AEE - Apostila Curso de Entrevistador

March 21, 2019 | Author: clayton_2009 | Category: Mediumship, Spiritism, Interview, Human, Spirit
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CURSO DE ENTREVISTADORES

CE ESPÍRITA REDENTOR Curso Para Formação de Entrevistadores Entrevistadores

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1ª AULA A ASSITÊNCIA ESPIRITUAL E SEUS OBJETIVOS O perfeito desempenho das funções em qualquer trabalho depende, em grande parte, do entendimento dos objetivos associados a cada função. No trabalho de assistência espiritual, os entrevistadores devem ser elementos conscientes, pois grande parte de sua tarefa é esclarecer, principalmente, quanto aos trabalhos e objetivos das atividades desenvolvidas na Casa. Segue abaixo o que se pode denominar de “objetivos minuto” dos trabalhos e programas da Casa Espírita.

1. QUAL O OBJETIVO OBJETIVO DA VIDA? Promover a evolução do Espírito. 2. QUAL O OBJETIVO OBJETIVO DO ESPIRITISMO? Espiritualizar o Homem. 3. QUAL O OBJETIVO OBJETIVO DA ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA ? Promover a vivência do Espiritismo, principalmente, no seu aspecto religioso. 4. QUAL O OBJETIVO OBJETIVO DA CASA ESPÍRITA? Promover o aperfeiçoamento espiritual dos seus freqüentadores. 5. QUAL O OBJETIVO OBJETIVO DO CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO? Informar sobre a história e os princípios básicos da Doutrina Espírita. 6. QUAL O OBJETIVO OBJETIVO DA ESCOLA DE APRENDIZES DO EVANGELHO ? Preparar cristãos-espíritas conscientes para o mundo. 7. QUAL O OBJETIVO OBJETIVO DO CURSO DE MÉDIUNS? Educar os médiuns para o desenvolvimento e uso de suas s uas faculdades mediúnicas. 8. QUAL O OBJETIVO OBJETIVO DA ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL? Promover o equilíbrio dos Assistidos. 9. QUAL O OBJETIVO OBJETIVO DA RECEPÇÃO E DO ENCAMINHAMENTO ? Dar acolhida e segurança ao assistido, disciplinando a movimentação na Casa Espírita. 10. QUAL O OBJETIVO OBJETIVO DO CARTÃO DE PASSES? Orientar o encaminhamento. 11. QUAL O OBJETIVO OBJETIVO DO PASSE DE LIMPEZA? Harmonizar o campo espiritual do assistido ou trabalhador, como também a própria Casa espírita. 12. QUAL O OBJETIVO OBJETIVO DA FICHA DO ASSISTIDO ? Documentar o tratamento espiritual. 13. QUAL O OBJETIVO OBJETIVO DA ENTREVISTA ? Apoiar e esclarecer o assistido. 14. QUAL O OBJETIVO OBJETIVO DA CONSULTA ESPIRITUAL? Orientar e facilitar o tratamento espiritual. 15. QUAL O OBJETIVO OBJETIVO DA PRELEÇÃO ? Predispor o assistido à recepção e bom aproveitamento do passe. Leva-lo a reflexão sobre sua conduta e sentimentos. 16. QUAL O OBJETIVO OBJETIVO DO PASSE? Harmonizar e transfundir energias renovadoras para o maior bem dos assistidos. Curso Para Formação de Entrevistadores Entrevistadores

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17. QUAL O OBJETIVO OBJETIVO DO P2? Harmonizar o campo espiritual e físico do assistido. 18. QUAL O OBJETIVO OBJETIVO DO CH? Harmonizar o campo espiritual do assistido. 19. QUAL O OBJETIVO OBJETIVO DO P3-B? Harmonizar o campo espiritual do assistido e os ambientes em que ele vive. 20. QUAL O OBJETIVO OBJETIVO DO P1? Harmonizar o campo físico do assistido. 21. QUAL O OBJETIVO OBJETIVO DO P3-A? Harmonizar o campo físico do assistido de maneira profunda e específica. 22. QUAL O OBJETIVO OBJETIVO DA SEÇÃO DOUTRINÁRIA ? Promover o auto equilíbrio do assistido através de esclarecimentos evangélicos.

A ENTREVISTA COMO APOIO AO OUTRO “A relação que o entrevistador deve ter durante a entrevista não é a de aconselhamento ou ajuda especializada, onde principalmente nos primeiros contatos procure passar conhecimento doutrinário e divulgar práticas que julgue surtir efeito,

mas sim um momento de doação de sua parte, doação de carinho e atenção, de interesse sincero, não pelos problemas do assistido, mas pela sua pessoa, pelos sentimentos que carrega no coração.” 

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O ENTREVISTADOR 

REQUISITOS PARA SER UM ENTREVISTADOR

1) TER CONCLUÍDO CONCLUÍDO A ESCOLA ESCOLA DE APRENDIZES DO EVANGELHO; EVANGELHO; 2) TER CONHECIMENTO CONHECIMENTO EVANGÉLICO-DO EVANGÉLICO-DOUTRINÁRIO, UTRINÁRIO, PARA ESCLARECER COM SEGURANÇA; 3) TER LIDO LIDO O LIVRO “VIVÊNCIA DO ESPIRITISMO ESPIRITISMO RELIGIOSO”; RELIGIOSO”; 4) CONHECER TODOS OS TRABALHOS DA CASA (HORÁRIOS, (HORÁRIOS, FUNCIONAMENTO, FUNCIONAMENTO, ETC); ETC); 5) DE PREFERÊNC PREFERÊNCIA IA JÁ TER CONCLUÍDO CONCLUÍDO O CURSO DE MÉDIUNS; MÉDIUNS; 6) ESTAR FREQUENTANDO FREQUENTANDO A ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL ESPIRITUAL COMO TRABALHADOR, TRABALHADOR, POR UM PERÍODO SUPERIOR A 6 (SEIS) MESES; 7) SER AMANTE AMANTE DA DA BOA BOA LEITURA; LEITURA; 8) TER FEITO CURSO PARA FORMAÇÃO DE ENTREVISTADORES ENTREVISTADORES 9) SER ASS ASSÍDUO ÍDUO AOS TRABALHO TRABALHOSS 10) TER FACILIDADE FACILIDADE DE SE SE EXPRESSAR; EXPRESSAR; 11) TER ALGUMA NOÇÃO DE ANATOMIA ANATOMIA E FISIOLOGIA FISIOLOGIA HUMANA. 12) ASSUMIR O COMPROMISSO COMPROMISSO DE PARTICIPAR DAS RECICLAGENS. RECICLAGENS. 

FUNÇÕES DO ENTREVISTADOR ENT REVISTADOR

1) Preencher Preencher as fichas; 2) Ouvir Ouvir o assist assistido; ido; 3) Explicar Explicar ao assistid assistidoo as informações informações BÁSICAS sobre o tratamento espiritual e a importância das preleções; 4) Tirar eventuais dúvidas encaminhando o assistido a cursos que venham a esclarecê-lo devidamente, quando for o caso. caso.



