c : o : : que nfelizmente também destrói as O linfoma de Burkitt afeta principalmente crianças do sexo masculino células-tronco normais da medula óssea. As células-tronco doadas são na África e na Nova Guiné, onde ocorreram surtos infecciosos do vírus infundidas e. dentro de T *"*™**"***” 0*1'0 duas semanas, as células doa­ Epstein-Barr (1/EB). Esse vírus altamente variável também é responsável das colonizam a m edtfb óssea e começam a produzir novas células san­ pela mononucleose infecciosa. O VEB infecta os linfócitos B, mas, sob circunstâncias normais, muitasgüíneas. As comp i capõe s i— endBi5do4ransplante de células-tronco incluecélulas infectadas são destruídas pelo sistema imunológico. O vírus afeta o risco de infecções e s a ^ — pdurante o período de estabelecíme~r muitas pessoas, e as crianças expostas geralmente desenvolvem imuni­ da m e iU a d o a d b .R a a m m pessoa com linfoma no estágio l ou no esíadade prolongada. Crianças que desenvolvem o linfoma de Burkitt podem g : se. i - e m de- ~e:_ ; : ;sea a medula óssea pode ser re~:apresentar suscetibilidade genética à infecção pelo VEB. O primeiro sin­ . •* — k í s ze 10 anos. No caso de insucess: toma geralmente associado a qualquer linfoma é um aumento de tama­ de o ubas opções d e « a u m e n to ou se não houver remissão da doe-xs nho dos linfonodos, que ocorre de modo indolor. Os linfonodos envolvidos durante u n longo periodo d e tem po um transplante autólogo de m ecus apresentam uma textura firme, semelhante à de uma borracha. Devido à pode ser im fc ausência de dor no processo de crescimento dos linfonodos, a condição é

C a p ít u lo

rura 23.14

D renagem lin fá tic a da região inguinal.

.ista anterior de uma dissecação dos linfonodos e vasos linfáticos inguib. (b) Vista superficial e profunda da região inguinal de um homem, mosrxto a distribuição dos linfonodos e dos vasos linfáticos.

23 • O Sistema Linfát c

LINFONODOS INGUINAIS PROFUNDOS E LINFONODOS ILÍACOS

___'

LINFONODOS INGUINAIS SUPERFICIAIS Espinha ilíaca ântero-supehor

Artéria ilíaca externa

Linfonodos inguinais superficiais

Veia ilíaca externa Ligamento inguinal

Artéria femoral

Fáscia

Linfonodos inguinais superficiais Linfonodos inguinais profundos Veia femoral Vasos linfáticos Veia safena magna

(b) Linfonodos e vasos linfáticos inguinais

da região inguinal superior direita em um hom em

Linfonodos m esocólicos

Colo transverso

Artéria mesentérica superior Linfonodos m esentéricos superiores

Duodeno, parte distai Artéria mesentérica inferior

Colo ascendente

Linfonodos m esentéricos inferiores

Linfonodos ileocólicos

Co/o descendente

Ceco

Linfonodos apendiculares Colo sigmóide Apêndice vermiforme

Reto

z x jra 2 3 .15 Linfonodos no intestino grosso e mesentérios associados.

C ap itu lo

23 • O Sistema Linfático

6 23

Lobo esquerdo

Lobo direito TIMO Lobo esquerdo

Septos

Lóbulo

Coração

(b) Timo

(a) Localização do tlmo no interior da cavidade torácica Septos

Córtex

Células reticulares Corpúsculo do timo



'

49

• *

*



'



Linfócitos • *



m A l

* •

- ' » ‘* • •

* « t

ML x 532

Vasos sangüíneos

(d) Corpúsculo do timo

Medula (c) Visão geral do timo

Figura 23.16 Organização anatômica e histológica do timo. a) A localização do tim o na dissecação anatômica m acroscópica; observe as relações com os outros órgãos do tórax, (b) Referências anatômicas no timo. (c) His-togia do timo. Note o septo fibroso que divide o tecido do tim o em lóbulos, interconectados, sem elhantes aos linfonodos. A s linhas pontilhadas acompanham os —ites de um lóbulo único, (d) Histologia da estrutura diferenciada dos corpúsculos do timo. As células pequenas nesta imagem são linfócitos em vários estágios de :esenvolvimento.

face diafragmática (Figura 23.17a)

c u r v a tu r a m a io r d o e s tô m a g o , e s te n d e n d o -s e e n tre a n o n a e a d é c im a p r i ­

e s q u e r d o e o m ú s c u lo d ia fr a g m a . A

m e ir a c o s te la , d o la d o e s q u e r d o . O b a ç o lig a - s e à c u r v a t u r a m a i o r d o e s ­

d o b a ç o é lis a e c o n v e x a , a c o m p a n h a n d o o fo r m a t o d a p a r e d e c o r p o r a l

tô m a g o p o r u m a la r g a p r e g a p e r it o n e a l, o

ligamento gastroesplênico

Figura 23.17a). M a c r o s c o p ic a m e n te , o b a ç o a p r e s e n ta c o lo r a ç ã o v e r m e lh a e s c u ra d e ­

e d o m ú s c u lo d ia fr a g m a . A

face visceral (Figura 23.17b)

co n té m re ­

e n t r â n c ia s q u e a c o m p a n h a m o fo r m a t o d o m ú s c u lo e s tô m a g o (a

gástrica)

e d o r im (a

face renal).

hilo, u m a artéria

v id o a o s a n g u e n e le c o n t id o . O b a ç o d e s e m p e n h a fu n ç õ e s r e la c io n a d a s

n ic o s se c o m u n ic a m c o m o b a ç o n a fa c e v is c e r a l, p o r m e io d o

ao s a n g u e c o m p a r á v e is à s fu n ç õ e s d o s lin fo n o d o s e m re la ç ã o à lin fa . A s

in c is u r a q u e m a r c a a m a r g e m e n t r e a s fa c e s g á s t r ic a e r e n a l. A

fu n ç õ e s d o b a ç o in c lu e m ( 1 ) a r e m o ç ã o d e c é lu la s s a n g ü ín e a s a n ô m a la s

esplênica, a veia esplênica e

e d e o u t r o s c o m p o n e n t e s s a n g ü ín e o s a tra v é s d a fa g o c ito s e , (2 ) o a r m a z e ­

v e s s a m o h ilo .

face

O s v a s o s s a n g ü ín e o s e lin fá t ic o s e s p lê -

o s v a s o s lin fá t ic o s q u e d r e n a m o b a ç o a t r a ­

n a m e n to d o fe r r o r e c ic la d o a p a r t ir d e c é lu la s s a n g ü ín e a s d e s t r u íd a s e ( 3 ) a in ic ia ç ã o d a r e s p o s t a i m u n o l ó g i c a p e lo s l in fó c it o s B e T e m r e s p o s t a a a n tíg e n o s c ir c u la n t e s n o s a n g u e .

Histologia do baço [Figura 23.17c] O b a ç o é e n v o lv id o p o r u m a c á p s u la q u e c o n té m fib r a s c o lá g e n a s e e lá s ­ tic a s . O s c o m p o n e n t e s c e lu la r e s in t e r n o s c o n s t it u e m a

Superfícies do baço [Figura 23.17]

(Figura 23.17c).

O b a ç o a p r e s e n t a c o n s is t ê n c ia m a c ia , e s e u f o r m a t o r e fle t e s u a r e la ç ã o

cos q u e

c o m a s e s t r u t u r a s a d ja c e n te s . O b a ç o se e n c a ix a e n t r e o e s t ô m a g o , o r im

branca,

A

polpa vermelha

é f o r m a d a p e lo s

polpa esplênica

cordões esplêni-

c o n t ê m g r a n d e s q u a n t id a d e s d e g ló b u lo s v e r m e lh o s , e a

polpa

p e lo s n ó d u lo s lin fá t ic o s . A a r t é r ia e s p lê n ic a p e n e t r a n o h ilo e

O SISTEM A LINFÁTICO

624

Peritônio parietal Peritônio visceral Estômago Músculo diafragma Costela L ig a m e n t o g a s t r o e s p lê n ic o

Pâncreas

F a c e g á s t r ic a

Aorta

F a c e d ia fr a g m á t ic a

SUPERIOR

BAÇO H ilo

F a c e re n a l

Rins

(a) Abdome, secção tr"nnwn;al

H ilo V e ia s t r a b e c u la r e s

V e ia e s p lê n ic a A r té r ia e s p lê n ic a

C á p s u la

A r té r ia s tr a b e c u la r e s

A r té r ia c e n t ra l n o

INFERIOR

n ó d u lo lin fá tic o

P o lp a b r a n c a ( N ó d u lo s lin fá tic o s )

(b) Face visceral do baço

(c) Aparência histológica do baço

M L X 38

Figura 23.17 Organização anatômica e histológica do baço. (a) A forma do baço acompanha levemente as form as dos órgãos adjacentes. Esta secção transversal do tronco mostra a posição típica do baço no interior da cavi­ dade abdominopélvica (vista inferior), (b) Aparência externa da superfície visceral de um baço intacto, mostrando os maiores limites anatômicos. Esta vista pode ser comparada com aquela da parte (a), (c) Aparência histológica do baço. Áreas da polpa branca têm predominância de linfócitos. Eles aparecem azuis ou vermelhos porque os núcleos dos linfócitos se tingem muito fortemente. Áreas da polpa vermelha têm predominância de células vermelhas.

se r a m ific a p a r a p r o d u z ir n u m e r o s a s a r té r ia s q u e se ir r a d ia m p e r ife r ic a m e n te , e m d ir e ç ã o à c á p s u la . E sta s

artérias trabeculares

ra m ific a m -

m ic r o r g a n is m o s o u c o m p o n e n t e s a n ô m a lo s n o p la s m a s ã o r a p id a m e n te d e te c ta d o s p e lo s lin fó c it o s e s p lê n ic o s .

se in t e n s a m e n t e , e s e u s r a m o s a r t e r io la r e s s ã o e n v o lv id o s p o r á r e a s d e p o lp a b r a n c a . O s c a p ila r e s e n t ã o lib e r a m o s a n g u e n o s s e io s v e n o s o s d a

Resumo de embriologia

p o lp a v e r m e lh a .

P a r a u m r e s u m o d o d e s e n v o lv im e n t o d o s is te m a lin fá t ic o , c o n s u lte o C a ­

A p o p u la ç ã o c e lu la r d a p o lp a v e r m e lh a in c lu i t o d o s o s c o m p o n e n t e s

p ítu lo 2 8 ( E m b r io lo g ia e D e s e n v o lv im e n t o H u m a n o ) .

n o r m a is d o s a n g u e c ir c u la n t e , a lé m d e m a c r ó f a g o s fix o s e liv r e s . A e s t r u ­ t u r a d a p o lp a v e r m e lh a c o n s is t e e m u m a r e d e d e fib r a s r e t ic u la r e s . O s a n ­ g u e p a s s a a tr a v é s d e s s a re d e e p e n e tr a n o s g r a n d e s s in u s ó id e s , ta m b é m r e v e s tid o s p o r m a c r ó fa g o s fix o s . O s s in u s ó id e s se e s v a z ia m n a s p e q u e n a s v e ia s , e e s ta s fin a lm e n t e se f u n d e m p a r a f o r m a r a s

veias trabeculares, q u e

c o n t i n u a m e m d i r e ç ã o a o h i lo . E sta o r g a n iz a ç ã o c ir c u la t ó r ia c o n fe re a o s fa g ó c ito s d o b a ç o a o p o r t u ­ n id a d e d e id e n t ific a r e fa g o c it a r q u a is q u e r c é lu la s d a n ific a d a s o u in fe c t a ­ d a s n o s a n g u e c ir c u la n t e . O s lin fó c it o s e n c o n t r a m - s e d is p e r s o s p o r to d a a

Cl R E V I S Ã O D O S C O N C E I T O S

1. Por que é importante que a linfa encontre os linfócitos T antes dos linfócitos B? 2. Quais são os aspectos m ais im portantes a respeito da disposição de linfo­ nodos? 3. 0 que é a barreira hemato-tím ica dos capilares do timo? 4. Por que os linfonodos aumentam de volum e durante uma infecção?

p o lp a v e r m e lh a , e a r e g iã o q u e c ir c u n d a c a d a á re a d a p o lp a b r a n c a a p r e ­ se n ta u m a e le v a d a c o n c e n tr a ç ã o d e m a c r ó fa g o s . D e s s a fo r m a , q u a is q u e r

Veja a seção de Respostas na parte final do livro.

C-=-._ 23 • 0 Sistema Linfático

Envelhecimento e sistema linfático

625

d e a n t i c o r p o s l e v a m m a i s t e m p o p a r a a u m e n t a r m e d ia n t e a e x p o s i ç ã o a o s a n t í g e n o s . O r e s u l t a d o f i n a l é u m a s u s c e t i b i li d a d e a u m e n t a d a à s i n fe c ç õ e s .

o m o a v a n ç o d a id a d e , o s is te m a lin fá t ic o to r n a - s e m e n o s e fe tiv o n o

P o r essa ra z ã o , a v a c in a ç ã o p a r a d o e n ç a s v ir a is a g u d a s (c o m o a d e c o r r e n te

m i b a te à s d o e n ç a s . O s l i n f ó c i t o s T t o r n a m - s e m e n o s r e s p o n s i v o s a o s

d e in fe c ç ã o p e lo v ír u s d a in flu e n z a ) é r e c o m e n d a d a p a r a id o s o s . A in c i­

itíg e n o s ; c o m o r e s u lta d o , u m n ú m e r o m e n o r d e lin fó c ito s T c it o tó x ic o s

d ê n c i a a u m e n t a d a d e c â n c e r e m i n d i v í d u o s i d o s o s r e f le t e o d e c l í n i o d a

:s p o n d e a u m a i n f e c ç ã o . C o m o o n ú m e r o d e l i n f ó c i t o s T a u x i l i a r e s d i-

fu n ç ã o d e v ig ilâ n c ia d o s is te m a lin fá t ic o , q u e p e r d e e fic iê n c ia n a a tiv id a d e

ú n u i, o s l i n f ó c i t o s B t a m b é m s e t o r n a m m e n o s r e s p o n s i v o s , e o s n ív e i s

d e e lim in a ç ã o d e c é lu la s tu m o r a is .

i Caso clínico ESTO U 0

CO M

S E N S A Ç Ã O

O SISTEMA LINFÁTICO D E "F A L T A D E A R ".

Q UE EST Á A C O N T EC EN D O

C O M IG O ?

O m é d ic o s o lic it a a r e a liz a ç ã o d e u m a r a d i o g r a f i a d e t ó r a x n a p o s i ­ ç ã o â n t e r o - p o s t e r i o r . A r a d i o g r a f i a r e v e la u m m e d ia s t in o a la r g a d o e u m a o p a c i d a d e n o m e d ia s t i n o a n t e r i o r

J a n e é m ã e d e d o is fil h o s , te m 4 6 a n o s , é c a s a d a e m o r a n a C a li f ó r n i a .

(Figura 23.18). J a n e é im e d i a t a m e n t e

t r a n s f e r i d a a o h o s p i t a l l o c a l p a r a in v e s t ig a ç ã o a d ic io n a l.

T o d a a s u a fa m í lia te m o h á b it o d e r e a liz a r g r a n d e s p a s s e io s d e b ic ic le t a e c a m in h a d a s d u r a n t e o s fin a is d e s e m a n a . U l t im a m e n t e , J a n e te m a p r e s e n ­

Exames subseqüentes

t a d o d ific u ld a d e s o c a s io n a is p a r a a c o m p a n h a r a s c a m i n h a d a s e m fa m í li a

O m é d i c o d o h o s p i t a l r e v ê o s a c h a d o s c l í n i c o s d e t e c t a d o s p e l o c o le g a

n a s m o n t a n h a s . E la t a m b é m n o t o u u m a s e n s a ç ã o d e fa d ig a g e n e r a liz a d a

d a c lín ic a d e c u id a d o s d e u r g ê n c ia e s o lic ita u m a r e s s o n â n c ia m a g n é t i­

e u m a u m e n t o d a o c o r r ê n c ia d e d o r e s n o p e it o à i n s p ir a ç ã o p r o f u n d a -

c a . A r e s s o n â n c i a m a g n é t i c a r e v e la :

p a r t i c u la r m e n t e d u r a n t e a r e a liz a ç ã o d e a t iv id a d e fís ic a . D u r a n t e a n o it e , e la a p r e s e n t a u m a s e n s a ç ã o d e o p r e s s ã o r e s p i r a t ó r i a , c o m o s e n ã o fo s s e c o n s e g u ir r e a liz a r u m a in s p ir a ç ã o p r o f u n d a , s e n t in d o - s e f r e q ü e n t e m e n ­ te c o m p e l id a a s e n t a r - s e p a r a r e s p i r a r m a is p r o f u n d a m e n t e e v o l t a r a d o r m i r . J a n e m e n c i o n o u o fa t o a o m é d ic o d u r a n t e s u a ú l t i m a c o n s u lt a a n u a l, m a s e le n ã o o b s e r v o u a n o m a l ia s c lín ic a s d u r a n t e o e x a m e fís ic o ,



P r e s e n ç a d e u m a g r a n d e m a s s a n o m e d ia s t i n o a n t e r io r .



A m a s s a p a r e c e p r e s s io n a r o c o r a ç ã o e a r e g iã o d e b ifu r c a ç ã o d a tr a q u é ia .

Ja n e é s u b m e t id a a u m a c ir u r g ia p a r a r e m o ç ã o d a m a s s a d o in te ­ r i o r d o m e d ia s t i n o .

1 a u s c u lt a d o c o r a ç ã o e d o s p u l m õ e s , t o m a d a d e p u ls o , p r e s s ã o a r t e r ia l e e x a m e d a r e s p ir a ç ã o . A p ó s a c o n s u lt a h o u v e u m a d is c u s s ã o a r e s p e it o d a p o s s ib ilid a d e d e s e s o l ic it a r u m a r a d io g r a f i a d e t ó r a x , p o r é m , n a a u s ê n c ia d e h is t ó r ic o d e t a b a g is m o o u d e q u a is q u e r r u íd o s r e s p ir a t ó r i o s a n o r m a is ,

Pontos a considerar A o e s tu d a r o c a s o , r e v is e o C a p ít u lo 2 3 . A s q u e s tõ e s a s e g u ir s e r v ir ã o c o m o r o te ir o p a r a a su a r e v is ã o . P e n se e r e s p o n d a a c a d a u m a :

l a n e e s e u m é d ic o o p t a r a m p o r o b s e r v a r a e v o l u ç ã o d o s s in t o m a s e n ã o t o m a r m e d id a a lg u m a a m e n o s q u e o p r o b l e m a p r o g r e d is s e . A lg u n s m e s e s d e p o is , Ja n e c o n tr a iu u m a in fe c ç ã o r e s p ir a tó r ia , i o r e s e n t a n d o c o r iz a e t o s s e . T e n d o s e r e c u p e r a d o t o t a l m e n t e d e n t r o d e r o u c o s d ia s , c o m a lim e n t a ç ã o le v e e s u b s t a n c io s a e b a s ta n te r e p o u s o , e la d i m i n u i u s u a s a t i v i d a d e s d i á r i a s . N o i n í c i o d e u m a m a n h ã d e d o ­ m i n g o , a p e s a r d a d i m i n u i ç ã o d a a t i v i d a d e f ís i c a , J a n e a c o r d o u c o m d o r

n a reg ião d o t ó r a x e s e n s a ç ã o d e o p r e s s ã o r e s p i r a t ó r i a s e g u i d a d e s e n i e d e s m a io . A o s e s e n t a r , o s s i n t o m a s f o r a m u m p o u c o a liv ia d o s .

b l í

I s o e e seu m a r id o p r o c u r a r a m u m a c lín ic a d e c u id a d o s d e u r g ê n c ia n a z r_— d r a h o r a d a m a n h ã .

Exame inicial I

- : i i c o d a c l ín ic a d e c u i d a d o s d e u r g ê n c i a o b s e r v o u : •

P r e s s ã o a r t e r ia l , n í v e i s d e H D L e L D L d e n t r o d o s li m i t e s d e n o r ­ m a li d a d e , n ã o h a v e n d o m o d i f i c a ç ã o a lg u m a n o s ú l t i m o s c in c o a n o s , i n c l u s iv e e m s e u m a is r e c e n t e e x a m e m é d ic o .



A p re ss ã o a r te r ia l é d e 1 1 2 / 7 6 .



O E C G (e le tr o c a r d io g r a m a ) n ã o e v id e n c ia is q u e m ia c o r o n a r ia -



A p a c ie n te n ã o te m h is t ó r ic o f a m ilia r d e p r o b le m a s c a r d ía c o s

n a n e m in f a r t o .

" e m d e a c id e n t e s v a s c u l a r e s . •

: — e n t e q u e i x a - s e d e f a d ig a g e n e r a l i z a d a , c u j a d u r a ç ã o e in :er_ > .c_ id e a u m e n t a r a m n o s ú l t i m o s c in c o m e s e s .



- r * c :e n t e r e f e r e t e r e x p e r i m e n t a n d o d o r g e n e r a l i z a d a n a r e p i : d ? t ó r a x , a lé m d e s e n s a ç ã o d e “ s u f o c a m e n t o ”, o p r e s s ã o r e s r m a io r ia e s e n s a ç ã o d e d e s m a io .

Figura 23.18

Radiografia de Jane

O SISTEM A LINFÁTICO

6

1 Caso clínico ( c o n tin u a ç ã o ) 1 . O n d e e s t á l o c a l i z a d o o m e d ia s t i n o ?

em

2 . Q u e e s t r u t u r a s a n a t ô m i c a s e s t ã o l o c a l i z a d a s n o m e d ia s t i n o ?

em 4 5 % d os casos de L N H .

85%

d o s casos d e D H

e

L in fo m a n ã o - H o d g k in é

3 . Ja n e te m n o ta d o p io r a s a o lo n g o d o ú lt im o a n o . O q u e c o n tr ib u iu

u m t e r m o u t iliz a d o p a r a u m a

p a r a a in te n s ific a ç ã o d o s s in t o m a s ?

v a r ie d a d e d e c â n c e r e s . O s lin -

Análise e interpretação

fo m a s n ã o - H o d g k in sã o m u i­

A s in fo r m a ç õ e s a s e g u ir r e s p o n d e m a s q u e s tõ e s le v a n ta d a s n a se ç ã o

ta s v e z e s c la s s ific a d o s

“ P o n t o s a c o n s i d e r a r ”. P a r a r e v e r o m a t e r i a l , r e t o r n e à s p á g i n a s i n d i c a ­

tip o d e c é lu la q u e e stá e n v o l­

d a s p e lo s íc o n e s .

v id o n a fo r m a ç ã o d o tu m o r

p e lo

m a lig n o , c o m o lin fo m a s d e 1 . O m e d ia s t in o se e s te n d e d e s d e a a b e r t u r a t o r á c ic a s u p e r io r a té o

lin fó c ito s B o u T. E m 2 0 0 7 , o

m ú s c u lo d ia fr a g m a e d e s d e o e s te r n o , a n t e r io r m e n t e , a té a s v é r t e ­ b r a s to r á c ic a s , p o s te r io r m e n te .

L N H fo i r e s p o n sá v e l p o r c e r­

págs. 18-19

s

ca d e 4 % d e to d o s o s cân ceres

2 . O m e d ia s t in o c o n té m a t r a q u é ia , o e s ô fa g o , o s a c o p e r ic á r d ic o , o

r e c e n t e m e n t e d ia g n o s tic a d o s

c o r a ç ã o e g r a n d e s v a s o s , o tim o e lin fo n o d o s d o tó r a x . O m e d ia s ­

n o s E s t a d o s U n id o s . A in c i­

tin o é ta m b é m v ia d e p a s s a g e m p a r a e s tr u tu r a s c o m o o e s ô fa g o ,

d ê n c ia d e L N H a u m e n t a e m

o d u e to to r á c ic o e c o m p o n e n t e s d o s is te m a n e r v o s o , q u e fa z e m

p a c ie n t e s q u e to m a m d r o g a s

tr a je t o d a c a v id a d e to r á c ic a p a r a o in t e r io r d a c a v id a d e a b d o m in a l.

im u n o s s u p r e s s o r a s e e m in ­

págs. 18-20

CO

d iv íd u o s in fe c ta d o s p e lo H IV .

3 . À m e d id a q u e u m a m a s s a n o m e d ia s t in o a u m e n t a e m ta m a n h o ,

P o r m o t iv o s d e s c o n h e c id o s ,

TERMOS DO CASO CLÍNICO ECG (eletrocardiograma): Registro gráfico dos potenciais de ação do coração, obtido por eletrodos colo­ cados na pele do paciente. h d l (lipoproteínas de alta densi­ dade): Um tipo de lipoproteína en­

contrado no sangue, cuja principal função é o transporte do colesterol para o fígado para excreção na bile. ld l (lipoproteínas de baixa den­ sidade): Um tipo de lipoproteína en­

contrado no sangue, cuja principal função é transportar o colesterol a outros tecidos (que não o fígado). Leucemia: Um tipo de câncer ca­ racterizado pela proliferação pro­ gressiva de leucócitos anômalos na medula óssea e em outros tecidos hematopoiéticos, resultando em um número aumentado de leucóci­ tos no sangue e em outros tecidos do corpo.

p r e s s io n a a s v á r ia s e s t r u t u r a s n o s e u in te r io r . A p r e s s ã o a u m e n t a d a

nos

s o b re a tra q u é ia , o s b r ô n q u io s e o s p u lm õ e s c a u s a a d ific u ld a d e re s ­

in c id ê n c ia

de

Linfadenopatia: Qualquer doença

p ir a tó r ia e a se n sa ç ã o d e s u fo c a m e n to ; já a p re ssã o so b re o c o ra ç ã o

L N H te m s id o o b s e r v a d a e m

que afeta um ou rr»as t "'ctoòos Linfoma de i r f o c to s = Heucear^a de i n fó a to s S u n tumor isac-

e

grandes vasos da cavidade

to r á c ic a c a u s a a s e n s a ç ã o d e d e s m a io .

ú ltim o s

20

an o s, u m a

a u m en tad a

m u lh e r e s . A v a n ç o s n a

qui­

m io te r a p ia e n a r a d io te r a p ia

Diagnóstico

tê m p r o lo n g a d o o te m p o d e

Ja n e é d ia g n o s t ic a d a c o m o te n d o u m lin f o m a t o r á c ic o ( m e d ia s t in a l) .

s o b r e v id a d e to d o s o s p a c ie n ­

U m c r e s c im e n to t u m o r a l s ó lid o d e lin fó c ito s p o d e r e s u lta r e m u m a

te s c o m L N H , a tin g in d o u m

lin fa d e n o p a t ia b e n ig n a ( n ã o - c a n c e r o s a ) , o u e m u m lin fo m a m a lig n o ,

ín d ic e r e la tiv o d e s o b r e v id a

i tu m o r ca n ce ro so en vo lve n d o u m o u m ais lin fo n o d o s d o co rp o . O s .r .:’ : m a s m a l i g n o s s ã o c l a s s i f i c a d o s c o m o

- linfoma não-Hodgkin (LNH). A

d e c in c o a n o s e m

doença de Hodgkin (DH)

63%

dos

casos. ■

c a v id a d e t o r á c ic a e s tá e n v o lv id a

CO C3TCCTQS0 'r9Sw‘3 r t6 0 6 CT0S-

om ento 6

- u p câçdo ânorrridYS

dos linfócitos B. Linfoma de linfócitos T (leucemia de linfócitos TV. Um tumor linfáti­

co canceroso resultante de cres­ cimento e multiplicação anômalos dos linfócitos T.

T E R MOS C L Í N I C O S eTgia: R e s p o s t a in a d e q u a d a o u e x c e s s iv a a a n -

D o e n ç a p o r im u n o d e fic iê n c ia : D o e n ç a q u e

a n ô m a la s ; in c lu e m a d o e n ç a d e H o d g k in e o s lin ­

m o s.

e n v o lv e f a lh a n o d e s e n v o l v i m e n t o n o r m a l d o s is ­

fo m a s n ã o -H o d g k in .

endicite:

I n f la m a ç ã o d o a p ê n d ic e v e r m i-

t e m a im u n o l ó g i c o o u a lg u m t i p o d e b l o q u e i o d a

L ú p u s e r ite m a to s o sis tê m ic o (LES): C o n d i ç ã o

h k ; m u i t a s v e z e s e x ig e t r a t a m e n t o c ir ú r g ic o

r e s p o s ta im u n o ló g ic a .

r e s u lt a n t e d e d e s a r r a n j o g e n e r a l i z a d o n o m e c a ­

tcndkectomia).

E sp len ecto m ia : R e m o ç ã o c i r ú r g i c a d o b a ç o , g e ­

n i s m o d e r e c o n h e c i m e n t o d e a n t íg e n o s .

r a lm e n t e a p ó s s u a r u p t u r a .

S ín d rom e da im u n o d eficiên cia adquirida

^nça auto-imune:

D o e n ç a c a r a c t e r iz a d a p e la

E sp len om egalia: C r e s c i m e n t o d o b a ç o , m u i t a s

(SIDA)

[acquired immune deficiency syndrome-

vezes causado por infecção, inflamação ou c â n c e r .

AinSf:

D o e n ç a q u e se efe se r.. '

ença grave p o r im u n o d e fic iê n c ia s c o m b i-

L in fad en op atia: C r e s c i m e n t o e x c e s s iv o o u c r ô ­

ç ã o p e lo H IV , c a r a c t e r iz a d a p o r p o p u la ç ã c r e d u r .C i

las (D G IC ): C o n d i ç ã o c o n g ê n it a n a q u a l o

n ic o d o s lin fo n o d o s .

d e l i n fó c it o s T e d im in u iç ã o d a i m u n id a d e c e lu la r.

iv íd u o n ã o c o n s e g u e d e s e n v o lv e r a i m u n i d a d e

L in fom as: C â n c e r e s m a li g n o s c o n s i s t i n d o e m

T o n silecto m ia : R e m o ç ã o d e t o n s i la in f e c t a d a

l i a r n e m a i m u n i d a d e h u m o r a l d e v id o à a u -

l in f ó c it o s a n ô m a l o s o u c é l u l a s - t r o n c o lin fá t ic a s

p a r a e l i m i n a r o s s i n t o m a s d e to n s ilite .

p o s ta i m u n o l ó g i c a i n a d e q u a d a a c é lu la s e te c i. n o r m a is d o

corpo.

c ia d e l i n f ó c i t o s B e T n o r m a i s .

R E S U MO P ARA E S T U D O trodução *

.

r . :

Uma visão geral do sistema linfático

609 ■;

; dò

sistema linfático e x e r c e m

u m p a p el c e n tra l

n a s d e fe s a s d o c o r p o c o n t r a v ír u s , b a c t é r ia s e o u t r o s m ic r o r g a n is m o s .

1.

609

O siste m a lin fá tic o in c l u i u m a r e d e d e v a s o s li n f á t i c o s q u e t r a n s p o r t a m a lin fa ( u m l í q u i d o s e m e l h a n t e a o p l a s m a , m a s c o m u m a c o n c e n t r a ç ã o

C a p It u lo

m e n o r d e p r o t e ín a s ) . V á r i o s ó r g ã o s e t e c id o s lin f á t i c o s e s t ã o in t e r c o n e c t a d o s p e lo s v a s o s l i n fá t ic o s . I

ver Figuras 23.1/23.2

23 • O Sistema Linfático

Distribuição e tempo de vida dos linfócitos Linfopoese: produção de linfócitos 615

615

6. O s lin fó c ito s m ig r a m c o n tin u a m e n t e p a r a d e n tr o e p a r a fo r a d o sai

Funções do sistema linfático

609

g u e , a tr a v é s d o s te c id o s e ó r g ã o s lin fá t ic o s e, e m g e r a l, p o s s u e m u n v i d a m é d ia r e l a t i v a m e n t e l o n g a . A

2 . O s i s t e m a lin f á t ic o p r o d u z , m a n t é m e d is t r i b u i o s l in f ó c it o s ( c é lu la s q u e

linfopoese ( p r o d u ç ã o

d e lin fó c ito

a t a c a m o r g a n i s m o s in v a s o r e s , c é lu la s a n ô m a l a s e p r o t e ín a s e s t r a n h a s ) . O

e n v o lv e a m e d u la ó s s e a , o t im o e o s te c id o s lin fá t ic o s p e r ifé r ic o s , (v

s is t e m a t a m b é m a ju d a a m a n t e r o v o l u m e s a n g ü ín e o e e l i m i n a r a s v a r i a ­

Figura 23.7)

ç õ e s lo c a i s n a c o m p o s iç ã o d o l í q u i d o in t e r s t ic ia l. A s e s t r u t u r a s lin fá t ic a s p o d e m s e r c la s s ific a d a s c o m o

cundárias ( c o n t e n d o

primárias ( c o n t e n d o

Estrutura dos vasos linfáticos Capilares linfáticos 1. Vasos linfáticos,

c é lu la s -tro n c o ) o u

se­

Tecidos linfáticos

l i n f ó c i t o s im a t u r o s o u a t iv a d o s ) .

1.

6 10

610

ou

linfáticos, c o n d u z e m

a l in f a d e s d e o s t e c id o s p e r i f é ­

6 16

Tecidos linfáticos s ã o t e c id o s c o n e c t i v o s c o m p r e d o m i n â n c i a d e I in fó c t o s . N o nód u lo linfático, o s l i n f ó c i t o s e s t ã o a g r u p a d o s e m u m a á r e a c t e c i d o c o n e c t i v o fr o u x o . N ó d u l o s l i n f á t i c o s i m p o r t a n t e s s ã o o s nódulí linfáticos agregados s i t u a d o s n a m u c o s a in t e s t in a l, o apêndice vermifo me e a s tonsilas n a s p a r e d e s d a fa r in g e . (ver Figura 23.8)

r i c o s a té o s is t e m a v e n o s o . A l i n f a f l u i a o l o n g o d e u m a r e d e d e v a s o s l i n ­ f á t ic o s q u e se o r i g i n a m n o s

capilares linfáticos

(

terminais linfáticos). A s

Órgãos linfáticos

c é lu la s e n d o t e lia is d e u m c a p il a r l i n f á t ic o s e s o b r e p õ e m p a r a a t u a r c o m o

1.

V

{verFigura 23.2b)

álvulas dos vasos linfático 2.

Linfonodos

611

2.

O s v a s o s l i n f á t ic o s c o n t ê m n u m e r o s a s v á lv u la s in t e r n a s p a r a p r e v e n i r o r e f lu x o d a lin fa .

Principais vasos linfáticos coletores 3.

611

vasos linfáticos superficiais e o s vasos linfáticos profundos. O s v a s o s dueto torácico e n o dueto linfático direito. ( ver

Figuras 23.2 a 23.5)

te s u s c e t ív e is a l e s õ e s o u i n v a s ã o p o r m i c r o r g a n i s m o s .

613 Tipos de linfócitos 613 linfócitos T

ou

células T

linfócitos B o u células B ( d e r iv a d o s d a m e d u l a ó s s e a ) , linfócitos NK o u células NK (natural killer). (ver Figuras 23.6/23.7) O s linfócitos T citotóxicos a t a c a m c é l u l a s e s t r a n h a s o u c o r p o s c e l u l a ­ r e s i n f e c t a d o s p o r v í r u s ; p r o d u z e m im unidade m ediada p o r células. O s linfócitos T reguladores (auxiliares e supressores) r e g u la m e c o o r d e n a m a r e s p o s t a i m u n o l ó g ic a , e n q u a n t o o s linfócitos T de m em ória p e r m a n e ­ m o -d e p e n d e n te s),

c e m e m “ l a t ê n c ia ”. (

se cre ta m

anticorpos q u e

plasm ócitos,

d a d e d e n o v o c o n t a t o c o m o a n t íg e n o . L in fó c ito s

NK

: u — ............". . . cero sa r :

timo

5.

620

tim o e s t á s i t u a d o p o s t e r i o r m e n t e a o m a n ú b r i o , n o r io r . Células epiteliais d i s p e r s a s p o r e n t r e o s l i n f ó c i t o s

O

ta m b é m c h a m a d o s d e

m e d ia s t i n o sup< p ro d u zem os ho

m ô n i o s d o t im o . E s s e s h o r m ô n i o s p r o m o v e m a d i f e r e n c i a ç ã o d o s lin ft c it o s T . A

b arreira hem ato-tím ica

i m p e d e a s t r o c a s liv r e s e n t r e o líq u id

in t e r s t ic ia l e a c i r c u la ç ã o , e v i t a n d o a a t iv a ç ã o p r e m a t u r a d o s l i n fó c it o s A p ó s a p u b e r d a d e , o t i m o d i m i n u i g r a d u a lm e n t e d e t a m a n h o , u m pre

qu e p ro d u z em e

ans ã o d e n o m i n a d o s im unop e la im un id ad e m ediada

c e sso d e n o m in a d o

r e a g e m c o m a lv o s q u í m i c o s e s p e c íf ic o s , o u

tigenos. O s a n t ic o r p o s n o s l íq u id o s c o r p o r a i s d o b u lin as. O s l i n f ó c i t o s B s ã o r e s p o n s á v e is p o r anticorpos. O s linfócitos B de m em ória s ã o

4.

O

ver Figura 23.6)

3 . O s l i n f ó c i t o s B p o d e m d i f e r e n c ia r - s e e m

O s lin fo n o d o s da cabeça e do pescoço, o s lin fo n o d o s axilares, o s lir fo n o d o s poplíteos, o s lin fo n o d o s in g u in ais, o s lin fo n o d o s do tóra: o s lin fo n o d o s do abd o m e, o s lin fo n o d o s ileocólicos e o s linfonode m esen térico s p r o t e g e m a s á r e a s v u l n e r á v e i s d o c o r p o , (ver Figun

23.4/23.5/23.10 a 23.15)

(t i-

e

(ver Figuras 23.1/23.9

3 . T e c id o s l i n f á t i c o s e l i n f o n o d o s e s t ã o l o c a li z a d o s e m á r e a s p a r t i c u la r m e i

Linfócitos

2.

617

Linfonodos s ã o m a s s a s d e t e c i d o l i n f á t i c o e n c a p s u l a d a s . O córtex intei no a p r e s e n t a p r e d o m i n â n c i a d e l i n f ó c i t o s T ; o córtex externo e a medi la c o n t ê m l i n f ó c i t o s B d i s p o s t o s e m cordões medulares. A s “glândulí linfáticas” s ã o o s m a i o r e s l i n f o n o d o s , e n c o n t r a d o s n o s l o c a i s o n d e c

23.15)

4.

E x i s t e m t r ê s t i p o s d if e r e n t e s d e l i n f ó c i t o s :

linfonodos, o timo e o baço. (v

lin fá t ic o s p e r ifé r ic o s c o n e c t a m - s e a o tr o n c o ,

D o i s g r u p o s d e v a s o s l i n f á t i c o s c o l e t a m l i n f a d o s c a p ila r e s l in f á t i c o s : o s

li n f á t i c o s se e s v a z ia m n o

1.

Ó r g ã o s l i n f á t i c o s im p o r t a n t e s i n c l u e m o s

Figuras 23.1/23.9 a 23.15)

v á lv u la s u n i d ir e c i o n a i s , e v i t a n d o q u e o l í q u i d o r e t o r n e p a r a o s e s p a ç o s i n t e r c e lu la r e s .

617

a tiv a d o s n a e v e n tu a li­

(ver Figura 23.6) linfócitos granulares grandes) a t a -

• r.. c m a i s in t e c t a d a s p o r v ír u s c c é lu la s c a n ­ a v ig ilâ n c ia im u n o ló g ic a .

Linfochos e a resposta imunológica 614

O

baço

6.

O

involução. (ver Figura 23.16)

622

baço a d u l t o

c o n té m a s m a io r e s m a s s a s d e te c id o lin fá t ic o n o c o r p :

b a ç o d e s e m p e n h a , p a r a o s a n g u e , fu n ç ã o a n á lo g a à d o s lin fo n o d o s r u i

face diafragmática d o b a ç o c o n t r a p õ e - s e a o m ú s c u l o d . face visceral c o n t r a p õ e - s e a o e s t ô m a g o e a o r i m e a p r e s e n t a u n r e e n t r â n c i a , d e n o m i n a d a hilo. O s c o m p o n e n t e s c e l u l a r e s f o n r u m polpa esplênica. A polpa vermelha c o n t é m g r a n d e n ú m e r o d e i. _ v e r m e l h o s , e a s á r e a s d a polpa branca a s s e m e l h a m - s e a o s l i n f e r : o : a lin fa . A

m a; a

O s lin fó c ito s e n c o n t r a m -s e d is p e r s o s p o r to d a a p o lp a v e rm e lh a , e

5 . O c ô i e r r v ; d a r e s p o s t a i m u n o l ó g i c a é a d e s t r u iç ã o o u i n a t iv a ç ã o d e p a t r ç e n o s , c é l u l a s a n ô m a l a s e m o l é c u la s e s t r a n h a s , c o m o t o x in a s . O s a n t í -

r e g iã o q u e c ir c u n d a a p o lp a b r a n c a a p r e s e n ta e le v a d a c o n c e n t n ç ã » d m a c ro ta g o s. I » rr

Figura 23.17)

s s ã o t a g o c it a d o s p e lo s m a c r ó f a g o s , q u e a p r e s e n t a m e s s e s a n t íg e n o s

aos li n f ó c i t o s

Os milhões de dividir, fazendo com a n t íg e n o . A capacidade de re­

T , o s q u a is c o m e ç a m , e n t ã o , a se d ife r e n c ia r .

:~ r ô c i t o s d i f e r e n t e s c o n s e r v a m a c a p a c id a d e d e s e

que o c o r p o e s t e ia p r e p a r a d o p a r a q u a l q u e r conhecer o a n t íg e n o é c h a m a d a d e imunocompeténcia.

i

r

23.6

Envelhecimento e sistema linfático

625

1 . C o m o e n v e lh e c i m e n t o , o c o r r e u m a d i m i n u i ç ã o d a f f i n f m n i m u n o lo g ic D n o c o m b a t e à s d o e n ç a s .

O Sistema Respiratório

O B J E T I V O S DO C A P Í T U L O : 1. Descrever as funções principais do sistema respiratório.

2.

Descrever a organização estrutural do sistema respiratório e seus principais órgãos.

3.

Diferenciar as partes condutora e respiratória do sistema respiratório.

4.

Descrever a histologia e a função do epitélio respiratório.

5.

Descrever a anatomia funcional dos com ponentes da parte superior do sistema respiratório.

6. Descrever a anatomia funcional da laringe e explicar seu papel na respiração e na produção de sons.

7.

Discutir as especializações da anatomia m acroscópica e da histologia da traquéia.

8 . Descrever as especializações histológicas das vias condutoras e da porção respiratória da parte inferior do sistema respiratório. Descrever a anatomia funcional da árvore bronquial e dos segmentos broncopulmonares.

10 Descrever a estrutura e a função da membrana respiratória (alveolocapilar). 11

Descrever a cavidade pleural e a pleura.

12. Identificar os m úsculos respiratórios e discutir os movimentos responsáveis pela ventilação pulmonar.

Introdução

630

A parte superior do sistem a respiratório

632

A parte inferior do sistem a respiratório

634

637

Os b rônquios principais Os pu lm ões

Diferenciar os m úsculos envolvidos na respiração em repouso daqueles envolvidos na respiração forçada.

14.

Explicar com o a atividade muscular resulta no movimento do ar para o interior e para o exterior dos alvéolos.

15.

Descrever as modificações que ocorrem no sistema respiratório ao nascimento.

16.

Identificar os centros de controle respiratório, como esses centros interagem, bem como a função dos quim ioceptores e proprioceptores no controle da respiração.

630

Uma visão geral do sistem a respiratório

A traquéia

13.

637

638

A cavidade pleural e a pleura

17. Identificar os reflexos que regulam a respiração.

646

M úsculos respiratórios e ventilação pulm onar Envelhecim ento e sistem a respiratório

650

647

18. Descrever as m udanças que ocorrem no sistema respiratório com o envelhecimento.

O

S IS T E M A

R E SP IR A T Ó R IO

A s c é lu la s o b tê m e n e r g ia p r in c ip a lm e n t e p o r m e io d e m e t a b o lis m o a e r ó b ic o , u m p r o c e s s o q u e p r e c is a d e o x ig ê n io e p r o d u z d ió x id o d e c a r b o n o . P a r a s o b r e v iv e r , a s c é lu la s d e v e m p o s s u ir u m a fo r m a d e o b t e r o x ig ê n io e e lim in a r d ió x id o d e c a r b o n o . O s is te m a c ir c u la t ó r io o fe r e c e u m a lig a ç ã o

Uma visão geral do sistema respiratório [F ig u r a 24 . 1 ]

e n tre o líq u id o in te r s tic ia l e m t o r n o d a s c é lu la s e a s s u p e r fíc ie s d e d ifu s ã o

O sistema respiratório i n c l u i

g a s o s a d o s p u lm õ e s . O s is te m a r e s p ir a t ó r io fa c ilita a d ifu s ã o g a s o s a e n ­

a f a r i n g e , a l a r i n g e , a t r a q u é i a e o s d u e t o s c o n d u t o r e s m e n o r e s q u e le v a r

tre o a r e o s a n g u e . C o n fo r m e c ir c u la , o s a n g u e tr a n s p o r t a o x ig ê n io d o s

s u p e r fíc ie s d e d ifu s ã o g a s o s a d o s p u lm õ e s . E s ta s e s tr u tu r a s e stã o ilu s tn

p u lm õ e s p a r a o s t e c id o s d o c o r p o , a lé m d e r e c e b e r o d ió x id o d e c a r b o n o

na

p r o d u z id o p o r e sse s te c id o s e o t r a n s p o r t a r a té o s p u lm õ e s p a r a a e lim i­

o a r p a r a e a p a r t i r d a s r e f e r i d a s s u p e r f í c i e s d e d if u s ã o . O t r a t o r e s p ir a ti

Figura 2 4 .1 . 0

trato respiratório c o n s i s t e

p o d e s e r d iv id id o e m u m a

n ação. In ic ia m o s n o s s a d is c u s s ã o s o b r e o s is te m a r e s p ir a t ó r io d e s c r e v e n d o as e s tru tu ra s a n a tô m ic a s q u e c o n d u z e m o a r d o m e io e x te r n o a té a s s u ­ p e r fíc ie s d e d ifu s ã o g a s o s a n o s p u lm õ e s . D is c u t ir e m o s e n tã o a m e c â n ic a

o n a r iz , a c a v id a d e n a s a l e o s s e io s p a ra n a i

parte condutora e

e m v ia s a é re a s q u e co n d u :

parte respiratória. A p bron i n c l u i o s bronquíolos resj.

um a

c o n d u t o r a se e s te n d e da, e n t r a d a d a c a v id a d e n a s a l a té o s m e n o r e s

olos d o s p u l m õ e s . A p a r t e r e s p i r a t ó r i a d o t r a t o tórios e o s d e l i c a d o s alvéolos, o n d e o c o r r e a d i f u s ã o

g aso sa.

O s is t e m a r e s p ir a t ó r io in c lu i o t r a t o r e s p ir a t ó r io e o s t e c id o s , ó r j

d a r e s p ir a ç ã o e s e u c o n tr o le n e u ra l.

e e s tr u tu r a s d e s u s te n ta ç ã o a s s o c ia d o s . A

piratório

c o n s is te e m

E s s a s v ia s d e p a s s a g e m

parte superior do sistema

n a r iz , c a v id a d e n a s a l, s e io s p a r a n a s a is e fa r i e um edecem

o ar, p ro te g e

a s s u p e r fíc ie s m a is d e lic a d a s d e d ifu s ã o e c o n d u ç ã o d a

filtr a m , a q u e c e m

parte inferiò

Se/o frontal Cavidade nasal Seio esfenoidal

Conchas nasais Nariz

Cóano

Parte nasal da faringe

PARTE SUPERIOR DO SISTEMA RESPIRATÓRIO PARTE INFERIOR DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

Língua

Hióide

Laringe Esôfago

Traquéia Brônquio principal direito

l Clavícula

Bronquíolos

Costelas

Figura 24.1

Estru turas do sistem a respiratório.

Diafragma

C a p ít u lo

sistema respiratório

24 • O Sistema Respiratório

631

3 . P r o te g e r a s s u p e r fíc ie s r e s p ir a t ó r ia s c o n t r a d e s id r a ta ç ã o , m u d a n ç a s

c o n tr a r e s íd u o s , p a tó g e n o s e c o n d iç õ e s a m b ie n ta is

d e te m p e r a tu r a e o u t r a s v a r ia ç õ e s a m b ie n ta is .

e x tre m a s. A p a rte in fe r io r d o s is te m a r e s p ir a t ó r io in c lu i a la r in g e , a t r a ­

4.

q u é ia , o s b r ô n q u i o s e o s p u l m õ e s . A filtr a ç ã o , o a q u e c im e n t o e o u m e d e c im e n t o d o a r in s p ir a d o c o m e ­

D e fe n d e r o s is te m a r e s p ir a t ó r io e o u t r o s t e c id o s d a in v a s ã o p o r m ic r o r g a n is m o s p a to g ê n ic o s .

ç a m n a e n t r a d a d a p a r te s u p e r io r d o s is te m a r e s p ir a t ó r io e c o n t in u a m

5 . P r o d u z ir s o n s e n v o lv id o s n a fa la , n o c a n t o e n a c o m u n ic a ç ã o n ã o -

p o r to d o o r e s ta n te d a v ia c o n d u t o r a . Q u a n d o o a r a t in g e o s a lv é o lo s p u l ­

v e r b a l.

m o n a re s, a m a io r ia d a s p a r tíc u la s e d o s p a tó g e n o s d o a m b ie n te e x t e r n o

6 . A u x ilia r n a r e g u la ç ã o d o v o lu m e s a n g ü ín e o , d a p r e s s ã o a r te r ia l e n o

fo ra m r e m o v id o s , e a u m id a d e e t e m p e r a tu r a e s tã o d e n t r o d e lim ite s a c e i­

c o n tr o le d o p H d o s líq u id o s c o r p o r a is .

tá v e is . O s u c e s s o d e s t e “ p r o c e s s o d e c o n d i c i o n a m e n t o ” s e d e v e p r i n c i p a l ­ m e n te à s p r o p r ie d a d e s d o

epitélio respiratório, d i s c u t i d a s

O s is te m a r e s p ir a t ó r io d e s e m p e n h a e ssa s fu n ç õ e s c o m a c o o p e r a ç ã o

a d ia n te .

d o s s is t e m a s c ir c u la t ó r io e lin fá t ic o , d e a lg u n s m ú s c u lo s e s q u e lé t ic o s e d o s is te m a n e r v o s o .

Funções do sistema respiratório A s fu n ç õ e s d o s is te m a r e s p ir a t ó r io s ã o :

O epitélio respiratório

1 . O fe re c e r u m a e x te n s a á re a p a r a d ifu s ã o g a s o s a e n tr e o a r e o s a n g u e c ir c u la n te .

O epitélio respiratório

[Figura 24.2]

c o n s is t e e m u m e p ité lio c o lu n a r p s e u d o - e s tr a ti-

fic a d o c ilia d o , c o m n u m e r o s a s c é lu la s m u c o s a s

2. C o n d u z ir o a r a p a r t ir d e e p a r a a s s u p e r fíc ie s d e d ifu s ã o g a s o s a d o s

(Figura 24.2).

O e p ité lio

r e s p ir a t ó r io r e v e s te t o d o o tr a t o r e s p ir a t ó r io , e x c e to a p a r te in fe r io r d a fa r in g e , a s m e n o r e s v ia s c o n d u t o r a s e o s a lv é o lo s . U m e p ité lio e s c a m o s o

p u lm õ e s .

M o v im e n t o d o m u co em

C é lu l a e p it e lia l

d ir e ç ã o à 1f a r in g e

c o l u n a r c ilia d a C é lu l a m u c o s a C é lu l a - t r o n c o

L â m in a p r ó p r ia

N ú c le o d e T ú n ic a m u cosa

c é lu la e p it e lia l c o lu n a r C é lu l a - t r o n c o

^ ---------- L â m in a p r ó p r ia *

C é lu l a m u c o s a L a m in a basal M L X 932

(a) Epitélio respiratório da traquéia

C í lio s

»

L â m in a p r ó p r ia

N ú c le o d e c é lu la

epitelial colunar C é lu l a m u c o s a

L â m in a b a s a l

C é lu l a - t r o n c o

(c) MEV dos cílios no epitélio

Figura 2 4 . 2

M E V x 1 .6 4 7

(b) Epitélio respiratório

Histologia do epitélio respiratório.

(a) Vistas diagram ática e histológica do epitélio respiratório, (b) A sp e c to h isto ló g ico do e p ité lio respiratório, (c) v ista da su p e rfície do epitélio, observado à m icroscopia eletrônica de varredura. Nesta im agem colorida, os cílio s das cé lu la s e p ite lia is form am um a densa cam ad a se m e lh a n te a um carp e te de fio s longos. 0 m ovim ento desses cílios propele o m uco ao longo da su perfície epitelial.

632

U&M

e s t r a t ific a d o r e v e s t e a p o r ç ã o i n f e r io r d a fa r in g e , p r o t e g e n d o - a d e a b r a s ã o

ta m e n t e n a t r a q u é ia . E s s e a r d e v e s e r filtr a d o e u m e d e c id o e x te rn a m e

e a g r e s s ã o q u ím ic a . E s ta p a r te d a fa r in g e c o n d u z o a r p a r a a la r in g e , b e m

p a r a p r e v e n ir d a n o a o s a lv é o lo s .

c o m o o a lim e n to p a r a o e s ô fa g o . C é lu la s m u c o s a s n o e p ité lio e g lâ n d u la s m u c o s a s p r o fu n d a s a o e p it é ­ lio r e s p ir a t ó r io n a lâ m in a p r ó p r i a p r o d u z e m u m m u c o v is c o s o q u e r e c o ­ b r e a s s u p e r fíc ie s e x p o s ta s . N a c a v id a d e n a s a l, o s c ílio s “ v a r r e m ” q u a lq u e r r e s íd u o o u m ic r o r g a n is m o a p r is io n a d o n o m u c o a té a fa r in g e , o n d e s e r ã o d e g lu tid o s e e x p o s to s a o s á c id o s e à s e n z im a s d o e s t ô m a g o . E m p o r ç õ e s

A parte superior do sistema respiratório

in fe r io r e s d o t r a t o r e s p ir a t ó r io , o s c ílio s t a m b é m s e m o v im e n t a m e m d i­

O nariz e a cavidade nasal [Figura 24 .3 ]

re ç ã o à fa r in g e , c r ia n d o u m

O n a r iz é a p r im e ir a v ia p e la q u a l o a r e n t r a n o s is t e m a r e s p ir a tó r io ,

m e c a n is m o s e m e lh a n te a o d e u m a “ e s c a d a

ro la n te ” q u e lim p a a s v ia s r e s p ir a tó r ia s .

o s s o s , a s c a r tila g e n s e o s s e io s p a r a n a s a is a s s o c ia d o s a o n a r iz s ã o a p res

A s d e lic a d a s s u p e r fíc ie s d o s is t e m a r e s p ir a t ó r io p o d e m

ser severa ­

ta d o s n o C a p ítu lo 6.



p á g . 1 3 8 O a r n o r m a lm e n te e n tra n a

nasal

o u p a tó g e n o s . A s s im , o a r q u e e n t r a n o s is te m a r e s p ir a t ó r io é filt r a d o

n a s a l lim it a d a p e lo s te c id o s fle x ív e is d o n a r iz ( F ig u r a 2 4 .3 d ) , é su ste n t

p a ra re m o v e r e ste s a g e n te s c o n ta m in a n t e s . O s m e c a n is m o s d e filtr a ç ã o

p o r d u a s fin a s

r e s p ir a tó r ia fo r m a m o

sistema de defesa respiratória. N a

s a l, v i r t u a lm e n t e t o d a s a s p a r t íc u la s m a io r e s q u e 1 0 p m

c a v id a d e n a ­

s ã o r e m o v id a s

d o a r in s p ir a d o . P a r t íc u la s m a io r e s s ã o r e m o v id a s p e lo s p ê lo s n a s a is , d e ­ n o m in a d o s

vibrissas, e n c o n t r a d o s

n o in íc io d a c a v id a d e n a s a l. P a r t íc u la s

a tra v é s d a s

narinas.

O

vestíbulo do nariz,

cavid

m e n te d a n ific a d a s c a s o o a r in s p ir a d o e s te ja c o n t a m in a d o p o r r e s íd u o s

cartilagens laterais e

d o is p a re s d e

a p o r ç ã o d a c a v id

cartilagens alares ( F i g

2 4 . 3 a ) . O e p it é lio d o v e s t íb u lo d o n a r iz c o n t é m p ê lo s q u e se e s te n d e p a r t ir d a s n a r in a s . G r a n d e s p a r t íc u la s n o a r c o m o a r e ia , s e r r a g e m e

p

m o in s e to s s ã o c a p t u r a d o s p o r e s s e s p ê lo s e im p e d id o s d e a d e n tra i r e s t a n t e d a c a v id a d e n a s a l.

m e n o r e s p o d e m s e r c a p t u r a d a s p e lo m u c o d a p a r t e n a s a l d a fa r in g e o u

O

septo nasal s e p a r a

a s p a r t e s d i r e i t a e e s q u e r d a d a c a v i d a d e n a s<

p o r s e c r e ç õ e s d a fa r in g e a n te s d e p r o s s e g u ir p e la v ia c o n d u t o r a . A e x p o ­

p a r t e ó s s e a d o s e p t o n a s a l é f o r m a d a p e la lâ m in a p e r p e n d ic u la r d o c

s iç ã o a e s t ím u lo s ir r it a n t e s , c o m o g a s e s t ó x ic o s , g r a n d e s q u a n t id a d e s d e

e t m ó id e e p e lo v ô m e r , q u e se a r t ic u la m . A p a r te a n t e r io r d o s e p to n a:

p o e ir a e r e s íd u o s , a lé r g e n o s e p a t ó g e n o s , g e r a lm e n t e c a u s a u m

rá p id o

a u m e n to n a p r o d u ç ã o d e m u c o . (O s s in t o m a s fa m ilia r e s d o “ r e s fr ia d o c o m u m ” r e s u lta m

d a in v a s ã o d o e p it é lio r e s p ir a t ó r io p o r u m

fo r m a d a p o r c a r tila g e m h ia lin a . E s s a p la c a c a r tila g ín e a s u ste n ta o e o

d e n tre

m a is d e 2 0 0 v ír u s .) A filtr a ç ã o , o a q u e c im e n t o e o u m e d e c im e n t o d o a r in s p ir a d o o c o r ­

dc

ápice do nariz. A s m a x ila s , o s o s s o s n a s a is e fr o n t a l, o e t m ó id e e o e s fe n ó id e fo r n

a s p a r e d e s la t e r a is e s u p e r i o r d a c a v id a d e n a s a l. A s e c r e ç ã o m u c o s a ] d u z id a n o s

seios paranasais a s s o c i a d o s

(

p á g . 1 5 3 ) , a u x ilia d a p e la i

re m p o r to d a a p o r ç ã o c o n d u t o r a d o s is te m a r e s p ir a t ó r io , m a s a s m a io ­

n a g e m d e l á g r im a a t r a v é s d o s d u e t o s la c r im o n a s a is , a ju d a m a m a n l

re s m o d ific a ç õ e s o c o r r e m n a c a v id a d e n a s a l. A r e s p ir a ç ã o b u c a l e lim in a

s u p e r fíc ie d a c a v id a d e n a s a l ú m id a e lim p a . A p a r te s u p e r io r , o u

g r a n d e p a r te d a filtr a ç ã o , d o a q u e c im e n t o e d o u m e d e c im e n t o p r e lim i­

olfatória, d a

n a re s d o a r in s p ir a d o . P a c ie n te s r e s p ir a n d o p o r m e io d e r e s p ir a d o r e s o u

r i o (<

p e lo p r o c e s s o d e v e n t ila ç ã o m e c â n ic a r e c e b e m a r q u e é i n t r o d u z i d o d i r e ­

c o n c h a n a s a l s u p e r io r d o e t m ó id e e (3 ) a p a rte s u p e r io r d o se p to n oo

p

c a v id a d e n a s a l in c lu i a s á r e a s r e v e s t id a s p e lo e p it é lio o lf

p á g . 1 4 7 ) : ( 1 ) a s u p e r fíc ie in fe r io r d a lâ m in a c r ib r ifo r m e , (

p ág. 14 7 A s c o n c h a s n a s a i s s u p e r i o r , m é d i a e i n f e r i o r s e p r o j e t a m e m dir<

a o s e p t o n a s a l a p a r t i r d a p a r e d e la t e r a l d a c a v i d a d e n a s a l. D o v e s tíl

Nota clínica

d o n a r iz a té o s

cóanos, o

a r t e n d e a f l u i r p o r e n t r e a s c o n c h a s n a s a is

ja c e n te s , q u e s ã o o s e s p a ç o s d e n o m in a d o s

dio e inferior ( meatus, p a s s a g e m )

Fibrose cística Fibrose cística (FC) é a doença hereditária letal mais comum na população branca, ocorrendo na freqüência de 1 nasci­ mento em 3.000. A cada ano, aproximadamente 2.000 recém-nascidos apresentam esta doença apenas nos Estados Unidos. Apesar das te­ rapias avançadas, apenas 34% atingem a maioridade e menos de 10% ultrapassam os 30 anos. A morte geralmente é resultado de infecção bacteriana intensa dos pulmões e falência associada de coração e pul­ mões. 0 problema subjacente a esta condição envolve uma anomalia em uma proteína de transporte de membrana responsável pelo transporte ativo de íons cloreto. Essa proteína de membrana é abundante em cé­ lulas exócrinas produtoras de secreções aquosas. Em indivíduos com FC, essas células não transportam sais e água efetivamente, e as secre­ ções produzidas são densas e gelatinosas. Glândulas mucosas do trato respiratório e células secretoras do pâncreas, glândulas salivares, trato digestorio e trato genital são afetados. Os sintomas mais graves se manifestam porque o sistema de defe­ sa respiratória não consegue transportar muco tão denso. 0 movimento ciliar estagna e "rolhas" de m uco bloqueiam as vias respiratórias de menor calibre. O bloqueio reduz o diâmetro das vias aéreas e a inativação das defesas respiratórias normais leva a infecções bacterianas freqüentes. O gene responsável pela FC foi identificado, e a estrutura da pro­ teína de membrana, determinada. Com o conhecim ento da estrutura do gene, as pesquisas seguem com o objetivo de corrigir o defeito por meio da introdução de genes normais.

meatos nasais superior,

(F ig u r a 2 4 .3 b ,d ) , E sta s p a ssag e n s

m a is e s tr e ita s e fa z e m c o m q u e o a r in s p ir a d o c o lid a c o n tr a as s u p e r f d a s c o n c h a s n a s a is , p r o d u z in d o u m t u r b ilh o n a m e n t o s e m e lh a n te ao s e r v a d o n a s c o r r e d e ir a s d e r io s . E s s e t u r b ilh o n a m e n t o te m u m a fu i e s p e c ífic a : e n q u a n t o o a r g ir a e c o lid e , a u m e n t a m as c h a n c e s d e q i p e q u e n a s p a r t íc u la s e m s u s p e n s ã o e n t r e m e m c o n ta to c o m o m u c o r e c o b r e a s u p e r f íc ie d a c a v id a d e n a s a l. A lé m d e p r o m o v e r filt r a ç ã o , o b ilh o n a m e n to g e ra u m

t e m p o e x t r a p a r a o a q u e c im e n to e o u m ec

m e n t o d o a r in s p ir a d o . O

palato duro, f o r m a d o

p e lo s o s s o s m a x ila e p a la tin o , fo r m a (

a lh o d a c a v id a d e n a s a l e s e p a r a a s c a v id a d e s o r a l e n a s a l. O

palato i

m u s c u l a r s e e s t e n d e p o s t e r i o r m e n t e a o p a l a t o d u r o , m a r c a n d o o li en tre a

parte nasal da faringe s u p e r i o r m e n t e

e o r e s t a n t e d a f a r i n g e (F i

2 4 . 3 c ,d ) . A c a v id a d e n a s a l s e a b r e n a p a r t e n a s a l d a fa r in g e p e lo s có a:

s ________________________ Uj REVISÃO DOS CONCEITOS 1. Em dias muito frios, por que é pior para a parte inferior do sistema re: tórío se a respiração for feita somente pela boca? 2. O que corresponde à denominada "escada rolante" para o muco? 3. Qual é a função das conchas nasais? Como elas interferem na parte in­ do sistema respiratório? Veja a s e çã o de Respostas na parte final do livi

O S I S T E M A RESPI RATÓRI O

S e io fr o n t a l

Cavidade nasal

S u p e r io r M é d ia

- Conchas n a s a is

Cóano

In fe rio r

Parte nasal da faringe V e s t íb u lo d o n a r iz

Tonsila faríngea N a r in a

Óstio faríngeo da tuba auditiva P a la t o d u r o

Palato mole Tonsila palatina

C a v id a d e o ra l

Parte oral da faringe

\ \

Língua

Epiglote

Mandíbula

/

Prega / ariepiglótica

Tonsila lingual Hióide

Parte laríngea da faringe------------- f ----------------------

C a r t ila g e m t ir e ó id e a

Ventrículo da laringe----------- f ------------------------

C a r t ila g e m c r i c ó id e a

Prega vocal--------- ----------------------------

T r a q u é ia

Esô fa g o -------------------------------------

Figura 24.3

Glândula tireóide

(co n tin u a çã o ).

(d) Vista diagramática da cabeça

e do pescoço em secção sagital, para comparação com (c).

A faringe

[Figura 24.3c,d]

O nariz, a boca e a laringe se conectam por uma via de passagem ou câma­ ra comum denominada faringe. A faringe é compartilhada pelos sistemas respiratório e digestório e estende-se desde os cóanos até o início da tra­ quéia e do esôfago. Suas paredes são musculares: a superior e a posterior são curvas e justapostas ao esqueleto axial, enquanto as laterais são mais flexíveis. A faringe é dividida em três regiões (Figura 2 4 .3c,d): as partes nasal, orale laríngea da faringe. A p a r te nasal da fa r in g e [Figura 24.3c,d]

A parte nasal da faringe é a sua porção superior. Comunica-se com a parte posterior da cavidade nasal através dos cóanos e é separada da cavi­ dade oral pelo palato mole (Figura 24.3c,d ). A parte nasal da faringe é revestida por epitélio respiratório típico. A tonsila faríngea está localizada na parede posterior da parte nasal da faringe; as paredes laterais contêm os óstios faríngeos das tubas auditivas (Figura 24.3d).

A p a r te oral d a fa r in g e [Figuras 24.3c,d/25.5a]

A parte oral da faringe (oris, boca) estende-se entre o palato mole e a raiz da língua no nível do hióide. A parte posterior da cavidade oral co­ munica-se diretamente com a parte oral da faringe, assim como com as regiões posterior e inferior da parte nasal da faringe (Figura 24 .3c,d ). No limite entre a parte nasal da faringe e a parte oral da faringe, o epitélio se modifica, passando de colunar pseudo-estratificado ciliado para epitélio escamoso estratificado, semelhante ao da cavidade oral. A margem posterior do palato mole sustenta a úvula palatina e dois pares de arcos faríngeos. Bilateralmente, a tonsila palatina situa-se entre o arco palatoglosso, anterior, e o arco palatofaríngeo, posterior (Figura 25.5a). Uma linha curva, que conecta os arcos palatoglosso e a úvula pa­ latina, constitui o limite das fauces, nome da região de passagem entre a cavidade oral e a parte oral da faringe*. * N. de R.T. Especificamente, a abertura que com unica a cavidade oral com a parte oral da faringe na região das fauces é denom inada istm o das fauces.

(d) Secção sagital

A p a r te laríngea d a fa r in g e [Figura 24.3c,d]

A estreita parte laríngea da faringe inclui a região da faringe localizad desde o nível do hióide até o início do esôfago (Figura 24.3c,d). A part laríngea da faringe é a mais inferior e, como a parte oral, é revestida po epitélio escamoso estratificado, resistente a abrasões mecânicas, agressõe químicas e invasão de patógenos.

A parte inferior do sistema respiratório A laringe

[Figuras 24.3d/24.4] O ar inspirado sai da faringe e entra na laringe passando por uma abei tura denominada ádito da laringe (Figura 2 4 .3d). A laringe inicia-se n nível da vértebra C IV ou C V e termina no nível da vértebra C VII. Ei essência, é um cilindro cujas paredes cartilagíneas são estabilizadas pc ligamentos ou por músculos estriados esqueléticos, ou ambos. C artila g en s d a la rin g e [Figura 24.4]

Três grandes cartilagens ímpares formam o corpo da laringe: a cartilage\ tireóidea, a cartilagem cricóidea e a cartilagem epiglótica (Figura 24.4). Ê cartilagens tireóidea e cricóidea são cartilagens hialinas; a cartilagem ep glótica é uma cartilagem elástica. A cartilagem tireóidea [Figura 24.4a,b] A maior cartilagem laríngí é a cartilagem tireóidea (“em forma de escudo”). Ela forma a maic

parte das paredes laterais e anterior da laringe (Figura 24 .4a,b ). A ca tilagem tireóidea, vista em secção sagital, é incompleta posteriorment Durante o desenvolvimento, as lâminas direita e esquerda da cartilage: tireóidea fundem-se anteriormente na linha mediana e constituem un crista saliente, a proeminência laríngea. Essa crista é facilmente vista palpada, e a cartilagem tireóidea é popularmente conhecida como “p mo-de-Adão”.

C a p ít u lo

24 • O Sistema Respiratório

635

E p ig lo t e C o rn o m e n or d o h ió id e H ió id e C a r t ila g e m L ig a m e n t o t ir e o - h ió id e o

c u n e if o r m e

m e d ia n o ( e x t r ín s e c o )

L ig a m e n t o v e s t ib u la r P r o e m in ê n c ia

L ig a m e n t o

C a r t ila g e m

la r ín g e a

vocal

t ir e ó id e a

C a r t ila g e m c o r n ic u la d a

C a r t ila g e m a r it e n ó id e a

L a rin g e -

C a r t ila g e m t ir e ó id e a L ig a m e n t o c r ic o t ir e ó id e o m e d ia n o ( in tr ín s e c o )

L ig a m e n t o c r ic o t r a q u e a l ( e x tr ín s e c o )

(c) Vista posterior das cartilagens da laringe

T r a q u é ia C a r t ila g e n s t r a q u e a is

(a) Laringe, vista anterior

(b) Laringe, vista posterior

Figura 24 .4 H ió id e M e m b ra n a

A n ato m ia da laringe.

(a) Vista anterior da laringe intacta, (b) Vista posterior da laringe intacta, (c) Vista posterior, mostrando as relações entre as cartilagens individuais da laringe. (d)

Secção sagital da laringe.

t ir e o - h ió id e a C o r n o s u p e r io r d a

E p ig lo t e

c a r t ila g e m t ir e ó id e a

C a r t ila g e m t ir e ó id e a C a r t ila g e m c o r n i c u la d a

L ig a m e n t o v e s t ib u la r

traquéia, e suas amplas superfícies são locais de inserção para importantes músculos e ligamentos. Ligamentos fixam-se na superfície inferior da car­ tilagem cricóidea até a primeira cartilagem traqueal (Figura 24.4a,c). A superfície superior da cartilagem cricóidea se articula com as duas peque­ nas cartilagens aritenóideas.

C a r t ila g e m a r it e n ó id e a

L ig a m e n to v o c a l

A epiglote [Figuras 24.3c,d/24.4b,c,d]

L ig a m e n t o

C a r t ila g e m c r i c ó id e a

c r ic o t ir e ó id e o m e d ia n o L ig a m e n to c r ic o t r a q u e a l

C a r t ila g e n s t r a q u e a is

POSTERIOR

ANTERIOR

(d) Laringe, secção sagital

A epiglote, em formato de calçadeira, projeta-se superiormente à região da glote (Figuras 24.3c,d e 24 .4b ,c ,d ). A cartilagem epiglótica que sustenta a epiglote apresenta fixa­ ções ligamentares às margens superior e anterior da cartilagem tireóidea e ao hióide. Durante a deglutição, a laringe é elevada e a epiglote se dobra sobre o ádito da laringe, evitando a entrada de alimentos líquidos ou sóli­ dos para as vias respiratórias. Cartilagens pares da laringe [Figuras 24.4b-d/24.5] A laringe contém três pares de cartilagens menores: as cartilagens aritenóideas, corniculadas e cuneiformes. As aritenóideas e corniculadas são cartilagens hialinas, e as

cuneiformes são cartilagens elásticas. ■ O par de cartilagens aritenóideas (“em forma de jarro, colher funda, concha”) se articula com a margem superior da parte mais larga (lâmina) da cartilagem cricóidea (Figura 24.4b -d).

A parte inferior da cartilagem tireóidea articula-se com a cartilagem cricóidea; a parte superior apresenta ligamentos que a fixam à epiglote e a cartilagens laríngeas menores. A cartilagem cricóidea [Figura 24.4a,c] A cartilagem tireóidea está localizada superiormente à cartilagem cricóidea (“em forma de anel”).

Esta cartilagem é um anel completo cuja parte posterior é muito expan­ dida, oferecendo sustentação na ausência da cartilagem tireóidea. As car­ tilagens cricóidea e tireóidea protegem a região da glote e a entrada da

■ As cartilagens corniculadas (“em forma de chifre”) se articulam com as cartilagens aritenóideas (Figuras 24.4c,d e 2 4 .5 ). As carti­ lagens corniculadas e aritenóideas atuam na abertura e no fecha­ mento da rima da glote e na produção de som. ■ As longas e curvas cartilagens cuneiformes (“em forma de cunha”) localizam-se na prega ariepiglótica que se estende desde a região lateral de cada cartilagem aritenóidea até a epiglote (Figuras 24.4C e 2 4 .5 ).

636

O S I S T E M A RESPI RATÓRI O

L ig a m en to s da laringe [Figuras 24.4a,b/24.5]

Os m ú scu lo s da laringe [Figura 24.6]

U m a s é r ie d e

ligamentos intrínsecos u n e t o d a s a s n o v e c a r t i l a g e n s q u e (Figura 2 4 .4 a ,b ). Ligam entos extrínsecos u n e m a c a r ­ t i l a g e m t i r e ó i d e a a o h i ó i d e e a c a r t i l a g e m c r i c ó i d e a à t r a q u é i a . O s liga­ mentos vestibulares e o s ligam entos vocais e s t e n d e m - s e e n t r e a c a r t i l a ­

A la r in g e e s t á a s s o c ia d a c o m d o is d ife r e n t e s g r u p o s d e m ú s c u lo s , o s

fo r m a m a la r in g e

culos intrínsecos e

O s lig a m e n t o s v o c a l e v e s tib u la r s ã o r e c o b e r to s p o r p r e g a s d o e p i­ em

d ir e ç ã o à r e g iã o d a g lo te . O s lig a ­

m e n t o s v e s t ib u la r e s s it u a m - s e n o in t e r io r d o p a r d e p r e g a s s u p e r io r e s , c o n h e c id a s c o m o

pregas vestibulares (F ig u ras 2 4 .4 b

e

2 4 .5 ).

g a s v e s t ib u la r e s , q u e s ã o r e la t iv a m e n t e in e lá s t ic a s , a ju d a m

a p r e s e n ta m d u a s fu n ç õ e s p r in c ip a is . U m g ru p o re g ü

v o c a i s in s e r e m - s e n a s c a r t i l a g e n s t i r e ó i d e a , a r it e n ó id e a s e c o r n ic u la c A b r ir o u fe c h a r a r im a d a g lo t e e n v o lv e m o v im e n t o s d e r o ta ç ã o d a s ca la g e n s a r ite n ó id e a s , q u e a p r o x im a m o u a fa s ta m a s p r e g a s v o c a is * . Os

A s p re­

a im p e d ir

m úsculos extrínsecos da laringe

p o s ic io n a m e e s t a b iliz a m a

r in g e . E s s e s m ú s c u lo s fo r a m c o n s id e r a d o s n o C a p ít u lo 10 .

pág. 27

D u r a n t e a d e g lu tiç ã o , o s m ú s c u lo s e x t r ín s e c o s e in tr ín s e c o s c o o p e r p a r a e v i t a r q u e a l i m e n t o s s ó l i d o s o u l í q u i d o s a t i n j a m a r e g i ã o d a gl<

m a is d e lic a d a s .

A s p r e g a s v o c a is s ã o a lt a m e n t e e lá s t ic a s , p o is o lig a m e n t o v o c a l é u m a fa ix a d e t e c id o e lá s t ic o . A s p r e g a s v o c a is e s t ã o e n v o lv id a s n a p r o d u ç ã o d e s o n s e p o r e s s a r a z ã o e la s t a m b é m

verdadeiras”.

m

músculos intr

te n s ã o n a s p r e g a s v o c a is , e n q u a n t o u m s e g u n d o g r u p o p r o d u z a a b e r

q u e c o r p o s e s tr a n h o s e n tr e m n a r e g iã o d a g lo te e o fe r e c e m p r o te ç ã o às

pregas vocais,

músculos extrínsecos da laringe. O s

r a e o fe c h a m e n t o d a r im a d a g lo t e . O s m ú s c u lo s r e la c io n a d o s às p re

g e m tir e ó id e a e a s a r ite n ó id e a s .

té lio d a la r in g e q u e se p r o je t a m

secos da laringe

os

C o m o a s p r e g a s v e s t ib u la r e s n ã o a t u a m

m a s s a p a s to s a c o n h e c id a c o m o

bolo alimentar. O s

m ú s c u lo s e x t rín s e i

“pregas vocais

e n t ã o , e le v a m a la r in g e , d o b r a n d o a e p ig lo t e s o b r e o á d ito d a la r in g e f

na p ro d u ção dos

q u e e s s e b o lo p o s s a d e s liz a r p e la s u p e r fíc ie d a e p ig lo te e n ã o p e n e trç

s ã o c o n h e c id a s c o m o

s o n s , e la s s ã o t a m b é m c o n h e c id a s c o m o

A n t e s d a d e g lu t iç ã o , o m a t e r ia l é t r it u r a d o e m a s tig a d o a té to r n a r - s e u

“pregas vocais falsas”.

c a v id a d e d a la r in g e

(Figura

2 4 .6 ) . D u r a n te e sse m o v im e n to , o s m ú sci

i n t r í n s e c o s f e c h a m a r e g i ã o d a g l o t e . S e q u a l q u e r f r a g m e n t o d e a li m e

Produção de som

A p assagem

d o a r a tr a v é s d a r e g iã o d a g lo t e d e te r ­

s ó l i d o o u l í q u i d o e n t r a r e m c o n t a t o c o m a s s u p e r f í c i e s d a s p r e g a s v<

m in a a v ib r a ç ã o d a s p re g a s v o c a is e p r o d u z o n d a s s o n o r a s . A fre q ü ê n c ia

b u la r e s o u v o c a is , o r e f le x o d a to s s e s e r á d e s e n c a d e a d o , im p e d in d o

d o s o m p r o d u z id o d e p e n d e d o d iâ m e tr o , d o c o m p r im e n t o e d a te n s ã o

e n t r a d a n a s v ia s a é re a s m a is in fe r io r e s .

d a s p r e g a s v o c a is . O d iâ m e t r o e o c o m p r im e n t o e s tã o d ir e t a m e n t e r e la ­ c io n a d o s a o t a m a n h o d a la r in g e . A te n s ã o é c o n t r o la d a p e la c o n t r a ç ã o d e m ú s c u lo s v o lu n t á r io s q u e m u d a m

a s p o s iç õ e s r e la tiv a s d a c a r tila g e m

tir e ó id e a e d a s a r ite n ó id e a s . Q u a n d o a d is t â n c ia a u m e n t a , a s p r e g a s v o c a is fic a m te n sa s e a fr e q ü ê n c ia a u m e n t a ; q u a n d o a d is t â n c ia d im in u i, a s p r e ­ g a s v o c a is r e la x a m e a fr e q ü ê n c ia d im in u i. A s c r ia n ç a s a p r e s e n t a m p r e g a s v o c a is d e lg a d a s e c u r t a s , e s u a s v o z e s te n d e m a s e r m a is a g u d a s ( fr e q ü ê n c ia e le v a d a ) . N a p u b e r d a d e , a la r in g e m a s c u lin a a u m e n t a c o n s id e r a v e lm e n t e m a is e m

r e la ç ã o à fe m in in a . A s

1. Quais são as funções da cartilagem tireóidea? 2. Qual é a função da epiglote? 3. Laura contraí músculos voluntários para encurtar a distância entre cartilagens tireóidea e aritenóideas. O que está ocorrendo com a freq cia de sua voz? 4. Como a ausência dos músculos intrínsecos da laringe afeta a deglutiç;

p re g a s v o c a is d e u m h o m e m a d u lto s ã o m a is e s p e s s a s , m a is lo n g a s e p r o ­ d u z e m to n s m a is b a ix o s e m c o m p a r a ç ã o a o s d e u m a m u lh e r a d u lta .

V e ja a s e ç ã o d e R e s p o s t a s na p a rte fin a l d o livi

A la r in g e to d a e stá e n v o lv id a n a p r o d u ç ã o s o n o r a p e la v ib r a ç ã o d e su a s p a re d e s, c r ia n d o u m s o m c o m p o s to . A a m p lific a ç ã o e o s e c o s d o s o m o c o r r e m n a fa r in g e , n a c a v id a d e o r a l, n a c a v id a d e n a s a l e n o s s e io s p a r a n a s a is . A p r o d u ç ã o fin a l d e d ife r e n t e s p a d r õ e s d e s o n s e r e s s o n â n c ia s d e L p e n d e d e m o v im e n to s v o lu n t á r io s d a lín g u a , d o s lá b io s e d a s b o c h e c h a s , g e ra n d o o s fo n e m a s.

* N. de R.T. A natom icam ente, a cavidade da laringe está dividida em regiões locali im ediatam ente após sua entrada, denom inada ádito da laringe. Essas regiões são, e qüência: vestíbulo da laringe (com as pregas vestibulares), ventrículo da laringe (e fundo entre as pregas vestibular e vocal), glote (região com as pregas vocais) e ca\ infraglótica. Rima da glote é o espaço entre as pregas vocais direita e esquerda, que po alterado pelos m ovim entos de adução e abdução das pregas vocais.

POSTERIOR

POSTERIOR

C a r t ila g e m c o r n i c u la d a C a r t ila g e m c u n e if o r m e P re g a

C a r t il a g e m c o r n i c u la d a R im a d a g lo t e ( a b e rta )



R im a d a g lo t e (fe c h a d a )

P re g a a r ie p ig ló t ic a

v e s t ib u la r

C a r t il a g e m c u n e if o r m e n a p r e g a a r i e p ig ló t ic a

P re g a v o ca l

P r e g a v e s t ib u la r — P re g a v o c a l

E p ig lo t e

Raiz da língua



E p ig l o t e -

Raiz da língua

ANTERIOR ANTERIOR (c) Imagem laringoscópica

Figura 24.5 As pregas vocais. A rima da glote é mostrada em posição aberta (a) e em posição fechada (b). A fotografia (c) mostra uma imagem laringoscópica típica. Para a obtenção dessa im

o laringoscópio é posicionado na parte oral da faringe, imediatamente superior à laringe.

#1

24 • O Sistema Respiratório

C a p ít u lo

637

A traquéia [Figuras 24.2a/24.3c/24.7]

FASE “| A língua pressiona o alimento compactado em direção à parte oral da faringe.

