ABNT - Inspeção e ensaio de elevadores

March 1, 2019 | Author: Claudio Moreira | Category: Car, Machines, Forklift, Electricity, Combustion
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Projeto 04:010.07-003 Elevadores elétricos - Inspeções e ensaios SET 2003

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar  CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro - RJ Tel.: PABX (21) 3974-2300 Fax: (21) 2240-8249/2220-6436 Endereço eletrônico: www.abnt.org.br 

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Origem: ABNT/CB-04 - Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos CE-04:010.07 - Comissão de Estudo de Inspeção e Ensaios de Elevadores 04:010.007-003 – Inspections and tests of electric elevators (lifts) Descriptors: Elevator. Lift. Inspection. Test Esta Norma cancela e substitui as MB 129:1955 e MB 130:1955 Válida a partir de Palavras-chave: Elevador. Inspeção. Ensaio

134 páginas

Sumário Prefácio 1 Objetivo 2 Referências normativas 3 Definições 4 Considerações gerais 5 Inspeção e ensaios de aceitação 6 Inspeções e ensaios de rotina 7 Inspeções e ensaios periódicos ANEXOS A Folgas para elevadores elétricos B Construções típicas de cabos de aço C Tipos de freios de segurança e limitadores de velocidade D Manuseio e chumbação de cabos de aço E Relatórios de resultados de inspeção e ensaios F Operação da porta relativa à operação do carro G Requisitos para modernização, atualização, modificação relevante, instalação colocada fora de serviço, de elevadores elétricos instalados em edifício existente H Cálculo e disposições construtivas Prefácio A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros). Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pública entre os associados da ABNT e demais interessados. Esta Norma contém os anexos A, E, G e H, de caráter normativo, e os anexos B, C, D e F, de caráter informativo.

1 Objetivo Esta Norma estabelece a inspeção de aceitação, a inspeção de rotina e a inspeção periódica, bem como os ensaios aplicáveis a cada caso, de elevadores existentes não abrangidos pela NBR NM 207 de forma a garantir o desempenho previsto do equipamento, sem prejuízo do atendimento de disposições constantes em normas e regulamentos específicos e na legislação aplicável.

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2 Referências normativas As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão, recomenda-se recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento. NBR 5410:1997 Instalações elétricas de baixa tensão NBR 5666:1977 Elevadores elétricos - terminologia NBR 14364:1999 Elevadores e escadas rolantes - Inspetores de elevadores e escadas rolantes - Qualificação NBR NM 207:1999 Elevadores elétricos de passageiros - Requisitos de segurança para construção e instalação

3 Definições Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições:

3.1 inspeção e ensaios de rotina : Exame e funcionamento do equipamento por um inspetor, a intervalos especificados, para verificar concordância com as exigências desta Norma. 3.2 inspeção e ensaios periódicos : Inspeção e ensaios de rotina mais exame e funcionamento detalhados adicionais do equipamento a intervalos especificados, testemunhados por um inspetor para verificar a concordância com as exigências desta Norma. 3.3 inspeção e ensaios de aceitação: Inspeção e ensaios iniciais de equipamento novo ou modificado por um inspetor, antes de colocar o elevador em serviço normal, para verificar a concordância com as exigências desta Norma. 3.4 modernização: Benfeitoria em elevador existente, no intuito de adequá-lo a padrões visando conforto e/ou embelezamento. 3.5 atualização: Modificação em elevador existente, no intuito de adequá-lo a padrões de tecnologia mais recente visando melhoria no desempenho e/ou na segurança. 3.6 modificação relevante: Modificação de importantes itens da instalação do elevador quanto ao aspecto de segurança, tais como: - aumento da carga nominal; - aumento da velocidade nominal; - aumento do peso do carro; - aumento ou diminuição do percurso; - troca do tipo de operação ou controle; - troca da quantidade ou do diâmetro dos cabos de tração; - troca no tamanho ou tipo de guias; - troca ou mudança de tipo do pára-choque no carro ou no contrapeso; - troca ou mudança de tipo ou adição de freio de segurança no carro ou no contrapeso; - troca ou mudança de tipo ou adição de limitador de velocidade no carro ou no contrapeso; - troca do tipo de dispositivos de travamento das portas de pavimento; - troca ou mudança de tipo de máquina de acionamento ou polia motriz.

3.7 instalação colocada fora de serviço : Instalação cujas linhas de alimentação elétrica foram desligadas através do interruptor principal e cujos cabos de tração foram removidos, cujos carro e contrapeso estão apoiados no poço e cujas portas de pavimento estão permanentemente bloqueadas ou lacradas na posição fechada pelo lado interno da caixa. 3.8 edifício existente: Edifício que é usado ou já foi usado antes que o pedido do elevador tenha sido feito. Um edifício cuja estrutura interna tenha sido completamente renovada é considerado um edifício novo. NOTA - Outros termos técnicos aqui mencionados estão definidos nas normas referenciadas na seção 2.

4 Considerações gerais Os inspetores devem possuir as qualificações relacionadas na NBR 14364.

4.1 Segurança pessoal dos inspetores Os inspetores devem estar atentos ao fato de que existem muitos riscos de acidentes na inspeção de elevadores. Os inspetores devem estar convenientemente vestidos antes de iniciar a inspeção. O uso de roupas folgadas deve ser  evitado. Gravatas e adornos assemelhados são proibidos. Mantenha botões, particularmente aqueles do punho, abotoados. O inspetor deverá sempre estar atento para objetos móveis e, quando no topo do carro, para contrapesos, projeções na caixa, tais como vigas, carros adjacentes, cames e qualquer outro equipamento ligado diretamente ou montado na caixa. A folga superior do topo da caixa, onde carros se movem em espaços superiores limitados, limitados, possui alto potencial de risco de acidentes, quando os inspetores estão no topo do carro. De modo semelhante, quando se trabalha no poço, o inspetor deve

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sempre observar a posição do carro e também manter-se livre do contrapeso descendente do elevador inspecionado e daquele do elevador adjacente. A chave geral de força deve ser desligada quando for possível. Antes de iniciar a inspeção de um elevador, o inspetor deve primeiro assegurar-se de que dispositivo de operação, botão de emergência e quaisquer outros dispositivos ou interruptores de segurança estão em posição apropriada de trabalho e em posição apropriada para inspeção. Onde providas operações com ascensorista e dual, o interruptor de mudança de função deve estar na posição de modo que o elevador somente possa ser operado de dentro da cabina. Antes de inspecionar um elevador de um grupo ou elevadores de operação automática em grupo, deve-se inspecionar o elevador isolado da operação em grupo. Quando for provido meio de comunicação no carro, verificar se esteja funcionando. Onde provida botoeira de inspeção no topo do carro, deve-se usá-la para operar o carro quando estiver em cima do carro ao invés de depender de um operador na cabina. Os inspetores nunca devem entrar em poços que contenham água. Para práticas de segurança adicionais, ver "Precauções de segurança" esboçadas nas subseções aplicáveis desta Norma.

4.2 Atribuições dos inspetores As atribuições dos inspetores são as seguintes: a) ao fazer inspeções de aceitação de instalações, determinar se todas as partes da instalação atendem aos requisitos desta Norma e se os dispositivos de segurança requeridos funcionam de modo como lhes é requerido; b) ao fazer inspeções de rotina, ou inspeções e ensaios periódicos de instalações existentes, ou de instalações modificadas antes de elas terem sido aprovadas para operação pela autoridade competente, determinar que o equipamento está em condições de operação segura, não foi modificado senão para conformar-se com a norma aplicável e seu desempenho está de acordo para os ensaios requeridos; c) relacionar os resultados de sua inspeção em concordância com esta Norma. Não é função ou atribuição de inspetores fazer quaisquer reparos ou ajustes no equipamento.

4.3 Preparativos para inspeção O inspetor deve certificar-se de que foram tomadas as seguintes providências antes da inspeção ou ensaio: a) há pessoal qualificado para realizar os ensaios especificados especificados nesta Norma; Norma; b) há pessoa habilitada à operação do elevador para prestar-lhe prestar-lhe assistência assistência durante a inspeção.

4.4 Equipamento recomendado 4.4.1 Inspeção e ensaios de rotina. É recomendado o seguinte equipamento: a) lanterna com carcaça de material não condutor de eletricidade, para inspecionar inspecionar cabos de aço aço e outro equipamento em locais onde a luz natural ou artificial não seja disponível; b) régua de 2 m de material não condutor; c) conjunto de calibradores de várias espessuras; espessuras; d) martelo pequeno, preferivelmente preferivelmente do tipo de pena esférica esférica com 0,2 kg; e) giz ou lápis; f) espelho pequeno de metal, para examinar cabos de aço ou outras peças ou equipamentos equipamentos normalmente inacessíveis; g) capacete de segurança; h) paquímetro; i) gabarito de ranhura de polia;   j) exemplar desta Norma.

4.4.2 Inspeção e ensaios de aceitação e periódicos Em complementação ao equipamento especificado para inspeções de rotina, os seguintes são recomendados: a) cronômetro; b) trena de 15 m não condutora de eletricidade; c) tacômetro, para medir velocidades; d) aparelho(s) para testar continuidade de terra, fase correta correta e verificação de voltagens; voltagens; e) nível de bolha;

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PROJETO 04:010.07-003 :2003 f) dinamômetro, para ensaiar a força de fechamento fechamento de porta; g) pesos de ensaio convenientes; h) luxímetro.

4.4.3 Provisão e exatidão dos instrumentos . Os materiais e instrumentos necessários para as inspeções e os ensaios devem ser providos pela Conservadora do elevador. A exatidão dos instrumentos deve permitir, salvo especificação particular, que as medições sejam feitas com as seguintes tolerâncias: a)

±

1% massas, forças, distâncias, tempos, velocidades;

b)

±

2% acelerações, retardamentos;

c)

±

5% tensões, correntes;

d)

±

5% temperaturas.

5 Inspeção e ensaios de aceitação A inspeção de aceitação deve ser realizada por um inspetor independente do fabricante, fornecedor ou instalador do equipamento, de acordo com esta seção, que deve fornecer um relatório do resultado da inspeção e ensaios de acordo com o anexo E (ver anexo E, figuras E.1 e E.2, sugestões para apresentação do relatório).

Aplicabilidade de inspeções e ensaios de aceitação Esta seção cobre parte das exclusões referidas em 1.3 da NBR NM 207:1999. As inspeções e os ensaios desta seção se aplicam às instalações de elevadores elétricos em edifícios existentes (ver 3.8) que: a) tenham sido sido modernizadas modernizadas (ver 3.4); ou b) tenham sido sido atualizadas (ver 3.5); ou c) tenham sofrido sofrido alguma modificação relevante (ver 3.6); ou d) tenham sido postas fora de serviço (ver 3.7) 3.7) e a aplicação da NBR NM 207 resulte em: - impossibilidade de acomodação no espaço disponível; ou - grande dificuldade técnica para a realização do serviço; ou - uma redução do nível de segurança existente. As inspeções e os ensaios de aceitação devem ser feitos nas partes que tenham sofrido modificação e naquelas partes conexas que tenham relação de segurança com as partes modificadas antes de serem colocadas novamente em serviço. Em cada caso, deve ser preenchido o Relatório de Resultados de Inspeção e Ensaios de Aceitação, conforme sugerido no anexo E.

5.1 Generalidades 5.1.1 Procedimentos gerais Além de fazer a inspeção conforme 5.1 a 5.7, o inspetor também deve cumprir os procedimentos de 6.1 a 7.10. Não tendo sido dado nenhum procedimento de ensaio para um equipamento particular em 5.1 a 5.7, o procedimento de ensaio de 7.1 a 7.10 se aplica. O inspetor nunca deve fazer quaisquer ajustagens ou ensaios de freios de segurança, devendo somente testemunhar tais ensaios e registrar e relatar os resultados. Os inspetores devem tomar todas as precauções quanto à sua segurança pessoal (ver "Precauções gerais de segurança" nas seções pertinentes desta Norma).

5.1.2 Equipamento e material Quanto ao equipamento recomendado para uso numa inspeção de aceitação, ver 4.4. Por ocasião do ensaio, o inspetor  deve ter em seu poder todos os desenhos, especificações e folhas de características pertinentes e uma cópia em branco (não preenchida) do relatório de inspeção mostrado como sugestão no anexo E.

5.1.3 Procedimento de ensaio Os ensaios devem ser executados pela pessoa ou empresa que modificou o equipamento e devem ser testemunhados pelo inspetor.

5.1.4 Reinspeção Se na inspeção inicial ou de aceitação qualquer equipamento estiver deficiente ou danificado ou se o desempenho do elevador não estiver de acordo com as exigências desta Norma, não deve ser emitido nenhum certificado ou aprovação final até que tais defeitos tenham sido suprimidos. Quando os consertos, substituições ou ajustagens tiverem sido completados, o elevador deve ser reinspecionado e quaisquer ensaios insatisfatórios devem ser repetidos. Nenhuma aprovação deve ser emitida até que seja assegurado um desempenho satisfatório. O uso de elevador com inspeção incompleta não deve ser permitido se o defeito ou falha que não preencheu os requisitos da inspeção tornar a operação do elevador perigosa.

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5.2 Inspeção feita dentro da cabina 5.2.1 Verificação das dimensões da cabina e da carga útil Quaisquer divergências em área, carga útil, placas de carga útil, placas de características ou placas de avisos requeridas devem constar no relatório.

5.2.1.1 Dimensões da cabina para elevadores de passageiros Medir as dimensões internas da cabina, por dentro de quaisquer painéis ou superfícies de parede, e calcular a área útil da cabina (ver figura 1). O valor desta área calculada em metros quadrados deverá estar entre os valores mínimo e máximo indicados no anexo G, tabela G.9. Para o cálculo da lotação da cabina em função da sua área útil pode-se usar a seguinte equação: L=

4,18

a+ 4,87 a (1 −

1 e

0,1786 1786a

)

onde: L é a lotação da a é a área

cabina, em número de pessoas;

útil da cabina, em metros quadrados;

e é a base dos

logariítmos naturais = 2,7183.

5.2.1.2 Placas indicativas de carga útil em elevadores de passageiros Verificar se os elevadores de passageiros têm placas, colocadas em lugar bem visível, indicando a carga útil em quilogramas e o número de passageiros. Verificar se o número de passageiros corresponde à carga útil dividida por 70 kg, arredondada para o valor inteiro mais próximo menor.

5.2.1.3 Área útil da cabina para elevadores de carga Esta norma inclui limitações da área útil da cabina em relação à carga útil para as três classes de carregamento. Classe A: Carga comum, onde a carga é distribuída e nunca uma peça singela pesa mais que ¼ (um quarto) da carga útil

do elevador. O carregamento e o descarregamento são manuais ou através de empilhadeiras manuais. Para este tipo de carregamento, verificar se a carga útil mínima equivale a 250 kg/m2 da área útil da cabina.

Classe B: Carga automotiva, onde o elevador é usado para o transporte de utilitários ou automóveis de passageiros, até a

carga útil do elevador. Para este tipo de carregamento, verificar se a carga útil mínima equivale a 150kg/m2 da área útil da cabina.

Classe C: Quando o carregamento é feito por empilhadeira motorizada que é levada ou não pelo elevador ou outros

carregamentos com grandes concentrações de carga, onde a empilhadeira motorizada não é utilizada. Durante o carregamento, a carga na plataforma não deve exceder 150% da carga útil e em nenhum caso o peso da empilhadeira motorizada deve exceder 50% da carga útil do elevador. Para este tipo de carregamento, verificar se a carga útil mínima equivale a 250 kg/m2 da área útil da cabina. Durante a viagem, os pesos da empilhadeira motorizada mais a carga não podem exceder a carga útil do elevador.

Figura 1 - Superfície a ser  considerada para a determinação da área útil da cabina 5.2.1.4 Placas indicativas de carga útil e classe de carregamento em el evadores de carga Constatar a existência de placa, colocada em lugar bem visível, de acordo com G.5.12.1. Além da placa descrita acima, verificar a existência de uma outra placa, nas mesmas condições de visibilidade, de acordo com G.5.12.2.

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PROJETO 04:010.07-003 :2003 5.2.1.5 Placas indicativas de carga útil e aviso em monta-cargas Constatar: a) que há na cabina uma placa, constando a carga útil em quilogramas (os monta-cargas devem ter carga útil de no máximo 300 kg); b) que constam na face externa das portas de pavimento os dizeres: ‘PROIBIDO O TRANSPORTE DE PESSOAS’.

5.2.2 Fechamento da cabina e saídas de emergência O fechamento, a ventilação e as saídas de emergência no teto e na lateral da cabina de elevadores de passageiros devem ser verificados como especificado em 6.2.1. Verificar se qualquer saída de emergência lateral está articulada de modo a abrir para dentro da cabina, que pode ser aberta do lado interno somente através do uso de uma chave removível de forma especial, que pode ser aberta do lado externo por meio de puxador não removível e que está provida de contato elétrico adequado que deve causar a remoção da potência elétrica do motor da máquina de acionamento e do freio, quando aberta.

5.2.3 Dispositivos de iluminação e iluminação da cabina Examinar os dispositivos da iluminação elétrica para verificar se estão adequadamente fixados e as lâmpadas ou tubos estão protegidos, de modo a impedir ferimentos em pessoas em caso de quebra. Constatar que, com as portas fechadas, a iluminação mínima é de 50 lux ao nível do piso em qualquer ponto do piso.

5.2.4 Vidro em cabinas de elevadores Se houver vidro dentro da cabina, constatar que é inestilhaçável. Em caso de dúvida, solicitar a apresentação do certificado de conformidade do fornecedor.

5.2.5 Portas da cabina e contatos das portas da cabina Portas da cabina

Verificar se as entradas da cabina possuem portas não perfuradas e que permitem fechar toda a abertura. Portas do tipo pantográficas não são permitidas para elevadores de passageiros. As portas da cabina devem ser verificadas conforme segue: a) devem resistir, sem deformação permanente, a uma força horizontal de 300 N, aplicada na parte interna da cabina e distribuída uniformemente sobre uma área circular ou quadrada de 5 cm2 e, depois de submetida a este esforço, as portas devem funcionar normalmente. A aplicação desta força deve ser feita com as portas fechadas; b) os materiais construtivos e de revestimento estão entre os seguintes: −

metálicos, com ou sem pintura;

madeiras tratadas por processo que as torne de combustão lenta. Madeiras ou outros materiais equivalentes não tratados podem ser usados, desde que todas as superfícies internas da cabina sejam revestidas com chapa de aço com espessura mínima de 0,5 mm ou outro material igualmente retardante ao fogo ou protegidos com pintura com propriedades de combustão lenta; −

laminados plásticos ou outros materiais de combustão lenta, e que não libertem gases tóxicos na sua combustão; −

materiais de combustão lenta com propriedades de amortecimento acústico ou decorativo podem ser usados como revestimento, desde que não tenham saliências contundentes, não sendo permitido que sejam estofados. Revestimentos estofados de proteção podem ser usados em elevadores de passageiros, exclusivamente durante o transporte de cargas, desde que sejam feitos de materiais de combustão lenta ou sejam tratados por processos que os tornem de combustão lenta e que não libertem gases tóxicos na sua combustão. O tratamento citado, quando necessário, deve ser renovado periodicamente. −

Visores

Verificar a existência de visor em portas de abertura manual. Constatar que: a) a área mínima por porta é de 150 cm2 com um mínimo de 100 cm2 por painel de visão; b) os visores estão protegidos por vidro aramado ou inestilhaçável, ou por grade de malha de 30 mm no máximo; c) a grade e suas armações, quando empregadas, são construídas de material incombustível; d) o centro de pelo menos um visor está colocado no mínimo a 1,40 m e no máximo a 1,70 m do piso do pavimento; e) o visor possui largura compreendida entre 6,0 cm (mínimo) e 15 cm (máximo). Quando for maior que 8,0 cm, constatar que a sua borda inferior está pelo menos a 1,0 m do nível do piso acabado. Suspensão das portas

Verificar se a suspensão da porta da cabina atende aos requisitos indicados para as portas de pavimento, conforme segue. Verificar se todas as portas corrediças estão suspensas e guiadas de forma que não sejam deslocadas das suas barras e guias, em qualquer das circunstâncias abaixo indicadas: a) quando em operação normal;

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b) quando as portas forem submetidas a uma força horizontal constante de 500 N, aplicada no centro do painel e distribuída numa área de 25 cm2. Verificar se as barras de suspensão e os suportes das portas corrediças horizontais estão construídos de forma a resistir, sem danos ou sem flechas que impeçam o funcionamento normal da porta, a uma carga estática igual a quatro vezes o peso de cada painel, aplicada sucessivamente para cima e para baixo, no eixo central do painel. Verificar se as carretilhas das portas corrediças horizontais estão construídas de forma a evitar que as portas possam escapar das suas respectivas barras de suspensão. Verificar se estão previstos limites de percurso na extremidade das barras. Caso as barras sejam feitas de material deformável pelo fogo, verificar se há um dispositivo que garante que as portas não possam escapar das suas respectivas barras de suspensão. Verificar se as corrediças inferiores estão feitas ou reforçadas com metal para que, em caso de incêndio, as elas impeçam que as portas se desloquem de suas guias. Dimensões das portas

Verificar se: a) a altura livre é no mínimo 2 m; b) a largura livre é no mínimo 0,80 m. (em elevadores de até 5 passageiros, a largura mínima livre pode ser de 0,70 m); c) a porta da cabina, quando aberta, tem a mesma abertura livre que a da porta do pavimento correspondente. Proteção das pessoas

Verificar se: a) a energia cinética das portas da cabina e dos componentes mecânicos rigidamente nela presos, calculada para a velocidade média de fechamento, não é maior que: −

10 J, se existir um dispositivo de segurança que interrompa a ação de seu fechamento;



4 J, se não existir o dispositivo acima citado;

b) a força necessária para impedir o fechamento das portas da cabina não é maior que 150 N. NOTA - A velocidade média de fechamento de uma porta corrediça é calculada sobre o percurso total, reduzido de: − 25 mm em cada extremidade do percurso, para porta corrediça de abertura central; −

50 mm em cada extremidade do percurso, para porta corrediça de abertura lateral.

Soleira da plataforma

Verificar se o lado de acesso da plataforma tem soleira metálica de comprimento igual à largura total da porta de pavimento de maior abertura. Operação das portas

Verificar se é possível abrir total ou parcialmente as portas da cabina e de pavimento, a partir do interior da cabina, pelo menos na zona de nivelamento. A força necessária não deve ser maior que 300 N. Verificar se é possível abrir total ou parcialmente as portas de pavimento e a da cabina, a partir do pavimento, em quaisquer circunstâncias, ressalvadas as exigências descritas no caso em que o acesso à caixa é efetuado somente por  meio de chave especialmente projetada. Verificar se a abertura automática das portas da cabina só ocorre na zona de nivelamento, limitada para esse fim a 20 cm para cima e 20 cm para baixo das soleiras do pavimento. Verificar se o fechamento das portas da cabina satisfaz às seguintes condições: a) o fechamento das portas é automático; b) em elevadores com comandos automáticos ou automático e manual, com as portas de pavimento do tipo corrediça horizontal e fechamento motorizado, as portas da cabina estão dotadas de dispositivo de segurança que interrompa a ação de seu fechamento, juntamente com a da respectiva porta de pavimento, no caso de serem obstruídas por  qualquer obstáculo; c) em elevadores com comandos automáticos ou automático e manual, com as portas de pavimento não motorizadas, o fechamento das portas da cabina só pode ser iniciado após o completo fechamento das portas de pavimento. No caso de abertura da porta de pavimento, durante o fechamento da porta da cabina, esta deve ter sua ação de fechamento interrompida com retorno à posição aberta. Contatos elétricos de segurança

Verificar se estão instalados contatos elétricos de segurança nas portas da cabina, para que não seja possível operar os elevadores ou mantê-los em movimento com as portas abertas mais que 25 mm. A interrupção do movimento dos carros por esses contatos pode deixar de ser feita na zona de nivelamento, limitada para esse fim a 20 cm para cima e 20 cm para baixo das soleiras do pavimento.

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PROJETO 04:010.07-003 :2003 Quando a porta consistir em painéis múltiplos com interligação mecânica rígida, é permitido instalar os contatos elétricos de segurança somente num painel ou no mecanismo do operador, desde que sua ligação ao painel seja feita por meio mecânico rígido. Quando a porta consistir em painéis múltiplos com interligação mecânica por meios flexíveis, tais como cabos, correias ou correntes, verificar se esta ligação está projetada para resistir aos esforços aos quais é normalmente solicitada e se é executada com cuidado. Neste caso, é permitido instalar os contatos elétricos de segurança somente num painel, desde que: a) este não seja o painel conduzido pelo operador de porta e o painel conduzido seja acoplado por meio mecânico rígido ao operador de porta; b) este seja o painel conduzido pelo operador de porta e ele possua um dispositivo de arraste rígido que garanta o fechamento do painel não conduzido ao se romper a interligação. Verificar se os contatos elétricos de segurança satisfazem aos seguintes requisitos: a) estão instalados em posição que não possam ser alcançados do interior da cabina; b) suas aberturas e seus fechamentos estão efetuados mecanicamente por dispositivos fixados à porta da cabina; c) são mantidos na posição aberta por ação da gravidade ou outro meio mecânico positivo; d) seu funcionamento não depende da ação da mola que trabalha a tração. Verificar se portas do tipo pantográfico de elevadores de carga não são abertas automaticamente. Portas, contatos elétricos e operadores de porta devem ser examinados e ensaiados quanto ao funcionamento adequado, como prescrito em 6.1.3 e 6.1.4. Interruptores de desligamento de emergência da cabina, plataformas flutuantes que permitem a operação do elevador com a porta do carro aberta e outros dispositivos permanentes para tornar trincos ou contatos elétricos de portas inoperantes são proibidos.