QUALIDADES DO ENTREVISTADOR ENTREVISTADOR

O entrevistador é o servidor que se coloca como instrumento, para que a casa espírita alcance seus objetivos, sendo de grande importância, na assistência espiritual. Para exercer esta função é necessário desenvolver algumas qualidades. São elas:

1) AUTOCONHEC AUTOCONHECIMEN IMENTO TO – REFORMA REFORMA ÍNTIMA ÍNTIMA Auto conhecer-se significa conhecer de forma profunda o que se pensa e o que se sente com relação a si mesmo, em relação aos seus semelhantes, em relação à vida e às experiências que ela apresenta. A medida que formos conhecendo bem as nossas atitudes e sentimentos, melhor poderemos agir em benefício ao pr óximo. Deverá o entrevistador desenvolver um trabalho de auto-conhecimento, de compreensão de si mesmo, assim compreenderá melhor o outro, já que em essência somos semelhantes, se melhantes, ou seja, somos ações e reações, movidas por sentimentos. Trabalhar incessantemente na modificação de hábitos e costumes, para que se tornem cada vez mais adequados aos nossos objetivos de ajudar aos que nos procuram.

2) NIVEL NIVELAME AMENTO NTO Nivelamento é a atitude de nos colocarmos a altura do outro com sinceridade. Numa relação de ajuda sempre existe aquele que pede e aquele que oferece a ajuda. Mas a ajuda efetiva não diminui quem a solicita. Não nos cabe assumirmos ares de peritos e infalíveis, fazendo reconhecer ao outro que podemos direcioná-lo. A confiança que vamos despertar será através da verdadeira atenção, da intenção profunda de estar com o outro no instante em que ele necessita de alguém. Quem ajuda de verdade não interfere, nem se mostra melhor, faz-se igual. Curso Para Formação de Entrevistadores Entrevistadores

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3) DISPONIBI DISPONIBILIDAD LIDADE E Estar disponível para o trabalho e para o assistido. Fazer com prazer, esquecendo-se do que ficou para trás e o que virá para a frente. Desligar-se das preocupações. Estar disponível é doar do nosso tempo, doar o que somos, o que temos em nossos corações. Esta doação, porém, não pode ser um ato cego e impulsivo, daí a nossa nos sa disponibilidade de estarmos abertos a nós mesmos no sentido de conhecermos o q ue temos e o que podemos oferecer. Devemos ainda, estarmos disponíveis para aprendermos sempre mais, para que assim esta ajuda seja cada vez mais esclarecida e, portanto, mais eficiente e eficaz. Podemos, até mesmo, inferir, que quando nos dispomos a ajudar, uma série de posicionamentos acontecem que nos levam a trabalhar sempre mais em nosso aprimoramento moral

4) ACEIT ACEITAÇÃ AÇÃO O Deve o entrevistador aceitar o outro e admitir que ele seja como é, sem críticas, sem forçar a situação tentando convencê-lo que pense, sinta ou aja de outra maneira, ou à maneira da doutrina que abraçamos. Nem sempre a pessoa que procura a Casa é espírita ou conhecedor da Doutrina. É simplesmente alguém em busca de ajuda, portanto, não devemos tentar mudar ou fazer a cabeça destas pessoas, este desejo deve partir de cada um. Aceitar não é o mesmo que concordar com as atitudes do outro. Podemos manter nossos pontos de vista sem tirar do outro a liberdade de pensar e agir como achar melhor. As portas da casa espírita devem estar abertas para mostrar um dos possíveis caminhos a seguir, não para impor verdades que são pessoais, estabelecidas de acordo com experiências individuais. Assim, devemos ter a coragem de, por alguns instantes, deixar de lado nosso ponto de vista, para examinar e procurar entender com sinceridade o ponto de vista do assistido. Dar valor aos sentimentos, pensamentos, vivências, deficiências apresentados pelo assistido. Não nos compete doutrinar os que vêm solicitar nossa cooperação, mas sim desenvolvermos trabalhos, tarefas que os levem a se fortalecer. SOMOS APENAS FACILITADORES.

5) HUMIL HUMILDA DADE DE Ser humilde é saber reconhecer nossas limitações. Reconhecer que não sabe tudo, que não é capaz de suportar todas as dificuldades, que não tem solução para todos os problemas humanos, que não tem respostas para todas as perguntas. Não impor nada ao outro, não abafá-lo, não afogá-lo com suas idéias, opiniões ou pontos de vista. Reconhecer que como seres humanos que somos, somos todos falíveis.

6) AUTENTIC AUTENTICIDADE IDADE / HONESTIDA HONESTIDADE DE Ser autêntico é ser verdadeiro, é ser honesto para com o outro e para consigo mesmo. Não pode se colocar nunca em posição especial nem tão pouco prometer curas e melhoras, pois isso depende do assistido. Qualquer tipo de promessa é desonesto, em nenhum momento o entrevistador é responsável pala cura do assistido. Não confundir a sinceridade e a franqueza com o falar tudo abertamente. Muitas das informações obtidas através da consulta mediúnica são simplesmente para orientar o entrevistador da forma como deve conduzir a entrevista. Se o entrevistador não souber utilizar o bom senso, procurando perceber o que e como como falar ele poderá, sem querer, prejudicar o trabalho.

7) DISCIP DISCIPLIN LINA A Em essência, disciplina consiste no respeito às normas do trabalho. O respeito às normas coletivas é um traço marcante daquele que deseja contribuir sem se destacar individualmente, sem personalismos, sem estrelismos. A disciplina deve ser observada em todos os aspectos, desde o horário de se apresentar para o trabalho, preparação, até o cuidado dispensado para atender o assistido. Ser disciplinado quanto ao tempo é de suma importância, pois se der muita atenção a um terá que dar pouca atenção a outro. O tempo é limitado. Seguir regras é estar em harmonia com o trabalho e esta harmonia é necessária para alcançarmos os objetivos propostos.

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8) DISCRIÇÃO DISCRIÇÃO / RESPEITO RESPEITO Ser discreto, respeitando o momento e as dificuldades do entrevistado é uma das principais qualidades de um entrevistador. É importante lembrarmo-nos sempre de que, se o assistido se abre conosco é porque confia e acredita na seriedade de nossa tarefa e no amor com que a realizamos. Comentar com outrem o que nos foi passado em uma entrevista é faltar como o respeito para com o próximo, é desmerecer a confiança depositada em nós e na Casa, é não ser caridoso.

9) DESPRE DESPRENDI NDIMENT MENTO O O entrevistador que não seja capaz de esquecer o próprio bem estar, em benefício do próximo, está distante da tarefa que lhe foi confiada. Embora exista em seu íntimo o desejo de servir, ainda não consegue se depreender de seus problemas e consequentemente não consegue se doar por inteiro. 10) OBJETIVIDADE O entrevistador não deve ficar “enchendo lingüiça” com o assistido, deve sim, procurar ser o mais claro e objetivo possível, para que o assistido se sinta seguro quanto às informações recebidas. 11) ASSIDUIDADE AOS TRABALHOS A freqüência, pontualidade e disciplina, são três fatores pelos quais pode-se medir a integração do trabalhador com a tarefa. A Assiduidade trás confiança não só para os dirigentes do trabalho, mas também para o assistido que certamente, perceberá a presença do trabalhador na Casa e seu compromisso com a tarefa. A pontualidade demonstra respeito pelos colegas e pelo trabalho. E a disciplina é o reflexo das conquistas de cada um. A assiduidade promove a sintonia com a tarefa.

