Analise Transacional Revisada
January 22, 2023 | Author: Anonymous | Category: N/A
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ANÁLISE TRANSACIONAL REVISITADA (meio s século d depois)
Por Marco A. Oliveira Didata em AT (UNAT) São Paulo, maio de 2018
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ÍNDICE 1.
Eric Berne e a Análise Transacional
2.
Estados do ego
3.
Energia psíquica, catexia e mudança pessoal
4.
Transações
5.
Emoções autênticas e disfarces
6.
Carícias e desqualificações
7.
Posições Existenciais
8.
Estruturação do tempo
9.
Jogos psicológicos e Triângulo Dramático
10. Injunções e Script 11. Matriz do Script 12. MiniScript 13. Permissão, Proteção e Miniscript OK.
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UM PEQUENO DEPOIMENTO Em 1971 estive no México, participando do Congresso de Treinamento e Desenvolvimento da AMECAP – Asociación Mexicana de Capacitación. Ia representando a empresa de consultoria na qual trabalhava, mas também a ABTD – Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento, recém-fundada por nós. Lá conheci James Morrison, um americano convidado pela AMECAP a dar uma palestra sobre um tema novo: Análise Transacional, uma teoria sobre o comportamento humano criada por um psiquiatra canadense: c anadense: Eric Berne. Encantei-me com a lógica daquela abordagem: parecia que Berne tinha identificado as trilhas secretas dentro da mente das pessoas. Ele inventara uma espécie de tabuleiro de xadrez do inconsciente, para o qual não só indicava quais peças participavam do jogo, mas ainda quais movimentos possíveis poderiam ser esperado delas! Olhava-se para uma pessoa, conversava-se com ela, identificava-se uma das várias “ferramentas” oferecidas pela AT que parecia explicar o que a pessoa dizia ou fazia, deduzia-se algo sobre ela e, ao mesmo tempo, já se sabia, a partir daí, qual outra ferramenta utilizar para prosseguir no desvendamento daquela personalidade. Parecia mágico! Morrison foi breve em sua apresentação, mas abriu-nos perspectivas muito largas. Fiquei um pouco perturbado e quis mais daquilo; e fui atrás do livro de Thomas Harris (de 1967, Harper & Row) I’m OK – You’re OK , que o palestrante citara, e que não havia ainda saído em português. Importei-o e li-o avidamente. Ainda tenho o exemplar, bastante envelhecido e todo rabiscado. Voltando ao Brasil, apresentei a novidade à minha consultoria – e o efeito foi parecido, apesar de minha óbvia superficialidade: aquilo pareceu tão bom, que, de aimediato, nosso diretor de Psicologia Organizacional encampou ideia e passou a também estudá-la. Mas era difícil aprofundar o conhecimento daquela disciplina à distância da sede da ITAA (International Transactional Association), em San Francisco-EUA, praticamente sem livros ou artigos a respeito e sem ninguém que conhecesse a coisa no Brasil. Até que, em meados da década, quando eu já trabalhava para o IDORT, ficamos sabendo do interesse do dr. Roberto Kertész, um psiquiatra argentino que usava essa abordagem, em vir ao Brasil para divulgá-la. Foi como oferecer doce a crianças: trouxemos o Kertész para cá e, como começava a acontecer em outros países latino-americanos (Chile, Equador, Colômbia, Peru, Bolívia, Venezuela, vários outros da
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América Central) onde ele liderava movimentos semelhantes, logo um enxame de psicólogos, psiquiatras e treinadores de empresas se aglutinaram em torno dos programas de AT oferecidos pelo IDORT. Um sucesso! Formamos o primeiro grupo de analistas transacionais brasileiros, na grande maioria médicos e psicólogos interessados em aplicar psicoterapia, mas também um bom número de consultores e a AT em treinadores de empresas. Kertész liderava o movimento e nos apoiou muito, indicando e convidando pessoalmente estrangeiros da América Latina e especialistas em AT dos Estados Unidos, para participarem dos vários congressos, encontros e workshops que realizamos ao longo dos anos seguintes. Fiz minha formação sob a supervisão de Kertész, completando-a em 1977, quando fui aprovado nos exames para