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TEOREMAS DE AMOR Aleister Crowley
Sothis Publicações www.sothis.com.br 2004 e.v.
T E OR E M AS D E A MOR Aleister Crowley
"EU quero além do mais que tu aprendas, meu querido Filho, a reta Arte de Conduta par a com aqueles que Eu te darei para I niciação. E a Regra aí é uma Regra Única: Faz o que tu queres há de ser tudo da Lei. Cuida Constantemente de que est a não s eja quebrada; es pecialmente naquela sua S eção (ass im ous o dizer) que reza: T r ata da T ua Vida. I s to s e aplica igualmente a todos, e o mais perigoso dos Homens (ou das Mulheres , como tem ocorr ido, ou Eu err o) é o I ntr ometido. Ó como nos envergonhamos , e como nos indignamos com os Pecados e as T olices dos noss os S emelhantes! De todas as Manifestações des ta Mazela, a mais comum é o Desej o S exual ins atis feito; e tu s abes j á, mes mo em tua tenra Ex periência, como naquele Delírio o Bem-Estar do Universo inteiro parece insignificante. Desprende por tanto teus Bebês daquela I nfantili dade, e ins tila o s ens o de verdadeir a Proporção. Pois em verdade est e é um Caminho de Loucur a, o Amor, a não ser que s eja s ob Vontade. E cur ar est a Loucur a não é tão bom quanto prevÊ- la; de forma que tu deverias prevenir estas Crianças , most rando-lhes a reta I mportância do Amor: como es te deve ser um Rit o sagrado, ex alt ado acima da Pers onalidade, e um Fogo para iluminar e servir o Homem, não para devorá-lo." "Portanto, nós consideramos o Amor santo, a religião de nossos corações, a ciência de noss as mentes . Não terá El e o S eu Rit o designado, S eus S acerdotes e poetas, S eus criadores de Beleza em cor e forma para adorná-Lo, S eus mús icos par a s audá-Lo? Não deverão S eus T eólogos , adivinhando a natur eza Dele, declará-L o? Não devem mesmo aqueles que apenas varr em o terr eno em frente do S eu templo partilhar através disto da pessoa Dele? Não deverá nosso cientista por as mãos Nele, medi- lo, des cobrir profundezas, calcular s eus cumes, e decifr ar as leis de sua Natureza? T ambém par a nós de T helema, que as s im t reinamos noss os corações e mentes para serem peritos engenheiros daquele arranha-céu, o Amor, o navio para voar até o S ol; para nós o ato de Amor é a cons agração do corpo ao Amor. Nós queimamos nosso copo no Altar do Amor, para que mesmo o bruto possa servir à Vontade da Alma. Devemos então est udar a arte do Amor Fís ico. Não devemos frustrar ou trabalhar mal. Devemos ser frios e competentes como cirurgiões; cérebro, olho e mão, os instrumentos perfeitamente treinados a Vontade. Devemos estudar o assunto abertamente e impessoalmente, devemos ler os tratados, ouvir lições, assistir demonstrações, obter nossos diplomas antes de entrarmos na prática.