5.2.6 Iluminação de emergência, alarme e comunicação Dispositivos de alarme e comunicação

Verificar se: a) há na cabina um dispositivo de alarme facilmente identificável e acessível, que acione um sinal sonoro que soe simultaneamente na própria cabina e na portaria; b) este dispositivo está alimentado pela fonte de emergência; c) está instalado um aparelho de comunicação entre a cabina, casa de máquinas e portaria, caso o percurso do elevador exceda 45 m. Outros dispositivos também podem estar instalados, tais como, intercomunicador, telefone interno e telefone externo. Ensaiar conforme 6.2.2.2. Fonte de emergência

Verificar se a fonte de emergência atende aos seguintes requisitos: a) é independente da linha e liga a iluminação da cabina automaticamente dentro de 10 s, após a falta de alimentação da linha; b) é capaz de alimentar a iluminação da cabina e os dispositivos de alarme pelo menos durante 1 h; c) alimenta pelo menos duas lâmpadas de igual potência ou qualquer outro meio emissor de luz, para iluminação da cabina, de forma a assegurar iluminamento mínimo de 2 lux num ponto localizado a 1,20 m de altura e a 0,30 m do painel de comando. Inspecionar a iluminação de emergência conforme 6.2.2.2. Onde houver dúvida quanto à capacidade adequada da fonte de emergência, deve ser feito um ensaio completo.

[Era 6.1.3.2.2] 5.2.7 Verificação do fechamento automático de portas de pavimento e portas da cabina por meios de pressão constante Verificar se portas de pavimento do tipo corrediça vertical e tipo corrediça horizontal de fechamento manual, ou operadas automaticamente, ou portas da cabina fechadas automaticamente, fechadas por meios de pressão constante, atendem ao seguinte: a) a liberação do meio de fechamento causa a parada ou a parada e reabertura da porta de pavimento e da porta da cabina operada automaticamente ou fechada automaticamente; b) a operação do meio de fechamento em qualquer pavimento não fecha a porta de pavimento de qualquer outro pavimento nem a porta da cabina quando o carro estiver em qualquer outro pavimento; c) qualquer meio de fechamento em um pavimento fecha somente a porta deste pavimento e a porta da cabina no lado onde tais meios forem localizados; d) para elevadores que tiverem mais de uma abertura de pavimento num mesmo pavimento, meios de fechamento separados estão providos na cabina para cada porta de cabina e sua porta de pavimento conjugada, exceto que um

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meio de fechamento separado não precise ser provido para porta de pavimento corrediça horizontal e porta da cabina conjugada que atenda aos requisitos 6.1.3.3; e) para seqüência de fechamento de portas de pavimento corrediça vertical com as portas da cabina conjugadas, deve ser verificado o seguinte: -

em abertura, a porta de pavimento deve abrir no mínimo 2/3 (dois terços) de seu percurso antes que a portas da cabina possa iniciar sua abertura;

-

em fechamento, a porta da cabina deve fechar no mínimo 2/3 (dois terços) de seu percurso antes que a porta de pavimento possa iniciar seu fechamento.

5.3 Inspeção feita fora da caixa 5.3.1 Localização e identificação do elevador  Um croqui mostrando a localização do elevador em inspeção e a sua relação com as saídas e com outros elevadores do prédio deve acompanhar o relatório. Números ou códigos de identificação de elevadores, determinados por autoridades competentes, devem ser registrados e checados com os números ou códigos de identificação do fabricante e do edifício.

5.3.2 Botões e acessórios de operação Verificar se todos os botões e acessórios instalados funcionam adequadamente. Assegurar-se de que todas as tampas estejam colocadas.

5.3.3 Interruptores de acesso ao poço Verificar junto à porta de inspeção de poços a existência de um interruptor de segurança; verificar se o desligamento desse interruptor interrompe o circuito de comando (ver 6.3.2).

5.4 Inspeção feita do topo do carro 5.4.1 Iluminação e tomadas necessárias no topo do carro Verificar a existência de dispositivo de iluminação e tomada elétrica no topo do carro e se estão funcionando. A lâmpada do dispositivo deve estar protegida para evitar acidente de quebra.

5.4.2 Botoeira de inspeção no topo do carro Verificar a botoeira de inspeção no topo do carro de acordo com 6.4.14. NOTA - Se não houver botoeira de inspeção, recomendar a sua instalação.

5.4.3 Folgas superiores do carro e do contrapeso Verificar se as folgas superiores do carro e do contrapeso estão de acordo com 5.4.3.1 e 5.4.3.2. CUIDADO: Os inspetores devem prevenir-se dos riscos pessoais de serem atingidos por um carro ou contrapeso adjacente ou de ficarem esmagados no espaço livre entre o carro e o topo da caixa ou qualquer saliência.

5.4.3.1 Fundo do poço Verificar se, quando o carro repousa no seu pára-choque completamente comprimido, existe, no mínimo, um espaço livre sob o carro permitindo a colocação de um paralelepípedo de medidas não inferiores a 0,50 m x 0,60 m x 0,80 m, apoiado em qualquer uma de suas faces, e se a área de apoio no poço está pintada com tinta de cor amarela brilhante. Quando houver poço adjacente, onde não haja paredes divisórias separando um poço do outro, verificar a existência de proteções de chapa metálica ou tela de arame, de abertura de malha inferior a 5 cm, impedindo a comunicação entre os poços. Constatar que essa proteção tem altura mínima de 2 m acima do nível do fundo do poço. Caso haja diferença de nível entre os poços, constatar que a altura de 2 m se refere ao piso do poço de nível superior. Se o poço for equipado com portas de correr, constatar que estão munidas de contatos elétricos que interrompem o circuito dos dois elevadores.

5.4.3.2 Parada extrema superior  Para os elevadores com polia de tração, quando o contrapeso estiver apoiado no seu pára-choque completamente comprimido, verificar se há espaço livre entre o teto da cabina e o teto da caixa ou qualquer obstáculo aí existente, não inferior a 1 m mais 2/3 (dois terços) da distância de freada por gravidade relacionada com a velocidade do elevador  (espaço livre = 1 + 0,035 V2, sendo o espaço em metros e a velocidade V em metros por segundo).

5.4.4 Dimensões e folgas da caixa As dimensões da caixa, os tamanhos das guias e a distância entre elas e o tipo e a distância entre suportes de guia devem ser medidos, registrados e verificados se estão de acordo com os desenhos aprovados. Verificar se a folga horizontal está em conformidade com 5.4.4.1. Estas folgas estão também relacionadas no anexo A. Constatar que as folgas entre o carro e o lado das portas de pavimento são as seguintes. a) entre a face da soleira do carro e as faces das soleiras dos pavimentos: −

mínimo: 1,5 cm, máximo: 3,5 cm;

b) entre a face da soleira do carro e qualquer ponto da parede da frente da caixa: −

máximo: 15 cm;

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PROJETO 04:010.07-003 :2003 c) a face da porta de pavimento do tipo de eixo vertical, voltada para a caixa, deve ser substancialmente lisa e plana.

5.4.5 Fechamento da caixa Verificar se estão conforme com G.4.1.1.

5.4.6 Placa e etiqueta de características Verificar a placa de características do cabeçote superior quanto à conformidade com 5.4.6.1 e 5.4.6.2. Verificar a etiqueta de características do cabo quanto à conformidade com 5.4.6.2.2.

5.4.6.1 Placas de características no cabeçote superior do carro 5.4.6.1.1 Localização Verificar se está provida no cabeçote superior do carro uma placa de características e se está fixada de maneira permanente e segura. Para carros infratracionados e que não possuem cabeçote superior, a placa de características deve estar colocada dentro da cabina.

5.4.6.1.2 Informações exigidas na placa Verificar se constam na placa de característica os seguintes dados: a) a massa completa do carro, em quilogramas, incluindo o freio de segurança e todo o equipamento auxiliar acoplado ao carro; b) a carga útil, em quilogramas, e a velocidade nominal em metros por segundo; c) as características dos cabos de tração, conforme 5.4.6.2; d) o nome do fabricante e a data de instalação.

5.4.6.1.3 Material e marcação das placas Verificar se a placa é de material e construção tais que os caracteres estampados ou gravados ou fundidos sobre a superfície da placa são permanentes e facilmente legíveis. Verificar a altura dos caracteres, que deve ser no mínimo 3 mm.

5.4.6.2 Marcações para os cabos de tração Os dados relativos aos cabos de tração exigidos devem estar gravados na placa de características no cabeçote superior  do carro. 5.4.6.2.1 Verificar se na placa constam adicionalmente (ver 5.4.6.1.2) o número de cabos, o seu diâmetro em milímetros e sua carga de ruptura em quilogramas e o número de identificação da instalação. 5.4.6.2.2 Verificar se numa etiqueta metalizada, afixada firmemente a um dos fixadores dos cabos de tração, constam: a) o diâmetro dos cabos, em milímetros; b) a carga de ruptura mínima efetiva, em newtons; c) o grau do material usado; d) o mês e o ano em que tais cabos foram instalados; e) se pré-formado ou não; f) a classificação da construção; g) nome da pessoa ou empresa que fez a instalação dos cabos; h) nome do fabricante dos cabos.

5.4.7 Verificações das portas de pavimento e seus conexos Examinar portas de pavimento, trincos, travas mecânicas e contatos elétricos conforme 6.1.1, 6.1.2, 6.1.5 e 6.4.12. Verificar se as portas preenchem os requisitos para elevadores de passageiros ou cargas (seção 7). Medir as distâncias entre a face voltada para o interior da caixa de portas do tipo corrediça horizontal ou giratória de eixo vertical e a borda da soleira de pavimento. Medir também as distâncias entre a face voltada para o interior da caixa de portas de pavimento e a porta da cabina. Verificar as distâncias medidas quanto à concordância com o anexo A. Para elevadores de operação automática ou a pressão constante, exceto para elevadores não acessíveis ao público em geral, localizados em fábricas, armazéns, garagens e prédios similares, durante toda a operação normal das portas, verificar se a folga horizontal acessível entre a porta da cabina e as portas de pavimento do tipo de eixo vertical fechadas ou entre as portas tipo corrediça horizontal não excede 6 cm. Verificar o meio de interligação de portas tipo corrediça horizontal de folhas múltiplas como prescrito em 6.4.13. Em elevadores de operação automática com portas corrediça horizontal ou porta giratória de eixo vertical de folha única, verificar se estão supridas de fechadores de porta arranjados para fechar a porta automaticamente, se o carro por qualquer  motivo deixar a zona de pavimento. Trincos

Verificar se os trincos estão providos e instalados em posição tal que não possam ser operados impropriamente do piso do pavimento quando as portas de pavimento estiverem fechadas.

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Fazer o seguinte ensaio com os trincos: a) com todas as portas de pavimento fechadas e travadas, verificar se o carro não parte ao se abrir cada uma delas separadamente; essa condição não se aplica para o pavimento onde está parada a cabina e também não se aplica quando estiver instalada rampa fixa. Se o carro partir nessa condição, a inspeção deve ser imediatamente suspensa até que esse problema seja esclarecido e corrigido; b) fazer uma chamada da cabina para um outro pavimento diferente daquele no qual será feito o ensaio do trinco e, enquanto o elevador estiver em movimento, abrir a porta de pavimento através da chave de destravamento. Verificar se o carro pára. Se o carro não parar nessa condição, a inspeção deve ser imediatamente suspensa até que esse problema seja esclarecido e corrigido; c) fazer esse ensaio para os trincos de todas as portas de pavimento, sem exceção, inclusive as portas de inspeção e emergência, se existentes. Quando a porta consistir em folhas múltiplas unidas com interligação mecânica flexível, tais como cabos, correias ou correntes, verificar se tais meios flexíveis estão em boas condições de funcionamento. O trinco pode ser instalado apenas em uma folha, se esta folha vai conduzida pelo operador de porta e o fechamento das folhas não travadas possuir contato elétrico, a menos que o fechamento das folhas não travadas seja feito automaticamente. Dispositivos de destravamento

Verificar o funcionamento do dispositivo de destravamento das portas de pavimento conforme 6.3.3. Visores

Verificar se estão instalados visores em portas de pavimento de fechamento autônomo ou manual, sejam elas do tipo corrediça horizontal ou vertical ou de eixo vertical. É dispensada a colocação de visor nas portas de pavimento cuja operação é feita por meio de operador de porta motorizado.

5.4.8 Cabos de aço, fixadores de cabos e polias Cabos de aço, fixadores de cabo de aço e polias devem ser inspecionados conforme 6.4.3 a 6.4.6 e anexo D. O exame do estado dos cabos de aço é especialmente importante onde o elevador tiver sido usado durante a construção do edifício. Freqüentemente tais cabos estão cobertos de cal, areia e argamassa, e podem estar gastos ou danificados a tal ponto que precisem ser substituídos. Se os cabos apresentarem uma quantidade apreciável de material de construção abrasivo, mas de resto estejam sem defeitos, devem ser rigorosamente limpos e relubrificados de acordo com as recomendações do fabricante do cabo. As polias devem ser minuciosamente examinadas quando as condições acima forem evidentes.

5.4.9 Armações do carro Verificar as armações do carro conforme 6.4.10 e 7.3 (era 6.4.16).

5.4.10 Entradas de pavimento Verificar se as entradas de pavimento são do tipo permitido. Não podem ser instaladas portas de pavimento pantográficas, de tela metálica, de chapa perfurada ou corrediça vertical. Verificar se estão conformidade com G.4.5.

5.5 Inspeção feita em casas de polias e casas de máquinas 5.5.1 Ação de freada Ensaiar o freio da máquina conforme 6.5.13. Elevadores de passageiros e elevadores de carga nos quais se permite transportar passageiros devem ser ensaiados na descida com 125% da carga útil. Outros elevadores de carga devem ser  ensaiados apenas com a carga útil. Elevadores de carga projetados para carregamento classe C2 também devem ser  sujeitos a um ensaio estático com a carga máxima para a qual foi projetado para suportar durante a carga e a descarga.

5.5.2 Ensaios do limitador de velocidade Inspecionar e ensaiar o limitador de velocidade conforme 7.4.

5.5.3 Ensaios de velocidade-carga O uso de um tacômetro é necessário na execução de ensaios velocidade-carga. As leituras do tacômetro devem ser  tomadas após o carro ter alcançado a sua velocidade constante. Leituras de velocidade devem ser tomadas e registradas sem carga e com carga útil na cabina em ambos os sentidos de movimento, subida e descida. As leituras do tacômetro devem ser tomadas ao lado do cabo do limitador de velocidade ou dos cabos de tração. Leituras de velocidade feitas em qualquer outra posição não serão exatas. Onde o carro estiver suspenso em efeito de tração 2 por 1, a velocidade do carro é metade da velocidade do cabo.

5.5.4 Ensaio do limitador de velocidade e do freio de segurança O limitador de velocidade e os freios de segurança devem ser ensaiados de acordo com 7.4, exceto como prescrito a seguir: Freios de segurança tipos B e C devem ser sujeitos a ensaios de sobrevelocidade com os cabos de tração afixados aumentando-se a velocidade do carro gradativamente até o limitador de velocidade causar a atuação do freio de segurança. Freios de segurança de elevadores com máquinas de acionamento equipadas com motores de c.a., onde o carro com a sua carga útil não causa sobrevelocidade suficiente quando o freio da máquina for aberto para disparar as

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PROJETO 04:010.07-003 :2003 garras do limitador de velocidade, devem ser ensaiados fazendo-se o carro funcionar à sua velocidade normal na descida e disparando a garra manualmente.

5.5.5 Limitadores de percurso e dispositivos de redução de velocidade Examinar e ensaiar o limitador de percurso normal conforme 6.4.7 e 7.7. Repetir o ensaio à velocidade nominal com a carga útil na cabina, ou 125% da carga útil para elevadores de passageiros e elevadores de carga nos quais se permite o tranporte de passageiros. O carro deve parar nos pavimentos extremos ou próximo deles com a carga útil e também sem carga na cabina, exceto onde estiver provido nivelador automático, caso em que o limitador de percurso normal deve parar o carro dentro da faixa de atuação do nivelador do carro. Examinar e ensaiar o limitador de percurso final quanto à conformidade com o que segue e depois como em 7.7. Verificar se os limitadores de percurso normal são operados por meio mecânico, magnético, óptico ou do tipo estático. Diferentemente, verificar se os limitadores de percurso final usam apenas interruptores operados por meio mecânico. Verificar se os limitadores de percurso, quando situados no carro ou na caixa, são do tipo enclausurados e convenientemente instalados de maneira a que movimentos horizontais do carro não venham a afetar sua operação.

5.5.5.1 Limitadores de percurso normal Verificar se estão instalados limitadores de percurso normais para os pavimentos extremos superior e inferior e se param o carro automaticamente em nível com tais pavimentos ou próximo deles, com qualquer velocidade em sua operação normal. Verificar se estes dispositivos funcionam independentemente dos meios normais de parada e dos limitadores de percurso final. Verificar se que cada dispositivo continua a atuar até que o limitador de percurso final venha a ser acionado. Em elevadores com velocidade nominal não superior a 0,75 m/s, o limitador de percurso normal pode ser usado como meio normal de parada. Exceção:

Verificar se os limitadores de percurso normal estão instalados na caixa, no carro ou na casa de máquinas e se são operados pela movimentação do carro.

5.5.5.2 Limitadores de percurso de emergência Devem estar providos de limitadores de percurso de emergência os elevadores de controle estático com velocidade nominal superior a 2,50 m/s. Exceção:

Elevadores que utilizem limitadores de percurso normais destinados a limitar diretamente a corrente de campo em derivação do gerador, ou elevadores dotados de dispositivo de redução da velocidade que atenda às exigências de 5.5.5.4. Verificar se o dispositivo de detecção da redução da velocidade em elevadores com pára-choques de percurso reduzido atende às seguintes exigências: a) sua atuação é totalmente independente da atuação do limitador de percurso normal e funciona de maneira a suprimir automaticamente a alimentação do motor da máquina e do freio quando o limitador de percurso normal falhar  em retardar o carro nos pavimentos extremos, conforme pretendido; b) o sensor de velocidade do carro é independente do sistema de controle normal de velocidade; c) eles provocam retardamento do carro não superior a 9,81 m/s2; d) eles não acionam o freio de segurança; e) eles estão projetados e instalados de maneira que um curto-circuito provocado por uma combinação de terra, ou por outras condições, não impede o seu funcionamento; f) eles estão situados no carro, na caixa ou na casa de máquinas e são acionados pela movimentação do carro. g) quando forem utilizados interruptores operados mecanicamente, verificar se as suas rampas de operação são metálicas e se os contatos do interruptor são abertos diretamente por meio mecânico. Procedimentos que dependam de ação de mola, da gravidade ou de ação combinadas destes elementos para a abertura dos contatos não devem ser  empregados; h) quando os limitadores de percurso de emergência ou algum seu componente estiverem localizados na casa de máquinas, verifiqcar se eles atendem aos seguintes requisitos: −

eles são acionados por um mecanismo mecanicamente ligado e conduzido pelo carro;



onde sua operação depende da posição do carro relativamente aos pavimentos extremos, dispositivos que se utilizem de fricção ou tração não são utilizados;



se fita, corrente, cabo, etc. forem utilizados como meio de conexão com o carro, a falha desta conexão provoca a supressão da energia elétrica do motor da máquina de acionamento e do freio. Exceção: Cabos do limitador  de velocidade;



os limitadores de percurso normal e os limitadores de percurso de emergência não são operados pelo mesmo mecanismo da casa de máquinas ou pela mesma conexão.

5.5.5.3 Limitadores de percurso normais instalados em casa de máquinas Verificar se os limitadores de percurso normais instalados em casa de máquinas atendem às seguintes exigências:

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a) eles estão montados e são operados por algum meio mecanicamente conduzido pelo carro e a ele conectado. Meios de parada dependentes de fricção ou tração não devem ser utilizados; b) se fitas, correntes, cabos ou dispositivos similares forem utilizados como meio de conexão do limitador de percurso com o carro e for usado como um meio de acionamento, verificar se está provido com um dispositivo que provoca a supressão da energia elétrica do motor da máquina de acionamento e do freio se os meios de acionamento falharem; c) caso sejam utilizados interruptores operados mecanicamente, verificar se apenas um único conjunto de contatos de parada é necessário para cada pavimento extremo nos controladores de parada ou dispositivos similares utilizados para parar o carro automaticamente no pavimento (tais como operação automática, etc.), desde que estes contatos e seus meios de operação atendam ao disposto em a) e b) acima. Estes contatos podem, então, servir também como limitadores de percurso normais.

5.5.5.4 Dispositivos de redução de velocidade Verificar se que os elevadores dotados de pára-choques com percurso reduzido estão providos de dispositivos de redução da velocidade . Os dispositivos de redução de velocidade devem ser inspecionados e ensaiados quanto à conformidade com o que segue e seção 7, ao se fazer o ensaio do pára-choque hidráulico. Verificar o descrito em 5.5.5.4.1 a 5.5.5.4.8.

5.5.5.4.1 Sua operação é totalmente independente dos limitadores de percurso normal e eles atuam de maneira a suprimir  automaticamente a alimentação do motor da máquina de acionamento e do freio, caso o limitador de percurso normal falhe no sentido de retardar o carro no pavimento extremo, conforme intencionado. 5.5.5.4.2 O dispositivo sensor da velocidade do carro é independente do sistema normal de controle de velocidade. 5.5.5.4.3 O retardamento produzido não é superior a 9,81 m/s2. 5.5.5.4.4 Eles não provocam a atuação do freio de segurança do carro. 5.5.5.4.5 Eles estão projetados e instalados de modo que um único curto-circuito causado por uma combinação de terras ou por outras condições não venha a impedir o seu funcionamento. 5.5.5.4.6 Eles estão situados no carro, na caixa ou na casa de máquinas e são acionados pela movimentação do carro. 5.5.5.4.7 Os interruptores elétricos, quando situados na caixa ou no carro, têm suas rampas de operação metálicas e os contatos do interruptor são abertos diretamente por meio mecânico. Procedimentos que dependam de ação de mola, da gravidade ou de ação combinadas destes elementos para a abertura dos contatos não são permitidos. 5.5.5.4.8 Eles ou qualquer de seus componentes localizados na casa de máquinas devem atender ao seguinte: a) eles são operados por um mecanismo mecanicamente conectado e conduzido pelo carro, exceto em cabos do limitador de velocidade; b) onde a sua operação depende da posição do carro com relação aos pavimentos extremos, fricção ou tração não são usados, exceto para cabos do limitador de velocidade; c) exceto para cabos do limitador de velocidade, onde forem empregados correntes, cabos ou fitas para a conexão com o carro, as alimentações do motor da máquina de acionamento e do freio são suprimidas no caso de ruptura de tais conexões; d) os dispositivos de redução da velocidade e os limitadores de percurso normal não são operados por um mesmo mecanismo situado na casa de máquinas. O ensaio dos dispositivos de redução de velocidade é feito juntamente com o ensaio do pára-choque, como segue: a) o pára-choque do carro deve ser ensaiado fazendo-se o carro funcionar com a carga útil contra seu pára-choque à velocidade nominal, exceto como especificado em b) a seguir. O pára-choque do contrapeso deve ser ensaiado fazendo-se o contrapeso funcionar contra seu pára-choque à velocidade nominal sem a carga útil no carro, exceto como especificado em b) a seguir; b) para pára-choques de percurso reduzido que atendam às exigênias de G.4.15.11, esses ensaios devem ser feitos à velocidade de batida reduzida permitida.

5.5.6 Equipamento da casa de máquinas e da casa de polias Verificar as condições da casa de máquinas e da casa de polias e os equipamentos nelas quanto à conformidade com G.4.2. Examinar o seguinte: a) as polias superior, secundária e de desvio, conforme 6.5.2; b) gradeamentos e plataformas superiores quanto ao suporte adequado, conforme 7.15(era 6.5.4); c) polia de tração, conforme 6.5.7; d) proteções para equipamentos expostos, conforme 6.5.8; e) tambores de enrolamento, conforme 6.5.9; f) limitadores de percurso e dispositivos de cabo frouxo, conforme 6.5.10; g) engrenagens e mancais, conforme 6.5.11; h) motor da máquina de tração, conforme 6.5.12;

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PROJETO 04:010.07-003 :2003 i) conjunto moto-gerador e excitatrizes, conforme 6.5.12 e 6.5.14;  j) interruptor de segurança na casa de polias, conforme requerido em G.4.2.7.5. Quaisquer vazamentos em teto ou janelas ou quaisquer vidros quebrados devem ser anotados e a pessoa responsável deve ser alertada a respeito antes de deixar o local. Verificar se um extintor de incêndio de capacidade adequada e do tipo apropriado para uso com equipamentos elétricos (classe C) está localizado dentro da casa de máquinas, próximo à entrada (ver G.4.2.6). Verificar se os pisos estão limpos e isentos de graxa e outro material estranho. Registrar e verificar quanto à conformidade com desenhos e especificações aprovadas: os diâmetros de tambores, polias superiores, polias de tração e secundárias e a tensão nominal, frequência e número de fases da fonte de alimentação (ver  G.4.12). Examinar suportes de vigas de máquina e de polias superiores, conforme 7.14 (era 6.5.3). As dimensões e vãos de vigas devem ser registrados e verificados contra desenhos de leiaute. Onde a maquinaria de mais de um elevador estiver na casa de máquinas, é requerido que o número do elevador seja pintado ou firmemente afixado na máquina e na chave principal (ver G.4.3.5.1 e G.4.13.5). É desejável que o número também seja pintado ou firmemente afixado no conjunto moto-gerador, no painél de comando e na armação do carro.

5.5.7 Equipamento de controle e dispositivos de operação Verificar todos os equipamentos de controle e dispositivos de operação quanto à conformidade com G.4.15. Ensaiar os dispositivos de operação e controle conforme 6.2.3, com a carga útil no carro. Quanto à inspeção de mecanismos do armário de controle, fiação e fusíveis, ver 6.5.15.

5.5.7.1 Para ensaiar o circuito mata-remanente do gerador, fazer uma viagem a plena velocidade, sem renivelamento, ou com o carro vazio em direção ao pavimento extremo inferior ou com o carro a plena carga em direção ao pavimento extremo superior. Observar a operação do circuito mata-remanente na casa de máquinas. a) se o circuito de malha fechada for do tipo não aberto quando o carro pára, conectar um voltímetro às tranças das escovas adjacentes do motor. Com o circuito mata-remanente temporariamente desligado, observar se a tensão aumenta prontamente. Caso aumente, imediatamente restabelecer o circuito mata-remanente e observar uma diminuição na tensão que ateste que o circuito mata-remanente está operando; b) se o circuito de malha fechada for do tipo aberto quando o carro pára, conectar um voltímetro às tranças das escovas adjacentes do motor ou gerador e verificar se a tensão é zero com o freio aplicado.

