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October 3, 2017 | Author: Olga Nunes | Category: Grammar, Knowledge, Linguistics, Communication, Information
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ÍNDICE

Sobre o Programa ............................................................................................... Sobre o Projeto Com Textos 11 .......................................................................

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• Competência Ouvir/Falar ................................................................. • Competência Ler ............................................................................... • Competência Escrever ...................................................................... • Competência do Conhecimento Explícito da Língua (Práticas/Estudo)..............................................................................

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Planificações Anual e Periodal .....................................................................

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Sugestões Metodológicas ................................................................................

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• Sequência 1: Com Textos para Conhecer e Reagir............................ • Sequência 2: Com Textos para Argumentar .................................... • Sequência 3: Com Textos para Representar..................................... • Sequência 4: Com Textos para Narrar e Descrever .......................... • Sequência 5: Com Textos para Criar Sensações...............................

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Suporte Textual dos Registos Áudio e Vídeo ..........................................

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Testes Formativos ..............................................................................................

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• Cenários de resposta para os testes formativos ............................

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SOBRE O PROGRAMA SOBRE O PROJETO COM TEXTOS 11

Sobre o Programa | Com textos 11

Sobre o Programa «Para nós, a aula de Português é antes de tudo e sempre aula de língua. Trata-se, pois, de adquirir linguagens, isto é, desenvolver e estruturar plenamente a competência comunicativa do aluno.» in FONSECA, Fernanda I. e FONSECA, Joaquim (1977:99) Pragmática, linguística e ensino do português, Coimbra, Livraria Almedina

O programa de Português coloca a tónica no desenvolvimento da disponibilidade dos alunos “para a aprendizagem da língua”, propiciando a aquisição de competências que possibilitem descrever, manipular, transformar e apreciar a língua. Afinal, o conhecimento desta é um dos maiores indicadores de integração e afirmação social de que os seus utentes dispõem. O desenvolvimento do espírito crítico, resultante do esforço de compreensão/reflexão, será uma boa preparação para o exercício da comunicação e de valores de cidadania nas mais variadas situações. Urge, pois, desenvolver em interação as competências Ouvir/Falar, Ler e Escrever, obrigando a uma renovada reflexão sobre o uso da língua no seu domínio referencial e no da estruturação do próprio conhecimento, inclusive o da própria língua. Daí o trabalho também da componente gramatical, numa conceção alargada do termo gramática, de modo a abarcar a dimensão pragmática e da linguística textual. Com o atual programa propõe-se que “os alunos usem a língua como um instrumento funcional”, fornecendo-lhes, também, os meios necessários para a transferência de conhecimentos em situações concretas, nomeadamente as do domínio profissional. Assim, no Ensino Secundário impõem-se como critérios relevantes: • a ênfase num conjunto de procedimentos, ou seja, nas competências linguísticas; • a valorização do conhecimento explícito da língua; • a consideração especial no trabalho das especificidades da linguagem oral bem como no das suas relações com a escrita; • um maior interesse no uso da língua, não descurando a aprendizagem do código e das suas normas; • o uso, na aprendizagem, dos meios de comunicação enquanto elementos sempre presentes na vida quotidiana; • a abordagem do registo literário não como um objetivo último ou exclusivo no tratamento de tipologias e géneros textuais, mas encarados como uma realização que apresenta o domínio mais conseguido, estética e culturalmente valorizado dos atos linguísticos;

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Com Textos 11 | Livro do Professor

• a observação, o estudo e a prática da dimensão social da língua, aproximando-a de receções e produções mais autênticas às vivências dos aprendentes; • a operacionalização da língua, sob formas de manipulação, experimentação, apreciação de textos de dimensão variável; • a importância da diversidade linguística, consciencializando a rentabilidade de um conhecimento refletido e confrontado com realizações padronizadas, de maior credibilidade e valorização social; • a natureza interdisciplinar e transversal da utilização da língua. Do referido até aqui, ressalta a necessidade de se conceber situações motivantes para as práticas da oralidade e da escrita, a par da explicitação e articulação delas com as especificidades linguísticas decorrentes dos enunciados orais ou escritos.

Sobre o Projeto | Com textos 11

Sobre o Projeto Com Textos 11 O manual visa o trabalho da língua materna nas componentes programaticamente definidas (compreensão e expressão orais, leitura, expressão escrita e conhecimento explícito da língua), orientadas para o trabalho com diversos tipos/géneros textuais. Estes articular-se-ão com as competências Ouvir/Falar, Ler, Escrever, numa perspetiva funcional da língua, ativando-as tanto no domínio da compreensão como no da produção textuais; com a da reflexão e do estudo sobre a língua; com as três macrocompetências de formação pessoal (comunicação, estratégia e formação para a cidadania); com a dimensão estética da produção linguística e com os métodos e técnicas de trabalho. As sequências, correspondendo aproximadamente às projetadas no programa (cinco), encontram-se organizadas segundo critérios de progressão, a nível tanto da estruturação das tipologias textuais (das mais próximas da linguagem utilitária e corrente às mais elaboradas nos registos) como dos conhecimentos linguísticos requeridos ou implicados nos textos trabalhados. Salienta-se em todas as sequências as rubricas a “Ler em Intertexto” (fomentando práticas de leitura extensiva), mais as propostas de “Dinamizar um Projeto’” (articulando conhecimentos de língua e tipos/géneros textuais que são orientados para projetos que convocam contribuições de outras disciplinas além de ativarem o que foi/é trabalhado em cada sequência). “Projetar/Avaliar Competências” (promovendo práticas de produções orais/escritas autónomas, criteriosas e estruturadas, acompanhadas de guião de verificação e de orientações de avaliação); “Consolidar Conhecimentos” (disponibilizando sínteses de conteúdos facilitadores da apreensão de conteúdos programaticamente definidos e objeto de abordagem na sequência) e Testar (fornecendo um teste de avaliação formativa, apostando nos domínios da compreensão, interpretação e análise textuais; do conhecimento explícito da Língua e da produção escrita compositiva). O docente pode contar, ainda, com o livro do professor, onde encontrará: – planificações (anual e periodal); – reprodução de textos áudio/vídeo (em suporte escrito); – esquemas (em branco e preenchidos), associados à oralidade, à escrita e à leitura; – propostas de correção das atividades (manual) de “Orientações de Leitura”, “Escrever” e “Práticas da língua”; – sugestões metodológicas; – propostas de correção dos testes de avaliação formativa que fecham cada sequência (manual); – testes formativos; – cenários de resposta para os testes formativos.

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Com Textos 11 | Livro do Professor

Competência Ouvir/Falar Trata-se de uma competência que sublinha a importância do domínio do oral, tanto na componente recetiva como produtiva. Natural e estrategicamente tomada como inicial no trabalho da língua, assume-se como competência globalmente privilegiada na interação construída na sala de aula, não sendo de esquecer as potencialidades linguísticas que com ela se relacionam, especificamente num trabalho distintivo entre a oralidade informal e a formal. Objetiva-se nos exercícios de compreensão e de expressão orais, sendo de relevar os seguintes pressupostos, a aplicar no contexto da sala de aula:

1) na compreensão oral • fomenta-se a dimensão comunicativa associada à decifração, compreensão e interpretação de produtos orais, pelo exercício de capacidades ligadas: a) ao reconhecimento; b) à seleção; c) à interpretação; d) à inferência; e) à antecipação/sugestão; f) à memorização; • escuta-se tendo em conta um objetivo mais ou menos (pré)determinado (conseguir/obter informação, receber uma resposta, compreender/entender algo) e segundo expectativas concretas construídas a propósito do que se ouve (tema/assunto, intenção/propósito comunicativo, tipo de linguagem, estilo, entre outros aspetos); • ativam-se estímulos sensoriais capazes de recolher informação complementar à que aparece verbalmente transmitida (ruídos, gestos, entoação, entre outros); • motivam-se exercícios de âmbito intensivo, extensivo ou produtivo: a) intensivo: identificação da ideia principal, deteção de pormenores, antecipação e/ou inferência de dados, descrição da situação de comunicação, repetição de estruturas; b) extensivo: completamento/ordenação/reconstrução de texto, transcrição de segmentos/fragmentos, análise de exposições, comparação e análise de segmentos; c) produtivo: os indicados no ponto da expressão oral; • exploram-se registos de acordo com a natureza e o âmbito dos produtos orais fornecidos: a) antecipando/sugerindo as circunstâncias contextuais que motivaram esses produtos, reveladores de situações de comunicação concreta;

Sobre o Projeto | Com textos 11

b) diferenciando o tipo de linguagem que se utiliza, ora marcado pelos princípios orientadores da comunicação quotidiana ora caraterizado pelo que seja o resultado de contextos de maior formalidade (da maior à menor espontaneidade, do maior ao menor fracionamento do discurso, respetivamente); • reage-se, de forma mais ou menos visível, ao contexto da situação oral a trabalhar, compresencial ou não, viabilizando futuros exercícios centrados nas situações de: a) expressão de opiniões; b) tomada de posições; c) confronto de pontos de vista;

2) na expressão oral • distinguem-se as produções orais de acordo com uma tipologia textual que reconhece comunicações autogeradas – de origem singular, mais ou menos preparadas e autorreguladas (monólogo, discurso político, exposição, conferência) – ou poligeradas – de origem dual (chamadas telefónicas, diálogo, conversa, tertúlia) ou plural (debate, mesa-redonda, conversa informal entre amigos), com ênfase na interação e cooperação comunicativas; • diferenciam-se registos de acordo com o tipo de comunicação considerado bem como com o objetivo e situação de comunicação implicados; • ativam-se competências associadas à: a) planificação do discurso (analisar situações, recorrer ao suporte escrito, antecipar e preparar o tema bem como a interação a viver); b) condução do discurso e da eventual interação a criar; c) produção significativa de aspetos não verbais (controlar a voz, recorrer ao gesto e ao olhar, entre outros); • motivam-se exercícios de âmbito intensivo, extensivo ou produtivo, pelo que, aos já indicados no plano da compreensão oral, acrescem propostas de pendor mais produtivo, como sejam: esquemas de produção oral mais ou menos repetitiva, dramatizações (com ou sem suporte escrito), trabalho de grupo, diálogo com distribuição de papéis, exposição, improvisação, produção de programa radiofónico e/ou televisivo, leitura oralizada de textos diversos, declamação de poemas, exposição de conclusões, entre outros.

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Com Textos 11 | Livro do Professor

Competência Ler A leitura constitui uma das aprendizagens fundamentais numa disciplina de língua, tanto pela sua orientação para exercícios de compreensão textual como pela dimensão produtiva que com ela também se articula. Ler para compreender é um dos objetivos mais frequentes neste tipo de competência, independentemente do suporte e/ou da modalidade de leitura adoptada. Neste sentido, importa interpretar o que aparece veiculado pelos sinais com que o leitor se depara, de modo a construir sentidos. Conforme a situação em que esta competência ocorre, ativam-se capacidades distintas. Para tal contam fatores como os tipos de texto, os objetivos de compreensão, a situação e a maior ou menor rapidez com que se lê. Surgem, assim, modalidades do tipo: a) leitura silenciosa/oralizada, conforme a necessidade e interesse de criar maior ou menor interioridade, privacidade na ocorrência desta competência; b) leitura intensiva/extensiva, para, respetivamente, orientar no sentido de obter determinado tipo de informação de um texto (enfatizando o treino de técnicas de leitura determinantes para diferentes tipos de compreensão: tema/assunto, pormenores, reflexão gramatical, entre outros) ou fomentar hábitos e prazeres de leitura, na própria relação com outros textos e outras formas de expressão; c) leitura seletiva/integral, caracterizada, uma, pela escolha de segmentos conforme objetivos ou interesses mais ou menos definidos pelo leitor; outra, pelo acesso à totalidade do texto, implicando maior reflexão e menor rapidez de leitura; d) leitura analítica (scan)/rápida e superficial ou sintética (skim), no primeiro caso, orientada para a informação objetivada, de âmbito específico, implicando a lentidão necessária à linearização e à preocupação sintática de quem lê; no segundo caso, marcada pelos destaques de impressão gráfica, de hierarquização informativa ou de carateres diferenciados e orientada para a obtenção rápida da ideia global do texto. Destas modalidades, interessará o pleno exercício de todas elas, dado serem mecanismos a ativar na compreensão e que são selecionados de acordo com as finalidades de leitura pretendidas. Além do explícito, a leitura joga também com o domínio do não dito ou do não escrito: o implícito e o subentendido. Daí a pertinência de exercícios complementares que visem estratégias do tipo antecipar, predizer, observar, inferir, bem como as de oralizar, declamar, dramatizar, representar. No geral, todos fazem da leitura uma competência abrangente a convocar não só a compreensão escrita mas também alguns pressupostos da produção oral.

Sobre o Projeto | Com textos 11

Competência Escrever Escrever é uma atividade que implica o domínio de várias capacidades: desde os aspetos mais mecânicos (caligrafia, apresentação e disposição gráfica) aos mais cognitivos (gestação, seleção e organização da informação bem como textualização, revisão e avaliação); desde o conhecimento linguístico das unidades menores (alfabeto, grafemas, palavras) ao das maiores (períodos, parágrafos, sequências e tipologias textuais); desde aspetos superficiais (pontuação, acentuação, ortografia) aos de maior profundidade (coesão, coerência). Conforme a focalização dada a cada uma das capacidades referidas, interessará adoptar uma das perspetivas que, de seguida, se apresentam: a) perspetiva gramatical: coloca a ênfase na gramática normativa, nas regras de ortografia, morfossintaxe e seleção vocabular implicadas na escrita e numa tipologia de exercícios que abrange a prática de ditado, da tradicional redação/composição, da reescrita e transformação de frases, de completamento de espaços; b) perspetiva funcional: enfatiza a comunicação e o uso da língua em situação, salientando a sua diversidade, as tipologias textuais (apreendidas pelo contacto e análise de textos-modelo) e exercícios orientados para a leitura, transformação, reescrita e criação de textos pertencentes às diversas tipologias consideradas; c) perspetiva processual: salienta o processo de escrita em detrimento do produto, relevando os processos cognitivos associados à gestação, organização, textualização, revisão e avaliação de ideias; desta forma, a composição escrita faz-se à conta de processos de criatividade e/ou técnicas de trabalho de informação que passam por exercícios de brainstorming, de construção de analogias, de formulação de esquemas/planos, de escrita livre, de propostas de escrita poética; d) perspetiva temática ou de conteúdo: orientada para temas/conteúdos em detrimento da forma e recorrendo a contributos de outras disciplinas; implica metodologias próximas da de projeto, pela necessidade de pesquisa, produção de esquemas e resumos com base nos dados recolhidos bem como composição de textos de tipologia diversa. Na complementaridade destas perspetivas, completa-se o conjunto de capacidades requerido na escrita, cujo processo global de composição deve passar pela verificação dos seguintes parâmetros: – análise da situação de comunicação: o sentido da escrita define-se em função de quem vai ser o recetor do texto escrito, da intenção e dos objetivos da escrita, da forma como o escrevente se vai apresentar, do tema a desenvolver; – gestação de ideias: poder-se-á recorrer à aplicação de técnicas como as de brainstorming, listagem de palavras e/ou tópicos-chave, formulação de questões-prévias, produção de rascunhos; – organização/planificação de ideias: possibilidade de aplicação de técnicas várias como as de esquematizar as ideias conseguidas, desenhar esquemas mentais ou ideogramas, preparar esquemas com numeração romana, árabe e decimal (outline);

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Com Textos 11 | Livro do Professor

– textualização: orienta-se normalmente pela aplicação das regras básicas de ortografia e de morfossintaxe, pela seleção de uma linguagem adequada ao leitor, pela produção de frases simples e pela ordenação das palavras de acordo com os esquemas de leitura familiares; – revisão: a fazer pela adoção de técnicas como as de aplicação de regras de economia e eficácia na frase, de aumento da legibilidade do texto, de revisão caligráfica, ortográfica, de morfossintaxe e de seleção vocabular, de reordenação e reformulação do plano; – avaliação: esta faz-se, inicialmente, pela apresentação dos esquemas/planos construídos ou pelo confronto com esquemas/guiões de verificação; posteriormente, com as indicações de correção a apresentar pelo(a) docente e que orientem para progressivas chamadas de atenção para aspetos parciais.

Sobre o Projeto | Com textos 11

Competência do Conhecimento Explícito da Língua (Práticas/Estudo) Não descurando as potencialidades que o conhecimento da gramática e das regras de estrutura linguística permite ao falante ou utilizador de uma dada língua, as tendências atuais no ensino-aprendizagem das línguas sublinham a dimensão da funcionalidade e do uso social a que estas andam ligadas, além de convocarem níveis de proficiência que assumam o aprendente como um utilizador crítico e produtivamente sustentado em diferentes domínios de ação. A questão dos modelos de ensino das línguas acompanha a evolução a que se tem vindo a assistir, nos estudos linguísticos, relativamente ao próprio entendimento da gramática e do papel que esta deve ter no ensino-aprendizagem de uma língua. O quadro seguinte resume essa evolução em termos de focalizações linguísticas e implicações didáticas.

Gramática Tradicional

Linguística Estrutural

Gramática Generativa

Linguística Textual

normativa (descritiva)

descritiva

generativa-transformacional

descritiva

partes da oração

funções/paradigmas

categoria/processo

processo comunicativo

correto/incorreto, partes da oração, oração simples e complexa (coordenação e subordinação)

sincronia, língua/fala, signo, sistema, estrutura, oposição, valor, sintagma/paradigma, nível

gramatical/agramatical, competência/performance, oração, transformação, regras, princípios

pertinente/não pertinente, competência comunicativa, texto, coerência, coesão, progressão temática, registo, tipo de texto

gramática normativa (língua materna)

método audiolingual

abordagem cognitiva

abordagem comunicativa, método funcional-nocional, tipologias textuais

Tipo de gramática

Núcleo de análise

Conceitos

análise contrastiva

Aplicação gramática-tradução (língua estrangeira)

Contribuições para a didática

primeira descrição da língua, análise da norma

análise de erros

descrição linguística sistemática, atenção à língua falada

insistência no aspeto da criatividade, modelo coerente e completo de análise, conceção inovadora face ao erro

abordagem mais global: interdisciplinaridade, uso da língua, atenção ao conjunto

Traduzido e adaptado de CUENCA, M. J. (1992) – Teories gramaticals i ensenyament de llengües, Valencia, Tàndem

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Com Textos 11 | Livro do Professor

De todas as contribuições consideradas, o acesso generalizado a publicações orientadas para os pressupostos da gramática tradicional continua a ser o que há de mais comum entre o público não especialista. Trata-se de uma gramática que, não fornecendo uma análise suficientemente coerente do sistema, permite apreender uma boa parte do conhecimento básico da realidade linguística; um denominador comum a enriquecer com as contribuições mais recentes da linguística, atentas às variedades e a realizações mais abrangentes. Daí a necessidade de algum ecletismo, baseado numa seleção criteriosa e coerente de conteúdos a convocar pelos próprios textos em análise. Aperfeiçoar os níveis de proficiência e de competência linguística, adquirir uma metalinguagem necessária ao trabalho dos textos e da estruturação do conhecimento linguístico, promover o contacto com a variedade padronizada da língua, estruturar e distinguir diferentes tipos de realizações linguísticas, bem como possibilitar maior controlo de produções (adequando os registos de língua às situações e intencionalidades comunicativas) contam-se entre os objetivos maiores de um trabalho assente na reflexão e nas práticas da língua propostas no manual. O Manual Com Textos 11, edição exclusiva do professor, faculta, em banda lateral, cenários de resposta para todas as atividades propostas bem como sugestões metodológicas para todas as matérias em estudo. Apêndice Frei Luís de Sousa Esta obra apresenta o texto integral de Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa bem como excertos selecionados de “Memória ao Conservatório Real”. Caderno de Atividades Possibilita um trabalho mais alargado do funcionamento da língua, disponibilizando propostas de atividades complementares assentes numa tipologia de questões próxima da utilizada nos exames nacionais. Planos de Aula Planos de aula para todos os conteúdos do ano letivo, disponíveis, em formato editável, em

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CD Áudio Inclui a vocalização de alguns textos, entre os quais se destaca a dramatização de excertos da obra Frei Luís de Sousa.

A Aula Digital possibilita a fácil exploração do projeto Com Textos 11, através das novas tecnologias em sala de aula. Utilize uma ferramenta inovadora que lhe permitirá tirar o melhor partido do seu projeto escolar, simplificando o seu trabalho diário.

Sobre o Projeto | Com textos 11

Para explorar e ir mais longe Pode projetar e explorar as páginas do manual em sala de aula e aceder a um vasto conjunto de conteúdos multimédia integrados com o manual, para tornar a sua aula mais dinâmica: • Áudios – gravações de leituras expressivas de diversos textos do manual. • Apresentações em PowerPoint – recurso didático que visa expor e/ou sintetizar conteúdos abordados no manual. • Testes Interativos – extenso banco de testes interativos, personalizáveis e organizados pelos diversos temas do manual. • Links Internet – endereços para páginas na internet de apoio às matérias, para a obtenção de mais informação. Preparação de aulas Pode aceder aos Planos de Aula disponíveis em papel e em formato Word e planificar as suas aulas de acordo com as características de cada turma: • utilizando as sequências de recursos digitais feitas de acordo com os Planos de Aula criados para si, que o apoiarão nas suas aulas com recurso a um projetor ou um quadro interativo. • personalizando os Planos de Aula com recursos do projeto ou com os materiais criados por si. Avaliação dos alunos Poderá: • utilizar os testes predefinidos ou criar um à medida da sua turma, a partir de uma base com cerca de 300 questões. • imprimir os testes para distribuir, projetá-los em sala de aula ou enviá-los aos seus alunos com correção automática. • acompanhar o progresso dos seus alunos através de relatórios de avaliação detalhados. Comunicar e interagir Pode tirar partido das funcionalidades de comunicação e interação que lhe permitem a troca de mensagens e a partilha de recursos com os alunos

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PLANIFICAÇÕES ANUAL E PERIODAL

As planificações encontram-se disponíveis, em formato editável, em

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Com Textos 11 | Livro do Professor

Finalidades • Assegurar o desenvolvimento das competências de compreensão e expressão em língua materna. • Desenvolver a competência de comunicação, aliando o uso funcional ao conhecimento reflexivo sobre a língua. • Formar leitores reflexivos e autónomos que leiam na Escola, fora da Escola e em todo o seu percurso de vida, conscientes do papel da língua no acesso à informação e do seu valor no domínio da expressão estético-literária. • Promover o conhecimento de obras/autores representativos da tradição literária, garantindo o acesso a um capital cultural comum. • Proporcionar o desenvolvimento de atividades ao nível da pesquisa, organização, tratamento e gestão de informação, nomeadamente através do recurso às Tecnologias de Informação e Comunicação. • Assegurar o desenvolvimento do raciocínio verbal e da reflexão, através do conhecimento progressivo das potencialidades da língua. • Contribuir para a formação do sujeito, promovendo valores de autonomia, de responsabilidade, de espírito crítico, através da participação em práticas de língua adequadas. • Promover a educação para a cidadania, para a cultura e para o multiculturalismo, pela tomada de consciência da riqueza linguística que a língua portuguesa apresenta.

Objetivos Compreensão do Oral • Compreender enunciados orais nas suas implicações linguísticas e paralinguísticas. • Compreender e refletir criticamente sobre a distinção entre discursos orais formais e informais. • Apreender criticamente o significado e a intencionalidade de mensagens veiculadas em discursos variados. • Desenvolver a capacidade de retenção/seleção de informação. • Desenvolver o gosto pela preservação e recriação de património literário oral. • Alargar a competência comunicativa pela confrontação de variações linguísticas regionais ou sociais com formas padronizadas da língua. Expressão Oral • Comunicar oralmente tendo em conta a oportunidade, o tempo disponível e a situação. • Exprimir-se oralmente de forma desbloqueada e autónoma em função de objetivos comunicativos e diversificados. • Desenvolver as capacidades discursivas, linguístico-discursivas e de ação, para serem utilizadas adequadamente numa situação de comunicação determinada. • Exprimir as reações subjetivas de leitor nos atos de recitar, recriar ou dramatizar. Leitura • Aprofundar o gosto pessoal pela leitura, formando leitores reflexivos e autónomos que leiam na Escola, fora da Escola e em todo o seu percurso de vida, conscientes do papel da língua no acesso à informação e do seu valor no domínio da expressão estético-literária. • Desenvolver a competência de leitura: – interagir com o universo textual, a partir da sua experiência e do seu conhecimento do mundo, bem como da sua competência paralinguística; – apropriar-se de estratégias para a construção de sentidos.

