acessorios de detonação

June 26, 2018 | Author: paulinha11 | Category: Time, Fires, Explosive Material, Electricity, Electrical Network
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Sumário

Introdução

2 - ACESSÓRIOS PARA DETONAÇÃO Os acessórios para detonação de emprego usual são os estopins, as espoletas simples e as elétricas, cordel detonante, retardos para cordel detonante, reforçadores e sistemas não elétricos (S.N.E.).

2.1 - Estopim Estopim é essencialmente um filamento de pólvora enrolado e protegido por fio ou fita que pode ser ou não alcatroado (com algodão), encerando ou com revestimento plástico. A propriedade principal dos estopins é queimar com velocidade constante e conhecida, produzindo na extremidade oposta a em que foi aceso, um sopro ou chama capaz de provocar a detonação da espoleta. De acordo com as normas brasileiras, o estopim deve ter um tempo de queima de 100 a 140 segundos por metro e resistir a 1 hora de imersão em água. São condutores de energia.

2.2 – Espoletas Simples São acessórios destinados a iniciar a detonação de explosivos encartuchados cordéis ou S.N.E. Consistem em uma cápsula de alumínio contendo uma carga primária, sensível à chama e uma carga secundária cuja explosão inicia a detonação da “massa” explosiva. São, portanto, detonadores.

2.3 – Conjunto Espoleta/Estopim É um estopim de comprimento definido, tendo numa extremidade ESPOLETA , e na outra uma massa de acendimento rápido, acionado por chama. O amolgamento executado através de equipamento de precisão, oferece garantia de uma iniciação perfeita. Vantagens no uso de BRITAPIM

 ®  ESPOLETADO: • Economia de tempo de operação. • Redução do número de falhas devido ao amolgamento perfeito • Rapidez no acendimento, proporcionando maior segurança. • Redução nas perdas do estopim por falha de corte ou sobras não utilizáveis.

• Eliminação do risco de acidentes, na operação de amolgamento da espoleta ao estopim, devido ao uso de ferramentas inadequadas ou manuseio incorreto.

2.4 – Espoleta Elétrica Constituída por uma resistência elétrica envolta em pólvora negra (Squibb) coloca junto a um explosivo primário (Azida de Chumbo) justaposto a um explosivo secundário (nitropenta). Existem dois tipos de espoletas: Instantânea e de Retardo. Na de retardo, existe um elemento de espera que atrasa a detonação; a utilização deste tipo de espoleta permite a detonação de cargas explosivas segundo uma seqüência, permite o controle das vibrações, a melhoria da fragmentação, entre outras vantagens.

Recomendações de uso: a) Utilizar fonte e energia adequadas; b) Manter a espoleta em curto–circuito até sua aplicação; c) Utilizar, num mesmo desmonte, espoletas de um só fabricante.

2.5 – Espoleta Eletrônica Hotshot, sistema de iniciação digital autoprogramável para desmonte. Desenvolvido pensando no Blaster, Hotshot é simples de entender, fácil de conectar e flexível para diversos tipos de malhas de desmonte.

O detonador HotShot é composto das seguintes partes: •Detonador HotShot; •Cabo descendente HotShot; •Cabo de superfície HotSHot; •Conector macho; •Conector fêmea; •Tagger; •Caixa de controle; •Chave de disparo; Veja fotos na página seguinte:

Caixa de controle

Tagger 

Detonador 

Controlador de linha

Chave de disparo

Controlador auxiliar 

Controlador de Bancada

2.6 – Sistema Não Elétrico É composto de um tubo oco de plástico flexível, translúcido, resistente e de pequeno diâmetro, cujas paredes internas são revestidas por uma camada fina de material pirotécnico não explosivo. Devidamente iniciado, produz um plasma gasoso que percorre o interior do tubo, sensibilizando o elemento de retardo da espoleta, dando seqüência ao processo de detonação na forma como o conhecemos.

Tipos mais usados: • Iniciador ou Zero: Ideal para iniciar fogos a uma distância segura, desmontes secundários e corte de granito ornamental. • Coluna ou CA: Utilizado no interior da mina, preferencialmente com espoleta colocada no fundo da mesma. • Túnel: Para aplicações específicas em túneis e galerias, em substituição ao sistema elétrico. • Carbo: Ideal para minas de carvão e galerias de pequena seção, com vantagens no manuseio e segurança. • Ligação ou HTD: Para ligações de linha tronco nos desmontes a céu aberto.

Características: • Dimensões: diâmetro interno – 1,5 mm; • Diâmetro externo – 3,0 mm; • Misto pirotécnico gerador de plasma: 8 a 12 mg/m; • Velocidade de transferência de plasma: 1.000 m/s a 2.000 m/s; • Elemento de iniciação: espoleta simples, cordel detonante e acionador  específico;

• Absoluta segurança – insensíveis ao atrito, choque e impacto sob condições normais de trabalho em minas ou obras; • Não é iniciado por transmissões de rádio – freqüência, correntes parasitas ou energia estática; • Ausência de ruído e circuitos elétricos.

2.7 Cordel Detonante Tem por finalidade iniciar cargas explosivas em função da detonação de seu núcleo; portanto não transmite chama como o estopim de segurança, mas garante a detonação de toda uma coluna de carga explosiva. Consiste num núcleo cilíndrico de explosivo (Nitropenta) envolvido por uma camada protetora de fibras têxteis e PVC que lhe assegura resistência à tração, impermeabilização à água, óleo e outros líquidos. A explosão do núcleo do cordel detonante precisa ser iniciada por uma espoleta. Sua velocidade de detonação é da ordem de 7.000 m/s.