5.5.7.2 Fazer uma viagem a plena velocidade, sem renivelamento, ou com o carro vazio em direção ao pavimento extremo inferior ou com o carro a plena carga em direção ao pavimento extremo superior, e deixar o freio aplicar-se. Observar que a máquina não arrasta o freio, assegurando assim que o circuito mata-remanente restaurado está efetivo. 5.5.8 Funcionamento com força de emergência (reserva) Verificar a operação, conforme 7.8.

5.5.9 Elevadores com controle estático sem conjuntos MG O controle estático sem conjuntos MG deve estar de acordo com o que segue: a) movimentar o carro e demonstrar a existência de dois dispositivos, sendo que cada um, independentemente do outro, deve ser capaz de cortar a alimentação do motor e provocar a paralização do carro. Pelo menos um destes dispositivos deve ser do tipo contactor eletromecânico, o qual também deve provocar a abertura do circuito de alimentação do freio da máquina; b) deixar o contactor eletromecânico descrito em a) sem condições de ser energizado e registrar uma chamada. Demonstrar que, com as portas fechadas, o freio não desliza e o carro não se movimenta; c) demonstrar que qualquer dos dois contactores do circuito do freio impede o freio de movimentação; d) demonstrar que a atuação de quaisquer dispositivos elétricos de parada (ver G.4.15.2) faz com que ambos os dispositivos especificados em 5.5.9 a) removam a alimentação elétrica do motor e do freio da máquina de tração.

5.5.10 Acionadores de CA alimentados por fontes CC Acionadores de CA alimentados por fonte CC devem estar de acordo com o que segue: a) movimentar o carro e demonstrar que qualquer um dos dois dispositivos é capaz de impedir a circulação de corrente alternada no motor CA e causar a paralização do carro. Pelo menos um dos dispositivos deve ser um contactor eletromecânico, que em sua desenergização impede a circulação de corrente alternada no motor; b) deixar o contactor eletromecânico descrito em a) sem condições de ser energizado e registrar uma chamada. Demonstrar que, com as portas fechadas, o freio não escorrega e o carro não se movimenta; c) demonstrar que qualquer dos dois contactores do circuito do freio impede o freio de movimentação; d) demonstrar que a atuação de qualquer dispositivo elétrico de parada (ver G.4.15.2) faz com que ambos os dispositivos especificados em 5.5.9 a) impeçam a circulação de corrente alternada no motor.

5.6 Inspeção feita em poço 5.6.1 Folgas inferiores do carro e do contrapeso

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Verificar se as folgas inferiores do carro e do contrapeso estão de acordo com G.4.4.1. CUIDADO: Os inspetores devem prevenir-se dos riscos pessoais de serem atingidos pelo carro ou contrapeso.

5.6.2 Inspeção e ensaios de pára-choques hidráulicos Verificar a placa de características do pára-choque quanto à conformidade com 15.8 da NBR NM 207:1999. Onde os párachoques hidráulicos tiverem sido substituídos, verificar se os pára-choques instalados foram aprovados pela autoridade competente, como exigido em 16.1.3 f) da NBR NM 207:1999. Comparar as faixas de carga e velocidade indicadas na placa de características com as exigências reais do contrato quanto à conformidade com G.4.7.3.1 e G.4.7.3.2. Inspecionar os pára-choques quanto à conformidade com G.4.7 e como prescrito em 6.6.2, e ensaiar como prescrito em 7.6. O ensaio de aceitação de pára-choques hidráulicos do carro é também exigido onde freio de segurança tipo C for utilizado para assegurar contato adequado entre a estrutura e o amortecedor de impacto de poço. Fazendo-se os ensaios, os limitadores de percurso normais devem ser temporariamente tornados inoperantes e os limitadores de percurso finais devem permanecer operantes, mas devem ser temporariamente reposicionados, se necessário, para permitir plena compressão do pára-choque durante os ensaios.

5.6.3 Interruptor de segurança do poço Verificar o funcionamento e localização do interruptor de segurança do poço (6.6.1). O interruptor de segurança do poço deve atender ao disposto em 5.7.2.4 da NBR NM 207:1999.

5.6.4 Iluminação de poço, interruptor e tomada de força Verificar o funcionamento e localização da iluminação do poço, de seu interruptor e da tomada de força, que devem estar  de acordo com G.4.1.8.3.

5.6.5 Cabos, correntes e polias de compensação Verificar os cabos, correntes e polias de compensação, como prescrito em 6.6.7. Verificar se as polias de compensação estão providas de interruptores de abertura mecânica pela polia de compensação, antes que a polia atinja suas posições limites superior e inferior. Verificar se está provida trava da polia de compensação, se a velocidade nominal for maior que 3,5 m/s.

5.6.6 Acesso ao poço Verificar o acesso ao poço quanto à conformidade com G.4.1.8.5.

5.6.7 Armações de carros, plataformas e materiais do fechamento do carro Verificar as armações e plataformas de carro e o lado externo do fechamento do carro quanto à conformidade com G.4.9, 6.4.10 e 7.13 (era 6.4.16).

5.6.8 Protetores entre poços Verificar a existência de protetores de poços adjacentes e se atendem aos requisitos de G.4.1.8.2.

5.6.9 Proteção de recintos abaixo de poços Verificar a conformidade com G.4.1.6.

6 Inspeções e ensaios de rotina Esta seção trata do exame e constatação do funcionamento do equipamento pela conservadora, a intervalos especificados, para verificar a concordância do equipamento com esta seção. A conservadora deve fornecer um relatório do resultado da inspeção e ensaios (ver anexo E, figuras E.3 e E.4, sugestões para apresentação do relatório) . O intervalo das inspeções de rotina é especificado pela autoridade competente com base na experiência e recomendações do fabricante ou instalador do equipamento. Caso este intervalo não tenha sido fixado pela autoridade competente, recomenda-se que sejam realizadas inspeções de rotina mensais. A inspeção de rotina pode ser realizada por um inspetor qualificado (ver NBR 14364) do conservador do equipamento, de acordo com esta seção, que deve fornecer um relatório do resultado da inspeção e ensaios de acordo com a sugestão do anexo E.

6.1 Portas de pavimento e portas da cabina e seus dispositivos de operação, travamento e contato elétrico 6.1.1 Portas de pavimento Abrir e fechar cada porta de pavimento de abertura manual, examinar cada uma, incluindo quaisquer dispositivos de travamento (trincos) operados manualmente e observar quaisquer painéis de vidro quebrados nas portas ou quaisquer  defeitos estruturais nos batentes. Tentar abrir a porta puxando-a e também a levantando sem tocar a trava ou o trinco. Se a porta puder ser aberta desta maneira, a trava ou o trinco está com defeito ou a porta arriou de tal modo que a trava ou o trinco não está engatando adequadamente. Ver 6.4.13 quanto à inspeção de suspensões de porta, guias, trilhos e interconexão de folhas de porta. Em instalações de elevador de carga equipadas com portas totalmente automáticas ou semi-automáticas, observar se estas estão em condições adequadas de serviço. O mecanismo de acionamento de tais dispositivos deve ser inspecionado de cima do carro, como descrito em 6.4.12.

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PROJETO 04:010.07-003 :2003 Onde são instalados contatos elétricos ou trincos, é requerido um freio armado eletricamente e mecanicamente aplicado à máquina de acionamento do elevador. Inspecionar tampas automáticas de alçapões de serviço, incluindo as suas dobradiças e o mecanismo de operação para verificar se as portas estão estruturalmente perfeitas e se as dobradiças e o mecanismo de operação estão lubrificados e em boas condições de serviço. Manter as tampas de alçapões de serviço na posição aberta é proibido.

6.1.2 Travamento e posição fechada de dispositivos de travamento de portas de pavimento Todas as portas de pavimento em elevadores modernizados ou atualizados devem ser equipadas com dispositivos de travamento de porta de pavimento aprovados. A inspeção de dispositivos de travamento e de suas rampas de comando ou dispositivos similares pode ser feita mais convenientemente de cima do carro, como descrito em 6.4.12.

6.1.2.1 Travamento Em portas equipadas com dispositivos de travamento que são destravados automaticamente através de rampas móveis ou dispositivos similares, quando o carro estiver numa zona de pavimento ou nivelamento, colocar o carro em cada pavimento, numa posição tal acima e abaixo do pavimento de modo que o dispositivo automático de destravamento no carro não possa destravar o trinco. Verificar se estas posições não excedem 250 mm acima ou abaixo do pavimento onde for usado dispositivo de nivelamento manualmente acionado ou 760 mm onde for usado dispositivo de nivelamento automático. Após isso, seguir o procedimento do próximo parágrafo. Em portas equipadas com dispositivos de travamento que somente podem ser destravadas manualmente pelo lado de dentro da cabina, tentar abrir a porta da sua posição totalmente fechada, puxando-a, empurrando-a ou levantando-a. Não deve ser possível abrir a porta desta maneira.

6.1.2.2 Posição fechada Com a porta da cabina na posição fechada e com a porta de pavimento totalmente aberta, fechar a porta de pavimento devagar do lado do pavimento até que seja alcançada a abertura máxima livre na qual a atuação do acionador do elevador  ponha o carro em movimento. Medir a distância da face mais próxima do batente da porta até o canto mais próximo da porta, ou entre os cantos rígidos de encontro em portas de abertura central. Verificar se a partir desta posição a porta não pode ser reaberta do lado do pavimento (ver também 6.4.12). A distância medida não deve exceder as dimensões de 6.1.2.2.1 e 6.1.2.2.2.

6.1.2.2.1 Portas tipo corrediça horizontal ou giratória de eixo vertical (batente) ou portas tipo corrediça vertical contrapesada: 10 mm. 6.1.2.2.2 Portas tipo corrediça vertical, de abertura central, contrabalançada: a) 20 mm da sua posição parada, quando equipadas com uma borda antifogo, anticortante e antiesmagadora na aresta inferior da folha superior da porta. Não se deve usar protetores de junta rígidos de sobreposição e travas centrais; b) 50 mm para elevadores antigos equipados com protetores de junta com no mínimo 50 mm de sobreposição.

6.1.3 Operação de portas automáticas Verificar a abertura e o fechamento automáticos quanto à conformidade com 6.1.3.1 e 6.1.3.2.

6.1.3.1 Abertura automática 6.1.3.1.1 Verificar se a abertura automática de porta da cabina ocorre somente quando o carro está estacionado no pavimento ou está nivelando, exceto que em elevadores com controle estático não deve ser aplicada potência para abrir  portas da cabina enquanto o carro estiver a 300 mm do pavimento. 6.1.3.1.2 Verificar se a abertura automática ocorre somente no pavimento onde o carro está parando, ou nivelando, ou está estacionado. Verificar se o início da abertura ocorre somente quando o carro está a uma distância de no máximo 300 mm do pavimento. Verificar se a abertura automática é iniciada através dos circuitos de controle, desde que o carro esteja sendo parado ou nivelado automaticamente e que o carro esteja estacionado e praticamente em nível com o pavimento antes que a porta de pavimento esteja totalmente aberta; Para seqüência de abertura de portas corrediça vertical de pavimento e da cabina, ver 6.1.3.5.

6.1.3.2 Fechamento automático ou fechamento autônomo 6.1.3.2.1 Fechamento automático ou fechamento autônomo de portas da cabina onde usadas com portas de pavimento manuais ou autônomas Onde a porta da cabina de um elevador de passageiros de operação automática ou de operação por pressão constante seja fechada automaticamente, ou seja do tipo autônomo de liberação automática e faz face com porta de pavimento autônoma ou manual, o fechamento da porta da cabina não deve iniciar-se sem que a porta de pavimento esteja na posição fechada; verificar se a força necessária para impedir o fechamento da porta da cabina do tipo corrediça horizontal, a partir do repouso, não supera 130 N. Isso não é exigido onde a porta da cabina é fechada automaticamente através de botão de fechamento de porta de tipo pressão constante, ou pelo acionador do carro, e onde a liberação do botão de fechamento ou do acionador faz a porta da cabina parar ou parar e reabrir.

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6.1.3.2.3 Fechamento automático de portas de pavimento tipo corrediça horizontal e portas da cabina tipo corrediça horizontal por meios de pressão momentânea Fechamento automático por meios de pressão momentânea ou por meios automáticos são permitidos somente para elevadores de operação por pressão constante ou automática. Verificar se o fechamento de portas atende ao seguinte:

a) ele atende aos requisitos de 6.1.3.3; b) está provido na cabina um botão de pressão momentânea cuja operação faz as portas pararem ou pararem e reabrirem. 6.1.3.2.4 Fechamento automático de portas tipo corrediça vertical de pavimento e portas tipo corrediça vertical da cabina por meios de pressão momentânea Fechamento automático por meios de pressão momentânea ou por meios automáticos são permitidos somente para elevadores de operação por pressão constante ou automática. Nesse caso, verificar se: a) está provida na cabina uma campainha de advertência ou outro sinal sonoro, se inicia a emissão de som pelo menos 5 s antes do instante em que a porta da cabina inicia o fechamento e se prossegue com o som até que a porta de pavimento esteja praticamente fechada; NOTA - Quando as portas forem fechadas por botão de fechamento na cabina, o intervalo de tempo de 5 s pode ser omitido;

b) é provida seqüência de fechamento de porta de pavimento e porta da cabina e se atende 6.1.3.5; NOTA - Esta exigência não se aplica quando porta de pavimento tipo corrediça vertical bipartida faz face com porta da cabina tipo corrediça vertical bipartida;

c) a porta da cabina está equipada com dispositivo de reabertura com os requisitos de 6.1.3.4; d) está provido na cabina e em cada pavimento um botão de pressão momentânea que, quando acionado, faz a porta da cabina e a porta de pavimento pararem ou pararem e reabrirem; e) a velocidade média de fechamento não excede 0,3 m/s para portas de pavimento tipo corrediça vertical contrapesada ou para cada folha de porta de pavimento bipartida contrabalançada ou porta da cabina, e não excede 0,6 m/s para porta da cabina tipo corrediça vertical contrapesada.

6.1.3.3 Limitações da energia cinética e da força para operadores de porta automática usados com portas tipo corrediça horizontal de pavimento e portas tipo corrediça horizontal da cabina Onde a porta corrediça horizontal de pavimento operada automaticamente é fechada através de meios automáticos ou de pressão constante (ver 6.1.3.2.3), ou é fechada simultaneamente com outra porta através de meios de pressão constante [ver 6.1.3.2.2 c)], verificar se o mecanismo de fechamento atende às exigências de 6.1.3.3.1 e 6.1.3.3.2:

6.1.3.3.1 A energia cinética da porta de pavimento e todas as partes nela rigidamente ligada, calculada pela velocidade média de fechamento, não excedem 10 J onde for usado dispositivo de reabertura automático para porta da cabina que atenda às exigências de 6.1.3.4, e não deve exceder 3,5 J onde tal dispositivo de reabertura não for utilizado. NOTAS 1 Onde a porta de pavimento e a porta da cabina sejam fechadas de modo que parando qualquer uma delas manualmente as duas pararão, a soma das massas das portas de pavimento e da cabina, bem como a de todas as partes rigidamente nelas ligadas, deve ser  usada para calcular a energia cinética. 2 A velocidade média de fechamento deve ser determinada medindo-se o tempo de fechamento conforme segue: a) portas tipo corrediça horizontal com folha única ou multifolha. Determinar o tempo requerido para a extremidade dianteira da porta percorrer a partir de um ponto 50 mm distante do batente de abertura até um ponto a 50 mm distante do batente de fechamento; b) portas tipo corrediça horizontal, abertura central, com folha única ou multifolha. Determinar o tempo requerido para a extremidade dianteira da porta percorrer a partir de um ponto 25 mm distante de qualquer batente até um ponto 25 mm do ponto central de encontro das portas.

6.1.3.3.2 Verificar se a força necessária para impedir o fechamento da porta de pavimento (ou da cabina, se operada automaticamente) a partir do repouso não é maior que 130 N. NOTA - Essa força deve ser medida na extremidade dianteira da porta com a porta em qualquer ponto entre um terço e dois terços de seu percurso.

6.1.3.4 Dispositivo de reabertura para portas da cabina operadas automaticamente Verificar, para os casos onde se exige a aplicação do dispositivo de reabertura, se a porta da cabina operada automaticamente possui dispositivo de reabertura que funciona para parar e reabrir a porta da cabina e a porta do pavimento conjugada, se a porta da cabina for obstruída durante o fechamento. NOTA - Se a energia cinética de fechamento é 3,5 J ou menos, o dispositivo de reabertura pode estar inoperante.

Para portas de abertura central, verificar se o dispositivo de reabertura está projetado e instalado de modo que a obstrução de qualquer folha de porta fechando causa o funcionamento do dispositivo de reabertura. Para portas tipo corrediça vertical, verificar se o dispositivo de reabertura responde a qualquer obstrução dentro da largura da abertura até um ponto 125 mm máximo a partir de cada lado da abertura.

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PROJETO 04:010.07-003 :2003 6.1.3.5 Procedimento para verificação da seqüência de operação para portas de pavimento operadas automaticamente com portas da cabina A verificação da seqüência de operação é necessária entre portas de pavimento e portas da cabina em elevadores de passageiros e elevadores de carga autorizados a transportar passageiros quando a cabina está equipada com portas do tipo corrediça vertical operadas automaticamente e: a) portas de pavimento tipo corrediça vertical bipartida contrabalançada operada automaticamente; ou b) portas de pavimento tipo corrediça vertical contrapesada operada automaticamente que descem para abrir.

6.1.3.5.1 Verificação da seqüência de fechamento Verificar se a seqüência de fechamento é atendida para portas de pavimento corrediça vertical operadas automaticamente e portas da cabina corrediça vertical que são fechadas pela atuação de botão de pressão momentânea ou dispositivo de tempo.

6.1.3.5.2 Verificação da característica da operação Verificar se a seqüência de operação de porta de pavimento e de porta da cabina tipo corrediça vertical operada automaticamente atende ao seguinte: a) em abertura, a porta de pavimento abre no mínimo dois terços de seu percurso antes que a porta da cabina possa iniciar sua abertura; b) em fechamento, a porta da cabina fecha no mínimo dois terços de seu percurso antes que a porta de pavimento possa iniciar seu fechamento. NOTA - A seqüência de abertura e/ou fechamento pode ser provida para portas de pavimento do tipo corrediça vertical operada automaticamente e portas da cabina que são fechadas através de meios de pressão constante.

6.1.3.6 Verificação de fechadores de porta Ver 6.4.12 quanto à inspeção de fechadores de portas em cima de carros.

6.1.3.7 Ensaios de dispositivos de reabertura Onde porta da cabina fechada automaticamente estiver provida com dispositivo de reabertura, o dispositivo de reabertura deve ser ensaiado como indicado para os tipos aplicáveis (ver 6.1.3.7.1, 6.1.3.7.2. e 6.1.3.7.3). Em qualquer um destes ensaios, se o inspetor usar um objeto para ensaiar o dispositivo de reabertura, este objeto não deve ser inserido quando a porta estiver aproximando-se de sua posição totalmente fechada.

6.1.3.7.1 Dispositivo de reabertura mecânico (barra de reversão) Atuar no dispositivo enquanto as portas estiverem sendo fechadas e observar se as portas da cabina e de pavimento param e reabrem.

6.1.3.7.2 Dispositivo de reabertura eletrônico Colocar um objeto em frente da borda de ataque da porta da cabina em várias posições quando a porta estiver sendo fechada. As portas da cabina e de pavimento devem parar e reabrir.

6.1.3.7.3 Dispositivo de reabertura fotoelétrico Determinar a localização de feixe ou feixes de luz com relação ao piso da cabina. Enquanto as portas da cabina e de pavimento estiverem sendo fechadas, obstruir cada feixe de luz e observar se causará a parada e a reabertura das portas. Onde for usado um feixe invisível, a posição do feixe pode ser determinada através de exame do equipamento.

6.1.3.8 Seqüência de operação para portas de pavimento operadas automaticamente com portas da cabina NOTA - A seqüência de operação envolve seqüência de abertura e seqüência de fechamento.

Em elevadores com porta tipo corrediça vertical bipartida operada automaticamente e porta da cabina operada automaticamente, verificar a seqüência de operação conforme 6.1.3.5 e 6.1.3.2.4.

6.1.4 Portas da cabina e contatos elétricos 6.1.4.1 Verificação de portas Examinar as portas da cabina e observar quaisquer membros quebrados, tortos ou rachados. Operar portas para determinar que funcionam livremente e que as pistas guias da soleira ou membros inferiores de guia estão no lugar, firmemente afixados e que não estão suficientemente gastos para permitir que as portas saiam de suas guias em qualquer  posição do seu percurso (ver também 6.4.13).

6.1.4.2 Ensaio para posição fechada Com as portas de pavimento na posição fechada, verificar a posição fechada das portas da cabina conforme 6.1.2.2 para dispositivos de travamento de porta de pavimento. Uma porta é considerada na posição fechada quando o espaço aberto livre entre a borda avançada da porta e a face mais próxima do batente não exceder 50 mm ou, no caso de portas de abertura central, quando as folhas da porta estiverem a 50 mm de encostar uma na outra.

6.1.5 Portas de emergência em caixas cegas Verificar a operação do fechador de porta autônomo e o funcionamento de dispositivo de travamento autônomo onde providos. Onde são providos dispositivos de travamento de porta, verificá-los quanto à posição fechada e função de

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travamento e verificar os contatos elétricos da porta, onde providos, quanto à posição fechada, como prescrito para outras portas de pavimento. Onde não forem providos nem dispositivos de travamento nem contatos elétricos, o dispositivo de travamento deve ser do tipo que não possa ser aberto, exceto por uma chave que não abrirá qualquer outra porta ou dispositivo no edifício. Em tais casos, se as portas não estiverem equipadas com contatos elétricos de porta, a instalação de contatos deve ser  recomendada. Verificar se as portas de acesso de emergência estão desobstruídas.

6.2 Inspeção feita de dentro da cabina 6.2.1 Fechamento do carro Verificar se a cabina está estruturalmente perfeita e se os painéis estão firmemente fixados entre si, à plataforma e ao teto. Verificar se as placas de capacidade e outras placas de avisos requeridas estão afixadas na cabina. Para os elevadores de carga, a placa de capacidade deve ter os seguintes dizeres: CARGA .... kg PROIBIDO O TRANSPORTE DE PASSAGEIROS Relatar qualquer evidência de alterações ou adições que modifiquem materialmente o peso do carro. Para elevadores de carga, verificar se estão instaladas placas especificando a classe de carregamento, de acordo com o seguinte: a) elevadores de carga classe A: CLASSE A - ELEVADOR PARA CARGAS COMUNS PROIBIDA CARGA CONCENTRADA ACIMA DE ... kg b) elevadores de carga classe B: CLASSE B - ELEVADOR PARA VEÍCULOS AUTOMOTORES c) elevadores de carga classe C: CLASSE C - ELEVADOR PARA CARGAS CONCENTRADAS Para elevadores de carga, verificar se a carga imposta ao elevador está como especificada na placa. Para elevadores de carga nos quais se permite o transporte de passageiros, verificar se não há aberturas senão aquelas requeridas para sinalização, operação e equipamento de comunicação, entradas, visores, saídas de emergência ou ventilação. Verificar os painéis da cabina quanto a materiais de revestimento empregados e/ou adicionados como a) folha de vidro (por exemplo, espelho). A folha de vidro deve estar montada numa estrutura e estar instalada de maneira a oferecer adequada proteção aos passageiros. Verificar se o vidro é do tipo laminado de segurança e, se houver dúvida quanto a isso, solicitar que seja apresentado o certificado do fornecedor. b) materiais estofados, peludos, penachados, ondulados, laçados ou similares não são permitidos nas paredes da cabina. Em elevadores de passageiros é permitido colocar protetor acolchoado, apenas durante o transporte de cargas, se eles forem construídos com materiais de combustão lenta ou tratados por processos que os torne de combustão lenta e que não libertem gases tóxicos na sua combustão. Se houver dúvida quanto ao atendimento a este requisito, solicitar que o fornecedor apresente o certificado de ensaio de queima. Verificar se a tampa de saída de emergência no teto está no lugar, firme e não obstruída e se portas laterais de saída de emergência em elevadores de passageiros estão fechadas e travadas. Verificar se tampa de saída de emergência no teto e porta lateral de saída de emergência possui contato elétrico inacessível de dentro da cabina e se está funcionando. Observar qualquer equipamento dentro da cabina que não seja utilizado para a operação do elevador. Permite-se instalar  dentro da cabina corrimãos, dispositivos para fixação de protetores acolchoados, equipamento de iluminação, aquecimento, ventilação, ar-condicionado, som, telefone, câmara de vídeo, câmara de circuito interno e TV. No caso de ventiladores instalados dentro da cabina, verificar se estão adequadamente protegidos e firmemente fixados no lugar e não obstruindo a saída de emergência. Em elevadores de carga, permite-se instalar gancho de elevação, trilhos de transportador e trilhos ferroviários. Verificar se elevadores panorâmicos expostos à luz solar direta estão providos com ventilação forçada e se uma fonte de emergência está instalada em cada carro e é capaz de operar a ventilação por pelo menos 1 h.

6.2.2 Iluminação da cabina 6.2.2.1 Iluminação normal Examinar as luminárias para determinar se estão firmes e se têm as proteções requeridas. Observar se está provida iluminação suficiente. A iluminação é considerada suficiente se estiverem instaladas no mínimo duas lâmpadas que assegurem iluminamento médio mínimo de 50 lux ao nível do piso da cabina. Nos elevadores com comando automático não deve ser possível ao usuário interromper a iluminação da cabina.

6.2.2.2 Iluminação de emergência Verificar se está fornecida iluminação e alarme de emergência e se estão operando, desligando-se a fonte normal da iluminação.

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PROJETO 04:010.07-003 :2003 Quando a iluminação de emergência é fornecida por baterias, verificar se tais baterias estão em boas condições e com manutenção apropriada e se qualquer equipamento de recarga está em condições de funcionamento (ver 5.2.6).

6.2.3 Dispositivos de operação e controle 6.2.3.1 Operação por acionador a manivela na cabina Atuar o acionador do carro para verificar se a manivela de operação volta à posição de parada e permanece nesta posição quando a mão do operador é removida. Observar qualquer evidência de atrito excessivo ou molas de posicionamento enfraquecidas ou quebradas. Testar o funcionamento do botão de emergência conforme 6.2.3.5. Onde for provido dispositivo de nivelamento na cabina, ver 6.2.3.4.

