ABREU, Cristiano Nabuco de. Síndromes psiquiátricas: diagnóstico e entrevista para profissionais de saúde mental. Porto Alegre (RS): Artmed, 2006

July 7, 2019 | Author: Cris Souza Lopes | Category: Psychiatry, Thought, Psychology & Cognitive Science, Mental Disorder, Mind
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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ - UNIVALI CURSO DE PSICOLOGIA DISCIPLINA: PSICOLOGIA CLÍNICA - 7º MATUTINO PROFESSOR: GIOVANA STÜHLER ALUNAS: CRISLENE IMHOF

 ABREU, Cristiano Nabuco Nabuco de. Síndromes psiquiátricas: diagnóstico diagnóstico e entrevista para profissionais de saúde mental. Porto Alegre (RS): Artmed, 2006.

Diagnóstico Psiquiátrico O termo diagnóstico vem do grego e refere-se ao reconhecimento do todo através de suas partes e objetiva identificar uma doença ou um transtorno. A única forma de identi identific ficar ar as causa causas, s, os mecani mecanismo smos, s, a evo evoluç lução ão da doe doença nça e a melhor melhor con condut dutaa terapêutica a ser utilizada é por intermédio do diagnóstico psiquiátrico. A partir da anamnese (levantamento da história do desenvolvimento do paciente) a complexidade dos fenômenos apresentados deve ser reduzida à sua essência e alocada em uma ou mais categorias de acordo com critérios previamente estabelecidos. Ao se fala falarr em diag diagnó nóst stic icoo é rele releva vant ntee rela relata tarr sobr sobree dois dois conc concei eito tos: s: a confia con fiabil bilida idade de que diz respei respeito to a qua qualid lidade ade da classi classific ficaç ação ão dos dos fenôme fenômenos nos,, ond ondee diferentes avaliadores cheguem ao mesmo diagnóstico e que esse diagnóstico apresente resultados iguais em circunstâncias distintas; e a validade que reporta a qualidade, à força que um instrumento diagnóstico é capaz de se reportar ao que realmente está acontecendo. História Clínica e Etiologia Para que o profissional tenha sucesso na sua entrevista clínica inicial e consigo atin atingi girr seus seus obje objeti tivo voss prin princi cipa pais is é de suma suma impo importâ rtânc ncia ia que que ele ele cons consig igaa obte obter  r  informações para o diagnóstico clínico, para o conhecimento da dinâmica afetiva do  paciente e para uma melhor intervenção intervenção e planejamento planejamento terapêuticos. História Psiquiátrica  No momento da entrevista o entrevistador deve auxiliar o paciente em relação à melhor melhor forma forma de con contar tar a sua histór história ia interr interromp ompend endoo o entrev entrevist istad adoo soment somentee se necessário. A história inicial inclui os dados sociodemográficos do paciente, a queixa  principal e a história desta, os antecedentes mórbidos pessoais, os antecedentes antecedentes mórbidos familiares e os aspectos psicológicos psicológicos da história de vida do paciente. O paciente deve falar livremente sobre seus sintomas e com o decorrer da anamnese o profissional deve realizar perguntas específicas a síndrome psiquiátrica apresentada. É importante que o paciente informe se já realizou algum tratamento, inte interv rven ençã çãoo psiq psiqui uiát átri rico co ou psic psicol ológ ógic icoo e se faz faz ou fez fez uso uso de medi medica came ment ntos os  psiquiátricos. Deve-se investigar sobre os antecedentes pessoais do paciente, perguntar sobre tentativas de suicídio, autolesões e heteroagressividade, uso de substâncias psicoativas, episód episódios ios psiqui psiquiátr átrico icoss anter anterior iores es,, abu abuso so físico físico ou sexual sexual e proble problemas mas legais legais.. Os aspectos não-psiquiátricos também devem ser averiguados, deve-se pesquisar patologias como hipertensão arterial, diabete melito, meningite, tuberculose e AIDS. Traumatismo cranioencefálico, cranioencefálico, convulsões e disfunção tireoidiana também devem ser investigados.