Palato duro Palato mole

O e p ité lio d a la r in g e é c o n tín u o a o d a re s is te n te e fle x ív e l, c o m

p r im e n t o d e c e rc a d e 1 1 c m

Língua Bolo alimentar

traquéia.

A tr a q u é ia é u m tu b o

d iâ m e t r o d e a p r o x im a d a m e n t e 2 ,5 c m e c o m ­

(Figuras 24.3c,

pág. 633, e

24 .7).

O in íc io d a

t r a q u é ia s it u a - s e a n t e r io r m e n t e à v é r t e b r a C V I , e m u m a fix a ç ã o lig a m e n ta r à c a r tila g e m

c r ic ó id e a ; a s u a t e r m in a ç ã o s it u a - s e n o m e d ia s tin o , a o

n ív e l d a v é r t e b r a T V , o n d e u m a b ifu r c a ç ã o m a r c a a o r ig e m d o s

Epiglote Laringe Traquéia

brônquios

principais (primários) direito e esquerdo. O r e v e s t im e n to d a tr a q u é ia c o n s is te e m e p ité lio r e s p ir a tó r io s o b r e ­ p o s to a u m a c a m a d a d e te c id o c o n e c tiv o fr o u x o , d e n o m in a d a

p ró p ria (Figura 2 4 .2 a ,

pág. 631). A

lâm ina

lâ m in a p r ó p r ia s e p a r a o e p ité lio

r e s p ir a t ó r io d a s c a r t ila g e n s s u b ja c e n te s . O e p it é lio e a l â m i n a p r ó p r ia sã o in te r d e p e n d e n te s , e a c o m b in a ç ã o é u m

FASE 2

e x e m p lo d e

túnica mucosa

o o pág. 72 U m a e s p e ss a c a m a d a d e te c id o c o n e c tiv o , a

O deslocamento superior da laringe dobra a epiglote; os músculos da faringe propelem o bolo alimentar em direção ao esôfago.

tela submucosa,

e n v o lv e

a t ú n ic a m u c o s a . A te la s u b m u c o s a c o n t é m g lâ n d u la s m u c o s a s q u e se c o ­

Palato mole

m u n ic a m c o m a s u p e r fíc ie e p ite lia l a tr a v é s d e d iv e r s o s d u e to s s e c re to re s.

Bolo alimentar

E x t e r n a m e n t e à t e l a s u b m u c o s a , a t r a q u é i a c o n t é m d e 1 5 a 2 0 cartila­ gens traqueais (Figura 24 .7 ). C a d a c a r t i l a g e m t r a q u e a l e s t á l i g a d a à c a r ­ t i l a g e m a d j a c e n t e p o r ligamentos anulares e l á s t i c o s . A s c a r t i l a g e n s t r a ­ q u e a is e n r ije c e m a s p a re d e s tr a q u e a is , p r o te g e m a v ia a é re a e e v it a m se u

Epiglote

c o la b a m e n t o o u h ip e r e x p a n s ã o d e c o r r e n te s d a s m o d ific a ç õ e s d e p re ss ã o n o in t e r io r d o s is te m a r e s p ir a tó r io . C a d a c a r t ila g e m t r a q u e a l a p r e s e n ta a fo r m a d a le tr a C . A p o r ç ã o fe ­ c h a d a d o C p r o t e g e a s s u p e r fíc ie s a n t e r io r e la t e r a is d a tr a q u é ia ; a p o r ç ã o a b e r ta é v o lta d a p o s t e r io r m e n t e , ju n t o a o e s ô fa g o

FASE 3

(Figura 24 .7b ).

Com o

a s c a r tila g e n s s ã o in c o m p le t a s , a p a r e d e p o s te r io r (p a re d e m e m b ra n á c e a ) d a t r a q u é ia p o d e f a c ilm e n t e m u d a r s e u f o r m a t o d u r a n t e a d e g lu t iç ã o , p e r ­

O bolo alimentar é movimentado ao longo do esôfago; a laringe retorna à posição de repouso.

m it in d o a p a s s a g e m d e g r a n d e s m a s s a s d e a lim e n t o a o lo n g o d o e s ô fa g o . U m lig a m e n t o e lá s t ic o e u m a f a ix a d e m ú s c u lo lis o , o

queal, 2 4 .7 b ).

c o n e c ta m

a s e x t r e m id a d e s d e c a d a c a r tila g e m

músculo tra­

tra q u e a l

(Figura

A c o n t r a ç ã o d o m ú s c u lo t r a q u e a l a lt e r a o d iâ m e t r o d a c a v id a d e

d a t r a q u é ia , m o d i f i c a n d o s u a r e s is t ê n c ia a o flu x o a é r e o . A e s tim u la ç ã o

Epiglote

s im p á t ic a p r o d u z o r e la x a m e n t o d o m ú s c u lo tr a q u e a l, a u m e n t a n d o o d i­ â m e t r o d a t r a q u é ia e fa c ilita n d o a m o v im e n ta ç ã o d e g r a n d e s v o lu m e s d e a r p e la s v ia s r e s p ir a t ó r ia s .

Bolo alimentar Traquéia

Figura 24.6 M ovim entação da laringe d uran te a deglutição. Durante a deglutição, a elevação da laringe dobra a epiglote sobre o ádito da laringe, direcionando o bolo alimentar para o esôfago.

Os brônquios principais [Figura 24 .7 a] A t r a q u é ia b if u r c a - s e n o in t e r io r d o m e d ia s t in o , d a n d o o r ig e m a o s

quios principais

(

primários) direito e

esquerdo.

brôn­

O s b r ô n q u io s p r in c ip a is

d ir e ito e e s q u e r d o s itu a m - s e fo r a d o s p u lm õ e s e s ã o d e n o m in a d o s

brôn-

Nota clínica Obstrução traqueal corp os estranhos, geralmente alimentos, que se alojam na laringe ou na traquéia costumam ser expelidos por meio do reflexo da tosse. Se o indivíduo consegue falar ou em itir sons, as vias aéreas ainda estão abertas e medidas em ergenciais não são necessárias. Caso a vítima não consiga falar ou respirar, há risco imediato para a vida. Infelizmente, algumas vítimas não reconhecem o perigo iminente desta situação, ficam encabuladas e, em vez de procurar socorro, entram no banheiro mais próximo e acabam morrendo silenciosamente, sem rece­ ber os cuidados necessários. Na m anobra de Heim lich, ou compressão abdominal, o indivíduo prestador do primeiro socorro comprime o abdome na região imediata­ mente inferior ao diafragma. A compressão provoca uma elevação força­ da do diafragma e pode gerar pressão suficiente para expulsar o conteúdo

que está determinando o bloqueio. Essa manobra deve ser realizada cor­ retamente para evitar danos aos órgãos internos. Organizações como a Cruz Vermelha, o Corpo de bombeiros e outros grupos de primeiros socor­ ros geralmente oferecem sessões de treinamento rápido durante o ano. Se a obstrução persistir, profissionais treinados em primeiros socor­ ros devem realizar uma traqu eo sto m ia. Neste procedimento, é feita uma incisão através da parede anterior da traquéia e um tubo é introduzido. Esse tubo elimina a passagem do ar pela laringe e permite sua entrada diretamente na traquéia. A traqueostomia também pode ser necessária (1) se a laringe for obstruída por corpo estranho, inflamação ou espasmos laríngeos de longa duração; (2) se uma parte da traquéia for danificada por trauma; ou (3) se uma parte da traquéia for removida como ocorre no tratamento para o câncer de laringe.

638 r B

sa f i a

0 S I S T E M A RESPI RA TOR IO

Hióide Esôfago

Ligamento elástico

Laringe -

Músculo traqueal

Artéria

Parede -memb da trai

carótida Ligamentos anulares

comui

Cavidade (luz) da traquéia

Epitélio respiratório Cartilagem traqueal

Traquéia -

Glândula tireóide

Cartilagens traqueais

Localização da carina da traquéia (crista interna)

Raiz do pulmão direito

Figura 24.7 Raiz do pulmão esquerdo

Brônquio lobar superior

Tecido pulmonar

Brônquios principais

gica de secção transversal da traquéia mostrando sua relação com as estr circunvizinhas.

Brônquio lobar superior

- Brônquios lobares

Brônquio lobar médio

— Brônquio obar inferior PULMÃO DIREITO

A n ato m ia da traqu éia e dos brônquios principais.

(a) Vista anterior mostrando o plano de secção para a figura (b). (b) Vista h

2. Que tipo de epitélio pode ser observado na traquéia? 3. Como as cartilagens traqueais estão envolvidas no processo da respi 4. Como se pode diferenciar o brônquio principal direito do brônquio p esquerdo?

PULMÃO ESQUERDO Veja a seção de Respostas na parte final do

quios extrapulmonares. Uma crista interna saliente, denominada carina da traquéia*, situa-se entre as entradas para os dois brônquios principais

Os pulmões [Figura 24.8]

A organização histológica dos brônquios principais é a mesma da traquéia, contendo também arcos cartilagíneos de sustentação com a forma da letra C. Cada brônquio principal conduz ar ao pulmão correspondente. O brônquio principal direito tem um diâmetro maior que o esquerdo, e seu trajeto descendente em direção ao pulmão é mais verti­ cal. Por esses motivos, corpos estranhos que entram na traquéia se alojam geralmente no brônquio principal direito, mais do que no esquerdo. Cada brônquio principal dirige-se a uma região de acesso na face mediastinal do pulmão correspondente, antes de prosseguir sua ramificação. Essa região, o hilo do pulm ão, também oferece acesso à passagem dos vasos e nervos pulmonares. Este conjunto de estruturas é firmemente sus­ tentado por uma rede de tecido conectivo denso e é conhecido como raiz do pulmão, sustentando o pulmão na cavidade torácica e estabilizando as posições dos grandes vasos sangüíneos, nervos e vasos linfáticos. As raízes dos pulmões estão localizadas anteriormente às vértebras T V (direito) e T VI (esquerdo).

Os pulmões direito e esquerdo (Figura 2 4 .8 ) estão situados na c; torácica, envoltos pelas correspondentes cavidades pleurais direi querda. Cada pulmão apresenta o formato de um cone com a extre superior arredondada, chamada de ápice do pulmão. O ápice do se estende até a região da base do pescoço, superiormente à prime tela. A porção inferior, côncava e ampla, ou base do pulmão, apc superfície superior do diafragma.

(Figura 2 4 .7 a ).

s ________________________ Vi REVISÃO DOS CONCEITOS 1. As cartilagens que constituem a estrutura da traquéia não são anéis com­ pletos, mas apresentam a forma da letra C. De que maneira esse formato facilita a deglutição e também protege a traquéia? * N. de R.T. A carina da traquéia é um importante referencial em broncoscopia.

Os lobos dos pulmões

[Figura 24.8] Os pulmões apresentam lobos distintos, separados por fissuras pr -O pulm ão direito apresenta três lobos: superior, médio e inferi sura horizontal separa os lobos superior e médio. A fissura oblíqi os lobos superior e inferior. O pulmão esquerdo apresenta som lobos, superior e inferior, separados pela. fissura oblíqua (Figura pulmão direito é maior que o esquerdo porque a maior parte do dos grandes vasos projeta-se em direção à cavidade pleural esquer< tanto, o pulmão esquerdo é mais longo que o direito, pois o diafr; va-se mais do lado direito para acomodar o fígado na cavidade afc

As faces do pulmão

[Figura 24.8]

As superfícies anterior, lateral e posterior do pulmão, de contorm acompanham a curvatura interna da caixa torácica, constituir costal (Figura 24 .8a). A face mediastinal (mediai) contém o hi

C a p ít u l o

24 • O Sistema Respiratório

639

L im it e e n t r e a s c a v id a d e s p le u r a is d ir e it a e e s q u e r d a

L o b o s u p e r io r

PULM ÃO ESQ UERDO P U L M Ã O D IR E IT O L o b o s u p e r io r

F i s s u r a o b líq u a

F is s u r a h o r iz o n t a l

L o b o m é d io

Pericárdio fibroso F is s u r a o b líq u a V IS T A A N T E R I O R

L o b o in fe r io r L o b o in f e r io r

Ligamento falciforme do fígado

Fígado, Jobo-direito

TV

Margem do diafragma, seccionada

v Fígado, “ lobo esquerdo

(a) Cavidade torácica, vista anterior

FACES COSTAIS Á p i c e d o p u lm ã o

Lobo s u p e r io r L o b o s u p e r io r F is s u r a h o r iz o n t a l

Lobo médio I n c is u r a

Lobo

c a r d ía c a

in f e r io r

Lobcfc inferior

F i s s u r a o b líq u a

B a s e d o p u lm ã o PU LM ÃO ESQ UERDO

P U L M Ã O D IR E IT O

FACES MEDIASTINAIS —

Lobo superior

Á p i c e d o p u lm ã o —

B r ô n q u io lo b a r s u p e r io r —

A r t é r ia p u lm o n a r —

s u p e r io r

B r ô n q u io lo b a r m é d io

Im p re s s ã o a ó r t ic a

B r ô n q u io lo b a r — s u p e r io r V e ia s

V e ia s

p u lm o n a r e s F is s u r a h o r iz o n t a l

ra 24.8 A natom ia de suície dos pulmões. ista anterior do tórax aberto, trando as posições relativas Dulmões direito e esquerdo, e oração, (b) Vistas diagramátiias faces costal e mediastinal pulmões direito e esquerdo jos.

F is s u r a

p 'u lm o n a r e s

B r ô n q u io lo b a r in f e r io r

]_obo médio

— Lobo

Im p re ssã o c a r d ía c a

H ilo d o — p u lm ã o

F is s u r a

inferior

o b líq u a

o b líq u a Im p re ssã o

d ia f r a g i

e s o f á g ic a

B a s e d o p u lm ã o P U L M Ã O D IR E IT O

PU LM ÃO ESQUERDO

(b) Pulmões direito e esquerdo

0 S I S T E M A R E S P IR A T O R IO

(Figura 24 .8b ).

m ã o e a p re s e n ta fo r m a to m a is ir r e g u la r

R a m o s dos b rô n q u io s lobares [Figura 2 4 .10a,d]

A s fa c e s m e d ia s t i-

n a is d e a m b o s o s p u lm õ e s a p r e s e n t a m im p r e s s õ e s q u e m a r c a m a s p o s iç õ e s

O s b r ô n q u io s lo b a r e s d e c a d a p u lm ã o d iv id e m -s e p a ra fo r m a r b rô n q u i

d o s g r a n d e s v a s o s e d o c o r a ç ã o . O c o r a ç ã o e s tá lo c a liz a d o à e s q u e r d a d a

s e g m e n t a r e s . N o p u lm ã o d ir e it o , tr ê s b r ô n q u io s s e g m e n t a r e s v e n t ila n

lin h a m e d ia n a , e o p u lm ã o e s q u e r d o a p r e s e n t a u m a g r a n d e

díaca. N a

impressão car­

lo b o s u p e r io r , d o is v e n t ila m

v is ta a n te r io r , a m a r g e m a n t e r io r d o p u lm ã o d ir e ito fo r m a u m a

lin h a v e r t ic a l, e n q u a n t o a m a r g e m u m a c o n c a v id a d e , a

a n te r io r d o p u lm ã o e s q u e rd o p o s s u i

las,

parênquim a pulm onar.

E s s a s p a r t iç õ e s fib r o s a s , o u

o lo b o i

b r ô n q u io s s e g m e n t a r e s , e n q u a n t o o lo b o in f e r io r p o s s u i c in c o

incisura cardíaca do pulm ão esquerdo.

2 4 .1 0 a ,d ).

O te c id o c o n e c tiv o d a ra iz d e c a d a p u lm ã o se e s te n d e a té s e u te c id o p r ó p r io , o

o lo b o m é d io e c in c o v e n t ila m

fe r io r . O lo b o s u p e r io r d o p u lm ã o e s q u e r d o g e r a lm e n te c o n té m q u al

O s b r ô n q u io s se g m e n ta re s c o n d u z e m

(Figi

o a r a té o s s e g m e n

b r o n c o p u lm o n a r e s d o s p u lm õ e s .

trabécu-

Os seg m e n to s b ro n co p u lm o n a res [Figura 2 4 .10a,b,d]

c o n tê m fib r a s e lá s tic a s , m ú s c u lo lis o e v a s o s lin fá t ic o s , e se r a m ific a m

r e p e tid a m e n t e , d iv id in d o o s lo b o s e m c o m p a r t im e n t o s c a d a v e z m e n o r e s .

C a d a lo b o d o p u lm ã o p o d e s e r d iv id id o e m u n id a d e s m e n o re s d e n o i

A s r a m ific a ç õ e s d a s v ia s c o n d u t o r a s d e a r, v a s o s p u lm o n a r e s e n e r v o s d o s

nadas

p u lm õ e s a c o m p a n h a m

d o p u lm o n a r a s s o c ia d o a u m

e s s a s tr a b é c u la s a té a t in g ir e m s e u s d e s t in o s p e r i­

fé r ic o s . A s p a r tiç õ e s te r m in a is , o u

septos,

d iv id e m o p u lm ã o e m

lóbulos,

segmentos broncopulm onares.

C a d a s e g m e n t o c o n s is t e e m tí

ú n ic o b r ô n q u io s e g m e n ta r. O s se g m e n

b r o n c o p u lm o n a r e s s ã o n o m e a d o s d e a c o r d o c o m o s b r ô n q u io s se g m

c a d a q u a l s u p r id o p o r r a m ific a ç õ e s d a s a r té r ia s p u lm o n a r e s , d r e n a d o p o r

ta r e s a e le s a s s o c ia d o s

(Figura 24.10a,b ,d).

tr ib u t á r ia s d a s v e ia s p u lm o n a r e s e v e n t ila d o p e la s v ia s r e s p ir a t ó r ia s . O t e ­ c id o c o n e c tiv o d o s s e p to s é c o n tín u o a o d a p le u r a v is c e r a l. E s t u d a r e m o s

Os bronquíolos

a g o r a a s r a m ific a ç õ e s d o s b r ô n q u io s a p a r t ir d o h ilo d o p u lm ã o a té o s

[Figuras 24 .9/24.1 la,b]

C a d a b r ô n q u io s e g m e n t a r r a m ific a - s e d iv e r s a s v e z e s n o in te r io r d o s

a lv é o lo s p u lm o n a r e s .

m e n t o b r o n c o p u lm o n a r , o r ig in a n d o a p r o x im a d a m e n t e 6 .5 0 0

Os brônquios pulmonares

terminais

[Figuras 24.7/24.9/24.10]

O s b r ô n q u io s p r in c ip a is e s e u s r a m o s fo r m a m a

bronquíc

m e n o r e s . O s b r o n q u í o l o s t e r m i n a i s a p r e s e n t a m d i â m e t r o ap

x i m a d o d e 0 ,3 a 0 ,5 m m . N a s p a r e d e s d o s b r o n q u ío lo s t e r m in a is , q u e

árvore bronquial.

C o m o o s b r ô n q u io s p r in c ip a is e s q u e r d o e d ir e ito e s tã o lo c a liz a ­ d o s fo r a d o s p u lm õ e s , sã o d e n o m in a d o s

res. A o

brônquios extrapulmona-

p e n e tra r n o s p u lm õ e s , o s b r ô n q u io s p r in c ip a is d iv id e m - s e

em ra m o s m en o re s

(Figuras 24.7, 24.9

c o le t iv a m e n te d e n o m in a d o s

e

2 4 .10).

E sses ra m o s são

em

Arco cartilagíneo

brônquios intrapulmonares.

C a d a b r ô n q u io p r in c ip a l d iv id e -s e p a r a c o n s titu ir

quios lobares

PULMÃO ESQUERC Brônquio principal

b rô n ­

( s e c u n d á r io s ) . C a d a b r ô n q u io lo b a r s e r a m ific a

brônquios segmentares

Brônquio lobar superii

Raiz do pulmão

( t e r c iá r io s ) . O p a d r ã o d e r a m ifi­

c a ç ã o v a r ia d e p e n d e n d o d o p u lm ã o c o n s id e r a d o . C a d a b r ô n ­ q u io s e g m e n t a r c o n d u z o a r p a r a u m

pulmonar, u m a E x is te m

p a r te e s p e c ífic a d o p u lm ã o

Brônquio lobar inferior

segmento bronco-

ú n ic o

(Figura 2 4 .10 a,b ).

10 b r ô n q u io s s e g m e n ta r e s (e 10 s e g m e n to s b r o n c o -

p u lm o n a r e s ) n o p u lm ã o d ir e ito . O p u lm ã o e s q u e r d o ta m b é m

Placas cartilagíneas

a p re se n ta 10 s e g m e n to s d u r a n te o d e s e n v o lv im e n to , m a s f u ­ sõ e s s u b se q ü e n te s g e r a lm e n te r e d u z e m

ta l n ú m e ro p a ra 8 o u

9. A s p a re d e s d o s b r ô n q u io s p r in c ip a is , lo b a r e s e s e g m e n ta r e s c o n tê m q u a n t id a d e s p r o g r e s s iv a m e n t e m e n o r e s d e c a r t ila g e m . A s p a r e d e s d o s b r ô n q u io s lo b a r e s e s e g m e n t a r e s c o n t ê m p la c a s c a r tila g ín e a s , o r g a n iz a d a s e m t o r n o d a c a v id a d e , q u e d e s e m p e ­ n h a m a m e s m a fu n ç ã o d o s a rc o s c a r tila g ín e o s d a t r a q u é ia e d o s b r ô n q u io s p r in c ip a is .

Epitélio respiratório

R a m o s do b rô n q u io p rin c ip a l d ireito [Figuras 24.7/24.10]

Músculo liso

O p u lm ã o d ir e ito a p r e s e n ta tr ê s lo b o s , e o b r ô n q u io p r in c ip a l d ir e ito se d iv id e e m

brônquio lobar brônquio lobar inferior.

trê s b r ô n q u io s lo b a r e s :

superior, brônquio lobar médio

e

O s b r ô n q u io s lo b a r e s m é d io e in f e r io r r a m ific a m - s e a p a r t ir d o b r ô n q u io p r in c ip a l d ir e ito im e d ia ta m e n t e a p ó s s u a e n t r a d a n o h ilo d o p u lm ã o

(Figura 2 4 .7 ).

C a d a b r ô n q u io lo b a r c o n d u z a r

a o lo b o c o r r e s p o n d e n te d o p u lm ã o d ir e ito

Bronquíolo terminal

(Figura 2 4 .1 0 ).

R a m o s do b rô n q u io p r in c ip a l esquerdo [Figuras 24.7/24.9/24.10]

Lóbulos -

O p u lm ã o e s q u e r d o p o s s u i d o is lo b o s , e o b r ô n q u io p r in c ip a l

brônquio brônquio lobar inferior (Figuras 24.7,

e s q u e rd o d iv id e -s e e m d o is b r ô n q u io s lo b a r e s : u m

lobar superior 24.9

e

24.10).

e um

Figura 24.9

Brônquios e bronquíolos.

Para maior clareza, o grau de ramificação foi reduzido; uma via condutora de ar ramifi aproximadamente 23 vezes antes de atingir o nível de um lóbulo.

C a p ít u lo

DIREITO



24 • O Sistema Respiratório

ESQUERDO

Apicoposterior Anterior Brônquios segmentares Apical dos corres­ pondentes segmentos - Posterior broncopulmonares do lobo Anterior superior Brônquios segmentares dos corres­ pondentes “ segmentos broncopulmonares do lobo médio

Brônquios segmentares dos corres­ pondentes segmentos broncopulmonares do lobo inferior

6

Lingular superior Lingular inferior

Lateral

Basilar anterior

Mediai

Basilar lateral Basilar mediai

Basilar anterior

Basilar posterior

Basilar lateral

Brônquios segmentares dos corres­ pondentes segmentos broncopul­ monares do lobo superio

Brônquio segment; dos corre pondente segmente broncopu monares i lobo inferi

Superior

Basilar posterior Basilar mediai Superior (a) Divisões bronquiais e segmentos broncopulmonares correspondentes

Apicoposterior

Apical Segmentos — Posterior broncopul­ Anterior monares do lobo superior

Anterior Lingular superior

Mediai Segmentos — broncopul­ monares do lobo médio

- Segmentos broncopulmonare: do lobo superior

Lingular inferior

Lateral Superior Superior Basilar mediai Basilar lateral

Basilar posterior — Segmentos broncopulmonare: do lobo inferior Basilar anterior

Basilar mediai

Segmentos — broncopul­ monares do Basilar lobo inferior posterior

Basilar lateral

Basilar anterior Pulmão direito, face costal Pulmão esquerdo, face costal (b) Segmentos broncopulmonares dos pulmões direito e esquerdo

Figura 24.10

A árvore bronquial e as divisões dos pulmões.

(a) Anatomia macroscópica dos pulmões, mostrando a árvore bronquial e suas divisões, (b) Pulmões direito e esquerdo isolados, coloridos para mostrar a distribui

dos segmentos broncopulmonares.

642

Clavícula Á p ic e d o p u lm ã o d ir e it o

Cateter na traquéia T r a q u é ia

B r ô n q u io s e g m e n t a r a p ic a l

Arco da aorta

d o lo b o s u p e r io r d ir e it o

B r ô n q u io lo b a r s u p e r io r d ir e it o B r ô n q u io lo b a r s u p e r io r e s q u e r d o B r ô n q u io lo b a r

B r ô n q u io lo b a r

m é d io d ir e it o

in f e r io r e s q u e r d o B r ô n q u io lo b a r in f e r io r d ir e it o

“ C ú p u la ” d ir e it a d o d ia f r a g m a

Estômago

(c) Broncograma

PULMÃO ESQUERDO

PULMÃO DIREITO

A p ic a l A p ic o p o s t e r io r S e g m e n to s -

P o s t e r io r A n t e r io r

b r o n c o p u lm o n a r e s d o lo b o s u p e r io r

- S e g m e n to s

A n t e r io r L in g u la r s u p e r io r

b r o n c o p u lm o i d o lo b o s u p e i

L in g u la r in fe r io r L a te ra l S e g m e n to s b r o n c o p u lm o n a r e s

M e d ia i

d o lo b o m é d io

S u p e r io r

B a s ila r a n t e r io r S u p e r io r

B a s ila r m e d ia i

B a s ila r

B a s ila r la t e r a l

- S e g m e n to s b r o n c o p u lm c d o lo b o in fe ri

a n t e r io r B a s ila r p o s t e r io r

B a s ila r S e g m e n to s -

la te ra l

b r o n c o p u lm o n a r e s d o lo b o in fe r io r

B a s ila r

Figura 24.10 (continuação] (c) Broncografia da árvore bror

p o s t e r io r

B a s ila r m e d ia i

(d) A árvore bronquial

vista ântero-posterior. (d) M plástico colorido de árvore bro adulta. Todos os ramos em urr segmento broncopulmonar pintados com a mesma cor.

C a p ít u lo

24 • O Sistema Respiratório

643

Nota clínica DPOC: asma, bronquite e enfisema pulmonar a doença pulmo­ nar obstrutlva crônica (DPOC) é uma doença progressiva das vias aéreas que restringe o fluxo de ar e reduz a ventilação alveolar. Três padrões de sintomas podem manifestar-se em indivíduos com DPOC. A asma, ou bronquite asmática, é o termo geralmente utilizado quando os sintomas são agudos e intermitentes. Os termos bronquite e enfisema pulm onar são utilizados quando os sintomas são crônicos e só progridem lentamen­ te para uma fase crítica de descompensação. Entretanto, como os sinto­ mas e as causas destas condições se sobrepõem, o termo DPOC tem sido utilizado na prática clínica para fazer referência às três doenças. A asma apresenta incidência estimada de 3 a 6% na população dos Estados Unidos. Indivíduos com vias aéreas mais sensíveis e irritáveis em relação à população normal respondem a fatores irritativos com uma rea­ ção de constrição, denominada broncoespasmo. Em muitos casos, o fator desencadeante parece ser uma reação imediata de hipersensibilidade à presença de algum alérgeno no ar inspirado. Reações a drogas, poluição do ar, infecções respiratórias crônicas, atividade física e estresse emocional também podem induzir crises asmáticas em indivíduos com predisposição. Os sintomas mais evidentes e potencialm ente graves incluem (1) a contração do músculo liso ao longo da árvore bronquial, (2) o edema da túnica mucosa das vias respiratórias e (3) a produção acelerada de muco. A combinação destes fatores dificulta muito a respiração. A expiração é mais prejudicada do que a inspiração; as vias estreitam-se e freqüente­ mente colabam antes que a expiração se complete. Apesar do aumento da produção de muco, seu transporte torna-se mais lento, o que causa um acúmulo desta secreção ao longo das vias respiratórias. Tosse e sibilos então se desenvolvem. A broncoconstrição e a produção do muco ocorrem dentro de poucos minutos em resposta à liberação de histamína e de prostaglandina por mastócitos. Dentro de algumas horas, neutrófilos e eosinófilos migram para a região, que se torna inflamada, reduzindo ainda mais o fluxo aéreo e danificando tecidos respiratórios. Uma crise grave reduz a capacidade funcional do sistem a respiratório. Tecidos do corpo não recebem quantidades adequadas de oxigênio, uma condição potencialmente fatal. A incidência anual de óbitos por asma nos Estados Unidos é de aproximadamente quatro mortes em um milhão na popu­ lação entre 5 e 34 anos de idade. A mortalidade entre afro-am ericanos asmáticos é duas vezes maior em relação a americanos brancos. O tratamento da asma envolve a dilatação das vias respiratórias por meio da administração de broncodilatadores (drogas que produzem um relaxamento do músculo liso da árvore bronquial) e da redução do proces­ so inflamatório e do edema da túnica mucosa respiratória com a adm inis­ tração de medicamentos antiinflamatórios. Broncodilatadores importantes

a p re se n ta m s u p o r te c a r tila g ín e o , a p r e s e n ç a d e te c id o m u s c u la r lis o é p r e ­ d o m in a n t e

(Figuras 24.9

e

2 4 .1 la ,b ).

c o n tr o la s e u d iâ m e t r o . A e s t i m u la ç ã o s i m p á t i c a e a l i b e r a ç ã o d e a d r e n a li n a ( e p i n e f r i n a ) p e la m e d u l a d a g l â n d u l a s u p r a - r e n a l d e t e r m i n a m o a l a r g a m e n ­

broncodilatação. A e s t i m u l a ç ã o p a r a s s i m p á t i c a c a u s a broncoconstrição. E s s a s m o d i f i c a ç õ e s a l t e r a m a r e s i s t ê n c i a a o f l u x o d e

to d a s v i a s a é r e a s , o u

a r e m d ir e ç ã o o u a p a r t i r d a s s u p e r fíc ie s r e s p i r a t ó r i a s d e d i f u s ã o g a s o s a . A c o n tra ç ã o d o m ú s c u lo lis o g e r a lm e n t e p r o d u z u m a s é r ie d e p r e g a s n a t ú n i ­ ca m u c o sa d o s b r o n q u ío lo s , e a e s t im u la ç ã o e x c e s s iv a , c o m o n a

asma, p o d e

p r a tic a m e n te im p e d ir o f l u x o a é r e o a o l o n g o d o s b r o n q u í o l o s t e r m in a is . C a d a b r o n q u ío lo t e r m in a l c o n d u z a r a u m ú n ic o ló b u lo p u lm o n a r . N o in t e r io r d o l ó b u l o , o b r o n q u í o l o t e r m i n a l d i v i d e - s e p a r a f o r m a r v á r i o s

quíolos respiratórios, q u e

Dúctulos alveolares e alvéolos [Figuras 24 . 11/ 24 . 12 ]

O s is t e m a n e r v o s o a u t ô n o m o r e g u la a

a t iv id a d e d a c a m a d a m u s c u l a r l i s a d o s b r o n q u í o l o s t e r m i n a i s e , d e s s a f o r m a ,

a

incluem a teofilina, a epinefrina, o albuterol e outras drogas beta-adrenérgicas. Ainda que as drogas beta-adrenérgicas mais potentes sejam bastan­ te úteis durante a crise, sua efetividade é restrita a breves períodos e o uso excessivo deste tipo de medicamento pode reduzir sua eficácia. A bronquite é um processo inflamatório e um edema do revestimento dos brônquios, levando à secreção excessiva de muco. O sintoma mais ca­ racterístico é a tosse freqüente e a produção profusa de esputo (escarro). Estima-se que 20% dos homens adultos apresentem bronquite crônica, uma condição mais comumente associada ao tabagismo, porém causada tam­ bém por outros agentes ambientais irritativos. Ao longo do tempo, a produ­ ção excessiva de muco pode bloquear as vias aéreas de menor calibre, dimi­ nuindo a eficiência da difusão gasosa e da respiração. Infecções bacterianas crônicas que ocasionam danos pulmonares mais extensos são comuns. O tratamento envolve a cessação do tabagismo e a administração de bronco­ dilatadores, antibióticos e oxigênio suplementar, conforme a necessidade. O en fisem a é uma doença crônica e progressiva caracterizada por dispnéia e dificuldade de realizar esforços físicos. O problema subjacente é a destruição das superfícies respiratórias de difusão gasosa; os bronquíolos respiratórios e os alvéolos pulmonares são funcionalmente elimina­ dos. Os alvéolos gradualmente expandem-se e os capilares degeneramse, produzindo grandes cavidades não-funcionais no interior dos pulmões, onde a difusão gasosa é severamente diminuída ou extinta. Infelizmente, a perda dos alvéolos e bronquíolos no enfisema é ir­ reversível. A evolução da doença pode ser contida pela interrupção do tabagismo. O único tratamento efetivo para a maioria dos casos mais gra­ ves é a adm inistração de oxigênio suplementar. Transplantes de pulmão e ressecção cirúrgica do tecido pulmonar não-funcional são medidas que têm auxiliado alguns pacientes. Existem dois padrões clínicos nos estágios avançados da doença. Indivíduos com enfisema tendem a manter a pressão arterial dentro dos limites normais. Os músculos respiratórios são muito solicitados e há um grande dispêndio de energia apenas com a função respiratória. Como re­ sultado, esses indivíduos tendem a ser magros. Como a oxigenação do seu sangue é praticamente normal, a coloração da pele em indivíduos brancos com enfisema é rósea. A combinação da respiração com esforço e a co­ loração rósea da pele justificam o termo descritivo "sopradores róseos" (pink puffers) atribuído aos indivíduos com esta condição. Indivíduos com bronquite crônica podem apresentar sintomas de insuficiência cardíaca, inclusive edema generalizado. A oxigenação do seu sangue é baixa e a coloração da pele pode ser azulada. A combinação do edema generalizado e da coloração azulada da pele explica o termo descritivo "inchados azuis" (blue bloaters) atribuído a tais pacientes.

bron­

O s b r o n q u ío lo s r e s p ir a t ó r io s s ã o c o n e c t a d o s a a lv é o lo s in d iv id u a is e a

dúctulos alveolares. sáculos alveolares, c â m a r a s c o m u n s

m ú lt ip lo s a lv é o lo s a o lo n g o d e r e g iõ e s d e n o m in a d a s E s s a s p a s s a g e n s d e a r te r m in a m e m

c o n e c ta d a s a v á r io s a lv é o lo s in d iv id u a is

(Figuras 24.11

e

24.12a-c).

C ada

p u l m ã o c o n t é m a p r o x im a d a m e n t e 1 5 0 m ilh õ e s d e a lv é o lo s , o q u e c o n fe r e a o p u lm ã o u m a a p a r ê n c ia a b e r ta e e s p o n jo s a . U m a e x te n sa re d e d e v a s o s c a p ila r e s e s tá a s s o c ia d a c o m c a d a a lv é o lo

(Figura 24.12c);

o s v a s o s c a p i­

la r e s s ã o e n v o lv id o s p o r u m a r e d e d e fib r a s e lá s t ic a s . E s s e t e c id o e lá s t ic o a ju d a a m a n t e r a s p o s iç õ e s r e la t iv a s d o s a lv é o lo s e d o s b r o n q u ío lo s r e s ­ p ir a t ó r io s . O r e t o r n o à p o s iç ã o o r ig in a l d e s s a s fib r a s d u r a n t e a e x p ir a ç ã o r e d u z o t a m a n h o d o s a lv é o lo s e a u x ilia n o p r o c e s s o d e e x p ir a ç ã o .

s ã o o s m a is fin o s e d e lic a d o s r a m o s d a á r v o r e

b r o n q u ia l e c o n d u z e m o a r à s s u p e r f íc ie s d e d i f u s ã o g a s o s a d o s p u l m õ e s . A

O alvéolo e a m e m b ra n a resp ira tó ria [Figura 2 4 .12c,d]

fi l t r a ç ã o e o u m e d e c i m e n t o p r e l i m i n a r e s d o a r i n s p i r a d o s ã o c o m p l e t a d o s

O e p it é lio a lv e o la r é c o m p o s t o p r i m a r i a m e n t e d e e p it é lio e s c a m o s o s im p le s

an tes d e o a r d e ix a r o s b r o n q u í o l o s t e r m in a is . A s c é lu la s e p it e lia is d o s b r o n ­ q u í o lo s r e s p i r a t ó r i o s e d o s b r o n q u í o l o s t e r m i n a i s m e n o r e s s ã o c u b ó i d e s . C í lio s s ã o r a r o s , e n ã o h á c é l u l a s m u c o s a s o u g l â n d u l a s m u c o s a s s u b j a c e n t e s .

(Figura 24.12c). A s c é l u l a s e p i t e l i a i s e s c a m o s a s , d e n o m i n a d a s pneumócitos tipo I, o u células alveolares tipo I, s ã o e x t r e m a m e n t e f i n a s e d e l i c a d a s . O s pneumócitos tipo II, o u células alveolares tipo II, e n c o n t r a m - s e e s p a r s o s

644 C1

J l

0 SISTEMA RESPIRATORIO

Traquéia

Epitélio respiratório

Ramo da artéria pulmonar

Bronquíolo Artéria (vermelho), veia (azul) e nervo (amarelo) bronquiais

Brônquio principal esquerdo

Músculo liso ao redor do bronquíolo terminal

Pleura visceral Bronquíolo terminal

Bronquio lobar Brônquios segmentares

Bronquíolo respiratório Fibras elásticas

Brônquios de menor calibre Bronquíolos

Ramo da veia pulmonar

Leitos (redes) capilares

Vaso linfático

Bronquíolo terminal Alvéolos

Bronquíolo respiratório Alvéolos — em um lóbulo pulmonar [ Segmento broncopulmonar

Sáculo alv Septo interlobula Pleura visi Cavidade Pleura par

(a) Componentes de um lóbulo pulmonar

Cavidade j (luz) de um brônquio de menor í calibre Núcleos de células epiteliais Músculo liso Placa de cartilagem hialina

(c) Histologia do pulmão

(b) Histologia do pulmão

Figura 24 11 Brônquios e bronquíolos. (a) A e s tru tu ra d e u m a p a rte d e u m ú n ic o ló b u lo , (b) e (c) S e c ç õ e s

h is t o ló g ic a s d o p u lm ã o .

ML X 62

C a p ít u l o

24 •

O

645

S istem a R e sp ira tó rio

Figura 24.12 Organização alveolar. (a) E s tru tu ra b á s ic a d e um ió b u io , s e c c io n a d o p a ra re v e la r a d is p o s iç ã o d o s dúctu lo s a lv e o la re s e a lv é o lo s. U m a re d e d e v a s o s c a p ila r e s c ir c u n d a c a d a alvéo lo . E s s e s c a p ila r e s s ã o e n v o lv id o s p o r fib ra s e lá s tic a s , m o s tra n d o o a s p e c to e a o rg a n iz a ç ã o d o s a lv é o lo s ,

(b) M E V d o te c id o p ulm o na r, (c) V is ta s e c c io n a l d ia g ra m á -

tic a da e s tru tu ra a lv e o la r e d a m e m b ra n a re s p ira tó ria , (d) A m e m b ra n a r e s p ir a ­ tó ria .

Bronquíolo respiratório Dúctulo alveolar

Músculo liso

Alvéolos Alvéolo Sáculo alveolar

Fibras elásticas

Sáculo alveolar

Dúctulo alveolar Vasos capilares (a) Organização alveolar

Pneumócito tipo II

Pneumócito tipo I

Macrofago alveolar

Fibras elásticas

Glóbulo vermelho (hemácia)

Cavidade (luz) do vaso capilar Núcleo da célula Endotélio endotelial

0,5 um

Lâminas basais fundidas Vaso capilar

Epitélio alveolar

Surfactante

Espaço aéreo alveolar (cavidade do alvéolo) Célula endotelial de capilar

(c) A lv é o lo s , vista de u m a s e c ç ã o

I___________________________ (d) Membrana respiratória (alveolocapilar)

646

O SISTEMA RESPIRATÓRIO

por entre as células escamosas. Essas células grandes produzem uma secre­ ção oleosa que contém uma mistura de fosfolipídeos. Essa secreção, deno­ minada surfactante, reveste a superfície interna de cada alvéolo e reduz a tensão superficial do revestimento líquido da superfície alveolar. Sem o sur­ factante, os alvéolos colapsariam. Macrófagos alveolares (“células de poei­ ra”) esparsos pelo epitélio patrulham a região, fagocitando qualquer partí­ cula que ultrapasse as defesas respiratórias e atinja as superfícies alveolares. As difusões gasosas ocorrem em áreas onde as lâminas basais do epi­ télio alveolar e do endotélio dos vasos capilares adjacentes estão fundidas ( F ig u r a 2 4 . 1 2 d ) . Nessas áreas, a distância total que separa o sistema res­ piratório do sistema circulatório pode chegar a 0,1 |am. A difusão através desta membrana respiratória (alveolocapilar) processa-se muito rapi­ damente, pois (1) a distância é pequena e (2) os gases são lipossolúveis. As membranas das células epiteliais e endoteliais também não oferecem obstáculo para o movimento do oxigênio e do dióxido de carbono entre o sangue e os espaços aéreos alveolares.

Nota clínica Câncer de pulmão

C â n c e r e s d e p u lm ã o r e s p o n d e m a t u a lm e n t e

p o r c e r c a d e 13% d o s n o v o s c a s o s d e c â n c e r r e g is t r a d o s e p o r 28% d o n ú m e r o d e ó b it o s p o r c â n c e r , o q u e f a z d e s t a d o e n ç a a p r in c ip a l c a u s s d e m o r t e p o r c â n c e r n a p o p u la ç ã o d o s E s t a d o s U n id o s . A m o r ta lid a d e p o r c â n c e r e s d e p u lm ã o é m a io r d o q u e a m o r t a lid a d e a s s o c ia d a aos c â n c e r e s d e c o lo , m a m a e p r ó s t a t a . A p e s a r d o s a v a n ç o s n o tr a ta m e n t c d e o u t r a s f o r m a s d e c â n c e r , o ín d ic e d e s o b r e v iv ê n c ia e m c a s o s d e c â n ­ c e r d e p u lm ã o n ã o s o f r e u m o d if ic a ç õ e s s ig n ific a t iv a s . E v id ê n c ia s e x p e r im e n t a is e a n á lis e s e s t a t ís t ic a s d e t a lh a d a s m o s

entre 85 e 90% de todos os tipos dê cânceres de pulmão sãc resultado direto do tabagismo. A in c id ê n c ia d e c â n c e r d e p u lm ã o e n tra m q u e

n ã o - f u m a n t e s é d e 3 ,4 p a r a 1 0 0 .0 0 0 in d iv íd u o s , e n q u a n t o e m fu m a n t e s e s t e v a lo r v a r ia d e 5 9 ,3 p a r a 1 0 0 .0 0 0 e m in d iv íd u o s q u e c o n s o m e n e n t r e m e io m a ç o e u m m a ç o p o r d ia , a t é 2 1 7 ,3 p a r a 1 0 0 .0 0 0 e m in d iv íd u o s q u e c o n s o m e m d e u m a d o is m a ç o s p o r d ia . A n t e s d e 1 9 | í

a________________________

e s t a d o e n ç a a f e t a v a e s s e n c ia lm e n t e h o m e n s d e m e ia -id a d e , p o r é m

G REVISÃO DOS CONCEITOS

m o r t a lid a d e p o r c â n c e r d e p u lm ã o e m m u lh e r e s a u m e n to u c o m o c o r c o m it a n t e a u m e n t o d o n ú m e r o d e m u lh e r e s f u m a n t e s (u m a te n d ê n c i

1. P o r q u e f u m a n t e s c r ô n ic o s d e s e n v o lv e m a c a r a c t e r ís t ic a " t o s s e d o f u ­

in ic ia d a n o s a n o s 40). O t a b a g is m o m o d if ic a a q u a lid a d e d o a r in s p ir a d o , to r n a n d o - o s e c

m a n te " ? 2. A b r o n q u ite c r ô n ic a e n v o lv e a p r o d u ç ã o e x c e s s iv a d e m u c o . A o lo n g o d o

e c o n t a m in a d o c o m p a r t íc u la s e m s u s p e n s ã o e v á r io s c o m p o n e n te c a r c in o g ê n ic o s . E s s a c o m b in a ç ã o d e a g e n t e s a g r e s s o r e s s o b r e c a r r e g

te m p o , c o m o is s o p o d e a fe ta r a re s p ir a ç ã o ? 3. P o r q u e p r a tic a m e n te n ã o e x is te m c ílio s , c é lu la s m u c o s a s o u g lâ n d u la s m u c o s a s n o s b ro n q u ío lo s r e s p ir a tó r io s ?

a s d e f e s a s d o s is t e m a r e s p ir a t ó r io e d a n if ic a a s c é lu la s e p ite lia is a o lot g o d o s is t e m a r e s p ir a t ó r io . O r is c o d e d e s e n v o lv im e n t o d e c â n c e r d p u lm ã o e s t á r e la c io n a d o à e x p o s iç ã o c u m u la t iv a a a g e n te s c a r c in o g ê r

4. Q ua l é a fu n ç ã o d o s u rfa c ta n t e p r o d u z id o p e la s c é lu la s a lv e o la re s ?

c o s . Q u a n t o m a io r a q u a n t id a d e d e c ig a r r o s c o n s u m id o s , m a io r o ris c in d e p e n d e n t e m e n t e d e o c o n s u m o s e e s t e n d e r p o r s e m a n a s o u a n o

veja a seção de Respostas na parte final do livro.

A q u a lq u e r m o m e n t o a n t e r io r à f o r m a ç ã o d o tu m o r, a s m o d if ic a ç õ f h is t o ló g ic a s p r o d u z id a s p e lo c ig a r r o s ã o r e v e r s ív e is ; o e p it é lio n o rm

Suprimento sangüíneo aos pulmões

s e r e s t a b e le c e s e a e x p o s iç ã o a o s a g e n t e s c a r c in o g ê n ic o s fo r in te rro r

[Figura 2 4 . 11 a]

As superfícies respiratórias de difusão gasosa recebem sangue das arté­ rias da circulação pulmonar. As artérias pulmonares direita e esquerda penetram no hilo do pulmão correspondente e se ramificam juntamente com os brônquios até atingirem os lóbulos pulmonares. Cada lóbulo re­ cebe uma arteríola e uma vênula, e uma rede de vasos capilares envolve cada alvéolo imediatamente subjacente à membrana respiratória. Além de oferecer um mecanismo para a difusão gasosa, os capilares alveolares são as principais fontes de en zim a conversora da a n gioten sin a, que converte a angiotensina I circulante em angiotensina II , um hormônio envolvido na regulação do volume e da pressão sangüíneos, c o p á g . 5 1 8 O sangue advindo dos vasos capilares alveolares passa pelas vênulas e atinge as veias pulmonares, que o conduzem para o átrio esquerdo. A parte condutora do sistema respiratório recebe sangue da a rtéria carótida externa (nariz, faringe e laringe), do tronco tireo cervica l (ramo da artéria subclávia que supre a parte inferior da laringe e a traquéia) e das a rté ­ rias b ro n q u iais ( F ig u r a 2 4 . 1 1 a ) . Os capilares que resultam da ramificação das artérias bronquiais fornecem oxigênio e nutrientes às vias aéreas dos pulmões, enquanto o sangue venoso é drenado pelas próprias veias pul­ monares, que o desviam da circulação sistêmica, misturando-o ao sangue oxigenado proveniente dos alvéolos.

A cavidade pleural e a pleura [Figuras 24.8a/24.13] A cavidade torácica apresenta o formato de um cone amplo; suas paredes são constituídas pela caixa torácica, e o soalho é formado pelo diafragma. As duas c a vid a d esp leu ra is são separadas pelo mediastino ( F ig u r a s 2 4 .8 a e 2 4 .1 3 ) . Cada pulmão está envolto por uma cavidade pleural, que é delimi­ tada por uma túnica serosa, a pleura. A pleura consiste em duas lâminas

p id a . D a m e s m a f o r m a , o r is c o e s t a t ís t ic o d e c lin a a n ív e is s ig n ific a v ã m e n t e m a is b a ix o s . D e z a n o s a p ó s a in t e r r u p ç ã o d o u s o d o c ig a r i u m e x - f u m a n t e a p r e s e n t a r is c o s a p e n a s 10% m a io r e s d e d e s e n v o lv c â n c e r d e p u lm ã o e m r e la ç ã o a u m n ã o - fu m a n te . O f a t o d e o t a b a g is m o t ip ic a m e n t e c a u s a r c â n c e r n ã o é su rp re s c o n s id e r a n d o o s a g e n t e s q u ím ic o s t ó x ic o s c o n t id o s n o c ig a rro . É si p r e e n d e n t e , p o r é m , o fa to d e q u e u m n ú m e r o p r o g r e s s iv a m e n t e m aí d e f u m a n t e s n ã o d e s e n v o lv a c â n c e r d e p u lm ã o . E v id ê n c ia s c ie n t ífic s u g e r e m q u e a lg u n s f u m a n t e s p o s s a m a p r e s e n t a r p r e d is p o s iç ã o g e r t ic a p a r a d e s e n v o lv e r a lg u m a f o r m a d e c â n c e r d e p ü lm ã o .

contínuas. A pleura parietal recobre a superfície interna da parede tor e se estende sobre o diafragma e a região do mediastino. A pleura vis recobre as superfícies externas do pulmão, estendendo-se para o int das fissuras entre os lobos. O espaço entre as pleuras parietal e visceral nominado cavidade pleural. Na realidade, cada cavidade pleural repr ta um espaço potencial, e não uma câmara aberta, pois as lâminas pari visceral são contínuas e estão em íntimo contato. Uma pequena quant de líquido pleural é secretada por ambas as pleuras. O líquido pleui cohre as superfícies pleurais opostas, e essa camada úmida e viscosa re atrito entre as pleuras parietal e visceral durante a respiração. A inflamação da pleura, condição denominada pleurisia (pleu pode causar a produção e secreção excessiva de líquido pleural; pc tro lado, as pleuras inflamadas podem aderir-se uma à outra, limita movimentação relativa. Em ambas as formas dessa doença, a respir; dificultada e cuidados médicos são necessários.

*________________________ E REVISÃO DOS CONCEITOS 1. E x p liq u e c o m o u m a e m b o lia p u lm o n a r q u e a c o m e t e um g ra n d e va: m o n a r p o d e c a u s a r in s u fic iê n c ia c a rd ía c a .

C a p it u l o

647

24 • O Sistem a Respiratório

Corpo do esterno

Cavidade do pericárdio Pulmão direito, lobo médio

Ventrículos

Fissura oblíqua

Costela Pulmão esquerdo, lobo superior

Cavidade pleural direita

Pleura visceral

Átrios

Cavidade pleural esquerda

Esôfago

Pleura parietal

Aorta

Figura 2 4 .1 3 Relações anatô­ micas na cavidade torácica.

Brônquios

Pulmão direito, lobo inferior

Mediastino posterior

Medula espinal

A s relaçõ es a n a tô m ic a s d a s e s tr u ­ turas to rá c ic a s e n tre si s ã o m a is

Pulmão esquerdo, lobo inferior

bem o b se rva d a s em s e c ç ã o tr a n s ­ versal. Esta im a g e m a p re s e n ta a vista inferior de um tó ra x s e c c io n a do no nível da vérte b ra T VIII.

2. Qual é a função do líquido pleural? 3. Quais vasos suprem a parte condutora do sistema respiratório?

Nota clínica

Veja a seção de Respostas na parte final do livro.

Síndrome do desconforto respiratório (SDR)

Músculos respiratórios e ventilação pulmonar A ventilação pulmonar, ou simplesmente respiração, refere-se ao movi­ mento físico do ar para dentro e para fora da árvore bronquial. A função da ventilação pulmonar é a manutenção da ventilação alveolar adequada, a movimentação do ar para dentro e para fora dos alvéolos. A ventilação alveolar evita o acúmulo de dióxido de carbono nos alvéolos e garante o suprimento contínuo de oxigênio, que acompanha a velocidade de absorção pela corrente sangüínea.

t ip o

P n e u m ó c it o s

II, d i s t r i b u í d o s p o r e n t r e a s c é lu la s d o r e v e s t im e n t o d o s a lv é o ­

lo s , p a s s a m a p r o d u z ir s u r f a c t a n t e a o fin a l d o s e x t o m ê s d e d e s e n v o l­ v im e n t o fe t a l. A o t é r m in o d o o it a v o m ê s , a p r o d u ç ã o d e s u r f a c t a n t e

sín­ drom e do desconforto respiratório do recém-nascido (SDRRN),

a t in g e o s n ív e is n e c e s s á r io s p a r a a f u n ç ã o r e s p ir a t ó r ia n o r m a l. A

t a m b é m c o n h e c id a c o m o d o e n ç a d a m em b ra n a hialina (DMH), d e s e n ­ v o lv e - s e q u a n d o a p r o d u ç ã o d e s u r f a c t a n t e n ã o a t in g e o s n ív e is n o r­ m a is a o n a s c im e n t o . A in d a q u e a lg u m a s f o r m a s d e D M H s e ja m c o n ­ g ê n it a s , a c o n d iç ã o a c o m p a n h a m a is f r e q ü e n t e m e n t e o s n a s c im e n t o s p re m a tu ro s . N a a u s ê n c ia d e s u r f a c t a n t e , o s a lv é o lo s t e n d e m a c o la b a r d u r a n te a e x p ir a ç ã o . A in d a q u e a s v ia s a é r e a s c o n d u t o r a s p e r m a n e ç a m a b e rta s , o r e c é m - n a s c id o p r e c is a r e a liz a r e s f o r ç o a d ic io n a l d u r a n te a in s p ir a ç ã o p a r a a b r ir n o v a m e n t e o s a lv é o lo s n a s e q ü ê n c ia d o p r o c e s s o r e s p ir a t ó ­

Os músculos respiratórios

[Figura 2 4 . 14 ]*

Os músculos estriados esqueléticos envolvidos nos movimentos respirató­ rios foram apresentados nos Capítulos 10 e 11. Dentre esses músculos, os mais importantes são o d i a f r a g m a e os m ú s c u l o s i n t e r c o s t a i s i n t e r n o s e e x te r n o s. O diafragma torna-se tenso e plano ao se contrair, o que resulta em um aumento do volume da cavidade torácica. Quando o diafragma relaxa, ele arqueia-se superiormente e reduz o volume da cavidade torá­ cica. O ar é succionado-para o interior dos pulmões graças ao aumento do volume da cavidade torácica, e é expelido devido à diminuição desse volume. Os músculos intercostais externos podem auxiliar na inspiração elevando as costelas. A elevação das costelas produz um movimento em alavanca (braço-de-bomba) no sentido anterior, aumentando o diâmetro da cavidade torácica no seu eixo sagital (ântero-posterior). Os músculos intercostais internos abaixam as costelas e reduzem o diâmetro da cavi­ dade torácica, auxiliando na expiração. Esses músculos e suas ações estão representados na Figura 24.14.

rio . D e fa to , c a d a r e s p ir a ç ã o d e v e s e a p r o x im a r à p o t ê n c ia d a p r im e ir a r e s p ir a ç ã o e o b e b ê e n t r a r a p id a m e n t e e m e x a u s t ã o . O s m o v im e n t o s r e s p ir a t ó r io s p e r d e m f o r ç a p r o g r e s s iv a m e n t e ; p o r fim , o s a lv é o lo s p o ­ d e m n ã o s e e x p a n d ir , c e s s a n d o a d ifu s ã o g a s o s a . U m m é t o d o d e t r a t a m e n t o é a a d m in is t r a ç ã o d e a r s o b p r e s s ã o , p a r a q u e o s a lv é o lo s s e j a m m a n t id o s a b e r t o s , a u x ilia n d o o p r o c e s s o

pressão positiva expiratória final (PPEF), p o d e m a n t e r o b e b ê v iv o a t é q u e a

r e s p ir a t ó r io d o n e o n a t o . E s s e p r o c e d im e n t o , c o n h e c id o c o m o

p r o d u ç ã o d e s u r f a c t a n t e a t in ja o s n ív e is n o r m a is . G o t íc u la s d e s u r f a c ­ t a n t e a d m in is t r a d a s e m s u s p e n s ã o v ia t r a q u é ia n o p r im e ir o d ia d e v id a t ê m r e d u z id o o s ín d ic e s d e m o r t a lid a d e p o r S D R R N d e p r a t ic a m e n t e 1 00% p a r a m e n o s d e 10% . A n o m a lia s r e f e r e n t e s a o s u r f a c t a n t e p o d e m t a m b é m s e r d e s e n v o l­ v id a s e m a d u lt o s c o m o r e s u lt a d o d e in f e c ç õ e s r e s p ir a t ó r ia s g r a v e s o u le s õ e s p u lm o n a r e s . S e g u e - s e o c o la b a m e n t o a lv e o la r, p r o d u z in d o a c o n ­

síndrome do desconforto respiratório do adulto (SDRA). O p r o c e d im e n t o d a P P E F m a n t é m a v id a a t é q u e o p r o b le m a d iç ã o d e n o m in a d a

s u b j a c e n t e s e ja c o r r ig id o , m a s p e lo m e n o s 5 0 a 60% d o s c a s o s d e S D R A r e s u lt a m e m ó b ito .

* N. de R.T. O autor apresenta um resum o sim plificado das ações dos m ú scu los en volvi­ dos na respiração e das conseqüentes alterações de volum e da cavidade torácica (“m ecânica respiratória”). R ecom enda-se a leitura de outros livros de anatom ia e fisiologia para c o m ­ plementar.

Os m ú s c u l o s r e s p i r a t ó r i o s a c e s s ó r i o s sao acionados quando a pro­ fundidade e a freqüência respiratória precisam ser aumentadas de forma

0 SISTEMA RESPIRATÓRIO

648

Músculo esternocleidomastóideo Músculos escalenos Músculos intercostais externos

Costelas e esterno se elevam Músculo peitoral menor Diafragma se contrai

Músculo transverso do tórax

Músculos intercostais internos

Músculo serrátil anterior

Diafragma (a) Modificações volumétricas durante a inspiração

(b) Os músculos principais e acessórios da respiração

Músculos escalenos

Músculo esternocleidomastóideo

Músculo transverso do tórax

Músculo peitoral menor

Músculo serrátil anterior Músculos intercostais internos Diafragma Músculo reto do abdome e outros músculos abdominais (não representados)

(d) Expiraçao

Figura 24.14 Músculos respiratórios. (a) C o m a e le v a ç ã o d a s c o s te la s o u o a b a ix a m e n to d o d ia fra g m a , o v o lu m e d a c a v id a d e to r á c ic a a u m e n ta e o a r é s u c c io n a d o p ara o in te rio r d o s p u lm õ e s. O rr m e n to d e e x p a n s ã o d a s c o s te la s , c o n fo r m e s e e le v a m , a s s e m e lh a -s e à e le v a ç ã o d a a lç a d e u m b a ld e (m o v im e n to e m "a lç a -d e -b a ld e "). (b) V is ta a n te rio r em repc se m m o v im e n ta ç ã o d e ar. (c) Inspiração, m o s tr a n d o o s m ú s c u lo s r e s p ir a tó r io s p r in c ip a is e a c e s s ó r io s q u e e le v a m a s c o s te la s , e o d ia fra g m a se ab aixa , (d) Expira m o stra n d o o s m ú s c u lo s r e s p ir a tó r io s p r in c ip a is e a c e s s ó r io s q u e a b a ix a m a s c o s te la s , e o d ia fra g m a s e e le va .

mais acentuada. Os músculos esternocleidomastóideo, serrátil anterior, peitoral menor e escalenos atuam em conjunto com os músculos inter­ costais externos elevando as costelas para produzir a inspiração. Os mús­ culos transverso do tórax, oblíquos e reto do abdome auxiliam os múscu­ los intercostais internos a produzir a expiração, comprimindo o conteúdo abdominal e pressionando o diafragma em direção superior, reduzindo ainda mais o volume da cavidade torácica. M o v im e n to s respiratórios Os músculos respiratórios podem ser acionados em diversas combina­ ções, dependendo do volume de ar que precisa ser movimentado para dentro e para fora dos pulmões. Os movimentos respiratórios podem ser

classificados em eupnéia ou hiperpnéia, dependendo de a expiraçãc passiva ou ativa. Eupnéia Na eupnéia, ou respiração silenciosa (em repouso), a piração envolve contrações musculares, mas a expiração é um proc passivo. Durante a respiração silenciosa, a expansão dos pulmões dis de suas fibras elásticas. Além disso, a elevação da caixa torácica (cost provoca uma tensão de estiramento nos músculos esqueléticos opont e nas fibras elásticas presentes nos tecidos conectivos da parede do cc Quando os músculos respiratórios relaxam, essas estruturas elástica traem e fazem com que o diafragma ou as costelas, ou ambos, retorne suas posições originais.

C a p ít u l o 2 4

A eupnéia pode ocorrer na

respiração d ia fra g m á tic a

ou na

respiraçao

costal.

■ Durante a respiração diafragmática, ou respiração profunda, a contração do diafragma oferece a modificação necessária no volu­ me torácico. O ar é inspirado devido à contração do diafragma e a expiração ocorre com o seu relaxamento. ■ Na respiração costal, ou respiração superficial, o volume toráci­ co se modifica pela alteração do formato da caixa torácica. A ins­ piração ocorre com a contração dos músculos intercostais exter­ nos que eleva as costelas e amplia a cavidade torácica. A expiração ocorre com o relaxamento desses músculos. Durante a: gestação, as mulheres passam progressivamente a utilizar a respiração costal, pois o aumento do útero pressiona as vísceras abdominais contra o diafragma. Hiperpnéia A hiperpnéia, ou respiração forçada, envolve movimen­ tos inspiratórios e expiratórios ativos. A respiração forçada recruta os músculos acessórios para auxiliar na inspiração, e a expiração envolve a contração do músculo transverso do tórax e dos músculos intercostais internos. Quando um indivíduo está respirando em níveis máximos ab­ solutos, como durante vigorosa atividade física, os músculos abdominais são usados na expiração forçada. A contração desses músculos comprime o conteúdo abdominal, pressionando-o contra o diafragma e reduzindo, conseqüentemente, o volume da cavidade torácica.



0

Sistem a Respiratório

649

Centros respiratórios do encéfalo

[Figura 24 . 15 ]

Sob condições normais, nos tecidos, a velocidade de absorção de oxigênio e de eliminação de dióxido de carbono pelas células eqüivale à velocidade de difusão nos vasos capilares. Em função da necessidade de ajustes fre­ qüentes nos sistemas circulatório e respiratório para atender às contínuas modificações da demanda corporal por oxigênio, é necessária uma ativi­ dade coordenada desses sistemas. Os centros reguladores que integram as respostas de tais sistemas estão localizados na ponte e no bulbo. Os centros respiratórios são três pares de núcleos organizados frou­ xamente na formação reticular da ponte e do bulbo (Figura 24.15). Esses núcleos regulam as atividades dos músculos respiratórios, ajustando a fre­ qüência e a profundidade da ventilação pulmonar. O centro rítmico da respiração (área bulbar do ritmo) estabelece 0 ritmo e a profundidade básicos da respiração, e pode ser subdividido em um grupo respiratório posterior (GRP) e um grupo respiratório ante­ rior (GRA). O grupo respiratório posterior, ou centro inspiratório , controla os neurônios motores que inervam os músculos intercostais e o diafragma. Esse grupo funciona a cada ciclo respiratório, seja ele na respiração em re­ pouso ou na respiração forçada. O grupo respiratório anterior funciona so-

Cérebro

Modificações respiratórias ao nascimento Existem várias diferenças importantes entre o sistema respiratório de um feto e o de um recém-nascido. Antes do nascimento, a resistência arterial pulmonar é grande, pois os vasos pulmonares estão colabados. A caixa torácica está comprimida e os pulmões e as vias aéreas não contêm ar, mas apenas uma pequena quantidade de líquido. A primeira ventilação pulmonar do recém-nascido é um esforço verdadeiramente heróico, rea­ lizado por meio de poderosas contrações do diafragma e dos músculos intercostais externos. O ar inspirado invade as vias aéreas com força su­ ficiente para empurrar todo o líquido contido ao longo do seu trajeto, inflando toda a árvore bronquial e a maior parte dos alvéolos. A mesma queda de pressão que impele o ar para os pulmões propele o sangue para a circulação pulmonar; as mudanças que ocorrem no fluxo sangüíneo levam ao fechamento do fo ra m e oval, a conexão interatrial embrionária, e do dueto arterial, a conexão fetal entre o tronco pulmonar e a aorta.

Centro pneumotáxico Centro apnêustico N IX e N X

Quimioceptores e baroceptores dos seios oarótioo e da aorta

« o p á g . 6 01

A expiração que se segue não esvazia completamente os pulmões, pois a caixajorácica não retorna ao seu estado de compressão completa existente antes do nascimento. As cartilagens e os tecidos conectivos m an­ têm abertas as vias respiratórias, e o surfactante que recobre as superfícies alveolares impede o seu colabamento. As respirações subseqüentes com­ pletam a expansão dos alvéolos.

longa)

Receptores de “estiramento” nos pulmões Diafragma Medula espinal Neurônios motores que controlam o diafragma

Grupo respiratório posterior (GRP) — Centros Grupo rítmicos da respiração respiratório anterior (área (GRA) bulbar - do ritmo)

G REVISÃO D O S C O N C E IT O S 1. João fraturou uma costela que perfurou sua cavidade torácica no lado es­ querdo. Quais estruturas podem ter sido lesadas e o que pode ocorrer ao pulmão correspondente como resultado? 2. No enfisema, os alvéolos são substituídos por grandes espaços aéreos de tecido conectivo fibroso elástico. De que maneira essas modificações afe­ tam os pulmões? 3. Resuma as modificações que ocorrem nos sistemas circulatório e respira­ tório de um recém-nascido quando ele começa a respirar.

Neurônios motores que controlam outros músculos respiratórios LEGENDA Nervo frênico

II

Figura 24.15

= Inibição

Centros respiratórios e controles reflexos.

A s p o s iç õ e s e r e la ç õ e s e n tr e o s p r in c ip a is c e n tr o s re s p ira tó rio s e o u tro s fa to res im p o r ta n te s p a ra

veja a s e ç ã o d e R e sp o stas na parte fin a l do livro.

--------► = Estim ulação

0

c o n t ro le re s p ira tó rio . A s v ia s n e rv o s a s p ara

0 c o n tro le

cons­

c ie n te s o b r e o s m ú s c u lo s r e s p ir a tó r io s n ã o e s tã o re p re s e n ta d a s n e ste d ese n h o.

650



P iM

O SISTEMA RESPIRATÓRIO

mente durante a respiração forçada, controlando os neurônios motores que inervam os músculos acessórios envolvidos na expiração ativa e na inspira­ ção máxima. Os neurônios envolvidos na expiração ativa são algumas vezes compreendidos como estruturas integrantes do centro expiratório. Os centros apnêustico e pneumotáxico da ponte são núcleos pares que ajustam os impulsos nervosos do centro rítmico, modificando, assim, o ritmo da respiração. Suas atividades coordenam a velocidade e a profun­ didade da respiração em resposta a estímulos sensitivos ou a instruções de centros superiores. As localizações dos centros apnêustico, pneumotáxico e rítmico da respiração são revisadas na Figura 24.15. A respiração normal ocorre automaticamente, sem controle cons­ ciente. Três diferentes reflexos estão envolvidos na regulação da respira­ ção: (1) reflexos m ecanoceptores, que respondem a modificações no vo­ lume dos pulmões ou na pressão arterial, (2) reflexos qu im ioceptores, que respondem a mudanças na Pco2’ no pH e na P0z no sangue e no líquido cerebrospinal; e (3) reflexos protetores, que respondem a lesões físicas ou irritação do trato respiratório. Centros superiores influenciam a respiração por meio de impulsos nervosos para o centro pneumotáxico e por influência direta nos mús­ culos respiratórios. Esses centros superiores estão localizados no cérebro, especialmente no córtex cerebral, e no hipotálamo. Embora os impulsos nervosos conduzidos pela via piramidal exerçam controle consciente sobre os músculos respiratórios, esses músculos mais freqüentemente recebem instruções por vias extrapiramidais. Além disso, os centros respiratórios estão embutidos na formação reticular, e praticamente todos os núcleos sensitivos e motores possuem alguma conexão com esta formação. Como resultado, estímulos emocionais e atividades autônomas geralmente in­ terferem no ritmo e na profundidade da respiração.

ÍÜJ Caso clínico COMO ESTES DADOS SE RELACIONAM? Dora é sócia, chefe de cozinha e garçonete de uma pequena lanchonete de propriedade da família, famosa por servir o melhor hambúrguer de sua cidade. Ultimamente Dora vem queixando-se de dores crônicas no om ­ bro, no braço e na mão. Dora também vem desenvolvendo uma tosse crônica que a forçou a reduzir a extensão do percurso de sua corrida diária, de 9 a 12 km para 5 a 7 km. Na quinta-feira, a corrida de Dora foi especialmente difícil - uma ma­ nhã quente e de muito vento; sua tosse continua sendo um grande incô­ modo. Ao completar a corrida, Dora nota que está suando em apenas um dos lados da face. Um pouco depois, ao aplicar sua maquiagem, observa que não consegue abrir completamente o olho direito. Dora conversa com seu marido, João, que sugere que ela marque uma consulta médica. Na segunda-feira, Dora consulta o médico, que se mostra um pou­ co preocupado com a tosse de Dora, porém concentra sua atenção nos seus outros sintomas. Exam e inicial

O médico observa o seguinte: • Dora tem 35 anos de idade e excelente condicionamento físico.

Envelhecimento e sistema respiratório Muitos fatores interagem para reduzir a eficiência do sistema respirat em indivíduos idosos. Três exemplos são particularmente marcantes: 1. Com a progressão da idade, o tecido elástico presente no corp deteriora. O principal impacto no sistema respiratório é a reduçã capacidade de expansão e retração do pulmão. 2. Os movimentos da caixa torácica ficam restritos por alterações ca das por processos de artrite nas articulações costais e pela reduçã flexibilidade das cartilagens costais. Combinadas com as modifica observadas no item (1), a rigidez e a redução dos movimentos t cicos de fato limitam o volume respiratório. Essa restrição conti para a redução do desempenho e da capacidade de realizar ativid físicas com o avançar da idade. 3. Algum grau de enfisema é normalmente observado em indrtfí entre 50 e 70 anos. Em média, aproximadamente 30 cm" de men na respiratória são perdidos por ano após os 30 anos de idade. A] disso, a extensão desta perda varia muito, dependendo da expo; ao cigarro e a outros fatores irritativos das vias respiratórias ao 1 da vida. R esu m o d e em b rio lo g ia Para uma introdução ao desenvolvimento do sistema respiratório, co te o Capítulo 28 (Embriologia e Desenvolvimento Humano).

O SISTEMA RESPIRATÓRI

s

mantes que está constantemente ocupado em sua capacida máxima. • Dora confirma que apresenta dores intensas na região do o: bro direito, que se irradiam da escápula em direção à axila e longo da superfície mediai do braço e da mão. • Ao exame físico, o médico observa grau leve de atrofia dos mi culos nas superfícies anterior e mediai do antebraço direito. • Dora apresenta sensibilidade cutânea diminuída nos dec anular e mínimo da mão direita. • O médico observa miose pupilar direita. • Dora apresenta reflexo cilioespinal negativo. • A dilatação da pupila direita é mais lenta do que a da esquerc diminuição da luminosidade ambiente na sala de consulta. • A pele do lado direito da face apresenta ressecamento n acentuado em relação ao lado esquerdo. • A palpação dos linfonodos supraclaviculares bilateralmente vela assimetria e aumento dos linfonodos no lado direito. Após discussão com o radiologista, o médico solicita radiografi ressonância magnética do tórax.

• Pressão sangüínea normal.

E xam e de a c o m p a n h a m e n to

• Hemograma normal.

À observação da imagem de RM (Figura 24.16), o radiologista no! seguinte:

• Ausculta torácica normal. • Ausência de histórico de tabagismo. Entretanto, o restauran­ te que possui e onde trabalha dispõe de um espaço para fu-

• Dora apresenta um tum or em estágio IV no lobo superioi pulmão direito.

C a p it u l o

Caso clínico

24 • O Sistem a Respiratório

A

651

(continuação ) 2. A atividade das glândulas sudoríferas é regulada pela parte simpá­ tica da divisão autônoma do sistema nervoso. págs. 454-455 3. A parte simpática da divisão autônoma do sistema nervoso inerva as glândulas sudoríferas da face. Essas fibras do SNA originam-se no segmento medular T I. ; >págs. 454-455 4. O músculo dilatador da pupila, na íris, é inervado pela parte sim­ pática da divisão autônoma do sistema nervoso. Essas fibras do SNA originam-se no segmento medular T I. págs. 464-466 D iagnóstico

Figura 24.16 Resultado da RM de Dora. • O tumor parece ter invadido a parede posterior do tórax. Pontos a considerar

Ocasionalmente, todos os sistemas do corpo apresentam sinais ou sin­ tomas que permitem ao médico combinar os vários indícios, o que de maneira ideal o levará ao diagnóstico correto. Tanto os sintomas apre­ sentados pelo paciente quanto a análise e interpretação desses sintomas pelo médico contribuem para o trabalho de investigação da doença. Para considerar o significado das informações apresentadas no caso acima, revise o material anatômico apresentado neste capítulo e nos capítulos anteriores. As questões a seguir o orientarão nesta revi­ são. Pense a respeito e responda cada uma delas consultando o Capítu­ lo 24, se necessário. 1. Que nervos suprem os músculos das superfícies anterior e mediai do antebraço direito? 2. Qual é a divisão do sistema nervoso que controla a atividade das glândulas sudoríferas (sudoríparas)? 3. A pele do lado direito da face de Dora não produz suor. Que ner­ vos inervam as glândulas sudoríferas da face? 4. A dilatação pupilar do olho direito de Dora apresenta-se alterada. Que músculos são responsáveis pela dilatação pupilar? Que nervos suprem esses músculos? Análise e in te rp re ta ç ã o

As informações a seguir respondem às questões levantadas na seção “Pontos a considerar”, Para revisar esta matéria, consulte as páginas nos capítulos indicados. 1. O nervo ulnar inerva o músculo flexor ulnar do carpo e a parte ulnar do músculo flexor profundo dos dedos. págs. 373-376

Dora recebe o diagnóstico: síndrome de Horner e envolvimento da par­ te inferior do plexo braquial, secundários ao câncer de pulmão. Apre­ senta tum or de Pancoast no lobo superior do pulmão direito. (Horner e Pancoast descreveram inicialmente o padrão de sintomas e as lesões anatômicas associadas.) A grande maioria dos casos de tumores de Pancoast são carcinomas pulmonares de células não-pequenas, sendo que mais de 95% deles estão localizados no lobo superior. O tumor de Pancoast freqüentemente desenvolve-se no sentido posterior, compri­ mindo a parede torácica posterior. Essa compressão é responsável pela alteração da função dos nervos nessa parte do corpo. A compressão causada pelo tumor freqüentemente acomete o gân­ glio cervical superior do tronco simpático, o que leva à alteração ou in­ terrupção da função do neurônio pré-ganglionar e/ou pós-ganglionar, resultando na síndrome de Horner. Além disso, a lesão de fibras sensi­ tivas no tronco simpático resulta em sintomas dolorosos nas regiões do ombro, da escápula e da axila. A função do plexo braquial (8a nervo espinal cervical e Ia nervo espinal torácico) também é freqüentemente comprometida. A pressão exercida pelo tum or sobre a parte inferior do plexo braquial causa compressão dos componentes sensitivos e motores do nervo ulnar, re­ sultando em (1) disfunção muscular e atrofia do músculo flexor ulnar do carpo, (2) disfunção muscular e atrofia da parte ulnar do músculo flexor profundo dos dedos, (3) disfunção muscular e atrofia de diversos músculos intrínsecos da mão, e (4) perda da sensibilidade cutânea dos dedos anular e mínimo da mão e da região correspondente da palma. TERMOS DO CASO Pacientes que apresentam esta for­ CLÍNICO ma de câncer de pulmão costumam ser Bursite: In fla m a ç ã o d e u m a tratados inicialmente visando o resta­ b o ls a s in o v ia f belecimento da condição muscular, Miose pupilar: P u p ila a r r e ­ pois esses sintomas em geral causam d o n d a d a e c o n s t r it a ( d iâ m e ­ incômodos maiores do que qualquer t r o re d u z id o ). um dos sintomas respiratórios preco­ Osteoartrite vertebral: A r ­ t r it e d a s a r t ic u la ç õ e s e n t r e ces. O diagnóstico inicial pode incluir d u a s v é rte b ra s. doenças como bursite e osteoartrite Reflexo cilioespinal (refle­ vertebral. Os sintomas podem persis­ xo cutâneo-pupilar): D ila ta ­ tir por vários meses antes da detecção ç ã o d a p u p ila à e s t im u la ç ã o do câncer de pulmão. ■ tá til d a p e le d o p e s c o ç o .

TERMOS CLÍNICOS Asma: Condição caracterizada pela extrema sensibilidade, irritabilidade e inflamação das vias condutoras de ar. Atelectasia: Pulmão total ou parcialmente colabado.

Bronquite: Inflamação do revestimento bron­ quial.

Derrame (efusão) pleural: Acúmulo anormal de líquido na cavidade pleural.

Câncer de pulmão: Um tipo de doença maligna agressiva que se origina nas vias bronquiais ou nos alvéolos.

Embolia pulmonar: Obstrução de uma artéria pulmonar por um coágulo sangüíneo, massa adiposa ou bolha de ar.

652

0 SISTEMA RESPIRATÓRIO

E nfisem a: Doença crônica e progressiva caracte­

rizada por dispnéia e resultante da destruição das superfícies respiratórias de difusão gasosa. Epistaxe: Sangramento nasal causado por trauma,

infecção, alergias, hipertensão ou outros fatores. Fibrose cística (FC): Doença hereditária relativa­ mente comum e fatal, na qual secreções mucosas nos pulmões tornam-se muito espessas, dificul­ tando seu transporte pelas vias respiratórias. Laringite: Infecção ou inflamação da laringe. M anobra de Heimlich: Método de aplicação de

pressão abdominal para forçar a expulsão de corpos estranhos localizados na traquéia ou na laringe. P neum onia: Condição causada por infecção dos lobos dos pulmões e caracterizada por declínio da

função respiratória devido ao extravasamento de líquido para os alvéolos e/ou edema e constrição dos bronquíolos respiratórios. P n e u m o tó ra x : Entrada de ar na cavidade pleural. R essuscitação c a rd io p u lm o n a r (RCP): Apli­ cação de ciclos de compressão à caixa torácica e respiração boca-a-boca para manutenção das funções circulatória e respiratória. Silicose, asb esto se e an tra c o se : Doenças clínicas graves causadas pela inalação de poeira ou outras partículas em quantidade suficiente para sobre­ carregar o sistema de defesa respiratória, resultan­ do na formação de tecido cicatricial pulmonar e redução da função respiratória.

S ín d ro m e d o d esc o n fo rto re sp ira tó rio (SDR): Condição resultante da produção in;

quada de surfactante; caracterizada pelo cola dos alvéolos e pela incapacidade de manter r adequados de difusão gasosa nos pulmões.

T oracocentese: Remoção de uma amostra d<

quido pleural para avaliação diagnostica.

T raqueostom ia: introdução de um tubo atra1

uma abertura feita na parede anterior da traq desviando o fluxo aéreo da laringe que está e\ tualmente lesada ou obstruída por corpo estr T uberculose (TB):_ Infecção pulmonar pela

téria Mycobacterium tuberculosis. Os sintom; variáveis, mas geralmente incluem tosse, doi região torácica, febre, sudorese noturna, fadi perda de peso.

RESUMO PARA ESTUDO Introdução

2. O ar inspirado flui através dos m e a to s n asais su p erio r, m édio e ir (espaços estreitos) e colide com as superfícies das conchas nasai

630

Uma visão geral do sistema respiratório

630

1. O sistem a re s p ira tó rio inclui o nariz, a cavidade nasal e os seios paranasais, a faringe, a laringe, a traquéia e as demais vias condutoras de ar às superfícies pulmonares de difusão gasosa, (ver Figura 24.1) 2. A p a rte s u p e rio r d o siste m a re s p ira tó rio consiste no nariz, na cavidade nasal, nos seios paranasais e na faringe. Essas estruturas iniciam o proces­ so de filtração, aquecimento e umedecimento do ar inspirado. A p a rte in ­ fe rio r do sistem a re s p ira tó rio inclui a laringe, a traquéia, os brônquios, os bronquíolos e os alvéolos nos pulmões. 3. O sistem a re s p ira tó rio consiste em uma parte condutora, que se estende da entrada (narina) da cavidade nasal até os bronquíolos, e uma parte respiratória, que inclui os bronquíolos respiratórios e os alv éo lo s p u lm o ­

A faringe

634

4. A farin g e é a câmara compartilhada pelos sistemas respiratório e digi A p a rte n asal d a farin g e é a sua parte superior. A p arte oral da fai contínua com a cavidade oral; a p a rte laríngea d a faringe inclui a estreita entre o hióide e a entrada do esôfago, (ver Figuras 24.3c,d e 2.

A parte inferior do sistema respiratório

nares. (ver Figura 24.1)

Funções do sistema respiratório

A laringe

631

4. O sistema respiratório (1) oferece uma área para difusão gasosa entre o ar e o sangue circulante; (2) conduz o ar para e a partir das superfícies de difusão gasosa; (3) protege as superfícies respiratórias; (4) defende os ór­ gãos respiratórios e outros tecidos da invasão por patógenos; (5) permite a comunicação vocal; e (6) auxilia na regulação do volume sangüíneo, da pressão arterial e no controle do pH dos líquidos corporais.

O epitélio respiratório

Figura 24.3b,d)

3. O p a la to d u ro separa as cavidades oral e nasal. O palato m ole a parte nasal da faringe da cavidade oral. As cavidades nasais di esquerda se comunicam com a parte nasal da faringe pelos cóanos turas nasais posteriores), (ver Figura 24.3)

631

5. O e p itélio re s p ira tó rio reveste a parte condutora do sistema respiratório até o nível dos bronquíolos de menor calibre. 6. O epitélio respiratório consiste em um epitélio colunar pseudo-estratificado ciliado, com células mucosas. (ver Figura 24.2) 7. O epitélio respiratório produz um muco que aprisiona partículas. Subjacentemente, situa-se a lâ m in a p r ó p r ia (uma camada de tecido conectivo); juntos, o epitélio respiratório e a lâmina própria constituem a tú n ic a m ucosa. (ver Figura 24.2) 8. O sistem a de defesa re s p ira tó ria inclui um mecanismo da túnica mucosa

semelhante ao de uma “escada rolante” (que limpa as vias respiratórias conduzindo o muco com partículas à faringe, que após ser deglutido che­ ga ao estômago), macrófagos alveolares, vibrissas e cílios.