6.2.3.2 Operação por meio de pressão constante Movimentar o carro em ambos os sentidos por intermédio dos botões de operação ou outros dispositivos no carro, para verificar se não emperram, se estão adequadamente identificados e se o carro pára quando soltos. Testar o funcionamento do botão de emergência de acordo com 6.2.3.5. Onde for provido dispositivo de nivelamento na cabina, ver 6.2.3.4.

6.2.3.3 Operação automática Movimentar a cabina efetuando paradas tanto na subida quanto na descida. A cada parada, abrir a porta da cabina e observar o posicionamento relativo entre as soleiras da plataforma e as do pavimento. Verificar se os botões não emperram e se estão adequadamente identificados.

6.2.3.4 Dispositivo de nivelamento da cabina Onde é provido nivelamento automático, a exatidão de parada, em ambos os sentidos de percurso, deve ser observada nos pavimentos para determinar se reajustagens são necessárias. Onde são providos botões de renivelamento, experimentá-los para determinar que operarão a cabina no sentido do pavimento. Enquanto a cabina estiver nivelando, pressionar o botão de emergência de acordo com 6.2.3.5. Então, a cabina deve parar. NOTA - Não se pode esperar que dispositivos de nivelamento parem a cabina exatamente em nível com a soleira do pavimento.

6.2.3.5 Botão de emergência Onde permitido o uso do botão de emergência, pressioná-lo e verificar se a cabina pára prontamente. Em instalações novas, só é permitido botão de emergência em elevadores de carga. Em elevadores de passageiros, botões de emergência, se existentes, devem estar desativados.

6.2.4 Piso da cabina, soleira da plataforma e soleiras de pavimento 6.2.4.1 Piso da cabina Verificar a condição do piso da cabina, da soleira da plataforma e das soleiras de pavimento.

6.2.4.2 Soleira da plataforma articulada Se instalada soleira articulada na plataforma, proceder conforme segue: a) examinar visualmente a placa da soleira quanto a trincas, desgaste, soldas quebradas ou rebites soltos. Verificar a área sob a soleira quanto a material estranho que impeça operação adequada no pavimento; b) verificar todos os parafusos no alojamento de seu contrapeso e nas cantoneiras-batente. Inspecionar os cabos ou correntes que ligam a soleira a seu contrapeso. Verificar os pontos de articulação e as polias quanto a desgaste e lubrificação adequada; c) inspecionar a alavanca manual e a articulação quanto a desgaste excessivo e contrapinos ou parafusos soltos ou faltando; d) verificar se a soleira está provida com um contato elétrico.

6.2.4.3 Soleiras de pavimento articuladas Se instaladas soleiras articuladas nos pavimentos, proceder conforme segue: a) examinar visualmente a placa de soleira quanto a trincas, desgaste, soldas quebradas ou rebites soltos. Verificar a área sob a soleira quanto a material estranho que impeça operação adequada no pavimento; b) verificar todos os parafusos no alojamento de seu contrapeso e nas cantoneiras-batente. Inspecionar os cabos ou correntes que ligam a soleira a seu contrapeso. Verificar os pontos de articulação e as polias quanto a desgaste e lubrificação adequada.

6.2.5 Protetores de saliências e rebaixos nas caixas Examinar protetores sob as soleiras de pavimento para verificar se estão no lugar e firmes. Em elevadores cujas soleiras de pavimento não estejam equipadas com protetores, eles devem ser recomendados.

6.2.6 Dispositivos de sinalização de emergência na cabina

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Verificar o funcionamento do dispositivo de sinalização audível (alarme) e os meios de comunicação de duas vias (intercomunicador, telefone interno ou externo). Desligar a fonte de potência normal para verificar se a fonte de emergência alimenta a luz, o alarme e os meios de comunicação de duas vias. Em edifícios em que não permanece alguém em atendimento contínuo, verificar o sinal externo ou os meios de comunicação com o serviço externo de emergência. Se o percurso do elevador exceder 45 m, verificar se de dentro da cabina pode-se comunicar com a casa de máquinas e a portaria do edifício e de dentro da casa de máquinas pode-se comunicar com a cabina e a portaria do edifício. Estes meios de comunicação também devem funcionar em caso de falta de alimentação de energia no prédio.

6.2.7 Simbologia dos dispositivos de operação Verificar se os símbolos da figura 2 substituem, ou são usados conjuntamente com, palavras para dispositivos de operação.

Figura 2 - Símbolos dos dispositivos de operação 6.3 Inspeção feita fora da caixa 6.3.1 Fechamentos e portas de pavimento Onde são permitidos e usados fechamentos e portas vazados, verificar os painéis de fechamento em todos os pavimentos e observar se estão no lugar e firmes. Verificar também se a tela de arame requerida por normas aplicáveis está no lugar e firme. Quanto à inspeção de portas de pavimento, ver 6.1.1 a 6.1.3, 6.4.12 e 6.4.13.

6.3.2 Interruptores de acesso ao poço Verificar se a chave do interruptor está mantida num local onde é disponível somente para pessoal autorizado.

6.3.3 Dispositivos de destravamento das portas de pavimento Os dispositivos de abertura de portas de pavimento (chaves de emergência) devem atender ao seguinte: a) deve ser uma chave de forma especial para impedir a duplicação fácil ou o uso de ferramentas comuns; b) verificar quaisquer tampas de furos e controlar que estão intactas, no lugar, firmes e não deformadas; c) a chave de emergência ou o dispositivo de destravamento deve estar na posse de uma pessoa responsável pela manutenção dos elevadores e facilmente acessível somente a pessoas qualificadas e em caso de emergência. Verificar  se há uma etiqueta nela presa chamando a atenção para o perigo da utilização desta chave e a necessidade de se assegurar do travamento da porta depois que ela tiver sido fechada.

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PROJETO 04:010.07-003 :2003 6.3.4 Inspeção de cabos e fixadores de cabos de contrapeso em caixa separada Onde o contrapeso corre dentro de um recinto separado fora da caixa, cada cabo e a sua fixação devem ser inspecionados na porta mais perto do topo da caixa em tais recintos. Verificar se as portas de inspeção no recinto do contrapeso são do tipo de fechamento autônomo e autotravantes. Instruir o operador para movimentar a cabina a uma curta distância a cada vez e inspecionar os cabos. Quanto a detalhes sobre a inspeção de cabos e fixações de cabos, ver 6.4.3 a 6.4.5. Se não forem providas portas de inspeção nos recintos do contrapeso, a sua instalação deve ser recomendada.

6.3.5 Protetores da plataforma (aventais) Verificar se os lados de entrada da plataforma de elevadores de passageiros e de carga estão providos de abas de proteção (avental) contraventadas.

6.4 Inspeção feita no topo do carro Precauções gerais de segurança

As seguintes precauções devem ser observadas ao fazer inspeções no topo do carro: a) onde são providas tomadas elétricas em cima do carro, usar lâmpada com extensão e proteção adequada para lâmpada. Extensões de cabos elétricos não devem ser penduradas em cabos de tração do carro ou contrapeso. Tomada elétrica com lâmpada é recomendada no topo do carro. Se não existir instalada recomendar a sua instalação; b) assegurar-se de que a superfície a pisar sej firme e segura, livre de óleo e graxa. Se o topo do carro não estiver  limpo, notificar o proprietário para limpá-lo antes que a inspeção seja feita; c) tomar cuidado especial quando o topo do carro for curvo ou abaulado; d) experimentar a resistência do topo do carro antes de sujeitá-lo ao seu peso total. Evitar pisar na tampa da saída de emergência no teto da cabina; e) agarrar-se firmemente no cabeçote superior ou outras partes da armação do carro quando o carro estiver em movimento. Nunca agarrar os cabos. A prática de agarrar-se em cabos pode resultar em lesão séria em elevador de efeito 2:1 e superior; f) se houver carro adjacente na caixa, tomar cuidado para manter todas as partes do corpo dentro dos limites da área do carro que está sendo inspecionado. Manter-se dentro dos limites da área do carro quando o carro estiver em movimento para evitar contato com contrapesos ou saliências na caixa. Ficar atento para contrapesos de elevadores que podem estar localizados adjacentes ao elevador inspecionado; g) verificar a botoeira de inspeção no topo do carro quanto a funcionamento adequado antes de usá-la para operar o carro durante as inspeções. A botoeira de inspeção somente pode operar se todos os outros dispositivos de operação normais estiverem inoperantes e o movimento do carro somente será possível com a aplicação contínua de pressão em dois botões, os quais devem estar protegidos contra qualquer ação involuntária. Se o carro não estiver equipado com botoeira de inspeção, recomendar a sua instalação; h) se não estiver disponível uma botoeira de inspeção no topo do carro, instruir o operador para mover o carro somente à velocidade mais baixa possível e no sentido especificado. Exigir que o operador repita a instrução cada vez antes de mover o carro. No caso de elevadores de comando coletivo e de sinal ou de qualquer elevador cuja reversão nas paradas extremas seja automaticamente controlada, cientificar o operador de que se ele for instruído a inverter o sentido de movimento do carro entre as paradas extremas, ele deve fazer isto por intermédio do interruptor de reversão na cabina. Alguns elevadores automáticos existentes são providos com botões do tipo de pressão constante de subida e descida dentro da cabina para operar o carro ao fazer inspeções e uma chave é provida no armário de comando para tornar estes botões operantes e para simultaneamente abrir o circuito dos botões de pressão de comando no saguão e, no caso de comando coletivo, os botões de comando na cabina. Onde tais botões de inspeção são providos, fazê-los operantes e instruir o operador na cabina para usá-los para operar o carro. Onde não for provida botoeira de inspeção, nem no topo do carro nem na cabina, ver "Precauções Gerais de Segurança" em 6.6; i) se houver botão de emergência no topo do carro, verificar o seu funcionamento e estar preparado para usá-lo em caso de emergência;   j) onde a folga superior do carro estiver limitada, é importante observar as obstruções no topo da caixa. Isto é especialmente importante onde uma plataforma de trabalho estiver provida no topo do carro; k) como regra geral, recomenda-se iniciar a inspeção a partir da parte superior da caixa.

6.4.1 Folga superior do carro Antes de executar quaisquer das inspeções ou ensaios delineados em 6.4, determinar a folga superior do carro. Onde possível, esta deve ser determinada colocando o piso da cabina em nível com o piso do pavimento extremo superior. Cuidado deve ser tomado na medição desta folga superior do carro, visto que, em muitos elevadores existentes, a folga superior pode ser insuficiente para permitir que um homem fique em pé no topo do carro, quando o piso da cabina estiver  em nível com o piso do pavimento extremo superior. Onde a folga aparenta ser insuficiente, o carro deve ser parado no pavimento superior ou abaixo dele e a folga superior do carro determinada como segue: a) medir a distância do topo do cabeçote superior do carro até a obstrução mais próxima diretamente acima dele; b) medir a projeção de quaisquer polias ou outros equipamentos montados no cabeçote superior ou em cima dele, acima do topo do cabeçote superior; c) medir a distância do topo de qualquer equipamento montado em cima do carro (não no cabeçote superior) até a obstrução mais próxima diretamente acima dele;

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d) subtrair a distância, se ocorrer, que o piso da cabina estiver abaixo do pavimento extremo superior, das distâncias medidas conforme 6.4.1 a) e 6.4.1 c). A questão se ou não a folga superior do carro, como é medida, é adequada ou está de acordo com as exigências da norma não pode ser determinada até que a folga de percurso do contrapeso e a compressão do pára-choque do contrapeso tiverem sido medidas (ver 6.6.11); e) quando é utilizado pára-choque hidráulico para o contrapeso e não é feita previsão para evitar o pulo do carro quando do entrosamento do contrapeso com o pára-choque, adicionar metade da distância de freada por gravidade. A distância a partir do ponto mais alto no carro até a obstrução diretamente acima do mesmo, quando o piso da cabina estiver em nível com o pavimento extremo superior, não deve ser menor que a folga de percurso do contrapeso mais o percurso do pára-choque do contrapeso. Onde for encontrada uma distância menor, o carro deve ser desligado imediatamente e tal condição relatada. A folga superior, assim medida, deve ser conferida com as exigências da norma aplicável. Atenção: As saliências de fixações de cabo ou cursores acima da estrutura do carro não devem ser consideradas uma invasão na folga superior do carro. Porém, projeção excessiva não deve ser permitida, se a interferência com polias ou outros equipamentos é encontrada no sobrepercurso máximo.

6.4.2 Passou para 7.11 6.4.3 Fixações de cabos de aço e de polias Verificar a placa de características no cabeçote superior e a etiqueta de características do cabo. A placa de características no cabeçote superior deve conter o número de cabos, o diâmetro do cabo em milímetros, sua carga de ruptura em quilogramas e o número de identificação da instalação (obra) pelo fabricante ou instalador. Examinar o estado das fixações do cabo de aço nas extremidades do carro e do contrapeso e também a fixação do cabo do limitador de velocidade e do cabo do freio de segurança do carro no dispositivo de desengate. Verificar se as fixações do cabo nas extremidades tanto do carro quanto do contrapeso estão feitas adequadamente. Verificar a conformidade com as alíneas que seguem: a) no fixador do cabo, se o cônico e o tirante são peças separadas, verificar se a fixação entre as duas partes é positiva e tal que impeça a sua separação; b) se as fixações dos cabos não forem do tipo com metal patente, verificar se estão de acordo com 6.4.3.1 e 6.4.3.2. Onde são usados grampos em fixações de cabos do limitador de velocidade, recomenda-se o seguinte: −

os grampos devem ser forjados;



ambos os membros do grampo devem ser providos com assentos conformes com o trançado do cabo;



devem ser usados no mínimo três grampos para cada cabo;



o cabo deve ser passado em volta de sapatilhas metálicas;



se grampos do tipo U, eles devem ser instalados com a seção U do lado do cabo sem tensão;

parafusos e porcas de grampo devem estar no lugar e apertados mas não apertados em demasia. Em grampos do tipo U a extremidade do cabo deve ser deformada aproximadamente um terço do seu diâmetro. Isto geralmente requer um torque de aproximadamente 54 Nm nas porcas para cabo de 12,7 mm e 68 Nm para cabo de 15,9 mm. Onde ambos os membros do grampo têm assentos, o torque deve estar de acordo com as recomendações do fabricante. −

c) onde forem usados fixadores cônicos enchidos com metal patente, verificar as fixações do carro e do contrapeso quanto à conformidade com o seguinte: −

o cônico e o tirante estão isentos de solda;



o comprimento da parte roscada no cônico é, no mínimo, igual a 1,5 vez o diâmetro do núcleo do tirante e está instalado um contrapino para evitar a rotação do tirante no cônico

Também observar qualquer mudança de cor nos fios de aço causada por superaquecimento quando metal patente for vazado no fixador cônico. Observar se existem quaisquer fios quebrados no ponto onde o cabo entra no fixador. Isto é especialmente importante no caso de cabos de suspensão de carros em máquinas de tambor. Tais quebras geralmente ocorrem em fixações de cabos logo abaixo do topo da extremidade menor do fixador e podem em muitos casos ser descobertas entreabrindo-se os fios individuais na perna com um instrumento pontudo, tal como a lâmina de uma faca. Observar também se o cabo tiver perdido o seu trançado onde entra no fixador e se quaisquer  pernas se projetam. Em algumas das instalações mais velhas de máquina de tambor, blocos de ferro fundido montados entre vigas do cabeçote superior do carro foram usados para apoiar as sapatilhas de cabo enchidas de metal patente sem o uso de tirantes. Em tais casos, a inspeção de fixadores cônicos enchidos com metal patente somente pode ser feita estacionando o carro e produzindo suficiente frouxidão nos cabos para permitir que os fixadores cônicos fiquem visíveis. Cabos de tração que passam em volta de carretel ou carretéis no cabeçote superior do carro antes do ligamento a fixadores cônicos devem ser afrouxados para observar o estado daquela parte do cabo que encosta nos carretéis; d) onde for usado efeito 1:1, averiguar se quaisquer placas de aço usadas para apoiar os tirantes dos fixadores dos cabos estão fixadas ao lado inferior ou às almas dos membros da armação do carro de tal modo que os parafusos ou

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PROJETO 04:010.07-003 :2003 rebites de fixação não estejam sob tração direta. Onde são usadas molas equalizadoras de tensão nos cabos, observar  se os tirantes dos fixadores não estão gastos no ponto onde passam pela chapa de aço de fixação dos cabos; e) onde for usado efeito 2:1 e superior: examinar as fixações dos cabos nas extremidades estáticas conforme 6.4.3 alíneas a) a d). Verificar se placas de aço para o apoio de tirantes dos fixadores de cabo estão colocadas em cima das vigas de suporte ou localizadas de tal modo que os parafusos que fixam as placas de suspensão não ficam sob tração direta. Verificar se os membros de suspensão estão no lugar e firmes e se não ocorreu nenhum flexionamento dos membros de suporte; −

inspecionar a polia do carro e seus mancais quanto à condição e adequação de lubrificação. Observar se os mancais de polia estão firmes nos membros de armação. Executar prova de martelo no aro e nos raios da polia (ver  6.5.2). Observar se os protetores de polia, onde requeridos, estão instalados. −

f) onde contrapesos estiverem localizados dentro de recinto separado, inspecionar as fixações de cabo no mesmo tempo que os cabos do contrapeso são inspecionados (ver 6.3.4).

6.4.3.1 Fixadores de cabo de tirante ajustável Em elevadores de tração de efeito 2:1 ou superior, verificar se os cabos de tração estão instalados, tanto nas extremidades do carro como nas extremidades estáticas do carro e do contrapeso, com fixadores de cabo de tirante ajustável.

6.4.3.2 Fixadores de cabo de cunha autofixante Nos fixadores de cabos do tipo de cunha autofixantes, verificar: a) se cônico, cunha e tirante estão totalmente isentos de solda; b) se no cônico de um lado está fundido em alto relevo o diâmetro do cabo em milímetros e ressalto(s) para indicar  com qual cunha deve ser utilizado e de outro lado uma identificação do fabricante do fixador e a carga de ruptura do cabo. Verificar se o diâmetro do cabo marcado no cônico corresponde ao diâmetro dos cabos utilizados; c) se estão instalados pinos com contrapinos na fixação do tirante ao cônico para evitar a rotação do tirante no cônico; d) se a ponta morta do cabo sobressai do fixador de uma dimensão pelo menos igual ao comprimento da cunha e que está amarrada à parte ativa do cabo por meio de uma amarração de arame recozido de comprimento pelo menos igual a três vezes o diâmetro do cabo e uma ou mais braçadeiras; e) se uma das braçadeiras está fixada o mais próximo possível da cunha, de modo a impedir que a cunha saia de seu alojamento em condições em que o cabo se torne frouxo; f) se as braçadeiras estão posicionadas de modo correto (as porcas devem ficar no lado da ponta do cabo não cortado).

6.4.4 Inspeção de cabos de aço Examinar os cabos de tração e observar se suas características estão de acordo com aquelas indicadas na placa de características no cabeçote superior do carro. Rupturas internas nos cabos de aço são difíceis de serem detectadas e conseqüentemente podem representar um perigo maior do que o desgaste superficial. A superfície do cabo pode apresentar pouco ou nenhum desgaste, mas se o cabo for  dobrado sobre um raio pequeno, os fios individuais partirão e em casos extremos o cabo pode ser quebrado a mão. Tais falhas ocorrerão com maior probabilidade em cabos de limitadores de velocidade e cabos de compensação onde os cabos são levemente carregados e a relação entre os diâmetros da polia e do cabo é pequena. Quando substituir cabos de tração, de compensação e de contrapesos de carro ou contrapesos de tambor, precisam ser  substituídos todos os cabos num jogo. Os cabos no jogo devem ser do mesmo fabricante e do mesmo material, qualidade, construção e diâmetro, e preferivelmente cortados da mesma bobina. Os comprimentos de todos os cabos de aço num jogo de cabos de tração e conseqüentemente as tensões nos cabos, devem ser substancialmente iguais, se devem ser obtidas vida útil e eficiência máximas. Se as tensões não parecerem ser  substancialmente iguais, deve ser recomendada a equalização dos comprimentos dos cabos. Se os cabos estiverem sujos ou sobrelubrificados, uma inspeção adequada pode não ser possível, a menos que a sujeira seja limpa ou o lubrificante em excesso seja removido (ver 6.4.6 quanto à lubrificação adequada). Deve ser observado que não é possível descrever o procedimento de inspeção para cada tipo isolado de instalação a cabo de aço nem esboçar cada detalhe no procedimento de inspeção. O inspetor deve usar o seu bom senso na execução da inspeção e na escolha do local no qual uma inspeção adequada do cabo pode ser feita melhor. Por exemplo, os cabos de suspensão de uma máquina de tambor instalada em cima não podem ser examinados do topo do carro e existem muitas instalações hidráulicas verticais e horizontais onde os cabos descerão um pouco afastados da cabina. Para cabos de tração em máquinas de efeito 1:1 e para cabos de contrapeso em máquinas de tambor, o exame dos cabos de preferência deve começar com o carro localizado na parte superior da caixa e deve ser feito de cima do carro, examinando-se os cabos no lado do contrapeso. Para cabos de tração em máquinas de efeito 2:1, o exame dos cabos de preferência deve começar com o carro localizado na parte superior da caixa e deve ser feito de cima do carro. Examinar ambos a extremidade fixa e a extremidade móvel dos cabos do contrapeso, e a extremidade fixa e a extremidade móvel dos cabos do carro. O restante dos cabos pode ser  examinado na polia de tração, movendo-se o carro para cima na caixa. Para máquinas de tambor de enrolamento instaladas em cima com efeito 1:1, os cabos de tração devem ser examinados da casa de polias superior.

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Onde a máquina de tração estiver localizada embaixo, as partes dos cabos saindo do tambor ou polia da máquina de tração e do contrapeso para as polias superiores podem ser examinadas do topo do carro à medida que o carro desce, exceto para uma pequena parte que precisa ser examinada do poço. Em todos os elevadores, marcar os cabos com giz para indicar a localização da seção não examinada dos cabos e examiná-las mais tarde a partir da casa de máquinas ou da casa de polias superior, ou do poço. O seguinte método, baseado em experiência de campo, é recomendado como guia para a inspeção e avaliação de cabos de aço: Mover o carro para baixo 60 cm a 90 cm cada vez e examinar cada cabo em cada uma destas paradas. Observar quando fios quebrados começam a aparecer. Em seguida, verificar a intervalos de tempo freqüentes para determinar a taxa de aumento no número de fios quebrados. Qualquer aumento rápido no número de fios quebrados é significativo. Contar o número de fios quebrados na pinha num passo do cabo medido ao longo do comprimento de um cabo dentro do qual as pernas em espiral completam uma volta em torno do eixo. Um passo pode ser considerado como uma seção de cabo aproximadamente 6,5 vezes o diâmetro do cabo, isto é, de 83 mm para cabo de 12,7 mm e 103 mm para cabo de 15,9 mm. a) máquinas de tração de laçada simples ou dupla devem ter os cabos de tração ou compensação substituídos: se os fios quebrados estiverem igualmente distribuídos entre as várias pernas, quando o número de fios quebrados por passo de cabo na pior seção do cabo exceder os valores mostrados na coluna A da tabela 1; ou −

se a distribuição de fios quebrados estiver desigual e fios quebrados predominarem em uma ou duas pernas, quando o número de fios quebrados por passo de cabo na pior seção do cabo exceder os valores mostrados na coluna B da tabela 1; ou −

se quatro ou cinco fios, um ao lado do outro, estiverem quebrados através da pinha de qualquer perna, quando o número de fios quebrados por passo de cabo na pior seção do cabo exceder os valores mostrados na coluna C da tabela 1; ou −

se existirem quaisquer fatores desfavoráveis, tais como corrosão (pó vermelho ou óxido de ferro), desgaste excessivo de fios individuais nas pernas, tensão desigual, ranhuras de polia deficientes, etc, quando o número de fios quebrados exceder 50% dos valores indicados na tabela 1 para qualquer uma das três condições descritas acima. −

Tabela 1 - Número máximo de fios quebrados por passo de cabo Tipo de cabo de aço A B C 1) 1) Classificação 6x19 24-30 8-12 12-20 1) Classificação 8x19 32-40 1) 10-16 1) 16-24 1) 1) Os limites superiores podem ser usados quando as inspeções são feitas pelo menos mensalmente por um inspetor qualificado. NOTA - O cabo da classificação 6x19 tem seis pernas com 16 a 26 fios por perna e o cabo da classificação 8x19 tem oito pernas com 16 a 26 fios por perna.

b) em máquinas de tambor, os cabos devem ser substituídos: se os fios quebrados estiverem distribuídos substancialmente iguais entre as pernas, quando o número de fios quebrados por passo de cabo na pior seção do cabo exceder 12 a 18; ou −

se predominarem quebras de fios em uma ou duas pernas, quando o número de fios quebrados por passo de cabo na pior seção exceder 6 a 12; −

NOTA - Os limites superiores podem ser usados quando as inspeções são feitas pelo menos mensalmente por um inspetor  qualificado.

c) os cabos devem ser substituídos sempre que o diâmetro real estiver reduzido abaixo do valor indicado na tabela 2 em qualquer tipo de máquina.

Tabela 2 - Diâmetro mínimo do cabo de tração Diâmetro nominal, mm 9,5 12,7 15,9 19,1 Diâmetro real reduzido, mm 8,7 11,9 14,7 17,9

25,4 23,8

ATENÇÃO: Quebras nos vales de cabos, embora infreqüentes, podem ser uma indicação de rupturas internas. Os cabos devem ser substituídos quando houver mais de um fio quebrado nos vales de um passo do cabo. Uma quebra de vale é aquela na qual o fio externo de uma perna quebra na vizinhança imediata do ponto onde se encosta a um fio ou fios de uma perna adjacente, geralmente num ponto não visível quando o cabo de aço for  examinado externamente. Em outras palavras, uma extremidade quebrada do fio é suficientemente comprida para alcançar de um vale até o próximo e a outra extremidade da quebra geralmente não pode ser vista. Isto não deve ser confundido com um fio externo quebrado quando a quebra original ocorreu numa pinha gasta e uma fratura secundária ocorreu com freqüência perto do ponto onde duas pernas adjacentes encostam. Neste caso um pedaço de fio quebrou e perdeu-se, e geralmente ambas as extremidades do fio quebrado que resta são visíveis.