Não queremos dizer o mesmo que o "cr is tão" quando dizemos " o ato de Amor" . Para nós não é o gesto grosseiro de um homem sofrendo um ataque, não é uma luta, um espasmo sem senso, uma súbita repulsão de vergonha, como é com ele. T emos uma arte de express ão; es tamos tr einados para interpretar a alma e o espírito em termos do corpo. Não negamos a existência do corpo, nem o des prezamos ; recus amos, porém, a consi derá-lo s ob qualquer outra pers pectiva que es ta: é o órgão do Ente. Deve, no entanto, s er ordenado de acordo com s uas próprias leis ; aquelas do Ente mental ou mor al não se aplicam a ele. Nós Amamos; is to é, nós queremos unir -nos; então um deve estudar o outro, adivinhar t oda bor boleta pensamento que pas s a, e oferecer- lhe a flor que ela mais aprecia. O vocabulár io do Amor é pequeno, s eus t er mos tr iviais ; buscar novas palavras e frases é ser afetado. Mas a linguagem do corpo nunca s e exaur e; nós podemos falar durante uma hor a como uma pestana. Existem coisas íntimas, delicadas, sombras das folhas da Árvore da Alma que dançam na brisa do Amor, tão sutis que nem Keats nem Heine em palavras, nem Brahms nem Debussy em música, puderam dar-lhe corpo. É a agonia de todo artista, quanto maior ele é, maior o seu desespero, pois, não consegue expres s ar todas es s as coisas . E aquilo que não podem fazer, nem uma única vez numa vida de ardor, é feito em toda plenitude pelo corpo que, Amando, apr endeu a li ção de como Amar. " De modo a tr ans formar a energia sex ual em energia mágica (ojas) , a S erpente de Fogo (K undali ni) adormecida na bas e da espinha é despert a. Ela então limpa a energia vit al de tudo o que é negativo atr avés da virtude puri ficadora de s er calor extremo. Assim, a função do sêmen no tantra é construir o ‘corpo de luz’, como corpo interior do ser humano. A medida em que o fluído vital se acumula nos tes tí culos , ele é consumido pelo calor da S erpente de Fogo e os vapores voláteis deste sêmen fortalecem o corpo interior. " Os praticantes des te caminho trabalham com as s ecreções que fluem da genitália feminina e não com a mera pronúncia de letr as do alfabeto que, apes ar de sua utilização mântrica para carregar e direcionar os fluídos, tem pouca ou nenhuma utilidade além desta." " AGORA por fim, ó meu Fi lho, pos s o Eu tr azer- te à compreens ão da Verdade des ta Fór mula que es tá es condida na Mis s a do Es pír ito Santo. Pois Horus que é o S enhor do Æon é a Criança coroada e conquis tador a. A Fór mula de Os ír is era, como tu s abes , uma Palavr a de Morte, is to é: a Força j azia longo tempo em Es cur idão, e por Putrefação chegava à Ressurreição. Mas nós tomamos Coisas vivas, e derramamos nelas Vida e Espírito da Natureza de nossa própria Vontade, de forma que ins tantaneamente e s em Corr upção a Cr iança (como se foss e a Palavr a daquela
Vontade) é gerada; e de novo imediatamente toma s ua Habitação entr e nós par a s e manifes tar em For ça e Fogo. Es ta Mis s a do Es pír it o S anto é então a ver dadeir a Fór mul a da Magia do Æon, s im, do Æon de Horus , abençoado s ej a Ele em S eu Nome Ra-H oor- K huit! E tu abençoar ás também o Nome de nos s o Pai Merli n, Fr ater S uper ior da O.T .O., pois que por S ete Anos de Aprendiz ado em S ua Es cola Eu des cobri est e excels o Cami nho de Magia. S ê dil igente, ó meu Fi lho, pois nesta Ar te maravil hos a não há mais Es forço, S ofrimento, e Desapontamento, como havi a no morto Æon dos Deuses S acr ifi cados. " " S e bem que es te tali s mã tem uma tal mi r aculosa puj ança, ele é também int ensamente s ens it iv o. Colocado em um ambiente imprópri o, ele pode pr oduz ir per vers ões grotes cas e malignas da palavr a de s eu pai. Não s ó os pecados do