AEE - Formação de Dirigentes de Cursos de Expositores

March 21, 2019 | Author: clayton_2009 | Category: Spiritism, Communication, Learning, Prejudices, Public Speaking
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FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 O programa do Curso de Formação e Aperfeiçoamento de Expositores Espíritas é aqui apresentado em 3 sugestões: Básico ( sintético ), Intermediário ( com maior detalhamento de técnicas de oratória ) e Avançado ( focado nos exercícios e parte prática ). Além destes 3 níveis, temos sugestões de temas para um Programa de Aperfeiçoamento ( abordando fatores psicológicos e programáticos ). Como as realidades e necessidades das Regionais ( e Setoriais no caso da Capital de São Paulo ) são diferentes uma das outras é lógico que os temas apresentados são sugestivos para que os Dirigentes possam fazer uso de cada um como bem lhes convier. Assim, pode-se utilizar partes de todos os 4 níveis e planejar um Curso “misto”, sem nenhum prejuízo dos objetivos a serem atingidos. Porém, entendemos que no mínimo devamos ter os pontos do nível básico, já que são na quase totalidade explorados em grande parte dos Cursos em andamento. Este pequeno Manual tem a intenção de servir como guia. Os assuntos podem e devem ser aprofundados, bem como servem de base para os recursos audiovisuais, que ficam a cargo dos Dirigentes responsáveis pelos seus Cursos daqui por diante. O grande objetivo é fornecer os elementos conceituais mais importantes para que todos os cursos, independente de suas necessidades Regionais, possam ter a mesma linguagem, e o expositor da Aliança tenha sua orientação padronizada em todos os locais atingidos pela luz dos programas orientados pela Espiritualidade. Muita paz a todos, As sugestões e críticas s erão sempre muito bem vindas,

Equipe do Curso de Formação de Dirigentes de Curso de Expositores – Regional Capital – SP – RGA 2004 ( [email protected] [email protected] )

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FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 A P R E S E N T A Ç Ã O D O S P R O G R A M A S

NÍVEL BÁSICO OBJETIVOS DO EXPOSITOR NOVA POSTURA POSTURA E GESTICULAÇÃO VOZ ARTICULAÇÃO E EXERCÍCIOS OLHAR RITMO E ENTONAÇÃO PREPARAÇÃO DO TEMA REFERÊNCIAS PARA TEMAS ESTRUTURA DA EXPOSIÇÃO OBSTÁCULOS PERSONALIDADE OBSTÁCULOS DECORRENTES DA LINGUAGEM OBSTÁCULOS DECORRENTES DE VÍCIOS DE LINGUAGEM DEFEITOS DE LINGUAGEM EXERCÍCIOS PRÁTICOS ( 3 MINUTOS ) DINÂMICAS DE GRUPO MOCIDADE PRELEÇÃO EVANGÉLICA - CONCEITO DECÁLOGO DO EXPOSITOR

PÁG. 012 015 030 038 039 043 045 047 054 056 059 062 063 064 069 071 089 096 147

NÍVEL INTERMEDIÁRIO PRÉ-QUESTIONÁRIO COMUNICADOR AUTODOMÍNIO MOVIMENTAÇÃO APARÊNCIA PRESENÇA ELOQÜÊNTE FLEXIBILIDADE QUALIDADES LITERÁRIAS MEMÓRIA PRONÚNCIA MEDO - CAUSAS / CONTROLE RESPIRAÇÃO DINAMIZAÇÃO DE AULAS PRELEÇÃO - TÉCNICAS VIDA PLENA EAE - CONCEITO ORIENTAÇÕES GERAIS

PÁG. 007 014 028 032 033 035 036 037 046 061 066 068 082 101 108 116 144

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FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 PROGRAMA AVANÇADO DISPOSIÇÃO MENTAL CACOETES HIDRATAÇÃO E SALIVAÇÃO CONGRUÊNCIA QUADRO DE IDÉIAS IMPROVISAÇÃO X PLANEJAMENTO COLA OU LEMBRETE MOTIVAÇÃO / ENTUSIASMO EXERCÍCIOS PRÁTICOS PRELEÇÃO ( 15 MINUTOS ) PREPARAÇÃO E ELEVAÇÃO SIMPLIFICADA ENCERRAMENTO E VIBRAÇÕES SIMPLIFICADAS PRECONCEITO CURSO BÁSICO EXERCÍCIOS PRÁTICOS EAE ( 45 MINUTOS ) ESTÁGIO ( COM EXPOSITORES ESPECIALIZADOS ) SESSÃO DOUTRINÁRIA QUESTIONÁRIOS PROGRAMÁTICOS TIPOS DE ALUNOS ATITUDES A SEREM EVITADAS

CAP. 013 029 042 044 050 053 055 084 105 106 107 112 115 124 127 128 131 135 146

Programa Básico: Aplicar apenas os itens da primeira caixa. Programa Intermediário: Aplicar os itens das primeira e segunda caixas. Programa Avançado: Aplicar os itens das três caixas.

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FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 PROGR OGRAMA DE APERF ERFEIÇ EIÇOAM OAMENTO COMUNICAÇÃO NEUROLINGÜÍSTICA ATITUDES PRIMÁRIAS RETENÇÃO DO CONHECIMENTO / PROCESSOS DE APRENDIZAGEM NÉS, TÁS, HUNS INIBIÇÃO DINÂMICAS LÚDICAS QUALIDADE NA APRESENTAÇAO PROCRASTINAÇÃO / QUERER LIDERANÇA PRELEÇÃO ASPECTOS ESPIRITUAIS / PSICOLÓGICOS CONCEITOS DE ALIANÇA PRECE DOS APRENDIZES O BOM SERVIDOR EAE - PROGRAMA ESCLARECIMENTOS SOBRE O PLANO DA EAE APADRINHAMENTO ( ACOMPANHAMENTO ) ESCOLA DE PAIS CURSO DE MÉDIUNS AMBIENTES DE LIDERANÇA COMPORTAMENTO DO EXPOSITOR JANELA DE JOHARI / ÁREAS DA PERSONALIDADE AS DEZ DICAS DO PERFEITO ORADOR

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CAP. 010 011 027 058 060 065 083 086 087 088 104 114 118 119 120 122 126 129 130 138 139 141 149

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 P O R O R D E M D E C A P Í  T U L O S

ASSUNTO QUESTIONÁRIO PRÉ COMUNICAÇÃO NEUROLINGÜÍSTICA OBJETIVOS DO EXPOSITOR DISPOSIÇÃO MENTAL COMUNICADOR NOVA POSTURA ATITUDES PRIMÁRIAS AUTODOMÍNIO CACOETES POSTURA E GESTICULAÇÃO MOVIMENTAÇÃO APARÊNCIA PRESENÇA ELOQÜÊNTE FLEXIBILIDADE QUALIDADES LITERÁRIAS VOZ ARTICULAÇÃO E EXERCÍCIOS HIDRATAÇÃO E SALIVAÇÃO OLHAR CONGRUÊNCIA RITMO E ENTONAÇÃO MEMÓRIA PREPARAÇÃO DO TEMA QUADRO DE IDÉIAS IMPROVISAÇÃO X PLANEJAMENTO REFERÊNCIAS PARA TEMAS COLA OU LEMBRETE ESTRUTURA DA EXPOSIÇÃO RETENÇÃO CONHECIMENTO / PROCESSOS APRENDIZAGEM OBSTÁCULOS PERSONALIDADE NÉS, TÁS, HUNS PRONÚNCIA OBSTÁCULOS DECORRENTES DA LINGUAGEM OBSTÁCULOS DECORRENTES DE VÍCIOS DE LINGUAGEM DEFEITOS DE LINGUAGEM INIBIÇÃO MEDO - CAUSAS / CONTROLE RESPIRAÇÃO

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FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 PÁG. 007 010 011 012 013 014 015 027 028 029 030 032 033 035 036 037 038 039 042 043 044 045 046 047 050 053 054 055 056 058 059 060 061 062 063 064 065 066 068

EXERCÍCIOS PRÁTICOS ( 3 MINUTOS ) DINÂMICAS DE GRUPO DINAMIZAÇÃO DE AULAS DINÂMICAS LÚDICAS MOTIVAÇÃO / ENTUSIASMO QUALIDADE NA APRESENTAÇAO PROCRASTINAÇÃO / QUERER LIDERANÇA MOCIDADE PRELEÇÃO EVANGÉLICA - CONCEITO PRELEÇÃO - TÉCNICAS PRELEÇÃO ASPECTOS ESPIRITUAIS / PSICOLÓGICOS EXERCÍCIOS PRÁTICOS PRELEÇÃO ( 15 MINUTOS ) PREPARAÇÃO E ELEVAÇÃO SIMPLIFICADA ENCERRAMENTO E VIBRAÇÕES SIMPLIFICADAS VIDA PLENA PRECONCEITO CONCEITOS DE ALIANÇA CURSO BÁSICO EAE - CONCEITO PRECE DOS APRENDIZES O BOM SERVIDOR EAE - PROGRAMA ESCLARECIMENTOS SOBRE O PLANO DA EAE EXERCÍCIOS PRÁTICOS EAE ( 45 MINUTOS ) APADRINHAMENTO ( ACOMPANHAMENTO ) ESTÁGIO ( COM EXPOSITORES ESPECIALIZADOS ) SESSÃO DOUTRINÁRIA ESCOLA DE PAIS CURSO DE MÉDIUNS QUESTIONÁRIOS PROGRAMÁTICOS TIPOS DE ALUNOS AMBIENTES DE LIDERANÇA COMPORTAMENTO DO EXPOSITOR JANELA DE JOHARI / ÁREAS DA PERSONALIDADE ORIENTAÇÕES GERAIS ATITUDES A SEREM EVITADAS DECÁLOGO DO EXPOSITOR AS DEZ DICAS DO PERFEITO ORADOR

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069 071 082 083 084 086 087 088 089 096 101 104 105 106 107 108 112 114 115 116 118 119 120 122 124 126 127 128 129 130 131 135 138 139 141 144 146 147 149

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 1 N Í  V E L I N T E R M E D I Á R I O

PRÉ-QUESTIONÁRIO DE PESQUISA ( A SER APLICADO  ANTES DO INÍCIO DAS AULAS )  Objetivo: Situar o aluno sobre a responsabilidade do expositor dedicar-se à pesquisa e ao estudo dos assuntos mais diversos. Despertá-lo para a necessidade de procurar outros locais para achar os livros que necessita para o trabalho. Selecionar os que estão realmente dispostos a estudar e conscientizar que não somos “sabe-tudo”. Normalmente dá-se 3 a 4 semanas ( sem aulas ) para que a pesquisa seja feita Exemplo de questionário: Questionário a ser respondido de forma objetiva. O participante deverá traze-lo respondido na 2a. aula do curso, sem o qual não poderá permanecer no mesmo. 1a. Parte – Livro de consulta: “Entendendo o Espiritismo – Curso Básico de Espiritismo” – Editora Aliança. 01) Quais foram as grandes revelações Divinas ? 02) O que é tiptologia ( fatos ocorridos com as irmãs Fox )? 03) Como nasceu a psicografia ? 04) Qual(is) o(s) criador(es) do corpo da Doutrina Espírit a ? 05) Hippolyte Leon Denizard Rivail ao iniciar seu estudo onde matriculou-se ? 06) Qual a primeira obra publicada por Hippolyte Leon Denizard Rivail ? 07) Quem auxiliou Kardec a rever o trabalho que resultou em “O Livro dos Espíritos” ? 08) Quem foi a médium inconsciente que operava com a cestinha de bico em 1856 ? 09) Que personagem espírita é considerado como o “Kardec brasileiro” ? 10) Meimei – pseudônimo conhecido no meio espírita, qual foi seu verdadeiro nome ? 11) Quantas perguntas continha a primeira edição de “O Livro dos Espíritos” ? 12) Qual a composição e data de publicação do Pentateuco Kardequiano ? 13) Ao morrer o corpo físico, em que corpo o Espírito manifestase no plano espiritual ? 14) A Doutrina Espírita tem três bases: Ciência, Filosofia e Religião. Alguma merece destaque ? Por quê ? 15) Quando se inicia a união entre o espírito e o corpo físico ? 7

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 16) Ação e Reação ou carma, ante as dificuldades sofremos, com isto nos redimimos ? Ou seja “pagamos nossos débitos” ? Por quê ? 17) Qual o tema mais importante contido no Evangelho de Jesus? 2a. Parte: Livro de consulta: “O Redentor” – Editora Aliança 18) Qual o fato moral que deve ser ressaltado nos seguintes textos: 18.1) Cap. 19 “Volta a Jer usalém” 18.2) Cap. 24 “A morte de João Batista” 18.3) Cap. 29 “Maria de Magdala” 18.4) Cap. 33 “A cena do Tabor” 19) Simão Pedro falhou no momento decisivo da vida de Jesus ? Por quê ? 20) Qual o motivo da ressurreição de Jesus ? 3a. Parte: Livro de consulta: “Iniciação Espírita” – Editora Aliança 21) Escolha uma passagem do Sermão da Montanha, descreva o aspecto moral do texto 4a. Parte: Livro de consulta: “O Evangelho Segundo o Espiritismo” 22) Escolha dois temas abaixo, destaque os pontos principais. Seja breve e objetivo: 1. Cap. V Item 4 e 5 – Causas atuais das aflições 2. Cap. VII VII Item 13 – Missão Missão do homem inteli inteligente gente na na Terra 3. Cap. IX Item Item 06 – A paciência paciência 4. Cap. X Item 10 – O argueiro e a trave no olho 5. Cap. XII Item 07 – Se alguém te ferir na face direita 6. Cap. XVI Item 14 – Desprendimen Desprendimento to dos bens terrenos 7. Cap. XX XX Item 04 04 – Missão Missão dos espíritas espíritas 5a. Parte: Livro de consulta: “O Livro dos Espíritos” 23) Escolher duas perguntas, colocar sua interpretação de forma breve e objetiva 6a. Parte: Pesquisar um capítulo de cada livro abaixo relacionado, resumir o capítulo escolhido, ressaltando os aspectos morais e a importância do mesmo:

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FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 24) Livro: “Fonte Viva” de Emmanuel, no m áximo em 5 linhas. 25) Livro: “Bem aventurados os Simples” de Waldo Vieira, no máximo em 10 linhas 26) Livro: “Jesus no Lar” de Fr ancisco Cândido Xavier, no máximo em 15 linhas 7a. Parte: 27) Pesquisar o Cap. XIV “A Lição de Nicodemos” do livro Boa Nova de Francisco Cândido Xavier, resumir ressaltando aspectos morais e a importância do mesmo, no máximo em 20 linhas

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CONCEITO DE COMUNICAÇÃO 

P R O G R A M A

Comunicação vem do Latim ( comunicare ) que significa tornar comum, partilhar, trocar opiniões, conferenciar.

8a. Parte: Esboce o s eu parecer sobre as questões abaixo:

D E

28) Normalmente a assistência espiritual é a porta de entrada da Casa Espírita. A Preleção Evangélica ocorre antes do tratamento espiritual. Qual a importância e responsabilidade do preletor ? 29) A Preleção Evangélica é um tratamento es piritual ? Por quê ? 30) Na Preleção Evangélica podemos: Falar de Reforma Íntima ? Pedirmos a participação dos assistidos ? Por quê ? 31) Qual a abordagem mais importante a ser feita numa Preleção Evangélica ? 32 ) O dirigente da EAE é responsável pela condução da turma, qual a participação do expositor neste processo ? 33) Quais expositores se sobressaíram na sua EAE ou Curso de Médiuns ? O que lhe chamou a atenção ? 34) Analisar a sua responsabilidade de estar comprometido com a palavra para levar a mensagem de Jesus, muita dedicação e desprendimento é exigido ao assumir tal tarefa.

A P E R F E I Ç O A M E N T O

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É elemento fundamental no relacionamento, na socialização e na convivência em grupos de qualquer espécie. Os elementos do processo comunicativo são: Emissor: É a fonte da comunicação, indivíduo que toma a iniciativa, que envia a mensagem. Mensagem: Conteúdo da comunicação, pode ser falado, escrito, desenhado, etc., dependendo do canal de comunicação. Receptor: Aquele que recebe a mensagem e a interpreta. Canal de comunicação: Meio pela qual a mensagem é transmitida ( escrita ou falada ). Ruídos: Interferências no processo de comunicação ( em qualquer elemento do processo ), exemplos: – No emissor: Gagueira, atitude imprópria, desconhecimento, etc. – Na mensagem: Falta de dados, de clareza, de objetividade, etc. – No receptor: Surdez, falta de atenção, leitura deficiente,etc. – No canal: barulhos, defeitos em aparelhos, erros gráficos, etc.

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FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004

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NEUROLINGÜISTICA

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OBJETIVOS DO EXPOSITOR 

P R O G R A M A

Os canais de comunicação dos seres são:

N Í  V E L

Esclarecer: Revelando o Evangelho pela Doutrina Espírita

D E A P E R F E I Ç O A M E N T O

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Visual: Percepção do mundo pelo que se vê. Auditivo: Percepção do mundo pelo que se ouve. Cinestésico: Percepção do mundo pelo que se sente

Em todo o nível de comunicação os três canais se fazem presentes. A aula deve estar preparada para s er “ouvida’, “vista” e “sentida”, pois só assim a comunicação se estabelecerá plenamente. Independentemente deste aspecto específico temos a realidade de que em média só retemos 20% do que ouvimos, 30% do que vemos e 50% do que sentimos. Para que se efetue a boa comunicação é necessária a sintonia ( rapport ), algo em comum que alimente e sustente esta relação ( no caso da EAE é o programa ). Em nosso caso o rapport se estabelecerá com o domínio que temos do programa e dos objetivos de cada aula. Um exemplo perfeito do rapport é o da dança de casal, pois quando se dança bem não se sabe quem está conduzindo ou quem é conduzido, as ações são comandadas em conjunto, pois os dois se movimentam ao sabor do mesmo ritmo e harmonia. Espelhamento ( fisiologia empática ): Devemos ser simpáticos e aceitos pela turma, e para isto alguns aspectos são importantes: Aparência, identificação, postura, gestos e voz.

B Á S I C O

Conscientizar: Da moral Cristã pelos exemplos de Jesus Consolar: Transmitindo ânimo, fé, esperança, otimismo e entusiasmo Focar a reforma íntima do aluno ( em caso de aulas de EAE ) “Mil conceitos teóricos de nada valem se não forem aplicados corretamente. Ensinar é aprender duas vezes” ( Vera Perez ) “O que vos digo aos ouvidos, proclamai-o sobre os telhados” ( Jesus ) O expositor é um trabalhador diferente. É um discípulo de Jesus como os demais trabalhadores, é um divulgador da Doutrina como os demais, porém seu trabalho é equiparado ao de Pedro, João e Tiago quando por ocasião da eleição dos Diáconos, sua visão deve ser a de Paulo que compreendeu desde cedo que a iluminação da mente faz adeptos comprometidos com a mensagem renovadora e não somente o consolo ou a esperança. Ele realiza o “efeito multiplicador” propagando a Doutrina no que ela tem de melhor.

Motivação: Os atos humanos de cunho elevado e moral são motivados para que se evite a dor e se busque o prazer. Nossa comunicação deve ocorrer no sentido de auxiliar os alunos a buscarem o prazer e não só fugir da dor.

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FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004

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DISPOSIÇÃO MENTAL

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O COMUNICADOR 

N Í  V E L

O expositor deve ter em si que a tarefa é agradável, gratificante.

N Í  V E L

O comunicador é o divulgador dos seus postulados, mas devemos lembrar que na tarefa Evangélica estes estão além da nossa percepção de mundo e da vida, são postulados Cristãos norteados pelo Evangelho de Jesus.

A V A N Ç A D O

Alimentar amor por ela e estar sempre motivado a exerce-la, independentemente das dificuldades do dia-a-dia. No início existirá uma dificuldade natural que diminuirá com o treino, isso se dará em forma de receio, de dúvida ( Será que estou à altura da tarefa ? Será que tenho bagagem literária para isso ? Como o público vai reagir à apresentação ? E se alguém perguntar algo que não sei ? Etc. ). Deve-se começar a conversar muito com amigos de jornada, permitindo-se acrescer pontos de vista diversos e enriquecer os conhecimentos. A disposição mental baseia-se em construir no nosso íntimo a necessidade de falar, mas não apenas da boca para fora, e sim transmitir o que se vivencia, em toda a plenitude das experiências, com todos os sentimentos que nos são gerados. Devemos aproveitar todas as oportunidades que nos são colocadas às mãos. Quanto maior a prática, maior será o aprendizado e conseqüentemente os fatores que permitirão segurança e harmonia nas apresentações.

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I N T E R M E D I Á R I O

Com o decorrer das décadas houve uma progressão nas técnicas e conceitos de exposição ( ainda que hoje algumas são necessárias de ser praticadas em segmentos específicos ), principalmente no que tange à atividade espírita. Na década de 1950 tínhamos predominantemente a figura do orador, o poeta da exposição, que emocionava as m assas. Em meados da década 60 a linhagem do orador migrou para a de palestrador, que fazia a fusão entre o professor ( exposições tipo aula clássica ) e o orador. As informações ainda chegavam de forma meio “autoritárias” ao público ( era utilizado o palco a separar o público do palestrante ). Nos anos 80 os expositores receberam bastante informação acadêmica mas sofriam de pouca experiência no campo vivencial, que os tornavam técnicos de aulas na s ua maioria. Chegam os anos 90 e com eles a valorização do ser como elemento de um processo contínuo de aprendizado, da horizontalização das diferenças e a necessidade do crescimento conjunto. Com isso o expositor passa a ser simplesmente um facilitador, participante de um processo de aprendizado coletivo, orientador de diretrizes e focado na liberdade de expressão, valorizando os sentimentos e experiências. Esta é a tarefa do expositor moderno.

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TÉCNICAS DE NOVA POSTURA

N Í  V E L

No dia 25 de Setembro de 1988 no CEAE Genebra, em São Paulo, realizou-se o Encontro de Expositores de Escolas de Aprendizes da Aliança, com a participação de 50 companheiros de 18 Grupos Integrados. Após mais de uma hora de troca de idéias, de forma livre, entre todos os presentes, o companheiro Jacques André Conchón, Diretor Geral da Aliança fez proveitosas colocações que podem resumir-se na seguinte postura: O potencial de crescimento, numa Escola de Aprendizes, está no grupo, do qual o expositor faz parte.

B Á S I C O

Jacques Conchón começou historiando a evolução da “pregação” espírita, a partir da época dos grandes oradores que assomavam a tribuna para emocionar as massas, na década de 50. Tais oradores, de grande valor na época utilizavam um esquema exortativo em sua palestra e colocavam-se como “indicadores do caminho”. Por volta de 1960, o orador transforma-se em “expositor”. A doutrina é muito clara só precisa ser exposta. Exposição que deve ser coerente, de maneira a motivar o ouvinte a iniciar um processo de modificação de si mesmo. Contudo, esse esquema era ainda “autoritário”: O Expositor ficava alguns degraus acima dos ouvintes, não se igualava a eles para aprender junto. Confessando que ele mesmo mudou, e continua mudando sua postura com relação ao outro, Jacques ilustrou essa sua mudança dizendo, que há 15 anos, quando a Aliança começava, ele dava muito valor às técnicas de exposição. “Utilizávamos recursos audiovisuais até bastante sofisticados para a época, para jogar sobre a classe uma quantidade de informações”. Quando encerrávamos a aula, o ambiente estava frio, a classe havia apenas assistido e não participado. Estávamos distantes do aluno, só havíamos transmitido informações e não vivências.” Hoje temos muito claro que o expositor ( aliás, este nome deve ser mudado, porque traz conotação autoritária ) deve motivar a participação plena do grupo, não importa o tamanho da classe. Há tendência de dar-se ao luxo de dormir em classe caso considere que o expositor não está se saindo bem. Tal tendência tem de ser modificada, com a participação do expositor e do Dirigente da turma. 15

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 “Precisamos mudar a tendência de pôr o expositor num lugar e nenhuma responsabilidade dar-se à turma. Na Escola de Aprendizes as aulas não são acadêmicas. A Escola traz, para todos, uma proposta de crescimento, renovação de sentimentos e expansão do coração. O expositor deve ficar junto c om os alunos, colocando o tema da aula para discussão em grupo, para afloramento de vivências pessoais de cada turma. Não é o expositor, isoladamente, que deve preparar-se; é a turma que deve esforçar-se por elevar-se, tendo o expositor como um de seus membros.” Nessa altura, Jacques fala do “Curso de Expositores” da Aliança, que deve ser reformulado. É um curso que prepara “autoridades” em exposição, não companheiros que se misturam na classe, para crescer junto com ela.” No curso, dizíamos que a exposição tem começo, meio e fim, e que no encerramento poderíamos até decorar um fecho. Isto está superado; o fecho quem deve dar ( se quiser ) é a turma como um todo. A aula não precisa ser conclusiva, ela deve ser motivadora. Cada aluno deve sentir-se participante, importante. Precisamos reverter a tendência de dar muito valor ao expositor com relação ao grupo. O expositor caminha e aprende com o grupo; é um igual em busca de crescimento. “Temos ouvido muita gente falar que estão faltando líderes no espiritismo”, disse Jacques. “Os líderes carismáticos são do passado, e tiveram seu extraordinário valor. Hoje, todos são líderes. O aluno é um líder, principalmente se m otivado adequadamente pelo dirigente e pelo expositor. É um líder liberto de imposições, em busca de seus próprios caminhos de crescimento. Como expositores, no mesmo nível da classe, temos de estimular esse crescimento sem dependências.” Anteriormente, a postura do orador clássico iniciava com a disposição das cadeiras como a escola acadêmica ou enfileirada e o orador expondo a matéria. O orador, envolvia a platéia, era informativo aos mais preparados, como se fosse o indicador do caminho; aos demais em tom de mero discurso, com uma exposição quase que acadêmica, onde não havia nenhuma participação, as pessoas acompanhavam apenas com o seu sentimento e olhar, mas não falavam, eram simplesmente ouvintes. Não havia o relato de vivências e sentimentos, enfim a técnica de um orador.

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FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 Ao findar a palestra alguns ouvintes indagados do que se tratou relatavam: ‘Exatamente sobre o que ele falou... Não entendi muito bem, mas como o Sr. Fulano de tal fala bonito ! Benza Deus!”. Os seminários e palestras têm essa técnica expositiva, como a do grande orador Divaldo Pereira Franco, médium inspirado. Ele expôe o tema, não há participação, ele conduz a exposição da matéria, para que as pessoas entendam. Como já foi relatado, em Setembro de 1988, no encontro Geral dos Expositores da Aliança; em consenso adotou-se como regra a nova postura de exposição de aulas. A Aliança torna as escolas de Aprendizes do Evangelho um curso que não é totalmente informativo, doutrinário; mas visa acima de tudo uma proposta de crescimento interior, renovação de sentimentos, com os instrumentos que o programa da escola oferece, uma proposta de trabalho de preparar o aluno de conduzido para condutor de suas ações, como Cristão, a ter uma participação mais consciente na sociedade. Neste contexto, o expositor tem participação e responsabilidade muito grande, pois, devemos levar o aluno a refletir e conscientizar-se, pois metade ou mais do tempo da aula do curso é do expositor. O expositor tem de ter dinamismo, entusiasmo e conduzir a aula de forma participativa envolvendo os alunos, conduzindo-os a reflexão, exposição de seus sentimentos e vivência durante as aulas. Para tanto, a própria disposição física mudou. Formam-se círculos e aplica-se também da dinâmica de grupo, onde o expositor passa a ser mais um participante, nesse processo interativo. Ainda observamos expositores com aulas totalmente expositivas; falar dia, mês e ano que nasc eu, exigindo conhecimento do aluno, dando poucas oportunidades dos alunos refletirem e participarem. Falar muito é cômodo e acomoda o aluno que só ouve e não participa; desta forma o aluno caminha o curso inteiro sem muita responsabilidade, só recebe a informação. Há os expositores inflamados, com muito conteúdo na aula, mas pecam por não dar abertura para a participação de alunos. 17

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 Há, ainda, os que abrem tímida participação, não sabe se é abertura para os alunos participarem ou reflexão rápida para continuar o assunto. Muitas vezes o aluno ainda está ordenando as idéias, ou fica na indecisão de falar, e o expositor já sente falta de participação e continua o assunto. Qual pergunta é boa ? Exemplo ruim: Que vocês acham da reencarnação ou do racismo ? A chamada nova postura, é nova entre “aspas”, é técnica antiga. Há anos atrás houve alterações, as mudanças e o aperfeiçoamento de técnicas foi chamado de “nova postura”, mas é bem antiga. Abrindo a participação a aula deslancha melhor. Não se exigindo conhecimento prévio maior e sim através de opiniões ou vivências. Quando perguntamos o que vocês acham, pensam ou sentem não há resposta certa. Aula interessante é a que abre oportunidade para o aluno expor sua experiência e seu sentimento. Há casos de turmas onde a participação é bastante restrita, conclui-se: – – – –

Dirigente fala muito, conclama tudo. Dirigente que deixa tudo por iniciativa dos alunos. Alunos acanhados, diante da presença estranha do expositor. Alunos que não são estimulados à leitura da apostila.