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PROJETO 04:010.07-003 :2003 Observar que onde for usado cabo pré-formado, é requerido maior cuidado na inspeção, a fim de descobrir fios quebrados que não se projetam da superfície do cabo; d) cabos de limitadores de velocidade devem ser inspecionados e substituídos como prescrito para cabos de tração e compensação de máquinas de tração em 6.4.4 a). Verificar o cabo do limitador de velocidade quanto à conformidade com as exigências seguintes: −

são metálicos e possuem pelo menos seis pernas;



seu diâmetro nominal não é inferior a 6 mm;



não são de construção Tiller ;



estão tensionados por meio de polia.

o comprimento do cabo do limitador de velocidade necessário para operar o mecanismo do freio de segurança tipo B, desde sua posição totalmente recolhida até o momento em que seus elementos de atrito começam a exercer  pressão contra as guias, não excede aos seguintes valores, baseados na velocidade nominal do elevador: −

para carros: −

até 1 m/s, inclusive ..................................................................... 1,00 m;



acima de 1 m/s até 2 m/s ........................................................... 0,90 m;



acima de 2 m/s ........................................................................... 0,75 m;

para contrapesos: − −

todas as velocidades .................................................................. 1,00 m;

a construção dos limitadores de velocidade atende ao seguinte: −

a aplicação do dispositivo de retenção do cabo não produz danos ou ruptura do mesmo;

a tensão máxima no cabo, para provocar seu deslizamento através do dispositivo de retenção, não é maior  do que 1/5 da carga de ruptura mínima efetiva; −

a tensão mínima provocada no cabo é no mínimo igual a duas vezes o valor da tensão necessária para acionar o freio de segurança; −

o arco de contato entre o cabo e a polia do limitador de velocidade, em conjunto com o dispositivo tensor do cabo, provê tração suficiente para garantir a perfeita atuação do limitador de velocidade; −



o diâmetro da polia do limitador de velocidade e o diâmetro da polia tensora são ambos no mínimo igual a: 30 vezes o diâmetro nominal do cabo, para cabos de oito pernas, em elevadores com velocidade até 1,0 m/s; ou 42 vezes o diâmetro nominal do cabo para cabos de seis pernas, em elevadores com velocidade até 1,0 m/s; ou 32 vezes o diâmetro nominal do cabo para cabos de oito pernas, em elevadores com velocidade maior que 1,0 m/s; ou 46 vezes o diâmetro nominal do cabo para cabos de seis pernas, em elevadores com velocidade maior que 1,0 m/s;



seus elementos de ajuste estão lacrados;

a ruptura ou afrouxamento do cabo do limitador de velocidade provoca o corte da alimentação do circuito da máquina e do freio. Este requisito pode ser atendido por um interruptor acionado positivamente pela polia tensora do cabo do limitador de velocidade. −

Se não houver uma placa metálica com as características do cabo do limitador de velocidade afixada ao limitador  de velocidade, recomendar a sua instalação. Se algum cabo de limitador de velocidade tiver sido substituído desde a última inspeção, observar se o novo cabo é do mesmo material, diâmetro e construção como aquele especificado na placa de características do limitador de velocidade. Se não, é exigido ensaio conforme 7.4.

6.4.5 Inspeção de correntes de compensação Examinar correntes de compensação e fixações quanto a desgaste excessivo, danos ou deterioração. As correntes devem estar diretamente fixadas na armação do contrapeso ou num suporte fixado na armação do contrapeso e nunca nos tirantes de fixação dos pesos. O desgaste de corda de caixilho não é nenhuma indicação de danos da corrente, mas pode resultar em ruído indesejado na operação do elevador. Se tal ruído persistir, sugerir substituição da corda de caixilho.

6.4.6 Lubrificação de cabo de aço A lubrificação de cabo de aço aplicada durante a sua fabricação eventualmente não durará a vida útil do cabo e o cabo pode precisar ser relubrificado periodicamente. Lubrificação adequada de cabos de tração prolongará a vida do cabo através de redução da ação abrasiva de fio contra fio ou perna contra perna e retardará a deterioração das almas de fibra, eliminará a distorção do cabo e retardará a corrosão através de um revestimento impenetrável à umidade. Como guia prático para a necessidade de lubrificação, um dedo esfregado na ranhura da polia deve mostrar uma leve sujeira e ter  uma sensação levemente oleosa. Se este ensaio deixar o dedo seco e limpo, lubrificação é aconselhável.

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Lubrificação em excesso ou o uso de lubrificantes inadequados, no caso de elevadores de tração, reduzem seriamente a tração disponível e causam patinagem do cabo. Os lubrificantes e a quantidade usados devem ser limitados àqueles fornecidos ou aprovados por fabricantes de elevadores ou cabos de aço estabelecidos. Patinagem dos cabos durante a aceleração ou retardamento pode ser uma indicação de que a lubrificação está excessiva. Para determinar isto, geralmente será necessário observar os cabos onde passam em volta da polia da máquina de tração durante a aceleração e o retardamento. Alguma patinagem é normal. No caso de máquinas a tambor de enrolamento, lubrificação excessiva não cria condições perigosas, mas não deve ser tal que interfira com a inspeção adequada dos cabos. Cabos de aço de limitadores de velocidade não devem ser lubrificados após a instalação já que o lubrificante pode interferir  com a capacidade das garras do limitador de reter o cabo do limitador e aplicar o freio de segurança ou pode reduzir a tração entre o cabo e a polia do limitador e impedir funcionamento adequado do mesmo.

6.4.7 Limitadores de percurso normal Extremo cuidado deve ser observado se a folga superior do carro for limitada. Mover o carro até o ponto superior do seu percurso, à baixa velocidade, para examinar o limitador de percurso normal [ver alínea j) das "Precauções Gerais de Segurança", em 6.4]. Em elevadores de tração e na maioria das instalações mais recentes de tambor, este dispositivo geralmente consiste em um interruptor ou interruptores instalados no topo do carro, acionados por rampas na caixa, ou interruptor ou interruptores instalados na caixa e atuados por rampas no carro. Em alguns casos, porém, limitadores de percurso normal de elevadores de tração podem estar localizados na casa de máquinas ou na casa de polias superiores e estar mecanicamente ligados e acionados pelo carro. Onde o limitador de percurso normal de elevadores de tração estiver localizado deste modo e o dispositivo de transmissão quebrado estiver  localizado em cima do carro, abri-lo manualmente com o carro parado. O desligamento deste interruptor deve impedir o carro de partir. Ver 6.4.8 quanto à inspeção e ensaio de limitadores de percurso final. Observar se os interruptores de parada e as rampas estão em alinhamento correto e firmemente fixados no lugar. Observar também a condição dos roletes do interruptor do limitador de percurso, tal como redução do diâmetro efetivo devido a desgaste ou perda dos pneumáticos que pode interferir com a operação adequada do interruptor ou impedir o seu funcionamento. Cursores do carro excessivamente gastos combinados com roletes do limitador de percurso gastos podem fazer com que carros ultrapassem os seus pontos extremos. Se os equipamentos estiverem em condições adequadas e existir folga superior do carro suficiente, fazer um ensaio dos limitadores de percurso normal superiores com o carro vazio à velocidade nominal. Se a folga superior do carro estiver  limitada, este ensaio deve ser feito comandando o elevador de dentro do carro. Repetir o ensaio para os limitadores de percurso normal inferiores. Em cada uma destas paradas o carro deve parar no pavimento extremo ou perto do mesmo e antes que o limitador de percurso final atue.

6.4.8 Limitadores de percurso final O limitador de percurso final superior deve estar localizado tão perto do pavimento extremo quanto possível, sem interferir  com o limitador de percurso normal, mas antes do contrapeso bater no seu pára-choque. NOTA - Antes de ensaiar limitadores de percurso final através do topo do carro, averiguar se o interruptor de potência no armário de controle é do tipo de restabelecimento manual ou elétrico. Se do tipo de restabelecimento manual, o funcionamento do limitador de percurso final não deve ser testado de cima do carro, a menos que um assistente esteja a postos na casa de máquinas para religar o interruptor do armário de comando, quando instruído a fazer isto pelo inspetor.

Acionar o carro subindo à velocidade de inspeção até que o interruptor do limitador de percurso final possa ser alcançado manualmente. Usar um objeto isolado para desligar este interruptor e tentar dar partida no carro em cada sentido. O carro não deve mover-se e, se mover-se, a inspeção não deve ser continuada até que este defeito seja corrigido. Verificar a fixação e o alinhamento do interruptor e da rampa. O rolete do interruptor deve bater na superfície inclinada da rampa e não no topo. Se adequadamente localizado e ajustado, o rolete deve centrar lateralmente na rampa, assegurando movimento livre do braço do rolete e abertura positiva do contato do interruptor sem danificar o interruptor.

6.4.9 Passou para 7.12 6.4.10 Guias do carro e do contrapeso, fixações das guias e cursores do carro, lubrificação das guias e placa de aviso Examinar as guias prestando especial atenção para o estado das superfícies e o alinhamento correto das junções. A aplicação repetida do freio de segurança do carro ou cursores do carro inadequadamente ajustados ou soltos permitem que as garras ou blocos do freio de segurança encostem-se às superfícies das guias e freqüentemente causem desgaste ou riscos nas guias e nas garras e blocos do freio de segurança. Onde forem usados cursores do tipo deslizante, observar se as guias estão isentas de fiapos e sujeira e adequadamente lubrificadas. O uso excessivo de lubrificante deve ser evitado. Guias nas quais lubrificantes são usados devem ser  mantidas limpas e livres de pó e sujeiras acumulados. Onde forem usados cursores de rolos, as guias devem estar limpas e secas sem lubrificante. Uma placa de metal deve estar afixada ao cabeçote superior da armação do carro, em uma posição facilmente visível, contendo informações sobre a lubrificação das guias do carro e do contrapeso. Onde a lubrificação é necessária, a placa deve conter o seguinte aviso: “CONSULTE O FABRICANTE DO FREIO DE SEGURANÇA QUANTO ÀS CARACTERÍSTICAS DO LUBRIFICANTE A SER USADO NAS GUIAS”. Se for utilizado outro lubrificante diferente daquele recomendado pelo fabricante, deve ser feito um ensaio do freio de segurança para demonstrar que ele funciona como

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PROJETO 04:010.07-003 :2003 requerido. Onde não deve ser usada lubrificação, a placa deve conter o seguinte aviso: “ATENÇÃO. NÃO LUBRIFIQUE AS GUIAS”. Verificar as seguintes fixações para averiguar se estão em boas condições e apertadas e se não faltam parafusos ou grampos de guia: a) guias a suportes de guia; b) suportes de guia a construção do prédio; c) parafusos de talas de junção; d) parafusos de ligação do cabeçote superior; e) parafusos dos cursores do carro.

6.4.11 Alinhamento de guias Operar o carro a velocidade nominal de um pavimento extremo ao outro e observar se há movimento excessivo ou irregular do carro que possa indicar que as guias do carro ou do contrapeso não estão adequadamente alinhadas. Se ocorrer tal movimento e não for devido à falta ou desgaste de cursores ou rolos, recomendação deve ser feita para correção do alinhamento.

6.4.12 Dispositivos de operação, travamento e contato de portas da cabina e de pavimento e rampas móveis Examinar quaisquer motores ou máquinas de acionamento e rampas de operação de porta do carro e de pavimento, seus dispositivos de travamento e contato, interruptores ou outros mecanismos localizados em cima do carro ou na caixa, para verificar se estão em estado adequado de funcionamento, firmemente fixados no lugar e adequadamente lubrificados. Examinar os mecanismos de operação de portas de pavimento totalmente automáticas e mecanismos de abertura de trava em carros de portas semi-automáticas, para averiguar se estão firmemente fixados na posição, lubrificados e em condição adequada de operação. Examinar quaisquer rampas fixas ou móveis para o acionamento de trincos, contatos de trincos ou operadores de portas para averiguar se estão em alinhamento correto com o rolete do braço do trinco ou mecanismo de operação da porta, se o seu percurso for suficiente para assegurar operação adequada dos trincos ou operadores de porta e que o desgaste em correntes, rodas dentadas, etc, não está excessivo. Operadores de portas de pavimento acionados por controles magnéticos devem ser ensaiados para determinar que o carro está dentro da zona de pavimento ou dentro dos limites da zona de nivelamento, onde estiver provido nivelador  automático, antes que o controle faça com que o operador de porta abra a porta do pavimento, e determinar que o carro está parado ou substancialmente nivelado com o pavimento antes que a porta esteja na posição totalmente aberta. Examinar conexões mecânicas entre o elemento de trava da porta e o fecho eletromecânico. Ver 6.1.1 a 6.1.4 quanto a ensaios de operação de trincos.

6.4.13 Suspensões de portas da cabina e de pavimento e equipamentos associados, interconexões de folhas múltiplas de portas e visores de porta de pavimento Examinar a condição das suspensões, trilhos e guias de portas de pavimento e do carro para determinar que estão firmemente fixadas no lugar e lubrificadas. Examinar as interconexões das folhas de portas corrediças de pavimento múltiplas para determinar se estão em condições adequadas e firmemente fixadas às folhas da porta. Tais interconexões, se localizadas nas correntes, cabos ou outras partes da suspensão, ou nos braços e pinos do fechador de porta devem ser  examinadas para determinar qualquer indicação de desgaste ou possível falha que possa fazer as folhas ficarem desconectadas uma da outra e permitir que o carro funcione com uma ou mais folhas abertas. Verificar portas tipo corrediça horizontal e portas tipo giratória de eixo vertical, abrindo-as manualmente até ficarem totalmente abertas. Liberar as portas e, enquanto estiverem retornando à sua posição fechada, manualmente parar e soltar  as portas a aproximadamente meio caminho e a aproximadamente 50 mm do batente. Verificar se as portas retornam até sua posição totalmente fechada. Examinar contrapesos de portas de pavimento e da cabina para determinar se estão adequadamente guiados ou acondicionados para reter o contrapeso, se o meio de suspensão quebrar. Examinar os elementos de suspensão de portas de cabina e de pavimento junto com as suas conexões, polias e suportes de polia. Onde visores forem providos, observar o tipo de vidro usado e se está firme no lugar. Visores de portas de pavimento devem ser de vidro transparente claro aramado ou inestilhaçável de no mínimo 150 cm2 de área. Em lugar do vidro é admitida grade incombustível de malha de 30 mm no máximo. Observar que o centro do visor esteja colocado no mínimo a 1,40 m e no máximo a 1,70 m do piso do pavimento. Visores de portas de cabina são obrigatórios em portas de abertura manual.

6.4.14 Botoeiras de inspeção Examinar quaisquer dispositivos instalados em cima do carro para a operação de inspeção. Verificar se são satisfeitos simultaneamente os seguintes requisitos na operação deste dispositivo de inspeção: a) o dispositivo que transfere o controle do elevador para a botoeira de inspeção está no topo do carro e localizado o mais próximo possível da entrada normalmente usada para acesso ao topo do carro; b) a botoeira de inspeção está instalada de modo que não possa ser removida do topo do carro; c) a botoeira de inspeção somente pode operar se todos os outros dispositivos normais de operação estiverem inoperantes;

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d) o movimento do carro é resultante da aplicação contínua de pressão em dois ou mais botões, que estão protegidos contra qualquer ação involuntária; e) a velocidade do carro em inspeção não é maior que 0,75 m/s; f) todos os dispositivos de segurança permanecem efetivos; g) o movimento do carro para baixo é possível mesmo que ele tenha atingido a sua posição mais alta no limitador de percurso final. Ver também alínea g) das "Precauções Gerais de Segurança", em 6.4.

6.4.15 Dispositivos de desengate do cabo do limitador de velocidade Estando em cima do carro, examinar o dispositivo de desengate do cabo do limitador de velocidade. Observar a existência de peças enferrujadas ou incrustadas de sujeira e se molas estão quebradas. A tensão da mola do dispositivo de desengate deve ser suficiente para impedir a aplicação do freio de segurança durante a partida e parada em operação normal do elevador, mas não deve ser suficiente para impedir a aplicação do freio de segurança quando as garras do limitador de velocidade prenderem o cabo. Determinar através de inspeção visual que cabo do limitador de velocidade está no dispositivo de desengate e que todos os cabos de freios de segurança acionados por tambor estão adequadamente enrolados no tambor como prescrito em 7.3.1. A força de retenção do portador do desengate deve ser no máximo 60% da força de arrasto do limitador de velocidade.

6.4.16 Passou para 7.13 6.4.17 Dispositivos de nivelamento de carros Examinar fixações e folgas de dispositivos de nivelamento de carros, incluindo rampas e chapas de nivelamento localizadas na caixa. Observar as precauções que devem ser tomadas conforme prescrito na alínea f) das "Precauções Gerais de Segurança", em 6.4, com referência particular às chapas de nivelamento na caixa.

6.4.18 Caixa de ligações elétricas da caixa e cabos de comando a) as caixas de ligações do carro e da caixa do elevador devem estar firmemente fixadas com as tampas no lugar. Examinar os meios de suporte de cabo na caixa de ligações da caixa e também na caixa de ligações do carro; Examinar o elemento de sustentação de aço, onde ligado à caixa de ligações da caixa e à caixa de ligações do carro e verificar se está preso com segurança. As cargas vivas nas almas de sustentação de aço devem ser suportadas no sentido do apertamento do parafuso de sustentação ou por outros meios de fixação e a extremidade fixa deve ser  enfitada ou grampeada à extremidade móvel. Examinar particularmente sobre qualquer evidência de desgaste ou quebras nas almas de sustentação de aço que possa danificar a isolação dos condutores ou causar o desprendimento do cabo de comando, causando deformação ou ruptura dos condutores nas alças terminais; b) onde for usado agarra-cabo de malha metálica flexível de apertamento automático, examinar a sua alça autoapertadora para assegurar-se de que a mesma está fixada com segurança ao seu suporte na caixa de ligações da caixa ou do carro. Examinar o olhal da garra amarrada ao membro de sustentação. Quando for utilizada amarração de olhal duplo, os olhais devem estar amarrados de modo que eles compartilhem igualmente a carga e não excedam 15º com o eixo do cabo vertical. Existem basicamente os seguintes tipos de agarra-cabo auto-apertador de malha metálica flexível (ver figura 3): 1) tipo fechado; 2) tipo aberto-costurado; 3) tipo aberto-atirantado. Examinar o agarra-cabo onde a alça se prende à malha metálica para qualquer sinal visível de desgaste ou quebra. Este ponto está sujeito a danos devido a movimentos de flexão do cabo. É recomendável que a seção inferior do agarra-cabo seja amarrada ao cabo de comando para evitar afrouxamento e culmine em deslizamento do agarracabo (na superfície externa do cabo de comando). Procurar por dano causado pelos meios de sustentação. O afrouxamento do agarra-cabo pode causar a soltura do cabo, desse modo provocando deformação ou quebra dos condutores individuais. Deslizamento do agarra-cabo pode causar desgaste da isolação do cabo de comando. c) examinar os cabos de comando quanto a: 1) torção excessiva ou pregas; 2) danos devido à abrasão; 3) entrelaçamento de cabos múltiplos; 4) folgas com equipamento de caixa, tais como, pára-choque, pistões, suportes, vigas, etc.

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Figura 3 - Tipos de agarra-cabo auto-apertador de malha metálica flexível 6.4.19 Polias superiores e de desvio Inspecionar polias superiores e de desvio onde a inspeção não possa ser feita do topo da caixa. Ver 6.5.2 quanto a detalhes de inspeção.

6.4.20 Protetores de saliências e de rebaixos em caixas Verificar se saliências nas paredes de caixa nos lados não usados para carregamento e descarregamento têm as superfícies superiores chanfradas e se excedem 50 mm de largura.

6.4.21 Numeração dos pavimentos A marcação da numeração dos pavimentos nas portas do tipo eixo vertical é obrigatória quando não houver indicador de posição nas cabinas e deve ser possível observá-la através das portas da cabina.

6.4.22 Instalação de tubulações, fiação e dutos na caixa Verificar a caixa quanto à instalação de tubulações e dutos não relacionados com os equipamentos do elevador, os quais não são permitidos.

6.4.23 Saída de emergência no teto da cabina Verificar se a saída de emergência no teto da cabina atende aos seguintes requisitos: a) possui dimensões mínimas de 0,35 m x 0,55 m; b) abre para o lado de fora da cabina; c) o destravamento é fácil e somente possível pelo lado de fora da cabina; d) não há nenhum equipamento montado no teto da cabina interferindo com a saída dos passageiros; e) está provida de um contato elétrico de segurança.

6.4.24 Proteção da caixa em caso de incêndio Verificar se a caixa do elevador possui meios adequados para prevenir o acúmulo de fumaça e gases quentes em caso de incêndio (ver G.4.1.3). As aberturas para ventilação devem atender aos regulamentos locais em vigor sobre proteção ao fogo e a sua área deve ser no mínimo igual a 1% da área da seção horizontal da caixa.

6.5 Inspeção feita em casas de polias e casas de máquinas Precauções gerais de segurança

As seguintes precauções devem ser observadas pelo inspetor ao fazer inspeções em casas de polias e em casas de máquinas: a) antes de pisar em qualquer grade ou plataforma superior, examinar visualmente os suportes e fixações para verificar se são suficientemente fortes e rígidos; b) observar qualquer pé-direito baixo que crie risco em casas de máquinas, especialmente em níveis secundários; c) averiguar se não há nada em cima da grade, plataforma ou piso que possa causar escorregamento ou tropeço. Verificar quanto a tampas temporárias sobre aberturas em grades e pisos; d) antes de inspecionar quaisquer partes móveis (tais como polias, tambores, freios, limitadores de velocidade, relés etc.) por tato ou manipulação, assegurar-se de que a fonte de energia para o equipamento sob inspeção está desligada, o que corresponde estar a máquina parada. Após o interruptor de desligamento ter sido aberto, tentar operar  o elevador para assegurar-se de que o interruptor correto foi aberto. Além disso, é aconselhável rotular o interruptor  "fora de serviço", se não estiver visível, para evitar a possibilidade de alguma pessoa restabelecer o serviço sem conhecimento de que uma inspeção está em andamento.

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A abertura da chave geral de um elevador, num grupo de elevadores, pode não desligar da fonte de energia todos os circuitos para o armário de controle, armário de relés e seletor de pavimento. Esta condição existe no caso de operação automática coletiva e operação automática em grupo, etc. Em vista disso, cuidado deve ser tomado na inspeção de tais elevadores para evitar contato com circuitos que permanecem sob tensão. Esta condição também pode ocorrer no caso de um único elevador onde mais de uma fonte de abastecimento de energia estiver provida para o elevador.

6.5.1 Inspeção de cabos de aço e suas fixações Examinar aquela seção do cabo entre o topo do carro e o ponto no lado do contrapeso que não puder ser examinada do topo do carro ou de aberturas no recinto da caixa do contrapeso (ver 6.4.3 a 6.4.6). A parte do cabo que deve ser  examinada pode ser determinada através de referência às marcas de giz feitas anteriormente no cabo. Onde for usada tração múltipla (2:1, 3:1, ...), examinar as ancoragens superiores de cabo (amarras do cabo na extremidade estática) e onde forem usados fixadores de cabos chumbados com metal patente, averiguar se foram adequadamente enchidos. Verificar se a placa de amarração dos cabos que suporta as fixações dos cabos de tração está montada em cima dos elementos que a suporta. Onde for usado tirante de suspensão separado do fixador cônico, examinar a fixação quanto a conformidade com 6.4.3 c). Verificar se todas as contraporcas e contrapinos estão no lugar. Verificar os dados mostrados na placa fixada ao cabeçote superior da armação do carro.

6.5.2 Polias secundárias e de desvio superiores As polias secundárias e de desvio superiores devem ser examinadas e ensaiadas com leves batidas de martelo [ver 4.4.1 d)]. Se o som que resultar das batidas for surdo e apagado, ao contrário do timbre dado por metal perfeito, as partes da polia devem ser cuidadosamente examinadas quanto a trincas. Se não forem visíveis quaisquer trincas, é possível descobrir trincas tão finas quanto o cabelo cobrindo a seção suspeita com óleo de máquina, deixando-o permanecer alguns minutos, eliminando todo o óleo em excesso com um pano ou estopa e em seguida cobrir a parte com giz. O óleo de máquina absorvido pelas trincas causará uma coloração marrom no giz. Esta indicação pode ser apressada batendo novamente de leve na parte suspeita com um martelo ou deixar o carro fazer uma viagem completa. Examinar as polias quanto a ranhuras gastas e observar se todos os cabos assentam até a mesma profundidade nas ranhuras. Procurar evidência de qualquer desalinhamento de polias. Averiguar se os parafusos dos mancais estão apertados (para polias de tração, ver 6.5.7). Os eixos e mancais de polias devem ser inspecionados quanto a desgaste e outros defeitos. Verificar se os eixos e mancais estão adequadamente lubrificados.

6.5.3 Passou para 7.14 6.5.4 Passou para 7.15 6.5.5 Folga superior do contrapeso Com o carro apoiado no seu pára-choque completamente comprimido, verificar a folga superior do contrapeso, em metros, que deve ser no mínimo 0,035v2 (v em metros por segundo) ou 0,25 m. NOTA - A projeção de fixações de cabo ou cursores do contrapeso acima da armação do contrapeso nem sempre determina uma transgressão na folga superior do contrapeso. Porém, projeção excessiva não deve ser permitida se for encontrada interferência com polias ou outros equipamentos em sobrepercurso máximo.