Didata pela ALAT (a associação latino-americana). Formamos também a UNA-AT (União Nacional dos Analistas-AT), a associação brasileira, que ainda existe e é hoje chamada UNAT. Por quase uma década, até meados dos anos 1980, a AT foi muito popular e fortemente requisitada nos consultórios e nas empresas. Formamos muitos analistas transacionais para aplicarem a AT em treinamentos comportamentais e consultoria empresarial. Mas, as coisas mudaram: a economia brasileira claudicou severamente, a inflação caiu sem dó sobre os brasileiros e latinoamericanos, as empresas demitiram em massa e os psicoterapeutas passaram a perder quantidades expressivas de pacientes; para complicar mais ainda, as faculdades despejavam no mercado contingentes enormes de novos e verdes psicólogos a cada semestre; a indústria farmacêutica desenvolvia uma variedade de novas “pílulas da felicidade”, que levavam as pessoas a se sentirem enganadoramente OK por via “química”; abordagens maissurgiram simplórias e rasas que a AT, mas exigindo bem menos treinamento, na psicologia... A quantidade de participantes em seminários, congressos e encontros de AT foi anualmente se reduzindo, até que na segunda metade da década já era nítido que UNAT, ALAT e ITAA haviam perdido grande parte de sua capacidade de atrair novos adeptos. Além disso, entre os Didatas e Didatas em Formação existentes, alguns infelizmente morreram, outros se sentiram atraídos por novidades e debandaram. Como acontece amiúde no campo da gestão, também os profissionais de empresa queriam “novidades” – e a AT, assim, passou, como inexoravelmente haviam passado, em épocas anteriores, entre outras abordagens, o D.O. e a Administração por Objetivos; e como também
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passariam em seguida a Reengenharia, Ree ngenharia, o TQC/TQM, a Learning Organization... Os treinadores e consultores de hoje, não conhecem a AT – somente sabem que está “velha”, o que quer que isso signifique. Uma jovem e inteligente consultora que recentemente “descobriu” a AT, foi entusiasmada falar dela a um“Ah, colega e ouviu deste, com um muxoxo de descaso, a frase: maspsicólogo aquilo...?” Claude Lévi-Strauss, o genial antropólogo estruturalista, certa vez disse (com outras palavras), que na América vai-se sem cerimônia do novo para o velho sem se deter no antigo. É o que acontece com as teorias psicológicas – e deu-se também com a Gestalt-terapia, a terapia centrada no cliente de Rogers, a terapia racional-emotiva e até o psicodrama, sem se falar na terapia behaviorista e até mesmo na “mãe de todas as terapias”, a psicanálise: com o seguir dos anos, a maioria dos conceitos, nessas abordagens, tornaram-se “antigas” (ainda plenamente funcionais, portanto), mas passaram a ser vistas como “velhas” (decrépitas, obsoletas). As pessoas menos avisadas não conseguem distinguir uma coisa da outra... Pouca gente abnegada frequenta hoje a UNAT, na grande maioria um seleto grupo de clínicos e quase ninguém trabalhando em administração. Por incrível que pareça, passaram-se nada menos que trinta anos até que, em meados de 2012, a associação conseguisse finalmente aprovar um novo Membro Didata Organizacional para juntar-se aos dois que restaram. Este texto, portanto, tem a finalidade de resgatar, para os interessados na aplicação da AT em variados campos – o treinamento afetivo e comportamental, o counseling, a consultoria de processo nas empresas, em particular – não a memória da suposta “velha” AT, mas a alta qualidade da “antiga” AT. Muito se aprendeu, nas últimas décadas sobre as teses e conceitos que orientaram Eric Berne e seus colegas na produção de sua teoria, a partir dos anos 1950: na neurociência e na genética, por exemplo, fizeram-se descobertas e desenvolveram-se conceitos que não estavam disponíveis nos tempos de Berne, Schiff, Karpman, Dusay, Steiner e outros. Mas, esses acréscimos – pode-se afirmar com prazer – de modo algum tornaram obsoletas as propostas anteriores da AT; ao contrário, as confirmaram e as enriqueceram. E, tanto quanto nossa competência nesse assunto o permita, tentaremos aqui revisitar a teoria da AT à luz de algumas delas. Marco A. Oliveira São Paulo, maio de 2018