Como a quantia de aulas da Escola de Aprendizes somadas às do Curso Básico são em maior número, é mais voltado a elas o Curso de Expositores, mas também estão os alunos preparados para exporem no Curso de Médiuns, Mocidade Espírita, Preleção Evangélica, Sessão Doutrinária e Escola de Pais. Estamos sendo habilitados a trabalhar as mais diversas técnicas para a atividade escolhida. Divaldo Pereira Franco é maravilhoso em qualquer técnica; é incomum, ponto fora da curva, não pretendemos equipara-nos a ele, além do que seu conhecimento é fantástico. O grande expositor é raro; cremos que o tempo deles passou, não aparecem mais. Hoje há expositores normais, trabalho de 18

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 formiguinha de cada um de nós, levedar a massa na EAE fazendo o todo crescer. Difícil um grande expositor fazer o trabalho de uma só vez. Temos vários tipos de exposição: Desde a não participação da oratória, até o outro extremo da Vida Plena com participação total do aluno. Qual a melhor? Depende de uma série de fatores, além do expositor há o tema, tem matéria que exige exposição. Temos oportunidades de ver várias técnicas de exposição. A chamada técnica de oratória, é bastante expositiva. Grandes oradores a utilizam. O orador fala a quem ouve, a platéia acompanha com seu sentimento e olhar, sem participar, não fala. Divaldo é um grande expositor que usa esta técnica; expõe o tema sem participação, perguntas, nem os cinco minutos, simplesmente expõe a matéria; conduz o tema para as pessoas entenderem, mas não existe a participação do ouvinte. Utilizamos esta técnica nas preleções no Centro. Expomos a matéria sem dar abertura a perguntas. Conduzimos o assunto para tocar o sentimento, colocar princípios de lógica e raciocínio na pessoa; mas sem participação. O assistido não pergunta, não opina, nem diz o que sente a r espeito; só acompanha o exposto.

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 Esta seria uma técnica errada. A matéria em si não permite participação que exija conhecimento prévio, tem que ser expositiva. O mérito do expositor está em saber os pontos chaves e importantes que o aluno precisa receber a informação, entra no mérito a sensibilidade do expositor. ”Batuíra, nasceu em... que fez, escreveu e qual escola fundou?” – Evidentemente a resposta a estas perguntas será o silêncio, a turma não participa, pois o tema não permite, exige conhecimento prévio. Aulas assim são expositivas. O tema é ponto importante. Tem matéria que permite participação, mesmo assim há pontos chave, importantíssimos que precisamos informar, para o aluno tirar conclusões, analisar e comparar seu comportamento e forma de pensar, ele precisa primeiro de informações. Está ai a habilidade do expositor em captar os pontos chave que alunos não podem deixar de saber. A participação não se pode exigir conhecimento, podemos aquecer o assunto dizendo o que você acha, sente; chegaríamos ao ápice buscando fazer que os alunos coloquem seu sentimento, expondo vivências em relação ao assunto.

Esta é a técnica que no Curso de Expositores aprendemos, fazemos exercícios, ficamos em pé, treinamos, isso porque esta é uma técnica ainda hoje utilizada. Às vezes há necessidade de fazermos a exposição em pé como no caso específico da preleção. A preleção deve ser expositiva.

Passar as informações que acalmem a ansiedade das pessoas.

Curso de Médiuns: É expositivo por ter carga de informações que precisam ser passadas e, muitas vezes, não aberta a discussões, há tempo no fim para perguntas. No Curso de Médiuns há uma grande carga informativa, com pequena participação dos alunos e estilo diferente de participação dos mesmos; não deve ocorrer a seguinte situação - “O que vocês sentem a respeito deste assunto?”.

Em 30 minutos da aula, na parte expositiva, levamos informações que somam ao conhecimento das pessoas, para resolver dúvidas de suas questões, explicar como algo ocorre. Ao lermos um livro, absorvemos informações; como trabalhar tais informações? É algo pessoal, de cada um. Para refletir um aspecto, precisamos de muita informação. Ler o Livro dos Espíritos é importante, ele tem grande quantidade de informações e, em aula, temos de passar informações e a posterior buscar os aspectos morais para refletir, pensar, assim o aluno cresce efetivamente.

Mocidade Espírita: São aulas mais descontraídas, com dinâmicas para o jovem poder interagir da forma com o que age e pensa. Exemplo: Aula sobre Eurípides Barsanulfo: “Quando ele nasceu ? Q que ele fez ? Quais são os livros que escreveu ? Qual o nome da escola que ele fundou ? – Vamos lá pessoal... participem”.

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Em temas como da reencarnação: não existe forma de discutir a reencarnação como princípio moral, é um fato e ponto, devemos discutir não os fatos, mas sim as conseqüências.

Na EAE sobre vários aspectos morais, abre-se a participação. Em aula histórica há tópicos morais a serem destacados. Assim temos que estudar com antecedência tais tópicos para podermos destaca-los, em aula que parece ser muito informativa. Exemplo: “A Criação” aparentemente não há tópico moral, porém analisemos: - O comportamento cotidiano – submissão do homem 20

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 a Deus – As leis que regem a criação. Nestes aspectos morais abrimos a participação. A EAE é no fundo reflexão de aspectos morais, a história só ilustra, serve para destacar o aspecto moral que está contido. Os elementos morais que trazemos a tona, são o objeto da analise de como a gente age e sente ante eles. Expomos o conceito e abrimos o campo a vivência, ai depende da turma. Mas informações fundamentais e pontos básicos foram passados. Se a aula não progredir em conversa, um básico, um mínimo foi passado. Assim as aulas têm sua parte expositiva, onde faremos a introdução, a abertura do assunto, e após abrimos a participação. Depende também do andamento da EAE, seu nível, 1º ou 2º ano, no início a EAE precisa ser mais expositiva, à medida que caminha diminuímos a exposição da aula. Colocamos os pontos básicos e abrimos a participação. As aulas iniciais da Apostila são mais expositivas. A partir do Redentor, buscamos o fundo moral, o aluno passa a colocar suas vivências e sentim entos. Existe uma técnica em que há pequena participação dos ouvintes: digamos uma Técnica Semi-Expositiva usada por expositores em aulas da EAE e Curso de Médiuns, onde há uma carga informativa que tem de ser transmitida e um pequeno tempo para o ouvinte participar da aula. O tempo maior é do expositor que estudou o tema, faz longa exposição e no fim dá um tempo para esclarecer dúvidas; ao colocar suas dúvidas e opiniões os alunos têm uma pequena participação. No caminho da participação do aluno, podemos utilizar técnicas de Dinâmica de Grupo, onde há muita participação e passamos a matéria aos alunos. Conduzimos a aula de forma a existir uma participação mais intensa; o expositor começa a ficar em segundo plano ou no mesmo plano dos alunos. Nesta técnica existe grande participação do aluno. Caminhamos para uma técnica, não de dinâmica, mas onde permitimos a participação mais intensa do aluno; começamos a colocar o tema e conforme vamos abrindo o assunto, permitimos ao ouvinte colocar o que pensa, sente, suas experiências, como age ante os fatos. A aula no início é expositiva, quando introduzimos o assunto, depois abrimos a participação da turma. Esta é a aula participativa. 21

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 Aula participativa na EAE, não se consegue sem abertura para o aluno expor suas experiências, o que sente e pensa. Toda aula tem de ter abertura, mas há pontos básicos fundamentais da matéria que devemos passar, não podemos deixar de passar, ou permeamos no meio da matéria ou falamos tudo de uma vez no início, escolhemos a forma. Importante é como abrir a participação. Hoje, aula não conduzida para a participação está fadada ao fracasso. Todo expositor deve saber conduzir uma aula participativa. Há os que caem no erro do caso de “Batuíra” (data do nascimento). O problema, no caso, não é o aluno, mas o expositor ao exigir conhecimento do aluno. Sempre que exigirmos conhecimento do aluno, seremos mau expositor ao usar a técnica de forma errada. Exemplo de uma boa pergunta: “O que vocês acham ou pensam sobre... reencarnação... racismo?”. Exemplo com a aula da EAE de nº 50 “Preconceitos”: –

Qual a opinião sobre preconceito. Que acham? Já sentiram preconceito sobre uma religião?

Preconceito: Prática de idéia imposta ou pré-concebida, sem análise, sem parar para pensar com profundidade, recebemos e praticamos. Ex.: Na família que possui preconceito racial, religioso e de comportamento sexual, recebemos algo préconcebido, dogmático e não pensávamos; ao começarmos a pensar, percebemos onde temos preconceito ? Preconceito é feio ? Não, ele deve ser encarado como descoberta, pois, o preconceituoso ainda não descobriu que o é, desta forma nega. Fato hipotético: A mãe do meu marido é Judia, como Judia, ao me conhecer só falava comigo através do meu marido: “Você arrumou uma Turca ?”. Não sou Síria, mas possuo traços Árabes, enfrentei isso, não é coisa ruim, eu respeito. Temos de encarar, às vezes o preconceito não é descoberto, a pessoa não tem a extensão do ato nocivo. Preconceito homossexual: O homem é condicionado a ter atitude de macho. Aparece alguém com jeito feminino, acaba marginalizado do grupo. É diferente teorizar de como encararíamos o problema conosco. Preconceito se adquire sem 22

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saber o que é certo ou errado. O contato pessoal às vezes derruba o preconceito que temos a respeito.

coisa, cada um colocando a sua opinião do que acha, pensa a respeito.

Que sentimos sobre o preconceito? Que atitude tive sobre preconceito? Quando eu senti realmente preconceito? Falar de homossexualismo, prostituição é fácil, mas se é alguém da nossa casa, como encararíamos? Analisar coisas de fora é fácil, mas ver se temos ou não preconceito, aceita ou não, se aceito não tenho preconceito; se rejeito, tenho vergonha, escondo ou quero que mude, tenho preconceito; analisemos em nós se temos ou não o preconceito.

Ao abrir à participação a aula fica melhor, deslancha mais ao não se exigir conhecimento e sim opiniões ou vivências. O ápice da aula da EAE é quando o expositor tem a oportunidade de colocar sua experiência e sentimento a respeito do assunto, então ele passa a ser um participante da turma.

Na EAE parece que ninguém tem preconceito. Não paramos para pensar e analisar. Conforme cada um cai em si, aparecem preconceitos e onde somos preconceituosos no contr ole daquilo. Ciclo natural: pensamos e agimos, o ato é o final. Ao expor nosso ato, de certa forma buscamos o sentimento por trás, o que iniciou; é importante saber como sentimos e agimos ante o preconceito. São os 2 pontos importantes; há a parte intermediária: O pensamento, mesclado por muitas coisas, pelo próprio sentimento, ha uma série de controles; o superconsciente interfere no que devemos ou não fazer, a zona da moral controla, enfim o preconceito é mesclado. A opinião é algo no meio do caminho, temos de ir ao nível do comportamento como a achamos e sentimos. Na pergunta que acham, sentem, pensam, não há resposta certa, fazer com que as pessoas participem, tal pergunta é mediana, é claro que estamos dentro de normas que regem a EAE, quanto ao respeito da opinião das pessoas, que é não julgar opiniões, e faz parte também como regra pedir as pessoas que falem de si e não dos outros, dizer que meu vizinho é preconceituoso, o expositor deverá trazer de volta o assunto, o aluno venha refletir a falar de si. Semelhante é perguntar: Quem leu a aula? Devemos sim, é durante a aula incentivar o aluno à leitura, sugerindo e não cobrando, pois cria antipatia do aluno para com o expositor. Podemos exigir conhecimentos universais tipo: “O nome de Allan Kardec de quem era mesmo? O Livro dos Espíritos foi lançado em... Como nasceu a Doutrina Espírita ? Devemos induzir ou procurar formas dos alunos dizerem sua opinião, não o que é ou como deveria ser, a teoria a respeito da 23

O ponto máximo de participação ocorre ao atingimos a “Vida Plena”. Trazemos o assunto, fazemos ligeira abordagem e abrimos para todos colocarem sua forma de agir, pensar e sentir ante o tema; então existe não teoria sobre o assunto, mas sim vivências, experiências, sentimentos, pensamentos, a forma que cada qual age ante o tema. A aula de Vida Plena é uma aula que conta com a vivência, experiência: Qual é a minha atitude ante de um determinado assunto. Na aula participativa, falsa é a idéia de não precisar preparar muito, pois o aluno participa. Se houver tal enfoque vamos é matar tempo. Precisamos estudar a tema, saber a carga informativa que deve ser passada, os princípios morais a refletir, sintetizar a informação e conduzir a abertura nos aspectos morais planejados. É muito mais difícil a aula participativa bem dada que se imagina. “É abrir o assunto, as pessoas falam, a turma conduz a aula”, não é assim. Ninguém espera um expositor perfeito, temos falhas e defeitos. Para começar a dar bem uma aula observemos sempre as técnicas, procurando melhorar, mas só há uma forma de nos tornarmos um bom expositor: expondo. O Pai espera co-participação do jeito que somos, mas devemos nos preparar. Procurar dar a aula da melhor forma possível, não matar o tempo dos outros. Saber que nossa aula não está preparada é crime gravado na consciência. Recomendações úteis: –

Conhecer o ambiente ou local de aula onde irá proferir, conhecer a turma, o estilo de “participação de acordo com a aula do dia em exposição”/  24

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Saber do Dirigente: Quantos alunos tem a turma, os alunos participam ou não das aulas, etc. Visitar outras turmas, outras casas integradas, ouvir aulas de outros expositores. As aulas devem ser preparadas com bastante conteúdo; buscar entusiasmo, alegria, vibração, criar a empatia da turma, todos tem a ganhar, evidentemente o maior beneficiado é o aluno. As técnicas de comunicação evoluíram. Podemos utilizar projetor de slides, transparências, vídeos e outros recursos. Qual a melhor técnica técnica a ser adotada? Depende do estilo e da matéria da aula. Jamais passar a idéia de: Julgar, opinar, polemizar ou interceder. Falar sempre dos seus sentimentos e não dos outros, nunca podemos filosofar. Lembrar que analisar preconceito é um fato, mas aceitar é outra coisa. Devemos passar sempre as informações básicas para podermos acalmar a ansiedade dos alunos; depois poderemos abrir a aula à participação e buscar o retorno da turma. Após 2 a 3 anos em trabalho de exposição as aulas adquirem uma melhor consistência. O bom expositor nunca está satisfeito com suas aulas, assim, busca sempre reestruturá-las, agregando novos conceitos. Procurar sempre buscar após a aula a avaliação do dirigente (aguardar até que o dirigente e o próprio expositor tenham terminado de atender aos alunos). Expositor que não coloca dinamismo e entusiasmo em suas aulas está no trabalho errado. A forma de captar material para nossas aulas é através da leitura, do saber ouvir e da pesquisa. Exemplo de uma pergunta ruim (que afasta os alunos do expositor): “Quem leu a aula?”. Existem formas muito melhores de induzirmos os alunos à leitura sem sermos antipáticos. Em quanto tempo dou a aula? Tal tempo está fixado no “Vivência do Espiritismo Religioso”: Aulas do Curso Básico do Espiritismo – 1:00 hora. Aulas da Escola de Aprendizes do Evangelho – 0:45 minutos. Porém o expositor deve sempre possuir material de reserva, “no bolso do colete”, para poder cobrir 15 minutos de tempo extra de aula.

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 O termo “devolver a aula pega” não existe no dicionário do expositor. Um dos lemas do expositor é: “AULA PEGA É AULA DADA”, costumamos brincar dizendo: “O fato de um possível desencarne do expositor, não justifica sua ausência na aula. Ele deverá estar presente para poder intuir quem quer que ministre a aula em seu lugar”. Que horas chegar para a aula? Em uma cidade complexa como São Paulo, o expositor deve sempre programar-se para poder chegar com no mínimo 30 minutos de antecedência. Quem é o chefe? Para quem damos aula? Nenhuma apatia entre o expositor e pessoas da turma ou casa espírita deve interferir no trabalho do dirigente. Nós expositores não ministramos aula para dirigentes, assistentes, secretários ou mesmo alunos. Nós expositores ministramos aulas por sermos Discípulos de Jesus. Desta forma, nós expositores, ministramos nossas aulas pelo Amor do Mestre.

Não vou poder dar esta aula, posso “devolver” a aula que peguei? 25

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FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 8 P R O G R A M A D E A P E R F E I Ç O A M E N T O

ATITUDES PRIMÁRIAS  























Amor ao próximo ( Ama a teu próximo como a ti mesmo ). Ter tato pedagógico ( Domínio da classe, não deixar que o raciocínio encubra o discernimento. Levar amor ). Fidelidade à mensagem Cristã. Paciência e compreensão ( Observação, força de vontade, autoridade moral, bom senso e sensibilidade ). Simpatia ( Conter a tirania dos nervos ). Aparência pessoal ( Simplicidade, limpeza, não usar enfeites exagerados que desviem atenção, não vestir-se como estar indo a um clube ou baile de gala ) . Reserva e dignidade ( Compreender os defeitos ou más tendências – vícios, desvios de comportamento, atitudes inadequadas, etc. ). Imparcialidade ( Não tomar defesa de questões exteriores e polêmicas, partidos políticos, esportes, etc. ). Sinceridade ( Criar ambiente positivo. Todos percebem que podem ser sinceros e espontâneos, sem m elindres ). Conhecimento ( É o primeiro passo que leva ao desabrochar de virtudes ). Promover disciplina ( Dar exemplo, impor limitações com carinho, obedecer horários – Sala cheia e silenciosa não significa aprendizado ).

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AUTO-DOMÍNIO 

N Í  V E L

É necessária a prévia preparação psicológica, concretizando internamente que a tarefa é importante para s i e para o próximo.

I N T E R M E D I Á R I O

Acalmar-se, relaxar-se e entregar-se naturalmente ao compromisso é norte para um bom desempenho. A segurança psicológica passa pela adequada preparação do tema, através de estudo dedicado e ensaio. A prece e vivência natural do que se prega são fatores primordiais para que a vida de preletor ou expositor seja agradável, consistente no que se diz e afirma. É muito importante que saibamos que pequenos “picos” de tensão são comuns e nestes casos devemos utilizar recursos fáceis de serem aplicados. A prece é básica para atingirmos a harmonização interior e estreitarmos os canais inspirativos. Exercícios respiratórios também são valiosos, a prática da respiração diafragmática ( com a barriga ) de forma lenta, pausada ajuda a diminuir a tensão nervosa e fluxo sangüíneo na região do gástrico, equilibrando o emocional. Devemos conhecer da melhor maneira possível o assunto em pauta, e sempre nos abastecermos com material em excesso. A falta de conhecimento ou subsídios gera insegurança perceptíveis a nós e ao público, bem como a tendência ao superficialismo ou personalismo da mensagem. Uma boa preparação do tema proporciona confiança em si, capacidade de responder a perguntas e liberdade para a abordagem de assuntos correlatos.

Capacidade de despertar a atenção e o interesse ( Atenção é o interesse em ação ).

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CACOETES 

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POSTURA E GESTICULAÇÃO 

N Í  V E L

Os cacoetes desfocam a atenção dos ouvintes, que passam a perceber e prestar atenção na atitude e não na mensagem.

N Í  V E L

O expositor deve ter postura natural e espontânea, sem empregar gesticulação desnecessária, os gestos devem ser moderados e coerentes com a dinâmica da exposição.

A V A N Ç A D O

Alguns cacoetes são bastante típicos ( “jogar” o cabelo para o lado, “coçar” a barba, puxar a calça para cima, tirar e colocar os óculos, coçar a cabeça, estalar as juntas do dedos, “puxar” o dente, etc. ) Todos estes comportamentos são hábitos inconscientes e afloram na esfera da exposição como recursos de busca de afirmação ou de ganho de tempo. São quatro os estágios da percepção e eliminação dos cacoetes:  





Não consciência: Quando é um ato involuntário, automático. Consciência: Quando percebemos ou somos alertados de tal comportamento. Tentativa de acerto: Que é o esforço para vigiar as atitudes e corrigir na medida do possível as tendências para tais reações. Eliminação: Que é conquistada com bastante esforço e após passar pelos estágios acima.

B Á S I C O

A indumentária deve ser apropriada e discreta, evitar adornos sonoros. Não trazer objetos nas mãos, a não ser que façam parte de alguma dinâmica ou técnicas de incentivo e de fixação de idéias. Não beber água durante a exposição ( salvo secura na garganta ), ou abanar-se, neste caso enxugar discretamente o suor com lenço. Estes gestos caracterizam descontrole e influenciam negativamente a platéia. Não desculpar-se seja a que protesto for, pois os alunos torcem por uma boa aula e não desejam justificativas que só tornarão claro o despreparo. Buscar sorrir naturalmente. Lembrar que a timidez expressa vaidade. Nunca apoiar-se em cadeiras, mesas, etc. Não dar tapas ou pancadas na mesa ou objetos. Ser autêntico, natural, não imitar outros expositores. Cuidado com ombros caídos. Não manter a posição do tórax rígida. Ao apresentar-se em pé, apoiar-se sobre as duas pernas, evitando fadiga muscular e movimentação de apoio de pernas. Palavras expressam idéias, gestos expressam sentimentos. Não gesticular apenas com as mãos. Não exagerar nos movimentos, variá-los. A movimentação nunca deverá ser posterior à fala.

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Não descansar as mãos nos bolsos.

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MOVIMENTAÇÃO 

Evitar gestos repetidos mecanicamente.

N Í  V E L

Os movimentos tem o poder de aumentar a concentração dos ouvintes, já que “força-os” a prestar atenção no intelocutor.

Não cruzar os braços, tampouco cruzar as mãos à frente ou às costas. Usar a coerência entre o que se fala e o que se demonstra na fisionomia.

I N T E R M E D I Á R I O

Ao olhar os ouvintes encare-os de frente, sem medo ( sem altivez ), movimentando a cabeça de forma não linear, usando a flexibilização do pescoço, ombros e tronco. Quanto a movimentação em classe é importante não dar as costas para os participantes, ou seja, não criar movimentos circulares pela classe. Precisamos ter cuidado para que os movimentos não criem monotonia, deve-se quebrar a uniformidade. A movimentação deve ser triangular e variada, cuidando para que todos possam enxergar-nos e vice-versa. Cuidado com o efeito “tigre na jaula” que é a movimentação lateral constante e nervosa. Os modernos conceitos de postura e movimentação recomendam que tiremos “os pregos dos pés”, ou seja, dentro de uma adequação consciente utilizemos a movimentação como fator de emoção superando antigos conceitos de que o preletor deve ficar “estancado” ao solo de forma estática, como se houvesse uma barreira invisível entre as partes.

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APARÊNCIA

N Í  V E L

É necessário que o expositor adeque-se à sua tarefa, inclusive no âmbito social, para que sua aparência seja agradável aos olhos, evitando imagens negativas ou preconceituosas.

I N T E R M E D I Á R I O

Por não se tratar de evento social, faz-se necessário tomar alguns cuidados para a apresentação pessoal, tanto em preleções quanto em exposições de aulas. É sabido que na grande maioria das vezes o expositor tem que se deslocar diretamente de seu local de trabalho físico para a tarefa espiritual, o que pode gerar algumas distorções, que devem ser minimizadas se tomarmos alguns pequenos cuidados. É muito importante cuidarmos do hálito, principalmente quando permanecemos muitas horas sem alimentação, quando temos problemas estomacais ou gengivais. Este fato é de simples solução, basta criarmos o hábito de carregarmos conosco um tubo de pasta dental e escova para a devida higienização um pouco antes da apresentação ( pode ser no banheiro do Centro Espírita mesmo ). Ainda nesta questão podemos fazer um “lanchinho” rápido, no deslocamento para o Centro, com algo simples como biscoitos, sucos naturais, barras de cereais, etc., isso não exclui a posterior higienização.

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 soar ( e será ) falsidade, que será detectada no primeiro instante por toda a platéia. Também não adianta nos vestirmos com a “roupa de missa” se sabemos que nosso dia-a-dia é outro, ficaremos incomodados e preocupados com algo que não vai à essência da t arefa. Basta cuidar da apresentação com crítica, nos pequenos detalhes ( meias de cores diferentes, sapatos trocados, roupas furadas, rasgadas ou manchadas, camisa desalinhada, meia calça com fio puxado, etc. ). E caso algo aconteça no caminho ou pouco antes da apresentação encare com bom humor, já que a vida nos reserva surpresas inimagináveis. Apenas um cuidado: Nunca se apresente de camiseta regata, chinelos ou bermudas, isso pode aparentar desdém ao público e com certeza passa pela falta de respeito ao próximo.

A higiene corporal é mais difícil quando nos deslocamos diretamente das atividades materiais. Muitas vezes trabalhamos em atividades que exigem desgaste corporal e conseqüentemente nos vemos “sujos” ou “suados” além da conta. Um “mini-banho” na pia do banheiro do Centro, com aplicação de um suave desodorante pode auxiliar neste caso. Uma boa troca de camisa também faz-se necessário. O contrário também vale. Podemos trabalhar em local que exige uma formalidade extrema de vestimenta e nos deslocamos para a tarefa espiritual em local muito simples, humilde. O bom senso nos indica que neste momento devemos ao menos tirar os excessos do formalismo ( terno, gravata, salto alto, ornamentos, lenços, maquilagem carregada, etc. ) e apresentarmo-nos de forma mais natural. Aparência agradável não combina com desleixo ou falsidade. Devemos ser nós mesmos, sempre. A vestimenta deve ser coerente conosco. Exemplo: Não queiramos ir à uma aula de Mocidade Espírita de bermudão, tênis colorido, camiseta do “Rapa” ou do “Ratos de Porão” se nosso estilo natural é outro, vai 33

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PRESENÇA ELOQÜENTE 

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FLEXIBILIDADE 

N Í  V E L

Alguns fatores são básicos para que a presença do preletor ou expositor seja agradável e eloqüente, fluindo com naturalidade e em clima de abertura.

N Í  V E L

Ao expositor espírita é necessário e imprescindível ser flexível em sua vida interior. Abrir-se ao mundo sem defesas, não subir ao pedestal da vaidade e praticar a máxima Cristã: “Amar ao próximo como a ti mesmo”. O respeito pela individualidade do ser e dos diferentes estágios culturais, espirituais e intelectuais é obrigatório para quem deve muito mais exemplificar do que t eorizar.

I N T E R M E D I Á R I O













Riqueza de conteúdo doutrinário através de estudo metódico, permanente, compromissado. Clareza quando simplifica-se o conteúdo e utiliza-se a pronúncia correta das palavras. Objetividade no tema, exercitando a capacidade de síntese de assuntos periféricos e controlando o tempo disponível, isso se consegue com ensaio constante. Criatividade: Que é a capacidade de tornar a preleção interessante e original, fugindo aos padrões formais e trazendo o tema para a situação atual de vida da sociedade, cuidando para não personalizar as idéias em conceitos cristalizados da própria vida ou introjetar situações não vivenciadas. Versatilidade com enfoques e argumentações diferentes e atuais. Ter a “cabeça aberta” para pensar além do mundo do autor da literatura estudada, sem fugir à sua linha de raciocínio. Ser verdadeiro no que diz e faz, Jesus já nos orientava: “Seja seu dizer sim, sim; não, não”

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I N T E R M E D I Á R I O

O primeiro ponto deste processo de flexibilização é reconhecer-se em formação, que a única diferença entre si e os alunos ou assistidos é que tenha estudado um pouco mais, iniciado seu processo de despertamento um pouco antes, mas que ainda está ( e estará por um bom número de encarnações ) buscando sua melhora, depurando seus sentimentos e pensamentos, crescendo em um compromisso pessoal e coletivo, onde aqueles que ali estão consigo são companheiros de jornada. Respeitando a individualidade deve admitir a diversidade, as diferentes formas de encarar a vida e as situações, as pessoas são unas em sua persona. Experienciam e introjetam as realidades de formas diferentes, buscam seus ideais por caminhos diversos, não são nem melhores nem piores uns dos outros, somos espíritos em busca de luz, no caminho do Celeste Criador. Abertos ao próximo e à sua forma de agir e pensar, abrimos a exposição para o incentivo das trocas vivenciais, que enriquece o conteúdo da exposição com fragmentos vivos das experiências evolutivas de cada um, como numa grande terapia terrena, onde somos todos pacientes e o Cristo o grande Terapeuta das sessões guiando-nos pelo Evangelho Redentor.

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FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004

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QUALIDADES LITERÁRIAS 

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VOZ 

N Í  V E L

Não é possível a um expositor ou preletor desenvolver os temas se não tiver o mínimo de qualidades literárias exigidas. Isso passa pelo hábito da leitura, de forma constante, m etódica.