12) IMPARCIALIDADE Jesus disse: “Eu não julgo, meu Pai não julga”. A Casa espírita esta aberta a todas as pessoas, sem qualquer discriminação, portanto, o entrevistado, qualquer que seja sua condição, deve ser respeitado pelo entrevistador, recebendo dele toda a atenção. Ciente de que não está ali para julgar nem torcer por este ou aquele, mas sim para servir ao Cristo e ao próximo, seja ele quem for. 13) PERCEPÇÃO TELEPÁTICA Saber fazer perguntas de modo a dar abertura para o outro falar. O objetivo não é esmiuçar a vida do assistido e sim compreendê-lo. Perceber como falar e o que falar, são essenciais para o bom desenvolvimento de uma entrevista. Dar o retorno mostrando ao assistido que estamos co mpreendendo o que sente, ou seja, funcionarmos como um espelho.

14) DISCERNIMENTO / CONHECIMENTO O discernimento e o conhecimentos são as ferramentas que nos auxiliam a nos mantermos longe dos extremos. Se estamos dentro de uma casa espírita há um conjunto de normas e valores que norteiam a nossa conduta, e que, na medida em que as informações forem sendo s endo solicitadas, e tivermos a possibilidade de d e fornecê-la, não podemos negligenciá-las com a desculpa de que estaremos influenciando a conduta do outro. Por outro lado, não vamos impor estas normas e valores como o único caminho da salvação. É preciso o bom senso, sem omissões. omissõe s. O conhecimento, é o caminho para que este discernimento, ou seja, para que a escolha seja sempre a mais acertada possível, assim, a leitura e o aprendizado devem fazer parte da vida do entrevistador.

15) AMOR Amar é acreditar na capacidade, no potencial que o outro tem de se auto-dirigir. É valorizar a sua existência, valorizando o momento que nos é dado de estarmos juntos para dialogarmos, para trocarmos experiências. Sem o amor nenhuma das Curso Para Formação de Entrevistadores Entrevistadores

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atitudes acima será possível, pois ele é a energia que nos impulsiona a ir ao encontro de alguém com desprendimento, com boa vontade, com benevolência, com equilíbrio.

16) PERSEVERANÇA Não desistir nunca, lutar, confiar, trabalhar, esforçar sempre, lembrando-se de que tudo que conquistamos é resultado de nossos esforços de nossa perseverança. Podem ocorrer fatos ou mesmo pessoas que nos desestimulem, no entanto, nestes momentos, devemos nos lembrar de todos os pontos e aspectos positivos, para não abandonarmos o barco por um simples vento.

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2ª AULA O ASSISTIDO O espiritismo consolador prometido por Jesus, sustenta a primazia, a prioridade no processo de Reforma Íntima, contudo, considerando a nossa atualidade, não podemos fugir das contingências do ambiente físico e social que vivemos. Abrahan Maslow, renomado psicólogo, enumera em 5 as nossas necessidades: 

HIERARQUIA DAS NECESSIDADES HUMANAS

1) PRIMÁRIAS

2) SECUNDÁRIAS

FISIOLÓGICAS

ar, comida, repouso, roupas, etc.

SEGURANÇA

moradia, proteção, privacidade, etc.

SOCIAIS

amizades, companhia, inclusão em grupos, etc.

AUTO ESTIMA

amor, reconhecimento, auto respeito, aceitação, etc.

AUTO REALIZAÇÃO

realização do potencial íntimo, desenvolvimento das Habilidades, utilização plena dos talentos individuais.



CLASSIFICAÇÃO CLASSIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES DOS ASSISTIDOS

1) FÍSI FÍSICA CASS 



Muitas vezes o assistido vem a Casa em busca de roupas, comida e até mesmo de uma moradia ou serviço (necessidades fisiológicas ou de segurança) , o que não é verdadeiramente o objetivo do Centro, nem tão pouco da Assistência Espiritual, neste caso deve encaminhá-lo ao Departamento Social da Casa. Nestes casos o entrevistador deve perceber e analisar o grau de necessidade e equilíbrio do assistido, pois, normalmente estas dificuldades refletem no íntimo do ser humano, criando sentimentos de desarmonia e desânimo, assim, é importante apresentar-lhe o tratamento espiritual, explicando-lhe ser este um meio de fortalecimento fortaleci mento e refazimento das energias. Este dever é do Entrevistador, a escolha é do assistido. Dentro deste item encontramos ainda as pessoas que apresentam doenças ou sintomas físicos, que normalmente já percorreram vários médicos e/ou outras instituições religiosas. A estas pessoas o entrevistador indicará o tratamento espiritual, sem se esquecer de alertá-los que não temos o poder de cura, que os resultados do tratamento serão conquistas íntimas de cada um, ou seja, que o trabalho maior e mais valioso é o que o próprio assistido assis tido realizará.

2) EMOCIO EMOCIONAI NAISS 



A pessoa quer simplesmente fazer parte de um grupo qualquer (necessidades sociais), e enxerga a Assistência espiritual apenas uma porta para esta integração integração sem o desejo íntimo de se tratar. Deve o entrevistador, entrevistador, neste caso, apresentar-lhe o trabalho, indicando-lhe o tratamento adequado, criando assim uma oportunidade para que este companheiro vislumbre novas portas que o conduziram à necessidade de reformulação de valores, através do p asse e também das preleções. Pessoas que se apresentam em desequilíbrio de sentimentos e pensamentos (necessidade de melhorar a auto estima), quase sempre sem forças ou disposição para enfrentar os problemas e dificuldades que as afligem, ou ainda pessoas que apresentam uma insatisfação interna sem causa aparente, que a leva a busca, por vezes desordenada, de meios que lhe proporcionem paz e equilíbrio. Para estes assistidos em especial, é importante importante salientar a importância das preleções, que oferecem lições com as quais o assistido ampliará sua capacidade de entendimento da vida, e das preces/ vibrações que auxiliam na transformação dos sentimentos e dão abertura e receptividade para o re cebimento do auxílio espiritual.

3) ESPIRI ESPIRITUA TUAL L 

Neste grupo enquadram-se não só aqueles que vêm por causa das manifestações de caracter mediúnico, onde a pessoa procura o Centro na tentativa de encontrar uma solução e/ou resposta para suas visões, perturbações, etc, mas também aqueles que movidos pela curiosidade e/ou pura e simplesmente pela vontade de ampliar o entendimento, buscam na Casa, o conhecimento da Doutrina (necessidade de auto-realização). Para estes, deve o entrevistador, de acordo com a avaliação de capacidade de cada um, indicar aos poucos os cursos e escolas em andamento na Casa, bem como algumas leituras elucidativas para os questionamentos do assistido. Curso Para Formação de Entrevistadores Entrevistadores

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AS PESSOAS QUE PASSAM PELA PEL A ENTREVISTA

1) OS QUE QUE VÊM VÊM NA CASA PELA PRIMEIRA PRIMEIRA VEZ VEZ Estas entrevistas tem como objetivo: 

Dar oportunidade ao assistido de expor suas necessidades, apresentar suas dúvidas, solicitar esclarecimentos;



Colher informações sobre a atual situação do assistido;





apresentar a Casa ao assistido (muitas vezes as pessoas têm uma falsa impressão de uma Casa espírita. Esta impressão pode ser apagada ou transformada com pequenos esclarecimentos e informações); Esclarecer quanto ao tratamento espiritual (as pessoas se sentem mais seguras e tranqüilas quando sabem de antemão o que irá acontecer com elas);

2) AQUELES QUE COMPLETARAM COMPLETARAM UMA SÉRIE SÉRIE DE TRATAMENTO 

Dar oportunidade ao assistido de expor suas necessidades, apresentar suas dúvidas, solicitar esclarecimentos;



Colher informações sobre a atual situação do assistido;



Transmitir as informações obtidas através da Consulta mediúnica;



Esclarecer quanto à continuidade do tratamento espiritual;



Começar com a indicação do Evangelho no lar.