A parte superior do sistema respiratório O nariz e a cavidade nasal

632

632

1. O ar normalmente entra no sistema respiratório através das n a rin a s, que são as aberturas anteriores da c a v id a d e n asal. O v e stíb u lo d o n a riz apre­ senta pêlos (vibrissas) que filtram as partículas maiores em suspensão no ar. (ver Figura 24.3)

6

634

1. O ar inspirado passa por uma estreita abertura, denominada rim a d em seu trajeto até os pulmões; a larin g e circunda e protege a região d A ep ig lo te projeta-se em direção à faringe. (ver Figuras 24.3c,d!24.1 2. Um par de pregas, as p re g as v estib u lares, está posicionado superii te à região da glote. Essas pregas são relativamente inelásticas. As vo cais, mais delicadas, ocupam a região denominada glote. A pa do ar através da rima da glote causa a vibração das pregas vocais, zindo som. (ver Figura 24.5) 3. Os m ú s c u lo s in trín se c o s d a la rin g e regulam a tensão nas prega; e abrem e fecham a rima da glote. Os m ú scu lo s extrínsecos da posicionam e estabilizam a laringe. Durante a deglutição, os dois de músculos contribuem para evitar a entrada de partículas na c da laringe. (ver Figura 24.6)

A traquéia

637

1. A tr a q u é ia estende-se da sexta vértebra cervical até a quinta vért rácica. Subjacente à te la su b m u c o sa estão as cartilag en s traque forma de C, que enrijecem as paredes traqueais e protegem a via parede posterior da traquéia (parede membranácea) pode ser def à passagem de grandes massas de alimento, facilitando sua pass; longo do esôfago durante a deglutição, (ver Figuras 24.2a/24.3c/2

Os brônquios principais

637

1. A traquéia bifurca-se no mediastino para formar os b rô n q u io s p r d ire ito e e sq u e rd o . Os brônquios principais e seus ramos consl árvore bronquial. Cada brônquio principal penetra no pulmão at

C a p ít u l o

hilo do pulmão. A raiz do pulmão é constituída por uma massa de tecido conectivo que sustenta o brônquio principal, os vasos e os nervos pulmo­ nares. (ver Figuras 24.7/24.8)

»spulmões

638 s lobos dos pulmões

638

. Os lobos dos pulmões são separados por fissuras. O pulmão direito apresenta três lobos: superior, médio e inferior, com uma fissura oblíqua separando os lobos superior e inferior e uma fissura horizontal separan­ do o lobo superior do lobo médio. O pulmão direito também apresenta três brônquios lobares: superior, médio e inferior. O pulmão esquerdo apresenta dois lobos: superior e inferior, com uma fissura oblíqua se­ parando os dois lobos; os dois brônquios lobares são o brônquio lobar superior e o brônquio lobar inferior, (ver Figura 24.8)

í faces do pulmão

638

. A face costal do pulmão acompanha a curvatura interna da caixa torácica. A face mediastinal contém o hilo do pulmão, e o pulmão esquerdo apresenta a impressão cardíaca, (ver Figura 24.8) 0 tecido conectivo da raiz do pulmão estende-se até o parênquima do pul­ mão, formando uma série de trabéculas (partições). Estas divisões fibrosas formam septos que dividem o pulmão em lóbulos, (ver Figura 24.9)

i brônquios

pulmonares

640

Os brônquios extrapulm onares (brônquios principais direito e esquer­ do) localizam-se fora do tecido pulmonar. Os brônquios intrapulm onares (que se ramificam no interior dos pulmões) são envolvidos por faixas de músculo liso. (ver Figuras 24.7/24.9/24.10/24.11) Cada pulmão divide-se progressivamente em unidades menores deno­ minadas segmentos broncopulmonares. Esses segmentos são nomeados de acordo com o brônquio segmentar a eles associados. O pulmão direito contém 10 segmentos broncopulmonares, enquanto o esquerdo apresen­ ta 8 a 9. (ver Figuras 24.7/24.9/24.10)

bronquíolos

640

Nos segmentos broncopulmonares, cada brônquio segmentar origina cerca de 50 a 80 bronquíolos terminais que suprem lóbulos individuais. (ver Figuras 24.9/24.11)

ictulos alveolares e alvéolos

643

Os bronquíolos respiratórios abrem-se em dúctulos alveolares; muitos alvéolos estão interconectados a cada dúctulo. (ver Figuras 24.11/24.12) A membrana respiratória (alveolocapilar) consiste em um epitélio esca­ moso simples, constituído por pneumócitos tipo I (células alveolares tipo /); os pneumócitos tipo II (células alveolares tipo II), esparsos no epitélio, produzem uma secreção oleosa (surfactante) que evita o colabamento dos alvéolos. Macrófagos alveolares ( “células de poeira”) patrulham o epitélio e fagocitam partículas estranhas, (ver Figura 24.12)

primento sangüíneo aos pulmões

646

As superfícies respiratórias de difusão gasosa são extensamente conecta­ das ao sistema circulatório através de vasos da circulação pulmonar.

653

24 • O Sistem a Respiratório

A cavidade pleural e a pleura

646

1. Cada pulmão é envolto por uma única cavidade pleural, que é limitada pela pleura (túnica serosa). Os dois tipos de pleuras são a pleura parietal, que reveste a superfície interna da parede torácica, e a pleura visceral, que reveste diretamente os pulmões. O líquido pleural é secretado por ambas as pleuras. (ver Figura 24.13)

Músculos respiratórios e ventilação pulmonar 647 Os músculos respiratórios

647

1. A ventilação pulmonar é o movimento físico do ar para dentro e para fora dos pulmões. Os músculos respiratórios mais importantes são o diafragma e os músculos intercostais externos e internos. A contração do diafragma aumenta o volume da cavidade torácica; os músculos in­ tercostais externos auxiliam na inspiração pela elevação das costelas; os músculos intercostais internos abaixam as costelas e reduzem a largura da cavidade torácica, contribuindo, assim, para a expiração. Os músculos respiratórios acessórios são acionados quando a profundidade e a fre­ qüência respiratórias precisam ser aumentadas de forma mais acentuada. Os músculos acessórios incluem os músculos esternocleidomastóideo, serrátil anterior, transverso do tórax, peitoral menor, escalenos, oblíquos e reto do abdome. (ver Figura 24.14)

Modificações respiratórias ao nascimento

649

2. Antes do nascimento, os pulmões do feto estão colabados e preenchidos por líquido. A primeira respiração infla os pulmões de ar, evitando o seu colabamento completo a partir de então.

Centros respiratórios do encéfalo

649

3. Os centros respiratórios são três pares de núcleos na formação reticular da ponte e do bulbo. O centro rítmico da respiração (área bulbar do ritmo) ajusta o ritmo da respiração. O centro apnêustico produz movimentos inspiratórios intensos e sustentados, enquanto o centro pneumotáxico inibe o centro apnêustico e o centro inspiratório no bulbo, (ver Figura 24.15) 4. Três diferentes reflexos estão envolvidos na regulação da respiração: (1) reflexos mecanoceptores, que respondem a modificações no volume dos pulmões ou na pressão arterial, (2) reflexos quimioceptores, que respon­ dem a mudanças na PCCh, no pH e na P q2 do sangue e do líquido cerebrospinal; e (3) reflexos protetores, que respondem a lesões físicas ou irritação do trato respiratório, (ver Figura 24.15) 5. Processos conscientes e inconscientes também podem controlar a ativi­ dade respiratória, por atuação nos centros respiratórios ou pelo controle dos músculos respiratórios.

Envelhecimento e sistema respiratório

R E V I S Ã O DO C A P Í T U L O ra respostas às questões da R evisão dos C onceitos e R evisão do C apítulo, a a seção de Respostas na p a rte fin a l do livro.

ível 1 - Revisão de fatos e termos socie cada item num erado com a letra do item que m elh o r se relaciona, ilize letras para as respostas nos espaços apropriados.

650

1. O sistema respiratório geralmente é menos eficiente em idosos por cau­ sa (1) da deterioração dos tecidos elásticos, diminuindo a capacidade vital dos pulmões; (2) da restrição dos movimentos da caixa torácica em função de alterações causadas por artrite e pela diminuição da flexibili­ dade das cartilagens costais; e (3) de algum grau de enfisema pulmonar próprio da idade.

Coluna A _ 1. músculos extrínsecos da laringe __ 2. brônquios terciários _ 3. parte nasal da faringe

Coluna B a. parte superior da faringe b. margem súpero-anterior arredondada do nariz c. nariz, cavidade nasal, seios paranasais e faringe

O SISTEMA RESPIRATÓRIO

_ 4. pregas vestibulares _ 5. parte inferior do

d. tubo condutor de ar e. brônquios lobares

sistema respiratório

__ 6. traquéia _ 7. dorso do nariz

f. circunda e protege a região da glote g- laringe, traquéia, brônquios e pulmões _ 8. brônquios secundários h. oferecem proteção para as pregas vocais i. posicionam e estabilizam a laringe _ 9. parte superior do sistema respiratório _ 1 0 . laringe )■ brônquios segmentares 11. O ar que entra no organismo é filtrado, aquecido e umedecido: (a) pela parte superior do trato respiratório (b) pela parte inferior do trato respiratório (c) pelos pulmões (d) pelos alvéolos 12. O surfactante: (a) protege as superfícies dos pulmões (b) fagocita pequenas partículas (c) substitui o muco nos alvéolos (d) ajuda a evitar o colabamento dos alvéolos

20. As placas cartilagíneas nas paredes dos brônquios lobares e segmentares: (a) apresentam função totalmente diferente das cartilagens traqueais (b) sustentam os brônquios e ajudam a mantê-los abertos (c) apresentam particularidades em relação a outros tecidos cartilagíneos, pois são intensamente vascularizadas (d) auxiliam diretamente a difusão gasosa, atuando como defletores para direcionar o fluxo aéreo

Nível 2 - Revisão de conceitos 1. O epitélio do vestíbulo do nariz: (a) não auxilia no processo de filtração do ar (b) contém numerosos cílios curtos (c) contém pêlos que evitam apenas a passagem de pequenas partículas para as cavidades nasais (d) contém pêlos espessos situados junto às narinas evitando a entrada de insetos e partículas grandes 2.

Por que um indivíduo resfriado freqüentemente apresenta grande quan­ tidade de secreção nasal? (a) a resposta do epitélio nasal a agentes irritativos, como os causadores do resfriado comum, é a secreção de muco em quantidades acima do normal para aprisionar partículas virais (b) durante o período do resinado, o intenso umedecimento do ar facilita sua inspiração, e a presença do vírus do resfriado estimula a produção do muco para aumentar esse umedecimento (c) quando o indivíduo espirra, o excesso de saliva é succionado através dos cóanos, preenchendo a cavidade nasal (d) nenhuma razão conhecida

3.

Em que a respiração diafragmatica profunda) difere da respiração costal (superficial)? (a) na respiração profunda, o volume torácico se modifica com a mudança do formato da caixa torácica (b) a respiração profunda desloca o ar para dentro e para fora da árvore bronquial, o que não ocorre na respiração superficial (c) o diafragma se contrai na respiração profunda e permanece em relaxamento na respiração superficial (d) na respiração profunda, os músculos contraem-se para auxiliar tanto na inspiração quanto na expiração

4.

Quantos lobos o pulmão direito apresenta?

13. A parte da faringe que recebe ar e alimento é: (a) a parte nasal da faringe (b) a parte oral da faringe (c) o vestíbulo (d) a parte laríngea da faringe 14. A região da cavidade nasal limitada pelos tecidos flexíveis da parte exter­ na do nariz é: (a) a parte nasal da faringe (b) o vestíbulo do nariz (c) a câmara interna (d) a glote 15. Que aspecto da função da laringe seria comprometido em caso de uma eventual lesão das cartilagens aritenóidea e corniculada? (a) a entrada de ar estaria impossibilitada (b) a movimentação vertical da laringe (para cima e para baixo) durante a deglutição para facilitar a passagem do bolo alimentar estaria impossibilitada (c) a produção de sons estaria prejudicada (d) o indivíduo provavelmente se sufocaria 16. Qual é a função da úvula palatina? (a) não apresenta função conhecida (b) impede a passagem de fragmentos alimentares que poderiam atingir a faringe antes de serem devidamente mastigados para a deglutição, mantendo-os na cavidade oral (c) forma uma barreira entre a cavidade oral e a parte nasal da faringe prevenindo a entrada prematura de materiais na região da faringe (e) é um tecido linfático, da mesma forma que as tonsilas palatinas adjacentes 17. A cartilagem que constitui a base da laringe é a: (a) cartilagem tireóidea (b) cartilagem cuneiforme (c) cartilagem corniculada (d) cartilagem cricóidea 18. As pregas vocais estão localizadas na: (a) parte nasal da faringe (b) parte oral da faringe (c) laringe (d) traquéia 19. A traquéia: (a) é revestida por epitélio escamoso simples (b) é reforçada por cartilagens com o formato da letra C (c) não contém glândulas mucosas (d) não altera seu diâmetro

5. O que é broncodilatação? 6. Qual é a função dos macrófagos alveolares? 7.

Qual é a função dos septos dos pulmões?

8. Quais são as funções dos músculos intrínsecos da laringe? 9. Que pares de cartilagens laríngeas estão envolvidos na abertura e no fe­ chamento da rima da glote? 10. Qual é a parte laríngea da faringe?

Nível 3 - Pensamento crítico 1. O que é asma e como seus sintomas podem ser explicados em termos anatômicos? 2. O cadáver de um recém-nascido foi encontrado abandonado em uma rodovia. Uma das diversas questões para as quais a polícia gostaria de obter respostas relaciona-se ao momento da morte: se a criança nasceu morta ou se morreu após o nascimento. Após autópsia, o legista afirma que a criança estava morta ao nascimento. Explique como o médico pode determinar este fato.

O Sistema Digestório

OBJETIVOS DO CAPÍTULO: 1. R e s u m ir a s fu n ç õ e s d o sis te m a d ige stó rio .

2 . L o c a liz a r o s c o m p o n e n te s d o tra to d ig e s tó rio e d o s ó rg ã o s a c e s s ó rio s , b e m c o m o d e s c re v e r a s fu n ç õ e s de c a d a um deles.

3. D e s c re v e r a o rg a n iz a ç ã o h isto ló g ica e a s c a ra c te rís tic a s g e ra is d a s q u a tro c a m a d a s d o tra to d ig e stó rio .

4. E x p lic a r c o m o o s a lim e n to s in g e rid o s s ã o p ro p e lid o s p o r m e io da a ç ã o d o m ú s c u lo liso a o lo n g o d o tra to d ig e stó rio .

5. D e s c re v e r o p eritô n io , b e m c o m o a lo c a liz a ç ã o e a s fu n ç õ e s d o s m e se n té rio s. 6. D e s c re v e r a e stru tu ra a n a tô m ic a m a c r o s c ó p ic a e m ic r o s c ó p ic a da língua, d o s d e n te s e d a s g lâ n d u la s sa liv a re s, b e m c o m o s u a s lo c a liz a ç õ e s e fu n ç õ e s básicas.

7. D e s c re v e r a e stru tu ra g eral e as fu n ç õ e s da fa rin g e e d o p ro c e s s o d e d eg lu tição . 8. D e s c re v e r a a n a to m ia m a c ro s c ó p ic a , a h isto lo g ia e a s fu n ç õ e s d o esô fa g o.

9. D e s c re v e r a a n a to m ia m a c ro s c ó p ic a e m ic r o s c ó p ic a d o e stô m a g o , s u a s fu n ç õ e s e o s h o rm ô n io s q u e reg u la m s u a s ativid ad es. 10. D e s c re v e r a a n a to m ia m a c ro s c ó p ic a e m ic ro s c ó p ic a d o in te stin o delgado, s u a s fu n ç õ e s e o s h o rm ô n io s q u e re g u la m s u a s a tiv id ad es.

Introdução

1 1 . D e s c re v e r a a n a to m ia m a c r o s c ó p ic a e

656

m ic r o s c ó p ic a d o in te s tin o g ro sso , su a s

Uma visão geral do sistema digestório A cavidade oral A faringe O esôfago O estômago

‘ jT Ç õ e s e o s h o rm ô n io s q u e reg u la m 6 56

s u a s ativ id ad es. 12. D e s c re v e r a a n a to m ia m a c ro s c ó p ic a e

662

r r : r c s c ó p ic a d o fígado, s u a s fu n ç õ e s e o s h o rm ô n io s q u e reg u la m s u a s

666

ativ id a d e s.

1 3 . D e s c re v e r a a n a to m ia m a c ro s c ó p ic a

667

e m ic r o s c ó p ic a da v e s íc u la biliar, su a s fu n ç õ e s e o s h o rm ô n io s q u e reg u la m

668

O intestino delgado O intestino grosso

s u a s ativ id a d e s.

14. D e s c re v e r a a n a to m ia m a c ro s c ó p ic a

6 73

e m ic r o s c ó p ic a d o p â n cre a s, su a s fu n ç õ e s e o s h o rm ô n io s q u e reg u la m

677

s u a s ativ id ad es.

Órgãos digestórios glandulares acessórios (anexos) Envelhecimento e sistema digestório

686

15. D e s c re v e r a s m o d ific a ç õ e s q u e

680

o c o rre m n o s is te m a d ig e stó rio re la c io n a d a s a o p r o c e s s o d e e n v e lh e c im e n to .

O SISTEMA DIGESTORIO

im geral, pouca atenção é dada ao sistema digestório, a menos que iaja alguma alteração no seu funcionamento. Ainda assim, horas dirias de esforço consciente são dedicadas ao processo de preenchê-lo esvaziá-lo. Referências a esse sistema são parte da nossa linguagem otidiana. Podemos ter “sentimentos viscerais”, “querer mastigar” uma déia ou considerar uma opinião “difícil de engolir”. Quando ocorre e fato alguma alteração no sistema digestório, mesmo sendo algo de nenor importância, a maior parte das pessoas imediatamente procura ratamento. Por essa razão, a mídia televisiva promove produtos como remes dentais, enxaguatórios bucais, suplementos vitamínicos, anticidos e laxantes. O sistema digestório consiste em um tubo muscular, denominado ra to d ig e s t ó r io , e vários ó r g ã o s a c e s s ó r io s ( a n e x o s ). A cavidade oral boca), a faringe, o esôfago, o estômago, o intestino delgado e o intestino rosso constituem o trato digestório. Órgãos digestórios acessórios inluem dentes, língua e vários órgãos glandulares, como as glândulas salivaes, o fígado e o pâncreas, cujas secreções são liberadas através de duetos 10 trato digestório. O alimento entra e passa ao longo do trato digestório. .'este trajeto, as secreções dos órgãos glandulares, que contêm água, enziaas, soluções-tampão e outros componentes, auxiliam na preparação de utrientes orgânicos e inorgânicos para absorção pelo epitélio do trato diestório. O trato digestório e os órgãos acessórios trabalham em conjunto -ara desempenhar as seguintes funções: 1. Ingestão: A ingestão ocorre quando alimentos e líquidos entram no trato digestório pela boca. 2. Processamento mecânico: A maioria dos sólidos ingeridos precisa pas­ sar por processamento mecânico antes de ser deglutida. A pressão com a língua e a laceração e a trituração realizadas pela ação dos den­ tes são exemplos de processamentos mecânicos que ocorrem antes da deglutição. Movimentos de mistura e de propulsão realizados pelo trato digestório dão continuidade ao processamento mecânico após a deglutição. 3. Digestão: A digestão é a quebra química e enzima::. ; de acucares complexos, lipídeos e proteínas em pequenas moléculas orgânicas que podem ser absorvidas pelo epitélio digestório. 4. Secreção: A digestão geralmente envolve a ação de ácidos- enzimas e soluções-tampão produzidos por secreção ativa. Algu~ as ieítas secreções são produzidas pelo revestimento do trato digestório. mas a maioria delas é proveniente de órgãos acessórios- como o pâncreas. 5. Absorção: A absorção é o movimento de moléculas orgânicas, eletr: litos, vitaminas e água através do epitélio digestório, e em direçã: ac líquido intersticial do trato digestório. 6. Excreção: Produtos residuais são secretados pelo trato digestório. principalmente por glândulas acessórias (em especial, o fígado ). 7. Compactação: Compactação é a desidratação progressiva de materiais não-digeridos e resíduos orgânicos antes de sua eliminação pelo cor­ po. O material compactado é denominado fezes; d e fe c a ç ã o é a elimi­ nação das fezes pelo corpo.

O revestimento do trato digestório também desempenha função de efesa, protegendo tecidos circunvizinhos contra (1) os efeitos corrosias dos ácidos e das enzimas digestivas; (2) agressões mecânicas, como a brasão; e (3) patógenos ingeridos com os alimentos ou presentes no trato igestório. Em resumo, os órgãos do sistema digestório atuam nos processaíentos mecânico e químico de alimentos que são introduzidos na boca e assam ao longo do trato digestório. A finalidade destas atividades é a de ;duzir estruturas químicas complexas e sólidas de alimento em pequenas íoléculas que possam ser absorvidas pelo revestimento epitelial do trato igestório e transferidas para o sangue circulante.

Uma visão geral do sistema digestório [Figura 2 5 .1] Os principais componentes do sistema digestório são mostrados na Figu­ ra 25 1 Apesar de muitos órgãos do sistema digestório desempenharem funções semelhantes, cada um apresenta certas áreas de especialização e características histológicas distintas. Antes de discutir estas especializações e distinções, consideraremos as características estruturais básicas comuns a todas as porções do trato digestório.

Organização histológica do trato digestório [Figura 25.2] As principais camadas do trato digestório incluem (1) a túnica mucosa, (2) a tela submuccaL 3 a rumai muscular e (4) a túnica serosa. Variações na estrutura dessas quatro camadas ocorrem ao longo do trato digestório. Essas variações estão rdackmadas a funções específicas de cada órgão e região. Secções e vistas diagramaticas de regiões representativas do trato digestório podem ser observadas na Figura 25.2.

A túnica mucosa [Figura 25.2] O revestimento intern3C ii i s t x r á x

U m re flu x o lirrhTsdo 9 x s t c inferior do e s ô fa g o f- e q ^ e ^ a e ^ e - s d c r - = o:s == - ^ e c õ e * * = r d d é n c ia a u m e n ta c o m a o o e s o a c e = g a w r t y r : ' a o t r x se 3 e r a r a p ó s g ra n d e s re fe iç õ e s . O 'e s fin c te ^ ' e ~ 3 0 j e c o : 3_ a»?— a v 1— m e n te re la x a d o p o d e c a u s a r refluxo proiongaD; -e a je r-s a esofagite, o u in fla m a ç ã o d o esô fa g o, p e io co ra d a : : j ~ : . : da s e c re ç ã o g á stric a . O e p ité lio d o e sô fa g o apresenta ooucas defesas co n tra a a g re ssã o d o s á c id o s e d as e n zim as; d is s o resulta inflamaçãa e ro sã o e p ite lia l e d e s c o n fo rto inten so. E p is ó d io s fre q ü e n te s de re flu x o re su lta m na doença do refluxo gastresofágico (DRGE), q u e c a u sa o s in to m a c o m u m e n te c o n h e c id o c o m o p iro se (azia; q u e im ação ). O s im ­ p les ato d e s e e le v a r a c a b e c e ira da cam a , b em co m o o u s o d e m e d ic a ­ ção, re d u z o s s in to m a s da DRGE em m u ito s p acien te s. A lg u n s in d iv íd u o s c o m DRGE p o d e m a p re s e n ta r to sse , a lte r a ç õ e s na fa rin g e e larin g e a lé m d e p ro b le m a s p u lm o n a re s s u p o s ta m e n te c a u s a d o s p elo re flu x : do c o n te ú d o g á s tric o ao lon g o d o e sô fa g o e a s p ira ç ã o para a tra qu éia C o n tu d o , a to s s e p o d e fa v o re c e r o re flu xo g a stre so fá g ico , d e m o d o que e ssa re la ç ã o c a u sa -e fe ito ain d a é in ce rta

C a p ít u l o

FASE ORAL Palato duro Língua Epiglote

Palato mole Bolo alim entar Esôfago

Traquéia

1

>

FASE FARINGEA

25 • O Sistema Digestório

mole, realizada pelos músculos do palato mole, isolando assim a parte nasal da faringe (Figura 25.8a,b). A fase oral é estritamente voluntá­ ria. Entretanto, uma vez que o bolo alimentar penetra a parte oral da faringe, movimentos reflexos são iniciados e o bolo é movimentado em direção ao esôfago. 2. A fase farín g ea inicia-se quando o bolo alimentar entra em contato com os arcos palatoglosso e palatofaríngeo, a parede posterior da farin­ ge, ou ambos (Figura 25.8c,d). A elevação da faringe e da laringe (pelos músculos palatofaríngeo e estilofaríngeo) e o abaixamento da epiglote direcionam o bolo alimentar para a parte laríngea da faringe, posterior­ mente à laringe ocluída. Em menos de um segundo, os músculos constritores da faringe propelem o bolo em direção ao esôfago. Enquanto o bolo alimentar passa através da faringe em direção ao esôfago, os cen­ tros respiratórios são inibidos e a respiração cessa. pág. 649 3. A fase esofágica da deglutição (Figura 25.8e-g) inicia-se com a aber­ tura do “esfin c te r esofágico su p e rio r” . Após passar através do “es­ fincter” aberto, o bolo é empurrado ao longo do esôfago por ondas peristálticas involuntárias; a aproximação do bolo alimentar desen­ cadeia a abertura do “esfin cter esofágico in fe rio r” e o bolo penetra então no estômago (Figura 25.8g,h).

O esôfago [Figuras 25.1/25.8] FASE ESOFAGICA

O esôfago (Figura 25.1, pág. 657) é um tubo muscular oco que conduz alimentos sólidos e líquidos ao estômago. Está situado posteriormente à traquéia 1 Figura 25.8), passa ao longo do mediastino, junto à parede pos­ terior do tórax, e entra na cavidade abdominal através de uma abertura no diafragma, o h ia to esofágico, atingindo o estômago. pág. 278 O esôfago tem aproximadamente 25 cm de comprimento e cerca de 2 cm de diâmetro. Inicia-se no nível da cartilagem cricóidea, anteriormente à vértebra C VI, e termina anteriormente à vértebra T VIP. O esôfago recebe suprimento sangüíneo (1) dos ramos esofágicos do tronco tireocervical e da artéria carótida externa na região cervical, (2) dos ramos bronquiais e dos ramos esofágicos da aorta na região do mediastino e (3) dos ramos esofágicos da artéria frênica inferior e da artéria gástrica esquerda no abdome. O sangue venoso dos capilares esofágicos é drenado pelas veias esofágicas, tireóidea inferior, ázigo e gástricas. O esôfago é inervado pelo nervo vago e pelo tronco simpático via plexo esofágico. págs 463, 588-589 Nem a porção superior nem a inferior do esôfago apresen­ tam um esfincter muscular bem definido comparável àqueles localizados em outras regiões ao longo do trato digestório. Ainda assim, os termos “esfincter esofágico superior” e “esfincter esofágico inferior” (“esfincter cárdico”) são usados para descrever essas regiões porque apresentam função semelhante a de outros esfincteres.

Histologia da parede esofágica [F ig u ra s 2 5 .2 / 2 5 .9 ] 5 * O processo da deglutição. b a . basearia em u n a série de imagens radiográflcas, mostra os estáEgtaação e a moMmentação de materiais da boca ao estômago: (a, b) c ~2se ~3rnsea e (e-h) fase esofágica.

0 processo da deglutição [F ig u ra 2 5 .8 ] é um processo complexo cujo início é controlado voluntaria■eote. que prossegue involuntariamente uma vez iniciado. págs. M6-270 Pode ser dividido em fases oral, faríngea e esofágica. Aspectos funfanentais d e cada fase são ilustrados na Figura 25.8.

A parede do esôfago apresenta túnica mucosa, tela submucosa e túnica muscular comparáveis àquelas descritas anteriormente (Figura 25.2, pág. 658). Existem várias características específicas da parede esofágica, apre­ sentadas na Figura 25.9: ■ A túnica mucosa do esôfago contém um epitélio escamoso estratificado resistente à abrasão. ■ A túnica mucosa e a tela submucosa formam grandes pregas ao longo da extensão do esôfago. Essas pregas permitem a sua ex­ pansão durante a passagem de bolo alimentar maior. Exceto no momento da deglutição, o tono muscular nas paredes mantém a cavidade (luz) fechada.

I . A fase o ral inicia-se com a compressão do bolo alimentar contra o

palato duro. A subseqüente retração da língua, então, força o bolo . ar em direção à faringe e contribui para a elevação do palato

* N. de R.T. Neste trajeto, o esôfago apresenta-se dividido nas partes cervical, torácica e abdominal. Esta é a m enor parte.

txutelo sscarosc cncaoo

Lâmina muscuiar da mucosa

Túnica mucosa

Tela submucosa Túnica muscular Túnica adventícia

F ig u r a 2 5 .9

H is t o lo g ia d o e s ô fa g o .

(a) Vista em baixa potência de uma secçã o transversal do esôfago, (b) Túnica m ucosa esofágica.

O músculo liso da lâmina muscular da mucosa pode ser muito del­ gado ou estar ausente nas proximidades da faringe, mas aumenta sua espessura gradualmente para cerca de 200 a 400 pm conforme se aproxima do estômago.

(3) digestão química do alimento ingerido por meio da quebradeiqgaçSfS químicas realizada por ácidos e enzimas. Esta m istura dc i i d i i f i n i q r ridas com ácidos e enzimas secretados pelas g^adohs do isczi—jq-: prztjas uma massa viscosa, densa e fortemente ácida denoMiaada^MÉML

A tela submucosa contém glândulas esofágicas esparsas. Essas glân­ dulas tubulares simples e ramificadas produzem secreção mucosa que lubrifica o bolo alimentar e protege a superfície epitelial.

Anatomia do estômago Figuras 25

A túnica muscular apresenta uma c am a d a h e lic o id a l de passo c u rto (interna, circular) e uma c am a d a h elico id al de p asso lo n ­ go (externa, longitudinal). No terço superior do esôfago, ambas as camadas contêm fibras musculares estriadas esqueléticas; no ter­ ço médio, encontra-se uma mistura de tecidos musculares liso e estriado esquelético; ao longo do terço inferior, apenas músculo liso é observado. O músculo estriado esquelético e o músculo liso no esôfago são controlados por reflexos viscerais e por isso não ha controle voluntário sobre essas contrações. Não há túnica serosa. Uma camada de tecido conectivo externa à túnica muscular fixa o esôfago em posição contra a parede poste­ rior do corpo. Essa camada fibrosa externa é denominada túnica adventícia. A parte do esôfago de aproximadamente 1 a 2 cm locali­ zada entre o diafragma e o estômago é retroperitoneal, isto é, o pe­ ritônio recobre somente as superfícies anterior e lateral esquerda.

Va REVISÃO DOS CONCEITOS 1. Onde estão localizadas as fauces? 2. Que fenômeno está ocorrendo quando o palato mole, a faringe e a laringe se elevam e esta última é ocluída? 3. Qual etapa da deglutição é voluntária? 4. Quando alguém apresenta pirose (azia; queimação), o que está ocorrendo no esôfago? Veja a seção de Respostas na parte final do livro.

O estômago Q estômago desempenha três funções principais: (1) armazenamento subs­ tancial de alimento ingerido, (2) quebra mecânica do alimento ingerido e

*2 5 1 :

O estômago, que é um órgão intrapfrilnmrJ‘.apaeae—a » É M ^ á r — J expandido lFiguras 25.10 e 25.11 Ll3eaca|MasKgpMs4oifcpaaÍBAíi esquerdo, epigástrio e partes das regiões :i 2 5 .12 ). O tamanho e o formato do de um indivíduo fta ra o a lio c d e m m aciÊ ã çin p a n a M K O form ato em I do esóenasi? z r r a s e r a masa t ta, constituindo a m arg em M ediai á r a o . maior. k>nci. que conscm . marseui kaoerai . E u h e ssi mago m édio, a curvatura m en o r apressic* ajnprm eM o à t a : r Jt.maiam ente 10 cm , e a curvatura m aior m ede eus t o n u iát -K «m. Aí | anterior e posterior são suaven mente se estende entre os níveis das venebras T YH e L ZL O estôm ago e subdividido em quatro re p õ e s —■Ç2T2 S 25 . 11 ):

1. O esôfago faz contato com a margem mediai do esl sim denominada por causa de sua proximidade cc parte súpero-medial do estômago, que tem 3 cm de gástrica. A cavidade (luz) esofágica abre-se na cárdia pelo « 2. A parte do estômago localizada superiormente à iunção esoâgpgpstrica é denominada fu n d o gástrico. O fundo gastnco faz contato com a superfície ínfero-posterior do diafragma. 3. A parte entre o fundo gástrico e as curvaturas do estômago ens for­ ma de J) é o co rp o gástrico. Q corpo é a maior parte do olãMagK funciona como um compartimento para mistura de aÜMcMH ridos e secreções gástricas. 4. A p a rte p iló ric a é a última porção do estôn:i; I - _ - ~: . antro pilórico, que se continua com o corpo gasme: e ns riortai, que se continua com o duodeno, o segmento pr • ” ; o: "ísih*:» delgado. Com a movimentação para misturar o matenai tfia n io ocorre durante a digestão, a parte pilôrica freqüenteme*i$e «sirôiiQi hN. de R.T. O estômago é um a víscera peritonizada (veja N. de R.T. n£ r*ü£. *

I: • 0 S istem a D igestorio

Ligam ento hepatogástnco

i

Omento — m enor

Ligam ento hepatoduodenal

Esôfago (parte abdominal) Diafragma

Cárdia

Baço Artéria gastrom ental esquerda Curvatura menor do estômago

Vesícula biliar Flexura esquerda do colo (esplênica)

Duodeno

Curvatura maior do estômago

Rim direito Artéria gastromental

direita

Rexura direita do coto (hepática)

Omento m aior

(a) Estôm ago, vista anterior

Cárdia

Cárdia C orpo gástrico

Curvatura menor do estômago Músculo esfincter do piloro

Parte pilórica

O ndas do m ovimento de mistura

Duodeno

Duodeno Curvatura m aior do estômago

Músculo esfincter òo piloro

: Radiografia, parte pilórica

Ifb) Radiografia, estôm ago e duodeno

pHgura 25 10 5

~

5

O estômago e os omentos. s - ir "

: t : : e s ::-"5 g : ~

s

d e s o lu ç ã o d e b á r io p a r a a u m e n ta r o c o n t ra s te ,

.

v

r

.

(c) R a d io g r a fia

^:: r

t 5:

~ :

r-:: - :

d a p a r t e p fló r ic a e t í D d a o d f c » a m

seu formato. O m úscu lo esfin cter òm p f lv » r a i a a q uinio através do ó stio p iló ric* para o á n r f a o .

f if t o a ç i»



-- r

* ::

:

-?z

r 5 : : e stô m a g o e d u o d en o,

após d e g lu t iç ã c

c a f c r a a w r o l a n d o a p a s s a g e m d o c o n t e ú d o g á s tric o .

O ^ i f á p o iònu go aumenta nas refeições e diminui conforme o ^ M » á e k » # q iò a i g o e penetra no intestino delgado. Em um estômapÉ

670

O SISTEMA DIGESTÓRIO

F u n d o g á s tric o

E s ô fa g o (parte a b d o m in a

Cárdta

Camada muscular longitucSnai Vasos gastromentais esojerdos

Camada muscular circular

Músculo esfincter do piloro (ao redor do óstio pilórico)

Curvatura menor (margem mediai)

Duodeno

Ctrvatira maor (margem latera'i Canal pilórico Parte pilórica Antro pilórico (a) Estômago, vista anterior

E s ô fa g o

sscx

L o b o h e p á tic o d ire ito

Findo jyy-" < ;i Careta

N e rv o v ago ( N C X)

Curvatura menor D uodeno

Músculo esfincter do piloro

Parte pilórica Vasos gastromentais esquerdos

(b) Vista anterior do estômago e orzsce =ra.=>- e n e

Figura 25.11 Anatomia macroscópica do estômago. (a) A n a to m ia s e x te rn a e in tern a d o e stô m a g o , (b) V ista a n te rio r da p o rç ã o s u p e rio r d a O b se rv e a p o s iç ã o e a o rie n ta ç ã o do e stô m ag o.

zax

a. c f ~ a > K w a D C -

: ---;i

C a p ít u l o

25 • O Sistema Digestório

671

EPIGÁSTRIO (FOSSA OU REGIÃO EPIGÁSTRICA REGIÃO DO HIPOCÔNDRIO ESQUERDO

• Fígado • Estômago

• Estômago • Flexura esquerda do colo REGIÃO DO HIPOCÔNDRIO DIREITO

REGIÃO UMBILICAL (UMBIGO)

• Fígado • Vesícula biliar • Flexura direita do colo

• Estômago • Pâncreas • Intestino delgado

REGIÃO LATERAL DIREITA REGIÃO LATERAL ESQUERDA

• Colo ascendente

• Colo descendente REGIÃO INGUINAL DIREITA • Apêndice vermiforme

REGIÃO INGUINAL ESQUERDA • Colo sigmóide e colo descendente

REGIÃO DO HIPOGÁSTRIO (PÚBICA) • Colo sigmóide e reto

a 25.12

R e g iõ e s e p la n o s d o a b d o m e .

eiaxado (vazio), a túnica mucosa encontra-se disposta de modo a formar _~erosas pregas longitudinais proeminentes, denominadas p re g a s gásric a s í Figura 25.11a). As pregas gástricas permitem a expansão da caviÍí :.' do estômago. Conforme ocorre a expansão, o revestimento epitelial, r_e não é elástico, torna-se plano e as pregas tornam-se menos proemi­ nentes. Em um estômago cheio, essas pregas praticamente desaparecem.

is projeções peritoneais do estômago [Figuras 25.4/25.10a] peritônio visceral que reveste a superfície externa do estômago conti:ua-se com um par de projeções peritoneais extensas. O omento maior orma uma grande expansão que pende como um avental a partir da curitura maior do estômago. O omento maior encontra-se posteriormene a parede abdominal anterior e anteriormente às vísceras abdominais F guras 25.4, pág. 661, e 25.10a). O tecido adiposo no omento maior se dapta ao formato dos órgãos circundados; isso propicia amortecimento r>roteção às paredes anterior e laterais do abdome. Os lipídeos no teci:: adiposo representam uma importante reserva de energia, e o omento naior proporciona isolamento térmico, reduzindo a perda de calor atraci da parede abdominal anterior. O omento menor é uma projeção bem r.enor, que se origina do mesentério ventral primitivo, entre a curvatura r.enor do estômago e o fígado. O omento menor estabiliza a posição do ítómago e oferece uma rota de acesso para vasos sangüíneos e outras -:ruturas que penetram ou partem do fígado.

Suprimento sangüíneo ao estômago Figuras 22.17/22.26/25.10a] ?> três ramos do tronco celíaco oferecem suprimento sangüíneo ao estôrago (Figura 22.17, pág. 589, e 25.10a):

■ A artéria gástrica esquerda irriga a curvatura menor e a cárdia.

■ A artéria esplênica ( lienal) irriga o fundo gástrico diretamente e a curvatura maior através da artéria gastromental esquerda. ■ A artéria hepática comum irriga as curvaturas maior e menor da parte pilórica através da artéria gástrica direita, artéria gastromen­ tal direita e artéria gastroduodenal. As veias gástricas e gastromentais drenam o sangue do estômago para a veia porta do fígado (Fi­ gura 22.26) ao pág. 600

Musculatura do estômago [Figura 25.11a] A lâmina muscular da mucosa e a túnica muscular do estômago contêm camadas adicionais de músculo liso além das típicas camadas circular e longitudinal. A lâmina muscular da mucosa geralmente contém uma ca­ mada circular externa adicional de fibras musculares. A túnica muscular apresenta uma camada interna adicional de músculo liso, cujas fibras são oblíquas (Figura 25.11a). As camadas adicionais de músculo liso forta­ lecem a parede do estômago e desempenham atividades essenciais para misturar e amassar o material ingerido na formação do quimo.

Histologia do estômago

[Figura 25.13] Um epitélio colunar simples reveste t-odas as regiões do estômago. O epi­ télio é uma lâmina secretora que produz uma cobertura de muco que reveste a superfície interna do estômago. : pág. 72 A camada de muco protege o epitélio contra as enzimas e os ácidos na cavidade do estômago. Depressões rasas, denominadas fo v éo las g á stric a s, abrem-se na superfí­ cie do estômago (Figura 25.13). As células mucosas na base, ou colo, de cada fovéola gástrica dividem-se ativamente para a reposição das células superficiais que são continuamente perdidas no quimo. A substituição contínua das células epiteliais proporciona uma defesa adicional contra o conteúdo gástrico. Quando os ácidos e as enzimas digestivas do estó-

t

O S I S T E M A D I G E S T Ó R IO

Cárdia

Esôfago

Diafragma Superfície voltada para a cavidade Abertura de fovéola gástrica Cékias mucosas do coto de uma em u n a aán au s gasrrc s

Corpo gástrico Curvatura menor Omento menor Piloro Pregas gástricas Omento maior Curvatura maior

C euas mjcosas eprteéas

: " do es tômago

Aberturas das fovéolas gástricas

(a) Vista superficial

MEV x 35

Células mucosas do colo de uma fovéola em uma glândula gástrica Lâmina própria

Foveola gástrica

Fovéola gástrica (abertura para a glândula gástrica)

Células mucosas

Colo de uma fovéola em uma glândula gástrica Células parietais

Epitélio mucoso

Células parietais

Vaso linfático

Célula muscular lisa

Glândula gástrica

Lâmina própria Lâmina muscular da mucosa

(e) Células parietacs e mucosas na região colo de uma fòvco ta

Célula G

-Vteria

Tela submucosa Camada muscular oblíqua Camada helicoidal de passo curto (circular) Camada helicoidal de passo longo (longitudinal) Túnica serosa

e veia

Células principais

Grtároufca gastnca

(c) Parede do estômago

Figura 25.13 H istologia da parede do estôm ago. (a) Vista diagramática e colorida de MEV da túnica mucosa gástrica, (b) Fotomicrografia da tu r c a r _c:sa 13 (c) Vista diagramática da organização da parede do estômago. Esta imagem corresponde à vista de 5 k -5 área indicada pelo quadrado na parte (a), (d) Glândula gástrica, (e) Células parietais e mucosas na regiãc :: :: : de urna fovéola gástrica, na parte externa de uma glândula gástrica, (f) Células parietais e células principia 5 cas porções mais profundas de uma glândula gástrica.



C a p it u lo

mago penetram as camadas de muco, as células epiteliais danificadas sao rapidamente substituídas. Células gástricas secretoras No corpo e no fundo gástricos, cada fovéola gástrica comunica-se com muitas g lâ n d u la s g á stric a s que se estendem profundamente, penetran­ do a lâmina própria subjacente. Glândulas gástricas (Figura 25.13b) são glândulas tubulares ramificadas simples, dominadas por três tipos de cé­ lulas secretoras: células parietais, células principais e células enteroendócrinas, esparsas entre os outros dois tipos de células (Figura 25.13c-f). As células parietais e principais trabalham conjuntamente para secretar cerca de 1.500 mL de suco g á stric o por dia. Células que secretam fator intrínseco e ácido clorídrico HC1) são denominadas c élu las p a rie ta is , ou células oxínticas. Elas são especialmente comuns ao longo das porções proximais de cada glândula gástrica. O f a to r in trín s e c o facilita a absorção de vitamina B12 através do revestimento intestinal. A vitamina B12 é necessária para a eritropoese normal. pág. 543 O ácido clorídrico reduz o pH do suco gástrico, mata microrganismos, quebra as paredes celulares e os tecidos conectivos nos alimentos e ativa as secreções das células principais. C élulas p a rie ta is

As célu las p rin c ip a is , ou células zimogênicas, são as mais abundantes nas proximidades da base de uma glândula gástrica. Essas células secretam p e p sin o g ê n io , o qual é convertido pelos ácidos na cavidade do estômago em uma enzima proteolítica ativa (proteína diges­ tiva), a p e p sin a . O estômago de recém-nascidos (mas não o de adultos) imbém produz a re n in a e a lip a se g ástric a , enzimas importantes para a aigestão do leite. A renina coagula as proteínas do leite, enquanto a lipase zastrica inicia a digestão das gorduras do leite. C élu las p rin c ip a is

C élulas e n te ro e n d ó c rin a s Esparsas entre as células parietais e as célu­ las principais estão as célu las e n te ro e n d ó c rin a s. Essas células produzem relo menos sete secreções diferentes. As c é lu las G, por exemplo, são as ;elulas enteroendócrinas mais abundantes nas fovéolas gástricas da par:e pilórica do estômago. Elas secretam o hormônio g a s trin a . A gastrina, que é liberada quando o alimento entra no estômago, estimula a atividade secretora das células parietais e das células principais. Também promove a atividade da musculatura lisa na parede gástrica, aumentando a movi­ mentação para misturar e amassar o material ingerido.

Regulação do estômago A produção de ácido e enzimas pela túnica mucosa gástrica pode ser dire­ tamente controlada pelo sistema nervoso central e regulada indiretamente por hormônios locais. A regulação pelo SNC envolve o nervo vago (inervação parassimpática) e ramos do plexo celíaco (inervação simpática). A visão ou a lembrança de um alimento desencadeia impulsos nervosos motores no nervo vago. Fibras parassimpáticas pós-ganglionares inervam as células parietais, principais e células mucosas do estômago. A estimula­ ção gera um aumento na produção de ácidos, enzimas e muco. A chegada do alimento ao estômago estimula receptores de estiramento na parede do estômago e quimioceptores na túnica mucosa. Contrações reflexas ocorrem nas camadas musculares da parede do estômago, e a gastrina é liberada pelas células enteroendócrinas. As células parietais e principais respondem à presença da gastrina acelerando sua atividade secretora. As células parietais são especialmente sensíveis à gastrina, de forma que a velocidade de produção de ácido aumenta mais significativamente do que i velocidade de secreção de enzima. A ativação simpática leva à inibição da atividade gástrica. Além disso, o intestino delgado produz dois hormâoías que inibem a secreção gástri­ ca. A se c re tin a e a co le c isto q u in u u i . ~ .rrção pelo pâncreas

25 • O Sistema Digestorio

Nota clínica Gastrite e úlceras pépticas A in fla m a ç ã o d a tú n ic a m u c o s a g á s ­ tric a c a u s a gastrite, u m a in fla m a ç ã o s u p e rfic ia l d o re v e s tim e n to d o e s ­ tô m a g o . E sta c o n d iç ã o p o d e d e s e n v o lv e r-s e a p ó s a in g e s tã o d e d rog as, in c lu s iv e á lc o o l e a sp irin a . A g a s trite ta m b é m p o d e o c o rre r a p ó s in te n so e s tr e s s e fís ic o o u e m o c io n a l, in fe c ç ã o b a c te ria n a da p a re d e g á s tric a ou in g e s tã o d e s u b s tâ n c ia s q u ím ic a s d e pH m u ito á c id o o u m u ito a lca lin o . In fe c ç õ e s e n v o lv e n d o a b a c té ria Helicobacter pylori s ã o u m im p o rta n te fa to r na fo r m a ç ã o d e ú lc e ra s; úlcera é u m a e ro s ã o lo c a liz a d a e d ife re n ­ c ia d a d o re v e s tim e n to d o e stô m a g o . E s ta s b a c té ria s s ã o c a p a z e s d e s o ­ b re v iv e r p o r u m p e río d o d e te m p o s u fic ie n te p ara p e n e tra r o m u c o q u e re c o b re o e p ité lio . U m a v e z no in te rio r d a c a m a d a p ro te to ra d e m u co , as b a c té ria s e n c o n tra m um a m b ie n te p ro te g id o c o n tra a a ç ã o d o s á c id o s e d a s e n z im a s g á s tric a s. C o m o p a s s a r d o te m p o , a in fe c ç ã o d a n ific a o re ­ v e s tim e n to e p ite lia l, o q u e g e ra d o is re s u lta d o s p rin cip a is: (1) e ro s ã o da lâ m in a p ró p ria p o r s u c o s g á s tric o s e (2) e n tra d a e d is s e m in a ç ã o d e b a c ­ té ria s a tra v é s da p a re d e g á s tric a para o in te rio r d a c o rre n te sa n g ü ín e a . U m a úlcera péptica d e s e n v o lv e -s e q u a n d o o s á c id o s e a s e n z im a s d ig e s tiv a s c a u s a m a e r o s ã o d a s d e fe s a s d o r e v e s tim e n to d o e s tô m a g o o u d a s p o r ç õ e s p ro x im a is d o in te s tin o d e lg a d o . A s lo c a liz a ç õ e s p o d e m s e r in d ic a d a s p e la u tiliz a ç ã o d o s te r m o s úlcera gástrica (e stô m a g o ) ou úlcera duodenal (d u o d e n o ). Ú lc e r a s p é p t ic a s r e s u lta m d a p r o d u ç ã o e x c e s s iv a d e á c id o o u d a in a d e q u a d a p r o d u ç ã o d o m u c o a lc a lin o q u e im p õ e u m a d e fe s a e p ite lia l. H á u m a e s tim a tiv a d e q u e 50 a 80% d a s ú lc e ra s g á s tric a s e 95% d a s ú lc e ra s d u o d e n a is o c o r r a m e m in d iv íd u o s in fe c ta d o s c o m H. pylori. U m a v e z q u e o s u c o g á s tric o te n h a d e s tr u íd o a c a m a d a e p ite lia l, a lâ m in a p ró p ria , v ir t u a lm e n t e in d e fe s a , s e rá e x p o s ta a o a ta q u e d o s a g e n te s d ig e s tiv o s . D o re s a b d o m in a is a g u d a s o c o r r e m c o m o c o n s e ­ q ü ê n c ia , p o d e n d o h a v e r s a n g ra m e n to . A a d m in is t r a ç ã o d e a n tiá c id o s p o d e m u ita s v e z e s c o n tro la r a s ú lc e ra s p é p tic a s , n e u tra liz a n d o o s á c i­ d o s e p r o p ic ia n d o te m p o p ara q u e a tú n ic a m u c o s a p o s s a s e reg e nera r. A lg u m a s d ro g a s in ib e m a p ro d u ç ã o e a s e c r e ç ã o d e á c id o s. T ra ta m e n to s in te n s iv o s d e a p r o x im a d a m e n te 10 d ia s c o m m ú ltip lo s a n tib ió tic o s p o ­ d e m e lim in a r a H. pylori e c u ra r a m a io ria d a s ú lce ra s, m a s p o d e o c o r r e r re in fe c ç ã o . R e s t riç õ e s n u tr ic io n a is ta m b é m c o n t rib u e m p a ra o tr a ta ­ m e n to , c o m o a lim ita ç ã o da in g e s tã o d e b e b id a s á c id a s e a e lim in a ç ã o da in g e s tã o d e a lim e n to s q u e e s t im u le m a p r o d u ç ã o d e á c id o (p. ex., ca fe ín a ), o u q u e d a n ifiq u e m c é lu la s m u c o s a s d e s p r o te g id a s (p. ex., á l­ cool). Em c a s o s graves, a le s ã o p o d e p ro v o c a r s a n g ra m e n to s ig n ific a tiv o e o s á c id o s p o d e m a té m e s m o c a u s a r a c o rr o s ã o c o m p le ta d a p a re d e d o tr a to d ig e s to rio , in v a d in d o a c a v id a d e p e rito n e a l. E ssa a lte r a ç ã o é c h a m a d a d e úlcera perfurada e e x ig e c o rr e ç ã o c irú rg ic a im e d ia ta .

e pelo fígado; a diminuição da atividade gástrica é um efeito secundário, porém complementar. C REVISÃO DOS CONCEITOS 1. Q u a is sã o a s fu n ç õ e s d o o m e n to m aio r? 2. De q u e m an eira a s c é lu la s d e re v e stim e n to d o e stô m a g o não sã o d a n ific a ­ das, m e sm o e sta n d o em um a m b ie n te d e pH tã o á cid o ? 3. Q ual é a su b stâ n cia s e cre ta d a p e la s c é lu la s p rin c ip a is? 4. Q ue h o rm ô n io s e stim u la m a s e c re ç ã o d a s c é lu la s p a rie ta is e p rin cip a is? Veja a seção de Respostas na parte final do livro.

O intestino delgado [Figuras 25.2a,b/25.10/25.12/25.14 a 25.16] A função primaria, do in te s tin o d e lg a d o está relacionada à digestão e a absorção de nutrientes. O intestino delgado apresenta um comprimento

O SISTEMA DIGESTÓRIO

médio de 6 m (variando entre 5,0 e 8,3 m) e diâmetro variando entre 4 cm jnto ao estômago e 2,5 cm na junção com o intestino grosso. Ele ocupa toda a região abdominal, exceto as regiões do epigástrio e do hipocôndrio esquerdo (Figuras 25.12, pág. 671, e 25.14). Noventa por cento da absor­ ção de nutrientes ocorre no intestino delgado e a maior parte do restante ocorre na porção proximal do intestino grosso. O intestino delgado preenche a maior parte da cavidade abdominal. Sua posição é estabilizada pelo mesentério, fixo à parede posterior do corpo. Movimentos do intestino delgado durante a digestão são restringidos pelo estômago, pelo intestino grosso, pela parede abdominal e pelo cíngulo do membro inferior. As Figuras 25.10, pág. 669,25.12 e 25.14 mostram a posi­ ção do intestino delgado em relação a outros segmentos do trato digestório. O revestimento intestinal apresenta uma série de pregas transver­ sais denominadas p reg as circu lares (Figuras 25.2a,b, pág. 658,25.15a e 25.16b). Diferentemente das pregas gástricas, cada prega circular é uma característica permanente do revestimento intestinal; as pregas circulares não desaparecem com o preenchimento do intestino delgado. Em torno de 800 pregas circulares são observadas ao longo da extensão de um intes­ tino delgado, e a presença dessas pregas aumenta significativamente a área de superfície disponível para absorção.

Partes do intestino delgado [Figura 2 5 . 1 4 ] O intestino delgado apresenta très partes: o duodeno, o jejuno e o íleo (Fi­ gura 25.14).

O duodeno [Figuras 25.4b/25.10b,cJ25.l4] O d u o d en o (Figuras 25.10b,c, pág. 669, e 25.14) é o segmento mais cur­ to e mais largo do intestino delgado; apresenta aproximadamente 25 cm de comprimento. O duodeno é a parte imediatamente após o piloro do estômago, e o óstio pilórico de comunicação é controlado pelo músculo esfincter do piloro. A partir do seu início, no referido esfincter, o duodeno

descreve uma curvatura em C, que se er.;a ^ - :■ rcãc a> 2,5cm proximais é peritonizada e o restante é S K a A n B * n H f o i toneal e localizado entre as vértebras L I e L ! : I: -I. O duodeno assemelha-se a um “recipiente pari muEnrs’’ Tcsáe v quimo a partir do estômago e as secreções digestiva- a r arzr i r ítc-üs e do fígado. Quase todas as enzimas digestivas essenci iOGodíroes x í -y j n r1"'* íttbjJ â ? í jjez7=sc2Hi a i jiiDürc* ao se zproxzTyr db n m •»: p ao a n er essa jhsarTca. : zrr a: ^anKBZto mtestmzl i»i>±5cx->e- TõSiSaEaa: Je I a 2 p a n ~ a *. i a jjgrãc1m àt ac inicia o i r j a a . a rr :n«g«ara. Sotucões-tampão e erjTTiras acs^aia» do t Me. ã: attram no duodeno aproximadamente na metade ia s a n M ã a No m r w da parede do duodeno, o dueto colédom, que se ompr^i ■ do vesícula biliar, e o dueto panereanco, que se origina no pincreas- im niH e e r uma câmara muscular denominadi a m p o la h e p a to p a n c r e a tic i E .= re­ mara abre-se na cavidade do duodeno, em uma pequena protuberãncü ãenominada p a p ila d o d u o d e n o . ou, quando um dueto rir.:re 2 ~ . ~ encontra-se presente, papila maior do duodeno Figuras 25.16 e 25_22fcL O d u o d e n o [F ig u ra s 2 5 .1 6 /2 5 .2 2 b ]

O je ju n o e o íleo [F ig u ra s 25 .1 5 d ,e /2 5 .16] Pregas e v flo sid a d rsp n » necem proeminentes na metade proximal do ieiuno : g_'ís I : ' : : r :

Pregas circulares

JEJUN O Pregas circulares Anatomia m acroscópica do duodeno Túnica serosa Túnica muscular DUODENO

Anatomia macroscópica de ■=- -rc

Tela submucosa Túnica mucosa

Glândulas submucosas do duodeno

Lâmina muscular da mucosa

Nódulos linfáticos agregados (placas de Peyer)

Pregas circulares

Anatomia macroscoptca oz iec

Figura 25.16

Partes do intest -o

aie-iifesiBiuMsi 3 B eçoo do intestino delgado. Odetalhe mostra a secção tra n sv e rsa l nut 1"itimk— -i— i 1 — « a n t l — cada parte do intestino delgado.

V ista d ia g ra m á tic a re s s a lta n d o a s * | s r a s ta to g ra fia s m o stra m a a n a to m ia

no nív el d a

papSadDdtaatfanJlB

C a p ít u l o

i.16). A maior parte da absorção dos nutrientes ocorre neste local. Ao se 'roximar do íleo, as pregas e vilosidades tornam-se menores e continuam iiminuir em tamanho e número até a parte terminal do íleo. Essa redução •termina, em conseqüência, a redução da atividade de absorção; a maior irte da absorção dos nutrientes ocorre antes de o material atingir a parte rminal do íleo. A região adjacente ao intestino grosso apresenta menor íantidade de pregas, e as vilosidades esparsas são rústicas e cônicas. Bactérias, em especial E. coli, são normalmente encontradas habitan) a cavidade do intestino grosso. Essas bactérias são nutridas pela túnica ucosa circundante. As barreiras epiteliais (células, muco e sucos diges.os) e células subjacentes do sistema imunológico protegem o intestino :lgado das bactérias que migram a partir do intestino grosso. Nódulos ifáticos solitários pequenos e isolados encontram-se presentes na lâmina •ópria do jejuno. No íleo, os nódulos linfáticos tornam-se mais nume>sos e fundem-se para formar grandes massas de tecido linfático (Figura 116). Esses centros linfáticos, denominados n ó d u lo s lin fático s agrega»s, ou placas de Peyer, podem atingir o tamanho de cerejas. pág. 617 !es são mais abundantemente distribuídos na parte terminal do íleo, nas roximidades da entrada do intestino grosso, que em geral contém um ande número de bactérias de ação potencialmente prejudicial.

Regulação do intestino delgado informe ocorre a absorção, contrações peristálticas fracas lentamente :. imentam o material ao longo do intestino delgado. Os movimentos :■intestino delgado são controlados principalmente por reflexos neurais ae envolvem o plexo submucoso e o plexo mioentérico. A estimulação o sistema parassimpático aumenta a ativação desses reflexos e acelera as atrações peristálticas e os movimentos de segmentação. Essas contra>es e movimentos, que promovem a mistura do conteúdo intestinal, são n-almente limitados a alguns centímetros a partir do estímulo original, lovimentos intestinais coordenados ocorrem quando o alimento entra o estômago; esses movimentos tendem a propelir o material a partir do Liodeno na direção do intestino grosso. Durante esses períodos, a papila eal permite a passagem de material para o intestino grosso. O controle hormonal e o controle nervoso central regulam a atividae secretora do intestino delgado e das glândulas acessórias. As secreções o intestino delgado são chamadas coletivamente de suco e n té ric o (inístinal). Atividades secretoras são deflagradas por reflexos locais e estiíulação parassimpática (vagai). A estimulação simpática inibe a secreção, élulas enteroendócrinas do duodeno produzem secretina e colecistoquiina, hormônios que coordenam as atividades secretoras do estômago, uodeno, fígado e pâncreas.

£_____________________ G REVISÃO DOS CONCEITOS 1. Q uais são as ca racterísticas h istológicas do intestino delg ad o que facilitam a digestão e a ab so rção de nutrientes? 2. Qual é a fu nçã o das pregas circulares intestinais? 3. Q uais são as fu n çõ e s das glându las (criptas) intestinais?

4.

Q uais são as partes do intestino delgado que atuam para m isturar o m ate­ rial digerido?

25 • O Sistema Digestorio

riormente ao estômago e ao fígado, e circunda quase completamente o intestino delgado (Figuras 25.1, pág. 657,25.12, pág. 671, e 25.14). O intestino grosso apresenta um comprimento médio de aproxima­ damente 1,5 m e uma largura média de 7,5 cm. Pode ser subdividido em três partes: (1) o ceco, a primeira parte do intestino grosso, semelhante a uma bolsa de fundo cego; (2) o colo, a maior porção do intestino grosso; e (3) o reto, os últimos 15 cm do intestino grosso e a parte terminal do trato digestorio* (Figura 25.17). As principais funções do intestino grosso são (1) a absorção de água e eletrólitos, e a compactação do conteúdo intestinal em fezes; (2) a absorção de importantes vitaminas produzidas por ação bacteriana; e (3) o armaze­ namento de material fecal antes da defecação. O intestino grosso recebe suprimento sangüíneo de ramos das artérias mesentéricas superior e inferior. A drenagem do sangue venoso do intesti­ no grosso é realizada pelas veias mesentéricas superior e inferior. págs. 589, 600

O ceco [Figura 25.17] Ao deixar o íleo, o material invade primeiramente uma bolsa expandida em fundo cego denominada ceco. O íleo está ligado à superfície mediai do ceco e se abre na sua cavidade por meio do óstio ileal na papila ileal. Os músculos que circundam esta abertura constituem a “valva ileocecal”** (Figura 25.17), que regula a passagem de materiais para o intestino grosso. O ceco, peritonizado, recebe e armazena materiais, iniciando o processo de compactação. O apêndice verm iform e, oco e delgado, encontra-se conectado à superfície póstero-medial do ceco. O apêndice vermiforme mede aproximadamente 9 cm de comprimento, porém apresenta uma grande variabilidade em ter­ mos de formato e tamanho. Uma faixa de peritônio, o m esoapêndice, liga o apêndice ao íleo e ao ceco. A túnica mucosa e a tela submucosa do apêndi­ ce vermiforme apresentam nódulos linfáticos em abundância, e sua função primordial, como um órgão do sistema linfático, é comparável à função das tonsilas. A inflamação do apêndice produz os sintomas de apendicite.

O colo [Figura 25.17] O colo caracteriza-se por apresentar um diâmetro maior e uma parede mais delgada do que o intestino delgado. Consulte a Figura 25.17 confor­ me são descritas algumas características específicas do colo: 1. A parede do colo forma uma série de bolsas ou abaulamentos, denomi­ nados saculações do colo (haustros), que permitem considerável disten­ são e alongamento. Ao se seccionar o colo longitudinalmente, expondo sua cavidade, observam-se pregas no revestimento mucoso, que se for­ mam entre as saculações, denominadas pregas sem ilunares do colo. 2. Três fitas longitudinais individuais de músculo liso, as tê n ia s d o colo, são visíveis na superfície externa do colo, subjacentes à túnica serosa. 3. A túnica serosa do colo contém numerosas vesículas lipídicas, em for­ mato de gota, denominadas apêndices o m e n ta is (adiposos) do colo (Figura 25.17a).

As regiões do colo [Figuras 25.17a/25.18] O colo é subdividido em quatro regiões: o colo ascendente, o colo transver­ so, o colo descendente e o colo sigmóide (Figura 25.17a). As regiões do colo podem ser vistas claramente na radiografia da Figura 25.18.

Veja a seção de Respostas na parte final do livro.

O colo ascendente iniciase na margem superior do ceco e perfaz trajeto ascendente ao longo da região lateral direita, junto à parede posterior do abdome, e segue até a superfície inferior (face visceral) do figado. Neste ponto, o colo descreve O colo ascen d en te [Figuras 25.4c,d/25.17a]

3 intestino grosso Figuras 25.1/25.12/25.14/25.17] in te stin o grosso, em formato de ferradura, inicia-se jun to à po rte terlinal do íleo e estende-se até o ânus. O intestino grosso localiza-se in te­

3JL E an M h d e, a áfciHi parte do intestino grosso é o canal anal, que é a continua m cznctenstkas próprias.

kã 3: ickx x c a V úe 5L7 V ra

«ie R_T. na p a p n a 674.

O SISTEMA DIGESTÓRIO

Veia esplênica (lienal)

Aorta Veia porta do fígado

Flexura direita do colo (flexura hepática)

Artéria mesentérica superior Veia mesentérica inferior

Veia Mesentérica superior Veia cava inferior

Flexura esquerda do colo (flexura esplênica) Omento mator (seccionado e retirado:

COLO TRANSVERSO

COLO DESC E \ :e \ ~ Veia cóéca e sq u e rz

Artéria cólica média e veia cólica média

Artérs m esensrcs inferror

Artéria cólica direita e veia cólica direita

COLO ASCENDENTE

e s o je r s

Apêndices omentais (adiposos) do colo

Sa-.tfTÕBg dc 33C •“a L s r rs

Artérias e veias ileais

Papila ileal (“valva ileocecal”) e óstio ileal

Artéria reta! superior

Ceco Apêndice vermiforme *Rex_r5 sig n -o o s s'

(a) Intestino grosso, vista anterior

COLO

SJGMOCE

Papila ileal Óstio ileal (“valva ileocecal”)

Ceco (seccionado e aberto) Canal anal Apêndice vermiforme (b) Ceco e apêndice vermiforme

Figura 25.17 O in testino grosso (a) Anatomia macroscópica do i^tesrnc gnasso M O ceco e o apêndice vermiforme. (c) Anatomia detalhada òo f d: i= ra sra

Colunas anais Músculo esfincter interno do ânus Músculo esfincter externo do ânus Ânus* (c) R e : :

:•=".= =r a

a c B H

iM

' N. de R.T. A linha está indicando a parte ertodénníciàvaHÉljHdfe^a^pBpaHBBBrii ànus, que corresponde à abertura do canal anal no mnp fiar? m

2z

M a curva para a esquerda, a flexura d ire ita do colo - A I m i i j direita do colo marca a terminação do c o lo ......... < i c o início lio colo transverso. O colo ascendente é secundariam ente retxoperítocieafc mas superfícies lateral e anterior são recobertas p o r peritõ o io visceral (H5 j ^ s 2 5 .4 c , d, pág. 661 e 2 5 .1 7 a ).

No nível da flexura direita do colo, o colo tra n sv e r­ so curva-se anteriormente e cruza o abdome do lado direito para o lado z5q uerdo. Conforme o colo transverso cruza a cavidade abdominal, sua ■r^ção peritoneal se modifica. O segmento inicial é peritonizado, susten­ i d o pelo mesocolo transverso e separado da parede abdominal anterior : _las lâminas do omento maior. Conforme o colo transverso atinge o lado r^querdo, passa inferiormente à curvatura maior do estômago e torna-se •íomdariamente retroperitoneal. O lig am ento gastrocólico fixa o colo transverso à curvatura maior do :í:ómago. Nas proximidades do baço, o colo transverso descreve uma cur■a em ângulo reto, denominada flexu ra esq u erd a do colo (flexura esplêni, para então prosseguir no sentido inferior como colo descendente.

0 colo tran sv erso

3 colo d escendente

O colo descen d en te continua-se inferiormente ao ongo do lado esquerdo do abdome. Por ser secundariamente retroperirneal, esta parte do colo é firmemente fixa à parede abdominal posterior. S'a fossa ilíaca esquerda, o colo descendente continua-se com um segmen:o em forma de S, o colo sigmóide.

O colo sigm óide (sigma, a letra -rega correspondente ao S) é o segmento em formato de S do intestino zrosso, medindo apenas cerca de 15 cm de comprimento. Inicia-se na “fle­ ctira sigm óidea” e estende-se até o reto (F ig u ra 2 5 .1 7 a ). O colo sigmóide : peritonizado, e no seu trajeto curvo, passando posteriormente à bexiga :rjá ria , é sustentado pelo mesocolo sigmóide (F ig u ra 2 5 .4 , pág. 661).

3 colo sigm óide [Figuras 25.4/25.17a]

Flexura esquerda do co lo (flexura esplênica) Flexura direita do co lo (flexura hepática) C olo transverso S acu lações do colo (haustros) Colo ascendente

Ceco

Sstema Digestório

O re tO ;Figns25ul2/2S.17a^/25.18]

O a d o ã ^ ó ã lc a o É a a tf c z s a o reto. O re to é um segmento secundawímmmmmttr m .n p . jiimfji er aradas por faixas de tecido cortical, denominadas colunas renais. As :: itinas renais têm uma textura granular diferenciada, semelhante àquela do cortex. Um lobo renal contém uma pirâmide renal, a área de córtex renal que a envolve e tecidos adjacentes das colunas renais. A produção de urina ocorre nos lobos renais. Duetos no interior de cada papila renal eliminam urina no interior de um dreno em forma de calice, denominado cálice renal menor. Quatro ou cinco cálices menores :: r.vergem para formar um cálice renal maior, e os cálices maiores con : inam-se para constituir uma grande câmara em forma de funil, a pelve renal A pelve renal, que preenche a maior parte do seio renal, continu =->í com o ureter no hilo renal. A produção de urina é iniciada em estruturas tubulares microscópi­ cas chamadas de néfrons, localizadas no córtex de cada lobo renal. Cada rim tem cerca de 1.250.000 néfrons, com um comprimento combinado, >eqüencial, de aproximadamente 145 km.

O suprimento sangüíneo dos rins [Figuras 22.16/26.4/26.5b/26.9b]

Os rins recebem 20 a 25% do débito cardíaco total. No indivíduo nor­ mal, passam pelos rins aproximadamente 1.200 mL de sangue por mi­ nuto. Cada rim recebe sangue de uma artéria renal, que se origina na superfície lateral da parte abdominal da aorta, nas proximidades do ní­ vel da artéria mesentérica superior. pág. 588 Ao penetrar o seio re­ nal, a artéria renal ramifica-se em artérias segmentares (Figura 26.4). As artérias segmentares, por sua vez, ramificam-se em artérias interlobares que se irradiam para a superfície, em direção à cápsula fibrosa, :stendendo-se através das colunas renais entre as pirâmides, e rumo ao :órtex. As artérias interlobares originam as artérias arqueadas, que

fazem trajeto paralelo ao limite entre o córtex e a medula renal. Cada art. • arqueada origina um número de artérias interlobulares “artérias corticais radiadas”*, que suprem porções do lobo renal adja­ cente. Numerosas arteríolas glomerulares aferentes ramificam-se de cada artéria interlobular a fim de suprir individualmente os néfrons. A rzrr.r cos néfrons, o sangue entra em uma rede de vênulas que convergem r. as veias interlobulares. Em uma imagem especular da dis­ tribuição arterial, as veias interlobulares conduzem o sangue para as veias arqueadas, que drenam para as veias interlobares, as quais se mesclam r - — cr i «ria renal não há veias segmentares. Muitos destes vasos «■ piíacas são visíveis em modelos de peças anatômicas preparadas pe!c técnica de corrosão (Figura 26.5) e em angiografias renais (Figura 26.9b).

Inervação dos rins A produção de urina nos rins é feita em parte por auto-regulação, que envolve alterações reflexas no diâmetro das arteríolas que suprem os né­ frons, modificando assim o fluxo sangüíneo e a velocidade de filtração. O mecanismo hormonal e o mecanismo neural podem complementar ou ajustar as respostas locais. Os rins e ureteres são supridos por nervos do plexo renal. A maior parte das fibras nervosas são fibras pós-ganglionares simpá­ ticas do gânglio mesentérico superior. pág. 457 Um ramo renal pe­ netra em cada rim pelo hilo renal e acompanha a ramificação da artéria renal para alcançar os néfrons individuais. Funções conhecidas da iner­ vação simpática incluem (1) a regulação da pressão e do fluxo sangüíneo renal, (2) a estimulação de liberação de renina e (3) a estimulação direta da reabsorção de água e sódio.

* N . de R.T. As artérias p erfurantes radiadas são ram o s das artérias interlobulares, que a tra ­ vessam a cápsula fibrosa.

C a p ít u lo

26 • O Sistema Urinário

Córtex renal Medula renal

Parte externa da cápsula fibros Medula renal

Pirâmides renais

Pirâmide renal

Parte interna da cápsula fibrosa

Seio renal

Seio renal

Abertura de um cálice renal menor

Tecido adi poso no seio renal

ParteViterna da cápsula fibros

Cálice renal menor Cálice renal maior Hilo renal

Pelve renal Hilo renal

Pelve renal

Cálice renal makx

Cálice renal menc

Lobo renal

Papila renal

Ureter

Papila renal

Colunas------- í------renais Ureter

Lobo renal

Parte externa da cápsula fibrosa

Cápsula fibrosa (a) Secção frontal do rim esquerdo, vista anterior

Costela XII

Cálice renal menor

Cálice renal menor Cálice renal maior Pelve renal

Cálice renal maior Pelve renal

Ureter

Ureter

(b) Cálices e pelve renais

^

Uro9 rama

Figura 26.3 Estrutura do rim. (a) Secção frontal do rim, mostrando as principais estruturas. Os contornos de um lobo renal e de uma pirâmide renal estão indicados por linhas tracejadas, (b) 0 desenho sombreado mostra a disposição dos cálices renais e da pelve renal dentro do rim. (c) Urograma do rim esquerdo, mostrando os cálices renais, a pelve rena e o ureter.

698 K

^ Glomérulo renal

Veias interlobulares

Veia interlobular

Artérias interlobulares (“artérias corti­ cais radiadas”)

Artéria interlobular

Arterícxas glomen-ar aferentes

Artéria arqueada

Néfron cortica

Veia arqueada

Artérias interlobares

Néfron justaspedular

Artérias segmentares Artéria supra-renal

Veia interlobar Artéria renal

Artéria interlobar

Veia renal Cálice renal menor

(b) Circulação no córtex renal Veias iterlobares

Veias arqueadas

Veia renal

Artéria renal

I

Artérias segmentares Artérias arqueadas

(a) Secção frontal

- g j r a 2 6 .4

Suprimento sangüíneo dos rins.

a

.'ista em secçã o , m o stran d o as p rin c ip a is a rtérias e veias; c o m p a re co m as (b) C irc u la ç ã o no c ó rte x renal, (c) Fluxogram a da circ u la ç ã o 'e n a O flu xogram a resu m e o p ad rão da c irc u la ç ã o renal.

I Veias interlobares

Artérias interlobares

Veias arqueadas

t t

Artérias arqueadas

Veias interlobulares »

Artérias interlobulares (“artérias corticais radiadas”)

Vênulas

Arteríolas; glor glomerulares aferentes 2rent

I

*

fíguras 26.3 e 26.8.

4 NÉFRONS

C REVISÃO D OS CON CEITO S 1. Se a su a p re s s ã o s a n g ü ín e a e s tiv e r baixa, q u e a lte ra ç õ e s v o c ê o b se rv a rá n o s rins? 2. A p ó s d e ix a r o s rins, para o n d e vai a urina? 3. Q ual é a fu n ç ã o d o c a lcitrio l?

Capilares peritubulares

Glomérulo renal Arteríolas glomerulares eferentes

(c) Fluxograma da circulação renal

Veja a seção de Respostas na parte final do livro.

Histologia do rim [Figura 26.6] O néfron, unidade básica estrutural e funcional do rim, só pode ser vi­ sualizado ao microscópio. Para maior clareza, o néfron esquematizado na F ig u r a 2 6 .6 foi encurtado e retificado. Uma introdução à estrutura e função do néfron [Figuras 26.4c/26.6/26.7] O tú b u lo re n a l, uma extensa via tubular, inicia-se na cápsula glomeru­ lar, uma câmara em forma de cálice, que constitui o c o rp ú s c u lo re n a l. Este apresenta aproximadamente 200 jj,m (0,2 mm) de diâmetro e contém uma rede capilar denominada g lo m é ru lo re n a l, que consiste em cerca de 50 capilares entrelaçados. O sangue chega ao glomérulo através àe uma a rte río la g lo m e ru la r a fe re n te e continua seu trajeto, saindo pela a r te ­ río la g lo m e ru la r e fe re n te . Estas estruturas do néfron são mostradas na Figura 26.6.

A filtração através das paredes do glomérulo produz uma solução isenta de proteínas, conhecida como filtra d o g lo m e ru la r, ou simples­ mente filtrado. A partir do corpúsculo renal, o filtrado entra em uma lon­ ga via tubular que é subdividida em regiões com diferentes características estruturais e funcionais. As principais subdivisões incluem (1) o tú b u lo c o n to rc id o p ro x im a l (TC P), (2) a alça d o n é fro n , ou alça de Henle, e (3) o tú b u lo c o n to rc id o d is ta i (TCD). Cada néfron esvazia-se no sistem a coletor. Um túbulo coletor, conti­ nuação do túbulo contorcido distai, conduz o filtrado a um d u eto coletor nas proximidades. Os duetos coletores deixam o córtex renal e percorrem um trajeto descendente em direção à medula renal, conduzindo o líquido a um d u eto p ap ila r. Esse líquido é drenado pelos cálices renais até a pelve renal. Néfrons de diferentes regiões apresentam estruturas ligeiramente diferentes. Cerca de 8 5 % dos néfrons são n é fr o n s c o rtic a is, localizados quase inteiramente no interior do córtex renal (Figura 26.7a,e). Em um néfron cortical, a alça do néfron é relativamente curta, e a arteríola glo­ merular eferente conduz o sangue a uma rede de c a p ila re s p e ritu b u la re s

C a p ít u l o

26 • O Sistema Urinário

Aorta, parte abdom inal Tronco celíaco Aorta, parte abdom inal

Artéria e veia suprarenais e squerdas

Tronco celíaco G lândula suprarenal

Artéria m esentérica sup erior

Veia renal esquerda sobrepondo-se à artéria renal

Artéria renal direita Artéria renal esquerda

Artéria renal esquerda

Cálice renal menor Cálice renal maior Pelve renal

Pelve renal Rim esquerdo

Ureter Ureter RIM ESQUERDO (a) Rim esquerdo e vasos relacionados, vista anterior

(b) Modelo preparado por meio da técnica de corrosão

Figura 26.5 Vasos e fluxo sangüíneo renal. (a) Rim esquerdo, ureter e vasos associados. Os vasos foram injetados com látex para facilitar sua visualização, (b) Peça m ostrando as artérias e as vias de condução da urina no rim; preparação realizada por m eio da té cnica de corrosão.

que circundam completamente os túbulos renais. Esses capilares drenam em vênulas que conduzem sangue às veias interlobulares (Figura 26.4c). Os 15% de néfrons remanescentes, denominados n é fro n s ju sta m e d u la res (justa, próximo), estão localizados em uma região mais próxima da medula renal e apresentam longas alças que se estendem para o interior das pirâmides renais (Figura 26.7a,f). Por serem mais numerosos que os néfrons justamedulares, os néfrons corticais desempenham a maior parte das funções renais de reabsorção e secreção. Entretanto, os néfrons justa­ medulares criam as condições necessárias para a produção de urina con­ centrada. A urina que chega à pelve renal é bastante diferente do filtrado pro­ duzido no corpúsculo renal. O processo de filtração passiva promove o movimento através de uma barreira que se baseia apenas no tamanho dos solutos. Um filtro com poros grandes o suficiente para permitir a pas­ sagem de produtos residuais orgânicos não consegue evitar a passagem de água, íons e outras moléculas orgânicas, como glicose, ácidos graxos e aminoácidos. Outros segmentos distais do néfron são responsáveis pela ■ reabsorção de todos os substratos orgânicos úteis do filtrado; ■ reabsorção de mais de 80% da água no filtrado; e ■ secreção no filtrado dos produtos residuais que passaram pela bar­ reira no processo de filtração. Examinaremos agora cada um dos segmentos de um néfron justamedular em maiores detalhes.

O corpúsculo renal [Figuras 26.6/26.8c-e] O corpúsculo renal apresenta um diâmetro médio de 150 a 250 pm e inclui (1) o novelo capilar do glomérulo renal e (2) o segmento inicial expandido do túbulo renal, uma parte denominada c á p su la g lo m e ru lar, ou cápsula de Bowman. O glomérulo projeta-se no interior da cáp­ sula glomerular do mesmo modo que o coração projeta-se no interior

da cavidade do pericárdio (Figura 26.8c). A parede externa da cápsula é revestida por e p ité lio p a rie ta l ( capsular), escamoso simples, e es:: camada continua-se no e p ité lio v isc e ra l (glomerular ) que recobre oí capilares glomerulares. O epitélio visceral consiste em células grandes com processos complexos que envolvem os capilares glomerulares. Es tas células especializadas, denominadas p o d ó c ito s (podos, pés + cytcs. célula), podem ser observadas na Figura 26.8c-e. O e sp aço c a p su la r separa o epitélio parietal do visceral. A conexão entre o epitélio visceral e o parietal está localizada no p ó lo v a sc u la r do corpúsculo renal. No pólo vascular, os capilares glomerulares são ligados às arteríolas glome­ rulares. O sangue chega a esses capilares através da arteríola glomerular aferente e continua seu trajeto na arteríola glomerular eferente, de me­ nor diâmetro (Figura 26.8c). (Esta disposição vascular específica sera discutida posteriormente em maiores detalhes.) A filtração ocorre quando a pressão impele o líquido e os solutos neic dissolvidos para fora do glomérulo, passando para o espaço capsular. O filtrado resultante é muito semelhante ao plasma do qual foram removi­ das as proteínas sangüíneas. O processo de filtração envolve a passagem através de três barreiras físicas (Figura 26.8d): 1. O endotélio capilar: Os capilares glomerulares são capilares fenestradc; com poros variando de 60 a 100 nm de diâmetro (0,06 a 0,1 pm pág. 575 Estas aberturas são pequenas o suficiente para evitar a passagem de células sangüíneas, mas não para restringir a difusão de solutos, mesmo os do tamanho das proteínas do plasma. 2. A lâmina basal'. A lâmina basal que envolve o endotélio capilar apre­ senta uma lâmina densa cuja densidade e espessura é muitas vezes maior do que a de uma lâmina basal típica. A lâmina densa do glo­ mérulo renal restringe a passagem das proteínas plasmáticas maiorev mas permite o trânsito de proteínas plasmáticas menores, nutrientes e íons. Diferentemente das outras lâminas basais no corpo, a lâmin: densa pode envolver dois ou mais capilares. Quando o faz, células

700

O S I S T E M A URINÁRIO

NÉFRON

SISTEMA COLETOR TÚBULO CONTORCIDO DISTAL

TUBULO CONTORCIDO PROXIMAL

Secreção de íons, ácidos, drogas, toxinas

Núcleo Microvilosidades Reabsorção variável de água, íons sódio e cálcio (sob controle hormonal)

Mitocôndrias

Túbulos coletores Reabsorção de água, íons e todos os nutrientes orgânicos

Túbulo renal Dueto coletor

TÚBULOS COLETORES E DUCTO COLETOR

Arteríola glomerular eferente — 1 Arteríola glomerular aferente —

CORPÚSCULO RENAL

J

Início do ramo descendente da alça

Epitélio parietal (capsular) Espaço capsular Epitélio visceral ■glomerular)

Ramo descendente

Reabsorção variável de água e reabsorção ou secreção de íons sódio, potássio, hidrogênio e bicarbonato

Terminaçao do ramo ascendente da alça a scen den te

Capilares do glomérulo renal

DUCTO PAPILAR

J /

V

Produção de filtrado

Ramo ascendente, grosso

C a lice renal menor

|

Condução de urina ao cálice renal menor

)

Ramo descendente, delgado

©oUO * 1

ALÇA DO NÉFRON (DE HENLE)

o Io Continuação da reabsorção de água (ramo descendente) e reabsorção de íons sódio e cloro (ramo ascendente) I

g u ra 2 6 .6

U m n é f r o n t íp ic o .

s ta diag ram ática m o stran d o a estrutura histoló gica e as p rin cipa is fu n çõ e s de cad a seg m e n to do néfron (roxo) e do siste m a co le to r (amarelo).

m e sa n g ia is situam-se entre células endoteliais de capilares adjacen­ tes. As células mesangiais (1) oferecem sustentação física aos capila­ res, (2) fagocitam matérias orgânicas que de outro modo poderiam obstruir a lâmina densa e (3) regulam os diâmetros dos capilares glomerulares, dessa forma desempenhando função na regulação da filtração e do fluxo sangüíneo glomerular. 3. O epitélio glomerular. Os podócitos apresentam longos processos ce­ lulares que envolvem as superfícies externas da lâmina basal. Esses delicados “pés”, ou p ro c e sso s se c u n d á rio s (Figura 26.8d,e), estão separados por espaços estreitos denominados fe n d a s d e filtra ç ã o . Como as fendas de filtração são muito estreitas, o filtrado que chega ao espaço capsular é composto de água com íons dissolvidos, peque­ nas moléculas orgânicas e poucas ou nenhuma proteína plasmática.

