Adam Smith Cap 3

July 3, 2019 | Author: Jauzão Pesca | Category: Capitalismo, Economia, Indústrias, Mercado (Economia), Sociologia
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Principior de Adam Smith Hunt...

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 Adam Smith (Escócia. 1723 – 1790), cientista social, foi o primeiro a elaborar um modelo abstrato completo e relativamente coerente da natureza, n atureza, da estrutura e do funcionamento do sistema capitalista.  A base de seus estudos estava nas relações entre as principais classes sociais, setores de produção, a distribuição da riqueza e da renda, comércio, circulação da moeda, processos de forma ção dos preços e processo de crescimento econômico. Contexto histórico Características socioeconômicas da Revolução Industrial (3 últimas décadas do século XVIII e começo do XIX): 1700 a 1770: rápido crescimento do mercado externo e menor para o interno, relativos aos produtos ingleses; 1700 a 1750: 7% de aumento da produção industrial interna e 76% para a externa. Resultado: Inovações tecnológicas em razão da busca do lucro, transformando radicalmente toda a Inglaterra e consequentemente o mundo.  Alto crescimento das principais cidades industriais industriais (população de Manchester passou de 17.000 habitantes, em 1760, para 237.000, em 1831, e para 400.000 em 1851).  A produção manufatureira foi quase duplicada, na segunda metade do século XVIII. XVIII. Em 1801, quase 30% da mão de obra inglesa estava empregada na indústria e na mineração; em 1831, esse percentual tinha subido para mais de 40%. Transformação da Inglaterra em um país com grandes centros urbanos industriais (o sistema fabril era dominante) conferindo-lhe a posição de maior potência econômica e política do s éculo XIX. Smith diante deste cenário: percebeu o alto o grau de divisão do trabalho, resultantes do aumento da produtividade. Percebeu que os lucros se destinavam ao capital industrial: salários, aluguéis e os lucros do capital comercial, resultando em três principais categorias funcionais de renda: lucros, aluguéis e salários, correspondentes a três classes sociais so ciais do sistema capitalista de sua época: capitalistas, proprietários de terras e operários “livres”, este último vivendo a partir da venda de sua força de trabalho em troca de um salário.  Assim, elaborou uma teoria para explicar a evolução dessa dessa forma de sociedade de classes e suas respectivas relações de poder. 

















Teorias de história e sociologia  A partir da análise das origens e do desenvolvimento do conflito de de classes na sociedade e da maneira pela qual o poder era exercido na luta entre elas, delimitou seu objeto na questão de que, segundo ele, os indivíduos agem de forma egoísta e em proveito próprio ou da classe à qual pertencessem, o conflito individual e o resultado desse comportamento, justificava-se justificava-se pelas “leis da natureza” ou da “divina providência”, o que chamou “mão invisível”, cuja função era guiar a conduta humana que, aparentemente, provocava conflitos, de modo a haver mais harmonia, ela não era um produto individual, era um fator das leis naturais. Essa teoria teoria sobre a “mão invisível” é considerada a maior contradição de sua obra.  A chave para a compreensão dos estágios das instituições sociais e governamentais governamentais estava no entendimento dos métodos de produção e distribuição das necessidades econômicas, a relação entre a  base econômica e a superestrutura social e política não era determinante. Todas as sociedades estavam em algum estágio, não as obrigando a passarem de um estágio para o seguinte, uma ocorrência sistemática se daria apenas diante de um conjunto de circunstâncias geográficas, econômicas e culturais resultando em uma evolução social progressista. O estágio da caça, como o estado mais baixo e rude da sociedade, tal como encontramos entre as tribos nativas da América do norte. Nessas sociedades, a pobreza e a precariedade da existência envolviam uma igualdade, na qual inexistia qualquer forma institucionalizada de poder ou  privilégios, porque a base econômica econômica necessária para esses privilégios e para esse poder não existia.  Portanto, nesse estado de coisas, não existe, existe, na verdade, soberanos ou comunidade. comunidade. O estágio imediatamente mais elevado era o do pastoreiro, um estado mais avançado da sociedade, tal como encontramos entre os tártaros e os árabes. A economia permitia maiores agrupamentos sociais. A  produção baseava-se na domesticação de animais animais e a criação exigia uma existência nômade.