Indicar algumas leituras, se necessário for.

3) ASSISTIDO COM RETORNO RETORNO SEMANAL SEMANAL (em tratamento de P3B ou P3A 

Colher informações sobre a atual situação do assistido;



Transmitir as informações obtidas através da Consulta ou tra tamento mediúnico;



Informar quanto ao desenvolvimento do tratamento.



Passar orientações necessárias.

4) AQUELES QUE DESEJAM DESEJAM CONVERSAR CONVERSAR POR NÃO ESTAREM ESTAREM SE SENTINDO BEM 

Colher informações sobre a atual situação do assistido;



Passar orientações necessárias.



Se necessário indicar tratamento espiritual adequado.

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3ª AULA A ENTREVISTA – PARTE 1 A entrevista é a parte fundamental e mais delicada no trabalho de Assistência Espiritual, pois é neste momento que o assistido tem a oportunidade de dialogar mais abertamente com um trabalhador da Casa, e onde irá consequentemente receber apoio e esclarecimento. Por esta razão a tarefa exige preparação prepar ação adequada de trabalhadores. A entrevista é uma atitude dinâmica de colocar-se lado a lado com o assistido, ouvindo-o, orientando-o, esclarecendo-o com amor fraterno, sem imposições de espécie alguma, permanecendo sempre disponível. O entrevistador deve estar ciente de que seu papel é mais o de ouvir do que o de falar.



ENTENDENDO O ESQUEMA DE TRATAMENTO ESPIRITUAL

A assistência espiritual está baseada em dois princípios básicos de restabelecimento do equilíbrio do assistido:

MENTAL-EMOCIONAL Tratado através das entrevistas, onde buscamos apoiar e orientar o assistido; através das preleções, onde oferecemos lições que ampliem a capacidade de compreensão sobre a vida, como co mo também com as preces/vibrações, que auxiliam a melhorar os sentimentos. ESPIRITUAL- FÍSICO Tratado através dos passes, onde procuramos harmonizar e renovar as energias do encarnado, elevando também o padrão vibratório dos desencarnados que porventura o acompanham.



NECESSIDADES BÁSICAS DOS ASSISTIDOS

ENVOLVIMENTO ESPIRITUAL Ocorre quando o assistido encarnado, possui junto de si companheiros espirituais, que podem, consciente ou inconscientemente, promover um desequilíbrio, ou melhor, desarmonia, no assistido. Podem ser assim classificados: 1. ENVOLVIM ENVOLVIMENTO ENTO CÁRMICO CÁRMICO Sintomas: Envolvimentos graves e profundos que atingem o sistema nervoso central, o bulbo, o cerebelo. Concentra-se

em regiões determinadas do etéreo/físico, no qual o encarnado possui deficiências d eficiências congênitas e, geralmente, incentiva as más tendências para que a pessoa nelas se perca. É facilmente percebido o sentido vingativo e hediondo dos obsessores querendo levar a vítima à ruína, à loucura e muitas vezes até à morte. Causas: Tais envolvimentos são motivados por laços profundos de adversidades entre os espíritos, gerados nesta ou em

outras vidas, na qual o assistido prejudicou seus obsessores, e que por força da lei de ação e reação, e ainda, da ausência de transformação moral do assistido, cobram nesta vida, através dos danos que provocam no encarnado. Curas:

Tal envolvimento é grave e profundo, o que exigirá por sua vez uma ou mais séries completas de passes de P2,

CH e às vezes 2 ou mais séries de P3-B. Exigirá do assistido assiduidade, empenho na renovação de sentimentos, esclarecimentos, reforma íntima, e ainda encaminhamento para sessão doutrinária, curso básico e/ou escola de aprendizes. É importante ressaltar que tal envolvimento só será efetivamente desfeito se a dívida cármica foi saldada pelas dores (os obsessores são afastados naturalmente no plano espiritual); ou se os obsessores são esclarecidos e perdoam o assistido, deixando que a lei de ação e reação use de outro modo para cobrar os débitos contraídos, ou ainda se o assistido se renova, evangelizando-se e elevando seu padrão vibratório, e conseqüentemente, desligando-se de seus obsessores. Curso Para Formação de Entrevistadores Entrevistadores

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2. ENVOLVIM ENVOLVIMENTO ENTO POR AFINIDAD AFINIDADE E Sintomas:

Envolvimento profundo ou médio, dependendo do tempo em que se encontra instalado. Está geralmente

instalado em pontos determinados no que se estabelece o ponto de afinidade, por exemplo nos angustiados e tristes – Cardíaco, nos gulosos – gástrico, nos eróticos – genésico, etc. Nestes casos não se percebe, especificamente, idéias odientas ou vingativas, pois devido a própria afinidade, não há interesse pela ruína ou morte do encarnado, embora esta possa ocorrer pela intensidade dos desatinos do convívio em que o assistido se compraz, ou pela insânia de seus obsessores que sugam-lhe as energias. Causas:

O envolvimento por afinidade é aquele no qual os desencarnados buscam ficar juntos às pessoas que sentem e

comportam tal qual eles. Eles se envolvem, trocam energias e se excitam mutuamente. A causa, portanto, se encontra em um desequilíbrio do encarnado, que gera viciações mentais e comportamentais. Enquadram-se, neste tipo os alcoólatras, os maledicentes, os galhofeiros, os toxicômanos, os pessimistas contumazes, os irascíveis, os preguiçosos inveterados, os melancólicos, etc., e também os apegos familiares desequilibrados e paixões violentas. Cura:

Geralmente o envolvimento é de grau médio e os passes passes se encarregarão de afastar afastar os obsessores, no entanto, a

atitude do assistido será muito importante, pois se a causa não for removida, ou seja, o vício corrigido, os obsessores serão logo substituídos por outros de igual matiz, que existem aos milhares na corsta da Terra à procura de comparsas. Sendo assim, os

passes poderão trazer trazer alívio ao encarnado, no entanto, a cura só virá pela mudança de

sentimentos/comportamentos, e tais mudanças serão bem mais fáceis de serem trabalhadas, se o assistido freqüentar a Escola de Aprendizes, iniciando seu processo de reforma íntima. O entrevistador deve esclarecer muito bem o assistido, orientando-o sobre a sua participação, vigilância e oração. 3. ENVOLVIMENTO ENVOLVIMENTO EMOCIONAL (CIRCUNSTANCIAL) (CIRCUNSTANCIAL) e star em geral. Refletem-se também em centros Sintomas: Envolvimentos médios e leves que causam mal estar

nervosos. São

os chamados encostos, onde entidades se aproximam das pessoas, geralmente, espíritos sofredores, doentes, solitários, etc. Neste caso são muito susceptíveis, as pessoas que possuem alguma sensibilidade mediúnica. Os espíritos que se aproximam, não tem interesse de usar ou prejudicar a pessoa, eles geralmente, são atraídos por afinidade de pensamentos. Causas:

O envolvimento emocional/circunstancial ocorre com freqüência nos momentos em que nos encontramos

emocionalmente abalados por alguns fatos que ocorrem em nossas vidas, que nos levam a depressão, crises de angústia, solidão, aflição, etc., como a perda de um ente querido, doenças, conflitos no lar, insegurança financeira, etc. Tais condições fazem com que a pessoa não esclarecida e/ou vigilante cultive sentimentos negativos em tal intensidade que desbloqueia as defesas normais do perispírito, contra a influenciação espiritual. Tais sentimentos/pensamentos é que atraem entidades afins, intensificando o teor de nossos males. Cura:

Tal envolvimento, não sendo profundo, é possível a auto-cura através da prece, do reenquadramento do seu

coração e mente na harmonia natural que lhe é própria, vencendo as fortes emoções geradas pelo problema que a aflige. O Passe, o tratamento espiritual, nestes casos, vão dar sustentação, energias novas para o assistido vencer a crise, e seus companheiros espirituais, facilmente esclarecidos, amparados e afastados pelos mentores espirituais. A série completa é recomendada como de praxe, no entanto, é possível haver cura somente com P2 e CH. A postura do entrevistados será muito importante nestes casos, pois ele deverá dar apoio moral, escutando com carinho e atenção o assistido, assistido , auxiliandoo a fortalecer-se na fé e no bom ânimo.

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4. DESENVOL DESENVOLVIM VIMENTO ENTO MEDIÚNIC MEDIÚNICO O Sintomas:

O sintoma pode ser qualquer um dos anteriores, dependendo do grau de desequilíbrio da pessoa, mas existe

um quadro muito comum em tais envolvimentos, onde o assistido vê ou ouve os espíritos desencarnados, ou é temperalmental, nervoso, irritado, doentio, etc. Outro sintoma comum que ocorre no físico, são das dores de cabeça constantes ou dores nas costas, etc... Causas:

A causa objetiva do envolvimento envolvimento espiritual, neste caso, é a mediunidade tarefa desequilibrada. Como

sabemos, a mediunidade é um recurso, uma ferramenta de evolução, emprestada ao espírito encarnado para que ele se aprimore na ciência espiritual e nos valores cristãos. Chegando a hora de iniciar sua preparação par o plano de trabalho traçado no espaço, o médium é convidado, pelos mentores espirituais, ao desenvolvimento mediúnico, no entanto, nem sempre o despertamento suave convence o médium de suas necessidades e responsabilidades, o que resulta do afloramento da mediunidade e no contato com espíritos, às vezes bons e, freqüentemente, sofredores ou até maus. Neste contexto surgem gravíssimos casos que podem, até mesmo, leva o médium à insanidade mental. Cura: Nestes casos o tratamento espiritual deverá surtir bons resultados, de conformidade com o grau de mediunidade e

do tempo de envolvimento espiritual. Na maior parte dos casos os assistidos sentem alívio com o passe, que lhes reequilibra intimamente, no entanto, a manutenção deste equilíbrio dependerá da disposição do assistido em assumir sua tarefa. Tal assistido deve, buscar o trabalho caritativo cristão e o estudo, onde procurará ampliar seus conhecimentos sobre mediunidade. 5. QUANDO NÃO HÁ ENVOLVIMENTO ESPIRITUAL Sintomas:

É possível o assistido possuir sintomas de desenvolvimento, como os descritos anteriormente, sem o possuir.

Pode ocorrer, ainda, que o assistido esteja perfeitamente equilibrado espiritualmente. Causas: Para o caso em que parece haver envolvimento, mas não há, a causa geralmente, está no corpo mental/emotivo.

Às vezes o fenômeno é auto obsessão, chegando a cirar formas pensamentos que se assemelham muito a entidades. A causa é o desequilíbrio íntimo da pessoa. O grupo de consultas deve estar atento para diferenciar este aspecto (são os chamados casos de fenômenos de fundo mediúnico). Cura:

neste caso os passes eliminam as formações mentais, necessitando de séries de P2/CH, e alertas sobre a

necessidade de buscar assimilar bem as preleções, para manter o equilíbrio e harmonia íntima.

DESEQUILÍBRIO DESEQUILÍBRIO FÍSICO Faz parte da Assistência Espiritual a verificação e o tratamento do corpo físico do assistido, que poderá estar debilitado ou doente. Sendo que a princípio, o nosso objetivo será pesquisar as origens, a gravidade e a orientação para a cura. Assim classifcamos: 1. DOENÇAS DOENÇAS FÍSICAS FÍSICAS Sintomas:

É uma doença em em específico, já citada pelo assistido na entrevista e confirmada em consulta mediúnica. A

doença é vista através do exame de aura, sendo visualizada através de manchas nas partes mais a fetadas. Causas: A causa pode ser cármica, ou seja,

o assistido já traz consigo a doença d oença gravada em seu perispírito ao reencarnar,

ou poderá ter se desenvolvido nesta existência devido a desregramentos mentais ou comportamentais. A consulta deverá ainda, verificar se a causa não é um envolvimento espiritual profundo que atinge o físico. Cura: Se a doença for cármica, o tratamento que ofertaremos terá a simples função de amenizar os sofrimentos, ou, se o

processo cármico estiver no final, poder-se-á, através do tratamento espiritual, acelerar o refazimento do assistido até a cura. O P1 e P3A são os passes utilizados e indicados para estes casos. Se a doença for de ordem íntima, ou seja, fruto Curso Para Formação de Entrevistadores Entrevistadores

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do desequilíbrio do assistido, os passes espirituais (P2, CH e/ou P3B), seguidos pelos de ordem material (P1 e P3A), deverão surtir efeito. É evidente que nestes casos deveremos orientar o assistido, o tanto quanto possível, sobre a origem ou sobre suas atitudes que estão gerando o mal físico. Por fim, se a doença tem origem em envolvimento espiritual,

este (o envolvimento) deverá ser plenamente afastado, para depois, depois, proceder-se à cura material, caso contrário, contrário, os passes P1 e P3-A fortalecerão o envolvimento. O tratamento físico trará bons resultados se houver atitude mental positiva e renovação dos sentimentos apoiados no Evangelho por parte p arte do assistido. 2. ABATI ABATIMEN MENTO TO Sintomas:

O abatimento físico é um mal estar gerado por carências energéticas: cansaço, gripes freqüentes. Sono

contumaz, falta de apetite, etc. É detetado na aura da saúde pelo enfraquecimento das estrias. Causa:

As causas, como já foi dito, são carências energéticas que por sua vez podem ter origem numa alimentação

deficiente, num envolvimento espiritual (no qual o obssessor absorve grande parte das energias do encarnado), ou ainda, num estado mental intempestivo e/ou depressivo. A consulta deverá, neste caso, se possível, indicar a causa. Cura: De posse da resposta da consulta,

o entrevistador, sabendo a causa poderá, então indicar para: para:

Envolvimento espiritual - série completa de P2-CH-P3B, solucionado assim, o envolvimento espiritual, com uma série de P1 no final. Estado mental – Série de passes, além das orientações para elevação do padrão vibratório, como por exemplo, indicação de leituras edificantes, convite à reforma re forma íntima, etc. Má alimentação – Série P1, recomendar a atenção para a alimentação. 3. ESTAD ESTADO O ÍNTIM ÍNTIMO O Diz respeito aos sentimentos/pensamentos da pessoa, que são sã o cultivados habitualmente. Sintomas:

Os desequilíbrios íntimos são detectáveis quando não existe envolvimento espiritual e nenhum mal físico, e

mesmo assim a pessoa continua sentindo-se mal, ou mesmo quando o envolvimento espiritual é por afinidade e mesmo sendo afastado o envolvimento, ele, após algum tempo retorna, ou mesmo, após uma série de passes o assistido não apresenta melhoras. Às vezes as pessoas sentem sintomas de envolvimento espiritual ou males físicos sem tê-los, o que é primeira impressão de um processo que poderá ser consolidado ou piorado. Abaixo relacionamos e diferenciamos, por analogia, os tipos mais comuns de sentimentos sintomáticos dos desajustes. Todos têm pontos em comum e por isso

mesmo grupo de consultas/entrevistas deverá tomar muito cuidado para não confundi-los. Segue a relação que deve ser assinalada, quanto ao aspecto assistido, causador do desequilíbrio. Aflito – Aflição, nervosismo, incompreensão, impaciência, etc. Apático – Apatia, acomodação, desânimo, etc. Angustiado – Tristeza, mágoa, insatisfação, etc. Descrente – Incredulidade, falta de fé, falta de confiança, etc. Pessimista – Negativismo, derrotista, etc. Normal – Bom controle dos sentimentos. Caso o sentimento detectado não conste da relação acima, deve ser anotado na ficha de registo, para análise e observação. Causa:

A causa verdadeira de tal estado íntimo é o próprio grau de evolução da criatura, ou seja, o quanto ela já

conquistou de sabedoria e d amor-fraterno, o quanto já progrediu no entendimento do Evangelho. Cura:

O estado emocional é, em verdade, a raiz de todos os males físicos e espirituais e sendo a causa o estado

evolutivo da pessoa, só ocorrerá a verdadeira cura, quando a própria pessoa se predispor a aprimorar seus sentimentos. 13 Curso Para Formação de Entrevistadores Entrevistadores

O passe, nestes casos, somente prepara melhor o assistido para a reflexão de novas idéias, idéias estas que deverão ser transmitidas principalmente pelos entrevistadores e preletores da assistência espiritual, e posteriormente nas Escolas de Aprendizes. Quando o entrevistador se deparar com um assistido nestas condições, ele deverá, a princípio, apoiar, escutar empaticamente, etc., em seguida orientar verbalmente ou através de mensagens avulsas, livros, etc. É importante esclarecer o assistido, que a origem do problema está em seu íntimo e que ele, para melhorar, deverá buscar um novo posicionamento (comportamental, sentimental, etc).

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4ª AULA A ENTREVISTA – PARTE 2 

AS CINCO FASES DA ENTREVISTA E NTREVISTA

A entrevista passa por 5 (cinco) fases bem definidas, as quais quando bem compreendidas, observadas e trabalhadas, dinamizam o trabalho, evitando com isso que o entrevistador tenha de dispensar um tempo maior que o necessário para compreender as necessidades do assistido e consequentemente, para se fazer compreendido pelo mesmo. São elas:

1) 1ª FASE FASE – PREPAR PREPARAÇÃO AÇÃO Por ser uma tarefa tão delicada que exigirá do executor uma sintonia plena com o plano espiritual, deverá o entrevistador se posicionar desde as primeiras horas do dia, observando: 

Buscar sempre a sintonia com o plano espiritual;



Pontualidade e disciplina;



Preparação dos materiais que utilizará, ou seja, ter a mão cartões, canetas, fichas, formulários com instruções de como se fazer o Evangelho no lar, se necessário um quadro de horários com as atividades desenvolvidas na Casa, endereços de grupos de Apoio com o AAA, CVV, etc.

2) 2ª FASE FASE – RECEP RECEPÇÃO ÇÃO Normalmente esta fase é igual para todos os tipos de entrevista e de entrevistados. 

A acolhida deve amorosa, procurando memorizar o nome do assistido;



A voz deve ser baixa, evitando o sussurro;



Ser educado e fraterno, sem intimidades;



Os gestos suaves;

Obs.: Muitas vezes torna-se difícil para o assistido falar qualquer coisa, nestes casos deverá o entrevistador lançar perguntas simples, esperando um tempo para que o assistido responda sem pressa. “ Como passou a semana?” ; “É a primeira vez que vem a um Centro Espírita?” ; “Já possui algum conhecimento da Doutrina Espírita?”; “Como chegou a nossa Casa, foi através de algum conhecido/”

3) 3ª FASE FASE – COLETA COLETA DE DADOS DADOS a) 1ª ENTRE ENTREVIS VISTA TA 



Preencher todos os dados contidos na ficha, não se esquecendo de anotar o motivo que levou a pessoa a procurar o Centro; Se colocar disponível para ouvir o assistido, mas procurando direcionar a entrevista para que seja o mais objetiva possível. Não podemos nos esquecer que na outra sala existem outros assistidos também necessitados deste diálogo.



Não emitir opiniões sobre a situação do entrevistado, nem dar conselhos.



Permitir que o assistido desabafe sem forçamentos. Deixá-lo a vontade.

b) DEMAIS DEMAIS ENTREVIST ENTREVISTAS AS 

Buscar sempre anotar as informações que facilitem ou auxiliem a Consulta Med iúnica;



Procurar saber como o assistido tem sentido o tratamento e a Casa. Curso Para Formação de Entrevistadores Entrevistadores

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Procurar saber se tem refletido sobre os temas apresentados nas preleções, e em caso negativo, procurar detectar a dificuldade. Rever com o assistido alguns tópicos da entrevista anterior, quando necessário.

c) INFORMAÇÕES INFORMAÇÕES IMPORTANTE IMPORTANTESS 

Como está o ambiente familiar : Como vai a vida familiar? Quantas pessoas moram com você? Convive bem com todas?



Estado físico (doenças, dores, cansaço, etc) Dorme bem? Tem alguma doença crônica? Qual seu ritmo de trabalho? Dispensa D ispensa algumas horas para o lazer?



Estado emocional (serenidade, angústia, desânimo, alegria em excesso, etc); Como é seu humor? Se sente sozinho? Tem o costume de se abrir com outras pessoas? Como você se vê perante as dificuldades?



Estado Espiritual: Tem costume de fazer preces? Sozinho ou com com os familiares? Como se sente nestes momentos? Em caso negativo: quais as dificuldades que encontra para fazê-la?



Ambiente profissional: Como é seu ambiente profissional? Gosta do que faz? Convive bem com os colegas de trabalho?



Outros.