Além dos resíduos metabólicos, o filtrado contém outros compostos Tgânicos como glicose, ácidos graxos livres, aminoácidos e vitaminas.

Estes materiais potencialmente úteis são reabsorvidos pelo túbulo con­ torcido proximal.

O túbulo contorcido proximal [Figuras 26.6/26.7a,b/26.8c] O túbulo contorcido proximal (TCP) é a primeira parte do túbulo renal. A entrada para o TCP localiza-se qugse em oposição ao pólo vascular do corpúsculo renal, no p ó lo tu b u la r do corpúsculo renal (Figura 26.8c). O revestimento do TCP consiste em um epitélio cubóide simples, cujas su­ perfícies apicais são recobertas por microvilosidades, aumentando a área para reabsorção (Figuras 26.6 e 26.7a,b). Estas células absorvem ativa­ mente nutrientes orgânicos, íons e proteínas plasmáticas (quando presen­ tes) a partir do filtrado conforme ele passa ao longo do TCP. À medida que estes solutos vão sendo absorvidos, forças osmóticas deslocam a água através da parede do TCP e em direção ao líquido intersticial circundante, que é denominado líquido peritubular. A função primordial do TCP é a

C a p ít u lo

26 • O Sistema Urinário

Túbulos contorcidos proximais

Túbulos contorcidos distais

Túbulo contorcido proximal Corpúsculo renal Túbulo contorcido distai Túbulos coletores

Néfron cortical

Néfron justamedular

(b) Túbulos contorcidos

Túbulos contorcidos distais Túbulo contorcido proximal Glomérulo

4

Epitélio visceral Epitélio parietal

Ramo des­ cendente, delgado

Espaço capsular

Alça do néfron Ramo oe Henle) ascendente, grosso

(c) Corpúsculo renal

Medula renal Dueto coletor

Dueto coletor Ramos ascendentes, grossos

Dueto papilar

Ramos descendentes, delgados Papila renal

Capilares das arteríolas retas

Cálice renal menor

(d) Alças dos néfrons e duetos coletores (a) Néfron cortical e néfron justamedular

- Capilares — peritubulares Glomérulo renal

Arteríola glomerular eferente Pólo vascular do corpúsculo renal Arteríola glomerular aferente

Túbulo contorcido proximal (TC

Túbulo contorcido distai (TCD) Arteríolas retas Dueto coletor

Figura 26.7 Histologia do néfron. (a) Orientação dos néfrons corticais e justamedulares. (b) Túbulos contorcidos proximais e distais, (c) 0 corpúsculo renal, (d) Alças dos néfrons, duetos coleto­ res e arteríolas retas, (e) A circulação em um néfron cortical. (f) A circulação em um néfron justamedular. A extensão da alça do néfron não foi representada em escala.

Capilares peritubulares ■ Alça d o ---néfron (e) Néfron cortical

(f) Néfron justamedular

702

O SIST EMA URINÁRIO

Cápsula glomerular Epitélio parietal

Pólo vascular

Túbulo contorcido proximal

Arteríola glomerular eferente

Epitélio visceral (podócito)

Pólo tubular

Túbulo contorcido distai Corpúsculo renal Túbulo contorcido distai

Alça do néfron

Mácula densa

Com plexo justaglom erular

Células justaglomerulares

Túbulo contorcido proximal

Células mesangiais extraglom eru lares

Espaço capsular

Dueto coletor Capilar glomenj-ar Arteríola glomerular aferente (a) Néfron justamedular

(c) O corpúsculo renal

Capilares peritubulares

Núcleo

G kxnérulo renal Podócito Arteríola glom e­ rular aferente Poros

-.'te n d a glomeru'ar eferente Artéria interlobular

Células m esangias Célula endoteJial capilar Fendas de filtração

(b) Glomérulos renais e v a so s sangüíneos asso ciad o s

— Lâmina \ densa G lóbúlo vermelho

Processos secundários

Capilares glomerulares Podócito (célula epitelial visceral

Espaço capsular Epitélio parietal

Processos secundários (d) O aparelho de filtração

F ig u r a 2 6 3

O corpúsculo renal.

C o ^ s a r a ç à o e n t r e - T ia im a g e m d ia g r a m á t ic a e u m a m ic r o g r a fia e le tr ô n ic a d e v a r r e d u r a (M EV)

(a) E s tr u tu r a (e) Um podócito

e lo c a liz a ç ã o d e u m n é fr o n ju s t a m e d u la r .

(b)

M E V d e v á r io s c o r p ú s c u lo s ren ais,

m o s t r a n d o s u a s e s t r u t u r a s tr id im e n s io n a lm e n t e . [© R. G. K e s s e l e R. H. K a r d o n , " T is s u e s a n d O rg a n s : A T e x t- A t la s o f S c a n n in g E le c t r o n M ic r o s c o p y , " W. H. F r e e m a n & C o .f 1 9 7 9 . T o d o s o s d ir e it o s r e s e rv a d o s .]

(c) O

c o r p ú s c u lo re n a l. A s s e t a s in d ic a m o tr a je to d o flu x o s a n g ü ín e o ,

R e p r e s e n t a ç ã o d o a p a r e lh o d e filtr a ç ã o .

(e) M E V

(d)

c o lo r id a d e u m a m ic r o g r a fia e le t r ô n ic a d a s u ­

p e r f íc ie d e u m g lo m é r u lo re n a l, m o s tr a n d o p o d ó c it o s in d iv id u a is e p r o c e s s o s s e c u n d á rio s .

C a p it u l o

ibsorção. Conforme o líquido passa ao longo do TCP, as células epiteliais reabsorvem virtualmente todos os nutrientes orgânicos e as proteínas plasmaticas e 60% dos íons sódio, íons cloro e água. O TCP também absorve ativamente íons potássio, cálcio, magnésio, bicarbonato, fosfato e sulfato.

A alça do néfron (deHenle) [Figuras 26.6/26.7a,d] O túbulo contorcido proximal termina-se em uma curva acentuada que o direciona para a medula renal. Essa curva marca o início da alça do néfron Figura 26.7a,d). A alça do néfron pode ser dividida em ra m o descen ­ d en te e ra m o ascendente. O ramo descendente faz trajeto em direção à pelve renal, e o ascendente retorna em direção ao córtex renal. Cada ramo contém um seg m en to grosso e um seg m en to delg ad o (Figuras 26.6 e 26.7a,d). [Os termos delgado e grosso referem-se à espessura do epitélio e não ao diâmetro da cavidade (luz) do túbulo.] Os segmentos grossos são os encontrados mais próximos ao córtex, enquanto os segmentos delgados localizam-se nas porções mais pro­ fundas da medula renal, revestidos por um epitélio escamoso. O espes­ so ramo ascendente, que se inicia profundamente na medula, contém mecanismos de transporte ativo que bombeiam íons sódio e cloro para fora do líquido tubular. Como resultado desta atividade de transpor­ te, o líquido intersticial medular contém concentrações extremamente elevadas de solutos. A concentração de solutos em geral é expressa em miliosmols (mOsml). Nas proximidades da base da alça, na parte mais profunda da medula renai, a concentração do líquido intersticial é apro­ ximadamente quatro vezes maior que a do plasma (1.200 mOsmls versus 300 mOsmls). Os ramos delgados ascendentes e descendentes apresen­ tam livre permeabilidade à água, mas são relativamente impermeáveis aos íons e outros solutos. A alta concentração osmótica ao redor da alça do néfron resulta em um fluxo de água para o exterior do néfron. Essa água é absorvida por capilares delgados das a rte río la s re tas, que retor­ nam o líquido para a circulação geral. O efeito em rede é que a alça do néfron reabsorve um adicional de 25% da água do líquido tubular e percentuais ainda maiores de íons sódio e cloro. A reabsorção no TCP e na alça do néfron normalmente recupera todos os nutrientes orgânicos, 85% da água e mais de 90% dos íons sódio e cloro. O restante de água, íons e todos os resíduos orgânicos filtrados no glomérulo renal permanecem na alça do néfron e atingem o túbulo contorcido distai.

O túbulo contorcido distai [Figuras 26.6/26.7b,c/26.8a,c,d] O ramo ascendente da alça do néfron termina quando ele forma um ân­ gulo agudo que posiciona a parede tubular em contato íntimo com o glo­ mérulo renal e os vasos que o acompanham. O túbulo contorcido distai (TCD) inicia-se nesta curva. A porção inicial do TCD cruza o pólo vascu­ lar do corpúsculo renal, passando entre as arteríolas glomerulares aferente e eferente (Figura 26.8a,c,d). Visto em secção transversal (Figuras 26.6 e 26.7b,c), o TCD difere do TCP nos seguintes aspectos: (1) o TCD tem diâmetro menor, (2) as células epiteliais do TCD não apresentam microvilosidades e (3) os limites entre as células epiteliais do TCD são evidentes. Estas características refletem as principais diferenças funcionais entre as duas regiões dos túbulos contor­ cidos: o TCP está envolvido primordialmente com a reabsorção, enquanto o TCD está envolvido principalmente com a secreção. O túbulo contorcido distai é um importante local para (1) a secreção ativa de íons, ácidos e outros materiais; (2) a reabsorção seletiva de íons sódio e cálcio do líquido tubular; e (3) a reabsorção seletiva de água, o que :ontribui para concentrar o líquido tubular. As atividades de transporte ie sódio que ocorrem no TCD são reguladas pelos níveis de cildosterona rirculante, secretada pelo córtex da glândula supra-renal. pág. 516

26 • 0 Sistema Urinário

O com plexo ju s ta g lo m e ru la r [F igura 26.8c] As células ep ' túbulo contorcido distai imediatamente adjacentes à arteríola c' — aferente no pólo vascular do glomérulo são mais alongadas do que as :cservadas em outros locais ao longo do TCD. Esta região do TCD. detalhàcz na Figura 26.8c, é denominada m ácu la densa. Essas células monitorem a concentração de eletrólitos (especificamente dos íons sódio e cloro - : líquido tubular. As células da mácula densa estão intimamente as^ndacas a fibras diferenciadas de músculo liso na parede da arteríola glomer_-ir aferente. Essas fibras musculares são conhecidas como células justaglom éru lares {justa, perto). As células m esangiais extrag lo m eru lares o espaço entre o glomérulo, as arteríolas glomerulares aferente «'etere-:; e o TCD. Juntamente com a mácula densa, as células justaglomem.irr- ; as células mesangiais extraglomerulares constituem o com plexo justaglo­ m eru lar, ou aparelho justaglomerular, uma estrutura endócrina que se­ creta dois hormônios: a renina e a eritropoetina, descritos no Capitule 1pág. 518 Esses hormônios, liberados quando a pressão sangüínea ren^ o fluxo sangüíneo ou o nível de oxigênio local diíninuem, causam aume:.:: da volemia, dos níveis de hemoglobina e da pressão sangüínea, restaurarc: assim a velocidade e a proporção normal de produção de filtrado.

O sistema coletor [Figuras 26.6/26.7a,d,e,f]

\

O túbulo contorcido distai, o último segmento do néfron, abre-se pari : sistema coletor, que consiste em túbulos coletores, duetos coletores e dustospapilares (Figura 26.7a,d). Os túbulos coletores individuais coneeram cada néfron ao dueto coletor mais próximo (Figura 26.7a,e,f l. Cada cu ;to coletor recebe líquido de vários túbulos coletores, drenando nerrors corticais e justamedulares. Vários duetos coletores convergem p ari es­ vaziarem-se no dueto papilar maior, que se esvazia em um cálice reru menor, deste para um cálice renal maior e finalmente para a pelve renal O epitélio de revestimento do sistema coletor inicia-se como um ep::elic cubóide simples, nos túbulos coletores, e se transforma em um epiteiio colunar nos duetos coletores e papilares (Figura 26.6). Além de transportar líquido tubular dos néfrons à pelve renal, o sis­ tema coletor faz os ajustes finais em sua concentração osmótica e volume. O mecanismo regulador modifica a permeabilidade dos duetos coiet. re à água. Esta modificação é importante porque os duetos coletores pas­ sam através da medula, onde a alça do néfron estabeleceu concentrac :-es elevadas de soluto no líquido intersticial. Se a permeabilidade do ducrc coletor for baixa, a maior parte do líquido tubular que chega ao due­ to coletor irá para a pelve renal e a urina será diluída. Por outro lado. se a permeabilidade do dueto coletor for alta, o fluxo osmótico da para o exterior do dueto e em direção à medula renal estará aum er:;: Isso resultará em uma pequena quantidade de urina altamente cor. cen­ trada. O hormônio antidiurético (HAD ou vasopressina i é responsave pelo controle da permeabilidade do sistema coletor. pa e 51CQuana: mais elevados os níveis de HAD circulante, maior a quantidade ce :r_. reabsorvida e mais concentrada a urina.

*________________ Ui REVISÃO DOS CONCEITOS 1. D e scre v a o trajeto d e um a gota d e san g ue d e sd e a artén a

bs j~

glom érulo, e de volta para a veia renal. 2. D escreva o trajeto do filtrado ao ser co n d u zid o de um g lo r-^ '. : - 3.

cá lice renal menor. E x p l i q u e p o rq u e a filtração isolad am ente não é s u fic ie r :e

cia urina. 4.

Qual é a fu nçã o da alça d o néfron? Veja a seção de Respostas na partt - - - ■

'

O S IS T EM A URINÁRIO

Nota clínica Avanços no tratamento da insuficiência renal um rim norm al é su ficien te para filtrar o sangue e m anter a hom eostase. A in su ficiên cia renal não se m anifestará a m en o s que o s d o is rins e stejam lesados. O c o n tro le da in su ficiên cia renal crô n ica tip ica m e n te restringe a ingestão de água e de sal e m inim iza a quantidade de proteína s na dieta. Esta c o m b in ação reduz a sobrecarga no sistem a urinário, m inim iza ndo o volum e de urina produzid a e evitando a ge ração de grandes qua n tid a d e s de re síd u os nitrogenados. Se o c o n tro le n u tric io n a l e m e d ic a m e n to s o não fo r s u fic ie n te para e sta b iliza r a c o m p o s iç ã o do sangue, m e d id a s m a is d rá s tic a s sã o a d o ta ­ das. Na hemodiálise, um a m áq u in a de d iá lise c o n te n d o um a m em bran a artificial é u tiliza d a para re g u la riza r a c o m p o siç ã o do sangue. Para a d iá li­ se renal te m p o rária, um tu b o de silic o n e (shunt) é in tro d u zid o e n tre um a artéria e um a v eia de m é d io calibre. (A lo c a liza çã o típ ic a é no an te braço, e m b ora alg u m a s v e z e s a perna seja utilizada.) E nquanto c o n e c ta d o à m á­ quina de diálise, o p a cie n te p e rm a n e c e se n ta d o , e m rep ouso, à m ed ida que o sa ngue circu la do shunt arterial para d e n tro da m áquina, re torn a n do pelo shunt veno so. O flu xo de sa n g u e do p a cie n te pa ssa po r um d o s lados de um a membrana artificia l se le tiv a m e n te p erm eável, q u e c o n té m poros su fic ie n te m e n te g ra n d e s para p e rm itir a d ifu sã o de p e q u e n o s íons, m as p e q u e n o s o su fic ie n te para e v ita r a pe rda de p ro te ín a s p la sm á tica s. Do ou tro lado da m e m b ra n a flui um líq u id o e sp e cia l, d e n o m in a d o líquido de diálise. C o n fo rm e o c o rre a d ifu sã o atravé s da m em brana, a c o m p o siç ã o do sangue é m o difica da. ío ns p otássio, fo sfato e sulfato, alé m de uréia, creatinina e á c id o úrico, d ifu n d e m -se para o líq u id o de diálise. ío n s b ica rb o n a to e g lic o se d ifu n d e m -se para a c o rre n te sangüín ea. Na realidade, a d ifu sã o através da m e m b ra n a d e d iá lise s u b stitu i a filtra ç ã o g lo m e ru la r norm al. A s c a ra c te rís tic a s do líq u id o d e d iá lise p o d e m s e r m o d ifica d a s para cada

p a cie n te de m od o a g a ra n tir a p e rm a n ê n c ia de m e ta b ó lito s im p o rta n te s na c o rre n te sangüín ea, e vita n d o su a difu sã o atravé s da m em brana. C o m o altern ativa à hem od iálise, a diálise peritoneal utiliza o re ve s: m ento p eritoneal co m o um a m em bran a de diálise. O líquid o de d iá lise é ntro d u zid o no pe ritô n io através de um ca te te r na pa re d e ab dom in al, senoo retirado e re in tro d u zid o em in te rv alo s de tem po. Um ú nico procedim e^ :3 e n vo lv e um c ic lo de d o is litro s de líq u id o em um a hora: 15 m in u to s infusão, 30 m in u to s para tro c a s e 15 m in u to s para a re m o çã o do líquid o Esse p ro ce d im e n to pod e se r re a lizad o em a m b ie n te h o sp itala r ou d o r : • liar. Na diálise peritoneal ambulatorial contínua (DPAC), o pa cie n te faz um a a u to -a d m in istra çã o de 2 litro s de líquid o de d iá lise através do c a te te ' e pe rm a n ece em atividade norm al por um período de até 4 a 6 horas, q u a rdo o líquid o de diá lise no c o rp o é su b stitu íd o por liquid o de d iá lise novo. P ro v a v e lm e n te a s o lu ç ã o m a is sa tisfa tó ria para a q u a lid a d e de vida glob al d o p a cie n te seja o transplante renal: a im p la n ta çã o de um n ovo rirr o b tid o de um d o a d o r vivo ou de um cadáver. O rim d a n ifica d o é re m o vid o e se u su p rim e n to sa n g ü ín e o é ligado ao do tra n sp lan ta do. Um e n x e rto ar­ terial é in tro d u zid o para a c o n d u ç ã o do sa n g u e da artéria ilíaca ou da aorta ao órgão tra n sp lan ta do, o qual é c o lo c a d o na c a v id a d e p é lvica ou na parte in fe rio r da c a v id a d e ab d o m in a l. O in d ic e de s u c e s s o para o tra n sp la n te renal varia; atua lm e n te , 85 a 95% d o s tra n sp la n te s sã o b e m -su c e d id o s no p rim e iro ano. O uso de rins d o a d o s p or p a re n te s p ró x im o s au m e n ta sig ­ n ifica tiv a m e n te as c h a n c e s d e q u e o tra n sp la n te seja b e m -su c e d id o por c in c o an o s ou m ais. D rogas im u n o ss u p re s so ra s sã o u tiliza d as para re d u zir a re jeição te cid u al, poré m e ste tra ta m e n to ta m b é m d im in u i a re sistê n cia do p a cie n te a infecções.

Estruturas para transporte, irmazenamento e eliminação

p a r a p r e v e n ir o flu x o r e t r ó g a d o d e u r in a e m d ir e ç ã o a o u r e te r e a o s r in s

l a U r i n a [Figura 26.9c]

A p a r e d e d e c a d a u r e te r é c o m p o s ta d e trê s c a m a d a s : ( 1 ) u m a m u c o s a in te r­

q u a n d o a b e x ig a u r in á r ia se c o n tr a i.

Histologia dos ureteres [Figura 26.11a]

m o d ific a ç ã o d o filtr a d o e a p r o d u ç ã o d a u r in a te r m in a m q u a n d o o líq u i} a tin g e o c á lic e r e n a l m e n o r . A s p a r t e s r e m a n e s c e n te s d o s is t e m a u r in á r io >s

ureteres, a bexiga urinária e

a

uretra) s ã o

r e s p o n s á v e is p e lo t r a n s p o r t e ,

;lo a r m a z e n a m e n t o e p e la e l i m i n a ç ã o d a u r in a . A

Figura 26.9c

o fe re c e

n a o r ie n t a ç ã o a r e s p e ito d o s ta m a n h o s r e la tiv o s e p o s iç õ e s d e ste s ó r g ã o s . O s c á lic e s r e n a is m a io r e s e m e n o r e s , a p e lv e r e n a l, o s u r e te r e s , a b e x ig a •in á r ia e a p o r ç ã o p r o x im a l d a u r e t r a s ã o r e v e s t id o s p o r u m

ansição r e s i s t e n t e íg.

epitélio de

a c ic lo s d e d is t e n s ã o e c o n t r a ç ã o s e m s o f r e r d a n o s ,

n a r e v e s t id a p o r u m e p ité lio d e t r a n s iç ã o , ( 2 ) u m a t ú n ic a m u s c u la r m é d ia c o n s titu íd a p o r u m a c a m a d a lo n g it u d in a l (in te r n a ) e u m a c a m a d a c ir c u la r ( e x t e r n a ) d e m ú s c u lo lis o e ( 3 ) u m a tú n ic a m a is e x t e r n a d e te c id o c o n e c tiv o ( a d v e n tíc ia ) q u e é c o n tín u a c o m a c á p s u la fib r o s a e o p e r it ô n io

26.11a). I n i c i a n d o - s e

(Figura

n o r im , c o n tr a ç õ e s p e r is t á ltic a s d a p a r e d e m u s c u la r sã o

d e fla g r a d a s p e lo e s t ím u lo d e re c e p t o r e s a o e s tir a m e n t o n a p a r e d e d o u r e te r a p r o x im a d a m e n te a c a d a m e io m in u to . E ss a s c o n tr a ç õ e s “ o r d e n h a m ” a u r in a p a r a o e x t e r i o r d a p e lv e r e n a l , a o l o n g o d o u r e t e r e p a r a a b e x i g a u r i n á r i a .

57

A bexiga urinária >S ureteres [Figuras 26.1a,b/26.2/26.3/26.9c/26.10] s u r e te r e s s ã o u m p a r d e tu b o s m u s c u la r e s q u e se e s te n d e m in fe r io r m e n t e >r c e r c a d e 3 0 c m a p a r t i r d o s r i n s , a n t e s d e a t i n g i r a b e x i g a u r i n á r i a (Figu-

[Figura 26.iob,c]

A b e x ig a u r in á r ia é u m ó r g ã o m u s c u la r o c o q u e fu n c io n a c o m o u m re s e r­ v a t ó r io t e m p o r á r io d a u r in a . N o h o m e m , o c o r p o d a b e x ig a u r in á r ia lo c a liz a -s e e n t r e o re to e a s ín fis e p ú b ic a ; n a m u lh e r , o c o r p o d a b e x ig a u r in á r ia

C a d a u r e t e r i n i c i a - s e c o m o u m a c o n t i n u a ç ã o d a p e lv e

s itu a -s e in fe r io r m e n t e a o ú te r o e a n t e r io r m e n t e à v a g in a . A s d im e n s õ e s d a

n a l, d e f o r m a t o s e m e l h a n t e a o d e u m f u n i l , a t r a v é s d o h i l o r e n a l ( F ig u ra s

b e x ig a u r in á r ia v a r ia m d e p e n d e n d o d o s ç u e s ta d o d e d is te n s ã o , p o r é m 2

i.3, pág. 697 e 26.9c). C o n f o r m e o s u r e t e r e s e s t e n d e m - s e a t é a b e x i g a u r i -

b e x ig a u r in á r ia c h e ia p o d e c o n t e r a p r o x im a d a m e n t e u m litr o d e u r in a .

26.1a,b, pág. 695).

ir ia , p a s s a m í n f e r o - m e d i a l m e n t e a o m ú s c u l o p s o a s m a i o r . O s u r e t e r e s s ã o

A s u p e r fíc ie s u p e r io r d a b e x ig a u r in á r ia é r e c o b e r ta p o r u m a c a ir u -

t r o p e r i t o n e a i s e f i r m e m e n t e f i x o s à p a r e d e p o s t e r i o r d o a b d o m e (F ig u ra

d a d e p e r it ô n io ; v á r io s lig a m e n t o s p e r ito n e a is a u x ilia m n a e s ta b iliz a ç ã o c í

i.2, pág. 696). O t r a j e t o d o s u r e t e r e s , a o s e a p r o x i m a r e m d a p a r e d e d a

p o s iç ã o d a b e x ig a . O

:x ig a u r i n á r i a , d i f e r e e n t r e h o m e n s e m u l h e r e s p o r c a u s a d e v a r i a ç õ e s d e

â n t e r o - s u p e r io r d a b e x ig a u r in á r ia a té o u m b ig o

it u r e z a , d i m e n s õ e s e p o s i ç ã o d o s ó r g ã o s g e n i t a i s ( F ig u ra 2 6 .1 0 a ,b ).

ligamentos umbilicais mediais p a s s a m

O s u re te re s p e n e tr a m a p a r e d e p o s te r io r d a b e x ig a u r in á r ia , m a s n ã o e n t r a m a c a v id a d e p e r it o n e a l. P a s s a m a t r a v é s d a p a r e d e d a b e x ig a e m [i â n g u l o o b l í q u o , e o

óstio do ureter a s s e m e l h a - s e

m a is a u m a fe n d a

q u e a u m a a b e r t u r a a r r e d o n d a d a ( F ig u ra 2 6 .1 0 ). E s t e f o r m a t o é ú t i l

ligamento umbilical mediano e s t e n d e - s e

d a m a r ie —

(Figura 26.10b,c

de -

.Os

a o lo n g o d o s la d o s d a b e x ig i u r i­

n á r ia e t a m b é m a tin g e m o u m b ig o . E s s e s c o r d õ e s fib r o s o s c o n té m das duas

artérias umbilicais (parte oclusa) q u e

:

c o n d u z ir a m o s a n g u e n r i

a p l a c e n t a d u r a n t e o d e s e n v o l v i m e n t o e m b r i o n á r i o e f e t a l. m a io r p a r t e d a s s u p e r fíc ie s ( p o s te r io r , in fe r io r e

: -

-

A

anterior i d a bexiga mm*-

C a p it u lo

26 • O Sistema Urinário

Imagens do sistema urinário. (a) Im agem d e to m o g ra fia c o m p u ta d o riza d a (TC) m o stra n d o a F ig u r a 2 6 .9

Rim direito

Aorta

p o s iç ã o d o s rin s em s e c ç ã o tra n sv e rsa l d o tro n co , vista inferior.

(b) Um a rte rio g ra m a d o rim direito. A arterio g rafia e n vo lv e a ad­ esquerdo

m in istra çã o de s u b stâ n cia ra d io p aca q u e p e rm ite a v isu a lizaçã o d o s v a s o s sa n g ü ín e o s a o raio X. (c) Esta radio g rafia co lo rid a fo o b tid a ap ó s a d m in is tra ç ã o e n d o v e n o sa de c o n tra s te ra d io p aco filtra d o na urina. Esta im ag e m é c o n h e c id a c o m o pielograma, e o p ro c e d im e n to para su a o b te n ç ã o é g e ra lm e n te d e n o m in a d o P E V (pielografia endovenosa).

Costelí

Fígado /

Estômago

Intestino grosso

(a) TC colorida

Costelas XI e XII

Cálice renal

Costelas XI e XII

menor C á li c e re n a l

maior Rim

A r t é r ia P e lv e

su p ra -re n a l

re n a ii A r t é r ia re n a l A r t é r ia se g m e n ta r U re te r

A r t é r ia in t e r lo b a r

Bexiga

(c) Pielogram a normal

ria não tem revestimento peritoneal. Nessas áreas, ligamentos resistentes ancoram a bexiga urinária aos ossos da pelve (púbis). Na vista em secção ( F ig u r a 2 6 .1 0 c ) , a túnica mucosa de revestimento da bexiga urinária geralmente apresenta-se disposta em pregas, que desa­ parecem quando a bexiga se distende e preenche-se de urina. A área trian­ gular delimitada pelos óstios dos ureteres e pelo óstio interno da uretra constitui o trígono da bexiga. A túnica mucosa aqui não apresenta pre­ gas, é lisa e bastante espessa. O trígono atua como um funil que direciona a urina para o interior da uretra quando a bexiga urinária se contrai.

O início da uretra localiza-se ho ápice do trígono*, no ponto mais inferior da bexiga. A região em torno do óstio interno da uretra, conheci­ da como colo da bexiga urinária, contém o esfincter interno da uretra ( F ig u r a 26. 1 0 b , c). O músculo liso do esfincter interno da uretra oferece o controle involuntário sobre a eliminação de urina pela bexiga urináriaEsta é inervada por fibras pós-ganglionares de gânglios no plexo hipogós* N . d e R .T . O á p ic e d o tr íg o n o é u m p o n to n ã o c o n s id e r a d o p e la T e r m in o lo g ia A n a tô m ic a e c o r r e s p o n d e , n a v e rd a d e , a o p o n to m a is c a u d a l d o t r íg o n o d a b e x ig a , o n d e se situ a o ó st in te rn o d a u re tra .

706

Peritônio

O SISTEMA URINÁRIO

HMhÉfi

Reto

Ureter esquerdo Reto

Ureter direito Útero

Bexiga urinária

Peritônio parietal

Sínfise púbica Bexiga urinária

Próstata

Sínfise púbica

M. esfincter externo da uretra

Esfincter interno da uretra

Uretra, parte esponjosa

Óstio externo ca jretra

Uretra M. esfincter externo da uretra (no “diafragma urogenital^ Uretra [ver parte c]

Vagina

“Diafragma urogenital”

Vestíbulo da vagina

(a) Pelve m asculina, secção sagital

(b) Pelve fem inina, secção sagital

_çamento umbilical mediano (“úraco”) Peritônio revestindo a superfície superior

Ureter

Lig m e n io

-mbdical -^edial

Ureter direito

Museu k) oecntsor 22 Dexiga

Fundo da bexiga urinária

^^eçâs na túnica mucosa Óstios dos ureteres

Ampola do dueto deferente Centro do trígono da bexiga

Glândula seminal

Colo da bexiga urinária

Esfincter interno da uretra Próstata

M. esfincter externo da uretra (no “diafragma urogenital”)

Uretra, parte prostática

Superfície posterior da próstata

Uretra, parte membranácea

Uretra, parte prostática

(c) Bexiga urinária m asculina, vista anterior

(d) Bexiga urinária m asculina, vista posterior

=igura 26.10 Órgãos responsáveis pelo transporte e arm azenam ento de urina. a) Posição do ureter, da bexiga urinária e da uretra no homem, (b) Posição destes órgãos na mulher, (c) Anatom ia da bexiga urinária no homem, (d) A bexiga urinária nasculina e órgão genitais acessórios, vista posterior.

*rico e por fibras parassimpáticas de gânglios intramurais que são controados por ramos de nervos pélvicos.

deroso m úsculo d etru so r d a bexiga. A contração desse músculo com pri­ me a bexiga e expele o seu conteúdo para o interior da uretra. Uma túnica serosa reveste a superfície superior da bexiga urinária.

Flistologia da bexiga urinária [Figura 26.11b] K parede da bexiga urinária contém uma túnica mucosa constituída por ?pitélio de transição, um a tela submucosa e uma túnica muscular (Figura >6.11 b). A túnica muscular consiste em três camadas: duas camadas musulares lisas longitudinais (interna e externa) com um a camada muscular ireular disposta entre elas. Coletivamente, essas camadas formam o po­

A uretra [Figura 26.10] A uretra se estende a partir do colo da bexiga urinária (óstio interno da uretra) (Figura 26.10c) até o óstio externo da uretra, em comunicação com o meio exterior. A uretra masculina difere da feminina em extensão e

707

C a p it u lo 2 6 • O S is te m a U r in á rio

E p ité lio d e T ú n ic a m u cos;

V \

'



-----T /

----

V. (a) Ureter



'

ML

X 65

C a m a d a e x te rn a d e t e c id o c o n e c t iv o

C a v id a d e (luz) d a b e x ig a u r in á r ia E p it é lio d e t r a n s iç ã o - T ú n ic a L â m in a

m u cos;

p r ó p r ia C a v id a d e (luz)

T e la s u b m u c o s a

d a u re tra E p ité lio escam oso e s t r a t if ic a d o

Músculo detrusor da bexiga

d a t ú n ic a m u cosa L â m in a p r ó p r ia co n te n d o g lâ n d u la s m u cosas e p it e lia is

P e r it ô n io v is c e r a l

(c) Uretra feminina

M L x 61

(b) Bexiga urinária

M L x 36

F gura 26.11 H isto lo g ia d o s ó rg ã o s d e t ra n s p o r te e d e a rm a z e n a m e n to . a) Secção transversal de um ureter. Observe a cam ada espessa de m úsculo liso ao redor da cavidade, (b) A parede da bexiga urinária, (c) Secção transversal de u r e r •çminina.

fu n ç ã o . A u r e tr a fe m in in a é m u it o c u r t a , m e d in d o e n tr e 3 e 5 c m d e sd e b e x ig a u r in á r ia a té o v e s tíb u lo d a v a g in a

no da uretra

(Figura 26.10b).

óstio exter

O

s itu a -s e n a s p r o x im id a d e s d a p a r e d e a n t e r io r d a v a g in a .

N o h o m e m , a u r e tr a se e s te n d e d o c o lo d a b e x ig a u r in á r ia a té a es tr e m id a d e d o p ê n is , u m a d is tâ n c ia a p r o x im a d a d e 1 8 a 2 0 c m . A u re tr

Problemas com o sistema coletor Bloqueios locais dos túbuios coletores, duetos coletores ou nos ureteres podem resultar da formação de pequenos coágulos sangüíneos, células epiteliais, lipídeos ou outros materiais chamados coletivamente de s e d im e n to s . Esses sedimentos são muitas vezes excretados na urina e são visíveis na análise micros­ cópica de amostras de urina. C á lcu lo s , ou "pedras no rim", formam-se por depósitos de cálcio, sais de magnésio, ou cristais de ácido úrico, resultando em uma condição chamada de n e fro litía s e . A o b s tr u ç ã o u rin á ria causada por cálculos renais ou outros fatores, como compres­ são externa, é um problema doloroso e grave porque reduz ou elimi­ na a filtração no rim afetado. Se a peristalse e a pressão resultante do acúmulo de urina não forem suficientes para deslocá-los e os expelir, os cálculos devem ser removidos cirurgicamente ou destruídos. Uma alternativa não-cirúrgica é a quebra das pedras por meio da litotripsia, um processo semelhante ao utilizado para a destruição dos cálculos biliares (ou "pedras na vesícula").

m a s c u lin a p o d e s e r s u b d iv id id a e m tr ê s p o r ç õ e s

parteprostática, ( 2 ) parte membranácea e

(3)

(Figura 26.10a,C,d):

(1

parte esponjosa.

A parte prostática da uretra p a s s a p e l o c e n t r o d a p r ó s t a t a (Figi ra 26.10c). A parte membranácea i n c l u i o c u r t o s e g m e n t o q u e p e n e t r o “ d i a f r a g m a u r o g e n i t a l ”, p a r t e d o s o a l h o m u s c u l a r d a p e l v e . 2 8 0 -2 8 1 A

parte esponjosa,

ou

“parte peniana”, e s t e n d e - s e

d a s u p e r fíc i

in fe r io r d o “ d ia fr a g m a u r o g e n it a l” a o ó s tio e x t e r n o d a u r e tr a , n a e x t n m id a d e d o p ê n is

(Figura 26.10a).

A s d ife r e n ç a s fu n c io n a is e n tre

re g iõ e s s e rã o c o n s id e r a d a s n o C a p ítu lo 2 7 . E m a m b o s o s s e x o s , c o n fo r m e a u r e t r a p a s s a a tr a v é s d o “ d ia fr a g m u r o g e n i t a l ”, u m a f a i x a c i r c u l a r d e m ú s c u l o e s q u e l é t i c o c o n s t i t u i o

culo esfincter externo da uretra.

págs.

múí

2 8 0 - 2 8 1 A s c o n tra ç õ e s dc

m ú s c u lo s e s fin c t e r e x t e r n o e e s fin c t e r in t e r n o d a u r e t r a s ã o c o n tr o la c L

por ramos do plexo hipogástrico. Somente o músculo esfincter externo < u r e tr a p o d e s e r c o n t r o la d o v o lu n t a r ia m e n t e , p o r m e io d o n e r v o p e r in e d o n ervo p u d en d o .

pág.

2 8 1 O m ú s c u lo e s fin c t e r e x t e r n o d a u r e t

O SISTEMA URINÁRIO

708

a p r e s e n ta u m to n o m u s c u la r d e r e p o u s o q u e g e r a lm e n te d im in u i, p o s s ib i­ lita n d o o s e u r e la x a m e n t o v o lu n t á r io e p e r m it in d o a m ic ç ã o . A in e r v a ç ã o

Nota clínica

a u t ô n o m a d e s s e m ú s c u lo se to r n a im p o r t a n t e a p e n a s n a a u s ê n c ia d o c o n ­ t r o l e v o l u n t á r i o , c o m o s e o b s e r v a e m c r i a n ç a s o u e m a d u l t o s a p ó s le s õ e s d a m e d u la e s p in a l. ( C o n s u lt e a s e ç ã o s o b r e o r e fle x o d e m ic ç ã o .)

Histologia da uretra [Figura 26.11c] N a m u lh e r , o r e v e s t im e n to d a u r e tr a é g e r a lm e n te c o n s t it u íd o p o r u m e p ité lio d e tr a n s iç ã o n a s p r o x im id a d e s d o c o lo d a b e x ig a u r in á r ia . O r e s ta n te d a u r e t r a é t ip ic a m e n t e r e v e s t id o p o r u m e p ité lio e s c a m o s o e st r a tific a d o

(Figura 26.11c). A

lâ m in a p r ó p r ia c o n té m u m a e x te n sa re d e

d e v e ia s , e e s te c o m p le x o é e n v o lv id o p o r c a m a d a s c o n c ê n t r ic a s d e m u s ­ c u la t u r a lis a . N o h o m e m , a o r g a n iz a ç ã o h is to ló g ic a d a u r e tr a v a r ia a o lo n g o d e s u a e x te n sã o . A p a r t ir d o c o lo d a b e x ig a u r in á r ia a té o ó s t io e x t e r n o d a u re tra , o tip o d e e p ité lio m o d ific a - s e , p a s s a n d o d e e p ité lio d e tr a n s iç ã o p a r a e p i­ t é l i o c o l u n a r p s e u d o - e s t r a t i f i c a d o o u c o l u n a r e s t r a t i f ic a d o , e d e p o i s p a r a e p ité lio e s c a m o s o e s t r a t ific a d o . A lâ m in a p r ó p r i a é e s p e s s a e e lá s t ic a ; a t ú n ic a m u c o s a d is p õ e - s e e m p r e g a s lo n g it u d in a is . C é lu la s s e c r e to r a s d e m u c o s ã o e n c o n t r a d a s e m b o ls a s e , n o h o m e m , a s g lâ n d u la s m u c o s a s e p ite lia is p o d e m f o r m a r t ú b u lo s q u e se e s te n d e m p a r a o in t e r io r d a lâ m in a p r ó p r ia . T e c id o c o n e c t iv o d a lâ m in a p r ó p r ia u n e a u r e t r a à s e s t r u t u r a s a d ia c e n te s .

O reflexo de micção e diurese

Infecções do trato urinário A s infecções do trato urinário (ITU) resultam da form ação de c olônias de bactérias ou fungos no trato uriná­ rio. A bactéria intestinal Escherichia coli é a m ais c om u m e n te envolvida, e as m ulhere s sã o p a rticu larm e n te su sc e tív e is às in fe c ç õ e s do trato urinário devido à estre ita proxim idade entre o ó stio externo da uretra e o ânus. A relação sexual tam bém pode levar bactérias para a uretra e atingir a bexiga urinária pelo fato de a uretra fem inina se r relativam ente curta. A co n d içã o pode se r assin tom ática, m as pode se r d e tectada pela pre se n ça de b a cté ria s e cé lu la s sa ngüín ea s na urina. Q uando o co rre um a in flam ação da parede da uretra, a alte ra ção é denom inad a uretrite, ao passo que a inflam ação do reve stim e n to da bexiga urinária é denom inada cistite. M uitas infecções afetam as duas regiões em algum grau. O ato de urinar torna-se doloroso, um sin tom a c o n h e c id o co m o disúria, e a bexiga torna-se sensível à pressão. A p e sar do desconforto, o indivíduo sente urgência m iccional. Infecções do trato urinário ge ral­ m ente respondem à terapêutica com antibióticos, porém infecções su b­ seq üentes podem ocorrer. Em caso s não-tratados, as b actérias podem avançar em trajeto a s­ cen d en te pelo u reter e ating ir a pelve renal. A re sultante in flam ação das paredes da pelve renal produz a pielite. Se as b a cté ria s invadem o có rte x e a m edula renal, ocorre a pielonefríte. Os sin ais e sin tom as da pielonefrite incluem febre alta, dor intensa no lado afetado, vôm itos, diarréia e a presença de célu la s sangüíneas e pus na urina.

A u r in a a lc a n ç a a b e x ig a u r in á r ia p o r m e io d a s c o n t r a ç õ e s p e r is t á lt ic a s d o s u re te re s. O p r o c e s s o d e m ic ç ã o , q u e c o r r e s p o n d e a o e s v a z ia m e n to r r x i g a u r i n á r i a , é c o o r d e n a d o p e lo

reflexo de micção.

R ec ep to re s de

c s r i r i i n e n t o n a p a r e d e d a b e x i g a u r i n á r i a s ã o e s t i m u l a d o s c o n f o r m e e la

Envelhecimento e sistema urinário

r r e e n c h e - s e d e u r in a . F ib r a s s e n s it iv a s d o s n e r v o s p é lv ic o s c o n d u z e m o s

E m g e r a l, o e n v e lh e c im e n t o e s tá a s s o c ia d o c o m u m a u m e n t o n a in c id ê n ­

i m p u ls o s g e r a d o s a o s s e g m e n t o s s a c r a is d a m e d u la e s p in a l. S e u s n ív e is d e

c ia d e p r o b le m a s r e n a is .

atividade a u m e n t a d o s (1 ) a t i v a m n e u r ô n i o s m o t o r e s p a r a s s i m p á t i c o s d o

A s a lt e r a ç õ e s d o s is te m a u r in á r io r e la c io n a d a s à id a d e in c lu e m :

segnento s a c r a l d a m e d u l a e s p i n a l , ( 2 ) e s t i m u l a m a c o n t r a ç ã o d a b e x i ­ ga u r in á r ia e ( 3 ) e s t im u la m o s in t e r n e u r ô n io s q u e tr a n s m it e m s e n s a ç õ e s

1.

dos l í q u i d o s n a b e x i g a u r i n á r i a . O d e s e j o d e u r i n a r i n i c i a - s e q u a n d o a

2.

30 a 40% e n t r e

n ú m e ro to ta l d e n é ­

25 a 85 a n o s .

a s id a d e s d e

Redução na filtração glomerular: E s s a

r e d u ç ã o re s u lta d a d im in u iç ã o

d o n ú m e r o d e g lo m é r u lo s , le s ã o c u m u la t iv a d o a p a r e lh o d e filtr a ç ã o

b e x ig a u r in á r ia c o n té m a p r o x im a d a m e n te 2 0 0 m L d e u r in a . A m ic ç ã o v o ­

n o s g lo m é r u lo s r e m a n e s c e n te s e r e d u ç õ e s n o flu x o s a n g ü ín e o re n a l.

lu n t á r ia e n v o lv e o r e la x a m e n t o d o m ú s c u lo e s fin c t e r e x t e r n o d a u r e tr a

e a fa c ilit a ç ã o s u b c o n s c ie n t e d o r e fle x o d e m ic ç ã o . Q u a n d o o m ú s c u lo

Diminuição do número de néfrons funcionais: O fro n s cai e m to rn o d e

r a r a o c ó r t e x c e r e b r a l. C o m o r e s u lt a d o , a d q u ir e - s e c o n s c iê n c ia d a p r e s s ã o

3.

Redução da sensibilidade ao HAD: C o m

a id a d e , as p o r ç õ e s d o n é ­

e s fin c t e r e x t e r n o d a u r e t r a e s tá r e la x a d o , o s is te m a n e r v o s o a u t ô n o m o

fr o n e to d o o s is te m a c o le t o r t o r n a m - s e m e n o s r e s p o n s iv o s à a ç ã o d o

p r o m o v e o r e la x a m e n t o d o e s fin c t e r in t e r n o d a u r e t r a p o r u m m e c a n is ­

H A D . C o m a m e n o r a b s o r ç ã o d e á g u a e ío n s s ó d io , a m ic ç ã o to r n a -s e

m o d e r e t r o a lim e n t a ç ã o (

feedback). A

m a is fr e q ü e n te , r e s u lt a n d o n o a u m e n t o d a d e m a n d a d e in g e s tã o d i ­

te n s ã o d o s m ú s c u lo s a b d o m in a is e

á r ia d e líq u id o s .

e x p ir a tó r io s a u m e n ta a p re ssã o a b d o m in a l e c o n tr ib u i p a r a a c o m p re ss ã o d a b e x ig a u r in á r ia . A o té r m in o d e u m a m ic ç ã o típ ic a , a b e x ig a u r in á r ia

4.

Problemas com o reflexo de micção: V á r i o s

fa to r e s e s tã o e n v o lv id o s e m

c o n té m m e n o s d e 1 0 m L d e u r in a . N a a u s ê n c ia d e r e la x a m e n t o v o lu n tá r io

ta is p r o b le m a s :

d o m ú s c u lo e s fin c t e r e x t e r n o d a u r e t r a , o r e la x a m e n t o r e fle x o d e a m b o s

a. O s e s f i n c t e r e s p e r d e m o t o n o m u s c u l a r e t o r n a m - s e m e n o s e f e t i ­

o s e s fin c t e r e s p o d e r á fin a lm e n t e o c o r r e r c o n fo r m e a b e x ig a u r in á r ia se

v o s p a r a a re t e n ç ã o v o lu n t á r ia d a u r in a . E s t a p e r d a d e t o n o re s u lta

a p r o x im a d e s u a c a p a c id a d e .

na

b.

*______________________ Va R E V I S Ã O D O S C O N C E I T O S

incontinência, u m

le n t o v a z a m e n t o d e u r in a .

É fr e q ü e n te a p e r d a d a c a p a c id a d e d e c o n tr o le d a m ic ç ã o a p ó s u m a c id e n te v a s c u la r e n c e fá lic o , d o e n ç a d e A lz h e im e r o u o u t r o s p r o ­ b le m a s d o S N C q u e a fe t e m o c ó r t e x c e r e b r a l o u o h ip o t á la m o .

c.

1. A obstrução de um ureter por um cálculo renal interferiria no fluxo de urina entre dois pontos. Quais são esses pontos?

E m h o m e n s, p o d e o co rre r

rètenção urinária

s e c u n d a r ia m e n te à

in fla m a ç ã o c r ô n ic a d a p r ó s ta ta . N e s ta s itu a ç ã o , o e d e m a e a d e fo r ­

2. Explique com o o revestim ento da bexiga urinária possibilita a sua disten­

m a ç ã o d o s te c id o s d a p r ó s t a t a c o m p r im e m a p a r te p r o s tá tic a d a

são.

u re tr a , im p e d in d o o flu x o d a u rin a .

3. Por que as m ulheres são mais suscetíveis a infecções do trato urinário do

Resumo de embriologia

que os hom ens? 4. Com o a bexiga urinária se mantém em posição? Veja a seção de Respostas na parte final do livro.

P ara

um a

in tr o d u ç ã o a o

desenvolvimento do sistema urinário, consulte o

C a p ít u lo 2 8 ( E m b r io lo g ia e D e s e n v o lv im e n t o H u m a n o ) .

C a p itu lo 2 6 • 0 Sistema U rinário

Caso clínico

70Í

O SISTEMA URINÁRIO

POR QUE ELA FICOU GRAVEMENTE DOENTE E EU NÃO?

i n c l u i n d o a lf a c e e c a r n e p o u c o c o z i d a . E le e x p l i c o u q u e o m a n u s e i o i n a d e q u a d o d o s a li m e n t o s p o d i a l e v a r a u m a u m e n t o d o c r e s c i m e n t o b a c t e r i a n o n o a li m e n t o , o q u e p o d i a v e n c e r o s m e c a n i s m o s d e d e f e s a

Exame inicial

g a s t r i n t e s t i n a is ( c o m o a c i d e z g á s t r i c a ) e c a u s a r i n t o x i c a ç ã o a li m e n t a r .

Jú lia é te r c e ir o - a n is ta e m u m a p e q u e n a fa c u ld a d e , n o S m a ll M id w e s -

T r ê s d ia s a p ó s , o s p a i s d e D a n i f i c a r a m p r e o c u p a d o s , p o i s a p e s a r d e

te r n C o lle g e C a m p u s , e n o fin a l d e s e m a n a , c o n v id o u D a n i, s u a ir m ã

o s t e l e f o n e m a s p a r a J ú l i a c o n f i r m a r e m q u e e la p a r e c i a e s t a r m e l h o r a n ­

d e 7 a n o s d e id a d e , p a r a p a s s a r o d i a c o m e la n o c a m p u s . A s d u a s f o r a m

d o , s e m fe b r e e c o m m e n o s d i a r r é i a , s u a i r m ã D a n i , d e v o l t a à c a s a d o s

a o jo g o d e fu t e b o l a m e r ic a n o , a o jo g o d e fu te b o l fe m in in o e a o c in e ­

p a is , a in d a a p r e s e n ta v a te m p e r a tu r a c o r p o r a l e le v a d a ( 3 9 ° C ) , d ia r r é ia

m a n o s á b a d o . D a n i q u is ir a u m r e s ta u r a n te c a s e ir o , lo c a liz a d o e m

p e r s i s t e n t e e m a n c h a s v e r m e l h a s e s p a r s a s n a p e le , a p r e s e n t a n d o t a m ­

u m a p e q u e n a c i d a d e d i s t a n t e 3 k m d o c a m p u s d a f a c u l d a d e d e J ú l ia .

b é m e s t a d o d e le t a r g ia . O s p a i s v o l t a r a m a o p r o n t o - s o c o r r o .

E ste r e s ta u r a n te t o r n o u - s e o fa v o r ito d e D a n i d e s d e q u e J ú lia in ic io u s e u s e s t u d o s n a f a c u l d a d e , e e la s e m p r e a l m o ç a lá , t o d o s o s s e m e s t r e s , q u a n d o v a i c o m a f a m í l i a p a r a b u s c a r o u t r a z e r J ú l ia , n o s p e r í o d o s s e ­

Exame de acompanhamento D u r a n t e o e x a m e , o p e d ia t r a e x p lic o u a o s p a is a s u s p e ita d e q u e D a n i e s t iv e s s e a p r e s e n t a n d o u m a r a r a c o m p l i c a ç ã o d a i n t o x i c a ç ã o a li m e n t a r ,

m e s t r a i s d e fé r ia s . D u a s a trê s h o r a s a p ó s o a lm o ç o , D a n i e J ú lia c o m e ç a r a m a s e n tir e n jô o e tiv e r a m d ia r r é ia . A o lo n g o d o d ia , a c o n d iç ã o d a s d u a s p io r o u p r o g r e s s i v a m e n t e e J ú l i a t e l e f o n o u p a r a s e a c o n s e lh a r c o m o s p a is , q u e a s o r i e n t a r a m p a r a ir e m a o h o s p i t a l , o n d e c h e g a r a m p o r v o l t a d a m e i a -

q u e , s e n ã o t r a t a d a i m e d i a t a m e n t e , p o d e l e v a r à i n s u f i c i ê n c i a r e n a l. O m é d ic o n o t o u o s e g u in t e : •

F e b re d e 3 9 ,5 °C .



P e t é q u ia s e s p a rsa s .



H e m o g r a m a c o n f i r m a n d o a n e m i a , c o m h e m o g lo b i n a d e 7 g / d L .

n o i t e . O p l a n t o n i s t a e x a m i n o u a s d u a s e o b s e r v o u o s e g u in t e : •

A s d u a s a p r e s e n t a v a m h á b it o i n t e s t i n a l a u m e n t a d o a c a d a 1 5 a •

3 0 m i n u t o s n a s ú l t im a s 5 a 6 h o r a s .

O e x a m e d e u r in a r e v e la p r o t e in ú r ia , le u c o c itú r ia , h e m a t ú r ia e p r e s e n ç a d e s e d im e n t o s d e g ló b u lo s v e r m e lh o s .



Jú lia e sta v a c o m te m p e r a tu r a c o r p o r a l e m to r n o d e 3 8 ° C , e D a n i em to rn o d e 3 8 ,5 °C .



N ív e is a u m e n t a d o s d e n itr o g é n io - u r é ia e c r e a tin in a n o sa n g u e .



A u lt r a - s o n o g r a fia r e n a l r e v e la a u s ê n c ia d e o b s t r u ç ã o u r in á r ia .



A s d u a s a p r e s e n t a v a m c ó l ic a s a b d o m i n a i s .



A s a m o s t r a s d e fe z e s a p r e s e n t a v a m s a n g u e .



O h e m o g r a m a c o m p le to a p re s e n ta v a c o n ta g e m



A m o s t r a s d e fe z e s fo r a m c o lh id a s e e n c a m in h a d a s p a r a c u l­

a lm e n t e l e v a r á a o c o r r e t o d i a g n ó s t i c o . T a n t o o s s i n t o m a s a p r e s e n t a d o s

tu ra .

p e lo p a c i e n t e q u a n t o a a n á l i s e e i n t e r p r e t a ç ã o d e s s e s s i n t o m a s c o n t r i ­

Pontos a considerar d e g ló b u lo s

b r a n c o s a c i m a d e 1 0 . 0 0 0 / m m '.

O c a s io n a lm e n t e , t o d o s o s s is te m a s d o c o r p o a p r e s e n ta m s in a is o u s in ­ t o m a s q u e p e r m i t e m a o m é d ic o c o m b i n a r o s v á r i o s i n d í c i o s , o q u e i d e ­

b u e m n o t r a b a l h o d e in v e s t i g a ç ã o d a d o e n ç a . O m é d ic o s u s p e ito u d e in to x ic a ç ã o a lim e n ta r b a c te r ia n a . A s d u a s p a c ie n t e s fo r a m h id r a t a d a s c o m s o lu ç ã o E V n a s a la d e e m e r g ê n c ia e r e c e b e r a m o r i e n t a ç ã o p a r a a u m e n t a r a in g e s t ã o d e l í q u i d o s e m c a s a . O m é d ic o r e c e b e u o r e s u l t a d o d a c u l t u r a d e fe z e s e m 4 8 a 7 2 h o r a s . E le o r i e n t o u a s d u a s s o b r e a m a n e i r a a p r o p r i a d a d e c o n s u m i r a li m e n t o s ,

P a r a c o n s id e r a r o s ig n ific a d o d a in fo r m a ç ã o a p r e s e n ta d a n e s te ca s o , é n e c e s s á r io r e v e r o m a te r ia l e as in fo r m a ç õ e s a n a tô m ic a s a p r e ­ se n ta d a s n o C a p ít u lo 2 6 s o b r e o s is te m a u r in á r io . A s q u e s tõ e s a s e g u ir s e r v i r ã o c o m o r o t e i r o p a r a e s t a r e v i s ã o . P e n s e e m c a d a r e s p o s t a e , se n e c e s s á r io , c o n s u lte o C a p ít u lo 2 6 . 1 . O n é fr o n é c o m p o s to d e v á r ia s p a r te s, c a d a q u a l c o m fu n ç õ e s d is ­ tin t a s n a fo r m a ç ã o d a u r in a . O s r e s u lta d o s la b o r a to r ia is d o e x a m e d e u r i n a d e m o n s t r a r a m a p r e s e n ç a d e v á r i a s s u b s t â n c ia s q u e n ã o s ã o e n c o n t r a d a s n a u r i n a d e i n d i v í d u o s s a d i o s . E s s a s s u b s t â n c ia s s ã o n o r m a lm e n t e e n c o n tr a d a s n o s a n g u e ? E m c a so p o s itiv o , c o m o e x p l i c a r s u a p r e s e n ç a n a u r in a ? 2 . O p r o c e s s o d e filtr a ç ã o n a fo r m a ç ã o d a u r in a e n v o lv e tr ê s b a r r e ir a s f í s i c a s d e d i f u s ã o . Q u a i s s ã o e s s a s b a r r e i r a s e c o m o e la s d e s e m p e ­ n h a m s u a s fu n ç õ e s ? 3 . O C a p ít u lo 2 5 d is c u t iu a h is t o lo g ia d o s ó r g ã o s o c o s d o s is te m a d ig e s tó r io . Q u e c a m a d a h is to ló g ic a d o in te s t in o g r o s s o d e v e e s ta r d a n ific a d a p a r a q u e o s a n g u e p e n e tr e n a c a v id a d e (lu z ) d o in te s ­ tin o g ro ss o ?

Análise e interpretação A s in fo r m a ç õ e s a s e g u ir r e s p o n d e m à s q u e s tõ e s le v a n ta d a s n a s e ç ã o “ P o n t o s a c o n s i d e r a r ”. P a r a r e v i s a r e s t e m a t e r i a l , c o n s u l t e a s p á g i n a s in d i c a d a s a d ia n t e .

O SISTEMA URINÁRIO

710

(T I

Caso clínico

( continuação )

1 . O n é fr o n é c o m p o s t o p e lo c o r p ú s c u lo r e n a l, p e lo t ú b u lo c o n t o r ­ c id o p r o x im a l, p e la a lç a d o n é fr o n ( a lç a d e H e n le ) , p e lo t ú b u lo c o n t o r c id o d is t a i e p e lo s is t e m a c o le t o r , p á g s . 6 9 8 - 7 0 3 . O c o r ­ p ú s c u lo r e n a l filtr a s a n g u e , p r o d u z in d o u m filt r a d o q u e c o n té m r e s íd u o s m e t a b ó lic o s e o u t r o s c o m p o s to s o r g â n ic o s . A p r in c ip a l fu n ç ã o d o tú b u lo c o n to r c id o p r o x im a l é a r e a b s o r ç ã o d e n u t r ie n ­ t e s o r g â n i c o s , d e ío n s e d e q u a l q u e r p r o t e í n a p r e s e n t e n o f i l t r a d o . A a lç a d o n é fr o n é r e s p o n s á v e l p e la r e a b s o r ç ã o d e á g u a , s ó d io e c lo r o . O tú b u lo c o n t o r c id o d is ta i é u m lo c a l im p o r t a n t e p a r a a s e c re ç ã o d e ío n s , á c id o s e o u t r o s m a te r ia is , a s s im c o m o p a r a a r e a b s o r ç ã o d o s ío n s s ó d io e c á lc io d o líq u id o tu b u la r . O ú lt im o s e g m e n t o d o n é fr o n , o s is te m a c o le t o r , é r e s p o n s á v e l p e lo t r a n s ­ p o r t e d o l í q u i d o t u b u l a r d e s d e o n é f r o n a t é a p e lv e r e n a l , a s s i m c o m o p e l a r e a l i z a ç ã o d o a ju s t e d a p r e s s ã o o s m ó t i c a e d o v o l u m e u r in á r io fin a is , p á g . 7 0 3 .

2.

A b a r r e ir a d e filtr a ç ã o n o in te r io r d o c o r p ú s c u lo re n a l é c o m p o s ta p e lo e n d o t é l i o c a p il a r , p e la l â m i n a b a s a l e p e lo e p i t é l io g l o m e r u l a r , p á g s . 6 9 9 - 7 0 3 . A p r e s e n ç a a n o r m a l d e p r o t e í n a s p l a s m á t ic a s e c é l u ­ la s s a n g ü í n e a s n a u r i n a d e D a n i p o d e i n d i c a r le s ã o e m u m o u m a i s c o m p o n e n t e s d e s s a b a r r e i r a d e d if u s ã o .

3 . O s ó r g ã o s o c o s d o s i s t e m a d i g e s t ó r i o s ã o c o m p o s t o s p e la s s e ­

Figura 26.12 Histologia de um glomérulo renal de um paciente aco­ metido por uma alteração semelhante à descrita no caso de Dani.

g u i n t e s c a m a d a s : t ú n i c a m u c o s a , t e la s u b m u c o s a , t ú n i c a m u s c u ­ la r e tú n ic a s e ro sa . O r e v e s tim e n to in te r n o , o u tú n ic a m u c o s a , é c o m p o s to d e u m e p ité lio u m e d e c id o p o r s e c r e ç õ e s g la n d u la r e s . A c a m a d a s u b ja c e n te , a lâ m in a p r ó p r ia , c o n té m v a s o s s a n g ü ín e o s ,

e le tr o lític o a d e q u a d o , (3 )

t e r m i n a ç õ e s n e r v o s a s s e n s it iv a s , v a s o s l in f á t ic o s , f ib r a s m u s c u la r e s

o

tra ta m e n to

adequado

págs. 656, 675-679 S e

d a a n e m ia e (4 ) o b s e r v a ­

h á p r e s e n ç a d e s a n g u e n a c a v i d a d e ( lu z ) d e ó r g ã o s o c o s , o e p i t é l i o

ç ã o e tra ta m e n to , se n e ­

TERMOS DO CASO CLÍNICO Creatinina: Produto da quebra da fos-

d e r e v e s t im e n to d a tú n ic a m u c o s a fo i le s a d o .

c e s s á r io , d a h ip e r t e n s ã o ,

focreatina.

c a s o o p a c ie n t e a p re s e n te

Diarréia: Freqüência anorm al de eva­ cuações de fezes aquosas.

lis a s e á r e a s e s p a r s a s d e t e c i d o l in f á t ic o .

Diagnóstico

e sta

a lt e r a ç ã o

com o

re­

D a n i fo i d ia g n o s tic a d a c o m o p o r t a d o r a d e s ín d r o m e h e m o lític o -u r ê -

s u lta d o

m i c a , o u S H U , a c a u s a m a i s c o m u m d e i n s u f i c i ê n c i a r e n a l e m c r ia n ç a s .

u s o d e a n t ib ió t ic o s n ã o é

d a s ín d r o m e . O

Escherichia coli Bactéria normalmen­ te encontrada no intestino de seres hu­ manos e outros vertebrados; uma cau­ sa de intoxicação alim entar e diarréia.

P o r m o t i v o s d e s c o n h e c i d o s , o n ú m e r o d e c a s o s e m j o v e n s a d o le s c e n t e s

r e c o m e n d a d o p o r q u e e le s

e a d u lto s é s ig n ific a t iv a m e n te m e n o r e m r e la ç ã o a c r ia n ç a s e n tr e 2 e 7

n ão

an o s.

p a r a a c e le r a r a r e c u p e r a ­

Níveis de nitrogênio-uréia do san­ gue*: Q uantid ad e de nitrog ên io no

ç ã o e p o r q u e e le s c a u s a m

sangue sob form a de uréia.

u m a so b recarg a ao

r im .

Petéquia: Pequenas m anchas hem or­

pa­

rágicas na pele, pun tiform es e que não e sm ae cem ou d e sap a re cem à pressão. Proteinúria: Presença de proteína na urina.

A c r e d it a - s e q u e a S H U re s u lte d a le s ã o d e c é lu la s e n d o t e lia is n o c o r p ú s c u lo re n a l

(Figura 26.12), o

q u e c a u s a a p r e s e n ç a d e s e d im e n t o s

se m o s t r a r a m

ú t e is

d e p r o te ín a s p la s m á tic a s , g ló b u lo s b r a n c o s e v e r m e lh o s n a u r in a e m

A

q u a n t id a d e s a n o r m a i s .

c ie n te s jo v e n s se r e c u p e r a

N a A m é r ic a d o N o r te e n a E u r o p a O c id e n ta l, 7 0 % d o s c a s o s d e S H U s ã o s e c u n d á r io s à s o b r e c a r g a tó x ic a d e in fe c ç ã o b a c te r ia n a p o r

Escherichia coli, t i p i c a m e n t e a i n g e s t ã o d a E. coli d o t i p o

m a io r

p a rte

dos

d e n tro de 1 a 3 sem an a s após

o

d ia g n ó s tic o . N o

r e s u l t a n t e d e i n t o x i c a ç ã o a lim e n t a r . A p ó s

e n t a n to , a lg u n s p a c ie n t e s

tó x ic o , a b a c té r ia a d e r e à s p a r e d e s d e r e ­

não

se r e c u p e r a m

e seu

v e s t i m e n t o m u c o s o d o i n t e s t in o . P e s q u is a s v ê m s e n d o d e s e n v o l v i d a s

q u ad ro

p a r a a i n v e s t ig a ç ã o d a s r a z õ e s p e la s q u a i s a s b a c t é r i a s d i s s e m i n a m - s e

in s u fic iê n c ia re n a l a g u d a ,

d o tr a to d ig e s t ó r io p a r a o g lo m é r u lo re n a l. A p ó s a a d e s ã o d a

E. coli

p r o g r id e p a ra

a

le v a n d o à fa lê n c ia d o s is ­

à s c é lu la s e n d o t e lia is d o c o r p ú s c u lo r e n a l, t o d o s o s c o m p o n e n t e s d a

te m a , c o m n e c e s s id a d e d e

b a r r e i r a d e f i l t r a ç ã o s ã o d a n i f i c a d o s , p r e s s u p o s t a m e n t e p e la a ç ã o d a s

tr a n s p la n te re n a l.

Sedimentos de glóbulos vermelhos: Agregados de hem ácias em diferentes estágios de degeneração que se for­ m am nos túbulos do néfron, encontra­ dos na urina; são causados por lesão e sangram ento glomerular.



to x in a s b a c te r ia n a s q u e a tin g e m o e n d o t é lio v a s c u la r . O t r a ta m e n t o b e m - s u c e d id o d a S H U e n v o lv e ( 1 ) o d ia g n ó s t i­ co p re c o c e , (2 ) a m a n u te n ç ã o d o v o lu m e d e líq u id o e d o b a la n ç o

* N. de R.T. Também pode ser designado de “teste de nitrogênio-uréico” ou “concentra­ ção de nitrogênio-uréico plasmático”.

C a p it u l o

26 • O Sistema Urinário

711

TERMOS CLÍNICOS Bexiga neurogênica:

U m a c o n d iç ã o c lín ic a n a

Disúria:

Nefrolitíase:

D o r à m ic ç ã o .

P r e s e n ç a d e c á lc u lo s r e n a is e u re -

tr a is .

q u a l o r e f le x o d e m i c ç ã o p e r m a n e c e i n t a c t o , p o ­

Hemodiálise:

r é m o c o n tr o le v o lu n t á r io d o m ú s c u lo e s fm c te r

b r a n a a r t i f i c i a l é u t i li z a d a p a r a r e g u l a r a c o m p o ­

O bstrução urinária:

e x t e r n o d a u r e tr a é p e r d id o d e v id o à le s ã o n o

s iç ã o d o s a n g u e e r e m o v e r p r o d u t o s m e t a b ó lic o s

p o r u m c á l c u l o o u p o r o u t r o s fa t o r e s .

S N C . D e ss a fo r m a , o in d iv íd u o n ã o p o d e e v ita r o

r e s id u a is .

Pielograma:

e s v a z i a m e n t o r e f le x o d a b e x i g a u r i n á r i a .

Cálculos:

Incontinência:

“ P e d r a s ” n o s r in s fo r m a d a s p o r d e p ó ­

s it o s d e s a i s d e c á l c i o e m a g n é s i o o u p o r c r i s t a is d e á c id o ú r ic o .

Cistite:

U m a té c n ic a n a q u a l u m a m e m ­

B lo q u e io d o s is te m a c o le :

-

I m a g e m r a d i o l ó g i c a d o s r i n s o b t id a

p o r r a io X a p ó s a a d m in is tr a ç ã o d e u m a s u b s tâ n ­

In c a p a c id a d e d e c o n tr o le v o lu n ­

c ia r a d io p a c a .

t á r i o d a m ic ç ã o .

Infecção do trato urinário (ITU):

Uretrite:

I n fla m a ç ã o d o

I n f l a m a ç ã o d a p a r e d e u r e t r a l.

tr a to u r in á r io c a u s a d a p o r in fe c ç ã o b a c te r ia n a o u

I n fla m a ç ã o d o r e v e s t im e n to d a b e x ig a

fú n g ic a .

u r i n á r i a , g e r a l m e n t e p o r in f e c ç ã o .

RE S UMO PARA E S T UDO Introdução 1.

Inervação dos rins

694

A s fu n ç õ e s d o s is te m a u r in á r io in c lu e m ( 1 ) r e g u la ç ã o d a c o n c e n t r a ç ã o

7.

d e ío n s p la s m á t ic o s ; (2 ) r e g u la ç ã o d o v o lu m e d e s a n g u e ( v o le m ia ) e d a

s a n g u e ; (4 ) c o n s e r v a ç ã o d e n u t r ie n te s ; (5 ) e lim in a ç ã o d e r e s íd u o s o r g â ­

calcitriol. sistema urinário i n c l u i o s rins, o s ureteres, a bexiga urinária e a ure­ tra. O s r i n s p r o d u z e m urina ( u m l í q u i d o c o n t e n d o á g u a , í o n s e c o m p o s ­ t o s s o l ú v e i s ) ; d u r a n t e o ato de u rinar (micção), a u r i n a é p r o p e l i d a p a r a

Histologia do rim 8.

O

fo r a d o c o r p o ,

(ver Figura 26.1) 9.

Os rins 1.

694

O s r in s e s tã o lo c a liz a d o s b ila t e r a lm e n t e e m r e la ç ã o à c o lu n a v e r t e b r a l, e n tre a ú ltim a v é r t e b r a to r á c ic a e a te r c e ir a v é r t e b r a lo m b a r ,

26.1

(ver Figuras

s o b r e ja c e n te , ( 2 ) c o n ta to c o m o s ó r g ã o s a d ja c e n te s e ( 3 ) te c id o c o n e c tiv o

O s n é f r o n s s ã o r e s p o n s á v e is p e la ( 1 ) p r o d u ç ã o d e f i l t r a d o , ( 2 ) r e a b s o r c ã

11.

d e n u t r i e n t e s o r g â n i c o s e ( 3 ) r e a b s o r ç ã o d e á g u a e í o n s . O epitélio parietal r e v e s t e a p a r e d e e x t e r n a d o c o r p ú s c u l o r e n a l . O s a n g u e é s u p r i d o p c c u m a arteríola glom erular aferente r e l a t i v a m e n t e g r a n d e e d r e n a d o p* : u m a p e q u e n a arteríola glom erular eferente. (ver Figura 26.8c) O c o r p ú s c u l o r e n a l c o n t é m o n o v e l o c a p i l a r d o glom érulo renal e a cápsula glom erular. N o s g l o m é r u l o s , podócitos d o e p i t é l i o v í s c e r a ! e n r o l a m s e u s “ p é s ” a o r e d o r d o s c a p i l a r e s . O s processos secundários d o s p o d ó c i t o s s ã o s e p a r a d o s p o r e s t r e i t a s fendas de filtração. O espa­ ço capsular s e p a r a o epitélio parietal d o epitélio visceral. O s c a p i l a r e s

cápsula fibrosa do rim , q u e r e c o b r e a s u p e r f í c i e e x t e r n a d o ó r g ã o ; a cáp­ sula adiposa ( o u gordura perirrenal), q u e e n v o l v e a c á p s u l a f i b r o s a ; e a fáscia renal, q u e s u s t e n t a e l i g a o r i m à s e s t r u t u r a s a d ja c e n t e s , (ver Figura

26.3) Anatomia de superfície do rim

694

hilo renal. seio renal, (ver Figura 26.3)

O u r e te r e o s v a s o s s a n g ü ín e o s r e n a is a tr a v e s s a m o in te r n a d a c á p s u la fib r o s a re v e ste o

A p a rte

g lo m e r u la r e s s ã o

Anatomia seccional do rim seio renal

córtex renal e x t e r n o , u m a m edula renal pirâm ides papilas renais, p r o j e t a m - s e n o s e i o r e n a l.

a fe r e n t e e d r e n a d o d e le p e la

d u z id o a o

in t e r n o . A m e d u l a c o n t é m d e 6 a 1 8

c ó r t e x r e n a l e p a r t e s a d j a c e n t e s d a s c o l u n a s r e n a is , Os

cálices renais menores

lâ m in a d e n sa d a lâ m in a b a sa l

é e sp e ssa , o q u e d e n o t a u m a c a r a c te r ís t ic a in c o m u m . O s a n g u e é c o n ­

renais c u j a s e x t r e m i d a d e s , o u A s colunas renais, c o n s t i t u í d a s p e lo c ó r t e x , s e p a r a m te s . U m lobo renal c o n t é m u m a p i r â m i d e r e n a l , u m a 5.

capilares fenestrados. A

694

O r im a p r e s e n ta s u b d iv is õ e s : u m ce n tra l e u m

(ver Figuras26.4c,d/26.7a)

in t e r io r d a s p ir â m id e s r e n a is , 10 .

d e su ste n ta ç ã o . A s trê s c a m a d a s c o n c ê n tr ic a s d e te c id o c o n e c tiv o s ã o a

4.

698

néfron ( u n i d a d e b á s i c a f u n c i o n a l d o r i m ) c o n s i s t e e m u m túbulo re­ nal q u e s e e s v a z i a n o sistema coletor. A p a r t i r d o corpúsculo renallíquido tubular p a s s a a t r a v é s d o túbulo contorcido proximal (TCP alça do néfron (alça de Henle) e d o túbulo contorcido distai (TCD e n t ã o f l u i a t r a v é s d o s túbulos coletores, duetos coletores e duetos p ar lares a t é a t i n g i r o c á l i c e r e n a l m e n o r , (ver Figura 26.6) A p r o x i m a d a m e n t e 8 5 % d o s n é f r o n s s ã o néfrons corticais e n c o n t r a • n o i n t e r i o r d o c ó r t e x . A s a lç a s d o n é f r o n s ã o c u r t a s e a arteríola glomeru lar eferente s u p r e s a n g u e a o s capilares peritubulares, q u e c i r c u n d a ::o s t ú b u l o s r e n a i s . O s néfrons justam edulares e s t ã o m a i s p r ó x i m o s d a O

m e d u la , e a s a lç a s d e s s e s n é fr o n s p r o lo n g a m - s e p r o fu n d a m e n t e p a r ;

e 26.2)

2 . A p o s iç ã o d o s r in s n a c a v id a d e a b d o m in a l é m a n t id a p o r ( 1 ) p e r it ô n io

3.

-

m u la a lib e r a ç ã o d e r e n in a e a c e le r a a r e a b s o r ç ã o d e s ó d io e á g u a .

n i c o s ; e ( 6 ) s ín t e s e d e

2.

ram os renais do plexo renal.

a t i v a ç ã o s i m p á t i c a r e g u la o f l u x o s a n g ü í n e o e a p r e s s ã o g l o m e r u l a r , e s t i ­

p r e s s ã o s a n g ü í n e a p e lo a ju s t e d o v o l u m e d e p e r d a d e á g u a e l i b e r a ç ã o d e e r it r o p o e t in a e r e n in a ; (3 ) c o n t r ib u iç ã o p a r a a e s ta b iliz a ç ã o d o p H d o

696

O s r in s e u r e te r e s s ã o in e r v a d o s p e lo s

p ir â m id e s a d ja c e n ­

retas

26.8) 12 .

cálices renais maiores. E s ­ pelve renal, q u e s e c o n t i n u a n o ure­

arterío la glo m eru lar eferente. A p a r t i r arteríolas

q u e a c o m p a n h a m a s a lç a s d o n é fr o n n a m e d u la r e n a l. (

ver Figura

O t ú b u lo c o n t o r c id o p r o x im a l r e a b s o r v e a t iv a m e n t e n u t r ie n t e s , ío n s . p r o t e í n a s p l a s m á t i c a s e e l e t r ó l i í o s d o l í q u i d o t u b u l a r . A a lç a d o n é f r o n

s ã o c o n tín u o s a o s

te s c á l i c e s c o n d u z e m a o i n t e r i o r d a

c o r p ú s c u l o r e n a l p e la a r t e r ío la g lo m e r u la r

d e s ta ú ltim a , o s a n g u e in v a d e o s c a p ila r e s p e r it u b u la r e s e as

á re a c ir c u n d a n t e d e

(ver Figura 26.3a)

pólo vascular d o

ram o descendente e u m ram o ascendente; c a d a r a m o c o n t é m segmento grosso e u m segmento delgado. O r a m o a s c e n d e n t e c o n ­

te m u m

ter. (ver Figura 26.3a-c)

um

d u z o líq u id o a o tú b u lo c o n to r c id o d is ta i q u e a tiv a m e n te s e c r e ta ío n s e

O suprimento sangüíneo dos rins

696

artérias renais, segm entares, interlobares, arqueadas, interlobulares e arteríolas glomerulares aferentes q u e s u p r e m o s n é f r o n s . D o s n é f r o n s , o s a n g u e f l u i p a r a a s veias interlobulares, arqueadas, interlobares e renais, (ver Figuras

r e a b s o r v e s ó d i o d a u r i n a . A r e a b s o r ç ã o n o T C P e n a a lç a d o n é f r o n r e c u ­

6. A v a s c u la r iz a ç ã o d o s r in s in c lu i, n a s e q ü ê n c ia , a s

26.4 e 26.5b)

p e r a t o d o s o s n u t r ie n te s o r g â n ic o s , 8 5 % d a á g u a e m a is d e 9 0 % d o s ío n s Na e CL

13.

O

(ver Figuras 26.6 a 26.8)

túbulo contorcido distai é

u m lo c a l im p o r t a n t e p a r a a s e c r e ç ã o d e ío n s

e o u t r o s m a te r ia is e p a r a a r e a b s o r ç ã o d e ío n s s ó d io ,

26.8)

(ver Figuras 26.6 a

O SISTEMA URINÁRIO

712

14 .

O complexo justaglom erular (aparelhojustaglomerular) é c o m p o s t o p o r mácula densa, células justaglom erulares e células mesangiais extraglo­ m erulares. O c o m p l e x o j u s t a g l o m e r u l a r s e c r e t a o s h o r m ô n i o s renina e

A uretra

4 . A u r e tr a se e s te n d e a p a r t ir d o c o lo d a b e x ig a u r in á r ia a té o ó s t io e x te r n o d a u r e tr a , e m c o m u n ic a ç ã o c o m o m e io e x te r io r . N a m u lh e r , a u r e tr a é

eritropoetina. (ver Figura 26.8c) 15 .

sistema coletor. O

O T C D a b re -se n o

s is t e m a c o l e t o r c o n s i s t e e m

coletores, duetos coletores e duetos papilares. A l é m

túbulos

d e t r a n s p o r t a r o líq u id o

óstio externo da uretra; n o h o m e m , a u r e t r a partes prostática, m embranácea e esponjosa, s e n d o q u e a

c u r ta e te r m in a n o

ap re­

se n ta as

p a rte

e s p o n jo s a d a u r e t r a e s te n d e -s e a té o ó s t io e x t e r n o d a u r e tr a . E m a m b o s

d o n é f r o n p a r a a p e lv e r e n a l , o s i s t e m a c o l e t o r r e g u l a a s u a c o n c e n t r a ç ã o

o s g ê n e r o s , c o n f o r m e a u r e t r a p a s s a a t r a v é s d o “ d i a f r a g m a u r o g e n i t a l ”,

(ver Figuras 26.6 e 26.7a,d,e,f)

o s m ó t ic a e v o lu m e ,

706

u m a fa ix a c ir c u la r d e m ú s c u lo e s q u e lé t ic o fo r m a o

externo da uretra,

Estruturas para transporte, armazenamento e eliminação da urina 704 1.

O r e v e s t im e n to d a u r e tr a fe m in in a c o s tu m a s e r u m e p ité lio d e tr a n s iç ã o n a s p r o x im id a d e s d a b e x ig a u r in á r ia ; o r e s ta n te é g e r a lm e n te c o n s titu íd o p o r e p ité lio e s c a m o s o e s tr a tif ic a d o . O r e v e s t im e n to d a u r e t r a m a s c u lin a

A m o d ific a ç ã o d o líq u id o t u b u la r e a p r o d u ç ã o d a u r in a te r m in a m q u a n d o

v a r ia d e u m e p ité lio d e tr a n s iç ã o p r ó x im o à b e x ig a u r in á r ia , a u m e p ité ­

o l í q u i d o i n v a d e o c á l ic e r e n a l m e n o r n o s e io r e n a l. O r e s t a n t e d o s i s t e m a

l i o c o l u n a r e s t r a t i f i c a d o , o u u m e p i t é l i o c o l u n a r p s e u d o - e s t r a t i f i c a d o e,

u r in á r io

e n t ã o , p a r a u m e p ité lio e s c a m o s o e s tr a t if ic a d o n a s p r o x im id a d e s d o ó s t io

p e lo

(ureteres, bexiga urinária e uretra) é r e s p o n s á v e l p e lo t r a n s p o r t e , a r m a z e n a m e n t o e p e la e l i m i n a ç ã o d a u r i n a . ( ver Figura 26.10)

e x te rn o d a u re tra . (

Os ureteres 2.

5.

m úsculo esfincter

s o b c o n tr o le v o lu n tá r io .

704

ver Figuras 26.10/26.11)

O reflexo de micção e diurese

O s u r e t e r e s s e e s t e n d e m d e s d e a p e lv e r e n a l a t é a b e x i g a u r i n á r i a e s ã o r e s ­ p o n s á v e i s p e lo t r a n s p o r t e d e u r i n a a t é a b e x i g a . A p a r e d e d e c a d a u r e t e r

reflexo de micção, o

q u a l se in i­

c ia n o s r e c e p t o r e s d e e s tir a m e n t o n a p a r e d e d a b e x ig a u r in á r ia . A m ic ç ã o

c o n s is t e e m u m a t ú n ic a m u c o s a in te r n a , u m a t ú n ic a m u s c u la r m é d ia e u m a c a m a d a e x te r n a d e te c id o c o n e c tiv o ( t ú n ic a a d v e n tíc ia ).

70 8

6 . O p r o c e s s o d a m i c ç ã o é c o o r d e n a d o p e lo

v o lu n t á r ia e n v o lv e a a ç ã o c o m b in a d a d e s s e r e fle x o c o m o r e la x a m e n t o

(ver Figuras

v o lu n t á r io d o m ú s c u lo e s fin c t e r e x t e r n o d a u r e tr a .

26.1126.2/26.3/26.9c!26.10) A bexiga urinária 3 . A bexiga urinária

Envelhecimento e sistema urinário

70 4 é u m ó r g ã o m u s c u la r o c o q u e s e r v e c o m o r e s e r v a t ó r io

ligam ento um bilical m ediano

7.