N Í  V E L

Intensidade ( Volume ) Empregar uma intensidade média, permitindo variações. Utilizar o volume conforme as necessidades do recinto.

I N T E R M E D I Á R I O

Deve-se dedicar alguns instantes do dia para isso, ler em local agradável, onde não haja interferências que possam desviar a atenção. Quanto mais lermos maior será nossa capacidade de absorção de conceitos. É como um exercício físico: Devemos ter o hábito salutar, pois do contrário torna-se estafante, pesado, como um castigo ou obrigação indesejável, e isso está completamente fora as diretrizes espirituais. Praticando a leitura intensa e constantemente passamos a ter maior intimidade com a nossa língua, as pronúncias, os verbos, as conjugações. Assim o expressar torna-se mais claro e adequado, menos repetitivo, mais rico em variações, mais facilmente absorvível pelo público As leituras devem se focar em obras edificantes, de elevado conteúdo moral e espiritual, mas é muito importante estarmos em sintonia com o que acontece também no mundo, praticando a leitura do dia-a-dia, dos jornais, das revistas, das reportagens, das obras clássicas, dos poemas, dos livros polêmicos, etc. Acrescentamos bagagem intelectual, abrimos nossas cabeças para o mundo real, exercitamos nossa capacidade de discernimento, raciocínio e enriquecimento do nosso vocabulário.

B Á S I C O

 

Tonalidade ( Freqüência ) Utilizar-se de tom médio para possibilitar variações. Utilizar o grave e agudo para demonstrar variações emocionais na narrativa. O timbre deve ser natural e independente da voz que tivermos. Não devemos criar forçamentos que a alterem mais ainda, criando efeitos desastrosos.  



Timbre ( Qualidade da Voz ) Falar com a boca. Não falar com: Nariz Peito Garganta Flor nos lábios ( efeito Hebe Camargo )

 

o o o o

Caso mais crítico é do expositor que fala com a boca mas não abre a mesma para tal. Não começar a palestra com a voz em todo seu volume e timbre. Não deixar a voz cair no fim de cada frase, nem a levantar em todo o fim de frase ou período. Falar para a frente. Variar o tom e a intensidade da voz. Não falar em jejum ( provoca astenia cárdio-pulmonar ), nem com o estômago cheio ( contração do diafragma ). Exercícios: Arredondar os lábios e dizer: ôô, abra-os num sorriso apertado e diga: êê. Lábios cerrados, como se a boca tivesse cheia de água, explodir os lábios dizendo: Bêê. 



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FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 18

ARTICULAÇÃO 

N Í  V E L

É ter clareza e nitidez.

B Á S I C O

Articular é tornar as palavras distintas, utilizando todos os recursos faciais para tal.

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 

As palavras devem ser pronunciadas em um ritmo que não cause forçamentos levando-nos a prejudicar a dicção, engolindo sílabas que dificultam o entendimento da mensagem.

Devemos aproveitar os recursos faciais para movimentação de: Lábios Língua Mandíbula Musculatura da face







 

Um ninho de mafamagafos, com cinco mafamagafinhos; se a mafamagafa os desmafamagafar, ficam todos desmafamagafados. Xuxa! A Sasha fez xixi no chão da sala. Sabendo o que sei e sabendo o que sabes e o que não sabes e o que não sabemos, ambos saberemos se somos sábios, sabidos ou simplesmente saberemos se somos sabedores. O desinquivincavacador das caravelarias desinquivincavacaria as cavidades que deveriam ser desinquivincavacadas.

 



Pode ser adquirida pela leitura de poesias em voz alta ( aplicar no Curso os exercícios abaixo , pelo menos os 7 primeiros ). Fazer exercícios de “trava-linguas” ( abaixo ) repetindo as que se tem mais dificuldades de fluência. Fazer os exercícios diariamente no início e no futuro sempre que sentir necessidade: 

A grande gralha grua na grama da granja de grão.



Chuche sem cessar cem salsichões sem salsa e sem sal.









Se cem serras serram cem cigarros, seiscentas serras serrarão seiscentos cigarros. O solo está enladrilhado, quem o desenladrilhará ? o desenladrilhador que o desenladrilhar, bom desenladrilhador será. Compadre, compre você pouca carpa parda, porque aquele que pouca carpa parda compra, pouca carpa parda paga. Eu, que pouca carpa parda comprei, pouca carpa parda paguei. Um prato de trigo para três tigres. Dois pratos de trigo para três tigres. Três pratos de trigo para três tigres.

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Se o Pedro é preto, o peito do Pedro é preto e o peito do pé do Pedro também é preto. Embaixo de uma pedra tem uma rã e uma aranha, nem a rã arranha a aranha e nem a aranha arranha a rã. O rato roeu a roupa do rei de Roma, a rainha com raiva resolveu remendar. O vento perguntou para o tempo qual é o tempo que o tempo tem. O tempo respondeu para o vento que não tem tempo para dizer para o vento que o tempo do tempo é o tempo que o tempo tem. Perlustrando patética petição produzida pela postulante, prevemos possibilidade para pervencê-la porquanto perecem pressupostos primários permissíveis para propugnar pelo presente pleito pois prejulgamos pugna pretárita perfeitíssima. A Iara agarra e amarra a rara arara de Araraquara. Embaixo da pia tem um pinto que pia, quanto mais a pia pinga, mais o pinto pia. Não confunda ornitorrinco com otorrinolaringologista, ornitorrinco com ornitologista, ornitologista com otorrinolaringologista, porque ornitorrinco é ornitorrinco, ornitologista é ornitologista e otorrinolaringologista é otorrinolaringologista. 40

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 

















Alô, o tatú taí ? Não, o tatú não tá, mas a mulher do tatú tando é o mesmo que o tatú tá. O original nunca se desoriginou e nem nunca se desoriginalizará. A sábia não sabia que o sábio sabia que o sabiá sabia que o sábio não sabia que o sabiá não sabia que a sábia não sabia que o sabiá sabia assobiar. Disseram que na minha rua tem paralelepípedos feitos de paralelogramos. Seis paralelogramos tem um paralelepípedo. Mil paralelepípedos tem uma paralelepipedovia. Uma paralelepipedovia tem mil paralelogramos. Então uma paralelepipedovia é uma paralelogramolândia ? Qual é o doce mais doce que o doce de batata doce ? Respondi que o doce mais doce que o doce de batata doce é o doce que é feito com o doce do doce da batata doce. Vejo no jardim japonês gentis jaçanãs, jandeiras jaspeadas, jubujurus janotas e juritis gemendo. Nas jaulas o jaguar girando, javalis selvagens, jararacas e jibóias gigantes, girafas gigantes gingando com jeito de gente, jacarés, jucuruxús e jabotis jejuando. O pinto pia, a pipa pinga. Pinga a pipa e o pinto pia. Quanto mais o pinto pia mais a pipa pinga. O mameluco melancólico meditava sobre a megera megalocéfala e macabra.

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HIDRATAÇÃO E SALIVAÇÃO 

N Í  V E L

Sabemos que dependendo da condição emocional, fatores climáticos e de saúde podemos ter efeito de “boca seca”. Uma boa orientação com relação a este fato é a ingestão de líquido em quantidade adequada antes de iniciar a exposição, permitindo a hidratação em nível suficiente para que o corpo não necessite de mais líquido. Caso a exposição seja extensa é permitido utilizar a água em intervalos ou ao fim da mesm a.

A V A N Ç A D O

Precisamos tomar cuidado com a quantidade ingerida, pois podemos ser surpreendidos com a necessidade de excretar o líquido ainda no período da apresentação, o que gera uma situação de muito desconforto e desconcentração. Para protegermos o desempenho vocal devemos fazer uso da água apenas sem gelo, assim não afetamos a mobilidade das cordas vocais. O uso de balas é desaconselhável pois cria uma dependência psicológica e serve como muleta para conter a ansiedade, a isso acrescenta-se a rotulação que se faz ( sujeito da água, sujeito da bala de hortelã, etc. ) Os principiantes podem utilizar este recurso no início de suas atividades para estimulação das glândulas salivares, mas apenas antes das apresentações. Com o tempo o metabolismo psíquico se encarrega de estimular automaticamente as mesmas. É claro que é melhor tomar um copo d’água ao invés de ficar tossindo continuamente, sem forças para retomar o discurso. Nestes casos não há nenhum “pecado” em fazer uso do líquido durante a apresentação, desde que tomemos cuidado para não dispersarmos a atenção da classe ou assistência com relação ao que está sendo dito.

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FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 20 N Í  V E L B Á S I C O

OLHAR  











O olhar deve ser natural e dirigido a todos os presentes, percorrendo com os olhos e com movimentos da cabeça toda a platéia. O expositor deve sentir-se à vontade. Pode-se criar variações quando queira causar algum efeito ou incentivar participações. As expressões das sobrancelhas auxiliam, e muito, na exposição do que se quer transmitir. O olhar deve ser firme mas sem altivez, transmitindo segurança sem transformar o expositor em antipático ou arrogante. Perceber as reações e adaptar o andamento da apresentação. Pessoas dispersas, cochilando ou desatenciosas são sintomas claros que a apresentação não vai bem, devemos utilizar todo o potencial do olhar para notar estes detalhes e ir adequando os recursos necessários ( ritmo, entonação, etc. ) Não permanecer com os olhos fechados.

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CONGRUÊNCIA

N Í  V E L

Ë a integração entre as expressões físicas e verbais. Não se pode expressar algo triste com feições de alegria no rosto, ou de alegria com um choro sentido. Normalmente esta integração se faz naturalmente, mas o nervosismo ou deslocamento pode distorcer as expressões e suas relações com a verbalização das idéias.

A V A N Ç A D O

A congruência permite, quando temos uma atitude constante no campo emocional e psicológico, uma sinergia entre as idéias e as ações, potencializando a mensagem e o valor de seu s ignificado. Um olhar colocado de forma certa em uma frase de efeito pode modificar uma idéia cristalizada no ouvinte. Para atingirmos esta sinergia é muito importante perceber-se a si e ao ambiente, colocando-se no tempo e no espaço, observando as dimensões, sua postura, sua posição na classe ou no salão de preleções, as pessoas, seus olhares, os móveis, ou seja, tudo aquilo que faz parte daquele momento. Isso permite mais segurança e tranqüilidade, desta forma a congruência se dará de forma natural.

Não fixar o olhar em determinada pessoa ou grupo, para que não haja nenhuma “pressão” psicológica às pessoas. Especialmente nas preleções pode acontecer das pessoas pensarem que o assunto está sendo dirigido somente a elas porque o plantão ( entrevistadores ) “passaram a informação”. É necessário percorrer o olhar por toda a sala, com suavidade e carinho.

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FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004

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RITMO E ENTONAÇÃO 

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MEMÓRIA

N Í  V E L

Variar a velocidade, que nunca deve ser superior a quatro sílabas por segundo.

N Í  V E L

Regra áurea: “NUNCA CONFIAR NA MEMÓRIA”

B Á S I C O

Velocidades muito altas proporcionam falta de entendimento por parte dos ouvintes, agitação e quebra vibracional. Os ritmos muito lentos causam apatia, sonolência e dispersão. Usar um ritmo natural de conversa e variar a velocidade quando se quer expressar algo forte, conciso ( mais rápido ) ou algo mais doce, mais amoroso ( mais lento ). As pausas são necessárias para que a platéia tenha tempo de “digerir” as idéias, raciocinar rapidamente sobre a seqüência dos assuntos e colocar em si. Pequenas pausas de 1, 2 segundos não são perceptíveis, e até são agradáveis, tirando o ritmo “alucinante” da apresentação. Uma boa forma de usar as pausas é fazer valer a pontuação. Articular as frases com todas as vírgulas, pontos e parágrafos permite um entendimento pleno da idéia a ser tr ansmitida.

I N T E R M E D I Á R I O

Não confiar na memória não quer dizer decorar textos ou exposições completas. A bagagem literária e doutrinária deve estar consistente em nós pela prática constante de estudo, leitura e participação em palestras, reciclagens, etc. O que devemos memorizar é a idéia central da apresentação, a linha mestra que permitirá o desenvolvimento do tema de forma natural e espontânea, já que nos preocupamos em abastecermonos de informações necessárias para o livre desenrolar da atividade. O que podemos memorizar também é um resumo da palestra, ou em outras palavras, o quadro de idéias, para que não fujamos à linha central de raciocínio lógico. Quando dizemos “memorizar” é colocar as questões no coração, sempre pensando na platéia e suas necessidades espirituais.

A pontuação mal aplicada pode distorcer o sentido de uma frase e colocar a perder todo o esforço de entendimento do assunto. As palavras e as idéias devem ser expressivas, citemos como exemplo: 

Amigo José engana-se na análise dos fatos em São Paulo.



Amigo José engana-se na análise dos fatos em São Paulo ?



Amigo, José engana-se na análise dos f atos em São Paulo.



Amigo, José engana-se na análise dos f atos em São Paulo ?



Amigo José: Engana-se na análise dos fatos, em São Paulo.



Amigo José: Engana-se na análise dos fatos em São Paulo?



Amigo José engana-se na análise dos fatos, em São Paulo.

E assim por diante... 45

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PREPARAÇÃO DO TEMA

N Í  V E L

Sugestão de preparação passo-a-passo:

B Á S I C O

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 14. Leitura: Deve-se ter muito cuidado com o momento momento da leitura, pois existem obstáculos naturais que podem evitar um perfeito estado de concentração para as devidas absorções de idéias. O local inadequado, fatores que possam distrair ou sono são obstáculos que potencializam esta dificuldade de concentração. O grande desafio é ler mais em menor espaço de tempo, já que nossa vida diária é corrida e nem sempre nos é permitido termos tempo para outras atividades que não sejam as do dia-a-dia da vida material. É salutar esforçarmonos para destinarmos pelo menos cinco minutos diários para leitura, criando assim o hábito da leitura constante, isso nos trará domínio das informações, poder de argumentação e clareza de expressão. Ao fazer-se a leitura a principal preocupação deve ser absorver as idéias do autor, mas para isso deve-se estar motivado e não deve-se apenas vocalizar, e sim raciocinar, refletir sobre o que foi lido.

1. Estudar Estudar o tema profundamen profundamente. te. 2.

Estudar o assunto e coloca-lo de “molho”, estar com a mente aberta para as intuições que forem chegando.

3.

Comentar com os colegas colegas e trocar idéias idéias sobre o tema, buscando outras visões sobre o assunto.

4.

Ler assuntos correlatos, em outras outras literaturas, em outras obras.

5.

No momento de começar a montar efetivamente o tema buscar a ligação espiritual e orar.

6.

Consultar o Dirigente Dirigente da turma sobre sobre características da turma, da classe, particularidades, etc.

15. Fazer uma pré-leitura = autor, edição, orelhas, í ndice, introdução, prefácio. 16. 1a. Leitura ( rápida ), absorve-se a proposta do autor, obtêmse uma idéia geral ( sublinhar os pontos principais do texto ).

7. Definir Definir o objetivo objetivo a. Sem rebuscamen rebuscamento. to. b. Rapidamente Rapidamente compreendid compreendido. o. c. Dire Direto to.. d. Seguir Seguir com rigor o tema e objetivo objetivo.. 8.

9.

17. 2a. Leitura ( detalhes ), proporciona um diálogo entre as partes ( autor e leitor ), sublinhar as palavras chaves que serão os argumentos.

Fazer um brain-storming ( tempestade tempestade cerebral ) sem seqüência lógica ou cronológica, buscar uma chuva de idéias pessoais.

18. Refazer o raciocínio do autor autor ( criar o quadro de idéias ).

Pesquisar referências da Aliança e Vade Mecum.

20. Comprovar a lógica da seqüência seqüência de idéias.

19. Fazer leitura crítica usando o raciocínio próprio.

10. Estudar Fontes da Aliança, Obras da Codificação, Bíblia, Literatura Espírita ( clássica e atual ), Biografias, Datas Comemorativas, etc.

21. Ensaiar, ensaiar, ensaiar ( utilizando utilizando recursos simples e que são de acesso a qualquer pessoa. Deve-se fazer a apresentação frente ao espelho, observando a postura e gesticulação, ter em mãos um relógio e controlar o tempo e variar as palavras utilizando-se de sinônimos , para gravar a seqüência dos assuntos podemos criar imagens mentais, visualizando as mesmas durante a apresentação.

Observações: 11. Estabelecer um horário para estudo estudo ( tempo ). 12. Definir um local ( não muito confortável ) 13. Está com sono ? Durma !!!

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22. Tomar cuidado com personalismos. 23. Preparar Recursos Audiovisuais.

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FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 24. Na exposição não enfatizar temas controvertidos controvertidos e aspectos polêmicos, pois a platéia se divide em prós, contras e neutros e não haverá domínio do tema central. 25. Fazer análise crítica da importância do tema para a vida prática, pois além dos aspectos históricos e obrigações de cumprimento do programa, a EAE deve ser prática.

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 25

QUADRO DE IDÉIAS 

N Í  V E L

O quadro de idéias é uma ferramenta eficaz na orientação da seqüência lógica do raciocínio a ser desenvolvido na aula. Não deve ser uma folha ( ou mais ) com todo o texto que se deve falar escrito nela. Ao contrário, o quadro de idéias deve refletir tão somente os pontos a serem abordados, todo o desenvolvimento do tema deve ser objeto de estudo e assimilação cultural e inspiracional do expositor. As exceções devem-se somente a nomes, datas e lugares, para quem tem dificuldades de memorização.

A V A N Ç A D O

O quadro é o roteiro da exposição, é o norte, é o lembrete que nos alertará se estamos esquecendo algo importante, se estamos fugindo ao objetivo traçado. Faz parte integrante da técnica de preparação do tema, em especial das fases de leitura, onde podemos resumir da seguinte forma: 









Fazer uma leitura rápida e sublinhar os trechos principais, captando a proposta do autor. Refazer a leitura, agora atento aos detalhes, sublinhando e destacando apenas as palavras-chaves, que são os argumentos. Trazer para um papel na as palavras-chaves e verificar com critério se a seqüência está em lógica com as idéias a serem expostas. Ensaiar a apresentação usando a seqüência obtida no quadro de idéias, para certificar-se de que nenhum detalhe importante vai passar em branco. Transcrever para o quadro algum nome, data, etc. que por ventura tenha dificuldade em memorizar.

Um exemplo de como montar o quadro de idéias ( que é bastante pessoal ) segue abaixo: Diferentes categorias de mundos habitados 

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FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 Do ensino dado pelos espíritos, resulta que muito diferentes umas das outras são as condições dos mundos, quanto ao grau de adiantamento ou de inferioridade dos seus habitantes. Entre eles há os que estes últimos são ainda inferiores aos da Terra, física e moralmente; outros, da mesma categoria que o nosso; e outros que lhe são mais ou menos superiores a todos os respeitos. Nos mundos inferiores, a existência é toda material, reinam soberanas as paixões, sendo quase nula a vida moral. À medida que esta se desenvolve, diminui a influência da matéria, de tal maneira que, nos mundos adiantados, a vida é, por assim dizer, toda espiritual. Nos mundos intermediário intermediários, s, misturam-se misturam-se o bem e o mal, predominando um ou outro, segundo o grau de adiantamento da maioria dos que os habitam. Embora não se possa fazer, dos diversos mundos, uma classificação absoluta, pode-se contudo, em virtude do estado em que se acham e da destinação que trazem, tomando por base os matizes mais salientes, dividi-los. De modo geral, como segue: Mundos primitivos, destinados às primeiras encarnações da alma humana; mundos de expiações e provas, onde domina o mal; mundos de regeneração, nos quais as almas que ainda tem o que expiar aurem novas forças, repousando das fadigas da luta; mundos ditosos, onde o bem sobrepuja o mal; mundos celestes ou divinos, habitações de Espíritos depurados, onde exclusivamente reina o bem. A Terra pertence a categoria dos mundos de expiação e provas, razão porque aí vive o homem a braços com tantas misérias.

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 tópicos acima, mas é sempre bom fazer uso da preparação do quadro para fixar os pontos principais. Para isso é importante que o texto do quadro seja: Claro ( saber que será acessível ao público ), ter unidade ( ter amarração, ou seja pé e cabeça ), conciso ( não ser longo ) e coerente ( lógico ).

O Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap. III 

O quadro poderia ficar desta forma ( os grifos acima são nossos ):     

Condições: física e moral. Mundos inferiores (material e paixões ). Mundos adiantados ( espiritual ). Mundos intermediários ( bem e o mal ). Classificação ( estado e destinação ). Primitivos. Expiações e provas. Regeneração. Ditosos. Celestes. A Terra. o o o o o



Os assuntos relativos aos tópicos são desenvolvidos naturalmente pelo expositor. Há a possibilidade de “decorar” os 51

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IMPROVISAÇÃO X PLANEJAMENTO 

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N Í  V E L

É importante a conscientização do planejamento de uma apresentação. Com a experiência tem-se uma tendência a “relaxar” na preparação, confiando nas suas habilidades e conteúdo doutrinário. Mas isso não deve ser uma constante, é claro que podem ocorrer problemas que nos impeçam de preparar uma apresentação convenientemente, mas estes casos devem ser realmente uma exceção.

N Í  V E L

A V A N Ç A D O

O improviso ( falta de estudo e/ou preparação do tema ) traz como conseqüência insegurança na exposição e pode gerar enganos nas afirmativas doutrinárias. Sem lastro, o conteúdo torna-se pobre, repetitivo e rotineiro, gerando no público ouvinte imagens mentais negativas. Trata-se de um desrespeito ao público, pois deixamos de oferecer o que a Doutrina tem de melhor para ofertarmos apenas uma pequena parcela que está viva em nosso consciente, ou o que é pior, que faz parte de nossa estreita visão.

B Á S I C O

REFERÊNCIAS PARA TEMAS        

Pentateuco Kardequiano Outras obras de Kardec Obras de André Luiz e Emmanuel Obras de Edgard Armond e “O Trevo” Revista Espírita ( Kardec ) Vade Mecum Espírita ou pelo site www.vademecum.com.br Para histórias: “A Vida Escreve” e “Almas em Desfile”

Improvisar não atinge plenamente objetivos de assimilação da essência do conteúdo. Quando partimos para o planejamento de uma apresentação, de imediato recebemos a sustentação da espiritualidade, mesmo semanas antes da apresentação. Planejar faz parte da busca intensa pela reforma íntima e o adequado comportamento moral e ético na Doutrina. Aí sim, com a essência devidamente exposta, sem distorções doutrinárias, podemos transferir no campo mental e na vida os exemplos que comentamos nas prédicas. Lembremo-nos: improvisar pode render 10 frutos de uma semeadura, mas com planejamento colheremos 1000 frutos da mesma.

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COLA OU LEMBRETE 

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ESTRUTURA DA EXPOSIÇÃO 

N Í  V E L

Recurso normalmente necessário aos ainda inseguros, que utilizam o livro, o bilhete ou o papel mais como apoio psicológico do que como consulta.

N Í  V E L

INÍCIO ( 15% do tempo da ex posição )

A V A N Ç A D O

Não é pecado fazer uso da mesma nos casos de aulas, já que os assuntos normalmente são extensos. Deve ser pequena e organizada. Nada de folhas e folhas escritas como longas dissertações, mas apenas os tópicos organizados em ordem de progressão dos assuntos ( em forma de quadro de idéias ). Devemos ter muito cuidado com o efeito “Mata-Moscas” ou o papel que é agitado constantemente no ar, tirando a atenção dos ouvintes e produzindo barulho típico. Nos casos das preleções, por se tratarem de exposições curtas, onde a veia principal está em um tópico Evangélico não se recomenda sua utilização, com ensaio e preparação espiritual adequada o tema flui naturalmente.

B Á S I C O



  



Abertura, preparação. Onde se inclui a saudação e as explicações sobre a natureza do trabalho, do tema e assim por diante. Capta a atenção e resume o que se vai dizer. Deve ser sem formalidades e sem desculpas. Deve despertar curiosidade no auditório. Pode-se contar uma história, fazer uma pergunta ou relatar um fato recente. Não ser dogmático.

EXPOSIÇÃO ( 75% do tempo da exposição ) 

     



É o meio, abordagem do assunto em foco. É o desenvolvimento do tema propriamente dito, relata-se os pontos principais com ordenação lógica e sustentação do tema. Usar palavras claras e conhecidas. Falar à altura do nível intelectual do público. Evitar termos técnicos desconhecidos. Usar e abusar dos recursos audiovisuais. Usar a gesticulação que reflitam os s entimentos. Cria-se o cenário para uma argumentação que convence e comove. É o lugar onde cabem as manipulações.

CONCLUSÃO OU EPÍLOGO ( 10% do tempo da exposição ) 

 

É o fim, o encerramento. Onde a idéia central é realçada para ser fixada. Deve ser simples, objetiva, dinâmica e útil. Recapitula e deve ser uma afirmação memorável. Poderá ser decorado, é um resumo enfático do que foi dito Maneiras de encerrar uma palestra: Apelar para que a tese seja aceita Fazer um resumo dos pontos mais importantes Agradecer os presentes Construir clímax e concluir com palavra de vibração forte e positiva Deve ser rápido e decisivo Terminar sempre como o auditório deseja o o o o

o o

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FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 EXEMPLO DE ESTRUTURA DE AULA

Aula de 60 minutos do Curso Básico de Espiritismo:   

15% - Introdução ( 9 minutos ). 75% - Apresentação ( 45 minutos ). 10% - Conclusão ( 6 minutos ).

Aula de 45 minutos de Escola de Aprendizes do Evangelho:   

15% - Introdução ( 7 minutos ). 75% - Apresentação ( 34 minutos ). 10% - Conclusão ( 4 minutos ).

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 30 P R O G R A M A D E A P E R F E I Ç O A M E N T O

RETENÇÃO DO CONHECIMENTO / PROCESSOS DE  APRENDIZAGEM  Estudos da Socondy-Vaccum Oil Co. Studies: Temos algumas características quanto ao fatores de retenção das informações que nos chegam através dos modos sensoriais. Em estudos de 3 horas e de 3 dias temos os seguintes quadros percentuais resultantes: Tudo aquilo que recebemos via auditiva ( exposição oral ) após 3 horas apresentamos 70% de retenção, enquanto que após 3 dias esta retenção de informações cai para apenas 10%. Quando a informação nos chega sob forma visual, após 3 horas temos 71% de retenção, enquanto que após 3 dias esta retenção estaciona na casa do 20% apenas, mas é o dobro da informação oral. Aliando-se os recursos das vias auditivas e visual, após 3 horas a retenção sobe para 85% enquanto que após 3 dias cai apenas 20 pontos, estacionando na casa dos 65%. Ainda neste estudo temos os resultados da retenção mnemônica ( técnica de desenvolver e fortalecer a memória mediante processos artificiais auxiliares ). No uso dos recursos mnemônicos, a gravação das informações na memória são: Paladar 1%, tato 1,5%, olfato 3,5%, audição 11% e visão 83%. Quanto aos processos de aprendizado imediato tirou-se a seguinte conclusão: Aprende-se 10% do que se lê. Aprende-se 20% do que se escuta. Aprende-se 30% do que se vê. Aprende-se 50% do que se vê e escuta. Aprende-se 70% do que ouve dizer e logo discute. Aprende-se 90% do que ouve dizer e logo realiza. Com os dados acima podemos notar a importância de recursos auxiliares dinâmicos e trocas vivenciais nas aulas.

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FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004

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OBSTÁCULOS DECORRENTES DA PERSONALIDADE 

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OS NÉS, TÁS, HUNS, ÃÃS, ÁÁS 

N Í  V E L

Auto-Suficiência: O indivíduo auto-suficiente julga saber tudo sobre o assunto e dessa forma, incorre em erro grave: Toma o particular pelo geral. Expressão de orgulho, sente-se mais importante que a própria aula. Trata-se de personalismo puro.

P R O G R A M A

São vícios adquiridos ou provenientes de fatores internos e/ou externos.

B Á S I C O

Tendência à complicação: Observada em alguns expositores que adoram tornar as coisas mais difíceis, amantes de controvérsias. Superficialismo: Tendência de se dar maior importância aos palpites, hipóteses, gráficos, notícias de jornais do que aos fatos em si. Recomendação: Tratar os semelhantes com nobreza e respeito, exercitando a humildade.