Planificações Anual e Periodal | Com textos 11

• Interpretar textos/discursos orais e escritos, reconhecendo as suas diferentes finalidades e situações de comunicação subjacentes. • Interpretar linguagens de natureza icónica e simbólica. • Desenvolver métodos e técnicas de trabalho que contribuam para a construção das aprendizagens. • Promover o conhecimento de obras/autores representativos da tradição literária, garantindo o acesso a um capital cultural comum. Escrita • Experimentar percursos pedagógicos que proporcionem o prazer da escrita. • Aprofundar a prática da escrita como meio de desenvolver a compreensão na leitura. • Produzir textos que revelem a tomada de consciência de vários modelos de escrita. • Consciencializar para os mecanismos cognitivos e linguísticos que a escrita envolve e para a prática intensiva que permite efetiva aquisição das suas técnicas. • Aperfeiçoar a competência de escrita pela utilização de técnicas de auto e de heterocorreção. • Promover a divulgação dos escritos como meio de os enriquecer e de encontrar sentidos para a sua produção. • Desenvolver métodos e técnicas de trabalho que contribuam para a construção das aprendizagens, com recurso eventual a novas tecnologias. Conhecimento Explícito da Língua • Refletir e sistematizar conhecimentos sobre o funcionamento da língua, a sua gramática, o modo de estruturação de textos/discursos, visando a utilização correta e adequada dos modos de expressão linguística. • Apropriar-se, pela reflexão e pelo treino, de conhecimentos gramaticais que facilitem a compreensão do funcionamento dos discursos e o aperfeiçoamento da expressão pessoal. • Desenvolver os processos linguísticos, cognitivos e metacognitivos necessários à operacionalização das várias competências. • Desenvolver a competência de comunicação, aliando o uso funcional ao conhecimento reflexivo sobre a língua. • Assegurar o desenvolvimento do raciocínio verbal e da reflexão, através do conhecimento progressivo das potencialidades da língua. Educação para a Socialização e Cidadania • Desenvolver práticas de relacionamento interpessoal favoráveis ao exercício de autonomia, cidadania, sentido de responsabilidade, cooperação e solidariedade. • Tratar respeitosamente o corpo docente, não docente e discente. • Adoptar formas de tratamento adequadas à situação de comunicação. • Respeitar as regras de funcionamento/trabalho da Escola. • Contribuir para a harmonização do ambiente escolar. • Preservar o material e o espaço físico da comunidade escolar. • Participar em atividades ao nível da pesquisa, da organização, do tratamento e da gestão de informação, nomeadamente através do recurso às Tecnologias de Informação e Comunicação. • Promover o multiculturalismo, pela tomada de consciência da riqueza linguística que a língua portuguesa apresenta.

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Com Textos 11 | Livro do Professor

Distribuição de conteúdos pelo ano letivo e proposta de planificação periodal Distribuição de conteúdos declarativos e processuais de Português – 11.º Ano Período

Sequências do manual

Área textual

Estrutura e funcionamento da língua

Editorial

Conectores/articuladores

Artigo técnico científico

Construção sintática

Comunicado Textos: poético narrativo argumentativo expositivo Sequência 1

Competências

Ouvir/Falar: planificação execução avaliação Ler: pré-leitura, leitura, pós-leitura; leitura global, seletiva, analítica e crítica

Reclamação Escrever: planificação textualização revisão Conhecimento Explícito da Língua

Pontuação Tipos de frase (RC) Criação lexical e neologia Funções sintáticas Semântica lexical: significação e relações semânticas entre palavras Valores modais e tipos de modalidade Seleção vocabular Deíticos

Primeiro Texto argumentativo: discurso político Texto descritivo Texto biográfico: Sermão de Pe. António Vieira: Sermão de Santo António Dimensão literária em intertexto Sequência 2

Planificações Anual e Periodal | Com textos 11

Distribuição de conteúdos declarativos e processuais de Português – 11.º Ano Período

Sequências do manual

Área textual

Competências

Propriedades textuais: coesão, coerência, estrutura temática e informacional

Textos: icónico de opinião biográfico argumentativo

Sequência 3

Para texto e metatexto “Memória ao Conservatório Real” (Almeida Garrett) Texto dramático Frei Luís de Sousa (Almeida Garrett)

Ouvir/Falar: planificação execução avaliação Ler: pré-leitura, leitura, pós-leitura; leitura global, seletiva, analítica e crítica Escrever: planificação textualização revisão

Segundo Textos: argumentativo narrativo/descritivo expositivo Romance Os Maias (Eça de Queirós)

Estrutura e funcionamento da língua

Funções sintáticas (essenciais) Advérbios, expressões adverbiais e respetiva função sintática Conectores/articuladores Construções anafóricas/ catafóricas O aspeto verbal

Conhecimento Explícito da Língua

Sequência 4

Textos: narrativo expositivo poéticos de Cesário Verde de opinião argumentativo

Classes de palavras Funções sintáticas Orações finitas e não finitas Frase complexa (coordenação e subordinação)

Terceiro

Sequência 5

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Com Textos 11 | Livro do Professor

Proposta de planificação de Português – 11.° Ano

Parâmetros de planificação Período

Orientações estratégicas Objetivos genéricos SEQUÊNCIAS 1 E 2 Demonstrar indicadores de desempenho ao nível das diferentes competências nucleares Acompanhar orientações de trabalho visando situações de remediação Expressar-se de forma correta e coerente, a nível quer oral quer escrito Reconhecer as finalidades/condições de produção de discursos Adequar o discurso à situação/intencionalidade comunicativas Distinguir a matriz discursiva de diferentes tipos/ géneros textuais Desenvolver competências na leitura/ interpretação do texto argumentativo Interpretar textos/discursos orais e escritos segundo as finalidades e as situações de comunicação implicadas

Primeiro

Contextualizar histórica e culturalmente obras de referência literária Refletir sobre o conhecimento/funcionamento da língua Contactar com autores do Património Cultural Português Redigir segundo técnicas compositivas diversificadas

Competências nucleares objetivadas OUVIR/FALAR • Reter informação global/seletiva/pormenorizada a partir de registos áudio/vídeo • Identificar a intenção comunicativa do(s) interlocutor(es): informar, apelar, ironizar, mentir, criticar, seduzir • Captar características verbais e não verbais dos discursos ouvidos • Recontar histórias • Oralizar reflexões estruturadas a partir de imagens, audições, leituras, pensamentos • Produzir sínteses de discussões em par/grupo • Descrever personagens/situações/objetos observados/imaginados • Produzir discursos de forma desbloqueada LER • Distinguir factos de opiniões • Identificar as ideias principais de um texto • Detetar nexos lógicos entre segmentos textuais • Apresentar marcas linguísticas relacionadas com o tipo/género textual • Demonstrar a expressividade significativa de recursos estilísticos • Distinguir diferentes tipos de argumentos num texto argumentativo • Identificar a tese num texto argumentativo • Reconstruir a composição e/ou a estratégia argumentativa • Interpretar o sermão vieiriano na sua dimensão simbólico-cultural ESCREVER • Resumir/produzir sínteses de um texto-fonte • Diversificar vocabulário • Utilizar corretamente a ortografia/pontuação/ acentuação/seleção vocabular/construção frásica • Reconstruir textos de acordo com instruções de transformação/correção • Produzir textos de acordo com modelos/ estruturas fornecidos CONHECIMENTO EXPLÍCITO DA LÍNGUA • Aplicar conhecimentos de ortografia, pontuação e acentuação • Estabelecer relações entre palavras (forma/ sentido) • Identificar atos de fala a partir da análise de marcas linguísticas • Reconhecer marcas de modalidade na construção de enunciados • Associar valores lógico-semânticos aos articuladores/às construções frásicas • Identificar os elementos deíticos presentes em discursos

Planificações Anual e Periodal | Com textos 11

Manual: Com Textos 11 Estratégias Atividades

Tempo Avaliação

• Audição de registos orais/vídeo • Visionamento de excertos fílmicos/televisivos • Tomada de notas • Exposição de tópicos • Leitura de imagens • Preenchimento de esquemas • Apreciação crítica de produções orais • Recolha e apresentação de textos • Dinamização de debates • Dramatização de situações • Declamação de poemas

• Antecipação de leitura com base em títulos, imagens, segmentos textuais, pesquisas, conhecimentos prévios • Relação texto-imagem/título • Aferição de leitura • Resolução de questionários • Segmentação de textos • Esquematização de ideias • Condensação informativa • Práticas intertextuais

• Produção textual segundo a) esquemas (planificação) b) géneros discursivos c) orientações temáticas d) indicadores vários • Transformação/correção de textos • Registo do diário de turma

• Reflexão sobre diferentes domínios gramaticais pela experimentação (comparação, descrição, transformação) de frases/sequências textuais • Consulta de gramáticas, prontuários, dicionários… • Resolução de exercícios práticos

Avaliação contínua • Observação direta da participação • Registo sistemático de indicadores de (in)sucesso • Aplicação de guiões de verificação • Práticas de auto e de heterocorreção • Dinamização de projetos

Sequência 1: 4 semanas 4 x 90 min + 4 x 90 min

Avaliação oral formal

1 semana 2 x 90 min

Resolução de testes formativos (TF)

Revisões para os testes formativos 1 semana 2 x 90 min

Sequência 2: 5 semanas 5 x 90 min + 5 x 90 min

TF: 2 semanas 2 x 90 min + 2 x 90 min

Total: 13 semanas

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Com Textos 11 | Livro do Professor

Proposta de planificação periodal de Português – 11.° Ano

Parâmetros de planificação Período

Orientações estratégicas Objetivos genéricos SEQUÊNCIAS 3 E 4 Expressar-se de forma correta e coerente, a nível quer oral quer escrito Reconhecer as finalidades/condições de produção de discursos Adequar o discurso à situação/ intencionalidade comunicativas Distinguir a matriz discursiva de diferentes tipos/géneros textuais Desenvolver competências na leitura/ interpretação do texto dramático/narrativo Interpretar textos/discursos orais e escritos segundo as finalidades e as situações de comunicação implicadas Contextualizar histórica e culturalmente obras de referência literária Estabelecer relações entre textos e outras formas de expressão artística Refletir sobre o conhecimento/ funcionamento da língua

Segundo

Contactar com autores do Património Cultural Português Redigir segundo técnicas compositivas diversificadas

Competências nucleares objetivadas OUVIR/FALAR • Reter informação global/seletiva/pormenorizada a partir de registos áudio/vídeo • Identificar a intenção comunicativa do(s) interlocutor(es): informar, apelar, ironizar, mentir, criticar, seduzir • Captar características verbais e não verbais dos discursos ouvidos • Reproduzir o significado global das mensagens • Oralizar reflexões estruturadas a partir de imagens, audições, leituras, pensamentos • Produzir sínteses de discussões em par/grupo • Descrever personagens/situações/objetos observados/ imaginados • Produzir discursos de forma desbloqueada • Produzir discursos não espontâneos segundo instruções precisas LER • Distinguir factos de opiniões • Identificar as ideias principais de um texto • Detetar nexos lógicos entre segmentos textuais • Interpretar elementos paratextuais e metatextuais significativos para a leitura de textos • Apresentar marcas linguísticas relacionadas com o tipo/ género textual • Identificar especificidades dos modos dramático/narrativo • Distinguir diferentes formas de enunciação nos modos/ géneros literários trabalhados • Analisar a estrutura das obras de leitura integral • Interpretar o drama garrettiano na sua dimensão simbólico-cultural • Interpretar o romance queirosiano na sua dimensão simbólico-cultural do Portugal da Regeneração • Demonstrar a expressividade significativa de recursos estilísticos ESCREVER • Resumir/produzir sínteses de um texto-fonte • Diversificar vocabulário • Utilizar corretamente a ortografia/pontuação/acentuação/ seleção vocabular/construção frásica • Reconstruir textos de acordo com instruções de transformação/correção • Produzir textos de acordo com modelos/estruturas fornecidos CONHECIMENTO EXPLÍCITO DA LÍNGUA • Aplicar conhecimentos de ortografia, pontuação e acentuação • Estabelecer relações entre palavras (forma/sentido) • Identificar funções sintáticas essenciais/acessórias • Classificar grupos de palavras atendendo à constituição destes • Distinguir o valor semântico decorrente da alteração da ordem de palavras • Identificar processos de coerência, coesão e progressão textual • Associar valores lógico-semânticos aos articuladores/ às construções frásicas • Identificar os elementos deíticos/anafóricos presentes em discursos

Planificações Anual e Periodal | Com textos 11

Manual: Com Textos 11 Estratégias Atividades

Audição de registos orais/vídeo • Tomada de notas • Leitura de imagens • Visionamento de excertos fílmicos/televisivos • Preenchimento de esquemas • Apreciação crítica de produções orais • Recolha e apresentação de textos • Dinamização de debates • Exposição de tópicos • Dramatização de situações • Declamação de poemas

Tempo Avaliação

Avaliação contínua • Observação direta da participação • Registo sistemático de indicadores de (in)sucesso • Aplicação de guiões de verificação • Práticas de auto e de heterocorreção • Dinamização de projetos

• Antecipação de leitura com base em títulos, imagens, segmentos textuais, pesquisas, conhecimentos prévios • Relação texto-imagem/título • Relação texto/paratexto/metatexto • Aferição de leitura • Resolução de questionários • Segmentação de textos • Esquematização de ideias • Condensação informativa • Práticas intertextuais

Sequência 3: 3 semanas 3 x 90 min + 3 x 90 min

Sequência 4: 5 semanas 5 x 90 min + 5 x 90 min

• Produção textual segundo a) esquemas (planificação) b) géneros discursivos c) orientações temáticas d) indicadores vários • Transformação/correção de textos • Registo do diário de turma

Avaliação oral formal

1 semana 2 x 90 min

• Reflexão sobre diferentes domínios gramaticais pela experimentação (comparação, descrição, transformação) de frases/sequências textuais • Consulta de gramáticas, prontuários, dicionários… • Resolução de exercícios práticos

Resolução de testes formativos (TF)

Revisões para os testes formativos 1 semana 2 x 90 min TF: 2 semanas 2 x 90 min + 2 x 90 min

Total: 12 semanas

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Com Textos 11 | Livro do Professor

Proposta de planificação periodal de Português – 11.° Ano

Parâmetros de planificação Período

Orientações estratégicas Objetivos genéricos SEQUÊNCIA 5 Expressar-se de forma correta e coerente, a nível quer oral quer escrito Reconhecer as finalidades/condições de produção de discursos Adequar o discurso à situação/ intencionalidade comunicativas Distinguir a matriz discursiva de diferentes tipos/géneros textuais Desenvolver competências na leitura/ interpretação do texto poético em verso Interpretar textos/discursos orais e escritos segundo as finalidades e as situações de comunicação implicadas Contextualizar histórica e culturalmente obras de referência literária Estabelecer relações entre textos e outras formas de expressão artística

Terceiro

Refletir sobre o conhecimento/ funcionamento da língua Contactar com autores do Património Cultural Português Redigir segundo técnicas compositivas diversificadas

Competências nucleares objetivadas OUVIR/FALAR • Reter informação global/seletiva/pormenorizada a partir de leituras • Identificar a intenção comunicativa do(s) interlocutor(es) • Captar características dos discursos ouvidos • Oralizar reflexões estruturadas a partir de imagens, audições, leituras, pensamentos • Adequar o discurso ao objetivo e à situação • Utilizar a norma do Português em exposições orais refletidas • Produzir sínteses de discussões em par/grupo • Descrever personagens/situações/objetos observados/ imaginados • Produzir discursos desbloqueadamente e com alguma formalidade LER • Distinguir factos de opiniões • Identificar as ideias principais de um texto • Detetar nexos lógicos entre segmentos textuais • Interpretar elementos paratextuais significativos para a leitura de textos • Apresentar marcas linguísticas relacionadas com o tipo/ género textual • Identificar especificidades do modo lírico • Distinguir diferentes marcas de tipos textuais compresentes nos poemas cesarianos • Interpretar os poemas na sua dimensão simbólico-cultural • Identificar temáticas contempladas na produção poética cesariana • Demonstrar a expressividade significativa de recursos estilísticos ESCREVER • Resumir/produzir sínteses de um texto-fonte • Diversificar vocabulário • Utilizar corretamente a ortografia/pontuação/acentuação/ seleção vocabular/construção frásica • Reconstruir textos de acordo com instruções de transformação/correção • Produzir textos de acordo com modelos/estruturas fornecidos CONHECIMENTO EXPLÍCITO DA LÍNGUA • Aplicar conhecimentos de ortografia, pontuação e acentuação • Estabelecer relações entre palavras (forma/sentido) • Identificar funções sintáticas essenciais/acessórias • Classificar grupos de palavras atendendo à constituição destes • Distinguir o valor semântico na utilização de diminutivos • Identificar processos de coerência, coesão e progressão textual • Associar valores lógico-semânticos aos articuladores/ às construções frásicas • Distinguir tipos de oração quanto à sua constituição (não) finita • Avaliar o valor significativo apresentado nessas construções

Planificações Anual e Periodal | Com textos 11

Manual: Com Textos 11 Estratégias Atividades

• Audição de registos orais • Escuta global/seletiva/pormenorizada • Tomada de notas • Leitura de imagens • Preenchimento de esquemas • Relato de vivências, histórias, pesquisas • Debates • Mesa redonda • Reconto oral • Apreciação crítica de produções orais

Tempo Avaliação

Avaliação contínua • Observação direta da participação • Registo sistemático de indicadores de (in)sucesso • Aplicação de guiões de verificação • Práticas de auto e de heterocorreção • Dinamização de projetos

Sequência 5: 8 semanas 8 x 90 min + 8 x 90 min

• Antecipação de leitura com base em títulos, imagens, segmentos • Leitura global/seletiva/analítica e crítica • Leitura expressiva • Leitura extensiva • Relação texto-imagem/título • Resolução de questionários • Esquematização de ideias • Antologia de poemas: temática, de autor…

Avaliação formal

1 semana 3 x 90 m

• Produção textual segundo a) esquemas (planificação) b) géneros discursivos c) orientações temáticas d) indicadores vários • Transformação/correção de textos • Produção de sínteses, exposições • Registo do diário de turma

• Reflexão sobre diferentes domínios gramaticais pela experimentação (comparação, descrição, transformação) de frases/sequências textuais • Consulta de gramáticas, prontuários… • Resolução de exercícios práticos

• Resolução de teste formativo

Revisões para o teste formativo 1 semana 90 min TF: 1 semana 90 min

Total: 11 semanas

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3

3

3

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

As sugestões metodológicas encontram-se disponíveis, em formato editável, em

.

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Com Textos 11 | Livro do Professor

Sequência 1: Com Textos para Conhecer e Reagir

Ouvir/Falar (pág. 16) Grelha 1 (para tomada de notas relativa aos dados das exposições) TÓPICOS DA EXPOSIÇÃO

TOMADA DE NOTAS Preferências:

Razão(ões):

Capa:

Razão(ões):

Importância:

Função(ões):

Informação/sensacionalismo:

Razão(ões):

Tema(s):

Género(s) textual(is):

Preferências de leitura entre os jovens

Capa de revista mais atrativa

Papel das revistas na sociedade contemporânea

Revistas: maior informação ou maior sensacionalismo?

Uma revista para jovens

Sugestões Metodológicas | Com textos 11

Grelha 2 (para apreciação críticas das exposições orais) REGISTOS PARA APRECIAÇÃO CRÍTICA DAS EXPOSIÇÕES ORAIS Aluno(a) Aspetos conseguidos

Aspetos a aperfeiçoar

Aluno(a) Aspetos conseguidos

Aspetos a aperfeiçoar

Aluno(a) Aspetos conseguidos

Aspetos a aperfeiçoar

Aluno(a) Aspetos conseguidos

Aspetos a aperfeiçoar

Aluno(a) Aspetos conseguidos

Aspetos a aperfeiçoar

(Apoiar o registo nos dados totais / parciais caracterizadores da exposição oral: manual páginas 98-99 – Como fazer exposição oral)

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Com Textos 11 | Livro do Professor

Ouvir/Falar (pág. 20) A.1 e 2 Regeneração – simbologia do peixe no zodíaco; Nativos – alimentaram-se de salmão durante mais de oito mil anos; Barbatanas – movimento e manobra dos peixes / fraca barbatana dorsal do cavalo-marinho; Aerodinâmica – área que imita o movimento, a deslocação do peixe; Fronteira – barreira entre o rio e o mar (ultrapassada pelo salmão); Camuflagem – forma mais comum de defesa e ataque dos peixes; Comunidade – referência ao cardume; Eletricidade – o que as enguia usam para navegar; Superstições – criações humanas à volta dos peixes.

B. 1 e 2 Grelha 3 (para tomada de notas) GUIÃO DE VISIONAMENTO DE DOCUMENTÁRIO

Tema e subtema(s)

Referências ao ciclo de vida

Relação do tema com as ações / atividades humanas

Importância dos sentidos, sensações relativos ao tema

Listagem de espécies e/ou subespécies mencionadas

Aspetos conseguidos

Avaliação da exposição oral Aspetos críticos

Sugestões Metodológicas | Com textos 11

Grelha 3 (com proposta de correção) GUIÃO DE VISIONAMENTO DE DOCUMENTÁRIO

Tema e subtema(s)

Tema: o mundo dos peixes Subtema(s): o ciclo de vida do salmão / quantidade de peixes constituição, movimento e coloração dos peixes peixes de mar e/ou de rio / ataque e defesa dos peixes cardume e suas vantagens / os sentidos dos peixes a cooperação entre os peixes / fonte de alimento superstições relacionadas com os peixes regresso do salmão ao rio / regeneração do ciclo de vida Signo do Zodíaco (renascimento, regeneração)

Referências ao ciclo de vida

Vida do salmão como uma viagem épica (nascimento em águas correntes pouco profundas; passagem do rio à sua foz e depois ao oceano; regresso, passados alguns anos, ao local de nascimento, onde, depois de procriar, se deixa morrer) Ovos simbolizando o aparecimento de um novo ciclo de vida Fonte de alimentação do Homem (condiciona a vida de algumas tribos da costa americana)

Relação do tema com as ações / atividades humanas

Fonte de superstições (face a comportamentos ligados a rotinas, face a crenças em poderes curativos de alguns peixes) Fonte de lendas nas quais os peixes desempenham papel principal Modelo a ser imitado pelo aspeto exterior (escamas), como proteção ou estilo de moda Modelo a ser imitado em mecanismos aerodinâmicos, pelo seu movimento escoliante Mundo vasto, estranho e espetacular dos peixes Criaturas mais extraordinárias e variadas entre as espécies de seres vivos Revestimento com todas as cores conhecidas Animais com o crescimento mais rápido desde que saem dos ovos até à idade adulta Tamanhos muito diversificados Forma aerodinâmica

Importância dos sentidos, das sensações relativos ao tema

Proteção do corpo por escamas Posse (na sua maioria) de uma excelente visão Orientação frequente por capacidade auditiva Posse de formas de linguagem, manifestadas através de ruídos (ainda que inaudíveis ao Homem) Proteção através do processo de camuflagem e do movimento em cardume Vivência (alguns) em sistema cooperativo Movimentos em diversos (e extremados) graus de velocidade

Listagem de espécies e/ou subespécies mencionadas

Peixes/Aves/Répteis/Anfíbios/Mamíferos Salmão/Arenque/Góbio pigmeu anão/Baleia-tubarão/Cavalo-marinho/Peixes-facas/ Dorso-tonto/Enguia/Scorpaena/Bodiões/Camarão alfeídeo/Tenca/Esturjão

Aspetos conseguidos

Avaliação da exposição oral

Aspetos críticos

(Em função dos registos produzidos, a partir de critérios totais / parciais indicados no manual: páginas 98-99 – Exposição oral)

(Em função dos registos produzidos, a partir de critérios totais / parciais indicados no manual: páginas 98-99 – Exposição oral)

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Com Textos 11 | Livro do Professor

Práticas da Língua (pág. 30) A.2 (proposta de correção) Ricardo Oliveira Avenida do Brasil, nº 45 4900-051 Viana do Castelo BuyCar, Lda Avenida 1º de Maio, nº 5 4900-220 Viana do Castelo ASSUNTO: Compra de veículo com deficiências Exmos Senhores, À data de 12 de novembro de 2010, adquiri no vosso estabelecimento comercial, denominado BuyCar e localizado na Avenida 1º de Maio, número 5, um automóvel de marca Mobile Fast, conforme fatura número 123451/03, da qual anexo fotocópia. Todavia, dois meses após a compra, verifico que o carro não está a funcionar nas devidas condições, pois o sistema de travões não se revela eficaz nem a direção se encontra afinada. Deste modo, venho, pela presente carta, a) denunciar os defeitos mencionados, solicitando que V. Ex.as se dignem mandar repará-los no prazo de dez dias, dado que ainda mantenho o interesse na aquisição feita; ou b) solicitar a V. Ex.as a troca do veículo por um outro de que disponham no vosso stand; ou c) rescindir o contrato celebrado com V. Ex.as. Mais informo que procederei à devolução da viatura, assim seja tomada essa decisão, mediante a restituição do montante pago. Entretanto, aguardarei, durante o prazo supramencionado, uma resposta de V. Ex.as, após o qual, de imediato, farei uso dos mecanismos legais disponíveis para o efeito. Sem mais de momento e com os melhores cumprimentos, subscrevo-me. Atenciosamente Viana do Castelo, 15 de janeiro de 2011

Ricardo Oliveira

Sugestões Metodológicas | Com textos 11

Escrever (pág. 33) A. (estrutura da carta de reclamação – cf. também a proposta anterior) Nome do remetente Morada completa do remetente Contacto telefónico (caso pretenda contacto rápido)

Nome do destinatário Morada completa do destinatário

ASSUNTO: Indicação (resumida) da reclamação

Vocativo, (seleção da forma de tratamento adequada)

Corpo do texto com . antecedentes: apresentação breve dos factos que motivam a reclamação . caracterização da situação atual: o objeto da reclamação . solicitação decorrente da reclamação formulada . fórmula de fecho da carta

Localidade e data Assinatura ANEXOS: enumeração dos documentos / comprovativos a anexar

Critérios de sucesso para a produção de uma carta de reclamação: • Identificação do remetente (emissor da carta) e do destinatário (recetor da carta); • Localização do ato de envio: localidade e data (antes da indicação do assunto ou depois do fecho da carta, antes da assinatura); • Exposição clara do(s) antecedente(s) e do(s) motivo(s) da reclamação; • Solicitação do que é pretendido; • Referência a documentos em anexo (caso seja necessário); • Fórmula de fecho e assinatura.