708

O e n v e lh e c im e n to g e r a lm e n te e s tá a s s o c ia d o a u m a u m e n t o d o s p r o b le ­

e

m a s r e n a is . A l t e r a ç õ e s d o s i s t e m a u r i n á r i o r e l a c i o n a d a s a o e n v e l h e c i m e n ­

ligamentos umbilicais mediais. C a r a c t e r í s t i c a s i n t e r n a s i n c l u e m trígono, o colo e o esfincter interno da uretra. O r e v e s t i m e n t o m u c o s o c o n t é m pregas p r o e m i n e n t e s . A c o n t r a ç ã o d o m úsculo detrusor da bexiga c o m p r i m e a b e x i g a u r i n á r i a e e x p e le a u r i n a e m d i r e ç ã o à u r e t r a .

to e n v o lv e m ( 1 ) o d e c lín io d o n ú m e r o d e n é fr o n s fu n c io n a is , (2 ) a r e d u ­

d e u r in a . A b e x ig a é e s t a b iliz a d a p e lo p e lo s

ç ã o d a filtr a ç ã o g lo m e r u la r , (3 ) a r e d u ç ã o d a s e n s ib ilid a d e a o H A D e

o

p r o b le m a s c o m o r e fle x o d e m ic ç ã o (a

retenção u rin ária

4

p o d e o co rrer

e m h o m e n s c o m o c o n s e q ü ê n c ia d o a u m e n t o d a p r ó s ta ta ).

ver Figuras 26.10/26.11)

R E V I S Ã O DO C A P Í T U L O Para respostas às questões da Revisão dos Conceitos e Revisão do Capítulo, -.'eia a seção de Respostas na parte final do livro.

(d ) 12 .

Nível 1 - Revisão de fatos e termos Associe cada item numerado com a letra do item que melhor se relaciona. Utilize letras para as respostas nos espaços apropriados. Coluna A

Coluna

___ 1 . d i u r e s e

a.

B

13 .

d a b e x ig a

b.

u n id a d e b á s ic a e fu n c io n a l d o r im

c.

m ic ç ã o

___ 3 . m á c u l a d e n s a ___ 4 . m e d u l a r e n a l

d.

t ú n ic a fib r o s a d o r im

___ 5 . h i l o r e n a l

e.

“ p e d r a s ” n o r im

___ 6 . n é f r o n

f.

c o n s is t e e m 6 a 1 8 p i r â m i d e s r e n a i s

___ 7 . c á l c u l o s r e n a i s

8h.

___ 9 . c á p s u l a f i b r o s a

i.

r e g iã o d o c o m p le x o ju s ta g lo m e r u la r

___1 0 . f á s c i a r e n a l

;•

lo c a l d e e n t r a d a / s a íd a p a r a a a r té r ia

(a )

s e c r e ta r m o lé c u la s d e g lic o s e e m e x c e s so

(b )

r e g u la r o v o lu m e s a n g ü ín e o

(c )

c o n t r ib u ir p a r a e s ta b iliz a r o p H s a n g ü ín e o

(d )

e lim in a r p r o d u t o s o r g â n ic o s r e s id u a is

O s e i o r e n a l é: a c a m a d a m a is in te r n a d e te c id o re n a l

(b )

u m a e s t r u t u r a c ô n ic a lo c a liz a d a n a m e d u la r e n a l

(c )

u m e s p a ç o i n t e r n o r e v e s t i d o p e la c á p s u l a f i b r o s a e l o c a l i z a d o p r o fu n d a m e n t e a o h ilo r e n a l

(d ) 14 .

u m g r a n d e r a m o d a p e lv e r e n a l

Q u a is sã o o s v a s o s q u e fo r m a m o p le x o q u e s u p r e o s tú b u lo s c o n to r c id o s p r o x i m a l e d is t a i?

c a m a d a e x te r n a d e n s a d o r im

___ 8 . a r t e r í o l a s r e t a s

O s is te m a u r in á r io d e s e m p e n h a t o d a s a s s e g u in t e s fu n ç õ e s , e x c e to :

(a )

m ú s c u lo lis o d a b e x ig a u r in á r ia

___ 2 . m ú s c u l o d e t r u s o r

c á p s u la fib r o s a , c á p s u la a d ip o s a e fá s c ia r e n a l

o r ig in a m s é r ie s d e c a p ila r e s

(a)

a r té r ia s s e g m e n ta r e s

(b )

c a p ila r e s p e r itu b u la r e s

(c )

a r té r ia s in te r lo b u la r e s

(d )

a r té r ia s a r q u e a d a s

e v e i a r e n a is 15 . 1 1.

C a d a r im é p r o te g id o / e s ta b iliz a d o : (a) (b )

s o m e n t e p e la c á p s u l a f i b r o s a s o m e n t e p e la c á p s u l a f i b r o s a e p e l a c á p s u l a a d i p o s a ( g o r d u r a p e r ir r e n a l)

(c)

s o m e n te p e la c á p s u la a d ip o s a

O p r o c e s s o d e filtr a ç ã o o c o r r e : (a )

n o tú b u lo c o n to r c id o p r o x im a l

(b )

n o c o r p ú s c u lo re n a l

(c )

n o d u e to c o le to r

(d )

n a a lç a d o n é f r o n

Capitulo 26 • O Sistema Urinário 16 .

17 .

18 .

19 .

A c a p a c id a d e d e fo r m a r u r in a c o n c e n tr a d a d e p e n d e d a s fu n ç õ e s :

C o m o a fu n ç ã o r e n a l s e r á a lt e r a d a e m u m in d iv íd u o q u e t e m m a is

(a )

d o tú b u lo c o n to r c id o p r o x im a l

u m a a r t é r ia e v e ia r e n a is d e c a d a la d o , c o m o m e s m o e s p a ç o p o s s ív e l r

(b )

d o t ú b u l o c o n t o r c i d o d is t a i

a e n t r a d a n o h i l o r e n a l?

(c)

d o d u e to c o le t o r

(a)

(d )

d a a lç a d o n é f r o n

(a)

e s c a m o s o e s t r a t i f ic a d o

(b )

c o lu n a r p s e u d o - e s tra tific a d o

(c)

c u b ó i d e s i m p le s

(d )

d e tr a n s iç ã o

T o d o s o s it e n s a s e g u i r s ã o c o m p o n e n t e s n o r m a i s d a u r i n a , e x c e t o : (a)

ío n s d e h id ro g ê n io

(b )

u r é ia

(c )

g r a n d e s p r o te ín a s

(d )

s a is

U m lig a m e n t o q u e se e s te n d e d a m a r g e m â n t e r o - s u p e r io r d a b e x ig a u r i­

(a)

lig a m e n t o r e d o n d o

(b )

lig a m e n t o q u a d r a d o

(c)

lig a m e n t o u m b ilic a l m e d ia n o

(d )

l i g a m e n t o u m b i l i c a l m e d ia i

esse s r in s s e r ã o c a p a z e s d e p r o c e s s a r o s a n g u e e m p r e s s ã o m a is e le v a d a n e s te in d iv íd u o e m r e la ç ã o a o s d e m a is

(b )

O s u r e t e r e s e a b e x i g a u r i n á r i a s ã o r e v e s t i d o s p o r e p it é l io :

n á r ia a té o u m b ig o é o :

20.

3.

7

d e s d e q u e a s a r t é r ia s e v e ia s n e s s e in d iv íd u o s e ja m n o r m a is , a fu n ç ã o re n a l s e rá n o r m a l

(c )

u m m a io r flu x o s a n g ü ín e o v a i o c o r r e r n e s s e s r in s

(d )

e s s e s r i n s s e r ã o m a i s f l e x í v e i s n a q u a n t i d a d e d e u r i n a q u e e le s p ro d u z e m em u m d a d o m o m e n to

4.

O n d e o g lo m é r u lo se lo c a liz a n o n é fr o n ?

5.

Q u a l é a c a ra c te r ís tic a ú n ic a d o e p ité lio g lo m e r u la r ?

6.

O q u e s e c r e ta o c o m p le x o ju s t a g lo m e r u la r ?

7.

O q u e é o tr íg o n o d a b e x ig a u r in á r ia ?

8.

Q u a l e s fm e te r u r e tr a l o b e d e c e a c o n tr o le v o lu n tá r io ?

9.

Q u a l é a fu n ç ã o p r im á r ia d o tú b u lo c o n to r c id o p r o x im a l?

1 0 . I d e n t i f i q u e o o b j e t i v o d a s p r e g a s d e t ú n i c a m u c o s a n a b e x i g a u r i n a r :^

Nível 3 - Pensamento crítico

A p o r ç ã o d o n é f r o n q u e s e l i g a a o d u e t o c o l e t o r é: (a )

a a lç a d o n é fr o n

(b )

o tú b u lo c o n to r c id o p r o x im a l

(c)

o tú b u lo c o n t o r c id o d is ta i

(d )

o tú b u lo c o le to r

1.

E m b o r a o c o n tr o le n e u r o ló g ic o d o m ú s c u lo e s fm e te r e x t e r n o d a u re

n ã o se d e s e n v o lv a c o m p le ta m e n te a té 2 a 3 a n o s d e id a d e , o e s fm e te r : te r n o d a u r e tr a é fu n c io n a l d e sd e o n a s c im e n to . P o r q u e o tr e in a m e r p r e c o c e p a r a a r e t ir a d a d a s fr a ld a s é fr e q ü e n te m e n te u m a e x p e r ié n fr u s t r a n t e t a n t o p a r a o s p a is q u a n t o p a r a a c r ia n ç a ?

Nível 2 - Revisão de conceitos

2.

J o a n a e ra m a r a t o n is t a c a m p e ã a té q u e u m a in s u fic iê n c ia re n a l fo r ç o u d e ix a r o e s p o rte . D u r a n te a s s u a s d u a s ú ltim a s m a r a t o n a s , e x a m e s la r

1.

Q u a l é a im p o r t â n c ia d a c o n fo r m a ç ã o e m fe n d a , e n ã o c ir c u la r , c a r a c te ­

r a t o r i a i s c o n f i r m a r a m q u e e la a p r e s e n t a v a d i s f u n ç ã o r e n a l a g u d a . C o :

r í s t i c a d o ó s t io d e c o m u n i c a ç ã o d o s u r e t e r e s n a b e x i g a u r i n á r i a ?

p o d e r ia a c o r r id a d e lo n g a d is tâ n c ia c a u s a r e sta c o n d iç ã o ?

(a)

e le p o d e d i s t o r c e r - s e m a i s f a c i l m e n t e p a r a p e r m i t i r a e n t r a d a e a s a íd a d a u r in a

(b )

a fo r m a e v it a o r e flu x o u r in á r io p a r a o s u re te r e s q u a n d o a b e x ig a se co n tra i

(c)

o ó s t io é c o m p r im id o e n t r e o s lig a m e n t o s u m b ilic a is m e d ia n o e m e d i a i s p o r q u e t a is e s t r u t u r a s s u s t e n t a m e s t a p a r t e d o u r e t e r

(d )

2.

n ã o h á im p o r tâ n c ia ; a fo r m a o c o r r e a p e n a s d e v id o à p o s iç ã o

P r o b l e m a s c o m o r e f le x o d e m i c ç ã o n o i n d i v í d u o i d o s o in c l u e m : (a )

a u m e n t o d o t o n o d o s m ú s c u l o s d o s e s f in c t e r e s , i m p e d i n d o o e s v a z ia m e n to n o r m a l d a b e x ig a u r in á r ia

(b )

re te n ç ã o u r in á r ia e m h o m e n s d e v id o a o a u m e n to d a p ró s ta ta

(c )

s e n s ib ilid a d e a u m e n t a d a a o H A D

(d )

re te n ç ã o a u m e n t a d a d e ío n s ó d io

3.

P o r q u e u m a g e s t a n t e s e n t e n e c e s s i d a d e d e u r i n a r c o m m a i o r fr e q ü é n , e m c o m p a r a ç ã o c o m s u a n e c e s s id a d e n o r m a l n a a u s ê n c ia d a g r a v id e z :

O BJETIV O S DO C A PÍT U L O : 1. Descrever a função do sistema genital.

O Sistema Genital

2. Descrever e comparar a organização

geral dos sistemas genitais masculino e feminino. 3. Identificar e descrever a localização, a

anatomia macroscópica e as funções das principais estruturas do sistema genital masculino. 4. Descrever as características

histológicas das gônadas, dos duetos e das glândulas acessórias do sistema genital masculino. 5. Diferenciar espermatogênese de espermiogênese e discutir o armazenamento e o transporte dos espermatozóides. 6.

Discutir os componentes e as propriedades do sêmen.

7. Diferenciar os processos fisiológicos

da ereção, emissão e ejaculação.

8. identificar e d escrever a localização, a anatomia m acro scó p ica e as funções das prin cip ais estruturas do sistem a georta fem inino. * . D escrever a s características

n stotógicas das gônadas, dos duetos e cas glândulas acessórias do sistema genital feminino. 10. Descrever as alterações do

endométrio que acompanham o ciclo uterino. 11. Discutir a oogênesee a ovulaçãoe

descrever o trajeto dos oócitos após a ovulação. 12. Descrever os ciclos ovariano e uterino

e identificar os hormônios que regulam e coordenam esses ciclos. 13. Descrever a anatomia macroscópica e a histologia das glândulas mamárias.

In tro d u ção

715

O rgan ização do sistem a gen ital

715

A n ato m ia do sistem a gen ital m ascu lin o

715

14. Descrever as modificações

anatômicas e hormonais que acompanham a gravidez. 15. Comparar as modificações relativas ao envelhecimento nos sistemas genitais masculino e feminino.

A n ato m ia do sistem a gen ital fem in in o En velhecim en to e sistem a gen ital

727 740

C a p it u lo

A e x p e c t a t i v a d e v i d a m é d ia d e u m s e r h u m a n o p o d e s e r m e d id a e m d é c a ­ d a s , p o r é m a e s p é c ie h u m a n a t e m s o b r e v i v i d o p o r m i l h õ e s d e a n o s g r a ç a s à a t i v i d a d e d o s i s t e m a g e n it a l . O s is t e m a g e n it a l h u m a n o p r o d u z , a r m a ­ z e n a , n u t r e e t r a n s p o r t a a s c é l u l a s r e p r o d u t o r a s f u n c i o n a i s m a s c u l in a s e

gametas. A c o m b i n a ç ã o d o m a t e r i a l g e n é t i c o f o r n e c i d o p o r u m esperm atozóide d o p a i e u m óvulo im a t u r o d a m ã e o c o r r e l o g o a p ó s a fertilização, o u concepção. A f e r t i l i z a ç ã o p r o d u z o zigoto, u m a ú n i c a

fe m in in a s , o u

c é lu la c u j o c r e s c im e n t o , d e s e n v o l v i m e n t o e d i v i s õ e s r e p e t id a s g e r a r ã o , e m a p r o x im a d a m e n te n o v e m e s e s , u m a c r ia n ç a q u e c re sc e rá e a m a d u r e c e ­ r á c o m o p a r t e i n t e g r a n t e d a p r ó x i m a g e r a ç ã o . O s is t e m a g e n it a l t a m b é m

715

27 • 0 Sistem a Genital

Os testículos [Figuras 27.1/27.3]

C a d a te s tíc u lo a p r e s e n ta a c o n fo r m a ç ã o d e u m o v o a c h a ta d o , c o m a p r o x i­ m a d a m e n te 5 c m d e c o m p r im e n to , 3 c m d e la r g u r a e 2 ,5 c m d e e sp e ssu ra p e s a n d o e n t r e 1 0 e 1 5 g. O s te s t íc u lo s s ã o s u s t e n t a d o s n o in t e r io r d o

croto,

es-

u m a b o ls a d e p e le s u s p e n s a , l o c a li z a d a i n f e r i o r m e n t e a o p e r í n e o e

a n t e r i o r m e n t e a o â n u s . O b s e r v e a l o c a li z a ç ã o e a r e l a ç ã o d o s t e s t í c u l o s e r r s e c ç ã o s a g ita l

(Figura 27.1)

e e m secç ão fro n ta l

(Figura 27.3).

Descida dos testículos [Figura 27.2]

p r o d u z h o r m ô n i o s s e x u a i s q u e a lt e r a m a e s t r u t u r a e a f u n ç ã o d e o u t r o s

D u r a n te o d e s e n v o lv im e n t o , o s te s tíc u lo s fo r m a m - s e n o in te r io r d a c a ­

s is t e m a s .

v i d a d e d o c o r p o , a d ja c e n t e s a o s r i n s . A s p o s i ç õ e s r e l a t i v a s d e s t e s ó r g ã o s

E ste c a p ítu lo ir á d e s c r e v e r as e s tr u tu r a s e o s m e c a n is m o s e n v o lv id o s

s e m o d i f i c a m a o l o n g o d o c r e s c i m e n t o d o fe t o , r e s u l t a n d o e m u m m o ­

n a p r o d u ç ã o e m a n u te n ç ã o d o s g a m e ta s e, n a s m u lh e r e s , n o d e s e n v o l­

v im e n t o g r a d u a l d o s te s t íc u lo s n o s e n tid o ín fe r o - a n t e r io r , e m d ir e ç ã o a

gubernáculo do testículo

v im e n t o e n a m a n u t e n ç ã o d o e m b r iã o e d o fe to . O C a p ít u lo 2 8 , ú lt im o

p a r e d e a b d o m in a l a n t e r io r . O

c a p í t u lo d o l i v r o , i n i c i a - s e n a f e r t i l i z a ç ã o e c o n s i d e r a r á o p r o c e s s o d e d e ­

t e c id o c o n e c tiv o e fib r a s m u s c u la r e s q u e se e s te n d e d o p ó lo in fe r io r d e

é u m co rd ão de

s e n v o lv i m e n t o .

c a d a t e s t í c u l o a t é a p a r e d e p o s t e r i o r d e u m a p e q u e n a b o ls a d o p e r i t ô n i o . i n f e r i o r m e n t e . D u r a n t e o c r e s c i m e n t o , o s g u b e r n á c u l o s n ã o s e a lo n g a m e o s te s tíc u lo s s ã o m a n t id o s e m p o s iç ã o

Organização do sistema genital

b e r n á c u lo d o te s tíc u lo . N o d e c u r s o d e ste p e r ío d o , a p o s iç ã o r e la tiv a d o s

■ Órgãos genitais internos,

as

gônadas,

q u e p ro d u z e m g a m e ta s e

t e s t í c u l o s s o f r e m a i s a lt e r a ç õ e s , e e le s a t r a v e s s a m a p a r e d e m u s c u l a r d o a b d o m e a c o m p a n h a d o s p o r p e q u e n a s b o ls a s d e p e r i t ô n i o . E s t e p r o c e s s o e

h o r m ô n io s .

c o n h e c id o c o m o U m t r a t o g e n it a l c o m p o s t o d e d u e t o s q u e r e c e b e m , a r m a z e n a m e tr a n s p o r ta m o s g a m e ta s. ■

s is te m a g e n it a l o u e m o u t r o s d u e to s e x c r e to r e s.

■ Órgãos genitais externos,

descenso (descida) dos testículos.

A m e d id a q u e s e m o v e m a t r a v é s d a p a r e d e d o c o r p o , c a d a t e s t í c u l o e a c o m p a n h a d o p e lo d u e t o d e f e r e n t e , v a s o s s a n g ü í n e o s t e s t i c u l a r e s , n e r v o s

G lâ n d u la s e ó r g ã o s a c e s s ó r io s q u e s e c r e ta m líq u id o s n o s d u e to s d o

e v a s o s l i n f á t i c o s . U m a v e z q u e o s t e s t í c u l o s t e n h a m d e s c id o , o s d u e t o s , n e r v o s e v a s o s s a n g ü ín e o s e lin fá t ic o s p e r m a n e c e m a g r u p a d o s e m u m f e -

e s tru tu ra s d o p e r ín e o q u e p e rte n c e m

a o s i s t e m a g e n it a l.

x e , c o n s titu in d o o s

funículos espermáticos.

Os funículos espermáticos [Figura 27.3]

F u n c i o n a lm e n t e , o s s is t e m a s g e n it a is m a s c u l in o e f e m in in o s ã o b a s t a n ­ te d ife r e n t e s . N o h o m e m a d u lt o , a s g ô n a d a s , d e n o m in a d a s ta m o s h o r m ô n i o s s e x u a is c o n h e c id o s c o m o

testosterona, e p r o d u z e m

D u r a n te o s é ti­

a c e le r a d a e (2 ) o s h o r m ô n io s c ir c u la n t e s e s tim u la m a c o n t r a ç ã o d o g u ­

O s i s t e m a g e n i t a l in c l u i :



(Figura 27.2).

m o m ê s d o d e s e n v o lv im e n t o , ( 1 ) o c r e s c im e n to c o n t in u a e m v e lo c id a d e

testículos, s e c r e ­

andrógenos, p r i n c ip a l m e n t e

m e io b il h ã o d e e s p e r m a t o z ó i d e s p o r d ia .

a

pág

Os

funículos esperm áticos

c o n s is t e m e m c a m a d a s d e fá s c ia s (t e c id o c o ­

n e c t i v o r e s is t e n t e ) e m ú s c u l o s e n v o l v e n d o o s d u e t o s d e fe r e n t e s , v a s o s s a n ­ g ü ín e o s , n e r v o s e v a s o s lin fá t ic o s q u e s u p r e m o s te s tíc u lo s . C a d a fu n íc u lo e s p e r m á tic o in ic ia -s e n o

anel inguinal profundo, e s t e n d e - s e a t r a v é s d o anel inguinal superficial e d e s c e a o s te s t íc u lo s

5 2 0 A p ó s o a r m a z e n a m e n t o , o s e s p e r m a t o z ó id e s m a d u r o s f a z e m t r a je t o a o

canal inguinal, e m e r g e

p e lo

l o n g o d e u m c o m p r i d o s is t e m a d e d u e t o s , o n d e s ã o m is t u r a d o s c o m a s s e ­

n o in te r io r d o e s c ro to

(Figura 27.3).

c re ç õ e s d a s g lâ n d u la s a c e s s ó r ia s , fo r m a n d o u m a m is tu r a c o n h e c id a c o m o

s e d u r a n t e a d e s c id a d o s t e s t í c u l o s . C a d a f u n í c u l o e s p e r m á t i c o c o n t é m o

sêmen (esperma). D u r a n t e a ejaculação, o s ê m e n é e x p e lid o d o c o r p o . N a m u l h e r a d u l t a , a s g ô n a d a s , ovários, t i p i c a m e n t e p r o d u z e m a p e ­ n a s u m g a m e t a i m a t u r o p o r m ê s , o oócito. O o ó c i t o p e r c o r r e a s c u r t a s tubas uterinas ( “oviduetos”) q u e s e a b r e m n o i n t e r i o r d o útero, u m ó r g ã o m u s c u la r . U m a c u r t a v i a d e a c e s s o , a vagina, c o n e c t a o ú t e r o a o a m b i e n t e e x t e r n o . D u r a n t e o a t o s e x u a l, a e j a c u la ç ã o i n t r o d u z o s ê m e n n a v a g i n a , e o s e s p e r m a t o z ó i d e s p o d e m a s c e n d e r n o i n t e r i o r d o t r a t o g e n it a l f e m i n i n o , o n d e p o d e m e n c o n t r a r o o ó c i t o e i n i c i a r o p r o c e s s o d e fe r t il iz a ç ã o .

d u e to d e fe re n te , a g a v in h a , c a c h o +

ilioinguinal

e

artéria testicular,

A s p r in c ip a is e s tr u tu r a s d o s is te m a g e n ita l m a s c u lin o s ã o m o s t r a d a s n a Os

espermatozóides d e i x a m

plexo pam piniform e ( pampim d a veia testicular e o s nervos lo m b a r . págs. 378, 590

genitofem oral d o

p le x o

O s e s tr e ito s c a n a is q u e lig a m a s c a v id a d e s d o e s c r o t o à c a v id a d e p e r ito n e a l sã o d e n o m in a d o s

canais inguinais.

E sta s v ia s d e a c e sso g e r a lm e n ­

te s e f e c h a m , m a s a p e r s i s t ê n c i a d o s f u n í c u l o s e s p e r m á t i c o s c r i a p o n t o s fr á g e is n a p a r e d e a b d o m in a l q u e p e r m a n e c e m p o r to d a a v id a . C o m o r e ­ s u lta d o , as

hérnias inguinais, d i s c u t i d a s pág. 281

n o C a p ít u lo 1 0 , s ã o r e la tiv a m e n te

N a s m u lh e r e s , o s c a n a is in g u in a is sã o

p e q u e n o s e c o n tê m a p e n a s o s n e r v o s ilio in g u in a is e o s lig a m e n to s r e d o n ­ d o s d o ú t e r o . A p a r e d e a b d o m i n a l é p r a t i c a m e n t e in t a c t a , e a s h é r n i a s in g u in a is s ã o r a r a s n a s m u lh e r e s .

m a S C U lin O [Figura 27.1] Figura 27.1.

o

forma, a s p e c t o , f o r m a t o )

co m u n s em h o m en s.

Anatomia do sistema genital

O s fu n íc u lo s e s p e r m á tic o s fo r m a m -

o s te s t íc u lo s e fa z e m t r a je t o a o

O escroto e a posição dos testículos [Figuras 27.3/27.4a]

O escro to e

d i v i d i d o i n t e r n a m e n t e e m d u a s c â m a r a s s e p a r a d a s . A d i v i s ã o e n t r e e la s é

epidídimo, o dueto deferente, o dueto ejaculatório e a uretra, a n t e s d e s e r e m e x p e li d o s d o c o r p o . O s ó r g ã o s a c e s s ó r i o s , p r i n c i p a l m e n t e a s glândulas seminais, a próstata e a s glândulas bulbouretrais s e c r e t a m p a r a o i n t e r i o r d o s d u e t o s e j a c u l a t ó r i o s e d a u r e t r a . O s ó r g ã o s g e n i t a i s m a s c u l in o s e x t e r n o s i n c l u e m o escrotoj g u e c o n t é m o s t e s t í c u l o s , e o pênis, u m ó r g ã o e r é t i l a t r a v é s d o q u a l fa z t r a j e t o a p a r t e

to e s p a ç o q u e s e p a r a a s u p e r fíc ie in t e r n a d o e s c r o t o d a s u p e r fíc ie e x te r n i

e s p o n jo s a d a u r e tr a .

d o t e s t íc u lo . A

lo n g o d e u m s iste m a d e d u e to s q u e in c lu i o

m a r c a d a e x t e r n a m e n te p o r u m a s a liê n c ia e s p e ss a d a n a s u p e r fíc ie d o e s ­ c ro to , u m a c o n tin u a ç ã o d a

rafe do períneo,

q u e se e s te n d e d e s d e o â n u s e

p e r c o r r e a lin h a m e d ia n a d o p e r ín e o , e se c o n tin u a a o lo n g o d a s u p e r fíc ie d o e s c r o to e d o p ê n is

(Figuras 27.3 e 27.4a). C a d a t e s t í c u l o cavidade do escroto; c o m

c o m p a r tim e n to in d iv id u a liz a d o ; o u

túnica vaginal

ocu pa um u m e s tr e i­

é u m a tú n ic a s e r o s a q u e r e c o b r e a s u p e r fi-

Xv V

O SISTEMA GENITAL

4

Ureter

Bexiga urinária

Glândula seminal Reto

Uretra, parte prostática

Próstata

Corpo cavernoso do pênis Corpo esponjoso do pênis Dueto ejaculatório

Uretra, parte esponjosa

Glândula bulbouretral

Dueto deferente Pênis

Ânus

Epidídimo Testículo Óstio externo da uretra Escroto

Colo sigmóide

Reto

Músculo reto do abdome

Óstio interno da uretra Bexiga urinária

Uretra, parte prostática

Próstata

Sínfise púbica

Dueto ejaculatório Uretra, parte membranácea Uretra, parte esponjosa Músculo bulboesponjoso

Pênis Uretra, parte esponjosa e corpo esponjoso do pênis Corpo cavernoso do pênis Dueto deferente

Escroto

igura 27.1

O sistema genital masculino, parte I.

stema genital masculino em secção sagital. A vista diagramática, mostrando vários órgãos intactos no lado esquerdo, auxilia a interpretação da secção do cadáver

C a p ít u l o

27 • O Sistema Genital

Ligamento diafragmático*

Peritônio parietal Testículo —

Rins em desenvolvimem:

Dueto mesonéfrico

Gubernáculo do testículo

Gônadas Gubernáculo do testículo

5 mm

Co/o sigmóide

2 meses

Rim Ligamento diafragmático

Epidídimo

Cordão umbilical

Testículo

Pênis

5 mm

3 meses

Epidídimo Testículo Bexiga urinária

Sínfise púbica

Testículo 5 mm

Escroto

Nascimento (a) Descida dos testículos, vista lateral

4 meses

Figura 27.2 O descenso (descida) dos testículos. (a) V is ta s s e c c io n a is d ia g ra m á tica s. O b se rv e a e sc a la de re fe rê n cia à d ire ita de cada im agem ,

(b) V ista s

a n te rio re s d o a b d o m e a b e rto e m e stá g io s re p re se n ta ti­

Artéria e .

Ureter -

testicukarE

v o s d o p ro c e s s o d e d e s cid a d o s te stícu lo s.

Dueto o?-1

cie externa de cada testículo e reveste a cavidade do escroto, reduzindo o atrito entre as superfícies opostas. O escroto é composto de uma delgada camada de pele e da tela subcutânea subjacente. A derme do escroto contém uma camada de m úscu­ lo liso, o músculo dartos. Sua contração tônica causa os característicos enrugamentos na superfície do escroto e contribui para a elevação dos testículos. Uma camada de músculo esquelético, o músculo cremaster, situa-se mais profundamente à derme. A contração do cremaster tensiona o escroto e traciona os testículos na direção do corpo. Estas contrações são controladas pelo reflexo cremastérico. A contração ocorre durante a excita­ ção sexual e em resposta a mudanças na temperatura. O desenvolvimento norm al dos espermatozóides nos testículos depende da m anutenção de temperaturas por volta de 1,1 °C mais baixas do que a tem peratura cor­ poral. O músculo cremaster afasta ou aproxima os testículos em relação à parede do corpo, conforme necessário, para m anter a tem peratura testicular nestes níveis. Quando a tem peratura ambiente ou a tem peratu­ ra corporal aumentam, o músculo cremaster é relaxado, produzindo o

* N . d e R .T . O lig a m e n to d ia fr a g m á t ie n j^ m b é m c h a m a d o d e “ lig a m e n to d ia fr a g m á tic o d o m e s o n e fr o ” o u “ m e s e n té rio u r o g e n it a l”, c o r r e s j r t ^ e à p a r te c r a n ia l d a c r is ta g o n a d a l q u e se e ste n d e d o m e s o n e fr o a o d ia fr a g m a . N a s m u lh e re s , to rn a -s e p o s te r io r m e n te o lig a m e n to s u s p e n s o r d o o v á rio . N o s h o m e n s , d u r a n te o s p r im e ir o s m e s e s d e g e sta ç ã o , t r a n s fo r m a -s e n o lig a m e n to s u s p e n s o r d a g ô n a d a . E m re la ç ã o à s p a rte s m é d ia e c a u d a l d a c ris ta g o n a d a l, p r o d u z e m o o v á rio e in c o r p o r a m -s e a o lig a m e n to p r ó p r io d o o v á rio , re sp e c tiv a m e n te .

Anel inguinal superficial

Epidídir~c

Cavidade do • escroto (aberta) revestida pela túnica vaginal

Testículo Gubernácuk) do testículo 7 meses

Ureter -

Funículo espermático Escroto (aberto Nascimento (b) Descenso (descida) dos testículos, vista anterior

O S I S T E M A GE NI TAL

Artéria testicular Veia testicular P ê n is L ig a m e n to in g u in a l

Canal in g u in a l

A n e l in g u in a l su p e rfic ia l

Nervo genitofemoral A rté ria d o d u e to d e fe re n te D u e to d e fe re n te

F u n íc u lo is p e rm á tic o

P le x o p a m p in ifo rm e

F u n íc u lo e s p e rm á tic o

A rté ria te s tic u la r

í — ;------S e p t o d o e s c ro to

E p id íd im o C a v id a d e d o e s c ro to

M ú s c u lo c re m a s te r e f á s c ia c re m a s té r ic a

T e s tíc u lo (re v e stid o p e la lâ m in a v is c e ra l d a t ú n ic a v a g in a l)

F á s c ia e s p e rm á tic a

L â m in a p a rie ta l d a t ú n ic a v a g in a l (re v e stim e n to in te rn o d o m ú s c u lo c re m a s te r)

e x te rn a M ú s c u lo d a rto s P e le d o e s c ro to (s e c c io n a d a ) R a fe d o p e rín e o

gura 27.3

O sistema genital masculino, parte II.

tsta diagramática anterior das gônadas, dos órgãos genitais externos e das estruturas associadas no homem.

fa s ta m e n to d o s te s tíc u lo s e m r e la ç ã o à p a r e d e d o c o r p o . In v e r s a m e n t e , o

lo t í p i c o c o n t é m a p r o x i m a d a m e n t e 9 2 0 m d e t ú b u l o s s e m i n í f e r o s c o n t o r ­

e'f r i a m e n t e

c id o s . A p r o d u ç ã o d e e s p e r m a t o z ó id e s o c o r r e n o in te r io r d e sse s tú b u lo s .

d o e s c r o t o ( o q u e o c o r r e , p o r e x e m p lo , a o s e e n t r a r e m u m a

C a d a t ú b u lo s e m in ífe r o c o n t o r c id o a p r e s e n t a f o r m a t o e m U e é c o n e c t a ­

'C in a f r i a ) d e f la g r a o r e f le x o c r e m a s t é r i c o - c o n t r a ç õ e s d o m ú s c u l o c r e - i s t e r t r a c i o n a m o s t e s t íc u l o s n a d i r e ç ã o d a p a r e d e d o c o r p o , e v i t a n d o a u e d a d a t e m p e r a t u r a t e s t ic u la r .

plenervos ilioinguinais, genitofemorais e pudendos.

O e s c r o t o é r i c a m e n t e s u p r i d o p o r n e r v o s s e n s it iv o s e m o t o r e s d o

o hipogástrico e r a m o s

dos

pág. 3 7 8 O s u p r i m e n t o v a s c u l a r d o e s c r o t o i n c l u i a s artérias puden-

túbulo seminífero reto q u e e n t r a n o m e d ia s t in o (Figuras 27.4a e 27.7a). N o i n t e r i o r d o m e d ia s t i n o , o s t ú b u l o s

d o a u m ú n ic o

d o t e s t íc u lo s e m in ífe r o s

r e t o s s ã o i n t e n s a m e n t e in t e r c o n e c t a d o s , f o r m a n d o u m l a b i r i n t o d e v i a s d e p a s s a g e m c o n h e c id a s c o m o

tulos eferentes do testículo

rede do testículo.

Q u in z e a v i n t e g r a n d e s

dúc-

c o n e c t a m a r e d e d o t e s t íc u lo a o e p id íd im o .

as internas ( r a m o s d a s a r t é r i a s i l ía c a s i n t e r n a s ) , a s artérias pudendas xternas ( r a m o s d a s a r t é r i a s f e m o r a i s ) e a s artérias cremastéricas, r a m o s a s artérias epigástricas inferiores ( r a m o s d a s a r t é r i a s ilía c a s e x t e r n a s ) .

la d o s , a s p r e p a r a ç õ e s h i s t o l ó g i c a s m u i t a s v e z e s o s a p r e s e n t a m e m s e c ç ã o

pág. 591 A i d e n t if i c a ç ã o e a d i s t r i b u i ç ã o d a s v e ia s a c o m p a n h a m a n o -

fr o u x o p r e e n c h e o s e s p a ç o s e x te r n o s e n tre o s tú b u lo s . N e s s e s e s p a ç o s s itu ­

í e n c la t u r a e a d i s t r i b u i ç ã o d a s a r t é r ia s .

C o m o o s tú b u lo s s e m in ífe r o s c o n t o r c id o s s ã o c o m p a c t a m e n te e n o v e ­

t r a n s v e r s a l . U m a d e li c a d a c á p s u l a e n v o l v e c a d a t ú b u l o , e t e c i d o c o n e c t i v o

a m - s e n u m e r o s o s v a s o s s a n g ü ín e o s e g r a n d e s

intersticiais de Leydig)

(Figura 27.5c,d). A s

células intersticiais

strutura dos testículos [Figura 27.4]

o s h o r m ô n i o s s e x u a i s m a s c u l in o s , d e n o m i n a d o s

. túnica albugínea

A

é u m a d e n s a c a m a d a fib r o s a q u e e n v o lv e o s te s tíc u lo s

é c o b e r t a p e la t ú n i c a v a g in a l . E s t a c á p s u l a f i b r o s a é r i c a e m f ib r a s c o lá g e -

testosterona é o

(

células

c é lu la s in te r s t ic ia is p r o d u z e m

andrógenos.

pág. 520

a n d r ó g e n o m a i s i m p o r t a n t e e a t u a ( 1 ) n a e s t i m u la ç ã o

d a e s p e r m a t o g ê n e s e ; ( 2 ) n a e s t i m u la ç ã o d a m a t u r a ç ã o f í s i c a e f u n c i o n a l

a s q u e s ã o c o n t í n u a s c o m a q u e la s q u e c i r c u n d a m o e p i d í d i m o a d ja c e n t e ,

d o s e s p e r m a t o z ó i d e s ; ( 3 ) n a m a n u t e n ç ã o d o s ó r g ã o s a c e s s ó r i o s d o s is t e m a

.s f i b r a s c o l á g e n a s d a t ú n i c a a l b u g í n e a t a m b é m s e e s t e n d e m p a r a o in -

g e n i t a l m a s c u l in o ; (4 ) n o d e s e n v o l v i m e n t o e n a m a t u r a ç ã o d o s c a r a c t e r e s

:r io r d o s te s tíc u lo s , fo r m a n d o d iv is õ e s fib r o s a s , o u

septos (Figura 2 7 . 4 ) .

s e x u a is s e c u n d á r i o s , c o m o d i s t r i b u i ç ã o d e p ê lo s fa c i a i s e d e t e c i d o a d i p o s o ,

m ediastino

d o t e s t íc u l o . O m e -

m a s s a m u s c u l a r e d i m e n s ã o t o t a l d c c o r p o ; ( 5 ) n a e s t i m u la ç ã o d o c r e s c i ­

ia s t in o s u s t e n t a o s v a s o s s a n g ü í n e o s e l i n f á t i c o s q u e s u p r e m o s t e s t íc u l o s

m e n t o e m e t a b o l i s m o d e t o d o o c o r p o ; e (6 ) n a e s t i m u la ç ã o d o d e s e n v o l v i ­

o s d u e to s q u e c o le t a m e t r a n s p o r t a m o s e s p e r m a t o z ó id e s p a r a o in te r io r

m e n t o d o e n c é f a l o p e la i n f l u ê n c i a d o c o m p o r t a m e n t o e i n s t i n t o s e x u a is .

s se s s e p t o s c o n v e r g e m e m d i r e ç ã o a o

o e p id íd im o .

Espermatogênese e meiose [Figura 27.5]

listologia dos testículos [Figuras 27.4/27.5c,d/27.7a]

A s c é lu la s e s p e r m á t i c a s , o u e s p e r m a t o z ó i d e s , s ã o p r o d u z i d a s n o p r o c e s s o

>s s e p t o s s e p a r a m o s t e s t í c u l o s e m c o m p a r t i m e n t o s c ie n o m in a d o s

de

>s do testículo.

túbulos sem iníferos contorcidos d e li c a e s t ã o d i s t r i b u í d o s n o s l ó b u l o s (Figura 2 7 . 4 ) .

e x t e r n a d o s t ú b u lo s s e m in ífe r o s c o n to r c id o s . A s c é lu la s - tr o n c o , d e n o m i­

ada t ú b u l o m e d e a p r o x i m a d a m e n t e 8 0 c m d e c o m p r i m e n t o ; u m t e s t í c u ­

n á r i o , m a s p e r m a n e c e m d o r m e n t e s a té a p u b e r d a d e . C o m o i n í c i o d a m a -

C e rca de 800

o s e f i r m e m e n t e e n o v e la d o s

espermatogênese. A

nadas

e s p e r m a t o g ê n e s e s e i n i c i a n a c a m a d a c e l u l a r m a is

esperm atogônias,

fo r m a m - s e d u r a n te o d e s e n v o lv im e n to e m b r io ­

C apítulo

27 • O Sistema Genital

M e d ia s tin o d o te s tíc u

Dueto deferente E p id íd im o D ú o tu lo s e fe re n te s d o te s tíc u lo

M ú s c u lo d a rto s

E s c ro to -

T ú b u lo s em in ífe ro re to s

Tela s u b c u tâ n e a

M ú s c u lo c re m a s te r T ú n ic a v a g in a l

T ú n ic a a lb u g ín e a

S é p tu lo s d o te stícu l

C a v id a d e d o e s c ro to S é p tu lo s d o te s tíc u lo , .

(a)

L ó b u lo d o te s tíc u lo

R a fe d o p e rín e o

Figura 27.4 Estrutura dos testículos. (a) Secção horizontal diagramática mostrando as relações anatômicas dos testículos nas cavidades do escroto. Os tecidos conectivos que circundam os túbulos se r níferos e a rede do testículo não estão representados, (b) visão histológíca geral dos séptulos do testículo que separam os túbulos seminíferos. (ML x 26)

t u r a ç ã o s e x u a l, a s e s p e r m a t o g ô n ia s d i v id e m - s e c o n t i n u a m e n t e a o l o n g o d e

e s te n d e m e m d ir e ç ã o à s u a lu z , p o r e n tr e o s e s p e r m a t ó c ito s e m p ro c e s:

t o d o s o s a n o s r e p r o d u t i v o s d o i n d iv í d u o . A c a d a d i v is ã o , u m a d a s c é lu la s -

d e m e io s e . D u r a n t e a e s p e r m io g ê n e s e , a s e s p e r m á t id e s g r a d u a lm e n t e c

espermiação, u í

filh a s p e r m a n e c e n a c a m a d a m a is e x t e r n a d o t ú b u l o s e m in í f e r o c o n t o r c i d o

s e n v o lv e m a a p a r ê n c i a d e e s p e r m a t o z ó i d e m a d u r o . N a

c o m o c é l u l a - t r o n c o i n d if e r e n c i a d a , e n q u a n t o a o u t r a c é lu la é p r o p e li d a n a

e s p e r m a t o z ó id e d e s ta c a -s e d a s c é lu la s d e S e r to li e p e n e tr a n a lu z d o tú b i

esperm atócito

lo s e m in ífe r o c o n to r c id o . E s s e p r o c e s s o m a r c a o fin a l d a e s p e r m ío g ê n e s

u m a f o r m a d e d iv i s ã o c e ­

O p r o c e s s o c o m p le to , d e s d e a d iv is ã o d a e s p e r m a t o g ô n ia a té a e s p e r m i.

d i r e ç ã o d a c a v i d a d e ( lu z ) . E s t a c é l u l a s e d if e r e n c ia e m u m

prim ário

q u e s e p r e p a r a p a r a in i c i a r a

m eiose,

lu l a r q u e p r o d u z g a m e t a s c o n t e n d o a m e t a d e d o n ú m e r o n o r m a l d e c r o ­ m o s s o m o s . O s g a m e t a s s ã o d e n o m in a d o s

haplóides

(

haplo, ú n ic o )

ç ã o , le v a a p r o x im a d a m e n te n o v e s e m a n a s .

p o rq u e

Células de Sertoli [Figura 27.5c,d]

c o n tê m a p e n a s u m d o s m e m b ro s d e c a d a p a r d e c ro m o s so m o s. A m e io s e é u m a f o r m a e s p e c ia l d e d iv is ã o c e lu la r c a p a z d e g e r a r g a ­

A s c é lu la s d e S e r to li a p r e s e n t a m c in c o fu n ç õ e s im p o r t a n t e s :

m e t a s . A m i t o s e e a m e i o s e d i f e r e m s i g n i f i c a t i v a m e n t e n o q u e d iz r e s p e i t o a o s s e u s e v e n t o s n u c le a r e s . N a m i t o s e , u m a d i v i s ã o s i m p le s p r o d u z d u a s

1.

t ã o i s o l a d o s d a c i r c u l a ç ã o g e r a l p e la

c é l u l a s - f i l h a s i d ê n t ic a s , c a d a u m a c o n t e n d o 2 3 p a r e s d e c r o m o s s o m o s . N a

gura 27.5c,d),

m e io s e , d u a s d iv is õ e s p r o d u z e m q u a t r o g a m e ta s h a p ló id e s , d ife r e n te s ,

r e g u la d o , d e t a l m o d o q u e o s e s p e r m a t ó c i t o s e a s e s p e r m á t i d e s p e i m a n e c e m m u i t o e s t á v e is . A lu z d e u m t ú b u l o s e m i n í f e r o c o n t é m un

s e n d o , p a r a c a d a e s p e r m a t ó c it o p r im á r io q u e s o fr e m e io s e ,

(Figura 27.5a,b).

l í q u i d o b a s t a n t e d i f e r e n t e d o l í q u i d o in t e r s t i c i a l; e s te l í q u i d o t u b u la

E s p e r m a t o g ô n ia s ,

é r ic o e m a n d r ó g e n o s , e s tr ó g e n o s , p o tá s s io e a m in o á c id o s . A b a r r e ir

e s p e r m a t ó c ito s s u b m e t id o s à m e io s e e e s p e r m á tid e s e stã o r e p r e s e n ta d o s na

F

pág. 3 c

O tr a n s p o r t e d e m a t e r ia is a t r a v é s d a s c é lu la s d e S e r to li é r ig id a m e n t

esperm atócitos secundários. C a d a esperm á-

e s p e r m a t ó c ito s e c u n d á r io se d iv id e p a r a p r o d u z ir u m p a r d e

q u a tr o e s p e r m á tid e s s ã o p r o d u z id a s

c o m p a r á v e l à b a r r e i r a h e m a t o e n c e f á li c a .

l u m i n a r d o s t ú b u lo s s e m in ífe r o s d o líq u id o in te r s t ic ia l c irc u n d a n ti

N o s te s t íc u lo s , a p r im e ir a e t a p a n a m e io s e é a d iv is ã o d e u m e s p e r m a ­

tides. A s s i m

t ú b u lo s s e m in ífe r o s e

barreira hem atotesticular

Ju n ç õ e s o c lu s iv a s e n tr e a s c é lu la s d e S e r to li is o la m o “ c o m p a r tim e n t

c a d a u m c o n t e n d o 2 3 c r o m o s s o m o s in d i v i d u a i s .

tó c ito p r im á r io p a r a g e r a r u m p a r d e

Manutenção da barreira hematotesticular. O s

h e m a t o t e s t i c u l a r é e s s e n c i a l n a p r e s e r v a ç ã o d e s t a s d i f e r e n ç a s . A lé n

Figura 27.5c,d. A e s p e r m a t o g ê n e s e é e s t im u la d a d ir e t a m e n t e p e la te s t o s t e r o n a e

d is s o , o s e s p e r m a t o z ó i d e s e m d e s e n v o l v i m e n t o c o n t ê m a n t í g e n o s es

e s t im u la d a in d ir e t a m e n t e p e lo H F E ( F S H / h o r m ô n io fo líc u lo - e s t im u -

p e c ífic o s e m s u a s m e m b r a n a s c e lu la r e s. E s s e s a n t íg e n o s (a u s e n te s n a

la n t e ) , c o n fo r m e d e t a lh a d o r e s u m id a m e n t e . A te s t o s t e r o n a é p r o d u ­

m e m b r a n a s c e lu la r e s s o m á tic a s ) s e r ia m a ta c a d o s p e lo s is te m a im u

z id a p e la s c é lu la s in t e r s t ic ia is d o s t e s t íc u lo s e m r e s p o s t a a o H L ( L H /

n o ló g ic o c a s o a b a r r e ir a h e m a to te s t ic u la r n ã o e v it a s s e s u a d e te c ç ã o .

h o r m ô n io lu te in iz a n te ).

2.

pág. 520

Manutenção da espermatogênese: A

esp e rm ato g ê n ese d e p en d e d o esn

m u l o d a s c é l u l a s d e S e r t o l i p e lo H F E e p e la t e s t o s t e r o n a . A s c é lu la s

Espermiogênese [Figura 27.5b-d] C a d a e s p e r m á t id e d ife r e n c ia - s e e m u m ú n ic o

esperm atozóide

esperm iogênese (Figura 27.5b-d).

m e ió t ic a s d o s e s p e r m a t ó c ito s .

m ad u ro ,

o u c é l u l a e s p e r m á t ic a , p o r m e i o d e u m p r o c e s s o d e m a t u r a ç ã o d e n o m i n a ­ do

di

S e r t o l i e s t i m u la d a s m a n t ê m a d i v i s ã o d a e s p e r m a t o g ô n i a e a s d iv is e * ;

3.

Manutenção da espermiogênese: A

e s p e r m io g ê n e s e r e q u e r a p re se r. :

D u r a n te a e s p e r m io g ê n e s e , as e s ­

d a s c é lu la s d e S e r to li. E s s a s c é lu la s c ir c u n d a m e e n v o lv e m a s e s p e r

células de Sertoli.

m á t i d e s , f o r n e c e n d o n u t r i e n t e s e e s t í m u lo s q u í m i c o s q u e p r o m o v e n

p e r m á t id e s e s tã o e m b e b id a s n o c it o p la s m a d e g r a n d e s

A s c é l u l a s d e S e r t o l i s ã o f i x a s à l â m i n a b a s a l p e la c á p s u l a d o t ú b u l o e s e

s e u d e s e n v o lv im e n t o .

O SISTEMA GENITAL

ESPERMATOGENESE MITOSE da espermatogônia T ú b u lo s s e m in ífe ro s c o n to rc id o s c o n te n d o e s p e rm á tid e s jo v e n s

(diplóide)

Espermatócito primário (diplóide)

Replicação do DNA T ú b u lo s se m in ífe ro s c o n to rc id o s c o n te n d o e s p e rm á tid e s m a d u ra s

S in a p s e e fo rm a ç ã o d a té tra d e

Espermatócito primário T étrade

MEIOSE I Espermatócitos secundários

T ú b u lo s s e m in ífe ro s c o n to rc id o s c o n te n d o e s p e rm a to z ó id e s

(a) Túbulos seminíferos contorcidos

E s p e rm á tid e s E s p e rm á tid e s c o m p le ta n d o a e s p e rm a to g ê n e s e

C é lu la s in te rs tic ia is

E s p e rm á tid e s in ic ia n d o a e s p e rm io g ê n e s e

E s p e rm a tó c ito s e c u n d á rio

E s p e rm io g ê n e s e in icial

p e rm a to g ô n ia s

E s p e rm a tó c ito p rim á rio p re p a ra n d o -s e p a ra a m e io s e I

“ C o m p a rtim e n to lu m in a r Hulas d e S e rto li E s p e rm a tó c ito s e c u n d á rio na m e io s e II E sp e rm a tó cito s em d iv is ã o

N ív e l d a ba rreira h e m a to te s tic u la r

C a b e ç a s de -m atozóides em m adurecim ento

C é lu la s d e S e rto li

F ib ró c ito C á p s u la d e te c id o c o n e c tiv o

C á p s u la d e te c id o c o n e c tiv o

C é lu la s in te rs tic ia is

(c) Túbulo seminífero contorcido

Esperm atogônia

M L x 98 3

(d) Parede de um túbulo seminífero contorcido

ura 27.5

“C o m p a rtim e n to b a s a l”

Histologia dos túbulos seminíferos contorcidos.

rúbulos seminíferos contorcidos, vista seccional, (b) Meiose nos testículos mostrando os destinos de três cromossomos representativos, (c) Espermatogênese no rior de um segmento do túbulo seminífero contorcido, (d) A barreira hematotesticular e a estrutura da parede de um túbulo seminífero contorcido.

C a p it u lo

4.

Secreção de inibina: A s n o m in a d o

inibina.

c é lu la s d e S e r to li s e c r e ta m u m h o r m ô n io d e ­



A i n i b in a d e p r im e a p r o d u ç ã o h i p o f i s á r i a d o h o r ­

5.

cauda é o ú n i c o e x e m p lo flagelo m o v i m e n t a

38 U m

m ô n io fo líc u lo - e s tim u la n te ( H F E / F S H ) e d o h o r m ô n io lib e r a d o r d e g o n a d o tro fm a s (H L G /G n R H ).

A

27 • 0 Sistema Genital

721

d e fl a g e l o n o c o r p o h u m a n o .

e

a c é l u l a d e u m l u g a r p a r a o u t r o . A<

c o n t r á r i o d o s c í l i o s , c u j o m o v i m e n t o é o n d u l a t ó r i o e p r e v i s í v e l,

p á g . 5 2 1 Q u a n t o m a is r á p i d a a p r o ­

f l a g e lo d e u m e s p e r m a t o z ó i d e a p r e s e n t a u m c o m p l e x o m o v i m e n :

d u ç ã o d e e s p e r m a t o z ó id e s , m a i o r a q u a n t id a d e d e i n ib i n a s e c r e ta d a .

e s p ir a la d o e r o ta c io n a l. O s m ic r o t ú b u lo s d o fla g e lo s ã o c ir c u n d a

Secreção de proteína fixadora de andrógeno: A

d o s p o r u m a b a in h a fib r o s a d e n sa .

andrógeno (PFA)

proteína fixadora de

m a n t é m o s a n d r ó g e n o s ( p r in c ip a lm e n t e a te sto s-

te r o n a ) n o c o n te ú d o líq u id o d o s tú b u lo s s e m in ífe r o s . E ss a p r o te ín a é c o n s id e r a d a im p o r t a n t e p a r a a e le v a ç ã o d a c o n c e n tr a ç ã o d o s a n ­ d r ó g e n o s n o i n t e r i o r d o s t ú b u l o s s e m i n í f e r o s e p a r a a e s t i m u la ç ã o d a e s p e r m io g ê n e s e .

D i f e r e n t e m e n t e d e o u t r a s c é l u l a s e s p e c i a li z a d a s , o e s p e r m a t o z ó i c m a d u r o n ã o a p r e s e n t a r e t í c u lo e n d o p l a s m á t i c o , a p a r e l h o d e G o l g i , lis o ? s o m o s , p e r o x i s s o m o s , i n c l u s õ e s e v á r i a s o u t r a s e s t r u t u r a s in t r a c e lu la r e s C o m o a c é lu la n ã o c o n t é m g lic o g ê n io o u o u t r a s r e s e r v a s d e e n e r g ia , a a b s o r ç ã o d e n u t r i e n t e s ( s o b r e t u d o f r u t o s e ) é fe i t a n e c e s s a r i a m e n t e a p a r t i d o líq u id o c ir c u n d a n te .

Anatomia do espermatozóide [F igura 27.6 ] E x i s t e m t r ê s r e g iõ e s d if e r e n t e s e m c a d a e s p e r m a t o z ó i d e :

termediária e cauda ( F i g u r a ■

A

cabeça

cabeça, peça in­

2 7 .6 ) .

é u m a e s tr u tu r a d e fo r m a to o v a la d o e p la n ific a d o q u e

c o n té m c r o m o s s o m o s d e n s a m e n te c o m p a c t a d o s . A e x t r e m id a d e c o n té m o

acrossom o,

u m c o m p a r t im e n t o v e s ic u la r lim it a d o p o r

m e m b r a n a c o n te n d o e n z im a s e n v o lv id a s n a s p r im e ir a s e ta p a s d a fe r t i l i z a ç ã o . ■

Um

colo

c u r to lig a a c a b e ç a à

peça interm ediária.

O c o lo c o n ­

té m o s d o is c e n tr ío lo s d a e s p e r m á t id e o r ig in a l. O s m ic r o t ú b u lo s d o c e n tr ío lo d is ta i s ã o c o n tín u o s a o s d a p e ç a in te r m e d iá r ia e d a c a u d a . D is p o s ta s e m e s p ir a l a o r e d o r d o s m ic r o t ú b u lo s e stã o m it o c ô n d r i a s q u e f o r n e c e m a e n e r g i a n e c e s s á r ia p a r a o m o v i m e n t o d a cauda.

F ig u r a 2 7 .6

E sp e rm io g ê n e s e e h isto lo g ia do e s p e rm a to z ó id e .

(a) Diferenciação de uma espermátide em um espermatozóide, (b) Histologia de

espermatozóides humanos.

Espermátide (semana M ito c o n d r ia

C a u d a (55 |jm)

N u c le o

C it o p la s m a e lim in a d o

A p a re lh o d e G o lg i

V e s íc u la d o acro sso m o P e ç a in te rm e d iá ria (5 um )

(a) Espermiogênese

C o lo (1 um )

A c ro s s o m o N ú c le o

C a b e ç a (5 |xm) A c ro s s o m o

Espermatozóide (semana 5)

M ic ro tú b u lo s

O S I S T E M A GE NI TAL

O e p id íd im o a p r e s e n ta trê s fu n ç õ e s p r in c ip a is :

Nota clínica

1.

Câncer de testículo A incidência do câncer de testículo é rela­ tivam ente baixa: cerca de 8.250 novos casos são relatados a cada ano nos Estados Unidos. Entretanto, é o tipo de câncer m ais com um em ho­ m ens na faixa etária de 15 a 34 anos. Nove entre dez casos resultam de esperm atogônias ou esperm atócitos anorm ais. O tratam ento consiste, em geral, na com binação de orquiectom ia e quim ioterapia. O ciclista Lance Arm strong venceu por sete vezes consecutivas o exaustivo Tour de France após o tratam ento bem -sucedido de um câncer de testículo, que já apresentava m etástases no encéfalo e nos pulmões.

Monitora e ajusta a composição do líquido produzido pelos túbulos se­ miníferos: O e p i t é l i o c o l u n a r p s e u d o - e s t r a t i f i c a d o q u e r e v e s t e o e p i ­ d í d i m o a p r e s e n t a estereocílios d i f e r e n c i a d o s (Figura 27.7b,c) q u e a u ­ m e n t a m a á r e a d e s u p e r fíc ie d is p o n ív e l p a r a a b s o r ç ã o e s e c r e ç ã o n o l í q u i d o t u b u la r .

2. Atua

como um centro de reciclagem para espermatozóides danificados:

F r a g m e n t o s c e lu la r e s e e s p e r m a t o z ó i d e s d a n i f i c a d o s s ã o a b s o r v i d o s , e o s p r o d u t o s d a q u e b r a e n z i m á t i c a s ã o l i b e r a d o s n o l í q u i d o in t e r s t i c i a l c i r c u n d a n t e p a r a s e r e m c o l e t a d o s p e la c i r c u l a ç ã o l o c a l d o e p i d í d i m o . 3.

Armazena espermatozóides e facilita sua maturação funcional: A p r o ­ x im a d a m e n t e d u a s s e m a n a s s ã o n e c e s s á r ia s p a r a q u e o s e s p e r m a ­ to z ó id e s p a s s e m p e lo e p id íd im o , p e r ío d o e m q u e c o m p le t a m s u a m a t u r a ç ã o e m a m b ie n te p r o te g id o . E m b o r a j á e s te ja m m a d u r o s a o d e ix a r o e p id íd im o , o s e s p e r m a t o z ó id e s p e r m a n e c e m im ó v e is . P a r a

Ti REVISÃO DOS CONCEITOS

to r n a r e m - s e a tiv o s , m ó v e is e p le n a m e n te fu n c io n a is , o s e s p e r m a t o ­

1. Que estruturas formam o funículo espermático? 2 Por que as hérnias inguinais são relativamente comuns nos homens? 3 Explique por que a localização dos testículos (fora da cavidade peritoneal) é

z ó id e s p r e c is a m p a s s a r p o r u m p r o c e s s o d e

capacitação.

E sse p r o ­

c e s s o o c o r r e n o r m a l m e n t e e m d u a s fa s e s : ( 1 ) o s e s p e r m a t o z ó i d e s to r n a m -s e m ó v e is q u a n d o m is tu r a d o s à s s e c re ç õ e s d a s g lâ n d u la s s e ­ m in a is ; e (2 ) to r n a m - s e c a p a z e s d e fe r tiliz a ç ã o b e m - s u c e d id a q u a n d o

importante para a produção de espermatozóides viáveis?

a p e r m e a b i l i d a d e d e s e u p l a s m a le m a s e a lt e r a e m f u n ç ã o d a e x p o s i ç ã o

■i. Qual é a função da barreira hematotesticular?

às c o n d iç õ e s n o in te r io r d o tr a to g e n it a l fe m in in o . E n q u a n to p e r m a ­ Veja a se ç ã o d e R e sp o stas na p arte final do livro.

n e c e m n o tr a to g e n it a l m a s c u lin o , u m a s e c r e ç ã o d o e p id íd im o e v it a a c a p a c ita ç ã o p r e m a t u r a d o s e s p e r m a t o z ó id e s .

3 trato genital masculino

O t r a n s p o r t e a o lo n g o d o e p id íd im o e n v o lv e u m a c o m b in a ç ã o d e

' > t e s t íc u lo s p r o d u z e m e s p e r m a t o z ó i d e s f i s i c a m e n t e m a d u r o s q u e a in d a : i o s ã o c a p a z e s d e fe r tiliz a ç ã o p o r q u e a in d a n ã o s ã o m ó v e is . A s o u t r a s e g iõ e s d o t r a t o g e n it a l m a s c u l in o e s t ã o e n v o l v i d a s c o m m a t u r a ç ã o f u n -

m o v i m e n t a ç ã o d o l í q u i d o e c o n t r a ç õ e s p e r i s t á l t i c a s d o m ú s c u l o li s o , a té q u e o s e s p e r m a t o z ó id e s fin a lm e n te d e ix e m a c a u d a d o e p id íd im o e e n ­ t r e m n o d u e t o d e fe r e n t e .

í o n a l , n u t r i ç ã o , a r m a z e n a m e n t o e t r a n s p o r t e d e e s p e r m a t o z ó id e s .

O dueto deferente [Figuras 27.1/27.3/27.7a/27.8a,b]

Depidídimo [Figuras 27.1/27.3/27.4/27.7]

O dueto deferente

Vo f i n a l d o s e u d e s e n v o l v i m e n t o , o s e s p e r m a t o z ó i d e s d e s p r e n d e m - s e d a s e íu la s d e S e r t o l i e l i b e r t a m - s e n o i n t e r i o r d o t ú b u l o s e m i n í f e r o c o n t o r c i io . E m b o r a a p r e s e n t e m a m a i o r i a d a s c a r a c t e r í s t ic a s d a s c é lu la s m a d u r a s lo e s p e r m a , s ã o f u n c i o n a l m e n t e i m a t u r o s e in c a p a z e s d e l o c o m o ç ã o c o ­ o rd e n a d a o u d e f e r t i l i z a ç ã o . C o r r e n t e s d e l í q u i d o e n t ã o t r a n s p o r t a m o s s p e r m a t o z ó i d e s a o l o n g o d o s t ú b u l o s s e m i n í f e r o s r e t o s , p e la r e d e d o te s :c u lo

(Figura 27.7a) e

p a r a o in t e r io r d o e p id íd im o . A lu z d o e p id íd im o é

e v e s t id a p o r u m e p it é l i o c o l u n a r p s e u d o - e s t r a t i f i c a d o d i f e r e n c i a d o c o m o n g o s e s t e r e o c í li o s

(Figura 27.7b,c).

O epidídim o s i t u a - s e a o l o n g o d a m a r g e m p o s t e r i o r d o t e s t í c u l o (Fijuras 27.1, p á g . 7 1 6 , 27.3, p á g . 7 1 8 , 27.4, p á g . 7 1 9 , e 27.7a). A p r e s e n t a i m a c o n s i s t ê n c i a f i r m e e p o d e s e r p a l p a d o s o b a p e le d o e s c r o t o . O e p id í lim o c o n s is te e m u m tú b u lo c o m a p r o x im a d a m e n te 7 m d e c o m p r im e n o , e n o v e la d o e r e t o r c i d o d e m o d o a o c u p a r m u i t o p o u c o e s p a ç o ; a p r e s e n a um a ■

cabeça, u m corpo e A

cabeça

um a

cauda.

O

corpo

e a sc e n d e a tra v é s

d a c a v id a d e a b d o m in o p é lv ic a

(Figura 27.3).

N a c a v id a d e a b d o m in o p é l-

v ic a , o d u e to d e fe r e n te p a s s a p o s te r io r m e n te , c u r v a n d o - s e in fe r io r m e n te , a o lo n g o d a s u p e r fíc ie la te r a l d a b e x ig a u r in á r ia , e m d ir e ç ã o à m a r g e m s ú p e ro - p o s te rio r d a p ró s ta ta

(Figura 27.1 ).

P o u c o a n te s d e a tin g ir a p r ó s ­

ta ta , o d u e to d e fe r e n te e x p a n d e - s e e e s ta r e g iã o d ila t a d a é c o n h e c id a c o m o

am pola do dueto deferente (Figura 27.8a). A p a r e d e d o d u e to d e fe re n te c o n té m u m a c a m a d a e s p e ss a d e m ú s ­ c u lo li s o

(Figura 27.8b).

C o n t r a ç õ e s p e r i s t á l t i c a s d e s s a c a m a d a p r o p e le m

e s p e r m a t o z ó id e s e líq u id o a o lo n g o d o d u e to , q u e é r e v e s t id o p o r u m e p i­ t é l i o c o l u n a r c o m e s t e r e o c í li o s . A l é m d e t r a n s p o r t a r o e s p e r m a , o d u e t o d e fe re n te p o d e a r m a z e n a r o s e s p e r m a to z ó id e s p o r v á r io s m e s e s . D u r a n te e s te p e r ío d o , o s e s p e r m a t o z ó id e s p e r m a n e c e m e m u m e s ta d o la te n te , s e m m o v im e n ta ç ã o , c o m b a ix a s ta x a s m a ta b ó lic a s .

g lâ n d u la s e m in a l m a rc a o in íc io d o

dueto ejaculatório.

E sta p assag e m

r e la tiv a m e n te c u r t a (2 c m ) p e n e t r a n a p a r e d e m u s c u la r d a p r ó s ta ta e es •

i n i c i a - s e d i s t a lm e n t e a o ú l t i m o d ú c t u l o e f e r e n t e d o t e s t í ­

c u lo e e s t e n d e - s e i n f e r i o r m e n t e a o l o n g o d a m a r g e m p o s t e r i o r d o



(Figura 27.7a)

d o c a n a l in g u in a l, c o m o p a r t e d o fu n íc u lo e s p e r m á t ic o , p a r a o in t e r io r

A ju n ç ã o d e c a d a a m p o la d o d u e to d e fe r e n te a o d u e to e x t e r io r d a

(s u p e r io r ) re c e b e e s p e r m a to z ó id e s a d v in d o s d o s d ú c tu -

lo s e f e r e n t e s d o t e s t í c u l o , n o m e d ia s t i n o d o t e s t íc u l o . ■

a p r e s e n t a e n t r e 40 e 45 c m d e c o m p r i m e n t o ; o r i g i n a -

se n a te r m in a ç ã o d a c a u d a d o e p id íd im o

v a z ia -s e n a u r e tr a

(Figura 27.1),

n a s p r o x im id a d e s d o d u e to e ja c u la tó r io

d o la d o o p o sto .

t e s t íc u lo .

A uretra [Figuras 27.1/27.9]

N a s p r o x i m i d a d e s d o p ó l o i n f e r i o r d o t e s t íc u l o , o n ú m e r o d e c ir -

A u r e tr a d o h o m e m e s te n d e -s e d a b e x ig a u r in á r ia a té a e x t r e m id a d e d o

c u n v o l u ç õ e s d i m i n u i , m a r c a n d o o i n íc i o d a

cauda. A

c a u d a in v e r t e

p ê n i s , a u m a d i s t â n c i a d e 15 a 20 c m , s e n d o d i v i d i d a e m r e g i õ e s :

parte

a d i r e ç ã o e , à m e d id a q u e a s c e n d e , o e p it é lio t u b u l a r se m o d i f i c a ; o s

prostática, parte membranácea e parte esponjosa (Figuras 27.1

e s t e r e o c í li o s d e s a p a r e c e m e o e p it é l i o t o r n a - s e in d i f e r e n c i á v e l e m

t a s s u b d i v i s õ e s f o r a m c o n s i d e r a d a s n o C a p í t u l o 26.

r e l a ç ã o a o e p i t é l io d o d u e t o d e fe r e n t e . A c a u d a d o e p i d í d i m o é a

m e m , a u r e t r a é u m a v ia d e p a s s a g e m in te g r a n te ta n to d o s iste m a u r in á r io

p r i n c i p a l r e g iã o e n v o l v id a n o a r m a z e n a m e n t o d e e s p e r m a t o z ó id e s .

q u a n t o d o s i s t e m a g e n it a l.

e

27.9).

E s­

pág. 707 N o h o ­

C a p it u lo 2 7 • O S is te m a G e n ita l

F unículo esperm ático D u e to d e fe re n t e ------E s p e rm a ­ to z ó id e s

w a b e ç a d o e p id íd im o — D ú c tu lo s e fe re n te s d o te s tíc u lo T ú b u lo s s e m in ífe r o s re to s R e d e d o te s tíc u lo n o m e d ia s tin o C o r p o d o e p id íd im o T ú b u lo s s e m in ífe ro s

Se cçõe s do

c o n t o r c id o s

e p id íd im o e n o v e la d o

T ú n ic a a lb u g ín e a re v e s tin d o o te s tíc u lo

C a v id a d e d o e s c ro to C a u d a d o e p id íd im o T ú n ic a v a g in a l (rebatida)

(a) Testículo e epidídimo

Figura 27.7 O epidídimo. (a) (Esquerda) Aparência do testículo e do epidídimo na dissecação. (Direita) Vista diagramática do testículo e do epidídimo, mostrando o plano de secção da parte (b). (b) Organização histológica dos túbulos no interior da região da cabeça do epidídimo e tecidos conectivos circundantes, (c) Micrografia

(b) Epidídimo

de luz mostrando características epiteliais, especialmente os estereocílios alongados.

F la g e lo s d o s e s p e rm a to z ó id e s n a lu z d o e p id ie m <

As glândulas acessórias [Figuras 27.1/27.8a] O s t ú b u lo s s e m in ífe r o s e o e p id íd im o c o n tr ib u e m c o m a p e n a s 5 % d o s líq u id o s p a r a o v o lu m e fin a l d e s ê m e n . O líq u id o s e m in a l é u m a m is tu r a d e s e c re ç õ e s a d v in d a s d e v á r ia s g lâ n d u la s d ife r e n te s , c a d a u m a c o m c a ­ r a c t e r í s t i c a s b i o q u í m i c a s e s p e c íf ic a s . E s s a s g l â n d u l a s i n c l u e m a s

seminais, a próstata e 27.8a). A s

as

glândulas bulbouretrais (Figura

glândulas

27.1, p á g .

7 16 , e

p r in c ip a is fu n ç õ e s d e ss a s g lâ n d u la s s ã o ( 1 ) a tiv a r o s e s p e r m a ­

t o z ó i d e s , ( 2 ) f o r n e c e r o s n u t r i e n t e s n e c e s s á r io s p a r a g a r a n t i r a m o t i l i d a d e d o s e s p e r m a t o z ó id e s e ( 3 ) p r o d u z i r t a m p õ e s q u e n e u t r a li z e m a a c id e z d o s c o n t e ú d o s u r e t r a l e v a g in a l .

As glândulas seminais [Figuras 27.1/27.8a,d27.9a] O d u e to d e fe r e n te te r m in a n a ju n ç ã o e n tr e s u a a m p o la e o d u e to q u e d r e ­ n a a g l â n d u l a s e m in a l . A s

glândulas sem inais,

ou

“vesículas seminais”,s ã o

e n v o l v i d a s e m t e c i d o c o n e c t i v o d e c a d a l a d o d a l i n h a m e d ia n a , e n t r e a

E p ité lio c o lu n a r pseud o-

p a r e d e p o s te r io r d a b e x ig a u r in á r ia e a p a r e d e a n t e r io r d o reto . C a d a v e s í­

e s tra tific a d o d o e p id íd im o

c u la s e m i n a l é u m ó r g ã o g l a n d u l a r t u b u l a r q u e m e d e e m t o r n o d e 1 5 c m d e c o m p r i m e n t o . C a d a t ú b u l o a p r e s e n t a v á r i o s r a m o s la t e r a is c u r t o s , e o a s p e c to to t a l é e n o v e la d o e d o b r a d o e m u m a m a s s a c o m p a c t a d e a p r o x i­ m a d a m e n t e 5 c m p o r 2 ,5 c m . A lo c a liz a ç ã o d a s g lâ n d u la s s e m in a is p o d e se r v is ta n a s

Figuras 27.1, 27.8a e 27.9a.

(c) Epidídimo

ML x

A s g l â n d u l a s s e m i n a is s ã o g l â n d u l a s s e c r e t o r a s e x t r e m a m e n t e a t iv a s , c o m u m r e v e s t im e n t o e p i t e l ia l p s e u d o - e s t r a t i f i c a d o c o l u n a r o u c u b ó i d e

(Figura 27.8c).

E s s a s g lâ n d u la s c o n tr ib u e m c o m a p r o x im a d a m e n te 6 0 %

A próstata [Figuras 27.l/27.8a,e/27.9a] próstata é

d o v o lu m e d o s ê m e n e, e m b o r a o líq u id o v e s ic u la r g e r a lm e n te te n h a a

A

m e s m a c o n c e n t r a ç ã o o s m ó t i c a q u e o p l a s m a s a n g ü ín e o , a c o m p o s i ç ã o é

a p r o x im a d a m e n te 4 c m . A p r ó s ta ta c ir c u n d a a p a r te p r o s tá tic a d a u r e tr

b a s t a n t e d ife r e n t e . E m p a r t ic u la r , a s g l â n d u l a s s e m in a i s c o n t ê m p r o s t a g l a n -

d e sd e o p o n to e m q u e e m e rg e d a b e x ig a u r in á r ia

d i n a s , p r o t e í n a s c o a g u la n t e s e c o n c e n t r a ç õ e s r e l a t i v a m e n t e a lt a s d e f r u t o s e ,

27.9a). O

q u e é f a c i l m e n t e m e t a b o l iz a d a p e lo s e s p e r m a t o z ó id e s p a r a p r o d u z i r A T P .

a 50

ág. 38 O l í q u i d o s e m i n a l é l i b e r a d o n o d u e t o d e f e r e n t e n a f a s e d e

emissão, q u a n d o

o c o r r e m c o n t r a ç õ e s p e r is t á l t ic a s n o d u e t o d e fe r e n t e , n a s

g l â n d u l a s s e m in a is e n a p r ó s t a t a . E s s a s c o n t r a ç õ e s s ã o c o n t r o l a d a s p e lo s is ­ t e m a n e r v o s o s im p á t ic o .

pág

16 6 Q u a n d o m is t u r a d o s à s s e c r e ç õ e s d a s

u m ó r g ã o m u s c u la r p e q u e n o , a r r e d o n d a d o , c o m d iâ m e tr o c

(Figuras 27.1, 27.8a

te c id o g la n d u la r d a p r ó s ta ta c o n s is te e m u m a g lo m e r a d o d e 3

glândulas tubuloalveolares compostas (Figura 27.8e). E s s a s

g lâ n d u L

s ã o c i r c u n d a d a s e e n v o l v i d a s p o r u m a e s p e s s a c a p a d e f i b r a s m u s c u la r * l is a s . O r e v e s t i m e n t o e p i t e l i a l v a r i a d e u m e p i t é l i o s i m p le s a t é u m e p ité li c o lu n a r p s e u d o - e s tr a tific a d o . A p ró sta ta p ro d u z

líquido prostático,

u m a s e c r e ç ã o l e v e m e n t e áci<

g l â n d u la s s e m in a is , o s e s p e r m a t o z ó id e s a n t e r io r m e n t e in a t iv o s , p o r é m f u n ­

q u e c o n tr ib u i c o m 2 0 a 3 0 % p a ra o v o lu m e d o sê m e n . A lé m d e v á r io s o

c io n a is , i n i c i a m o s b a t i m e n t o s d o s fla g e lo s , t o r n a n d o - s e a lt a m e n t e m ó v e is .

tr o s c o m p o s to s d e im p o r t â n c ia v a r iá v e l, a s s e c re ç õ e s p r o s tá tic a s c o n tê

O S I S T E M A G E N IT A L

Luz do dueto deferente Ureter

Músculo liso

Dueto deferente

Glândula seminal

M L x 143

(b) Dueto deferente

MEV x 54

Ampola do dueto deferente Dueto excretor da glândula seminal

Vesículas secretoras

Dueto ejaculatório Próstata Uretra, parte prostática

Glândula bulbouretral "Diafragma urogenital”

*

«i**

ML x 57

(c) Glândula seminal

Músculo liso

Músculo liso e tecido conectivo

Cápsula

Glândulas mucosas

Glândulas tubuloalveolares da próstata

(e) Próstata

ML x 60

Figura 27.8

O d u e t o d e f e r e n t e e a s g lâ n d u la s a c e s s ó r ia s .

(d) Glândula bulbouretral

ML x 190

(a) V ista p o s te rio r da be xig a urinária e da prósta ta , m o stra n d o a s s u b d iv is õ e s d o d u e to d e fe re n te e m re la çã o às e stru tu ra s ad ja ce nte s, (b) M icro g ra fia de luz e m icro grafia e le trô n ica de v arre d u ra m o stra n d o e x te n sa s c a m a d a s de m ú sc u lo liso e m to rn o da lu z d o d u e to d e feren te . [MEV © R. G. Kessel e R. H. Kardon, "Tissues and Orçans: AText-Atlas ofScanning Electron Microscopy,"W. H. Freeman & Co., 1979. Todos os direitos reservados.] (c) H isto lo g ia da s g lâ n d u la s se m in a is. O b se rv e a e xte n sa area de s u p e rfície glandular; e ste s ó rg ã o s p ro d u ze m a m a io r p a rte d o v o lu m e d o líq u id o se m in al, (d) H isto lo g ia d a s g lâ n d u la s bu lb o u re tra is, q u e se c re ta m um m u co e sp esso no in te rio r da p a rte e sp o n jo sa da uretra, (e) D eta lh e h is to ló g ico da prósta ta . O te c id o e n tre a s u n id a d e s g la n d u la re s in d iv id u a is é c o m p o sto , e m g rand e parte, de m ú sc u lo liso. A s c o n tra ç õ e s d e s se te c id o m u sc u la r ajudam a m a n te r a s s e c re ç õ e s no in te rio r d o d u e to e ja cu la tó rio e da uretra.

C a p ít u l o

plasmina sem inal,

u m a n t ib ió t ic o q u e p o d e a u x ilia r n a p r e v e n ç ã o d e in -

27 • O Sistema Genital

725

l i z m e n t e p o d e s e r u m a e x c e l e n t e f o n t e d e n u t r i e n t e s p a r a b a c t é r i a s . In fl

re c ç õ e s d o t r a t o u r i n á r i o e m h o m e n s . E s s a s s e c r e ç õ e s s ã o e je t a d a s n a p a r t e

m a ç õ e s le v e s e i n f e c ç õ e s s ã o c o m u n s n e s t a r e g i ã o , s o b r e t u d o s e a á r e a n l o

p r o s t á t i c a d a u r e t r a p e la s c o n t r a ç õ e s p e r i s t á l t i c a s d a p a r e d e m u s c u la r .

é l a v a d a c u i d a d o s a m e n t e e c o m f r e q ü ê n c i a . U m a f o r m a d e s e e v i t a r este s

circuncisão,

p r o b le m a s é r e a liz a r a d e n o m in a d a

As glândulas bulbouretrais [Figuras 27.1/27.8a,d/27.9a] O p a r d e glândulas bulbouretrais, o u glândulas de Cowper, e s t á l o c a l i z a ­ d o j u n t o à r a i z d o p ê n is , c o b e r t o p e la m e m b r a n a d o p e r í n e o

27.8a

pág. 7 16 ,

e

27.9a).

(Figuras 27.1,

A s g lâ n d u la s b u lb o u r e t r a is sã o a r re d o n d a d a s ,

q u e c o n s is te n a r e m o ­

ç ã o c ir ú r g ic a d o p r e p ú c io . N a s s o c ie d a d e s o c id e n ta is ( e s p e c ia lm e n te n c E s t a d o s U n id o s ) , e sse p r o c e d im e n t o c o s tu m a s e r re a liz a d o lo g o a p ó s c n a s c im e n to . E m b o r a h a ja c o n tr o v é r s ia s a r e s p e ito d e ss a p r á tic a , s u a c o n :

n u a ç ã o é m a n t id a p o r fo r te s h á b ito s c u lt u r a is e e v id ê n c ia s e p id e m io lo c -

c o m d i â m e t r o a p r o x i m a d o d e 1 0 m m . O d u e t o d e c a d a g l â n d u l a fa z t r a -

c a s . H o m e n s n ã o - c i r c u n c i s a d o s a p r e s e n t a m m a i o r i n c i d ê n c i a d e in fe c ç õ e s

e to p a r a l e lo à p a r t e e s p o n j o s a d a u r e t r a p o r 3 a 4 c m a n t e s d e e s v a z ia r - s e

d o tr a to u r in á r io e r is c o s m a is e le v a d o s d e a p r e s e n ta r c â n c e r d e p ê n is e n

n a c a v i d a d e d a u r e t r a . A s g l â n d u l a s e o s d u e t o s s ã o r e v e s t id o s p o r e p it é lio c o l u n a r s i m p le s . E s s a s g l â n d u l a s m u c o s a s t u b u l o a l v e o l a r e s c o m p o s t a s

gura 27.8d)

(Fi­

re la ç ã o a h o m e n s c ir c u n c is a d o s . P r o fu n d a m e n t e a o te c id o c o n e c tiv o f r o u x o s u b ja c e n te à d e r m e , u m a

s e c r e t a m u m m u c o a lc a l in o , e s p e s s o e v i s c o s o . E s t a s e c r e ç ã o

d e n s a r e d e d e f ib r a s e lá s tic a s e n v o lv e a s e s t r u t u r a s in t e r n a s d o p ê n is . 1

c o n t r i b u i p a r a a n e u t r a li z a ç ã o d e á c i d o s d a u r i n a q u e p o s s a m p e r m a n e c e r

m a io r p a r t e d o c o r p o d o p ê n is c o n s is te e m tr ê s c o lu n a s c ilín d r ic a s p a r a ­

n a u r e t r a e o f e r e c e l u b r i f i c a ç ã o à e x t r e m i d a d e d o p ê n is .

le la s d e

tecido erétil (Figura 27.9).