D E A P E R F E I Ç O A M E N T O

Nada mais irritável para uma assistência a repetição destas flexões por parte do palestrante. É muito importante trabalhar estes vícios para que não haja rotulações ou introjeções. Em uma experiência real, após alguns estudos destas falhas expositivas tivemos a oportunidade de contar 136 “Nés” em uma preleção de 14 minutos cronometrados ( já descontado o tempo da preparação e das vibrações ); e por um companheiro “antigo” na tarefa da preleção. Isso realça a importância de nos reciclarmos e praticarmos constantemente nosso autotreinamento. Se considerarmos que 136 “Nés” foram pronunciados em 14 minutos teremos 9,7 “Nés” por minuto, ou seja, um “Né” a cada 6,2 segundos !!! Se considerarmos ainda que cada “Né” leva 1,5 segundo do início de sua expressão até a retomada da próxima palavra somamos 204 segundos ou seja, 3 minutos e 24 segundos. Portanto, nesta apresentação de 14 minutos o palestrante falou sobre o tema apenas 10 minutos e 36 segundos. Estas flexões podem estar relacionadas a: Necessidade de afirmação de uma idéia, insegurança, “deslocamento” do ambiente, improvisação ( falta de planejamento ), falta de vocabulário, ensaio deficiente, falta de critério na exposição, atitude defensiva ( esperando “retorno” da platéia ), mal planejamento do tempo, etc. Vigiar, observar e treinar, sempre.

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PRONÚNCIA

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OBSTÁCULOS DECORRENTES DA LINGUAGEM 

N Í  V E L

É elemento primário para uma boa comunicação com o público.

N Í  V E L

Fatos e opiniões: É muito comum apresentarmos um pelo outro sem clara distinção. O mesmo acontece com as inferências ( induções, conseqüências ) e observações. Quando, numa exposição, afirmamos que “Pedro é gastador”, devemos deixar claro que é gastador por que o vimos gastando ( fato, observação ), porque alguém nos disse ( opinião ), ou, ainda, porque concluímos após uma breve análise da sua vida econômica ( inferência ).

I N T E R M E D I Á R I O

Palavras proferidas de forma errada criam imagem mental negativa no público, que passa a perceber os erros e não mais o conteúdo. Um expositor com problemas na pronúncia deve, obrigatoriamente, buscar auxílio acadêmico, médico ou esforçarse para corrigir seu problema, visto não ser possível um comunicador sem o conhecimento de sua língua. A má pronúncia muitas vezes tem sua origem na falta de exercícios de articulação e na velocidade da fala, fatores corrigidos por exercícios específicos. Deve-se pronunciar bem e integralmente as palavras, dizê-las corretamente. Alguns exemplos: Tamém ( também ); vâmo ( vamos ); cê ( você ); primero ( primeiro ); janero ( janeiro ); precisá ( precisar ); trazê ( trazer ); levamo ( levamos ), etc. Quando tivermos dificuldade em pronunciar alguma palavra não devemos nos encabular e substituí-la esportivamente por outra de igual sentido, isso se dá com palavras longas ou de difícil dicção.

B Á S I C O

Obstáculos verbais: Compreendem aqueles decorrentes da utilização da gíria, palavras de duplo sentido, clichês ( chavões ), erros gramaticais e repetição de palavras, causando falta de clareza. Em todos os casos a idéia central fica obliterada. Eu: Devemos empregar sempre a primeira pessoa do plural ao nos dirigirmos ao público. Dizendo “eu fiz”, ou “vocês devem”, “vocês precisam”, o expositor se distancia dos presentes. A linguagem inadequada ao entendimento da maioria dos ouvintes também proporciona este distanciamento, tornando a mensagem inalcançável.

Não é o fim do mundo, encarar a situação com naturalidade, ninguém irá condenar o expositor por isso. Em algumas situações a pronúncia pode ser prejudicada por fatores buco-maxi-faciais, neste caso o auxílio especializado é valioso.

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OBSTÁCULOS DECORRENTES DE VÍCIOS DE LINGUAGEM 

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DEFEITOS DE LINGUAGEM 

N Í  V E L

Os vícios de linguagem são verdadeiros obstáculos ao bom entendimento da mensagem transmitida pelo expositor, pois, ora lançam nas idéias sentidos dúbios, ora tornam-se completamente ininteligíveis. Outras vezes conferem às palavras sons exóticos dificultando a atenção do ouvinte.

N Í  V E L

Alguns são passíveis de correção através de orientação fonoaudiológica ou ortodontológica.

B Á S I C O

Vejamos a seguir os principais vícios de linguagem:

B Á S I C O

Barbarismo: Emprego de palavras ou construções estranhas à língua. Ex: “Gentlemen”, “feedback”, “link”, “deletar”. Solecismo: Erro sintático de colocação, concordância ou regência. Ex: “Vou na cidade”, “vi ele passando”.

Lam ba badcis mo mo: Rotacismo: Sigmatismo: Ceceismo: Zetacismo: Nasalação:

Es pe pert o Trágico Os Os Fazer Juízo Veja

Ambigüidade: Oferece sentido duplo ou duvidoso. Ex: “Cama para casal de ferro”, “o que tem nas mãos um homem no campo a cava-lo”. Obscuridade: Falta de clareza na exposição. Ocorre em virtude da prolixidade. Cacofonia: Junção de palavras formando outra de sentido torpe, ridículo, ou apenas desagradável. Ex: “Uma mão de ferro”, “por cada ponto passa uma reta”. Hiato: Concorrência de vozes acentuadas. Ex: “Vou à aula”. Eco: Repetição desagradável de fonemas no final das palavras. Ex: “No momento do casamento”. Parequema: Colocar ao lado de uma sílaba, outra com o mesmo som. Ex: “Sempre presente”, “corpo poroso”. Preciosismo: Emprego intencional de palavras ou expressões raras, artificiais, ou extravagantes. Ex: “Fí-lo pelo Brasil”, “fí-lo por minha família”, “praticar-se-á tal esporte”, etc.

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por por por por por por

Espelto Trrrrágico Ossss Facer Zuízo Venja

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INIBIÇÃO 

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O MEDO 

P R O G R A M A

A inibição atua em dois campos, primeiro no pensamento, retraindo a espontaneidade e automaticamente na ação, bloqueando as atitudes.

N Í  V E L

O famoso “frio na barriga” causado por tensão do novo ou do desconhecido é reflexo de atividade psicológica no âmbito dos sentimentos. A auto-cobrança, o orgulho que poderá ferir-se caso nos contrariem, a vaidade despedaçada caso notem que não somos perfeitos, tudo isso pode levar a duas condições naturais do ser, que podem ser denominadas:

D E A P E R F E I Ç O A M E N T O

Por se tratar de um recolhimento psicológico, a prática e a autoexposição são elementos para vencer este obstáculo. Devemos exercitar a conversação, buscando conversar um pouco mais com as pessoas da própria residência, assim exercitamos a conversação e passamos a falar com mais naturalidade. Soltando nossas “amarras” passamos a deixar fluir o vocabulário que estudamos através de leituras em voz alta para nós mesmos ( faz parte do processo de auto-exposição ). Nas conversações devemos nos vigiar para empregarmos frases bem coordenadas, sem gírias, termos grosseiros ou de dupla interpretação. Caso a inibição seja muito intensa a busca por profissional é o caminho mais adequado, normalmente os exercícios de exposição praticados durante o Curso de Expositores tem o poder de eliminar grande parte das barreiras da inibição, quando corretamente aplicados.

I N T E R M E D I Á R I O

Traço fóbico, condição normal de pressão, não impeditiva à tarefa, trabalhado pelo exercício, confiança, segurança, reforma íntima, exposição constante, leitura, etc., ou, Fobia social, condição extrema de pressão, impeditiva, necessita de tratamento psicoterápico, geradora de Topofobia ( medo de palco ) potencializada por um quadro severo de ansiedade e em casos mais profundos de ataques localizados de pânico. O medo tem sua base no âmbito mental, da ansiedade do não conhecer experiências novas, das autocríticas depreciativas e da fértil imaginação ( normalmente negativa ), que gera uma pseudoconcepção negativa da situação proporcionando o medo. Suas conseqüências mais conhecidas são: A famosa “tremedeira” e os “brancos”, que reforçam esta autoconcepção negativa e fazem que não consigamos raciocinar ou encontrar soluções para a situação. É o que dizemos quando a pessoa “trava”, não raciocina mais, passa a ter alterações cardio-respiratórias e necessita imediatamente de socorro, inclusive espiritual. É necessário reprogramar-se face à tendência do medo, conscientizando-se de que em primeiro lugar estamos trabalhando para e com o Cristo. Em segundo lugar devemos reconhecer que não somos os únicos a sofrer de medo, e que com a experiência o mesmo estará gradualmente sendo reduzido. A platéia está ali para ver nosso sucesso e não nossa falha e que devemos concentrarmo-nos no que estamos dizendo e não como estamos dizendo. Quando damos muito valor à técnica fechamos a ligação espiritual e passamos a atuar apenas no campo da razão. Se conhecermos bem o assunto, ensaiarmos insistentemente, respiramos de forma adequada ( diafragmaticamente ) e orarmos com harmonia poderemos controlar a emoção pelo intelecto sem

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FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 prejuízo das ondas intuitivas. Tudo isso mais o vocabulário aumentado pela leitura, estudo e as experiências vivenciadas geram segurança, que proporcionam desenvoltura, seqüência lógica e bem-estar físico e emocional, reforçando e potencializando a disposição de cumprir a tarefa com amor e dedicação. Normalmente um bom preparo intelectual e espiritual é suficiente para não extrapolarmos os limites do traço f óbico.

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RESPIRAÇÃO 

N Í  V E L

Deve ser diafragmática, movimentando-se a barriga, com inalação adequada ( profunda e controlada ), com isso descongestionamos o acúmulo sanguíneo formado na região, reduzimos a freqüência cardíaca, oxigenamos melhor as células, facilitando o raciocínio, a concatenação de idéias e análise crít ica.

I N T E R M E D I Á R I O

Não deve-se esvaziar os pulmões durante uma exposição: A voz simplesmente “acaba” por falta de ar, e requer um sobre-esforço para inspirar novamente o volume necessário para o perfeito funcionamento do órgão. Importante: Deve-se respirar entre uma idéia e outra, ninguém percebe ou condena uma pausa de 1, 2 segundos numa exposição. Auxilia o trabalho de organização das idéias e também dá tempo mesmo que inconscientemente à platéia para absorver as informações.

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FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 40 N Í  V E L B Á S I C O

APRESENTAÇÕES PESSOAIS DE TEMAS  Objetivo: Expor o aluno à situação de avaliação, permitindo trabalhar a inibição e timidez. Avaliar a gesticulação e articulação. Como o tempo é reduzido ( 3 minutos ) o aluno deve trabalhar o poder de síntese, transmitindo a introdução, desenvolvimento e conclusão do tema de forma objetiva e concreta. Não permitir que o aluno exponha o tema além do tempo, mesmo que isso acarrete uma frustração na classe ou no mesmo, só assim o fator “Planejamento X Execução” começa a ser trabalhado pelo prévio ensaio da apresentação. Os temas devem “obrigar” o aluno à pesquisa, exercitando sua disposição de buscar as informações e estudar algo que normalmente está apenas na camada superficial de seu intelecto. Podem ser livres ou ainda focados em situações específicas que permitam uma exploração do sentimento do aluno. Uma boa dica é utilizar os temas dos programas dos Cursos da Aliança para estas apresentações ( Curso Básico, Escola de Aprendizes, Curso de Médiuns, Mocidade Espírita, Sessão Doutrinária, Escola de Pais, etc. ), corrigindo ou orientando sobre os objetivos de cada um deles, para que os conceitos fiquem bem fixados ao alunos.

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004  

 

Uma aula do Curso de Médiuns ( Vide Vivência Cap. 5 ) Uma exposição de Sessão Doutrinária com história ( Vide Vivência Cap. 6 ) Uma aula de Mocidade Espírita ( Vide Vivência Cap. 8 ) Uma aula da Escola de Pais ( Vide Vivência Cap. 7 )

Podemos também ampliar os conceitos de exposições permitindo apresentações de Dinâmicas ( em suas respectivas aulas ) de Grupo com tempo ampliado para 6 a 10 minutos ( dependendo da quantidade de participantes ), de preferência com recursos lúdicos voltados a manipulação de objetos ( não cartazes, transparências, etc ), mas sim objetos concretos em que os participantes possam interagir com o tema ( flores, bonecos, recortes, cordas, espelhos, etc. ). Para as apresentações do módulo de preleções, sempre dependendo da quantidade de participantes e da disponibilidade de tempo, pode-se fazer apresentações em tempo real, ou seja, permitir o desenvolvimento de uma preleção na sua totalidade, desde a abertura, desenvolvimento e vibrações, com tempo entre 15 e 20 minutos ( Vide nível avançado ). As aulas da Escola de Aprendizes também poderão ser treinadas em tempo real, mas apenas ao término das apresentações simplificadas, já que vão exigir maior preparo e domínio da classe ( Vide nível avançado ).

Sugestões de temas:               



A poluição Um fato pitoresco O trânsito e o novo código Um sonho Um livro que li Dependência Química Um cientista de renome O estresse Clonagem Práticas esportivas Livre Uma reportagem de jornal ou revista Um filme Minha vida no espiritismo Uma aula do Curso Básico de Espiritismo ( Vide Vivência Cap. 2 ) Uma aula da Escola de Aprendizes ( Vide Vivência Cap. 3 ) 69

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DINÂMICAS DE GRUPO 

N Í  V E L

No século XIX, os estudos sobre comportamento humano em sociedade davam origem a um ramo das ciências, denominado “psicologia social”, cujo objetivo era estudar o homem simultaneamente como causa e conseqüência da sociedade e suas relações. Neste século, à época da 2 a. Guerra, em 1944, Kurt Lewin introduziu nesta ciência, o estudo das relações de pequenos grupos ( para diferenciar do estudo das comunidades e multidões ), surgindo então o termo “dinâmica de grupo” originário do grego “dinamys” que significa força, energia, ação. Nesta área, diversos estudos se desenvolveram, multiplicando aplicações em áreas como a psicoterapia, as relações de trabalho e a pedagogia. Nesta, destaque-se o trabalho de Jean Piaget na análise do pensamento da criança, e suas extensões acerca do pensamento humano no aprendizado.

B Á S I C O

Não é intuito dos Cursos apresentar os conceitos teóricos desta ciência, mas resumir as mais significativas conclusões referente à aplicação de aulas em nossos programas de Curso Básico, Escola de Aprendizes, Mocidade Espírita, etc., abordar-se-á tão somente os conceitos estritamente necessários à compreensão do que será exposto.

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 se; criando, compreende melhor a si próprio; descobre as aptidões e limites; aprende-se a trabalhar com os outros. Exemplificando: Aprender sobre a caridade pode ir além do informar sobre ela, seu significado, suas características. O aprendizado será mais rico e completo se pudermos conduzir as pessoas à rua, por alguns momentos, para ver, conversar e observar as pessoas e o mundo, com seus contrastes sociais, a solidão, a impiedade, as lacunas da comunicação humana. E mais ainda, se houver uma programação organizada de visitas ou trabalhos em obras sociais de valor. É a diferença que existe entre observar um mecanismo e tentar montá-lo. Assim, quanto mais o aprendizado se aproxima da vivência, mais autêntico se torna. Elementos facilitadores do aprendizado das pessoas:  



O que é aprender ? A escola de nossa infância limitou-se a um único modo de aprender: O aluno escuta o professor numa sala de aula. Mas há muitas fontes de aprendizado, sem que seja exclusivamente com os ouvidos. A primeira fonte de saber é a vida de todos os dias. Por exemplo, aprender a ser pai ou mãe é coisa que se faz na vida, e não na teoria. É, sobretudo agindo que se aprende, e verificamos que nosso ser, todo mundo interior que temos em nós, constitui-se de tudo que vivemos e experimentamos, e não apenas do que ouvimos em um curso. Processos de Aprendizagem: Processo passivo: Exposição de conhecimentos; aprende-se com olhos e ouvidos, recebe-se; o aluno se abre para idéias e sentimentos dos outros; aprende-se a ouvir e discutir com os outros. Processo ativo: Vivência e experimentação; aprende-se com a cabeça, com o coração e com as mãos; o aluno dá de si, afirma71









Ambiente que favoreça a participação. Encaminhamentos que possibilitam às pessoas descobrirem e expressarem suas necessidades reais ( é inútil debater um assunto quando o grupo sente que ele nada tem a ver com suas necessidades reais ). Encaminhamento que valorize as idéias, os sentimentos, os pontos de vista de cada um e que aceite as diferenças de opinião com algo bom e aceitável. Encaminhamento que reconhece a cada um o direito de se enganar. Encaminhamento que concede tempo para aprender ( quando se está absorvido pela idéia de que se tem que chegar ), “a resposta correta”, ou quando o expositor revela de imediato, não se aprende a buscar por s i. Encaminhamento pelo qual o grupo e o indivíduo podem, eles próprios, avaliar seus progressos. Encaminhamento durante o qual cada um se sinta aceito: Quando a pessoa se sente obrigada a mudar, vê rejeitado o seu próprio ser, bloqueando qualquer aprendizado; quando ao contrário, pode livremente observar seus próprios valores, pode também se abrir ao que é novo, pois não se sente constrangido

Educação, num aspecto mais amplo: A educação vem do impulso íntimo da criatura em se conhecer, se aperfeiçoar, desenvolver em si mesmo todo o seu potencial.

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FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 Essa educação não tem fim e é um pouco como o amor, é muito livre ao mesmo tempo muito exigente. É permanentemente incompleta, devido às transformações rápidas do mundo e, sobretudo, devido às necessidades de evoluir que caracteriza o espírito. Desta forma, se estamos envolvidos num esforço organizado dentro da Doutrina Espírita, que liberta e faz crescer o espírito através da fé raciocinada, devemos nos preocupar em fornecer educação total, e não apenas a sua forma tradicional, restrita à idéia de bancos escolares. Se não oferecermos a aprendizagem mais rica e a educação mais ampla, os espíritas do amanhã serão, com raras exceções, pessoas apenas bem informadas, mas certamente mal formadas e sem aquele impulso íntimo que leva à busca constante do progresso e do aprimoramento moral que é uma das características do espírita. Resumo: Possibilita vivência, que ao ser refletida e partilhada gera aprendizado pessoal e grupal possibilitando:         

Auto-conhecimento. Exercício de escuta e acolhida do outro c omo ser diferente. Experiência de abertura ao outro e participação grupal. Percepção do todo e das partes, da vida e da realidade. Desenvolvimento da consciência crítica. Confronto e avaliação da vida e da prática. Tomada de decisão de modo consciente e crítico. Sistematização de conteúdos, sentimentos e experiências. Construção coletiva do saber.

Aspectos práticos: 

Extensão da aula O expositor é responsável por equacionar, com bom senso: Extensão do assunto, profundidade, técnica, número de participantes, nível de participação, de modo a não faltar com a pontualidade, ou seja, limitar-se aos 45 minutos. o



Objetivos e contexto da aula A aula sempre faz parte de um programa de aulas. É necessário ter plena consciência dos objetivos da aula para não deixar de cumpri-los nem avançar no objetivo de outras aulas do programa. o

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 o

Quanto aos participantes: Suas necessidades e interesses, suas expectativas e sentimentos em relação ao assunto da aula, e tamanho do grupo. Verificar idade, quantidade e casos especiais ( cegueira, surdez, analfabetismo, etc. ). Quanto ao ambiente material: Adaptações das técnicas, atividades e recursos a adotar ( iluminação, eletricidade, disposição das mesas e cadeiras, dimensões da sala, material didático e audiovisual disponível, etc. ). Aspecto prático do assunto: Ou seja, como o assunto da aula influirá na vida dos participantes ( deve haver ressonância na vivência dos alunos, para motivar a participação e evitar que os ensinamentos mais importantes caiam no esquecimento ). Complexidade da matéria: É necessário definir limites razoáveis dentro da capacidade de compreensão e assimilação dos alun os. Escolha das técnicas, atividades e recursos: Tudo que foi citado acima deve ser considerado na escolha da técnica mais adequada. Algumas técnicas servem perfeitamente quando se deseja transmitir informações novas, outras para motivar a reflexão, outras ainda para suscitar a participação pela apresentação de opiniões individuais no grupo. Igualmente há recursos que facilitam a fixação, a visualização, a motivação, o enriquecimento da experiência, etc. Portanto, os aspectos fundamentais na aplicação de dinâmicas são: 

 



 



Preparação da aula 73

Além da preparação com relação ao estudo para domínio do assunto, o emprego das técnicas de dinâmica de grupo exige o conhecimento dos seguintes fatores:

Conhecer todos os passos da dinâmica e aplicá-los com segurança. Ter clareza de aonde se quer chegar, qual o objetivo. Saber que é apenas um instrumento dentro do processo a ser desenvolvido. Saber que possibilita clima de espontaneidade para participação geral. Percepção do nível de relações e entendimento do grupo. Observação das expressões corporais, sobretudo faciais, para valorizar os sentimentos e reações de cada um. 74

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 DINÂMICA NÃO TEM RESULTADO ERRADO, É OBJETO DE REFLEXÃO E APRENDIZAGEM Técnicas mais conhecidas: Expositiva: Um elemento expõe o tema para a assistência, com introdução, desenvolvimento e conclusão. O expositor deve ter capacidade incentivadora, domínio vocal e perfeito conhecimento do tema. Observações: São bem vindos recursos visuais como quadros, cartazes, murais, slides e emprego de técnicas auxiliares como como perguntas e respostas, etc. Simpósio: Aplicado por um grupo de expositores, apresentar à assistência os expositores e as partes dos assuntos que cada um exporá. Ao término de cada exposição resumir o assunto para a platéia. No fim das exposições dar uma visão geral do tema, acatar perguntas e opiniões da platéia e dirigí -las aos expositores. Observações: Os expositores participantes devem ter um limite de tempo bem definido, conhecer profundamente o assunto e ter bom domínio vocal. Pinga-Fogo: Lançar o tema para o grupo; dar alguns minutos para que os elementos elaborem por escrito perguntas sobre o tema; convidar previamente elementos conhecedores do assunto para responder às perguntas dos participantes; encaminhar oralmente as questões aos entrevistados. Observações: Pré-selecionar as perguntas para que não fujam ao assunto. Entrevista: Lançar um tema para o grupo, dar algum tempo para que os participantes elaborem perguntas sobre o tema; Sortear elementos que formarão 2 grupos, o de entrevistadores e o de entrevistados; proceder às entrevistas, o expositor poderá dar uma contribuição complementar. Observações: Cuidar para que as perguntas e respostas não fujam ao tema, a entrevista deve ser feita em tom de conversa, os assistentes poderão no fim emitir opiniões sobre entrevistados e entrevistadores.

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FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 Dramatização: Lançar uma situação para o grupo; escolher alguns elementos para encenar estas situações; pedir a opinião dos assistentes sobre a situação; concluir o tema analisando a situação encenada. Observações: A duração deve ser curta, indicada para uma introdução, a título de movimentação inicial para o debate ou ao final, como forma de fixação; usar em grupos que se conheçam há bastante tempo, em clima de mút ua confiança e respeito. Fórum: Lançar assunto controverso; convidar um elemento para defender um lado da questão; convidar outro elemento para contestar o tema, assumindo posição contrária; pedir aos demais participantes para se posicionarem a favor de um ou outro; concluir a discussão expondo os aspectos relevantes para o objetivo da aula. Observações: A platéia só poderá fazer a avaliação após o debate; o expositor controla as manifestações evitando extremos, se for necessário fazer uma análise conjunta dos sentimentos do grupo; cuidar para não criar animosidades ou clima ofensivo. Oposição de idéias: Lançar uma tese controvertida; formar dois grupos, pedir para um grupo defender a tese, pedir para o outro grupo atacar a tese, assumindo posição contrária; em certo momento inverter as posições ( quem defendia passa a atacar e vice-versa ), ao fim concluir selecionando os aspectos positivos ao aprendizado e crescimento do grupo. Mesa Redonda: Disposição inicial do grupo todo em círculo, lançar um problema ou questão; procurar acatar as idéias de todos os elementos, escolher um redator para anotar as conclusões do grupo. Observações: Respeitar todas as idéias; incentivar a participação de todos os elementos; controlar o tempo da discussão; é adequado que o assunto seja de conhecimento do grupo pelo menos superficialmente. Brain-Storming ( tempestade cerebral ): Formar um grupo único em círculo ou semi-circulo; lançar um problema ou uma questão, em poucos minutos exigir o máximo de idéias ou sugestões, ir anotando tudo rapidamente em um quadro; depois da coleta de idéias, passar à análise de todas em conjunto, com mais tempo.

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FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004

Observações: O problema ou questão lançado não deve ser complexo, a rapidez das respostas evita a auto-censura do grupo, buscando a originalidade das idéias, não se anota o autor de cada idéia; a fase de análise é para compreensão e aperfeiçoamento das idéias originais.

lógico, para cada equipe discutir; formar novos grupos com os elementos do mesmo número, exemplo: Grupo com as 4 pessoas de número 1, idem com número 2, idem com número 3, idem com 3 pessoas com número 4; pedir aos novos grupos que debatam os resultados do trabalho da primeira fase.

Painel progressivo: Lançar um tema para discussão; formar pequenas equipes para a primeira fase do debate; reunir as equipes duas a duas prosseguindo a discussão pelas conclusões da fase anterior; seguir o mesmo processo progressivo de fusão das equipes até formar um “grupão”; colher a conclusão do grupo total.

Observações: Controlar rigorosamente o tempo de cada fase; procurar dividir as equipes de modo a obter igualdade numérica entre a quantidade de equipes e o número de pessoas de cada equipe.

Observações: Controlar rigorosamente o tempo de cada fase; incentivar a participação de todos, em todas as fases; é indicado uma análise final a partir de diversos pontos de vista detalhados. Painel regressivo: Lançar um tema para discussão; formar um grupo único em círculo para a primeira fase da discussão; após minutos dividir o grupo em dois continuando o tema pelas conclusões anteriores; seguir o mesmo processo até a divisão chegar a pequenos grupos de dois ou três elementos; colher as conclusões de cada equipe. Observações: Controlar rigorosamente o tempo de cada fase; incentivar a participação de todos em todas as fases; como em grupos menores aumenta a liberdade de exposição individual é indicado para temas amplos ou complexos onde o assunto desperta progressivamente diversos pontos de vista. Fracionamento: O expositor expõe o tema e as diretrizes básicas ao grupo único disposto em círculo; abre-se oportunidade para perguntas e esclarecimentos iniciais; divide-se o grupo em pequenas equipes que discutem o tema proposto; reunir todos novamente em grupo único para nova discussão e conclusões gerais. Observações: Controlar rigorosamente o tempo de cada fase; é indicado para demonstrar a reciprocidade e multiplicidade de opiniões e para promover espírito de equipe. Painel integrado: Dividir o grupo em várias equipes e número de elementos, exemplo: Grupo A – 4 pessoas numeradas de 1 a 4, Grupo Grupo B – idem, Grupo C – idem, Grupo D – 3 pessoas numeradas de 1 a 3; subdividir o t ema em vários tópicos de modo 77

Grupo de Observação / Grupo de Verbalização: Formar um grupo de observação em círculo; formar um grupo de verbalização em círculo no centro do grupo de observação; lançar um problema ou questão para o grupo de verbalização; após certo tempo inverter os papéis e as posições das cadeiras dando oportunidade aos que observaram para participarem da discussão “obrigando” os que discutiam a observarem. Observações: Ao inverter os papéis o grupo deverá discutir a partir do ponto onde o grupo anterior havia parado; é recomendado para assuntos onde seja importante o reconhecimento de opiniões diversas e quando se deseje aprender a ouvir o próximo. Cúpula: Dividir a classe em pequenos grupos elegendo um secretário em cada um; aplicar perguntas para debates internos, os secretários anotam as idéias; trazer todos para um grupo geral e os secretários lêem as anotações das discussões dos grupos; os outros elementos dos grupos complementam as anotações. Observações: Não deixar polemizar, controlar a participação e o tempo de cada grupo; complementar ou corrigir informações distorcidas. Cochicho ou Zum-Zum: Dividir a classe em duas partes; solicitar para que as conversas sejam feitas em tom de voz reduzido; chamar alguns elementos para exporem as conclusões de cada grupo; verificar complementos com os que não f oram chamados. Observações: Controlar o nível de ruído para que não haja desarmonia; controlar o tempo. Seminário ( aulas seqüenciais, ex.: Sermão do Monte, Apocalipse, Parábolas, Evolução Anímica, etc. ): Dividir a classe em vários grupos; dar um tema para cada grupo, o grupo deve se 78

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 reunir durante a semana fora da sala de aula para estudar e pesquisar o assunto, na aula seguinte deverá haver a exposição dos trabalhos em classe. Observações: Os participantes dos grupos devem ser afins, os temas podem ser frações da aula ou o tema inteiro, controlar o tempo de exposição de cada grupo, como o resultado torna-se muito rico face aos diversos pontos de vista; é necessário controlar as distorções conceituais. Teste antecipado: Levar questionários e distribuir à classe, dar tempo para que as questões possam ser refletidas e respondidas; recolher os questionários respondidos, desenvolver o tema da aula de forma expositiva, ao final da aula devolver os questionários e corrigir as questões individualmente ou em grupo, já que o nível de esclarecimento agora t orna-se maior.