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Com Textos 11 | Livro do Professor

Ouvir/Falar (pág. 36) B. 1 e 2 Registo escrito do suporte áudio (Abertura com genérico de notícias, a dar lugar a transmissão de comunicado por uma locutora) Solicita-se especial atenção para um comunicado de última hora. Segundo dados apurados até ao momento, encontra-se perdido, num estabelecimento de ensino português, um exemplar de A cidade e as serras. Na mencionada obra narra-se a experiência de Jacinto de Tormes, que deixa o seu modo de vida elitista, tecnologicamente evoluído e afrancesado para se confrontar com o que a natureza lhe pode oferecer na sua terra natal, situada na zona norte portuguesa. Trata-se de uma publicação póstuma, da autoria de José Maria Eça de Queirós. Contemplada entre os livros a ler na modalidade de Contrato de Leitura, a narrativa em causa foi retirada da estante da biblioteca escolar para circular nos corredores do estabelecimento de ensino, junto aos seus potenciais leitores: alunos do ensino secundário. Há forte previsibilidade de ela poder ser encontrada num dos pontos de passagem da escola em causa. Informa-se, assim, os ouvintes que será atribuída uma recompensa a quem der provas ou informações acerca do paradeiro desta publicação queirosiana desaparecida. (Fecho com genérico de notícias) Grelha para eventual distribuição e tomada de notas aquando da escuta ativa TÓPICOS

Atividade escolar mencionada

Autor português referido

Contrapartida(s) do ouvinte

Género textual apresentado

Ideia-chave transmitida

ORDENAÇÃO

TOMADA DE NOTAS

Sugestões Metodológicas | Com textos 11

Grelha para eventual distribuição e tomada de notas aquando da escuta ativa TÓPICOS

ORDENAÇÃO

TOMADA DE NOTAS

Atividade escolar mencionada

4

Modalidade de Contrato de Leitura

Autor português referido

3

José Maria Eça de Queirós

Contrapartida(s) do ouvinte

5

Recompensa a quem souber do paradeiro da obra perdida

Género textual apresentado

1

Comunicado

Ideia-chave transmitida

2

Exemplar de (A cidade e as serras) perdido numa escola portuguesa

Ler (pág. 37) A.1, B.1-2 Grelha para eventual distribuição e tomada de notas aquando do trabalho de grupo COMUNICADOS Tomada de notas

Tópicos de análise Comunicado 1 Entidade interessada na emissão

Destinatário(s)

Tempo da publicação

Tempo aludido Contexto situacional que motiva o comunicado

Comum

Caracterização em termos de mecanismos linguísticos

Específico

Objetivo(s) do comunicado

Comunicado 2

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Com Textos 11 | Livro do Professor

Proposta de correção para confronto de conclusões COMUNICADOS Tomada de notas

Tópicos de análise

Comunicado 2

Comunicado 1 Empresa Titan Leme, SA

Lusoponte (Lisboa)

Destinatário(s)

Corporações de bombeiros específicas, corpo de bombeiros interno, população solidária

Automobilistas que utilizam os acessos do IC2 e da Praça José Queirós à Ponte Vasco da Gama

Tempo da publicação

11 agosto 2010 (quarta)

13 outubro 2010

Tempo aludido

6 de agosto 2010 (sexta)

13-14 de outubro 2010 (entre as 22 e as 7 horas)

Contexto situacional que motiva o comunicado

Incêndio que deflagrou nas instalações da Maia

Condicionamento de acessos à Ponte Vasco da Gama, para reabilitação de pavimentos

Objetivo(s) do comunicado

Agradecimento / homenagem pública aos que auxiliaram no combate ao incêndio

Encerramento de acessos viários, mais solicitação e agradecimento para compreensão da situação

Específico

Entidade interessada na emissão

Caracterização em termos de mecanismos linguísticos

Comum

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• Marca de primeira pessoa no plural (ato expressivo de agradecimento; ato compromissivo final)

• Marca temporal de futuro (associado ao alerta, aviso de que o comunicado se reveste – cf. auxiliar ser da passiva e o particípio passado do verbo encerrar)

• Designação do género textual (Comunicado) • Recurso a nomes próprios e a maiusculizações • Definitivações • Referências espaciais/temporais • Frases de tipo declarativo • Predomínio da terceira pessoa gramatical • Linguagem denotativa

Atividade de complemento, apoiada na apresentação de outros comunicados. Comunicado A – um exemplo de comunicado relacionado com reclamação/contestação/retratação. – um exemplo a trabalhar em termos de reescrita para: a) evitar frases extensas (no máximo com cerca de 2/3 linhas); b) pontuar convenientemente (eliminando as vírgulas incorretas do original); c) eliminar repetições desnecessárias; d) paragrafar e formatar texto.

Sugestões Metodológicas | Com textos 11

+ Escrever uma nota

COMUNICADO por Ensitel a terça-feira, 28 de dezembro de 2010 às 17:37

A Ensitel, Lojas de Comunicações, S.A. (“Ensitel”) está a ser confrontada com um conjunto de declarações divulgadas através das redes sociais

Facebook e Twiter, decidindo por isso, apresentar o seguinte breve esclarecimento: A “Ensitel” não põe minimamente em causa qualquer tipo ou forma de liberdade de expressão, mas repudia, rejeita e não aceita ser alvo de uma autêntica campanha difamatória, assente em factos absolutamente falsos que têm como único intuito denegrir a imagem e boa reputação que a “Ensitel” construiu ao longo de 21 anos, apenas porque o cliente não se conformou com uma decisão judicial que lhe foi desfavorável. Nestes 21 anos de existência, os clientes têm sido e continuarão a ser o maior valor da Ensitel, garantindo a mesma, que todos os seus direitos são preservados e salvaguardados. A Administração

Facebook (última consulta a 08 de março de 2011)

Comunicado B – um exemplo de comunicado relacionado com solicitação. – um exemplo a trabalhar em termos de reescrita para; a) evitar frases extensas (no máximo com cerca de 2/3 linhas); b) pontuar convenientemente (eliminando uma vírgula incorreta no original e assinalando outras possíveis); c) trabalhar léxico e sinonímia (propondo alternativas para os seguintes termos: manifestou, associem, disponibilizar, diferenciadas, apelamos, efetivo, donativo, efetuar, idoneidade, vocacionadas, requeridas, apoio); d) rever a ortografia.

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Com Textos 11 | Livro do Professor

C.N.O.P.

CONSELHO NACIONAL DAS ORDENS PROFISSIONAIS

COMUNICADO Solidariedade para com o Povo do Haiti Na sua reunião do dia 14 de janeiro de 2010, o Conselho Nacional das Ordens Profissionais (CNOP) manifestou o seu pesar pelas vítimas do sismo no Haiti e a sua solidariedade para com as famílias, os sobreviventes e o Povo do Haiti em geral. Decidiu ainda o CNOP apelar aos Membros das Ordens que integram este Conselho para que se associem à ação de solidariedade que promove. De facto, o CNOP pode disponibilizar um conjunto de meios e especialidades de apoio muito diferenciadas, já que dele fazem parte as seguintes Ordens Profissionais: Advogados, Arquitetos, Biólogos, Economistas, Enfermeiros, Engenheiros, Farmacêuticos, Médicos, Médicos Dentistas, Médicos Veterinários, Notários, Revisores Oficiais de Contas e Solicitadores. Apelamos aos Membros das Ordens Profissionais que manifestem o seu apoio efetivo, através de donativo, que poderão efetuar com facilidade mediante a rede Multibanco, utilizando: Opção “Pagamento de Serviços” Entidade: 20 909 Referência: 909 909 909 O donativo será feito diretamente para a conta da AMI, entidade de reconhecida idoneidade e presente no terreno da catástrofe. O Conselho Nacional das Ordens Profissionais (CNOP) manifesta também ao Governo português e às ONG vocacionadas para o apoio a este tipo de calamidade, a sua disponibilidade para, entre os seus Membros e conforme as especialidades requeridas, poder encontrar formas de apoio em regime de voluntariado para situações concretas. 14 de janeiro de 2010 O Presidente do Conselho Geral Fernando Ferreira Santo

O Presidente da Comissão Executiva Carlos Pereira Martins

Público (publicação de 25 de janeiro de 2010)

Sugestões Metodológicas | Com textos 11

Ouvir/Falar (pág. 39) A. (tabela para fotocopiar e distribuir entre os observadores, com vista à tomada de notas e posterior avaliação crítica da oralidade) GRELHA DE AVALIAÇÃO DO DISCURSO ORAL (Expressão oral de um comunicado)

Articulação correta dos sons

Entoação adequada

Confiante frente ao auditório

Liberta de suportes

Gramaticalmente correto

2

2

1

1

2

2

2

1

1

2

2

Total

Tom de voz audível

2

Logicamente articulado

Diversificado (não repetitivo)

Discurso

Apropriado

Postura

Adequação das provas

Aspetos sonoros

Qualidade informativa

Vocabulário

Quantidade informativa

Comunicadores (alunos)

Conteúdo

20

43

44

Com Textos 11 | Livro do Professor

Avaliar Competências (pág. 47) Lista de verificação do guião de avaliação para a produção de um resumo SIM Antes de redigir o resumo: • Foi feita uma leitura atenta do texto-fonte. • Sublinharam-se as ideias/os factos/os segmentos principais. • Dividiu-se o texto-fonte nas suas partes e subpartes. • Assinalou-se a rede vocabular e/ou as expressões-chave tematicamente relevantes. • Destacaram-se os articuladores necessários à progressão textual do original. • Atribuiu-se um título a cada uma das (sub)partes do texto-fonte. • Suprimiram-se/reduziram-se: a) repetições e/ou expressões redundantes; b) citações; c) exemplificações ou sequências explicativas; d) condições, componentes ou sequências implicadas noutras referências textuais; e) interjeições ou marcas apreciativas; f) pormenores e adjetivações supérfluas; g) perífrases e pleonasmos. • Construiu-se um plano/esquema, respeitando a sequência de informação do texto-fonte.

Ao redigir o resumo: • Obedeceu-se à ordenação da informação do plano/esquema construído anteriormente. • Não foram alterados os dados informativos do texto-fonte. • Diversificou-se a linguagem face ao texto-fonte: a) excluindo-se transcrições ou cópias/colagens relativamente ao texto original; b) substituindo-se sequências de termos específicos por outros de âmbito mais genérico; c) alterando-se expressões por termos mais económicos; d) retomando palavras/expressões por anafóricos; e) transformando sequências textuais/frásicas amplas ou complexas em sinónimas mais reduzidas (nominalizações, adjetivos em vez de sequências relativas, …). • Mantiveram-se as relações lógicas do texto-fonte. • Mantiveram-se as características enunciativas, discursivas do texto-fonte. • Excluíram-se intromissões pessoais (comentários, opiniões, apreciações, julgamentos). • Respeitaram-se as regras da correção escrita (pontuação, acentuação, ortografia, sintaxe). No final da redação do resumo: • Evitou-se a colagem do resumo ao texto-fonte. • Respeitou-se o limite de palavras solicitado (normalmente um terço do texto-fonte). • Reviu-se a coerência do texto de chegada (articulação lógica das ideias, manutenção da opção no registo discursivo: primeira pessoa/terceira pessoa). • Corrigiram-se lacunas a nível de: a) pontuação; b) ortografia e acentuação; c) sintaxe; d) seleção vocabular.

NÃO

Sugestões Metodológicas | Com textos 11

Testar (avaliação formativa) (págs. 50-51) A. 1.1. a) 1.2. c) 1.3. b) 2.1.1. Entre os emissores das opiniões, contam-se Rita, o Dr. António Manuel Diogo de Paiva, representantes da Apple, e a psicóloga Maria João Sousa e Brito. 2.1.2. Dois dos conselhos formulados podem ser os seguintes: não permanecer muito tempo em ambientes como discotecas – fechados e com ruído muito intenso; baixar o volume quando não se consegue ouvir os que estão mais próximos. 2.1.3. A expressão, da autoria da empresa Apple, transmite a ideia acerca da atitude ideal a tomar por cada portador desse tipo de aparelhos: ser responsável, ter sensatez na ativação do volume do som. 2.2.1. A psicóloga defende o uso destes aparelhos, na medida em que estes representam e promovem um novo meio de comunicação entre os jovens através da música, com a vantagem de esta última ser acessível, barata e disponível. 2.2.2. Resposta de natureza livre (mas condicionada à apresentação de argumentação concordante com a opinião apresentada). 2.3. A utilização das letras maiúsculas visa realçar o segmento e, simultaneamente, a utilização de uma expressão frequentemente utilizada entre os jovens, ao referirem-se a situações, episódios do seu dia a dia. Será uma forma de introduzir um acontecimento que tem como protagonistas elementos que se integram nesse grupo e utilizam, certamente, a mesma gíria. B. 1. 1c / 2h / 3a / 4i / 5d / 6b 2.1. Como se expõem ao ruído intenso, muitos jovens queixam-se de zumbidos nos ouvidos. 2.2. A vírgula marca a presença de um vocativo no final da frase (“… , Dona Rita”). C. Os critérios de correção da atividade escrita proposta passam pela consideração dos seguintes itens: • a obediência à linha temática proposta (alerta para a “responsabilidade auditiva”), bem como os tópicos/ as funções sugeridos (informação do artigo/previsível informação da Apple); • o respeito pelo género de texto proposto (comunicado); • a extensão quanto ao limite de palavras (80-120 palavras); • a correção da escrita (coerência de informação, estruturação do texto, sintaxe, seleção vocabular, pontuação, acentuação, ortografia) • enquadramento dos erros ortográficos, entre outros, nos indicadores seguintes: a) ausência, colocação errada ou desenho ambíguo do acento; b) troca de acento grave por agudo, ou do til por circunflexo, etc.; c) incorreta translineação de palavras; d) ausência de duplo hífen na translineação de palavras que já contenham hífen; e) incorreta utilização de maiúscula e de minúscula; f) utilização incorreta de grafemas.

45

46

Com Textos 11 | Livro do Professor

Sequência 2: Com Textos para Argumentar

Ouvir/Falar (pág. 54) Grelha 1 (para apreciação crítica dos discursos simulados) REGISTOS PARA APRECIAÇÃO CRÍTICA DOS DISCURSOS SIMULADOS Aluno(a) Aspetos conseguidos

Aspetos a aperfeiçoar

Aluno(a) Aspetos conseguidos

Aspetos a aperfeiçoar

Aluno(a) Aspetos conseguidos

Aspetos a aperfeiçoar

Aluno(a) Aspetos conseguidos

Aspetos a aperfeiçoar

Sugestões Metodológicas | Com textos 11

Ler/Antes de Ler (pág. 68) Grelha 1 (para distribuição e tomada de notas decorrentes da exposição de dados sobre o Barroco) BARROCO Exposição da pesquisa

Dados acrescentados em aula

Periodização temporal Traços de expressão artística Mentalidade do Homem Personalidades marcantes

Grelha 1 (proposta de correção, segundo dados previsíveis de pesquisa/recolha) BARROCO Exposição da pesquisa Periodização temporal

Traços de expressão artística

Mentalidade do Homem

Personalidades marcantes

Dados acrescentados em aula

Sécs. XVI-XVIII ânsia do movimento e busca do infinito arte da retórica e da oratória complexos traçados geométricos (curvas, contracurvas, arcos quebrados) contrastes luminosos cultismo e conceptismo exuberância decorativa gosto pelo teatral horror ao vazio imponência dos palácios e das catedrais jogos de luz e de espelhos recusa do mundo e retiro religioso recurso à máscara saturação e exuberância estilística consciência da efemeridade e transitoriedade da vida consolidação das grandes monarquias absolutistas contrarreforma da igreja católica cultivo do medo do inferno fragilidade humana face à morte frivolidade e afetação no jogo das aparências ostentação do luxo progressos científicos tensão de opostos: entre o gozo da vida e a consciência da morte Caravaggio (pintor italiano) D. Francisco Manuel de Melo (escritor português) Gian Lorenzo Bernini (arquiteto e escultor italiano) Luís de Gôngora (escritor espanhol > Gongorismo) Nicolau Nasoni (arquiteto italiano) Padre António Vieira (orador português) Peter Paul Rubens (pintor flamengo) Rei Louis XIV de França Velásquez (pintor espanhol)

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Com Textos 11 | Livro do Professor

Ouvir/Falar (pág. 70) A.1

Grelha 1 (para distribuição e resolução decorrente da exibição fílmica e da instrução formulada)

Arte prédica

Crítica

Persuasão

Oralidade

Publicidade

Atualidade

Púlpito

Sequência de imagens

Sermão

ARGUMENTAR COM VIEIRA Espiritualidade

48

“Lenda de S. Francisco e o Sermão aos Pássaros” Santo António prega aos peixes de Rimini Prédica diante de Honório III Pregação de S. João Batista Orador prega no púlpito Um sacerdote prega Pregação de Pe. António Vieira S. João prega no deserto O Sermão da Montanha Azulejo com São Cláudio Sto. António a pregar aos peixes “Jesus Consumidor” “Paz Armada” “Arremessador de Flores” “Extremos” (‘Nostalgias’) “Camuflagem” (‘Nostalgias’) Cartaz AMI

• Assinale com (+) ou (-), conforme considere a presença/ausência de indicadores para a relação do termo no topo com as imagens indicadas à esquerda.

Sugestões Metodológicas | Com textos 11

Grelha 1 (proposta de correção para confronto de opiniões) ARGUMENTAR COM VIEIRA Sequência de imagens

EspirituaSermão Púlpito lidade

Atualidade

Publicidade

Oralidade

PersuaArte Crítica são prédica

“Lenda de S. Francisco e o Sermão aos Pássaros”

+

+

-

+

-

+

+

-

+

Santo António prega aos peixes de Rimini

+

+

-

+

-

+

+

+

+

Prédica diante de Honório III

+

+

-

-

-

+

+

-

+

Pregação de S. João Batista

+

-

-

-

-

+

+

-

+

Orador prega no púlpito

+

+

+

-

-

+

+

-

+

Um sacerdote prega

+

+

+

-

-

+

+

-

+

Pregação de Pe. António Vieira

+

+

+

-

-

+

+

-

+

S. João prega no deserto

+

+

-

-

-

+

+

+

+

O Sermão da Montanha

+

+

-

-

-

+

+

-

+

Azulejo com São Cláudio

+

+

+

-

-

+

+

-

+

Sto. António a pregar aos peixes

+

+

-

-

-

+

+

-

+

“Jesus Consumidor”

-

-

-

+

-

-

+

+

-

“Paz Armada”

+

-

-

+

-

-

+

+

-

“Arremessador de Flores”

+

-

-

+

-

-

+

+

-

“Extremos” (‘Nostalgias’)

+

-

-

+

-

-

+

+

-

“Camuflagem” (‘Nostalgias’)

+

-

-

+

-

-

+

+

-

Cartaz AMI

+

-

-

+

+

-

+

+

-

Ler (pág. 73) Proposta de aferição de leitura, na base de uma produção escrita, na qual o professor apresenta/dita/projeta/fotocopia uma mancha gráfica de texto; solicita que cada parágrafo tenha um mínimo de linhas, por exemplo quatro-cinco; requer que os alunos evidenciem dados comprovativos da leitura atenta do texto Inicialmente produzido por via oral e só depois passado a escrito, o Sermão de Santo António foi construído por Padre António Vieira à luz do que as vivências de um jesuíta seiscentista inspiraram. Dirigindo o discurso aos peixes, enquanto metáfora de homens, toda uma atitude crítica se faz sentir neste exemplo de arte prédica. Referindo-se ao episódio bíblico de Jonas, o orador…

O peixe de Tobias serve para Vieira…

Já no caso do Roncador,…

Entre os seres mais criticados na obra, surge…

Em jeito de conclusão, pode afirmar-se que, com este sermão, Padre António Vieira…

49

Com Textos 11 | Livro do Professor

Ouvir/Falar (pág. 71) Tabela para fotocopiar e distribuir entre avaliadores, com vista à tomada de notas e posterior avaliação crítica da leitura expressiva GRELHA DE AVALIAÇÃO DA LEITURA EXPRESSIVA

Fluência do discurso

Articulação correta dos sons

Expressividade facial

Contacto visual

Gesticulação

Respeito pela integridade de sequências

Diferenciação de segmentos textuais

3

2

2

3

3

1

1

1

2

2

Total

Gestão das pausas

Texto

Intensidade (audível)

Atitude/Movimento

Entoação expressiva

Voz

Comunicadores (alunos)

50

20

Sugestões Metodológicas | Com textos 11

Ler (págs. 75, 78, 80, 84) A. (tabela para fotocopiar e distribuir entre os observadores, com vista à tomada de notas e à posterior avaliação crítica da oralidade) GRELHA DE AVALIAÇÃO DO DISCURSO ORAL (Expressão oral de um comunicado)

Tom de voz audível

Articulação correta dos sons

Entoação adequada

Confiante frente ao auditório

Liberta de suportes

Gramaticalmente correto

Logicamente articulado

2

2

2

1

1

2

2

2

1

1

2

2

Total

Diversificado (não repetitivo)

Discurso

Apropriado

Postura

Adequação das provas

Aspectos sonoros

Qualidade informativa

Vocabulário

Quantidade informativa

Comunicadores (alunos)

Conteúdo

20

51

Com Textos 11 | Livro do Professor

Escrever (pág. 87) B.1 (proposta de correção/preenchimento do esquema, para confronto com a dos alunos) Sermão de Santo António (1654) Padre António Vieira Introdução

CONCEITO PREDICÁVEL (frase, máxima inspiradora e simbólica a desenvolver pelo orador):

Cristo > Pregadores (apóstolos)

“Vos

Pregadores

Pe. A. Vieira > Peixes (homens)

terrae”

Homens (que

Sociedade

Quem? Roncadores; Pegadores; Voadores; Polvo Razões: Altivez, presunção, arrogância, soberba; oportunismo, subserviência; ambição, ousadia, capricho; hipocrisia, traição, malícia

II

Em geral

Quem? Peixes (por se comportarem tal como os homens) Razões: O facto de se comerem uns aos outros, os maiores comerem os mais pequenos (antropofagia social), deixarem-se levar pela ganância e pela vaidade

III

Em particular

Quem? Peixe de Tobias; Rémora; Torpedo; Quatro-olhos Razões: O azedume que cura as cegueiras, o sentimento (bom coração); força, persistência; faz t(r)emer o pe(s)cador; vive na terra lembrando que há céu

IV

Em geral

Quem? Peixes, mais o que salvou Jonas Razões: Obediência, quietação, atenção; retiro; permitiu que Jonas chegasse vivo à terra

Em particular

REPREENSÕES

METÁFORA

Atenção ao tracejado descontínuo (aqui e no manual)

“…, irmãos peixes,…”

LOUVORES

Desenvolvimento

Recetor

Purificação

Objetivo da invocação: Solicitação da graça (inspiração) para elaborar um sermão sobre um assunto desagradável: a corrupção na terra

Recetor: Ave Maria

Exposição

sal

St. António > Peixes (homens)

Invocação

Confirmação

estis

V

Exórdio

Mateus > Pregadores (cristãos)

I

Emissor(es)> Recetor(es)

pretendem salvar-se)

COMPONENTES GERAIS DE UM TEXTO

VI

…, (meus) peixes,…

CAPÍTULOS

Recetor:

Como? Argumentação face à desconsolação dos peixes, afirmando a superioridade destes; desejo de ser peixe e não pecador; louvor a Deus; tópico final da (falsa) modéstia PERCURSO LÓGICO

Conclusão

TÓPICOS

Peroração

“Com esta última advertência vos despido ou me despido de vós”

PARTES DE UM SERMÃO

52

DADOS TEXTUAIS / EXCERTOS

Sugestões Metodológicas | Com textos 11

Práticas da Língua (pág. 88) A.1-3 (extensão de atividades na base do trabalho de marcas deíticas)

Atividade Complementar 1. Atentar nos segmentos transcritos do Sermão de Santo António. EXCERTO 1:

“Descendo ao particular, direi agora, peixes, o que tenho contra alguns de vós. E começando aqui pela nossa costa: no mesmo dia em que cheguei a ela, ouvindo os Roncadores e vendo o seu tamanho, tanto me moveram o riso como a ira.” (cap. V)

EXCERTO 2:

“Com esta última advertência vos despido, ou me despido de vós, meus peixes. E para que vades consolados do sermão, que não sei quando ouvireis outro, quero-vos aliviar de uma desconsolação mui antiga, com que todos ficastes desde o tempo em que se publicou o Levítico.” (cap. VI)

1.1. Completar o esquema fornecido na página seguinte com as marcas linguísticas deíticas apresentadas nos segmentos.

53

54

Com Textos 11 | Livro do Professor

MARCAS DEÍTICAS Pessoais

Espaciais

Temporais

marcam o papel dos participantes numa situação de produção de discurso, tendo o enunciador como marco de referência (o ‘eu’)

marcam a localização construída a partir da situação local de produção do discurso (o ‘cá/aqui’)

marcam a localização construída a partir do momento de enunciação (o ‘agora’)

Sugestões Metodológicas | Com textos 11

Proposta de correção MARCAS DEÍTICAS Pessoais

Espaciais

Temporais

marcam o papel dos participantes numa situação de produção de discurso, tendo o enunciador como marco de referência (o ‘eu’)

marcam a localização construída a partir da situação local de produção do discurso (o ‘cá/aqui’)

marcam a localização construída a partir do momento de enunciação (o ‘agora’)

Excerto 1

Excerto 1

Excerto 1

• Forma verbal: “direi” (< eu)

• Advérbio: “aqui” (costa junto a S. Luís de Maranhão, local onde foi produzido o sermão)

• Forma verbal: “direi” (futuro – posterioridade, anúncio do que vai ser feito)

• Forma verbal: “tenho” (< eu) • Pronome pessoal: “vós” • Determinante possessivo: “nossa” • Forma verbal: “cheguei” (< eu) • Forma elíptica das construções não finitas gerundivas: “ouvindo” (< eu), “vendo” (< eu) • Pronome pessoal: “me”