6.5.6 Limitador de velocidade Quanto a diagramas e descrições ver anexo C. Ver também "Precauções gerais de segurança" no início desta seção. a) inspeção feita com a força desligada - Desligar a chave geral e proceder como segue: examinar os parafusos de fixação do limitador de velocidade para certificar-se de que o limitador está firmemente afixado e que o cabo do limitador corre livre das garras ou de outras obstruções; −

examinar todas as articulações, tais como engrenagens, pinos, buchas e disparadores existentes, desde os pesos até as garras, tentando detectar desgaste excessivo e movimento perdido, e observar se todos os mancais e superfícies de atrito estão isentos de tinta ou outras substâncias estranhas; −

levantar os pesos rotativos do dispositivo centrífugo manualmente e observar se todas as partes móveis, incluindo as garras do cabo do limitador de velocidade, operam livremente e se existe amplo espaço para a rotação dos pesos na sua posição extrema mais estendida. Verificar todas as partes quanto à lubrificação; −



examinar as superfícies de atrito das garras quanto a excessivo desgaste;

estando o limitador de velocidade provido com um interruptor de redução de velocidade e um interruptor de sobrevelocidade (parada), verificar se estes interruptores funcionam operando manualmente o mecanismo do limitador de velocidade; −

verificar se o limitador de velocidade está lacrado e verificar se o lacre está intacto. A cada cinco anos é exigido um ensaio de velocidade de desarme do limitador de velocidade (ver 7.4.3, se o lacre tiver sido violado ou quando há evidência de que a regulagem do limitador de velocidade foi alterada ou o cabo do limitador de velocidade for  substituído por um cabo de tamanho ou construção diferente. Em tal caso, o proprietário deve ser notificado para mandar fazer um ensaio do limitador de velocidade e do freio de segurança por uma pessoa qualificada); −

inspecionar partes do cabo do limitador de velocidade que não puderam ser inspecionadas de cima do carro [ver  6.4.4 d)]; −



rearmar cuidadosamente o dispositivo de agarramento ou as garras e o interruptor do limitador de velocidade;



determinar se o cabo do limitador de velocidade está alinhado com as superfícies de atrito das garras;

b) inspeção feita com a força ligada - Ligar a chave geral e proceder do seguinte modo:

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PROJETO 04:010.07-003 :2003 Desligar o interruptor de sobrevelocidade (parada) do limitador de velocidade, onde provido, e verificar para ter  certeza de que o elevador não pode funcionar. Religar o interruptor do limitador de velocidade e fazer o carro funcionar com a velocidade normal em cada sentido e observar: qualquer tendência do cabo do limitador de deslizar na ranhura da polia quando o carro for acelerado ou retardado; −



qualquer movimento excêntrico ou lateral da polia do limitador de velocidade;



se o cabo do limitador de velocidade corre sempre livre das garras.

6.5.7 Polia de tração a) inspeção feita com a força desligada - Desligar a chave geral e proceder como segue: Fazer ensaio de martelo na polia conforme 6.5.2. Inspecionar as fixações quanto a aperto onde polias desmontáveis sejam fixadas no seu cubo. Observar qualquer evidência de movimento perdido ou qualquer desalinhamento das polias de tração com outras polias. Examinar a polia de tração quanto a ranhuras gastas e observar se todos os cabos assentam até a mesma profundidade nas ranhuras. Partículas de metal embaixo de polias de cabo são evidências de desgaste de ranhuras ou da polia. b) inspeção feita com a força ligada - Ligar a chave geral e proceder como segue: Lubrificação excessiva dos cabos de tração ou desgaste das ranhuras de polia pode resultar em redução da tração. Testar a tração operando o carro vazio na subida e pará-lo. Qualquer redução importante de material de tração pode ser notada observando existência de deslizamento entre cabos e polia de tração (ver 6.4.6). De elevadores de passageiros e elevadores de carga autorizados a transportar passageiros também são exigidos baixar, parar e segurar o carro com segurança com 125% de carga útil.

6.5.8 Proteções para equipamentos expostos Nas casas de máquinas e casas de polias, com a chave geral ligada, determinar se as proteções requeridas estão no lugar  em engrenagens, pinhões, polias ou tambores de fita ou cabo de seletores, quadros de controle de piso ou máquinas de sinalização e em cabos, correntes ou fitas para acionamento dos mesmos.

6.5.9 Máquinas de tambor de enrolamento Para as máquinas de tambor de enrolamento utilizadas nos monta-cargas, proceder conforme segue: Desligar a chave geral e examinar as fixações dos cabos de acionamento e do contrapeso no tambor. Notar que deve haver no mínimo uma volta de cabo no tambor, se o carro ou o contrapeso estiver apoiado em seu pára-choque totalmente comprimido. Fazer um exame visual e o ensaio de martelo no tambor para detectar defeitos ou trincas, conforme 6.5.2.

6.5.10 Limitadores de percurso em máquinas de tração Em alguns casos, os interruptores dos limitadores de percurso ficam localizados na casa de máquinas e são acionados por  um cabo, fita ou corrente fixada no carro. Estes interruptores devem ser examinados como prescrito anteriormente em 6.4.7 e 6.4.8. Quando os interruptores são localizados na casa de máquinas, as seguintes exigências devem ser  atendidas. Limitadores de percurso localizados em casas de máquinas usados para determinar a posição do carro devem atender ao seguinte: a) o dispositivo de parada deve ser montado sobre e operado por meios de parada ligados mecanicamente e acionados pelo carro. Meios de parada que dependem de atrito ou tração não devem ser usados; b) fitas, correntes, cabos ou dispositivos similares ligando mecanicamente o dispositivo de parada ao carro e usado como meio de acionamento devem ser providos com um dispositivo que cause a remoção da potência elétrica do motor  de acionamento da máquina de tração e do freio se os meios de acionamento falharem; c) se forem usados interruptores operados mecanicamente, somente um conjunto de contatos de parada é necessário para cada pavimento extremo nos controladores de piso ou outros dispositivos similares usados para parar o carro automaticamente no pavimento (tal como, operação automática, operação de sinalização, etc), desde que estes contatos e os meios para operá-los atendam aos requisitos de 6.5.10.2. Estes contatos podem então servir também como limitadores de percurso normal.

6.5.11 Engrenagens e mancais a) inspeção feita com a força ligada - Ligar a chave geral e proceder como segue: fazer o elevador funcionar em cada sentido, fazendo paradas freqüentes. Observar se houver qualquer folga ou  jogo excessivo nos mancais ou engrenagens. Ruído ou jogo incomum geralmente é uma indicação de problemas de engrenagem ou de empuxe ou danos a revestimentos, rolos ou esferas de mancais; −

examinar todos os rolamentos e engrenagens quanto a excessivo movimento perdido ou desgaste excessivo. Observar se os mancais e engrenagens estão lubrificados e se anéis de óleo, correntes ou outros métodos de alimentação funcionam livremente. O nível de óleo nos reservatórios deve ser verificado e qualquer vazamento de óleo anotado. −

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b) inspeção feita com a força desligada - Desligar a chave geral e examinar o óleo no cárter para verificar se está isento de partículas metálicas ou outras substâncias estranhas. Verificar o nível de óleo. Examinar as engrenagens visualmente quanto a desgaste excessivo.

6.5.12 Motor da máquina de tração a) inspeção feita com a força ligada - Ligar a chave geral e proceder como segue: fazer o elevador funcionar em cada sentido fazendo paradas freqüentes e observar o funcionamento do motor e do freio (ver 6.5.13 quanto a inspeção do freio). Comutadores ou anéis coletores, onde providos, devem ser  observados quanto a faiscamento excessivo ou trepidação excessiva de escovas. Inspecionar os mancais conforme 6.5.11; −



inspecionar todos os parafusos de fixação do motor para verificar se estão no lugar e apertados.

b) inspeção feita com a força desligada - Desligar a chave geral e examinar porta-escovas, comutadores ou anéis coletores e determinar: a condição dos porta-escovas e das escovas e se qualquer escova está emperrada no seu porta-escova ou gasta a ponto que o porta-escova ou o conector metálico na escova possa tocar o comutador ou anel coletor; −

a pressão da mola da escova, se foi observado faiscamento ou trepidação quando a máquina estava funcionando; −

se o comutador ou os anéis coletores estão queimados, corroídos, ranhurados, estão limpos e isentos de óleo e se os comutadores têm mica alta; −

qualquer acumulação de carvão, pó de cobre, óleo ou outras substâncias nas ranhuras de um comutador com mica rebaixada; −

se ligações expostas de terminais de armadura e campo estão apertadas. Atenção especial deve ser dada às conexões do campo de derivação em motores de c.c.; −



se os condutores elétricos não estão quebrados ou a sua isolação trincada ou quebrada;



se os enrolamentos do motor estão livres de depósitos de óleo, pó ou fiapos.

6.5.13 Freio da máquina de tração a) inspeção feita com a força ligada - Ligar a chave geral e acionar o carro e observar o funcionamento do freio. O freio não deve trepidar. Ele deve exercer sua ação em complementação à operação de redução da velocidade e nivelamento ou antes disso. Verificar se o freio foi automaticamente aplicado em paradas normais. A folga entre a sapata do freio e o tambor do freio, quando o carro estiver viajando, não deve ser maior que a necessária para permitir movimento livre. Examinar os pinos de freio para verificar se estão adequadamente lubrificados e se não agarrados e se os contrapinos estão no lugar e abertos. Observar qualquer ação de freada dura e brusca. Motores de freios motorizados devem ser examinados conforme 6.5.12. Além disso, em instalações de freios mecânicos, observar se a operação do dispositivo de acionamento do freio desengata o freio somente quando a força estiver aplicada à máquina; b) inspeção feita com a força desligada - Desligar a chave geral e proceder como segue: 1) examinar o freio e o tambor para determinar se as lonas do freio estão isentas de óleo e se há qualquer  arranhadura no tambor. ATENÇÃO: A construção da articulação atuante de alguns freios é tal que uma única unidade é usada para regular  tanto a pressão da mola que aplica as sapatas de freio quando o freio atua quanto o tamanho de folga entre a sapata de freio e o tambor de freio, quando o freio for liberado. Com este tipo de construção é possível ajustar a característica de desengate inadequadamente, de modo que impedirá as sapatas de freio de agarrar o tambor de freio quando o freio atuar. A ajustagem deste tipo de freio deve ser examinada para verificar se a ajustagem é tal que as sapatas de freio não serem impedidas de atuar adequadamente e se há uma margem suficiente na ajustagem para compensar o desgaste da lona do freio. 2) verificar o nível de óleo de freios do tipo de bobina imersa em óleo.

6.5.14 Conjuntos moto-gerador usados com controle de campo do gerador  Conjuntos moto-gerador e excitatrizes que são parte do sistema de controle do elevador devem operar suavemente sem ruído ou vibração excessiva e devem ser inspecionados conforme 6.5.12. Conjunto moto-gerador e unidades retificadoras usadas para transformar de c.a. em c.c. para a operação de um ou mais elevadores, mas que não são uma das unidades do sistema de controle de campo do gerador, não são considerados como fazendo parte de equipamentos do elevador.

6.5.15 Mecanismos de controle, fiação e fusíveis O seguinte procedimento de inspeção é aplicável a todos os mecanismos de controle, incluindo painéis de partida para conjuntos moto-gerador que são parte do sistema de controle do elevador, painéis de sinalização, painéis do quadro de controle do elevador, painéis de despacho, seletores etc. a) inspeção feita com a força desligada - Desligar a chave geral e examinar todos os relés, interruptores, contactores, retificadores de circuitos de controle, transformadores, capacitores, reatores, válvulas a vácuo, etc e observar:

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PROJETO 04:010.07-003 :2003 quaisquer contatos excessivamente gastos ou queimados, conectores quebrados, grelhas ou tubos de resistência quebrados ou trincados; −



quaisquer fusíveis que estão curto-circuitados com arame, solda ou tiras de metal;



se os equipamentos estão limpos;

qualquer acumulação de materiais combustíveis, especialmente em grelhas ou fios de resistência ou em retificadores de circuitos de controle (uma causa comum de incêndio). −



se os contatos de relés de inversão de fase, onde providos, estão abertos;



articulações de pinos excessivamente gastos em relés ou contactores;

b) inspeção feita com a força ligada - Ligar a chave geral e observar a operação dos equipamentos de controle quando o elevador estiver funcionando em cada sentido. Observar qualquer centelhamento anormal de contatos, aquecimento excessivo de bobinas ou resistores e desalinhamento de relés, contatores e interruptores.

6.5.16 Absorção de energia regenerada Onde são usadas unidades retificadoras não rotativas para fornecer força de c.c. para o motor elétrico de máquina de tração, é requerido que meios sejam providos para absorver a energia regenerada de modo que a velocidade sob condições de carga negativa não exceda 125% da velocidade de subida com a carga útil no carro. Inspecionar relés e resistores de operação da unidade regenerativa.

6.5.17 Iluminação, extintores de incêndio, ventilação e ordem da casa de máquinas Verificar a casa de máquinas quanto ao seguinte: a) iluminação adequada (mínimo 200 lux ao nível do piso); b) ordem da casa de máquinas e presença de quaisquer líquidos inflamáveis (ponto de fulgor menor que 43oC) ou materiais não necessários para a operação e manutenção do elevador; c) verifique se é provida ventilação adequada por meio natural ou mecânico para assegurar o funcionamento do elevador de modo normal e seguro. Tomar conhecimento de normas locais para assegurar-se de que a ventilação está em concordância com elas; d) classe adequada, montagem e etiqueta de registro de manutenção do extintor de incêndio. Eles devem estar  adequadamente montados e mantidos; e) se a porta de acesso está mantida fechada e é de fechamento e travamento automáticos e se, quando fechada, a abertura por dentro da casa de máquinas é possível sem o uso da chave.

6.5.18 Tubulação, fiação e dutos na casa de máquinas e casa de polias Verificar casas de máquinas e casas de polias quanto a tubulações, fiação, e dutos, não relacionados com o equipamento do elevador, que não são permitidos.

6.5.19 Acesso à casa de máquinas Verificar se está assegurado e mantido à casa de máquinas e casa de polias um meio de acesso permanente, seguro e conveniente. Verificar escadas fixas e escadas de marinheiro para assegurar-se de que são estáveis e seguras.

6.5.20 Proteção da caixa em caso de incêndio Verificar conforme 6.4.24.

6.6 Inspeções feitas no poço Precauções gerais de segurança

As seguintes precauções devem ser tomadas ao fazer inspeções em espaço limitado, disponível entre a parte inferior do carro e o fundo do poço, quando o piso da cabina estiver nivelado com o piso do pavimento extremo inferior:

a) antes de iniciar a inspeção, tomar as seguintes precauções: 1) ter uma pessoa familiarizada com a operação do elevador dentro da cabina; 2) emitir as seguintes instruções para o operador dentro da cabina:

-

a cabina deve ser movimentada somente quando e como o inspetor mandar;

- o operador dentro da cabina deve repetir as instruções do inspetor e receber uma autorização dele antes de movimentar o elevador; - para impedir partida acidental do elevador, o operador deve executar uma das seguintes operações, logo em seguida a cada parada: pressionar o botão de emergência dentro do carro, se existir; onde são providos trincos ou contatos em portas de cabina e de pavimento, tão logo a cabina pare, abra a porta da cabina ou do pavimento e mantenha essas portas abertas até receber nova ordem para movimentação do elevador; 3) ensaiar o funcionamento, se existente, dos seguintes dispositivos, conforme indicado nesta Norma:

-

botão de emergência dentro da cabina, se existir, e interruptor de segurança do poço (ver 6.1.1 e 6.6.1);

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contatos elétricos da porta da cabina (ver 6.1.4).

-

trincos ou contatos elétricos das portas de pavimento (ver 6.1.1 e 6.1.2);

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4) quando o sentido de movimento do carro for automaticamente controlado, assegurar-se de que o controle de sentido de movimento do carro esteja posicionado de tal maneira que, ao partir, ele se moverá no sentido requerido como prescrito na alínea h) das "Precauções gerais de segurança" para inspeções feitas no topo do carro, em 6.4; 5) determinar que o controle, onde os meios existam, esteja regulado de modo que não possa atender a quaisquer  chamadas de pavimento;

b) antes de entrar no poço, tomar as seguintes precauções: 1) desligar o interruptor de segurança do poço adjacente à sua porta de acesso; 2) localizar o espaço de refúgio e usá-lo caso o carro inadvertidamente se mova no sentido do poço. O espaço de refúgio deve estar assinalado no piso do poço com tinta de cor amarelo brilhante; 3) determinar a folga debaixo do carro, que será disponível com o carro parado sobre o pára-choque de impacto sólido ou sobre o pára-choque comprimido; 4) onde a folga debaixo do carro não for adequada, colocar um calço temporário embaixo do carro para assegurar  a folga necessária;

c) ao entrar no poço, desligar o interruptor de segurança do poço e somente voltar a ligá-lo se for desejado que a pessoa dentro do carro movimente-o para fins de inspeção. Onde não existir instalado o interruptor de segurança do poço, o funcionamento de elevadores pode ser evitado bloqueando-se desligado, quando existente, o interruptor da polia de compensação ou o limitador de percurso final; d) após entrar no poço, determinar se a trajetória de deslocamento do contrapeso do elevador sendo inspecionado ou de qualquer elevador localizado dentro ou adjacente ao poço do elevador sendo inspecionado está equipada com o protetor do contrapeso. Se não existir protetor do contrapeso, toda precaução deve ser tomada para manter-se livre da trajetória de contrapeso descendente. Tomar toda e qualquer precaução para assegurar-se de que nenhuma parte do seu corpo se projete para dentro de partes da área de qualquer caixa de elevador adjacente;

e) não entrar em poços com água carregando uma lâmpada de extensão. Em tais condições evitar contato com quaisquer partes dos limitadores de percurso ou de outros interruptores. Acidentes fatais podem ocorrer como resultado da falha de não observar estas precauções. É recomendado que o proprietário seja solicitado a remover  qualquer água no poço antes da inspeção. 6.6.1 Iluminação, interruptor de segurança, tomada elétrica, escada de acesso, material estranho Verificar a existência e o funcionamento de iluminação do poço. O interruptor da iluminação deve ser facilmente acessível pela porta de acesso ao poço. Verificar a existência de uma tomada elétrica, que deve estar identificada para 600 W, no mínimo. O iluminamento mínimo no piso do poço deve ser de 50 lux. Verificar a existência, a localização e o funcionamento do interruptor de segurança do poço. Pedir ao operador para movimentar o carro para cima um ou dois andares. Desligar o interruptor de segurança e pedir ao operador para tentar  movimentar o carro. O carro não deve mover-se quando este interruptor estiver desligado. Observar se está provida uma escada de acesso ao fundo do poço. Esta escada ou seu corrimão deve estender-se 0,80 m acima da soleira da porta de acesso. Determinar visualmente se o poço está livre de resíduos, água ou material combustível ou se está sendo usado como depósito. Notificar o proprietário para corrigir tais condições. Verificar se no poço existe instalação de qualquer tubulação ou duto não relacionados ao equipamento do elevador, que não são permitidos.

6.6.2 Pára-choques hidráulicos do carro e do contrapeso Pára-choques hidráulicos (a óleo ou outro fluido) são requeridos para carros de elevadores e seus contrapesos, onde a velocidade nominal é maior que 1,50 m/s. Fazer as seguintes verificações: a) verificar os parafusos de fixação e montagem dos pára-choques para constatar se estão apertados; b) verificar se o nível do óleo do pára-choque, pelo meio previsto, está dentro dos limites máximo e mínimo permitidos. Se o nível de óleo estiver baixo ou alto, a conservadora deve ser notificada para colocar o óleo no nível adequado; c) experimentar o êmbolo quanto a jogo lateral excessivo; d) verificar se o êmbolo está isento de sujeira ou ferrugem; e) verificar se a placa de características do pára-choque está em conformidade com 15.8 da NBR NM 207:1999.; NOTA - Ver as Seções 7.5 e 7.6 quanto a ensaios periódicos de pára-choques hidráulicos. Se tiver sido instalado um novo pára-choque hidráulico, ele deve ser ensaiado como prescrito na Seção 7.6.

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PROJETO 04:010.07-003 :2003 6.6.3 Pára-choques de mola do carro e do contrapeso Pára-choques de mola são permitidos para carros de elevadores e seus contrapesos, onde a velocidade nominal é menor  ou igual a 1,50 m/s, e devem atender a G.4.7.2. Verificar os pára-choques de mola do carro e do contrapeso para determinar se: a) eles e seus suportes estão firmemente fixados no lugar; b) estão verticais e em alinhamento com as placas-batente do carro ou do contrapeso; c) as molas estão adequadamente assentadas no prato ou outro dispositivo de montagem provido; d) as molas não estão deformadas, aparentemente enfraquecidas ou danificadas.

6.6.4 Pára-choques de impacto sólidos do carro e do contrapeso Os pára-choques de impacto sólidos são aqueles construídos com blocos de material resiliente, tais como elastômeros de poliuretano, e estão classificados como pára-choques de acumulação de energia com características não lineares. Seu comportamento é parecido com o de uma mola helicoidal cônica de aço e, por isso, podem ser utilizados até 1,50 m/s de velocidade nominal. Verificar os pára-choques de impacto sólidos do carro e do contrapeso para determinar se: a) eles e seus suportes estão firmemente fixados no lugar; b) não existe nenhum dano ou deterioração; c) eles estão verticais e em alinhamento com as placas-batente do carro ou do contrapeso.

6.6.5 Protetores do contrapeso Verificar se estão instalados protetores de metal não vazados em todos os lados abertos da trajetória de deslocamento do contrapeso, exceto no lado onde correntes ou cabos de compensação são ligados ao contrapeso ou nos casos em que o pára-choque do contrapeso é montado em um pilar ou armação e a parte inferior do contrapeso se situar, sobre o seu pára-choque totalmente comprimido, a 2.100 mm ou mais acima do piso do poço. Onde não forem providos protetores, eles devem ser recomendados.

6.6.6 Tensor do cabo do limitador de velocidade Examinar o tensor do cabo do limitador de velocidade e observar se: a) existe percurso suficiente da armação da polia para manter a tensão no cabo do limitador; b) a armação da polia move-se livremente nas suas guias. Não havendo armação, a polia tensora deve mover-se livremente no sentido vertical; c) o movimento da polia com o carro em movimento indica desgaste excessivo da polia, eixo, ou mancais e se todas as partes estão lubrificadas. O levantamento de pesos de tensão com o carro parado ajudará na descoberta de mancais gastos; d) o contato elétrico atua. Se não existir tensor do cabo do limitador de velocidade, a sua instalação deve ser recomendada.

6.6.7 Correntes e cabos de compensação e polias de compensação Onde são usados cabos de compensação, observar se: a) há percurso restante suficiente do compensador para manter a tensão nos cabos de compensação e para operar o interruptor de segurança. Os cabos devem ter tensão suficiente para permanecer dentro das ranhuras das polias; b) a armação da polia de compensação move-se livremente nas suas guias quando o carro está em movimento; c) não há qualquer evidência de desgaste excessivo da polia, eixo ou mancais, e se todas as peças estão lubrificadas; d) o carro pára quando o(s) interruptor(es) comandado(s) pela armação da polia de compensação está(ão) desligado(s). Desligar o(s) interruptor(es) manualmente com o carro em movimento na sua velocidade mais baixa; e) os cabos ou correntes estão adequadamente suspensos e seguramente fixados na parte inferior do carro. Inspecionar a parte dos cabos ou correntes de compensação e as suas fixações que não puderem ser inspecionadas de cima do carro [ver 7.11 g) (era 6.4.2 g), 6.4.3, 6.4.4 e 6.4.5].

6.6.8 Trava da polia de compensação Onde está provida uma trava para manter a polia de compensação travada durante a aplicação do freio de segurança ou do pára-choque, esta trava deve ser examinada para determinar se ela está em condições de funcionamento.

6.6.9 Dispositivos de operação de cabo, roldana e alavanca Examinar qualquer parte de cabos de operação e suas polias localizadas embaixo do carro ou no poço (ver 6.4.3 e 6.4.4).

6.6.10 Limitador de percurso final Verificar e testar manualmente o limitador de percurso final inferior do mesmo modo como prescrito para o superior em 6.4.8.

6.6.11 Folga de percurso e folga inferior do carro e contrapeso

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Com o carro nivelado com o pavimento extremo superior, visualmente avaliar a distância entre a parte inferior do contrapeso e a parte superior do pára-choque do contrapeso no poço, ou, onde for usado pára-choque de retorno por  gravidade, entre o êmbolo do pára-choque e o bloco-batente no poço. Em alguns casos são fornecidos blocos removíveis em ligação com o pára-choque do contrapeso para prover ajustagem para compensar o esticamento dos cabos de tração, a fim de garantir uma folga de percurso apropriada para o contrapeso sem encurtamento dos cabos. Se forem usadas placas metálicas lisas para a construção do bloco, recomenda-se que a pilha de placas seja afixada no lugar para evitar a possibilidade de uma placa ser apanhada por sucção se estiver coberta de óleo. Se tiver havido uma modificação evidente, tal como um novo pára-choque, um novo assento do pára-choque ou novas fixações de cabos, verificar a distância da placa-batente do carro até o topo do pára-choque do carro (seja hidráulico ou de mola) (ver 5.6.1). Verificar a folga superior do carro (ver 6.4.1) e a folga do contrapeso para determinar se os cabos de tração se esticaram excessivamente. Encurtamento ou refixação dos cabos de tração também afetam estas folgas.

6.6.12 Cabos de comando Examinar a parte inferior dos cabos de comando e suas conexões ao carro, conforme 6.4.18. Os cabos não devem tocar o piso do poço.