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 Observações: explicar muito bem as regras do jogo para não haver “melindres”; os grupos não devem ser grandes para que haja possibilidade de todos expressarem-se; controlar rigorosamente o tempo, os coordenadores de grupos deverão ter relógios. Técnicas de iluminação e fixação: Musical: Trazer uma música relacionada com o assunto, poderá ser disco, fita cassete ou pode-se interpretá-la com auxílio da turma, se houver interesse e possibilidade todos poderão aprendê-la e cantá-la. Desenho: Os participantes são incumbidos de interpretar, fazendo uma gravura ou desenho da mensagem, do assunto da aula. Pode ser feito individualmente ou em grupo.

Observações: Deve-se conhecer profundamente os assuntos abordados; controlar o tempo; cuidado com casos especiais em sala ( alunos com problemas de leitura e/ou escrit a )

Poesia: A aula ou uma parte do assunto deverá ser comentada em versos, criados ou lembrados pelos elementos, estejam só ou divididos em grupos.

Perguntas sem respostas: distribuir perguntas numeradas; distribuir respostas sem numeração; pedir à classe que seja feita leitura das perguntas em ordem numérica, a classe deve localizar a resposta correspondente; ao término de cada resposta dissertar sobre o assunto.

Palavras Cruzadas: Preparar uma palavra-cruzada com palavras chaves do assunto estudado, colocando-a em um cartaz, e, no decorrer ou no final da aula os participantes deverão, individualmente ou em grupo, preencherem ou completarem a palavra cruzada, através das perguntas do coordenador.

Vareta Mágica: Ficar de costas para a classe, entregando uma régua ou vareta que deverá circular de um a um; bater palmas para parar a passagem da vareta; lançar pergunta e o aluno que está de posse da vareta responde; explanar.

Mensagem: Trazer uma mensagem relacionada com o tema da aula, esta deverá ser lida e interpretada pelos participantes.

Observações: Deve-se ter muito domínio da técnica e da classe; há uma tendência ao tumulto já que ninguém vai querer ficar com a vareta na mão, em grupos grandes esta dificuldade se acentua. Respeitar os limites de cada um, inclusive a timidez de alguns alunos não forçando-os a se exporem c aso não desejem. Discussão Circular: Dividir a classe em grupo elegendo um coordenador em cada um; a pessoa á direita deve falar durante um minuto e passa a seqüência ao próximo da direita, só se pode usar a palavra uma segunda vez após todos terem falado e a discussão ter voltado à sua vez; formar novamente um só grupo e pedir aos coordenadores que exponham as conclusões dos grupos. 79

Mural: Pode-se afixar fotografias, reportagens, trabalhos dados em aula, etc. Jogos: Preparar um jogo ou brincadeira para antes ou depois da aula, relacionado com o assunto da mesm a. Distribuição de perguntas: Distribuir perguntas escritas aos participantes que deverão ser respondidas no decorrer ou no final da aula. Retro-Projetor ou Slides: São meio de ilustração, muito viáveis, importante observar para que a aula não se torne “sonífera”. Visitações e passeios: São importantes à medida que mostram a parte prática, de uma teoria previamente exposta. 80

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 Outros recursos: Jogo da forca, objetos, vídeo, datashow, quadro negro, quadro branco, flanelógrafo, mapas, exemplares de periódicos, etc. A criatividade de cada um deve ser usada, com bom senso e adequando às necessidades de cada turma.

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DINAMIZAÇÕES DE AULAS 

N Í  V E L

Vimos que os recursos de Dinâmicas são essenciais para uma melhor fixação os objetivos das aulas, contribuem também para um processo de abertura às experiências, mesmo que a nível experimental, e proporcionam momentos valiosos no íntimo daqueles que necessitam exporem-se ao próprio “eu”.

I N T E R M E D I Á R I O

Como podem ser classificados em expositivas e lúdicas os processos devem ser balanceados para que os objetivos sejam atingidos plenamente. É um erro tomarmos uma atividade de grupo como o início, meio e fim de um processo de aprendizado. Isso normalmente acontece quando não há preparação suficiente do tema para abordagens mais profundas, e toma-se a atividade como condutora da superficialidade do assunto. As aulas devem ser dinamizadas, quebrando-se assim a distância entre os fatos e o eu. Lembremo-nos que na estrutura da aula devemos dar espaço para a introdução ou explanação do tema, o seu desenvolvimento ( aí cabem os exercícios, desde que bem aplicados e equacionados com o tema ), o tempo de reflexão individual e coletiva ( troca de experiências no campo interior e exterior ) e a fixação dos valores e conceitos transmitidos e adquiridos. A aplicação de exercícios tende a criar-se um ambiente de brincadeira, o que não pode ser verdade. Os exercícios devem mexer com a emoção, com a persona do indivíduo, “chacoalhar” seu campo de visão do mundo. As apresentações com recursos audiovisuais tendem também a se tornarem auto-suficientes, e devemos quebrar esta autosuficiência com interferências explicativas ou vivenciais. Vivemos dias corridos e desgastantes onde o interesse e o desencanto tomam conta de grande parte da população. Esta realidade também aflige os nossos alunos e removê-los deste marasmo é responsabilidade do expositor ciente de sua missão e para tanto podemos nos utilizar de dinâmicas para incentivo inicial, para fortalecimento de argumentação e fixação de idéias. Independente do tipo de aula e de seu conteúdo a utilização de dinâmicas sempre contribuirá para despertar a atenção e aumentar o interesse.

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DINÂMICAS LÚDICAS 

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MOTIVAÇÃO E ENTUSIASMO 

P R O G R A M A

Qual o objetivo de uma atividade lúdica ? Criar ambiente aberto, fraterno e alegre.

N Í  V E L

Não entraremos aqui em aspectos psicológicos do estar e do ser motivado, mas apenas lembrar que somos seres constantemente influenciáveis pelas ações do meio.

D E A P E R F E I Ç O A M E N T O

Como as técnicas expositivas também são consideradas dinâmicas de grupos é importante que esteja claro que as dinâmicas voltada a objetos, músicas ou participação ativa do aluno são eficazes para uma maior ilustração, iluminação ou explanação de um tema. Quando se faz parte de um processo de aprendizado, sendo elemento do mesmo, tornamo-nos mais motivados e temos o interesse despertado porque as noções abstratas e s ubjetivas são ilustradas de forma objetiva, concreta. Algumas das dinâmicas que já foram objeto de estudo e as técnicas de dinamizações de aulas são lúdicas, mas é importante salientar este fator por permitir uma aproximação dos alunos das situações normais e aumentando a capacidade de observação e envolvimento emocional com o tema. Pode-se utilizar vários recursos, dentre os quais os já citados slides, fotos, gravuras, cartazes, álbuns, flanelógrafos, varal de cartazes, filmes, transparências, mapas, lousas, quadros, discos, fitas cassetes, cd’s, rádios, filmes sonoros, teatros, videocassete, televisão, slides com som, microcomputador, datashow, água, plantas, pedras, animais, bibliotecas, museus, cinemas, parques, jardins, indústrias, lojas, creches, asilos, orfanatos, hospitais, albergues, etc. O diferencial aqui é que os recursos utilizados não sejam de uso exclusivo do expositor, que os próprios alunos sejam os elementos da exposição ou da manipulação de tais recursos. Por elevar a condição de participação de todos, é necessário harmonizar o ambiente após a atividade lúdica para que o expositor, aí sim na sua tarefa esclarecedora e de fixação do tema, possa “fechar” a aula. Deve-se trazer todos de volta aos lugares, pode-se usar música suave e texto de reflexão, pedir para que os pensamentos retornem ao ambiente e que todos tranqüilizem-se. Após a harmonia ter se restabelecido podemos concluir a aula com amor e de coração aberto. São experiências valorosas.

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A V A N Ç A D O

Assim temos tendências a variarmos nossas disposições, mentais e físicas, dependendo do que nos ocorre no dia-a-dia. Muitas vezes, em nome da razão deixamos de acreditar na possibilidade de algo dar certo e perdemos a ação de concretizar este algo. Isso é que o expositor tem que ter em mente constantemente. A tarefa deve ser gratificante e estimulante, encararmos cada aula, cada preleção, como oportunidades valiosas de estudo, aprendizado e crescimento. O fardo não deve ser pesado, ao contrário, o fardo é leve porque a recompensa é muito maior, a sensação do dever cumprido, o olhar penetrante do aluno, o sorriso nos lábios, a reflexão profunda em torno da vida, tudo isso é a recompensa que deve nos mover à frente, conscientes que o trabalho é pelo Cristo e não por nós. A motivação segundo Taylor ( 1910 ) baseia -se na obediência aos métodos e nas penas e recompensas. A máxima é: Quanto vou ganhar com isto se fizer deste jeito ? Maslow ( 1943 ) expõe que o homem só buscará satisfazer suas necessidades quando a anterior estiver satisfeita, como uma pirâmide de valores. Em 1970 formulou-se a teoria do X,Y,Z onde X seriam pessoas acomodadas que só se mexem quando punidas, coagidas ou obrigadas. O Y seriam pessoas inquietas que aceitam desafios e Z seriam as pessoas a favor da cooperação, dão ênfase ao trabalho em equipe, para elas o sucesso vem da direção em comum e não do trabalho em todas as direções. São dinâmicas, solidárias, pedem ajuda e dividem responsabilidades. Este estudo serve para esclarecer o expositor quanto aos tipos de motivação existentes e que com certeza ele encontrará nos alunos. O seu texto deverá ter a qualidade que satisfaça pelo menos o tipo de motivação dominante. Ser motivado é ter otimismo aliado a comportamento estusiástico. Ser otimista é acreditar que tudo vai dar certo. Lembremo-nos dos conceitos de vida plena, onde todas as experiências são amigas, e agir entusiasticamente é transformar, agir, t ransmutar em 84

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realidade.

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QUALIDADE NA APRESENTAÇÃO 

Quais são as conseqüências de se agir estusiasticamente ?

P R O G R A M A

É uma arte ser excelente e pode-se demonstrar em 6 níveis.

Primeiro: estimula e contagia positivamente o grupo para um objetivo, levanta o moral, eleva a vibração. Segundo: Favorece o crescimento e a mudança, pois com um clima de maior intensidade emocional o sujeito se dispõe a mudar, a cortar laços cristalizados, a “não se recalcitrar contra os aguilhões” como recebeu a instrução Paulo de Tarso. Terceiro: Com este estado de disposição potencializado o indivíduo se abre à busca de novas experiências e oportunidades. Sugestões para se agir entusiasticamente: 



               

Passar das palavras à ação. ( Emmanuel: A palavra esclarece, mas o exemplo arrasta ). Para de se lamentar. ( Evitar dizer: Não sei..., é impossível..., mas... ). Administrar o tempo. Concentrar-se no agora. Aprender com as experiências passadas. Distinguir o essencial do não essencial. Planejar, estabelecendo prioridades. Desenvolver a autodisciplina. Vencer o medo. Tentar, começar, caminhar. Tomar iniciativas. Errar: De vez em quando acertar. Aprender com os insucessos. Avaliar causas e conseqüências. Cultivar boa saúde física e mental. Ter visão criativa. Sair da rotina. Ser flexível e tolerante.

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D E A P E R F E I Ç O A M E N T O

1. 2. 3. 4. 5.

Mudança Mudança – A busca busca de de valores. valores. Empenho – Persistência, continuidade. Confiança – Consciência do potencial potencial humano. Limitações – Somos seres incompletos e portanto portanto limitados. Medos – As ameaças se diluem, pois caminhamos caminhamos para uma melhora global. 6. Técnicas – Somos guiados por sistemas que disciplinam nossas ações. A busca da qualidade dentro dos tópicos acima, criará ao nosso redor uma aura que envolverá as nossas ações ( exposição ) e quem conosco se relacionar ( alunos ). Sentiremos assim: Confiáveis – Nossa exposição terá mais crédito e mais força. Racionais – Nossa exposição apelará para a razão. Receptivos – Mais intuição, maior sensibilidade.

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PROCRASTINAÇÃO E QUERER 

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LIDERANÇA

P R O G R A M A

Procrastinação é o ato de deixar para amanhã o que se pode fazer hoje. Para efeito de estatística, mais de 80% de executivos sofrem deste mal.

P R O G R A M A

“O Discípulo de Jesus é aquele que deixou de ser conduzido para conduzir”, isto é liderança.

D E A P E R F E I Ç O A M E N T O

Temos a capacidade de nos sobrecarregarmos de tarefas secundárias e de pouca importância, consumindo energia. Do nosso tempo total, 60% são consumidos por tarefas que agregam pouco ou nenhum valor, é a conhecida “forma ativa de perder tempo”. Acaba sendo uma forma de fuga dos reais problemas que devemos encarar e resolver. A procrastinação nos traz uma boa dose de ansiedade e depressão, pois quem procrastina tem sempre a sensação que deixou de fazer algo e existe a culpa a nos pesar. Os procrastinadores são propensos a pequenas e constantes doenças, pois experimentam frustrações em função de estarem sempre atrasados com suas tarefas e quando a cumprem o fazem sempre abaixo da expectativa. A vida é uma sucessão de vontades, busca de satisfações, um eterno querer. Saber o que se quer é decisivo para toda e qualquer forma de sucesso. Querer envolve escolhas e objetivos e para que o nosso “querer” não desfigure os mais belos quadros da vida se torna necessário direcionar a vontade para nobres setores do espírito. 



 

D E A P E R F E I Ç O A M E N T O

Líder no movimento espírita, além dos atributos normais de um condutor comum, deverá reunir outras características, pois sua ação está estreitamente ligada à evangelização do próximo e a continuidade da Doutrina. As características necessárias são:    

  

Comprometimento – “Tatuar a pele”. Envolvimento – Ele faz com as pessoas. Entrosamento – Ele conhece o que faz. Responsabilidade – Sabendo que a tarefa é s ua, cria condições e faz. Aferição – Checa o resultado de seu trabalho. Entusiasmo – Gosta de que faz. Firmeza – Contorna os obstáculos.

Todos estes valores servem e valem para o expositor espírita, se faltar algum deles deixa de cumprir com a tarefa integralmente.

Querer fabricado é buscar aquilo que não precisamos: Modas, mídia, cultura. Querer de qualquer forma é capricho, é paixão que uma vez atingida nada nos mudou. Querer tudo é a vontade desenfreada, ciumenta e invejosa. Querer o que todos querem é massificação.

Não vivemos sem querer e ele jamais deve ser destruído ou anulado, ele deve ser orientado, pois assim alimentamos o desejo de melhora constante ( RI ). O que necessitamos é treinar nossa vontade para que obedeça aos ditames da razão e da livre consciência.

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MOCIDADE ESPÍRITA

Transformações biológicas da adolescência:

N Í  V E L

O que é: Um programa organizado para proporcionar a vivência do Cristianismo como proposta essencial de aperfeiçoamento moral dos jovens. Também é o nome da área no Centro Espírita que está dedicado à juventude.

Nesta fase advém a maturidade sexual, ou puberdade caracterizada pela eclosão das funções sexuais ( ovulação na moça, espermatogênese no rapaz ), que possibilitam a capacidade de procriação. A razão destas mudanças é a intensa alteração na atividade glandular, que também acarreta transformações anatômicas gerais e aparência no corpo, na voz, na velocidade de crescimento, na estrutura óssea, etc.

B Á S I C O

Quais são seus objetivos: Dar ao jovem uma formação moral e intelectual que seja a base sólida sobre a qual ele construirá sua vida, e onde concentrará forças para enfrentar a si mesmo e o mundo, diante da realidade em que vive, e caminhar para a frente por seus próprios recursos. Outro objetivo importante é promover a construção da base religiosa e moral da juventude, preparando o jovem para assumir uma posição participativa dentro da Doutrina Espírita e do grupo a que se filia, para que, através do seu dinamismo e coragem, possa realmente exteriorizar o Espiritismo de maneira atuante. Como se estrutura: Reuniões semanais com duração de 90 minutos com o seguinte roteiro básico: 10 minutos – Preparação, elevação gradativa e prece; 25 minutos – Avisos, comentários, músicas, etc.; 45 minutos – Apresentação da aula, sobre assunto específico, conforme a programação; 10 minutos – Encerramento, vibrações coletivas e prece de agradecimento. As dificuldades por alguns expositores, quando diante de turmas de Mocidade espírita não tem como causa essencial nem o posicionamento dos jovens, nem a qualidade dos expositores. Basicamente é um problema de desinformação destes a respeito do meio onde vão trabalhar ( os jovens ) que é algo diverso do ambiente “de adultos” das Escolas de Aprendizes. Veicular algumas informações sobre a Mocidade Espírita e seu programa de estudos é o objetivo deste capítulo, extraído de um texto mais amplo, que é a apostila do “Curso de Expositores – Especialização em Mocidades e Dinâmicas de Grupo”, organizado pelo Comitê de Apoio às Mocidades da Aliança. O jovem na dimensão psicológica e social: A adolescência é uma fase de intensas e simultâneas transformações biológicas, mentais, emocionais e sociais para o ser humano. Por isso mesmo é uma tarefa complexa, mas essencial, compreender o jovem para comunicar-se com ele. Vejamos superficialmente tais aspectos:

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Transformações psicológicas: No que toca ao item anterior, as transformações anatômicas levam o jovem a um auto-conhecimento sobre seu corpo. As noções de estética e força também influem profundamente no relacionamento em grupo, envolvendo funções como liderança, namoro, esportes, etc. Mas decididamente é a atividade mental em si que passa por radical transformação e podemos citar alguns fatores importantes: 



  



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Ampliação das capacidades de percepção, imaginação, memória, lógica e atenção. O pensamento mágico infantil é substituído pelo pensamento lógico. Amplia-se a vontade e o poder de concentração. Interesse pela sociedade ( noção de coletividade ). Descoberta do mundo interior ( abstração, interiorização do pensamento, pensamento, processo de percepção percepção – interpretaçã interpretaçãoo – dedução – conclusão ). Diminuição do interesse pelos estímulos sensoriais ( brinquedos de luz, cor, som ). Desenvolvimento da crítica. Atração física pelo sexo oposto.

Percebe-se nítida evolução no campo da razão e no campo da emoção. Especificamente os itens que devem ser considerados pelos expositores em seu contato com os alunos são: No campo da razão: Despertamento das capacidades de generalização, lidar com abstrações, domínio do conceito de tempo, substituição do egocentrismo infantil pelo interesse por assuntos não pessoais, reciprocidade de opinião ( reconhecimento de idéias contrárias ou diferentes ), aprofundamento da reflexão e da lógica.

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FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 No campo da emoção: Capacidade de auto-realização, reconhecimento dos pais como seres falíveis, engajamento a ideais ( coletivos e individuais ), vínculos de amizade extrafamiliares, atração pelo sexo oposto, idealização da vida afetiva, sentimento de justiça, espírito de aventura, necessidade de independência em opiniões e ações, sede de liberdade, de ação e de expressão. A proposta da Mocidade Espírita: Adolescência é uma fase de intensas e simultâneas transformações biológicas, mentais e emocionais. Nesta fase de mudanças, qual é o papel da Mocidade Espírita ? 

O conceito de religião como forte sentimento de evolução da alma é o grande impulso do jovem na busca de seus ideais. Entretanto, na acepção convencional de separação por práticas religiosas costuma afastar o jovem menos informado.

A religião espírita, como religião alicerçada em ciência e conseqüências filosófico-morais, constitui um avanço e possui características afins com a postura crítica e idealista do jovem. Os objetivos da Mocidade Espírita são a proposta de uma vida consciente e equilibrada para a formação do espírito em sua transição de jovem para adulto, com o auxílio dos conceitos espíritas. Além deste objetivo, um outro importante é a oferta de um campo de realizações através do trabalho no m eio espírita.

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 Sistemática das aulas para a Mocidade: O Local: A distribuição na sala é a do pessoal sentado em roda, inclusive o coordenador ( expositor ). O objetivo desta distribuição é a de incentivar o diálogo e a participação geral. É importante também que o expositor conheça as características do local, tais como tamanho da sala e capacidade de acomodação, recursos didáticos disponíveis ( lousa, projetores, etc. ), outros fatores ( existência de cortinas, telas de projeção, tomada de energia, nível de ruído na vizinhança, etc. ) A turma: É importante para o expositor conhecer as características da turma para a qual irá dar a aula, ou seja, número de participantes assíduos, faixa etária média, nível sóciocultural, nível de participação nas aulas, relação dos jovens da turma com o assunto. Estes conhecimentos são pontos primordiais para um bom preparo da aula e, implicam numa questão básica: Deve haver uma boa integração expositor X Dirigente da Turma. O expositor: 

Para atingir tais objetivos, a Mocidade Espírita possui um programa de aulas e atividades que apresenta aos jovens os conceitos doutrinários à análise da vida e oferece abertura suficiente para os questionamentos naturais. Do acima exposto é importante salientar que o objetivo da Mocidade não é o de modificar o comportamento ou personalidade do jovem. Isto seria uma violência para com ele e seu livre arbítrio. O que espera-se é que ele possa aceitar-se como ser humano tal que é, e, se sua maneira de ser o incomoda, que saiba onde encontrar os elementos necessários para que, por sua própria vontade e esforço, efetue mudança. Claro que isto não exclui o apoio e a força que podemos e devemos oferecer na medida de nossas responsabilidades, sem, contudo esquecer a individualidade daquele que nos procura. 91





A posição – O primeiro ponto a abordar-se é a nova posição do expositor frente à aula: Coordenador. Pois a postura do expositor nas aulas de Mocidade nem sempre será de alguém que simplesmente expõe o assunto para uma platéia. Dentro da dinâmica de aula, o coordenador deverá dividir os grupos, explicar a dinâmica de aula, animar para a máxima participação, supervisionar o estudo, Medir as discussões, esclarecer pontos difíceis ou duvidosos, concluir dentro do objetivo do tema. Qualidades – A competência se adquire, s obretudo pela experiência e ninguém é competente logo de cara. Entretanto, o coordenador deveria possuir clareza de idéias, simplicidade de expressão, capacidade de síntese, saber distinguir o essencial do acessório, informalidade, conhecimento doutrinário profundo, bons conhecimentos gerais, humildade e calor humano, presença de espírito. Aptidões – trata-se aqui de talentos e disposições pessoais que cada um possui mais ou menos do ponto de partida e que podem ser desenvolvidas. Um coordenador de grupo deve estar convencido do valor do que está sendo aprendido se quiser motivar os outros, ser capaz de estruturar e 92

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 coordenar um trabalho em grupo, ser capaz de enfrentar diversas situações que surgem no relacionamento dentro da aula ( agressividade, passividade, etc. ), ser capaz de deixar “de molho” suas idéias pessoais para dar oportunidade aos outros de expressarem as suas próprias, ser capaz de dar atenção, ouvir de fato e de compreender os outros, ser capaz de estudar / pesquisar e ter desejo constante de aprender. É na prática se adquirem e desenvolvem as aptidões. Se não as possuímos, não perderemos nada em tentar a experiência, pelo contrário, é um serviço que prestaremos à turma, ajudando-a a funcionar bem. 



Apresentação – Não necessariamente, mas tanto quanto possível, o coordenador deverá apresentar-se vestido de maneira informal, sem exageros. Postura – Se a meta que estamos almejando é a do aprendizado, do assunto com liberdade de participação do jovem, é importante que o coordenador assuma uma postura sincera e predominantemente aberta ao diálogo. Assim acredita-se que a figura do expositor deveria ser aquela de um amigo que se coloca lado a lado, que se porta como uma pessoa que sabe que não conhece muita coisa, mas o pouco que sabe, vai tentar transmitir, e acredita que não vem ali somente para ensinar, mas também aprender com os jovens.

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 expressar nossas idéias. É preciso, antes de tudo, acreditarmos que é possível e necessário vivermos o que pregamos, não na cegueira do fanatismo, mas na luz do Mestre que nos ama e conduz. É por isso que defende-se o uso das técnicas de Dinâmicas de Grupos, em nome do amor e do esclarecimento, e não como preenchimento técnico. Lembremos que a Doutrina Espírita vem quebrar alguns mitos com relação ao jovem, preconceituado pela sociedade como um fator generalizado, dentre estes mitos podemos citar a independência precoce, liberdade sem responsabilidade, alienação, ideologias violentas, etc. Sugestões úteis: 



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Metodologia: Para a apresentação das aulas, mais que uma técnica, é necessário uma metodologia. Não se exige uma profunda especialização, mas tão somente o conhecimento de métodos que facilitem a comunicação com o jovem, que passa por esta fase tão rica e profunda como é a juventude. Com esta meta, recomenda-se a aplicação de Dinâmicas de Grupos, todavia pode ocorrer o uso destas técnicas dissociadas dos objetivos essenciais. Ou seja, a “técnica pela técnica”. É fundamental notar que o objetivo pretendido em cada aula vai orientar a escolha de uma técnica, nunca o contrário. Somente conhecendo a fundo o que pretende da aula é que podemos eleger a técnica a empregar entre as que forem do nosso conhecimento. Além disso, a bandeira dos nossos programas é a da educação moral. Fazendo uma análise do assunto, é importante reciclarmos constantemente nossos modos de comunicação, nossas formas de expressão, nossos exemplos, para podermos possibilitar a aproximação, amorosamente e com os “pés no chão”, o ensinamento Cristão da vida comum dos que participam da aula. Devemos buscar padrões mais claros e simples para 93



 



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Informe-se com o Dirigente da Turma, antecipadamente, sobre as característica dos jovens, como faixa etária, grau de estudo e interesse em outras aulas, assuntos relativos à Doutrina ou à conduta moral que haja necessidade de reforço ou esclarecimento. Chegar mais cedo para conversar com os jovens, principalmente se você ainda não conhece a turma, através de uma conversa informal é fácil identificar-se e comunicarse com os jovens. Sua apresentação ( vestimenta, linguajar, olhar, conduta ) não deve ser solenes ou demonstrar superioridade, e ser simples e acessível. Se for a primeira vez que tem contato com a turma, apresente-se enunciando claramente o nome e sua participação como trabalhador da casa, se for de outro grupo mencione também como está a Mocidade do Grupo. Defina e exponha claramente os objetivos da aula. Facilite as trocas de opiniões ( através de perguntas, sugestões, etc. ). Dê aos diferentes pontos de vista igual oportunidade de serem avaliados e examinados pelo grupo. Mantenha a ordem na discussão. Conceda com justiça o direito à palavra. Reconduza os que se desviam do assunto original. Esclareça os sentidos das diversas intervenções, quando são passíveis de gerar alguma confusão. De tempo em tempo, faça um apontamento ( ou resumo ) do que foi dito ou feito. Faça a síntese da reunião ao final. 94

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Fazer uma auto-avaliação, após a aula, para isso, conte com a ajuda do Dirigente, que poderá indicar pontos a m elhorar em sua atuação como Coordenador da aula.

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PRELEÇÃO EVANGÉLICA - CONCEITO 

N Í  V E L

Preleção Evangélica é muito diferente de pregação.