Excerto 2

• Advérbio: “agora” (entre a deixis temporal associada ao ato enunciativo e a deixis textual associada a um momento textual distinto do anterior: o das repreensões em geral) • Forma verbal: “tenho” (simultaneidade ao ato enunciativo) • Forma verbal: “cheguei” (anterioridade face ao instante de produção do discurso)

• Pronome pessoal: “vos” • Forma verbal: “despido” (< eu)

Excerto 2

• Pronome pessoal: “me”

• Forma verbal: “despido” (simultaneidade face ao ato enunciativo)

• Pronome pessoal: “vós” • Determinante possessivo: “meus” • Vocativo: “…, meus peixes,…” • Forma verbal: “vades” (< vós) • Forma verbal: “sei” (< eu) • Forma verbal: “ouvireis” (< vós) • Forma verbal: “quero” (< eu) • Forma verbal: “ficas-tes” (< vós)

• Forma verbal: “vades” (simultaneidade face ao ato enunciativo) • Forma verbal: “ouvireis” (posterioridade face ao ato enunciativo) • Forma verbal: “quero” (simultaneidade face ao ato enunciativo) • Forma verbal: “ficas-tes” (anterioridade face ao ato enunciativo) • Expressão adverbial: “Desde o tempo em que se publicou o Levítico,…” (associada à anterioridade atrás mencionada, implicitamente pressupondo a expressão “até hoje/ agora”)

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56

Com Textos 11 | Livro do Professor

Avaliar Competências (pág. 97) Lista de verificação do guião de avaliação para a produção de um texto argumentativo GUIÃO DE AVALIAÇÃO NA PRODUÇÃO DE UM TEXTO ARGUMENTATIVO Antes de redigir o texto: • parti de uma ideia-chave, um enunciado-conclusão a abordar.................................................................................................. • considerei o objetivo da argumentação.......................................................................................................................................... a) confirmar ou aceitar a ideia-chave fornecida ........................................................................................................................... b) refutar ou rebater a ideia-chave fornecida................................................................................................................................ c) convencer alguém sobre uma ideia-chave a apresentar ........................................................................................................ d) apresentar uma dissertação sobre a ideia-chave (tese) ......................................................................................................... • decidi quem seria o recetor do texto .............................................................................................................................................. • optei pela forma de tratamento a adotar para com esse recetor: a) não marcada no texto .................................................................................................................................................................... b) marcada no texto (implicando-o no discruso) .......................................................................................................................... • associei o tópico, a ideia-chave a palavras, ideias, conhecimentos, experiências ................................................................. • listei um conjunto de argumentos que sustentam/refutam a tese abordada ........................................................................... • agrupei esquematicamente os dados anteriormente considerados .......................................................................................... • previ os argumentos que podiam contrariar a tese...................................................................................................................... • encontrei fundamentação para uma reação pessoal a esses argumentos............................................................................... • obtive uma primeira conclusão em função dos argumentos e raciocínios considerados ..................................................... À medida que o redigi: • não me afastei da ideia-chave e do tipo de arguentos selecionados ........................................................................................ • tive a preocupação de expor a ideia-chave (tese) num primeiro parágrafo............................................................................. • concretizei os argumentos aduzidos (exemplos, provas, asserções) ....................................................................................... • organizei os argumentos/contra-argumentos de acordo com uma ordenação: a) hierárquica (do argumento menos forte para o mais forte, ou o contrário)........................................................................ b) de raciocínios lógicos (causa-efeito/consequência, antecedente-consequente, adição, sequencialização temporal, oposição) ......................................................................................................................................................................................... • utilizei conetores/articuladores adequados: a) ao tipo de raciocíno adotado ........................................................................................................................................................ b) ao relevo .......................................................................................................................................................................................... c) à sequencialidade da informação planificada............................................................................................................................ • evitei ideias vagas ou abstratas, contra-sensos, incongruências.............................................................................................. • atentei nas pessoas gramaticais utilizadas (a primeira, para argumentos mis pessoais; a terceira, para os de naturezaq genéric ou fonte indeterminada)................................................................................................................................... • utilizei predominantemente os modos e tempos verbais da atualidade e factualidade (força argumentativa necessária à validação dos argumentos e da tese) ...................................................................................................................... • construí uma conclusão (condensando os argumentos utilizados; adiantando uma interpretação pessoal do tópico ou ideia-chave; citando exemplo, autoridade, formulando uma questão) ...................................................................................... No final da produção escrita: • verifiquei a disposição lógica e ordenada do texto....................................................................................................................... • evitei períodos longos........................................................................................................................................................................ • consegui revelar seleção e variedade vocabular .......................................................................................................................... • atentei na correção linguística a nível: a) da ortografia.................................................................................................................................................................................... b) da acentuação................................................................................................................................................................................. c) da pontuação................................................................................................................................................................................... d) da construção sintática .................................................................................................................................................................

SIM

NÃO

Sugestões Metodológicas | Com textos 11

Testar (avaliação formativa) (págs. 102-103) A.

1. A expressão “língua de António” diz respeito à oratória produzida por Santo António. 2. O parêntesis, nessa linha, dá conta de um comentário do orador relativamente ao vício da soberba. Esta última é identifcada com o vento por não ser dignificante para o Homem. Trata-se de algo passageiro, volátil, que não contribui para a verdadeira felicidade humana. 3. As naus referidas, pelos nomes que têm, são a concretização dos vícios humanos. Neste sentido, são alegorias, pois são encaradas como os pecados, os defeitos que os homens transportam na terra marcada pela corrupção. 4. O destinatário do discurso aparece literalmente identificado com os peixes, conforme se pode verificar com o vocativo que abre o segundo parágrafo (“…, peixes,…), além do determinante possessivo (“vosso grande pregador”). 5. “se porque agora está muda (posto que ainda se conserva inteira), se vêem e choram na terra tantos naufrágios” 6. O excerto transcrito situa-se na parte da exposição-confirmação, relativa aos louvores formulados em particular (capítulo III). Conforme se lê no excerto, o orador menciona a rémora e o torpedo, espécies que são representativas do bom exemplo a seguir pelos homens. Daí falar-se em “este vosso louvor”, ao qual Vieira se refere com inveja (enquanto homem e pecador que é). 7. 1. Padre António Vieira, ao referir-se ao pregador dá conta dos vícios de um peixe que sobrevive à custa daqueles a que se pega. Pelo parasitismo e oportunismo que o caracterizam é o reflexo dos homens que se comportam de igual modo, na inconsciência de que, assim que morrer aquele a quem se pega, não terá a autonomia necessária. Na preguiça e na dependência em que se coloca, nunca terá meios de subsistir. B. 1. 1k/ 2f / 3j / 4g / 5i / 6a 2.1. Ambos estes peixes conhecemos cá mais de fama que de vista; porém, isto têm as virtudes grandes. 2.2. Conector condicional (se) e conector aditivo (e).

C. Sugestão de uma proposta de planificação do texto INTRODUÇÃO 1. Anúncio da relação do provérbio com o sermão (ambos apontam para males humanos, metaforicamente). DESENVOLVIMENTO Primeiro argumento: O Homem não segue os valores virtuosos. a) um exemplo: os corruptos que abusam do poder que têm e enriquecem, prejudicando outros. Segundo argumento: a perseguição dos que revelam ideias avançadas. b) um exemplo: Padre António Vieira perseguido pela Inquisição. CONCLUSÃO 1. Confirmação do provérbio, atualidade do pensamento de Vieira. Os critérios de correção da atividade escrita proposta passam pela consideração dos seguintes itens: • a obediência à linha temática proposta (relação sermão-provérbio), bem como os tópicos/as funções sugeridos (males do passado, males contemporâneos; dois argumentos; dois exemplos); • o respeito pelo género de texto proposto (texto argumentativo); • a extensão quanto ao limite de palavras (150-200 palavras); • a correção da escrita (coerência de infomação, estruturação do texto, sintaxe, seleção vocabular, pontuação, acentuação, ortografia); • enquadramento dos erros ortográficos, entre outros, nos indicadores seguintes: a) ausência, colocação errada ou desenho ambíguo do acento; b) troca de acento grave por agudo, ou do til por circunflexo, etc.; c) incorreta translineação de palavras; d) ausência de duplo hífen na translineação de palavras que já contenham hífen; e) incorreta utilização de maiúscula e de minúscula; f) utilização incorreta de grafemas.

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58

Com Textos 11 | Livro do Professor

Sequência 3: Com Textos para Representar Ouvir/Falar – filme Quem és tu? (pág. 110) B. 1. Imagens relativas a vários momentos da obra, inseridas de forma aleatória. 2. Não há relação lógica entre as imagens, embora se possa estabelecer nexos entre a fuga da família e o incêndio, bem como entre a chegada do romeiro e a tomada do hábito. 3. A imagem do incêndio repete-se por ter sido geradora de toda a ação trágica, 4. O título está associado à questão que é endereçada ao Romeiro, revestindo do mesmo caráter enigmático da personagem a quem a pergunta é dirigida.

Práticas da Língua (pág. 120) A. Almeida Garrett nasceu no Porto, no seio de uma família que vivia com certo desafogo. O pai de Almeida Garrett era oriundo dos Açores. Nas veias de Almeida Garrett corria sangue duma avó irlandesa, da parte do pai; daí o apelido Garrett, apelido de muito agrado para Almeida Garrett dado sugerir um “estrangeirismo aristocrático”. Quanto à infância de Almeida Garrett, é usual referir-se a possível influência que duas criadas (a velha Brígida e a mulata Rosa de Lima), exerceram no futuro do autor de Adozinda, despertando no autor o gosto pelo folclore (contos populares, modinhas), bem como o interesse pela mentalidade e sabedorias populares, evidentes na personagem Telmo de Frei Luís de Sousa. Bem cedo, também, nasceu em Almeida Garrett a sua vocação de orador e de homem de teatro. Os títulos de introdutor do Romantismo em Portugal e de reformador do teatro em Portugal bastam para tornar Almeida Garrett um dos grandes nomes da história portuguesa e da cultura portuguesa. Mas o modo como Almeida Garrett introduziu o Romantismo e como reformou o teatro português (para além da atitude cívica e comprometida noutros inúmeros domínios, por parte de Almeida Garrett) conduz para a consciência de que grande parte da moderna literatura portuguesa depende de Almeida Garrett. Adaptado de um Dicionário de Literatura Portuguesa

Almeida Garrett nasceu no Porto, no seio de uma família que vivia com certo desafogo. O seu pai era oriundo dos Açores. Nas veias do futuro visconde corria sangue duma avó irlandesa, da parte paterna; daí o apelido Garrett, de muito agrado para o escritor dado sugerir um “estrangeirismo aristocrático”. Quanto à infância, é usual referir-se a possível influência que duas criadas (a velha Brígida e a mulata Rosa de Lima) exerceram no futuro do autor de Adozinda, despertando nele o gosto pelo folclore (contos populares, modinhas) bem como o interesse pela mentalidade e sabedorias populares, evidentes na personagem Telmo do Frei Luís de Sousa. Bem cedo, também, nasceu no poeta liberal português a vocação de orador e de homem da arte dramática. Os títulos de introdutor do Romantismo em Portugal e de reformador do teatro em Portugal bastam para o tornar um dos grandes nomes da história portuguesa. Mas o modo como o fez (para além da atitude cívica e comprometida noutros inúmeros domínios) conduz para a consciência de que grande parte da moderna literatura portuguesa depende de Almeida Garrett. Adaptado de um Dicionário de Literatura Portuguesa

Sugestões Metodológicas | Com textos 11

Orientações de Leitura (pág. 127) B. Tabela para copiar (versão do aluno) TEXTOS

PERSPETIVA FOCALIZADA

I

Política/Teatral

IDEIAS-CHAVE

• Frei Luís de Sousa sobrevive à censura do governo de Costa Cabral. • O maior número de representações no Teatro Nacional pertence a Luís de Sousa.

II

III e IV

V e VI

Proposta de correção (versão do professor) TEXTOS

PERSPETIVA FOCALIZADA

I

Política/Teatral

II

Argumento de Frei Luís de Sousa

• Maria – símbolo do presente em oposição a D. João de Portugal • Conflito familiar e conflito nacional

III e IV

Classificação tipológica de Frei Luís de Sousa

• Presença de situações e elementos trágicos • Elementos característicos do drama romântico

V e VI

Drama histórico e a problemática do sebastianismo

IDEIAS-CHAVE

• Frei Luís de Sousa sobrevive à censura do governo de Costa Cabral. • O maior número de representações no Teatro Nacional pertence a Frei Luís de Sousa.

• Confluência de factos históricos e políticos • Nacionalismo e sebastianismo

Práticas da Língua (pág. 128) A. 5. Modificadores: a), b), f), g), h), i), j). Em c) “Lisboa”, d) “no palácio de D. João de Portugal”, e) “nos Santos Lugares”, h) “para o palácio de Almada” estão presentes complementos obrigatórios designados oblíquos. B. 1. a) Mod. (todos); b) CObl.; c) CObl.; d) Mod. (o primeiro) e predicativo do sujeito; e) Mod. (ambos); f) Mod. (ambos) 2. b) lugar (os dois iniciais) e finalidade; b) lugar (destino); c) lugar (ponto de partida); d) tempo e lugar; e) lugar e modo; f) modo e explicação.

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Com Textos 11 | Livro do Professor

Escrever (pág. 130)

A. Esquema para fotocopiar (versão do aluno)

CONCENTRAÇÃO DE ESPAÇO

CONCENTRAÇÃO DE TEMPO





Palácio de Manuel de Sousa Coutinho (Lisboa)



Retrato:

Palácio de D. João de Portugal (Almada)



Retratos:

Igreja de S. Paulo



21 anos

14 anos

1 ano

8 dias

3 dias



“Hoje”



(sexta-feira)



“altas horas da noite”

O ADENSAR TRÁGICO DA AÇÃO

Sugestões Metodológicas | Com textos 11

Proposta de correção (versão do professor)

CONCENTRAÇÃO DE ESPAÇO

CONCENTRAÇÃO DE TEMPO





Palácio de Manuel de Sousa Coutinho (Almada)

Retrato: Manuel de Sousa



Palácio de D. João de Portugal (Almada)

Retratos: Camões, D. João e D. Sebastião





21 anos

Ausência de D. João

Duração do casamento de D. Madalena e Manuel de Sousa

Tempo relativo à viagem de D. João até à sua chegada

Tempo que corresponde à estada da família no palácio de D. João.

Período utilizado pelo romeiro até chegar junto de D. Madalena

• O reconhecimento: desvenda-se a identidade do romeiro

14 anos

1 ano

8 dias

3 dias

“Hoje” (sexta-feira)

• O clímax: morte espiritual do casal e física de Maria

Igreja de S. Paulo

• Catástrofe: morte física de Maria morte espiritual de Madalena e Manuel de Sousa Coutinho

O ADENSAR TRÁGICO DA AÇÃO

“altas horas da noite”

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Com Textos 11 | Livro do Professor

Escrever (pág. 131) B. 1. Esquema para fotocopiar (versão do aluno) ATO I

PERSONAGEM FOCALIZADA • Família Sousa Coutinho • D. Madalena

INDÍCIOS DO DESFECHO TRÁGICO • “É no fim da tarde” – o tempo enunciador do fim, entrada na noite • Leitura do episódio de Inês de Castro de Os Lusíadas indicia a vivência de um amor trágico

II

III

Proposta de correção (versão do professor) ATO

PERSONAGEM FOCALIZADA

INDÍCIOS DO DESFECHO TRÁGICO

• Família Sousa Coutinho

• “É no fim da tarde” – o tempo enunciador do fim, entrada na noite

• D. Madalena

• Leitura do episódio de Inês de Castro de Os Lusíadas indicia a vivência de um amor trágico

• O incêndio

• O incêndio remete para o fim do espaço de felicidade do casal

• A perda do retrato de Manuel de Sousa

• A perda do retrato sugere o fim da personagem e/ou seu destino trágico

• A decoração melancólica do palácio de D. João

• O tipo de decoração sugere o passado e a tristeza que se abaterá sobre a família

• A sala dos retratos e as figuras aí representadas

• O fim trágico das personagens representadas nos retratos indicia a tragédia que vitimizará os ocupantes daquele palácio

• O mal-estar que se apossa de D. Madalena após a chegada do romeiro

• A doença de D. Madalena e a chegada do primeiro marido são sinónimos da destruição da personagem

• A noite como coordenada temporal de localização da ação

• A noite indicia a morte, o fim

• O estreitamento do espaço

• O afunilamento do espaço articula-se com o adensamento temporal

• A cerimónia da tomada do hábito

• Simboliza a morte terrena dos dois esposos

• A morte de Maria

• Significa o culminar da ação trágica

I

II

III

Sugestões Metodológicas | Com textos 11

Avaliar Competências (pág. 137) Lista de verificação do guião de avaliação para a produção de um texto dramático GUIÃO DE AVALIAÇÃO NA PRODUÇÃO DE UM TEXTO DRAMÁTICO Antes de redigir o texto: • parti de um tema, uma ideia-chave, uma situação........................................................................................................................ • considerei as personagens necessárias para interagir na situação pensada.......................................................................... • caracterizei essas personagens (retrato físico/psicológico; jogos de força representados)................................................ • imaginei um tempo/espaço associados à ação e às falas das personagens............................................................................ • referenciei as ações/os estados/os acontecimentos em função do presente dos atos de fala............................................ • planifiquei a progressão dramática da situação:........................................................................................................................... a) partindo de uma sequência inicial............................................................................................................................................... b) desenvolvendo as ações/os estados/os acontecimentos numa lógica de ação coerente ................................................. c) fechando a progressão dramática ...............................................................................................................................................

Ao produzir o texto, fui capaz de: • manter a lógica de ações/estados/acontecimentos planificada para a progressão dramática ............................................. • referenciar essas ações/esses estados/acontecimentos em função do presente dos atos de fala .................................... • introduzir as indicações cénicas estritamente necessárias à representação do texto ao nível: a) da identificação das personagens interlocutoras no discurso............................................................................................... b) da localização da(o) ação/acontecimento/estado representados ......................................................................................... c) dos adereços necessários à representação da situação......................................................................................................... d) da caracterização/movimentação das personagens ................................................................................................................ e) do modo como as falas são proferidas ...................................................................................................................................... f) das referências de tempo/espaço implicadas na situação dramática ................................................................................... g) da explicitação de implícitos/subentendidos que as personagens não verbalizam............................................................ • distinguir graficamente o texto principal (atos de fala das personagens) do secundário (de autor) .................................. • privilegiar o diálogo enquanto modalidade de fala predominante do texto .............................................................................. • inserir modalidades de fala distintas, conforme os tipos de interação pretendidos............................................................... • adequar o discurso das personagens: ............................................................................................................................................ a) às características imaginadas na construção delas mesmas ................................................................................................ b) às intenções das personagens que o proferem........................................................................................................................ c) aos interlocutores com que interagem....................................................................................................................................... • utilizar corretamente os sinais de pontuação associados aos objetivos dos atos de fala .................................................... • marcar a segmentação do texto: ...................................................................................................................................................... a) em termos gráficos........................................................................................................................................................................ b) em termos de divisão textual (atos, cenas, sequências/quadros cénicos) .......................................................................... No final da produção escrita: • verifiquei a disposição lógica e gráfica do texto........................................................................................................................... • consegui revelar a expressividade dos atos de fala assumidos pelas personagens .............................................................. • explicitei apenas o necessário em termos de indicações cénicas ............................................................................................ • atentei na adequação linguística das réplicas/didascálias a nível ............................................................................................. a) da ortografia.................................................................................................................................................................................... b) da acentuação................................................................................................................................................................................. c) da pontuação................................................................................................................................................................................... d) da seleção vocabular ..................................................................................................................................................................... e) da construção sintática ................................................................................................................................................................. f) do valor pragmático dos enunciados produzidos ......................................................................................................................

SIM

NÃO

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Com Textos 11 | Livro do Professor

Avaliar Competências (pág. 139) Lista de verificação do guião de avaliação para a produção de uma síntese GUIÃO DE AVALIAÇÃO NA PRODUÇÃO DE UMA SÍNTESE Antes de redigir a síntese: • fiz uma leitura atenta do texto-fonte ............................................................................................................................................... • sublinhei as ideias/factos principais............................................................................................................................................... • dividi o texto-fonte nas suas partes e subpartes.......................................................................................................................... • atribuí um título a cada uma dessas (sub)partes .......................................................................................................................... • identifiquei as relações lógicas estabelecidas entre as (sub)partes......................................................................................... • suprimi: ................................................................................................................................................................................................ a) repetições e/ou expressões redundantes .................................................................................................................................. b) exemplificações.............................................................................................................................................................................. c) condições óbvias, componentes ou sequências implicadas noutras referências textuais ............................................... d) pormenores supérfluos................................................................................................................................................................. e) perífrases e pleonasmos............................................................................................................................................................... • construí um plano para introduzir, desenvolver e concluir a apresentação das ideias do texto-fonte: .............................. Ao redigir a síntese: • apoiei-me no plano traçado............................................................................................................................................................... • diversifiquei a linguagem face ao texto-fonte: .............................................................................................................................. a) excluindo transcrições ................................................................................................................................................................. b) substituindo termos específicos por outros mais genéricos ................................................................................................ c) integrando expressões em termos mais reduzidos ................................................................................................................. d) citando o autor do texto-fonte pela modalidade de discurso indirecto................................................................................. e) retomando expressões/sequências por termos anafóricos .................................................................................................. f) transformando sequências textuais longas por sinónimas reduzidas................................................................................... g) substituindo frases complexas por outras mais simples (recurso a nominalizações; adjetivos em vez de orações relativas) ...................................................................................................................................... • mantive as relações lógicas do texto-fonte.................................................................................................................................... • recorri a marcas subjetivas da linguagem ..................................................................................................................................... No final da redacção da síntese: • respeitei o limite de palavras solicitado ......................................................................................................................................... • cumpri as orientações anteriores.................................................................................................................................................... • atentei na correção sintática ............................................................................................................................................................ • tive cuidado com a seleção vocabular ............................................................................................................................................ • fui correto(a) na ortografia, acentuação e pontuação ..................................................................................................................

SIM

NÃO

Sugestões Metodológicas | Com textos 11

Testar (avaliação formativa) (pág. 143) A. – As Personagens 1. AS PERSONAGENS Identificação

Caracterização (três traços distintos)

Maria

Frágil; doente; perspicaz

D. Madalena

Supersticiosa; vulnerável; sentimentalista

Manuel de Sousa

Patriota; corajoso; racional

Telmo

Agoirento; fiel; indeciso

Frei Jorge

Discreto; conselheiro; atento

Romeiro

Austero; cruel; ansioso

B. – A Ação

1. a) O Ato I abre com Maria __ , D. Madalena X, Telmo __ a ler e a refletir sobre a sua vivência. b) Quando lê Os Lusíadas, D. Madalena compara-se a Inês de Castro X, Formosíssima Maria __ , Maria __ , c) A personagem Telmo __ , Manuel de Sousa X, Maria __ está ausente até cerca de metade do ato I. d) Esta ausência facilita a conversa entre Telmo e Maria __ , Frei Jorge e Telmo __ , Telmo e D. Madalena X sobre os temores vividos desde o desaparecimento de D. João de Portugal. e) Com a chegada de Manuel de Sousa Coutinho, este anuncia a decisão de incendiar o seu próprio palácio X, ingressar na vida conventual __ , perseguir os governadores espanhóis __ . f) Esta atitude destruidora de Manuel de Sousa Coutinho aterrorizou Maria __ , D. Madalena X, os criados __ .

C. – Atos II e III

1. O Ato II desenrola-se no antigo palácio1 e D. Madalena2 e de D. João de Portugal. Neste local destaca-se a sala dos retratos3. É aqui que Maria pressiona Telmo4, querendo saber informações sobre um deles: o de D. João de Portugal.

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Com Textos 11 | Livro do Professor

Com a entrada de Manuel de Sousa Coutinho em cena, é desvendada a curiosidade de Maria. Fica-se ainda a saber que aquele tem de ir a Lisboa5 agradecer ao arcebispo6 o que este fizera para desagravar a atitude de Manuel de Sousa face aos governadores7. É precisamente durante esta viagem que se dá o clímax da obra: a chegada do Romeiro8, numa sexta-feira9, dia fatídico. O velho peregrino vai ser recebido por Frei Jorge10. mas exige falar com D. Madalena11, pois trazia-lhe um recado12 do seu primeiro marido13. A notícia recebida provoca a destruição da família14 de Manuel de Sousa e já só resta uma solução15: aquela a que se assiste no ato III (este decorrre, inicialmente, na parte baixa do palácio16 e, posteriormente, na igreja17 de S. Paulo dos Domínicos). Aqui se processa o desenlace trágico: os dois esposos ingressam na vida religiosa18, morrendo ambos para a vida mundana19; Maria morre, também, mas fisicamente20-

D. – Globalidades da Obra a) F – Frei Luís de Sousa retrata a situação política portuguesa após o imediato desaparecimento de D. Sebastião. b) V – A obra garretiana aborda um drama familiar, desencadeado pelo regresso do primeiro marido de D. Madalena de Vilhena. c) F – D. João de Portugal é o nome do segundo marido de D. Madalena. d) F – D. Sebastião é evocado apenas uma vez ao longo dos três Atos. e) F – Maria simpatiza com a figura austera e ameaçadora de Telmo. f) V – Frei Jorge é cunhado de D. Madalena. g) F – D. Madalena suspeita que o Romeiro é D. João de Portugal. h) F – Manuel de Sousa Coutinho pautou a sua vida pelo apego aos valores materiais.