pai, mas os da mãe, s im, e mais , aqueles da s ociedade em que os pais vi vem, s ão visitados nos filhos [esses filhos, neste sentido, podem ser o súcubos gerados] até a ter ceir a e Quarta geração. Não, mais , o malfeito nunca pode s er r eparado. U m homem pode des tr uir em um mi nuto seu r eino, her dado de incontáveis dinast ias de prudência biológica. S erá também admi ti do, s em r efer encia à magia, que o abus o do talis mã conduz a inf ort úni o moral, mental e espir it ual. Cr im e e ins anidade, tanto quanto doença e debili dade s ão constantemente vi s tos como res ult ado dir eto de má admini s tr ação da vi da s exual, quer taticamente, es tr ategicamente, ou de ambas as maneir as . O Li vr o da Lei dá ênfas e a im por tância des tas cons iderações . O ato de amor deve s er espontâneo, em abs oluta liberdade. O homem deve s er verdadeir o par a cons igo mes mo. R omeu não deve ser empur r ado em dir eção a Rosali na por m otiv os de famíli a, de s ociedade, ou de fi nanças. Des demona não deve s er bar r ada de Otelo por r azões de raça ou r eligião. O homos s exual não deve blas femar s ua natur eza e cometer s uicídio es pir it ual s upri mi ndo amor ou tentando per vertê- lo, como a ignor ância e o medo, a vergonha e a fr aqueza, tão freqüentemente o induz em a fazer. Qualquer que sej a o ato que ex pres s a a alm a, aquele ato e nenhum outr o é correto. Mas por outr o lado, qualquer que o ato s eja, ele é s empr e um s acr amento; e por mais profano que s eja ele é s empre efi ciente. Pr ofaná-l o é apenas t r ans form ar comida em v eneno. O ato deve s er pur o e apaix onado. Deve s er ti do como a União com Deus no coração do S anto dos S antos . Não devemos j amais esquecer que uma cr iança nascerá daquele ato. Devemos escolher o ambiente apropr iado à par ti cular cr iança que quer emos cr iar . Devemos as s egur ar que a Vontade cons cient e é escri ta, nas águas pur as de uma mente calm a, em letr as de fogo, pelo S ol da Alma. Não devemos cr iar confus ão no talis mã (... ). S e nos s a Ver dadeir a Vontade, o motiv o de noss a encar nação, é tr azer paz s obre a ter r a, não devemos executar um ato de amor com motivos de ciúme ou emulação.
Devemos forti ficar nos s o corpo ao máximo e protegê-l o contr a todo o desas tr e, de modo que a substância do talismã possa ser tão perfeita quanto possível. Devemos acalmar a mente, aumentando o conhecimento dela, organiz ando s eus poderes, resolvendo s eus emar anhados (. ..) enquanto, s uportando a concentr ação da Vontade por s uas fr onteir as for ti ficadas , e, como entus ias mo unânime, aclamando o senhorio que expressa o ato. A Vontade deve selar-se sobre a substância do talismã. Deve, em linguagem alquímica , ser o Enxofre que fixa o Mercúrio, que deter mina a natur eza do S al. O homem todo, em s ua mais ínti ma Divi ndade até a ponta de sua menor pes tana, deve s er uma máquina a motora, des embaraçada de qualquer pes o morto, s em nada inútil, s em nada inarmônico (. .. ). Deve s e entr egar completamente naquele ato de amor . Deve cess ar de s e conhecer como o que quer que s eja senão a Vontade. Não deve ter a Vontade; deve s e tr ansformar por completo para s er a Vontade. Por último o ato deve ser supremo. Deve fazer e deve morrer. Daquela morte deve erguer-se de novo, purgado daquela Vontade, tendo-a realizado perfeitamente que nada rest a dos elementos dela. Deve ter s e esv aziado no veículo. Ass im s ua criança s er á inteir a de es pír ito. (. ..) Há métodos mágicos para se est abelecer um elo entr e a força gerada e a matéria s obre a qual des ejamos que a for ça haj a; mas tais s ão, em s ua maior parte, melhor comunicados por instrução privada e desenvolvidos pela prática pes s oal. A