B Á S I C O

Finalidades: Serenar o assistido para que ele possa refletir sobre um tema evangélico e refletindo abra seu campo interior sintonizando seus sentimentos com o alto, tornando-se mais aberto e receptivo aos benefícios f luídicos do passe. Quando bem feita, a preleção pode prestar a principal assistência porque é o esclarecimento que o torna independente. Fatores: Instruir-se: Permanentemente. Devemos estudar estudar o Evangelho e livros capazes de nos orientar a reforma íntima que se prolonga por toda a vida. Lermos principalmente Kardec, o que Emmanuel, André Luiz, Meimei, Caírbar Schutel e Armond escreveram, entre outros. Também “A vida em família” de Rodolfo Calligaris, “O pensamento” de Emmanuel, a biografia de Bezerra de Menezes, etc. Com certeza, ler e vivenciar o capítulo do Evangelho referente ao tema, semanas antes de o abordar é muito recomendável para que haja oportunidades de vivenciá-lo e se ilustrar. Ilustrar-se: Para estudar adequadamente adequadamente o tema é indispensável indispensável meditar e procurar histórias simples e perfeitamente coerentes com o tema. Convém que o preletor receba inspirações, principalmente em público, o que é possível de se conseguir a praticar efetivamente, o que se prega na preleção. É assim que nos tornamos mais flexíveis e com bom repertório de histórias e vivência no assunto. No momento da preleção, basta estar com os melhores sentimentos, um forte desejo de se comunicar com clareza e se abrir para receber inspirações adequadas àquilo que os assistidos mais precisam para o estágio que se encontram. Sem polêmicas: Isto não é possível de se conseguir quando se aborda o assunto com polêmicas. Quem não consegue receber inspirações desta maneira, é melhor falar conforme seu plano prévio com o Evangelho. Preparar-se: Chegar meia hora antes dos trabalhos se iniciarem e antes de fazer a preleção, o preletor precisa de 15 minutos para se preparar como se fosse atuar na câmara de passes e em

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FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 seguida fazer um profunda reflexão sobre a relação entre o tema e a necessidade dos assistidos. Nestes momentos vêm à mente os assuntos estudados e vivenciados, sobre os quais provavelmente falaremos. Roteiro:   





Avisos e convites para cursos, palestras, etc. Prece inicial com roteiro de elevação simplificado Apresentação da Preleção Evangélica, cujo tema deve seguir uma programação prévia, semestral ou anual Vibrações pelos necessitados, também com roteiro simplificado Breves explicações sobre Passes e ou Ev angelho no Lar

Início: Comunicar semanalmente um aviso de interesse dos assistidos, sobre o funcionamento da casa. O próprio dirigente da Assistência pode recomendar assunto que se faz necessário no momento. Recomenda-se que os assuntos referente a eventos com objetivos de arrecadação de fundos, festas, etc. sejam comunicados fora do ambiente de preleção ( por recepcionistas ou plantonistas ) deixando-se para este momento apenas os cursos e palestras que possam trazer ao assistido luz na busca por algo que procura. Com palavras que conduzem à prece, e devem ir envolvendo todos os assistidos num crescendo, até permitir-lhes a ligação com entidades que estão prestando ajuda, avisar que não é preciso fechar os olhos, ou descruzar as pernas mas convém recomendar que fiquem confortáveis nas cadeiras. Começar convidando a aproveitarem o ambiente harmonioso para se aproximarem mais de Jesus Cristo. Prece inicial: Devemos nos referir somente aos Mentores individuais, Jesus e Deus, a fim de não se criar mal entendidos, mistificações e confusões. Consultar o “Vivência do Espiritismo Religioso” sobre este assunto. Quando sentirmos que estamos junto de Jesus, o preletor pode orar o Pai Nosso, em voz alta e pausada, enquanto os assistidos ficam em silêncio. Usa-se o Pai Nosso conforme a inspiração nos recomendar, para conduzir os assistidos inicialmente para um estado de meditação, mas por vezes pode-se usá-lo para culminância final das vibrações. Tema: Enunciar o título do dia e o capítulo do Evangelho que se vai abordar. Enfocar um só assunto baseando-se no “Evangelho Segundo o Espiritismo”, desde que procurando confortar e 97

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 esclarecer sem jamais polemizar. Falar somente o que uma pessoa qualquer possa entender e praticar, sem muito esforç o. Lembrar-se que os assistidos que chegam ao Centro desejam ser beneficiados, não conhecem Espiritismo e nem sabemos se pretendem conhecê-lo, é preciso didática e clareza adequadas para mostrar que desde Kardec, os espíritas continuam procurando confirmação de cada informação e submetem “à luz da razão” os novos conhecimentos. Muito mais importante é cumprir a finalidade da preleção para serenar e renovar as esperanças, contar uma boa e simples história, coerente com o tema, a qual sensibilizará e será lembrada pelo assistido, e assim valerá por muitas horas de pregação. Falar sobre o que está sentindo. Pode-se falar sobre Espiritismo sem criticar qualquer entidade, religião ou crença. Falar sobre Jesus Cristo, citar o Evangelho como uma recomendação a ser analisada e experimentada, sem desejar que o sigam cegamente. Vibrações: Em seguida convidamos todos à vibração. Explicar serenamente como vibrar sentimentos, que são emitidos e conduzidos pelo fio de nossas emoções e pensamentos genéricos, para ajudar e beneficiar pessoas e / ou lugares. Vibração não é pedido, é esforço pessoal, devemos vibrar por poucos itens: Apenas pela humanidade, por todas as nações, pelos lares, pelos doentes, pelos irmãos cujos nomes estão escritos nos papéis das caixas de vibrações, pelos nossos lares e por nós mesmos ( neste último caso não é pedir por si próprio, mas agradecer a Deus estar sempre disponível para quem deseja ajudar com humildade ). As vibrações são encerradas com um breve e simples agradecimento a Jesus. Às vezes o Pai Nosso é cabível, se ainda não foi proferido. Encerrando a preleção: Recomenda-se aos assistidos que permaneçam serenos aguardando o encaminhamento para o passe, e saímos cuidadosamente em silêncio, nunca tendo demorado mais que 20 minutos a contar do momento que dissemos a primeira palavra. Fala-se muito quando não conseguimos sintetizar o assunto, sendo difícil abordar os pontos essenciais, portanto não conseguiu-se sensibilizar os ouvintes. Se o preletor percebe que lhe falta emoção para estes 20 minutos fala apenas dez minutos, mas indispensavelmente “com o coração na boca”, encerrando com o “assim seja” ao invés de ficar em curto-circuito sem fim. 98

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 Breves explicações sobre Evangelho no Lar ou Passes: Evangelho no Lar: Em poucas palavras lembrar que o estudo do Evangelho nos leva à autocrítica e à reforma interior. Aceitar o Evangelho significa mudar e reformular nossas atitudes e conseqüentemente melhorar o relacionamento de todos. A prece no lar, ou em família renova energias para a vida. A meditação em grupo aproxima os corações, cria laços de amor e transforma o desafeto do passado em amigo de ideal. Convém que em casa, o assistido ore em voz alta mesmo que só, para se aproximar do Criador e dos necessitados em geral, vibrando pelo lar, pelas pessoas que lá residem, por seus parentes de relacionamento familiar, deixando as vibrações específicas para amigos e outros, para quando estiver no Centro espírita.

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 Para que essa doação possa melhor nos beneficiar é importante que, durante o passe, nos mantenhamos serenos e confiantes como se estivéssemos diante de Jesus, assim os fluidos do passe nos trarão melhores resultados. O passe é o princípio de nossa cura, o Evangelho é o grande remédio para nossos males.

Passes: Lembrar que ao entrarmos na Casa Espírita recebemos um primeiro passe de caráter geral, igual para todos e que é uma reposição de energias através de fluidos calmantes que nos ajudam a nos equilibrar e harmonizar com o ambiente. Somos convidados a nos sentar, deste ou daquele lado para facilitar o encaminhamento de acordo com o passe que iremos receber na câmara. Temos alguns minutos com música e luz suaves que podemos utilizar para nós mesmo, meditando, ou lendo longe da correria habitual. Após ouvirmos a preleção que é sempre baseada em ensinamentos de Jesus, que nos ajudar a entender melhor a nós mesmos somos encaminhados à câmara. Para aqueles que vem pela primeira vez ao Centro explicar que tratase da Assistência Espiritual onde um a um seremos encaminhados para o passe, que é transmitido por irmãos que procuram doar fluidos curativos e calmantes, tudo com a maior harmonia e silêncio, com profundo respeito sem qualquer tipo de ritual. O importante é que, aquele que vai receber o passe ofereça a sua fé e confiança em Deus, para que possa melhor receber os benefícios. Esse bem-estar pode ser prolongado e durar muito tempo, se dermos também a nossa colaboração mantendo-nos calmos, lendo o Evangelho e meditando sobre os ensinamentos de Jesus. Depois do passe podemos nos retirar, meditando sobre a paz e a harmonia que sentimos nesse instante. O passe que vamos receber é uma soma de vibrações que nos será transmitida do alto, por um conjunto de colaboradores. Vamos assim receber os benefícios de uma corrente de luz e harmonia. O passe é uma doação de paz, transmitida por uma corrente de cooperadores que trabalham em nome de Jesus. 99

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PRELEÇÃO EVANGÉLICA – TÉCNICAS 

N Í  V E L

O bom preletor prepara-se adequadamente, fazendo antecipada e profunda reflexão sobre o tema, articulando-o com a sua própria vida.

I N T E R M E D I Á R I O

Cria empatia com os assistidos, falando muito mais com o coração que com a razão, transmitindo emoção e despertando sentimentos elevados. Preleção não é discurso, é bate-papo amoroso. O preletor não acusa nada e ninguém e só tem gestos e palavras de acolhida fraterna para nossa casa. Inclui-se entre os beneficiados da Assistência Espiritual, usando sempre a palavra “nós” ao invés de v ocês. Tem voz modulada em média tonalidade e timbre, para ser bem ouvida com serenidade por todos os assistidos, durante a exposição não grita nem fala baixo demais. Informa intelectualmente com o coração as palavras, que são sempre coerentes e lógicas. Com português preciso e simples para qualquer cidadão entender. Durante a exposição fala alto, com bom volume, sem gritar, com tonalidade e timbre de voz serena, para alçar o ouvido e coração de todos. Deve transmitir emoção e motivar sentimentos. Fazer frases com a palavras “nós” desde que signifique sinceramente que eu mesmo estou entre os assistidos, isto tem que ser absolutamente verdadeiro. Se falar com o coração, o preletor cria empatia com os assistidos, não é uma informação intelectual, é um gesto de acolhida fraterna em nossa casa. Palavras e frases raras atrapalham este processo amoroso. Evitar falar sobre “Mestre”, “Divino Rabi” e similares, nem falar de “matéria” ao invés de corpo, evitar falar sobre “mãe espiritual” para denominar Maria, e outros para que todos entendam na simplicidade o que estamos a transmitir. Não convém falar sobre pessoa só conhecida no meio espírita, neste caso explicar quem é e o que fez, não se preocupando com o nome. Evitar falar sobre “planeta de expiações” ao invés de planeta terra, mas explicar como e porque é planeta de expiação.

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 Evitar falar em limpeza, preparação, miasmas e outros termos específicos do Espiritismo, mas se necessário explicar antes e toda a vez. Não usar a preleção para dissertar sobre conhecimentos doutrinários, lembrar-se do primeiro dia que sentou-se na cadeira de um salão de preleções e o que estava esperando ouvir daquela pessoa lá na frente. Não movimentar-se em demasia e jamais adentrar à assistência, dando as costas para quem está mais à frente. Ser natural na postura, usar gestos sem exageros e abusar das expressões faciais verdadeiras. Não levar “cola”, “lembrete” ou ler a história em livros. Preparar a preleção com muita antecedência, chegar cedo e elevar o coração à equipe espiritual. Ficar alguns momentos dentro da sala de preleções equalizando suas vibrações com a da assistência. Treinamento: fazer a preleção para um auditório imaginário, não para decorar, mas para fixar os pontos essenciais. Ter consciência de que no início deve ter dificuldades naturais. Ler muito, metodicamente e ampliar o vocabulário. Não expor um assunto que não conheça e ouvir as críticas dos colegas como fator de aprendizado. Expor o pensamento de forma clara, s em dúvidas. Não faltar aos compromissos assumidos. Não usar a preleção para discorrer sobre problemas do Centro ou do Movimento espírita. QUERER SER ENTENDIDO E NÃO ADMIRADO Durante a exposição: 



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Evitar individualizações ( senhor presidente, senhor diretor, etc. ). Não comentar sobre suas próprias limitações e deficiências. 102

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 

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Não auto-biografar-se, omitir toda e qualquer experiência pessoal, evitando o individualismo próprio. Calar referências nominais ( elogios levam à vaidade ). Evitar referências a dinheiro ou à política. Não criticar instituições religiosas, pessoas e seus empreendimentos. Não aludir sobre auditórios maiores ou menores. Apresentar-se trajado adequadamente. Usar jóias de forma moderada. Ser pontual. Ter conduta evangélica. Evitar comparações negativas. Não fugir ao tema. Toda citação deve ser feita com exatidão ( livro e nome do autor ). Vigiar os nés, tás, etc.

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FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 51 P R O G R A M A D E A P E R F E I Ç O A M E N T O

PRELEÇÃO EVANGÉLICA – ASPECTOS ESPIRITUAIS E  PSICOLÓGICOS  







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Ter consciência de que o público deseja ouvir uma boa mensagem. O preletor passa a ser a figura principal pela função que exerce naquele momento, portanto aceitar esta condição e situar-se no ambiente. Aceitar a atenção geral com naturalidade, atitudes refratárias ou hostis do público ( percebe-se pelas expressões faciais dos assistidos ) correspondem a atitudes de petulância, arrogância, ostentação, etc. “Conquistar” ( ganhar confiança ) sendo fraterno, vibrar bondade, ser simples e atencioso. Ser modesto mas não tímido. Manter-se em sintonia com planos elevados ( por pensamentos e vibrações ). “Medir” a vibração do local e tratá-la interiormente com o coração aberto. Saber que o “frio” na barriga é normal e que é controlável naturalmente após o início da preleção. Procurar iniciar os trabalhos com assistências menores, ao adquirir confiança partir para platéias maiores.

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FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004

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EXERCÍCIOS PRÁTICOS DE PRELEÇÕES 

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PREPARAÇÃO E ELEVAÇÃO ESPIRITUAL SIMPLIFICADA

N Í  V E L

Pode-se utilizar parte das aulas para permitir a apresentação integral de uma Preleção Evangélica. Esta tarefa permite ao novo expositor ter noção de todo o processo de preparação de uma preleção, partindo do tema, passando pela pesquisa das literaturas indicadas, etc.

N Í  V E L

Normalmente utilizada em Preleções Evangélicas:

A V A N Ç A D O

Deve ser aplicado ainda no decorrer do Curso de Expositores e próximo ao término deste, onde as técnicas já estão absorvidas e a inibição já foi vencida. O próprio ambiente de amizade contribuirá para que a apresentação se faça sem perigo de melindres, já que todos estão em mesmo estágio de aprendizado e exercício.

A V A N Ç A D O

Deve-se criar o clima de uma Assistência Espiritual, com a classe em formação de “escola clássica”, ou seja, com cadeiras em fileiras, e os participantes do Curso devem s er os “assistidos”.

    

Prece inicial de forma simples. Não envolver nomes de entidades espirituais. Citar apenas: Mentores individuais, Jesus e Deus. Não criar mal-entendidos, mistificações e confusões. Pai-Nosso.

Ao término da preleção devemos realçar os pontos importantes não abordados e comentar sobre os pontos bem aplicados. Fazermos uma pequena vivência entre os participantes, de modo a pontuarmos os detalhes positivos e onde e como melhorar os pontos fracos.

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FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 54 N Í  V E L

ENCERRAMENTO E VIBRAÇÕES SIMPLIFICADAS   



Recolhimento. Vibrações por: Humanidade, todas as nações, pelos lares, pelos doentes, pelos irmãos cujos nomes estão na caixinha de vibrações, pelos nossos lares, por nós mesmos. Agradecimento a Jesus e a Deus.

A V A N Ç A D O

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VIDA PLENA

N Í  V E L

Todo homem, em sua caminhada, delineia um estado ideal que varia de pessoa para pessoa, para o qual se dirige, envidando todos os esforços. Atingir o estado ideal seria, segundo pensam, ingressar na plenitude da vida.

I N T E R M E D I Á R I O

Tomemos o exemplo de um caminheiro que ao encetar a sua marcha, define um ponto de chegada, até onde sua vista alcança, analisa a paisagem e, ao divisar ao longe uma elevação define o cume da montanha como o ponto a ser alcançado, munido de bom ânimo e determinação caminha disposto a vencer todos os obstáculos. Aos poucos, evoluindo em sua marcha, começa a entender, ao se aproximar do alvo, que o estado ideal não é estático, pois, uma vez alcançado transforma-se em real, ou seja, ao chegar ao cume da montanha conquistou uma posição real e, maravilhado pela paisagem que se descortina em sua frente, define um novo ponto de chegada que muito em breve, ao ser alcançado, será igualmente transformado em novo ponto de partida. Em certos momentos, no intervalo reservado ao descanso, passa a refletir que se o seu ideal jamais poderá ser alcançado, onde ele encontrará a vida em toda a s ua grandeza e plenitude ? A resposta vem dele mesmo: Vida plena é caminhar e não alcançar. Em outras palavras poderemos entender que a vida plena é um processo e não um estado. Embora seja necessário que tenhamos um ideal e que não o percamos de vista, vamos aprendendo que a grandeza da vida não se encontra num ponto definido, mas sim, no fato de estarmos caminhando em sua direção. Vida plena é uma rota ascensional onde nos extremos identificamos, de um lado a animalidade e no oposto a espiritualidade, ou o homem animal ( defensivo ) e o homem espiritual ( aberto a experiências ). Caminhar pela rota ascensional é um processo de gratificações intensas, no qual nos afastamos do estado defensivo e nos aproximamos da condição de abertura. Com isso, somos convidados a uma importante renovação de conceitos, bem contrariamente ao que pensávamos, não é aquele

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FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 que alcançou um elevado estado na rota ascensional, mas aquele que está caminhando. Logo, todos podem ser bons, independentemente do ponto em que nos encontramos no percurso. Mais vale o habitante das trevas que se esforça por crescer do que o arcanjo que, satisfeito com sua posição elevada, estaciona. Entende-se o estado defensivo, no qual no identificamos, em tudo e em todos, ameaças, como vestígio de animalidade que, de acordo com a teoria da evolução da espécie, teríamos herdado de nossos ancestrais ( dos quais fazemos parte na história espiritual ). Dispensável são comentários sobre o comportamento defensivo do animal como benéfico e para sua sobrevivência, entretanto há cerca de 160.000 anos surgiu o homem no cenário terrestre, tendo dentro de si, ao lado do instinto, a razão. Com razão aprendeu a discernir e passou a assumir responsabilidade pelos seus atos. Paremos um pouco para pensar e ponderemos: Quão instintivo ( defensivo ) é ainda o homem moderno, e chegaremos à conclusão que a experiência da razão ainda é muito nova, deixando-se o homem muitas vezes se conduzir por ações puramente instintivas. É o homem animal que ainda não aprendeu a viver com todos os privilégios que a natureza lhe outorgou. Rotineiramente saímos às ruas protegidos por um esc udo invisível tão espesso, tão reforçado, que chega, assim como acontecia aos cavaleiros medievais, a dificultar a locomoção e a obliterar a visão. Tão “protegidos” estamos que mal conseguimos ver a beleza que há no sol, nas flores, nos pássaros e também nas pessoas. Aceitamos os fatos com reservas, segundo um critério seletivo, admitindo somente aqueles que se identificam com nossos padrões e os demais são rechaçados consciente ou inconscientemente. E por assim fazermos perdemos a oportunidade de viver a vida em toda a sua riqueza e plenitude. E então saímos por aí falando em dia bonito e em dia feio, como se realmente existissem dias feios. A pior situação é a daquele indivíduo que em profunda defesa não aceita a realidade como ela é, chegando a pretender alterala. É o caso do indivíduo que ao observar o pôr-do-sol acha que o 109

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 fundo deveria ser mais azulado e não tão vermelho como está aparentando. Tão defensivos somos que diante da dúvida ou do desconhecido, via de regra, optamos pela rejeição. À medida que o processo se desenvolve em nossa rota ascensional, nos distanciamos do estado defensivo e nos aproximamos da condição de abertura às experiências. Uma pessoa aberta às experiências reconhece que os fatos são sempre amigos, sem exceção, pois expressam a realidade e a realidade, por sua vez, desprovida de ilusões, é sempre enriquecedora. “E os fatos negativos ?” São também “amigos”? Na verdade não existem fatos negativos, todos são positivos, pois nos ensinam, embora possam às vezes parecer desagradáveis. Consideremos que em termos de crescimento interior o fracasso é mais valioso do que o sucesso, pois nos obriga a revisões, reestudos, correções, traduzindo-se em verdadeiro aprendizado, coisa que nem sempre o sucesso nos proporciona. Conclusão: Os fracassos não existem ! Reconhecendo os fatos como amigos e o valor da experiência, saímos às ruas, para a vida, de “peito aberto”, sem temores, desprezando paulatinamente os mecanismos de rejeição inconsciente que tão caro nos custam ao equilíbrio interior. Sem manipularmos ou distorcermos os fatos para encaixá-los no esquema de padrões preconcebidos, aceitando a vida como é, deixando-nos conduzir pelo seu curso natural que harmoniosamente flui. Tal como o aficcionado à canoagem, ao ser lançado nas águas impetuosas do rio, o remador não tenta modificar seu curso, nem tampouco remar contra a correnteza. Deixa-se levar, apreciando a natureza com todas as suas cores, concentrando seus esforços para mudar o que pode ser mudado. Deixando a vida fluir, aceitando os fatos sempre como experiências enriquecedoras, passaremos a viver a vida em toda a sua plenitude. Desarmados de defesas, identificamos a beleza que existe nas pessoas, as quais passaremos a olhar livremente de rótulos ou generalizações, mas como seres diferenciados. O exercício intitulado “Vida Plena” consiste em uma reunião de grupo em clima totalmente descontraído, onde alguém inicia o 110

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004

exercício espontaneamente tecendo comentário sobre comportamentos defensivos e os outros à medida que se sentem estimulados dão a sua participação. O crescimento embora nos minutos iniciais seja lento, quase sem ação, basta o “pontapé inicial” para que a evolução se processe muito rapidamente, assemelhando-se em certos casos a uma explosão de reformulações e conquistas.

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PRECONCEITO 

N Í  V E L

USAR AS EXPERIÊNCIAS DE CADA DIA VIVIDO, DE CADA EXPOSIÇÃO, PARA ENGRANDECIMENTO DA TAREFA DO EXPOSITOR.

A V A N Ç A D O

Cada um de nós tem uma vida e uma realidade mental, experiencial. Não podemos dizer que exista uma realidade única e absoluta para todas as pessoas. As reações diante dos fatos acontecem segundo a percepção de realidade de cada um, e essa percepção é para o indivíduo a própria realidade. A realidade é o mundo particular das percepções de cada ser individualizado embora dentro de uma ótica social a realidade consiste de percepções que são comuns a vários indivíduos. A conduta do indivíduo é uma reação ao campo das experiências como este é aprendido, mas há duas maneiras de viver-se as experiências. Conceito: De forma consciente, livre, não alterada pela necessidade ou pelo desejo de se defender, ou seja, estaremos vivendo a situação bem próxima de sua realidade, livre de idéias ou atitudes defensivas, partindo de um fato vivenciado, forteleceremos a nossa parte interior de conceitos e valores. Preconceito: As experiências não vividas, que poderíamos denominar pseudo-experiências ou introjeções, geram preconceitos. Estas tem origem em um comportamento nitidamente defensivo, as generalizações. A título de nos defendermos, rotulamos as pessoas ou fatos, pois negamo-nos a discutir em um todo as coisas boas que cada um, individualmente, tem a dar. As introjeções tem origem, via de regra, nos campos da educação formal, educação escolar, educação no lar, herança social, convivência, propaganda, literatura, opiniões, interpretações, formalidades, etc. Outro tipo de preconceito, muito mais pessoal e ao qual somos resistentes e defensivos são os preconceitos que criamos conosco mesmos. Não podemos mais nos acomodar dizendo que não conseguimos modificar esse ou aquele aspecto da nossa conduta, visto que sempre haverá condições de transformar seus preconceitos em conceitos. A capacidade de julgar, entendida como de discernir é uma conquista do ser humano. O preceito evangélico nos adverte do perigo de, numa manifestação precipitada a partir de nossa sempre insuficiente escala de valores. Assim é sempre uma avaliação mutável e parcial pois bloqueamos o nosso auto -

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FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 conhecimento através dos mecanismos de defesas. Vale a pena analisar também as críticas de outros a nosso respeito, pois nos vêem em outro ângulo e contribuem muito para nosso autoconhecimento. A ciência e a religião, abarrotadas de dogmas e preconceitos tem somente realizado separação em vez de união, guerra em vez de paz, descrença em vez de fé. O espírito se perturba concentrando na esfera das coisas físicas todas as suas preocupações. O que se faz mister é compreender a necessidade da tarefa de espiritualização, trabalhando o edifício sublime do progresso comum. Operemos na difusão da verdade, quebrando a cadeia férrea dos formalismos impostos pelas pseudo-autoridades da cátedra ou do altar, amando a vida terrena com intensidade e devotamento. Não julgar é não criar preconceitos, Jesus exemplificou em toda sua vida pública sobre esse assunto, vencendo os preconceitos sociais, de costumes, intelectuais, morais, regionais, sexuais, raciais, etc. Nunca cometeu falta de respeito de rotular, via em cada um seu irmão, filho do mesmo Pai, colocando os interesses coletivos acima dos interesses pessoais. Devemos receber cada um dos alunos como verdadeiros companheiros de jornada e de crescimento, visto que a reforma íntima é eterna. O preconceito na aula gera ineficiência e descrédito nos objetivos precípuos da Doutrina. NÃO HÁ ESPAÇO PARA PRECONCEITOS NA VIDA DO EXPOSITOR. Vivenciar é exemplificar o que se fala.

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ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – CONCEITO 

P R O G R A M A

A Aliança é um ideal de vivência espírita consubstanciado em um programa de trabalho e fraternização.

D E A P E R F E I Ç O A M E N T O

Não é uma nova sociedade espírita nem representa divisão ou competição em relação a quaisquer instituições ou sistemas, mas sim uma realização simples, honesta e positiva de fraternização integrada para se efetivar o ideal de vivência evangélica na comunidade dos adeptos, com desprendimento e humildade cristãos. Estas são as bases que assegurarão sua sobrevivência e crescimento. Tem como finalidades tornar efetivo o ideal de vivência do Espiritismo Religioso na comunidade de seus adeptos. Difundir pelos meios que julgar conveniente o Espiritismo Religioso, como revivescência, na atualidade, do Cristianismo Primitivo, agremiando em torno dessa finalidade instituições espíritas que comunguem os mesmos ideais. Propugnar pela criação e funcionamentos nos Grupos Integrados, de Escolas de Aprendizes do Evangelho, de Cursos de Médiuns e de Assistência Espiritual nos termos estabelecidos na década de 1940 pelo Plano Espiritual Superior, em caráter gratuito, aberto e livre de quaisquer restrições ou discriminações, inclusive religiosas. Estimular a aplicação dos programas de Mocidade Espírita e de Evangelização Infantil nos seus Grupos Integrados. As atividades da Aliança Espírita Evangélica desenvolvidas por seus Grupos Integrados são Caravanas de Evangelização e Auxílio, Curso Básico de Espiritismo ( Kardec e obras básicas ), Obras Obras Assistenciai Assistenciais, s, Formação Formação e Aperfeiçoame Aperfeiçoamento nto de Expositores, Cursos para Evangelizadores da Infância, Reciclagens, Multiplicação de Centros Espíritas e outros. Visa formar trabalhadores espiritualizados, libertos da cegueira e do fanatismo científico ou religioso, aptos a difundir em espírito e verdade, os esclarecimentos herdados e a orientação espiritual redentora dos que habitam esse predestinado País.

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FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004

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CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO – CONCEITO 

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ESCOLA DE APRENDIZES DO EVANGELHO – CONCEITO 

N Í  V E L

É um curso informativo sobre Doutrina espírita. Seu programa é rápido e de natureza simples e objetiva, buscando uniformizar conceitos em relação ao espiritismo

N Í  V E L

É um programa organizado para proporcionar as vivências do Cristianismo como proposta essencial de aperfeiçoamento moral da humanidade através da Reforma Íntima do ser. Busca a renovação do homem em seus sentimentos, pensamentos e atitudes, proporcionando-lhes experiências de verdadeiro autoconhecimento e despertamento de seus ideais divinos.

A V A N Ç A D O

Tem a finalidade de informar aos alunos sobre o histórico e os princípios básicos do Espiritismo. Preparar os alunos para o ingresso nas Escolas de Aprendizes do Evangelho. Estrutura-se em reuniões semanais, abertas ao público, com duração de 90 minutos com a seguinte sugestão de divisão de tempo: 10 min. = Preparação e prece de abertura. 10 min. = Comentários, apresentações, breves reflexões sobre conduta cristã. 50 a 60 minutos = Exposição da aula 10 min. = Vibrações e prece de encerramento

I N T E R M E D I Á R I O

Não se trata de um curso como habitualmente se entende a partir da palavra “escola”, mas sim de um processo de Iniciação Espiritual baseado no Evangelho de Jesus, entendido como a forma mais pura de vivenciar a proposta religiosa religiosa do Espiritismo para o bem da humanidade. As EAE’s preparam e purificam os espíritos para o ingresso em vidas mais perfeitas, na comunhão de todos os dias com Deus, despertando a consciência interna para que vibre em sintonia com os planos espirituais mais elevados. Não é um curso comum de preparação teórica, mas a oportunidade que o aprendiz tem para adestrar suas forças, sem temor e represálias, terçar armas contra si mesmo, isto é, contra todas as suas imperfeições: Maus pensamentos, más palavras e más ações, e provar a si próprio que está combatendo por decisão própria sem engodos ou forçamentos, visando seu próprio engrandecimento espiritual. As reuniões de uma turma de EAE são encontros semanais de 90 minutos. As atividades podem ser divididas genericamente como segue: 10 minutos = Preparação do ambiente, constituída de sintonia progressiva com esferas espirituais superiores, culminando com a prece do Pai Nosso e na Prece dos Aprendizes. 10 minutos = Leitura de temas pelos aprendizes, comunicação de novos temas. 10 minutos = Avisos gerais, nomes para vibrações, comentários sobre o bem. 45 minutos = Exposição da aula por expositor previamente escalado de acordo com o programa da EAE. 15 minutos = Comentários finais, vibrações coletivas, intercâmbio mediúnico ( em datas preestabelecidas ), prece de agradecimento e encerramento. Normalmente a disposição da sala para acomodação dos alunos deve facilitar a formação de círculo, possibilitando todos os participantes serem vistos e ouvidos uns pelos outros com

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FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 facilidade, respeitados os limites das condições físicas das sedes dos Centros Espíritas.