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–1– ERIC BERNE E A ANÁLISE TRANSACIONAL Que é AT? –
A Análise Transacional (AT) é uma teoria sobre o comportamento humano. Tem a finalidade de facilitar a análise e a compreensão de como as pessoas se comportam e por que se comportam assim. Ela é empregada, especificamente, para ajudar as pessoas a mudar seu comportamento, quando impróprio, quando negativo, quando as fazem sofrer – quando, enfim, são prejudiciais à sua saúde física ou mental e à saúde das outras pessoas. A AT é, originalmente, uma técnica de psicoterapia, mas pode ser empregada em outros campos de atividade, como a empresa e a escola. O criador da AT –
Fotos de Eric Berne (1910-1970)
A AT foi criada por um médico psiquiatra canadense, Eric Berne (1910-1970), nascido em Montreal e que emigrou para os Estados Unidos ainda jovem adulto, indo Califórnia, onde desenvolveu suaresidir teoria.em San Francisco, na Berne preparou-se durante anos para ser um psicanalista. Porém, acabou por desistir quando ficou claro que defendia ideias que não combinavam exatamente com alguns dos postulados da psicanálise. Nessas circunstâncias, em curto período de tempo, em fins dos anos 1950, afastou-se da psicanálise e passou a desenvolver a AT, que ele rapidamente divulgou e que também rapidamente conquistou adeptos e popularizou-se. A disciplina foi sendo enriquecida, principalmente nos anos 60, pelas contribuições de diversos seguidores de Berne, como c omo Steve Karpman, Claude Steiner, John Dusay, Jacqui Schiff e outros, que participavam
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assiduamente dos Seminários de Psiquiatria Social de San Francisco, liderados por Berne. Após a morte de seu criador, a AT ainda recebeu outros aportes, já não mais, entretanto, com o mesmo vigor de antes. AT no Brasil –
Um psiquiatra argentino, seguidor de Berne, Roberto Kertész, foi o introdutor da AT no Brasil e na grande maioria dos países latinoamericanos.
Dr. Roberto Kertész
Em vários deles, inclusive em nosso país, a AT alcançou grande popularidade, especialmente nos anos 1970, quando se formou a UNAT Brasil – União Nacional dos Analistas Transacionais. Existem também uma associação internacional dos cultores dessa disciplina, a ITAA – International Transactional Analysis Association, com sede nos EUA e ainda uma associação latino-americana, a ALAT – Asociación Latinoamericana de Análisis Transaccional. A popularidade da AT cresceu exponencialmente logo nos seus primeiros anos, captando o interesse, em uma década se tanto, de milhões número de pessoas em seguramente de cincoenta países. Grande de países americanos,mais europeus e asiáticos têm suas próprias associações congregando analistas transacionais. A grande maioria deles realiza encontros frequentes entre os praticantes da disciplina, assim como congressos, cursos e workshops nacionais e internacionais. Tenha um primeiro contato com a UNAT Brasil e passeie pelo seu site em:
http://www.unat.com.br/conteudo.asp?cod=126
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Por que a Análise Transaciona Transacionall tem esse nome? –
Sabemos que a psicanálise se baseia em diversos pilares teóricos que procuram explicar as condutas humanas: o inconsciente, o complexo de Édipo, a transferência e os mecanismos de defesa são alguns deles. Por apresentar igualmente uma teoria sobre como as pessoas se comportam, buscar porquês tais formaspraticamente de conduta, as também a AT é euma linhaosde análisede , Entretanto, semelhanças entre as duas disciplinas não vão muito além desse aspecto. A AT é uma forma de análise transacional porque porque recorre especificamente à comunicação e à interação (as transações, portanto) entre as pessoas como modo de conhecê-las: é nessas interações ou transações com os outros que as pessoas revelam quem são e por que são assim. Valores da AT –