Sugestões Metodológicas | Com textos 11

Sequência 4: Com Textos para Narrar e Descrever Ouvir/Falar (pág. 150) Vida

OBRA

1845 • Nascimento na Póvoa de Varzim (25-11) 1861• Exames de admissão no curso de Direito, na Universidade de Coimbra 1866 • Conclusão do curso de Direito

• Inicio da escrita de folhetins no periódico lisboeta Gazeta de Portugal, postumamente agrupados com o título Prosas Bárbaras

1867

• Fundação do Cenáculo com Antero de Quental • Direção do jornal alentejano Distrito de Évora

1869 • Presença na abertura do canal de Suez • Visita ao Egito e à Palestina

• Origem o heterónimo Carlos Fradique Mendes, no grupo intelectual do Cenáculo

1870 • Regresso a Portugal • Nomeação para administrador do concelho de Leiria

• Colaboração no romance O Mistério da Estrada de Sintra, em parceria com Ramalho Ortigão

1871

• Direção do mensário crítico As Farpas, com ramalho Ortigão • Apresentação no Casino Lisbonense da conferência “O realismo como nova expressão de Arte”

1872 • Embarque para Havana (Cuba), para o exercício do cargo de Cônsul 1874 • Nomeação para o cargo de Cônsul de Newcastle-on-Tybe (Inglaterra)

• Primeiro ensaio de efabulação narrativa de “Singularidades de uma Rapariga Loira”

1875

• Apresentação, em folhetim, da revista Ocidental, do primeiro romance realista-naturalista: O crime do padre Amaro

1878 • Transferência para Bristol (Inglaterra)

• Publicação do romance O Primo Basílio

1880

• Início da publicação da novela fantástica O Mandarim no Diário de Portugal

1886 • Casamento com Emília de Castro Pamplona 1887

• Publicação de A Relíquia

1888 • Nomeação para o cargo de Cônsul em Paris

• Publicação de Os Maias

1889

• Direção da Revista de Portugal

1900 • Morte em Paris (16-08)

• Publicação de A Ilustre Casa de Ramires • Escrita de A Cidade e as Serras

1901

• Publicação póstuma dos escritos guardados pelo autor

Escrever (pág. 153)

1.2. O grupo liderado por Antero de Quental (mais moderno)

A. III – 1. Origem 1.

2. Objetivos

I – 1. participantes

IV – 1. Literatura

2. características

2. História

3. objetivos

3. Religião

II – 1. Dois grupos de intelectuais 1.1. O grupo liderado por Castilho (mais retrógrado)

4. Educação 5. Política

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Com Textos 11 | Livro do Professor

Escrever (pág. 166) D. 1. Tabela para fotocopiar (versão aluno) ESPAÇO – TEMPO – INTRIGA EM OS MAIAS ESPAÇO

TEMPO DA HISTÓRIA

RESUMO DOS ACONTECIMENTOS

Antes do outono de 1875 Ramalhete Depois do outono de 1875

Antes do outono de 1875 Santa Olávia Depois do outono de 1875

Hotel Central

Sintra

Depois do inverno de 1875

Espaço visitado por Carlos e Cruges, quando o primeiro procurava encontrar Maria Eduarda. É um local de encontros e desencontros amorosos, identificado com a sensibilidade e o romantismo representados por Alencar.

Hipódromo

Toca

Corneta do Diabo Teatro da Trindade

Lisboa

Dez anos após a morte de Afonso da Maia (1887)

Cerca de 1820 Estrangeiro Antes do outono de 1875 Depois do outono de 1875

Cidade por onde Carlos e João da Ega, no final do romance, passeiam, depois de uma vivência marcada por desistências e desilusões. O mau estado da estátua de Camões, no centro da cidade, simboliza, a par da nostalgia de um passado glorioso, a sobreposição de um presente apagado e sem brilho. A cidade parece, assim, em perfeita sintonia com a crise de que a família Maia é exemplo / vítima. Afonso visita Inglaterra aquando da sua juventude - altura em que se revela opositor ao regime absolutista de que o pai (Caetano da Maia) é defensor. Vive em Inglaterra com a esposa e o filho Pedro, mas Maria Eduarda Runa não se adapta ao clima nem aos hábitos culturais da ilha. O casal chega a visitar a Itália, mas acaba por regressar a Lisboa.

Sugestões Metodológicas | Com textos 11

Proposta de correção (versão professor) ESPAÇO – TEMPO – INTRIGA EM OS MAIAS ESPAÇO

TEMPO DA HISTÓRIA

RESUMO DOS ACONTECIMENTOS

Antes do outono de 1875

Espaço citadino (Lisboa) desabitado durante largos anos. Em 1858, esteve prestes a ser arrendado a monsenhor Buccarini para lá se instalar a Nunciatura. Em 1870, serviu de arrecadação a mobílias e louças vindas da casa de Benfica. Sofreu restauração para instalação de Afonso e Carlos em Lisboa.

Depois do outono de 1875

Local onde Afonso e Carlos vivem, após a formatura em medicina deste último membro da família Maia. Para além de espaço habitacional, é também um local de sociabilização.

Antes do outono de 1875

Espaço rural habitado por Afonso e Carlos da Maia durante a sua infância e parte da sua juventude. Local onde o neto de Afonso cresceu e foi educado, com a supervisão do avô e do precetor Mr Brown. Espaço de sociabilização, frequentado pela família Silveirinha.

Depois do outono de 1875

Local de abrigo temporário de algumas das personagens (Afonso, Ega, Carlos, …). Espaço revitalizador do bulício lisboeta.

Hotel Central

Inverno de 1875

Espaço de encontros (sociais), de lazer, de convívio. Local onde Carlos viu pela primeira vez Maria Eduarda e onde se realiza o jantar de Ega em homenagem ao banqueiro Cohen.

Sintra

Depois do inverno de 1875

Ramalhete

Santa Olávia

Espaço visitado por Carlos e Cruges, quando o primeiro procurava encontrar Maria Eduarda. É um local de encontros e desencontros amorosos, identificado com a sensibilidade e o romantismo representados por Alencar.

Hipódromo

“horas de verão”

Local de encontros (sociais), de lazer, de convívio. Espaço físico mal preparado para receber corridas de cavalos, sobressaindo-se a vontade de imitar o estrangeiro; o parecer tenta sobrepor-se ao ser, evidenciando-se o desajustamento entre tradições nacionais e as de influência britânica.

Toca

Verão

Espaço conotado de sensualidade. Local de encontros entre Carlos e Maria Eduarda. Esconderijo dos amantes para um relacionamento considerado adúltero.

Corneta do Diabo

Fim de outono

Espaço redatorial do jornal Corneta do Diabo. Local reles, sujo, sórdido, associado à falta de moral de Dâmaso e à corrupção no meio jornalístico.

Teatro da Trindade

(sem referência diretamente explicitada)

Espaço cultural, de encontros (sociais), de lazer, de convívio. Aqui realça-se o gosto “démodé” do público, apostado na perpetuação do romântico e ligado à tradição provinciana que caracterizava o país.

Lisboa

Dez anos após a morte de Afonso da Maia (1887)

Cidade por onde Carlos e João da Ega, no final do romance, passeiam, depois de uma vivência marcada por desistências e desilusões. O mau estado da estátua de Camões, no centro da cidade, simboliza, a par da nostalgia de um passado glorioso, a sobreposição de um presente apagado e sem brilho. A cidade parece, assim, em perfeita sintonia com a crise de que a família Maia é exemplo/vítima.

Estrangeiro

Cerca de 1820

Afonso visita Inglaterra aquando da sua juventude - altura em que se revela opositor ao regime absolutista de que o pai (Caetano da Maia) é defensor. Vive em Inglaterra com a esposa e o filho Pedro, mas Maria Eduarda Runa não se adapta ao clima nem aos hábitos culturais da ilha. O casal chega a visitar a Itália, mas acaba por regressar a Lisboa.

Antes do outono de 1875

Pedro vive os primeiros tempos de casado em Itália e França. Carlos faz uma viagem de cerca de ano e meio pela Europa, que lhe permite o contacto com a cultura, a moda e a política europeias, colocando-o numa posição privilegiada enquanto comentador de vivência portuguesa.

Depois do outono de 1875

Refúgio e/ou modelo para os intelectuais e para a aristocracia portuguesa da época.

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Com Textos 11 | Livro do Professor

Escrever (pág. 177) B. 1. Esquema para fotocopiar (versão aluno)

O casamento de Pedro da Maia e Maria Monforte

em

Portugal Lisboa Arroios Local de grandes soirées

O casal tem dois filhos

Espaço frequentado por amigos de Pedro: D. João da Cunha e __________________

Felicidade abalada pela traição e fuga de Maria Monforte acompanhada da filha

Consequência: Pedro regressa a casa do pai, acompanhado do filho Fica entregue aos cuidados do avô, em consequência do ato cometido pelo pai: o suicídio.

Sugestões Metodológicas | Com textos 11

Proposta de correção (versão do professor)

O casamento de Pedro da Maia e Maria Monforte

em

Itália Nápoles Roma

Portugal Lisboa Arroios

França Paris

Local de grandes soirées O casal tem dois filhos

Maria Eduarda

Carlos

Felicidade abalada pela traição e fuga de Maria Monforte acompanhada da filha

Consequência: Pedro regressa a casa do pai, acompanhado do filho Fica entregue aos cuidados do avô, em consequência do ato cometido pelo pai: o suicídio.

Espaço frequentado por amigos de Pedro: D. João da Cunha e Alencar

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Com Textos 11 | Livro do Professor

Escrever (pág. 178) C. 1. Esquema para fotocopiar (versão aluno) FECHADA A CASA DE BENFICA (cap. II), Afonso da Maia parte com o neto para a Quinta de Santa Olávia

Educação de Carlos

Educação de Eusebiozinho

ministrada por Mr. Brown

aprovam

contestam

Afonso e narrador valorativo

Vilaça, Padre Custódio, gente da casa e de Resende

Privilégio dado:

Privilégio dado:

• ao contacto com a natureza; • ao exercício físico; • à aprendizagem de línguas vivas (inglês); • à criatividade e ao juízo crítico; • ao rigor, método e à ordem; • ao dever em detrimento da vontade.



MODELO DE EDUCAÇÃO BRITÂNICA (MODERNA)

Lema orientador: “alma sã em corpo são”

Sugestões Metodológicas | Com textos 11

Proposta de correção (versão professor) FECHADA A CASA DE BENFICA (cap. II), Afonso da Maia parte com o neto para a Quinta de Santa Olávia

Educação de Carlos

Educação de Eusebiozinho

ministrada pela mamã e padre Vasques

ministrada por Mr. Brown

aprovam

contestam

Afonso e narrador valorativo

Vilaça, Padre Custódio, gente da casa e de Resende

desaprovam

aprovam

Privilégio dado:

Privilégio dado:

• ao contacto com a natureza; • ao exercício físico; • à aprendizagem de línguas vivas (inglês); • à criatividade e ao juízo crítico; • ao rigor, método e à ordem; • ao dever em detrimento da vontade.

• aos espaços interiores/fechados • à memorização • à aprendizagem de línguas mortas (latim) e do catolicismo • à superproteção por figuras femininas • chantagem emocional • (…)

MODELO DE EDUCAÇÃO BRITÂNICA (MODERNA)

EDUCAÇÃO TRADICIONAL PORTUGUESA

Lema orientador: “alma sã em corpo são”

Lema orientador: superproteção e valorização/reprodução do saber livresco.

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Com Textos 11 | Livro do Professor

Escrever (pág. 180-181) B. 1. Esquema para fotocopiar (versão aluno) O trabalho realizado até ao momento com o romance queirosiano Os Maias permitiu-lhe: • detetar a incidência do narrador em três gerações da família Maia:

• reconhecer movimentos temporais enquanto técnica de construção narrativa:

Juventude de Afonso (cap. I, pp. 13-17) Infância e juventude de Pedro (caps. I e II) Infância e juventude de Carlos (caps. III e IV, até à pág. 95)

Ponto inicial da narrativa: Outono de 1875 (cap. I, pp. 5-12)

Retoma: “Chegara esse Outono de 1875: …” (cap. IV, p. 95)

• identificar/apresentar a funcionalidade de três espaços geográficos: Santa Eulália

Coimbra

Lisboa

• reconhecer indícios para um fundo trágico na ação, tendo em conta a simbologia de alguns elementos presentes no jardim do Ramalhete, nomeadamente:

• identificar fatores que condicionam o percurso das personagens (abordado o caso particular de Pedro da Maia):

Sugestões Metodológicas | Com textos 11

Proposta de correção (versão professor)

O trabalho realizado até ao momento com o romance queirosiano Os Maias permitiu-lhe: • detetar a incidência do narrador em três gerações da família Maia:

Afonso da Maia Pedro da Maia Carlos da Maia

• reconhecer movimentos temporais enquanto técnica de construção narrativa: analepse

Juventude de Afonso (cap. I, pp. 13-17)

Ponto inicial da narrativa: Outono de 1875 (cap. I, pp. 5-12)

Infância e juventude de Pedro (caps. I e II) Infância e juventude de Carlos (caps. III e IV, até à pág. 95)

Retoma: “Chegara esse Outono de 1875: …” (cap. IV, p. 95)

• identificar/apresentar a funcionalidade de três espaços geográficos: Santa Eulália

Coimbra

Lisboa

Infância e educação de Carlos

Estudos liceais e universitários de Carlos – vida de boémia de Carlos 1; conhecimento de Ega

Contacto de Carlos com a aristocracia, instalação do consultório e relacionamento com Maria Eduarda

• reconhecer indícios para um fundo trágico na ação, tendo em conta a simbologia de alguns elementos presentes no jardim do Ramalhete, nomeadamente: Estátua de Vénus

mesa de pedra

fonte

cipreste

• identificar fatores que condicionam o percurso das personagens (abordado o caso particular de Pedro da Maia): educação

hereditariedade

meio

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Com Textos 11 | Livro do Professor

Esquema para fotocopiar – cont. (versão aluno) • caracterizar a atitude de Afonso face à: … educação do filho Pedro

… educação do neto Carlos

• comparar os aspetos relevados na caracterização de Maria Monforte e Maria Eduarda: Maria Monforte

Maria Eduarda

• salientar aspetos caracterizadores do ambiente de Arroios, frequentado por Pedro da Maia e Maria Monforte:

• explicar a influência antagónica de Maria Monforte em dois momentos do percurso de vida de Pedro da Maia: Depois da morte da “mamã”

Após a revelação da traição

• distinguir modelos educacionais tipificados que evidenciam a formação de personalidades distintas (cf. página 000) • caracterizar Carlos a partir das situações vividas, em Coimbra e no estrangeiro: Interesses académicos:

Grupos de amigos:

Primeiros amores:

Sugestões Metodológicas | Com textos 11

Proposta de correção – cont. (versão professor) • caracterizar a atitude de Afonso face à: … educação do filho Pedro

… educação do neto Carlos

Inconformismo, desânimo, alheamento, …

Promoção, envolvimento, empenhamento …

• comparar os aspetos relevados na caracterização de Maria Monforte e Maria Eduarda: Maria Monforte “senhora loura” de “carnação ebúrnea”, com “formas de estátua”; “atitude de deusa insensível”, “olhos azuis”

Maria Eduarda “senhora alta, loura” com o esplendor da sua “carnação ebúrnea”; dava um passo soberbo de deusa, “reflexo de cabelos de ouro”

• salientar aspetos caracterizadores do ambiente de Arroios, frequentado por Pedro da Maia e Maria Monforte: luxo

prazeres mundanos

futilidade

ociosidade

• explicar a influência antagónica de Maria Monforte em dois momentos do percurso de vida de Pedro da Maia: Depois da morte da “mamã” Atração; paixão; apaziguamento do sofrimento

Após a revelação da traição Angústia; dor; sofrimento; desânimo; destruição total (suicídio)

• distinguir modelos educacionais tipificados que evidenciam a formação de personalidades distintas (cf. página 178) • caracterizar Carlos a partir das situações vividas, em Coimbra e no estrangeiro: Interesses académicos: Medicina; arte; investigação e literatura.

Grupos de amigos: João da Ega, o grande amigo, e um conjunto de revolucionários que começaram a frequentar os “Paços de Celas”, onde havia discussões metafísicas.

Primeiros amores: Hermengarda, relacionamento adúltero; Encarnacion, prostituta espanhola.

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Com Textos 11 | Livro do Professor

Avaliar Competências (pág. 203) Lista de verificação do guião de avaliação para a produção de um texto narrativo GUIÃO DE AVALIAÇÃO NA PRODUÇÃO DE UM TEXTO NARRATIVO Antes de redigir o texto: • Identifiquei a ideia-chave .................................................................................................................................................................. •Planifiquei as linhas gerais da ação imaginada ............................................................................................................................. • Situei a ação num determinado espaço e tempo. ......................................................................................................................... • Imaginei uma situação inicial marcada pelo equilíbrio ................................................................................................................ • Considerei um acontecimento perturbador do equilíbrio inicial ................................................................................................ • Propus um conjunto de peripécias retardadoras do desenlace ................................................................................................. • Construí um momento auge para o conflito................................................................................................................................... • Delineei a situação final – o desenlace........................................................................................................................................... • Concebi as personagens: .................................................................................................................................................................. a) atribuindo-lhes um determinado relevo na história................................................................................................................. b) segundo um determinado tipo de comportamento................................................................................................................... c) estabelecendo uma rede de relações entre elas ...................................................................................................................... • Construí um plano organizador do texto ........................................................................................................................................ Ao redigi-lo: • Apoiei-me nas opções e no plano concebidos .............................................................................................................................. • Construí uma introdução: .................................................................................................................................................................. a) com a indicação da situação inicial da história ....................................................................................................................... b) com a opção por uma determinada perspetiva de narrador................................................................................................... • Produzi o desenvolvimento:.............................................................................................................................................................. a) em função da lógica narrativa concebida .................................................................................................................................. b) tendo em conta um fio condutor claro e coerente ................................................................................................................... c) atendendo às características das relações estabelecidas para as personagens................................................................ d) não esquecendo os momentos-chave pré-definidos............................................................................................................... e) seguindo uma sequência temporal e espacial significativa.................................................................................................... • Fechei o texto com um desenlace adequado ................................................................................................................................. • Preocupei-me com a adequação:..................................................................................................................................................... a) do registo de língua ....................................................................................................................................................................... b) dos tempos verbais........................................................................................................................................................................ c) dos articuladores ........................................................................................................................................................................... d) dos recursos estilísticos utilizados............................................................................................................................................. • Respeitei as especificidades dos diferentes modos de expressão (narração, descrição, diálogos, monólogos) .............. No final da produção escrita: • Verifiquei a disposição lógica/coerente da globalidade do texto................................................................................................ • Atentei na correção linguística a nível:........................................................................................................................................... a) da ortografia.................................................................................................................................................................................... b) da pontuação................................................................................................................................................................................... c) da acentuação................................................................................................................................................................................. d) da sintaxe ........................................................................................................................................................................................ e) da seleção vocabular .....................................................................................................................................................................

SIM

NÃO

Sugestões Metodológicas | Com textos 11

Avaliar Competências (pág. 205) Lista de verificação do guião de avaliação para a produção de um texto expositivo GUIÃO DE VERIFICAÇÃO NA PRODUÇÃO DE UM TEXTO EXPOSITIVO

SIM

NÃO

Antes de redigir o texto: • Fiz uma pesquisa acerca do tema a tratar ..................................................................................................................................... • Recolhi ideias/factos/dados tomados como verdadeiros ............................................................................................................ • Identifiquei as fontes em que me apoiei na pesquisa .................................................................................................................. • Construí um esquema/plano com a distribuição equilibrada dos dados................................................................................... • Organizei os dados recolhidos segundo tópicos ou frases-chave............................................................................................. • Ordenei a progressão dos dados segundo um critério lógico .................................................................................................... • Identifiquei o tipo de relações lógicas existente entre as partes............................................................................................... • Aproximei o esquema/plano da estrutura tripartida do texto .....................................................................................................

Ao redigi-lo: • Apoiei-me na ordenação do plano/esquema traçado ................................................................................................................... • Construí uma introdução: .................................................................................................................................................................. a) com a apresentação geral do tema ............................................................................................................................................. b) com o anúncio do tipo de desenvolvimento a fazer................................................................................................................. • Produzi a exposição: a) recorrendo a frases-chave que, depois, desenvolvi................................................................................................................. b) ordenando os elementos segundo um critério lógico claro e coerente (hierárquico, cronológico ou outro) .......................................................................................................................................................................................... c) apresentando dados, exemplos, precisões, pormenores elucidativos.................................................................................. d) selecionando vocabulário adequado ao tema tratado .............................................................................................................. e) evitando repetições desnecessárias, pelo recurso a anafóricos........................................................................................... f) utilizando os articuladores lógicos devidos ............................................................................................................................... g) adotando as marcas da função informativa............................................................................................................................... h) evitando um discurso subjetivo................................................................................................................................................... • Fechei o texto com uma conclusão: ................................................................................................................................................ a) deduzida a partir do desenvolvimento anterior ........................................................................................................................ b) tomada como breve síntese do que foi exposto........................................................................................................................ No final da produção escrita: • Cumpri com as orientações anteriores .......................................................................................................................................... • Atentei na correção sintática............................................................................................................................................................ • Fui correcto(a) na ortografia, acentuação e pontuação ............................................................................................................... • Evitei as marcas da primeira pessoa .............................................................................................................................................. • Cumpri com o objetivo informativo e declarativo previsto na exposição .................................................................................

Se em algum dos parâmetros a resposta for “Não”, aposte em reformulações escritas do texto produzido, procurando aperfeiçoar o resultado com a ajuda dos colegas e do(a) professor(a).

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Com Textos 11 | Livro do Professor

Testar (avaliação formativa) (págs. 210-211) A.

1. Epílogo – 10 anos após a intriga principal, quando Carlos revisita Lisboa, na companhia de Ega e, juntos, passeiam pela capital. 2. Carlos e Ega. 3. Carta publicada sob a ordem de Dâmaso a denegrir a imagem de Carlos e revelando o relacionamento deste com a “brasileira”, a troco de pagamento a Palma Cavalão. 4.1. Relação de oposição resultante de uma adjetivação de caráter antitético (“mais fúnebre, mais tísico”/“muito forte, muito corada”), de modo a realçar a fragilidade de Euzebiozinho e a sua submissão à mulher. 4.2. Diminutivo revelador da fragilidade da personagem e de caráter irónico, sarcástico, com vista a satirizá-la. 5.1. A desonestidade e a artificialidade a que o país chegou fizeram com que Ega se aproximasse e admirasse quem representava o contrário (nomeadamente a honestidade, a bondade e a generosidade), neste caso, Alencar (independentemente das reações do conflito inicial). 6. A título de exemplo, saliente-se a adjetivação, a ironia, o discurso indireto livre, entre outros.

B. Resposta variável; no entanto, espera-se que o aluno refira, entre outros aspetos: - Euzebiozinho – personagem deformada pelo tipo de educação; (…) - Dâmaso – personagem representante da falta de caráter, defensor de valores sociais imorais; (…)

C. 1. a) F b) V c) F d) V e) F 2.1. Carlos ia-se admirando com as transformações ocorridas durante a sua ausência. D. Os critérios de correção da atividade de escrita proposta passam pela consideração dos seguintes itens: • obediência à linha temática proposta (intemporalidade da decadência Portugal ao nível dos valores morais); • respeito pelo género de texto proposto (argumentativo); • a extensão quanto ao limite de palavras (200-300); • a correção escrita (coerência de informação, estruturação do texto, sintaxe, seleção vocabular, pontuação, acentuação, ortografia); • enquadramento dos erros ortográficos, entre outros, nos indicadores seguintes: a) ausência, colocação errada ou desenho ambíguo do acento; b) troca de acento grave por agudo, ou do til por circunflexo, etc.; c) incorreta translineação de palavras; d) ausência de duplo hífen na translineação de palavras que contenham hífen; e) incorreta utilização de maiúscula e de minúscula; f) utilização incorreta de grafemas.

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Sequência 5: Com Textos para Criar Sensações Ler (pág. 215) A. 1. Desde a saída do barco até à instalação da personagem no Hotel Inglês é feita uma descrição pormenorizada de todos os elementos humanos e espaciais com que Jacob Todd se depara. 2.“Ao chegar ao cais, entre marinheiros, estivadores, passageiros, burros e carretas, deparouse-lhe a cidade encastoada num anfiteatro de colinas íngremes, tão povoada e suja como muitas de bom nome na Europa.”; “… a cidade

enganava a vista, era um dédalo de ruelas e de passagens.”; “avistou”; “Observou”. Estes são alguns dos exemplos que comprovam o recurso à descrição. 3. A palavra “casinhotos” sugere a pequenez das casas dos pescadores, apontando também para a sua fragilidade; a forma verbal “arrastando” remete para o esforço e ação continuada dessas mulheres.

OUVIR/FALAR – Texto sobre o século XIX (pág. 218) A. 3. Tabela para fotocopiar (versão aluno) Tópico abordado

Datação

Dados referidos

1878 1885 1890 1859 1863 1874 1879 1885

Proposta de correção (versão professor) Tópico abordado

CENSOS POPULACIONAIS

DESENVOLVIMENTO E RENOVAÇÃO DE UMA VIA PARA LIGAR O PASSEIO PÚBLICO A S. SEBASTIÃO DA PEDREIRA

Datação

Dados referidos

1878

187 mil habitantes em Lisboa

1885

243 mil habitantes na cidade

1890

301 mil habitantes num novo censo

1859

Proposta de corte na rede orgânica urbana através de uma larga estrada, por parte do presidente da câmara

1863

Sugestão, por parte do ministro das obras públicas, da construção de uma via para ligar o Passeio Público a S. Sebastião da Pedreira

1874

O assunto da construção é levado ao Parlamento como “negócio urgentíssimo”

1879

Início das obras e demolição do “Passeio Público”

1885

Conclusão do projeto graças à determinação do presidente da Câmara, Rosa Araújo, 1885

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Com Textos 11 | Livro do Professor

Práticas da Língua (pág. 224) C. 1. a) As doenças infetocontagiosas (todas) e que estavam a assolar os bairros antigos de Lisboa…; a’) Só as doenças infetocontagiosas (não outras)…; b) Os redatores (todos) e que eram subservientes faziam…; b’) Só os redatores subservientes (não outros) faziam… 2. Nas alíneas a), b) a presença das vírgulas confere um valor significativo diferente, uma vez que, tratando-se de modificadores não restritivos, permitem a expansão da frase, não confinando o significado do grupo nominal inicial. Com a’) e b’) especifica-se o referente proposto nesse grupo nominal.