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 60

PRECE DOS APRENDIZES DO EVANGELHO 

P R O G R A M A

Ao início das aulas das Escolas de Aprendizes do Evangelho temos após a elevação espiritual e Pai Nosso, o entoar da Prece dos Aprendizes.

D E A P E R F E I Ç O A M E N T O

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É muito comum termos, em razão da orientação dos dirigentes de turmas, maneiras diferentes ou erradas de entoar a canção original. Recomendamos consulta ao livro ‘Vivência do Espiritismo Religioso” sobre o assunto ( inclusive os conceitos de prece cantada ) e observar a forma correta de entoar a prece como no CD “Pai Celeste” - faixa 16 ( Prece dos Aprendizes – forma tradicional ). Mas o mais desagradável é uma turma entoando corretamente a Prece enquanto o expositor, que teoricamente vem ali para orientar a classe no tema daquele dia, entoar de forma errada ou com “esses” a mais. Os pontos mais delicados da Prece são as frases referente a Deus, onde substitui-se o “TEU” por “SEU”, também temos o ponto “DÁ-NOS” ao invés do tradicional “DAÍ-NOS” que proferese. Mas o mais grave é o termo “FORÇA” substituído quase que automaticamente por “FORÇAS”. As frases corretas são: “Para o TEU reino atingir.” “DÁ-NOS Pai, a luz que aclara”. “DÁ-NOS FORÇA para sermos”. “Os arautos do TEU amor”.

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O BOM SERVIDOR 

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O PROGRAMA DA ESCOLA DE APRENDIZES 

P R O G R A M A

Algumas turmas de Escola de Aprendizes costumam entoar ao término das aulas, à partir do segundo ano, o lema do Bom Bom Servidor, constante no livro “Vivência do Espiritismo Religioso” à página 106.

P R O G R A M A

É de vital importância o expositor saber se situar nas fases da Escola de Aprendizes do Evangelho. Grande parte das “frustrações” das aulas é que as mesmas não foram adequadas ao momento vivenciado na escola.

D E A P E R F E I Ç O A M E N T O

É importante ao expositor saber letra de tal canção, pois pode ser surpreendido em uma aula caso não saiba do que se trata. Por fim, além de decorar a letra da música é necessário parar para refletir sobre seu conteúdo, um compromisso de trabalho junto ao Cristo, onde nos colocamos como verdadeiros soldados da mensagem do amor.

D E A P E R F E I Ç O A M E N T O

Falar profundamente sobre atitudes defensivas e processos de abertura no início da escola é desperdiçar energia, já que neste momento os alunos ainda estão chegando à Escola, m ovidos pela curiosidade, encaminhados pelo plantão, ou porque ouviram falar que é bom. Igualmente é gastar energia ao ensinar a fazer o Evangelho no Lar ao término do terceiro ano ( aula Recursos do Cristão por exemplo ) pois a esta altura todos os alunos já sabem fazê-lo, basta esclarecer e fixar os benefícios do m esmo. As aulas tem significações paralelas com os momentos da Escola ( vibrações coletivas, implantação de caderneta, testes, caravanas, exames espirituais, etc. ), devemos aproveitar as aulas para afirmarmos as ferramentas e colaborarmos com o processo de auto-descoberta e melhoria pessoal. No início da Escola as pessoas estão fechadas e não propensas à mudança, pelo menos no sentido que se entende por processo de abertura imediata, os comportamentos são defensivos e os significados giram em torno da curiosidade e da descoberta. Quando passamos a estudar a vida de Jesus ( O Redentor ) o aluno descobre coisas que nunca tinha parado para pensar, é a quebra de paradigmas e isso permite ao mesmo iniciar um processo de abertura, pois percebe que coisas tão cristalizadas dentro de si podem ser analisadas à luz da razão. Durante o segundo ano da Escola temos as maiores diferenças entre os alunos, alguns mais próximos do início do processo de abertura, receosos de dedicar-se ao próximo, outros empolgados pelas oportunidades de trabalho e aceitando a abertura como algo bom, mas muitos conflitos ainda persistem. Muitas dúvidas são geradas, ele está fazendo Curso de Médiuns, Caravanas, trabalhando na EI, na AE, ou seja, muitas atividades que chegam a ser sufocantes, mas tudo f eito com amor e dedicação.

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FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 No terceiro ano já há um processo bastante amplo de abertura, é muito mais fácil falar de si, de seus problemas e suas conquistas, desperta-se para a tarefa Cristã. O Discipulado pode parecer algo inatingível, há a crítica e as inquietações. Aparecem as lideranças permanentes, os que estão assumindo tarefas complexas no âmbito da casa espírita. O desejo de abertura de uma nova casa, a ansiedade para tal choca-se com o receio, a responsabilidade. É momento de orientar e não de querer dar sermão.

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ESCLARECIMENTOS SOBRE O PLANO DA EAE 

P R O G R A M A

Qual é o principal objetivo do expositor ? A reforma Íntima do Aprendiz.

D E A P E R F E I Ç A M E N T O

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Mesmo não sendo completo, nem limitador ou conclusivo, esperase que o expositor enriquecido com recursos, faça sua aula se voltar mais para a Reforma Íntima dos Aprendizes. Isto deverá tornar mais fácil o apoio dos dirigentes espirituais do curso, inspirando o expositor no momento da aula por que, conhecendo com mais clareza os objetivos, seu esforço será mais harmonioso. É claro que antes de tudo, cabe ao expositor mostrar constantemente seu entusiasmo pela reforma íntima permanente permanente e pelos resultados das aulas. 1.

O Aprendiz precisa compreender compreender sua vida vida e ter vontade de modificá-la de maneira a ter convivência mais amorosa com as pessoa – O assunto que está programado para a aula é escolhido para transformar o dia-a-dia dele e para isto, convém que durante a aula, ele assuma consigo mesmo uma nova postura de perdão e amor frente a vida e aos que o rodeiam. Este propósito precisa ser bem claro e se tornar uma verdadeira bússola do expositor e do dirigente, tópico a tópico, grau por grau; ao perceber isto com clareza durante a aula, será mais fácil ao aluno, ouvir sua consciência e exercer seu direito de praticar, ou não, aquilo que o expositor aborda; é isto que o Aprendiz precisa encontrar na aula e até declarar no exercício de Vida Plena, que estamos passando a fazer em tantas aulas.

2.

O Conteúdo da aula precisa ser o que está na apostila – A apostila é a essência da Escola a qual está sendo observada e aperfeiçoada desde que o Comandante a iniciou, e o expositor não pode divagar, pois geralmente o tempo de aula é pouco para o conteúdo da apostila. Ao ministrar a aula o expositor pode se guiar por um resumo de tópicos da apostila. Para isto, o primeiro passo pode ser o repetir resumos da apostila e a cada vez, resumir mais, preservando a clareza e os detalhes para ele mesmo. O expositor precisa voltar seus esforços para que a aula desperte no Aprendiz a vontade de comparar sua vida com a apostila.

3.

O método precisa se adequar ao Aprendiz – Para se adequar a aula ao Aprendiz, é melhor ir conversando e o expositor vai fazendo perguntas que vão levantando dúvidas que levam o 122

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 Aprendiz a se rever, compreender melhor o assunto e então se reformular. Os tópicos resumem a apostila na seqüência que previamente julgamos ser a cadeia de idéias para desenvolver a aula. Inicialmente o expositor pergunta, para que o Aprendiz fale como entende, ou até onde já entendeu o assunto, para que o expositor possa centrar suas explicações na mudança que vai se processar no Aprendiz. Os presentes precisam rever sua percepção sobre o assunto e irem se pronunciando e reorganizando esses novos conhecimentos; então centramos a aula na maioria dos Aprendizes que se pronunciarem. Desta maneira, não dá para usar a seqüência dos tópicos que organizamos previamente, ou seja, vamos abordar os mesmos tópicos que organizamos, mas na seqüência que eles mesmos requisitarem para nós os esclarecermos. Cada turma é diferente e por isto, a cada aula é preciso rever tudo, para nos aprontarmos para as inspirações do plano superior, que esperamos vir a ter na aula. 4.

As referências bibliográficas bibliográficas são como uma prateleira prateleira de informações para fundamentar as inspirações; podem servir para se argumentar, esclarecer e facilitar a compreensão da apostila. São os Aprendizes que determinam por onde vamos conduzir os tópicos e lançamos mão de nossa cultura fundamentada nas referências bibliográficas para enriquecer as explicações que eles necessitam; uma explicação centrada no caminho que o Aprendiz necessita seguir para aprender. Para explicar centrando no Aprendiz, precisamos de bagagem de conhecimentos que dão origem às explicações, ou que dão lógica e coerência àquilo que defendemos como certo ( pelo menos por enquanto ). Além da apostila o expositor precisa conhecer a Doutrina o suficiente para repassar ao Aprendiz os conceitos que construiu em si para ser espírita e assim sendo, só podem entrar na aula as referências que lembramos como inspiração. Assim, convém usar somente as referências esclarecedoras das dúvidas que os Aprendizes manifestarem e por isto, não podem ser parte dos tópicos previamente estabelecidos ( falta de tempo ). Por isto, eles têm a obrigação de ler a apostila antes e o expositor tem a obrigação de conhecer muitas referências bibliográficas e só usar as indispensáveis.

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 Aprendiz para que os pratique no dia-a-dia. Para não se perder gastando tempo precioso em assuntos desnecessários o expositor precisa saber com clareza qual o objetivo da aula, aonde chegar; por sua vez, o curso precisa de uma cadeia natural de aprendizagem formada pela seqüência dos objetivos das aulas, os quais levam aos objetivos intermediários da Escola ( concluído em cada grau ), os quais levam aos objetivos gerais da Escola. Esta cadeia natural para a aprendizagem do Cristianismo tem assuntos que despertam o interesse do Aprendiz devido à felicidade que sentimos ao adotá-los; às vezes temos certeza que o plano espiritual usou-a para apoiar o Comandante nos momentos de inspiração que o levaram à EAE. 6. Ao especificarmos com clareza os objetivos objetivos das aulas, dirigentes e expositores podem conduzir seu esforço para que os Aprendizes, passo a passo processem a mudança que se faz necessária em sua vida, o que conseqüentemente pode elevar o número de Aprendizes que passarão a discípulos nos próximos anos. Vamos perceber que muitas vezes algum objetivo da aula se repete na aula posterior, o que vem a reforçá-lo, como sempre o faremos em nossa vida.

5. Objetivos Objetivos precisam precisam ser especificad especificados os com clareza – O assunto da aula não pode se perder na transmissão de conhecimentos intelectuais, mas tem que envolver o 123

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EXERCÍCIOS PRÁTICOS DE EAE ( PROVA DE FOGO ) 

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APADRINHAMENTO ( ACOMPANHAMENTO ) 

N Í  V E L

Pode-se utilizar parte das aulas para permitir a apresentação integral de uma aula da Escola de Aprendizes do Evangelho. Esta tarefa permite ao novo expositor ter noção de todo o processo de preparação de uma aula, partindo dos objetivos, passando pela pesquisa das literaturas indicadas, recursos audiovisuais, etc.

Para que os alunos possam ter uma base segura e noções da tarefa adiante a ser assumida pode-se sugerir um plano de apoio chamado de apadrinhamento.

A V A N Ç A D O

Deve ser aplicado no ambiente ainda do Curso de Expositores e próximo ao término deste, onde as técnicas já estão absorvidas e a inibição já foi vencida. O próprio ambiente de amizade contribuirá para que a apresentação se faça sem perigo de melindres, já que todos estão em mesmo estágio de aprendizado e exercício.

P R O G R A M A

Deve-se “escalar” um dirigente, simulando uma aula real de EAE, no exato momento em que o mesmo “passa” a aula para o expositor, envolvendo-o com carinho e amor. Na “classe” podemos ter os alunos mais variados ( perguntador, tímido, sabetudo, do contra, etc. ) e criar-se as situações mais diversas que poderia acontecer em uma sala de aula. Caso tenhamos possibilidade é indicado o acompanhamento de um “especialista” daquela aula ( expositor que conheça profundamente a matéria ministrada ) para que ao término desta ele possa realçar os pontos importantes não abordados e comentar sobre os pontos bem aplicados. Ao término dos 45 minutos faz-se uma pequena Vivência entre os participantes, de modo a pontuarmos os detalhes positivos e onde e como melhorar os pontos fracos.

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D E A P E R F E I Ç O A M E N T O

Consiste em deixar este recém-formado sob os cuidados de um expositor mais antigo e experiente durante um determinado tempo. O recém-formado acompanhará o antigo em suas aulas e preleções, participando inclusive da preparação do tema e aos poucos ir tomando participação das exposições. Nas preleções o recém-formado também pode acompanhar o mais experiente, participando da preparação, recados, vibrações. Quando for sentindo maior segurança em si deverá “ir se soltando” e buscando assumir sozinho seus compromissos. A pessoa responsável pelo intercâmbio de aulas da Regional deverá motivar, esclarecer e fazer os controles necessários para que o apadrinhamento dê certo. É necessário envolver e comprometer aos dirigentes de casas e diretores de estudo, mas acima de tudo comprometer os expositores mais antigos, que podem ter uma certa resistência em estar sendo acompanhados. A colaboração deve ser solidária, e é conquistada com grande poder de confraternização através de Encontros, reuniões e reciclagens de expositores e Dirigentes de Esc olas.

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ESTÁGIO COM EXPOSITORES ESPECIALIZADOS 

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SESSÃO DOUTRINÁRIA – CONCEITO 

N Í  V E L

Após a conclusão do Curso, verificações espirituais e orientações gerais é hora de “colocarmos a mão na massa”. São naturais o receio, nervosismo e relutância dos novos expositores para iniciar as tarefas.

N Í  V E L

Ë continuidade do tratamento, onde os passes são substituídos pelo esclarecimento evangélico, é a forma de implementar a transição de processo de tratamento espiritual e as oportunidades de esclarecimento através dos cursos proporcionados pelo Centro Espírita.

A V A N Ç A D O

São excelentes instrumentos para motivar seus freqüentadores a interessarem-se pela Doutrina aplicada a seu cotidiano, bem como inscreverem-se no Curso Básico de Espiritismo e na Escola de Aprendizes do Evangelho, para os quais devem sempre ser convidados, se desejarem ter maiores esclarecimentos.

A V A N Ç A D O

Com algumas exceções todos podem e devem observar muito as aulas de outros companheiros mais experientes, assistirem muitas preleções e com certeza, após o Curso a forma de assistir às apresentações será mais crítica. Isso servirá para reforçar conceitos adquiridos nas semanas do Curso. Então chegará a hora de exporem-se realmente. A Direção do Curso poderá fazer um levantamento de expositores com boa identidade e conhecimentos específicos em determinadas aulas, e a exemplo do sis tema de apadrinhamento ( pág. 126 ), acompanha-los em suas apresentações. Após 2 ou 3 aulas juntos, o expositor mais experiente deverá dar subsídios e suporte para que o novo expositor possa planejar e estruturar sua própria aula. A apresentação será acompanhada pelo mais experiente, que estará ali para corrigir alguma falha ou apenas dar segurança ao novo expositor. Da mesma forma podemos proceder nas preleções. É importante que o novo expositor acompanhe diferentes companheiros mais antigos, para não “ficar com o jeito” de um só amigo. Após algumas aulas o novo expositor já terá a devida segurança para aventurar-se pelo gratificante caminho da exposição espírita.

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Constituem um programa simplificado para exposição de conceitos básicos espíritas, dirigido às pessoas que concluem uma fase de tratamento espiritual na Assistência espiritual. Tem como objetivo promover o auto-equilíbrio dos assistidos através do esclarecimento espírita evangélico. As reuniões são semanais, de, no máximo 45 minutos, que preferencialmente ocorrem em paralelo ao trabalho de Preleção Evangélica e passes. As cadeiras dos participantes devem estar, de preferência, arranjadas na forma de roda. A abordagem deve ser altamente dialogante, visando um esclarecimento amplo, com base num conto ou estória com moral evangélica de fácil compreensão. O expositor deve estar apto e disposto a esclarecer eventuais dúvidas fora do assunto proposto para o dia, de forma sucinta. A bibliografia das histórias sugeridas concentra-se nos livros “A Vida Escreve” e “Almas em Desfile” do espírito Hilário Silva.

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ESCOLA DE PAIS – CONCEITO 

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CURSO DE MÉDIUNS – CONCEITO 

P R O G R A M A

A Escola de Pais é um programa de estudos voltado à orientação da família, desenvolvido semanalmente, para os pais ou responsáveis pelas crianças que freqüentam a Evangelização Infantil.

P R O G R A M A

Em geral, a mediunidade é exercida mecanicamente, sem objetivo definido, pelo simples fato de existir. Mas isso é um erro.

D E

Através da exposição e debates de temas, propõe reflexão sobre o papel educativo dos pais para harmonizar o ambiente familiar, permitindo aos mesmos tomarem contato com assuntos educativos que possam esclarecer suas dúvidas, ajudando a sanar dificuldades de relacionamentos nos mais diversos aspectos diários.

A P E R F E I Ç O A M E N T O

Não é uma escola nos moldes convencionais, mas sim uma reunião fraterna, aberta a diálogos, sem pretensão de ser um curso espírita ou doutrinador.

Dentro os objetivos da Escola de Pais, destaca-se:  

   

Conscientizar os pais no seu papel de educadores. Dar os pais informações atualizadas sobre questões psicológicas, educacionais, pedagógicas e científicas sobre o desenvolvimento e a formação da criança e do adolescente. Revisão dos seus próprios conceitos e atitudes. Planejamento de uma educação consciente. Integração dos pais com os evangelizadores. Educar-se para educar.

Como são ministradas em paralelo à Evangelização Infantil as aulas tem duração de 60 minutos, com tempo de exposição médio de 45 minutos.

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D E A P E R F E I Ç O A M E N T O

O médium deve saber porque é médium, quais faculdades possui, limites de sua aplicação, conseqüências de sua ação, objetivos a atingir e responsabilidades que assume, tanto como indivíduo quanto como membro da coletividade. O Curso de Médiuns é um curso de preparação teórico-prático de médiuns para os alunos da Escola de Aprendizes do E vangelho. Seu objetivo é educar médiuns para o desenvolvimento e uso da mediunidade voltada para os trabalhos evangélicos tendo como base os princípios da Doutrina Espírita. As reuniões são semanais com 90 minutos de duração. O roteiro de uma reunião da parte teórica é muito semelhante ao das EAE’s: 

 



Leitura de texto evangélico ou pertinente à mediunidade, preparação com elevação gradativa e prece. Avisos, leitura de temas, esclarecimentos em geral. Exposição da aula: assunto específico segundo a programação. Encerramento com vibrações e prece de agradecimento.

Dependendo do estágio do Curso as exposições podem tomar de 45 a 60 minutos. Uma característica do Curso de Médiuns é que em alguns locais de estrutura de trabalhadores e dirigentes, o Curso de Passes faz parte integrante do Curso de Médiuns ( assim como o programa foi aprovado originalmente em 27/12/1973 ), mas em locais com carência de estrutura para tal os Cursos de Passes são ministrado separadamente, até que se reúna quantidade suficiente de participantes para um Curso de Médiuns na totalidade.

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FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 70

QUESTIONÁRIOS PROGRAMÁTICOS 

N I V E L

Quando utilizamos o Curso em nível avançado ( ou em estágio de Programa de Aperfeiçoamento ) e apresentamos todos os conceitos, objetivos e finalidades dos programas da Aliança Espírita Evangélica, podemos utilizar questionários programáticos de acordo com o que será apresentado nas aulas. Uma sugestão é reservar a cada aula um pequeno tempo para a abordagem de um programa em si. Temos a ser explorado o Curso Básico de Espiritismo, Escola de Aprendizes do Evangelho, Mocidade Espírita, Curso de Médiuns e Sessão Doutrinária. Podemos explorar também através de questionários os assuntos relacionados ao trabalho do expositor, tais como Preleção Evangélica, Escola de Pais e principalmente os Conceitos de Aliança.

A V A N Ç A D O

Tais questionários fixam os valores dos programas e são muito produtivos, trazendo aos participantes a idéia do todo e o detalhe de cada um dos focos programáticos. Seus conceitos sobre a Aliança se esclarecem e passam a enxergar todo o movimento com olhos mais dedicados. Abaixo alguns modelos que podem ser aplicados: QUESTIONÁRIO - CONCEITOS DE ALIANÇA 1) O que é a Aliança Espírita Evangélica ? 2) Quais as finalidades da Aliança Espírita Evangélica ? 3) Como se estrutura a Aliança Espírit a Evangélica ? 4) Resumidamente, qual a dinâmica de um Grupo Integrado à Aliança em relação ao assistido ? 5) Resumidamente, qual a dinâmica de um Grupo Integrado à Aliança em relação ao processo de multiplicação de Centros Espíritas ? 6) Quais são os programas adotados pelos Grupos da Aliança como norma de Integração ? QUESTIONÁRIO - CURSO BÁSICO 1) O que é Curso Básico de E spiritismo ? 2) Quais as finalidades do Curso Básico de Espiritismo ? 3) Qual o tempo disponível ao expositor para ministrar a aula do Curso Básico ? 4) Qual o público participante do Curso Básico de Espiritismo ? 5) Qual a bibliografia básica para as aulas do Curso Básico de Espiritismo ? 6) Quantas aulas compões o programa do Curso Básico de Espiritismo ? 131

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 7) O Dirigente pode intercalar aulas revisionais entre as aulas normais do Curso Básico de Espiritismo ? QUESTIONÁRIO - ESCOLA DE APRENDIZES DO EVANGELHO 1) O que é a Escola de A prendizes do Evangelho ? 2) Quais as finalidades da Escola de Aprendizes do Evangelho ? 3) Qual o tempo disponível ao expositor para ministrar a aula da Escola de Aprendizes do Evangelho ? 4) Qual o cunho ( objetivo ) das aulas da Escola de Aprendizes do Evangelho ? 5) Qual a bibliografia básica para as aulas da Escola de Aprendizes do Evangelho ? 6) O que é Reforma Íntima ? O Expositor deve estar engajado no processo da mesma ? 7) Quantas aulas compõem o programa da Escola de Aprendizes do Evangelho ? Existem aulas que são somente do Dirigente ? QUESTIONÁRIO - MOCIDADE ESPÍRITA 1) O que é Mocidade Espírita ? 2) Quais os objetivos da Mocidade Espírita ? 3) Qual a duração da exposição na aula da M ocidade Espírita ? 4) Quem são os integrantes participantes da Mocidade Espírit a ? 5) Quantos ciclos compõem o Programa de Estudos da Mocidade Espírita ? 6) Quantas aulas compõem na totalidade a Mocidade Espírita ( todos os ciclos ) ? 7) O que recomenda o Programa de Estudos da Mocidade Espírita com relação aos métodos de ministrar aulas ? QUESTIONÁRIO - PRELEÇÃO EVANGÉLICA 1) O que é Preleção Evangélica ? 2) Como deve ser a prece inicial da Preleção Evangélica ? 3) Como deve ser a apresentação da Pr eleção Evangélica ? 4) Qual o tempo de apresentação da Preleção Evangélica ? 5) Como devem ser as vibrações ao final da Preleção Evangélica ? 6) Caso haja impossibilidade da apresentação quem substitui o Preletor ? 7) Quais os cuidados pessoais que o Preletor deve ter para sua apresentação ? QUESTIONÁRIO - SESSÃO DOUTRINÁRIA 1) O que é a Sessão Doutrinária ? 2) Quais os objetivos da Sessão Doutrinária ? 3) Qual o tempo disponível ao expositor para ministrar a aula da Sessão Doutrinária ? 132

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 4) Quem são os participantes da Sessão Doutrinária ? 5) Qual a bibliografia básica para as aulas da Sessão Doutrinária ? 6) Quantas aulas compõem o programa da Sessão Doutrinária ? 7) As aulas da Sessão Doutrinária podem ser participativas e dialogantes com o público, se tratando de Assistência Es piritual ?

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 6) O que é e quais as finalidades da Mocidade Espírita ? Quantas aulas compõem o curso ? 7) Sente-se melhor esclarecido sobre os programas da Aliança e seus objetivos ?

QUESTIONÁRIO - CURSO DE PASSES E MÉDIUNS 1) O que é o Curso de M édiuns ? 2) Quais as finalidades do Curso de Médiuns ? 3) Quem pode freqüentar o Curso de Médiuns ? 4) Qual o tempo de exposição das aulas do Curso de Médiuns ? 5) Quantas aulas teóricas fazem parte do programa do Curso de Passes ? E do Curso de Médiuns ? 6) As aulas do Curso de Médiuns podem ser ministradas por expositor não formado no Curso de Médiuns ? E as aulas do Curso de Passes ? 7) O expositor pode ministrar aulas da parte prática do Curso de Médiuns ? E as aulas do Curso de Passes ? QUESTIONÁRIO - CONCEITOS DO EXPOSITOR 1) Para você quais os objetivos do Expositor Espírita ? 2) Quais os aspectos principais que você entende como sendo necessários ao bom Expositor Espírita ? 3) Quais as dificuldades que você imagina serem preocupantes em uma exposição ? 4) Você costuma “tremer” ou sentir “um branco” em apresentações em público ? O que faz para superar estas sensações ? 5) Quais as obras que o bom expositor deve conhecer para ter o mínimo de argumentos e subsídios a uma exposição ? 6) O que você entende por Exposição ? E por Preleção ? 7) Fale um pouco de suas expectativas como Expositor Espírita: QUESTIONÁRIO - REVISÃO GERAL 1) O que é e quais as finalidades do Curso Básico ? Quantas aulas compõem o curso ? 2) O que é e quais as finalidades da Escola de Aprendizes do Evangelho ? Quantas aulas compõem o c urso ? 3) O que é e quais as finalidades da Sessão Doutrinária ? Quantas apresentações compõem o programa ? 4) O que é e quais as finalidades do Curso de Passes e Médiuns ? Quantas aulas teóricas compõem o curso ? 5) O que é e quais as finalidade da Preleção ? Qual o tempo de exposição do tema ? 133

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TIPOS DE ALUNOS 

N Í  V E L

Em uma classe, encontraremos os mais diversos tipos de alunos e seus respectivos comportamentos. Tudo isso passa pelo ambiente de liderança exercido pelo Dirigente da turma e também pela fase em que se encontra o estudo, mas basicamente as personalidades são constantes e as reações são as mais diversas possíveis. Apenas a título de exemplo descrevemos abaixo os principais tipos de alunos e suas “rotulações”:

A V A N Ç A D O

O ETERNO PERGUNTADOR Pergunta para atrapalhar. Deseja saber sua opinião. Deseja que você apóie o ponto de vista dele. Ação: Devolver a pergunta ao grupo. Não tomar partido, manterse neutro. O TAGARELA Fala de tudo e sem parar, exceto do assunto em questão. Cansa, em geral, os interlocutores. Ação: Cortar delicadamente o “discurso” que faz, dizendo que sua observação é interessante, retornando ao assunto através de uma pergunta. O HOMEM DOS APARTES É dispersivo, distrai os outros. Pede apartes para falar do assunto ou de outra coisa. Ação: Fazer-lhe uma pergunta direta sobre o que está sendo discutido O ABERTO Não se faz de rogado para manifestar sua opinião. Diz o que pensa. É bem humorado, fala com simplicidade e se torna simpático a todos. Ação: Usá-lo quando houver tensão no grupo O TÍMIDO Não tem coragem ou habilidade para expressar suas idéias. Teme a crítica e o julgamento “duro” dos outros. Necessita ajuda. Ação: Fazer-lhe perguntas fáceis. Fazer com que o grupo valorize sua participação. 135

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 O LEGAL Sempre pronto a ajudar. Seguro de si. Não foge às dificuldades. Encara-as espontaneamente. Sabe aceitar os colegas como são. Recebe sem melindres as críticas que lhe f azem. Ação: Usá-lo em momentos oportunos. Não exagerar sua participação. O SABE-TUDO Quer exibir-se. Quer impor sua opinião. Às vezes está bem informado, mas outras vezes é simplesmente um tagarela, convencido de saber tudo. Ação: Dar uma função para que fale. Evitar que domine o grupo. Levar o grupo a julgar suas objeções. Interrompa-o dizendo: É um detalhe interessante, mas vamos ver o que os colegas pensam disso. Lançar uma pergunta difícil para limitá -lo. O DO CONTRA Gosta de discutir e dar o contra sempre, mas às vezes, é um bom sujeito, descontrolado, revoltado talvez por dificuldades pessoais. Ação: Acalmá-lo. Não deixar que o grupo se excite. Procurar tratar de outro assunto. Dizer-lhe que os problemas individuais serão resolvidos depois, em particular. Dar mérito a alguma de suas observações. O PEDANTE Trata o grupo com altivez. Não se integra nele. Critica duramente os outros e se coloca num pedestal. Ação: Não ferir sua suscetibilidade. Não o critique. Use a técnica duvidosa: Sim… Mas… Concordar, mas depois ponderar conduzindo-o à reflexão. O MUDO VOLUNTÁRIO Não se interessa por coisa alguma. Considera-se acima das questões discutidas, achando-as simples demais, ou sente-se incapaz de abordá-las muito elevadamente. Ação: Buscar sua participação através de um assunto que ele saiba. Se é do tipo “superior”, peça sua opinião, indicando o valor que o grupo dá a sua experiência, mas não exagerar para que o grupo não se ressinta. Dar destaque na 1 a. vez que falar.