A AT sustenta que as pessoas nasceram OK (isto é, livres, autônomas e permanentes portadoras individuais de um estado de Bem-Estar – referido, no vocabulário da AT, por “OK-idade”, tradução do inglês OK-ness) e querem e devem permanecer OK. Essa “OK-idade”, ou estado de Bem-Estar, significa, em última análise, que as pessoas deveriam exercer plenamente sua capacidade natural de sentir e pensar por si mesmas, de decidir o que desejam na vida e ir em busca disso, e de viver relacionamentos autênticos e felizes, estabelecendo com as outras pessoas uma comunicação aberta e livre de preconceitos e de impedimentos psíquicos ou sociais. Qualquer forma de tolhimento ou limitação desse estado de BemEstar pessoal, como a que usualmente se dá pela educação restritiva que comumente recebemos em casa a partir da primeira infância, tem o efeito de nos tornar menos que OK (não-OK). Essa “não-OKidade” poderá exigir de nós, nos anos posteriores, grandes esforços para recuperarmos nossa mais legítima autonomia pessoal. Para a AT, portanto, é possível e desejável que as pessoas recuperem esse natural estado pessoal de Bem-Estar, o que podem fazer conhecendo-se melhor e adotando estratégias pessoais adequadas para mudar. Para isso, a AT tem se revelado uma ferramenta eficaz, capaz de ajudar as pessoas que se dedicam a aprendê-la e aplicá-la a produzir mudanças importantes em suas vidas. Características da AT –
Eric Berne diz, num livro clássico, que “a análise transacional oferece uma teoria sistemática, consistente, da dinâmica da personalidade
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social, derivada de experiências clínicas, e uma forma de terapia ativa e racional que, sendo adaptável e compreensível, é apropriada para a grande maioria dos pacientes psiquiátricos”.1 Nessa descrição, há que se destacar a ênfase dada pelo autor à aplicação psicoterapêutica da AT, que se baseia em “experiências clínicas” e é “apropriada para a grande maioria dos pacientes psiquiátricos”. Voltaremos a esta questão mais adiante. O outro ponto, na descrição da AT por Berne, diz respeito aos dois adjetivos iniciais com que ele classifica a disciplina: ela é uma teoria sistemática e consistente. Com esses dois termos, possivelmente Berne está afirmando que a AT é uma teoria cujo conteúdo é formado por conceitos que se ligam entre si dinamicamente (ela é sistemática) e que esses conteúdos mantendo forte integração entre si, permitindo que a observação de alguns comportamentos das pessoas levem a inferências válidas e ricas sobre como elas se mostrariam em outras situações ou circunstâncias (ela é consistente ). De fato, mas a AT oferece ainda outras qualidades além dessas. Ela é também: simples de entender , não exigindo formação sofisticada em
psicologia e fazendo uso de um vocabulário parecido com o que se fala no cotidiano2;
objetiva, permitindo uma compreensão imediata do
comportamento, indo diretamente ao que é mais relevante na conduta das pessoas e, por fim, tratando de comportamentos que podem ser verificados com facilidade; e
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BERNE, Eric.Ed. “Análisis Argentina), Psique,Transaccional 1976, p. 21].en Psicoterapia”. Buenos Aires 2
Sobre este aspecto, é preciso levar em conta que era justamente essa a intenção de Eric Berne: quando escolheu termos apropriados para designar os vários conceitos a AT, ele pretendeu, entre outras coisas, adotar uma linguagem que fosse inteligível para o homem comum – daí ter se socorrido de expressões de gíria e de uso coloquial no vocabulário do norte-americano médio. Entretanto, essa linguagem, plenamente identificada com o modo de vida do típico cidadão daquele país, tende a parecer tão estranha quanto uma linguagem técnica, quando traduzida para outro contexto cultural: racket , discount e stroke, por exemplo, são expressões são tão facilmente entendidas pelo analista transacional brasileiro, por exemplo, que utiliza em seu lugar, respectivament respectivamente, e, disfarce, desqualificação e carícia, termos que não são traduções fieis daqueles, mas se ajustam melhor às visões culturalmente orientadas que temos sobre esses conceitos.