O t e c i d o e r é t il c o n s i s t e e m u m l a b i ­

r in to tr id im e n s io n a l d e c a n a is v a s c u la r e s n ã o t o t a lm e n t e s e p a r a d o s p

Sêmen (esperma)

d e r e p o u s o , o s r a m o s a r t e r i a i s e s t ã o c o n s t r i t o s e a s d i v i s ó r i a s m u s c u la r e s

U m a e ja c u la ç ã o t íp ic a lib e r a e n t r e 2 e 5 m L d e s ê m e n . E s te v o lu m e d e l íq u i d o , d e n o m i n a d o

1.

ejaculado,

Espermatozóides: U m a

co n té m :

Líquido seminal: O

contagem de esperm atozóides

líquido sem inal,

n o r m a l v a r ia

c o m p o n e n t e líq u id o d o s ê m e n ,

p o s iç ã o iô n ic a e d e n u t r ie n te s . E m te r m o s d e v o lu m e to t a l, o l í q u i ­ d o s e m in a l c o n té m as s e c re ç õ e s c o m b in a d a s d a s g lâ n d u la s s e m in a is ( 6 0 % ) , d a p r ó s t a t a ( 3 0 % ) , d a s c é lu la s d e S e r t o l i e d o e p i d í d i m o ( 5 % )

s e i n g u r g i t a d o s d e s a n g u e e (4 ) o c o r r e a

ereção

d o p ê n is . O p ê n is f l á c i c :

(n ã o - e r e t o ) p e n d e d a s ín fis e p ú b ic a , a n t e r io r m e n t e a o e s c ro to ; e n t r e t a n t : d u r a n t e a e r e ç ã o , o p ê n i s e n r i j e c e e a d q u i r e p o s i ç ã o m a i s v e r t i c a l. N a s u p e r f í c i e a n t e r i o r ( d o r s o ) d o p ê n i s flá c id o , o s d o is

sos c i l í n d r i c o s

corpos caverno­

s ã o s e p a r a d o s p o r u m f i n o s e p t o e e n v o l v i d o s p o r u m a d en s^

b a i n h a d e c o lá g e n o . N a r a iz , o s c o r p o s c a v e r n o s o s s e s e p a r a m f o r m a n d o c :

e d a s g lâ n d u la s b u lb o u r e t r a is ( 5 % ) .

Enzimas: V á r i a s

l i s a d a s p a r e d e s a r t e r i a i s . C o m e s s e r e l a x a m e n t o m u s c u la r , ( 1 ) o s v a s : ; d ila ta m , (2 ) o flu x o s a n g ü ín e o a u m e n t a , (3 ) o s c a n a is v a s c u la r e s t o m a r r

é u m a m is tu r a d e se c re ç õ e s g la n d u la r e s c o m u m a c a r a c te r ís tic a c o m ­

3.

e s t ã o t e n s a s . E s t a c o m b i n a ç ã o r e d u z o f l u x o s a n g ü í n e o p a r a o t e c i d o e re t il. A e s t i m u l a ç ã o p a r a s s i m p á t i c a p r o d u z o r e l a x a m e n t o d a m u s c u la t u r a

e n tre 2 0 e 1 0 0 m ilh õ e s d e e s p e r m a t o z ó id e s p o r m ililit r o d e sê m e n . 2.

:

d i v i s ó r i a s d e t e c i d o c o n e c t i v o e l á s t i c o e f i b r a s m u s c u la r e s lis a s . N o e s t a c :

e n z im a s i m p o r t a n t e s e s t ã o p r e s e n t e s n o l í q u i d o s e m i ­

n a l, i n c l u i n d o ( 1 ) u m a p r o t e a s e q u e p o d e a u x i l i a r a d is s o l v e r s e c r e ç õ e s m u c o s a s n a v a g i n a e ( 2 ) p l a s m i n a s e m i n a l , u m a e n z im a a n t i b i ó t i c a q u e m a t a u m a v a r i e d a d e d e b a c t é r ia s , in c l u i n d o a

Escherichia coli.

ramos do pênis.

C a d a r a m o d o p ê n is é lig a d o a u m r a m o d o ís q u io p o r li­

g a m e n t o s r e s is te n t e s d e t e c id o c o n e c t iv o . O s c o r p o s c a v e r n o s o s s e e s te n d e m d is t a lm e n t e a o l o n g o d o c o m p r i m e n t o d o p ê n i s a té a g l a n d e , e c a d a c o r p c

artéria profunda do pênis ( Figura 27.9a). corpo esponjoso e n v o l v e a p a r t e e s p o n j o s a d a u r e t r a . E s s e

c a v e rn o so c o n té m u m a O

co rp c

e r é t il s e e s t e n d e d a f á s c i a s u p e r f i c i a l d o “ d i a f r a g m a u r o g e n i t a l ” a t é a e x ­

O pênis [Figuras 27.1/27.9] pênis é 27.1). E le

O

t r e m i d a d e d o p ê n i s , o n d e e le s e e x p a n d e p a r a f o r m a r a g l a n d e . A b a i n h ;

u m ó rg ã o tu b u la r q u e c o n té m a m a io r p a rte d a u re tra

(Figura

c o n d u z a u r in a p a r a o a m b ie n te e x te r n o e in tr o d u z s ê m e n n a

v a g i n a d a m u l h e r d u r a n t e a r e l a ç ã o s e x u a l. O p ê n i s

(Figura 27.9a,c)

é

q u e c i r c u n d a o c o r p o e s p o n j o s o a p r e s e n t a m a i s f i b r a s e l á s t ic a s e m r e l a ç l : à q u e la s q u e e n v o l v e m o s c o r p o s c a v e r n o s o s , e o t e c i d o e r é t i l c o n t é m u m p a r d e a r té r ia s . O

bulbo do p ênis

é a e x t r e m id a d e p r o x im a l a la r g a d a c :

c o r p o e s p o n j o s o , n a r a i z d o p ê n is .

d i v i d i d o e m t r ê s r e g iõ e s :

A p ó s a e r e ç ã o , a lib e r a ç ã o d o s ê m e n e n v o lv e u m p r o c e s s o d e d u i : ■

A

raiz do pênis

é a p o r ç ã o f i x a q u e l ig a o p ê n i s a o s r a m o s d o ís -

q u io . E s s a c o n e x ã o o c o r r e n a r e g iã o d o t r íg o n o u r o g e n it a l, in f e ­ r i o r m e n t e à s í n f i s e p ú b ic a .

■ O corpo do p ênis m assas de

pág. 280

etap as. D u ra n te a

em issão, o

s iste m a n e r v o s o s im p á t ic o c o o r d e n a c o n tr a

ç õ e s p e r i s t á l t i c a s q u e s e p r o p a g a m s e q ü e n c i a l m e n t e n o d u e t o d e fe r e n t e n a s g l â n d u l a s s e m i n a i s , n a p r ó s t a t a e n a s g l â n d u l a s b u l b o u r e t r a i s . E ss a -

é a p o r ç ã o tu b u la r m ó v e l, o n d e sã o e n c o n tra d a s

c o n tr a ç õ e s m is tu r a m o s c o m p o n e n t e s líq u id o s d o s ê m e n n o in te r io r dc t r a t o g e n i t a l m a s c u l in o . A

tecido erétil.

ejaculação

c o n tr a ç õ e s r ítm ic a s in ic ia m - s e n o s ■

A

glande do pênis

o

óstio externo da uretra.

é a e x t r e m i d a d e d is t a i e x p a n d i d a q u e c i r c u n d a

joso d o

p e r ín e o .

en tão o c o rre , e n q u a n to p o d e ro sa :

músculos isquiocavernoso e bulboespon-

págs. 279-280

O s m ú s c u l o s i s q u i o c a v e r n o s o s in í e -

r e m - s e a o l o n g o d a s s u p e r f í c i e s la t e r a i s d o p ê n i s , e a f u n ç ã o p r i m á r i a

ái

A p e le q u e r e c o b r e o p ê n i s g e r a l m e n t e é m a i s p i g m e n t a d a d o q u e a

s u a s c o n t r a ç õ e s e s tá r e l a c i o n a d a a o e n r i j e c i m e n t o d o ó r g ã o . O s m ú s c u lo -,

p e le d e q u a l q u e r o u t r o l o c a l d o c o r p o e c o s t u m a s e r d e s p r o v i d a d e p ê ­

b u lb o e s p o n jo s o s c ir c u n d a m a r a iz d o p ê n is , e s u a s c o n tr a ç õ e s p r o p e le ir

lo s . A d e r m e c o n t é m u m a c a m a d a d e m ú s c u l o l is o , e o t e c i d o c o n e c t i v o

o s ê m e n n a d ir e ç ã o d o ó s t io e x t e r n o d a u r e tr a . E ss a s c o n tr a ç õ e s s ã o c o n ­

f r o u x o s u b j a c e n t e p e r m i t e a m o v i m e n t a ç ã o d e s t a p e le f i n a s e m q u e h a ja

t r o la d a s p o r r e fle x o s q u e e n v o lv e m o s s e g m e n t o s lo m b a r e s in fe r io r e s t

d i s t o r ç ã o d a s e s t r u t u r a s m a i s p r o f u n d a s . A t e la s u b e u t â n e a t a m b é m c o n ­

s a c r a i s s u p e r i o r e s d a m e d u l a e s p i n a l.

t é m a r t é r i a s , v e i a s e v a s o s l i n f á t i c o s s u p e r f i c i a i s , m a s r e l a t iv a m e n t e p o u c a s c é lu la s a d i p o s a s .

prepúcio, e n v o l v e colo da glande, r e l a t i v a m e n t e

U m a p r e g a d e p e le , o c io l i g a - s e a o

a g la n d e d o p ê n is . O p r e p ú ­ e s t r e it o , e c o n t i n u a - s e s o b r e

a g la n d e q u e c ir c u n d a o ó s t io e x t e r n o d a u r e tr a . N ã o e x is te m fo líc u lo s p ilo s o s n a s s u p e r fíc ie s e m o p o s iç ã o . E n tr e ta n to ,

glândulas do prepúcio



CORPO ALBICANTE EM FORMAÇÃO

M L X 208

. _ , I? ETAPA Q

CORPO Lu • ———f FORMAÇÃO 7

ML X 208

C a p it u l o

27 • O Sistema Genital

c o m p o r t a m e n t o e in s t in to s r e la c io n a d o s a o g ê n e r o ; (4 ) a m a n u te n ç ã o d a

OOGENESE

fu n ç ã o d a s g lâ n d u la s e d o s ó r g ã o s g e n ita is ; e (5 ) o in íc io d a r e p a r a ç ã o e d o M ito s e d a o o g ô n ia (antes d o nascim en to)

c r e s c i m e n t o d o r e v e s t im e n t o u t e r in o .

Etapa 2.

731

Formação dos folículos ováricos secundários.

E m b o ra m u i­

to s fo líc u lo s p r im o r d ia is se d e s e n v o lv a m e m fo líc u lo s p r im á r io s , s o m e n te p o u c o s fo líc u lo s p r im á r io s se d e s e n v o lv e m e m fo líc u lo s s e c u n d á r io s . A t r a n s f o r m a ç ã o é in i c i a d a q u a n d o a p a r e d e d o f o l í c u l o s e e s p e s s a e a s c é l u ­ la s f o l i c u l a r e s m a i s p r o f u n d a s c o m e ç a m a s e c r e t a r p e q u e n a s q u a n t id a d e s d e líq u id o . E s s e

líquido folicular

a c u m u l a - s e e m p e q u e n a s b o ls a s q u e s e

(diplóide)

e x p a n d e m g r a d u a lm e n t e e s e p a r a m a s c é lu la s d a s c a m a d a s in te r n a s e e x ­ t e r n a s d o f o l í c u l o . N e s s e e s t á g io , o c o m p l e x o é c o n h e c i d o c o m o

secundário.

folículo

E m b o r a o o ó c it o c o n tin u e a c r e s c e r le n ta m e n t e , o fo líc u lo

c o m o u m to d o a g o r a c re sc e r a p id a m e n te e m fu n ç ã o d e ste a c ú m u lo d e

R e p lic a ç ã o d o D N A (antes d o nascim en to) S in a p s e e f o rm a ç ã o d a té tra d e

O ó c ito

l íq u i d o .

Etapa 3.

Formação de um folículo ovárico terciário.

O it o a d e z d ia s d e ­

p o is d e o c ic lo o v á r ic o te r s id o in ic ia d o , o s o v á r io s c o n tê m g e r a lm e n te a p e n a s u m ú n i c o f o l í c u l o s e c u n d á r i o d e s t in a d o p a r a m a t u r a ç ã o p o s t e r i o r . P o r v o l t a d o 1 0 a a o 1 4 2 d ia d o c ic lo , o f o l í c u l o s e c u n d á r i o s e d e s e n v o l v e u em

folículo terciário,

ou

folículo ovárico maduro,

ou

folículo de Graaf

a tin g in d o a p r o x im a d a m e n te 1 5 m m d e d iâ m e tr o . E ss e c o m p le x o a b r a n g e a la r g u r a to ta l d o c ó r t e x e e s tir a a p a r e d e d o o v á r io , c r ia n d o u m a b a u la m e n to p r o e m in e n te n a s u p e r fíc ie d o ó r g ã o . O o ó c ito p r o je t a - s e p a r a o in ­ te r io r d a c â m a r a c e n tra l e x p a n d id a , o u

antro, c i r c u n d a d o

p o r u m a m assa

d e c é lu la s g r a n u lo s a s . A t é e s te e s t á g io , o o ó c i t o e s t e v e e m e s t a d o la t e n t e , n a p r ó f a s e d a p r i ­ m e i r a d i v i s ã o m e ió t ic a . E s s a d i v i s ã o a g o r a s e c o m p l e t a . E m b o r a o s e v e n t o s n u c le a r e s d u r a n t e a o o g ê n e s e s e j a m i d ê n t ic o s à q u e le s d a e s p e r m a t o g ê n e s e , o c i t o p la s m a d o o ó c i t o p r i m á r i o n ã o é u n i f o r m e m e n t e d i s t r i b u í d o (F i­

gura 27.13).

E m v e z d e p r o d u z ir d o is o ó c ito s s e c u n d á r io s , a p r im e ir a d i­

v is ã o m e i ó t i c a p r o d u z u m

oócito secundário

e um

corpo polar, p e q u e n o

M E IO S E II (iniciada no fo líc u lo terciário e c o m p le ta s o m e n te q u an d o o c o rre a fertilização)

O ó c it o s e c u n d á r io e m o v u la ç ã o n a m e tá fa s e d a M E I O S E II

e n ã o - f u n c i o n a l . O o ó c i t o s e c u n d á r i o e n t ã o p r o s s e g u e p a r a o e s t á g io d a

M a tu ra ç ã o d o gam eta

m e tá fa s e d a s e g u n d a d iv is ã o m e ió tic a , q u e n ã o s e rá c o m p le ta d a , a m e n o s Segundo

q u e o c o r r a a fe r t i l iz a ç ã o . S e o c o r r e r f e r t i l iz a ç ã o , a s e g u n d a d i v i s ã o m e i ó t i ­

c o r p o p o la r

c a s e rá c o m p le ta d a , p r o d u z in d o u m o v o e u m c o r p o p o la r n ã o -fu n c io n a l. A s s im , e m v e z d e p r o d u z ir q u a tr o g a m e ta s d e ta m a n h o a p r o x im a d a m e n te ig u a l , a o o g ê n e s e p r o d u z u m ú n i c o ó v u l o c o n t e n d o m a i s c i t o p l a s m a d o q u e o o ó c i t o p r i m á r i o e c o r p o s p o l a r e s q u e s ã o s i m p le s m e n t e d e p o s i t á r i o s d e “ c r o m o s s o m o s - e x t r a ”.

Etapa 4. ou

Ovulação.

ovulação,

S e a fe r tiliz a ç ã o o co rre r, a M E I O S E II é c o m p le ta d a

A m e d id a q u e o m o m e n to d a lib e r a ç ã o d o g a m e ta ,

s e a p r o x i m a , o o ó c i t o s e c u n d á r i o e a s c é lu la s f o l ic u l a r e s c i r ­

c u n d a n te s p e rd e m s u a s c o n e x õ e s c o m a p a re d e fo lic u la r e p e rm a n e c e m

Figura 27.13

Meiose e produção do óvulo.

l i v r e s n o i n t e r i o r d o a n t r o . E s s e e v e n t o o c o r r e i d e a l m e n t e n o 1 4 a d ia d e u m c ic lo d e 2 8 d i a s . A s c é l u l a s f o l i c u l a r e s q u e c i r c u n d a m o o ó c i t o s ã o a g o r a c o n h e c id a s c o m o

coroa radiada.

A p a r e d e f o l i c u l a r d is t e n d i d a e n t ã o s e

in v a d e m a á re a e p r o life r a m - s e p a r a fo r m a r u m a e s tr u tu r a e n d ó c r in a d e

corpo lúteo,

r o m p e , l i b e r a n d o o s c o n t e ú d o s f o l i c u l a r e s , i n c l u i n d o o o ó c it o , n a c a v id a d e

v id a c u r ta c o n h e c id a c o m o

p e r i t o n e a l. O l í q u i d o f o l i c u l a r v i s c o s o g e r a l m e n t e m a n t é m a c o r o a r a d i a d a

e m f u n ç ã o d e s u a c o l o r a ç ã o a m a r e la d a (

f ix a à s u p e r f í c i e d o o v á r i o , d e o n d e o o ó c it o m o v i m e n t a - s e p a r a o i n t e r i o r

c o r p o l ú t e o o c o r r e s o b a e s t i m u la ç ã o d o H L .

d a t u b a u t e r i n a ( ó s t io a b d o m i n a l ) , d ir e c i o n a d o p e lo c o n t a t o d i r e t o c o m a

O e s tím u lo p a r a a o v u la ç ã o é u m a u m e n t o s ú b ito d o s n ív e is d e H L

A f o r m a ç ã o c'o

O s l i p í d e o s c o n t i d o s n o c o r p o l ú t e o s ã o u t i li z a d o s p a r a s i n t e t i z a r c s h o r m ô n io s e s te r ó id e s c o n h e c id o s c o m o

e x t r e m i d a d e a b e r t a d a t u b a u t e r i n a e / o u p o r c o r r e n t e s d e l íq u id o .

q u e re c e b e e sta d e n o m in a ç ã o

luteus, a m a r e l o ) .

tin a é a

progesterona.

progestinas;

a p r in c ip a l p ro g e s-

E m b o r a q u a n t id a d e s m o d e r a d a s d e e s tr ó g e n o s

( L H ) , q u e fr a g iliz a a p a r e d e fo lic u la r . E s s e a u m e n t o r e p e n tin o n a lib e r a ­

s e ja m a in d a s e c r e ta d a s p e lo c o r p o lú te o , a p r o g e s te r o n a é o p r in c ip a l h o r ­

ç ã o d e H L c o in c id e c o m - e é d e s e n c a d e a d o p o r - u m p ic o n o s n ív e is d e

m ô n io d o p e r ío d o p ó s - o v u la t ó r io . S u a fu n ç ã o p r im o r d ia l e stá r e la c io n a d a

e s t r ó g e n o , q u e o c o r r e c o m o a m a d u r e c i m e n t o d o f o l í c u l o t e r c i á r io . A

folicular

fase

à c o n tin u id a d e d a p r e p a r a ç ã o d o ú te ro p a r a a g e sta ç ã o .

d o c i c lo o v á r i c o é o p e r í o d o e n t r e o i n í c i o d o c ic lo e o t é r m i n o

d a o v u l a ç ã o . A d u r a ç ã o d e s t a fa s e c o m u m e n t e v a r i a d e 7 a 2 8 d ia s .

Etapa 6.

Formação do corpo albicante. A

m e n o s q u e o c o r r a a fe r tiliz a ­

ç ã o , o c o r p o l ú t e o c o m e ç a a d e g e n e r a r a o r e d o r d e 1 2 d ia s a p ó s a o v u l a ç ã o I n ic ia lm e n t e , o fo líc u lo v a z io c o -

O s n ív e is d e p r o g e s t e r o n a e e s t r ó g e n o e n t ã o c a e m a c e n t u a d a m e n t e . O s fi-

la p s a c a u s a n d o o ro m p im e n t o d o s v a s o s e o c o n s e q ü e n te s a n g ra m e n to

b r o b la s t o s in v a d e m o c o r p o l ú t e o n ã o - f u n c i o n a l , p r o d u z i n d o u m e n o v e i i -

n o in t e r io r d e s u a c a v id a d e . A s c é lu la s fo lic u la r e s r e m a n e s c e n te s , e n tã o ,

d o d e t e c i d o c i c a t r i c i a l, d e c o l o r a ç ã o p á li d a , d e n o m i n a d o

Etapa 5.

Formação do corpo lúteo.

corpo albicante

^ j^ ||

732

A d e s in te g r a ç ã o , o u A

fase lútea d o

O S IS T E M A GENITAL

involução

d o c o r p o lú te o , m a r c a o fim d o c ic lo o v á r ic o .

1. O

c ic lo o v á r ic o c o m e ç a n a o v u la ç ã o e te r m in a c o m a in v o lu ­

infundíbulo da tuba uterina:

f o r m a u m fu n il e x p a n d id o , o

A e x t r e m id a d e m a is p r ó x im a a o o v á r io

infundíbulo da tuba uterina, c o m

num e­

ç ã o d o c o r p o l ú t e o . G e r a l m e n t e , a d u r a ç ã o d e s s a f a s e é d e 1 4 d ia s . D e v i d o à

r o s a s p r o j e ç õ e s d i g i t i f o r m e s q u e s e e s t e n d e m p a r a a c a v i d a d e p é lv i c a .

a m p la v a r ia ç ã o d a d u r a ç ã o d a fa s e fo lic u la r , o c ic lo o v á r ic o c o m p le t o p o d e

A s p r o je ç õ e s s ã o c h a m a d a s d e

d u r a r e n t r e 2 1 e 3 5 d ia s .

s u p e r fíc ie in t e r n a d o in fu n d íb u lo a p r e s e n ta m c ílio s q u e se m o v e m em

O u t r o c ic lo o v á r ic o i n ic ia - s e im e d ia t a m e n t e , p o r q u e o d e c lín io d o s n ív e is d e e s t r ó g e n o e p r o g e s t e r o n a , q u e o c o r r e a o t é r m in o d e u m c ic lo ,

am pola da tuba uterina,

2. A am p o la da tuba uterina: A

c é lu la s d e r e v e s t im e n to d a

o s e g m e n t o m é d io d a tu b a u te r in a .

ampola da tuba uterina é

a p o rç ã o in ­

hormônio liberador da gonadotrofinas (HLG/

t e r m e d iá r ia . O e s p e s s a m e n to d a s c a m a d a s d e m ú s c u lo lis o n a p a r e ­

p e lo h i p o t á l a m o . E s s e h o r m ô n i o d e s e n c a d e i a o a u m e n t o d a p r o ­

d e d a a m p o la a u m e n t a s e n s iv e lm e n te à m e d id a q u e se a p r o x im a d o

e s t im u la a p r o d u ç ã o d o

GnRH)

d ir e ç ã o à

fímbrias. A s

d u ç ã o d o H F E ( F S H ) e d o H L ( L H ) p e lo lo b o a n t e r io r d a h ip ó fis e , e e sse a u m e n t o e s tim u la o u t r o p e r ío d o d e d e s e n v o lv im e n t o fo lic u la r .

ú tero .

3. O istm o da tuba uterina: A a m p o l a c o n d u z a o

A s m u d a n ç a s h o r m o n a is e n v o lv id a s n o c ic lo o v á r ic o a fe t a m a s a t iv i­ d a d e s d e o u t r o s te c id o s e ó r g ã o s g e n ita is . N o ú te r o , a s m u d a n ç a s h o r m o ­ n a i s s ã o r e s p o n s á v e is p e l a m a n u t e n ç ã o d o

ciclo uterino,

istmo da tuba uterina.

u m s e g m e n t o c u r to , a d ja c e n te à p a r e d e u te r in a .

4.

q u e s e rá d is c u tid o

A ou

p o s te r io r m e n te .

p a rte uterina:

O is tm o se c o n tin u a c o m a p e q u e n a

p a rte in tra m u ra l da tuba uterina.

parte uterina.

A p a r te u t e r in a se a b r e n a c a v i­

d a d e d o ú tero .

Envelhecimento e oogênese

Histologia da tuba uterina [Figura 27.14b,c]

E m b o r a m u it o s fo líc u lo s p r im o r d ia is p o s s a m te r se d e s e n v o lv id o c o m o fo líc u lo s o v á r ic o s p r im á r io s , e m u it o s fo líc u lo s p r im á r io s a m a d u r e c id o s e m fo líc u lo s s e c u n d á r io s , n a o v u la ç ã o g e r a lm e n te a p e n a s u m ú n ic o o ó c ito s e c u n d á r io é lib e r a d o d e n t r o d a c a v id a d e p é lv ic a . O r e s ta n te s o f r e a tr e s ia . N 'a p u b e r d a d e e x i s t e m a p r o x i m a d a m e n t e 2 0 0 . 0 0 0 f o l í c u l o s p r i m o r d i a i s e m c a d a o v á r io . Q u a r e n ta a n o s d e p o is , h á p o u c o s o u n e n h u m fo líc u lo , e m b o r a s o m e n te c e rc a d e 5 0 0 te rã o o v u la d o n e s se in te rv a lo .

O e p ité lio d e r e v e s t im e n to d a tu b a u t e r in a a p r e s e n ta c é lu la s c o lu n a r e s s im ­ p l e s c i l i a d a s e n ã o - c i l i a d a s (F ig u ra 2 7 .1 4 c). A t ú n i c a m u c o s a é e n v o l v i d a p o r c a m a d a s c o n c ê n t r i c a s d e m u s c u l a t u r a l i s a (Figura 27 .14b). O t r a n s p o r ­ te d e m a t e r i a i s a o l o n g o d a t u b a u t e r i n a e n v o l v e u m a c o m b i n a ç ã o d e m o ­ v im e n t o s c ilia r e s e c o n tr a ç õ e s p e r is t á ltic a s d e s u a s p a r e d e s . P o u c a s h o r a s a n te s d a o v u la ç ã o , n e r v o s s im p á t ic o s e p a r a s s im p á t ic o s d o p le x o h ip o g á s tr ic o “ a c io n a m ” esse p a d r ã o d e b a tim e n to . A s tu b a s u te r in a s tr a n s p o r t a m o o ó c ito s e c u n d á r io p a r a m a t u r a ç ã o fin a l e fe r tiliz a ç ã o . N o r m a lm e n t e , trê s a

As tubas uterinas C ada

tuba uterina

[F igu ra s 2 7 .1 0 /2 7 .1 1 /2 7 .1 4 /2 7 .1 5 ]

é u m tu b o m u s c u la r o c o m e d in d o a p r o x im a d a m e n ­

t e 1 3 c m d e e x t e n s ã o (F ig u ra s 2 7 . 1 0 , p á g . 7 2 8 , 2 7 . 1 1 , p á g . 7 2 9 , 2 7 . 1 4 e

q u a t r o d ia s t r a n s c o r r e m p a r a q u e u m o ó c it o fa ç a o t r a je t o d e s d e o in f u n d í­

Para ocorrer a fertilização, o oócito secundário deve encontrar o esperm atozóide d urante as p rim eira s 12 a 24 horas nesse

b u lo a té a c a v id a d e d o ú te ro .

percurso.

2 7 . 1 5 ) . C a d a tu b a é d iv id id a e m q u a tro p a rte s:

A fe r tiliz a ç ã o t ip ic a m e n te o c o r r e n a a m p o la d a tu b a u t e r in a .

A m p o la d a tu b a u te rin a

I n fu n d íb u lo d a t u b a u te rin a F ím b r ia s d a t u b a u te rin a

M ic r o v ilo s idades das c é lu la s d e

(a) V is ta p o s te rio r

se c re ç ã o de m u c in a

E p ité lio c o lu n a r L â m in a p ró p r ia

C ílio s M ú s c u lo lis o

(b) Istm o da tu b a uterin a

M L x 122

(c) M E V d a s u p e rfíc ie ep itelial

-ig u ra 27 .1 4 A s t u b a s u te rin a s. (a) Partes das tubas uterinas. (b) Histologia do istmo da tuba uterina, vista seccional, (c) MEV colorida do revestimento ciliado da tuba uterina.

Capítulo 27 • 0 Sistema Genital

A lé m

d a fu n ç ã o d e tr a n s p o r t e , a tu b a u te r in a ta m b é m o fe r e c e u m

m e io n u t r itiv o c o n te n d o lip íd e o s e g lic o g ê n io . E s s a m is tu r a fo r n e c e n u ­ tr ie n te s p a r a o s e s p e r m a t o z ó id e s e p a r a o p r é - e m b r iã o e m d e s e n v o lv i­ m e n to . O ó c ito s n ã o - fe r t iliz a d o s d e g e n e r a m

n a s p o r ç õ e s te r m in a is d a s

t u b a s u t e r in a s o u n o in t e r io r d o ú te ro .

73:

ó stio do útero. O ó s t i o d o ú t e r o c o n d u z a< canal d o colo d o útero, u m a e s t r e i t a p a s s a g e m q u e s e a b r e n; cavidade d o útero p o r m e i o d o ó stio an atôm ico in tern o do ú tero ( F ig _ ra 27.15). O m u c o q u e p r e e n c h e o c a n a l d o c o l o e f e c h a o ó s t i o d o ú t e n a a b e rtu ra ex te rn a d o ú tero , o in te r io r d o

a u x ilia a e v it a r a p a s s a g e m d e b a c t é r ia s d a v a g in a p a r a o in t e r io r d o c a n a d o c o lo d o ú te ro . C o m a a p r o x im a ç ã o d o p e r ío d o d e o v u la ç ã o , o m u c i

£_______________________

a l t e r a s u a v i s c o s i d a d e e t o r n a - s e m a i s a q u o s o . A v i s c o s i d a d e e x c e s s i v a d(

Vi REVISÃO DOS CONCEITOS

m u c o d ific u lta a p e n e tr a ç ã o d o s e s p e r m a t o z ó id e s n o ú te ro e p o d e im p e d i s u a a s c e n s ã o a té a s tu b a s u te r in a s . E ss e fa to r r e d u z a s c h a n c e s d a o c o r r ê n

1. Quais são as fun ções das células foliculares? 2 . C o m o a p re se n ça de c ica triz e s na tu ba uterina p o d eria c a u s a r in fertili­

c ia d a fe r tiliz a ç ã o . P o r e s s e m o t iv o , o t r a t a m e n t o d a in fe r t ilid a d e fe m in in p o d e in c lu ir d r o g a s q u e r e d u z e m a v is c o s id a d e d o m u c o c e r v ic a l.

dade? V eja a s e ç ã o d e R e s p o s ta s na p a rte fin a l d o livro.

Nota clínica

O Útero [F ig u ra s 2 7 .1 0 /2 7 .1 1 /2 7 .1 5 ] O

ú tero

o fe r e c e p r o te ç ã o m e c â n ic a , s u s te n ta ç ã o n u t r ic io n a l e r e m o ç ã o

d e r e s íd u o s p a r a o e m b r iã o e m d e s e n v o lv im e n to (s e m a n a s 1 a 8) e p a r a o fe to (d e s d e a s e m a n a 9 a té o p a r t o ) . A lé m d is s o , a s c o n t r a ç õ e s d a m u s c u la ­ t u r a d a p a r e d e u t e r in a s ã o im p o r t a n t e s n a e x p u ls ã o d o fe to n o m o m e n t o d o n a s c im e n to . A p o s iç ã o d o ú t e r o n a c a v id a d e p é lv ic a e s u a s r e la ç õ e s c o m o u t r o s ó r g ã o s p é lv ic o s p o d e m s e r o b s e r v a d a s e m d ife r e n te s v is t a s n a s

Figuras 27.10, p á g .

7 2 8 , 27.11, p á g . 7 2 9 , e

27.15.

O ú t e r o é u m ó r g ã o p e q u e n o , p ir if o r m e , c o m a p r o x im a d a m e n t e 7 ,5 c m d e c o m p r im e n to e d iâ m e tr o m á x im o d e 5 c m , p e s a n d o e n tre 3 0 e 4 0 g. E m su a p o s iç ã o n o r m a l, o ú te ro c u r v a - s e a n te r io r m e n te n a s p r o x im id a d e s d e se u c o lo , u m a s itu a ç ã o d e n o m in a d a

an teflexão.

N e s s a p o s iç ã o , o ú te ro

s i t u a - s e s o b r e a s s u p e r f í c i e s s u p e r i o r e p o s t e r i o r d a b e x i g a u r i n á r i a (F ig u ­

ra 2 7 .1 0 ). S e , e m p o s i ç ã o c o n t r á r i a , o ú t e r o s e c u r v a r p o s t e r i o r m e n t e e m d ir e ç ã o a o s a c r o , a s itu a ç ã o é d e n o m in a d a

retroflexão.

A r e tro fle x ã o n ã o

te m s ig n ific a d o c lín ic o e o c o r r e e m 2 0 % d a s m u lh e r e s a d u lta s .

Ligamentos suspensores do útero [Figuras 27.11/27.15a] A lé m d a s lâ m in a s d e p e r it ô n io d o lig a m e n t o la r g o , trê s p a r e s d e lig a m e n t o s s u s p e n s o r e s e s ta b iliz a m a p o s iç ã o d o ú t e r o e lim it a m a a m p lit u d e d e s e u s m o v i m e n t o s (F ig u ra s 27.11 e 2 7 .1 5 a ). O s

mentos sacrouterinos”)* s e

ligam en tos retou terin os

(“

liga­

e s te n d e m d e s d e a s s u p e r fíc ie s la t e r a is d o ú t e r o

a té a fa c e a n t e r io r d o s a c r o , r e s t r in g in d o a m o v im e n t a ç ã o in f e r io r e a n t e ­ r io r d o

corpo d o

ú tero . O s

ligam en tos redon d os do ú tero

o r ig in a m -s e n as

m a r g e n s la t e r a is d o ú te r o , n a r e g iã o im e d ia t a m e n t e in fe r io r à fix a ç ã o d a s tu b a s u t e r in a s , e se e s t e n d e m a n t e r io r m e n t e a t r a v e s s a n d o o c a n a l in g u in a l, a n te s d e t e r m in a r e m n o s te c id o s c o n e c tiv o s d o s ó r g ã o s g e n it a is e x t e r n o s (lá b io s m a io r e s d o p u d e n d o ) . E s s e s lig a m e n t o s r e s t r in g e m p r i m o r d i a lm e n ­ te o m o v im e n t o p o s t e r io r d o ú t e r o . O s

(cardinais)

lig a m en to s tran sversos do colo

se e s te n d e m d e sd e o c o lo d o ú t e r o e a v a g in a p a r a a s p a r e d e s

l a t e r a i s d a p e lv e . E s s e s l i g a m e n t o s t a m b é m t e n d e m a e v i t a r o m o v i m e n t o in fe r io r d o ú te r o . S u s t e n t a ç ã o m e c â n ic a a d ic io n a l é fo r n e c id a p e lo s m ú s c u ­ l o s e s q u e l é t i c o s e p e la s f á s c i a s d o d i a f r a g m a d a p e lv e .

Anatomia interna do útero [Figura 27.15] O

corp o d o ú tero

é a su a m a io r p a rte

(Figura 27.15a).

O

fu n d o

é a p o r­

ç ã o a r r e d o n d a d a d o c o r p o d o ú t e r o , lo c a liz a d a s u p e r io r m e n t e à p e n e t r a ­ ç ã o d a s tu b a s u te r in a s . O c o r p o te r m in a e m u m a c o n s tr iç ã o c o n h e c id a com o

istmo do útero. O

co lo do ú tero

é a p o r ç ã o in fe r io r q u e se e ste n d e

d o is tm o a té a v a g in a . O c o lo a p r e s e n ta u m fo r m a to tu b u la r e se p r o je t a a p r o x im a d a m e n te 1 ,2 5 c m p a r a o in t e r io r d a v a g in a ; s u a e x t r e m id a d e d is ta i fo r m a u m a s u p e r ­ fíc ie c o m m a r g e m c u r v a q u e e n v o lv e e lim it a ( lá b io s a n t e r io r e p o s t e r io r )

* N. de R.T. Na Terminologia Anatômica encontramos o termo ligamento retouterino, que constitui a elevação correspondente de peritônio denominada prega retouterina. Esse liga­ mento é o mesmo “ligamento sacrouterino” referido por diversos autores.

Tumores uterinos

Os tumores de útero aco m ete m ap ro xim a da­ m ente 6 a cada 100.000 m ulheres. Em 2006, nos Estados Unidos, cerca de 40.770 novos caso s foram notificados e 8.200 m ulheres m orreram ôa doença. Há dois tipos de neoplasias uterinas: (1) e ndom etrial e (2) cervical O tumor endometrial, um a fo rm a invasiva de tu m o r do endom etrio, afeta c o m u m e n te m u lh ere s e ntre o s 50 e 70 an o s de idade. Terapias d e re p o siçã o de estróg enos, u sada s para o tra ta m e n to da o ste o p o ro se na pós-m enopausa, au m e n tam o risco de tu m o re s e n d o m etriais de duas a de z vezes. A a d içã o de p ro g e ste ro n a à te rap ia de re p o siç ã o estrogènica pa re ce d im in u ir e s s e s riscos. N ão há te ste s p re ciso s de d e te cç ã o dos tu m o re s de endo m étrio . O sin to m a m ais re la ta do é o sa n g ram e -':: irregular, e o diagnóstico, norm alm ente, en vo lve a a n álise de b ió p sias c : e n do m étrio . O tra tam en to n o s e stág io s in ic ia is re q u er a h isterecto m ia, se g uida pela ra d io te ra p ia lo caliza da . N o s e stá g io s avançados, se ssõ e s m ais in te n sa s de radio terapia e stã o indicadas. A qu im io te rap ia não t e r m o stra d o se r um a o p çã o te ra p ê u tica de s u ce ss o nos tu m o re s de e ndcm étrio, e a p e n as 30 a 40% da s pa cie n te s ap aren tam beneficiar-se d e sse tip o d e tratam ento. O tumor cervical é a fo rm a m ais c o m u m de n e o pla sia do sistem a gen ital fe m in in o e n tre 15 e 34 an o s de idade. O fato r de risco prim ário para e ssa n e o pla sia pa re ce se r a história de m ú ltip lo s pa rce iro s se xu ais O tu m o r de sen vo lve-se a p ó s um a in fecção viral do trato genital por uma da s d ife re n tes fo rm as do pa p ilo m avíru s h um ano (PVH/HPV), tra n sm itido a pa rtir de re la çõ e s sexuais. M u ita s p a cie n te s não e xp re ssa m sin to m as até estág io s av a n ça d o s da doen ça. N essa fase, sa n g ram e n to s vaginais em e sp e cia l ap ó s o coito, d o re s p é lv ica s e co rrim e n to s v ag in ais podem ocorrer. O tratam en to , em e stág io s m ais avançados, co m b in a ra dio te ra­ pia, histerectomia (re m o ção p a rcial ou to tal d o útero), e sv a z ia m e n to lin fático e q u im io te rap ia. A d e te cç ã o p re co c e é a ch ave para a re d u çã o da taxa de m o rtalid a­ de n os tu m o re s do c o lo do útero. O te ste -p ad rã o de varredu ra é c h a m a ­ do de Papanicolau, dado em h om en a ge m ao Dr. G eorge Papan ico lao u , um a n ato m ista e cito lo g ista . Em fu n çã o da d e s ca m a çã o fisio ló g ica das c é lu la s do e p ité lio cervica l, um a am o stra de c é lu la s tira d a s por raspagem ou so b a fo rm a de e sc o v a ç ã o pod e se r e xam in a d a para d e te cç ã o de c é lu la s a n o rm a is ou n eo plásicas. A S o cie d a d e A m e rica n a de C a n ce rologia re co m e n d a o e xam e de P a pa n ico la u an u alm en te nas idades de 20 e 21 anos, se g u id o p o r c o le ta s em in te rv alo s de um a trê s an o s até os 65 an o s d e idade. O tra ta m e n to de tu m o re s lo ca liza d o s e não-invasivo s c o n sis te na re m o çã o da p o rçã o do c o lo a fe tada pela doença*. * N. de R.T. O exame de Papanicolau é chamado em língua inglesa de “Pap smear”, "Pap test", “cervical smear” ou “smear test". Como dito no texto, o nome é uma hom ena­ gem ao pai da Citopatologia, o greco-americano Georgios Papanicolaou (1883-1962). Há, no entanto, um a discussão de que talvez o prim eiro cientista a criar o método tenha sido o Professor Aurel Babes, da Romênia, em 1927 e publicado no Proceedings o f the Bucharest Gynecological Society. No Brasil, o exame é chamado tam bém de “d tologia cervicaV e é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e por todas as Faculdades de Medicina do país. Muitas mulheres, por medo, desinformação e vergonha, deixam de se submeter ao exame, que deve ser feito de rotina na tentativa de se antecipar aos quadros de displasia e neoplasia cervicais.

C a p ít u l o

27 • O Sistema Genital

73

E n d o m é trio R a m o reto

E p ité lio c o lu n a r s im p le s

P e rim é trio M io m é trio

G lâ n d u la s u te rin a s

Cam ada fu n c io n a l I

Cam ada basal (basilar)

E n d o m é trio G lâ n d u la s u te rin a s C a v id a d e d o ú te ro C a v id a d e

R a m o h e lic in o (espiral)

d o ú te ro

; v

A r té r ia s a rq u e a d a s

t S fâ *

v -

M iom étrio------- ----- 1 A rté ria ra d ia l

A r té r ia u te rin a

(a) P a re d e uterina, vista s e c c io n a l

(b) P a rede uterina, histo lo gia

M L X 3Í

Figura 27.16 A p a re d e uterina. (a) Vista seccional diagramática da parede uterina, mostrando as regiões do endométrio e o suprimento arterial ao endométrio. (b) Histologia básica da parede uterina.

c í c li c a s e m r e s p o s t a a o s n í v e is d e h o r m ô n i o s s e x u a i s . E s s a s a lt e r a ç õ e s p r o ­ d u z e m o s a c h a d o s h i s t o l ó g i c o s t íp i c o s d o

ciclo uterino.

a c o n te c e e n q u a n to o s fo líc u lo s p r im á r io s e s e c u n d á r io s e stã o se d e se n v o ! v e n d o n o o v á r i o . A f a s e p r o l i f e r a t i v a é e s t i m u la d a e m a n t i d a p e lo e s t r o s e n o , s e c r e t a d o p e lo s f o l í c u l o s e m d e s e n v o l v i m e n t o

O ciclo uterino [Figuras 27.17/27.18] O ciclo uterino, o u ciclo menstruai, d u r a e m m é d ia 2 8

(Figura 27.18).

A o o c o r r e r a o v u la ç ã o , a c a m a d a fu n c io n a l a p re s e n ta e s p e s s u r a d e v á ­ d ia s , p o d e n d o v a r i a r

r io s m ilím e tr o s , e g lâ n d u la s m u c o s a s p r o e m in e n te s se e s te n d e m a té o

d e 2 1 a 3 5 d ia s e m m u l h e r e s n o r m a i s . A s t r ê s fa s e s d o c ic lo u t e r i n o s ã o ( 1 )

m i te d a c a m a d a b a s a l ( b a s i l a r ) . N e s s e m o m e n t o , a s g l â n d u l a s e n d o m e : -

menstruação, ( 2 ) faseproliferativa e ( 3 ) fase secretora. O

a s p e c t o h is t o l ó g i c o

e stã o p r o d u z in d o u m m u c o r ic o e m g lic o g ê n io . T o d a a c a m a d a f u n c io n il <

fa s e s o c o r r e m e m r e s p o s t a a

a lt a m e n t e v a s c u l a r i z a d a , c o m p e q u e n a s a r t é r i a s e s p i r a la n d o - s e e m d i r e c l :

d e c a d a fa s e é a p r e s e n t a d o n a

Figura 27.17. A s

h o r m ô n i o s a s s o c ia d o s c o m a r e g u la ç ã o d o c i c lo o v á r i o

(Figura 27.18).

à s u p e r fíc ie in te r n a , o r ig in a n d o - s e d e v a s o s m a io r e s n o m io m é t r io .

M enstruação [Figuras 27.17a/27.18] O c i c l o u t e r i n o c o m e ç a c o m o m enstruação, u m p e r í o d o m a r c a d o p e l a t o t a l d e s t r u i ç ã o d a

A fase secretora [Figuras 27.17c/27.18]

in íc io d a

c lo u t e r i n o , a s g l â n d u l a s e n d o m e t r i a i s c r e s c e m , a c e l e r a n d o s u a v e l o c i d a d i

c a m a d a fu n c io n a l d o e n d o m é tr io . A s a rté ria s p a s s a m a c o n tra ir-s e , r e ­

d e s e c r e ç ã o , e a s a r té r ia s a lo n g a m - s e e se e s p ir a la m n o s te c id o s d a c a m a d a

D u r a n t e a fa s e s e c r e t o r a d o c i ­

d u z in d o o flu x o s a n g ü ín e o p a r a a r e g iã o , e a s g lâ n d u la s s e c r e to r a s e o s

fu n c io n a l

t e c id o s d a c a m a d a fu n c io n a l c o m e ç a m a m o r r e r . P o r fim , as p a r e d e s a r ­

e f e i t o s d o s e s t r ó g e n o s e d a s p r o g e s t i n a s l i b e r a d o s p e lo c o r p o l ú t e o ( F ig u r a

t e r ia is fr a g iliz a d a s se r o m p e m e o c o r r e o e x t r a v a s a m e n to d e s a n g u e n o s

27.18).

te c id o s c o n e c tiv o s d a c a m a d a fu n c io n a l. A s c é lu la s s a n g ü ín e a s e o s te c id o s

p e r m a n e c e in t a c t o .

(Figura 27.17c). E s s a

a t i v i d a d e é i n d u z i d a p e la c o m b i n a ç ã o d o -

E s s a f a s e c o m e ç a n a o v u l a ç ã o e p e r s i s t e e n q u a n t o o c o r p o lú te o

e m d e g e n e r a ç ã o se d e s p r e n d e m d o e n d o m é tr io p a r a a c a v id a d e d o ú te ro ,

O p ic o d a s a tiv id a d e s s e c r e to r a s o c o r r e a p r o x im a d a m e n t e 1 2 d ia i

p a s s a n d o p e lo ó s t i o d o ú t e r o e a t i n g i n d o a v a g i n a . E s s a d e s c a m a ç ã o d e

a p ó s a o v u la ç ã o . N o s p r ó x im o s u m o u d o is d ia s , a a tiv id a d e g la n d u la i

(Figura

d e c l i n a e o c i c lo u t e r i n o t e r m i n a q u a n d o o c o r p o lú t e o c e s s a s u a p r o d u ç ã o

A m e n s tr u a ç ã o g e r a lm e n te d u r a

h o r m o n a l . U m n o v o c i c lo e n t ã o c o m e ç a c o m o i n í c i o d a m e n s t r u a ç ã o e a

e n t r e u m e s e te d ia s e , d u r a n t e e s s e p e r í o d o , h á u m a p e r d a a p r o x i m a d a d e

d e s i n t e g r a ç ã o d a c a m a d a f u n c i o n a l . A fa s e s e c r e t o r a g e r a l m e n t e d u r a 1 4

t e c i d o , q u e c o n t i n u a a t é q u e t o d a a c a m a d a f u n c i o n a l s e ja p e r d i d a

27.17a),

é d e n o m in a d a

m enstruação.

3 5 a 5 0 m L d e s a n g u e . A m e n s tr u a ç ã o d o lo r o s a , o u

dism enorréia,

pode

s e r c o n s e q ü ê n c ia d e in fla m a ç õ e s e c o n tr a ç õ e s u t e r in a s o u d e p a to lo g ia s

d ia s . C o m o r e s u l t a d o , a d a t a d a o v u l a ç ã o p o d e s e r d e t e r m i n a d a c o n t a n d o s e 1 4 d ia s p a r a t r á s , a p a r t i r d o p r i m e i r o d i a d a m e n s t r u a ç ã o .

o u a lt e r a ç õ e s e n v o l v e n d o e s t r u t u r a s p é lv i c a s a d ja c e n t e s . A m e n s t r u a ç ã o o c o r r e n o f in a l d o c ic lo o v á r ic o , q u a n d o a s c o n c e n t r a ­ ç õ e s d e e s tr ó g e n o e p r o g e s tin a d im in u e m , e c o n tin u a a té q u e o p r ó x im o g r u p o d e f o l í c u l o s t e n h a s e d e s e n v o l v i d o a p o n t o d e e le v a r , u m a v e z m a is , o s n ív e is d e e s tr ó g e n o

(Figura 27.18).

Menarca e m enopausa O s e v e n t o s d o c i c lo u t e r i n o c o m e ç a m c o m a menarca, o u p r i m e i r o c i c lo u t e r i n o n a p u b e r d a d e , g e r a l m e n t e a o s 1 1 o u 1 2 a n o s d e i d a d e . O s c i c lo s c o n t i n u a m a t é 4 5 a 5 5 a n o s d e i d a d e , q u a n ­ do o co rre a

m enopausa,

o ú l t i m o c i c lo u t e r i n o . D u r a n t e e s s a s d é c a d a s

o a p a r e c im e n t o r e g u la r d e c ic lo s iit e r in o s é in t e r r o m p id o s o m e n te e m

A fase proliferativa [Figuras 27.17b/27.18]

A c a m a d a b a s a l (b a s ila r ),

c ir c u n s t â n c ia s in c o m u n s c o m o d o e n ç a s , e s tr e s s e , in a n iç ã o o u g r a v id e z .

q u e in c lu i a s p o r ç õ e s b a s ila r e s d a s g lâ n d u la s u t e r in a s , s o b r e v iv e à m e n s ­

T i p i c a m e n t e , c i c lo s i r r e g u la r e s s ã o c a r a c t e r í s t i c o s d o s p r i m e i r o s d o i s a n o s

tru a ç ã o p o r q u e s e u s u p r im e n t o c ir c u la t ó r io se m a n té m c o n s ta n te . N o s

a p ó s a m e n a r c a e d o s ú ltim o s d o is a n o s a n t e r io r e s à m e n o p a u s a .

d ia s q u e se s e g u e m à m e n s t r u a ç ã o e s o b in flu ê n c ia d o s e s tr ó g e n o s c ir ­ c u la n t e s , a s c é l u l a s e p it e l i a is d a s g l â n d u l a s s e m u l t i p l i c a m e s e d i s p e r s a m n a s u p e r fíc ie e n d o m e t r ia l, r e s ta u r a n d o a in te g r id a d e d o e p ité lio u t e r in o

A vagina [Figuras 27.10/27.11 a]

(Figura 27.17b).

A v a s c u la r iz a ç ã o e o c r e s c im e n to a d ic io n a l r e s ta u r a m

A

c o m p le ta m e n te a c a m a d a fu n c io n a l. D u r a n te esse p r o c e s s o d e r e o r g a n iz a ­

o

ç ã o , d iz -s e q u e o e n d o m é t r io e s tá e m

fase proliferativa.

E ssa re sta u ra ç ã o

vagina é u m t u b o m u s c u l a r e l á s t i c o q u e s e e s t e n d e d o vestíbulo da vagina, u m e s p a ç o l i m i t a d o p e lo s ó r g ã o s

(Figuras 27.10,

pág. 728, e

27.11a,

c o l o d o ú t e r o a té g e n ita is e x te r n o s

p á g . 7 2 9 ). A v a g in a te m u m c o m p r i-

7 36

O SIS T E M A GENITAL

Glândulas uterinas CAVIDADE DO ÚTERO

Perimétrio Endométrio

Cavidade do útero

Miométrio

ML x 150

Colo do útero

G la n d u la s

Glândulas uterinas

CAVIDADE DO ÚTERO

u te rin a s

C A V I D A D E D O IJ T E R O

* ‘* v

; . C a n ia d a fu n c io n a l

Ü

' v ..

í

,

,

'

fg S fe E N D O M E T R IO

' v-

íh ‘

.M IO M É T R IO (a) M e n s tr u a ç ã o

M L X 63

(b) F a s e p ro life ra tiva

ML

x

ML

(c) F a s e s e c re to ra

66

X

52

Figura 27.17 Alterações histológicas no ciclo uterino. (a) Menstruação, (b) Fase proliferativa. (c) Fase secretora. A camada funcional está agora tão espessa que, em uma ampliação similar à da parte (a) ou da parte (b), a espessura total do endométrio não pode ser capturada em uma só imagem, (d) Detalhe das glândulas uterinas.

m e n t o m é d io d e 7 ,5 a 9 c m . E n tr e t a n t o , c o m o é m u it o d is te n s ív e l, s e u

d o is m ú s c u lo s b u lb o e s p o n jo s p a s s a m b ila t e r a lm e n t e a o ó s t io d a v a g in a .

c o m p r im e n to e la r g u r a s ã o b a s ta n te v a r iá v e is .

A s c o n tr a ç õ e s d e s s e s m ú s c u lo s p r o d u z e m a c o n s t r iç ã o d o ó s t io d a v a g in a .

O c o lo d o ú te ro p e n e tr a n a e x t re m id a d e p r o x im a l d a v a g in a . O r e c e s ­

E ss e s m ú s c u lo s r e c o b r e m o s

bulbos do vestíbulo,

m a s s a s d e te c id o e r é til

(Figura 27.20b).

so r a s o a o r e d o r d o c o lo d o ú t e r o n a c a v id a d e d a v a g in a é c o n h e c id o c o m o

q u e p a s s a m b ila te r a lm e n te a o ó s t io d a v a g in a

fórnice da vagina.

d e s e n v o lv im e n t o , o s b u lb o s d o v e s tíb u lo s ã o d e r iv a d o s d o s m e s m o s te c i­

A v a g in a s itu a -s e p a r a le la e a n t e r io r m e n t e a o re to e

D u ra n te o

e m ín tim o c o n ta to c o m s u a p a r e d e a n te r io r . A n t e r io r m e n t e , a u r e tr a fa z

d o s e m b r i o n á r i o s q u e o c o r p o e s p o n jo s o n o h o m e m ( v e ja o R e s u m o d e

tr a je t o a o lo n g o e ju n t o à p a r e d e a n t e r io r d a v a g in a c o n fo r m e s e g u e d e s ­

E m b r io lo g ia n o C a p ít u lo 2 8 ) . O s b u lb o s d o v e s t íb u lo e o c o r p o e s p o n jo s o

d e a b e x ig a u r in á r ia a té s u a a b e r t u r a n o v e s t íb u lo d a v a g in a . O p r in c ip a l

sã o d e n o m in a d o s

s u p r im e n t o s a n g ü ín e o d a v a g in a é fe ito p e lo s

ramos vaginais d a s

a r té r ia s

e v e ia s ilía c a s in t e r n a s ( o u d a s a r t é r ia s u t e r in a s ) . A i n e r v a ç ã o é d a d a p e lo p le x o h ip o g á s t r ic o , n e r v o s s a c r a is S 2 - S 4 e r a m o s d o n e r v o p u d e n d o .

logos,

+

re la ç ã o ) p o r q u e a p r e ­

p o d e m a p r e s e n ta r fu n ç õ e s b a s ta n te d ife r e n te s . A c a v id a d e d a v a g in a é r e v e s t id a p o r e p ité lio e s c a m o s o e s t r a t ific a d o

(Figura 27.19)

A v a g in a te m trê s fu n ç õ e s p r in c ip a is : ■

hom ólogos ( h om o , m e s m o

s e n ta m e s t r u t u r a e o r ig e m s e m e lh a n te s ; c o n tu d o , e s tr u tu r a s h o m ó lo g a s

n o m in a d a s

S e r v e c o m o p a s s a g e m p a r a e lim in a ç ã o d o s líq u id o s m e n s tr u a is .

q u e , e m re la x a m e n t o , a p r e s e n ta -s e d is p o s t o e m p re g a s , d e ­

rugas vaginais (Figura 27.15a).

A l â m i n a p r ó p r i a s u b j a c e r te

é e s p e s s a e e lá s tic a , c o n t e n d o p e q u e n o s v a s o s s a n g ü ín e o s , n e r v o s e lin fo ■



R e c e b e o p ê n is d u r a n te o a to s e x u a l e m a n t é m o s e s p e r m a t o z ó id e s

n o d o s . A tú n ic a m u c o s a d a v a g in a é c ir c u n d a d a p o r u m a

an te s d e su a p a ssa g e m ao ú tero .

e lá s t ic a , c o m c a m a d a s d e f ib r a s m u s c u la r e s lis a s d is p o s t a s e m fe ix e s c ir c u

C o n s t i t u i a p a r t e i n f e r i o r d o “ c a n a l d e p a r t o ”, v i a d e p a s s a g e m d o

túnica muscular,

la re s e lo n g it u d in a is c o n t ín u o s c o m o s d o m io m é t r io . A p a r te d a v a g in a a d ja c e n te a o ú t e r o a p r e s e n ta u m a t ú n ic a s e r o s a d e r e v e s t im e n to c o n tín u a

fe to d u r a n te o n a s c im e n to .

c o m o p e r it ô n io p é lv ic o ; s o b r e o r e s ta n te d a v a g in a a t ú n ic a m u s c u la r é re v e s tid a p o r u m a

Histologia da vagina [27.15a/27.19/27.20b] E m s e c ç õ e s h is to ló g ic a s , a c a v id a d e d a v a g in a a p a r e c e c o la b a d a , c o m f o r ­ m a to s e m e lh a n t e a o d a le tra H . A s p a r e d e s v a g in a is c o n tê m u m a re d e d e v a s o s s a n g ü ín e o s e c a m a d a s d e m ú s c u lo lis o

(Figuras 27.15a

e

27.19),

e

o r e v e s t im e n t o é u m e d e c id o p o r s e c r e ç õ e s d a s g lâ n d u la s lo c a liz a d a s n o c o lo d o ú t e r o e p e lo m o v im e n t o d e á g u a a t r a v é s d o e p it é lio p e r m e á v e l. A v a g in a e s e u v e s tíb u lo s ã o s e p a r a d o s p o r u m a p r e g a e p ite lia l e lá s tic a , o h í-

men,

q u e p o d e b lo q u e a r p a r c ia l o u c o m p le ta m e n te o ó s t io d a v a g in a . O s

túnica adventícia

A v a g in a c o n té m

d e te c id o c o n e c tiv o fib r o s o .

u m a p o p u la ç ã o n o r m a l d e b a c t é r ia s r e s id e n t e s ,

m a n t id a s p o r n u t r ie n te s e n c o n t r a d o s n o m u c o d o c o lo d o ú te ro . A a ti­ v id a d e m e t a b ó lic a d e ssa s b a c té r ia s c r ia u m

m e io a m b ie n te á c id o , q u e

r e s t r in g e o c r e s c im e n t o d e m u it o s o r g a n is m o s p a t o g ê n ic o s . O a m b ie n te á c id o ta m b é m in ib e a m o tilid a d e d o s e s p e r m a t o z ó id e s e é p o r e ssa ra z ã o q u e a s s u b s t â n c ia s - t a m p ã o c o n t id a s n o líq u id o s e m in a l s ã o im p o r t a n t e s p a r a o s u c e s s o d a fe r tiliz a ç ã o .

C a p it u l o

: gura 27.18

27 • O Sistema Genital

A regulação hormonal da função reprodutora feminina.

glândulas vestibulares m en ores

Os órgãos genitais femininos externos [Figuras 27.10a/27.20a]

s e c r e ç õ e s n a s u p e r fíc ie e x p o s ta d o v e s t íb u lo d a v a g in a , c o n s e r v a n d o - o

\ r e g iã o q u e e n g lo b a o s ó r g ã o s g e n it a is fe m in in o s e x t e r n o s é d e n o m in a d a

das

pudendo fem in in o (vulva) (Figura 27.20a). A v a g i n a s e a b r e n o vestíbuiO da vagina, u m e s p a ç o c e n t r a l l i m i t a d o p e l o s lá b io s m en ores do pulen d o. O s l á b i o s m e n o r e s s ã o r e v e s t i d o s p o r u m a p e l e l i s a , d e s p r o v i d a d e

n a s p r o x im id a d e s d a s m a r g e n s p ó s te r o -la te r a is d o ó s t io d a v a g in a

U m n ú m e r o v a r iá v e l d e

ú m id o . D u r a n t e a e x c it a ç ã o s e x u a l, u m p a r d e d u e t o s c o n d u z a s s e c r e ç õ e ■

? è lo s . A u r e t r a s e a b r e n o v e s t í b u l o , a n t e r i o r m e n t e a o ó s t i o d a v a g i n a . A s

glândulas uretrais, o u

glândulas de Skene, a b r e m - s e

n as p r o x i m i d a d e s d o ó s t i o e x t e r n o d a u r e t r a . O

lib e r a s u a s

n o in t e r io r d a u r e tr a ,

d itó r is

p r o je t a - s e p a r a o

glândulas vestibulares m aiores

27.10a,

(glândulas de Bartholin) a o

v e s tíb u lo ,

(Figura

p á g . 7 2 8 ) . E s s a s g lâ n d u la s m u c o s a s a s s e m e lh a m - s e à s g lâ n d u la s

b u lb o u r e t r a is d o h o m e m . O s lim it e s e x t e r n o s d o p u d e n d o f e m in in o s ã o e s t a b e le c id o s p e lo

monte do púbis e n en te d o

p e lo s

lábios maiores do pudendo.

m o n te d o p ú b is

O v o lu m e p r o e m i­

é c o n s t it u íd o p o r te c id o a d ip o s o s u b ja c e n te à

n t e r io r d o v e s t íb u lo , a n t e r io r m e n t e a o ó s t io e x t e r n o d a u r e tr a . I n t e r n a ­

p e le a n t e r io r à s ín f is e p ú b ic a . O t e c id o a d ip o s o t a m b é m se a c u m u la n o s

m en te, o c lit ó r is c o n t é m te c id o e r é til, h o m ó lo g o a o s c o r p o s c a v e r n o s o s

lá b io s m a io res do p u d en d o ,

i o h o m e m ( v e ja o R e s u m o d e E m b r i o l o g i a n o C a p í t u lo 2 8 ) . O c lit ó r is

O s lá b io s m a io r e s c ir c u n d a m e o c u lt a m p a r c ia lm e n t e o s lá b io s m e n o r e s

:o r n a - s e i n g u r g i t a d o d e s a n g u e d u r a n t e a e x c it a ç ã o s e x u a l . U m a p e q u e n a

e a s e s t r u t u r a s d o v e s t íb u lo . A s r e g iõ e s e x t e r n a s d o s lá b io s m a io r e s s ã o

llande e r é t i l

q u e s ã o h o m ó lo g o s a o e s c r o t o m a s c u lin o .

s itu a -s e n a e x t re m id a d e d o ó r g ã o , e p r o lo n g a m e n t o s d o s lá ­

r e c o b e r t a s p e lo m e s m o t ip o d e p ê lo e s p e s s o q u e r e c o b r e o m o n t e d o

b io s m e n o r e s d o p u d e n d o c i r c u n d a m o c o r p o d o c l i t ó r i s , c o n s t i t u i n d o o

p ú b is , p o r é m as s u p e r fíc ie s m a is in te r n a s a p r e s e n ta m re la tiv a m e n te m e ­

do clitóris.

n o s p ê lo s . G lâ n d u la s s e b á c e a s e g lâ n d u la s s u d o r íf e r a s a p ó c n n i í r i r : * -

73 8

O SISTEMA GENITAL

Monte do púbis Prepúcio do clitóris

Epitélio esca­ moso estratificado nãoVasos Lâmina queratinizado sangüíneos própria

Feixes de fibras de músculo liso

Lábios menores do pudendo Hímen (rompido)

Glande do clitóris Óstio externo da uretra Vestíbulo da vagina

Óstio da vagina Lábios maiores do pudendo

Ânus

(a) V is t a in fe r io r

ML X 27

gura 27.19

Ovário

Histologia da parede vaginal.

s e c r e ta m s o b r e a s u p e r fíc ie in t e r n a d o s lá b io s m a io r e s d o p u d e n d o ,

m e d e c e n d o - o s e o fe r e c e n d o lu b r ific a ç ã o .

Fórnice da vagina

lesumo de embriologia

Vagina

a r a u m r e s u m o d o d e s e n v o lv im e n t o d o s is te m a g e n ita l fe m in in o , c o n s u l-

: o C a p ít u lo 2 8 ( E m b r io lo g ia e D e s e n v o lv im e n t o H u m a n o ) .

Is glândulas mamárias

“Diafragma urogenital”

[Figura 2 7 .2 1 ]

.0 n a s c i m e n t o , o r e c é m - n a s c i d o n ã o p o d e m a n t e r - s e p o r s i , e v á r i o s -te m a s fu n d a m e n t a is a in d a p r e c is a m c o m p le ta r se u d e s e n v o lv im e n to , u r a n t e o p e r í o d o i n ic ia l d e a ju s t e s p a r a u m a e x is t ê n c ia i n d e p e n d e n t e , c r ia n ç a r e c e b e n u t r iç ã o a p a r t ir d o le ite s e c r e t a d o p e la s

íárias

m a t e r n a s . A p r o d u ç ã o d o le it e , o u

la cta çã o ,

Músculo levantador do ânus Cavidade da vagina

g lâ n d u la s m a -

Músculo bulboesponjoso

Bulbo do vestíbulo

Localização do hímen (rompido)

Lábio maior do pudendo

o c o r r e n a s g lâ n d u la s

Lábio menor do pudendo

la m á r ia s (n a s m a m a s ) , ó r g ã o s a c e s s ó r io s e s p e c ia liz a d o s d o s is te m a g e n i-

J fe m in in o . A s g lâ n d u la s m a m á r ia s s it u a m - s e b ila te r a lm e n te n o t ó r a x , n o p a n íc u -

1 a d ip o s o

d a te la s u b c u t â n e a s u b ja c e n t e à

p e le (Figura 27.21a,b). C a d a p a p ila m a m á ria , o n d e o s

■am a a p r e s e n ta u m a p e q u e n a p r o je ç ã o c ô n ic a , a

u c to s la c tífe r o s d a s g lâ n d u la s m a m á r ia s s u b ja c e n te s se a b r e m n a s u p e r fíe. A r e g iã o d e p e le d e c o lo r a ç ã o c a s t a n h a a v e r m e lh a d a lo c a liz a d a a o r e d o r

; p a p ila m a m á r ia é d e n o m in a d a

a réo la da m am a.

A p re se n ça d e g ra n d e s

á n d u la s s e b á c e a s c o n fe r e à s u p e r fíc ie a r e o la r u m a t e x tu r a g r a n u lo s a .

(b) S e c ç ã o fr o n t a l

Figura 27.20 Órgãos genitais femininos externos. (a) v ista inferior do períneo fem inino, (b) S e cção frontal diagram ática, m ostrando as p o siçõ e s relativas das e stru tu ras inte rna s e e xte rn a s re la cio n a d a s à função reprodutora.

C a p ít u l o

27 • O Sistema Genital

O te c id o g la n d u la r d a m a m a c o n s is t e e m n u m e r o s o s lo b o s d a g lâ n ­ d u la m a m á r ia s e p a r a d o s , c a d a u m c o n t e n d o v á r io s ló b u lo s s e c r e to r e s

(F ig u ra 2 7 .2 1 a ). O s d u e t o s q u e d e i x a m o s l ó b u l o s c o n v e r g e m f o r m a n d o u m ú n ic o

dueto lactífero

m id a d e s d a p a p ila m a m á r ia , o s d u e to s la c tífe r o s se e x p a n d e m , fo r m a n d o u m a c â m a r a d e n o m in a d a

seio lactífero.

G e r a lm e n t e , e n t r e 1 5 e 2 0 s e io s

la c tífe r o s d e s e m b o c a m n a s u p e r fíc ie d e c a d a p a p ila m a m á r ia . U m te c id o c o n e c tiv o d e n s o c ir c u n d a o s is te m a d e d u e to s e fo r m a d iv is õ e s q u e se e s ­ te n d e m e n t r e o s lo b o s e ló b u lo s . E s s a s fa ix a s d e te c id o c o n e c tiv o , c o n h e c i­ das com o

ligam en tos susp ensores da m am a,

o r ig in a m -s e n a d e rm e q u e

re v e ste a m a m a . U m a c a m a d a d e te c id o c o n e c tiv o fr o u x o s e p a r a o c o m ­ p le x o m a m á r io d o s m ú s c u lo s p e it o r a is s u b ja c e n te s . R a m o s d a

rácica interna f a z e m

artéria to-

o s u p r im e n t o s a n g ü ín e o d e c a d a g lâ n d u la m a m á r ia .

pág. 583 A d r e n a g e m l i n f á t i c a 23. pág. 620

d a s g lâ n d u la s m a m á r ia s fo i d e ta lh a d a

n o C a p ít u lo

Desenvolvimento das glândulas mamárias durante a gravidez [Figura 27.21c,d] A F ig u ra 2 7 .2 1 c ,d c o m p a r a a o r g a n i z a ç ã o h i s t o l ó g i c a d a s g l â n d u l a s m a ­ m á r ia s a tiv a e in a t iv a . A g lâ n d u la m a m á r ia e m r e p o u s o é d o m in a d a p o r u m s is te m a d e d u e to s , m a is d o q u e p o r c é lu la s g la n d u la r e s a tiv a s . O t a ­ m a n h o d a m a m a e m u m a m u lh e r n ã o - g e s t a n t e r e fle t e e s s e n c ia lm e n t e a q u a n t id a d e d e te c id o a d ip o s o n a m a m a , m u it o m a is d o q u e a q u a n t id a d e d e te c id o g la n d u la r . O te c id o s e c r e to r n ã o se d e s e n v o lv e a té q u e o c o r r a a g r a v id e z . O d e s e n v o lv im e n to d a g lâ n d u la m a m á r ia r e q u e r a c o m b in a ç ã o d e h o r m ô n io s q u e in c lu e m a

(HC/GH), s e c r e t a d o s

prolactina (PRL) e

o

hormônio do crescimento pág. 513 S o b lactogên io placentário

p e lo lo b o a n t e r io r d a h ip ó fis e .

a e s t im u la ç ã o d e s s e s h o r m ô n i o s , a u x ilia d o s p e lo

h u m ano (LPH),

Nota clínica

e m c a d a l o b o (F ig u ra 2 7 .2 1 a ,c ,d ). N a s p r o x i ­

s e c r e ta d o p e la p la c e n ta , o s d u e to s d a s g lâ n d u la s m a m á ­

ria s t o r n a m - s e m it o t ic a m e n t e a tiv o s e c é lu la s g la n d u la r e s c o m e ç a m a s e r p r o d u z id a s . A o fin a l d o s e x to m ê s d e g e s ta ç ã o , a s g lâ n d u la s m a m á r ia s e s ­ tã o to ta lm e n te d e s e n v o lv id a s e c o m e ç a m a p r o d u z ir s e c re ç õ e s q u e s ã o a r ­ m a z e n a d a s n o s is t e m a d e d u e to s . O le ite é lib e r a d o q u a n d o o b e b ê c o m e ç a a s u g a r a p a p ila m a m á r ia e a a r é o la d a m a m a . E s t a e s t im u la ç ã o c a u s a a lib e r a ç ã o d e o x it o c in a p e lo lo b o p o s t e r io r d a h ip ó fis e . A o x it o c in a d e fla ­ g r a a c o n t r a ç ã o d o s m ú s c u lo s lis o s n a p a r e d e d o s d u e to s e s e io s la c tífe r o s , e j e t a n d o o le it e .

Câncer de m am a O câ n ce r de m am a é a principal causa de m orte em m u lh ere s entre 40 e 59 an os de idade. Em geral, a in cid ê n cia de câ n ce r de m am a é m ais com um após os 50 anos. Nos Estados Unidos, ap ro x im a d a m e n te 212.000 novos ca so s sã o reg istrados a cada an o e estim a-se que um a e ntre oito m ulhere s desenvolva c â n c e r de m am a naquele país. A incidência é m aior entre brancas do que em afro-am ericanas, e a m enor incidência é observada em a siáticas e nativas am e rica­ nas. Fatores de risco im portantes incluem (1) história fam iliar de câncer de m am a, (2) gravidez a p ós o s 30 an os de idade, (3) m enarca p re co ce e (4) m enopausa tardia. A p e sa r de e studos repetidos, não há correla çõ e s co m p rovad as entre o câ n ce r de m am a e o uso de con trace ptivo s orais, terapia de estrógenos, am am entação, c o n su m o de gordura ou uso de álcool. Fatores m últip los e stão envolvidos; a m aioria das m ulheres não desenvolve câ n ce r de m am a, m as m ulheres com histórico fam iliar têm m ais probabilidade de apresentar a doença. A d e te cçã o p re coce do câ n ce r de m am a é fundam ental para a re­ dução da m ortalidade. A m aioria d os c â n ce re s de m am a é d etectada pelo auto-exam e, porém té cn ic a s de e xam e clin ico têm sid o a p rim o ­ radas nos ú ltim o s anos. A mamografia utiliza raios X para exam inar os te cid o s m am ários; a dosagem da radiação pode se r restrita porque apenas te cid o s m oles p recisam se r transpassados. Esse e xam e o fere ­ ce a im agem m ais clara da co n d ição do interior d o s te cid o s m am ários (F ig u ra 27.21b). A ultra-sonografia tam b é m pode o ferece r algum a in­ form ação, m as as im agens não ap resentam tantos de talhe s quanto as m am ografias. Para o su ce sso do tratam ento, o câ n ce r deve se r identificado e n ­ quanto ainda é pequ eno e localizado. Um a v e z atingido 2 cm ou mais, as ch an ce s e o te m p o de sob revida dim inuem . O p rognóstico tam bém é ruim para os caso s em que há d isse m in a çã o de célu la s cancerosas, pelo sistem a linfático, para os linfonodos axilares. Se os linfonodos ain ­ da não estão envolvidos, as c hances de um a sobrevida de 5 anos são de ap roxim adam ente 82%; porém , se quatro linfonodos ou m ais estiverem envolvidos, as ch an ce s de sobrevida caem para 21%. O tra ta m e n to do c â n c e r de m am a in ic ia -se co m a re m o çã o c i­ rúrgica d o s tu m o re s e a bióp sia d o s linfonodos. C o m o as cé lu la s c a n ­ ce ríg e n a s g e ra lm e n te se d isse m in a m a n te s da d e te c ç ã o da do e n ça o tra ta m e n to cirú rg ic o e xige a re m o çã o d e parte ou de to d o s o s lin­ fo n o d o s a co m e tid o s. A c o m b in a ç ã o de q u im io te rap ia, ra d io te ra p ia e tra ta m e n to s h o rm o n a is pod e se r utiliza d a para c o m p le m e n ta r o tra­ ta m e n to cirúrgico.

x______________________ Cl

REVISÃO DOS CONCEITOS

1. Durante a fase proliferativa do ciclo uterino, que atividades ocorrem no ci­ clo ovárico? 2. Que evento marca o início da fase secretora? 3. 0 bloqueio de um único seio lactífero poderia interferir na liberação do leite para as papilas mam árias? Explique. 4. Quais são os horm ônios estim ulantes da lactação?

m é t r io . E sse p ro c e ss o , c o n h e c id o c o m o

im plantação,

d á in íc io à c a d e .

d e e v e n t o s q u e le v a m à fo r m a ç ã o d e u m ó r g ã o e s p e c ia l, a

placenta,

ses. A p la c e n ta fo r n e c e u m m e io p a r a a tr a n s fe r ê n c ia d e g a se s d is s o lv id o n u t r i e n t e s e r e s í d u o s e n t r e a s c o r r e n t e s s a n g ü í n e a s d o f e t o e d a m ã e , a lé r d e a tu a r c o m o u m ó r g ã o e n d ó c r in o , p r o d u z in d o h o r m ô n io s . A

v e ja a s e ç ã o d e R e sp o sta s na p a rte fin a l d o livro.

qu

s u s t e n t a r á o d e s e n v o lv im e n t o e m b r io n á r io e fe ta l n o s p r ó x im o s n o v e m í

tro fin a co riô n ica h u m a n a (GCH/HCG)

gonade

s u r g e n a c o r r e n t e s a n g ü ín e

m a te r n a lo g o a p ó s a im p la n t a ç ã o . A p r e s e n ç a d e G C H e m a m o s tr a s d

Gravidez e o sistema genital feminino

s a n g u e o u u r i n a é u m a i n d i c a ç ã o c o n f i á v e l d e g r a v i d e z . E m s u a fu n ç ã < a G C H s e a s s e m e l h a a o H L , u m a v e z q u e o c o r p o l ú t e o n ã o s o f r e deg<

S e a fe r tiliz a ç ã o o c o r r e , o z ig o t o ( ó v u lo fe r tiliz a d o ) p a s s a p o r u m a s é r ie d e

n e r a ç ã o e n q u a n t o e s tiv e r n a p r e s e n ç a d e G C H . A d e g e n e r a ç ã o d o c o rp

d iv is õ e s c e lu la re s , fo r m a n d o u m a e s fe r a o c a d e c é lu la s , c o n h e c id a c o m o

lú te o c a u s a r ia a in t e r r u p ç ã o d a g r a v id e z p e la d e s in t e g r a ç ã o d a c a m a d

blastocisto.

fu n c io n a l d o e n d o m é tr io .

In ic ia lm e n t e , a o a t in g ir a c a v id a d e d o ú t e r o , o b la s to c is to

o b té m n u t r ie n te s a b s o r v e n d o as s e c re ç õ e s d a s g lâ n d u la s u t e r in a s ; d e n ­

N a p r e s e n ç a d e G C H , o c o r p o lú te o p e r s is te p o r a p r o x im a d a m e n l

tr o d e p o u c o s d ia s , o b la s to c is to fa z c o n t a t o c o m o e n d o m é t r io , d e s g a s t a

trê s m e s e s a n te s d e se d e g e n e ra r. S e u d e s a p a r e c im e n to n ã o d e se n c í

p a r c ia lm e n t e o e p ité lio e se fix a n e s s a c a v id a d e r e c é m - f o r m a d a n o e n d o -

d e ia o r e t o r n o d o p e r ío d o m e n s t r u a i, p o is n e s t e m o m e n t o a p la c e n t

O SISTEMA GENITAL

Músculo peitoral maior

T e c id o a d ip o s o d a m a m a L ig a m e n t o s s u s p e n s o r e s

T e c id o a d ip o s o

da m am a

d a m am a L ig a m e n t o s su sp e n so re s da m am a

L o b o s d a s g lâ n d u la s m a m á r ia s D u e t o la c tíf e r o

S e io la c tífe r o

A r é o la d a m a m a

P a p ila m a m á r ia

P a p ila m a m á r ia

A r é o la d a m a m a

S e io la c tíf e r o

Músculo peitoral maior

(a) M a m a e s q u e r d a (b) X e r o m a m o g r a m a

L e it e

- D u e to s la c t íf e r o s

T e c id o c o n e c t iv o n a d e rm e

D u e t o s d e g lâ n d u la t u b u lo a lv e o la r co m p o s ta

(d) G lâ n d u la m a m á r ia e m r e p o u s o

- ig u r a 27 .21

M L x 60

(c) G lâ n d u la m a m á r ia a tiv a

M L x 131

A s g lâ n d u la s m a m á ria s .

a) Anatom ia m acroscópica da mama. (b) Xerom am ografia, uma técnica radiográfica desenvolvida para m ostrar detalhes do tecido mamário, projeção m édio-lateral. c,d) Com paração histológica de glândulas m am árias em repouso e ativas.

e stá a tiv a , s e c r e ta n d o e s tr ó g e n o e p r o g e s te r o n a . A o lo n g o d o s p r ó x i­

n o s is te m a g e n it a l m a s c u lin o o c o r r e m d e m a n e ir a m a is g r a d u a l e p o r u m

m o s m e s e s , a p la c e n ta ta m b é m s in t e t iz a d o is h o r m ô n io s a d ic io n a is : a

p e r ío d o d e te m p o m a is lo n g o .

rela x in a ,

q u e a u m e n t a a fle x ib ilid a d e d a p e lv e e p r o v o c a a d ila t a ç ã o d o

c o lo d o ú t e r o d u r a n te o t r a b a lh o d e p a r t o ; e o

rio h u m a n o ,

la c to g ê n io p la c e n tá -

q u e a u x ilia n a p r e p a r a ç ã o d a s g lâ n d u la s m a m á r ia s p a r a a

p r o d u ç ã o d o le it e .

Menopausa A m e n o p a u s a é fre q ü e n te m e n te d e fin id a c o m o o p e r ío d o e m q u e a o v u la ­ çã o e a m e n stru a ç ã o cessam . A m e n o p a u sa co stu m a o c o rre r e n tre os 4 5 e 5 5 a n o s d e id a d e , p o r é m n o s a n o s p r e c e d e n te s a e s s e p e r ío d o a r e g u la r id a ­

Envelhecimento e sistema genital

d e d o s c ic lo s o v á r ic o s e m e n s t r u a i s g r a d u a lm e n t e s e a lt e r a . A

prem atu ra

m enopausa

o c o r r e a n te s d o s 4 0 a n o s . A fa lt a d e f o líc u lo s p r im o r d ia is é a

O p r o c e s s o d o e n v e lh e c im e n to a fe t a o s s is te m a s g e n it a is d e h o m e n s e

c a u s a s u b ja c e n te d a m e n o p a u s a p r e m a t u r a . A m e n o p a u s a é a c o m p a n h a d a

m u lh e r e s . A s m u d a n ç a s m a is m a r c a n t e s r e la c io n a d a s à id a d e n o s is te m a

p o r u m a u m e n t o d r á s tic o e c o n s ta n t e d a p r o d u ç ã o d e H L G / G n R H , H F E /

g e n it a l fe m in in o o c o r r e m n a m e n o p a u s a , a o p a s s o q u e a s m o d ific a ç õ e s

F S H e H L / L H , e n q u a n t o a s c o n c e n tr a ç õ e s c ir c u la n te s d e e s tr ó g e n o e p r o -

C a p it u lo

27 •

O

Sistem a G enital

H U M I

74

g e s t e r o n a d e c l i n a m . E s t e d e c l í n i o d o s n ív e i s d e e s t r ó g e n o l e v a ( 1 ) à r e ­

n ív e is d e te s t o s t e r o n a c ir c u la n t e c o m e ç a m a b a ix a r e n t r e o s 5 0 e 6 0 a n o

d u ç ã o d e ta m a n h o d o ú tero , (2 ) à re d u ç ã o d o ta m a n h o d as m a m a s, (3 ) à

c o m b in a d o s c o m a u m e n t o s n o s n ív e is c ir c u la n te s d e H F E / F S H e H L / L F

d i m i n u i ç ã o d a e s p e s s u r a d a s p a r e d e s d a u r e t r a e d a v a g i n a e (4 ) à f r a g i l i d a ­

E m b o r a a p r o d u ç ã o d e e s p e r m a t o z ó i d e s c o n t i n u e ( h o m e n s p o d e m t e r fi

d e d o s t e c i d o s c o n e c t iv o s q u e s u s t e n t a m o s o v á r i o s , o ú t e r o e a v a g i n a . A s

lh o s n o r m a lm e n t e a té m e s m o e m to r n o d o s 8 0 a n o s ) , h á u m a re d u ç ã

c o n c e n t r a ç õ e s r e d u z id a s d e e s t r ó g e n o t a m b é m t ê m s id o r e l a c i o n a d a s a o

g r a d u a l d a a t i v i d a d e s e x u a l n o s h o m e n s m a i s v e l h o s , o q u e p o d e esta

d e s e n v o l v i m e n t o d e o s t e o p o r o s e e a u m a v a r i e d a d e d e e f e it o s c a r d i o v a s c u -

r e l a c i o n a d o a o d e c l í n i o d o s n í v e i s d e t e s t o s t e r o n a . A t u a l m e n t e , a lg u n

la r e s e n e u r o ló g i c o s , i n c l u i n d o “ o n d a s d e c a l o r ”, a n s ie d a d e e d e p r e s s ã o .

c lín ic o s tê m s u g e r id o o u s o d a te r a p ia d e r e p o s iç ã o d a te sto ste r o n a p a r a u m e n t a r a l i b i d o ( “ d e s e jo s e x u a l ” ) e m h o m e n s e m u l h e r e s d e id a d e m a i avançada.