Ler (pág. 230) A. 1. Esquema para fotocopiar (versão aluno) EM PETIZ

“De Tarde”

“Os Irmãozinhos”

Explicita o Passado a partir do Presente

Presentifica lembrando o Passado

“… nesse tempo …”

“Vejo- os … ainda! Ainda os ouço!”

O QUE ACONTECIA?

QUEM?

“Histórias”

REALIDADE SOCIAL ADVERSA Hoje

O QUE ACONTECE? CONTEXTO CAMPESTRE

“Hoje entristeço.”

com ecos dos poemas anteriores

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Proposta de correção (versão professor)

EM PETIZ

“De Tarde”

“Os Irmãozinhos”

Explicita o Passado a partir do Presente

Presentifica lembrando o Passado

“… nesse tempo …”

“Vejo- os … ainda! Ainda os ouço!”

O QUE ACONTECIA?

QUEM?

• Conhecimento do meio rural por parte do sujeito poético • Desconhecimento/medo da companheira do sujeito poético • “pulavam para a fonte as bezerrinhas brancas…” • “… as mães, (…) desciam mais atrás, malhadas as turinas” • “Do seio do lugar (…) Vem-nos o leite” • “Leva-o, de madrugada, … o leiteiro” • “O apregoar do leiteiro” • Durante o passeio do sujeito e da companheira, estes veem várzeas, povoações, pegos • Os animais recolhem dos pastos • Os animais roçavam o vestido de percale • A passagem do tempo eliminaria o medo • A questão do sujeito poético sobre a ausência de medo

“Histórias”

• os pobrezinhos • os velhos • os mandriões • os cegos • o resmungão • a loura e afável companheira • as crianças • a doida • os operários • Camões • os coxos • os surdos • os manhosos • os manetas REALIDADE SOCIAL ADVERSA

Hoje

O QUE ACONTECE? “Hoje entristeço.” CONTEXTO CAMPESTRE

- as tourinas - os bezerros - o arvoredo - as azenhas - os pegos

- “cor dos barros” - “pernas pútridas, maduras” - “pés quadrados” - cheiro “a migas, a bafio, a arrotos” - o “casal queimado”

com ecos dos poemas anteriores

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Com Textos 11 | Livro do Professor

Orientações de Leitura (pág. 231) B. 2.6. Visão – 2ª estrofe; audição – 2ª, 3ª e 4ª estrofes; tato – 6ª estrofe; olfato – 8ª estrofe; gosto – 9ª estrofe. 3.1. Os aumentativos “besuntão” e “olhões” remetem para a repulsa e nojo do sujeito poético face a estes tipos sociais; o termo “cavalão” sugere um aspeto físico portentoso. 3.2. Quer “cabecita” quer “criaditas” apontam para a pequenez e a infantilidade de ambos. 3.3. Nas estrofes 1 e 2 há uma referência concreta aos crimes, aos roubos, aos assaltos e ao lixo que se propagava e que obviamente empestaria os ares. 3.4. Uso do pretérito imperfeito (a remeter para o passado), a presença dos pronomes “eu” e “tu” e ainda do demonstrativo “naquele”.

OUVIR/FALAR

3.5. Utilização da 2ª pessoa do pronome pessoal, ora com a função de complemento indireto (“protegia-te”) ora como sujeito (“tu sentias”), bem como as formas verbais conjugadas na 2ª pessoa do singular. 3.6. Comparar as estrofes 4 e 5 de “Histórias” com as estrofes 1 e 5 de “De Tarde”, onde se destaca a força, a coragem e a determinação do sujeito poético na proteção dada à jovem citadina. 3.7. Título sugestivo uma vez que se relatam factos do passado e se refere as histórias narradas pelas criaditas que alimentavam a imaginação do sujeito poético.

(pág. 233)

Tabela para fotocopiar (versão aluno) A POESIA DE CESÁRIO VERDE • Poder da palavra associado a uma forma de expressão artística

• Sensação(ões) / sentido(s) predominante(s) e respetivas provas

• Tratamento do binómio campo / cidade

• Posicionamento do “eu” relativamente ao real percecionado

Sugestões Metodológicas | Com textos 11

Proposta de correção (versão professor) A POESIA DE CESÁRIO VERDE • Poder da palavra associado a uma forma de expressão artística - poder mágico da palavra - capacidade de retratista - visão de quadros impressionistas - transfiguração do real • Sensação(ões) / sentido(s) predominantes e respetivas provas - visual: cor e pintura na expressão poética - auditiva: pregões - tátil: frutos - olfativa: frutos Adjetivação rica e variada, sinestesia (vermelho quente) • Tratamento do binómio campo / cidade - multifacetismo no tratamento do tópico: a) a cidade torna-se vegetal b) o campo reflete aspetos sociais da urbanidade • Posicionamento do “eu” relativamente ao real percecionado - enquadramento do “eu” no meio descrito - tentativa de evasão (através da história ou de um espírito visionário) - “eu” impressionista, subjetivo, percetivo

Ler Tópicos de Leitura “Noite Fechada” (pág. 236) A. - tópico 3 – Articulador “Mas”: contraste inserido na descrição (espaço claustrofóbico cede lugar a um espaço aberto). - tópico 4 – Atitude de repórter adotada pelo sujeito poético (encontrar motivos poéticos na realidade comezinha). - tópico 5 – Crítica social sobressai na primeira quadra (espaços transformados para acolher os mais indefesos e necessitados), na quarta (crítica ao clero e à igreja), na sétima (corpos enfezados, denunciadores da fome e da doença citadinas), na décima (outros grupos humanos com vidas algo duvidosas: “comparsas ou coristas”, entre outros aspetos).

é escassa, confirmando-se que é já “Noite Fechada”, pelo que se vê e pelo que dá a sentir) - tópico 2 – Morbidez, claustrofobia; por isso, evade-se daquele espaço e daquele momento em sinal de insatisfação, mal-estar (evocação de outras épocas/situações); todavia, há atenção face à realidade circundante.

Tópicos de Leitura “Horas Mortas” (pág. 238) A. - Palavras como “trapeiras, olheiras, sangrentos imorais, sepulcrais, ósseos, errantes, amareladamente, navalhas” são apenas alguns dos vocábulos que carregam uma carga semântica negativa e que deixam transparecer a negatividade do sujeito poético face ao espaço citadino. - O uso da maiúscula confere maior grandeza à dor, sugere a enormidade da dor que assola o ser humano, daí a sua expressividade.

B. - tópico 1 – Título principal confirmado pelos sentimentos do sujeito poético (deambula pelo espaço citadino, num momento do dia em que a movimentação humana

B. - O subtítulo remete para um período do dia em que as figuras humanas referidas atuam. Normalmente,

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Com Textos 11 | Livro do Professor

é já por altas horas da noite, porque a agitação é menor, que sobressaem as imorais, os ladrões e todos os ruídos são percetíveis. - Uma vez mais surgem sentimentos de nojo, de náusea, de dor, resultantes do aprisionamento pela vivência nauseabunda e miserável observada na cidade. “Nós” – dois últimos tópicos de leitura. - O ambiente campestre surge retratado como local de árduo trabalho, de dor e pouco rentável. O equilíbrio exige juízo e trabalho permanente. - A consciência da realidade rural é percetível a partir do momento em que o sujeito poético diz saber “quanto custam a criar / As cepas” e perceber os motivos que dizimam a produção. - As enumerações, os quantificadores, a expressividade verbal. - A destruição a que estão sujeitos os produtos rurais é semelhante àquela a que os seres humanos estão expostos, mesmo aqueles que se julgam saudáveis e fortes. - A força é só aparente, pois as dores causam sobressaltos e teme-se que a vida dos mais novos seja ainda mais curta do que a dos seus antecessores. - A vida rural e os problemas de ordem social e económica, a realidade do sujeito poético e dos humanos, e ainda a referência à morte prematura da irmã. - Este segmento continua a ter como ponto de referência a vida do sujeito poético e daqueles que trabalham no campo, como ele, bem como dos seus familiares. - O discurso volta a assumir marcas do presente, embora as referências feitas digam respeito ao passado, voltando a presentificar-se acontecimentos anteriores.

Tópicos de Leitura “Nós” (pág. 249) - A doença do irmão e a morte por ela provocada foram geradas pela e na cidade, daí que esta seja vista como “maldita”. - Marcas deíticas: temporais de passado e do presente: “Tínhamos nós voltado à capital maldita” e “De tal maneira que hoje, eu desgostoso e azedo”, “Tenho momentos maus”; espaciais – “a cidade maldita”; pessoais – “Dá-me rebate”, “eu desgostoso”. - A subjetividade é visível na caracterização de teor

valorativo do espaço citadino, no uso da primeira pessoa, no recurso às exclamações, nas frases consecutivas, na adjetivação de caráter apreciativo e pessoal. - O sujeito poético mostra preocupação perante a desdita que acometeu o irmão, sente-se amargo, desgostoso, triste, perverso e revoltado, ao ponto de sentir sede de vingança. - Adjetivação, comparação e metáfora e verbos sensitivos. - A vida e as suas contrariedades fazem com que a literatura não exerça o fascínio que outrora exerceu no sujeito poético, sentindo até desprezo pelos seus versos. - A cidade e o seu poder destruidor. - A referência ao “eu” e a um dos seus familiares continua a justificar o título genérico do poema, ou seja, “Nós”.

Práticas da Língua (pág. 250) A. 3. a) temporal b) aditivo c) causal d) temporal e retoma (relação) e) retoma (relação)

f) retoma (relação) e adição g) temporal h) retoma (relação) i) consequência j) condição e retoma (relação)

4.1. A brancura do casario campestre, por contraste com a amarelidão dos prédios da capital, (…) 4.2. A família de Cesário, regressando à capital maldita, (…) 4.3. Tonalidades menos sofridas poderiam ser ganhas na poesia escrita por Cesário, se o ambiente em que viveu não fosse tão adverso. B. 1. a) O pai do poeta contava/que só se ouvia o dobrar dos sinos. b) Perante tal calamidade, os filhos, ainda jovens, questionavam/se podiam morrer. c) Os citadinos pediam/para lhes darem abrigo no campo. d) Todos percebiam/que a peste se espalhava pela cidade.

Planificação Anual | Inglês 6

e) Os camponeses consideravam/que a vida rural, [que outrora parecera dura,] oferecia vantagens significativas. 2. Completivos – a); d); e) (o primeiro); relativos – b); c); e) (o segundo).

3. Subordinada substantiva completiva – a); segunda subordinada da b); d) e a primeira subordinada da alínea e); Subordinada relativa não restritiva – primeira subordinada da b); c); segunda subordinada da e).

Avaliar Competências (pág. 263) Lista de verificação do guião de avaliação para a produção de um texto poético-criativo GUIÃO DE ABORDAGEM DO TEXTO POÉTICO (EM VERSO)

1. Procedi a uma leitura, silenciosa, para me familiarizar com o texto ........................................................................................ 2. Repeti a leitura para apreender o significado global, tendo: ..................................................................................................... 2.1. detetado a presença/ausência de elementos caracterizadores do ato de comunicação representado no texto: emissor, destinatário, contexto referenciado, intencionalidade comunicativa .............................................................. 2.2. verificado se conhecia o sentido denotativo das palavras ............................................................................................... 2.3. construído relações lógicas entre palavras ou ideias-chave ........................................................................................... 2.4. procurado, no dicionário, o significado mais ajustado às palavras que me causaram dúvida................................... 2.5. relacionado palavras de acordo com um campo lexical/campo associativo ................................................................. 2.6. estabelecido pontos de aproximação/afastamento semântico ao longo do texto......................................................... 2.7. sublinhado os vocábulos cujo sentido parece ir além do denotativo.............................................................................. 2.8. aproximado esses vocábulos de uma dimensão mais simbólica ou sugestiva............................................................. 2.9. procurado informação contextual que me ajudasse a encontrar alguma intencionalidade sugerida pela/na escrita .......................................................................................................................................................................... 3. Verifiquei as recorrências/os contrastes das conotações ao longo do texto ......................................................................... 4. Descodifiquei o valor conotativo das palavras/expressões, em função: ................................................................................. 4.1. das imagens, sensações evocadas ........................................................................................................................................ 4.2. dos efeitos pretendidos pela mensagem transmitida........................................................................................................ 4.3. dos conhecimentos culturais que com elas se relacionam (autor, época, símbolos).................................................. 5. Construí uma linha de leitura lógica com o co(n)texto apresentado pelo texto ..................................................................... 6. Detetei a utilização de recursos estilísticos ligados ao trabalho:............................................................................................. 6.1. das ideias/da informação transmitida ................................................................................................................................... 6.2. da construção ou desconstrução das frases/dos versos ................................................................................................. 6.3. da seleção de sons .................................................................................................................................................................. 7. Reconheci o processo de construção de linguagem que evidencia esses recursos:............................................................ 7.1. descrevendo-o ........................................................................................................................................................................... 7.2. atribuindo-lhe um significado de acordo com o texto ....................................................................................................... 8. Comparei as realizações estilísticas com outras de natureza mais corrente na utilização da língua: .............................. 8.1. sublinhando as diferenças significativas.............................................................................................................................. 8.2. interpretando-as à luz das motivações significativas propostas no texto..................................................................... 9. Detetei como a organização gráfica do texto se revela significativa para a mensagem, tendo em conta,........................ 9.1. a organização em parágrafos/em estrofes segundo a progressão da informação........................................................ 9.2. a exploração de efeitos rítmicos (extensão de frase/verso, sílabas mais destacadas, organização e/ou repetição de estruturas sintáticas) .............................................................................................................................. 9.3. a construção de jogos sonoros e/ou rimáticos de acordo com a mensagem transmitida........................................... 10. Avaliei o texto em termos da minha experiência/vivência pessoal e do meu gosto ........................................................... 11. Relacionei o texto com outros que nele ecoam/se fazem “ler”. ..............................................................................................

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NÃO

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Testar (avaliação formativa)

B.

(págs. 266-269)

1.1. a) Modificador (do grupo verbal), b) sujeito, c) complemento direto, d) modificador (do grupo nominal restritivo), e) modificador (do grupo nominal restritivo). 1.2. Assinalar o quadrado correspondente a 'frase complexa com três orações, duas finitas e uma não finita'. 2.1. a) Interjeição, b) adjetivo, c) pronome relativo, d) verbo (forma do gerúndio); e) nome (contável).

A. 1.1. Temporalmente, o relato situa-se numa manhã de março (“Em março”/“Que meigas/As horas antes do almoço!”). Quanto ao espaço, todos os elementos remetem para o campo (“Fartam-se as vacas nas veigas/E um pasto orvalhado e moço”, “E os campos, milhas e milhas,”).

C. 2.1.Os versos que comprovam a comparação da terra a uma figura feminina são: “Que mocetona e que jovem/A terra!”, “Cresce o relevo dos montes,/ Como seios ofegantes;”, “Toda a paisagem se doura;/Tíbida ainda, que fresca!/Bela mulher, sim senhora,”.

3.1.Na oitava estrofe, iniciada pelo articulador adversativo “Mas”, assiste-se a uma mudança de assunto. Realmente, neste momento são destacados os aspetos geradores de disforia, de tristeza, uma vez que se faz referência à infertilidade dos solos e à consequente necessidade de abandonar as terras em busca de melhores condições.

4.1.No poema destacam-se as dicotomias fertilidade/infertilidade; primavera/inverno; sol/chuva; a fidalga/as pequenas da sua ama (rico/pobre). A primeira oposição é percecionada quando se referem as produções do campo, a fertilidade dos prados e, posteriormente, se salienta os “solos bravos, maninhos/Que expulsam seus habitantes.”. As duas estações surgem explicitadas em versos como: “Nesta manhã pitoresca,/Primaveral, criadora!” e “O inverno deixou-nos.”A distinção entre ricos e pobres está configurada nos versos: “Ao meio dia na cama,/Branca fidalga o que julga/Das pequenas da su’ama?!/Vivem minadas da pulga,/Negras do tempo e da lama.

Os critérios de correção da atividade escrita proposta passam pela consideração dos seguintes itens: – a obediência à linha temática proposta (imagem representada), bem como os tópicos/as funções sugeridos (elementos compositivos da imagem, cores dominantes, sensações despertadas, relação com poesia de Cesário Verde); – o respeito pelo género de texto proposto (texto expositivo-argumentativo); – a extensão quanto ao limite de palavras (200250 palavras); – a correção da escrita (coerência de informação, estruturação do texto, sintaxe, seleção vocabular, pontuação, acentuação, ortografia) – enquadramento dos erros ortográficos, entre outros, nos indicadores seguintes: a) ausência, colocação errada ou desenho ambíguo do acento; b) troca de acento grave por agudo, ou do til por circunflexo, etc.; c) incorreta translineação de palavras; d) ausência de duplo hífen na translineação de palavras que já contenham hífen; e) incorreta utilização de maiúscula e de minúscula; f) utilização incorreta de grafemas.

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SUPORTE TEXTUAL DOS REGISTOS ÁUDIO E VÍDEO

Os registos áudio e vídeo encontram-se disponíveis, em formato editável, em .

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Sequência 1 Ouvir/Falar (Pág. 20) O PEIXE Sob a superfície das águas da terra existe outro mundo mais vasto do que o nosso: é o mundo dos peixes - senhores de três quartos do planeta, com mais espécies do que todas as aves, répteis, anfíbios e mamíferos juntos. Tem no seu signo, Peixes, o símbolo do renascimento e regeneração. Peixes… o último signo do zodíaco; o signo que traz às constelações o ciclo completo, talvez devido ao ciclo da vida deste peixe: o salmão, o rei dos peixes. Incomparável em agilidade, em agudeza de sentidos, em memória, em vigor e inteligência, o salmão é a maravilha das profundezas. A sua vida é uma viagem épica. Nascido em águas correntes pouco profundas, o salmão vê mais do mundo do que muitos de nós. Durante a sua vida, ele nada milhares de quilómetros, rio abaixo até à foz e, depois, no vasto oceano, através de muitas águas e habitats para, finalmente, voltar ao exato lugar do seu nascimento. Onde quer que o salmão vá, o Homem segue-o. Durante mais de oito mil anos, este peixe providenciou a principal fonte de alimentação para 50 mil nativos tribais, vivendo ao longo dos rios no nordeste da costa americana. Eles constroem as suas vidas à volta do salmão e da sua viagem, e os seus descendentes ainda se intitulam hoje “o povo salmão”. O oceano Atlântico contém mais de um milhão de milhões de arenques – 500 vezes todos os seres humanos do planeta. Se os habitantes das águas planeassem tomar o mundo amanhã e invadissem a terra, esta ficaria completamente coberta e empilhada, muitas vezes à altura de um homem, com peixe. Apesar da sua variedade, a maioria dos peixes tem a mesma estrutura básica: um esqueleto espinhoso suportado por uma coluna vertebral; para flutuar, uma bexiga-natatória; um saco parcialmente cheio de ar, para que não boiem nem se afundem; barbatanas, para se movimentarem e manobrarem; e para respirar, o peixe usa guelras, que se enchem de água e a passam para uma superfície com pregas apertadas, rica em vasos sanguíneos, dez vezes maior do que toda a área de pele do peixe. O peixe possui também a proteção subaquática perfeita: escamas - pequenas placas transparentes constituídas de osso duro, para resistência, e sobrepondo-se, para flexibilidade e movimento. Copiadas por alguns para proteção e por outros para estilo, ajudam o peixe a deslizar através da água. A maioria dos peixes nada em movimentos escoliantes em ‘S’. Começa por uma ligeira torção de cabeça para os lados, que aumenta ao longo do corpo, deslocando a água para os lados e para trás. Assim, o peixe tem que se deslocar para a frente, com uma forma tão suave que tem sido imitada sempre que a aerodinâmica é essencial. Não existe cor conhecida que não seja encontrada no corpo de um peixe, algures. Nenhum outro grupo de animais tem um aumento de tamanho tão grande desde que saem dos ovos até atingirem a maturidade como os peixes ou tamanha diferença em volumes (do góbio pigmeu anão, do tamanho de uma tacha, à baleia-tubarão, que poderia bloquear completamente uma autoestrada com seis vias) ou em velocidade (do cavalo-marinho com uma fraca barbatana dorsal, que se move a uns meros 16 metros por hora, ao veleiro). Mas existe uma enorme fronteira que divide todos os peixes em dois grupos totalmente diferentes: a barreira entre o rio e o mar. Entre a água doce e a água salgada. Mas existem alguns peixes que conseguem atravessar essa barreira, e o salmão é um deles, transformando a química do seu corpo de peixe de rio para outra completamente adaptada à água salgada do mar. Agora com um ano de idade e pesando menos de meio quilo, o jovem salmão entra no vasto domínio do oceano.

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Comer e não ser comido. Ataque e defesa. Muitos peixes comem nada de mais excitante do que plâncton. A imagem de ser engolido levou às histórias dos marinheiros como Jonas a ser engolido por criaturas das profundezas. A mais comum forma de defesa e de ataque e, sem dúvida, a mais surpreendente é a camuflagem: dos surpreendentes peixes-facas, entre as plantas, a muitos peixes de águas expostas que têm dupla camuflagem, tomando os tons do seu meio ambiente, por cima e por baixo. Disfarce e discrição foram essenciais aos primeiros cristãos para fugirem às perseguições e à morte: eles usavam códigos e símbolos para se reconhecerem mutuamente, e o seu símbolo principal era o peixe. Escolheram este símbolo, porque, em grego, as iniciais da frase Jesus Cristo filho de Deus, o Salvador escrevia a palavra peixe. O cardume, como a colmeia na terra, é a comunidade suprema subaquática. O cardume leva os indivíduos para águas ricas em alimento, enquanto alguns encontram parceiros dentro do cardume - a segurança de casar com o rapaz da porta ao lado. Mas, acima de tudo, o cardume oferece, talvez, a derradeira defesa: a segurança dos números. Um denso cardume movendo-se como um só pode parecer uma única criatura muito maior, com cada peixe usando as suas linhas laterais para sentir o movimento do cardume e responder instantaneamente. Como é que um peixe funciona nesta perfeita harmonia? São os seus sentidos apurados? Muitos peixes têm uma surpreendente boa visão, distinguindo diferentes listas, pintas ou reflexos da sua própria espécie. Alguns têm olhos que podem ver tanto para baixo como para cima da água. O peixe possui outros sentidos: o seu ouvido interno sente a pressão das ondas, da mesma forma que os nossos ouvidos sentem o que se passa à nossa volta em três dimensões. É isto que permite ao peixe orientar-se. O dorso-tonto que se alimenta do que está sob o recife não quer saber se está virado ao contrário. É para ser mais fácil encontrar a comida. Mais estranhas são as enguias, que navegam usando eletricidade. Usam 6 mil células elétricas no seu corpo para emitir pequenas ondas por choque e sentir o que as rodeia ou aumentar o poder para matar as suas presas, com uma súbita descarga de 500 volts. Mas o mais intrigante de tudo: Será que os peixes falam? A resposta é sim - muitos, em alta frequência e inaudível para nós, mas falam. Os peixes fazem ruídos quase o tempo todo: para se reproduzirem, navegarem, ameaçarem e cooperarem. O scorpaena, com dois metros de comprimento, é o anfitrião de pequenos bodiões limpadores, mesmo na sua boca. O scorpaena fica com os dentes limpos e os bodiões ganham uma refeição pela qual não tiveram que lutar. Mas uma das mais estranhas relações de todas é a do góbio com o camarão. O camarão alfeídeo é um escavador prodigioso, mas tem uma visão muito má. Não consegue ver o perigo ou encontrar o seu caminho de volta a casa quando sai em busca de alimento. O góbio, que também gosta de viver em túneis, não os consegue escavar; no entanto, tem uma visão muito apurada. Por isso, os dois vivem juntos. O góbio fica de guarda à entrada do túnel, alerta para qualquer perigo, enquanto o camarão recolhe comida e conserva o túnel limpo. A maior parte do tempo mantém contacto com o góbio através da sua longa antena. E se o camarão se afasta muito da entrada do túnel, o góbio vai à sua procura. Estabelece contacto e acompanha-o a casa. Empreendimento e perfeita cooperação. Para o homem, o principal valor do peixe tem sido sempre como fonte de alimento. O esturjão fornece o alimento mais caro do mundo: o caviar beluga. Esta iguaria de ovas de peixe é tão valiosa que já foram escritas canções sobre um esturjão que continha 150 quilos de caviar. O homem criou muitas superstições à volta dos peixes: o primeiro salmão pescado dá má sorte e deve ser devolvido ao mar; a tenca aplicada nos pés cura a icterícia; cerveja na qual foi mergulhado peixe faz bem à tosse convulsa, embora faça mal ao peixe. Mas tradicionalmente, é ao salmão que atribuem as boas notícias. No País de Gales diz-se que um salmão atrevido saltava da água e piscava o olho a mulheres casadas. Depois de dois a seis anos nos mares, o salmão sente a necessidade de regressar a casa, ao rio onde nasceu. Usando unicamente a sua memória e um surpreendente olfato, consegue-o, atravessando centenas

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de quilómetros no oceano, e encontra aquele mesmo rio. Na foz do rio, o corpo do salmão tem que se readaptar à água doce e ele espera calmamente que esta última transformação se complete. Não parando uma única vez para se alimentar, o salmão vai perdendo forças conforme nada rio acima. Nesta tentativa, todos os seus companheiros enfraquecem e muitos morrem. Consoante a necessidade de reprodução aumenta, o peixe luta para ultrapassar qualquer obstáculo, para saltar qualquer barreira. O salmão completou a sua viagem e agora procriará. A fêmea escava um buraco onde os dois viajantes ficarão juntos. Dos três a cinco mil ovos, só um ou dois salmões completarão este ciclo. Agora, muitos destes adultos exaustos deixar-se-ão levar pela corrente para morrer. A tarefa está cumprida. Os ovos eclodirão e um novo ciclo de vida iniciar-se-á. Como peixe, o renascimento; o peixe ecoando o nosso próprio nascimento; o nosso primeiro antepassado vivo, sobrando de um mundo mais vasto do que o nosso e, no entanto, ainda tão fora do nosso alcance.