Uma vez que uma forma de riqueza pode ser acumulada – o gado. E com isso a necessidade de criar uma proteção institucionalizada do privilégio e do poder. Para Smith o governo civil foi instituído para defender o rico do pobre ou os proprietários daqueles que nada possuem, demonstrando que propriedade de grandes áreas de terra era a fonte de poder social e político, dividindo as pessoas entre governado e governantes. Um novo ambiente político e de desenvolvimento social deu-se nas cidades, no qual os produtores detinham maior liberdade, estendendo seus direitos de propriedade permitindo a criação de riqueza própria e não para um senhor, desencadeando a vontade de acumular riquezas materiais, gerando a ilusão de que a felicidade pessoal era fruto, principalmente, da riqueza material.  A vontade de comprar produtos levou os senhores a aumentar a eficiência, dispensando os colonos desnecessários, o resultado foi o desenvolvimento da indústria, da agricultura (mais eficiente) e consequentemente uma Sociedade Capitalista, considerada por Smith, a forma mais elevada e progressista da sociedade humana. Embora esse resultado não tenha sido gerado intencionalmente, pois mesmo tendo trazido resultados positivos quanto à economia, trouxe também grandes divisões de classe, determinada pela propriedade e sua respectiva fonte de renda, gerando status de classe social, desmerecendo o trabalho – dentre as três classes sociais – como o único criador de valor ou riquezas, colocando no topo da pirâmide o Capitalista “Não foi com o ouro nem com a prata, mas com o trabalho, que toda a riqueza do mundo foi comprada pela primeira vez” Teoria do Valor Em todas as sociedades, o processo de produção pode ser reduzido a uma série de esforços humanos. Os homens, em geral, vivem de maneira a transformar o ambiente natural de uma forma que lhes seja mais conveniente. A contribuição do trabalho é a contribuição humana na produção. O produtor de um tear contribui com uma das várias séries de despesas com o trabalho, que culminam na produção de tecido, ou seja, o tear é uma espécie de produto intermediário que pode ser visto como uma determinada quantidade de tecido produzida. Esse é o ponto de partida da teoria do valor-trabalho “o trabalho era o primeiro preço, o dinheiro da compra inicial que era pago por tod as as coisas”. O pré-requisito para qualquer mercadoria ter valor era que ela fosse o produto do trabalho humano, este  valor é determinado pela quantidade de trabalho presente na mercadoria, seu preço de mercado era o  verdadeiro preço da mercadoria, regulado pela relação entre a quantidade que os vendedores queriam  vender e a quantidade que os compradores queriam comprar: oferta e da demanda. Uma procura pequena, em relação à oferta, e o preço de mercado mais baixo do que o preço natural, fariam com que os lucros ficassem abaixo da média socialmente aceita. Esses lucros baixos induziriam alguns capitalistas a sair da indústria e investir seu capital em outras, nas quais a taxa de lucro fosse maior, reduzindo a oferta e aumentando o preço da mercadoria, em um processo contínuo até o preço de mercado ter sido elevado a ponto de atingir o preço natural. O preço natural era o preço de equilíbrio (custos de produção), estabelecido pelas forças de oferta e demanda, assim, as flutuações do preço tenderiam a ficar em torno do preço natural. A melhor medida do valor, era a quantidade de trabalho que qualquer mercadoria poderia oferecer em uma troca. Teoria do bem-estar econômico Orientada para políticas, cuja preocupação era identificar as forças sociais e econômicas que mais promoviam o bem-estar humano, dependente da quantidade do “produto do trabalho” anual e do “número dos que deveriam consumi-lo”, podendo ser aumentado à medida que a composição do produto a ser consumido correspondesse mais às necessidades e aos desejos dos que o comprassem e o usassem.  A produção de mercadorias exigia: Três grupos de insumos: a terra (e os recursos naturais), o trabalho e o capital. Três principais classes sociais do capitalismo: os proprietários de terr as, os trabalhadores e os capitalistas (cada uma das classes sociais recebia uma forma distinta de remuneração monetária: aluguéis, salários e lucros, respectivamente). O nível de produção de qualquer sociedade dependia do número de trabalhadores produtivos e do nível de sua produtividade, que, por sua vez, dependia da especialização ou da extensão da divisão do trabalho. 