O climatério masculino M o d i f i c a ç õ e s n o s i s t e m a g e n i t a l m a s c u l in o o c o r r e m m a i s g r a d u a l m e n ­ te , a o l o n g o d e u m p e r í o d o c o n h e c i d o c o m o

clim atério m asculino.

Os

j Caso clínico ISSO É NORMAL PARA ALGUÉM DA M IN H A IDADE? E l e a n o r é v i ú v a , 8 8 a n o s , m ã e d e d o is f i l h o s e v a i a u m a c o n s u l t a m é d i ­ c a e m u m a c l ín ic a , n o f i n a l d e u m a t a r d e d e d o m i n g o , u m a v e z q u e s e u

OS SISTEMAS GENITAL E URINÁRIO Exame de acompanhamento E l e a n o r r e l a t a a o g i n e c o l o g i s t a a s i n f o r m a ç õ e s a p r e s e n t a d a s a o m é d ic o c lín ic o g e ra l e ta m b é m a s s e g u in te s in fo r m a ç õ e s : •

m é d ic o p a r t i c u l a r s e a p o s e n t o u h á a lg u n s m e s e s . A s q u e i x a s p r i n c i p a i s

r e g a a lg u m t ip o d e p e s o , c o m o u m a s a c o la d e c o m p r a s . E ste

d e E l e a n o r a o m é d i c o e m s e r v i ç o s ã o e s ta s : •

p r o b le m a v e m se d e se n v o lv e n d o a o lo n g o d e m e se s e p io r o u n a s ú ltim a s s e m a n a s . O g in e c o lo g is ta a n o t a “ in c o n tin ê n c ia a o

S e n te n e c e s s id a d e a u m e n t a d a d e u r in a r e u m a “ d is c r e ta ” in c a ­

e s f o r ç o ”.

p a c i d a d e d e c o n t r o l a r o p r o c e s s o d e m ic ç ã o . •

A p r e s e n t a s u r t o s r e c o r r e n t e s d e d o r d u r a n t e a m ic ç ã o .

A p r e s e n ta e sc a p e d e u r in a s e m p re q u e to sse , e s p ir r a o u c a r ­



T e m n e c e s s id a d e d e u r in a r fr e q ü e n te m e n te , c e r c a d e 1 0

vezes

d u r a n t e o d i a e m a i s d e c i n c o v e z e s d u r a n t e a n o it e . E s s e p r o b l e ­ •

T e m s e n tid o d o r e s lo m b a r e s c r ô n ic a s , q u e n ã o r e s p o n d e m à

m a ta m b é m v e m se d e s e n v o lv e n d o a o lo n g o d e m e s e s e p io r o u

m e d ic a ç ã o d e v e n d a lib e r a d a . •

R e f e r e t e r s i d o s u b m e t i d a a u m a m a s t e c t o m ia t o t a l.



A p r e s e n t a l e v e h ip e r t e n s ã o , r a z ã o p e la q u a l e s t á s o b m e d ic a ç ã o

n a s ú ltim a s s e m a n a s . • •

r e g u la r . D e v i d o à s u a fa lt a d e f a m i l i a r i d a d e c o m o m é d ic o e p o r v e r g o n h a ,

Exame inicial

S u a s d o r e s lo m b a r e s c o n t ín u a s a u m e n t a m d e in t e n s id a d e a o f i n a l d o d ia .



E l e a n o r s e r e c u s a a p a s s a r p o r u m e x a m e p é lv ic o .

O m é d ic o d a c l í n i c a n o t a o s e g u in t e :

S o fr e d ific u ld a d e s c o m c o n s tip a ç ã o .

R e l a t a a s e n s a ç ã o d e “ a lg o d e s c e n d o ” p e l a v a g i n a q u a n d o e s t a e m p é , r e f e r i n d o p i o r a a o f i n a l d o d ia .



D u r a n te q u e s tio n a m e n to m a is a p r o fu n d a d o , E le a n o r re fe re q u e a in c o n tin ê n c ia a o e s fo r ç o e o a u m e n to d a fr e q ü ê n c ia u r in á r ia d i m i n u í r a m , e n q u a n t o a s e n s a ç ã o d e “ a lg o d e s c e n d o ” p e la v a g i ­



P r e s s ã o s a n g ü ín e a , q u a n d o m e d ic a d a , d e 1 4 5 / 9 2 .



U m a a m o s tr a d e u r in a te sta d a p o r im e r s ã o d e fita re a g e n te a p r e s e n t a s i n a is q u í m i c o s d e g l ó b u l o s b r a n c o s .



n a in te n s ific o u . O g i n e c o l o g i s t a r e a l i z a u m e x a m e p é lv i c o e e n c o n t r a a lt e r a ç õ e s f í ­ s ic a s q u e a u x i l i a m a d i a g n o s t i c a r o s p r o b l e m a s d e E le a n o r .

A p a c ie n t e m e n c i o n a u m a d o r l o m b a r d i s c r e t a l o c a liz a d a n a r e ­ g i ã o i n f e r i o r à c o s t e la X I e s q u e r d a e n a r e g i ã o i n f e r i o r à c o s t e la

Pontos a considerar

X I I d ir e it a .

O c a s i o n a l m e n t e , t o d o s o s s is t e m a s d o c o r p o a p r e s e n t a m s i n a i s o u s i n ­

O m é d ic o i n f o r m a a E le a n o r q u e a in c a p a c id a d e d e c o n t r o la r o m ú s c u lo e s fin c t e r e x t e r n o d a u r e tr a é r e la tiv a m e n te c o m u m e n t r e p a ­ c i e n t e s i d o s o s , a s s i m c o m o a s i n f e c ç õ e s d o t r a t o u r i n á r i o . O m é d ic o c o n c lu i o d ia g n ó s tic o d e in fe c ç ã o d o tr a to u r in á r io , p r e sc r e v e u m m e ­ d i c a m e n t o à b a s e d e s u l f a e r e c o m e n d a q u e p a s s e p o r u m e x a m e f ís ic o c o m p l e t o c o m o m é d ic o d e s u a p r e f e r ê n c ia . A p ó s d u a s s e m a n a s h o u v e n o v o e p i s ó d i o d e d o r . A l é m d is s o , o s s i n ­ to m a s d e E le a n o r se t o r n a r a m m a is in te n s o s e d is c r e t a m e n te m o d ifi­ c a d o s d e s d e s u a v i s i t a à c lín i c a . M a r i a , s u a n o r a , a a c o n s e lh a a a g e n d a r u m a c o n s u l t a c o m s e u g in e c o l o g i s t a . E l e a n o r a c e i t a e M a r i a m a r c a a c o n s u lt a .

t o m a s q u e p e r m i t e m a o m é d ic o c o m b i n a r o s v á r i o s i n d í c i o s , o q u e i d e ­ a lm e n t e l e v a r á a o c o r r e t o d i a g n ó s t i c o . T a n t o o s s i n t o m a s a p r e s e n t a d o s p e lo p a c i e n t e q u a n t o a a n á l i s e e a i n t e r p r e t a ç ã o d e s s e s s i n t o m a s c o n t r i ­ b u e m n o t r a b a l h o d e in v e s t i g a ç ã o d a d o e n ç a . P a r a c o n s id e r a r o s ig n ific a d o d a s in fo r m a ç õ e s a p r e s e n ta d a s n e ste c a s o , r e v i s e o m a t e r i a l a p r e s e n t a d o n o s c a p í t u l o s r e f e r e n t e s a o s is t e m a u r in á r io e a o s is te m a g e n ita l. A s q u e s tõ e s a s e g u ir o o r ie n t a r ã o n e s s a r e v i s ã o . P e n s e a r e s p e i t o e r e s p o n d a c a d a u m a d e la s c o n s u l t a n d o o s C a p ít u lo s 2 6 e 2 7 se n e c e s s á r io . 1 . Q u a is e s tr u tu r a s a n a tô m ic a s p o d e m s e r as c a u s a s d a s d o r e s d e E le ­ an o r?

O SISTEMA GENITAL

742

Caso clínico

( continuaçao )

2. Q u a i s s ã o a s p a t o l o g i a s e s p e c í f i c a s e / o u a l t e r a ç õ e s d e c o r r e n t e s d a id a d e n a s e s tr u tu r a s a n a tô m ic a s q u e p o d e m

e s ta r c o n tr ib u in d o

p a r a a s d o r e s d e E le a n o r ?



A

m en o p au sa

pode

ta m b é m

fr a g iliz a r

os

lig a ­

m e n t o s d o c o lo d o ú te ro ,

3 . E x p liq u e p o r q u e a s q u e ix a s d e c o n s tip a ç ã o d e E le a n o r p o d e r ia m e s ta r in t im a m e n t e r e la c io n a d a s c o m s e u s d e m a is s in t o m a s .

o s “ lig a m e n to s s a c r o u te r in o s ” e o s lig a m e n t o s p u b o c e r v ic a is . O s lig a m e n to s

Análise e interpretação à s q u e s tõ e s le v a n ta d a s n a s e ç ã o

s a c r o u te r in o s ” s u ste n ta m

nea m a n tid a a c im a d o s 120/80 m m /H g (a n tig a m e n te , v a lo re s d e p r e s s ã o s a n g ü ín e a e n tre 120-140/80-90 eram d e n o m in a ­ d o s pré-hiperten são).

o

incontinência

im p o r ta n te

su sten taçã o

“ P o n t o s a c o n s i d e r a r ”. P a r a r e v i s a r e s s a m a t é r ia , c o n s u l t e a s p á g in a s

m e c â n ic a

n o s c a p ít u lo s in d ic a d o s .

7 2 7 , 7 3 3 . O s “ lig a m e n t o s

1 . E le a n o r re fe re “ d o r n o s r in s ” p r o v a v e lm e n te e m fu n ç ã o d a p r e s e n ­ ç a d e in fe c ç ã o d o tr a to u r in á r io .

pág. 472

d ic o . A in c o n t in ê n c ia u r in á r ia é u m p r o b le m a c o m u m r e la c io n a d o a o e n v e lh e c im e n t o , fr e q ü e n t e m e n t e c a u s a d o p o r a lt e r a ç õ e s f u n ­ c io n a is r e la c io n a d a s à id a d e q u e im p e d e m o c o n t r o le a d e q u a d o d o r e fle x o d e m ic ç ã o p e lo s is t e m a n e r v o s o c e n t r a l.

p á g . 7 0 8 E x is ­

te m v á r ia s e s tr u tu r a s d e te c id o c o n e c tiv o q u e s u ste n ta m o ú te ro e a b e x ig a u r in á r ia n a m u lh e r . V á r io s fa to r e s , in c lu in d o m ú ltip lo s p a r t o s n o r m a is e m e n o p a u s a e s u a s c a r a c te r ís t ic a s r e d u ç õ e s n a li­ b e r a ç ã o d o H L G , H F E e H L p o d e m fr a g iliz a r e s ta s e s tr u tu r a s d e su sten tação , p ág . 7 3 3 . •



ao ú tero , p ág.

ú tero , p a ssa n d o

t e r io r m e n te

2. A i d a d e d a p a c i e n t e é u m f a t o r i m p o r t a n t e p a r a o d i a g n ó s t i c o m é ­

pág. 704

os m o vim e n to s p e ristá ltic o s sã o in c o m p le to s ou tê m fre q ü ê n cia dim inuída , c a u sa n d o dificu ld ad e para evacuar.

Hipertensão: P re s s ã o s a n g ü í­

d o c o lo d o ú te ro o fe r e c e m

A s in fo r m a ç õ e s a s e g u ir r e s p o n d e m

TERMOS DO CASO CLÍNICO Constipação: C o n d içã o em que

p os­

a p a r tir d o

c o lo e d o c o r p o d o ú te ro , b ila te r a lm e n te a o re to e fix a n d o -s e

ao

sacro . O s

lig a m e n t o s p u b o c e r v ic a is d ir ig e m - s e a n t e r io r m e n t e a p a r t ir d a fa c e a n t e r io r d o ú te ro e p a rte s u p e r io r d a v a g in a , p a s s a n d o a o re d o r d a u re tra e fix a n d o -s e à r e g iã o p o s t e r io r d o s o s s o s

ao esforço:

In c a p a c id a d e de m a n te r o m. e sfin c te r e xte rn o da uretra c o n ­ tra íd o d u ra n te a ç õ e s m u s c u la ­ re s re p e n tin a s, c o m o esp irrar, ou d u ran te a c o m p re s s ã o a b d o ­ m inal ao le va n tar o b je to s p e s a ­ dos, o c o rre n d o e sc a p e urinário.

Mastectomia total: P r o c e d i­ m e n to c irú rg ic o e n v o lv e n d o a re m o çã o total da m am a, in clu in ­ do a p a p ila m am ária, a a ré o la da m am a, a pele so b re ja ce n te e os m ú s c u lo s peitorais, alé m do te cid o lin fático da parede do tó ­ rax, da axila e da red e m am ária.

O e s tir a m e n to d o s lig a m e n t o s tr a n s v e r s o s d o c o lo ( c a r d in a is )

p ú b is . O e n fr a q u e c im e n ­

r e s u lta n a d e fic iê n c ia d a s u s te n ta ç ã o d a p a r te s u p e r io r d a v a g i­

to d e q u a lq u e r u m d e sse s

n a e d o ú t e r o s o b r e o d ia f r a g m a d a p e lv e , p á g . 7 3 3 ) .

lig a m e n to s , o u d e to d o s ,

Medicação de venda liberada:

O lig a m e n t o r e t o u te r in o ( “ lig a m e n t o p o s t e r io r ” o u “ lig a m e n ­

p e r m it ir á o d e s lo c a m e n to

to s a c r o u t e r in o ” ) é r e v e s t id o p e lo p e r it ô n io r e fle t id o a p a r t ir d a

in fe r io r d o ú te ro .

Q ue pod e s e r a d q u irid a em far­ m á c ia s se m p re sc riç ã o m édica.

re g iã o d o fó r n ic e p o s t e r io r d a v a g in a , a n t e r io r m e n t e a o re to , li­

3 . O p ro la p s o d o ú te ro (g e ra l­

m it a n d o a p r o fu n d a e s c a v a ç ã o r e t o u te r in a , p á g . 7 2 7 . A e s c a v a ç ã o

m e n t e o c o lo ) n a p e lv e p o d e

re t o u te r in a é u m e s p a ç o fu n d o e n tre a p a r e d e p o s te r io r d o ú te ro e

c a u s a r o b lo q u e io p a r c ia l d o

a s u p e r fíc ie a n t e r io r d o re to . O e n fr a q u e c im e n to d a p re g a r e t o u ­

a c e sso p a ra o reto . O p a r to

te r in a p o d e n ã o s e r c a p a z d e m a n t e r a p o s iç ã o d o ó r g ã o , c a u s a n d o

p o d e d is te n d e r e d a n ific a r as

o d e s lo c a m e n to d o ú te ro e m d ir e ç ã o à e s c a v a ç ã o re t o u te r in a .

c a m a d a s m u s c u la r e s a n te -

Medicamento à base de sulfa: U m a d ro g a a n tib a c te ria n a , c o n te n d o o c o m p le x o q u ím ic o su lfa n ila m id a , c o m u m e n te u s a ­ do no tra ta m e n to d a s in fe c ç õ e s do tra to urinário.

Ú te ro

B e x ig a u rin á ria V a g in a

Ú te ro a b a u la d o na d ir e ç ã o da v a g in a

P o s iç ã o n o rm a l d o ú te ro

Figura 27.22

Prolapso uterovaginal.

P ro la p s o d o ú te ro

C a p ít u l o

TI • O Sistema Genital

Caso clínico ( continuação) Diagnóstico

riores da parede retal, resultando em m enor força propulsiva para o processo de evacuação. Essa combinação dim inui a velocidade da passagem das fezes ao longo do colo, e o tempo do trânsito fecal mais longo perm ite m aior reabsorção de água, o que resulta em constipação. A retenção de fezes pode pressionar a bexiga uriná­ ria, quando cheia, retardando a micção, interferindo no seu com ­ pleto esvaziamento e favorecendo o surgimento de infecções do trato urinário. Um ciclo contínuo pode se estabelecer com a interrelação entre a distensão das estruturas de sustentação da pelve, o prolapso do útero, a constipação e a incontinência urinária.

Eleanor recebeu o diagnóstico de prolapso uterovaginal (Figura 27.22), que envolve a herniação parcial do útero e/ou partes da bexiga urinária, uretra e parte term inal do reto através do soalho/diafragma da pelve e paredes musculares da vagina. Menopausa, partos vaginais de dois ou mais filhos e idade avançada aum entam as chances de apa­ recimento destes prolapsos. B

TERMOS CLÍNICOS Antígeno prostático específico (APE/PSA):

Doenças sexualmente transmissíveis (DST):

An-

e e x a n t e m a g e n e r a l i z a d o ; c h o q u e , in s u f i c i ê n c i a

tíg e n o c u ja c o n c e n t r a ç ã o s a n g ü ín e a a u m e n t a

D o e n ç a s t r a n s m it id a s p r i m á r i a o u e x c lu s iv a m e n t e

r e s p i r a t ó r i a e fa lê n c i a r e n a l o u h e p á t ic a p o d e m

em in d iv íd u o s c o m c â n c e r d e p ró s ta ta o u o u tr a s

p e lo c o n ta to s e x u a l. E x e m p lo s c o m u n s in c lu e m

t a m b é m se d e s e n v o lv e r . A t a x a d e m o r t a li d a d e é

d o e n ç a s p r o s t á t ic a s .

c la m id ía s e , g o n o r r é ia , s ífilis , h e r p e s e S I D A / A I D S .

1 0 a 1 5 % , o q u e in d ic a a g r a v id a d e d e sta d o e n ç a .

Endometriose:

Torção testicular:

Blenorragia (gonorréia):

D o e n ç a s e x u a lm e n t e

C r e s c i m e n t o d e t e c id o e n d o m e -

tr a n s m i s s í v e l d o t r a t o g e n it a l.

tr ia l f o r a d o ú t e r o .

Câncer de próstata:

Infeções por Chlamydia:

U m c â n c e r m a lig n o e m e -

T o r ç ã o d o f u n í c u l o e s p e r m a ::-

c o e r e d u ç ã o n o s u p r i m e n t o s a n g ü ín e o , r e s u lt a n t e A b a c té r ia

Chlamydia

d a r o t a ç ã o d o t e s t íc u lo n o i n t e r i o r d o e s c r o t o .

Tricomoníase:

t a s t á t ic o ; a s e g u n d a c a u s a m a is c o m u m d e m o r t e s

trachomatis é

p o r cân cer em h o m en s.

d e d o e n ç a i n f l a m a t ó r i a p é lv i c a ( D I P ) , e m e s m o

Trichomonas vaginalis,

Candidíase:

i n fe c ç õ e s a s s in t o m á t i c a s p o d e m r e s u l t a r e m i n ­

se x u a l c o m u m p o rta d o r.

O a g e n te re s p o n sá v e l in te g r a a p o p u la ç ã o m ic r o -

f e r t il i d a d e p e lo b l o q u e i o d a t u b a u t e r in a .

Vaginite:

b i a n a v a g i n a l n o r m a l e m 3 0 a 8 0 % d a s m u lh e r e s

Leiomiomas ou fibromas:

fu n g o s .

I n fe c ç ã o v a g in a l c a u s a d a p o r f u n g o .

r e s p o n s á v e l p e la m a i o r i a d o s c a s o s

T u m o r e s b e n ig n o s d o

I n f e c ç ã o c a u s a d a p e lo p a r a s it a t r a n s m i t i d o p e lo c o n t a t o

In fe c ç ã o d a v a g in a p o r b a c té r ia s o u

s a u d á v e is . O s s i n t o m a s in c l u e m p r u r i d o e s e n ­

m i o m é t r i o ; s ã o o s t u m o r e s m a i s c o m u n s d o s is t e ­

Vaginite bacteriana (inespecífica):

s a ç ã o d e q u e i m a ç ã o ; u m c o r r i m e n t o v a g in a l d e

m a g e n it a l fe m in in o .

n a l r e s u lta n te d a a ç ã o c o m b in a d a d e v á r ia s b a c t é r i a

c o n s is t ê n c ia g r a n u lo s a e c o l o r a ç ã o e s b r a n q u iç a d a

Orquiectomia:

e m q u a n t id a d e e x t r e m a m e n te e le v a d a . E m g e r a l, e m

p o d e s e r p r o d u z i d o . M e d ic a ç õ e s a n t if ú n g ic a s s ã o

Pólipos endometriais:

u t iliz a d a s n o t r a t a m e n t o d e s t a d o e n ç a .

Criptorquidismo:

T u m o r e s e p it e lia is b e n i g ­

F a lh a n o p r o c e s s o d e d e s c id a

Prostatectomia: Sífilis:

d a a o n a s c im e n t o .

R e m o ç ã o c ir ú r g ic a d a p ró s ta ta .

D S T q u e r e s u lt a d a i n fe c ç ã o p e la b a c t é r ia

Treponema pallidum .

U m a in fe c ­

Síndrome do choque séptico:

ç ã o d o s ó r g ã o s g e n it a is f e m in i n o s in t e r n o s .

g in a l p e la b a c t é r i a

3 0 % d a s m u lh e r e s a d u lta s , a s b a c té r ia s e s tã o p r e s e n ­ te s e m p o u c a q u a n t id a d e . N e s ta f o r m a d e v a g in ite .

n o s d o r e v e s t im e n t o u t e r in o .

d e u m o u d o i s t e s t íc u lo s p a r a o e s c r o t o , o b s e r v a ­

Doença inflamatória pélvica (DIP):

R e m o ç ã o c ir ú r g ic a d e u m te stíc u lo .

I n fe c ç ã o v a g i­

o c o r r im e n t o v a g in a l c o n té m c é lu la s e p ite lia is e u m g r a n d e n ú m e r o d e b a c té r ia s . O u s o d e a n t ib ió t ic o s e fr e q ü e n te m e n te e fic a z n o c o n tr o le d e sta c o n d iç ã o .

Vasectomia: G r a v e in fe c ç ã o v a ­

Staphylococcus.

O s s in t o m a s in ­

c l u e m fe b r e a lt a , d o r d e g a r g a n t a , v ô m i t o , d i a r r é i a

R e m o ç ã o c ir ú r g ic a d e u m s e g m e n ­

t o d o d u e t o d e fe r e n t e , i m p o s s i b i l i t a n d o a p a s s a ­ g e m d o s e s p e r m a to z ó id e s à p a r te d is ta i d o tr a to g e n i t a l m a s c u l in o .

R E S UMO PARA E S T U D O Introdução 1.

Anatomia do sistema genital masculino

715 gametas esperma­ u m zigoto

O s is t e m a g e n it a l h u m a n o p r o d u z , a r m a z e n a , n u t r e e t r a n s p o r t a f u n c i o n a i s ( c é lu la s r e p r o d u t o r a s ) .

tozóide

m a s c u l in o e u m

óvulo

Fertilização é a

fu s ã o d e u m

fe m in in o p a ra a fo r m a ç ã o d e

1.

( o v o fe r t i l i z a d o ) .

Organização do sistema genital 1.

2.

gônadas, d u e t o s , ó r g ã o s e g l â n d u l a s a c e s s ó r ia s e órgãos genitais externos. N o h o m e m , o s testículos p r o d u z e m o s e s p e r m a t o z ó id e s q u e s ã o e x p e li ­ d o s d o c o r p o n o sêmen d u r a n t e a ejaculação. O s ovários ( g ô n a d a s ) d e O s is t e m a g e n it a l i n c l u i

u m a m u l h e r s e x u a lm e n t e m a d u r a p r o d u z e m u m ó v u l o q u e s e d e s l o c a a o lo n g o d a s

tubas uterinas

a m b ie n t e e x t e r n o .

p a r a a tin g ir o

útero. A vagina

O s espermatozóides fa z e m t r a je t o a o l o n g o d o epidídimo, d o dueto de­ ferente, d o dueto ejaculatório e d a uretra a n t e s d e d e i x a r e m o c o r p o . Ó r g ã o s a c e s s ó r i o s ( e m e s p e c i a l a s glândulas seminais, a próstata e a s glândulas bulbouretrais) s e c r e t a m n o s d u e t o s e j a c u la t ó r i o s e n a u r e t r a . O escroto a b r i g a o s t e s t í c u l o s , e o pênis é u m ó r g ã o e r é t il. ( v e r Figuras

27.1

715

lig a o ú t e r o a o

a 27.9)

Os testículos 2.

715

715

O s te stíc u lo s p e n d e m n o in te r io r d o e s c ro to , c a d a u m m e d in d o a p r o x i­ m a d a m e n t e 5 c m d e c o m p r i m e n t o e 2 ,5 c m d e d iâ m e t r o .

3. A

descida dos testículos

a t r a v é s d o s c a n a i s i n g u i n a is o c o r r e d u r a n t e o

d e s e n v o l v i m e n t o . A n t e s d is s o , o s t e s t íc u lo s s ã o m a n t i d o s e m s u a p o s i ç ã o d e o r i g e m p e lo

gubernáculo do testículo.

D u r a n te o s é tim o m ê s d e d e -

744

s e n v o lv im e n to , o c r e s c im e n to d ife r e n c ia d o e a c o n t r a ç ã o d o g u b e r n á c u lo d o t e s t í c u l o p r o d u z e m a d e s c id a d o s t e s t í c u l o s . ( ver 4.

ç õ e s s ã o r i c a s e m f r u t o s e , q u e é f a c i l m e n t e u t i li z á v e l p e l o s e s p e r m a t o z e

Figura 27.2 )

d e s p a r a p r o d u ç ã o d e A T P . O s e s p e r m a t o z ó i d e s t o r n a m - s e a lt a m e n t e a t -

C a m a d a s d e te c id o c o n e c tiv o , fá s c ia e m ú s c u lo c o le t iv a m e n te c o n s titu e m

v o s a p ó s e n t r a r e m e m c o n ta to e m e s c la r e m -s e à s s e c re ç õ e s d a s g lâ n d u i ^

u m a b a in h a , o fu n íc u lo e s p e r m á t ic o , q u e in c lu i o d u e to d e fe r e n te , a a r t é ­ r ia te s tic u la r , a v e ia te s tic u la r , o

nal e 5.

6.

plexo pampiniforme,

o

nervo ilioingui-

s e m in a is ,

14.

nervo genitofemoral. (ver Figura 27.3)

o

plasm ina seminal,

a n t ib ió t ic o , a

funículos espermáticos. A rafe do escroto m a r c a

tra to u r in á r io n o s h o m e n s ,

o lim ite e x t e r n o e n tre

a s d u a s c â m a r a s d o e s c r o t o . C a d a t e s t í c u l o s i t u a - s e e m u m a cavidade do escroto. ( ver Figuras 27.1/27.2/27.4) A c o n t r a ç ã o d o músculo dartos c o n f e r e a o e s c r o t o u m a a p a r ê n c i a e n r u ­ g a d a ; o músculo cremaster t r a c i o n a o s t e s t íc u l o s n a d i r e ç ã o d a p a r e d e d o c o r p o . A túnica vaginal é u m a t ú n i c a s e r o s a q u e r e c o b r e a túnica albugí­ nea, a c á p s u l a f i b r o s a q u e c i r c u n d a c a d a t e s t í c u l o . S e p t o s e s t e n d e m - s e a p a r t i r d a t ú n i c a a l b u g í n e a p a r a o mediastino do testículo, c r i a n d o u m a s é r i e d e lóbulos do testículo. O s túbulos seminíferos contorcidos n o

fero reto

e a tin g e a

rede do testículo.

Os

túbulo seminí­ dúctulos eferentes c o n e c t a m a

r e d e d o te s tíc u lo a o e p id íd im o . L o c a liz a d a s e n t r e t ú b u lo s s e m in ífe r o s , as

células intersticiais drógenos.

s e c r e ta m o s h o r m ô n io s s e x u a is m a s c u lin o s , o s

O s tú b u lo s s e m in ífe r o s c o n to r c id o s c o n tê m

c é lu la s -tr o n c o e n v o lv id a s n a to z ó id e ).

15 .

espermatogênese

16 .

O 17 .

an-

(a p r o d u ç ã o d o e s p e r m a ­

um

colo,

um a

u m ú n ic o

flagelo.

(ver Figura 27.6)

1.

722

cabeça, corpo e cauda. O

e p id íd im o m o n ito r a

e fa c ilita s u a m a t u r a ç ã o fu n c io n a l (u m p r o c e s s o d e n o m in a d o

capacita­

e p i d í d i m o e a t r a v e s s a o c a n a l in g u i n a l

c o m o u m c o m p o n e n t e d o f u n íc u l o e s p e r m á t ic o . N a s p r o x i m id a d e s d a p r ó s ­ ta ta , o d u e t o d e fe r e n t e s e d ila t a p a r a f o r m a r a

ampola do dueto deferente. A

u n iã o e n t r e o d u e t o e x c r e t o r d a g l â n d u l a s e m i n a l e a a m p o la d o d u e t o d e f e ­

dueto ejaculatório, q u e

de

pênis

725

raiz, corpo e glande. A p e l e q u e r e c o b r e o prepúcio e n v o l v e a e x t r e m i d a d e d o p ê n i s ( g l a n d e ) . A s glândulas do prepúcio, s i t u a d a s n a s u p e r f í c i e i n ­ t e r n a d o p r e p ú c i o , s e c r e t a m esmegma. A m a i o r p a r t e d o c o r p o d o p ê n i s c o n s i s t e e m t r ê s m a s s a s d e tecido erétil. S u b j a c e n t e m e n t e à t e la s u b e u t â n e a d o p ê n i s , s i t u a m - s e d o i s corpos cavernosos e u m ú n i c o corpo es­ ponjoso, q u e c i r c u n d a a u r e t r a . Q u a n d o o s m ú s c u l o s l i s o s n a s p a r e d e s O

pênis

p o d e se r d iv id id o e m

ereção, (ver Figuras27.1/27.2/27.9)

727

A s p r in c ip a is e s tr u tu r a s d o s is te m a g e n it a l f e m in in o in c lu e m o s

tubas uterinas,

o

útero,

a

vagina

ovários-

e o s ó r g ã o s g e n it a is e x t e r n o s .

(ver

ligamento mesovário s u s ­

O s o v á r io s , a s tu b a s u t e r in a s e o ú te ro s ã o s u s t e n t a d o s p e lo

largo do útero

( u m a e x t e n s a p r o je ç ã o d e p e r it ô n io ) . O

te n ta e e s ta b iliz a c a d a o v á r io . (

Os ovários

ver Figuras 27.10/27.11/27.15)

727

ligam ento útero-ovárico e ligam ento suspensor do ovário. A artéria ovárica e a veia ovárica e n t r a m n o o v á r i o a o n í v e l d o hilo do ovário. C a d a o v á r i o é c o b e r t o p o r u m a túnica albugínea. ( ver Figuras 27.10/27.11/27.15) 4. A oogênese ( p r o d u ç ã o d e g a m e t a s ) o c o r r e m e n s a l m e n t e e m folículos ováricos c o m o p a r t e d o ciclo ovárico. E n q u a n t o o s folículos ováricos prim ordiais a m a d u r e c e m e m folículos ováricos prim ários, a s células granulosas da teca, q u e e n v o l v e m o o ó c i t o , l i b e r a m e s t r ó g e n o s , e s p e ­ c i a l m e n t e o estradiol. O líquido folicular f a v o r e c e o r á p i d o c r e s c i m e n t o d u r a n t e a f o r m a ç ã o d e a p e n a s a l g u n s folículos ováricos secundários. F i n a l m e n t e , d e s e n v o l v e - s e u m folículo terciário (folículo ovárico m a­ duro, o u folículo de Graaf). O o ó c i t o p r i m á r i o p a s s a p o r d i v i s ã o m e i ó t i c a p r o d u z i n d o u m o ó c i t o s e c u n d á r i o . N a ovulação, u m oócito secundário c i r c u n d a d o p o r c é l u l a s f o l i c u l a r e s ( a coroa radiada) é l i b e r a d o a t r a v é s d a

d e s e m b o c a n a u re tra . O d u e to d e fe ­

r e n t e t r a n s p o r t a e a r m a z e n a e s p e r m a t o z ó id e s ,

(ver Figuras 27.1/27.7127.8)

O s o v á r io s s ã o m a n t id o s e m p o s iç ã o p e lo

p a r e d e r o m p id a d o o v á r io , 5.

pa rte prostática , parte m em braparte esponjosa da uretra, (ver Figuras 27.1/27.9)

p o d e n d o s e r s u b d iv id id a e m trê s p a rte s:

qu e p ro d u z

progestinas,

te, f o r m a d o

p o r t e c id o c ic a t r ic ia l.

(ver Figura 27.12)

O d e c lín io d o s n ív e is d e e s t r ó g e n o e p r o g e s t e r o n a d e s e n c a d e ia a s e c r e ç ã o do

2 . A s g lâ n d u la s a c e s s ó r ia s fu n c io n a m p a r a a t iv a r e fo r n e c e r n u t r ie n te s a o s

cor­ progesterona. S e a c o n s t i t u i o corpo albican-

p r in c ip a lm e n te

g r a v id e z n ã o o c o r r e , o c o r p o lú te o d e g e n e r a e

6.

722

(ver Figura 27.12)

A s c é lu la s fo lic u la r e s r e m a n e s c e n te s n o in t e r io r d o o v á r io f o r m a m o

po lúteo,

A u r e tr a se e s te n d e d e s d e a b e x ig a u r in á r ia a té a e x t r e m id a d e d o p ê n is ,

Ls glândulas acessórias

e s p e r m a t o z ó id e s p o r m L . O

p e lo

c la g e m p a r a o s e s p e r m a t o z ó id e s d a n ific a d o s , a r m a z e n a e s p e r m a t o z ó id e s

e

de de

as

3.

e a ju s t a a c o m p o s i ç ã o d o l í q u i d o t u b u l a r , s e r v e c o m o u m c e n t r o d e r e c i ­

nácea

ejaculado ( q u a n t i d a d e contagem d e 2 0 a 1 0 0 m i l h õ e s líquido seminal é u m a m i s t u r a e s p e c í f i c a

U m a e ja c u la ç ã o típ ic a lib e r a e n t r e 2 e 5 m L d e s ê m e n e ja c u la d o ) , q u e a p r e s e n ta u m a

D e v id o à a u ­

p o r ta d o s p o r c o rre n te s d e líq u id o s n o in te r io r d o e p id íd im o , u m tu b o

re n t e o r i g i n a o

725

Anatomia do sistema genital feminino

a n t e r io r d a c a b e ç a a p re s e n ta u m

9 . A p ó s d e s t a c a r e m - s e d a s c é lu la s d e S e r to li, o s e s p e r m a t o z ó id e s s ã o t r a n s ­

ção). (ver Figuras 27.1/27.4/27.7) O dueto deferente o r i g i n a - s e n o

(ver Figuras

a r te r ia is e s tã o e m e s t a d o d e r e la x a m e n t o , o te c id o e r é til t o r n a - s e in g u r g i-

peça inter­

s ê n c i a d a m a i o r i a d a s e s t r u t u r a s in t r a c e l u l a r e s , o e s p e r m a t o z ó i d e p r e c i s a

a lo n g a d o , c o n s t it u íd o p o r

a p r e s e n ta p r o p r ie d a d e s lu b r ific a n t e s ,

ta d o d e s a n g u e , p r o d u z in d o u m a

2.

cabeça,

mediária e u m a cauda. A e x t r e m i d a d e acrossomo. A c a u d a é c o n s t i t u í d a p o r

D trato genital m asculino

glândulas b u lb o u retrais (glân­

a lc a lin o s e c r e t a d o p e la s

Figuras 27.10 a 27.21)

721

a b s o r v e r n u t r ie n t e s d o m e i o e x t e r n o ,

q u e p o d e a u x ilia r a e v it a r in fe c ç õ e s d e

(ver Figuras 27.1/27.8/27.9)

p ê n is a s s e m e lh a - s e à q u e la d o e s c r o to . O

p r o n t a s a p a s s a r p e lo p r o c e s s o d e

C a d a e s p e r m a to z ó id e a p re s e n ta u m a

(líquido p ro stático ) q u e

s e c r e ç õ e s d a s g lâ n d u la s a c e s s ó r ia s e c o n t é m im p o r t a n t e s e n z im a s .

(ver Figuras 27.1 a 27.5)

\n ato m ia do esperm atozóide

m uco

Sêmen (esperma)

espermatogônias,

espermatócitos primários, c é l u l a s dimeiose. Q u a t r o e s p e r m á t i d e s s ã o p r o d u z i d a s a p a r t i r d e c a d a espermatócito primário. A s e s p e r m á t i ­ d e s p e r m a n e c e m i m e r s a s n o i n t e r i o r d a s células de Sertoli d u r a n t e s u a m a t u r a ç ã o e m espermatozóides, u m p r o c e s s o d e n o m i n a d o espermiogênese. A s c é l u l a s d e S e r t o l i a t u a m n a m a n u t e n ç ã o d a barreira hematotesticular, n a s u s t e n t a ç ã o d a e s p e r m a t o g ê n e s e e d a e s p e r m i o g ê n e s e e n a s e c r e ç ã o d e inibina e proteína fixadora de andrógeno (PFA). plóides

Um

dulas de Cowper) 27.1/27.8/27.9)

7. A s e s p e r m a t o g ô n ia s p r o d u z e m

1.

s e c r e ta u m líq u id o a lt a m e n te á c id o

O s te s tíc u lo s se m a n t ê m c o n e c ta d o s à c a v id a d e a b d o m in a l p o r m e io d o s

in t e r io r d e c a d a ló b u lo s ã o o s lo c a is d e p r o d u ç ã o d e e s p e r m a t o z ó id e s .

0.

(ver Figuras 27.1/27.8/27.9)

próstata

c o m p re e n d e 2 0 a 3 0 % d o v o lu m e d e sê m e n . E ssa s se cre çõ e s co n tê m u m

A p a r t ir d e sta s re g iõ e s o e s p e r m a t o z ó id e p a s s a p o r u m

8.

A

HLG/GnRH,

q u e p o r s u a v e z d is p a r a a e s t im u la ç ã o d a p r o d u ç ã o d e

H F E / F S H e d o H L / L H , r e i n i c i a n d o o c i c lo ,

(ver Figura 27.18)

e s p e r m a t o z ó i d e s e p a r a p r o d u z i r s u b s t â n c ia s - t a m p ã o q u e n e u t r a l i z a m a

As tubas uterinas

a c id e z d a u r e tr a e d a v a g in a . 3.

C ada

glândula seminal (vesícula seminal)

é u m a g lâ n d u la s e c re to ra q u e

c o n tr ib u i c o m a p r o x im a d a m e n te 6 0 % d o v o lu m e d o s ê m e n ; s u a s s e c re ­

7.

C ada

tuba uterina

732 a p re s e n ta u m fu n il e x p a n d id o , o

t e r iz a d o p e la p r e s e n ç a d e

fím brias

infundíbulo, c a r a c ­ ampola; u m ist­

( p r o je ç õ e s ) ; u m a

C a p ít u l o

mo;

e u m a p a r te u t e r in a q u e se a b r e n a c a v id a d e d o ú te ro ,

(ver Figuras

menores

27.10/27.11/27.14/27.15)

27 • O Sistema Genital

m a n t ê m a á r e a u m e d e c i d a n o i n t e r i o r e a o r e d o r d o v e s t í b u lo

d a v a g in a . O

m onte do púbis,

c o n s titu íd o d e te c id o a d ip o s o , c o n s titu i o

(ver Figuras 27.10/27.20)

lim ite e x t e r n o d o p u d e n d o fe m in in o ( v u lv a ) .

8. A tu b a u t e r in a é r e v e s t id a p o r e p ité lio c o lu n a r s im p le s , c ilia d o e n ã o -

745

c ilia d o , o q u a l fa c ilita o t r a n s p o r t e d e m a te r ia is . P a r a q u e a fe r tiliz a ç ã o o c o r r a , o ó v u lo d e v e e n c o n t r a r o e s p e r m a to z ó id e n a s p r im e ir a s 1 2 a 2 4

As glândulas mamárias

h o r a s d e s u a p a ss a g e m d e sd e o in fu n d íb u lo a té o ú te ro .

16 .

738

glândulas m am árias

As

s i t u a m - s e n a t e l a s u b c u t â n e a s u b j a c e n t e à p e le

d o t ó r a x e s ã o o l o c a l d a p r o d u ç ã o d o le it e , o u

O útero 9.

O em

733

útero

11.

Em

anteflexão) ;

s u a p o s iç ã o é e s t a b iliz a d a p e lo

ligamento largo do útero, p e l o s ligamentos retouterinos (“ligamentos sacrouterinos” ) , p e l o s ligamentos redondos e p e lo s ligamentos transver­ sos do colo (cardinais), (ver Figuras 27.10/27.11/27.15) A d i v i s ã o m a c r o s c ó p i c a d o ú t e r o i n c l u i corpo do útero ( a m a i o r p o r ç ã o ) , fundo do útero, istmo do útero, colo do útero, óstio do útero, cavidade do útero, canal do colo do útero e óstio anatômico interno do útero. A p a r e d e u t e r i n a p o d e s e r d i v i d i d a e m endométrio, i n t e r n o , miométrio, m u s c u l a r , e perimétrio. (verFiguras 27.15/27.16) O ú t e r o r e c e b e s a n g u e d a s artérias uterinas, q u e s e r a m i f i c a m e f o r m a m U m c ic lo u t e r in o

17 .

m e n s tr u a ç ã o d u r a e n tr e 1 e 7 d ia s . A p ó s a m e n s tru a ç ã o , in ic ia -s e

18 .

artéria torácica interna f a z e m

o s u p r im e n t o s a n g ü ín e o d e c a d a

A s g lâ n d u la s m a m á r ia s d e s e n v o lv e m -s e d u r a n te a g r a v id e z s o b a in flu ê n ­

prolactina (PRL) e

do

hormônio do crescimento (HC) p r o d u z i d o s

p e lo l o b o a n t e r i o r d a h i p ó f i s e , b e m c o m o d o

m ano (LPH), p r o d u z i d o

Gravidez e o sistema genital feminino A p ó s a fe r tiliz a ç ã o , o c o r r e a

placenta

A

lactogênio placentário h u ­

p e la p la c e n ta .

im plantação

739 do

blastocisto

n o e n d o m é tr io .

d e s e n v o lv e fu n ç õ e s e n d ó c r in a s , c o m o u m ó r g ã o e n d ó c r in o

te m p o r á r io , p r o d u z in d o v á r io s h o r m ô n io s im p o rta n te s. A

fina coriônica hum ana (GCH/HCG)

(ver Figuras 27.17/27.18)

gonadotro-

m a n té m o c o r p o lú te o p o r v á r io s

m e s e s . Q u a n d o o c o r p o lú te o se d e g e n e r a , a p la c e n ta já e s tá s e c r e ta n d o

e a c a m a d a fu n c io n a l

g r a d u a lm e n t e se e s p e s s a e s e r e s ta u r a . A a tiv id a d e m e n s t r u a i é in ic ia d a

a tiv a m e n te e s tr ó g e n o e p r o g e s te r o n a . A p la c e n ta ta m b é m p r o d u z a

r.i menarca i p r i m e i r o Figuras 27.17/27.18)

xina,

\ -• içrn a -

papilas mamárias, (verFigura 27.21)

R am os da

c ia d a

d e 2 8 d ia s c o m e ç a c o m o in íc io

a fase proliferativa

co rp o nas

m am a.

19 .

ciclo menstruai) t í p i c o

dueto lactífero, q u e s e e x p a n d e seio lactífero. O s

d u e to s d a s g lâ n d u la s m a m á r ia s s u b ja c e n te s a b r e m - s e n a s u p e r fíc ie d o

d a m e n s t r u a ç ã o e a d e s t r u iç ã o d a c a m a d a fu n c io n a l d o e n d o m é tr io . A

13 .

te c id o g la n d u ­

n a s p r o x im id a d e s d a p a p ila m a m á r ia , fo r m a n d o u m

g e r a l, o ú te ro c u r v a - s e a n t e r io r m e n t e n a s

e x t e n s a s in te r c o n e x õ e s . 12 .

d o s ló b u lo s c o n v e r g e m p a r a u m ú n ic o

fo r n e c e p r o te ç ã o m e c â n ic a e s u s te n ta ç ã o n u t r itiv a a o e m b r iã o

d e s e n v o lv im e n t o .

p r o x im id a d e s d o s e u c o lo (

10 .

lactação. O

la r d a m a m a é c o m p o s to d e ló b u lo s s e c re to re s . D u e to s q u e se o r ig in a m

c ic lo u t e r in o

e c o n tin u a a té a

menopausa.

(ver

r io h u m a n o (L P H ).

735

- i i p a a e u m t u b o m u s c u l a r e l á s t ic o q u e s e e s t e n d e e n t r e o ú t e r o e o s zít.



rela-

im p o r t a n t e p a r a o tr a b a lh o d e p a r to , a lé m d o la c t o g ê n io p la c e n ta -

» e x t e r n o s . A v a g i n a s e r \ e c>>:r.

ir

•• .



p ara o s

f i ^ á i o s m e n s t r u a is , re c e b e o p ê n is d u r a n te a r e la ç ã o s e x u a l e fo r m a a

Envelhecimento e sistema genital Menopausa 1. A

740

740

menopausa ( m o m e n t o

e m q u e c e ss a m a o v u la ç ã o e a m e n s t r u a ç ã o ) o c o r ­

menopausa prem atura

f w ç i p i n f e r i o r d o “ c a n a l d e p a r t o ”. U m a d e lg a d a p r e g a e p it e l ia l, o

hímen,

re tip ic a m e n te a o r e d o r d o s 5 0 a n o s. A

-• •: - : . i r i r c i a l m e n t e a e n t r a d a d a v a g i n a . A v a g i n a é i c i t l l i d l

por u m

d o s 4 0 a n o s . A p r o d u ç ã o d e H L G / G n R H , H F E / F S H e H L / L H s e e le v a , e n ­ q u a n t o a s c o n c e n t r a ç õ e s c ir c u la n t e s d e e s t r ó g e n o s e p r o g e s t in a s d e c lin a m .

e p a tc iio e s c a m o s o e s t r a t if ic a d o q u e , q u a n d o r e la x a d o , f o r m a p r e g a s d e n

m in a d a s

rugas vaginais. (verFiguras27.10/27.11/27.19

Os órgãos genitais femininos externos

737

o c o r r e a n tí-í

O climatério masculino 2.

O

clim atério masculino,

741 q u e o c o r r e e n tre o s 5 0 e 6 0 a n o s , e n v o lv e u m

d e c lín io n o s n ív e is c ir c u la n te s d e te s to s te r o n a e u m a e le v a ç ã o n o s n ív e u

pudendo feminino (vulva) in c l u e m o vestíbulo da va­ gina, o s lábios menores do pudendo, o clitóris, o prepúcio do clitóris e o s lábios maiores do pudendo. A s glândulas vestibulares maiores e

15 . A s e stru tu ra s d o

de H L /L H e H F E /F SH .

R E V I S Ã O DO C A P Í T U L O Para respostas às questões da R evisã o dos C onceitos e R evisã o do C apítulo,

___ 7 . e s p e r m a t o g ô n i a s

veja a seção de R espostas na p a r te f in a l do livro.

___ 8 . e s t r a d i o l

Nível 1 - Revisão de fatos e termos

gh.

p o r ç ã o a la r g a d a d a t u b a u t e r in a im p o r t a n t e h o r m ô n io e s tr o g ê n io

___ 9 . a m p o l a

i.

r e s p o n s á v e is p e la p r o d u ç ã o d e

___1 0 . c a u d a d o e s p e r m a t o z ó i d e

)■ c a m a d a

an d ró g en o

A ssocie cada ite m n u m e ra d o co m a letra do ite m q u e m e lh o r se relaciona.

d e m ú s c u lo lis o n a d e r m e

d o e scro to

U tilize letras p a ra as respostas nos espaços apropriados. O s is t e m a g e n it a l in c lu i: C o lu n a A 1 . c é l u l a s i n t e r s t ic ia is

2 . c a n a is in g u in a is

C o lu n a B a.

(a ) (b )

d u e to s q u e re c e b e m e tr a n s p o r ta m o s g a m e ta s

c a v id a d e p e r ito n e a l

(c)

g lâ n d u la s a c e s s ó r ia s e ó r g ã o s q u e s e c re ta m líq u id o s

(d )

to d a s a s a n te r io r e s

b. e s p e r m a t o z ó id e s

3 . g lâ n d u la s m a m á r ia s

4. e n d o m é tr io

c.

d.

g ô n a d a s e ó r g ã o s g e n it a is e x t e r n o s

lig a ç ã o d a c â m a r a d o e s c r o to à

c o m p a r tim e n to d o e s c ro to

12

.

O s ó r g ã o s a c e s s ó r io s d o s is te m a g e n ita l m a s c u lin o in c lu e m to d o s , e x c e to :

c o n t e n d o u m t e s t íc u l o

(a)

a s g lâ n d u la s s e m in a is

lo c a l d e la c ta ç ã o

(b )

o escro to

(c ) a s g lâ n d u la s b u lb o u re tra is

5 . m ú s c u lo d a r to s

e.

fla g e lo

6 . c a v id a d e d o e s c ro to

f.

c a m a d a in te rn a d a p a r e i i

T ' 13.

14 .

A p r o d u ç ã o d e e s p e r m a t o z ó id e s o c o r r e : (a )

n o d u e to d e fe re n te

16 .

2.

O q u e a c o n te c e r á c o m a fu n ç ã o d o s is te m a g e n it a l m a s c u lin o se o s te s t í­ c u lo s n ã o d e sc e re m ?

(b )

n o s t ú b u lo s s e m in ífe r o s

(a )

o s u p r im e n t o s a n g ü ín e o te s tic u la r n ã o s e r á a d e q u a d o

(c)

n o e p id íd im o

(b )

o fu n íc u lo e s p e r m á t ic o e s ta r á h e r n ia d o n o c a n a l in g u in a l

(d )

n a s g lâ n d u la s s e m in a is

(c )

q u a n t id a d e s e x c e s s iv a s d e h o r m ô n io s s e x u a is m a s c u lin o s s e r ã o se c r e ta d a s n a c a v id a d e a b d o m in a l

A e s t r u t u r a q u e t r a n s p o r t a e s p e r m a t o z ó i d e s d o e p i d í d i m o à u r e t r a é: (a )

15 .

O SISTEMA GENITAL

(d )

o d u e to d e fe re n te 3.

n ã o s e r ã o p r o d u z id o s e s p e r m a t o z ó id e s v iá v e is

E m a l g u n s c a s o s , u m t u m o r d e m a m a p o d e s e r d e t e c t a d o p e la o b s e r v a ç ã o

(b )

o e p id íd im o

(c)

a g lâ n d u la s e m in a l

d e u m n ó d u lo p a lp á v e l n a r e g iã o . Q u e e s t r u t u r a s m a m á r ia s s ã o r e s p o n ­

(d )

o d u e to e ja c u la t ó r io

s á v e is p o r e ste fe n ô m e n o ? (a )

O m e d i a s t i n o d o t e s t íc u l o : (a)

é lo c a liz a d o v e n t r a lm e n t e

(b )

s u s t e n t a o s v a s o s s a n g ü ín e o s e lin fá t ic o s q u e s u p r e m o s te s tíc u lo s

(c)

s e p a r a o s te s tíc u lo s d ir e ito e e s q u e r d o

(d )

fo r m a p a r te d a c á p s u la te s tic u la r e x te r n a

(a)

o lig a m e n t o r e t o u te r in o a v a g in a

i

c) e)

a tu b a u te r in a

o in fu n d íb u lo

Q u a l d o s s e g u in t e s n ã o é u m l i g a m e n t o d e s u s t e n t a ç ã o d o ú t e r o ?

(b )

n e n h u m a e s t r u t u r a m a m á r ia e s tá e n v o lv id a ; s o m e n te o s m ú s c u lo s

(c)

o s lin fo n o d o s m a m á r io s , n o s q u a is o t u m o r p r o v o c a c o n tr a ç ã o

p e ito r a is m a io r e m e n o r

(d )

o s lig a m e n t o s s u s p e n s o r e s d a m a m a , q u e e s tã o c o n e c ta d o s a o tu m o r

A e s t r u t u r a q u e t r a n s p o r t a o ó v u l o a t é o ú t e r o é:

(b )

o t u m o r , n a m e d id a e m q u e e le e s t im u la a c o n tr a ç ã o d o s m ú s c u lo s l i s o s d a p e le

4.

Q u e r e g iã o d o e s p e m a t o z ó id e c o n té m c r o m o s s o m o s ?

5.

Q u a l é a fu n ç ã o d o a c ro ss o m o ?

6.

O n d e é p r o d u z id a a p la s m in a s e m in a l e q u a l é a s u a fu n ç ã o ?

7.

C o m o o l í q u i d o f o l i c u l a r fa v o r e c e o d e s e n v o l v i m e n t o d e u m f o l í c u l o ?

a ) su sp en so r

(b)

t r a n s v e r s o d o c o l o ( c a r d i n a l)

1

c I red o n d o

8. A m e n s tr u a ç ã o r e s u lta n a p e r d a d e q u e c a m a d a d o e n d o m é tr io ? 9.

d ) la rg o 1 '

D u r a n t e a fa s e p r o l i f e r a t i v a d o c i c lo m e n s t r u a i :

Q u a l é o h o r m ô n io q u e p o d e se r d e te c ta d o lo g o a p ó s a im p la n t a ç ã o d o b la s to c is to ?

1 0 . N o r m a lm e n t e , q u a n d o c o m e ç a a d e s c id a d o s te stíc u lo s ?

a ) o c o r r e a o v u la ç ã o b ) u m a n o v a c a m a d a fu n c io n a l se fo r m a n o ú te ro (c)

g lâ n d u la s s e c r e to r a s e v a s o s s a n g ü ín e o s d e s e n v o lv e m - s e n o e n d o m é tr io

Nível 3 - Pensamento crítico 1.

d ) a c a m a d a fu n c io n a l a n tig a é d e s t r u íd a e e lim in a d a

e s p i n a l n o n í v e l d a v é r t e b r a L I I I . A p ó s s e u r e s t a b e l e c i m e n t o , e le d e s e i s a b e r s e a in d a p o d e r á te r e r e ç õ e s . O q u e v o c ê lh e r e s p o n d e r ia ?

1 9 . A v a g i n a é: (a ) u m e s p a ç o c e n t r a l c e r c a d o p e l o s l á b i o s m e n o r e s d o p u d e n d o (b )

2.

o r e v e s tim e n to in te r n o d o ú te ro

E m u m a c o n d iç ã o c o n h e c id a c o m o e n d o m e t r io s e , a s c é lu la s e n d o m e tr ia is p r o life r a m n o in t e r io r d a tu b a u t e r in a o u d a c a v id a d e p e r ito n e ­

(c )

a p a rte in fe r io r d o ú te ro

a l. U m d o s p r i n c i p a i s s i n t o m a s d a e n d o m e t r i o s e é d o r p e r i ó d i c a . C o m o

(d )

u m t u b o m u s c u la r q u e se e s te n d e e n tr e o ú t e r o e o s ó r g ã o s g e n ita is

v o c ê ju s t if ic a r ia e s te s in t o m a ?

ex tern o s 2 0 . A e s t r u t u r a d o s is t e m a g e n i t a l f e m i n i n o h o m ó l o g a a o e s c r o t o n o s i s t e m a

3.

A s m u lh e r e s s ã o m a is s u s c e tív e is d o q u e o s h o m e n s a in fe c ç õ e s d o tr a to u r i n á r i o e a p e r i t o n i t e s r e s u l t a n t e s d a a t i v i d a d e s e x u a l. E x p l i q u e o p o r q u ê

g e n i t a l m a s c u l i n o é:

d e sta in c id ê n c ia d ife r e n c ia d a c o n s id e r a n d o o d im o r fis m o a n a tô m ic o e n ­

(a )

a v a g in a

tr e h o m e n s e m u lh e r e s .

(b )

o c o lo d o ú te ro

(c)

o s lá b io s m a io r e s d o p u d e n d o

(d )

a tu b a u te r in a

Nível 2 - Revisão de conceitos 1.

J o a q u im s o fr e u u m a c id e n te a u to m o b ilís tic o q u e s e c c io n o u s u a m e d u li

C o m o a f u n ç ã o p e n i a n a s e r i a a lt e r a d a s e o s u p r i m e n t o s a n g ü í n e o p a r a o s c o r p o s c a v e r n o s o s e s t iv e s s e p r e ju d i c a d o ? (a )

o p ê n is e re to n ã o se t o r n a r ia flá c id o

(b )

n ã o o c o r r e r ia a e re ç ã o

(c )

p o d e r ia o c o r r e r e r e ç ã o , m a s n ã o e ja c u la ç ã o

(d )

h a v e r ia o c lu s ã o d a u r e tr a

Embriologia e Desenvolvimento Humano

OBJETIVOS DO C A PÍT U L O 1. D iscutir as co n d içõ es necessár =s oara o su ce sso da fertilização.

2. D escrever o p rocesso de ferti zaçã~ 3. D iscutir os estágios do desenvolvim ento em brionário e fe:a .

4. D escrever o p rocesso de clivage^ e discutir onde ele ocorre. 5. Diferenciar os estágios préem brionário, em brionário e feta 6. D escrever o p rocesso de im p ia r c ;; 5 :

7. Descrever os eventos que o c o r r e " durante 0 prim eiro trim estre e explicar por que eles são vitais da'a 5 sobrevivência do embrião. 8. D escrever 0 processo de p ia c e r fc : 3 : e explicar sua im portância. 9. Fornecer um resum o da em briogênese. 10. Resum ir os eventos que ocorrem nc segundo e no terceiro trim e stre s

1 1 . Explicar as fases

do trabalho de parto e os eventos que ocorrem im ediatam ente antes e logo de po is da expulsão do feto.

12. Identificar as m odificações a r ; : : ~ que ocorrem quando 0 feto c o m p te e a transição para re cém -n ascid o

Introdução

748

Uma visão geral do desenvolvimento Fertilização

748

Desenvolvimento pré-natal Trabalho de parto O período neonatal

760 763

749

748

O S I S T E M A GENITAL

748

D esenvolvim ento

é a m o d ific a ç ã o g r a d u a l d a s e s tr u tu r a s a n a tô m ic a s d u ­

e s p e r m a t o z ó id e s d e p o s it a d o s n a v a g in a já a p r e s e n ta m m o tilid a d e , m a s

r a n te o p e r ío d o d e sd e a c o n c e p ç ã o a té a m a tu r id a d e . A s m u d a n ç a s sã o

n ã o p o d e m f e r t i l i z a r u m o ó c i t o a té q u e t e n h a m p a s s a d o p e la c a p a c i t a ç ã o ,

r e a l m e n t e m a r c a n t e s — o q u e s e i n i c i a c o m o u m a s i m p le s c é l u l a l i g e i r a ­

n o i n t e r i o r d o t r a t o g e n it a l f e m i n i n o , a o

pág. 722

m e n te m a io r d o q u e o p o n t o fin a l d e sta fra se t r a n s fo r m a - s e e m u m c o r p o

A s c o n t r a ç õ e s d a m u s c u la t u r a u t e r i n a e a m o v i m e n t a ç ã o d o s c í lio s n a s

h u m a n o c o n te n d o t r ilh õ e s d e c é lu la s o r g a n iz a d a s e m te c id o s , ó r g ã o s e

tu b a s u te r in a s s ã o m e c a n is m o s d e a c e le r a ç ã o d o m o v im e n to d o s e s p e r m a ­

s iste m a s. A fo r m a ç ã o d e tip o s c e lu la r e s e s p e c ia liz a d o s d u r a n t e o d e s e n ­

t o z ó id e s , d e s d e a v a g i n a a t é o l o c a l d a f e r t iliz a ç ã o . O t e m p o d e s t a p a s s a g e m

v o lv im e n to é d e n o m in a d a

diferenciação,

e o c o r r e p o r m e i o d e a lt e r a ç õ e s

p o d e s e r d e 3 0 m in u to s a a té d u a s h o ra s . A p e s a r d e ste s fa to re s q u e fa v o r e ­

s e le t iv a s n a a t i v i d a d e g e n é t i c a . A c o m p r e e n s ã o b á s i c a d o d e s e n v o l v i m e n ­

c e m o d e s lo c a m e n to e d a d is p o n ib ilid a d e d e n u t r ie n te s , e ssa p a s s a g e m n ã o

to h u m a n o fo r n e c e in fo r m a ç õ e s q u e p o t e n c ia liz a m o c o n h e c im e n to d a s

é f á c il. D o s a p r o x i m a d a m e n t e 2 0 0 m i l h õ e s d e e s p e r m a t o z ó i d e s i n t r o d u ­

e s tr u tu r a s a n a tô m ic a s . E sta d is c u s s ã o a b o r d a r á o s a sp e c to s p r in c ip a is d o

z i d o s n a v a g i n a , p r e s e n t e s e m u m v o l u m e n o r m a l d e e s p e r m a e ja c u la d o ,

p r o c e s s o d e d e s e n v o lv im e n to . O s R e s u m o s d e E m b r io lo g ia , q u e o fe r e c e m

s o m e n te c e rc a d e 10 .0 0 0 a tin g e m a tu b a u t e r in a e m e n o s d e 1 0 0 a tin g e m a

im a g e n s p a r a a v i s u a l i z a ç ã o d o d e s e n v o l v i m e n t o d e c a d a s i s t e m a d o c o r ­

a m p o la d a r e fe r id a tu b a . U m h o m e m c o m c o n ta g e m e s p e r m á t ic a m e n o r

p o , t a m b é m s ã o a p r e s e n t a d o s n e s t e c a p ít u lo .

q u e 2 0 m ilh õ e s / m L é fu n c io n a lm e n te e s t é r il, p o is p o u c o s e s p e r m a t o z ó i­ d e s s o b r e v iv e r ã o p a r a a t in g ir o o ó c ito s e c u n d á r io . U m o u d o is e s p e r m a t o ­ z ó id e s s o z in h o s n ã o p o d e m c u m p r ir a fe r tiliz a ç ã o p o r c a u s a d a c o n d iç ã o

Uma visão geral do desenvolvimento

d o o ó c ito s e c u n d á r io n a o v u la ç ã o .

O oócito na ovulação [Figura 28.1b ]

O d e s e n v o lv im e n t o e n v o lv e ( 1 ) a d iv is ã o e a d ife r e n c ia ç ã o d e c é lu la s , r e ­ s u lta n d o n a fo r m a ç ã o d e d iv e r s o s tip o s c e lu la r e s , e (2 ) a r e o r g a n iz a ç ã o d e ss e s t ip o s c e lu la r e s p a r a p r o d u z ir o u m o d ific a r e s tr u tu r a s a n a tô m ic a s . O d e s e n v o lv im e n t o p r o d u z u m in d iv íd u o m a d u r o , c a p a z d e se r e p r o ­ d u z ir . O p r o c e s s o é u m a s e q ü ê n c ia c o n t ín u a q u e se in ic ia c o m a

lização,

ou

concepção,

e p o d e s e r d iv id id o e m p e r ío d o s c a r a c te r iz a d o s

p o r m o d ific a ç õ e s a n a tô m ic a s e s p e c ífic a s . O

tal,

ferti­

desenvolvim ento pré-na-

c o m p r e e n d id o e n tre a c o n c e p ç ã o e o p a rto , s e rá o p r in c ip a l a sp e c to

a b o r d a d o n e s te c a p ítu lo . O t e r m o

em briologia

re fe re -se ao e stu d o d o s

e v e n to s q u e o c o r r e m d u r a n te o d e s e n v o lv im e n t o p r é -n a t a l. O

vim ento pós-natal

desenvol­

in ic ia - s e a o n a s c im e n to e c o n tin u a a té a m a tu r id a d e .

C o n s id e r a r e m o s b r e v e m e n te o

período neonatal, i m e d i a t a m e n t e

p o ste ­

r io r a o p a r to , p o r é m o u t r o s a sp e c to s d o d e s e n v o lv im e n to n a in fâ n c ia e n a a d o l e s c ê n c i a , r e l a c i o n a d o s a o s s is t e m a s e s p e c í f i c o s , f o r a m c o n s i d e r a ­

O p e r ío d o d e d e s e n v o lv im e n to p r é -n a t a l p o d e s e r s u b d iv id id o . O

desenvolvim ento pré-em brionário

clivagem ( u m a

c o m e ç a n a fe r tiliz a ç ã o e c o n tin u a

s é r ie i n i c i a l d e d i v i s õ e s c e l u l a r e s ) e a

implantação ( a

m o v im e n t a ç ã o d o p r é - e m b r iã o e m d ir e ç ã o a o in te r io r d o r e v e s tim e n to

d iv is ã o m e ió tic a (m e io se II) . A s o p e r a ç õ e s m e ta b ó lic a s ta m b é m fo r a m in ­ t e r r o m p i d a s e o o ó c i t o s e c u n d á r i o e n c o n t r a - s e s o lt o , e m u m a e s p é c ie d e la t ê n c ia , a g u a r d a n d o o e s t í m u lo p a r a a c o n t i n u i d a d e d o s e u d e s e n v o l v i m e n ­ to . S e a fe r t i l i z a ç ã o n ã o o c o r r e , e le s e d e s i n t e g r a r á s e m c o m p l e t a r a m e io s e . A f e r t i l i z a ç ã o é d i f i c u l t a d a p e lo fa t o d e q u e , a o d e i x a r o f o l í c u l o o v á r i ­ c o , o o ó c ito s e c u n d á r io e s tá e n v o lv id o p o r u m a c a m a d a d e c é lu la s fo lic u la r e s , a

coroa radiada,

m a tiz a d o s n a

a o pág. 731 O s e v e n t o s q u e s e Figura 28.1b. A c o r o a r a d i a d a p r o t e g e

s e g u e m e s tã o e s q u e o o ó c ito s e c u n d á r io

d u r a n t e s e u t r a je t o a t r a v é s d a p a r e d e f o l i c u l a r r o m p i d a e p a r a o i n t e r i o r d o i n f u n d í b u l o d a t u b a u t e r i n a . E m b o r a o p r o c e s s o f í s ic o d a f e r t i l i z a ç ã o e x i í a p e n a s u m e s p e r m a t o z ó id e e m c o n ta to c o m a m e m b r a n a d o o ó c ito , o e s ­

p e r m a to z ó id e c o n té m

hialuronidase,

u m a e n z im a q u e q u e b r a o c im e n to

in t e r c e lu la r d a s c é lu la s f o l i c u l a r e s a d ja c e n t e s n a c o r o a r a d i a d a . D e z e n a s d e e s p e r m a to z ó id e s p r e c is a m lib e r a r h ia lu r o n id a s e a fim d e q u e a q u e b r a d a s c o n e x õ e s e n t r e a s c é lu la s f o l i c u l a r e s s e ja s u f i c i e n t e p a r a p e r m i t i r a f e r t i l i ­ z a ç ã o . I n d e p e n d e n te m e n te d e q u a n t o s e s p e r m a to z ó id e s e n tr e m a tr a v é s d a

u te r in o ). A o d e s e n v o lv im e n t o p r é - e m b r io n á r io s e g u e -s e o

em brionário,

desenvolvim ento

q u e v a i d a im p la n t a ç ã o , tip ic a m e n te n o n o n o o u d é c im o

d i a a p ó s a f e r t i l i z a ç ã o , a t é o f in a l d a o it a v a s e m a n a d o d e s e n v o l v i m e n t o . O p e r ío d o d e

s e c u n d á r io q u e d e ix a o fo líc u lo o v á r ic o se e n c o n tr a n a m e tá fa s e d a se g u n d a

p e r m a t o z ó id e p r e c is a a n te s p e n e tr a r n a c o r o a r a d ia d a . O a c r o s s o m o d o e s ­

d o s e m c a p í t u l o s a n t e r io r e s .

com a

A o v u l a ç ã o o c o r r e a n t e s d e s e c o m p l e t a r a m a t u r a ç ã o d o o ó c i t o , e o o ó c it o

desenvolvim ento fetal

te m in íc io n a n o n a s e m a n a d e d e s e n ­

v o l v i m e n t o e s e p r o l o n g a a t é o n a s c i m e n t o . V e r e m o s a g o r a m a i s d e t a lh a ­ d a m e n te c a d a u m d e stes p ro c e sso s.

f e n d a , a p e n a s u m d e le s c o n s e g u i r á a f e r t i l i z a ç ã o a t i v a n d o o o ó c i t o . Q u a n ­ d o e s te e s p e r m a t o z ó i d e p a s s a a t r a v é s d a z o n a p e lú c i d a e e n t r a e m c o n t a t o c o m o o ó c i t o s e c u n d á r i o , s u a s m e m b r a n a s c e lu la r e s f u n d e m - s e e e le e n t r a no

ooplasma, o u c i t o p l a s m a d o o ó c i t o . E s t a f u s ã o ativação do oócito. E s s a a t i v a ç ã o e n v o lv e u m a

g ra a

d e m e m b r a n a s d e fla ­ s é r ie d e m u d a n ç a s n a

a tiv id a d e m e t a b ó lic a d o o ó c ito s e c u n d á r io . A ta x a m e t a b ó lic a d o o ó c ito e le v a - s e r e p e n tin a m e n te , e m u d a n ç a s im e d ia ta s n o p la s m a le m a e v ita m a f e r t i l i z a ç ã o p o r o u t r o s e s p e r m a t o z ó i d e s . ( C a s o o c o r r a p e n e t r a ç ã o d e m a is

Fertilização [Figura 28.1 a] A f e r t i l i z a ç ã o e n v o l v e a f u s ã o d e d o is g a m e t a s h a p l ó i d e s , p r o d u z i n d o u m

d e u m e s p e r m a t o z ó i d e n a m e m b r a n a d o o ó c i t o , e v e n t o e s te d e n o m i n a d o

polispermia, n ã o

h a v e r á p o s s i b i l i d a d e d e d e s e n v o l v i m e n t o n o r m a l . ) T a lv e z ,

a m o d i f i c a ç ã o m a i s d r a m á t i c a n o o ó c i t o s e ja a f i n a li z a ç ã o d a m e io s e .

z ig o to d ip ló id e c o m o n ú m e r o s o m á tic o n o r m a l d e c r o m o s s o m o s (4 6 ).

■•r.' págs. 45, 719 A s

fu n ç õ e s e a s c o n tr ib u iç õ e s d o e s p e r m a t o z ó id e e d o

o ó c i t o ( ó v u l o ) s ã o b a s t a n t e d if e r e n t e s . O e s p e r m a t o z ó i d e s im p l e s m e n t e

Formação do pró-núcleo e anfimixia [Figura 28 .ib]

c o n d u z o s c r o m o s s o m o s p a te r n o s a o lo c a l d a fe r tiliz a ç ã o , m a s o o ó c ito

A p ó s a a t i v a ç ã o d o o ó c i t o e a f i n a li z a ç ã o d a m e i o s e , o m a t e r i a l n u c l e a r r e ­

d e v e f o r n e c e r t o d a a n u t r i ç ã o e a p r o g r a m a ç ã o g e n é t ic a p a r a s u s t e n t a r o

m a n e sc e n te n o in te r io r d o o v o r e o r g a n iz a -s e c o m o

d e s e n v o lv im e n to e m b r io n á r io p o r a p r o x im a d a m e n te u m a s e m a n a a p ó s a

(Figura 28.1b).

c o n c e p ç ã o . O v o lu m e d o o ó c ito é, p o r ta n to , m u it o m a io r e m r e la ç ã o a o d o e s p e r m a to z ó id e

(Figura 28.1a).

e s p e r m a to z ó id e a u m e n ta d e v o lu m e , t o r n a n d o - s e o

no, q u e

pró-núcleo feminino

E n q u a n t o e s t a s a lt e r a ç õ e s e s t ã o o c o r r e n d o , o n ú c l e o d o

pró-núcleo masculi­

e n t ã o m i g r a p a r a o c e n t r o d a c é l u l a . O p r o c e s s o d e f u s ã o d o s d o is

anfimixia. A g o r a a f e r t i l i z a ç ã o zigoto c o n t e n d o o c o m p l e m e n t o

p r ó - n ú c le o s é d e n o m in a d o

e s tá c o m p le ta ,

n o p e r í o d o d e u m d ia a p ó s a o v u l a ç ã o . N e s t e p e r í o d o d e t e m p o , o o ó c i ­

c o m a fo rm a ç ã o d e u m

n o r m a l d e 46

to s e c u n d á r io p e r c o r r e p o u c o s c e n tím e tr o s , e n q u a n to o e s p e r m a to z ó id e

c r o m o s s o m o s . O z ig o t o a g o r a se p r e p a r a p a r a o in íc io d e s u a s d iv is õ e s

d e v e p e r c o r r e r a d is tâ n c ia e n tr e a v a g in a e a a m p o la d a tu b a u t e r in a . O s

m i t ó t i c a s q u e p r o d u z i r ã o b i l h õ e s d e c é lu la s e s p e c i a li z a d a s .

A fe r tiliz a ç ã o n o r m a l o c o r r e n a a m p o la d a tu b a u t e r in a , g e r a lm e n te

C a p it u lo 2 8



O

74‘

S is te m a G e n ita l: E m b rio lo g ia e D e s e n v o lv im e n to H u m a n o

Figura 28.1 Fertilização e preparação para a clivagem. (a) Um oó cito se cu n d á rio circunda do por esp erm atozóides, (b) Eventos na fe rtili­ zação e im ed iatam ente depois.

D esenvolvim ento pré-natal O t e m p o d e c o r r i d o n o d e s e n v o l v i m e n t o p r é - n a t a l é d e n o m i n a d o p e r ío d > de

gestação. P o r q u e s t ã o d e c o n v e n i ê n c i a , trim estres i n t e g r a d o s :

o p e r ío d o d e g e s ta ç ã o é d iv id i

d o e m trê s



O

prim eiro trim estre

é o p e r ío d o d e d e s e n v o lv im e n t o e m b r io n á

r io e d e d e s e n v o lv im e n t o fe ta l in ic ia l. D u r a n t e e s s e p e r ío d o , fo r m a m - s e o s r u d im e n t o s d e t o d o s o s p r in c ip a is s is te m a s d e ó r g ã o s . ■

No

segundo trim estre,

o s ó r g ã o s e s is te m a s c o m p le ta m

a m a io

p a r te d o s e u d e s e n v o lv im e n t o . A s p r o p o r ç õ e s c o r p o r a is m u d a n e, a o té r m in o d e ss e tr im e s t r e , d is tin g u e -s e c la r a m e n te a a p a rê n c i h u m a n a d o fe to .



O

terceiro trimestre

é c a r a c t e r iz a d o p e lo r á p id o c r e s c im e n t o fe ta

N o in íc io d e ss e tr im e s t r e , a m a io r ia d o s s is te m a s d e ó r g ã o s to r n a se p le n a m e n te fu n c io n a l e c r ia n ç a s n a s c id a s p r e m a t u r a m e n te , en u m o u a té d o is m e s e s a n te s d o te r m o , a p r e s e n ta m c h a n c e s c o n s i d e r á v e is d e s o b r e v iv ê n c ia .

(a)

OÓCITO NA OVULAÇÃO A ovulação libera um oócito secundário e o primeiro corpo polar; ambos estão circundados pela coroa radiada. O oócito permanece em estado latente na metáfase da meiose II.

Coroa radiada

FASE 5

Primeiro corpo polar

INICIO DA CITOCINESE

A primeira divisão de clivagem se completa aproximadamente 30 horas após a fertilização. Eventos posteriores estão diagramados na Figura 28.2.

FASE

FERTILIZAÇAO E ATIVAÇAO DO OOCITO

Enzimas acrossômicas advindas de vários esper­ matozóides criam fendas na coroa radiada. Um único espermatozóide, então, entra em contato com a membrana do oócito e ocorre a fusão das membranas, deflagrando a ativação do oócito e completando a meiose. Espermatozóide fecundante

FASE 4

Segundo corpo polar

PROCESSO DE ANFIMIXIA E INÍCIO DA CLIVAGEM

Metáfase da primeira divisão de clivagem

B astômeros

(b)

ry

INICIO DA FORMAÇAO DO r ó . k íú c l f o DO pPRO-NUCLEO

hAbt ^

O espermatozóide penetra no citoplasma e o pró-núcleo feminino se desenvolve.

Núcleo do espermatozóide

FASE 3

Pró-núcleo feminino

FORMAÇAO DO FUSO E PRE­ PARAÇÃO PARA A CLIVAGEM

O pró-núcleo masculino se desenvolve e as fibras do fuso aparecem na preparação para a primeira divisão de clivagem.

O SISTEMA GENITAL

® \ Nota clínica Perfeição e complexidade A e x p e c ta tiv a d o s fu tu ro s p a is d e que cada gravide z será id ílica e qu e cad a be bê se rá p e rfe ito re flete um a sé rie d e c o n c e ito s e q u iv o c a d o s e c ris ta liz a d o s s o b re a n a tu re za do p ro c e s so ce d e sen v o lv im e n to . E sse s c o n c e ito s e q u iv o ca d o s levam à c re n ça d e que qua ndo o c o rre m grave s e rro s de d e se n v o lv im e n to , alg uém ou alg um a c o i­ sa de ve se r re sp o n sa b iliza d a . Esta "c u lp a " po d eria s e r a trib u íd a a há b itos ~ a te rn o s (com o tab ag ism o , c o n s u m o de á lc o o l ou d ie ta inadequada), excDSição m a te rn a a to x in a s ou a d ro g a s p re scritas, ou à in te rfe rê n c ia de outros e stím u lo s am bientais. Po rém , a re a lid ad e é qu e m e s m o s e to d a s as g e sta n te s fo sse m p ro te g id a s e p e rm a n e c e ss e m d u ra n te tod a a g rav id e z em re p o u so no leito, d e sd e a c o n c e p ç ã o a té o parto, o s e rro s e a c id e n te s r>o d e se n v o lv im e n to co n tin u a ria m o c o rre n d o reg ularm ente. A s mutações espontâneas resultam d e erros ao ac a so na rep licação, e e s te s in c id e n te s sã o re la tiv a m e n te com uns. P e lo m e n o s 10% d a s fertiz a ç õ e s p ro d u zem z ig o to s co m c ro m o s s o m o s an orm ais. C o m o a m aioria das m u ta ç õ e s e sp o n tâ n e a s não p ro d u z d e fe ito s visíveis, a p ro p o rçã o real c e s sa s m u ta ç õ e s pod e s e r bem m aior. A m aio ria d o s zig o to s a c o m e tid o s n o r r e an te s de c o m p le ta r seu d e se n v o lv im e n to , e a p e n a s c e rca de 0,5% c o s re c é m -n a s c id o s a p re se n ta a n o m a lia s c ro m o s s ô m ic a s re su lta n te s de n u t a ç õ e s esp o n tâ n e as. D e vid o à n a tu re za d o s m e c a n is m o s re g u ladore s, o d e s e n v o lv im e n to pré -n a tal nã o se g u e p a d rõ e s p re c is o s e p re d e te rm in a d o s. Por e xe m p lo, e x ste m m u ita s va ria ç õ e s n o s tra je to s dos va s o s sa n g ü ín e o s e d o s nervos; -'d e p e n d e n te m e n te do tra je to do sa ngue e d o s im p u lso s nervosos, o imo o rta n te é q u e os su p rim e n to s n e rv o so e sa n g ü ín e o sejam g a ra n tid o s ao s te c d o s de destino. Entretanto, se a s v a ria ç õ e s e xtra p o la m lim ite s a c e itá ­ veis, o e m b riã o ou o fe to não c o n se g u e c o m p le ta r se u d e se n v o lv im e n to . P e q u e n a s a lte ra ç õ e s no d e s e n v o lv im e n to da e stru tu ra do c o ra çã o pod em 'e s u lta r na m o rte do feto, e n q u a n to gra n d e s va ria ç õ e s na d is trib u iç ã o das .e ia s sã o re la tiv a m e n te c o m u n s e não im p lica m disfun ção. V irtu alm e n te, c a d a s e r h u m a n o p o d e s e r c o n s id e ra d o c o m o p o rta d o r d e alg u m grau de v a ria ç ã o a n a tô m ic a p o rq u e n in g u ém p o ssu i, e m to d o s o s a sp e cto s, c a ra c te rís tic a s q u e e stã o e s ta tis tic a m e n te d e n tro d o s v a lo re s da m éd ia e sp erad a. E stim a -se qu e 20% do s se u s g e n e s a p re se n te m d ife re n ça s su tis e m re la çã o a o s g e n e s e n c o n tra d o s na m a io ria da p o p u la çã o , e d e fe ito s

C REVISÃO DOS CONCEITOS

C a p ít u lo 3 o fe r e c e u m a v is ã o g e r a l d e d o is p e r ío d o s s e q ü e n c ia is d e d e ­ s e n v o lv im e n t o d u r a n t e o p r im e ir o t r im e s t r e : ( 1 ) a fo r m a ç ã o d o s te c id o s

O s e sp erm a to zó id e s d e p o sitad o s na vagina podem realizar a fertilização

e (2 ) o d e s e n v o lv im e n t o d o te c id o e p ite lia l e a s o r ig e n s d o te c id o c o n e c ­

im ediatam ente? Explique.

tiv o . C a d a u m d e s s e s p e r ío d o s d e d e s e n v o lv im e n t o a p r e s e n t a c a r a c t e r ís ­

2 . P or que um grande núm ero de e sp e rm a to zó id e s precisa atingir o oócito

secundário para que ocorra a fertilização? 3 A ssim que o e sp erm a to zó ide entra no ooplasm a, o que ocorre com o oó ­

p á g s.

tic a s ú n ic a s q u e o le it o r p o d e r á r e v is a r m a is d e t a lh a d a m e n t e .