Sequência 2 Ouvir/Falar (pág. 55) C. SUPORTE TEXTUAL 1: Transcrição de excerto de discurso argumentativo (discurso político) (Em sessão parlamentar de 9 de outubro de 1837) (excertos) Três são as diversas posições em que pode colocar-se o homem público, o homem chamado a pronunciar sobre questões de gravidade e importância da que hoje tratamos. A primeira e a mais fácil é seguramente a daquele que nem por si a toma; que levado da torrente das opiniões, e cuidando dirigir as turbas, quando não é senão empurrado por elas, imaginando-se forte só porque se pôs do lado da força, vai com o poder que reina, está pela potência que impera. Esta posição é, como disse, a mais fácil, e para certos olhos (ainda bem que não para os meus!) a mais brilhante: os aplausos estão em roda dela, as recompensas lhe chovem em cima; e coroado há de ser decerto quem a ocupa; que seja das folhas de carvalho do repúblico tribuno, ou das pérolas feudais do barão aristocrático, a diferença está na forma, a coroa é a mesma, vale e significa poder, ganhou-se e deu-se pelo mesmo modo. Quase tão fácil é a segunda posição, (fácil de tomar, entendo) aparentemente mais nobre, nem sempre mais desinteressada; mas sem dúvida mais lisonjeira para o amor próprio de quem a escolheu por sua, é a daqueles que aparentando (Deus sabe às vezes com que ânimo) integridades de Catão, parecem pleitear justiça com os céus, praz-lhes a causa vencida, só porque o é, defendem quando está debaixo, só porque o está; e justa ou injusta, é sua sempre a parte dos que se dizem oprimidos. Não é tão independente como talvez parece esta posição, nem lhe faltam vantagens. Nela se formam muitas vezes reputações que aliás fora impossível adquirir: também lhe sobejam aplausos; e lá está, mais longe sim mas não mais incerta, a perspetiva da recompensa, a querida esperança do galardão! A história de todas as revoluções nos apresenta, sempre e pelo mesmo modo, forte e numerosamente ocupadas estas duas posições. Ambas são as da ambição; para elas vai, para elas forçosamente há de ir a máxima parte dos homens. Terceira posição há – difícil, desgraçada e árdua, de poucos seguida, de poucos entendida, caluniada dos muitos; pode-se quase dizer que desprezada de todos. Raros a ocupam, raros deixaram ainda de morrer

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nela sós como entraram, abandonados e malquistos. Na peleja nem um voto os anima: os aplausos da vitória não os têm, que não há vitória para eles; na desgraça nem simpatias, porque não dão esperanças; na boa fortuna… onde há boa fortuna para os justos e inteiros? […] […] Detestado de inimigos, aos seus próprios mal aceito, não lhe resta senão o testemunho de sua consciência – que muito é todavia que é tudo para almas assim temperadas! É a voz de Deus, é a voz íntima e inspirada, que soa mais alto do que soariam babéis de todas as vozes dos homens reunidas, quando bate no coração do homem honrado, e lhe diz: fizeste bem. Por esta posição optei, conhecendo-lhe bem os dezares. E os cárceres, os exílios, os degredos, as vexações de todas a espécie, as calúnias de toda a parte, que há dezassete anos me tem custado, não puderam ainda senão rebitar os pregos da cruz com que me abracei voluntário, e em que antes desejo morrer escarnecido e vituperado, do que merecer triunfos, do que ver decretada minha apoteose por quaisquer dominadores da terra. Colocado nesta posição não hei de nunca ser o homem de ninguém (bem sei), mas hei de sê-lo de mim mesmo e da minha consciência. Bem sei que para mim não há, não pode haver, nem o favor dos palácios, nem a aura dos comícios. Abnegação que (devo em lealdade dizê-lo) para outros seria grande, mas é insignificante da minha parte: o único estado e profissão que tenho e prezo, nem de uns nem de outros depende; e a ambição que ainda pode algum tanto comigo, não são eles que a satisfazem. O pobre homem de letras tem ao menos esta vantagem. Aceito pois com resignação todas as condições da posição isolada que escolhi; renuncio até ao direito de me queixar, que minha só é a culpa do que eu só, e por minhas mãos, e bem sabendo o que fazia, me preparei. Com este espírito e tenções entro no exame da questão, que hoje tratamos, e que tão fácil é em sua tese, quanto difícil e complicada a têm feito na hipótese, não os princípios, senão as circunstâncias, que aqui vem forçosamente meter paixões, interesses, ódios e simpatias pessoais, que tão estranhos deveram ser-lhe. Desejo restituí-la à sua primitiva simplicidade, e vou pôr peito em consegui-lo. […] Não acho que valha a pena de tanto debate, como tenho visto dar-lhe, a questão de se a câmara encarregada de rever as leis, depois de votadas pela verdadeira representação nacional, e antes de as apresentar à sanção real, deve ou não ser composta, deve ou não ser considerada como composta de representantes da nação, no sentido restrito, e diretamente ou indiretamente por ela escolhidos. O que sobre tudo devemos querer é que ela funcione bem, e preencha o fim para que é estabelecida. Corpos do Estado tenho eu visto declarar representantes da nação, e não os reconhecer ela por tais; e merecerem outros sua confiança plena, e por ela de facto serem havidos como esses, conquanto o não diga a lei escrita do país. Discursos Parlamentares, Obras completas de Almeida Garrett, (edição revista, coordenada e dirigida pelo Dr. Teófilo Braga), Lisboa, Empresa de História de Portugal, 1904 (texto com supressões)

Ouvir/Falar (pág. 70) B.1 SUPORTE TEXTUAL 2: Transcrição de excerto de sermão vieirino (Sermão XXVII, da série “Maria, Rosa Mística”), segundo o segmento ouvido no filme “Palavra e Utopia”, de Manuel de Oliveira "Uma das grandes coisas que se veem hoje no mundo, e nós pelo costume de cada dia não a admiramos, é a transmigração imensa de gentes e nações, que da África continuamente estão passando a esta América. (…) Entra uma nau de Angola e desova no mesmo dia quinhentos, seiscentos e, talvez, mil

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escravos. (…) Estes atravessam o mar oceano na sua maior largura e passam da mesma África à América para viver e morrer cativos. (…) O que geram os pais e o que criam a seus peitos as mães é o que se vende e o que se compra. Oh trato desumano, em que a mercancia são homens! Oh mercancia diabólica, em que os interesses se tiram das almas alheias, e os riscos são das próprias! (…) Os senhores nadando em ouro e prata, os escravos carregados de ferros; os senhores tratando-os como brutos, os escravos adorando-os e temendo-os como deuses; os senhores em pé apontando para o açoute como estátuas da soberba e da tirania, os escravos prostrados com as mãos atadas atrás como imagens vilíssimas da servidão e espetáculo da extrema miséria. Oh! Deus! (…) Estes homens não são filhos do mesmo Adão e da mesma Eva? Estas almas não foram resgatadas com o sangue do mesmo Cristo? Estes corpos não nascem e morrem como os nossos? Não respiram com o mesmo ar? Não os cobre o mesmo céu ? Não os aquenta o mesmo sol? Que estrela é logo aquela que os domina, tão triste, tão inimiga, tão cruel? E que cousa há na confusão deste mundo mais semelhante ao inferno que qualquer um destes engenhos?" (Sermão pregado na Baía, em data incerta) (texto com supressões)

Ler (pág. 71) A.2 e 3 SUPORTE TEXTUAL 3: Transcrição de excerto de sermão vieirino “Sermão da Sexagésima”, pregado na Capela Real de Lisboa, em 1655 “Já que falo contra os estilos modernos, quero alegar por mim o estilo do mais antigo pregador que houve no mundo. E qual foi ele? – O mais antigo pregador que houve no mundo foi o Céu. (...) Suposto que o Céu é pregador, deve de ter sermões e deve de ter palavras. (…) E quais são estes sermões e estas palavras do Céu? – As palavras são as estrelas, os sermões são a composição, a ordem, a harmonia e o curso delas. (…) Todas as estrelas estão por sua ordem; mas é ordem que faz influência, não é ordem que faça lavor. Não fez Deus o Céu em xadrez de estrelas, como os pregadores fazem o sermão em xadrez de palavras. Se de uma parte está Branco, da outra há de estar Negro; se de uma parte está Dia, da outra há de estar Noite ; se de uma parte dizem Luz, da outra hão de dizer Escuridão ; se de uma parte dizem Desceu, da outra hão de dizer Subiu. Basta que não havemos de ver num sermão duas palavras em paz? Todas hão de estar sempre em fronteira com seu contrário? Aprendamos do Céu o estilo da disposição, e também das palavras. Como hão de ser as palavras? Como as estrelas . As estrelas são muito distintas e claras. Assim há de ser o estilo da pregação: muito distinto e muito claro . E nem por isso temais que pareça o estilo baixo; as estrelas são muito distintas e muito claras e altíssimas. O estilo pode ser muito claro e muito alto; tão claro que o entendam os que não sabem, e tão alto que tenham muito que entender nele os que sabem. O rústico acha documentos nas estrelas para sua lavoura, e o mareante para sua navegação, e o matemático para as suas observações e para os seus juízos. De maneira que o rústico e o mareante, que não sabem ler nem escrever, entendem as estrelas , e o matemático, que tem lido quantos escreveram, não alcança a entender quanto nelas há. Tal pode ser o sermão: estrelas, que todos as veem, e muito poucos as medem. Sim, Padre; porém esse estilo de pregar não é pregar culto. Mas fosse! Este desventurado estilo que hoje se usa, os que o querem honrar chamam-lhe culto; os que o condenam chamam-lhe escuro, mas ainda lhe fazem muita honra. (…). É possível que somos portugueses, e havemos de ouvir um pregador em português, e não havemos de entender o que diz?” Padre António Vieira, in “Sermão da Sexagésima” (texto com supressões)

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Os testes formativos encontram-se disponíveis, em formato editável, em

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Testes formativos Sequência 1 A. Leia, atentamente, o seguinte excerto: Do homem público à vida PRIVADA José Machado Pais

O LUGAR DA MULHER POR OPOSIÇÃO AO DO HOMEM O espaço público sempre foi gerido maioritariamente por homens. Uma «mulher pública» era, outrora, uma mulher de reputação duvidosa, uma «mulher da vida», uma prostituta. Por isso, quando, em meados do século passado, a mulher burguesa conquista o espaço público da cidade e o direito a passear-se pelas ruas chiques da moda, surgem por toda a Europa, concomitantemente, os projetos de regulamentação da prosti5 tuição, com a finalidade de proibir a circulação de prostitutas por esses novos espaços burgueses. (…) Mas a larga maioria das mulheres sempre viveu presa à sua domesticidade, vinculada à família e à infância. E quando a Revolução Industrial provocou a separação entre a esfera de produção doméstica e a esfera mercantil, à condição de doméstica atribuiu-se uma categorização económica que, sobretudo, vincava a sua suposta inatividade. Ideologicamente, o trabalho apenas aparecia vinculado à produção e somente esse tra10 balho tinha valor monetário. As estatísticas oficiais ainda hoje consideram as mulheres domésticas como inativas, desvalorizando o seu trabalho intenso e quotidiano, sem o qual seria impossível a sobrevivência de muitas famílias. A domesticidade das mulheres corresponde, pois, a uma construção social do género feminino, que as tem excluído de pertencerem, em igualdade de condições com os homens, ao espaço público e ao usufruto 15 dos correspondentes direitos de cidadania. A universalização do direito de voto, consagrando-o também às mulheres, ocorreu apenas há menos de um século. É certo que, a finais deste milénio, a influência das mulheres na política aumentou, mas de forma ainda residual. Por outro lado, continuam a ser cidadãs de segunda no plano laboral e, enquanto trabalhadoras, persistem vítimas de uma sobrecarga de tarefas domésticas – em regime de acumulação, na maior parte dos 20 casos, com as atividades profissionais. A emancipação das mulheres tem sido uma longa e dura batalha que está para durar. (…) in Notícias do Milénio, 1999

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B. Responda às instruções formuladas, utilizando frases completas e contextualizadas: 1. Atente no título e no subtítulo do excerto. 1.1. Explique o significado que os adjetivos presentes lhe sugerem. 1.2. Apresente um significado da palavra “PRIVADA” associado a negação, exemplificando com uma frase construída por si. 1.3. Expresse a sua opinião relativamente à utilização da palavra “oposição” no subtítulo, tendo em conta o contexto em que surge. 2. Complete as seguintes frases, recorrendo à informação do texto lido. 2.1. Quando a mulher burguesa adquiriu o direito de se movimentar no espaço público, … 2.2. Embora o trabalho doméstico, por tradição atribuído à mulher, seja imprescindível e muito intenso, … 2.3. A necessidade de a mulher que trabalha também se dedicar à vida doméstica impede-a… 2.4. Apesar de terem ocorrido algumas mudanças, a mulher necessita de despender um esforço muito maior do que o homem para intervir no espaço público, uma vez que… 2.5. A luta pela emancipação das mulheres dura há séculos e… 3. Reescreva o primeiro período do texto, iniciando-o por “Os homens…”. 4. Registe, por suas próprias palavras, o significado do período que abre o segundo parágrafo. 5. Atente no início do terceiro parágrafo: “A domesticidade das mulheres corresponde, pois, a uma construção social do género feminino, (…)”. 5.1. Explique a utilização do conector “pois” neste segmento. 5.2. Descreva o processo de formação de palavras implicado na passagem da palavra derivante ‘doméstica’ para ‘domesticidade’. 6. Atente na última frase do texto. 6.1. Explicite o significado atribuído às palavras “dura” e “durar”. 6.2. Explique a expressividade dos dois complexos verbais aí utilizados. 7. Escreva, em cerca de 50-70 palavras, o assunto do texto. 8. Complete o quadro apresentado, seguindo o exemplo: Nome

Verbo

Adjetivo

Advérbio

Espaço

Espaçar

Espaçoso

Espaçosamente

Gerir Reputação Duvidosa Industrial Vinculada Económica Influência Laboral

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C. Construa, agora, o seu próprio texto: inspire-se no exemplo A, no caso de pertencer ao sexo feminino, ou no exemplo B, para o masculino. Escreva uma carta de reclamação (com cerca de 150/200 palavras), dirigida a quem de direito (que obviamente poderá imaginar), e inspirado(a) no assunto das seguintes propostas: A Imagine que se candidatou a um emprego para o lugar de motorista de transportes públicos e foi preterida em relação a um homem que também se candidatara ao mesmo cargo. B Imagine que se candidatou a um emprego para o lugar de balconista de uma loja de perfumes/roupa femininos(a) e foi preterido em relação a uma jovem que também se candidatara ao mesmo cargo.

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Sequência 2 A. Leia, atentamente, o seguinte excerto do Sermão de Santo António, de Pe. António Vieira, para, depois, responder às instruções formuladas com frases completas e contextualizadas: “Mas já que estamos nas covas do mar, antes que saiamos dela, temos lá o irmão polvo, contra o qual têm suas queixas, e grandes, não menos que S. Basílio e Santo Ambrósio. O polvo com aquele seu capelo na cabeça parece um monge; com aqueles seus raios estendidos, parece uma estrela; com aquele não ter osso nem espinha, parece a mesma brandura, a mesma mansidão. E debaixo desta aparência tão modesta, ou desta hipocrisia tão santa, testemunham constantemente os dois grandes Doutores da Igreja latina e grega que o dito polvo é o maior traidor do mar. Consiste esta traição do polvo primeiramente em se vestir ou pintar das mesmas cores de todas aquelas cores a que está pegado. As cores que no camaleão são gala, no polvo são malícia; as figuras, que em Proteu(1) são fábula, no polvo são verdade e artifício. Se está nos limos, faz-se verde; se está na areia, faz-se branco; se está no lodo, faz-se pardo; e se está em alguma pedra, como mais ordinariamente costuma estar, faz-se da cor da mesma pedra. E daqui que sucede? Sucede que outro peixe, inocente da traição, vai passando desacautelado, e o salteador que está de emboscada dentro do seu próprio engano, lança-lhe os braços de repente, e fá-lo prisioneiro. Fizera mais Judas? Não fizera mais, porque nem fez tanto. Judas abraçou a Cristo, mas outros o prenderam; o polvo é o que abraça e mais o que prende. Judas com os braços fez o sinal, e o polvo dos próprios braços faz as cordas. Judas é verdade que foi traidor, mas com lanternas diante; traçou a traição às escuras, mas executou-a muito às claras. O polvo, escurecendo-se a si, tira a vista aos outros e a primeira traição e roubo que faz é a luz, para que não distinga as cores. Vê, peixe aleivoso e vil, qual é a tua maldade, pois Judas em tua comparação já é menos traidor!” (…) Vejo, Peixes, que pelo conhecimento que tendes das terras em que batem os vossos mares, me estais respondendo e convindo, que também nelas há falsidades, enganos, fingimentos, embustes, ciladas e muito maiores e mais perniciosas traições. (…) Mas ponde os olhos em António, vosso pregador, e vereis nele o mais puro exemplar da candura, da sinceridade e da verdade, onde nunca houve dolo, fingimento ou engano. E sabei também que, para haver tudo isto em cada um de nós, bastava antigamente ser português, não era necessário ser santo. VOCABULÁRIO ______________________________ (1) Designação atribuída a St.° António

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1. Localize este excerto no sermão, justificando a resposta segundo o seu esquema global de construção. 2. O orador focaliza, no primeiro parágrafo, um peixe em particular, sendo este assumido como assunto e como recetor do sermão. 2.1. Delimite, no excerto, o momento em que este peixe é tomado como assunto. 2.2. Aponte as marcas linguísticas que evidenciam a presença deste como recetor do discurso. 2.3. Refira, exemplificando, os tipos de sensações utilizados para a caracterização dos peixes. 2.4. Identifique a tese defendida pelo orador nesse parágrafo. 2.5. Justifique a intencionalidade do orador ao referir-se à “hipocrisia tão santa” desse peixe. 2.6. Indique um sinónimo da palavra sublinhada no excerto, reescrevendo a frase com as alterações que considerar necessárias. 3. Refira duas figuras de estilo utilizadas neste excerto do sermão, explicando a respetiva expressividade. 4. Atente no último parágrafo do excerto. 4.1. Identifique os referentes das palavras destacadas a negrito. 4.2. Demonstre a expressividade de estruturas comparativas presentes neste parágrafo. 4.3. Explicite o valor lógico do articulador/conector apresentado no segmento seguinte: “… ponde os olhos em António, vosso pregador, e vereis nele o mais puro exemplar da candura…” 5. Explique a estratégia do sermão proferido por Pe. António Vieira ao dirigir-se aos peixes.

B. Escreva, agora, um texto argumentativo, com cerca de 200-250 palavras, inspirado(a) na ideia proposta. “Ganharás o pão com o suor do teu rosto” Assim nos foi imposto E não: “Com o suor dos outros ganharás o pão”. Sophia de Mello Breyner Andresen, in “As Pessoas Sensíveis”, Grades (1970)

Oriente a sua produção de um texto, com introdução-desenvolvimento-conclusão, segundo os tópicos adiantados: • posição pessoal relativamente à mensagem presente nos versos transcritos; • defesa (ou não) de uma relação possível entre a mensagem dos versos e o sermão vieirino; • atualidade das palavras proferidas por Pe. António Vieira, no século XVII.

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Sequência 3 A. Leia, atentamente, o seguinte excerto do Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett. MARIA (Saindo pela porta da esquerda e trazendo pela mão a Telmo, que parece vir de pouca vontade.) – Vinde, não façais bulha, que minha mãe ainda dorme. Aqui, aqui nesta sala é que quero conversar. E não teimes, Telmo, que fiz tenção e acabou-se. TELMO – Menina!... 5 MARIA – “Menina e moça me levaram de casa de meu pai”(1): é o princípio daquele livro tão bonito que minha mãe diz que não entende; entendo-o eu. Mas aqui não há menina nem moça; e vós, senhor Telmo Pais, meu fiel escudeiro, “faredes o que mandado vos é”. E não me repliques, que então altercamos, faz-se bulha, e acorda minha mãe, que é o que eu não quero. Coitada! Há oito dias que aqui estamos nesta casa, e é a primeira noite que dorme com sossego. Aquele palácio a arder, aquele povo a gritar, o rebate dos sinos, aquela cena toda... oh! Tão grandiosa e sublime, que a mim me encheu de maravilha, que foi um 10 espectáculo como nunca vi outro de igual majestade!... À minha pobre mãe aterrou-a, não se lhe tira dos olhos: vai a fechá-los para dormir e diz que vê aquelas chamas enoveladas em fumo a rodear-lhe a casa, a crescer para o ar, e a devorar tudo com fúria infernal... O retrato de meu pai, aquele do quarto de lavor(2) tão seu favorito, em que ele estava tão gentil-homem(3), vestido de Cavaleiro de Malta(4) com a sua cruz branca no peito, – aquele retrato, não se pode consolar de que lho não salvassem, que se queimasse ali. 15 Vês tu? Ela que não cria em agouros, que sempre me estava a repreender pelas minhas cismas, agora não lhe sai da cabeça que a perda do retrato é prognóstico fatal de outra perda maior que está perto, de alguma desgraça inesperada, mas certa, que a tem de separar de meu pai. E eu agora é que faço de forte e assisada, que zombo de agouros e de sinas... para a animar, coitada!... que aqui entre nós, Telmo, nunca tive tanta fé neles. Creio, oh! se creio! que são avisos que Deus nos manda para nos preparar. E há... oh! 20 há grande desgraça a cair sobre meu pai... decerto, e sobre minha mãe também, que é o mesmo. TELMO (Disfarçando o terror de que está tomado.) – Não digais isso... Deus há-de fazê-lo por melhor, que lho merecem ambos. (Cobrando ânimo e exaltando-se.) Vosso pai, D. Maria, é um português às direitas. Eu sempre o tive em boa conta; mas agora, depois que lhe vi fazer aquela acção, – que o vi, com aquela alma 25 de português velho, deitar as mãos às tochas e lançar ele mesmo o fogo à sua própria casa, queimar e destruir numa hora tanto do seu haver, tanta coisa do seu gosto, para dar um exemplo de liberdade, uma lição tremenda a estes nossos tiranos... Oh minha querida filha, aquilo é um homem. A minha vida, que ele queira, é sua. E a minha pena, toda a minha pena é que o não conheci, que o não estimei sempre no que ele valia. 30 MARIA (Com lágrimas nos olhos e tomando-lhe as mãos.) – Meu Telmo, meu bom Telmo!... É uma glória ser filha de tal pai: não é? Dize. TELMO – Sim, é. Deus o defenda! NOTAS ______________________________ (1) Com estas palavras inicia uma novela sentimental de Bernardim Ribeiro (séc. XVI). Nela são relatados os amores infelizes de dois jovens e também nela se observam vários enigmas. (2) Sala dos lavores, onde se executam trabalhos de renda, bordados, ou de costura. (3) Fidalgo. (4) A Ordem de Malta só admitia cavaleiros da mais distinta fidalguia, o que confirma a estirpe social de Manuel de Sousa.

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1. Considere a estrutura global do texto garrettiano trabalhado. 1.1. Localize o excerto lido, resumindo, em cerca de 40-50 palavras, o sucedido até ao momento considerado. 1.2. Compare o início deste segundo ato (cena 1) com o início do primeiro ato (cena 1), tendo em conta a atitude das personagens envolvidas. 2. Na segunda réplica de Maria são evocados dois elementos temáticos fulcrais do ato anterior. 2.1. Identifique esses elementos temáticos. 2.2. Apresente o posicionamento de Maria relativamente a esses dois elementos temáticos. 2.3. Caracterize o tipo de relação que Maria assume com o seu interlocutor, apoiando-se nas formas de tratamento por ela reveladas nesta réplica. 2.4. Explicite os referentes dos pronomes “o” e “lhe” presentes no segmento “… não se pode consolar de que lho não salvassem, ...” (linha 15) 3. O caráter fatídico do acontecimento evocado está evidenciado na mesma sequência dialogal. 3.1. Evidencie os aspetos que aí podem ser considerados fatalistas. 3.2. Indique em que medida os receios de D. Madalena são indícios da tragédia que vai ocorrer. 3.3. Confirme a presença de um pendor religioso na caracterização da personagem Maria. 4. A penúltima réplica de Telmo revela uma mudança atitudinal face a Manuel de Sousa Coutinho. 4.1. Indique o motivo e em que sentido se faz essa mudança de atitude. 4.2. Justifique a utilização das vírgulas presentes no período “Vosso pai, D. Maria, é um português às direitas.” (linha 23) 4.3. Reescreva o segmento anterior substituindo o modificador presente por um adjetivo. 4.4. Explique o significado lógico do articulador sublinhado no segmento “A minha vida, que ele queira, é sua.” 5. Atente na última réplica de Maria. 5.1. Relacione a didascália apresentada com o discurso proferido pela personagem. 6. O excerto termina com uma réplica breve de Telmo. 6.1. Comente a expressividade dos tipos de frases nela contidos.