2.7.1 Desenvolver uma carga linear ideal para aplicação: Este produto foi desenvolvido para o mercado de rochas ornamentais brasileiras.

O Brasil é o 5º maior produtor mundial de rochas ornamentais; desenvolvimento de um Cordel mais maleável para inserção nos furos;

2.8 Retardos Para Cordel Detonante As detonações realizadas com cordel detonante podem ser retardadas convenientemente pela aplicação do elemento de retardo para cordel detonante. Este consiste de um tubo plástico, no qual em suas extremidades é preso o cordel. Dentro do tubo são colocadas duas cargas explosivas e dois elementos de retardo. A detonação de uma das pontas do cordel se propaga à carga explosiva contínua, a qual inicia o elemento de retardo do outro lado. O tempo de queima deste é necessário para o retardamento na detonação. Quando o elemento de retardo acaba de queimar, provoca a detonação imediata da carga a seu lado, a qual se transmite ao resto da linha – tronco. Existem retardos de 5, 10, 20, 30, 50 e 100 mili–segundos (ms), dentre outros. O tipo de retardo escolhido dependerá do plano de fogo. A ligação do retardo é muito simples. Basta que nos pontos adequados cortemos a linha - tronco e a prendamos no retardo por meio de cunhas plásticas nele existentes. Desta forma não será necessário fazer–se qualquer nó, tornando–se o encaixe mais econômico. Os elementos de retardo devem ser ligados o mais próximo possível da linha de furos que irá ser detonada com atraso. Por precaução, devem ser introduzidos na linha - tronco apenas pouco antes de efetuar–se a detonação. Além disso, como as suas cargas explosivas podem ser detonadas por um forte impacto,

deverão ser protegidos durante o trabalho, em local seguro, para evitar que caiam sobre os mesmos, pedras ou objetos pesados.

2.8.1 A Função dos Retardos e suas Vantagens O retardo é um dispositivo criado para fornecer uma diferença de tempo entre dois segmentos de uma ligação detonada simultaneamente; originando uma seqüência de detonação dos furos em um plano de fogo. A utilização de retardos numa detonação proporciona os seguintes efeitos: Retardos entre linhas: • O uso de retardos entre linhas facilita o lançamento do material, propiciando uma pilha de material mais baixa e espalhada; • O alívio criado entre a linha da frente e a linha de trás, melhora o arranque do fundo do furo, diminuindo o surgimento de repé e problemas de ultraquebra; • A diferença de tempos entre os furos provoca uma diminuição na onda de choque, dispersada no maciço rochoso, diminuindo a vibração do terreno. Retardos entre furos de uma mesma linha: • Melhora da fragmentação; • Diminuição da vibração do terreno; • Diminuição do lançamento horizontal.

A escolha dos tempos de retardos

Saber escolher os tempos de retardos a serem utilizados numa detonação é uma tarefa que requer sobre tudo experiência e conhecimento do comportamento do maciço a ser desmontado. Por isto, o resultado de cada detonação deve ser analisado com cuidado e as observações anotadas nos planos de fogo, juntamente com o croqui da ligação, pois servirão de dados para as próximas detonações. Normalmente, pode-se dizer, que para os retardos entre linhas, quanto maior o tempo de retardo, maior o alívio e conseqüentemente maior à distância de lançamento. No caso de retardos entre furos da mesma linha, quanto maior o tempo de retardo menor à distância de lançamento perpendicular á linha detonada. Retardos de maior tempo podem ser utilizados nos furos do canto para gerar  um maior alívio da frente destes furos, melhorando o arranque desta porção mais engastada e diminuindo a ultraquebra lateral. Outro caso especial onde o uso de retardos é bastante útil é nas detonações onde o comprimento da face livre é muito pequeno em relação a maior  dimensão da área a ser detonada; como nos casos do fogo de trincheira. Geralmente, as seguintes observações são válidas: • Menores tempos de retardo causam pilhas mais altas e mais próximas a face; • Menores tempos de retardo causam mais a quebra lateral do banco (end break); • Menores tempos de retardo causam onda aérea; • Menores tempos de retardo apresentam maior potencial de ultralançamento (fly rock); • Maiores tempos de retardo diminuem a vibração do terreno;

• Maiores tempos de retardo diminuem a incidência da quebra para trás (back break).

2.9 Reforçadores ou Boosters A espoleta antes descrita não tem capacidade de iniciar agentes detonantes ou explosivos pouco sensíveis ao choque. Há, por isso, necessidade de ser usado outro iniciador de maior potência. Para explosivos pouco sensíveis, como ANFO e nitrocarbonitratos em geral, a brisância das espoletas não é suficiente, e há necessidade do uso de reforçadores ou boosters. O reforçador normalmente é utilizado em conjunto com o cordel detonante e ou S.N.E (Brinel) consta de dois elementos explosivos: o primário, ou cerne, que é iniciado pelo cordel e o secundário, ou amplificador, que dá a brisância necessária ao conjunto. Os reforçadores são fabricados em diversos diâmetros de acordo com o diâmetro do furo no qual será utilizado e em variadas gramaturas (Britex SS 30g, Britex 150g, Britex 250g, Britex 350g, Britex 450g e o Britex 1000g). Este possui um furo, através do qual se faz passar o Cordel ou Brinel. O número de reforçadores em cada furo, e a distância entre os mesmos, é determinado no plano de fogo.

Conclusão

Bibliografia

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