6.6.13 Armação do carro e plataforma Examinar a parte da armação do carro acessível pelo poço e determinar se todas as fixações, incluindo aquelas entre o carro e a plataforma, estão firmes no lugar e se a armação não está torcida. Examinar as placas-batente do carro e do contrapeso para determinar se elas não estão deformadas ou não foram removidas. Se a placa não estiver paralela com a plataforma do carro ou com a armação do contrapeso e não for  perpendicular ao pára-choque, o pára-choque pode ficar deformado sob contato. Examinar os elementos da armação e da plataforma e suas fixações. Muitos elevadores de carga não projetados para carregamento por empilhadeira industrial têm sido seriamente sobrecarregados, resultando em ruptura de elementos da armação ou outros danos. Elementos torcidos ou endireitados, tinta empolada, ferrugem aparente por entre os elementos ou em volta de parafusos e rebites e bolhas de óleo em elementos são indícios de um elemento trincado ou fraturado. Onde o exame revelar a possibilidade de fratura, deve ser feita uma verificação completa. Ver 6.4.16 quanto à verificação das fixações do cabeçote superior. Verificar os protetores da soleira e os protetores da plataforma no lado de entrada e determinar se eles estão firmemente fixados à plataforma (ver também 6.3.5). Verificar os pesos de balanceamento da plataforma e certificar-se que eles estão firmemente afixados. Se a plataforma for de madeira, verificar a existência de protetor contra fogo na parte inferior da plataforma para constatar  que é feito de chapas de aço de espessura mínima de 0,5 mm

6.6.14 Cursores inferiores e partes do freio de segurança do carro e do contrapeso Examinar os cursores inferiores do carro e do contrapeso e suas fixações para determinar se estão adequadamente fixados, alinhados e ajustados e se não estão excessivamente gastos. Verificar se todas as peças móveis do freio de segurança estão lubrificadas, não corroídas, livres para funcionar e se, em condições normais de funcionamento, a distância entre as faces de atrito das sapatas do freio de segurança não é menor  que a espessura do boleto da guia mais 3,5 mm. O cabo do tambor do freio de segurança e suas polias de desvio e fixações devem ser inspecionados para determinar se não estão excessivamente gastos nem corroídos e se tais polias estão firmemente afixadas e em condições de funcionamento. Tal cabo deve ser de metal resistente à corrosão, se não for  ele mesmo o próprio cabo do limitador de velocidade. O uso de cabos tipo "Tiller " para cabos do freio de segurança é proibido. Verificar o funcionamento de interruptores de segurança quando localizados debaixo do carro. O pára-choque do freio de segurança tipo C deve ser verificado para determinar se o nível de óleo está dentro dos limites permissíveis. O interruptor elétrico de segurança do pára-choque deve impedir o funcionamento do elevador se o párachoque estiver comprimido mais que 10% de seu percurso; o dispositivo de nível de óleo deve ser testado quanto a funcionamento adequado. Verificar se uma placa de metal com características está firmemente afixada ao cabeçote inferior e se é prontamente visível, legível e marcada de modo indelével indicando o seguinte: a) o tipo do freio de segurança; b) a velocidade de desarme máxima, em metros por segundo, para a qual o freio de segurança pode ser usado; c) a massa total máxima, em quilogramas, para a qual o freio de segurança, como instalado, está projetado para parar  e sustentar.

7 Inspeções e ensaios periódicos Esta seção trata das inspeções e ensaios a intervalos especificados, realizados por um inspetor qualificado (ver  NBR 14364).

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PROJETO 04:010.07-003 :2003 A inspeção periódica deve ser realizada por um inspetor independente do fabricante, fornecedor, instalador ou conservador  do equipamento, de acordo com esta seção, que deve fornecer um relatório do resultado da inspeção e ensaios de acordo com o anexo E (ver anexo E, figuras E.5 e E.6, sugestões para apresentação do relatório) Os ensaios descritos nesta seção devem ser feitos por um técnico competente do conservador do equipamento, sendo que o inspetor testemunhará e anotará os resultados dos ensaios.

7.1 Generalidades Além de executar as inspeções de 7.1 a 7.10, o inspetor deve seguir os procedimentos de 6.1 a 6.6. Os ensaios do limitador de velocidade, do freio de segurança e do pára-choque devem ser executados por um técnico competente da empresa conservadora do equipamento. O inspetor deve somente testemunhar tais ensaios.

7.1.1 Períodos das inspeções e ensaios Em complementação às inspeções e ensaios de rotina (ver 6), as inspeções e os ensaios periódicos especificados em 7.3 e 7.5 devem ser realizados a intervalos não superiores a um ano e as inspeções e ensaios especificados em 7.4 e 7.6 devem ser feitos a intervalos não superiores a cinco anos. Dois tipos de ensaios são requeridos em todos os elevadores, conforme o seguinte: a) o primeiro tipo de ensaio, anual (não superior a um ano), deve ser realizado sem carga no carro e a baixa velocidade para: limitadores de velocidade e freios de segurança do carro, limitadores de velocidade e freios de segurança do contrapeso (se requeridos) e pára-choques hidráulicos; b) o segundo tipo de ensaio deve ser realizado a intervalos não superiores a cinco anos. São inspeções e ensaios a carga e velocidade nominais do freio de segurança do carro, inspeções e ensaios sem carga no carro e a velocidade nominal do freio de segurança do contrapeso, inspeção do limitador de velocidade e ensaio da velocidade de desarme, inspeções e ensaios a carga e velocidade nominais do pára-choque hidráulico do carro e inspeções e ensaios sem carga no carro e a velocidade nominal do pára-choque do contrapeso.

7.2 Inspeção do sistema limitador de velocidade Fazer um exame geral do sistema limitador de velocidade, incluindo o estado do próprio limitador de velocidade, do cabo, do conjunto polia tensora e do dispositivo de desengate. Verificar se está instalado o tipo de cabo indicado na placa de características.

7.2.1 Placa com características do limitador de velocidade Uma placa de metal deve estar firmemente afixada a cada limitador de velocidade e deve estar marcada de maneira legível e permanente com letras e números de altura no mínimo de 6 mm indicando pelo menos o seguinte: a) a velocidade de desarme, em metros por segundo, para a qual o limitador de velocidade foi ajustado; b) o diâmetro em milímetros, material e construção do cabo do limitador de velocidade. Se a placa de características estiver ausente, o inspetor deve constar isso no relatório e recomendar a sua instalação à conservadora do equipamento.

7.2.2 Inspeção do limitador de velocidade a) com a chave geral da rede desligada, os limitadores de velocidade devem ser inspecionados provocando-se manualmente a extensão dos pesos para assegurar-se de que não há nenhuma restrição de movimento e verificar se todas as partes, inclusive as garras do cabo funcionam livremente. Todos os mancais, pinos, garras do cabo e todas as superfícies de atrito devem ser verificados para assegurar-se de que não estão excessivamente gastos e que estão adequadamente lubrificados e isentos de tinta; b) religar a chave geral da rede e ensaiar os interruptores para determinar se os relés correspondentes operam.

7.2.3 Ensaios do limitador de velocidade a) no ensaio periódico, não é necessário um ensaio da velocidade de desarme do limitador de velocidade, a não ser  que o lacre do mesmo tenha sido violado ou o inspetor constatar que por outros motivos seja necessário um outro ensaio (ver 7.4.3). Se for feito um novo ensaio, o limitador de velocidade deve ser relacrado após o ensaio; b) o ensaio de funcionamento do limitador de velocidade faz parte do ensaio do freio de segurança (ver 7.3 e 7.4).

7.3 Inspeção e ensaios de freios de segurança a cada 12 meses 7.3.1 Inspeção de freios de segurança 7.3.1.1 Examinar os cursores do carro e do contrapeso e as suas fixações para determinar se estão firmemente fixados, alinhados e ajustados. Verificar se as superfícies de atrito das sapatas ou os rolos não apresentam desgaste excessivo. 7.3.1.2 Sob condições normais de operação, as folgas mínimas admissíveis entre a guia e as superfícies de atrito das partes do freio de segurança devem ser aproximadamente iguais. Na posição normal (armado), a distância entre as faces de atrito das sapatas do freio de segurança não deve ser menor do que a espessura do boleto da guia mais 3,5 mm; a folga entre a face de atrito de qualquer das sapatas e a face lateral da guia contra a qual a armação do carro for empurrada, com força suficiente para vencer todas as folgas dos cursores, não deve ser menor do que 1,5 mm. As garras do freio de segurança, quando em sua posição armado, devem ser contidas de modo a impedir a redução desta folga mínima.

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7.3.1.3 Para elevadores que empregam guias de madeira, a distância entre as superfícies de agarre na guia não deve ser  menor do que a espessura da guia mais 6 mm. 7.3.1.4 Em freios de segurança do tipo B acionados por tambor, devem ser inspecionados o cabo do freio de segurança, suas polias de desvio e suas fixações para determinar se não estão excessivamente gastos ou corroídos e se as polias de desvio estão fixadas e em condições de funcionamento. O cabo do tambor do freio de segurança deve ser de material resistente à corrosão, se ele não for uma continuação do cabo do limitador de velocidade. Antes que seja feito qualquer ensaio em freios de segurança de tambor, puxar o cabo do tambor para fora até que as garras do freio de segurança toquem a guia e comecem a exercer pressão. O comprimento máximo a ser puxado do cabo do tambor, começando de uma posição em que o freio de segurança está totalmente armado, não deve exceder os valores, baseados na velocidade nominal, indicados em 7.3.1.5.

7.3.1.5 Verificar o comprimento máximo a ser puxado do cabo do limitador de velocidade para aplicar o freio de segurança tipo B, desde sua posição totalmente armado até a posição em que seus elementos de atrito começam a exercer pressão contra as guias, que não deve exceder os seguintes valores, baseados na velocidade nominal do elevador: a) para os freios de segurança do carro: -

até 1 m/s, inclusive ...................................................................1,00 m;

-

acima de 1 m/s e até 2 m/s, inclusive .......................................0,90 m;

-

acima de 2 m/s..........................................................................0,75 m.

b) para os freios de segurança do contrapeso: -

todas as velocidades ................................................................1,00 m.

Além disso, constatar que, para os freios de segurança do carro e do contrapeso, acionados por tambor, que requeiram um desenrolamento contínuo do cabo para aplicar completamente o freio de segurança, depois da realização do ensaio de sobrevelocidade com o carro e sua carga útil, permanecem pelo menos três voltas de cabo no tambor. O número de voltas de cabo que permanece no tambor do freio de segurança deve ser suficiente para levar em conta retirada adicional de cabo do tambor para garantir funcionamento apropriado do freio de segurança quando o limitador de velocidade for acionado devido a uma condição de sobrevelocidade. O freio de segurança deve ser rearmado após completada a inspeção anterior. Manter uma tensão suficiente no cabo do tambor para impedir a formação de dobras no cabo e para garantir enrolamento uniforme e sem frouxidão no tambor.

7.3.1.6 Em freios de segurança do tipo A e em freios de segurança do tipo B auto rearmáveis, não é necessário acionar o freio de segurança antes do ensaio. Inspecionar o mecanismo para ver que está limpo, lubrificado e sem ferrugem. 7.3.1.7 Antes de verificar o ajuste das hastes de aplicação e dos rolos, devem ser examinados todos os pontos pivotados e articulações do cabeçote quanto a movimento perdido, parafusos fixadores soltos ou faltando e atrito excessivo. Qualquer  movimento perdido na alavanca de acionamento deve ser restaurado. Movimento perdido e a inércia do sistema de cabo do limitador de velocidade podem causar acionamentos do freio de segurança sob condições normais de partida do elevador. Não se deve valer-se de dispositivos improvisados de amarração na tentativa de eliminar acionamentos anormais do freio de segurança. 7.3.1.8 Com a plataforma do carro do elevador numa altura conveniente, a partir do poço, o inspetor deve verificar se: a) todos os rolos estão adequadamente no seu alojamento; b) as hastes de acionamento estão na posição de apanhar os rolos; c) ao puxar o cabo do limitador de velocidade para dar movimento às hastes de acionamento, o rolo move-se para cima sem restrição, até a posição extrema de encunhamento do bloco do freio de segurança. (Essa operação deve ser  repetida várias vezes observando que os rolos caem contra a guia. Quando o "dedo" engatar o rolo, se houver qualquer  tendência do rolo afastar-se da guia, um emperramento entre o rolo e o bloco do freio de segurança pode resultar em uma falha do freio de segurança); d) os rolos estão no ponto mais baixo de seu percurso, apoiando-se no alojamento do rolo. e) as hastes de acionamento estão ajustadas de modo que os rolos engatem simultaneamente quando encunhados entre o alojamento do rolo e a guia.

7.3.1.9 Verificar, para todos os tipos de freio de segurança A, B e C do carro, que estão instalados interruptores acionados pelos mecanismos dos freios de segurança. Ao inspecionar os freios de segurança, verificar se os interruptores desligam antes que as garras ou rolos entrem em contato com as guias. Em seguida, desligar manualmente cada interruptor e verificar se o carro não funciona quando o interruptor está desligado. NOTA - não é exigido interruptor acionado pelo mecanismo do freio de segurança no contrapeso.

7.3.1.10 Verificar se está provido um interruptor no limitador de velocidade que opera pela ação da sobrevelocidade do limitador de velocidade quando usado com freios de segurança do carro dos tipos B e C de elevadores com velocidades nominais maiores que 0,75 m/s. Verificar se está provido um interruptor no limitador de velocidade quando usado com freio de segurança do contrapeso com quaisquer velocidades nominais. 7.3.2 Ensaios de freio de segurança a) depois que o freio de segurança foi inspecionado, posicionar o carro ou o contrapeso na posição mais baixa da caixa que seja facilmente acessível depois do ensaio. Colocar fora de ação os interruptores no limitador de velocidade e no freio de segurança (ou aquela parte do circuito de segurança) que impeça a aplicação total do freio de segurança. Colocar em movimento descendente o carro ou o contrapeso, aquele cujo freio de segurança estiver sendo ensaiado, à

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PROJETO 04:010.07-003 :2003 velocidade de funcionamento mais baixa e desarmar o limitador de velocidade manualmente. Em limitadores centrífugos que não possuem garra de queda, engatar o peso volante no dispositivo de acionamento antes de colocar o carro em movimento descendente. Fazer o carro descer até a máquina parar ou escorregar através dos cabos de tração. Em seguida, desligar o interruptor geral da rede, remover quaisquer fios ponte e prosseguir com o ensaio do freio de segurança. Examinar todas as partes do freio de segurança para verificar se algum componente está quebrado ou desarranjado. Verificar se todos os cabos estão adequadamente assentados em suas respectivas polias ou tambor; b) em freios de segurança do tipo A, observar que o percurso de todos os rolos ou excêntricos do freio de segurança seja aproximadamente o mesmo, entretanto não excessivo. Levar em consideração percurso adicional, se o freio de segurança é acionável em sobrevelocidade. Em freios de segurança tipo B de rearme automático, todas as quatro sapatas devem estar em contato com as guias. Em freios de segurança do tipo B, acionados por tambor (ver o anexo C, figura C.3), verificar se todas as faces de atrito do freio de segurança estão em contato com as guias; c) em freios de segurança acionados por tambor e que requeiram um desenrolamento contínuo no tambor para aplicar  totalmente o freio de segurança, assegurar-se que permanecem no tambor no mínimo três voltas de cabo. Isto é necessário para atender a exigência de três voltas permanecendo no tambor após um ensaio à carga e velocidade nominais. Os freios de segurança tenaz flexível, acionados por tambor (ver o anexo C, figura C.24) não requerem nenhuma volta de cabo permanecendo no tambor após o ensaio; d) verificar a plataforma quanto a nivelamento que não deve estar fora de nível mais que 30 milímetros por metro em qualquer direção; e) os freios de segurança do tipo A e os do tipo B de rearme automático são rearmados através do movimento de subida do carro ou contrapeso. Isto deve ser conseguido com um curto movimento, e após, assegurar-se de que o limitador de velocidade não prende o cabo. Se o cabo estiver preso, mover a polia ou a garra a fim de permitir a liberação do cabo; f) o freio de segurança do tipo B acionado por tambor é rearmado com uma chave de segurança especial de dentro do carro ou no contrapeso. Este é um trabalho para duas pessoas. Uma das pessoas necessita permanecer em cima do carro ou no poço para segurar o cabo de modo a evitar que o mesmo dobre, enquanto uma segunda pessoa faz a rearmação e os reajustes do limitador de velocidade. A segunda pessoa deve em seguida dirigir-se para o carro ou contrapeso e rearmar o freio de segurança, enquanto a primeira pessoa continua segurando o cabo até que seja armado o dispositivo de desengate do cabo do limitador de velocidade. A primeira pessoa pode em seguida armar o suporte do dispositivo enquanto a segunda pessoa completa a fixação do cabo; g) verificar todas as partes do freio de segurança para determinar que elas retornaram às posições normais de funcionamento e assegurar-se de que não há qualquer frouxidão no cabo do freio de segurança; h) inspecionar as guias quanto a arranhaduras e fragmentos soltos. Lixar toda superfície de guia arranhada; i) não é necessário registrar a distância de parada neste ensaio;  j) verificar se todos fios-ponte foram retirados. Os freios de segurança de contrapesos podem ser verificados de cima do carro ou, de preferência, do poço. Em qualquer  dos casos, tomar cuidado com a localização final para que seja acessível após o ensaio.

7.4 Inspeção e ensaio de limitadores de velocidade e freios de segurança a cada cinco anos 7.4.1 Inspeção de limitadores de velocidade Verificar conforme 7.2.

7.4.2 Inspeção das partes do freio de segurança Verificar conforme 7.3.

7.4.3 Ensaio de limitadores de velocidade Após a inspeção dos cursores, partes do freio de segurança e limitadores de velocidade do carro e do contrapeso, conforme 7.4.1 e 7.4.2, proceder como segue: a) a velocidade de desarme do limitador de velocidade deve ser conferida usando a tabela 3. Verificar se a velocidade de desarme está legível na placa de características do limitador de velocidade; b) os limitadores de velocidade devem ser ajustados para a regulagem típica mostrada na tabela 3, mas não menos que 115% da velocidade nominal, ou acima do máximo indicado; c) os limitadores de velocidade devem ser ajustados e lacrados para desarmar os meios de retardamento com a velocidade indicada na placa de características. Nenhum limitador de velocidade deve ser solicitado a desarmar com menos que 0,89 m/s; d) a polia do limitador de velocidade deve estar livre para girar sem nenhuma obstrução pelo cabo do limitador de velocidade. Para liberar a polia do limitador de velocidade, estacionar o carro do elevador a 300 mm abaixo do pavimento extremo superior e desligar a chave geral da rede; e) instalar um grampo no cabo do limitador de velocidade que conduz à polia tensora. O grampo pode apoiar-se na armação do limitador de velocidade ou no chão. Em qualquer um dos casos, assegurar-se de que o grampo está firme e não pode atravessar pelo furo de passagem do cabo. Assegurar-se de que o carro anda com a velocidade de inspeção; então, fazê-lo subir alguns centímetros para provocar frouxidão no cabo do limitador de velocidade. Na maioria dos equipamentos, o carro pode ser acionado para cima com a força desligada se o freio for aliviado manualmente. Assegurar-se de que as portas de pavimento estão fechadas;

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f) com uma roda de acionamento de borracha empurrada contra a polia do limitador de velocidade acionada por um motor de furadeira de velocidade variável, aumentar gradativamente a velocidade do limitador de velocidade até que ele desarme; g) para obter a velocidade de desarme, usar um tacômetro calibrado em metros por segundo. Segurar a roda do tacômetro por dentro da ranhura da polia do limitador de velocidade na linha central do cabo. Se isto não for possível, segurar a roda no fundo da ranhura e adicionar aproximadamente 3% à velocidade lida. Fazer várias leituras e anotar a média; h) se a velocidade de desarme não estiver dentro das tolerâncias, a mola de calibragem deve ser ajustada. Depois de qualquer ajustagem, assegurar-se de que as contraporcas foram apertadas e colocar um novo lacre. Usar a menor  broca possível (diâmetro de 3 mm ou menor). Colocar o lacre com uma ferramenta de lacração. Ensaiar novamente conforme 7.4.3 g) e anotar a velocidade de desarme. Verificar a velocidade de desarme dos interruptores do limitador  de velocidade usando o mesmo procedimento. Recolocar o cabo na polia do limitador de velocidade e mover o elevador cuidadosamente na descida para liberar o grampo. Remover o grampo e inspecionar o cabo do limitador de velocidade quanto a quaisquer danos ou dobras. Recolocar todas as proteções de polias e interruptores. Verificar o dispositivo de desengate e assegurar-se de que ele está convenientemente armado. NOTA - Se um elevador, por qualquer razão, estiver funcionando abaixo da velocidade nominal, a ajustagem do limitador de velocidade deve ser baseada na velocidade nominal.

i) a força necessária para puxar o cabo do limitador de velocidade através do limitador de velocidade deve ser  verificada. Em nenhum caso a força de arrasto deve exceder um quinto da força de ruptura mínima efetiva do cabo. A força requerida para puxar o cabo através do dispositivo de desengate deve ser no máximo 60% da força de arrasto. Para realizar este ensaio, pode ser utilizado o seguinte método: O melhor local para verificar isso é no topo do carro, uma vez que o dispositivo de desengate e o cabo do limitador de velocidade são acessíveis por aí. Ligar um dinamômetro e um puxador de cabo tipo catraca entre o topo do carro e o cabo do limitador de velocidade (ver figura 4). Fazer essa conexão a mais direta possível, com um mínimo ângulo entre o cabo do limitador de velocidade e a armação do carro. Tomar especial cuidado para que a amarração não danifique o cabo do limitador de velocidade. Na maioria dos casos, a amarração pode ser feita em um pedaço do cabo do limitador  de velocidade que não chega a alcançar o limitador de velocidade quando o carro está no pavimento extremo superior. Quando forem usados grampos com esse propósito, eles devem atender às exigências de 6.4.3-b) e as porcas apertadas com torquímetro com o torque recomendado pelo fabricante. Usualmente o torque recomendado é 61 N.m para cabos de 9,5 mm de diâmetro, 88 N.m para cabos de 11 mm e 13 mm de diâmetro e 176 N.m para cabos de 14 mm e 16 mm de diâmetro. Valores acima e abaixo dos torques recomendados acima provavelmente danificarão os cabos, sendo necessário substitui-los. A garra conhecida por "Chicago", que é extensivamente utilizada para puxar  condutores elétricos de grande diâmetro é também recomendável para esta conexão, já que, provavelmente, estragaria menos o cabo. Essas garras podem ser adquiridas com mordentes, que são fabricadas para o diâmetro do cabo. Garras de cabo que prendem por efeito de encunhamento, ajustando-se ao tamanho do cabo, também podem ser  usadas. Independentemente do método utilizado, deve ser tomado muito cuidado para prover uma conexão segura que não danifique o cabo do limitador de velocidade.

Figura 4 - Conexões do dinamômetro para ensaio da força de arrasto das garras do limitador de velocidade Anotar a tensão da mola do dispositivo de desengate do cabo do limitador de velocidade de modo que ela possa ser  restabelecida ao valor original depois de terminado o ensaio. Remover a tensão da mola do dispositivo de desengate ao ponto onde ela não segure o cabo. O limitador de velocidade deve ser disparado e a polia esticadora do cabo do limitador de velocidade deve ser amparada até produzir aproximadamente 300 mm de movimento no

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PROJETO 04:010.07-003 :2003 cabo do limitador de velocidade sem levantar a polia esticadora. Acionar o puxador de cabo para puxar no mínimo 150 mm de cabo através do limitador de velocidade. Anotar a leitura do dinamômetro e compará-la com a força de ruptura mínima efetiva do cabo gravada na placa de características. A leitura deve estar dentro de 20% da força de ruptura mínima efetiva do cabo do limitador de velocidade. Se for usado dispositivo de desengate, ele deve disparar com no máximo 60% da força de arrasto. Essa força pode ser verificada com o mesmo equipamento, conectando o dinamômetro e o puxador de cabo entre o cabo do limitador de velocidade no dispositivo de desengate e uma viga fixada no topo da caixa. Depois deste ensaio, executar os seguintes três passos: 1º) inspecionar cuidadosamente o cabo do limitador de velocidade no ponto de conexão para assegurar-se de que ele não foi danificado; 2º) restabelecer a tensão da mola do dispositivo de desengate do cabo do limitador de velocidade e rearmá-lo; 3º) Rearmar e inspecionar o limitador  de velocidade. Tabela 3 - Regulagens de ajuste do limitador de velocidade

Velocidade de desarme (carro)

   l   a   n    i   m   o   n   e    d   a    d    i   c   o    l   e    V

  o   c    i   p    í    t   e    t   s   u    j    A

  o   m    i   x    á   m   e    t   s   u    j    A

Velocidade de desarme (contrapeso)

  o   c    i   p    í    t   e    t   s   u    j    A

  o   m    i   x    á   m   e    t   s   u    j    A

Limitadores de velocidade com dois interruptores

  e   o    d    d   e   a   o   d   d    i   c   r   c    i   o   o   l   p   t    í    t   p   e   v   e   u    t   r   e   r   s   r    b   e   u   t   o    j   n    A   i   s

  e    d   r   o    t   o   u    d   d   o   e   r   c   r   e    i   o   d   p   t    í    t   p  a    d   e    t   u   r   i   c   s   r   o   e   l   u   t    j   n  e    A   i   v

Limitadores de velocidade com um interruptor 

  a    d   e   o   d   c   e    i   p   d    í    t   a  e   m    i   r   e   d    t   c   a   s   l   o   u   e  s    j   e    A  v   d

m/s

m/s

m/s

m/s

m/s

m/s

m/s

m/s

até 0,75

1,03

1,05

1,10

1,15

1,05

0,91

0,91

1,00

1,37

1,40

1,45

1,54

1,26

1,13

1,13

1,25

1,67

1,69

1,75

1,86

1,52

1,37

1,37

1,50

1,96

1,97

2,09

2,17

1,78

1,60

1,60

1,75

2,24

2,26

2,37

2,49

2,04

1,83

1,83

2,00

2,53

2,55

2,69

2,80

2,30

2,07

2,07

2,50

3,09

3,12

3,24

3,44

2,81

2,53

2,53

3,00

3,65

3,70

3,84

4,07

3,51

3,34

3,34

3,50

4,22

4,27

4,40

4,70

4,06

3,86

3,86

4,00

4,81

4,85

4,98

5,33

4,61

4,38

4,38

4,50

5,38

5,42

5,56

5,97

5,15

4,90

4,90

5,00

5,96

6,00

6,13

6,60

5,70

5,41

5,41

6,00

7,12

7,20

7,32

7,92

6,84

6,50

6,50

7,00

8,30

8,40

8,56

9,24

7,98

7,58

7,58

8,00

9,49

9,60

9,75

10,56

9,12

8,66

8,66

9,00

10,70

10,80

10,97

11,88

10,26

9,75

9,75

NOTA - Para elevadores com controle estático, o interruptor de sobrevelocidade deve desligar com no mínimo 90% da velocidade de desarme real.