B. O texto dramático tem especificidades com as quais contactou ao longo desta sequência de aprendizagem. Elabore uma sequência dramática que retrate um possível encontro entre Maria e Manuel de Sousa Coutinho e na qual este toma conhecimento do diálogo que a filha mantivera com Telmo. Contemple, na sua produção escrita, os seguintes critérios: – utilização de didascálias para situar a ação no espaço e no tempo, bem como para caracterizar movimentos/falas dos interlocutores; – formulação de três turnos de fala para cada personagem; – adequação do discurso às personagens; – correção na ortografia, na construção sintática e na seleção vocabular; – expressividade da pontuação.

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Sequência 4 A. Leia, atentamente, o seguinte excerto de Os Maias, de Eça de Queirós, para depois responder às instruções formuladas de forma completa e contextualizada As senhoras estavam falando da dor do doutor juiz de direito. Costumava dar-lhe todos os três meses: era condenável a sua teima em não querer consultar médicos. Quanto mais que ele andava acabado, ressequido, amarelado — e a D. Augusta, a mulher, a nutrir à larga, a ganhar cores!... A viscondessa, enterrada em toda a sua gordura ao canto do canapé, com o leque aberto sobre o peito, contou que em Espanha vira 5 um caso igual: o homem chegara a parecer um esqueleto, e a mulher uma pipa; e ao princípio fora o contrário; até sobre isso se tinham feito uns versos... – Humores – disse com melancolia o doutor delegado. Depois falou-se nas Brancos; recordou-se a morte de Manuel Branco, coitadinho, na flor da idade! E que perfeição de rapaz! E que rapaz de juízo! D. Ana Silveira não se esquecera, como todos os anos, de lhe 10 acender uma lamparina por alma, e de lhe rezar três padre-nossos. A viscondessa pareceu toda aflita por se não ter lembrado... E ela que tinha o propósito feito! – Pois estive para to mandar dizer! – exclamou D. Ana. – E as Brancos que tanto o agradecem, filha! – Ainda está a tempo – observou o magistrado. D. Eugénia deu uma malha indolente no crochet de que nunca se separava, e murmurou com um suspiro: – Cada um tem os seus mortos. 15 E no silêncio que se fez, saiu do canto do canapé outro suspiro, o da viscondessa, que decerto se recordara do fidalgo de Urigo de lá Sierra, e murmurava: – Cada um tem os seus mortos... E o digno doutor delegado terminou por dizer igualmente, depois de passar refletidamente a mão pela calva: – Cada um tem os seus mortos! 20 Uma sonolência ia pesando. Nas serpentinas douradas, sobre as consoles, as chamas das velas erguiamse altas e tristes. Eusebiozinho voltava com cautela e arte as estampas de «Os Costumes de Todos os Povos». E na saleta de jogo, através do reposteiro aberto, sentia-se a voz já arrenegada do abade, rosnando com um rancor tranquilo: «Passo, que é o que tenho feito toda a santa noite!» Nesse momento Carlos arremetia pela sala dentro arrastando a sua noiva, a Teresinha, toda no ar e ver25 melha de brincar; e logo a grulhada das suas vozes reanimou o canapé dormente. Os noivos tinham chegado de uma pitoresca e perigosa viagem, e Carlos parecia descontente de sua mulher; comportara-se de uma maneira atroz; quando ele ia governando a mala-posta, ela quisera empoleirar-se ao pé dele na almofada… Ora senhoras não viajam na almofada. – E ele atirou-me ao chão, titi! 30 – Não é verdade! Demais a mais é mentirosa! Foi como quando chegámos à estalagem… Ela quis-se deitar, e eu não quis… A gente, quando se apeia da viagem, a primeira coisa que faz é tratar do gado… E os cavalos vinham a escorrer… A voz de D. Ana interrompeu, muito severa: – Está bom, está bom, basta de tolices! Já cavalaram bastante. Senta-te aí ao pé da senhora viscondessa, 35 Teresa… Olha essa travessa do cabelo… Que despropósito! Sempre detestara ver a sobrinha, uma menina delicada de dez anos, a brincar assim com o Carlinhos. Aquele belo e impetuoso rapaz, sem doutrina e sem propósito, aterrava-a; e pela sua imaginação de solteirona passavam sem cessar ideias, suspeitas de ultrajes, que ele poderia fazer à menina.

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1. Situe o excerto lido num dos momentos da vida da personagem Carlos, apoiando-se em elementos apresentados no texto. 2. Atente no ambiente sugerido no encontro de personagens. 2.1. Refira a oposição construída na descrição das personagens masculinas/femininas presentes no primeiro parágrafo. 2.2. Explique a utilização das exclamações no discurso do narrador presente no terceiro parágrafo. 2.3. Exemplifique o tipo de conversas assumido pelas personagens até à linha 24. 2.4. Demonstre, com três marcas linguísticas distintas, como se apresenta um ambiente propício ao imobilismo. 3. Preste atenção à seguinte fala: “Pois estive para to mandar dizer!” (linha 12) 3.1. Explicite os elementos que são substituídos pelos pronomes sublinhados. 3.2. Classifique o tipo de construção anafórica apresentada. 4. Releia o parágrafo referente às linhas 20 a 24. 4.1. Explique o valor significativo do grupo verbal utilizado no primeiro período. 4.2. Avalie a adequação da referência a Eusebiozinho neste parágrafo. 4.3. Demonstre a expressividade de uma das figuras de estilo presentes nesse parágrafo. 5. Indique a funcionalidade da expressão “Nesse momento…” (linha 25). 6. Aponte o tipo de sensações a que o narrador recorre para marcar a entrada das novas personagens. 7. Comente o valor significativo do conector destacado na seguinte fala de Carlos: “Ela quis-se deitar, e eu não quis…” (linhas 31-32) 8. Considere a seguinte fala de D. Ana: “Senta-te aí ao pé da senhora viscondessa, Teresa…” (linhas 35-36) 8.1. Relacione o tipo de frase apresentado com a caracterização do ambiente inicial do excerto. 8.2. Justifique a natureza deítica ou anafórica do advérbio apresentado.

B. Mais do que um episódio doméstico, o presente excerto reflete, simbolicamente, o estado de toda uma nação. 1. Escreva um texto argumentativo, em cerca de 150-200 palavras, no qual, relembrando a leitura e o estudo do contexto de produção de Os Maias, demonstre a veracidade da afirmação anteriormente feita. Não se esqueça que um texto deve: – ter introdução, desenvolvimento e conclusão; – ser claro e articulado nas suas diferentes partes; – evitar repetições desnecessárias.

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Sequência 5 A. Leia, atentamente, o seguinte poema de Cesário Verde, para depois responder às instruções de forma completa e contextualizada. De verão No campo; eu acho nele a musa que me anima: A claridade, a robustez, a ação. Esta manhã, saí com minha prima, Em quem eu noto a mais sincera estima E a mais completa e séria educação.

Numa colina azul brilha um lugar caiado. Belo! E arrimada ao cabo da sombrinha, Com teu chapéu de palha, desabado, Tu continuas na azinhaga; ao lado Verdeja, vicejante, a nossa vinha.

Criança encantadora! Eu mal esboço o quadro Da lírica excursão, de intimidade. Não pinto a velha ermida com seu adro; Sei só desenho de compasso e esquadro, Respiro indústria, paz, salubridade.

Nisto, parando, como alguém que se analisa, Sem desprender do chão teus olhos castos, Tu começaste, harmónica, indecisa, A arregaçar a chita, alegre e lisa Da tua cauda um poucochinho a rastos.

Andam cantando aos bois; vamos cortando as leiras; E tu dizias: “Fumas? E as fagulhas? Apaga o teu cachimbo junto às eiras; Colhe-me uns brincos rubros nas ginjeiras! Quanto me alegra a calma das debulhas!”

(…)

E perguntavas sobre os últimos inventos Agrícolas. Que aldeias tão lavadas! Bons ares! Boa luz! Bons alimentos! Olha: Os saloios vivos, corpulentos, Como nos fazem grandes barretadas! Voltemos. Na ribeira abundam as ramagens Dos olivais escuros. Onde irás? Regressam os rebanhos das pastagens; Ondeiam milhos, nuvens e miragens, E, silencioso, eu fico para trás.

E, como quem saltasse, extravagantemente, Um rego de água, sem se enxovalhar, Tu, a austera, a gentil, a inteligente, Depois de bem composta, deste à frente Uma pernada cómica, vulgar! Exótica! E cheguei-me ao pé de ti. Que vejo! No atalho enxuto, e branco das espigas Caídas das carradas no salmejo, Esguio e a negrejar em um cortejo, Destaca-se um carreiro de formigas.

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Elas, em sociedade, espertas, diligentes, Na natureza trémula de sede, Arrastam bichos, uvas e sementes; E atulham, por instinto, previdentes, Seus antros quase ocultos na parede.

E enfim calei-me. Os teus cabelos muito loiros Luziam, com doçura, honestamente; De longe o trigo em monte, e os calcadoiros, Lembravam-me fusões de imensos oiros, E o mar um prado verde e florescente.

E eu desatei a rir como qualquer macaco! “Tu não as esmagares contra o solo!” E ria-me, eu ocioso, inútil, fraco, Eu de jasmim na casa do casaco E de óculo deitado a tiracolo!

Vibravam, na campina, as chocas da manada; Vinham uns carros a gemer no outeiro, E finalmente, enérgica, zangada, Tu inda assim bastante envergonhada, Volveste-me, apontando o formigueiro:

“As ladras da colheita! Eu se trouxesse agora Um sublimado corrosivo, uns pós De solimão, eu, sem maior demora, Envenená-las-ia! Tu, por ora, Preferes o romântico ao feroz.

“Não me incomode, não, com ditos detestáveis! Não seja simplesmente um zombador! Estas mineiras negras, incansáveis, São mais economistas, mais notáveis, E mais trabalhadoras que o senhor.”

Que compaixão! Julgava até que matarias Esses insetos importunos! Basta. Merecem-te espantosas simpatias? Eu felicito suas senhorias, Que honraste com um pulo de ginasta!”

1. Concentre-se na primeira estrofe. 1.1. Explique a intencionalidade do poema iniciar com a expressão “No campo”. 1.2. Caracterize o tipo de relação estabelecido pelo sujeito poético com o espaço retratado, apoiando-se em elementos textuais. 2. Atente na estrutura narrativa que caracteriza o poema. 2.1. Identifique a referência temporal que permite localizar a situação narrada. 2.2. Explique a oscilação na utilização de formas verbais no presente e no pretérito. 2.3. Caracterize física e psicologicamente a personagem feminina que acompanha o sujeito poético. 2.4. Justifique o emprego das aspas na décima primeira estrofe, salientando a expressividade do segmento por elas assinalado. 2.5. Interprete o segmento “Que compaixão!”, na décima terceira estrofe, atendendo ao que é vivenciado pelo sujeito poético e pela figura feminina. 3. O sentido da visão é o mais explorado nos momentos descritivos. 3.1. Apresente os recursos expressivos que evidenciam a asserção feita. 4. Compare a terceira e a última estrofes. 4.1. Destaque a diferença registada, no discurso, ao nível da forma de tratamento. 4.2. Apresente as razões que conduziram a essa mudança.

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5. Considere a natureza estilística de alguns segmentos do poema. 5.1. Demonstre a expressividade de um recurso estilístico presente na oitava estrofe. 6. Focalizando a atenção no forma verbal “Envenená-las-ia!”. 6.1. Explicite o referente do termo sublinhado. 6.2. Classifique esse termo quanto à classe de palavras a que pertence. 7. Transforme algumas das frases presentes no poema. 7.1. Acrescente um modificador, de acordo com a instrução fornecida no parêntesis final: a) “Esta manhã, saí com a minha prima,” (primeira estrofe)/(Modificador temporal no grupo verbal) b) “Na ribeira abundam as ramagens/dos olivais escuros.” (quinta estrofe)/(Modificador no grupo nominal adjetival); c) “E, silencioso, eu fico para trás.” (quinta estrofe)/(Modificador no grupo adjetival); d) “Numa colina azul brilha um lugar caiado.” (sexta estrofe)/(Modificador frásico).

B. Leia, agora, o seguinte excerto: Pensando bem é triste o destino de um autor. Em vida: as lutas corpo a corpo com o trabalho de criação, a indiferença dum público (de sensibilidade atrasada e fóssil), a desconfiança dos consagrados perante inovações. Elevado a glória nacional, depois de morto, os resultados dessa glória são magros: algumas (poucas) edições póstumas e passar a ornamentar seletas liceais para ser servido às juventudes, gramaticalmente esquartejado. Claro, há os centenários. Mas regressarão os autores realmente vivos ao convívio dos leitores? (…) Tudo isto me vem a propósito de Cesário Verde que merecia mais do que os habituais discursos (pretexto para oratória de desconhecidos) ou o clássico busto num jardinzinho. Cesário, além duma edição ilustrada e colorida (ele que tanto gostava de ter sido pintor!), merecia uma edição acessível a todas as bolsas que inundasse as livrarias, e fosse apresentada não rigidamente solene (como relíquia de santo através de vidro de oratório), mas entre explosões vermelhas de papoilas, misturadas ao loiro melado das espigas. É essa a expressão de gratidão que lhe imagino. Poeta de ousadas comparações, para quem o loiro é «de cerveja», as cenouras são «dedos hirtos, rubros» e à luz do sol («o intenso colorista») as hortaliças adquirem «belas proporções carnais» (…). O realismo confinou o inquérito a um meio social típico à alta e média burguesia, e só o neorrealismo se debruçou a sério, sobre as classes trabalhadoras: quer sobre o trabalhador rural, quer sobre o operariado citadino. Todavia, Cesário Verde, considerado o poeta típico do meio burguês, a que ele aliás pertencia (há nos seus versos incontestáveis ambiências queirosianas), tem pelo povo um interesse não vulgar entre os seus contemporâneos. Poeta dum só livro, o povo tem um lugar mais do que ocasional, ou de pincelada decorativa, na sua obra. Luísa Dacosta, O Povo na obra de Cesário Verde (adaptado)

1. Resuma o excerto (com 295 palavras), de forma a ter um texto de chegada com 100-120.

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Cenários de resposta para os testes formativos Teste Formativo – Sequência 1 A. 1.1. público associa-se ao nível social; privado à vida íntima, particular. 1.2. inacessível; a mulher esteve privada de muitos direitos (por exemplo). 1.3. A discriminação a que a mulher foi votada; A sociedade machista; A supremacia concedida ao homem; As diferenças entre o homem e a mulher. 2.1. … as prostitutas foram proibidas de circular pelas ruas chiques. 2.2. … este está associado à inatividade. 2.3. … de abandonar a construção social de género feminino associado ao estatuto de cidadãs de segunda, no plano laboral. 2.4. … a construção social de género feminino não lhe confere ainda igualdade de condições. 2.5. … ainda persiste atualmente/… é necessária nos nossos dias/… atualmente ainda se justifica. 3. … geriram sempre maioritariamente o espaço público. 4. A maior parte das mulheres esteve confinada a tudo o que diz respeito à casa, à família e aos filhos. 5.1. Apresenta uma conclusão lógica, tradicionalmente provada. 5.2. À base da palavra doméstica (doméstic) juntou-se o interfixo –i- e o sufixo –dade/palavra derivada por sufixação. 6.1. difícil, complicada; adversa, continuar. 6.2. sugestão da duração (no primeiro caso, de um pretérito que se arrasta até ao presente; no segundo, de um presente projetado para futuro). Nome

Verbo

Adjetivo

Advérbio

X

X

X

X

Gestão

X

Gerido

Gestionariamente

X

Reputar

Reputado

Reputadamente

Dúvida

Duvidar

X

Duvidosamente

Indústria

Industrializar

X

Industrialmente

Vínculo

Vincular

X

Vinculadamente

Economia

Economizar

X

Economicamente

X

Influenciar

Influenciadora; Influenciável Influenciado(a)

Influenciadamente

Labor

Laborar

X

Laboralmente; Laboriosamente

B. Ao critério dos alunos, desde que respeitando • a tipologia textual indicada; • os limites solicitados (quando indicados); • a adequação temática; • os critérios de produção definidos (quando apresentados); • os pressupostos dos guiões de verificação trabalhados; • a correção escrita (coerência e coesão, adequação e seleção vocabulares); correção ao nível da ortografia, da sintaxe, da pontuação, da acentuação.

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Teste Formativo – Sequência 2 A. 1. – Capítulo V – parte da Exposição – confirmação, das repreensões particularizadas, no caso, o polvo. 2.1. Desde o início do excerto até “… para que não distinga as cores.” 2.2. Uso do imperativo (“vê”) e do vocativo, com vírgulas a destacá-lo (“…, peixe aleivoso e vil, …”) e do determinante possessivo (“… tua maldade…”). 2.3. Sensação visual – “faz-se verde; … faz-se branco”; tátil – “não ter osso nem espinha.” 2.4. “O polvo é o maior traidor do mar.” 2.5. Intensificar a oposição entre a aparência (o parecer) e a essência (o ser) do animal destacado, evidenciando o seu caráter pernicioso, bem como a crítica formulada através da ironia. 2.6. O polvo com aquele seu capelo na cabeça assemelha-se a um monge. 3. Comparação – “O polvo com aquele seu capelo na cabeça parece um monge.”, evidenciando a simulação a que recorre o peixe. Paralelismo de construção – “Se está nos limbos, faz-se verde; se está na areia, faz-se branco; …”, destacando as estratégias astuciosas a que recorre o polvo. Ambas sublinham o caráter traidor do polvo. 4.1. Nelas – nas terras em que batem os mares dos peixes; onde – “nele” (“em António”); nós – os humanos. 4.2. Seja pelo “também” seja por “muito maiores” e “mais perniciosas”, procura-se mostrar a superioridade dos vícios da terra, dos homens face aos males existentes no mundo dos peixes. 4.3. Consecutivo. Substituível ‘porconsequentemente’. 5. Persuadir o real auditório – os humanos –, usando a alegoria dos peixes, através dos quais se destacam os defeitos dos humanos ou as virtudes que os homens deveriam seguir.

B. Ver ponto B do teste anterior.

Teste Formativo – Sequência 3 A. 1.1. Na cena anterior, Ato I, assiste-se aos terrores de D. Madalena por ter de abandonar o palácio de Manuel de Sousa Coutinho, quando este decide incendiar a sua residência, para impedir que os governadores espanhóis se instalem aí. Neste excerto, a família encontra-se já no palácio de D. João de Portugal, daquele que foi o primeiro marido (desaparecido) de D. Madalena. 1.2. No Ato I, surge em cena D. Madalena, só, no palácio de Manuel de Sousa Coutinho, evocando o seu passado pela leitura do episódio de Inês de Castro, em Os Lusíadas; no Ato II, verifica-se que o espaço habitado pertenceu a D. João de Portugal e situa-se em Almada. Já não aparece Madalena, mas é Maria quem evoca uma outra história de fim trágico, a “Menina e Moça” de Bernadim Ribeiro. Além disso, na didascália do Ato I, Cena 1, há referência explícita ao retrato de um cavaleiro de Malta (Manuel de Sousa Coutinho), tal como acontece no Ato II, Cena 1, através da evocação de Maria. 2.1. O terror de D. Madalena; o fogo ateado ao palácio/o retrato devorado pelas chamas. 2.2. A preocupação face à situação em que se encontra a mãe pela mudança de casa e pela perda do retrato; atração pelo fogo e orgulho face ao ato patriótico de Manuel de Sousa Coutinho. 2.3. Intimidade; amizade; à-vontade; aproximação; repreensão, em tom jocoso (ver formas de tratamento – alternância entre tu/vós). 2.4. “o” – retoma do nome “retrato”; “lhe” – recupera o grupo “a ela, D. Madalena”.

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3.1. O palácio a arder; as chamas que devoram o retrato – simbolizando a desgraça e a separação dos esposos. 3.2. As premonições são confirmadas, pois a separação do casal e a desagregação familiar concretizam-se. 3.3. A convição de que tudo o que acontece são avisos de Deus, mensagens divinas, cuja confirmação se encontra em “Creio, oh! Se creio! Que são avisos que Deus nos manda para nos preparar.” 4.1. O patriotismo e a coragem revelados por Manuel de Sousa Coutinho suscitam a exaltação e veneração da personagem Telmo – a admiração, implantação de uma imagem positiva em relação à personagem invocada. 4.2. Destacar o vocativo “D. Maria”. 4.3. “Vosso pai, D. Maria, é um português corajoso.” 4.4. Trata-se de uma subordinada de valor condicional, passível de ser substituída por “desde que/caso ele queira”. 5.1. Confirmação da cumplicidade entre as personagens e do orgulho da felicidade decorrentes do elogio tecido pelo velho aio. 6.1. Frase declarativa, mais uma exclamativa. A primeira confirma as palavras anteriores (insistência no elogio) e a segunda traduz o desejo (conjuntivo optativo) da personagem.

B. Ver ponto B do teste anterior.

Teste Formativo – Sequência 4 A. 1. Infância de Carlos (Capítulo III), conforme se prova pela dinâmica da ação (“arremetia”), do estado transmitido (“parecia descontente de sua mulher”). 2.1. Trabalho e doença do homem vs inatividade e saúde da mulher. 2.2. Reprodução do discurso na modalidade de discurso indireto livre, com a reprodução gráfica do que seriam características entonacionais das falas proferidas pelas personagens. 2.3. Conversas relacionadas com a doença, a morte, a inação, privilegiando-se assuntos relacionados com outras famílias. 2.4. Adjetivo com valor adverbial e associado à hipálage – “D. Eugénia deu uma malha indolente no crochet…”. Nome abstrato (“sonolência”) e complexo verbal – “Uma sonolência ia pesando.” 3.1. to=te+o; te – a ti; o – o propósito de acender uma lamparina pela alma de Manuel Branco. 3.2. Construção anafórica pronominal. 4.1. Complexo verbal de aspeto progressivo, apresentando a continuidade e evolução de uma situação. 4.2. A personagem Euzebiozinho, pela sua caracterização débil, frágil, dolente, receosa, inativa, enquadra-se perfeitamente no contexto apresentado, caracterizado por um ambiente dormente. 4.3. A hipálage presente no segmento “… as chamas da velas erguiam-se altas e tristes.” evidencia o contágio do ambiente psicologicamente vivido pelas personagens nos elementos do cenário; o valor metafórico na utilização de certos verbos que caracterizam o modo como se proferem certos atos de fala (“… sentia-se a voz já arrenegada do abade, rosnando…”).

Testes Formativos | Com textos 11

5. Esta expressão, além da função anafórica de retomar o momento temporal referido na narrativa, permite a introdução de uma quebra no ambiente moroso estabelecido, salientando-se a presença de Carlos, o protótipo do dinamismo e da agitação. 6. Sensação visual: “vermelha de brincar”; sensação auditiva: “grulhada das suas vozes”. 7. Articulador de oposição, marcando duas vontades adversas. 8.1. Tipo de frase imperativo, associado à expressão da ordem que visa negar a ação/agitação revelada pelas crianças. A ordem caminha no sentido do imobilismo, da inação inicialmente descrita. 8.2. Considerando o discurso direto da personagem, “aí” apresenta natureza deítica face à situação de enunciação criada para a personagem D. Ana.

Teste Formativo – Sequência 5 A. 1.1. Remete para a localização espacial evocada na ação narrada. 1.2. Relação de comunhão, harmonia, à-vontade, força; local de inspiração tradutor de intimidade: “Acho nele a musa que me anima/A claridade, a robustez, a ação.” 2.1. “Esta manhã.” 2.2. O presente aparece associado ora ao tempo da escrita (posterior ao tempo evocado) ora ao das reflexões suscitadas a partir da história vivenciada, que se procura tornar presente; o pretérito assume a narratividade do passeio narrado pelo sujeito poético no poema. 2.3. Fisicamente: olhos castos, bem composta, de chapéu de palha desabado, cabelos loiros. Psicologicamente: austera, gentil, inteligente, educada, enérgica, piedosa, crítica. 2.4. Reprodução do discurso direto, usado pela prima aquando do passeio com o sujeito poético, impedindo-o de esmagar as formigas. 2.5. O verso proferido ironicamente pelo sujeito poético remete para a opinião dele face à atitude que a jovem tomou quando deparou com as formigas: evitou calcá-las, mostrou-se piedosa. 3.1. A referência aos aspetos cromáticos caracterizadores do espaço rural: “a claridade”, “os brincos rubros”, “olivais escuros”, “a colina azul”, “Esguio e a negrejar”; “Os teus cabelos muito loiros/Luziam, com doçura…”, embora não referentes ao espaço, remetem ainda para sensação visual predominante. 4.1. O sujeito poético usa a forma “tu”, conotando maior proximidade face à prima evocada (3.ª estrofe); utilização da forma “o senhor”, indiciadora de distanciamento, formalidade, aqui usada para explicitar a irritabilidade da companheira. 4.2. As atitudes críticas e galhofeiras tomadas pelo sujeito poético em relação à prima. 5.1. A ironia do sujeito poético refletida na caracterização e nas ações da prima, visível na oscilação de termos semânticos positivos e negativos (“extravagantemente”, “sem se enxovalhar”, “a austera, a gentil, a inteligente”, “bem composta”, “pernada cómica, vulgar!”). 6.1. As formigas. 6.2. Pronome pessoal, complemento direto. 7.1. a) Esta manhã, muito cedo, saí com a minha prima. b) Na ribeira abundam as ramagens verdes/dos olivais. c) E, silencioso, eu, o citadino, fico para trás. d) … que está voltando para as pastagens.

B. Ver ponto B do teste anterior.

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