Como a acumulação de capital tem pela própria natureza das coisas, que anteceder a divisão do trabalho, o trabalho pode ser cada vez mais subdivido, mas somente na produção do acúmulo de capital. A quantidade de matérias-primas com a qual o mesmo numero de pessoas pode trabalhar aumenta em grandes proporções, à medida que o trabalho se subdivide cada vez mais e à medida que o trabalho de cada trabalhador se vai reduzindo gradativamente a um grau maior de simplicidade, são inventadas várias máquinas novas para facilitar e abreviar o trabalho.  A acumulação de capital teria sido a principal fonte de progresso econômico, onde o trabalho era uma fonte de lucros e de maior acumulação, logo uma fonte de progresso econômico. O autor propôs duas definições de trabalho produtivo: Os trabalhadores eram produtivos, quando seu trabalho resultava em renda para os capitalistas, suficiente para recuperar os custos dos salários, permitindo, ainda, que sobrasse lucro. Os trabalhadores cujo trabalho estivesse incorporado a uma mercadoria palpável e que pudesse ser  vendida eram produtivos. Estas definições procuravam distinguir os trabalhadores que contribuíam para o processo de acumulação de capital daqueles que meramente vendiam seus serviços a pessoas ricas ou ao governo, sendo este uma espécie de “servidores inferiores”, cujos serviços, não resultavam na geração de lucros nem na acumulação de capital, não promovendo o progresso econôm ico, era um trabalho improdutivo. Depois da produção agrícola ter-se transformado num “sistema de liberdade natural”, o capital seria destinado à indústria, trazendo desenvolvimento ao cenário industrial interno, que contribuiria mais para o bem-estar humano, em lugar do comércio exterior. O fluxo de capital para a indústria interna num “sistema de liberdade natural”, formulou a proposição de que em um mercado livre os atos egoístas dos indivíduos são dirigidos, como que por uma “mão invisível”, para a maximização do bem estar econômico. Todo indivíduo que emprega seu capital na promoção da indústria interna esforça-se para que o  produto desta indústria tenha o maior valor possível. O produto da indústria é o que ela adiciona às matérias primas por ela utilizadas. Na medida em que o valor desse produto seja grande ou pequeno, os lucros do empregador serão grandes ou pequenos, mas é apenas visando ao lucro que alguém emprega um capital na indústria, e portanto, ele sempre se esforçará para empregá-lo na indústria cujo produto tinha probabilidades de ter o maior valor ou de poder ser trocado pela maior quantidade de moeda ou de outros bens. A receita anual de toda sociedade, porém, é sempre precisamente igual ao valor de troca de todo o produto anual de sua indústria. Portanto, quando o indivíduo se esforça o mais que pode, não só para empregar seu capital na indústria interna, como também para que seu  produto tenha o maior valor possível, trabalha, necessariamente, no sentido de aumentar o máximo  possível a renda anual da sociedade. Na verdade, ele geralmente não pretende promover o interesse  publico, nem sabe até que ponto o está promovendo. Preferindo aplicar na indústria interna, e não na externa, só está visando à sua própria segurança; dirigindo a indústria de tal maneira que seu  produto possa ter o maior valor possível, só está querendo promover seu próprio interesse e está, neste e em muitos outros casos, sendo levado por uma “mão invisível” a promover um fim que não  fazia parte de sua intenção. Cuidando do seu próprio interesse, o indivíduo, quase sempre, promove o interesse da sociedade mais eficientemente do que quando realmente deseja promovê-lo.  As atitude do governo quanto à intervenções, regulamentações, concessões de monopólio ou subsídios especiais, tenderiam a investir mal o capital e a diminuir sua contribuição para o bem-estar econômico, restringindo os mercados, reduzindo as taxas de acumulação de capital e diminuindo a extensão da divisão do trabalho e ainda o nível de produção social. Os mercados livres e em concorrência dirigiriam o emprego de capital para as indústrias em que ele fosse mais produtivo e fariam (através da “mão invisível”) com que a maximização egoísta do lucro fosse para canais socialmente úteis, produzindo mercadorias que as pessoas precisassem e mais desejassem. Smith acreditava em uma economia de mercado concorrêncial, laissez-faire [1] e capitalista, o livre mercado dirigia todos os atos egoístas, aquisitivos e voltados para o lucro para um “sistema óbvio e simples”, socialmente benéfico e harmonioso “de liberdade natural”. O governo, s egundo o autor, teria funções pontuais: O homem de governo que tentasse dirigir as pessoas dizendo como elas deveriam empregar seu capital não só ficaria sobrecarregado com uma tarefa de todo desnecessária, como também assumiria uma autoridade que não poderia ser confiada a uma única pessoa, nem mesmo a um conselho ou a um senado, e que em nenhum outro lugar seria tão perigosa quando nas mãos de um homem que fosse suficientemente louco e presunçoso para julgar-se apto para exercê-la. 



 As três funções do governo:  



Proteger a sociedade da violência e da invasão; Proteger, na medida do possível, todo membro da sociedade da injustiça e da opressão; e Fazer e conservar certas obras públicas, cuja criação e manutenção nunca despertariam o inter esse de qualquer indivíduo ou de um grupo de indivíduos.

Conflito de classe e harmonia social  A “mão invisível” solucionava automaticamente os conflitos superficiais ou aparentes para a felicidade humana. O trabalho, como o único criador original de valor, em que os trabalhadores tinham de dividir seus resultados com outras duas classes, que reivindicavam a propriedade garantindo-lhes “o direito de colher o que não tinham plantado”. Os salários eram determinados por uma luta econômica, social e política entre trabalhadores e capitalistas, sendo os últimos os maiores beneficiários, em razão da atitude do governo de “proteger os ricos dos pobres”.

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