7.4.4 Ensaio de desempenho de freios de segurança (com carga útil e velocidade nominal) 7.4.4.1 Colocar no piso da cabina pesos de ensaios até o valor correspondente à carga útil, centrados em cada quarto da plataforma e simetricamente em relação à linha de centro. Sistemas do freio de segurança e limitador de velocidade. Os freios de segurança tipos A, B e C e seus limitadores de velocidade devem ser ensaiados com a carga útil no carro. Os ensaios do freio de segurança do contrapeso devem ser feitos sem a carga útil no carro. Os ensaios devem ser feitos desarmando-se manualmente o limitador de velocidade na velocidade nominal. As seguintes condições operacionais devem ser verificadas (ver 7.4); a) o freio de segurança tipo B deve parar o carro com a sua carga útil dentro do campo requerido das distâncias de freada para o qual o limitador de velocidade é desarmado (ver 7.4.4 e suas tabelas);

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b) para os freios de segurança tipo A e os freios de segurança tipo A como partes de freios de segurança tipo C, deve existir percurso remanescente suficiente dos rolos depois que o ensaio fizer o carro e sua carga útil parar no acionamento do freio de segurança à velocidade de desarme do limitador de velocidade. Uma etiqueta metálica deve ser afixada permanentemente ao desengate do cabo do limitador de velocidade informando a data do ensaio do freio de segurança com o nome do inspetor que testemunhou o ensaio. Tornar sem ação qualquer interruptor, ou qualquer parte do circuito de segurança que impeça a plena aplicação do freio de segurança. É especialmente recomendável desligar elevadores adjacentes. Se estiver sendo testado um freio de segurança acionado por tambor, deve ser desligado qualquer elevador adjacente ao dispositivo de desengate e mantê-lo desligado até que toda frouxidão no cabo do freio de segurança esteja sob controle. Se uma ferramenta para rearmar o freio de segurança deve ser usada dentro da cabina, colocá-la na cabina do elevador e remover a tampa do furo de rearmação no piso da cabina. Não colocar a ferramenta no furo de rearmação enquanto o freio de segurança não tiver sido acionado.

7.4.4.2 Para freios de segurança do tipo B, o interruptor do mecanismo do freio de segurança não deve ser posto fora de ação. Enquanto durar o ensaio, este interruptor deve ser temporariamente ajustado para desligar tão próximo quanto possível à posição em que o mecanismo do freio de segurança do carro esteja em sua posição inteiramente acionado. O desligamento deste interruptor afeta o deslize do freio de segurança, que deve ser levado em consideração. 7.4.4.3 Ao ensaiar um elevador com uma velocidade nominal de 5 m/s ou mais, os seguintes passos devem ser  considerados: a) antes de acionar o freio de segurança do carro, prender a alavanca de acionamento do freio de segurança do contrapeso com quatro ou mais voltas de fio de cobre de 1,5 mm2 de seção. Isto evitará um acionamento acidental do freio de segurança do contrapeso por inércia. Não travar o freio de segurança do contrapeso, ele deve permanecer em condições de funcionamento. Inverter o procedimento para ensaios de freios de segurança do contrapeso; b) a maioria das polias de cabos de compensação possui uma trava. Este dispositivo provavelmente travará quando o freio de segurança for acionado. Para evitar o trabalho requerido para o destravamento do dispositivo, é recomendável que o dispositivo seja tornado inoperante ou seja removido e que a polia de compensação seja amarrada com uma corda para mantê-la no lugar; c) assegurar-se de que quaisquer batentes ajustáveis na polia tensora do limitador de velocidade estejam colocados bem próximos do conjunto móvel; d) assegurar-se de que os pára-choques estão totalmente estendidos e cheios de óleo até o nível normal.

7.4.4.4 Somar o comprimento puxado para fora do cabo do freio de segurança (ver 7.3) à distância de freada estimada a fim de determinar a distância que o carro percorrerá após o desarme do limitador de velocidade. Posicionar o carro ou o contrapeso com esta distância acima do ponto onde a parada é desejada. Colocar uma marca de referência em um dos cabos de tração (marca de giz ou fita). Mover o carro ou o contrapeso para cima alguns andares, o suficiente para alcançar  esta marca a plena velocidade. Iniciar a descida do carro ou do contrapeso e desarmar o limitador de velocidade manualmente quando a marca for avistada. Deixar o elevador correr até a máquina parar ou escorregar através dos cabos (em máquinas de tambor, parar ao primeiro sinal de cabo frouxo), e imediatamente em seguida puxar a chave de desligamento automático ou a chave geral da rede. Se houver um acionamento normal do freio de segurança, colocar  todos os carros de volta ao serviço, exceto o que está sendo ensaiado e aquele adjacente ao dispositivo de desengate. Em elevador com máquina de tambor, assegurar-se de esticar qualquer cabo frouxo antes que o freio de segurança seja rearmado. 7.4.4.5 Remover os fios-ponte e rearmar o limitador de velocidade, a menos que se trate de um freio de segurança acionado por tambor. Se ele for um freio de segurança acionado por tambor, uma pessoa deve ir em cima do carro e segurar o cabo do freio de segurança enquanto o limitador de velocidade estiver sendo rearmado. Inspecionar o limitador  de velocidade com relação a qualquer dano, especialmente quanto a desgaste excessivo nas garras. 7.4.4.6 Continuar a rearmação do freio de segurança do carro. Antes de rearmar o freio de segurança, verificar a plataforma quanto ao nivelamento. Ela não deve estar desnivelada mais que 30 mm por metro em qualquer direção. 7.4.4.7 Devido à localização do carro, normalmente não é possível inspecionar o freio de segurança, mas ele precisa ser  rearmado. Para fazer isso em freios de segurança diferentes do tipo B, acionados por tambor, mover o carro ou o contrapeso, aquele que estiver sendo ensaiado, no sentido de subida. Nos freios de segurança acionados por tambor, depois de verificar as voltas de cabo remanescentes no tambor, enrole o cabo no tambor, enquanto uma segunda pessoa permanece em cima do carro segurando o cabo. Para completar o enrolamento, ele precisa armar o dispositivo de desengate. Mover o carro, ou o contrapeso, e medir as marcas de deslizamento do freio de segurança contra as guias. A distância de freada é a média do comprimento das marcas contínuas em todas as quatro faces das guias após a subtração do comprimento da garra ou da cunha. Ver o anexo C para uma detalhada descrição da medição das marcas de deslizamento do freio de segurança. 7.4.4.8 A distância de freada deve estar entre os valores mostrados na tabela 4. NOTA - Usar a tabela 5 ao executar ensaios de aceitação.

A distância de freada permitida é determinada pela velocidade de desarme do limitador de velocidade. Ao executar um ensaio com carga e velocidade nominais, a velocidade nominal é a velocidade na qual o limitador de velocidade desarma durante este ensaio.

7.4.4.9 Para elevadores instalados antes da entrada em vigor da norma NBR NM 207 é permitida uma maior flexibilidade da distância de freada do que aquela mostrada na tabela 4. Para freios de segurança tipo B de tenaz-cunha progressivo, tenaz flexível e tenaz-cunha rígido (força de retardamento constante), ver tabelas 6, 7 e 8.

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PROJETO 04:010.07-003 :2003 7.4.4.10 Verificar as guias e alisar qualquer superfície arranhada. Verificar também quanto a fixações perdidas de guia ou suporte de guia. 7.4.4.11 O freio de segurança do contrapeso pode ser inspecionado de cima do carro. Para inspecionar o freio de segurança do carro, mover o carro até uma altura conveniente acima do piso do poço. Examinar todas as peças do equipamento para determinar se há alguma quebrada ou desarranjada. Assegurar-se de que os cabos estão em suas polias e que estão adequadamente enrolados no tambor. Assegurar-se que o freio de segurança retornou à posição normal de acionamento. 7.4.4.12 Depois de completar os ensaios do freio de segurança: a) remover fios-ponte dos interruptores de segurança; b) remover a corda de amarração da polia de compensação; c) recolocar o dispositivo de amarração ou quaisquer de suas partes que foram removidas; d) remover o fio de cobre que foi enrolado na alavanca de acionamento do freio de segurança do contrapeso; e) reajustar o interruptor do mecanismo do freio de segurança.

7.4.4.13 Instalar as novas placas de características relativas aos ensaios realizados indicando a nova data, mantendo a original. Tabela 4 - Distâncias de freada mínima e máxima carro com carga útil com freio de segurança tipo B e, contrapeso com freio de segurança tipo B, com cabina vazia Distância de freada Mínima Máxima m/s m m até 0,75 0,03 0,33 1,00 0,05 0,40 1,25 0,08 0,48 1,50 0,11 0,58 1,75 0,16 0,70 2,00 0,20 0,83 2,50 0,32 1,16 3,00 0,46 1,56 3,50 0,62 2,03 4,00 0,82 2,58 4,50 1,03 3,20 5,00 1,27 3,89 5,50 1,54 4,65 6,00 1,83 5,49 6,50 2,15 6,40 7,00 2,50 7,38 7,50 2,87 8,44 8,00 3,26 9,57 8,50 3,68 10,77 9,00 4,13 12,04 NOTA - Esta tabela somente deve ser usada para ensaio com carga útil e velocidade nominal. Para ensaio de sobrevelocidade com carga útil usar a tabela 5 Velocidade nominal

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Tabela 5 - Distâncias de freada mínima e máxima - carro com carga útil usando freio de segurança tipo B e contrapeso usando freio de segurança tipo B Velocidade nominal

Velocidade máxima de desarme do limitador de velocidade

m/s

m/s

Mín ima

Máxima

0,75 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 5,50 6,00 6,50 7,00 7,50 8,00 8,50 9,00

1,05 1,40 1,69 1,97 2,26 2,55 3,12 3,70 4,27 4,85 5,42 6,00 6,60 7,20 7,80 8,40 9,00 9,60 10,20 10,80

0,06 0,10 0,15 0,20 0,26 0,33 0,50 0,70 0,93 1,20 1,50 1,83 2,22 2,64 3,10 3,60 4,13 4,70 5,30 5,94

0,41 0,54 0,66 0,82 1,00 1,20 1,67 2,24 2,91 3,67 4,53 5,49 6,59 7,80 9,11 10,52 12,04 13,66 15,39 17,23



Distância de freada m

Tabela 6 - Freio de segurança tenaz-cunha progressivo Velocidade de desarme do limitador de velocidade m/s 0,9 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5

Distância de freada máxima Cabina com carga útil ou contrapeso m 1,88 1,90 2,10 2,37 2,67 2,99 3,34 3,72 4,07 4,41 4,81 5,20 5,57 5,91 6,32

Distância de freada mínima Cabina com carga útil ou Cabina com 70 kg contrapeso m m 0,43 0,59 0,43 0,61 0,46 0,71 0,50 0,78 0,58 0,88 0,63 1,01 0,70 1,15 0,78 1,34 0,89 1,60 1,05 1,81 1,19 2,08 1,37 2,38 1,52 2,68 1,69 3,00 1,85 3,31

Tabela 7 - Freio de segurança tenaz flexível Velocidade de desarme do limitador de velocidade m/s 0,9 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5

Distância de freada máxima Cabina com carga útil ou contrapeso m 0,26 0,27 0,47 0,72 1,01 1,42 1,90 2,42 3,06 3,73 4,47 5,31 6,23 7,26 8,29

Distância de freada mínima Cabina com carga útil ou Cabina com 70 kg contrapeso m m 0,13 0,15 0,15 0,18 0,18 0,20 0,20 0,32 0,27 0,45 0,35 0,57 0,44 0,72 0,55 0,94 0,65 1,16 0,77 1,38 0,89 1,67 1,04 1,97 1,19 2,32 1,36 2,65 1,53 2,97

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PROJETO 04:010.07-003 :2003 Tabela 8 - Freio de segurança tenaz-cunha rígido (força de retardamento constante) Velocidade de desarme do limitador de velocidade m/s 0,9 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5

Distância de freada máxima Cabina com carga útil ou contrapeso m 0,41 0,45 0,60 0,85 1,16 1,53 1,97 2,52 3,16 3,83 4,57 5,43 6,40 7,40 8,38

Distância de freada mínima Cabina com carga útil ou Cabina com 70 kg contrapeso m m 0,26 0,26 0,28 0,30 0,30 0,35 0,35 0,47 0,43 0,60 0,48 0,72 0,57 0,89 0,65 1,07 0,77 1,29 0,89 1,51 1,04 1,78 1,19 2,09 1,37 2,42 1,52 2,77 1,66 3,09

7.5 Ensaio de pára-choques a cada 12 meses 7.5.1 Pára-choques de mola Não há exigência de ensaios para pára-choques de mola.

7.5.2 Pára-choques hidráulicos a) inspecionar os pára-choques hidráulicos (óleo) para verificar se as ferragens que os mantêm estão no lugar e estão apertadas. Verificar se o nível de óleo está dentro dos limites mínimo e máximo permitidos. Se o nível de óleo estiver  demasiadamente alto ou baixo, corrigir para o nível apropriado. Verificar se o pistão não tem jogo lateral excessivo. Assegurar-se de que o pistão está isento de sujeira e ferrugem; b) testar o pára-choque comprimindo o pistão totalmente. Em seguida o pistão deve ser solto e deve retornar à posição totalmente estendida dentro de 90 s. Geralmente, um pistão pode ser comprimido a mão ou pisando em cima do mesmo. Se não se comprimir, um tronco curto de madeira pode ser colocado entre o carro ou o contrapeso e o pára-choque e, em seguida, o carro ou contrapeso é descido à velocidade de inspeção; c) verificar se o pára-choque hidráulico com retorno por mola a gás está provido com um interruptor que remove a potência elétrica do motor da máquina de acionamento e do freio até que o pistão esteja dentro de 13 mm de sua posição totalmente estendida. Com o carro funcionando afastado do pára-choque e com velocidade de inspeção, ativar  este interruptor do pára-choque. O elevador deve parar; d) instalar as etiquetas de ensaio requeridas. Preencher quaisquer formulários de relatório de ensaio que forem requeridos.

7.6 Ensaio de pára-choques a cada cinco anos 7.6.1 Pára-choques de mola Não há exigência de ensaios para pára-choques de mola.

7.6.2 Pára-choques hidráulicos a) verificar conforme 7.5.2-a) e b); b) o pára-choque hidráulico (óleo) do carro deve ser ensaiado com a carga útil no carro e o pára-choque do contrapeso sem carga no carro. Ensaiar batendo contra o pára-choque à velocidade nominal, exceto onde estiver  sendo usado pára-choques de percurso reduzido. Neste caso, o ensaio deve ser feito batendo contra o pára-choque à velocidade para qual ele foi projetado; c) antes de bater contra um pára-choque, será necessário desligar os limitadores redutor de velocidade e de sentido. O limitador de percurso final deve continuar operante, mas pode ser temporariamente tornado inoperante para permitir  total compressão do pára-choque. Se o limitador de percurso tiver sido deslocado, ele deve ser ensaiado após ser  recolocado em sua posição original (ver 7.7.2); d) ao fazer ensaio de pára-choques de percurso reduzido, a velocidade do carro deve ser temporariamente reduzida para bater contra o pára-choque à velocidade projetada. A velocidade de projeto está indicada na placa de características do pára-choque; e) onde for provido dispositivo de detecção da redução da velocidade em elevadores com pára-choque de percurso reduzido, ensaiar conforme segue: -

verificar se o dispositivo está operante.

- com os meios normais de parada e, se separado, o limitador de percurso normal, ambos desativados, fazer o carro funcionar para o pavimento extremo com carga útil e velocidade nominal. A parada não deve ser mais severa do que aquela produzida fazendo o carro funcionar contra os pára-choques à velocidade de projeto do pára-choque;

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f) após o carro ou o contrapeso tiver sido removido do pára-choque, observar se houve vazamento de óleo. Verificar  se o pára-choque retorna para a posição totalmente estendida em 90 s. Verificar o nível de óleo; g) remover quaisquer fios-ponte que tiverem sido instalados; h) reativar o limitador de percurso final em sua posição original, se ele foi tornado inoperante, e ensaiá-lo conforme 7.7; i) instalar as etiquetas de ensaio requeridas. Anotar no formulário do relatório de inspeção os campos que forem requeridos.

7.7 Ensaio de limitadores de percurso normal, final e de emergência e do dispositivo de redução da velocidade 7.7.1 Limitadores de percurso normal Verificar o funcionamento do limitador de percurso normal como segue: a) tornar inoperante os meios normais de parada do elevador; b) tornar inoperante o dispositivo de detecção da redução da velocidade em elevadores com pára-choque de percurso reduzido (instalado em elevador com controle estático com velocidade nominal superior a 2,50 m/s). Não desativar o dispositivo de redução da velocidade; c) operar o elevador descendo com velocidade nominal e constatar se o carro desacelera e pára nas vizinhanças do pavimento extremo inferior; d) repetir o procedimento acima para o pavimento extremo superior; e) reativar os meios normais de parada e o dispositivo de detecção da redução da velocidade em elevadores com pára-choques de percurso reduzido. Verificar a operação normal do elevador.

7.7.2 Limitadores de percurso final 7.7.2.1 O funcionamento do limitador de percurso final e a sua relação com a rampa podem ser ensaiados desligando o limitador de percurso normal e operando o elevador além do pavimento extremo a baixa velocidade. O carro deve parar tão perto do piso quanto possível, mas o dispositivo não deve funcionar quando o carro for parado pelo limitador de percurso normal. Onde for provido pára-choque de mola, o dispositivo deve funcionar antes que o pára-choque seja atingido. O dispositivo deve continuar atuando: a) no pavimento extremo superior, enquanto o carro estiver andando acima do pavimento a uma distância igual à folga de percurso do contrapeso mais o percurso do pára-choque do contrapeso mais 0,035v2+0,1 m. b) no pavimento extremo inferior, até o carro apoiar-se no seu pára-choque totalmente comprimido.

7.7.2.2 A atuação do dispositivo deve impedir o movimento do carro pelos meios de operação normais em ambos os sentidos de percurso. 7.7.2.3 Será necessário colocar o fio-ponte do limitador de percurso final para mover o carro de volta ao nível do piso. Em seqüência, retirar os fios-ponte e ensaiar o limitador de percurso final no outro pavimento extremo. 7.7.2.4 Após os ensaios dos limitadores de percurso final em ambos os pavimentos extremos, retirar todos os fios-ponte. 7.7.3 Limitadores de percurso de emergência e dispositivos de redução da velocidade No pavimento extremo inferior, fazer o seguinte: a) desativar os meios normais de parada do elevador; b) desativar o limitador de percurso normal; c) operar o elevador descendo com velocidade nominal e constatar se o carro pára com o freio acionado com a remoção da potência do motor da máquina de acionamento. É permitido que o carro torne a partir automaticamente, desde que nenhum outro dispositivo de proteção elétrico tenha sido acionado; d) repetir o procedimento acima no pavimento extremo superior; e) reativar os meios normais de parada e o limitador de percurso normal. Verificar a operação normal do elevador.

7.8 Ensaio de funcionamento com fonte de emergência Havendo este equipamento em instalações elevadoras, ele deve ser ensaiado na inspeção inicial e antes de ser aceito para uso pelo público conforme segue. Um ensaio é necessário a cada 12 meses e somente deve ser executado com o elevador fora de serviço normal e estacionado no pavimento no qual está localizado o interruptor da fonte de emergência. A alimentação da força principal do elevador deve ser desligada antes que o interruptor da fonte de emergência possa ser colocado na posição "ligado". Operar o elevador e verificar se a operação está correta.

7.8.1 Funcionamento com fonte de emergência Se a fonte de emergência for prevista para acionar somente um elevador por vez, verificar conforme 7.8.1.1. Se for prevista para acionar mais que um elevador simultaneamente, verificar conforme 7.8.1.2.

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PROJETO 04:010.07-003 :2003 7.8.1.1 Fonte de emergência acionando apenas um elevador por vez Verificar a operação com a fonte de emergência, como prescrito. Prestar atenção particular para o desempenho no retardamento e na parada com alta velocidade e piores condições de carga (carro vazio subindo e carro com carga útil descendo). É particularmente importante que o elevador, aquele que produzirá a maior quantidade de energia de regeneração e que pode ser acionado pela fonte de emergência, seja verificado com 125% da carga útil.

7.8.1.2 Fonte de emergência acionando mais de um elevador simultaneamente Constatar se os meios de absorção de potência (ver 7.8.2), estão conectados ao lado da carga dos meios de desconexão da linha de alimentação de potência do elevador. Onde forem fornecidos tais meios de absorção de potência para cada elevador individualmente, a operação de cada elevador deve ser verificada com 125% da carga útil. Quando meios não individuais de absorção de potência forem supridos, cada elevador deve ser verificado com 125% da carga útil em alta velocidade no sentido de descida e, ademais, todos os elevadores que podem ser simultaneamente acionados pela fonte de emergência devem ser acionados com o carro vazio em alta velocidade no sentido de subida e sincronizados para que o retardamento e parada de todos estes elevadores ocorram tão simultaneamente quanto possível. Verificar se todos estes elevadores param nivelados ou próximos ao pavimento extremo e antes de atingir os limitadores de percurso.

7.8.2 Absorção da energia de regeneração Quando uma fonte de potência for utilizada e ela, por si só, for incapaz de absorver a energia gerada por um excesso de carga, devem ser providos meios para absorver esta energia no lado da carga de cada meio de desconexão das linhas de alimentação de potência de cada elevador, de modo a evitar que seja alcançada a velocidade de desarme ou uma velocidade em excesso de 125% da velocidade nominal, aquela que for menor.

7.9 Ensaios da força de fechamento do sistema de porta e zona de nivelamento 7.9.1 Ensaio da força de fechamento do sistema de porta A força necessária para impedir o fechamento das portas de pavimento e das portas do carro automáticas, a partir do repouso, não deve ser maior que 150 N. Para ensaiar a força de fechamento da porta, estacionar o carro nivelado no piso e acionar as portas no sentido de fechamento. Deixar as portas fecharem entre 1/3 e 2/3 do seu percurso normal e pará-las. Colocar um dinamômetro de ensaio (com capacidade de leitura de mais que 150 N) na borda de ataque da porta de pavimento. Soltar a porta e fazer a leitura da força indicada na escala do dinamômetro. A força não pode exceder 150 N. Ao usar este método, não deixar a porta bater no dinamômetro com impacto. Isto lhe daria uma leitura falsa.

7.9.2 Abertura automática antecipada Determinar que a abertura das portas ocorre somente quando o carro está dentro da faixa de 200 mm para cima e 200 mm para baixo do pavimento. Verificar que o carro está parado na zona de nivelamento antes que a porta de pavimento complete sua abertura. É permissível um desnivelamento de ±20 mm.

7.10 Inspeções anuais de portas Era §3 de 6.1.1 7.10.1 Portas de pavimento do tipo guilhotina que fecham por gravidade quando liberadas pelo carro são perigosas e o inspetor deve recomendar as modificações necessárias para eliminar a característica de autofechamento e, em elevadores elétricos ,também recomendar a instalação de dispositivos de travamento (trincos). Era 2ª frase do §1 de 6.1.2 7.10.2 Os inspetores são aconselhados a consultar a lista de dispositivos de travamento aprovados pelos órgãos competentes. Era §1 de 6.1.3 7.10.3 Onde o fechamento de portas da cabina e de pavimento é controlado por pressão constante ou por  meios automáticos, verificar a operação e se a força necessária para impedir o fechamento de portas tipo corrediça horizontal parece excessiva, depois verificar conforme 7.9. Era 6.4.2 7.11 Inspeções anuais do contrapeso Examinar os contrapesos como segue: a) verificar se as contraporcas e contrapinos em cima e em embaixo dos tirantes e os tirantes de amarração do contrapeso estão no lugar e se os pesos estão firmemente mantidos no lugar; b) verificar se os cursores do contrapeso estão fixados firmemente na armação e se as peças de guiamento não estão excessivamente gastas. Observar se os cursores do tipo articulado ou de rolos estão livres para mover-se, como intencionado; c) se for provido contrapeso do carro usando as mesmas guias do contrapeso do tambor, esse deve estar localizado acima do contrapeso do tambor. Examinar a folga entre o contrapeso do carro e o contrapeso do tambor abaixo do mesmo. Esta folga não deve ser menor que 200 mm; d) onde for usado efeito 2:1 ou maior, inspecionar a polia do contrapeso e os mancais quanto à condição e adequação de lubrificação. Observar se os mancais da polia estão fixados firmemente na armação do contrapeso e se protetores de polia, onde requeridos, estão no lugar. Executar prova de martelo no aro e nos raios da polia; e) onde for usado efeito 1:1, inspecionar as fixações do cabo do contrapeso, conforme 6.4.3;

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f) onde o pára-choque de contrapeso estiver fixado ao contrapeso, verificar se os parafusos de fixação do párachoque estão apertados. Verificar se o pára-choque hidráulico está cheio de óleo até o nível adequado (ver também 6.6.2); g) verificar as fixações das correntes ou cabos de compensação para averiguar se estão firmemente fixadas ao contrapeso. As correntes de compensação precisam estar fixadas diretamente à armação de aço do contrapeso ou através de um suporte. Cabos e fixações devem ser examinados conforme 6.4.3 até 6.4.6. Verificar se as correntes de compensação estão suspensas de tal modo que não se engancharão em vigas ou outras saliências na caixa; h) onde providos, inspecionar os freios de segurança do contrapeso, conforme 6.6.14.

Era 6.4.9 7.12 Inspeções anmuais de folgas horizontais do carro e do contrapeso Observar as folgas entre o carro e as paredes da caixa, entre o carro e o contrapeso ou o protetor do contrapeso e as paredes da caixa e de carros adjacentes, de acordo com o anexo A.

Era 6.4.16 7.13 Inspeções anuais das longarinas da armação do carro As longarinas da armação do carro devem receber atenção especial. Um exame cuidadoso destas longarinas deve ser  feito no parafuso mais baixo da placa de junção com o cabeçote superior da armação do carro. Observar qualquer  evidência de trincas nas longarinas, especialmente diretamente em linha com os parafusos de junção inferiores. Se for  observado qualquer empolamento da pintura, raspar para expor o metal e observar a sua condição. Se uma trinca aparecer, é provável que seja descoberto que começou a partir do canto externo da flange da longarina (ver também 6.6.13). Qualquer rachadura indica uma condição perigosa e o elevador deve ser retirado de serviço até que os consertos sejam feitos. Conserto de longarinas trincadas através de solda é um procedimento que não deve ser usado.

Era 6.5.3 7.14 Inspeções anuais de vigamentos superiores e fixações Examinar os vigamentos superiores para verificar se estão firmemente fixados a suportes ou engastados em paredes. Observar qualquer recalque dos suportes. Examinar todas as fixações por parafusos expostas em vigas que suportam maquinaria ou polias.

Era 6.5.4 7.15 Gradeamentos ou plataformas superiores Averiguar se qualquer gradeamento ou plataforma superior possui aberturas de tamanho em excesso. Aberturas em gradeamento de barras devem rejeitar uma esfera de 19 mm de diâmetro. Aberturas em construção vazada ou chapa perfurada ou expandida devem rejeitar uma esfera de 25 mm de diâmetro.

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