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potente, causando forte impacto positivo nas pessoas, desde o
primeiro momento em que é empregada;
Formação do analista transacional –
A formação de um analista transacional obedece ainda hoje, com poucas formato fundou avariações, ITAA, nosaoanos 1960:estabelecido por Eric Berne, quando O interessado faz um contato inicial com a AT participando de
um curso introdutório, chamado 101, ministrado por analista transacional habilitado por uma das associações oficiais. Essa participação lhe dá o direito de participar da associação, como um Membro Regular.
Desejando iniciar uma formação, o Membro Regular inscreve-se
num curso de longa duração, chamado 202, no qual estuda a AT aplicada à área de seu interesse (Clínica, Organizacional ou Educacional). Durante esse treinamento, o estudante e studante passa a ser considerado um Membro Certificado Provisório, e atua sob a orientação de um supervisor. Ao final dessa etapa, após aprovação em exames teórico-práticos, ele se torna um Membro Certificado, tendo autorização da associação para aplicar AT em seu campo de trabalho.
Finalmente, o Membro Certificado pode ingressar num processo
formativo chamado 303, durante o qual é considerado Membro Didata Provisório. Ao final deste período final de formação, mediante novos exames, torna-se um Membro Didata Pleno da associação, categoria mais elevada de qualificação, que lhe permitirá ministrar o 101 e treinar e supervisionar Membros Certificados e Didatas Provisórios em cursos 202 e 303.
Obtenha mais informações sobre o processo de formação do analista transacional também no site da UNAT Brasil, em:
http://www.unat.com.br/conteudo.asp?cod=115
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–2– ESTADOS DO EGO O P-A-C –
Segundo a AT, a personalidade estrutura-se em três estados do ego, chamados Pai, Adulto e Criança (Parent 3, Adult e e Child , em inglês). A figura abaixo mostra a representação gráfica usual dos estados do ego:
Pai Adulto
preconceitos, clichês, dogmas, crenç cren ças, normas de vida, valores, regras de conduta
aná análise, pensamento ló lógico, raciocí racioc raciocínio, ponderaç pondera ção, previsão, senso cr ítico, estimativa de probabilidades, decisão
Criança
sentimentos e emoç emoções, sensaç sensações, manifestaç manifesta ções espontâneas, instintos, intuiç intui ções, frustraç frustrações
REGISTROS P-A-C REGISTROS NO P-
A AT mostra que nossas experiências de vida mais significativas, desde tenra idade (e especialmente até os seis anos), ficam geralmente gravadas em nossa mente. Berne identificou três tipos de gravação, às quais deu esses nomes: P, A e C. O estado do ego Pai –
No estado do ego Pai estão nossas crenças e valores, basicamente incorporadas a partir das crenças e valores, comportamentos e sentimentos que observamos em nosso pais 4 e deles copiamos. Já muito cedo na vida começamos a observar nossos pais (ou Observe que o termo do inglês “Parent” refere-se a qualquer dos genitores, Pai ou Mãe, e não especificamente ao Pai. Em português, usa-se chamar o estado do ego de Pai, mas o sentido dado ao termo é o mesmo do inglês “Parent”. 4 Usaremos os termos Pai, Adulto e Criança com inicial maiúscula para falar dos estados do ego; e pai, adulto ou criança, com inicial minúscula, quando nos referirmos às pessoas representadas propriamente propriamente ditas.
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