4) 4ª FASE FASE – APOIO / ORIENTAÇ ORIENTAÇÃO ÃO a) 1ª ENTRE ENTREVIS VISTA TA 











Ouvir com atenção o que o outro tem a dizer; Permitir ao assistido que fale quando sentir necessidade, sem desrespeitar as limitações de tempo da tarefa, que é de aproximadamente 5 minutos para cada assistido; Lembrar-se que as orientações devem ser voltadas ao que diz respeito à Casa, aos procedimentos da Assistência Espiritual e ao tratamento espiritual, ou seja, ao passe de limpeza, a entrevista, a preleção, a freqüência ao tratamento, dias de atendimento da Casa, Consultas e quando possível ou necess ário, outras atividades da Casa; A primeira entrevista não é o momento correto para se convidar para Escola ou cursos, desconhecemos ainda a situação real do assistido, é preciso ser paciente, pois neste primeiro encontro o desejo do assistido é só receber auxílio, e da forma mais fácil possível, o convite para a Escola pode se tornar um peso ou uma obrigação que ele ainda não deseja assumir; por ainda não compreender bem o propósito; O a orientação para o assistido iniciar o evangelho no lar, deve ser muito bem analisada, pois, desconhecemos as condições atuais do assistido. É preferível neste primeiro encontro, sondá-lo quanto ao fato de estar ou não fazendo preces e incentivá-lo a iniciar com preces simples como um Pai Nosso. Aos poucos, a partir da 2ª ou 3ª entrevista, de acordo com a condição de cada assistido, fazer o convite perguntando se já ouviu falar em Evangelho no Lar, orientando-o sobre a forma de realizá-lo. Esclarecer dúvidas a luz da doutrina espírita, espírita, se estas forem solicitadas, estando atento para perceber até que ponto a pessoa está preparada para ouvir. Em caso de dúvidas, é melhor calar e aguardar outra oportunidade.

b) DEMAIS DEMAIS ENTREVIST ENTREVISTAS AS 



Ouvir com atenção o que o outro tem a dizer; antes de passar a consulta. É uma forma de comparar as informações, o que facilitará a avaliação. Permitir ao assistido que fale quando sentir necessidade, sem desrespeitar as limitações de tempo da tarefa, que é de aproximadamente 5 minutos para cada assistido;

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Lembrar-se que as orientações devem ser voltadas ao que diz respeito à Casa, aos procedimentos da Assistência Espiritual e ao tratamento espiritual, ou seja, ao passe de limpeza, a entrevista, a preleção, a freqüência ao tratamento, dias de atendimento da Casa, Consultas e quando possível ou necess ário, outras atividades da Casa; Esclarecer dúvidas a luz da doutrina espírita, espírita, se estas forem solicitadas, estando atento para perceber até que ponto a pessoa está preparada para ouvir. Em caso de dúvidas, é melhor calar e aguardar outra oportunidade. Colocar o resultado da consulta de forma dialogante, dando oportunidade ao assistido para questionar e entender, sem imposição. Quando houver divergência ou falta de concordância por parte do assistido, procurar ouvi-lo e averiguar a exatidão do diagnóstico apresentado. apr esentado. Na medida em que o assistido assiste as preleções, é orientado pelas consultas e recebe o passe, sua visão vai se ampliando, podendo o entrevistador, a partir daí, com bom senso, ir abordando pouco a pouco, tópicos como o convite para fazer o Evangelho no Lar, convites para Escolas, cursos, etc. Antes de cada entrevista é importante ler as anotações da consulta, passando um pente fino e organizando mentalmente, a forma como conduzirá a entrevista; Quando sentir necessidade, deve o entrevistador anotar na ficha as solicitações que necessita para conduzir com mais clareza a entrevista. Esclarecer o assistido a cada mudança de tratamento. Quando o assistido receber alta, esclarecer que deve se fortalecer através de boas leituras, escola e cursos. Lembrálo de que apesar da alta do passe, é importante continuar continuar freqüentando as preleções. Para o assistido em alta é importante esclarecer que pode solicitar uma nova entrevista, sempre que sentir necessidade.

5) 5ª FASE FASE – DOCUMEN DOCUMENTAÇÃ TAÇÃO O 











Ao apresentar a ficha de registro, explicar ao assistido, o objetivo da mesma; Anotar todos os dados na frente do assistido para que ele certifique-se que o que foi anotado foi exatamente o que falou(muitos chegam desconfiados); Estar atento para anotar todos os dados solicitados na ficha, pois, se não fossem necessários não estariam lá. Apresentar o cartão de passes e explicar como proceder, inclusive alertá-lo quanto a necessidade de assiduidade, para que o tratamento surta efeito, esclarecer o assistido; –

1 FALTA – Continua Continua o tratamento tratamento até até completa completarr a série série normalment normalmente; e;



2 FALTAS – Recomeçar o tratamento no mesmo passe que estava, a entrevista será quando completar completar a nova série;



3 ou MAIS FALTAS FALTAS – Iniciar Iniciar como como da da primeira primeira vez, no tratamen tratamento to de P2.

Anotar a data da entrevista na ficha de registro e no cartão de passes; Na última linha da última consulta, assinar e datar, confirmando que aquelas informações já foram passadas ao assistido. Observar a assiduidade do assistido e anotar na ficha de registro.



RECOMENDAÇÕES RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES

1) Qualquer que seja o problema do assistido encarar com naturalidade, sem expressões de tipo algum. Dizer que o Pai não desampara nenhum de seus filhos, que não é por acaso que q ue ele está ali; 2) Explicar que o objetivo objetivo dos passes é auxiliar auxiliar no fortalecimento tanto físico como espiritual, que acalma dando a quem o recebe condições para melhor enfrentar os obstáculos. Lembrando que tudo depende dele, da sua fé, da sua sinceridade, do seu esforço íntimo e da procura sincera de se melhorar; 3) Não querer evangelizar o assistido naqueles poucos minutos, informar que as dúvidas e esclarecimentos que ele tiver serão esclarecidos gradativamente, principalmente durante as preleções, que são transmitidas com base no Evangelho de Jesus, e que lhe darão condições de refletir melhor e com mais serenidade sobre seus problemas, criando em seu íntimo condições para resolvê-los. Curso Para Formação de Entrevistadores Entrevistadores