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FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 O OBSTINADO ( IDEÍA FIXA ) Ignora sistematicamente o ponto de vista alheio. Não cede. Nada quer aprender com os outros. Ação: Passe o seu ponto de vista para o grupo. Conduza-o a compreender que a maioria está certa. Peça para aceitar, por um instante o ponto de vista do grupo. O INTROVERTIDO É naturalmente modesto. É prudente e reservado. Ação: Procure integrá-lo lentamente, sem que ele perceba.

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AMBIENTES DE LIDERANÇA

P R O G R A M A

Em sala de aula, o dirigente reflete seu “estilo” de liderança. Conhece-se o dirigente pela turma e em contrapartida, a possível reação da turma pela postura do dirigente.

D E A P E R F E I Ç O A M E N T O

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Temos os seguintes ambientes: Autoritário: Onde predomina o verbo no modo im perativo. Exprime ordem, proibição, pedido. Exemplo: “Volte logo”. “Não fiquem aqui”. Democrático: Predomina o verbo no modo indicativo. Exprime um fato certo, positivo. Exemplo: “Vou hoje”. “Vocês tem grande responsabilidade fazendo caravanas”. Bonzinho: Predomina o verbo no modo subjuntivo. Enuncia um fato possível, duvidoso, de maneira vaga, imprecisa. Exemplo: “É possível que”. “Se você trabalhasse”. “Sugerimos que faça o Evangelho”.

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COMPORTAMENTO DO EXPOSITOR 

P R O G R A M A

Ao assumirmos o papel de expositor, devemos entender que se não reunimos as condições necessárias, a arte de informar, comunicar, ensinar e dirigir não serão dignamente cumpridas e poderão causar irreparáveis danos à divulgação da Doutrina.

D E A P E R F E I Ç O A M E N T O

Estas artes são as mais gratificantes da atividade humana, é uma doação direta em benefício de uma comunidade que tem um objetivo claro a cumprir e os expositores são colocados no caminho destes irmãos para colaborar, e cumprir uma expectativa do alto que a cada dia é maior, porque maior é também o número de EAE’s a cada dia que passa. O expositor deverá entender que o seu papel não pode ser vulgarizado, que o seu preparo não pode ser adiado e que a tarefa é sua e uma vez não realizada pesará na economia do processo. Meditemos sobre a frase de André Luiz: “Se a semeadura não for boa, não haverá boa colheita”. Quanto a postura o expositor não poderá aparecer mais que a mensagem, devendo se posicionar o mais discreta e corretamente possível. No tocante a sua vestimenta e linguagem, estas deverão sempre de acordo com o ambiente e o público. Devemos atender aos objetivos de cada aula, evitando fuga ao programa, avanços na aula posterior, leituras longas e improvisos diversos.

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 No tocante a perguntas simples e até ingênuas, devemos evitar o “risinho” ( ironia ) e sempre termos uma resposta que encoraje novas questões. Sobre as perguntas difíceis ou sem resposta no momento devemos ter a humildade de reconhecer nossa momentânea ignorância e voltar com a resposta na primeira oportunidade e nunca emitir opiniões ou citações evasivas. Se houver perguntas maliciosas e não pertinentes ao tema, devemos reconduzir a discussão para a temática central e diante de insistências mostrar sua inconveniência. Quando nos deparamos com atitudes inconvenientes e que estejam atrapalhando o bom andamento da aula e diante da falta de atuação dos dirigentes, devemos agir energicamente para que a aula não seja prejudicada. Qual o melhor estilo de exposição ? Desde que respeite os elevados objetivos da Escola, o expositor pode se conduzir livremente utilizando os mais variados estilos ( dinâmicas, exposições, narrações, dramatizações, recursos audiovisuais, etc. ). O que deve ficar bem claro, é que todo estilo tem pontos fortes e fracos e que o expositor deverá alavancar os pontos favoráveis e inibir os aspectos que o atrapalhem, o que contribuirá indiscutivelmente para o sucesso da aula.

Quanto às técnicas de oratória devemos utilizá-las sem extravagâncias, sem exibicionismo, não ser formal, enfadonho e monótono, devemos ser didáticos e dinâmicos. Quanto ao ambiente da classe devemos estar preparados para todo e qualquer tipo de classe ( falta de lousa, tomada, extensão ), sobre a disposição das cadeiras em círculo, semi-circulo, etc. Usar dinâmicas e técnicas de incentivo ( estes fatores são minimizados ou eliminados pelo prévio contato com o Dirigente ou Secretário da turma ). Quanto à platéia, ao mesmo tempo que o aluno torce por uma boa aula não permite falhas e normalmente rotula o expositor tecendo até comentários com os demais alunos.

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JANELA DE JOHARI 

P R O G R A M A

Para cumprir o objetivo único da vida que é a evolução, o espírito se abriga em estruturas mutáveis e que vai abandonando à medida que delas não mais necessita. Nesse estudo temos duas estruturas:

D E A P E R F E I Ç O A M E N T O

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 Nas áreas da personalidade temos os quadrantes:

Plano físico ( elementos inferiores ) – 1) Corpo físico, 2) Duplo etérico. Plano astral ( elementos intermediários ) – 1) Corpo astral, 2) Corpo mental. Nestes dois planos ( físico e astral ) e em seus respectivos corpos ( físico, etérico, astral e mental ) é que reside o que chamamos de personalidade. É na compreensão destas estruturas é que está a possibilidade de nossa mudança interior. Físico: Exercícios, alimentação, relaxamento, respiração, asseio. Etérico: Extensão dos benefícios acima. Astral: Erradicação de vícios, controle de paixões, contenção de defeitos. Mental: Meditação, reflexões elevadas, fuga das inquietações. A personalidade é o conjunto total de características que torna o indivíduo único, diferente dos demais. Ela se revela através da conduta e o indivíduo toma conhecimento dela através das reações favoráveis ou desfavoráveis daqueles que o cerca. Essas reações são observadas quanto: Aparência física, intelectualidade, emoções, sociabilidade, valores. Já que notamos ou tomamos conhecimento de nossa personalidade pelas reações ( feedback ) dos outros, podemos lançar mãos de recursos que poderão nos auxiliar na identificação do que é melhor ou mais adequado no relacionamento com o próximo e consigo mesmo.

Conhe Conheci cido do para para EU I Eu aberto III Eu secreto

Não Não conhe conheci cido do para para EU II Eu cego IV Eu desconhecido

Área I ( Eu aberto ) Conhecido por nós e pelos outros – Este comportamento varia muito conforme nossa expectativa de certo ou errado em um ambiente já conhecido. São coisas óbvias como fala, habilidades, atitudes gerais. Área II ( Eu cego ) Conhecido pelos outros e não conhecido por nós – Manifestações nervosas, sob tensão, agressividades, altos desafios, discordâncias. É nesta área que nos tornamos críticos com os outros. Área III ( Eu secreto ) Conhecemos e escondemos dos outros – Quando e onde nos sentimos ameaçados e por incapacidade de comunicação satisfatória, usamos máscaras que nos ajudam a representar papéis. Nesta área a pessoa é capaz de se abrir com estranhos e se fechar com aqueles que ama. Área IV ( eu desconhecido ) Nem nós, nem os outros conhecem – Traumas de infância, potencialidades reprimidas, estado de defesa. Análise da mudança de quadrantes: Área I ( eu aberto ) é o melhor de todos os estilos. A pessoa sabe o que faz e por isso aceita o retorno que é dado por aqueles que os cercam. O indivíduo se expõe mais, pois sabe seus limites e a medida que esta área cresce ela invade outras, mas principalmente a área III. Área II ( eu cego ) leva muito tempo para agirmos nesta área, pois desconhecemos o que aí se passa e por não concordarmos com o retorno, dificultamos a auto-análise e por nossa contrariedade e irritação os outros passam a sonegar informação o que dificulta mais o processo. Nesta situação surge o autoritarismo, melindres e ressentimentos. Área III ( eu secreto / fachada ) É o que mais existe nos dias de hoje e faz com que o indivíduo use máscaras para cumprir bem seus papéis sociais. Com a expansão desta área o indivíduo

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FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 perde muito tempo e energias, pois fica cada vez mais difícil defende-la. Área IV ( eu desconhecido ) Potencial inexplorado, criatividade reprimida, não assume riscos, observa superficialmente os acontecimento. É a situação mais perigosa, pois não sabemos onde estamos pisando e nos tornamos capazes de extremos. CONCLUSÃO: Quando estamos preparando um tema para qualquer tipo de apresentação onde estaremos expondo a alguém, devemos perceber qual área de nossa janela foi iluminada e utilizarmos o tema para nossa análise em primeiro lugar.

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ORIENTAÇÕES GERAIS AO EXPOSITOR DE AULAS 

N Í  V E L

1.

I N T E R M E D I Á R I O

2.

3. 4.

5.

6. 7. 8. 9.

10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 143

Deve o expositor manter-se sempre dentro do assunto da aula que está ministrando. Se achar achar necessário, necessário, informar sobre assuntos controvertidos controvertidos ( encarnações, corpo fluídico, etc. ) porém deixar sempre claro tratar-se de opiniões particulares que não fazem parte da essência da Doutrina Espírita. Quando enunciar essas informações, fornecer aos alunos as referências ( autor, livro, etc. ) em que está se baseando. Evitar tomar partido com referência referência a tais assuntos, procurando sempre valorizar o campo reforma-moral para o qual as controvérsias pouco ou nada ajudam. Ter sempre em em mente que as obras básicas básicas da Doutrina ( Kardec ) devem estar no alicerce da exposição, mas nunca antes do caráter Cristão ( aspecto religioso sempre primeiro ). Ter em mente que, principalmente no primeiro ano da escola de Aprendizes do Evangelho, há alunos provenientes dos mais diversos cultos e religiões. Expor assuntos de forma agressiva a essas religiões é, no mínimo, falta de caridade. Evitar citações exageradas de autores, autores, espirituais ou encarnados, sem preocupar-se em citar a fonte de onde foram extraídas tais citações. Evitar dogmatismo dogmatismo e radicalismos. Dar Dar sempre liberdade para o aluno raciocinar, aceitar ou rejeitar, mas sempre orientando-o para o Cristianismo ( não negar ao Crist o ). Explicar de forma simples o significado de certas palavras como ressurreição, céu, inferno, carma, etc. Ter em mente que as aulas contidas na apostila “Iniciação Espírita” e “O Redentor” são obras básicas para a exposição. O expositor deve pesquisar em outras fontes para enriquecer o assunto. Não faltar em aula que assumiu. Quando convidado a ministrar aulas, usar a franqueza se não puder aceitá-la. Durante a aula, abster-se de emitir opiniões opiniões pessoais. Ter sempre um ou dois substitutos para emergências. Dar subsídios a esses para que possam substituí-lo à altura. Ter agendadas organizadamente todas as aulas de s ua responsabilidade. Preparar bem a aula. Não cair na rotina. C olocar sentimento, viver as palavras proferidas. Lembrar-se que os desencarnados também assistem às aulas. Quem quer ensinar tem que aprender. Estudar sempre. Conhecer muito bem as obras básicas. 144

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 17. Submeter-se periodicamente a programas de de reciclagens dos mais variados assuntos para adquirir maior viv ência na Doutrina e no movimento. 18. De início pode especializar-se especializar-se num grupo de aulas, para que possa aprimorar-se cada vez mais nesses assuntos. 19. Não fugir do tema. Não retroceder para a aula anterior. anterior. Não avançar para a aula seguinte.

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ATITUDES QUE SE DEVE EVITAR 

N Í  V E L

1.

A V A N Ç A D O

Falar baixo demais ou aos gritos.

2. Ler a aula. aula. 3.

Permanecer sentado ou em pé sempre no mesmo lugar.

4.

Desordem em classe ( conversas paralelas, paralelas, agitação, etc. ), isso significa que algo precisa ser modificado ( método, motivação, atividades, ritmo, etc. ).

5.

Pessoas falando ao mesmo tempo ( dar atenção por ordem, ao levantar dos braços ). Caso haja esta situação reduzir o volume da voz ou mesmo parar a exposição até que a classe perceba que o comportamento está inadequado.

6. Mau humor e cara cara feia. 7. Interrogatório inadequado e mal dirigido. E xemplos: “Gostaram da aula ? resposta: Não”, ou, “Estudaram a aula ? Resposta: Não”. 8.

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Não exemplificar o que transmite ( faça o que eu falo mas não faça o que eu faço ).

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DECÁLOGO DO EXPOSITOR ( ALKINDAR DE OLIVEIRA ) 

N Í  V E L

1.

O expositor expositor espírita espírita não pode transferir transferir para os mentores mentores espirituais o esforço e o preparo que lhe cabem;

2.

O expositor expositor espírita ta deve, de preferência preferência diariamente, diariamente, dedicar parte do seu tempo para ler bons livros, meditar, fazer elaborações mentais, tirar conclusões, coletar frases e textos que lhe sirvam como futuras fontes de referências, ou de inspirações, às suas palestras;

B Á S I C O

3.

O expositor expositor espírita espírita deve preocupar-se preocupar-se em ter exemplar exemplar conduta e esmerar-se por colocar em prática o que prega;

4.

O expositor expositor espírita espírita deve conscientiza conscientizar-se r-se que mesmo sendo imperfeito e vacilante em relação à sua evolução moral e espiritual a Doutrina necessita de sua colaboração, entender que o pouco que está fazendo em prol da Doutrina e de sua evolução é muito considerando-se que foi dado o primeiro passo, pois como disse Emmanuel: “Quando uma centésima parte do Cristianismo de nossos lábios conseguir expressar-se em nossos atos de cada dia, a Terra será plenamente liberada do mal”;

5.

O expositor expositor espírita espírita deve evitar evitar emitir opiniões opiniões pessoais pessoais contraditórias sem sustentação doutrinária, sempre lembrar-se que a Doutrina tem sua base filosóficacientífica e religiosa codificada nos livros de Kardec, os quais devem servir como sustentação maior nas suas palestras, preocupar-se menos com a letra dos conceitos evangélicos e mais com os conceitos evangélicos da letra.

6.

O expositor expositor espírita espírita deve ter a certeza de que no momento de sua fala a ajuda espiritual não lhe faltará e sim estará intensamente presente e atuante se ele fizer a sua parte desenvolvendo sua expressividade e técnicas retóricas, estudando e preparando previamente o tema, compreendendo a importância do momento dedicandose mentalmente a vibrações de amor, paz, humildade e caridade.

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FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 7.

Mesmo em conversas conversas pessoais pessoais e informais, informais, o expositor expositor espírita deve educar-se pois como disse André Luiz: “No estado atual da educação humana é muito difícil alimentar por mais de cinco minutos conversação digna e cristalina numa assembléia superior a três criaturas encarnadas”.

8.

O expositor expositor espírita espírita deve, quando quando for ditar normas normas de conduta incluir-se como pessoa também necessitada, em vez de dizer: “Vocês precisam preocupar-se com a evolução moral” deve dizer: “Nós precisamos preocuparmo-nos com a evolução moral”.

9.

O expositor expositor espírita ta deve ser um homem do seu tempo, tempo, falar com constância em suas palestras de Deus, de Jesus e da Doutrina. Viver intensamente o sublime momento da palestra, agradecendo ao Mestre e aos mentores espirituais pela felicidade de ser humilde instrumento das palavras de Deus.

10.

O expositor expositor espírita espírita deve ser simples simples e humilde humilde pois como disse Padre Vieira: “Nada há tão grande como a humildade”. E com humildade e simplicidade deve sentirse motivado para proferir contínuas palestras, tendo a certeza da ajuda do Mestre e a convicção de que a “Rosa perfuma primeiro o vaso que a transporta”.

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AS DEZ DICAS DO PERFEITO ORADOR.

P R O G R A M A

Você tem medo de falar em público? Nós vamos ajudá-lo a resolver o problema. ( John May )

D E A P E R F E I Ç A M E N T O

George Scales, um agricultor troncudo e louro de Essex, ficou contente por ter ganho uma bolsa que lhe permitiria estudar a produção de batatas na Alemanha e na América. Até que soube, apavorado que teria que falar em público sobre os métodos estrangeiros, perante agricultores britânicos. A idéia de ficar de pé diante de estranhos tentando manter viva a sua atenção o assustava tanto que ele foi consultar um médico. “Preciso de ajuda, confessou”, pensando que lhe seriam receitados tranqüilizantes. Em vez disso, o doutor lhe indicou minha escola. Então eu disse a George, como já fiz a dezena de milhares de outros alunos: “Falar bem em público é uma arte que pode ser aprendida. Qualquer pessoa pode dominar as técnicas básicas para fazer que um público se mantenha atento”. Ei-las aqui. 1) Seja simpático – O público é cordial para com os oradores amáveis e de aspecto feliz. Winifred Ribchester, recém nomeada diretora de uma escola de moças, estava com receio de seu primeiro discurso perante um grande público de pais e membros do conselho diretivo da escola. “Comece com um sorriso”, aconselhei. “O sorriso estabelece a ligação com o público, despertando o interesse”. No grande dia, Winifred apresentou-se na reunião com o maior e mais caloroso sorriso que conseguiu arranjar. Claro que o público lhe correspondeu também sorrindo. Tendo-o cativado, ela estava apta a começar da melhor forma. 2) Descontraia-se – Mesmo uma oradora experiente como Margaret Thatcher admite: “Fico nervosa em todas as ocasiões que tenho que falar em público”. Mas nunca deixe transparecer este medo. As pessoas começam por ter pena de um orador que deixa transparecer o pânico, mas depois acabam perdendo a paciência e o interesse. George Scales que tentava se encher de coragem para fazer o seu primeiro discurso de um minuto em meu curso, estava 149

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 alagado de suor. Recomendei-lhe que fizesse o exercício rítmico que os atores fazem para se descontraírem antes de entrar no palco. “Respire fundo várias vezes, sustenta a respiração o máximo tempo possível e expire lentamente”. Isso estabilizou sua pulsação. Outro remédio para os nervos é esquecer-se de que é você quem vai falar. Finja que é outra pessoa qualquer – um orador por quem sinta admiração, por exemplo. 3) Controle a situação – Mostre para o público quem é que domina a cena e merece toda a atenção. O Orador que tenta ficar sentado perde a autoridade. O que luta com as costas da cadeira como um domador de leões, ou que se esconde por detrás da estante como se estivesse segurando uma metralhadora, só com a cabeça e as mãos à vista, está pondo os ouvintes à distância. O público quer vê-lo bem de todos os ângulos. Sentirá assim que você confia nele. 4) Planifique seu discurso – Uma oração convincente tem de ser pensada com antecedência. Paul Homes era um orador rápido e enérgico, mas cujos discursos depressa perdiam a forma quando ele se afastava do essencial. Como apreciador de críquete, queria convencer a junta de sua freguesia a não proibir os jogos no jardim da aldeia (um morador queixara-se de que a bola ia por vezes parar em seu jardim). Tendo freqüentado um de seus discursos, ele estruturou sua fala com um princípio (justificando as razões porque queria falar), um meio (reforçando a argumentação com provas) e um final otimista. Pouco depois, ele me escreveu: “No próximo ano, vamos ter críquete por lá”. Para a maior parte dos discursos, não se pode adotar o padrão já testado que o pároco da aldeia costuma usar para suas prédicas: “Em primeiro eu lhes falo sobre o que lhes vou falar; a seguir, digo a coisa; e por fim, falo-lhes sobre o que lhes disse”. 5) Não complique – Resista à tentação de sobrecarregar um discurso com um excesso de tópicos, pois o público não vai conseguir fixá-los todos e pode até nem se fixar em nenhum. Um discurso eficaz incidirá no máximo sobre quatro pontos, que levarão a uma conclusão final. 150

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FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004

Resista também à tentação de querer deslumbrar o seu público com expressões técnicas. Num de agentes de VIAGEM, Iain Webster, da Telecom britânica, teve de fazer uma alocução sobre a utilização de computadores. Fiz-lhe notar que o discurso tinha de ser simples.

Peter Finch, um editor que freqüentou meu curso porque queria progredir na carreira, recorda que uma das mais eficientes técnicas de voz que aprendeu consiste em fazer uma pausa no momento adequado e sussurrar: “Vou lhes contar um segredo”. Tal truque garante total e instantânea atenção do público.

Mais tarde, ele me contou que incidiu sobre três itens numa linguagem concisa e sem uma única expressão técnica. “Fui o único orador a ter uma cobertura completa e exata na imprensa no dia seguinte”.

8) Faça que todos participem – Um antigo diretor da Es cola Gordonstoun, na Escócia, disse que aquela instituição tivera um dia um professor de Biologia que costuma desenhar diagramas no quadro sem olhar para os alunos. Num dia de verão, estando ele a desenhar na lousa, a turma inteira saltou pela janela da sala, que era no térreo, térreo, voltando a entrar rapidamente rapidamente quando ele acabou. O professor nunca soube disso.

6) Pareça espontâneo – A espontaneidade torna o discurso mais convidativo, mas exige uma grande preparação prévia. Depois de escrever seu primeiro rascunho (tente 100 palavras por minuto), levante-se e fale para um gravador. Escute-se depois com um ouvido crítico, apontando as hesitações ou as repetições que devem ser eliminadas, e também as expressões de “linguagem escrita” que tem de ser corrigidas para a fluência da “linguagem oral”. O teste para expressar qualquer coisa em termos orais é perguntar a si próprio: “Como diria eu isto a um amigo?”. Não ia por certo utilizar um estilo denso e literário. Alistair Cook, quando está preparando a sua Letter From América (Carta da América), diz em voz alta para si próprio as frases que vai datilografando, frases que são essencialmente orais.

O orador que evita olhar o público de frente quase que certamente perde a sua atenção, como o professor de Gordonstoun. As pessoas sentem claramente que sua presença está sendo rejeitada. Quando estiver falando, percorra o público com o olhar como um facho de luz, de modo a mostrar que está se interessando sucessivamente por todos os presentes. Não se esqueça de ninguém, mesmo daqueles que estão atrás de você. 9) Controle seu tempo – As pessoas nunca desculpam os oradores que falam sem cessar e os façam perder o almoço.

7) Condense seu esboço final em tópicos – Breves, bem espaçados, fáceis de ler – escritos em fichas, que podem ser guardadas no bolso até o início da sessão. Nada faz um público desinteressar-se tão rapidamente como um orador subindo ao estrado com a mão cheia de folhas de papel.

Uma hora é o tempo máximo para um discurso numa reunião de negócios. Dez minutos são suficientes para um acontecimento social, como uma festa de casamento. Se não tiver nenhum relógio à frente, ponha o de pulso virado para baixo, de modo a poder olhar discretamente para ele.

George Scales, o plantador de batatas, faz de memória as versões finais “espontâneas” “espontâneas” de seus seus discursos, ouvindo-os anteriormente à hora no carro, enquanto dirige.

Cinqüenta jovens executivos de publicidade fizeram uma reunião de fim de semana em Cambridge e me presentearam com uma sineta de bronze que trazia gravado, em latim, o melhor conselho que se pode dar sobre o controle do tempo: “Praestate dicete et tacete” (Levanta-te, fala e cala-te).

Aproveite as potencialidades de sua voz – Um orador esforçado pode controlar o público como um músico talentoso toca um instrumento. Elevar a voz ativa as células do cérebro. Falar devagar, em voz baixa impressiona com a solenidade da alocução. Um discurso rápido e excitado confere um ar de urgência. Pronuncie sempre as palavras claramente, com os lábios, a língua e os dentes, para que o público entenda tudo o que diz. 151

10) Não deixe de praticar – As técnicas do discurso só podem ser melhoradas com a prática. Existem organizações onde se fazem palestras, aulas noturnas de oratória pública, associações de pais e grupos semelhantes que oferecem a oportunidade de se falar para um grupo reduzido de pessoas.

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FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 Winifred Ribchester, a diretora que estava preocupada com o discurso do dia de apresentação, descobriu que, em seu novo cargo, tinha de fazer tantos discursos de vários teores que não tardou a ganhar confiança. Peter Finch, o editor, treinou o controle da voz lendo o sermão dominical na igreja. E quanto ao plantador de batatas George Scales? Seus discursos a outros agricultores foram entusiasticamente recebidos.

FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 BIBLIOGRAFIA / CRÉDITOS:        

Atualmente milionário, ele tomou gosto por falar em público, e até tem um programa de meia hora na televisão sobre agricultura.



FONTE: Este texto foi retirado da revista “Seleções do Readers Digest” de abril de 1991.





















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Curso de Formação de Expositores da Setorial Norte – SP Curso de Formação de Expositores da Setorial Oeste – SP Curso de Formação de Expositores do CEAE Genebra – SP Curso de Formação de Expositores da Regional ABC Revista Seleções do Readers Digest, março 1994 Revista Seleções do Readers Digest, abril 1991 Técnicas de Dinâmicas de Grupo – Agostinho Minicucci – Ed. Atlas Dinâmica de Grupo. Teorias e Sistemas – Agostinho Minicucci – Ed. Atlas Janela de Johari – Silvino José Fritzen – Ed. Vozes Manual de Técnicas de Dinâmica de Grupo, e Sensibilização, e Ludoterapia – Celso Antunes – Ed. Vozes Exercícios Práticos de Dinâmica de Grupo ( Volumes I e II ) – Silvino José Fritzen – Ed. Vozes Treinamento de Líderes Voluntários – Silvino José Fritzen – Ed. Vozes Exercícios de Dinâmica de Grupo e relações Humanas ( Volumes I, II, III e IV ) – Silvino José Fritzen – Ed. Vozes Caminhos Caminhos de Encontros Encontros e Descobertas Descobertas – Sônia Bitti – Rosabel de Chiaro – Ed. Paulus Gráfica Como Animar um Grupo – André Beauchamp – Roger Graveline – Claude Quivigem – Ed. Loyola Recriando Experiências ( Técnicas e Dinâmicas para Grupos ) – Instituto da Pastoral da Juventude – Leste II Dinâmicas Dinâmicas em Fichas – Fazer Compras Compras – Centro de Capacitação da Juventude – Onivaldo Dyna Dinâmica em Fichas – Desenho dos Pés – Centro de Capacitação da Juventude – Onivaldo Dyna Site: http://pwp.albnet.com.br/line/trava.htm ( Trava-Linguas ) Site: http://www.caeng.com.br/banca/travalingua.html ( TravaLinguas ) Noções Básicas de Exposições Espíritas – Rubens P. Meira – Milton Felipeli – USE Como Falar Corretamente e Sem Inibições – Reinaldo Polito Curso de Formação de Expositores do C.E. Mansão da Esperança ( Setorial Oeste – Regional Capital – SP ) Apostila de Conceito de Comunicação da Equipe da Escola de Aprendizes do Evangelho à Distância

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FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE CURSOS DE EXPOSITORES REGIONAL SÃO PAULO – ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA – 2004 

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Curso de Expositores do Comitê de Trabalho para as Mocidades da AEE Decálogo do Expositor Espírita – Alkindar de Oliveira Estudos do Socondy Vaccum Oil Co. Studies Vivência do Espiritismo Religioso – 5 a. Edição – Edgard Armond – Ed. Aliança Curso de Preparação para Evangelizador Infanto-Juvenil – equipe da Evangelização Infanto-Juvenil da AEE – Ed. Aliança Expositores Espíritas – Rubens Braga – Ed. EME Manual do Expositor Espírita – Departamento de Orientação Doutrinária – Regional São Paulo – USE Como Trabalhar em Grupo – Juan Manuel Contreras – Ed. Paulus Apostila de Dinâmicas de Celso Paulo Leite / Milton Domingues Júnior – AEE Dinâmicas em Fichas – Vol. 2 – Onivaldo Dyna – Centro de Capacitação da Juventude Tornar-se Pessoa – Carl Rogers – Ed. Martins Fontes Iniciação Espírita – Autores Diversos – 3a. edição – Ed. Aliança

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