Em relação aos antecedentes familiares é importante que o profissional se informe sobre a presença de transtornos psiquiátricos na família, além disso, deve-se descrever o relacionamento e a dinâmica familiar. No que diz respeito aos aspectos psicológicos da história de vida do paciente, alguns pontos devem ser questionados: comportamento durante a infância (relacionamento com os pais, irmãos e amigos), rendimento escolar, sexualidade, aceitação de responsabilidades, relacionamento profissional e relacionamento conjugal. A etiologia dos transtornos psiquiátricos pode ser considerada multifatorial, levando em consideração os fatores biológicos, psicológicos e sociais. Exame Psíquico A análise do estado mental do paciente realizada por contato pessoal ocorre por  meio de uma entrevista aberta intitulada exame psíquico. A mesma objetiva uma avaliação global de todas as funções mentais do indivíduo e delimita o início da relação terapêutica. Aparência e comportamento: diz respeito à impressão geral que se tem do  paciente. Elementos como aparência física, maneira de se comportar, modo de se vestir  e expressões não-verbais podem fornecer informações importantes antes mesmo de o diálogo iniciar. Geralmente o exame completo do funcionamento mental inicia-se após esse primeiro contato, levando em consideração os aspectos coletados. Consciência: o exame global do estado mental inicia com a avaliação da consciência do paciente, a mesma diz respeito a toda atividade psíquica. É utilizada para descrever quanto o paciente está acordado, alerta ou vigilante, ou seja, o quanto o mesmo está apto a perceber o que está ocorrendo dentro e fora de si mesmo. O estado de consciência pode variar desde o paciente estar acordado ou em um estado de coma  profundo. Atenção e orientação: refere-se a capacidade de concentrar a atividade mental em um determinado aspecto do ambiente e coletar, armazenar e processar informações a seu respeito. O adequado funcionamento da atenção é fundamental para que o indivíduo se oriente no ambiente. Existe a orientação espacial – quando o indivíduo consegue identificar em que local está; e a orientação temporal – diz respeito ao sujeito saber em que dia, mês, ano, dia da semana e hora em que se encontra. Sensopercepção: fundamenta-se na capacidade de perceber e sentir, refere-se à função dos diferentes órgãos dos sentidos. Quando o sujeito possui uma resposta sensorial adequada ao estímulo que recebeu o mesmo possui uma percepção normal, já quando possui uma anormalidade da sensopercepção o mesmo percebe o ambiente de forma distorcida. A percepção na ausência de estímulo é chamada alucinação e pode envolver qualquer sistema sensorial. Pensamento: é analisado e classificado de acordo com a sua forma e seu conteúdo. A forma refere-se à maneira como o conteúdo do pensamento é expressado e está associada à velocidade e ao encadeamento das ideias. A análise do conteúdo do  pensamento leva em conta o significado das ideias expressas pelo paciente.

Juízo e crítica: Juízo é a capacidade de julgar os eventos ao redor, valorizando-os de forma adequada. Já a crítica refere-se à capacidade do indivíduo de julgar o próprio estado. A interpretação delirante é uma anormalidade na capacidade de julgamento ou  juízo do paciente. Alterações da crítica são encontradas nos pacientes delirantes que não reconhecem o caráter irreal ou absurdo das suas crenças ou que não percebem inadequação de suas atitudes. Memória: diz respeito à capacidade do indivíduo de reter informações acerca das experiências vividas e evocá-las na medida da necessidade. O exame do estado mental dá principal importância à memória explícita, a mesma refere-se à capacidade do indivíduo de reter informações biográficas e factuais que possam ser recuperadas voluntariamente. Afetividade: busca-se avaliar a natureza do contato afetivo que o paciente é capaz de manter com o examinador. Espera-se, em primeiro lugar, que ele seja capaz de sentir  e expressar emoções de forma adequada. O embotamento afetivo diz respeito à incapacidade se sentir emoções com intensidade adequada ao estímulo. A labilidade afetiva é quando o indivíduo oscila bruscamente o seu estado de humor. Pragmatismo: é a capacidade do indivíduo de realizar atividades práticas, como cuidar da aparência, higiene e alimentação. O pragmatismo adequado depende essencialmente de uma volição ou vontade preservada para a realização de tais atos.

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