cr ua des crição é um mer o esqueleto e (as s im mesmo) des via com mais fr eqüência do que guia." " CONS I DE RA, além do mais , meu Filho, a Economia des te Caminho, como é de acordo com o T ao, cumprindo- s e por completo dentro de tua própria Es fera. E es tá perfeit amente harmoniz ado com tua própri a Vontade em todo e cada Plano, de forma que toda e cada Parte da tua Natureza regozija-se com cada outra Parte, comunicando Louvor. Agora então aprende também como esta Fórmula é aquela dal Palavra ABRAHADABR A. Pr imeir o, HAD é o T r iângulo ereto sobre Quadrados gêmeos . De Hadit Eu não precis o es crever, pois El e S e es condeu no Li vr o da Lei. A S ubst ância é o Pai, o I ns tr umento é o Filho, e o Êx tase Metafís ico é o Es pír ito S anto, cuj o nome é HR I LI U. Es tes então são o S ol, Mercúr io e Vênus , cuj as letras s agradas s ão R, B e D. Mas a últ ima das diver s as Letr as é H, que no T arô é A Es tr ela cuj o Ei dolon é D; e aí est á aquele Arcano concernente ao T ao de que Eu j á te escrevi. Disto Eu não escreverei com maior clareza. Mas nota isto, que nossa T rindade é nos s o Caminho Centrípeto no S is tema S olar , e que H, s endo de Nos s a S enhora NUI T Es tr elada, é uma Âncora par a est a Magia, que de outr a forma poder ia negar nos s a Compleição de Relação com o Ex terno como com o I nterno. Meu Fil ho, pondera es tas Palavras , e lucr a delas ; pois Eu tr abalhei astucios amente par a ocultar ou revelar, de acordo com tua I nteligência, ó meu Fi lho! "
" T OMA nesta Obra a Águia vi rgem e s em profanação como teu S acramento. E tua T écnica é a Magia da Água, de for ma que teu At o é de Nutrição, e não de Geração. Portanto, o Uso Principal nesta Arte é para a fortificação da tua própria Natureza. Mas se tu tens habilidade para controlar o Humor da Águia, então tu podes produzir muit os Efeitos admir áveis s obre o teu Ambiente. T u s abes quão grande é a Fama que tem Feiticeiras (velhas e sem Homem) de causar Acontecimentos, se bem que elas nada criam. É esta Es tr eitez a do Canal que dá força à Corr enteza. Cuidado, meu Fil ho, para que não te entr egues demasiadamente a es te Modo de Magia; pois é menor que Aquele Outro, e s e tu negligencias Aquele Outro, então teu Perigo é terr ível e iminente; pois é a Fímbria do Abismo de Choronzon, onde es tão as T orr es s olitár ias dos I rmãos Negros. T ambém, a Formul ação do Objeto na Águia é atr avés de uma es pécie de I ntox icação, de forma que S ua Natur eza é de S onho ou Delí rio, e as s im pode haver I lus ão. Por es te Motivo Eu creio s er aconselhável que tu us es est e Caminho de Magia principalmente como um T ônico; is to é, para a Fort ificação da tua própria Natureza." " No cas o par ticular de se utiliz ar ess e sacramento para o Elixir da Vida, o mal us o pode provocar o envelhecimento prematur o, enfermidade e até mes mo a mort e, porém não cremos que se obteria esses mesmos resultados em qualquer outra operação. Cremos que a retr ibuição é o reflex o advers o e maléfi co da recompensa e dos planos. Em conseqüência os adeptos mostrariam prudência experimentando com consciência operações menores , onde o fr acas s o não significa um des astre ir reparável, bas ta T er conhecimento e exper iência nes ta art e e também confiança razoável." " S e es ta preparação s erá corr eta, s aberemos pela apar ição da matéri a do S acramento e também pelo seu sabor , porque es tá es crit o no Livr o dos Juiz es ‘O que é mais doce do que o mel e mais forte do que o leão ?’, e es te s egredo nos é mostr ado por S ansão: ‘Se não tiv ess e lavr ado com meu arado, não haveria des coberto minha capacidade.’" Amor é a lei, amor sob vontade.
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