79-81 C o n c e n t r a r e m o s n o s s a a te n ç ã o e m q u a t r o p r o c e s s o s g e r a is :

clivagem,

implantação, placentação e embriogênese.

cito secundário? -

p o u c o sig n ific a tiv o s, c o m o m a m ilo s e x tra n u m e rá rio s ou m a rca s d e n a s­ cença, sã o b a sta n te com uns. A p ro x im a d a m e n te m e ta d e d a s c o n c e p ç õ e s p ro d u z zig o to s q u e não so b re v ive m ao e stá g io de clivagem . E sses zig o to s d e sin te g ra m -se no in te ­ rio r d a s tu b a s u te rin a s ou da c a v id a d e do útero; c o m o a im p la n ta çã o não o co rre u , o b v ia m e n te não há s in a is de gravidez. A m o rta lid a d e a n te rio r à im p la n ta çã o e stá c o m u m e n te a s so c ia d a c o m a n o m a lia s c ro m o ss ô m ic a s . Dos e m b riõ e s im plantados, a p ro x im a d a m e n te 20% não cheg a a co m p le ta r c in c o m e s e s d e d e se n v o lv im e n to , c o m um a m éd ia de so b re v id a de o ito se m an a s. Na m aio ria d o s casos, p ro b le m a s g rav e s q u e o c o rre m n o s p ri­ m e iro s e stá g io s da e m b rio g ê n e se ou na fo rm a ç ã o da p la ce n ta c o n stitu e m a s ca u sa s re spon sáveis. A m o rta lid a d e pré -na tal te n d e a e lim in a r o s fe to s m a is g ra v e m e n te afe tad os. A q u e le s c o m d e fe ito s m e n o re s p o d e m s o b re v iv e r c o m p le ta n ­ d o u m a g e s ta ç ã o a te rm o ou n a s c e n d o p re m a tu ra m e n te . Malforma­ ções congênitas sã o a n o m a lia s e s tru tu ra is p re s e n te s ao n a sc im e n to , c o m p ro m e te n d o o s p rin c ip a is sis te m a s. A e sp in h a bífida, a h id ro ce fa lia , a a n e n c e fa lia , a fe n d a p a la tin a e a s ín d ro m e de D o w n e s tã o e n tre a s m a lfo rm a ç õ e s c o n g ê n ita s m a is c o m u n s. A in c id ê n c ia d e m a lfo rm a ç õ e s c o n g ê n ita s ao n a sc im e n to atin g e um a m éd ia de 6%, m as a p e n a s 2% são c o n s id e ra d a s graves. D e sse s p ro b le m a s co n g ê n ito s, a p e n a s 10% p o d em s e r a trib u íd o s a fa to re s a m b ie n ta is na a u sê n cia d e a n o m a lia s c ro m o s s ô ­ m ic a s ou fa to re s g e n é tic o s , in c lu in d o u m a h is tó ria fa m ilia r d e d e fe ito s s e m e lh a n te s ou re la cio n a d o s. A te cn o lo g ia m é d ica c o n tin u a a m e lh o ra r n o ssa c a p a c id a d e d e e n ­ te n d e r e m a n ip u la r o s p ro c e s s o s a n a tô m ic o s e fisio ló g ic o s. A tu a lm e n te , a a n á lis e g e n é tica d o s p a is e m p o te n c ia l p od e fo rn e c e r um a e s tim a tiv a a re s p e ito da p ro b a b ilid a d e da o c o rrê n c ia de p ro b le m a s e sp e c ífic o s, p o ­ rém o s p ro b le m a s e m si p e rm a n e c e m fora do n o s so con tro le . A p e s a r da m e lh o r c o m p re e n s ã o a re s p e ito d o s m e c a n is m o s g e n é tic o s e nvo lvid o s, p ro v a v e lm e n te n u n ca s e re m o s c a p a z e s d e c o n tro la r to d o s o s a s p e c to s e n v o lv id o s no d e se n v o lv im e n to , e vita n d o a b o rto s e sp o n tâ n e o s e m alfo r­ m a ç õ e s co n g ê n ita s. C o m o o d e s e n v o lv im e n to p ré -n a tal e n v o lv e ta n ta s fa s e s c o m p le x a s e in te rd e p e n d e n te s, d is fu n ç õ e s de alg um tip o sã o e s ta ­ tistic a m e n te inevitáveis.

Quais p ro ce sso s de desenvolvim ento caracterizam o prim eiro trim estre da gestação?

1. A

c liv a g em

é u m a s e q ü ê n c ia d e d iv is õ e s c e lu la r e s q u e te m

in íc io

lo g o a p ó s a fe r tiliz a ç ã o e t e r m in a a o p r im e ir o c o n ta to d o z ig o t o c o m V e ja a s e ç ã o d e R e s p o s ta s na p a rte fin a l d o livro.

a p a r e d e u t e r in a . D u r a n t e e ste p e r ío d o , o z ig o to to r n a - s e u m

em b riã o q u e e v o l u i p a r a b la sto cisto . ( A c l i v a g e m

O primeiro trimestre A o fin a l d o p r im e ir o tr im e s t r e ( 1 2 a s e m a n a d o d e s e n v o lv im e n t o ) , o fe to m e d e a p r o x im a d a m e n te 7 5 m m e p e sa c e rc a d e 1 4 g . O s e v e n to s q u e o c o r ­

pré-

u m c o m p le x o m u ltic e lu la r c o n h e c id o c o m o e a fo r m a ç ã o d o b la s to c is to fo r a m a p r e s e n ­

t a d a s n o R e s u m o d e E m b r i o l o g i a d o C a p í t u l o 3 . ) o=» pá g . 79 2. A

im p la n ta çã o

c o m e ç a c o m a fix a ç ã o d o b la s to c is to a o e n d o m é t r io

e c o n tin u a c o n fo r m e o b la s to c is to a d e n tr a n a p a r e d e u t e r in a . C o m

re m n o p r im e ir o t r im e s t r e s ã o c o m p le x o s , e e ste é o p e r ío d o d e m a io r

o p r o s s e g u im e n to d a im p la n ta ç ã o , m u ito s o u tr o s e v e n to s im p o r t a n ­

r is c o n a v id a p r é - n a t a l. S o m e n t e p o r v o lt a d e 4 0 % d a s c o n c e p ç õ e s g e r a m

te s a c o n te c e m , p r e p a r a n d o o a m b ie n te p a r a a fo r m a ç ã o d e e s tr u tu r a s

e m b r iõ e s q u e s o b r e v iv e m a o p r im e ir o tr im e s t r e . P o r e ssa ra z ã o , c u id a d o s e s p e c ia is s ã o r e c o m e n d a d o s à s m u lh e r e s g r á v id a s , e v it a n d o d r o g a s o u e p i-

e m b r io n á r ia s v ita is . 3. A

p la cen ta ção

in ic ia - s e c o m a fo r m a ç ã o d o s v a s o s s a n g ü ín e o s a o r e ­

ío d io s d e e s tre ss e in te n s o d u r a n t e e ste p e r ío d o , n a e x p e c t a tiv a d e p r e v e n ir

d o r d a s m a r g e n s d o b la s to c is to . E s t a é a p r im e ir a e ta p a n a fo r m a ç ã o

e rro s n o p r o c e s s o d e d e s e n v o lv im e n to e m c u rso .

da

V á r io s e v e n to s im p o r ta n te s e c o m p le x o s o c o r r e m n o p r im e ir o t r i­ m e s tre d e d e s e n v o lv im e n to . O R e s u m o d e E m b r io lo g ia a p re s e n ta d o n o

p lacen ta.

A p la c e n t a lig a o s is t e m a m a t e r n o a o e m b r io n á r io ; e la

o fe r e c e s u p r im e n t o r e s p ir a t ó r io e n u t r ic io n a l e s s e n c ia is à c o n t in u i­ d a d e d o d e s e n v o lv im e n t o p r é -n a ta l.

C a p ít u l o

4.

A

em b riogên ese

I

28 • O Sistema Genital: Embriologia e Desenvolvimento Humano

é a fo r m a ç ã o d e u m e m b r iã o v iá v e l. E ste p ro c e s s o

fo r m a o c o r p o d o e m b r iã o e s e u s ó r g ã o s in te r n o s .

751

m ito s e s s im u lta n e a m e n te , m a s , c o m o a u m e n t o d o n ú m e r o d e b la s tô m e r o s , o in t e r v a lo d e te m p o e n tr e a s d iv is õ e s t o r n a - s e m e n o s p r e v is ív e l. N e s te e s tá g io , o p r é - e m b r iã o é u m a e s fe r a s ó lid a d e c é lu la s , s e m e ­

Clivagem e formação do blastocisto [Figura 28.2]

lh a n te a u m a a m o r a . E s s e e s tá g io é d e n o m in a d o

A c l i v a g e m (F ig u ra 28.2) é u m a s é r i e d e d i v i s õ e s c e l u l a r e s q u e s u b d i v i d e

d e c liv a g e m , o s b la s tô m e r o s fo r m a m u m a e s fe r a o c a , o

o c i t o p l a s m a d o z ig o t o e m c é l u l a s m e n o r e s d e n o m i n a d a s

blastôm eros.

A

u m a c a v id a d e in te r n a d e n o m in a d a

blastocele.

m órula. A p ó s c i n c o b lastocisto,

d ia s com

N e s s e e s tá g io , é p o s s ív e l

p r im e ir a d iv is ã o d a c liv a g e m p r o d u z u m p r é - e m b r iã o c o m d o is b la s tô m e -

c o m e ç a r a o b s e r v a r d ife r e n ç a s e n tre a s c é lu la s d o b la s to c is to . A c a m a d a

r o s id ê n tic o s e se c o m p le ta a p r o x im a d a m e n te 3 0 h o r a s a p ó s a fe r tiliz a ç ã o .

e x t e r n a d e c é lu la s , q u e s e p a r a a b la s t o c e le d o a m b ie n t e e x t e r n o , é d e n o ­

A s d iv is õ e s d e c liv a g e m s u b s e q ü e n t e s o c o r r e m e m in t e r v a lo s d e 1 0 a 1 2 h o -

m in a d a

ra s. D u r a n t e a s d iv is õ e s d e c liv a g e m in ic ia is , to d o s o s b la s tô m e r o s s o fr e m

im p líc ita e m s e u n o m e :

trofob lasto

( m a s s a c e lu la r e x t e r n a ) . A fu n ç ã o d o tr o fo b la s to e stá

trophos, a l i m e n t o

+

blasto, p r e c u r s o r . E s s a s

c é lu la s

Blastômeros

Corpos polares E s t á g io d e qu a tro c é lu la s M ó ru la e m e s tá g io inicial

E s tá g io d e d u a s c é lu la s

M ó ru la em DIA 4

e s tá g io a v a n ç a d o

P rim e ira d iv is ã o d e c liv a g e m DIA 0:

Massa celular interna

Fertilização

DIA 6

Ovulação Blastocele D IA S 7-10:

: -:_-a 28.2 C liv a g e m e fo rm a ç ã o do b la s to c is to .

Implantação na parede uterina (Ver Figura 28.3)

Trofoblasto B la s t o c is to

Nota clínica Teratogênese e desenvolvimento anômalo T e r a tó g e n o s são e stím u lo s que in te rferem e d e so rg a n iza m o d e se n v o lv im e n to fetal nor~ial d a n ific a n d o a s célu la s, a lte ra n d o su a e stru tu ra c ro m o s s ô m ic a ou p re ju d ica n d o a in d u çã o norm al. P e sticid a s, h e rb icid a s e m u ita s drogas Drescrita s, in clu in d o c e rto s a n tib ió tico s, tra n q ü iliza n te s, se d ativos, hor— c n io s e ste ró id e s, d iu ré tic o s, a n e s té s ic o s e a n alg é sico s, p o d em proc a zir e fe ito s terato g ênico s. A s g e sta n te s devem ler a te n ta m e n te a bula =~:es d e u tiliza r q u a lq u e r m e d ica m e n to se m o a c o n s e lh a m e n to d e um ~>édico. A m aio ria da s e rvas e su b stâ n c ia s "n a tu ra is" não foram testa:as, e sua co m p o siç ã o q u ím ica pod e variar d e p e n d e n d o da sua origem . C o m o os se u s e fe ito s durante a g e sta çã o não são conhecidos, o uso d e s­ sas su b stâ n cia s não d e ve se r c o n sid e ra d o g e n e ric a m e n te c o m o se n d o seguro du ran te a gravidez. A s ín d ro m e a lc o ó lic a fe t a l (SAF) oco rre quando o co n su m o de á l­ cool pela g e sta n te p ro d u z d e fe ito s de d e se n v o lv im e n to no feto, co m o d e form ida de s esqueléticas, de feitos cardiovascula re s e distú rb ios neuro­ lógicos. Os ín dice s de m ortalid ad e fetal podem atingir 17%, e os so b re v i­

ven te s sofrem prob le m a s no d e sen v o lv im e n to posterior. O s ca so s m ais graves e nvolvem m ães cujo co n su m o de su b stâ n cia s de con teú d o a lc o ­ ó lico atinge ap roxim a da m e n te 200 g de d e stila d o s fortes, 10 cervejas ou duas garrafas de vinho por dia. Entretanto, c o m o o efeito produzid o está d iretam ente relacionado ao grau de e xposição, não há um nível de co n su ­ m o de álcool que possa se r con sid erad o to talm en te seguro. A sín dro m e a lco ó lica fetal é a prim eira causa de retardo m ental nos Estados Unidos, a com ete n d o ap roxim adam ente 7.50 0'crianças por ano. O tab ag ism o é outro risco im portante para o d e sen volvim e n to fetal. A lé m de in trod u zir no o rg anism o su b stâ n cia s q u ím ica s p o te n cialm en te prejudiciais, com o a nicotina, o tabagism o dim inui a P02 do sangue m ater­ no e reduz a quantidade de oxigênio que chega à placenta. Um feto gera­ do por um a m ãe fum ante não cre sce rá tão rapid am en te quanto um feto gerado por um a não-fum ante, e o tabagism o au m enta o risco de abortos espontâneos, prem aturidade e m orte fetal. A m ortalidade infantil pós-parto é tam bém m aior em neonatos de m ães fum antes, e o d esenvolvim ento pós-natal pode se r igualm ente prejudicado.

O S I S T E M A GE NI TAL

Figura 28.3 Estágios no processo de implantação.

- e s p o n s á v e is p e lo s u p r im e n t o d e a lim e n to a o e m b r iã o e m d e s e n T ie n to . A s c é l u l a s t r o f o b l á s t i c a s s ã o a s ú n i c a s c é l u l a s d o p r é - e m b r i ã o a z e m c o n ta to c o m a p a r e d e u t e r in a . U m s e g u n d o g r u p o d e c é lu la s ,

s.sa celular interna (em brioblasto),

s itu a - s e c o m o u m a g lo m e r a d o

ir e m u m p ó l o d o b l a s t o c is t o . E s s a s c é l u l a s e s t ã o e x p o s t a s à b l a s t o c e f i c a m i s o l a d a s d o c o n t a t o c o m o a m b i e n t e e x t e r n o p e lo t r o f o b l a s ■ c é lu la s d a m a s s a c e l u l a r i n t e r n a s ã o a s c é l u l a s - t r o n c o r e s p o n s á v e is 'r o d u ç ã o d e t o d a s a s c é l u l a s e t i p o s c e l u l a r e s d o c o r p o .

lantação [Figura 28.3] -rir d o m o m e n t o d a f e r t i l i z a ç ã o , o z ig o t o l e v a q u a t r o d ia s a t é a t i n g i r rc . A o a t i n g i r a c a v i d a d e d o ú t e r o c o m o u m a m ó r u l a , o c o r r e a f o r o d o b l a s t o c i s t o n o d e c o r r e r d o s p r ó x i m o s d o i s a t r ê s d ia s . D u r a n t e ; n o d o , a s c é l u l a s e s t ã o a b s o r v e n d o n u t r ie n t e s d o l í q u i d o n o in t e r i o r ■rid a d e d o ú t e r o . E s s e l í q u i d o , r i c o e m g l i c o g ê n i o , é s e c r e t a d o p e la s _ a s e n d o m e t r i a i s . Q u a n d o t o t a l m e n t e f o r m a d o , o b l a s t o c is t o e n t r a r .ta to c o m o e n d o m é t r i o , g e r a l m e n t e n o f u n d o o u n o c o r p o d o ú t e : < : r r e a i m p l a n t a ç ã o . O s e s t á g io s d o p r o c e s s o d e i m p l a n t a ç ã o e s t ã o a d o s n a F ig u r a 2 8 .3 . . im p la n t a ç ã o é in ic ia d a q u a n d o a s u p e r fíc ie d o b la s to c is to m a is — a à m a ss a c e lu la r in te r n a to c a e a d e re a o r e v e s tim e n to u t e r in o

Dia 7, F i g u r a

2 8 .3 ) . N o p o n t o d e c o n ta to , a s c é lu la s tr o fo b lá s t ic a s

e m -se r a p id a m e n te , fa z e n d o c o m q u e o tr o fo b la s to d e s e n v o lv a v á -

amadas, a u m e n t a n d o s u a e s p e s s u r a . N a s p r o x i m i d a d e s d a c a m a d a ide m é t r i o , a s m e m b r a n a s c e l u l a r e s q u e s e p a r a m a s c é l u l a s t r o f o ca s d e s a p a r e c e m e fo r m a - s e u m a c a m a d a d e c it o p la s m a c o n te n d o

(Dia 8). E s s a

p a r te e s p e c ífic a d a c a m a d a e x t e r n a , d é ­

cada sinciciotrofoblasto,

in ic ia u m p ro c e s s o d e e s c a v a ç ã o d e u m

p i o s n ú c le o s

0 n o e p ité lio u te r in o , p o r m e io d a s e c r e ç ã o d a e n z im a

hialuronida-

.Nâ e n z i m a q u e b r a o c i m e n t o i n t e r c e l u l a r d a s c é l u l a s e p i t e l i a i s u t e a a a c e n t e s , d o m e s m o m o d o c o m o a h i a l u r o n i d a s e l i b e r a d a p e lo m a to z ó id e d is s o lv e a s c o n e x õ e s e n t r e a s c é lu la s d a c o r o a r a d ia d a , e ir a m e n t e , e s t a e r o s ã o c r i a u m a f e n d a n o r e v e s t i m e n t o u t e r i n o , p o : —a g r a ç ã o e a s d i v i s õ e s d a s c é l u l a s e p it e l i a is a d j a c e n t e s r a p i d a m e n t e l i a m a s u p e r fíc ie . Q u a n d o a r e p a r a ç ã o e stá c o m p le ta , o b la s to c is to ; c c o n ta to c o m a c a v id a d e d o ú te r o e fic a c o m p le ta m e n te a lo ja d o t e n o r d o e n d o m é t r i o . A p a r t i r d a í , o d e s e n v o l v i m e n t o o c o r r e i n t e in te n o in te r io r d a c a m a d a fu n c io n a l d o e n d o m é tr io . 1 — e d id a q u e a i m p l a n t a ç ã o p r o s s e g u e , o s in c ic io t r o f o b l a s t o c o n t i n u a c e r e a s e d i s s e m i n a r n o in t e r io r d o e n d o m é t r i o c ir c u n d a n t e

(Dia 9).

'r o c e s s o r e s u lt a n a r u p t u r a e n a d ig e s t ã o e n z im á t ic a d a s g lâ n d u la s u t e O s n u t r ie n t e s li b e r a d o s s ã o a b s o r v i d o s p e lo s in c ic io t r o f o b l a s t o e d is i : ? p o r d ifu s ã o a t r a v é s d o

trofoblasto celular s u b ja c e n t e

p a ra a m assa

ir in t e r n a . E s s e s n u t r ie n t e s p r o d u z e m a e n e r g ia n e c e s s á r ia p a r a s u p r ir x i ã o d u r a n t e o s e s tá g io s in ic ia is d e s u a f o r m a ç ã o . E x t e n s õ e s t r o fo b lá s rr e s c e m a o r e d o r d o s v a s o s c a p ila r e s e n d o m e t r i a is e, c o m a d e s t r u iç ã o ir e d e s d o s v a s o s c a p ila r e s , o s a n g u e m a t e r n o c o m e ç a a f l u ir a t r a v é s d o s - tr< ) t o b lá s t ic o s , d e n o m i n a d o s

lacunas. Vilosidades primárias

d ig i-

l e s e s t e n d e m - s e p a r a f o r a d o t r o fo b la s t o , n o in t e r i o r d o e n d o m é t r io a c a n t e ; c a d a v i l o s id a d e p r i m á r i a c o n s is t e e m u m a e x t e n s ã o d o s in c iíc ? la s to , c o m u m n ú c le o d e t r o fo b la s t o c e lu la r. N o s p o u c o s d ia s q u e s e m . o t r o fo b la s t o p a s s a a d e s t r u ir v e ia s e a r t é r ia s e n d o m e t r ia is m a io r e s , n t a n d o o flu x o s a n g ü ín e o a t r a v é s d a s la c u n a s t r o fo b lá s t ic a s .

mação do disco germinativo (blastodisco) [Figuras 28.3/28.4]

No

: m a i s p r e c o c e d o b l a s t o c is t o , a m a s s a c e l u l a r i n t e r n a a p r e s e n t a o r ­

u m a l â m i n a o v a l q u e a p r e s e n t a d u a s c a m a d a s c e l u l a r e s d e e s p e s s u r a t o t a l. E ss a lâ m in a o v a l, d e n o m in a d a

disco germ inativo (blastodisco),

c o n s is t e

a ç ã o p o u c o v is ív e l. E n t r e t a n t o , n a é p o c a d a im p la n t a ç ã o , a m a s s a

in ic ia lm e n t e e m d u a s c a m a d a s e p ite lia is ( d is c o g e r m in a t iv o b ila m in a r ) :

ir

o

in te r n a já in ic io u s u a s e p a r a ç ã o d o tr o fo b la s to . A s e p a r a ç ã o a u -

a g r a d u a lm e n t e , c r i a n d o u m a c â m a r a r e p le t a d e l í q u i d o , d e n o m i n a -

vidade am niótica. A c a v i d a d e a m n i ó t i c a p o d e s e r v i s t a no Dia 9 d a = 23.3; d e t a lh e s a d i c i o n a i s d o s Dias 10a 12s ã o m o s t r a d o s n a Figura N e s t a fa s e , a s c é l u l a s d a m a s s a c e l u l a r in t e r n a e s t ã o o r g a n i z a d a s e m

epiblasto,

v o lta d o p a r a a c a v id a d e a m n ió t ic a , e o

hipoblasto,

q u e e s tá

e x p o s t o a o s c o n t e ú d o s l í q u i d o s d a b la s t o c e le .

A gastrulação e a form ação da camada germ inativa [Figura 28.4 e Ta­ bela 28.1] P o u c o s d ia s d e p o i s , u m a t e r c e i r a c a m a d a c o m e ç a a s e f o r m a r

C a p ít u l o

ENDOMÉTRIO

Cavidade

28 • O Sistema Genital: Embriologia e Desenvolvimento Humano

753

Sinciciotrofoblasto

Epiblasto do disco germina­ tivo (blastodisco)

Trofoblasto celular

Hipoblasto do disco germinativo (blastodisco)

Blastocele Lacunas trofoblásticas

D IA 10

O disco germinativo (blastodisco) começa como duas camadas: o epiblasto, voltado para a cavidade amniótica, e o hipoblasto, voltado para a blastocele. A migração das células epiblásticas ao redor da cavidade amniótica é o primeiro passo na formação do âmnio. A migração das células hipoblásticas cria um saco que pende do blastodisco. Este é o primeiro passo na formação do saco vitelino.

Figura 28.4

A migração das células epiblásticas (seguir as setas) em direção à região entre o epiblasto e o hipoblasto forma, no disco germinativo bilaminar (blastodisco), uma terceira camada, constituindo o disco germinativo trilaminar. A partir do momento em que tem início este processo (gastrulação), o epiblasto é chamado de ectoderma, o hipoblasto, de endoderma, e as células migratórias, de mesoderma.

Organização do disco germinativo (blastodisco) e gastrulação.

p o r m e io d o p r o c e ss o d e

g astru lação

( v e ja

Dia 12, Figura 2 8 . 4 ) .

D u ra n te

TABELA 28.1

Os destinos das camadas germinativas primárias

a g a s tr u la ç ã o , c é lu la s e m á r e a s e s p e c ífic a s d o e p ib la s t o m o v im e n t a m - s e p a r a o c e n tr o d o d is c o g e r m in a tiv o b ila m in a r , e m d ir e ç ã o a u m a lin h a c o n h e c id a c o m o

lin h a p rim itiv a .

A o a t in g ir a lin h a p r im it iv a , a s c é lu la s

m ig r a t ó r ia s d e ix a m a s u p e r fíc ie e se m o v e m p o r e n tr e o e p ib la s to e o h i­ p o b la s to . E ste m o v im e n t o c r ia tr ê s c a m a d a s e m b r io n á r ia s d is tin ta s , c o m fin a lid a d e s m a r c a d a m e n t e d ife r e n t e s , c o n s t it u in d o o d is c o g e r m in a t iv o t r ila m in a r . U m a v e z in ic ia d a a g a s t r u la ç ã o , a c a m a d a q u e p e r m a n e c e e m c o n ta to c o m a c a v id a d e a m n ió t ic a é d e n o m in a d a to é c o n h e c id o c o m o

soderm a. d e ssas trê s

en d o d erm a ,

ectod erm a,

o h ip o b la s ­

e a n o v a c a m a d a in te r m é d ia é o

m e­

A fo r m a ç ã o d o m e s o d e r m a e a fin a lid a d e d o d e s e n v o lv im e n t o

cam ad as g erm in a tiv a s

d e E m b r io lo g ia n o C a p ít u lo 3 .

fo ra m a p re se n ta d a s em u m R e su m o p á g . 7 9 A T a b e la 2 8 . 1 c o n t é m

um a

lis t a m a is a b r a n g e n t e d a s c o n t r ib u iç õ e s d e c a d a c a m a d a g e r m in a t iv a n a fo r m a ç ã o d o s s is te m a s d o c o r p o .

Form ação das m em branas extra-em b rion árias [Figura

2 8 .5 ]

A lé m d e

c o n s titu ir a s e s tr u tu r a s e o s ó r g ã o s d o c o r p o , a s c a m a d a s g e r m in a tiv a s ta m r é m fo r m a m q u a tro e s tru tu ra s q u e se e s te n d e m p a ra fo r a d o c o r p o d o e m r r iã o . E ss a s e s tr u tu r a s , c o n h e c id a s c o m o

m em branas extra-em brionárias,

saco vitelino ( e n d o d e r m a e m e s o d e r m a ) , ( 2 ) o âmnio ( e c t o d e r m a e m e s o d e r m a ) , ( 3 ) a alantóide ( e n d o d e r m a e m e s o d e r m a ) e ( 4 ) o cório ( m e são ( 1 ) o

> o d erm a e tro fo b la s to ). E ssa s m e m b ra n a s g a ra n te m

o d e s e n v o lv im e n to

e m b r io n á r io e fe ta l m e d ia n t e a m a n u t e n ç ã o c o n s is t e n te d e u m a m b ie n te e stá v e l e o fo r n e c im e n t o d e a c e s s o a o o x ig ê n io e a o s n u t r ie n te s t r a n s p o r t a ­ d o s p e la c o r r e n t e s a n g ü ín e a m a t e r n a . A p e s a r d e s u a im p o r t â n c ia d u r a n t e o d e s e n v o lv im e n t o p r é - n a t a l, e la s d e ix a m p o u c o s v e s t íg io s d e s u a e x is t ê n c ia n o s s is te m a s a d u lto s . A

Figura

2 8 .5 a p r e s e n ta o s e s tá g io s r e p r e s e n ta tiv o s n o

d e s e n v o lv im e n t o d a s m e m b r a n a s e x t r a - e m b r io n á r ia s .

O saco vitelino [Figuras 28.4/28.5] e m b r io n á r ia s a a p a r e c e r é o

A p r im e ir a d a s m e m b ra n a s e x tra -

saco v ite lin o (Figuras

2 8 .4 e 2 8 .5 ) . O s a c o

Contribuições do ectoderma Tegumento comum: epiderm e, folículos pilosos, unhas e glândulas que se com unicam com a pele (glândulas sudoríferas apócrinas e m erócrinas, glândulas m am árias e glândulas sebáceas) Sistema esquelético: cartilagem dos arcos faríngeos (branquiais) e seus derivados no adulto (parte do esfenóide, os ossículos da audição, o processo estilóide do tem poral, os cornos e a m argem superior do h ió id e)1 Sistema nervoso: to d o o tecido neural, inclusive o encéfalo e a m edula espinal Sistema endócrino: hipófise e m edula da glândula supra-renal Sistema respiratório: epitélio da túnica m ucosa de revestim ento d a cavidade nasal Sistema digestório: túnica m ucosa de revestim ento da cavidade oral, p arte inferior do canal anal, glândulas salivares

Contribuições do mesoderma Tegumento comum: derm e, exceto derivados da epiderm e Sistema esquelético: todos os com ponentes, exceto alguns derivados dos arcos faríngeos Sistema muscular, todos os com ponentes Sistema endócrino: córtex da glândula supra-renal e tecidos endócrinos do coração, dos rins e das gônadas Sistema circulatório: todos os com ponentes, inclusive a m edula óssea Sistema linfático: todos os com ponentes Sistema urinário: os rins, inclusive os néfrons e a parte inicial do sistem a coletor Sistema genital: as gônadas e as partes adjacentes do sistem a de duetos Diversos: revestim ento das cavidades d o corpo (torácica, pericárdica e peritoneal) e tecidos conectivos de sustentação de todos os sistem as de órgãos

Contribuições do endoderma Sistema endócrino: tim o, glândula tireóide e pâncreas Sistema respiratório: epitélio respiratório (exceto nas cavidades nasais) e glândulas m ucosas associadas Sistema digestório: epitélio da túnica m ucosa de revestim ento (exceto da cavidade oral e da p arte inferior do canal anal); glândulas exócrinas (exceto glândulas salivares); fígado e pâncreas Sistema urinário: bexiga urinária e partes distais do sistem a de duetos Sistema genital: partes distais do sistem a de duetos; células-tronco que produzem gam etas

v ite lin o in ic ia - s e c o m o c é lu la s h ip o b lá s t ic a s m ig r a t ó r ia s q u e s e d is s e m in a m r a r a fo r a , a o r e d o r d a s m a r g e n s e x t e r n a s d a b la s t o c e le , p a r a f o r m a r u m a ? o ls a c o m p le ta , s u s p e n s a in fe r io r m e n t e a o d is c o g e r m in a tiv o ( b la s to d is c o ). E ss a b o ls a já p o d e s e r v is t a a p ó s 1 0 d ia s d a fe r tiliz a ç ã o

(Figura

2 8 .4 ) . C o m o

p r o s s e g u im e n t o d a g a s t r u la ç ã o , a s c é lu la s d o m e s o d e r m a m ig r a m a o r e d o r

'A crista neural tem origem ectodérm ica e contribui para a form ação do crânio e dos derivados esqueléticos dos arcos faríngeos embrionários.

754

O SISTEMA GENITAL

(a) 2a SEMANA

(b) 3a SEMANA

A migração do mesoderma ao redor da superfície interna do trofoblasto forma o cório. A migração do mesoderma ao redor da superfície externa da cavidade amniótica, entre as células ectodérmicas e o trofoblasto, forma o âmnio. A migração do mesoderma ao redor da bolsa endodérmica forma o saco vitelino.

O disco embrionário forma uma saliência na direção da cavidade amniótica na prega da cabeça (cefálica). A alantóide, uma extensão endodérmica circundada por mesoderma, se estende em direção ao trofoblasto. Cavidade amniótica (contendo líquido amniótico) Alantóide Prega da cabeça (cefálica) Cório Sinciciotrofoblasto Vilosidades coriônicas da placenta

(d) 55 SEMANA O embrião em desenvolvimento e as membranas extra-embrionárias salientam-se na cavidade do útero. O trofoblasto faz pressão em direção à cavidade do útero e permanece recoberto pelo endométrio, porém não mais participa da absorção de nutrientes e da manutenção da vida do embrião. O embrião distancia-se da placenta, e o pedúnculo de conexão e o dueto vitelino se fundem para formar o cordão umbilical. Útero Miométrio

O embrião agora apresenta uma prega da cabeça (cefálica) e uma prega da cauda (caudal). A constrição das conexões entre o embrião e o trofoblasto circundante estreita o dueto vitelino e o pedúnculo de conexão. Prega da cauda (caudal) Pedúnculo de conexão Dueto vitelino

Decídua basal

Saco vitelino

Cordão umbilical

Intestino embrionário

Placenta Saco vitelino

Prega da cabeça (cefálica)

Vilosidades coriônicas da placenta Decídua capsular Decídua parietal Cavidade do útero

Decídua parietal Decídua basal Cordão umbilical Placenta Cavidade amniótica

O âmnio se expande intensamente, preenchendo a cavidade do útero. O feto está conectado à placenta por um cordão umbilical alongado, que contém uma porção da alantóide, vasos sangüíneos e os remanescentes do dueto vitelino.

Figura 28.5

As membranas extra-embrionárias e a formação da placenta.

Âmnio Cório

Decídua capsular

C a p ít u l o

28 • O Sistema Genital: Embriologia e Desenvolvimento Humano

755

ie s s a b o ls a e c o m p l e t a m a f o r m a ç ã o d o s a c o v it e lin o . O s v a s o s s a n g ü ín e o s

n e s t e c a p í t u lo , n o R e s u m o d e E m b r i o l o g i a : O D e s e n v o l v i m e n t o d o S i s t e ­

o g o se d e s e n v o l v e m n o i n t e r i o r d o m e s o d e r m a , e o s a c o v i t e li n o t o r n a - s e

m a D ig e s tó r io . A p la c e n ta n ã o c o n tin u a a c re s c e r in d e fin id a m e n t e . D ife r e n ç a s r e ­

um i m p o r t a n t e l o c a l d e f o r m a ç ã o d a s p r i m e i r a s c é lu la s s a n g ü ín e a s .

g io n a is n a o r g a n iz a ç ã o p la c e n t á r ia c o m e ç a m a se d e s e n v o lv e r à m e d id a

Oâmtiio [Figura 28.5a,b,e]

A c a m a d a e c to d é r m ic a ta m b é m s o fr e u m a

q u e a e x p a n s ã o p la c e n tá r ia fo r m a u m a b a u la m e n to p r o e m in e n te n a

e x p a n sã o , e c é lu la s e c t o d é r m ic a s se e s p a lh a m s o b r e a s u p e r fíc ie in te r n a

s u p e r fíc ie e n d o m e t r ia l. A c a m a d a r e la t iv a m e n t e fin a d e e n d o m é t r io

i a c a v id a d e a m n ió t ic a . E m s e g u id a , c é lu la s m e s o d é r m ic a s c r ia m u m a se-

q u e r e c o b r e o e m b r iã o e o s e p a r a d a c a v id a d e d o ú te ro é d e n o m in a ­

d ecíd u a capsular ( d ecid u u s ,

j u n d a c a m a d a m a is e x t e r n a . E s t a c o m b i n a ç ã o d e e c t o d e r m a e m e s o d e r m a

da

é o âm nio (Figura 28.5a,b).

n ã o m a is p a r t ic ip a d a d ifu s ã o d e n u t r ie n te s , e a s v ilo s id a d e s c o r iô n i­

À m e d id a q u e o e m b r i ã o , e p o s t e r i o r m e n t e

a fe to , c re sc e , e s ta s m e m b r a n a s c o n t in u a m a se e x p a n d ir , a u m e n t a n d o o a m a n h o d a c a v id a d e a m n ió tic a . A c a v id a d e a m n ió t ic a c o n té m o

im n iótico,

líquido

n o q u a l o e m b r i ã o o u o fe t o e n c o n t r a - s e i m e r s o e p r o t e g i d o

:o n t r a im p a c to s m e c â n ic o s

(Figura 28.5b,e).

c a s d e sa p a r e c e m n e s ta re g iã o

alantóide [Figura 28.5b]

(Figura 28.5d).

A s fu n ç õ e s p la c e n tá r ia s

fic a m a g o r a c o n c e n tr a d a s e m u m a á r e a e m fo r m a t o d e d is c o , s itu a d a n a c a m a d a m a is p r o fu n d a d o e n d o m é t r io , u m a r e g iã o d e n o m in a d a

cídua basal.

d e­

A p a rte re s ta n te d o e n d o m é tr io , q u e n ã o fa z c o n ta to c o m

o c ó r io , é d e n o m in a d a A

q u e cai p re c o c e m e n te ). E ssa c a m a d a

decídua parietal.

C o m a a p r o x im a ç ã o d o fin a l

A te r c e ir a m e m b r a n a e x t r a - e m b r io n á r ia c o ­

d o p r im e ir o tr im e s t r e , o fe to se m o v im e n t a , a fa s t a n d o - s e d a p la c e n ta

m e ç a c o m o u m a b o l s a e x t e r n a d e e n d o d e r m a , s it u a d a n a s p r o x i m i d a d e s

(Figura 28.5d,e), m a s a l i g a ç ã o e n t r e o s d o i s p e r m a n e c e p e l o cordão um b ilical, o u p ed ú n cu lo um bilical, q u e c o n t é m a a l a n t ó i d e , v a s o s s a n ­

(Figura 28.5b). A e x t r e m i d a d e l i v r e d e e n d o d e r ­ m a, e n tã o , c re sc e e m d ir e ç ã o à p a r e d e d o b la s to c is to , e n v o lv id a p o r u m a m a s s a d e c é l u l a s m e s o d é r m i c a s . E s t e s a c o f o r m a d o por m e s o d e r m a e por Endoderma c o n s t i t u i a alantóide; posteriorm ente, s u a b a s e d á origem à i a b a s e d o s a c o v it e lin o

g ü ín e o s p la c e n t á r io s e o d u e to v it e lin o . O fe to e m d e s e n v o lv im e n t o d e p e n d e to t a lm e n t e d o s s is te m a s d e ó r ­ g ã o s m a te r n o s p a r a n u t r iç ã o , r e s p ir a ç ã o e e lim in a ç ã o d e r e s íd u o s . E sta s

b e x ig a u r i n á r i a . A f o r m a ç ã o d a a l a n t ó i d e e s u a r e l a ç ã o c o m a b e x i g a u r i ­

f u n ç õ e s d e v e m s e r r e a l i z a d a s p e lo s s i s t e m a s m a t e r n o s , a lé m d a s j á r e a ­

n á r ia e s t ã o i l u s t r a d a s m a i s a d ia n t e n e s t e c a p í t u lo , n o R e s u m o d e E m b r i o ­

l i z a d a s n o r m a l m e n t e p e l o s r e f e r i d o s s i s t e m a s . P o r e x e m p lo , a m ã e d e v e

logia:

a b s o r v e r o x i g ê n i o , n u t r i e n t e s e v i t a m i n a s p a r a s i e p a r a o f e t o , a lé m d e

O D e s e n v o lv im e n t o d o S is te m a U r in á r io .

e l i m i n a r t o d o s o s r e s í d u o s g e r a d o s . E m b o r a is s o n ã o s e ja u m a s o b r e c a r g a

O cório [Figura 28.5a, b]

O m e s o d e r m a a s s o c ia d o à a la n tó id e s e d is s e ­

n a s s e m a n a s in ic ia is d a g e s ta ç ã o , a d e m a n d a s o b r e a m ã e t o r n a - s e m a is

m in a a t é s e e s t e n d e r c o m p l e t a m e n t e e m t o r n o d o i n t e r i o r d o t r o f o b l a s t o ,

s i g n i f i c a t i v a n o s t r i m e s t r e s s e g u i n t e s , c o m o c r e s c i m e n t o d o fe t o . E m t e r ­

f o r m a n d o u m a c a m a d a m e s o d é r m i c a s u b ja c e n t e a o t r o f o b l a s t o . E s t a c o m ­

m o s p r á t i c o s , a m ã e d e v e s e a li m e n t a r , r e s p i r a r e e x c r e t a r p o r d o i s .

b in a ç ã o d o m e s o d e r m a c o m o t r o f o b l a s t o é o

cório (Figura 28.5a,b).

L o g o q u e o c o r r e a im p la n t a ç ã o , o s n u t r ie n te s a b s o r v id o s p e lo t r o ­ f o b la s t o p o d e m f a c i l m e n t e a t i n g i r o d i s c o g e r m i n a t i v o ( b l a s t o d i s c o ) p o r

Circulação placentária [Figura 28.6]

A

Figura 28.6a

e s q u e m a tiz a a

c ir c u la ç ã o n a p la c e n ta a o fin a l d o p r im e ir o tr im e s t r e . O s a n g u e flu i d o

artérias um bilicais e r e t o r n a a o fe t o (Figura 28.6b) f o r n e ­

s i m p le s d i f u s ã o . E n t r e t a n t o , q u a n d o o e m b r i ã o e o c o m p l e x o t r o f o b l á s t i c o

fe t o p a r a a p l a c e n t a a t r a v é s d e d u a s

c r e s c e m , a d i s t â n c i a e n t r e o s d o is a u m e n t a e a d i f u s ã o t o r n a - s e in s u f i c ie n t e

por um a

p a r a a c o m p a n h a r a s d e m a n d a s d o e m b r i ã o e m d e s e n v o l v im e n t o . O c ó r i o

c e m u m a á re a d e s u p e r fíc ie p a r a d ifu s õ e s a tiv a s e p a s s iv a s e n tr e a c o r ­

veia um bilical.

A s v ilo s id a d e s c o riô n ic a s

s o l u c i o n a e s te p r o b l e m a p o r q u e o d e s e n v o l v i m e n t o d e v a s o s s a n g ü í n e o s

r e n t e s a n g ü í n e a m a t e r n a e a f e t a l. C o m o f o i o b s e r v a d o n o C a p í t u l o 2 7 , a

n o in t e r io r d o m e s o d e r m a fo r n e c e u m s is te m a d e tr â n s it o r á p id o , lig a n ­

p la c e n t a t a m b é m s in te tiz a im p o r t a n t e s h o r m ô n io s q u e a t u a m ta n to n o s

739 A

d o o e m b r iã o a o tr o fo b la s to . A c ir c u la ç ã o a tra v é s d e ste s v a s o s c o r iô n ic o s

te c id o s m a t e m o s q u a n t o n o s e m b r io n á r io s .

p a ss a a o c o r r e r n o in íc io d a te r c e ir a s e m a n a d o d e s e n v o lv im e n t o , q u a n d o

g o n a d o t r o f in a c o r iô n ic a h u m a n a ( G C H ) c o m e ç a p o u c o s d ia s a p ó s a i m ­

o c o ra ç ã o c o m e ç a a b ater.

p l a n t a ç ã o ; e s t a s u b s t â n c ia e s t i m u l a o c o r p o l ú t e o a m a n t e r s u a p r o d u ç ã o

Placentação [Figura 28.5b,c,d,e]

d o e o te r c e ir o tr im e s t r e s , a p la c e n ta ta m b é m lib e r a p r o g e s te r o n a , e s tr ó -

O a p a re c im e n to d o s v a s o s s a n g ü ín e o s n o c ó r io é o p r im e ir o p a ss o n a

g e n o s , la c to g ê n io p la c e n tá r io h u m a n o ( L P H ) e r e la x in a . E ste s h o r m ô n io s

fo r m a ç ã o d e u m a p la c e n ta fu n c io n a l. N a te r c e ir a s e m a n a d o d e s e n v o l­

s ã o s i n t e t i z a d o s e l i b e r a d o s n a c i r c u l a ç ã o m a t e r n a p e lo t r o f o b l a s t o .

pág.

p ro d u ção da

d e p r o g e s t e r o n a d u r a n te o s e s tá g io s in ic ia is d a g r a v id e z . D u r a n te o s e g u n ­

v im e n t o

(Figura 28.5b),

o m e s o d e r m a se e ste n d e a o lo n g o d o c e n tro d e

c a d a u m a d a s v ilo s id a d e s tr o fo b lá s tic a s , fo r m a n d o

cas e m

vilosidades coriôni-

c o n t a t o c o m o s t e c id o s m a t e r n o s . E s s a s v i l o s i d a d e s c o n t i n u a m a

Embriogênese [Figuras 28.5b,c/28.7e Tabela 28.2] L o g o a p ó s o in íc io d a g a s tr u la ç ã o , o c r e s c im e n to d ife r e n c ia l e a s p r e g a s

a u m e n t a r e a se r a m ific a r , fo r m a n d o u m a in tr in c a d a r e d e n o in te r io r d o

fo r m a d a s n o d is c o e m b r io n á r io p r o d u z e m u m a b a u la m e n to q u e se p r o ­

e n d o m é tr io . O s v a s o s s a n g ü ín e o s m a te r n o s c o n tin u a m a s o fr e r e ro s ã o ,

je t a n a c a v id a d e a m n ió t ic a

e o s a n g u e m a t e r n o l e n t a m e n t e i n f i l t r a - s e a t r a v é s d a s l a c u n a s r e v e s t id a s

com o

p e lo s i n c i c i o t r o f o b l a s t o . O c o r r e , a s s im , a d i f u s ã o e n t r e o s a n g u e m a t e r n o ,

(Figura 28.5b). E s s e a b a u l a m e n t o é c o n h e c i d o prega da cabeça (cefálica); m o v i m e n t o s s e m e l h a n t e s l e v a m à f o r ­ m a ç ã o d e u m a prega da cauda (caudal) (Figura 28.5c). O em brião a g o r a

q u e f l u i a t r a v é s d a s l a c u n a s , e o s a n g u e f e t a l, q u e f l u i a t r a v é s d o s v a s o s n a s

e stá s e p a r a d o d o re s ta n te d o d is c o g e r m in a tiv o (b la s to d is c o ) e d a s m e m ­

v ilo s id a d e s c o r iô n ic a s .

b r a n a s e x t r a - e m b r io n á r ia s ta n to fis ic a m e n te q u a n t o d o p o n t o d e v is ta

N o in íc io , o b la s to c is to in te ir o é e n v o lv id o p o r v ilo s id a d e s c o r iô n ic a s .

d o d e s e n v o lv im e n to . A o r ie n t a ç ã o d e fin itiv a d o e m b r iã o a g o r a p o d e se r

O c ó r io c o n tin u a a a u m e n t a r d e ta m a n h o , e x p a n d in d o - s e c o m o u m b a lã o

o b s e r v a d a c o m p le ta m e n te , c o m as s u p e r fíc ie s d o r s a l e v e n t r a l e o s la d o s

n o in te r io r d o e n d o m é t r io e, n a q u a r t a s e m a n a d e d e s e n v o lv im e n t o , o

d ir e ito e e s q u e r d o . M u ita s d e sta s m u d a n ç a s d e p r o p o r ç ã o e a sp e c to , q u e

e m b r iã o , o â m n io e o s a c o v it e lin o e n c o n t r a m - s e s u s p e n s o s n o in te r io r d e

(Figura 28.5c). A c o n e ­ pedúnculo de conexão,

u m a c â m a r a e m e x p a n s ã o p r e e n c h id a p o r líq u id o x ã o e n tre o e m b r iã o e o c ó r io , c o n h e c id a c o m o

o c o r r e m e n tre a q u a r t a s e m a n a d e d e s e n v o lv im e n to e o fin a l d o p r im e ir o trim e s tr e , sã o o b s e r v a d a s n a

Figura 28.7.

O p r im e ir o tr im e s t r e é u m p e r ío d o c r ític o p a r a o d e s e n v o lv im e n to

c o n t é m a s p o r ç õ e s d i s t a i s d a a la n t ó i d e e v a s o s s a n g ü í n e o s , t r a n s p o r t a n d o

p o r q u e o s e v e n t o s q u e o c o r r e m n a s p r i m e i r a s d o z e s e m a n a s e s t a b e le c e m a

s a n g u e e m d i r e ç ã o à p l a c e n t a e a p a r t i r d e la . A e s t r e i t a c o n e x ã o e n t r e o

b a se p a r a a fo r m a ç ã o d o s ó rg ã o s , u m p ro c e ss o d e n o m in a d o

e n d o d e r m a d o e m b r iã o e o s a c o v ite lin o é d e n o m in a d a

dueto vitelino. A

f o r m a ç ã o d o p e d ú n c u l o d e c o n e x ã o e d o d u e t o v i t e l i n o é i l u s t r a d a a d ia n t e

se.

organogêne-

Im p o r ta n te s m a r c a d o r e s d o d e s e n v o lv im e n to d u r a n te a o r g a n o g ê n e se ,

e m c a d a s i s t e m a d e ó r g ã o s , e s t ã o d e t a lh a d o s n a T a b e la 2 8 .2 .

O SISTEMA GENITAL

Sinciciotrofoblasto

Decídua capsular

Âmnio

Cordão umbilical (seccionado)

Placenta

Saco vitelino

Tecido conectivo embrionário

Area preenchida por sangue materno

Vasos sangüíneos fetais

Cório

(b) Vilosidade coriônica, secção transversal

ML x 280

Vilosidades coriônicas

Area preenchida por sangue materno

Tampão (mucoso) no canal do colo do útero

Vasos sangüíneos maternos

Óstio do útero

C olo do útero

n j

Am nio

Trofoblasto (camadas celular e sincicial)

Vagina (a) Representação da organização placentária

Figura 28.6 uma visão tridimensional da estrutura placentária. (a) Para maior clareza, o útero é mostrado após a remoção do embrião e a secção do cordão umbilical. O sangue flui para o interior da placenta através das artérias maternas rompidas e passa ao redor das vilosidades coriônicas, as quais contêm os vasos sangüíneos fetais. O sangue fetal chega através das duas artérias umbilicais e volta através da veia umbilical, única. O sangue materno entra novamente no sistema venoso da mãe através das paredes rompidas das pequenas veias uterinas. O fluxo sangüíneo materno é mostrado por meio de setas; note que não ocorre mistura entre o sangue materno e o fetal, (b) Histologia de uma vilosidade coriônica, secção transversal mostrando o sinciciotrofoblasto exposto ao espaço de sangue materno.

C a p itu lo 2 8



0

75/

Sistem a G enital: E m b rio lo g ia e D e s e n v o lv im e n to H u m a n o

Futura cabeça do embrião

Bulbo Orelha

Placa neural espessada (formará o encéfalo)

Arcos faríngeos

Cérebro Olho

Eixo da futura medula espinal

Coração

Somitos

Somitos Pedúnculo de conexão

Pregas neurais

Parede da cavidade amniótica (seccionada)

Broto do membro superior

Cauda

Broto do membro inferior Futura cauda do embrião (a) 2 a s e m a n a

(b) 4 a s e m a n a

Vilosidades coriônicas

- Âmnio Cordão umbilical

(c) 8S s e m a n a

(d) 12= s e m a n a

F ig u r a 2 8 .7 o primeiro trimestre. (a) Um a M EV da su p e rfície dorsal de um em brião de duas sem anas; a neurulação (form ação do tubo neural) está em andam ento, (b-d) D esenvo lvim ento h u m a r : no : r -e iro trimestre visto por meio de um endoscópio de fibra óptica.

L REVISÃO DOS CONCEITOS 1. Qual é a fin alid a d e da m assa ce lu la r interna d o b la sto cisto ? 2

Qual é a fu n çã o d o sin cic io tro fo b la sto ?

5. Q«je sis te m a s têm orig em na cam a d a m e so d é rm ica ? — Q u a is sã o a s fu n çõ e s da placenta? Veja a seção de Respostas na parte final do livro.

m e s e s s e g u in te s , e s s e s s is te m a s c o m p le ta r ã o s e u d e s e n v o lv im e n t o fu n c io -

o s e g u n d o t r im e s t r e , o fe to e n v o lv id o p e lo â m n io c r e s c e m a is r a p id a m e n t e d o q u e a p la c e n ta . E m p o u c o te m p o , a c a m a d a e x t e r n a d o m e s o d e r m a q u e re c o b re o â m n io fu n d e -s e c o m o re v e s tim e n to in te r n o d o c ó r io . A

Figura

2 8 .8 m o s t r a u m f e t o d e q u a t r o m e s e s o b s e r v a d o p o r m e i o d e u m e n d o s c ó ­ p io d e f i b r a ó p t ic a e u m fe t o d e s e is m e s e s v is t o a o u lt r a - s o m . D u r a n t e o te r c e ir o t r im e s t r e , t o d o s o s s is te m a s d e ó r g ã o s d o fe to t o r ­ n a m - s e fu n c io n a is . A v e lo c id a d e d e c r e s c im e n to c o m e ç a a d im in u ir , m a s,

CYYi t o m K -absolvtos, este é o ttvm estre e m o,ue se o b serv a o m a io r %anho

O segundo e o terceiro trimestres Figuras 28.7d/28.8/28.9 e Tabela 28.21

d e p e s o . E m t r ê s m e s e s o fe t o g a n h a c e r c a d e 2 ,6 k g , a t in g in d o o p e s o d e

A o r n i a l d o p r i m e i r o t r i m e s t r e ( F ig u ra 2 8 . 7 d ) e s t ã o f o r m a d o s o s r u d i m e n -

d e s c r it o s e m d e t a lh e s n o R e s u m o d e E m b r io lo g ia , n o f in a l d e s t e c a p ít u lo , e

de t o d o s o s p r in c ip a is s is te m a s d e ó r g ã o s d o c o r p o . A o lo n g o d o s trê s

n a s c im e n t o d e a p r o x im a d a m e n t e 3 ,2 k g . E v e n to s im p o r t a n t e s n o d e s e n ­ v o lv im e n t o d o s s is te m a s d e ó r g ã o s n o s e g u n d o e te r c e ir o tr im e s t r e s e s tã o

o s p o n t o s p r in c ip a is e n c o n t r a m - s e n a T a b e la 2 8 .2 .

O S I S T E M A G E N IT A L

TABELA 28.2

Uma visão geral do desenvolvimento pré-natal

Material Básico no Capítulo 3: A Formação dos Tecidos (pág. 79) O Desenvolvimento dos Epitélios (pág. 80) As Origens dos Tecidos Conectivos (pág. 81) O Desenvolvimento dos Sistemas de Órgãos (págs. 82-83) Idade gestacional (meses)

Tamanho e peso

Tegumento comum

5 mm

Sistema esquelético

Sistema muscular

Sistema nervoso

Órgãos dos sentidos "especiais"(sensoriais)

( i) S o m i t o s

( i) S o m i t o s

( i) T u b o n e u r a l

( i) O lh o e o r e l h a

;í ) C a r t i l a g e n s

(t) R u d im e n t o s d e

( i) O r g a n i z a ç ã o d a s

( i) C a lí c u l o s g u s t a t ó r i o s ,

0 ,0 2 g

28 m m 2 ,7 g

78 m m 26 g

13 3 m m 15 0 g

( i) V a l e s d a u n h a ( l e it o s u n g u e a is ) ,

d o s e s q u e le t o s

m u s c u la tu r a

p a rte s c e n tra l (S N C )

fo líc u lo s p ilo s o s e

a p e n d ic u la r e a x ia l

a x ia l

e p e r ifé r ic a ( S N P )

g lâ n d u la s s u d o r ífe r a s

d o s is t e m a n e r v o s o ,

( s u d o r íp a r a s )

c r e s c im e n to d o c é re b ro

( i) A p a r e c i m e n t o d a s c a m a d a s e p id é r m ic a s

( i) P ê l o s e g l â n d u l a s seb áceas (t) G l â n d u l a s s u d o r í f e r a s

18 5 m m 460 g

( i) D i s s e m i n a ç ã o

(t) R u d im e n t o s d e

d o s ce n tro s d e

m u s c u la tu r a

o s s ific a ç ã o

a p e n d ic u la r

( i) A r t ic u la ç õ e s

I n íc io d a

(t ) O r g a n i z a ç ã o d a fa c e

m o v im e n ta ç ã o

e d o p a la t o ó s s e o

(t) E s t r u t u r a b á s ic a d o e n c é fa lo e d a m e d u la e s p in a l ( i) R á p i d a e x p a n s ã o d o céreb ro

d o fe t o

( i) P r o d u ç ã o d e

e p it é lio o l f a t ó r i o

(t) E s t r u t u r a b á s i c a d o o lh o e d a o r e lh a ( i) R e c e p t o r e s p e r i f é r i c o s

(i) M ie lin iz a ç ã o d a

q u e r a tin a e d e u n h a s

m e d u la e s p in a l

230 m m

(t) M ú s c u lo s d o

823 g

p e r ín e o

(i) T r a to s d a p a r te c e n tr a l d o s is te m a n e r v o s o (S N C ) (t) E s t r a t ific a ç ã o d o c ó r t e x cereb ral

270 m m

( i) Q u e r a t i n i z a ç ã o ,

1 .4 9 2 g

u n h a s e p ê lo s

(t) P á l p e b r a s s e a b r e m , r e t i n a s e n s í v e l à lu z

3 10 m m

(i) C a r t i l a g e n s

2 .2 7 4 g

e p ifis ia is

(t) R e c e p to r e s g u s ta tó r io s fu n c io n a is

346 m m 2 .9 12 g D e s e n v o lv im e n to

M o d i f i c a ç ã o d o s p ê lo s

C o n tin u a ç ã o d a

A u m e n to d a m a ssa

p ó s-n a ta l

e m c o n s is tê n c ia e

fo r m a ç ã o e d o

e d o c o n tr o le

m ie lin iz a ç ã o ,

d is tr ib u iç ã o

c r e s c im e n to d a s

m u s c u la r

e s tr a tific a ç ã o e fo r m a ç ã o

c a r tila g e n s e p ifis ia is

C o n tin u a ç ã o d a

d o s tra to s d o S N C

R esu m o s de

O d e se n v o lv im e n to

O d e s e n v o lv im e n t o d o

O d e se n v o lv im e n to

In tro d u ç ã o ao

O d e s e n v o lv im e n to d o s

E m b r io lo g ia p o r

d o te g u m e n to c o m u m

c r â n io (p á g s. 7 6 6 -7 6 7 )

d o s m ú s c u lo s (p á g s.

d e s e n v o lv im e n to d o

ó r g ã o s d o s s e n tid o s

S is t e m a

(p ágs. 7 6 4 -7 6 5 )

O d e se n v o lv im e n to

7 7 2 -7 7 3 )

s is te m a n e r v o s o (p á g . 7 7 4 )

“ e s p e c ia is ” (p á g s . 7 7 9 - 7 8 0

d a c o lu n a v e rte b ra l

O d e s e n v o lv im e n to d a

(p á g s. 7 6 8 -7 6 9 )

m e d u la e s p in a l e d o s

O d e s e n v o lv im e n to d o

n e r v o s e s p in a is (p á g s.

e s q u e le to a p e n d ic u la r

7 7 5 -7 7 6 )

(p á g s. 7 7 0 - 7 7 1)

O d e s e n v o lv im e n to d o e n c é fa lo e d o s n e r v o s c r a n ia n o s (p á g s. 7 7 7 - 7 7 8 )

N o ta : (i) in íc io d a fo r m a ç ã o ; (t) t é r m in o d a fo r m a ç ã o .

C a p ít u l o

Sistema endócrino

28 • O Sistema Genital: Embriologia e Desenvolvimento Humano

Sistemas circulatório e linfático

Sistema respiratório

Sistema digestório

Sistema urinário

( i) B a t i m e n t o s c a r d í a c o s

( i) T r a q u é i a e p u l m õ e s

( i) T r a t o g a s t r i n t e s t i n a l,

(t ) A l a n t ó i d e

Sistema genital

fíg a d o e p â n c re a s (t) S a c o v it e lin o ( i) T i m o , g l â n d u l a tir e ó id e , h ip ó fis e e g lâ n d u la s u p r a -r e n a l

(t) E s t r u t u r a b á s i c a d o c o ra ção , g ra n d e s vaso s s a n g ü ín e o s , lin fo n o d o s e d u e t o s l in f á t ic o s

( i) E x t e n s a r a m i f i c a ç ã o

( i) P a r t e s d o t r a t o

b ro n q u ia l n o

g a s t r i n t e s t i n a l,

m e d ia s t i n o

v ilo s id a d e s e g lâ n d u la s

(t) D ia fr a g m a

( i) R i n s ( f o r m a a d u l t a )

( i) G l â n d u l a s m a m á r i a s

s a liv a r e s

( i) F o r m a ç ã o d e s a n g u e n o fíg a d o

11 ) T i m o e g l â n d u l a tir e ó id e

( i) G ô n a d a s , d u e t o s

(t) V e s íc u la b ilia r e

( i) T o n s il a s , f o r m a ç ã o d e

e ó r g ã o s g e n it a is

p ân creas

s a n g u e n a m e d u la ó sse a

e x te r n o s d e fin itiv o s ( i) D e g e n e r a ç ã o d o s r i n s

( i) M i g r a ç ã o d e l i n f ó c i t o s

e m b rio n á rio s

p a ra os ó rg ão s lin fá t ic o s , fo r m a ç ã o d e san gu e n o b aço (t) T o n s i l a s

(t) N a r in a s a b e rta s

(t ) P a r t e s d o t r a t o g a s tr in t e s tin a l

t ) G lâ n d u la s u p r a - r e n a l

(t) B a ç o , f í g a d o e m e d u l a

( i) A l v é o l o s p u l m o n a r e s

(t ) O r g a n i z a ç ã o e p i t e l i a l e g lâ n d u la s

ó ssea

( i) D e s c e n s o d o s t e s t í c u l o s

(t ) P r e g a s i n t e s t i n a i s

(t) H ip ó fis e

R a m ific a ç ã o p u lm o n a r

F o r m a ç ã o c o m p le ta d o s

C o m p le ta -s e o d e sc e n so

e f o r m a ç ã o a lv e o la r

n é fr o n s a o n a s c im e n to

d o s te s tíc u lo s p r ó x im o a o n a s c im e n to o u a o

c o m p le ta s

n a s c im e n to

M o d ific a ç õ e s c a r d io v a s c u la r e s a o n a s c i m e n t o ; o s is t e m a lin fá t ic o a o s p o u c o s to r n a se p le n a m e n te o p e r a c io n a l O d e s e n v o lv im e n to d o

O d e s e n v o lv im e n to d o

O d e s e n v o lv im e n to d o

O d e s e n v o lv im e n to d o

O d e s e n v o lv im e n to d o

O d e s e n v o lv im e n to d o

s is t e m a e n d ó c r i n o ( p á g s .

c o ra ç ã o (p á g . 7 8 3 )

s is te m a r e s p ir a t ó r io

s is te m a d ig e s tó r io (p á g s .

s is te m a u r in á r io (p á g s .

s is te m a g e n it a l (p á g s . 7 9 3 -

7 8 1-7 8 2 )

O d e s e n v o lv im e n to d o

(p ág s. 7 8 7 -7 8 8 )

7 8 9 -7 9 0 )

7 9 1-7 9 2 )

795)

s is te m a c ir c u la t ó r io (p á g s. 7 8 4 -7 8 5 ) O d e s e n v o lv im e n to d o s is t e m a l i n f á t i c o ( p á g . 786)

O S IS T E M A GENITAL

760

(a) Feto de quatro m e s e s (im agem e n d o sc ó p ic a )

(b) Feto d e s e is m e s e s (im agem de ultra-som )

Figura 28.8 O segundo e o terceiro trimestres. (a) üm feto de quatro meses visto por meio de um endoscópio de fibra óptica, (b) Cabeça de um feto de seis m eses vista ao ultra-som.

A o fin a l d a g e s ta ç ã o , u m ú te ro típ ic o te rá p a s s a d o p o r u m in te n so c r e s c im e n to ; s e u c o m p r im e n t o p a s s a r á d e 7 ,5 c m p a r a a té 3 0 c m e c o n te r á p r a tic a m e n t e 5 litr o s d e líq u id o . O ú te ro e s e u c o n te ú d o p e s a m a p r o x im a ­ d a m e n te 1 0 k g . E s t a n o t á v e l e x p a n s ã o o c o r r e p e lo a u m e n t o d o ta m a n h o e p e lo a lo n g a m e n t o d a s fib r a s m u s c u la r e s lis a s e x is te n te s . A

Figura 28.9

m o s t r a a p o s iç ã o d o ú t e r o , d o fe t o e d a p la c e n t a d e s d e a 1 6 â s e m a n a a té o

termo ( n o v e

m e s e s ). E m u m a g r a v id e z a te r m o , o ú t e r o e o fe to c o m ­

p r im e m m u it o s d o s ó r g ã o s a b d o m in a is e o s d e s lo c a m d e su a s p o s iç õ e s n o r m a is

(Figura 28.9c).

Fases do trabalho de parto [Figura 28 . 10] O tr a b a lh o d e p a r t o é g e r a lm e n te d iv id id o e m trê s fa se s

(Figura 28.101: a

fase de dilatação, afase de expulsão e a fase placentária.

A fase de dilatação [Figura 28.10a] A

fase de dilatação (Figura 28.10a)

te m in íc io c o m o c o m e ç o d o tra b a lh

d e p a r t o v e r d a d e ir o , e n q u a n t o o c o lo d o ú t e r o s e d ila t a e o fe to c o m e ç a a se m o v e r p a r a b a ix o e m d ir e ç ã o a o ó s t io d o ú t e r o . E s s a fa s e t ip ic a m e n ­ te d u r a o it o h o r a s o u m a is , m a s d u r a n t e e ste p e r ío d o a s c o n t r a ç õ e s d : p a r to o c o r r e m a in te r v a lo s d e 10 a 3 0 m in u to s . A o fin a l d e ste p r o c e s s :

Trabalho de parto

g e r a lm e n te o â m n io se r o m p e , e v e n to e ste m u it a s v e z e s r e f e r id o c o m o

o

“ r o m p i m e n t o d a b o l s a d e á g u a ”.

O o b je t iv o d o t r a b a lh o d e p a r t o é a e x p u ls ã o d o fe to , u m p r o c e s s o c o ­

d e s e n c a d e a d o p e la c o m b in a ç ã o d o a u m e n t o d o s n ív e is d e o x it o c in a e d o

A fase de expulsão [Figura 28.10b] A fase de expulsão (Figura 28.10b) c o m e ç a

a u m e n t o d a s e n s ib ilid a d e d o ú t e r o a e s ta s u b s t â n c ia . E s t a c o m b in a ç ã o

la ta c o m p le t a m e n t e , p r e s s io n a d o e a b e r t o p e la a p r o x im a ç ã o d o fe to . A e x ­

contrações do parto n o m i o m é t r i o . D u r a n t e o trabalho de par­ to verdadeiro, e m o p o s i ç ã o a o s e s p a s m o s u t e r i n o s o c a s i o n a i s d o trabalho de parto falso, c a d a c o n t r a ç ã o i n i c i a - s e n a s p r o x i m i d a d e s d o f u n d o d o

n a , u m p e r ío d o q u e g e r a lm e n te d u r a m e n o s d e d u a s h o r a s . A c h e g a d a

n h e c id o c o m o

parto,

p a r t u r iç ã o o u n a s c im e n to . O t r a b a lh o d e p a r to é

e s t im u la a s

q u a n d o o c o lo d o ú te ro se

di­

p u ls ã o c o n t in u a a té q u e o fe to te n h a c o m p le t a d o s u a p a s s a g e m p e la v a g i ­

re c é m -n a s c id o a o a m b ie n te e x t e r n o re p r e s e n ta o n a s c im e n to , o u

do parto.

ú t e r o e d is s e m in a - s e e m u m a o n d a e m d ir e ç ã o a o c o lo d o ú te ro . E ss a s

S e a c a v i d a d e d a v a g i n a é m u i t o e s t r e i t a p a r a p e r m i t i r a p a s s a g e m c>:

c o n t r a ç õ e s s ã o fo r t e s e o c o r r e m a i n t e r v a lo s r e g u la r e s . C o n f o r m e o p a r t o

fe to e e x is te r is c o im in e n t e d e la c e r a ç ã o d o p e r ín e o , a a b e r t u r a p o d e se r

se a p r o x im a , a s c o n tr a ç õ e s a u m e n t a m e m fo r ç a e fr e q ü ê n c ia , m u d a n d o a

a la r g a d a t e m p o r a r ia m e n t e p o r m e io d e u m a in c is ã o n a m u s c u la t u r a d o

p o s iç ã o d o fe to e m o v e n d o - o e m d ir e ç ã o à v a g in a .

p e r ín e o . A p ó s o p a r to , e sta

ep isio to m ia

p o d e s e r re p a ra d a c o m s u tu ra s.

C a p it u lo

28 • O Sistema Genital: Embriologia e Desenvolvimento Humano

preparação para o parto Placenta

Útero Cordão umbilical

Líquido amniótico Colo do útero

Feto de 16 semanas

Vagina

(a) Gestação de quatro meses

(b) G estação de três a nove meses

Intestino delgado

Estômago Pâncreas Colo transverso Aorta

Fundo do útero

Veia ilíaca comum

Cordão umbilical

Tampão (mucoso) do colo do útero

Placenta

Ostio do útero Bexiga urinária Sínfise púbica

Vagina Uretra

(c) G estante a term o (feto a termo) F ig u r a 2 8 .9

(d) Não-gestante

O crescimento do útero e do feto.

(a) G ra v id e z a o s q u a tro m e s e s (16 sem anas), m o stra n d o a s p o s iç õ e s d o útero, d o fe to e da pla ce nta . (b) M u d a n ç a s no ta m a n h o d o ú te ro d u ra n te o se g u n d o e o terce* ro trim e stre s, (c) G e s ta ç ã o a te rm o. N o te a p o s iç ã o d o ú te ro e do fe to e o d e s lo c a m e n to d o s ó rg ã o s a b d o m in a is e m re la çã o à im ag e m em (d), (d) P o s içã o e o rie n ta çã o d o s ó rg ã o s e m u m a não-g estan te.

O SIS T E M A GENITAL

P la c e n ta

C o r d ã o u m b ilic a l P r o m o n t ó r io d o s a c ro

Canal do

S ín f is e

C o lo d o

c o lo d o

p ú b ic a

útero (co m o ó stio)

ú te ro

V a g in a

(a) A FASE DE DILATAÇÃO

F e to to ta lm e n te d e s e n v o lv id o a n te s d o tra b a lh o d e parto

F ig u ra 2 8 .1 0

\

As fases do trabalho de parto.

/

(b) A FASE DE EXPULSÃO

e m u m p r o c e d im e n t o b e m m a is s im p le s d o q u e o tr a t a m e n t o d o s s a n ­

e a m e n t o s e d a s le s õ e s te c id u a is d e c o r r e n te s d a s la c e r a ç õ e s d a r e g iã o d o

r e r ín e o , p o t e n c ia lm e n t e e x te n s a s . A s p r o p o r ç õ e s d e d i m e n s ã o e n t r e o c r â n i o d o fe t o e a a b e r t u r a i n f e r i o r

d a p e lv e m a t e r n a t ê m r e l a ç ã o c o m a f a c i l i d a d e e o s u c e s s o d o p a r t o . S e a

p r o g r e s s ã o é le n ta o u s u r g e m c o m p lic a ç õ e s d u r a n te a s fa se s d e d ila t a ç ã o o u

e x p u ls ã o , a c r i a n ç a p o d e s e r r e m o v i d a p o r m e i o d e u m a

incisão cesariana.

E m t a is c a s o s , é fe i t a u m a i n c i s ã o n a p a r e d e a b d o m i n a l e o ú t e r o é a b e r t o : s u fic ie n te p a r a p e r m it ir a p a s s a g e m d a c a b e ç a d a c r ia n ç a . E ste p r o c e d i— e n to é in d ic a d o e m c e rc a d e 1 5 a 2 5 % d o s p a r to s n o s E s t a d o s U n id o s , - .r u a lm e n t e , e s f o r ç o s v ê m s e n d o r e a l i z a d o s p a r a r e d u z i r a f r e q ü ê n c i a t a n t o d e e p i s i o t o m i a s q u a n t o d e c i r u r g i a s c e s a r ia n a s .

A fase placentária [Figura 28.10c] D u ra n te a

fase placentária

d o p a r to (F ig u ra 2 8 .1 0 c ) , o c o rre u m a u m e n ­

to d a t e n s ã o d o s m ú s c u l o s n a s p a r e d e s d o ú t e r o p a r c i a l m e n t e v a z i o , e o ta m a n h o d o ó r g ã o d im in u i a o s p o u c o s . E sta c o n t r a ç ã o u t e r in a r o m p e as c o n e x õ e s e n tr e o e n d o m é t r io e a p la c e n ta . G e r a lm e n t e d e n t r o d e u m a h o r a ip ó s o p a r to , a fa s e p la c e n tá r ia t e r m in a c o m a e x p u ls ã o d a p la c e n ta , o u

parto. O

pós-

e m t o r n o d e 5 0 0 a 6 0 0 m L ) , p o r é m , c o m o o v o lu m e s a n g ü ín e o m a te r n o « t e v e a u m e n t a d o d u r a n te a g r a v id e z , e s s a p e r d a p o d e s e r to le r a d a .

Trabalho de parto prematuro O

trabalho de parto prem aturo

o c o r r e q u a n d o o tr a b a lh o d e p a r to v e r ­

d a d e ir o é i n i c i a d o a n t e s q u e o fe t o t e n h a c o m p l e t a d o s e u d e s e n v o l v i m e n t o n o r m a l. A s c h a n c e s d e s o b r e v iv ê n c ia d o r e c é m - n a s c id o e s tã o r e la c io n a d a s d ir e t a m e n t e c o m o s e u p e s o a o n a s c i m e n t o . A p e s a r d o s e s f o r ç o s in t e n s o s s a r a a m a n u te n ç ã o d a v id a , c r ia n ç a s q u e n a s c e m p e s a n d o m e n o s d e 4 0 0 g ; m g e r a l n ã o s o b r e v i v e r ã o , p r i n c i p a l m e n t e p o r q u e o s s is t e m a s r e s p i r a t ó r i o , : i r c u l a t ó r i o e u r i n á r i o n ã o e s t ã o a p t o s p a r a m a n t e r a v i d a s e m a a ju d a d o s s is te m a s m a t e r n o s . C o m o r e s u l t a d o , a l i n h a d e d i v i s ã o e n t r e

tâneo e

(c) A FASE PLACENTÁRIA

d e s lig a m e n to d a p la c e n ta é a c o m p a n h a d o d e u m a p e r d a s a n g ü ín e a

parto prem aturo

aborto espon­

g e r a lm e n te é d e fin id a e m 5 0 0 g , o p e s o n o r m a l

i t i n g i d o p e l o fe t o p o r v o l t a d o f i n a l d o s e g u n d o t r i m e s t r e . C r ia n ç a s n a s c id a s a n t e s d e c o m p le t a r s e te m e s e s d e g e s ta ç ã o ( p e s o

ib a ix o d e 1 k g ) tê m m e n o s d e 5 0 %

d e c h a n c e d e s o b r e v iv e r , e m u it o s

E x p u ls ã o d a p la c e n ta

C a p ít u l o

28 • O Sistema Genital: Embriologia e Desenvolvimento Humano

Nota clínica Partos a fórceps e de apresentação pélvica (partos "de náde­ gas") Na m aioria das gestações, ao final da gravidez, o feto posicionouse no interior do útero de m odo que seu trajeto pelo canal do parto é ini­ ciado pela cabeça, send o que a face está voltada para o sa cro da mãe. Em ap ro xim a da m e nte 6% dos partos, o feto está com a face voltada para o púbis da mãe. Estes fetos podem na scer norm alm ente, dado o tem po su fi­ ciente, m as os riscos para a criança e para a m ãe são reduzidos pelo parto por fórceps. Os fó rce p s sã o instrum e ntos se m elh an te s a "pegadores-desalada", g ran d es e curvos, que podem se r in tro d u zid o s se p ara d a m e n te na cavidade da vagina, um lado de cada vez. Um a vez posicionados, eles são u nidos e utilizados para segurar a c ab e ça do feto. Uma força de tração ite rm ite n te é aplicada, de tal m odo que as forças e xe rcida s na cabeça do feto se a ssem elh em àq uelas do parto normal.

Em 3 a 4% d o s partos, o s m e m b ro s in fe rio re s ou a s n á d e g a s do fe to sã o as p rim e ira s e stru tu ra s a atin g ire m a c a v id a d e da vagina. Tais p a rtos sã o c o n h e c id o s c o m o partos de apresentação pélvica. Os ris­ c o s para a c ria n ça sã o re la tiv a m e n te a lto s n os p a rtos d e a p re se n ta çã o pélvica, p o rq u e o c o rd ã o u m b ilica l p o d e se r c o m p rim id o e a c irc u la ç ã o p la ce n tá ria in te rro m p id a. C o m o n o rm a lm e n te a c a b e ç a é a pa rte m ais larga do feto, o co lo do útero pod e se d ila ta r o s u fic ie n te para p e rm itir a passag em d o s m e m b ro s in fe rio re s e do re sta n te do corpo, m as não da ca b e ça . O a p ris io n a m e n to da c a b e ç a d o fe to c o m p rim e o c o rd ã o u m ­ bilical, p rolonga o parto e e x p õ e o feto a in te n so e stre s s e e a ris c o s de lesão. Se não fo r p o ssív e l o re p o s ic io n a m e n to m anual do feto, o parto por ce s a ria n a g e ra lm e n te é realizado.

s o b r e v iv e n te s s o fr e m d e g ra v e s a n o r m a lid a d e s n o d e s e n v o lv im e n t o . U m

parto prem aturo

g e ra u m r e c é m -n a s c id o c o m p e so s u p e r io r a 1 k g , e su a s

Nota clínica

c h a n c e s d e s o b r e v iv ê n c ia a tin g e m n ív e is q u e p o d e m s e r s a t is fa t ó r io s o u e x c e le n te s , d e p e n d e n d o d a s c ir c u n s t â n c ia s in d iv id u a is .

A avaliação do recém-nascido

O período neonatal O p r o c e s s o d e d e s e n v o lv im e n t o n ã o c e ss a a p ó s o n a s c im e n to , p o is o re c é m - n a s c id o a p r e s e n ta p o u c a s d a s c a r a c te r ís t ic a s a n a tô m ic a s o u fis io ló c ic a s d o a d u lto . O

p eríod o n eo n a ta l

se e s te n d e d e sd e o n a s c im e n to a té

u m m ê s d e v i d a e x t r a - u t e r in a . D iv e r s a s a lt e r a ç õ e s fis io ló g ic a s e a n a t ô m i ­ c a s o c o r r e m a té q u e o fe to c o m p le t e a t r a n s iç ã o p a r a o e s ta d o d e r e c é m n a s c id o , o u

neon ato. A n t e s

d o n a s c im e n to , a d ifu s ã o d e g a se s d is s o lv id o s ,

n u t r ie n te s , p r o d u t o s r e s id u a is , h o r m ô n io s e im u n o g lo b u lin a s o c o r r ia m p o r m e io d a in te r fa c e p la c e n tá r ia . A o n a s c e r , o r e c é m - n a s c id o p r e c is a to r n a r - s e re la tiv a m e n te a u to -s u fic ie n te , r e a liz a n d o p o r se u s p r ó p r io s ó r g ã o s e s is te m a s e s p e c ia liz a d o s o s p r o c e s s o s d e r e s p ir a ç ã o , d ig e s tã o e e x c r e ç ã o . A t r a n s iç ã o d o e s ta d o d e fe to p a r a o d e n e o n a to p o d e se r r e s u m id a c o n ­ fo r m e se seg u e:

C a da re c é m -n a sc id o é m in u ­ cio sa m e n te e xam inado após o nascim ento. O p ro ce d im e n to verifica a presença de an om alias an atôm ica s e fisio ló g ica s e tam bém oferece in ­ fo rm a çõ e s básicas, úteis para o acom pa n h am en to do desen volvim ento pós-natal. A lé m da ap arên cia geral, o pulso, a fre q ü ê n cia respiratória o peso, o co m p rim e n to e outras dim e n sõ e s físic a s são registrados. Os re cé m -n a scid o s são tam b é m su b m etid o s à triagem para d e te cç ã o de alte ra çõ e s m e ta b ó licas e genéticas, c o m o a fenilcetonúria (FCU) ou o hipotireoidismo congênito. O índice de Apgar con sid era a fre q ü ê n cia cardíaca, a freqüênci respiratória, o ton o m uscular, a re sp osta à e stim u la çã o e a co lo ra çã o da pele no p rim eiro e no quinto m inutos ap ós o nascim ento. Em cada cate g oria a cria n ça re ceb e um a pon tu a çã o que varia de 0 (ruim) a 2 (excelente), e as pontua çõe s sã o som adas. A escala utilizada no índice de A pgar (0-10) te m sid o con sid erad a c o m o um acurado fato r de prog­ n ó stico para a sob re vivê n cia de re cém -n ascid o s e para a d e te cç ã o da presença de lesão neurológica. Por exem plo, re cém -n ascid o s po rtad o­ res de paralisia cerebral apresentam um baixo índice de Apgar.

1 . A o n a s c im e n t o , o s p u lm õ e s e s tã o c o la b a d o s e r e p le t o s d e líq u id o ; p r e e n c h ê - l o s d e a r e x i g e u m a i n s p i r a ç ã o p o d e r o s a e in t e n s a . 2 . Q u a n d o o s p u lm õ e s se e x p a n d e m , o p a d r ã o d a c ir c u la ç ã o é m o d ific a ­

6

. O n e o n a to p o s s u i u m a c a p a c id a d e r e s tr it a d e c o n tr o le d a te m p e r a tu

d o e m fu n ç ã o d e a lt e r a ç õ e s n a p r e s s ã o s a n g ü ín e a e n a s v e lo c id a d e s d o

d o c o r p o , p r in c ip a lm e n t e n o s p r im e ir o s d ia s a p ó s o n a s c im e n to . C o

flu x o s a n g ü ín e o . O d u e to a r te r ia l se fe c h a , is o la n d o o tr o n c o p u lm o ­

fo r m e a c r ia n ç a c r e s c e e a e s p e s s u r a d e s e u r e v e s t im e n to d e is o la m e r

n a r d o s is tê m ic o ( a o r ta ) , e o fe c h a m e n t o d o fo r a m e o v a l is o la o á tr io

a d ip o s o s u b e u tâ n e o a u m e n ta , s u a ta x a m e t a b ó lic a ta m b é m a u m e n

d ire ito d o e s q u e rd o , c o m p le ta n d o a s e p a r a ç ã o d a s c ir c u la ç õ e s p u lm o ­

A s a lt e r a ç õ e s d e t e m p e r a t u r a d o c o r p o o c o r r e m d ia r ia m e n t e e m e s r

n a r e s is tê m ic a . E s ta s m o d ific a ç õ e s c a r d io v a s c u la r e s fo r a m d is c u t id a s

e m in te r v a lo s d e h o r a s , c o n t in u a n d o - s e a o lo n g o d a in fâ n c ia .

n o s C a p ít u lo s 2 1 e 2 2 .

a______________________

3 . A fr e q ü ê n c ia c a r d ía c a d e 1 2 0 a 14 0 b a t im e n to s p o r m in u to e a fr e ­ q ü ê n c ia r e s p ir a tó r ia d e 3 0 r e s p ir a ç õ e s p o r m in u to sã o n o r m a is e m n e o n a t o s e c o n s i d e r a v e l m e n t e m a i s a lt a s d o q u e a s d o s a d u l t o s .

4. A n t e s d o n a s c i m e n t o , o s i s t e m a d i g e s t ó r i o p e r m a n e c e r e l a t i v a m e n t e



R E V IS Ã O D O S C O N C E IT O S

1. Que alterações em brionárias são observadas no segundo trim estre? 2. Qual é a fase m ais lenta do trabalho de parto?

in a t i v o , e m b o r a e l e p o s s a a c u m u l a r u m a m i s t u r a d e s e c r e ç ã o b i l i a r ,

3. Por que um recém -nascido necessita repor líquidos em quantidades rele

m u c o e c é lu la s e p ite lia is . E s ta c o le ç ã o d e r e s íd u o s é e x c r e ta d a n o s p r i ­

vãm ente superiores em relação aos adultos? 4. O que desencadeia a expulsão da placenta?

m e ir o s d ia s d e v id a . N e s te p e r ío d o , a c r ia n ç a r e c é m - n a s c id a c o m e ç a a se a lim e n ta r . 5 . C o m o a c ú m u lo d e p r o d u t o s r e s id u a is n o s a n g u e a r te r ia l, s u a filt r a ­

Veja a s e ç ã o d e R e sp o sta s na p a rte fin a l d o livro.

ç ã o n o s rin s p a s s a a p r o d u z ir u r in a . A filtr a ç ã o g lo m e r u la r é n o r m a l, m a s a u r in a n ã o p o d e fic a r c o n c e n tr a d a e m g r a u s ig n ific a t iv o . C o m o

A p r ó x im a p a r te d e s te c a p ít u lo r e s u m e a s p e c t o s im p o r t a n t e s d o d

r e s u lt a d o , a s p e r d a s d e á g u a p e la u r i n a s ã o a lt a s , e a n e c e s s id a d e d e

s e n v o lv im e n t o e m b r io n á r io d e c a d a u m d o s s is te m a s d e ó r g ã o s . A T abi

re p o s iç ã o d e líq u id o s n o p e r ío d o n e o n a ta l é m u it o m a io r d o q u e a

2 8 . 2 , n a s p á g i n a s 7 5 8 a 7 5 9 , a p r e s e n t a u m a v i s ã o g e r a l d o s p r i n c i p a i s rei

d o s a d u lto s .

r e n c ia is d e d e s e n v o lv im e n t o q u e o c o r r e m a c a d a t r im e s t r e .

View more...

Comments

Copyright ©2017 KUPDF Inc.
SUPPORT KUPDF