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4) Nunca em hipótese hipótese alguma se envolver envolver com os problemas do assistido, pois assim não seríamos o ombro ideal que ele espera de nós, perderíamos as condições de auxiliá-lo, pois estaríamos psiquica mente emocionados; 5) Recorrer ao Evangelho sempre que julgar necessário e oportuno, para esclarecer, acalmar ou exemplificar. exemplificar. 6) Procurar despertar no assistido assistido o interesse pelos pelos cursos oferecidos pela Casa, a partir do momento em em que se verifica uma boa freqü6encia do mesmo nos tratamentos; 7) Lembrar o assistido que a preleção é a primeira parte parte do tratamento; 8) Não explicar com detalhes o que é o P2, CH, etc, porém, se o assistido questionar, esclarecer de maneira maneira simples; 9) Ter habilidade de fugir (desviar) de assuntos repetitivos, de assuntos maledicentes, contraproducentes contraproducentes ou longos, pois eles não são importantes no tratamento do assistido; 10) Lembrar ao assistido, com delicadeza, sobre os prejuízos causados pelos sentimentos de raiva, rancor, inveja, vingança, inclusive, alertá-lo quanto ao fato de que tais sentimentos obstruem o auxílio do Plano Maior; 11) Nunca se envolver com pessoas que vêm à Casa em busca de dinheiro. Explicar que os objetivos da casa não são estes, mas que torcemos para que ela encontre caminhos para resolver seu problema; 12) No caso do assistido chorar, é importante olhá-lo com aprovação e carinho, deixando-o chorar a vontade. Aguarde com serenidade e paciência passar o auge do choro para depois falar com brandura e naturalidade. CHORAR NÃO É NEGATIVO E NEM SINÔNIMO DE DESEQUILÍBRIO OU PERTURBAÇÃO; 13) No caso de assistido ALCOOLIZADO, se houver condição, falar com ele e orientá-lo para o passe. Caso seja difícil, pedir ajuda ao encarregado do trabalho, que deverá destacar uma ou duas pessoas para ficar ao seu lado. Se ele não tiver condição de ficar na preleção, continuar envolvendo-o até a hora da preleção. Pedir a ele que na próxima semana se esforce para vir mais sóbrio, explicando-lhe que assim o tratamento surtirá maior efeito; 14) CRIANÇAS – É conveniente conversar com os pais e posteriormente com a criança, quando assim for possível. 15) A PRECE – Dizer que não é REZA, é a ligação entre o Planto Material e o Plano Superior, através de pensamentos ou palavras simples e sinceras brotadas do coração.; 16) DESABAFO – Quando o entrevistador perceber que o assistido precisa desabafar, pode, com autorização do dirigente do trabalho, marcar a continuidade da entrevista para depois do trabalho ou para outro dia, explicando ao mesmo que outras pessoas aguardam a entrevista; 17) OUTROS ENTREVISTADORES NA MESMA SALA – Demonstrar discrição, falar baixo. Atentar para o assistido de forma a perceber se tal fato o deixa constrangido. Em caso positivo, passar tal informação ao dirigente, de forma a se estudar uma nova disposição para o desenvolvimento da tarefa; 18) VICIADOS, AIDETICOS, ALCOOLATRAS, ETC – Manter uma lista com endereços e telefones de serviços de apoio; 19) DOENTES – Não indicar nem sugerir nomes de médicos ou medicamentos. É permitido apenas a indicação genérica, desde que recomendado na consulta espiritual. Ex.: “Seria interessante procurar um cardiologista, e não o Dr. Fulano de tal que é cardiologista”; 20) EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO – Indicar sua leitura após a 2ª entrevista. Lembrando-se de que caso exista livraria na Casa, é importante esclarecer que qualquer livraria; 21) CASOS CONSTRANGEDORES – infidelidade, homossexualismo, doenças venéreas, etc – Perguntar ao assistido se teria algum problema anotar tal dado na ficha, em alguns alguns casos, dependendo do assistido, nem perguntar 22) Lembrar-se que a ENTREVISTA não consiste em resolver o problema do assistido, mas sim DAR APOIO. 23) TRATAMENTO A DISTÂNCIA – Não prometer tratamentos a distância, nestes casos, deverá o entrevistador orientar o assistido para que coloque o nome do necessitado na Caixinha de vibrações; 24) Tomar bastante cuidado na avaliação para não confundir perturbação espiritual com mediunidade ou mesmo com necessidade de reforma íntima 25) Evitar atender a pessoa repetidas vezes, explicando-lhe que qualquer outro companheiro (entrevistador), poderá auxiliálo da mesma forma; 26) Não fazer, de modo algum, revelações chocantes, expondo o entrevistado a graves preocupações, desnecessárias e extemporâneas; 27) Evitar comparações descaridosas ou querer fazer a reforma íntima do outro; 28) Evitar comentar notícias e boatos alarmantes ou citar fatos idênticos ou parecidos com os que o assistido está passando. Naquele momento o que importa é a pessoa que está em sua frente. Cada ser é uma individualidade e portanto, com suas ações e reações. Curso Para Formação de Entrevistadores Entrevistadores

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29) Evitar criar no assistido a expectativa quanto a consulta mediúnica; 30) Não dar ciência da percepção de vidência de espírito junto ao entrevistado (encosto). Não dizer ao entrevistado que ele é médium e por isso passa por isso ou aquilo; 31) Jamais concordar ou condenar o assistido por seus erros. MANTER-SE NEUTRO; 32) Quando questionado sobre os postulados espíritas, responder de maneira simples e rápida, sem pretender demover o assistido de suas convicções religiosas; 33) Não endossar críticas a outras Casas ou religiões.

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ESPECIALMENTE AOS ENTREVISTADORES Quando alguém busca uma casa espírita pela primeira vez, o faz movido por problemas e aspirações as mais diversas. Nessa ocasião o nível de expectativa é muito grande, principalmente quanto aos aspectos místicos e sobrenaturais. Ante esses nossos irmãos é nosso dever termos sempre a postura honesta em todos os sentidos. Somos trabalhadores da seara de Nosso Mestre Jesus Cristo, mas não deixamos de ser pessoas comuns. Assim, quem nos busca deve encontrar algum outro atrativo que substitua os paramentos, as indumentárias espalhafatosas, os adornos, os amuletos, os fenômenos espetaculares, as sessões de adivinhação, os cânticos, etc, que eles esperam encontrar também no Espiritismo, devido às reminiscências das práticas religiosas que experimentaram no passado. Outros atrativos a que deveremos dispensar nossas melhores atenções e depositar o que de melhor tivermos em nossos corações, são as maneiras diferentes e complementares com que devemos tratar os que procuram o Centro Espírita, criando no mesmo, bons climas de ACEITAÇÃO PLENA, CONFIANÇA ABSOLUTA e FRATERNIDADE INCONTESTE. Quem nos busca, espera de nós o devido e necessário respeito para com os seus problemas e pontos de vista. Não podemos menosprezar suas dificuldades com diagnósticos superficiais e até levianos, dizendo-lhes, por exemplo, que lhes falta fé, ou que seus problemas são frutos da sua invigilância, etc, quando na verdade existem tantos outros fatores de desequilíbrio que desconhecemos completamente. Compreendendo e aceitando aceitando as pessoas como elas são, não corremos corremos o risco de impingir-lhes a nossa maneira de ver as coisas, através de aconselhamentos gratuitos, desavisados e intempestivos. Vive o mundo numa profunda crise de confiança e credibilidade. Em toda parte existem os que abusam da confiança das pessoas, contribuindo para o descrédito generalizado dos homens e das instituições. Podemos conquistar a confiança das pessoas através da seriedade com que encaramos os nossos trabalhos, em todos os seus detalhes, sempre refletindo uma conduta firme no sentido de restabelecer a simplicidade, a autenticidade e as virtudes que marcaram as vivências cristãs dos primeiros dias. Assim, não podemos nos colocar na posição de criaturas especiais e nem tão pouco prometer curas e melhorias que não dependem só de nós, mas principalmente do próprio própr io assistido e do Plano Espiritual. Não possuímos para isso delegação especial do alto, nem tão pouco conhecemos o panorama cármico dos nossos companheiros. As vezes as doenças que eles carregam são os remédios amargos que necessitam para melhoria em termos definitivos. Não é verdadeiro, também, atribuir aos obsessores toda a problemática de quem nos busca. Este enfoque é perigoso, pois permitirá um desvio de atenção para os agentes invisíveis, quando na maioria das vezes as causas estão erradicadas no íntimos do próprio indivíduo que nos busca. Não se trata, pois, de “afastar obsessores”, mas sim de ajudar o assistido a melhorar, a ampliar, a aprofundar, a interiorizar suas virtudes cristãs para não atraí-los (os obsessores) novamente, o que se consegue com a verdadeira reforma íntima parra melhor. Nossas relações com os seres humanos têm se caracterizado de um modo geral, por um profundo desamor. Podemos e devemos criar no Centro Espírita um clima cli ma de fraternidade, paz e Amor. As pessoas p essoas se sentirão, assim, atraídas para p ara ali, onde buscarão identificar-se com novos ideais, mas elevados, mais verdadeiros, menos sofisticados, mais simples, mais iluminados e livres de dogmatismos incompreensíveis. Num ambiente que reconforta e que transmite calor humano e aceitação o nosso assistido se sentirá em melhores condições para retornar ao verdadeiro ROTEIRO TRAÇADO POR JESUS CRISTO. Flávio Focássio – Agosto 1983 Curso Para Formação de Entrevistadores Entrevistadores

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